Nov-Dez - Sociedade Brasileira de Oftalmologia
Nov-Dez - Sociedade Brasileira de Oftalmologia
Nov-Dez - Sociedade Brasileira de Oftalmologia
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Versão impressa
vol. 71 - nº 6 - Novembro/Dezembro 2012
RBO
DESDE 1942
Revista
Brasileira de
Oftalmologia
PUBLICAÇÃO OFICIAL:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CATARATA E IMPLANTES INTRAOCULARES
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA REFRATIVA
347
ISSN 0034-7280
(Versão impressa)
ISSN 1982-8551
(Versão eletrônica)
Sociedade Brasileira
de Oftalmologia
WEB OF SCIENCE
www.sboportal.org.br
SciELO
Scientific Electronic
Library OnLine
Indexada nas bases de dados:
www.freemedicaljournals.com
Disponível eletronicamente:
Coordenação
de Aperfeiçoamento
de Pessoal
de Nível Superior
http://www.capes.gov.br
LILACS
Literatura Latino-americana
em Ciências da Saúde
Publicação bimestral Rev Bras Oftalmol, v. 71, n. 6, p. 347-422, Nov./Dez. 2012
Editor Chefe
Arlindo Jose Freire Portes - Rio de Janeiro - RJ
Co-editores
Abelardo de Souza Couto Jr.- Rio de Janeiro- RJ
Abrahão da Rocha Lucena - Fortaleza - CE
José Beniz Neto - Goiania - GO
Leonardo Akaishi - Brasília - DF
Marcelo Netto - São Paulo - SP
Moyses Eduardo Zadjdenweber - Rio de Janeiro - RJ
Nelson Alexandre Sabrosa - Rio de Janeiro - RJ
Newton Kara-José Jr. - São Paulo SP
Corpo Editorial Internacional
Baruch D. Kuppermann - Califórnia - EUA
Christopher Rapuano - Phyladelphia - EUA
Deepinder Kauer Dhaliwal - Pittsburg - EUA
Felipe A. A. Medeiros - Califórnia - EUA
Howard Fine - Eugene - EUA
Jean Jacques De Laey - Ghent - Bélgica
Lawrence P. Chong - Califórnia - EUA
Miguel Burnier Jr. - Montreal - Canadá
Peter Laibson - Phyladelphia - EUA
Steve Arshinoff - Toronto - Canadá
Daniel Grigera - Olivos - Argentina
Curt Hartleben Martkin - Colina Roma - México
Felix Gil Carrasco - México - México
Corpo Editorial Nacional
A. Duarte - Rio de Janeiro - RJ
André Curi - Rio de Janeiro - RJ
André Luis Freire Portes - Rio de Janeiro - RJ
Acácio Muralha Neto - Niterói - RJ
Ana Luisa Hofling de Lima - São Paulo - SP
Ari de Souza Pena- Niteroi- RJ
Armando Stefano Crema- Rio de Janeiro- RJ
Carlos Alexandre de Amorim Garcia- Natal- RN
Carlos Augusto Moreira Jr.- Curitiba- PR
Carlos Ramos de Souza Dias- Sao Paulo- SP
Claudio do Carmo Chaves - Manaus - AM
Edmundo Frota De Almeida Sobrinho- Belem- PA
Eduardo Cunha de Souza- Sao Paulo- SP
Eduardo Ferrari Marback- Salvador- BA
Eduardo Damasceno - Rio de Janeiro - RJ
Eliezer Benchimol - Rio de Janeiro - RJ
Evandro Lucena Jr. - Rio de Janeiro - RJ
Fernando Cançado Trindade - Belo Horizonte- MG
Fernando Oréfice- Belo Horizonte- MG
Flavio Rezende- Rio de Janeiro- RJ
Francisco de Assis Cordeiro Barbosa- Recife- PE
Francisco Grupenmacher- Curitiba- PR
Francisco Valter da Justa Freitas- Fortaleza- CE
Giovanni N.U.I.Colombini- Rio de Janeiro- RJ
Guilherme Herzog Neto- Rio de Janeiro- RJ
Haroldo Vieira de Moraes Jr.- Rio de Janeiro- RJ
Harley Biccas - Ribeirão Preto - SP
Hélcio Bessa - Rio de Janeiro - RJ
Helder Alves da Costa Filho - Rio de Janeiro - RJ
Helena Parente Solari - Niterói - RJ
Henderson Celestino de Almeida- Belo Horizonte- MG
Hilton Arcoverde G. de Medeiros- Brasilia- DF
Homero Gusmao de Almeida- Belo Horizonte- MG
Italo Mundialino Marcon- Porto Alegre- RS
Itamar Soares - Rio de Janeiro - RJ
Ivan Maynart Tavares - São Paulo - SP
Jaco Lavinsky - Porto Alegre - RS
João Borges Fortes Filho- Porto Alegre- RS
João Luiz Lobo Ferreira- Florianopolis- SC
João Orlando Ribeiro Goncalves- Teresina- PI
Joaquim Marinho de Queiroz- Belém- PA
JorgeAlberto de Oliveira - Rio de Janeiro - RJ
José Ricardo Carvalho L. Rehder- Sáo Paulo- SP
Juliana Bohn Alves - Rio de Janeiro - RJ
Laurentino Biccas Neto- Vitoria- ES
Liana Maria V. de O. Ventura- Recife- PE
Luiz Alberto Molina - Rio de Janeiro - RJ
Luiz Claudio Santos de Souza Lima - Rio de Janeiro - RJ
Manuel Augusto Pereira Vilela- Porto Alegre- RS
Marcelo Luis Occhiutto - São Paulo - SP
Marcelo Palis Ventura- Niteroi- RJ
Marcio Bittar Nehemy - Belo Horizonte - MG
Marco Antonio Rey de Faria- Natal- RN
Marcos Pereira de Ávila - Goiania - GO
Maria de Lourdes Veronese Rodrigues- Ribeirao Preto- SP
Maria Rosa Bet de Moraes Silva- Botucatu- SP
Maria Vitória Moura Brasil - Rio de Janeiro - RJ
Mário Genilhu Bomfim Pereira - Rio de Janeiro - RJ
Mario Luiz Ribeiro Monteiro - São Paulo- SP
Mario Martins dos Santos Motta- Rio de Janeiro- RJ
Maurício Bastos Pereira - Rio de Janeiro - RJ
Miguel Angelo Padilha Velasco- Rio de Janeiro- RJ
Miguel Hage Amaro - Belém - PA
Milton Ruiz Alves- São Paulo- SP
Nassim da Silveira Calixto- Belo Horizonte- MG
Newton Kara José - São Paulo - SP
Octávio Moura Brasil do Amaral Fo.- Rio de Janeiro- RJ
Oswaldo Moura Brasil- Rio de Janeiro- RJ
Paulo Augusto de Arruda Mello- São Paulo- SP
Paulo Fadel - Curitiba - PR
Paulo Schor - São Paulo - SP
Raul N. G. Vianna - Niterói - RJ
Remo Susanna Jr.- São Paulo- SP
Renata Rezende - Rio de Janeiro - RJ
Renato Ambrosio Jr.- Rio de Janeiro- RJ
Renato Luiz Nahoum Curi- Niteroi- RJ
Riuitiro Yamane - Niterói - RJ
Roberto Lorens Marback - Salvador - BA
Rogerio Alves Costa- Araraquara- SP
Rubens Camargo Siqueira- S.J do Rio Preto- SP
Sebastiao Cronemberger So.- Belo Horizonte- MG
Sergio Henrique S. Meirelles- Rio de Janeiro- RJ
Sergio Kwitko - Porto Alegre - RS
Silvana Artioli Schellini - Botucatu- SP
Suel Abujamra- São Paulo - SP
Suzana Matayoshi - São Paulo - SP
Tadeu Cvintal- Sao Paulo - SP
Tiago Bisol - Rio de Janeiro - RJ
Virgilio Augusto M. Centurion- São Paulo- SP
Vitor Cerqueira - Rio de Janeiro - RJ
Walton Nose- Sao Paulo- SP
Wesley Ribeiro Campos- Passos- MG
Yoshifumi Yamane- Rio de Janeiro- RJ
Redação:
Rua São Salvador, 107
Laranjeiras
CEP 22231-170
Rio de Janeiro - RJ
Tel: (0xx21) 3235-9220
Fax: (0xx21) 2205-2240
Tiragem: 5.000 exemplares
Edição:Bimestral
Secretaria: Marcelo Diniz
Editoração Eletrônica:
Sociedade Brasileira de
Oftalmologia
Responsável:
Marco Antonio Pinto
DG 25341RJ
Publicidade:
Sociedade Brasileira de
Oftalmologia
Responsável: João Diniz
joaodiniz@sboportal.org.br
Contato publicitário:
Westinghouse Carvalho
Tels.: (11)3726-6941 /
99274-0724
westincarvalho@yahoo.com.br
Revisão:
Eliana de Souza
FENAJ-RP 15638/71/05
Normalização:
Edna Terezinha Rother
Assinatura Anual:
R$420,00 ou US$280,00
Impressão:
Gráfica Stamppa
Associada a
ABEC - Associação
Brasileira de Editores
Científicos
348
Revista Brasileira de Oftalmologia
Rua São Salvador, 107 - Laranjeiras - CEP 22231-170 - Rio de Janeiro - RJ
Tels: (0xx21) 3235-9220 - Fax: (0xx21) 2205-2240 - e-mail: sbo@sboportal.org.br - www.sboportal.org.br
Revista Brasileira de Oftalmologia, ISSN 0034-7280, é uma publicação bimestral da Sociedade Brasileira de Oftalmologia
Diretoria da SBO 2011-2012
Presidente
Aderbal de Albuquerque Alves Jr.
Vice-presidente RJ
Marcus Vinicius Abbud Safady
Vice-presidentes regionais
Roberto Abdalla Moura
Leon Grupenmacher
Osvaldo Travassos de Medeiros
Alípio de Souza Neto
Secretário Geral:
Gilberto dos Passos
1º Secretário:
Armando Crema
2º Secretário:
Marco Antônio Alves
Tesoureiro:
Ricardo Miguel Japiassú
Diretor de Cursos:
André Portes
Diretor de Publicações:
Arlindo Portes
Diretor de Biblioteca:
Renato Ambrósio Jr.
Conselho Consultivo:
Aderbal de Albuquerque Alves
Acácio Muralha Neto
Mário Motta (RJ)
Miguel Ângelo Padilha (RJ)
Oswaldo Moura Brasil (RJ)
Sérgio Fernandes (RJ)
Conselho Fiscal:
Efetivos:
Eduardo Henrique Morizot Leite (RJ)
Ricardo Lima de Almeida Neves (RJ)
Sérgio Meirelles (RJ)
Suplentes:
Mário Nagao (RJ)
Octávio Moura Brasil (RJ)
Sansão Kac (RJ)
SOCIEDADES FILIADAS A SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA
Associação Brasileira de Banco de Olhos e Transplante de Córnea
Presidente: Ari de Souza Pena
Associação Maranhense de Oftalmologia
Presidente: Romero Henrique Carvalho Bertand
Associação Matogrossense de Oftalmologia
Presidente: Mauricio Donatti
Associação Pan-Americana de Banco de Olhos
Presidente: Luciene Barbosa de Souza
Associação Paranaense de Oftalmologia
Presidente: Ezequiel Portella
Associação Rondoniense de Oftalmologia
Presidente: Lhano Fernandes Adorno
Associação Sul Matogrossense de Oftalmologia
Presidente: Janio Carneiro Gonçalves
Associação Sul-Mineira de Oftalmologia
Presidente: Mansur Elias Ticly Junior
Sociedade Alagoana de Oftalmologia
Presidente: Mário Jorge Santos
Sociedade Brasileira de Administração em Oftalmologia
Presidente: Flávio Rezende
Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intraoculares
Presidente: Armando Crema
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular
Presidente: Ricardo Morschbacher
Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa
Presidente: Renato Ambrósio Jr.
Sociedade Brasileira de Ecografia em Oftalmologia
Presidente: Norma Allerman
Sociedade Capixaba de Oftalmologia
Presidente: Fábio Braga Soares
Sociedade Catarinense de Oftalmologia
Presidente: Ernani Luiz Garcia
Sociedade Cearense de Oftalmologia
Presidente: Dácio Carvalho Costa
Sociedade Goiana de Oftalmologia
Presidente: Lúcia Helena Meluzzi
Sociedade Norte-Nordeste de Oftalmologia
Presidente: Francisco de Assis Cordeiro Barbosa
Sociedade de Oftalmologia do Amazonas
Presidente: Dennis Marcelo de Souza Ramos
Sociedade de Oftalmologia da Bahia
Presidente: Jorge Luiz Santos Gomes
Sociedade de Oftalmologia do Nordeste Mineiro
Presidente: Mauro César Gobira Guimarães
Sociedade de Oftalmologia de Pernambuco
Presidente: João Pessoa de Souza Filho
Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Norte
Presidente: Ricardo Maia Diniz
Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul
Presidente: Afonso Reichel Pereira
Sociedade de Oftalmologia do Sul de Minas
Presidente: Mansur Elias Ticly Junior
Sociedade Paraense de Oftalmologia
Presidente: Lauro José Barata de Lima
Sociedade Paraibana de Oftalmologia
Presidente: Saulo Zanone Lemos Neiva
Sociedade Sergipana de Oftalmologia
Presidente: Bruno Campelo
Revista
Brasileira de
Oftalmologia
349
ISSN 0034-7280
(Versão impressa)
ISSN 1982-8551
(Versão eletrônica)
PUBLICAÇÃO OFICIAL:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CATARATA E IMPLANTES INTRAOCULARES
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA REFRATIVA
Fundada em 01 de junho de 1942
CODEN: RBOFA9
Indexada nas bases de dados:
www.sboportal.org.br
Disponível eletronicamente:
Coordenação
de Aperfeiçoamento
de Pessoal
de Nível Superior
http://www.capes.gov.br
Publicação bimestral Rev Bras Oftalmol, v. 71, n. 6, p. 347-422, Nov./Dez. 2012
Editorial
WEB OF SCIENCE
SciELO
Scientific Electronic
Library OnLine
www.freemedicaljournals.com
Sumário - Contents
351 Oftalmologia e atenção primária à saúde
Arlindo José Freire Portes
Artigos originais
LILACS
Literatura Latino-americana
em Ciências da Saúde
353 Avaliação das indicações de ceratoplastia penetrante no interior paulista
Evaluation of penetrating keratoplastyindications in inner part of the São Paulo state
Amanda Pires Barbosa, Gildásio Castello de Almeida Júnior, Marta Ferrari Teixeira, José Carlos Barbosa
358 Comparação entre acuidade visual e PhotoScreening como métodos de triagem
visual para crianças em idade escolar
Comparison between visual acuity and PhotoScreening used like visual screening methods
for scholar aged children
Roberta Lílian Fernandes de Sousa, Bruno Schiavoni Funayama, Luciana Catâneo, Carlos Roberto Padovani,
Silvana Artioli Schellini
364 Eficácia do resfriamento da pele no alívio da dor desencadeada pela injeção de toxina
botulínica tipo A nas distonias faciais
Skin cooling efficacy on pain relief in periocular injections with botulinum toxin A in facial dystonias
Paula Barros Bandeira de Mello Monteiro, Nilson Lopes da Fonseca Júnior, José Ricardo Carvalho Lima Rehder
368 Avaliação da fenda palpebral após a aplicação de toxina botulínica tipo A em pacientes
com distonias faciais
Evaluation of palpebral fissure after botulinum toxin type A injection in patients with facial dystonias
Mariana Eleonora Pereira Cunial, Nilson Lopes da Fonseca Junior, José Ricardo Carvalho Lima Rehder
372 Pterygium: prevalence and severity in an Amazonian ophthalmic setting, Brazil
Pterígio: prevalência e gravidade em um cenário oftálmico na Amazônia, Brasil
Sophie Joanna Coutts, Andrew Coombes
377 Scleral buckle still is a good option for treatment of uncomplicated retinal detachment
Introflexão escleral ainda é uma boa opção para o tratamento de descolamento de
retina não complicado
Iuuki Takasaka, Fernando Rodrigo Pedreira Chaves, Heitor Panetta, Andrea Mara Simões Torigoe, Valdir
Balarin Silva, Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira
350
380 Análise das causas de atendimento e prevalência das doenças oculares no serviço de urgência
The causes and prevalence of medical attendance for ocular diseases in an emergency
Maria Nice Araujo Moraes Rocha, Marcos Ávila, David Leonardo Cruvinel Isaac, Laís Leão de Oliveira, Luísa
Salles de Moura Mendonça
385 Cataract surgery: emotional reactions of patients with monocular versus binocular vision
Cirurgia de catarata: aspectos emocinonais de pacientes com visão monocular versus binocular
Roberta Ferrari Marback, Rodrigo França de Espíndola, Marcony Rodrigues de Santhiago, Edméa Rita
Temporini, Newton Kara-Junior
390 A study of pent-up demand in Ophthalmology: Divinolândia Hospital / Unicamp
Estudo da demanda reprimida em Oftalmologia:Hospital de Divinolândia / Unicamp
Maria Cecilia Machado, Newton Kara-José, Carlos Eduardo Leite Arieta, José Leonardo Garcia Lourenço,
Regina de Souza Carvalho
Relato de Caso
394 Terapia fotodinâmica em carcinoma basocelular periocular: Relato de caso
Photodynamic therapy in periocular basal cell carcinoma: Case report
Rachel Camargo Carneiro, Erick Marcet Santiago de Macedo, Pátricia Picciarelli de Lima, Suzana Matayoshi
397 Uveitis as first manifestation of probably Crohn’s disease
Uveíte como primeira manifestação de provavel doença de Crohn
Ieda Maria Alexandre Barreira, Ricardo Evangelista Marrocos de Aragão, Ariosto Bezerra Vale, Virgínia
Apolônio Vieira, Luanna Biana Costa Bezerra
400 Correção do astigmatismo irregular com lente intra-ocular tórica em um paciente com
catarata e degeneração marginal pelúcida: relato de caso
Toric intraocular lens implantation for cataract and irregular astigmatism related to pellucid
marginal degeneration: case report
Ana Luiza Biancardi, Aileen Walsh, Rodrigo de Pinho Paes Barreto, Armando Stefano Crema
Artigo de Revisão
403 Ceratoprótese de Boston
Boston Keratoprosthesis
Sérgio Kwitko, Andressa Prestes Stolz
407 Age-related macular degeneration with choroidal neovascularization in the setting of
pre-existing geographic atrophy and ranibizumab treatment. Analysis of a case series
and revision paper
Avaliação da resposta da injeção intra-vítrea de ranibizumab em pacientes com
neovascularização de coróide da degeneração macular relacionada a idade com atrofia
geográfica extensa pré-existente e revisão da literatura
Miguel Hage Amaro, Aaron Brock Holler
Errata
412
Índice Remissivo
413 Índice remissívo volume 71
Instruções aos autores
420 Normas para publicação de artigos na RBO
EDITORIAL
351
Oftalmologia e atenção primária a saúde
AOftalmologia brasileira tem tradição de estudar e discutir políticas de saúde ocular em Congressos
Nacionais, Fóruns de Saúde e principalmente ações políticas junto a instituições médicas ou da socieda
de e representantes dos poderes da república. Muitas ações de planejamento de políticas de saúde se
baseiam em dados epidemiológicos sobre perfil, prevalência ou incidência de agravos oculares na população.
Nos últimos dois anos, 144 artigos foram publicados na Revista Brasileira de Oftalmologia. Os trabalhos
científicos estudaram predominantemente testes diagnósticos e procedimentos cirúrgicos. Dez por cento dos
estudos abordaram epidemiologia de doenças oculares. Destes, aproximadamente 85% foram realizados em
instituições como hospitais e clínicas oftalmológicas e apenas 15% concluíram estudos epidemiológicos considerando
dados de comunidades ou em âmbito populacional (1,2) .
Quando se faz um estudo para estimar a distribuição estatística de doenças em hospital ou clínica especializada,
ela pode sofrer viés, pois estes centros tendem a concentrar doentes mais graves. Estudar uma população
a partir de seu território ou em indivíduos cadastrados na rede básica ou de atenção primária tende a fornecer
estatísticas de doenças mais próximas à realidade.
Em 2008, duas portarias do Ministério da Saúde normatizaram a Política Nacional de Atenção Oftalmológica
que considerou a integração da Oftalmologia com a rede de assistência básica, apesar de esta especialidade
sempre ter tradicionalmente atuado no nível secundário e terciário do Sistema Único de Saúde.
A Portaria 958/GM de 15/05/2008 estabeleceu ações de saúde ocular pertinentes à rede básica como aquelas
de caráter individual ou coletivo voltadas à promoção de saúde e à prevenção de danos e recuperação, bem como
ações clínicas para o controle das doenças que levam a alterações oftalmológicas e das próprias doenças
oftalmológicas cujo controle possa ser realizado neste nível (3) .
A Portaria 288/SAS de 19/5/2008 do Ministério de Saúde determinou que todas as Unidades de Atenção
Especializada em Oftalmologia e os Centros de Referência em Oftalmologia credenciados ou habilitados
deveriam organizar uma linha de cuidados integrais que perpassasse todos os níveis da atenção e que
envolveriam a promoção, prevenção, tratamento e recuperação de saúde, além de demonstrar sua articulação
e integração com a rede regional e local de atenção a saúde. Na atenção básica, a referida Portaria
considerou que a integração deveria ocorrer permitindo o acompanhamento de famílias e de indivíduos
através de ações educativas, teste de acuidade visual, consultas, ações preventivas de investigação diagnóstica
relacionada a comorbidades (principalmente o diabetes e a hipertensão arterial) e que precederiam o atendimento
especializado em Oftalmologia (4) .
Outras áreas do conhecimento como a Odontologia se relacionam atualmente de maneira bem-sucedida
com a atenção básica. Na Política Nacional de Saúde Bucal houve reorganização da atenção básica em saúde
bucal com a criação de equipes de saúde bucal inseridas na Estratégia em Saúde da Família e utilização de
unidades odontológicas móveis (5) .
A Estratégia de Saúde da Família cobre atualmente 66% da população brasileira e está se expandindo.
Ela prioriza as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e dos indivíduos de forma integral
e contínua junto à atuação de agentes comunitários de saúde. Ele também possibilita a inversão da
lógica da assistência de saúde que anteriormente privilegiava o tratamento de doenças nos hospitais.
Pretende, pois, promover a saúde da população por meio de ações básicas, para evitar que as pessoas
fiquem doentes (6) . Alguns estudos publicados na Revista Brasileira de Oftalmologia ocorreram com populações
atendidas na Estratégia de Saúde da Família. O mais acessado segundo dados do Scielo até a
presente data foi: Prevalência de retinopatia diabética em unidade do Programa de Saúde da Família
com 3.235 acessos até a data em que escrevo este editorial (7) .
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 351-2
352
Portes AJF
A elaboração maior de pesquisas sobre frequência de doenças oculares em cenários de atenção básica,
inclusive da Estratégia de Saúde da Família, podem ajudar a estimar com maior precisão a prevalência de
doenças oftalmológicas em nosso país e associá-la a vários fatores de risco. Tal fato pode ser fonte importante
para políticas de saúde ocular. Uma maior interação da Oftalmologia nacional com a rede básica também
pode racionalizar e ampliar a atuação do oftalmologista no Sistema Único de Saúde, beneficiando o usuário
através da oferta de consultas e procedimentos oftalmológicos que partem da demanda de pacientes na rede
de atenção primária.
Arlindo José Freire Portes
Professor Titular da Universidade Estácio de Sá – Rio de Janeiro-RJ.
Editor da Revista Brasileira de Oftalmologia
REFERÊNCIAS
1. Ribeiro LA, Ribeiro LF, Castro PR, Silva FD, Ribeiro VM, Portes AJ, et al. Characteristics and prevalence of pterygium in small comunities
dong the Solimões and Japurá rivers of the Brazilian Amazon rainforest. Rev Bras Oftalmol. 2011; 70(6): 358-62.
2. Coutts SJ, Coombs A. Pterygium: prevalence and severity in Amazoniam ophthalmic settings, Brazil. RevBrasOftalmol. 2012 Novembro-
Dezembro: p. 372-6.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Portarias 958/GM de 15 de Maio de 2008. Redefine a políticanacional de procedimentoscirúrgicoseletivos de
médiacomplexidade. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2008.
4. Brasil Ministério da Saúde. Portaria 288/SAS de 19 de Maio de 2008.Define acomposiçãodas RedesEstaduais e Regionais de
AtençãoemOftalmologia. Brasília (DF):Ministério da Saúde; 2008.
5. Portal.saude.gov.br. [Internet]. Brasília (DF):Ministério da Saúde;2012 [cited 2012 Dez 3]Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/
saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=36693&janela=1
6. Rosa WA, Labate RC. Programa de Saúde da Família: A construção de um novo modelo de Assistência. Rev LatinoamEnferm. 2005
2005;13(6):1027-34
7. Guedes MF, Portes AJ, Couto Junior AS, Nunes JS, Oliveira RC. Prevalência da retinopatia diabética em unidade do Programa de Saúde
da Família. Rev Bras Oftalmol. 2009; 68(2): 90-5.
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 351-2
ARTIGO ORIGINAL
Avaliação das indicações de ceratoplastia
penetrante no interior paulista
Evaluation of penetrating keratoplasty indications
in inner part of the São Paulo state
Amanda Pires Barbosa 1 , Gildásio Castello de Almeida Júnior 2 , Marta Ferrari Teixeira 3 , José Carlos Barbosa 4
RESUMO
Objetivo: Determinar os diagnósticos clínicos corneanos na indicação da Ceratoplastia Penetrante (CP) de pacientes inscritos no
Banco de Olhos do Hospital de Base de São José do Rio Preto, correlacionando-os com outras variáveis, como a faixa etária, sexo e
situação sócioeconômica. Métodos:Realizou-se análise retrospectiva de 1085 fichas de inscrição de pacientes submetidos à Ceratoplastia
Penetrante, no Hospital de Base de São José do Rio Preto, no período de 2000 a 2009. Os diagnósticos para indicação das cirurgias
foram posteriormente correlacionados com a faixa etária, o sexo e o nível socioeconômico dos pacientes, por meio do teste do Quiquadrado.
Resultados: Do total de Ceratoplastias Penetrantes, 57,4% foram realizadas em pacientes do sexo masculino, e a média de
idade encontrada foi de 52,3 anos (DP=21,42). Verificou-se que em 90,8% dos casos a cirurgia ocorreu por meio do Sistema Único
de Saúde (SUS), enquanto nos demais (9,2%) os pacientes possuíam convênio ou custearam todo o procedimento. A indicação mais
frequentemente encontrada foi o leucoma (23%), o qual ocorreu em 14% das CPs realizadas em homens e em 9% das ocorridas em
mulheres. Em relação às CPs com este diagnóstico, 40% ocorreram em pacientes com idade superior a 60 anos, com porcentagem
decrescendo com as faixas etárias mais jovens, e 94,4% efetuaram-se através do SUS, enquanto que apenas 5,6% dos casos se
encaixaram no quesito convênio/particular. Conclusão: A principal indicação à Ceratoplastia Penetrante encontrada foi o leucoma,
o qual predominou em homens, nas idades acima de 60 anos, em pacientes do SUS.
Descritores: Transplante de córnea; Ceratoplastia penetrante; Doenças da córnea; Opacidade da córnea; Estudos retrospectivos
ABSTRACT
Objective: To determinate the corneal diagnoses of patients underwent Penetrating Keratoplasty (PK) in the university hospital of São
José do Rio Preto, São Paulo, Brazil, and their relation to age group, gender and socioeconomic factors. Methods: Retrospective analysis
of 1085 registration forms of patients underwent Penetrating Keratoplasty in the university hospital of São José do Rio Preto, São Paulo,
Brazil, from 2000 to 2009. The surgical indications were then correlated to age group, gender and socioeconomic factors, by chi-square
test. Results: Fifty-seven percent of all Penetrating Keratoplasties were performed in male patients, and the mean age was 52.3 years. Most
surgeries (90.8%) occurred by means of public health care (SUS). The main diagnosis was leukoma (23%), representing 14% of the
indications for PK in males and 9% in females. Leukoma was also the diagnosis in 40% of PK performed in patients older than 60 years
and in 94.4% of these surgeries in public health care users. Conclusion: The main indication for Penetrating Keratoplasty was leukoma,
predominating in males, ages above 60 years and in public health care users.
Keywords: Corneal transplantation; Keratoplasty, penetrating; Corneal diseases; Corneal opacity; Retrospective studies
1
Curso Acadêmico da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) - São José do Rio Preto (SP), Brasil;
2
Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto - São José do Rio Preto (SP), Brasil;
3
Departamento de Especialidades Cirúrgicas da Disciplina de Oftalmologia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) -
São José do Rio Preto (SP), Brasil;
4
Departamento de Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP – Jaboticabal (SP), Brasil.
