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Gerenciamento de Riscos – Circular 3.477 - Relações com ...

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<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

2 o trimestre <strong>de</strong> 2012<br />

<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> -<br />

<strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

1<br />

Itaú Unibanco


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

OBJETIVO 4<br />

INTRODUÇÃO 4<br />

1 GERENCIAMENTO DE RISCOS 5<br />

1.1 Controle Centralizado 5<br />

1.2 Estrutura <strong>de</strong> Comitês e Comissões Superiores Responsáveis pela Gestão <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> 6<br />

Comitê <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> e <strong>de</strong> Capital (CGRC) 6<br />

Comitê <strong>de</strong> Auditoria 6<br />

Comissão Superior <strong>de</strong> Políticas <strong>de</strong> Risco (CSRisc) 7<br />

Comissão Superior <strong>de</strong> Tesouraria Institucional (CSTI) 7<br />

Comissão Superior <strong>de</strong> Tesouraria Institucional - Liqui<strong>de</strong>z (CSTIL) 8<br />

Comissão Superior <strong>de</strong> Crédito (CSC) 8<br />

Comissão Superior <strong>de</strong> Auditoria e Gestão <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> Operacionais (CSAGRO) 8<br />

Comissão Superior <strong>de</strong> Produtos (CSP) 9<br />

Comissão Superior das Unida<strong>de</strong>s Externas (CSEXT) 9<br />

1.3 Risco <strong>de</strong> Crédito 10<br />

Mensuração do Risco <strong>de</strong> Crédito 10<br />

1.4 Risco <strong>de</strong> Mercado 12<br />

1.5 Risco <strong>de</strong> Liqui<strong>de</strong>z 15<br />

1.6 Risco <strong>de</strong> Subscrição 16<br />

1.7 Risco Operacional 17<br />

1.8 Gestão <strong>de</strong> Crises e Continuida<strong>de</strong> dos Negócios 19<br />

2 PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA 21<br />

3 PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA EXIGIDO 24<br />

3.1 Análise Econômica 26<br />

Mercado Nacional 26<br />

Mercado Internacional 27<br />

3.2 Risco <strong>de</strong> Crédito 28<br />

Evolução da Carteira <strong>de</strong> Crédito 28<br />

Concentração <strong>de</strong> Crédito 32<br />

Operações em Atraso 32<br />

Provisões para Devedores Duvidosos 32<br />

Instrumentos Mitigadores 33<br />

Operações <strong>de</strong> Securitização 33<br />

Venda ou Transferência <strong>de</strong> Ativos Financeiros 34<br />

Risco <strong>de</strong> Crédito <strong>de</strong> Contraparte 34<br />

Derivativos <strong>de</strong> Crédito 35<br />

Exposições Pon<strong>de</strong>radas por Fator <strong>de</strong> Risco (PEPR) 36<br />

3.3 Risco <strong>de</strong> Mercado 37<br />

Carteira <strong>de</strong> Não Negociação e <strong>de</strong> Negociação - Mo<strong>de</strong>lo Regulatório 37<br />

Evolução da Carteira <strong>de</strong> Negociação 37<br />

Evolução da Carteira <strong>de</strong> Derivativos 37<br />

VaR - Consolidado Itaú Unibanco 38<br />

VaR - Tesouraria Institucional 39<br />

VaR - Carteira <strong>de</strong> Não Negociação 39<br />

Itaú Unibanco<br />

2


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

VaR - Carteira <strong>de</strong> Negociação 39<br />

VaR - Unida<strong>de</strong>s Externas 40<br />

Análise <strong>de</strong> Sensibilida<strong>de</strong> (Carteira <strong>de</strong> Negociação e Carteira <strong>de</strong> Não Negociação) 41<br />

Backtest 42<br />

3.4 Risco Operacional 45<br />

3.5 Metodologia para Apuração <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> Não Abrangidos no PRE 45<br />

3.6 Requisitos <strong>de</strong> Alocação do Capital Regulatório 45<br />

Basileia II 45<br />

Mo<strong>de</strong>los Internos 46<br />

Convergência entre Basileia II e Mo<strong>de</strong>los Proprietários 46<br />

Basileia III 47<br />

4 SUFICIÊNCIA DE CAPITAL 48<br />

Itaú Unibanco<br />

3


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

Objetivo<br />

O presente documento visa a apresentar as informações do Itaú Unibanco Holding S.A. (Itaú Unibanco)<br />

requeridas pelo Banco Central do Brasil (BACEN) através da <strong>Circular</strong> nº <strong>3.477</strong> <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2009,<br />

que dispõe sobre a divulgação <strong>de</strong> informações referentes à gestão <strong>de</strong> riscos, ao Patrimônio <strong>de</strong> Referência<br />

Exigido (PRE) e à a<strong>de</strong>quação do Patrimônio <strong>de</strong> Referência (PR), estando em conformida<strong>de</strong> <strong>com</strong> as políticas<br />

internas <strong>de</strong> divulgação <strong>de</strong> informações do Itaú Unibanco.<br />

Para informações suplementares às supracitadas neste documento, re<strong>com</strong>endamos a consulta aos <strong>de</strong>mais<br />

relatórios <strong>de</strong> acesso público disponíveis em www.itau-unibanco.<strong>com</strong>.br/ri.<br />

Introdução<br />

No dia 3 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2008, foi constituído o maior conglomerado financeiro privado do Brasil, o Itaú<br />

Unibanco, um dos 10 maiores bancos do mundo em valor <strong>de</strong> mercado. O Itaú Unibanco surgiu da associação<br />

do Itaú, fundado em 1944 e do Unibanco, fundado em 1924, unindo os valores e princípios adquiridos ao<br />

longo <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> oito décadas <strong>de</strong> história.<br />

Através <strong>de</strong> uma estratégia <strong>de</strong> negócios segmentada, o Itaú Unibanco atua <strong>com</strong> <strong>de</strong>staque no Brasil e no<br />

exterior, tendo suas ações negociadas na Bolsa <strong>de</strong> Valores, Mercadorias e Futuros <strong>de</strong> São Paulo<br />

(BM&FBOVESPA), na Bolsa <strong>de</strong> Valores <strong>de</strong> Nova York (NYSE) e na Bolsa <strong>de</strong> Comércio <strong>de</strong> Buenos Aires<br />

(BCBA), participando <strong>de</strong> todas as áreas da ativida<strong>de</strong> econômica e exercendo li<strong>de</strong>rança em diversos<br />

segmentos do setor. O Itaú Unibanco dispõe <strong>de</strong> estruturas, produtos e serviços <strong>de</strong>senvolvidos para aten<strong>de</strong>r<br />

às necessida<strong>de</strong>s específicas dos mais diversos perfis <strong>de</strong> clientes, incluindo pessoas físicas e microempresas,<br />

pequenas, médias e gran<strong>de</strong>s empresas, po<strong>de</strong>r público, investidores institucionais, pessoas físicas <strong>de</strong> alta<br />

renda e clientes <strong>com</strong> elevado patrimônio financeiro.<br />

Além disso, o Itaú Unibanco também administra negócios <strong>de</strong> un<strong>de</strong>rwriting, custódia, corretagem <strong>de</strong> valores<br />

mobiliários, cartões <strong>de</strong> crédito, consórcios, seguros, capitalização e previdência privada, financiamento <strong>de</strong><br />

veículos e operações <strong>de</strong> financiamentos para não-correntistas das classes econômicas "C" e "D".<br />

A <strong>com</strong>panhia está constantemente <strong>com</strong>prometida <strong>com</strong> as boas práticas <strong>de</strong> Governança Corporativa,<br />

buscando ser sempre transparente <strong>com</strong> seus diversos públicos estratégicos <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> gerar valor<br />

para seus acionistas. A soli<strong>de</strong>z financeira do conglomerado é reconhecida pela alta capitalização,<br />

lucrativida<strong>de</strong>, liqui<strong>de</strong>z dos ativos, geração <strong>de</strong> caixa e gestão <strong>de</strong> riscos, preparando o Itaú Unibanco para:<br />

Reforçar o seu suporte às empresas brasileiras em suas operações nacionais e internacionais;<br />

Expandir a sua atuação no Brasil;<br />

Apoiar o crescimento das operações <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> nossos clientes;<br />

Competir no mercado internacional;<br />

Gerar ganho <strong>de</strong> escala em todos os segmentos <strong>de</strong> clientes; e<br />

Explorar sinergias significativas em vários negócios.<br />

A abrangência da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento do Itaú Unibanco cobre todas as regiões do território nacional. A<br />

presença e a soli<strong>de</strong>z internacional do Itaú Unibanco refletem-se em sua ampla re<strong>de</strong> <strong>de</strong> operações no exterior<br />

<strong>de</strong>monstrando ser uma empresa <strong>com</strong> objetivos globais e reforçando o suporte às empresas brasileiras em<br />

suas operações internacionais. Para maiores informações sobre a associação Itaú Unibanco, consulte nosso<br />

hot site 1 .<br />

1 http://ww13.itau.<strong>com</strong>.br/PortalRI/HTML/port/hotsite_itau_unibanco/in<strong>de</strong>x.htm<br />

4<br />

Itaú Unibanco


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

1 <strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong><br />

A gestão <strong>de</strong> risco é consi<strong>de</strong>rada pelo Itaú Unibanco um instrumento essencial para a otimização do uso <strong>de</strong><br />

recursos e a seleção das melhores oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios, visando a maximizar a criação <strong>de</strong> valor para<br />

os acionistas.<br />

O gerenciamento <strong>de</strong> risco no Itaú Unibanco é o processo on<strong>de</strong>:<br />

São i<strong>de</strong>ntificados e medidos os riscos existentes e potenciais das operações do banco;<br />

São aprovadas políticas, procedimentos e metodologias <strong>de</strong> gestão e controle <strong>de</strong> riscos consistentes<br />

<strong>com</strong> as orientações do Conselho <strong>de</strong> Administração e as estratégias do banco;<br />

A carteira <strong>de</strong> risco do banco é administrada vis-à-vis as melhores relações risco-retorno.<br />

A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> riscos tem <strong>com</strong>o objetivo mapear os eventos <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> natureza interna e externa que<br />

possam afetar as estratégias das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio e <strong>de</strong> suporte e o cumprimento <strong>de</strong> seus objetivos, <strong>com</strong><br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> impactos nos resultados, no capital e na liqui<strong>de</strong>z do banco.<br />

Os processos <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> risco permeiam toda a instituição, <strong>com</strong> total envolvimento do Conselho <strong>de</strong><br />

Administração e dos Executivos que, por meio <strong>de</strong> Comitês e Comissões Superiores, <strong>de</strong>finem os objetivos<br />

globais, expressos em metas e limites para as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio gestoras <strong>de</strong> risco. As unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

controle, por sua vez, apóiam a administração do banco através dos processos <strong>de</strong> monitoramento e análise<br />

<strong>de</strong> risco.<br />

Aten<strong>de</strong>ndo à Resolução nº 3.988 <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2011 do Conselho Monetário Nacional (CMN), a<br />

estrutura <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> Capital encontra-se em fase <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação e implantação no Itaú Unibanco.<br />

Em janeiro <strong>de</strong> 2012, foi aprovada pelo Conselho <strong>de</strong> Administração a nomeação do diretor responsável e<br />

<strong>de</strong>finição da estrutura organizacional, aplicável a todo o conglomerado financeiro e <strong>de</strong>mais empresas<br />

integrantes do consolidado econômico financeiro. Em junho <strong>de</strong> 2012, também foi aprovada pelo Conselho <strong>de</strong><br />

Administração a política institucional e foram <strong>de</strong>finidos os processos, procedimentos e sistemas necessários<br />

à efetiva implantação da estrutura <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> Capital.<br />

1.1 Controle Centralizado<br />

A estrutura organizacional <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> riscos do Itaú Unibanco está <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as<br />

re<strong>com</strong>endações do Comitê <strong>de</strong> Basileia. A estrutura <strong>de</strong> controle dos riscos <strong>de</strong> crédito, mercado, liqui<strong>de</strong>z<br />

subscrição e operacional é centralizada no Itaú Unibanco visando a assegurar que os riscos do<br />

conglomerado são administrados <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as políticas e os procedimentos estabelecidos. O objetivo<br />

do controle centralizado é prover ao Conselho e aos Executivos uma visão global das exposições do<br />

conglomerado aos riscos, <strong>de</strong> forma a otimizar e agilizar as <strong>de</strong>cisões corporativas.<br />

Cumpre a essa estrutura a<strong>com</strong>panhar as <strong>de</strong>mandas regulatórias feitas à instituição lí<strong>de</strong>r do conglomerado. O<br />

Itaú Unibanco administra sistemas <strong>de</strong> informática proprietários para <strong>com</strong>pleto atendimento às normas <strong>de</strong><br />

reserva <strong>de</strong> capital para as parcelas <strong>de</strong> capital, conforme <strong>de</strong>terminações e mo<strong>de</strong>los do BACEN. Também<br />

coor<strong>de</strong>na as ações para verificação da a<strong>de</strong>rência aos requisitos qualitativos e quantitativos estabelecidos<br />

pelas autorida<strong>de</strong>s <strong>com</strong>petentes para observação do capital mínimo exigido.<br />

Itaú Unibanco<br />

5


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

1.2 Estrutura <strong>de</strong> Comitês e Comissões Superiores Responsáveis pela Gestão <strong>de</strong><br />

<strong>Riscos</strong><br />

O Itaú Unibanco estabeleceu Comitês responsáveis pela gestão <strong>de</strong> riscos que se reportam diretamente ao<br />

Conselho <strong>de</strong> Administração e tem seus membros eleitos ou indicados por esse órgão. No nível executivo, a<br />

gestão <strong>de</strong> riscos é exercida pelas Comissões Superiores, todas presididas pelo presi<strong>de</strong>nte do Itaú Unibanco.<br />

Comitê <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> e <strong>de</strong> Capital (CGRC)<br />

O CGRC apóia o Conselho <strong>de</strong> Administração no <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> suas responsabilida<strong>de</strong>s relativas à gestão<br />

<strong>de</strong> riscos e capital do Itaú Unibanco, submetendo relatórios e re<strong>com</strong>endações sobre estes temas à<br />

<strong>de</strong>liberação do Conselho, no que diz respeito a:<br />

Supervisão das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão e controle <strong>de</strong> risco do Itaú Unibanco, visando a assegurar sua<br />

a<strong>de</strong>quação aos níveis <strong>de</strong> risco assumidos e à <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> das operações, bem <strong>com</strong>o o<br />

atendimento aos requisitos regulatórios;<br />

Revisão e aprovação <strong>de</strong> políticas e estratégias para a gestão <strong>de</strong> capital, que estabeleçam<br />

mecanismos e procedimentos <strong>de</strong>stinados a manter o capital <strong>com</strong>patível <strong>com</strong> os riscos incorridos pela<br />

instituição;<br />

Definição do retorno mínimo esperado sobre o capital do Itaú Unibanco <strong>com</strong>o um todo e <strong>de</strong> suas<br />

linhas <strong>de</strong> negócio, bem <strong>com</strong>o monitoramento do <strong>de</strong>sempenho;<br />

Supervisão das estruturas <strong>de</strong> incentivos, inclusive <strong>de</strong> remuneração, visando a assegurar seu<br />

alinhamento aos objetivos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> risco e criação <strong>de</strong> valor;<br />

Promoção do aperfeiçoamento da cultura <strong>de</strong> risco do Itaú Unibanco.<br />

Comitê <strong>de</strong> Auditoria<br />

O Comitê <strong>de</strong> Auditoria é único para as instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN e para as socieda<strong>de</strong>s<br />

supervisionadas pela Superintendência <strong>de</strong> Seguros Privados (SUSEP) que fazem parte do conglomerado<br />

Itaú Unibanco. De acordo <strong>com</strong> seu regulamento interno, aprovado pelo Conselho <strong>de</strong> Administração, <strong>com</strong>pete<br />

ao Comitê <strong>de</strong> Auditoria supervisionar:<br />

Os processos <strong>de</strong> controles internos e <strong>de</strong> administração <strong>de</strong> riscos;<br />

As ativida<strong>de</strong>s da auditoria interna; e<br />

As ativida<strong>de</strong>s das empresas <strong>de</strong> auditoria in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do conglomerado Itaú Unibanco.<br />

Compete, também, ao Comitê zelar:<br />

Itaú Unibanco<br />

6


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

Pela qualida<strong>de</strong> e integrida<strong>de</strong> das <strong>de</strong>monstrações financeiras;<br />

Pelo cumprimento das exigências legais e regulamentares;<br />

Pela atuação, in<strong>de</strong>pendência e qualida<strong>de</strong> do trabalho das empresas <strong>de</strong> auditoria in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte;<br />

Pela atuação, in<strong>de</strong>pendência e qualida<strong>de</strong> do trabalho <strong>de</strong> Auditoria Interna; e<br />

Pela qualida<strong>de</strong> e efetivida<strong>de</strong> dos sistemas <strong>de</strong> controles internos e <strong>de</strong> administração <strong>de</strong> riscos.<br />

Além disso, o Comitê <strong>de</strong>ve, individualmente ou em conjunto <strong>com</strong> as respectivas empresas <strong>de</strong> auditoria<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do conglomerado Itaú Unibanco, <strong>com</strong>unicar formalmente ao BACEN e à SUSEP eventuais<br />

evidências <strong>de</strong>:<br />

Inobservância <strong>de</strong> normas legais e regulamentares, que coloque em risco a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quaisquer<br />

das <strong>com</strong>panhias do conglomerado Itaú Unibanco;<br />

Frau<strong>de</strong>s <strong>de</strong> qualquer valor perpetradas pela administração <strong>de</strong> qualquer das <strong>com</strong>panhias do<br />

conglomerado Itaú Unibanco;<br />

Frau<strong>de</strong>s relevantes praticadas por funcionários <strong>de</strong> quaisquer das <strong>com</strong>panhias do conglomerado Itaú<br />

Unibanco, ou por terceiros; e<br />

Erros que resultem em incorreções relevantes nas <strong>de</strong>monstrações financeiras <strong>de</strong> quaisquer das<br />

<strong>com</strong>panhias do conglomerado Itaú Unibanco.<br />

Comissão Superior <strong>de</strong> Políticas <strong>de</strong> Risco (CSRisc)<br />

As reuniões da CSRisc acontecem, no mínimo, a cada dois meses. As atribuições <strong>de</strong>sta Comissão são:<br />

Estabelecer políticas gerais <strong>de</strong> risco que <strong>de</strong>finam a forma <strong>de</strong> atuação e alçadas para os fóruns<br />

específicos, gestores <strong>de</strong> cada tipo <strong>de</strong> risco;<br />

Aprovar os procedimentos necessários para o efetivo cumprimento da política e processos <strong>de</strong>finidos;<br />

Aprovar <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> risco <strong>com</strong> gran<strong>de</strong> impacto no capital e revisar as <strong>de</strong>cisões tomadas<br />

por outros <strong>com</strong>itês <strong>de</strong>ntro da sua alçada;<br />

Estabelecer limites agregados por tipo <strong>de</strong> risco;<br />

Garantir, no tempo, a consistência da gestão <strong>de</strong> riscos na holding;<br />

Monitorar o processo <strong>de</strong> implantação dos instrumentos <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> riscos.<br />

Comissão Superior <strong>de</strong> Tesouraria Institucional (CSTI)<br />

As reuniões <strong>de</strong>sta Comissão acontecem mensalmente. Suas principais atribuições são discutir e <strong>de</strong>cidir,<br />

<strong>de</strong>ntro da alçada <strong>de</strong>legada pela CSRisc:<br />

Os limites <strong>de</strong> exposição para risco <strong>de</strong> mercado e os limites <strong>de</strong> perda máxima (VaR) das posições da<br />

Carteira <strong>de</strong> Negociação (trading) e Carteira <strong>de</strong> Não Negociação (banking) (inclusive em condições <strong>de</strong><br />

estresse para cada um dos tipos <strong>de</strong> risco) subordinados aos <strong>de</strong>finidos pela CSRisc, po<strong>de</strong>ndo<br />

inclusive estabelecer controles e limites adicionais ou <strong>com</strong>plementares, caso necessário;<br />

As diretrizes <strong>de</strong> atuação e po<strong>de</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>legados ao Comitê Gestor <strong>de</strong> Tesouraria<br />

Institucional (CGTI);<br />

Os períodos <strong>de</strong> retenção dos principais tipos <strong>de</strong> riscos, tendo em vista o tamanho das posições e a<br />

liqui<strong>de</strong>z do mercado;<br />

As posições sob gestão <strong>de</strong>sta Comissão, da Carteira <strong>de</strong> Negociação e Carteira <strong>de</strong> Não Negociação;<br />

Os mo<strong>de</strong>los e procedimentos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> risco, inclusive aqueles <strong>com</strong>plementares aos <strong>de</strong>legados<br />

pela CSRisc;<br />

Assuntos e limites relacionados ao risco operacional <strong>de</strong> tesouraria;<br />

Políticas <strong>de</strong> stop loss;<br />

Políticas <strong>de</strong> incentivo;<br />

As estratégias <strong>de</strong> hedge contábil.<br />

Itaú Unibanco<br />

7


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

Comissão Superior <strong>de</strong> Tesouraria Institucional - Liqui<strong>de</strong>z (CSTIL)<br />

As reuniões <strong>de</strong>sta Comissão acontecem trimestralmente. Suas principais atribuições são:<br />

Controlar a utilização <strong>de</strong> limites <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z;<br />

Analisar os níveis <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z corrente e futuro e adotar ações <strong>de</strong>stinadas a promover um andamento<br />

seguro e eficiente para os fluxos financeiros da holding;<br />

Discutir e <strong>de</strong>cidir <strong>de</strong>ntro da alçada <strong>de</strong>legada pela CSRisc:<br />

Os níveis máximos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scasamento <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z (GAP) para os diversos prazos e moedas,<br />

níveis mínimos <strong>de</strong> reserva em moeda nacional e estrangeira subordinados aos <strong>de</strong>finidos pela<br />

CSRisc, po<strong>de</strong>ndo inclusive estabelecer controles e limites adicionais ou <strong>com</strong>plementares, caso<br />

necessário;<br />

As diretrizes <strong>de</strong> atuação e po<strong>de</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>legados ao CGTI;<br />

Os períodos <strong>de</strong> retenção dos principais tipos <strong>de</strong> riscos, tendo em vista o tamanho das posições<br />

e a liqui<strong>de</strong>z do mercado;<br />

A política <strong>de</strong> captação e aplicação no mercado financeiro nacional e internacional;<br />

Critérios e regras para <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> transferência internos <strong>de</strong> recursos nas empresas<br />

do conglomerado;<br />

Estratégias para o financiamento das carteiras do grupo;<br />

Critérios e mo<strong>de</strong>los para avaliação do risco <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z;<br />

Planos <strong>de</strong> contingência;<br />

Assuntos e limites relacionados ao risco operacional <strong>de</strong> tesouraria.<br />

Comissão Superior <strong>de</strong> Crédito (CSC)<br />

A CSC reúne-se semanalmente para discutir o risco <strong>de</strong> crédito do conglomerado. Destacamos suas<br />

principais funções:<br />

Definir políticas corporativas <strong>de</strong> crédito e coor<strong>de</strong>nar as normas internas sobre limites <strong>de</strong> crédito, para<br />

concessão <strong>de</strong> financiamentos e garantias bancárias;<br />

Definir alçadas para <strong>de</strong>ferimento <strong>de</strong> limites e operações <strong>de</strong> crédito para a alçada intermediária e para<br />

as <strong>de</strong>mais Comissões e Comitês <strong>de</strong> Crédito;<br />

Fixar limites <strong>de</strong> crédito e aprovar operações <strong>de</strong> crédito a clientes ou a grupos econômicos, que<br />

excedam a alçada intermediária;<br />

Analisar casos que recebam parecer contrário <strong>de</strong>, pelo menos, um dos membros votantes da alçada<br />

intermediária, ou casos que, por sua relevância ou por características especiais, aquela Comissão<br />

<strong>de</strong>cidir por bem submeter a sua apreciação;<br />

Analisar a qualida<strong>de</strong> da carteira <strong>de</strong> crédito consolidada do Itaú Unibanco.<br />

Comissão Superior <strong>de</strong> Auditoria e Gestão <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> Operacionais (CSAGRO)<br />

Essa Comissão tem por objetivo conhecer os riscos dos processos e negócios do Itaú Unibanco, <strong>de</strong>finir as<br />

diretrizes para gestão dos riscos operacionais e avaliar os resultados <strong>de</strong>correntes do funcionamento do<br />

