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MODELO PARA ARTIGO DA SEMANA ACADÊMICA DO ... - Unifra

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USO DE RECURSOS AUDIOVISUAIS <strong>PARA</strong> APRESENTAÇÂO DE CONTEÚ<strong>DO</strong>S DE<br />

QUÌMICA 1 .<br />

SALLES, Richard Araujo 2 ; KUNZLER, Hilton Alves 2 ; STRECK, Nágile Ohana 2 ;<br />

<strong>DO</strong>MINGUES, Franciele de Oliveira 2 ; SILVA, Aline Marques da 3 .<br />

¹ Trabalho de Pesquisa _UNIFRA.<br />

² Acadêmicos do Curso de Química do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS,<br />

Brasil.<br />

3<br />

Professora do Curso de Química do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS,<br />

Brasil.<br />

E-mail: richardaraujosalles@gmail.com<br />

RESUMO<br />

Este trabalho visa basicamente ao fornecimento de subsídios ao docente para melhorar o<br />

desempenho e despertar a atenção do discente. A ênfase é colocada nos aspectos cognitivos do<br />

processo de conhecimento em química, apresentados pelos docentes na prática educativa com a<br />

finalidade de se adequar as novas tecnologias de ensinagem. Assim este trabalho permitiu verificar<br />

um ensino de química mais instigante e atraente, pois o uso de recursos audiovisuais como os vídeos<br />

para apresensetar alguns conteúdos, foi um fator expressivo para a construção do processso<br />

educativo. Primeiramente reproduzimos os vídeos em laboratório, utilizando uma câmera digital<br />

comun e toda vez que o conteúdo é abordado podemos mostrar o recurso, para que o dicente tenha<br />

um melhor entendimento sobre o mesmo.<br />

Palavras-chave: Ensino-aprendizagem; Processo educativo; Ensino de química.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Na tentativa de apresentar um ensino de química mais atrativo e interessante foram<br />

feitos vídeos para apresentar alguns conteúdos para os alunos do Colégio Coronel Pilar,<br />

como parte das ações do PIBID/UNIFRA, onde tentamos facilitar o ensino-aprendizagem<br />

para eles, pois a força da linguagem audiovisual está no fato de que consegue dizer muito<br />

mais do que captamos e encontra dentro de nós uma repercussão em imagens básicas,<br />

com as quais nos identificamos.<br />

O uso do vídeo como recurso pedagógico aparece como uma tentativa de introduzir<br />

uma ação ainda pouco comum no dia-a-dia da sala de aula. Esta prática traz a possibilidade<br />

de utilizar não somente palavras, mas também imagens, muitas vezes bem mais atrativas e<br />

persuasivas do que a fala do (a) professor (a), podendo trazer um impacto muito maior do<br />

que o de um livro ou de uma aula expositiva. Além disso, a iniciativa permite associar a<br />

atividade escolar a um contexto de lazer e entretenimento (D’ANTOLA, 1992).<br />

O ensino de química, historicamente, vem se resumindo a aspectos macroscópicos,<br />

cálculos matemáticos, memorização de fórmulas e nomenclatura de compostos,<br />

desvalorizando os aspectos conceituais e microscópicos envolvidos nos fenômenos. Dessa<br />

1


forma, a química abordada no ensino médio, em geral, é distante da realidade dos<br />

estudantes, tornando-se pouco significativa. Aliados às adversidades do trabalho docente,<br />

tais fatores comumente resultam em uma ínfima aproximação da química escolar com a vida<br />

dos estudantes, em um processo informativo mais do que formativo, configurando-se como<br />

um dos grandes agravantes para a rejeição à Ciência e dificultando o processo de ensinoaprendizagem<br />

