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Controlo Externo da Qualidade

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ENCONTRO DE TÉCNICOS DE LSP<br />

INSA - Lisboa<br />

27 de Maio de 2008<br />

<br />

1


1- Objectivo<br />

2- Métodos de avaliação: materiais de referência, ensaios<br />

interlaboratoriais, comparação de métodos<br />

3- Ensaios interlaboratoriais<br />

3.1. Avaliação de desempenho: métodos do z-score e do erro<br />

normalizado<br />

3.2. Tratamento de ensaios interlaboratoriais insatisfatórios: análise de<br />

causas, acções correctivas, análise de eficácia<br />

4- Exemplos<br />

5- Outras aplicações dos ensaios interlaboratoriais: cálculo <strong>da</strong><br />

incerteza, avaliação do técnico de ensaio<br />

2


A AEQ permite evidenciar um dos requisitos <strong>da</strong> acreditação, a<br />

comparabili<strong>da</strong>de (rastreabili<strong>da</strong>de) de resultados através <strong>da</strong><br />

avaliação regular <strong>da</strong> exactidão (accuracy) dos resultados<br />

analíticos produzidos pelo laboratório.<br />

A periodici<strong>da</strong>de <strong>da</strong> AEQ depende de:<br />

Complexi<strong>da</strong>de dos ensaios e/ou <strong>da</strong>s matrizes <strong>da</strong>s amostras<br />

Domínio do método de ensaio<br />

Existência de CIQ adequado<br />

Quali<strong>da</strong>de requeri<strong>da</strong> para os resultados<br />

No mínimo 2 / ano<br />

3


A AEQ pode ser efectua<strong>da</strong> através de:<br />

- Materiais de referência – amostras com uma concentração<br />

bem defini<strong>da</strong> de analito o que permite serem usa<strong>da</strong>s na<br />

avaliação de um método de medi<strong>da</strong><br />

- Ensaios interlaboratoriais – realização e avaliação de<br />

ensaios no mesmo material por vários laboratórios em<br />

condições pré-defini<strong>da</strong>s<br />

- Cruzamento de métodos – comparação de 2 métodos<br />

4


Um MR pode ser um padrão<br />

- preparado pelo Laboratório ou por uma firma comercial<br />

- preparado por uma enti<strong>da</strong>de com competência reconheci<strong>da</strong> através<br />

de um processo tecnicamente válido e que possui associa<strong>da</strong> a<br />

incerteza <strong>da</strong> grandeza a medir (MRC)<br />

Enti<strong>da</strong>des que preparam MRC<br />

BCR (Bureau Comunitário de Referência) - CUE<br />

NIST (National Institute of Stan<strong>da</strong>rds and Technology) - EUA<br />

US EPA (Environmental Protection Agency)<br />

US Geological Survey dos EUA<br />

Avaliação de desempenho<br />

- O valor obtido pelo laboratório deve estar contido no intervalo de<br />

incerteza indicado para o valor certificado.<br />

- O intervalo de confiança de 95% do valor obtido pelo laboratório deve<br />

conter o valor certificado.<br />

5


MR - Rastreabili<strong>da</strong>de<br />

<br />

<br />

O resultado de uma medição deve poder relacionar-se a materiais de<br />

referência por intermédio de uma cadeia ininterrupta de comparações.<br />

MRC<br />

MR2<br />

MR1<br />

Padrões de trabalho<br />

Cadeia metrológica<br />

6


Existem vários tipos de EI consoante o seu objectivo:<br />

- EI de Aptidão - avaliar o desempenho dos labs. participantes<br />

- EI de normalização – estu<strong>da</strong>r as características de um método de<br />

análise<br />

- EI de certificação – obter o valor certificado para um material<br />

candi<strong>da</strong>to a MRC<br />

7


Avaliação de desempenho<br />

É efectua<strong>da</strong> pela enti<strong>da</strong>de organizadora dos ensaios através do<br />