Sistema Itaú Unibanco <strong>de</strong> Controles Internos e Compliance. Dentre suas atribuições, <strong>de</strong>stacamos:<br />

Analisar os resultados das auditorias, <strong>com</strong> ênfase nos assuntos relacionados a políticas,<br />

investimentos e estrutura, e estipular e a<strong>com</strong>panhar as providências;<br />

Definir as diretrizes para gestão do risco operacional;<br />

A<strong>com</strong>panhar o <strong>de</strong>senvolvimento dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> provisão para perdas e alocação <strong>de</strong> capital para<br />

risco operacional;<br />

Analisar os resultados da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Controles Internos, <strong>Riscos</strong> Operacionais e Compliance.<br />

Itaú Unibanco<br />

8


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

Comissão Superior <strong>de</strong> Produtos (CSP)<br />

A CSP é a alçada máxima para aprovação <strong>de</strong> produtos, operações, serviços e processos do Itaú Unibanco.<br />

As principais atribuições <strong>de</strong>sta Comissão são:<br />

Avaliar produtos, operações, serviços e processos que estão fora do âmbito <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão dos Comitês<br />

<strong>de</strong> Produtos;<br />

Garantir a a<strong>de</strong>rência dos produtos, operações, serviços e processos às necessida<strong>de</strong>s dos<br />

clientes/segmentos (suitability);<br />

Avaliar produtos, operações, serviços e processos que envolvam risco <strong>de</strong> imagem para o Itaú<br />

Unibanco.<br />

Comissão Superior das Unida<strong>de</strong>s Externas (CSEXT)<br />

A CSEXT tem por objetivo supervisionar os negócios no exterior e é a alçada máxima para aprovação <strong>de</strong><br />

produtos, operações, serviços e processos nos mercados em que o Itaú Unibanco atua fora do Brasil. As<br />

principais atribuições <strong>de</strong>sta Comissão são:<br />

Garantir que as iniciativas <strong>de</strong> negócios estejam amparadas pela governança corporativa da matriz<br />

nos seguintes quesitos: contábil, fiscal societário, financeiro e liqui<strong>de</strong>z, controle <strong>de</strong> riscos, políticas <strong>de</strong><br />

crédito, controles internos, auditoria e tecnologia;<br />

Decidir quanto a produtos, operações, serviços e processos que superem as alçadas dos Comitês<br />

locais ou que envolvam risco <strong>de</strong> imagem para o Itaú Unibanco nos mercados em que atua fora do<br />

Brasil.<br />

Itaú Unibanco<br />

9


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

1.3 Risco <strong>de</strong> Crédito<br />

O risco <strong>de</strong> crédito é a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador<br />

ou contraparte <strong>de</strong> suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à <strong>de</strong>svalorização <strong>de</strong><br />

contrato <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong>corrente da <strong>de</strong>terioração na classificação <strong>de</strong> risco do tomador, à redução <strong>de</strong> ganhos ou<br />

remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos <strong>de</strong> recuperação.<br />

Em linha <strong>com</strong> os princípios da Resolução nº 3.721 <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2009 do CMN, o Itaú Unibanco possui<br />

uma estrutura e uma política <strong>de</strong> gerenciamento do risco <strong>de</strong> crédito, aprovada pelo seu Conselho <strong>de</strong><br />

Administração, aplicável às empresas e subsidiárias no Brasil e exterior.<br />

O documento que expressa as diretrizes estabelecidas pela política interna <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> crédito<br />

po<strong>de</strong> ser visualizado no site www.itau-unibanco.<strong>com</strong>.br/ri, na seção Governança Corporativa, Regulamentos<br />

e Políticas, Relatório <strong>de</strong> Acesso Público <strong>–</strong> Risco <strong>de</strong> Crédito.<br />

A gestão do risco <strong>de</strong> crédito do Itaú Unibanco visa à criação <strong>de</strong> valor para os acionistas, gerindo o retorno<br />

ajustado ao risco e mantendo a qualida<strong>de</strong> da carteira <strong>de</strong> crédito em níveis a<strong>de</strong>quados para cada segmento<br />

<strong>de</strong> mercado em que opera.<br />

A governança do gerenciamento <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> crédito está baseada em órgãos colegiados, subordinados ao<br />

Conselho <strong>de</strong> Administração ou à estrutura executiva do Itaú Unibanco, que atuam primordialmente avaliando<br />

as condições <strong>com</strong>petitivas <strong>de</strong> mercado, <strong>de</strong>finindo os limites <strong>de</strong> crédito do conglomerado, revendo práticas <strong>de</strong><br />

controle e políticas e aprovando as ações nas respectivas alçadas. Também parte <strong>de</strong>ssa estrutura o<br />

processo <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação e informação dos riscos, incluindo a divulgação das políticas referentes ao<br />

gerenciamento do risco <strong>de</strong> crédito.<br />

O controle centralizado do risco <strong>de</strong> crédito é realizado pela área executiva in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte responsável pelo<br />

controle <strong>de</strong> riscos, segregada das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negociação e da auditoria interna, conforme exigido pela<br />

regulamentação vigente. Com relação aos processos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> crédito, a área centralizada <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> riscos possui as seguintes atribuições:<br />

Elaboração das diretrizes corporativas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> crédito;<br />

Governança do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los;<br />

Validação dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> crédito;<br />

Avaliação das políticas <strong>de</strong> crédito e encaminhamento para aprovação da respectiva alçada;<br />

Avaliação e aprovação <strong>de</strong> novos produtos;<br />

Avaliação do cálculo dos parâmetros <strong>de</strong> risco e retorno da carteira;<br />

Definição <strong>de</strong> regras e a<strong>com</strong>panhamento da provisão para <strong>de</strong>vedores duvidosos;<br />

Monitoramento consolidado da carteira;<br />

Cálculo e monitoramento do PR.<br />

O Itaú Unibanco estabelece sua política <strong>de</strong> crédito <strong>com</strong> base em fatores internos, <strong>com</strong>o os critérios <strong>de</strong><br />

classificação <strong>de</strong> clientes, <strong>de</strong>sempenho e evolução da carteira, níveis <strong>de</strong> inadimplência, taxas <strong>de</strong> retorno e o<br />

capital econômico alocado; e externos, relacionados ao ambiente econômico, market share, taxas <strong>de</strong> juros,<br />

indicadores <strong>de</strong> inadimplência do mercado, inflação e variação do consumo.<br />

A área <strong>de</strong> controle centralizado avalia o impacto da criação ou modificação <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> crédito ou<br />

produtos, antes da sua implantação, <strong>de</strong> forma a permitir a i<strong>de</strong>ntificação e a quantificação <strong>de</strong> incertezas<br />

inerentes a cada unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio. O processo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> políticas e produtos possibilita ao Itaú<br />

Unibanco i<strong>de</strong>ntificar os riscos potenciais, a fim <strong>de</strong> certificar-se <strong>de</strong> que as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> crédito fazem sentido,<br />

por uma perspectiva econômica e <strong>de</strong> risco.<br />

O processo centralizado <strong>de</strong> validação e aprovação das políticas e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> crédito do Itaú Unibanco<br />

garante a sincronização das ações <strong>de</strong> crédito e a otimização das oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios.<br />

Mensuração do Risco <strong>de</strong> Crédito<br />

O Itaú Unibanco realiza o controle do risco <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> forma centralizada, ao passo que a gestão do risco<br />

<strong>de</strong> crédito é feita por cada unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio.<br />

Itaú Unibanco<br />

10


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

O monitoramento centralizado das carteiras é realizado por área executiva in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte responsável pelo<br />

controle <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> crédito, que utiliza indicadores <strong>de</strong> risco e <strong>de</strong>sempenho para analisar a carteira <strong>de</strong> crédito<br />

em nível agregado, por linha <strong>de</strong> negócio, segmento, produto e <strong>de</strong>mais variáveis que consi<strong>de</strong>ra relevantes.<br />

Com isso, garante-se o alinhamento permanente entre as estratégias <strong>de</strong>finidas pela organização e eventuais<br />

mudanças no cenário <strong>de</strong> crédito.<br />

O monitoramento <strong>de</strong>scentralizado das carteiras, <strong>com</strong> foco na gestão, é realizado por todas as áreas <strong>de</strong><br />

crédito das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio, que avaliam as carteiras em nível <strong>de</strong>talhado.<br />

O Itaú Unibanco controla rigorosamente a exposição a crédito <strong>de</strong> clientes e contrapartes, atuando para<br />

reverter eventuais situações em que a exposição observada exceda o <strong>de</strong>sejado. Nesse sentido, po<strong>de</strong>m ser<br />

adotadas uma série <strong>de</strong> medidas contratualmente previstas, tais <strong>com</strong>o a liquidação antecipada e a requisição<br />

<strong>de</strong> garantias adicionais.<br />

Nos empréstimos, o Itaú Unibanco leva em consi<strong>de</strong>ração três <strong>com</strong>ponentes para aferir o risco <strong>de</strong> crédito: a<br />

probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inadimplência do cliente ou contraparte (PD), o valor estimado da exposição em caso <strong>de</strong><br />

inadimplência (EAD) e a perda dada a inadimplência (LGD). A avaliação <strong>de</strong>ssas <strong>com</strong>ponentes <strong>de</strong> risco faz<br />

parte do processo <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> crédito e da gestão da carteira.<br />

A classificação <strong>de</strong> crédito dos clientes e grupos econômicos reflete sua probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inadimplência, e<br />

constitui elemento fundamental no processo <strong>de</strong> mensuração do risco, pois é <strong>com</strong> base nela que os limites <strong>de</strong><br />

crédito são calculados.<br />

A classificação <strong>de</strong> crédito no segmento <strong>de</strong> atacado baseia-se em informações tais <strong>com</strong>o a situação<br />

econômico-financeira do proponente, sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> caixa, o grupo <strong>de</strong> crédito a que<br />

pertence, a situação atual e as perspectivas do setor <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> econômica em que atua. As propostas <strong>de</strong><br />

crédito são analisadas caso a caso, utilizando um mecanismo <strong>de</strong> alçadas, subordinadas à CSC.<br />

Em relação ao varejo (pessoas físicas, pequenas e médias empresas), a classificação é atribuída <strong>com</strong> base<br />

em mo<strong>de</strong>los estatísticos <strong>de</strong> application e behaviour score, alinhados <strong>com</strong> as exigências do Comitê <strong>de</strong><br />

Basileia. As <strong>de</strong>cisões são tomadas tendo <strong>com</strong>o base esses mo<strong>de</strong>los, que são continuamente monitorados,<br />

por estrutura in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Excepcionalmente, po<strong>de</strong> também haver análise individualizada <strong>de</strong> casos<br />

específicos, em que a aprovação <strong>de</strong> crédito é submetida às alçadas <strong>com</strong>petentes.<br />

Os títulos públicos e outros instrumentos <strong>de</strong> dívida são classificados pela instituição <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> sua<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crédito, visando a administrar suas exposições.<br />

Itaú Unibanco<br />

11


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

1.4 Risco <strong>de</strong> Mercado<br />

O risco <strong>de</strong> mercado é a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> perdas resultantes da flutuação nos valores <strong>de</strong><br />

mercado <strong>de</strong> posições <strong>de</strong>tidas por uma instituição financeira, incluindo os riscos das operações sujeitas à<br />

variação cambial, das taxas <strong>de</strong> juros, dos preços <strong>de</strong> ações e dos preços <strong>de</strong> mercadorias (<strong>com</strong>modities).<br />

A gestão <strong>de</strong> riscos <strong>de</strong> mercado é o processo pelo qual a instituição monitora e controla os riscos <strong>de</strong> variações<br />

nas cotações <strong>de</strong> mercado dos instrumentos financeiros, objetivando a otimização da relação risco-retorno,<br />

valendo-se <strong>de</strong> estrutura <strong>de</strong> limites, mo<strong>de</strong>los e ferramentas <strong>de</strong> gestão a<strong>de</strong>quadas.<br />

O Itaú Unibanco utiliza sistemas proprietários para mensurar o risco <strong>de</strong> mercado consolidado. O<br />

processamento <strong>de</strong>sses sistemas ocorre principalmente em São Paulo, em ambiente <strong>com</strong> controle <strong>de</strong> acesso,<br />

<strong>de</strong> alta disponibilida<strong>de</strong>, <strong>com</strong> processos <strong>de</strong> guarda e recuperação <strong>de</strong> dados, e conta <strong>com</strong> infraestrutura para<br />

garantir a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócios em situações <strong>de</strong> contingência (disaster recovery). Atualmente, está em<br />

análise o uso <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> mercado para <strong>com</strong>plementar a arquitetura tecnológica <strong>de</strong> risco <strong>com</strong>o parte do<br />

processo evolutivo para atendimento das futuras exigências regulatórias e gerenciais.<br />

O controle <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado realizado pelo Itaú Unibanco abrange todos os instrumentos financeiros<br />

constantes nas carteiras das empresas sob sua responsabilida<strong>de</strong>. Neste sentido, a política <strong>de</strong> gerenciamento<br />

<strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado do Itaú Unibanco encontra-se em linha <strong>com</strong> os princípios da Resolução nº 3.464, <strong>de</strong> 26<br />

<strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2007 do CMN e alterações posteriores, constituindo-se um conjunto <strong>de</strong> princípios que norteiam a<br />

estratégia da instituição no controle e gerenciamento <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado <strong>de</strong> todas as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio e<br />

veículos legais do Itaú Unibanco.<br />

O documento que <strong>de</strong>talha as diretrizes estabelecidas pela política interna <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado<br />

po<strong>de</strong> ser visualizado no site www.itau-unibanco.<strong>com</strong>.br/ri, na seção Governança Corporativa, Regulamentos<br />

e Políticas, Relatório <strong>de</strong> Acesso Público - Risco <strong>de</strong> Mercado.<br />

A estratégia adotada pelo Itaú Unibanco baseia-se no uso abrangente e <strong>com</strong>plementar <strong>de</strong> metodologias, bem<br />

<strong>com</strong>o <strong>de</strong> ferramentas quantitativas para estimar, monitorar e gerenciar riscos, e nas melhores práticas<br />

adotadas pelo mercado.<br />

Nesse contexto, a estratégia <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> risco do Itaú Unibanco visa a balancear os objetivos <strong>de</strong><br />

negócio da empresa, consi<strong>de</strong>rando:<br />

Conjuntura política, econômica e <strong>de</strong> mercado;<br />

Carteira <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado da instituição;<br />

Expertise para atuar em mercados específicos.<br />

O controle <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado é realizado por área in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das áreas <strong>de</strong> negócios, responsável por<br />

executar as ativida<strong>de</strong>s diárias <strong>de</strong> mensuração, avaliação e reporte <strong>de</strong> risco por meio das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

controle estabelecidas nos veículos legais do Itaú Unibanco. Além disso, a área executiva realiza<br />

monitoramento, avaliação e reporte consolidado das informações <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado, inclusive das<br />

eventuais extrapolações <strong>de</strong> limites <strong>de</strong> risco, <strong>com</strong>unicando o evento à unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio responsável e<br />

a<strong>com</strong>panhando as ações necessárias para rea<strong>de</strong>quação da posição e/ou nível <strong>de</strong> risco. Para isto, o Itaú<br />

Unibanco conta <strong>com</strong> um processo estruturado <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação e informações, que fornece subsídios para<br />

a<strong>com</strong>panhamento das Comissões Superiores e atendimento aos órgãos reguladores no Brasil e no exterior.<br />

O processo <strong>de</strong> gestão e controle <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado é submetido a revisões periódicas, <strong>com</strong> objetivo <strong>de</strong><br />

manter-se alinhado às melhores práticas <strong>de</strong> mercado e a<strong>de</strong>rente aos processos <strong>de</strong> melhoria contínua no Itaú<br />

Unibanco.<br />

A mensuração <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado segrega suas operações em Carteira <strong>de</strong> Negociação e Carteira <strong>de</strong> Não<br />

Negociação, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> os critérios estabelecidos pelo Novo Acordo <strong>de</strong> Basileia II e pelos normativos<br />

Resolução 3.464 e <strong>Circular</strong> 3.354, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2007 do BACEN.<br />

A Carteira <strong>de</strong> Negociação consiste em todas as operações, inclusive <strong>de</strong>rivativos, <strong>de</strong>tidas <strong>com</strong> a intenção <strong>de</strong><br />

negociação no curto prazo ou <strong>de</strong>stinadas a hedge <strong>de</strong> outros instrumentos financeiros <strong>de</strong>sta carteira, e que<br />

não tenham restrição à negociação. São operações <strong>de</strong>stinadas à obtenção <strong>de</strong> benefícios <strong>com</strong> os movimentos<br />

<strong>de</strong> preços, efetivos ou esperados no curto prazo, ou realização <strong>de</strong> arbitragens.<br />

A Carteira <strong>de</strong> Não Negociação é formada pelas operações não classificadas na Carteira <strong>de</strong> Negociação.<br />

Consiste <strong>de</strong> operações <strong>de</strong>stinadas a gestão ativa <strong>de</strong> riscos financeiros e <strong>de</strong>tidas sem intenção <strong>de</strong> negociação<br />

no curto prazo. Sua <strong>com</strong>posição po<strong>de</strong> incluir <strong>de</strong>rivativos.<br />

Itaú Unibanco<br />

12


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

O Itaú Unibanco realiza hedge <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> clientes e <strong>de</strong> posições proprietárias, inclusive <strong>de</strong> seus<br />

investimentos no exterior, buscando mitigar os riscos <strong>de</strong>rivados das oscilações dos preços <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco<br />

<strong>de</strong> mercado relevantes e enquadrar as operações nos limites <strong>de</strong> exposição vigentes. Derivativos são os<br />

instrumentos mais utilizados para a execução <strong>de</strong>stas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> hedges. Nas situações em que essas<br />

operações se configuram <strong>com</strong>o hedge contábil, gera-se documentação <strong>com</strong>probatória específica, inclusive<br />

<strong>com</strong> o a<strong>com</strong>panhamento contínuo da efetivida<strong>de</strong> do hedge (retrospectivo e prospectivo) e das <strong>de</strong>mais<br />

alterações no processo contábil. Os procedimentos <strong>de</strong> hedge contábil e econômico são regidos por políticas<br />

internas no Itaú Unibanco.<br />

O tema hedge contábil é tratado em <strong>de</strong>talhe nas notas explicativas das Demonstrações Contábeis.<br />

As exposições a risco <strong>de</strong> mercado dos diversos instrumentos financeiros, inclusive <strong>de</strong>rivativos, são<br />

<strong>de</strong><strong>com</strong>postas em fatores <strong>de</strong> risco. Um fator <strong>de</strong> risco refere-se a um parâmetro <strong>de</strong> mercado cuja variação<br />

acarreta impactos no resultado, sendo os principais grupos <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco mensurados pelo Itaú<br />

Unibanco:<br />

Taxas <strong>de</strong> Juros: risco <strong>de</strong> perda das operações sujeitas às variações nas taxas <strong>de</strong> juros, abrangendo:<br />

Taxas <strong>de</strong> juros prefixadas <strong>de</strong>nominadas em real;<br />

Taxas dos cupons <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> juros;<br />

Cupons Cambiais: risco <strong>de</strong> perda das posições em operações sujeitas às taxas dos cupons <strong>de</strong><br />

moedas estrangeiras;<br />

Moedas Estrangeiras: risco <strong>de</strong> perda das posições em moeda estrangeira, em operações sujeitas à<br />

variação cambial;<br />

Índices <strong>de</strong> Preços: risco <strong>de</strong> perda das operações sujeitas às variações nas taxas dos cupons <strong>de</strong><br />

índices <strong>de</strong> preços;<br />

Ações: risco <strong>de</strong> perda das operações sujeitas à variação do preço <strong>de</strong> ações.<br />

O tratamento <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado para taxa <strong>de</strong> juros da Carteira <strong>de</strong> Não Negociação adota a metodologia <strong>de</strong><br />

marcação a mercado dos diversos produtos, apurando a sensibilida<strong>de</strong> às variações e choques das taxas <strong>de</strong><br />

juros, Value at Risk (VaR) e Earning at Risk (EaR); conforme estabelecido nas políticas internas do Itaú<br />

Unibanco.<br />

Para avaliação <strong>de</strong> posições em ações das Carteiras <strong>de</strong> Negociação e <strong>de</strong> Não Negociação, utiliza-se o VaR,<br />

além <strong>de</strong> aplicar testes <strong>de</strong> estresse, conforme apresentado no parágrafo abaixo sobre métricas. Para fins<br />

regulatórios, são seguidos os normativos do BACEN referentes a parcela <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado para ações,<br />

<strong>de</strong>scritas no item 3 <strong>–</strong> Patrimônio <strong>de</strong> Referência Exigido <strong>de</strong>sta publicação.<br />

O processo <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> riscos <strong>de</strong> mercado do Itaú Unibanco ocorre <strong>de</strong>ntro da governança e<br />

hierarquia <strong>de</strong> Comissões e limites aprovados especificamente para este fim, e cobre <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

a<strong>com</strong>panhamento <strong>de</strong> indicadores agregados <strong>de</strong> risco até limites granulares, garantindo efetivida<strong>de</strong> e<br />

cobertura <strong>de</strong> controle. Estes limites são dimensionados avaliando-se os resultados projetados do balanço, o<br />

tamanho do patrimônio e o perfil <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> cada veículo legal, sendo <strong>de</strong>finidos em termos das medidas <strong>de</strong><br />

risco utilizadas na gestão. Os limites são monitorados diariamente e os excessos são reportados e discutidos<br />

nas Comissões <strong>com</strong>petentes.<br />

A estrutura <strong>de</strong> limites é estabelecida e aprovada pela CSRisc, após discussões e <strong>de</strong>liberações da CSTI sobre<br />

métricas e limites <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado.<br />

Essa estrutura <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> limites:<br />

Proporciona mais conforto para todos os níveis executivos <strong>de</strong> que a assunção <strong>de</strong> riscos <strong>de</strong> mercado<br />

está em linha <strong>com</strong> os objetivos <strong>de</strong> risco-retorno do Itaú Unibanco, promovendo o diálogo disciplinado<br />

e bem informado sobre o perfil <strong>de</strong> risco e sua evolução;<br />

Aumenta a transparência sobre o modo <strong>com</strong>o o negócio busca a otimização dos resultados;<br />

Fornece mecanismos <strong>de</strong> alerta antecipado para facilitar a gestão eficaz dos riscos, sem obstruir os<br />

objetivos <strong>de</strong> negócio; e<br />

Evita a concentração <strong>de</strong> riscos.<br />

Os limites são monitorados e os alertas <strong>de</strong> atingimento acionam discussões <strong>de</strong>liberativas sobre as posições.<br />

Itaú Unibanco<br />

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<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

As análises do risco <strong>de</strong> mercado são realizadas <strong>com</strong> base nas seguintes métricas:<br />

Valor em Risco (VaR): medida estatística que quantifica a perda econômica potencial máxima<br />

esperada em condições normais <strong>de</strong> mercado, consi<strong>de</strong>rando horizonte <strong>de</strong> tempo e intervalo <strong>de</strong><br />

confiança <strong>de</strong>finidos;<br />

Perdas em Cenários <strong>de</strong> Estresse (Teste <strong>de</strong> Estresse): técnica <strong>de</strong> simulação para avaliação do<br />

<strong>com</strong>portamento dos ativos e passivos da carteira quando diversos fatores <strong>de</strong> risco são levados a<br />

situações extremas <strong>de</strong> mercado (baseadas em cenários prospectivos);<br />

Alerta <strong>de</strong> Stop Loss: perdas efetivas somadas ao prejuízo máximo potencial em cenários otimistas e<br />

pessimistas;<br />

Resultado em Risco (EaR): medida que quantifica o impacto no resultado a realizar <strong>de</strong> uma dada<br />

carteira, consi<strong>de</strong>rando condições normais <strong>de</strong> mercado, horizonte <strong>de</strong> tempo relacionado a operação<br />

mais longa da carteira <strong>de</strong> Não Negociação e um intervalo <strong>de</strong> confiança pré <strong>de</strong>terminado.<br />

Adicionalmente, são analisadas medidas <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> perdas. Entre elas, incluem-se:<br />

Análise <strong>de</strong> Descasamentos (GAPS): exposição acumulada, por fator <strong>de</strong> risco, dos fluxos <strong>de</strong> caixa,<br />

expressos a valor <strong>de</strong> mercado, alocados nas datas <strong>de</strong> vencimento;<br />

