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Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a ...

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<strong>Fazendo</strong> <strong>Gênero</strong> 8 - <strong>Corpo</strong>, <strong>Violência</strong> e <strong>Po<strong>de</strong>r</strong><br />

<strong>Florianópolis</strong>, <strong>de</strong> <strong>25</strong> a 28 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />

A produção <strong>de</strong> sentidos por mulheres em um abatedouro avícola<br />

Laila Priscila Graf 1 ; Maria Chalfin Coutinho 2 (UFSC)<br />

Palavras-chave: Produção <strong>de</strong> Sentidos - Trabalho <strong>de</strong> Mulheres - Produção Avícola.<br />

ST <strong>25</strong> - Perspectivas profissionais e gênero<br />

1. Introdução<br />

Neste texto preten<strong>de</strong>-se apresentar os resultados parciais <strong>de</strong> uma pesquisa sobre os sentidos<br />

atribuídos ao trabalho por mulheres que atuam em um abatedouro avícola. O interesse nesta<br />

investigação <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> projetos anteriores realizados pela primeira autora (Florit et al, 2006; Graf,<br />

Silva, 2006), sobre trabalho <strong>de</strong> mulheres na indústria produtora <strong>de</strong> carnes, observando a gran<strong>de</strong><br />

presença <strong>de</strong> mulheres na produção avícola. Desta maneira, preten<strong>de</strong>-se aqui aprofundar os<br />

conhecimentos sobre essas trabalhadoras.<br />

O tema do trabalho é o alicerce <strong>de</strong>ssa pesquisa, a partir da compreensão <strong>de</strong> sua centralida<strong>de</strong> na<br />

constituição dos seres humanos. O conceito <strong>de</strong> trabalho em uso correspon<strong>de</strong> à dupla face <strong>de</strong><br />

entendimento, um lado é a dimensão concreta, que resulta na emancipação humana e nos sentidos que<br />

abarcam a criação e a sociabilida<strong>de</strong>. De outro lado, é a dimensão abstrata, que é vinculada ao<br />

capitalismo com a produção atrelada ao mercado do capital ocasionado uma perda <strong>de</strong> sentido <strong>de</strong><br />

realização pessoal para os trabalhadores. Esse fundamento sobre trabalho é feito a partir do<br />

materialismo histórico.<br />

Destacamos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar a dupla face da dimensão do trabalho para<br />

compreen<strong>de</strong>r o trabalho feminino e suas relações com o mercado, relacionando inclusive as ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>stinadas às mulheres na esfera doméstica e as ativida<strong>de</strong>s assalariadas. Nesse sentido, as análises <strong>de</strong><br />

gênero subsidiam os entendimentos sobre homens e mulheres nos espaços <strong>de</strong> trabalho, observando que<br />

as relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r entre, e intra, gêneros envolve todos os territórios sociais. Com isso, Bruschini<br />

(1994, p.22) aponta que as análises sobre o trabalho feminino <strong>de</strong>vem estar “atenta[s] à articulação entre<br />

produção e reprodução, assim como às relações sociais entre os gêneros”. Concepção articulada com as<br />

formulações <strong>de</strong> Scott (1999) sobre gênero, a partir do conhecimento dos discursos que fundamentam o<br />

ser homem e mulher num <strong>de</strong>terminado contexto cultural e histórico.<br />

Esta pesquisa elege como participantes as trabalhadoras <strong>de</strong> um abatedouro, consi<strong>de</strong>rando o fato<br />

<strong>de</strong> estas mulheres residirem no meio rural ou em locais peri-urbanos. O meio rural não é entendido aqui


como resultado <strong>de</strong> uma oposição entre urbano e rural, mas sim como um segmento social em<br />

continuida<strong>de</strong> com o espaço urbano (Wan<strong>de</strong>rley, 2000). Entre as particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste, encontra-se a<br />

relação familiar articulada com as relações <strong>de</strong> trabalho, não havendo separação entre negócio e família<br />

(Stolf, 2007). O caso do trabalho da mulher rural é diferente daquele da urbana, pois mesmo havendo<br />

para as duas os trabalhos domésticos, a mulher rural ainda é responsável pelas ativida<strong>de</strong>s da<br />

residência/proprieda<strong>de</strong>, a agricultura <strong>de</strong> subsistência.<br />

