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Guia de Estudos sobre Entropia GABARITO - Departamento de ...

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GE 7.2) Teste sua compreensão!<br />

<strong>Guia</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>sobre</strong> <strong>Entropia</strong><br />

<strong>GABARITO</strong><br />

GE 7.2.1) Marque V ou F. Justifique todas as suas respostas.<br />

( F ) No zero absoluto a energia interna <strong>de</strong> um sistema é nula.<br />

Comentário: Não, a física quântica mostra que mesmo no zero absoluto há uma energia interna<br />

mínima.<br />

( V )<br />

dQ<br />

dS = é uma expressão quantitativa da 2ª Lei da Termodinâmica.<br />

T<br />

Comentário: Até agora a segunda lei havia sido expressa em termos <strong>de</strong> uma “impossibilida<strong>de</strong>”, Para<br />

formulá-la em termos quantitativos usamos o conceito <strong>de</strong> entropia S, como expresso acima. A entropia<br />

relaciona-se com a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um sistema estar numa dada configuração em função do número<br />

<strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> configuração que esse sistema possa ter.<br />

( F ) Quanto mais próximo <strong>de</strong> Zero Kelvin, mais fácil é abaixar a temperatura <strong>de</strong> um sistema.<br />

Comentário: Pelo contrário, se torna mais difícil abaixar a temperatura <strong>de</strong> um sistema à medida que se<br />

diminui a temperatura. Como mostra a 3ª lei da termodinâmica, é impossível atingir o zero absoluto<br />

através <strong>de</strong> um número finito <strong>de</strong> processos cíclicos.<br />

( F ) A variação <strong>de</strong> entropia <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do caminho.<br />

Comentário: Não, entropia é uma variável <strong>de</strong> estado, e portanto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> apenas do estado inicial e<br />

final do sistema.<br />

( V ) A variação <strong>de</strong> entropia em um processo cíclico é igual a zero.<br />

Comentário: Sim, a entropia só <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do estado final e inicial, portanto sua variação é nula em um<br />

ciclo, pois o estado inicial e final coinci<strong>de</strong>m.<br />

( V ) Sabendo que a temperatura da fonte quente permanece inalterada, po<strong>de</strong>-se dizer que ∆U = 0<br />

nesta fonte.<br />

Comentário: A temperatura não varia, logo a energia interna também não varia. Mas a entropia<br />

aumenta durante o ciclo, pois calor é retirado da fonte quente e entregue à fonte fria.<br />

( V ) A entropia nunca diminui em um processo reversível.<br />

Comentário: Variação TOTAL <strong>de</strong> entropia durante qualquer ciclo reversível é igual a zero<br />

( V ) A entropia nunca diminui em um processo irreversível.<br />

Comentário: A variação total <strong>de</strong> entropia é sempre positiva em processos irreversíveis, porque o que se<br />

per<strong>de</strong> é a disponibilida<strong>de</strong> da energia (ou seja, a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> converter calor em trabalho<br />

mecânico).<br />

1


( V ) A entropia do universo sempre aumenta.<br />

Comentário: Como todo processo natural é irreversível a entropia do universo sempre aumenta. A<br />

energia disponível para produção <strong>de</strong> trabalho diminui e portanto o universo se torna mais caótico ou<br />

“aleatório”, contribuindo para um aumento da entropia.<br />

( V ) É impossível a ocorrência espontânea <strong>de</strong> um processo on<strong>de</strong> a entropia diminui.<br />

Comentário: Como todo processo natural é irreversível, todo processo espontâneo sempre ocorre no<br />

sentido <strong>de</strong> aumento da entropia.<br />

( V ) Em processos irreversíveis as variações positivas <strong>de</strong> entropia sempre superam as negativas.<br />

Comentário: em processos irreversíveis ocorrem variações positivas e negativas <strong>de</strong> entropia<br />

simultaneamente, no entanto a variação total é sempre positiva<br />

( V ) Quando a entropia aumenta a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia diminui.<br />