(CHASSOT, 2003; 2007).<br />

FUN<strong>DA</strong>MENTAÇÃO TEÓRICA<br />

Para Moran: O vídeo é sensorial, visual, linguagem falada, linguagem musical e<br />

escrita. Linguagens que interagem superpostas, interligadas, somadas, não separadas. Daí<br />

a sua força. Atingem-nos por todos os sentidos e de todas as maneiras. O vídeo nos seduz,<br />

informa, entretém, projeta em outras realidades (no imaginário), em outros tempos e<br />

espaços. O vídeo combina a comunicação sensorial sinestésica com a audiovisual, a<br />

intuição com a lógica, a emoção com a razão. Combina, mas começa pelo sensorial, pelo<br />

emocional e pelo intuitivo, para atingir posteriormente o racional [p.2].<br />

O avanço tecnológico no campo das comunicações torna indispensável e urgente<br />

que a escola integre esta nova linguagem audiovisual - que é a linguagem dos alunos - sob<br />

pena de perder o contato com as novas gerações.<br />

(BELLONI, 2001, p.69).<br />

O avanço das tecnologias da informação e comunicação cria um descompasso à<br />

medida que a escola ainda não as incorpora de forma eficaz. A tecnologia do vídeo, através<br />

de câmeras digitais e celulares, está ao alcance de um professor motivado que pode optar<br />

pela gravação de demonstrações experimentais. O vídeo é uma estratégia alternativa que<br />

possibilita a exploração do fenômeno ao dar oportunidade ao professor de discutir os<br />

modelos físicos e teóricos, que podem levar o aluno a uma melhor compreensão conceitual.<br />

Permite, entre outras facilidades, rever em ritmo próprio, analisar cenas específicas, etc.<br />

A produção de um vídeo de demonstrações experimentais curtas com recursos<br />

simples pode potencializar parcialmente algumas das habilidades que seriam desenvolvidas<br />

em atividades realizadas ao vivo.<br />

Uma vez bem preparado, um vídeo pode ser explorado por outros professores e<br />

alunos, assim como por qualquer pessoa, caso ele seja disponibilizado na internet.<br />

2


METO<strong>DO</strong>LOGIA<br />

Com o objetivo de tornar as aulas de química ministradas no ensino médio mais<br />

instigante e atrativo, o grupo de bolsistas PIBID/UNIFRA do curso de química,<br />

primeiramente desenvolveu dois vídeos dentro do laboratório de química do Centro<br />

Universitário Franciscano utilizando uma câmera digital comum, após editou esses dois<br />

vídeos denominados: Teste de Chama e o outro Oxirredução, os mesmos foram<br />

disponibilizados no canal do PIBID/QUÍMICA cujo site é:<br />

http://www.youtube.com/user/pibidunifra?ob=0&feature=results_main.<br />

Assim toda vez que o professor de química abordar o conteúdo dos estados<br />

energéticos dos elétrons ou outro momento que achar conveniente, ele pode mostrar o<br />

vídeo denominado Teste de Chama, pois neste vídeo explica que quando os sais são<br />

aquecidos, os elétrons dos átomos podem ser excitados, ocorrendo então a absorção de<br />

energia. Os elétrons regressam depois ao estado fundamental, com a conseqüente<br />

liberação dessa energia sob a forma de chama colorida.<br />

No momento que o professor de química abordar as reações químicas de<br />

oxirredução ele pode trabalhar em conjunto com o vídeo denominado Oxirredução, que<br />

apresenta um exemplo da redução do permanganato de potássio para dióxido de<br />

manganês.<br />

Estes dois vídeos podem ser trabalhados no primeiro ano do ensino médio, pois os<br />

conteúdos abordados nos mesmos, normalmente são trabalhados neste ano. Com o uso<br />

desses recursos o entendimento desses conteúdos vai ser de fato muito importante e<br />

adquirido com facilidade.<br />

RESULTA<strong>DO</strong>S<br />

Esses vídeos denominados Teste de chama e Oxirredução foram desenvolvidos no<br />

Centro Universitário Franciscano para serem aplicados durante este ano no Colégio Coronel<br />

