Edição nº 2 (Setembro/2012) - Governo do Estado de São Paulo
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BOLETIM<br />
ECONOMIA AMBIENTAL<br />
SETEMBRO <strong>2012</strong><br />
Criação: CCI-3 - Comunicação
BOLETIM DE ECONOMIA<br />
AMBIENTAL<br />
Nº 2<br />
<strong>Setembro</strong> <strong>2012</strong><br />
1. Créditos <strong>de</strong> Carbono<br />
1.1 Visão Geral<br />
Em junho <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, a Prefeitura <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> leiloou, na Bolsa <strong>de</strong> Valores, Merca<strong>do</strong>rias<br />
e Futuros <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> (BM&F Bovespa), um lote <strong>de</strong> 530 mil créditos <strong>de</strong> carbono (RCEs),<br />
provenientes <strong>do</strong> projeto <strong>do</strong> Aterro Sanitário Ban<strong>de</strong>irantes. O valor pago pela empresa vence<strong>do</strong>ra<br />
foi <strong>de</strong> 3,30€ (três euros e trinta cent.) por RCE, representan<strong>do</strong> um ágio <strong>de</strong> 22,22% em relação ao<br />
preço mínimo <strong>de</strong> 2,70€, resultan<strong>do</strong> numa receita <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> R$ 4,5 milhões.<br />
Os créditos <strong>de</strong> carbono são certifica<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s por projetos que reduzam ou absorvam emissões<br />
<strong>de</strong> gases <strong>do</strong> efeito estufa (GEE) 1 . Cada tonelada <strong>de</strong> CO 2 equivalente 2 não emitida ou retirada<br />
da atmosfera se transforma em uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> carbono. O merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> carbono<br />
foi a forma encontrada pelos países signatários <strong>do</strong> Protocolo <strong>de</strong> Quioto para cumprimento das<br />
metas <strong>de</strong> redução das emissões <strong>do</strong>s GEE.<br />
1.2 Protocolo <strong>de</strong> Quioto<br />
O Protocolo <strong>de</strong> Quioto foi estabeleci<strong>do</strong> durante a terceira Conferência das Partes (COP 3), realizada<br />
na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Quioto, Japão, sen<strong>do</strong> um protocolo à Convenção-Quadro das Nações Unidas<br />
sobre Mudança <strong>do</strong> Clima (UNFCCC, sigla em inglês <strong>de</strong> United Nations Framework Conference<br />
on Climate Change), um acor<strong>do</strong> multilateral aprova<strong>do</strong> durante a Conferência das Nações Unidas<br />
para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992, no Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
1 GEE (Greenhouse Gases – GHG) – São os gases lista<strong>do</strong>s no Anexo A <strong>do</strong> Protocolo <strong>de</strong> Quioto, quais sejam: (i) dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> carbono<br />
(CO2); (ii) metano (CH4); (iii) óxi<strong>do</strong> nitroso (N2O); (iv) hexafluoreto <strong>de</strong> enxofre (SF6); e (v) famílias <strong>de</strong> gases hidrofluorcarbonos<br />
(HFCs) e perfluorcarbonos (PFCs).<br />
2 CO 2 equivalente é calcula<strong>do</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o Potencial <strong>de</strong> Aquecimento Global (Global Warming Potencial - GWP) para 100 anos.<br />
O GWP é uma medida <strong>de</strong> como uma <strong>de</strong>terminada quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gás <strong>do</strong> efeito estufa (GEE) contribui para o aquecimento global.<br />
Elabora<strong>do</strong> pela Consultoria Técnica <strong>de</strong> Economia e Orçamento - CTEO
BOLETIM DE ECONOMIA AMBIENTAL<br />
Página 2<br />
O Protocolo <strong>de</strong> Quioto <strong>de</strong>fine metas <strong>de</strong> emissões juridicamente vinculantes para as Partes no<br />
Anexo I 3 (países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s) da Convenção e estabelece mecanismos para atendimento <strong>de</strong>ssas<br />
metas.<br />
Pelo acor<strong>do</strong>, no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> chama<strong>do</strong> primeiro perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> compromisso, que correspon<strong>de</strong> aos<br />
anos <strong>de</strong> 2008 a <strong>2012</strong>, as Partes constantes no Anexo I e que ratificaram o Protocolo <strong>de</strong>vem reduzir<br />
as emissões <strong>de</strong> GEE conforme Anexo B 4 , em uma média <strong>de</strong> 5,2% em relação aos níveis<br />
verifica<strong>do</strong>s em 1990. Cada país tem uma meta, calculada com base na contribuição <strong>de</strong> cada um<br />
para as emissões totais <strong>de</strong> GEE lançadas na atmosfera <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a revolução industrial. O Protocolo<br />
não compreen<strong>de</strong> os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e não obriga ações imediatas <strong>de</strong> países em <strong>de</strong>senvolvimento,<br />
como China, Índia e Brasil.<br />
Nos termos <strong>do</strong> trata<strong>do</strong>, os países <strong>de</strong>vem cumprir as suas metas principalmente através <strong>de</strong> medidas<br />
nacionais. Como um meio adicional <strong>de</strong> cumprimento <strong>de</strong> suas metas, o Protocolo <strong>de</strong> Quioto<br />
introduziu três mecanismos basea<strong>do</strong>s no merca<strong>do</strong>, crian<strong>do</strong> assim o que hoje é conheci<strong>do</strong> como<br />
“merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> carbono”. São eles:<br />
3 O Anexo I da Convenção é integra<strong>do</strong> pelas Partes signatárias da UNFCCC pertencentes, em 1990, à OCDE e pelos países industrializa<strong>do</strong>s<br />
da antiga União Soviética e <strong>do</strong> Leste Europeu.<br />
4 No Anexo B <strong>do</strong> Protocolo <strong>de</strong> Quioto estão listadas as metas <strong>de</strong> reduções <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> GEE, que são exclusivas às Partes no<br />
Anexo I da UNFCCC. Existem 39 Partes no Anexo B, que são as mesmas 41 listadas no Anexo I da Convenção, com exceção da<br />
Turquia e da Bielo-Rússia. Decisão posterior inclui Bielo-Russia no Anexo B.<br />
Sumário:<br />
1. Créditos <strong>de</strong> Carbono 1<br />
2 . Alvarás <strong>de</strong> Aprovação <strong>de</strong> Novas<br />
Edificações<br />
3.Execução Orçamentária - SVMA,<br />
FEMA e FMSAI<br />
10<br />
15<br />
CONSULTORIA TÉCNICA DE ECONOMIA E<br />
ORÇAMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE<br />
SÃO PAULO:<br />
Consultores Técnicos Legislativos Economistas:<br />
Adriano Nunes Borges, Alexandre Henrique<br />
Car<strong>do</strong>so, Bruno Nunes Me<strong>de</strong>iro, Emerson Ril<strong>do</strong><br />
Araújo <strong>de</strong> Carvalho, Fernanda Graziella Car<strong>do</strong>so,<br />
Gilberto Rodrigues Hashimoto, Márcia Akemi En<strong>do</strong>,<br />
Regina Eiko Kimachi, Rodrigo Mantovani Policano,<br />
Sidney Richard Sylvestre e Thiago <strong>de</strong> Carvalho<br />
Alves.<br />
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BOLETIM DE ECONOMIA AMBIENTAL<br />
Página 3<br />
Mecanismos <strong>de</strong> Flexibilização <strong>do</strong> Protocolo <strong>de</strong> Quioto<br />
Comércio <strong>de</strong> Emissões<br />
Permite que um país, que tenha ti<strong>do</strong><br />
menos emissões que o permiti<strong>do</strong>,<br />
transfira a sua "folga" para outro país<br />
que não tenha alcança<strong>do</strong> tal condição,<br />
sen<strong>do</strong> os <strong>do</strong>is países integrantes <strong>do</strong><br />
Anexo I da Convenção. As emissões<br />
permitidas são divididas em Unida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Atribuída (Assigned<br />
Amount Unit - AAU). As AAUs po<strong>de</strong>m<br />
ser utilizadas pelas Partes constantes<br />
no Anexo I como forma <strong>de</strong><br />
cumprimento parcial <strong>de</strong> suas metas <strong>de</strong><br />
redução <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> gases <strong>de</strong><br />
efeito estufa.<br />
Implementação Conjunta<br />
Este mecanismo permite a um país<br />
que possui limites <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong><br />
GEE <strong>de</strong>senvolver um projeto <strong>de</strong><br />
remoção <strong>de</strong> emissões em outro país<br />
<strong>do</strong> Anexo B, fican<strong>do</strong> assim com os<br />
créditos <strong>de</strong> carbono, aqui chama<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Emissão Reduzida<br />
(Emission Reduction Units - ERUs). As<br />
ERUs po<strong>de</strong>m ser utilizadas pelas<br />
Partes constantes no Anexo I como<br />
forma <strong>de</strong> cumprimento parcial <strong>de</strong> suas<br />
metas <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong><br />
gases <strong>de</strong> efeito estufa.<br />
Mecanismo <strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo<br />
(MDL)<br />
Este mecanismo consiste na<br />
implantação <strong>de</strong> um projeto em um país<br />
não constante no Anexo I com o<br />
objetivo <strong>de</strong> reduzir as emissões <strong>de</strong><br />
GEE e contribuir para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento sustentável local. O<br />
crédito <strong>de</strong> carbono gera<strong>do</strong> é chama<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> Redução Certificada <strong>de</strong> Emissão -<br />
RCE (Certified Emission Reduction),<br />
que po<strong>de</strong>rá ser negocia<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong><br />
mundial. As RCEs po<strong>de</strong>m ser<br />
utilizadas pelas Partes constantes no<br />
Anexo I como parte <strong>do</strong> cumprimento<br />
<strong>de</strong> suas obrigações quantificadas <strong>de</strong><br />
redução ou limitação <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong><br />
GEE.<br />
O protocolo <strong>de</strong> Quioto foi renova<strong>do</strong> para um novo perío<strong>do</strong>, <strong>de</strong> 2013 até 2017 ou 2020 (a data<br />
final ainda será <strong>de</strong>finida). Porém, países da União Europeia já sinalizam que vão adquirir apenas<br />
créditos <strong>de</strong> projetos aprova<strong>do</strong>s até o fim <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, já que, a partir <strong>de</strong> 2013, as regras <strong>do</strong><br />
merca<strong>do</strong> po<strong>de</strong>m mudar.<br />
Além das incertezas quanto às regras, o impacto da crise econômica fez com que os preços <strong>do</strong><br />
carbono <strong>de</strong>spencassem, influencia<strong>do</strong>s pela queda na <strong>de</strong>manda das metas <strong>de</strong> redução, já que<br />
as emissões <strong>de</strong> GEE na Europa caíram pelo segun<strong>do</strong> ano consecutivo, <strong>de</strong>corrente principalmente<br />
da fraca ativida<strong>de</strong> industrial, e agrava<strong>do</strong>s pela agitação <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s financeiros, que<br />
ten<strong>de</strong>m a optar por ativos e merca<strong>do</strong>s <strong>de</strong> menor risco.<br />
Essa queda nos preços po<strong>de</strong> ser observada nos leilões realiza<strong>do</strong>s pela Prefeitura <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />
O último leilão, em junho <strong>de</strong>ste ano, obteve um preço <strong>de</strong> 3,30€ por crédito <strong>de</strong> carbono, bastante<br />
inferior ao que foi obti<strong>do</strong> nos <strong>do</strong>is leilões anteriores. Em 2007, foi leiloa<strong>do</strong> um lote <strong>de</strong><br />
808,45 mil créditos <strong>de</strong> carbono emiti<strong>do</strong>s no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2003 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />
2006, provenientes <strong>do</strong> Aterro Sanitário Ban<strong>de</strong>irantes, vendi<strong>do</strong>s a 16,20€ por RCE, geran<strong>do</strong> receita<br />
<strong>de</strong> R$ 34,05 milhões. Em 2008, foram vendi<strong>do</strong>s 454 mil créditos <strong>de</strong> carbono <strong>do</strong> aterro<br />
Ban<strong>de</strong>irantes e 259 mil <strong>do</strong> aterro São João, resultan<strong>do</strong> numa arrecadação <strong>de</strong> R$ 37,2 milhões.<br />
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Página 4<br />
2.2. Mecanismo <strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo - MDL<br />
O Mecanismo <strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo é o único mecanismo <strong>de</strong> flexibilização previsto no<br />
Protocolo <strong>de</strong> Quioto que permite a participação <strong>de</strong> Partes não pertencentes ao Anexo I, tais<br />
como Brasil.<br />
O órgão responsável pela supervisão <strong>do</strong>s projetos <strong>de</strong> MDL é o Comitê Executivo (CE) da<br />