Comentário: Isso é uma conseqüência da segunda lei da termodinâmica. A transformação <strong>de</strong> energia<br />

mecânica em calor é um processo irreversível, portanto a energia convertida se torna indisponível para<br />

a realização <strong>de</strong> trabalho.<br />

( F ) <strong>Entropia</strong> é uma gran<strong>de</strong>za que pertence a cada partícula individualmente.<br />

Comentário: Não faz sentido falar <strong>de</strong> entropia <strong>de</strong> uma partícula. <strong>Entropia</strong> relaciona-se com a<br />

probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um sistema estar numa dada configuração em função do número <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

configuração que esse sistema possa ter.<br />

( V ) Para um dado estado macroscópico po<strong>de</strong>m haver vários estados microscópicos correspon<strong>de</strong>ntes.<br />

Comentário: Sim, há várias formas <strong>de</strong> configuração microscópicas que resultam na mesma<br />

configuração macroscópica.<br />

GE 7.2.2) Sobre a entropia <strong>de</strong> um sistema, não é correto afirmar que:<br />

a) Nunca po<strong>de</strong> ser negativa. b) Nunca po<strong>de</strong> diminuir.(X)<br />

c) Po<strong>de</strong> variar em um sistema isolado. d) Sua variação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do processo.<br />

* ATENÇÃO: A entropia (S) <strong>de</strong> um sistema nunca po<strong>de</strong> ser negativa, no entanto a VARIAÇÃO DE<br />

ENTROPIA ( ∆ S ) po<strong>de</strong> ser negativa, em um sistema isolado ou em um processo reversível.<br />

GE 7.2.3) Em um processo <strong>de</strong> expansão livre <strong>de</strong> um estado a para um estado b é correto afirmar que:<br />

a) a entropia e a energia interna não se alteram.<br />

b) a variação da entropia é a mesma que ocorreria em uma expansão reversível, enquanto a<br />

variação <strong>de</strong> energia interna é nula. (X)<br />

c) As variações <strong>de</strong> energia interna e <strong>de</strong> entropia são positivas.<br />

2


d) A variação <strong>de</strong> energia interna é menor que zero e a variação <strong>de</strong> entropia é maior que zero.<br />

GE 7.2.4) A entropia po<strong>de</strong> diminuir:<br />

a) Em um processo cíclico;<br />

b) Apenas em um sistema submetido a um processo i<strong>de</strong>alizado, para o qual a segunda lei não é válida;<br />

c) Dentro <strong>de</strong> um sistema isolado submetido a um processo irreversível;<br />

d) Dentro <strong>de</strong> um sistema submetido a um processo reversível. (X)<br />

GE 7.2.5) Não violaria a segunda lei da termodinâmica, um processo <strong>de</strong>:<br />

a) Compressão espontânea do ar em uma sala;<br />

b) A água <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um copo <strong>sobre</strong> a mesa começar a congelar espontaneamente;<br />

c) Fluir calor da Terra para o Sol;<br />

d) Uma lata <strong>de</strong> Coca-Cola entrar em equilíbrio térmico com o gelo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um recipiente<br />

fechado <strong>de</strong> isopor. (X)<br />

GE 7.3) Temperatura e a 3ª Lei da Termodinâmica<br />

GE 7.3.1) A eficiência <strong>de</strong> um ciclo <strong>de</strong> Carnot não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da natureza da substância operante, isto é:<br />

| ∆Q<br />

Ou<br />

H<br />

| ∆Q<br />

| ∆Q<br />

∆Q<br />

| − ∆Q<br />

H<br />

H<br />

C<br />

|<br />

C<br />

=<br />

|<br />

=<br />

1−<br />

f<br />

f<br />

( T − T )<br />

1<br />

H<br />

C<br />

( T − T )<br />

H<br />

C<br />

= F<br />

∆Q<br />

C<br />

= 1 − f ( T − T )<br />

∆Q<br />

H<br />

( T − T )<br />

H<br />

C<br />

Θ H<br />

Em 1848, William Thompson, mais tar<strong>de</strong>, Lord Kelvin, propôs que F(TH, TC) fosse igual a . As<br />

