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148 mai/jun 2010 - Odebrecht Informa

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ODEBRECHT<br />

#<strong>148</strong> • ano XXXVII • <strong>mai</strong>/<strong>jun</strong> <strong>2010</strong> I N F O R M A<br />

A Braskem agora<br />

produz polipropileno<br />

nos Estados Unidos<br />

O desafio de realizar<br />

uma obra rodoviária<br />

e preservar aquedutos<br />

No Peru, o início de um<br />

novo ciclo marcado pela<br />

diversificação<br />

Energia no<br />

horizonte<br />

Usina Hidrelétrica Santo Antônio<br />

começa a mostrar sua face


hoje<br />

África, <strong>2010</strong>.<br />

Nos cinco países do continente nos quais suas equipes estão presentes,<br />

a <strong>Odebrecht</strong> realiza obras fundamentais para o desenvolvimento e para o<br />

aprimoramento da qualidade de vida das pessoas. Em Angola (foto), na Líbia,<br />

em Moçambique e na Libéria, projetos são executados por trabalhadores de<br />

diversas nacionalidades. Nessa atuação, a manutenção da cultura empresarial<br />

tem sido o desafio <strong>mai</strong>s complexo e gratificante.<br />

acervo odebrecht


04<br />

06<br />

10<br />

14<br />

19<br />

20<br />

Rota das Bandeiras completa um ano na operação do<br />

Corredor Viário D. Pedro I, em SÃO PAULO<br />

Entrega de seis obras e início de três concessões<br />

marcam nova etapa da atuação no PERU<br />

Cidade Administrativa Tancredo Neves, projeto de Oscar<br />

Niemeyer, é inaugurada em BELO HORIZONTE<br />

Casa de força e vertedouro são as prioridades atuais na<br />

construção da USINA SANTO ANTÔNIO<br />

Novo auditório do Edifício-sede em SALVADOR,<br />

<strong>Odebrecht</strong> adota critérios de sustentabilidade<br />

O desafio de preservar aquedutos nas obras da Circular<br />

Regional Interior de LISBOA<br />

ODEBRECHT<br />

I N F O R M A<br />

<strong>148</strong><br />

A Usina<br />

Hidrelétrica<br />

Santo Antônio,<br />

em construção<br />

no Rio Madeira,<br />

em Rondônia.<br />

Foto de<br />

Roberto Rosa<br />

24<br />

31<br />

32<br />

33<br />

34<br />

36<br />

38<br />

Braskem passa a produzir polipropileno em TRÊS<br />

ESTADOS norte-americanos<br />

Área de apoio de equipamentos oferece a OBRAS da<br />

<strong>Odebrecht</strong> soluções de treinamento operacional<br />

Programa estimula equipes da <strong>Odebrecht</strong> nos<br />

CANTEIROS a desenvolverem inovações<br />

Campanha de conscientização contribui para a redução<br />

do uso de sacolas plásticas no BRASIL<br />

Crescimento da <strong>Odebrecht</strong> no BRASIL e no EXTERIOR<br />

leva à ampla reestruturação interna<br />

Hospital Estadual Central de VITÓRIA inova na gestão e<br />

se torna referência<br />

OOG conquista quatro prêmios INTERNACIONAIS pela<br />

qualidade de projetos de financiamento<br />

40<br />

42<br />

47<br />

ETH lança programa Energia Social, que integra os<br />

CINCO MUNICÍPIOS nos quais atua<br />

Programa de Aquisição de Alimentos é uma nova frente<br />

de contribuição no BAIXO SUL DA BAHIA<br />

Historiador que defendeu tese em universidade de<br />

ISRAEL é o vencedor do Prêmio Clarival do Prado<br />

Valladares<br />

seções<br />

03<br />

12<br />

13<br />

28<br />

44<br />

48<br />

giro<br />

perfil<br />

gente<br />

entrevista<br />

notas da redação<br />

argumento


02<br />

As pessoas, sempre elas<br />

Para uma empresa, nada é <strong>mai</strong>s importante do que as pessoas que a integram – seu desejo<br />

de se desenvolver e seu espírito de servir. Uma organização cresce e contribui para o desenvolvimento<br />

das comunidades nas quais está presente a partir da vontade e da capacitação de<br />

seus integrantes. Nesta edição de <strong>Odebrecht</strong> <strong>Informa</strong>, são relatados alguns dos esforços que<br />

vêm sendo feitos na <strong>Odebrecht</strong> para qualificar equipes e, assim, torná-las aptas a dar sua<br />

contribuição para o avanço do Brasil. Em um momento de realização de grandes obras de<br />

infraestrutura, fundamentais para seu desenvolvimento, o país tem, na formação de trabalhadores,<br />

um elemento determinante para o alcance de seus objetivos.<br />

Um exemplo das iniciativas da <strong>Odebrecht</strong> nesse sentido é o que tem sido realizado na construção<br />

da Hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia. O Programa de Qualificação Profissional<br />

Continuada – Acreditar é responsável pela formação de 98% dos <strong>mai</strong>s de 10 mil profissionais que<br />

atuam na obra. Concebido pela <strong>Odebrecht</strong>, o Acreditar foi implantado pela empresa em parceria<br />

com o Governo de Rondônia, a Prefeitura de Porto Velho, o Serviço Nacional de Aprendizagem<br />

Industrial (Senai) e a Universidade de Rondônia (Uniron). Hoje, 84% dos trabalhores de Santo<br />

Antônio são originários de Rondônia. Isso gera consequências positivas no cenário socioeconômico<br />

local. Mais do que isso, possibilita o surgimento de novos tempos para indivíduos, famílias<br />

e comunidades, que se beneficiam de oportunidades reais de se desenvolverem e de passarem<br />

a novos patamares de renda, autoestima e exercício da cidadania.<br />

O mesmo pode ser observado na atuação da ETH Bioenergia nos seus cinco polos. Em Nova<br />

Alvorada do Sul, no Mato Grosso do Sul, em Cachoeira Alta e Caçu, em Goiás, e em Teodoro<br />

Sampaio e Mirante do Paranapanema, em São Paulo, a empresa, através do programa Energia<br />

Social, que tem a participação da população, do poder público municipal e de uma organização<br />

não governamental, vem criando condições para a implantação de iniciativas voltadas para<br />

o desenvolvimento sustentável. O espírito do programa é promover ações que estimulem o<br />

crescimento das cidades, sem assistencialismo.<br />

Nesta edição, você saberá ainda de que forma a falta de cursos específicos de formação de<br />

operadores levou à criação de programas de treinamento para integrantes que trabalham com<br />

movimentação de cargas. Poderá conferir as criativas soluções de financiamento que tornaram<br />

possível a construção de navios que produzirão petróleo na costa brasileira. Verá como é<br />

possível realizar uma grande obra rodoviária e, ao mesmo, preservar a História. Saberá como,<br />

finalmente, a indústria petroquímica brasileira fincou sua bandeira nos Estados Unidos. Tudo<br />

realizado pelas pessoas. Por seu trabalho, com todo o poder de transformação que ele tem.<br />

As pessoas, sempre elas. Boa leitura.<br />

www.odebrechtonline.com.br<br />

Videorreportagem<br />

> Emissário Submarino<br />

Jaguaribe<br />

> Troféu da Fórmula I<br />

em São Paulo<br />

> A Braskem nos<br />

Estados Unidos<br />

> Jovens Parceiros angolanos<br />

Conheça o Blog da revista e<br />

assuntos exclusivos que não<br />

constam da edição impressa.<br />

Acervos online<br />

> Acesse os números<br />

anteriores de <strong>Odebrecht</strong><br />

<strong>Informa</strong>, dos Relatórios<br />

Anuais da <strong>Odebrecht</strong> S.A.<br />

desde 2002, da Reunião Anual<br />

da Organização <strong>Odebrecht</strong><br />

desde 2002 e de publicações<br />

especiais (Edição Especial<br />

sobre Ações Sociais, 60 anos<br />

da Organização <strong>Odebrecht</strong>,<br />

40 anos da Fundação <strong>Odebrecht</strong><br />

e 10 anos da Odeprev)<br />

ODEBRECHT<br />

Fundada em 1944, a <strong>Odebrecht</strong><br />

é uma organização brasileira<br />

composta de negócios<br />

diversificados, com atuação e<br />

padrão de qualidade globais.<br />

Seus 92 mil integrantes estão<br />

presentes nas três Américas,<br />

na África, na Ásia e na Europa.<br />

Responsável por Comunicação Empresarial<br />

na construtora norberto odebrecht s.a. Márcio Polidoro<br />

Responsável por Programas Editoriais<br />

na construtora norberto odebrecht s.a. Karolina Gutiez<br />

Coordenadores nas Áreas de Negócios<br />

Nelson Letaif Química e Petroquímica • Miucha Andrade Etanol e Açúcar • José Cláudio Grossi<br />

Óleo e Gás • Daelcio Freitas Engenharia Ambiental • Sergio Kertész Realizações Imobiliárias •<br />

Coordenadora na Fundação odebrecht Vivian Barbosa<br />

Coordenação Editorial Versal Editores<br />

Editor José Enrique Barreiro • Editor Executivo Cláudio Lovato Filho •<br />

Arte e Produção Gráfica Rogério Nunes • Editora de Fotografia Holanda Cavalcanti •<br />

Infografia Adilson Secco • Ilustrações Gilberto Marchi<br />

Tiragem 7.850 exemplares • Pré-impressão e impressão Pancrom<br />

Redação: Rio de Janeiro (55) 21 2239-1778 • São Paulo (55) 11 3030-9466<br />

e<strong>mai</strong>l: versal@versal.com.br


03<br />

Argentina I<br />

Contratada pela Compañía Administradora<br />

del Mercado Mayorista Eléctrico Sociedad<br />

Anónima (Cammesa), por meio da Nación<br />

Fideicomisos S.A., a <strong>Odebrecht</strong> será responsável<br />

pela execução de 155 km de loops<br />

gasodutos – trechos paralelos ao já existente<br />

Gasoduto San Martín, também executado<br />

pela <strong>Odebrecht</strong> e operado pela Transportadora<br />

Gas del Sur – na ampliação do projeto<br />

Transporte Firme de Gás. Esse empreendimento<br />

acrescentará 2,4 milhões de m 3<br />

diários de gás ao sistema argentino.<br />

Argentina II<br />

Além da execução do gasoduto, dividido em<br />

11 trechos desde a Província de Santa Cruz<br />

até Buenos Aires, faz parte do contrato a<br />

implantação de quatro plantas compressoras<br />

ao longo do percurso do gasoduto. Avaliada<br />

em US$ 350 milhões, a obra terá 2 mil<br />

integrantes atuando no pico dos trabalhos.<br />

Contratado no regime de EPC (Engineering,<br />

Procurement and Construction), o projeto<br />

conta com financiamento do Banco Nacional<br />

de Desenvolvimento Econômico e Social<br />

(BNDES) no valor de US$ 227 milhões. Iniciada<br />

em <strong>mai</strong>o deste ano, a obra deverá ser<br />

entregue em outubro de 2011.<br />

Comunidades<br />

de Conhecimento I<br />

Os líderes das Comunidades de Conhecimento<br />

da <strong>Odebrecht</strong> se reuniram em 8 de março<br />

para fazer um balanço sobre as ações que<br />

funcionaram bem e aquelas que não proporcionaram<br />

os resultados esperados em 2009.<br />

Eles também apresentaram o programa de<br />

ação das Comunidades para <strong>2010</strong>. Essa foi a<br />

segunda reunião anual dos líderes das Comunidades<br />

de Conhecimento, pela primeira vez<br />

realizada a distância, por meio de uma audioconferência<br />

com a participação de 15 pessoas<br />

que estavam em 11 locais diferentes.<br />

A partir da esquerda, Marcos Antonio Carvalho,<br />

auditor do Cesvi, Afonso Memede e Sérgio Ricardo<br />

Fabiano, Superintendente de Negócios do Cesvi<br />

<strong>Odebrecht</strong> Equipamentos<br />

é certificada<br />

A <strong>Odebrecht</strong> é a primeira empresa de engenharia e construção<br />

a ter uma oficina de equipamentos certificada pelo Centro de<br />

Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) e pelo Instituto de<br />

Qualidade Automotiva (IQA). O certificado, entregue a Afonso<br />

Mamede, Diretor de Equipamentos da <strong>Odebrecht</strong>, abrange as<br />

áreas ambiental e de serviços automotivos e sua conquista<br />

foi possível graças às alterações pelas quais passou a oficina<br />

da <strong>Odebrecht</strong> Equipamentos – Odeq, localizada em Guarulhos<br />

(SP). Toda a infraestrutura da oficina foi adequada às<br />

exigências das instituições certificadoras, recebendo novos<br />

equipamentos e sinalização. Além disso, houve alteração nos<br />

quesitos de segurança, meio ambiente e treinamento, como<br />

forma de atender às normas.<br />

Comunidades<br />

de Conhecimento II<br />

No mesmo mês, nos dias 25 e 26, ocorreu, em São Paulo, o<br />

2º Encontro da Comunidade de Administração de Contratos,<br />

liderada por Wagner Marangoni. O evento, aberto por Paulo<br />

Lacerda, Vice-Presidente de Operações da <strong>Odebrecht</strong>, contou<br />

com 90 participantes de 10 países e com convidados externos<br />

como o advogado Marcelo Ferro e o executivo da área de<br />

seguros Ernesto Tzirulnik. Empresários da <strong>Odebrecht</strong> apresentaram<br />

