Ano 2 nº 1 Fevereiro/2007
Ano 2 nº 1 Fevereiro/2007
Ano 2 nº 1 Fevereiro/2007
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PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – ANO 1I – N o 1 – FEVEREIRO <strong>2007</strong><br />
XXVIII CONGRESSO<br />
TUDO SOBRE<br />
O MAIOR<br />
EVENTO DE<br />
CARDIOLOGIA<br />
DA HISTÓRIA<br />
DE SÃO PAULO<br />
PROJETO DE LEI CRIA<br />
DIA ESTADUAL DA<br />
SAÚDE DO CORAÇÃO<br />
SOCESP FAZ<br />
PARCERIAS COM<br />
RÁDIO BANDEIRANTES<br />
E TV ASSEMBLÉIA<br />
LIVRO COMEMORA<br />
30 ANOS DA SOCIEDADE<br />
EXCLUSIVO<br />
DR. NOEDIR STOLF FALA DA<br />
CRISE DO INCOR<br />
SOCESP EM DESTAQUE 1
EXPEDIENTE EDITORIAL<br />
DIRETORIA DA SOCESP<br />
BIÊNIO 2006/<strong>2007</strong> CONQUISTAS IMPORTANTES<br />
PRESIDENTE<br />
Bráulio Luna Filho<br />
VICE-PRESIDENTE<br />
Ari Timerman<br />
1 O SECRETÁRIO<br />
Ibraim Masciarelli Pinto<br />
2 a SECRETÁRIA<br />
Ieda Biscegli Jatene<br />
1 O TESOUREIRO<br />
João Nelson Rodrigues Branco<br />
2 O TESOUREIRO<br />
Miguel Antonio Moretti<br />
DIRETOR CIENTÍFICO<br />
Fernando Nobre<br />
DIRETOR DE PUBLICAÇÕES<br />
Edson Stefanini<br />
DIRETOR DE REGIONAIS<br />
Márcio Jansen de O. Figueiredo<br />
ASSESSOR DE<br />
INFRA-ESTRUTURA<br />
Carlos Vicente Serrano Jr.<br />
ASSESSOR DE INFORMÁTICA<br />
Moacir Fernandes Godoy<br />
ASSESSOR DE QUALIDADE<br />
PROFISSIONAL<br />
José Henrique A. Vila<br />
EDITORES<br />
Edson Stefanini<br />
Luiz Francisco Cardoso<br />
Maria Teresa N. Bombig<br />
Pedro Silvio Farsky<br />
SOCESP em destaque é editado<br />
bimestralmente pela Diretoria<br />
de Publicações da Sociedade<br />
de Cardiologia do Estado de São<br />
Paulo, Avenida Paulista, 2073<br />
– Horsa I, 15 o andar, cj. 1503,<br />
CEP 01311-300, São Paulo, SP.<br />
Telefone (11) 3179.0044<br />
DIREÇÃO DE ARTE<br />
Patricia Lia Ferreira<br />
IMPRESSÃO<br />
AquaPrint Gráfica & Editora<br />
SOCESP na internet<br />
www.socesp.org.br<br />
E-mail<br />
socesp@socesp.org.br<br />
“O ano de <strong>2007</strong> começou<br />
muito bem para a cardiologia de<br />
São Paulo e para todos nós especialistas.<br />
Sementes importantes<br />
plantadas com carinho em 2006<br />
estão brotando, mostrando que o<br />
caminho, daqui para a frente, pode<br />
ser repleto de bons frutos.<br />
Chegamos a conquistas relevantes,<br />
como a parceria com a<br />
Rádio Bandeirantes, que garante<br />
à SOCESP um espaço fi xo para<br />
a veiculação de notícias sobre a<br />
boa saúde do coração. Na mesma<br />
linha tem o acordo recém-fechado<br />
com a TV Assembléia, para<br />
exibição, gratuita, de um novo<br />
programa da Sociedade.<br />
Também estamos prestes a<br />
celebrar ofi cialmente um convênio<br />
com a Assembléia Legislativa<br />
do Estado de São Paulo, para<br />
acompanhamento da produção<br />
parlamentar na área de saúde e,<br />
mais especificamente no segmento<br />
cardíaco, podendo inclusive<br />
apresentar sugestões para projetos<br />
de lei e de outras iniciativas<br />
benéfi cas à cardiologia, aos especialistas<br />
e aos cidadãos.<br />
Porém, julgo que o mais importante<br />
de todos os pontos<br />
marcados foi a apresentação de<br />
um projeto de lei, por parte do<br />
deputado Fausto Figueira, propondo<br />
a criação de um Dia Estadual<br />
da Saúde do Coração, que<br />
será comemorado sempre em 29<br />
de junho, data do surgimento e do<br />
aniversário da SOCESP.<br />
O PL prevê que o governo<br />
incentive as ações de prevenção<br />
e combate às doenças coronárias<br />
com ações de promoção da<br />
saúde e conscientização apoiadas<br />
por entidades do setor, especialmente<br />
por nossa Sociedade.<br />
É com certeza um avanço para<br />
o Estado de São Paulo e seus habitantes,<br />
um exemplo para o Brasil,<br />
e uma grande façanha para ser<br />
comemorada em nosso XXVIII<br />
Congresso. Parabéns a todos.”<br />
Bráulio Luna Filho,<br />
Presidente da SOCESP<br />
HISTÓRIA E CONQUISTAS DA SOCESP SÃO<br />
ETERNIZADAS EM LIVRO<br />
A fim de resgatar a história da especialidade<br />
em São Paulo, a Sociedade de Cardiologia do<br />
Estado de São Paulo lança o livro SOCESP<br />
30 anos durante o XXVIII Congresso.<br />
Com design moderno e envolvente, tem<br />
cerca de 120 páginas apresentando, em<br />
detalhes, a trajetória da entidade, desde<br />
a fundação às grandes contribuições<br />
para a cardiologia e a saúde. “A idéia é<br />
celebrar essas três décadas de lutas e<br />
ação, registrando todo o processo de desenvolvimento:<br />
fundadores, presidentes,<br />
diretorias, congressos e atividades gerais.<br />
Por meio de entrevistas, já reunimos<br />
extenso material que será selecionado e<br />
organizado para catalizar esse universo<br />
chamado SOCESP”, explica o dr. Ibraim<br />
Masciarelli Pinto, 1 o secretário.<br />
2 SOCESP EM DESTAQUE
RÁPIDAS<br />
ÚLTIMAS<br />
NOTÍCIAS<br />
SOCESP<br />
PROJETO DE LEI CRIA O DIA ESTADUAL DE<br />
COMBATE ÀS DOENÇAS DO CORAÇÃO<br />
O<br />
deputado Fausto Figueira decidiu<br />
apresentar à Assembléia<br />
Legislativa um projeto de lei<br />
criando o Dia Estadual da Saúde do<br />
Coração, após debater o tema com a<br />
Diretoria da SOCESP. A iniciativa levou<br />
em consideração o fato de o Brasil e<br />
todas as unidades da Federação, inclusive<br />
São Paulo, não contarem com uma política<br />
pública dirigida especialmente para a<br />
prevenção, combate e atendimento qualificado<br />
das doenças cardiovasculares.<br />
“Temos programas especiais para o<br />
enfrentamento à Aids, de assistência à<br />
gestante, às mulheres, aos portadores de<br />
síndromes diversas. Entretanto, nenhum<br />
específico para os males do coração,<br />
que constituem a principal causa de<br />
morte, sendo responsáveis por cerca<br />
de 30% dos óbitos do país”, afi rma<br />
Fausto Figueira. “Minha meta é ajudar<br />
a solucionar essa falha”.<br />
Em fase de elaboração, o PL deve<br />
ser protocolado nos próximos dias,<br />
iniciando sua tramitação. A expectativa<br />
é a de que seja apreciado rapidamente,<br />
por não se tratar de matéria polêmica.<br />
O Dia Estadual da Saúde do Coração,<br />
será 29 de junho, coincidindo com o<br />
aniversário da SOCESP.<br />
“É necessária a mobilização de toda a<br />
sociedade para que o enfrentamento aos<br />
males cardíacos receba a prioridade que<br />
merece. Entendemos que a criação de um<br />
Os drs. Vila, Bráulio e Ibraim representaram<br />
