Língua Portuguesa e Literaturas em Língua ... - Colégio Platão

PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS
EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA
lo. Além disso, ele é estudado em sala de aula desde
os primeiros anos da alfabetização e é de se esperar,
portanto, que essa situação comunicativa seja comum
à maioria dos alunos. O comando especifi cava que o
texto seria veiculado na Revista “Pais & Adolescentes”
e que nele deveriam ser apresentadas instruções aos
pais sobre como proceder com seus fi lhos no momento
da escolha profissional deles. Ao contrário do artigo de
opinião, nesse gênero o título era facultativo. Alcançarão
boas notas os que, além de terem apresentado
instruções, também mostraram justifi cativas.
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 1
LÍNGUA PORTUGUESA
Era uma vez a criatividade
A televisão e o cinema revivem (e maltratam) os contos
de fadas
Danilo Venticinque e Isabella Ayub
A televisão e o cinema revivem (e maltratam) os contos
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Se o teste do tempo é a melhor forma de
julgar o valor de uma história, a genialidade dos
contos de fadas Danilo é inquestionável. Venticinque Adaptados e Isabella Ayub de
narrativas orais da Idade Média, os escritos de
Charles Se Perrault o teste (1628-1703) do tempo é e a dos melhor irmãos forma Jacob de
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(1785-1863) julgar o valor e Wilhelm de uma história, Grimm (1786-1859) a genialidade têm dos
sido contos capazes de fadas de encantar é inquestionável. seguidas gerações Adaptados – e, de
naturalmente, narrativas orais migraram da Idade para Média, as telas. os escritos Desde a de
invenção Charles Perrault do cinema, (1628-1703) as histórias e dos irmãos fantásticas Jacob
ganharam (1785-1863) inúmeras e Wilhelm adaptações: Grimm (1786-1859) de Branca de têm
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Neve, sido capazes de Walt de Disney encantar (de seguidas 1937), à sátira gerações Shrek – e,
(2001), naturalmente, passando migraram por filmes para de terror as telas. e comédias Desde a
românticas. invenção do Nada cinema, mais natural, as histórias portanto, fantásticas que a
entressafra de boas ideias em Hollywood Branca tenha de
trazido de volta os contos de fadas. Num intervalo Shrek
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de (2001), dois meses, passando duas por adaptações filmes de terror de Branca e comédias de
Neve, românticas. dos Irmãos Nada Grimm, mais chegarão natural, aos portanto, cinemas. que a
entressafra Espelho, de espelho boas ideias meu tem Hollywood a vantagem tenha de
chegar trazido primeiro de volta os – embora contos de os fadas. espectadores Num intervalo não
tenham motivos para ficar empolgados. Branca Julia de
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Roberts, , dos que Irmãos vive Grimm, a Rainha chegarão Má, avisou aos cinemas. que não
deixará seus três filhos assistirem tem ao a filme. vantagem Talvez de
as chegar outras primeiro mães devessem – embora imitá-la. os espectadores A história traz não
invenções tenham motivos duvidosas, para como ficar Branca empolgados. de Neve Julia
recebendo Roberts, que treinamento vive a Rainha de artes Má, marciais avisou dos que sete não
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anões... deixará Com seus três Lily filhos Collins assistirem no papel ao principal filme. Talvez (de
cabelo as outras exageradamente mães devessem curto imitá-la. e A sobrancelhas história traz
grossas), invenções é difícil duvidosas, entender como por Branca que a linda de vilã Neve
interpretada recebendo treinamento por Julia Roberts de artes sentiria marciais inveja dos da sete
aparência anões... Com dela. Lily Ao Collins contrário no de papel Encantada, principal de (de
2007, cabelo Espelho, exageradamente espelho meu curto não e sobrancelhas seduz na
comédia grossas), nem é difícil no romance. entender por que a linda vilã
interpretada Seu concorrente por Julia parece Roberts ainda sentiria menos atraente. inveja da
Em Branca de Neve e o Caçador, que estreia em , de
Página 5
não seduz na
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Seu concorrente parece ainda menos atraente.
Em Branca de Neve e o Caçador, que estreia em
junho, a heroína é interpretada por Kristen
Stewart (a Bella, de Crepúsculo). O Caçador é
Chris Hemsworth, de Thor. Ambos estudam
estratégias militares e se unem contra a Rainha
Má, com um exército de oito (oito?!) anões.
Criticar o filme antes das primeiras exibições
seria temerário, evidentemente.
Na televisão, os contos de fadas também
ocupam um papel central em duas estreias
recentes. Aí, o problema é o excesso de
originalidade. A série Grimm, lançada no final do
ano passado no canal Universal, é ambientada
num mundo em que os personagens de contos de
fadas existem – e estão entre nós. Cabe a uma
antiga linhagem de caçadores, chamados Grimms,
a tarefa de controlar essas criaturas sobrenaturais.
Vítimas da criatividade dos roteiristas, os
linguistas alemães do século XIX viraram
caçadores de lobisomens.
O mesmo mal acomete Once upon a time
(Era uma vez), da Sony. Criada por Edward Kitsis
e Adam Horowitz, produtores de Lost, a história
tem um enredo sombrio. No casamento de Branca
de Neve com o Príncipe Encantado, a Rainha Má
invade a Floresta Encantada e promete lançar um
feitiço que acabará com a alegria de todos os
personagens dos contos de fadas. A ameaça se
torna verdade no dia do nascimento de Emma,
filha do casal, quando todos se esquecem de que
fazem parte de contos de fadas e ficam presos
numa cidade chamada Storybrook, no meio do
mundo real. Só Emma escapa da maldição,
protegida por um armário mágico construído por
Gepeto, de Pinóquio. Aos 28 anos, ela retorna à
terra natal para livrar os seres fantásticos de suas
vidas comuns.
Apesar da premissa esquisita, a série
consegue manter o tom de drama e mistério. Foi o
suficiente para cativar a audiência americana,
embora a magia não tenha amolecido o coração da
crítica, que detonou a série. Seu sucesso de
público, porém, mostra que os contos de fadas,
mesmo mal adaptados, mantêm um forte apelo.
“Eles sempre serão atuais, pois trazem arquétipos
que estão na essência da humanidade”, diz o
linguista José Gregorin Filho, da Universidade de
São Paulo. Na falta de boas ideias como Shrek ou
Encantada, não faria mal algum deixar Branca de
Neve esperar mais alguns anos pelo príncipe, ou
permitir que a Bela Adormecida descanse em paz.
(Texto adaptado.
Disponível em: .
Publicado em 04/04/2012. Acesso em 15/08/2012)
GABARITO