casos relacionados a reivindicações, modalidades<br />

diferenciadas de contratos e métodos alternativos de solução<br />

de controvérsias, entre outros temas. As apresentações do<br />

encontro estão disponíveis em http://portal.odebrecht.com/<br />

comunidades.<br />

acervo odebrecht


04 transportes<br />

Cada metro é importante<br />

Concessionária Rota das Bandeiras completa um ano<br />

de operação do corredor rodoviário D. Pedro I, em São Paulo,<br />

período no qual realizou melhorias fundamentais nas estradas<br />

texto José Enrique Barreiro / fotos Guilherme Afonso<br />

Rodovia D. Pedro I:<br />

em um ano, equipe da<br />

concessionária recuperou<br />

o pavimento, instalou nova<br />

sinalização e fez reparos em<br />

pontes e viadutos<br />

Em 3 de abril de 2009, a concessionária<br />

Rota das Bandeiras assumiu,<br />

em São Paulo, a operação do<br />

corredor rodoviário D. Pedro I, com<br />

297 km. Um ano depois, os resultados<br />

são evidentes para motoristas<br />

e passageiros dos 118 mil veículos<br />

que por ali trafegam diariamente:<br />

sinalização com novas placas, pintura<br />

nas pistas, sistemas de drenagem<br />

limpos, mato podado e serviço<br />

de atendimento ao motorista com<br />

guinchos, ambulâncias e telefones<br />

de emergência 0800.<br />

“Quando assumimos, priorizamos<br />

a recuperação emergencial das<br />

rodovias para que o usuário tivesse<br />

segurança e conforto”, revela Luiz<br />

Cesar Costa, Diretor-Geral da Rota<br />

das Bandeiras.<br />

Palavra de caminhoneiro<br />

A avaliação de quem usa a rodovia<br />

D. Pedro I regularmente<br />

“Tá ótimo de bom”<br />

Jaime Ribeiro de Carvalho, de<br />

Sengés (PR), roda 4 mil km por<br />

semana, 16 mil km por mês.<br />

Trafega pela D. Pedro I toda semana.<br />

“Carrego no Paraná, passo<br />

por Campinas, entrego em Belo<br />

Horizonte e volto”, relata Jaime,<br />

que transporta bobinas de papel.<br />

Diz que antes da concessão seu<br />

caminhão trepidava muito, mas<br />

agora a situação melhorou. Elogia<br />

a sinalização, os postos de atendimento<br />

e resume: “Isso aqui tá<br />

ótimo de bom”.<br />

Jaime<br />

“Devagarzinho vai melhorando”<br />

Edmilson Arantes de Souza estava em apuros,<br />

com o pneu dianteiro direito de seu caminhão<br />

estourado. Ele ainda rodou 500 m até parar no<br />

acostamento. Dez minutos depois, recebeu a<br />

companhia de Ernesto José Binatti, inspetor<br />

de tráfego da Rota das Bandeiras, que chegou<br />

para lhe prestar ajuda. Edmilson, que faz dia-<br />

odebrecht informa


Números do primeiro ano<br />

> Obras<br />

1.280 km de sinalização horizontal<br />

157 mil tachas refletivas implantadas<br />

2.088 placas de sinalização vertical colocadas<br />

8.040 m de defensas metálicas instaladas<br />

297 km de pavimento recuperados<br />

321 reparos em pontes e viadutos<br />

> Equipamentos<br />

36 veículos novos (automóveis de inspeções<br />

de tráfego, ambulâncias, guinchos e caminhões)<br />

Hoje, a concessionária opera com<br />

quatro postos de atendimento ao<br />

usuário, interligados ao Centro de<br />

Controle Operacional (CCO), responsável<br />

por acionar uma frota<br />

composta de 12 guinchos, 12 carros<br />

de inspeção de tráfego, oito<br />

ambulâncias, dois caminhões-pipa<br />

e dois para apreensão de ani<strong>mai</strong>s.<br />

Os serviços funcionam 24 horas<br />

todos os dias da semana, inclusive<br />

nos feriados.<br />

O corredor D. Pedro I abrange 17<br />

municípios onde vivem 2,5 milhões<br />

de pessoas. A rodovia D. Pedro I, com<br />

145 km, cruza as rodovias Carvalho<br />

Pinto, Dutra e Fernão Dias, e é o <strong>mai</strong>s<br />

importante eixo de ligação entre a<br />

Região Metropolitana de Campinas e<br />

a Região do Vale do Paraíba. Outras<br />

quatro rodovias integram o corredor.<br />

A concessionária Rota das<br />

Bandeiras, empresa da Organização<br />

<strong>Odebrecht</strong>, conquistou o direito<br />

de operar o corredor por 30 anos.<br />

Durante esse período serão investidos<br />

R$ 3,4 bilhões em infraestrutura,<br />

equipamentos e na outorga da concessão.<br />

No primeiro ano, já foram<br />

investidos R$ 879 milhões.<br />

Edmilson<br />

(à esquerda)<br />

e Ernesto<br />

Corredor rodoviário d. pedro I<br />

riamente a rota Atibaia-Campinas transportando<br />

produtos diversos, isenta a estrada (“Esse pneu<br />

estava velho de<strong>mai</strong>s”) e destaca a rapidez do<br />

atendimento de Binatti e a qualidade geral da<br />

rodovia. Ressalva que uma das quatro faixas<br />

terá de receber nova pavimentação, mas reconhece<br />

que não dá para fazer tudo em apenas um<br />

ano: “Devagarzinho vai melhorando”.<br />

odebrecht informa


06 peru<br />

O começo de um novo ciclo<br />

Entrega de obras e conquista de contratos e concessões<br />

marcam um novo momento de atuação da <strong>Odebrecht</strong> no Peru<br />

texto Leonardo Maia / fotos Lalo de Almeida<br />

odebrecht informa


Porto de Bayóvar:<br />

obra contratada<br />

pela Vale, parceira<br />

da <strong>Odebrecht</strong> no<br />

Brasil e no exterior<br />

Em 2001, a <strong>Odebrecht</strong> Peru possuía 460 integrantes<br />

e um backlog (con<strong>jun</strong>to de contratos em<br />

carteira) de US$ 3,1 milhões. Ao fim de 2009,<br />

o número de integrantes passava de 8 mil e os<br />

negócios em carteira superavam a marca de US$<br />

520 milhões. Para 2011, a projeção é ultrapassar<br />

US$ 1 bilhão.<br />

De acordo com Jorge Barata, Diretor-<br />

Superintendente da <strong>Odebrecht</strong> Peru, o crescimento<br />

é reflexo do bom momento do país andino.<br />

“Esse processo evolutivo é <strong>mai</strong>s do Peru do que<br />

da <strong>Odebrecht</strong>. É algo que vem ocorrendo de forma<br />

constante desde 2002, com um crescimento do<br />

país sempre superior a 6% ao ano. Isso provoca o<br />

crescimento das empresas que estão engajadas.”<br />

Um dos setores <strong>mai</strong>s aquecidos é o portuário.<br />

Nele, a <strong>Odebrecht</strong> conquistou três projetos<br />

nos últimos anos. Depois de inaugurar o Porto de<br />

Melchorita, para exportação de gás pela Perú LNG,<br />

a empresa entregará no segundo semestre de <strong>2010</strong><br />

o Molhe Sul do Porto de Callao, executado sob encomenda<br />

da Dubai Ports World (DP World), e o Porto de<br />

Bayóvar, contratado pela brasileira Vale, que escoará<br />

por ele sua produção de fosfato, utilizado para a elaboração<br />

de fertilizantes. São projetos privados, que<br />

colocam a <strong>Odebrecht</strong> Peru como a escolha dos <strong>mai</strong>s<br />

diversos clientes. “Somos hoje muito competitivos<br />

na área de portos, com tecnologia e logística diferenciadas,<br />

além de termos capacidade de formação de<br />

pessoas. Outros oito portos poderão ser construídos<br />

e estamos acompanhando esse processo”, explica<br />

Jorge Barata.<br />

Em Bayóvar, no norte do Peru, a construção da<br />

ponte de acesso e do porto com estacas de concreto<br />

perfuradas, a montagem das estruturas eletromecânicas<br />

que levam o fosfato até o porto e o<br />

prazo curto, de 16 meses, foram os <strong>mai</strong>ores desafios.<br />

“Trabalhar com a Vale é sempre desafiador,<br />

por conta do alto grau de exigência. Além disso,<br />

a Vale é uma importante aliada da <strong>Odebrecht</strong> no<br />

Brasil e no exterior, o que dobra a responsabilidade”,<br />

diz Allan Abrantes, Gerente de Obra.<br />

Concessões<br />

Além dos três portos, as equipes da <strong>Odebrecht</strong><br />

Peru estão trabalhando forte para concluir três<br />

odebrecht informa


Obras do Trem Elétrico de Lima: o primeiro projeto da <strong>Odebrecht</strong> na capital do país<br />

Projetos da <strong>Odebrecht</strong> no Peru<br />

*Contratos em processo de conquista.<br />

rodovias. Duas delas fazem parte<br />

do Programa IIRSA (Iniciativa<br />

de Integração da Infraestrutura<br />

Regional Sul-Americana), que<br />

permitirá uma <strong>mai</strong>or integração<br />

Brasil-Peru. As IIRSAs Sul<br />

e Norte, concessões de 25 anos,<br />

são projetos prioritários para o<br />

crescimento do país. “O Peru,<br />

nos últimos anos, tem construído<br />

uma grande quantidade de estradas,<br />

rompendo todos os recordes,<br />

porque precisa de uma malha<br />

rodoviária que permita a comercialização<br />

de seus produtos a preços<br />

competitivos”, salienta Jorge<br />

Barata.<br />

Ainda no campo das concessões,<br />

destaca-se um dos <strong>mai</strong>ores<br />

desafios da <strong>Odebrecht</strong> em seus 30<br />

anos de atuação no país: o Projeto<br />

Trasvase Olmos. A transposição<br />

do Rio Huancabamba para o Rio<br />

Olmos levará água de uma região<br />

fértil em chuvas para 43 mil ha<br />

desérticos e beneficiará milhares<br />

de pessoas. Atravessando as<br />

formações rochosas dos Andes,<br />

com altura de 2 mil m, está sendo<br />

construído um túnel de 20 km,<br />

perfurado por uma máquina tipo<br />

TBM (Tunnel Boring Machine).<br />

Quando os últimos 4 km forem<br />

escavados, a Concessionária<br />

Trasvase Olmos irá transpor 400<br />

milhões de m 3 de água por ano.<br />

Após a transposição, o Projeto<br />

Olmos terá outros dois componentes:<br />

o de irrigação e o de<br />

geração hidrelétrica (esta sem<br />

previsão de licitação). Por meio<br />

da Concessionária H2Olmos, a<br />

<strong>Odebrecht</strong> apresentou uma proposta<br />

para irrigar uma grande<br />

área. A empresa bancará toda<br />

a obra. Será feito um leilão das<br />

odebrecht informa


Túnel do Projeto Olmos: água<br />

para terras semiáridas<br />

terras hoje pertencentes ao<br />

Governo. Lotes de, no mínimo,<br />

mil ha serão vendidos a grandes<br />

empresas, totalizando 38 mil ha.<br />

Outros 5 mil ha serão destinados<br />

à contrapartida social, com benefícios<br />

para pequenos agricultores<br />

como Segundo Benítez. Morador<br />

do vilarejo Casario del Muerto,<br />

ele participa de uma cooperativa<br />

produtora de frutas e precisa da<br />

água, hoje disponível apenas em<br />

poços artesanais. “Com a água do<br />

Projeto Olmos, a cooperativa pode<br />

crescer”, confia Benítez, pai de<br />

cinco filhos.<br />

“O principal benefício do componente<br />

de irrigação será a geração<br />

de 76 mil empregos diretos”,<br />

observa Maurício Cruz, Diretor<br />

de Contrato de Olmos. “Cria-se<br />

também uma forte cadeia produtiva,<br />

com o desenvolvimento de<br />

<strong>mai</strong>s oportunidades indiretas de<br />

trabalho. É provável que a região<br />

chegue ao ponto do pleno emprego,<br />

como ocorreu na região de<br />

Trujillo, onde fizemos outro projeto<br />

de irrigação, Chavimochic”, ele<br />

acrescenta.<br />

A primeira obra na capital<br />

Outros novos projetos estão sendo<br />

iniciados pela <strong>Odebrecht</strong> no Peru,<br />

além do componente de irrigação de<br />

Olmos. Um deles é o Trem Elétrico,<br />

que começou há 20 anos, sob responsabilidade<br />

de outra construtora,<br />

e que será concluído pelo consórcio<br />

formado entre a <strong>Odebrecht</strong> e a<br />

Graña y Montero. Além de modernizar<br />

o sistema eletromecânico dos 9<br />

km já construídos, o consórcio está<br />

trabalhando em <strong>mai</strong>s 12 km, em<br />

Lima. “Esta é uma nova experiência<br />

para a <strong>Odebrecht</strong>, pois é a primeira<br />

obra na capital. É um projeto prioritário,<br />

porque o trânsito e o transporte<br />

de massa de Lima precisam<br />

de novas soluções. Nosso <strong>mai</strong>or<br />

desafio é concluir o Trem Elétrico<br />

no prazo de 18 meses, quando o<br />

normal seriam 36 meses”, explica<br />

Carlos Nostre, Diretor do Contrato.<br />

Ainda em <strong>2010</strong>, será iniciado <strong>mai</strong>s<br />

um projeto de Parceria Público-<br />

Privada, a Central Hidrelétrica<br />

Chaglla, com capacidade de geração<br />

de 460 MW. Localizada na região<br />

central do Peru, ela deverá entrar<br />

em operação no primeiro semestre<br />

de 2015. Outros seis projetos hidrelétricos<br />

estão na mira da <strong>Odebrecht</strong>,<br />

que também estuda o Gasoduto<br />

Andino do Sul, de 1.085 km. “O mercado<br />

tem demandado e estamos<br />

estudando o setor de mineração,<br />

que tem investimentos de US$ 20<br />

bilhões, e projetos de saneamento<br />

em parceria com a Foz do Brasil,<br />

além de oportunidades em irrigação<br />

e estradas. Nossa estratégia é termos<br />

projetos cada vez <strong>mai</strong>s diversificados<br />

e expressivos”,<br />

informa Jorge Barata.<br />

"O crescimento da <strong>Odebrecht</strong> é um reflexo do bom momento do país" [ Jorge Barata ]<br />

odebrecht informa


10<br />

retranca edificações<br />

Novos tempos<br />

na gestão pública<br />

Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, em Belo Horizonte,<br />

centraliza os serviços públicos, gerando economia e <strong>mai</strong>s eficiência<br />

texto Zaccaria Junior / fotos Eugênio Sávio<br />

Em 4 de março de <strong>2010</strong>, quando<br />

era comemorado o centenário do<br />

nascimento do Presidente Tancredo<br />

Neves, seu neto e então<br />

Governador de Minas Gerais,<br />

Aécio Neves, inaugurou, em Belo<br />

Horizonte, a Cidade Administrativa<br />

Tancredo Neves, um moderno<br />

complexo de prédios cujo projeto é<br />

assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer<br />

e que passa a abrigar a sede<br />

do Governo do Estado, 18 secretarias<br />

e 25 órgãos públicos.<br />

Um levantamento realizado pela<br />

Secretaria de Planejamento do<br />

Governo e auditado pela BDO Trevisan<br />

calcula que a centralização da<br />

gestão (anteriormente a administração<br />

estadual estava espalhada<br />

em <strong>mai</strong>s de 50 endereços diferentes)<br />

deve gerar, já em <strong>2010</strong>, uma<br />

economia anual de R$ 92 milhões.<br />

Uma caminhada pelos corredores<br />

de um dos edifícios do<br />

complexo, o Gerais, construído<br />

por um consórcio liderado pela<br />

<strong>Odebrecht</strong>, permite constatar o<br />

alto nível tecnológico da construção<br />

e dos equipamentos que serão<br />

utilizados pelos <strong>mai</strong>s de 16 mil<br />

servidores públicos que ocuparão,<br />

em etapas, todo o complexo até o<br />

fim deste ano. As obras da Cidade<br />

Administrativa foram divididas em<br />

três lotes. O Gerais correspondeu<br />

ao Lote 2.<br />

Além de sua exuberância arquitetônica,<br />

o complexo conta com<br />

avançados sistemas de iluminação,<br />

água e ventilação, uma moderna<br />

rede para transmissão de dados<br />

e de<strong>mai</strong>s avanços que conferem<br />

<strong>mai</strong>or agilidade e confiabilidade<br />

aos procedimentos administrativos<br />

da gestão pública. “Isso se tornou<br />

possível graças ao trabalho de uma<br />

equipe formada por profissionais<br />

competentes, dedicados e unidos,<br />

com um só objetivo”, afirma Fernando<br />

Ribeiro, Diretor do consórcio<br />

liderado pela <strong>Odebrecht</strong>.<br />

odebrecht informa


A Cidade Administrativa e,<br />

no detalhe, o edifício Gerais:<br />

exuberância arquitetônica e<br />

tecnologia avançada<br />

A Cidade Administrativa<br />

Presidente Tancredo Neves é<br />

considerada o terceiro pilar de<br />

sustentação do Plano Mineiro<br />

de Desenvolvimento Integrado<br />

(PMDI), elaborado para assegurar<br />

o crescimento econômico e<br />

o progresso social do estado no<br />

período 2003-2023. Os outros<br />

dois projetos estruturadores são<br />

o Choque de Gestão: Pessoas,<br />

Qualidade e Inovação na Administração<br />

Pública e Modernização<br />

da Receita.<br />

Mineiro de Diamantina, “cidade<br />

do Presidente Kubitschek”, Sérgio<br />

Neves, Diretor-Superintendente da<br />

<strong>Odebrecht</strong>, afirma: “É fantástico<br />

nós, da <strong>Odebrecht</strong>, participarmos<br />

da realização deste sonho. Há<br />

tempos que não víamos esse tipo<br />

de obra por aqui”, ele diz, voltando<br />

no tempo em cerca de 70 anos,<br />

A centralização<br />

da gestão<br />

deve gerar,<br />

já a partir<br />

de <strong>2010</strong>, uma<br />

economia<br />

anual de<br />

R$ 92 milhões<br />

quando JK, então Prefeito de Belo<br />

Horizonte, encomendou ao jovem<br />

e já reconhecido arquiteto Oscar<br />

Niemeyer a construção do con<strong>jun</strong>to<br />

arquitetônico da Pampulha, também<br />

localizado na região Norte da<br />

capital mineira.<br />

Niemeyer, em vídeo de divulgação<br />

do empreendimento, não poupou o<br />

saudosismo: “Tenho a impressão<br />

de que estamos voltando ao tempo<br />

de JK. Mesmo entusiasmo, mesma<br />

vontade de fazer as coisas, mesmo<br />

otimismo. Isso é que me agrada”.<br />

odebrecht informa


12<br />

perfil<br />

"Sangue, suor e trabalho"<br />

texto Miucha Andrade / foto Holanda Cavalcanti<br />

“Sempre lutei”, diz José Carlos Teixeira, Gerente Industrial da ETH<br />

Bioenergia – Unidade Morro Vermelho, pentacampeão paulista e<br />

vice-campeão mundial de jiu-jítsu. Tem 39 anos e está há um ano e<br />

meio na Organização. Rapidamente identificou-se com a Tecnologia<br />

Empresarial <strong>Odebrecht</strong> (TEO) e princípios e conceitos como disciplina,<br />

confiança nas pessoas e Educação pelo Trabalho. Alguns dizem<br />

que ele é, simplesmente, cheio de energia; outros, que é um grande<br />

realizador.<br />

O mineiro Zé Teixeira, biólogo e engenheiro químico, acredita em<br />

três coisas na vida: “sangue, suor e trabalho”. Movido a adrenalina,<br />

aos 29 anos participou da montagem da sua primeira usina. Fez<br />

pós-graduação em Gestão Sucroalcooleira e MBA em Administração<br />

na Universidade de São Paulo (USP), e nunca deixou o esporte de<br />

lado. Quando morou em Campo Florido (MG), criou um projeto social<br />

em que ensinava jiu-jítsu para crianças da cidade. “Era uma forma<br />

de transmitir valores como respeito, disciplina e persistência”.<br />

Em 2009, instalou-se com a família em Presidente Prudente (SP)<br />

para montar, no prazo recorde de 13 meses, a Unidade Conquista<br />

do Pontal (UCP) da ETH. Na véspera da inauguração da UCP, uma forte<br />

tempestade destruiu a tenda que estava montada para a solenidade. Zé<br />

Teixeira mobilizou sua equipe na madrugada e nas 24 horas seguintes<br />

acompanhou como um guerreiro o deslocamento de 40 toneladas de<br />

peças industriais. “Foi um episódio marcante”, afirma. “Uma doação<br />

completa onde cada pessoa deu o seu melhor.”<br />

Zé Teixeira foi chamado para implantar as novas unidades industriais<br />

da ETH, em Goiás e Mato Grosso. Mudou-se para Mineiros, cidade a<br />

420 km de Goiânia. Quinzenalmente, percorre 730 km para ver<br />

a esposa e os filhos, e ainda arruma<br />

tempo para treinar jiu-jítsu aos<br />

sábados e domingos. “Para<br />

vencer tem que treinar e lutar.<br />

O resultado não cai no seu<br />

colo”, diz.<br />

odebrecht informa


por eliana simonetti<br />

13<br />

Arte no DNA<br />

Ilu acompanha de perto a cena cultural de Miami<br />

Nascida em Manágua, aos 7 anos de idade Ilu Rivera se mudou com<br />

a família para os Estados Unidos, onde seu avô era embaixador cultural<br />

da Unesco. Graduada na New World School of the Arts, renomada<br />

escola de Miami, ela se mantém em dia com os movimentos culturais.<br />

Em Miami, Ilu e seu marido, Ramon Arbesu, são assíduos frequentadores<br />

do Teatro Adrienne Arsht Center, construído pela <strong>Odebrecht</strong>,<br />

e do Vizcaya Museum. “O Vizcaya é uma das casas <strong>mai</strong>s antigas da<br />

cidade”, diz Ilu, que ingressou há quatro anos na Organização e integra<br />

a equipe direta do Diretor-Superintendente da <strong>Odebrecht</strong> nos Estados<br />

