Download - Câmara Municipal do Porto
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JULHO<br />
‘11<br />
029 001<br />
CMP lança<br />
novo portal<br />
<strong>do</strong> turismo 2.0<br />
www.<br />
visitporto.<br />
travel<br />
Turismo<br />
<strong>Porto</strong> atrai cada vez mais turistas [pg.008]<br />
Praias mais limpas<br />
Zona costeira volta a ostentar bandeiras<br />
azuis [pg.014]
EDITORIAL<br />
003<br />
Hoje, é impossível uma cidade vingar no<br />
sector <strong>do</strong> turismo sem um bom aeroporto<br />
e um bom portal na internet. Faltava-nos este<br />
último investimento que, agora, to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong><br />
já pode ver em www.visitporto.travel<br />
Enche-nos de esperança ver o velho<br />
Palácio das Car<strong>do</strong>sas, na Avenida<br />
<strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s, ser transforma<strong>do</strong> no<br />
Hotel Intercontinental <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> ou<br />
verificar que o Rio Douro tem mais<br />
um barco de elevada categoria a<br />
servir os turistas que nos procuram.<br />
Cara/o Portuense:<br />
Sem um forte reforço das exportações<br />
e um corte drástico nas importações,<br />
Portugal jamais conseguirá sair da grave<br />
crise em que se meteu.<br />
Neste contexto, o sector <strong>do</strong> Turismo é<br />
extraordinariamente importante para o<br />
primeiro desses objectivos, já que o seu<br />
efeito financeiro é igual ao da exportação<br />
de uma merca<strong>do</strong>ria.<br />
Portugal em geral, e o <strong>Porto</strong>, em particular,<br />
têm vantagens comparadas de<br />
enorme relevo neste sector. Por essa<br />
razão, referi na última campanha autárquica<br />
que tu<strong>do</strong> iria fazer para tentar<br />
fortalecer o turismo na nossa cidade.<br />
É, pois, isso que temos procura<strong>do</strong> realizar,<br />
dentro daquilo que pode estar<br />
ao alcance de uma autarquia. Foi assim<br />
que surgiu, por exemplo, a Pousada no<br />
Palácio <strong>do</strong> Freixo, a aposta na reabilitação<br />
e na animação da Baixa, a organização<br />
<strong>do</strong> Circuito da Boavista, o esforço<br />
pelas bandeiras azuis em praias que<br />
estavam totalmente contaminadas ou a<br />
parceria para a construção <strong>do</strong> Sea Life.<br />
Ao cabo de bem mais de um ano de<br />
atura<strong>do</strong> trabalho técnico e de um relevante<br />
investimento financeiro, lançamos,<br />
há um mês, o novo Portal <strong>do</strong><br />
Turismo da cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Hoje, é<br />
impossível uma cidade vingar no sector<br />
sem um bom aeroporto e um bom portal<br />
na internet. Faltava-nos este último<br />
investimento que, agora, to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong><br />
já pode ver em www.visitporto.travel<br />
Mas o incentivo e o apoio aos investi<strong>do</strong>res<br />
é ainda mais importante <strong>do</strong> que<br />
as acções directas que a Câmara possa<br />
implementar. Por isso, enche-nos de esperança<br />
ver o velho Palácio das Car<strong>do</strong>sas,<br />
na Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s, ser transforma<strong>do</strong><br />
no Hotel Intercontinental <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong> ou verificar que o Rio Douro tem<br />
mais um barco de elevada categoria a<br />
servir os turistas que nos procuram.<br />
É certo que ainda muito há para fazer,<br />
a começar pelos grafites com que alguns<br />
irresponsáveis vandalizam as nossas<br />
paredes e estragam toda uma imagem<br />
que estamos a procurar construir.<br />
Mas o resulta<strong>do</strong> global é muito positivo<br />
e, se não fosse o notório crescimento<br />
<strong>do</strong> sector na nossa cidade, a crise ainda<br />
seria bem pior entre nós.<br />
Temos, pois, de continuar a trabalhar,<br />
honran<strong>do</strong> os compromissos assumi<strong>do</strong>s,<br />
cuidan<strong>do</strong> o melhor possível<br />
da cidade e ajudan<strong>do</strong> a nossa economia<br />
urbana a tentar contrariar a<br />
brutal pressão negativa que o esta<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> País sobre ela exerce.<br />
Trabalhar, é, aliás, o primeiro segre<strong>do</strong><br />
para podermos aspirar a uma vida melhor<br />
e, acima de tu<strong>do</strong>, para conseguirmos<br />
eliminar a angústia que hoje paira<br />
sobre o futuro de muitos de nós.<br />
Um abraço <strong>do</strong><br />
Ficha Técnica | <strong>Porto</strong> Sempre nº 29 | Julho 2011<br />
Direcção: Rui Rio<br />
Coordenação Editorial: Florbela Guedes<br />
Coordenação Redactorial: Gabinete de Comunicação<br />
e Promoção da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Redacção: Anibal Sacramento, Hugo Silva,<br />
Paulo Neves, Milene Câmara, Raquel Espinheira<br />
Fotografia: Rui de Meireles<br />
Edição e Propriedade: Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Praça General Humberto Delga<strong>do</strong><br />
4049-001 <strong>Porto</strong><br />
imprensa@cm-porto.pt | www.cm-porto.pt<br />
Design e Composição Gráfica: B+ Comunicação<br />
Impressão: Multiponto, S.A.<br />
Publicidade: Gabinete de Comunicação e Imagem<br />
da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Depósito Legal: 198544/ 03<br />
Tiragem: 135.000 exemplares<br />
Peridiocidade: Trimestral
004<br />
SUMÁRIO<br />
006<br />
DESTAQUE<br />
NOVO PORTAL DO<br />
TURISMO DA CIDADE<br />
DO PORTO<br />
Um importante<br />
instrumento no aumento<br />
da competitividade da<br />
cidade<br />
009 014<br />
Destaque<br />
Intercontinental <strong>Porto</strong><br />
Palácio das Car<strong>do</strong>sas<br />
pronto a funcionar<br />
Destaque<br />
<strong>Porto</strong> com praias<br />
de confiança<br />
Este Verão, o <strong>Porto</strong> volta a<br />
ostentar bandeiras azuis,<br />
desde a Foz até ao Homem<br />
<strong>do</strong> Leme<br />
016<br />
ACTUALIDADE<br />
Manuel de Sampaio<br />
Pimentel<br />
“Sorrio quan<strong>do</strong> oiço críticas<br />
à alegada limitação da<br />
liberdade de expressão<br />
política na cidade”<br />
012<br />
Destaque<br />
Um Hotel flutuante<br />
de cinco estrelas<br />
015<br />
Destaque<br />
ÁGUAS DO PORTO é a<br />
melhor empresa municipal<br />
portuguesa<br />
Empresa com a melhor<br />
situação económicafinanceira<br />
no panorama<br />
nacional das empresas<br />
municipais e intermunicipais<br />
018<br />
Actualidade<br />
Polícia <strong>Municipal</strong> aposta<br />
com firmeza na mobilidade<br />
A melhoria das condições de mobilidade<br />
no perímetro urbano afigura -se,<br />
actualmente, como uma das grandes<br />
prioridades da actuação da Polícia <strong>Municipal</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, (…)
SUMÁRIO<br />
005<br />
024 044<br />
Actualidade<br />
MERCADO DO BOLHÃO<br />
Projectos de especialidades<br />
concluí<strong>do</strong>s até ao final<br />
deste ano<br />
030<br />
Actualidade<br />
MÁRIO SOARES E FREITAS<br />
DO AMARAL inauguram<br />
ciclo <strong>do</strong>s “Grandes Debates<br />
<strong>do</strong> Regime”<br />
033<br />
Actualidade<br />
Aeroporto Francisco Sá<br />
Carneiro continua a crescer<br />
037<br />
COESÃO SOCIAL<br />
BAIRRO DO ALEIXO - Mais<br />
de trinta agrega<strong>do</strong>s<br />
já foram transferi<strong>do</strong>s<br />
039<br />
Coesão social<br />
PROGRAMA “ESCOLA VIVA”<br />
Plano de to<strong>do</strong>s os<br />
estabelecimentos de ensino<br />
público <strong>do</strong> 1º Ciclo<br />
Grande entrevista<br />
MIGUEL VEIGA<br />
“Tenho sempre, desde<br />
sempre e até sempre,<br />
um sentimento de<br />
pertença ao <strong>Porto</strong>”<br />
048<br />
COMPETITIVIDADE<br />
Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bom Sucesso<br />
encerrou<br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> encerrou,<br />
no passa<strong>do</strong> dia 3 de Junho, o<br />
Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bom Sucesso, com vista<br />
à sua requalificação. A medida foi<br />
tomada depois da autarquia ter invoca<strong>do</strong><br />
“interesse público” (…)<br />
048<br />
COMPETITIVIDADE<br />
Edição 2012<br />
<strong>do</strong> “BEST OF WINE TOURISM”<br />
050<br />
ECOCIDADE<br />
Despoluir, desentubar<br />
e reabilitar as ribeiras<br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
054<br />
Coesão social<br />
CMP cria Centro<br />
de Inovação Social<br />
056<br />
INOVAÇÃO<br />
Portuense criou código<br />
que descodifica cores<br />
para daltónicos<br />
063<br />
CULTURA<br />
PORTO CULTURA 10 anos<br />
de Biblioteca <strong>Municipal</strong><br />
Almeida Garrett<br />
064<br />
Património<br />
“PORTO COM PINTA”,<br />
desde de 2002,<br />
a recuperar a Cidade<br />
065<br />
OPINIÃO<br />
O futuro <strong>do</strong> euro<br />
066<br />
Sala de visitas<br />
068<br />
PERGUNTA A QUEM PASSA<br />
069<br />
Ruas da cidade<br />
Rua da Picaria<br />
070<br />
de a a z<br />
Diana Pereira
DEstaque<br />
006<br />
www.visitporto.travel<br />
PORTAL DE TURISMO DA CIDADE DO PORTO<br />
- UMA JANELA PARA O MUNDO E UM IMPORTANTE INSTRUMENTO NO AUMENTO DA<br />
COMPETITIVIDADE DA CIDADE, NUM SECTOR DA ECONOMIA EM CONTÍNUO CRESCIMENTO<br />
Ao longo de um ano e meio, uma equipa de trabalho<br />
liderada pela Associação <strong>Porto</strong> Digital em articulação<br />
com diversos serviços da autarquia – designadamente<br />
o Departamento de Turismo, Direcção <strong>Municipal</strong><br />
de Sistemas de Informação e Gabinete de Promoção<br />
e Comunicação – deitaram mãos à obra na tarefa de<br />
conceber, criar e desenvolver o novo portal de turismo<br />
<strong>do</strong> Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (www.visitporto.travel), oficialmente<br />
apresenta<strong>do</strong> em Maio último. Para o Presidente<br />
da CMP, trata ‐se de um instrumento, até agora inexistente,<br />
de inquestionável relevância no aumento<br />
da competitividade da cidade, na exacta medida em<br />
que funciona como “alavanca” de um sector da economia<br />
que o autarca considera “decisivo”, globalmente<br />
“estratégico” para a cidade e para o próprio<br />
país, como é o caso <strong>do</strong> turismo.<br />
O novo portal é bastante mais prático, completo e atractivo, e permite uma<br />
pesquisa mais eficaz e útil. Conta com mais conteú<strong>do</strong>s, dispostos de uma<br />
forma mais moderna e dinâmica, recorren<strong>do</strong> a novas funcionalidades.<br />
Está organiza<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> um sistema de informação multi -canal,<br />
dividin<strong>do</strong> -se em diferentes áreas: Visitar, Viver, Negócios, Agenda e<br />
Mais <strong>Porto</strong>. Verifica -se uma fusão <strong>do</strong>s recursos turísticos e <strong>do</strong>s eventos,<br />
com um grande investimento ao nível da imagem. Também o processo<br />
de georreferenciação se revela altamente dinâmico, permitin<strong>do</strong><br />
ao turista um acesso facilita<strong>do</strong>.
DEstaque<br />
UMA NOVA FORMA DE PROMOVER<br />
A CIDADE E DE CAPTAR AINDA<br />
MAIS TURISTAS<br />
TRÊS GRANDES ÁREAS<br />
PREFERENCIAIS<br />
007<br />
A IMPORTÂNCIA DO PORTAL<br />
em discurso directo<br />
www.cm-porto.pt<br />
Em concreto, a organização da infor-<br />
Com a criação deste “site” que se<br />
Baseámo -nos nas melhores práticas, em<br />
mação ao nível da oferta e o apoio ao<br />
pretende inova<strong>do</strong>r no sector <strong>do</strong><br />
muitos portais de referência de to<strong>do</strong><br />
processo de decisão e de planeamento<br />
turismo, a autarquia deseja que o<br />
o mun<strong>do</strong>, mas também tentámos ser<br />
da viagem são objectivos primordiais,<br />
mesmo constitua um instrumento<br />
inova<strong>do</strong>res (…), estimulan<strong>do</strong> não só a<br />
tanto mais que é possível “formatá -la”<br />
de apoio à decisão e planeamen-<br />
notoriedade <strong>do</strong> destino <strong>Porto</strong>, mas tam-<br />
à medida <strong>do</strong>s interesses e das preferên-<br />
to, bem como à organização da<br />
bém procuran<strong>do</strong> aumentar a sua procu-<br />
cias de cada um.<br />
oferta, segun<strong>do</strong> três grandes vec-<br />
ra e a retenção <strong>do</strong>s turistas na cidade”.<br />
A plataforma recém -criada baseia -se<br />
tores preferenciais:<br />
Vladimiro Feliz, Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Turismo,<br />
num sistema centra<strong>do</strong> no turista, visitante,<br />
investi<strong>do</strong>r, empresário, estudante,<br />
investiga<strong>do</strong>r, e até nos residentes,<br />
apelan<strong>do</strong> à participação das diversas<br />
comunidades, como foi salienta<strong>do</strong> pelo<br />
Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Turismo, Inovação e Lazer,<br />
Vladimiro Feliz.<br />
O novo portal assenta, assim, nos conceitos<br />
de informação, comunicação<br />
relacional, serviços interactivos e transaccionais,<br />
integração, participação e<br />
transparência e visa contribuir para a<br />
competitividade <strong>do</strong> município e da região,<br />
como um to<strong>do</strong>.<br />
Com esta nova plataforma, a cidade <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong> pretende incluir -se numa nova<br />
dimensão <strong>do</strong> turismo e apresentar -se<br />
de uma forma mais atractiva a quem a<br />
visita, seja por motivos profissionais,<br />
seja pela mera, mas não menos importante,<br />
motivação lúdica ou cultural.<br />
Num merca<strong>do</strong> cada vez mais exigente<br />
no que respeita à utilização de canais<br />
VISITAR<br />
destinada essencialmente<br />
a quem esteja interessa<strong>do</strong><br />
em visitar a cidade durante<br />
uma semana;<br />
VIVER<br />
dirigida a quem<br />
necessite de nela viver<br />
temporariamente durante<br />
um perío<strong>do</strong> até um ano,<br />
nomeadamente para<br />
estudar ou trabalhar;<br />
NEGÓCIOS – I&D<br />
vocacionada para a<br />
realização de eventos e<br />
iniciativas de carácter<br />
empresarial, ou para<br />
a potenciação de<br />
oportunidades de negócio.<br />
Inovação e Lazer<br />
“Trata-se de um produto que vem preencher<br />
uma lacuna muito importante,<br />
de uma forma exemplar. (…) Este<br />
portal continua sen<strong>do</strong> um portal de<br />
informação turística com tu<strong>do</strong> quanto é<br />
útil para quem queria visitar o <strong>Porto</strong> e<br />
a sua região.<br />
Luís Patrão, Presidente <strong>do</strong> Turismo<br />
de Portugal<br />
“Este é um produto de enorme importância<br />
para a cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, para a<br />
região – e porque não dizê -lo – para<br />
o país. Daquilo que irá ser feito neste<br />
mandato, este é para mim <strong>do</strong>s momentos<br />
mais importantes. (…) Dentro da<br />
questão da competitividade, o turismo<br />
assume uma importância primordial.<br />
Rui Rio, Presidente da Câmara <strong>Municipal</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
digitais, este novo portal pretende<br />
assumir -se, definitivamente, como uma<br />
proposta de valor na distinção da “marca<br />
<strong>Porto</strong>”, reforçan<strong>do</strong> o trabalho que<br />
tem vin<strong>do</strong> a ser desenvolvi<strong>do</strong> pela autarquia<br />
em termos da economia local,<br />
que, pela aposta na segmentação e especialização<br />
da oferta, permitirá atrair<br />
e consolidar merca<strong>do</strong> e, assim, providenciar<br />
mais e melhor turismo.<br />
O objectivo passa, pois, por gerar e<br />
atrair mais valor para a “marca <strong>Porto</strong>”,<br />
consolidan<strong>do</strong> a imagem <strong>do</strong> destino no<br />
panorama turístico internacional.
DEstaque<br />
008<br />
TURISMO<br />
Cresce a satisfação <strong>do</strong>s turistas<br />
que visitam o <strong>Porto</strong><br />
A crescente atractividade pelo destino <strong>Porto</strong> deve -se, em grande medida, à aposta<br />
que ao longo <strong>do</strong>s últimos anos a autarquia, em articulação com a empresa municipal<br />
<strong>Porto</strong>Lazer e outros parceiros, tem feito em acelera<strong>do</strong>res de procura. O Circuito<br />
da Boavista é exemplo disso, quer em número de participantes, como de especta<strong>do</strong>res,<br />
no impacto mediático ou na taxa de ocupação hoteleira, entre outros indica<strong>do</strong>res.<br />
Este ano, também se comemorou o centenário das Festas de S. João na cidade,<br />
naquele que é já considera<strong>do</strong> como um <strong>do</strong>s momentos altos da animação de 2011.<br />
O programa foi vasto, com muitos momentos culturais, de diversão, entretenimento<br />
e euforia. Desde o último fim -de-semana de Maio até ao primeiro fim -de-semana<br />
de Julho, não faltaram motivos para<br />
vir ao <strong>Porto</strong>. Foram seis fins -de-semana<br />
de festa que privilegiaram o convívio<br />
entre os portuenses e os milhares de<br />
turistas que a cidade acolheu neste<br />
perío<strong>do</strong>. O objectivo de atingir um aumento<br />
de, pelo menos, 8% no número<br />
de turistas no <strong>Porto</strong> foi supera<strong>do</strong>. A<br />
contabilização <strong>do</strong> impacto global deste<br />
mega -evento ainda decorre, dada a<br />
magnitude da acção, mas os da<strong>do</strong>s imediatos,<br />
decorrentes da análise à afluência<br />
aos postos de turismo municipais,<br />
superaram as expectativas.<br />
Tripas e Bacalhau à Gomes<br />
de Sá finalistas nas<br />
“7 Maravilhas da Gastronomia”<br />
A gastronomia portuense está de parabéns. O concurso das<br />
“7 Maravilhas da Gastronomia” está na fase final e o <strong>Porto</strong><br />
conta com <strong>do</strong>is pratos nos 21 finalistas: as Tripas à Moda <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong> e o Bacalhau à Gomes de Sá.<br />
O concurso tem como objectivo divulgar e promover o património<br />
gastronómico nacional, reconheci<strong>do</strong> e aprecia<strong>do</strong> em to<strong>do</strong> o<br />
mun<strong>do</strong> pela sua diversidade, pelos sabores únicos e qualidade<br />
<strong>do</strong>s produtos com que os pratos são confecciona<strong>do</strong>s.
DEstaque<br />
009<br />
TURISMO - Reabilitação da Baixa<br />
Palácio das Car<strong>do</strong>sas com hotel de luxo<br />
Quem passa nos Alia<strong>do</strong>s<br />
depara -se com a imponência<br />
<strong>do</strong> edifício situa<strong>do</strong> na Praça<br />
da Liberdade. Já foi convento,<br />
depois palácio, mais tarde<br />
banco e, agora, abre portas<br />
como um hotel de cinco<br />
estrelas que vem aumentar e<br />
promover as potencialidades<br />
turísticas da cidade. Apesar<br />
de todas estas<br />
funcionalidades, o espaço<br />
continua carimba<strong>do</strong> com o<br />
nome que traz desde o século<br />
XIX: Palácio das Car<strong>do</strong>sas.<br />
Geri<strong>do</strong> pela maior cadeia de hotelaria<br />
<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> em número de quartos, a<br />
marca InterContinental, a nova unidade<br />
hoteleira representa um investimento<br />
priva<strong>do</strong> de 32 milhões de euros.<br />
O hotel de charme conta com 105<br />
quartos, <strong>do</strong>s quais 16 suites, além de<br />
quatro salas destinadas à realização de<br />
conferências. Disponibiliza ainda SPA,<br />
fitness center, restaurante, bar lounge<br />
e galeria comercial.<br />
A sua localização privilegiada em plena<br />
Baixa citadina, já em avança<strong>do</strong> processo<br />
de reabilitação urbana, faz com<br />
que o Intercontinental <strong>Porto</strong> Palácio<br />
das Car<strong>do</strong>sas pretenda afirmar -se como<br />
um pólo de atracção e uma referência<br />
turística da cidade. O edifício está<br />
inseri<strong>do</strong> num <strong>do</strong>s quarteirões -piloto<br />
identifica<strong>do</strong>s no masterplan da <strong>Porto</strong><br />
Vivo, SRU e ocupa 11 mil metros quadra<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong> quarteirão. A localização<br />
foi um <strong>do</strong>s elementos mais valoriza<strong>do</strong>s<br />
pela Intercontinental para a instalação<br />
da sua marca na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
Trata -se de uma zona nobre encaixada<br />
em pleno Centro Histórico, classifica<strong>do</strong><br />
como Património Mundial desde 1996.<br />
A localização é, aliás, um <strong>do</strong>s vectores<br />
fundamentais na implementação de hotéis<br />
da marca InterContinental.<br />
Destina<strong>do</strong> a clientes de<br />
negócios e de lazer, os<br />
principais merca<strong>do</strong>s de<br />
actuação são Portugal,<br />
Espanha, Reino Uni<strong>do</strong>, Brasil<br />
e Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. A abertura<br />
está prevista para este Verão e<br />
vai criar cerca de 75 postos de<br />
trabalho directos.
DEstaque<br />
010<br />
CAFÉ ASTÓRIA, RESTAURANTE<br />
DE LUXO E CARDOSAS BAR<br />
O espaço que outrora acolhia o Café Astória foi recupera<strong>do</strong><br />
e vai abrir ao público com o mesmo nome e função.<br />
Com uma entrada directa para a rua, o Astória vai oferecer<br />
uma selecção alargada de cafés nacionais e internacionais,<br />
além de um serviço de “take -away”. Com horário previsto<br />
das oito da manhã até às 21 horas, o Café quer voltar a ser<br />
um ponto de encontro para to<strong>do</strong>s os portuenses e para os<br />
milhares de turistas que passeiam na Baixa.<br />
Quanto ao restaurante, este combina um<br />
design moderno com um ambiente histórico<br />
próprio <strong>do</strong> Palácio em que se insere<br />
e oferece uma fantástica vista sobre<br />
o jardim <strong>do</strong> interior <strong>do</strong> Quarteirão das<br />
Car<strong>do</strong>sas. Com capacidade para 86 lugares,<br />
vai estar aberto ao jantar, das 20<br />
às 24h, fechan<strong>do</strong> à hora <strong>do</strong> almoço para<br />
dar lugar ao serviço <strong>do</strong> Café Astória.<br />
O conceito implementa<strong>do</strong> prende -se<br />
com uma nova interpretação da cozinha<br />
tradicional portuguesa, privilegian<strong>do</strong><br />
a utilização de produtos nacionais<br />
associa<strong>do</strong>s a ingredientes de to<strong>do</strong><br />
o mun<strong>do</strong>.<br />
Para além <strong>do</strong>s hóspedes, o restaurante<br />
pretende ser um meeting point para<br />
executivos, financeiros, turistas, visitantes<br />
da cidade e portuenses.<br />
A complementar a oferta está o Car<strong>do</strong>sas<br />
Bar. O nome resultou de um desafio<br />
lança<strong>do</strong> na rede social facebook e à semelhança<br />
<strong>do</strong> Café Astória também tem<br />
uma entrada directa para a Avenida.<br />
A decoração faz lembrar uma livraria<br />
italiana <strong>do</strong> início <strong>do</strong> séc. XIX, onde o<br />
cliente vai poder degustar uma boa selecção<br />
de vinhos <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> ou cocktails<br />
varia<strong>do</strong>s, acompanha<strong>do</strong>s por um menu<br />
de tapas e ao som de música lounge ou<br />
de música ao vivo.
DEstaque<br />
011<br />
www.cm-porto.pt<br />
Intercontinental <strong>Porto</strong> Palácio das Car<strong>do</strong>sas pronto a funcionar<br />
«RECONSTRUÇÃO INTERIOR COM MANUTENÇÃO DAS FACHADAS<br />
FOI MAIS COMPLEXA DO QUE A EDIFICAÇÃO DE RAIZ»<br />
Que aspectos <strong>do</strong> projecto lhe mereceram<br />
atenção especial pela sua complexidade<br />
e delicadeza?<br />
Essencialmente, a qualidade <strong>do</strong> detalhe<br />
e a recuperação <strong>do</strong> trabalho com<br />
tecnologias tradicionais de construção,<br />
que já não se vêem muito na arquitectura<br />
moderna. O trabalho com os<br />
estuques ou com o ferro forja<strong>do</strong> são<br />
alguns exemplos, uma vez que tivemos<br />
de recorrer a verdadeiros artesãos, que<br />
ainda trabalham esses materiais à maneira<br />
antiga. Procurámos, sempre que<br />
possível, dar primazia aos materiais e<br />
empresas nacionais, incutin<strong>do</strong> -lhe assim<br />
um cunho português e diferencia<strong>do</strong>r<br />
<strong>do</strong>s restantes hotéis desta cadeia<br />
espalha<strong>do</strong>s pelo mun<strong>do</strong>.<br />
Hélder Salva<strong>do</strong>, de 46 anos, responsável pelo projecto <strong>do</strong><br />
Intercontinental <strong>Porto</strong> Palácio das Car<strong>do</strong>sas, não hesita em considerar<br />
que foi tecnicamente mais difícil reconstruir to<strong>do</strong> o “miolo” interior <strong>do</strong><br />
edifício, conservan<strong>do</strong> ‐lhe as fachadas, <strong>do</strong> que teria si<strong>do</strong> a sua edificação<br />
de raiz. Licencia<strong>do</strong> pela Faculdade de Arquitectura da Universidade <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong>, o arquitecto revela tratar ‐se <strong>do</strong> mais «marcante» projecto da<br />
sua carreira.<br />
Qual o conceito base <strong>do</strong> projecto?<br />
A ideia, segun<strong>do</strong> a exigência<br />
<strong>do</strong> cliente – a Cadeia de Hotéis<br />
Intercontinental – foi a de recriar<br />
o ambiente palaciano no edifício,<br />
que, como se sabe, não foi construí<strong>do</strong><br />
com esse propósito nem<br />
com esse perfil. Acabámos por<br />
conseguir um interior mais coerente<br />
com a fachada.<br />
Terá si<strong>do</strong> mais difícil <strong>do</strong> que, por exemplo,<br />
se tivesse pretendi<strong>do</strong> “pensar” de<br />
raiz to<strong>do</strong> o imóvel?<br />
Sem dúvida. Foi, na verdade, um trabalho<br />
mais complexo. A reconstrução interior<br />
com a manutenção das fachadas<br />
é mais complexa <strong>do</strong> que a edificação<br />
de raiz, a começar pela necessidade de<br />
adequar a métrica e a geometria pré-<br />
‐existentes ao programa e exigências<br />
actuais, para as quais o edifício não foi<br />
pensa<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> foi construí<strong>do</strong>.<br />
Quanto tempo o projecto demorou a ser<br />
elabora<strong>do</strong>?<br />
Desde que começámos a traçar os primeiros<br />
riscos, demorou cerca de quatro<br />
anos (incluin<strong>do</strong> alguns interregnos) e<br />
19 meses de obra.<br />
E em termos pessoais, como o hierarquiza<br />
na sua carreira profissional?<br />
É realmente um projecto marcante, não<br />
só pela sua complexidade, como também<br />
pela importância e localização <strong>do</strong><br />
edifício, que, seguramente, vai constituir<br />
uma “âncora” fundamental na<br />
dinâmica da revitalização da Baixa <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong>, com influência directa nos quarteirões<br />
adjacentes.