Departamento de Especialidades Cirúrgicas, Disciplina de Oftalmologia, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e Banco de
Olhos do Hemocentro do Hospital de Base - São José do Rio Preto (SP) - Brasil.
Os autores declaram não haver conflitos de interesse
Recebido para publicação em: 10/8/2011 - Aceito para publicação em: 18/06/2012
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 353-7
354 Barbosa AP, Almeida Júnior GC, Teixeira MF, Barbosa JC
INTRODUÇÃO
Otransplante de córnea é uma das técnicas cirúrgicas
mais antigas da oftalmologia (1) . Segundo dados do Ministério
da Saúde, apenas no primeiro trimestre de 2009
foram realizados 6151 transplantes de córnea no Brasil, sendo
que 2948 ocorreram no estado de São Paulo (2) . A melhor organização
dos Bancos de Olhos, os quais proporcionam maior captação
e preservação de córneas, a utilização de tecido doado meticulosamente
selecionado graças ao desenvolvimento do microscópio
especular e da contagem de células endoteliais, além do melhor
conhecimento da fisiologia corneana e do uso de fios de
sutura maleáveis, entre outros aperfeiçoamentos, possibilitaram a
este procedimento sua realização rotineira e bem-sucedida (3-6) .
A ceratoplastia penetrante (CP) geralmente é a cirurgia de
escolha na reabilitação dos pacientes com cegueira provocada por
doençascorneanas (7) , segunda causa de cegueira reversível no
mundo, e que, por atingirem uma população jovem e ativa, causam
importante perda econômica e social (8) .Entretanto, a
prevalência das patologias da córnea difere entre os países e as
populações, de acordo com as condições de saúde pública às quais
a população está sujeita (8) .Nos EUA, a indicação mais frequente
de CP é a ceratopatia bolhosa, enquanto na Europa e no Brasil os
estudos apontam o ceratocone como a principal indicação, embora
haja variações entre as diversas regiões desses países (9) .
Diante destes fatos, e considerando-se a importância representada
pela ceratoplastia penetrante no que concerne à sua
frequência ascendente, ao seu êxito e crescente aperfeiçoamento,
e as triagens erroneamente feitas para doenças que às vezes
não tem indicação para tal procedimento, torna-se relevante a
análise de suas principais indicações pretendida por este estudo,
assim como sua comparação com fatores como idade, sexo e
nível socioeconômico.
MÉTODOS
Efetuou-se estudo retrospectivo das fichas de indicação
de 1116 Ceratoplastias Penetrantes realizadas em pacientes inscritos
no Banco de Olhos do Hospital de Base (HB) de São José
do Rio Preto, no período de 2000 a 2009, transplantados no
referido hospital. Excluíram-se 31 fichas, cujo preenchimento
incorreto gerou perda de informações necessárias à análise.
Obtiveram-se as indicações à CP descritas nas fichas, o
sexo, a idade e o nível socioeconômico dos pacientes, sendo esta
última variável analisada pelos seguintes critérios: paciente pertencente
ao Sistema Único de Saúde (SUS) e aqueles vinculados
a convênio ou a sistema particular. As idades foram classificadas
em 4 faixas etárias, a saber: 0 a 19 anos, 20 a 39 anos, 40 a 59
anos, e 60 anos ou mais.
As indicações encontradas foram reunidas nos seguintes
grupos: leucoma, ceratopatia bolhosa, ceratocone, rejeição, falência
primária, ceratite bacteriana, ceratite viral, ceratite fúngica,
distrofia de Fuchs, trauma ocular e “outras”. Este termo inclui
diagnósticos com paucidade de ocorrência.
Posteriormente, os diagnósticos corneanos foram relacionados
com idade, sexo e nível socioeconômico dos pacientes em
cada cirurgia realizada, por meio do teste Qui-quadrado, também
utilizado para averiguar possíveis diferenças entre as
frequências das indicações à CP. Adotou-se p
Avaliação das indicações de ceratoplastia penetrante no interior paulista
355
Gráfico 1: Correlação entre as indicações de ceratoplastia penetrante e o sexo dos pacientes
Gráfico 2: Correlação entre as indicações de ceratoplastia penetrante e a faixa etária dos pacientes
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 353-7
356 Barbosa AP, Almeida Júnior GC, Teixeira MF, Barbosa JC
Gráfico 3: Correlação entre as indicações de ceratoplastia penetrante e o nível socioeconômico dos pacientes
ças corneanas distintos, o que contribui para variações nas indicações
de CP. Em nosso estudo, as patologias mais indicadas ao
transplante penetrante foram leucoma (23,04%), ceratopatiabolhosa
(19,63%) e ceratocone (16,31%), mantendo a tendência
já apresentada em outro trabalho realizado no Hospital de
base de São José do Rio Preto, nos anos de 1991 a 1998, cujo
resultado foi 53,4% de CPs por leucoma, seguido por ceratopatia
bolhosa do pseudofácico (13,8%), e ceratocone (11,3%) (13) . Em
estudo estabelecido em hospital deMinas Gerais, a indicação mais
comum de CP foi a lesão ulcerativa (14) , em concordância com a
Santa Casa de São Paulo (84,7% de ceratites infecciosas) (15) , no
mesmo período, e com hospitais de Pernambuco e do
Amazonas (16) .Por outro lado, em Sergipe notou-se predomínio
da ceratopatia bolhosa (17) , enquanto Porto Alegre corroborou a
indicação dominante no Brasil, o ceratocone (10) .
Em estudos prévios encontrou-se predomínio de CPs no sexo
masculino (9,11-17) , em concordância com o observado por nós (57,4%),
embora outras instituições apresentem resultados diferentes (3) . A
média de idade em nosso estudo foi de 52,3 anos, semelhante à ocorrida
nos demais trabalhos (11,13-17) , à exceção daqueles cuja principal
indicação foi o ceratocone (9,12) , em que a média obtida foi menor.
Em concordância com estudo realizado em Taiwan (18) e no
norte da Índia (19) , o leucoma foi diagnóstico mais recorrente,
possivelmente pelo fato de a maioria dos pacientes serem do
SUS. Existem trabalhos na Índia, nos quais o leucoma também
foi a indicação mais frequente de CPs, que correlacionam esta
causa a problemas decorrentes de acessibilidade e disponibilidade
dos cuidados oftalmológicos. Tais condições são prevalentes
nos países subdesenvolvidos, devido ao diagnóstico tardio de
infecções corneanas, comconsequente evolução para a opacidade
desse tecido.Os pacientes com status socioeconômico baixo
estão mais suscetíveis às infecções corneanas e ao desenvolvimento
do leucoma, e tem menor acesso a tratamentos que previnam
a necessidade de transplante (19,20) .
Observou-se predomínio do leucoma nas CPs realizadas
em homens, os quais são mais expostos às lesões que originam o
leucoma, como traumas e ceratites. Houve aumento de sua
frequência progressivamente com o aumento da idade, sendo a
maior causa de CPs na faixas etárias de 40 a 59 anos e de 60 anos
ou mais, o que pode se justificar pela existência de condições que
aumentam a chance de leucoma em nosso meio nessa faixa etária,
como a opacidade corneana tracomatosa (21) .
A ceratopatia bolhosa surgiu como a segunda maior causa
de CPs realizadas em nosso serviço, reflexo da popularização da
cirurgia para correção de catarata, em especial a facoemulsificação,
e do aumento dos implantes intraoculares (9) , que tem como principal
complicação a ceratopatia bolhosa do pseudofácico. As CPs
decorrentes de ceratopatia bolhosa ocorreram principalmente em
indivíduos com 60 anos ou mais, idade em que a população é mais
acometida pela catarata e, portanto, a incidência de cirurgia para
corrigi-la e de suas complicações é também maior.
A terceira posição ocupada pelo ceratocone em nossa
amostra pode ser explicada pela melhora nas técnicas de adaptação
e fabricação de lentes de contato (3,14) , bem como a maior
incidência, neste estudo, de CP em idades acima de 60 anos (504
casos - 46,45%), uma vez que o ceratocone predomina em faixas
etárias mais jovens. Pesquisas ocorridas em Israel e na Alemanha,
cujos resultados apontam o ceratocone como a principal
indicação à CP, atribuem as características demográficas e genéticas
às diferenças entre os países (22,23) .O número de CPs por
ceratocone em nossa análise foi acentuadamente superior nas
idades de 0 a 19 anos (52 casos em 177– 29,37%), e de 20 a 39
anos (103 casos em 177 – 58,19%), as quais representaram
apenas 9,22% e 20,55%, respectivamente, do total de CPs.
Os retransplantes estão entre causas importantes de CPs,
o que corrobora outros estudos (3,10,12,18,23,24) , sendo um reflexo
do número crescente de receptores de transplante penetrante
de córnea, pelo maior acesso a córneas doadoras possibilitado
pela atividade dos Bancos de Olhos.
As ceratites infecciosas de nossa amostra totalizam uma
porcentagem inferior às apresentadas em Minas Gerais (14) ,
Pernambuco (16) , Israel (23) , Índia (20) , cujos autores relacionam o
elevado contingente representado por este diagnóstico às más
condições socioeconômicas da maior parte dos pacientes incluídos
nestes estudos, bem como à dificuldade no diagnóstico e
tratamento precoce dos agentes infecciosos.
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 353-7
Avaliação das indicações de ceratoplastia penetrante no interior paulista
357
A Distrofia de Fuchs apresenta-se como uma patologia
rara, tanto em nosso grupo estudado (3,23%), quanto nos diversos
trabalhos realizados (7,18,20,22) , sendo explicada por causas
genéticas. Trauma também mostrou-se uma indicação
infrequente nesta pesquisa (2,12%), assim como em diversos
estudos analisados (9,14,23,24) , ao contrário de outros trabalhos,
em que esta foi a segunda maior causa de CP (3,7) .
A faixa etária prevalente observada, de 60 anos ou mais,
é consequência do aumento da expectativa de vida brasileira,
da maior conscientização dos pacientes quanto ao tratamento
e à prevenção de doenças oculares, entre outras causas. Em
relação ao nível socioeconômico dos pacientes, pode-se concluir
que, por se tratar de um hospital-escola, é esperado encontrar-se
uma frequência aumentada de CPs em pacientes do
SUS (985 casos – 90,78%), o que limita as correlações entre
esta variável e as demais feitas pelo presente estudo.
Considerando-se que o leucoma é, na realidade, a
consequência final de diversas desordens, como tracoma, trauma
e ceratite infecciosa, conclui-se que os resultados deste estudo
apresentam limitações, decorrentes da dificuldade em se
definir a etiologia do leucoma.Além disso, é previsível que as
indicações de transplante de córnea sejam alteradas continuamente,
por influência de inúmeros fatores, como a tendência de
aumento de doadores devido a maior divulgação e
conscientização da população, o aumento do número de banco
de olhos no Brasil, o aperfeiçoamento da técnica cirúrgica e
dos meios de preservação das córneas (12) .
CONCLUSÃO
As principais indicações de ceratoplastia penetrante observadas
em nosso estudo são o leucoma (23,04%), a
ceratopatia bolhosa (19,63%) e o ceratocone (16,31%). Houve
predomínio das CPs por leucoma em homens (60,8%), na faixa
etária acima de 60 anos (40%), em pacientes do SUS (94,4%).
Para melhor avaliar estas relações, futuros estudos comparando
as causas de CPs com a o sexo, a faixa etária e o nível
socioeconômico são necessários, em especial no que concerne a
esta última variável, uma vez que o presente estudo foi realizado
em um hospital-escola, em que o número de cirurgias realizadas
pelo SUS supera em muito o do sistema particular/convênio.
Agradecimentos
Agradecemos à fonte financiadora deste estudo, Bolsa de
Iniciação Científica(BIC) da Faculdade de Medicina de Rio Preto
(FAMERP), durante o período de 2010 a 2011.
REFERÊNCIAS
1. Garralda A, Epelde A, Iturralde O, Compains E, Maison C,
Altarriba M, et al. Transplante de córnea. AnSistSanitNavar.
2006;29(Supl2):163-74.
2. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Transplantes de órgãos
crescem 24,3%(Internet)(citado em 2009 Setembro 25).
Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/
noticias/default.cfm?pg= dspDetalhe Noticia& id_area=124
&CO_ NOTICIA=10592.
3. Sano FT, Dantas PEC, Silvino WR, Sanchez JZ, Sano RY, Adams
F, Nishiwaki-Dantas MC. Tendência de mudança nas indicações
de transplante penetrante de córnea. ArqBras Oftalmol.
2008;71(3):400-4.
4. Almeida Junior GC, Watanabe KP, Teixeira MF, Cordeiro JA.
Influência da causa do óbito, idade do doador e tempo
depreservação da córnea na contagem de células endoteliais
num Banco de Olhos vinculado a um hospital escola. ArqCiênc
Saúde. 2007;14(3):140-4.
5. Moffatt SL, Cartwright VA, Stumpf TH. Centennial review of
corneal transplantation.Clin Experiment Ophthalmol. 2005;33(6):
642-57.Comment inClin Experiment Ophthalmol. 2006;34(4):387-
8.
6. RahmanI, Carley F, Hillarby C, Brahma A, Tullo AB. Penetrating
keratoplasty: indications, outcomes, and complications. Eye(Lond).
2009;23(6):1288-94.
7. Pan Q, Li X, Gu Y. Indications and outcomes of penetrating
keratoplasty in a tertiary hospital in the developing world.Clin
Exp Ophthalmol.2011 May 17. [Epub ahead of print].
8. Adán CBD, Diniz AR, Sato EH. Dez anos de doação de córneas
no Banco de Olhos do Hospital São Paulo: perfil dos doadores de
1996 a 2005. ArqBras Oftalmol. 2008;71(2):176-81.
9. Flores VGC, Dias HLR, Castro RS. Indicações para ceratoplastia
penetrante no Hospital das Clínicas-UNICAMP. ArqBras Oftalmol.
2007;70(3):505-8.
10. Cattani S, Kwitko S, Kroeff MAH, Marinho D, Rymer S, Bocaccio
FL.Indicações de transplante de córnea no Hospital de Clínicas
de Porto Alegre.ArqBras Oftalmol. 2002;65(1):95-8.
11. Cavalcanti MTD, Mahon M, Nóbrega DAT, Remígio MCA, Pires
CS. Ceratocone: resultados visuais, complicações e qualidade de
vida após ceratoplastia penetrante realizada por médico
residente.ArqBras Oftalmol. 2004;67(3):415-8.
12. Calix Netto MJ, Giustina ED, Ramos GZ, Peccini RFC, Sobrinho
M, Souza LB. Principais indicações de transplante penetrante de
córnea em um serviço de referência no interior de São Paulo
(Sorocaba - SP, Brasil). ArqBras Oftalmol. 2006; 69(5):661-4.
13. Teixeira MF, Almeida Júnior GC, Rodrigues ML, Kamimoto PS,
Kashiwabuchi LK. Resultados e indicações de ceratoplastias
penetrantes realizadas por médicos em treinamento, num país
em desenvolvimento. ArqBras Oftalmol. 2001;64(6):557-61.
14. Neves RC, Boteon JE, Santiago APMS. Indicações de
transplantede córnea no Hospital São Geraldo da Universidade
Federal de Minas Gerais. RevBras Oftalmol. 2010;69(2):84-8.
15. Oliveira FC, Dantas PEC, Marco ES, Oliveira AC, Nishiwaki-Dantas
MC. Transplante terapêutico de córnea: resultados prolongados de
série de casos. ArqBras Oftalmol. 2007;70(4):625-31.
16. Amaral CSR, Duarte JY, Silva PLS, Valbuena R, CunhaF.
Indicações de ceratoplastia penetrante em Pernambuco. ArqBras
Oftalmol. 2005;68(5):635-7.
17. Araújo AA, Melo GB, Silva RL, Araújo Neta VM. Perfil
epidemiológico dos pacientes na lista de espera para transplante
de córnea no Estado de Sergipe. Arq Bras Oftalmol.
2004;67(4):613-6.
18. Chen WL, Hu FR, Wang IJ. Changing indications for penetrating
keratoplasty inTaiwan from 1987 to 1999. Cornea. 2001;20
(2):141-4.
19. Sony P, Sharma N, Sen S, Vajpayee RB. Indications of penetrating
keratoplasty in northern India.Cornea. 2005;24(8):989-91.
20. Dandona L, Ragu K, Janarthanan M, Naduvilath TJ, Shenoy R,
Rao GN. Indications for penetrating keratoplasty in India.Indian
J Ophthalmol.1997;45(3):163-8.
21. Schellini SA, Kitakawa D, Onishi E, Hoyama E, Padovani CR.
Prevalência de tracoma cicatricial em Botucatu – estado de São
Paulo. RevBras Oftalmol. 2006;65(4):220-3.
22. Cursiefen C, Küchle M, NaumannGO. Changing indications for
penetrating keratoplasty: histopathology of 1,250 corneal buttons.
Cornea. 1998;17(5):468-70.
23. Yahalom C, Mechoulam H, Solomon A, Raiskup FD, Peer J, Frucht-
Pery J. Forty years of changing indications in penetrating keratoplasty
in Israel. Cornea. 2005;24(3):256-8.
24. Siganos CS, Tsiklis NS, Miltsakakis DG, Georgiadis NS, Georgiadou
IN, Kymionis GD, Pallikaris IG. Changing indications for penetrating
keratoplasty in Greece, 1982-2006: a multicenter
study.Cornea. 2010;29(4):372-4.
Autor Correspondente:
Gildásio C. Almeida Júnior
Faculda de de Medicina de São José do Rio Preto,
Departamento de Especialidades Cirúrgicas, Oftalmologia
Av. Brigadeiro Faria Lima, 5416 Vila São Pedro
CEP 15090-000 - São José do Rio Preto, SP, Brasil
Telefone: (17)3201-5700, Ramal 5725
E-mail: gcaj@uol.com.br
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 353-7
358 ARTIGO ORIGINAL
Comparação entre acuidade visual e
photoscreening como métodos de triagem
visual para crianças em idade escolar
Comparison between visual acuity and photoscreening used like
visual screening methods for scholar aged children
Roberta Lílian Fernandes de Sousa 1 , Bruno Schiavoni Funayama 2 , Luciana Catâneo 3 , Carlos Roberto Padovani 4 ,
Silvana Artioli Schellini 5
RESUMO
Objetivo: Avaliar a sensibilidade do aparelho photoscreener na detecção de alterações oculares em crianças informantes, comparando
os dados à acuidade visual obtida pela tabela E de Snellen. Métodos: Foram avaliadas 500 crianças de idades entre 5 e 12 anos, de
escola do município de Botucatu, estado de São Paulo. As crianças foram submetidas ao teste de acuidade visual pela tabela E de
Snellen e foram fotografadas utilizando-se o aparelho photoscreener TM system model MTI-PS100, seguindo-se a análise das fotos
obtidas. Resultados: Houve concordância negativa (criança com boa acuidade visual e teste negativo com o photoscreener) em
81,0%; concordância positiva (acuidade visual alterada e teste positivo) em 7,6% e não houve concordância de resultados em 11,0%
dos casos. Conclusão: A avaliação comparativa entre o método da acuidade visual pela tabela E de Snellen e o photocreener para
detecção de problemas visuais mostrou alta concordância. Os autores sugerem entretanto, a triagem usando tabelas de acuidade
visual quando se trata de crianças informantes, devido aos custos com o aparelho.
Descritores: Ambliopia; Acuidade visual; Criança; Técnicas de diagnóstico oftalmológico.
ABSTRACT
Purpose: To evaluate the sensitivity of the photoscreener equipment to detect ocular changes in informative children comparing with the
data obtained by the E Snellen´s table. Methods: We evaluated 500 children between 5 and 12 years old, from a school of Botucatu city,
São Paulo state. The children were submitted to a visual acuity test using the Snellen´s E Table and were photographed with the
photoscreener TM system model MTI-PS100, following the photos’ analyze. Results: There were negative agreement (children with a good
visual acuity and a negative test with the Photoscreener) in 81.0%; positive agreement (children without a good visual acuity and a
positive test) in 7.6% and there was no agreement of the results in 11.0% (9) of the cases. Conclusion: The comparative analysis between
the visual acuity test using the Snellen’s E table and the photoscreener to detect visual problems showed high agreement. However, the
authors suggest that the visual screening should be made by using the visual acuity Tables when the children examined are in informer
age, because of the costs of the equipment.
Keywords: Amblyopia; Visual acuity; Children; Diagnostic techniques, ophthalmological
1
Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade
Estadual Paulista (UNESP) – Botucatu (SP), Brasil;
2
Acadêmico do 6º Ano da Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (UNESP) – Botucatu (SP), Brasil;
3
Biomédica, Universidade Estadual Paulista (UNESP) –Botucatu (SP), Brasil;
4
Departamento de Bioestatística do Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP) – Botucatu (SP), Brasil;
5
Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade
Estadual Paulista (UNESP) – Botucatu (SP), Brasil.
Trabalho realizado pelo Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Faculdade de Medicina de
Botucatu, Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Botucatu (SP), Brasil
Os autores declaram não haver conflitos de interesse
Recebido para publicação em: 15/8//2011 - Aceito para publicação em: 27/7/2012
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 358-63
Comparação entre acuidade visual e PhotoScreening como métodos de triagem visual para crianças em idade escolar
359
INTRODUÇÃO
Aambliopia é a causa mais comum de perda da visão
unilateral em crianças, sendo necessários programas de
triagem visual para seu diagnóstico. Ela ocorre como
um defeito no processamento visual central, sendo manifestada
como acuidade visual diminuída em um olho ou mesmo em ambos
os olhos (1) . É um dos distúrbios visuais mais prevalentes na
infância, afetando 2 a 5% da população (2) . É a principal causa de
cegueira monocular, na faixa etária dos 20 aos 70 anos de idade
(3) .
A detecção de fatores ambliopigênicos em crianças é um
desafio para os oftalmologistas. A ausência de compreensão e a
falta de cooperação pelas crianças para a realização dos testes
diagnósticos como o exame de acuidade visual, e a falta de informação
dos pais ou familiares prejudicam e retardam a detecção
de alterações visuais passíveis de correção, prejudicando o prognóstico
visual destas crianças.
Por esta razão, testes de triagem visual realizados precocemente
fazem-se necessários.
O uso do photoscreener ainda não é frequente no Brasil.
Trata-se de um aparelho de fácil manuseio e que, por ser um
teste objetivo, facilita a triagem visual, principalmente nas crianças
em idade pré-escolar, na fase pré-verbal quando estas ainda
não são capazes de informar a acuidade visual.
O primeiro relato da literatura empregando este equipamento
data de 1989, e menciona o uso de dois aparelhos de
photoscreening, em estudo mascarado, encontrando-se boa
especificidade e sensibilidade (4) .
Vários outros estudos foram realizados, a maioria visando
avaliar sensibilidade e especificidade do “photoscreener”, sendo
alguns dos resultados obtidos relatados a seguir:
- sensibilidade de 81,6% e especificidade de 90,6% (5) ;
- sensibilidade de 82,8% e especificidade de 61,8% (6) ;
- sensibilidade de 77,0% e especificidade de 70,0% (7) ;
- sensibilidade de 86,0% e especificidade de 52,0% (8) ;
- sensibilidade de 65,0% e especificidade de 87,0% (1) ;
- sensibilidade de 94,6% e especificidade de 90,1% (9) ;
- sensibilidade de 90,3% e especificidade de 96,1% (10) ;
- sensibilidade de 55,0% e especificidade de 94,0% (11,12) ;
- sensibilidade de 83,0% e especificidade de 79,0% (13) ;
- valor preditivo positivo de 80% com o MTI
photoscreener (14) .
O presente trabalho tem como objetivo avaliar se este é
um bom método de triagem visual em crianças escolares, comparando
os resultados obtidos com o teste de acuidade visual utilizando
tabelas de Snellen.
MÉTODOS
O presente estudo foi avaliado e aprovado para execução
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de
Botucatu.
Foram avaliados estudantes do primeiro grau da Escola
EMEF “Professor José Antônio Sartori”, do Município de
Botucatu, São Paulo. As crianças apresentavam-se com idade
entre 5 e 12 anos, tendo sido consideradas elegíveis para este
estudo todas as crianças que estudavam naquele estabelecimento
de ensino.
A coleta dos dados foi realizada nos meses de março a
junho de 2008, sendo o trabalho de campo desenvolvido por um
aluno da graduação do curso de medicina e uma biomédica.
Foram incluídas as crianças que receberam autorização dos
pais ou responsáveis para participação deste estudo e que apresentavam
abertura pupilar entre 3 e 7 mm, critério preconizado
pelo próprio fabricante e constante do manual de utilização do
equipamento para adequada interpretação das fotografias. Portanto,
foram excluídas aquelas que não receberam autorização
para participação e que apresentaram abertura pupilar menor
que 3 mm ou maior que 7 mm, nas condições estabelecidas para
a avaliação.
1) Avaliação da presença de alterações oculares utilizando
da acuidade visual obtida com a Tabela de Snellen
O exame de acuidade visual foi realizado na totalidade das
crianças, ou seja, em 500 crianças, utilizando-se uma tabela E de
Snellen, colocada a 5 metros, em boas condições de iluminação,
verificando-se a acuidade visual dos dois olhos monocularmente,
sem o uso de correção óptica e com a correção, caso a criança
utilizasse lentes corretivas.
Considerou-se alterado o exame em que a criança apresentasse
acuidade visual menor que 0,7.
2) Avaliação da presença de alterações oculares utilizando
o photoscreener
Setenta e nove crianças escolhidas aleatoriamente foram
fotografadas utilizando-se o aparelho photoscreener TM system
model MTI-PS100. A fotografia foi obtida a 0,5 metro de distância,
sempre pelo mesmo observador, sem a utilização de colírios,
em ambiente de penumbra, que promovesse abertura pupilar
suficiente para exame.
As fotos foram avaliadas considerando-se os seguintes
itens: qualidade da foto (boa, ruim ou com mancha); tamanho da
pupila; opacidade de meios (presente ou não); reflexo corneano
(centrado ou descentrado); presença de ametropia; presença de
outras alterações não refratométricas (ptose, assimetria pupilar).
As fotos foram analisadas pela autora (RLFS), considerando
as instruções constantes do manual de instruções e interpretação
e utilizando-se uma régua específica para a interpretação
que acompanha o aparelho.
Para a interpretação da possível existência de erros
refrativos a partir da análise das fotografias obtidas com o aparelho
photoscreener TM system model MTI-PS100, foi realizado
o exame de duas exposições, impressas em filmes polaroid: uma
superior, quando o flash do aparelho encontra-se na horizontal,
produzindo na pupila um crescente de luz que pode se localizar
inferior ou superiormente; e uma inferior, quando o flash de luz
do aparelho encontra-se na vertical, produzindo um crescente
de luz que pode localizar-se à direita ou à esquerda da pupila
(Figura 1). Esses crescentes são importantes para a análise dos
prováveis erros refratométricos.
Quanto às fotos obtidas com o photoscreening foram consideradas
com:
- hipermetropia leve crianças com crescente inferior e à
direita menores que 3 mm;
- hipermetropia significativa crianças com crescente inferior
e à direita maiores ou iguais a 3 mm;
- miopia leve crianças com crescente superior e à esquerda
menores que 2 mm;
- miopia significativa crianças com crescente superior e à
esquerda maiores ou iguais a 2 mm;
- anisometropia crianças com diferença maior ou igual a 2
mm entre os crescentes de olho direito e olho esquerdo
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 358-63
360
Sousa RLF, Funayama BS, Catâneo L, Padovani CR, Schellini SA
Figura 1 : Foto com o aparelho Photoscreener mostrando um crescente
de luz inferior (foto superior – setas pretas) e outro crescente à
direita (foto inferior – setas vermelhas)
na mesma foto;
- astigmatismo crianças com diferença maior ou igual a
2mm entre os crescentes do mesmo olho comparando-se as
fotos superior e inferior.
Os valores para tal interpretação foram obtidos do manual
de interpretação que acompanha o aparelho.
3) Avaliação comparativa entre a acuidade visual e o
Photoscreener
Os dados obtidos pelo teste de acuidade visual pela tabela
E de Snellen e os da interpretação das fotos foram comparados
e interpretados da seguinte forma:
- concordância negativa: boa acuidade visual e teste negativo;
- concordância positiva: acuidade visual alterada e teste
positivo;
- sem concordância: acuidade visual alterada e teste nega
tivo ou acuidade visual preservada com teste positivo.
Todos os dados obtidos foram registrados em tabela Excel
e avaliados estatisticamente segundo medidas descritivas,
frequência de ocorrência e medidas de associação entre os métodos
diagnósticos empregados.
RESULTADOS
As medidas descritivas segundo sexo e idade, obtidas das
500 crianças que frequentama escola avaliada e que foram avaliadas
utilizando-se o teste de acuidade visual, encontram-se na
tabela 1. Observa-se que apenas 4,7% das crianças utilizavam
lentes corretivas no momento do exame. Quanto ao sexo, 272
eram meninos (54,4%) e 228 meninas (45,6%), ambos com idades
semelhantes.
