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JULHO<br />

‘11<br />

029 001<br />

CMP lança<br />

novo portal<br />

<strong>do</strong> turismo 2.0<br />

www.<br />

visitporto.<br />

travel<br />

Turismo<br />

<strong>Porto</strong> atrai cada vez mais turistas [pg.008]<br />

Praias mais limpas<br />

Zona costeira volta a ostentar bandeiras<br />

azuis [pg.014]


EDITORIAL<br />

003<br />

Hoje, é impossível uma cidade vingar no<br />

sector <strong>do</strong> turismo sem um bom aeroporto<br />

e um bom portal na internet. Faltava-nos este<br />

último investimento que, agora, to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong><br />

já pode ver em www.visitporto.travel<br />

Enche-nos de esperança ver o velho<br />

Palácio das Car<strong>do</strong>sas, na Avenida<br />

<strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s, ser transforma<strong>do</strong> no<br />

Hotel Intercontinental <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> ou<br />

verificar que o Rio Douro tem mais<br />

um barco de elevada categoria a<br />

servir os turistas que nos procuram.<br />

Cara/o Portuense:<br />

Sem um forte reforço das exportações<br />

e um corte drástico nas importações,<br />

Portugal jamais conseguirá sair da grave<br />

crise em que se meteu.<br />

Neste contexto, o sector <strong>do</strong> Turismo é<br />

extraordinariamente importante para o<br />

primeiro desses objectivos, já que o seu<br />

efeito financeiro é igual ao da exportação<br />

de uma merca<strong>do</strong>ria.<br />

Portugal em geral, e o <strong>Porto</strong>, em particular,<br />

têm vantagens comparadas de<br />

enorme relevo neste sector. Por essa<br />

razão, referi na última campanha autárquica<br />

que tu<strong>do</strong> iria fazer para tentar<br />

fortalecer o turismo na nossa cidade.<br />

É, pois, isso que temos procura<strong>do</strong> realizar,<br />

dentro daquilo que pode estar<br />

ao alcance de uma autarquia. Foi assim<br />

que surgiu, por exemplo, a Pousada no<br />

Palácio <strong>do</strong> Freixo, a aposta na reabilitação<br />

e na animação da Baixa, a organização<br />

<strong>do</strong> Circuito da Boavista, o esforço<br />

pelas bandeiras azuis em praias que<br />

estavam totalmente contaminadas ou a<br />

parceria para a construção <strong>do</strong> Sea Life.<br />

Ao cabo de bem mais de um ano de<br />

atura<strong>do</strong> trabalho técnico e de um relevante<br />

investimento financeiro, lançamos,<br />

há um mês, o novo Portal <strong>do</strong><br />

Turismo da cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Hoje, é<br />

impossível uma cidade vingar no sector<br />

sem um bom aeroporto e um bom portal<br />

na internet. Faltava-nos este último<br />

investimento que, agora, to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong><br />

já pode ver em www.visitporto.travel<br />

Mas o incentivo e o apoio aos investi<strong>do</strong>res<br />

é ainda mais importante <strong>do</strong> que<br />

as acções directas que a Câmara possa<br />

implementar. Por isso, enche-nos de esperança<br />

ver o velho Palácio das Car<strong>do</strong>sas,<br />

na Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s, ser transforma<strong>do</strong><br />

no Hotel Intercontinental <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong> ou verificar que o Rio Douro tem<br />

mais um barco de elevada categoria a<br />

servir os turistas que nos procuram.<br />

É certo que ainda muito há para fazer,<br />

a começar pelos grafites com que alguns<br />

irresponsáveis vandalizam as nossas<br />

paredes e estragam toda uma imagem<br />

que estamos a procurar construir.<br />

Mas o resulta<strong>do</strong> global é muito positivo<br />

e, se não fosse o notório crescimento<br />

<strong>do</strong> sector na nossa cidade, a crise ainda<br />

seria bem pior entre nós.<br />

Temos, pois, de continuar a trabalhar,<br />

honran<strong>do</strong> os compromissos assumi<strong>do</strong>s,<br />

cuidan<strong>do</strong> o melhor possível<br />

da cidade e ajudan<strong>do</strong> a nossa economia<br />

urbana a tentar contrariar a<br />

brutal pressão negativa que o esta<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> País sobre ela exerce.<br />

Trabalhar, é, aliás, o primeiro segre<strong>do</strong><br />

para podermos aspirar a uma vida melhor<br />

e, acima de tu<strong>do</strong>, para conseguirmos<br />

eliminar a angústia que hoje paira<br />

sobre o futuro de muitos de nós.<br />

Um abraço <strong>do</strong><br />

Ficha Técnica | <strong>Porto</strong> Sempre nº 29 | Julho 2011<br />

Direcção: Rui Rio<br />

Coordenação Editorial: Florbela Guedes<br />

Coordenação Redactorial: Gabinete de Comunicação<br />

e Promoção da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Redacção: Anibal Sacramento, Hugo Silva,<br />

Paulo Neves, Milene Câmara, Raquel Espinheira<br />

Fotografia: Rui de Meireles<br />

Edição e Propriedade: Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Praça General Humberto Delga<strong>do</strong><br />

4049-001 <strong>Porto</strong><br />

imprensa@cm-porto.pt | www.cm-porto.pt<br />

Design e Composição Gráfica: B+ Comunicação<br />

Impressão: Multiponto, S.A.<br />

Publicidade: Gabinete de Comunicação e Imagem<br />

da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Depósito Legal: 198544/ 03<br />

Tiragem: 135.000 exemplares<br />

Peridiocidade: Trimestral


004<br />

SUMÁRIO<br />

006<br />

DESTAQUE<br />

NOVO PORTAL DO<br />

TURISMO DA CIDADE<br />

DO PORTO<br />

Um importante<br />

instrumento no aumento<br />

da competitividade da<br />

cidade<br />

009 014<br />

Destaque<br />

Intercontinental <strong>Porto</strong><br />

Palácio das Car<strong>do</strong>sas<br />

pronto a funcionar<br />

Destaque<br />

<strong>Porto</strong> com praias<br />

de confiança<br />

Este Verão, o <strong>Porto</strong> volta a<br />

ostentar bandeiras azuis,<br />

desde a Foz até ao Homem<br />

<strong>do</strong> Leme<br />

016<br />

ACTUALIDADE<br />

Manuel de Sampaio<br />

Pimentel<br />

“Sorrio quan<strong>do</strong> oiço críticas<br />

à alegada limitação da<br />

liberdade de expressão<br />

política na cidade”<br />

012<br />

Destaque<br />

Um Hotel flutuante<br />

de cinco estrelas<br />

015<br />

Destaque<br />

ÁGUAS DO PORTO é a<br />

melhor empresa municipal<br />

portuguesa<br />

Empresa com a melhor<br />

situação económicafinanceira<br />

no panorama<br />

nacional das empresas<br />

municipais e intermunicipais<br />

018<br />

Actualidade<br />

Polícia <strong>Municipal</strong> aposta<br />

com firmeza na mobilidade<br />

A melhoria das condições de mobilidade<br />

no perímetro urbano afigura -se,<br />

actualmente, como uma das grandes<br />

prioridades da actuação da Polícia <strong>Municipal</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, (…)


SUMÁRIO<br />

005<br />

024 044<br />

Actualidade<br />

MERCADO DO BOLHÃO<br />

Projectos de especialidades<br />

concluí<strong>do</strong>s até ao final<br />

deste ano<br />

030<br />

Actualidade<br />

MÁRIO SOARES E FREITAS<br />

DO AMARAL inauguram<br />

ciclo <strong>do</strong>s “Grandes Debates<br />

<strong>do</strong> Regime”<br />

033<br />

Actualidade<br />

Aeroporto Francisco Sá<br />

Carneiro continua a crescer<br />

037<br />

COESÃO SOCIAL<br />

BAIRRO DO ALEIXO - Mais<br />

de trinta agrega<strong>do</strong>s<br />

já foram transferi<strong>do</strong>s<br />

039<br />

Coesão social<br />

PROGRAMA “ESCOLA VIVA”<br />

Plano de to<strong>do</strong>s os<br />

estabelecimentos de ensino<br />

público <strong>do</strong> 1º Ciclo<br />

Grande entrevista<br />

MIGUEL VEIGA<br />

“Tenho sempre, desde<br />

sempre e até sempre,<br />

um sentimento de<br />

pertença ao <strong>Porto</strong>”<br />

048<br />

COMPETITIVIDADE<br />

Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bom Sucesso<br />

encerrou<br />

A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> encerrou,<br />

no passa<strong>do</strong> dia 3 de Junho, o<br />

Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bom Sucesso, com vista<br />

à sua requalificação. A medida foi<br />

tomada depois da autarquia ter invoca<strong>do</strong><br />

“interesse público” (…)<br />

048<br />

COMPETITIVIDADE<br />

Edição 2012<br />

<strong>do</strong> “BEST OF WINE TOURISM”<br />

050<br />

ECOCIDADE<br />

Despoluir, desentubar<br />

e reabilitar as ribeiras<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

054<br />

Coesão social<br />

CMP cria Centro<br />

de Inovação Social<br />

056<br />

INOVAÇÃO<br />

Portuense criou código<br />

que descodifica cores<br />

para daltónicos<br />

063<br />

CULTURA<br />

PORTO CULTURA 10 anos<br />

de Biblioteca <strong>Municipal</strong><br />

Almeida Garrett<br />

064<br />

Património<br />

“PORTO COM PINTA”,<br />

desde de 2002,<br />

a recuperar a Cidade<br />

065<br />

OPINIÃO<br />

O futuro <strong>do</strong> euro<br />

066<br />

Sala de visitas<br />

068<br />

PERGUNTA A QUEM PASSA<br />

069<br />

Ruas da cidade<br />

Rua da Picaria<br />

070<br />

de a a z<br />

Diana Pereira


DEstaque<br />

006<br />

www.visitporto.travel<br />

PORTAL DE TURISMO DA CIDADE DO PORTO<br />

- UMA JANELA PARA O MUNDO E UM IMPORTANTE INSTRUMENTO NO AUMENTO DA<br />

COMPETITIVIDADE DA CIDADE, NUM SECTOR DA ECONOMIA EM CONTÍNUO CRESCIMENTO<br />

Ao longo de um ano e meio, uma equipa de trabalho<br />

liderada pela Associação <strong>Porto</strong> Digital em articulação<br />

com diversos serviços da autarquia – designadamente<br />

o Departamento de Turismo, Direcção <strong>Municipal</strong><br />

de Sistemas de Informação e Gabinete de Promoção<br />

e Comunicação – deitaram mãos à obra na tarefa de<br />

conceber, criar e desenvolver o novo portal de turismo<br />

<strong>do</strong> Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (www.visitporto.travel), oficialmente<br />

apresenta<strong>do</strong> em Maio último. Para o Presidente<br />

da CMP, trata ‐se de um instrumento, até agora inexistente,<br />

de inquestionável relevância no aumento<br />

da competitividade da cidade, na exacta medida em<br />

que funciona como “alavanca” de um sector da economia<br />

que o autarca considera “decisivo”, globalmente<br />

“estratégico” para a cidade e para o próprio<br />

país, como é o caso <strong>do</strong> turismo.<br />

O novo portal é bastante mais prático, completo e atractivo, e permite uma<br />

pesquisa mais eficaz e útil. Conta com mais conteú<strong>do</strong>s, dispostos de uma<br />

forma mais moderna e dinâmica, recorren<strong>do</strong> a novas funcionalidades.<br />

Está organiza<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> um sistema de informação multi -canal,<br />

dividin<strong>do</strong> -se em diferentes áreas: Visitar, Viver, Negócios, Agenda e<br />

Mais <strong>Porto</strong>. Verifica -se uma fusão <strong>do</strong>s recursos turísticos e <strong>do</strong>s eventos,<br />

com um grande investimento ao nível da imagem. Também o processo<br />

de georreferenciação se revela altamente dinâmico, permitin<strong>do</strong><br />

ao turista um acesso facilita<strong>do</strong>.


DEstaque<br />

UMA NOVA FORMA DE PROMOVER<br />

A CIDADE E DE CAPTAR AINDA<br />

MAIS TURISTAS<br />

TRÊS GRANDES ÁREAS<br />

PREFERENCIAIS<br />

007<br />

A IMPORTÂNCIA DO PORTAL<br />

em discurso directo<br />

www.cm-porto.pt<br />

Em concreto, a organização da infor-<br />

Com a criação deste “site” que se<br />

Baseámo -nos nas melhores práticas, em<br />

mação ao nível da oferta e o apoio ao<br />

pretende inova<strong>do</strong>r no sector <strong>do</strong><br />

muitos portais de referência de to<strong>do</strong><br />

processo de decisão e de planeamento<br />

turismo, a autarquia deseja que o<br />

o mun<strong>do</strong>, mas também tentámos ser<br />

da viagem são objectivos primordiais,<br />

mesmo constitua um instrumento<br />

inova<strong>do</strong>res (…), estimulan<strong>do</strong> não só a<br />

tanto mais que é possível “formatá -la”<br />

de apoio à decisão e planeamen-<br />

notoriedade <strong>do</strong> destino <strong>Porto</strong>, mas tam-<br />

à medida <strong>do</strong>s interesses e das preferên-<br />

to, bem como à organização da<br />

bém procuran<strong>do</strong> aumentar a sua procu-<br />

cias de cada um.<br />

oferta, segun<strong>do</strong> três grandes vec-<br />

ra e a retenção <strong>do</strong>s turistas na cidade”.<br />

A plataforma recém -criada baseia -se<br />

tores preferenciais:<br />

Vladimiro Feliz, Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Turismo,<br />

num sistema centra<strong>do</strong> no turista, visitante,<br />

investi<strong>do</strong>r, empresário, estudante,<br />

investiga<strong>do</strong>r, e até nos residentes,<br />

apelan<strong>do</strong> à participação das diversas<br />

comunidades, como foi salienta<strong>do</strong> pelo<br />

Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Turismo, Inovação e Lazer,<br />

Vladimiro Feliz.<br />

O novo portal assenta, assim, nos conceitos<br />

de informação, comunicação<br />

relacional, serviços interactivos e transaccionais,<br />

integração, participação e<br />

transparência e visa contribuir para a<br />

competitividade <strong>do</strong> município e da região,<br />

como um to<strong>do</strong>.<br />

Com esta nova plataforma, a cidade <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong> pretende incluir -se numa nova<br />

dimensão <strong>do</strong> turismo e apresentar -se<br />

de uma forma mais atractiva a quem a<br />

visita, seja por motivos profissionais,<br />

seja pela mera, mas não menos importante,<br />

motivação lúdica ou cultural.<br />

Num merca<strong>do</strong> cada vez mais exigente<br />

no que respeita à utilização de canais<br />

VISITAR<br />

destinada essencialmente<br />

a quem esteja interessa<strong>do</strong><br />

em visitar a cidade durante<br />

uma semana;<br />

VIVER<br />

dirigida a quem<br />

necessite de nela viver<br />

temporariamente durante<br />

um perío<strong>do</strong> até um ano,<br />

nomeadamente para<br />

estudar ou trabalhar;<br />

NEGÓCIOS – I&D<br />

vocacionada para a<br />

realização de eventos e<br />

iniciativas de carácter<br />

empresarial, ou para<br />

a potenciação de<br />

oportunidades de negócio.<br />

Inovação e Lazer<br />

“Trata-se de um produto que vem preencher<br />

uma lacuna muito importante,<br />

de uma forma exemplar. (…) Este<br />

portal continua sen<strong>do</strong> um portal de<br />

informação turística com tu<strong>do</strong> quanto é<br />

útil para quem queria visitar o <strong>Porto</strong> e<br />

a sua região.<br />

Luís Patrão, Presidente <strong>do</strong> Turismo<br />

de Portugal<br />

“Este é um produto de enorme importância<br />

para a cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, para a<br />

região – e porque não dizê -lo – para<br />

o país. Daquilo que irá ser feito neste<br />

mandato, este é para mim <strong>do</strong>s momentos<br />

mais importantes. (…) Dentro da<br />

questão da competitividade, o turismo<br />

assume uma importância primordial.<br />

Rui Rio, Presidente da Câmara <strong>Municipal</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

digitais, este novo portal pretende<br />

assumir -se, definitivamente, como uma<br />

proposta de valor na distinção da “marca<br />

<strong>Porto</strong>”, reforçan<strong>do</strong> o trabalho que<br />

tem vin<strong>do</strong> a ser desenvolvi<strong>do</strong> pela autarquia<br />

em termos da economia local,<br />

que, pela aposta na segmentação e especialização<br />

da oferta, permitirá atrair<br />

e consolidar merca<strong>do</strong> e, assim, providenciar<br />

mais e melhor turismo.<br />

O objectivo passa, pois, por gerar e<br />

atrair mais valor para a “marca <strong>Porto</strong>”,<br />

consolidan<strong>do</strong> a imagem <strong>do</strong> destino no<br />

panorama turístico internacional.


DEstaque<br />

008<br />

TURISMO<br />

Cresce a satisfação <strong>do</strong>s turistas<br />

que visitam o <strong>Porto</strong><br />

A crescente atractividade pelo destino <strong>Porto</strong> deve -se, em grande medida, à aposta<br />

que ao longo <strong>do</strong>s últimos anos a autarquia, em articulação com a empresa municipal<br />

<strong>Porto</strong>Lazer e outros parceiros, tem feito em acelera<strong>do</strong>res de procura. O Circuito<br />

da Boavista é exemplo disso, quer em número de participantes, como de especta<strong>do</strong>res,<br />

no impacto mediático ou na taxa de ocupação hoteleira, entre outros indica<strong>do</strong>res.<br />

Este ano, também se comemorou o centenário das Festas de S. João na cidade,<br />

naquele que é já considera<strong>do</strong> como um <strong>do</strong>s momentos altos da animação de 2011.<br />

O programa foi vasto, com muitos momentos culturais, de diversão, entretenimento<br />

e euforia. Desde o último fim -de-semana de Maio até ao primeiro fim -de-semana<br />

de Julho, não faltaram motivos para<br />

vir ao <strong>Porto</strong>. Foram seis fins -de-semana<br />

de festa que privilegiaram o convívio<br />

entre os portuenses e os milhares de<br />

turistas que a cidade acolheu neste<br />

perío<strong>do</strong>. O objectivo de atingir um aumento<br />

de, pelo menos, 8% no número<br />

de turistas no <strong>Porto</strong> foi supera<strong>do</strong>. A<br />

contabilização <strong>do</strong> impacto global deste<br />

mega -evento ainda decorre, dada a<br />

magnitude da acção, mas os da<strong>do</strong>s imediatos,<br />

decorrentes da análise à afluência<br />

aos postos de turismo municipais,<br />

superaram as expectativas.<br />

Tripas e Bacalhau à Gomes<br />

de Sá finalistas nas<br />

“7 Maravilhas da Gastronomia”<br />

A gastronomia portuense está de parabéns. O concurso das<br />

“7 Maravilhas da Gastronomia” está na fase final e o <strong>Porto</strong><br />

conta com <strong>do</strong>is pratos nos 21 finalistas: as Tripas à Moda <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong> e o Bacalhau à Gomes de Sá.<br />

O concurso tem como objectivo divulgar e promover o património<br />

gastronómico nacional, reconheci<strong>do</strong> e aprecia<strong>do</strong> em to<strong>do</strong> o<br />

mun<strong>do</strong> pela sua diversidade, pelos sabores únicos e qualidade<br />

<strong>do</strong>s produtos com que os pratos são confecciona<strong>do</strong>s.


DEstaque<br />

009<br />

TURISMO - Reabilitação da Baixa<br />

Palácio das Car<strong>do</strong>sas com hotel de luxo<br />

Quem passa nos Alia<strong>do</strong>s<br />

depara -se com a imponência<br />

<strong>do</strong> edifício situa<strong>do</strong> na Praça<br />

da Liberdade. Já foi convento,<br />

depois palácio, mais tarde<br />

banco e, agora, abre portas<br />

como um hotel de cinco<br />

estrelas que vem aumentar e<br />

promover as potencialidades<br />

turísticas da cidade. Apesar<br />

de todas estas<br />

funcionalidades, o espaço<br />

continua carimba<strong>do</strong> com o<br />

nome que traz desde o século<br />

XIX: Palácio das Car<strong>do</strong>sas.<br />

Geri<strong>do</strong> pela maior cadeia de hotelaria<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> em número de quartos, a<br />

marca InterContinental, a nova unidade<br />

hoteleira representa um investimento<br />

priva<strong>do</strong> de 32 milhões de euros.<br />

O hotel de charme conta com 105<br />

quartos, <strong>do</strong>s quais 16 suites, além de<br />

quatro salas destinadas à realização de<br />

conferências. Disponibiliza ainda SPA,<br />

fitness center, restaurante, bar lounge<br />

e galeria comercial.<br />

A sua localização privilegiada em plena<br />

Baixa citadina, já em avança<strong>do</strong> processo<br />

de reabilitação urbana, faz com<br />

que o Intercontinental <strong>Porto</strong> Palácio<br />

das Car<strong>do</strong>sas pretenda afirmar -se como<br />

um pólo de atracção e uma referência<br />

turística da cidade. O edifício está<br />

inseri<strong>do</strong> num <strong>do</strong>s quarteirões -piloto<br />

identifica<strong>do</strong>s no masterplan da <strong>Porto</strong><br />

Vivo, SRU e ocupa 11 mil metros quadra<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> quarteirão. A localização<br />

foi um <strong>do</strong>s elementos mais valoriza<strong>do</strong>s<br />

pela Intercontinental para a instalação<br />

da sua marca na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

Trata -se de uma zona nobre encaixada<br />

em pleno Centro Histórico, classifica<strong>do</strong><br />

como Património Mundial desde 1996.<br />

A localização é, aliás, um <strong>do</strong>s vectores<br />

fundamentais na implementação de hotéis<br />

da marca InterContinental.<br />

Destina<strong>do</strong> a clientes de<br />

negócios e de lazer, os<br />

principais merca<strong>do</strong>s de<br />

actuação são Portugal,<br />

Espanha, Reino Uni<strong>do</strong>, Brasil<br />

e Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. A abertura<br />

está prevista para este Verão e<br />

vai criar cerca de 75 postos de<br />

trabalho directos.


DEstaque<br />

010<br />

CAFÉ ASTÓRIA, RESTAURANTE<br />

DE LUXO E CARDOSAS BAR<br />

O espaço que outrora acolhia o Café Astória foi recupera<strong>do</strong><br />

e vai abrir ao público com o mesmo nome e função.<br />

Com uma entrada directa para a rua, o Astória vai oferecer<br />

uma selecção alargada de cafés nacionais e internacionais,<br />

além de um serviço de “take -away”. Com horário previsto<br />

das oito da manhã até às 21 horas, o Café quer voltar a ser<br />

um ponto de encontro para to<strong>do</strong>s os portuenses e para os<br />

milhares de turistas que passeiam na Baixa.<br />

Quanto ao restaurante, este combina um<br />

design moderno com um ambiente histórico<br />

próprio <strong>do</strong> Palácio em que se insere<br />

e oferece uma fantástica vista sobre<br />

o jardim <strong>do</strong> interior <strong>do</strong> Quarteirão das<br />

Car<strong>do</strong>sas. Com capacidade para 86 lugares,<br />

vai estar aberto ao jantar, das 20<br />

às 24h, fechan<strong>do</strong> à hora <strong>do</strong> almoço para<br />

dar lugar ao serviço <strong>do</strong> Café Astória.<br />

O conceito implementa<strong>do</strong> prende -se<br />

com uma nova interpretação da cozinha<br />

tradicional portuguesa, privilegian<strong>do</strong><br />

a utilização de produtos nacionais<br />

associa<strong>do</strong>s a ingredientes de to<strong>do</strong><br />

o mun<strong>do</strong>.<br />

Para além <strong>do</strong>s hóspedes, o restaurante<br />

pretende ser um meeting point para<br />

executivos, financeiros, turistas, visitantes<br />

da cidade e portuenses.<br />

A complementar a oferta está o Car<strong>do</strong>sas<br />

Bar. O nome resultou de um desafio<br />

lança<strong>do</strong> na rede social facebook e à semelhança<br />

<strong>do</strong> Café Astória também tem<br />

uma entrada directa para a Avenida.<br />

A decoração faz lembrar uma livraria<br />

italiana <strong>do</strong> início <strong>do</strong> séc. XIX, onde o<br />

cliente vai poder degustar uma boa selecção<br />

de vinhos <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> ou cocktails<br />

varia<strong>do</strong>s, acompanha<strong>do</strong>s por um menu<br />

de tapas e ao som de música lounge ou<br />

de música ao vivo.


DEstaque<br />

011<br />

www.cm-porto.pt<br />

Intercontinental <strong>Porto</strong> Palácio das Car<strong>do</strong>sas pronto a funcionar<br />

«RECONSTRUÇÃO INTERIOR COM MANUTENÇÃO DAS FACHADAS<br />

FOI MAIS COMPLEXA DO QUE A EDIFICAÇÃO DE RAIZ»<br />

Que aspectos <strong>do</strong> projecto lhe mereceram<br />

atenção especial pela sua complexidade<br />

e delicadeza?<br />

Essencialmente, a qualidade <strong>do</strong> detalhe<br />

e a recuperação <strong>do</strong> trabalho com<br />

tecnologias tradicionais de construção,<br />

que já não se vêem muito na arquitectura<br />

moderna. O trabalho com os<br />

estuques ou com o ferro forja<strong>do</strong> são<br />

alguns exemplos, uma vez que tivemos<br />

de recorrer a verdadeiros artesãos, que<br />

ainda trabalham esses materiais à maneira<br />

antiga. Procurámos, sempre que<br />

possível, dar primazia aos materiais e<br />

empresas nacionais, incutin<strong>do</strong> -lhe assim<br />

um cunho português e diferencia<strong>do</strong>r<br />

<strong>do</strong>s restantes hotéis desta cadeia<br />

espalha<strong>do</strong>s pelo mun<strong>do</strong>.<br />

Hélder Salva<strong>do</strong>, de 46 anos, responsável pelo projecto <strong>do</strong><br />

Intercontinental <strong>Porto</strong> Palácio das Car<strong>do</strong>sas, não hesita em considerar<br />

que foi tecnicamente mais difícil reconstruir to<strong>do</strong> o “miolo” interior <strong>do</strong><br />

edifício, conservan<strong>do</strong> ‐lhe as fachadas, <strong>do</strong> que teria si<strong>do</strong> a sua edificação<br />

de raiz. Licencia<strong>do</strong> pela Faculdade de Arquitectura da Universidade <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong>, o arquitecto revela tratar ‐se <strong>do</strong> mais «marcante» projecto da<br />

sua carreira.<br />

Qual o conceito base <strong>do</strong> projecto?<br />

A ideia, segun<strong>do</strong> a exigência<br />

<strong>do</strong> cliente – a Cadeia de Hotéis<br />

Intercontinental – foi a de recriar<br />

o ambiente palaciano no edifício,<br />

que, como se sabe, não foi construí<strong>do</strong><br />

com esse propósito nem<br />

com esse perfil. Acabámos por<br />

conseguir um interior mais coerente<br />

com a fachada.<br />

Terá si<strong>do</strong> mais difícil <strong>do</strong> que, por exemplo,<br />

se tivesse pretendi<strong>do</strong> “pensar” de<br />

raiz to<strong>do</strong> o imóvel?<br />

Sem dúvida. Foi, na verdade, um trabalho<br />

mais complexo. A reconstrução interior<br />

com a manutenção das fachadas<br />

é mais complexa <strong>do</strong> que a edificação<br />

de raiz, a começar pela necessidade de<br />

adequar a métrica e a geometria pré-<br />

‐existentes ao programa e exigências<br />

actuais, para as quais o edifício não foi<br />

pensa<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> foi construí<strong>do</strong>.<br />

Quanto tempo o projecto demorou a ser<br />

elabora<strong>do</strong>?<br />

Desde que começámos a traçar os primeiros<br />

riscos, demorou cerca de quatro<br />

anos (incluin<strong>do</strong> alguns interregnos) e<br />

19 meses de obra.<br />

E em termos pessoais, como o hierarquiza<br />

na sua carreira profissional?<br />

É realmente um projecto marcante, não<br />

só pela sua complexidade, como também<br />

pela importância e localização <strong>do</strong><br />

edifício, que, seguramente, vai constituir<br />

uma “âncora” fundamental na<br />

dinâmica da revitalização da Baixa <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong>, com influência directa nos quarteirões<br />

adjacentes.