a Diretoria no encontro com o deputado<br />
Fausto Figueira<br />
dia estadual é fundamental para a qualificação<br />
da assistência à saúde dos cidadãos,<br />
assim como para a redução e racionalização<br />
dos investimentos do sistema. Além<br />
de um exemplo a ser seguido por outros<br />
estados e até pela Federação, comenta o<br />
presidente Bráulio Luna Filho.<br />
BOAS NOVAS MARCAM OS 30 ANOS DA SOCESP<br />
A Assembléia Legislativa do Estado de<br />
São Paulo realiza, em 25 de junho de<br />
<strong>2007</strong>, às 20h, uma sessão solene em<br />
comemoração aos 30 anos da SOCESP.<br />
A iniciativa é do deputado Fausto Figueira<br />
e espera-se a participação expressíva de<br />
lideranças médicas e políticas de todo o<br />
Brasil, de cardiologistas e da população.<br />
PARCERIA COM O PREVENAÇÃO<br />
Organizado pela Sociedade Brasileira<br />
de Cardiologia (SBC) e coordenado<br />
pelo dr. Álvaro Avezun, presidente do<br />
FUNCOR, o projeto PrevenAção ganha,<br />
em <strong>2007</strong>, total apoio logístico da SOCESP.<br />
Por meio de diversas ações educacionais<br />
simultâneas, tem como objetivo reduzir a<br />
mortalidade por doenças cardiovasculares<br />
à taxa de 2% ao ano durante a próxima<br />
década em todo o território nacional. Desde<br />
agosto de 2006, já passou por inúmeras<br />
cidades do Brasil. No Estado de São Paulo,<br />
terá apoio e infra-estrutura das Regionais da<br />
Sociedade. “Ribeirão Preto foi escolhida como<br />
cidade-modelo para o ciclo de palestras. Assim,<br />
disponibilizamos subsídios logísticos e reforçamos<br />
ainda mais nossa aprovação e apoio<br />
ao PrevenAção”, ressalta dr. Carlos Vicente<br />
Serrano Júnior, assessor de Infra-estrutura.<br />
Mais informações em http://prevencao.cardiol.<br />
br/campanhas/Prevenacao/default.asp.<br />
CAMPANHA DE FILIAÇÃO VAI ATÉ 30 DE MARÇO<br />
A SOCESP comemora 30 anos, trazendo<br />
mais uma boa notícia aos profissionais da cardiologia<br />
e às pessoas interessadas na área. A<br />
Campanha Fidelidade SOCESP foi prorrogada<br />
até 30 de março, com dezenas de vantagens<br />
econômicas, associativas e científicas aos sócios<br />
e aos que pretendem se associar.<br />
De acordo com o presidente, Bráulio Luna<br />
Filho, o objetivo é estimular o crescimento da<br />
SOCESP, fortalecendo-a e aos cardiologistas:<br />
“O mais importante é que se trata de nova<br />
ação para difundir conhecimento científico<br />
de alto nível, contribuindo para a melhoria<br />
do atendimento médico no país”.<br />
Dirigida a cardiologistas, estudantes<br />
de medicina, residentes em cardiologia<br />
e profissionais da saúde que atuam em<br />
áreas relacionadas à especialidade, como<br />
Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia,<br />
Nutrição, Odontologia, Psicologia e Serviço<br />
Social, a Campanha de Fidelidade garante<br />
a todos os sócios o cartão Bronze, que<br />
dá descontos em diversas lojas e serviços,<br />
como livrarias, restaurantes, locadoras de<br />
carro, companhias aéreas e outros. Além<br />
disso, haverá descontos vantajosos na<br />
participação de atividades científicas da<br />
SOCESP, como o XXVIII Congresso.<br />
Um dos destaques é que qualquer pessoa<br />
interessada em assuntos relacionados<br />
à Cardiologia pode se associar à SOCESP,<br />
mesmo não atuando na área, como advogados,<br />
professores, entre outros.<br />
SOCESP EM DESTAQUE 3
ÚLTIMAS<br />
NOTÍCIAS<br />
SOCESP<br />
RÁPIDAS<br />
SOCESP FECHA PARCERIA COM RÁDIO BANDEIRANTES<br />
A SOCESP acaba de fechar parceria<br />
com a Rádio Bandeirantes para levar ao ar<br />
programas informativos sobre eventos cardíacos.<br />
O acordo, sem ônus para as partes,<br />
prevê produções radiofônicas abordando<br />
a saúde do coração, além da divulgação<br />
de textos jornalísticos, inclusive no site da<br />
emissora (www.radiobandeirantes.com.br),<br />
sobre eventos promovidos pela Sociedade e<br />
sobre as comemorações dos 30 anos de sua<br />
fundação. Também haverá a participação de<br />
médicos da SOCESP, no quadro Consultório<br />
Bandeirantes, do programa Manhã Bandeirantes,<br />
transmitido às terças-feiras, das 10h<br />
às 11h30, entre outras ações.<br />
De acordo com o presidente Bráulio Luna<br />
Filho, a parceria trará importante contribuição à<br />
especialidade e aos cidadãos: “É assim que vemos<br />
a SOCESP do presente e do futuro, cada vez mais<br />
próxima dos pacientes e da comunidade”.<br />
A Bandeirantes é uma rádio caracterizada<br />
por seu jornalismo combativo e pela prestação<br />
de serviço, sendo uma das líderes de audiência<br />
em São Paulo.<br />
ACORDO LEVA SOCESP À TV ASSEMBLÉIA<br />
Sempre com o intuito de dar mais visibilidade à cardiologia<br />
e de estar cada vez mais próxima de especialistas e da<br />
população, a SOCESP finaliza parceria com a Assembléia<br />
Legislativa de São Paulo para a exibição de programas e<br />
pequenos especiais na TV Assembléia.<br />
Em reunião com Florestan Fernandes Júnior, os drs.<br />
Bráulio Luna Filho e Ari Timerman, presidente e vice, detectaram<br />
a confluência de interesses para a produção de<br />
alguns informativos jornalísticos que visam a esclarecer os<br />
cidadãos sobre a boa saúde, especialmente no que tange às<br />
doenças cardiovasculares.<br />
A negociação está bem encaminhada e prevê a edição<br />
de um programa diário de um minuto sobre saúde do coração,<br />
de um programa semanal de esclarecimento público<br />
e prestação de serviço e a indicação de fontes para o jornal<br />
diário da TV Assembléia.<br />
CONVÊNIO DE INTEGRAÇÃO E<br />
COOPERAÇÃO COM A ASSEMBLÉIA<br />
A Assembléia Legislativa e a SOCESP estão fechando<br />
convênio de integração mútua. O objetivo é cooperar com<br />
o processo legislativo estadual e apresentar, sempre que solicitado,<br />
pareceres técnicos que possam ser relevantes para a<br />
elaboração e a discussão de projetos de interesse da sociedade<br />
civil, da classe médica e da área da cardiologia em geral.<br />
A SOCESP já se colocou à disposição da Assembléia<br />
para sugerir temas de interesse populacional ligados à área<br />
da cardiologia, que possam merecer a apreciação e transformar-se<br />
em leis.<br />
4<br />
SOCESP EM DESTAQUE
ORGANIZAÇÃO<br />
DEFESA DOS<br />
CARDIOLOGISTAS<br />
E DA CARDIOLOGIA<br />
SOCESP 30 ANOS:<br />
DELINEANDO OS ANOS VINDOUROS<br />
Entre 9 e 11 de fevereiro, em reunião na cidade de Águas de São<br />