Unidos, Gilberto Neves.<br />

Denise Cruz<br />

Dario de freitas<br />

Empatia e resultados positivos<br />

Sandro, um apaixonado pelo trabalho e pela cidade<br />

Apesar dos 39 anos, Marco Manuel Roquete Ramos já é um veterano na<br />

Bento Pedroso Construções (BPC). Ingressou na empresa portuguesa em 1987,<br />

com 17 anos, como office boy. Ao longo de uma década, trabalhou em diversas<br />

obras, mas, aos 27 anos, decidiu deixar a BPC, em busca de uma oportunidade<br />

na qual não precisasse ficar longe da família. Dois anos depois, um grave<br />

acidente o deixou paraplégico. O choque e a revolta, comuns após um episódio<br />

desses, transformaram-se em determinação. Marco decidiu realizar o sonho de<br />

se formar em Arquitetura. Hoje é mestre e retornou à BPC. “Estou muito feliz<br />

por ter reencontrado tanta gente querida. Aqui estou em casa.” Marco tem se<br />

dedicado, ainda, a garantir a acessibilidade na cidade de Cascais, onde vive. “A<br />

minha história não está escrita ainda. Está apenas começando.”<br />

Responsável pela coordenação do serviço de abastecimento de<br />

água e saneamento prestado pela Foz do Brasil aos 270 mil habitantes<br />

de Limeira (SP), Sandro Stroiek, formado em Filosofia<br />

e Administração de Empresas, é apaixonado pela cidade, pela<br />

empresa e por seu trabalho. “A experiência da Foz do Brasil em<br />

Limeira é pioneira. Teve início em 1995 e tornou-se referência<br />

nacional e internacional por ser uma alternativa viável para a<br />

universalização do serviço de saneamento”, ele diz. E acrescenta:<br />

“Os resultados são fruto de um processo de melhoria contínua<br />

que tem como motivação principal a satisfação total dos clientes<br />

e a interação com a comunidade. Buscamos atender aos anseios<br />

de todos”.<br />

Um história que está apenas começando<br />

Marco venceu desafios pessoais e realizou sonhos<br />

Holanda Cavalcanti<br />

odebrecht informa


14 energia<br />

A usina toma forma<br />

Construção da Hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira,<br />

em Rondônia, prossegue em ritmo acelerado para que a<br />

geração da energia ocorra antes do prazo previsto<br />

texto Luiz Carlos Ramos / fotos Roberto Rosa<br />

odebrecht informa


A gigantesca barragem de concreto<br />

cresce e ganha forma no Rio Madeira,<br />

apenas um ano e meio após as<br />

primeiras escavações. Hoje 10.295<br />

integrantes trabalham para cumprir<br />

prazos e assegurar a qualidade na<br />

construção de uma das <strong>mai</strong>ores hidrelétricas<br />

do mundo: Santo Antônio, em<br />

Rondônia. À margem esquerda desse<br />

que é o <strong>mai</strong>or afluente do Amazonas, o<br />

canteiro de obras e a floresta dominam<br />

a paisagem. À margem direita, está<br />

Porto Velho, a cidade que cresce e se<br />

valoriza com o pulsar da futura usina.<br />

A conclusão da obra deverá ocorrer<br />

em 2015, mas a previsão é de que no<br />

fim de 2011 a primeira das 44 turbinas<br />

comece a gerar energia. A usina terá<br />

uma potência instalada de 3.150 MW.<br />

A energia será distribuída não só aos<br />

estados do Norte; chegará também a<br />

outras regiões por meio da futura linha<br />

de transmissão de Porto Velho a Araraquara<br />

(SP), onde ocorrerá a integração<br />

com o Sistema Brasileiro.<br />

Aproveitamento do Rio Madeira<br />

Em 2001, quando o Brasil enfrentava<br />

uma crise de energia elétrica, a<br />

<strong>Odebrecht</strong> iniciou estudos que indicavam<br />

a possibilidade de construção<br />

de quatro usinas para o aproveitamento<br />

energético do Rio Madeira.<br />

O engenheiro José Bonifácio Pinto<br />

Júnior, com um extenso currículo de<br />

participação em obras hidrelétricas<br />

e hoje Diretor-Superintendente da<br />

<strong>Odebrecht</strong> Energia, está no projeto<br />

desde aquela época. “As obras<br />

de Santo Antônio começaram em<br />

setembro de 2008 e prosseguem<br />

em ritmo impressionante, o que nos<br />

anima a confirmar os prazos estabelecidos.”<br />

A licença ambiental para a Usina<br />

Santo Antônio foi expedida em julho<br />

de 2007. Cinco meses depois, o Consórcio<br />

Madeira Energia, liderado pela<br />

<strong>Odebrecht</strong> e por Furnas, ofereceu a<br />

menor tarifa média pela energia a ser<br />

gerada e, assim, venceu o leilão de<br />

concessão da usina. Foi constituída a<br />

empresa Santo Antônio Energia para<br />

operar a usina por 30 anos. Para a<br />

construção, foi contratado o Consórcio<br />

Construtor Santo Antônio (CCSA),<br />

liderado pela <strong>Odebrecht</strong> e formado<br />

também pelo Consórcio Santo<br />

Antônio Civil (<strong>Odebrecht</strong> e Andrade<br />

Gutierrez), Gicom – Grupo Industrial<br />

do Complexo do Rio Madeira (Alstom,<br />

Bardella, Voith Siemens, Andritz e<br />

Areva) e tendo a <strong>Odebrecht</strong> na montagem<br />

eletromecânica. O CCSA é o<br />

<strong>mai</strong>or empregador da Região Norte,<br />

o 42º do Brasil.<br />

A construção de uma usina em um<br />

dos principais rios da Amazônia, <strong>jun</strong>to<br />

à floresta, requer soluções especiais. A<br />

escolha das turbinas do tipo bulbo, por<br />

exemplo, assegura que o meio ambiente<br />

não sofrerá impacto <strong>mai</strong>s significativo<br />

com a obra. Serão alagados apenas<br />

217 km 2 , dos quais 164 km 2 serão da<br />

própria calha do rio. A música de Sá,<br />

Rodrix e Guarabyra, com o verso “O<br />

sertão vai virar mar, dói no coração”,<br />

referia-se à Usina de Sobradinho,<br />

construída no Rio São Francisco, na<br />

Bahia, de 1973 a 1979, e que inundou<br />

4.214 km 2 . Algumas famílias moradoras<br />

da região afetada já ocupam um<br />

assentamento preparado pelo Consórcio<br />

Santo Antônio; outras receberam<br />

compensação financeira.<br />

Mário Lúcio Pinheiro, Diretor de Contrato<br />

e responsável pelas obras civis do<br />

Consórcio Santo Antônio Civil, mineiro<br />

de Uberaba, mora em Porto Velho com<br />

a família desde 2008. Em seu escritório,<br />

repleto de mapas e cronogramas, ele<br />

ressalta o peso decisivo da união e do<br />

espírito de equipe: “Lidar com a diversidade<br />

de culturas exige olho no olho,<br />

diálogo franco. O <strong>mai</strong>or desafio não é a<br />

construção de uma usina, mas, sim, a<br />

construção de uma unidade. Temos de<br />

trabalhar em união”.<br />

Os trabalhos, que se realizam<br />

diuturnamente, com pausa apenas<br />

aos domingos para revisão dos equipamentos,<br />

desenvolvem-se às duas<br />

margens do rio. As prioridades no<br />

momento são as obras da casa de<br />

força da margem direita, para assegurar<br />

energia no fim do próximo ano,<br />

e do vertedouro à margem esquerda,<br />

que permitirá, em um ano, o desvio do<br />

Madeira.<br />

Luiz Gabriel Todt de Azevedo, da<br />

<strong>Odebrecht</strong> Energia, responsável pela<br />

área de Sustentabilidade, destaca o<br />

papel da Usina Santo Antônio no crescimento<br />

socioeconômico da região,<br />

odebrecht informa


combinado com a defesa do meio<br />

ambiente. Ele relata que o consórcio<br />

tem ido muito além de atender<br />

pré-requisitos legais ou de mitigar<br />

impactos: “Nossa meta é promover<br />

ganhos sociais e econômicos para<br />

as comunidades da região, além de<br />

garantir oportunidades reais para a<br />

conservação ambiental”. Em fevereiro,<br />

em um seminário em Washington, nos<br />

Estados Unidos, Luiz Gabriel enfatizou:<br />

“O Brasil tem condições de provar que<br />

aprendeu com o passado e que pode<br />

estabelecer Santo Antônio como um<br />

marco de desempenho socioambiental<br />

para a futura exploração do potencial<br />

energético dos rios da Amazônia”.<br />

A <strong>Odebrecht</strong> decidiu pôr em prática,<br />

em Santo Antônio, uma iniciativa inédita<br />

no Brasil e rara em outros países:<br />

a estimativa de emissões de gases de<br />

"Lidar com a diversidade de culturas exige olho no olho, diálogo franco" [ Mário Lúcio Pinheiro ]<br />

odebrecht informa


Na página ao lado, no alto,<br />

atividade do módulo prático do<br />

Programa Acreditar; abaixo,<br />

barco no Rio Madeira leva<br />

trabalhadores para o canteiro de<br />

obras. Nesta página, equipe em<br />

ação no erguimento da barragem<br />

efeito estufa (GEE). Luiz Gabriel explica:<br />

“Trata-se de uma ação voluntária.<br />

Não existem metodologias prontas<br />

para a estimativa de emissões em<br />

grandes obras de infraestrutura,<br />

como usinas. Assim, desenvolvemos<br />

uma metodologia própria”. A estimativa<br />

refere-se às emissões do con<strong>jun</strong>to<br />

de atividades envolvidas na implantação<br />

do empreendimento – obras civis<br />

e montagem. Foram identificadas as<br />

principais fontes de emissão e quantificados<br />

seus impactos. O estudo mostrou<br />

que, em Santo Antônio, a <strong>mai</strong>or<br />

parte das emissões é proveniente<br />

do consumo de combustíveis para<br />

máquinas e equipamentos. A partir<br />

dessa conclusão, medidas para reduzir<br />

as emissões estão sendo tomadas.<br />

Um projeto do porte da construção<br />

de Santo Antônio teria de contar com<br />

um grande efetivo de trabalhadores<br />

qualificados. Ao mesmo tempo, seria<br />

necessário integrar a população local.<br />

A partir dessas duas certezas, nasceu,<br />

em janeiro de 2008, o Programa de<br />

Qualificação Profissional Continuada<br />

– Acreditar. Dos 10.295 trabalhadores<br />

mobilizados na obra, quase 98%<br />

(10.063) são provenientes do programa.<br />

Eles ganharam uma nova profissão, o<br />

que significa inclusão social e qualidade<br />

de vida.<br />

Antônio Cardilli está na <strong>Odebrecht</strong> há<br />

30 anos. Aos 47 anos, esse barrageiro<br />

coleciona pedras das usinas em que<br />

esteve: seis. “Esta é daqui”, aponta para<br />

uma pedrinha cinzenta. Ele começou na<br />

Organização aos 17 anos e acredita ter<br />

atingido a fase <strong>mai</strong>s gratificante. “Cheguei<br />

aqui em 14 de janeiro de 2008 para<br />

montar o escritório.” Gerente Administrativo<br />

e Financeiro da obra, Cardilli é o<br />

idealizador e coordenador do Programa<br />

odebrecht informa


A cozinha do canteiro de obras: fornecimento de comida para três restaurantes<br />

Só de carne, são 4 t por dia.<br />

O café da manhã é para 6 mil<br />

pessoas; almoço para 6 mil;<br />

jantar, para 4 mil; lanche,<br />

para 3.300. Na cozinha,<br />

225 integrantes cuidam da<br />

preparação dos alimentos e<br />

da limpeza<br />

Acreditar, que em dois anos capacitou<br />

25 mil profissionais de Rondônia, dos<br />

quais <strong>mai</strong>s de 10 mil trabalham na Santo<br />

Antônio. São pedreiros, carpinteiros,<br />

armadores, vibradoristas e motoristas,<br />

entre outros especialistas. A partir de<br />

Rondônia, o programa se espalhou pelo<br />

Brasil e já começa a ser implantado em<br />

obras no exterior.<br />

Rubens Gonçalves da Silva, o Rubinho,<br />

é de Maringá (PR), mora em<br />

Porto Velho há oito anos e foi um dos<br />

primeiros formados no Acreditar. Hoje<br />

é motorista de veículo leve. “Antes,<br />

eu andava de bicicleta e não tinha<br />

perspectiva. Com meu novo trabalho,<br />

melhorei de vida e consegui que minha<br />

filha, Edivânia, concluísse o curso de<br />

Administração de Empresas.”<br />

A construção da Usina Santo Antônio<br />

tem a participação marcante das<br />

mulheres, que representam <strong>mai</strong>s de<br />

10% do total de trabalhadores no projeto<br />

– um recorde, já que, em geral, em<br />

obras de construção pesada no Brasil,<br />

esse percentual não passava de 2%.<br />

Elissandra Regina Cavalcanti passou<br />

pelo Acreditar. Ela opera escavadeira<br />

hidráulica. Elissandra, 33 anos, a Nenê,<br />

é de Porto Velho, foi jogadora de futebol<br />

do São Paulo e da seleção brasileira,<br />

e disputou a Olimpíada de Sydney, em<br />

2000. “Gosto de desafios”, diz. “Acho<br />

bonito uma mulher trabalhar em funções<br />

que eram só de homens. No futebol<br />

e aqui.” Arlenicen Batista Gomes,<br />

38 anos, goiana, formou-se carpinteira<br />

no Acreditar em 14 de <strong>jun</strong>ho de 2009.<br />

Viúva, tem sete filhos. “Minha vida era<br />

sofrida, mas se transformou.” Seu filho<br />

<strong>mai</strong>s velho, de 16 anos, já está no Acreditar<br />

Júnior.<br />

O Acreditar Júnior é filho do Acreditar.<br />

É um programa destinado a<br />

adolescentes de 14 a 17 anos, filhos de<br />

integrantes do Consórcio Santo Antônio<br />

Civil. Eles mantêm seus estudos nas<br />

escolas e frequentam aulas dos cursos<br />

básico e técnico, este em parceria com<br />

o Senai. Mais de 400 garotos ganharam<br />

uniforme, mochila e apostilas. Cada<br />

um recebe meio salário mínimo por<br />

mês e faz um exercício de cidadania.<br />

Geisiele Gonçalves, 15 anos, filha do<br />

motorista Rubinho, está no Acreditar<br />

Júnior. “Ainda vou trabalhar na obra da<br />

usina!”, diz.<br />

Alimentar <strong>mai</strong>s de 10 mil trabalhadores<br />

é um desafio para Hédio Perdomo,<br />

Gestor do Negócio Alimentação,<br />

responsável pela cozinha que fornece<br />

as refeições nos três restaurantes<br />

do canteiro de obras. “Uma pesquisa<br />

apontou que 98% dos trabalhadores<br />

estão satisfeitos com a comida”, afirma<br />

Hédio, que tem em sua equipe<br />

230 pessoas, das quais cinco são<br />

nutricionistas. Carioca, Hédio trabalhou<br />

na Marinha do Brasil e está na<br />

<strong>Odebrecht</strong> desde 1982. “Procuramos<br />

garantir proteínas, como carne bovina<br />

e de frango, além de arroz, feijão”, ele<br />

diz. “Só de carne, são 4 t por dia.” O<br />

café da manhã é para 6 mil pessoas;<br />

almoço para 6 mil; jantar, para 4 mil;<br />

lanche, para 3.300. Na cozinha, 225<br />

integrantes cuidam da preparação<br />

dos alimentos e da limpeza, sempre<br />

impecável.<br />

O economista Valdemar Camata<br />

Júnior, do Espírito Santo, morador<br />

de Rondônia há 30 anos, Gerente de<br />

Relações Institucionais do Consórcio<br />

Construtor Santo Antônio, assinala:<br />

“Rondônia teve vários ciclos, o da<br />

borracha, o da construção da estrada<br />

de ferro Madeira-Mamoré, o do<br />

garimpo, o da chegada da agropecuária.<br />

Agora é o ciclo da energia. Já<br />

tem havido grande evolução com as<br />

obras de Santo Antônio. Com a energia,<br />

será possível a este jovem Estado<br />

crescer muito <strong>mai</strong>s na indústria, no<br />

comércio, no turismo”.<br />

odebrecht informa


organização<br />

19<br />

Inovador e sustentável<br />

Construído com materiais renováveis, novo auditório do<br />

Edifício-Sede da <strong>Odebrecht</strong> em Salvador adota critérios<br />

de uso racional da água e da energia texto Rodrigo Villar / foto Almir Bindilatti<br />