DEstaque<br />
012<br />
UM HOTEL FLUTUANTE DE CINCO<br />
ESTRELAS<br />
O “Douro Spirit”, o novo navio -hotel da empresa de Mário<br />
Ferreira, tem tu<strong>do</strong> quanto possa imaginar para responder<br />
aos mais eleva<strong>do</strong>s padrões de sofisticação em cruzeiros<br />
turísticos <strong>do</strong> género. Equipa<strong>do</strong> com o que há de mais<br />
moderno em termos de inovação tecnológica, dispõe, além<br />
disso e entre outros requintes, de um SPA, piscina aquecida,<br />
cabeleireiro, massagista, ginásio e umas deslumbrantes<br />
vistas panorâmicas. Um luxo.<br />
“Apesar da recessão económica, a DouroAzul decidiu avançar para a construção deste<br />
navio -hotel, depois de ter assegura<strong>do</strong> a sua ocupação junto de opera<strong>do</strong>res turísticos<br />
internacionais, entre 2011 e 2015”, afirma Mário Ferreira com indisfarçável tranquilidade<br />
e orgulho ao referir -se a um investimento que ultrapassa os 12 milhões de euros<br />
e que, na sua óptica, constitui mais um passo no crescimento orgânico da empresa e<br />
“um contributo para o aumento da notoriedade<br />
no exterior da Região <strong>do</strong> Douro,<br />
Património da Humanidade” no que<br />
ao turismo diz respeito.<br />
O “Douro Spirit” já começou a navegar<br />
Douro acima até Castilla-Leon, com<br />
a vantagem – salienta o conheci<strong>do</strong><br />
empresário turístico – de unir quatro<br />
regiões Patrimónios da Humanidade:<br />
Salamanca até ao <strong>Porto</strong>, passan<strong>do</strong> pelo<br />
Rio Douro, Vale <strong>do</strong> Douro e Vale <strong>do</strong> Côa.<br />
Agora, há que sensibilizar as autarquias<br />
dessas regiões para criarem novas áreas<br />
de recepção ao forte afluxo de turistas<br />
que as visitam e que – sublinha – “têm<br />
muito dinheiro para gastar”. Na sua<br />
perspectiva, isso pode ser feito “através<br />
da abertura de postos de artesanato<br />
e pequenas lojas, que lhes estimulem<br />
a vontade de comprar”, contribuin<strong>do</strong><br />
para o desenvolvimento <strong>do</strong> turismo daquela<br />
vasta região.
DEstaque<br />
013<br />
CRIAÇÃO DE 35 POSTOS<br />
DE TRABALHO<br />
O mais recente investimento da Douro-<br />
Azul representa, segun<strong>do</strong> o seu CEO e<br />
funda<strong>do</strong>r, a criação de 35 novos postos<br />
de trabalho directo e assume -se como<br />
mais um instrumento na dinamização<br />
turística da cidade e da região, uma<br />
vez que, em termos de economia, o navio<br />
interage com tu<strong>do</strong> o que o rodeia,<br />
seja através das visitas pelo Douro, seja<br />
nos fluxos turísticos que entram na região<br />
através <strong>do</strong> Aeroporto Francisco Sá<br />
Carneiro. “Até Lisboa ganha com a dimensão<br />
deste investimento”, refere.<br />
OPINIÃO<br />
“Um negócio<br />
em expansão”<br />
A situação conjuntural em que o<br />
país se encontra mergulha<strong>do</strong> parece<br />
não preocupar minimamente Mário<br />
Ferreira, que nela (ou através dela)<br />
vai “navegan<strong>do</strong>”, diríamos de vento<br />
em popa, no que diz respeito a negócios<br />
e investimentos num ramo<br />
que conhece em profundidade.<br />
FIQUE A SABER:<br />
O Douro Spirit tem 80<br />
metros de comprimento<br />
e capacidade para 130<br />
passageiros<br />
A “jóia da coroa” da DouroAzul foi concebida<br />
e construída, ao longo de quase<br />
um ano, nos estaleiros da NavalRia, em<br />
Aveiro. Tem 80 metros de comprimento,<br />
11,4 de largura, capacidade para 130<br />
pessoas e 65 quartos duplos.<br />
É energeticamente mais eficiente e económico,<br />
pois, segun<strong>do</strong> Mário Ferreira,<br />
trata -se <strong>do</strong> primeiro navio <strong>do</strong> género<br />
to<strong>do</strong> ilumina<strong>do</strong> com LED’s, o que permite<br />
poupar bastante nos consumos<br />
eléctricos e no calor produzi<strong>do</strong> pelos<br />
focos que são de luz fria, reduzin<strong>do</strong> assim<br />
a necessidade de ar condiciona<strong>do</strong>.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, os motores são de nova<br />
geração, apresentan<strong>do</strong> menores consumos<br />
e uma redução substancial de<br />
emissões de CO2, na ordem <strong>do</strong>s 30%.<br />
Além disso, está equipa<strong>do</strong> com as novas<br />
tecnologia de informação e comunicação,<br />
como por exemplo televisão<br />
tridimensional e banda larga de acesso<br />
à Internet, que pode ser consegui<strong>do</strong> no<br />
camarote através de equipamento disponível,<br />
ou com um PC pessoal através<br />
de diversos pontos wireless.<br />
“Apesar da crise, este negócio<br />
está em franca expansão. Temos<br />
vin<strong>do</strong> a crescer e 2011<br />
perspectiva ‐se como o melhor<br />
ano de sempre para a DouroAzul.<br />
Os merca<strong>do</strong>s internacionais<br />
estão muito pujantes e procuram<br />
um turismo assente na cultura,<br />
nas tradições, na arquitectura e é<br />
isso que o <strong>Porto</strong> e o Norte de Portugal<br />
– concretamente a região<br />
<strong>do</strong> Douro – têm para oferecer”,<br />
observou.<br />
O projecto foi classifica<strong>do</strong> de interesse<br />
turístico e integrou uma candidatura<br />
submetida ao sistema de<br />
incentivos-SI Inovação-<strong>do</strong> Ministério<br />
da Economia, no valor global de<br />
12,4 milhões de euros. Foi aprova<strong>do</strong><br />
pelo Turismo de Portugal e co-<br />
‐financia<strong>do</strong> pelo QREN, no âmbito<br />
<strong>do</strong> Programa Operacional Factores<br />
de Competitividade.
DEstaque<br />
014<br />
PRAIAS DE<br />
CONFIANÇA<br />
Este Verão o <strong>Porto</strong> volta a ostentar bandeiras azuis desde a Foz até ao Homem <strong>do</strong> Leme.<br />
São sete praias consideradas de excelência, não só pelas belezas naturais, mas também<br />
pela qualidade da água, pelo conforto e programas de educação ambiental que oferecem<br />
aos veraneantes. Uma distinção ambiental que vem potenciar o turismo na cidade.<br />
“A confiança não se decreta,<br />
adquire -se com o tempo e o<br />
tempo permitiu -nos ter<br />
confiança nas praias <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong>”, afirma Poças Martins,<br />
da Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
Luz, Ingleses, Ourigo, Carneiro, Gondarém, Molhe e Homem <strong>do</strong> Leme, são estas as<br />
praias que oferecem qualidade de excelência na orla costeira <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Um percurso<br />
de cerca de quatro quilómetros de águas cristalinas, areais limpos, com bons acessos<br />
e equipamentos de apoio, servin<strong>do</strong> também os cidadãos com mobilidade reduzida.<br />
Recorde -se que antes de 2006 todas estas praias estavam interditas a banhos, devi<strong>do</strong><br />
à forte poluição. A Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> iniciou, então, um trabalho de despoluição e<br />
requalificação, cujos resulta<strong>do</strong>s começaram logo a surgir em 2007, quan<strong>do</strong> passou<br />
a ser possível frequentá -las em segurança, <strong>do</strong> ponto de vista sanitário, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong><br />
classificadas como zonas balneares pelo Instituto da Água.<br />
O ano de 2008 foi marca<strong>do</strong> pelo hastear da primeira bandeira azul na praia<br />
<strong>do</strong> Homem <strong>do</strong> Leme, que obteve também o galardão de praia acessível<br />
às pessoas com mobilidade reduzida. Este feito multiplicou ‐se nos anos<br />
seguintes até se atingir as sete bandeiras azuis actuais. A praia <strong>do</strong> Castelo<br />
<strong>do</strong> Queijo apresenta uma qualidade compatível com a prática<br />
balnear, mas a solução para elevar a qualidade da água ultrapassa o<br />
âmbito exclusivo de competências <strong>do</strong> município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
O responsável explica que é mais difícil<br />
atingir estes níveis de excelência em<br />
praias urbanas, o que exige uma manutenção<br />
muito cuidada <strong>do</strong>s sistemas de<br />
saneamento básico. “Temos uma manutenção<br />
preventiva, feita de forma sistemática<br />
e com qualidade. Esse é o nosso<br />
grande segre<strong>do</strong>”, diz.<br />
Espécies marinhas<br />
desaparecidas regressam<br />
ao <strong>Porto</strong><br />
Um indica<strong>do</strong>r da qualidade das praias é<br />
o retorno de várias espécies marinhas<br />
à costa portuense, como as estrelas ou<br />
os ouriços -<strong>do</strong>-mar. “Os próprios animais<br />
começam a ganhar confiança nas praias
DEstaque<br />
015<br />
www.cm-porto.pt<br />
e estabelecem -se cá. São indica<strong>do</strong>res de<br />
qualidade da água, até mais sensíveis<br />
que os méto<strong>do</strong>s analíticos usa<strong>do</strong>s”, explica<br />
Poças Martins.<br />
O responsável alerta que para garantir o<br />
futuro de to<strong>do</strong> este trabalho, é necessário<br />
continuar a investir na qualidade e<br />
fiabilidade <strong>do</strong>s sistemas de saneamento<br />
básico da cidade, bem como continuar a<br />
apostar na sensibilização da comunidade<br />
para a preservação destes espaços. Outro<br />
<strong>do</strong>s aspectos a ter em conta prende-<br />
‐se com a importância social que estas<br />
conquistas ambientais representam.<br />
Praias seguras e com o título máximo<br />
de qualidade, a bandeira azul, são uma<br />
mais -valia para a população da cidade e<br />
concelhos limítrofes que, em tempos de<br />
crise, podem usufruir da época balnear<br />
mais perto de casa e sem deslocações<br />
dispendiosas.<br />
Novos equipamentos, novas<br />
acessibilidades e muita<br />
educação ambiental<br />
Para além da qualidade da água, monitorizada<br />
diariamente pela Águas <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong>, há outros indica<strong>do</strong>res de conforto<br />
e segurança das praias. São várias as<br />
intervenções que a empresa tem leva<strong>do</strong><br />
a cabo para melhorar as condições de<br />
acessibilidade e valorizar os percursos e<br />
espaços envolventes às zonas balneares.<br />
Quem frequenta os areais <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
encontra mobiliário urbano novo, instalações<br />
sanitárias, postos de socorro,<br />
chuveiros, lava -pés e bebe<strong>do</strong>uros. Ao<br />
longo da marginal foram também coloca<strong>do</strong>s<br />
novos caixotes de lixo, cinzeiros<br />
de praia e sinalização que alerta para<br />
o perigo e ilegalidade da presença de<br />
cães nas praias e nos passadiços.<br />
Este ano, a educação ambiental nas<br />
praias da cidade é da responsabilidade<br />
<strong>do</strong> Pavilhão da Água, um equipamento<br />
municipal que passou para a dependência<br />
da Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Durante a época<br />
balnear, o Pavilhão vai promover um<br />
conjunto diversifica<strong>do</strong> de acções para<br />
crianças, numa tenda propositadamente<br />
instalada para o efeito.<br />
ÁGUAS DO PORTO É A MELHOR<br />
EMPRESA MUNICIPAL<br />
PORTUGUESA<br />
A Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> é a empresa com a<br />
melhor situação económico -financeira<br />
no panorama nacional das empresas<br />
municipais e intermunicipais. Das 280<br />
empresas listadas pela Direcção -Geral<br />
das Autarquias Locais (DGAL), cujos<br />
relatórios financeiros foram consulta<strong>do</strong>s<br />
pelo jornal Expresso, a Águas <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong> sobressaí com um sal<strong>do</strong> positivo<br />
de 91,9 milhões de euros entre activo<br />
e passivo.<br />
A empresa municipal <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> tem<br />
apresenta<strong>do</strong> lucros desde que foi criada,<br />
em 2006. No exercício de 2010, o<br />
resulta<strong>do</strong> líqui<strong>do</strong> alcança<strong>do</strong> atingiu<br />
perto de 1,2 milhões de euros.<br />
É de salientar que Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />
cujo objecto social foi alarga<strong>do</strong> a to<strong>do</strong><br />
o ciclo urbano da água (abastecimento<br />
de água, drenagem e tratamento de<br />
águas residuais, águas pluviais, ribeiras<br />
e praias), obteve estes resulta<strong>do</strong>s num<br />
contexto de contenção tarifária, ou<br />
seja, as tarifas aumentaram apenas 1%,<br />
abaixo da taxa de inflação.
Actualidade<br />
016<br />
MANUEL DE SAMPAIO PIMENTEL<br />
Verea<strong>do</strong>r da Protecção Civil, Controlo Interno e Fiscalização<br />
“SORRIO QUANDO<br />
OIÇO CRÍTICAS À<br />
ALEGADA LIMITAÇÃO<br />
DA LIBERDADE DE<br />
EXPRESSÃO POLÍTICA<br />
NA CIDADE”<br />
Na esfera das suas competências<br />
municipais, que projecto(s) considera<br />
justo e mais pertinente destacar,<br />
neste momento?<br />
A formação de uma equipa a qual, atingin<strong>do</strong><br />
a velocidade cruzeiro, poderá ter<br />
um impacto significativo na vida da<br />
cidade, particularmente na forma como<br />
ela é vista por quem a vive. Refiro -me<br />
ao Departamento <strong>Municipal</strong> de Fiscalização<br />
(DMF): um desafio que agarrei<br />
com entusiasmo e determinação.<br />
O controlo interno e a fiscalização são<br />
áreas particularmente sensíveis, em<br />
relação às quais o Presidente da CMP<br />
anunciou atenções especiais. O que é<br />
que de mais relevante tem si<strong>do</strong> feito<br />
nestes <strong>do</strong>mínios?<br />
No DMF, a Divisão das Obras Particulares<br />
tem já um papel decisivo no<br />
acompanhamento de to<strong>do</strong>s os projectos<br />
aprova<strong>do</strong>s a montante pelo Urbanismo,<br />
actuan<strong>do</strong> com rigor e rapidez, em<br />
casos de incumprimento. Esperamos ter<br />
um papel cada vez mais interventivo<br />
no que toca às obras ilegais e ter tolerância<br />
zero com os prevarica<strong>do</strong>res. Por<br />
outro la<strong>do</strong>, o DMF trata, também, <strong>do</strong><br />
uso <strong>do</strong> espaço público. Haverá poucas<br />
cidades que, como o <strong>Porto</strong>, o tenham<br />
devidamente disciplina<strong>do</strong> ao nível, por<br />
exemplo, de cartazes promocionais, comerciais<br />
ou políticos. Há muito a fazer<br />
para me considerar satisfeito, mas o<br />
lema é: fazer melhor amanhã, <strong>do</strong> que o<br />
que foi feito hoje! Sorrio quan<strong>do</strong> oiço<br />
críticas à alegada limitação da liberdade<br />
de expressão política na cidade;<br />
a maior parte dessas vozes vem, ou<br />
<strong>do</strong> PCP ou <strong>do</strong> BE. Pensan<strong>do</strong> um pouco<br />
nos regimes comunistas, não deixa de<br />
ser engraça<strong>do</strong>. Propaganda, cartazes e<br />
diversidade político -partidária é o que<br />
mais há em Havana, em Pyongyang ou,<br />
por exemplo, em Tirana. Já para não<br />
falar <strong>do</strong> tempo comunista da Praça Vermelha.<br />
Haja coerência e, se possível,<br />
um pouco de decoro!<br />
Na sua óptica, que vantagens práticas<br />
adviriam para o cidadão da transferência<br />
de competências das Divisões de<br />
Trânsito da PSP para as Polícias Municipais<br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e de Lisboa, tal como é<br />
desejo <strong>do</strong>s respectivos presidentes?<br />
Dou -lhe estes números, relativos a<br />
2009, para reflexão de to<strong>do</strong>s: no <strong>Porto</strong>,<br />
a PSP procedeu a 15.000 autuações,<br />
ten<strong>do</strong> a PM efectua<strong>do</strong> 28.000; a PSP rebocou<br />
cerca de 4.000 veículos, enquanto<br />
a PM rebocou 9.000. A PM bloqueou,<br />
ainda, cerca de 10.500 veículos. A PSP<br />
atingiu estes números com cerca de<br />
200 agentes; a PM com 20. Responden<strong>do</strong><br />
à sua pergunta: com menos, as PM’s<br />
podem fazer mais e melhor, ser mais<br />
eficazes e gerar, com isso, economias<br />
de escala. Claro que esta não é uma<br />
tarefa popular, mas torna -se cada vez<br />
mais necessário disciplinar o trânsito,<br />
uma vez que este é parte integrante<br />
da mobilidade, e a mobilidade, por sua<br />
vez, é um factor cada vez mais deter-
actualidade<br />
017<br />
minante na competitividade das cidades.<br />
A quem nos acusa de caça à multa<br />
eu respon<strong>do</strong> com serenidade, mas com<br />
muita firmeza: houvesse mais civismo e<br />
a PM teria menos multas a passar!<br />
O Batalhão de Sapa<strong>do</strong>res Bombeiros<br />
(BSB) <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> tem si<strong>do</strong> objecto de particular<br />
atenção por parte <strong>do</strong> Pelouro<br />
de que é responsável. Como caracteriza<br />
a sua actual capacidade operativa,<br />
tanto a nível material como de recursos<br />
humanos?<br />
A Cidade está segura com a Protecção<br />
Civil que tem e o Batalhão responderá<br />
sempre com rapidez, eficácia e qualificação<br />
técnica às ocorrências, ditas<br />
previsíveis. Sinto -me confortável com<br />
os meios de que actualmente disponho,<br />
tanto mais que conto, ainda este ano,<br />
reforçar o contingente <strong>do</strong> batalhão<br />
com mais 20 homens. A situação actual<br />
é equilibrada, sen<strong>do</strong> que nos últimos<br />
seis anos, contan<strong>do</strong> com o recrutamento<br />
deste ano, a autarquia “contratou”<br />
cerca de oitenta novos bombeiros. É um<br />
esforço assinalável e que tem conta<strong>do</strong><br />
com o empenho pessoal <strong>do</strong> Presidente<br />
Rui Rio.<br />
CMP CONSEGUIU GARANTIR<br />
UMA COMPENSAÇÃO<br />
AOS COMERCIANTES<br />
Como tem decorri<strong>do</strong> o processo de diálogo<br />
e negociação com os comerciantes<br />
<strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bom Sucesso (MBS), no<br />
âmbito <strong>do</strong> processo de requalificação<br />
daquele espaço?<br />
Bem, ao ponto de a adjudicatária<br />
(“Merca<strong>do</strong> Urbano”) ter chega<strong>do</strong> a<br />
acor<strong>do</strong> com a maioria <strong>do</strong>s comerciantes<br />
para que os mesmos voluntariamente<br />
renunciassem à sua licença, mediante<br />
uma compensação. Isto não quer<br />
dizer que, mesmo estes comerciantes,<br />
não possam regressar ao “novo” MBS.<br />
Há vontade recíproca que isso venha a<br />
acontecer em alguns casos. Claro que<br />
num universo tão vasto, era impossível<br />
agradar a to<strong>do</strong>s, mas há <strong>do</strong>is aspectos<br />
<strong>do</strong>s quais não podemos fugir: por um<br />
la<strong>do</strong>, o interesse público não deverá,<br />
nunca, sucumbir mediante o interesse<br />
particular. Esse é um aspecto, aliás,<br />
que deverá estar sempre na mente de<br />
quem gere a “coisa” pública. Por outro<br />
la<strong>do</strong>, convém que as pessoas saibam<br />
que foi a CMP que, através <strong>do</strong>s termos<br />
em que concebeu o Concurso Público,<br />
permitiu que to<strong>do</strong>s os comerciantes<br />
pudessem ter uma protecção que, por<br />
lei, não lhes estava conferida.<br />
Está satisfeito com a solução a<strong>do</strong>ptada?<br />
O Executivo e, particularmente, o seu<br />
Presidente entenderam que seria de<br />
uma enorme injustiça que os comerciantes<br />
vissem a sua licença caducar,<br />
sem qualquer compensação. Deste<br />
mo<strong>do</strong>, colocámos como exigência no<br />
processo concursal a disponibilização<br />
de uma verba, a qual não sen<strong>do</strong> uma<br />
reforma antecipada ou o prémio <strong>do</strong><br />
Euromilhões, permitisse compensar os<br />
comerciantes pela caducidade das suas<br />
licenças. Estou muito satisfeito com a<br />
solução encontrada, uma vez que preservámos<br />
o património arquitectónico,<br />
mantivemos – ainda que num espaço<br />
menor – aquele que foi o objecto inicial<br />
<strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> e conseguimos garantir que<br />
os comerciantes tivessem<br />
uma compensação.<br />
PERFIL<br />
Manuel de Sampaio Pimentel<br />
nasceu a 6 de Janeiro de<br />
1970, é licencia<strong>do</strong> em Direito<br />
e pós ‐gradua<strong>do</strong> em ciências<br />
jurídico ‐empresariais,<br />
ambas pela Universidade<br />
Católica Portuguesa. Exerceu<br />
a profissão, nomeadamente,<br />
na Vieira de Almeida &<br />
Associa<strong>do</strong>s. Foi Vice‐<br />
‐Presidente da CCDR-N<br />
e assumiu funções como<br />
Verea<strong>do</strong>r da CMP em 2005.<br />
No âmbito das suas funções<br />
na autarquia foi, também,<br />
administra<strong>do</strong>r da Empresa<br />
Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.
Actualidade<br />
018<br />
POLÍCIA<br />
MUNICIPAL<br />
APOSTA COM<br />
FIRMEZA NA<br />
MOBILIDADE<br />
A necessidade de transferir as Divisões<br />
de Trânsito da PSP para as<br />
PM’s tem gera<strong>do</strong> consenso entre os<br />
presidentes das câmaras de Lisboa<br />
e <strong>Porto</strong>. Tanto António Costa como<br />
Rui Rio entendem que tal medida<br />
libertaria a PSP para funções<br />
relativas ao combate à criminalidade<br />
e reforço da segurança urbana,<br />
um “terreno” com o qual as polícias<br />
municipais nada têm que ver.<br />
Acabar ‐se‐ia, assim, com a duplicação<br />
de funções no que diz respeito<br />
à regulamentação <strong>do</strong> trânsito, com<br />
efeitos positivos ao nível da mobilidade<br />
e racionalização de meios<br />
nas duas maiores cidades <strong>do</strong> país.<br />
De acor<strong>do</strong> com Leitão da Silva, comandante<br />
daquele corpo de polícia, a recente<br />
reestruturação da orgânica interna da<br />
Polícia <strong>Municipal</strong> (PM) visou, justamente,<br />
«dar uma resposta mais eficaz às solicitações<br />
<strong>do</strong>s munícipes quan<strong>do</strong> muitas<br />
vezes vêem ameaçada a sua liberdade<br />
de acesso às suas propriedades, devi<strong>do</strong><br />
à situação caótica <strong>do</strong> ordenamento <strong>do</strong><br />
tráfego». O objectivo da reforma teve,<br />
igualmente, em consideração “a necessidade<br />
de contribuir para uma melhor<br />
gestão <strong>do</strong> espaço público, ten<strong>do</strong> como<br />
preocupação nuclear a mobilidade, principalmente<br />
numa cidade milenar, com<br />
limitações óbvias a esse nível”.<br />
O processo passou pela criação de uma<br />
unidade de trânsito exclusivamente vocacionada<br />
para o efeito.<br />
POLÍCIAS MUNICIPAIS<br />
DE LISBOA E PORTO<br />
ELABORARAM PROJECTO<br />
DE PROTOCOLO COM O MAI<br />
Deste mo<strong>do</strong>, as PM’s de Lisboa e <strong>Porto</strong><br />
têm vin<strong>do</strong> a participar, desde finais<br />
<strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong>, em diversas reuniões<br />
em sede <strong>do</strong> Ministério da Administração<br />
Interna (MAI), das quais resultou a<br />
elaboração de um projecto de protocolo,<br />
cuja versão final se encontra em<br />
apreciação a nível governamental e<br />
autárquico.<br />
Esses encontros entre as diversas comissões<br />
técnicas, e nos quais também<br />
a PSP e a Autoridade Nacional de Segurança<br />
Ro<strong>do</strong>viária se fizeram representar,<br />
visaram debater as bases de um<br />
<strong>do</strong>cumento com os seguintes objectivos:<br />
estabelecer novos canais de comunicação<br />
inter -institucional e parcerias;<br />
definir as regras de <strong>do</strong>tação de pessoal<br />
das PM’s e aumentar a sua capacidade<br />
de fiscalização no que respeita a ilícitos<br />
ro<strong>do</strong>viários, pratica<strong>do</strong>s nas suas respectivas<br />
áreas de jurisdição.<br />
“Não se trata de atribuir novas competências<br />
às PM’s, mas sim encontrar novas<br />
formas de racionalizar recursos humanos,<br />
com um fim objectivo comum»,<br />
observou Leitão da Silva.<br />
Certificação da qualidade<br />
A Polícia <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> está reunir<br />
diversos requisitos técnicos, com vista<br />
à obtenção da certificação de qualidade,<br />
o que, a acontecer, a elegeria como<br />
a primeira unidade policial <strong>do</strong> país a<br />
conseguir esse estatuto.<br />
O processo já dura há um ano com acções<br />
de formação trissemanais.
actualidade<br />
019<br />
Estacionamentos ilegais<br />
APESAR DO AGRAVAMENTO<br />
DAS TAXAS DE<br />
BLOQUEAMENTO E<br />
REMOÇÃO, NÍVEIS DE<br />
INFRACÇÕES MANTÊM ‐SE<br />
O combate ao estacionamento<br />
ilegal tem constituí<strong>do</strong>, igualmente,<br />
uma das preocupações da PM.<br />
No entanto, apesar das taxas associadas<br />
a bloqueamentos e reboques terem<br />
sofri<strong>do</strong> um acréscimo considerável decorrente<br />
das alterações legislativas em<br />
vigor desde 1 de Janeiro deste ano – o<br />
que, numa lógica de efectividade da<br />
medida da pena até poderia funcionar<br />
como factor dissuasor – a verdade é<br />
que, na prática, segun<strong>do</strong> o mesmo responsável,<br />
os níveis de infracções não<br />
têm conheci<strong>do</strong> grandes oscilações.<br />
Embora as dificuldades sejam ainda evidentes,<br />
Leitão da Silva tem uma visão<br />
optimista <strong>do</strong> problema. “A mobilidade<br />
tem vin<strong>do</strong> a melhorar bastante no<br />
<strong>Porto</strong>, devi<strong>do</strong> a uma fiscalização mais<br />
integrada, mas também ao facto de haver,<br />
actualmente, menos automóveis a<br />
circular, situação à qual a crise <strong>do</strong> país<br />
não é alheia”.<br />
POLÍCIA MUNICIPAL E STCP<br />
“JUNTOS PELA MOBILIDADE”<br />
A Polícia <strong>Municipal</strong> (PM) <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong> e a Sociedade de Transportes<br />
Colectivos <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
(STCP) decidiram reforçar o<br />
serviço “Via Livre”, sob o lema<br />
“Juntos pela Mobilidade”.<br />
A iniciativa consiste na utilização de<br />
duas viaturas nas quais circulam agentes,<br />
ou fiscais, da PM e elementos da<br />
STCP, que actuam em colaboração concertada<br />
com vista ao combate ao estacionamento<br />
indevi<strong>do</strong>, ou abusivo. No<br />
âmbito das medidas em curso, apostou-<br />
‐se na renovação da imagem das viaturas<br />
utilizadas, decoran<strong>do</strong> -as de uma<br />
forma mais apelativa e visível.<br />
Com esta colaboração, pretende -se incrementar<br />
um conjunto de medidas de<br />
desincentivo ao estacionamento em situações<br />
que prejudiquem o normal funcionamento<br />
<strong>do</strong>s transportes públicos,<br />
nomeadamente corre<strong>do</strong>res de circulação<br />
BUS e paragens.