cálculo do z-score.<br />

<br />

=<br />

<br />

−<br />

<br />

<br />

<br />

X lab – valor obtido pelo laboratório<br />

X v – Valor ver<strong>da</strong>deiro<br />

S – uni<strong>da</strong>de de desvio<br />

CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DE S<br />

Desvio padrão de referência s (Xv)<br />

Desvio padrão <strong>da</strong> média dos laboratórios<br />

Máxima percentagem de erro:<br />

5% de X v p/ parâmetros > 100 mg/L<br />

10% de X v<br />

p/ parâmetros 1-100 mg/L<br />

20% de X v p/ parâmetros 0,01 – 1 mg/L<br />

30% de X v<br />

p/ parâmetros < 0,01 mg/L<br />

8


Avaliação de desempenho<br />

Cabe à EO definir os limites de aceitabili<strong>da</strong>de dos ensaios<br />

através <strong>da</strong> definição do valor <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de de desvio (s).<br />

O critério para definição de s depende do objectivo do ensaio<br />

e representa a incerteza aceitável em relação ao objectivo<br />

definido.<br />

- Se U Xv for muito superior a U Xlab deverá ser questiona<strong>da</strong> a vali<strong>da</strong>de<br />

do EI.<br />

- Se U Xv for negligenciável relativamente a U Xlab é expectável que<br />

ocorram resultados insatisfatórios.<br />

9


Avaliação de desempenho<br />

0 1 2 3<br />

Satisfatório<br />

Questionável<br />

Insatisfatório<br />

Z-score<br />

O z-score permite ao participante:<br />

- verificar se o seu desempenho está dentro dos critérios<br />

externos definidos pela EO<br />

- detectar erros anormais<br />

- ter confiança nos resultados analíticos<br />

10


Avaliação de desempenho<br />

Caso a incerteza do ensaio seja muito diferente <strong>da</strong> incerteza<br />

do valor de referência poderá ser útil o cálculo do erro<br />

normalizado o qual pondera a incerteza do valor do ensaio e a<br />

incerteza do valor de referência.<br />

11


DETERMINAÇÃO DO ERRO NORMALIZADO<br />

<br />

=<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

−<br />

<br />

<br />

+ <br />

<br />

<br />

<br />

<br />

U (X(<br />

lab ) – incerteza expandi<strong>da</strong> de X lab<br />

U (X(<br />

v ) – incerteza expandi<strong>da</strong> de X v<br />

Satisfatório -1 < En < +1<br />

Insatisfatório En < -1 ou En > +1<br />

Para que En |1|, o valor de X v deve estar dentro do intervalo de<br />

incerteza de X lab<br />

Se os valores do z-score e do En forem muito diferentes (ou seja U Xlab<br />

muito diferente de U Xv ), isso pode significar que:<br />

- A incerteza do resultado está mal calcula<strong>da</strong><br />

- O EI não é adequado ao objectivo do laboratório<br />

12


Requisitos para que os EI sejam considerados válidos na<br />

avaliação do desempenho do laboratório<br />

As amostras dos EI devem, na medi<strong>da</strong> do possível, ser similares às<br />

amostras reais<br />

O laboratório deve usar nos amostras dos EI e nas amostras reais a<br />

mesma metodologia de análise<br />

13


! <br />

Para EI insatisfatórios é necessário abrir Ficha de não<br />

Conformi<strong>da</strong>de.<br />

Análise de causas<br />

Verificar se houve trabalho não conforme e tomar as medi<strong>da</strong>s<br />

adequa<strong>da</strong>s<br />

Acções correctivas<br />

Análise de eficácia (reavaliação <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s correctivas)<br />