Sensibilida<strong>de</strong> (DV01- Delta Variation Risk): impacto no valor <strong>de</strong> mercado dos fluxos <strong>de</strong> caixa, quando<br />

submetidos a um aumento <strong>de</strong> 1 ponto-base a.a. nas taxas <strong>de</strong> juros atuais;<br />

Sensibilida<strong>de</strong>s aos Diversos Fatores <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> (Gregas) <strong>–</strong> <strong>de</strong>rivadas parciais <strong>de</strong> uma carteira <strong>de</strong><br />

opções em relação aos preços dos ativos-objetos, às volatilida<strong>de</strong>s implícitas, às taxas <strong>de</strong> juros e ao<br />

tempo;<br />

Perda Máxima (Stop Loss): prejuízo máximo que um portfólio classificado na Carteira <strong>de</strong> Negociação<br />

está autorizado a atingir.<br />

Itaú Unibanco<br />

14


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

1.5 Risco <strong>de</strong> Liqui<strong>de</strong>z<br />

O risco <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z é <strong>de</strong>finido <strong>com</strong>o a ocorrência <strong>de</strong> <strong>de</strong>sequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos<br />

exigíveis - <strong>de</strong>scasamentos entre pagamentos e recebimentos - que possam afetar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

pagamento da instituição, levando-se em consi<strong>de</strong>ração as diferentes moedas e prazos <strong>de</strong> liquidação <strong>de</strong> seus<br />

direitos e obrigações.<br />

O gerenciamento do risco <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z busca utilizar as melhores práticas <strong>de</strong> maneira a garantir liqui<strong>de</strong>z<br />

suficiente para suportar potenciais saídas <strong>de</strong> recursos em situações <strong>de</strong> estresse <strong>de</strong> mercado, bem <strong>com</strong>o a<br />

<strong>com</strong>patibilida<strong>de</strong> entre as captações e os prazos e liqui<strong>de</strong>z dos ativos.<br />

O Itaú Unibanco possui estrutura <strong>de</strong>dicada ao monitoramento, controle e análise do risco <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z,<br />

utilizando-se <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> projeções das variáveis que afetam o fluxo <strong>de</strong> caixa e o nível <strong>de</strong> reserva em<br />

moeda local ou estrangeira.<br />

O processo <strong>de</strong> mensuração do risco <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z faz uso <strong>de</strong> sistemas corporativos e <strong>de</strong> aplicativos próprios<br />

<strong>de</strong>senvolvidos internamente. A infraestutura tecnológica utilizada nos processos <strong>de</strong> mensuração do risco <strong>de</strong><br />

liqui<strong>de</strong>z está instalada em São Paulo (SP). As unida<strong>de</strong>s que operam no exterior utilizam instalações locais.<br />

Além disso, a instituição estabelece diretrizes e limites cujo cumprimento é analisado periodicamente em<br />

<strong>com</strong>itês técnicos e que visam a garantir uma margem <strong>de</strong> segurança adicional às necessida<strong>de</strong>s mínimas<br />

projetadas. As políticas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z e os limites associados são estabelecidos <strong>com</strong> base em<br />

cenários prospectivos revistos periodicamente e nas <strong>de</strong>finições da alta administração.<br />

Estes cenários po<strong>de</strong>m ser revistos à luz das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> caixa, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> situações atípicas <strong>de</strong><br />

mercado ou <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões estratégicas da instituição.<br />

Em observância às exigências da Resolução nº 2.804 <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2000 do CMN e da <strong>Circular</strong> nº<br />

3.393 <strong>de</strong> 03 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2008 do BACEN, é enviado mensalmente ao BACEN o Demonstrativo <strong>de</strong> Risco <strong>de</strong><br />

Liqui<strong>de</strong>z (DRL) e periodicamente são elaborados e submetidos à alta administração os seguintes itens para<br />

a<strong>com</strong>panhamento e suporte às <strong>de</strong>cisões:<br />

Diferentes cenários projetados para a evolução da liqui<strong>de</strong>z;<br />

Planos <strong>de</strong> contingência para situações <strong>de</strong> crise;<br />

Relatórios e gráficos que <strong>de</strong>screvem as posições <strong>de</strong> risco;<br />

Avaliação do custo <strong>de</strong> captação e fontes alternativas <strong>de</strong> captação;<br />

A<strong>com</strong>panhamento da diversificação <strong>de</strong> captação através <strong>de</strong> um controle constante <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong><br />

captação, consi<strong>de</strong>rando tipo do investidor e prazo, entre outros fatores.<br />

Itaú Unibanco<br />

15


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

1.6 Risco <strong>de</strong> Subscrição<br />

O risco <strong>de</strong> subscrição é a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> perdas <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> seguros,<br />

previdência e capitalização que contrariem as expectativas da organização, associadas, direta ou<br />

indiretamente, às bases técnicas e atuariais utilizadas para cálculo <strong>de</strong> prêmios, contribuições e provisões.<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> uniformizar práticas e controles <strong>de</strong> risco em todo o conglomerado, a área <strong>de</strong> controle <strong>de</strong><br />

riscos estabelece políticas corporativas, aprovadas nas diferentes alçadas do Itaú Unibanco, para nortear as<br />

diretrizes institucionais quanto aos temas relacionados ao risco <strong>de</strong> subscrição.<br />

O mo<strong>de</strong>lo Itaú Unibanco <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> riscos <strong>de</strong> subscrição busca, através da <strong>de</strong>finição clara <strong>de</strong><br />

papéis e responsabilida<strong>de</strong>s, assegurar <strong>com</strong>unicação eficaz, ferramentas e sistemas para o a<strong>de</strong>quado<br />

gerenciamento dos riscos.<br />

Os gestores das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio expostas ao risco <strong>de</strong> subscrição do Itaú Unibanco são responsáveis<br />

por gerir os riscos sob suas responsabilida<strong>de</strong>s, as áreas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> risco garantem, <strong>de</strong> modo<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, que os perfis <strong>de</strong> risco das áreas estejam <strong>de</strong>ntro dos limites estabelecidos e a Auditoria Interna,<br />

por sua vez, tem a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar a verificação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte quanto à eficácia dos processos<br />

estabelecidos para gerenciamento <strong>de</strong> riscos, incluindo grau <strong>de</strong> exposição e a<strong>de</strong>quação da estrutura <strong>de</strong><br />

gerenciamento do risco <strong>de</strong> subscrição do conglomerado.<br />

Existe uma governança para avaliação <strong>de</strong> novos produtos e propostas <strong>de</strong> negócio que garantem que todas<br />

as áreas do conglomerado relacionadas aos produtos e negociações em questão, façam uma análise quanto<br />

às diversas exigências internas e regulatórias.<br />

Para as criações e alterações das políticas <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> subscrição há uma governança que garante a<br />

aprovação dos riscos intrínsecos aos produtos, processos ou propostas <strong>de</strong> negócio. De acordo <strong>com</strong> o nível<br />

<strong>de</strong> risco, as <strong>de</strong>cisões são tomadas em diferentes esferas po<strong>de</strong>ndo chegar às Comissões específicas <strong>de</strong> risco<br />

<strong>de</strong> subscrição ou à CSRisc, respeitando os limites das alçadas.<br />

Reuniões periódicas são realizadas para a<strong>com</strong>panhamento das ativida<strong>de</strong>s e pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão referentes a<br />

questões relativas ao risco <strong>de</strong> subscrição.<br />

A governança <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> riscos também estabelece limites para os riscos <strong>de</strong> fronteira entre subscrição e<br />

crédito em linha <strong>com</strong> a Resolução nº 228 <strong>de</strong> 06 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010 do Conselho Nacional <strong>de</strong> Seguros<br />

Privados (CNSP). A política interna <strong>de</strong>fine a qualida<strong>de</strong> do risco <strong>de</strong> crédito das resseguradoras e os limites <strong>de</strong><br />

concentração respeitando a Resolução nº 168 <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2007 do CNSP, seguindo a mesma<br />

governança <strong>de</strong> crédito do conglomerado.<br />

Itaú Unibanco<br />

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<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

1.7 Risco Operacional<br />

O risco operacional consiste na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> perdas resultantes <strong>de</strong> falha, <strong>de</strong>ficiência ou<br />

ina<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> processos internos, pessoas e sistemas, ou <strong>de</strong> eventos externos. Inclui o risco legal,<br />

associado à ina<strong>de</strong>quação ou <strong>de</strong>ficiência em contratos firmados pela instituição, bem <strong>com</strong>o a sanções em<br />

razão <strong>de</strong> <strong>de</strong>scumprimento <strong>de</strong> dispositivos legais e a in<strong>de</strong>nizações por danos a terceiros <strong>de</strong>correntes das<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pela instituição. Exclui-se <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>finição o risco estratégico e o <strong>de</strong> reputação.<br />

Os eventos <strong>de</strong> risco operacional incluem:<br />

Frau<strong>de</strong> interna;<br />

Frau<strong>de</strong> externa;<br />

Demandas trabalhistas e segurança <strong>de</strong>ficiente do local <strong>de</strong> trabalho;<br />

Práticas ina<strong>de</strong>quadas relativas a clientes, produtos e serviços;<br />

Danos a ativos físicos próprios ou em uso pela instituição;<br />

Interrupção das ativida<strong>de</strong>s da instituição;<br />

Falhas em sistemas <strong>de</strong> tecnologia da informação;<br />

Falhas na execução, cumprimento <strong>de</strong> prazos e gerenciamento das ativida<strong>de</strong>s na instituição.<br />

A crescente sofisticação do ambiente e dos negócios bancários e a evolução da tecnologia tornam mais<br />

<strong>com</strong>plexos os perfis <strong>de</strong> risco das organizações, <strong>de</strong>lineando <strong>com</strong> mais niti<strong>de</strong>z esta classe <strong>de</strong> risco, cujo<br />

gerenciamento, apesar <strong>de</strong> não ser prática nova, requer agora uma estrutura específica, distinta das<br />

tradicionalmente aplicadas aos riscos <strong>de</strong> crédito e <strong>de</strong> mercado.<br />

A gestão <strong>de</strong> risco operacional, portanto, torna-se importante uma vez que garante a i<strong>de</strong>ntificação, avaliação/<br />

mensuração, resposta, monitoramento e reporte da exposição aos riscos operacionais da organização.<br />

A estrutura <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> risco operacional do Itaú Unibanco se beneficia do ambiente e da cultura <strong>de</strong><br />

suas empresas que promovem um alto padrão <strong>de</strong> <strong>com</strong>portamento ético na condução dos negócios.<br />

A gestão estratégica do risco operacional é exercida pela Administração da organização, <strong>com</strong> a supervisão<br />

do Comitê <strong>de</strong> Auditoria, órgão do Conselho <strong>de</strong> Administração.<br />

O mo<strong>de</strong>lo Itaú Unibanco <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> riscos operacionais busca, através da <strong>de</strong>finição clara <strong>de</strong><br />

papéis e responsabilida<strong>de</strong>s, assegurar <strong>com</strong>unicação eficaz, ferramentas e sistemas para o a<strong>de</strong>quado<br />

gerenciamento dos riscos.<br />

Os gestores das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio e suporte são responsáveis por gerir os riscos sob suas<br />

responsabilida<strong>de</strong>s, as áreas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> risco operacional, controles internos e <strong>com</strong>pliance garantem, <strong>de</strong><br />

modo in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, que os perfis <strong>de</strong> risco das áreas estejam <strong>de</strong>ntro dos limites estabelecidos e a Auditoria<br />

Interna, por sua vez, tem a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar a verificação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte quanto à eficácia dos<br />

processos estabelecidos para gerenciamento <strong>de</strong> riscos.<br />

Além da existência das áreas corporativas <strong>com</strong>o alicerce <strong>de</strong> toda a gestão <strong>de</strong> risco operacional, o Itaú<br />

Unibanco também conta <strong>com</strong> a CSAGRO, que supervisiona a gestão <strong>de</strong> risco operacional dos processos e<br />

dos negócios, através <strong>de</strong> indicadores agregados <strong>de</strong> risco operacional, a<strong>com</strong>panhamento dos planos <strong>de</strong> ação<br />

e da avaliação da efetivida<strong>de</strong> dos controles. Já as <strong>de</strong>cisões sobre mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> mensuração <strong>de</strong> capital e<br />

políticas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> risco, são tomadas pela CSRisc.<br />

Em linha <strong>com</strong> os princípios da Resolução nº 3.380 <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2006 do CMN, o Itaú Unibanco <strong>de</strong>finiu<br />

uma política <strong>de</strong> gerenciamento do risco operacional, aprovada pelo seu Conselho <strong>de</strong> Administração, e<br />

aplicável às empresas e subsidiárias no Brasil e exterior.<br />

A política constitui um conjunto <strong>de</strong> princípios, procedimentos e instrumentos que proporcionam uma<br />

permanente a<strong>de</strong>quação do gerenciamento à natureza e <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> dos produtos, serviços, ativida<strong>de</strong>s,<br />

processos e sistemas.<br />

A estrutura formalizada na política prevê os procedimentos para i<strong>de</strong>ntificação, avaliação, mitigação,<br />

monitoramento e reporte relacionados ao risco operacional, bem <strong>com</strong>o os papéis e responsabilida<strong>de</strong>s dos<br />

órgãos que participam <strong>de</strong>ssa estrutura. Uma versão resumida da política po<strong>de</strong> ser acessada no site<br />

www.itau-unibanco.<strong>com</strong>.br/ri, na seção Governança Corporativa, Regulamentos e Políticas, Relatório <strong>de</strong><br />

Acesso Público - Risco Operacional.<br />

Itaú Unibanco<br />

17


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

A gestão <strong>de</strong> risco operacional no Itaú Unibanco é feita em um ciclo contínuo <strong>de</strong> aprimoramento e<br />

<strong>com</strong>preen<strong>de</strong> a realização <strong>de</strong> cinco gran<strong>de</strong>s etapas:<br />

I<strong>de</strong>ntificação: mapeamento dos processos, riscos e controles; e captura <strong>de</strong> eventos <strong>de</strong> risco<br />

operacional <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um processo contínuo;<br />

Avaliação/mensuração: avaliação e mensuração dos riscos através da análise <strong>de</strong> severida<strong>de</strong> e<br />

probabilida<strong>de</strong> do risco se concretizar;<br />

Resposta: respostas aos riscos <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>ndo quatro ações distintas - mitigar, assumir,<br />

<strong>com</strong>partilhar ou evitar o risco;<br />

Mitigação: respostas aos riscos relevantes através <strong>de</strong> controles preventivos e/ou corretivos;<br />

Monitoramento: controle da exposição aos riscos relevantes por meio <strong>de</strong> indicadores;<br />

Reporte: apresentação <strong>de</strong> status e resultados da avaliação, resposta e monitoramento dos riscos nos<br />

diversos fóruns <strong>de</strong> governança.<br />

Os relatórios <strong>de</strong> riscos operacionais são tratados <strong>de</strong> forma individualizada, por áreas executivas/unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

negócios e também <strong>de</strong> forma consolidada, avaliando-se as incidências e as ações <strong>de</strong> mitigação e contenção<br />

do risco, sendo os principais itens apresentados ao Conselho <strong>de</strong> Administração e a CSAGRO.<br />

Os eventos <strong>de</strong> perdas <strong>de</strong> risco operacional que alimentam os relatórios são capturados através <strong>de</strong> bases <strong>de</strong><br />

dados dos principais sistemas do banco. Os valores conciliados contabilmente são reportados mensalmente<br />

para as áreas <strong>de</strong> negócio que realizam o a<strong>com</strong>panhamento periódico das perdas e i<strong>de</strong>ntificam os processos<br />

que necessitam <strong>de</strong> atuação para mitigação dos riscos e redução das perdas.<br />

Para garantir uma a<strong>de</strong>quada conscientização sobre a importância da gestão <strong>de</strong> risco operacional e sobre os<br />

papéis e as responsabilida<strong>de</strong>s envolvidos nessa gestão, o Itaú Unibanco utiliza canais que asseguram a<br />

disseminação <strong>de</strong>sses conceitos a todos os funcionários da instituição por meio <strong>de</strong> políticas, normas e<br />

procedimentos.<br />

Através do processo <strong>de</strong> gestão e <strong>com</strong> base no mapeamento <strong>de</strong> processos, torna-se possível i<strong>de</strong>ntificar e<br />

avaliar os riscos operacionais, bem <strong>com</strong>o respon<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>quadamente a esses riscos. Dentre as ações<br />

possíveis <strong>de</strong> resposta ao risco, encontram-se:<br />

Mitigar: medidas para reduzir a probabilida<strong>de</strong> ou o impacto dos riscos, ou, até mesmo, ambos;<br />

Assumir: nenhuma medida é adotada para alterar a probabilida<strong>de</strong> e/ou a severida<strong>de</strong> dos riscos;<br />

Compartilhar: redução da probabilida<strong>de</strong> ou do impacto dos riscos pela transferência ou pelo<br />

<strong>com</strong>partilhamento <strong>de</strong> uma porção do risco;<br />

Evitar: <strong>de</strong>scontinuação das ativida<strong>de</strong>s que geram os riscos.<br />

Dessa forma, tendo em vista a relevância do risco e a relação entre custo e benefício dos controles, po<strong>de</strong>-se<br />

optar por mitigar o risco. As ações <strong>de</strong> mitigação <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>m mecanismos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>senvolvidos para<br />

assegurar que a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência do risco ou sua severida<strong>de</strong> seja reduzida, ou, até mesmo,<br />

ambos. Existem quatro formas <strong>de</strong> mitigação <strong>de</strong> risco:<br />

Seguro: um dos principais mecanismos para reduzir a severida<strong>de</strong> do risco operacional. Os tipos <strong>de</strong><br />

seguros existentes são seguros <strong>de</strong> bens, responsabilida<strong>de</strong> social e danos a terceiros;<br />

Plano <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócios: alternativa ao fluxo do processo atual, que reduz o impacto <strong>de</strong><br />

uma paralisação momentânea quando um evento excepcional atinge a organização;<br />

Implantação e revisão <strong>de</strong> controles: o sistema <strong>de</strong> controles <strong>de</strong>ve ser estável, robusto e eficiente para<br />

evitar <strong>com</strong>portamentos instáveis, possibilitando a avaliação <strong>com</strong> o fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar seu nível <strong>de</strong><br />

eficácia <strong>com</strong> relação aos riscos;<br />

Re<strong>de</strong>senho <strong>de</strong> processo: o re<strong>de</strong>senho <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> negócio proporciona meios para repensar e<br />

modificar processos <strong>de</strong> negócio, sistemas e estruturas organizacionais associadas, visando a obter<br />

redução ou eliminação dos fatores <strong>de</strong> risco associados.<br />

Itaú Unibanco<br />

18


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

1.8 Gestão <strong>de</strong> Crises e Continuida<strong>de</strong> dos Negócios<br />

Medidas efetivas <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócios exercem um papel crucial na vida <strong>de</strong> uma instituição<br />

financeira. Com isso em mente, o Itaú Unibanco, instituição financeira que exerce papel significativo para o<br />

sistema financeiro brasileiro, tem <strong>de</strong>senvolvido ao longo <strong>de</strong> sua história procedimentos para minimizar<br />

impactos relacionados a eventuais interrupções inerentes aos seus negócios.<br />

O Programa <strong>de</strong> Continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Negócios do Itaú Unibanco tem por objetivo proteger seus colaboradores,<br />

assegurar a continuida<strong>de</strong> das funções críticas <strong>de</strong> suas linhas <strong>de</strong> negócio, salvaguardar as receitas e<br />

sustentar tanto a estabilida<strong>de</strong> dos mercados em que atua quanto à confiança <strong>de</strong> seus clientes e parceiros<br />

estratégicos em sua prestação <strong>de</strong> serviços e produtos.<br />

O Programa é <strong>com</strong>posto pelos procedimentos para realocação e/ou recuperação <strong>de</strong> operações em resposta<br />

a uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> interrupção, através <strong>de</strong> etapas que envolvem, mas não se limitam a:<br />

salvaguarda <strong>de</strong> seus colaboradores e dos ativos da instituição; retomada das operações, assegurando a<br />

continuida<strong>de</strong> dos negócios; avaliação da causa raiz da interrupção para <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> ação;<br />

estabelecimento <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação entre a instituição e os colaboradores, clientes e reguladores. O<br />

Programa po<strong>de</strong> ser dividido em dois elementos chave:<br />

Gestão <strong>de</strong> Crises: engloba o processo <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação centralizada e os procedimentos <strong>de</strong> resposta,<br />

pelos quais a instituição gerencia eventos <strong>de</strong> interrupção <strong>de</strong> negócios e também quaisquer outros<br />

tipos <strong>de</strong> ameaças à imagem e reputação <strong>de</strong> sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> perante seus colaboradores, clientes,<br />

parceiros estratégicos e reguladores. A estrutura conta <strong>com</strong> um Comando Central que monitora<br />

constantemente as operações diárias da instituição, bem <strong>com</strong>o canais <strong>de</strong> mídia em que o Itaú<br />

Unibanco seja citado, o que permite uma atuação tempestiva, por meio da execução <strong>de</strong><br />

procedimentos pré-estabelecidos <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> crises e respostas coor<strong>de</strong>nadas, em<br />

situações que po<strong>de</strong>riam se materializar em potenciais crises aos negócios da instituição, caso não<br />

fossem tratadas a<strong>de</strong>quadamente. O êxito da Gestão <strong>de</strong> Crises se dá por meio <strong>de</strong> agentes focais, que<br />

são representantes nomeados junto às áreas <strong>de</strong> negócios e que atuam no monitoramento <strong>de</strong><br />

potenciais problemas, na resolução <strong>de</strong> crises, na retomada dos negócios, na melhoria dos processos<br />

e na busca por ações <strong>de</strong> prevenção;<br />

Planos <strong>de</strong> Continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Negócios (PCN): documentação <strong>de</strong> procedimentos e informações<br />

<strong>de</strong>senvolvida, consolidada e mantida <strong>de</strong> forma que esteja disponível para utilização em eventuais<br />

inci<strong>de</strong>ntes, possibilitando a retomada <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s críticas do Itaú Unibanco em prazos e<br />

condições aceitáveis. O acionamento a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>sses planos preserva a integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas,<br />

bens, sistemas, informações e, consequentemente, a reputação da instituição. Para que a retomada<br />

das funções críticas <strong>de</strong> suporte as operações ocorra <strong>de</strong> forma rápida e segura, o Itaú Unibanco tem<br />

<strong>de</strong>finido em seu PCN ações corporativas e customizadas para suas linhas <strong>de</strong> negócio, por meio <strong>de</strong>:<br />

Plano <strong>de</strong> Disaster Recovery: <strong>com</strong> foco na recuperação <strong>de</strong> sua principal infraestrutura (Data<br />

Center primário), incluindo re<strong>de</strong>s, aplicações, links <strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicação e dados <strong>de</strong> operações<br />

que asseguram a continuação do processamento <strong>de</strong> sistemas críticos que suportam as<br />

ativida<strong>de</strong>s da instituição <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> períodos mínimos pré-estabelecidos;<br />

Plano <strong>de</strong> Contingência <strong>de</strong> Local <strong>de</strong> Trabalho: colaboradores responsáveis pela execução <strong>de</strong><br />

funções críticas <strong>de</strong> negócios contam <strong>com</strong> instalações alternativas, para conduzirem suas<br />

ativida<strong>de</strong>s em caso <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> dos prédios em que trabalham diariamente. O Itaú<br />

Unibanco possui aproximadamente 2.300 posições <strong>de</strong> contingência totalmente equipadas para<br />

aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s das áreas <strong>de</strong> negócio em situações <strong>de</strong> emergência;<br />

Essas posições, incluindo infraestrutura <strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicação e sistemas, são constantemente testadas para<br />

assegurar sua pronta utilização.<br />

Plano <strong>de</strong> Emergência: procedimentos <strong>de</strong>stinados a minimizar os efeitos <strong>de</strong> situações<br />

emergenciais que possam ter impactos sobre as instalações da instituição, <strong>com</strong> foco preventivo,<br />

uma vez que, ao i<strong>de</strong>ntificar os riscos, estabelece os meios para fazer face à emergência e,<br />

quando <strong>de</strong>finida, a <strong>com</strong>posição das equipes <strong>de</strong> intervenção e suas respectivas missões;<br />