Observou-se que a maioria das crianças estava entre 6 e 10
anos de idade e que a média de acuidade visual foi melhor que
0,7 em todas as idades avaliadas. Algumas crianças apresentavam
acuidade visual baixa, semelhante a 0,1, o que foi observado
nas idades de 8, 10 e 11 anos.
Avaliando-se as medidas descritivas de acuidade visual
segundo a tabela de Snellen das crianças submetidas ao exame
do photoscreening, observa-se distribuição homogênea de
acuidade visual em ambos os olhos e com diferença absoluta
entre os olhos bastante baixa.Ou seja, a anisometropia foi muito
pouco frequente segundo a avaliação obtida pela acuidade visual:
das 79 crianças avaliadas pelo exame do “Photoscreening”,
uma apresentou acuidade visual (AV) menor ou igual a 0,7 apenas
no olho direito; seis apresentaram AV menor ou igual a 0,7
apenas no olho esquerdo; e seis apresentaram AV menor ou
igual a 0,7 em ambos os olhos.
Em relação às fotos obtidas com o aparelho de
photoscreening, foram encontradas 36 fotos adequadas, uma ruim,
41 com mancha sobre os dois olhos e uma que apresentava mancha
apenas sobre olho esquerdo, mas que não prejudicava a interpretação
da foto (Tabela 2). Pode-se dizer que não houve diferença
na qualidade da foto obtida quanto ao olho avaliado (direito e
esquerdo) e que as fotos melhores foram obtidas nas crianças
mais velhas. Se forem consideradas as fotos segundo sua qualidade,
as fotos que foram consideradas boas o foram em proporções
semelhantes ao que se considerou como fotos manchadas. Fotos
ruins e que não permitiam a análise foram a minoria.
O aparelho de “Photoscreener” permite avaliar se o reflexo
pupilar se encontra centrado ou não, ou seja, se há estrabismo. A
avaliação da distribuição das crianças com relação à presença de
reflexo centrado foi muito superior a de reflexo descentrado, em
ambos os olhos, em ambos os sexos e mostrou que houve distribuição
uniforme para todas as idades, nos dois olhos.
Quatro crianças (5,06% dos casos) apresentaram reflexo
pupilar descentrado. Destes, foram observadas 2 exotropias
manifestas, 1 exotropia intermitente e 1 esotropia com hipertropia.
A tabela 3 mostra os diagnósticos oftalmológicos feitos a
partir da observação das fotografias obtidas pelo
“Photoscreener”. Fica claro que o aparelho permite discriminar
os diagnósticos, tendo sido encontrados casos de hipermetropia
na maioria das crianças avaliadas, seguindo-se do exame normal.
Outros erros refrativos, como o astigmatismo, anisometropia e a
miopia, também foram detectados.
O exame sugeriu que 78,4% das crianças apresentavam
hipermetropia leve, três crianças apresentavam anisometropia,
havendo uma delas com anisometropia leve, com um olho
emétrope (OD) e outro com hipermetropia leve (OE). Foram
detectadas uma criança (2 olhos) com miopia significativa e três
crianças com astigmatismo.
O aparelho indicou, também, a presença de ptose palpebral
em duas crianças (2,53% dos casos).
Nenhuma criança foi detectada como portadora de opacidades
de meios ou assimetria pupilar.
Segundo os dados obtidos pelo “Photoscreener”, haveria
necessidade de referir para exame oftalmológico completo cerca
de 16,40% das crianças avaliadas.
A análise de concordância entre os métodos (acuidade
visual pela Tabela de Snellen e “Photoscreener”) mostrou que
houve concordância negativa em 81% (64) dos casos; concordância
positiva em 7,59% (6) dos casos e não houve concordância
de resultados em 11,4% (9) dos casos (Tabela 4).
Os dados analisados demonstraram 54% de sensibilidade
do teste feito com o “Photoscreener”, especificidade de 95%, valor
preditivo positivo de 66% e valor preditivo negativo de 92%.
DISCUSSÃO
O photoscreener é um método fotográfico cuja utilidade
reside no fato de poder determinar o quanto os olhos do exami-
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 358-63
Comparação entre acuidade visual e PhotoScreening como métodos de triagem visual para crianças em idade escolar
361
Tabela 1
Medidas descritivas referentes ao universo de alunos que estudam na escola avaliada segundo acuidade visual obtida
pela tabela de Snellen, com (AV/CC) e sem correção (AV/SC), em cada um dos olhos (OD/OE) e segundo sexo
Variável Nº de Medida descritiva
indivíduos
Valor mínimo 1º Quartil Mediana 3º Quartil Valor máximo Média Desvio padrão
Nº de indivíduos 500 5,0 7,0 8,0 9,0 13,0 8,1 1,8
AV/SC-OD 500 0,0 0,8 1,0 1,0 1,0 0,90 0,15
AV/SC-OE 500 0,1 0,8 1,0 1,0 1,0 0,90 0,15
AV/CC-OD 25 0,6 0,9 0,9 1,0 1,0 0,92 0,11
AV/CC-OE 25 0,6 0,8 0,9 1,0 1,0 0,91 0,12
SEXO Masculino* Feminino**
Nº de indivíduos 272* 8,0 7,0 8,0 9,0 13,0 8,1 1,8
AV/SC-OD 272* 0,1 0,8 1,0 1,0 1,0 0,89 0,16
AV/SC-OE 272* 0,1 0,8 1,0 1,0 1,0 0,89 0,16
Nº de indivíduos 228** 5,0 7,0 8,0 9,0 12,0 8,2 1,7
AV/SC-OD 228** 0,0 0,8 1,0 1,0 1,0 0,91 0,15
AV/SC-OE 228** 0,2 0,8 1,0 1,0 1,0 0,91 0,14
Tabela 2
Distribuição das crianças submetidas ao método do photoscreening segundo a qualidade das fotos
dos participantes, de acordo com a idade e olho avaliado.
Idade Olho direito Olho esquerdo
Foto boa (%) Foto mancha (%) Foto ruim (%) Total Foto boa (%) Foto mancha (%) Foto ruim (%) Total
5 anos 6(35,3) 11(64,7) 0(0,0) 17 7(41,2) 10(58,8) 0(0,0) 17
6 anos 11(39,3) 17(60,7) 0(0,0) 28 11(39,3) 17(60,7) 0(0,0) 28
7 anos 12(54,6) 10(45,4) 0(0,0) 22 12(54,6) 10(45,6) 0(0,0) 22
8 anos 7(58,3) 4(33,3) 1(8,4) 12 7(58,3) 4(33,3) 1(8,4) 12
Tabela 3
Distribuição da frequência de ocorrência de diagnósticos oftalmológicos feitos a partir da avaliação
de fotos obtidas pelo Photoscreening para o olho direito.
OD OE
Diagnóstico Casos Simples Acumulada Casos Simples Acumulada
Normal 6 7,6 7,6 5 6,3 6,3
Hipermetropia 62 78,5 86,1 62 78,5 84,8
Miopia 1 1,3 87,4 1 1,3 86,1
Astigmatismo 2 2,5 89,9 3 3,8 89,9
Anisometropia 1 1,3 91,2 1 1,3 91,2
Estrabismo 1 1,3 92,5 1 1,3 92,5
Hipermetropia/Ptose 2 2,5 95 2 2,5 95
Hipermetropia/Anisometropia 1 1,3 96,3 2 2,5 97,5
Hipermetropia/Estrabismo 2 2,5 98,8 2 2,5 100
Hipermetropia/Astigmatismo/ Anisometropia 1 1,2 100 - - -
Total geral 79 100 100 79 100 100
nado possuem boa capacidade de focar um objeto (15) .
O photoscreener utilizando máquina fotográfica com filme
do tipo polaroid passou a ser utilizado com a finalidade de
detectar alterações oculares potencialmente ambliopigênicas sem
a necessidade de dilatação da pupila (16) .
Apesar de se acreditar não haver necessidade de se ter
período de adaptação ao escuro, para se realizar o exame (17) ,
muitas vezes a luminosidade local pode interferir com o tamanho
da pupila, impossibilitando o método.
O Medical Technology Incorporated (MTI) photoscreener
é fácil de ser usado. As especificações da câmera já foram descritas
previamente (5) , bem como já foram elucidados os princípios
ópticos envolvidos no photoscreener (18) .
A utilização do photoscreener para detecção de alterações
visuais pode ser feita por indivíduos não médicos, como aconteceu
neste estudo. Já a interpretação das fotos deve ser feita por
profissional treinado e que tenha bom conhecimento de alterações
oculares, uma vez que a interpretação errônea das imagens
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 358-63
362
Sousa RLF, Funayama BS, Catâneo L, Padovani CR, Schellini SA
Tabela 4
Análise de concordância entre os métodos de avaliação
utilizados (avaliação da acuidade visual pela
tabela de Snellen e photoscreening)
Descrição N o casos Simples Acumulada
Concordância negativa 64 81,0 81,0
Concordância positiva 6 7,6 88,6
Sem concordância 9 11,4 100
Total geral 79 100 100
X 2 = 80,99 (p < 0,0001);
Conclusão: Concordância negativa > (Concordância positiva =
Sem concordância)
pode deixar sem diagnóstico causas importantes de ambliopia.
As imagens devem ser interpretadas segundo a orientação
do fabricante quanto à posição e presença de um crescente
na pupila, alterações relacionadas aos erros refrativos. Também
é possível detectar opacidades de meios por alteração do reflexo
do flash na pupila. O photoscreener capta o reflexo da lente de
uma câmera fotográfica, cujo flash começa como um anel estreito
ao redor do cristalino, delimitando a abertura do sistema
óptico. Reflexo preto significa que o olho é normal. Se há reflexão
de claridade branca ou amarela, não houve boa fixação ou
focalização da imagem (19) . Quando não ocorre o reflexo preto,
suspeita-se que alterações nos meios refrativos possam estar
presentes, como, por exemplo, a presença de opacidade do cristalino,
o que não aconteceu com nenhuma de nossas crianças.
Ainda frisamos ser fácil detectar outras alterações do
posicionamento palpebral, tipo ptose e outras que à inspeção da
foto sejam aparentes, além de estrabismos, quando o reflexo fica
descentrado para a posição do olho desviado. Neste ponto, o
aparelho pode ser considerado superior à acuidade visual obtida
por tabelas para a detecção do problema. Ou seja, embora
ambos os métodos possam ser empregados com sucesso por
não oftalmologistas, o método fotográfico seria superior por
permitir ao oftalmologista detectar alterações que ficam
registradas na foto.
No presente estudo foram detectadas quatro crianças portadoras
de estrabismo. Embora com testes simples do tipo teste
de cobertura simples e alternada o oftalmologista consiga verificar
a presença do estrabismo, um leigo teria dificuldade para
isso, o que torna o teste fotográfico superior ao de acuidade
visual neste aspecto.
Por haver reflexão da luz do flash do aparelho, pode-se
inferir sobre o erro refrativo presente ou ausente, sendo possível
mesmo sugerir se o grau é alto ou não. Devido à posição
excêntrica do flash, na emetropia, a maior parte da luz refletida
pelo fundo retorna para o flash e não para a câmera. Na ametropia,
a luz é dispersada e refletida para a câmera. A fotografia revela
um crescente na pupila que indica o tipo de ametropia, como
descrito anteriormente. O tamanho do crescente está relacionado
com a gravidade do erro de refração. Portanto, com treino, é
possível sugerir a existência de um erro de refração e até identificar
qual tipo de alteração refracional se suspeita (18) .
Entretanto, a detecção de um tipo de alteração na resposta
do photoscreener não é capaz de dar o diagnóstico de certeza,
mas sugere quais seriam os sujeitos que necessitariam de um
exame oftalmológico completo, descartando-se ou confirmando-se
a existência de problemas visuais.
Segundo a avaliação feita pelo photoscreener, 92,4% de
crianças seriam portadoras de erros refrativos, o que se sabe ser
a realidade na faixa pediátrica. Entretanto, a grande maioria das
crianças não necessitará de correção óptica, tendo em vista o
forte sistema de acomodação que possuem, necessitando exame
oftalmológico completo apenas as que apresentarem alterações
importantes.
Segundo nossas avaliações, os métodos foram concordes
em negar alterações oculares em 81% dos casos, além de apontar
que 16,45% das crianças apresentavam alterações oculares a
serem investigadas. Em 11,4% dos casos houve discordância entre
os resultados do teste com o photoscreener e a tabela de Snellen.
E, mesmo se tratando do primeiro estudo feito por não médicos
e uma residente de oftalmologia, chegou-se a 54% de sensibilidade
e 95% de especificidade, com valor preditivo positivo de
66% e valor preditivo negativo de 92%. Ou seja, o método pode
ser considerado efetivo para a detecção de alterações oculares
em crianças.
Comparando-se agora os métodos no tocante a custos, a
tabela de Snellen tem custo infinitamente menor que o
photoscreener, não só porque seria necessário adquirir equipamento
importado e que não tem similar nacional, mas também
porque para cada criança há necessidade de utilizar um filme
polaroid, também importado (20) .
Desta forma, para nossa realidade, a triagem visual utilizando
tabelas, principalmente quando há condições de informar
a acuidade visual, na faixa etária que foi aqui estudada, a superioridade
da Tabela fica demonstrada, com a alta concordância
dos métodos.
CONCLUSÃO
A avaliação comparativa entre o método do photoscreener
e da acuidade visual pela tabela E de Snellen para
detecção de problemas visuais mostrou alta concordância. O
photoscreener pode, ainda, detectar estrabismos e ptose palpebral.
Diante dos resultados obtidos e considerando o alto custo
do aparelho, a dificuldade de se encontrar filmes polaroid para
este fim e a facilidade do uso das tabelas de acuidade visual, com
alta concordância entre os métodos, conclui-se que o
photoscreener não se apresenta como boa alternativa para
detecção de alterações oculares em crianças informantes de
acuidade visual.
REFERÊNCIAS
1. Tong PY, Bassin RE, Enke-Miyazaki E, Macke JP, Tielsch JM,
Stager DR Sr, et al. Screening for amblyopia in preverbal children
with photoscreening photographs. II. Sensitivity and specificity
of the MTI photoscreener. Ophthalmology. 2000;107(9):
1623-9.
2. Simons K. Preschool vision screening: rationale, methodology and
outcome. Surv Ophthalmol. 1996;41(1):3-30.
3. Report on the National Eye Institute’s Visual Acuity Impairment
Survey Pilot Study. Bethesda, MD: Office of Biometry and
Epidemiology, National Eye Institute, National Institutes of
Health, Public Health Service, Dept. of Health and Human Services;
1984.
4. Kennedy RA, Sheps SB. A comparison of photoscreening techniques
for amblyogenic factors in children. Can J Ophthalmol.
1989;24(6):259-64.
5. Ottar WL, Scott WE, Holgado SI. Photoscreening for amblyogenic
factors. J Pediatr Ophthalmol Strabismus. 1995;32(5):289-95.
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 358-63
Comparação entre acuidade visual e PhotoScreening como métodos de triagem visual para crianças em idade escolar
363
6. Weinand F, Gräf M, Demming K. Sensitivity of the MTI
photoscreener for amblyogenic factors in infancy and early childhood.
Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 1998;236(11):801-5.
7. Holgado SI, Arfeli S, Gomez-Demmel E, Espinosa J. Comparative
study of the MTI photoscreener, visual acuity and lang stereopsis
test for amblyogenic factors in mentally delayed children.
Am Orthopt J. 1998;48:122-30.
8. Simons BD, Siatkowski RM, Schiffman JC, Berry BE, Flynn JT.
Pediatric photoscreening for strabismus and refractive errors in a
high-risk population. Ophthalmology. 1999;106(6):1073-80. Comment
in Ophthalmology. 2000;107(7):1216-7.
9. Guo X, Jia X, Guo L, Xiao X, Shen H, Li S, Zhang Q. Comparison
of computer-photoscreening with non-cycloplegic retinoscopy for
amblyopiogenic risk factors in children. Chin Med J (Engl).
2000;113(11):1007-10.
10. Reis PPL, Kawakami WO, Mourão DAC. O uso do
“photoscreening” no estudo de fatores ambliopigênicos na
população infantil. Arq Bras Oftalmol. 2000;63(1):45-8.
11. Donahue SP, Johnson TM, Leonard-Martin TC. Screening for
amblyogenic factors using a volunteer lay network and the
MTI photoscreener. Initial results from 15,000 preschool children
in a statewide effort. Ophthalmology. 2000;107(9):1637-
44; discussion 1645-6. Comment in Ophthalmology.
2001;108(10):1711-2.
12. Donahue SP, Johnson TM. Age-based refinement of referral criteria
for photoscreening. Ophthalmology. 2001;108(12):2309-14;
discussion 2314-5.
13. Enzenauer RW, Williams T. The efficacy of photoscreening for
amblyogenic factors in a high risk population + 629. 1998;
43(4):110.
14. Donahue SP, Baker JD, Scott WE, Rychwalski P, Neely DE, Tong
P, et al. Lions Clubs International Foundation Core Four
Photoscreening: results from 17 programs and 400,000 preschool
children. J AAPOS. 2006;10(1):44-8.
15. Gobin CV. [Photoscreening]. Bull Soc Belge Ophtalmol.
1994;253:91-4. French.
16. Freedman HL, Preston KL. Polaroid photoscreening for
amblyogenic factors. An improved methodology. Ophthalmology.
1992;99(12):1785-95.
17. Cetinkaya A, Oto S, Aydin P. The impact of dark adaptation on
photoscreening. J AAPOS. 2002;6(5):315-8.
18. Wesemann W, Norcia AM, Allen D. Theory of eccentric
photorefraction (photoretinoscopy): astigmatic eyes. J Opt Soc
Am A. 1991; 8(12): 2038-47.
19. Molteno AC, Hoare-Nairne J, Sanderson GF, Peart DA,
Hodgkinson IJ. Reliability of the Otago photoscreener. A study
of a thousand cases. Aust N Z J Ophthalmol.1993;21(4):257-65.
20. Arnold RW, Armitage MD, Gionet EG, Balinger A, Kovtoun TA,
Machida C, Coon LJ.The cost and yield of photoscreening: impact
of photoscreening on overall pediatric ophthalmic costs. J
Pediatr Ophthalmol Strabismus. 2005;42(2):103-11. Comment in
J Pediatr Ophthalmol Strabismus. 2005;42(2):74.
Autor correspondente:
Roberta Lílian Fernandes de Sousa
Rua Marília, nº 427 - apto 03
CEP 18608-560 – Vila Antártica – Botucatu (SP), Brasil
Fax: (14)38116256
E-mai: rlfsousa@yahoo.com.br
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 358-63
364 ARTIGO ORIGINAL
Eficácia do resfriamento da pele no alívio da dor
desencadeada pela injeção de toxina botulínica
tipo A nas distonias faciais
Skin cooling efficacy on pain relief in periocular injections
with botulinum toxin A in facial dystonias
Paula Barros Bandeira de Mello Monteiro 1 , Nilson Lopes da Fonseca Júnior 2 , José Ricardo Carvalho Lima Rehder 3
RESUMO
Objetivo: Avaliar a eficácia do resfriamento da pele com gelo no alívio da dor desencadeada pela injeção de toxina botulínica tipo A
na região periocular em pacientes portadores de distonia facial. Métodos: Neste estudo prospectivo, 13 pacientes receberam injeção
de toxina botulínica tipo A em região glabelar (m. prócero) e periocular (m. orbicular) para tratamento de distonia facial. Antes das
aplicações, um lado da região glabelar foi resfriado com gelo durante 5 minutos, enquanto no outro lado foi aplicada pomada
Epitezan ® , funcionando como placebo. A aplicação foi feita primeiramente no lado resfriado. Após a aplicação em cada um dos lados
os pacientes foram instruídos a dar uma nota para a dor desencadeada pela injeção, em uma escala de 0 a 10 onde 0 era ausência de
dor e 10 a dor mais intensa. Resultados: A média das notas dadas pelos pacientes à dor desencadeada pela injeção no lado onde foi
aplicado placebo foi 3,92 ± 3,28. No local onde foi aplicado gelo a média das notas foi de 2,92 ± 2,18 (p < 0,0166). A média da diferença
entre notas dos dois grupos foi de 1,0. Conclusão: No presente estudo o resfriamento da pele com gelo foi eficaz no alívio da dor
desencadeada pela aplicação de toxina botulínica tipo A na região periocular em pacientes portadores de distonia facial.
Descritores: Distonia facial/ terapia; Toxina botulínica tipo A/uso terapêutico; Dor
ABSTRACT
Purpose: To evaluate the efficacy of skin cooling with ice on pain relief in periocular injection with botulinum toxin type A in patients with
facial dystonias. Methods: In this prospective study, 13 patients received botulinum toxin type A injection in glabela (procerus m.) and
periocular region (orbicular m.) for facial dystonias treatment. Before the injections, one side of the glabela was submitted to a 5-minute
cooling period, while the opposite side had Epitezan ® cream applied, as a placebo. The application was done at the cooled side first. After
the application on each side the patients were instructed to rate the pain associated with the injection on a scale from 0 to 10, with 0
indicating no pain and 10 the worst pain. Results: The average pain score on the side where cold was applied was 3,92 ± 3,28, while on
the control side the average pain score was 2,92 ± 2,18 (p < 0,0166). Conclusion: In this study, skin cooling with ice cubes was efficient
in pain relief in periocular botulinum toxin injections in patients with facial dystonias.
Keywords: Facial dystonia/therapy; Botulinum toxin/therapeutic use; Pain
1
Setor de Plástica Ocular e Vias Lacrimais da Disciplina de Oftalmologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) – Santo André (SP) –
Brasil;
2
Setor de Plástica Ocular e Setor de Órbita da Disciplina de Oftalmologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) – Santo André (SP) – Brasil;
3
Disciplina de Oftalmologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) – Santo André (SP) – Brasil.
Trabalho desenvolvido na Disciplina de Oftalmologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) – Santo André (SP) - Brasil.
Os autores declaram não haver conflitos de interesse
Recebido para publicação em: 29/8/2011 - Aceito para publicação em: 25/4/2012
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 364-7
Eficácia do resfriamento da pele no alívio da dor desencadeada pela injeção de toxina botulínica tipo A nas distonias faciais
365
INTRODUÇÃO
As distonias musculares da face são caracterizadas por
fechamento espasmódico e involuntário das pálpebras
e evoluem com aumento progressivo da frequência e
intensidade dos espasmos, levando o indivíduo a ter cada vez
mais limitações em suas atividades diárias (1) . O blefaroespasmo
essencial benigno (BEB) e o espasmo hemifacial (EHF) são as
distonias faciais mais frequentes.
O blefaroespasmo é uma disfunção muscular de etiologia
ainda desconhecida. Faz parte do grupo de discinesias
craniocervicais, caracterizado por movimentos involuntários da
face, língua, palato, faringe, cordas vocais e pescoço. Pode aparecer
de forma isolada, com acometimento dos músculos
periorbitários (m. orbicular, m. prócero e m. corrugador), sendo
chamado de blefaroespasmo essencial benigno (BEB), ou fazer
parte de outras síndromes como Meige ou Brüeghel. O BEB é
bilateral em 88% dos casos (1) . Muitas vezes as contrações se iniciam
em um grupo muscular, espalhando-se para grupos adjacentes
com o passar do tempo (2) .
O EHF caracteriza-se por contrações involuntárias unilaterais
dos músculos inervados pelo VII par craniano. Possui
etiologia distinta das síndromes mencionadas anteriormente,
visto estar relacionado à estimulação do VII nervo próximo à
sua origem. Diferentemente do BEB, pode persistir durante o
sono e frequentemente cursa com enfraquecimento da musculatura
facial subjacente (3) . É melhor classificado no grupo das
mioclonias (4) .
Os diagnósticos de BEB e de EHF exigem exames
oftalmológico e neurológico completos (3) . Deve ser feito diagnóstico
diferencial com: blefaroespasmo reflexo (secundário a
irritações corneanas provocadas por triquíase, entrópio, blefarite
e olho seco), fotofobia secundária a uveíte anterior ou catarata
subcapsular posterior , secundário a drogas, associado a doenças
neurológicas, miocmia do m. orbicular, apraxia palpebral, histeria
(2,3) .
Atualmente, o tratamento mais seguro e eficaz consiste em
aplicações perioculares de toxina botulínica tipo A (BTX A),
uma proteína de alto peso molecular que causa paralisia muscular
pelo bloqueio pré-sináptico na placa motora (5,6) .
Apesar do considerável benefício gerado pelas aplicações
de BTX A, muitos pacientes queixam-se da dor durante as injeções.
Alguns métodos têm sido tentados para minimizar a dor. O
uso de pomada anestésica como EMLA ® tem demonstrado eficácia
em alguns estudos (7,8) . Desde a antiguidade, gelo e neve são
utilizados em medicina para combater febre, dor relacionada a
gota e queimaduras. Atualmente, a crioterapia tem se mostrado
indispensável em diversos tratamentos nas áreas de reumatologia,
ortopedia, medicina esportiva e neurologia. (9) A crioanestesia
tem ganhado cada vez mais importância na dermatologia, tanto
por promover anestesia da pele para diversos tratamentos a
laser, como proteção térmica, permitindo maiores níveis de energia
aplicados (9,10) . O resfriamento da pele tem se mostrado eficaz
em produzir anestesia, sendo utilizado como jatos de ar frio,
gelo, dentre outros (9,11) .
O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia do resfriamento
da pele com gelo no alívio da dor desencadeada pela injeção de
toxina botulínica tipo A na região periocular em pacientes portadores
de distonia facial.
MÉTODOS
Estudo prospectivo, realizado no setor de Plástica Ocular
da disciplina de oftalmologia da Faculdade de Medicina do ABC
(FMABC). Foram incluídos 13 pacientes portadores de distonia
facial tratados com aplicação de toxina botulínica tipo A
(Prosigne ® - fabricado por Lanzhou Institute of Biological
Products - China - importado pela Cristália) na região periocular.
Tanto os pacientes portadores de BEB como de EHF foram
submetidos à aplicação bilateral de BTX-A na região glabelar
(Figura 1). No primeiro grupo o objetivo foi controlar o espasmo
e no segundo controlar o espasmo ipsilateral e reduzir as
rítides contralaterais.
Os critérios de exclusão foram: uso crônico de analgésicos
ou ansiolíticos, neuropatias centrais ou periféricas, antecedente
pessoal de alergia aos componentes da BTX A ou aos da pomada
Epitezan ® .
Cada participante foi devidamente orientado sobre o estudo
e assinou o termo de consentimento livre e esclarecido de
forma voluntária. O estudo foi revisado e aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina do ABC.
A avaliação da eficácia do resfriamento da pele com gelo
como anestésico foi realizada na região glabelar. Antes das injeções,
o lado direito recebeu aplicação de gelo por 5 minutos e no
outro lado foi aplicada pomada Epitezan ® (pomada oftálmica -
acetato de retinol 10.000UI, aminoácidos 2,5%, metionina 0,5%,
cloranfenicol 0,5%, da Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda.),
funcionando como placebo.
Observou-se eritema local após aplicação do gelo em todos
os pacientes. Logo após a retirada da bolsa de gelo foi feita
antissepsia da pele e retirada da pomada Epitezan ® do lado
oposto com álcool a 70%, e aplicada BTX-A pela técnica de
Brow, iniciando-se pelo lado que recebeu gelo.
Após a aplicação em cada lado o paciente era solicitado a
dar uma nota para a dor sentida, numa escala de 0 (zero) a 10
(dez), sendo 0 ausência completa de dor e 10 a dor mais intensa.
Para análise estatística dos resultados foi utilizado um teste
de hipóteses onde considerou-se a hipótese nula (H 0
) como
aquela que apresenta média das diferenças igual a zero (0) e
desvio padrão um (1), em uma curva normal (Figura 2). Como
hipótese alternativa (H A
) foram consideradas a média e o desvio
padrão da amostra coletada. A hipótese nula H 0
enuncia a
Figura 1: Locais de injeção da toxina botulínica na região glabelar
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 364-7
366 Monteiro PBBM, Fonseca Júnior NL, Rehder JRCL
Tabela 1
Idades dos pacientes, diagnóstico e nota da dor referida
Figura 2: Representação gráfica da curva normal e a variação do
desvio padrão em relação à média
afirmação contra a qual procuramos evidência, que seria não
haver diferença entre usar ou não o gelo para analgesia. A estatística
de teste mede o quanto os dados amostrais divergem da
hipótese nula (resultados que gerassem média zero, ou seja, média
zero para as diferenças de notas dadas pelos pacientes para a
dor). Se a estatística de teste estiver na direção sugerida pela
hipótese alternativa H A
, temos dados que seriam improváveis se
H 0
fosse verdadeira. A probabilidade calculada supondo-se que
H 0
é verdadeira, de que a estatística de teste assumisse um valor
tão ou mais extremo do que o valor realmente observado, é
chamada de p-valor. Quanto menor o p-valor, mais forte a evidência
contrária à H 0
fornecida pelos dados (12) .