Essas questões sobre o trabalho e o trabalho feminino são essenciais para compreensão dos<br />

espaços sociais e históricos <strong>de</strong> trabalhadoras do meio rural. No entanto, ressaltamos outra dimensão,<br />

que é a psicológica. Iremos trabalhar com o conceito <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> sentidos, pois este nos permite<br />

analisar os discursos dos sujeitos sobre a vida e trabalho, além do mais, ao estudar o psicológico as<br />

<strong>de</strong>mais categorias, com o social e o histórico, emergiram do contexto. Existem muitas abordagens<br />

teóricas que estudam as produções <strong>de</strong> sentidos a partir da psicologia (Tolfo, et. al, 2005), mas foi eleito<br />

aqui o construcionismo social. Essa abordagem permite o estudo das produções <strong>de</strong> sentidos no<br />

cotidiano e explica-as como uma construção dialógica entre os sujeitos (Spink, Frezza, 2004). Os<br />

sentidos são entendidos a partir <strong>de</strong> uma construção social “um empreendimento coletivo, mais<br />

precisamente interativo, por meio do qual as pessoas [...] constroem os termos a partir dos quais<br />

compreen<strong>de</strong>m e lidam com as situações e fenômenos a sua volta” (Spink, Medrado, 2004, p. 41).<br />

Para compreen<strong>de</strong>r os espaços <strong>de</strong> um abatedouro, iremos contextualizar esta ativida<strong>de</strong> produtiva.<br />

O abate <strong>de</strong> animais é uma prática sucedida há muito tempo, inicialmente feita <strong>de</strong> modo artesanal por<br />

agricultores ou colonos. No Brasil, somente a partir dos anos 1970, o abate <strong>de</strong> aves tornou-se um<br />

procedimento industrial (Paulilo, 1987), havendo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, significativas modificações no processo<br />

<strong>de</strong> efetuar o abate; a mão-<strong>de</strong>-obra, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> animais abatidos, o uso <strong>de</strong> tecnologias, a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> trabalhadores e as legislações pertinentes ao sistema <strong>de</strong> vigilância sanitário para o controle <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> dos produtos <strong>de</strong> origem animal (Florit et al., 2006).<br />

Quanto aos trabalhadores, Alencar (2005) assinala a ativida<strong>de</strong> em um abatedouro como<br />

diferente <strong>de</strong> outras ativida<strong>de</strong>s produtivas, pois o objeto não é um ser inanimado, mas sim um animal:<br />

“... o trabalho <strong>de</strong> produção animal tem um diferencial, uma característica especial a ser consi<strong>de</strong>rada: o<br />

objeto do trabalho. Descreve-se aqui como um objeto <strong>de</strong> trabalho um ser vivo, animal que percebe e<br />

respon<strong>de</strong> aos comportamentos humanos” (p. 26). O aprofundamento das discussões sobre o trabalho e<br />

o objeto do trabalho em um abatedouro esbarra nos panoramas econômicos da ativida<strong>de</strong>, pelo fato<br />

<strong>de</strong>sses números ocultarem <strong>de</strong> um lado a laboriosida<strong>de</strong> efetuada nessa produção e, por outro lado,<br />

revelarem com <strong>de</strong>staque, os ganhos econômicos para o país, estados brasileiros e para os proprietários.<br />

2


A movimentação econômica coloca o estado <strong>de</strong> Santa Catarina em segundo lugar em<br />

importância no abate <strong>de</strong> aves, estando o Paraná em primeiro lugar e o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul no terceiro.<br />

No estado <strong>de</strong> Santa Catarina, cabe <strong>de</strong>stacar a importância da região Oeste para essa produtivida<strong>de</strong><br />