O novo auditório do Edifício-Sede da<br />

Organização <strong>Odebrecht</strong> em Salvador<br />

é sinônimo de sustentabilidade e inovação.<br />

Com espaço para 300 pessoas,<br />

salas multifuncionais, restaurante e<br />

heliponto, segue o padrão estabelecido<br />

pela certificação Leadership in<br />

Energy and Environmental Design<br />

(LEED), emitida pelo United States<br />

Green Building Council (USGBC),<br />

organização não governamental de<br />

origem norte-americana responsável<br />

por impulsionar o desenvolvimento da<br />

indústria de construção civil sustentável<br />

em todo o mundo.<br />

Para buscar a certificação, a equipe<br />

da obra teve de assegurar que o novo<br />

auditório cumpriria diversos critérios,<br />

entre eles o uso racional da água e<br />

da energia, o controle das emissões<br />

atmosféricas e a utilização de materiais<br />

renováveis na construção.<br />

A utilização da água é toda otimizada.<br />

Água da chuva, do lavatório,<br />

da cozinha e da condensação do ar<br />

condicionado são reutilizadas nos<br />

vasos sanitários, na irrigação e na<br />

lavagem de piso. Há ainda uma<br />

melhora na eficiência energética.<br />

Com o uso de vidros especiais e de<br />

iluminação por sensor, entre outros<br />

recursos, ocorre uma redução de<br />

20% no consumo de energia. Outra<br />

novidade é a utilização de um novo<br />

método dinamarquês para a construção<br />

de lajes (Bubbledeck), o qual<br />

reduz o uso de cimento entre 35%<br />

e 50%.<br />

Além da diminuição do impacto<br />

ambiental e da emissão de carbono<br />

em até 35%, há a redução dos custos<br />

de energia (40%), de água (50%) e de<br />

manutenção (30%). Toda essa economia,<br />

somada, ao longo de sete anos,<br />

em média, possibilita o retorno total<br />

dos investimentos para as construções<br />

dentro do conceito verde.<br />

“A obra custou aproximadamente<br />

5% a <strong>mai</strong>s do que o valor de um prédio<br />

normal”, informa Henrique Paixão,<br />

Diretor de Contrato responsável pela<br />

obra. “No entanto, além de recuperar<br />

esse investimento em pouco tempo,<br />

vamos racionalizar os recursos<br />

ambientais e influenciar as pessoas a<br />

desenvolverem uma consciência <strong>mai</strong>s<br />

sustentável.”<br />

O novo auditório: espaço<br />

para 300 pessoas e padrão<br />

internacional de sustentabilidade<br />

odebrecht informa


20 portugal<br />

Caminhos que se cruzam<br />

Obras do projeto rodoviário Circular Regional Interior de Lisboa passam<br />

por trecho de aquedutos e exigem solução especial para a preservação<br />

desses patrimônios nacionais texto Karolina Gutiez / fotos Holanda Cavalcanti<br />

odebrecht informa


Aqueduto das Águas<br />

Livres: construído<br />

entre 1732 e 1834, tem<br />

58 km de extensão<br />

Aqueduto das Águas Livres.<br />

Construído entre 1732 e 1834 por<br />

decreto de D. João V, como parte do<br />

esforço de levar água da fonte das<br />

Águas Livres para Lisboa e solucionar<br />

o problema de abastecimento,<br />

tem 58 km de extensão, incluídos<br />

todos os ra<strong>mai</strong>s de captação.<br />

Compreende, entre outras estruturas,<br />

o Reservatório da Mãe d’Água das<br />

Amoreiras, responsável pelo recebimento<br />

e pela distribuição de água na<br />

capital portuguesa, até o ano de 1967.<br />

É um dos <strong>mai</strong>ores sistemas desse<br />

tipo existentes no mundo.<br />

Circular Regional Interior de Lisboa<br />

– Cril. Anel interno de circulação<br />

rodoviária de alta velocidade que<br />

interliga as diversas autoestradas de<br />

acesso a Lisboa, retirando tráfego<br />

ligeiro e pesado das vias principais.<br />

Prevista desde 1980 nos planos rodoviário<br />

nacional e de transportes da<br />

região, tem, desde dezembro de 2007,<br />

a execução dos 3,7 km que faltavam<br />

para a sua conclusão em andamento.<br />

Uma obra aparentemente simples,<br />

não fossem as muitas interferências<br />

em seu traçado e a localização em<br />

área urbana e densamente povoada.<br />

A Cril passa por três municípios<br />

e 10 freguesias. Entre os serviços<br />

impactados, estão o abastecimento<br />

de água e gás, energia elétrica, telecomunicações,<br />

tratamento de esgoto,<br />

comunicações militares, a linha ferroviária<br />

Lisboa-Sintra e um túnel do<br />

metrô. E 130 m de equipamentos dos<br />

Aquedutos das Águas Livres e das<br />

Francesas, patrimônios nacionais.<br />

Dos 58 km do Aqueduto das Águas<br />

Livres, pouco <strong>mai</strong>s de um é visível. O<br />

trecho <strong>mai</strong>s conhecido é um dos principais<br />

cartões-postais lisboetas: são<br />

os 35 arcos sobre o Vale de Alcântara,<br />

com destaque para o <strong>mai</strong>or arco<br />

odebrecht informa


Na foto <strong>mai</strong>or, obras da Cril e, no detalhe, galeria subterrânea: cuidados extremos<br />

para proteger a <strong>mai</strong>or realização da engenharia hidráulica do século 18<br />

de pedra de vão do mundo. Foram<br />

construídos para refletir a monumentalidade<br />

do período em que D. João<br />

V governava Portugal. “Como todo o<br />

restante dos aquedutos é formado<br />

por galerias subterrâneas e não é<br />

<strong>mai</strong>s utilizado, cogitou-se demolir o<br />

encanamento onde a Cril iria passar.<br />

Mas isso não era correto”, defende a<br />

arqueóloga Margarida Monteiro, que<br />

acompanhou os trabalhos desde o início.<br />

Afinal, trata-se da <strong>mai</strong>or obra de<br />

engenharia hidráulica do século 18.<br />

“A Bento Pedroso Construções<br />

(BPC, subsidiária da <strong>Odebrecht</strong> em<br />

Portugal) apresentou o sétimo preço<br />

entre as empresas que participaram<br />

da licitação. Sua proposta técnica<br />

incluía, contudo, uma solução que não<br />

colocava em risco os aquedutos”, destaca<br />

José Joaquim Martins, Diretor do<br />

Contrato. “Colocamos toda a nossa<br />

engenharia à disposição do cliente,<br />

A área metropolitana de Lisboa, com<br />

cerca de 2,7 milhões de habitantes,<br />

abriga a <strong>mai</strong>or concentração populacional<br />

do país. O tráfego médio<br />

diário na região é superior a 700<br />

mil veículos, de diversas categorias.<br />

Vão circular pelo trecho da Cril em<br />

construção <strong>mai</strong>s de 100 mil veículos<br />

por dia, desafogando a malha<br />

rodoviária.<br />

Principais números<br />

da obra:<br />

Rotatórias: 7<br />

Obras de arte: 17, sendo 6 túneis<br />

Muros de suporte: 20 mil m²<br />

Pórticos e travessas<br />

de sinalização: 108<br />

Estacas: 46 km<br />

Vigas pré-fabricadas: 7.400 m<br />

Proteção contra fogo: 120 mil m²<br />

Investimento: 112 milhões de euros<br />

odebrecht informa


O Aqueduto das Águas Livres, o<br />

Reservatório da Mãe d'Água, a<br />

Estação Elevatória a Vapor dos<br />

Barbadinhos e o Reservatório da<br />

Patriarcal formam os núcleos do<br />

Museu da Água, administrado pela<br />

Empresa Portuguesa das Águas<br />

Livres. Saiba <strong>mai</strong>s no blog de<br />

<strong>Odebrecht</strong> <strong>Informa</strong><br />

Estradas de Portugal, tanto para a<br />

concepção, quanto para a execução<br />

do projeto.”<br />

A travessia, nos trechos da Cril que<br />

cruzam os aquedutos, foi rebaixada.<br />

A solução acabou por ser adotada em<br />

outros pontos, resultando na construção<br />

de túneis em metade do traçado<br />

de 3,7 km. As estruturas seculares<br />

ficaram suspensas no teto das passagens<br />

subterrâneas. E para afastar<br />

a possibilidade de qualquer abalo,<br />

sobretudo onde há as alvenarias chamadas<br />

Mães de Águas, que serviam<br />

como vias de acesso ao interior e<br />

garantiam a ventilação dos aquedutos,<br />

microestacas de contenção foram primeiro<br />

posicionadas horizontalmente,<br />

com estruturas de concreto pré-fabricado<br />

nas paredes laterais. Só então<br />

foi realizado o trabalho completo de<br />

escavação e formação dos túneis.<br />

“Tecnicamente, foi a etapa <strong>mai</strong>s<br />

complexa, pois houve intervenção<br />

direta no patrimônio nacional”, revela<br />

Pedro Quintas, Responsável Técnico<br />

da obra. Uma equipe de 11 especialistas<br />

em arqueologia, conservação<br />

e restauro trabalhou no levantamento<br />

de informações em campo<br />

sobre as condições dos aquedutos e<br />

na produção de relatórios mensais<br />

entregues ao Igespar – Instituto de<br />

Gestão do Patrimônio Arquitetônico e<br />

Arqueológico.<br />

Com o crescimento das cidades<br />

pelas quais o aqueduto passa, já<br />

no século 20, muitas interferências<br />

equivocadas foram documentadas. “A<br />

poluição da água, por exemplo, exigiu<br />

a substituição da tubulação, o que<br />

provocou a abertura de rombos e a utilização<br />

de cimento não compatível com<br />

o material da época da construção”,<br />

relata Margarida. “Nenhuma obra<br />

realizada no entorno do Aqueduto das<br />

Águas Livres teve esta preocupação<br />

antes. A legislação também era menos<br />

rígida; a mentalidade era outra.”<br />

Depois de concluída a suspensão<br />

dos aquedutos, será realizado o restauro,<br />

que prevê limpeza, desinfestação<br />

biológica, remoção de placas calcárias<br />

e estalactites e tratamento de <strong>jun</strong>tas e<br />

elementos metálicos. A obra deve ser<br />

concluída no fim de <strong>2010</strong>.<br />

Pela complexidade que carrega, é<br />

natural que o projeto de fecho da Cril<br />

tenha ficado cerca de duas décadas<br />

engavetado. “O risco envolvido, assumido<br />

pela BPC, e a magnitude deste<br />

contrato consolidaram o respeito a<br />

nossa empresa e nos permitiram um<br />

reposicionamento de forma diferenciada<br />

no mercado português”, avalia José<br />

Joaquim.<br />

odebrecht informa


24 petroquímica<br />

Pioneirismo verde-amarelo<br />

em solo americano<br />

A Braskem agora produz<br />

polipropileno nos<br />

Estados Unidos,<br />

em unidades na<br />

Pensilvânia,<br />

no Texas e na<br />

Virgínia Ocidental<br />

texto Cláudio Lovato Filho<br />

fotos Américo Vermelho<br />

A planta de<br />

Marcus Hook,<br />

na Pensilvânia:<br />

capacidade<br />

para produzir<br />

375 mil t/ano de<br />

polipropileno. Na<br />

página ao lado, a<br />

Filadélfia<br />

odebrecht informa


A Filadélfia é lugar de pioneiros. A<br />

cidade, que chegou a ser a segunda<br />

<strong>mai</strong>or do Império Britânico, atrás apenas<br />

de Londres, teve papel decisivo na<br />

independência norte-americana e foi a<br />

capital temporária enquanto Washington<br />

estava sendo construída. A “Cidade<br />

do Amor Fraternal” (Philadelphia,<br />

do grego) tem longa tradição em gerar<br />

ideias de liberdade e cultivar princípios<br />

de mudança e evolução. É nessa<br />

cidade pródiga em histórias de ousadia<br />

que, no início deste ano, um grupo<br />

de profissionais da Braskem ajudou a<br />

fincar em solo norte-americano, pela<br />

primeira vez, a bandeira da petroquímica<br />

brasileira. Esses desbravadores<br />

estão agora empenhados no trabalho<br />

de integração dos ativos de polipropileno<br />

da Sunoco Chemicals à Braskem.<br />

Com sede na Filadélfia, no Estado<br />

da Pensilvânia, costa leste dos Estados<br />

Unidos, a Sunoco Chemicals era<br />

uma divisão da Sunoco Corporation,<br />

gigante do setor de refino de petróleo.<br />

Com a aquisição dos negócios de polipropileno,<br />

anunciada em fevereiro de<br />

<strong>2010</strong> e concluída no início de abril, por<br />

US$ 350 milhões, a Braskem America<br />

se tornou a quarta <strong>mai</strong>or fornecedora<br />

desse termoplástico na América do<br />

Norte e consolidou sua posição de<br />

<strong>mai</strong>or produtora de resinas das Américas,<br />

dando um passo importante em<br />

seu projeto de internacionalização.<br />

É a primeira operação industrial<br />

da Braskem fora do Brasil. Agora são<br />

três plantas industriais nos Estados<br />

Unidos: em Marcus Hook, na região<br />

metropolitana da Filadélfia; em La<br />

Porte, na região metropolitana de<br />

Houston, no Texas; e em Neal, na Virgínia<br />

Ocidental. Nessas três plantas<br />

são produzidas 950 mil t/ano de polipropileno.<br />

A Braskem adquiriu também<br />

o Centro de Tecnologia localizado<br />

em Pittsburgh, na Pensilvânia, um<br />

polo de desenvolvimento de produtos<br />

e serviços, apoio técnico e comercialização,<br />

no qual atuam 50 pessoas,<br />

entre engenheiros químicos, químicos<br />

e profissionais de venda. No total, a<br />

equipe da Braskem nos Estados Unidos<br />

é formada por 430 integrantes.<br />

Ricardo Lyra, Responsável por Pessoas,<br />

Organização e Comunicação na<br />

Braskem America, participou em abril<br />

de uma série de visitas às unidades<br />

recém-incorporadas para apresentar<br />

a Braskem e a Organização <strong>Odebrecht</strong><br />

aos novos integrantes norte-americanos,<br />

responder às suas perguntas<br />

e esclarecer suas dúvidas. Do plano<br />

de saúde à performance industrial, os<br />

<strong>mai</strong>s diversos temas foram tratados.<br />

Acompanhando Bruce Rubin, que liderou<br />

os primeiros passos da integração<br />

e que assumiu em <strong>mai</strong>o o programa<br />

de Relações Institucionais e Desenvolvimento<br />

de Negócios, Christopher<br />

Bland e Robert Nadin, respectivamente<br />

Responsável Industrial e Responsável<br />

por Tecnologia da Sunoco Chemicals,<br />

agora profissionais da Braskem,<br />

Ricardo foi às fábricas nos três estados<br />

e ao Centro de Tecnologia.<br />

“Estamos conduzindo um processo<br />

de comunicação amplo e transparente”,<br />

diz Ricardo. “Nenhuma pergunta<br />

fica sem resposta.” Segundo ele, o<br />

clima para a integração é o melhor<br />

possível. “As pessoas sabem que agora<br />

seu trabalho faz parte do core business<br />

da empresa e estão conscientes<br />

de que isso abre novas perspectivas<br />

de crescimento, individuais e empresariais.”<br />

odebrecht informa


A Braskem também está sendo<br />

apresentada a seus novos clientes<br />

norte-americanos. Mark Nicolich,<br />

desde 2001 na Sunoco, vem tendo<br />

papel de destaque nesse trabalho. Ele<br />

é Responsável pelas áreas Comercial<br />

e de Supply Chain (cadeia de fornecimento).<br />

“Os clientes estão otimistas<br />

com a chegada da Braskem”, ele diz.<br />

O fato de que, agora, serão atendidos<br />

por uma empresa que tem como<br />

negócio principal a produção de<br />

polipropileno tem gerado boas expectativas,<br />

relata Mark. O mesmo ele vê<br />

ocorrer com seus colegas. “Há uma<br />

energia muito positiva.”<br />

Bruce Rubin iniciou seu trabalho na<br />

Sunoco Chemicals há 31 anos. Engenheiro<br />

químico, começou na unidade<br />

de Marcus Hook e chegou à liderança<br />

do negócio. Bruce está vivendo o que<br />

chama de “um novo começo”. Ele destaca:<br />

“Estamos na fase de separação<br />

da Sunoco e de integração à família<br />

Braskem. É um momento muito interessante,<br />

muito motivador, de aprendizados<br />

e troca de experiências, de<br />

educar clientes e buscar novas ideias,<br />

O químico PhD Songsheng Zhang no Centro de Tecnologia, em Pittsburgh, e,<br />

abaixo, a partir da esquerda, sentados, Robert Nadin e Bruce Rubin; a partir<br />

da esquerda, de pé, Ricardo Lyra, Mark Nikolich, Christopher Bland e Renato<br />