Actualidade<br />
020<br />
GABINETE DE ARRUMAÇÃO E<br />
ESTÉTICA DO ESPAÇO PÚBLICO<br />
A cidade está a ficar mais bonita!<br />
Na convicção de que um pormenor pode fazer toda<br />
a diferença, após cerca de meio ano de trabalho,<br />
o Gabinete de Arrumação e Estética já tem vários<br />
exemplos a apresentar. Desde o Largo Cimo de Vila,<br />
ao Passeio das Virtudes ou ao Largo Padre Américo,<br />
as mudanças estão à vista de to<strong>do</strong>s e o envolvimento<br />
da comunidade é cada vez maior.<br />
Contribuir para transformar a cidade num espaço mais bonito,<br />
agradável e esteticamente mais arruma<strong>do</strong> é a principal<br />
função deste Gabinete (GAEEP) cria<strong>do</strong> em Janeiro deste ano,<br />
após alguns meses de trabalho -piloto no terreno.<br />
O GAEEP tem desenvolvi<strong>do</strong> diversas intervenções no espaço<br />
público, de forma a destacar a riqueza patrimonial, ajudan<strong>do</strong>,<br />
simultaneamente, a combater o vandalismo e a falta de civismo<br />
e contribuin<strong>do</strong> para melhorar o ambiente urbano global.<br />
Olga Maia, coordena<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Gabinete de Estética e Arrumação,<br />
refere que quan<strong>do</strong> a intervenção no espaço público consegue<br />
despertar a atenção da população, a colaboração acaba<br />
por acontecer e são as próprias pessoas a disponibilizarem -se<br />
para dar pequenos contributos para a manutenção <strong>do</strong> local.<br />
Uma ajuda inesperada<br />
“Um <strong>do</strong>s meus objectivos era conseguir retirar<br />
daqui o mictório, que deitava muito mau cheiro e<br />
afastava as pessoas desta zona. Apercebi ‐me que<br />
a Câmara estava a limpar a fonte e a fazer obras e<br />
disponibilizei ‐me logo para ajudar no que fosse preciso.<br />
Eu tenho aqui um estabelecimento comercial e<br />
estas obras vieram valorizá ‐lo. Muitas das pessoas<br />
que passam aqui reparam que houve modificação,<br />
algumas até pensam que é uma fonte nova. O largo<br />
ficou muito melhor e até tenho intenção de colocar<br />
aqui uma esplanada. Passam por aqui muitos turistas<br />
e agora param, tiram fotografias, sentam ‐se no<br />
banquinho. Está muito bonito!”<br />
Aníbal Carvalho, Largo Cimo de Vila<br />
Desde o início <strong>do</strong> ano que o trabalho das arquitectas responsáveis<br />
pela intervenções tem -se multiplica<strong>do</strong>. Filipa Moreira e<br />
Maria Carvalho vão para a rua, palmilham as artérias e recantos<br />
da cidade, registan<strong>do</strong> os locais onde é necessário intervir.<br />
Depois de estu<strong>do</strong>s técnicos, feitos em articulação com os diversos<br />
serviços municipais e com a projectista interna, Catarina<br />
Magalhães, são aplicadas as transformações nos pontos escolhi<strong>do</strong>s.<br />
Com o passar <strong>do</strong> tempo, a equipa <strong>do</strong> GAEEP passou<br />
a contar com sugestões e até ajuda externa.<br />
“Quan<strong>do</strong> estivemos a fazer o levantamento no Largo <strong>do</strong> Padre<br />
Américo, uma senhora veio ter connosco e disse -nos que<br />
aquela zona já tinha ti<strong>do</strong> bancos, que ela já tinha usufruí<strong>do</strong><br />
daquele espaço para lazer e que tinha saudades desse tempo.<br />
Como os bancos tinham si<strong>do</strong> danifica<strong>do</strong>s, foram removi<strong>do</strong>s<br />
e o Largo passou a ser um espaço de passagem e deixou<br />
de ter o carácter de lazer. Nós aproveitamos essa ideia,<br />
voltamos a dar essa função ao Largo e agora a população<br />
que mora por ali já fala, até, em fazer umas sardinhadas no<br />
Verão”, exemplifica Filipa Moreira. A colega aproveita para<br />
referir que têm si<strong>do</strong> várias a pessoas que lhes dão ideias<br />
quan<strong>do</strong> percebem que estão a trabalhar no espaço público.<br />
“As pessoas vêm ter connosco e dizem -nos o que, no seu entender,<br />
faz falta ou o que está mal e nós aproveitamos essas<br />
dicas e tentamos integrá -las no nosso trabalho, o que vem<br />
enriquecê -lo”, afirma Maria Carvalho.<br />
Olga Maia, Directora da CMP e Coordena<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> GAEEP
actualidade<br />
021<br />
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Largo Cimo de Vila<br />
No Largo de Cimo de Vila limpou -se a fonte, refizeram -se os dizeres lá inscritos que o tempo tinha apaga<strong>do</strong> e repôs -se o seu funcionamento.<br />
Retirou -se um mictório que era um surto constante de sujidade e maus cheiros e colocou -se um bonito banco de jardim.<br />
Pintaram -se as grelhas de ventilação elevadas <strong>do</strong> posto de transformação da EDP existente, reparou -se o pavimento e os muros de<br />
pedra. Removeu -se ainda <strong>do</strong> local uma cabine telefónica que tinha pouco uso, permitin<strong>do</strong> desta forma uma maior visibilidade da<br />
fonte. Colocou -se iluminação, o que veio proporcionar uma sensação de maior segurança a quem lá passa durante a noite.<br />
Passeio das Virtudes<br />
No Passeio das Virtudes foi reposto o saibro, removidas as ervas que proliferavam no pavimento, limpos os bancos de pedra existentes<br />
e colocadas algumas papeleiras. Foram ainda pinta<strong>do</strong>s os candeeiros tradicionais e repostos alguns pilaretes em falta, de<br />
forma a evitar o estacionamento indevi<strong>do</strong>. Devolveu -se à cidade um <strong>do</strong>s mira<strong>do</strong>uros mais belos que ela possui.<br />
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Actualidade<br />
022<br />
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Largo <strong>do</strong> Padre Américo<br />
No Largo <strong>do</strong> Padre Américo pintaram -se os corrimões, limpou -se um enorme muro em granito e uma placa afixada no local em<br />
homenagem ao Padre Américo. Colocaram -se também <strong>do</strong>is bancos antigos de jardim, recupera<strong>do</strong>s nas oficinas <strong>do</strong> Município, e<br />
uma papeleira, que permitiram transformar uma zona de passagem numa zona de lazer e convívio da população local, como já<br />
tinha si<strong>do</strong> em tempos.<br />
Envolvente ao Jardim <strong>do</strong> Moreda<br />
Na envolvente ao Jardim <strong>do</strong> Moreda fizeram -se também uma série de intervenções que vêm realçar a beleza <strong>do</strong> jardim recentemente<br />
inaugura<strong>do</strong>: alargaram -se os passeios e criaram -se caldeiras à volta das árvores, rebaixaram -se as passadeiras e eliminou-<br />
‐se uma delas considerada mal localizada e perigosa por se situar junto a um semáforo. Pintaram -se os candeeiros da EDP e<br />
alterou -se a sua localização de forma a ficarem alinha<strong>do</strong>s com as árvores existentes.<br />
Ao nível <strong>do</strong> mobiliário urbano também se fizeram algumas alterações: eliminou -se um armário da PT e uma cabine telefónica,<br />
sem uso, deslocou -se e substitui -se o abrigo (paragem) <strong>do</strong>s STCP por um mais moderno e substituíram -se os ecopontos por<br />
citytainers (lixos enterra<strong>do</strong>s).<br />
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actualidade<br />
023<br />
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Cruzamento de Gonçalo Cristóvão com a Rua de Santa Catarina<br />
No cruzamento de Gonçalo Cristóvão com a Rua de Santa Catarina havia um contentor de lixo <strong>do</strong>méstico coloca<strong>do</strong> no meio de um<br />
canteiro. Uma situação que, além de inestética, resultava num acesso difícil por parte <strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>res. Redesenhou -se o canteiro,<br />
devolven<strong>do</strong> a necessária harmonia ao local e facilitan<strong>do</strong> o acesso ao contentor. Rebaixaram -se os passeios de forma a facilitar<br />
o acesso às passadeiras neste local.<br />
Rua da Madeira com a Rua 31 de Janeiro<br />
Na bifurcação da Rua da Madeira com a Rua 31 de Janeiro pintaram -se os gradeamentos das escadas, as portas <strong>do</strong>s sanitários públicos<br />
e o quiosque tradicional, respeitan<strong>do</strong> as cores originais e iluminou -se o local. Existia também lá um pequeno canteiro que<br />
se encontrava aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> e com lixo. Voltou a ser recria<strong>do</strong>, dan<strong>do</strong> uma nova vida àquele local.<br />
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Actualidade<br />
024<br />
Limpar a cidade<br />
<strong>do</strong>s grafites<br />
Proliferam por to<strong>do</strong> o la<strong>do</strong>, tal<br />
como uma praga que alastra e<br />
que é preciso conter. Prédios antigos<br />
empareda<strong>do</strong>s, muros pinta<strong>do</strong>s<br />
de fresco, montras de vidro,<br />
estações de metro, de autocarro<br />
e até edifícios “património <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong>” são alvo de grafites feitos<br />
na clandestinidade.<br />
Numa tentativa de combater condutas<br />
que transgridem o respeito pelo bem<br />
público e priva<strong>do</strong> e o sentimento de insegurança<br />
que a degradação causa, a Direcção <strong>Municipal</strong> de Ambiente e Serviços<br />
Urbanos (DMASU) tem da<strong>do</strong> prioridade à remoção de grafites que proliferam no<br />
espaço público. A fiscalização é efectuada quer pela Polícia <strong>Municipal</strong> quer por<br />
equipas da DMASU. Há também medidas complementares de sensibilização da população<br />
em torno deste esforço municipal, com a criação de sinergias que permitem uma<br />
certa “auto-fiscalização” e uma apropriação positiva <strong>do</strong> espaço público envolvente.<br />
Ajudar a manter a cidade limpa é tarefa de to<strong>do</strong>s, por isso, to<strong>do</strong> o esforço leva<strong>do</strong> a<br />
cabo pela autarquia precisa da ajuda <strong>do</strong>s cidadãos, no senti<strong>do</strong> de alertarem e manifestarem<br />
publicamente o seu repúdio a acções de vandalismo que envolvam as suas<br />
propriedades, utilizan<strong>do</strong> os meios legais ao dispor. A imagem da cidade é determinante<br />
para a taxa de crescimento turístico registada no <strong>Porto</strong>, principalmente numa<br />
altura de crise económica.<br />
MERCADO DO BOLHÃO<br />
Projectos de especialidades concluí<strong>do</strong>s até ao final deste ano<br />
Depois de efectuadas as necessárias sondagens técnicas <strong>do</strong> terreno, continua em<br />
bom ritmo a elaboração <strong>do</strong>s projectos de especialidades relativos à requalificação <strong>do</strong><br />
Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bolhão, um trabalho coordena<strong>do</strong> pela GOP – Empresa <strong>Municipal</strong> de Gestão<br />
de Obras Públicas em conjunto com o IGESPAR, preven<strong>do</strong> -se que a sua conclusão<br />
e entrega possa acontecer até final <strong>do</strong> ano.<br />
Com a reabilitação <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bolhão, que manterá a sua traça e cunho tradicional,<br />
a autarquia pretende tornar esse espaço numa marca de excelência, num contexto<br />
dinamiza<strong>do</strong>r de uma Baixa requalificada e moderna.<br />
O conceito <strong>do</strong> novo Bolhão aponta para um equipamento com condições de se assumir<br />
como um local de encontro de sabores e aromas tradicionais, em comunhão<br />
com as exigências e desafios coloca<strong>do</strong>s pelas solicitações da modernidade.
actualidade<br />
025<br />
REQUALIFICAÇÃO<br />
DA AVENIDA<br />
DA BOAVISTA -<br />
TROÇO POENTE<br />
A reabilitação <strong>do</strong> troço poente da Avenida<br />
da Boavista, compreendi<strong>do</strong> entre<br />
o Castelo <strong>do</strong> Queijo e a Rua António<br />
Aroso, está praticamente concluída.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> disse à <strong>Porto</strong><br />
Sempre o Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Urbanismo,<br />
Gonçalo Gonçalves, o projecto<br />
de requalificação global da Avenida<br />
da Boavista, da autoria <strong>do</strong> arquitecto<br />
Manuel Ventura, encontra -se em<br />
fase de conclusão, ten<strong>do</strong>, inclusivamente,<br />
já si<strong>do</strong> feitos to<strong>do</strong>s os estu<strong>do</strong>s<br />
prévios e outros procedimentos<br />
urbanísticos necessários ao andamento<br />
<strong>do</strong> processo.<br />
Ciclovia e sinalização serão<br />
agora pintadas, depois da<br />
realização das corridas<br />
automobilísticas<br />
No senti<strong>do</strong> de precaver algum desgaste,<br />
as intervenções relacionadas<br />
com a pintura da ciclovia e de outras<br />
marcas relativas à sinalização no pavimento,<br />
bem como a colocação das<br />
floreiras na placa central da Avenida,<br />
serão agora concluídas depois da<br />
realização das provas automobilísticas<br />
<strong>do</strong> Circuito da Boavista.<br />
Nessa mesma altura, serão também pintadas<br />
as novas zonas de estacionamento<br />
na Avenida <strong>do</strong> Parque, construídas<br />
no âmbito da requalificação dessa zona<br />
nobre da cidade.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, as árvores projectadas<br />
para a placa central, que irão igualmente<br />
contribuir para o embelezamento<br />
da área já requalificada, serão<br />
plantadas apenas em Novembro, já que<br />
é essa a época <strong>do</strong> ano mais propícia ao<br />
seu saudável crescimento.
Actualidade<br />
026<br />
REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA DE LISBOA<br />
“PROJECTO ACTUAL VISA RECONCILIAR AQUELE ESPAÇO COM A CIDADE”<br />
Após largos anos de avanços e recuos, a velha Praça de Lisboa está, finalmente, a ser<br />
requalificada, reformulada, rejuvenescida no âmbito da reabilitação da Baixa. A obra avançou<br />
em Maio e terá um ano de duração. Rocha Antunes, da John Neild & Associa<strong>do</strong>s, empresa<br />
responsável pela gestão de promoção imobiliária <strong>do</strong> espaço, que também irá albergar o Pólo<br />
Zero da Federação Académica <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, explica à <strong>Porto</strong> Sempre os principais pormenores.<br />
Qual a principal inovação <strong>do</strong> projecto<br />
para requalificação da Praça de Lisboa?<br />
Ao contrário <strong>do</strong> projecto inicial – e<br />
que falhou justamente por se encontrar<br />
“de costas” para a cidade, provocan<strong>do</strong><br />
até algum receio nas pessoas de<br />
ali entrarem, apesar de se encontrar<br />
num zona central – o que agora se<br />
pretende é abri -lo completamente para<br />
rua. Ou seja, vamos reconciliar a Praça<br />
com a cidade.<br />
Como ficará o futuro perfil da Praça?<br />
Não vamos construir mais alto <strong>do</strong> que<br />
os parâmetros pré -existentes. Vamos é<br />
fazer diferente.<br />
Como assim?<br />
A Praça vai ser aberta para rua e terá<br />
um grande jardim na cobertura. Ou<br />
seja, toda aquela cobertura ondulada<br />
vai ter um amplo jardim visitável,<br />
com relva e oliveiras, e vai ter<br />
oliveiras porque ali era a antiga zona<br />
<strong>do</strong> Olival. Aliás, ainda hoje lá existe<br />
a Farmácia Antiga da Porta <strong>do</strong> Olival,<br />
que é uma referência.<br />
E quanto ao espaço destina<strong>do</strong><br />
ao comércio?<br />
O espaço comercial ficará reserva<strong>do</strong><br />
por debaixo desse jardim e será preenchi<strong>do</strong><br />
pela mistura de uma dúzia de<br />
lojas destinadas à restauração, cultura
actualidade<br />
027<br />
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e lazer, como, desde a primeira hora,<br />
foi nosso desejo. Por lojas de cultura e<br />
lazer contam -se, por exemplo, livrarias<br />
e outros estabelecimentos liga<strong>do</strong>s ao<br />
comércio de material relaciona<strong>do</strong> com<br />
as novas tecnologias, etc.<br />
Como vê a animação da economia <strong>do</strong><br />
novo espaço, nesta conjuntura de crise?<br />
Trabalho no merca<strong>do</strong> imobiliário há 22<br />
anos e nunca conheci uma situação<br />
semelhante à que estamos a atravessar.<br />
Só que este novo espaço que estamos<br />
a requalificar – e que, sem querer<br />
interferir na toponímia da cidade,<br />
gostaríamos que no futuro venha a ser<br />
conheci<strong>do</strong> como Praça <strong>do</strong>s Clérigos –<br />
tem uma localização privilegiadíssima,<br />
que compensa a conjuntura adversa.<br />
A primeira coisa que se aprende nas<br />
escolas da especialidade é que, neste<br />
ramo, as três coisas mais importantes<br />
num produto de imobiliário é a localização,<br />
a localização e a localização.<br />
Isso significa que<br />
a procura tem si<strong>do</strong><br />
grande…<br />
Exactamente.<br />
Esta localização permite<br />
que na pior conjuntura de<br />
que tenho memória<br />
estejamos, neste momento,<br />
a ser requisita<strong>do</strong>s por<br />
interesses de lojistas e de<br />
opera<strong>do</strong>res de merca<strong>do</strong><br />
suficientes para ocupar a<br />
totalidade <strong>do</strong> espaço.<br />
Como avalia a importância da<br />
nova Praça no contexto da requalificação<br />
da Baixa portuense?<br />
Sou das pessoas que há mais<br />
anos acreditam na reabilitação da<br />
Baixa <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. A prova disso foi<br />
a captação de investi<strong>do</strong>res, que<br />
apesar da conjuntura, querem investir<br />
nesse processo. Quan<strong>do</strong> a<br />
<strong>Porto</strong> Vivo, SRU colocou a concurso<br />
aquele espaço, demonstrámos<br />
imediatamente o nosso interesse<br />
e concorremos com uma proposta<br />
para ganhar e que, curiosamente,<br />
foi a única.<br />
Qual o investimento previsto?<br />
O investimento total é de 5,5 milhões<br />
de euros, a cargo da empresa Urbaclérigos,<br />
e prevê -se que as obras possam<br />
durar cerca de um ano. O que significa<br />
que, se tu<strong>do</strong> correr bem, a Praça <strong>do</strong>s<br />
Clérigos possa ser aberta à cidade na<br />
Primavera <strong>do</strong> próximo ano.
Actualidade<br />
028<br />
OBRAS NA VIA<br />
PÚB LICA<br />
INVESTIR PARA<br />
CONSERVAR<br />
Apesar de to<strong>do</strong>s os constrangimentos<br />
e limitações<br />
orçamentais ditadas pela<br />
actual conjuntura, a Câmara<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> tem em<br />
curso algumas obras na via<br />
pública de importância<br />
inquestionável para a cidade.<br />
Neste momento, uma parte<br />
substancial das intervenções já<br />
terminou, com destaque para<br />
a ligação <strong>do</strong> Viaduto da Prelada<br />
à Rua Central de Francos e<br />
Circunvalação, assim como a<br />
requalificação da Rua Augusto<br />
Nobre, Rua <strong>do</strong> Monte <strong>do</strong>s Burgos<br />
e Avenida <strong>do</strong> Parque.<br />
RUA AUGUSTO NOBRE<br />
Concluída em finais de Abril, a intervenção<br />
envolveu, entre outros aspectos,<br />
o reperfilamento da via e <strong>do</strong>s<br />
passeios, o arranjo <strong>do</strong> pavimento e de<br />
algumas infra -estruturas, designadamente<br />
as relativas às águas pluviais, o<br />
que coloca um ponto final nas habituais<br />
inundações naquela zona. Aquela<br />
artéria apresenta, agora, um único senti<strong>do</strong><br />
(ascendente).<br />
VIADUTO DA PRELADA -<br />
A LIGAÇÃO QUE FALTAVA<br />
Em Maio, foi aberta ao trânsito a designada<br />
“Via de Ligação ao Viaduto da<br />
Prelada”, que une duas áreas da cidade<br />
com grande fluxo de trânsito, nomeadamente<br />
a zona <strong>do</strong> Carvalhi<strong>do</strong> e Estrada<br />
da Circunvalação, assim como uma<br />
nova ligação entre a Rua Central de<br />
Francos e a Prelada.<br />
Realizada de forma faseada, a empreitada<br />
contemplou, em 2009, a construção<br />
<strong>do</strong>s acessos ro<strong>do</strong>viários ao Viaduto<br />
da Prelada (troço sul), permitin<strong>do</strong> unir<br />
a Cidade Cooperativa da Prelada à zona<br />
<strong>do</strong> Carvalhi<strong>do</strong> e aproveitan<strong>do</strong> o viaduto<br />
construí<strong>do</strong> há 20 anos sobre a Via de<br />
Cintura Interna (VCI).<br />
A segunda fase, recentemente finalizada,<br />
refere -se ao eixo urbano complementar<br />
de prolongamento <strong>do</strong> Viaduto<br />
da Prelada até à Rua Central de Francos<br />
(troço poente) e à Estrada da Circunvalação<br />
(troço norte).<br />
Com estas intervenções, ficam mais<br />
facilita<strong>do</strong>s os acessos da Prelada à Circunvalação,<br />
e vice -versa, permitin<strong>do</strong><br />
retirar muito <strong>do</strong> volume de trânsito,<br />
que actualmente atravessa as zonas <strong>do</strong><br />
Viso e de Monte <strong>do</strong>s Burgos.<br />
A nova via estruturante é constituída<br />
por duas faixas de rodagem, passeios,<br />
baias de estacionamento e ciclovia.<br />
As obras representaram um investimento<br />
superior a 1,5 milhões de euros<br />
e englobaram ainda a instalação de<br />
várias infra -estruturas como redes de<br />
águas pluviais, saneamento, telecomunicações,<br />
iluminação pública, abastecimento<br />
de água e instalação de semáforos,<br />
para além de diverso equipamento<br />
urbano.<br />
A nível paisagístico, destaque para a<br />
intervenção na envolvente, através da<br />
plantação de árvores e arbustos de diferentes<br />
espécies, e para a construção<br />
de muros de suporte e vedação.
actualidade<br />
029<br />
www.cm-porto.pt<br />
AVENIDA DO PARQUE<br />
Esta artéria urbana foi alvo de uma intervenção que visou,<br />
essencialmente, o reperfilamento da via e <strong>do</strong>s passeios,<br />
possibilitan<strong>do</strong> a criação de melhores condições para<br />
estacionamento de automóveis, habitualmente em grande<br />
número aos fins -de-semana, que é quan<strong>do</strong> se regista maior<br />
afluência ao Parque da Cidade.<br />
RUA DO CARVALHIDO E MORRO<br />
DA SÉ - EM EXECUÇÃO<br />
Encontram -se em execução trabalhos<br />
de requalificação na Rua <strong>do</strong> Carvalhi<strong>do</strong><br />
e Praça <strong>do</strong> Exército Liberta<strong>do</strong>r,<br />
cuja conclusão está prevista para<br />
Novembro. Incluem, à semelhança da<br />
intervenção na Rua Monte <strong>do</strong>s Burgos,<br />
a substituição das infra -estruturas e o<br />
reperfilamento <strong>do</strong>s passeios.<br />
No âmbito da requalificação urbana <strong>do</strong><br />
Quarteirão <strong>do</strong> Morro da Sé, decorrem<br />
obras no respectivo espaço público adjacente,<br />
que englobam o levantamento<br />
<strong>do</strong> pavimento e a substituição de infra-<br />
‐estruturas, nomeadamente as relativas<br />
ao abastecimento de água, águas<br />
pluviais, saneamento, gás, electricidade<br />
e telecomunicações. Estas obras estarão<br />
concluídas até ao final de Setembro.<br />
RUA DO MONTE DOS BURGOS<br />
Terminou, igualmente, a intervenção na Rua <strong>do</strong> Monte <strong>do</strong>s Burgos. A obra, de<br />
relevância considerável por se tratar de uma zona sensível em termos de entradas<br />
e saídas da cidade, incluiu a pavimentação e reperfilamento da via e passeios, bem<br />
como a substituição integral de infra -estruturas, além <strong>do</strong> reordenamento <strong>do</strong> trânsito<br />
e estacionamento. A obra terminou em finais <strong>do</strong> primeiro trimestre deste ano.<br />
EM FASE DE CONCURSO…<br />
Por outro la<strong>do</strong>, encontra -se prevista e<br />
já em fase de concurso a construção<br />
de um novo arruamento que irá ligar<br />
a Rua Conde de Castro à Rua D. João<br />
Coutinho, em Ramalde, que permitirá<br />
uma melhor mobilidade e circulação<br />
ro<strong>do</strong>viária naquela zona.<br />
Em idênticas condições está, também,<br />
a ligação da Rua Eduar<strong>do</strong> Santos Silva<br />
à Rua Horácio Marçal, junto à Igreja da<br />
Areosa, e o alargamento da Travessa<br />
Nova <strong>do</strong> Covelo.<br />
… E DE PROJECTO<br />
Está também prevista a intervenção na<br />
Rua das Antas, entre a Rua de S. Roque<br />
da Lameira e a Travessa das Antas, e<br />
que engloba a requalificação <strong>do</strong> pavimento<br />
e infra -estruturas.