UNFCCC, que aprova os projetos e as meto<strong>do</strong>logias <strong>de</strong>ste esquema.<br />
Até 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, 4.411 projetos haviam si<strong>do</strong> registra<strong>do</strong>s pelo Comitê Executivo <strong>do</strong><br />
MDL, com estimativa <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> 625 milhões <strong>de</strong> toneladas métricas <strong>de</strong> CO 2<br />
equivalente por ano.<br />
Gráfico 1.1 – Projetos <strong>de</strong> Mecanismo <strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo registra<strong>do</strong>s por<br />
país <strong>de</strong> acolhimento<br />
FONTE: http://cdm.unfccc.int/Statistics/Registration/NumOfRegisteredProjByHostPartiesPieChart.html, acesso em<br />
02/08/<strong>2012</strong><br />
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2.3. Mecanismo <strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo no Brasil<br />
Atualmente, as RCE são negociadas, no merca<strong>do</strong> à vista, por meio <strong>do</strong> sistema eletrônico <strong>de</strong><br />
leilões, <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pela BM&FBOVESPA para esse merca<strong>do</strong>.<br />
Dos 207 projetos no Brasil registra<strong>do</strong>s pelo Conselho Executivo <strong>do</strong> MDL, 23,7% são projetos<br />
unilaterais, ou seja, têm si<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s apenas por participantes nacionais. O restante<br />
<strong>do</strong>s projetos possui envolvimento direto <strong>de</strong> um ou mais países constantes no Anexo I. Reino<br />
Uni<strong>do</strong> da Grã-Bretanha e Irlanda <strong>do</strong> Norte está presente em 46,4% <strong>do</strong>s projetos brasileiros<br />
registra<strong>do</strong>s, segui<strong>do</strong> da Suíça, com 44%, Japão, com 12,6% e Holanda, com 10,6%.<br />
Gráfico 1.2 – Participação das Partes nos projetos <strong>de</strong> MDL <strong>do</strong> Brasil<br />
FONTE: http://cdm.unfccc.int/Statistics/Registration/NumOfRegisteredProjByHostPartiesPieChart.html, acesso em<br />
02/08/<strong>2012</strong><br />
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Página 6<br />
2.4 Mecanismo <strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo e Prefeitura Municipal <strong>de</strong><br />
São <strong>Paulo</strong><br />
A Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> possui <strong>do</strong>is projetos <strong>de</strong> MDL <strong>de</strong> aproveitamento <strong>do</strong>s gases produzi<strong>do</strong>s<br />
por aterros sanitários, o Projeto Ban<strong>de</strong>irantes <strong>de</strong> Gás <strong>de</strong> Aterro e Geração <strong>de</strong> Energia e o<br />
Projeto <strong>do</strong> Aterro São João para Geração <strong>de</strong> Energia. O sistema consiste em converter o metano<br />
produzi<strong>do</strong> pela <strong>de</strong>composição <strong>do</strong> lixo em gás carbônico, com a queima controlada <strong>do</strong><br />
metano e aproveitamento para geração <strong>de</strong> energia elétrica. Embora haja emissão <strong>de</strong> CO 2 , há<br />
ganho ambiental, uma vez que o metano é 21 vezes mais nocivo que o gás carbônico na formação<br />
<strong>do</strong> efeito estufa.<br />
Esses projetos foram implementa<strong>do</strong>s pela Prefeitura <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> e pela empresa Biogás<br />
Energia Ambiental, <strong>de</strong>tentora da tecnologia <strong>de</strong> extração <strong>de</strong> gases bioquímicos <strong>de</strong> aterros.<br />
Conforme informa<strong>do</strong> nos projetos, a capacida<strong>de</strong> estimada <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> CO 2<br />
equivalente <strong>do</strong>s aterros Ban<strong>de</strong>irantes e São João é <strong>de</strong> 1,06 milhão <strong>de</strong> toneladas métricas por<br />
ano.<br />
Gráfico 1.3 – Créditos <strong>de</strong> Carbono Emiti<strong>do</strong>s - Projetos Ban<strong>de</strong>irantes e São João<br />
FONTE: http://cdm.unfccc.int/Projects/projsearch.html, acesso em 10/08/<strong>2012</strong>.<br />
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Página 7<br />
Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s da UNFCCC, já foram emiti<strong>do</strong>s mais <strong>de</strong> 6 milhões <strong>de</strong> CERs para esses <strong>do</strong>is<br />
projetos. Destes, 3,6 milhões <strong>de</strong> CERs são provenientes <strong>do</strong> aterro Ban<strong>de</strong>irantes, referentes<br />
ao perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2003 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010, e 2,4 milhões <strong>de</strong> CERs <strong>do</strong> aterro São<br />
João, referente ao perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2007 a janeiro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>.<br />
De acor<strong>do</strong> com os Contratos <strong>de</strong> Concessão n°18/SVMA/G /2000 e n°20/SVMA/G/2000, os<br />
créditos <strong>de</strong> carbono gera<strong>do</strong>s nos projetos são dividi<strong>do</strong>s em partes iguais entre a Prefeitura<br />
Municipal <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> e a empresa Biogás Energia Ambiental.<br />
Os créditos <strong>de</strong> carbono vendi<strong>do</strong>s em leilões pela Prefeitura <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> geraram até o momento<br />
mais <strong>de</strong> R$ 75 milhões, recursos que estão sen<strong>do</strong> aplica<strong>do</strong>s nas regiões on<strong>de</strong> estão<br />
inseri<strong>do</strong>s os aterros, como forma <strong>de</strong> compensação pelo passivo: Subprefeituras <strong>de</strong> Perus e<br />
Pirituba, no caso <strong>do</strong> Aterro Ban<strong>de</strong>irantes, e Subprefeituras <strong>de</strong> São Mateus e Cida<strong>de</strong> Tira<strong>de</strong>ntes,<br />
no caso <strong>do</strong> Aterro São João.<br />
O dinheiro arrecada<strong>do</strong> com a venda <strong>do</strong>s créditos é direciona<strong>do</strong> ao Fun<strong>do</strong> Especial <strong>do</strong> Meio<br />
Ambiente (Fema) e reverti<strong>do</strong> em projetos ambientais, conforme Tabelas 1.1 e 1.2. De acor<strong>do</strong><br />
com o Conselho <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Especial <strong>do</strong> Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável -<br />