DEstaque<br />

012<br />

UM HOTEL FLUTUANTE DE CINCO<br />

ESTRELAS<br />

O “Douro Spirit”, o novo navio -hotel da empresa de Mário<br />

Ferreira, tem tu<strong>do</strong> quanto possa imaginar para responder<br />

aos mais eleva<strong>do</strong>s padrões de sofisticação em cruzeiros<br />

turísticos <strong>do</strong> género. Equipa<strong>do</strong> com o que há de mais<br />

moderno em termos de inovação tecnológica, dispõe, além<br />

disso e entre outros requintes, de um SPA, piscina aquecida,<br />

cabeleireiro, massagista, ginásio e umas deslumbrantes<br />

vistas panorâmicas. Um luxo.<br />

“Apesar da recessão económica, a DouroAzul decidiu avançar para a construção deste<br />

navio -hotel, depois de ter assegura<strong>do</strong> a sua ocupação junto de opera<strong>do</strong>res turísticos<br />

internacionais, entre 2011 e 2015”, afirma Mário Ferreira com indisfarçável tranquilidade<br />

e orgulho ao referir -se a um investimento que ultrapassa os 12 milhões de euros<br />

e que, na sua óptica, constitui mais um passo no crescimento orgânico da empresa e<br />

“um contributo para o aumento da notoriedade<br />

no exterior da Região <strong>do</strong> Douro,<br />

Património da Humanidade” no que<br />

ao turismo diz respeito.<br />

O “Douro Spirit” já começou a navegar<br />

Douro acima até Castilla-Leon, com<br />

a vantagem – salienta o conheci<strong>do</strong><br />

empresário turístico – de unir quatro<br />

regiões Patrimónios da Humanidade:<br />

Salamanca até ao <strong>Porto</strong>, passan<strong>do</strong> pelo<br />

Rio Douro, Vale <strong>do</strong> Douro e Vale <strong>do</strong> Côa.<br />

Agora, há que sensibilizar as autarquias<br />

dessas regiões para criarem novas áreas<br />

de recepção ao forte afluxo de turistas<br />

que as visitam e que – sublinha – “têm<br />

muito dinheiro para gastar”. Na sua<br />

perspectiva, isso pode ser feito “através<br />

da abertura de postos de artesanato<br />

e pequenas lojas, que lhes estimulem<br />

a vontade de comprar”, contribuin<strong>do</strong><br />

para o desenvolvimento <strong>do</strong> turismo daquela<br />

vasta região.


DEstaque<br />

013<br />

CRIAÇÃO DE 35 POSTOS<br />

DE TRABALHO<br />

O mais recente investimento da Douro-<br />

Azul representa, segun<strong>do</strong> o seu CEO e<br />

funda<strong>do</strong>r, a criação de 35 novos postos<br />

de trabalho directo e assume -se como<br />

mais um instrumento na dinamização<br />

turística da cidade e da região, uma<br />

vez que, em termos de economia, o navio<br />

interage com tu<strong>do</strong> o que o rodeia,<br />

seja através das visitas pelo Douro, seja<br />

nos fluxos turísticos que entram na região<br />

através <strong>do</strong> Aeroporto Francisco Sá<br />

Carneiro. “Até Lisboa ganha com a dimensão<br />

deste investimento”, refere.<br />

OPINIÃO<br />

“Um negócio<br />

em expansão”<br />

A situação conjuntural em que o<br />

país se encontra mergulha<strong>do</strong> parece<br />

não preocupar minimamente Mário<br />

Ferreira, que nela (ou através dela)<br />

vai “navegan<strong>do</strong>”, diríamos de vento<br />

em popa, no que diz respeito a negócios<br />

e investimentos num ramo<br />

que conhece em profundidade.<br />

FIQUE A SABER:<br />

O Douro Spirit tem 80<br />

metros de comprimento<br />

e capacidade para 130<br />

passageiros<br />

A “jóia da coroa” da DouroAzul foi concebida<br />

e construída, ao longo de quase<br />

um ano, nos estaleiros da NavalRia, em<br />

Aveiro. Tem 80 metros de comprimento,<br />

11,4 de largura, capacidade para 130<br />

pessoas e 65 quartos duplos.<br />

É energeticamente mais eficiente e económico,<br />

pois, segun<strong>do</strong> Mário Ferreira,<br />

trata -se <strong>do</strong> primeiro navio <strong>do</strong> género<br />

to<strong>do</strong> ilumina<strong>do</strong> com LED’s, o que permite<br />

poupar bastante nos consumos<br />

eléctricos e no calor produzi<strong>do</strong> pelos<br />

focos que são de luz fria, reduzin<strong>do</strong> assim<br />

a necessidade de ar condiciona<strong>do</strong>.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, os motores são de nova<br />

geração, apresentan<strong>do</strong> menores consumos<br />

e uma redução substancial de<br />

emissões de CO2, na ordem <strong>do</strong>s 30%.<br />

Além disso, está equipa<strong>do</strong> com as novas<br />

tecnologia de informação e comunicação,<br />

como por exemplo televisão<br />

tridimensional e banda larga de acesso<br />

à Internet, que pode ser consegui<strong>do</strong> no<br />

camarote através de equipamento disponível,<br />

ou com um PC pessoal através<br />

de diversos pontos wireless.<br />

“Apesar da crise, este negócio<br />

está em franca expansão. Temos<br />

vin<strong>do</strong> a crescer e 2011<br />

perspectiva ‐se como o melhor<br />

ano de sempre para a DouroAzul.<br />

Os merca<strong>do</strong>s internacionais<br />

estão muito pujantes e procuram<br />

um turismo assente na cultura,<br />

nas tradições, na arquitectura e é<br />

isso que o <strong>Porto</strong> e o Norte de Portugal<br />

– concretamente a região<br />

<strong>do</strong> Douro – têm para oferecer”,<br />

observou.<br />

O projecto foi classifica<strong>do</strong> de interesse<br />

turístico e integrou uma candidatura<br />

submetida ao sistema de<br />

incentivos-SI Inovação-<strong>do</strong> Ministério<br />

da Economia, no valor global de<br />

12,4 milhões de euros. Foi aprova<strong>do</strong><br />

pelo Turismo de Portugal e co-<br />

‐financia<strong>do</strong> pelo QREN, no âmbito<br />

<strong>do</strong> Programa Operacional Factores<br />

de Competitividade.


DEstaque<br />

014<br />

PRAIAS DE<br />

CONFIANÇA<br />

Este Verão o <strong>Porto</strong> volta a ostentar bandeiras azuis desde a Foz até ao Homem <strong>do</strong> Leme.<br />

São sete praias consideradas de excelência, não só pelas belezas naturais, mas também<br />

pela qualidade da água, pelo conforto e programas de educação ambiental que oferecem<br />

aos veraneantes. Uma distinção ambiental que vem potenciar o turismo na cidade.<br />

“A confiança não se decreta,<br />

adquire -se com o tempo e o<br />

tempo permitiu -nos ter<br />

confiança nas praias <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong>”, afirma Poças Martins,<br />

da Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

Luz, Ingleses, Ourigo, Carneiro, Gondarém, Molhe e Homem <strong>do</strong> Leme, são estas as<br />

praias que oferecem qualidade de excelência na orla costeira <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Um percurso<br />

de cerca de quatro quilómetros de águas cristalinas, areais limpos, com bons acessos<br />

e equipamentos de apoio, servin<strong>do</strong> também os cidadãos com mobilidade reduzida.<br />

Recorde -se que antes de 2006 todas estas praias estavam interditas a banhos, devi<strong>do</strong><br />

à forte poluição. A Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> iniciou, então, um trabalho de despoluição e<br />

requalificação, cujos resulta<strong>do</strong>s começaram logo a surgir em 2007, quan<strong>do</strong> passou<br />

a ser possível frequentá -las em segurança, <strong>do</strong> ponto de vista sanitário, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong><br />

classificadas como zonas balneares pelo Instituto da Água.<br />

O ano de 2008 foi marca<strong>do</strong> pelo hastear da primeira bandeira azul na praia<br />

<strong>do</strong> Homem <strong>do</strong> Leme, que obteve também o galardão de praia acessível<br />

às pessoas com mobilidade reduzida. Este feito multiplicou ‐se nos anos<br />

seguintes até se atingir as sete bandeiras azuis actuais. A praia <strong>do</strong> Castelo<br />

<strong>do</strong> Queijo apresenta uma qualidade compatível com a prática<br />

balnear, mas a solução para elevar a qualidade da água ultrapassa o<br />

âmbito exclusivo de competências <strong>do</strong> município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

O responsável explica que é mais difícil<br />

atingir estes níveis de excelência em<br />

praias urbanas, o que exige uma manutenção<br />

muito cuidada <strong>do</strong>s sistemas de<br />

saneamento básico. “Temos uma manutenção<br />

preventiva, feita de forma sistemática<br />

e com qualidade. Esse é o nosso<br />

grande segre<strong>do</strong>”, diz.<br />

Espécies marinhas<br />

desaparecidas regressam<br />

ao <strong>Porto</strong><br />

Um indica<strong>do</strong>r da qualidade das praias é<br />

o retorno de várias espécies marinhas<br />

à costa portuense, como as estrelas ou<br />

os ouriços -<strong>do</strong>-mar. “Os próprios animais<br />

começam a ganhar confiança nas praias


DEstaque<br />

015<br />

www.cm-porto.pt<br />

e estabelecem -se cá. São indica<strong>do</strong>res de<br />

qualidade da água, até mais sensíveis<br />

que os méto<strong>do</strong>s analíticos usa<strong>do</strong>s”, explica<br />

Poças Martins.<br />

O responsável alerta que para garantir o<br />

futuro de to<strong>do</strong> este trabalho, é necessário<br />

continuar a investir na qualidade e<br />

fiabilidade <strong>do</strong>s sistemas de saneamento<br />

básico da cidade, bem como continuar a<br />

apostar na sensibilização da comunidade<br />

para a preservação destes espaços. Outro<br />

<strong>do</strong>s aspectos a ter em conta prende-<br />

‐se com a importância social que estas<br />

conquistas ambientais representam.<br />

Praias seguras e com o título máximo<br />

de qualidade, a bandeira azul, são uma<br />

mais -valia para a população da cidade e<br />

concelhos limítrofes que, em tempos de<br />

crise, podem usufruir da época balnear<br />

mais perto de casa e sem deslocações<br />

dispendiosas.<br />

Novos equipamentos, novas<br />

acessibilidades e muita<br />

educação ambiental<br />

Para além da qualidade da água, monitorizada<br />

diariamente pela Águas <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong>, há outros indica<strong>do</strong>res de conforto<br />

e segurança das praias. São várias as<br />

intervenções que a empresa tem leva<strong>do</strong><br />

a cabo para melhorar as condições de<br />

acessibilidade e valorizar os percursos e<br />

espaços envolventes às zonas balneares.<br />

Quem frequenta os areais <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

encontra mobiliário urbano novo, instalações<br />

sanitárias, postos de socorro,<br />

chuveiros, lava -pés e bebe<strong>do</strong>uros. Ao<br />

longo da marginal foram também coloca<strong>do</strong>s<br />

novos caixotes de lixo, cinzeiros<br />

de praia e sinalização que alerta para<br />

o perigo e ilegalidade da presença de<br />

cães nas praias e nos passadiços.<br />

Este ano, a educação ambiental nas<br />

praias da cidade é da responsabilidade<br />

<strong>do</strong> Pavilhão da Água, um equipamento<br />

municipal que passou para a dependência<br />

da Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Durante a época<br />

balnear, o Pavilhão vai promover um<br />

conjunto diversifica<strong>do</strong> de acções para<br />

crianças, numa tenda propositadamente<br />

instalada para o efeito.<br />

ÁGUAS DO PORTO É A MELHOR<br />

EMPRESA MUNICIPAL<br />

PORTUGUESA<br />

A Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> é a empresa com a<br />

melhor situação económico -financeira<br />

no panorama nacional das empresas<br />

municipais e intermunicipais. Das 280<br />

empresas listadas pela Direcção -Geral<br />

das Autarquias Locais (DGAL), cujos<br />

relatórios financeiros foram consulta<strong>do</strong>s<br />

pelo jornal Expresso, a Águas <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong> sobressaí com um sal<strong>do</strong> positivo<br />

de 91,9 milhões de euros entre activo<br />

e passivo.<br />

A empresa municipal <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> tem<br />

apresenta<strong>do</strong> lucros desde que foi criada,<br />

em 2006. No exercício de 2010, o<br />

resulta<strong>do</strong> líqui<strong>do</strong> alcança<strong>do</strong> atingiu<br />

perto de 1,2 milhões de euros.<br />

É de salientar que Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />

cujo objecto social foi alarga<strong>do</strong> a to<strong>do</strong><br />

o ciclo urbano da água (abastecimento<br />

de água, drenagem e tratamento de<br />

águas residuais, águas pluviais, ribeiras<br />

e praias), obteve estes resulta<strong>do</strong>s num<br />

contexto de contenção tarifária, ou<br />

seja, as tarifas aumentaram apenas 1%,<br />

abaixo da taxa de inflação.


Actualidade<br />

016<br />

MANUEL DE SAMPAIO PIMENTEL<br />

Verea<strong>do</strong>r da Protecção Civil, Controlo Interno e Fiscalização<br />

“SORRIO QUANDO<br />

OIÇO CRÍTICAS À<br />

ALEGADA LIMITAÇÃO<br />

DA LIBERDADE DE<br />

EXPRESSÃO POLÍTICA<br />

NA CIDADE”<br />

Na esfera das suas competências<br />

municipais, que projecto(s) considera<br />

justo e mais pertinente destacar,<br />

neste momento?<br />

A formação de uma equipa a qual, atingin<strong>do</strong><br />

a velocidade cruzeiro, poderá ter<br />

um impacto significativo na vida da<br />

cidade, particularmente na forma como<br />

ela é vista por quem a vive. Refiro -me<br />

ao Departamento <strong>Municipal</strong> de Fiscalização<br />

(DMF): um desafio que agarrei<br />

com entusiasmo e determinação.<br />

O controlo interno e a fiscalização são<br />

áreas particularmente sensíveis, em<br />

relação às quais o Presidente da CMP<br />

anunciou atenções especiais. O que é<br />

que de mais relevante tem si<strong>do</strong> feito<br />

nestes <strong>do</strong>mínios?<br />

No DMF, a Divisão das Obras Particulares<br />

tem já um papel decisivo no<br />

acompanhamento de to<strong>do</strong>s os projectos<br />

aprova<strong>do</strong>s a montante pelo Urbanismo,<br />

actuan<strong>do</strong> com rigor e rapidez, em<br />

casos de incumprimento. Esperamos ter<br />

um papel cada vez mais interventivo<br />

no que toca às obras ilegais e ter tolerância<br />

zero com os prevarica<strong>do</strong>res. Por<br />

outro la<strong>do</strong>, o DMF trata, também, <strong>do</strong><br />

uso <strong>do</strong> espaço público. Haverá poucas<br />

cidades que, como o <strong>Porto</strong>, o tenham<br />

devidamente disciplina<strong>do</strong> ao nível, por<br />

exemplo, de cartazes promocionais, comerciais<br />

ou políticos. Há muito a fazer<br />

para me considerar satisfeito, mas o<br />

lema é: fazer melhor amanhã, <strong>do</strong> que o<br />

que foi feito hoje! Sorrio quan<strong>do</strong> oiço<br />

críticas à alegada limitação da liberdade<br />

de expressão política na cidade;<br />

a maior parte dessas vozes vem, ou<br />

<strong>do</strong> PCP ou <strong>do</strong> BE. Pensan<strong>do</strong> um pouco<br />

nos regimes comunistas, não deixa de<br />

ser engraça<strong>do</strong>. Propaganda, cartazes e<br />

diversidade político -partidária é o que<br />

mais há em Havana, em Pyongyang ou,<br />

por exemplo, em Tirana. Já para não<br />

falar <strong>do</strong> tempo comunista da Praça Vermelha.<br />

Haja coerência e, se possível,<br />

um pouco de decoro!<br />

Na sua óptica, que vantagens práticas<br />

adviriam para o cidadão da transferência<br />

de competências das Divisões de<br />

Trânsito da PSP para as Polícias Municipais<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e de Lisboa, tal como é<br />

desejo <strong>do</strong>s respectivos presidentes?<br />

Dou -lhe estes números, relativos a<br />

2009, para reflexão de to<strong>do</strong>s: no <strong>Porto</strong>,<br />

a PSP procedeu a 15.000 autuações,<br />

ten<strong>do</strong> a PM efectua<strong>do</strong> 28.000; a PSP rebocou<br />

cerca de 4.000 veículos, enquanto<br />

a PM rebocou 9.000. A PM bloqueou,<br />

ainda, cerca de 10.500 veículos. A PSP<br />

atingiu estes números com cerca de<br />

200 agentes; a PM com 20. Responden<strong>do</strong><br />

à sua pergunta: com menos, as PM’s<br />

podem fazer mais e melhor, ser mais<br />

eficazes e gerar, com isso, economias<br />

de escala. Claro que esta não é uma<br />

tarefa popular, mas torna -se cada vez<br />

mais necessário disciplinar o trânsito,<br />

uma vez que este é parte integrante<br />

da mobilidade, e a mobilidade, por sua<br />

vez, é um factor cada vez mais deter-


actualidade<br />

017<br />

minante na competitividade das cidades.<br />

A quem nos acusa de caça à multa<br />

eu respon<strong>do</strong> com serenidade, mas com<br />

muita firmeza: houvesse mais civismo e<br />

a PM teria menos multas a passar!<br />

O Batalhão de Sapa<strong>do</strong>res Bombeiros<br />

(BSB) <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> tem si<strong>do</strong> objecto de particular<br />

atenção por parte <strong>do</strong> Pelouro<br />

de que é responsável. Como caracteriza<br />

a sua actual capacidade operativa,<br />

tanto a nível material como de recursos<br />

humanos?<br />

A Cidade está segura com a Protecção<br />

Civil que tem e o Batalhão responderá<br />

sempre com rapidez, eficácia e qualificação<br />

técnica às ocorrências, ditas<br />

previsíveis. Sinto -me confortável com<br />

os meios de que actualmente disponho,<br />

tanto mais que conto, ainda este ano,<br />

reforçar o contingente <strong>do</strong> batalhão<br />

com mais 20 homens. A situação actual<br />

é equilibrada, sen<strong>do</strong> que nos últimos<br />

seis anos, contan<strong>do</strong> com o recrutamento<br />

deste ano, a autarquia “contratou”<br />

cerca de oitenta novos bombeiros. É um<br />

esforço assinalável e que tem conta<strong>do</strong><br />

com o empenho pessoal <strong>do</strong> Presidente<br />

Rui Rio.<br />

CMP CONSEGUIU GARANTIR<br />

UMA COMPENSAÇÃO<br />

AOS COMERCIANTES<br />

Como tem decorri<strong>do</strong> o processo de diálogo<br />

e negociação com os comerciantes<br />

<strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bom Sucesso (MBS), no<br />

âmbito <strong>do</strong> processo de requalificação<br />

daquele espaço?<br />

Bem, ao ponto de a adjudicatária<br />

(“Merca<strong>do</strong> Urbano”) ter chega<strong>do</strong> a<br />

acor<strong>do</strong> com a maioria <strong>do</strong>s comerciantes<br />

para que os mesmos voluntariamente<br />

renunciassem à sua licença, mediante<br />

uma compensação. Isto não quer<br />

dizer que, mesmo estes comerciantes,<br />

não possam regressar ao “novo” MBS.<br />

Há vontade recíproca que isso venha a<br />

acontecer em alguns casos. Claro que<br />

num universo tão vasto, era impossível<br />

agradar a to<strong>do</strong>s, mas há <strong>do</strong>is aspectos<br />

<strong>do</strong>s quais não podemos fugir: por um<br />

la<strong>do</strong>, o interesse público não deverá,<br />

nunca, sucumbir mediante o interesse<br />

particular. Esse é um aspecto, aliás,<br />

que deverá estar sempre na mente de<br />

quem gere a “coisa” pública. Por outro<br />

la<strong>do</strong>, convém que as pessoas saibam<br />

que foi a CMP que, através <strong>do</strong>s termos<br />

em que concebeu o Concurso Público,<br />

permitiu que to<strong>do</strong>s os comerciantes<br />

pudessem ter uma protecção que, por<br />

lei, não lhes estava conferida.<br />

Está satisfeito com a solução a<strong>do</strong>ptada?<br />

O Executivo e, particularmente, o seu<br />

Presidente entenderam que seria de<br />

uma enorme injustiça que os comerciantes<br />

vissem a sua licença caducar,<br />

sem qualquer compensação. Deste<br />

mo<strong>do</strong>, colocámos como exigência no<br />

processo concursal a disponibilização<br />

de uma verba, a qual não sen<strong>do</strong> uma<br />

reforma antecipada ou o prémio <strong>do</strong><br />

Euromilhões, permitisse compensar os<br />

comerciantes pela caducidade das suas<br />

licenças. Estou muito satisfeito com a<br />

solução encontrada, uma vez que preservámos<br />

o património arquitectónico,<br />

mantivemos – ainda que num espaço<br />

menor – aquele que foi o objecto inicial<br />

<strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> e conseguimos garantir que<br />

os comerciantes tivessem<br />

uma compensação.<br />

PERFIL<br />

Manuel de Sampaio Pimentel<br />

nasceu a 6 de Janeiro de<br />

1970, é licencia<strong>do</strong> em Direito<br />

e pós ‐gradua<strong>do</strong> em ciências<br />

jurídico ‐empresariais,<br />

ambas pela Universidade<br />

Católica Portuguesa. Exerceu<br />

a profissão, nomeadamente,<br />

na Vieira de Almeida &<br />

Associa<strong>do</strong>s. Foi Vice‐<br />

‐Presidente da CCDR-N<br />

e assumiu funções como<br />

Verea<strong>do</strong>r da CMP em 2005.<br />

No âmbito das suas funções<br />

na autarquia foi, também,<br />

administra<strong>do</strong>r da Empresa<br />

Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.


Actualidade<br />

018<br />

POLÍCIA<br />

MUNICIPAL<br />

APOSTA COM<br />

FIRMEZA NA<br />

MOBILIDADE<br />

A necessidade de transferir as Divisões<br />

de Trânsito da PSP para as<br />

PM’s tem gera<strong>do</strong> consenso entre os<br />

presidentes das câmaras de Lisboa<br />

e <strong>Porto</strong>. Tanto António Costa como<br />

Rui Rio entendem que tal medida<br />

libertaria a PSP para funções<br />

relativas ao combate à criminalidade<br />

e reforço da segurança urbana,<br />

um “terreno” com o qual as polícias<br />

municipais nada têm que ver.<br />

Acabar ‐se‐ia, assim, com a duplicação<br />

de funções no que diz respeito<br />

à regulamentação <strong>do</strong> trânsito, com<br />

efeitos positivos ao nível da mobilidade<br />

e racionalização de meios<br />

nas duas maiores cidades <strong>do</strong> país.<br />

De acor<strong>do</strong> com Leitão da Silva, comandante<br />

daquele corpo de polícia, a recente<br />

reestruturação da orgânica interna da<br />

Polícia <strong>Municipal</strong> (PM) visou, justamente,<br />

«dar uma resposta mais eficaz às solicitações<br />

<strong>do</strong>s munícipes quan<strong>do</strong> muitas<br />

vezes vêem ameaçada a sua liberdade<br />

de acesso às suas propriedades, devi<strong>do</strong><br />

à situação caótica <strong>do</strong> ordenamento <strong>do</strong><br />

tráfego». O objectivo da reforma teve,<br />

igualmente, em consideração “a necessidade<br />

de contribuir para uma melhor<br />

gestão <strong>do</strong> espaço público, ten<strong>do</strong> como<br />

preocupação nuclear a mobilidade, principalmente<br />

numa cidade milenar, com<br />

limitações óbvias a esse nível”.<br />

O processo passou pela criação de uma<br />

unidade de trânsito exclusivamente vocacionada<br />

para o efeito.<br />

POLÍCIAS MUNICIPAIS<br />

DE LISBOA E PORTO<br />

ELABORARAM PROJECTO<br />

DE PROTOCOLO COM O MAI<br />

Deste mo<strong>do</strong>, as PM’s de Lisboa e <strong>Porto</strong><br />

têm vin<strong>do</strong> a participar, desde finais<br />

<strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong>, em diversas reuniões<br />

em sede <strong>do</strong> Ministério da Administração<br />

Interna (MAI), das quais resultou a<br />

elaboração de um projecto de protocolo,<br />

cuja versão final se encontra em<br />

apreciação a nível governamental e<br />

autárquico.<br />

Esses encontros entre as diversas comissões<br />

técnicas, e nos quais também<br />

a PSP e a Autoridade Nacional de Segurança<br />

Ro<strong>do</strong>viária se fizeram representar,<br />

visaram debater as bases de um<br />

<strong>do</strong>cumento com os seguintes objectivos:<br />

estabelecer novos canais de comunicação<br />

inter -institucional e parcerias;<br />

definir as regras de <strong>do</strong>tação de pessoal<br />

das PM’s e aumentar a sua capacidade<br />

de fiscalização no que respeita a ilícitos<br />

ro<strong>do</strong>viários, pratica<strong>do</strong>s nas suas respectivas<br />

áreas de jurisdição.<br />

“Não se trata de atribuir novas competências<br />

às PM’s, mas sim encontrar novas<br />

formas de racionalizar recursos humanos,<br />

com um fim objectivo comum»,<br />

observou Leitão da Silva.<br />

Certificação da qualidade<br />

A Polícia <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> está reunir<br />

diversos requisitos técnicos, com vista<br />

à obtenção da certificação de qualidade,<br />

o que, a acontecer, a elegeria como<br />

a primeira unidade policial <strong>do</strong> país a<br />

conseguir esse estatuto.<br />

O processo já dura há um ano com acções<br />

de formação trissemanais.


actualidade<br />

019<br />

Estacionamentos ilegais<br />

APESAR DO AGRAVAMENTO<br />

DAS TAXAS DE<br />

BLOQUEAMENTO E<br />

REMOÇÃO, NÍVEIS DE<br />

INFRACÇÕES MANTÊM ‐SE<br />

O combate ao estacionamento<br />

ilegal tem constituí<strong>do</strong>, igualmente,<br />

uma das preocupações da PM.<br />

No entanto, apesar das taxas associadas<br />

a bloqueamentos e reboques terem<br />

sofri<strong>do</strong> um acréscimo considerável decorrente<br />

das alterações legislativas em<br />

vigor desde 1 de Janeiro deste ano – o<br />

que, numa lógica de efectividade da<br />

medida da pena até poderia funcionar<br />

como factor dissuasor – a verdade é<br />

que, na prática, segun<strong>do</strong> o mesmo responsável,<br />

os níveis de infracções não<br />

têm conheci<strong>do</strong> grandes oscilações.<br />

Embora as dificuldades sejam ainda evidentes,<br />

Leitão da Silva tem uma visão<br />

optimista <strong>do</strong> problema. “A mobilidade<br />

tem vin<strong>do</strong> a melhorar bastante no<br />

<strong>Porto</strong>, devi<strong>do</strong> a uma fiscalização mais<br />

integrada, mas também ao facto de haver,<br />

actualmente, menos automóveis a<br />

circular, situação à qual a crise <strong>do</strong> país<br />

não é alheia”.<br />

POLÍCIA MUNICIPAL E STCP<br />

“JUNTOS PELA MOBILIDADE”<br />

A Polícia <strong>Municipal</strong> (PM) <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong> e a Sociedade de Transportes<br />

Colectivos <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

(STCP) decidiram reforçar o<br />

serviço “Via Livre”, sob o lema<br />

“Juntos pela Mobilidade”.<br />

A iniciativa consiste na utilização de<br />

duas viaturas nas quais circulam agentes,<br />

ou fiscais, da PM e elementos da<br />

STCP, que actuam em colaboração concertada<br />

com vista ao combate ao estacionamento<br />

indevi<strong>do</strong>, ou abusivo. No<br />

âmbito das medidas em curso, apostou-<br />

‐se na renovação da imagem das viaturas<br />

utilizadas, decoran<strong>do</strong> -as de uma<br />

forma mais apelativa e visível.<br />

Com esta colaboração, pretende -se incrementar<br />

um conjunto de medidas de<br />

desincentivo ao estacionamento em situações<br />

que prejudiquem o normal funcionamento<br />

<strong>do</strong>s transportes públicos,<br />

nomeadamente corre<strong>do</strong>res de circulação<br />

BUS e paragens.