Actualidade<br />
030<br />
MÁRIO SOARES E FREITAS DO AMARAL<br />
INAUGURARAM CICLO DOS “GRANDES<br />
DEBATES DO REGIME”<br />
A elevada participação tem si<strong>do</strong> denomina<strong>do</strong>r comum às conferências<br />
realizadas até ao momento, uma circunstância à qual não será, decerto, alheia a<br />
craveira <strong>do</strong>s ora<strong>do</strong>res convida<strong>do</strong>s.<br />
Mário Soares e Diogo Freitas <strong>do</strong> Amaral abriram, em 1 de<br />
Abril, o ciclo <strong>do</strong>s “Grandes Debates <strong>do</strong> Regime”, que se prolongará<br />
até Março/Abril de 2012, numa organização da Câmara<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> por iniciativa pessoal <strong>do</strong> seu Presidente.<br />
Os <strong>do</strong>is pesos pesa<strong>do</strong>s da política portuguesa dissertaram sobre<br />
"Democracia no século XXI: que hierarquia de valores?",<br />
um tema que viria a ser retoma<strong>do</strong> na terceira sessão, que<br />
aliás até nem constava <strong>do</strong> programa inicial, mas que a CMP<br />
decidiu organizar expressamente para poder assegurar a participação<br />
de Pinto Balsemão, impossibilita<strong>do</strong> de estar presente<br />
no debate inaugural, por causa <strong>do</strong> adiamento que este teve<br />
de sofrer devi<strong>do</strong> à reunião <strong>do</strong> Conselho de Esta<strong>do</strong> convocada<br />
para o dia 31 de Março pelo Presidente da República.<br />
A necessidade de recorrer à ajuda externa por parte <strong>do</strong> governo<br />
português e as críticas – algumas da quais contundentes<br />
– às agências de rating e à chanceler alemã, Ângela Merkel,<br />
pontuaram as intervenções daquelas personalidades, que,<br />
cada uma a seu mo<strong>do</strong>, protagonizaram alguns <strong>do</strong>s mais marcantes<br />
momentos da história recente <strong>do</strong> país.<br />
Na 2ª sessão, um general, um<br />
historia<strong>do</strong>r e um político dissertaram<br />
sobre “O Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Regime”<br />
Em 5 de Maio foi a vez de Garcia Leandro, Rui Ramos e Pedro<br />
Santana Lopes – um general, um historia<strong>do</strong>r e um político,<br />
respectivamente – se reunirem no auditório da Biblioteca<br />
<strong>Municipal</strong> Almeida Garrett, para reflectir (e debater) sobre “O<br />
Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Regime”.<br />
O fenómeno da corrupção, o papel <strong>do</strong>s parti<strong>do</strong>s, o actual sistema<br />
eleitoral, a mediatização <strong>do</strong> sistema e as relações institucionais<br />
entre os órgãos de soberania, com destaque para o<br />
papel e competências <strong>do</strong> Chefe de Esta<strong>do</strong>, foram algumas das<br />
mais relevantes questões afloradas e discutidas.
actualidade<br />
031<br />
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Pinto Balsemão e Gomes Canotilho também deram o seu contributo<br />
Francisco Pinto Balsemão e Gomes Canotilho foram os ora<strong>do</strong>res da terceira conferência deste ciclo, realizada<br />
em 19 de Maio último.<br />
Nas suas intervenções, tanto o conheci<strong>do</strong> empresário da comunicação social e antigo Primeiro -Ministro, como o constitucionalista<br />
da Universidade de Coimbra tiveram o cuida<strong>do</strong> de seguir “à risca” a temática proposta – "Democracia no século XXI: que hierarquia<br />
de valores?" – com Balsemão a desenvolver diversos ângulos de análise ao conceito de democracia, discorren<strong>do</strong> e interrogan<strong>do</strong>,<br />
convidan<strong>do</strong> assim à reflexão colectiva em torno de uma problemática que, para Gomes Canotilho, urge “redescobrir”.<br />
O papel e os limites <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> em debate na conferência de Junho<br />
“O papel <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e os limites da sua intervenção” foi o tema desenvolvi<strong>do</strong> na conferência de 16 de Junho, que contou com a<br />
participação de Abel Mateus, António Lobo Xavier e Rui Moreira, na qualidade de ora<strong>do</strong>res convida<strong>do</strong>s.<br />
PRÓXIMAS CONFERÊNCIAS<br />
14 DE JULHO •<br />
“Justiça: como fazer a ruptura?”, com Laborinho Lúcio, Marinho Pinto e Paulo Rangel.<br />
22 DE SETEMBRO •<br />
“Comunicação Social. Impune ou responsável?”, com Azere<strong>do</strong> Lopes, Manuel Teixeira e José Manuel Fernandes.<br />
13 DE OUTUBRO •<br />
“Educação: o futuro de Portugal”, com Artur Santos Silva, Lurdes Rodrigues e Nuno Crato.<br />
10 DE NOVEMBRO •<br />
“As Finanças Públicas e o Esta<strong>do</strong> Social num mun<strong>do</strong> globaliza<strong>do</strong>”, com António Barreto, Manuel Carvalho da<br />
Silva e Vítor Bento.<br />
19 DE JANEIRO DE 2012 •<br />
“A economia portuguesa e o seu caminho para a competitividade”, Daniel Bessa, Mira Amaral e Rui Vinhas<br />
da Silva.<br />
9 DE FEVEREIRO DE 2012 •<br />
“Que reformas para salvar o regime?”, António Vitorino, José Pacheco Pereira e Nuno Morais Sarmento.
Actualidade<br />
032<br />
CONFERÊNCIAS EM LIVRO<br />
Os conteú<strong>do</strong>s das conferências integradas no ciclo “Grandes Debates <strong>do</strong> Regime”,<br />
promovi<strong>do</strong> e organiza<strong>do</strong> pela Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, serão publica<strong>do</strong>s em livro através<br />
<strong>do</strong> trabalho de uma comissão composta por três relatores – Francisco Rocha Gonçalves,<br />
Hugo Carneiro e João Malheiro Vilaverde.<br />
“Os Debates "As Grandes Conferências <strong>do</strong> Regime" são já uma marca de participação<br />
cívica e política de grande relevo regional e nacional. Estarão indelevelmente<br />
associadas à Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, ao seu Presidente, o Dr. Rui Rio, e são<br />
ainda uma demonstração da visão e da capacidade de concretização <strong>do</strong>s Portuenses.<br />
Portanto, ser relator destas conferências é uma responsabilidade acrescida para com<br />
a qualidade e a reputação <strong>do</strong>s Debates, das pessoas e das instituições envolvidas,<br />
sen<strong>do</strong> que o objectivo último é que na forma escrita possam interessar a ainda mais<br />
pessoas, fican<strong>do</strong> preservada a sua memória numa breve publicação”.<br />
Francisco Rocha Gonçalves, Economista e Professor Universitário<br />
“Com estas conferências temos a oportunidade de ouvir alguns <strong>do</strong>s melhores pensa<strong>do</strong>res<br />
no país, muitos com larga experiência no exercício de actividades públicas,<br />
que abarcam uma margem de pensamento muito ampla. O nosso objectivo como redactores<br />
das conferências será poder levar às pessoas, ao público em geral, uma súmula<br />
de tu<strong>do</strong> quanto vier a ser dito até ao próximo ano, em todas as intervenções,<br />
a<strong>do</strong>ptan<strong>do</strong> da nossa parte uma rigorosa isenção na redacção <strong>do</strong>s textos. O quadro de<br />
pessoas escolhi<strong>do</strong> é tão eleva<strong>do</strong> em termos de qualidade que se impõe divulgar os<br />
seus contributos, pois muito teremos para aprender com eles”.<br />
Hugo Carneiro, Economista e Jurista<br />
“No momento histórico que vivemos, nesta verdadeira encruzilhada em que nos encontramos,<br />
só um correcto diagnóstico acerca <strong>do</strong>s problemas que nos afectam, nos<br />
permitirá vislumbrar uma saída para os nossos problemas. Os indica<strong>do</strong>res conheci<strong>do</strong>s<br />
são cristalinos: Portugal vive uma situação de emergência económica e financeira<br />
que já é, de igual mo<strong>do</strong>, uma situação de verdadeira emergência social. Impõe -se<br />
portanto, que se discuta, com verdade e com total desprendimento, a dimensão <strong>do</strong>s<br />
problemas económicos, sociais e políticos que Portugal enfrenta e quais os caminhos<br />
a seguir para os ultrapassar. Esta resposta tem que ser dada tanto pelos poderes<br />
públicos como pela Sociedade Civil. É esse o objectivo deste ciclo de conferências,<br />
ou seja, ajudar a encontrar e a pensar o caminho que Portugal quer para o seu<br />
futuro, ou, por outras palavras, qual o futuro para este Regime”.<br />
João Malheiro Vilaverde, Advoga<strong>do</strong>
actualidade<br />
033<br />
www.cm-porto.pt<br />
AEROPORTO FRANCISCO SÁ CARNEIRO CONTINUA A CRESCER<br />
JÁ É POSSÍVEL VOAR DUAS VEZES<br />
POR SEMANA DO PORTO PARA<br />
TORONTO<br />
INAUGURAÇÃO DE 15 NOVAS ROTAS<br />
NO ANO PASSADO<br />
O <strong>Porto</strong> está, desde Maio último, “mais<br />
perto” de Toronto. Significa isto que já é<br />
possível viajar de avião entre estas cidades<br />
duas vezes por semana, o que – entre<br />
outros indica<strong>do</strong>res – atesta a vitalidade <strong>do</strong><br />
Aeroporto Internacional Francisco<br />
Sá Carneiro, em termos de desenvolvimento<br />
turístico da cidade e da região.<br />
O projecto foi formalmente anuncia<strong>do</strong> por Fernan<strong>do</strong> Vieira,<br />
Director daquela infra-estrutura aeroportuária, e por Gilles<br />
Martin, responsável da Air Transat, uma companhia aérea<br />
canadiana, responsável pelo transporte anual de cerca de<br />
três milhões de passageiros para mais de 60 destinos, em 25<br />
países, 14 <strong>do</strong>s quais na Europa. A Air Transat é, assim, a 10ª<br />
companhia tradicional a operar com regularidade a partir <strong>do</strong><br />
Aeroporto <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
O ano de 2010 foi, aliás, marcante na evolução <strong>do</strong> Aeroporto<br />
Francisco Sá Carneiro com a inauguração de 15 novas rotas –<br />
uma com a easyJet, duas com a Transavia, 11 com a Ryanair<br />
e uma com a Royal Air Maroc.<br />
O ano passa<strong>do</strong> foi igualmente marca<strong>do</strong> por um crescimento,<br />
relativamente a 2009, na ordem <strong>do</strong>s 17% ten<strong>do</strong> ultrapassa<strong>do</strong><br />
a marca <strong>do</strong>s 5,2 milhões de passageiros e pela distinção<br />
de Segun<strong>do</strong> Melhor Aeroporto da Europa, atribuída pela ACI<br />
- Airports Council International, entidade que avaliou cerca<br />
de 200 aeroportos a nível internacional para aferir, junto <strong>do</strong>s<br />
passageiros, a qualidade <strong>do</strong> serviço presta<strong>do</strong>.<br />
Já este ano, foram abertas mais três novas rotas – Roma,<br />
La Rochelle e Paris Vatry - operadas pela Ryanair. O anúncio<br />
destes voos bissemanais <strong>Porto</strong>-Toronto com a Air Transat é,<br />
assim, o quarto novo destino de 2011.<br />
"O nosso objectivo não é criar falsas expectativas, mas sim<br />
criar perspectivas de futuro, que sejam consistentes", afirmou<br />
Fernan<strong>do</strong> Vieira, que se mostrou convicto na continuação <strong>do</strong><br />
crescimento "sustenta<strong>do</strong>" <strong>do</strong> aeroporto que dirige.<br />
7% DE CRESCIMENTO PREVISTO PARA<br />
ESTE ANO<br />
Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s revela<strong>do</strong>s por Fernan<strong>do</strong> Vieira, o Aeroporto deverá<br />
crescer este ano pelo menos 7%, preven<strong>do</strong> -se que feche<br />
2011 com cerca de 5,6 milhões de passageiros.<br />
Só em Março, passaram pelo “Sá Carneiro” quase meio milhão<br />
de viajantes.
Actualidade<br />
034<br />
Depois <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> de suspensão<br />
ALEXANDRE<br />
QUINTANILHA<br />
RENUNCIOU AO CARGO DE VEREADOR<br />
Alexandre Quintanilha, Verea<strong>do</strong>r eleito pelo PS na lista de<br />
Elisa Ferreira nas autárquicas de 11 de Outubro de 2009, renunciou<br />
ao mandato, posição que a própria cabeça-de-lista já<br />
tinha assumi<strong>do</strong>, logo após as eleições.<br />
Quintanilha tomou posse como Verea<strong>do</strong>r em 27 de Outubro de<br />
2009 e um ano depois, após algumas faltas, pediu a suspensão<br />
<strong>do</strong> mandato por seis meses. Termina<strong>do</strong> esse prazo, solicitou,<br />
em Abril, a renúncia ao mandato para que tinha si<strong>do</strong><br />
eleito numa lista em que figurava em quinto lugar.<br />
Acabou por ser substituí<strong>do</strong> por Maria Manuela de Matos Monteiro,<br />
após as escusas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is candidatos que lhe sucediam<br />
no mesmo elenco.<br />
ENCONTRO INTERNACIONAL DE ARQUITECTOS NO PORTO<br />
Entre os dias 12 de Setembro e 9 de Outubro irá decorrer, na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, o “MESA”, encontro internacional<br />
de arquitectos e que assinala também os 30 anos de carreira <strong>do</strong> “Nobel” Eduar<strong>do</strong> Souto de Moura. Esta iniciativa,<br />
que conta com o apoio da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, através <strong>do</strong> Pelouro <strong>do</strong> Conhecimento e Coesão<br />
Social, visa criar um importante espaço de reflexão em torno da problemática de intervir criativamente na<br />
arquitectura, na cidade e no espaço público.<br />
O evento des<strong>do</strong>brar -se-á em três módulos: workshop, exposição<br />
e seminário. O primeiro decorre de 12 a 16 de Setembro,<br />
na Faculdade de Arquitectura da Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />
reunin<strong>do</strong> estudantes de arquitectura provenientes de conceituadas<br />
escolas europeias. A Exposição Monográfica Eduar<strong>do</strong><br />
Souto de Moura estará patente de 17 de Setembro a 9 de<br />
Outubro, na Casa da Música, Foyer Poente. Uma selecção criteriosa<br />
das obras mais significativas <strong>do</strong> arquitecto portuense,<br />
recentemente distingui<strong>do</strong> com o prestigia<strong>do</strong> prémio Pritzker<br />
de Arquitectura. O seminário realiza -se entre 19 e 21 de Setembro,<br />
na Casa da Música, Sala Suggia, e reúne arquitectos e<br />
artistas de referência internacional.
actualidade<br />
035<br />
JUSTIÇA<br />
SUPREMO VOLTA A CONTRARIAR<br />
TRIBUNAL DA RELAÇÃO DO PORTO<br />
Em apenas um mês e meio, o Supremo Tribunal de<br />
Justiça (STJ) pronunciou-se por duas vezes favoravelmente<br />
à Câmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, revogan<strong>do</strong> as decisões<br />
da Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e in<strong>do</strong>, assim, ao encontro das<br />
deliberações tomadas em primeira instância.<br />
A primeira sentença foi proferida em Abril e estava ligada<br />
ao processo da Culturporto. Essa decisão surgiu, aliás, na sequência<br />
de uma outra no âmbito <strong>do</strong> mesmo processo, quan<strong>do</strong><br />
o Supremo revogou, em finais de Novembro de 2010, a decisão<br />
da Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, que, em Fevereiro desse ano, se<br />
tinha pronuncia<strong>do</strong> pela reintegração de um grupo de antigos<br />
funcionários da entretanto extinta Culturporto.<br />
Ao assumir essa posição, o STJ confirmava, assim, a decisão<br />
tomada pelo Tribunal de Trabalho de Matosinhos, que, em primeira<br />
instância, havia declara<strong>do</strong> lícita a cessação <strong>do</strong>s contratos<br />
de trabalho <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s ex -trabalha<strong>do</strong>res da Culturporto,<br />
extinta em 2007.<br />
Em 20 de Maio último, o Tribunal da Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> voltou<br />
a ser contradita<strong>do</strong> pelo Supremo Tribunal de Justiça, num<br />
outro processo envolven<strong>do</strong> a Câmara e um antigo engenheiro<br />
<strong>do</strong>s extintos SMAS.<br />
O processo remontava a 2005, quan<strong>do</strong> o referi<strong>do</strong> ex-<br />
‐funcionário foi exonera<strong>do</strong> <strong>do</strong> Conselho de Administração<br />
daqueles antigos serviços municipais. Depois de ver as suas<br />
pretensões não atendidas em primeira instância, o requerente<br />
recorreu para a Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> que, uma vez mais, voltou a<br />
condenar a autarquia.<br />
Perante o recurso apresenta<strong>do</strong>, por sua vez, pela CMP, o Supremo<br />
Tribunal de Justiça corroborou a decisão <strong>do</strong> juiz da primeira<br />
instância e voltou a anular a decisão da Relação.
BAIXA<br />
036<br />
TRÊS PERGUNTAS<br />
A RUI MOREIRA<br />
- o novo Presidente<br />
da <strong>Porto</strong> Vivo, SRU<br />
“É UM TRABALHO<br />
DE FILIGRANA NUM<br />
PROJECTO<br />
CRUCIAL PARA AS<br />
NOVAS GERAÇÕES”<br />
Rui Moreira assumiu o cargo,<br />
em 6 de Maio último, como<br />
Presidente <strong>do</strong> Conselho de<br />
Administração da <strong>Porto</strong> Vivo,<br />
SRU, substituin<strong>do</strong> Arlin<strong>do</strong><br />
Cunha, que tinha abdica<strong>do</strong> a<br />
1 de Janeiro. Ainda numa fase<br />
de adaptação, o conheci<strong>do</strong><br />
gestor portuense, que se tem<br />
destaca<strong>do</strong> na liderança da Associação<br />
Comercial <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />
sente ‐se honra<strong>do</strong> pelo convite<br />
e consciente da responsabilidade<br />
<strong>do</strong> que considera ser<br />
“uma missão de cidadania”.<br />
Como recebeu este convite?<br />
Com muita honra e com senti<strong>do</strong> de responsabilidade para assumir um cargo para o<br />
qual manifestei, desde logo, a minha disponibilidade. Trata -se de uma missão de cidadania,<br />
pois estes são sempre cargos que nos honram e que nos responsabilizam.<br />
O que vai começar por fazer?<br />
Vou começar por conhecer os cantos à casa, os meus colabora<strong>do</strong>res e<br />
vou falar com as forças vivas da cidade, pois esta é uma zona que conheço<br />
bem. Vou falar pouco e tentar fazer qualquer coisa.<br />
Em termos gerais, como tem visto a reabilitação da Baixa <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>?<br />
Sou um entusiasta desse processo. Temos um casco histórico extraordinário. Tivemos<br />
o azar de ter perdi<strong>do</strong> muita população, mas ao mesmo tempo também tivemos<br />
a sorte de ficar com uma zona que é quase como um museu e que resistiu bem<br />
a muitos desman<strong>do</strong>s que aconteceram noutras zonas da cidade e noutras cidades.<br />
É uma jóia que precisa de ser muito bem trabalhada e recuperada. Trata -se de um<br />
trabalho de filigrana. É muito difícil mexer num casco histórico de uma cidade e,<br />
acima de tu<strong>do</strong>, é preciso ter muito respeito por quem lá vive. A reabilitação urbana,<br />
a exemplo <strong>do</strong> que tem si<strong>do</strong> feito noutras cidades por esse mun<strong>do</strong> fora, é um projecto<br />
crucial para as novas gerações. Se não for assim, o <strong>Porto</strong> ou ficará uma cidade vazia,<br />
ou corre o risco de ficar uma cidade igual às outras. Esta característica identitária é<br />
algo que pode ser – e tem si<strong>do</strong> – o pensamento integra<strong>do</strong> de muitas pessoas de que<br />
eu também faço parte.
BAIRRO<br />
DO ALEIXO<br />
Em Julho de 2008, a Assembleia<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> aprovou a<br />
alienação <strong>do</strong>s imóveis que integram<br />
o Bairro <strong>do</strong> Aleixo, para<br />
concretização de uma intervenção<br />
de requalificação urbana que<br />
permitirá a revitalização daquela<br />
zona <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, transformada num<br />
<strong>do</strong>s mais problemáticos locais<br />
no que respeita ao consumo e<br />
tráfico de droga, à eliminação<br />
de um foco de tensão social e<br />
insegurança urbana, cujos efeitos<br />
se repercutem em toda a cidade.<br />
Trata ‐se de um processo que,<br />
pela sua delicadeza e complexidade,<br />
é sempre moroso mesmo<br />
sem contar com as providências<br />
cautelares que, a ocorrerem, o<br />
atrasariam substancialmente.<br />
O Bairro <strong>do</strong> Aleixo, cuja construção<br />
remonta à década de 70, pela sua estrutura<br />
e composição <strong>do</strong> edifica<strong>do</strong> (320<br />
habitações, distribuídas por 5 torres,<br />
de 13 pisos cada uma, num total de 64<br />
habitações por torre) encontrava -se em<br />
Mais de trinta<br />
agrega<strong>do</strong>s já foram<br />
transferi<strong>do</strong>s<br />
condições de considerável degradação<br />
física e social.<br />
A Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, sensibilizada<br />
por este evidente contexto<br />
de degradação, decidiu pela requalificação<br />
<strong>do</strong> Bairro <strong>do</strong> Aleixo, proceden<strong>do</strong><br />
entre o mais à transferência <strong>do</strong>s<br />
ocupantes que preenchem os requisitos<br />
legais necessários para o efeito.<br />
A primeira medida desencadeada pela<br />
DomusSocial, EEM, foi a de recolha da<br />
informação necessária à instrução e<br />
actualização <strong>do</strong>s processos habitacionais<br />
<strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s residentes no Bairro<br />
<strong>do</strong> Aleixo.<br />
• Em Junho de 2010, os 294 agrega<strong>do</strong>s<br />
residentes naquele Bairro foram convoca<strong>do</strong>s<br />
a comparecer na DomusSocial,<br />
EEM, onde foi organiza<strong>do</strong> um processo<br />
individual, mediante recolha de <strong>do</strong>cumentos<br />
de to<strong>do</strong>s os elementos <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong><br />
familiar e elaboração de auto de<br />
Coesão social<br />
037<br />
declarações, onde consta, entre outros,<br />
a preferência <strong>do</strong>s locais de realojamento<br />
<strong>do</strong> agrega<strong>do</strong>.<br />
• De acor<strong>do</strong> com a disponibilidade de<br />
habitações requalificadas existentes<br />
sob gestão da DomusSocial, têm si<strong>do</strong><br />
convoca<strong>do</strong>s a comparecer os agrega<strong>do</strong>s<br />
cujos processos habitacionais se<br />
encontrem completos e preencham os<br />
requisitos para ocupação de uma habitação<br />
social.<br />
• Aos agrega<strong>do</strong>s são apresentadas as habitações<br />
de tipologia adequada às suas<br />
necessidades e têm si<strong>do</strong> asseguradas as<br />
preferências de cada um para efeitos de<br />
realojamento, propon<strong>do</strong> -se, sempre que<br />
possível, 3 habitações em Freguesias<br />
distintas, preferencialmente na Freguesia<br />
de origem ou Freguesias limítrofes.<br />
• Em Dezembro de 2010 iniciou -se o<br />
processo de realojamento destes agrega<strong>do</strong>s,<br />
ten<strong>do</strong> já si<strong>do</strong> transferi<strong>do</strong>s 34<br />
agrega<strong>do</strong>s. Os agrega<strong>do</strong>s foram transferi<strong>do</strong>s<br />
para habitações requalificadas,<br />
de tipologia adequada à sua constituição<br />
e para os locais identifica<strong>do</strong>s nas<br />
suas preferências.<br />
• Os realojamentos <strong>do</strong> Bairro <strong>do</strong> Aleixo<br />
serão fasea<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong>s anos, conforme<br />
previsto no Fun<strong>do</strong> Especial de<br />
Investimento Imobiliário.<br />
www.cm-porto.pt
Coesão social<br />
038<br />
BAIRRO DO<br />
LAGARTEIRO:<br />
A INTERVENÇÃO<br />
QUE AJUDA A<br />
TRANSFORMAR<br />
CA M PANHÃ<br />
Deverá estar concluída, em mea<strong>do</strong>s<br />
deste mês, a primeira fase de<br />
requalificação <strong>do</strong> Bairro <strong>do</strong> Lagarteiro.<br />
Uma intervenção no edifica<strong>do</strong><br />
correspondente a oito <strong>do</strong>s treze<br />
blocos que constituem aquele<br />
complexo habitacional, localiza<strong>do</strong><br />
na freguesia de Campanhã.<br />
Além desta, são já visíveis as transformações<br />
no espaço público envolvente,<br />
quer ao nível <strong>do</strong>s arruamentos existentes<br />
e novas ruas, quer ao nível <strong>do</strong>s<br />
passeios e espaços verdes. Isto, sem<br />
esquecer as renovadas infra -estruturas<br />
de saneamento, abastecimento de água<br />
e iluminação pública.<br />
A primeira fase <strong>do</strong> arranjo urbanístico,<br />
no la<strong>do</strong> norte <strong>do</strong> bairro, está finalizada,<br />
encontran<strong>do</strong>-se a Câmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> a proceder<br />
à segunda fase <strong>do</strong>s trabalhos, a sul.<br />
Em construção, junto ao bloco 12, está<br />
também o Pavilhão Gimnodesportivo,<br />
um equipamento multiusos com capacidade<br />
para acolher um leque alarga<strong>do</strong><br />
de eventos desportivos e sociais, o<br />
qual deverá estar pronto em Setembro<br />
próximo, benefician<strong>do</strong>, em primeira<br />
instância, os mais de 1760 mora<strong>do</strong>res<br />
<strong>do</strong> Lagarteiro.<br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> prevê iniciar,<br />
a curto prazo, novas intervenções<br />
noutros bairros sociais.<br />
CAMPO DO VISO COM NOVO TAPETE<br />
DE RELVA SINTÉTICA<br />
O campo <strong>do</strong> Viso, situa<strong>do</strong> na freguesia<br />
de Ramalde, tem um novo piso de relva<br />
sintética. O espaço requalifica<strong>do</strong>, geri<strong>do</strong><br />
pela empresa municipal <strong>Porto</strong>Lazer, possui<br />
iluminação e condições para acolher<br />
jogos oficiais de hóquei em campo e treinos<br />
de futebol de onze. Dispõe de quatro<br />
balneários, cada um com capacidade para<br />
18 atletas, e de mais um outro destina<strong>do</strong><br />
às equipas de arbitragem, além de uma<br />
bancada com capacidade para cerca de<br />
300 pessoas, que lhe conferem boas condições<br />
para a realização de torneios particulares<br />
de futebol de onze e de sete.
