avaliacão do sistema de recursos humanos de uma unidade ... - Unifra
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AVALIACÃO DO SISTEMA DE RECURSOS HUMANOS DE UMA UNIDADE DE<br />
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) DO MUNICÍPIO DE CAÇAPAVA DO SUL –<br />
RS 1<br />
DELEVATI, M. 3 ; ROSA, I. 2 ; ORSOLIN, G. 2 ; PAVÃO, T.²<br />
1<br />
Trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na disciplina <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Alimentação <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Nutrição <strong>do</strong><br />
Centro Universitário Franciscano – UNIFRA, Santa Maria, RS, Brasil.<br />
2 Acadêmicas <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Nutrição <strong>do</strong> Centro Universitário Franciscano – UNIFRA, Santa Maria, RS,<br />
Brasil.<br />
3 Professora orienta<strong>do</strong>ra da disciplina <strong>de</strong> Gestão em Serviços <strong>de</strong> Alimentação <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Nutrição<br />
<strong>do</strong> Centro Universitário Franciscano - UNIFRA, Santa Maria, RS, Brasil<br />
E-MAIL: tabatapavao@hotmail.com<br />
RESUMO<br />
No Brasil, o número <strong>de</strong> refeições realizadas fora <strong>de</strong> casa está aumentan<strong>do</strong><br />
significativamente. Sen<strong>do</strong> assim, o papel <strong>do</strong>s funcionários é fundamental nesse tipo <strong>de</strong><br />
serviço, on<strong>de</strong> estes po<strong>de</strong>m ser um fator diferencial <strong>de</strong> sucesso ou fracasso. Portanto, o<br />
<strong>sistema</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> RH faz parte <strong>do</strong> crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>uma</strong><br />
empresa <strong>de</strong> alimentação e nutrição. O objetivo <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> é analisar o <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> gestão<br />
<strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> <strong>uma</strong> Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alimentação e Nutrição <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> Caçapava <strong>do</strong> Sul –<br />
RS. Foi realiza<strong>do</strong> um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>scritivo, on<strong>de</strong> foi aplica<strong>do</strong> um questionário qualitativo sobre<br />
gestão <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>h<strong>uma</strong>nos</strong> (RH) ao responsável <strong>de</strong> <strong>uma</strong> UAN. Os da<strong>do</strong>s encontra<strong>do</strong>s<br />
remetem a reflexão <strong>de</strong> que as pessoas são os <strong>recursos</strong> mais importantes para se produzir<br />
mudanças no interior <strong>de</strong> <strong>uma</strong> organização. Daí a importância <strong>de</strong>, nos processos <strong>de</strong><br />
mudanças, valorizarem a gestão das pessoas nos ambientes <strong>de</strong> trabalho.<br />
Palavras-chave: Recursos <strong>h<strong>uma</strong>nos</strong>; Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alimentação e Nutrição; Gestão <strong>de</strong><br />
Pessoas.<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
No Brasil, o número <strong>de</strong> refeições realizadas fora <strong>do</strong> ambiente <strong>do</strong>miciliar está<br />
aumentan<strong>do</strong> significativamente. De acor<strong>do</strong> com a Pesquisa <strong>de</strong> Orçamento Familiar (POF)<br />
realizada pelo Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística (IBGE), aponta-se que a<br />
população brasileira gasta em média 24% das <strong>de</strong>spesas alimentares em consumo fora <strong>do</strong><br />
lar (IBGE, 2004). Para aten<strong>de</strong>r essa <strong>de</strong>manda a produção <strong>de</strong> refeições envolve um conjunto<br />
<strong>de</strong> ferramentas que visam garantir a qualida<strong>de</strong> e a segurança <strong>do</strong>s alimentos e também<br />
objetiva promover, manter ou até mesmo recuperar a saú<strong>de</strong> individual e coletiva <strong>de</strong> seus<br />
consumi<strong>do</strong>res (PROENÇA, et al. 2005).