CONFEMA, <strong>de</strong> 2008 a 2011 foram aplica<strong>do</strong>s R$ 52,3 milhões nas regiões on<strong>de</strong> estão inseri<strong>do</strong>s<br />
os aterros. Para <strong>2012</strong>, estão previstos R$ 26,4 milhões em projetos financia<strong>do</strong>s com recursos<br />
<strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> carbono.<br />
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Página 8<br />
TABELA 1.1 – Projetos Financia<strong>do</strong>s com recursos <strong>de</strong> Crédito <strong>de</strong> Carbono 2008 - 2009<br />
Objeto<br />
Valor Pago<br />
(R$)<br />
Plano <strong>de</strong> Bairro Destrito <strong>de</strong> Perus 587.278<br />
Contrato <strong>de</strong> Desfazimento Sub <strong>de</strong> Pirituba<br />
706.666<br />
Praça Jardim Monte Belo 509.751<br />
Praça Mogoeiro 411.436<br />
Praça Jardim Cuitegi 172.277<br />
CRAS Anhanguera 13.358<br />
Praça Tarcon 23.060<br />
Praça Canhoba 36.724<br />
Projeto para equipamento público<br />
esportivo Sub <strong>de</strong> Perus<br />
28.780<br />
Objeto<br />
Aquisição <strong>de</strong> livros - Projeto Zela<strong>do</strong>res<br />
<strong>de</strong> Praças<br />
Aquisição <strong>de</strong> uniformes - Projeto Zela<strong>do</strong>res<br />
<strong>de</strong> Praças<br />
Aquisição <strong>de</strong> EPIs - Projeto Zela<strong>do</strong>res<br />
<strong>de</strong> Praças<br />
Aquisição <strong>de</strong> Ferramentas - Projeto<br />
Zela<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Praças<br />
Palest. Renata Iri<strong>de</strong> Longo da Costa –<br />
Projeto Zela<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Praças<br />
Palestrante Marco Aurélio Gattamorta<br />
- Projeto Zela<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Praças<br />
Palest. José Luiz Domingues - Projeto<br />
Zela<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Praças<br />
Contrato <strong>de</strong> Desfazimento Sub <strong>de</strong> Pirituba<br />
Praças (Tarcon, José Correia Picanço,<br />
Canhoba, Mogeiro, Cuitegi, Monte<br />
Belo, Flor <strong>de</strong> Imperatriz, Vale <strong>do</strong> Saber)<br />
Valor Pago<br />
(R$)<br />
6.381<br />
27.878<br />
16.504<br />
13.944<br />
7.200<br />
4.800<br />
6.000<br />
564.746<br />
614.795<br />
Projeto para 9 praças Sub <strong>de</strong> Perus 139.711 Parque Senhor <strong>do</strong> Vale 644.032<br />
Desapropriação para o Parque Linear<br />
Ribeirão Perus<br />
Desapropriação para o Parque Linear<br />
Ribeirão Perus<br />
Desapropriação para o Parque Linear<br />
Ribeirão Perus<br />
Desapropriação para o Parque Linear<br />
Ribeirão Perus<br />
115.754 CRAS Anhanguera 2.341.060<br />
1.867.326<br />
6.755.607<br />
388.464<br />
Desapropriação para o Parque Linear<br />
Ribeirão Perus<br />
Desapropriação para o Parque Linear<br />
Ribeirão Perus<br />
Desapropriação para o Parque Linear<br />
Ribeirão Perus<br />
941.257<br />
23.306<br />
408.973<br />
Total Pago - 2008 11.756.192 Total Pago - 2009 5.620.876<br />
FONTE: CONFEMA<br />
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Página 9<br />
TABELA 1.2 – Projetos Financia<strong>do</strong>s com recursos <strong>de</strong> Crédito <strong>de</strong> Carbono 2010 - 2011<br />
e Plano <strong>de</strong> Aplicação para <strong>2012</strong><br />
Objeto<br />
Parque Senhor <strong>do</strong> Vale e Projeto <strong>do</strong><br />
Parque Linear Ribeirão Perus<br />
Desapropriação para o Parque Linear<br />
Ribeirão Perus<br />
Desapropriação para o Parque Linear<br />
Ribeirão Perus<br />
Desapropriação para o Parque Linear<br />
Ribeirão Perus<br />
Desapropriação para o Parque Linear<br />
Ribeirão Perus<br />
Valor Pago<br />
(R$)<br />
1.075.613<br />
2.128.289<br />
Objeto<br />
Praça Senhor <strong>do</strong> Vale e projeto Pq.<br />
Linear Ribeirão Perus<br />
CRAS Anhanguera. Escola<strong>de</strong> Marcenaria,<br />
Ecoponto<br />
Valor Pago<br />
(R$)<br />
488.304<br />
2.067.789<br />
221.134 Total Pago - 2011 2.556.093<br />
6.085.858<br />
265.244<br />
Desapropriações Parque Anhanguera 1.419.110<br />
Desapropriações Parque Anhanguera 1.696.394<br />
Desapropriações Parque Anhanguera 1.495.883 Plano <strong>de</strong> Aplicação para <strong>2012</strong> (R$)<br />
Desapropriações Parque Anhanguera 1.419.110<br />
Desapropriações Parque Anhanguera 6.636.400<br />
Desapropriações Parque Anhanguera 3.639.308<br />
Desapropriações Parque Anhanguera 1.717.123<br />
Desapropriações para implantação <strong>do</strong><br />
Parque Limoeiro<br />
Desapropriações para o Parque Natural<br />
Cabeceiras <strong>do</strong> Aricanduva<br />
Implantação <strong>do</strong> Parque Linear Alto <strong>do</strong><br />
Aricanduva<br />
Desapr. Área para impl. Pq. Linear Ribeirão<br />
Perus<br />
2.000.000<br />
5.000.000<br />
2.500.000<br />
1.000.000<br />
Desapropriações Parque Anhanguera 2.364.353 Implantação <strong>de</strong> Viveiros 9.400.000<br />
Desapropriação em área <strong>de</strong> risco -<br />
Travessa José <strong>de</strong> Oliveira<br />
CRAS Anhanguera, Praças, UTI II e Escola<br />
<strong>de</strong> Marcenaria<br />
10.324 Praças em São Mateus 2.500.000<br />
2.270.188 Obras em andamento 4.061.640<br />
Total Pago - 2010 32.444.329 Total Previsto - <strong>2012</strong> 26.461.640<br />
FONTE: CONFEMA<br />
Elabora<strong>do</strong> pela Consultoria Técnica <strong>de</strong> Economia e Orçamento - CTEO
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Página 10<br />
2. Alvarás <strong>de</strong> Aprovação <strong>de</strong> Novas Edificações<br />
A Prefeitura <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> divulga por meio da Secretaria Municipal <strong>de</strong> Habitação a relação<br />
<strong>de</strong> processos para obtenção <strong>de</strong> alvarás aprova<strong>do</strong>s mês a mês*. Um da<strong>do</strong> interessante <strong>do</strong><br />
ponto <strong>de</strong> vista ambiental é a emissão <strong>de</strong> alvarás para novas edificações, pois po<strong>de</strong> indicar<br />
não só um a<strong>de</strong>nsamento “espera<strong>do</strong>” na cida<strong>de</strong> ao longo <strong>do</strong> tempo, como também o ritmo <strong>de</strong><br />
expansão <strong>de</strong> novas construções que porventura po<strong>de</strong>m ocupar áreas ver<strong>de</strong>s ou gerar efeitos<br />
ambientais relevantes (como poluição por aumento <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> carros).<br />