(Boni, 2005). Na região do Médio Vale do Itajaí 1 , não há a expressivida<strong>de</strong> produtiva do Oeste, pois<br />

geralmente os abatedouros são <strong>de</strong> pequeno e médio porte, esparsos e funcionam com o trabalho<br />

familiar (Florit et al, 2006). De maneira que uma <strong>de</strong>ssas pequenas organizações produtoras <strong>de</strong> carne <strong>de</strong><br />

aves foi <strong>de</strong>stacada para o nosso estudo.<br />

2. Método<br />

Perspectiva teórica e metodológica usada no estudo foi do construcionismo social e, assim,<br />

nesta investigação, o foco torna-se a explicação dos processos por meio dos relatos das pessoas, as<br />

explicações sobre suas vidas e sobre elas mesmas. Nessa perspectiva, não existe predileção entre os<br />

métodos quantitativos ou qualitativos, pois ambos produzem conhecimentos sobre o mundo e po<strong>de</strong>m<br />

ser articulados no <strong>de</strong>senvolvimento da pesquisa (Spink, Menegon, 2004).<br />

O estudo envolve mulheres que atuam em um pequeno abatedouro avícola e, por isso, esta<br />

pesquisa po<strong>de</strong> ser compreendida como um estudo <strong>de</strong> caso. Para Gil (1991), esse estudo seria uma<br />

análise <strong>de</strong> um ou <strong>de</strong> poucos objetos, que permitem o seu <strong>de</strong>talhamento, possibilitando um conjunto <strong>de</strong><br />

informações que <strong>de</strong>screvam a totalida<strong>de</strong> do processo social e suas relações internas, bem como<br />

culturais.<br />

O local selecionado para o estudo foi um abatedouro <strong>de</strong> inspeção estadual, <strong>de</strong> pequeno porte,<br />

escolhido em <strong>de</strong>corrência da boa acolhida <strong>de</strong> pesquisadores nos estudos elaborados pelo Grupo<br />

Interdisciplinar <strong>de</strong> Pesquisa sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente. De acordo com Coutinho<br />

(2000), a boa acolhida e a abertura da direção da empresa para a realização <strong>de</strong> pesquisa se constituem<br />

fatores relevantes para o <strong>de</strong>senvolvimento do projeto, nem sempre presentes no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

pesquisas empíricas.<br />

Antes da entrada no campo, o projeto <strong>de</strong> pesquisa foi submetido ao Comitê <strong>de</strong> Ética em<br />

Pesquisa com Seres Humanos da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina. Sendo que os participantes<br />

da pesquisa foram oito mulheres que atuam na linha <strong>de</strong> produção do abatedouro. Os critérios <strong>de</strong> seleção<br />

das entrevistadas foram por estarem em postos <strong>de</strong> trabalho na linha produtiva e o aceite em participar<br />

da pesquisa.<br />

1 A região do Médio Vale do Itajaí compreen<strong>de</strong> treze (13) municípios no estado <strong>de</strong> Santa Catarina (IBGE)<br />

3


Para a coleta <strong>de</strong> informações usamos como instrumento principal a entrevista, e, perante<br />

informações secundárias, o registro <strong>de</strong> <strong>de</strong>poimentos, observações do campo e <strong>de</strong> outras vivências do<br />

pesquisador. Assim, as entrevistas, com o consentimento dos sujeitos, foram gravadas e,<br />

posteriormente, transcritas. Foi importante o uso <strong>de</strong>ste instrumento por possibilitar a captação dos<br />

sentidos atribuídos ao trabalho pelos entrevistados, ao possibilitar relatos sobre a vida laboral. Para<br />

Zago (2003), é necessário compreen<strong>de</strong>r a entrevista não apenas como uma técnica, mas como parte do<br />

processo <strong>de</strong> construir o objeto <strong>de</strong> estudo.<br />

Para analisar <strong>de</strong> informações, usamos procedimentos <strong>de</strong> análise do discurso, tal como proposta<br />

pelo construcionismo social, efetuando estes procedimentos em todo o percurso da investigação, a<br />

partir <strong>de</strong> contínuas leituras e registros sobre os acontecimentos no campo <strong>de</strong> pesquisa. No primeiro<br />

momento, transcrevemos todas as entrevistas e realizamos a organização dos registros e <strong>de</strong>poimentos<br />

do diário <strong>de</strong> pesquisa. Após, uma leitura geral do material e das anotações efetuou-se a co-relações<br />

