01.09.2014 Views

ISEP.BI 07 - Instituto Superior de Engenharia do Porto

ISEP.BI 07 - Instituto Superior de Engenharia do Porto

ISEP.BI 07 - Instituto Superior de Engenharia do Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

À CONVERSA COM...<br />

Björn An<strong>de</strong>rsson (CISTER) e Hussein<br />

Khodr (GECAD)<br />

DE FORA CÁ DENTRO<br />

Jorge Costa Lopes - EFACEC<br />

DEPOIS DO <strong>ISEP</strong><br />

Humberto Ramos,<br />

Antigo aluno <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>


ÍNDICE<br />

02 EDITORIAL<br />

» Presi<strong>de</strong>nte<br />

03 A RETER<br />

» <strong>ISEP</strong> fora <strong>de</strong> portas<br />

» Mestre <strong>do</strong> CISTER recebe prémio europeu<br />

» Mais próximos da socieda<strong>de</strong><br />

» Temos um carimbo ver<strong>de</strong><br />

05 EVENTOS<br />

» <strong>ISEP</strong> e empresas: Impossível não comunicar<br />

» Seminário <strong>de</strong> metrologia trouxe a medicina ao <strong>ISEP</strong><br />

» CISTER recebe re<strong>de</strong> <strong>de</strong> excelência europeia<br />

» TOKAMAK II reuniu peritos mundiais <strong>de</strong> software livre no <strong>Porto</strong><br />

» Portas sempre abertas para o 12º ano<br />

» Seminário “Da segurança à qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> alimento”<br />

» Um <strong>do</strong>mingo muito especial<br />

» O futuro engenheiro: Mo<strong>de</strong>rno e diligente<br />

» Fazemos a europa e avançamos a indústria automóvel<br />

05 EVENTOS<br />

10 À CONVERSA COM...<br />

» Björn An<strong>de</strong>rsson (CISTER) e Hussein Khodr (GECAD)<br />

13 DE FORA CÁ DENTRO<br />

» EFACEC<br />

15 DESTAQUE<br />

» JLBE 09 - Jornadas Luso-Brasileiras <strong>de</strong> Ensino e Tecnologia em<br />

<strong>Engenharia</strong><br />

19 INVESTIGAÇÃO À LUPA<br />

» LEMA<br />

10 À CONVERSA COM...<br />

21 DEPOIS DO <strong>ISEP</strong><br />

» Humberto Ramos<br />

23 A NOSSA TECNOLOGIA<br />

» Projecto <strong>de</strong> revestimento <strong>de</strong> edifícios<br />

25 BREVES<br />

» Potenciar o merca<strong>do</strong> ibérico<br />

» <strong>ISEP</strong> distingui<strong>do</strong> pelo IEEE<br />

» GILT cria projecto para o ensino da medicina no séc. XXI<br />

» <strong>ISEP</strong> entre os vence<strong>do</strong>res <strong>do</strong> prémio BES inovação<br />

» Ganhamos a confiança da agência espacial europeia<br />

» CINT-E estabelece parceria com o <strong>ISEP</strong><br />

» <strong>ISEP</strong> aposta em casa inteligente<br />

» CISTER no arranque <strong>do</strong> projecto europeu EMMON<br />

» Museu <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> entra para o ICOM<br />

» CIDEM aposta na optimização <strong>do</strong>s tempos <strong>de</strong> resposta<br />

» Pedro Ribeiro e Ro<strong>do</strong>lfo Martins sobressaem no I<strong>de</strong>ias Luminosas<br />

» GECAD consegue prever saú<strong>de</strong> financeira das empresas<br />

» Tomada <strong>de</strong> posse da ae<strong>ISEP</strong><br />

» Três reforços para a equipa <strong>de</strong> futebol robótico <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong><br />

» Poliempreen<strong>de</strong>, uma plataforma <strong>do</strong> empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>rismo<br />

15 DESTAQUE<br />

29 PROVAS DE DOUTORAMENTO<br />

» Carlos Felgueiras<br />

» Cristiano Abreu<br />

» Filipe Pacheco<br />

» Paula Escu<strong>de</strong>iro<br />

23 A NOSSA TECNOLOGIA


EDITORIAL<br />

EDITORIAL<br />

Por <strong>de</strong>feito <strong>de</strong> formação, no <strong>ISEP</strong> a procura <strong>de</strong> mais e melhor é um <strong>de</strong>safio diário, vivi<strong>do</strong> ao<br />

segun<strong>do</strong>. Só assim é possível, nos dias <strong>de</strong> hoje, manter acesa e activa a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

instituição, alimentar o espírito <strong>de</strong> equipa e mostrar que estamos mais à frente. .<br />

01<br />

02<br />

01<br />

LANTERNA MÁGICA OU LANTERNA DE PROJECÇÃO<br />

MPL100OBJ • MUSEU DO <strong>ISEP</strong><br />

02<br />

HISTERESIMETRO DE EWING<br />

MPL215OBJ • MUSEU DO <strong>ISEP</strong><br />

2009 trouxe gran<strong>de</strong>s novida<strong>de</strong>s na comunicação <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>. Des<strong>de</strong> logo, o lançamento <strong>de</strong> um<br />

site mo<strong>de</strong>rno, tecnologicamente mais avança<strong>do</strong> e adapta<strong>do</strong> à nossa realida<strong>de</strong> e às necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>do</strong> nosso público interno, com uma gran<strong>de</strong> abertura para o exterior e para a comunida<strong>de</strong><br />

que nos ro<strong>de</strong>ia, em qualquer parte <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. A abertura <strong>de</strong> um canal exclusivo no<br />

Youtube veio transformar, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> drástico, a nossa comunicação com o exterior, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>nos,<br />

a obrigação <strong>de</strong>, ao segun<strong>do</strong>, actualizarmos e alimentarmos as informações <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong><br />

para o exterior. Com http://www.youtube.com/isepporto esperamos criar o melhor cartão<strong>de</strong>-visita<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> virtual e, por isso, aí constam, e continuarão a constar, os exemplos <strong>do</strong><br />

melhor que por cá se faz e que o exterior já conhece, através da comunicação social.<br />

E como a comunicação, para funcionar em pleno, <strong>de</strong>ve ser feita <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora, criamos<br />

uma Televisão Corporativa, on<strong>de</strong> passamos, 24 horas por dia, as reportagens já feitas pelo<br />

<strong>ISEP</strong> e informações úteis à comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os próximos eventos, às datas importantes,<br />

e até a previsão <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> tempo. E esta televisão <strong>ISEP</strong> dá ainda a conhecer uma das<br />

nossas últimas criações: o filme institucional. Em cerca <strong>de</strong> seis minutos damos a conhecer,<br />

por imagens, o melhor <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> para, quem não nos conhece, e quem <strong>de</strong>seja conhecer-nos<br />

melhor, possa saber um pouco mais sobre o que fazemos e o que temos para oferecer.<br />

Este primeiro trimestre <strong>de</strong> 2009 ficou marca<strong>do</strong> por inúmeros eventos que espelham a<br />

vonta<strong>de</strong> e o empenho <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s aqueles que coabitam no universo <strong>ISEP</strong>. A segunda edição<br />

das Jornadas Luso-Brasileiras <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>, as primeiras realizadas em Portugal, merece<br />

o <strong>de</strong>staque <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong>: pela organização, pelos convida<strong>do</strong>s, ou simplesmente pelo facto<br />

<strong>de</strong> termos junta<strong>do</strong> numa semana, e num só espaço, <strong>do</strong>is continentes, Europa e América.<br />

No “À conversa com” <strong>do</strong> sétimo <strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> resolvemos fazer algo diferente. Como o <strong>ISEP</strong> é<br />

uma escola cada vez mais internacional, resolvemos convidar <strong>do</strong>is investiga<strong>do</strong>res estrangeiros<br />

que se encontram a <strong>de</strong>senvolver os seus projectos cá no <strong>ISEP</strong>. Björn An<strong>de</strong>rsson e Hussein<br />

Khodr conversaram com o <strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> e contaram um pouco da vivência, das dificulda<strong>de</strong>s e<br />

alegrias, <strong>do</strong> contraste entre o país <strong>de</strong> origem e Portugal.<br />

Registamos ainda o início <strong>de</strong> mais um ciclo <strong>de</strong> mostras <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong>. Desta vez, sob o lema<br />

“<strong>ISEP</strong> fora <strong>de</strong> portas” é o NorteShopping que recebe, ao longo <strong>de</strong>ste ano, três mostras<br />

tecnológicas <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong>. Uma <strong>de</strong>las, a <strong>de</strong> robótica, realizou-se <strong>de</strong> 13 a 15 <strong>de</strong> Março, e o<br />

<strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> <strong>de</strong>svenda um pouco daquilo que foi possível ver e experimentar no NorteShopping.<br />

Muito mais há a <strong>de</strong>svendar nas páginas que se seguem, por isso, convi<strong>do</strong>-vos a explorar<br />

esta sétima edição <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> e partir à <strong>de</strong>scoberta.<br />

JOÃO ROCHA<br />

PRESIDENTE<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Proprieda<strong>de</strong> <strong>ISEP</strong> - <strong>Instituto</strong> <strong>Superior</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> - Rua Dr. António Bernardino <strong>de</strong> Almeida, nº 431 | 4200-<strong>07</strong>2 <strong>Porto</strong> -Tel.: 228 340 500 - Fax.: 228 321 159<br />

Direcção João Rocha<br />

Edição DCI|<strong>ISEP</strong> - Divisão <strong>de</strong> Cooperação e Imagem E-mail dci@isep.ipp.pt<br />

Redacção Alexandra Trincão, Flávio Ramos | Mediana Design José Silva & Óscar Andra<strong>de</strong><br />

Impressão | Revista trimestral | Gratuita | Depósito legal 258405/<strong>07</strong> | Tiragem 1500 exemplares


A RETER<br />

<strong>ISEP</strong> FORA DE PORTAS<br />

O Laboratório <strong>de</strong> Sistemas Autónomos (LSA) esteve no Norte-<br />

Shopping para mostrar <strong>de</strong> que fibra o <strong>ISEP</strong> é feito. Robôs terrestres<br />

e marítimos <strong>de</strong> busca e salvamento, aviões <strong>de</strong> monitorização<br />

ambiental e estrelas <strong>de</strong> futebol robótico foram algumas das máquinas<br />

em <strong>de</strong>staque no centro comercial, entre 13 e 15 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2009.<br />

Para a primeira <strong>de</strong> três iniciativas <strong>de</strong> promoção externa no<br />

NorteShopping, foi escolhi<strong>do</strong> o LSA como representante <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>.<br />

A robótica partiu em digressão e durante três dias os visitantes que<br />

passaram na exposição pu<strong>de</strong>ram assistir e interagir com algumas<br />

das mais recentes inovações <strong>do</strong> nosso <strong>Instituto</strong> e vivenciar um<br />

pouco da mais avançada tecnologia portuguesa. Roaz, Falcos, Tigre<br />

ou Lince foram apenas alguns <strong>do</strong>s nomes que se fizeram ouvir.<br />

Além <strong>de</strong> algumas das principais criações da nossa unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

investigação, o LSA aproveitou ainda para apresentar publicamente<br />

os robôs NAO, os mais recentes reforços da nossa equipa <strong>de</strong> futebol<br />

robótico.<br />

Estas iniciativas inserem-se na estratégia <strong>de</strong> reforço <strong>do</strong> diálogo entre<br />

a socieda<strong>de</strong> e a nossa escola. Somos uma instituição pública aberta<br />

e inclusiva, sempre pronta a receber e ouvir quem nos procura.<br />

Somos igualmente uma organização pró-activa e empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>ra.<br />

Queremos exportar a energia que cá se cria e divulgar a nossa bolsa<br />

<strong>de</strong> talentos. “<strong>ISEP</strong> FORA DE PORTAS” preten<strong>de</strong> sobretu<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstrar<br />

o espírito <strong>de</strong> saber aplica<strong>do</strong> que faz <strong>de</strong> nós uma referência na<br />

<strong>Engenharia</strong>. A exposição é especialmente <strong>de</strong>dicada aos futuros<br />

candidatos ao ensino superior; às entida<strong>de</strong>s que procuram parcerias<br />

ou consulta<strong>do</strong>ria ao nível da I&D <strong>de</strong> ponta; aos emprega<strong>do</strong>res que<br />

acreditam que o sucesso passa pelas boas i<strong>de</strong>ias e pelo trabalho <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong>; e a to<strong>do</strong>s os curiosos por tecnologia, ciência, inovação.<br />

A to<strong>do</strong>s queremos reafirmar que estamos por cá. Nós vivemos o<br />

<strong>ISEP</strong>... e agora estamos a mostrá-lo.<br />

Novas acções <strong>do</strong> género vão-se repetir em Abril e Maio. A 24, 25 e<br />

26 <strong>de</strong> Abril, o Departamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Informática <strong>de</strong>monstrará<br />

as novida<strong>de</strong>s da área. A 22, 23 e 24 <strong>de</strong> Maio, caberá ao Departamento<br />

<strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Civil o papel <strong>de</strong> ser nosso porta-voz. Lançamos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

já, o convite a to<strong>do</strong>s os interessa<strong>do</strong>s a comparecerem no Norte-<br />

Shopping <strong>de</strong>vidamente acompanha<strong>do</strong>s das suas famílias e amigos.<br />

MESTRE DO CISTER RECEBE PRÉMIO EUROPEU<br />

Ricar<strong>do</strong> Severino recebeu o prémio <strong>de</strong> melhor dissertação <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong><br />

no <strong>de</strong>correr da 6th European Conference on Wireless Sensor<br />

Networks (EWSN 2009), um <strong>do</strong>s mais prestigia<strong>do</strong>s eventos da área.<br />

Esta distinção vem, uma vez mais, <strong>de</strong>monstrar o reconhecimento<br />

internacional <strong>de</strong>posita<strong>do</strong> no trabalho científico <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> no<br />

<strong>ISEP</strong>, mas premeia igualmente a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s nossos mestra<strong>do</strong>s.<br />

A EWSN 2009 juntou, entre 11 e 13 <strong>de</strong> Fevereiro, peritos mundiais<br />

na área das re<strong>de</strong>s sensoriais sem fios em Cork, na Irlanda. A atribuição<br />

<strong>do</strong>s prémios <strong>de</strong> melhor dissertação <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> e <strong>de</strong> melhor tese<br />

<strong>de</strong> <strong>do</strong>utoramento constituíram <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s momentos altos da<br />

conferência. No caso <strong>do</strong> primeiro, o prémio foi atribuí<strong>do</strong> em parceria<br />

com a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Excelência em Objectos Cooperantes (CONET).<br />

O investiga<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Investigação em Sistemas Confiáveis<br />

e <strong>de</strong> Tempo-Real (CISTER) foi distingui<strong>do</strong> pelo seu trabalho “On the<br />

use of IEEE 802.15.4/ZigBee for Time-Sensitive Wireless Sensor<br />

Network Applications”. O estu<strong>do</strong> apresenta<strong>do</strong> preten<strong>de</strong> contribuir<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> infra-estruturas <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sensores<br />

sem fios capazes <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r a novos paradigmas computacionais.<br />

Para tal, focou-se na utilização <strong>de</strong> protocolos normaliza<strong>do</strong>s (IEEE<br />

802.15.4 e ZigBee) em conjunto com tecnologias comerciais.<br />

A dissertação resulta <strong>do</strong> mestra<strong>do</strong> em <strong>Engenharia</strong> Electrotécnica e<br />

<strong>de</strong> Computa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> e insere-se no trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> no<br />

CISTER, na linha <strong>de</strong> investigação ART-WiSe. Nas palavras <strong>do</strong> próprio,<br />

“a colaboração com investiga<strong>do</strong>res como Anis Koubâa, Petr Jurcik<br />

e Mário Alves, aliada ao ambiente multicultural e intelectualmente<br />

<strong>de</strong>safiante <strong>do</strong> CISTER, potenciaram imenso os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> trabalho”.<br />

Ricar<strong>do</strong> Severino, que obteve 19 valores no mestra<strong>do</strong>, traça para o<br />

futuro próximo planos <strong>de</strong> ingresso num programa <strong>de</strong> <strong>do</strong>utoramento<br />

e a continuação <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> investigação.<br />

Licencia<strong>do</strong> e mestre pelo <strong>ISEP</strong> e investiga<strong>do</strong>r no CISTER, Ricar<strong>do</strong><br />

Severino espelha o sucesso <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong> <strong>Superior</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong>.


A RETER<br />

MAIS PRÓXIMOS DA SOCIEDADE<br />

"Tornar a instituição mais conhecida pela socieda<strong>de</strong>." São palavras<br />

que resumem a vonta<strong>de</strong> que levou à inauguração <strong>do</strong> canal YouTube<br />

<strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>. Este canal preten<strong>de</strong> abrir o <strong>ISEP</strong> ao exterior e acompanha<br />

outras novida<strong>de</strong>s. Arrancamos também com um novo site e o<br />

projecto <strong>de</strong> TV corporativa. Estas ferramentas têm em comum a<br />

transmissão <strong>do</strong>s nossos casos <strong>de</strong> sucesso. .<br />

No YouTube, a mensagem <strong>de</strong> boas-vindas é dirigida aos candidatos<br />

ao ensino superior e às suas famílias. Apresenta uma das maiores<br />

escolas nacionais <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>, que, para além da qualida<strong>de</strong> da<br />

oferta formativa, dispõe <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> trabalho únicas, que<br />

influenciam a vida <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os que optam por estudar connosco.<br />

Refere ainda a elevada taxa <strong>de</strong> empregabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s nossos cursos.<br />

Empresas e parceiros também são lembra<strong>do</strong>s. O novo canal preten<strong>de</strong><br />

dar-lhes a conhecer conferências e seminários, resulta<strong>do</strong>s da<br />

investigação e outras activida<strong>de</strong>s que se apresentem como maisvalias<br />

aos seus negócios.<br />

As novas plataformas premeiam uma comunicação mais inclusiva.<br />

Das salas <strong>de</strong> aula, aos laboratórios, passan<strong>do</strong> pelos eventos <strong>do</strong> nosso<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos, o novo site cobre a vida académica <strong>de</strong> uma<br />

instituição <strong>de</strong> referência no ensino da <strong>Engenharia</strong>. Continuamos a<br />

nossa estratégia <strong>de</strong> abertura, diálogo e cooperação. .<br />

O <strong>ISEP</strong> cresceu e constitui-se uma marca <strong>de</strong> excelência. Somos uma<br />

escola <strong>de</strong> vanguarda tecnológica, assente numa herança centenária.<br />

Ao “abrir” o <strong>ISEP</strong> ao mun<strong>do</strong>, convidamos to<strong>do</strong>s os interessa<strong>do</strong>s a<br />

conhecer os nossos valores, seja o universo <strong>de</strong> perto <strong>de</strong> 6 mil futuros<br />

profissionais <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> altamente adapta<strong>do</strong>s às exigências <strong>de</strong><br />

uma socieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> conhecimento e criativa; seja a nossa premiada<br />

investigação, que continua a <strong>de</strong>senvolver respostas aos <strong>de</strong>safios <strong>do</strong><br />

teci<strong>do</strong> empresarial e industrial. Os en<strong>de</strong>reços www.isep.ipp.pt e<br />

www.youtube.com/isepporto são <strong>de</strong>stinos a reter. .<br />

Com mais <strong>de</strong> 155 anos, o <strong>ISEP</strong> está aponta<strong>do</strong> ao futuro. .<br />

TEMOS UM CARIMBO VERDE<br />

A sustentabilida<strong>de</strong> é <strong>do</strong>s maiores <strong>de</strong>safios da humanida<strong>de</strong> no séc.<br />

XXI. Conjugar o <strong>de</strong>senvolvimento das socieda<strong>de</strong>s e o equilíbrio <strong>do</strong>s<br />

ecossistemas continua a <strong>de</strong>safiar políticos, cientistas e gestores em<br />

to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>. A pensar no futuro, promovemos a sustentabilida<strong>de</strong><br />

em todas as nossas áreas <strong>de</strong> acção. Apostamos na sensibilização<br />

das pessoas que compõem o nosso universo e continuamos empenha<strong>do</strong>s<br />

em marcar a nossa oferta formativa, investigação e gestão<br />

com um carimbo ver<strong>de</strong>.<br />

Em 2008, o <strong>ISEP</strong> recebeu da Comissão Europeia o prémio Greenlight,<br />

em reconhecimento pelas boas práticas <strong>de</strong> eficiência energética.<br />

Somos a primeira instituição <strong>de</strong> ensino superior em Portugal a ser<br />

distinguida. Entretanto, criamos a Casa Inteligente, um projecto que<br />

congrega saberes <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Mecânica e Civil, na optimização<br />

<strong>de</strong> um edifício amigo <strong>do</strong> ambiente. Em <strong>Engenharia</strong> Química, <strong>de</strong>senvolvemos<br />

técnicas <strong>de</strong> reciclagem ou <strong>de</strong> reaproveitamento <strong>de</strong> resíduos<br />

e já produzimos biodiesel <strong>de</strong> segunda geração. As nossas<br />

premiadas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong>senvolvem ainda produtos<br />

como o Falcos, um protótipo <strong>de</strong> aeronave para <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> incêndios<br />

florestais ou o revolucionário ecoponto “Blue-Bee”. .<br />

Orientamos as nossas ofertas formativas para os resulta<strong>do</strong>s e a<br />

eficiência. Sejam nas licenciaturas, pós-graduações ou mestra<strong>do</strong>s<br />

incutimos a pertença a um mun<strong>do</strong> global e interliga<strong>do</strong>. .<br />

Na gestão, li<strong>de</strong>ramos pelo exemplo. Informatizamos serviços para<br />

garantir melhor atendimento e ao mesmo tempo optimizar recursos.<br />

Alimentamos o <strong>de</strong>bate em torno das energias renováveis e trazemos<br />

ao <strong>Porto</strong> os mais consagra<strong>do</strong>s peritos internacionais. Estes são alguns<br />

exemplos <strong>do</strong> nosso empenho.<br />

O <strong>ISEP</strong> está coloca<strong>do</strong> entre as melhores instituições <strong>de</strong> ensino<br />

superior público <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e é igualmente um <strong>do</strong>s principais<br />

organismos <strong>de</strong> investigação em Portugal. Conscientes da nossa<br />

responsabilida<strong>de</strong> social, envolvemos todas as áreas da <strong>Engenharia</strong><br />

na construção <strong>de</strong> um mun<strong>do</strong> melhor. Abrimos os braços a parcerias<br />

que nos aju<strong>de</strong>m a fazer mais com o nosso saber aplica<strong>do</strong>. No nosso<br />

campus, reduzimos, reaproveitamos e reciclamos... mas sobretu<strong>do</strong><br />

inovamos!