Monteiro: brasileiros e norte-americanos vivendo, <strong>jun</strong>tos, um momento histórico<br />

novos produtos. O enorme potencial<br />

de oportunidades está começando a<br />

ser percebido pelas pessoas”.<br />

É o caso de Kelly Elizardo, há 10<br />

anos na Sunoco Chemicals. Ela trabalha<br />

no escritório da Filadélfia, é<br />

engenheira química, mas se especializou<br />

em Finanças e atua como<br />

Responsável por Apoio nessa área.<br />

“Estou muito entusiasmada com a<br />

perspectiva de trabalhar no modelo<br />

da Tecnologia Empresarial <strong>Odebrecht</strong><br />

(TEO)”, ela afirma. “Gosto de mudanças,<br />

adoro desafios e oportunidades<br />

de aprender.”<br />

Esse sentimento de início de novos<br />

tempos, com valorização das pessoas<br />

e foco no cliente, pode ser notado<br />

com facilidade e intensidade no Centro<br />

de Tecnologia de Pittsburgh. No<br />

dia 12 de abril, Ricardo Lyra, Bruce<br />

Rubin, Christopher Bland e Robert<br />

Nadin reuniram todos os integrantes<br />

do centro para falar sobre a chegada<br />

da Braskem. “Tecnologia interessa,<br />

diferenciação nos negócios interessa,<br />

mas nada interessa <strong>mai</strong>s do que as<br />

pessoas e seu desenvolvimento”, disse<br />

Bruce Rubin na reunião.<br />

Robert Nadin, há oito anos na<br />

liderança do Centro de Tecnologia<br />

de Pittsburgh, reforça: “Estamos<br />

todos muito felizes por passarmos a<br />

trabalhar em uma grande empresa,<br />

que está crescendo, que investe em<br />

desenvolvimento de produtos e em<br />

tecnologia, e que traz novos conceitos<br />

de comercialização. A Braskem é uma<br />

odebrecht informa


Instalações do Centro de Tecnologia, em Pittsburgh, e a<br />

entrada da unidade de Marcus Hook, já com a identidade<br />

visual da Braskem: indústria petroquímica brasileira<br />

produzindo nos Estados Unidos<br />

Carlos Fadigas: Sequência de recentes aquisições realizadas pela Braskem, no Brasil e nos<br />

Estados Unidos, é um divisor de águas na história da empresa e da petroquímica brasileira<br />

empresa que está comprometida com<br />

o crescimento”.<br />

Do Centro de Tecnologia de Pittsburgh<br />

para as fábricas, e de lá para<br />

os clientes. Christopher Bland, na<br />

Sunoco desde 2005, informa que<br />

a prioridade em sua área neste<br />

momento de transição é assegurar a<br />

clientes e fornecedores que nenhum<br />

tipo de interrupção ocorrerá em seu<br />

relacionamento cotidiano. Internamente,<br />

a hora é de conhecer as<br />

práticas de saúde, segurança e meio<br />

ambiente e o método de organização<br />

do trabalho nas unidades no Brasil.<br />

“Existe na Braskem uma cultura de<br />

confiança nas pessoas e de dar a<br />

elas liberdade para avaliar e decidir.<br />

Isso me deixa feliz.”<br />

Foi um ambiente com esse tipo<br />

de sentimento que Renato Monteiro<br />

encontrou ao chegar à Filadélfia,<br />

em fevereiro de <strong>2010</strong>. Renato<br />

responde pela área financeira da<br />

Braskem nos Estados Unidos. Ele<br />

participou diretamente do processo<br />

de aquisição da Sunoco Chemicals<br />

desde os primeiros movimentos.<br />

“Quando cheguei ao escritório da<br />

Sunoco na Filadélfia, eu sabia que<br />

estávamos vivendo um momento<br />

histórico, para a Braskem e para o<br />

Brasil”, diz Renato. “A receptividade<br />

das pessoas foi a melhor possível.<br />

Logo percebi que o modelo empresarial<br />

da Braskem e da <strong>Odebrecht</strong><br />

soava como música aos ouvidos de<br />

todos aqui.”<br />

O alinhamento de visões entre os<br />

principais acionistas da Braskem, a<br />

Organização <strong>Odebrecht</strong> e a Petrobras,<br />

em torno da necessidade de fortalecer<br />

a petroquímica brasileira e torná-la<br />

<strong>mai</strong>s preparada para a competição<br />

global foi decisivo para a concretização<br />

da aquisição nos Estados Unidos.<br />

Carlos Fadigas, que atuava<br />

como Vice-Presidente de Finanças<br />

e Relações com Investidores da<br />

Braskem desde 2006 e assumiu<br />

novo desafio como CEO (principal<br />

executivo) da Braskem America<br />

em <strong>mai</strong>o, salienta que o Governo<br />

brasileiro tem criado as condições<br />

para a existência de uma economia<br />

forte ao proporcionar apoio ao<br />

setor empresarial. Fadigas vê na<br />

sequência de recentes aquisições<br />

realizadas pela Braskem, no Brasil<br />

e nos Estados Unidos, um divisor<br />

de águas na história da empresa e<br />

da petroquímica brasileira. “Com<br />

a aquisição da Quattor, foi concluída<br />

com sucesso a reorganização<br />

setorial no Brasil”, ressalta Fadigas.<br />

“Isso trouxe um horizonte de<br />

previsibilidade capaz de estimular<br />

a realização dos investimentos<br />

necessários ao país e nos permitiu<br />

aproveitar oportunidades de crescimento<br />

no mercado internacional”,<br />

ele acrescenta.<br />

odebrecht informa


28 entrevista<br />

Arquiteta das garantias<br />

Formada em Arquitetura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Kátia Luz é Diretora<br />

da <strong>Odebrecht</strong> Administradora e Corretora de Seguros (OCS). Ela costuma dizer que é exarquiteta.<br />

A carreira foi um sonho da estudante e também da jovem profissional, que teve<br />

escritório e clientes em Salvador, cidade onde nasceu. Kátia ingressou na Organização há<br />

20 anos com planos de exercer a profissão em obras e projetos da <strong>Odebrecht</strong>. Os planos,<br />

porém, duraram pouco. Logo foi convidada a integrar a equipe da OCS. Sem entender<br />

nada de seguros, aceitou o convite como um desafio. De 1994 a 2008, trabalhou no<br />

escritório da OCS em Miami, para onde foi com o marido, Walter, e quatro filhos.<br />

Lá nasceu o caçula, Matthew. Nos Estados Unidos, Kátia fez cursos de aperfeiçoamento<br />

em sua área de atuação, mas os conhecimentos adquiridos na Faculdade de Arquitetura<br />

foram e continuam sendo úteis para entender detalhes técnicos das obras para<br />

as quais fecha contratos de seguro e garantias.<br />

texto Thereza Martins / foto Holanda Cavalcanti<br />

<strong>Odebrecht</strong> <strong>Informa</strong> – Como foi<br />

deixar de lado os planos da<br />

carreira de arquiteta e seguir<br />

um caminho tão diferente?<br />

Kátia Luz – Meu objetivo era trabalhar<br />

na área em que me formei,<br />

mas fui convencida a aceitar a<br />

proposta pelo argumento de que a<br />

equipe liderada por Marcos Lima,<br />

na OCS, era ótima, com visão de<br />

futuro, o que me motivou. A OCS<br />

também precisa de arquitetos,<br />

engenheiros, administradores de<br />

empresas e advogados, porque<br />

o conhecimento técnico é muito<br />

importante no momento em que<br />

conversamos com especialistas e<br />

negociamos com as seguradoras.<br />

OI – E como foi seu aprendizado?<br />

Kátia – No Brasil não há cursos universitários<br />

para essa formação. Então<br />

fiz cursos de especialização aqui no<br />

Brasil, na Inglaterra e nos Estados<br />

Unidos. Em 1994, fui para Miami trabalhar<br />

na OCS e estudar. A proposta<br />

inicial era para dois ou três anos de<br />

permanência. Acabei ficando 15 anos.<br />

OI – Desde quando a OCS mantém<br />

escritório nos Estados Unidos?<br />

Kátia – O marco da história da<br />

OCS nos Estados Unidos deuse<br />

em 1992, quando o furacão<br />

Andrews atingiu a Flórida. A<br />

<strong>Odebrecht</strong> já estava trabalhando<br />

lá. Não ocorreram danos, mas<br />

sentimos necessidade de contratar<br />

alguém que conhecesse o<br />

mercado local para representar<br />

a OCS no país. Contratamos um<br />

profissional norte-americano, até<br />

sentir que o ideal seria contar<br />

com alguém integrado à cultura<br />

da Organização. Foi quando me<br />

mudei para Miami, em 1994.<br />

OI – A OCS apoia os diversos<br />

negócios da Organização<br />

<strong>Odebrecht</strong> na avaliação de riscos.<br />

Como é essa atuação?<br />

Kátia – Quando buscamos seguro<br />

para um projeto, o primeiro passo<br />

é conversar com os engenheiros,<br />

conhecer os detalhes técnicos,<br />

os equipamentos que serão utilizados<br />

e os riscos apresentados,<br />

para desenhar as coberturas<br />

necessárias. A seguir, vamos vender<br />

o risco, no Brasil e no exterior,<br />

e não comprar seguro.<br />

É por isso que o domínio do negócio<br />

é tão importante. As obras<br />

precisam de seguro, e também<br />

de garantias, ou seja, de um aval<br />

atestando que o cliente, no caso a<br />

<strong>Odebrecht</strong>, irá completar a obra.<br />

Para dar esse aval, a seguradora<br />

precisa confiar na capacidade<br />

financeira, técnica e de caráter<br />

odebrecht informa


do cliente. Nos Estados Unidos,<br />

por exemplo, o valor da garantia<br />

é de 100% do orçamento da obra.<br />

Se, por algum motivo, o projeto<br />

for interrompido, a seguradora<br />

tem obrigação de encontrar outra<br />

empresa para concluir o trabalho,<br />

ou pagar o valor acordado.<br />

OI – Em projetos de engenharia,<br />

onde estão os grandes riscos?<br />

Kátia – Há riscos em todas as<br />

obras de engenharia. São barragens<br />

e hidrelétricas com desvios<br />

de rios, túneis, obras de metrô<br />

em grandes cidades, obras no<br />

mar, para a construção de plataformas<br />

de petróleo, com transporte<br />

e operação de guindastes<br />

de grande porte em cima de balsas,<br />

oscilando com as marés... O<br />

risco é grande, mas a responsabilidade<br />

com segurança, equipamentos<br />

e capacitação profissional<br />

também é.<br />

OI – Quais são suas responsabilidades<br />

na OCS atualmente?<br />

Kátia – Lidero uma equipe de<br />

19 pessoas e sou responsável<br />

pela área de Construção, da<br />

qual fazem parte as empresas<br />

da <strong>Odebrecht</strong> que atuam com<br />

Engenharia e Construção, a Foz do<br />

Brasil e a <strong>Odebrecht</strong> Realizações<br />

Imobiliárias. Para atender à<br />

demanda das obras, temos escritório<br />

em Miami, apoiando os<br />

negócios nos Estados Unidos e<br />

grande parte da América Latina,<br />

e em Lisboa, focado em projetos<br />

nos Emirados Árabes, na Líbia, em<br />

Moçambique e em Angola. Nesse<br />

país contamos ainda com um profissional<br />

exclusivo, pelo volume de<br />

contratos.<br />

odebrecht informa


Aeroporto de Miami, cliente<br />

da <strong>Odebrecht</strong> na cidade onde<br />

Kátia Luz viveu por 15 anos<br />

"Quando buscamos seguro para um projeto, o primeiro passo<br />

é conversar com os engenheiros, conhecer os detalhes técnicos,<br />

os equipamentos que serão utilizados e os riscos apresentados,<br />

para desenhar as coberturas necessárias" [ Kátia Luz ]<br />

OI – Para quem começa na área<br />

de seguro, o que é importante<br />

aprender?<br />

Kátia – No caso da <strong>Odebrecht</strong>,<br />

é importante notar que a<br />

Organização vive um momento<br />

de crescimento acelerado. A fim<br />

de acompanhar a expansão e a<br />

complexidade dos negócios, precisamos<br />

preparar novos talentos,<br />

novas equipes. A esses jovens,<br />

digo que motivação é fundamental.<br />

E, também, que conheçam e pratiquem<br />

os princípios da Tecnologia<br />

Empresarial <strong>Odebrecht</strong> da humildade<br />

e do espírito de servir. Como<br />

empresa de apoio, a OCS deve<br />

servir aos nossos líderes empresariais<br />

e diretores de contrato, que<br />

são os nossos clientes.<br />

OI – Como foi viver em Miami com<br />

a família?<br />

Kátia – As famílias, nos Estados<br />

Unidos, não dispõem dos serviços<br />

domésticos com que contamos no<br />

Brasil. Quando estava grávida do<br />

Matthew, às vezes me questionava<br />

se daria conta de tudo: trabalho,<br />

casa e <strong>mai</strong>s um bebê. Claro que<br />

nada disso seria possível se eu<br />

não tivesse a meu lado um marido<br />

maravilhoso que sempre me<br />

apoiou e dividiu todas essas preocupações.<br />

Com cinco filhos, fim de<br />

semana em nossa casa sempre foi<br />

uma festa. Se eu não estivesse na<br />

cozinha preparando uma moqueca,<br />

um caruru ou um vatapá, meu<br />

marido, Walter, estaria na churrasqueira.<br />

OI – Seu pai, Benedito Luz,<br />

trabalhou na área Financeira<br />

da <strong>Odebrecht</strong> por <strong>mai</strong>s de 50<br />

anos. Isso influenciou sua escolha<br />

profissional?<br />

Kátia – Meu pai, que completará<br />

85 anos, começou a trabalhar com<br />

Dr. Norberto no início da <strong>Odebrecht</strong>.<br />

Cresci ouvindo as histórias da<br />

Organização e os conceitos da TEO<br />

(Tecnologia Empresarial <strong>Odebrecht</strong>).<br />

Ele trabalhou também com Dr.<br />

Emílio e, hoje, fico feliz pela oportunidade<br />

de dar minha contribuição<br />

ao Marcelo (<strong>Odebrecht</strong>). Ser filha<br />

de um ex-integrante que trabalhou<br />

para a Organização por <strong>mai</strong>s de<br />

50 anos não traz facilidades. Pelo<br />

contrário, é uma responsabilidade<br />

ainda <strong>mai</strong>or.<br />

odebrecht informa


qualificação<br />

31<br />

Eduardo Cabral:<br />

aprendizado nas aulas<br />

teóricas e práticas<br />

Motivados e bem-treinados<br />

Cursos capacitam profissionais para a movimentação de cargas<br />

texto Júlio César Soares / foto Guilherme Afonso<br />

Motorista de caminhão há oito anos,<br />

Eduardo Gomes Cabral foi um dos<br />

<strong>mai</strong>s de 150 profissionais que fizeram<br />

o curso de Gestor de Unidade Móvel<br />

realizado nas obras de terraplenagem<br />

do Complexo Petroquímico do Rio de<br />

Janeiro (Comperj). “As aulas teóricas e<br />

práticas foram muito proveitosas para<br />

aprender e corrigir os erros do dia a<br />

dia”, diz Eduardo. Nascido em Itaboraí,<br />

cidade onde a obra é executada, ele<br />

passa por sua primeira experiência em<br />

uma grande obra.<br />

O curso que Eduardo frequentou<br />

foi concebido e executado pela área<br />

de Pessoas e Organização do Afeq<br />

(Apoio Funcional de Equipamentos).<br />

“Apoiamos as obras no desenvolvimento<br />

de integrantes”, diz Elson<br />

Rangel, Responsável por Pessoas e<br />

Organização no Afeq.<br />

O Afeq apoia as empresas de engenharia<br />

e construção da <strong>Odebrecht</strong><br />

elaborando e realizando, entre outras<br />

iniciativas, programas de treinamento<br />

para motoristas de caminhão e operadores<br />

de escavadeiras, carregadeiras<br />

e motoniveladoras, e cursos de capacitação<br />

para manutenção de equipamentos.<br />

Ao todo, são oito multiplicadores do<br />

Afeq atuando nas obras do Comperj e<br />

no Projeto Salobo, no Pará. “Esses programas<br />

têm melhorado o desempenho<br />

dos operadores em face das novas tecnologias<br />

dos equipamentos, contribuindo<br />

para a melhoria dos resultados de<br />

produtividade e segurança”, diz Sergio<br />

Reis, Responsável pelo Programa de<br />

Desenvolvimento de Pessoas do Afeq.<br />

Nos programas de certificação<br />

para integrantes que trabalham com<br />

movimentação de carga (guindastes),<br />

no Brasil e no exterior, o Afeq conta<br />

com uma estrutura de cinco operadores<br />

substitutos e uma parceria com<br />

o Instituto Opus. Nesse processo, o<br />

integrante passa por avaliações teóricas<br />

e práticas, nas quais são usados simuladores<br />

de última geração, e, se aprovado,<br />

recebe certificação correspondente<br />

à área em que atua.<br />

Somente em 2009, foram certificados<br />

87% dos operadores que trabalham<br />

com movimentação de cargas no Brasil.<br />

Os supervisores e auxiliares de movimentação<br />

de carga também recebem<br />

treinamento, por meio de programas<br />

de qualificação e certificação. “Nossa<br />

função é despertar nas pessoas a<br />

consciência de que é preciso um trabalho<br />

constante e intenso para reduzir<br />

riscos”, diz Carlos Gabos, Gerente de<br />

Equipamentos do Afeq.<br />

Outras ferramentas, como<br />

equipamentos multimídia para autotreinamento,<br />

sistema de cadastro de<br />

currículos e avaliação de candidatos<br />

estão em desenvolvimento e também<br />

serão utilizadas como apoio às obras<br />

nos processos de seleção e formação<br />

de novos integrantes.<br />

odebrecht informa


32<br />

tecnologia<br />

Estímulo à inventividade<br />

Programa incentiva o desenvolvimento de<br />

novas tecnologias nos canteiros de obra<br />

texto Júlio César Soares / foto Dario de Freitas<br />

Criado em 2008 pela equipe de Planejamento<br />

Tributário da <strong>Odebrecht</strong> em parceria com a área<br />

de Apoio a Engenharia, o Programa <strong>Odebrecht</strong> de<br />

Inovação Tecnológica (POIT) busca identificar projetos<br />

nos canteiros de obra que desenvolvam novas<br />

tecnologias no processo de construção. Sua base foi<br />

a Lei 11.196/2005, que instituiu benefícios fiscais às<br />

empresas que gerassem inovação dentro de seu ciclo<br />

de desenvolvimento. Dos 60 projetos analisados pelo<br />

POIT até agora, 10 conseguiram renúncia fiscal.<br />

A sequência de procedimentos é esta: identificado,<br />

o projeto é enviado para a área de Apoio a Engenharia<br />

que, <strong>jun</strong>to com a empresa de consultoria Pieracciani,<br />

analisa a viabilidade de renúncia fiscal baseada na lei.<br />

“A recepção do programa é sempre positiva e considerada<br />

uma valorização da área de engenharia”, conta<br />

Valter Pieracciani, Diretor da consultoria.<br />

“O custo dessa pesquisa é pago pelo incentivo<br />

recebido no final”, explica Hélio Guimarães, ex-integrante<br />

da <strong>Odebrecht</strong> e hoje consultor da Guimarães<br />

e Sieiro. Carlos Hermanny, Responsável por Gestão<br />

Corporativa na <strong>Odebrecht</strong> Infraestrutura, destaca a<br />

importância da inovação para a engenharia e enfatiza:<br />

“O desafio é fazer com que o programa extrapole os<br />

canteiros, indo para todas as áreas da empresa”.<br />

Uma das obras que obteve renúncia fiscal graças<br />

Molhe do Porto de Rio Grande e, abaixo, Dante Venturini,<br />

Regina Rivas Beltran, advogada da área de Planejamento<br />

Tributário da <strong>Odebrecht</strong>, Carlos Hermanny e José Gomes da<br />

Silva, Gerente Comercial da área de Gestão Corporativa da<br />

<strong>Odebrecht</strong> Infraestrutura: trabalho sinérgico para incentivar<br />