entre os temas propostos no projeto <strong>de</strong> pesquisa, sendo eles: caracterização dos sujeitos; as histórias<br />

pessoais; cotidiano do trabalho no abatedouro; trabalho na vida doméstica.<br />

3. Resultados e Consi<strong>de</strong>rações Preliminares<br />

Como mencionamos no início <strong>de</strong>ste trabalho, esse texto apresenta as análises parciais sobre a<br />

investigação <strong>de</strong> trabalhadoras em um abatedouro avícola. Nestes resultados, <strong>de</strong>stacamos a presença <strong>de</strong><br />

trabalhadores jovens homens e mulheres na ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abate avícola, com ida<strong>de</strong>s entre 16 a 20 anos,<br />

sendo esse os seus primeiros empregos. Fato que se articula com o ritmo do trabalho necessário às<br />

ativida<strong>de</strong>s da linha produtiva e pela tendência do trabalho ao longo dos anos ocasionarem doenças.<br />

Com Tavolaro et al. (2007) po<strong>de</strong>mos observar que estas informações condizem com os elementos<br />

referentes à organizações do tipo abatedouro. Os autores assinalam que essas organizações são lugares<br />

úmidos e barulhentos, alternam altas e baixas temperaturas <strong>de</strong>ntro do mesmo ambiente, a velocida<strong>de</strong> do<br />

trabalho é <strong>de</strong>terminada pelo número <strong>de</strong> animais a serem abatidos, os movimentos executados pelos<br />

trabalhadores necessitam ser firmes e vigorosos o qual esses elementos combinados po<strong>de</strong>m ocasionar<br />

lesões tanto pelos instrumentos cortantes usados como lesões no sistema muscular esquelético pelo<br />

esforço repetitivo. A existência <strong>de</strong> trabalhadores nessa organização com baixas ida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ser<br />

consi<strong>de</strong>rada um mecanismo organizacional no sentido <strong>de</strong> evitar os problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ocasionados<br />

pelo processo do trabalho. Pois os jovens ten<strong>de</strong>m a terem menos problemas físicos que pessoas mais<br />

idosas já que o organismo está em outra fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

4


O trabalho feminino foi marcante em três momentos da linha produtiva, que são: as ativida<strong>de</strong>s<br />

para a retirada dos miúdos do frango com pequenos cortes, a colocação dos temperos e embalagem dos<br />

frangos inteiros e a separação das peças e embalagem dos mesmos. Por outro lado, o trabalho<br />

masculino assume as áreas externas do estabelecimento, como na colocação dos frangos nas correntes,<br />

na <strong>de</strong>gola, outros setores que são necessários instrumentos cortantes, na ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> supervisão e <strong>de</strong><br />

mecânico. Segundo Sato e Lacaz (2000), em <strong>de</strong>terminados setores da indústria <strong>de</strong> alimentação, como<br />

na indústria <strong>de</strong> corte <strong>de</strong> aves, é composta por uma maioria <strong>de</strong> mulheres atingindo em torno <strong>de</strong> 70% da<br />

força <strong>de</strong> trabalho. Segundo esses autores, a mulher entra na indústria citada em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> justificativas<br />

ancoradas em aspectos biológicos e fisiológicos, consolidando a divisão <strong>de</strong> papéis laborais femininos e<br />

masculinos; as mulheres vinculadas aos papéis domésticos, <strong>de</strong> trabalhos em que são necessárias a<br />

<strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za, a atenção e a paciência feitas em conjunto com a submissão; aos homens é <strong>de</strong>stinado o<br />

espaço público, sendo voltados aos tipos <strong>de</strong> trabalhos que exigem força física e emocional, e <strong>de</strong> serem<br />

os responsáveis pelo sustento da casa. Esses lugares <strong>de</strong>stinados operam na socieda<strong>de</strong> empurrando<br />

qualificações e certos atributos às mulheres e aos homens. Aspectos esses, que segundo os autores são<br />

prepon<strong>de</strong>rante para o fundamento das ‘políticas <strong>de</strong> recursos humanos das empresas’. Em outras<br />

palavras, o espaço fabril é subsidiado por entendimentos representativos sobre a função do feminino e<br />

masculino em socieda<strong>de</strong> tornando esses importantes mecanismos <strong>de</strong> ação em suas plantas industriais,<br />

tal como os autores observaram “Um operador <strong>de</strong> máquina <strong>de</strong> uma indústria <strong>de</strong> laticínios, disse preferir<br />

ter em sua linha <strong>de</strong> produção mulheres para realizar as tarefas <strong>de</strong> embalamento, mas ele mesmo não<br />

consegue explicar o motivo” (Sato & Lacaz, 2000, p. 26). O espaço fabril toma atributos sociais<br />