Pedro, lideranças paulistas protagonizaram aprofundado debate sobre a<br />
cardiologia do Estado, seu passado, presente e futuro. Foi um encontro de<br />
extrema importância para definir as perspectivas e o papel da SOCESP<br />
hoje e também nos próximos dez, quinze anos.<br />
“Nossa Sociedade atingiu uma pujança especial, conquistou o respeito<br />
da mídia, dos médicos de forma geral e de toda a comunidade no decorrer<br />
de seus 30 anos, mas queremos e devemos perseguir sempre metas<br />
maiores”, afirma o presidente Bráulio Luna Filho. “Esse debate cumpriu o<br />
objetivo de estabelecer o que buscaremos daqui para frente. Atualmente,<br />
temos uma SOCESP bem mais estruturada financeiramente, mais atuante<br />
socialmente – vide as campanhas sobre os cuidados do coração voltadas<br />
ao público, a criação de programas na mídia radiofônica, Bandeirantes, e<br />
televisa, Canal UNIFESP e TV Assembléia Legislativa. Além disso, tem ampliado<br />
seus compromissos com a boa formação profissional, com a criação<br />
do programa de bolsa de estudos para médicos e outros profissionais da<br />
área cardiovascular e com a reunião mensal com médicos residentes do<br />
Estado para a discussão de temas atuais da especialidade. Com a vinda<br />
do Congresso para São Paulo, vale destacar que a confortável situação<br />
econômica atual da SOCESP tenderá a se solidificar. Por conseguinte,<br />
é racional preparar a entidade para maiores compromissos e desafios.<br />
Assim, objetivou-se construir um cenário do futuro promissor que se<br />
descortina em todas as frentes”.<br />
QUALIDADE PROFISSIONAL EM PAUTA<br />
Em reunião com representantes<br />
das regionais, a Diretoria da SOCESP<br />
defi niu, como prioridade para <strong>2007</strong>,<br />
a luta por melhorias nas relações de<br />
trabalho dos cardiologistas. Os drs.<br />
Bráulio Luna Filho, presidente, e José<br />
Henrique Vila, diretor de Qualidade<br />
Profissional, encabeçaram a discussão<br />
sobre as necessidades e as difi culdades<br />
éticas, legais e de relacionamento<br />
com o sistema público de saúde, cooperativas<br />
e convênios médicos.<br />
Indicados para integrar a Diretoria<br />
de Qualidade, os drs. Carlos Benedito<br />
A. Pimentel, presidente da Regional<br />
Marília, José Fernando Vilela Martin,<br />
diretor científico da Regional São José<br />
do Rio Preto, e Jarbas Simas, da cidade<br />
de São Paulo, tiveram participação<br />
fundamental no encontro realizado<br />
em novembro de 2006.<br />
“Os assuntos abordados foram<br />
cruciais à detecção de diferenças<br />
entre as regiões do Estado. Uma<br />
vez encontradas, as necessidades e<br />
difi culdades, a SOCESP usará de sua<br />
importância e representatividade para<br />
facilitar a interface dos cardiologistas<br />
com as organizações na área da saúde”,<br />
explica dr. Vila.<br />
Segundo dr. Bráulio, a medida ajudará<br />
a solucionar os problemas de forma<br />
diferenciada, ou seja, respeitando as<br />
características locais. Na avaliação do<br />
dr. Vila, é essencial conhecer e estreitar<br />
o relacionamento entre as diversas<br />
cidades, pois, desta forma, ganha-se<br />
força para a luta pela classe.<br />
Ex-presidentes como os drs. José Carlos Nicolau, Antonio Carlos<br />
Palandri Chagas, Otávio Rizzi Coelho e José Antônio Ramirez participaram<br />
dos trabalhos, além da Diretoria e Regionais da Sociedade. O 1º secretário<br />
Ibraim M. Pinto conta que todos colaboraram efetivamente com as discussões.<br />
Decidiu-se manter como prioridade a inserção científica, entre<br />
outros pontos. Porém, ao mesmo tempo, será dada maior intensidade<br />
às ações voltadas à comunidade e à defesa profissional do cardiologista<br />
e à sua dignidade profissional.<br />
Segundo dr. José Henrique Vila, diretor de Qualidade Profissional, a<br />
dinamização do trabalho junto à mídia, novos programas de prevenção e<br />
conscientização da população foram outras metas estabelecidas. “Além da<br />
luta por melhor remuneração do cardiologista, tema que será salientado<br />
em mesa debatedora no Congresso”.<br />
BALANÇO DAS REGIONAIS<br />
Dr. Márcio Figueiredo, diretor de Regionais, considera os resultados<br />
da reunião bastante positivos para os cardiologistas e a cardiologia de<br />
São Paulo. Ressalta a excelente participação dos presidentes de todos<br />
os pontos do Estado, que, de forma ativa, aprofundaram a discussão<br />
sobre o XXVIII Congresso, a campanha de filiação e, ainda, expuseram<br />
peculiaridades de cada cidade. De acordo com dr. Bráulio Luna Filho foi<br />
alcançado o objetivo de pluralizar as ações da SOCESP, tanto no âmbito<br />
profissional quanto social.<br />
RESULTADOS<br />
O presidente da regional Marília, dr.<br />
Carlos Pimentel, avalia a reunião como<br />
produtiva e observa: “Agora vamos elaborar<br />
um projeto com soluções concretas”.<br />
Já o dr. Jarbas Simas ficou impressionado<br />
com o comprometimento e o interesse<br />
dos médicos de todo o Estado.<br />
Uma nova etapa já começou: a<br />
preparação de planos de correção<br />
para se aplicar na melhoria da remuneração<br />
médica, formulação de<br />
diretrizes sobre a utilização de fármacos,<br />
valorização de exames e normatização<br />
de parâmetros para laudos<br />
periciais. “Abraçaremos essas causas<br />
sem esquecer do compromisso em<br />
promover desenvolvimento científico<br />
aos associados”, ressalta dr. Vila.<br />
SOCESP EM DESTAQUE 5
O QUE<br />
VEM<br />
POR AÍ<br />
ATUALIZAÇÃO<br />
ESTÁ CHEGANDO O<br />
XXVIII CONGRESSO<br />
SOCESP: FAÇA JÁ SUA<br />
INSCRIÇÃO<br />
O<br />
XVIII Congresso da SOCESP acontece<br />
de 28 a 30 de abril, no ITM Expo, na<br />
capital paulista, com a garantia de realizar<br />
uma das mais aprofundadas radiografias da cardiologia<br />
brasileira. Serão mais de 120 atividades, com<br />
simultaneidade de mesas e tratando de todos os<br />
assuntos relevantes à prática diária da especialidade<br />
e da medicina. Estarão em pauta questões como<br />
controle de hipertensão e colesterol, infarto agudo<br />
do miocárdio, hábitos saudáveis, importância dos<br />
exercícios, entre outras. O leque de abrangência<br />
abarcará desde casos clínicos, de interesse do médico<br />
clínico geral e do cardiologista de consultório,<br />
até as situações de gravidade dentro dos hospitais.<br />
„Estou convicto de que o Congresso <strong>2007</strong> não<br />
ficará devendo em nada aos anteriores, tanto em<br />