Para a prevenção das <strong>do</strong>enças <strong>de</strong> origem alimentar são preconizadas a educação e<br />
a formação <strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>res que trabalham em serviços <strong>de</strong> alimentação, pois consi<strong>de</strong>ra-se<br />
primordial a incorporação <strong>de</strong> práticas voltadas para o controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e a segurança<br />
<strong>do</strong> alimento (CAVALLI; SALAY, 2004). Contu<strong>do</strong>, não é <strong>uma</strong> tarefa simples manter <strong>uma</strong><br />
Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alimentação e Nutrição (UAN) no merca<strong>do</strong>, é necessário ter bastante atenção<br />
aos <strong>de</strong>talhes <strong>do</strong> produto ofereci<strong>do</strong>, no seu preparo, na sua forma <strong>de</strong> servir, no pessoal<br />
responsável pela sua produção, na capacitação <strong>de</strong>stes, nos equipamentos da cozinha, na<br />
sua manutenção e uso a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>, no asseio das pessoas e na higienização <strong>do</strong> local<br />
(BRITO, 2007).<br />
Acrescenta-se que questões relacionadas com os funcionários, como a rotativida<strong>de</strong>,<br />
a polivalência e o absenteísmo, são citadas como dificulda<strong>de</strong>s gerenciais que contribuem<br />
com a insegurança alimentar, pois dificultam o <strong>de</strong>senvolvimento satisfatório <strong>do</strong> processo<br />
produtivo (PROENÇA, 1999).<br />
Sen<strong>do</strong> assim, é <strong>de</strong> sumária importância o papel <strong>do</strong>s funcionários nesse tipo <strong>de</strong><br />
serviço, estes po<strong>de</strong>m ser um fator diferencial <strong>de</strong> sucesso ou fracasso. Portanto, o <strong>sistema</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>h<strong>uma</strong>nos</strong> (RH) faz parte <strong>do</strong> crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> <strong>uma</strong> empresa (TEIXEIRA, et al. 2007).<br />
O objetivo <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> é analisar o <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> <strong>uma</strong> Unida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Alimentação e Nutrição <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> Caçapava <strong>do</strong> Sul – RS.<br />
2. MÉTODOS<br />
O estu<strong>do</strong> foi realiza<strong>do</strong> em <strong>uma</strong> Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alimentação e Nutrição (UAN) <strong>do</strong><br />
Município <strong>de</strong> Caçapava <strong>do</strong> Sul – RS, no mês <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2011. Foi realiza<strong>do</strong> um<br />
estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>scritivo, com da<strong>do</strong>s primários, on<strong>de</strong> foi aplica<strong>do</strong> um questionário qualitativo sobre<br />
gestão <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>h<strong>uma</strong>nos</strong> (RH) ao responsável <strong>de</strong> <strong>uma</strong> UAN, localizada no Município <strong>de</strong><br />
Caçapava <strong>do</strong> Sul – RS.<br />
O questionário foi aplica<strong>do</strong> ao <strong>do</strong>no da empresa, a qual ele também é o<br />
administra<strong>do</strong>r.<br />
As questões baseavam-se em: 1 – Como é realizada a provisão <strong>de</strong> RH da empresa,<br />
2 – Como é realizada a aplicação <strong>de</strong> RH, 3 – Como é feita a manutenção <strong>de</strong> RH, 4 – Como<br />
é feito o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> RH e 5 – Como é realiza<strong>do</strong> o monitoramente <strong>de</strong> RH.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES<br />
A empresa possui 5 funcionários, sen<strong>do</strong> estes, 3 cozinheiros, 1 diarista e 1 auxiliar<br />
<strong>de</strong> limpeza e possui também <strong>do</strong>is <strong>do</strong>nos, os quais um é o gerente e o outro é o responsável<br />
pela capacitação <strong>do</strong>s funcionários.<br />
O restaurante apresenta <strong>uma</strong> jornada <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> 120 horas mensais, sen<strong>do</strong> que<br />
a concentração maior se dá aos fins <strong>de</strong> semana. Não existe jornada <strong>de</strong> trabalho fixa, o<br />
restaurante funciona <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com agendamentos, pois localiza-se em <strong>uma</strong> região<br />
turística.<br />
São servidas 3 refeições sen<strong>do</strong> estas, café da manhã, almoço e janta, realizadas<br />
para coletivida<strong>de</strong>s sadias. Além disso, o restaurante possui capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r 70<br />
comensais.<br />
Em relação a provisão <strong>de</strong> RH (questão 1), o recrutamento é externo e é realiza<strong>do</strong><br />
por apresentação <strong>do</strong>s próprios funcionários da empresa ou por anúncios na portaria. A<br />
seleção é feita através <strong>de</strong> entrevistas não dirigidas focadas nos conhecimentos técnicos da<br />
pessoa. São aplica<strong>do</strong>s testes práticos <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s e habilida<strong>de</strong>s.<br />
Em relação à aplicação <strong>de</strong> RH (questão 2), logo após a seleção o funcionário é<br />
apresenta<strong>do</strong> a empresa, bem como seu setor <strong>de</strong> trabalho, as tarefas a serem <strong>de</strong>senvolvidas,<br />
aos colegas <strong>de</strong> trabalho e as normas e regras e procedimentos <strong>de</strong> segurança. O funcionário<br />
então, é contrata<strong>do</strong> como diarista durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1 mês e seu <strong>de</strong>sempenho será<br />
avalia<strong>do</strong>.<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a manutenção <strong>de</strong> RH (questão 3), a política salarial se dá por meio <strong>de</strong><br />
estrutura <strong>de</strong> cargos e os reajustes salariais são <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s por acor<strong>do</strong>s trabalhistas. A<br />
empresa possui todas as obrigações sociais e os benefícios legais, além disso, a empresa<br />
também oferece alguns benefícios extras, como auxilio financeiro a tratamentos médicos e<br />
<strong>de</strong>ntários.<br />
Ao que se refere o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> RH (questão 4), a empresa investe no<br />
treinamento <strong>do</strong>s funcionários, focan<strong>do</strong> técnica dietética e higiene. O treinamento é feito “on<br />
<strong>de</strong> job”, os funcionários são capacita<strong>do</strong>s ao mesmo tempo que executam suas tarefas. Além<br />
disso, o funcionário mais experiente também po<strong>de</strong> repassar seus conhecimentos ao novo<br />
funcionário. Assim, o funcionário é treina<strong>do</strong> para maximizar seus potenciais.<br />
A monitorização <strong>de</strong> RH (questão 4) tem um balanço social on<strong>de</strong> a UAN contabiliza<br />
ações sociais que valorizam o funcionário e também a comunida<strong>de</strong>, a fim <strong>de</strong> comprometer<br />
mais os seus <strong>recursos</strong> <strong>h<strong>uma</strong>nos</strong> e para que o funcionário sinta que está fazen<strong>do</strong> um<br />
trabalho valoriza<strong>do</strong>.