<strong>de</strong>stinados aos sujeitos masculinos, colocando-os em ativida<strong>de</strong>s que requeiram maior qualificação e, às<br />

mulheres, ativida<strong>de</strong>s com menores qualificações. Em resumo, os resultados <strong>de</strong>sta pesquisa reiteram os<br />

estudos que mostram o quanto os lugares ocupacionais são marcados por recortes <strong>de</strong> gênero. Visto isso,<br />

preten<strong>de</strong>-se dar continuida<strong>de</strong> à investigação complementando as análises dos discursos produzidos<br />

pelas entrevistadas.<br />

4. Referências<br />

Alencar, M. do C. B. <strong>de</strong>. (2005). Associações entre crenças relacionadas ao trabalho e suas<br />

influências na saú<strong>de</strong> dos trabalhadores e na produtivida<strong>de</strong>, no setor <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> frangos <strong>de</strong> corte:<br />

uma abordagem ergonômica. Tese <strong>de</strong> Doutorado. Departamento <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção.<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina, <strong>Florianópolis</strong>.<br />

Boni, V. (2005). Produtivo ou Reprodutivo: o trabalho das mulheres nas agroindústrias familiares -<br />

um estudo na região oeste <strong>de</strong> Santa Catarina. Dissertação <strong>de</strong> Mestrado, Departamento <strong>de</strong> Sociologia<br />

Política, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina, <strong>Florianópolis</strong>.<br />

5


Bruschini, C. (1994). Trabalho feminino: trajetórias <strong>de</strong> um tema, perspectivas para o futuro. Revista <strong>de</strong><br />

Estudos Feministas. Numero 1, p. 17-32.<br />

Coutinho, M. C. (2000). Entre o velho e o novo: estratégias <strong>de</strong> participação no trabalho. Tese <strong>de</strong><br />

Doutoramento, Departamento <strong>de</strong> Ciências Sociais, Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas -<br />

SP.<br />

Florit, L. F. ; Teixeira, V. I.; Chaves, I. M..; Graf, L. P. (2006). Interesses <strong>de</strong> humanos e <strong>de</strong> não<br />

humanos nos abatedouros do Médio Vale do Itajaí. Uma análise das implicações éticas e psico-sócioculturais<br />

do tratamento aos animais para o <strong>de</strong>senvolvimento regional. Relatório Final Técnico-<br />

Científico. Edital Cidadania 03/2004.<br />

Gil, A. C. (1991). Como elaborar projetos <strong>de</strong> pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas.<br />

Graf, L. P.; Silva, C. A. F. (2006). Amélias con<strong>de</strong>nadas ao inferno: estudo <strong>de</strong> mulheres trabalhadoras<br />

em pequeno abatedouro no Médio Vale do Itajaí (SC). Monografia (Especialização em Gestão e<br />

Educação do Trabalhador). ISULPAR, Blumenau.<br />

Paulilo, M. I. S. (1987). A Integração do Sul do Estado <strong>de</strong> Santa Catarina. Tese <strong>de</strong> Doutoramento,<br />

Instituto <strong>de</strong> Antropologia Social do Museu Nacional, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro.<br />

Paulilo, M. I. S. (2004). Trabalho familiar: uma categoria esquecida <strong>de</strong> análise. Revista Estudos<br />

Feministas, vol. 12, n.1 <strong>Florianópolis</strong> - SC: UFSC, p. 229-<strong>25</strong>2.<br />

Scott, J. (1999). Igualda<strong>de</strong> versus diferenças: os usos da teoria pós-estruturalista. Debate Feminista<br />