Plano <strong>de</strong> Contingência <strong>de</strong> Processos: avaliação <strong>de</strong> alternativas (Planos B) para execução <strong>de</strong><br />

processos críticos i<strong>de</strong>ntificados nas áreas <strong>de</strong> negócio.<br />

No intuito <strong>de</strong> manter as soluções <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> alinhadas aos requerimentos <strong>de</strong> negócios (processos,<br />

recursos mínimos para execução, exigências legais, etc), o Programa prevê a aplicação das seguintes<br />

análises para entendimento da organização:<br />

19<br />

Itaú Unibanco


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

Análise <strong>de</strong> Impacto nos Negócios (BIA): ferramenta utilizada para avaliação da criticida<strong>de</strong> e<br />

exigência <strong>de</strong> recuperação dos processos, que suportam a entrega <strong>de</strong> produtos e serviços. Por<br />

meio <strong>de</strong>sta análise são <strong>de</strong>finidas as priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> retomada do ambiente <strong>de</strong> negócio;<br />

Risk Assessment (RA): ferramenta aplicada na avaliação dos processos <strong>de</strong> negócios para<br />

a<strong>de</strong>quação dos controles existentes e implantação <strong>de</strong> novos, para mitigação <strong>de</strong> riscos que<br />

possam causar eventuais interrupções aos processos;<br />

Avaliação <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong>s e Ameaças (AVA): ferramenta <strong>com</strong> foco na i<strong>de</strong>ntificação das<br />

ameaças inerentes às localida<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> os prédios utilizados pelo Itaú Unibanco estão<br />

operando. A eficácia dos controles existentes é avaliada em relação às ameaças para fins <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>s, fortalecimento das soluções e estabelecimento <strong>de</strong> novos<br />

controles.<br />

Para que o Programa possa a<strong>com</strong>panhar e se adaptar à <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> dos mercados em que o Itaú<br />

Unibanco atua, a organização conta <strong>com</strong> um time <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong>dicados à criação <strong>de</strong> suas diretrizes,<br />

implantação, manutenção, gerenciamento, bem <strong>com</strong>o o constante treinamento e educação <strong>de</strong> seus<br />

colaboradores.<br />

O Itaú Unibanco tem por <strong>com</strong>promisso assegurar que seu Programa <strong>de</strong> Continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Negócios seja<br />

abrangente e atualizado, particularmente em caso em que novas informações, técnicas e tecnologias tornamse<br />

disponíveis. Sendo assim, o Programa po<strong>de</strong> sofrer alterações <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> o que a instituição julgue ser<br />

necessário para a proteção <strong>de</strong> todos os públicos e recursos envolvidos neste contexto.<br />

Itaú Unibanco<br />

20


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

2 Patrimônio <strong>de</strong> Referência<br />

O PR utilizado para verificar o cumprimento dos limites operacionais impostos pelo BACEN, consiste no<br />

somatório do Nível I e Nível II, conforme <strong>de</strong>finido nos termos da Resolução nº 3.444 <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong><br />

2007 do CMN, on<strong>de</strong>:<br />

Nível I: é <strong>com</strong>posto pelo capital social, certas reservas e lucros retidos, menos alguns intangíveis;<br />

Nível II: inclui, <strong>de</strong>ntre outros e sujeito a certas limitações, reservas para reavaliação <strong>de</strong> ativos e dívida<br />

subordinada, e está limitado ao valor do Capital <strong>de</strong> Nível I.<br />

De acordo <strong>com</strong> as normas do BACEN, os bancos po<strong>de</strong>m calcular o cumprimento da exigência mínima:<br />

Com base na consolidação <strong>de</strong> todas as subsidiárias financeiras regulamentadas pelo BACEN,<br />

inclusive agências e investimentos no exterior (Consolidado Operacional); e<br />

Com base na consolidação <strong>com</strong>pleta, consi<strong>de</strong>rando todas as empresas <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> do Itaú<br />

Unibanco, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> serem ou não regulamentadas pelo BACEN (Consolidado Econômico-<br />

Financeiro).<br />

Apresentamos na tabela abaixo a <strong>com</strong>posição do capital <strong>de</strong> Nível I, Nível II e exclusões, conforme<br />

estabelecido na mencionada Resolução:<br />

Composição Nível I e Nível II<br />

R$ milhões<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Patrimônio Líquido Itaú Unibanco Holding S.A. (Consolidado) 75.636 72.484 66.083 75.636 72.484 66.083<br />

Participações Minoritárias nas Subsidiárias 1.251 1.156 1.028 1.817 1.905 2.762<br />

Resultado não Realizado - - - - - -<br />

Patrimônio Líquido Consolidado (BACEN) 76.887 73.640 67.111 77.453 74.389 68.845<br />

Reservas <strong>de</strong> Reavaliação Excluídas do Nível I - - - - - -<br />

Créditos Tributários Excluídos do Nível I (593) (593) (588) (593) (593) (611)<br />

Ativo Permanente Diferido Excluído do Nível I (256) (266) (320) (258) (267) (323)<br />

Ajustes ao Vr <strong>de</strong> Mercado - TVM e Instr. Fin. Derivativos Excluídos do Nível I (537) 48 32 (537) 47 32<br />

Provisão Adicional para Operações <strong>de</strong> Crédito, <strong>de</strong> Arrendamento e Outras - - - - - -<br />

Ações Preferenciais <strong>com</strong> Cláusula <strong>de</strong> Resgate Excluídas do Nível I (799) (716) (616) (799) (716) (616)<br />

Nível I 74.702 72.113 65.619 75.267 72.860 67.327<br />

Dívidas Subordinadas 26.705 20.885 17.144 26.705 20.885 17.144<br />

Ações Preferenciais <strong>com</strong> Cláusula <strong>de</strong> Resgate 319 287 370 319 287 370<br />

Reservas <strong>de</strong> Reavaliação - - - - - -<br />

Ajustes ao Valor <strong>de</strong> Mercado - TVM e Instrumentos Financeiros Derivativos 537 (48) (32) 537 (48) (32)<br />

Nível II 27.561 21.124 17.482 27.561 21.124 17.482<br />

Nível I + Nível II 102.263 93.237 83.101 102.828 93.984 84.809<br />

Exclusões<br />

Instrumentos <strong>de</strong> Captação Emitidos por Instituições Financeiras (309) (33) (92) (309) (33) (92)<br />

Patrimônio <strong>de</strong> Referência 101.954 93.204 83.009 102.519 93.951 84.717<br />

Os montantes dos fundos obtidos por meio <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> títulos <strong>de</strong> dívida subordinada e que são<br />

consi<strong>de</strong>rados capital <strong>de</strong> Nível II, para os propósitos do índice <strong>de</strong> capital em relação aos ativos pon<strong>de</strong>rados <strong>de</strong><br />

risco, estão <strong>de</strong>scritos abaixo.<br />

Dívidas Subordinadas e Patrimônio <strong>de</strong> Referência Nível II<br />

Nome do Papel<br />

CDB<br />

Letras Financeiras<br />

Euronotes<br />

Dívida Subordinada<br />

Total em Aprovação BACEN (1) e Outras<br />

Dívida Subordinada - Total<br />

Redutor Dívida Subordinada<br />

Dívida Subordinada - Nível II<br />

Total - 31/3/2012<br />

Total - 30/6/2011<br />

(1)<br />

Dívidas subordinadas que não <strong>com</strong>põem o Nível II do PR.<br />

R$ milhões<br />

Vencimentos 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

5 anos Total Total Total<br />

5.202 3.222 1.657 4.368 1.349 - 15.799 23.764 23.132<br />

- - - - 7.428 6.539 13.967 10.186 5.383<br />

- - - - - 9.216 9.216 6.047 5.173<br />

5.202 3.222 1.657 4.368 8.777 15.755 38.983 39.997 33.688<br />

- - - 213 1 3.751 3.965 4 .987 3.522<br />

5.202 3.222 1.657 4.581 8.778 19.507 42.948 44.984 37.210<br />

(5.202) (2.578) (994) (1.747) (1.755) - (12.278) (19.112) (16.544)<br />

- 644 663 2.621 7.022 15.755 26.705 20.885 17.144<br />

13.337 188 4.657 4.266 5.617 11.932 39.997<br />

9.062 5.462 2.902 1.480 3.892 10.890 33.688<br />

Itaú Unibanco<br />

21


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

O <strong>de</strong>talhamento sobre os prazos <strong>de</strong> vencimento, remuneração e valor do principal dos instrumentos <strong>de</strong> dívida<br />

é apresentado a seguir:<br />

R$ milhões<br />

Dívidas Subordinadas Elegíveis a Capital<br />

Variação<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011 jun/12-mar/12 jun/12-jun/11<br />

Nome do Papel Emissão Vencimento Remuneração a.a. Principal<br />

CDB subordinado<br />

2002 2012 102,5% do CDI 200 200 200 - -<br />

2007 2012 103,8% do CDI 93 4.970 5.307 (4.877) (5.214)<br />

CDI + 0,35% a 0,45% 732 732 1.024 0 (292)<br />

IGPM + 7,35% 278 278 291 (0) (13)<br />

2003 2013 102% do CDI 40 40 40 - -<br />

2008 2013 CDI + 0,5% a 0,6% 1.558 1.558 1.786 (0) (228)<br />

106% a 107% do CDI 48 48 48 (0) (0)<br />

2007 2014 CDI + 0,35% a 0,6% 1.865 1.865 1.865 1 1<br />

IGPM + 7,35% 33 33 33 (0) (0)<br />

2008 2014 112% do CDI 1.000 1.000 1.000 - -<br />

2008 2015 119,8% do CDI 400 400 400 - -<br />

2010 2015 113% do CDI 50 50 50 - -<br />

2006 2016 CDI + 0,7% (1) 466 466 466 0 0<br />

2010 2016 110% a 114% do CDI 2.665 2.665 2.665 - -<br />

IPCA + 7,33% 123 123 123 1 1<br />

2010 2017 IPCA + 7,45% 367 367 367 0 0<br />

TOTAL 9.918 14.794 15.665 (4.876) (5.747)<br />

Letra Financeira Subordinada<br />

2010 2016 CDI + 1,35% a 1,36% 365 365 365 - -<br />

112% a 112,5% do CDI 1.874 1.874 1.874 - -<br />

IPCA + 7% 30 30 30 - -<br />

2010 2017 IPCA + 6,95% a 7,2% 206 206 206 - -<br />

2011 2017 108% a 112% do CDI 3.224 3.224 2.010 - 1.214<br />

CDI + 1,29% a 1,52% 3.650 3.650 2.861 - 789<br />

IPCA + 6,15% a 7,8% 352 352 140 - 212<br />

IGPM + 6,55% a 7,6% 138 138 20 - 118<br />

2011 2018 IGPM + 7% 42 42 42 - -<br />

IPCA + 7,53% a 7,7% 30 30 30 - -<br />

2012 2018 109% a 112,5 % do CDI 1.940 1 - 1.939 1.940<br />

IPCA + 5,76% a 6,58% 426 - - 426 426<br />

CDI + 1,10% a 1,32% 1.108 - - 1.108 1.108<br />

12,200% 12 - - 12 12<br />

2011 2019 109% a 109,7% do CDI 2 1 - 1 2<br />

2012 2019 110 % do CDI 1 1 - - 1<br />

12,200% 12 - - 12 12<br />

IPCA + 5,83% a 6,14% 21 - - 21 21<br />

2012 2020 111 % do CDI 1 1 - - 1<br />

IPCA + 6,00% a 6,17% 20 - - 20 20<br />

2011 2021 109,25% a 110,5 % do CDI 6 6 - - 6<br />

2012 2022 IPCA + 5,83% 60 - - 60 60<br />

TOTAL 13.520 9.921 7.578 3.599 5.942<br />

Euronotes subordinado<br />

2010 2020 6,2% 1.731 1.731 1.731 - -<br />

2010 2021 5,75% 1.694 1.694 1.694 - -<br />

2011 2021 5,75% a 6,2% 1.167 1.167 1.167 - -<br />

2012 2021 6,2% 957 - - 957 957<br />

2012 2022 5,65% 2.250 - - 2.250 2.250<br />

TOTAL 7.799 4.592 4.592 3.207 3.207<br />

TOTAL GERAL 31.237 29.307 27.834 1.930 3.402<br />

Redutor Dívida Subordinada (9.839) (14.004) (13.669) 4.165 3.831<br />

Dívida Subordinada - Nível II 21.398 15.303 14.165 6.095 7.233<br />

Juros (Dívida Subordinada - Nível II) 5.307 5.582 2.979 (275) 2.328<br />

Montante Dívida Subordinada - Nível II 26.705 20.885 17.144 5.820 9.561<br />

(1) Os CDBs subordinados po<strong>de</strong>m ser resgatados a partir <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2011.<br />

A movimentação <strong>de</strong> recursos é livre entre as instituições consolidadas, respeitados os requisitos mínimos <strong>de</strong><br />

capital exigidos pelos reguladores locais das subsidiárias no exterior, bem <strong>com</strong>o o requisito mínimo <strong>de</strong> capital<br />

das socieda<strong>de</strong>s seguradoras, estabelecido pela SUSEP.<br />

Itaú Unibanco<br />

22


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

O CNSP, a<strong>com</strong>panhando a tendência mundial <strong>de</strong> fortalecimento do mercado segurador, divulgou em 06 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010 a Resolução CNSP nº 227 (que revogou as Resoluções nºs 178 <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

2007 e 200 <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008), e a <strong>Circular</strong> nº 411 <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010. Os normativos<br />

dispõem sobre as regras <strong>de</strong> capital regulamentar exigido para autorização e funcionamento das socieda<strong>de</strong>s<br />

seguradoras e previdência e as regras <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> capital provenientes do risco <strong>de</strong> subscrição para os<br />

diversos ramos <strong>de</strong> seguros. Em janeiro <strong>de</strong> 2011 entrou em vigor a Resolução CNSP nº 228, que dispõe sobre<br />

os critérios <strong>de</strong> estabelecimentos do capital adicional baseado no risco <strong>de</strong> crédito das socieda<strong>de</strong>s<br />

supervisionadas.<br />

Itaú Unibanco<br />

23


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

3 Patrimônio <strong>de</strong> Referência Exigido<br />

O PRE é o capital exigido das instituições financeiras para fazer frente às exposições inerentes aos riscos<br />

das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas. De acordo <strong>com</strong> a Resolução 3.490 <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2007 do CMN, o<br />

cálculo do capital regulatório da instituição para a cobertura <strong>de</strong> risco consi<strong>de</strong>ra o somatório das seguintes<br />

parcelas para a <strong>com</strong>posição do PRE:<br />

PEPR = parcela referente ao risco <strong>de</strong> crédito e <strong>de</strong>mais exposições ativas não incluídas nas <strong>de</strong>mais<br />

parcelas;<br />

PCAM = parcela referente ao risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira e em operações<br />

sujeitas à variação cambial;<br />

PJUR = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> juros e<br />

classificadas na carteira <strong>de</strong> negociação, na forma da Resolução nº 3.464;<br />

PCOM = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço <strong>de</strong> mercadorias<br />

(<strong>com</strong>modities);<br />

PACS = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço <strong>de</strong> ações e<br />

classificadas na carteira <strong>de</strong> negociação, na forma da Resolução nº 3.464;<br />

POPR = parcela referente ao risco operacional calculada <strong>com</strong> base no volume <strong>de</strong> empréstimos das<br />

linhas varejo e <strong>com</strong>ercial, na receita bruta <strong>de</strong> intermediação financeira e na receita <strong>de</strong> serviços das<br />

<strong>de</strong>mais linhas <strong>de</strong> negócios padronizadas, pon<strong>de</strong>radas por fatores beta.<br />

Para os cálculos das parcelas acima mencionadas, foram observados os procedimentos divulgados pelo<br />

BACEN, por meio das seguintes <strong>Circular</strong>es:<br />

3.360: exposições pon<strong>de</strong>radas por fator <strong>de</strong> risco, <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>ndo a aplicação <strong>de</strong> recursos em bens e<br />

direitos e o gasto ou <strong>de</strong>spesa, registrados no ativo, os <strong>com</strong>promissos <strong>de</strong> crédito, a prestação <strong>de</strong> aval,<br />

fiança e coobrigação ou qualquer outra modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> garantia pessoal, o ganho potencial futuro,<br />

<strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> operações <strong>com</strong> instrumentos <strong>de</strong>rivativos e os adiantamentos concedidos (PEPR);<br />

3.361: exposições sujeitas à variação <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> juros prefixadas <strong>de</strong>nominadas em real (PJUR1);<br />

3.362: exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons <strong>de</strong> moedas estrangeiras (PJUR2);<br />

3.363: exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons <strong>de</strong> índices <strong>de</strong> preços (PJUR3);<br />

3.364: exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> juros (PJUR4);<br />

3.366: exposições sujeitas à variação do preço <strong>de</strong> ações (PACS);<br />

3.368: exposições sujeitas à variação dos preços <strong>de</strong> mercadorias (PCOM);<br />

3.383: cálculo da parcela do PRE referente ao risco operacional (POPR);<br />

3.389: exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos e passivos sujeitos à variação<br />

cambial (PCAM);<br />

3.425: alterou o fator <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> créditos tributários <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> diferenças temporárias <strong>de</strong><br />

300% para 100%, diminuindo consi<strong>de</strong>ravelmente o capital <strong>de</strong>ssas exposições;<br />

<strong>Circular</strong> 3.563: alterou a <strong>Circular</strong> 3.360, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 do BACEN, majorando o<br />

requerimento <strong>de</strong> capital, Fatores <strong>de</strong> Pon<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> (FPRs) 150% e 300%, para operações <strong>de</strong><br />

crédito e arrendamento mercantil a pessoas físicas <strong>com</strong> prazo superior a 24 meses e iniciadas a<br />

partir <strong>de</strong> 06/12/2010 ou renegociadas a partir <strong>de</strong> 11/11/2011, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do prazo <strong>de</strong><br />

financiamento. Resolveu também que para a apuração do valor <strong>de</strong> exposição relativa à aplicação em<br />

cotas <strong>de</strong> fundos <strong>de</strong> investimento vinculados a planos <strong>de</strong> previdência <strong>com</strong>plementar aberta do tipo<br />

Vida Gerador <strong>de</strong> Benefício Livre (VGBL) ou Plano Gerador <strong>de</strong> Benefício Livre (PGBL), <strong>de</strong>vem ser<br />

<strong>de</strong>duzidos os valores das provisões matemáticas <strong>de</strong> benefícios a conce<strong>de</strong>r dos respectivos planos.<br />

Em vigor a partir da data base novembro/11.<br />

Também foram observados os procedimentos <strong>de</strong>finidos através das seguintes Cartas-<strong>Circular</strong>es:<br />

3.309: esclarece a metodologia utilizada na apuração das volatilida<strong>de</strong>s-padrão e dos multiplicadores<br />

a serem divulgado pelo BACEN para a apuração da PJUR1;<br />

3.310: esclarece a metodologia utilizada na apuração das parcelas referentes a risco <strong>de</strong> mercado;<br />

3.315: <strong>de</strong>talha exemplos <strong>de</strong> cálculo da parcela <strong>de</strong> risco operacional seguindo a <strong>Circular</strong> 3.383, <strong>de</strong> 30<br />

<strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2008 do BACEN;<br />

Itaú Unibanco<br />

24


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

3.316: <strong>de</strong>talha a <strong>com</strong>posição do indicador <strong>de</strong> exposição para cálculo da parcela <strong>de</strong> risco operacional<br />

seguindo a <strong>Circular</strong> 3.383;<br />

A <strong>Circular</strong> nº 3.476 <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2009 do BACEN estabelece que para o Consolidado<br />

Econômico Financeiro, a partir <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2010, <strong>de</strong>ve ser incluído um adicional na Parcela <strong>de</strong><br />

Risco Operacional - POPR, mediante a utilização <strong>de</strong> um indicador baseado no resultado <strong>de</strong><br />

participações em coligadas e controladas.<br />

Além das circulares acima, as seguintes normas têm impacto relevante nos cálculos e <strong>de</strong>mais processos <strong>de</strong><br />

cálculo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> capital:<br />

Resolução 3.674 <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008 do CMN implantou a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acréscimo<br />

integral da provisão adicional ao mínimo <strong>de</strong>finido pela Resolução 2.682 <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1999<br />

do CMN ao PR, impactando <strong>de</strong> forma positiva o índice <strong>de</strong> Basileia. Os efeitos <strong>de</strong>ssa resolução<br />

cessaram em 1° <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2010 em <strong>de</strong>corrência da edição da Resolução 3.825 <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> 2009 do CMN;<br />

<strong>Circular</strong> 3.478 <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2009 do BACEN, estabeleceu os requisitos mínimos e os<br />

procedimentos a serem observados no uso <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los internos para o cálculo <strong>de</strong> capital para risco<br />

<strong>de</strong> mercado.<br />

A tabela abaixo apresenta <strong>de</strong> forma consolidada a evolução da alocação <strong>de</strong> capital do Itaú Unibanco. Cada<br />

uma das parcelas abaixo mencionadas será <strong>de</strong>talhada nos próximos tópicos.<br />

R$ milhões<br />

Composição PRE<br />

Consolidado Operacional<br />

Exposições ao Risco 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Parcela regulatória exigida para cobertura do Risco <strong>de</strong> Crédito (PEPR) 61.229 90,8% 59.587 90,8% 53.318 92,3%<br />

Parcelas regulatórias exigidas para cobertura do Risco <strong>de</strong> Mercado 2.210 3,3% 2.088 3,2% 1.365 2,4%<br />

Parcela regulatória exigida para cobertura do Risco Operacional (POPR) 3.963 5,9% 3.963 6,0% 3.073 5,3%<br />

Patrimônio <strong>de</strong> Referência Exigido (PRE) 67.402 100,0% 65.638 100,0% 57.756 100,0%<br />

R$ milhões<br />

Composição PRE<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

Exposições ao Risco 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Parcela regulatória exigida para cobertura do Risco <strong>de</strong> Crédito (PEPR) 60.038 90,0% 57.886 90,0% 52.942 91,7%<br />

Parcelas regulatórias exigidas para cobertura do Risco <strong>de</strong> Mercado 2.244 3,4% 2.051 3,2% 1.335 2,3%<br />

Parcela regulatória exigida para cobertura do Risco Operacional (POPR) 4.394 6,6% 4.394 6,8% 3.435 6,0%<br />

Patrimônio <strong>de</strong> Referência Exigido (PRE) 66.676 100,0% 64.331 100,0% 57.712 100,0%<br />

Itaú Unibanco<br />

25


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

3.1 Análise Econômica<br />

Todo o processo <strong>de</strong> estratégia <strong>de</strong> negócios e respectivos impactos sobre o controle <strong>de</strong> risco têm <strong>com</strong>o base<br />

a análise dos contextos macroeconômicos dos mercados nacional e internacional, predominantemente dos<br />

principais eventos ocorridos recentemente <strong>com</strong>o forma <strong>de</strong> avaliar os movimentos observados nas carteiras.<br />

Desta forma, as análises macroeconômicas elaboradas pelo Itaú Unibanco são apresentadas abaixo,<br />

seguidas das análises da evolução das carteiras e medidas <strong>de</strong> risco.<br />

Mercado Nacional<br />

A economia brasileira vem se recuperando mais lentamente do que o esperado. Diante dos dados fracos do<br />

Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre e da <strong>de</strong>terioração do cenário externo, a projeção <strong>de</strong><br />

crescimento em 2012 foi revisada <strong>de</strong> 3,1% para 2%. Os estímulos <strong>de</strong> política econômica implantados <strong>de</strong>vem<br />

levar a uma aceleração da ativida<strong>de</strong> ao longo do ano, mas provavelmente menos intensa do que se<br />

esperava.<br />

O PIB cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre <strong>de</strong> 2011, após ajuste<br />

sazonal. Parte relevante <strong>de</strong>sta fraqueza resultou do ajuste <strong>de</strong> estoques e da queda maior do que o esperado<br />

no PIB agropecuário. A <strong>de</strong>manda doméstica manteve-se em expansão, em ritmo ligeiramente acima do<br />

trimestre anterior (0,8% no primeiro trimestre <strong>de</strong> 2012 e 0,7% no quarto trimestre <strong>de</strong> 2011). No entanto, a<br />

recuperação é mais gradual do que o antecipado. O crédito à pessoa física apresentou crescimento mo<strong>de</strong>sto<br />

ao longo do primeiro semestre, ainda em função das medidas macropru<strong>de</strong>nciais adotadas pelo governo em<br />