Coesão social<br />
039<br />
www.cm-porto.pt<br />
PROGRAMA “ESCOLA VIVA”<br />
O plano de requalificação de to<strong>do</strong>s os estabelecimentos de ensino público de 1º Ciclo está a ser leva<strong>do</strong> a<br />
efeito através <strong>do</strong> Programa “Escola Viva”, contemplan<strong>do</strong> requalificações, beneficiações gerais e ampliações,<br />
suportadas integralmente pelo orçamento municipal. Até ao momento, das 54 EB1/Jardins -de-<br />
‐Infância, foram já intervenciona<strong>do</strong>s 41 estabelecimentos de ensino.<br />
Destaque, igualmente, para a criação de <strong>do</strong>is novos centros escolares: o Centro Escolar das Antas, já em<br />
funcionamento desde o início <strong>do</strong> corrente ano lectivo, e o Centro Escolar de S. Miguel de Nevogilde, em<br />
construção, obra a ficar concluída antes <strong>do</strong> início <strong>do</strong> próximo ano lectivo.<br />
A construção <strong>do</strong> novo Centro Escolar de S. Miguel de Nevogilde obedece aos critérios estabeleci<strong>do</strong>s para a<br />
Requalificação da Rede Escolar, ten<strong>do</strong> como função principal colmatar as necessidades ao nível da oferta<br />
educativa nesta área da cidade, devidamente identificadas na Carta Educativa <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, onde a insuficiência<br />
<strong>do</strong> parque escolar é mais expressiva.<br />
O novo Centro Escolar é constituí<strong>do</strong> pelo edifício pré -existente, que detém uma carga sócio -afectiva significativa<br />
mas que irá reaparecer totalmente remodela<strong>do</strong> e interliga<strong>do</strong> a um novo edifício de construção arquitectónica<br />
moderna, possuin<strong>do</strong> no seu to<strong>do</strong>, um total de 22 salas, das quais seis são destinadas ao ensino<br />
pré -escolar e as restantes 16 para o 1º Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico. Conta ainda com uma sala para o ensino<br />
especial e todas as restantes valências que integram os estabelecimentos de ensino básico, como sejam:<br />
biblioteca/sala de leitura/sala de multimédia, sala polivalente, cozinha, refeitório, instalações destinadas<br />
aos professores, gabinete médico, toda uma área exterior envolvente, com campo de jogos e pátio<br />
exterior de actividades <strong>do</strong> jardim -de-infância.
Coesão social<br />
040<br />
EDUCAÇÃO<br />
Intervenção na EB1 de Montebello e EB1<br />
de Augusto Lessa para criação de salas<br />
de jardim -de -infância<br />
A EB1 de Montebello, pertencente ao Agrupamento de Escolas<br />
Nicolau Nasoni, foi intervencionada para a criação de duas<br />
salas afectas à educação pré -escolar e assim poder acolher o<br />
Jardim -de-infância de Contumil, até aqui sedea<strong>do</strong> numa estrutura<br />
pré -fabricada. Esta intervenção decorre da decisão <strong>do</strong> município<br />
de extinção de algumas estruturas pré -fabricadas onde<br />
funcionam jardins -de-infância que requerem requalificação.<br />
A integração <strong>do</strong>s JI nas EB1 proporciona a rentabilização de<br />
recursos, quer físicos, quer humanos, potencian<strong>do</strong> ao mesmo<br />
tempo a requalificação das EB1, permitin<strong>do</strong> -se assim uma optimização<br />
<strong>do</strong> conforto das crianças.<br />
Na mesma linha de actuação, vão decorrer, na pausa lectiva<br />
de Verão, obras de beneficiação na EB1 de Augusto Lessa.<br />
Destinam -se ao alargamento <strong>do</strong> ensino pré -escolar, mas com<br />
particular destaque, por se tratar de um Agrupamento de Escolas<br />
(Eugénio de Andrade) de referência, <strong>do</strong> ensino bilingue<br />
para alunos sur<strong>do</strong>s.<br />
Requalificação da EB1/JI de Costa<br />
Cabral e EB1/JI Miosótis<br />
No âmbito <strong>do</strong> Programa “Escola Viva” decorrem, durante a<br />
pausa lectiva de Verão, as intervenções na EB1/JI de Costa<br />
Cabral, pertencente ao Agrupamento de Escolas Eugénio de<br />
Andrade, e na EB1 de Miosótis, <strong>do</strong> Agrupamento <strong>do</strong> Amial.<br />
Pretende -se a total requalificação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is estabelecimentos<br />
de ensino, <strong>do</strong>tan<strong>do</strong> -os das necessárias condições de bem-<br />
‐estar, através da melhoria <strong>do</strong>s níveis de conforto ambiente<br />
(temperatura, qualidade <strong>do</strong> ar, luminosidade, cor e conforto<br />
acústico).<br />
As intervenções em causa seguem as normas vigentes, relativamente<br />
às questões de segurança e higiene sanitárias. Em<br />
particular destaque estão a substituição da cobertura e de<br />
caixilharias, pinturas, e renovação de sanitários.<br />
A reabilitação <strong>do</strong>s edifícios, com ampliação de instalações,<br />
permite que os mesmos sejam equipa<strong>do</strong>s de espaços escolares<br />
multifuncionais (biblioteca, refeitório/polivalente, sala<br />
de professores, etc.) caracteriza<strong>do</strong>s por índices de qualidade<br />
funcional e de conforto.<br />
De referir que a requalificação da EB1 de Miosótis contempla, ainda,<br />
o alargamento de resposta com abertura de uma sala para o<br />
ensino pré -escolar (jardim -de-infância), obedecen<strong>do</strong> ao conceito<br />
de centro escolar, integran<strong>do</strong> mais <strong>do</strong> que um nível de ensino.<br />
FÉRIAS NA QUINTA<br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, através da Fundação <strong>Porto</strong><br />
Social, realiza, pelo quarto ano consecutivo, as “Férias<br />
na Quinta”. Com início no dia 4 deste mês, prolongar -se-á<br />
até ao dia 29, abrangen<strong>do</strong> cerca de 150 crianças.<br />
Trata -se de uma actividade dinamizada na pausa lectiva de<br />
Verão, destinada às crianças com idades compreendidas entre<br />
os 6 e os 12 anos. Visa apoiar as famílias e instituições, na<br />
ocupação activa <strong>do</strong>s tempos livres das suas crianças, e promover<br />
a inclusão social através da implementação de acções que<br />
permitam a interacção entre públicos diferencia<strong>do</strong>s.
Coesão social<br />
041<br />
www.cm-porto.pt<br />
“Políticos por um dia”:<br />
Mais de 1500 alunos <strong>do</strong> 1º Ciclo <strong>do</strong><br />
Ensino Básico “feitos” deputa<strong>do</strong>s<br />
municipais<br />
Inseri<strong>do</strong> no projecto municipal de coadjuvação<br />
curricular “<strong>Porto</strong> de Crianças”, “Políticos por um Dia”<br />
tem como objectivos promover o conhecimento da<br />
organização democrática <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s órgãos <strong>do</strong><br />
município - Câmara <strong>Municipal</strong> e Assembleia <strong>Municipal</strong><br />
- bem como fomentar a análise crítica e a partilha<br />
de ideias e opiniões sobre temáticas relacionadas<br />
com a cidade.<br />
Já passaram pela “Assembleia <strong>Municipal</strong>” cerca de 1579 alunos/deputa<strong>do</strong>s<br />
das escolas públicas da cidade. Os alunos <strong>do</strong><br />
3º ano <strong>do</strong> 1º Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico das escolas da rede pública<br />
<strong>do</strong> concelho assumem o papel de deputa<strong>do</strong>s, exercitan<strong>do</strong><br />
deveres e direitos no cumprimento das regras inerentes àquele<br />
órgão municipal. Os debates são realiza<strong>do</strong>s em torno de situações<br />
e problemas relaciona<strong>do</strong>s com a cidade e de soluções<br />
para as mesmas, formuladas pelos alunos em contexto de sala<br />
de aula. Ao longo deste ano, estiveram em debates questões<br />
relativas ao Urbanismo, Educação e Ambiente.<br />
A última sessão contou com a presença <strong>do</strong> Presidente da Câmara<br />
<strong>Municipal</strong>, Rui Rio, que debateu o tema “Cidadãos da<br />
Cidade”, cerimónia transmitida, em directo, pela TV<strong>Porto</strong> para<br />
algumas das escolas <strong>do</strong> 1º Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico <strong>do</strong> concelho.<br />
Durante to<strong>do</strong> o dia, as crianças participam numa panóplia<br />
de actividades diversas que vão desde a expressão dramática,<br />
musical, plástica, culinária, reciclagem e jardinagem, até<br />
saídas ao exterior, culminan<strong>do</strong> com uma festa final protagonizada<br />
pelos participantes. Toda a actividade é realizada num<br />
ambiente alegre, dinâmico e educativo, aproveitan<strong>do</strong> o espaço<br />
rural da Quinta de Bonjóia.
Coesão social<br />
042<br />
JUNTA DE FREGUESIA<br />
DE SANTO ILDEFONSO<br />
- Um exemplo solidário no apoio<br />
social aos mais carencia<strong>do</strong>s<br />
Num tempo marca<strong>do</strong> pelo egoísmo e pela falta de<br />
solidariedade, a missão filantrópica desenvolvida<br />
pela Junta de Freguesia de Santo Ildefonso é<br />
exemplar. Os serviços que vem prestan<strong>do</strong> à<br />
comunidade, designadamente junto de segmentos<br />
socialmente mais desprotegi<strong>do</strong>s, são cre<strong>do</strong>res de<br />
admiração e respeito, mas também de divulgação.<br />
Hoje mais <strong>do</strong> que nunca.<br />
Sob a batuta <strong>do</strong> seu presidente, Wilson Faria, e de um punha<strong>do</strong><br />
de funcionários e colabora<strong>do</strong>res dedica<strong>do</strong>s, a Junta de<br />
Freguesia de Santo Ildefonso presta serviços em três áreas:<br />
infância, idade sénior e comunidade em geral.<br />
Assim, são nove as principais respostas sociais que existem<br />
actualmente a funcionar na Junta. Para a população com<br />
mais de 60 anos, funciona um Serviço de Apoio Domiciliário,<br />
um Centro de Dia e um Centro de Convívio.<br />
Para as crianças entre os quatro meses e os <strong>do</strong>is anos, existem<br />
duas creches – a Creche Primavera 1 e a Creche Primavera 2. O<br />
Jardim -de-Infância João das Regras apoia as crianças entre os<br />
três e os cinco anos. Para a comunidade em geral, a Junta de<br />
Freguesia disponibiliza um Posto Médico, um Posto de Enfermagem<br />
e um Gabinete de Apoio ao Sobreendivida<strong>do</strong>.<br />
Serviço de Apoio Domiciliário<br />
Este serviço apoia 85 pessoas, na sua maioria<br />
i<strong>do</strong>sos, acama<strong>do</strong>s e sem retaguarda familiar. Doze<br />
auxiliares de geriatria prestam apoio nas actividades<br />
<strong>do</strong> dia ‐a‐dia, no <strong>do</strong>micílio <strong>do</strong>s <strong>do</strong>entes, incluin<strong>do</strong><br />
higiene pessoal diária, limpeza de casa e distribuição<br />
de refeições. Actualmente, são distribuídas<br />
diariamente (incluin<strong>do</strong> fins ‐de‐semana e feria<strong>do</strong>s)<br />
cerca de 45 refeições.<br />
Além destes serviços, os i<strong>do</strong>sos necessita<strong>do</strong>s beneficiam também<br />
<strong>do</strong> tratamento de roupas, de pequenas reparações em<br />
casa, assim como acompanhamento a consultas médicas e<br />
hospitalares. Sempre que precisam, a equipa <strong>do</strong> apoio <strong>do</strong>miciliário<br />
efectua -lhes algumas compras, acompanhan<strong>do</strong> -os nas<br />
saídas à rua para tratarem de assuntos pessoais prementes.<br />
Em parceria com uma Associação de Voluntários, a Junta<br />
apoia também os mais carencia<strong>do</strong>s, através da <strong>do</strong>ação de fraldas<br />
e produtos de higiene pessoal, cuja compra representa<br />
uma despesa fixa avultada nas suas reformas.<br />
No senti<strong>do</strong> de minorar a solidão em que muitos se encontram,<br />
a Junta de Freguesia de Santo Ildefonso aderiu ao Projecto<br />
Idade d’Ouro, desenvolvi<strong>do</strong> pela associação Ajudaris, cujo grupo<br />
de voluntários se desloca a casa <strong>do</strong>s utentes para conversar<br />
e fazer companhia, actividades essenciais para manter o<br />
seu bem -estar psicológico.<br />
Centro de Dia<br />
Este serviço teve o seu início em 1998 e destina -se a mora<strong>do</strong>res<br />
que apresentem carências económicas. Funciona num<br />
prédio no Largo Dr. Tito Fontes, das 10 às 17 horas, e recebe<br />
30 utentes a quem disponibiliza almoço e lanche.<br />
Centro de Convívio<br />
O mesmo espaço acolhe, das 14 às 17 horas, 90 fregueses com<br />
mais de 60 anos que, durante a semana, combatem a solidão,<br />
conviven<strong>do</strong> e interagin<strong>do</strong> em torno de diversas actividades organizadas<br />
justamente nesse senti<strong>do</strong>.<br />
Destacam -se, entre essas iniciativas, comemorações de aniversários,<br />
visitas periódicas a locais de interesse na cidade, coló-
Coesão social<br />
043<br />
Apoio à Infância<br />
E porque a educação é uma etapa fundamental na vida de<br />
qualquer pessoa, os mais pequenos também não foram esqueci<strong>do</strong>s.<br />
Na Rua <strong>do</strong> Paraíso situam -se duas creches, a Creche<br />
Primavera 1 e Primavera 2, para crianças <strong>do</strong>s 4 meses aos 2<br />
anos de idade. Actualmente são cerca de 70 crianças que frequentam<br />
estes <strong>do</strong>is espaços, situa<strong>do</strong>s num verdadeiro oásis no<br />
meio da cidade.<br />
A Junta de Freguesia de Santo Ildefonso detém também a<br />
componente de apoio à família <strong>do</strong> Jardim de Infância na Rua<br />
João das Regras, para 50 crianças, <strong>do</strong>s três aos cinco anos de<br />
idade, sen<strong>do</strong> que o apoio lectivo é tutela<strong>do</strong> pelo Agrupamento<br />
de Escolas Augusto Gil.<br />
nia de férias e duas semanas de praia<br />
na época balnear em Leça da Palmeira.<br />
Duas vezes por semana uma professora<br />
de música dá aulas de canto aos utentes,<br />
ten<strong>do</strong> -se já cria<strong>do</strong> um grupo coral<br />
bastante anima<strong>do</strong> denomina<strong>do</strong> Tuna de<br />
Santo Ildefonso.<br />
Também duas vezes por semana, um<br />
fisioterapeuta dá aulas de ginástica<br />
orientadas para a prevenção de acidentes<br />
na terceira idade.<br />
Paralelamente, as pessoas mais dadas<br />
à leitura poderão usufruir <strong>do</strong>s serviços<br />
de uma biblioteca itinerante, criada<br />
por uma associação de voluntários,<br />
que lhes faz chegar às suas casas os<br />
livros pretendi<strong>do</strong>s.<br />
Apoio à Comunidade<br />
A actividade da Junta de Santo Ildefonso<br />
não se confina apenas aos utentes<br />
<strong>do</strong>s seus serviços, optan<strong>do</strong> também<br />
por se abrir à comunidade e com ela<br />
partilhar, na medida <strong>do</strong> possível e num<br />
quadro de rigor de gestão, alguns serviços<br />
dignos de nota, como sejam o Posto<br />
Médico, aberto às segundas e quartas-<br />
‐feiras, das 14 às 15 horas, e o Posto de<br />
Enfermagem, to<strong>do</strong>s os dias, das 15h às<br />
16h, excepto às terças -feiras.<br />
De salientar a realização de um passeio<br />
anual para os mora<strong>do</strong>res seniores da<br />
freguesia (400 a 500 pessoas), proporcionan<strong>do</strong><br />
aos participantes um dia diferente<br />
e de alegre convívio, dan<strong>do</strong> -se<br />
a conhecer em simultâneo “cantos” de<br />
Portugal, tantas vezes desconheci<strong>do</strong>s.<br />
Gabinete de Apoio ao Sobreendivida<strong>do</strong><br />
A Junta de Freguesia de Santo Ildefonso<br />
estabeleceu um protocolo com<br />
a DECO - Gabinete de Apoio ao Sobreendivida<strong>do</strong>,<br />
no senti<strong>do</strong> de assegurar o<br />
atendimento a mora<strong>do</strong>res excessivamente<br />
endivida<strong>do</strong>s ou mesmo sobreendivida<strong>do</strong>s,<br />
com vista a apoiá -los na<br />
melhor gestão das suas dívidas.<br />
O atendimento funciona na sede da<br />
Junta de Freguesia uma tarde por mês,<br />
das 14 às 17 horas.<br />
Cinco mil euros para<br />
acudir a situações<br />
mais desesperadas<br />
Face à conjuntura económica e<br />
financeira que muito tem afecta<strong>do</strong> os<br />
mora<strong>do</strong>res de Santo Ildefonso, o<br />
Executivo decidiu criar uma rubrica<br />
orçamental, destinada a apoiar<br />
situações de pobreza extrema em que<br />
as famílias não têm capacidade para<br />
pagar as suas despesas fixas mensais<br />
(medicação, renda, água, luz, etc.).
GRANDE ENTREVISTA<br />
044<br />
“SOU MUITAS VEZES CONSIDERADO<br />
UM ‘OUT SIDER’<br />
MESMO PELOS MEUS PRÓPRIOS<br />
CORRELIGIONÁRIOS”<br />
MIGUEL VEIGA<br />
Advoga<strong>do</strong> e “devoto, embora<br />
laico, da política”<br />
“BASTA-ME SER DO PORTO<br />
PARA SER PORTUGUÊS”<br />
“Pareço-me com um político de vez em quan<strong>do</strong>, mas, mesmo<br />
quan<strong>do</strong> intervenho politicamente, advogo causas. Quase sempre<br />
de cidadania…” – afirmou um dia. Em quais destes <strong>do</strong>mínios –<br />
o Direito e a Política – se sente mais confortável?<br />
Mais <strong>do</strong> que um conforto, um desporto e, até, <strong>do</strong> que uma profissão<br />
de ganha-pão, a advocacia foi e tem si<strong>do</strong>, há mais de<br />
meio século, a minha paixão, a que sempre fui fiel embora limita<strong>do</strong><br />
à minha estatura mediana de 1,72m de altura. Mais <strong>do</strong> que<br />
um mo<strong>do</strong> de ganhar a vida é, para mim, um mo<strong>do</strong> de ser e estar<br />
na vida, da minha identidade pessoal, <strong>do</strong> meu sotaque de ser.<br />
Reconheço-me por vocação, destino e profissão um advoga<strong>do</strong> e<br />
jurista praticante, e um cidadão militante em que advogo causas<br />
quase sempre de cidadania. É como advoga<strong>do</strong> na vida prática<br />
<strong>do</strong> direito e da cidadania e nas esquinas da justiça que intervenho.<br />
Aliás, a advocacia e a cidadania confluem e conjugam-se<br />
mutuamente.<br />
E o que é, para si, a advocacia?<br />
A advocacia é um humanismo e uma magistratura cívica, que<br />
exige uma cultura (um advoga<strong>do</strong> que só sabe de direito nem de<br />
direito sabe) e integra uma ética de convicção e de responsabilidade.<br />
Só que a advocacia exerce-se também no cumprimento<br />
diário de um trabalho sério, decente e competente. Que é a base<br />
e a trave-mestra da cidadania.<br />
Apesar de to<strong>do</strong> o seu passa<strong>do</strong> e prestígio enquanto figura pública,<br />
nunca aceitou cargos governativos. Porquê? Não seria essa<br />
uma forma de exercer em plenitude o dever cívico e patriótico<br />
que tanto exulta?<br />
Fui sempre arredio ao exercício <strong>do</strong> poder politico que nunca<br />
me atraiu, nunca me seduziu e nunca fez parte <strong>do</strong>s meus<br />
desejos. E “a verdadeira pátria <strong>do</strong>s homens é o seu desejo”<br />
(Léon Bloy). Não me sinto vocaciona<strong>do</strong> nem inclina<strong>do</strong> ou declina<strong>do</strong><br />
para ele, saben<strong>do</strong> também que só se pode fazer bem<br />
o que desejamos, gostamos de fazer. Como diz a sabe<strong>do</strong>ria<br />
popular: “cada macaco no seu galho”… A par, sinto, e nunca<br />
deixei de exprimi-lo, o maior respeito e a maior admiração<br />
por aqueles que, com dignidade, compostura e até com sacrifícios<br />
pessoais, aceitam exercer cargos públicos de governação.<br />
Acresce que a minha independência, a minha autonomia<br />
que sempre para mim defendi como supremo acto de liberdade,<br />
ficariam necessariamente limita<strong>do</strong>s ou condiciona<strong>do</strong>s pelos<br />
consabi<strong>do</strong>s e, muitas vezes, pouco recomendáveis, jogos<br />
de poder. Sou alérgico, por natureza, às tricas, aos conúbios<br />
espúrios, aos tratos das negociatas que amiúde levam <strong>do</strong>s<br />
aparelhos partidários ao patamar <strong>do</strong>s cargos da governação.<br />
Por isso, sou muitas vezes considera<strong>do</strong> como um<br />
“out sider” mesmo pelos meus próprios correligionários…<br />
Tu<strong>do</strong> isso em nome da sua própria liberdade?<br />
É a vida e cada um a orienta consoante pode e<br />
lhe aprouver. É o que faço, fiel a outra das minhas<br />
paixões, que é a liberdade com que exprimo<br />
as minhas convicções. A liberdade de<br />
um mo<strong>do</strong> existencial, enquanto actividade e<br />
vitalidade, dentro e fora de portas, em todas<br />
as estações e idades, como pulsão de vida,<br />
a liberdade como desejo, a liberdade sensual<br />
e mágica, a liberdade para. O grande<br />
sonho da minha geração foi a liberdade<br />
que o 25 de Abril nos trouxe traduzida<br />
em liberdades efectivas. O que me<br />
levou a, desde os 18 anos, tornar-me<br />
militante contra a ditadura salazarista<br />
e, depois, a ser um <strong>do</strong>s 14<br />
funda<strong>do</strong>res <strong>do</strong> PSD.
GRANDE ENTREVISTA<br />
“O JOGO DA<br />
SEDUÇÃO É<br />
FASCINANTE,<br />
ATRAI-ME”<br />
045<br />
www.cm-porto.pt<br />
Na apresentação <strong>do</strong> seu livro “O Meu<br />
Único Infinito É a Curiosidade”, citou<br />
António Lobo Antunes para recordar<br />
que “na vida há três coisas realmente<br />
importantes: a amizade, as mulheres e<br />
os livros, e tu<strong>do</strong> o resto é vão acessório”.<br />
Então, que lugar resta para a política?<br />
A citação, que transcrevi como um<br />
“meu biográfico”, tem de ser interpretada<br />
no seu contexto, de eu me confessar<br />
e reconhecer como essencialmente<br />
um homem de afectos. Para<br />
mim, os afectos são a minha, a nossa,<br />
salvação. A amizade é o essencial, o<br />
sal, o sol da vida. É ela que nos funda<br />
e se nos entretece nesse acerto de<br />
olhares, nesse consenso de<br />
linguagens, nessa comunhão<br />
de gostos e contragostos,<br />
de repulsas, de<br />
preconceitos, de reflexos<br />
e, sobretu<strong>do</strong>, <strong>do</strong>s afectos<br />
das nossas águas<br />
mais silenciadas.<br />
E o que é a amizade?<br />
É o lugar onde mais gosto de viver<br />
como escreveu o meu fraterno José<br />
Domingos da Cruz Santos. A verdade<br />
<strong>do</strong> desejo é a única que não mente.<br />
Prosseguir a decifração desse mistério,<br />
desse enigma que se instaura, quanto<br />
mais real, mais oculto, nos segre<strong>do</strong>s<br />
encantatórios <strong>do</strong> corpo da mulher,<br />
ama<strong>do</strong> território em que o homem se<br />
perde, se encontra e se salva. Dessa<br />
eterna esfinge que a mulher encerra,<br />
invisível, indizível, inviolável. O<br />
desejo é a distância tornada sensível e<br />
o jogo da sedução é fascinante, atraime.<br />
Umas vezes no papel de sedutor,<br />
outras no de seduzi<strong>do</strong>, não guar<strong>do</strong> a<br />
esse respeito qualquer preconceito. O<br />
que importa é que o jogo se jogue de<br />
uma forma solta, deslumbrada, desejada<br />
e com armas iguais. A sedução tem<br />
a estratégia da aparência, é uma forma<br />
encantada de representação, não é uma<br />
simulação e, muito menos, uma mentira<br />
ou uma falsificação, embora possa<br />
ser um fingimento verdadeiro. É que a<br />
sedução representa a maîtrise <strong>do</strong> universo<br />
simbólico. Que não é da ordem da<br />
natureza, mas, sim, “cosa mentale” <strong>do</strong><br />
prodigioso artifício criativo da mente.<br />
E, representan<strong>do</strong> ou mesmo fingin<strong>do</strong>,<br />
não mente.<br />
E a política onde mora na sua vida?<br />
Não quis dizer que para mim a política<br />
está subalternizada, em lugar secundário.<br />
Bem pelo contrário, tenho, e sempre<br />
tive, a política como uma das actividades<br />
mais altas e nobres <strong>do</strong> género<br />
humano, como a expoente da cidadania<br />
e <strong>do</strong> viver em comunidade. Sou um “devoto”,<br />
embora laico, da política.<br />
A sedução tem a estratégia da<br />
aparência, é uma forma encantada de<br />
representação, não é uma simulação<br />
e, muito menos, uma mentira ou uma<br />
falsificação, embora possa ser um<br />
fingimento verdadeiro.
