Acontece Unimep 04/2008
Acontece Unimep 04/2008
Acontece Unimep 04/2008
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ABRIL <strong>2008</strong> UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA ANO 24|EDIÇÃO 399<br />
Foto: Thiago Altafini<br />
LIDERANÇA<br />
Pesquisa mostra o perfil do jovem líder | Págs. 8 e 9<br />
Língua<br />
Portuguesa<br />
Acordo ortográfico de<br />
unificação do idioma<br />
Pág.6
2<br />
CARTAS<br />
O <strong>Acontece</strong> <strong>Unimep</strong> é uma<br />
publicação do Departamento de<br />
Comunicação e Marketing da<br />
<strong>Unimep</strong> (Universidade Metodista<br />
de Piracicaba)<br />
Reitor<br />
Davi Ferreira Barros<br />
Pró-reitor administrativo<br />
Sérgio Marcus Nogueira Tavares<br />
Pró-reitora de graduação e<br />
educação continuada<br />
Rinalva Cassiano Silva<br />
Pró-reitora de pós-graduação,<br />
pesquisa e extensão<br />
Rosa Gitana Krob Meneghetti<br />
Gerente de Comunicação e<br />
Marketing<br />
Jorge Vidigal da Cunha<br />
Jornalista responsável<br />
Celiana Perina<br />
MTB - 31.320<br />
Textos<br />
Angela Rodrigues<br />
Celiana Perina<br />
Vanessa Piazza<br />
Fotografia<br />
Thiago Altafini<br />
Seção Foca<br />
Jacqueline Brossi<br />
Natalia Gregolin<br />
Projeto e Diagramação<br />
Ozonio Propaganda e Marketing<br />
Fotolito e Impressão<br />
Gráfica Mundo Digital<br />
A <strong>Unimep</strong> é mantida pelo Instituto<br />
Educacional Piracicabano (IEP)<br />
Conselho Diretor do IEP<br />
Paulo Borges Campos Júnior<br />
(presidente); Márcio Rillo<br />
(vice-presidente); Clóvis de<br />
Oliveira Paradela (secretário);<br />
Misael Lemos Silva (titular);<br />
Vânia Aparecida Ferreira<br />
Sakiyama (titular) e Leila<br />
Machado Pereira (suplente)<br />
Diretor Geral do IEP<br />
Davi Ferreira Barros<br />
CARTAS<br />
É COM VOCÊ<br />
Sugestões<br />
Vi minha carta com sugestões<br />
publicadas na última edição<br />
do <strong>Acontece</strong> e portanto, meus<br />
agradecimentos. Inclusive tenho<br />
outras demandas solicitadas pela<br />
minha classe. Vou encaminhá-las.<br />
Fábio Leissmann (Gaúcho)<br />
4ºsemestre letras-português<br />
Sugestões 2<br />
À equipe do informativo<br />
<strong>Acontece</strong> <strong>Unimep</strong>, meus cumprimentos.<br />
Gostaria de ler matérias<br />
sobre o comportamento<br />
humano e reflexões filosóficas<br />
do cotidiano. Quem sabe também,<br />
uma seção que mostre as<br />
mudanças dos diversos espaços<br />
da <strong>Unimep</strong>. Ficam as dicas.<br />
Sandra Helena Medinila<br />
Ex-aluna<br />
Satisfação<br />
Fiquei muito satisfeito em ter<br />
participado da reportagem “Além<br />
das Fronteiras”. Muito obrigado<br />
e parabéns pela reportagem!<br />
Leandro P. Santalla<br />
Ex-aluno do curso de engenharia<br />
de controle e automação<br />
Gostei<br />
Bela reportagem sobre as pessoas<br />
com deficiência. Ficou clara<br />
a preocupação da <strong>Unimep</strong> com o<br />
assunto e os espaços na sociedade<br />
que os estudantes com deficiência<br />
têm que conquistar. Gostei.<br />
Cristiane Bruno<br />
Professora do ensino médio<br />
Colaboração<br />
Quero deixar aqui minha disposição<br />
para novas contribuições<br />
de informações sobre a <strong>Unimep</strong>.<br />
Estarei sempre disposto a colaborar<br />
com vocês.<br />
Saulo Castellari Pereira<br />
Ex-aluno do curso de<br />
engenharia industrial mecânica<br />
ilustração: Ricardo Stoco<br />
Participe!<br />
Sua colaboração é muito importante para otimizar o conteúdo<br />
deste jornal. Então, envie críticas, comentários ou sugestões<br />
sobre o conteúdo geral ou específico do <strong>Acontece</strong> <strong>Unimep</strong>. Faça<br />
contato pelo e-mail ceperina@unimep.br, telefone 3124-1646;<br />
por carta ou pessoalmente, no endereço rodovia do Açúcar, Km<br />
156, Taquaral (Piracicaba), CEP 13400-911, 1º andar do prédio<br />
administrativo, no Departamento de Comunicação e Marketing<br />
da <strong>Unimep</strong>.<br />
Adeus <strong>Unimep</strong><br />
Em silêncio me lembro quando pisei em solo universitário<br />
pela primeira vez. Isso foi há quatro anos, quando estive no campus<br />
Taquaral da <strong>Unimep</strong> para prestar o vestibular para o curso<br />
de licenciatura em ciências biológicas. O que me esperava? Ser<br />
um biólogo e ficar imerso em florestas? Talvez. Isso dependerá<br />
do futuro. Pois é! Isso foi há quatro anos. Se eu não pensar em<br />
silêncio, parece que nada aconteceu e tudo foi rápido... rápido<br />
demais! Pode ter sido. Mas então como explicar o fato de estar<br />
sentindo tanta falta dos meus amigos, professores, corredores e<br />
até das provas? Saudades e alegrias. Eventos breves e vazios não<br />
marcam o coração. A saudade se manifesta docemente quando<br />
caminha com o amor. Ah sim! O amor que tenho pelos meus amigos.<br />
O amor que fica nas lembranças das brincadeiras, das saideiras,<br />
das viagens. Com certeza está tudo gravado nas fotos, posso<br />
imaginar os movimentos e faço tudo acontecer novamente. Não<br />
me canso de reviver os momentos, pois está tudo ainda fresco na<br />
memória. Se as fotos não me deixam esquecer, o meu coração<br />
faz-me reviver! E espero não esquecer.<br />
Os olhares cruzados na sala seguidos de risadas gostosas.<br />
Sorrisos sarcásticos. Que saudade de brincar de forma descarada<br />
com os companheiros! Isso é saudade de verdade. Sacanagem<br />
amiga! Ponho quadros em minha memória, ponho os perfumes<br />
na minha caixinha, ponho todos vocês no meu cofre. Lutando<br />
contra o fim. Mas contra o fim ninguém luta! O fim faz parte.<br />
Tranqüilo. Sejamos serenos e aceitemos. Pego outra foto, vivo<br />
de novo o momento. Isso é amor. Tranqüilo, meu caro. Dê-me<br />
outra foto. Amo-te! Amo a todos. Eu posso amar todas as pessoas<br />
que eu quiser na vida... Saudade!<br />
Felipe Fonseca,<br />
Ex-aluno do curso de biologia
AMBIENTEUNIMEP<br />
3<br />
PARCERIA CONTRA<br />
O PARKINSON<br />
À frente de um espelho, elas<br />
repetem os movimentos contínuos<br />
orientados pela estagiária,<br />
com sorriso e disposição envolventes.<br />
Portadoras da doença<br />
mal de Parkinson (leia texto<br />
nesta página) Sílvia Helena<br />
Rigoldi Simões, 55, e Vanderli<br />
Zatarim Libardi, 52, desenvolvem<br />
exercícios terapêuticos que<br />
visam o relaxamento, alongamento,<br />
equilíbrio, coordenação<br />
e a melhora de postura. O<br />
atendimento do qual participam<br />
é uma das atividades decorrentes<br />
da parceria informal entre<br />
a <strong>Unimep</strong>, por meio da Clínica<br />
de Fisioterapia, e a Associação<br />
Brasil Parkinson núcleo Piracicaba,<br />
implantada em 1992, que<br />
tem como meta, socializar e integrar<br />
pacientes com diagnóstico<br />
de parkinson.<br />
Com o convênio, 30 dos 40<br />
associados ao núcleo Piracicaba<br />
são atendidos mensalmente em<br />
sessões individuais ou em grupo.<br />
Trata-se de uma oportunidade<br />
de interação. “Quando descobri<br />
que tinha parkinson fiquei<br />
muito abalada e deprimida. Hoje<br />
não consigo mais ficar longe das<br />
atividades da clínica. As dores<br />
começaram a diminuir, houve<br />
um enrijecimento dos músculos<br />
e comecei a me sentir melhor”,<br />
avalia Vanderli, que há quatro<br />
anos soube do diagnóstico.<br />
Maria Lúcia Pianelli, presidente da Associação Brasil Parkinson, e Izabel Baraldi, professora do curso de fisioterapia<br />
Pacientes em atividade na clínica<br />
Prática<br />
O atendimento com exercícios<br />
fisioterápicos ocorre duas vezes<br />
por semana e é realizado por dez<br />
alunos dos 7º e 8º semestres do<br />
curso de fisioterapia da <strong>Unimep</strong><br />
sob a supervisão da professora<br />
Izabel Baraldi. “É uma parceria<br />
de ação e boa vontade, a partir<br />
do contato entre os órgãos e pela<br />
qual também foram promovidas<br />
várias palestras. De 1992 a 2005<br />
as atividades ocorriam esporadicamente,<br />
mas a partir de 2006, foram<br />
reiniciadas com mais freqüência”,<br />
afirma Izabel.<br />
A docente conta que a clínica<br />
deu assistência à associação<br />
desde a sua implantação, com<br />
atendimento associado à doença.<br />
Em 2007, cedeu espaço também<br />
para a realização das tardes de<br />
terapias, evento mensal promovido<br />
de setembro a dezembro,<br />
direcionado aos parkinsonianos<br />
e aos seus familiares. Entre os<br />
temas abordados, estão higiene<br />
bucal, noções de artes plásticas<br />
e exercícios de fala, ministrados<br />
por profissionais da saúde e áreas<br />
específicas, que atuaram como<br />
voluntários.<br />
E não é somente por meio<br />
dos exercícios que a parceria gera<br />
resultados. Dez monografias e<br />
trabalhos de conclusão de curso<br />
foram produzidos pelos alunos de<br />
Sintomas e Causas<br />
fisioterapia da <strong>Unimep</strong>, além de<br />
um projeto de iniciação científica,<br />
coordenado por Izabel e por Carlos<br />
Alberto Fornasari, também docente<br />
do curso. De acordo com ela, para<br />
este ano, há a intenção de se firmar<br />
novos projetos de extensão e<br />
pesquisa e elaborar um programa<br />
multidisciplinar, envolvendo outros<br />
cursos da área da saúde existentes<br />
na universidade.<br />
O mal de Parkinson é uma doença neurológica que afeta os<br />
movimentos e causa tremores, lentidão, rigidez, desequilíbrio e<br />
alterações na fala e escrita. Ela é lenta, degenerativa e sem cura<br />
total. No entanto, não é fatal, contagiosa ou afeta a capacidade<br />
intelectual. Existem inúmeros tratamentos que garantem uma<br />
rotina semelhante à que teriam sem a doença.<br />
Também não há evidências de que o mal de parkinson seja hereditário.<br />
Apesar de os avanços científicos, ainda continua incurável<br />
e sua causa continua desconhecida. Ela foi descrita pela<br />
primeira vez em 1817, pelo médico inglês James Parkinson.