EVENTOS<br />

<strong>ISEP</strong> E EMPRESAS: IMPOSSÍVEL NÃO COMUNICAR<br />

O Conselho Científico organizou, no passa<strong>do</strong> dia 16 <strong>de</strong> Fevereiro,<br />

o seminário “Cooperação entre o Ensino <strong>Superior</strong> e os Agentes<br />

Económicos”. O objectivo passou por reforçar o compromisso <strong>do</strong><br />

<strong>ISEP</strong> com as empresas. A TOYOTA Caetano Portugal S.A., a EFACEC<br />

e a Associação Empresarial <strong>de</strong> Portugal (AEP), foram algumas das<br />

organizações presentes no nosso campus.<br />

O <strong>Instituto</strong> <strong>Superior</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> sempre se <strong>de</strong>marcou<br />

pela sua vertente <strong>de</strong> conhecimento aplica<strong>do</strong>. Na formação <strong>de</strong> futuros<br />

profissionais <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> está patente o cuida<strong>do</strong> em capacitar<br />

os nossos gradua<strong>do</strong>s para a intervenção imediata em qualquer<br />

projecto que lhes seja apresenta<strong>do</strong>. Em simultâneo, a nossa<br />

investigação preocupa-se em produzir resulta<strong>do</strong>s que vão ao<br />

encontro <strong>do</strong>s principais <strong>de</strong>safios e necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> teci<strong>do</strong><br />

empresarial. É com esta realida<strong>de</strong> em mente que trabalhamos no<br />

dia-a-dia e encaramos com gran<strong>de</strong> interesse propostas <strong>de</strong><br />

colaboração que permitam o <strong>de</strong>senvolvimento das nossas<br />

comunida<strong>de</strong>s.<br />

O seminário teve início com a intervenção <strong>de</strong> Joaquim Borges<br />

Gouveia (Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aveiro), que relatou experiências <strong>de</strong><br />

cooperação entre o ensino superior e as empresas. De seguida, José<br />

Manuel Rodrigues (TOYOTA Caetano Portugal, S.A.) apresentou a<br />

comunicação “Impossível não comunicar”, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo resumiu<br />

o espírito subjacente ao encontro. José Guimarães (Rotomolding)<br />

continuou, referin<strong>do</strong> a necessida<strong>de</strong> das PME investirem na inovação.<br />

Mário Alvim <strong>de</strong> Castro (ALTO, Perfis Pultrudi<strong>do</strong>s, Lda.), João Vieira<br />

(EFACEC) e António Pego (AEP) seguiram-se, com as suas visões<br />

sobre as vantagens adjacentes à cooperação, seja em projectos <strong>de</strong><br />

consulta<strong>do</strong>ria para <strong>de</strong>senvolvimento ou teste <strong>de</strong> produtos; integração<br />

<strong>de</strong> jovens investiga<strong>do</strong>res nos Departamentos <strong>de</strong> I&D das empresas;<br />

ou o aproveitamento <strong>do</strong>s estágios profissionais para captação <strong>de</strong><br />

quadros e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projectos específicos. .<br />

Entre as principais conclusões <strong>do</strong> encontro, ficou perceptível a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprofundar os relacionamentos entre as empresas<br />

e as instituições <strong>de</strong> ensino superior. Verifica-se que na actualida<strong>de</strong><br />

o progresso e o <strong>de</strong>senvolvimento económico estão associa<strong>do</strong>s ao<br />

conhecimento. Assim, é cada vez mais importante promover uma<br />

ligação eficiente com o teci<strong>do</strong> económico, estabelecen<strong>do</strong> uma<br />

cultura da qualida<strong>de</strong> e da inovação.<br />

O <strong>ISEP</strong> é uma instituição <strong>de</strong> conhecimento aplica<strong>do</strong>. Formamos<br />

profissionais, cujo perfil se <strong>de</strong>marca pela sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta<br />

imediata e eficiência. Investimos numa investigação <strong>de</strong> componente<br />

prática, direccionada a problemas concretos e que premeia<br />

resulta<strong>do</strong>s. Promovemos um Portugal mais forte e contribuímos<br />

para uma Europa tecnológica. Estamos abertos para ouvir as<br />

empresas, das PME aos gran<strong>de</strong>s grupos e, juntos, trabalharmos no<br />

senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> encontrar respostas e superarmos <strong>de</strong>safios. .<br />

SEMINÁRIO DE METROLOGIA TROUXE A “SAÚDE” AO <strong>ISEP</strong><br />

Alunos da licenciatura em <strong>Engenharia</strong> <strong>de</strong> Instrumentação e Metrologia<br />

organizaram, em Janeiro <strong>de</strong>ste ano, o seminário “Metrologia<br />

na Área da Saú<strong>de</strong>”. O objectivo visava sensibilizar to<strong>do</strong>s os intervenientes<br />

<strong>do</strong>s impactos resultantes da interacção <strong>de</strong>stas ciências,<br />

mas ao mesmo tempo permitiu aos nossos estudantes <strong>de</strong>senvolverem<br />

competências <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> eventos e equipas. .<br />

O encontro foi organiza<strong>do</strong> no âmbito da disciplina <strong>de</strong> Méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

Trabalho e reforçou diversas competências, já que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a planificação<br />

inicial, orçamentação, gestão <strong>de</strong> agendas, reservas <strong>de</strong> espaços,<br />

contactos com ora<strong>do</strong>res, divulgação, entre outras tarefas, tu<strong>do</strong> foi<br />

executa<strong>do</strong> pelos estudantes.<br />

Durante o seminário, Milton Rodrigues e Gustavo Santos, engenheiros<br />

convida<strong>do</strong>s da empresa PROHS, abordaram a metrologia na área<br />

da saú<strong>de</strong>. Os ora<strong>do</strong>res apresentaram igualmente uma máquina <strong>de</strong><br />

calibrar esfigmomanômetros (aparelho <strong>de</strong> pressão utiliza<strong>do</strong> para<br />

medir a tensão arterial) e abordaram tópicos relativos a normas,<br />

calibragem e esterilização <strong>de</strong> equipamentos hospitalares. Confirmase<br />

assim a importância da metrologia enquanto ciência <strong>de</strong> extrema<br />

utilida<strong>de</strong> ao pleno funcionamento <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s hospitalares. .<br />

O evento foi aberto a to<strong>do</strong>s os interessa<strong>do</strong>s e a presença <strong>de</strong> médicos<br />

<strong>do</strong> Hospital <strong>de</strong> S. João, entre um auditório bem preenchi<strong>do</strong>, atestaram<br />

o interesse suscita<strong>do</strong>. Esperam-se assim reedições <strong>de</strong>sta iniciativa.


EVENTOS<br />

CISTER RECEBE REDE DE EXCELÊNCIA EUROPEIA<br />

Peritos internacionais <strong>de</strong> sistemas embebi<strong>do</strong>s, computação ubíqua<br />

e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sensores estiveram <strong>Porto</strong> para discutir o esta<strong>do</strong> da arte.<br />

O convite partiu <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Investigação em Sistemas Confiáveis<br />

e <strong>de</strong> Tempo-Real (CISTER), que organizou uma reunião com os<br />

parceiros da Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Excelência Europeia CONET (Cooperating<br />

Objects Network of Excellence).<br />

A CONET engloba os melhores investiga<strong>do</strong>res europeus nestas<br />

áreas, tal como a ETH Zürich, o Swedish Institute of Computer<br />

Science, a Universität Bonn, a Technische Universität Berlin, o University<br />

College Lon<strong>do</strong>n, a Universitá di Pisa, a Delft University of Technology<br />

ou empresas como a SAP AG, Telecom Italia, Boeing Research<br />

& Technology Europe e a Schnei<strong>de</strong>r Electric, entre outros. Fruto <strong>do</strong><br />

encontro no <strong>ISEP</strong>, está em preparação a primeira edição <strong>do</strong> “CONET<br />

roadmap”, <strong>do</strong>cumento on<strong>de</strong> se apresenta o esta<strong>do</strong> da arte e da<br />

tecnologia e perspectivas futuras na área <strong>do</strong>s “Objectos Cooperantes”.<br />

Os “Objectos Cooperantes” referem-se a uma nova realida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong><br />

espaços e objectos terão minúsculos computa<strong>do</strong>res neles<br />

incorpora<strong>do</strong>s, capazes <strong>de</strong> comunicar entre si. Estes objectos com<br />

processa<strong>do</strong>res embebi<strong>do</strong>s têm a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cooperar e<br />

condicionar o ambiente em que se encontram. Ao atingirem<br />

objectivos comuns, são capazes <strong>de</strong> proporcionar-nos maiores níveis<br />

<strong>de</strong> conforto, comodida<strong>de</strong> ou segurança.<br />

Lí<strong>de</strong>r na área, o CISTER foi igualmente alvo <strong>de</strong> cobertura pela própria<br />

CONET, que optou por <strong>de</strong>stacar o centro <strong>de</strong> I&D <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> na primeira<br />

edição da sua newsletter. Esta publicação foi editada em Janeiro <strong>de</strong><br />

2009 e está disponível na sua página na internet.<br />

TOKAMAK II REUNIU<br />

PERITOS MUNDIAIS DE SOFTWARE<br />

LIVRE NO PORTO<br />

O <strong>ISEP</strong>, enquanto escola <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> <strong>de</strong> vanguarda, aposta na<br />

divulgação e aplicação <strong>de</strong> novas tecnologias. Entre estas, encontramse<br />

as tecnologias open source, nomeadamente o KDE Plasma. Se a<br />

computação evoluiu drasticamente ao longo <strong>do</strong>s últimos 20 anos,<br />

os nossos <strong>de</strong>sktops mantêm características essenciais <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1984.<br />

A pensar na sua evolução realizou-se a TOKAMAK II. .<br />

Desenvolvi<strong>do</strong> para utiliza<strong>do</strong>res Linux, mas igualmente disponível<br />

para Win<strong>do</strong>ws e Mac, o KDE (K Desktop Environment) apresenta-se<br />

como um ambiente gráfico e uma plataforma <strong>de</strong> open source,<br />

sen<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s mais populares ambientes gráficos usa<strong>do</strong>s no Linux.<br />

Após um primeiro encontro na cida<strong>de</strong> italiana <strong>de</strong> Milão, o <strong>ISEP</strong><br />

acolheu a segunda edição <strong>do</strong> TOKAMAK - Plasma Developers<br />

Meeting. Entre 6 e 9 <strong>de</strong> Fevereiro, o Departamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />

Informática promoveu esta iniciativa com vista a proporcionar a<br />

to<strong>do</strong>s os interessa<strong>do</strong>s uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer melhor alguns<br />

<strong>do</strong>s projectos com mais impacto no que diz respeito a software<br />

livre. O TOKAMAK II incidiu sobretu<strong>do</strong> no KDE e trouxe ao nosso<br />

campus alguns <strong>do</strong>s principais especialistas no assunto, entre os<br />

quais, Nuno Pinheiro, Aaron Seigo, Sebastian Kügler, Anne-Marie<br />

Mahfouf, Artur Souza ou Alexis Ménard.<br />

Com este evento preten<strong>de</strong>u-se proporcionar aos nossos estudantes<br />

e <strong>do</strong>centes, mas também ao público interessa<strong>do</strong>, a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> conhecer <strong>de</strong> perto alguns <strong>do</strong>s projectos com mais impacto na<br />

área e o contacto com algumas das principais figuras responsáveis<br />

pelo seu <strong>de</strong>senvolvimento. Durante quatro dias, os participantes<br />

pu<strong>de</strong>ram apresentar questões e participar em várias palestras,<br />

workshops e outras activida<strong>de</strong>s relacionadas com uma das mais<br />

promissoras plataformas <strong>de</strong> código aberto.


EVENTOS<br />

PORTAS SEMPRE ABERTAS PARA O 12º ANO<br />

Numa altura em que os estudantes <strong>do</strong> 12º ano lectivo <strong>de</strong>finem as<br />

suas opções <strong>de</strong> futuro, no <strong>ISEP</strong> têm cresci<strong>do</strong> os pedi<strong>do</strong>s para visitas<br />

por parte <strong>de</strong> escolas secundárias. A qualida<strong>de</strong> da nossa formação,<br />

assente no conhecimento aplica<strong>do</strong>, e o forte espírito académico<br />

perpetuam o interesse <strong>de</strong> quem vai ingressar no ensino superior.<br />

O arranque <strong>do</strong> ano lectivo <strong>de</strong> 2008/2009 ficou marca<strong>do</strong> pelo total<br />

preenchimento das vagas no <strong>ISEP</strong>. Os nove cursos <strong>de</strong> licenciatura<br />

atraíram 805 futuros engenheiros e reforçaram a nossa posição<br />

entre as melhores instituições nacionais <strong>de</strong> ensino superior.<br />

Referência no ensino politécnico, dinamizamos também o Ano Zero,<br />

on<strong>de</strong> preparamos cerca <strong>de</strong> 30 estudantes para o ingresso no ensino<br />

superior. Formamos os nossos primeiros mestres e alargamos para<br />

<strong>de</strong>z cursos a oferta <strong>do</strong> 2º ciclo. São números da atracção pelo <strong>ISEP</strong>.<br />

É esta vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> pertencer a uma comunida<strong>de</strong> académica com<br />

perto <strong>de</strong> 6 mil estudantes, que tem motiva<strong>do</strong> os vários pedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

visita à nossa escola. As visitas aos nossos laboratórios permitem<br />

ver <strong>de</strong> perto como se faz a ciência. As conversas com os nossos<br />

<strong>do</strong>centes e directores <strong>de</strong> curso elucidam sobre as mais-valias <strong>de</strong><br />

uma formação que prepara os seus gradua<strong>do</strong>s ao encontro das<br />

reais necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> empresas nacionais e internacionais. Des<strong>de</strong><br />

Janeiro, mais <strong>de</strong> uma centena <strong>de</strong> estudantes <strong>do</strong> secundário já vieram<br />

ao <strong>ISEP</strong>. Em muitos casos, este po<strong>de</strong>rá ter si<strong>do</strong> o primeiro dia <strong>de</strong> um<br />

trajecto memorável para carreiras <strong>de</strong> sucesso.<br />

Acreditamos que estas visitas apresentam-se como uma forma<br />

inova<strong>do</strong>ra e enriquece<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>s estudantes <strong>do</strong> ensino secundário<br />

sentirem a ciência, o ambiente <strong>de</strong> um campus e o dinamismo da<br />

<strong>Engenharia</strong>. Estamos interessa<strong>do</strong>s em receber e ouvir quem tem a<br />

ambição <strong>de</strong> evoluir connosco. O convite permanece em aberto.<br />

SEMINÁRIO “DA SEGURANÇA À QUALIDADE DO ALIMENTO”<br />

Foram cerca <strong>de</strong> quatro centenas <strong>de</strong> participantes que se <strong>de</strong>slocaram<br />

ao auditório magno <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>, entre 2 e 3 <strong>de</strong> Março, para assistirem<br />

ao seminário “Da Segurança à Qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Alimento”. Dirigi<strong>do</strong> aos<br />

profissionais das indústrias alimentares, recém-licencia<strong>do</strong>s e estudantes,<br />

o evento <strong>de</strong>u a conhecer ferramentas da qualida<strong>de</strong>, processos<br />

<strong>de</strong> certificação e especificida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s produtos tradicionais. .<br />

A implementação e manutenção <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> na<br />

indústria alimentar tem reforça<strong>do</strong> as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação e<br />

sensibilização <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os seus colabora<strong>do</strong>res. Embora com custos<br />

associa<strong>do</strong>s, o sistema <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> origina menos erros, rentabiliza<br />

os recursos e a produtivida<strong>de</strong>, geran<strong>do</strong> benefícios. Este foi o mote<br />

<strong>de</strong> arranque para o seminário que trouxe ao <strong>ISEP</strong> altos responsáveis<br />

<strong>de</strong> empresas como a McDonald's Portugal, Associação Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Certificação, Sovena Portugal – Consumer Goods, S.A., ASAE.,<br />

Nestlé Portugal, S.A., Cerealis – Produtos Alimentares ou a Associação<br />

Portuguesa <strong>de</strong> Agricultura Biológica, entre muitas outras. .<br />

Ao longo <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is dias, as comunicações incidiram sobre os ganhos<br />

<strong>de</strong> uma cultura <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apostar em estratégias<br />

passíveis <strong>de</strong> ser a<strong>do</strong>ptadas pelas gran<strong>de</strong>s empresas e pelos<br />

pequenos produtores. A organização acabou ainda por frisar a<br />

importância <strong>do</strong>s produtos tradicionais pela sua riqueza, enquanto<br />

património gastronómico e cultural, e pelo seu potencial como<br />

mecanismo <strong>de</strong> combate à <strong>de</strong>sertificação <strong>de</strong> regiões através da criação<br />

<strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho, dinamização <strong>do</strong> turismo e <strong>do</strong>s respectivos<br />

contributos económicos.<br />

Esta iniciativa divulgou os princípios da segurança alimentar/qualida<strong>de</strong><br />

como um direito <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res e uma obrigação <strong>do</strong>s<br />

produtores <strong>de</strong> alimentos. A afluente participação <strong>de</strong> especialistas,<br />

profissionais qualifica<strong>do</strong>s e futuros licencia<strong>do</strong>s contribuiu para<br />

consolidar o propósito. O seminário “Da Segurança à Qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

Alimento” foi organiza<strong>do</strong> pelo <strong>ISEP</strong> em colaboração com o REQUIMTE<br />

e com a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. .


EVENTOS<br />

UM DOMINGO MUITO ESPECIAL<br />

Foi um auditório magno cheio que serviu <strong>de</strong> palco à cerimónia <strong>de</strong><br />

entrega <strong>do</strong>s diplomas aos nossos estudantes. Entre licenciaturas,<br />

pós-graduações e mestra<strong>do</strong>s habilitamos este ano 850 profissionais<br />

em <strong>Engenharia</strong> prontos a causar impacto.<br />

Não é to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>mingos que o <strong>ISEP</strong> se enche, mas o dia 1 <strong>de</strong> Março<br />

<strong>de</strong> 2009 foi especial. Acompanha<strong>do</strong>s <strong>de</strong> familiares e amigos, os<br />

nossos gradua<strong>do</strong>s acorreram à cerimónia <strong>de</strong> entrega das cartas <strong>de</strong><br />

curso <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 2008. Os sorrisos espelhavam um sentimento <strong>de</strong><br />

realização comum a quem cresceu nesta casa. Os nossos alumni<br />

são os maiores embaixa<strong>do</strong>res da força <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong> e é por isso que<br />

nos orgulhamos em <strong>de</strong>stacar os seus casos <strong>de</strong> sucesso. .<br />

Já na semana anterior, o Centro <strong>de</strong> Congressos <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> tinha acolhi<strong>do</strong><br />

a Sessão Solene com que se iniciaram as comemorações <strong>do</strong> 24º<br />

aniversário <strong>do</strong> Politécnico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e que serviram para entregar as<br />

medalhas <strong>de</strong> mérito aos melhores estudantes. A cerimónia começou<br />

por <strong>de</strong>stacar Cosme Teixeira, mestre em Geotecnia e Geoambiente<br />

pelo <strong>ISEP</strong> e o primeiro mestre <strong>do</strong> ensino politécnico português.<br />

Seguiram-se os nossos três melhores estudantes, João Azeve<strong>do</strong>, da<br />

licenciatura em <strong>Engenharia</strong> Mecânica, João Duarte e Eugénia Moreira,<br />

ambos mestran<strong>do</strong>s em <strong>Engenharia</strong> Informática. Nuno Luz, <strong>do</strong> curso<br />

<strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Informática, foi ainda galar<strong>do</strong>a<strong>do</strong> com o Prémio I2S,<br />

entregue por Américo Santos Neves, administra<strong>do</strong>r da I2S. .<br />

Continuamos a nossa missão <strong>de</strong> criar e transferir conhecimento, <strong>de</strong><br />

formar os melhores profissionais <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>. Os momentos especiais<br />

constroem as memórias e as pessoas ímpares erguem as instituições.<br />

O FUTURO ENGENHEIRO: MODERNO E DILIGENTE<br />

A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação Graphics, Interaction and Learning<br />

Technologies (GILT) acolheu, no dia 6 <strong>de</strong> Março, uma reunião <strong>do</strong><br />

projecto/re<strong>de</strong> “Enhancing Lifelong Learning for the Electrical and<br />

Information Engineering Community” (ELLEIEC). Este projecto<br />

envolve cerca <strong>de</strong> 50 instituições europeias <strong>de</strong> ensino superior ao<br />

abrigo <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Aprendizagem ao Longo da Vida (PALV).<br />

O ELLEIEC visa a criação <strong>de</strong> um centro virtual que contribua para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> aptidões empresariais e estu<strong>de</strong> os impactos<br />

da aprendizagem ao longo da vida na empregabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

profissionais <strong>de</strong> Electrotecnia e Informática. Preten<strong>de</strong>-se que o centro<br />

venha a ser usa<strong>do</strong> por estudantes, <strong>do</strong>centes e outros profissionais<br />

<strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s académicas, empresas <strong>de</strong> formação e mentores<br />

empresariais <strong>de</strong> toda a Europa. O principal impacto previsto será<br />

uma melhoria da capacida<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>ra no espaço europeu,<br />

em particular nas áreas da <strong>Engenharia</strong> Electrotécnica e Informática.<br />

Da<strong>do</strong> que o centro terá necessariamente que se apoiar em e-learning,<br />

na reunião <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> foram estudadas as meto<strong>do</strong>logias mais a<strong>de</strong>quadas<br />

para assegurar a qualida<strong>de</strong> da formação. Foram ainda analisa<strong>do</strong>s<br />

mecanismos <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong>s estudantes (competências e<br />

conhecimentos) e as suas vantagens comparativamente com os<br />

mecanismos <strong>de</strong> avaliação em situação presencial. Em particular,<br />

procurou-se ainda relacionar a proposta ELLEIEC com esquemas<br />

formais <strong>de</strong> competências, como é o caso <strong>do</strong> EQF (European<br />

Qualification Framework), entre outros na área da <strong>Engenharia</strong>.