qualidade científica como em infra-estrutura, conforto<br />
e segurança‰, garante o dr. Leopoldo Piegas. „Aliás,<br />
esperamos um crescimento de cerca de 15% devido<br />
à excelência da programação‰.<br />
Paralelamente, serão apresentados os temaslivres,<br />
que são a expressão da produção científica,<br />
principalmente do Estado de São Paulo. Aliás, esse<br />
ano, o número de inscritos bateu um recorde<br />
histórico, superando as melhores expectativas.<br />
„Atualmente os trabalhos ainda estão sendo<br />
julgados. Em geral, mais de uma novidade é apresentada‰,<br />
comenta o dr. Luiz Antonio Machado<br />
César, um dos coordenadores da Comissão<br />
Científica. „Por volta do fim de fevereiro, início<br />
de março, quando estiverem aprovados, haverá<br />
divulgação no portal da SOCESP‰.<br />
Toda a grade científica tem relação direta com<br />
os pacientes. O painel Estado da Arte oferecerá,<br />
diariamente, na abertura do Congresso, revisões<br />
completas dos temas mais importantes da cardiologia<br />
com especialistas em cada um deles. Integra<br />
a programação conjunta dos Departamentos e da<br />
área médica, abordando aspectos da alimentação,<br />
das vitaminas, do vinho, do café, das atividades<br />
físicas, sendo as mesas compostas de profissionais<br />
de medicina, enfermeiras, fisioterapeutas, psicólogas<br />
e nutricionistas.<br />
„Nesse espaço também trataremos das doenças<br />
coronarianas, intervenção em hemodinâmica e<br />
arritmias‰, adianta o outro coordenador da CC, dr.<br />
Antônio Carlos C. Carvalho.<br />
Além das atividades conjuntas com os<br />
médicos, desenvolvidas no ITM, os Departamentos<br />
da SOCESP terão atividades específicas<br />
no Hotel Maksoud Plaza, no eixo da Avenida<br />
Paulista. A divisão foi necessária devido ao<br />
crescimento constante do número de congressistas,<br />
ano após ano. Assim, todos terão<br />
ambientes adequados para suas ações.<br />
Aliás, o Congresso deve registrar recorde de<br />
público, superando em muito a marca da edição<br />
de 2006. De acordo com o dr. Bráulio Luna Filho,<br />
presidente da SOCESP, a mudança de local traz<br />
vantagens a todos: „Os recém-formados e os médicos<br />
mais jovens não arcarão com custos muito<br />
elevados, fator que certamente facilitará a participação.<br />
Simultaneamente, propiciaremos melhor<br />
acesso aos profissionais não-cardiologistas, mas<br />
que atuam diretamente ligados à especialidade‰.<br />
As inscrições podem ser feitas on-line no<br />
endereço http://www.congressosocesp.com.<br />
br/<strong>2007</strong>/ ou na Ascon (17) 3215-8604 ou pelo<br />
e-mail: ascon@asconcongressos.com.br<br />
A programação completa também está disponível<br />
no site do Congresso, que, aliás, foi cadastrado<br />
na Comissão Nacional de Acreditação da AMB/<br />
CFM para a revalidação do título de especialista<br />
em cardiologia e valerá 15 créditos.<br />
6<br />
SOCESP EM DESTAQUE
ATUALIZAÇÃO<br />
O QUE<br />
VEM<br />
POR AÍ<br />
PROGRAMAÇÃO DOS DEPARTAMENTOS<br />
ENFERMAGEM<br />
Reuniões científicas com pesquisadores,<br />
mesas-redondas, simpósios<br />
e conferências com participações de<br />
profissionais nacionais e internacionais<br />
de elevada competência marcarão a participação<br />
do Departamento de Enfermagem<br />
no XXVIII Congresso da SOCESP.<br />
Questões como prevenção e controle<br />
da doença cardiovascular com enfoque<br />
no cuidado de enfermagem farão parte<br />
das discussões. “Será um encontro com<br />
renomados pesquisadores, essencial à<br />
formação e atualização de enfermeiros<br />
que atuam na área da cardiologia”, afirma<br />
Eugenia Velludo Veiga, diretora do<br />
Departamento.<br />
PSICOLOGIA<br />
Entre as palestras e os debates<br />
programados, está a participação da psicóloga<br />
Maria José Camargo de Carvalho,<br />
membro da Comissão Científica do Departamento<br />
de Psicologia, que participará<br />
de atividades multiprofissionais referentes<br />
à postura dos especialistas em casos de<br />
pacientes cardiopatas com sintomas de<br />
ansiedade. “O coração é um órgão carregado<br />
de forte simbologia afetando o paciente<br />
não somente no campo físico, mas<br />
também emocionalmente. Reações como<br />
ansiedade, depressão, medo e dificuldades<br />
adaptativas são achados freqüentes<br />
em nossa prática e interferem na forma<br />
como o indivíduo lida com a doença e<br />
o tratamento, tornando fundamental a<br />
atuação do psicólogo junto ao paciente<br />
e seus familiares”, ressalta a diretora do<br />
Departamento de Psicologia, Cristiane<br />
Palotti Almeida.<br />
NUTRIÇÃO<br />
Com objetivo de mesclar conhecimentos<br />
de chefs e nutricionistas que<br />
atuam em parceria com a cardiologia, as<br />
abordagens do Departamento de Nutrição<br />
serão diferenciadas e abrangentes.<br />
O XIV Simpósio de Nutrição abordará<br />
assuntos consagrados como dislipidemias,<br />
hipertensão, síndrome metabólica,<br />
além do pré-congresso Gastronomia<br />
e Saúde, que, este ano, será ampliado<br />
com maior duração e número de atividades.<br />
“O tradicional Espaço Gourmet<br />
com degustação de pratos variados e<br />
o maior espaço dedicado aos inscritos<br />
nos temas livres serão pontos de grande<br />
destaque em nossa participação. Aliás,<br />
estamos preparando muitas surpresas<br />
para a premiação dos vencedores e,<br />
também, dos demais congressistas”,<br />
garante Cyntia Carla da Silva, diretora<br />
do Departamento de Nutrição.<br />
EDUCAÇÃO FÍSICA<br />
E ESPORTES<br />
A importância do exercício físico na<br />
prevenção e no tratamento das doenças<br />
cardiovasculares será amplamente<br />
discutida em conferências e mesas-redondas<br />
organizadas pelo Departamento.<br />
Exercício Físico e Insuficiência Cardíaca,<br />
Exercício Físico e Fatores de Risco na Infância<br />
e Adolescência, Eventos Cardíacos<br />
Induzidos pelo Exercício Físico, Atividade<br />
Física no Envelhecimento e Atualidades<br />
Alimentação, exercícios, prevenção do risco cardíaco: alguns dos temas em pauta<br />
SOCESP EM DESTAQUE 7
O QUE<br />
VEM<br />
POR AÍ<br />
ATUALIZAÇÃO<br />
em Exercício Físico são temáticas já confirmadas,<br />
além do curso Exercício Físico<br />
e Hipertensão Arterial: Teoria e Prática.<br />
“Apesar dos benefícios do exercício, o sedentarismo<br />
que atinge atualmente 80,3%<br />
da população brasileira tem-se tornado<br />
um problema de saúde pública, por estar<br />