Repetir ensaio<br />

O resultado é aceitável<br />

O resultado não é aceitável<br />

14


! <br />

Causas prováveis<br />

Equipamento<br />

Reagentes<br />

Calibração do método<br />

Preparação <strong>da</strong> amostra<br />

Perícia do operador<br />

Erros de registo ou de cálculo<br />

Efeito de matriz<br />

Incorrecta medição de volumes<br />

ou de pesagens<br />

Método de análise inadequado<br />

Diagnóstico<br />

Verificação<br />

Brancos<br />

Padrão de verificação<br />

Repetição<br />

Duplicados de amostra<br />

Verificação<br />

Ensaios de recuperação<br />

Repetição<br />

Incerteza do método<br />

CIQ<br />

15


valiação de desempenho<br />

Exemplos<br />

AQUACHECK<br />

<br />

<br />

Parâmetro<br />

X lab<br />

X v<br />

X lab<br />

-X v<br />

s<br />

(10% de X v<br />

)<br />

z<br />

Sódio, mg/L<br />

15,3<br />

17,0<br />

-1,7<br />

1,7<br />

-1,00<br />

Condutivi<strong>da</strong>de, µS/cm<br />

492,0<br />

498,0<br />

-6,0<br />

49,8<br />

-0,12<br />

Sulfatos, mg/L<br />

Nitritos, mg/L<br />

Amónia, mg/L<br />

32,6 30,5 2,1 3,1 0,69<br />

0,190 0,188 0,002 0,019 0,11<br />

0,103 0,165 -0,062 0,0165 -3,76<br />

X lab<br />

X v<br />

X lab<br />

-X v<br />

s<br />

z<br />

(1/20 do VP)<br />

Amónia, mg/L<br />

0,103<br />

0,165<br />

-0,062<br />

0,025<br />

-2,48<br />

17


valiação de desempenho<br />

Exemplos<br />

RELACRE<br />

<br />

<br />

Parâmetro<br />

X lab<br />

X v<br />

X lab<br />

-X v<br />

s ref<br />

z<br />

Sódio, mg/L<br />

69,6<br />

71,2<br />

-1,6<br />

2,4<br />

-0,7<br />

Condutivi<strong>da</strong>de, µS/cm<br />

922<br />

972<br />

-50<br />

17<br />

-2,9<br />

Sulfatos, mg/L<br />

112,1<br />

113<br />

-0,9<br />

4<br />

-0,2<br />

Nitritos, mg/L<br />

< 0,04<br />

0,03<br />

0,002<br />

2,0<br />

Amónia, mg/L<br />

0,316<br />

0,32<br />

-0,004<br />

0,03<br />

-0,1<br />

18


valiação de desempenho<br />

Comparação<br />

RELACRE / AQUACHECK<br />

<br />

<br />

Parâmetro<br />

X lab<br />

X v<br />

z (s ref<br />

)<br />

RELACRE<br />

z (10% x v<br />

)<br />

AQUACHECK<br />

Z (1/20 VP)<br />

AQUACHECK<br />

Sódio, mg/L<br />

69,6<br />

71,2<br />

-0,7<br />

-2,2<br />

- 0,2<br />

Condutivi<strong>da</strong>de,<br />

µS/cm<br />

922<br />

972<br />

-2,9<br />

-5,1<br />

- 0,4<br />

Sulfatos, mg/L<br />

112,1<br />

113<br />

-0,2<br />

-0,8<br />

- 0,1<br />

Nitritos, mg/L<br />

< 0,04<br />

0,03<br />

2,0<br />

Amónia, mg/L<br />

0,316<br />

0,32<br />

-0,1<br />

-1,3<br />

- 0,2<br />

19


valiação de desempenho<br />

Cálculo do erro normalizado<br />

RELACRE<br />

=<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

− <br />

<br />

+ <br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Parâmetro<br />

X lab<br />

X v<br />

U (X lab<br />

)<br />

U (X v<br />

)<br />

Z<br />

En<br />

pH<br />

7,2<br />

7,17<br />

0,16<br />

0,3<br />

0,2<br />

0,1<br />

Condutivi<strong>da</strong>de,<br />

µS/cm<br />

216<br />

204<br />

19,5<br />

6<br />

3,0<br />

0,6<br />

20


valiação de desempenho<br />

<br />

<br />

Ficha de avaliação do CQE<br />

<strong>Controlo</strong> Quali<strong>da</strong>de <strong>Externo</strong> - Aquachek<br />

pH<br />

4<br />

Z-score<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1100 150 200 250 300 350<br />