quantida<strong>de</strong>s Θ são chamadas <strong>de</strong> temperaturas termodinâmicas e seriam in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> qualquer<br />

substância específica. As temperaturas termodinâmicas Θ têm o mesmo significado que as<br />

temperaturas T <strong>de</strong>finidas pelos termômetros <strong>de</strong> gás à volume constante à baixas pressões.<br />

H<br />

C<br />

Θ<br />

3<br />

C


a) Para o ciclo <strong>de</strong> Carnot usando um gás i<strong>de</strong>al,<br />

como mostrado na figura ao lado, calcule ∆ QH<br />

para 1 mol <strong>de</strong> gás em função <strong>de</strong> VK, VL e TH.<br />

V<br />

∆ QH = WKL<br />

= nRTH<br />

ln<br />

V<br />

b) Calcule ∆ QC<br />

em função <strong>de</strong> VN, VM e TC.<br />

∆<br />

<br />

QC = WM<br />

= nRTC<br />

ln = −nRTC<br />

ln<br />

VM<br />

V<br />

c) Com auxílio da equação<br />

prove que<br />

V L<br />

=<br />

V<br />

K<br />

V<br />

V<br />

M<br />

<br />

K<br />

L<br />

T<br />

f<br />

V<br />

γ − 1 γ −1<br />

L = C M<br />

Como T V T V e<br />

V<br />

V<br />

d) Mostre que<br />

T<br />

H<br />

H<br />

V<br />

γ −1<br />

γ −1<br />

L VM<br />

= γ −1<br />

γ −1<br />

K V<br />

∆Q<br />

∆Q<br />

γ − 1 γ −1<br />

K = TCV<br />

H<br />

C<br />

T<br />

=<br />

T<br />

H<br />

C<br />

∴<br />

V<br />

V L<br />

=<br />

K<br />

Θ<br />

=<br />

Θ<br />

H<br />

C<br />

V<br />

V<br />

M<br />

<br />

γ − 1 γ −1<br />

f = TiVi<br />

V<br />

V<br />

M<br />

<br />

, ou seja, que<br />

as temperaturas dos termômetros <strong>de</strong> gás a<br />

volume constante à baixas pressões sejam as<br />

mesmas que as temperaturas termodinâmicas <strong>de</strong><br />

Kelvin.<br />

V<br />

<br />

∆Q<br />

∆Q<br />

C<br />

H<br />

< VM<br />

∴ ∆QC<br />

< 0<br />

∆ Q = − ∆Q<br />

C<br />

⎛ T<br />

= − ⎜<br />

⎝ T<br />

∆Q<br />

∆Q<br />

C<br />

H<br />

C<br />

H<br />

C<br />

V<br />

⎞<br />

ln<br />

⎟<br />

⎠ V<br />

ln<br />

T<br />

= −<br />

T<br />

C<br />

H<br />

M<br />

K<br />

V<br />

V<br />

<br />

L<br />

4


∆<br />

Q C<br />

=<br />

∆Q<br />

H<br />

Portanto, como mostramos ser uma função só das<br />

| ∆ QH<br />

|<br />

= F<br />

∆Q<br />

C<br />

Temos que<br />

Θ<br />

Θ<br />

C<br />

H<br />

T<br />

=<br />

T<br />

C<br />

H<br />

T<br />

T<br />

C<br />

H<br />

temperaturas<br />

( T − T )<br />

H<br />

C<br />

T<br />

=<br />

T<br />

C<br />

H<br />

ENUNCIADO DA 3ª. LEI DA TERMODINÂMICA: O zero absoluto <strong>de</strong> temperatura é inatingível em<br />

