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reparacao49_Layout 1 - Reparação Automotiva

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eparacao49_<strong>Layout</strong> 1 26/06/2012 17:11 Page 12<br />

| Junho de 2012 - Edição 49 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

12 CAPA<br />

Quem disse que troca<br />

de óleo é tão simples?<br />

Não que seja um bicho-de-sete-cabeças, mas<br />

cuidados existem, desde a escolha do tipo<br />

adequado até no momento da troca em si<br />

Texto: Karin Fuchs<br />

culos ciclo Otto, é SF. O maior<br />

Parece simples, mas nem<br />

sempre a troca de óleo é<br />

tão óbvia. Além da quilometragem,<br />

outros fatores<br />

como, por exemplo, trafegar em<br />

condições severas e proprietários<br />

que utilizam pouco o veículo,<br />

alteram os prazos de troca.<br />

Além disso, deve-se ficar atento<br />

aos diferentes tipos disponíveis<br />

que são indicados conforme<br />

especificação no manual do proprietário,<br />

além de cuidados na<br />

hora da troca.<br />

Basicamente, são três tipos de<br />

óleo. O mineral, sintético e o<br />

semi-sintético, que se diferenciam<br />

pela base utilizada. Anderson<br />

Cerca, engenheiro de<br />

Suporte Técnico da Castrol Brasil,<br />

explica as diferenças: “o óleo<br />

mineral é feito com uma base<br />

que é extraída e refinada do petróleo.<br />

A base mineral tem uma<br />

ótima capacidade de lubrificação,<br />

porém por ser de origem natural,<br />

é menos resistente do que a base<br />

sintética a altas temperaturas.<br />

Tem um custo menor em relação<br />

aos produtos semi-sintéticos e<br />

sintéticos”, compara.<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

ANDERSON CERCA, ENGENHEIRO DE<br />

SUPORTE TÉCNICO DA CASTROL BRASIL<br />

Já o sintético, diz ele: “é feito<br />

com uma base que é sintetizada<br />

em laboratório. A base sintética<br />

tem uma excelente capacidade de<br />

lubrificação e excelente resistência<br />

à oxidação (envelhecimento<br />

prematuro do óleo) e às altas<br />

temperaturas do motor. São produtos<br />

mais caros, mas a redução<br />

nos gastos com reposição de<br />

peças e manutenção do motor a<br />

médio e longo prazo compensa<br />

seu alto custo”.<br />

Isso porque os óleos sintéticos<br />

(de boa qualidade) mantêm<br />

suas características de desempenho<br />

praticamente inalteradas<br />

durante seu uso, enquanto que<br />

óleos de base mineral tendem a<br />

ter um decréscimo maior no<br />

poder de seus aditivos, que já não<br />

protegem e limpam o motor<br />

como quando no início de seu<br />

uso. Já os semi-sintético são feitos<br />

com a mistura da base sintética,<br />

a mineral e os aditivos. “Em<br />

geral, têm características intermediárias<br />

entre os óleos de base<br />

mineral e sintética”, conclui<br />

Cerca.<br />

Arley Barbosa da Silva, engenheiro<br />

de Aplicação e Coordenador<br />

do Departamento de<br />

Engenharia e Lubrificação da<br />

Bardahl, informa ainda que nos<br />

três tipos de óleo há variações de<br />

viscosidades, SAE, de 0W, 5W,<br />

10W, 15W a 20W. “Elas atendem<br />

às diferentes especificações de<br />

nível de desempenho API. O<br />

nível de desempenho mínimo<br />

requerido pela ANP, Agência<br />

Nacional do Petróleo, para veí-<br />

nível existente no mercado hoje<br />

é API SN. Para veículos ciclo<br />

diesel, o nível de desempenho<br />

mínimo requerido pela ANP é<br />

CF. O maior nível existente no<br />

mercado é CJ”, especifica.<br />

E, de acordo com o engenheiro<br />

Everton Gonçalles, consultor<br />

da Wynn’s, para escolher o<br />

tipo mais indicado para o motor<br />

é fundamental seguir sempre as<br />

indicações do fabricante, no manual<br />

do proprietário. “Para auxiliar<br />

o reparador, a Wynn’s<br />

elaborou uma tabela de preconização<br />

deslubrificantes baseada<br />

nas informações dos manuais<br />

dos veículos comercializados no<br />

nosso mercado”, destaca.<br />

ORIENTAÇÃO AO<br />

REPARADOR<br />

Além de seguir as orientações<br />

do manual do proprietário, Marcelo<br />

Beltran, gerente Técnico da<br />

Total Lubrificantes do Brasil,<br />

lembra que é fundamental também<br />

respeitar o prazo para troca<br />

dos filtros. “Além disso, é normal<br />

que haja perda por evaporação<br />

ou até mesmo vazamento de pequenas<br />

quantidades de óleo.<br />

Desta forma, é aconselhável fazer<br />

periodicamente a aferição do<br />

nível de óleo, completando<br />

quando necessário, desde que<br />

ainda não se tenha alcançado o limite<br />

para a troca”, indica, ressal-<br />

tando que “vale lembrar que caso<br />

o automóvel já tenha ultrapassado<br />

a quilometragem indicada,<br />

é necessário efetuar a troca de<br />

todo o óleo do veículo e, se necessário,<br />

fazer também a substituição<br />

dos filtros”.<br />

O engenheiro Gonçalles<br />

lembra também que acrescentar<br />

pequenas quantidades de óleo<br />

não permite a regeneração do<br />

óleo usado, apenas completa o<br />

nível. “Devemos considerar que<br />

a maioria dos óleos de mercado<br />

quer seja para motor a gasolina,<br />

etanol ou diesel, minerais ou sintéticos,<br />

pode ser misturado. Entretanto,<br />

uma mistura de dois<br />

óleos de qualidades diferentes<br />

poderá comprometer a qualidade<br />

do óleo de qualidade superior”,<br />

alerta.<br />

Na hora da troca, destaca o<br />

engenheiro da Castrol: “O filtro<br />

deve ser removido observando<br />

os procedimentos para evitar que<br />

o óleo do filtro caia no chão.<br />

ARLEY BARBOSA DA SILVA, ENGENHEIRO<br />

DE APLICAÇ‹O E COORDENADOR DO DE-<br />

PARTAMENTO DE ENGENHARIA E LUBRIFI-<br />

CAÇ‹O DA BARDAHL

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