Na edição passada <strong>de</strong>ste boletim, foram apresenta<strong>do</strong>s alguns da<strong>do</strong>s sobre o assunto referentes<br />
ao perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2004 a Dezembro <strong>de</strong> 2011. A partir <strong>de</strong>sta edição iremos atualizar<br />
a sessão com as informações <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, conforme sua divulgação através <strong>do</strong> portal da<br />
Prefeitura. Assim como no estu<strong>do</strong> anterior, da base disponibilizada, consi<strong>de</strong>ramos para compilação<br />
apenas os processos cuja <strong>de</strong>scrição se enquadravam em “Alvará <strong>de</strong> aprovação <strong>de</strong><br />
edificações novas” ou “Alvará <strong>de</strong> aprovação e execução <strong>de</strong> edificações novas”. As Tabelas<br />
2.1 e 2.2 mostram, por subprefeitura, o total, em m², <strong>de</strong> novas construções aprovadas, seguin<strong>do</strong><br />
a meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong>scrita logo acima, para o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2004 até Julho <strong>de</strong> <strong>2012</strong> – última<br />
informação disponibilizada até o fechamento <strong>de</strong>ste trabalho e um comparativo entre as médias<br />
mensais <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> com as médias mensais <strong>de</strong> <strong>2012</strong>. Como po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong>, a média<br />
mensal <strong>de</strong> <strong>2012</strong> apresenta uma elevação <strong>de</strong> 1,66% em relação à mesma média para to<strong>do</strong><br />
o perío<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> (2004-<strong>2012</strong>).<br />
* Os da<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s não abrangem as construções <strong>de</strong> que trata o Decreto 48.379/2007, que transferiu diversas atribuições da<br />
Secretaria <strong>de</strong> Habitação às Subprefeituras.<br />
Elabora<strong>do</strong> pela Consultoria Técnica <strong>de</strong> Economia e Orçamento - CTEO
BOLETIM DE ECONOMIA AMBIENTAL<br />
Página 11<br />
ÁREA DE CONSTRUÇÃO (Por 1000 M²) - ALVARÁS DE APROVAÇÃO DE EDIFICAÇÕES NOVAS<br />
SUBPREFEITURA<br />
M² Total<br />
(2004)<br />
M² Total<br />
(2005)<br />
M² Total<br />
(2006)<br />
M² Total<br />
(2007)<br />
M² Total<br />
(2008)<br />
M² Total<br />
(2009)<br />
M² Total<br />
(2010)<br />
M² Total<br />
(2011)<br />
M² Total<br />
(<strong>2012</strong>)*<br />
ARICANDUVA /<br />
VILA FORMOSA<br />
103,95 87,21 105,33 90,09 352,92 138,66 234,96 207,21 66,45<br />
BUTANTÃ 596,59 400,20 469,21 231,72 715,17 451,30 179,84 219,09 94,02<br />
CAMPO LIMPO 272,98 187,75 147,04 441,51 530,24 410,18 697,49 439,83 279,56<br />
CAPELA DO SO-<br />
CORRO<br />
3,64 20,11 0,00 7,74 21,87 2,30 17,85 79,16 24,42<br />
CASA VERDE/ CA-<br />
CHOEIRINHA<br />
82,73 5,12 66,19 57,79 72,69 100,67 66,09 111,13 42,89<br />
CIDADE ADEMAR 6,27 5,47 27,55 0,00 15,20 8,31 54,88 19,24 15,45<br />
CIDADE TIRADEN-<br />
TES<br />
0,00 0,00 0,00 0,00 5,19 0,00 19,91 33,61 10,52<br />
ERMELINO MATA-<br />
RAZZO<br />
2,39 5,10 32,06 8,44 5,92 26,10 30,81 20,83 19,96<br />
FREGUESIA/ BRASI-<br />
LÂNDIA<br />
15,18 0,00 31,34 24,90 71,84 45,24 93,86 33,30 52,73<br />
GUAIANASES 31,14 4,63 9,93 31,53 50,88 24,57 28,81 19,76 18,16<br />
IPIRANGA 185,37 117,64 53,99 444,74 398,09 298,78 304,05 111,56 149,69<br />
ITAIM PAULISTA 9,24 0,00 18,27 45,82 35,03 25,65 23,07 54,50 14,44<br />
ITAQUERA 81,16 71,98 49,27 121,66 49,15 70,89 122,19 101,14 57,58<br />
JABAQUARA 20,65 17,36 72,72 124,43 80,38 20,94 19,51 91,28 52,50<br />
JAÇANA / TRE-<br />
MEMBÉ<br />
52,49 11,68 0,98 28,72 11,18 4,81 17,89 37,91 11,48<br />
LAPA 536,59 388,60 379,36 578,23 528,46 322,79 498,31 461,98 219,46<br />
M'BOI MIRIM 0,00 1,18 2,24 28,99 30,74 2,11 40,88 65,71 23,58<br />
MOOCA 434,41 181,58 337,36 315,31 725,23 190,20 728,72 409,38 243,90<br />
PENHA 56,67 58,94 39,57 60,59 34,41 55,83 108,24 326,49 46,81<br />
PERUS 0,00 0,00 2,31 0,00 0,85 5,77 13,90 0,17 0,23<br />
PINHEIROS 557,64 380,80 136,76 416,88 384,97 384,35 960,56 941,57 465,90<br />
PIRITUBA 138,15 70,80 56,35 212,96 52,90 48,85 29,40 71,96 124,30<br />
SANTANA/ TUCU-<br />
RUVI<br />
204,94 104,33 73,15 139,32 132,03 172,46 178,86 278,20 102,30<br />
SANTO AMARO 454,02 282,11 589,60 1.082,48 432,04 514,62 461,41 622,91 1.017,32<br />
SAO MATEUS 31,65 2,77 0,00 17,21 35,61 72,32 20,94 42,78 25,40<br />
SAO MIGUEL 49,29 6,68 8,32 15,86 8,94 8,88 16,28 16,68 18,23<br />
SÉ 384,92 163,09 103,63 208,25 60,96 109,27 334,24 415,74 24,57<br />
VILA MARIA / VILA<br />
GUILHERME<br />
73,81 123,25 17,45 166,42 152,02 128,81 78,23 160,40 152,93<br />
VILA MARIANA 778,29 389,79 204,32 205,87 320,85 231,02 283,99 513,42 199,03<br />
VILA PRUDENTE /<br />
SAPOPEMBA<br />
34,60 29,66 154,40 150,20 74,51 71,58 183,94 79,81 117,65<br />
TOTAL 5.198,77 3.117,83 3.188,68 5.257,65 5.390,23 3.947,28 5.849,11 5.986,75 3.691,47<br />
* - De Janeiro/<strong>2012</strong> a Julho/<strong>2012</strong><br />
FONTE: Secretaria Municipal <strong>de</strong> Habitação: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cida<strong>de</strong>/secretarias/habitacao/<strong>de</strong>partamentos/aprov/<br />
in<strong>de</strong>x.php?p=3334<br />
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Página 12<br />
ÁREA DE CONSTRUÇÃO (Por 1000 M²) - ALVARÁS DE APROVAÇÃO DE EDIFICAÇÕES NOVAS*<br />
SUBPREFEITURA<br />
M² Total<br />
(2004 - <strong>2012</strong>)<br />
Média Mensal<br />
M² (2004-<br />
<strong>2012</strong>)<br />
Média Mensal<br />
(M²) -<br />
<strong>2012</strong><br />
Var Média <strong>2012</strong>/<br />
Média (2004-<br />
<strong>2012</strong>) - (%)<br />
ARICANDUVA / VILA FORMOSA 1.386,77 13,46 9,49 -29%<br />
BUTANTÃ 3.357,12 32,59 13,43 -59%<br />
CAMPO LIMPO 3.406,59 33,07 39,94 21%<br />
CAPELA DO SOCORRO 177,08 1,72 3,49 103%<br />
CASA VERDE/ CACHOEIRINHA 605,29 5,88 6,13 4%<br />
CIDADE ADEMAR 152,37 1,48 2,21 49%<br />
CIDADE TIRADENTES 69,22 0,67 1,50 124%<br />
ERMELINO MATARAZZO 151,60 1,47 2,85 94%<br />
FREGUESIA/ BRASILÂNDIA 368,39 3,58 7,53 111%<br />
GUAIANASES 219,41 2,13 2,59 22%<br />
IPIRANGA 2.063,93 20,04 21,38 7%<br />
ITAIM PAULISTA 226,02 2,19 2,06 -6%<br />
ITAQUERA 725,02 7,04 8,23 17%<br />
JABAQUARA 499,77 4,85 7,50 55%<br />
JAÇANA / TREMEMBÉ 177,13 1,72 1,64 -5%<br />
