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MOACyR FENElON - Instituto Moreira Salles

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produção cooperativado é de sua inspiração,<br />

cuja equipe de realização se intitulava Equipe<br />

Moacyr Fenelon e cujo tema, a favela, estava<br />

prefigurado em Tudo azul. Além disso, os filmes<br />

recuperados guardam méritos seja como<br />

documentos históricos da era de ouro do filme<br />

popular brasileiro, seja como repositórios<br />

da cultura brasileira do pós Segunda Guerra<br />

Mundial, momento em que as mudanças na<br />

estrutura da sociedade brasileira começaram a<br />

se fazer sentir de forma mais saliente.<br />

2.<br />

Grande parte do esforço do Projeto foi direcionado<br />

à reconstituição a mais completa possível<br />

de obras que se encontravam fora de circulação<br />

devido a seus negativos originais estarem<br />

incompletos ou perdidos há muito tempo.<br />

Dos filmes selecionados apenas O dominó negro<br />

ainda possui os negativos de imagem e de<br />

som em suporte nitrato, embora carentes do<br />

rolo 2 de imagem e do rolo 6 de som, que tiveram<br />

que ser reinseridos a partir da descoberta<br />

de uma cópia 16mm não totalmente completa<br />

nestes pontos. Com exceção de A inconveniência<br />

de ser esposa, os demais possuíam vários<br />

materiais em condição fragmentária, sendo<br />

o caso mais dramático o de Estou aí?. De A<br />

inconveniência de ser esposa restou apenas um<br />

contratipo feito nos anos 1970 a partir da única<br />

cópia remanescente do lançamento original<br />

em 1951, material este que não existe mais.<br />

Neste caso as intervenções para a confecção<br />

de nova matriz de preservação e de nova cópia<br />

de exibição foram pequenas, não sendo possível<br />

resolver de forma significativa os problemas<br />

apresentados, pois já estavam incorporados<br />

como registro fotográfico. Estou aí? representava<br />

um desafio de natureza oposta, pois<br />

foram localizadas quatro cópias e mais alguns<br />

fragmentos do filme, tudo em 16mm, embora<br />

o filme tivesse sido rodado originalmente em<br />

35mm. Todas as cópias estavam com muitas<br />

lacunas, às vezes alguns fotogramas, às vezes<br />

longos trechos com cerca de 1 a 2 minutos de<br />

filme. A qualidade fotográfica desses materiais<br />

também divergia entre si, indicando terem<br />

sido confeccionados em diferentes momentos,<br />

sendo um deles claramente uma cópia rejeitada<br />

de laboratório, por seu extremo contraste,<br />

mas que foi utilizada em alguns momentos,<br />

por possuir trechos inexistentes nos demais<br />

materiais. A minuciosa e necessária comparação<br />

entre essas diversas fontes, visando a definição<br />

de material de base, o preenchimento<br />

das lacunas e o cotejo dos melhores trechos<br />

Produção de grande envergadura,<br />

com a recriação em estúdio de um hospital e de um vagão de trem,<br />

Obrigado doutor,<br />

adaptação de uma novela do rádio,<br />

tinha no astro de teatro Rodolfo Mayer seu maior trunfo.

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