EVENTOS<br />

FAZEMOS A EUROPA E AVANÇAMOS A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL<br />

Dez instituições <strong>de</strong> ensino superior, mais <strong>de</strong> 100 alunos e investiga<strong>do</strong>res<br />

e os maiores nomes da indústria automóvel europeia juntaramse<br />

no nosso campus para discutir as melhores práticas <strong>de</strong> eficiência<br />

energética, sustentabilida<strong>de</strong> ambiental e segurança na indústria<br />

automóvel.<br />

Através <strong>de</strong> um curso intensivo <strong>de</strong> duas semanas, especialistas<br />

europeus da área <strong>de</strong>monstraram a alunos e empresários da região<br />

as ferramentas e méto<strong>do</strong>s a usar para estimular a poupança energética<br />

nos sistemas <strong>de</strong> segurança <strong>do</strong>s veículos. A TRW, o maior<br />

fabricante <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> segurança passivos e a Toyota<br />

foram apenas alguns <strong>do</strong>s nomes <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque que marcaram<br />

presença no evento.<br />

“Ecology and Safety as Driving Forces in the Development of Vehicles”<br />

foi o tema <strong>do</strong> Programa Intensivo que trouxe ao nosso campus<br />

estudantes e <strong>do</strong>centes <strong>de</strong> várias escolas europeias. Organiza<strong>do</strong> pelo<br />

Departamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Mecânica, com o patrocínio da União<br />

Europeia, através <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Aprendizagem ao Longo da Vida<br />

(PALV), o Programa Intensivo reuniu no <strong>Porto</strong> <strong>de</strong>z instituições <strong>de</strong><br />

ensino superior europeias. Aos nossos 40 participantes, juntaramse<br />

ainda cerca <strong>de</strong> 60 estudantes e investiga<strong>do</strong>res provenientes da<br />

Alemanha, Áustria, Bélgica, Estónia, Polónia, Grécia e Finlândia. Fruto<br />

<strong>do</strong> contínuo compromisso <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> com o estreitar da cooperação<br />

empresarial, este evento contou ainda com várias inscrições <strong>de</strong><br />

quadros <strong>de</strong> empresas locais.<br />

A organização <strong>de</strong>ste Programa Intensivo incidiu sobretu<strong>do</strong> nos<br />

<strong>de</strong>safios presentes e necessida<strong>de</strong>s futuras das empresas <strong>do</strong> sector<br />

automóvel. Entre os tópicos aborda<strong>do</strong>s estiveram as novas tecnologias<br />

relacionadas na construção <strong>de</strong> veículos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fase <strong>de</strong><br />

projecto à construção e manutenção; a emergência <strong>de</strong> novos<br />

materiais; problemáticas e oportunida<strong>de</strong>s relacionadas com o uso<br />

<strong>de</strong> combustíveis alternativos e tecnologia híbrida; preocupações<br />

com o controlo da poluição, diminuição <strong>de</strong> emissões tóxicas e<br />

reciclagem; e como não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser segurança activa e<br />

passiva <strong>do</strong>s veículos.<br />

Entre 15 e 29 <strong>de</strong> Março, o <strong>ISEP</strong> serviu <strong>de</strong> palco para o <strong>de</strong>bate sobre<br />

os temas <strong>de</strong> vanguarda relaciona<strong>do</strong>s com a <strong>Engenharia</strong> Automóvel.<br />

Ministra<strong>do</strong> em inglês, o curso foi orienta<strong>do</strong> através <strong>de</strong> palestras,<br />

apoiadas por workshops e visitas a empresas <strong>do</strong> sector. Deste<br />

encontro <strong>de</strong> diferentes culturas, visões e meto<strong>do</strong>logias <strong>de</strong> trabalho<br />

resultou um maior conhecimento <strong>do</strong>s principais avanços que se<br />

perspectivam na indústria automóvel.<br />

As iniciativas <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> e intercâmbio são apontadas como<br />

sen<strong>do</strong> <strong>do</strong>s maiores facilita<strong>do</strong>res ao sucesso da construção europeia.<br />

A riqueza <strong>de</strong>ste Programa Intensivo residiu sobretu<strong>do</strong> na sinergia<br />

criada entre a conjugação <strong>de</strong> saberes académicos, empresariais,<br />

nacionais e europeus. No <strong>ISEP</strong>, encaramos o Espaço Europeu <strong>de</strong><br />

Ensino <strong>Superior</strong> como uma oportunida<strong>de</strong> e uma ferramenta ao<br />

serviço <strong>do</strong>s nossos alunos e parceiros empresariais. .


À CONVERSA COM...<br />

BJÖRN ANDERSSON<br />

INVESTIGADOR DO CISTER<br />

HUSSEIN KHODR<br />

INVESTIGADOR DO GECAD<br />

As suas histórias têm rumos bem diferentes, mas os seus percursos<br />

<strong>de</strong> vida cruzaram-se no <strong>ISEP</strong>. Hussein passou pelas tormentas da<br />

guerra <strong>do</strong> Líbano e Björn cresceu na Suécia a investigar o mun<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s computa<strong>do</strong>res. Hoje, são investiga<strong>do</strong>res reconheci<strong>do</strong>s internacionalmente<br />

e têm em comum o facto <strong>de</strong> terem escolhi<strong>do</strong> o <strong>ISEP</strong><br />

para <strong>de</strong>senvolver os seus projectos. O <strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> foi ao encontro <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>is génios da engenharia para <strong>de</strong>scobrir o caminho que percorreram<br />

até chegar até aqui.<br />

<strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> Há quanto tempo está em Portugal?<br />

Hussein: Estou em Portugal <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 e no <strong>ISEP</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 20<strong>07</strong>.<br />

Björn: Estou em Portugal, e no CISTER, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2005.<br />

<strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> Qual a sua cida<strong>de</strong> natal?<br />

Hussein: Nasci em Tripoli, a segunda maior cida<strong>de</strong> no Líbano, que<br />

fica mesmo na fronteira com a Síria.<br />

Björn: Nasci e cresci em Gotemburgo, na Suécia.<br />

<strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> Qual era a sua ocupação antes <strong>de</strong> vir para o <strong>ISEP</strong>? .<br />

Hussein: Estive a trabalhar durante sete anos como professor na<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Simón Bolívar, em Caracas, na Venezuela. Era também<br />

colabora<strong>do</strong>r da Universida<strong>de</strong> Central da Venezuela. Leccionava<br />

no Departamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Eléctrica e <strong>de</strong> Computação.<br />

Björn: Quan<strong>do</strong> vim para Portugal tinha acaba<strong>do</strong> <strong>de</strong> terminar o pós<strong>do</strong>utoramento<br />

na Chalmers University of Technology, em<br />

Gotemburgo.<br />

<strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> Porque resolveu vir para Portugal?<br />

Hussein: Na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Símon Bolívar fiz um ano sabático e<br />

conheci, <strong>de</strong>ntro da minha área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, Vladimiro Miranda, um<br />

professor <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Decidi então vir para Portugal, fazer investigação<br />

na minha área. O visto foi o mais difícil <strong>de</strong> conseguir porque, por<br />

mais alta que seja a qualificação académica, o facto é que sen<strong>do</strong><br />

proveniente <strong>do</strong> Médio Oriente, as limitações são sempre gran<strong>de</strong>s.<br />

Ouvi muitas vezes comentários <strong>do</strong> género: “Ah, o seu nome é<br />

Hussein, então on<strong>de</strong> está a bomba?”. E isso aconteceu-me em muitos<br />

países da Europa. Chegaram mesmo a dirigir-me palavras muito<br />

grosseiras, nomeadamente na Alemanha.<br />

Depois resolvi vir para aqui e reparei que Portugal é muito diferente<br />

<strong>do</strong> resto da Europa, as pessoas são muito mais amigáveis e totalmente<br />

diferentes. Estive a colaborar na área da investigação <strong>de</strong> alta<br />

tensão numa outra instituição <strong>de</strong> ensino e o grupo em que estava<br />

inseri<strong>do</strong> teve vários projectos financia<strong>do</strong>s pela Fundação para a<br />

Ciência e Tecnologia (FCT).<br />

Passa<strong>do</strong> algum tempo <strong>de</strong> estar em Portugal, surgiu um anúncio da<br />

professora Zita Vale, <strong>do</strong> GECAD, a pedir um investiga<strong>do</strong>r, com<br />

<strong>do</strong>utoramento anterior a 2004. Como o meu <strong>do</strong>utoramento é <strong>de</strong><br />

1996 e eu cumpria to<strong>do</strong>s os outros requisitos, <strong>de</strong>cidi candidatar-me<br />

ao <strong>ISEP</strong>. Já tinha ouvi<strong>do</strong> falar da instituição e achei logo que aqui<br />

era o meu lugar. Fiz uma entrevista com Zita Vale e Carlos Ramos<br />

e, no concurso internacional, fiquei em primeiro lugar acaban<strong>do</strong><br />

por me tornar o novo investiga<strong>do</strong>r bolseiro <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>. Já conhecia<br />

muita gente <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> e diziam-me que era muito bom trabalhar com<br />

os investiga<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cá e que po<strong>de</strong>ria concretizar muitos <strong>do</strong>s meus<br />

projectos. Por isso, foi uma escolha fácil.<br />

Björn: Conheci o <strong>ISEP</strong> através <strong>do</strong> CISTER, que é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>, a nível<br />

Europeu, como um <strong>do</strong>s melhores centros <strong>de</strong> investigação em ciências<br />

<strong>de</strong> computação da Europa. Foi ao participar numa conferência<br />

organizada precisamente pelo grupo <strong>de</strong> investigação em 2003, no<br />

<strong>Porto</strong>, a maior conferência da Europa na área, que conheci o grupo.<br />

No entanto, um pouco por toda a Europa, já tinha ouvi<strong>do</strong> falar <strong>do</strong><br />

CISTER, principalmente pela qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> seu trabalho. Na altura,<br />

surgiu a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vir para o grupo fazer uma investigação<br />

na área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> meu <strong>do</strong>utoramento – os sistemas <strong>de</strong> resposta<br />

em tempo real <strong>do</strong>s computa<strong>do</strong>res embebi<strong>do</strong>s. Um exemplo <strong>de</strong>stes<br />

computa<strong>do</strong>res é o sistema <strong>de</strong> funcionamento <strong>do</strong>s travões <strong>de</strong> um


À CONVERSA COM...<br />

carro. Quan<strong>do</strong> travamos, há um sistema liga<strong>do</strong> a um dispositivo<br />

computacional, embebi<strong>do</strong> no carro e, quan<strong>do</strong> o condutor quer<br />

travar, temos <strong>de</strong> nos certificar que essa acção é feita na hora certa,<br />

porque, caso contrário, o carro não trava. Posso dizer que a minha<br />

investigação vai no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> fazer com que os computa<strong>do</strong>res<br />

executem ainda melhor as suas funções.<br />

Há uma associação europeia que alberga os 10 melhores grupos<br />

<strong>de</strong> investigação na área <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> tempo real e que tem uma<br />

newsletter periódica. E nessa publicação lançaram a notícia que o<br />

CISTER estava em fase <strong>de</strong> alargamento e que precisava <strong>de</strong> mais<br />

investiga<strong>do</strong>res.<br />

<strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> Qual a sua opinião acerca <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> como instituição <strong>de</strong><br />

ensino?<br />

Hussein: O <strong>ISEP</strong> é uma instituição que tem acumula<strong>do</strong> um gran<strong>de</strong><br />

valor em termos <strong>de</strong> ensino e investigação. E é uma instituição que<br />

prepara os alunos para o meio empresarial. Ensina-os a saber fazer.<br />

O facto <strong>de</strong> o <strong>ISEP</strong> ter passa<strong>do</strong> a leccionar Mestra<strong>do</strong>s, é também uma<br />

mais-valia pois permite, sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser um ensino prático, dar<br />

mais espaço para os projectos <strong>de</strong> investigação. Acho que era importante<br />

abrir mais vagas no <strong>ISEP</strong>, <strong>de</strong>senvolver mais os laboratórios,<br />

porque sem dúvida o <strong>ISEP</strong> tem capacida<strong>de</strong> para integrar os alunos<br />

no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho.<br />

Björn: Penso que o CISTER é um grupo muito bom, muito internacional,<br />

que está neste momento em fase <strong>de</strong> expansão. Temos<br />

pessoas da Grécia, Índia, China, e é muito bom fazer parte <strong>de</strong> um<br />

grupo como este. Quanto ao <strong>ISEP</strong>, tenho a noção <strong>de</strong> que é uma<br />

instituição <strong>de</strong> ensino com qualida<strong>de</strong> comprovada a nível nacional<br />

e muito produtiva em termos <strong>de</strong> investigação. Pelo menos na área<br />

em que me encontro a trabalhar, penso que o CISTER (como representação<br />

<strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>) tem feito um excelente trabalho <strong>de</strong> investigação.<br />

A gran<strong>de</strong> diferença que eu encontro aqui no <strong>ISEP</strong>, em relação a<br />

outras instituições espalhadas pelo mun<strong>do</strong>, é que as áreas <strong>de</strong> investigação<br />

estão distribuídas por grupos, e não <strong>de</strong>partamentos, o que<br />

acaba por facilitar o dinamismo da investigação.<br />

<strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> O que pensa <strong>do</strong> nosso país? O que gosta mais? .<br />

Hussein: Eu sou <strong>do</strong> Líbano mas sinto-me muito mais próximo<br />

cultural-mente <strong>de</strong> Portugal <strong>do</strong> que <strong>de</strong> outros países <strong>do</strong> Médio<br />

Oriente. Uma coisa que eu acho muito diferente <strong>do</strong> resto da Europa<br />

é que em Portugal as pessoas não gostam <strong>de</strong> viver sozinhas e<br />

cultivam muito o conceito <strong>de</strong> família. Isso agrada-me muito.<br />

Björn: Eu gosto da parte da investigação. Não pensem que vim<br />

pelo bacalhau nem pelo vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, foi mesmo pela investigação.<br />

A primeira impressão que tive quan<strong>do</strong> cheguei ao aeroporto, foi<br />

que Portugal era um pouco diferente <strong>do</strong>s países da Europa on<strong>de</strong> já<br />

tinha esta<strong>do</strong>. Mas <strong>de</strong>pois fiquei muito satisfeito quan<strong>do</strong> vi o resto<br />

<strong>do</strong> país. Já tive a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ir a Coimbra, Aveiro, Algarve e<br />

gostei bastante <strong>do</strong> que vi. E gosto muito <strong>do</strong> café cá em Portugal.<br />

Apenas senti algumas dificulda<strong>de</strong>s no início porque, ao contrário<br />

da maioria <strong>do</strong>s países da Europa, on<strong>de</strong> toda a gente fala inglês, aqui<br />

em Portugal é diferente. Poucos são os que falam inglês. Numa<br />

gran<strong>de</strong> cida<strong>de</strong>, ainda é fácil <strong>de</strong>senrascar-me, mas numa localida<strong>de</strong><br />

mais pequena é muito difícil porque eu ainda não consigo falar<br />

português.<br />

<strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> Quais são as diferenças entre Portugal e o seu país? .<br />

Björn: Bem, em primeiro lugar posso dizer que conheço mais joga<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong> futebol portugueses <strong>do</strong> que suecos. Mas a gran<strong>de</strong> diferença<br />

está no clima e nas pessoas que são muito diferentes. Aqui, somos<br />

muito mais uma família, mesmo no trabalho. Na Suécia cada um<br />

trabalha por si e há regras que têm <strong>de</strong> ser seguidas. Aqui trabalhamos<br />

to<strong>do</strong>s em equipa.<br />

<strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> E o que gosta menos aqui no <strong>ISEP</strong>...<br />

Hussein: Penso que não há nada que não goste, só acho que o <strong>ISEP</strong><br />

po<strong>de</strong>ria ter uma maior abertura ao exterior. Talvez divulgar para o<br />

estrangeiro os projectos <strong>do</strong>s investiga<strong>do</strong>res e, talvez, contratar ainda<br />

mais investiga<strong>do</strong>res <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>senvolver a investigação, pois<br />

esta é a melhor forma <strong>de</strong> divulgar o <strong>Instituto</strong>.<br />

Björn: Não gosto nada quan<strong>do</strong> a luz vai abaixo... Por vezes estou a<br />

meio <strong>de</strong> um trabalho e o computa<strong>do</strong>r tem uma quebra <strong>de</strong> energia<br />

e não é nada agradável... Mas à parte disso, tu<strong>do</strong> me agrada.<br />

<strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> Em que consiste o seu trabalho <strong>de</strong> investigação? .<br />

Hussein: Eu sou responsável por uma equipa que trabalha <strong>de</strong> momento<br />

um projecto na área da inteligência artificial. É um projecto<br />

candidato à FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia. É um<br />

trabalho liga<strong>do</strong> ao suporte das re<strong>de</strong>s eléctricas. O objectivo <strong>do</strong> nosso<br />

trabalho é que, mediante uma falha <strong>de</strong> energia, a re<strong>de</strong> eléctrica não<br />

vá abaixo completamente. Ou seja, assegurar que haja sempre um<br />

suporte <strong>de</strong> toda a re<strong>de</strong> para evitar danos económicos e materiais.<br />

E, à parte da economia, luz é segurança, e por isso há também a<br />

parte da protecção humana. Ou seja, no projecto para evitar a perda<br />

<strong>de</strong> uma linha eléctrica o primeiro objectivo é evitar as perdas <strong>de</strong><br />

energia, o segun<strong>do</strong> é aumentar a fiabilida<strong>de</strong>. E isto traduz-se em<br />

matemática muito complexa.<br />

Björn: O meu trabalho <strong>de</strong> investigação tem como objectivo fazer<br />

com que os computa<strong>do</strong>res embebi<strong>do</strong>s, que são nada mais <strong>do</strong> que<br />

os dispositivos <strong>de</strong> processamento introduzi<strong>do</strong>s em diferentes<br />

aparelhos, façam a coisa certa na hora exacta. A minha função é<br />

Nome: Björn An<strong>de</strong>rsson<br />

Ida<strong>de</strong>: 35<br />

Nacionalida<strong>de</strong>: Sueco<br />

Profissão: Investiga<strong>do</strong>r <strong>do</strong> CISTER – Centro <strong>de</strong> Investigação em Sistemas<br />

Confiáveis e <strong>de</strong> Tempo Real<br />

Formação Académica: Doutoramento em <strong>Engenharia</strong> Informática pela<br />

Chalmers University of Technology (Gotemburgo, Suécia). .<br />

Hobbies: Fazer <strong>de</strong>sporto<br />

Filme favorito: “Terminal <strong>do</strong> Aeroporto”<br />

Livro favorito: “Freakonomics”<br />

Frase favorita: “Pequenos passos da<strong>do</strong>s na correcta direcção levam, a<br />

seu tempo, a resulta<strong>do</strong>s que se pensava serem impossíveis <strong>de</strong> alcançar.”