4<br />
SALADENOTÍCIAS<br />
Matemática<br />
A coordenadora do curso música<br />
– licenciatura, Débora Letícia,<br />
ministrou palestra aos alunos<br />
de matemática-licenciatura e<br />
química-licenciatura, no campus<br />
Centro. Na ocasião ela falou sobre<br />
a ligação entre as proporções<br />
numéricas e os harmônicos musicais.<br />
Esta descoberta no passado<br />
levou o matemático grego<br />
Pitágoras e seus discípulos a elaborarem<br />
uma visão mística do<br />
mundo fundada sobre a noção de<br />
número. A docente do curso de<br />
física Maria Guiomar Tomazello<br />
diz que o objetivo é descompartimentalizar<br />
o saber e mostrar<br />
como as diferentes áreas se relacionam.<br />
Despedida<br />
Com os dizeres “Amigos não<br />
se separam. Apenas seguem caminhos<br />
diferentes”, um grupo de<br />
funcionários da <strong>Unimep</strong> eternizou,<br />
por meio do plantio de uma<br />
árvore no campus Taquaral, a<br />
presença da funcionária Maria<br />
Therezinha Coelho Wakasugui,<br />
60, na história da instituição. A<br />
homenagem ocorreu em março<br />
e contou com a participação de<br />
cerca de 30 pessoas. “A Therezinha<br />
trabalhou na <strong>Unimep</strong> por 28<br />
anos, e nesse tempo foi exemplo<br />
de dedicação e companheirismo”,<br />
destaca Maria de Lourdes<br />
Barbosa, responsável pela administração<br />
de pessoal e idealizadora<br />
da cerimônia.<br />
Itaipu-Binacional<br />
Em março, o Prof. Dr.<br />
Francisco Negrini Romero<br />
foi convidado pelo Instituto<br />
Harpia Harpyia, cujo presidente<br />
é Dom Mauro Morelli,<br />
para dirigir a oficina<br />
Pesquisa Participante Conscientizadora,<br />
Sistematização<br />
Pesquisa<br />
Participante e Planejamento<br />
Estratégico Participativo, na<br />
Itaipu-Binacional, a maior<br />
hidrelétrica do mundo em geração<br />
de energia. A iniciativa<br />
foi realizada a partir da experiência<br />
prática do docente<br />
com trabalho desenvolvido<br />
na comunidade do bairro<br />
Parque Piracicaba (Balbo).<br />
Um grupo de professores do<br />
mestrado profissional em administração<br />
da <strong>Unimep</strong> programou<br />
uma série de seminários de<br />
pesquisa para ocorrer ao longo<br />
deste ano. A proposta da iniciativa,<br />
que tem entrada gratuita e<br />
é aberta à comunidade, é discutir<br />
e socializar temas de pesquisa<br />
desenvolvidos pelos docentes no<br />
campo da administração. No dia<br />
24, às 13h, no Anfiteatro de Pesquisa,<br />
do bloco 7, André Sathler<br />
Guimarães, diretor da Faculdade<br />
de Gestão e Negócios, fala sobre<br />
Privacidade e Marketing Personalizado,<br />
a segunda palestra do<br />
programa.<br />
Vida saudável<br />
A professora Miriam Coelho<br />
do curso de nutrição da <strong>Unimep</strong><br />
ministra palestra no próximo dia<br />
16, às 19h30, no Sesc Piracicaba.<br />
Na ocasião, ela, que é doutora<br />
em ciências dos alimentos<br />
pela Universidade de Reading<br />
(Inglaterra), fala sobre a importância<br />
do consumo de alimentos<br />
funcionais como parte de uma<br />
dieta e vida saudável. A entrada<br />
é gratuita. Informações: (19)<br />
3437-9292.<br />
Em Portugal<br />
Para apresentar a metodologia de elaboração do documentário-ficção<br />
“Imagens da Cidade” (1998), estrelado pela atriz<br />
Letícia Sabatella, a coordenadora do curso de rádio e TV da<br />
<strong>Unimep</strong>, a cineasta Maria Thereza Azevedo, participou na última<br />
semana de março do Seminário do Porto <strong>2008</strong>. Realizado<br />
na Cidade do Porto, em Portugal, o evento foi multidisciplinar<br />
e contou com a participação de profissionais de todo o mundo<br />
e de várias áreas do conhecimento. A docente foi a única brasileira<br />
a participar do evento.<br />
Inscrições Abertas<br />
A 16ª edição do Salão Universitário<br />
de Humor de Piracicaba<br />
– <strong>Unimep</strong> amplia a possibilidade<br />
de participação, já que<br />
agora não só universitários de<br />
graduação e pós-graduação da<br />
América Latina, como de todo o<br />
mundo, podem mandar seus desenhos.<br />
As inscrições, que são<br />
gratuitas, se encontram abertas<br />
até 26 de maio e podem ser feitas<br />
pessoalmente, pela internet<br />
ou pelo correio nas categorias<br />
charge, cartum, caricatura e<br />
HQ (História em Quadrinhos).<br />
Dados sobre regulamento, bem<br />
como ficha de inscrição, fotos<br />
de salões das edições anteriores,<br />
história e obras premiadas<br />
se encontram no site www.unimep.br/salaodehumor<br />
Informações no tel. (19)<br />
3124-1611 (das 8h às 12h) ou<br />
no e-mail salaodehumor@unimep.br
SALADENOTÍCIAS<br />
5<br />
CRÉDITO<br />
E TUDANTIL<br />
MEU NOME É...<br />
Não só para aqueles que chegam à universidade, como também<br />
aos que estão há mais tempo, nem sempre é fácil identificar<br />
os responsáveis pelas unidades acadêmicas. Para facilitar e auxiliar<br />
sua estada, o <strong>Acontece</strong> <strong>Unimep</strong> publica nesta edição a<br />
equipe da Faculdade de Ciências da Saúde. Confira também a<br />
equipe de outras Faculdades nas edições anteriores do informativo,<br />
disponíveis para consulta nas bibliotecas de cada campus.<br />
Diretor<br />
Olney Leite Fontes<br />
Coordenadores<br />
Clauberto de Oliveira Costa<br />
Educação física (bacharelado e licenciatura)<br />
Vera Lúcia Mendiondo Osinaga<br />
Enfermagem<br />
Thais Adriana do Carmo<br />
Farmácia<br />
Maria Silvia Mariani Pires de Campos<br />
Fisioterapia<br />
Ana Cláudia Balieiro Lodi<br />
Fonoaudiologia<br />
A <strong>Unimep</strong> e a Ideal Invest<br />
oficializaram parceria que beneficiará<br />
calouros e veteranos<br />
dos quatro campi da instituição:<br />
Taquaral e Centro, ambos<br />
em Piracicaba, Santa Bárbara e<br />
Lins. Trata-se do programa de<br />
crédito universitário Pravaler,<br />
que permite financiamento de<br />
estudos de até 50% e com amplo<br />
prazo de pagamento. O benefício<br />
é válido também aos alunos<br />
evadidos e com mensalidades<br />
atrasadas.<br />
Diferentemente do Fies (Financiamento<br />
Estudantil) e do<br />
Prouni (Programa Universidade<br />
para Todos), não é necessário<br />
comprovar carência de recursos<br />
para conseguir o crédito, já que<br />
o Pravaler não é um programa<br />
de desconto ou de bolsa de estudo.<br />
Entre as facilidades estão<br />
o parcelamento de até cinco<br />
mensalidades em aberto, inclusive<br />
rematrícula. Detalhes sobre<br />
inscrições, prazos de pagamentos,<br />
valores de financiamentos e<br />
simulador de crédito podem ser<br />
obtidos no site www.creditopravaler.com.br<br />
Na <strong>Unimep</strong>, informações<br />
no tel. (19) 3124-1666<br />
(Atendimento Integrado).<br />
Patrícia Carreira Nogueira<br />
Nutrição (Taquaral)<br />
Luciene de Souza Venâncio<br />
Nutrição (Lins)
6<br />
NOSSALÍNGUA<br />
MAIORIDADE<br />
ORTOGRÁFICA<br />
Vanessa Piazza<br />
vcpiazza@unimep.br<br />
“Nova data é estabelecida no<br />
Brasil para o início do processo<br />
de implementação do acordo ortográfico<br />
da língua portuguesa,<br />
que foi assinado pelos oito países<br />
que têm o português como<br />
idioma oficial – Brasil, Angola,<br />
Portugal, Cabo Verde, Guiné-<br />
Bissau, Moçambique, São Tomé,<br />
Príncipe e Timor Leste”. Ao ler a<br />
informação acima, a impressão<br />
que se tem é de tratar-se de um<br />
Principais Mudanças<br />
*Não se usará mais hífen:<br />
-quando o segundo elemento começa com s ou r,<br />
devendo estas consoantes ser duplicadas, como em<br />
contrarregra e infrassom. Exceção: o hífen será<br />
mantido quando os prefixos terminam com r como<br />
em hiper e super<br />
-quando o prefixo terminar em vogal e o segundo<br />
elemento começar com uma vogal diferente.<br />
Extraescolar e autoestrada<br />
*Trema deixará de existir, exceto em nomes<br />
próprios e derivados<br />
*Não se usará mais acento para diferenciar<br />
-pára (flexão do verbo parar) de para<br />
(preposição)<br />
-pélo (flexão do verbo pelar), pêlo (substantivo) e<br />
pelo (combinação da preposição com o artigo).<br />
“déjà vu” de algum noticiário da<br />
década de 90, ou quem sabe de<br />
2005, 2006 ou 2007. Na realidade<br />
o dado é recente, já que o<br />
tema voltou a gerar inquietações,<br />
principalmente no Brasil e em<br />
Portugal, dois pilares da reforma<br />
ortográfica assinada há exatos 18<br />
anos e que já contou com muitos<br />
prazos e critérios para entrar em<br />
vigor. Até hoje nenhuma mudança<br />
ocorreu na prática.<br />
Entretanto, parece que um<br />
novo passo foi dado. O Conselho<br />
de Ministros de Portugal, país<br />
de grande peso político e pai da<br />
língua portuguesa, aprovou a reforma<br />
no último dia 6 de março.<br />