2010 e, em parte, <strong>de</strong>vido ao menor ritmo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> econômica. As expectativas dos empresários<br />

permaneceram em níveis inferiores àqueles verificados no passado recente, o que está contribuindo para um<br />

crescimento mo<strong>de</strong>rado da economia no primeiro semestre <strong>de</strong> 2012.<br />

O crédito bancário no Brasil cresceu pelo segundo mês consecutivo em maio, após relativa estabilida<strong>de</strong><br />

apresentada no primeiro trimestre do ano. As concessões para pessoa jurídica (PJ) aumentaram 2,6% em<br />

termos reais em relação a abril, após ajuste sazonal, enquanto os empréstimos para pessoa física (PF)<br />

recuaram 0,7%. As taxas <strong>de</strong> juros para PF e PJ recuaram pelo terceiro mês consecutivo. Com exceção da<br />

taxa <strong>de</strong> inadimplência PF acima <strong>de</strong> 90 dias (que ainda apresenta tendência <strong>de</strong> alta), as <strong>de</strong>mais taxas <strong>de</strong><br />

inadimplência a PF e a PJ mostram sinais <strong>de</strong> estabilização.<br />

O crescimento mais fraco no Brasil e no mundo reduz o risco <strong>de</strong> aceleração da inflação nos próximos<br />

trimestres. Acreditamos que o impacto da queda dos preços das <strong>com</strong>modities <strong>com</strong>pensará, em parte, a<br />

<strong>de</strong>preciação do real. Apesar do crescimento mais fraco, o mercado <strong>de</strong> trabalho segue aquecido. Massa<br />

salarial em alta e <strong>de</strong>semprego baixo amortecem o impacto do crescimento baixo na inflação. Dessa forma, as<br />

revisões <strong>de</strong> inflação resultam fundamentalmente <strong>de</strong> medidas microeconômicas adotadas pelo governo<br />

(incentivos tributários e preços administrados). A projeção para o Índice <strong>de</strong> Preço ao Consumidor Amplo<br />

(IPCA) em 2012 foi reduzida <strong>de</strong> 5,2% para 5%, <strong>com</strong> a incorporação do impacto da redução do Imposto sobre<br />

Produtos Industrializados (IPI) para automóveis anunciada no final <strong>de</strong> maio. A princípio, a medida <strong>de</strong>ve<br />

vigorar até 31 <strong>de</strong> agosto, mas é possível que seja prorrogada, pelo menos até o final <strong>de</strong> 2013.<br />

Com a elevação das incertezas sobre o cenário externo e o possível impacto sobre a ativida<strong>de</strong> doméstica, o<br />

BACEN manteve o processo <strong>de</strong> redução da taxa Selic no primeiro semestre <strong>de</strong> 2012. A taxa básica <strong>de</strong> juros<br />

terminou o semestre em 8,5% ao ano, ante 11% ao final do ano passado, antes do ciclo <strong>de</strong> quedas. Além do<br />

afrouxamento da política monetária o governo tem utilizado outros instrumentos para estimular a economia,<br />

redução <strong>de</strong> impostos para alguns setores e medidas <strong>de</strong> incentivo ao crédito. Adicionalmente, o Governo<br />

alterou a forma <strong>de</strong> cálculo da poupança que passou a ter rendimento <strong>de</strong> 70% da taxa Selic mais a Taxa<br />

Referencial (TR), sempre que a taxa básica for inferior a 8,5% a.a. Este movimento abre espaço para cortes<br />

adicionais da taxa <strong>de</strong> juros básica ao longo dos próximos meses.<br />

A taxa <strong>de</strong> câmbio se <strong>de</strong>preciou ao longo do primeiro semestre <strong>de</strong> 2012, fechando em R$ 2,02 /US$ ante R$<br />

1,83/US$ em 30 <strong>de</strong> março. O aumento da aversão ao risco e queda no preço das <strong>com</strong>modities contribuíram<br />

para esta <strong>de</strong>preciação. Em maio, o BACEN mudou <strong>de</strong> lado na intervenção no mercado <strong>de</strong> câmbio. Depois <strong>de</strong><br />

meses <strong>com</strong>prando dólar nos mercados futuro e à vista, a autorida<strong>de</strong> monetária passou a ven<strong>de</strong>r swaps<br />

cambiais, no intuito <strong>de</strong> limitar a <strong>de</strong>preciação do real. De maio a meados <strong>de</strong> junho, o BACEN já ven<strong>de</strong>u 7,9<br />

bilhões <strong>de</strong> dólares do mencionado <strong>de</strong>rivativo. As reservas internacionais atingiram US$ 373 bilhões no final<br />

<strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2012, ligeiramente acima dos US$ 352 bilhões registrados em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2011.<br />

Itaú Unibanco<br />

26


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

O movimento da curva <strong>de</strong> juros ao longo do segundo trimestre foi <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento paralelo para baixo, <strong>com</strong><br />

o mercado precificando cortes maiores <strong>de</strong> juros. A curva segue <strong>com</strong> inclinação negativa até o início <strong>de</strong> 2013,<br />

<strong>com</strong> o mercado precificando o Certificado <strong>de</strong> Depósito Interfinanceiro (CDI) cerca <strong>de</strong> 7,6% ao final <strong>de</strong> 2012. A<br />

partir <strong>de</strong>ste ponto, a curva volta a se inclinar positivamente.<br />

No segundo trimestre <strong>de</strong>ste ano, o Índice Bovespa (Ibovespa) apresentou queda <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 15,7%,<br />

influenciado por aumento da aversão ao risco internacional, saída <strong>de</strong> investidores estrangeiros do mercado<br />

doméstico e <strong>de</strong>saceleração da ativida<strong>de</strong> econômica. As emissões <strong>de</strong> renda fixa chegaram a US$ 16 bilhões e<br />

US$ 2,5 bilhões em novas emissões <strong>de</strong> ações.<br />

Mercado Internacional<br />

Preocupações recentes a respeito das eleições na Grécia e problemas <strong>com</strong> bancos na Espanha trouxeram<br />

uma nova onda <strong>de</strong> pessimismo aos mercados. As economias dos Estados Unidos e da China não oferecem<br />

otimismo para contrabalançar os problemas europeus. Após meses <strong>de</strong> surpresas positivas, finalmente<br />

esmoreceram as esperanças <strong>de</strong> retorno ao crescimento elevado do passado. A economia chinesa continua<br />

<strong>de</strong>sacelerando. Como a incerteza persiste, as condições financeiras se <strong>de</strong>terioram, a recessão na zona do<br />

euro se aprofunda e o ajuste fiscal fica mais difícil.<br />

Os dados econômicos dos Estados Unidos têm sido consistentes <strong>com</strong> um crescimento do PIB <strong>de</strong> 2,1% em<br />

2012, diminuindo as chances <strong>de</strong> uma recuperação mais forte que o esperado. A taxa anualizada <strong>de</strong><br />

crescimento do PIB no primeiro trimestre foi <strong>de</strong> 1,9% na <strong>com</strong>paração trimestral. Condições financeiras mais<br />

apertadas <strong>de</strong>vido à maior incerteza global <strong>de</strong>vem ser <strong>com</strong>pensadas por preços menores para o petróleo e<br />

juros <strong>de</strong> longo prazo mais baixos.<br />

Dados recentes mostram que a <strong>de</strong>saceleração da ativida<strong>de</strong> na China foi mais pronunciada nos últimos<br />

meses. A produção industrial teve crescimento anual <strong>de</strong> 9,3% em abril e 9,6% em maio, após uma média <strong>de</strong><br />

11,6% no primeiro trimestre. Além disso, indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda <strong>com</strong>o investimento fixo urbano e vendas<br />

no varejo também mostraram taxas <strong>de</strong> crescimento mais baixas.<br />

Devido aos elevados níveis <strong>de</strong> aversão ao risco, o dólar seguiu apreciado em relação às <strong>de</strong>mais moedas. O<br />

Dolar In<strong>de</strong>x Spot (DXY) - índice do valor do dólar em relação às seis principais moedas - apresentou alta <strong>de</strong><br />

3,3% no segundo trimestre. Com relação ao euro, a apreciação foi <strong>de</strong> 5,1%.<br />

A elevada aversão ao risco e preocupação <strong>com</strong> ativida<strong>de</strong> a econômica também afetaram os <strong>de</strong>mais ativos<br />

financeiros. O índice S&P 500 caiu 3,3% e o índice German Stock In<strong>de</strong>x (DAX), teve queda <strong>de</strong> 7,6% no<br />

segundo trimestre <strong>de</strong> 2012. As taxas <strong>de</strong> juros dos títulos do Tesouro <strong>de</strong> 10 anos ficaram ainda mais baixas,<br />

encerrando o trimestre em torno <strong>de</strong> 1,6%.<br />

Itaú Unibanco<br />

27


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

3.2 Risco <strong>de</strong> Crédito<br />

Evolução da Carteira <strong>de</strong> Crédito<br />

As informações apresentadas nas tabelas seguintes permitem a análise da carteira <strong>de</strong> crédito e seu<br />

<strong>com</strong>portamento sob diversas óticas: montante das operações em atraso, segregados por faixa <strong>de</strong> atraso,<br />

exposição a risco <strong>de</strong> crédito segmentado por FPR, região geográfica e setor econômico, incluindo a<br />

exposição média no trimestre.<br />

R$ milhões<br />

Operações <strong>com</strong> Características <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Crédito (1) : Exposição<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Por FPR<br />

FPR <strong>de</strong> 20% 1.739 1.417 1.134 1.739 1.417 1.134<br />

FPR <strong>de</strong> 35% 4.782 4.547 265 4.782 4.547 265<br />

FPR <strong>de</strong> 50% 16.235 15.684 7.935 16.235 15.683 7.935<br />

FPR <strong>de</strong> 75% 164.394 169.503 175.923 159.585 164.668 171.442<br />

FPR <strong>de</strong> 100% 243.822 229.015 200.460 243.664 229.124 200.510<br />

FPR <strong>de</strong> 150% (2) 9.811 8.662 9.792 8.647<br />

FPR <strong>de</strong> 300% (2) 299 210 299 210<br />

Total 441.083 429.038 385.717 436.096 424.296 381.286<br />

Por País<br />

Brasil 378.855 373.861 345.704 373.818 369.093 341.255<br />

Exterior (3) 62.228 55.177 40.013 62.278 55.204 40.031<br />

Total 441.083 429.038 385.717 436.096 424.296 381.286<br />

Por Região<br />

Su<strong>de</strong>ste 281.675 275.590 252.266 278.243 272.442 249.259<br />

Sul 39.462 39.769 37.774 38.785 39.077 37.210<br />

Norte 7.464 7.565 7.288 7.427 7.527 7.245<br />

Nor<strong>de</strong>ste 31.167 31.476 30.328 30.566 30.882 29.785<br />

Centro-Oeste 19.087 19.461 18.048 18.798 19.165 17.757<br />

Total 378.855 373.861 345.704 373.818 369.093 341.255<br />

(1)<br />

Inclui avais, fianças e <strong>com</strong>promissos <strong>de</strong> crédito.<br />

(2)<br />

Inclusão dos fatores <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração 150% e 300%, a partir da data base julho/11, conforme Cricular 3.515 que foi revogada e substituída pela <strong>Circular</strong> 3.563 em nov/11.<br />

(3)<br />

Exterior: Bahamas, Grand Cayman, Estados Unidos, Argentina, Portugal, Luxemburgo, México, Suíça, Chile, Uruguai e Paraguai.<br />

R$ milhões<br />

Operações <strong>com</strong> Características <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Crédito (1) : Exposição Média no Trimestre<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

2º Trim 2012 1º Trim 2012 2º Trim 2011 2º Trim 2012 1º Trim 2012 2º Trim 2011<br />

Por FPR<br />

FPR <strong>de</strong> 20% 1.578 1.730 1.157 1.578 1.730 1.157<br />

FPR <strong>de</strong> 35% 4.665 4.406 1.257 4.665 4.406 1.257<br />

FPR <strong>de</strong> 50% 15.959 15.166 10.141 15.959 15.165 10.142<br />

FPR <strong>de</strong> 75% 166.949 169.539 169.332 162.127 164.679 164.935<br />

FPR <strong>de</strong> 100% 236.419 227.227 194.985 236.394 227.319 195.060<br />

FPR <strong>de</strong> 150% (2) 9.237 9.084 9.219 9.074<br />

FPR <strong>de</strong> 300% (2) 254 165 254 165<br />

Total 435.060 427.318 376.873 430.196 422.538 372.550<br />

Por País<br />

Brasil 376.358 372.511 338.068 371.455 367.706 333.727<br />

Exterior (3) 58.703 54.807 38.805 58.741 54.832 38.823<br />

Total 435.060 427.318 376.873 430.196 422.538 372.550<br />

Por Região<br />

Su<strong>de</strong>ste 278.633 273.730 248.711 275.343 270.564 245.503<br />

Sul 39.615 39.869 35.973 38.931 39.172 35.664<br />

Norte 7.514 7.613 7.100 7.477 7.573 7.057<br />

Nor<strong>de</strong>ste 31.321 31.846 28.927 30.724 31.245 28.423<br />

Centro-Oeste 19.274 19.453 17.355 18.981 19.153 17.080<br />

Total 376.358 372.511 338.068 371.455 367.706 333.727<br />

(1)<br />

Inclui avais, fianças e <strong>com</strong>promissos <strong>de</strong> crédito.<br />

(2)<br />

Inclusão dos fatores <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração 150% e 300%, a partir da data base julho/11, conforme Cricular 3.515 que foi revogada e substituída pela <strong>Circular</strong> 3.563 em nov/11.<br />

(3)<br />

Exterior: Bahamas, Grand Cayman, Estados Unidos, Argentina, Portugal, Luxemburgo, México, Suíça, Chile, Uruguai e Paraguai.<br />

Itaú Unibanco<br />

28


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

Foram efetuadas reclassificações nos saldos <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2012 visando ao alinhamento dos critérios<br />

<strong>de</strong> exposição setorial para fins <strong>de</strong> divulgação nos relatórios internos e <strong>de</strong> publicação. Destacamos abaixo<br />

esta classificação:<br />

R$ milhões<br />

Operações <strong>com</strong> Características <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Crédito (1) - Composição por Setores <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>: Exposição<br />

Consolidado Operacional<br />

Setores <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> 30/6/2012 31/3/2012<br />

Total % Total %<br />

Setor Público 65 0,0% 18 0,0%<br />

GERAÇÃO, TRANS. E DISTRIB. ENERGIA ELÉTRICA - 0,0% - 0,0%<br />

QUÍMICA E PETROQUIMICA - 0,0% - 0,0%<br />

OUTROS 65 0,0% 18 0,0%<br />

Setor Privado 441.018 100,0% 429.020 99,9%<br />

Pessoa Jurídica 263.579 59,5% 251.023 58,5%<br />

AÇÚCAR E ALCOOL 8.667 2,0% 7.982 1,9%<br />

AGRO E FERTILIZANTES 13.114 3,0% 12.447 2,9%<br />

ALIMENTOS E BEBIDAS 14.023 3,2% 13.181 3,1%<br />

BANCOS E OUTRAS INST. FINANC. 9.190 2,1% 8.974 2,1%<br />

BENS DE CAPITAL 8.864 2,0% 8.576 2,0%<br />

CELULOSE E PAPEL 3.009 0,7% 2.893 0,7%<br />

ELETROELETRÔNICOS & TI 6.383 1,5% 6.203 1,4%<br />

EMBALAGENS 2.155 0,5% 2.120 0,5%<br />

ENERGIA & SANEAMENTO 10.668 2,4% 10.781 2,5%<br />

ENSINO 1.430 0,3% 1.313 0,3%<br />

FARMACÊUTICOS & COSMÉTICOS 6.225 1,4% 6.593 1,5%<br />

IMOBILIÁRIO 19.611 4,5% 19.027 4,4%<br />

LAZER & TURISMO 3.605 0,8% 3.467 0,8%<br />

MADEIRA & MÓVEIS 3.021 0,7% 2.926 0,7%<br />

MAT CONSTRUÇÃO 5.601 1,3% 5.399 1,3%<br />

METALURGIA/SIDERURGIA 10.717 2,4% 10.137 2,4%<br />

MÍDIA 1.464 0,3% 1.556 0,4%<br />

MINERAÇÃO 4.308 1,0% 3.895 0,9%<br />

OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA 6.949 1,6% 6.796 1,6%<br />

PETRÓLEO & GÁS 4.129 0,9% 4.007 0,9%<br />

PETROQUÍMICA & QUÍMICA 9.890 2,3% 10.081 2,3%<br />

SAÚDE 2.281 0,5% 2.243 0,5%<br />

SEGUROS & RESSEGUROS & PREVIDÊNCIA 44 0,0% 44 0,0%<br />

TELECOMUNICAÇÕES 5.556 1,3% 5.125 1,2%<br />

VESTUÁRIO & CALÇADOS 5.144 1,2% 5.127 1,2%<br />

TRADINGS 1.999 0,5% 1.997 0,5%<br />

TRANSPORTES 17.528 4,0% 17.325 4,0%<br />

UTILIDADES DOMÉSTICAS 3.206 0,7% 3.157 0,7%<br />

VEÍCULOS/AUTO-PEÇAS 19.224 4,4% 18.853 4,4%<br />

TERCEIRO SETOR 148 0,0% 158 0,0%<br />

EDITORIAL E GRÁFICO 1.716 0,4% 1.685 0,4%<br />

COMÉRCIO - DIVERSOS 16.408 3,7% 15.280 3,6%<br />

INDÚSTRIA - DIVERSOS 5.536 1,3% 3.617 0,8%<br />

SERVIÇOS - DIVERSOS 19.092 4,4% 16.288 3,8%<br />

DIVERSOS 12.675 2,4% 11.772 2,7%<br />

Pessoa Física 177.439 40,4% 177.997 41,5%<br />

CARTÃO DE CRÉDITO 36.414 8,3% 36.001 8,4%<br />

CRÉDITO IMOBILIÁRIO 19.507 4,4% 17.908 4,2%<br />

CDC/CONTA CORRENTE 69.813 15,9% 69.751 16,3%<br />

VEÍCULOS 51.705 11,8% 54.337 12,7%<br />

Total Geral 441.083 100,0% 429.038 100,0%<br />

(1)<br />

Inclui avais, fianças e <strong>com</strong>promissos <strong>de</strong> crédito.<br />

Itaú Unibanco<br />

29


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

Operações <strong>com</strong> Características <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Crédito (1) - Composição por Setores <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>: Exposição<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

Setores <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> 30/6/2012 31/3/2012<br />

R$ milhões<br />

Total % Total %<br />

Setor Público 77 0,0% 33 0,0%<br />

GERAÇÃO, TRANS. E DISTRIB. ENERGIA ELÉTRICA - 0,0% - 0,0%<br />

QUÍMICA E PETROQUIMICA - 0,0% - 0,0%<br />

OUTROS 77 0,0% 33 0,0%<br />

Setor Privado 436.019 100,0% 424.263 99,9%<br />

Pessoa Jurídica 263.332 60,4% 251.025 59,2%<br />

AÇÚCAR E ALCOOL 8.667 2,0% 7.982 1,9%<br />

AGRO E FERTILIZANTES 13.114 3,0% 12.447 2,9%<br />

ALIMENTOS E BEBIDAS 14.023 3,2% 13.181 3,1%<br />

BANCOS E OUTRAS INST. FINANC. 9.190 2,1% 8.974 2,1%<br />

BENS DE CAPITAL 8.864 2,0% 8.576 2,0%<br />

CELULOSE E PAPEL 3.009 0,7% 2.893 0,7%<br />

ELETROELETRÔNICOS & TI 6.383 1,5% 6.203 1,5%<br />

EMBALAGENS 2.155 0,5% 2.120 0,5%<br />

ENERGIA & SANEAMENTO 10.689 2,4% 10.781 2,5%<br />

ENSINO 1.430 0,3% 1.313 0,3%<br />

FARMACÊUTICOS & COSMÉTICOS 6.225 1,4% 6.593 1,6%<br />

IMOBILIÁRIO 19.611 4,5% 19.027 4,5%<br />

LAZER & TURISMO 3.605 0,8% 3.467 0,8%<br />

MADEIRA & MÓVEIS 3.021 0,7% 2.926 0,7%<br />

MAT CONSTRUÇÃO 5.601 1,3% 5.399 1,3%<br />

METALURGIA/SIDERURGIA 10.717 2,5% 10.137 2,4%<br />

MÍDIA 1.464 0,3% 1.556 0,4%<br />

MINERAÇÃO 4.308 1,0% 3.895 0,9%<br />

OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA 6.949 1,6% 6.796 1,6%<br />

PETRÓLEO & GÁS 4.130 0,9% 4.008 0,9%<br />

PETROQUÍMICA & QUÍMICA 9.890 2,3% 10.081 2,4%<br />

SAÚDE 2.281 0,5% 2.243 0,5%<br />

SEGUROS & RESSEGUROS & PREVIDÊNCIA 44 0,0% 44 0,0%<br />

TELECOMUNICAÇÕES 5.556 1,3% 5.125 1,2%<br />

VESTUÁRIO & CALÇADOS 5.144 1,2% 5.127 1,2%<br />

TRADINGS 1.999 0,5% 1.997 0,5%<br />

TRANSPORTES 17.528 4,0% 17.325 4,1%<br />

UTILIDADES DOMÉSTICAS 3.206 0,7% 3.157 0,7%<br />

VEÍCULOS/AUTO-PEÇAS 19.224 4,4% 18.853 4,4%<br />

TERCEIRO SETOR 148 0,0% 158 0,0%<br />

EDITORIAL E GRÁFICO 1.716 0,4% 1.685 0,4%<br />

COMÉRCIO - DIVERSOS 16.408 3,8% 15.280 3,6%<br />

INDÚSTRIA - DIVERSOS 5.536 1,3% 3.617 0,9%<br />

SERVIÇOS - DIVERSOS 19.103 4,4% 16.299 3,8%<br />

DIVERSOS 12.395 2,9% 11.762 2,8%<br />

Pessoa Física 172.687 39,6% 173.238 40,8%<br />

CARTÃO DE CRÉDITO 33.444 7,7% 32.994 7,8%<br />

CRÉDITO IMOBILIÁRIO 19.507 4,5% 17.908 4,2%<br />

CDC/CONTA CORRENTE 68.031 15,6% 67.998 16,0%<br />

VEÍCULOS 51.705 11,8% 54.337 12,8%<br />

Total Geral 436.096 100,0% 424.296 100,0%<br />

(1)<br />

Inclui avais, fianças e <strong>com</strong>promissos <strong>de</strong> crédito.<br />

Itaú Unibanco<br />

30


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

Operações <strong>com</strong> Características <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Crédito (1) - Composição por Setores <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>: Exposição Média no Trimestre<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

Setores <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> 2º Trim 2012 2º Trim 2012<br />

R$ milhões<br />

Total % Total %<br />

Setor Público 41 0,0% 55 0,0%<br />

GERAÇÃO, TRANS. E DISTRIB. ENERGIA ELÉTRICA - 0,0% - 0,0%<br />

QUÍMICA E PETROQUIMICA - 0,0% - 0,0%<br />

OUTROS 41 0,0% 55 0,0%<br />

Setor Privado 435.019 100,0% 430.141 100,0%<br />

Pessoa Jurídica 257.301 59,1% 257.178 59,8%<br />

AÇÚCAR E ALCOOL 8.325 1,9% 8.325 1,9%<br />

AGRO E FERTILIZANTES 12.780 2,9% 12.780 3,0%<br />

ALIMENTOS E BEBIDAS 13.602 3,1% 13.602 3,2%<br />

BANCOS E OUTRAS INST. FINANC. 9.082 2,1% 9.082 2,1%<br />

BENS DE CAPITAL 8.720 2,0% 8.720 2,0%<br />

CELULOSE E PAPEL 2.951 0,7% 2.951 0,7%<br />

ELETROELETRÔNICOS & TI 6.293 1,4% 6.293 1,5%<br />

EMBALAGENS 2.137 0,5% 2.137 0,5%<br />

ENERGIA & SANEAMENTO 10.725 2,5% 10.735 2,5%<br />

ENSINO 1.372 0,3% 1.372 0,3%<br />

FARMACÊUTICOS & COSMÉTICOS 6.409 1,5% 6.409 1,5%<br />

IMOBILIÁRIO 19.319 4,4% 19.319 4,5%<br />

LAZER & TURISMO 3.536 0,8% 3.536 0,8%<br />

MADEIRA & MÓVEIS 2.974 0,7% 2.974 0,7%<br />

MAT CONSTRUÇÃO 5.500 1,3% 5.500 1,3%<br />

METALURGIA/SIDERURGIA 10.427 2,4% 10.427 2,4%<br />

MÍDIA 1.510 0,3% 1.510 0,4%<br />

MINERAÇÃO 4.102 0,9% 4.102 1,0%<br />

OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA 6.873 1,6% 6.873 1,6%<br />