inovações tecnológicas<br />

ao POIT foi o prolongamento dos molhes do Porto de<br />

Rio Grande (RS). A necessidade de sondagem do subsolo<br />

marinho levou a equipe da <strong>Odebrecht</strong> a construir<br />

um equipamento capaz de realizar esse trabalho,<br />

pois esse tipo de tecnologia não existe no Brasil e a<br />

importação é de alto custo. “Formamos um comitê<br />

com integrantes e consultores para avaliar a execução<br />

desse projeto, chamado Essal. Depois disso, soubemos<br />

do POIT e decidimos participar”, conta Marcos<br />

Pitanguy, Gerente Operacional da obra. “Olhando hoje<br />

é algo extraordinário, a oportunidade de inventar algo,<br />

e isso nos deixa extremante orgulhosos”, diz. José<br />

Luiz Menezes, Gerente Administrativo e Financeiro<br />

da obra, salienta que a motivação vai muito além do<br />

benefício fiscal. “A possibilidade de gerar conhecimento<br />

é o que nos motiva a buscar a inovação.”<br />

O orgulho não é para menos: o Essal está prestes a<br />

ganhar patente, outra vantagem para quem participa<br />

do POIT. “É <strong>mai</strong>s do que um incentivo fiscal. O propósito<br />

é colocar a inovação no dia a dia do contrato,<br />

estimulando a prática”, diz Dante Venturini, Diretor de<br />

Engenharia da <strong>Odebrecht</strong> Infraestrutura.<br />

odebrecht informa


meio ambiente<br />

33<br />

A letra da reflexão<br />

Campanha para redução, reciclagem<br />

e reutilização busca conscientizar<br />

consumidores sobre o uso racional<br />

das sacolas plásticas<br />

texto Eliana Simonetti / fotos Guilherme Afonso<br />

Reduzir, Reciclar, Reutilizar. As três palavras iniciadas pela<br />

letra R compõem a campanha Recicle suas Ideias sobre Sacolas<br />

Plásticas. A Braskem se engajou no movimento, que tem ainda a<br />

participação do Instituto Nacional do Plástico (INP), da Associação<br />

Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief),<br />

da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e do Plastivida<br />

Instituto Socioambiental dos Plásticos.<br />

“Os plásticos estão presentes em todos os momentos de nossas<br />

vidas e são insuperáveis, além de serem 100% recicláveis.<br />

No entanto, o Brasil recicla apenas 21% de sua produção”, diz<br />

Francisco de Assis Esmeraldo, Presidente do Plastivida. “O desafio<br />

é melhorar esse desempenho.” Alfredo Schmitt, Presidente da<br />

Abief, comemora: “É a primeira vez que temos toda a cadeia produtiva<br />

unida em torno de uma proposta.” O mote são as sacolas<br />

plásticas. “Elas são as preferidas do consumidor”, justifica Paulo<br />

Dacolina, Diretor-Superintendente do INP.<br />

A cada semana, <strong>mai</strong>s de 120 usuários se cadastram nos perfis<br />

da campanha, na Internet (Twitter, Orkut, Facebook e YouTube).<br />

Nas cadeias de supermercados que distribuem sacolas resistentes<br />

(capazes de suportar até 6 kg) foi registrada uma queda média de<br />

30% no consumo da embalagem. Na rede Pão de Açúcar, por exemplo,<br />

a redução foi de 40% – o que equivaleu a uma economia de 91<br />

milhões de sacolas no segundo semestre de 2009.<br />

No início de abril, a Braskem recebeu da ADVB-SP (Associação<br />

dos Dirigentes de Vendas e Marketing de São Paulo) o prêmio Top<br />

Ambiental por suas boas práticas ligadas ao meio ambiente e à<br />

sustentabilidade. “O prêmio é um estímulo para que tornemos<br />

nossa atuação cada vez <strong>mai</strong>s positiva para a sociedade e para o<br />

meio ambiente”, salienta Jorge Soto, Diretor de Desenvolvimento<br />

Sustentável da Braskem.<br />

A consumidora Bruna Moura, em São Paulo:<br />

redução do uso de sacolas plásticas na rede<br />

de supermercados Pão de Açúcar foi de 40%<br />

"É a primeira vez que temos toda a cadeia produtiva unida<br />

em torno de uma proposta" [ Alfredo Schmitt ]<br />

odebrecht informa


34<br />

líderes<br />

Efeito do<br />

crescimento<br />

Expansão e conquista de novos<br />

mercados leva a Organização<br />

<strong>Odebrecht</strong> a uma ampla reestruturação<br />

interna, com destaque para a definição<br />

de 12 empresas-líderes<br />

texto da Redação<br />

O ano de 2009 na Organização<br />

<strong>Odebrecht</strong> foi marcado pela consolidação<br />

de <strong>mai</strong>s uma transição de<br />

gerações e a conclusão de <strong>mai</strong>s um<br />

processo sucessório, a partir da chegada<br />

de Marcelo <strong>Odebrecht</strong> à liderança<br />

da Organização, e a renovação em<br />

vários âmbitos, proporcionada pela<br />

qualificação de uma nova geração de<br />

empresários-parceiros, prontos para<br />

encarar os desafios que se apresentam.<br />

Líderes e negócios da Organização odebrecht<br />

ODEBRECHT<br />

ODEBRECHT<br />

BRECHT<br />

ODEBREC<br />

ODEBRECHT<br />

ODEBR<br />

ODEBRECHT<br />

ODEBRECHT<br />

odebrecht informa


Em 2000, a Organização tinha dois<br />

grandes negócios: engenharia e construção<br />

e a indústria química e petroquímica.<br />

A força da economia brasileira<br />

e a estruturada atuação internacional<br />

da <strong>Odebrecht</strong> possibilitaram um<br />

crescimento consistente e a conquista<br />

de novos mercados, o que exigiu uma<br />

ampla reestruturação interna. Assim,<br />

a Organização entrou em <strong>2010</strong> com 12<br />

empresas-líderes, responsáveis por<br />

segmentos de atuação ou mercados<br />

delegados. A Fundação <strong>Odebrecht</strong><br />

segue na liderança da atuação social<br />

da Organização, que mantém duas<br />

instituições auxiliares: a <strong>Odebrecht</strong><br />

Administradora e Corretora de<br />

Seguros Ltda. (OCS) e a Odeprev<br />

<strong>Odebrecht</strong> Previdência, responsável<br />

pela previdência complementar para<br />

os integrantes.<br />

Os avanços no âmbito de delegação<br />

dos líderes dos negócios<br />

objetivam a promoção de uma <strong>mai</strong>or<br />

proximidade com os clientes e a criação<br />

das condições necessárias para<br />

a sobrevivência e o crescimento das<br />

empresas. Os líderes e suas equipes<br />

têm como objetivo atuar também nas<br />

comunidades, por meio de programas<br />

que melhorarão as condições de<br />

trabalho, saúde, educação e cultura,<br />

como forma de contribuição para a<br />

construção de uma sociedade <strong>mai</strong>s<br />

justa e uma melhor condição de vida<br />

para todos.<br />

ODEBRECHT<br />

HT<br />

ECHT<br />

ODEB<br />

ODEBRECHT<br />

ODEBRECHT<br />

ODEBRECHT<br />

odebrecht informa


36 saúde<br />

O cidadão bem atendido<br />

Hospital Central de Vitória, resultado de uma reforma no antigo Hospital<br />

São José, apresenta uma nova forma de gestão de serviços de saúde<br />

texto Edilson Lima / fotos Roberto Rosa<br />

O Hospital Estadual Central de<br />

Vitória, inaugurado em dezembro de<br />

2009, já presta relevantes serviços à<br />

população capixaba. Até abril de <strong>2010</strong>,<br />

foram internados 770 pacientes. Entre<br />

os 15 mil procedimentos, foram realizados<br />

6.700 exames, 1.400 consultas<br />

especializadas e 800 cirurgias.<br />

Localizado no centro de Vitória, o<br />

hospital pertence à Secretaria Estadual<br />

de Saúde do Espírito Santo (Sesa) e<br />

atende em duas especialidades: ortopedia,<br />

para a qual estão disponíveis 25<br />

leitos desde a inauguração, e vascular,<br />

introduzida em fevereiro e que elevou o<br />

número de leitos para 83. As próximas<br />

especialidades a serem oferecidas são<br />

neurologia e cirurgia torácica. Quando<br />

todas estiverem operando, a capacidade<br />

total de leitos será de 172 e a de<br />

atendimentos, de 760 por mês.<br />

A instituição recebe pacientes encaminhados<br />

pela rede pública de saúde,<br />

sobretudo dos hospitais Dório Silva,<br />

São Lucas e Antonio Bezerra de Faria,<br />

através da Central de Regulação de<br />

Internação, órgão da Sesa que controla<br />

o acesso à unidade. Com 9.496 m 2 ,<br />

o hospital tem oito pavimentos, que<br />

abrigam 42 enfermarias, uma Unidade<br />

de Terapia Intensiva (UTI), um Centro<br />

Cirúrgico composto de cinco salas de<br />

cirurgia, um Centro de Diagnóstico<br />

Avançado (onde são realizados exames<br />

de tomografia computadorizada, Raios<br />

X, endoscopia, colonoscopia e ultrassonografia)<br />

e cinco salas de espera para<br />

odebrecht informa


Na página ao lado, a entrada do novo hospital: localização estratégica no centro de Vitória. Nesta página, integrantes<br />