GRANDE ENTREVISTA<br />
046<br />
“FIQUEI FELIZ E<br />
ESPERANÇADO COM A<br />
VITÓRIA ELEITORAL DO PSD”<br />
Escreveu, há algum tempo: “Já não cantam<br />
os amanhãs, embora ainda haja luar”. Poderá<br />
ser esta, ainda, uma legenda possível<br />
que o leve, em alguma destas noites solsticiais,<br />
a caracterizar o seu esta<strong>do</strong> de alma<br />
perante a situação actual <strong>do</strong> país?<br />
Os tempos actuais não são de moderação<br />
mas, sim, de mudança, de viragem, de desafio,<br />
em que o futuro é um processo radicalmente<br />
aberto e in-determina<strong>do</strong> em permanente<br />
movimento de auto-superação.<br />
Bem sei (até porque algumas coisas tenho<br />
escrito sobre o tema) que os “signos <strong>do</strong> nosso<br />
tempo” são os da “crise <strong>do</strong> futuro”. Mas é preciso<br />
que nos libertemos de uma dupla ilusão<br />
que <strong>do</strong>minou a “intelligentzia” desde há décadas:<br />
a nostalgia de um passa<strong>do</strong> fin<strong>do</strong> assim<br />
como a esperança de um futuro radioso.<br />
É que se, ontem, tínhamos o direito de<br />
ser fatalistas por optimismo, <strong>do</strong>ravante<br />
devemos ser audaciosos por pessimismo.<br />
Nesta consciência crítica perpassa<br />
um optimismo pessimista, corrijo, um<br />
pessimismo optimista (enganei-me de<br />
propósito), uma visão desola<strong>do</strong>ra com<br />
um mínimo de esperança.<br />
Mas é neste desfasamento entre a idealidade<br />
e a realidade que radica o nó-górdio<br />
da condição humana. Viver o tempo como<br />
uma enriquece<strong>do</strong>ra tensão entre a memória<br />
<strong>do</strong> passa<strong>do</strong> e a pulsão das saudades <strong>do</strong><br />
futuro, com a lucidez de quem está avisa<strong>do</strong><br />
de que a mesma luz que ilumina é também<br />
a luz que cega e sabe, como única certeza,<br />
que os conceitos de realidade, de senti<strong>do</strong> e<br />
até de destino têm de ser constantemente<br />
interroga<strong>do</strong>s. Fiel à verdade que a vida nos<br />
concede: a nossa razão humana.<br />
Já não haverá, portanto, lugar a certezas<br />
imutáveis e definitivas…<br />
No meu pessimismo optimista trago mais<br />
interrogações, dúvidas e perplexidades,<br />
<strong>do</strong> que certezas e caminhos. Porventura,<br />
alguns da<strong>do</strong>s, algumas pistas, alguns,<br />
poucos, trilhos. Problematizar e procurar<br />
respostas, ainda que parciais e fragmentárias,<br />
atenden<strong>do</strong> unicamente ao seu interesse<br />
informativo, <strong>do</strong>cumental e polémico.<br />
A verdade deixou de ser um conceito<br />
hegemónico. Quero dizer. Uma abordagem<br />
que se caracteriza, antes de mais, pelo seu<br />
próprio movimento, pela mobilidade <strong>do</strong><br />
pensamento, <strong>do</strong> pensar em contraban<strong>do</strong>,<br />
desse mo<strong>do</strong>, talvez filosofante, de perpétuo<br />
afirmativo embora continue a pecar pela falta<br />
de organização das suas elites, embora as<br />
tenha e das melhores mas infelizmente em<br />
perda perante o <strong>do</strong>mínio centralista da capital.<br />
Eça é que é Eça! O país lamentavelmente<br />
continua a ser Lisboa e o resto é paisagem…<br />
“TENHO SEMPRE, DESDE<br />
SEMPRE E ATÉ SEMPRE, UM<br />
SENTIMENTO DE PERTENÇA<br />
AO PORTO”<br />
Falemos um pouco da sua cidade e da<br />
sua “relação estreita e íntima»”que com<br />
ela afirma manter. Como é que a vê hoje<br />
e que aspecto mais destacaria na sua<br />
evolução recente?<br />
O <strong>Porto</strong>, para mim, na clareza lapidar e<br />
fulgurante de Sophia, é “a pátria dentro<br />
da pátria”. Aliás, a mim, basta-me ser <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong> para ser português. Relação pessoal<br />
e íntima esta minha com o <strong>Porto</strong>, de tão<br />
antiga, amorosa e tormentosa, como a de<br />
um velho casal, atravessada de memórias<br />
e afectos, de cumplicidades e partilhas, de<br />
exaltações e desilusões, de encantos e desencantos.<br />
Tenho sempre, desde sempre e<br />
até sempre, um sentimento de pertença ao<br />
<strong>Porto</strong>, sustento da minha identidade, vinca<strong>do</strong><br />
pelas razões <strong>do</strong> coração e que a razão<br />
reconhece. A identidade, por vezes, terá de<br />
ser convulsiva ou não será. A identidade é<br />
a história e esta, sobre ser uma continuidade,<br />
é uma impaciência. E o <strong>Porto</strong> é o lugar<br />
primeiro e cimeiro da “minha aparição<br />
a mim próprio”. (Vergílio Ferreira).<br />
E <strong>do</strong> ponto de vista social, como o vê?<br />
O <strong>Porto</strong> actualmente está mais justo socialmente,<br />
mais conti<strong>do</strong> na construção faraónica<br />
de prédios gigantescamente odiosos, mais<br />
limpo e assea<strong>do</strong>, mais cuida<strong>do</strong>, mais transitável,<br />
menos poluí<strong>do</strong>, esteticamente mais<br />
decente, cultural e cientificamente mais<br />
Além da Foz, que outros locais <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
mais gosta de fruir, capazes de lhe despertarem<br />
esse tal sentimento de que lhe “basta<br />
ser <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> para ser português”?<br />
“RUI RIO FIRMOU NO PORTO O<br />
SEU DESTINO COMO POLÍTICO<br />
E GOVERNANTE DE PRIMEIRA<br />
ÁGUA”<br />
Vislumbra algum aspecto identitário<br />
entre o mo<strong>do</strong> como o <strong>Porto</strong> hoje “respira”<br />
com o mo<strong>do</strong> como politicamente<br />
tem si<strong>do</strong> geri<strong>do</strong> pelo actual Presidente<br />
da Câmara, de cujas candidaturas o<br />
senhor assumiu a responsabilidade de<br />
ser mandatário?<br />
O Presidente Rui Rio não é só um genuíno<br />
social-democrata mas tem-se<br />
comporta<strong>do</strong> fielmente como tal de<br />
acor<strong>do</strong> com as suas convicções. Honra<br />
que seja, que lhe é devida! “A tout<br />
Seigneur tout honneur”! A inclinação
GRANDE ENTREVISTA<br />
047<br />
contrabandista, como trânsfuga, que passa de um território a outro<br />
porque sabe que há sempre uma comunicação possível, enquanto,<br />
em certa medida, somos mais livres de circular <strong>do</strong> que há 30 anos.<br />
Quan<strong>do</strong> esta entrevista for publicada, as eleições já são passa<strong>do</strong>.<br />
Que sugestões, propostas ou desafios gostaria de deixar<br />
ao novo governo, com vista à superação deste pesadelo<br />
que Portugal está a viver?<br />
Fiquei feliz e esperança<strong>do</strong> com a folgada – embora por mim esperada<br />
– vitória <strong>do</strong> PSD nas últimas eleições. Espero que o novo<br />
governo mude efectivamente Portugal, cumpra o programa<br />
sálviro, a começar pelo memoran<strong>do</strong> da troika, mobilize o país<br />
nos grandes sacrifícios, provações e penitências a fazer, supere<br />
as nossas enormes dificuldades externas e internas e, com esse<br />
ânimo e prática mobiliza<strong>do</strong>res, nos faça esquecer, a breve trecho,<br />
o consula<strong>do</strong> <strong>do</strong> Engº Sócrates de tão triste memória e que,<br />
por força <strong>do</strong> seu incompetente desgoverno, lançou o país numa<br />
tão “apagada e vil tristeza”. É a hora (!), chegou a hora <strong>do</strong> PSD,<br />
que tem de ser (e vai ser) pontual, na rigorosa excepção da palavra,<br />
no cumprimento <strong>do</strong> seu programa.<br />
A esplanada <strong>do</strong> restaurante <strong>do</strong> Molhe, o passeio da Avenida Brasil<br />
da praia <strong>do</strong> Ourigo até ao Castelo <strong>do</strong> Queijo, a Foz Velha, a Avenida<br />
das Tílias no Palácio de Cristal, os jardins de Serralves, da<br />
Cor<strong>do</strong>aria e de Arca d’Água, a Rua das Virtudes onde está plantada<br />
a minha querida “Árvore”, o Parque da Cidade, o Palácio da Bolsa<br />
e muitos, muitos mais… E o meu poleiro sobre o mar à Avenida<br />
Brasil 611, na Foz, que é o lugar da casa que me habita e onde<br />
posso ouvir a voz <strong>do</strong> imortal Eugénio, por entre os murmúrios<br />
das ondas: “As gaivotas. Vão e vêm. Entram/pela pupila./Devagar,<br />
também os barcos entram./Por fim o mar./Não tardará a fadiga da<br />
alma./De tanto olhar, tanto/olhar”.<br />
pre<strong>do</strong>minantemente social da sua governação em favor <strong>do</strong>s<br />
mais desfavorecidas de que são relevantes exemplos o renovo e<br />
humanização <strong>do</strong>s bairros sociais mais degrada<strong>do</strong>s, o seu rigor na<br />
condução <strong>do</strong>s negócios autárquicos e no controlo das suas contas,<br />
a expulsão e limpeza da “<strong>do</strong>mus” <strong>do</strong>s construtores e patos bravos<br />
que a infestavam, a sua visão progressista para a modernidade<br />
da cidade, traduzida por exemplo, na requalificação da baixa, a<br />
firmeza da sua resistência aos desman<strong>do</strong>s <strong>do</strong> poder central e às<br />
investidas desabridas das esquerdas radicais, órfãs de Staline, o<br />
pulso firme (não de ferro em luva de velu<strong>do</strong>) com que conduz<br />
a vereação e fecha as portas aos traficantes de influências, são<br />
sustento da sua notável liderança e <strong>do</strong> apoio indesmentível que o<br />
eleitora<strong>do</strong> lhe deu maioritariamente e renovadamente nas urnas.<br />
Rui Rio firmou no <strong>Porto</strong> o seu destino como político e governante<br />
de primeira água e a quem está destina<strong>do</strong> um lugar cimeiro na<br />
cena política nacional. É este o meu vaticínio. Resta esperar para<br />
ver. Julgo não me enganar tanto quanto ele nunca me enganou.<br />
O PERPÉTUO SEDUTOR<br />
De Miguel Luís Kolback da Veiga já muito se disse e tu<strong>do</strong> (?) se escreveu.<br />
Apresentá-lo, em meia dúzia de despretensiosas linhas, é<br />
quase tão redutor como impossível. É um advoga<strong>do</strong> proeminente,<br />
liberal e republicano, que, como gosta de dizer, “de vez em quan<strong>do</strong><br />
se parece com um político”. Nasceu há 75 anos, no <strong>Porto</strong>, e é<br />
ti<strong>do</strong> como homem de afectos, de sentimentos, de emoções, que<br />
venera a amizade e se rende, de mo<strong>do</strong> contumaz e incorrigível, ao<br />
exercício <strong>do</strong> que os seus mais próximos e indefectíveis amigos não<br />
se cansam de enfatizar – o jogo da sedução, aqui entendida no<br />
mais profun<strong>do</strong> <strong>do</strong> seu significa<strong>do</strong>, ou seja, como arte de encantamento<br />
e de paixão pela cultura, pelos outros e pela vida.<br />
“Declaro-me humanista personalista, hetero<strong>do</strong>xo, sujeito de razões<br />
e de emoções, de convicções, de senti<strong>do</strong>s, de valores éticosociais,<br />
pauta<strong>do</strong> por referências normativas, embora desampara<strong>do</strong><br />
de deuses e avesso às gramáticas de obediência e às cartilhas<br />
<strong>do</strong>gmáticas”, esclarece, em discurso directo, num <strong>do</strong>s seus muitos<br />
textos edita<strong>do</strong>s, sob vários formatos e chancelas – ou não fosse<br />
ele um intelectual emérito, praticante de uma prosa – ou será poesia?<br />
– densa, impressiva, exuberante e… lá está… sedutora.<br />
Estaria tu<strong>do</strong> dito, se não se impusesse salientar estarmos em presença<br />
de um <strong>do</strong>s funda<strong>do</strong>res <strong>do</strong> então PPD (hoje PSD), Grande-<br />
Oficial da Ordem da Liberdade, mandatário de uma das candidaturas<br />
à Presidência da República de Mário Soares e das três de Rui<br />
Rio à Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, a qual, em 2007, nas comemorações<br />
<strong>do</strong> 33º aniversário <strong>do</strong> 25 de Abril, o agraciou com a Medalha<br />
<strong>Municipal</strong> de Mérito – Grau Ouro.<br />
“Perante nós temos um homem <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, de origem familiar beirã<br />
e francesa, de cultura clássica mas desprovi<strong>do</strong> de deuses, causídico<br />
ilustre, homem firme e convicto, pródigo em amizades dura<strong>do</strong>uras,<br />
amante da vida boa e <strong>do</strong> saber”. Face a este “retrato”, que lhe foi tira<strong>do</strong><br />
por Cavaco Silva numa homenagem que lhe prestou, em 2007,<br />
tu<strong>do</strong> quanto se pudesse acrescentar seria um enorme pleonasmo…
competitividade<br />
048<br />
MERCADO DO BOM<br />
SUCESSO ENCERROU<br />
PARA REABILITAÇÃO<br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> encerrou,<br />
no passa<strong>do</strong> dia 3 de Junho,<br />
o Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bom Sucesso, com<br />
vista à sua requalificação. A medida<br />
foi tomada depois da autarquia<br />
ter invoca<strong>do</strong> “interesse público”<br />
junto <strong>do</strong> Tribunal Administrativo<br />
e Fiscal <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, que, dias antes,<br />
já tinha recebi<strong>do</strong> uma providência<br />
cautelar por parte de três comerciantes,<br />
num universo de 120, que<br />
pretendiam, assim, manter o merca<strong>do</strong><br />
aberto.<br />
Paralelamente, os requerentes pediam a<br />
suspensão de eficácia <strong>do</strong> acto administrativo,<br />
que, na sua óptica, representava<br />
o encerramento daquele espaço.<br />
Neste tipo de casos, porém, a lei permite<br />
que uma das partes possa recorrer, de<br />
uma forma sustentada, fundamentada e<br />
consolidada em factos inequívocos, a um<br />
<strong>do</strong>cumento designa<strong>do</strong> “Resolução Fundamentada”,<br />
sempre que o interesse público<br />
for, ou possa vir a ser, prejudica<strong>do</strong>.<br />
Refira -se que os comerciantes que interpuseram<br />
a previdência cautelar já<br />
haviam assina<strong>do</strong> o acor<strong>do</strong> com a CMP<br />
para deixar o espaço, ten<strong>do</strong> recebi<strong>do</strong>,<br />
inclusive, uma compensação monetária<br />
a que, legalmente, nem sequer tinham<br />
direito, mas que a Câmara entendeu<br />
atribuir como forma de os ressarcir pela<br />
sua saída.<br />
Edição 2012 <strong>do</strong> “Best of Wine Tourism”<br />
Os presta<strong>do</strong>res de serviços de enoturismo das regiões <strong>do</strong><br />
Douro e <strong>Porto</strong> e <strong>do</strong>s Vinhos Verdes poderão apresentar, até<br />
dia 16 de Setembro, as suas candidaturas ao concurso<br />
internacional de enoturismo “Best of Wine Tourism”, de<br />
acor<strong>do</strong> com as regras de concurso disponíveis no site da<br />
Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> – www.cm-porto.pt.<br />
O “Best of Wine Tourism” é um concurso<br />
promovi<strong>do</strong>, desde 2003, pela Câmara<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, no âmbito da participação<br />
na rede internacional Great<br />
Wine Capitals Global Network www.<br />
greatwinecapitals.com e que pretende<br />
apoiar um segmento <strong>do</strong> turismo em<br />
crescimento, o enoturismo.<br />
Já foram premia<strong>do</strong>s pelo município 31<br />
presta<strong>do</strong>res de serviços, numa estratégia<br />
de reforço <strong>do</strong> prestígio internacional<br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e <strong>do</strong> Norte de Portugal,
competitividade<br />
049<br />
TODO O ESPAÇO INTERIOR<br />
SERÁ REMODELADO E<br />
MODERNIZADO<br />
O projecto, vence<strong>do</strong>r <strong>do</strong> concurso<br />
público internacional lança<strong>do</strong><br />
expressamente para o efeito pela<br />
CMP, prevê a remodelação total<br />
<strong>do</strong> interior <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> a efectuar<br />
pela empresa adjudicatária.<br />
Todavia, a sua traça exterior<br />
será mantida e preservada, da<strong>do</strong><br />
tratar ‐se de um edifício considera<strong>do</strong><br />
um ícone da arquitectura<br />
modernista <strong>do</strong>s anos 50.<br />
O conceito proposto para o futuro Bom<br />
Sucesso corresponde a um modelo multiusos<br />
em que o espaço será compartilha<strong>do</strong><br />
em cerca de um terço pelo comércio<br />
tradicional (zona central), outro<br />
terço por um hotel "low cost" temático<br />
(zona norte), fican<strong>do</strong> a parte restante<br />
destinada a serviços (zona sul), tu<strong>do</strong><br />
isto sem desvirtuar o seu “perfil” de<br />
merca<strong>do</strong> tradicional de frescos de elevada<br />
qualidade.<br />
O merca<strong>do</strong> propriamente dito ficará situa<strong>do</strong> no piso térreo, na parte central da<br />
nave, e terá uma capacidade para albergar 44 bancas distribuídas por 11 módulos<br />
com quatro espaços de comércio cada.<br />
Estão, igualmente, programa<strong>do</strong>s parques de estacionamento, um ao nível <strong>do</strong> piso<br />
0, com capacidade para 19 lugares, adstrito ao hotel, e outro com capacidade para<br />
63 lugares, afecto ao conjunto de serviços e lojistas.<br />
O novo equipamento tem a sua conclusão prevista para o último trimestre de 2013<br />
e representa um investimento de cerca de 10 milhões de euros.<br />
através da Great Wine Capitals Global Network, ao promover um<br />
concurso que decorre em simultâneo em nove capitais vinhateiras<br />
espalhadas pelo mun<strong>do</strong>: Bordeaux; Bilbao - Rioja; Cape Town;<br />
Christchurch - South Island; Florença; Men<strong>do</strong>za; Mainz - Rheinhessen;<br />
<strong>Porto</strong>; São Francisco - Napa Valley.<br />
As Great Wine Capitals reuniram no <strong>Porto</strong> dia 25 de Junho, aproveitan<strong>do</strong><br />
o facto de decorrer na cidade, entre 20 e 27 de Junho, o<br />
XXXIV Congresso Mundial da Organização da Vinha e <strong>do</strong> Vinho, a<br />
maior organização intergovernamental ligada ao vinho. Este congresso<br />
contou com cerca de 900 participantes de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> no<br />
evento, facto que reforça o reconhecimento internacional <strong>do</strong> vinho<br />
como uma das marcas de prestígio da Cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.
ecocidade<br />
050<br />
DESPOLUIR,<br />
DESENTUBAR<br />
E REABILITAR<br />
AS RIBEIRAS<br />
DO PORTO<br />
A ribeira da Granja e o rio Tinto<br />
são os grandes objectivos de<br />
requalificação das linhas de água<br />
até 2013. Em Lordelo, a ribeira<br />
da Granja ganhou uma nova<br />
dinâmica com o desentubamento<br />
de mais um troço. Quanto ao rio<br />
Tinto, prosseguem os trabalhos<br />
articula<strong>do</strong>s com os municípios<br />
vizinhos para a sua despoluição.<br />
A Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> continua o projecto<br />
para despoluir e reabilitar as ribeiras<br />
da cidade, inicia<strong>do</strong> em 2007. Depois<br />
das ribeiras da Foz, Nevogilde e Al<strong>do</strong>ar,<br />
os trabalhos continuam com especial<br />
enfoque na ribeira da Granja, Asprela e<br />
no rio Tinto. Após a requalificação ambiental<br />
da ribeira da Asprela, no troço<br />
junto ao Bairro <strong>do</strong> Outeiro e na ribeira<br />
da Granja, no troço <strong>do</strong> Viso, a estratégia<br />
passa agora por chamar os priva<strong>do</strong>s<br />
a participar no projecto.<br />
“Criámos um projecto global para a<br />
ribeira da Granja ao qual terão de se<br />
ajustar to<strong>do</strong>s aqueles que quiserem<br />
construir junto à ribeira”, explica Poças<br />
Martins, da empresa municipal Águas<br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Por exemplo, na zona de Lordelo<br />
foram os promotores imobiliários<br />
de uma nova urbanização que incluíram<br />
no seu projecto o desentubamento e requalificação<br />
da linha de água, de forma<br />
a valorizar o próprio empreendimento.<br />
“Estamos num momento de contenção<br />
financeira e o que procuramos fazer é<br />
atingir uma parte significativa <strong>do</strong>s nossos<br />
objectivos através <strong>do</strong>s priva<strong>do</strong>s que<br />
investem nos seus empreendimentos e<br />
os valorizam com as nossas ribeiras”,<br />
afirma Poças Martins.<br />
Quanto ao rio Tinto, com um troço dentro<br />
<strong>do</strong> Parque Oriental, o projecto está<br />
a ser conduzi<strong>do</strong> pela Junta Metropolitana<br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, em articulação com a<br />
Administração da Região Hidrográfica<br />
<strong>do</strong> Norte, uma vez que envolve quatro<br />
concelhos distintos: <strong>Porto</strong>, Maia, Valongo<br />
e Gon<strong>do</strong>mar. Sem prazos para o fim<br />
<strong>do</strong>s trabalhos, o responsável adianta<br />
que to<strong>do</strong>s “estão a encarar o rio com<br />
novos olhos na esperança que se consiga<br />
a sua despoluição o mais rapidamente<br />
possível”.<br />
PARQUE DA<br />
CIDADE COM NOVA<br />
VIGILÂNCIA<br />
O Parque da Cidade é uma área<br />
que tem concita<strong>do</strong> especial<br />
atenção da Polícia <strong>Municipal</strong>,<br />
agora com uma muito maior<br />
visibilidade.<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, no início deste ano foi<br />
aberta uma esquadra nas instalações<br />
administrativas daquele espaço municipal<br />
e adquirida uma Moto4, a qual,<br />
embora não sen<strong>do</strong> propriamente uma<br />
das melhores amigas <strong>do</strong> ambiente, permite<br />
um acesso rápi<strong>do</strong> de intervenção<br />
a todas as zonas <strong>do</strong> Parque, sempre que<br />
as circunstâncias o exijam.<br />
Esta maior visibilidade da presença da<br />
PM naquele extenso local de lazer funciona<br />
como elemento dissuasor, contribuin<strong>do</strong><br />
assim para uma segurança mais<br />
eficaz de to<strong>do</strong>s (e são muitos) os que o<br />
frequentam.<br />
Ao mesmo tempo, a PM pretende estar<br />
mais próxima <strong>do</strong>s munícipes, prevenin<strong>do</strong><br />
o surgimento de condutas criminais<br />
e incivilidades.
ecocidade<br />
051<br />
www.cm-porto.pt<br />
A “TÁCTICA DO JUDO” PARA REQUALIFICAR AS MARGENS<br />
Na requalificação <strong>do</strong>s leitos e margens<br />
das linhas de água <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> está a<br />
ser aplicada, segun<strong>do</strong> Poças Martins,<br />
a “táctica <strong>do</strong> ju<strong>do</strong>”: o mais fraco usa<br />
a força <strong>do</strong> outro para o derrubar. Ou<br />
seja, em vez de utilizar pedra e betão<br />
para conter as margens, a Águas<br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> está a recorrer a madeira e<br />
vimes, utilizan<strong>do</strong> as técnicas de engenharia<br />
natural. Os vimes, em conjunto<br />
com estruturas de madeira,<br />
permitem que as margens suportem<br />
o aumento <strong>do</strong>s caudais, uma vez que<br />
os vimes vergam à passagem da água.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, é muito mais simples<br />
substituir a madeira, <strong>do</strong> que reconstruir<br />
pesadas defesas de betão, que<br />
implicam maquinaria pesada dentro<br />
<strong>do</strong> leito <strong>do</strong> curso de água e investimentos<br />
mais avulta<strong>do</strong>s.<br />
Jardim <strong>do</strong> Moreda<br />
requalifica<strong>do</strong><br />
O Jardim <strong>do</strong> Moreda foi totalmente requalifica<strong>do</strong>.<br />
O projecto teve como ideia<br />
base a recuperação <strong>do</strong> traça<strong>do</strong> original<br />
<strong>do</strong> jardim, com base em pesquisas<br />
bibliográficas datadas de 1892 e ten<strong>do</strong><br />
em conta existência, no local, de <strong>do</strong>is<br />
exemplares arbóreos de avançada idade<br />
- um cedro e uma palmeira. Com uma<br />
área de aproximadamente 850 metros<br />
quadra<strong>do</strong>s, o jardim beneficiou, igualmente,<br />
com a requalificação da área<br />
envolvente, associada ao alargamento e<br />
repavimentação <strong>do</strong>s passeios.
ecocidade<br />
052<br />
PARQUE ORIENTAL<br />
A mancha verde<br />
que valorizou Campanhã<br />
São 10 hectares de espaços verdes que servem a população<br />
das freguesias orientais da cidade e <strong>do</strong>s concelhos vizinhos.<br />
Inaugura<strong>do</strong> em Junho de 2010, o Parque Oriental tem ganho<br />
cada vez mais adeptos que se deliciam a passear numa rede<br />
de trilhos, com o burburinho da água <strong>do</strong> rio a correr ao<br />
fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> vale.<br />
Quem chega, depara -se de imediato<br />
com os muros de granito e xisto descreven<strong>do</strong><br />
curvas suaves num vale relva<strong>do</strong>.<br />
Seguin<strong>do</strong> pelos trilhos, há charcos<br />
semea<strong>do</strong>s em vórtices de pedra e<br />
água cain<strong>do</strong> em cascata de um muro<br />
a lembrar o tempo megalítico. Fez um<br />
ano que o Parque Oriental foi inaugura<strong>do</strong>,<br />
ou melhor, os primeiros 10 hectares<br />
de um projecto mais vasto que<br />
vai ocupar uma área cinco vezes maior<br />
<strong>do</strong> que a actual.<br />
Muito procura<strong>do</strong> por grupos de estudantes,<br />
especialmente alunos <strong>do</strong><br />
ensino superior para visitas de estu<strong>do</strong><br />
e trabalhos académicos, o espaço<br />
oferece uma vegetação diversificada,<br />
desde o antigo maciço de carvalhos e<br />
sobreiros, que foi limpo, requalifica<strong>do</strong><br />
e integra<strong>do</strong> no desenho <strong>do</strong> Parque, até<br />
um sem número de espécies de flores<br />
silvestres que vão pintalgan<strong>do</strong> a mancha<br />
verde, que se estende relvada até<br />
ao vale <strong>do</strong> rio Tinto.
ecocidade<br />
053<br />
Os Projectos<br />
Pelo curso fluvial de água passa muito<br />
<strong>do</strong> futuro mais próximo <strong>do</strong> Parque. No<br />
processo de despoluição <strong>do</strong> Rio Tinto,<br />
que tem vin<strong>do</strong> a ser conduzi<strong>do</strong> pela<br />
empresa municipal Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />
assenta um aspecto nuclear para o desenvolvimento<br />
<strong>do</strong> espaço. “Cientes da<br />
necessidade de encontrar uma estratégia<br />
para preservar os registos históricos<br />
e os valores naturais <strong>do</strong> rio Tinto<br />
que atravessa o Parque numa extensão<br />
aproximada de três quilómetros, queremos<br />
intervir em vectores fundamentais:<br />
controlo de poluição de águas,<br />
desassoreamento, regularização fluvial<br />
e controlo de cheias e valorização paisagística<br />
e ambiental das margens”,<br />
explicou Álvaro Castello-Branco, verea<strong>do</strong>r<br />
<strong>do</strong> Ambiente na Câmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
Serão requalifica<strong>do</strong>s alguns <strong>do</strong>s velhos<br />
caminhos rurais e criar -se-á aquilo que<br />
pretende ser um autêntico mostruário<br />
de camélias, ro<strong>do</strong>dendros e azáleas.<br />
Contu<strong>do</strong>, o responsável lembra que a<br />
despoluição <strong>do</strong> rio está igualmente dependente<br />
de outros concelhos.<br />
Nova vegetação vai<br />
animan<strong>do</strong> o espaço<br />
Desde 2010, já foram plantadas cerca<br />
de 450 árvores e 250 arbustos. Foi o<br />
primeiro de vários planos de plantação,<br />
que têm como objectivo garantir<br />
a componente estética e paisagística<br />
<strong>do</strong> Parque e contribuir para o bem-<br />
‐estar da população, garantin<strong>do</strong> a sustentabilidade<br />
<strong>do</strong> espaço e promoven<strong>do</strong><br />
a sua biodiversidade.<br />
Em Abril deste ano, o<br />
Pelouro <strong>do</strong> Ambiente em<br />
conjunto com a Lipor/<br />
Ordem <strong>do</strong>s Arquitectos –<br />
Secção Regional <strong>do</strong> Norte<br />
trouxe mais uma<br />
iniciativa ao Parque com a<br />
plantação de 20 carvalhos<br />
(Quercus Robur).<br />
"Esta iniciativa teve a ver<br />
basicamente com a<br />
preocupação, sempre<br />
saudável, com as emissões<br />
de CO2. A Ordem <strong>do</strong>s<br />
Arquitectos associan<strong>do</strong> -se<br />
à Lipor e conjuntamente<br />
com a Câmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
elaborou uns cálculos no<br />
senti<strong>do</strong> de estimar quantas<br />
árvores seria útil plantar<br />
nos parques urbanos da<br />
cidade para compensar<br />
aquele tipo de emissões",<br />
explicou Álvaro Castello-<br />
Branco, após ter planta<strong>do</strong><br />
uma árvore.