qualquer seqüência finita <strong>de</strong> processos.<br />

Em termos <strong>de</strong> entropia po<strong>de</strong>-se dizer que a entropia do estado <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> qualquer sistema ten<strong>de</strong><br />

a zero quando a temperatura ten<strong>de</strong> para o zero absoluto.<br />

GE 7.3.2) Represente uma seqüência <strong>de</strong> ciclos <strong>de</strong> Carnot,<br />

em um diagrama p x V e discuta o que aconteceria se você<br />

fosse cada vez mais resfriando o sistema. Como isto se<br />

relaciona com a 3ª. Lei da Termodinâmica.<br />

Resp: Ao abaixarmos a temperatura o valor da área vai<br />

ficando cada vez menor. No limite teríamos uma situação<br />

on<strong>de</strong> seria retirado calor em um ciclo sem uma mudança <strong>de</strong><br />

temperatura.<br />

GE 7.3.3) Represente uma seqüência <strong>de</strong> ciclos <strong>de</strong> Carnot,<br />

em um diagrama T x S e discuta o que aconteceria se você<br />

fosse cada vez mais, resfriando o sistema.<br />

Resp: Cada área correspon<strong>de</strong> ao calor Q retirado do<br />

sistema. No limite <strong>de</strong> resfriamento teríamos um processo<br />

isotérmico sem uma correspon<strong>de</strong>nte diminuição da<br />

entropia.<br />

GE 7.3.4) Como os resultados dos dois itens anteriores levam à 3ª. Lei da Termodinâmica?<br />

Resp: Não é possível atingir o zero absoluto através <strong>de</strong> um número finito <strong>de</strong> processos<br />

termodinâmicos.<br />

5


GE 7.4) Variação <strong>de</strong> entropia em processos reversíveis e irreversíveis<br />

GE 7.4.1) Liga-se um ar condicionado em uma sala e a temperatura cai <strong>de</strong> 30º para 17ºC. Responda:<br />

Resp:<br />

a) A variação <strong>de</strong> entropia na sala é positiva?<br />

b) Isso viola a 2ª Lei? Explique.<br />

a) A variação da entropia é negativa, pois foi retirada uma certa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> calor da parte quente<br />

(<strong>de</strong>ntro da sala) e entregue para a vizinhança (lado externo).<br />

b) Este fato não viola a 2ª lei porque a vizinhança tem uma variação positiva <strong>de</strong> entropia, sendo essa<br />

maior que a variação <strong>de</strong> entropia no interior da sala.<br />

GE 7.4.2) Em um dia úmido, o vapor d’água se con<strong>de</strong>nsa em uma superfície fria. Durante a<br />

con<strong>de</strong>nsação como varia a entropia da água? Explique com base na segunda lei da Termodinâmica.<br />

Resp: A entropia da água diminui e da vizinhança aumenta, pois a mesma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> calor que sai<br />

do vapor é cedido à superfície fria. Consi<strong>de</strong>rando a variação total temos um aumento <strong>de</strong> entropia, como<br />

prevê a segunda lei.<br />

GE 7.4.3) Existe alguma variação <strong>de</strong> entropia em movimentos puramente mecânicos?<br />

Resp: A variação <strong>de</strong> entropia ocorre sempre que existir transferência <strong>de</strong> calor.<br />

GE 7.5) Variação <strong>de</strong> <strong>Entropia</strong><br />

GE 7.5.1) Qual é a variação sofrida por 1,0 kg <strong>de</strong> água ao se transformar em vapor a 100º C a uma<br />

pressão <strong>de</strong> 1 atm.<br />

Resp: Encontre o valor <strong>de</strong> Q pela expressão Q = mLV<br />

já que se trata <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> vaporização.<br />