Pilar-Santa Maria/RS.<br />

Acreditamos em resultados positivos e significativos em relação à construção e<br />

ampliação do processo educativo, pois precisamos adequar algumas atividades de acordo<br />

com os avanços da tecnologia e a utilização de recursos audiovisuais é uma ótima opção e<br />

faz parte do cotidiano do aluno.<br />

CONCLUSÕES<br />

3


Conforme Rosa (2000), um filme tem um forte apelo emocional e, por essa razão, ele<br />

motiva a aprendizagem dos conteúdos apresentados pelo professor. Ou seja, o sujeito<br />

compreende de maneira sensitiva, conhece por meio das sensações, reage diante dos<br />

estímulos dos sentidos, não apenas diante das argumentações da razão. Não se trata de<br />

uma simples transmissão de conhecimento, mas sim de aquisição de experiências de todo o<br />

tipo: conhecimento, emoções, atitudes, sensações, etc. Portanto, os vídeos podem ser<br />

utilizados como motivadores da aprendizagem e organizadores do ensino na sala de aula.<br />

O vídeo também pode simular experiências, por exemplo, de química, que seriam<br />

perigosas em laboratório, ou que exigiriam muito tempo e recursos e, até mesmo, processos<br />

industriais a que não se tem acesso. Um vídeo pode mostrar o crescimento acelerado de<br />

uma planta, de uma árvore – da semente até a maturidade – em poucos segundos. Um<br />

vídeo pode ser utilizado em diferentes modalidades (FERRÉS, 1988).<br />

Um dos grandes desafios que se apresenta é o de integrar consciente e criticamente<br />

a escola, seus alunos e professores, no universo do audiovisual. Educar com essa<br />

tecnologia é um desafio permanente. De maneira geral, a integração de todos estes<br />

recursos audiovisuais na sala de aula, além de servir para organizar as atividades de<br />

ensino, serve também para o aluno desenvolver a competência de leitura crítica do mundo,<br />

colocando-o em diálogo com os diversos discursos veiculados pelo audiovisual.<br />

As estratégias utilizadas neste trabalho reafirmam o uso de vídeo sem aulas de<br />

Química e os ganhos no processo de ensino aprendizagem dessa disciplina. Também o<br />

vídeo como um elemento configurador de uma diferente relação entre professor, estudantes<br />

e conteúdos, não sendo considerado apenas como uma atividade extra, desconectada dos<br />

conteúdos a serem abordados no ano letivo.<br />

Os resultados só reforçam a função dos vídeos e de atividades interdisciplinares e<br />

significativas como auxiliares no processo de ensino e aprendizagem de Química. Além de<br />

se mostrar como uma ferramenta que ajuda a resgatar conhecimentos prévios e a relacionar<br />

a ciência com a arte e questões sociais, é ponto de partida para a socialização sem medo<br />

dos conhecimentos dos alunos. A avaliação das atividades propostas nos permite observar<br />

que a utilização de vídeos cumpriu os objetivos traçados e auxiliou a autoconstrução de<br />

conceitos, o desenvolvimento e a socialização de conhecimentos por parte dos estudantes,<br />

além de um grande estímulo à curiosidade e ao aprendizado dos estudantes.<br />

4


REFERÊNCIAS<br />

BELLONI, Maria Luiza. O Que é Mídia-Educação. Campinas-SP: Autores associados,<br />

2001.<br />

CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 3. ed. Ijuí:<br />

Unijuí, 2003.<br />

D’ANTOLA, A. (Org.). A prática docente na universidade. São Paulo: Editora EPU, 1992.<br />

FERRÉS, J. Vídeo e Educação. 2ªed. Trad. J. A. Llorens. Porto Alegre: Artes Médicas,<br />

1996.<br />

MORAN, José Manuel. Desafios da Televisão e do Vídeo à escola. Disponível em:<br />

<br />

ROSA, P.R.S. O uso de recursos audiovisuais e o ensino de ciências. Caderno<br />

Catarinense de Ensino de Física, v. 17, n. 1, p.33-49, 2000.<br />

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