Mas será que agora o acordo sai<br />
do papel? Em entrevista por telefone<br />
ao jornal <strong>Acontece</strong> <strong>Unimep</strong>,<br />
o presidente da Comissão<br />
de Língua Portuguesa (Colip),<br />
órgão ligado ao MEC (Ministério<br />
da Educação) e responsável<br />
pelo assessoramento quanto às<br />
propostas brasileiras sobre a unificação<br />
ortográfica, Godofredo<br />
de Oliveira Neto, conta que a<br />
aprovação do acordo pelo Con-<br />
*O alfabeto passará a ter 26 letras, ao incorporar as<br />
letras k, w e y<br />
*Não se usará mais acento circunflexo<br />
-nas terceiras pessoas do plural do presente do<br />
indicativo ou do subjuntivo dos verbos ler, crer, dar, ver<br />
e seus derivados.<br />
-em palavras terminados em hiato oo, como enjôo que<br />
será enjoo.<br />
Não se usará mais acento agudo<br />
- nos ditongos abertos ei e oi de palavras paroxítonas,<br />
como assembléia e jibóia.<br />
- nas palavras paroxítonas, com i e u tônicos, quando<br />
precedidos de ditongo, como feiúra que passa a ser<br />
grafada feiura.<br />
Fonte: Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa<br />
Prós e Contras<br />
selho de Ministros de Portugal<br />
representa um grande avanço e<br />
demonstra o desejo político de<br />
o país retomar as discussões e<br />
cumprir o compromisso assumido<br />
em 1990.<br />
Mas vale ressaltar que as alterações<br />
na ortografia ainda estão<br />
longe de se concretizarem de<br />
imediato. Em Portugal, o acordo<br />
terá que ser aprovado pelo Congresso<br />
e depois pelo Presidente<br />
da República, Mário Soares, para<br />
então traçar um plano de transição.<br />
Já no Brasil, mesmo com a<br />
aprovação nas diversas esferas,<br />
Neto afirma que em 2009 ocorrerá<br />
a partida para o processo de<br />
implementação, que de acordo<br />
com previsões anteriores do Ministério<br />
da Educação teria esse<br />
ano regras ortográficas estampadas<br />
nos livros didáticos, dicionários<br />
e gramaticais.<br />
“Num primeiro momento ampliaremos<br />
a divulgação das mudanças<br />
gramaticais. Gostaríamos<br />
também de ouvir a população, os<br />
representantes das universidades<br />
e editoras e a própria mídia. Se<br />
a recepção for positiva, precisaremos<br />
de aproximadamente dois<br />
anos para preparar a reformulação<br />
dos materiais didáticos e<br />
então estabelecer um prazo mínimo<br />
de cinco anos para concluir<br />
o processo”, avalia.<br />
Longe de um consenso, que conforme destaca Neto, não<br />
existe nem mesmo entre os integrantes da Colip, especialistas<br />
da área de letras da <strong>Unimep</strong> que falam sobre prós e contras da<br />
padronização ortográfica. Para Josiane Maria de Souza, coordenadora<br />
do curso de letras-licenciatura em português, o único<br />
ganho que a reforma traz diz respeito a questões políticas<br />
e diplomáticas, que visa a conferir mais força internacional à<br />
língua portuguesa, já que o português é a terceira língua ocidental<br />
mais falada no mundo, perdendo apenas para o inglês e<br />
o espanhol. No entanto, é a única que apresenta mais de uma<br />
grafia oficial. Ainda segundo Josiane, o tema deve gerar muita<br />
discussão, pois para a população portuguesa, mexer no idioma<br />
é mexer naquilo que a identifica, já que possui uma relação de<br />
identidade cultural e social com a língua.<br />
Na opinião de Luiz Fernando Fonseca Silveira, professor<br />
de português dos cursos de jornalismo, letras português e fisioterapia<br />
da <strong>Unimep</strong>, as mudanças são naturais. “Sempre há uma<br />
preocupação em atualizar a escrita de acordo com as mudanças<br />
que ocorrem na forma falada do idioma. Considerando que<br />
a escrita é uma convenção, motivada por questões históricas,<br />
creio que não há como ser contra, pois quer na oralidade quer na<br />
escrita não há como estancar as mudanças, já que a língua é<br />
dinâmica e viva”, diz.<br />
Para o presidente da Colip, a unificação ortográfica propicia<br />
uma maior circulação de materiais e a abertura de mercados<br />
entre os países de língua portuguesa, facilitando a documentação<br />
em fóruns internacionais, como na ONU (Organização<br />
das Nações Unidas). Leia mais na coluna Em Bom Português,<br />
na página 7.
SINTONIZADO 7<br />
Em Bom Português<br />
Norma Culta<br />
DUAL CORE<br />
VS<br />
CORE DUO<br />
Nesta edição da seção de informática<br />
a dica é para aqueles<br />
que desejam comprar ou trocar<br />
o computador. Nesse sentido,<br />
fique atento aos termos “Dual<br />
Core” e “Core Duo”, que são<br />
gerações de processadores – circuitos<br />
integrados de controle das<br />
funções de cálculos e tomadas de<br />
decisões, uma espécie de cérebro<br />
do computador – para rodar aplicação<br />
multitarefa, que consiste<br />
na capacidade de realizar tarefas<br />
simultaneamente, principalmente<br />
de equipamentos móveis como<br />
“notebooks”. Apesar dos nomes<br />
semelhantes, as duas tecnologias<br />
apresentam diferenças.<br />
O “Core Duo” é uma geração<br />
de processadores fabricada pela<br />
Intel e trabalha como se fossem<br />
dois cérebros em um. Ele foi<br />
ilustração: Léo Zandoval<br />
projetado para rodar sistemas<br />
operacionais de 32 bits – isso representa<br />
a quantidade de dados<br />
e instruções que o processador<br />
consegue trabalhar por vez –<br />
como o Linux, Windows® XP<br />
ou Windows Vista. Eles são<br />
mais velozes se comparados às<br />
gerações anteriores e é o componente<br />
fundamental na tecnologia<br />
dos processadores Intel Centrino.<br />
Isso é possível devido à tecnologia<br />
chamada Napa (National<br />
Adaptive Processing Architecture),<br />
que surgiu posteriormente à<br />
batizada de HT (Hyper Threading),<br />
que foi utilizada em diversos<br />
equipamentos da Intel.<br />
Já o “Dual Core”, nome que<br />
a AMD – Advanced Micro Devices,<br />
(concorrente da Intel) utiliza<br />
em seus processadores com duplo<br />
núcleo – dois processadores<br />
dentro de um chip – é batizado de<br />
X2 e geralmente preparado para<br />
rodar em 64 bits, possui proteções<br />
especiais contra os vírus<br />
MSBlaster e Slammer, se estiver<br />
rodando Windows® XP Service<br />
Pack 2 ou Windows Vista. É<br />
compatível com os concorrentes<br />
da Intel.<br />
Então, ao adquirir um novo<br />
equipamento observe qual o fabricante<br />
do processador e verifique<br />
o sistema operacional que<br />
será instalado, pois a escolha<br />
correta será fundamental para a<br />
utilização integral dos recursos<br />
disponíveis, além de garantir<br />
uma maior rapidez.<br />
Departamento de Tecnologia e<br />
Informática da <strong>Unimep</strong> (DTI)<br />
A unificação da escrita do<br />
português nos países que<br />
o adotam como língua<br />
oficial tem gerado muita<br />
polêmica, afinal as mudanças<br />
ortográficas trazem<br />
dúvidas a todos. Porém,<br />
tem contribuído de modo significativo para que<br />
o nosso idioma seja repensado, discutido e avaliado.<br />
O português é uma ferramenta essencial na carreira e<br />
no crescimento pessoal. No campo profissional pode<br />
fazer a diferença entre o emprego e desemprego nos<br />
testes de admissão. Os profissionais de todas as áreas<br />
que têm o domínio do idioma, geralmente, acabam<br />
sendo mais bem avaliados pelos seus superiores,<br />
pois demonstram ter elaboração de pensamento e raciocínio<br />
lógico, além de segurança. Há de se pensar<br />
também que a linguagem é a base de tudo, ou seja,<br />
sem ela todos os outros aprendizados ficariam comprometidos.<br />
Como resolver equações de matemática<br />
ou física se não souber interpretar corretamente os<br />
enunciados dos problemas?<br />
Muitos brasileiros não dominam o próprio idioma – entenda-se<br />
a norma culta da língua portuguesa –, em razão<br />
de vários fatores, inclusive as deficiências existentes no<br />
sistema educacional brasileiro, especialmente no tocante<br />
à educação básica. Entretanto, é possível ter esse conhecimento.<br />
Primeiramente, exorcize os terríveis fantasmas<br />
“português é difícil” e “já sei o suficiente”. Toda língua,<br />
seja qual for sua origem, tem sua complexidade e o estudo<br />
a seu respeito não tem fim, é um eterno desafio, ou<br />
seja, jamais saberemos tudo. Assim, em certas ocasiões,<br />
errar será inevitável, porém, por meio de estudos, dedicação<br />
e persistência, pode-se errar cada vez menos.<br />
Para atingir esse objetivo, alguns procedimentos são<br />
fundamentais: cultive o saudável hábito da leitura.<br />
Se não puder ler bons livros, leia revistas, jornais,<br />
informativos, sites, bulas de remédio, mas leia! Use<br />
e abuse de dicionários, gramáticas, manuais de redação,<br />