da equipe da instituição e, abaixo, o Secretário Anselmo Tozi<br />

visitantes, entre outras instalações.<br />

O Hospital Estadual Central é<br />

resultado da reforma do prédio do<br />

antigo Hospital São José. A <strong>Odebrecht</strong><br />

assumiu a obra em fevereiro de 2009<br />

e realizou a reforma em seis meses,<br />

prazo exigido pelo Governo do Espírito<br />

Santo diante da necessidade de atender<br />

ao planejamento estratégico de<br />

reestruturação do sistema estadual<br />

de saúde. O investimento do Governo<br />

na obra foi de R$ 41 milhões, dos<br />

quais R$ 9,4 milhões corresponderam<br />

aos serviços da <strong>Odebrecht</strong>.<br />

“Quando a <strong>Odebrecht</strong> assumiu a<br />

obra, havia muito por fazer em pouco<br />

tempo”, diz Paulo Morand, Gerente<br />

Técnico. Segundo Gilberto Eugênio,<br />

Gerente Operacional, o grande desafio<br />

foi “refazer o projeto existente com a<br />

obra em execução”. Participaram dos<br />

serviços 800 trabalhadores. “Nossas<br />

equipes conseguiram atender a uma<br />

necessidade urgente do nosso cliente”,<br />

salienta Márcio Pellegrini, Diretor<br />

do Contrato.<br />

A gestão do hospital está sob a<br />

responsabilidade da Pró-Saúde,<br />

uma entidade filantrópica que<br />

gerencia as contratações e as relações<br />

de trabalho e define as regras<br />

internas de atendimento ao público<br />

A Secretaria Estadual de Saúde do<br />

Espírito Santo (Sesa) conta com 11 mil<br />

servidores. Sua rede é formada por<br />

15 hospitais públicos. Todos eles receberam<br />

reformas na atual gestão, durante<br />

a qual foram investidos R$ 35 milhões<br />

em informatização das unidades.<br />

Os 16 hospitais filantrópicos conveniados<br />

com o Estado receberam investimentos<br />

de R$ 300 milhões em 2009.<br />

e aos fornecedores, além de prestar<br />

contas ao Governo. “A operação<br />

cotidiana é feita pela Pró-Saúde.<br />

Queremos desburocratizar a gestão<br />

pública e agilizar o atendimento<br />

à população”, afirma o Secretário<br />

Estadual de Saúde, Anselmo Tozi.<br />

“A Pró-Saúde apresentou a melhor<br />

qualificação, considerando o que<br />

foi exigido pelo Governo. O grande<br />

beneficiado será o cidadão capixaba”,<br />

enfatiza Anselmo Tozi. Quando<br />

estiver em pleno funcionamento, o<br />

hospital contará com 624 funcionários.<br />

O custo da administração será<br />

de R$ 38 milhões por ano.<br />

“Nunca tinha visto um hospital<br />

público ter um serviço com esta qualidade”,<br />

diz Luzia Nonato, moradora<br />

de Vitória. Seu filho Dário Viganor, de<br />

16 anos, foi operado no novo hospital.<br />

Bruno Moura de Jesus, de 20 anos,<br />

morador de Serra, na região metropolitana<br />

de Vitória, teve uma fratura no<br />

pé direito. Depois de dar entrada no<br />

Hospital Dório Silva, foi encaminhado<br />

para cirurgia e tratamento no Hospital<br />

Central: “O atendimento é muito bom.<br />

Agora estou fazendo a continuação do<br />

meu tratamento”.<br />

odebrecht informa


38 óleo e gás<br />

Um mar de<br />

criatividade<br />

Projetos de financiamento para construção<br />

de sondas de perfuração obtêm reconhecimento<br />

internacional texto Marcus Neves<br />

No início de 2008, quando a turbulência<br />

na economia mundial ainda<br />

não mostrara sua face, a <strong>Odebrecht</strong><br />

Óleo e Gás (OOG) conquistou, em<br />

licitação realizada pela Petrobras,<br />

contratos para afretamento e operação,<br />

por 10 anos (a partir de 2011),<br />

de dois navios de perfuração, batizados<br />

de Norbe VIII e Norbe IX. Em<br />

<strong>mai</strong>o de 2008, foram assinados os<br />

contratos com a Petrobras e com<br />

o estaleiro Daewoo Shipbuilding &<br />

Marine Engineering Co., Ltd. (DSME),<br />

da Coreia do Sul. Imediatamente, teve<br />

início a estruturação do financiamento<br />

para a construção das embarcações.<br />

Mas em setembro, quando seria realizado<br />

o road show para apresentação<br />

do projeto às instituições que viabilizariam<br />

o empréstimo, aconteceu a<br />

quebra do banco americano Lehman<br />

Brothers, o que provocou uma crise<br />

de confiança que se espalhou pelo<br />

mercado financeiro mundial, resultando<br />

no <strong>mai</strong>or abalo da economia<br />

mundial nos últimos 80 anos.<br />

Marco Rabello, Diretor de<br />

Operações Estruturadas da OOG,<br />

relembra: “Isso nos obrigou a modificar<br />

nosso projeto, a fim de aumentar<br />

a liquidez da operação, atraindo<br />

instituições financeiras. E, em vez<br />

de negociar com duas instituições<br />

que seriam as âncoras da operação,<br />

tivemos de fazer um trabalho quase<br />

individualizado em 19 bancos e duas<br />

ECAs (agências estatais de crédito<br />

a exportações)”. Uma das medidas<br />

tomadas pela OOG foi buscar o apoio<br />

do Giek e do Korean Eximbank (duas<br />

agências de crédito à exportação, da<br />

Noruega e da Coreia do Sul, respectivamente),<br />

que trariam garantia e<br />

empréstimo para o projeto. Outros<br />

ajustes incluíram a redução do prazo<br />

do financiamento e o acréscimo da<br />

taxa de juros. O resultado foi a aprovação<br />

firme de 12 dos 19 bancos e das<br />

duas ECAs.<br />

“Isso significa que um bom projeto<br />

sempre acaba obtendo financiamento.<br />

E a Norbe VIII e a Norbe IX são a<br />

Os 12 bancos e as duas ECAs<br />

participantes da operação de<br />

financiamento das Norbes VIII e IX<br />

Bancos: Santander, Société<br />

Générale, BNP Paribas, Banco<br />

do Brasil, Banco Espírito Santo,<br />

Banco Caixa Geral, Calyon, HSBC,<br />

NIBC, ING, West LB e CIC.<br />

Agências: Korean Eximbank e<br />

Giek/Eksportfinans.<br />

ACERVO ODEBRECHT<br />

prova disso”, completa Helena Ramos,<br />

Gerente de Operações Estruturadas<br />

da OOG, que participou das negociações<br />

<strong>jun</strong>tamente com Marco Rabello.<br />

A qualidade da engenharia financeira<br />

desses project finances levou<br />

a OOG a receber premiações de<br />

quatro publicações especializadas<br />

no mercado financeiro internacional:<br />

as revistas PFI – Project Finance<br />

International (publicação da agência<br />

de notícias Reuters), Project Finance<br />

and Infrastructure Finance e Trade<br />

Finance (publicações da Euromoney) e<br />

Latin Finance.<br />

Início de operação em 2011<br />

A Norbe VIII começou a ser construída<br />

em 22 de julho de 2009, foi<br />

lançada ao mar no dia 28 de março<br />

de <strong>2010</strong> e sua entrada em operação<br />

no Brasil está prevista para <strong>mai</strong>o<br />

de 2011, segundo Pedro Mathias,<br />

odebrecht informa


A Norbe VIII e, abaixo,<br />

a partir da esquerda,<br />

Herculano Barbosa,<br />

Helena Ramos e Marco<br />

Rabello: engenharia<br />

financeira de alta qualidade<br />

Diretor de Contrato, que coordena<br />

a construção das embarcações no<br />

estaleiro da DSME, na Coreia do Sul.<br />

A Norbe IX começou a ser construída<br />

em 10 de novembro de 2009 e<br />

será lançada à flutuação em julho<br />

deste ano, devendo entrar em operação<br />

em agosto de 2011.<br />

Herculano Barbosa, Diretor-<br />

Superintendente de Operação de<br />

Sondas da OOG, assinala que as<br />

duas embarcações terão capacidade<br />

de perfurar poços de até 10<br />

mil m de profundidade, em lâmina<br />

d’água de até 3 mil m. “O mérito<br />

da nossa equipe foi ter conseguido<br />

incorporar todos os requisitos<br />

técnicos do cliente, evitando modificações<br />

posteriores no escopo<br />

do projeto, o que possibilitou<br />

irmos ao mercado buscar o valor<br />

exato do financiamento”, observa<br />

Herculano.<br />

MOSKOW<br />

A construção e operação de sondas<br />

de perfuração como a Norbe VIII<br />

e a Norbe IX faz parte da estratégia<br />

de crescimento da empresa e consolida<br />

os 30 anos de pioneirismo<br />

offshore alcançados em 2009 pela<br />

Organização <strong>Odebrecht</strong>, que começou<br />

a atuar no setor por intermédio<br />

da <strong>Odebrecht</strong> Perfurações Ltda.<br />

(OPL).<br />

odebrecht informa


40<br />

sustentabilidade<br />

Irene do Carmo: "Os<br />

cidadãos conhecem a<br />

cidade e sabem do que<br />

ela precisa"<br />

Um apoio a quem soube<br />

dizer "bem-vindos"<br />

Programa estimula o crescimento das cidades nas quais a ETH atua<br />

texto Guilherme Oliveira / fotos Karina Burigo<br />

Nova Alvorada do Sul (MS), tem<br />

19 anos de independência. Antes<br />

distrito de Rio Brilhante, a jovem<br />

cidade de 12 mil habitantes encara<br />

o desafio de estruturar os pilares<br />

que a conduzirão a um futuro<br />

sustentável. Foi neste cenário que<br />

a ETH chegou ao município, por<br />

meio da implantação da Unidade<br />

Santa Luzia, produtora de etanol e<br />

energia elétrica, em 2008. Juntos,<br />

governo e empresa ganharam<br />

forças para partir em busca do<br />

crescimento. Só faltava convocar<br />

um importante jogador para<br />

essa equipe começar a correr:<br />

a própria comunidade sul-novaalvoradense.<br />

O nome do time?<br />

Programa Energia Social para a<br />

Sustentabilidade Local.<br />

“O Energia Social tem como<br />

objetivo promover ações e projetos<br />

que estimularão o desenvolvimento<br />

da cidade, buscando a qualidade<br />

de vida e com a premissa de não<br />

ser assistencialista”, esclarece<br />

Carla Pires, Responsável por<br />

Sustentabilidade na ETH. O programa,<br />

que conta com o apoio da<br />

ONG 5 Elementos, um instituto de<br />

educação ambiental, abrange cinco<br />

municípios em três estados: além<br />

de Nova Alvorada do Sul, também<br />

participam Cachoeira Alta e Caçu,<br />

em Goiás, e Teodoro Sampaio e<br />

Mirante do Paranapanema, em São<br />

Paulo. Para cada cidade foi constituída<br />

uma estrutura de gestão participativa,<br />

composta de represen-<br />

odebrecht informa


tantes do governo, da comunidade<br />

e da empresa, com quatro temas:<br />

Educação; Cultura; Atividades<br />

Produtivas; e Saúde, Segurança e<br />

Preservação Ambiental.<br />

Segundo Irene do Carmo, integrante<br />

da Comissão de Educação<br />

do programa em Nova Alvorada<br />

do Sul, o modelo caminha para o<br />

sucesso. “Os cidadãos conhecem a<br />

cidade e sabem do que ela precisa”,<br />

diz. A Presidente do Sindicato<br />

dos Trabalhadores em Educação<br />

conta que os próprios membros<br />

das comissões precisam se capacitar.<br />

“Às vezes olhamos para uma<br />

carência da cidade e queremos<br />

resolvê-la na hora. Somos treinados<br />

para pensar no futuro.”<br />

Carla Pires explica que o programa<br />

tem três etapas: implantação,<br />

consolidação e avaliação.<br />

Nesta primeira fase, ela salienta, é<br />

essencial capacitar a comunidade<br />

para que ela entenda conceitos<br />

de sustentabilidade. “Os projetos<br />

devem se perpetuar e se tornar<br />

independentes da participação<br />

da empresa. A ETH se vê como<br />

indutora da organização da comunidade<br />

para definir ações e investimentos<br />

na promoção do desenvolvimento<br />

local.”<br />

Todos os membros das comissões<br />

assistem a palestras e filmes,<br />

e participam de reuniões para<br />

absorver essa cultura em eventos<br />

que são, inclusive, abertos a<br />

toda a comunidade. Referências<br />

como a Carta da Terra, Objetivos<br />

do Milênio e Agenda 21 – compromissos<br />

globais de sustentabilidade<br />

– regem o aprendizado. “Essas<br />

cinco cidades são muito parecidas<br />

e muito diferentes. Igualmente<br />

carentes, mas com características<br />

únicas. Por isso, a participação<br />

da população é essencial neste<br />

momento”, argumenta Carla.<br />

Camila Guerbas representa<br />

a Unidade Santa Luiza na<br />

Comissão de Saúde, Segurança e<br />

Preservação Ambiental. Paulista<br />

de Rio Preto, mora em Nova<br />

Alvorada do Sul desde os 20 dias<br />

de vida. “A gestão deste projeto<br />

é especial e mostra como a<br />

ETH é parceira dos municípios.<br />

Poderíamos simplesmente realizar<br />

doações, mas perderíamos a oportunidade<br />

de fazer algo muito <strong>mai</strong>s<br />

significativo nessas cidades.”<br />

As Comissões Temáticas se<br />

reúnem semanalmente para<br />

debater prioridades, identificar<br />

oportunidades e elaborar projetos<br />

e ações que serão remetidos à<br />

análise do Conselho Comunitário,<br />

também formado por integrantes<br />

da Prefeitura, da população e da<br />

ETH. Márcio França, Secretário<br />

Municipal do Desenvolvimento<br />

Econômico e Meio Ambiente de<br />

Nova Alvorada do Sul e membro<br />

do Conselho, indica os próximos<br />

passos: “Escolheremos os projetos<br />

que se mostrarem sustentáveis e<br />

partiremos para a implantação.<br />

Poderemos, por exemplo, capacitar<br />

os moradores para atuar no setor<br />

de serviços, como gastronomia e<br />

hotelaria.”<br />

Irene do Carmo sabe que tem<br />

muito trabalho pela frente. Ela<br />

precisa se desdobrar para, além<br />

de suas atividades nor<strong>mai</strong>s, acompanhar<br />

todas as reuniões e trabalhar<br />

no desenvolvimento dos projetos.<br />

“É muito puxado e cansativo,<br />

mas logo veremos uma nova cidade.<br />

Quando o programa der frutos,<br />

estarei aqui para comemorar.”<br />

odebrecht informa


42 sustentabilidade<br />

O produtor rural Mescias de Santana e sua mulher, Maria: "É importante para as escolas,<br />

as creches e os hospitais, que recebem produtos de qualidade"<br />

Alimento da cidadania<br />

Iniciativa com apoio da Fundação <strong>Odebrecht</strong> articula agricultores para<br />

suprirem demandas de creches, abrigos e hospitais públicos<br />

texto Gabriela Vasconcellos / fotos Márcio Lima<br />

odebrecht informa


Um ato de solidariedade.<br />

Assim Luzia dos Santos, de 39<br />

anos, moradora do município<br />

de Igrapiúna, no Baixo Sul da<br />

Bahia, definiu sua participação<br />

no Programa de Aquisição de<br />

Alimentos (PAA). “A gente perdia<br />

muitos produtos, mas a partir<br />

de agora não perderemos <strong>mai</strong>s.<br />

Além disso, vamos ajudar pessoas<br />

carentes”, diz Luzia, que cultiva<br />

frutas, verduras e hortaliças.<br />

O PAA é uma ação de política<br />

pública do Governo Federal<br />

voltada para o combate à fome,<br />

a distribuição de renda e o<br />

crescimento do agricultor familiar.<br />

A Companhia Nacional de<br />

Abastecimento (Conab), uma<br />

empresa pública vinculada<br />

ao Ministério da Agricultura,<br />

Pecuária e Abastecimento, que<br />

opera o programa desde 2003,<br />

é responsável por promover a<br />

articulação entre os produtores,<br />

organizados em cooperativas, e<br />

a demanda de suplementação<br />

nutricional de creches, abrigos,<br />

albergues e hospitais públicos.<br />

O Instituto Direito e<br />

Cidadania (IDC) e o Consórcio<br />

Intermunicipal da Área de<br />

Proteção Ambiental do Pratigi<br />

(Ciapra) têm apoiado a articulação<br />

e a mobilização dos agricultores<br />

locais para participarem do<br />

PAA. “Estamos promovendo ações<br />

de integração para que os produtores<br />

conheçam o Programa", afirma<br />

André Lisboa, Prefeito de Ituberá<br />

(BA) e Presidente do Ciapra.<br />

Mais de 500 agricultores já<br />

marcaram presença em seminários<br />

de capacitação realizados<br />

pelo IDC para orientá-los sobre<br />

como aderir ao programa. O<br />

Instituto presta apoio ainda na<br />

organização de documentos e na<br />

elaboração das propostas que<br />

são encaminhadas à Conab. No<br />

total, foram cadastradas 74 famílias<br />

no município de Igrapiúna.<br />

Segundo o produtor rural<br />

Mescias de Santana, de 63 anos,<br />

que participa do PAA do município<br />

de Ibirapitanga há <strong>mai</strong>s de<br />

um ano, a iniciativa possibilita<br />

ampliar a renda daqueles que<br />

tiram seu sustento da terra. “É<br />

importante para as escolas, as<br />

creches e os hospitais, que recebem<br />

produtos de qualidade. Para<br />

nós, o ganho financeiro é bom,<br />

porque temos como sustentar a<br />

família, podemos passear e ter<br />

dinheiro no bolso.”<br />

Os agricultores poderão receber<br />

até R$ 4.500,00 por ano com<br />

a entrega dos alimentos para o<br />

programa. ”O aumento da renda<br />

familiar e a facilidade de comercializar<br />

o que antes era jogado no<br />

lixo são os principais benefícios”,<br />

salienta Maria Celeste, Diretora<br />

Executiva do IDC.<br />

O PAA foi multiplicado no Baixo<br />

Sul da Bahia por meio da assinatura<br />

de um acordo de cooperação<br />

técnica, em dezembro de 2009,<br />

entre a Fundação <strong>Odebrecht</strong>,<br />

o Ciapra e o Ministério do<br />

Desenvolvimento Social e<br />

Combate à Fome. “Sou um entusiasta<br />

do desenvolvimento regional.<br />

Precisamos potencializar<br />

recursos localmente e estimular<br />

o associativismo. Os consórcios<br />

intermunicipais são fundamentais<br />

para isso”, afirmou o então<br />

Ministro Patrus Ananias.<br />

odebrecht informa


44<br />

> leia <strong>mai</strong>s notícias no site de <strong>Odebrecht</strong> <strong>Informa</strong><br />

Integrante da <strong>Odebrecht</strong> Energia<br />

faz palestra em Harvard<br />

A convite da Universidade de Harvard,<br />

Luiz Gabriel Todt Azevedo, Responsável por<br />

Sustentabilidade na <strong>Odebrecht</strong> Energia,<br />

esteve nos Estados Unidos, em abril. Ele<br />

deu uma aula sobre a Hidrelétrica Santo<br />

Antônio, em execução no Rio Madeira,<br />

em Rondônia, e o desenvolvimento de<br />

iniciativas socioambientais, como o<br />

Programa de Qualificação Profissional<br />

Continuada - Acreditar e as ações de<br />

controle da malária e de resgate de fauna.<br />

Azevedo também participou como<br />

convidado de um debate com membros do<br />

conselho e da diretoria do Departamento<br />

Independente de Avaliações do Banco<br />

Mundial (Bird) sobre as políticas de<br />

salvaguarda socioambientais adotadas<br />

Luiz Gabriel Azevedo em Harvard<br />

pela instituição para grandes projetos<br />

de investimento. “Santo Antônio está se<br />

tornando um marco de boa prática, um<br />

exemplo de como um projeto de alta<br />

complexidade pode ser implantado em<br />

uma região ecologicamente delicada como<br />

a Amazônia, de maneira sustentável e com<br />

ACERVO ODEBRECHT<br />

benefícios para a população local”, afirmou<br />

Azevedo.<br />

Em fevereiro, ele havia feito uma<br />

palestra sobre o uso sustentável dos<br />

rios da Amazônia para a produção de<br />

energia limpa e renovável, durante<br />

evento promovido pelo Woodrow Wilson<br />

International Center, em Washington.<br />

“Todo esse reconhecimento internacional<br />

demonstra que estamos assumindo<br />

uma posição de vanguarda na área de<br />

sustentabilidade. Por outro lado, temos<br />

melhorado nossa habilidade de comunicar<br />

o resultado dos nossos esforços,<br />

mostrando o que tem funcionado bem<br />

e as áreas nas quais ainda temos muito<br />

trabalho a fazer”, disse Azevedo.<br />

Formatura do<br />

Acreditar nas obras<br />

da Transnordestina<br />

O dia 30 de março foi uma data especial para a primeira<br />

turma do Programa de Qualificação Profissional Continuada<br />

– Acreditar nas obras da ferrovia Transnordestina. Os 120<br />

integrantes da turma receberam das mãos do Prefeito de<br />

Salgueiro (PE), Marcones Libório, o diploma de Ajudante<br />

Civil. A cerimônia contou com a presença do Diretor-<br />

Presidente da Transnordestina Logística S.A., Tufi Daher, do<br />

Diretor-Superintendente Norte da <strong>Odebrecht</strong> Infraestrutura,<br />

João Pacífico, do Diretor de Contrato Pedro Leão e de<br />

representantes do Senai.<br />

Em parceria com a Transnordestina Logística, a <strong>Odebrecht</strong><br />

traz para as cidades de Salgueiro, Serra Talhada (esta<br />

também em Pernambuco) e Paulistana, no Piauí, o Programa<br />

Acreditar. A expectativa é formar 1.644 profissionais, dos<br />

quais cerca de 60% deverão ser contratados para trabalhar<br />

nas obras dos 10 lotes da Ferrovia Transnordestina. Do total<br />

de 6.400 oportunidades diretas de trabalho a serem geradas,<br />

<strong>mai</strong>s da metade serão destinadas a profissionais locais.<br />

Magistrados<br />

visitam o Baixo Sul<br />

Uma comitiva de magistrados visitou, em 3 de abril, o Programa de<br />

Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Mosaico de APAs (Áreas de<br />

Proteção Ambiental) do Baixo Sul da Bahia, iniciativa que reúne projetos<br />

com foco na geração de trabalho e renda, conservação ambiental, fomento à<br />

educação de qualidade no campo e cidadania. O grupo, do qual participou o<br />

Ministro do Superior Tribunal de Justiça Massami Uyeda, conheceu de perto<br />

as ações de desenvolvimento integrado e sustentável apoiadas na região pela<br />