Actualidade<br />

020<br />

GABINETE DE ARRUMAÇÃO E<br />

ESTÉTICA DO ESPAÇO PÚBLICO<br />

A cidade está a ficar mais bonita!<br />

Na convicção de que um pormenor pode fazer toda<br />

a diferença, após cerca de meio ano de trabalho,<br />

o Gabinete de Arrumação e Estética já tem vários<br />

exemplos a apresentar. Desde o Largo Cimo de Vila,<br />

ao Passeio das Virtudes ou ao Largo Padre Américo,<br />

as mudanças estão à vista de to<strong>do</strong>s e o envolvimento<br />

da comunidade é cada vez maior.<br />

Contribuir para transformar a cidade num espaço mais bonito,<br />

agradável e esteticamente mais arruma<strong>do</strong> é a principal<br />

função deste Gabinete (GAEEP) cria<strong>do</strong> em Janeiro deste ano,<br />

após alguns meses de trabalho -piloto no terreno.<br />

O GAEEP tem desenvolvi<strong>do</strong> diversas intervenções no espaço<br />

público, de forma a destacar a riqueza patrimonial, ajudan<strong>do</strong>,<br />

simultaneamente, a combater o vandalismo e a falta de civismo<br />

e contribuin<strong>do</strong> para melhorar o ambiente urbano global.<br />

Olga Maia, coordena<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Gabinete de Estética e Arrumação,<br />

refere que quan<strong>do</strong> a intervenção no espaço público consegue<br />

despertar a atenção da população, a colaboração acaba<br />

por acontecer e são as próprias pessoas a disponibilizarem -se<br />

para dar pequenos contributos para a manutenção <strong>do</strong> local.<br />

Uma ajuda inesperada<br />

“Um <strong>do</strong>s meus objectivos era conseguir retirar<br />

daqui o mictório, que deitava muito mau cheiro e<br />

afastava as pessoas desta zona. Apercebi ‐me que<br />

a Câmara estava a limpar a fonte e a fazer obras e<br />

disponibilizei ‐me logo para ajudar no que fosse preciso.<br />

Eu tenho aqui um estabelecimento comercial e<br />

estas obras vieram valorizá ‐lo. Muitas das pessoas<br />

que passam aqui reparam que houve modificação,<br />

algumas até pensam que é uma fonte nova. O largo<br />

ficou muito melhor e até tenho intenção de colocar<br />

aqui uma esplanada. Passam por aqui muitos turistas<br />

e agora param, tiram fotografias, sentam ‐se no<br />

banquinho. Está muito bonito!”<br />

Aníbal Carvalho, Largo Cimo de Vila<br />

Desde o início <strong>do</strong> ano que o trabalho das arquitectas responsáveis<br />

pela intervenções tem -se multiplica<strong>do</strong>. Filipa Moreira e<br />

Maria Carvalho vão para a rua, palmilham as artérias e recantos<br />

da cidade, registan<strong>do</strong> os locais onde é necessário intervir.<br />

Depois de estu<strong>do</strong>s técnicos, feitos em articulação com os diversos<br />

serviços municipais e com a projectista interna, Catarina<br />

Magalhães, são aplicadas as transformações nos pontos escolhi<strong>do</strong>s.<br />

Com o passar <strong>do</strong> tempo, a equipa <strong>do</strong> GAEEP passou<br />

a contar com sugestões e até ajuda externa.<br />

“Quan<strong>do</strong> estivemos a fazer o levantamento no Largo <strong>do</strong> Padre<br />

Américo, uma senhora veio ter connosco e disse -nos que<br />

aquela zona já tinha ti<strong>do</strong> bancos, que ela já tinha usufruí<strong>do</strong><br />

daquele espaço para lazer e que tinha saudades desse tempo.<br />

Como os bancos tinham si<strong>do</strong> danifica<strong>do</strong>s, foram removi<strong>do</strong>s<br />

e o Largo passou a ser um espaço de passagem e deixou<br />

de ter o carácter de lazer. Nós aproveitamos essa ideia,<br />

voltamos a dar essa função ao Largo e agora a população<br />

que mora por ali já fala, até, em fazer umas sardinhadas no<br />

Verão”, exemplifica Filipa Moreira. A colega aproveita para<br />

referir que têm si<strong>do</strong> várias a pessoas que lhes dão ideias<br />

quan<strong>do</strong> percebem que estão a trabalhar no espaço público.<br />

“As pessoas vêm ter connosco e dizem -nos o que, no seu entender,<br />

faz falta ou o que está mal e nós aproveitamos essas<br />

dicas e tentamos integrá -las no nosso trabalho, o que vem<br />

enriquecê -lo”, afirma Maria Carvalho.<br />

Olga Maia, Directora da CMP e Coordena<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> GAEEP


actualidade<br />

021<br />

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antes<br />

depois<br />

Largo Cimo de Vila<br />

No Largo de Cimo de Vila limpou -se a fonte, refizeram -se os dizeres lá inscritos que o tempo tinha apaga<strong>do</strong> e repôs -se o seu funcionamento.<br />

Retirou -se um mictório que era um surto constante de sujidade e maus cheiros e colocou -se um bonito banco de jardim.<br />

Pintaram -se as grelhas de ventilação elevadas <strong>do</strong> posto de transformação da EDP existente, reparou -se o pavimento e os muros de<br />

pedra. Removeu -se ainda <strong>do</strong> local uma cabine telefónica que tinha pouco uso, permitin<strong>do</strong> desta forma uma maior visibilidade da<br />

fonte. Colocou -se iluminação, o que veio proporcionar uma sensação de maior segurança a quem lá passa durante a noite.<br />

Passeio das Virtudes<br />

No Passeio das Virtudes foi reposto o saibro, removidas as ervas que proliferavam no pavimento, limpos os bancos de pedra existentes<br />

e colocadas algumas papeleiras. Foram ainda pinta<strong>do</strong>s os candeeiros tradicionais e repostos alguns pilaretes em falta, de<br />

forma a evitar o estacionamento indevi<strong>do</strong>. Devolveu -se à cidade um <strong>do</strong>s mira<strong>do</strong>uros mais belos que ela possui.<br />

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Actualidade<br />

022<br />

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Largo <strong>do</strong> Padre Américo<br />

No Largo <strong>do</strong> Padre Américo pintaram -se os corrimões, limpou -se um enorme muro em granito e uma placa afixada no local em<br />

homenagem ao Padre Américo. Colocaram -se também <strong>do</strong>is bancos antigos de jardim, recupera<strong>do</strong>s nas oficinas <strong>do</strong> Município, e<br />

uma papeleira, que permitiram transformar uma zona de passagem numa zona de lazer e convívio da população local, como já<br />

tinha si<strong>do</strong> em tempos.<br />

Envolvente ao Jardim <strong>do</strong> Moreda<br />

Na envolvente ao Jardim <strong>do</strong> Moreda fizeram -se também uma série de intervenções que vêm realçar a beleza <strong>do</strong> jardim recentemente<br />

inaugura<strong>do</strong>: alargaram -se os passeios e criaram -se caldeiras à volta das árvores, rebaixaram -se as passadeiras e eliminou-<br />

‐se uma delas considerada mal localizada e perigosa por se situar junto a um semáforo. Pintaram -se os candeeiros da EDP e<br />

alterou -se a sua localização de forma a ficarem alinha<strong>do</strong>s com as árvores existentes.<br />

Ao nível <strong>do</strong> mobiliário urbano também se fizeram algumas alterações: eliminou -se um armário da PT e uma cabine telefónica,<br />

sem uso, deslocou -se e substitui -se o abrigo (paragem) <strong>do</strong>s STCP por um mais moderno e substituíram -se os ecopontos por<br />

citytainers (lixos enterra<strong>do</strong>s).<br />

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actualidade<br />

023<br />

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antes<br />

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Cruzamento de Gonçalo Cristóvão com a Rua de Santa Catarina<br />

No cruzamento de Gonçalo Cristóvão com a Rua de Santa Catarina havia um contentor de lixo <strong>do</strong>méstico coloca<strong>do</strong> no meio de um<br />

canteiro. Uma situação que, além de inestética, resultava num acesso difícil por parte <strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>res. Redesenhou -se o canteiro,<br />

devolven<strong>do</strong> a necessária harmonia ao local e facilitan<strong>do</strong> o acesso ao contentor. Rebaixaram -se os passeios de forma a facilitar<br />

o acesso às passadeiras neste local.<br />

Rua da Madeira com a Rua 31 de Janeiro<br />

Na bifurcação da Rua da Madeira com a Rua 31 de Janeiro pintaram -se os gradeamentos das escadas, as portas <strong>do</strong>s sanitários públicos<br />

e o quiosque tradicional, respeitan<strong>do</strong> as cores originais e iluminou -se o local. Existia também lá um pequeno canteiro que<br />

se encontrava aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> e com lixo. Voltou a ser recria<strong>do</strong>, dan<strong>do</strong> uma nova vida àquele local.<br />

antes<br />

depois


Actualidade<br />

024<br />

Limpar a cidade<br />

<strong>do</strong>s grafites<br />

Proliferam por to<strong>do</strong> o la<strong>do</strong>, tal<br />

como uma praga que alastra e<br />

que é preciso conter. Prédios antigos<br />

empareda<strong>do</strong>s, muros pinta<strong>do</strong>s<br />

de fresco, montras de vidro,<br />

estações de metro, de autocarro<br />

e até edifícios “património <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>” são alvo de grafites feitos<br />

na clandestinidade.<br />

Numa tentativa de combater condutas<br />

que transgridem o respeito pelo bem<br />

público e priva<strong>do</strong> e o sentimento de insegurança<br />

que a degradação causa, a Direcção <strong>Municipal</strong> de Ambiente e Serviços<br />

Urbanos (DMASU) tem da<strong>do</strong> prioridade à remoção de grafites que proliferam no<br />

espaço público. A fiscalização é efectuada quer pela Polícia <strong>Municipal</strong> quer por<br />

equipas da DMASU. Há também medidas complementares de sensibilização da população<br />

em torno deste esforço municipal, com a criação de sinergias que permitem uma<br />

certa “auto-fiscalização” e uma apropriação positiva <strong>do</strong> espaço público envolvente.<br />

Ajudar a manter a cidade limpa é tarefa de to<strong>do</strong>s, por isso, to<strong>do</strong> o esforço leva<strong>do</strong> a<br />

cabo pela autarquia precisa da ajuda <strong>do</strong>s cidadãos, no senti<strong>do</strong> de alertarem e manifestarem<br />

publicamente o seu repúdio a acções de vandalismo que envolvam as suas<br />

propriedades, utilizan<strong>do</strong> os meios legais ao dispor. A imagem da cidade é determinante<br />

para a taxa de crescimento turístico registada no <strong>Porto</strong>, principalmente numa<br />

altura de crise económica.<br />

MERCADO DO BOLHÃO<br />

Projectos de especialidades concluí<strong>do</strong>s até ao final deste ano<br />

Depois de efectuadas as necessárias sondagens técnicas <strong>do</strong> terreno, continua em<br />

bom ritmo a elaboração <strong>do</strong>s projectos de especialidades relativos à requalificação <strong>do</strong><br />

Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bolhão, um trabalho coordena<strong>do</strong> pela GOP – Empresa <strong>Municipal</strong> de Gestão<br />

de Obras Públicas em conjunto com o IGESPAR, preven<strong>do</strong> -se que a sua conclusão<br />

e entrega possa acontecer até final <strong>do</strong> ano.<br />

Com a reabilitação <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bolhão, que manterá a sua traça e cunho tradicional,<br />

a autarquia pretende tornar esse espaço numa marca de excelência, num contexto<br />

dinamiza<strong>do</strong>r de uma Baixa requalificada e moderna.<br />

O conceito <strong>do</strong> novo Bolhão aponta para um equipamento com condições de se assumir<br />

como um local de encontro de sabores e aromas tradicionais, em comunhão<br />

com as exigências e desafios coloca<strong>do</strong>s pelas solicitações da modernidade.


actualidade<br />

025<br />

REQUALIFICAÇÃO<br />

DA AVENIDA<br />

DA BOAVISTA -<br />

TROÇO POENTE<br />

A reabilitação <strong>do</strong> troço poente da Avenida<br />

da Boavista, compreendi<strong>do</strong> entre<br />

o Castelo <strong>do</strong> Queijo e a Rua António<br />

Aroso, está praticamente concluída.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> disse à <strong>Porto</strong><br />

Sempre o Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Urbanismo,<br />

Gonçalo Gonçalves, o projecto<br />

de requalificação global da Avenida<br />

da Boavista, da autoria <strong>do</strong> arquitecto<br />

Manuel Ventura, encontra -se em<br />

fase de conclusão, ten<strong>do</strong>, inclusivamente,<br />

já si<strong>do</strong> feitos to<strong>do</strong>s os estu<strong>do</strong>s<br />

prévios e outros procedimentos<br />

urbanísticos necessários ao andamento<br />

<strong>do</strong> processo.<br />

Ciclovia e sinalização serão<br />

agora pintadas, depois da<br />

realização das corridas<br />

automobilísticas<br />

No senti<strong>do</strong> de precaver algum desgaste,<br />

as intervenções relacionadas<br />

com a pintura da ciclovia e de outras<br />

marcas relativas à sinalização no pavimento,<br />

bem como a colocação das<br />

floreiras na placa central da Avenida,<br />

serão agora concluídas depois da<br />

realização das provas automobilísticas<br />

<strong>do</strong> Circuito da Boavista.<br />

Nessa mesma altura, serão também pintadas<br />

as novas zonas de estacionamento<br />

na Avenida <strong>do</strong> Parque, construídas<br />

no âmbito da requalificação dessa zona<br />

nobre da cidade.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, as árvores projectadas<br />

para a placa central, que irão igualmente<br />

contribuir para o embelezamento<br />

da área já requalificada, serão<br />

plantadas apenas em Novembro, já que<br />

é essa a época <strong>do</strong> ano mais propícia ao<br />

seu saudável crescimento.


Actualidade<br />

026<br />

REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA DE LISBOA<br />

“PROJECTO ACTUAL VISA RECONCILIAR AQUELE ESPAÇO COM A CIDADE”<br />

Após largos anos de avanços e recuos, a velha Praça de Lisboa está, finalmente, a ser<br />

requalificada, reformulada, rejuvenescida no âmbito da reabilitação da Baixa. A obra avançou<br />

em Maio e terá um ano de duração. Rocha Antunes, da John Neild & Associa<strong>do</strong>s, empresa<br />

responsável pela gestão de promoção imobiliária <strong>do</strong> espaço, que também irá albergar o Pólo<br />

Zero da Federação Académica <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, explica à <strong>Porto</strong> Sempre os principais pormenores.<br />

Qual a principal inovação <strong>do</strong> projecto<br />

para requalificação da Praça de Lisboa?<br />

Ao contrário <strong>do</strong> projecto inicial – e<br />

que falhou justamente por se encontrar<br />

“de costas” para a cidade, provocan<strong>do</strong><br />

até algum receio nas pessoas de<br />

ali entrarem, apesar de se encontrar<br />

num zona central – o que agora se<br />

pretende é abri -lo completamente para<br />

rua. Ou seja, vamos reconciliar a Praça<br />

com a cidade.<br />

Como ficará o futuro perfil da Praça?<br />

Não vamos construir mais alto <strong>do</strong> que<br />

os parâmetros pré -existentes. Vamos é<br />

fazer diferente.<br />

Como assim?<br />

A Praça vai ser aberta para rua e terá<br />

um grande jardim na cobertura. Ou<br />

seja, toda aquela cobertura ondulada<br />

vai ter um amplo jardim visitável,<br />

com relva e oliveiras, e vai ter<br />

oliveiras porque ali era a antiga zona<br />

<strong>do</strong> Olival. Aliás, ainda hoje lá existe<br />

a Farmácia Antiga da Porta <strong>do</strong> Olival,<br />

que é uma referência.<br />

E quanto ao espaço destina<strong>do</strong><br />

ao comércio?<br />

O espaço comercial ficará reserva<strong>do</strong><br />

por debaixo desse jardim e será preenchi<strong>do</strong><br />

pela mistura de uma dúzia de<br />

lojas destinadas à restauração, cultura


actualidade<br />

027<br />

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e lazer, como, desde a primeira hora,<br />

foi nosso desejo. Por lojas de cultura e<br />

lazer contam -se, por exemplo, livrarias<br />

e outros estabelecimentos liga<strong>do</strong>s ao<br />

comércio de material relaciona<strong>do</strong> com<br />

as novas tecnologias, etc.<br />

Como vê a animação da economia <strong>do</strong><br />

novo espaço, nesta conjuntura de crise?<br />

Trabalho no merca<strong>do</strong> imobiliário há 22<br />

anos e nunca conheci uma situação<br />

semelhante à que estamos a atravessar.<br />

Só que este novo espaço que estamos<br />

a requalificar – e que, sem querer<br />

interferir na toponímia da cidade,<br />

gostaríamos que no futuro venha a ser<br />

conheci<strong>do</strong> como Praça <strong>do</strong>s Clérigos –<br />

tem uma localização privilegiadíssima,<br />

que compensa a conjuntura adversa.<br />

A primeira coisa que se aprende nas<br />

escolas da especialidade é que, neste<br />

ramo, as três coisas mais importantes<br />

num produto de imobiliário é a localização,<br />

a localização e a localização.<br />

Isso significa que<br />

a procura tem si<strong>do</strong><br />

grande…<br />

Exactamente.<br />

Esta localização permite<br />

que na pior conjuntura de<br />

que tenho memória<br />

estejamos, neste momento,<br />

a ser requisita<strong>do</strong>s por<br />

interesses de lojistas e de<br />

opera<strong>do</strong>res de merca<strong>do</strong><br />

suficientes para ocupar a<br />

totalidade <strong>do</strong> espaço.<br />

Como avalia a importância da<br />

nova Praça no contexto da requalificação<br />

da Baixa portuense?<br />

Sou das pessoas que há mais<br />

anos acreditam na reabilitação da<br />

Baixa <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. A prova disso foi<br />

a captação de investi<strong>do</strong>res, que<br />

apesar da conjuntura, querem investir<br />

nesse processo. Quan<strong>do</strong> a<br />

<strong>Porto</strong> Vivo, SRU colocou a concurso<br />

aquele espaço, demonstrámos<br />

imediatamente o nosso interesse<br />

e concorremos com uma proposta<br />

para ganhar e que, curiosamente,<br />

foi a única.<br />

Qual o investimento previsto?<br />

O investimento total é de 5,5 milhões<br />

de euros, a cargo da empresa Urbaclérigos,<br />

e prevê -se que as obras possam<br />

durar cerca de um ano. O que significa<br />

que, se tu<strong>do</strong> correr bem, a Praça <strong>do</strong>s<br />

Clérigos possa ser aberta à cidade na<br />

Primavera <strong>do</strong> próximo ano.


Actualidade<br />

028<br />

OBRAS NA VIA<br />

PÚB LICA<br />

INVESTIR PARA<br />

CONSERVAR<br />

Apesar de to<strong>do</strong>s os constrangimentos<br />

e limitações<br />

orçamentais ditadas pela<br />

actual conjuntura, a Câmara<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> tem em<br />

curso algumas obras na via<br />

pública de importância<br />

inquestionável para a cidade.<br />

Neste momento, uma parte<br />

substancial das intervenções já<br />

terminou, com destaque para<br />

a ligação <strong>do</strong> Viaduto da Prelada<br />

à Rua Central de Francos e<br />

Circunvalação, assim como a<br />

requalificação da Rua Augusto<br />

Nobre, Rua <strong>do</strong> Monte <strong>do</strong>s Burgos<br />

e Avenida <strong>do</strong> Parque.<br />

RUA AUGUSTO NOBRE<br />

Concluída em finais de Abril, a intervenção<br />

envolveu, entre outros aspectos,<br />

o reperfilamento da via e <strong>do</strong>s<br />

passeios, o arranjo <strong>do</strong> pavimento e de<br />

algumas infra -estruturas, designadamente<br />

as relativas às águas pluviais, o<br />

que coloca um ponto final nas habituais<br />

inundações naquela zona. Aquela<br />

artéria apresenta, agora, um único senti<strong>do</strong><br />

(ascendente).<br />

VIADUTO DA PRELADA -<br />

A LIGAÇÃO QUE FALTAVA<br />

Em Maio, foi aberta ao trânsito a designada<br />

“Via de Ligação ao Viaduto da<br />

Prelada”, que une duas áreas da cidade<br />

com grande fluxo de trânsito, nomeadamente<br />

a zona <strong>do</strong> Carvalhi<strong>do</strong> e Estrada<br />

da Circunvalação, assim como uma<br />

nova ligação entre a Rua Central de<br />

Francos e a Prelada.<br />

Realizada de forma faseada, a empreitada<br />

contemplou, em 2009, a construção<br />

<strong>do</strong>s acessos ro<strong>do</strong>viários ao Viaduto<br />

da Prelada (troço sul), permitin<strong>do</strong> unir<br />

a Cidade Cooperativa da Prelada à zona<br />

<strong>do</strong> Carvalhi<strong>do</strong> e aproveitan<strong>do</strong> o viaduto<br />

construí<strong>do</strong> há 20 anos sobre a Via de<br />

Cintura Interna (VCI).<br />

A segunda fase, recentemente finalizada,<br />

refere -se ao eixo urbano complementar<br />

de prolongamento <strong>do</strong> Viaduto<br />

da Prelada até à Rua Central de Francos<br />

(troço poente) e à Estrada da Circunvalação<br />

(troço norte).<br />

Com estas intervenções, ficam mais<br />

facilita<strong>do</strong>s os acessos da Prelada à Circunvalação,<br />

e vice -versa, permitin<strong>do</strong><br />

retirar muito <strong>do</strong> volume de trânsito,<br />

que actualmente atravessa as zonas <strong>do</strong><br />

Viso e de Monte <strong>do</strong>s Burgos.<br />

A nova via estruturante é constituída<br />

por duas faixas de rodagem, passeios,<br />

baias de estacionamento e ciclovia.<br />

As obras representaram um investimento<br />

superior a 1,5 milhões de euros<br />

e englobaram ainda a instalação de<br />

várias infra -estruturas como redes de<br />

águas pluviais, saneamento, telecomunicações,<br />

iluminação pública, abastecimento<br />

de água e instalação de semáforos,<br />

para além de diverso equipamento<br />

urbano.<br />

A nível paisagístico, destaque para a<br />

intervenção na envolvente, através da<br />

plantação de árvores e arbustos de diferentes<br />

espécies, e para a construção<br />

de muros de suporte e vedação.


actualidade<br />

029<br />

www.cm-porto.pt<br />

AVENIDA DO PARQUE<br />

Esta artéria urbana foi alvo de uma intervenção que visou,<br />

essencialmente, o reperfilamento da via e <strong>do</strong>s passeios,<br />

possibilitan<strong>do</strong> a criação de melhores condições para<br />

estacionamento de automóveis, habitualmente em grande<br />

número aos fins -de-semana, que é quan<strong>do</strong> se regista maior<br />

afluência ao Parque da Cidade.<br />

RUA DO CARVALHIDO E MORRO<br />

DA SÉ - EM EXECUÇÃO<br />

Encontram -se em execução trabalhos<br />

de requalificação na Rua <strong>do</strong> Carvalhi<strong>do</strong><br />

e Praça <strong>do</strong> Exército Liberta<strong>do</strong>r,<br />

cuja conclusão está prevista para<br />

Novembro. Incluem, à semelhança da<br />

intervenção na Rua Monte <strong>do</strong>s Burgos,<br />

a substituição das infra -estruturas e o<br />

reperfilamento <strong>do</strong>s passeios.<br />

No âmbito da requalificação urbana <strong>do</strong><br />

Quarteirão <strong>do</strong> Morro da Sé, decorrem<br />

obras no respectivo espaço público adjacente,<br />

que englobam o levantamento<br />

<strong>do</strong> pavimento e a substituição de infra-<br />

‐estruturas, nomeadamente as relativas<br />

ao abastecimento de água, águas<br />

pluviais, saneamento, gás, electricidade<br />

e telecomunicações. Estas obras estarão<br />

concluídas até ao final de Setembro.<br />

RUA DO MONTE DOS BURGOS<br />

Terminou, igualmente, a intervenção na Rua <strong>do</strong> Monte <strong>do</strong>s Burgos. A obra, de<br />

relevância considerável por se tratar de uma zona sensível em termos de entradas<br />

e saídas da cidade, incluiu a pavimentação e reperfilamento da via e passeios, bem<br />

como a substituição integral de infra -estruturas, além <strong>do</strong> reordenamento <strong>do</strong> trânsito<br />

e estacionamento. A obra terminou em finais <strong>do</strong> primeiro trimestre deste ano.<br />

EM FASE DE CONCURSO…<br />

Por outro la<strong>do</strong>, encontra -se prevista e<br />

já em fase de concurso a construção<br />

de um novo arruamento que irá ligar<br />

a Rua Conde de Castro à Rua D. João<br />

Coutinho, em Ramalde, que permitirá<br />

uma melhor mobilidade e circulação<br />

ro<strong>do</strong>viária naquela zona.<br />

Em idênticas condições está, também,<br />

a ligação da Rua Eduar<strong>do</strong> Santos Silva<br />

à Rua Horácio Marçal, junto à Igreja da<br />

Areosa, e o alargamento da Travessa<br />

Nova <strong>do</strong> Covelo.<br />

… E DE PROJECTO<br />

Está também prevista a intervenção na<br />

Rua das Antas, entre a Rua de S. Roque<br />

da Lameira e a Travessa das Antas, e<br />

que engloba a requalificação <strong>do</strong> pavimento<br />

e infra -estruturas.