sites sobre o tema, etc. Utilize os serviços e<br />
acervos das bibliotecas municipais e das escolas.<br />
Enriqueça seu vocabulário. Seja curioso. Ao se deparar<br />
com palavras desconhecidas, busque seus<br />
significados e tente aplicá-las no seu dia-a-dia. Ao<br />
falar, procure fazê-lo com clareza, simplicidade e<br />
objetividade. Analise seus textos escritos com rigor.<br />
Dificilmente, um texto está pronto na primeira versão.<br />
Sempre podemos melhorá-lo. Enfim, seja um<br />
bom usuário da norma culta da língua portuguesa e<br />
encante-se com seu uso e aprendizado.<br />
Mirian de Fátima Polla<br />
Graduada em letras e funcionária da <strong>Unimep</strong><br />
Comentários, críticas e sugestões:<br />
mipolla@unimep.br<br />
IDIOMA
NOSSOS JOVENS LÍDE<br />
8<br />
CAPA<br />
Angela Rodrigues<br />
anrsanto@unimep.br<br />
O papa Bento 16, o treinador<br />
da seleção de vôlei<br />
brasileira, o Bernardinho e<br />
o Presidente da República,<br />
Luiz Inácio Lula da Silva<br />
são, em segmentos diferentes,<br />
lideranças. E você, se<br />
considera um líder? Ou alguma<br />
vez já pensou no assunto?<br />
A pesquisa Percepção<br />
do Jovem de Piracicaba sobre<br />
o Conceito de Liderança,<br />
desenvolvida por seis alunos<br />
do 7º semestre do curso de<br />
economia da <strong>Unimep</strong> e atuais<br />
membros da diretoria<br />
executiva da Empresa FGN<br />
Consultoria Jr. (leia texto<br />
nesta página) trouxe o tema<br />
à tona e concluiu, em linhas<br />
gerais, que os jovens entre<br />
15 e 24 anos são apáticos<br />
Victor, Andressa, Guilherme e Ligia<br />
quando o assunto é ser um<br />
líder.<br />
E mais, a pesquisa que<br />
teve 305 jovens de instituições<br />
públicas e privadas entrevistados,<br />
concluiu também<br />
que a maioria deles<br />
não se vê como um líder,<br />
mas acredita que a capacidade<br />
pode ser adquirida<br />
aos que se predisponham<br />
ao objetivo. Mesmo assim,<br />
apontaram que um líder é<br />
alguém que age com determinação<br />
e se preocupa<br />
com o bem-estar das pessoas<br />
com as quais trabalha. A<br />
pesquisa foi realizada entre<br />
os meses de agosto e novembro<br />
de 2007.<br />
Com alguns universitários,<br />
a postura não é diferente.<br />
A piracicabana Lígia<br />
Martins, 20, que cursa o 5º<br />
semestre de educação física,<br />
prefere passar as responsabilidades<br />
de liderança aos<br />
colegas de classe a ter de tomar<br />
as decisões pelo grupo. “Na faculdade,<br />
não sou líder e também<br />
não ligo. Deixo mais para os outros<br />
correrem atrás. Para mim, ia<br />
ser muita dor de cabeça”, afirma.<br />
Entretanto, a posição muda quando<br />
o cenário é a sua residência.<br />
“Na minha casa, a palavra final é<br />
minha”, enfatiza a estudante, que<br />
mora com a mãe e a irmã.<br />
O comportamento esporádico<br />
também é adotado por Andressa<br />
Zanchetta, 20, aluna do 3º semestre<br />
de nutrição. “Sou líder apenas<br />
quando o assunto é animar a galera.<br />
Nunca parei para pensar em<br />
assumir esse papel seriamente”,<br />
diz. Para ela, as pessoas aptas à<br />
liderança nascem mais comunicativas<br />
e devem ter bom senso,<br />
ter calma, saber ouvir para decidir<br />
e, principalmente, saber lidar<br />
com o outro.<br />
“Acho que a juventude atual está desinteressada<br />
pelos assuntos de responsabilidade<br />
geral e social”, opina Victor Costa<br />
Cordeiro, 18, aluno do 1º semestre de administração,<br />
que também não se considera<br />
e nem almeja ser um líder. Em sua opinião,<br />
um líder deve ser uma pessoa preparada,<br />
com determinação, personalidade e, acima<br />
de tudo, sociável. “Os líderes se formam ao<br />
longo da vida. Qualquer pessoa pode ser,<br />
desde que tenha interesse”, fala Cordeiro,<br />
para quem o país tem bons representantes<br />
apenas no esporte e cultura.<br />
Para Guilherme Macedo, 23, aluno do<br />
3º semestre de rádio e TV, a juventude atual<br />
está mais para ser liderada do que para<br />
liderar. “Infelizmente, nossos exemplos<br />
de líderes hoje são ex-participantes de<br />
“reality shows”, como o Big Brother Brasil,<br />
exibido pela Rede Globo de Televisão,<br />
e políticos idiotas. Nossos modelos atuais<br />
de liderança são complicados. Não vejo a<br />
posição com bons olhos por causa da situação<br />
atual”, ressalta Macedo, para quem um<br />
líder deve manter o foco no bem comum e<br />
querer servir o próximo.
CAPA 9<br />
Integrantes da diretoria da FGN Consultoria Júnior<br />
RES<br />
Consultoria JR.<br />
A FGN Consultoria Jr. nasceu em 1997<br />
e parou em 20<strong>04</strong>. Em julho de 2007, voltou<br />
à ativa por iniciativa de Diego Fantim,<br />
Aline Pelaes, Breno Costa, Luiz Casemiro,<br />
Mayara Oliveira e Mateus Santos, alunos<br />
do 7º semestre de economia, que atuam sob<br />
a coordenação da direção da faculdade.<br />
A Empresa Jr. presta consultoria, assessoria<br />
contábil, orienta e desenvolve<br />
projetos nas áreas de economia, contabilidade<br />
e negócios internacionais, gastronomia,<br />
comércio exterior, ONGs, entidades<br />
privadas e públicas. “Nosso maior bem é<br />
o conhecimento. Recebemos o pedido dos<br />
clientes, contatamos professores e orientadores<br />
e recrutamos os consultores da área.<br />
São os alunos que fazem os trabalhos e ao<br />
final recebem um certificado com especificação<br />
da carga horária”, conta Fantim.<br />
Localizada no campus Taquaral da <strong>Unimep</strong><br />
(rodovia do Açúcar, km 156), a FGN<br />
Consultoria funciona de segunda a sexta-feira,<br />
das 8h às 12h e das 13h às 18h, no bloco<br />
5. Informações pelo tel. (19) 3124-1567.<br />
Líder Ideal<br />
Na opinião dos entrevistados durante a pesquisa Percepção do Jovem de<br />
Piracicaba sobre o Conceito de Liderança, 53% não se considera líder,<br />
contra 47% que afirma sê-lo. Para 46% deles, um líder é determinado,<br />
preocupado em alcançar objetivos, exigente e cobra resultados e para 61%<br />
desenvolve a liderança ao longo de sua trajetória. O Brasil não possui bons<br />
líderes, de acordo com 62%, e a posição independe de sexo para 86%.<br />
Já as lideranças mais citadas como modelos foram: papa Bento 16 no campo<br />
religioso; Bernardinho no segmento esportivo; Lula no político; Irmã<br />
Doroth Stang como líder comunitária e Roberto Justus como líder empresarial.<br />
Principais<br />
Qualidades<br />
• Saber se comunicar; • Ser justo e ético;<br />
• Saber ouvir; • Assumir responsabilidades;<br />
• Motivar pessoas.<br />
Fonte: Empresa FGN Consultoria Jr.<br />
Causa e Efeito<br />
As razões do atual desinteresse<br />
pela maioria da juventude<br />
decorrem de vários motivos.<br />
Segundo Magali Rodrigues Serrano,<br />
45, mestre em psicologia<br />
da educação, docente do curso<br />
de psicologia e coordenadora do<br />
Centro de Estudos Aplicados em<br />
Psicologia (CEAPsi) da <strong>Unimep</strong>,<br />
o contexto ideológico e econômico<br />
vigente faz com o que o<br />
jovem de hoje permaneça mais<br />
tempo na casa dos pais, demore<br />
mais para constituir sua própria<br />
família ou assumir outras responsabilidades,<br />
como lideranças.<br />
“Além de ser mais vantajoso<br />
em termos econômicos, já que o<br />
mercado de trabalho está saturado”,<br />
afirma.<br />
A docente argumenta também<br />
que cada vez mais as pessoas<br />
se preocupam apenas consigo<br />
mesmas, sem assumir a posição<br />
de líderes, pois os que aceitam<br />
“O jovem está<br />
mais apático...”<br />
Professora e psicóloga Magali Serrano<br />
o desafio estão sujeitos a cobranças<br />
e retaliações. “O jovem<br />
está mais apático não somente<br />
à liderança, mas a uma série de<br />
acontecimentos sociais e culturais,<br />
entre os quais a participação<br />
política”, declara. A apatia também<br />
é uma fase que deve ter fim,<br />
na opinião de Magali. “Acredito<br />
que gradualmente as coisas tendem<br />
a mudar. Em determinado<br />
momento, o indivíduo se conscientiza<br />
de que não pode viver<br />
isolado”, destaca.<br />
Aposta<br />
Apesar de o atual desinteresse, há quem lute para mudar o cenário. É o<br />
caso de Giuliano Dedini Ometto Duarte, secretário executivo da ONG<br />
(Organização Não- Governamental) Líderes Construindo Líderes, lançada<br />
no último dia 5 de março, fruto de uma parceria entre as empresas<br />
Dedini S/A Indústrias de Base e a Caterpillar do Brasil, com o objetivo<br />
de despertar o espírito de liderança nos jovens de Piracicaba e região e<br />
incentivar valores como a ética, a paz, o voluntariado e a democracia.<br />
Foi a pedido da ONG que nasceu o primeiro trabalho da nova gestão<br />
da Empresa Consultoria Júnior da <strong>Unimep</strong>, vinculada à Faculdade de<br />
Gestão e Negócios.