Fundação <strong>Odebrecht</strong>.<br />

A visita ocorreu na sequência do simpósio Justiça e Sustentabilidade<br />

– Desafios do Século 21, realizado em 2 de abril na Praia do Forte (BA),<br />

pela Academia Paulista de Magistrados, a Escola Paulista de Magistratura<br />

e o Jornal da Justiça. O objetivo foi proporcionar aos membros do Poder<br />

Judiciário uma vivência prática em projetos de educação, geração de renda e<br />

inclusão social autossustentáveis.<br />

“Esta iniciativa no Baixo Sul da Bahia muito nos orgulha como brasileiros,<br />

porque nos dá uma dimensão exata da capacidade de realização das pessoas<br />

quando querem fazer algo de bom para o país. Presenciei uma verdadeira<br />

lição de sustentabilidade, que promove a restituição da dignidade humana<br />

às pessoas que moram na região, as quais puderam ver sua cidadania<br />

resgatada pelo valor do trabalho”, disse o Ministro Uyeda.<br />

odebrecht informa


A partir da esquerda, Euzenando<br />

Azevedo, o Embaixador Ruy Nogueira e<br />

João Carlos Nogueira<br />

Ordem do<br />

Rio Branco<br />

Euzenando Azevedo, Líder<br />

Empresarial da <strong>Odebrecht</strong> Venezuela,<br />

e João Carlos Nogueira, Responsável<br />

por Desenvolvimento de Negócios da<br />

<strong>Odebrecht</strong> América Latina e Angola,<br />

receberam a medalha da Ordem do<br />

Rio Branco, do Ministério das Relações<br />

Exteriores do Brasil. A cerimônia,<br />

realizada em 20 de abril, no Palácio do<br />

Itamaraty, em Brasília, teve a participação<br />

do Presidente Luiz Inácio Lula da<br />

Silva e do Ministro Celso Amorim.<br />

“A grande importância da medalha<br />

é o reconhecimento ao meu trabalho<br />

e de minha equipe no sentido de fortalecer<br />

a integração entre a Venezuela<br />

e o Brasil”, afirmou Euzenando.<br />

Ele foi condecorado com o grau de<br />

Comendador da Ordem do Rio Branco.<br />

João Carlos Nogueira, um dos<br />

interlocutores da <strong>Odebrecht</strong> com<br />

representantes do Estado brasileiro,<br />

vem contribuindo para a realização de<br />

projetos de interesse público, o que lhe<br />

rendeu o grau de Oficial da Ordem do<br />

Rio Branco. “A medalha não é minha,<br />

é de todos da <strong>Odebrecht</strong>. Seja aqui ou<br />

no exterior, a <strong>Odebrecht</strong> é a face de um<br />

Brasil que dá certo”, declarou<br />

João Carlos.<br />

Sérgio Amaral<br />

Mérito Militar<br />

Roberto Dias, Responsável por Relações Institucionais na <strong>Odebrecht</strong>, foi<br />

condecorado em 19 de abril com a medalha da Ordem do Mérito Militar, no<br />

Palácio Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A medalha é a <strong>mai</strong>s elevada<br />

distinção honorífica do Exército brasileiro, dada a pessoas que se destacam na<br />

atuação em causas de interesse do Brasil.<br />

Natural de Salvador e economista de formação, Roberto Dias integrou<br />

o grupo pioneiro responsável pela internacionalização da <strong>Odebrecht</strong>, na<br />

conquista de obras no Peru, no Chile e em Angola.<br />

Ele dedica a homenagem aos integrantes da <strong>Odebrecht</strong> que participaram de<br />

sua trajetória: “Toda medalha concedida pelo Estado brasileiro tem um significado<br />

especial. Dedico este reconhecimento a todos os meus colegas da <strong>Odebrecht</strong>”, disse.<br />

Fórum sobre gestão<br />

de pessoas<br />

Centenas de líderes e profissionais<br />

da área de Pessoas de grandes<br />

empresas gaúchas e estudantes<br />

lotaram, no dia 16 de abril, o teatro<br />

do Centro de Integração Empresa-<br />

Escola (Ciee), em Porto Alegre.<br />

Eles participaram do primeiro dos<br />

cinco fóruns que integram o 3º Ciclo<br />

de Decisões – Uma Reforma do<br />

Pensamento.<br />

Há três anos sendo realizado pela<br />

Câmara Americana de Comércio<br />

(Amcham), o evento, em <strong>2010</strong>, teve<br />

como foco de seu primeiro fórum a<br />

gestão de pessoas. Dele participaram<br />

especialistas nessa área, entre<br />

os quais Sergio Foguel, membro<br />

do Conselho de Administração da<br />

<strong>Odebrecht</strong> S.A.<br />

Sergio, ao lado da Presidente da<br />

rede hoteleira Blue Tree, Chieko<br />

Aoki, participou do painel “O perfil<br />

da nova liderança”. Ele salientou<br />

a importância da combinação do<br />

Direcionamento Estratégico, a<br />

partir da Visão, com os princípios<br />

e valores da Cultura, conhecidos<br />

e compartilhados por todos os<br />

integrantes, como ocorre na<br />

<strong>Odebrecht</strong>. Segundo Sergio,<br />

esse alinhamento faz com que a<br />

Sergio Foguel: alinhamento<br />

Organização tenha uma base única<br />

para a integração e o desenvolvimento<br />

de pessoas e para suas realizações.<br />

“Isso permitiu que a <strong>Odebrecht</strong><br />

atravessasse décadas com um<br />

crescimento forte, mas sustentável,<br />

no rumo da perpetuidade, passando<br />

pelas tormentas e também pelos bons<br />

ventos e bons mares, sendo capaz de<br />

perceber momentos em que é preciso<br />

mudar de rota.”<br />

O outro painel do evento,<br />

“Repensando o profissional de<br />

hoje”, teve a participação de Cláudio<br />

Costa, Vice-Presidente de Gestão de<br />

Pessoas e Conhecimento da TAM,<br />

e Bernt Entschev, especialista em<br />

recrutamento e seleção. O 3º Ciclo<br />

de Decisões – Uma Reforma do<br />

Pensamento prossegue nos dias 16<br />

de <strong>jun</strong>ho, 5 de agosto, 27 de outubro e<br />

24 de novembro.<br />

odebrecht informa


Participantes do encontro em Buenos<br />

Aires: reforço dos laços de amizade<br />

Encontro das<br />

Amigas <strong>2010</strong><br />

Em clima de alegria e descontração, um<br />

grupo de esposas de integrantes da <strong>Odebrecht</strong><br />

que, em algum momento, vivenciaram a<br />

experiência de viver fora de seus países ou<br />

cidades de origem reuniu-se em Buenos Aires<br />

entre os dias 14 e 19 de abril, para o Encontro<br />

das Amigas <strong>2010</strong>. O evento é uma iniciativa<br />

das próprias esposas no intuito de promover<br />

a integração e, ao mesmo tempo, conhecer<br />

a cultura de outro país, tendo como guias as<br />

mulheres residentes no local.<br />

A programação, planejada e organizada pelas<br />

anfitriãs, incluiu passeios a pontos históricos<br />

e eventos culturais. “O Encontro das Amigas é<br />

um momento de diversão, uma oportunidade<br />

única de conhecer novas pessoas e de reforçar<br />

os laços de amizade”, afirma Yvana Ribeiro, uma<br />

das organizadoras.<br />

Um coquetel de boas-vindas no Hotel Loi<br />

Suites Recoleta abriu o encontro. Na ocasião, as<br />

participantes arrecadaram entre si US$ 1.671,<br />

para doação ao Refúgio Emanuel, que realiza<br />

trabalhos sociais com crianças carentes.<br />

O Encontro das Amigas <strong>2010</strong> teve a<br />

participação de 48 mulheres residentes<br />

em diversos países. Este é o quarto ano<br />

consecutivo em que as esposas de integrantes<br />

da Organização realizam o evento. A primeira<br />

edição ocorreu em 2007, no Peru, seguida da<br />

República Dominicana, em 2008, e dos Estados<br />

Unidos, um ano depois. O local da próxima<br />

edição já foi definido: em votação realizada<br />

durante o almoço de despedida, em Buenos<br />

Aires, o grupo escolheu Portugal como destino<br />

para o Encontro de Amigas 2011.<br />

arquivo pessoal<br />

élcio carriço<br />

Zeca Camargo com Sandra e (atrás) Alexandra: "Fico feliz que ele seja lembrado"<br />

Homenagem a Saul Camargo<br />

em Camaçari<br />

Dr. Saul Camargo. Este é o nome do novo Centro de Higiene e Saúde Ocupacional da<br />

Unidade de Petroquímicos Básicos (Unib) da Braskem na Bahia. Inaugurado em 23 de<br />

abril, o centro homenageia o médico Saul Camargo, que dedicou 40 anos de sua vida e<br />

carreira à saúde dos integrantes da Organização <strong>Odebrecht</strong> e de seus familiares, falecido<br />

em 7 de setembro de 2007.<br />

O evento reuniu a viúva Sandra e os filhos Luis Carlos, Zeca e Carlos Eduardo Camargo, além<br />

da nora Alexandra. Também estiveram presentes Regina <strong>Odebrecht</strong>, esposa de Emílio <strong>Odebrecht</strong>,<br />

Presidente do Conselho de Administração da <strong>Odebrecht</strong> S.A.; Pedro Novis, membro do Conselho<br />

de Administração da <strong>Odebrecht</strong> S.A.; Manoel Carnaúba, Vice-Presidente Executivo da Unib;<br />

Mayanse Boulos, médico da Organização; Kelso Tavares, Responsável Industrial da Unib, e toda a<br />

equipe de Higiene e Saúde Ocupacional da unidade.<br />

O filho Zeca agradeceu com alegria a homenagem: “Há quase três anos que ele faleceu, e<br />

até hoje eu recebo lembranças generosas do meu pai. Fico feliz que ele seja lembrado através<br />

desse centro”, disse. A cumplicidade com o amigo Saul levou Mayanse a relembrar os tempos da<br />

faculdade de Medicina, na década de 60: “Nossas ideias se casaram desde aquela época. Mais do<br />

que conhecimento profissional, valia o seu carisma”. Manoel Carnaúba considerou a homenagem<br />

“justa e singela”. Pedro Novis ressaltou a integridade de Saul como amigo e profissional. “Ele era<br />

um homem completo”, resumiu.<br />

Nascido em Uberaba (MG) em 1º de <strong>mai</strong>o de 1933, Saul Camargo foi convidado a organizar<br />

e coordenar um serviço médico para a CBPO em 1967. Ele classificava a Medicina do Trabalho<br />

como uma medicina social e familiar, e cuidava dos integrantes da <strong>Odebrecht</strong> e seus familiares,<br />

inclusive os expatriados. Desde o início da carreira pregou, nas consultas, a qualidade de vida,<br />

obtida através de hábitos saudáveis. “Dr. Saul criou uma revolução na medicina do trabalho, foi um<br />

pioneiro na dedicação e uma voz de consenso entre os médicos da Braskem. Aprendi muito com<br />

ele.”, disse Eduardo Arantes, médico da Unib e idealizador da homenagem.<br />

O novo centro da Unidade de Petroquímicos Básicos da Braskem é hoje o <strong>mai</strong>s completo<br />

do Polo Industrial de Camaçari, com 5 mil atendimentos anuais. Possui 25 salas, destinadas a<br />

consultas médicas, orientação nutricional, enfermagem, coleta de exames e avaliação física,<br />

entre outros procedimentos. Também conta com o Cantinho da Mamãe, ambiente para coleta e<br />

armazenamento de leite materno, duas academias e uma área de atendimento de emergência,<br />

com ambulância dotada de UTI, 24 horas por dia.<br />

odebrecht informa


História<br />

com açúcar<br />

Projeto sobre comércio<br />

açucareiro no Brasil colônia é o<br />

vencedor do Prêmio Clarival do<br />

Prado Valladares<br />

texto Renata Meyer / foto Dario de Freitas<br />

cultura<br />

47<br />

Foi necessário cruzar o oceano para que o historiador<br />

paulista Daniel Strum, da Universidade Hebraica<br />

de Jerusalém, pudesse encontrar as respostas que<br />

procurava sobre o comércio açucareiro no Brasil colônia.<br />

Em arquivos do Porto, de Lisboa e de Amsterdã,<br />

colheu um rico material para seu projeto Açúcar em<br />

Águas Revoltas: o Comércio entre Brasil, Portugal e<br />

Holanda (1595-1618). Baseado em sua tese de doutorado<br />

em História defendida na universidade israelense,<br />

o projeto foi o vencedor da sexta edição do Prêmio<br />

Clarival do Prado Valladares.<br />

O cruzamento das diversas fontes permitiu ao pesquisador<br />

reconstruir, em detalhes, os meandros do<br />

comércio do açúcar, uma das atividades econômicas<br />

que, historicamente, <strong>mai</strong>s influenciaram a configuração<br />

do espaço geopolítico brasileiro. O resultado será<br />

publicado em livro a ser lançado no fim de 2011, com o<br />

apoio da <strong>Odebrecht</strong>.<br />

“A historiografia tradicional volta-se para a produção<br />

dos engenhos, a escravidão, a ocupação do espaço no<br />

período colonial. Não há estudos metódicos específicos<br />

sobre o comércio açucareiro e, em particular, sobre<br />

as formas de superação dos obstáculos existentes”,<br />

afirma Strum, cujo trabalho foi selecionado entre 218<br />

projetos inscritos.<br />

Criado em 2003, o Prêmio Clarival do Prado<br />

Valladares é uma iniciativa da Organização <strong>Odebrecht</strong><br />

concebida para incentivar a pesquisa histórica sobre<br />

temas de relevância na evolução econômica e sociopolítica<br />

do Brasil. Para pesquisadores como Strum,<br />

é uma oportunidade de socializar o conhecimento. “A<br />

premiação é o reconhecimento de todo um esforço voltado<br />

para a compreensão de uma atividade que trouxe<br />

tantos impactos para a vida das pessoas”, destaca.<br />

Daniel Strum: autor do projeto<br />

vencedor entre 218 inscritos<br />

odebrecht informa


48<br />

argumento<br />

por mauro hueb<br />

A essencialidade de<br />

compartilhar conhecimento<br />

eEm organizações como a<br />

<strong>Odebrecht</strong>, em que a operação é<br />

descentralizada, faz-se necessária<br />

a disseminação do conhecimento<br />

através da transversalidade entre<br />

as empresas e os contratos. Não<br />

operamos processos. As pessoas,<br />

providas de suas capacidades e<br />

seus conhecimentos, com comunicação<br />

constante entre elas,<br />

são a base de nosso negócio.<br />

Compartilhar conhecimento, portanto,<br />

se traduz em eficiência.<br />

As Comunidades de<br />

Conhecimento foram criadas justamente<br />

com o objetivo de fazer<br />

com que esse conhecimento trafegue,<br />

constantemente, pelos diversos<br />

ambientes da Organização,<br />

de forma rápida e eficaz. Por<br />

isso é importante a participação,<br />

cada vez <strong>mai</strong>s efetiva, das pessoas<br />

nos eventos propostos pelas<br />

Comunidades de Conhecimento.<br />

A mesma importância tem a participação<br />

dos jovens, que, em seu<br />

momento, serão novos vetores de<br />

conhecimento.<br />

De 25 a 28 de <strong>mai</strong>o será realizado,<br />

em Lisboa, o XVI Congresso<br />

Mundial de Rodovias, promovido<br />

pela International Road<br />

Federation (IRF). Esse evento<br />

terá grande importância para que<br />

a Comunidade de Rodovias da<br />

<strong>Odebrecht</strong> possa buscar novos<br />

conhecimentos. Membros dessa<br />

comunidade participarão dos<br />

diversos fóruns do congresso em<br />

Portugal, para que, terminado o<br />

evento, possamos difundir novas<br />

informações na Organização. No<br />

segundo semestre de <strong>2010</strong> realizaremos<br />

nosso 4° Encontro de<br />

Rodovias, que deverá ocorrer nos<br />

Estados Unidos e ter a participação<br />

de organismos do setor<br />

rodoviário local. Serão ocasiões<br />

em que teremos oportunidades<br />

ímpares de compartilhar e aprimorar<br />

nosso conhecimento, com<br />

o propósito de valorizar informações,<br />

ideias e impressões capazes<br />

de fazer a diferença em nossa<br />

Organização.<br />

Mauro Hueb, Diretor de Contrato, é<br />

Líder da Comunidade de Rodovias da<br />

<strong>Odebrecht</strong><br />

odebrecht informa


ontem<br />

África, 1984. A equipe de pioneiros da <strong>Odebrecht</strong>, com<br />

milhares de caixas e centenas de contêineres, chega a Angola para a<br />

estreia da Organização no continente africano. A missão: construir a<br />

Hidrelétrica de Capanda, no Rio Kwanza, Província de Malange, à época<br />

a <strong>mai</strong>or obra em execução na África e que viria a se confirmar como um<br />

marco no processo de desenvolvimento do país. Foi assim, há <strong>mai</strong>s de<br />

25 anos, que a <strong>Odebrecht</strong> deu início a uma presença continental que se<br />

estende hoje a quatro países.<br />

acervo odebrecht


foto: Elisa ramos<br />

Complexo do Alemão, Rio de Janeiro.<br />

O Consórcio Rio Melhor, do qual participa a <strong>Odebrecht</strong>, é responsável pelos serviços de<br />

infraestrutura que estão sendo implantados nesse con<strong>jun</strong>to de comunidades carentes<br />

situado na região suburbana da cidade. As obras já estão transformando a vida dos<br />

moradores, mas há outro legado que as intervenções de engenharia irão deixar no<br />

“Alemão”: a capacitação de trabalhadores. Até setembro de 2011, quando as obras<br />

deverão estar concluídas, <strong>mai</strong>s de 6 mil pessoas serão beneficiadas com os cursos<br />

profissionalizantes e de formação de líderes oferecidos pelo consórcio. O objetivo<br />

é contribuir para o desenvolvimento sustentável por meio da geração de trabalho e<br />

renda. A população do Complexo do Alemão começa a viver novos tempos; tempos de<br />

exercício da cidadania e de motivos reais para acreditar em um futuro melhor.<br />

odebrecht informa


odebrecht informa

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