3 ( 2256x10<br />

J / kg.<br />

K ) = kJ<br />

Q = 1kg<br />

2256<br />

Com esse valor e com a temperatura em Kelvin, po<strong>de</strong>-se calcular a variação <strong>de</strong> entropia envolvida no<br />

processo:<br />

3<br />

Q 2256x10 J<br />

3<br />

∆ S = =<br />

= 6,<br />

05x10<br />

J / K<br />

T 373K<br />

GE 7.5.2) Um amostra <strong>de</strong> 1 kg <strong>de</strong> cobre, a 100ºC, é colocada num calorímetro com 4 litros <strong>de</strong> água a<br />

0º C. A capacida<strong>de</strong> calorífica do calorímetro é <strong>de</strong>sprezível. Calcule a variação da entropia:<br />

a) do cobre;<br />

b) da água;<br />

6


c) do universo.<br />

Resp: Calcule a temperatura final do sistema:<br />

Q Q =<br />

cedido<br />

1x0,<br />

386<br />

recebido<br />

( 100 − t)<br />

= 4x4,<br />

190(<br />

t − 0)<br />

t = 2,<br />

26º<br />

C = 275,<br />

4K<br />

Cobre<br />

T<br />

∆ Scobre = mcobreccobre<br />

ln<br />

T<br />

∆S<br />

∆S<br />

cobre<br />

cobre<br />

275,<br />

4<br />

= 0,<br />

386ln<br />

373<br />

= −117J<br />

/ K<br />

F<br />

i<br />

Água<br />

T<br />

∆ S agua = maguac<br />

agua ln<br />

T<br />

∆S<br />

∆S<br />

agua<br />

agua<br />

= 4 ( 4,<br />

190<br />

= 137J<br />

/ K<br />

) ln<br />

F<br />

i<br />

275,<br />

4<br />

273,<br />

15<br />

Universo<br />

∆ S = ∆S<br />

+ ∆S<br />

∆S<br />

∆S<br />

∆S<br />

universo<br />

universo<br />

universo<br />

universo<br />

= ∆S<br />

> 0<br />

agua<br />

agua<br />

+ ∆S<br />

cobre<br />

cobre<br />

= 137 −117<br />

= 20J<br />

/ K<br />

Processo irreversível<br />

GE 7.5.3) Se 500J <strong>de</strong> calor são transferidos <strong>de</strong> uma fonte a 400 K para uma fonte a 300 K, responda:<br />

a) Qual é a variação <strong>de</strong> entropia do universo?<br />

b) Que parcela dos 500J po<strong>de</strong> ser transformada em trabalho?<br />

Resp: A entropia do Universo é a soma das entropias da fonte quente com a da fonte fria<br />

∆S<br />

∆S<br />

∆S<br />

universo<br />

universo<br />

universo<br />

= ∆S<br />

− Q<br />

= +<br />

T<br />

H<br />

H<br />

+ ∆S<br />

Q<br />

T<br />

C<br />

C<br />

⎛ 1 1 ⎞<br />

= 500 ⎜−<br />

+ ⎟ = 0,<br />

417J<br />

/ K<br />

⎝ 400 300 ⎠<br />

b) Calcule a eficiência da máquina usando<br />

T<br />

e = 1−<br />

T<br />

C<br />

H<br />

300<br />

e = 1−<br />

=<br />

400<br />

0,<br />

25<br />

Por fim, calcule o trabalho usando a expressão: W = eQH<br />

( 500)<br />

J<br />

W =<br />

0 , 25 = 125<br />

7


GE 7.5.4) Um sistema absorve 300 J <strong>de</strong> calor <strong>de</strong> uma fonte a 300 K e 200J <strong>de</strong> outra fonte a 400K.<br />