(Cidadania e Feminismo), número especial, p. 203-222.<br />

Sato, L.; lacaz, F. A. <strong>de</strong> C. (2000). Condições do trabalho e saú<strong>de</strong> dos trabalhadores (as) do ramo <strong>de</strong><br />

alimentação. Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do trabalhador. Cap. O trabalho da mulher. P. 26-28. Disponível em:<br />

http://normasregulamentadoras.files.wordpress.com/2008/06/alimentacao.pdf Acesso em: 29 <strong>de</strong> jun.<br />

2008<br />

Síntese Anual da Agricultura <strong>de</strong> Santa Catarina 2005-2006. Carne <strong>de</strong> frango. P. 142 – 147. Recuperado<br />

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Spink, M. J. P.; Frezza, R. M. (2004). Práticas discursivas e produção <strong>de</strong> sentidos: a perspectiva da<br />

Psicologia Social. In: Spink, M. J. P. (Org.). Práticas discursivas e produção <strong>de</strong> sentidos no cotidiano:<br />

aproximações teóricas e metodológicas. 3. ed. São Paulo: Cortez.<br />

Spink, M. J.P.; Medrado, B. (2004). Produção <strong>de</strong> sentidos no cotidiano: uma abordagem teóricometodológica<br />

para análise das práticas discursivas. In: Spink, M. J. P. (Org.). Práticas discursivas e<br />

produção <strong>de</strong> sentidos no cotidiano: aproximações teóricas e metodológicas. 3. ed. São Paulo: Cortez.<br />

Spink, M. J. P.; Menegon, V. M. (2004). A pesquisa como prática discursiva: superando os horrores<br />

metodológicos. In: Spink, M. J. P. (Org.). Práticas discursivas e produção <strong>de</strong> sentidos no cotidiano:<br />

aproximações teóricas e metodológicas. 3. ed. São Paulo: Cortez.<br />

Stolf, M. C. (2007). Os sentidos atribuídos por agricultores às tecnologias utilizadas em seu cotidiano<br />

<strong>de</strong> trabalho. Dissertação <strong>de</strong> Mestrado, Departamento <strong>de</strong> Psicologia, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa<br />

Catarina, <strong>Florianópolis</strong>.<br />

Tavolaro, P. et al. (2007). Empowerment como forma <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em<br />

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2007 <strong>de</strong> http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-<br />

89102007000200021&lng=pt&nrm=iso<br />

Tolfo, S. R. et. al (2005). Revisitando abordagens sobre sentidos e significados do trabalho. In. Fórum<br />

CRITEOS 2005, 2, Porto Alegre (RS). Anais... Porto Alegre: UFRGS/EA, CRITEOS, 2005 (CD-<br />

ROM).<br />

Wan<strong>de</strong>rley, M. <strong>de</strong> N. (2000). A emergência <strong>de</strong> uma nova ruralida<strong>de</strong> nas socieda<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>rnas<br />

avançadas – o “rural” como espaço singular e ator coletivo. Estudos Socieda<strong>de</strong> e Agricultura, 15,<br />

6


outubro. P. 87-145. Recuperado em 27 <strong>de</strong> setembro, 2007, em<br />

http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/brasil/cpda/estudos/quinze/nazare15.htm<br />

Zago, N. (2003). A entrevista e seu processo <strong>de</strong> construção: reflexões com base na experiência prática<br />

<strong>de</strong> pesquisa. In: Zago, N; Carvalho, M. P.; Teixeira, R. A. (Orgs.). Itinerários <strong>de</strong> pesquisa:<br />

perspectivas qualitativas em sociologia da educação. Rio <strong>de</strong> Janeiro: DP&A.<br />

1 Mestranda em Psicologia no Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Psicologia da UFSC. Pesquisadora do Núcleo <strong>de</strong><br />

Estudos do Trabalho e Constituição do Sujeito – NETCOS.<br />

2 Doutora em Ciências Sociais pela UNICAMP e professora da Graduação e do Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em<br />

Psicologia da UFSC. Coor<strong>de</strong>nadora do Núcleo <strong>de</strong> Estudos do Trabalho e Constituição do Sujeito – NETCOS.<br />

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