LAPA 3.913,79 38,00 31,35 -17%<br />
M'BOI MIRIM 195,44 1,90 3,37 78%<br />
MOOCA 3.566,11 34,62 34,84 1%<br />
PENHA 787,56 7,65 6,69 -13%<br />
PERUS 23,23 0,23 0,00 -100%<br />
PINHEIROS 4.629,43 44,95 66,56 48%<br />
PIRITUBA 805,68 7,82 17,76 127%<br />
SANTANA/ TUCURUVI 1.385,59 13,45 14,61 9%<br />
SANTO AMARO 5.456,50 52,98 145,33 174%<br />
SAO MATEUS 248,68 2,41 3,63 50%<br />
SAO MIGUEL 149,16 1,45 2,60 80%<br />
SÉ 1.979,12 19,21 28,43 48%<br />
VILA MARIA / VILA GUILHERME 924,96 8,98 3,51 -61%<br />
VILA MARIANA 3.080,50 29,91 21,85 -27%<br />
VILA PRUDENTE / SAPOPEMBA 896,34 8,70 16,81 93%<br />
TOTAL 41.627,78 10,09 10,25 1,66%<br />
* <strong>2012</strong> refere-se ao perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> Janeiro a Julho.<br />
FONTE: Secretaria Municipal <strong>de</strong> Habitação: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cida<strong>de</strong>/secretarias/habitacao/<br />
<strong>de</strong>partamentos/aprov/in<strong>de</strong>x.php?p=3334<br />
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BOLETIM DE ECONOMIA AMBIENTAL<br />
Página 13<br />
Outro da<strong>do</strong> <strong>de</strong> interesse ambiental é a “<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>” da construção aprovada. Uma edificação<br />
<strong>de</strong> 10.000 m 2 <strong>de</strong> construção em um terreno <strong>de</strong> 20.000 m 2 po<strong>de</strong>ria, em tese, trazer menos impacto<br />
para uma dada região <strong>do</strong> que os mesmos 10.000 m 2 construí<strong>do</strong>s em um terreno <strong>de</strong><br />
3.000 m 2 . A Tabela 2.3 mostra, por subprefeitura, este índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> - área da construção<br />
(m 2 ) dividi<strong>do</strong> pela área <strong>do</strong> terreno (m 2 ) e a média para o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2004-<strong>2012</strong>, além<br />
das variações <strong>de</strong> <strong>2012</strong> em relação ao ano anterior e à média <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> to<strong>do</strong>. As variações<br />
da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m representar um indicativo <strong>de</strong> um a<strong>de</strong>nsamento futuro naquela região<br />
para o perío<strong>do</strong> usa<strong>do</strong> no cálculo. Por exemplo, uma variação positiva entre <strong>2012</strong> e a média<br />
<strong>de</strong> 2004-<strong>2012</strong>, significa que em <strong>2012</strong> as futuras construções aprovadas representam uma<br />
<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> maior <strong>do</strong> que a média da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> das aprovadas anteriormente durante o perío<strong>do</strong><br />
em questão.<br />
Em relação ao ano <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, <strong>de</strong>staca-se a gran<strong>de</strong> variação das <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s das construções<br />
aprovadas em Casa Ver<strong>de</strong> / Cachoeirinha, M’Boi Mirim e São Mateus (134%, 102,8% e<br />
100,5% respectivamente). Em termos <strong>de</strong> variação negativa, Ermelino Matarazzo, Guaianases<br />
e Santana/Tucuruvi apresentaram os maiores valores (em módulo): -29,2%, -29,4% e -37,8%<br />
respectivamente. Na cida<strong>de</strong> como um to<strong>do</strong>, observa-se uma redução, na primeira meta<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
ano <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> média das novas construções que solicitaram o alvará junto à<br />
Prefeitura, tanto em relação à média <strong>de</strong> 2011 (queda <strong>de</strong> 17,2% in<strong>do</strong> <strong>de</strong> 3,16 para 2,62), quanto<br />
em relação à média <strong>de</strong> longo prazo (2004-<strong>2012</strong>) – queda <strong>de</strong> 13,6%, in<strong>do</strong> <strong>de</strong> 3,03 para 2,62<br />
em <strong>2012</strong>.<br />
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BOLETIM DE ECONOMIA AMBIENTAL<br />
Página 14<br />
ÁREA DE CONSTRUÇÃO (M 2 ) POR ÁREA DO TERRENO (M 2 ) - ALVARÁS DE APROVAÇÃO DE EDIFI-<br />
CAÇÕES NOVAS<br />
SUBPREFEITURA<br />
Média<br />
(2004-<br />
<strong>2012</strong>)*<br />
2004<br />
**<br />
2005<br />
**<br />
2006<br />
**<br />
2007<br />
**<br />
2008<br />
**<br />
2009<br />
**<br />
2010<br />
**<br />
2011<br />
**<br />
<strong>2012</strong><br />
**<br />
Var <strong>2012</strong>/-<br />
11 (%)<br />
Var <strong>2012</strong> /<br />
Média (%)<br />
ARICANDUVA / VILA<br />
FORMOSA<br />
3,45 3,43 3,65 3,03 4,16 4,72 2,59 3,53 2,90 3,36 16,1% -2,6%<br />
BUTANTÃ 2,33 2,02 1,83 2,43 2,01 2,03 2,04 2,93 3,30 3,63 9,8% 55,8%<br />
CAMPO LIMPO 2,79 2,01 2,85 2,20 3,09 3,26 3,25 2,70 2,91 2,92 0,2% 4,7%<br />
CAPELA DO SOCORRO 1,07 0,26 1,21 2,02 1,44 0,65 0,88 1,25 2,02 62,3% 88,4%<br />
CASA VERDE/ CACHOEI-<br />
RINHA<br />
2,51 1,85 1,49 2,93 2,29 2,46 2,83 3,20 1,89 4,43 134,0% 76,6%<br />
CIDADE ADEMAR 1,44 1,57 1,24 1,06 1,09 1,18 1,89 1,53 1,61 5,4% 11,6%<br />
CIDADE TIRADENTES 0,99 1,13 1,23 0,87 1,07 23,1% 8,8%<br />
ERMELINO MATARAZZO 1,35 1,27 1,42 1,30 1,00 1,15 1,47 1,80 1,52 1,08 -29,2% -20,2%<br />
FREGUESIA/ BRASILÂN-<br />
DIA<br />
2,30 1,70 2,89 1,64 2,23 2,63 2,25 2,61 2,75 5,2% 19,4%<br />
GUAIANASES 1,06 1,18 0,95 1,14 0,81 0,97 0,85 1,00 1,68 1,19 -29,4% 11,6%<br />
IPIRANGA 3,55 2,93 3,09 1,91 4,12 4,05 4,24 3,66 3,05 3,09 1,2% -13,0%<br />
ITAIM PAULISTA 1,04 0,88 0,93 1,08 1,12 0,66 0,92 1,21 1,14 -5,9% 10,0%<br />
ITAQUERA 1,08 1,27 1,37 0,89 1,09 1,21 0,90 1,02 1,07 1,04 -2,8% -3,3%<br />
JABAQUARA 2,74 3,12 3,93 4,36 3,05 2,35 1,43 1,44 3,28 2,97 -9,5% 8,3%<br />
JAÇANA / TREMEMBÉ 1,14 1,15 0,74 0,80 1,64 1,16 0,81 1,67 1,07 1,20 12,3% 5,3%<br />
LAPA 4,31 4,45 4,84 5,03 3,96 3,80 4,73 4,04 3,60 4,55 26,4% 5,6%<br />
M'BOI MIRIM 1,22 0,28 1,07 0,95 0,75 1,83 1,60 1,62 3,29 102,8% 169,8%<br />
MOOCA 3,76 3,18 3,82 3,25 3,52 4,32 3,80 3,81 3,69 4,50 21,9% 19,6%<br />
PENHA 1,26 1,68 1,55 1,05 1,11 1,06 1,19 1,33 1,40 1,06 -24,3% -15,8%<br />
PERUS 0,64 0,46 0,41 0,68 0,64 0,78 1,21 55,2% 89,0%<br />
PINHEIROS 5,12 4,24 5,17 5,20 4,40 4,74 5,92 5,75 5,58 5,51 -1,3% 7,7%<br />
PIRITUBA 1,38 1,26 0,75 1,48 1,32 1,50 1,27 1,99 1,67 2,42 44,9% 75,2%<br />
SANTANA/ TUCURUVI 3,11 2,82 2,98 2,44 3,23 2,43 4,35 3,23 4,01 2,49 -37,8% -19,9%<br />
SANTO AMARO 3,72 2,18 3,02 4,50 4,53 3,70 3,91 3,72 4,56 4,67 2,4% 25,6%<br />