Retorna, então, ao estado inicial, efetuando 100J <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong>scarregando 400J <strong>de</strong> calor em um<br />

reservatório na temperatura T.<br />

Resp:<br />

a) Qual a variação da entropia do sistema em um ciclo completo?<br />

b) Se o ciclo for reversível, qual a temperatura T?<br />

a) A entropia é uma função <strong>de</strong> estado, portanto ela será sempre nula em um processo cíclico<br />

b) O calculo <strong>de</strong> TC po<strong>de</strong> ser feito lembrando que a variação da entropia do Universo é a soma das<br />

variações <strong>de</strong> entropia nas três fontes.<br />

∆S<br />

∆S<br />

300 200 400<br />

0 = + + −<br />

300 400 T<br />

T<br />

C<br />

universo<br />

universo<br />

= 267K<br />

= ∆S<br />

H<br />

Q<br />

= +<br />

T<br />

H<br />

1<br />

1<br />

+ ∆S<br />

+<br />

Q<br />

T<br />

H<br />

C<br />

H<br />

2<br />

2<br />

+ ∆S<br />

GE 7.5.5) Calcule a variação <strong>de</strong> entropia do universo em um processo em que 10 g <strong>de</strong> vapor <strong>de</strong> água<br />

a 100ºC e a 1 atm são introduzidos em um calorímetro <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> calorífica <strong>de</strong>sprezível contendo<br />

150g <strong>de</strong> água e 150g <strong>de</strong> gelo a 0ºC.<br />

Resp: Calcule as transferências <strong>de</strong> energia que ocorrem no calorímetro:<br />

1ª) Calor necessário para <strong>de</strong>rreter 150g <strong>de</strong> gelo:<br />

3<br />

Q = Q = 0,<br />

150kg(<br />

334x10<br />

J / kg.<br />

K ) = 50,<br />

1kJ<br />

mLF<br />

1<br />

2ª) Calor liberado pelo vapor na liquefação e o calor que reduz a temperatura <strong>de</strong> 10g <strong>de</strong> água <strong>de</strong> 100ºC<br />

para 0ºC<br />

Q = mLV<br />

+ mc∆T<br />

3<br />

−3<br />

( 2.<br />

257x10<br />

) + [ 10x10<br />

x4190x100]<br />

= 26,<br />

kJ<br />

−3<br />

Q = ( 10x10<br />

)<br />

76<br />

2<br />

Se Q = Q ∴ T final = 273K<br />

2<br />

1<br />

Encontre a massa <strong>de</strong> gelo que <strong>de</strong>rrete com o calor fornecido a ela:<br />

26,<br />

75<br />

∆ Q = mLF<br />

⇒ m = = 0,<br />

0802kg<br />

= 80,<br />

2g<br />

333,<br />

5<br />

Po<strong>de</strong>-se calcular agora as variações <strong>de</strong> entropia<br />

−<br />

Q<br />

T<br />

C<br />

C<br />

8


Gelo<br />

∆S<br />

∆S<br />

g<br />

g<br />

Vapor<br />

Q2<br />

= = 26,<br />

75J<br />

/ K<br />

273<br />

= 98 J / K<br />

Ti<br />

∆ Svapor = −mvapor<br />

LV<br />

/ Tl<br />

+ maguac<br />

agua ln<br />

T f<br />

∆S<br />

= −22750<br />

/ 373 + 41,<br />

84ln<br />

0,<br />

732<br />

∆S<br />

vapor<br />

vapor<br />

= −74<br />

J / K<br />

GE 7.5.6) Construa o gráfico T x S <strong>de</strong> acordo com os gráficos p x V<br />

Universo<br />

∆ S = ∆S<br />

+ ∆S<br />

∆S<br />

∆S<br />

universo<br />

universo<br />

universo<br />

> 0<br />

gelo<br />

= 24J<br />

/ K<br />

Processo irreversível<br />

9<br />

vapor


GE 7.6) VISÃO MICROSCÓPICA DA ENTROPIA<br />

Suponha que duas moedas sejam lançadas num jogo <strong>de</strong> “cara” e “coroa”. Qual é a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

que ambas exibam “cara”? Só há uma configuração possível para que isso ocorra (veja tabela). O<br />

mesmo vale para se obter ambas com “coroa”. No entanto existem duas maneiras distintas <strong>de</strong> se obter<br />

uma “cara” e uma “coroa”. Existem ao todo 4 possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> configuração, em duas <strong>de</strong>las o sistema<br />

exibe 1 cara e 1 coroa, é portanto esse <strong>de</strong>ve ser o resultado mais provável.<br />