10<br />
FOFOCANÃO!SÓFOCA<br />
CADA VEZ<br />
MAIS CEDO<br />
O Brasil vive uma nova realidade<br />
em relação às cirurgias<br />
plásticas estéticas, que estão mais<br />
acessíveis e cresceram em quantidade<br />
e diversidade. E um dos dados<br />
que mais chamam a atenção<br />
é que elas são feitas por jovens<br />
com idade entre 18 e 25 anos.<br />
Pesquisa da Sociedade Brasileira<br />
de Cirurgia Plástica (SBCP) dão<br />
conta da realização de cerca de<br />
700 mil cirurgias desta natureza<br />
por ano. Deste total, 105 mil, o<br />
que equivale a 15%, são feitas<br />
por “teens”. Há dez anos a adesão<br />
era de apenas 5%. Ainda conforme<br />
dados da SBCP a procura<br />
maior é por cirurgias de lipoaspiração<br />
e aumento ou diminuição<br />
das mamas.<br />
É a busca por uma barriga sarada,<br />
seios turbinados, bumbum<br />
arrebitado e orelhas alinhadas,<br />
imperfeições que para muitos<br />
quanto antes forem corrigidas,<br />
melhor. A estudante Estela Aggio<br />
Possignollo, 21, do 7º semestre<br />
de jornalismo ajuda a engordar<br />
esta lista. Há um ano e oito meses,<br />
ela fez um implante de 280<br />
ml de silicone em cada mama.<br />
“Achava meus seios muito desproporcionais<br />
para o meu corpo,<br />
que tem muitas evidências”, justifica.<br />
Satisfeita com o resultado,<br />
Estela tem consciência de que<br />
sua iniciativa foi motivada pelo<br />
apelo estético. “Está relacionada<br />
à beleza sim, queria que a minha<br />
aparência ficasse melhor e não<br />
desproporcional”, destaca. Uma<br />
nova cirurgia não está nos planos<br />
imediatos da estudante.<br />
Paulo, 21, (que não permitiu<br />
a publicação de seu verdadeiro<br />
nome com receio de retaliação)<br />
se submeteu a uma ginecomastia<br />
– redução do peito masculino.<br />
“Além da questão estética, a cirurgia<br />
foi recomendada, porque<br />
a minha glândula mamária havia<br />
inflamado, o que foi um dos motivos<br />
pelo qual ela se desenvolveu.<br />
Apesar de estar satisfeito,<br />
não faria outra, pois o pós-operatório<br />
é doloroso e complicado”,<br />
conta.<br />
Mesmo com o aumento da<br />
procura por cirurgias, a insegurança<br />
ainda adia decisões. Daniele<br />
Rosolen, 21, do 6º semestre<br />
de publicidade e propaganda,<br />
gostaria de fazer uma correção<br />
de septo e aproveitar a mesa de<br />
cirurgia para realizar uma plástica<br />
no nariz.<br />
Estereotipada<br />
Para o especialista em estética<br />
e cultura de massa, o diretor<br />
da Faculdade de Comunicação<br />
da <strong>Unimep</strong>, o professor Belarmino<br />
César Guimarães da Costa, a<br />
cirurgia plástica em jovens, a rigor,<br />
expressa a insatisfação com<br />
o próprio corpo e a angústia narcísica<br />
de ser em função de ter a<br />
aparência valorizada pela moda<br />
e pela indústria da beleza. “Na<br />
vida contemporânea, em função<br />
da linguagem publicitária e da<br />
mercantilização de tudo, o ideal<br />
de beleza está associado àquilo<br />
que é jovem, esbelto e que esconda<br />
as marcas do tempo”, destaca.<br />
Nesse sentido, o estudante<br />
Thiago Dantino, 21, do 5º semestre<br />
de fisioterapia da <strong>Unimep</strong><br />
critica a busca incessante pela<br />
perfeição e pondera riscos que<br />
envolvem qualquer cirurgia. Em<br />
sua opinião, é válido buscar ajuda<br />
médica somente em casos de<br />
incômodo ou prejuízo ao psicológico.<br />
Riscos e Cuidados<br />
Assim como em qualquer<br />
outra cirurgia, a decisão de<br />
submeter-se à uma intervenção<br />
estética deve ser realizada com<br />
precauções, entre as quais uma<br />
das mais importantes: conhecer<br />
o profissional e tudo sobre a<br />
intervenção escolhida.<br />
O cirurgião<br />
plástico do Hospital<br />
Samaritano de<br />
Capinas, Mário de Moraes,<br />
fala que como em qualquer<br />
outra cirurgia, a plástica<br />
possui riscos que podem<br />
ser acentuados nos adolescentes,<br />
uma vez<br />
que o corpo ainda<br />
está em formação.<br />
“Muitas<br />
vezes, os jovens são impulsivos<br />
e imediatistas, portanto, uma intervenção<br />
cirúrgica do gênero<br />
deve ser avaliada com rigor”,<br />
acrescenta.<br />
Antes de optar por uma intervenção<br />
e para um resultado<br />
mais satisfatório, os especialistas<br />
também recomendam<br />
cuidados com reações de medicação,<br />
sedativos e anestesia,<br />
bateria de exames preparatórios,<br />
conhecer os procedimentos pré<br />
e pós-operatórios e conversar<br />
com o especialista para que se<br />
esclareçam todas as dúvidas e<br />
riscos. “Assim o resultado tem<br />
chances de ser mais satisfatório”,<br />
diz a psicoterapeuta Maria<br />
Benedita Rodrigues.<br />
“Foi um aprendizado gratificante, em que a gente<br />
pôde colocar em prática o que aprendemos. A<br />
dificuldade maior foi em levantar fontes que<br />
tivessem a disposição de falar sobre o<br />
assunto ou até mesmo assumir uma<br />
plástica, mas a profissão é cheia de<br />
obstáculos”.<br />
Jacqueline Brossi<br />
“A possibilidade de se ter contato<br />
próximo com a profissão nos foi bastante<br />
válida, uma vez que no curso de<br />
jornalismo não nos é permitido (por<br />
lei) o estágio. Pudemos vivenciar,<br />
mesmo que brevemente, os percalços<br />
da rotina jornalística<br />
e nos testar enquanto<br />
profissionais, o que<br />
torna o aprendizado<br />
acadêmico<br />
mais<br />
completo”.<br />
Natália<br />
Gregolin<br />
Entrevistas de Jacqueline Brossi e Natalia Gregolin, alunas do 7º semestre do curso de jornalismo<br />
e orientadas pelo coordenador do curso de jornalismo, Paulo Roberto Botão.