Actualidade<br />

030<br />

MÁRIO SOARES E FREITAS DO AMARAL<br />

INAUGURARAM CICLO DOS “GRANDES<br />

DEBATES DO REGIME”<br />

A elevada participação tem si<strong>do</strong> denomina<strong>do</strong>r comum às conferências<br />

realizadas até ao momento, uma circunstância à qual não será, decerto, alheia a<br />

craveira <strong>do</strong>s ora<strong>do</strong>res convida<strong>do</strong>s.<br />

Mário Soares e Diogo Freitas <strong>do</strong> Amaral abriram, em 1 de<br />

Abril, o ciclo <strong>do</strong>s “Grandes Debates <strong>do</strong> Regime”, que se prolongará<br />

até Março/Abril de 2012, numa organização da Câmara<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> por iniciativa pessoal <strong>do</strong> seu Presidente.<br />

Os <strong>do</strong>is pesos pesa<strong>do</strong>s da política portuguesa dissertaram sobre<br />

"Democracia no século XXI: que hierarquia de valores?",<br />

um tema que viria a ser retoma<strong>do</strong> na terceira sessão, que<br />

aliás até nem constava <strong>do</strong> programa inicial, mas que a CMP<br />

decidiu organizar expressamente para poder assegurar a participação<br />

de Pinto Balsemão, impossibilita<strong>do</strong> de estar presente<br />

no debate inaugural, por causa <strong>do</strong> adiamento que este teve<br />

de sofrer devi<strong>do</strong> à reunião <strong>do</strong> Conselho de Esta<strong>do</strong> convocada<br />

para o dia 31 de Março pelo Presidente da República.<br />

A necessidade de recorrer à ajuda externa por parte <strong>do</strong> governo<br />

português e as críticas – algumas da quais contundentes<br />

– às agências de rating e à chanceler alemã, Ângela Merkel,<br />

pontuaram as intervenções daquelas personalidades, que,<br />

cada uma a seu mo<strong>do</strong>, protagonizaram alguns <strong>do</strong>s mais marcantes<br />

momentos da história recente <strong>do</strong> país.<br />

Na 2ª sessão, um general, um<br />

historia<strong>do</strong>r e um político dissertaram<br />

sobre “O Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Regime”<br />

Em 5 de Maio foi a vez de Garcia Leandro, Rui Ramos e Pedro<br />

Santana Lopes – um general, um historia<strong>do</strong>r e um político,<br />

respectivamente – se reunirem no auditório da Biblioteca<br />

<strong>Municipal</strong> Almeida Garrett, para reflectir (e debater) sobre “O<br />

Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Regime”.<br />

O fenómeno da corrupção, o papel <strong>do</strong>s parti<strong>do</strong>s, o actual sistema<br />

eleitoral, a mediatização <strong>do</strong> sistema e as relações institucionais<br />

entre os órgãos de soberania, com destaque para o<br />

papel e competências <strong>do</strong> Chefe de Esta<strong>do</strong>, foram algumas das<br />

mais relevantes questões afloradas e discutidas.


actualidade<br />

031<br />

www.cm-porto.pt<br />

Pinto Balsemão e Gomes Canotilho também deram o seu contributo<br />

Francisco Pinto Balsemão e Gomes Canotilho foram os ora<strong>do</strong>res da terceira conferência deste ciclo, realizada<br />

em 19 de Maio último.<br />

Nas suas intervenções, tanto o conheci<strong>do</strong> empresário da comunicação social e antigo Primeiro -Ministro, como o constitucionalista<br />

da Universidade de Coimbra tiveram o cuida<strong>do</strong> de seguir “à risca” a temática proposta – "Democracia no século XXI: que hierarquia<br />

de valores?" – com Balsemão a desenvolver diversos ângulos de análise ao conceito de democracia, discorren<strong>do</strong> e interrogan<strong>do</strong>,<br />

convidan<strong>do</strong> assim à reflexão colectiva em torno de uma problemática que, para Gomes Canotilho, urge “redescobrir”.<br />

O papel e os limites <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> em debate na conferência de Junho<br />

“O papel <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e os limites da sua intervenção” foi o tema desenvolvi<strong>do</strong> na conferência de 16 de Junho, que contou com a<br />

participação de Abel Mateus, António Lobo Xavier e Rui Moreira, na qualidade de ora<strong>do</strong>res convida<strong>do</strong>s.<br />

PRÓXIMAS CONFERÊNCIAS<br />

14 DE JULHO •<br />

“Justiça: como fazer a ruptura?”, com Laborinho Lúcio, Marinho Pinto e Paulo Rangel.<br />

22 DE SETEMBRO •<br />

“Comunicação Social. Impune ou responsável?”, com Azere<strong>do</strong> Lopes, Manuel Teixeira e José Manuel Fernandes.<br />

13 DE OUTUBRO •<br />

“Educação: o futuro de Portugal”, com Artur Santos Silva, Lurdes Rodrigues e Nuno Crato.<br />

10 DE NOVEMBRO •<br />

“As Finanças Públicas e o Esta<strong>do</strong> Social num mun<strong>do</strong> globaliza<strong>do</strong>”, com António Barreto, Manuel Carvalho da<br />

Silva e Vítor Bento.<br />

19 DE JANEIRO DE 2012 •<br />

“A economia portuguesa e o seu caminho para a competitividade”, Daniel Bessa, Mira Amaral e Rui Vinhas<br />

da Silva.<br />

9 DE FEVEREIRO DE 2012 •<br />

“Que reformas para salvar o regime?”, António Vitorino, José Pacheco Pereira e Nuno Morais Sarmento.


Actualidade<br />

032<br />

CONFERÊNCIAS EM LIVRO<br />

Os conteú<strong>do</strong>s das conferências integradas no ciclo “Grandes Debates <strong>do</strong> Regime”,<br />

promovi<strong>do</strong> e organiza<strong>do</strong> pela Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, serão publica<strong>do</strong>s em livro através<br />

<strong>do</strong> trabalho de uma comissão composta por três relatores – Francisco Rocha Gonçalves,<br />

Hugo Carneiro e João Malheiro Vilaverde.<br />

“Os Debates "As Grandes Conferências <strong>do</strong> Regime" são já uma marca de participação<br />

cívica e política de grande relevo regional e nacional. Estarão indelevelmente<br />

associadas à Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, ao seu Presidente, o Dr. Rui Rio, e são<br />

ainda uma demonstração da visão e da capacidade de concretização <strong>do</strong>s Portuenses.<br />

Portanto, ser relator destas conferências é uma responsabilidade acrescida para com<br />

a qualidade e a reputação <strong>do</strong>s Debates, das pessoas e das instituições envolvidas,<br />

sen<strong>do</strong> que o objectivo último é que na forma escrita possam interessar a ainda mais<br />

pessoas, fican<strong>do</strong> preservada a sua memória numa breve publicação”.<br />

Francisco Rocha Gonçalves, Economista e Professor Universitário<br />

“Com estas conferências temos a oportunidade de ouvir alguns <strong>do</strong>s melhores pensa<strong>do</strong>res<br />

no país, muitos com larga experiência no exercício de actividades públicas,<br />

que abarcam uma margem de pensamento muito ampla. O nosso objectivo como redactores<br />

das conferências será poder levar às pessoas, ao público em geral, uma súmula<br />

de tu<strong>do</strong> quanto vier a ser dito até ao próximo ano, em todas as intervenções,<br />

a<strong>do</strong>ptan<strong>do</strong> da nossa parte uma rigorosa isenção na redacção <strong>do</strong>s textos. O quadro de<br />

pessoas escolhi<strong>do</strong> é tão eleva<strong>do</strong> em termos de qualidade que se impõe divulgar os<br />

seus contributos, pois muito teremos para aprender com eles”.<br />

Hugo Carneiro, Economista e Jurista<br />

“No momento histórico que vivemos, nesta verdadeira encruzilhada em que nos encontramos,<br />

só um correcto diagnóstico acerca <strong>do</strong>s problemas que nos afectam, nos<br />

permitirá vislumbrar uma saída para os nossos problemas. Os indica<strong>do</strong>res conheci<strong>do</strong>s<br />

são cristalinos: Portugal vive uma situação de emergência económica e financeira<br />

que já é, de igual mo<strong>do</strong>, uma situação de verdadeira emergência social. Impõe -se<br />

portanto, que se discuta, com verdade e com total desprendimento, a dimensão <strong>do</strong>s<br />

problemas económicos, sociais e políticos que Portugal enfrenta e quais os caminhos<br />

a seguir para os ultrapassar. Esta resposta tem que ser dada tanto pelos poderes<br />

públicos como pela Sociedade Civil. É esse o objectivo deste ciclo de conferências,<br />

ou seja, ajudar a encontrar e a pensar o caminho que Portugal quer para o seu<br />

futuro, ou, por outras palavras, qual o futuro para este Regime”.<br />

João Malheiro Vilaverde, Advoga<strong>do</strong>


actualidade<br />

033<br />

www.cm-porto.pt<br />

AEROPORTO FRANCISCO SÁ CARNEIRO CONTINUA A CRESCER<br />

JÁ É POSSÍVEL VOAR DUAS VEZES<br />

POR SEMANA DO PORTO PARA<br />

TORONTO<br />

INAUGURAÇÃO DE 15 NOVAS ROTAS<br />

NO ANO PASSADO<br />

O <strong>Porto</strong> está, desde Maio último, “mais<br />

perto” de Toronto. Significa isto que já é<br />

possível viajar de avião entre estas cidades<br />

duas vezes por semana, o que – entre<br />

outros indica<strong>do</strong>res – atesta a vitalidade <strong>do</strong><br />

Aeroporto Internacional Francisco<br />

Sá Carneiro, em termos de desenvolvimento<br />

turístico da cidade e da região.<br />

O projecto foi formalmente anuncia<strong>do</strong> por Fernan<strong>do</strong> Vieira,<br />

Director daquela infra-estrutura aeroportuária, e por Gilles<br />

Martin, responsável da Air Transat, uma companhia aérea<br />

canadiana, responsável pelo transporte anual de cerca de<br />

três milhões de passageiros para mais de 60 destinos, em 25<br />

países, 14 <strong>do</strong>s quais na Europa. A Air Transat é, assim, a 10ª<br />

companhia tradicional a operar com regularidade a partir <strong>do</strong><br />

Aeroporto <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

O ano de 2010 foi, aliás, marcante na evolução <strong>do</strong> Aeroporto<br />

Francisco Sá Carneiro com a inauguração de 15 novas rotas –<br />

uma com a easyJet, duas com a Transavia, 11 com a Ryanair<br />

e uma com a Royal Air Maroc.<br />

O ano passa<strong>do</strong> foi igualmente marca<strong>do</strong> por um crescimento,<br />

relativamente a 2009, na ordem <strong>do</strong>s 17% ten<strong>do</strong> ultrapassa<strong>do</strong><br />

a marca <strong>do</strong>s 5,2 milhões de passageiros e pela distinção<br />

de Segun<strong>do</strong> Melhor Aeroporto da Europa, atribuída pela ACI<br />

- Airports Council International, entidade que avaliou cerca<br />

de 200 aeroportos a nível internacional para aferir, junto <strong>do</strong>s<br />

passageiros, a qualidade <strong>do</strong> serviço presta<strong>do</strong>.<br />

Já este ano, foram abertas mais três novas rotas – Roma,<br />

La Rochelle e Paris Vatry - operadas pela Ryanair. O anúncio<br />

destes voos bissemanais <strong>Porto</strong>-Toronto com a Air Transat é,<br />

assim, o quarto novo destino de 2011.<br />

"O nosso objectivo não é criar falsas expectativas, mas sim<br />

criar perspectivas de futuro, que sejam consistentes", afirmou<br />

Fernan<strong>do</strong> Vieira, que se mostrou convicto na continuação <strong>do</strong><br />

crescimento "sustenta<strong>do</strong>" <strong>do</strong> aeroporto que dirige.<br />

7% DE CRESCIMENTO PREVISTO PARA<br />

ESTE ANO<br />

Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s revela<strong>do</strong>s por Fernan<strong>do</strong> Vieira, o Aeroporto deverá<br />

crescer este ano pelo menos 7%, preven<strong>do</strong> -se que feche<br />

2011 com cerca de 5,6 milhões de passageiros.<br />

Só em Março, passaram pelo “Sá Carneiro” quase meio milhão<br />

de viajantes.


Actualidade<br />

034<br />

Depois <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> de suspensão<br />

ALEXANDRE<br />

QUINTANILHA<br />

RENUNCIOU AO CARGO DE VEREADOR<br />

Alexandre Quintanilha, Verea<strong>do</strong>r eleito pelo PS na lista de<br />

Elisa Ferreira nas autárquicas de 11 de Outubro de 2009, renunciou<br />

ao mandato, posição que a própria cabeça-de-lista já<br />

tinha assumi<strong>do</strong>, logo após as eleições.<br />

Quintanilha tomou posse como Verea<strong>do</strong>r em 27 de Outubro de<br />

2009 e um ano depois, após algumas faltas, pediu a suspensão<br />

<strong>do</strong> mandato por seis meses. Termina<strong>do</strong> esse prazo, solicitou,<br />

em Abril, a renúncia ao mandato para que tinha si<strong>do</strong><br />

eleito numa lista em que figurava em quinto lugar.<br />

Acabou por ser substituí<strong>do</strong> por Maria Manuela de Matos Monteiro,<br />

após as escusas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is candidatos que lhe sucediam<br />

no mesmo elenco.<br />

ENCONTRO INTERNACIONAL DE ARQUITECTOS NO PORTO<br />

Entre os dias 12 de Setembro e 9 de Outubro irá decorrer, na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, o “MESA”, encontro internacional<br />

de arquitectos e que assinala também os 30 anos de carreira <strong>do</strong> “Nobel” Eduar<strong>do</strong> Souto de Moura. Esta iniciativa,<br />

que conta com o apoio da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, através <strong>do</strong> Pelouro <strong>do</strong> Conhecimento e Coesão<br />

Social, visa criar um importante espaço de reflexão em torno da problemática de intervir criativamente na<br />

arquitectura, na cidade e no espaço público.<br />

O evento des<strong>do</strong>brar -se-á em três módulos: workshop, exposição<br />

e seminário. O primeiro decorre de 12 a 16 de Setembro,<br />

na Faculdade de Arquitectura da Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />

reunin<strong>do</strong> estudantes de arquitectura provenientes de conceituadas<br />

escolas europeias. A Exposição Monográfica Eduar<strong>do</strong><br />

Souto de Moura estará patente de 17 de Setembro a 9 de<br />

Outubro, na Casa da Música, Foyer Poente. Uma selecção criteriosa<br />

das obras mais significativas <strong>do</strong> arquitecto portuense,<br />

recentemente distingui<strong>do</strong> com o prestigia<strong>do</strong> prémio Pritzker<br />

de Arquitectura. O seminário realiza -se entre 19 e 21 de Setembro,<br />

na Casa da Música, Sala Suggia, e reúne arquitectos e<br />

artistas de referência internacional.


actualidade<br />

035<br />

JUSTIÇA<br />

SUPREMO VOLTA A CONTRARIAR<br />

TRIBUNAL DA RELAÇÃO DO PORTO<br />

Em apenas um mês e meio, o Supremo Tribunal de<br />

Justiça (STJ) pronunciou-se por duas vezes favoravelmente<br />

à Câmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, revogan<strong>do</strong> as decisões<br />

da Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e in<strong>do</strong>, assim, ao encontro das<br />

deliberações tomadas em primeira instância.<br />

A primeira sentença foi proferida em Abril e estava ligada<br />

ao processo da Culturporto. Essa decisão surgiu, aliás, na sequência<br />

de uma outra no âmbito <strong>do</strong> mesmo processo, quan<strong>do</strong><br />

o Supremo revogou, em finais de Novembro de 2010, a decisão<br />

da Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, que, em Fevereiro desse ano, se<br />

tinha pronuncia<strong>do</strong> pela reintegração de um grupo de antigos<br />

funcionários da entretanto extinta Culturporto.<br />

Ao assumir essa posição, o STJ confirmava, assim, a decisão<br />

tomada pelo Tribunal de Trabalho de Matosinhos, que, em primeira<br />

instância, havia declara<strong>do</strong> lícita a cessação <strong>do</strong>s contratos<br />

de trabalho <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s ex -trabalha<strong>do</strong>res da Culturporto,<br />

extinta em 2007.<br />

Em 20 de Maio último, o Tribunal da Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> voltou<br />

a ser contradita<strong>do</strong> pelo Supremo Tribunal de Justiça, num<br />

outro processo envolven<strong>do</strong> a Câmara e um antigo engenheiro<br />

<strong>do</strong>s extintos SMAS.<br />

O processo remontava a 2005, quan<strong>do</strong> o referi<strong>do</strong> ex-<br />

‐funcionário foi exonera<strong>do</strong> <strong>do</strong> Conselho de Administração<br />

daqueles antigos serviços municipais. Depois de ver as suas<br />

pretensões não atendidas em primeira instância, o requerente<br />

recorreu para a Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> que, uma vez mais, voltou a<br />

condenar a autarquia.<br />

Perante o recurso apresenta<strong>do</strong>, por sua vez, pela CMP, o Supremo<br />

Tribunal de Justiça corroborou a decisão <strong>do</strong> juiz da primeira<br />

instância e voltou a anular a decisão da Relação.


BAIXA<br />

036<br />

TRÊS PERGUNTAS<br />

A RUI MOREIRA<br />

- o novo Presidente<br />

da <strong>Porto</strong> Vivo, SRU<br />

“É UM TRABALHO<br />

DE FILIGRANA NUM<br />

PROJECTO<br />

CRUCIAL PARA AS<br />

NOVAS GERAÇÕES”<br />

Rui Moreira assumiu o cargo,<br />

em 6 de Maio último, como<br />

Presidente <strong>do</strong> Conselho de<br />

Administração da <strong>Porto</strong> Vivo,<br />

SRU, substituin<strong>do</strong> Arlin<strong>do</strong><br />

Cunha, que tinha abdica<strong>do</strong> a<br />

1 de Janeiro. Ainda numa fase<br />

de adaptação, o conheci<strong>do</strong><br />

gestor portuense, que se tem<br />

destaca<strong>do</strong> na liderança da Associação<br />

Comercial <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />

sente ‐se honra<strong>do</strong> pelo convite<br />

e consciente da responsabilidade<br />

<strong>do</strong> que considera ser<br />

“uma missão de cidadania”.<br />

Como recebeu este convite?<br />

Com muita honra e com senti<strong>do</strong> de responsabilidade para assumir um cargo para o<br />

qual manifestei, desde logo, a minha disponibilidade. Trata -se de uma missão de cidadania,<br />

pois estes são sempre cargos que nos honram e que nos responsabilizam.<br />

O que vai começar por fazer?<br />

Vou começar por conhecer os cantos à casa, os meus colabora<strong>do</strong>res e<br />

vou falar com as forças vivas da cidade, pois esta é uma zona que conheço<br />

bem. Vou falar pouco e tentar fazer qualquer coisa.<br />

Em termos gerais, como tem visto a reabilitação da Baixa <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>?<br />

Sou um entusiasta desse processo. Temos um casco histórico extraordinário. Tivemos<br />

o azar de ter perdi<strong>do</strong> muita população, mas ao mesmo tempo também tivemos<br />

a sorte de ficar com uma zona que é quase como um museu e que resistiu bem<br />

a muitos desman<strong>do</strong>s que aconteceram noutras zonas da cidade e noutras cidades.<br />

É uma jóia que precisa de ser muito bem trabalhada e recuperada. Trata -se de um<br />

trabalho de filigrana. É muito difícil mexer num casco histórico de uma cidade e,<br />

acima de tu<strong>do</strong>, é preciso ter muito respeito por quem lá vive. A reabilitação urbana,<br />

a exemplo <strong>do</strong> que tem si<strong>do</strong> feito noutras cidades por esse mun<strong>do</strong> fora, é um projecto<br />

crucial para as novas gerações. Se não for assim, o <strong>Porto</strong> ou ficará uma cidade vazia,<br />

ou corre o risco de ficar uma cidade igual às outras. Esta característica identitária é<br />

algo que pode ser – e tem si<strong>do</strong> – o pensamento integra<strong>do</strong> de muitas pessoas de que<br />

eu também faço parte.


BAIRRO<br />

DO ALEIXO<br />

Em Julho de 2008, a Assembleia<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> aprovou a<br />

alienação <strong>do</strong>s imóveis que integram<br />

o Bairro <strong>do</strong> Aleixo, para<br />

concretização de uma intervenção<br />

de requalificação urbana que<br />

permitirá a revitalização daquela<br />

zona <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, transformada num<br />

<strong>do</strong>s mais problemáticos locais<br />

no que respeita ao consumo e<br />

tráfico de droga, à eliminação<br />

de um foco de tensão social e<br />

insegurança urbana, cujos efeitos<br />

se repercutem em toda a cidade.<br />

Trata ‐se de um processo que,<br />

pela sua delicadeza e complexidade,<br />

é sempre moroso mesmo<br />

sem contar com as providências<br />

cautelares que, a ocorrerem, o<br />

atrasariam substancialmente.<br />

O Bairro <strong>do</strong> Aleixo, cuja construção<br />

remonta à década de 70, pela sua estrutura<br />

e composição <strong>do</strong> edifica<strong>do</strong> (320<br />

habitações, distribuídas por 5 torres,<br />

de 13 pisos cada uma, num total de 64<br />

habitações por torre) encontrava -se em<br />

Mais de trinta<br />

agrega<strong>do</strong>s já foram<br />

transferi<strong>do</strong>s<br />

condições de considerável degradação<br />

física e social.<br />

A Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, sensibilizada<br />

por este evidente contexto<br />

de degradação, decidiu pela requalificação<br />

<strong>do</strong> Bairro <strong>do</strong> Aleixo, proceden<strong>do</strong><br />

entre o mais à transferência <strong>do</strong>s<br />

ocupantes que preenchem os requisitos<br />

legais necessários para o efeito.<br />

A primeira medida desencadeada pela<br />

DomusSocial, EEM, foi a de recolha da<br />

informação necessária à instrução e<br />

actualização <strong>do</strong>s processos habitacionais<br />

<strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s residentes no Bairro<br />

<strong>do</strong> Aleixo.<br />

• Em Junho de 2010, os 294 agrega<strong>do</strong>s<br />

residentes naquele Bairro foram convoca<strong>do</strong>s<br />

a comparecer na DomusSocial,<br />

EEM, onde foi organiza<strong>do</strong> um processo<br />

individual, mediante recolha de <strong>do</strong>cumentos<br />

de to<strong>do</strong>s os elementos <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong><br />

familiar e elaboração de auto de<br />

Coesão social<br />

037<br />

declarações, onde consta, entre outros,<br />

a preferência <strong>do</strong>s locais de realojamento<br />

<strong>do</strong> agrega<strong>do</strong>.<br />

• De acor<strong>do</strong> com a disponibilidade de<br />

habitações requalificadas existentes<br />

sob gestão da DomusSocial, têm si<strong>do</strong><br />

convoca<strong>do</strong>s a comparecer os agrega<strong>do</strong>s<br />

cujos processos habitacionais se<br />

encontrem completos e preencham os<br />

requisitos para ocupação de uma habitação<br />

social.<br />

• Aos agrega<strong>do</strong>s são apresentadas as habitações<br />

de tipologia adequada às suas<br />

necessidades e têm si<strong>do</strong> asseguradas as<br />

preferências de cada um para efeitos de<br />

realojamento, propon<strong>do</strong> -se, sempre que<br />

possível, 3 habitações em Freguesias<br />

distintas, preferencialmente na Freguesia<br />

de origem ou Freguesias limítrofes.<br />

• Em Dezembro de 2010 iniciou -se o<br />

processo de realojamento destes agrega<strong>do</strong>s,<br />

ten<strong>do</strong> já si<strong>do</strong> transferi<strong>do</strong>s 34<br />

agrega<strong>do</strong>s. Os agrega<strong>do</strong>s foram transferi<strong>do</strong>s<br />

para habitações requalificadas,<br />

de tipologia adequada à sua constituição<br />

e para os locais identifica<strong>do</strong>s nas<br />

suas preferências.<br />

• Os realojamentos <strong>do</strong> Bairro <strong>do</strong> Aleixo<br />

serão fasea<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong>s anos, conforme<br />

previsto no Fun<strong>do</strong> Especial de<br />

Investimento Imobiliário.<br />

www.cm-porto.pt


Coesão social<br />

038<br />

BAIRRO DO<br />

LAGARTEIRO:<br />

A INTERVENÇÃO<br />

QUE AJUDA A<br />

TRANSFORMAR<br />

CA M PANHÃ<br />

Deverá estar concluída, em mea<strong>do</strong>s<br />

deste mês, a primeira fase de<br />

requalificação <strong>do</strong> Bairro <strong>do</strong> Lagarteiro.<br />

Uma intervenção no edifica<strong>do</strong><br />

correspondente a oito <strong>do</strong>s treze<br />

blocos que constituem aquele<br />

complexo habitacional, localiza<strong>do</strong><br />

na freguesia de Campanhã.<br />

Além desta, são já visíveis as transformações<br />

no espaço público envolvente,<br />

quer ao nível <strong>do</strong>s arruamentos existentes<br />

e novas ruas, quer ao nível <strong>do</strong>s<br />

passeios e espaços verdes. Isto, sem<br />

esquecer as renovadas infra -estruturas<br />

de saneamento, abastecimento de água<br />

e iluminação pública.<br />

A primeira fase <strong>do</strong> arranjo urbanístico,<br />

no la<strong>do</strong> norte <strong>do</strong> bairro, está finalizada,<br />

encontran<strong>do</strong>-se a Câmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> a proceder<br />

à segunda fase <strong>do</strong>s trabalhos, a sul.<br />

Em construção, junto ao bloco 12, está<br />

também o Pavilhão Gimnodesportivo,<br />

um equipamento multiusos com capacidade<br />

para acolher um leque alarga<strong>do</strong><br />

de eventos desportivos e sociais, o<br />

qual deverá estar pronto em Setembro<br />

próximo, benefician<strong>do</strong>, em primeira<br />

instância, os mais de 1760 mora<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> Lagarteiro.<br />

A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> prevê iniciar,<br />

a curto prazo, novas intervenções<br />

noutros bairros sociais.<br />

CAMPO DO VISO COM NOVO TAPETE<br />

DE RELVA SINTÉTICA<br />

O campo <strong>do</strong> Viso, situa<strong>do</strong> na freguesia<br />

de Ramalde, tem um novo piso de relva<br />

sintética. O espaço requalifica<strong>do</strong>, geri<strong>do</strong><br />

pela empresa municipal <strong>Porto</strong>Lazer, possui<br />

iluminação e condições para acolher<br />

jogos oficiais de hóquei em campo e treinos<br />

de futebol de onze. Dispõe de quatro<br />

balneários, cada um com capacidade para<br />

18 atletas, e de mais um outro destina<strong>do</strong><br />

às equipas de arbitragem, além de uma<br />

bancada com capacidade para cerca de<br />

300 pessoas, que lhe conferem boas condições<br />

para a realização de torneios particulares<br />

de futebol de onze e de sete.