Configuração<br />

microscópica do<br />

sistema “2 moedas”<br />

2 caras<br />

1 cara e 1 coroa<br />

2 coroas<br />

Siga o mesmo raciocínio para 3 moedas:<br />

Configuração microscópica<br />

do sistema “3 moedas”<br />

Possibilida<strong>de</strong>s<br />

microscópicas<br />

Possibilida<strong>de</strong>s microscópicas<br />

Nº <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s<br />

microscópicas para um<br />

mesmo estado<br />

macroscópico<br />

1<br />

2<br />

1<br />

Nº <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s<br />

microscópicas para um<br />

mesmo estado<br />

macroscópico<br />

10


3 caras<br />

2 caras e 1 coroa<br />

1 cara e 2 coroas<br />

3 coroas<br />

GE 7.6.1) Qual é o resultado mais provável ao lançar 3 moedas?<br />

Resp: Pela tabela acima, vemos que existem 3 possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> se obter 2 caras e 3 possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

se obter 2 coroas. Essas duas configurações são as que tem a maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrer quando<br />

se lança 3 moedas.<br />

GE 7.6.2) Em um jogo com seu colega, no qual fossem lançadas quatro moedas, você apostaria em:<br />

a) todas exibindo cara b) todas exibindo coroa<br />

c) 1 cara e 3 coroas d) 2 coroas e 2 caras<br />

Qual a razão da sua escolha?<br />

Resp: Por existe mais chance <strong>de</strong> ocorrer a configuração “d” quando se tem 2 caras e duas coroas,<br />

comparado com as <strong>de</strong>mais possibilida<strong>de</strong>s.<br />

GE 7.6.3) Repita o mesmo procedimento das figura acima, mas agora consi<strong>de</strong>rando 4 moedas. Sua<br />

resposta se confirma?<br />

Resp: A resposta se confirma já que há seis configurações possíveis para se obter 2 caras e duas<br />

coroas e para as <strong>de</strong>mais configurações o número <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s é menor (4 ou 1)<br />

Configuração microscópica do<br />

sistema “4 moedas”<br />

todas exibindo cara<br />

Possibilida<strong>de</strong>s<br />

microscópicas<br />

1<br />

3<br />

3<br />

1<br />

Nº <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s<br />

microscópicas para um mesmo<br />

estado macroscópico<br />

1<br />

11


três caras e uma coroa<br />

Duas caras e duas coroas<br />

Uma cara e três coroas<br />

Quatro coroas<br />

GE 7.6.4) Em um novo jogo seu colega lança 4 moedas , sendo que uma foi pintada <strong>de</strong> azul. Ele lhe<br />

diz que obteve 4 caras, facilmente você po<strong>de</strong> dizer que a moeda azul saiu exibindo cara. Caso seu<br />

colega lhe dissesse que a configuração é <strong>de</strong> 2 caras e 2 coroas, e lhe perguntasse: Como está a<br />

moeda azul? Você po<strong>de</strong>ria respon<strong>de</strong>r com certeza a essa pergunta?<br />

Resp: Quando as moedas caem todas exibindo cara é evi<strong>de</strong>nte a configuração <strong>de</strong> cada moeda<br />

individualmente. Isso não ocorre quando elas caem 2 caras e 2 coroas. A moeda azul po<strong>de</strong> estar entre<br />

as duas que caíram exibindo cara ou entre as duas que caíram exibindo coroa; não há como afirmar<br />

com certeza a posição <strong>de</strong> nenhuma das moedas individualmente.<br />

GE 7.6.5) Se um <strong>de</strong>terminado número <strong>de</strong> moléculas confinados num cilindro se expan<strong>de</strong>m em uma<br />

sala, o número <strong>de</strong> posições on<strong>de</strong> ela po<strong>de</strong> ser encontrada aumenta ou diminui?<br />