INTERCÂMBIO<br />
11<br />
PASSAPORTE PARA<br />
O MESTRADO<br />
Bolsa de Bruxelas - Bélgica<br />
Ao desenvolver a monografia<br />
para a conclusão do curso<br />
gestão de negócios internacionais<br />
da <strong>Unimep</strong> em 2003, o exaluno<br />
Gustavo Leoce, 28, não<br />
imaginou que o projeto seria o<br />
passaporte para o seu mestrado<br />
em gestão de transportes na<br />
Université Libre de Bruxelles<br />
(ULB), na Bélgica, entre 2006<br />
e 2007. O que parecia impossível,<br />
a princípio, tornou-se realidade<br />
graças a um convênio<br />
firmado em 2002 entre a <strong>Unimep</strong>,<br />
por meio da Assessoria<br />
para Assuntos Internacionais,<br />
e a Universidade de Liége, na<br />
Bélgica. “O curso foi espetacular.<br />
Pude estudar todos os<br />
modais de transporte e viver<br />
onde o sistema efetivamente<br />
funciona. Cresci intelectual e<br />
profissionalmente. Revi valores,<br />
despertei para novos pontos<br />
de vista. Minha turma era<br />
formada por mestrandos de várias<br />
nacionalidades. Foi como<br />
se eu fosse bombardeado culturalmente”,<br />
analisa.<br />
O pontapé inicial foi dado<br />
a partir da elaboração da monografia<br />
Estudo Sobre o Desenvolvimento<br />
do Sistema de<br />
Transporte Ferroviário. Apogeu,<br />
Decadência e a Nova Atividade<br />
Ferroviária no Brasil,<br />
para a conclusão da graduação.<br />
Após finalizá-la, em 2003,<br />
O projeto de conclusão do curso de Gustavo Leoce foi<br />
o passaporte para um estudo no exterior.<br />
Leoce entregou uma cópia do<br />
trabalho traduzido em francês<br />
para Jean Marchal, pesquisador<br />
e criador do Centre Interuniversitaire<br />
d’Etudes de la Mobilité<br />
(Ciem), com sede em Bruxelas<br />
(Bélgica), em um dos seus seminários<br />
promovidos na <strong>Unimep</strong>.<br />
Ao ler o projeto, Marchal indicou<br />
ao ex-aluno o programa de<br />
bolsas de estudos. “As indicações<br />
do professor e da <strong>Unimep</strong><br />
foram fundamentais no dossiê<br />
de candidatura. Eram apenas<br />
nove vagas para o meu mestrado<br />
e fui selecionado entre mais de<br />
300 candidatos de todas as partes<br />
do mundo”, explica ele, que<br />
conta que recebeu bolsa com<br />
passagens ida e volta, ajuda de<br />
custo para instalação, despesas<br />
de transporte, alimentação, viagens<br />
técnicas e compra de material<br />
didático, além de um salário<br />
mensal para despesas gerais. A<br />
moradia foi reservada pelo serviço<br />
social da Université Libre<br />
de Bruxelles.<br />
Atuação<br />
Bruxelles Catedrale ST-Michel<br />
Em contrapartida, Leoce<br />
dedicava-se integralmente aos<br />
estudos. “Participava de conferências,<br />
feiras e congressos<br />
realizados na própria ULB ou<br />
em outras instituições, além das<br />
aulas de segunda a sábado, nos<br />
períodos vespertino e noturno”,<br />
destaca.<br />
No período em que esteve<br />
fora, ele fez 16 visitas técnicas<br />
na Bélgica, França, Alemanha<br />
e Holanda, nas quais conheceu<br />
as mais modernas e sofisticadas<br />
instalações de transportes. A tese<br />
de mestrado A Integração Européia<br />
do Transporte Ferroviário<br />
de Mercadorias veio pela participação<br />
em um estágio acadêmico<br />
no Departamento de Geografia<br />
de Transportes da Université Catholique<br />
de Louvain (UCL).<br />
Universidade Livre de Bruxelas<br />
Ao retornar, em outubro de 2007, o profissional recebeu<br />
várias propostas de trabalho de empresas e multinacionais, mas<br />
optou por aceitar o convite para lecionar no curso de negócios<br />
internacionais da <strong>Unimep</strong> e logística internacional em outra<br />
faculdade. Hoje concilia as aulas com o trabalho integral no<br />
escritório de logística integrada e comércio exterior Simetrans,<br />
em Piracicaba. “Tive o privilégio de estudar e conhecer o que<br />
existe de mais moderno na área. Aplico o conhecimento adquirido<br />
na assessoria e transmito aos alunos os conceitos e as<br />
experiências vividas”, conta.
12<br />
UNIVERCIDADES<br />
A história é de quatro argentinas.<br />
Todas elas conhecem o<br />
Esporte Clube XV de Novembro<br />
de Piracicaba, mas, obviamente,<br />
Julieta Garcia, 24, prefere Maradona<br />
a Pelé, afinal, segundo ela,<br />
cada nação deve defender o seu<br />
próprio futebol. Nadia Catelli,<br />
23, está ansiosa para assistir um<br />
clássico entre Corinthians e Palmeiras,<br />
pois o alvinegro teve em<br />
suas fileiras um de seus conterrâneos,<br />
o jogador Herrera. Já Florencia<br />
Luzia Vignatti, 22, e Sabrina<br />
Paili, 23, não ligam muito<br />
para futebol, mas acompanham<br />
jogos às vezes. Nadia, Julieta,<br />
Florencia e Sabrina, que residem<br />
em Rosario, na Argentina, localizada<br />
a 300 km a noroeste de<br />
Buenos Aires, e desde novembro<br />
estão em Piracicaba, são personagens<br />
da 7ª edição do Univer-<br />
Cidades, que traz experiências<br />
Guevara (1928-1967), a temporada<br />
em terras brasileiras, antes<br />
conhecidas em período de<br />
férias, tem sido importante na<br />
trajetória profissional e pessoal.<br />
E de muitas mudanças culturais.<br />
A começar pelo movimento e<br />
ritmo de vida dos dois lugares.<br />
“Piracicaba é bonita, apesar de<br />
não ter muitas coisas para fazer.<br />
As lojas do Centro fecham<br />
muito cedo e tudo é bem mais<br />
tranqüilo. A vida em Rosario é<br />
mais ativa: há cinemas no Centro,<br />
nos shoppings, nos bairros,<br />
perto ou longe. Para compras<br />
as opções são muito melhores”,<br />
compara Julieta, formada em<br />
engenharia de alimentos e que<br />
veio em busca de estágios em<br />
empresas da área.<br />
Nadia, que cursa disciplinas<br />
dos cursos de administração de<br />
manhã e economia à noite, con-<br />
ESQUEMA TÁTICO<br />
ROSARINO<br />
de estudantes de outros municípios,<br />
Estados e países.<br />
Em Piracicaba permanecem<br />
até junho por meio de um intercâmbio<br />
firmado entre a <strong>Unimep</strong><br />
(Universidade Metodista<br />
de Piracicaba) e a Universidad<br />
del Centro Educativo Latinoamericano<br />
(Ucel), a primeira<br />
universidade metodista fundada<br />
na Argentina. Para as quatro<br />
conterrâneas do revolucionário<br />
e também rosarino Ernesto Che<br />
As argentinas Sabrina, Florencia, Julieta e Nádia<br />
corda com a amiga, mas ressalta<br />
que há algo muito forte e natural<br />
nos brasileiros: o acolhimento e<br />
a simpatia. “Acho que os piracicabanos<br />
são solidários e atenciosos,<br />
estão atentos às nossas<br />
necessidades. Todo mundo quer<br />
nos conhecer, conversar. Na Argentina<br />
não é assim”, afirma ela,<br />
que acredita também que Piracicaba<br />
tem um grande potencial<br />
de crescimento econômico e<br />
muito emprego a oferecer.<br />
Costumes<br />
Tal como o chimarrão, é<br />
comum na Argentina o preparo<br />
de uma bebida feita com erva e<br />
água quente, conhecido como<br />
mate, e preparado por elas por<br />
meio de um produto conhecido<br />
como Playadito. O contato<br />
com a comida também foi difícil.<br />
“Aqui é tudo frito, há muita<br />
fritura até no café da manhã”,<br />
explica Florencia, que ao lado<br />
das colegas prefere preparar<br />
o próprio alimento, à base de<br />
muita salada e produtos enviados<br />
pelos pais. Florencia optou<br />
em cursar nutrição e participa<br />
de estágios nos bairros Jardim<br />
Oriente e Bosque dos Lenheiros.<br />
De acordo com ela, ir de<br />
um ponto a outro é um problema.<br />
“Não tem comodidade e os<br />
ônibus são antigos. Tem de se<br />
levantar muito mais cedo para<br />
conseguir chegar no horário e as<br />
viagens são cansativas”, detalha<br />
Sabrina, que também cursa nutrição<br />
e faz estágios nos bairros<br />
Itapuã e Tupi. Segundo a intercambista,<br />
as ruas à noite são desertas<br />
e as pessoas alertam que<br />
é perigoso. “Em virtude disso e<br />
do cansaço, não saímos muito”,<br />
conta.<br />
Ponto de Vista<br />
A postura dos alunos brasileiros<br />
em sala de aula também<br />
foi alvo de críticas das quatro argentinas.<br />
“Nas aulas há desatenção<br />
e às vezes falta de respeito”,<br />
observa Sabrina. “Os alunos ficam<br />
no celular, conversam muito,<br />
fazem outras atividades, sem<br />
ligar para o professor”, destaca<br />
Nadia, que diz considerar os<br />
professores mais exigentes em<br />
seu país.<br />
ROSARIO<br />
Habitantes: 1.300.000<br />
Localização: zona sul<br />
da Província de Santa<br />
Fé, República Argentina.<br />
Situada às margens do rio<br />
Paraná, um dos maiores da<br />
América do Sul.<br />
Atividades econômicas:<br />
indústria, comércio e agropecuária.<br />
Fonte:<br />
Assessoria<br />
para Assuntos<br />
Internacionais<br />
da <strong>Unimep</strong><br />
e site<br />