RESULTADOS
Dos 13 pacientes estudados, 4 eram portadores de BEB e
9 de EHF. Ambos os grupos foram submetidos a injeção bilateral
de BTX-A na região periocular e glabelar
A idade dos pacientes que participaram deste estudo variou
entre 59 e 89 anos, sendo a média das idades 71,15 ± 10,6.
(Tabela 1).
As notas dadas pelos pacientes para graduar a dor sentida
após as aplicações estão demonstradas na tabela 1. A média das
notas dadas pelos pacientes à dor da injeção do lado onde foi
aplicado placebo foi 3,92 ± 3,28. No local onde foi aplicado gelo a
média de notas de dor foi de 2,92 ± 2,18.
A média de H A
(média da diferença entre as notas do lado
com e sem resfriamento) foi de 1,0 (Tabela 1). O desvio padrão
da média das diferenças entre notas (1,0) foi de 1,68. Sabendose
que o desvio padrão da população (DP ou σ ) é igual ao desvio
padrão da amostra dividido pela raiz de n (neste estudo,
treze amostras), então:
DP = 1,68/ 13; DP = 1/ 3,61 = 0,465.
Chamando-se de Z o coeficiente de probabilidade em uma
curva normal, a média de H A
(média das notas dos pacientes,
a hipótese alternativa) e µ (a média de H 0
ou hipótese nula, onde
a média das diferenças entre as notas seria zero caso as notas
entre gelo e placebo fossem iguais), temos a equação da curva
normal que define Z= - µ / σ ; onde Z será o quociente entre
a diferença entre a média de H A
e a média de H 0
e o desvio
padrão. Desta forma temos:
Z = (1,0-0) / 0,465 = 1/0,47 = 2,13
Paciente Idade Diagnóstico Nota lado Nota lado Diferença
placebo gelo entre notas
1 64 EHF 10 7 3
2 61 BEB 7 5 2
3 83 EHF 0 0 0
4 60 EHF 1 2 -1
5 89 EHF 7 5 2
6 76 EHF 6 3 3
7 73 EHF 6 5 1
8 75 BEB 2 4 -2
9 82 EHF 0 0 0
10 60 BEB 2 1 1
11 59 BEB 5 3 2
12 63 EHF 0 1 -1
13 80 EHF 5 2 3
Média 71,15 3,92 2,92 1,0
Na prática, o valor de Z ser 2,13 significa que encontramos
a média das diferenças de percepção de dor 2,13 vezes maior
que o desvio padrão na curva normal, que é a unidade. Muito
raramente encontraríamos esse valor se de fato não existisse
diferença nos procedimentos (13) .
Consultando a tabela normal temos, para o valor de Z =
2,13, que a probabilidade da média das diferenças de percepção
de dor é maior que 0,9834. Sendo o p-valor a probabilidade de
H 0
ser verdadeira, fazemos seu cálculo por 1 - 0,9998 = 0,0166.
Assim sendo, o p-valor ser 0,0166 nos diz que é muito improvável
que a anestesia com gelo seja ineficaz, ou seja, a probabilidade
da analgesia com gelo ser ineficaz seria de 1,66%.
DISCUSSÃO
Segurança e conforto no tratamento são fundamentais
para a adesão terapêutica, assim como a eficácia, custo e disponibilidade
dos medicamentos envolvidos. Dor e estresse desencadeados
por injeções repetidas podem gerar um desconforto tamanho
que ocasione abandono do tratamento. (11) Diversos autores
têm sugerido aplicação de EMLA® para minimizar a dor
da injeção de toxina botulínica (11,14) , de punções venosas, (15-17)
lombares (18) , acessos arteriais (19) e procedimentos dermatológicos
superficiais (11,20,21) . Porém, a necessidade de contato da pomada
com a pele por 60 minutos torna o método pouco prático. Alguns
autores utilizam lidocaína e epinefrina para diluir a BTX,
mas este método atua apenas na redução da dor durante a injeção
do medicamento, não atuando na punctura da pele com a
agulha (11,21) .
O poder anestésico, analgésico e protetor térmico do
resfriamento tem sido largamente empregado em procedimentos
médicos, mostrando-se um método efetivo na prevenção da
dor durante injeção (22-26) . Os receptores de dor são terminações
nervosas livres, bastante prevalentes em camadas superficiais da
pele. Desta forma, quando uma agulha, ainda que fina, é inserida
na pele, há dor aguda. O frio previne a percepção da dor através
de seu efeito nos nociceptores, diminuindo o tempo de condução
e a atividade sináptica em nervos periféricos. (11)
No estudo de Linder JS et al. (10) o efeito anestésico do gelo
foi testado antes da injeção de BTX A, assim como no estudo
desenvolvido por Elibol O et al. (11) Ambos obtiveram resultados
favoráveis à aplicação do gelo, este com p
Eficácia do resfriamento da pele no alívio da dor desencadeada pela injeção de toxina botulínica tipo A nas distonias faciais
367
No presente estudo houve grande desvio padrão nas notas
finais, provavelmente devido à diferença de sensibilidade à
dor para cada paciente. Assim, um paciente pouco sensível à dor
como o paciente #13 deu nota 5 para o lado placebo e 2 para o
lado gelo, resultando em uma diferença de 3. Já o paciente #1,
por exemplo, mostrou-se mais sensível à dor atribuindo nota 10
para o lado placebo e 7 para o do gelo. Nota-se neste caso notas
muito mais altas, gerando alto desvio padrão das notas, mas
mantendo a diferença de 3 entre os dois lados. Esta observação
torna o estudo coerente, já que o resultado esperado foi observado
nos dois casos (e na amostra total, com p
368 ARTIGO ORIGINAL
Avaliação da fenda palpebral após aplicação de
toxina botulínica tipo A em pacientes
com distonias faciais
Evaluation of palpebral fissure after botulinum toxin type
A injection in patients with facial dystonias
Mariana Eleonora Pereira Cunial 1 , Nilson Lopes da Fonseca Junior 1 , José Ricardo Carvalho Lima Rehder 2
RESUMO
Objetivo: Avaliar a medida da fenda palpebral em pacientes com blefaroespasmo essencial benigno (BEB) e espasmo hemifacial
(EHF) após a aplicação periocular de toxina botulínica tipo A. Métodos: Foram estudados pacientes portadores de BEB e EHF
submetidos à injeção periocular de toxina botulínica tipo A pela técnica inner orbital de aplicação. Os pacientes foram fotografados
em PPO antes da aplicação e catorze dias depois dela. A fenda palpebral foi mensurada nestas imagens por meio de processamento
computadorizado de imagens, utilizando o programa ImageJ. As alterações da fenda palpebral foram observadas comparando-se as
medidas obtidas no pré e pós-aplicação. Resultados: Comparando-se as imagens obtidas com o programa ImageJ, houve aumento
estatisticamente significante (p
Avaliação da fenda palpebral após a aplicação de toxina botulínica tipo a em pacientes com distonias faciais
369
INTRODUÇÃO
Distonias faciais são caracterizadas por contrações musculares
involuntárias repetitivas e frequentemente levam
ao desenvolvimento de posturas anormais (1) . O
início destas distonias faciais é insidioso, com o aumento da freqüência
do piscar. O paciente acredita ser uma irritação ocular
desencadeada pela luz ou diminuição do filme lacrimal e os anos
podem se passar até que seja feito o diagnóstico correto (2) .
Trata-se de uma doença multifatorial em sua origem e
manifestação. Alguns pacientes podem apresentar também contrações
involuntárias de outros grupos musculares, caracterizando
a síndrome de Meige, síndrome de Brueghel ou distonia
orofacial idiopática (3) .
Na prática oftalmológica, as distonias faciais mais frequentemente
observadas são o blefaroespasmo essencial benigno
(BEB) e o espasmo hemifacial (EHF) (4) .
As modalidades de tratamento dessas alterações consistem
em medicações via oral, intervenções cirúrgicas, aplicação
local de toxina botulínica e outros métodos complementares,
como psicoterapia (4-6) . Dentre tais modalidades, a mais consagrada
é a aplicação periocular de toxina botulínica tipo A (7) .
Após aplicação dessa toxina na região periocular, em alguns
casos têm sido observadas complicações, como dor, edema
e hematoma locais, diminuição da sensibilidade local e fotofobia,
além de ectrópio e ptose palpebral ipsilaterais (8,9) .
A alteração do posicionamento palpebral é decorrente da
ação desta toxina nos músculos retratores (músculo elevador da
pálpebra superior, músculo de Muller, músculo frontal) ou
protatores (músculos orbicular e secundários) (10,11) .
A distância entre as margens palpebrais superior e infe-
rior em posição primária do olhar (PPO) tem sido utilizada
para avaliar a fenda palpebral, com valores de normalidade
entre 8 e 11 mm. Se a fenda palpebral medida apresentar valor
menor que 8 mm, ptose deve ser considerada. Da mesma forma,
presume-se retração palpebral se surgirem valores maiores
que 11 mm (12) .
O objetivo deste estudo é avaliar a medida da fenda
palpebral em pacientes com blefaroespasmo essencial benigno e
espasmo hemifacial após a aplicação periocular de toxina
botulínica tipo A.
MÉTODOS
Foram estudados pacientes portadores de BEB e EHF
submetidos à injeção periocular de toxina botulínica tipo A pela
técnica inner orbital de aplicação (BEB totalizando 30U e EHF,
20U) no Setor de Plástica Ocular da Disciplina de Oftalmologia
da Faculdade de Medicina do ABC (13) . Cada frasco desta toxina
contém 100U de droga, devendo permanecer no congelador à
temperatura de -5º C até sua utilização. A droga foi reconstituída
em 4,0 ml de soro fisiológico, resultando numa concentração de
2,5U da toxina em cada 0,1 ml de solução. A diluição da toxina foi
realizada alguns minutos antes da injeção. Foram injetadas 2,5U
e 5U nos músculos protactores das pálpebras (músculo orbicular
do olho, próceros e corrugadores dos supercílios), conforme
demonstrado (Figura 1) (14) .
Os pacientes foram fotografados em PPO com uma câmera
digital Sony Cyber-shot DSC-W370 14.1 Mega Pixels, antes da aplicação
e catorze dias depois dela. A fenda palpebral foi mensurada
nas imagens por meio de processamento computadorizado, utilizando-se
o programa ImageJ. As imagens foram padronizadas por
meio da colocação de uma etiqueta, de tamanho conhecido (13
Figura 1: Técnica inner orbital de aplicação de toxina botulínica tipo A em pacientes com BEB - bilateral totalizando 30U(A) e EHF - unilateral
totalizando 20U (B). Em destaque, os locais onde devem ser aplicadas cada injeção da toxina (ponto X = 2,5 U, ponto X = 5 U)
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 368-71
370
Cunial MEP, Fonseca Junior NL, Rehder JRCL
Tabela 1
Alterações na medida da fenda palpebral nos pacientes
com BEB e EHF antes e após a aplicação periocular
de toxina botulínica tipo A
Figura 2: Método utilizado para quantificar a fenda palpebral baseado
na medida da distância entre as margens palpebrais superior e
inferior por meio de processamento computadorizado de imagens. A
etiqueta de tamanho conhecido na fronte da paciente serve para
padronizar a imagem. Nesta imagem, paciente do sexo feminino no
décimo quarto dia pós aplicação de toxina botulínica tipo A para
tratamento de BEB
mm), na fronte dos pacientes avaliados (Figura 2).
As alterações da fenda palpebral foram observadas, comparando-se
as medidas obtidas antes da aplicação e depois dela.
RESULTADOS
Dos 19 pacientes avaliados, dez eram portadores de BEB
e nove de EHF.
Comparando-se, por meio do programa ImageJ, as imagens
obtidas, houve aumento da fenda palpebral em 14 olhos
(51,8%) após aplicação de injeção periocular da toxina botulínica,
e nenhuma das imagens analisadas apresentou diminuição da
fenda palpebral, segundo demonstrado na tabela 1.
Neste trabalho a variável de teste (t n-1
) da distribuição t de
Student foi de 3,724 (p
Avaliação da fenda palpebral após a aplicação de toxina botulínica tipo a em pacientes com distonias faciais
371
4. Patil B, Foss AJ. Upper lid orbicularis oculi muscle strip and sequential
brow suspension with autologous fascia lata is beneficial
for selected patients with essential blepharospasm. Eye (Lond).
2009;23(7):1549-53.
5. Tartaro G, Rauso R, Santagata M, Santillo V, Itro A. Lower facial
contouring with botulinum toxin type A. J Craniofac Surg.
2008;19(6):1613-7.
6. Seider N, Beiran I, Miller B, Gilboa M, Kaltreider S. [Upper lid
frontalis suspension as a treatment for essential blepharospasm].
Harefuah. 2005;144(11):774-6, 823. Hebrew.
7. Osawa M. [Current status and prospects of medical therapy for
dystonia]. Rinsho Shinkeigaku. 2006;46(11):967-9. Japanese.
8. Roggenkämper P. [What to do in cases of inadequate effectiveness
of botulinum toxin for the treatment of eyelid cramping?].
Ophthalmologe. 2007;104(9):763-6. German.
9. Carruthers J, Carruthers A. Complications of botulinum toxin type
A. Facial Plast Surg Clin North Am. 2007;15(1):51-4, vi. Review.
10. Burmann TG, Valiatti FB, Correa ZM, Bayer M, Marcon I. Medida
da distância reflexo margem por meio de processamento
computadorizado de imagens em usuários de lentes de contato
rígidas. Arq Bras Oftalmol. 2008;71(1):34-7.
11. Cruz AA, Lucchezi MC. Quantification of palpebral fissure shape
in severe congenital blepharoptosis. Ophthal Plast Reconstr Surg.
1999;15(4):232-5.
12. Cruz AA, Coelho RP, Baccega A, Lucchezi MC, Souza AD, Ruiz
EE. Digital image processing measurement of the upper eyelid
contour in Graves disease and congenital blepharoptosis. Ophthalmology.
1998;105(5):913-8.
13. Price J, Farish S, Taylor H, O’Day J. Blepharospasm and hemifacial
spasm. Randomized trial to determine the most appropriated
location for botulismum toxin injections. Ophthalmology.
1997;104(5):865-8.
14. Carvalho RMLS, Gomi CF, Carvalho ALS, Matayoshi S, Moura
EM. Tratamento do blefaroespasmo e distonias faciais correlatas
com toxina botulínica - estudo de 16 casos. Arq Bras Oftalmol.
2003;66(1):13-6.
15. Demer JL, Holds JB, Hovis LA. Ocular movements in essential
blepharospasm. Am J Ophthalmol. 1990;110(6):674-82.
16. Ceballos-Baumann A. [Botulinum toxin. Development for therapeutic
purposes]. Nervenarzt. 2008;79 Suppl 1:3-8. German.
17. Badarny S, Susel Z, Honigman S. Effectivity of Dysport in patients
with blepharospasm and hemifacial spasm who experienced
failure with Botox. Isr Med Assoc J. 2008;10(7):520-2.
18. Barbosa ER, Haddad MS, Silva HCA, Carvalho MJ, Bittar MS.
Espasmo hemifacial: tratamento com toxina botulínica. Arq Bras
Neurocir. 1994;13(3):119-22.
19. Van den Bergh P, Francart J, Mourin S, Kollmann P, Laterre EC.
Five-year experience in the treatment of focal movement disorders
with low-dose Dysport botulinum toxin. Muscle Nerve.
1995;18(7):720-9.
20. Barbosa ER, Silva HCA, Haddad MS, Bittar MS. Blefaroespasmo:
tratamento com toxina botulínica. Rev Hosp Clin Fac Med Univ
São Paulo. 1996;51(6):220-3.
21. Lucci LMD. Blefaroespasmo essencial benigno. Arq Bras Oftalmol.
2002;65(5):585-9.
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 368-71
372 ARTIGO ORIGINAL
Pterygium: prevalence and severity in an
Amazonian ophthalmic setting, Brazil
Pterígio: prevalência e gravidade em um cenário
oftálmico na Amazônia, Brasil
Sophie Joanna Coutts 1 , Andrew Coombes 2
ABSTRACT
Objective: This is a cross sectional ophthalmic clinic-based study to estimate the prevalence and severity of pterygium in a selected
population in the Amazon Basin, Brazil. Methods: The study included 225 subjects above 20 years age from three different places of
residence of Manaus city (group 1, n=89), river based communities (group 2, n= 116) and indigenous rainforest inhabitants (group 3,
n=20). Pterygia was graded 1-4 by torch examination and gender, age and occupation determined. Results: were assessed to have
pterygia (grades 2-4) 117 people; 52% against 108 control subjects with bilateral disease in 43% of subjects. Prevalence of grades 2-4
increased from 36% in group 1 to 62.5 % in group 2 and 75% in group 3. Of these subjects the percentage with outdoor professions
increased across the groups from 31.2% to 67.1 % and 70% respectively. Also subjects of group 2 who worked largely outdoors, showed
increasing pterygia severity, from grades 2 at 57% (p=0.0002), grade 3 at 93.3% (p,0.0001) to grade 4 at 100% (p=0.0004 Conclusion:
Amazonian communities have a high prevalence of pterygia, which correlates to greater outdoor occupation and sun exposure. This
study agrees with previous worldwide reports and it is the first study to compare the prevalence of pterygium in rural and urban living
in Amazonian in Brazil. This study highlights the public health significance and gross need for intervention studies.
Keywords: Pterygium/epidemiology; Prevalence; Public health; Severity of illness index; Sunlight
RESUMO
Objetivo: Este é um estudo clínico oftálmico transversal para estimar a prevalência e gravidade de pterígios em uma população
específica na bacia Amazônica, Brasil. Métodos: O estudo incluiu 225 indivíduos acima de 20 anos de idade, oriundos de três
diferentes residências na cidade de Manaus (grupo 1, n = 89), comunidades ribeirinhas (grupo 2, n = 116) e indígenas que habitam
nas florestas (grupo 3, n = 20). Pterígios foram classificados de 1-4 pelo exame com tocha e determinando-se sexo, idade e ocupação.
Resultados: Foram diagnosticadas 117 pessoas com pterígio (graus 2-4); 52% contra 108 indivíduos com doença bilateral em 43% dos
indivíduos. Prevalência de graus 2-4 aumentou de 36% no grupo 1 para 62,5% no grupo 2 e 75% no grupo 3. Dentre estes indivíduos,
o percentual com profissões ao ar livre aumentou entre os grupos para 31,2%, 67,1% e 70%, respectivamente. Além disso, indivíduos
do grupo 2 que trabalhavam em grande parte ao ar livre, mostrou aumento da gravidade do pterígio, com grau 2 a 57% (p=0.0002),
grau 3 a 93.3% (p,0.0001) e grau 4 a 100% (p=0.0004). Conclusão: Comunidades amazônicas têm uma alta prevalência de pterígios,
que se correlaciona com maior ocupação ao ar livre e exposição ao sol. Este estudo concorda com relatórios anteriores em todo o
mundo e é o primeiro estudo a comparar a prevalência de pterígio nas zonas rural e urbana da Amazônia no Brasil. Este estudo
destaca a importância da saúde pública e a necessidade de estudos de intervenção.
Descritores: Pterígio/epidemiologia; Prevalência; Saúde pública; Índice de gravidade da doença; Luz solar
1
Broomfield Hospital, Mid Essex Hospitals NHS Trust, Chelmsford, Essex, United Kingdom;
2
St Bartholomews’ & The Royal London University NHS Hospital Trust, London, United Kingdom.
Conflict-of-interest disclosure : None of the authors have any proprietary interests or conflicts of interest related to this submission. The work
received research funding from the The Wellcome Trust and The Worshipful Company of Barbers, London.
Recebido para publicação em: 2/9/2011 - Aceito para publicação em: 27/5/2012
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 372-6
Pterygium: prevalence and severity in an Amazonian ophthalmic setting, Brazil
373
INTRODUCTION
Worldwide studies associate risk factors such as
ultraviolet sunlight exposure, dry climatic conditions
and genetics with the development of pterygia (1-5) .
Usually pterygia are small and asymptomatic conjunctival ‘wing
– shaped’ extensions on to the cornea, but when large may
produce discomfort, poor cosmetic appearance and loss of visual
acuity, which requires surgery to correct (6,7) .
The aim of this project was to determine and compare the
severity and prevalence of pterygia within three different
population groups in an ophthalmic clinic setting based on
location within the Amazon basin, Brazil.
METHODS
A random observational cross sectional study of 225
subjects was carried out within the tropical Amazon basin of
Brazil, 3 degrees south of the equator. Subjects were divided
into three groups based on place of residence. The Amazonian
urban capital city of Manaus, population 1,634,000 was classed
group 1 (n= 89), with data collated from general
ophthalmology clinics held at the Institute de
Ophthalmology, Manaus. Smaller community held clinics in
Borba and Manacapuru, which are located on Amazon River
tributaries interior to Manaus (population 35,525 and 83,703
respectively) formed group 2 (n=116). Group 3 (n=20)
comprised. of indigenous rainforest inhabitants from the
Muru tribe, of uncertain population, who live by fishing and
farming and were few in number as they had travelled long
distances to visit relatives within Borba where they were
assessed for this study.
All participants were over 20 years of age and within
groups 1 and 2 selected randomly from alternating seats in
the clinic waiting rooms. Data from group 3 was collected from
inhabitants of alternating huts specifically accommodating
visiting indigenous population. Informed consent was gained
in accordance with the Declaration of Helsinki and institutional
review board approval sought from The Institute of
Ophthalmology, Manaus, Amazonia, Brazil. In addition to their
age and place of residence (groups 1-3), the subjects were
asked their current occupation. Occupation was classed as
either predominantly ‘indoor’ (cleaners, office workers,
teachers) or ‘outdoor’ (motorcycle taxi drivers, farmers,
fishermen) and interpreted as a direct surrogate to sunlight
daily exposure, with > 5 hours/day for outdoor occupations
and < 5hours/day for indoor occupations. Subjects were also
asked about use of sunhats, sunglasses and motorcycle helmets
where appropriate.
Each eye was assessed for pterygia using a pen torch by
one trained person only. Grading was on a scale of 1-4 as shown
in figure 1. Grade 1 pterygium can be mistaken for pinguecula,
an eye condition previously, but incorrectly, thought to
degenerate to produce pterygia, and so was not recorded in this
study. (2,3) Where one eye had temporal and nasal pterygia of
differing severities, or there was bilateral involvement, the more
severe form was recorded for grading purposes.
RESULTS
Within the three study groups, 117 of the 225 subjects (52%)
had pterygia. Ages ranged from 21 to 61 years (mean – 47.7
years). The occurrence of right and left eye pterygia was of a
similar distribution at 31% and 26% respectively, with a relatively
high bilateral prevalence result of 43%.
There was no statistically significant relationship between
gender and pterygia across groups 1, 2 and 3 with p values of
0.1077, 0.2203 and 0.1967 respectively as shown in table 1. The
more severe grades of pterygia within group 1 were however
associated with the male gender, a trend also seen within groups
2 and 3, with for example grade 3 recorded in 66.6% of males in
group 2 as shown in table 2.
Table 1 shows the predominance of pterygia across all
groups around the ages 31- 50 years. The most severe form of
grade 4 across all groups was only recorded in patients above 41
years of age.
The results suggest a strong correlation between the
prevalence of pterygia and place of residence. Group 1 has a
percentage prevalence of 36% (CI 30.8- 63.6) which increases to
62.5% (CI 53.2- 70.9) in group 2 and is greatest at 75.0% (CI
53.1- 88.9) in group 3. This is a trend observed across the three
groups with increasing severity of pterygia, where the indigenous
sample in group 3 showed the greatest prevalence of all three
grades. For example grade 3 pterygium showed a percentage
prevalence of 4.5% (p 5 hours/ day sunlight with
severity of pterygia (Table 2) shows an upward trend within the
three groups. For example grade 2 pterygia in correlation with
sun exposure increases from 30% in group 1 to 57% in group 2
to 100% in group 3. The results are significant within group 2
GRADE 1 GRADE 2 GRADE 3 GRADE 4
Figure 1: Pterygium grading severity (1-4); a) grade 1- at the conjunctiva (to the limbus); b) grade 2 - 1-2mm across the cornea; c) grade 3 - to
the pupil; d) grade 4 - half way across the pupil
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 372-6
374
Coutts SJ, Coombes A
Table 1
Prevalence and percentage comparisons (%) with x 2 analysis (p values) between pterygium and control
subjects for grades 2-4 pterygia across the age groups (where: group 1- Manaus, group 2 - Manacapuru & Borba, group
3 - Muru indigenous people) where CI is estimated population 95% confidence intervals
Group 1 Group 2 Group 3
number (%) number (%) number (%)
Total subject number 89 116 20
Number with pterygia grade 2-4 32 70 15
Prevalence 36.0%CI 30.8- 63.6 62.5%CI 53.2- 70.9 75.0%CI 53.1- 88.9
Age 21-30 5 (15.6 ) 26 (37.1) 2 (13.3)
31-40 10 (31.2) 4 ( 5.7 ) 3 (20 )
41-50 7 (21.9) 12 (17.1) 3 (20 )
51-60 7 (21.9) 19 (27.1) 2 (13.3)
61 above 3 (9.4) 9 (12.9) 5 (33.3)
Cases Controls Cases Controls Cases Controls
Subject number 32 57 70 46 15 5
Males (M) 15(46.9) 17(30) 53 (76) 30 (65) 4 (27) 0
Females (F) 17(53.1) 40(70) 17 (24) 16 (34) 11 (73) 5(100)
2.587 (p= 0.1077) 1.502 (p= 0.2203) 1.667 (p=0.1967)
Outdoor activity
5hrs/day 10(31.2) 3(5.267) 47(67.1) 9(19.6) 14(93.3) 4 (80)
x 2 11.09 (p= 0.0009) 25.16 (p< 0.0001) 0.74 (p= 0.389)
Table 2
Prevalence and percentage comparisons (%) between pterygia and control subjects for individual grades 2, 3 and 4 in
study groups 1-3 with age, gender and outdoor activity shown. x 2 analysis is recorded for each grade in correlation with
over 5 hours sun exposure for the 3 groups. (groups: 1- Manaus; 2- Borba/ Manacapuru; 3- Indigenous Muru tribe)
Group 1 Group 2 Group 3
prevalence (%) prevalence (%) prevalence (%)
Grade 2 27 (31) p= 0.0002 51 (27) p= 0.19 10 (50) p= 0.5
Sex Male 10 (37.0) 40 (78.0) 3 (30)
Female 17 (62.9) 11 (22.0) 7 (70)
Age 21-30 5 (18.5) 29 (56.9) 1 (10)
31-40 7 (25.9) 2 (3.9) 2 (20)
41-50 6 (22.2) 9 (17.6) 2 (20)
51-60 6 (22.2) 14 (27.5) 2 (20)
61 above 3 (35.5) 4 (7.8) 3 (30)
Outdoor activity Cases Controls Cases Controls Cases Controls
< 5hrs/day 19 (70) 3 (5) 22 (43) 9 (20) 0 4 (80)
> 5hrs/day8 8 (30) 54 (95) 29 (57) 37 (80) 10 (100) 1 (20)
x 2 (p value) 9.558 (p= 0.002) 14.12 (p= 0.0002) 2.14 (p= 0.143)
Grade 3 4 (4.5) p
Pterygium: prevalence and severity in an Amazonian ophthalmic setting, Brazil
375
(Borba/ Manacapuru) for grade 2 at 57% (x 2 ) 12.37 p=0.0004),
grade 3 at 93.3% (x 2 26.2 p 5 hours sunlight/day and pterygia grades
2 and 3. Although group 3 showed a high prevalence of the
more severe forms of pterygia, the study sample was too small
for the data to be statistically significant as shown in table 2.
DISCUSSION
To our knowledge this is the first study of pterygia within
the Amazon to compare rural and urban living with patterns
amongst a Brazilian population. This study was hospital based
with a single person assessing all individuals by handlight to
reduce bias.
Pterygium is reported to be more prevalent at tropical
latitudes. (3) Our overall prevalence of pterygia was 52 % and
studies in central Myanmar, of tropical climate, showed a pterygia
prevalence of 19.6% (8) . Both studies have prevalence rates greater
than the 1.2% recorded within an urban Melbourne Australian
temperate climate population (7) .
Our prevalence of bilateral pterygium (43%) agrees with
Jordanian studies led by Al-Bdour et al., where 44% of subjects
showed bilateral eye disease (3) , but is lower than that recorded
from Indonesian Archipelago studies (71.6%). (9) Reports by Saw
et al., 1999 suggest that pterygium occurs first in the eye which is
held open when facing the sun, or the dominant eye (10,11) . The
level of right and left eye disease in our study was 31% and 26%
respectively.