À CONVERSA COM...<br />

programá-los para que possam <strong>de</strong>sempenhar correctamente, e no<br />

menor espaço <strong>de</strong> tempo possível, as funções para as quais foram<br />

cria<strong>do</strong>s. O interessante nesta área é que nós não sabemos se estes<br />

dispositivos computacionais vão funcionar sempre da mesma forma<br />

e produzir sempre a mesma resposta. Mas temos <strong>de</strong> assegurar que<br />

eles vão funcionar da forma correcta. Imagine que um homem que<br />

está a conduzir um carro acciona o travão. Nós, investiga<strong>do</strong>res<br />

informáticos, temos <strong>de</strong> assegurar que o carro trava quan<strong>do</strong> accionam<br />

o dispositivo <strong>de</strong> travagem.<br />

Há ainda uma outra área on<strong>de</strong> eu estou a trabalhar que está relacionada<br />

com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sensores <strong>de</strong> re<strong>de</strong>. O nosso<br />

objectivo é fazer com que, ao mesmo tempo, os sensores sejam<br />

mais pequenos, mas que armazenem mais informação. Outro<br />

objectivo <strong>de</strong>ste mesmo projecto é que os dispositivos computacionais<br />

sejam capazes, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>do</strong> número <strong>de</strong> questões<br />

que fazemos em simultâneo, <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r no menor espaço <strong>de</strong><br />

tempo possível e com a maior precisão possível. Se temos vários<br />

sensores ao longo, por exemplo, <strong>de</strong> uma ponte, e quisermos saber<br />

qual a temperatura na ponte toda, teremos, à partida, <strong>de</strong> perguntar<br />

a cada um <strong>do</strong>s sensores qual a sua temperatura. O nosso projecto<br />

<strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sensoriais prevê que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que liga<strong>do</strong>s em re<strong>de</strong>, os<br />

dispositivos possam canalizar a sua resposta para um só sensor,<br />

facilitan<strong>do</strong> o processo.<br />

<strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> O <strong>ISEP</strong> tem à sua disposição os recursos necessários para<br />

<strong>de</strong>senvolver o seu trabalho?<br />

Hussein: Sim, sem dúvida. Só penso que é preciso haver mais pessoal<br />

a fazer investigação e era muito bom que também houvesse a<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s engenheiros <strong>de</strong>senvolverem os projectos <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>utoramento no <strong>ISEP</strong>.<br />

Björn: Com certeza. À parte, tal como já disse, da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia,<br />

que podia ser mais fiável, nunca senti falta <strong>de</strong> nenhum recurso para<br />

<strong>de</strong>senvolver o meu trabalho.<br />

<strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> Depois <strong>de</strong> acabar o seu trabalho e o seu contrato, pensa<br />

ficar aqui em Portugal?<br />

Hussein: Eu sou casa<strong>do</strong> com uma portuguesa... Por isso é óbvio que<br />

vou querer ficar em Portugal.<br />

Björn: Eu vim para o CISTER ao abrigo <strong>do</strong> Plano Tecnológico Português,<br />

com um contrato <strong>de</strong> cinco anos e, neste momento, estou a<br />

li<strong>de</strong>rar um projecto na área <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> sensores em re<strong>de</strong>. Mas<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> acabar o programa gostaria muito <strong>de</strong> ficar por cá...<br />

<strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> Quan<strong>do</strong> era mais novo, alguma vez pensou em fazer algo<br />

<strong>do</strong> género?<br />

Hussein: Quan<strong>do</strong> era mais novo, nada disto estava no meu pensamento.<br />

Porque quan<strong>do</strong> eu era jovem, fui recruta<strong>do</strong> para o exército,<br />

no Sul <strong>do</strong> Líbano, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>pois reencaminha<strong>do</strong> para Kiev. Estive lá<br />

<strong>do</strong>is anos e meio e foi uma experiência muito difícil. .<br />

Como forma <strong>de</strong> escapar ao exército, enviaram-me para Cuba, para<br />

estudar. Eu escolhi Medicina, pois vi tanta gente a morrer que fiquei<br />

com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> saber como podia ajudar as pessoas. Não me<br />

<strong>de</strong>ixaram; colocaram-me na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Mecânica<br />

para estudar Termo-energética. Já no exército tinha estuda<strong>do</strong> Ciência<br />

Política. O passo seguinte foi estudar engenharia electrotécnica,<br />

através <strong>de</strong> um mestra<strong>do</strong>. Estudar foi a minha única hipótese <strong>de</strong> fugir<br />

à guerra.<br />

Quan<strong>do</strong> fui fazer um <strong>do</strong>utoramento em Havana, tive <strong>de</strong> fazer um<br />

curso <strong>de</strong> Matemática Aplicada. A minha professora da altura teve<br />

<strong>de</strong> se ausentar e eu fiquei a substituí-la, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>staca<strong>do</strong> para o<br />

cargo <strong>de</strong> professor. Depois fui <strong>de</strong>staca<strong>do</strong> para ensinar na Simón<br />

Bolívar. Tu<strong>do</strong> o que aconteceu ao longo da minha vida profissional<br />

e académica não foi basea<strong>do</strong> em escolhas <strong>de</strong>finidas. Foram antes<br />

coisas que me foram acontecen<strong>do</strong>.<br />

Björn: Quan<strong>do</strong> ainda era criança, o meu pai <strong>de</strong>u-me um computa<strong>do</strong>r,<br />

pois ele era professor <strong>de</strong> informática numa universida<strong>de</strong> na Suécia.<br />

Comecei por apren<strong>de</strong>r a trabalhar com ele. Depois fascinou-me a<br />

perspectiva <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r apren<strong>de</strong>r mais sobre computa<strong>do</strong>res e po<strong>de</strong>r<br />

estudá-los... Pensei logo que queria passar o resto da minha vida a<br />

apren<strong>de</strong>r sempre mais sobre a área da informática. Com um computa<strong>do</strong>r<br />

po<strong>de</strong>mos fazer quase tu<strong>do</strong> o que quisermos. .<br />

<strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> O que pensa <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> da investigação em Portugal, em<br />

relação a outros países que já visitou?<br />

Hussein: Portugal tem bons recursos e bom financiamento para a<br />

investigação, mas isso não chega. É preciso que as pessoas sejam<br />

incentivadas a investigar e é preciso que mostrem à comunida<strong>de</strong><br />

científica aquilo que têm feito. Penso que uma maior preocupação<br />

em publicar artigos em revistas científicas po<strong>de</strong>ria ter um bom<br />

resulta<strong>do</strong> em termos <strong>de</strong> divulgação <strong>do</strong> trabalho feito. E acredito<br />

que uma maior divulgação iria atrair mais gente para as áreas <strong>de</strong><br />

investigação.<br />

Björn: Penso que Portugal se tem empenha<strong>do</strong> na investigação<br />

científica, e os programas da FCT são a prova disso. No entanto,<br />

acho que estes programas <strong>de</strong>veriam ser mais regulares, pois trazer<br />

investiga<strong>do</strong>res estrangeiros a Portugal promove a troca <strong>de</strong> experiências<br />

e conhecimentos e leva a melhores resulta<strong>do</strong>s. Mas o panorama<br />

geral é bom... Por exemplo, o CISTER é um <strong>do</strong>s melhores grupos <strong>de</strong><br />

investigação na sua área a nível europeu.<br />

Nome: Hussein Khodr<br />

Ida<strong>de</strong>: 42<br />

Nacionalida<strong>de</strong>: Libanês<br />

Profissão: Investiga<strong>do</strong>r <strong>do</strong> GECAD – Grupo <strong>de</strong> Investigação em <strong>Engenharia</strong><br />

<strong>do</strong> Conhecimento e Decisão e <strong>do</strong>cente no <strong>ISEP</strong><br />

Formação Académica: Pós-<strong>do</strong>utoramento em <strong>Engenharia</strong> Electrotécnica<br />

pelo INESC <strong>Porto</strong>.<br />

Hobbies: Ciclismo<br />

Filme favorito: To<strong>do</strong>s os filmes <strong>de</strong> Michael Moore<br />

Livro favorito: “A Mãe <strong>do</strong> Máximo Gorki”<br />

Frase favorita: “Uma pessoa <strong>de</strong>ve arrepen<strong>de</strong>r-se pelo nunca fez.”


DE FORA CÁ DENTRO<br />

JORGE COSTA LOPES<br />

“O <strong>ISEP</strong> PREPARA OS ALUNOS DE UMA<br />

FORMA BASTANTE FORTE”<br />

A tecnologia é, actualmente, a força que faz mover o mun<strong>do</strong> e esta<br />

é precisamente a máxima da Efacec que, com mais <strong>de</strong> cem anos<br />

<strong>de</strong> história, tem como parceiro privilegia<strong>do</strong> o <strong>ISEP</strong>. Aquele que é<br />

um <strong>do</strong>s maiores grupos nacionais, contan<strong>do</strong> com cerca <strong>de</strong> quatro<br />

mil colabora<strong>do</strong>res e receitas na or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s 800 milhões <strong>de</strong> euros<br />

por ano, <strong>de</strong>posita nos estagiários <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong> a máxima confiança,<br />

entregan<strong>do</strong>-lhes alguns <strong>do</strong>s seus projectos <strong>de</strong> investigação e<br />

inovação.<br />

A tradição <strong>do</strong> “saber fazer”, em que o <strong>ISEP</strong> baseia a sua política pedagógica,<br />

é uma herança centenária. E <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há alguns anos é<br />

fomentada através <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> protocolos com empresas <strong>de</strong><br />

diversas áreas da <strong>Engenharia</strong>. O objectivo é facilitar a integração<br />

<strong>do</strong>s alunos no mun<strong>do</strong> empresarial. Com o lema “Tecnologia que<br />

Move o Mun<strong>do</strong>”, a Efacec é um <strong>do</strong>s parceiros que integra um maior<br />

número <strong>de</strong> ex-alunos <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong> nos seus quadros. .<br />

Jorge Costa Lopes, mestre em <strong>Engenharia</strong> Electrotécnica pelo <strong>ISEP</strong>,<br />

actualmente integra<strong>do</strong> no <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Energias Renováveis da Efacec, explicou ao <strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> os<br />

contornos da relação que o grupo mantém com o <strong>Instituto</strong>. Ele<br />

própirio é um produto da política <strong>de</strong> “ensino em ambiente<br />

empresarial”. A sua entrada no grupo resultou <strong>do</strong> seu projecto <strong>de</strong><br />

licenciatura.<br />

Para o <strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong>, Jorge Costa Lopes explica que “a Efacec tem ti<strong>do</strong> ao<br />

longo <strong>do</strong> tempo participações no âmbito <strong>de</strong> muitos projectos <strong>de</strong><br />

final <strong>de</strong> curso e agora, com Bolonha, também em programas <strong>de</strong><br />

mestra<strong>do</strong>”. O processo é simples... “As unida<strong>de</strong>s da empresa têm<br />

protocolos com diversas instituições <strong>de</strong> ensino, nomeadamente<br />

com o <strong>ISEP</strong>”. Através <strong>de</strong>stes acor<strong>do</strong>s, a Efacec faz as propostas e o<br />

<strong>Instituto</strong> escolhe o aluno mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para as concretizar. Os<br />

projectos são <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s em estágios curriculares e alguns <strong>de</strong>les<br />

realiza<strong>do</strong>s na empresa. Como explica, “é mais fácil ter acesso às<br />

pessoas que estão a <strong>de</strong>senvolver o projecto e os próprios estagiários<br />

têm acesso às ferramentas com as quais necessitam <strong>de</strong> trabalhar”.<br />

O engenheiro acredita que, nestes processos <strong>de</strong> estágio, “há sempre<br />

mais-valias para todas as partes envolvidas”. Por um la<strong>do</strong>, “a Efacec<br />

tira proveito da investigação e <strong>do</strong>s conhecimentos <strong>de</strong> base <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>centes e <strong>do</strong>s alunos”. Por outro, “os próprios professores são chama<strong>do</strong>s<br />

a dar apoio técnico em projectos internos da empresa”. Para<br />

os estudantes, as vantagens são também visíveis: “há a disponibilização<br />

das ferramentas e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento a nível<br />

profissional”. A cooperação e a troca são conceitos fundamentais.<br />

Mas os proveitos para os estagiários continuam. “A Efacec é uma<br />

excelente escola a nível nacional, uma vez que alberga conhecimento<br />

e pessoas extremamente capazes, com muita experiência, e que<br />

conseguem, a curto prazo, transmitir valores éticos e noções<br />

profissionais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância”. Para mais, “os alunos trabalham<br />

numa empresa coesa com a gestão <strong>de</strong> topo, com uma visão global<br />

e que os prepara para o que po<strong>de</strong>m esperar no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho”.<br />

Questiona<strong>do</strong> sobre o que levará a Efacec a apostar em estagiários<br />

<strong>do</strong> <strong>Instituto</strong>, Jorge Costa Lopes é claro, “O <strong>ISEP</strong> prepara os alunos<br />

<strong>de</strong> uma forma bastante forte. Dá-lhes as ferramentas para que<br />

consigam entrar em qualquer empresa e <strong>de</strong>senvolver o trabalho<br />

proposto”. Recorren<strong>do</strong> à sua experiência, atribui aos recémengenheiros<br />

<strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> gran<strong>de</strong>s capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> resposta. .<br />

Jorge Costa Lopes confessa que a integração num grupo <strong>de</strong>sta<br />

dimensão passa “por um enorme <strong>de</strong>safio pessoal”, da<strong>do</strong> que há<br />

uma gran<strong>de</strong> exigência em termos <strong>de</strong> recursos humanos. Para além<br />

disso, a evolução da Efacec é um “projecto ambicioso com um<br />

futuro promissor”, colocan<strong>do</strong>-se sempre “um passo à frente das<br />

outras empresas <strong>do</strong> sector”. O mais importante, para o engenheiro<br />

electrotécnico é, tal como confessa, “sentir que contribui para o<br />

[seu] sucesso”.


DE FORA CÁ DENTRO<br />

O GRUPO EFACEC<br />

A Efacec é um grupo cem por cento nacional que está, neste momento,<br />

a expandir-se sen<strong>do</strong>, em Portugal, uma das empresas mais<br />

internacionalizadas. Presente em 65 países, a sua missão traduz-se<br />

na máxima “Tecnologia que move o mun<strong>do</strong>” e o objectivo é ser a<br />

base tecnológica portuguesa, fornecen<strong>do</strong> “produtos, equipamentos,<br />

serviços e sistemas complexos com a qualida<strong>de</strong> que já a distingue<br />

há muitos anos”.<br />

Com mais <strong>de</strong> cem anos <strong>de</strong> história, o Grupo Efacec teve a sua origem<br />

na "Mo<strong>de</strong>rna", uma empresa criada em 1905. Em 1948 a<strong>do</strong>pta a<br />

<strong>de</strong>nominação que lhe conhecemos hoje. É, actualmente, o maior<br />

grupo eléctrico nacional, com mais <strong>de</strong> quatro mil colabora<strong>do</strong>res e<br />

um volume <strong>de</strong> encomendas, em 2008, <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 1000 milhões <strong>de</strong><br />

euros.<br />

Em Maio <strong>de</strong> 20<strong>07</strong> a Efacec <strong>de</strong>senvolveu um novo mo<strong>de</strong>lo organizacional,<br />

<strong>de</strong>senha<strong>do</strong> para respon<strong>de</strong>r aos <strong>de</strong>safios da internacionalização<br />

futura da empresa. Nesse senti<strong>do</strong>, focou a sua activida<strong>de</strong> em <strong>de</strong>z<br />

Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Negócio, responsáveis pelo <strong>de</strong>senvolvimento global<br />

da activida<strong>de</strong> respectiva: Transforma<strong>do</strong>res; Aparelhagem <strong>de</strong> Média<br />

Tensão; Servicing <strong>de</strong> Energia; <strong>Engenharia</strong>; Automação; Manutenção;<br />

Ambiente; Renováveis; Transportes e Logística.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, manten<strong>do</strong> um inequívoco interesse no merca<strong>do</strong><br />

nacional, a Efacec <strong>de</strong>senvolveu em simultâneo uma nova abordagem<br />

ao merca<strong>do</strong> internacional, ao focar a sua activida<strong>de</strong> em sete regiões<br />

consi<strong>de</strong>radas merca<strong>do</strong>s prioritários, on<strong>de</strong> preten<strong>de</strong> replicar as suas<br />

Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Negócio: Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América; Região América<br />

Latina (Brasil, Argentina e Chile); Região Europa Central (Roménia,<br />

Bulgária, República Checa, Eslováquia e Hungria); Região Magrebe<br />

(Argélia, Marrocos e Tunísia); Região África Austral (Angola, África<br />

<strong>do</strong> Sul e Moçambique); Espanha e Índia.


DESTAQUE<br />

JLBE09 FOI SUCESSO<br />

LUSO-BRASILEIRO<br />

Foram quatro dias repletos <strong>de</strong> aprendizagem, troca <strong>de</strong> informações<br />

sobre o sector em ambos os países e, como um verda<strong>de</strong>iro encontro<br />

<strong>de</strong> “velhos amigos”, não faltaram os espaços <strong>de</strong> convívio e lazer. A<br />

segunda edição das Jornadas Luso Brasileiras <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> (JLBE),<br />

a primeira em Portugal, repetiu o êxito da anterior, realizada no<br />

Brasil (<strong>Porto</strong> Alegre), e <strong>de</strong>ixou as portas abertas para próximos<br />

encontros, se aten<strong>de</strong>rmos às palavras <strong>do</strong>s responsáveis institucionais<br />

e à vonta<strong>de</strong> das respectivas Comissões Organiza<strong>do</strong>ras. .<br />

O evento que juntou os esforços da Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica<br />

<strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, no Brasil, e <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>, trouxe ao <strong>Instituto</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

nomes da engenharia <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is países que abordaram um leque<br />

alarga<strong>do</strong> <strong>de</strong> assuntos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> actualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ensino à<br />

tecnologia, passan<strong>do</strong> pela energia e pelo ambiente. Em cima da<br />

mesa estiveram os novos <strong>de</strong>safios e oportunida<strong>de</strong>s coloca<strong>do</strong>s ao<br />

ensino e aos profissionais da área, tentan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong>finir o que <strong>de</strong>verá<br />

ser o novo mol<strong>de</strong> para o engenheiro <strong>do</strong> século XXI. Também o<br />

papel das or<strong>de</strong>ns profissionais e a sustentabilida<strong>de</strong> energética<br />

estiveram em <strong>de</strong>bate.<br />

Teo<strong>do</strong>ro Neto, da Associação Brasileira <strong>de</strong> Engenheiros Civis e Alberto<br />

Sérgio Miguel, da Socieda<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Segurança e Higiene<br />

Ocupacionais, no painel sobre o papel das Associações Profissionais<br />

no ensino <strong>de</strong> tecnologia em <strong>Engenharia</strong>, Solange Ketzer, pró-reitora<br />

da Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul e Alfonso<br />

Mal<strong>do</strong>na<strong>do</strong> Zamora, da Universida<strong>de</strong> Politécnica <strong>de</strong> Madrid na<br />

sessão sobre Ensino <strong>Superior</strong> e Investigação, muito participada pela<br />

assistência na fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate, e finalmente por Nuno Ribeiro da<br />

Silva, da ENDESA Portugal, e Vianney Valés, da SGC Energia, no<br />

plenário que brilhantemente encerrou as Jornadas <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> à<br />

Energia e Ambiente e que contou inclusive na assistência com<br />

instituições externas que se mostraram interessadas em participar.<br />

A JLBE09 EM NÚMEROS<br />

Artigos submeti<strong>do</strong>s<br />

110<br />

As segundas JLBE ficaram marcadas pelas centenas <strong>de</strong> trabalhos<br />

submeti<strong>do</strong>s, reunidas numa obra já lançada, mas sobretu<strong>do</strong> pelas<br />

intervenções e gabarito <strong>do</strong> leque <strong>de</strong> convida<strong>do</strong>s. Em <strong>de</strong>staque<br />

estiveram as participações <strong>de</strong> Sebastião Feyo <strong>de</strong> Azeve<strong>do</strong>, representante<br />

da Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s Engenheiros, Maria da Graça Carvalho, exministra<br />

da Ciência, Tecnologia e Ensino <strong>Superior</strong> e actual conselheira<br />

<strong>do</strong> Bureau of European Policy Advisers e Alberto Amaral, <strong>do</strong> Centro<br />

<strong>de</strong> Investigação <strong>de</strong> Políticas <strong>de</strong> Ensino <strong>Superior</strong>. Nas respectivas<br />

sessões plenárias <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate foram acompanha<strong>do</strong>s por Guilherme<br />

Artigos publica<strong>do</strong>s em acta<br />

Posters submeti<strong>do</strong>s<br />

Posters publica<strong>do</strong>s em acta<br />

Revisores científicos<br />

Participantes nacionais<br />

Participantes estrangeiros<br />

76<br />

21<br />

19<br />

58<br />

126<br />

22


DESTAQUE<br />

<strong>ISEP</strong> ORGANIZOU<br />

PRIMEIRAS JORNADAS<br />

LUSO-BRASILEIRAS DE<br />

ENGENHARIA EM<br />

PORTUGAL<br />

O <strong>ISEP</strong> recebeu, entre 10 e 13 <strong>de</strong> Fevereiro, as II Jornadas <strong>de</strong> Ensino<br />

e Tecnologia em <strong>Engenharia</strong>, as primeiras em Portugal. A iniciativa<br />

tem si<strong>do</strong> organizada alternadamente pelos <strong>do</strong>is países, e <strong>de</strong>finitivamente<br />

tem consegui<strong>do</strong> alcançar a proeza <strong>de</strong> unir <strong>do</strong>is continentes:<br />

Portugal e Brasil juntaram os melhores profissionais da área para<br />

<strong>de</strong>bater o presente e o futuro e assinaram ainda um acor<strong>do</strong> que<br />

vai possibilitar a certificação <strong>do</strong>s engenheiros civis <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> em<br />

terras <strong>de</strong> Vera Cruz. Em jeito <strong>de</strong> balanço, ficou a certeza <strong>de</strong> que o<br />

evento é para repetir e que, através <strong>do</strong> espírito <strong>de</strong> partilha <strong>de</strong><br />

experiências e conhecimentos, é muito simples unir <strong>do</strong>is povos<br />

separa<strong>do</strong>s por milhares <strong>de</strong> quilómetros.<br />

ENSINO SUPERIOR E INVESTIGAÇÃO<br />

No âmbito <strong>de</strong>ste painel, o Professor Alberto Amaral teceu críticas<br />

ao que <strong>de</strong>signou como “capitalismo académico”. Referiu o <strong>de</strong>sinvestimento<br />

no Ensino <strong>Superior</strong> e a tentativa <strong>de</strong> transição para um<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão mais próximo <strong>do</strong> das empresas, o que na sua<br />

opinião “po<strong>de</strong> ser uma falsa questão.”<br />

Referiu ainda que as mudanças actualmente em curso no sistema<br />

universitário são, segun<strong>do</strong> Alberto Amaral, produto <strong>de</strong> factores a<br />

ter em conta. Em primeiro lugar, a emergência <strong>de</strong> um sistema<br />

<strong>de</strong>masia<strong>do</strong> liberal em que se privilegia a gestão privada em<br />

<strong>de</strong>trimento da gestão pública. O segun<strong>do</strong> ponto diz respeito à<br />

tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões que, nas Universida<strong>de</strong>s, costuma ser mais lenta.<br />

O Professor Alberto Amaral criticou a diminuição da colegialida<strong>de</strong>,<br />

com a extinção <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> como órgão <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, e a criação <strong>de</strong><br />

um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão semelhante ao <strong>do</strong> sector priva<strong>do</strong>, com<br />

processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão menos <strong>de</strong>mocráticos mas mais eficientes. O<br />

Ex-Reitor da UP citou os casos das Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Oxford e<br />

Cambridge, que, apesar <strong>de</strong> manterem o mo<strong>de</strong>lo colegial, continuam<br />

casos <strong>de</strong> sucesso a nível europeu e que <strong>de</strong>vem ser uma referência.<br />

A terminar, e contribuin<strong>do</strong> como habitualmente para a discussão<br />

que se seguiu, teceu ainda algumas consi<strong>de</strong>rações, não isentas <strong>de</strong><br />

polémica, sobre os sistemas <strong>de</strong> creditação no Ensino <strong>Superior</strong><br />

europeu e que as próprias instituições se vão consciencializar para<br />

on<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem en<strong>de</strong>reçar as suas creditações.<br />

OPORTUNIDADE DE OURO<br />

PARA ENGENHEIROS CIVIS NO BRASIL<br />

Uma das novida<strong>de</strong>s que surgiu na cerimónia <strong>de</strong> encerramento foi<br />

a assinatura <strong>de</strong> um protocolo entre o <strong>ISEP</strong> e a Associação Brasileira<br />

<strong>de</strong> Engenheiros Civis (ABENC). O acor<strong>do</strong> transcontinental pressupõe<br />

que a ABENC inicie o processo <strong>de</strong> análise curricular da licenciatura<br />

em <strong>Engenharia</strong> Civil e <strong>do</strong> mestra<strong>do</strong> em Tecnologia e Gestão da<br />

Construção, com vista ao reconhecimento profissional <strong>do</strong>s nossos<br />

diploma<strong>do</strong>s para o exercício profissional no Brasil. O protocolo prevê<br />

a execução <strong>de</strong> acções ou projectos específicos <strong>de</strong> cooperação na<br />

área, visan<strong>do</strong> estabelecer e fortalecer relações no <strong>do</strong>mínio <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ambas as partes, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> assina<strong>do</strong> por um prazo<br />

mínimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos.