sempre associado ao risco de doenças<br />
cardiovasculares”, alerta dr. Paulo Rizzo<br />
Ramires, diretor do Departamento.<br />
FARMACOLOGIA<br />
O uso racional e seguro de medicamentos,<br />
por meio da utilização segura,<br />
eficaz e a um custo acessível aos pacientes<br />
será um dos focos do Departamento<br />
de Farmacologia. Com a participação de<br />
especialistas pós-graduados pela Universidade<br />
de Granada, na Espanha, também<br />
serão realizadas conferências e mesas<br />
redondas multiprofissionais voltadas às<br />
mais recentes tecnologias e pesquisas<br />
científicas da área. “Prevenção de erros<br />
de medicação, informatização e prontuário<br />
eletrônico são outras temáticas<br />
confirmadas em nossas atividades. Faremos<br />
ainda a sexta edição do Prêmio de<br />
Incentivo à Pesquisa de Farmacologia em<br />
Cardiologia e, dessa forma, trabalharemos<br />
em diversos aspectos para garantir<br />
a qualidade da atividade farmacológica”<br />
destaca a diretora Alice Akemi.<br />
FISIOTERAPIA<br />
O Simpósio de Fisioterapia em Cardiologia<br />
agrupará debates e palestras<br />
relacionadas à atuação da fisioterapia no<br />
tratamento de doenças cardiovasculares.<br />
Apnéia obstrutiva do sono, insuficiência<br />
cardíaca, infarto agudo do miocárdio,<br />
transplante cardíaco e cardiologia pediátrica<br />
são algumas delas. “Uma vez que a<br />
fisioterapia é fundamental na prevenção<br />
e no tratamento de cardiopatias, faremos<br />
uma ampla abordagem, que inclui desde a<br />
fase aguda à crônica dessas enfermidades.<br />
Daremos subsídios para os profissionais<br />
prestarem assistência cada vez mais adequada<br />
aos pacientes”, afirma a diretora,<br />
Cristiane Pulz.<br />
Uso racional de medicamentos:<br />
em discussão<br />
SERVIÇO SOCIAL<br />
A programação do X Simpósio<br />
do Serviço Social para o Congresso<br />
de Cardiologia da SOCESP contará<br />
com uma série de palestras conduzida<br />
por uma equipe multiprofissional. A<br />
diretora do Departamento, dra. Elaine<br />
Amaral, adianta como será a dinâmica:<br />
“Buscando ampliar o conhecimento<br />
científi co, bem como proporcionar<br />
intercâmbio profi ssional aos graduandos<br />
e graduados em Serviço Social<br />
e Cardiologia, estamos trabalhando<br />
intensamente para levar abordagens da<br />
prática profissional na saúde, seus dilemas<br />
e perspectivas, ações terapêuticas<br />
ao cardiopata e reabilitação. Além, é<br />
claro, da sessão de temas livres”.<br />
ODONTOLOGIA<br />
Por meio de conferências e palestras,<br />
o Simpósio de Odontologia em<br />
Cardiologia dará ênfase à importância<br />
PROGRAMA SOCIAL<br />
PARA CONGRESSISTAS E<br />
ACOMPANHANTES<br />
Informamos que estão sendo<br />
elaborados roteiros gastronômicos,<br />
culturais e de compras com descontos<br />
e benefícios para os participantes<br />
do XXVIII Congresso da SOCESP<br />
e acompanhantes. Mais detalhes,<br />
novidades e serviços credenciados<br />
serão encaminhados por mala direta<br />
e divulgados no site www.socesp.org.<br />
br até o início de março.<br />
A Comissão Social de Congressistas<br />
e Acompanhantes garante que este<br />
evento científico será também um sucesso<br />
no quesito confraternização!<br />
do tratamento multidisciplinar ao<br />
paciente cardiopata. “Utilizando-se de<br />
rico e consistente material científico,<br />
experientes profissionais discutirão<br />
sobre febre reumática, transplantes cardíacos,<br />
interações medicamentosas em<br />
odontologia e cardiologia, entre outros<br />
aspectos do tratamento odontológico<br />
ao cardiopata. Nosso objetivo é difundir<br />
o atendimento odontológico adequado<br />
para esses pacientes. Promoveremos<br />
atualização de alto nível”, destaca a dra.<br />
Maria Cristina de Oliveira, vice-diretora<br />
do Departamento.<br />
FEIRA DA SAÚDE INTENSIFICA PREVENÇÃO<br />
A DOENÇAS CARDIOVASCULARES<br />
Simultaneamente ao XXVIII Congresso de Cardiologia da SOCESP, acontece<br />
a I Feira da Saúde. Destinada ao público leigo, tem meta de promover a prevenção<br />
à primeira causa de morte no mundo, ou seja, às doenças cardiovasculares.<br />
“Além da divulgação científica, congressos e programas de educação continuada,<br />
a Sociedade entende que a prevenção dessas enfermidades é também<br />
missão prioritária do cardiologista”, ressalta dr. Ricardo Pavanello, supervisor de<br />
cardiologia do Hospital do Coração.<br />
A Feira da Saúde terá como tema central a Síndrome Metabólica. Serão realizadas<br />
diversas atividades, como a distribuição de informativos, palestras e avaliações<br />
da pressão, dos níveis de triglicérides da glicose e a medição da circunferência<br />
abdominal. A iniciativa terá participação multidisciplinar, envolvendo todos os<br />
departamentos e grande parte da equipe de especialistas da SOCESP.<br />
8 SOCESP EM DESTAQUE
INTERIOR<br />
NOTÍCIAS E<br />
MEMÓRIA DAS<br />
REGIONAIS<br />
SANTOS E AS CONQUISTAS<br />
PARA A CARDIOLOGIA<br />
Inaugurada em 1977 em solenidade<br />
que teve a participação de diversas<br />
autoridades da cardiologia, entre as<br />
quais o dr. Adib Domingos Jatene, então<br />
presidente da SOCESP, a Regional<br />
Santos possui uma história de muitas<br />
conquistas. Como uma das mais antigas<br />
do Estado, sempre cumpriu e continua<br />
cumprindo eficientemente o papel de<br />
parceira dos especialistas e propulsora<br />
da especialidade com atuação<br />
significativa para a consolidação e o<br />
crescimento da nossa Sociedade.<br />
Sua sede na Associação dos Médicos<br />
de Santos, a regional da Associação<br />
Paulista de Medicina, foi palco<br />
de inúmeras edições do Congresso<br />
de Cardiologia da SOCESP até 1996<br />
quando ocorreu a transferência para<br />
Campos do Jordão. Desde o inicio das<br />
atividades, envolve-se ativamente em<br />
todas as campanhas nacionais e regionais,<br />
como a Semana do Coração, Dia<br />
do Colesterol, Dia do Combate ao Tabagismo,<br />
Semana da Hipertensão. Seja<br />
com apoio da Sociedade Brasileira de<br />
Cardiologia (SBC), Fundação do Coração<br />
(FUNCOR) ou SOCESP, sempre<br />
ai atrás dos melhores resultados.<br />
Por sua presidência já passaram<br />
importantes cardiologistas: Silvio Carlos<br />
de Moraes Santos, Sérgio Paulo<br />
Almeida Bueno de Camargo, Hermes<br />
Toros Xavier, João Jorge Rodrigues,<br />
Milton de Macedo Soares, Fernando<br />