The results show pterygia is commonest between 31-
50 years of age, with more severe grades noted in the elderly
population of the indigenous sample and in Borba/
Manacapuru. There was no statistical relationship with age.
This finding is shared by a case control study in Perth,
Western Australia and highlights that intervention studies
will benefit all age groups (12) .
Our study, like that by Paula et al. (13) within two
indigenous Amazonian rainforest communities, showed no
correlation between sex and pterygia. This is in contrast to
studies led by Al- Bdour et al. within Jordan, a country where
males predominantly have outdoor jobs. (3) However within
the Amazon region, outdoor occupations are not exclusively
male dominated and gender is not surrogate for outdoor
occupation, making gender a variable association across
studies. (3,14,15) The Amazonian study with 624 indigenous
subjects from two tribes, showed the levels of pterygia to vary
from 36.6% for the group who live by river fishing to 13.7%
in the second group who live by hunting within the rainforest
under the sun protective forest canopy. It was suggested that
the social factor of length of time spent exposed to the sun led
to the prevalence difference between the two groups (13) .
A clear prevalence increase of pterygia was seen across
the groups of this study. The greatest prevalence was within
group 3 of the Muru tribe (75%), where the population live a
life of boat transport and self sufficient living by farming and
fishing. Group 2 (Borba/ Manacapuru) with pterygia
prevalence of 62.5 %, form communities reached by boat or
airplane with limited public transport, or none in the case of
Borba. Though the use of motorbike helmets is compulsory
in Brazil, from observations and questionnaire within Borba,
the motorbike owners rarely wore helmets, sunglasses or sun
hats, especially motorbike passengers, a finding also noted in
Manacapuru. In comparison, Manaus (group 1) where
prevalence is at 36%, has a public transport infrastructure,
more indoor occupations and motorbike riders generally wear
helmets as the roads are more hazardous and a fine from a
traffic officer is more likely. An Australian study comparing
urban and rural living showed rural levels of pterygia to be
five times as high as urban residents with UVB/ sunlight as
the main risk factor (7,8) . Also the Barbados Study with 4709
participants showed that outdoor workers had a pterygia level
twice frequent, but the level was only one fifth if the study
group always wore sunglasses outdoors (14) .
Data collected highlighted that within the Amazon there is
little knowledge that pterygium is, in part, due to excessive sunlight
exposure. With a high recurrence rate post surgery and with
limited access to surgery in remote communities, where the
majority earn the minimum wage or less, there would be significant
benefit from a national Brazilian campaign to highlight pterygia
and how it can be prevented or delayed in development. (14-17) It
is reported that an Australian in Perth, with 30 years sunlight
exposure of 3 hours a day with no sunglasses or hat, would have
a 77% lifetime reduction in sun exposure, if a hat and sunglasses
were used for ten years (12) . A public health campaign would
improve visual acuity, cosmesis and reduce national costs for
pterygia management. Studies in 2001 showed Australia to spend
yearly $AUD 8.3 million on therapeutic and surgical intervention
against pterygia (18) .
CONCLUSION
In conclusion pterygium has a multi-factorial
pathogenesis and within this Amazonian population is of
endemic proportions. This study showed pterygia to have the
greatest correlation with daily exposure to sunlight, although
the design was largely limited to ophthalmic clinic patients and
so does not reflect a true random sample of the three studied
populations. In hypothesis this may lead to an overestimation
of the true prevalence of pterygium; however the patients
attending ophthalmic clinics are inclusive of those seeking
refraction and so reflect a wider population base. A larger
representative sample for group three would be preferred
however the high prevalence of pterygia in the three study
group specifically in association to sunlight does highlight a
clear requirement for necessary educational intervention
studies. Such intervention should be aimed especially towards
outdoor communities and highlight the importance of
sunglasses and sunhats.
Acknowledgement
We would like to thank consultant Ophthalmologist Mr.
Jacob Cohen and the Ophthalmologists Sergio Duarte, Maurício
Vulcão Vasconcelos and Erica of the Institute of
Ophthalmology, Manaus, Amazonia, Brazil. Also kind thanks are
expressed to Borba’s municipal employees Aldine Mirella de
Souza e Freitas, Charute and also Andre for translation with the
Muru participants. We are grateful to The Wellcome Trust and
The Worshipful Company of Barbers, London for funding this
research.
REFERENCES
1. Schwab L. Eye care in developing nations. 3rd ed. San Francisco:
The Foundation of the American Academy of Ophthalmology;
1999.
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 372-6
376
Coutts SJ, Coombes A
2. Sachsenweger R. Illustrated handbook of ophthalmology. Chicago:
Wright; 1980.
3. Al-Bdour M, Al-Latayfeh MM. Risk factors for pterygium in an adult
Jordanian population. Acta Ophthalmol Scand. 2004;82(1): 64-7.
4. Wong TY, Foster PJ, Johnson GJ, Seah SK, Tan DT. The prevalence
and risk factors for pterygium in an adult Chinese population
in Singapore: the Tanjong Pagar survey. Am J Ophthalmol.
2001;131(2):176-83.
5. Gazzard G, Saw SM, Farook M, Koh D, Widjaja D, Chia SE, et al.
Pterygium in Indonesia: prevalence, severity and risk factors. Br
J Ophthalmol. 2002;86(12):1341-6.
6. Maheshwari S. Effect of pterygium excision on pterygium induced
astigmatism. Indian J Ophthalmol. 2003;51(2):187-8.
7. McCarty CA, Fu CL, Taylor HR. Epidemiology of pterygium in
Victoria, Australia. Br J Ophthalmol. 2000;84(3):289-92.
8. Durkin SR, Abhary S, Newland HS, Selva D, Aung T, Casson RJ. The
prevalence, severity and risk factors for pterygium in central Mynmar:
the Meiktila Eye Study. Br J Ophthalmol. 2008;92(1):25-9.
9. Tan CS, Lim TH, Koh WP, Liew GC, Hoh ST, Tan CC, Au Eong KG.
Epidemiology of pterygium on a tropical island in the Riau Archipelago.
Eye (Lond). 2006;20(8):908-12.
10. Saw SM, Tan D. Pterygium: prevalence, demography and risk
factors. Ophthalmic Epidemiol. 1999;6(3):219-28
11. Saw SM, Banerjee K, Tan D. Risk factors for the development of
pterygium in Singapore: a hospital- based case-control study. Acta
Ophthalmol Scand. 2000;78(2):216-20.
12. Threlfall TJ, English DR. Sun exposure and pterygium of the eye:
a dose- response curve. Am J Ophthalmol. 1999;128(3):280-7.
13. Paula JS, Thorn F, Cruz AA. Prevalence of pterygium and cataract
in indigenous populations of the Brazilian Amazon rain forest.
Eye (Lond). 2006;20(5):533-6.
14. Luthra R, Nemesure BB, Wu SY, Xie SH, Leske MC; Barbados
Eye Studies Group. Frequency and risk factors for pterygium
in the Barbados Eye Study. Arch Ophthalmol. 2001;119(12):
1827-32.
15. Khoo J, Saw SM, Banerjee K, Chia SE, Tan D. Outdoor work and
the risk of pterygia: a case-control study. Int Ophthalmol.
1998;22(5):293-8.
16. Solomon AS. Pterygium. Br J Ophthalmol. 2006;90(6):665-6. Comment
on Br J Ophthalmol. 2006;90(6):769-72.
17. Coroneo MT, Di Girolamo N, Wakefield D. The pathogenesis of
pterygia. Curr Opin Ophthalmol. 1999;10(4):282-8.
18. Wlodarczyk J, Whyte P, Cockrum P, Taylor H. Pterygium in Australia:
a cost of illness study. Clin Experiment Ophthalmol.
2001;29(6):370-5. Comment in Clin Experiment Ophthalmol.
2002;30(4):312.
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 372-6
ARTIGO ORIGINAL 377
Scleral buckle is good option for treatment
of uncomplicated retinal detachment
Introflexão escleral é boa opção para tratamento
de descolamento de retina não complicado
Iuuki Takasaka 1 , Fernando Rodrigo Pedreira Chaves 1 , Heitor Panetta 1 , Andrea Mara Simões Torigoe 1 ,
Valdir Balarin Silva 1 , Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira 1
ABSTRACT
Objetive: To describe the reattachment rate and visual acuity results of patients with uncomplicated rhegmatogenous retinal detachment
who underwent segmental scleral buckle surgery. Methods: Prospective case series of 100 patients with visual loss or symptoms (floaters
and photopsia) of less than 30 days’ duration scheduled for surgery. No patient had a retinal break greater than 30°, a retinal detachment
larger than 2 quadrants or proliferative vitreoretinopathy. Results: The 1-week, 1-month, and 6-month anatomical success rates were
93%, 100%, and 100%, respectively. Seven patients underwent one additional retinal detachment surgery (pars plan vitrectomy) after
primary failure at 1-week follow-up. The preoperative, 1-month, and 6-month best correct visual acuity were 20/100, 20/80, and 20/50,
respectively. The postoperative complications were: eyelid edema in 10% of the patients, transient ocular hypertension in 5%, macular
pucker in 3%, transient diplopia in 3%, and hyphema (
378
Takasaka I, Chaves FRP, Panetta H, Torigoe AMS, Silva VB, Lira RPC
INTRODUCTION
The rhegmatogenous is the most common type retinal
detachment (RD) and is caused by a full-thickness break
in the retina. As the vitreous becomes more liquefied with
age, a posterior vitreous detachment (PVD) occurs. However, in
certain eyes, strong vitreoretinal adhesions are present, and the
occurrence of a PVD can lead to a retinal tear formation. Fluid
from the liquefied vitreous can seep under the tear, leading to
fluid accumulation with the separation of the neurosensory retina
from the underlying retinal pigment epithelium. The use of
scleral buckles in conjunction with chorioretinal adhesions
around retinal breaks forms the basis of therapy for many
uncomplicated RD (1–6) .
The main purpose of this prospective case series was to
describe the reattachment rate and visual acuity results of patients
with uncomplicated rhegmatogenous retinal detachment who
underwent segmental scleral buckle surgery.
METHODS
A total of 100 patients were recruited to a prospective case
series from a private clinic in Recife, Brazil. Ethics committee
approval was obtained, and all participants gave informed consent
(CONEP 0147.0.172.000-06).
Inclusion criteria were primary rhegmatogenous RD with
a single peripheral retinal break. All patients had phakia, were
18 years or older, had partial or total PVD, and had visual loss or
symptoms (floaters and photopsia) of less than 30 days’ duration.
No patient had a retinal break greater than 30° or RRD larger
than 2 quadrants. Also, there was no history of uveitis or infectious
retinopathy, proliferative vitreoretinopathy, macular disease,
glaucoma, hemoglobinopathy, diabetic retinopathy, trauma or
previous vitreoretinal surgery.
The surgical procedure included peribulbar anesthesia with
8 mL of 0.75% ropivacaine hydrochloride, drainage of subretinal
fluid, and the placement of the segmental buckle in all patients.
Cryopexy or laserpexy was performed around the break.
Preoperative data were collected by means of a medical
history form completed by the physician at the time of
preoperative medical examination. Postoperative best-corrected
visual acuity, assessment of retinal reattachment, medical events,
and treatments were recorded on a standardized form by a
member of the medical staff. The outcomes were the 1-week, 1-
month and 6-month reattachment rates, best-corrected visual
acuity (with Early Treatment Diabetic Retinopathy Study charts),
rate of subsequent operations, and postoperative complications.
RESULTS
We enrolled 100 eyes of 100 patients scheduled to undergo
scleral buckle surgery. The demographic data were mean age 53
(SD=12) years old, mean symptoms duration of 12 (SD=9) days,
54 (54%) males, and 72 (72%) patients with RD affecting macula.
The 1-week, 1-month, and 6-month anatomical success rates
were 93% (93 patients), 100%, and 100%, respectively. Seven
(7%) patients underwent one additional retinal detachment
surgery (pars plan vitrectomy) after primary failure at 1-week
follow-up.
The preoperative, 1-month, and 6-month best correct visual
acuity were 20/100, 20/80, and 20/50, respectively (Figure 1
and Table 1).
Figure 1: Progression of visual acuity after segmental scleral buckle
surgery
Table 1
Mean BCVA in segmental scleral buckle surgery
BCVA Letters LogMar Snellen
Preoperative 52 0.72 20/100
1 - month 56 0.64 20 / 80
6 - months 70 0.36 20 / 50
BCVA - best correct visual acuity with early treatment diabetes retinopathy
study charts
The postoperative complications were: eyelid edema in 10%
of the patients (this patients received cryopexy), transient ocular
hypertension (duration < 7 days) in 5%, macular pucker (these
patients had RD affecting macula before surgery) in 3%, transient
diplopia (duration < 30 days) in 3%, hyphema (
Scleral buckle still is a good option for treatment of uncomplicated retinal detachment
379
remains the first choice for RD in select situations, as in case of
incomplete PVD (10,12) .
However, the high anatomical success rates found in this
study must be analyzed with caution because the treated patients
had primary RD and lacked high-risk characteristics, such as
cataract surgery, complete PVD, retinal break greater than 30°,
or presence of proliferative vitreoretinopathy.
The results of this study suggest that in patients with
uncomplicated retinal detachment, segmental scleral buckle
provide satisfactory anatomical and functional success. It is not
time to forget scleral buckle surgery.
REFERENCES
1. Lincoff HA, McLean JM. Cryosurgical treatment of retinal detachment.
II. Am J Ophthalmol. 1966;61(5 Pt 2):1227-34.
2. Yoon YH, Marmor MF. Rapid enhancement of retinal adhesion
by laser photocoagulation. Ophthalmology. 1988;95(10):1385-8.
3. Pastor JC, Fernández I, Rodríguez de la Rúa E, Coco R, Sanabria-
Ruiz Colmenares MR, Sánchez-Chicharro D, et al. Surgical outcomes
for primary rhegmatogenous retinal detachments in phakic
and pseudophakic patients: the Retina 1 Project—report 2. Br J
Ophthalmol. 2008;92(3):378-82.
4. Mahdizadeh M, Masoumpour M, Ashraf H. Anatomical retinal
reattachment after scleral buckling with and without retinopexy:
a pilot study. Acta Ophthalmol. 2008;86(3):297-301.
5. La Heij EC, Derhaag PF, Hendrikse F. Results of scleral buckling
operations in primary rhegmatogenous retinal detachment. Doc
Ophthalmol. 2000;100(1):17-25.
6. Ikuno PR, Ciconelli CRO. Laserterapia no pós-operatório da
cirurgia de descolamento de retina com introflexão escleral. Rev
Bras Oftalmol. 1994;53(3):33-7.
7. Fortes Filho JB, Bonomo PP, Gama AJC, Lubisco Filho H, Marcon
IM. Utilização do implante de silicone sólido em forma de cunha
em cirurgias do descolamento da retina associado à presença de
“boca de peixe”. Arq Bras Oftalmol. 1989;52(5):153-8.
8. Goldhardt R, Corrêa ZMS, Eichenberg MC, Marcon IM.
Retinopexia com introflexão escleral em serviço de ensino de
Oftalmologia. Rev Bras Oftalmol. 2001;60(2):126-31.
9. Sabates NR, Sabates FN, Sabates R, Lee KY, Ziemianski MC.
Macular changes after retinal detachment surgery. Am J
Ophthalmol. 1989;108(1):22-9.
10. Williams GA, Aaberg Jr TM. Techniques of scleral buckling. In:
Ryan SJ, editor. Retina. 4th ed. 2006.St Louis: Mosby; p. 2042-50.
11. Lobes LA Jr, Burton TC. The incidence of macular pucker after
retinal detachment surgery. Am J Ophthalmol. 1978;85(1):72-7.
12. McLeod D. Is it time to call time on the scleral buckle? Br J
Ophthalmol. 2004;88(11):1357-9.
Autor correspondente:
Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira, MD,
Department of Ophthalmology, State University of
Campinas
Rua Irmã Maria David 200, apto. 1302, CEP 52061-070
Recife, PE Brazil
Email: rodrigopclira@hotmail.com
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 377-9
380 ARTIGO ORIGINAL
Análise das causas de atendimento e prevalência
das doenças oculares no serviço de urgência
The causes and prevalence of medical attendance
for ocular diseases in an emergency
Maria Nice Araujo Moraes Rocha 1 , Marcos Ávila 2 , David Leonardo Cruvinel Isaac 3 , Laís Leão de Oliveira 4 ,
Luísa Salles de Moura Mendonça 4
RESUMO
Objetivo: Identificar as doenças oculares mais comumente presentes no serviço de urgência de um Centro de Referência em
Oftalmologia localizado na região Centro-Oeste do Brasil. Métodos: Estudo de delineamento transversal, observacional, retrospectivo
com análise de prontuários de atendimentos realizados no período de abril de 2009 a março de 2010, no Centro de Referência
em Oftalmologia - CEROF da Universidade Federal de Goiás. As variáveis estudadas foram idade, sexo, procedência, doenças
oculares diagnosticadas e doenças sistêmicas associadas. Resultados: Um número total de 2105 prontuários foram analisados neste
estudo. A faixa etária mais encontrada foi entre 15 e 29 anos (30,2%), seguida pela entre 30 e 39 anos (20,9%) e entre 40 e 49 anos
(14,9%), a idade média foi 34,3 anos. Houve predominância de pacientes do sexo masculino (64,8 %) em relação ao feminino
(35,2%). O local de procedência predominante foi o município de Goiânia (80,7%), com 19,2% de pacientes do interior do estado
e de outros estados. As maiores causas de atendimento foram: corpo estranho extraocular (25,5%), conjuntivites infecciosas (23,6%)
e ceratites e úlceras de córnea(11,3%), tumores de pálpebras e órbita(7,2%), olho seco(4,7%), e blefarite(3,8%). O trauma ocular
registrou prevalência de 6,3%.Conclusão: As doenças oculares atendidas mais frequentemente na urgência do CEROF são semelhantes
a outros serviços da mesma natureza no Brasil. A maior parte dos casos é considerada de resolução simples, que podem ser
tratados em serviços de atendimento primário, reduzindo a referência a serviços de atendimento terciário delegando a estes casos
de maior complexidade.
Descritores: Oftalmopatias/epidemiologia; Conjuntivite; Traumatismos oculares; Emergências; Prevalência
ABSTRACT
Objective: To identify the prevalence of ophthalmic diseases seen in the emergency department of a specialized center in Brazilian Center-
Western area. Methods: This is a retrospective transverse observation study based on patients chart who were seen at Ophthalmic
Reference Center (CEROF), Federal University of Goiás,Goiânia (GO) Brazil, between april, 2009 to march, 2010. Age, gender, origin,
ocular and associated systemic diseases were identified. Results: 2105 charts were analyzed. The age of patients ranged between 15-29
years-old (30.2%), 30-39 years-old (20.9%) and 40-49 years-old (14.9%), with a 34.3 years-old on average. Male gender were more
frequent than females (64.8% vs 35.2%). The majority of patients live in Goiania (80.7%) and the remaining (19.3) came from other cities
in the county area or from other states in Brazil. Ocular dust was the leading cause for medical attendance, followed by infectious
conjunctivitis (23.6%), keratitis and cornea ulcer (11.3%), tumors of the eyelids or the orbit (7.2%), dry eyes (4.7%), and blepharitis
(3.8%). Ocular trauma occurred in a 6.3% of patients. Conclusion: Ocular diseases in patients presenting at the emergency department
of an ophthalmic reference center in the Center-Western area have a similar prevalence as in other centers in Brazil. Most of them can be
treated in common health facilities and don’t need to be referred to specialized centers. These centers should deal with more complex
problems, saving costs and time.
Keywords: Eyes diseases; /epidemiology; Conjunctivitis; Eye injuries; Emergencies; Prevalence
1
Pós-graduanda (Mestrado) do Programa de Pós-graduação (Mestrado) em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Goiás (UFG) –
Goiânia(GO), Brasil;
2
Universidade Federal de Goiás (UFG) – Goiânia(GO), Brasil;
3
Universidade Federal de Goiás (UFG) – Goiânia (GO), Brasil;
4
Acadêmicas do curso de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) – Goiânia (GO), Brasil.
Trabalho realizado no Centro de Referência em Oftalmologia, Universidade Federal de Goiás (UFG) – Goiânia (GO), Brasil.
Os autores declaram não haver conflitos de interesse
Recebido para publicação em: 13/10/2011 - Aceito para publicação em: 15/7/2012
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 380-4
Análise das causas de atendimento e prevalência das doenças oculares no serviço de urgência
381
INTRODUÇÃO
Nos hospitais universitários e em serviços de atendimento
terciário em oftalmologia, os serviços de urgência
oftalmológica representam importante parte do atendimento
a pacientes com afecções oculares. Estes serviços são, em
muitos casos, a porta de entrada e contato inicial de pacientes
com um serviço oftalmológico, sendo atendidas, além de urgências
propriamente ditas, diversas outras doenças oculares de pacientes
que procuram estes serviços como atendimento inicial.
O Centro de Referência em Oftalmologia - CEROF é parte
integrante da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de
Goiás (UFG) e atende pacientes em parceria com a Secretaria
Municipal de Saúde através do Sistema Único de Saúde (SUS).
O conhecimento da prevalência no atendimento de urgência
oftalmológica é de extrema importância, pois possibilita fornecer
informações para o planejamento de estratégias preventivas,
estabelecimento de políticas de saúde e análise e
direcionamento do serviço onde se realizou a pesquisa.
O oftalmologista deve estar preparado para um diagnóstico
correto e tratamento apropriado de urgências oculares por
serem questões importantes para um prognóstico visual que
pode resultar em cegueira (1) . Estudos mostram que 5 a 82% das
consultas no departamento de emergência são por problemas
eletivos. Esta larga variação se deve ao desconhecimento da população
para definir um critério de urgência.
As causas mais comuns de atendimento na urgência ocular
(1–4) são traumas oculares, infecções oculares, tumores,
descolamento de retina e uveíte.
O trauma ocular tem importante impacto na saúde ocular
do paciente e socioeconômico no sistema de saúde. Dados da
Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que a cada ano
cerca de 55 milhões de traumatismos oculares são responsáveis
por perda de dias de trabalho (2) .
Segundo Goiato (4) , os traumas oculares são importantes causas
de perda ocular, sendo 42% de origem ocupacional (em torno
de 1 milhão de acidentes de trabalho oculares/ano). O trabalho
relata que a média de traumas ocupacionais atingindo o olho na
Inglaterra é de 45-52% e no Brasil, 10%. Estudos em pronto-socorro
de referência em hospital universitário do sul do Brasil referem
que os trabalhadores mais acometidos foram os operários das indústrias,
serralheiros e agricultores e o uso de óculos de proteção
foi baixo nos traumas oculares por acidentes de trabalho (2) .
Na região sul do Brasil estudos relatam que além dos traumas,
as inflamações palpebrais, os transtornos de conjuntiva, da
córnea e esclera foram os diagnósticos predominantes, dentre
os quais, o corpo estranho de córnea, as ceratites superficiais, a
conjuntivite, o pterígio, a blefarite são causas frequentes de procura
ao oftalmologista na urgência (5–6) .
Este estudo tem por objetivo identificar as doenças oculares
mais prevalentes, atendidas no setor de urgência em um
Hospital de referência em oftalmologia localizado na região Centro-oeste
do Brasil.
MÉTODOS
Foi realizado um estudo de corte transversal, retrospectivo
envolvendo 2.105 prontuários de pacientes atendidos no
ambulatório de urgência do Centro de Referência em Oftalmologia
do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás
(CEROF/UFG), através do Sistema Único de Saúde (SUS), representando
uma parcela de Goiás e Centro-Oeste brasileiro,
no período de abril de 2009 a março de 2010. O estudo foi aprovado
pelo Comitê de Ética do Hospital das Clínicas da Universidade
Federal de Goiás. Os atendimentos foram realizados por
oftalmologistas e residentes do serviço e registrados em prontuários
padronizados para a instituição.
A amostra de 2105 pacientes foi calculada com base no
total de 8689 pacientes atendidos na urgência do hospital no
período estudado (Intervalo de Confiança de 95% e erro de
estimativa de 0,05). Foram incluídos prontuários de pacientes
atendidos na urgência, sem discriminação pelo sexo ou idade e
excluídos prontuários com registros incompletos ou ilegíveis para
análise. A amostra foi calculada pelo modelo matemático de proporção
de acordo com o atendimento mensal na urgência, sendo
os prontuários selecionados de forma seqüencial no arquivo do
Hospital, até completar o número programado.
Foram analisados os dados de identificação do paciente
(idade, sexo, procedência) e do exame oftalmológico (anamnese,
antecedentes pessoais e familiares, biomicroscopia de câmara
anterior, tonometria de aplanação, fundoscopia e diagnóstico
conclusivo). Os dados foram registrados em planilhas e as doenças
categorizadas em 10 grupos de acordo com o diagnóstico
final. A idade dos pacientes foi dividida em sete faixas etárias: 0 a
14, 15 a 29, 30 a 39, 40 a 49, 50 a 59, 60 a 69 e > 70 anos. A
procedência foi classificada em 3 categorias: pacientes provenientes
de Goiânia, do interior do estado de Goiás e de outros
estados do Brasil.
A categorização das doenças foi baseada (Tabela1) na região
anatômica atingida do olho, exceto para as categorias cefaléia
e trauma por se tratarem de dados referentes a sintomas e meio
provocador de lesão ocular, respectivamente.
Tabela 1
Categorias de doenças oculares no ambulatório de urgência
Categorias
Córnea, conjuntiva e esclera
Pálpebras e Sistema lacrimal
Trauma ocular
Queimaduras
Uveíte
Globo ocular e órbita
Retina e vítreo
Catarata
Glaucoma
Cefaléia
Doenças oculares
Corpo estranho extraocular, Conjuntivite infecciosa, Ceratite e Úlcera de córnea, Pterígio/
Pingueculite, Hemorragia subconjuntival, Conjuntivite alérgica, Episclerite/esclerite, Leucoma,
Tumor de conjuntiva
Tumores palpebrais e orbitários, Olho seco, Blefarite, Triquíase, Calázio, Alterações de vias
lacrimais / Dacrioadenite, Ptose palpebral, Lagoftalmo
Químicas, Actínicas ou térmicas
Atrofia bulbar, Celulite orbitária, Hematoma periorbitário
Descolamento de retina /Toxoplasmose, Hemorragia vítrea
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 380-4
382
Rocha MNAM, Ávila M, Isaac DLC, liveira LLO, Mendonça LSM
Os programas utilizados foram o Excel 7(Microsoft) para
processamento dos dados e os resultados analisados
estatìsticamente pelos programas SPSS for Windows, versão 13.0
expressos em frequência absoluta e relativa (porcentagem).
RESULTADOS
A amostra de prontuários do pronto socorro do CEROF
correspondeu a 2105 casos (24,23%) de um total de 8689 prontuários
de consultas atendidas no período citado (Figura 1).
Fonte: Prontuários do CEROF/UFG modelo matemático de proporção
Figura 3: Distribuição das consultas na urgência por faixa etária
Fonte: Prontuários do CEROF/UFG Modelo matemático de proporção
Figura1: Proporção entre o total de consultas atendidas na urgência e
amostra
Analisando a demanda atendida na urgência por trimestres
encontramos predominância no terceiro trimestre (645-
30,92%), seguido pelo segundo (542- 26,63%) e primeiro (514-
24,30%0 trimestres, sendo o quarto trimestre (404-19,10%) o de
menor procura (Figura 2).
Fonte: Prontuários do CEROF/UFG modelo matemático de proporção
Figura 2: Distribuição das consultas de urgência por trimestre
Do total da amostra 51,06% tinham entre 15 e 39 anos e a
menor freqüência foi registrada em pacientes entre 60 a 69anos
(5,46%) e >70 anos (4,37%), seguida pela faixa entre 40 a 49
anos (14,92%), 0 a 14 anos (13,3%) e 50 a 59 anos (10,88%)
(Figura3).
A idade média dos pacientes atendidos foi 34,31 anos (mínima
de 0 a 1 mês e máxima de 100 anos), com 191 idosos com
idade média de 70,38 anos (mínima de 61 e máxima de 89 anos).
As crianças até 14 anos completos representaram 13,3%
(280 casos) da amostra atendida na urgência.
O sexo masculino teve maior atendimento (1365 casos-
64,84%) em relação ao feminino (740 casos - 35,15%), conforme
resultados mostrados na Figura 4.
Fonte: Prontuários do CEROF/UFG modelo matemático de proporção
Figura 4: Distribuição das consultas na urgência por gênero
A maioria dos pacientes informou domicílio em Goiânia
(80,7%), com menor procedência do interior do estado de Goiás
(18,9%) e outros estados (0,2%).
Na amostra de 2105 consultas na urgência, as categorias de
doenças da córnea, conjuntiva e esclera tiveram uma parcela
expressiva em atendimento de urgência com 1508 casos (71,7%),
seguidas pelo grupo das doenças palpebrais e sistema lacrimal
com 378 casos (18,5%) e o trauma ocular com 133 casos (6,3%).