DESTAQUE<br />

METAS ENERGÉTICAS DA UE EM DESTAQUE NO <strong>ISEP</strong><br />

No quarto e último dia das JLBE, a ex-ministra da Ciência, Tecnologia<br />

e Ensino <strong>Superior</strong> <strong>de</strong>smistificou os principais traços da nova Política<br />

Energética da União Europeia (UE). Segun<strong>do</strong> Maria da Graça Carvalho,<br />

actual conselheira <strong>do</strong> Parlamento Europeu, os principais objectivos<br />

da política em curso são “garantir o abastecimento energético <strong>de</strong><br />

toda a Europa e contribuir para o crescimento económico e <strong>de</strong><br />

emprego”. Boas notícias em tempo <strong>de</strong> crise que trazem uma outra<br />

novida<strong>de</strong>. Pela primeira vez, além <strong>de</strong> metas <strong>de</strong>finidas a cumprir,<br />

estão previstas sanções para os países incumpri<strong>do</strong>res. Mas quais<br />

são essas metas? “Tem <strong>de</strong> haver uma redução <strong>de</strong> CO 2<br />

[Dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

Carbono] e o aumento da eficiência energética em 20 por cento<br />

até 2020”, explicou a ex-ministra. Metas, essas, que são válidas para<br />

to<strong>do</strong>s os países da UE, que terão <strong>de</strong> elaborar planos correspon<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />

a uma série <strong>de</strong> directivas concedidas pela Comissão Europeia. Outro<br />

<strong>do</strong>s parâmetros é o aumento das energias renováveis em 20 por<br />

cento até 2020, 10 por cento <strong>do</strong>s quais provenientes da substituição<br />

<strong>do</strong>s combustíveis por energias <strong>de</strong> origem renovável, entre eles o<br />

biocombustível.<br />

Coube ainda a Maria da Graça Carvalho elucidar sobre a responsabilida<strong>de</strong><br />

social que cada um <strong>de</strong> nós tem em relação às políticas<br />

energéticas apresentadas. Apesar <strong>de</strong> esta caber em gran<strong>de</strong> parte<br />

às empresas e à indústria, é fundamental, segun<strong>do</strong> a ex-ministra,<br />

que cada um <strong>de</strong> nós, através <strong>de</strong> pequenos gestos <strong>do</strong> dia-a-dia,<br />

como a reciclagem, a preferência pelas energias renováveis e a<br />

redução <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> produtos inflamáveis, façamos a nossa parte<br />

para assegurar um futuro melhor.<br />

Mas para incentivar os portugueses a cumprir metas ambientais,<br />

nada melhor que apresentar contrapartidas. Maria da Graça Carvalho<br />

anunciou que a UE tem disponíveis cinco mil milhões <strong>de</strong> euros para<br />

projectos <strong>de</strong> investigação na área da sustentabilida<strong>de</strong> energética,<br />

aos quais se po<strong>de</strong>m candidatar, entre outras, instituições <strong>de</strong> ensino.<br />

SESSÕES TÉCNICAS: PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM RELEVO<br />

Do eleva<strong>do</strong> número <strong>de</strong> trabalhos recebi<strong>do</strong>s, e após uma revisão<br />

científica que envolveu quase 6 <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> revisores <strong>de</strong> 13 instituições<br />

da Península Ibérica e <strong>do</strong> Brasil, os trabalhos foram apresenta<strong>do</strong>s<br />

em sessões paralelas que cobriram as áreas científicas em <strong>de</strong>staque:<br />

Ensino, Gestão e Projecto, Ambiente, Urbanismo e Energia e por<br />

último Materiais e Processos. Os participantes tiveram assim <strong>de</strong> se<br />

<strong>de</strong>s<strong>do</strong>brar entre as várias sessões técnicas, contribuin<strong>do</strong> activamente<br />

na discussão final <strong>de</strong> cada conjunto <strong>de</strong> apresentações. .<br />

Para aliviar um pouco o programa científico, e fazen<strong>do</strong> alar<strong>de</strong> da<br />

hospitalida<strong>de</strong> reconhecida ao nosso país no acolhimento <strong>de</strong> colegas<br />

<strong>do</strong>utras regiões, os dias <strong>de</strong> trabalho terminaram com uma activida<strong>de</strong><br />

cultural, on<strong>de</strong> merece <strong>de</strong>staque a magnífica recepção que teve<br />

lugar no segun<strong>do</strong> dia <strong>de</strong> trabalhos na Escola <strong>Superior</strong> <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s<br />

Industriais e <strong>de</strong> Gestão, em Vila <strong>do</strong> Con<strong>de</strong>. Um concerto na Casa da<br />

Música, ex-líbris da cida<strong>de</strong>, e o tradicional Jantar <strong>de</strong> Gala, nas caves<br />

TAYLOR’S, completaram o programa <strong>do</strong>s restantes dias. .


DESTAQUE


INVESTIGAÇÃO À LUPA<br />

LEMA: A OUSADIA<br />

DE EXPLORAR O<br />

COMPLEXO MUNDO<br />

DA MATEMÁTICA<br />

Dizem as enciclopédias que a Matemática “é a ciência <strong>do</strong> raciocínio<br />

lógico e abstracto” que “envolve uma permanente procura da<br />

verda<strong>de</strong>. É rigorosa e precisa”. Há quem diga também que a matemática<br />

está em tu<strong>do</strong> à nossa volta. Cada acção, cada pormenor da<br />

natureza se po<strong>de</strong> traduzir numa simples equação matemática.<br />

Po<strong>de</strong> não ser literalmente assim, mas pelo menos aqui no <strong>ISEP</strong><br />

esta ciência é o ar que faz respirar o LEMA – Laboratório <strong>de</strong><br />

<strong>Engenharia</strong> Matemática. E não só. Os investiga<strong>do</strong>res <strong>do</strong> grupo são<br />

poucos, mas os projectos que apresentam são tão coesos que<br />

po<strong>de</strong>m até mudar o mun<strong>do</strong>. O <strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> foi ao encontro <strong>do</strong> pequeno<br />

grupo <strong>de</strong> matemáticos para tentar <strong>de</strong>scobrir um pouco daquilo<br />

que se faz na engenharia que está na base <strong>de</strong> todas as outras.


INVESTIGAÇÃO À LUPA<br />

É numa sala pequena que nos recebe José Matos, aquele que é<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o pai <strong>do</strong> Laboratório <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Matemática <strong>do</strong><br />

<strong>ISEP</strong>, o LEMA. Não há pipetas, máquinas ou líqui<strong>do</strong>s estranhos.<br />

Apenas computa<strong>do</strong>res, alguns mais vulgares <strong>do</strong> que outros, e muita<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar e <strong>de</strong>scobrir coisas novas.<br />

Nasceu em finais <strong>de</strong> 20<strong>07</strong> e, hoje, com 8 <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>s e 6 investiga<strong>do</strong>res<br />

em fase <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> <strong>do</strong>utoramento, o LEMA é um grupo<br />

<strong>de</strong> investigação associa<strong>do</strong> ao Centro <strong>de</strong> Matemática da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e que tem si<strong>do</strong> o parceiro privilegia<strong>do</strong> <strong>de</strong> muitos projectos<br />

<strong>de</strong> investigação <strong>de</strong> vários grupos <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>.<br />

Análise Numérica, Sistemas Dinâmicos, Análise e Classificação <strong>de</strong><br />

da<strong>do</strong>s e Ciências da <strong>Engenharia</strong> são as áreas sobre as quais o LEMA<br />

<strong>de</strong>senvolve o essencial da sua investigação. Investigação essa que<br />

cumpre sempre o objectivo da resolução <strong>de</strong> problemas das áreas<br />

<strong>de</strong> especialização da <strong>Engenharia</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o <strong>ISEP</strong>. Em suma, são sete<br />

os campos <strong>de</strong> investigação sobre os quais trabalham os investiga<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> LEMA. Equações diferenciais, mo<strong>de</strong>lação e simulação,<br />

aproximação racional, análise e classificação <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, re<strong>de</strong>s neuronais,<br />

sistemas dinâmicos e geo-estatistica po<strong>de</strong>m parecer áreas<br />

muito distantes, mas cada uma <strong>de</strong>las tem influência directa no<br />

nosso dia-a-dia e José Matos explicou como.<br />

Ao longo da nossa conversa fomos <strong>de</strong>scobrin<strong>do</strong> que o LEMA é um<br />

grupo <strong>de</strong> investigação completamente transversal e, por muito<br />

científica que possa parecer a afirmação, a matemática está, na<br />

realida<strong>de</strong>, em to<strong>do</strong> o la<strong>do</strong>. Des<strong>de</strong> logo porque os gran<strong>de</strong>s projectos<br />

<strong>de</strong> investigação que foram já apresenta<strong>do</strong>s no <strong>ISEP</strong> (quem não se<br />

lembra <strong>do</strong> Flymaster, o orienta<strong>do</strong>r para profissionais <strong>de</strong> parapente)<br />

vão ten<strong>do</strong> um pouco <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong>s investiga<strong>do</strong>res <strong>do</strong> LEMA.<br />

O GRAQ, por exemplo, tem si<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s parceiros mais constantes<br />

<strong>do</strong>s matemáticos no que toca à estatística e análise <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s. .<br />

Quem diria, por exemplo, que a simulação numérica <strong>de</strong> sistemas<br />

dinâmicos po<strong>de</strong>ria melhorar a previsão meteorológica ou prever a<br />

propagação <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças e epi<strong>de</strong>mias? Mas tal facto é verda<strong>de</strong>iro e<br />

muito simples <strong>de</strong> perceber, pelo menos para o LEMA. Tal como José<br />

Matos explicou ao <strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong>, “é tu<strong>do</strong> uma questão <strong>de</strong> algoritmos”.<br />

Com o GRAQ e o CIGAR está actualmente em curso um projecto<br />

que visa trabalhar uma área bem sensível nos últimos anos no nosso<br />

país. O objectivo <strong>do</strong>s três grupos <strong>de</strong> investigação é <strong>de</strong>terminar o<br />

comportamento <strong>de</strong> fogos florestais num incêndio – os “engenheiros<br />

incendiários” fazem queimadas controladas e <strong>de</strong>pois estudam<br />

amostras <strong>de</strong> terreno aci<strong>de</strong>nta<strong>do</strong> para ver o comportamento das<br />

variáveis químicas, orgânicas e geológicas. As vantagens: conseguem<br />

<strong>de</strong>terminar as consequências <strong>do</strong> fogo no terreno para <strong>de</strong>pois perceber<br />

como reabilitar a área ardida. Assim, o terreno queima<strong>do</strong> não<br />

é “perdi<strong>do</strong>”.<br />

Há muitos mais projectos em curso: a maioria <strong>de</strong>les em fase embrionária.<br />

Um novo projecto <strong>do</strong> LEMA preten<strong>de</strong> estudar a contaminação<br />

<strong>de</strong> águas subterrâneas <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao uso <strong>de</strong> adubos azota<strong>do</strong>s. De<br />

momento está na fase <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, mas o grupo <strong>de</strong> investigação<br />

que conta com participações <strong>do</strong> GRAQ, Labcarga e LEMA<br />

já <strong>de</strong>scobriu que há azoto a mais na água. Mas para serem alcança<strong>do</strong>s<br />

resulta<strong>do</strong>s conclusivos, ainda há muito trabalho a fazer. .<br />

Tornar mais eficientes os aparelhos que fazem a monitorização <strong>do</strong><br />

coração <strong>do</strong>s fetos na barriga das mães é o objectivo <strong>de</strong> outro <strong>do</strong>s<br />

projectos <strong>do</strong> LEMA. José Matos explica que o projecto <strong>do</strong> colega<br />

Jorge Santos preten<strong>de</strong> chegar a tal avanço através <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> da<strong>do</strong>s mais precisos <strong>de</strong> monitorização. Outro trabalho,<br />

<strong>de</strong>sta vez da responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> próprio coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> LEMA<br />

vai permitir melhorar a forma como os computa<strong>do</strong>res aproximam<br />

funções, uma aproximação racional através da qual as máquinas<br />

vão obter resulta<strong>do</strong>s mais exactos e mais rápi<strong>do</strong>s. O resulta<strong>do</strong> vai<br />

envolver mais casas <strong>de</strong>cimais, logo, mais precisão. Este projecto vai<br />

permitir, por exemplo, estudar erros matemáticos <strong>do</strong> software <strong>de</strong><br />

computa<strong>do</strong>res. Um caso muito prático é a resposta <strong>do</strong> Google a<br />

uma pesquisa. Esta resposta, por mais estranho que possa parecer,<br />

é conseguida através <strong>de</strong> algoritmos que são, eles próprios, resulta<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> equações matemáticas que o sistema <strong>do</strong> motor <strong>de</strong> busca resolve<br />

constantemente. Se os erros informáticos recorrentes das imprecisões<br />

<strong>do</strong>s algoritmos forem corrigi<strong>do</strong>s, e voltan<strong>do</strong> ao exemplo <strong>do</strong> Google,<br />

as pesquisas serão cada vez mais direccionadas ao pedi<strong>do</strong> inicial.<br />

Mas não é só <strong>de</strong> investigação que vive o LEMA. No cerne<br />

da sua criação surgiram ainda duas gran<strong>de</strong>s vonta<strong>de</strong>s: a<br />

organização <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> formação e divulgação e estágios<br />

dirigi<strong>do</strong>s a alunos. Um <strong>do</strong>s exemplos <strong>de</strong> acção <strong>de</strong> divulgação<br />

foi a presença <strong>do</strong> LEMA na exposição <strong>do</strong> Museu <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong><br />

<strong>Superior</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> na Biblioteca Municipal<br />

Florbela Espanca, em Matosinhos on<strong>de</strong> José Matos e Alexandra<br />

Gavina foram, inclusive, ora<strong>do</strong>res convida<strong>do</strong>s para <strong>de</strong>smistificar<br />

o mun<strong>do</strong> da Geometria Descritiva. .<br />

A participação na Semana <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>,<br />

os Projectos <strong>de</strong> Ciência Viva e Universida<strong>de</strong> Júnior, especialmente<br />

vocaciona<strong>do</strong>s para os mais jovens, são mais algumas<br />

das iniciativas que contam com a participação regular <strong>do</strong><br />

LEMA que vê nestas ocasiões excelentes oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>monstrar ao <strong>ISEP</strong>, e a toda a comunida<strong>de</strong>, o trabalho<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pelo laboratório <strong>de</strong> matemática. Nas mostras<br />

<strong>de</strong> ciência <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> e nas activida<strong>de</strong>s para os mais jovens, o<br />

LEMA é um <strong>do</strong>s laboratórios mais “aplaudi<strong>do</strong>s”. O recurso<br />

a nomes conheci<strong>do</strong>s e temas bastante mediáticos são um<br />

<strong>do</strong>s segre<strong>do</strong>s para o sucesso: “A Arte <strong>de</strong> Jogar para Ganhar”,<br />

“Dos erros <strong>do</strong> Sr. Schumacher aos problemas <strong>do</strong> Dr. Bill<br />

Gates” ou “Os Engenheiros Incendiários” são algumas das<br />

activida<strong>de</strong>s mais procuradas pelos mais jovens. .


DEPOIS DO <strong>ISEP</strong><br />

HUMBERTO RAMOS<br />

ANTIGO ALUNO DE ENGENHARIA<br />

MECÂNICA E ENGENHARIA QUÍMICA<br />

Queria ser médico mas a falta <strong>de</strong> apetência pela Física e as médias<br />

muito altas “empurraram-no” para os caminhos da <strong>Engenharia</strong><br />

Química. O gosto pela engenharia acabou por surgir e <strong>do</strong>minar os<br />

seus planos. Concluída a licenciatura no <strong>ISEP</strong>, a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aprofundar conhecimentos na área e a influência <strong>do</strong> irmão mais<br />

velho, conduziram-no à <strong>Engenharia</strong> Mecânica. Hoje, Humberto<br />

Ramos tem 29 anos, <strong>do</strong>is cursos superiores e um papel importante<br />

a <strong>de</strong>sempenhar na Gislótica – a empresa que o acolheu no estágio<br />

curricular há três anos e on<strong>de</strong> tem vin<strong>do</strong> a <strong>de</strong>senvolver as<br />

competências adquiridas no <strong>ISEP</strong>.<br />

Humberto Ramos aventurou-se em <strong>do</strong>is cursos no <strong>ISEP</strong>: <strong>Engenharia</strong><br />

Química e Mecânica. Onze anos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter ingressa<strong>do</strong> no <strong>Instituto</strong>,<br />

é na Gislótica que aplica o que <strong>de</strong> melhor apren<strong>de</strong>u. Ao <strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong>, o<br />

engenheiro <strong>de</strong>sven<strong>do</strong>u o seu percurso académico e profissional<br />

até ao lugar que ocupa hoje. Na verda<strong>de</strong>, ser engenheiro mecânico<br />

não era uma profissão que lhe passasse pela cabeça mas o acaso<br />

mostrou-se mais assertivo <strong>do</strong> que um sonho <strong>de</strong> criança. Medicina<br />

era o seu objectivo, mas ce<strong>do</strong> apren<strong>de</strong>u que os sonhos <strong>de</strong>vem ser<br />

um impulso e não uma barreira à concretização <strong>de</strong> outros projectos.<br />

A <strong>Engenharia</strong> Química surgiu como uma alternativa à Medicina no<br />

final <strong>do</strong> ensino secundário. Já <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> concluída a licenciatura,<br />

<strong>de</strong>cidiu aventurar-se num novo curso, <strong>de</strong>sta vez o bacharelato em<br />

<strong>Engenharia</strong> Mecânica, um pouco por influência <strong>do</strong> irmão mais velho,<br />

engenheiro nessa área.<br />

Dos <strong>do</strong>is cursos que completou, Humberto tira lições importantes:<br />

“o que me ensinou mais, talvez pelo número <strong>de</strong> anos e pela abrangência<br />

das disciplinas, diria que foi <strong>Engenharia</strong> Química, mas penso<br />

que, para o tipo <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> e merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho que temos<br />

em Portugal, <strong>Engenharia</strong> Mecânica mostrou-se mais útil e mais<br />

importante”. Para o engenheiro, os oito anos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> fizeram-no<br />

crescer, não só como profissional, mas também como pessoa. .<br />

O agora engenheiro mecânico sabe que o <strong>Instituto</strong> representou<br />

uma etapa importante na sua vida. Da passagem pelo <strong>ISEP</strong> guarda<br />

as melhores recordações, cujo epicentro são os momentos com os<br />

colegas e a aprendizagem com os professores. Há duas ocasiões,<br />

todavia, que recorda com especial sauda<strong>de</strong>. “A primeira é, sem<br />

dúvida, o ano <strong>do</strong> caloiro, principalmente a parte <strong>do</strong> baptismo, e a<br />

segunda a conclusão <strong>do</strong> bacharelato em <strong>Engenharia</strong> Química,<br />

porque era um curso bastante pesa<strong>do</strong> e com muitas disciplinas, ou<br />

seja, um <strong>de</strong>safio que consegui superar com sucesso”. O seu percurso<br />

ficou ainda marca<strong>do</strong> por uma professora que lhe ensinou que “o<br />

ensino superior não nos dá quase nada. Apenas nos dá os livros<br />

para nós apren<strong>de</strong>rmos”. Para Humberto Ramos, o <strong>ISEP</strong> distingue-se<br />

pela relação que os alunos estabelecem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo com o merca<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> trabalho. E fala por experiência própria. O seu estágio em<br />

<strong>Engenharia</strong> Química, que seria também o seu primeiro emprego,<br />

foi pelo <strong>ISEP</strong>, na RAR. “Foi <strong>de</strong> on<strong>de</strong> veio o meu primeiro dinheiro”,<br />

explica. Na altura, tratava da área da eficiência energética da empresa,<br />

uma vez que, por motivos <strong>de</strong> legislação, era necessário um técnico<br />

nessa área. O seu trabalho consistia, na altura, em “ver o que a<br />

empresa gastava, on<strong>de</strong> gastava e o que po<strong>de</strong>ria ser feito para mudar”.<br />

“A conclusão <strong>do</strong> bacharelato em<br />

<strong>Engenharia</strong> Química foi um momento<br />

especial”<br />

Depois, o <strong>ISEP</strong> voltaria a dar-lhe “uma segunda oportunida<strong>de</strong> por<br />

altura da conclusão <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Mecânica”, pois o<br />

projecto <strong>de</strong> final <strong>de</strong> curso levou-o até à Gislótica, on<strong>de</strong> acabou por<br />

permanecer a trabalhar. Tu<strong>do</strong> isto, acredita Humberto, por mérito<br />

também da política <strong>de</strong> inserção <strong>do</strong>s seus alunos no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

trabalho, praticada pelo <strong>ISEP</strong>.