SAO MATEUS 1,19 1,22 0,74 0,67 2,36 1,27 1,38 0,74 1,48 100,5% 24,1%<br />
SAO MIGUEL 1,06 1,10 1,23 1,01 0,99 0,84 0,82 1,51 1,05 1,22 15,7% 14,5%<br />
SÉ 4,83 4,17 5,30 4,36 3,83 3,70 4,65 5,38 6,35 4,76 -25,0% -1,5%<br />
VILA MARIA / VILA GUI-<br />
LHERME<br />
2,73 1,58 2,20 2,31 3,20 2,84 3,27 2,84 2,92 2,89 -1,0% 5,8%<br />
VILA MARIANA 4,53 4,85 4,89 4,92 3,85 4,47 4,26 4,12 4,44 4,28 -3,7% -5,5%<br />
VILA PRUDENTE / SAPO-<br />
PEMBA<br />
2,44 1,66 5,04 2,53 2,05 3,24 2,04 2,59 2,10 2,40 14,4% -1,8%<br />
MÉDIA 3,03 2,96 3,38 3,02 2,94 2,96 2,97 3,19 3,16 2,62 -17,2% -13,6%<br />
* - Média consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o índice AC (M 2 )/ AT (M 2 ) <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os alvarás para novas edificações concedi<strong>do</strong>s no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
2004-<strong>2012</strong><br />
** - Média consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o índice AC (M 2 )/ AT (M 2 ) <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os alvarás para novas edificações concedi<strong>do</strong>s no perío<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
respectivo ano<br />
FONTE: Secretaria Municipal <strong>de</strong> Habitação: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cida<strong>de</strong>/secretarias/habitacao/<br />
<strong>de</strong>partamentos/aprov/in<strong>de</strong>x.php?p=3334<br />
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BOLETIM DE ECONOMIA AMBIENTAL<br />
Página 15<br />
3. Execução Orçamentária - SVMA, FEMA e FMSAI<br />
A Secretaria <strong>do</strong> Ver<strong>de</strong> e <strong>do</strong> Meio Ambiente (SVMA) possui um orçamento aprova<strong>do</strong> para<br />
<strong>2012</strong> <strong>de</strong> aproximadamente R$ 232,4 milhões. Até o mês <strong>de</strong> agosto, as <strong>de</strong>spesas empenhadas<br />
totalizaram R$ 146,7 milhões, cerca <strong>de</strong> 63% <strong>do</strong> orça<strong>do</strong>. O maior programa da secretaria<br />
é o “Cida<strong>de</strong> Mais Ver<strong>de</strong>”, cujo objetivo é <strong>de</strong>senvolver ações para a ampliação e a conservação<br />
<strong>de</strong> áreas ver<strong>de</strong>s <strong>do</strong> município, Parques Públicos Municipais e manutenção da arborização<br />
das praças e vias públicas. Dos R$ 141,4 milhões orça<strong>do</strong>s, já foram empenha<strong>do</strong>s mais<br />
<strong>de</strong> R$ 97 milhões neste programa, representan<strong>do</strong> 66% <strong>do</strong> valor total empenha<strong>do</strong> pela secretaria.<br />
As <strong>de</strong>spesas empenhadas referentes ao programa “Suporte administrativo”, representaram<br />
30% <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s empenhos da SVMA e os <strong>de</strong>mais programas, somaram os 3,7% restantes.<br />
A Tabela 3.1 mostra a execução das <strong>de</strong>spesas da SVMA agrupadas por programa.<br />
TABELA 3.1 – EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA da SVMA - em R$<br />
Programa Orça<strong>do</strong> <strong>2012</strong> Atualiza<strong>do</strong> <strong>2012</strong><br />
Empenha<strong>do</strong> até<br />
ago/<strong>2012</strong><br />
Liquida<strong>do</strong> até<br />
ago/<strong>2012</strong><br />
Cida<strong>de</strong> mais ver<strong>de</strong> 141.429.597 145.590.453 97.127.365 66.097.746<br />
Preservação <strong>do</strong>s recursos hídricos 5.160.000 4.998.885 496.583 278.021<br />
Redução das emissões <strong>de</strong> poluentes na atmosfera 2.288.665 2.143.659 800.745 588.381<br />
Melhoria da mobilida<strong>de</strong> urbana - Eficiência no trânsito 1.001.000 1.001.000 199.964 -<br />
Ações <strong>de</strong> economia sustentável 2.014.000 2.138.987 1.571.108 1.211.491<br />
Incentivo à cultura <strong>de</strong> paz 262.600 131.316 81.600 64.000<br />
Fortalecimento/Requalificação <strong>do</strong> Centro - BID 2.545.457 2.545.457 14.118 -<br />
Suporte administrativo 75.318.775 77.436.382 43.963.379 41.130.021<br />
Sistema <strong>de</strong> informação e processamento <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s 2.439.720 2.439.720 2.439.720 2.116.075<br />
Fonte: SOF, posição em 03/09/<strong>2012</strong><br />
Total 232.459.814 238.425.860 146.694.583 111.485.735<br />
Elabora<strong>do</strong> pela Consultoria Técnica <strong>de</strong> Economia e Orçamento - CTEO
BOLETIM DE ECONOMIA AMBIENTAL<br />
Página 16<br />
A SVMA também é gestora <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Especial <strong>do</strong> Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável<br />
– FEMA, cria<strong>do</strong> pela lei n°13.155 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2001, que tem como objetivo o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> planos, programas e projetos que visem o uso racional e sustentável <strong>de</strong> recursos<br />
naturais, a manutenção, melhoria e/ou recuperação da qualida<strong>de</strong> ambiental, além <strong>do</strong> controle,<br />
fiscalização e <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> meio ambiente.<br />
Até o mês <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong>ste ano, 65,7% das receitas <strong>do</strong> FEMA previstas no orçamento <strong>2012</strong><br />
foram realizadas. Já as <strong>de</strong>spesas empenhadas no mesmo perío<strong>do</strong>, no valor <strong>de</strong> R$ 35,5 milhões,<br />
representam 43% <strong>do</strong> orçamento <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> (Tabelas 3.2 e 3.3 ).<br />
TABELA 3.2 – REALIZAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA DO FEMA - em R$<br />
RECEITA Orçada <strong>2012</strong><br />
132901590000 FEMA - FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E<br />
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL<br />
Realizada até<br />
ago/<strong>2012</strong><br />
Realizada /<br />
Orçada<br />
3.155.571 3.147.228 99,7%<br />
191935020000 FEMA 912.000 357.941 39,2%<br />
191935030000 MULTAS POR FALTA DE INSPEÇÃO VEICULAR -<br />
FEMA<br />
10.800.000 20.099.693 186,1%<br />
193299030000 RECEITA DA DÍVIDA ATIVA/FEMA - 101.241<br />
199099080000 FEMA 10.356.343 14.717.426 142,1%<br />
259001200000 FEMA - CRÉDITO DE CARBONO 26.461.640 - 0,0%<br />
259001390000 FEMA - COMPENSAÇÕES AMBIENTAIS 30.000.000 15.228.008 50,8%<br />
Fonte: SOF, posição 04/09/<strong>2012</strong><br />