PETRÓLEO & GÁS 4.068 0,9% 4.069 0,9%<br />

PETROQUÍMICA & QUÍMICA 9.985 2,3% 9.985 2,3%<br />

SAÚDE 2.262 0,5% 2.262 0,5%<br />

SEGUROS & RESSEGUROS & PREVIDÊNCIA 44 0,0% 44 0,0%<br />

TELECOMUNICAÇÕES 5.340 1,2% 5.340 1,2%<br />

VESTUÁRIO & CALÇADOS 5.136 1,2% 5.136 1,2%<br />

TRADINGS 1.998 0,5% 1.998 0,5%<br />

TRANSPORTES 17.427 4,0% 17.427 4,1%<br />

UTILIDADES DOMÉSTICAS 3.182 0,7% 3.182 0,7%<br />

VEÍCULOS/AUTO-PEÇAS 19.038 4,4% 19.038 4,4%<br />

TERCEIRO SETOR 153 0,0% 153 0,0%<br />

EDITORIAL E GRÁFICO 1.700 0,4% 1.700 0,4%<br />

COMÉRCIO - DIVERSOS 15.844 3,6% 15.844 3,7%<br />

INDÚSTRIA - DIVERSOS 4.576 1,1% 4.576 1,1%<br />

SERVIÇOS - DIVERSOS 17.690 4,1% 17.701 4,1%<br />

DIVERSOS 12.224 2,8% 12.079 2,8%<br />

Pessoa Física 177.718 40,8% 172.962 40,2%<br />

CARTÃO DE CRÉDITO 36.207 8,3% 33.219 7,7%<br />

CRÉDITO IMOBILIÁRIO 18.708 4,3% 18.708 4,3%<br />

CDC/CONTA CORRENTE 69.782 16,0% 68.015 15,8%<br />

VEÍCULOS 53.021 12,2% 53.021 12,3%<br />

Total Geral 435.060 100,0% 430.196 100,0%<br />

(1)<br />

Inclui avais, fianças e <strong>com</strong>promissos <strong>de</strong> crédito.<br />

Itaú Unibanco<br />

31


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

Concentração <strong>de</strong> Crédito<br />

R$ milhões<br />

Percentual das exposições dos maiores clientes em relação ao total das operações <strong>com</strong> características <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> crédito<br />

Exposição % da Carteira Exposição % da Carteira Exposição % da Carteira<br />

Operações <strong>de</strong> Crédito, Arrendamento Mercantil<br />

Financeiro e Outros Créditos (1) 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Maior Devedor 4.070 1,0% 3.296 0,8% 2.356 0,7%<br />

10 Maiores Devedores 25.280 6,1% 22.556 5,6% 18.474 5,1%<br />

20 Maiores Devedores 40.950 9,9% 37.411 9,3% 30.798 8,6%<br />

50 Maiores Devedores 64.414 15,6% 59.058 14,7% 51.178 14,2%<br />

100 Maiores Devedores 84.541 20,5% 77.651 19,4% 67.946 18,9%<br />

(1)<br />

Os valores incluem avais e fianças. Não incluem <strong>com</strong>promissos <strong>de</strong> crédito.<br />

R$ milhões<br />

Percentual das exposições dos maiores clientes em relação ao total das operações <strong>com</strong> características <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> crédito<br />

Exposição % da Carteira Exposição % da Carteira Exposição % da Carteira<br />

Operações <strong>de</strong> Crédito, Arrendamento Mercantil<br />

Financeiro e Outros Créditos e Títulos e Valores<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Mobiliários <strong>de</strong> Empresas e Instituições Financeiras (1)<br />

Maior Devedor 5.856 1,3% 3.921 0,9% 4.826 1,2%<br />

10 Maiores Devedores 35.834 7,7% 30.946 7,0% 28.509 7,1%<br />

20 Maiores Devedores 57.086 12,3% 50.464 11,3% 46.538 11,6%<br />

50 Maiores Devedores 90.846 19,5% 80.911 18,2% 74.105 18,4%<br />

100 Maiores Devedores 116.546 25,0% 105.468 23,7% 96.165 23,9%<br />

(1)<br />

Os valores incluem avais e fianças. Não incluem <strong>com</strong>promissos <strong>de</strong> crédito.<br />

Operações em Atraso<br />

R$ milhões<br />

Montante das Operações em Atraso<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

Faixas <strong>de</strong> Atraso 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Entre 1 a 14 10.646 11.296 9.174 10.591 11.247 9.111<br />

Até 60 dias 12.383 12.835 11.531 12.275 12.717 11.395<br />

Entre 61 e 90 dias 4.054 3.977 3.079 3.992 3.913 3.014<br />

Entre 91 e 180 dias 7.848 8.095 6.730 7.693 7.941 6.557<br />

Acima <strong>de</strong> 180 dias 11.031 9.945 8.037 10.749 9.617 7.803<br />

Provisões para Devedores Duvidosos<br />

Para proteger a instituição contra perdas <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> crédito, o Itaú Unibanco consi<strong>de</strong>ra<br />

todos os aspectos <strong>de</strong>terminantes do risco <strong>de</strong> crédito do cliente para <strong>de</strong>finir o nível <strong>de</strong> provisões a<strong>de</strong>quado ao<br />

risco incorrido em cada operação. Observa-se, para cada operação, a avaliação e classificação do cliente ou<br />

grupo econômico, a classificação da operação e a eventual existência <strong>de</strong> valores em atraso.<br />

O Itaú Unibanco constitui provisão <strong>com</strong>plementar a mínima requerida pelo BACEN, visando a garantir que o<br />

nível <strong>de</strong> provisionamento seja <strong>com</strong>patível ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> perda esperada adotado na gestão <strong>de</strong> risco <strong>de</strong><br />

crédito da instituição, baseado em mo<strong>de</strong>los internos. Essa provisão é normalmente quantificada em função<br />

do <strong>com</strong>portamento histórico das carteiras <strong>de</strong> crédito, baseando-se na exposição, probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fault e a<br />

recuperação esperada das operações.<br />

A partir <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010, a provisão para <strong>de</strong>vedores duvidosos passou a refletir o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> perda<br />

esperada adotado na gestão do risco <strong>de</strong> crédito da instituição, baseado no conceito amplo <strong>de</strong> Basileia II, que<br />

consi<strong>de</strong>ra inclusive as perdas potenciais para créditos rotativos. A tabela a seguir exibe a movimentação<br />

trimestral dos últimos períodos.<br />

Itaú Unibanco<br />

32


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

R$ milhões<br />

Evolução da Provisão para Créditos <strong>de</strong> Liquidação Duvidosa no Trimestre<br />

Consolidado Operacional Consolidado Econômico-Financeiro (1)<br />

2º Trim 2012 1º Trim 2012 2º Trim 2011 2º Trim 2012 1º Trim 2012 2º Trim 2011<br />

Saldo Inicial (26.468) (26.337) (22.746) (25.951) (25.772) (22.239)<br />

Constituição Líquida do Período (6.108) (6.156) (5.252) (5.988) (6.031) (5.107)<br />

Requerida pela Resolução nº 2.682/99 (6.108) (6.156) (5.252) (5.988) (6.031) (5.107)<br />

Complementar - - - - - -<br />

Write-Off 5.018 6.025 3.693 4.884 5.852 3.572<br />

Saldo Final (27.558) (26.468) (24.305) (27.056) (25.951) (23.775)<br />

Provisão Regulamentar (22.486) (21.396) (19.199) (21.998) (20.893) (18.717)<br />

Provisão Complementar (5.072) (5.072) (5.106) (5.058) (5.058) (5.058)<br />

(1)<br />

Em 2011 houve alteração no critério <strong>de</strong> consolidação <strong>de</strong> algumas empresas <strong>de</strong>stacando-se a Financeira Itaú CBD S.A. Crédito, Financiamento e Investimento <strong>com</strong> alteração <strong>de</strong><br />

consolidação integral para proporcional e a Porto Seguro S.A. que passou a ser tratada por equivalência patrimonial, inclusive para fins <strong>com</strong>parativos.<br />

R$ milhões<br />

Composição do Resultado <strong>de</strong> Créditos <strong>de</strong> Liquidação Duvidosa<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

2º Trim 2012 1º Trim 2012 2º Trim 2011 2º Trim 2012 1º Trim 2012 2º Trim 2011<br />

Despesa <strong>de</strong> Provisão para Créditos <strong>de</strong> Liquidação Duvidosa (6.108) (6.156) (5.252) (5.988) (6.031) (5.107)<br />

Receita <strong>de</strong> Recuperação <strong>de</strong> Créditos Baixados <strong>com</strong>o Prejuízo 1.088 1.157 1.331 1.126 1.192 1.393<br />

Resultado <strong>de</strong> Créditos <strong>de</strong> Liquidação Duvidosa (5.020) (4.999) (3.921) (4.862) (4.839) (3.714)<br />

Instrumentos Mitigadores<br />

Como forma <strong>de</strong> controle do risco <strong>de</strong> crédito, o Itaú Unibanco possui uma política corporativa que <strong>de</strong>fine as<br />

diretrizes gerais e responsabilida<strong>de</strong>s relativas à utilização <strong>de</strong> garantias, além disso, cada unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio,<br />

responsável pela gestão do risco <strong>de</strong> crédito, formaliza a utilização das garantias em suas políticas <strong>de</strong> crédito.<br />

O Itaú Unibanco utiliza garantias para aumentar sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperação em operações dotadas <strong>de</strong><br />

risco <strong>de</strong> crédito. As garantias utilizadas po<strong>de</strong>m ser pessoais, reais, estruturas jurídicas <strong>com</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

mitigação e acordos <strong>de</strong> <strong>com</strong>pensação.<br />

Para que as garantias sejam consi<strong>de</strong>radas <strong>com</strong>o instrumento <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> risco, é necessário que<br />

cumpram as exigências e <strong>de</strong>terminações das normas que as regulam, sejam internas ou externas.<br />

O Itaú Unibanco assegura que qualquer garantia que gera impacto em mitigação, alocação <strong>de</strong> capital e<br />

provisionamento, é juridicamente exercível (eficaz), exequível e é regularmente reavaliada.<br />

O Itaú Unibanco utiliza ainda <strong>de</strong>rivativos <strong>de</strong> crédito, tais <strong>com</strong>o CDS único-nome (single name), para mitigar o<br />

risco <strong>de</strong> suas carteiras <strong>de</strong> empréstimos e títulos. Estes instrumentos são apreçados <strong>com</strong> base em mo<strong>de</strong>los<br />

que utilizam o preço justo <strong>de</strong> variáveis <strong>de</strong> mercado, tais <strong>com</strong>o spreads <strong>de</strong> crédito, taxas <strong>de</strong> recuperação,<br />

correlações e taxas <strong>de</strong> juros.<br />

Os limites são monitorados continuamente e alterados em função do <strong>com</strong>portamento dos clientes. Assim, os<br />

valores potenciais <strong>de</strong> perda representam uma fração do montante disponível.<br />

O Itaú Unibanco adota alternativas <strong>de</strong> mitigação previstas <strong>de</strong>finidos nos artigos 20 a 22 da <strong>Circular</strong> nº 3.360<br />

no cálculo do capital regulatório. Vale ressaltar que operações <strong>com</strong>promissadas <strong>com</strong> títulos do Tesouro<br />

Nacional e operações <strong>de</strong> crédito garantidas por imóvel ou hipoteca em 1º grau <strong>de</strong> imóvel resi<strong>de</strong>ncial, são<br />

consi<strong>de</strong>radas na <strong>de</strong>finição dos pon<strong>de</strong>radores conforme estabelecido na referida <strong>Circular</strong>.<br />

Operações <strong>de</strong> Securitização<br />

O Itaú Unibanco possui em sua carteira títulos e valores mobiliários oriundos <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> securitização.<br />

A carteira é <strong>com</strong>posta por Certificados <strong>de</strong> Recebíveis Imobiliários (CRI) e cotas <strong>de</strong> Fundos <strong>de</strong> Investimento<br />

em Direito Creditórios (FIDC).<br />

Os CRIs são lastreados em recebíveis imobiliários e não possuem subordinação. As cotas <strong>de</strong> FIDCs são<br />

seniores e lastreadas por recebíveis tais <strong>com</strong>o duplicatas, notas promissórias, etc.<br />

O Itaú Unibanco trata títulos e valores mobiliários oriundos <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> securitização conforme a<br />

governança <strong>de</strong> produtos estabelecida, sendo o crédito aprovado nas alçadas <strong>com</strong>petentes. Na tabela abaixo<br />

são apresentados os saldos <strong>de</strong>stas operações.<br />

Itaú Unibanco<br />

33


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

R$ milhões<br />

Operações <strong>com</strong> TVM oriundos do Processo <strong>de</strong> Securitização<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

Título 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

CRIs 8.706 8.414 7.822 8.714 8.423 7.836<br />

FIDCs 720 702 667 913 892 865<br />

Venda ou Transferência <strong>de</strong> Ativos Financeiros<br />

As cessões <strong>de</strong> créditos realizadas até <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2011 foram contabilizadas <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a<br />

regulamentação vigente <strong>com</strong> o reconhecimento do resultado no momento da realização da cessão,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da retenção ou não dos riscos e benefícios.<br />

De acordo <strong>com</strong> a Resolução 3.809 <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2009 do CMN, o montante em 30/6/2012 das<br />

operações cedidas <strong>com</strong> coobrigação on<strong>de</strong> a entida<strong>de</strong> reteve substancialmente os riscos e benefícios das<br />

operações cedidas é <strong>de</strong> R$ 483 milhões, <strong>com</strong>posto por operações <strong>de</strong> Crédito Imobiliário no valor <strong>de</strong> R$ 464<br />

milhões e Crédito Rural no valor <strong>de</strong> R$ 19 milhões.<br />

A partir <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2012, conforme <strong>de</strong>terminação da Resolução 3.533 <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2008 do CMN e<br />

normatizações <strong>com</strong>plementares, os registros contábeis passaram a ser efetuados consi<strong>de</strong>rando a retenção<br />

ou não dos riscos e benefícios nas operações <strong>de</strong> venda ou transferência <strong>de</strong> ativos financeiros.<br />

O Itaú Unibanco realizou operações <strong>de</strong> venda ou transferência <strong>de</strong> ativos financeiros em que houve a<br />

retenção dos riscos <strong>de</strong> crédito dos ativos financeiros transferidos, por meio <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> cotas<br />

subordinadas <strong>de</strong> fundos <strong>de</strong> direitos creditórios. Os ativos financeiros objetos <strong>de</strong> cessão <strong>de</strong> créditos que<br />

permaneceram registrados <strong>com</strong>o operações <strong>de</strong> crédito são <strong>de</strong> R$ 29 milhões e o valor recebido registrado<br />

<strong>com</strong>o obrigações por operações vinculadas a cessão é <strong>de</strong> R$ 29 milhões.<br />

Venda ou Transferência <strong>de</strong> Ativos Financeiros<br />

Saldo das exposições cedidas <strong>com</strong> retenção substancial<br />

dos riscos e benefícios<br />

R$ milhões<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

512 545 32 512 545 32<br />

Fluxo das exposições cedidas no trimestre <strong>com</strong><br />

transferência substancial <strong>de</strong> riscos e benefícios<br />

151 304 718 151 304 718<br />

No período, também foram adquiridas carteiras <strong>de</strong> créditos <strong>com</strong> retenção <strong>de</strong> riscos do ce<strong>de</strong>nte no montante<br />

<strong>de</strong> R$ 1.015 milhões, totalizando o saldo <strong>de</strong> R$ 2.805 milhões em 30 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2012.<br />

Risco <strong>de</strong> Crédito <strong>de</strong> Contraparte<br />

O Itaú Unibanco consi<strong>de</strong>ra o risco <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> contraparte <strong>com</strong>o a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não cumprimento, por<br />

<strong>de</strong>terminada contraparte, <strong>de</strong> obrigações contratadas que envolvam instrumentos financeiros.<br />

Na tabela abaixo, apresentamos os contratos sujeitos ao risco <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> contraparte do Itaú Unibanco.<br />

R$ milhões<br />

Contratos Sujeitos ao Risco <strong>de</strong> Crédito <strong>de</strong> Contraparte<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Valor Nocional<br />

Liquidados em Sistemas <strong>de</strong> Liquidação (Bolsa) (1) 1.656.197 1.075.052 3.141.252 1.660.891 1.079.488 3.145.278<br />

Não Liquidados em Sistemas <strong>de</strong> Liquidação (Balcão) 431.749 442.236 254.079 451.382 436.662 249.765<br />

Valor Positivo Bruto Total 140.047 175.390 112.765 139.520 174.930 112.242<br />

(-) Valores Relativos a Acordos <strong>de</strong> Compensação - - - - - -<br />

(-) Garantias (21.425) (22.182) (29.225) (10.257) (21.827) (29.222)<br />

(=) Exposição Global Líquida ao Risco <strong>de</strong> Crédito <strong>de</strong><br />

Contraparte 118.622 153.208 83.540 129.263 153.103 83.020<br />

(1)<br />

Atualmente a BM&F Bovespa é a única bolsa que opera <strong>com</strong> o Itaú Unibanco na condição <strong>de</strong> contraparte central.<br />

34<br />

Itaú Unibanco


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

R$ milhões<br />

Contratos Sujeitos ao Risco <strong>de</strong> Crédito <strong>de</strong> Contraparte<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Hedges (1) 3.643 3.120 4.002 3.643 3.120 4.002<br />

Exposições ao risco <strong>de</strong> crédito coberto pelo nocional dos<br />

hedges (1) 3.643 3.120 4.002 3.643 3.120 4.002<br />

Percentual 100% 100% 100% 100% 100% 100%<br />

(1)<br />

Hedges efetuados por meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivativos <strong>de</strong> crédito.<br />

Derivativos <strong>de</strong> Crédito<br />

O Itaú Unibanco <strong>com</strong>pra e ven<strong>de</strong> proteção <strong>de</strong> crédito predominantemente relacionada a títulos do governo<br />

brasileiro e títulos privados <strong>de</strong> empresas brasileiras, visando a aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seus clientes.<br />

Quando o Itaú Unibanco ven<strong>de</strong> proteção <strong>de</strong> crédito, a exposição para uma dada entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> referência po<strong>de</strong><br />

ser <strong>com</strong>pensada, parcial ou totalmente, por um contrato <strong>de</strong> <strong>com</strong>pra <strong>de</strong> proteção <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> outra<br />

contraparte para a mesma entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> referência ou entida<strong>de</strong> similar. Os <strong>de</strong>rivativos <strong>de</strong> crédito em que o Itaú<br />

Unibanco é ven<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> proteção são credit <strong>de</strong>fault swaps (CDSs), total return swaps (TRSs) e credit-linked<br />

notes.<br />

CDSs são <strong>de</strong>rivativos <strong>de</strong> crédito em que, na ocorrência <strong>de</strong> um evento <strong>de</strong> crédito <strong>com</strong> respeito à entida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

referência, conforme os termos do contrato, o <strong>com</strong>prador da proteção tem direito a receber do ven<strong>de</strong>dor da<br />

proteção o valor equivalente à diferença entre o valor <strong>de</strong> face do contrato <strong>de</strong> CDS e o valor justo da<br />

obrigação na data da liquidação do contrato, também conhecido <strong>com</strong>o valor recuperado. O <strong>com</strong>prador da<br />

proteção não precisa <strong>de</strong>ter o instrumento <strong>de</strong> dívida da entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> referência para que receba os montantes<br />

<strong>de</strong>vidos, conforme os termos do contrato <strong>de</strong> CDS quando um evento <strong>de</strong> crédito ocorre.<br />

TRS é uma transação na qual uma parte troca o retorno total <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> referência ou <strong>de</strong> uma cesta<br />

<strong>de</strong> ativos por fluxos <strong>de</strong> caixa periódicos, <strong>com</strong>umente juros e uma garantia contra perda <strong>de</strong> capital. Em um<br />

contrato TRS as partes não transferem a proprieda<strong>de</strong> dos ativos.<br />

A perda potencial máxima que po<strong>de</strong> ser incorrida <strong>com</strong> o <strong>de</strong>rivativo <strong>de</strong> crédito se baseia no valor contratual do<br />

<strong>de</strong>rivativo (notional). O Itaú Unibanco acredita, <strong>com</strong> base em sua experiência histórica, que o montante <strong>de</strong><br />

perda potencial máxima não representa o nível <strong>de</strong> perda real. Isso porque, caso ocorra um evento <strong>de</strong> perda,<br />

o montante da perda potencial máxima <strong>de</strong>verá ser reduzido do valor notional pelo valor recuperável.<br />

Os <strong>de</strong>rivativos <strong>de</strong> crédito vendidos não estão cobertos por garantias, sendo que, durante o período, o Itaú<br />

Unibanco não incorreu em nenhum evento <strong>de</strong> perda relativo a qualquer contrato <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivativos <strong>de</strong> crédito.<br />

A tabela a seguir apresenta o valor nominal dos <strong>de</strong>rivativos <strong>de</strong> crédito <strong>com</strong>prados que possuem valores<br />

subjacentes idênticos àqueles que o Itaú Unibanco atua <strong>com</strong>o ven<strong>de</strong>dor da proteção.<br />

Nocional dos Derivativos <strong>de</strong> Crédito Mantidos na Carteira<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

R$ milhões<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Risco Recebido 5.472 4.057 2.814 5.472 4.057 2.971<br />

Credit Default Swap (CDS ) 5.472 4.057 2.806 5.472 4.057 2.963<br />

Total Return Swap (TRS) - - 8 - - 8<br />

Risco Transferido 3.643 3.120 4.002 3.643 3.120 4.002<br />

Credit Default Swap (CDS ) 2.585 1.949 3.348 2.585 1.949 3.348<br />

Total Return Swap (TRS) 1.058 1.171 654 1.058 1.171 654<br />

Total 1.829 937 (1.188) 1.829 937 (1.031)<br />

De acordo <strong>com</strong> a Resolução nº 3.490 do CMN, que passou a vigorar a partir <strong>de</strong> 01/07/2008, o efeito no cálculo do PRE em 30/6/2012 no Consolidado Operacional e Consolidado<br />

Econômico Financeiro é <strong>de</strong> R$ 107 milhões.<br />

O Itaú Unibanco não negocia <strong>de</strong>rivativos <strong>de</strong> crédito para fins <strong>de</strong> intermediação.<br />

35<br />

Itaú Unibanco


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

Exposições Pon<strong>de</strong>radas por Fator <strong>de</strong> Risco (PEPR)<br />

A parcela exigida para cobertura do risco <strong>de</strong> crédito é a PEPR. Apresentamos abaixo seus valores<br />

<strong>de</strong>talhados por FPR e tipo.<br />

Composição do PEPR<br />

Exposições ao Risco<br />

R$ milhões<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Exposição Pon<strong>de</strong>rada pelo risco <strong>de</strong> crédito (EPR) 556.627 541.694 484.708 545.796 526.233 481.289<br />

Parcela regulatória exigida para cobertura do risco <strong>de</strong><br />

crédito (PEPR)<br />

61.229 59.587 53.318 60.038 57.886 52.942<br />

a) Por Fator <strong>de</strong> Pon<strong>de</strong>ração (FPR):<br />

FPR <strong>de</strong> 20% 299 223 224 437 355 379<br />

FPR <strong>de</strong> 35% 184 175 10 184 175 10<br />

FPR <strong>de</strong> 50% 3.780 3.600 2.359 4.759 4.598 3.841<br />

FPR <strong>de</strong> 75% 13.562 13.984 14.507 13.166 13.585 14.126<br />

FPR <strong>de</strong> 100% 39.748 38.505 34.912 37.722 35.996 33.197<br />

FPR <strong>de</strong> 150% (1) 1.619 1.429 1.616 1.427<br />

FPR <strong>de</strong> 300% (1) 1.732 1.361 1.007 1.846 1.437 1.085<br />

Derivativos - Ganho Potencial Futuro 305 309 299 308 313 304<br />

b) Por Tipo:<br />

Títulos e Valores Mobiliários 3.234 2.994 2.948 3.296 3.051 3.090<br />

Operações <strong>de</strong> Crédito - Varejo 10.799 11.165 11.812 10.526 10.891 11.554<br />