No grupo córnea, conjuntiva e esclera as prevalências maiores
foram corpo estranho extraocular em 537 (25,5%) casos,
seguidos de conjuntivite infecciosa aguda, com 497 casos (23,6%)
e ceratites e úlceras de córnea com 237 (11,3%). Estes três tipos
de doenças totalizaram 1.271 (60,4%), ressaltando em alguns
casos, no mesmo paciente e até no mesmo olho houve casos com
mais de uma doença. Dentre as doenças de pálpebras e sistema
lacrimal, foram mais encontrados os tumores palpebrais e de
órbita em 152 casos (7,2%), olho seco com 99 casos (4,7%),
blefarite com 79 casos (3,8%), triquíase com 20 casos (1,0%) e
calázio com13 casos (1,1%). Os casos de obstrução de vias lacrimais
e dacrioadenite apresentaram prevalência de 11casos
(0,5%).O trauma ocular registrou, na amostra, 133 casos (6,3%)
sendo mais comum o não penetrante provocado por contusão.As
queimaduras oculares foram separadas em dois grupos, relacionadas
ao agente causal: químicas, com 57 casos (2,7%) e as físicas
(actínicas, térmicas) com 30 casos (1,4%). Os corpos estranhos
foram mais localizados na córnea e em menor frequência na
conjuntiva tarsal ou bulbar. Alguns apresentaram alterações
corneanas associadas.
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 380-4
Análise das causas de atendimento e prevalência das doenças oculares no serviço de urgência
383
As doenças menos prevalentes foram uveítes (não separados
em tipos) que totalizaram 46 casos (2,2%), doenças do
globo ocular e órbita com 32 casos (1,5%), seguidas pelas doenças
de retina e vítreo com 29 casos (1,4%) sendo 23 casos (1,1%)
de descolamento de retina e 6 casos (0,3%) de hemorragia vítrea.
O glaucoma apresentou prevalência de 19 casos (0,9%) e
não foi classificado por tipo.
A cefaléia foi motivo de consulta na urgência com 13 casos
(0,6%).
Os dados estão sintetizados na Tabela 2.
Córnea, conjuntiva, esclera
Corpo estranho extraocular
Conjuntivite infecciosa
Ceratite / úlcera de córnea
Pterígio / Pingueculite
Hemorragia subconjuntival
Conjuntivite alérgica
Episclerite /esclerite
Leucoma
Tumor de conjuntiva
Pálpebras e Sistema lacrimal
Tumores palpebrais e órbita
Olho seco
Blefarite
Triquíase
Calázio
Alteraçõess de vias lacrimais/Dacrioadenite
Ptose palpebral
Lagoftalmo
Trauma ocular
Queimaduras
Químicas
Actínicas
Uveíte
Globo ocular e órbita
Atrofia bulbar
Celulite orbitária
Hematoma periorbitário
Retina e vítreo
Descolamento de retina / Toxoplasmose
Hemorragia vítrea
Catarata
Glaucoma
Cefaléia
Exame normal
A esclarecer
Fonte: Prontuários médicos CEROF/UFG, 2009-2010
Tabela 2
Distribuição dos diagnósticos nas consultas de urgência
Diagnóstico nº de casos Percentual (%) IC (%)
(*) um paciente pode ter mais de uma doença
1508
537
497
237
111
84
17
13
8
4
378
152
99
79
20
13
11
2
2
133
87
57
30
46
32
21
9
2
29
23
6
21
19
13
28
11
71,63
25,51
23,61
11,26
5,27
3,99
0,80
0,62
0,38
0,19
17,96
7,22
4,70
3,75
0,95
0,62
0,52
0,10
0,10
6,32
4,13
2,71
1,43
2,19
1,50
1,00
0,43
0,10
1,38
1,09
0,29
1,00
0,90
0,62
1,33
0,52
(69,68-73,53)
(23,68-27,41)
(21,83-25,46)
(9,96-12,66)
(4,38-6,29)
(3,21-4,82)
(0,49-1,26)
(0,34-1,03)
(0,18-0,72)
(0,07-0,46)
(16,36-19,64)
(6,17-8,39)
(3,86-5,67)
(3,00-4,63)
(0,60-1,44)
(0,34-1,03)
(0,28-0,91)
(0,02-0,31)
(0,02-0,31)
(5,39-7,42)
(3,34-5,05)
(2,08-3,47)
(0,98-2,00)
(1,62-2,88)
(1,06-2,14)
(0,63-1,50)
(1,21-0,78)
(0,02-0,31)
(0,94-1,95)
(0,71-1,61)
(0,16-0,59)
(0,63-1,50)
(0,56-1,38)
(0,34-1,03)
(0,90-1,89)
(0,28-0,91)
O registro de patologias sistêmicas nos indivíduos atendidos
na urgência não foi expressivo. O diabetes mellitus foi registrado
em 14 casos (0,7%), a hipertensão arterial em 11 casos
(0,5%), problemas neurológicos em 4 casos (0,2%) e outros em
5 casos (0,2%), incluindo 1 caso de prematuridade.
DISCUSSÃO
Entre os 2.105 prontuários de pacientes estudados , houve
predominância do sexo masculino com resultados semelhantes
encontrados por trabalhos em outros locais do Brasil
(1,2,5-9)
e podem indicar uma maior exposição dos homens a fatores
de risco, como traumas oculares no trabalho, esporte e trânsito.
O mesmo ocorreu com a frequência de atendimento maior
na faixa etária entre 15 e 39 anos, na urgência oftalmológica em
relação a outras faixas etárias, confirmando serem os adultos
jovens mais vulneráveis a traumas oculares. O inverso ocorreu
com o grupo de pessoas com 60 anos ou mais que apresentou
menor procura no atendimento de urgência.
Foram encontrados 1,3% da amostra de casos com exame
oftalmológico normal. Provavelmente porque alguns casos não
passam pela triagem médica do Hospital das Clínicas e outros
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 380-4
384
Rocha MNAM, Ávila M, Isaac DLC, Liveira LLO, Mendonça LSM
são encaminhados pela triagem para avaliação do especialista e
após exame não foram considerados casos de urgência.
Os grupos de doenças da córnea, conjuntiva e esclera
(71,63%) e das pálpebras e sistema lacrimal (17,96%), tiveram
maiores prevalências e foram seguidas pelo trauma ocular
(6,32%) e queimaduras químicas e térmicas (4,13%).
No primeiro grupo houve predomínio de corpo estranho
extraocular (25,51%), conjuntivite infecciosa (23,61%) e ceratites,
englobando úlceras de córnea, (11,26%) e o pterígio inclusive a
pingueculite (5,27%). Na pálpebra, predominaram tumores
palpebrais (7,22%), olho seco (4,70%), blefarite (3,75%) e
triquíase (0,95%) que na maioria das situações não são consideradas
como urgência oftalmológica. Presume-se que as razões
sejam as mesmas ao serem encontrados casos de exame normal
nas consultas de urgência.
No sul do Brasil, Adamet al. (5) referem predominância de
conjuntivite aguda (67,3%), corpo estranho de córnea (13,2%),
ceratites superficiais (29%), pterígio (13,2%) e pinguécula
(9,7%). As medidas foram feitas para a córnea e conjuntiva.
Sugano et al. (7) em hospital universitário registrou causas maiores
de atendimento na urgência: doenças externas (43,67%) com
predomínio da conjuntivite (54,61%) e trauma (30,15%), com
predomínio de corpo estranho extraocular (52,06%). Campos
Jr. (9) encontrou em estudo populacional em clínica privada
credenciada pelo SUS, maiores prevalências de conjuntivite aguda
(24,1%), corpo estranho extraocular (17,9%) e trauma ocular
mecânico ou químico (12,3%), hipertensão ocular/glaucoma
agudo (5,7%), dor ocular inespecífica (3,6%), uveíte (3,2%),queimaduras
oculares (1,9%) e pterígio (1,9%). Kara Jr et al. (2001) (3)
em hospital de urgências oculares em São Paulo, relataram como
causas mais comuns de atendimento na urgência a infecção
(34,0%), trauma ocular (20%), tumores (11,0%), descolamento
de retina (8,0%) e uveítes (7,0%).
Na região nordeste do Brasil, Pierre Filho et al .1 encontraram
como maiores causas de atendimento trauma (40,9%), infecções
oculares (29,0%) como conjuntivites, hordéolo e calázio
e endoftalmites, pterígio (4,0%) Na córnea foram mais
prevalentes: corpo estranho de córnea (53%), ceratites / úlceras
de córnea (7,6%).
Vieira (10) , em Brasília, encontrou como diagnósticos mais
frequentes na urgência: traumas (30%), conjuntivites (24%),
corpo estranho e outros traumas (10%), ceratites (6%), pterígio
(5%) e astenopia/exame normal (5%).
Nos Estados Unidos, Mc Gwin et al. (11) encontraram as
ceratites superficiais, corpos estranhos como maiores prevalências
de lesões oculares. Edwards (12) encontrou na emergência uma predominância
de adultos jovens (entre 20 a 39 anos), principalmente
do sexo masculino, com maiores prevalências de traumas como
abrasões e corpo estranho de córnea e conjuntiva e doenças inflamatórias
como conjuntivite e blefarite.
Vários trabalhos citados apontam o trauma ocular como
mais prevalente na urgência. No CEROF o trauma ocular ocupou
o terceiro lugar de prevalência na urgência provavelmente
casos de corpo estranho extraocular, hemorragia vítrea e
ceratites e úlceras de córnea não foram citados como traumas
nos prontuários, reduzindo a frequência relativa de casos.
Observou-se que uma parcela de pacientes procedida do
interior do estado de Goiás e de outros estados, provavelmente
pela escassez de locais prestadores deste tipo de atendimento à
população economicamente carente, com conseqüente aumento
da procura pelo CEROF. Muitos pacientes encaminhados são
transportados pelas Prefeituras de origem, acarretando demora
no atendimento que pode resultar em perda visual, além de
aumento de custos assistenciais.
A frequência de atendimento na urgência do CEROF/
UFG(20%) é alta em relação ao total de consultas comparada à
observada em outros estudos brasileiros. Este fato pode-se dar
devido à escassez de serviços credenciados pelo SUS que prestam
este tipo de assistência, na Capital e região metropolitana,
havendo a concentração de casos de urgência no serviço, aumentando
proporcionalmente sua representação frente ao total
de atendimentos de consultas (eletivas e urgência).
Muitos pacientes atendidos no serviço de urgência do
CEROF-UFG apresentaram doenças comuns, de simples resolução,
que poderiam ter sido diagnosticadas e tratadas em níveis
primário e secundário de atendimento o que pode ser reflexo de
falhas na rede de atendimento. O treinamento dos médicos destas
Unidades através de cursos de Educação continuada aumentaria
a resolução nestes níveis, evitando desgastes para o
paciente e ganho de tempo além de reduzir a demanda excessiva
na rede especializada, melhorando o atendimento dos casos que
realmente necessitam do oftalmologista.
REFERÊNCIAS
1. Pierre Filho PTP, GomesPRP, Pierre ETL, Pinheiro NetoFB. Profile
of ocular emergencies in a tertiary hospital from Northeast
of Brazil. Rev Bras Oftalmol. 2010;69(1):12-7.
2. Cecchetti DFA, CecchettiSAP, NardyACT, Carvalho SC,
Rodrigues MLV,Rocha EM. Perfil clínico e epidemiológico das
urgências oculares em pronto-socorro de referência. Arq Bras
Oftalmol. 2008;71(5):635-8
3. KaraJunior N, Zanatto MC, Villaça VTN, NagamatiLT, Kara-
JoséN. Aspectos médicos e sociais no atendimento oftalmológico
de urgência. Arq Bras Oftalmol. 2001;64(1):39-43.
4. GoiatoMC, MancusoDN, FernandesAUR,Dekon SFC. Estudo
sobre as causas mais freqüentes de perdas oculares. Arq
Odontol.2004;40(3):271-6.
5. Adam Netto AA, Rolim APQ, Müller TPS. Prevalência de doenças
palpebrais no serviço emergencial de oftalmologia do Hospital
Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina.ACM
ArqCatarinMed. 2006;35(4):64-9.
6. Adam NettoA, SiewertMC, Müller TPS, Silvano RE, Thiesen EB,
Queiroz AA. Prevalência de doenças corneanas no serviço
emergencial de oftalmologia do Hospital Universitário da
Universidade Federal de Santa Catarina. ACM ArqCatarinMed.
2006;35(4):50-5.
7. Sugano DM, Ávila MP, Lima VL, Carvalho F, Rehder JRCL.
Estudo do perfil de demanda e morbidade ocular em um serviço
deemergência oftalmológica no período de 1999 a 2002. Rev
BrasOftalmol.2004;63(4):231-5.
8. Araújo AA, Almeida DV, Araújo VM, GóesMR. Urgência
oftalmológica: corpo estranho ocular ainda como principal causa.
Arq BrasOftalmol.2002;65(2):223-7.
9. Campos JúniorJC. Perfil do atendimento oftalmológico de
urgência. Rev Bras Oftalmol. 2004;63(2):89-91.
10. VieiraGM. Um mês em um pronto-socorro de oftalmologia em
Brasília. ArqBras Oftalmol. 2007;70(5):797-802
11. McGwin G Jr,XieA, Owsley C. Rate of eye injury in the United
States. ArchOphthalmol.2005;123(7):970-6.Erratum in Arch
Ophthalmol. 2005;123(9):1285.
12. Edwards RS. Ophthalmic emergencies in a district general hospital
casualty department. Br JOphthalmol.1987;71(12):938-42.
Autor correspondente:
Maria Nice Araujo Moraes Rocha
Rua 12, nº 345, apto. 1402
CEP 74 140-040 - Setor Oeste - Goiânia - (GO), Brasil
E-mail: clinicarocha@bol.com.br
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 380-4
ARTIGO ORIGINAL 385
Cataract surgery: emotional reactions of patients
with monocular versus binocular vision
Cirurgia de catarata: aspectos emocionais de
pacientes com visão monocular versus binocular
Roberta Ferrari Marback 1 , Rodrigo França de Espíndola 1 , Marcony Rodrigues de Santhiago 2 , Edméa Rita Temporini 1 ,
Newton Kara-Junior 1
ABSTRACT
Purpose: To analyze emotional reactions related to cataract surgery in two groups of patients (monocular vision - Group 1; binocular
vision – Group 2). Methods: A transversal comparative study was performed using a structured questionnaire from a previous
exploratory study before cataract surgery. Results: 206 patients were enrolled in the study, 96 individuals in Group 1 (69.3 ± 10.4 years)
and 110 in Group 2 (68.2 ± 10.2 years). Most patients in group 1 (40.6%) and 22.7% of group 2, reported fear of surgery (p
386
Marback RF, Espíndola RF, Santhiago MR, Temporini ER, Kara-Junior N
INTRODUCTION
The illness is felt by the patient as a break in the course of
life, inadequate, unwanted phenomenon that affects and
is able to modify the whole routine. There are different
ways to react to disease and its treatment. Subjective personal
meaning which arouses the disease is of fundamental importance,
depending on the personality characteristics, social circumstances
and characterization of disease and its treatment. (1)
Usually, the illness is experienced as an unexpected
situation for which the individuals are not well prepared, once
they do not choose to be ill. With surgery, the situation is not
different, it becomes something new and unknown which can
lead to high levels of anxiety and waking fantasies. (2,3)
The need for surgery as a factor potentially stressful and
tends to cause physiological responses in patients (elevation of
pulse, increase of blood pressure levels), cognitive (beliefs about
negative consequences and inability to concentrate), emotional
(anxiety and depression) and behavioral. The moment of receiving
surgery news can then be experienced in different ways. (4)
With scientific advances, the continuing improvement of
surgical techniques have made cataract surgery an outpatient
procedure with local anesthesia and a growing safer and more
efficient procedure. (5) Phacoemulsification is an efficient
procedure in Brazil with regard to its impact on the public health
care system. (6) However, despite the subsequent success to the
improvement of surgical techniques, patients tend to have high
levels of fear and anxiety in the preoperative period. (4,7,8)
During cataract surgery, patients are awake and need to
collaborate with the surgeon, keeping silent, motionless, keeping
the eye in the same position. If their emotional reactions are not
considered, there may not be cooperative with possible injury to
surgery. (9)
The aim of this study was to analyze emotional reactions in
two groups of patients, with monocular vision and binocular
vision before they submit to cataract surgery.
METHODS
A transversal comparative study was performed
compromising patients with monocular and binocular vision to
be submitted to cataract surgery in a public hospital in São Paulo.
Two groups were formed for comparison in a non-probabilistic
sample: Group 1 - individuals with monocular vision; Group 2 -
individuals with binocular vision, to be submitted to cataract
surgery for the first time in the worst eye vision. All patients
enrolled had no previous cataract surgery.
It was considered that the individual who had monocular
vision was diagnosed with irreversible blindness in one eye -
visual acuity less than or equal to 0.10 (20/200) by the Snellen
chart or visual field less than 20 degrees. (10) In patients with
binocular vision, it was considered that both eyes had potential
vision with possibility of significant improvement in visual acuity
after cataract surgery.
Given the diversity of social and cultural characteristics, we
chose to lead the study through a questionnaire prepared from
exploratory research among patients with similar characteristics
to the sample. (11-14) Data collection was carried out from march
2006 to march 2007.
Before starting the interviews, patients were explained
about the goals and methods of the research and assured
anonymity and confidentiality of information provided by them,
besides the absence of risks regarding the treatment offered at
the hospital. The study was conducted in adherence with the
tenets of the Declaration of Helsinki and approval of the study
was obtained from the institutional review board of Clinical
Hospital, São Paulo, Brazil. All patients received a detailed
explanation of the study and provided written informed consent.
Statistical analysis was performed using SPSS for Windows
(version 115; SPSS, Inc, Chicago, Illinois, USA). For primary
outcome measures, the statistical tests were conducted at a level
of 0.05. The Chi-square and Fisher’s exact test was used.
RESULTS
A total of 206 patients were enrolled in the study. The
Group 1 comprised 96 subjects (50.0% female), mean age of 69.3
± 10.4 years. The other group consisted of 110 subjects (59.1%
female), mean age 68.2 ± 10.2 years. There was no statistically
difference between both groups among gender (p = 0.191), age
(p = 0.702) and education level (p = 0.245) (Table 1).
Regarding the fears about surgery, 59.4% of patients in
Group 1 reported not to be afraid, 25.0%, very afraid and 15.6%
showed a little fear. From those that had fear of surgery, the
predominated responses were: fear of blindness (94.9%),
worsening of vision (92.3%), complications in the surgery
(87.2%), fear of the anesthesia (61.5%), pain during surgery
(56.4%), death during surgery (51.3%) and pain in the
postoperative period (51.3%).
Table 1
Personal characteristics of patients with monocular
vision (Group 1) and binocular vision (Group 2) undergoing
cataract surgery
Characteristics
Group 1 Group 2
n % n %
p 1
n=96 n=110
Gender
Male 48 50.0 45 40.9
Female 48 50.0 65 59.1 0.191
n=39 n=25
Age (years)
40 - 60 17 17.7 18 16.4
60 - 70 28 29.2 32 29.1
70 - 80 35 36.4 47 42.7
80 - 91 16 16.7 13 11.8 0.702
x 2 ± SD 3 69.3 ± 10.4 68.2 ± 10.2
Education level
Never atendded
school 22 22.9 16 14.5
Primary School
· incomplete 59 61.5 74 67.3
· complete 2 2.1 8 7.3
Secondary School
· incomplete 1 1.0 2 2.8
· complete 6 6.2 7 6.4
College
· incomplete 2 2.1 - -
· complete 4 4.2 3 2.7 0.245
1
Chi-square test; 2 average; 3 standard deviation
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 385-9
Cataract surgery: emotional reactions of patients with monocular versus binocular vision
387
In Group 2, 77.3% showed no fear of surgery, 10.0% were
very afraid and 12.7% showed a little fear. From those that had
fear of surgery, the predominant responses were: fear of
blindness (84.0%); worsening of vision (84.0%); complications
in the surgery (84.0%); fear of the anesthesia (76.0%); pain during
surgery (48.0%) and in the postoperative period (48.0%). There
was statistically significant difference between groups (p = 0.009)
considering the degree of fear (Table 2).
Considering feelings expressed due cataract surgery, 96.9%
in Group 1 mentioned pleased to know that surgery could
improve their vision, 95.8%, showed relief to know that they
were going to surgery, 50.0% had doubts about surgery outcomes,
43.8% showed nervousness, 40.6% restlessness and 36.5% doubts
about the surgery.
All patients in Group 2 expressed satisfaction that cataracts
can be operated and improved vision and relief to know that
they will perform the surgery, 32.7% revealed nervousness, 30.0%
showed doubts about surgery outcomes. There was a statistically
difference between groups in the categories of relief knowing
that they will undergo surgery (p = 0.046), doubts about having
good surgical result (p = 0.003), restlessness (p = 0.001),
discomfort (p = 0.002), feeling of strangeness (p = 0.010), trust in
God for vision improvement (p = 0.001), hope (p = 0.001),
happiness (p = 0.024) and worry (p = 0.016) (Table 3).
DISCUSSION
Regarding personal characteristics, it was observed that
there was no statistically difference between groups regarding
gender (p = 0.191), age (p = 0.702) and education level (p =
Table 2
Opinion concerning degree and cause of fear of patients
with monocular vision (Group 1) and binocular vision
(Group 2) undergoing cataract surgery
Opinion
Group 1 Group 2
n % n %
p
n=96 n=110
Degree of fear
Very afraid 24 25.0 11 10.0
Little fear 15 15.6 14 12.7
Not afraid 57 59.4 85 77.3 0,009 2
n=39 n=25
Reason 1
Possibility of
loss of vision 37 94.9 21 84.0 0.199 3
Worsening of vision 36 92.3 21 84.0 0.417 3
Complications during
surgical procedure 34 87.2 21 84.0 0.728 3
Anesthesia 24 61.5 19 76.0 0.229 2
Pain in surgery 22 56.4 12 48.0 0.511 2
Pain postoperatively 20 51.3 12 48.0 0.798 2
Die during surgery 20 51.3 3 12.0 0.001 2
Known permormed
surgery and worsened 5 12.8 1 4.0 0.391 3
Religious principles 2 5.1 - - 0.516 3
Another 1 2.6 - - 1.000 3
1
Afirmative and multiple responses; 2 Chi-square test; 3 Fisher’s exact test
Table 3
Feelings expressed by patients with monocular
vision (group 1) and binocular vision (group 2) undergoing
cataract surgery. (Affirmative and multiple responses)
Group 1 Group 2
Feeling
n % n %
n=96 n=110
p
Satisfaction knowing
that a cataract can be
operated and improvement
of vision 93 96.9 110 100.0 0.100 1
Relief knowing that
will be submitted to
surgery 92 95.8 110 100.0 0.046 1
Doubt about good result 48 50.0 33 30.0 0.003 2
Nervousness 42 43.8 36 32.7 0.104 2
Restnessless 39 40.6 15 13.6 0.001 2
Doubt about the surgery 35 36.5 30 27.3 0.157 2
Discomfort 31 32.3 16 14.5 0.002 2
Feeling of strangeness 27 28.1 15 13.6 0.010 2
Trust in God for vision
improvement 26 27.1 6 5.4 0001 2
Sadness in having to
operate 25 26.0 18 16.4 0.088 2
Irritability 23 23.9 19 17,3 0.235 2
Chest tightness 22 22.9 15 13,6 0.083 2
Anxiety 21 21,9 14 12.7 0.081 2
Hope 11 11.5 - - 0.001 2
Hapiness 10 10.4 3 2.7 0.024 2
Worry 9 9.4 2 1.8 0.016 2
Anothers 3 4 4.2 - - 0.046 1
Anger for having
to operate 3 3.1 2 1.8 0.666 1
1
Fisher’s exact test; 2 Chi-square test; 3 other feelings expresses firmness , loss
of appetite, chills and fatigue
Table 4
Feeling of doubt as to have good results in surgical
patients with monocular vision (group 1) compared with
patients with binocular vision (group 2) undergoing
cataract surgery
Doubt in having good results in surgery?
Group
Yes No Total
N % n % n %
1 48 50.0 48 50.0 96 100.0
2 33 30.0 77 70.0 110 100.0
Chi-square test p = 0.003
0.245) (Table 1). The educational level was low in both groups:
84.4% and 81.8% of respondents in Groups 1 and 2, respectively,
did not study or had incomplete primary educational
background. These data are typical of poor people attended at
public hospital in a developing country such as Brazil. (15) Studies
with similar population carried out in developed countries such
as United States, showed highest level of education in which
29% of subjects had finished college. (16) In this study, only 4.2%
and 2.7% of respondents in Groups 1 and 2, respectively, had
finished college (Table 1).
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 385-9
388 Marback RF, Espíndola RF, Santhiago MR, Temporini ER, Kara-Junior N
A significant proportion of patients in Group 1 (25.0%)
reported “very afraid of surgery” and 10.0% in Group 2
delivered the same answer, 59.4% and 77.3% in Groups 1 and
2 respectively, did not mention fear and the difference between
the groups was statistically significant (p = 0.009). The
requirement of having indication for cataract surgery by itself
is cited in several studies as a important cause of fear. (4,15-17) A
study performed in Campinas (Brazil) and Chimbote (Peru)
noted that 30.0% of individuals diagnosed with cataract refused
surgery because of fear. (18)
When analyzing the main causes of fear, it was observed
that among the sensations of blindeness, worsening of vision,
surgery complications, fear of anesthesia, pain, religious principles,
there was no statistically significant difference between groups,
suggesting that even individuals with binocular vision are afraid
of losing or getting worse. The difference between groups
regarding fear of death during surgery was statistically significant,
being mentioned in 51.3% of subjects in Group 1 (Table 2). It is
believed that patients with monocular vision are more afraid of
surgery compared to those with binocular vision, but they may
be unable to precisely the cause of this fear. (18)
Death as a cause of fear in cataract surgery among Brazilian
patients has been reported in previous studies. (15,17,19,20) Fear
related to anesthesia has been reported by several studies in
several kinds of surgery. (3,21-23) In cataract surgery data were
found that the most stressful facts for patients undergo surgery
is the anesthesia than the surgery itself. (4)
Research carried out with individuals undergoing cataract
surgery reported that 40.8% of patients showed fear of pain
during surgery. (17)
Fear of the unknown becomes the main cause of insecurity
and anxiety of patients before surgery. Other study shows that
fear of death during anesthesia, the procedure itself and the
recovery period were the most prevalent ones. (3)
A study of visual experiences during phacoemulsification
with topical anesthesia showed that preoperative counseling was
responsible for the reduction of fear reported by patients and
that factors which was relationaded to the experience of fear
was young patients, female and being undergoing cataract
surgery for the first time. (24)
Consedering the feelings expressed by interviewees related
to surgery when the cataract was identified as a cause of visual
impairment, it was observed that majority of respondents in both
groups reported satisfaction by knowing that cataracts can be
operated and improved their vision. These data suggest the high
expectations regarding the improvement of vision (Table 3).
Individuals with monocular vision (Group 1) mentioned
in a great extent some feelings: hope, happiness, doubt about
surgical outcomes, restlessness, discomfort, feelings of strangeness,
trust in God for improving vision and concern, with statistically
significant difference between groups (Table 3).
It is observed that many individuals tend to cling to religion,
probably in attempt to gain control over the situation that they are
experiencing. The respondents in Group 1, probably by the condition
of having monocular vision, were more confident in God.
Research with pre-surgical patients of hysterectomy,
cholecystectomy and varicose veins showed that individuals rely
on religion in order to cope. (3) A study in an ophthalmic emergency
room found that given the eye problem, one of the first actions of
the patients was praying to God, identifying the strong religiosity of
them. (25) The feelings of hope and happiness were mentioned by
11.5% and 10.4% of subjects in Groups 1 and 2, respectively. Among
Group 2, there was no reference of interviewees related to hope
and only 2.7% indicated happiness, data that may be related to
increased need for visual rehabilitation of individuals in Group 1
compared with the other Group (Table 3).
Consedering the feeling of doubt about surgical outcomes,
it was observed the predominance of negative responses in Group
1 with a statistically significant difference (p = 0.003). These results
may suggest that individuals in Group 1 shows least confidence
in the success of the procedure and have postponed the search
for the surgery. The adverse situation of having already lost a
vision and experience of this loss, perhaps, makes the individuals
of Group 1 imagine losing sight of the other eye, while the ones
in Group 2, who have not had the same experience, cannot imagine
themselves in that situation, being more optimistic about
the surgery outcomes.OuviLer foneticamente
CONCLUSION
This study suggests that patients with monocular vision
tend to be more afraid of cataract surgery than binoculars
individuals. Thus, it is necessary that phisycians considers such
emotional reactions and invest more time than usual explaining
the risks and the benefits of cataract surgery.