DEPOIS DO <strong>ISEP</strong><br />

UM ENGENHEIRO MULTIFACETADO<br />

O seu trajecto na Gislótica conta já com três anos. Entrou como<br />

estagiário, para implementar o projecto final <strong>do</strong> bacharelato e,<br />

apreciaram tanto o seu trabalho, que acabou por ficar. A iniciativa,<br />

a aplicação <strong>de</strong> um pequeno dispositivo eléctrico com o objectivo<br />

<strong>de</strong> auxiliar os funcionários da indústria <strong>de</strong> pneus, que, tal como<br />

explica o engenheiro, “pegam em volumes muito pesa<strong>do</strong>s durante<br />

to<strong>do</strong> o horário laboral”, teve bons resulta<strong>do</strong>s.<br />

Quanto ao cargo que ocupa, Humberto é muito claro: “tratan<strong>do</strong>-se<br />

<strong>de</strong> uma empresa pequena não temos uma função <strong>de</strong>finida, mas já<br />

tive influência na parte <strong>de</strong> certificação da qualida<strong>de</strong> e, actualmente,<br />

sou responsável pela parte <strong>de</strong> automação da empresa, incluin<strong>do</strong> a<br />

execução <strong>do</strong> projecto, monitorização e implementação”. .<br />

De referir que a Gislótica é uma empresa <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> máquinas,<br />

mais vocacionada para a indústria <strong>do</strong>s pneus. Quanto ao tipo <strong>de</strong><br />

aparelhos fabrica<strong>do</strong>s, o engenheiro explica que constrói “to<strong>do</strong> o<br />

tipo <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os utiliza<strong>do</strong>s em logística, transporte<br />

<strong>de</strong> pneus, máquinas <strong>de</strong> inspecção <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pneus aos usa<strong>do</strong>s<br />

em lubrificação”, ou seja, i<strong>de</strong>aliza “máquinas à medida <strong>do</strong> cliente”.<br />

“Propomos a solução, já que se trata <strong>de</strong> uma empresa <strong>de</strong> engenharia<br />

e não <strong>de</strong> produção em série. Elaboramos um projecto <strong>de</strong> raiz e<br />

exportamo-lo para vários países”, explica. Vocacionada para o<br />

merca<strong>do</strong> externo, a Gislótica opera no sector há oito anos. .<br />

Quanto a projectos futuros, Humberto Ramos confessa que nunca<br />

foi muito ambicioso, pelo menos a nível profissional. No entanto,<br />

“não queria estar oito anos a estudar para <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sperdiçar o que<br />

aprendi ou o que me esforcei para apren<strong>de</strong>r”, explica. A posição<br />

que alcançou na Gislótica é, sem dúvida, “um sonho concretiza<strong>do</strong>”<br />

e pela qual se consi<strong>de</strong>ra privilegia<strong>do</strong>, principalmente, “por ter a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicar” os conhecimentos que assimilou e que<br />

continua a assimilar na sua activida<strong>de</strong>.<br />

Aos 29 anos, enfrenta o seu maior <strong>de</strong>safio a nível profissional. “Ter<br />

a formação em engenharia química e mecânica e ser responsável<br />

pela parte da automação da empresa, que envolve essencialmente<br />

electrotecnia, é muito <strong>de</strong>safiante”, explica. Não ten<strong>do</strong> bases especí-<br />

ficas na área, é um <strong>de</strong>safio diário “apren<strong>de</strong>r coisas novas ou reapren<strong>de</strong>r<br />

aspectos que me foram ensina<strong>do</strong>s há muito tempo. É também<br />

muito bom o facto <strong>de</strong> ingressarmos numa área que não é a nossa<br />

habitual <strong>de</strong> actuação e à qual temos <strong>de</strong> nos adaptar. É positivo<br />

aumentar o nosso leque <strong>de</strong> conhecimentos”.<br />

O futuro é algo que não preocupa o engenheiro, mais interessa<strong>do</strong><br />

em explorar o presente. Para o ex-aluno <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>, “até aos 35 anos<br />

não <strong>de</strong>vemos ansiar por uma gran<strong>de</strong> carreira ou cargo social numa<br />

empresa <strong>de</strong> maior dimensão no merca<strong>do</strong>”. Até lá, Humberto quer<br />

apenas (e já não é pouco) “apren<strong>de</strong>r o máximo possível, dar o<br />

máximo pela empresa”.<br />

APRENDER FAZENDO... NA GISLÓTICA<br />

Pela Gislótica passam to<strong>do</strong>s os anos cerca <strong>de</strong> cinco alunos provenientes<br />

<strong>de</strong> diferentes cursos <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong> <strong>Superior</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Mecânica até à Electrotecnia. Estes estágios são,<br />

na sua maioria, estágios curriculares que constituem, para os alunos<br />

finalistas <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>, uma porta aberta para o merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho.<br />

Aqui, os alunos apren<strong>de</strong>m a aplicar os conhecimentos adquiri<strong>do</strong>s<br />

durante a licenciatura num ambiente laboral e, acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>,<br />

apren<strong>de</strong>m a melhor forma <strong>de</strong> ultrapassar os obstáculos com que<br />

se irão <strong>de</strong>parar durante o dia-a-dia futuro. .<br />

Para além da experiência profissional que o estágio na Gislótica<br />

oferece, os alunos têm também a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver na<br />

empresa o seu projecto <strong>de</strong> final <strong>de</strong> curso, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong>dicar gran<strong>de</strong><br />

parte <strong>do</strong> seu tempo ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> mesmo. Para a própria<br />

empresa, a concepção <strong>do</strong>s projectos <strong>do</strong>s finalistas <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> portas é uma mais-valia para o conhecimento e investigação. E<br />

porque não, tal como aconteceu no caso <strong>de</strong> Humberto Ramos, os<br />

próprios projectos <strong>do</strong>s alunos po<strong>de</strong>m ser aproveita<strong>do</strong>s para a<br />

concepção <strong>de</strong> novos produtos da Gislótica.<br />

Este ano a Gislótica recebeu <strong>do</strong>is holan<strong>de</strong>ses ao abrigo <strong>do</strong> programa<br />

Erasmus e um aluno <strong>do</strong> português da Licenciatura em Electrotecnia<br />

em seminário <strong>de</strong> estágio. Segun<strong>do</strong> Humberto Ramos, no total, já<br />

passaram pela Gislótica mais <strong>de</strong> 15 alunos nos últimos três anos,<br />

entre Erasmus e estágios curriculares.<br />

“O <strong>ISEP</strong> distingue-se pela<br />

aproximação <strong>do</strong>s estudantes ao<br />

merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho”<br />

Nome<br />

» Humberto Joaquim Ramos Men<strong>do</strong>nça<br />

Ida<strong>de</strong><br />

» 29 anos<br />

Naturalida<strong>de</strong><br />

» Vila <strong>do</strong> Con<strong>de</strong><br />

Ano <strong>de</strong> inscrição no <strong>ISEP</strong><br />

» 1997<br />

Bacharelato<br />

» <strong>Engenharia</strong> Mecânica<br />

Licenciatura<br />

» <strong>Engenharia</strong> Química


A NOSSA TECNOLOGIA<br />

TECNOLOGIA<br />

INOVADORA LEVA O<br />

GICEC A VOOS<br />

INTERNACIONAIS<br />

E se lhe dissessem que os produtos <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>do</strong> cimento ou <strong>do</strong><br />

betão não são a melhor solução para realizar as fachadas <strong>de</strong> um<br />

edifício? E se lhe garantissem que <strong>de</strong>scobriram uma alternativa<br />

ecológica e, provavelmente, mais barata, acreditava? Pois bem, o<br />

Grupo <strong>de</strong> Investigação e Consulta<strong>do</strong>ria em <strong>Engenharia</strong> Civil <strong>do</strong><br />

<strong>ISEP</strong> (GICEC) tem a resposta que gostaria <strong>de</strong> ouvir. O conceito é o<br />

. O <strong>ISEP</strong>.<strong>BI</strong> foi também à <strong>de</strong>scoberta para, em primeiramão,<br />

<strong>de</strong>svendar os segre<strong>do</strong>s <strong>de</strong> uma tecnologia, <strong>de</strong>senvolvida por<br />

um grupo <strong>de</strong> investiga<strong>do</strong>res engenheiros civis, e que irá<br />

revolucionar o merca<strong>do</strong> da construção.<br />

Ana Neves, Carlos Félix, Leonar<strong>do</strong> Ribeiro, Pedro Amaral e Rui Camposinhos<br />

juntaram-se, em Junho <strong>de</strong> 20<strong>07</strong>, para colmatar uma lacuna<br />

no <strong>ISEP</strong> e constituir um grupo <strong>de</strong> investigação em <strong>Engenharia</strong> Civil.<br />

Quase <strong>do</strong>is anos <strong>de</strong>pois, o GICEC apresenta o seu primeiro gran<strong>de</strong><br />

projecto.<br />

Quan<strong>do</strong> ouvimos a <strong>de</strong>scrição geral <strong>do</strong> Presstone somos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo,<br />

acometi<strong>do</strong>s por uma questão: como é que nunca pensaram nesta<br />

hipótese? Provavelmente, até pensaram, mas não tiveram audácia<br />

ou coragem para a concretizar. Para além <strong>de</strong> ser, claramente, um<br />

projecto que prevê a redução <strong>de</strong> matéria-prima utilizada na construção,<br />

o Presstone é também, e tal como nos explica Rui Camposinhos,<br />

o pai <strong>do</strong> GICEC - como é carinhosamente apelida<strong>do</strong> pelos<br />

colegas -, “uma iniciativa para reduzir custos e emissão <strong>de</strong> poluentes”.<br />

Um <strong>de</strong>safio que está a arrancar a meias, “no âmbito <strong>do</strong> consórcio<br />

com duas empresas, a SOLANCIS e a FrontWave”.<br />

De uma forma simplificada, o projecto pressupõe a substituição das<br />

fachadas <strong>de</strong> betão, por outras em pedra, que só têm vantagens<br />

sobre a tecnologia tradicional. E como surge esta i<strong>de</strong>ia? Rui Camposinhos<br />

explica: “Nos últimos 50 anos tem si<strong>do</strong> usa<strong>do</strong>, na construção<br />

<strong>de</strong> edifícios, o betão, a cuja produção está associada uma fileira<br />

produtiva muito poluente”. A pedra “natural” é, assim, a melhor<br />

alternativa pois é “o betão natural, sem componentes químicos”.<br />

Para além <strong>de</strong> não ser nociva para o ambiente e para a saú<strong>de</strong> pública,<br />

não tem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fabrico. E, para completar as bases em que<br />

assenta o projecto, o GICEC propõe o uso da técnica <strong>de</strong> pré-esforço,<br />

que é “nada mais <strong>do</strong> que a utilização <strong>de</strong> cabos ou varões <strong>de</strong> aço <strong>de</strong><br />

elevada resistência inseri<strong>do</strong>s - não a<strong>de</strong>rentes - em placas <strong>de</strong> pedra<br />

e que realizam simultaneamente a pare<strong>de</strong> e o revestimento. É uma<br />

forma <strong>de</strong> sanduíche”, esclarece Rui Camposinhos. As vantagens <strong>do</strong><br />

Presstone são inúmeras: “evitam-se andaimes, há uma maior rapi<strong>de</strong>z<br />

<strong>de</strong> construção”, para além <strong>de</strong> ser completamente “amigo <strong>do</strong><br />

ambiente”. “Desvantagens”, adianta Rui Camposinhos, “ainda não<br />

são conhecidas”.<br />

O Presstone é o primeiro projecto em <strong>Engenharia</strong> Civil <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> com<br />

financiamento comunitário. O objectivo é, segun<strong>do</strong> os investiga<strong>do</strong>res,<br />

“que esta tecnologia seja lançada num projecto <strong>de</strong> renome internacional<br />

para ganhar credibilida<strong>de</strong> no meio”, contribuin<strong>do</strong> assim para<br />

o voo com rumo a merca<strong>do</strong>s estrangeiros em que o grupo preten<strong>de</strong><br />

embarcar. Para já, a iniciativa obteve financiamento da AdI – Agência<br />

<strong>de</strong> Inovação, e os ensaios <strong>de</strong>verão começar no final <strong>de</strong> Março. .<br />

O OBJECTIVO É<br />

PAUTAR PELA DIFERENÇA<br />

O GICEC foi constituí<strong>do</strong> aquan<strong>do</strong> da apresentação <strong>de</strong> um projecto<br />

para um concurso internacional <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, com vista à legislação e<br />

instalação <strong>de</strong> estruturas em Cabo Ver<strong>de</strong> – concurso que o grupo<br />

<strong>de</strong> investiga<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> ganhou. Na altura, estava prevista a “morte<br />

prematura” <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> investigação mal estivesse concluída a<br />

aventura por ilhas cabo-verdianas. Mas não foi o que aconteceu.<br />

Rui Camposinhos explica que “o anterior Conselho Científico pretendia<br />

implementar um grupo <strong>de</strong> investigação em <strong>Engenharia</strong> Civil,<br />

pois não havia até à data nenhum no <strong>ISEP</strong>”. Para a constituição, que


A NOSSA TECNOLOGIA<br />

acabou por acontecer em Junho <strong>de</strong> 2006, necessitavam <strong>de</strong> cinco<br />

investiga<strong>do</strong>res <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>s. No entanto, inicialmente, a equipa era<br />

composta por apenas <strong>do</strong>is <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>s, três engenheiros civis e um<br />

engenheiro mecânico. Uma candidatura aprovada por conselheiros<br />

exteriores ao <strong>ISEP</strong> representa o arranque <strong>do</strong> Grupo <strong>de</strong> Investigação<br />

e Consulta<strong>do</strong>ria em <strong>Engenharia</strong> Civil. .<br />

Neste gabinete não há uma política <strong>de</strong> investigação, apenas linhas<br />

<strong>de</strong> estu<strong>do</strong> e o gran<strong>de</strong> objectivo é, segun<strong>do</strong> os seus funda<strong>do</strong>res,<br />

pautar pela diferença.<br />

Uma das gran<strong>de</strong>s apostas <strong>do</strong> GICEC é a área da técnica <strong>de</strong> revestimento<br />

<strong>de</strong> fachadas. Neste momento, <strong>de</strong>corre um projecto em<br />

parceria com a Mota Engil, li<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> por Jorge Men<strong>de</strong>s, cujo intuito<br />

é fabricar edifícios no limite, tal como se faz com os automóveis. O<br />

principal objectivo <strong>de</strong>ste projecto visa a racionalização <strong>do</strong>s recursos,<br />

preten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong> optimizá-los.<br />

E apesar da sua pequena dimensão, o Grupo <strong>de</strong> Investigação e<br />

Consulta<strong>do</strong>ria em <strong>Engenharia</strong> Civil <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> tem muitos mais projectos<br />

que, para já, estão no segre<strong>do</strong>, não <strong>do</strong>s <strong>de</strong>uses, mas <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong><br />

investigação. O estu<strong>do</strong> da engenharia <strong>de</strong> fachadas, através <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s materiais aplica<strong>do</strong>s; estu<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> novos sistemas; gestão da construção e planeamento <strong>de</strong> projectos<br />

na indústria com recursos limita<strong>do</strong>s ou reabilitação e reforço <strong>do</strong><br />

património edifica<strong>do</strong> são apenas algumas das áreas <strong>de</strong> investigação<br />

<strong>do</strong>s engenheiros civis.<br />

“A MINHA VIGA É MAIOR QUE A TUA”<br />

Um concurso <strong>de</strong> vigas inaugurou, há cerca <strong>de</strong> um mês, o laboratório<br />

<strong>de</strong> estruturas <strong>do</strong> GICEC, construí<strong>do</strong> em parceria com o Departamento<br />

<strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Civil (DEC). A nova estrutura vai servir, essencialmente,<br />

para dar apoio à <strong>do</strong>cência, sem esquecer o apoio a programas <strong>de</strong><br />

mestra<strong>do</strong>. O projecto, financia<strong>do</strong> conjuntamente pelo DEC e pelo<br />

GICEC, po<strong>de</strong>rá vir a <strong>de</strong>sempenhar um papel muito importante nos<br />

ensaios <strong>do</strong> Presstone.<br />

“A minha viga é maior <strong>do</strong> que a tua” é a <strong>de</strong>signação <strong>do</strong> concurso<br />

que marcou o arranque <strong>do</strong> laboratório. Aos alunos <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />

Civil foi lança<strong>do</strong> o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> construir uma viga, o mais forte possível,<br />

e a melhor recebeu o prémio pelas mãos <strong>do</strong> Conselho Directivo.<br />

Apesar <strong>do</strong>s avanços regista<strong>do</strong>s no GICEC nos últimos meses, os<br />

elementos <strong>do</strong> grupo, reconhecem que a análise em <strong>Engenharia</strong><br />

Civil ainda está a dar os primeiros passos. Trabalham essencialmente<br />

a investigação interna e apoiam muitas vezes finalistas que têm <strong>de</strong><br />

apresentar teses em seminários, o que os leva a confessar: “os alunos<br />

são a mão-<strong>de</strong>-obra <strong>do</strong> GICEC”. E Rui Camposinhos acredita que este<br />

espírito gera oportunida<strong>de</strong>s importantes para os futuros engenheiros.<br />

A prová-lo está a recente contratação <strong>de</strong> um estudante bolseiro<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> projecto Presstone.<br />

Para além <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> investigação, o GICEC é, tal como o<br />

próprio nome indica, um grupo <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços para o<br />

exterior, nomeadamente empresas no ramo da construção civil. Rui<br />

Camposinhos <strong>de</strong>staca, no ramo da consulta<strong>do</strong>ria, um projecto em<br />

curso <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 20<strong>07</strong> que pressupõe o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

planeamento e projectos <strong>de</strong> recursos. O objectivo é orientar as<br />

empresas a consi<strong>de</strong>rarem a melhor escolha, minimizan<strong>do</strong> a duração<br />

e os custos <strong>do</strong>s projectos. Como? Por exemplo, se a construtora<br />

planear construir uma ponte, o GICEC presta apoio na análise da<br />

melhor forma <strong>de</strong> combinar os recursos.<br />

Este serviço, explica Rui Camposinhos, po<strong>de</strong> ser aplica<strong>do</strong> em <strong>do</strong>is<br />

casos distintos: um só projecto, ou então encontrar a melhor forma<br />

<strong>de</strong> rentabilizar, por exemplo, <strong>do</strong>is projectos em simultâneo. Quem<br />

sabe se, no futuro, não será possível a criação <strong>de</strong> uma empresa <strong>de</strong><br />

consulta<strong>do</strong>ria em <strong>Engenharia</strong> Civil, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> próprio <strong>ISEP</strong>. .