-2<br />

-3<br />

-4<br />

Distribuição<br />

Z-score<br />

LIC<br />

LIA<br />

LC<br />

LSA<br />

LSC<br />

21


valiação de desempenho<br />

<br />

<br />

Ficha de avaliação do CQE<br />

<strong>Controlo</strong> Quali<strong>da</strong>de <strong>Externo</strong> - Aquachek<br />

Condutivi<strong>da</strong>de a 20 ºC<br />

Z-score<br />

14<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

-2100 150 200 250 300 350<br />

-4<br />

Distribuição<br />

Z-score<br />

LIC<br />

LIA<br />

LC<br />

LSA<br />

LSC<br />

22


Outras aplicações dos EI<br />

1- Avaliação do técnico de ensaio<br />

2- Determinação <strong>da</strong> incerteza do método<br />

23


Avaliação do técnico de ensaio - Programa AQUACHECK (1997 – 2008)<br />

Parâmetro –Amónia<br />

4,0<br />

3,0<br />

z-score<br />

2,0<br />

1,0<br />

0,0<br />

0 5 10 15 20 25<br />

-1,0<br />

-2,0<br />

Técnico A<br />

Técnico B<br />

LSA<br />

LSC<br />

LIA<br />

LIC<br />

-3,0<br />

-4,0<br />

Técnico A – 14 ensaios<br />

Técnico B – 16 ensaios<br />

Total – 23 ensaios<br />

24


Determinação <strong>da</strong> incerteza do método<br />

O resultado <strong>da</strong> mediação (y) corresponde ao valor ver<strong>da</strong>deiro (m) afectado<br />

do erro sistemático (es) e do erro aleatório (ea(<br />

ea).<br />

<br />

= <br />

+<br />

= +<br />

+<br />

<br />

A incerteza do resultado (U(<br />

y ) depende <strong>da</strong> variância do erro aleatório e <strong>da</strong><br />

variância do erro sistemático.<br />

<br />

A componente do erro sistemático poderá ser estima<strong>da</strong> com base nos s EI<br />

com resultados satisfatórios.<br />

X = Valor referência<br />

Xi = valor obtido pelo laboratório<br />

n = nº de EI efectuados<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

=<br />

<br />

<br />

= <br />

<br />

<br />

<br />

−<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Se a amplitude x-xi for reduzi<strong>da</strong>, a componente u(es) poderá ser despreza<strong>da</strong> no<br />

cálculo <strong>da</strong> incerteza<br />

25


Bibliografia<br />

<br />

<br />

Guia RELACRE 3 (1996); Vali<strong>da</strong>ção de resultados em laboratórios químicos<br />

Guia RELACRE 13 (2000); Vali<strong>da</strong>ção de métodos internos de ensaio em análise<br />

em análise química.<br />

amc technical brief, How to combine proficiency test results with your own<br />

uncertainty estimate – the zeta score; Analytical Methods Committee, Nº2, Nov. 2000<br />

amc technical brief, Understanding ADN acting no scores obtained ir proficiency<br />

teting schemes; - Analytical Methods Committee, Nº 11, Dez. 2002<br />

Selection, use and interpretation o proficiency testing (PT) schemes by<br />

laboratories – 2000; EURACHEM Guide on selection, use and interpretation of PT<br />

schemes; Edition 1.0 - 2000.<br />

ISO 5725-3 (1994); Accuracy (trueness and precision) of measurements methods<br />

and results – Part 3: Intermediate measures of the precision of a stan<strong>da</strong>rd<br />

measurements methods.<br />

ISO 5725-6 (1994); Accuracy (trueness and precision) of measurements methods<br />

and results – Part 6: Use ir practice of accuracy values.<br />

26

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