ACKNOWLEDGEMENT
This research was supported by a grant from “Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES
- MEC)”, Brasília, Brazil. The authors have no proprietary or
commercial interest in any materials discussed in this article.
REFERENCES
1. Botega NJ. Reação à doença e à hospitalização. In: Botega NJ,
organizador. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta
e emergência. Porto Alegre: Artmed Editora; 2002. p. 43-59.
2. Roth MC. Atendimento psicológico domiciliar. In: Angerami-
Camon VA. Novos rumos na psicologia da saúde. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning; 2002. p. 125-72.
3. Fighera J, Viero EV. Vivências do paciente com relação ao
procedimento cirúrgico: fantasias e sentimentos mais presentes.
Rev SBPH. 2005;8(2):51-63.
4. Nijkamp MD, Ruiter RA, Roeling M, van der Borne B, Hiddema F,
Hendrikse F, Nuijts RM. Factors related to fear in patients undergoig
cataract surgery: a qualitative study focusing on factors associated
with fear and reassurance among patients who need to undergo
cataract surgery. Patient Educ Couns. 2002;47 (3):265-72.
5. Fine IH, Packer M, Hoffman RS. New phacoemulsification technologies.
J Cataract Refract Surg. 2002;28(6):1054-60.
6. Kara-Jr N, Sirtoli MG, Santhiago MR, Parede TR, Espíndola RF,
Carvalho Rde S. Phacoemulsification versus extracapsular extraction:
governmental costs. Clinics (Sao Paulo). 2010;65(4):357-61.
7. Foggitt PS. Anxiety in cataract surgery: pilot study. J Cataract
Refract Surg. 2001;27(10):1651-5.
8. Nijkamp MD, Kenens CA, Dijker AJ, Ruiter RA, Hiddema F,
Nuijts RM. Determinants of surgery related anxiety in cataract
patients. Br J Ophthalmol. 2004;88(10):1310-4.
9. Morrell G. Effect of structured preoperative teaching on anxiety
levels of patients scheduled for cataract surgery. Insight.
2001;26(1):4-9.
10. International Council of Ophthalmology. Visual Standards: Aspects
and Ranges of Vision Loss with Emphasis on Population
Surveys. 29 th International Congress of Ophtalmology. Sydney,
Austrália; April 2002.
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 385-9
Cataract surgery: emotional reactions of patients with monocular versus binocular vision
389
11. Piovesan A, Temporini ER. Pesquisa exploratória: procedimento
metodológico para o estudo de fatores humanos no campo da
saúde pública. Rev Saúde Pública. 1995;29(4):318-25.
12. Kara-Júnior N, Temporini ER, Kara-José N. Cataract surgery:
expectations of patients assisted during a community project in
São Paulo, state of São Paulo, Brazil. Rev Hosp Clin Fac Med Sao
Paulo. 2001;56(6):163-8.
13. Temporini ER, Kara Júnior N, José NK, Holzchuh N. Popular
beliefs regarding the treatment of senile cataract. Rev Saúde
Pública. 2002;36(3):343-9.
14. Temporini ER, Kara-José N. A perda da visão: estratégias de
prevenção. Arq Bras Oftalmol. 2004;67(4):597-601.
15. Temporini ER, José NK, José Júnior NK. Catarata senil:
características e percepções de pacientes atendidos em projeto
comunitário de reabilitação visual. Arq Bras Oftalmol.
1997;60(1):79-83.
16. Steinberg EP, Tielsch JM, Schein OD, Javitt JC, Sharkey P, Cassard
SD, et al. National study of cataract surgery outcomes. Variation
in 4-month postoperative outcomes as reflected in multiple outcome
measures. Ophthalmology. 1994;101(6):1131-40; discussion
1140-1.
17. Oliveira Rde S, Temporini ER, Kara José N, Carricondo PC, Kara
José AC. Perceptions of patients about cataract. Clinics (Sao
Paulo). 2005;60(6):455-60.
18. José NK, Contreras F, Campos MA, Delgado AM, Mowery RL,
Ellwein LB. Screening and surgical intervention results from cataract-free-zone
projects in Campinas, Brazil and Chimbote, Peru.
Int Ophthalmol. 1990;14(3):155-64.
19. Marback R, Temporini E, Kara Júnior N. Emotional factors prior
to cataract surgery. Clinics (Sao Paulo). 2007;62(4):433-8.
20. Marback RF. Cirurgia de catarata: opiniões, expectativas e
reações emocionais de pacientes com visão mono versus binocular
[tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo; 2007.
21. Brown SM. Quantitative measurement of anxiety in patients
undergoing surgery for renal calculus disease. J Adv Nurs.
1990;15(8):962-70.
22. Oliveira MFP, Luz PL.O impacto da cirurgia cardíaca. In: Mello
Filho J. Psicossomática hoje. Porto Alegre: Artes Médicas; 1992. p.
253-8.
23. Moraes LO, Peniche ACG. Ansiedade e mecanismos de coping
utilizados por pacientes cirúrgicos ambulatoriais. Rev Esc Enferm
USP. 2003;37(3):54-62.
24. Voon LW, Au Eong KG, Saw SM, Verma D, Laude A. Effect of
preoperative counseling on patient fear from the visual experience
during phacoemulsification under topical anesthesia:
Multicenter randomized clinical trial. J Cataract Refract Surg.
2005;31(10):1966-9.
25. Carvalho RS. Conduta leiga e assistência médica em pacientes
do Pronto-Socorro de Oftalmologia do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo [tese]. São
Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo;
2007.
Autor correspondente:
Rodrigo França de Espíndola
Praça das Hortências, nº 70 Cond. Portal de Itu
Zip Code: 13301-689 - Itu (SP), Brasil
E-mail: rodrigo166@uol.com.br
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 385-9
390 ARTIGO ORIGINAL
A study of pent-up demand in ophthalmology:
Divinolândia Hospital/Unicamp
Estudo da demanda reprimida em Oftalmologia:
Hospital de Divinolândia/Unicamp
Maria Cecilia Machado 1 , Newton Kara-José 2 , Carlos Eduardo Leite Arieta 3 , José Leonardo Garcia Lourenço 4 ,
Regina de Souza Carvalho 5
ABSTRACT
Objective: To assess the waiting time for eye care identifying the number of patients with each complaint; to investigate how the waiting
time may worsen the patient’s condition; to check the screening of urgent cases for effectiveness; and to devise means of increasing the
medical-surgical care capacity. Methods: A retrospective descriptive survey was conducted using data obtained on 12 occasions during
collaborative team visits to provide eyecare services. These initiatives were designed to decrease the waiting time and to treat urgent cases
that occurred on each occasion; eyecare services were provided every Saturday, in the period from June to August 2006, in 16 cities of the
region covered by Conderg (Consortium for the Development of the São João da Boa Vista Administrative Region).Results: Referrals
used 1,743 (87.1%) of the 2,000 places available. The most frequent diagnoses were refractive errors, with 683 cases, corresponding to
39.1% of the total, followed by cataracts, with 296 cases, corresponding to 20.9%. Of the 238 surgeries indicated, 54.6% were phakectomies.
Thirty-five (2.0%) cases were considered urgent.Conclusion: The most common diagnoses made during the team visits to manage the
excess demand for eyecare were refractive errors and cataracts, which, together, accounted for the majority of the cases. The Divinolândia
Hospital has the necessary human and material resources to meet the demand left unattended by the local SUS network. Immediate
referral of urgent cases by the primary units’ screeners proved effective.
Keywords: Health services needs and demand; Waiting lists; Medical care; Eyehealth;Primary health care
RESUMO
Objetivo: Avaliar a fila de espera pelo atendimento oftalmológico detectando os problemas oculares; estudar o agravo que esta espera
pode acarretar ao paciente; verificar a eficácia na triagem dos casos de urgência e averiguar a possibilidade de aumento da capacidade de
atendimento clínico e cirúrgico. Metódos: Foi realizada pesquisa retrospectiva e descritiva dos dados obtidos durante 12 mutirões de
atendimento oftalmológico. Os mutirões foram realizados com a intenção de diminuir a fila de espera e atender as urgências que surgiram
nos dias de atendimento; ocorreram aos sábados durante os meses de junho a agosto no ano de 2006, em 16 municípios da região do
Conderg(Consórcio de Desenvolvimento da Região de Governo de São João da Boa Vista). Resultados: Das 2.000 vagas disponibilizadas,
foram utilizadas 1.743 (87,1%) dos encaminhados. Nos diagnósticos realizados se destacam os vícios de refração com 683 casos,
correspondendo a 39,1 % seguido de catarata com 296, correspondendo a 20,9. Das 238 cirurgias indicadas, 54,6% foram de facectomia.
Foram detectados 35 casos (2,0%) considerados como urgência. Conclusão: Nos diagnósticos realizados durante os mutirões de atendimento
à demanda reprimida, destacaram-se os vícios de refração e catarata; que somados representaram a maioria dos problemas
detectados. O Hospital de Divinolândia tem recursos humanos e materiais para atender a demanda gerada, e não absorvida pelo SUS local.
O encaminhamento imediato das urgências pelos triadores dos postos de saúde mostrou-se eficaz.
Descritores: Necessidades e demandas de serviços de saúde; Listas de espera; Atendimento médico; Saúde ocular; Atenção
primária àsaúde
1
Master in Medical Sciences from the Faculty of Medical Sciences, Universidade de Campinas (UNICAMP) and Head Nurse of the Eye
Clinic of Divinolândia – Divinolândia (SP), Brazil;
2
Professor Emeritus of Ophthalmology, Faculty of Medical Sciences, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) – Campinas (SP);
Medical College, Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brazil;
3
Lecturing professor from the Faculty of Medical Sciences, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) – Campinas (SP), Brazil;
4
Clinical Ophthalmologist certified by the Brazilian Ophthalmology Board and member of the Clinical Ophthalmology staff at the
Divinolândia Regional Hospital – Divinolândia (SP), Brazil;
5
Qualified Educationist specializing in rehabilitation of visually impaired and PhD in Medical Sciences from the Medical College, Universidade
de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Brasil.
Research conducted at the Eye Clinic of Divinolândia, CONDERG Regional Hospital / UNICAMP. Partially funded by the CONDERG -
Divinolândia Regional Hospital
The authors declare no conflicts of interest
Recebido para publicação em: 27/2/2012 - Aceito para publicação em: 30/5/2012
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 390-3
A study of pent-up demand in Ophthalmology: Divinolândia Hospital /Unicamp
391
INTRODUCTION
The Brazilian public healthcare system is characterized by
long waiting lists for appointments, tests and surgeries, a
shortage of hospital beds, and insufficient human resources (1) .
At most units, the demand exceeds the capacity to provide services,
resulting in pent-up demand.
The long wait for eyecare may cause patients to suffer
vision loss, which decreases their quality of life. It is worth
mentioning that urgent ophthalmological conditions are at risk
of worsening and, therefore, should be diagnosed and treated
as soon as possible. Factors influencing the visual prognosis
include the access to medical care, the waiting time and the
procedure performed (2) .
In 1985, an attempt was made to improve public healthcare
services in a region of the state of São Paulo through the
implementation of the CONDERG Consortium (Consortium for
the Development of the São João da Boa Vista Administrative
Region). In the field of healthcare, an intercity consortium is an
association of city governments to implement joint activities related
to their populations’ health promotion, protection and recovery.
This is a very valuable tool to maximize the efforts developed,
avoiding dispersion of financial, human, and material resources
and optimizing the use of locally available means (3) .
In order to cover the demand for eyecare services in the
region of CONDERG, in addition to other purposes, the Eyecare
Clinic of the Divinolândia Regional Hospital was created in 1987,
supported by a partnership with the Ophthalmology Department
of the University of Campinas-Unicamp (4) . Currently, the clinic
provides secondary and tertiary care to the population of the
sixteen cities participating in the Consortium. It also contributes
positively to the education of resident physicians from Unicamp,
proving that it is feasible to extend the reach of the teaching hospital
services (5) .
To achieve these goals, the clinic has invested, over the past
few years, in human and material resources, using funds from
various sources, namely (6) :
- financial resources reallocated by CONDERG cities’
government from the public healthcare system (SUS) budget;
- resources managed by the São Paulo State Healthcare
Agency;
- resources from partnership agreements with the mayors
of some cities in Minas Gerais.
However, demand remains greater than service capacity,
and the main reason for this difference is the limitation on funding
imposed by the government (1) . A major public health challenge
is to assess the damage caused by this situation and plan
for providing comprehensive care to the population.
The objectives of this survey were to assess the waiting
time for eye care, identifying the individual complaints; to check
the screening of urgent cases for effectiveness; and to investigate
the potential for increasing the medical-surgical care capacity.
METHODS
A retrospective descriptive survey was conducted using
data obtained on 12 occasions during collaborative team visits
to provide eye care services. These initiatives were designed to
decrease the waiting time and to treat urgent cases; eyecare
services were provided every Saturday, in the period from June
to August 2006, in 16 cities of the region covered by CONDERG.
There were, in total, 12 efforts over the 3-month period, totaling
2,000 possible consultations.
The project did not interfere with routine care, which is
made from mondays to fridays.
The routine eye care in the 16 cities involved usually starts
at the primary care units. After screening by properly trained
nurses (12-hour theoretical course plus 16-hour practical
training) (6) , urgent cases are immediately referred to the Eye
Clinic of Divinolândia. Non-urgent cases are scheduled for
evaluation according to the daily capacity of each unit. The sample
for this survey includes patients in the waiting queue (unmet
demand) and the urgent cases emerging on the task force days.
Diagnoses were recorded by doctors on the patients’
medical files, together with the surgical indication and/or
corrective lenses prescription.
The study was approved by the Ethics Committee of the
Divinolândia Regional Hospital under the number 002/2010.
The information obtained was entered into a database
using a Windows (Vista) application. The results were presented
in tables and graphs (Excel-Windows).
RESULTS
Of the 2,000 appointments available for ophthalmic care,
1,743 (87.1%) patient consultations were effectively performed.
The most common diagnoses were refractive errors, with 683
(39.1%) cases, and cataracts, with 309 (17.7%) cases; together,
these accounted for 56.8% of the problems detected (Table 1).
Table 1
Number of patients with each condition during the
2006 task force period at the Divinolândia Regional
Hospital (n=1,743)
Diagnosis n %
Refractive errors 683 39.1
Cataracts 309 17.6
Glaucoma 113 6.4
Pterygium 112 6.3
Blepharitis / meibomitis 98 5.6
Diabetic retinopathy 86 4.9
Dermatochalasis 52 2.9
Strabismus 39 2.2
Hypertensive retinopathy 15 0.8
Ectropion 14 0.7
Obstruction of lacrimal passages 11 0.6
Trichiasis 11 0.6
Other * 97 6.2
No changes 46 2.6
Total 1,743 100.0
* Fewer than 10 cases: allergic conjunctivitis, macular degeneration,
conjunctivitis, chronic sequelae of trauma, uveitis, xanthelasma, corneal
foreign body, pingueculitis, non-perforating injury, amblyopia, ptosis,
blepharospasm, keratitis, keratoconus, macular scarring, entropion,
subconjunctival hemorrhage , optic neuritis, occlusion of central retinal
vein, central waxy retinopathy, congenital cataracts, orbital cellulitis,
retinal detachment, macular edema, vitreous hemorrhage, leucoma,
molluscumcontagiosum, ocular perforation, ocular proptosis, retinoschisis,
corneal ulcer.
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 390-3
392 Machado MC, Kara-José N, Arieta CEL, Lourenço JLG, Carvalho RS
Table 2
Types of surgeries performed during the 2006 task force
period at the Divinolândia Regional Hospital (n = 238)
Indicated and performed surgeries n %
Cataract surgery 130 54.6
Excision of pterygium 70 29.4
Eye plastic surgery 38 16.0
Total 238 100.0
Of the 238 surgical procedures indicated, 54.6% were cataract surgery,
followed by excision of pterygium (29.4%) and plastic surgery of
the eyes (16.0%). The surgeries were performed within three months.
In total, 810 (46.5%) corrective glasses were prescribed, from which
683 (39.1%) patients had an initial diagnosis of refractive error and
127 (7.9%) underwent prior clinical treatment.
Table 3
Diagnoses of the 35 urgent cases seen during the
2006 task force period at the Divinolândia Regional
Hospital
Diagnosis n %
Dacryocystitis 11 31.5
Corneal foreign body 6 17.0
Trauma, non perforating 5 14.5
Keratitis 2 5.5
Optic neuritis 2 5.5
Central retinal vein occlusion 2 5.5
Corneal ulcer 2 6.0
Retinal detachment 1 3.0
Vitreous hemorrhage 1 3.0
Ocular perforation 1 3.0
Retinoschisis 1 3.0
Orbital cellulitis 1 3.0
Total 35 100.0
Urgent cases requiring immediate care included: Corneal foreign body,
non perforating trauma, keratitis, optic neuritis, central retinal vein
occlusion, orbital cellulitis, retinal detachment, vitreous hemorrhage,
ocular perforation, retinoschisis, corneal ulcer and dacryocystitis, n =
35 (2.0%).
DISCUSSION
The most frequent diagnoses made during the task force
efforts to meet the pent-up demand in the region of CONDERG
were refractive errors (39.1%) and cataracts (17.7%) (Table 1).
It should be mentioned that, worldwide, uncorrected refractive
errors are among the main causes of low vision and blindness,
despite the fact that they require very simple medical
interventions, almost always completely effective (7,8) .
However, for their effective resolution the patient must be
aware of his/her low visual acuity. Individuals will not seek
medical help until they clearly perceive their vision is
unsatisfactory. The next step is to facilitate access to an
ophthalmologist and also to purchase glasses. One of the most
important barriers is the lack of access to healthcare and to
corrective interventions (9) . Fighting these barriers depends on
healthcare policies that provide patients in need with access to
ophthalmologic exams and corrective lenses, either free or
at affordable prices (10) . Such barriers are found even in developed
countries and are a reason for concern both of the World Health
Organization (WHO) and the Vision 2020 program (11) . In the
U.S. it is estimated that 11 million individuals who need to correct
refractive errors use no optical correction (12) . In Brazil this number
is expected to be much higher because about 80.0% of the
population depends solely on the SUS, which, despite much
progress, still suffers from a chronic lack of resources (13) .
Reports show that about 30.0% of the patients seen at
Unicamp do not follow their prescription for economic reasons (14) .
In the region of CONDERG the barrier to the acquisition of
glasses has been overcome since 1987, when patients started to
have access to free or affordable eyeglasses. As of 2007, 46,000
pairs of glasses had been delivered (15) .
The number of eyeglasses prescribed, i.e. 810 (46.5%), was
higher than the number of cases diagnosed as refractive errors
(39.1%), due to the need for glasses in patients treated for other
eye disorders. Repeated visual acuity tests should be performed
in patients treated for any other condition.
These findings are similar to those from other studies
conducted in our country in three different periods: Kara-Jose
et al. in 1990 (16) ; Arietaet al. in 2003 (17) and Arieta et al. in 2009 (18)
- and show that uncorrected refractive errors and non
operated cataracts are still the most common eye problems.
The fact that these problems persist, in the region of
CONDERG, despite the assistance provided by the
ophthalmologic clinic of Divinolândia leads to the hypothesis
that part of this demand could come from areas outside the
Consortium, where people have been attracted by the special
conditions offered by the clinic.
However, increased demand for eye care may also be
related to the high degree of satisfaction of users, managers and
staff with the level of healthcare provided in partnership with
UNICAMP (5) .
A survey conducted in 2010 on users’ perception of the
care provided at the Eye Clinic of Divinolândia showed that
user satisfaction is directly related to how well the needs of the
population are met, universal access capabilities, and high rates
of problem resolution and free distribution of eyeglasses (5) . It
should be noted that the Divinolândia Hospital has received
several awards from the Ministry of Health for the services
rendered. The first was in 2001, when CONDERG ranked #7
among 1421 hospitals in the Hospital Quality category. In 2010,
CONDERG again ranked #7 among 630 hospitals assessed by
the state Healthcare Agency for the same category (19) .
In Divinolândia, the need for the collaborative task forces
was driven primarily by the limited number of daily consultations
offered by the SUS. The 12 task force initiatives were able to
eliminate the pent-up demand and to treat, over the 3-month
period, all the medical and surgical cases, without interfering
with the usual routine. While the service capacity is not increased,
these initiatives will remain mandatory to avoid any worsening
of eye condition due to excessive waiting time.
In this study, 309 (17.6%) patients were diagnosed with
cataracts - 179 had no surgical indication and 130 underwent
phakectomy(Table 2). Over the past several years, Brazil
has maintained a very low, flat rate of cataract surgery, which
leads to the assumption that many patients remain unassisted.
The country has the necessary resources and capacity in place to
immediately increase the number of surgeries (20) . The achievement
of this goal requires funding and the contribution of partners,
such as professional associations and universities, not only
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 390-3
A study of pent-up demand in Ophthalmology: Divinolândia Hospital /Unicamp
393
to increase the number of surgical procedures, but also to control
their quality and the post-operative care (21) .
Among the 1,743 cases treated by the task forces, 35 cases
(2.0%) were considered as requiring urgent management (Table
3). This result matches the screening performed by nurses in
primary care units of CONDERG, where there were 2.8% urgent
cases per day over a 2-month period, suggesting that the
screening system was efficient.
Understanding the major complaints and eye problems in
a given area helps to plan for the appropriate use of public
resources and to design strategies directed to decrease and
control of visual loss and blindness (22) .
The provision of eye care should be planned and organized
as part of a system, where problems are identified allowing the
creation of plans to solve them as well asthe definition of the
necessary resources to carry out its activities and the scheduling
of tasks of different levels of complexity to be performed (23) .
The data provided by this survey were useful in
restructuring the Divinolândia Hospital, where the new facilities
are almost ready and will allow an increase of approximately
20.0% in the service capacity.
CONCLUSION
Within the conditions of this survey, we conclude that: the
most common diagnoses made during the task force efforts to
manage the excess demand for eyecare were refractive errors and
cataracts, which accounted, together, for the majority of the cases.
And, immediate referral of urgent cases by the primary units’
screeners proved effective.
Suggestions: 1) organize a network of primary care units
to manage cases of refractive errors and perform cataract surgery,
and 2) increase funding to the Divinolândia Hospital to cover
the regional demand.
REFERENCES
1. Santos JS, Scarpelini S, Brasileiro SL, Ferraz CA, Dallora ME, Sá
MF. Avaliação do modelo de organização da Unidade de
Emergência do HCFMRP-USP, adotando como referência as
políticas nacionais de atenção às urgências e de humanização.
Medicina (Ribeirão Preto). 2003;36(2/4):498-515.
2. Kara Júnior N, Zanatto MC, Villaça VT, Nagamati LT, Kara-José
N. Aspectos médicos e sociais no atendimento oftalmológico de
urgência. ArqBras Oftalmol.2001;64(1):39-43.
3. Conferência Nacional de Saúde On-Line.O Consórcio e a Gestão
Municipal em Saúde [Internet]. [citado 2010 Abr 11]. Disponível
em http://www.datasus.gov.br/cns/APOIO/consorciosaude.htm
4. Convênio celebrado entre Unicamp e Consórcio de Desenvolvimento
da Região de Governo de São João da Boa Vista – CONDERG.
Processo nº 9311/87. Divinolândia: CONDERG; 1988.
5. Machado MC, Medina FM, Kara-José N. Percepção dos usuários,
profissionais de saúde e gestores sobre o modelo de atendimento
oftalmológico no Hospital Regional de Divinolândia - São Paulo.
ArqBras Oftalmol. 2010;73(3):276-81.
6. Kara-José N, Arieta CE. Criação de serviços oftalmológicos de
referência. In: Kara-José N, DelgadoAM, Arieta CE,Rodrigues
ML, Alves MR. Prevenção da cegueira por catarata. Campinas:
Unicamp; 1996. p. 71-6.
7. Dineen BP,Bourne RR,Ali SM,Huq DM,Johnson GJ.Prevalence
and causes of blindness and visual impairment in Bangladeshi
adults: results of the National Blindness and Low Vision Survey
of Bangladesh.Br J Ophthalmol.2003;87(7):820-8.
8. KempenJH,Mitchell P,Lee KE,Tielsch JM,Broman AT, Taylor
HR,Ikram MK, Congdon NG, O’Colmain BJ; Eye Diseases Prevalence
Research Group.The prevalence of refractive errors among
adults in the United States,Western Europe, and Australia. Arch
Ophthalmol. 2004;122(4):495-505. Erratum in: Arch Ophthalmol.
2005;123 (10):1314.
9. Carricondo PC, Kara-JoséN. Barreiras à correção óptica: cultural,
mitos, educacional. In: Kara-José N, Rodrigues MLV. Saúde ocular
e prevenção da cegueira. Rio de Janeiro: Cultura Médica;
2009. p. 296-8.
10. Machado MC, Kara-José N. Acesso á correção óptica: experiência
de óptica em hospital público de Divinolândia – SP. In: Kara-José
N, Rodrigues MLV. Saúde ocular e prevenção da cegueira. Rio
de Janeiro: CulturaMédica; 2009. p. 304-5.
11. ThyleforsB.A global initiative for the elimination of avoidable
blindness. Community Eye Health.1998;11(25):1-3.
12. Vitale S, Cotch MF, Sperduto RD. Prevalence of visual impairment
in the United States. JAMA.2006;295(18):2158-63.
13. Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. Caderno de
Informação da Saúde Suplementar [Internet]. [citado 2009 Fev
6]. Disponível em: www.ans.gov.br.
14. Kara-José N, Senne FM,Arieta CE, Delgado AM. Banco de óculos
e laboratório óptico. ArqBrasOftalmol. 1996;59(3):316-8.
15. Machado MC, Lourenço JL, Figueiredo W, Kara-Jose N. Óculos
de baixo custo: experiência em Divinolândia (SP). ArqBras
Oftalmol. 2010;73(1):57-9.
16. Kara-Jose N, Contreras F, Campos MA, Delgado AM, Mowery
RL, Ellwein LB.Screening and surgical intervention results from
cataract-free-zone projects in Campinas, Brazil and Chimbote,
Peru. IntOphthalmol. 1990;14(3):155-64
17. ArietaCEL, NicoliniDelgado AM, José NK, Temporini ER, Alves
MR, de Carvalho Moreira Filho D. Refractive errors and cataract
as causes of visual impairment in Brazil. Ophthalmic Epidemiol.
2003;10(1):15-22.
18. ArietaCEL, de Oliveira DF, LupinacciAP,Novaes P, Paccola M, Kara-
Jose N, Limburg H. Cataract remains an important cause of blindness
in Campinas, Brazil.Ophthalmic Epidemiol. 2009;16(1):58-63.
19. Governo do Estado de São Paulo. Secretaria da Saúde [Internet].
[citado 2010 Maio 5]. Disponível em www.saude.sp.gov.br.
20. Kara-José N, Bicas HE, Carvalho RS. Cirurgia de catarata: necessidade
social. São Paulo: C&D; 2008. p. 131-7.
21. Kara-José N, Rodrigues ML, Carvalho RS. Considerações finais.
In: Kara-José N, Rodrigues ML. Saúde ocular e prevenção da
cegueira. Rio de Janeiro: Cultura Médica; 2009. p. 429-34.
22. Vargas MA, Rodrigues ML. Perfil da demanda em um serviço de
oftalmologia de atenção primária. RevBras Oftalmol. 2010;69(2):
77-83.
23. Carazo V, Rico Velasco J, Beltránena F, Quesada T. Evaluating
theconditions ofefficiency. In: Carazo V, Rico Velasco J, Beltránena F,
QuesadaT. Guias para gerencia de servicios de atención ocular. Washington,
DC: Organización Panamericana de la Salud; 1986.
Autor correspondente:
Maria Cecilia Machado
Rua Leonor Mendes de Barros, 501
CEP13780-000 - Divinolândia (SP), Brasil
Fax: (11) 3816-2287
E-mail: cecilymachado@yahoo.com.br
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 390-3
394RELATO DE CASO
Terapia fotodinâmica em carcinoma
basocelular periocular: Relato de caso
Photodynamic therapy in periocular
basal cell carcinoma: Case report
Rachel Camargo Carneiro 1 , Erick Marcet Santiago de Macedo 1 , Pátricia Picciarelli de Lima 2 , Suzana Matayoshi 3
RESUMO
Os autores descrevem a aplicação de terapia fotodinâmica com cloridrato de aminolevulinato de metila (Metivix®) em uma paciente
com carcinoma basocelular padrão misto (nodular e infiltrativo) em pálpebra inferior de olho direito. Os efeitos colaterais sobre o
olho foram avaliados semanalmente. Foi submetida à biòpsia incisional com punch de 2 mm para controle de cura após 12 semanas
de tratamento. O anátomopatológico revelou ausência de neoplasia. O tratamento padrão ouro reconhecido mundialmente é a
exérese da lesão, porém a terapia fotodinâmica com cloridrato de aminolevulinato de metila (MAL) surge como uma opção
terapêutica à cirurgia.