BREVES<br />

POTENCIAR<br />

O MERCADO IBÉRICO<br />

O início <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 2009 está marca<strong>do</strong> por<br />

uma forte projecção internacional <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>.<br />

Se nas Jornadas Luso-Brasileiras <strong>de</strong> Ensino<br />

e Tecnologia em <strong>Engenharia</strong> foi assinada<br />

um protocolo que possibilitará o reconhecimento<br />

<strong>do</strong>s nossos diploma<strong>do</strong>s em <strong>Engenharia</strong><br />

Civil pela Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

Engenheiros Civis, o mês <strong>de</strong> Fevereiro serviu<br />

igualmente para o estreitar <strong>de</strong> relações<br />

ibéricas.<br />

A qualida<strong>de</strong> da formação superior oferecida<br />

no <strong>ISEP</strong> tem vin<strong>do</strong> a ganhar um crescente<br />

reconhecimento. Fruto disso, a Universidad<br />

<strong>de</strong> Extremadura (Espanha) visitou-nos<br />

recentemente com o intuito <strong>de</strong> aprofundar<br />

os acor<strong>do</strong>s <strong>de</strong> cooperação. A presença no<br />

<strong>Porto</strong> <strong>de</strong> dirigentes da Escuela <strong>de</strong> Ingenierías<br />

Industriales visou a discussão <strong>de</strong> um possível<br />

alargamento da parceria existente. Entre os<br />

assuntos que estiveram em cima da mesa,<br />

abor<strong>do</strong>u-se a criação <strong>de</strong> formações com<br />

dupla titulação. Estes cursos permitiriam aos<br />

licencia<strong>do</strong>s ou mestres, que tivessem efectua<strong>do</strong><br />

um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> no <strong>Porto</strong><br />

ou em Badajoz, verem os seus diplomas<br />

reconheci<strong>do</strong>s por ambas as instituições. A<br />

pedi<strong>do</strong> da Universidad <strong>de</strong> Extremadura, as<br />

principais áreas visadas no encontro foram<br />

Electrotecnia e Mecânica.<br />

O reforço da internacionalização é uma<br />

gran<strong>de</strong> aposta a médio prazo. Presentemente,<br />

o <strong>ISEP</strong> dispõe <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>s <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong><br />

com cerca <strong>de</strong> 70 parceiros. Anualmente,<br />

<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> estudantes e <strong>do</strong>centes<br />

usufruem <strong>de</strong> perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> ao<br />

abrigo <strong>do</strong>s protocolos que o <strong>ISEP</strong> mantém<br />

com outras instituições europeias <strong>de</strong> ensino<br />

superior.<br />

<strong>ISEP</strong> DISTINGUIDO<br />

PELO IEEE<br />

Betina Neves e Pedro Gue<strong>de</strong>s são os coautores<br />

<strong>do</strong> trabalho vence<strong>do</strong>r <strong>do</strong> IEEE Real<br />

World Engineering Projects (IEEE-RWEP). O<br />

concurso internacional, promovi<strong>do</strong> por uma<br />

das principais associações <strong>de</strong> engenharia e<br />

tecnologia a nível mundial, distinguiu o <strong>ISEP</strong><br />

entre centenas <strong>de</strong> candidatos. Dos 12 premia<strong>do</strong>s,<br />

somos a única instituição não pertencente<br />

ao continente norte-americano.<br />

Enquadra<strong>do</strong> nos novos <strong>de</strong>safios <strong>do</strong> ensino<br />

da <strong>Engenharia</strong>, "Vertical axis wind turbine for<br />

micro-energy generation: spinning stu<strong>de</strong>nts<br />

minds" já se encontra incluí<strong>do</strong> no portal IEEE-<br />

-RWEP (www.realworl<strong>de</strong>ngineering.org) e<br />

vai agora ser divulga<strong>do</strong> mundialmente entre<br />

instituições <strong>de</strong> ensino superior. Este projecto<br />

visa uma integração activa <strong>do</strong>s novos alunos,<br />

através <strong>de</strong> intervenções <strong>de</strong> aprendizagem<br />

prática e em ambiente competitivo. A<br />

componente hands-on promove um maior<br />

interesse e a<strong>de</strong>são <strong>do</strong>s estudantes <strong>de</strong><br />

<strong>Engenharia</strong>, reflectin<strong>do</strong>-se posteriormente<br />

no seu sucesso escolar.<br />

O projecto agora distingui<strong>do</strong> foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong><br />

com o apoio <strong>do</strong> Laboratório <strong>de</strong> Sistemas<br />

Autónomos (LSA) e espera-se que<br />

venha futuramente a ser operacionaliza<strong>do</strong><br />

no acolhimento académico. O <strong>ISEP</strong> continua<br />

empenha<strong>do</strong> em li<strong>de</strong>rar as novas abordagens<br />

<strong>do</strong> ensino da <strong>Engenharia</strong>.<br />

GILT CRIA PROJECTO<br />

PARA O ENSINO DA<br />

MEDICINA NO SÉC. XXI<br />

O grupo <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> Graphics, Interaction and Learning<br />

Technologies (GILT) vai apresentar brevemente<br />

à comunida<strong>de</strong> médica os projectos<br />

MEDUCA (Medical Education) e MELOR<br />

(Medical Learning Objects Repository). .<br />

Através da criação <strong>de</strong> uma plataforma <strong>de</strong> e-<br />

learning e b-learning, bem como <strong>de</strong> um<br />

repositório on-line para conteú<strong>do</strong>s <strong>de</strong> medicina<br />

(artigos científicos, apresentações, simulações,<br />

fotos, ví<strong>de</strong>os, teses, casos clínicos e<br />

objectos <strong>de</strong> aprendizagem, entre outros), a<br />

equipa li<strong>de</strong>rada por António Castro preten<strong>de</strong><br />

“emprestar” ferramentas e práticas comuns<br />

no campo da <strong>Engenharia</strong> à Medicina. .<br />

Estes projectos visam contribuir para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> ensino da Medicina.<br />

Para tal, adapta-a as evoluções das novas<br />

tecnologias <strong>de</strong> comunicação e informação,<br />

recorren<strong>do</strong> às inúmeras potencialida<strong>de</strong>s das<br />

ferramentas multimédia e <strong>do</strong> software open<br />

source, com o objectivo <strong>de</strong> melhorar a<br />

partilha <strong>de</strong> competências e conhecimentos<br />

entre os profissionais da área.<br />

Completamente inova<strong>do</strong>res na área, o<br />

MEDUCA e o MELOR já valeram ao GILT o<br />

reconhecimento na Conferência Latino<br />

Americana <strong>de</strong> Objectos <strong>de</strong> Aprendizagem,<br />

que <strong>de</strong>correu no México, e o convite da<br />

Re<strong>de</strong> Universitária <strong>do</strong> Chile para a sua<br />

divulgação em terras austrais.<br />

<strong>ISEP</strong> ENTRE<br />

OS VENCEDORES DO<br />

PRÉMIO BES INOVAÇÃO<br />

O <strong>do</strong>cente <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Mecânica,<br />

João Francisco Silva, é um <strong>do</strong>s responsáveis<br />

pelo projecto que arreca<strong>do</strong>u o principal<br />

prémio na categoria “Processo Industrial” da<br />

IV edição <strong>do</strong> Concurso Nacional <strong>de</strong> Inovação<br />

BES.<br />

“Polight” é o nome <strong>do</strong> projecto vence<strong>do</strong>r,<br />

que recorre à tecnologia patenteada<br />

“towpreg” para a produção <strong>de</strong> postes <strong>de</strong><br />

iluminação pública, <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> energia<br />

eléctrica ou <strong>de</strong> torres <strong>de</strong> energia eólica,<br />

usan<strong>do</strong> materiais compósitos. A mais-valia<br />

consiste na criação <strong>de</strong> produtos mais leves,<br />

resistentes, seguros e rentáveis. A utilização<br />

<strong>de</strong> materiais recicla<strong>do</strong>s garante também<br />

uma maior sustentabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produto,<br />

que é amigo <strong>do</strong> ambiente.<br />

A i<strong>de</strong>ia para este projecto surgiu <strong>de</strong> José<br />

Carlos Ferreira – antigo aluno <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> – e é<br />

actualmente <strong>de</strong>senvolvida por investiga<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>/INEGI, da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Minho<br />

e da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Entretanto, este conceito<br />

originou já a empresa Ownersmark, S.A.. .<br />

Premia<strong>do</strong> com um montante <strong>de</strong> 60 mil<br />

euros, o “Polight” tinha já si<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s<br />

finalistas <strong>do</strong> Prémio START em 2008. .


BREVES<br />

GANHAMOS<br />

A CONFIANÇA<br />

DA AGÊNCIA ESPACIAL<br />

EUROPEIA<br />

O Laboratório <strong>de</strong> Cartografia e Geologia<br />

Aplicada (LABCARGA) está a <strong>de</strong>senvolver<br />

um projecto <strong>de</strong> investigação europeu<br />

apoia<strong>do</strong> pela European Space Agency (ESA).<br />

HydroSPOT (Morphotectonic, hydrogeomorphologic<br />

and hydrogeological mapping of<br />

Northwestern Portugal using SPOT images:<br />

a contribution to the implementation of<br />

good practices on territory planning and<br />

management of groundwater resources) é<br />

o nome <strong>do</strong> projecto multidisciplinar que<br />

envolve técnicas avançadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção<br />

remota, fotogeologia e cartografia aplicada/SIG<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> meto<strong>do</strong>logias<br />

aplicadas à gestão sustentável<br />

territorial <strong>do</strong>s recursos hídricos subterrâneos<br />

<strong>do</strong> noroeste <strong>de</strong> Portugal e sul da Galiza<br />

(Espanha).<br />

O projecto encontra-se no seu estádio inicial.<br />

Neste primeiro momento, preten<strong>de</strong> realizar<br />

uma cartografia aplicada à gestão <strong>de</strong> recursos<br />

hídricos subterrâneos, a diferentes<br />

escalas, com recurso à combinação e manipulação<br />

<strong>de</strong> imagens aéreas com enfoque<br />

para a morfotectónica, a hidrogeomorfologia<br />

e a hidrogeologia.<br />

Estão previstas campanhas <strong>de</strong> terreno em<br />

sectores-chave <strong>do</strong> noroeste peninsular, para<br />

efectuar estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pormenor <strong>de</strong> cartografia<br />

e geo-posicionamento <strong>de</strong> potenciais<br />

estruturas hidrogeo-morfológicas e<br />

inventário hidrogeológico, através <strong>de</strong> GPS<br />

<strong>de</strong> alta resolução.<br />

O projecto HydroSPOT está a ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong><br />

por investiga<strong>do</strong>res e <strong>do</strong>utoran<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

Laboratório <strong>de</strong> Cartografia e Geologia<br />

Aplicada <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> em parceria com os grupos<br />

<strong>de</strong> investigação em Geomorfologia Aplicada<br />

<strong>do</strong>s Departamentos <strong>de</strong> Geografia da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (Laboratório <strong>de</strong><br />

Geografia Física - LGF) e da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Santiago <strong>de</strong> Compostela (Grupo <strong>de</strong><br />

Investigacións Xeomorfolóxicas e Ambientais).<br />

No LABCARGA, este projecto está a ser<br />

orienta<strong>do</strong> por Hél<strong>de</strong>r Chaminé.<br />

CINT-E ESTABELECE<br />

PARCERIA COM O <strong>ISEP</strong><br />

O <strong>ISEP</strong> e a empresa CINT-E, que se <strong>de</strong>dica à<br />

certificação, consulta<strong>do</strong>ria e auditorias energéticas<br />

em edifícios e na Indústria, firmaram<br />

um acor<strong>do</strong> <strong>de</strong> cooperação. Optimizar recursos<br />

e cruzar saberes entre uma empresa e<br />

uma instituição académica para a prestação<br />

<strong>de</strong> serviços é o objectivo. A parceria arrancará<br />

com a duração <strong>de</strong> um ano, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser<br />

posteriormente alargada.<br />

A parceria entre o <strong>ISEP</strong> e a CINT-E possibilita<br />

oferecer anualmente um número significativo<br />

<strong>de</strong> estágios profissionais remunera<strong>do</strong>s<br />

aos nossos alunos. Nove alunos estão já a<br />

usufruir <strong>do</strong>s mesmos na área <strong>de</strong> certificação<br />

<strong>do</strong>s edifícios. Esta parceria preten<strong>de</strong> ainda<br />

potenciar a infra-estrutura técnica e cientifica<br />

disponível no <strong>ISEP</strong> para a prestação <strong>de</strong> serviços,<br />

no âmbito da certificação <strong>do</strong>s edifícios,<br />

e em particular na certificação energética.<br />

Os responsáveis esperam também que sirva<br />

para o patrocínio anual <strong>de</strong> um ou mais<br />

eventos <strong>de</strong> carácter técnico-científico. .<br />

Apesar <strong>do</strong> projecto ainda só ter um mês <strong>de</strong><br />

vida, da parte <strong>do</strong>s intervenientes existe um<br />

gran<strong>de</strong> entusiasmo. Tanto o <strong>ISEP</strong> como a<br />

CINT-E acreditam no sucesso da parceira.<br />

Este é mais um exemplo das sinergias que<br />

o <strong>ISEP</strong> acarinha com as empresas. .<br />

<strong>ISEP</strong> APOSTA<br />

EM CASA INTELIGENTE<br />

Sustentabilida<strong>de</strong> ambiental, eficiência energética,<br />

energias alternativas, <strong>do</strong>mótica, são<br />

termos com os quais as socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inícios<br />

<strong>do</strong> séc. XXI estão familiarizadas. A constante<br />

evolução tecnológica empresta cada vez<br />

mais ferramentas ao serviço da humanida<strong>de</strong>.<br />

É neste senti<strong>do</strong> que o <strong>ISEP</strong> aposta na Casa<br />

Inteligente. Um projecto ambicioso e multidisciplinar<br />

que prevê dar resposta a diversos<br />

<strong>de</strong>safios das habitações mo<strong>de</strong>rnas. .<br />

Ainda está em fase <strong>de</strong> arranque, mas já<br />

dispomos no nosso campus <strong>de</strong> um espaço<br />

que une conhecimentos na superação <strong>do</strong><br />

conceito “casa”. Mais <strong>do</strong> que um espaço<br />

on<strong>de</strong> se habita, preten<strong>de</strong>mos criar espaços<br />

auto-suficientes, que trabalham para quem<br />

os habita. Este projecto <strong>de</strong> investigação é<br />

partilha<strong>do</strong> pelas áreas <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Mecânica<br />

e <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Civil.<br />

A primeira aposta incidiu nas energias alternativas.<br />

Com isso, não só cumprimos com<br />

a estratégia nacional <strong>de</strong> produção energética<br />

a partir <strong>de</strong> fontes alternativas, como estamos<br />

a explorar riquezas naturais <strong>do</strong> país. Incidimos<br />

ainda o espírito <strong>de</strong> inovação nos nossos<br />

alunos. Sabemos que são eles os futuros<br />

profissionais e por isso são eles que testam<br />

e falham e voltam a testar soluções. São eles<br />

que apren<strong>de</strong>m a saber fazer e se superam.<br />

O <strong>ISEP</strong> continua na linha da frente, na<br />

procura <strong>de</strong> soluções e na antecipação <strong>de</strong><br />

respostas. Acreditamos que a Casa Inteligente<br />

exportará, a seu tempo, várias tecnologias<br />

para as residências portuguesas. É a pensar<br />

numa maior qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida que investimos<br />

neste projecto. Afinal <strong>de</strong> contas, é no<br />

lar que to<strong>do</strong>s procuramos conforto. .<br />

CISTER NO ARRANQUE<br />

DO PROJECTO EUROPEU<br />

EMMON<br />

O Centro <strong>de</strong> Investigação em Sistemas<br />

Confiáveis e <strong>de</strong> Tempo-Real (CISTER)<br />

apadrinhou o primeiro programa estratégico<br />

<strong>de</strong> inovação da Comissão Europeia a funcionar<br />

no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> parceira público/priva<strong>do</strong>.<br />

A integração no consórcio que vai <strong>de</strong>senvolver<br />

o projecto EMMON (”EMbed<strong>de</strong>d<br />

MONitoring”) reafirma a posição <strong>do</strong> CISTER<br />

enquanto lí<strong>de</strong>r na área das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sensores<br />

sem fios (Wireless Sensor Networks). O<br />

objectivo é <strong>de</strong>senvolver sistemas que<br />

melhorem a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida urbana. .<br />

Eduar<strong>do</strong> Tovar, Björn An<strong>de</strong>rsson, Shashi<br />

Prabh e Mário Alves – investiga<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />

CISTER – estiveram presentes no lançamento


BREVES<br />

<strong>do</strong> projecto, que <strong>de</strong>correu a 25 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong><br />

2009, em Coimbra. Foca<strong>do</strong> na área das<br />

Tecnologias da Informação e Comunicação,<br />

o EMMON procura um avanço maciço <strong>do</strong><br />

esta<strong>do</strong> da arte das re<strong>de</strong>s sensoriais sem fios,<br />

para <strong>de</strong>senvolver um protótipo funcional<br />

<strong>de</strong> monitorização em tempo real <strong>de</strong> cenários<br />

naturais. Preten<strong>de</strong> criar novas tecnologias<br />

que possibilitem a monitorização da envolvência<br />

física, a sua correcta interpre-tação,<br />

simulação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los e antevisão <strong>de</strong><br />

respostas. Os avanços possibilitarão melhorar<br />

mecanismos <strong>de</strong> combate a incêndios ou<br />

inundações, maximizar a eficiência energética,<br />

promover políticas <strong>de</strong> redução da<br />

poluição, etc. Num contexto <strong>de</strong> alterações<br />

climáticas, preten<strong>de</strong>-se que as tecnologias<br />

<strong>de</strong>senvolvidas contribuam para a elevação<br />

da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das populações e que<br />

sejam futuramente adaptadas a qualquer<br />

cida<strong>de</strong> mundial.<br />

Este projecto é <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> por um consórcio,<br />

que integra oito parceiros europeus<br />

li<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s pela Critical Software, on<strong>de</strong> se<br />

<strong>de</strong>stacam nomes como o <strong>ISEP</strong> ou o Trinity<br />

College Dublin. Foi lança<strong>do</strong> no âmbito da<br />

iniciativa ARTEMIS – 7º Programa Quadro<br />

<strong>de</strong> Investigação da Comissão Europeia –,<br />

cujo orçamento atinge 2.5 mil milhões <strong>de</strong><br />

euros para os próximos 10 anos. .<br />

O <strong>ISEP</strong> dá o seu contributo para o <strong>de</strong>safio<br />

tecnológico, uma aposta vital da União<br />

Europeu para garantir a competitivida<strong>de</strong><br />

global.<br />

MUSEU DO <strong>ISEP</strong> ENTRA<br />

PARA O ICOM<br />

O Museu <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong> <strong>Superior</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> é, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2009, membro<br />

institucional <strong>do</strong> International Council of<br />

Museums (ICOM).<br />

No ano em que celebra o seu 10º aniversário,<br />

o nosso Museu viu o seu trabalho <strong>de</strong> preservação<br />

e promoção da ciência e da cultura<br />

reconheci<strong>do</strong>s pelo ICOM, que o integrou na<br />

sua secção portuguesa. A participação na<br />

Comissão Nacional beneficia-nos com uma<br />

maior exposição e envolve-nos em programas<br />

que visam um melhor conhecimento<br />

e utilização <strong>do</strong>s museus. .<br />

O Museu <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong> <strong>de</strong>tém um <strong>do</strong>s mais ricos<br />

espólios <strong>de</strong> instrumentação científica a nível<br />

nacional. Situa<strong>do</strong> no nosso campus, ajuda<br />

a contar a evolução <strong>do</strong> ensino da <strong>Engenharia</strong><br />

em Portugal ao longo <strong>do</strong>s últimos 150 anos.<br />

A partir <strong>de</strong> 2009, somos igualmente membros<br />

da maior re<strong>de</strong> internacional <strong>de</strong> promoção<br />

da museologia.<br />

Esta notícia vem reconhecer to<strong>do</strong> o trabalho<br />

<strong>de</strong> renovação e difusão que tem si<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pela equipa <strong>do</strong> Museu <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong><br />

ao longo <strong>do</strong>s últimos tempos.<br />

CIDEM APOSTA NA<br />

OPTIMIZAÇÃO DOS<br />

TEMPOS DE RESPOSTA<br />

Já foi estrela num episódio da série <strong>de</strong><br />

televisão CSI, assume um potencial multidisciplinar<br />

e é provavelmente o maior <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os arquitectos quan<strong>do</strong> têm que<br />

construir maquetes. O Centro <strong>de</strong> Investigação<br />

e Desenvolvimento em <strong>Engenharia</strong><br />

Mecânica (CIDEM) adquiriu recentemente<br />

um sistema <strong>de</strong> prototipagem rápida<br />

Z310Plus. Este novo equipamento da<br />

ZPRINTER Corporation reduz a construção<br />

<strong>de</strong> protótipos <strong>de</strong> dias para algumas horas e<br />

<strong>de</strong>verá contribuir para optimizar os tempos<br />

<strong>de</strong> resposta da nossa unida<strong>de</strong>.<br />

A Z310Plus é, essencialmente, uma impressora<br />

que permite criar mo<strong>de</strong>los tridimensionais<br />

a partir <strong>de</strong> peças <strong>de</strong>senhada em<br />

formato digital. O processo começa com o<br />

software da impressora a importar ficheiros<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senho 3D CAD (ou Solid Works). Este<br />

é converti<strong>do</strong> em fatias, cuja espessura está<br />

compreendida entre 0,09 e 0,2 milímetros.<br />

O mo<strong>de</strong>lo é então cria<strong>do</strong> pela impressora<br />

<strong>de</strong>positan<strong>do</strong> uma camada <strong>de</strong> um polímero<br />

que, ao ser impresso, provoca a agregação<br />

<strong>de</strong> uma secção da peça. Este processo<br />

repete-se para todas as camadas da peça<br />

até completar a sua impressão. Passa<strong>do</strong>s<br />

poucos minutos, a peça está pronta. .<br />

A mais-valia resi<strong>de</strong> na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> executar<br />

em apenas algumas horas um mo<strong>de</strong>lo<br />

físico da peça (protótipo) que permite a sua<br />

análise, manuseamento e estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> eventuais<br />

modificações, bem como <strong>de</strong> questões<br />

associadas à montagem <strong>de</strong> peças em<br />

conjuntos.<br />

O CIDEM continua a centrar boa parte da<br />

sua activida<strong>de</strong> na consulta<strong>do</strong>ria e nas parcerias<br />

<strong>de</strong> investigação com priva<strong>do</strong>s, recebe<br />

assim um equipamento que reduz drasticamente<br />

tempos <strong>de</strong> resposta. Relembramos<br />

que a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação foi recentemente<br />

avaliada com “Muito Bom” pela Fundação<br />

para a Ciência e a Tecnologia. .<br />

PEDRO RIBEIRO E<br />

RODOLFO MARTINS<br />

SOBRESSAEM<br />

NO IDEIAS LUMINOSAS<br />

A EDP Distribuição e a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Coimbra anunciaram recentemente os resulta<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> concurso I<strong>de</strong>ias Luminosas 08. .<br />

Pedro Ribeiro e Ro<strong>do</strong>lfo Martins, mestran<strong>do</strong>s<br />

em <strong>Engenharia</strong> Electrotécnica e <strong>de</strong> Computa<strong>do</strong>res,<br />

estiveram entre os vence<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />

dia, graças ao seu projecto “ENERGeye”. Os<br />

nossos alunos apresentaram um conjunto<br />

<strong>de</strong> três produtos que preten<strong>de</strong>m dar uma<br />

resposta à problemática <strong>do</strong>s consumos <strong>de</strong><br />

“stand by” <strong>do</strong>s equipamentos audiovisuais<br />

e informáticos. Distingui<strong>do</strong>s com uma<br />

menção honrosa, que contempla um prémio<br />

<strong>de</strong> cinco mil euros, assumem que a principal<br />

vantagem resi<strong>de</strong> ainda assim na maior exposição<br />

<strong>do</strong> projecto. Actualmente na EVOLEO<br />

Technologies, os engenheiros electrotécnicos<br />

viram o júri confirmar que o “ENERGeye”<br />

tem tu<strong>do</strong> para ser uma óptima aposta <strong>de</strong><br />

merca<strong>do</strong>.<br />

O concurso I<strong>de</strong>ias Luminosas foi lança<strong>do</strong><br />

pela primeira vez em Maio <strong>de</strong> 20<strong>07</strong>, <strong>de</strong>stinan<strong>do</strong>-se<br />

a alunos finalistas inscritos em<br />

instituições <strong>de</strong> ensino superior portuguesas.<br />

É promovi<strong>do</strong> no âmbito <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong><br />

Promoção para a Eficiência no Consumo <strong>de</strong><br />

Energia Eléctrica e financia<strong>do</strong> pela Entida<strong>de</strong><br />

Regula<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>s Serviços Energéticos. .