Operações <strong>de</strong> Crédito - Não Varejo 22.217 20.679 16.427 22.230 20.690 16.441<br />

Coobrigações - Varejo 43 46 7 43 46 7<br />

Coobrigações - Não Varejo 6.181 5.782 4.602 6.146 5.780 4.609<br />

Compromissos <strong>de</strong> Crédito - Varejo 2.720 2.774 2.688 2.597 2.648 2.565<br />

Compromissos <strong>de</strong> Crédito - Não Varejo 1.790 1.723 1.502 1.791 1.723 1.502<br />

Outras Exposições 14.244 14.424 13.332 13.409 13.057 13.174<br />

(1)<br />

Inclusão dos fatores <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração 150% e 300%, a partir da data base julho/11 conforme Cricular 3.515 que foi revogada e substituída pela <strong>Circular</strong> 3.563 em nov/11.<br />

36<br />

Itaú Unibanco


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

3.3 Risco <strong>de</strong> Mercado<br />

Carteira <strong>de</strong> Não Negociação e <strong>de</strong> Negociação - Mo<strong>de</strong>lo Regulatório<br />

Para a<strong>com</strong>panhamento regulatório da Carteira <strong>de</strong> Não Negociação, são gerados, para cada fator <strong>de</strong> risco<br />

relevante, dois cenários estressados <strong>com</strong> base em retornos históricos dos últimos cinco anos. Estes cenários<br />

são aplicados à exposição em cada fator <strong>de</strong> risco, calculando o resultado <strong>de</strong>stes choques e tomando-se o<br />

pior resultado para cada fator <strong>de</strong> risco. No tratamento <strong>de</strong> carteiras <strong>de</strong> empréstimos que apresentam<br />

liquidações antecipadas relevantes, o Itaú Unibanco adota mo<strong>de</strong>los estatísticos <strong>com</strong> revisões trimestrais <strong>de</strong><br />

seus parâmetros, estimados a partir <strong>de</strong> suas bases históricas, que aceleram o <strong>de</strong>caimento dos fluxos <strong>de</strong><br />

pagamento originalmente negociados. Para tratar produtos que não possuem vencimento <strong>de</strong>finido, <strong>com</strong>o<br />

<strong>de</strong>pósitos a vista e ca<strong>de</strong>rnetas <strong>de</strong> poupança, é utilizado, por conservadorismo, uma projeção <strong>de</strong> <strong>de</strong>caimento<br />

gradual dos recursos, diminuindo seu efeito <strong>de</strong> hedge em relação ao restante da exposição da instituição.<br />

Com relação à Carteira <strong>de</strong> Negociação, as parcelas PJUR (1, 2, 3 e 4), PCOM e PACS são calculadas<br />

conforme as instruções estabelecidas pelas resoluções do BACEN, citadas anteriormente neste documento.<br />

Apresentamos a seguir a evolução das parcelas referentes a risco <strong>de</strong> mercado, sendo que as parcelas PJUR<br />

(1, 2, 3 e 4), PCOM e PACS, refletem a Carteira <strong>de</strong> Negociação e a parcela RBAN reflete a Carteira <strong>de</strong> Não<br />

Negociação.<br />

R$ milhões<br />

Parcelas Regulatórias Exigidas para a Cobertura <strong>de</strong> Risco <strong>de</strong> Mercado<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Parcelas regulatórias exigidas para cobertura do risco<br />

<strong>de</strong> mercado da carteira <strong>de</strong> negociação<br />

2.210 2.088 1.365 2.244 2.051 1.335<br />

Operações sujeitas à variação <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> juros (PJUR) 2.030 1.865 1.173 2.064 1.828 1.143<br />

Prefixadas <strong>de</strong>nominadas em real (PJUR1) 506 460 163 506 460 163<br />

Cupons <strong>de</strong> moedas estrangeiras (PJUR2) 933 845 477 941 808 447<br />

Cupom <strong>de</strong> índices <strong>de</strong> preços (PJUR3) 425 418 415 451 418 415<br />

Cupons <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> juros (PJUR4) 166 142 118 166 142 118<br />

Operações sujeitas à variação do preço <strong>de</strong> <strong>com</strong>modities<br />

(PCOM) 101 112 130 101 112 130<br />

Operações sujeitas à variação do preço <strong>de</strong> ações<br />

(PACS) 79 111 62 79 111 62<br />

Operações sujeitas ao risco das exposições em ouro,<br />

- - - - - -<br />

em moeda estrangeira e à variação cambial (PCAM) (1)<br />

Montante do PR apurado para cobertura do risco <strong>de</strong><br />

taxas <strong>de</strong> juros das operações não classificadas na<br />

carteira <strong>de</strong> negociação (RBAN)<br />

6.169 1.335 538 6.749 1.582 546<br />

(1)<br />

Operações sujeitas ao risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos e passivos sujeitos à variação cambial ficaram abaixo <strong>de</strong> 5% do PR, portanto a alocação <strong>de</strong><br />

capital é igual a 0, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a <strong>Circular</strong> n? 3.568 do BACEN.<br />

Evolução da Carteira <strong>de</strong> Negociação<br />

A evolução da Carteira <strong>de</strong> Negociação <strong>de</strong>talhada por fator <strong>de</strong> risco está tabulada a seguir:<br />

R$ milhões<br />

Carteira <strong>de</strong> Negociação<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Comprada Vendida Comprada Vendida Comprada Vendida<br />

Taxas <strong>de</strong> Juros 206.795 (192.379) 159.186 (136.970) 100.447 (138.427)<br />

Taxas <strong>de</strong> Câmbio 121.504 (117.970) 105.874 (103.580) 88.092 (84.527)<br />

Ações 6.802 (6.609) 11.113 (11.472) 6.090 (5.875)<br />

Commodities 187 (86) 269 (43) 273 (232)<br />

Evolução da Carteira <strong>de</strong> Derivativos<br />

As posições em <strong>de</strong>rivativos têm <strong>com</strong>o sua principal função minimizar os riscos das posições da Carteira <strong>de</strong><br />

Não Negociação nos respectivos fatores <strong>de</strong> risco. A evolução da carteira <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivativos da instituição,<br />

apresentada a seguir, está <strong>de</strong>talhada por grupos <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco, existência ou não <strong>de</strong> contraparte central<br />

(bolsa ou balcão) e negociação no Brasil ou exterior:<br />

Itaú Unibanco<br />

37


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

R$ milhões<br />

Derivativos: Operações no Brasil - Carteira <strong>de</strong> Negociação e Carteira <strong>de</strong> Não Negociação - Com Contraparte Central<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Comprada Vendida Comprada Vendida Comprada Vendida<br />

Taxas <strong>de</strong> Juros 324.882 (329.730) 181.004 (274.537) 193.205 (346.595)<br />

Taxas <strong>de</strong> Câmbio 28.061 (45.084) 30.838 (46.104) 32.264 (40.440)<br />

Ações 2.383 (1.895) 5.912 (4.855) 2.854 (1.744)<br />

Commodities 447 (149) 159 (98) 36 (335)<br />

R$ milhões<br />

Derivativos: Operações no Brasil - Carteira <strong>de</strong> Negociação e Carteira <strong>de</strong> Não Negociação - Sem Contraparte Central<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Comprada Vendida Comprada Vendida Comprada Vendida<br />

Taxas <strong>de</strong> Juros 514.823 (569.382) 696.262 (697.152) 469.212 (494.374)<br />

Taxas <strong>de</strong> Câmbio 224.868 (224.552) 163.728 (165.173) 101.962 (106.881)<br />

Ações 1.044 (1.129) 2.126 (2.984) 2.194 (3.403)<br />

Commodities 525 (720) 873 (691) 654 (528)<br />

R$ milhões<br />

Derivativos: Operações no Exterior - Carteira <strong>de</strong> Negociação e Carteira <strong>de</strong> Não Negociação - Com Contraparte Central<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Comprada Vendida Comprada Vendida Comprada Vendida<br />

Taxas <strong>de</strong> Juros 2.876 (1.139) 3.113 (697) 3.684 (1.573)<br />

Taxas <strong>de</strong> Câmbio 60.459 (59.549) 48.049 (47.689) 12.441 (12.221)<br />

Ações 0 (41) 112 (393) 40 (81)<br />

Commodities 5 (13) 246 (266) 322 (121)<br />

R$ milhões<br />

Derivativos: Operações no Exterior - Carteira <strong>de</strong> Negociação e Carteira <strong>de</strong> Não Negociação - Sem Contraparte Central<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Comprada Vendida Comprada Vendida Comprada Vendida<br />

Taxas <strong>de</strong> Juros 86.359 (87.966) 97.843 (100.814) 26.509 (33.045)<br />

Taxas <strong>de</strong> Câmbio 806.268 (807.518) 660.518 (658.891) 262.429 (257.610)<br />

Ações 188 (167) 173 (173) 33 (33)<br />

Commodities 23 (16) 8 (5) 10 (1)<br />

VaR - Consolidado Itaú Unibanco<br />

O mo<strong>de</strong>lo interno <strong>de</strong> VaR utilizado pelo Itaú Unibanco consi<strong>de</strong>ra 1 dia <strong>com</strong>o horizonte <strong>de</strong> tempo e 99% <strong>com</strong>o<br />

grau <strong>de</strong> confiança. As volatilida<strong>de</strong>s e correlações são estimadas <strong>com</strong> uma metodologia que confere maior<br />

peso às informações mais recentes.<br />

A tabela <strong>de</strong> VaR Global Consolidado propicia a análise da exposição ao risco <strong>de</strong> mercado das carteiras do<br />

Itaú Unibanco e <strong>de</strong> suas subsidiárias no exterior, <strong>de</strong>monstrando on<strong>de</strong> se encontram as maiores<br />

concentrações <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado (subsidiárias no exterior: Banco Itaú BBA International S.A., Banco Itaú<br />

Argentina S.A., Banco Itaú Chile S.A., Banco Itaú Uruguai S.A. e Banco Itaú Paraguai S.A.).<br />

O Itaú Unibanco, mantendo sua gestão conservadora e diversificação da carteira, seguiu <strong>com</strong> sua política <strong>de</strong><br />

operar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> limites reduzidos em relação a seu capital.<br />

Visando ao aperfeiçoamento da qualida<strong>de</strong> das informações quantitativas <strong>de</strong> Risco <strong>de</strong> Mercado, neste<br />

trimestre o Itaú Unibanco efetuou na tabela <strong>de</strong> VaR uma realocação dos fatores <strong>de</strong> risco <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seus<br />

respectivos grupos. Esta realocação não afeta a exposição <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado da instituição, o que po<strong>de</strong><br />

ser observado pela ausência <strong>de</strong> alterações nos valores <strong>de</strong> VaR Global Total. Os números apresentados<br />

nesta publicação referentes aos trimestre atual e anteriores já refletem essa realocação dos fatores <strong>de</strong> risco.<br />

As recentes alterações, relacionadas à taxa básica <strong>de</strong> juros e à poupança, levaram a flutuações na estrutura<br />

<strong>de</strong> juros do mercado futuro, elevando a volatilida<strong>de</strong> do mercado financeiro e aumentando o VaR Global da<br />

carteira do Itaú Unibanco neste trimestre.<br />

Itaú Unibanco<br />

38


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

R$ milhões<br />

VaR - Itaú Unibanco Holding<br />

VaR por Grupo <strong>de</strong> Fatores <strong>de</strong> Risco 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Taxa <strong>de</strong> Juros 190,8 101,4 28,1<br />

Itaú Unibanco<br />

Itaú Unibanco<br />

Unida<strong>de</strong>s Externas<br />

Consi<strong>de</strong>ra o efeito dos ajustes fiscais.<br />

Cupons Cambiais 24,8 20,7 36,3<br />

Moedas Estrangeiras 17,0 20,1 13,9<br />

Índices <strong>de</strong> Preços 229,6 27,0 9,8<br />

Renda Variável 17,7 23,0 27,0<br />

Banco Itaú BBA International 1,6 1,8 0,7<br />

Banco Itaú Argentina 2,4 2,5 2,6<br />

Banco Itaú Chile 6,1 9,2 1,9<br />

Banco Itaú Uruguai 1,7 1,2 0,3<br />

Banco Itaú Paraguai 0,2 0,3 1,1<br />

Efeito <strong>de</strong> Diversificação (90,3) (64,7) (42,7)<br />

VaR Global 401,5 142,5 79,0<br />

VaR Global Máximo no Trimestre 601,4 181,7 161,0<br />

VaR Global Médio no Trimestre 401,2 154,3 117,9<br />

VaR Global Mínimo no Trimestre 118,0 135,1 71,9<br />

VaR - Tesouraria Institucional<br />

A Tesouraria Institucional tem sua administração <strong>de</strong> risco segregada em Carteira <strong>de</strong> Não Negociação e<br />

Carteira <strong>de</strong> Negociação.<br />

VaR - Carteira <strong>de</strong> Não Negociação<br />

A Carteira <strong>de</strong> Não Negociação, <strong>com</strong>posta pelas operações <strong>com</strong>erciais e instrumentos financeiros associados,<br />

aumentou o VaR Global <strong>de</strong> sua carteira no segundo trimestre em <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> o anterior. Uma gestão<br />

conservadora da <strong>com</strong>posição da carteira possibilitou a manutenção do VaR Global Médio em níveis<br />

reduzidos se <strong>com</strong>parado ao patrimônio líquido da instituição.<br />

R$ milhões<br />

VaR - Itaú Unibanco - Carteira <strong>de</strong> Não Negociação<br />

VaR por Grupo <strong>de</strong> Fatores <strong>de</strong> Risco 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Taxa <strong>de</strong> Juros 177,9 96,6 27,0<br />

Cupons Cambiais 11,9 17,4 34,3<br />

Moedas Estrangeiras 1,0 3,1 1,0<br />

Índices <strong>de</strong> Preços 220,5 20,5 4,0<br />

Renda Variável 3,8 4,2 3,7<br />

Efeito <strong>de</strong> Diversificação (45,6) (55,4) (27,7)<br />

Consi<strong>de</strong>ra o efeito dos ajustes fiscais.<br />

VaR Global 369,5 86,3 42,3<br />

VaR Global Máximo no Trimestre 508,5 110,8 92,7<br />

VaR Global Médio no Trimestre 336,2 86,2 64,7<br />

VaR Global Mínimo no Trimestre 80,9 62,4 31,1<br />

VaR - Carteira <strong>de</strong> Negociação<br />

A Carteira <strong>de</strong> Negociação da Tesouraria Institucional atua <strong>de</strong> forma a construir posições <strong>com</strong> o propósito <strong>de</strong><br />

otimizar o retorno pon<strong>de</strong>rado pelo risco.<br />

O efetivo controle do risco <strong>de</strong> mercado trouxe conforto ao Itaú Unibanco para administrar eficientemente as<br />

alterações <strong>de</strong> cenários, assim <strong>com</strong>o manter a contínua evolução em termos <strong>de</strong> diversificação e sofisticação<br />

das operações realizadas.<br />

A Carteira <strong>de</strong> Negociação, que busca as melhores oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado externo e interno <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

limites preestabelecidos, visa a criar uma exposição ao risco bem diversificada.<br />

Neste contexto, os valores <strong>de</strong> risco assumidos pela Tesouraria Institucional não sofreram alterações<br />

significativas, reforçando a tendência do Itaú Unibanco em apresentar exposições a risco <strong>de</strong> mercado pouco<br />

Itaú Unibanco<br />

39


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

representativas em relação ao seu capital ficando o VaR Global Médio no trimestre inferior a 1% do<br />

patrimônio líquido da instituição.<br />

R$ milhões<br />

VaR - Itaú Unibanco - Carteira <strong>de</strong> Negociação<br />

VaR por Grupo <strong>de</strong> Fatores <strong>de</strong> Risco 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Taxa <strong>de</strong> Juros 41,8 18,5 15,6<br />

Cupons Cambiais 21,9 9,7 13,3<br />

Moedas Estrangeiras 16,6 22,0 12,9<br />

Índices <strong>de</strong> Preços 9,5 8,2 7,7<br />

Renda Variável 19,3 22,7 25,6<br />

Efeito <strong>de</strong> Diversificação (73,3) (27,1) (24,8)<br />

VaR Global 35,8 53,9 50,2<br />

VaR Global Máximo no Trimestre 112,3 85,3 82,0<br />

Consi<strong>de</strong>ra o efeito dos ajustes fiscais.<br />

VaR Global Médio no Trimestre 67,0 67,2 64,6<br />

VaR Global Mínimo no Trimestre 25,7 47,1 50,2<br />

VaR - Unida<strong>de</strong>s Externas<br />

Para fins <strong>de</strong>sta publicação, são <strong>de</strong>nominadas unida<strong>de</strong>s externas do Itaú Unibanco as instituições financeiras<br />

<strong>com</strong> se<strong>de</strong> em diferentes países, que operam <strong>com</strong> tesourarias locais cujas exposições ao risco <strong>de</strong> mercado<br />

são monitoradas pela área <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> risco local. Estas áreas <strong>de</strong> tesouraria e controle <strong>de</strong> riscos reportam<br />

para as respectivas áreas do Itaú Unibanco. Estas unida<strong>de</strong>s estrangeiras são o Banco Itaú BBA International,<br />

Banco Itaú Argentina, Banco Itaú Chile, Banco Itaú Uruguai e Banco Itaú Paraguai.<br />

A exposição consolidada <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado das unida<strong>de</strong>s externas no segundo trimestre, quando<br />

<strong>com</strong>parada ao anterior, apresentou aumento, conforme po<strong>de</strong> ser observado abaixo.<br />

O VaR Total das Unida<strong>de</strong>s Externas representa menos <strong>de</strong> 1% do patrimônio líquido da instituição.<br />

Itaú Unibanco<br />

40


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

R$ milhões<br />

VaR - Itaú Unibanco Unida<strong>de</strong>s Externas<br />

VaR por Fator <strong>de</strong> Risco 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Euribor 0,1 0,1 0,2<br />

Banco Itaú BBA Libor 0,6 0,7 0,4<br />

International Moedas 0,6 1,1 0,2<br />

Ações 0,3 0,0 0,0<br />

Outros 0,2 0,0 0,0<br />

Efeito <strong>de</strong> Diversificação (0,1) (0,1) (0,2)<br />

VaR Global IBBA International 1,6 1,8 0,7<br />

Pré-fixado em Peso (ARS) 2,1 3,1 2,9<br />

Banco Itaú Índices <strong>de</strong> Inflação (CER) 0,0 0,0 0,1<br />

Argentina Badlar 0,3 0,7 0,3<br />

Libor/USD 2,0 2,3 0,5<br />

Euros 1,0 0,3 0,3<br />

Efeito <strong>de</strong> Diversificação (3,0) (4,0) (1,4)<br />

VaR Global Itaú Argentina 2,4 2,5 2,6<br />

Pré-fixado em Peso (CLP) 1,8 1,8 0,8<br />

Banco Itaú Chile Índices <strong>de</strong> Inflação (UF) 6,1 8,3 1,5<br />

Cupom Cambial - Dólar 1,4 0,4 0,7<br />

Outras Moedas 0,0 0,0 0,0<br />

Efeito <strong>de</strong> Diversificação (3,3) (1,2) (1,1)<br />

VaR Global Itaú Chile 6,1 9,2 1,9<br />

Pré-fixado em Peso (UYU) 0,4 0,4 0,0<br />

Banco Itaú Índices <strong>de</strong> Inflação (UI) 1,5 0,4 0,2<br />

Uruguai Cupom Cambial - Dólar 1,7 0,9 0,2<br />

Variação Cambial - Dólar 0,1 0,2 0,0<br />

Efeito <strong>de</strong> Diversificação (2,0) (0,7) (0,2)<br />

VaR Global Itaú Uruguai 1,7 1,2 0,2<br />

Pré-fixado em Guarani (PYG) 0,1 0,1 1,0<br />

Banco Itaú Cupom Cambial - Dólar 0,2 0,3 0,3<br />

Paraguai Variação Cambial - Dólar 0,1 0,1 0,0<br />

Efeito <strong>de</strong> Diversificação (0,1) (0,2) (0,2)<br />

Consi<strong>de</strong>ra o efeito dos ajustes fiscais.<br />

VaR Global Itaú Paraguai 0,2 0,3 1,1<br />

VaR Total 12,0 15,0 6,5<br />

Análise <strong>de</strong> Sensibilida<strong>de</strong> (Carteira <strong>de</strong> Negociação e Carteira <strong>de</strong> Não Negociação)<br />

Em cumprimento à Instrução Normativa CVM nº 475, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008, o Itaú Unibanco realizou<br />

análise <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> por fatores <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado consi<strong>de</strong>rados relevantes aos quais o Itaú Unibanco<br />

estava exposto. Cada fator <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado foi sensibilizado <strong>com</strong> aplicações <strong>de</strong> choques <strong>de</strong> 25% e 50%,<br />

tanto <strong>de</strong> crescimento quanto <strong>de</strong> queda. As maiores perdas resultantes, por fator <strong>de</strong> risco, em cada um dos<br />

cenários, foram apresentadas <strong>com</strong> impacto no resultado, líquido <strong>de</strong> efeitos fiscais, fornecendo uma visão da<br />

exposição do Itaú Unibanco em cenários excepcionais.<br />

As análises <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong>, aqui apresentadas, são uma avaliação estática da exposição da carteira e,<br />

portanto, não consi<strong>de</strong>ram a capacida<strong>de</strong> dinâmica <strong>de</strong> reação da gestão (tesouraria e áreas <strong>de</strong> controle) que<br />

aciona medidas mitigadoras do risco, sempre que uma situação <strong>de</strong> perda ou risco elevado é i<strong>de</strong>ntificada,<br />

minimizando a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perdas significativas. Adicionalmente, ressalta-se que os resultados<br />

apresentados não se traduzem necessariamente em resultados contábeis, pois o estudo tem fins exclusivos<br />

<strong>de</strong> divulgação da exposição a riscos e as respectivas ações <strong>de</strong> proteção consi<strong>de</strong>rando o valor justo dos<br />

instrumentos financeiros, dissociado <strong>de</strong> quaisquer práticas contábeis adotadas pela instituição.<br />

Itaú Unibanco<br />

41


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

Carteira <strong>de</strong> Negociação<br />

Exposições 30/6/2012<br />

Fatores <strong>de</strong> Risco Risco <strong>de</strong> Variação em: Cenário I Cenário II Cenário III<br />

Prefixado Taxas <strong>de</strong> juros prefixadas em reais (1.003) (24.937) (49.594)<br />

Cupons Cambiais Taxas <strong>de</strong> cupons <strong>de</strong> moedas estrangeiras 252 (6.385) (12.940)<br />

Moedas Estrangeiras Taxas <strong>de</strong> câmbio (8.752) (218.804) (437.609)<br />

Índices <strong>de</strong> Preços Taxas <strong>de</strong> cupons <strong>de</strong> índices <strong>de</strong> preços (336) (8.349) (16.580)<br />

TR Taxas <strong>de</strong> cupom <strong>de</strong> TR 371 (9.360) (18.888)<br />

Ações Preços <strong>de</strong> ações 1.116 (27.912) (55.825)<br />

Valores líquidos dos efeitos fiscais.<br />

Total sem correlação (8.352) (295.749) (591.435)<br />

Total <strong>com</strong> correlação (5.682) (201.207) (402.372)<br />

Carteira <strong>de</strong> Negociação e Carteira <strong>de</strong> Não Negociação<br />

Exposições 30/6/2012<br />

Fatores <strong>de</strong> Risco Risco <strong>de</strong> Variação em: Cenário I Cenário II Cenário III<br />

Prefixado Taxas <strong>de</strong> juros prefixadas em reais (3.478) (86.650) (172.674)<br />

Cupons Cambiais Taxas <strong>de</strong> cupons <strong>de</strong> moedas estrangeiras (944) (23.313) (46.058)<br />

Moedas Estrangeiras Taxas <strong>de</strong> câmbio 2.889 (72.220) (144.440)<br />

Índices <strong>de</strong> Preços Taxas <strong>de</strong> cupons <strong>de</strong> índices <strong>de</strong> preços (5.209) (126.735) (246.557)<br />

TR Taxas <strong>de</strong> cupom <strong>de</strong> TR (5.756) (140.859) (275.576)<br />