InovaçÃo<br />
054<br />
PLANO MUNICIPAL<br />
DA JUVENTUDE<br />
Integra<strong>do</strong> na programação <strong>do</strong> Ano Internacional da Juventude<br />
foi oficialmente apresenta<strong>do</strong> o Plano <strong>Municipal</strong> da Juventude<br />
versão 2.0, <strong>do</strong>cumento estratégico das políticas para a<br />
juventude e <strong>do</strong> compromisso da autarquia para com os jovens.<br />
“Com este plano reconhecemos que estamos a contribuir para<br />
elevar o nível educacional da cidade ao aproveitar a relação<br />
entre o município e a escola, o mun<strong>do</strong> empresarial, a comunidade<br />
científica das universidades e os movimentos de mobilidade<br />
internacional”, assumiu o Vice -Presidente e Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />
Ambiente e Juventude, Álvaro Castello -Branco<br />
CMP CRIA CENTRO DE INOVAÇÃO SOCIAL<br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, através <strong>do</strong> Pelouro <strong>do</strong> Conhecimento<br />
e Coesão Social e da Fundação <strong>Porto</strong> Social, criou o<br />
Centro de Inovação Social (CIS), cujo objectivo é promover a<br />
implementação de projectos de inovação e empreende<strong>do</strong>rismo<br />
social na cidade.<br />
Pretende -se com este centro sensibilizar a sociedade para a<br />
importância da coesão social, através da divulgação e promoção<br />
de novas ideias e projectos que contribuam para o desenvolvimento<br />
social da cidade, permitin<strong>do</strong> a afirmação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
como uma cidade solidária, inclusiva e inova<strong>do</strong>ra. O centro<br />
está sedea<strong>do</strong> na Quinta de Bonjóia.<br />
Concurso Nacional<br />
de Inovação<br />
para Jovens<br />
Universitários<br />
A Associação <strong>Porto</strong> Digital (constituída pela<br />
Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
e Associação Empresarial de Portugal), o Instituto<br />
Superior da Maia (ISMAI) e a multinacional Alcatel-<br />
Lucent lançaram, em conjunto, o Concurso Nacional<br />
de Inovação para Jovens Universitários. Trata ‐se<br />
de uma iniciativa que visa fomentar e divulgar<br />
novas ideias e produtos que possam originar<br />
resulta<strong>do</strong>s concretos, aplicáveis às redes de nova<br />
geração, nomeadamente à rede aberta existente na<br />
cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.
InovaçÃo<br />
055<br />
PROF. MARCELLO<br />
FRANCO É CIDADÃO<br />
HONORÁRIO DO “PORTO,<br />
CIDADE DE CIÊNCIA”<br />
www.cm-porto.pt<br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />
através da Fundação <strong>Porto</strong><br />
Social, distinguiu o Prof. Marcello<br />
Franco com o título de Cidadão<br />
Honorário <strong>do</strong> projecto municipal<br />
“<strong>Porto</strong> Cidade de Ciência”.<br />
A cerimónia teve lugar no<br />
IPATIMUP – Instituto de Patologia<br />
e Imunologia Molecular da<br />
Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, no dia<br />
em que esta instituição médicocientífica<br />
prestou homenagem<br />
ao Brasil, país com o qual tem<br />
desenvolvi<strong>do</strong> um trabalho de<br />
intercâmbio científico nas áreas<br />
da Genética Populacional e da<br />
Medicina Molecular.<br />
A atribuição daquele título ao Prof.<br />
Marcello Franco foi entregue pela Verea<strong>do</strong>ra<br />
<strong>do</strong> Pelouro <strong>do</strong> Conhecimento e<br />
Acção Social, em representação <strong>do</strong> Presidente<br />
da Câmara.<br />
O trabalho científico daquele académico<br />
centra -se, fundamentalmente, nas áreas<br />
da patologia fúngica e da patologia<br />
renal como alvos principais <strong>do</strong>s seus<br />
trabalhos de investigação.<br />
To<strong>do</strong>s os anos o “<strong>Porto</strong> Cidade de Ciência”<br />
distingue personalidades da área<br />
científica – nacionais e estrangeiras –<br />
que se notabilizaram pelo seu contributo<br />
nos avanços da ciência.<br />
O projecto em causa, concebi<strong>do</strong> pela Câmara<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e aplica<strong>do</strong> e desenvolvi<strong>do</strong><br />
pela Fundação <strong>Porto</strong> Social,<br />
visa, fundamentalmente, sensibilizar a<br />
sociedade para a importância decisiva<br />
da Ciência, constituin<strong>do</strong> ainda uma afirmação<br />
<strong>do</strong> enorme potencial evidencia<strong>do</strong><br />
pelo <strong>Porto</strong> nesta matéria, contribuin<strong>do</strong><br />
igualmente para o desenvolvimento da<br />
cultura científica <strong>do</strong>s cidadãos.<br />
As candidaturas podem ser apresentadas<br />
por pessoas individuais, com idade<br />
inferior a 35 anos, e que à data de<br />
apresentação da candidatura estejam<br />
inscritas num programa de estu<strong>do</strong>s de<br />
um estabelecimento de ensino superior<br />
português ou que tenham esta<strong>do</strong> nessa<br />
situação nos seis meses anteriores<br />
àquela mesma data. O perío<strong>do</strong> de candidatura<br />
decorre de 1 de Outubro a 30<br />
de Novembro <strong>do</strong> corrente ano. A partir<br />
deste mês, as fichas de inscrição estarão<br />
disponíveis on -line nos sites das<br />
três entidades parceiras <strong>do</strong> projecto.
InovaçÃo<br />
056<br />
Portuense criou código<br />
que descodifica cores<br />
para daltónicos<br />
Foi uma inovação mundial a criação de um<br />
código de cores para daltónicos.<br />
Transportes, hospitais, marcas de lápis,<br />
tintas, cerâmicas já estão a utilizá -lo. Até<br />
agora, nenhuma outra ferramenta tinha<br />
ajuda<strong>do</strong> a diminuir os efeitos de um<br />
constrangimento pouco visível, o<br />
daltonismo. O designer gráfico Miguel<br />
Neiva foi o primeiro a fazê -lo, naquela que<br />
já foi considerada pela revista brasileira<br />
“Galileu” como uma das 40 ideias que vai<br />
melhorar o mun<strong>do</strong>.<br />
Uma coisa tão simples como distinguir as cores é fácil para<br />
a esmaga<strong>do</strong>ra maioria das pessoas, mas para os daltónicos<br />
torna -se complica<strong>do</strong> e, por vezes, constrange<strong>do</strong>r. Um décimo<br />
da população mundial sofre de daltonismo, <strong>do</strong>ença que<br />
impossibilita as pessoas de diferenciar algumas (ou todas) as<br />
cores e que constitui uma barreira significativa à sua autonomia.<br />
O projecto português <strong>do</strong> designer portuense Miguel<br />
Neiva ColorAdd veio facilitar o dia -a-dia de 10 por cento da<br />
população mundial. Há já quem diga que está para os daltónicos<br />
como o braile está para os cegos.<br />
O ColorAdd é um código gráfico monocromático, sustenta<strong>do</strong><br />
em conceitos universais de interpretação e des<strong>do</strong>bramento de<br />
cores que permite aos daltónicos identificá -las correctamente.<br />
Para cada cor primária (vermelho, azul, amarelo), Miguel<br />
Neiva criou um símbolo (triângulo, barra diagonal e triângulo<br />
inverti<strong>do</strong>, respectivamente). Depois, a soma das cores<br />
dão origem a outras, pelo conceito básico de mistura de cores<br />
(azul mais amarelo dá verde, vermelho mais amarelo dá laranja,<br />
etc.). É um código fácil de aprender, sen<strong>do</strong> essa uma das<br />
grandes vantagens <strong>do</strong> projecto. "É um código que facilmente<br />
entra no vocabulário visual de to<strong>do</strong>s. Que pode ser entendi<strong>do</strong><br />
pela criança de três anos e pelo senhor de oitenta. É transversal<br />
a to<strong>do</strong>s os quadrantes da sociedade, independentemente<br />
da sua localização geográfica, cultura, língua, religião ou<br />
condição sócio -económica", afirma Miguel Neiva.<br />
O projecto demorou oito anos de investigação e teve como<br />
origem uma tese de mestra<strong>do</strong> na Universidade <strong>do</strong> Minho. A<br />
patente está registada, até porque não há nada semelhante<br />
no mun<strong>do</strong>. “O ColorAdd é ambicioso e pretende ser um código<br />
universal”, afirma o autor. Está implementa<strong>do</strong> em algumas<br />
empresas e instituições portuguesas e existem contactos com<br />
empresas espalhadas pela Europa e América, que se mostraram<br />
interessadas na aplicação <strong>do</strong> código.
InovaçÃo<br />
057<br />
O projecto <strong>do</strong> designer portuense está<br />
a ter impacto mundial, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> já<br />
cita<strong>do</strong> nas mais prestigiadas publicações<br />
científicas e de design. No Google,<br />
o ColorAdd tem mais de 30 mil<br />
referências e foi considera<strong>do</strong> uma das<br />
40 ideias para melhorar o mun<strong>do</strong> pela<br />
revista brasileira Galileu, que tem mais<br />
de 18 milhões de assinantes.<br />
www.cm-porto.pt<br />
“O que mais a<strong>do</strong>ro é ver a forma<br />
como as pessoas brilham quan<strong>do</strong><br />
ouvem falar <strong>do</strong> projecto", admite<br />
Miguel Neiva, que acredita que<br />
criou um “projecto de inclusão<br />
que é um contributo para<br />
a humanidade”. “Eu sei que os<br />
daltónicos vão continuar a ver<br />
o céu sem ser azul, as bananas<br />
sem ser amarelas. Mas a verdade<br />
é que terão uma autonomia que<br />
nunca tiveram até agora”.<br />
O código mereceu, ainda, referência<br />
<strong>do</strong> International Council of Graphic<br />
Designers Association. O site oficial<br />
tem hoje mais de 35 mil visitantes, de<br />
cerca de 100 países.<br />
“Este projecto conseguiu<br />
trazer o design para a<br />
sociedade e mostrar que é<br />
uma ferramenta de<br />
inclusão, que pode<br />
aumentar a qualidade<br />
de vida das populações.<br />
A dimensão e<br />
transversalidade é maior <strong>do</strong><br />
que inicialmente pensei”,<br />
admite Miguel Neiva.
InovaçÃo<br />
058<br />
NOME: Miguel Neiva<br />
IDADE: 42<br />
PROFISSÃO: Designer Gráfico<br />
ColorAdd<br />
um código que pintou a cores<br />
o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s daltónicos<br />
LIVRO: Poesias Populares, de António Gedeão<br />
cultura na Invicta: Rua Miguel Bombarda<br />
EVENTO: Inaugurações simultâneas em Miguel Bombarda<br />
LUGAR: A Cidade toda<br />
OBRA DE ELEIÇÃO: Casa da Música<br />
NOTA AO PRESIDENTE DA CMP: Gostava que tu<strong>do</strong> aquilo<br />
que estamos a ver ao nível de dinamização da cidade à<br />
noite, acontecesse também durante o dia. Gostava que<br />
houvesse uma cidade de fim de tarde, que o <strong>Porto</strong> não<br />
fosse apenas uma cidade de trabalho<br />
durante o dia.<br />
O daltonismo é uma deficiência de<br />
transmissão hereditária, não tem cura e<br />
estima -se que 98 por cento <strong>do</strong>s daltónicos<br />
sejam homens. Está relacionada com uma<br />
falha genética associada ao cromossoma X,<br />
por isso de maior frequência nos homens<br />
(no caso das mulheres, será necessário que<br />
os <strong>do</strong>is cromossomas X contenham o gene<br />
anómalo). Os daltónicos vêem entre 500 a<br />
800 cores. Uma visão normal apreende cerca<br />
de 30 mil. Com o ColorAdd, Miguel Neiva<br />
trouxe mais cor ao mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s daltónicos.
cultura<br />
059<br />
O sucesso <strong>do</strong> Laboratório<br />
de Leitura “Há Palavras<br />
que nos Beijam”<br />
O Pelouro <strong>do</strong> Conhecimento e Coesão Social da<br />
Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, através da Fundação<br />
Ciência e Desenvolvimento (FCD), está a promover<br />
um Laboratório de Leitura Poética, já a caminho da<br />
sua terceira edição, que tem consegui<strong>do</strong> um enorme<br />
sucesso, quer no que respeita à procura por parte<br />
<strong>do</strong>s interessa<strong>do</strong>s, quer no que se refere a resulta<strong>do</strong>s.<br />
Intitula<strong>do</strong> “Há Palavras que nos Beijam”, o Laboratório é conduzi<strong>do</strong><br />
por Ana Celeste Ferreira, presença habitual no ciclo<br />
“Quintas de Leitura”, cuja programação é da autoria de João<br />
Gesta. Visa desenvolver técnicas vocais, tais como o relaxamento<br />
e a postura, a respiração, a colocação da voz, a exploração<br />
de ressonâncias e timbre, o apoio e a projecção vocal e<br />
a articulação e a dicção.<br />
A primeira edição deste Laboratório, no qual participaram 19<br />
forman<strong>do</strong>s, decorreu no início deste ano, no Teatro <strong>do</strong> Campo<br />
Alegre e terminou com a realização de um recital final.<br />
Devi<strong>do</strong> à enorme procura de interessa<strong>do</strong>s em frequentar esta<br />
iniciativa, está já a decorrer uma segunda edição e uma, a<br />
terceira, está prevista para arrancar em Setembro.<br />
Destinada a maiores de 18 anos, esta formação tem desperta<strong>do</strong><br />
interesse no público em geral e em pessoas com necessidades<br />
essenciais de comunicação, tais como empresários,<br />
conferencistas, actores, recita<strong>do</strong>res, anima<strong>do</strong>res, locutores,<br />
professores e forma<strong>do</strong>res, numa diversidade de profissões e<br />
idades rara neste género de iniciativas.<br />
O Laboratório é reconheci<strong>do</strong> por um Certifica<strong>do</strong> de Participação,<br />
emiti<strong>do</strong> pela FCD, e os participantes trabalham com base<br />
em textos poéticos e de prosa poética, em vertentes que lhes<br />
permitem aumentar as suas ferramentas de expressão.
060<br />
cultura<br />
CULTURA NO PORTO<br />
JULHO • AGOSTO<br />
SETEMBRO<br />
MARCAS DO VINHO NO PORTO. HOMENAGEM À<br />
FERREIRINHA NOS 200 ANOS DO SEU NASCIMENTO.<br />
Exposição organizada pela Câmara <strong>Municipal</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, enquadrada na realização <strong>do</strong> XX‐<br />
XIV Congresso Mundial da Vinha e <strong>do</strong> Vinho,<br />
promovida pela OIV, em Junho de 2011.<br />
Data: Até 23 de Setembro, das 10h00 às 17h00<br />
Público-alvo: público em geral<br />
Contactos: casa<strong>do</strong>infante@cm-porto.pt;<br />
tlf: 222 060 423<br />
Local: Casa <strong>do</strong> Infante<br />
ENCONTROS DE ARQUEOLOGIA<br />
Iniciativa que pretende assinalar o relançamento<br />
<strong>do</strong> projecto arqueológico que acompanhou<br />
as obras de reabilitação da Casa <strong>do</strong><br />
Infante e agora directamente relaciona<strong>do</strong><br />
com a conclusão <strong>do</strong> circuito museológico. O<br />
colóquio, intitula<strong>do</strong> “Novos Olhares sobre<br />
o <strong>Porto</strong>: O Contributo da Casa <strong>do</strong> Infante”,<br />
reunirá diversos investiga<strong>do</strong>res.<br />
Data: 17 de Setembro, das 14h30 às 17h30<br />
Público-alvo: Público em geral<br />
Contactos: casa<strong>do</strong>infante@cm-porto.pt;<br />
tlf: 222 060 423<br />
Local: Casa <strong>do</strong> Infante<br />
Data: 16 de Julho e 3 Setembro na Biblioteca<br />
<strong>Municipal</strong> Almeida Garrett (datas de realização<br />
sujeitas a alteração).<br />
Público-alvo: Adultos<br />
Local: Biblioteca <strong>Municipal</strong> Almeida Garrett<br />
INVICTA FILMES 2011 – O CINEMA AMERICANO<br />
NOS ANOS 30, DA GRANDE DEPRESSÃO<br />
A CMP e Lauro António apresentam um programa<br />
de ciclos de cinema dedica<strong>do</strong> ao cinema<br />
Americano da época da Grande Depressão.<br />
Julho, Agosto e Setembro – “Filme de Gangsters”<br />
ao “Filme Negro”<br />
6 de Julho (18h30), “O Pequeno César”, de<br />
Mervyn Leroy; 13 de Julho (18h30), “O Inimigo<br />
Público”, de William Wellman; 20 de Julho<br />
(18h30), “Anjos de Cara Negar”, de Michael<br />
Curtis; 28 de Julho (18h30), “Floresta Petrificada”,<br />
de Archie Mayo; 4 de Agosto (18h30),<br />
“Fúria Sanguinária”, de Raol Walsh; 11 de<br />
Agosto (18h30), “Um Crime sem Importância”,<br />
de LLoyd Bacon; 18 de Agosto (18h30), “Algemas<br />
quebradas”, de LLoyd Bacon; 25 de Agosto<br />
(18h30), “Guerra ao Crime”, de Wiilliam Keighley;<br />
1 de Setembro (18h30), “Os Filhos da Noite”,<br />
de Nicholas Ray; 8 de Setembro (18h30),<br />
“Cega Paixão”, de Nicholas Ray; 14 de Setembro<br />
(18h30), “O Arrependi<strong>do</strong>”, Jacques Tourneur.<br />
Público-alvo: maiores de 12 anos<br />
Entrada Livre<br />
Local: Biblioteca <strong>Municipal</strong> Almeida Garrett<br />
tlf: 225193480; email: bpmp@cm-porto.pt<br />
Local: Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
JÚLIO DINIS: EXPOSIÇÃO COMEMORATIVA<br />
DOS 140 ANOS DA MORTE<br />
Exposição da Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, para assinalar os 140 Anos da Morte<br />
de Júlio Dinis, pseudónimo de Joaquim<br />
Guilherme Gomes Coelho (1839-1871).<br />
Data: 15 Setembro a 15 Novembro. De segunda<br />
a sába<strong>do</strong>, das 10h00 às 18h00<br />
Público-alvo: público em geral<br />
Contactos: Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Entrada livre<br />
Local: Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
COMUNIDADE DE LEITORES PARA ADOLESCENTES<br />
Encontros com jovens a<strong>do</strong>lescentes, que são<br />
convida<strong>do</strong>s a conversar sobre livros juvenis<br />
e a partilhar as suas leituras. Em cada sessão<br />
será selecciona<strong>do</strong> um livro, que deverá<br />
ser li<strong>do</strong> previamente pelos participantes.<br />
Data: 6 e 20 de Julho - Biblioteca <strong>Municipal</strong><br />
Almeida Garrett; 13 e 27 de Julho - Biblioteca<br />
Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Público-alvo: Jovens a<strong>do</strong>lescentes <strong>do</strong>s 12 aos 16 anos<br />
Contactos: Biblioteca <strong>Municipal</strong> Almeida Garrett<br />
tlf: 226081000; email: bib.agarrett@cm-porto.pt<br />
Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
tlf: 225193480; email: bpmp@cm-porto.pt<br />
Local: Biblioteca <strong>Municipal</strong> Almeida Garrett e Biblioteca<br />
Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
“O PORTO À VOLTA DOS LIVROS”<br />
Conhecer a história, tradições, geografia e<br />
as comunidades <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, a partir de autores<br />
e <strong>do</strong>s livros que nos deixaram: Almeida<br />
Garrett, Júlio Dinis, Ruben A., Ilse Losa,<br />
Raul Brandão, João Grave e António Nobre.<br />
0<br />
5 OLHARES | 5 AUTORES<br />
Ciclo de leituras de textos dramáticos de<br />
cinco autores portugueses, através da actuação<br />
da Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong> (BPMP) em parceria com Paula Abrunhosa<br />
e Palmira Troufa.<br />
Data: 7 de Julho – “O Rei Imaginário” (1923) e<br />
“O Avejão” (1929), de Raul Brandão, contextualiza<strong>do</strong><br />
por Maria João Reynaud; 15 Setembro<br />
– “O Meu Caso” (1957), de José Régio, contextualiza<strong>do</strong><br />
por António Durães.<br />
Público-alvo: Público em geral com inscrição<br />
prévia, gratuita.<br />
Contactos: Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
“QUINTAS DE LEITURA”<br />
Data: 14 de Julho (22h00/Auditório) – “Que<br />
vergonha rapazes!”. É o regresso <strong>do</strong> actor<br />
Miguel Guilherme às “Quintas de Leitura”<br />
para apresentar, de novo, o seu inclassificável<br />
espectáculo “Que Vergonha Rapazes!”. Na segunda<br />
parte, actuação de uma das revelações<br />
da música portuguesa – a banda “Guta Naki”,<br />
comandada por Cátia Pereira.<br />
29 de Setembro (22h00/Café-Teatro) – “Vozes”.<br />
Seis anos depois, o regresso de Ana<br />
Luísa Amaral às “Quintas de Leitura”. Conversará<br />
sobre a sua obra com Nuno Carinhas<br />
e lerá poesia, acompanhada pelos actores Teresa<br />
Coutinho, Constança Carvalho Homem e<br />
Pedro Lamares. A nível musical, actuações da<br />
jovem revelação Teia Campos e <strong>do</strong> consagra<strong>do</strong><br />
tubista Sérgio Carolino.<br />
Público-alvo: Maiores de 16 anos<br />
Contactos: Teatro <strong>do</strong> Campo Alegre: 226063000<br />
Local: Café-Teatro <strong>do</strong> Teatro Campo Alegre
cultura<br />
“ARTE POPULAR EM BARRO NA COLECÇÃO VITORI-<br />
NO RIBEIRO”<br />
Imaginário de barro policroma<strong>do</strong> em que se<br />
destacam galos de Barcelos, galinhas, apitos<br />
sob diferentes formas, figuras de profissões,<br />
bandas de música e coretos, grupos de foliões.<br />
Conjunto data<strong>do</strong> da primeira metade <strong>do</strong><br />
século XX, da Colecção Vitorino Ribeiro.<br />
Data: de 8 de Julho a 2 de Outubro<br />
Público-alvo: Geral<br />
Contactos: 226057000, dmpc@cm-porto.pt<br />
Entrada gratuita<br />
Local: Casa Tait<br />
“NOVAS JÓIAS EM CONTACTO DIRECTO”<br />
A Escola de Joalheiros Contacto Directo<br />
mostra, pelo terceiro ano consecutivo, uma<br />
série de obras criadas por os alunos, realizadas<br />
no actual ano lectivo.<br />
Data: De Julho a Setembro. Terça a Sába<strong>do</strong><br />
Público-alvo: Grupos <strong>do</strong> 1.º e 2.º ciclos <strong>do</strong><br />
Ensino Básico; ATL e famílias<br />
Contactos: 22 222003689/22 2053644;<br />
museuguerrajunqueiro@cm-porto.pt<br />
Local: Casa Museu Guerra Junqueiro<br />
“PORTO DESAPARECIDO”<br />
A descoberta de capelas, igrejas, palácios,<br />
mosteiros, fontes, hotéis, teatros, cafés, desapareci<strong>do</strong>s<br />
na Baixa.<br />
Data: Primeiras quinzenas de Julho e de Agosto,<br />
até 30 de Setembro<br />
Público-alvo: Jovens <strong>do</strong>s 12 aos 24anos, adultos<br />
e terceira idade<br />
Contactos: 22 606 27 44/22 606 65 68<br />
Local: Casa Museu Marta Ortigão Sampaio<br />
“OFICINAS DE VERÃO”<br />
Percursos na cidade e oficinas relacionadas<br />
com personalidades presentes nos museus<br />
municipais.<br />
Datas: Primeira quinzena de Agosto<br />
Público-alvo: Jovens <strong>do</strong>s 12 aos 16<br />
Contactos: 22 606 27 44/ 22 606 65 68<br />
Local: Casa Museu Ortigão Sampaio<br />
VISITAS ORIENTADAS À CASA OFICINA ANTÓNIO<br />
CARNEIRO<br />
A evolução da obra de António Carneiro no<br />
contexto da corrente simbolista da arte portuguesa.<br />
Apresentação multimédia sobre o<br />
pintor e o seu atelier.<br />
Data: 1 de Julho a 30 de Setembro<br />
Público-alvo: Público em geral<br />
Contactos para marcações: 22 537 96 68,<br />
oficinaacarneiro@cm-porto.pt<br />
Local: Casa Oficina António Carneiro<br />
“DA QUINTA AO RIO”<br />
Um pedipaper que explora, de forma divertida,<br />
o território de Massarelos, desde o Museu<br />
Romântico, antiga Quinta da Macieirinha,<br />
até ao Museu Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
Data: 1 Julho a 30 de Setembro, 10h00/12h00<br />
e 14h00/17h00<br />
Público-alvo: crianças <strong>do</strong>s 6 aos 15 anos<br />
Contactos: 226 057 032;<br />
museuromantico@cm-porto.pt<br />
Local: Museu Romântico da Quinta da Macieirinha<br />
“AS MEMÓRIAS ESCONDIDAS”<br />
Jogo entre equipas ou famílias. Após visita<br />
ao Museu, é distribuí<strong>do</strong> um “kit” por equipa<br />
ou família, onde são sugeridas actividades<br />
para descobrir os segre<strong>do</strong>s que o museu<br />
esconde.<br />
Data: De Julho a Setembro. Terça a Sába<strong>do</strong><br />
Público-alvo: Grupos <strong>do</strong> 1.º e 2.º ciclos <strong>do</strong> Ensino<br />
Básico, ATL e famílias<br />
Contactos: Marcação prévia. 22 2076300;<br />
museuvinhoporto@cm-porto.pt<br />
Local: Museu <strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
“MEMÓRIAS DEVOLVIDAS À CIDADE”<br />
Mostra de materiais caracteriza<strong>do</strong>res da<br />
arquitectura portuense, como azulejos, estuques,<br />
ferros, bem como as diversas valências<br />
que visam a salvaguarda deste património.<br />
O Banco de Materiais disponibiliza<br />
gratuitamente os elementos que tiver em<br />
reserva, sobretu<strong>do</strong> azulejos, para a recuperação<br />
de fachadas da cidade.<br />
061<br />
Data: Segunda a sexta-feira, 10h00/12h00;<br />
14h30/17h30; Sába<strong>do</strong>, 13h00/20h00<br />
Público-alvo: to<strong>do</strong>s os públicos<br />
Contactos: 223 393 480<br />
Local: Palacete Viscondes Balsemão<br />
“RESIDÊNCIA ARTÍSTICA DOS SEISTANTOMUNDO”<br />
Colectivo artístico português, forma<strong>do</strong> por<br />
seis músicos, que pretendem ter uma abordagem<br />
intensa e original da música de matriz<br />
cultural portuguesa.<br />
Datas: Ensaios: dias 4 e 11 Julho<br />
Espectáculo: dia 16 Julho<br />
Público-alvo: to<strong>do</strong>s os públicos<br />
Contactos: 22 2088040 / 22 2016270<br />
Local: Palacete Pinto Leite<br />
PROJECTO VERÃO VERDE/ECO-ANIMAÇÃO<br />
Actividades de eco ‐animação e chocolate<br />
biológico para ocupação <strong>do</strong>s tempos livres<br />
das crianças, durante as férias de Verão.<br />
Datas: De 4 a 29 de Julho<br />
Público-alvo: Público infantil (com idades entre<br />
5 e 12 anos)<br />
Contactos: 22 2088040 / 22 2016270<br />
Local: Palacete Pinto Leite<br />
SERÃO DA BONJÓIA – CICLO PORTO CIDADE DE CI-<br />
ÊNCIA: “COSMOLOGIA”<br />
Uma noite de Verão, num Serão da Bonjóia<br />
dedica<strong>do</strong> à cosmologia, segui<strong>do</strong> de observação<br />
com telescópio.<br />
Data: 18 de Agosto (21h15)<br />
Público-alvo: População em Geral<br />
Contactos: Fundação <strong>Porto</strong> Social – Tlf. 22 589<br />
92 60 – www.bonjoia.org<br />
Local: Quinta de Bonjóia. Entrada livre<br />
CIÊNCIA VIVA – CIÊNCIA NO VERÃO “CARACÓIS<br />
AO LUAR”<br />
“Em noites de luar... ao ritmo <strong>do</strong> caracol a<br />
Ciência pode ser feita por to<strong>do</strong>s”.<br />
Datas: 15 de Julho, 12 de Agosto e 9 de Setembro<br />
(21h00)<br />
Público-alvo: População em Geral – pensan<strong>do</strong><br />
particularmente nas famílias<br />
Local: Quinta de Bonjóia<br />
Contactos: Ciência Viva – Tlf. 21 898 50 20 /<br />
21 891 71 00<br />
Organização: Inseri<strong>do</strong> nas actividades <strong>do</strong> Ciência<br />
Viva no Verão, o Centro de Astrofísica da<br />
Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (CAUP) e o Instituto de<br />
Biologia Molecular e Celular (IBMC) organiza a<br />
actividade “Caracóis ao Luar” em parceria com<br />
a Fundação <strong>Porto</strong> Social, no âmbito <strong>do</strong> programa<br />
<strong>Porto</strong> Cidade de Ciência.<br />
www.cm-porto.pt
cultura<br />
062<br />
Novo Catálogo Colectivo das Bibliotecas<br />
Municipais <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> on-line<br />
No âmbito de actuação <strong>do</strong> Pelouro <strong>do</strong><br />
conhecimento e Coesão Social, o Departamento<br />
de Bibliotecas disponibiliza<br />
já – local e remotamente – o acesso,<br />
universal e gratuito, ao novo Catálogo<br />
Colectivo das Bibliotecas Municipais <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong>: Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong>, Biblioteca <strong>Municipal</strong> Almeida Gar-<br />
rett e Biblioteca Itinerante (Bibliocarro).<br />
Este catálogo, actualiza<strong>do</strong> diariamente,<br />
constitui uma das maiores bases de<br />
da<strong>do</strong>s bibliográficos <strong>do</strong> País (mais de<br />
250 mil registos), incidin<strong>do</strong> maioritariamente<br />
sobre bibliografia corrente e<br />
retrospectiva editada em Portugal. No<br />
caso específico da Biblioteca Pública<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, o vasto acervo <strong>do</strong>cumental<br />
excede em muito as espécies<br />
referenciadas informaticamente, pelo<br />
que é aconselhável a consulta/pesquisa<br />
complementar e presencial nos catálogos<br />
convencionais.<br />
O que pode ver…<br />
Qualquer utiliza<strong>do</strong>r poderá efectuar as suas pesquisas bibliográficas<br />
através de vários pontos de acesso à informação (incluin<strong>do</strong> catálogos<br />
temáticos), consultar horários e contactos das bibliotecas municipais,<br />
aceden<strong>do</strong> também a uma zona reservada a leitores/utiliza<strong>do</strong>res regista<strong>do</strong>s.<br />
Tem ainda à sua disposição a elaboração de listas bibliográficas<br />
personalizadas e possibilidade de accionar o seu envio para um endereço<br />
de correio electrónico, acesso a hiperligações para outros repositórios de<br />
conteú<strong>do</strong>s e serviços externos, visualização e subscrição de feeds, partilha<br />
de informação em redes sociais, entre várias outras funcionalidades.<br />
Para consultar o novo Catálogo Colectivo das Bibliotecas<br />
Municipais basta aceder a http://bibliotecas.cm-porto.pt/<br />
e registar -se como leitor.