Coesão social<br />

039<br />

www.cm-porto.pt<br />

PROGRAMA “ESCOLA VIVA”<br />

O plano de requalificação de to<strong>do</strong>s os estabelecimentos de ensino público de 1º Ciclo está a ser leva<strong>do</strong> a<br />

efeito através <strong>do</strong> Programa “Escola Viva”, contemplan<strong>do</strong> requalificações, beneficiações gerais e ampliações,<br />

suportadas integralmente pelo orçamento municipal. Até ao momento, das 54 EB1/Jardins -de-<br />

‐Infância, foram já intervenciona<strong>do</strong>s 41 estabelecimentos de ensino.<br />

Destaque, igualmente, para a criação de <strong>do</strong>is novos centros escolares: o Centro Escolar das Antas, já em<br />

funcionamento desde o início <strong>do</strong> corrente ano lectivo, e o Centro Escolar de S. Miguel de Nevogilde, em<br />

construção, obra a ficar concluída antes <strong>do</strong> início <strong>do</strong> próximo ano lectivo.<br />

A construção <strong>do</strong> novo Centro Escolar de S. Miguel de Nevogilde obedece aos critérios estabeleci<strong>do</strong>s para a<br />

Requalificação da Rede Escolar, ten<strong>do</strong> como função principal colmatar as necessidades ao nível da oferta<br />

educativa nesta área da cidade, devidamente identificadas na Carta Educativa <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, onde a insuficiência<br />

<strong>do</strong> parque escolar é mais expressiva.<br />

O novo Centro Escolar é constituí<strong>do</strong> pelo edifício pré -existente, que detém uma carga sócio -afectiva significativa<br />

mas que irá reaparecer totalmente remodela<strong>do</strong> e interliga<strong>do</strong> a um novo edifício de construção arquitectónica<br />

moderna, possuin<strong>do</strong> no seu to<strong>do</strong>, um total de 22 salas, das quais seis são destinadas ao ensino<br />

pré -escolar e as restantes 16 para o 1º Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico. Conta ainda com uma sala para o ensino<br />

especial e todas as restantes valências que integram os estabelecimentos de ensino básico, como sejam:<br />

biblioteca/sala de leitura/sala de multimédia, sala polivalente, cozinha, refeitório, instalações destinadas<br />

aos professores, gabinete médico, toda uma área exterior envolvente, com campo de jogos e pátio<br />

exterior de actividades <strong>do</strong> jardim -de-infância.


Coesão social<br />

040<br />

EDUCAÇÃO<br />

Intervenção na EB1 de Montebello e EB1<br />

de Augusto Lessa para criação de salas<br />

de jardim -de -infância<br />

A EB1 de Montebello, pertencente ao Agrupamento de Escolas<br />

Nicolau Nasoni, foi intervencionada para a criação de duas<br />

salas afectas à educação pré -escolar e assim poder acolher o<br />

Jardim -de-infância de Contumil, até aqui sedea<strong>do</strong> numa estrutura<br />

pré -fabricada. Esta intervenção decorre da decisão <strong>do</strong> município<br />

de extinção de algumas estruturas pré -fabricadas onde<br />

funcionam jardins -de-infância que requerem requalificação.<br />

A integração <strong>do</strong>s JI nas EB1 proporciona a rentabilização de<br />

recursos, quer físicos, quer humanos, potencian<strong>do</strong> ao mesmo<br />

tempo a requalificação das EB1, permitin<strong>do</strong> -se assim uma optimização<br />

<strong>do</strong> conforto das crianças.<br />

Na mesma linha de actuação, vão decorrer, na pausa lectiva<br />

de Verão, obras de beneficiação na EB1 de Augusto Lessa.<br />

Destinam -se ao alargamento <strong>do</strong> ensino pré -escolar, mas com<br />

particular destaque, por se tratar de um Agrupamento de Escolas<br />

(Eugénio de Andrade) de referência, <strong>do</strong> ensino bilingue<br />

para alunos sur<strong>do</strong>s.<br />

Requalificação da EB1/JI de Costa<br />

Cabral e EB1/JI Miosótis<br />

No âmbito <strong>do</strong> Programa “Escola Viva” decorrem, durante a<br />

pausa lectiva de Verão, as intervenções na EB1/JI de Costa<br />

Cabral, pertencente ao Agrupamento de Escolas Eugénio de<br />

Andrade, e na EB1 de Miosótis, <strong>do</strong> Agrupamento <strong>do</strong> Amial.<br />

Pretende -se a total requalificação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is estabelecimentos<br />

de ensino, <strong>do</strong>tan<strong>do</strong> -os das necessárias condições de bem-<br />

‐estar, através da melhoria <strong>do</strong>s níveis de conforto ambiente<br />

(temperatura, qualidade <strong>do</strong> ar, luminosidade, cor e conforto<br />

acústico).<br />

As intervenções em causa seguem as normas vigentes, relativamente<br />

às questões de segurança e higiene sanitárias. Em<br />

particular destaque estão a substituição da cobertura e de<br />

caixilharias, pinturas, e renovação de sanitários.<br />

A reabilitação <strong>do</strong>s edifícios, com ampliação de instalações,<br />

permite que os mesmos sejam equipa<strong>do</strong>s de espaços escolares<br />

multifuncionais (biblioteca, refeitório/polivalente, sala<br />

de professores, etc.) caracteriza<strong>do</strong>s por índices de qualidade<br />

funcional e de conforto.<br />

De referir que a requalificação da EB1 de Miosótis contempla, ainda,<br />

o alargamento de resposta com abertura de uma sala para o<br />

ensino pré -escolar (jardim -de-infância), obedecen<strong>do</strong> ao conceito<br />

de centro escolar, integran<strong>do</strong> mais <strong>do</strong> que um nível de ensino.<br />

FÉRIAS NA QUINTA<br />

A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, através da Fundação <strong>Porto</strong><br />

Social, realiza, pelo quarto ano consecutivo, as “Férias<br />

na Quinta”. Com início no dia 4 deste mês, prolongar -se-á<br />

até ao dia 29, abrangen<strong>do</strong> cerca de 150 crianças.<br />

Trata -se de uma actividade dinamizada na pausa lectiva de<br />

Verão, destinada às crianças com idades compreendidas entre<br />

os 6 e os 12 anos. Visa apoiar as famílias e instituições, na<br />

ocupação activa <strong>do</strong>s tempos livres das suas crianças, e promover<br />

a inclusão social através da implementação de acções que<br />

permitam a interacção entre públicos diferencia<strong>do</strong>s.


Coesão social<br />

041<br />

www.cm-porto.pt<br />

“Políticos por um dia”:<br />

Mais de 1500 alunos <strong>do</strong> 1º Ciclo <strong>do</strong><br />

Ensino Básico “feitos” deputa<strong>do</strong>s<br />

municipais<br />

Inseri<strong>do</strong> no projecto municipal de coadjuvação<br />

curricular “<strong>Porto</strong> de Crianças”, “Políticos por um Dia”<br />

tem como objectivos promover o conhecimento da<br />

organização democrática <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s órgãos <strong>do</strong><br />

município - Câmara <strong>Municipal</strong> e Assembleia <strong>Municipal</strong><br />

- bem como fomentar a análise crítica e a partilha<br />

de ideias e opiniões sobre temáticas relacionadas<br />

com a cidade.<br />

Já passaram pela “Assembleia <strong>Municipal</strong>” cerca de 1579 alunos/deputa<strong>do</strong>s<br />

das escolas públicas da cidade. Os alunos <strong>do</strong><br />

3º ano <strong>do</strong> 1º Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico das escolas da rede pública<br />

<strong>do</strong> concelho assumem o papel de deputa<strong>do</strong>s, exercitan<strong>do</strong><br />

deveres e direitos no cumprimento das regras inerentes àquele<br />

órgão municipal. Os debates são realiza<strong>do</strong>s em torno de situações<br />

e problemas relaciona<strong>do</strong>s com a cidade e de soluções<br />

para as mesmas, formuladas pelos alunos em contexto de sala<br />

de aula. Ao longo deste ano, estiveram em debates questões<br />

relativas ao Urbanismo, Educação e Ambiente.<br />

A última sessão contou com a presença <strong>do</strong> Presidente da Câmara<br />

<strong>Municipal</strong>, Rui Rio, que debateu o tema “Cidadãos da<br />

Cidade”, cerimónia transmitida, em directo, pela TV<strong>Porto</strong> para<br />

algumas das escolas <strong>do</strong> 1º Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico <strong>do</strong> concelho.<br />

Durante to<strong>do</strong> o dia, as crianças participam numa panóplia<br />

de actividades diversas que vão desde a expressão dramática,<br />

musical, plástica, culinária, reciclagem e jardinagem, até<br />

saídas ao exterior, culminan<strong>do</strong> com uma festa final protagonizada<br />

pelos participantes. Toda a actividade é realizada num<br />

ambiente alegre, dinâmico e educativo, aproveitan<strong>do</strong> o espaço<br />

rural da Quinta de Bonjóia.


Coesão social<br />

042<br />

JUNTA DE FREGUESIA<br />

DE SANTO ILDEFONSO<br />

- Um exemplo solidário no apoio<br />

social aos mais carencia<strong>do</strong>s<br />

Num tempo marca<strong>do</strong> pelo egoísmo e pela falta de<br />

solidariedade, a missão filantrópica desenvolvida<br />

pela Junta de Freguesia de Santo Ildefonso é<br />

exemplar. Os serviços que vem prestan<strong>do</strong> à<br />

comunidade, designadamente junto de segmentos<br />

socialmente mais desprotegi<strong>do</strong>s, são cre<strong>do</strong>res de<br />

admiração e respeito, mas também de divulgação.<br />

Hoje mais <strong>do</strong> que nunca.<br />

Sob a batuta <strong>do</strong> seu presidente, Wilson Faria, e de um punha<strong>do</strong><br />

de funcionários e colabora<strong>do</strong>res dedica<strong>do</strong>s, a Junta de<br />

Freguesia de Santo Ildefonso presta serviços em três áreas:<br />

infância, idade sénior e comunidade em geral.<br />

Assim, são nove as principais respostas sociais que existem<br />

actualmente a funcionar na Junta. Para a população com<br />

mais de 60 anos, funciona um Serviço de Apoio Domiciliário,<br />

um Centro de Dia e um Centro de Convívio.<br />

Para as crianças entre os quatro meses e os <strong>do</strong>is anos, existem<br />

duas creches – a Creche Primavera 1 e a Creche Primavera 2. O<br />

Jardim -de-Infância João das Regras apoia as crianças entre os<br />

três e os cinco anos. Para a comunidade em geral, a Junta de<br />

Freguesia disponibiliza um Posto Médico, um Posto de Enfermagem<br />

e um Gabinete de Apoio ao Sobreendivida<strong>do</strong>.<br />

Serviço de Apoio Domiciliário<br />

Este serviço apoia 85 pessoas, na sua maioria<br />

i<strong>do</strong>sos, acama<strong>do</strong>s e sem retaguarda familiar. Doze<br />

auxiliares de geriatria prestam apoio nas actividades<br />

<strong>do</strong> dia ‐a‐dia, no <strong>do</strong>micílio <strong>do</strong>s <strong>do</strong>entes, incluin<strong>do</strong><br />

higiene pessoal diária, limpeza de casa e distribuição<br />

de refeições. Actualmente, são distribuídas<br />

diariamente (incluin<strong>do</strong> fins ‐de‐semana e feria<strong>do</strong>s)<br />

cerca de 45 refeições.<br />

Além destes serviços, os i<strong>do</strong>sos necessita<strong>do</strong>s beneficiam também<br />

<strong>do</strong> tratamento de roupas, de pequenas reparações em<br />

casa, assim como acompanhamento a consultas médicas e<br />

hospitalares. Sempre que precisam, a equipa <strong>do</strong> apoio <strong>do</strong>miciliário<br />

efectua -lhes algumas compras, acompanhan<strong>do</strong> -os nas<br />

saídas à rua para tratarem de assuntos pessoais prementes.<br />

Em parceria com uma Associação de Voluntários, a Junta<br />

apoia também os mais carencia<strong>do</strong>s, através da <strong>do</strong>ação de fraldas<br />

e produtos de higiene pessoal, cuja compra representa<br />

uma despesa fixa avultada nas suas reformas.<br />

No senti<strong>do</strong> de minorar a solidão em que muitos se encontram,<br />

a Junta de Freguesia de Santo Ildefonso aderiu ao Projecto<br />

Idade d’Ouro, desenvolvi<strong>do</strong> pela associação Ajudaris, cujo grupo<br />

de voluntários se desloca a casa <strong>do</strong>s utentes para conversar<br />

e fazer companhia, actividades essenciais para manter o<br />

seu bem -estar psicológico.<br />

Centro de Dia<br />

Este serviço teve o seu início em 1998 e destina -se a mora<strong>do</strong>res<br />

que apresentem carências económicas. Funciona num<br />

prédio no Largo Dr. Tito Fontes, das 10 às 17 horas, e recebe<br />

30 utentes a quem disponibiliza almoço e lanche.<br />

Centro de Convívio<br />

O mesmo espaço acolhe, das 14 às 17 horas, 90 fregueses com<br />

mais de 60 anos que, durante a semana, combatem a solidão,<br />

conviven<strong>do</strong> e interagin<strong>do</strong> em torno de diversas actividades organizadas<br />

justamente nesse senti<strong>do</strong>.<br />

Destacam -se, entre essas iniciativas, comemorações de aniversários,<br />

visitas periódicas a locais de interesse na cidade, coló-


Coesão social<br />

043<br />

Apoio à Infância<br />

E porque a educação é uma etapa fundamental na vida de<br />

qualquer pessoa, os mais pequenos também não foram esqueci<strong>do</strong>s.<br />

Na Rua <strong>do</strong> Paraíso situam -se duas creches, a Creche<br />

Primavera 1 e Primavera 2, para crianças <strong>do</strong>s 4 meses aos 2<br />

anos de idade. Actualmente são cerca de 70 crianças que frequentam<br />

estes <strong>do</strong>is espaços, situa<strong>do</strong>s num verdadeiro oásis no<br />

meio da cidade.<br />

A Junta de Freguesia de Santo Ildefonso detém também a<br />

componente de apoio à família <strong>do</strong> Jardim de Infância na Rua<br />

João das Regras, para 50 crianças, <strong>do</strong>s três aos cinco anos de<br />

idade, sen<strong>do</strong> que o apoio lectivo é tutela<strong>do</strong> pelo Agrupamento<br />

de Escolas Augusto Gil.<br />

nia de férias e duas semanas de praia<br />

na época balnear em Leça da Palmeira.<br />

Duas vezes por semana uma professora<br />

de música dá aulas de canto aos utentes,<br />

ten<strong>do</strong> -se já cria<strong>do</strong> um grupo coral<br />

bastante anima<strong>do</strong> denomina<strong>do</strong> Tuna de<br />

Santo Ildefonso.<br />

Também duas vezes por semana, um<br />

fisioterapeuta dá aulas de ginástica<br />

orientadas para a prevenção de acidentes<br />

na terceira idade.<br />

Paralelamente, as pessoas mais dadas<br />

à leitura poderão usufruir <strong>do</strong>s serviços<br />

de uma biblioteca itinerante, criada<br />

por uma associação de voluntários,<br />

que lhes faz chegar às suas casas os<br />

livros pretendi<strong>do</strong>s.<br />

Apoio à Comunidade<br />

A actividade da Junta de Santo Ildefonso<br />

não se confina apenas aos utentes<br />

<strong>do</strong>s seus serviços, optan<strong>do</strong> também<br />

por se abrir à comunidade e com ela<br />

partilhar, na medida <strong>do</strong> possível e num<br />

quadro de rigor de gestão, alguns serviços<br />

dignos de nota, como sejam o Posto<br />

Médico, aberto às segundas e quartas-<br />

‐feiras, das 14 às 15 horas, e o Posto de<br />

Enfermagem, to<strong>do</strong>s os dias, das 15h às<br />

16h, excepto às terças -feiras.<br />

De salientar a realização de um passeio<br />

anual para os mora<strong>do</strong>res seniores da<br />

freguesia (400 a 500 pessoas), proporcionan<strong>do</strong><br />

aos participantes um dia diferente<br />

e de alegre convívio, dan<strong>do</strong> -se<br />

a conhecer em simultâneo “cantos” de<br />

Portugal, tantas vezes desconheci<strong>do</strong>s.<br />

Gabinete de Apoio ao Sobreendivida<strong>do</strong><br />

A Junta de Freguesia de Santo Ildefonso<br />

estabeleceu um protocolo com<br />

a DECO - Gabinete de Apoio ao Sobreendivida<strong>do</strong>,<br />

no senti<strong>do</strong> de assegurar o<br />

atendimento a mora<strong>do</strong>res excessivamente<br />

endivida<strong>do</strong>s ou mesmo sobreendivida<strong>do</strong>s,<br />

com vista a apoiá -los na<br />

melhor gestão das suas dívidas.<br />

O atendimento funciona na sede da<br />

Junta de Freguesia uma tarde por mês,<br />

das 14 às 17 horas.<br />

Cinco mil euros para<br />

acudir a situações<br />

mais desesperadas<br />

Face à conjuntura económica e<br />

financeira que muito tem afecta<strong>do</strong> os<br />

mora<strong>do</strong>res de Santo Ildefonso, o<br />

Executivo decidiu criar uma rubrica<br />

orçamental, destinada a apoiar<br />

situações de pobreza extrema em que<br />

as famílias não têm capacidade para<br />

pagar as suas despesas fixas mensais<br />

(medicação, renda, água, luz, etc.).


GRANDE ENTREVISTA<br />

044<br />

“SOU MUITAS VEZES CONSIDERADO<br />

UM ‘OUT SIDER’<br />

MESMO PELOS MEUS PRÓPRIOS<br />

CORRELIGIONÁRIOS”<br />

MIGUEL VEIGA<br />

Advoga<strong>do</strong> e “devoto, embora<br />

laico, da política”<br />

“BASTA-ME SER DO PORTO<br />

PARA SER PORTUGUÊS”<br />

“Pareço-me com um político de vez em quan<strong>do</strong>, mas, mesmo<br />

quan<strong>do</strong> intervenho politicamente, advogo causas. Quase sempre<br />

de cidadania…” – afirmou um dia. Em quais destes <strong>do</strong>mínios –<br />

o Direito e a Política – se sente mais confortável?<br />

Mais <strong>do</strong> que um conforto, um desporto e, até, <strong>do</strong> que uma profissão<br />

de ganha-pão, a advocacia foi e tem si<strong>do</strong>, há mais de<br />

meio século, a minha paixão, a que sempre fui fiel embora limita<strong>do</strong><br />

à minha estatura mediana de 1,72m de altura. Mais <strong>do</strong> que<br />

um mo<strong>do</strong> de ganhar a vida é, para mim, um mo<strong>do</strong> de ser e estar<br />

na vida, da minha identidade pessoal, <strong>do</strong> meu sotaque de ser.<br />

Reconheço-me por vocação, destino e profissão um advoga<strong>do</strong> e<br />

jurista praticante, e um cidadão militante em que advogo causas<br />

quase sempre de cidadania. É como advoga<strong>do</strong> na vida prática<br />

<strong>do</strong> direito e da cidadania e nas esquinas da justiça que intervenho.<br />

Aliás, a advocacia e a cidadania confluem e conjugam-se<br />

mutuamente.<br />

E o que é, para si, a advocacia?<br />

A advocacia é um humanismo e uma magistratura cívica, que<br />

exige uma cultura (um advoga<strong>do</strong> que só sabe de direito nem de<br />

direito sabe) e integra uma ética de convicção e de responsabilidade.<br />

Só que a advocacia exerce-se também no cumprimento<br />

diário de um trabalho sério, decente e competente. Que é a base<br />

e a trave-mestra da cidadania.<br />

Apesar de to<strong>do</strong> o seu passa<strong>do</strong> e prestígio enquanto figura pública,<br />

nunca aceitou cargos governativos. Porquê? Não seria essa<br />

uma forma de exercer em plenitude o dever cívico e patriótico<br />

que tanto exulta?<br />

Fui sempre arredio ao exercício <strong>do</strong> poder politico que nunca<br />

me atraiu, nunca me seduziu e nunca fez parte <strong>do</strong>s meus<br />

desejos. E “a verdadeira pátria <strong>do</strong>s homens é o seu desejo”<br />

(Léon Bloy). Não me sinto vocaciona<strong>do</strong> nem inclina<strong>do</strong> ou declina<strong>do</strong><br />

para ele, saben<strong>do</strong> também que só se pode fazer bem<br />

o que desejamos, gostamos de fazer. Como diz a sabe<strong>do</strong>ria<br />

popular: “cada macaco no seu galho”… A par, sinto, e nunca<br />

deixei de exprimi-lo, o maior respeito e a maior admiração<br />

por aqueles que, com dignidade, compostura e até com sacrifícios<br />

pessoais, aceitam exercer cargos públicos de governação.<br />

Acresce que a minha independência, a minha autonomia<br />

que sempre para mim defendi como supremo acto de liberdade,<br />

ficariam necessariamente limita<strong>do</strong>s ou condiciona<strong>do</strong>s pelos<br />

consabi<strong>do</strong>s e, muitas vezes, pouco recomendáveis, jogos<br />

de poder. Sou alérgico, por natureza, às tricas, aos conúbios<br />

espúrios, aos tratos das negociatas que amiúde levam <strong>do</strong>s<br />

aparelhos partidários ao patamar <strong>do</strong>s cargos da governação.<br />

Por isso, sou muitas vezes considera<strong>do</strong> como um<br />

“out sider” mesmo pelos meus próprios correligionários…<br />

Tu<strong>do</strong> isso em nome da sua própria liberdade?<br />

É a vida e cada um a orienta consoante pode e<br />

lhe aprouver. É o que faço, fiel a outra das minhas<br />

paixões, que é a liberdade com que exprimo<br />

as minhas convicções. A liberdade de<br />

um mo<strong>do</strong> existencial, enquanto actividade e<br />

vitalidade, dentro e fora de portas, em todas<br />

as estações e idades, como pulsão de vida,<br />

a liberdade como desejo, a liberdade sensual<br />

e mágica, a liberdade para. O grande<br />

sonho da minha geração foi a liberdade<br />

que o 25 de Abril nos trouxe traduzida<br />

em liberdades efectivas. O que me<br />

levou a, desde os 18 anos, tornar-me<br />

militante contra a ditadura salazarista<br />

e, depois, a ser um <strong>do</strong>s 14<br />

funda<strong>do</strong>res <strong>do</strong> PSD.


GRANDE ENTREVISTA<br />

“O JOGO DA<br />

SEDUÇÃO É<br />

FASCINANTE,<br />

ATRAI-ME”<br />

045<br />

www.cm-porto.pt<br />

Na apresentação <strong>do</strong> seu livro “O Meu<br />

Único Infinito É a Curiosidade”, citou<br />

António Lobo Antunes para recordar<br />

que “na vida há três coisas realmente<br />

importantes: a amizade, as mulheres e<br />

os livros, e tu<strong>do</strong> o resto é vão acessório”.<br />

Então, que lugar resta para a política?<br />

A citação, que transcrevi como um<br />

“meu biográfico”, tem de ser interpretada<br />

no seu contexto, de eu me confessar<br />

e reconhecer como essencialmente<br />

um homem de afectos. Para<br />

mim, os afectos são a minha, a nossa,<br />

salvação. A amizade é o essencial, o<br />

sal, o sol da vida. É ela que nos funda<br />

e se nos entretece nesse acerto de<br />

olhares, nesse consenso de<br />

linguagens, nessa comunhão<br />

de gostos e contragostos,<br />

de repulsas, de<br />

preconceitos, de reflexos<br />

e, sobretu<strong>do</strong>, <strong>do</strong>s afectos<br />

das nossas águas<br />

mais silenciadas.<br />

E o que é a amizade?<br />

É o lugar onde mais gosto de viver<br />

como escreveu o meu fraterno José<br />

Domingos da Cruz Santos. A verdade<br />

<strong>do</strong> desejo é a única que não mente.<br />

Prosseguir a decifração desse mistério,<br />

desse enigma que se instaura, quanto<br />

mais real, mais oculto, nos segre<strong>do</strong>s<br />

encantatórios <strong>do</strong> corpo da mulher,<br />

ama<strong>do</strong> território em que o homem se<br />

perde, se encontra e se salva. Dessa<br />

eterna esfinge que a mulher encerra,<br />

invisível, indizível, inviolável. O<br />

desejo é a distância tornada sensível e<br />

o jogo da sedução é fascinante, atraime.<br />

Umas vezes no papel de sedutor,<br />

outras no de seduzi<strong>do</strong>, não guar<strong>do</strong> a<br />

esse respeito qualquer preconceito. O<br />

que importa é que o jogo se jogue de<br />

uma forma solta, deslumbrada, desejada<br />

e com armas iguais. A sedução tem<br />

a estratégia da aparência, é uma forma<br />

encantada de representação, não é uma<br />

simulação e, muito menos, uma mentira<br />

ou uma falsificação, embora possa<br />

ser um fingimento verdadeiro. É que a<br />

sedução representa a maîtrise <strong>do</strong> universo<br />

simbólico. Que não é da ordem da<br />

natureza, mas, sim, “cosa mentale” <strong>do</strong><br />

prodigioso artifício criativo da mente.<br />

E, representan<strong>do</strong> ou mesmo fingin<strong>do</strong>,<br />

não mente.<br />

E a política onde mora na sua vida?<br />

Não quis dizer que para mim a política<br />

está subalternizada, em lugar secundário.<br />

Bem pelo contrário, tenho, e sempre<br />

tive, a política como uma das actividades<br />

mais altas e nobres <strong>do</strong> género<br />

humano, como a expoente da cidadania<br />

e <strong>do</strong> viver em comunidade. Sou um “devoto”,<br />

embora laico, da política.<br />

A sedução tem a estratégia da<br />

aparência, é uma forma encantada de<br />

representação, não é uma simulação<br />

e, muito menos, uma mentira ou uma<br />

falsificação, embora possa ser um<br />

fingimento verdadeiro.