Ações Preços <strong>de</strong> ações 4.580 (114.512) (229.024)<br />

Valores líquidos dos efeitos fiscais.<br />

Total sem correlação (7.917) (564.287) (1.114.329)<br />

Total <strong>com</strong> correlação (5.386) (383.902) (758.113)<br />

R$ mil<br />

R$ mil<br />

Para mensurar estas sensibilida<strong>de</strong>s, são utilizados os seguintes cenários:<br />

Cenário I: Acréscimo <strong>de</strong> 1 ponto-base nas curvas <strong>de</strong> juros pré-fixado, cupom <strong>de</strong> moedas, inflação e<br />

índices <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> juros, e 1 ponto percentual nos preços <strong>de</strong> moedas e ações, que têm <strong>com</strong>o base<br />

as informações divulgadas pelo mercado (BM&FBOVESPA, Anbima, etc);<br />

Cenário II: Aplicação <strong>de</strong> choques <strong>de</strong> 25 pontos-base nas curvas <strong>de</strong> juros pré-fixado, cupom <strong>de</strong><br />

moedas, inflação e índices <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> juros, e 25 pontos percentuais nos preços <strong>de</strong> moedas e<br />

ações, tanto <strong>de</strong> crescimento quanto <strong>de</strong> queda, sendo consi<strong>de</strong>radas as maiores perdas resultantes<br />

por fator <strong>de</strong> risco;<br />

Cenário III: Aplicação <strong>de</strong> choques <strong>de</strong> 50 pontos-base nas curvas <strong>de</strong> juros pré-fixado, cupom <strong>de</strong><br />

moedas, inflação e índices <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> juros, e 50 pontos percentuais nos preços <strong>de</strong> moedas e<br />

ações, tanto <strong>de</strong> crescimento quanto <strong>de</strong> queda, sendo consi<strong>de</strong>radas as maiores perdas resultantes<br />

por fator <strong>de</strong> risco.<br />

Backtest<br />

A eficácia do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> VaR é <strong>com</strong>provada diariamente por técnicas <strong>de</strong> backtest, on<strong>de</strong> são <strong>com</strong>parados<br />

perdas e ganhos reais diários <strong>com</strong> o VaR diário estimado. O número <strong>de</strong> violações dos limites estabelecidos<br />

<strong>de</strong> VaR <strong>de</strong>ve ser <strong>com</strong>patível, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma margem aceitável, <strong>com</strong> a hipótese <strong>de</strong> intervalos <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong><br />

99% (isto é, há 1% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perdas financeiras maiores que as perdas estimadas pelo mo<strong>de</strong>lo),<br />

consi<strong>de</strong>rando uma janela <strong>de</strong> 12 meses. A partir <strong>de</strong> 2012, as análises <strong>de</strong> backtest apresentadas abaixo<br />

consi<strong>de</strong>ram as faixas sugeridas pelo documento <strong>de</strong> Basileia “Supervisory Framework for the use of<br />

backtesting in conjunction with the internal mo<strong>de</strong>ls approach to market risk capital requirements”. As faixas<br />

divi<strong>de</strong>m-se em:<br />

Ver<strong>de</strong> (0 a 4 violações): correspon<strong>de</strong> aos resultados <strong>de</strong> backtesting que não sugerem problemas <strong>com</strong><br />

a qualida<strong>de</strong> ou a precisão dos mo<strong>de</strong>los adotados;<br />

Amarela (5 a 9 violações): refere-se a uma faixa intermediária, que sinaliza a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

atenção e/ou monitoramento; e<br />

Vermelha (10 ou mais violações): <strong>de</strong>monstra a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma ação <strong>de</strong> melhoria.<br />

Para ilustrar a confiabilida<strong>de</strong> das medidas <strong>de</strong> risco geradas pelos mo<strong>de</strong>los utilizados pelo Itaú Unibanco, são<br />

apresentados abaixo os gráficos <strong>de</strong> backtest do risco global da Carteira <strong>de</strong> Não Negociação e do fator <strong>de</strong><br />

risco pré-fixado, tendo em vista ser o fator <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> maior relevância <strong>de</strong>sta carteira, bem <strong>com</strong>o o backtest<br />

Itaú Unibanco<br />

42


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

<strong>de</strong> risco global da Carteira <strong>de</strong> Negociação. Essas análises são realizadas <strong>com</strong> base no período dos últimos<br />

doze meses e consi<strong>de</strong>ram <strong>de</strong> forma abrangente as posições <strong>de</strong> ambas as carteiras.<br />

Em razão da baixa relevância dos montantes <strong>de</strong> VaR das operações internacionais, as análises <strong>de</strong> backtest<br />

apresentadas a seguir, referem-se apenas à carteira <strong>de</strong> operações domésticas.<br />

Os gráficos <strong>de</strong>monstram o grau <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado empregados pelo Itaú<br />

Unibanco, apresentando os pares <strong>de</strong> risco (em módulo) versus o retorno para o período consi<strong>de</strong>rado.<br />

Como a linha diagonal representa risco igual ao retorno, todos os pontos que ficam abaixo <strong>de</strong>la apontam<br />

violações ao risco estimado.<br />

Para o VaR Global da Carteira <strong>de</strong> Não Negociação, as perdas financeiras da Tesouraria Institucional foram<br />

maiores que o VaR estimado pelo mo<strong>de</strong>lo em apenas 1 dia no período, ou seja, o backtest <strong>de</strong>sta carteira<br />

está na faixa ver<strong>de</strong>.<br />

Itaú Unibanco<br />

43


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

Para o fator <strong>de</strong> risco pré-fixado da Carteira <strong>de</strong> Não Negociação, as perdas financeiras foram maiores que o<br />

VaR estimado pelo mo<strong>de</strong>lo em 2 dias no período, ou seja, o backtest <strong>de</strong>ste fator <strong>de</strong> risco está na faixa ver<strong>de</strong>.<br />

Com relação ao VaR Global da Carteira <strong>de</strong> Negociação da Tesouraria Institucional, não ocorreram perdas<br />

financeiras maiores que o VaR estimado pelo mo<strong>de</strong>lo, ou seja, backtest <strong>de</strong>ste fator <strong>de</strong> risco está na faixa<br />

ver<strong>de</strong>.<br />

Itaú Unibanco<br />

44


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

3.4 Risco Operacional<br />

O BACEN publicou em 30 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2008, a <strong>Circular</strong> nº 3.383 e as Cartas-<strong>Circular</strong>es nº 3.315 e nº 3.316,<br />

que estabelecem os critérios <strong>de</strong> apuração da parcela do PRE referente ao risco operacional (POPR), <strong>de</strong> que<br />

trata a Resolução nº 3.490. Portanto, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008, o Itaú Unibanco passou a alocar capital para<br />

Risco Operacional através da Abordagem Padronizada Alternativa.<br />

O valor da parcela POPR é calculado semestralmente, <strong>com</strong> informações relativas aos fechamentos das datas<br />

base 30 <strong>de</strong> junho e 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro e consi<strong>de</strong>ra os últimos 6 semestres.<br />

A partir <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> junho 2010, foi incluída à POPR do Consolidado Econômico Financeiro uma parcela<br />

adicional apurada mediante a utilização <strong>de</strong> um indicador baseado no resultado <strong>de</strong> participações em coligadas<br />

e controladas.<br />

Exposição ao Risco Operacional<br />

R$ milhões<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Parcela regulatória exigida para cobertura do risco<br />

operacional (POPR) 3.963 3.963 3.073 4.394 4.394 3.435<br />

Varejo 607 607 521 607 607 521<br />

Comercial 958 958 866 958 958 866<br />

Finanças Corporativas 88 88 74 88 88 74<br />

Negociação e Vendas 1.691 1.691 1.013 1.691 1.691 1.013<br />

Pagamentos e Liquidações 272 272 264 272 272 264<br />

Serviços <strong>de</strong> Agente Financeiro 139 139 119 139 139 119<br />

Administração <strong>de</strong> Ativos 192 192 194 192 192 194<br />

Corretagem <strong>de</strong> Varejo 16 16 21 16 16 21<br />

Planos <strong>de</strong> Negócios - - 1 - - 1<br />

Adicional do Conef - - - 431 431 362<br />

3.5 Metodologia para Apuração <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> Não Abrangidos no PRE<br />

O Itaú Unibanco, seguindo re<strong>com</strong>endações <strong>de</strong> Basileia e as melhores práticas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> risco, possui<br />

mo<strong>de</strong>los internos que capturam os riscos não abrangidos pelas parcelas do PRE.<br />

Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado consi<strong>de</strong>ram o risco <strong>de</strong> perda das posições da Carteira <strong>de</strong> Não Negociação.<br />

Nosso mo<strong>de</strong>lo interno <strong>de</strong> capital econômico para risco <strong>de</strong> crédito contempla o risco <strong>de</strong> concentração. Os<br />

riscos da carteira <strong>de</strong> seguros, previdência e capitalização também são mensurados. Consi<strong>de</strong>ramos, ainda, na<br />

gestão, o risco residual relacionado às imperfeições dos processos <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem bem <strong>com</strong>o os impactos<br />

em situações <strong>de</strong> estresse.<br />

Os mo<strong>de</strong>los efetivamente fazem parte da gestão do risco do Itaú Unibanco e são a<strong>com</strong>panhados<br />

mensalmente pelas áreas <strong>de</strong> riscos e pelas Comissões e Comitês responsáveis pela gestão <strong>de</strong> riscos.<br />

3.6 Requisitos <strong>de</strong> Alocação do Capital Regulatório<br />

Basileia II<br />

O Acordo <strong>de</strong> Capital vigente internacionalmente, conhecido <strong>com</strong>o Basileia II, propõe metodologias <strong>de</strong> cálculo<br />

<strong>de</strong> capital mínimo a ser mantido pelas Instituições Financeiras mais sensíveis aos riscos assumidos do que<br />

aquelas utilizadas para Basileia I. Sua divulgação ocorreu em junho <strong>de</strong> 2004, passando por algumas revisões<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, encontrando-se em diferentes estágios <strong>de</strong> implantação pelo mundo.<br />

No Brasil, os métodos padronizados <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> capital para risco <strong>de</strong> crédito, mercado e operacional estão<br />

vigentes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008, enquanto que as abordagens baseadas em mo<strong>de</strong>los internos contam<br />

<strong>com</strong> um cronograma <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong>finido pelo Comunicado 19.028, sendo que, no momento, o BACEN,<br />

<strong>com</strong> a colaboração da indústria financeira, está a<strong>de</strong>quando as diretrizes <strong>de</strong> Basileia II às características e<br />

necessida<strong>de</strong>s do mercado local.<br />

O BACEN divulgou os seguintes normativos <strong>com</strong> regras e prazos para a utilização <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los internos para<br />

os riscos <strong>de</strong> mercado e crédito e o edital <strong>de</strong> audiência pública para risco operacional: Carta <strong>Circular</strong> nº 3.478,<br />

45<br />

Itaú Unibanco


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

Carta <strong>Circular</strong> nº 3.581 <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2012 e o Edital <strong>de</strong> Audiência Pública nº 39, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

2011, respectivamente.<br />

Mo<strong>de</strong>los Internos<br />

Mostrando um <strong>com</strong>prometimento integral da alta administração do Itaú Unibanco <strong>com</strong> o atendimento dos<br />

requisitos dos mo<strong>de</strong>los mais avançados, criou-se uma estrutura <strong>de</strong> governança específica para a<strong>com</strong>panhar<br />

a implantação <strong>de</strong> Basileia II, na forma <strong>de</strong> <strong>com</strong>itês que se reúnem periodicamente <strong>com</strong> a participação <strong>de</strong> todas<br />

as áreas envolvidas nas a<strong>de</strong>quações das estruturas que suportam os padrões <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> risco exigidos<br />

pelo Novo Acordo.<br />

O Projeto Basileia II, em consonância <strong>com</strong> o processo <strong>de</strong> fusão do Itaú e Unibanco, promoveu ainda no<br />

primeiro semestre <strong>de</strong> 2009 a unificação <strong>de</strong> conceitos, procedimentos e direcionamento <strong>de</strong> esforços, a fim <strong>de</strong><br />

garantir que as melhores práticas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> riscos fossem adotadas no novo banco.<br />

A estrutura <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> riscos também foi revisada, <strong>de</strong> forma a reafirmar a segregação entre as<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio, gestão e controle, assegurando a in<strong>de</strong>pendência entre as áreas e, consequentemente,<br />

<strong>de</strong>cisões equilibradas <strong>com</strong> relação aos riscos incorridos, aten<strong>de</strong>ndo plenamente as exigências das<br />

Resoluções 3.380, 3.464 e 3.721, para risco operacional, <strong>de</strong> mercado e <strong>de</strong> crédito, respectivamente.<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> garantir os padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para os mo<strong>de</strong>los e processos fundamentais para a<br />

gestão <strong>de</strong> riscos, o banco conta <strong>com</strong> estruturas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> validação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los, processos,<br />

governança e tecnologia. Essas áreas têm a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar as metodologias e as práticas<br />

realizadas pela instituição em todas as áreas que contribuem direta ou indiretamente em qualquer etapa dos<br />

processos <strong>de</strong> crédito, emitindo pareceres e relatórios para as áreas envolvidas e para a alta direção,<br />

contribuindo para a manutenção <strong>de</strong> sua eficácia.<br />

O projeto <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> Basileia II no Itaú Unibanco tem a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> garantir que essas<br />

estruturas atuem <strong>de</strong> forma coor<strong>de</strong>nada, <strong>com</strong> metodologias e processos a<strong>de</strong>rentes aos requerimentos <strong>de</strong><br />

Basileia II e em sinergia <strong>com</strong> as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dados e infraestrutura para implantação do sistema<br />

encarregado da consolidação <strong>de</strong> informações para calcular o índice <strong>de</strong> capital para Basileia II.<br />

Convergência entre Basileia II e Mo<strong>de</strong>los Proprietários<br />

O Itaú Unibanco possui histórico <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los proprietários, estatísticos ou julgamentais, para<br />

gestão <strong>de</strong> sua carteira que antece<strong>de</strong> a própria publicação do Novo Acordo. Esses mo<strong>de</strong>los são<br />

continuamente revisados para manter a eficiência nas <strong>de</strong>cisões estratégicas e <strong>de</strong> negócio. Dessa forma, os<br />

esforços do Projeto Basileia ocorrem principalmente no sentido <strong>de</strong> garantir a continuida<strong>de</strong> da a<strong>de</strong>rência aos<br />

padrões e requisitos impostos para utilização no cálculo do capital regulatório, sem, contudo, distanciá-los <strong>de</strong><br />

seus principais objetivos <strong>de</strong> gestão interna.<br />

No risco <strong>de</strong> crédito, observa-se convergência do mo<strong>de</strong>lo interno <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> capital às principais<br />

exigências <strong>de</strong> Basileia II, pela adoção das mesmas premissas básicas <strong>de</strong> entrada <strong>de</strong> dados, tais <strong>com</strong>o<br />

classificação interna do cliente, probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fault, taxa <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> créditos vencidos, potencial<br />

<strong>de</strong> perdas <strong>de</strong> limites <strong>de</strong> crédito concedidos e não utilizados, mitigadores <strong>de</strong> risco e maturida<strong>de</strong> das<br />

operações.<br />

Quanto ao risco operacional, a partir <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008, entrou em vigor a legislação do BACEN<br />

obrigando as instituições financeiras a alocar capital para risco operacional. O Itaú Unibanco optou pela<br />

utilização da Abordagem Padronizada Alternativa.<br />

No risco <strong>de</strong> mercado, os trabalhos para convergência entre Basileia II e mo<strong>de</strong>los proprietários têm foco<br />

primordial no aprimoramento da governança, da estrutura tecnológica e da qualida<strong>de</strong> da geração <strong>de</strong><br />

informações para controle e gestão. Neste contexto, o Itaú Unibanco busca constantemente aplicar as<br />

melhores práticas <strong>de</strong> mercado, bem <strong>com</strong>o realizar consultas e visitas junto a instituições internacionais<br />

consi<strong>de</strong>radas <strong>com</strong>o referência, <strong>de</strong> forma a se a<strong>de</strong>quar às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle para dar suporte à<br />

expansão <strong>de</strong> seus negócios.<br />

Itaú Unibanco<br />

46


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

O Itaú Unibanco tem investido para aprimorar a capacida<strong>de</strong> e robustez <strong>de</strong> sua plataforma tecnológica <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> riscos para suportar o volume e a <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> crescente <strong>de</strong> suas operações, bem <strong>com</strong>o as<br />

constantes evoluções nos produtos <strong>de</strong> tesouraria.<br />

Basileia III<br />

Aprovado pelos membros do Comitê <strong>de</strong> Supervisão Bancária <strong>de</strong> Basileia durante a reunião do G20 em Seul,<br />

em setembro <strong>de</strong> 2010, o acordo <strong>de</strong> Basileia III foi firmado para reforçar a soli<strong>de</strong>z das instituições financeiras e<br />

melhorar a capacida<strong>de</strong> do setor bancário <strong>de</strong> absorver choques <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> crises e cenários <strong>de</strong> estresse,<br />

<strong>com</strong>o os observados durante a última crise financeira global.<br />

No Brasil, o Comunicado nº 20.615 <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2011, emitido pelo BACEN, divulgou as diretrizes<br />

gerais referentes ao acordo <strong>de</strong> Basileia III. Posteriormente, o BACEN divulgou o Edital <strong>de</strong> audiência pública<br />

nº 40, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2012, o qual propõe novas regras e cronograma para implantação no Brasil,<br />

<strong>de</strong>ntre as quais, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar a nova <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> capital e suas novas exigências e a criação <strong>de</strong> um<br />

novo centro <strong>de</strong> consolidação, abrangendo principalmente, instituições financeiras e assemelhadas.<br />

Portanto, a adoção <strong>de</strong> regras <strong>de</strong>finitivas ainda encontra-se em fase <strong>de</strong> discussão no âmbito nacional e<br />

internacional. O Itaú Unibanco possui participação ativa nas discussões e estudos <strong>de</strong> Basileia III junto aos<br />

órgãos reguladores e fóruns <strong>de</strong> discussão no Brasil e no exterior.<br />

Des<strong>de</strong> a publicação do novo acordo foram implantados processos internos para avaliar o impacto das<br />

mudanças, sendo que os novos conceitos <strong>de</strong> Basileia III publicados até o momento já foram incorporados<br />

nas nossas análises prospectivas <strong>de</strong> capital e <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z.<br />

A intenção do Itaú Unibanco é não somente estar em conformida<strong>de</strong>, mas <strong>de</strong> fato manter capital e liqui<strong>de</strong>z em<br />

índices superiores aos requisitos mínimos <strong>de</strong> Basileia III.<br />

Itaú Unibanco<br />

47


<strong>Gerenciamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Riscos</strong> <strong>–</strong> <strong>Circular</strong> <strong>3.477</strong><br />

4 Suficiência <strong>de</strong> Capital<br />

O Itaú Unibanco mantém níveis a<strong>de</strong>quados <strong>de</strong> PR frente ao PRE, que é o capital regulatório mínimo<br />

requerido. Realizamos sistematicamente a <strong>com</strong>paração <strong>de</strong>ste requisito mínimo <strong>com</strong> nossas estimativas<br />

internas <strong>de</strong> capital econômico requerido e concluímos que o PRE é, em agregado, suficiente para fazer frente<br />

aos riscos incorridos, inclusive os não diretamente abrangidos pelas parcelas do PRE.<br />

Em 30 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2012, o PR alcançou R$ 102.519 milhões, um aumento <strong>de</strong> R$ 8.568 milhões em relação<br />

a 31 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2012, principalmente <strong>de</strong>vido à aprovação <strong>de</strong> R$ 6.095 milhões <strong>de</strong> dívidas subordinadas<br />

pelo BACEN para <strong>com</strong>por o PR Nível II. Quando <strong>com</strong>parado <strong>com</strong> o mesmo período do ano anterior, o PR<br />

apresentou um aumento <strong>de</strong> R$ 17.802 milhões.<br />

Composição PR<br />

R$ milhões<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Nível I 74.702 72.113 65.619 75.267 72.860 67.327<br />

Nível II 27.561 21.124 17.482 27.561 21.124 17.482<br />

Exclusões: Instrumentos <strong>de</strong> Captação Emitidos por<br />

Instituições Financeiras<br />

(309) (33) (92) (309) (33) (92)<br />

Patrimônio <strong>de</strong> Referência (PR) 101.954 93.204 83.009 102.519 93.951 84.717<br />

Patrimônio <strong>de</strong> Referência Exigido (PRE) 67.402 65.638 57.756 66.676 64.331 57.712<br />

Folga em relação ao Patrimônio <strong>de</strong> Referência Exigido 34.552 27.566 25.253 35.843 29.620 27.005<br />

Visando a garantir a soli<strong>de</strong>z da instituição e a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capital para suportar o crescimento dos<br />

negócios, mantemos níveis <strong>de</strong> PR bem acima do PRE, conforme se observa no índice <strong>de</strong> Basileia. Portanto,<br />

nossos níveis <strong>de</strong> capital são mais do que suficientes frentes aos riscos.<br />

O índice <strong>de</strong> Basileia atingiu 16,9%, apresentando aumento <strong>de</strong> 0,8 ponto percentual em relação a 31 <strong>de</strong><br />

março <strong>de</strong> 2012 <strong>de</strong>vido, principalmente, à aprovação pelo BACEN <strong>de</strong> dívidas subordinadas no montante <strong>de</strong><br />

R$ 6.095 milhões para <strong>com</strong>por o Nível II do PR. Consi<strong>de</strong>rando-se outras emissões, que se encontram em<br />

processo <strong>de</strong> aprovação pelo BACEN no montante <strong>de</strong> R$ 1.777 milhões, nosso Índice <strong>de</strong> Basileia seria <strong>de</strong><br />

17,2% (efeito <strong>de</strong> 0,3 ponto percentual).<br />

O índice <strong>de</strong> Basileia do Consolidado Operacional atingiu 16,6% em 30 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2012. A diferença entre os<br />

índices <strong>de</strong> Basileia dos Consolidados Operacional e do Econômico Financeiro <strong>de</strong>corre da inclusão <strong>de</strong><br />

empresas controladas não financeiras no Consolidado Econômico Financeiro, das quais, quando necessário,<br />

po<strong>de</strong>mos distribuir recursos para as empresas financeiras, mediante o pagamento <strong>de</strong> divi<strong>de</strong>ndos/Juros sobre<br />

Capital Próprio (JCP) ou reorganização societária.<br />

O índice <strong>de</strong> imobilização indica o percentual <strong>de</strong> <strong>com</strong>prometimento do PR <strong>com</strong> o ativo permanente<br />

imobilizado. O Itaú Unibanco está enquadrado no limite máximo <strong>de</strong> 50% do PR Ajustado, fixado pelo BACEN.<br />

Índices <strong>de</strong> Basileia e Imobilização<br />

R$ milhões<br />

Consolidado Operacional<br />

Consolidado Econômico-Financeiro<br />

30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011 30/6/2012 31/3/2012 30/6/2011<br />

Índice <strong>de</strong> Basileia 16,6% 15,6% 15,8% 16,9% 16,1% 16,1%<br />

Nível I 12,1% 12,1% 12,5% 12,4% 12,5% 12,8%<br />

Nível II 4,5% 3,5% 3,3% 4,5% 3,6% 3,3%<br />

Índice <strong>de</strong> Imobilização 40,2% 45,0% 48,6% 14,3% 14,1% 14,5%<br />

Folga <strong>de</strong> Imobilização 9.997 4.661 1.123 36.610 33.751 30.035<br />

A <strong>Circular</strong> nº 3.568, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2011, altera dispositivos das mencionadas <strong>Circular</strong>es nºs 3.361,<br />

<strong>de</strong> 12/09/2007, 3.388, <strong>de</strong> 04/06/2008, 3.389, <strong>de</strong> 25/06/2008, 3.478, <strong>de</strong> 24/12/2009, e 3.498, <strong>de</strong> 28/06/2010,<br />

que estabelecem os procedimentos para o cálculo das parcelas referentes ao risco <strong>de</strong> mercado. A<br />

implantação das novas sistemáticas <strong>de</strong> cálculo será gradual, a partir <strong>de</strong> 01/01/2012, sendo que a partir <strong>de</strong><br />

31/12/2012 passam a ser adotadas na íntegra. Caso as novas regras já estivessem em vigor, os índices<br />

seriam reduzidos em cerca <strong>de</strong> 0,3%.<br />

Itaú Unibanco<br />

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