Total receitas 81.685.554 53.651.538 65,7%<br />
TABELA 3.3 – EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DO FEMA - em R$<br />
Programa Orça<strong>do</strong> <strong>2012</strong> Atualiza<strong>do</strong> <strong>2012</strong><br />
Empenha<strong>do</strong> até<br />
ago/<strong>2012</strong><br />
Liquida<strong>do</strong> até<br />
ago/<strong>2012</strong><br />
Cida<strong>de</strong> mais ver<strong>de</strong> 70.385.554 67.268.091 27.726.493 15.251.682<br />
Redução das emissões <strong>de</strong> poluentes na atmosfera 11.300.000 14.417.463 7.800.000 2.143.201<br />
Total 81.685.554 81.685.554 35.526.493 17.394.883<br />
Fonte: SOF, posição em 03/09/<strong>2012</strong><br />
Elabora<strong>do</strong> pela Consultoria Técnica <strong>de</strong> Economia e Orçamento - CTEO
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Página 17<br />
Outro fun<strong>do</strong> relaciona<strong>do</strong> a questão ambiental é o Fun<strong>do</strong> Municipal <strong>de</strong> Saneamento Ambiental<br />
e Infraestrutura (FMSAI), liga<strong>do</strong> à Secretaria Municipal <strong>de</strong> Habitação. Conforme contrato assina<strong>do</strong><br />
com a Prefeitura, a Companhia <strong>de</strong> Saneamento Básico <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> - Sabesp<br />
repassa 7,5% da receita bruta obtida com a prestação <strong>de</strong> serviços na cida<strong>de</strong> para o fun<strong>do</strong>,<br />
que juntamente com outros recursos, <strong>de</strong>stina-os a apoiar e suportar ações <strong>de</strong> saneamento<br />
básico e ambiental e <strong>de</strong> infraestrutura no município.<br />
Do total <strong>de</strong> receitas estimadas na LOA <strong>2012</strong> para o FMSAI, no valor <strong>de</strong> R$ 606,5 milhões,<br />
R$ 306,5 milhões referem-se ao repasse previsto no convênio da PMSP e SABESP. Deste<br />
valor, já foram realiza<strong>do</strong>s R$ 250,5 milhões até o mês <strong>de</strong> agosto, o equivalente a 81,72% <strong>do</strong><br />
previsto no orçamento. Os R$ 300 milhões restantes, referentes a cessão <strong>de</strong> direitos creditórios<br />
<strong>do</strong> FMSAI, ainda não foram realiza<strong>do</strong>s (Tabela 3.4).<br />
TABELA 3.4 – REALIZAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA DO FMSAI - em R$<br />
RECEITA Orçada <strong>2012</strong><br />
Realizada até<br />
ago/<strong>2012</strong><br />
Realizada /<br />
Orçada<br />
221900040000 CESSÃO DE DIREITOS CREDITÓRIOS - FMSAI 300.000.000 - 0,0%<br />
247203020000 CONVÊNIO PMSP X SABESP - FUNDO MUNICIPAL<br />
DE SANEAMENTO AMBIENTAL E INF<br />
Fonte: SOF, posição 04/09/<strong>2012</strong><br />
306.502.156 250.459.773 81,7%<br />
Total receitas 606.502.156 250.459.773 41,3%<br />
TABELA 3.5 – EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DO FMSAI - em R$<br />
Programa Orça<strong>do</strong> <strong>2012</strong> Atualiza<strong>do</strong> <strong>2012</strong><br />
Empenha<strong>do</strong> até<br />
ago/<strong>2012</strong><br />
Liquida<strong>do</strong> até<br />
ago/<strong>2012</strong><br />
Acesso à moradia - Urbanização <strong>de</strong> favelas 253.251.077 278.251.077 176.085.935 133.449.900<br />
Cida<strong>de</strong> mais ver<strong>de</strong> 20.000.000 20.000.000 - -<br />
Preservação <strong>do</strong>s recursos hídricos 253.251.079 224.251.079 70.610.557 57.400.127<br />
Melhoria da drenagem urbana 80.000.000 84.000.000 3.801.654 -<br />
Total 606.502.156 606.502.156 250.498.146 190.850.026<br />
Fonte: SOF, posição em 03/09/<strong>2012</strong><br />
Elabora<strong>do</strong> pela Consultoria Técnica <strong>de</strong> Economia e Orçamento - CTEO
BOLETIM DE ECONOMIA AMBIENTAL<br />
Página 18<br />
Na Tabela 3.5 consta a execução das <strong>de</strong>spesas <strong>do</strong> FMSAI agrega<strong>do</strong>s por programa. Como<br />
po<strong>de</strong> ser visto os valores das <strong>de</strong>spesas empenhadas <strong>de</strong> janeiro a agosto <strong>de</strong> <strong>2012</strong> chegam<br />
ao valor das receitas realizadas <strong>do</strong> FMSAI no mesmo perío<strong>do</strong>. No programa “Acesso à moradia<br />
- Urbanização <strong>de</strong> favelas” foram empenha<strong>do</strong>s R$ 176 milhões, o equivalente a 70% <strong>do</strong><br />
total das <strong>de</strong>spesas empenhadas <strong>do</strong> fun<strong>do</strong>. No programa “Preservação <strong>do</strong>s recursos hídricos”<br />
que abrange o projeto “ Programa mananciais” foram empenha<strong>do</strong>s R$ 70,6 milhões,<br />
cerca <strong>de</strong> 28% <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s empenhos <strong>do</strong> FMSAI.<br />
Verea<strong>do</strong>res da 4ª Sessão Legislativa da 15ª Legislatura<br />
MESA DIRETORA <strong>2012</strong>:<br />
Presi<strong>de</strong>nte: José Police Neto<br />
1º Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Claudinho <strong>de</strong> Sousa<br />
2º Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Dalton Silvano<br />
1º Secretário: Ítalo Car<strong>do</strong>so<br />
2º Secretário: Toninho Paiva<br />
1º Suplente: Cláudio Pra<strong>do</strong><br />
Abou Anni<br />
Adilson Ama<strong>de</strong>u<br />
A<strong>do</strong>lfo Quintas<br />
Agnal<strong>do</strong> Timóteo<br />
Alfredinho<br />
Anibal <strong>de</strong> Freitas<br />
Antonio Carlos Rodrigues<br />
Arselino Tatto<br />
Atílio Francisco<br />
Attila Russomanno<br />
Aurelio Miguel<br />
Aurélio Nomura<br />
Carlos Apolinario<br />
Carlos Ne<strong>de</strong>r<br />
Celso Jatene<br />
Chico Macena<br />
Claudio Fonseca<br />
David Soares<br />
Donato<br />
Edir Sales<br />
Eliseu Gabriel<br />
Fernan<strong>do</strong> Estima<br />
Floriano Pesaro<br />
Francisco Chagas<br />
Gilson Barreto<br />
Goulart<br />
Jamil Murad<br />
José Américo<br />
José Ferreira (Zelão)<br />
José Rolim<br />
Juliana Car<strong>do</strong>so<br />
Juscelino Ga<strong>de</strong>lha<br />
Marco Aurélio Cunha<br />
Marta Costa<br />
Milton Ferreira<br />
Milton Leite<br />
Natalini<br />
Netinho <strong>de</strong> Paula<br />
<strong>Paulo</strong> Frange<br />
Quito Formiga<br />
Ricar<strong>do</strong> Teixeira<br />
Roberto Tripoli<br />
Sandra Ta<strong>de</strong>u<br />
Senival Moura<br />
Souza Santos<br />
Tião Farias<br />
Ushitaro Kamia<br />
Wadih Mutran<br />
Elabora<strong>do</strong> pela Consultoria Técnica <strong>de</strong> Economia e Orçamento - CTEO