GRANDE ENTREVISTA<br />

046<br />

“FIQUEI FELIZ E<br />

ESPERANÇADO COM A<br />

VITÓRIA ELEITORAL DO PSD”<br />

Escreveu, há algum tempo: “Já não cantam<br />

os amanhãs, embora ainda haja luar”. Poderá<br />

ser esta, ainda, uma legenda possível<br />

que o leve, em alguma destas noites solsticiais,<br />

a caracterizar o seu esta<strong>do</strong> de alma<br />

perante a situação actual <strong>do</strong> país?<br />

Os tempos actuais não são de moderação<br />

mas, sim, de mudança, de viragem, de desafio,<br />

em que o futuro é um processo radicalmente<br />

aberto e in-determina<strong>do</strong> em permanente<br />

movimento de auto-superação.<br />

Bem sei (até porque algumas coisas tenho<br />

escrito sobre o tema) que os “signos <strong>do</strong> nosso<br />

tempo” são os da “crise <strong>do</strong> futuro”. Mas é preciso<br />

que nos libertemos de uma dupla ilusão<br />

que <strong>do</strong>minou a “intelligentzia” desde há décadas:<br />

a nostalgia de um passa<strong>do</strong> fin<strong>do</strong> assim<br />

como a esperança de um futuro radioso.<br />

É que se, ontem, tínhamos o direito de<br />

ser fatalistas por optimismo, <strong>do</strong>ravante<br />

devemos ser audaciosos por pessimismo.<br />

Nesta consciência crítica perpassa<br />

um optimismo pessimista, corrijo, um<br />

pessimismo optimista (enganei-me de<br />

propósito), uma visão desola<strong>do</strong>ra com<br />

um mínimo de esperança.<br />

Mas é neste desfasamento entre a idealidade<br />

e a realidade que radica o nó-górdio<br />

da condição humana. Viver o tempo como<br />

uma enriquece<strong>do</strong>ra tensão entre a memória<br />

<strong>do</strong> passa<strong>do</strong> e a pulsão das saudades <strong>do</strong><br />

futuro, com a lucidez de quem está avisa<strong>do</strong><br />

de que a mesma luz que ilumina é também<br />

a luz que cega e sabe, como única certeza,<br />

que os conceitos de realidade, de senti<strong>do</strong> e<br />

até de destino têm de ser constantemente<br />

interroga<strong>do</strong>s. Fiel à verdade que a vida nos<br />

concede: a nossa razão humana.<br />

Já não haverá, portanto, lugar a certezas<br />

imutáveis e definitivas…<br />

No meu pessimismo optimista trago mais<br />

interrogações, dúvidas e perplexidades,<br />

<strong>do</strong> que certezas e caminhos. Porventura,<br />

alguns da<strong>do</strong>s, algumas pistas, alguns,<br />

poucos, trilhos. Problematizar e procurar<br />

respostas, ainda que parciais e fragmentárias,<br />

atenden<strong>do</strong> unicamente ao seu interesse<br />

informativo, <strong>do</strong>cumental e polémico.<br />

A verdade deixou de ser um conceito<br />

hegemónico. Quero dizer. Uma abordagem<br />

que se caracteriza, antes de mais, pelo seu<br />

próprio movimento, pela mobilidade <strong>do</strong><br />

pensamento, <strong>do</strong> pensar em contraban<strong>do</strong>,<br />

desse mo<strong>do</strong>, talvez filosofante, de perpétuo<br />

afirmativo embora continue a pecar pela falta<br />

de organização das suas elites, embora as<br />

tenha e das melhores mas infelizmente em<br />

perda perante o <strong>do</strong>mínio centralista da capital.<br />

Eça é que é Eça! O país lamentavelmente<br />

continua a ser Lisboa e o resto é paisagem…<br />

“TENHO SEMPRE, DESDE<br />

SEMPRE E ATÉ SEMPRE, UM<br />

SENTIMENTO DE PERTENÇA<br />

AO PORTO”<br />

Falemos um pouco da sua cidade e da<br />

sua “relação estreita e íntima»”que com<br />

ela afirma manter. Como é que a vê hoje<br />

e que aspecto mais destacaria na sua<br />

evolução recente?<br />

O <strong>Porto</strong>, para mim, na clareza lapidar e<br />

fulgurante de Sophia, é “a pátria dentro<br />

da pátria”. Aliás, a mim, basta-me ser <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong> para ser português. Relação pessoal<br />

e íntima esta minha com o <strong>Porto</strong>, de tão<br />

antiga, amorosa e tormentosa, como a de<br />

um velho casal, atravessada de memórias<br />

e afectos, de cumplicidades e partilhas, de<br />

exaltações e desilusões, de encantos e desencantos.<br />

Tenho sempre, desde sempre e<br />

até sempre, um sentimento de pertença ao<br />

<strong>Porto</strong>, sustento da minha identidade, vinca<strong>do</strong><br />

pelas razões <strong>do</strong> coração e que a razão<br />

reconhece. A identidade, por vezes, terá de<br />

ser convulsiva ou não será. A identidade é<br />

a história e esta, sobre ser uma continuidade,<br />

é uma impaciência. E o <strong>Porto</strong> é o lugar<br />

primeiro e cimeiro da “minha aparição<br />

a mim próprio”. (Vergílio Ferreira).<br />

E <strong>do</strong> ponto de vista social, como o vê?<br />

O <strong>Porto</strong> actualmente está mais justo socialmente,<br />

mais conti<strong>do</strong> na construção faraónica<br />

de prédios gigantescamente odiosos, mais<br />

limpo e assea<strong>do</strong>, mais cuida<strong>do</strong>, mais transitável,<br />

menos poluí<strong>do</strong>, esteticamente mais<br />

decente, cultural e cientificamente mais<br />

Além da Foz, que outros locais <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

mais gosta de fruir, capazes de lhe despertarem<br />

esse tal sentimento de que lhe “basta<br />

ser <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> para ser português”?<br />

“RUI RIO FIRMOU NO PORTO O<br />

SEU DESTINO COMO POLÍTICO<br />

E GOVERNANTE DE PRIMEIRA<br />

ÁGUA”<br />

Vislumbra algum aspecto identitário<br />

entre o mo<strong>do</strong> como o <strong>Porto</strong> hoje “respira”<br />

com o mo<strong>do</strong> como politicamente<br />

tem si<strong>do</strong> geri<strong>do</strong> pelo actual Presidente<br />

da Câmara, de cujas candidaturas o<br />

senhor assumiu a responsabilidade de<br />

ser mandatário?<br />

O Presidente Rui Rio não é só um genuíno<br />

social-democrata mas tem-se<br />

comporta<strong>do</strong> fielmente como tal de<br />

acor<strong>do</strong> com as suas convicções. Honra<br />

que seja, que lhe é devida! “A tout<br />

Seigneur tout honneur”! A inclinação


GRANDE ENTREVISTA<br />

047<br />

contrabandista, como trânsfuga, que passa de um território a outro<br />

porque sabe que há sempre uma comunicação possível, enquanto,<br />

em certa medida, somos mais livres de circular <strong>do</strong> que há 30 anos.<br />

Quan<strong>do</strong> esta entrevista for publicada, as eleições já são passa<strong>do</strong>.<br />

Que sugestões, propostas ou desafios gostaria de deixar<br />

ao novo governo, com vista à superação deste pesadelo<br />

que Portugal está a viver?<br />

Fiquei feliz e esperança<strong>do</strong> com a folgada – embora por mim esperada<br />

– vitória <strong>do</strong> PSD nas últimas eleições. Espero que o novo<br />

governo mude efectivamente Portugal, cumpra o programa<br />

sálviro, a começar pelo memoran<strong>do</strong> da troika, mobilize o país<br />

nos grandes sacrifícios, provações e penitências a fazer, supere<br />

as nossas enormes dificuldades externas e internas e, com esse<br />

ânimo e prática mobiliza<strong>do</strong>res, nos faça esquecer, a breve trecho,<br />

o consula<strong>do</strong> <strong>do</strong> Engº Sócrates de tão triste memória e que,<br />

por força <strong>do</strong> seu incompetente desgoverno, lançou o país numa<br />

tão “apagada e vil tristeza”. É a hora (!), chegou a hora <strong>do</strong> PSD,<br />

que tem de ser (e vai ser) pontual, na rigorosa excepção da palavra,<br />

no cumprimento <strong>do</strong> seu programa.<br />

A esplanada <strong>do</strong> restaurante <strong>do</strong> Molhe, o passeio da Avenida Brasil<br />

da praia <strong>do</strong> Ourigo até ao Castelo <strong>do</strong> Queijo, a Foz Velha, a Avenida<br />

das Tílias no Palácio de Cristal, os jardins de Serralves, da<br />

Cor<strong>do</strong>aria e de Arca d’Água, a Rua das Virtudes onde está plantada<br />

a minha querida “Árvore”, o Parque da Cidade, o Palácio da Bolsa<br />

e muitos, muitos mais… E o meu poleiro sobre o mar à Avenida<br />

Brasil 611, na Foz, que é o lugar da casa que me habita e onde<br />

posso ouvir a voz <strong>do</strong> imortal Eugénio, por entre os murmúrios<br />

das ondas: “As gaivotas. Vão e vêm. Entram/pela pupila./Devagar,<br />

também os barcos entram./Por fim o mar./Não tardará a fadiga da<br />

alma./De tanto olhar, tanto/olhar”.<br />

pre<strong>do</strong>minantemente social da sua governação em favor <strong>do</strong>s<br />

mais desfavorecidas de que são relevantes exemplos o renovo e<br />

humanização <strong>do</strong>s bairros sociais mais degrada<strong>do</strong>s, o seu rigor na<br />

condução <strong>do</strong>s negócios autárquicos e no controlo das suas contas,<br />

a expulsão e limpeza da “<strong>do</strong>mus” <strong>do</strong>s construtores e patos bravos<br />

que a infestavam, a sua visão progressista para a modernidade<br />

da cidade, traduzida por exemplo, na requalificação da baixa, a<br />

firmeza da sua resistência aos desman<strong>do</strong>s <strong>do</strong> poder central e às<br />

investidas desabridas das esquerdas radicais, órfãs de Staline, o<br />

pulso firme (não de ferro em luva de velu<strong>do</strong>) com que conduz<br />

a vereação e fecha as portas aos traficantes de influências, são<br />

sustento da sua notável liderança e <strong>do</strong> apoio indesmentível que o<br />

eleitora<strong>do</strong> lhe deu maioritariamente e renovadamente nas urnas.<br />

Rui Rio firmou no <strong>Porto</strong> o seu destino como político e governante<br />

de primeira água e a quem está destina<strong>do</strong> um lugar cimeiro na<br />

cena política nacional. É este o meu vaticínio. Resta esperar para<br />

ver. Julgo não me enganar tanto quanto ele nunca me enganou.<br />

O PERPÉTUO SEDUTOR<br />

De Miguel Luís Kolback da Veiga já muito se disse e tu<strong>do</strong> (?) se escreveu.<br />

Apresentá-lo, em meia dúzia de despretensiosas linhas, é<br />

quase tão redutor como impossível. É um advoga<strong>do</strong> proeminente,<br />

liberal e republicano, que, como gosta de dizer, “de vez em quan<strong>do</strong><br />

se parece com um político”. Nasceu há 75 anos, no <strong>Porto</strong>, e é<br />

ti<strong>do</strong> como homem de afectos, de sentimentos, de emoções, que<br />

venera a amizade e se rende, de mo<strong>do</strong> contumaz e incorrigível, ao<br />

exercício <strong>do</strong> que os seus mais próximos e indefectíveis amigos não<br />

se cansam de enfatizar – o jogo da sedução, aqui entendida no<br />

mais profun<strong>do</strong> <strong>do</strong> seu significa<strong>do</strong>, ou seja, como arte de encantamento<br />

e de paixão pela cultura, pelos outros e pela vida.<br />

“Declaro-me humanista personalista, hetero<strong>do</strong>xo, sujeito de razões<br />

e de emoções, de convicções, de senti<strong>do</strong>s, de valores éticosociais,<br />

pauta<strong>do</strong> por referências normativas, embora desampara<strong>do</strong><br />

de deuses e avesso às gramáticas de obediência e às cartilhas<br />

<strong>do</strong>gmáticas”, esclarece, em discurso directo, num <strong>do</strong>s seus muitos<br />

textos edita<strong>do</strong>s, sob vários formatos e chancelas – ou não fosse<br />

ele um intelectual emérito, praticante de uma prosa – ou será poesia?<br />

– densa, impressiva, exuberante e… lá está… sedutora.<br />

Estaria tu<strong>do</strong> dito, se não se impusesse salientar estarmos em presença<br />

de um <strong>do</strong>s funda<strong>do</strong>res <strong>do</strong> então PPD (hoje PSD), Grande-<br />

Oficial da Ordem da Liberdade, mandatário de uma das candidaturas<br />

à Presidência da República de Mário Soares e das três de Rui<br />

Rio à Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, a qual, em 2007, nas comemorações<br />

<strong>do</strong> 33º aniversário <strong>do</strong> 25 de Abril, o agraciou com a Medalha<br />

<strong>Municipal</strong> de Mérito – Grau Ouro.<br />

“Perante nós temos um homem <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, de origem familiar beirã<br />

e francesa, de cultura clássica mas desprovi<strong>do</strong> de deuses, causídico<br />

ilustre, homem firme e convicto, pródigo em amizades dura<strong>do</strong>uras,<br />

amante da vida boa e <strong>do</strong> saber”. Face a este “retrato”, que lhe foi tira<strong>do</strong><br />

por Cavaco Silva numa homenagem que lhe prestou, em 2007,<br />

tu<strong>do</strong> quanto se pudesse acrescentar seria um enorme pleonasmo…


competitividade<br />

048<br />

MERCADO DO BOM<br />

SUCESSO ENCERROU<br />

PARA REABILITAÇÃO<br />

A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> encerrou,<br />

no passa<strong>do</strong> dia 3 de Junho,<br />

o Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bom Sucesso, com<br />

vista à sua requalificação. A medida<br />

foi tomada depois da autarquia<br />

ter invoca<strong>do</strong> “interesse público”<br />

junto <strong>do</strong> Tribunal Administrativo<br />

e Fiscal <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, que, dias antes,<br />

já tinha recebi<strong>do</strong> uma providência<br />

cautelar por parte de três comerciantes,<br />

num universo de 120, que<br />

pretendiam, assim, manter o merca<strong>do</strong><br />

aberto.<br />

Paralelamente, os requerentes pediam a<br />

suspensão de eficácia <strong>do</strong> acto administrativo,<br />

que, na sua óptica, representava<br />

o encerramento daquele espaço.<br />

Neste tipo de casos, porém, a lei permite<br />

que uma das partes possa recorrer, de<br />

uma forma sustentada, fundamentada e<br />

consolidada em factos inequívocos, a um<br />

<strong>do</strong>cumento designa<strong>do</strong> “Resolução Fundamentada”,<br />

sempre que o interesse público<br />

for, ou possa vir a ser, prejudica<strong>do</strong>.<br />

Refira -se que os comerciantes que interpuseram<br />

a previdência cautelar já<br />

haviam assina<strong>do</strong> o acor<strong>do</strong> com a CMP<br />

para deixar o espaço, ten<strong>do</strong> recebi<strong>do</strong>,<br />

inclusive, uma compensação monetária<br />

a que, legalmente, nem sequer tinham<br />

direito, mas que a Câmara entendeu<br />

atribuir como forma de os ressarcir pela<br />

sua saída.<br />

Edição 2012 <strong>do</strong> “Best of Wine Tourism”<br />

Os presta<strong>do</strong>res de serviços de enoturismo das regiões <strong>do</strong><br />

Douro e <strong>Porto</strong> e <strong>do</strong>s Vinhos Verdes poderão apresentar, até<br />

dia 16 de Setembro, as suas candidaturas ao concurso<br />

internacional de enoturismo “Best of Wine Tourism”, de<br />

acor<strong>do</strong> com as regras de concurso disponíveis no site da<br />

Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> – www.cm-porto.pt.<br />

O “Best of Wine Tourism” é um concurso<br />

promovi<strong>do</strong>, desde 2003, pela Câmara<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, no âmbito da participação<br />

na rede internacional Great<br />

Wine Capitals Global Network www.<br />

greatwinecapitals.com e que pretende<br />

apoiar um segmento <strong>do</strong> turismo em<br />

crescimento, o enoturismo.<br />

Já foram premia<strong>do</strong>s pelo município 31<br />

presta<strong>do</strong>res de serviços, numa estratégia<br />

de reforço <strong>do</strong> prestígio internacional<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e <strong>do</strong> Norte de Portugal,


competitividade<br />

049<br />

TODO O ESPAÇO INTERIOR<br />

SERÁ REMODELADO E<br />

MODERNIZADO<br />

O projecto, vence<strong>do</strong>r <strong>do</strong> concurso<br />

público internacional lança<strong>do</strong><br />

expressamente para o efeito pela<br />

CMP, prevê a remodelação total<br />

<strong>do</strong> interior <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> a efectuar<br />

pela empresa adjudicatária.<br />

Todavia, a sua traça exterior<br />

será mantida e preservada, da<strong>do</strong><br />

tratar ‐se de um edifício considera<strong>do</strong><br />

um ícone da arquitectura<br />

modernista <strong>do</strong>s anos 50.<br />

O conceito proposto para o futuro Bom<br />

Sucesso corresponde a um modelo multiusos<br />

em que o espaço será compartilha<strong>do</strong><br />

em cerca de um terço pelo comércio<br />

tradicional (zona central), outro<br />

terço por um hotel "low cost" temático<br />

(zona norte), fican<strong>do</strong> a parte restante<br />

destinada a serviços (zona sul), tu<strong>do</strong><br />

isto sem desvirtuar o seu “perfil” de<br />

merca<strong>do</strong> tradicional de frescos de elevada<br />

qualidade.<br />

O merca<strong>do</strong> propriamente dito ficará situa<strong>do</strong> no piso térreo, na parte central da<br />

nave, e terá uma capacidade para albergar 44 bancas distribuídas por 11 módulos<br />

com quatro espaços de comércio cada.<br />

Estão, igualmente, programa<strong>do</strong>s parques de estacionamento, um ao nível <strong>do</strong> piso<br />

0, com capacidade para 19 lugares, adstrito ao hotel, e outro com capacidade para<br />

63 lugares, afecto ao conjunto de serviços e lojistas.<br />

O novo equipamento tem a sua conclusão prevista para o último trimestre de 2013<br />

e representa um investimento de cerca de 10 milhões de euros.<br />

através da Great Wine Capitals Global Network, ao promover um<br />

concurso que decorre em simultâneo em nove capitais vinhateiras<br />

espalhadas pelo mun<strong>do</strong>: Bordeaux; Bilbao - Rioja; Cape Town;<br />

Christchurch - South Island; Florença; Men<strong>do</strong>za; Mainz - Rheinhessen;<br />

<strong>Porto</strong>; São Francisco - Napa Valley.<br />

As Great Wine Capitals reuniram no <strong>Porto</strong> dia 25 de Junho, aproveitan<strong>do</strong><br />

o facto de decorrer na cidade, entre 20 e 27 de Junho, o<br />

XXXIV Congresso Mundial da Organização da Vinha e <strong>do</strong> Vinho, a<br />

maior organização intergovernamental ligada ao vinho. Este congresso<br />

contou com cerca de 900 participantes de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> no<br />

evento, facto que reforça o reconhecimento internacional <strong>do</strong> vinho<br />

como uma das marcas de prestígio da Cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.


ecocidade<br />

050<br />

DESPOLUIR,<br />

DESENTUBAR<br />

E REABILITAR<br />

AS RIBEIRAS<br />

DO PORTO<br />

A ribeira da Granja e o rio Tinto<br />

são os grandes objectivos de<br />

requalificação das linhas de água<br />

até 2013. Em Lordelo, a ribeira<br />

da Granja ganhou uma nova<br />

dinâmica com o desentubamento<br />

de mais um troço. Quanto ao rio<br />

Tinto, prosseguem os trabalhos<br />

articula<strong>do</strong>s com os municípios<br />

vizinhos para a sua despoluição.<br />

A Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> continua o projecto<br />

para despoluir e reabilitar as ribeiras<br />

da cidade, inicia<strong>do</strong> em 2007. Depois<br />

das ribeiras da Foz, Nevogilde e Al<strong>do</strong>ar,<br />

os trabalhos continuam com especial<br />

enfoque na ribeira da Granja, Asprela e<br />

no rio Tinto. Após a requalificação ambiental<br />

da ribeira da Asprela, no troço<br />

junto ao Bairro <strong>do</strong> Outeiro e na ribeira<br />

da Granja, no troço <strong>do</strong> Viso, a estratégia<br />

passa agora por chamar os priva<strong>do</strong>s<br />

a participar no projecto.<br />

“Criámos um projecto global para a<br />

ribeira da Granja ao qual terão de se<br />

ajustar to<strong>do</strong>s aqueles que quiserem<br />

construir junto à ribeira”, explica Poças<br />

Martins, da empresa municipal Águas<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Por exemplo, na zona de Lordelo<br />

foram os promotores imobiliários<br />

de uma nova urbanização que incluíram<br />

no seu projecto o desentubamento e requalificação<br />

da linha de água, de forma<br />

a valorizar o próprio empreendimento.<br />

“Estamos num momento de contenção<br />

financeira e o que procuramos fazer é<br />

atingir uma parte significativa <strong>do</strong>s nossos<br />

objectivos através <strong>do</strong>s priva<strong>do</strong>s que<br />

investem nos seus empreendimentos e<br />

os valorizam com as nossas ribeiras”,<br />

afirma Poças Martins.<br />

Quanto ao rio Tinto, com um troço dentro<br />

<strong>do</strong> Parque Oriental, o projecto está<br />

a ser conduzi<strong>do</strong> pela Junta Metropolitana<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, em articulação com a<br />

Administração da Região Hidrográfica<br />

<strong>do</strong> Norte, uma vez que envolve quatro<br />

concelhos distintos: <strong>Porto</strong>, Maia, Valongo<br />

e Gon<strong>do</strong>mar. Sem prazos para o fim<br />

<strong>do</strong>s trabalhos, o responsável adianta<br />

que to<strong>do</strong>s “estão a encarar o rio com<br />

novos olhos na esperança que se consiga<br />

a sua despoluição o mais rapidamente<br />

possível”.<br />

PARQUE DA<br />

CIDADE COM NOVA<br />

VIGILÂNCIA<br />

O Parque da Cidade é uma área<br />

que tem concita<strong>do</strong> especial<br />

atenção da Polícia <strong>Municipal</strong>,<br />

agora com uma muito maior<br />

visibilidade.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, no início deste ano foi<br />

aberta uma esquadra nas instalações<br />

administrativas daquele espaço municipal<br />

e adquirida uma Moto4, a qual,<br />

embora não sen<strong>do</strong> propriamente uma<br />

das melhores amigas <strong>do</strong> ambiente, permite<br />

um acesso rápi<strong>do</strong> de intervenção<br />

a todas as zonas <strong>do</strong> Parque, sempre que<br />

as circunstâncias o exijam.<br />

Esta maior visibilidade da presença da<br />

PM naquele extenso local de lazer funciona<br />

como elemento dissuasor, contribuin<strong>do</strong><br />

assim para uma segurança mais<br />

eficaz de to<strong>do</strong>s (e são muitos) os que o<br />

frequentam.<br />

Ao mesmo tempo, a PM pretende estar<br />

mais próxima <strong>do</strong>s munícipes, prevenin<strong>do</strong><br />

o surgimento de condutas criminais<br />

e incivilidades.


ecocidade<br />

051<br />

www.cm-porto.pt<br />

A “TÁCTICA DO JUDO” PARA REQUALIFICAR AS MARGENS<br />

Na requalificação <strong>do</strong>s leitos e margens<br />

das linhas de água <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> está a<br />

ser aplicada, segun<strong>do</strong> Poças Martins,<br />

a “táctica <strong>do</strong> ju<strong>do</strong>”: o mais fraco usa<br />

a força <strong>do</strong> outro para o derrubar. Ou<br />

seja, em vez de utilizar pedra e betão<br />

para conter as margens, a Águas<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> está a recorrer a madeira e<br />

vimes, utilizan<strong>do</strong> as técnicas de engenharia<br />

natural. Os vimes, em conjunto<br />

com estruturas de madeira,<br />

permitem que as margens suportem<br />

o aumento <strong>do</strong>s caudais, uma vez que<br />

os vimes vergam à passagem da água.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, é muito mais simples<br />

substituir a madeira, <strong>do</strong> que reconstruir<br />

pesadas defesas de betão, que<br />

implicam maquinaria pesada dentro<br />

<strong>do</strong> leito <strong>do</strong> curso de água e investimentos<br />

mais avulta<strong>do</strong>s.<br />

Jardim <strong>do</strong> Moreda<br />

requalifica<strong>do</strong><br />

O Jardim <strong>do</strong> Moreda foi totalmente requalifica<strong>do</strong>.<br />

O projecto teve como ideia<br />

base a recuperação <strong>do</strong> traça<strong>do</strong> original<br />

<strong>do</strong> jardim, com base em pesquisas<br />

bibliográficas datadas de 1892 e ten<strong>do</strong><br />

em conta existência, no local, de <strong>do</strong>is<br />

exemplares arbóreos de avançada idade<br />

- um cedro e uma palmeira. Com uma<br />

área de aproximadamente 850 metros<br />

quadra<strong>do</strong>s, o jardim beneficiou, igualmente,<br />

com a requalificação da área<br />

envolvente, associada ao alargamento e<br />

repavimentação <strong>do</strong>s passeios.


ecocidade<br />

052<br />

PARQUE ORIENTAL<br />

A mancha verde<br />

que valorizou Campanhã<br />

São 10 hectares de espaços verdes que servem a população<br />

das freguesias orientais da cidade e <strong>do</strong>s concelhos vizinhos.<br />

Inaugura<strong>do</strong> em Junho de 2010, o Parque Oriental tem ganho<br />

cada vez mais adeptos que se deliciam a passear numa rede<br />

de trilhos, com o burburinho da água <strong>do</strong> rio a correr ao<br />

fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> vale.<br />

Quem chega, depara -se de imediato<br />

com os muros de granito e xisto descreven<strong>do</strong><br />

curvas suaves num vale relva<strong>do</strong>.<br />

Seguin<strong>do</strong> pelos trilhos, há charcos<br />

semea<strong>do</strong>s em vórtices de pedra e<br />

água cain<strong>do</strong> em cascata de um muro<br />

a lembrar o tempo megalítico. Fez um<br />

ano que o Parque Oriental foi inaugura<strong>do</strong>,<br />

ou melhor, os primeiros 10 hectares<br />

de um projecto mais vasto que<br />

vai ocupar uma área cinco vezes maior<br />

<strong>do</strong> que a actual.<br />

Muito procura<strong>do</strong> por grupos de estudantes,<br />

especialmente alunos <strong>do</strong><br />

ensino superior para visitas de estu<strong>do</strong><br />

e trabalhos académicos, o espaço<br />

oferece uma vegetação diversificada,<br />

desde o antigo maciço de carvalhos e<br />

sobreiros, que foi limpo, requalifica<strong>do</strong><br />

e integra<strong>do</strong> no desenho <strong>do</strong> Parque, até<br />

um sem número de espécies de flores<br />

silvestres que vão pintalgan<strong>do</strong> a mancha<br />

verde, que se estende relvada até<br />

ao vale <strong>do</strong> rio Tinto.


ecocidade<br />

053<br />

Os Projectos<br />

Pelo curso fluvial de água passa muito<br />

<strong>do</strong> futuro mais próximo <strong>do</strong> Parque. No<br />

processo de despoluição <strong>do</strong> Rio Tinto,<br />

que tem vin<strong>do</strong> a ser conduzi<strong>do</strong> pela<br />

empresa municipal Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />

assenta um aspecto nuclear para o desenvolvimento<br />

<strong>do</strong> espaço. “Cientes da<br />

necessidade de encontrar uma estratégia<br />

para preservar os registos históricos<br />

e os valores naturais <strong>do</strong> rio Tinto<br />

que atravessa o Parque numa extensão<br />

aproximada de três quilómetros, queremos<br />

intervir em vectores fundamentais:<br />

controlo de poluição de águas,<br />

desassoreamento, regularização fluvial<br />

e controlo de cheias e valorização paisagística<br />

e ambiental das margens”,<br />

explicou Álvaro Castello-Branco, verea<strong>do</strong>r<br />

<strong>do</strong> Ambiente na Câmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

Serão requalifica<strong>do</strong>s alguns <strong>do</strong>s velhos<br />

caminhos rurais e criar -se-á aquilo que<br />

pretende ser um autêntico mostruário<br />

de camélias, ro<strong>do</strong>dendros e azáleas.<br />

Contu<strong>do</strong>, o responsável lembra que a<br />

despoluição <strong>do</strong> rio está igualmente dependente<br />

de outros concelhos.<br />

Nova vegetação vai<br />

animan<strong>do</strong> o espaço<br />

Desde 2010, já foram plantadas cerca<br />

de 450 árvores e 250 arbustos. Foi o<br />

primeiro de vários planos de plantação,<br />

que têm como objectivo garantir<br />

a componente estética e paisagística<br />

<strong>do</strong> Parque e contribuir para o bem-<br />

‐estar da população, garantin<strong>do</strong> a sustentabilidade<br />

<strong>do</strong> espaço e promoven<strong>do</strong><br />

a sua biodiversidade.<br />

Em Abril deste ano, o<br />

Pelouro <strong>do</strong> Ambiente em<br />

conjunto com a Lipor/<br />

Ordem <strong>do</strong>s Arquitectos –<br />

Secção Regional <strong>do</strong> Norte<br />

trouxe mais uma<br />

iniciativa ao Parque com a<br />

plantação de 20 carvalhos<br />

(Quercus Robur).<br />

"Esta iniciativa teve a ver<br />

basicamente com a<br />

preocupação, sempre<br />

saudável, com as emissões<br />

de CO2. A Ordem <strong>do</strong>s<br />

Arquitectos associan<strong>do</strong> -se<br />

à Lipor e conjuntamente<br />

com a Câmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

elaborou uns cálculos no<br />

senti<strong>do</strong> de estimar quantas<br />

árvores seria útil plantar<br />

nos parques urbanos da<br />

cidade para compensar<br />

aquele tipo de emissões",<br />

explicou Álvaro Castello-<br />

Branco, após ter planta<strong>do</strong><br />

uma árvore.