www.rosario.<br />
gov.ar
CULTURAÉOQUEHÁ<br />
13<br />
INVERNO<br />
2 8<br />
Faltou um pouco mais de criatividade e<br />
inovação para este inverno. Aliás, esta é<br />
uma crítica constante na moda brasileira,<br />
que se estende também a lançamentos de<br />
coleções internacionais. Cortes e formas<br />
seguem os mesmos padrões, alternando<br />
entre “looks” ajustados e amplos. Para<br />
as mulheres, calças “skinny” e pantalonas,<br />
cinturas marcadas e trapézios soltos,<br />
golas estruturadas, blusões de “tricot” e<br />
a grande aposta do momento: o colete.<br />
As cores estão mais dramáticas: preto,<br />
marrom, bordô, laranja, vermelho, azul,<br />
verde-escuro, mas incluem ainda nuances<br />
neutras como o bege, o cinza e o<br />
caramelo, sem deixar de lado os bem<br />
comportados tons pastéis.<br />
Apesar do frio, os curtos resistem<br />
e vêm acompanhados de meiascalças<br />
para usar com botas ou<br />
sandálias. As bolsas continuam<br />
gigantes, combinadas com<br />
chapéus e cachecóis. O xadrez<br />
é a estampa da vez.<br />
Para os homens, além do<br />
estilo faroeste, em voga<br />
na moda, na música e no<br />
cinema, o vestuário tem<br />
também apelo “street<br />
wear”, cores em tecidos<br />
tecnológicos, influências<br />
de uniformes militares e<br />
calças de corte reto. Para<br />
as formalidades, blazers<br />
acinturados e ternos de dois<br />
botões. Nos pés, coturnos,<br />
sapatos e tênis bicolores<br />
deixam o visual contemporâneo.<br />
Carol Aleoni é jornalista<br />
e produtora de moda<br />
carolalleoni@gmail.com<br />
Música Faz Bem<br />
Orquestra e Relações<br />
Humanas<br />
A Orquestra Orpheus, de Nova York,<br />
faz muito mais que música. Além de<br />
ser uma das melhores do mundo, é um<br />
exemplo de boas relações humanas. O<br />
que essa orquestra tem de diferente?<br />
Para começar, ela não tem regente. Foi<br />
fundada em 1972, com o objetivo de levar<br />
os ideais democráticos dos pequenos conjuntos musicais<br />
– democracia, envolvimento pessoal e respeito mútuo – ao<br />
universo mais amplo da orquestra sinfônica.<br />
O segredo do sucesso é o processo Orpheus, onde liderança e<br />
responsabilidade são compartilhadas. Cada concerto tem um<br />
líder diferente e as posições dos músicos são trocadas. Um<br />
detalhe importante e que explica o seu sucesso: todos são<br />
excelentes músicos. Essa característica, imprescindível para<br />
a Orquestra Orpheus, decerto dificulta o uso do modelo em<br />
nossas relações pessoais, onde lidamos com maior número de<br />
indivíduos, compartilhando experiências e objetivos diversos.<br />
Mas não custa tentar, principalmente em casa, no trabalho ou<br />
na roda de amigos.<br />
Aqui estão alguns dos princípios da Orquestra Orpheus:<br />
• Atribua poder a todos e procure o consenso: nessa orquestra<br />
todos compartilham o poder, procurando, de maneiras criativas,<br />
alcançar o consenso.<br />
• Encoraje a responsabilidade: todos os músicos são igualmente<br />
responsáveis para que a orquestra alcance seu objetivo,<br />
que é a excelência da execução musical.<br />
• Estabeleça linhas de atuação: membros da Orpheus conhecem<br />
bem seus papéis dentro dos naipes da orquestra e respeitam<br />
os papéis dos outros.<br />
• Trabalhe em equipe: nessa orquestra todos têm qualificação<br />
para atuar e opinar; assim, os problemas são resolvidos em<br />
conjunto.<br />
• Compartilhe a liderança: como o grupo pratica a liderança<br />
rotativa, todas as habilidades individuais podem ser conhecidas<br />
e recompensadas.<br />
• Fale e escute: a liberdade de expressão é exercida com respeito<br />
por todos os membros do grupo.<br />
• Trabalhe com paixão: esse é o principal segredo que levou a<br />
Orquestra Orpheus a ser uma das melhores do mundo.<br />
“Mais prazeroso que ouvir os músicos da Orquestra Orpheus é<br />
sentir a paixão com que tocam e a intensidade com que escutam<br />
uns aos outros”. (The Boston Globe)<br />
Beatriz de Castro Victoria<br />
Diretora Executiva da Escola de Música de<br />
Piracicaba Maestro Ernst Mahle<br />
diretoria.empem@terra.com.br
14<br />
MAIS CULTURA...<br />
ANDAIME<br />
EM CENA<br />
Carlos Jerônimo e Antonio Chapéu<br />
Com a peça “Lugar Onde o<br />
Peixe Pára”, o grupo de teatro<br />
Andaime iniciou em março uma<br />
agenda com oito apresentações<br />
em seis municípios do Estado<br />
de São Paulo. A iniciativa é fruto<br />
da conquista do grupo ao ser<br />
escolhido para integrar o projeto<br />
PAC (Programa de Ação<br />
Cultural), concurso de apoio à<br />
circulação de espetáculos de teatro<br />
da Secretaria de Estado da<br />
Cultura de São Paulo. Este mês<br />
estão confirmadas apresentações<br />
em Santana do Parnaíba, no dia<br />
12; em Bauru, no dia 19, e em<br />
Tietê no dia 21. Também estão<br />
agendadas encenações no dia 1º<br />
de maio, no Teatro Municipal de<br />
Piracicaba Dr. Losso Netto; no<br />
dia 14, no Teatro <strong>Unimep</strong>; no dia<br />
18, em Limeira, e em Cerqueira<br />
César no dia 24.<br />
A montagem, que é um retrato<br />
bem-humorado do caipira<br />
brasileiro e tem roteiro e direção<br />
de Carlos ABC, foi encenada na<br />
Itália em maio de 1999. O texto,<br />
que é do próprio grupo, retrata o<br />
universo caipira. O cotidiano dos<br />
que habitam às margens do rio<br />
fica evidenciado e traz à tona os<br />
mitos que permeiam e compõem<br />
esse universo. No espetáculo são<br />
mesclados recursos cênicos com<br />
elementos autênticos do folclore<br />
e da cultura popular. O simbolismo<br />
do rio é usado como fio condutor.<br />
Também estão presentes<br />
outros fortes símbolos piracicabanos,<br />
como a Festa do Divino,<br />
o cururu, as piadas de pescador,<br />
a pamonha e as lendas da Nhala<br />
Seca e do Turco que come<br />
crianças.<br />
A bem sucedida e profissional<br />
exploração e encenação do<br />
universo caipira já renderam ao<br />
Andaime mais de 62 apresentações<br />
para mais de 30 mil pessoas.<br />
“O Lugar onde o Peixe Pára”<br />
recebeu 48 prêmios e 40 indicações,<br />
em oito festivais de teatro<br />
nacionais.<br />
Elenco<br />
Antonio Chapéu, Jorge Lode,<br />
Ercília de Souza, Vânia de Paula,<br />
Carlos Jerônimo, Luzia Stocco,<br />
Paulo Faria, Nelma Nunes, Maria<br />
Trevisan, Márcio Abegão, Luciana<br />
Sarcedo, Andréa Ferreira,<br />
Barbosa Neto e Bruno Agulhari.<br />
Humor<br />
Contemporâneo<br />
Para atender aos pedidos dos<br />
fãs, a trupe humorística Terça<br />
Insana, de São Paulo, voltou a<br />
Piracicaba com espetáculo inédito:<br />
“Fora da Lei”. Na ocasião<br />
o humor inteligente e contemporâneo,<br />
com pitadas de popular,<br />
ganhou destaque e foi conferido<br />
no dia 12 de abril no Teatro<br />
<strong>Unimep</strong>, campus Taquaral. Ao<br />
público o grupo mostrou novas<br />
cenas e personagens criados<br />
por Grace Gianoukas e Roberto<br />
Camargo, atores fundadores do<br />
projeto, no elenco fixo desde a<br />
estréia, além de três novos integrantes:<br />
Agnes Zuliani, atriz<br />
com vasta experiência teatral,<br />
Guilherme Uzeda, ator que se<br />
destacou nos palcos paulistanos,<br />
e Marco Luque, um novo<br />
talento revelado. Os humoristas<br />
também realizaram outras apresentações<br />
na <strong>Unimep</strong>.<br />
Experiência<br />
Com mais de 500 personagens<br />
já criados, o humorístico<br />
Terça Insana comemora o sétimo<br />
ano em cartaz. A trupe representa<br />
um dos maiores fenômenos<br />
teatrais paulistanos dos<br />
últimos tempos e tem realizado<br />
turnês nacionais e internacionais.<br />
A primeira delas foi em<br />
outubro de 20<strong>04</strong> na cidade de<br />
Lisboa. O espetáculo apresentado<br />
foi “Terça Insana – Grandes<br />
Momentos”, coletânea de algumas<br />
cenas, personagens e atores<br />
que participaram do projeto entre<br />
2001 e 2003, no palco-sede<br />
de São Paulo.<br />
A idéia original do Terça Insana<br />
é manter um espaço aberto<br />
para criadores, capazes de fomentar<br />
idéias contemporâneas<br />
para produzir um humor refinado,<br />
inusitado, que respeite a<br />
inteligência do público sem deixar<br />
de ser popular.<br />
MarcoMary e RobertoBetinaBotox
CULTURA<br />
15<br />
RÁDIO E TV<br />
EM BOSTON<br />
Nesta edição<br />
confira os livros<br />
mais retirados<br />
nas bibliotecas<br />
dos campi da<br />
<strong>Unimep</strong>.<br />
Lins<br />
Curtas-metragens de ficção,<br />
um programa piloto de TV, um<br />
experimental, críticas à sociedade<br />
contemporânea e a primeira<br />
experiência em animação a partir<br />
da técnica “stop-motion” – modalidade<br />
que utiliza modelos reais<br />
em diversos materiais, dentro<br />
dos mais comuns estão a massa<br />
de modelar. Esse eclético universo<br />
de produções é projeto de<br />