José da Costa Burgos e Carlos Alberto<br />
Cyrillo Sellera.<br />
Além de Santos, seu leque de<br />
abrangência estende-se às cidades de<br />
Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém,<br />
Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande e<br />
São Vicente. “Atualmente, estamos<br />
com um número total superior a 100<br />
associados, que, bastante engajados<br />
com a Sociedade, participam dos<br />
eventos locais”, destaca dr. Cyrillo<br />
Sellera, atual presidente.<br />
Com a boa infra-estrutura de sua<br />
sede e os grandes centros de convenções<br />
e hotéis de Santos, os simpósios<br />
e as palestras realmente costumam<br />
ter excelente público e reúnem ilustres<br />
especialistas de todas as áreas:<br />
endocrinologia, geriatria, fi sioterapia,<br />
educação física, nutrição, enfermagem,<br />
entre outras. “Nossos eventos anuais,<br />
sempre em número de quatro a seis,<br />
são amplamente conhecidos pelo<br />
nível científi co elevado. Trata-se do<br />
reconhecimento de um trabalho<br />
extenso, que busca auxiliar o nosso<br />
associado e, acima de tudo, contribuir<br />
DIRETORIA ATUAL<br />
Presidente<br />
Carlos Alberto Cyrillo Sellera<br />
Vice-presidente<br />
Fernando José da Costa Burgos<br />
Diretor Científi co<br />
Hermes Toros Xavier<br />
Secretário<br />
Rider N. de Brito Filho<br />
Tesoureiro<br />
William da Costa<br />
para o crescimento da especialidade”,<br />
afi rma dr. Sellera.<br />
A Regional Santos, de fato, está<br />
constantemente formatando benefícios<br />
para os profi ssionais. Agora mesmo<br />
encaminha uma novidade interessante:<br />
“Voltaremos a produzir o Informativo<br />
de Cardiologia da regional com a finalidade<br />
de aproximar os associados,<br />
divulgando eventos, discutindo artigos<br />
científicos e temas atuais. Será mais uma<br />
alternativa para a atualização”.<br />
SOCESP EM DESTAQUE 9
ENTREVISTA EXCLUSIVA<br />
NOEDIR ANTÔNIO G. STOLF<br />
“O INCOR NUNCA QUEBRARÁ”<br />
O dr. Noedir Antônio G. Stolf, professor titular<br />
e diretor da Divisão de Cirurgia Torácica<br />
e Cardiovascular do Instituto do Coração,<br />
vice-presidente do Conselho Diretor do<br />
InCor e do Conselho Curador da Fundação<br />
Zerbini, fala sobre a crise do InCor e da<br />
Fundação Zerbini.<br />
É possível definir hoje quando e como<br />
começou a crise do InCor?<br />
Na verdade a crise é na Fundação Zerbini,<br />
uma fundação, sem fins lucrativos, de apoio<br />
ao Instituto do Coração, o InCor. A principal<br />
causa do endividamento foi a construção do<br />
Bloco 2. Começou com o investimento de<br />
recursos da Fundação, com R$ 60 milhões<br />
na ocasião, para começar a construção e<br />
equipar o edifício. Foi contraído ainda um<br />
empréstimo junto ao BNDES. Em 2004, para<br />
iniciar a operação, contrataram-se, apenas<br />
pela Fundação Zerbini, 1500 funcionários.<br />
Em suma a construção e a estrutura funcional<br />
são os grandes fatores de absorção<br />
dos recursos da Fundação Zerbini, que, após<br />
recorrer ao BNDES, fez com que a Diretoria<br />
de então ainda tivesse de captar recursos em<br />
bancos privados.<br />
Com isso chegou-se à dívida atual?<br />
Atualmente a dívida da Fundação Zerbini<br />
vem das pendências com o BNDES, com<br />
bancos privados e fornecedores de materiais<br />
de várias naturezas: são aproximados 240<br />
milhões de reais. Outros complicadores, não<br />
os principais, foram projetos diversos de apoio<br />
à saúde em São Paulo, em Osasco. Embora não<br />
deficitários, a gestão dos mesmos teve peso em<br />
custos de operacionalização. Houve mais um<br />
projeto, esse, sim, maior, do InCor Brasília, que<br />
implicou em reformas do Hospital das Forças<br />
Armadas, construção de área adicional na mesma<br />
instituição e equipamentos. Tudo foi custeado<br />
com recursos da Câmara e do Senado. Porém, a<br />
operacionalização exigiu a contratação de funcionários<br />
- médicos, não-médicos e outros. O InCor<br />
Brasília, durante os três primeiros anos, acumulou<br />
déficits; atendia inclusive grande número da<br />
clientela do SUS e o contrato demorou a sair.<br />
Além disso, tinha teto para atendimento muito<br />
baixo. Então, a operacionalização foi deficitária,<br />
mês-a-mês, a ponto de acumular um endividamento<br />
de aproximados 40 milhões de reais.<br />
Uma versão pública diz que a construção<br />
do Bloco 2 só foi feita porque o governo<br />
do Estado, à época, se comprometera a<br />
devolver as verbas investidas. E que depois<br />
teria voltado atrás, é verdade?<br />
O processo estendeu-se por várias gestões do<br />
InCor e da Fundação Zerbini. Muitos dos atores<br />
dizem que o governador Covas teria garantido<br />
assumir. Outros dizem que não foi exatamente<br />
assim. É uma questão realmente em aberto.<br />
Não existe nenhum documento?<br />
Nenhum. São versões diferentes para uma questão<br />
um pouco nebulosa. Acho que dificilmente<br />
iremos esclarecê-la.<br />
O ex-governador Geraldo Alckmin se<br />
posicionou sobre o tema?<br />
O governador Alckmin e, posteriormente, o<br />
governador Lembo, disseram que não sabiam do<br />
compromisso, portanto, não teriam condição de<br />
assumir essa suposta dívida.<br />
Como uma crise na Fundação Zerbini se<br />
reflete tão fortemente no InCor? De que<br />
forma essas estruturas se relacionam?<br />
São instituições absolutamente separadas<br />
- tecnicamente. O InCor é um dos institutos<br />
do Hospital das Clínicas. Serve também como<br />
hospital da Faculdade de Medicina da USP.<br />
Nessa estrutura, há uma dotação do Governo<br />
do Estado: tem recurso alocado pelo<br />
Estado e distribuído pela Superintendência e<br />
o Conselho Deliberativo do HC. A Fundação<br />
Zerbini é privada, sem fi ns lucrativos, e apóia<br />
o InCor. É um modelo de gestão que caracteriza<br />
o binômio Fundação-InCor, no qual<br />
o grande benefício é o fato de a Fundação<br />
ter agilidade administrativa. Não só capta<br />
recursos que o InCor não poderia captar,<br />
como possui fl exibilidade para contratação,<br />
compras, suplementação de salário. Se não<br />
houvesse a possibilidade de suplementação,<br />
teríamos dificuldade de contratar alguns<br />
profi ssionais com a qualifi cação necessária.<br />
Então, são instituições absolutamente diferentes.<br />
Consideramos que ainda é o melhor<br />
modelo de gestão para desenvolver um<br />
projeto de vanguarda, de excelência, como<br />