InovaçÃo<br />

054<br />

PLANO MUNICIPAL<br />

DA JUVENTUDE<br />

Integra<strong>do</strong> na programação <strong>do</strong> Ano Internacional da Juventude<br />

foi oficialmente apresenta<strong>do</strong> o Plano <strong>Municipal</strong> da Juventude<br />

versão 2.0, <strong>do</strong>cumento estratégico das políticas para a<br />

juventude e <strong>do</strong> compromisso da autarquia para com os jovens.<br />

“Com este plano reconhecemos que estamos a contribuir para<br />

elevar o nível educacional da cidade ao aproveitar a relação<br />

entre o município e a escola, o mun<strong>do</strong> empresarial, a comunidade<br />

científica das universidades e os movimentos de mobilidade<br />

internacional”, assumiu o Vice -Presidente e Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

Ambiente e Juventude, Álvaro Castello -Branco<br />

CMP CRIA CENTRO DE INOVAÇÃO SOCIAL<br />

A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, através <strong>do</strong> Pelouro <strong>do</strong> Conhecimento<br />

e Coesão Social e da Fundação <strong>Porto</strong> Social, criou o<br />

Centro de Inovação Social (CIS), cujo objectivo é promover a<br />

implementação de projectos de inovação e empreende<strong>do</strong>rismo<br />

social na cidade.<br />

Pretende -se com este centro sensibilizar a sociedade para a<br />

importância da coesão social, através da divulgação e promoção<br />

de novas ideias e projectos que contribuam para o desenvolvimento<br />

social da cidade, permitin<strong>do</strong> a afirmação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

como uma cidade solidária, inclusiva e inova<strong>do</strong>ra. O centro<br />

está sedea<strong>do</strong> na Quinta de Bonjóia.<br />

Concurso Nacional<br />

de Inovação<br />

para Jovens<br />

Universitários<br />

A Associação <strong>Porto</strong> Digital (constituída pela<br />

Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

e Associação Empresarial de Portugal), o Instituto<br />

Superior da Maia (ISMAI) e a multinacional Alcatel-<br />

Lucent lançaram, em conjunto, o Concurso Nacional<br />

de Inovação para Jovens Universitários. Trata ‐se<br />

de uma iniciativa que visa fomentar e divulgar<br />

novas ideias e produtos que possam originar<br />

resulta<strong>do</strong>s concretos, aplicáveis às redes de nova<br />

geração, nomeadamente à rede aberta existente na<br />

cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.


InovaçÃo<br />

055<br />

PROF. MARCELLO<br />

FRANCO É CIDADÃO<br />

HONORÁRIO DO “PORTO,<br />

CIDADE DE CIÊNCIA”<br />

www.cm-porto.pt<br />

A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />

através da Fundação <strong>Porto</strong><br />

Social, distinguiu o Prof. Marcello<br />

Franco com o título de Cidadão<br />

Honorário <strong>do</strong> projecto municipal<br />

“<strong>Porto</strong> Cidade de Ciência”.<br />

A cerimónia teve lugar no<br />

IPATIMUP – Instituto de Patologia<br />

e Imunologia Molecular da<br />

Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, no dia<br />

em que esta instituição médicocientífica<br />

prestou homenagem<br />

ao Brasil, país com o qual tem<br />

desenvolvi<strong>do</strong> um trabalho de<br />

intercâmbio científico nas áreas<br />

da Genética Populacional e da<br />

Medicina Molecular.<br />

A atribuição daquele título ao Prof.<br />

Marcello Franco foi entregue pela Verea<strong>do</strong>ra<br />

<strong>do</strong> Pelouro <strong>do</strong> Conhecimento e<br />

Acção Social, em representação <strong>do</strong> Presidente<br />

da Câmara.<br />

O trabalho científico daquele académico<br />

centra -se, fundamentalmente, nas áreas<br />

da patologia fúngica e da patologia<br />

renal como alvos principais <strong>do</strong>s seus<br />

trabalhos de investigação.<br />

To<strong>do</strong>s os anos o “<strong>Porto</strong> Cidade de Ciência”<br />

distingue personalidades da área<br />

científica – nacionais e estrangeiras –<br />

que se notabilizaram pelo seu contributo<br />

nos avanços da ciência.<br />

O projecto em causa, concebi<strong>do</strong> pela Câmara<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e aplica<strong>do</strong> e desenvolvi<strong>do</strong><br />

pela Fundação <strong>Porto</strong> Social,<br />

visa, fundamentalmente, sensibilizar a<br />

sociedade para a importância decisiva<br />

da Ciência, constituin<strong>do</strong> ainda uma afirmação<br />

<strong>do</strong> enorme potencial evidencia<strong>do</strong><br />

pelo <strong>Porto</strong> nesta matéria, contribuin<strong>do</strong><br />

igualmente para o desenvolvimento da<br />

cultura científica <strong>do</strong>s cidadãos.<br />

As candidaturas podem ser apresentadas<br />

por pessoas individuais, com idade<br />

inferior a 35 anos, e que à data de<br />

apresentação da candidatura estejam<br />

inscritas num programa de estu<strong>do</strong>s de<br />

um estabelecimento de ensino superior<br />

português ou que tenham esta<strong>do</strong> nessa<br />

situação nos seis meses anteriores<br />

àquela mesma data. O perío<strong>do</strong> de candidatura<br />

decorre de 1 de Outubro a 30<br />

de Novembro <strong>do</strong> corrente ano. A partir<br />

deste mês, as fichas de inscrição estarão<br />

disponíveis on -line nos sites das<br />

três entidades parceiras <strong>do</strong> projecto.


InovaçÃo<br />

056<br />

Portuense criou código<br />

que descodifica cores<br />

para daltónicos<br />

Foi uma inovação mundial a criação de um<br />

código de cores para daltónicos.<br />

Transportes, hospitais, marcas de lápis,<br />

tintas, cerâmicas já estão a utilizá -lo. Até<br />

agora, nenhuma outra ferramenta tinha<br />

ajuda<strong>do</strong> a diminuir os efeitos de um<br />

constrangimento pouco visível, o<br />

daltonismo. O designer gráfico Miguel<br />

Neiva foi o primeiro a fazê -lo, naquela que<br />

já foi considerada pela revista brasileira<br />

“Galileu” como uma das 40 ideias que vai<br />

melhorar o mun<strong>do</strong>.<br />

Uma coisa tão simples como distinguir as cores é fácil para<br />

a esmaga<strong>do</strong>ra maioria das pessoas, mas para os daltónicos<br />

torna -se complica<strong>do</strong> e, por vezes, constrange<strong>do</strong>r. Um décimo<br />

da população mundial sofre de daltonismo, <strong>do</strong>ença que<br />

impossibilita as pessoas de diferenciar algumas (ou todas) as<br />

cores e que constitui uma barreira significativa à sua autonomia.<br />

O projecto português <strong>do</strong> designer portuense Miguel<br />

Neiva ColorAdd veio facilitar o dia -a-dia de 10 por cento da<br />

população mundial. Há já quem diga que está para os daltónicos<br />

como o braile está para os cegos.<br />

O ColorAdd é um código gráfico monocromático, sustenta<strong>do</strong><br />

em conceitos universais de interpretação e des<strong>do</strong>bramento de<br />

cores que permite aos daltónicos identificá -las correctamente.<br />

Para cada cor primária (vermelho, azul, amarelo), Miguel<br />

Neiva criou um símbolo (triângulo, barra diagonal e triângulo<br />

inverti<strong>do</strong>, respectivamente). Depois, a soma das cores<br />

dão origem a outras, pelo conceito básico de mistura de cores<br />

(azul mais amarelo dá verde, vermelho mais amarelo dá laranja,<br />

etc.). É um código fácil de aprender, sen<strong>do</strong> essa uma das<br />

grandes vantagens <strong>do</strong> projecto. "É um código que facilmente<br />

entra no vocabulário visual de to<strong>do</strong>s. Que pode ser entendi<strong>do</strong><br />

pela criança de três anos e pelo senhor de oitenta. É transversal<br />

a to<strong>do</strong>s os quadrantes da sociedade, independentemente<br />

da sua localização geográfica, cultura, língua, religião ou<br />

condição sócio -económica", afirma Miguel Neiva.<br />

O projecto demorou oito anos de investigação e teve como<br />

origem uma tese de mestra<strong>do</strong> na Universidade <strong>do</strong> Minho. A<br />

patente está registada, até porque não há nada semelhante<br />

no mun<strong>do</strong>. “O ColorAdd é ambicioso e pretende ser um código<br />

universal”, afirma o autor. Está implementa<strong>do</strong> em algumas<br />

empresas e instituições portuguesas e existem contactos com<br />

empresas espalhadas pela Europa e América, que se mostraram<br />

interessadas na aplicação <strong>do</strong> código.


InovaçÃo<br />

057<br />

O projecto <strong>do</strong> designer portuense está<br />

a ter impacto mundial, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> já<br />

cita<strong>do</strong> nas mais prestigiadas publicações<br />

científicas e de design. No Google,<br />

o ColorAdd tem mais de 30 mil<br />

referências e foi considera<strong>do</strong> uma das<br />

40 ideias para melhorar o mun<strong>do</strong> pela<br />

revista brasileira Galileu, que tem mais<br />

de 18 milhões de assinantes.<br />

www.cm-porto.pt<br />

“O que mais a<strong>do</strong>ro é ver a forma<br />

como as pessoas brilham quan<strong>do</strong><br />

ouvem falar <strong>do</strong> projecto", admite<br />

Miguel Neiva, que acredita que<br />

criou um “projecto de inclusão<br />

que é um contributo para<br />

a humanidade”. “Eu sei que os<br />

daltónicos vão continuar a ver<br />

o céu sem ser azul, as bananas<br />

sem ser amarelas. Mas a verdade<br />

é que terão uma autonomia que<br />

nunca tiveram até agora”.<br />

O código mereceu, ainda, referência<br />

<strong>do</strong> International Council of Graphic<br />

Designers Association. O site oficial<br />

tem hoje mais de 35 mil visitantes, de<br />

cerca de 100 países.<br />

“Este projecto conseguiu<br />

trazer o design para a<br />

sociedade e mostrar que é<br />

uma ferramenta de<br />

inclusão, que pode<br />

aumentar a qualidade<br />

de vida das populações.<br />

A dimensão e<br />

transversalidade é maior <strong>do</strong><br />

que inicialmente pensei”,<br />

admite Miguel Neiva.


InovaçÃo<br />

058<br />

NOME: Miguel Neiva<br />

IDADE: 42<br />

PROFISSÃO: Designer Gráfico<br />

ColorAdd<br />

um código que pintou a cores<br />

o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s daltónicos<br />

LIVRO: Poesias Populares, de António Gedeão<br />

cultura na Invicta: Rua Miguel Bombarda<br />

EVENTO: Inaugurações simultâneas em Miguel Bombarda<br />

LUGAR: A Cidade toda<br />

OBRA DE ELEIÇÃO: Casa da Música<br />

NOTA AO PRESIDENTE DA CMP: Gostava que tu<strong>do</strong> aquilo<br />

que estamos a ver ao nível de dinamização da cidade à<br />

noite, acontecesse também durante o dia. Gostava que<br />

houvesse uma cidade de fim de tarde, que o <strong>Porto</strong> não<br />

fosse apenas uma cidade de trabalho<br />

durante o dia.<br />

O daltonismo é uma deficiência de<br />

transmissão hereditária, não tem cura e<br />

estima -se que 98 por cento <strong>do</strong>s daltónicos<br />

sejam homens. Está relacionada com uma<br />

falha genética associada ao cromossoma X,<br />

por isso de maior frequência nos homens<br />

(no caso das mulheres, será necessário que<br />

os <strong>do</strong>is cromossomas X contenham o gene<br />

anómalo). Os daltónicos vêem entre 500 a<br />

800 cores. Uma visão normal apreende cerca<br />

de 30 mil. Com o ColorAdd, Miguel Neiva<br />

trouxe mais cor ao mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s daltónicos.


cultura<br />

059<br />

O sucesso <strong>do</strong> Laboratório<br />

de Leitura “Há Palavras<br />

que nos Beijam”<br />

O Pelouro <strong>do</strong> Conhecimento e Coesão Social da<br />

Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, através da Fundação<br />

Ciência e Desenvolvimento (FCD), está a promover<br />

um Laboratório de Leitura Poética, já a caminho da<br />

sua terceira edição, que tem consegui<strong>do</strong> um enorme<br />

sucesso, quer no que respeita à procura por parte<br />

<strong>do</strong>s interessa<strong>do</strong>s, quer no que se refere a resulta<strong>do</strong>s.<br />

Intitula<strong>do</strong> “Há Palavras que nos Beijam”, o Laboratório é conduzi<strong>do</strong><br />

por Ana Celeste Ferreira, presença habitual no ciclo<br />

“Quintas de Leitura”, cuja programação é da autoria de João<br />

Gesta. Visa desenvolver técnicas vocais, tais como o relaxamento<br />

e a postura, a respiração, a colocação da voz, a exploração<br />

de ressonâncias e timbre, o apoio e a projecção vocal e<br />

a articulação e a dicção.<br />

A primeira edição deste Laboratório, no qual participaram 19<br />

forman<strong>do</strong>s, decorreu no início deste ano, no Teatro <strong>do</strong> Campo<br />

Alegre e terminou com a realização de um recital final.<br />

Devi<strong>do</strong> à enorme procura de interessa<strong>do</strong>s em frequentar esta<br />

iniciativa, está já a decorrer uma segunda edição e uma, a<br />

terceira, está prevista para arrancar em Setembro.<br />

Destinada a maiores de 18 anos, esta formação tem desperta<strong>do</strong><br />

interesse no público em geral e em pessoas com necessidades<br />

essenciais de comunicação, tais como empresários,<br />

conferencistas, actores, recita<strong>do</strong>res, anima<strong>do</strong>res, locutores,<br />

professores e forma<strong>do</strong>res, numa diversidade de profissões e<br />

idades rara neste género de iniciativas.<br />

O Laboratório é reconheci<strong>do</strong> por um Certifica<strong>do</strong> de Participação,<br />

emiti<strong>do</strong> pela FCD, e os participantes trabalham com base<br />

em textos poéticos e de prosa poética, em vertentes que lhes<br />

permitem aumentar as suas ferramentas de expressão.


060<br />

cultura<br />

CULTURA NO PORTO<br />

JULHO • AGOSTO<br />

SETEMBRO<br />

MARCAS DO VINHO NO PORTO. HOMENAGEM À<br />

FERREIRINHA NOS 200 ANOS DO SEU NASCIMENTO.<br />

Exposição organizada pela Câmara <strong>Municipal</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, enquadrada na realização <strong>do</strong> XX‐<br />

XIV Congresso Mundial da Vinha e <strong>do</strong> Vinho,<br />

promovida pela OIV, em Junho de 2011.<br />

Data: Até 23 de Setembro, das 10h00 às 17h00<br />

Público-alvo: público em geral<br />

Contactos: casa<strong>do</strong>infante@cm-porto.pt;<br />

tlf: 222 060 423<br />

Local: Casa <strong>do</strong> Infante<br />

ENCONTROS DE ARQUEOLOGIA<br />

Iniciativa que pretende assinalar o relançamento<br />

<strong>do</strong> projecto arqueológico que acompanhou<br />

as obras de reabilitação da Casa <strong>do</strong><br />

Infante e agora directamente relaciona<strong>do</strong><br />

com a conclusão <strong>do</strong> circuito museológico. O<br />

colóquio, intitula<strong>do</strong> “Novos Olhares sobre<br />

o <strong>Porto</strong>: O Contributo da Casa <strong>do</strong> Infante”,<br />

reunirá diversos investiga<strong>do</strong>res.<br />

Data: 17 de Setembro, das 14h30 às 17h30<br />

Público-alvo: Público em geral<br />

Contactos: casa<strong>do</strong>infante@cm-porto.pt;<br />

tlf: 222 060 423<br />

Local: Casa <strong>do</strong> Infante<br />

Data: 16 de Julho e 3 Setembro na Biblioteca<br />

<strong>Municipal</strong> Almeida Garrett (datas de realização<br />

sujeitas a alteração).<br />

Público-alvo: Adultos<br />

Local: Biblioteca <strong>Municipal</strong> Almeida Garrett<br />

INVICTA FILMES 2011 – O CINEMA AMERICANO<br />

NOS ANOS 30, DA GRANDE DEPRESSÃO<br />

A CMP e Lauro António apresentam um programa<br />

de ciclos de cinema dedica<strong>do</strong> ao cinema<br />

Americano da época da Grande Depressão.<br />

Julho, Agosto e Setembro – “Filme de Gangsters”<br />

ao “Filme Negro”<br />

6 de Julho (18h30), “O Pequeno César”, de<br />

Mervyn Leroy; 13 de Julho (18h30), “O Inimigo<br />

Público”, de William Wellman; 20 de Julho<br />

(18h30), “Anjos de Cara Negar”, de Michael<br />

Curtis; 28 de Julho (18h30), “Floresta Petrificada”,<br />

de Archie Mayo; 4 de Agosto (18h30),<br />

“Fúria Sanguinária”, de Raol Walsh; 11 de<br />

Agosto (18h30), “Um Crime sem Importância”,<br />

de LLoyd Bacon; 18 de Agosto (18h30), “Algemas<br />

quebradas”, de LLoyd Bacon; 25 de Agosto<br />

(18h30), “Guerra ao Crime”, de Wiilliam Keighley;<br />

1 de Setembro (18h30), “Os Filhos da Noite”,<br />

de Nicholas Ray; 8 de Setembro (18h30),<br />

“Cega Paixão”, de Nicholas Ray; 14 de Setembro<br />

(18h30), “O Arrependi<strong>do</strong>”, Jacques Tourneur.<br />

Público-alvo: maiores de 12 anos<br />

Entrada Livre<br />

Local: Biblioteca <strong>Municipal</strong> Almeida Garrett<br />

tlf: 225193480; email: bpmp@cm-porto.pt<br />

Local: Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

JÚLIO DINIS: EXPOSIÇÃO COMEMORATIVA<br />

DOS 140 ANOS DA MORTE<br />

Exposição da Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, para assinalar os 140 Anos da Morte<br />

de Júlio Dinis, pseudónimo de Joaquim<br />

Guilherme Gomes Coelho (1839-1871).<br />

Data: 15 Setembro a 15 Novembro. De segunda<br />

a sába<strong>do</strong>, das 10h00 às 18h00<br />

Público-alvo: público em geral<br />

Contactos: Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Entrada livre<br />

Local: Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

COMUNIDADE DE LEITORES PARA ADOLESCENTES<br />

Encontros com jovens a<strong>do</strong>lescentes, que são<br />

convida<strong>do</strong>s a conversar sobre livros juvenis<br />

e a partilhar as suas leituras. Em cada sessão<br />

será selecciona<strong>do</strong> um livro, que deverá<br />

ser li<strong>do</strong> previamente pelos participantes.<br />

Data: 6 e 20 de Julho - Biblioteca <strong>Municipal</strong><br />

Almeida Garrett; 13 e 27 de Julho - Biblioteca<br />

Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Público-alvo: Jovens a<strong>do</strong>lescentes <strong>do</strong>s 12 aos 16 anos<br />

Contactos: Biblioteca <strong>Municipal</strong> Almeida Garrett<br />

tlf: 226081000; email: bib.agarrett@cm-porto.pt<br />

Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

tlf: 225193480; email: bpmp@cm-porto.pt<br />

Local: Biblioteca <strong>Municipal</strong> Almeida Garrett e Biblioteca<br />

Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

“O PORTO À VOLTA DOS LIVROS”<br />

Conhecer a história, tradições, geografia e<br />

as comunidades <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, a partir de autores<br />

e <strong>do</strong>s livros que nos deixaram: Almeida<br />

Garrett, Júlio Dinis, Ruben A., Ilse Losa,<br />

Raul Brandão, João Grave e António Nobre.<br />

0<br />

5 OLHARES | 5 AUTORES<br />

Ciclo de leituras de textos dramáticos de<br />

cinco autores portugueses, através da actuação<br />

da Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong> (BPMP) em parceria com Paula Abrunhosa<br />

e Palmira Troufa.<br />

Data: 7 de Julho – “O Rei Imaginário” (1923) e<br />

“O Avejão” (1929), de Raul Brandão, contextualiza<strong>do</strong><br />

por Maria João Reynaud; 15 Setembro<br />

– “O Meu Caso” (1957), de José Régio, contextualiza<strong>do</strong><br />

por António Durães.<br />

Público-alvo: Público em geral com inscrição<br />

prévia, gratuita.<br />

Contactos: Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

“QUINTAS DE LEITURA”<br />

Data: 14 de Julho (22h00/Auditório) – “Que<br />

vergonha rapazes!”. É o regresso <strong>do</strong> actor<br />

Miguel Guilherme às “Quintas de Leitura”<br />

para apresentar, de novo, o seu inclassificável<br />

espectáculo “Que Vergonha Rapazes!”. Na segunda<br />

parte, actuação de uma das revelações<br />

da música portuguesa – a banda “Guta Naki”,<br />

comandada por Cátia Pereira.<br />

29 de Setembro (22h00/Café-Teatro) – “Vozes”.<br />

Seis anos depois, o regresso de Ana<br />

Luísa Amaral às “Quintas de Leitura”. Conversará<br />

sobre a sua obra com Nuno Carinhas<br />

e lerá poesia, acompanhada pelos actores Teresa<br />

Coutinho, Constança Carvalho Homem e<br />

Pedro Lamares. A nível musical, actuações da<br />

jovem revelação Teia Campos e <strong>do</strong> consagra<strong>do</strong><br />

tubista Sérgio Carolino.<br />

Público-alvo: Maiores de 16 anos<br />

Contactos: Teatro <strong>do</strong> Campo Alegre: 226063000<br />

Local: Café-Teatro <strong>do</strong> Teatro Campo Alegre


cultura<br />

“ARTE POPULAR EM BARRO NA COLECÇÃO VITORI-<br />

NO RIBEIRO”<br />

Imaginário de barro policroma<strong>do</strong> em que se<br />

destacam galos de Barcelos, galinhas, apitos<br />

sob diferentes formas, figuras de profissões,<br />

bandas de música e coretos, grupos de foliões.<br />

Conjunto data<strong>do</strong> da primeira metade <strong>do</strong><br />

século XX, da Colecção Vitorino Ribeiro.<br />

Data: de 8 de Julho a 2 de Outubro<br />

Público-alvo: Geral<br />

Contactos: 226057000, dmpc@cm-porto.pt<br />

Entrada gratuita<br />

Local: Casa Tait<br />

“NOVAS JÓIAS EM CONTACTO DIRECTO”<br />

A Escola de Joalheiros Contacto Directo<br />

mostra, pelo terceiro ano consecutivo, uma<br />

série de obras criadas por os alunos, realizadas<br />

no actual ano lectivo.<br />

Data: De Julho a Setembro. Terça a Sába<strong>do</strong><br />

Público-alvo: Grupos <strong>do</strong> 1.º e 2.º ciclos <strong>do</strong><br />