cultura<br />
063<br />
CMP assina protocolos de cooperação com as fundações<br />
da Casa da Música e de Serralves<br />
www.cm-porto.pt<br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> assinou protocolos de cooperação<br />
com as fundações Casa da Música e Serralves. Trata -se de contratos-<br />
‐programa de cooperação mútua. No primeiro caso, o protocolo<br />
é váli<strong>do</strong> até 31 de Dezembro de 2014. Tem por objecto definir os<br />
moldes de contribuição e <strong>do</strong> apoio da CMP à promoção, fomento e<br />
difusão de actividades culturais e formativas no <strong>do</strong>mínio da música<br />
por parte daquela instituição. O acolhimento <strong>do</strong> Concurso Internacional<br />
de Música <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, já apoia<strong>do</strong> pela autarquia, com vista à<br />
sua maior projecção nacional e internacional é outro <strong>do</strong>s objectivos<br />
<strong>do</strong> presente contrato -programa, bem como a organização <strong>do</strong> Festival<br />
Suggia no <strong>Porto</strong> e <strong>do</strong> Prémio Internacional Suggia/Fundação Casa<br />
da Música, prosseguin<strong>do</strong> assim a iniciativa lançada pela município<br />
em conjunto com o Conservatório de Música <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
Com a Fundação de Serralves, o objectivo passa agora, e depois de<br />
<strong>do</strong>is anteriores contratos -programa assina<strong>do</strong>s entre as duas instituições,<br />
pelo fomento e difusão das actividades culturais de Serralves,<br />
a nível <strong>do</strong> serviço educativo e de actividades que visam a inclusão<br />
social das populações mais desfavorecidas, para além da autarquia<br />
continuar a divulgar as iniciativas da fundação.<br />
10 Anos de Biblioteca <strong>Municipal</strong> Almeida Garrett<br />
No âmbito da comemoração <strong>do</strong>s 10 Anos da Biblioteca <strong>Municipal</strong><br />
Almeida Garrett, que teve o seu início em Fevereiro com a entrega<br />
<strong>do</strong> certifica<strong>do</strong> UNESCO, passan<strong>do</strong> esta biblioteca a integrar a<br />
Rede UNESCO de Bibliotecas Públicas, têm vin<strong>do</strong> a ser desenvolvidas<br />
diversas actividades que pretendem não só evocar o patrono<br />
como evidenciar o trabalho desenvolvi<strong>do</strong> ao longo de uma década,<br />
em torno da promoção <strong>do</strong> livro, da leitura, da inclusão social<br />
e da cidadania.<br />
Alguns exemplos são a reformulação <strong>do</strong> projecto “Histórias ao<br />
Ouvi<strong>do</strong>”, junto das crianças e jovens interna<strong>do</strong>s no Hospital Maria<br />
Pia, as reuniões mensais <strong>do</strong> Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares<br />
<strong>do</strong> Concelho, que têm conta<strong>do</strong> sempre com a presença de<br />
especialistas na vida e obra de Almeida Garrett, a dinamização de<br />
comunidades de leitores e a intensificação da oferta de actividades<br />
destinadas ao público infanto -juvenil, salientan<strong>do</strong> o apoio<br />
<strong>do</strong> Bibliocarro como biblioteca itinerante durante o perío<strong>do</strong> das<br />
férias escolares.<br />
Nos próximos meses haverá o lançamento da “Comunidade de<br />
leitores para a<strong>do</strong>lescentes”, a disponibilização em empréstimo de<br />
CD’s audio e a realização <strong>do</strong> ciclo “O <strong>Porto</strong> à volta <strong>do</strong>s Livros”.
PATRIMÓNIO<br />
064<br />
antes<br />
depois<br />
Foto: António Pinto<br />
“<strong>Porto</strong> com Pinta”, desde 2002, a recuperar a cidade<br />
Programa de iniciativa da CMP, através APOR<br />
O “<strong>Porto</strong> com Pinta” é um programa de iniciativa da Câmara <strong>Municipal</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, que visa a valorização de elementos da paisagem<br />
urbana, com especial relevância para a cidade. São intervenções<br />
que se tornam possíveis graças à conjugação de benefícios resultantes<br />
da isenção de taxas concedida pelo Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e da<br />
comparticipação nos custos obtida de empresas às quais é atribuí<strong>do</strong>,<br />
como contrapartida, o direito à afixação de publicidade durante<br />
perío<strong>do</strong>s prolonga<strong>do</strong>s, mesmo em zonas da cidade correntemente<br />
vedadas a essa prática.<br />
São exemplos dessa actuação os trabalhos de reabilitação oportunamente<br />
realiza<strong>do</strong>s no painel de azulejos “A Ribeira Negra”, nas “Alminhas<br />
da Ponte”, nas estátuas “Menina Nua”, “Os Meninos”, “D.<br />
Pedro IV”, “Almeida Garrett”, “Infante D. Henrique” e “D. Pedro V”,<br />
no monumento de invocação das Invasões Napoleónicas, nos edifícios<br />
<strong>do</strong>s Paços <strong>do</strong> Concelho, da Igreja e Torre <strong>do</strong>s Clérigos, <strong>do</strong> Paço<br />
Episcopal, <strong>do</strong> Seminário Maior e <strong>do</strong> Convento <strong>do</strong>s Grilos, além de<br />
dezenas de outras intervenções em prédios particulares.<br />
O Programa teve início em 2002. Tem a sua gestão confiada à APOR<br />
- Sociedade para a Modernização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, S.A. e conta com as<br />
Tintas CIN como parceiro funda<strong>do</strong>r, apoian<strong>do</strong> cada uma das suas<br />
intervenções, as quais beneficiaram já <strong>do</strong> contributo financeiro<br />
de entidades tão diversificadas como o BPI, Baviera, Cafés Lavazza,<br />
Chevrolet, CP, El Corte Inglês, Euromilhões, Fiat, Galp, Ikea,<br />
Johnnie Walker, Mazda, Metro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, Montepio, Nestea, Norte<br />
Shopping, Opel, Optimus, Páginas Amarelas, Sagres, Samsung, Sanofi<br />
Pasteur, Seat, Sony Ericsson, Sovena, TMN, Tous, Turismo de<br />
España, Turismo de Portugal, Unicer, Vodafone e Western Union,<br />
entre outras.<br />
Junte ‐se a nós para “pintar” o <strong>Porto</strong><br />
Além de intervenções no património monumental, de iniciativa <strong>do</strong> próprio Município ou da APOR - uma empresa<br />
privada, mas cujo principal accionista é o Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> -, qualquer edifício carente de reabilitação<br />
exterior poderá ser integra<strong>do</strong> no programa, mediante candidatura apresentada pelo proprietário, na sede da<br />
APOR, Rua Justino Teixeira, 861, 4300-281 <strong>Porto</strong>, telef. 225 193 150, fax 225 193 159, correio@apor.pt ou através<br />
<strong>do</strong> site desta Sociedade, www.apor.pt, sujeita ao pagamento <strong>do</strong> custo de elaboração da ficha de identificação<br />
e caracterização <strong>do</strong> prédio a intervencionar, o qual deverá localizar ‐se na freguesia de Sé, Miragaia, Vitória,<br />
S. Nicolau, Bonfim, Ce<strong>do</strong>feita, Santo Ildefonso ou Massarelos.
OPINIÃO<br />
065<br />
Eu vejo o processo de evolução da zona euro como uma travessia<br />
de um rio através de uma ponte muito debilitada. Até<br />
agora apenas se atravessou metade <strong>do</strong> rio. Ou se avança decididamente<br />
em direcção à outra margem, ou a ponte cai. Estar<br />
para<strong>do</strong> no meio da ponte equivale a impor apenas a disciplina<br />
orçamental. Para chegar à outra margem, há que estimular o<br />
investimento de longo prazo em <strong>do</strong>mínios estratégicos e colocar<br />
o sistema financeiro alinha<strong>do</strong> com essas opções, através<br />
de decisões concertadas. Para chegar à outra margem a Europa<br />
precisa dum merca<strong>do</strong> interno. Até agora só existe o nome.<br />
Esta crise mostrou o perigo que existe <strong>do</strong> surgimento de medidas<br />
proteccionistas. Para chegar à outra margem, a União<br />
Europeia precisa de tomar opções estratégicas para poder<br />
competir no Mun<strong>do</strong> e Portugal tem de estar prepara<strong>do</strong> para<br />
essa discussão, nomeadamente ao nível das políticas da energia,<br />
que devem assegurar uma oferta segura e a preços competitivos;<br />
da indústria, através da especialização estratégica<br />
com empresas que apostem no seu crescimento potencial,<br />
para além da sua competitividade interna; da agricultura,<br />
como sector estratégico, em termos de segurança alimentar e<br />
comércio mundial; e da regularização <strong>do</strong>s aspectos referentes<br />
a bens públicos, como seja a água, clima, saúde, alimentação.<br />
Para chegar à outra margem é preciso uma maior coordenação<br />
entre as políticas fiscais que permitam reduzir a carga<br />
sobre o factor trabalho em comparação com outros factores,<br />
nomeadamente o capital que tem beneficia<strong>do</strong> da competição<br />
desregulada <strong>do</strong>s sistemas fiscais europeus. Para chegar à outra<br />
margem Portugal deverá desenvolver uma forte ofensiva<br />
diplomática, com apoio de alia<strong>do</strong>s naturais, no senti<strong>do</strong> de<br />
convencer as instituições europeias e os Esta<strong>do</strong>s que pertencem<br />
à zona euro que terão de interiorizar que a consolidação<br />
orçamental deve ser acompanhada por progressos na coesão<br />
económica e social.<br />
O projecto europeu tem si<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong> na base da liberdade<br />
e <strong>do</strong> equilíbrio. E isso tem tu<strong>do</strong> a ver com o modelo de governação<br />
económica europeu porque nem o reequilíbrio das finanças<br />
públicas e crescimento económico podem ser vistos como<br />
objectivos incompatíveis, nem o conceito de solidariedade pode<br />
ficar limita<strong>do</strong> à distribuição de cheques. Solidariedade e coesão<br />
económica pressupõem um caminho que tem de ser percorri<strong>do</strong><br />
em conjunto, na base de processos cooperação e não de imposição,<br />
em que se tenha em consideração as diferenças entre<br />
os diversos Esta<strong>do</strong>s Membros e, insisto, se perceba que, sen<strong>do</strong><br />
necessária uma forte disciplina orçamental ela não pode ir ao<br />
ponto de impedir que haja crescimento económico.<br />
O FUTURO DO EURO<br />
Estou confiante que esse caminho será encontra<strong>do</strong>. Esta minha<br />
convicção resulta da história, porque a Europa ao transformar<br />
o mais pequeno <strong>do</strong>s continentes no mais universal de<br />
to<strong>do</strong>s eles, evidenciou, uma obra humana, e até espiritual.<br />
Poucos lugares no Mun<strong>do</strong> podem proporcionar ao ser humano<br />
retirar todas as consequências da sua condição de seres livres<br />
como acontece no espaço da União Europeia. E isso nunca poderá<br />
ser aliena<strong>do</strong>. Por isso é que estou convenci<strong>do</strong> que mais<br />
ce<strong>do</strong> <strong>do</strong> que tarde a Europa vai encarar esta realidade.<br />
Maia, 1 de Maio de 2011<br />
José Albino da Silva Peneda
066<br />
sala de visitas<br />
Sessão <strong>do</strong> 25 de Abril e Imposição de Medalhas Municipais<br />
Estreia “3 em Lua de mel” com Marina Mota<br />
Cortejo Académico da Queima das Fitas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> 2011<br />
Cerimónia <strong>do</strong> centésimo aniversário da Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>
sala de visitas<br />
067 031<br />
António Rodrigues em duas rodas<br />
Antiga Fórmula 1 reviveu o passa<strong>do</strong> na Boavista<br />
Consagração de vence<strong>do</strong>res<br />
Homenagem <strong>do</strong>s antigos pilotos<br />
Sport protótipos<br />
Giacomo Agostini no Circuito da Boavista
068<br />
Pergunta a quem passa<br />
“Não tenho razões de queixa e foram já<br />
muitas as vezes que cá vim. Até à data<br />
gostei de visitar os seus museus e monumentos.<br />
O <strong>Porto</strong> é uma cidade com muita<br />
História”<br />
Rute Basílio, 27 anos<br />
“Sou transmontana e, por isso, noto<br />
alguma diferença. Contu<strong>do</strong>, não tenho<br />
razões de queixa. Recebe bem os turistas,<br />
oferecen<strong>do</strong> -lhes muitas oportunidades<br />
e sítios para conhecer. O <strong>Porto</strong><br />
representa bem Portugal”<br />
Carina, 26 anos<br />
“Há uma parte histórica que é preciso<br />
preservar. Ali está muito da alma <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong> e <strong>do</strong>s seus habitantes e que os<br />
turistas gostam. Como estudante, gosto<br />
mais da zona da Praça <strong>do</strong>s Leões. Há<br />
ali muita vida”<br />
Raquel, 19 anos<br />
“É uma cidade atraente pela sua História.<br />
Tem também partes interessantes<br />
para passear. Há muitos jardins,<br />
onde podemos estar mais à vontade e<br />
longe <strong>do</strong> barulho. Contu<strong>do</strong>, há zonas<br />
da cidade que deveriam estar mais bem<br />
tratadas”<br />
Hugo, 20 anos<br />
O PORTO<br />
É UMA CIDADE<br />
ACOLHEDORA PARA<br />
OS TURISTAS?<br />
“Tem uma oferta cultural muito boa<br />
e com tradições que atraem cada vez<br />
mais turistas. As casas são também um<br />
ponto de referência, já que se nota algum<br />
trabalho na área da reabilitação”<br />
Claudino, 20 anos<br />
“Tem uma paisagem favorável, um clima<br />
atraente. Gosto muito das praias e de algumas<br />
zonas, pela beleza arquitectónica”<br />
José Borges, 20 anos<br />
“É uma cidade com História, ruas emblemáticas,<br />
espaços agradáveis, com<br />
muita oferta cultural, uma Baixa com<br />
vida e uma Ribeira, única no país”<br />
Diana Cirne, 26<br />
“É uma cidade com muita movida. Tem<br />
muita animação cultural, com monumentos,<br />
ribeira, uma zona histórica interessante.”<br />
Isabel Macha<strong>do</strong>, 24
Ruas da Cidade<br />
Rua da Picaria<br />
069 031<br />
www.cm-porto.pt<br />
Há ruas que têm um cheiro característico.<br />
A da Picaria, em pouco mais de 200<br />
metros, cheira toda ela a madeira. Já<br />
foram muitos os marceneiros ali existentes.<br />
Hoje, resistem alguns, que não<br />
deixam a rua perder a sua característica<br />
principal. Mas há também um espaço<br />
de arte, escritórios, prédios reabilita<strong>do</strong>s,<br />
um restaurante de nomeada e uma<br />
casa muito especial.<br />
A carpintaria e a marcenaria, a par da<br />
venda de mobiliário, ainda são a principal<br />
actividade na “Picaria”. A loja<br />
de Joaquim Ribeiro Araújo existe há<br />
mais de 90 anos. Há móveis modernos,<br />
a par <strong>do</strong> cavalinho de madeira ou da<br />
mesa para bonecas. A crise instalou -se<br />
e pouco mais que meia dúzia de casas<br />
resistem. É o caso da “Moldursant”, loja<br />
de molduras e materiais para Belas-<br />
‐Artes. Uma referência para estudantes<br />
e artistas.<br />
Quem por ali passa pode também encontrar<br />
“O Ernesto”, no nº 85, um restaurante<br />
de cozinha tradicional portuguesa.<br />
Na entrada há azulejos <strong>do</strong>s anos<br />
60. A comida tem sabor caseiro.<br />
Mais abaixo fica o escritório <strong>do</strong> advoga<strong>do</strong><br />
Miguel Veiga e uma casa que<br />
passa despercebida (nº 49), mas que<br />
foi berço da mais célebre personalidade<br />
nascida nesta artéria íngreme, em<br />
1934: Francisco Sá Carneiro. Chegou a<br />
montar, <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> da rua, o seu escritório<br />
de advocacia.<br />
Hoje, tal como acontece pela Baixa, a Rua<br />
da Picaria parece readquirir nova alma,<br />
com a reabilitação de alguns prédios.
de a a z<br />
070<br />
DIANA PEREIRA • Modelo<br />
A<br />
AMOR - Amor incondicional que tenho<br />
pelos meus filhos e mari<strong>do</strong>, amor que<br />
to<strong>do</strong>s nós temos que dar mais;<br />
B<br />
BELEZA INTERIOR - é a mais bela das<br />
belezas e que pode transformar uma<br />
pessoa por fora também;<br />
C<br />
CORAÇÃO - que temos que partilhar;<br />
D<br />
DIANA - porque também temos que saber<br />
cuidar de nós e de nos amarmos a<br />
nós próprios;<br />
E<br />
ENERGIA - que nunca mais acaba;<br />
F<br />
FELICIDADE - é fazermos alguém mais<br />
feliz;<br />
G<br />
GESTÃO - é o que tenho que fazer to<strong>do</strong>s<br />
os dias, desde os miú<strong>do</strong>s à minha profissão<br />
e à profissão <strong>do</strong> Tiago, temos que<br />
saber gerir muito bem o nosso dia -a-dia;<br />
H<br />
HOJE - temos que saber viver no presente<br />
e não pensar nos problemas que já passaram<br />
ou que poderão vir a acontecer;<br />
I<br />
INFÂNCIA - por que foi muito feliz e<br />
vou recordar sempre com muito amor;<br />
J<br />
JUSTIÇA - não sei viver com injustiça,<br />
por isso a palavra justiça faz parte da<br />
minha vida;<br />
L<br />
LUZ - preciso de muita luz para viver,<br />
gosto <strong>do</strong> sol;<br />
M<br />
MEL - a minha filha que é um <strong>do</strong>ce;<br />
N<br />
NOAH - o meu filho, os filhos são tu<strong>do</strong><br />
na nossa vida;<br />
O<br />
OUVIR - temos que saber ouvir;<br />
P<br />
PAIXÃO - vivo a minha vida com muita<br />
paixão;<br />
Q<br />
QUESTÕES - passo o dia a fazer e a responder<br />
a to<strong>do</strong> o tipo de perguntas desde<br />
os mais pequenos aos mais cresci<strong>do</strong>s;<br />
R<br />
RESPONSABILIDADE - sempre a<strong>do</strong>rei ter<br />
responsabilidades;<br />
S<br />
SAÚDE - é o que to<strong>do</strong>s precisamos;<br />
T<br />
TIAGO - o homem da minha vida;<br />
U<br />
UNIDOS - é importante sentir que há<br />
união entre as pessoas;<br />
V<br />
VELOCIDADE - gosto de adrenalina e<br />
corridas, mas sempre com precaução e<br />
nunca nas estradas;<br />
X<br />
XUXA - an<strong>do</strong> sempre com as xuxas <strong>do</strong>s<br />
pequeninos todas atrás;<br />
Z<br />
ZUMBIDO - um zumbir ou sussurro<br />
gostoso no ouvi<strong>do</strong>.