é o do Instituto do Coração.<br />
Os caixas são praticamente comuns?<br />
O princípio é verdadeiro. Hoje achamos que a<br />
Fundação deve focar os esforços no InCor São<br />
Paulo, não em outros projetos, mesmo que<br />
não sejam deficitários. Atualmente, o núcleo<br />
de funcionários é mínimo, com as mudanças<br />
que empreendemos. Estamos, com os recursos<br />
humanos do InCor, assumindo a atividade<br />
administrativa da Fundação. Na prática, embora<br />
tecnicamente separadas, a ação para salvar a<br />
Fundação Zerbini é vista como prioridade pela<br />
gestão do InCor.<br />
Isso quer dizer que a Fundação Zerbini<br />
pode quebrar, mas o InCor não?<br />
É esse ponto que quero enfatizar, quando digo<br />
que o binônimo Fundação Zerbini-InCor é o modelo<br />
de gestão que consideramos ideal. O InCor<br />
nunca quebrará, pois tem recursos alocados pela<br />
Secretaria de Saúde, por intermédio da Superintendência<br />
do HC. O custeio está totalmente<br />
garantido. Num hipotético caso de insolvência da<br />
Fundação, o InCor continua normalmente. Mas<br />
precisamos repensar o modelo de gestão.<br />
10<br />
SOCESP EM DESTAQUE
PONTO DE VISTA<br />
ESTÍMULO<br />
AO DEBATE<br />
DE IDÉIAS<br />
O apoio da Secretaria é consistente?<br />
Estamos recebendo apoio adicional da Secretaria<br />
da Saúde e do HC para o funcionamento normal<br />
do InCor. Em toda a crise não houve demissão<br />
nem limitação no atendimento, não se deixou<br />
de internar, de operar. Ao contrário, no último<br />
semestre, já sob responsabilidade da gestão atual<br />
do InCor, aumentamos o volume de atendimentos.<br />
O InCor pode sobreviver sem a Fundação.<br />
Mesmo com a crise mantém o mesmo nível de<br />
qualidade histórico.<br />
Qual o posicionamento do Governo<br />
Federal?<br />
Ao longo deste período, a tendência a apoiar<br />
foi dominante em diversos níveis. O Estado, por<br />
meio do ex-governador Lembo e agora, via o<br />
governador Serra, garantiu e está garantindo o<br />
custeio do Instituto. Do Governo Federal, o apoio<br />
foi extraordinário. Fizemos várias reuniões com<br />
o presidente e com os ministros que poderiam<br />
ajudar a solucionar a crise. Descendo a detalhes,<br />
o Ministério da Saúde liberou recursos de 17,7<br />
milhões de reais, que permitem à Fundação<br />
Zerbini respirar. Fora isso, temos para <strong>2007</strong>, em<br />
nível federal, 110 milhões de reais aprovados. Do<br />
Orçamento da União, são 100 milhões de reais<br />
propostos por parlamentares, e com o compromisso<br />
verbal do presidente de se empenhar para<br />
agilizar a liberação. Há mais 10 milhões de verbas<br />
parlamentares aprovados a serem liberados. Isso<br />
tudo permite resolver o principal da dívida. O<br />
restante, se solucionarmos certos problemas da<br />
dívida, ficará bem encaminhado, já que o InCor,<br />
com o apoio do HC, é superavitário. O faturamento<br />
é de 14 milhões de reais mensais. Se não<br />
tivermos de pagar juros bancários nem o total da<br />
folha de pagamento, ficando responsáveis apenas<br />
pela suplementação, somos viáveis.<br />
A Fundação Zerbini mudou com a crise?<br />
Se não tivesse a dívida, seria superavitária<br />
ou deficitária atualmente?<br />
A Fundação Zerbini não gera recursos, só administra.<br />
Seu custo operacional era muito alto, o<br />
corpo de funcionários era grande, possuía imóvel<br />
alugado. Isso tudo está sendo zerado. A Fundação<br />
será integrada, no InCor, parte dela talvez no<br />
prédio da faculdade. Hoje, com essa integração<br />
maior ao Instituto, sua estrutura administrativa é<br />
a mínima das mínimas, e praticamente ficará sem<br />
nenhum imóvel alugado e outras pendências.<br />
O InCor Brasília ainda é um problema?<br />
Aliás, o que levou a Fundação entrar no<br />
projeto?<br />
A administração de então achou que poderia<br />
ser um instituto similar ao de São Paulo, que<br />
poderia dar uma contribuição à assistência<br />
especializada na região. Não foi um mau projeto,<br />
mas tem sido deficitário. Hoje, com as<br />
ações que estamos tomando, começou a se<br />
tornar mais viável. Os colaboradores de lá já<br />
fizeram uma reestruturação, reduzindo custos,<br />
quadro funcional, salários. Então, houve<br />
uma mudança drástica na operacionalização<br />
do InCor Brasília de meses para cá. Esperamos<br />
que dê certo, pois é uma instituição<br />
importante, especialmente para a população<br />
menos estruturada economicamente.<br />
Há um culpado por toda essa crise, dá para<br />
falar que tal ou outra pessoa falhou?<br />
Quando uma instituição é progressivamente<br />
defi citária, é claro, há problema. Em termos<br />
de lisura, foram feitas várias auditorias e não<br />
se identifi cou nada. De qualquer maneira,<br />
a atual diretoria está com mais uma auditoria,<br />
contratada graciosamente, revendo<br />
contratos para que haja transparência total<br />
do acontecido ao longo dos últimos anos.<br />
Sobre a administração anterior, as pessoas<br />
tomaram atitudes que consideravam adequadas.<br />
Pessoalmente, acho que construir<br />
o Bloco 2 foi benéfi co ao atendimento, aos<br />
cidadãos. Talvez uma atitude temerária em<br />
gestão, mas não incorreta do ponto de<br />
vista ético. A construção do InCor Brasília<br />
talvez dê para caracterizar como perda de<br />
foco. O problema identifi cável da Fundação<br />
poderia ser defi nido, pelo menos, como<br />
gestão temerária.<br />
As perspectivas são otimistas?<br />
Considero que sim, com exceção do<br />
BNDES, que não quis até o momento se<br />
comprometer. O desfecho positivo em<br />
muito se deve ao grande apoio de colegas<br />
nossos, como os drs. Roberto Kalil e Nana<br />
Miyura, médicos do presidente e que trabalharam<br />
bastante para agilizar o diálogo<br />
com o Governo Federal. Quero aproveitar<br />
para agradecer a todos os funcionários, aos<br />
médicos e aos homens públicos que têm<br />
se empenhado nessa luta.<br />
QUAL O VALOR<br />
DA CAMINHADA<br />
NA PREVENÇÃO<br />
DE RISCO<br />
CARDIOVASCULAR?<br />
Por Paulo R. Ramires, Teresa Bartholomeu<br />
e Cláudia L. M. Forjaz, Departamento<br />
de Educação Física e Esportes<br />
A prática regular de exercícios aeróbios é<br />
uma importante estratégia para a prevenção<br />
e a reabilitação de doenças cardiovasculares<br />
(CV) e metabólicas. Embora os<br />
mecanismos ainda não estejam esclarecidos,<br />
o treinamento aeróbico contribui<br />