Ensino Básico; ATL e famílias<br />

Contactos: 22 222003689/22 2053644;<br />

museuguerrajunqueiro@cm-porto.pt<br />

Local: Casa Museu Guerra Junqueiro<br />

“PORTO DESAPARECIDO”<br />

A descoberta de capelas, igrejas, palácios,<br />

mosteiros, fontes, hotéis, teatros, cafés, desapareci<strong>do</strong>s<br />

na Baixa.<br />

Data: Primeiras quinzenas de Julho e de Agosto,<br />

até 30 de Setembro<br />

Público-alvo: Jovens <strong>do</strong>s 12 aos 24anos, adultos<br />

e terceira idade<br />

Contactos: 22 606 27 44/22 606 65 68<br />

Local: Casa Museu Marta Ortigão Sampaio<br />

“OFICINAS DE VERÃO”<br />

Percursos na cidade e oficinas relacionadas<br />

com personalidades presentes nos museus<br />

municipais.<br />

Datas: Primeira quinzena de Agosto<br />

Público-alvo: Jovens <strong>do</strong>s 12 aos 16<br />

Contactos: 22 606 27 44/ 22 606 65 68<br />

Local: Casa Museu Ortigão Sampaio<br />

VISITAS ORIENTADAS À CASA OFICINA ANTÓNIO<br />

CARNEIRO<br />

A evolução da obra de António Carneiro no<br />

contexto da corrente simbolista da arte portuguesa.<br />

Apresentação multimédia sobre o<br />

pintor e o seu atelier.<br />

Data: 1 de Julho a 30 de Setembro<br />

Público-alvo: Público em geral<br />

Contactos para marcações: 22 537 96 68,<br />

oficinaacarneiro@cm-porto.pt<br />

Local: Casa Oficina António Carneiro<br />

“DA QUINTA AO RIO”<br />

Um pedipaper que explora, de forma divertida,<br />

o território de Massarelos, desde o Museu<br />

Romântico, antiga Quinta da Macieirinha,<br />

até ao Museu Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

Data: 1 Julho a 30 de Setembro, 10h00/12h00<br />

e 14h00/17h00<br />

Público-alvo: crianças <strong>do</strong>s 6 aos 15 anos<br />

Contactos: 226 057 032;<br />

museuromantico@cm-porto.pt<br />

Local: Museu Romântico da Quinta da Macieirinha<br />

“AS MEMÓRIAS ESCONDIDAS”<br />

Jogo entre equipas ou famílias. Após visita<br />

ao Museu, é distribuí<strong>do</strong> um “kit” por equipa<br />

ou família, onde são sugeridas actividades<br />

para descobrir os segre<strong>do</strong>s que o museu<br />

esconde.<br />

Data: De Julho a Setembro. Terça a Sába<strong>do</strong><br />

Público-alvo: Grupos <strong>do</strong> 1.º e 2.º ciclos <strong>do</strong> Ensino<br />

Básico, ATL e famílias<br />

Contactos: Marcação prévia. 22 2076300;<br />

museuvinhoporto@cm-porto.pt<br />

Local: Museu <strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

“MEMÓRIAS DEVOLVIDAS À CIDADE”<br />

Mostra de materiais caracteriza<strong>do</strong>res da<br />

arquitectura portuense, como azulejos, estuques,<br />

ferros, bem como as diversas valências<br />

que visam a salvaguarda deste património.<br />

O Banco de Materiais disponibiliza<br />

gratuitamente os elementos que tiver em<br />

reserva, sobretu<strong>do</strong> azulejos, para a recuperação<br />

de fachadas da cidade.<br />

061<br />

Data: Segunda a sexta-feira, 10h00/12h00;<br />

14h30/17h30; Sába<strong>do</strong>, 13h00/20h00<br />

Público-alvo: to<strong>do</strong>s os públicos<br />

Contactos: 223 393 480<br />

Local: Palacete Viscondes Balsemão<br />

“RESIDÊNCIA ARTÍSTICA DOS SEISTANTOMUNDO”<br />

Colectivo artístico português, forma<strong>do</strong> por<br />

seis músicos, que pretendem ter uma abordagem<br />

intensa e original da música de matriz<br />

cultural portuguesa.<br />

Datas: Ensaios: dias 4 e 11 Julho<br />

Espectáculo: dia 16 Julho<br />

Público-alvo: to<strong>do</strong>s os públicos<br />

Contactos: 22 2088040 / 22 2016270<br />

Local: Palacete Pinto Leite<br />

PROJECTO VERÃO VERDE/ECO-ANIMAÇÃO<br />

Actividades de eco ‐animação e chocolate<br />

biológico para ocupação <strong>do</strong>s tempos livres<br />

das crianças, durante as férias de Verão.<br />

Datas: De 4 a 29 de Julho<br />

Público-alvo: Público infantil (com idades entre<br />

5 e 12 anos)<br />

Contactos: 22 2088040 / 22 2016270<br />

Local: Palacete Pinto Leite<br />

SERÃO DA BONJÓIA – CICLO PORTO CIDADE DE CI-<br />

ÊNCIA: “COSMOLOGIA”<br />

Uma noite de Verão, num Serão da Bonjóia<br />

dedica<strong>do</strong> à cosmologia, segui<strong>do</strong> de observação<br />

com telescópio.<br />

Data: 18 de Agosto (21h15)<br />

Público-alvo: População em Geral<br />

Contactos: Fundação <strong>Porto</strong> Social – Tlf. 22 589<br />

92 60 – www.bonjoia.org<br />

Local: Quinta de Bonjóia. Entrada livre<br />

CIÊNCIA VIVA – CIÊNCIA NO VERÃO “CARACÓIS<br />

AO LUAR”<br />

“Em noites de luar... ao ritmo <strong>do</strong> caracol a<br />

Ciência pode ser feita por to<strong>do</strong>s”.<br />

Datas: 15 de Julho, 12 de Agosto e 9 de Setembro<br />

(21h00)<br />

Público-alvo: População em Geral – pensan<strong>do</strong><br />

particularmente nas famílias<br />

Local: Quinta de Bonjóia<br />

Contactos: Ciência Viva – Tlf. 21 898 50 20 /<br />

21 891 71 00<br />

Organização: Inseri<strong>do</strong> nas actividades <strong>do</strong> Ciência<br />

Viva no Verão, o Centro de Astrofísica da<br />

Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (CAUP) e o Instituto de<br />

Biologia Molecular e Celular (IBMC) organiza a<br />

actividade “Caracóis ao Luar” em parceria com<br />

a Fundação <strong>Porto</strong> Social, no âmbito <strong>do</strong> programa<br />

<strong>Porto</strong> Cidade de Ciência.<br />

www.cm-porto.pt


cultura<br />

062<br />

Novo Catálogo Colectivo das Bibliotecas<br />

Municipais <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> on-line<br />

No âmbito de actuação <strong>do</strong> Pelouro <strong>do</strong><br />

conhecimento e Coesão Social, o Departamento<br />

de Bibliotecas disponibiliza<br />

já – local e remotamente – o acesso,<br />

universal e gratuito, ao novo Catálogo<br />

Colectivo das Bibliotecas Municipais <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong>: Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong>, Biblioteca <strong>Municipal</strong> Almeida Gar-<br />

rett e Biblioteca Itinerante (Bibliocarro).<br />

Este catálogo, actualiza<strong>do</strong> diariamente,<br />

constitui uma das maiores bases de<br />

da<strong>do</strong>s bibliográficos <strong>do</strong> País (mais de<br />

250 mil registos), incidin<strong>do</strong> maioritariamente<br />

sobre bibliografia corrente e<br />

retrospectiva editada em Portugal. No<br />

caso específico da Biblioteca Pública<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, o vasto acervo <strong>do</strong>cumental<br />

excede em muito as espécies<br />

referenciadas informaticamente, pelo<br />

que é aconselhável a consulta/pesquisa<br />

complementar e presencial nos catálogos<br />

convencionais.<br />

O que pode ver…<br />

Qualquer utiliza<strong>do</strong>r poderá efectuar as suas pesquisas bibliográficas<br />

através de vários pontos de acesso à informação (incluin<strong>do</strong> catálogos<br />

temáticos), consultar horários e contactos das bibliotecas municipais,<br />

aceden<strong>do</strong> também a uma zona reservada a leitores/utiliza<strong>do</strong>res regista<strong>do</strong>s.<br />

Tem ainda à sua disposição a elaboração de listas bibliográficas<br />

personalizadas e possibilidade de accionar o seu envio para um endereço<br />

de correio electrónico, acesso a hiperligações para outros repositórios de<br />

conteú<strong>do</strong>s e serviços externos, visualização e subscrição de feeds, partilha<br />

de informação em redes sociais, entre várias outras funcionalidades.<br />

Para consultar o novo Catálogo Colectivo das Bibliotecas<br />

Municipais basta aceder a http://bibliotecas.cm-porto.pt/<br />

e registar -se como leitor.


cultura<br />

063<br />

CMP assina protocolos de cooperação com as fundações<br />

da Casa da Música e de Serralves<br />

www.cm-porto.pt<br />

A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> assinou protocolos de cooperação<br />

com as fundações Casa da Música e Serralves. Trata -se de contratos-<br />

‐programa de cooperação mútua. No primeiro caso, o protocolo<br />

é váli<strong>do</strong> até 31 de Dezembro de 2014. Tem por objecto definir os<br />

moldes de contribuição e <strong>do</strong> apoio da CMP à promoção, fomento e<br />

difusão de actividades culturais e formativas no <strong>do</strong>mínio da música<br />

por parte daquela instituição. O acolhimento <strong>do</strong> Concurso Internacional<br />

de Música <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, já apoia<strong>do</strong> pela autarquia, com vista à<br />

sua maior projecção nacional e internacional é outro <strong>do</strong>s objectivos<br />

<strong>do</strong> presente contrato -programa, bem como a organização <strong>do</strong> Festival<br />

Suggia no <strong>Porto</strong> e <strong>do</strong> Prémio Internacional Suggia/Fundação Casa<br />

da Música, prosseguin<strong>do</strong> assim a iniciativa lançada pela município<br />

em conjunto com o Conservatório de Música <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

Com a Fundação de Serralves, o objectivo passa agora, e depois de<br />

<strong>do</strong>is anteriores contratos -programa assina<strong>do</strong>s entre as duas instituições,<br />

pelo fomento e difusão das actividades culturais de Serralves,<br />

a nível <strong>do</strong> serviço educativo e de actividades que visam a inclusão<br />

social das populações mais desfavorecidas, para além da autarquia<br />

continuar a divulgar as iniciativas da fundação.<br />

10 Anos de Biblioteca <strong>Municipal</strong> Almeida Garrett<br />

No âmbito da comemoração <strong>do</strong>s 10 Anos da Biblioteca <strong>Municipal</strong><br />

Almeida Garrett, que teve o seu início em Fevereiro com a entrega<br />

<strong>do</strong> certifica<strong>do</strong> UNESCO, passan<strong>do</strong> esta biblioteca a integrar a<br />

Rede UNESCO de Bibliotecas Públicas, têm vin<strong>do</strong> a ser desenvolvidas<br />

diversas actividades que pretendem não só evocar o patrono<br />

como evidenciar o trabalho desenvolvi<strong>do</strong> ao longo de uma década,<br />

em torno da promoção <strong>do</strong> livro, da leitura, da inclusão social<br />

e da cidadania.<br />

Alguns exemplos são a reformulação <strong>do</strong> projecto “Histórias ao<br />

Ouvi<strong>do</strong>”, junto das crianças e jovens interna<strong>do</strong>s no Hospital Maria<br />

Pia, as reuniões mensais <strong>do</strong> Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares<br />

<strong>do</strong> Concelho, que têm conta<strong>do</strong> sempre com a presença de<br />

especialistas na vida e obra de Almeida Garrett, a dinamização de<br />

comunidades de leitores e a intensificação da oferta de actividades<br />

destinadas ao público infanto -juvenil, salientan<strong>do</strong> o apoio<br />

<strong>do</strong> Bibliocarro como biblioteca itinerante durante o perío<strong>do</strong> das<br />

férias escolares.<br />

Nos próximos meses haverá o lançamento da “Comunidade de<br />

leitores para a<strong>do</strong>lescentes”, a disponibilização em empréstimo de<br />

CD’s audio e a realização <strong>do</strong> ciclo “O <strong>Porto</strong> à volta <strong>do</strong>s Livros”.


PATRIMÓNIO<br />

064<br />

antes<br />

depois<br />

Foto: António Pinto<br />

“<strong>Porto</strong> com Pinta”, desde 2002, a recuperar a cidade<br />

Programa de iniciativa da CMP, através APOR<br />

O “<strong>Porto</strong> com Pinta” é um programa de iniciativa da Câmara <strong>Municipal</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, que visa a valorização de elementos da paisagem<br />

urbana, com especial relevância para a cidade. São intervenções<br />

que se tornam possíveis graças à conjugação de benefícios resultantes<br />

da isenção de taxas concedida pelo Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e da<br />

comparticipação nos custos obtida de empresas às quais é atribuí<strong>do</strong>,<br />

como contrapartida, o direito à afixação de publicidade durante<br />

perío<strong>do</strong>s prolonga<strong>do</strong>s, mesmo em zonas da cidade correntemente<br />

vedadas a essa prática.<br />

São exemplos dessa actuação os trabalhos de reabilitação oportunamente<br />

realiza<strong>do</strong>s no painel de azulejos “A Ribeira Negra”, nas “Alminhas<br />

da Ponte”, nas estátuas “Menina Nua”, “Os Meninos”, “D.<br />

Pedro IV”, “Almeida Garrett”, “Infante D. Henrique” e “D. Pedro V”,<br />

no monumento de invocação das Invasões Napoleónicas, nos edifícios<br />

<strong>do</strong>s Paços <strong>do</strong> Concelho, da Igreja e Torre <strong>do</strong>s Clérigos, <strong>do</strong> Paço<br />

Episcopal, <strong>do</strong> Seminário Maior e <strong>do</strong> Convento <strong>do</strong>s Grilos, além de<br />

dezenas de outras intervenções em prédios particulares.<br />

O Programa teve início em 2002. Tem a sua gestão confiada à APOR<br />

- Sociedade para a Modernização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, S.A. e conta com as<br />

Tintas CIN como parceiro funda<strong>do</strong>r, apoian<strong>do</strong> cada uma das suas<br />

intervenções, as quais beneficiaram já <strong>do</strong> contributo financeiro<br />

de entidades tão diversificadas como o BPI, Baviera, Cafés Lavazza,<br />

Chevrolet, CP, El Corte Inglês, Euromilhões, Fiat, Galp, Ikea,<br />

Johnnie Walker, Mazda, Metro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, Montepio, Nestea, Norte<br />

Shopping, Opel, Optimus, Páginas Amarelas, Sagres, Samsung, Sanofi<br />

Pasteur, Seat, Sony Ericsson, Sovena, TMN, Tous, Turismo de<br />

España, Turismo de Portugal, Unicer, Vodafone e Western Union,<br />

entre outras.<br />

Junte ‐se a nós para “pintar” o <strong>Porto</strong><br />

Além de intervenções no património monumental, de iniciativa <strong>do</strong> próprio Município ou da APOR - uma empresa<br />

privada, mas cujo principal accionista é o Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> -, qualquer edifício carente de reabilitação<br />

exterior poderá ser integra<strong>do</strong> no programa, mediante candidatura apresentada pelo proprietário, na sede da<br />

APOR, Rua Justino Teixeira, 861, 4300-281 <strong>Porto</strong>, telef. 225 193 150, fax 225 193 159, correio@apor.pt ou através<br />

<strong>do</strong> site desta Sociedade, www.apor.pt, sujeita ao pagamento <strong>do</strong> custo de elaboração da ficha de identificação<br />

e caracterização <strong>do</strong> prédio a intervencionar, o qual deverá localizar ‐se na freguesia de Sé, Miragaia, Vitória,<br />

S. Nicolau, Bonfim, Ce<strong>do</strong>feita, Santo Ildefonso ou Massarelos.


OPINIÃO<br />

065<br />

Eu vejo o processo de evolução da zona euro como uma travessia<br />

de um rio através de uma ponte muito debilitada. Até<br />

agora apenas se atravessou metade <strong>do</strong> rio. Ou se avança decididamente<br />

em direcção à outra margem, ou a ponte cai. Estar<br />

para<strong>do</strong> no meio da ponte equivale a impor apenas a disciplina<br />

orçamental. Para chegar à outra margem, há que estimular o<br />

investimento de longo prazo em <strong>do</strong>mínios estratégicos e colocar<br />

o sistema financeiro alinha<strong>do</strong> com essas opções, através<br />

de decisões concertadas. Para chegar à outra margem a Europa<br />

precisa dum merca<strong>do</strong> interno. Até agora só existe o nome.<br />

Esta crise mostrou o perigo que existe <strong>do</strong> surgimento de medidas<br />

proteccionistas. Para chegar à outra margem, a União<br />

Europeia precisa de tomar opções estratégicas para poder<br />

competir no Mun<strong>do</strong> e Portugal tem de estar prepara<strong>do</strong> para<br />

essa discussão, nomeadamente ao nível das políticas da energia,<br />

que devem assegurar uma oferta segura e a preços competitivos;<br />

da indústria, através da especialização estratégica<br />

com empresas que apostem no seu crescimento potencial,<br />

para além da sua competitividade interna; da agricultura,<br />

como sector estratégico, em termos de segurança alimentar e<br />

comércio mundial; e da regularização <strong>do</strong>s aspectos referentes<br />

a bens públicos, como seja a água, clima, saúde, alimentação.<br />

Para chegar à outra margem é preciso uma maior coordenação<br />

entre as políticas fiscais que permitam reduzir a carga<br />

sobre o factor trabalho em comparação com outros factores,<br />

nomeadamente o capital que tem beneficia<strong>do</strong> da competição<br />

desregulada <strong>do</strong>s sistemas fiscais europeus. Para chegar à outra<br />

margem Portugal deverá desenvolver uma forte ofensiva<br />

diplomática, com apoio de alia<strong>do</strong>s naturais, no senti<strong>do</strong> de<br />

convencer as instituições europeias e os Esta<strong>do</strong>s que pertencem<br />

à zona euro que terão de interiorizar que a consolidação<br />

orçamental deve ser acompanhada por progressos na coesão<br />

económica e social.<br />

O projecto europeu tem si<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong> na base da liberdade<br />

e <strong>do</strong> equilíbrio. E isso tem tu<strong>do</strong> a ver com o modelo de governação<br />

económica europeu porque nem o reequilíbrio das finanças<br />

públicas e crescimento económico podem ser vistos como<br />

objectivos incompatíveis, nem o conceito de solidariedade pode<br />

ficar limita<strong>do</strong> à distribuição de cheques. Solidariedade e coesão<br />

económica pressupõem um caminho que tem de ser percorri<strong>do</strong><br />

em conjunto, na base de processos cooperação e não de imposição,<br />

em que se tenha em consideração as diferenças entre<br />

os diversos Esta<strong>do</strong>s Membros e, insisto, se perceba que, sen<strong>do</strong><br />

necessária uma forte disciplina orçamental ela não pode ir ao<br />

ponto de impedir que haja crescimento económico.<br />

O FUTURO DO EURO<br />

Estou confiante que esse caminho será encontra<strong>do</strong>. Esta minha<br />

convicção resulta da história, porque a Europa ao transformar<br />

o mais pequeno <strong>do</strong>s continentes no mais universal de<br />

to<strong>do</strong>s eles, evidenciou, uma obra humana, e até espiritual.<br />

Poucos lugares no Mun<strong>do</strong> podem proporcionar ao ser humano<br />

retirar todas as consequências da sua condição de seres livres<br />

como acontece no espaço da União Europeia. E isso nunca poderá<br />

ser aliena<strong>do</strong>. Por isso é que estou convenci<strong>do</strong> que mais<br />

ce<strong>do</strong> <strong>do</strong> que tarde a Europa vai encarar esta realidade.<br />

Maia, 1 de Maio de 2011<br />

José Albino da Silva Peneda


066<br />

sala de visitas<br />

Sessão <strong>do</strong> 25 de Abril e Imposição de Medalhas Municipais<br />

Estreia “3 em Lua de mel” com Marina Mota<br />

Cortejo Académico da Queima das Fitas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> 2011<br />

Cerimónia <strong>do</strong> centésimo aniversário da Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>


sala de visitas<br />

067 031<br />

António Rodrigues em duas rodas<br />

Antiga Fórmula 1 reviveu o passa<strong>do</strong> na Boavista<br />

Consagração de vence<strong>do</strong>res<br />

Homenagem <strong>do</strong>s antigos pilotos<br />

Sport protótipos<br />

Giacomo Agostini no Circuito da Boavista


068<br />

Pergunta a quem passa<br />

“Não tenho razões de queixa e foram já<br />

muitas as vezes que cá vim. Até à data<br />

gostei de visitar os seus museus e monumentos.<br />

O <strong>Porto</strong> é uma cidade com muita<br />

História”<br />

Rute Basílio, 27 anos<br />

“Sou transmontana e, por isso, noto<br />

alguma diferença. Contu<strong>do</strong>, não tenho<br />

razões de queixa. Recebe bem os turistas,<br />

oferecen<strong>do</strong> -lhes muitas oportunidades<br />

e sítios para conhecer. O <strong>Porto</strong><br />

representa bem Portugal”<br />

Carina, 26 anos<br />

“Há uma parte histórica que é preciso<br />

preservar. Ali está muito da alma <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong> e <strong>do</strong>s seus habitantes e que os<br />

turistas gostam. Como estudante, gosto<br />

mais da zona da Praça <strong>do</strong>s Leões. Há<br />

ali muita vida”<br />

Raquel, 19 anos<br />

“É uma cidade atraente pela sua História.<br />

Tem também partes interessantes<br />

para passear. Há muitos jardins,<br />

onde podemos estar mais à vontade e<br />

longe <strong>do</strong> barulho. Contu<strong>do</strong>, há zonas<br />

da cidade que deveriam estar mais bem<br />

tratadas”<br />

Hugo, 20 anos<br />

O PORTO<br />

É UMA CIDADE<br />

ACOLHEDORA PARA<br />

OS TURISTAS?<br />

“Tem uma oferta cultural muito boa<br />

e com tradições que atraem cada vez<br />

mais turistas. As casas são também um<br />

ponto de referência, já que se nota algum<br />

trabalho na área da reabilitação”<br />

Claudino, 20 anos<br />

“Tem uma paisagem favorável, um clima<br />

atraente. Gosto muito das praias e de algumas<br />

zonas, pela beleza arquitectónica”<br />

José Borges, 20 anos<br />

“É uma cidade com História, ruas emblemáticas,<br />

espaços agradáveis, com<br />

muita oferta cultural, uma Baixa com<br />

vida e uma Ribeira, única no país”<br />

Diana Cirne, 26<br />

“É uma cidade com muita movida. Tem<br />

muita animação cultural, com monumentos,<br />

ribeira, uma zona histórica interessante.”<br />

Isabel Macha<strong>do</strong>, 24


Ruas da Cidade<br />

Rua da Picaria<br />

069 031<br />

www.cm-porto.pt<br />

Há ruas que têm um cheiro característico.<br />

A da Picaria, em pouco mais de 200<br />

metros, cheira toda ela a madeira. Já<br />

foram muitos os marceneiros ali existentes.<br />

Hoje, resistem alguns, que não<br />

deixam a rua perder a sua característica<br />

principal. Mas há também um espaço<br />

de arte, escritórios, prédios reabilita<strong>do</strong>s,<br />

um restaurante de nomeada e uma<br />

casa muito especial.<br />

A carpintaria e a marcenaria, a par da<br />

venda de mobiliário, ainda são a principal<br />

actividade na “Picaria”. A loja<br />

de Joaquim Ribeiro Araújo existe há<br />

mais de 90 anos. Há móveis modernos,<br />

a par <strong>do</strong> cavalinho de madeira ou da<br />

mesa para bonecas. A crise instalou -se<br />

e pouco mais que meia dúzia de casas<br />

resistem. É o caso da “Moldursant”, loja<br />

de molduras e materiais para Belas-<br />

‐Artes. Uma referência para estudantes<br />

e artistas.<br />

Quem por ali passa pode também encontrar<br />

“O Ernesto”, no nº 85, um restaurante<br />

de cozinha tradicional portuguesa.<br />

Na entrada há azulejos <strong>do</strong>s anos<br />

60. A comida tem sabor caseiro.<br />

Mais abaixo fica o escritório <strong>do</strong> advoga<strong>do</strong><br />

Miguel Veiga e uma casa que<br />

passa despercebida (nº 49), mas que<br />

foi berço da mais célebre personalidade<br />

nascida nesta artéria íngreme, em<br />

1934: Francisco Sá Carneiro. Chegou a<br />

montar, <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> da rua, o seu escritório<br />

de advocacia.<br />

Hoje, tal como acontece pela Baixa, a Rua<br />

da Picaria parece readquirir nova alma,<br />

com a reabilitação de alguns prédios.


de a a z<br />

070<br />

DIANA PEREIRA • Modelo<br />

A<br />

AMOR - Amor incondicional que tenho<br />

pelos meus filhos e mari<strong>do</strong>, amor que<br />

to<strong>do</strong>s nós temos que dar mais;<br />

B<br />

BELEZA INTERIOR - é a mais bela das<br />

belezas e que pode transformar uma<br />

pessoa por fora também;<br />

C<br />

CORAÇÃO - que temos que partilhar;<br />

D<br />

DIANA - porque também temos que saber<br />

cuidar de nós e de nos amarmos a<br />

nós próprios;<br />

E<br />

ENERGIA - que nunca mais acaba;<br />

F<br />

FELICIDADE - é fazermos alguém mais<br />

feliz;<br />

G<br />

GESTÃO - é o que tenho que fazer to<strong>do</strong>s<br />

os dias, desde os miú<strong>do</strong>s à minha profissão<br />

e à profissão <strong>do</strong> Tiago, temos que<br />

saber gerir muito bem o nosso dia -a-dia;<br />

H<br />

HOJE - temos que saber viver no presente<br />

e não pensar nos problemas que já passaram<br />

ou que poderão vir a acontecer;<br />

I<br />

INFÂNCIA - por que foi muito feliz e<br />

vou recordar sempre com muito amor;<br />

J<br />

JUSTIÇA - não sei viver com injustiça,<br />

por isso a palavra justiça faz parte da<br />

minha vida;<br />

L<br />

LUZ - preciso de muita luz para viver,<br />

gosto <strong>do</strong> sol;<br />

M<br />

MEL - a minha filha que é um <strong>do</strong>ce;<br />

N<br />

NOAH - o meu filho, os filhos são tu<strong>do</strong><br />

na nossa vida;<br />

O<br />

OUVIR - temos que saber ouvir;<br />

P<br />

PAIXÃO - vivo a minha vida com muita<br />

paixão;<br />

Q<br />

QUESTÕES - passo o dia a fazer e a responder<br />

a to<strong>do</strong> o tipo de perguntas desde<br />

os mais pequenos aos mais cresci<strong>do</strong>s;<br />

R<br />

RESPONSABILIDADE - sempre a<strong>do</strong>rei ter<br />

responsabilidades;<br />

S<br />

SAÚDE - é o que to<strong>do</strong>s precisamos;<br />

T<br />

TIAGO - o homem da minha vida;<br />

U<br />

UNIDOS - é importante sentir que há<br />

união entre as pessoas;<br />

V<br />

VELOCIDADE - gosto de adrenalina e<br />

corridas, mas sempre com precaução e<br />

nunca nas estradas;<br />

X<br />

XUXA - an<strong>do</strong> sempre com as xuxas <strong>do</strong>s<br />

pequeninos todas atrás;<br />

Z<br />

ZUMBIDO - um zumbir ou sussurro<br />

gostoso no ouvi<strong>do</strong>.

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