4<br />

6<br />

4<br />

1<br />

12


Resp: O número <strong>de</strong> posições aumenta, já que ela tem mais espaço para percorrer. A princípio uma<br />

molécula po<strong>de</strong>ria ser encontrada com certeza <strong>de</strong>ntro do cilindro, em alguma posição daquele pequeno<br />

espaço. Após a expansão ela po<strong>de</strong>rá estar em qualquer posição <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> todo o espaço da sala.<br />

GE 7.6.6) Aumenta-se a temperatura <strong>de</strong> um certo gás confinado em um êmbolo. Como isso interfere na<br />

distribuição <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s das moléculas? O que se po<strong>de</strong> afirmar <strong>sobre</strong> o número <strong>de</strong> posições<br />

possíveis que as moléculas po<strong>de</strong>m ocupar <strong>de</strong>ntro do êmbolo antes e <strong>de</strong>pois do aquecimento?<br />

Resp: O aumento <strong>de</strong> temperatura, como já foi visto anteriormente, aumenta a energia interna do<br />

sistema. Assim, tendo maior energia interna um maior número <strong>de</strong> moléculas po<strong>de</strong>rá ocupar as<br />

posições possíveis e disponíveis para o gás <strong>de</strong>ntro do êmbolo <strong>de</strong>pois do aquecimento.<br />

GE 7.6.7) Seja w o número <strong>de</strong> estados microscópicos possíveis para um dado estado macroscópico.<br />

Po<strong>de</strong>mos mostrar que a entropia S <strong>de</strong> um estado macroscópico é dada por S = k ln w . On<strong>de</strong> k é a<br />

constante <strong>de</strong> Boltzmann. Como entropia é uma variável <strong>de</strong> estado (ou seja, em qualquer processo a<br />

variação da entropia é o que interessa) po<strong>de</strong>mos dizer que<br />

∆ S = S − S<br />

2<br />

∆ S = k ln w − k ln w<br />

∆ S =<br />

2<br />

1<br />

w<br />

k ln<br />

w<br />

Consi<strong>de</strong>re que n moles <strong>de</strong> um gás estão à temperatura T confinados em uma caixa termicamente<br />

isolada e dividida por uma pare<strong>de</strong> em dois compartimentos, cada um com volume V. Inicialmente em<br />

um dos compartimentos foi feito vácuo. A seguir quebramos a pare<strong>de</strong> e o gás se expan<strong>de</strong> e preenche<br />

completamente os dois compartimentos da caixa. Calcule a variação <strong>de</strong> entropia nesse processo <strong>de</strong><br />

expansão livre, usando a <strong>de</strong>finição microscópica da entropia dada acima.<br />

Resp:<br />

Não há trabalho realizado, não há variação da energia interna, contudo as moléculas tem 2 vezes mais<br />

espaço para se mover.<br />

= n A é o número total <strong>de</strong> moléculas, assim , o número total <strong>de</strong> moléculas cresce <strong>de</strong><br />

w<br />

2<br />

<br />

= 2 w<br />

1<br />

w<br />

∆S<br />

= k ln<br />

w<br />

∆S<br />

= k ln 2<br />

∆S<br />

= k<br />

2<br />

1<br />

<br />

ln 2<br />

<br />

2 w<br />

= k ln<br />

w<br />

1<br />

1<br />

2<br />

1<br />

1<br />

<br />

2 , ou seja<br />

13


Como = n A e<br />

S =<br />

R<br />

k = , obtemos<br />

<br />

( n ) R ln 2 = nR ln 2<br />

A<br />

⎛<br />

⎜<br />

⎝<br />

<br />

A<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

A<br />

∆ Este resultado é o mesmo que seria obtido se o cálculo fosse feito<br />

através da expressão:<br />

Q<br />

∆ S =<br />

T<br />

© Todos os diretos reservados. <strong>Departamento</strong> <strong>de</strong> Física da UFMG<br />

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