BREVES<br />

GECAD CONSEGUE<br />

PREVER SAÚDE<br />

FINANCEIRA DAS<br />

EMPRESAS<br />

E se fosse possível analisar a saú<strong>de</strong> financeira<br />

das empresas e calcular a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

falência? Os empresários nacionais saberiam<br />

inverter o curso negativo ou cancelar investimentos<br />

infrutíferos?<br />

O nosso Centro <strong>de</strong> Investigação em<br />

<strong>Engenharia</strong> <strong>do</strong> Conhecimento e Apoio à<br />

Decisão (GECAD) criou um instrumento que<br />

vê o futuro para ajudar a melhorar o<br />

presente. IFRA ou Improving Financial Risk<br />

Analysis é o nome <strong>do</strong> novo sistema<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> no <strong>ISEP</strong> que recorre a<br />

indica<strong>do</strong>res para avaliar os riscos <strong>de</strong><br />

insolvência <strong>de</strong> uma empresa.<br />

Segun<strong>do</strong> o investiga<strong>do</strong>r Arman<strong>do</strong> Vieira,<br />

“são usa<strong>do</strong>s algoritmos que tentam apren<strong>de</strong>r<br />

em que situação uma empresa está bem ou<br />

corre riscos, para <strong>de</strong>senvolver o sistema e<br />

reduzir significantemente o risco <strong>de</strong> tomada<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão comparativamente a técnicas<br />

estatísticas convencionais”. A taxa <strong>de</strong> sucesso<br />

<strong>de</strong>ste sistema é <strong>de</strong> 94%, aproximan<strong>do</strong>-se <strong>do</strong><br />

máximo espectável.<br />

Já está disponível na página <strong>do</strong> GECAD, em<br />

www.gecad.isep.ipp.pt/aires, o simula<strong>do</strong>r<br />

que permite, <strong>de</strong> forma gratuita, conhecerse<br />

a saú<strong>de</strong> financeira <strong>de</strong> uma empresa.<br />

Pronto a ser usa<strong>do</strong>s como uma ferramenta<br />

<strong>de</strong> trabalho, o simula<strong>do</strong>r recorre a cinco<br />

indica<strong>do</strong>res-chave: resulta<strong>do</strong>s operacionais,<br />

liqui<strong>de</strong>z geral, dívida financeira sobre o<br />

capital próprio, número <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>s e<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auto-financiamento. Além<br />

das simulações em tempo-real, o IFRA permite<br />

ainda a previsão <strong>do</strong>s impactos que uma<br />

<strong>de</strong>cisão po<strong>de</strong>rá ter nas finanças da empresas<br />

e a comparação com outras empresas.<br />

Este projecto, que po<strong>de</strong> igualmente ser<br />

adapta<strong>do</strong> ao crédito pessoal, visa sobretu<strong>do</strong><br />

ajudar empresários, fornece<strong>do</strong>res e a banca<br />

a medir a saú<strong>de</strong> das próprias empresas ou<br />

daquelas com que negoceiam. Como<br />

sempre, o GECAD continua a quebrar<br />

barreiras ao serviço <strong>do</strong>s <strong>de</strong>cisores e gestores<br />

portugueses.<br />

TOMADA DE POSSE<br />

DA AE<strong>ISEP</strong><br />

A nova Associação <strong>de</strong> Estudantes <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong><br />

(AE<strong>ISEP</strong>) tomou posse no passa<strong>do</strong> dia 12 <strong>de</strong><br />

Janeiro. Presidida por Thiago Oliveira, a nova<br />

equipa comprometeu-se a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a imagem<br />

<strong>de</strong> um <strong>ISEP</strong> forte.<br />

Projectar a visibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong> e a qualida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>s nossos gradua<strong>do</strong>s no exterior e<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a exigência pedagógica são <strong>do</strong>is<br />

<strong>do</strong>s principais objectivos para o novo<br />

mandato. Thiago Oliveira preten<strong>de</strong> ainda<br />

apoiar iniciativas que garantam a boa qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida no campus, <strong>de</strong>signadamente<br />

ao nível <strong>do</strong> <strong>de</strong>sporto escolar e <strong>do</strong>s eventos<br />

culturais.<br />

TRÊS REFORÇOS PARA<br />

A EQUIPA DE FUTEBOL<br />

ROBÓTICO DO <strong>ISEP</strong><br />

O Laboratório <strong>de</strong> Sistemas Autónomos (LSA)<br />

recebeu três novos elementos para a sua<br />

equipa <strong>de</strong> futebol robótico. Os robôs<br />

humanói<strong>de</strong>s NAO vêem <strong>de</strong> França e<br />

constituem as plataformas com que se irá<br />

disputar a liga mundial da Robocup<br />

Fe<strong>de</strong>ration. A nossa unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação<br />

<strong>de</strong>senvolverá agora o software com que<br />

preten<strong>de</strong> alcançar o título.<br />

Os robôs humanói<strong>de</strong>s NAO são capazes <strong>de</strong><br />

dançar, falar (inglês e francês), reconhecer<br />

rostos e interagir com os seus programa<strong>do</strong>res.<br />

Servem ainda <strong>de</strong> plataforma para a<br />

liga mundial da Robocup Fe<strong>de</strong>ration, iniciativa<br />

<strong>de</strong> investigação científica interna-cional<br />

que tem em vista o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

tecnologias e o avanço das áreas associadas<br />

à robótica. A partir <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Março último,<br />

três <strong>de</strong>stes robôs passaram a integrar a<br />

equipa <strong>do</strong> <strong>ISEP</strong>. A apresentação pública foi<br />

levada a cabo pela empresa Al<strong>de</strong>baran<br />

Robotics, um <strong>do</strong>s principais fabricantes<br />

europeus, e cabe agora ao LSA <strong>do</strong>tar os três<br />

futuros craques das capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

percepção, controlo e coor<strong>de</strong>nação,<br />

a<strong>de</strong>quadas aos <strong>de</strong>safios da liga mundial <strong>de</strong><br />

futebol robótico.<br />

O LSA é igualmente responsável por<br />

projectos como o ROAZ (robô <strong>de</strong> busca e<br />

salvamento marítimo) ou o FALCOS (aeronave<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> focos <strong>de</strong> incêndio<br />

florestal).<br />

POLIEMPREENDE,<br />

UMA PLATAFORMA DO<br />

EMPREENDEDORISMO<br />

Inserida no âmbito <strong>do</strong> 6º concurso<br />

Poliempreen<strong>de</strong>, cujo objectivo é fomentar<br />

o ecossistema empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r junto <strong>do</strong><br />

universo Politécnico, o <strong>ISEP</strong> organizou<br />

recentemente a Oficina E. Esta acção <strong>de</strong><br />

formação juntou alunos e recémdiploma<strong>do</strong>s<br />

para discutir i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> negócio.<br />

A sessão começou com a avaliação <strong>de</strong><br />

planos <strong>de</strong> negócios, com vista a alavancar<br />

novas empresas <strong>de</strong> cariz inova<strong>do</strong>r com<br />

potencial <strong>de</strong> crescimento credível. Através<br />

<strong>de</strong> uma orientação prática, a Oficina E incidiu<br />

em questões como a creativida<strong>de</strong> e iniciativa;<br />

a gestão da incerteza e <strong>do</strong> risco para tomada<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões; técnicas <strong>de</strong> comunicação,<br />

negociação e persuasão; a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong><br />

oportunida<strong>de</strong>s; e a inovação competitiva.<br />

A pensar no merca<strong>do</strong> e a pensar nas<br />

empresas, apoiamos o empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>rismo<br />

nos nossos alunos. São as suas i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong><br />

sucesso que vão abrir novos nichos <strong>de</strong><br />

merca<strong>do</strong>. É o seu espírito dinâmico que<br />

sustentará melhores organizações no futuro.


PROVAS DE DOUTORAMENTO<br />

APOIO À DEPURAÇÃO E TESTE DE<br />

CIRCUITOS MISTOS COMPATÍVEIS<br />

COM A NORMA IEEE 1149.4<br />

NOME: Carlos Felgueiras<br />

ÁREA CIENTÍFICA: Eng. Electrotécnica e <strong>de</strong> Computa<strong>do</strong>res<br />

ORIENTADORES: José Manuel Martins Ferreira (FEUP)<br />

e Gustavo Ribeiro da Costa Alves (<strong>ISEP</strong>)<br />

LOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

DATA DA PROVA: Fevereiro 2009<br />

Os circuitos mistos tiveram uma expansão consi<strong>de</strong>rável recentemente,<br />

<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao constante aumento <strong>do</strong> número <strong>de</strong> componentes<br />

presentes em cada circuito integra<strong>do</strong> e à disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ferramentas computa<strong>do</strong>rizadas <strong>de</strong> apoio ao projecto. Os circuitos<br />

passam a integrar to<strong>do</strong>s os blocos necessário para realizar uma<br />

<strong>de</strong>terminada função e que frequentemente incluem microprocessa<strong>do</strong>res,<br />

memória, conversores A/D e D/A, etc., constituin<strong>do</strong><br />

circuitos mistos <strong>de</strong> elevada complexida<strong>de</strong>. Estes eleva<strong>do</strong>s níveis <strong>de</strong><br />

integração colocam dificulda<strong>de</strong>s acrescidas às operações <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>puração, que têm lugar durante a fase <strong>de</strong> validação <strong>do</strong> protótipo,<br />

e que se realizam através <strong>de</strong> equipamentos basea<strong>do</strong>s no acesso<br />

físico aos nós <strong>do</strong> circuito.<br />

As dificulda<strong>de</strong>s são menores nos circuitos digitais para os quais foi<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>, e rapidamente a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong>, o mecanismo normaliza<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> acesso para o teste <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> na norma IEEE1149.1 ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong><br />

posteriormente si<strong>do</strong> reutiliza<strong>do</strong> para apoiar a directamente <strong>de</strong>puração<br />

ou para en<strong>de</strong>reçar instrumentos embuti<strong>do</strong>s. .<br />

Para os circuitos analógicos e mistos, para além da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

um mecanismo semelhante, acresce ainda a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> compa-<br />

TRIBOLOGICAL PROPERTIES OF CVD<br />

DIAMOND COATED CERAMIC<br />

SURFACES<br />

NOME: Cristiano Abreu<br />

ÁREA CIENTÍFICA: Tribologia<br />

ORIENTADORES: José M. R. Gomes (Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Minho)<br />

e Rui R. Ferreira e Silva (Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aveiro)<br />

LOCAL: Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Minho<br />

DATA DA PROVA: Fevereiro <strong>de</strong> 2009<br />

Estu<strong>do</strong> das proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste e atrito <strong>de</strong> revestimentos<br />

ultra-duros <strong>de</strong> diamante <strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s pela técnica <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição<br />

química em fase <strong>de</strong> vapor (CVD), sobre revestimentos cerâmicos <strong>de</strong><br />

nitreto <strong>de</strong> silício. Foram caracteriza<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> revestimentos<br />

tibilida<strong>de</strong> com os meios entretanto <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s para a parte<br />

digital, nomeadamente ao nível <strong>do</strong>s pinos <strong>de</strong> interface. Neste<br />

contexto, a infra-estrutura IEEE1149.4 aparece como mecanismo<br />

especialmente privilegia<strong>do</strong>, uma vez que se trata da extensão da<br />

anteriormente referida para a área <strong>do</strong>s circuitos analógicos e mistos.<br />

O trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> propõe a reutilização da infra-estrutura<br />

IEEE1149.4 para apoiar a <strong>de</strong>puração em circuitos mistos, através da<br />

respectiva extensão para permitir operações <strong>de</strong> Controlo, Observação<br />

e Verificação (COV) e da inclusão <strong>de</strong> um Detector <strong>de</strong> Condição Mista<br />

(DCM) que é necessário para operações mais complexas. O estu<strong>do</strong><br />

da referida infra-estrutura conduziu a um ABM genérico que satisfaz<br />

os requisitos <strong>de</strong> COV nos pinos e nós internos, analógicos e digitais.<br />

Foram também propostos (i) um procedimento <strong>de</strong> verificação da<br />

integrida<strong>de</strong>, (ii) um processo <strong>de</strong> análise e correcção <strong>de</strong> erros durante<br />

as medidas paramétricas e (iii) o <strong>BI</strong>MBO, um circuito que permite<br />

observar analogicamente até quatro sinais, através <strong>do</strong>s pinos da<br />

interface normalizada Test Access Port (TAP). Para as operações<br />

compostas <strong>de</strong> <strong>de</strong>puração paragem/monitorização por condição e<br />

análise em tempo real foi proposto o DCM, que reutiliza a infraestrutura<br />

IEEE1149.4. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste bloco e a análise <strong>do</strong><br />

overhead que lhe está associa<strong>do</strong>, bem como a respectiva validação,<br />

foram igualmente realiza<strong>do</strong>s.<br />

<strong>de</strong> diamante, <strong>de</strong>signadamente diamante micro-cristalino (MCD) e<br />

nano-cristalino (NCD), na ausência <strong>de</strong> lubrificação e <strong>de</strong>slizamento<br />

em água <strong>de</strong>stilada. Estes ambientes <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamento preten<strong>de</strong>ram<br />

aferir as potencialida<strong>de</strong>s tribológicas <strong>de</strong>stes tribosistemas para<br />

aplicações na indústria <strong>de</strong> fluí<strong>do</strong>s, corte por apara e em aplicações<br />

biotribológicas: instrumentos cirúrgicos, próteses articulares totais<br />

(artroplastia), etc.<br />

Tese por artigos conten<strong>do</strong> 8 artigos publica<strong>do</strong>s em revistas internacionais<br />

da especialida<strong>de</strong>. Foram ainda publica<strong>do</strong>s artigos <strong>de</strong> assuntos<br />

conexos em revistas internacionais e nacionais. Os resulta<strong>do</strong>s foram<br />

ainda apresenta<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> comunicações orais em conferências<br />

internacionais da especialida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se a participação no<br />

Congresso Mundial <strong>de</strong> Desgaste (WOM 2005), no Multiscale and<br />

Functionally Gra<strong>de</strong>d Materials Conference (M&FGM 2006) e nos<br />

Congressos Ibéricos <strong>de</strong> Tribologia (IBERTRIB 2005 e IBERTRIB 20<strong>07</strong>).<br />

Os trabalhos <strong>de</strong> <strong>do</strong>utoramento foram enquadra<strong>do</strong>s nos projectos<br />

<strong>BI</strong>ODIAM e NANODIAM, ambos financia<strong>do</strong>s pela Fundação para a<br />

Ciência e a Tecnologia.


PROVAS DE DOUTORAMENTO<br />

O MODELO X-TEC<br />

(TECHNO-DIDACTICAL EXTENSION<br />

FOR INSTRUCTION/LEARNING BASED<br />

ON COMPUTER)<br />

NOME: Paula Escu<strong>de</strong>iro<br />

ÁREA CIENTÍFICA: Informática<br />

ORIENTADORES: José Manuel Emiliano Bidarra <strong>de</strong> Almeida<br />

(Universida<strong>de</strong> Aberta)<br />

LOCAL: Universida<strong>de</strong> Aberta<br />

DATA DA PROVA: Fevereiro 2009<br />

O mo<strong>de</strong>lo X-TEC foi cria<strong>do</strong> com o objectivo <strong>de</strong> facilitar o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> software educativo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, por to<strong>do</strong>s os que<br />

pretendam apoiar o ensino/aprendizagem nas novas tecnologias,<br />

sem que para isso tenham que ser, necessariamente, especialistas<br />

em informática.<br />

É muito importante que o software educativo seja inspira<strong>do</strong> pela<br />

criativida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s educa<strong>do</strong>res. O mo<strong>de</strong>lo X-TEC potencia uma nova<br />

visão das coisas que ten<strong>de</strong> a reduzir, ou até a eliminar, as condições,<br />

as regras e as limitações in<strong>de</strong>vidamente estabelecidas pelos computa<strong>do</strong>res<br />

e/ou pelos especialistas em informática.<br />

O X-TEC é um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software educativo<br />

que visa contemplar a integração <strong>do</strong>s aspectos computacionais e<br />

<strong>do</strong>s aspectos educacionais numa visão baseada em objectos e<br />

orientada para o resulta<strong>do</strong>.<br />

Desenvolvi<strong>do</strong> com base nas meto<strong>do</strong>logias <strong>de</strong> análise e <strong>de</strong>senho <strong>de</strong><br />

software educativo e com uma forte preocupação ao nível da<br />

engenharia <strong>de</strong> software – <strong>de</strong> forma a garantir produtos finais <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> a custos controla<strong>do</strong>s – o X-TEC possibilita que um tecnólogo<br />

educativo não especialista em informática, tenha um papel<br />

prepon<strong>de</strong>rante em to<strong>do</strong> o ciclo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento contribuin<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> forma <strong>de</strong>cisiva para a qualida<strong>de</strong> pedagógica <strong>do</strong> produto. .<br />

A arquitectura <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo X-TEC baseia-se em duas sub-extensões<br />

interligadas: Espaço ensino (<strong>de</strong>senvolvimento técnico) e Ambiente<br />

<strong>de</strong> aprendizagem (concepção pedagógica).<br />

PROTOCOLOS DE NÍVEL INTERMÉDIO<br />

PARA CONFERIR QUALIDADE DE<br />

SERVIÇO A INFRA-ESTRUTURAS DE<br />

COMUNICAÇÃO BASEADAS EM<br />

PROTOCOLOS MESTRE/ESCRAVO<br />

NOME: Filipe Pacheco<br />

ÁREA CIENTÍFICA: <strong>Engenharia</strong> Electrotécnica e <strong>de</strong><br />

Computa<strong>do</strong>res<br />

ORIENTADOR: Eduar<strong>do</strong> Tovar (<strong>ISEP</strong>)<br />

LOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

DATA DA PROVA: Fevereiro 2009<br />

As re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação industrial evoluiram nas últimas décadas.<br />

Os requisitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço (QoS) das aplicações industriais<br />

<strong>de</strong> controlo e monitorização levaram a que muitas soluções se<br />

baseassem no paradigma mestre/escravo, segun<strong>do</strong> o qual, as<br />

estações mestre controlam o acesso ao meio <strong>de</strong> comunicação e<br />

das estações escravo. Esta tese foi <strong>de</strong>senvolvida em sinergia com<br />

os projectos europeus RFieldbus e REMPLI.<br />

Na abordagem RFieldbus, uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação industrial base<br />

foi incrementada com mecanismos que suportam serviços multi-<br />

média e funcionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> re<strong>de</strong> sem fios/mobilida<strong>de</strong>. Os serviços<br />

multimédia operam sobre a pilha <strong>de</strong> protocolos TCP/IP, que inci<strong>de</strong><br />

nos protocolos <strong>de</strong> nível baixo da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação industrial.<br />

A utilização convergente <strong>de</strong> um meio <strong>de</strong> comunicação pelos novos<br />

serviços e pelo tráfico “tradicional” levou à criação <strong>de</strong> mecanismos<br />

<strong>de</strong> controlo <strong>de</strong> admissão e escalonamento <strong>de</strong> tráfego, que introduzam<br />

classes <strong>de</strong> tráfico distintas, permitin<strong>do</strong> que o tráfego <strong>de</strong><br />

controlo tempo-real não seja afecta<strong>do</strong> pelo tráfico multimédia.<br />

A abordagem REMPLI baseou-se num protocolo <strong>de</strong> comunicação<br />

<strong>de</strong> da<strong>do</strong>s pela re<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia eléctrica, complementa<strong>do</strong> com<br />

funcionalida<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quadas ao suporte <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão<br />

– no número <strong>de</strong> estações <strong>de</strong> re<strong>de</strong> e da distribuição geográfica – e<br />

novos serviços <strong>de</strong> gestão da distribuição energética. Estas inovações<br />

reequacionaram os diversos níveis da pilha protocolar, numa<br />

perspectiva holística e respeitan<strong>do</strong> os requisitos <strong>de</strong> QoS. .

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!