para reduzir os eventos e a mortalidade<br />
cardiovasculares independentemente da<br />
redução de outros fatores de risco, como<br />
hipercolesterolemia, hipertensão, diabetes<br />
e obesidade. Entretanto, existe uma grande<br />
questão sobre qual é o melhor tipo,<br />
a intensidade e a duração do exercício<br />
aeróbico na prevenção cardiovascular.<br />
A caminhada é uma atividade dinâmica que<br />
movimenta grandes grupos musculares.<br />
Para indivíduos sedentários e/ou com<br />
elevado risco CV, é um excelente começo<br />
para uma vida mais ativa. Como resultados<br />
de caminhadas regulares, observa-se<br />
redução da pressão arterial e melhora no<br />
controle do peso corporal, da glicemia e da<br />
dislipidemia, havendo, portanto, redução<br />
do risco CV global.<br />
Embora a intensidade da caminhada varie<br />
de acordo com a velocidade e o tipo e a<br />
inclinação do solo, ela é essencialmente<br />
aeróbica, apresentando baixo risco CV.<br />
Além disso, produz baixo impacto articular.<br />
Estes fatores, somados ao fato de as<br />
pessoas se sentirem capazes de caminhar,<br />
contribuem para uma maior adesão pela<br />
população, tanto como parte de um programa<br />
de atividade física quanto como<br />
parte da vida diária. Todos esses aspectos<br />
(efetividade, baixo risco e facilidade de<br />
adesão) tornam a caminhada uma excelente<br />
estratégia para a redução do risco<br />
CV populacional.<br />
SOCESP EM DESTAQUE 11
TIRE SUAS<br />
DÚVIDAS<br />
CIENTÍFICAS<br />
PERGUNTAS E RESPOSTAS<br />
NOVAS CONDUTAS<br />
FARMACOLÓGICAS NA<br />
HIPERTENSÃO PULMONAR<br />
Por Antonio Augusto Lopes, prof. dr. diretor da Equipe de Cardiopatias Congênitas do Instituto do Coração e o editor da Diretriz “Diagnóstico,<br />
Avaliação e Terapêutica da Hipertensão Pulmonar” da Sociedade Brasileira de Cardiologia<br />
O desenvolvimento das assim chamadas<br />
“novas drogas” (derivados de<br />
prostanóides, antagonistas de endotelina<br />
e inibidores de fosfodiesterases)<br />
trouxe aumento de sobrevida e melhora<br />
da qualidade de vida para pacientes<br />
com hipertensão arterial pulmonar.<br />
Devemos entender, entretanto, que o<br />
problema está longe de ser solucionado,<br />
uma vez que nenhum tratamento<br />
restitui a normalidade clínica e hemodinâmica.<br />
Por esse motivo, todas as<br />
modalidades terapêuticas devem ter<br />
sua efi cácia comprovada nos pacientes<br />
individualmente, mediante monitoração<br />
dos efeitos caso a caso.<br />
A questão inicial é sabermos o<br />
que estamos tratando. Algumas formas<br />
de apresentação clínica aparecem<br />
com maior freqüência nos estudos<br />
multicêntricos: 1-hipertensão pulmonar<br />
idiopática esporádica ou familial;<br />
2-hipertensão pulmonar associada a<br />
cardiopatias congênitas; 3-associada<br />
a doenças do tecido conectivo; 4-<br />
associada à hipertensão portal; 5-à<br />
infecção pelo vírus HIV; 6-ao uso de<br />
anorexígenos orais. Estas entidades<br />
diagnósticas são reunidas sob a<br />
designação de “hipertensão arterial<br />
Referências<br />
pulmonar” (HAP) e, juntamente com a<br />
doença vascular pulmonar tromboembólica,<br />
são as que mais aparecem nos<br />
estudos clínicos. Assim, não há evidência<br />
sufi ciente para suportar o uso das<br />
“novas drogas” em formas mais raras<br />
da doença. Nesta última situação, o<br />
tratamento deve ser considerado experimental<br />
e conduzido mediante termo<br />
de consentimento.<br />
Outra questão importante é aprendermos<br />
a adaptar os algoritmos de<br />
tratamento ao paciente individual. A<br />
doença deve ser tratada no contexto<br />
geral do paciente, não através da simples<br />
prescrição de um vasodilatador.<br />
Medidas gerais, como a anticoagulação,<br />
podem ser de difícil aplicação em<br />
pacientes com tendência a sangramento<br />
ou naqueles com trombose pulmonar<br />
manifesta, que requerem INR mantido<br />
em termo de/ou ligeiramente acima<br />
de 3,0. Crianças e adolescentes<br />
com HAP idiopática costumam evoluir<br />
com rápida deterioração; difi cilmente<br />
se sustentam por longo tempo sob<br />
monoterapia, exigindo associações<br />
medicamentosas. Mulheres em idade<br />
fértil representam um cenário de ação<br />
multidisciplinar, por causa de orientações<br />
específi cas, como anticoncepção<br />
Rubin LJ, American College of Chest Physicians. Diagnosis and management of pulmonary arterial hypertension: ACCP evidence-based clinical practice<br />
guidelines. Chest 2004; 126(suppl.): 1S-92S. - Galiè N, The Task Force on diagnosis and treatment of pulmonary arterial hypertension of the European<br />
Society of Cardiology. Guidelines on diagnosis and treatment of pulmonary arterial hypertension. Eur Heart J 2004; 25:2243-2278. - Lopes AA (editor).<br />
Hipertensão Pulmonar. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. 2006; 16:63-126.<br />
e manejo de outros problemas ginecológicos.<br />
Embora o cateterismo seja imperativo<br />
na fase diagnóstica, o ecocardiograma<br />
e o teste de caminhada de seis<br />
minutos (ou a ergoespirometria quando<br />
possível) são os mais adequados para<br />
um acompanhamento não invasivo.<br />
Pacientes em classe funcional III podem<br />
iniciar o tratamento com a bosentana<br />
ou sildenafi la, mas devem ser monitorados<br />
30 e 90 dias após o início, para<br />
se comprovar a efi cácia ou decidir<br />
por mudança de estratégia. Em nosso<br />
meio, dada a não disponibilidade do<br />
epoprostenol, resta aos pacientes em<br />
classe IV a opção de terapia combinada,<br />
embora sempre se deva iniciar<br />
com uma droga e avaliar a resposta,<br />
pois há casos que se sustentam por<br />
meses sob monoterapia. Pacientes<br />
em classe IV podem requerer tríplice<br />
associação (por exemplo, bosetana,<br />
sildenafi la e iloprosta), embora esta<br />
seja, até o presente, uma conduta que<br />
carece de base de evidência.<br />
Podemos concluir afi rmando que os<br />
horizontes de possibilidades terapêuticas<br />
têm se tornado progressivamente<br />
mais amplos para pacientes com HAP.<br />
Identifi car (e tratar) a doença de base<br />
(se presente), trazer o algoritmo para<br />
o contexto individual e avaliar, por<br />
meio de medidas objetivas, o efeito do<br />
tratamento prescrito, continuam sendo<br />
os três principais mandamentos a ser<br />
obedecidos em todos os casos.<br />
12<br />
SOCESP EM DESTAQUE