conclusão de curso produzido por<br />
ex-alunos de rádio e TV da <strong>Unimep</strong><br />
formados no ano passado e<br />
que participa da mostra Brazil on<br />
the Screen (Brasil na Tela), promovida<br />
no Massachusetts College<br />
of Art and Design, em Boston,<br />
Cine às Quartas<br />
Coletivo Olho de Peixe<br />
Dentre as atrações do mês<br />
de abril, o Cine Humberto Mauro<br />
apresenta no dia 16 a ficção<br />
“Fahrenheit 451” (1966), de<br />
François Truffaut. A obra, dirigida<br />
por um dos maiores ícones<br />
da história do cinema, é baseada<br />
no livro homônimo do escritor<br />
norte-americano Ray Bradbury e<br />
aborda uma sociedade em que os<br />
livros e toda forma de escrita são<br />
proibidos por um regime totalitário.<br />
Já no dia 23, está prevista<br />
a produção brasileira “A Máquina”<br />
(2006), de João Falcão,<br />
que conta a história de Karina<br />
e Antônio, um casal de namorados<br />
que encontra-se pressionado<br />
pelas condições sociais de Nordestina,<br />
uma pequena cidade do<br />
sertão brasileiro. No elenco contracenam<br />
Lázaro Ramos, Wagner<br />
Moura, Paulo Autran, Mariana<br />
Ximenes, entre outros. Para<br />
encerrar, no dia 30 será exibido<br />
“Antes do Anoitecer” (2005),<br />
de Julian Schnabel. O filme,<br />
que ganhou diversos prêmios no<br />
Festival de Veneza, traz às telas<br />
a cinebiografia do escritor cubano<br />
Reynaldo Arenas, que foi<br />
perseguido em Cuba e exilado<br />
em Nova York. No elenco estão<br />
Javier Bardem, Johnny Depp,<br />
Sean Penn e Hector Babenco. As<br />
exibições são gratuitas e acontecem<br />
em três horários, às 9h, 15h<br />
e 19h30, no auditório verde, bloco<br />
2, campus Taquaral. Informações<br />
no tel. (19) 3124-1707 ou<br />
no site www.cinehumbertomauro.com.br<br />
EUA, no dia 26 de abril. É a primeira<br />
vez que os projetos experimentais<br />
dos profissionais de<br />
rádio e TV da <strong>Unimep</strong> participam<br />
do evento, que exibirá trabalhos<br />
produzidos por jovens com idade<br />
entre 18 e 29 anos.<br />
A proposta da iniciativa é<br />
promover a arte e a cultura brasileira,<br />
além de trazer também<br />
oportunidade da exposição internacional<br />
de todos os outros<br />
países participantes. A participação<br />
no evento ocorreu graças a<br />
um projeto de intercâmbio entre<br />
a <strong>Unimep</strong>, a partir de contatos<br />
realizados entre a coordenadora<br />
do curso de rádio e TV, Profª Drª<br />
Maria Thereza de Oliveira Azevedo<br />
e a aluna do curso de cinema<br />
do Massachusetts College,<br />
Savana Vagueiro, a universidade<br />
americana e a Fundação Armando<br />
Alvares Penteado (Faap).<br />
Exibição<br />
No total são nove trabalhos<br />
experimentais elaborados no<br />
final de 2007 pelos jovens profissionais,<br />
são eles os vídeos em<br />
ficção “Na Troca o Troco”, da<br />
produtora Montage; “Saída”,<br />
da produtora Ludens; “Janela<br />
Fechada”, da Ventura; “Betta”,<br />
da Sapatos de Veludo Azul, e o<br />
vídeo programa de web TV “Interligado”,<br />
produzido pela Original<br />
Faia. Participam também os<br />
ficcionais “Dedo em Gatilho”,<br />
da produtora Seringa Surda, e<br />
“Entre os Dentes”, da equipe<br />
Picadeiro Visual; o vídeo instalação<br />
“Impacthos” e “As Miraculosas<br />
Aventuras de Fátima”,<br />
elaborados pelo Coletivo Olho<br />
de Peixe.<br />
Foto: Fox Films<br />
“Direito Romano Moderno”<br />
(1999), José Cretella<br />
Jr.; Editora Forense; 348<br />
páginas.<br />
Taquaral<br />
“Manual de Direito Penal”<br />
(<strong>2008</strong>), Júlio Fabrini Mirabete;<br />
Editora Atlas.<br />
Santa Bárbara<br />
d` Oeste<br />
“Princípios de Termodinâmica<br />
para Engenharia”<br />
(2002), Michel J. Moran;<br />
Editora LTC; 681 páginas.<br />
Fonte:<br />
Bibliotecas <strong>Unimep</strong><br />
Os Mais, Mais...
16 SÉRIEBAÚ<br />
Foto: Thiago Altafini | Design: Christian de Oliveira<br />
Angela Rodrigues<br />
anrsanto@unimep.br<br />
Traduzido para o português,<br />
a expressão francesa<br />
“Beau Geste” significa belo<br />
gesto. É também o título de<br />
um filme norte-americano dirigido<br />
em 1939 por William<br />
Wellman, que conta a saga de<br />
três irmãos para proteger um<br />
grande segredo. A produção<br />
é um dos 40 vídeos que compõem<br />
um segmento pouco<br />
conhecido de um acervo histórico<br />
sob guarda da <strong>Unimep</strong><br />
(Universidade Metodista de<br />
Piracicaba) e foco da última<br />
reportagem da série Baú, que<br />
a partir da próxima edição<br />
trará curiosidades históricas<br />
registradas nos acervos institucionais,<br />
na forma de uma<br />
coluna. As relíquias cinematográficas<br />
foram colecionadas<br />
pelo jornalista Delphim Ferreira<br />
da Rocha Netto (1913-<br />
2003), ituano de nascimento<br />
e piracicabano de coração,<br />
conhecido por sua coleção de<br />
fotografias, jornais e informações<br />
sobre futebol, mas que<br />
integra também elementos raros<br />
de outra paixão: a sétima<br />
arte.<br />
O acervo surgiu em 1919 e<br />
em um “belo gesto” foi doado<br />
à <strong>Unimep</strong> em 2003. Além dos<br />
títulos, concentra publicações<br />
raras sobre cinema, como cinco<br />
edições da “Revista Selecta”,<br />
publicadas entre 1925 e<br />
1927; dez da “Cinearte”, de<br />
1920 a 1930; seis edições da<br />
quinzenal “Hollywood Cine<br />
Ilustrado”, de 1948, e outras<br />
publicações como a italiana<br />
“Cinema”, de 1953, com re-<br />
portagens especiais sobre a sua<br />
evolução, e a “Cine Magazine”,<br />
de 1951, que aponta curiosidades<br />
sobre a cinematografia francesa.<br />
No acervo também há curiosidades<br />
e informações históricas<br />
como dados sobre a produção japonesa<br />
dos anos 20. No total são<br />
cerca de 200 publicações abertas<br />
a consultas de alunos, pesquisadores<br />
e interessados. “Permitir a<br />
comparação em vários contextos<br />
de pesquisa é um diferencial.<br />
As revistas trazem os principais<br />
acontecimentos do cinema, além<br />
de um vasto material de divulgação,<br />
com imagens belíssimas.<br />
Isso possibilita uma pesquisa<br />
diferente da oferecida pela internet.<br />
O material impresso permite<br />
várias leituras e interpretações,<br />
além da visão do jornalista da<br />
época”, destaca Maria Heloisa<br />
Ferreira, 37, professora de cinema<br />
do curso de publicidade e<br />
propaganda da <strong>Unimep</strong>.<br />
Heloisa lembra que na região<br />
apenas duas universidades públicas<br />
contam com acervos no<br />
segmento, o que torna necessária<br />
a sua divulgação não somente no<br />
universo acadêmico, por meio de<br />
exibições especiais dos filmes,<br />
além da interação com escolas e<br />
outros ambientes de educação.<br />
Também raras no acervo são<br />
as cerca de 300 fotos de atores,<br />
cenas de filmes e dos seriados<br />
do cinema mudo. “As imagens<br />
podem servir como ilustração de<br />
épocas diferentes do cinema e da<br />
atuação dos atores”, afirma. Algumas<br />
delas, muitas raras, foram<br />
publicadas nas colunas escritas<br />
entre 1992 e 1998 por Rocha<br />
Netto.<br />
De Pai Para Filho<br />
A paixão do jornalista pelo<br />
cinema começou na infância,<br />
época em que acompanhava a<br />
avó às sessões matinês dos seriados.<br />
Em 1927, conheceu um<br />
de seus maiores ídolos, o ator<br />
americano Eddy Polo, em sua<br />
passagem pelo Rio de Janeiro.<br />
Ao iniciar a coleção, que originaria<br />
o mais completo acervo<br />
particular sobre futebol, com 50<br />
mil fotos, Rocha Netto estendeu<br />
a iniciativa ao cinema. A coleção<br />
cinematográfica permitiu a<br />
realização de exposições sobre<br />
o tema, além de transmitir a paixão<br />
para um de seus filhos, Delfim<br />
Sérgio Freire da Rocha. “Ele<br />
apreciava os seriados antigos e<br />
sempre relembrava os atores do<br />
cinema mudo. Na infância gostávamos<br />
tanto que nem nos períodos<br />
de luto parávamos de ir,<br />
como era o costume. Íamos às<br />
escondidas, em sessões menos<br />
freqüentadas”, relembra.<br />
Ao Mestre Rocha Netto<br />
Na produção dessa matéria, me deparei com a expressão “os<br />
astros não morrem”, que muito relembrou Rocha Netto, com<br />
quem trabalhei de 2001 a 2003. Profissional e pessoalmente, o<br />
período foi inesquecível por todo o conhecimento recebido ao<br />
seu lado na área do jornalismo, na memória esportiva, sobre os<br />
grandes atletas do passado, filmes, astros do cinema e outros<br />
ensinamentos. Em minha memória e por meio do meu trabalho,<br />
Rocha Netto e suas obras permanecerão sempre vivas.<br />
(Angela Rodrigues)<br />
Professora Heloisa: “poucas universidades possuem acervos do gênero”.<br />
Foto: Rocha Netto na década de 30