As instalações físicas e os equipamentos são a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s para o bom andamento <strong>do</strong><br />
trabalho, porém <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar que os funcionários possuem pouco conhecimento e<br />
técnica o que po<strong>de</strong> comprometer a produtivida<strong>de</strong>.<br />
Os da<strong>do</strong>s encontra<strong>do</strong>s remetem a reflexão <strong>de</strong> que as pessoas são os <strong>recursos</strong> mais<br />
importantes para se produzir mudanças no interior <strong>de</strong> <strong>uma</strong> organização. Os processos <strong>de</strong><br />
mudanças são construções sociais e, na socieda<strong>de</strong> contemporânea, as empresas tem<br />
vivencia<strong>do</strong> <strong>uma</strong> <strong>de</strong>mocratização crescente em seus interiores. Daí a importância <strong>de</strong>, nos<br />
processos <strong>de</strong> mudanças, valorizar a gestão das pessoas nos ambientes <strong>de</strong> trabalho (GIL,<br />
2005).<br />
Teixeira et al. (1990) consi<strong>de</strong>ra que o treinamento e a satisfação da mão-<strong>de</strong>-obra são<br />
um fator importante para obter bons índices <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>, baixa rotativida<strong>de</strong> e,<br />
principalmente, qualida<strong>de</strong> na refeição produzida. Os resulta<strong>do</strong>s da UAN <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m<br />
diretamente da colaboração da equipe.<br />
Contu<strong>do</strong>, o segmento <strong>de</strong> restaurantes comerciais necessita qualificar a gestão <strong>de</strong><br />
pessoas nas empresas, para que possa oferecer condições <strong>de</strong> segurança alimentar à<br />
população consumi<strong>do</strong>ra. Enfatiza-se que as principais ações necessárias seriam aprimorar o<br />
processo <strong>de</strong> recrutamento, seleção e avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e propiciar qualificação aos<br />
funcionários na área <strong>de</strong> segurança alimentar (CAVALLI; SALAY, 2004).<br />
4. CONCLUSÃO<br />
Po<strong>de</strong>-se concluir então, que os <strong>recursos</strong> <strong>h<strong>uma</strong>nos</strong> são fundamentais para a<br />
avaliação positiva <strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>res em serviços <strong>de</strong> alimentação, <strong>uma</strong> vez que a parte mais<br />
importante na prestação <strong>de</strong> serviços são as pessoas e para isto, as mesmas <strong>de</strong>vem ser<br />
treinadas, motivadas e integradas com o trabalho para que o seu trabalho seja <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />
REFERÊNCIAS<br />
BRITO, Naymara. A influência <strong>do</strong> Marketing na Operação <strong>de</strong> Restaurante. São Paulo, 2007.<br />
CAVALLI, Suzi; SALAY, Elisabete. Gestão <strong>de</strong> pessoas em unida<strong>de</strong>s produtoras <strong>de</strong> refeições<br />
comerciais e a segurança alimentar. Revista Nutrição. v.20, n. 6, p. 657-667, Campinas, 2004.<br />
GIL, Célia. Formação <strong>de</strong> Recursos H<strong>uma</strong>nos em Saú<strong>de</strong> da Família: Para<strong>do</strong>xos e Perspectivas.<br />
Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Publica. v. 21, n. 2, Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2005.<br />
IBGE. Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística. Pesquisa <strong>de</strong> Orçamentos Familiares - POF.<br />
2002-2003. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2004.<br />
PROENÇA, R. Inovações tecnológicas na produção <strong>de</strong> refeições: conceitos e aplicações básicas.<br />
Higiene Alimentar. v.13, n. 63, p. 24-30, 1999.
PROENÇA, R. et al. Qualida<strong>de</strong> nutricional e sensorial na produção <strong>de</strong> refeições. Florianópolis:<br />
UFSC; 2005.<br />
TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Alimentação e Nutrição. Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro: Atheneu, 1990.<br />
TEIXEIRA, S. et. al. Administração aplicada às unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Alimentação e Nutrição. São Paulo:<br />
Atheneu, 2007.