Descritores: Carcinoma basocelular/quimioterapia; Fotoquimioterapia; Neoplasias palpebrais; Antineoplásicos/uso terapêutico;
Biópsia; Relatos de casos
ABSTRACT
The authors report the use of photodynamic therapy with methyl aminolevulinate (Metvix®) in a patient with nodular and infiltrative
basal cell carcinoma in the right lower eyelid. Side effects on the eye were evaluated weekly. After 12 weeks of treatment, to confirm cure
the patient was submitted to a 2-mm punch biopsy, the anatomopathological findings of which were negative for neoplasia. Photodynamic
therapy with methyl aminolevulinate was shown to be an attractive alternative to surgical excision¯the current gold standard treatment
worldwide.
Keywords: Basal cell carcinoma/drug therapy; Photochemiotherapy; Eyelid neoplasms; Antineoplastic drugs/therapeutic use;
Biopsy; Case reports
1
Pós-graduando do Setor de Plástica Ocular da Clínica Oftalmológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil;
2
Médica do Serviço de Patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo (SP),
Brasil;
3
Professora associada e Chefe do Setor de Plástica Ocular da Clínica Oftalmológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil.
Trabalho realizado no Setor de Plástica Ocular da Clínica Oftalmológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil.
Os autores declaram não haver conflitos de interesse
Recebido para publicação em: 21/3/2012 - Aceito para publicação em: 28/6/2012
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 394-6
Terapia fotodinâmica em carcinoma basocelular periocular: Relato de caso
395
INTRODUÇÃO
Aterapia fotodinâmica (TFD) caracteriza-se pela indução
da citotoxicidade das células proliferativas através de
uma fonte de luz. Para que isso ocorra, são necessários
um agente fotossensibilizante, luz e oxigênio (1) .
O cloridrato de aminolevulinato de metila (MAL) derivado
do 5-ALA apresenta maior seletividade pelas células tumorais
e sendo mais lipofílico consegue penetrar profundamente na
lesão (2) , sendo também o único com registro na ANVISA (n°
MS-1.2916.0065.001-6) para o tratamento do carcinoma
basocelular superficial e da ceratose actínica.
Durante a terapia fotodinâmica, o agente
fotossensibilizante acumula-se, preferencialmente, nas células
tumorais após administração tópica e é ativado na presença de
luz vermelha variando de 570 a 670 nm. Lâmpadas LED desenvolvidas
para emitir uma luz vermelha visível também demonstraram
resultados satisfatórios (3) . Sua ativação permite que
interaja com substratos biológicos para formar radicais livres ou
transferir sua energia diretamente ao oxigênio intracelular, formando
oxigênio singlete altamente reativo que é responsável
pela morte celular. A formação de oxigênio singlete é a reação
predominante na TFD e o principal fator para a ocorrência da
citotoxicidade (1) .
Existem evidências cada vez maiores de que a terapia
fotodinâmica cause morte do tumor pela oclusão dos vasos que
o alimentam, bem como por efeito citotóxico direto sobre suas
células. Esse mecanismo despertou o interesse em utilizar a terapia
fotodinâmica no tratamento de doenças oftalmológicas caracterizadas
por neovascularização, como a degeneração macular,
permitindo a preservação da retina neurosensorial (4-6) .
O carcinoma basocelular (CBC) é a neoplasia mais comum
da região periocular e sua incidência continua a aumentar
10% ao ano. 7 O tratamento padrão-ouro é a exérese cirúrgica da
lesão, porém a terapia fotodinâmica surge como uma opção terapêutica
para o tratamento clínico como no presente relato.
RELATO DE CASO
Paciente feminina, 69 anos, Fitzpatrick tipo IV, apresentando
lesão nódulo-ulcerativa em pálpebra inferior de olho direito
há aproximadamente sete meses. O crescimento foi lento e apresentava
sangramento e prurido ocasionalmente.
A lesão media aproximadamente 19,30 mm em seu maior
diâmetro (Figura 1).
Foi realizada biópsia incisional com trépano de 2 mm no local
mais típico do tumor. O exame revelou a presença de carcinoma
basocelular padrão misto nodular (sólido) e infiltrativo. A epiderme
é elevada com aplanamento da junção dermoepidérmica. Grandes
lóbulos de células basalóides atípicas invadem a derme superficial
e profunda em um padrão nodular (A). Componente de
padrão infiltrativo (B) em derme profunda. Coloração hematoxilina
e eosina (HE), menor aumento (100X) (Figura 2A e 2B).
A paciente foi orientada em relação às opções terapêuticas,
sendo que optou pelo tratamento conservador em duas sessões
(abaixo discriminado) com intervalo de uma semana entre
uma e outra.
O procedimento foi ambulatorial, a medicação aplicada
por um dos autores seguindo as seguintes etapas:
1. Instilação de 1 gota de colírio anestésico (Anestalcon ® ) em
fórnice conjuntival;
2. Assepsia e antissepsia;
3. Infiltração anestésica com lidocaína sem vasoconstritor
(Xylocaína ® );
4. Curetagem da lesão com cureta dermatológica de 2 mm;
5. Aplicação tópica do creme na lesão ultrapassando os limites
visíveis do tumor (5 a 10 mm);
6. Curativo com oclusor palpebral para evitar a exposição à luz
durante 3 horas;
Figura 1: (A) Pré-tratamento; (B) 3 meses pós tratamento - cisto
epidérmico e hipopigmentação da pele; (C) 4 meses após tratamento
b
Figura 2: O exame revelou a presença de carcinoma basocelular padrão
misto nodular (a) e infiltrativo (b) coloração hematoxilina e
eosina (HE), menor aumento (100X)
7. Retirada do oclusor palpebral após 3h e limpeza da área
com SF 0,9%;
8. Instilação de 1 gota de colírio anestésico (Anestalcon ® ) no
fundo de saco conjuntival e colocado uma lente protetora escleral;
9. Imediatamente, a lesão foi exposta a luz vermelha (Aktilite ® ),
com espectro contínuo de 570 – 670 nm e dose de luz total de 75J/
cm2 na superfície da lesão, por um período de 8 min.
A paciente não referiu dor durante o procedimento, na
segunda aplicação relatou leve ardor. Na avaliação imediata após
as duas aplicações, observou-se edema e hiperemia local. Recomendou-se
o uso de protetor solar, colírio lubrificante 1 gota 3
vezes ao dia e compressas geladas.
O acompanhamento oftalmológico foi semanal até completar
um mês, mensal até três meses. A acuidade visual foi preservada
ao longo do tratamento. Após uma semana da segunda
sessão de TFD-MAL, observou-se hiperemia conjuntival e
hipopigmentação da pele que regrediram nas semanas seguintes.
No terceiro mês observou-se a presença de um cisto que
revelou ser benigno (cisto epidermóide) (Figura 1).
Após 90 dias de seguimento foi submetida à biópsia
incisional com trépano de 2 mm. O procedimento foi guiado pela
imagem obtida anterior ao tratamento porque não apresentava
lesão maligna visível. A análise do anátomopatológico para controle
histológico de cura revelou um fragmento de pele sem
evidências de neoplasia e um cisto epitelial (a) com queratinização
do tipo epidérmica (cisto epidermóide). A derme superficial apresentou
leve processo inflamatório crônico linfocitário (seta),
fibrose e elastose solar (b). HE (100X) (Figura 3a e b).
O seguimento atual é de 8 meses sem sinais clínicos de
recidiva.
DISCUSSÃO
A terapia fotodinâmica com cloridrato de aminolevulinato
de metila já foi amplamente investigada em estudos clínicos
dermatológicos. Todos os estudos realçaram a segurança e os
resultados funcionais e cosméticos e reportaram uma taxa de
a
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 394-6
396
Carneiro RC, Macedo EMS, Lima PP, Matayoshi S
hipopigmentação transitória da pele na região tratada. (Figura 1B).
Trata-se de uma paciente Fizpatrick IV, na literatura é comum observar
esse tipo de alteração pós-TFD em pele Fizpatrick III e IV.
São alterações transitórias e usualmente resolvem em até 6 meses.
Um cisto epidérmico no terceiro mês pós-tratamento foi observado.
O cisto tinha uma dimensão menor que 2 mm e foi retirado
com o próprio trépano de 2mm durante a biópsia para controle
de cura, realizada 90 dias após a TFD. Na literatura há relato de dois
casos de cisto epidérmico pós TFD-MAL em CBC superficial (15) ,
mas ainda não descrito em CBC misto (nodular e infiltrativo).
A terapia fotodinâmica é uma opção terapêutica válida para
o tratamento ambulatorial do carcinoma basocelular nodular,
porém estudos maiores devem ser realizados para mensurar os
efeitos colaterais sobre o olho, além de avaliar recidivas principalmente
nos padrões mistos como o caso em questão.
REFERÊNCIAS
Figura 3: Fragmento de pele sem evidências de neoplasia; cisto epitelial
(a) com queratinização do tipo epidérmica (cisto epidermóide); A
derme superficial apresentou leve processo inflamatório crônico
linfocitário (seta), fibrose e elastose solar (b); HE (100X)
cura entre 75 a 93% para o CBC nodular e entre 83 a 96% para
o CBC superficial com tempo de seguimento variando de 2 a 5
anos. O uso de drogas tópicas na terapia fotodinâmica para carcinoma
basocelular nodular é controverso, porque acreditam
que tanto a luz quanto a penetração da droga através das camadas
da pele limitariam os resultados (8) .
Em oftalmologia há poucos estudos relatados, o uso da
TFD com ácido 5-aminolevulínico foi descrita em três estudos e
em apenas dois com cloridrato de aminolevulinato de metila. (9-
14)
A TFD-MAL é realizada após curetagem da superfície da
lesão e MAL por ser mais lipofílico é capaz de penetrar mais
profundamente na lesão. Além disso, MAL apresenta
seletividade superior ao ALA, poupando as células normais vizinhas,
parte dessa ação é justificada por sua captação acelerada
pelas células tumorais seja por transporte ativo como passivo.
Para o oftalmologista, a terapia fotodinâmica com aplicação
de um agente fotossensibilizante tópico facilita o tratamento
do CBC periocular devido à simplicidade do método. Dor e
ardência podem ocorrer durante o procedimento e podem ser
amenizados com soro fisiológico 0,9%, não sendo necessário no
caso descrito acima. A limitação do procedimento está relacionada
ao custo da medicação fotossensibilizante.
No presente relato, observamos a cura histológica através do
trépano de 2 mm, trata-se de um basocelular padrão misto, nodular
e infiltrativo. Os outros trabalhos na região periocular não realizaram
biópsia para controle de cura, além disso os subtipos histológicos
eram superficial e nodular. O acompanhamento será com biópsias
seriadas a cada 6 meses devido ao padrão infiltrativo.
Nas avaliações oftalmológicas periódicas, não foram observados
danos visuais permanentes. Recomendamos a utilização de
colírio lubrificante 3 vezes ao dia, após tratamento para prevenção
de alterações na superfície ocular e compressas geladas para redução
dos efeitos térmicos sobre a pele. Na literatura o estudo realizado
em margem palpebral orientou o uso de clorafenicol 5% com
dexametasona 1% para prevenção de infecção e irritação ocular,
porém não descreveram a presença de alterações oculares (14) .
Do ponto de vista estético, observamos uma discreta
1. Torezan LAR. Avaliação da eficácia da terapia fotodinâmica
com ácido 5-delta aminolevulínico (ALA) tópico no carcinoma
basocelular [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo; 2000.
2. Briefing document for FDA Advisory Committee Meeting for
photodynamic therapy with methyl aminolevulinate cream for
treatment of basal cell carcinoma. NDA 21-576. [cited 2011 Jun
12]. Avaliável from: http://www.fda.gov/ohrms/dockets/ac/03/
briefing/3983B2_02_PhotoCure-Briefing%20Document.pdf
3. Fritsch C, Goerz G, Ruzicka T. Photodynamic therapy in dermatology.
Arch Dermatol. 1998;134(2):207-14.
4. Lucena EG, Miller JW. Benzoporphyrin (verteporfin) photodynamic
therapy for choroidal neovascularization in age-related
macular degeneration. Arq Bras Oftalmol. 2000;63(6):511-8.
5. Schmidt-Erfurth U, Miller JW, Sickenberg M, Laqua H, Barbazetto I,
Gragoudas ES, et al. Photodynamic therapy with verteporfin for choroidal
neovascularization caused by age-related macular degeneration:
results of retreatments in a phase 1 and 2 study. Arch Ophthalmol.
1999;117(9):1177-87. Erratum in Arch Ophthalmol. 2000;118(4):488.
6. Miller JW, Schmidt-Erfurth U, Sickenberg M, Pournaras CJ, Laqua H,
Barbazetto I, et al. Photodynamic therapy with verteporfin for choroidal
neovascularization caused by age-related macular degeneration:
results of a single treatment in a phase 1 and 2 study. Arch Ophthalmol.
1999;117(9):1161-73. Erratum in Arch Ophthalmol. 2000;118(4):488.
7. Wong CS, Strange RC, Lear JT. Basal cell carcinoma. BMJ.
2003;327(7418):794-8. Review.
8. Torezan L, Niwa ABM, Festa Neto C. Terapia fotodinâmica em
dermatologia: princípios básicos e aplicações. An Bras Dermatol.
2009;84(5):445-59.
9. Wang I, Bauer B, Andersson-Engels S, Svanberg S, Svanberg K.
Photodynamic therapy utilising topical delta-aminolevulinic acid
in non-melanoma skin malignancies of the eyelid and the periocular
skin. Acta Ophthalmol Scand. 1999;77(2):182-8.
10. Hoerauf H, Hüttmann G, Diddens H, Thiele B, Laqua H. [Photodynamic
therapy of eyelid basalioma after topical administration of deltaaminolevulinic
acid]. Ophthalmologe. 1994;91(6): 824-9. German.
11. Hintschich C, Feyh J, Beyer-Machule C, Riedel K, Ludwig K.
Photodynamic laser therapy of basal-cell carcinoma of the lid.
Ger J Ophthalmol. 1993;2(4-5):212-7.
12. Puccioni M, Santoro N, Giansanti F, Ucci F, Rossi R, Lotti T,
Menchini U. Photodynamic therapy using methyl aminolevulinate
acid in eyelid basal cell carcinoma: a 5-year follow-up study.
Ophthal Plast Reconstr Surg. 2009;25(2):115-8.
13. Kotimäki J. Photodynamic therapy of eyelid basal cell carcinoma.
J Eur Acad Dermatol Venereol. 2009;23(9):1083-7.
14. Togsverd-Bo K, Haedersdal M, Wulf HC. Photodynamic therapy for
tumors on the eyelid margins. Arch Dermatol. 2009;145(8):944-7
15. Ghaffar SA, Clements SE, Lear JT. Epidermoid cysts mimicking
recurrence of superficial basal cell carcinoma following photodynamic
therapy. Clin Exp Dermatol. 2007;32(2):223-4.
Autor correspondente:
Rachel Camargo Carneiro
Rua dr. Albuquerque Lins, nº 1328 – apto. 31
CEP 01230-000 - São Paulo - (SP), Brasil
E-mail: rccarneiro@msn.com
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 394-6
RELATO DE CASO397
Uveitis as first manifestation of probably
Crohn’s disease
Uveíte como primeira manifestação
de provável doença de Crohn
Ieda Maria Alexandre Barreira 1 , Ricardo Evangelista Marrocos de Aragão 2 , Ariosto Bezerra Vale 3 ,
Virgínia Apolônio Vieira 4 , Luanna Biana Costa Bezerra 4 ABSTRACT
Extraintestinal manifestations of Crohn’s disease are common. Although ocular complications of Crohn’s disease are infrequent, most
ocular manifestations include iritis, uveitis, episcleritis, scleritis and conjuntivitis. We report a patient who developed uveitis two years
before diagnose of Crohn’s disease.
Keywords: Crohn disease/complications; Inflamatory bowel diseases/complications; Uveitis/etiology; Colitis, ulcerative; Optic disk ;
Case reports
RESUMO
Manifestações extraintestinais da doença de Crohn são comuns. As manifestações oculares são infrequentes e caracterizam-se em
sua maioria por irite, uveíte, episclerite, esclerite e conjuntivite. Relatamos o caso de uma paciente que desenvolveu uveíte dois anos
antes de firmado o diagnóstico de doenca de Crohn.
Descritores: Doença de Crohn/complicações; Doenças inflamatórias intestinais/complicações; Uveíte/etiologia; Colite ulcerativa;
Disco óptico ; Relatos de casos
1
Hospital de Olhos de Iguatu – Igatu (CE), Brazil;
2
Hospital Universitário Walter Cantídio Universidade Federal do Ceará (UFC) – Fortaleza (CE), Brazil;
3
Programa de Residência do Serviço de Oftalmologia do Hospital Universitário Walter Cantídio, Universidade Federal do Ceará (UFC) –
Fortaleza (CE), Brazil;
4
Programa de Residência do Serviço de Oftalmologia do Hospital Universitário Walter Cantídio, Universidade Federal do Ceará (UFC) –
Fortaleza (CE), Brazil.
Study carried out at Universidade Federal do Ceará (UFC) – Fortaleza (CE), Brazil.
The authors declare no conflicts of interest
Recebido para publicação em: 4/4/2011 - Aceito para publicação em: 13/2/2012
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 397-9
398 Barreira IMA, Aragão REM, Vale AB, Vieira VA, Bezerra LBC
INTRODUCTION
Crohn’s disease (CD) is a sistemyc inflammatory disease
which primarily involves the intestine but pontecially
affect many organs such as the kidney and eye. (1) The
eye is involved in 4 to 6% of patients and a wide spectrum of
conditions may occur. The ocular involvement may occur before
or after the bowel symptoms anterior segment changes such as
episcleritis, scleritis, keratitis and iridocyclitis are the commom
eye manifestations (2) . Optic disc swelling and other posterior
segment manifestations are rare (3) . Other manifestations as
chroidal infiltrates, cystoid macular edema and serous macular
detachment has been less frequently documented (2) . We describe
a case with CD and panuveites, optic disc swelling, chroidal
infiltrates and glaucoma.
CASE REPORT
A 29-year-old white woman presented with ocular pain
in the right eye for two days. On examination, the best correct
visual acuity (BCVA) was found to be: right eye (OD) 20/25,
left eye (OS) 20/20, fundoscopy revealed optic disc swelling
and afferent pupillary defect in OD. The anterior segments
were normal with no evidence of intraocular inflamation in
both eyes (OU). The perimetry in the OD revealed a
paracentral scotoma. Neurological examination and magnetic
resonance imaging (MRI) was otherwise non-contributory.
One week later the fundoscopy revealed macular star (Figure
1). Sorological examination were negative for syphilis,
toxoplasmose, bartonella hanselae and tuberculin skin test
were also negative. Urinary, and completed serum blood
examitation was normal.
Three weeks later the patient presented with anterior
chamber cels 2+ , haze 1+ keratic precipitates, vitritis 2+,
intra-ocular pressure 48mmHg, choroidal infiltrates and
BCVA 20/40 in OD (Figure 2). Biochemical, infectious and
rheumatic screens were negative. The patient was treated with
prednisolone sodium phosphate 0.5%, atropine 1%, timolol
0.5%, brimonidine, brinzolamide eye drops. The intraocular
inflamation and visual acuity has improved OD 20/25. After
three months the intra-ocular inflamation recurred. At this
time the patient was treated with topical and sistemic steroides
with improvement. Completed infection, serum examination
was repeted and reveled negative. Patient followed with intraocular
inflation intermittently.
After two years, she developed arthitis and perianal fistula,
when she was diagnostic with Crohn’s disease which was
cofirmed by colonoscopy and biopsy.
Treatment wih infliximab was instituted with improvement
of bowel and joint symptoms controled of the intra-ocular
inflamation.
DISCUSSION
Ophthalmic complications of IBD (inflamatory bowel
diseases) have been reconigzed ever since the first description
of two patient with conjuntivitis and corneal infiltrates resembling
« xerophthalmia » by Crohn in 1925 (4,5) .
Several possible machanism for the ocular involvement in
Crohn’s disease have been sugested. Among them are hypersensitivity
reaction based on autoimmune mechanism and a
greater incidence of throboembolic phenomena. No absolut
correlation has been shown to exist between the severity of the
systemic disease and the appearence of the ocular
manifestations (6) .
Different incidence rate of ocular complications of IBD
are reported in the literature. A recent study reported that the
incidence of ocular involviment was 4-10% in CD and 8% in
ulcerative colitis (4) . Uveitis is the main ocular manifestation of
the IBD (7,8) . Common ocular features in CD include include anterior
uveitis, episcleritis and more rarely scleritis, keratitis, orbital
pseudotumour and retinal vasculitis which may cause retinal
artery occlusion (8) . Chroidal infiltrates, optic neuritis, cystoid
macular edema and serous macular detachment has been less
frequently documented (2) .
In this report our patient has an onset with disc swelling,
anterior chamber reaction and chroidal infiltrates two years before
the sistemic manifstations of CD. This ressalts the dificult to
diagnose in some cases of the uveitis and the importance of good
follow-up with the ophthalmologist and a multidisciplinar team.
Figure 1: Right eye with disc swelling and macular star
Figure 2: Right eye with choroidal infiltrates
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 397-9
Uveitis as first manifestation of probably Crohn’s disease
399
REFERENCES
1. Unal A, Sipahioglu MH, Akgun H, Yurci A, Tokgoz B, Erkilic K,
et al. Crohn’s disease complicated by granulomatous interstitial
nephritis, choroidal neovascularization, and central retinal vein
occlusion. Intern Med. 2008;47(2):103-7.
2. Saatci OA, Koçak N, Durak I, Ergin MH. Unilateral retinal vasculitis,
branch retinal artery occlusion and subsequent retinal
neovascularization in Crohn’s disease. Int Ophthalmol. 2001;24(2):
89-92.
3. Walker JC, Selva D, Pietris G, Crompton JL. Optic disc swelling in
Crohn’s disease. Aust N Z J Ophthalmol. 1998;26(4):329-32. Erratum
in Aust N Z J Ophthalmol. 1999;27(2):161.
4. Yilmaz S, Aydemir E, Maden A, Unsal B. The prevalence of ocular
involvement in patients with inflammatory bowel disease. Int J
Colorectal Dis. 2007;22(9):1027-30.
5. Hopkins DJ, Horan E, Burton IL, Clamp SE, de Dombal FT,
Goligher JC. Ocular disorders in a series of 332 patients with
Crohn’s disease. Br J Ophthalmol. 1974;58(8):732-7.
6. Yassur Y, Snir M, Melamed S, Ben-Sira I. Bilateral maculopathy
simulating ‘cherry-red spot’ in a patient with Crohn’s disease. Br
J Ophthalmol. 1981;65(3):184-8.
7. Chaoui Z, Bernoussi A, Belmekki M, Berraho A. Uvéites et maladies
inflammatoires chroniques de l’intestin: à propos de 3 cas. J
Fr Ophtalmol. 2005;28(8):854-6.
8. Soomro H, Armstrong M, Graham EM, Stanford MR. Sudden loss
of vision caused by a vasculitic ophthalmic artery occlusion in a
patient with ankylosing spondylitis and Crohn’s disease. Br J
Ophthalmol. 2006;90(11):1438.
Autor correspondente:
Ricardo Evangelista Marrocos de Aragão
Rua Osvaldo Cruz, 2335
CEP 60125-151- Dionísio Torres - Fortaleza (CE), Brasil
E-mail: ricardomarrocos@yahoo.com
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 397-9
400RELATO DE CASO
Correção do astigmatismo irregular com lente
intraocular tórica em um paciente com catarata
e degeneração marginal pelúcida: relato de caso
Toric intraocular lens implantation for cataract and
irregular astigmatism related to pellucid
marginal degeneration: case report
Ana Luiza Biancardi 1 , Aileen Walsh 1 , Rodrigo de Pinho Paes Barreto 1 , Armando Stefano Crema 1,3
RESUMO
A degeneração marginal pelúcida (DMP) é uma rara ectasia corneana cuja progressão resulta em astigmatismo irregular e baixa
visual não corrigidos com óculos ou lentes de contato. O presente relato descreve um paciente com catarata e DMP que foi tratado
com facoemulsificação e implante de lente intraocular tórica com recuperação da acuidade visual em ambos os olhos.
Descritores: Doenças da córnea; Astigmatismo/cirurgia; Implante de lente intraocular; Extração de catarata; Relatos de casos
ABSTRACT
Pellucid marginal degeneration (PMD) is a rare corneal ectasia and its progression leads to irregular astigmatism and low vision that can
not have spectacles or contact lens correction. This report describes a patient with low vision due to cataract and PMD that was treated
with phacoemulsification and implantation of a toric intraocular lens with a satisfactory visual acuity outcome.
Keywords: Corneal diseases; Astigmatism/surgery; Lens implantation, intraocular; Cataract extraction; Case reports
1
Walsh & Crema Clínica e Microcirurgia Ocular – Rio de Janeiro (RJ), Brasil;
2
Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (HSE) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil;
3
Professor Assistente da Universidade Gama Filho (UGF) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
Instituição: Walsh & Crema Clínica e Microcirurgia Ocular – Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
Os autores declaram não haver conflitos de interesse
Recebido para publicação em: 12/5/2011 - Aceito para publicação em: 15/9/2011
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 400-2
Correção do astigmatismo irregular com lente intra-ocular tórica em um paciente com catarata e degeneração marginal...
401
INTRODUÇÃO
Adegeneração marginal pelúcida (DMP) é uma ectasia
corneana não inflamatória rara, geralmente bilateral,
que afeta homens e mulheres entre 20 e 40 anos (1) . A
etiologia da DMP não é bem definida. A microscopia eletrônica
da córnea evidenciou fibras colágenas anormalmente espaçadas
e frágeis que resultam no afinamento corneano, geralmente inferior
(2) .
A progressão da DMP leva à baixa visual e ao astigmatismo
irregular nem sempre satisfatoriamente corrigidos com óculos
ou lentes de contato. Portanto, em casos graves o tratamento
cirúrgico é indicado, embora não exista consenso quanto à melhor
abordagem. A eficácia e segurança da lente intraocular (LIO)
tórica já são bem estabelecidas no paciente com astigmatismo
regular (3,4) , mas a utilização desta LIO em casos patológicos ainda
é pouco aplicada.
O presente relato descreve um paciente com baixa visual
em decorrência de catarata e DMP que foi tratado com
facoemulsificação e implante de LIO tórica com recuperação da
acuidade visual.
RELATO DE CASO
Paciente masculino, 55 anos, procurou atendimento queixando-se
de baixa visual e relatando “doença da córnea”. O
exame oftalmológico revelou acuidade visual corrigida (AVC)
igual a 20/40 no olho direito (OD) e 20/70 no olho esquerdo
(OE). A refração manifesta do OD era igual a – 10,00 – 4,00 X 85
e no OE era igual a – 11,00 – 3,00 X 80. A topografia corneana
(OPD Scan II, Nidek) foi compatível com DMP em ambos os
olhos (AO), mais avançada no OD (Figura 1). A biomicroscopia
revelou catarata em AO; a tonometria e o fundo de olho não
apresentaram alterações em AO.
Foi indicada facoemulsificação com implante de LIO. O paciente
realizou biometria óptica (IOL Master v.5.0, Carl Zeiss
Meditec) com cálculo da LIO através da fórmula Haigis e confirmação
com a fórmula Holladay II. O poder das LIOs indicadas foi
+11,50 D no OD e +13,50 D no OE. As cirurgias foram realizadas
sem intercorrências com implante de LIOs hidrofóbicas tóricas
de peça única (Acrysof ® SN60T5, Alcon); a refração manifesta no
pós-operatório foi – 1,00 – 1,00 X 105 no OD e – 0,75 X 90 no OE;
no seguimento de 2 anos a acuidade visual corrigida manteve-se
20/20 com estabilidade topográfica e refracional.
DISCUSSÃO
O astigmatismo irregular associado à ectasia corneana, em
especial com alterações topográficas significativas nem sempre é
corrigido com óculos ou lentes de contato.
Casos moderados e graves são tratados com cirurgias tais
como ressecção em crescente, ressecção lamelar em crescente,
ceratoplastia lamelar, ceratoplastia penetrante, epiceratoplastia,
uso de segmentos intraestromais corneais de PMMA, incisões
relaxantes limbares e implante de lentes fácicas (1,4-9) . A variedade
de opções cirúrgicas demonstra a ausência de um tratamento
plenamente eficaz para DMP.
Relatos prévios descreveram o uso de LIO tórica no tratamento
do astigmatismo patológico, relacionado ao ceratocone (10) ,
DMP (11) ou após o transplante de córnea (12) . A princípio, a LIO
tórica corrigia graus leves e moderados de astigmatismo corneano
até 2,06D.
Atualmente o cirurgião é capaz de corrigir plenamente
cilindros maiores desde o advento das LIOs Acrysof® Toric T6
a T9 (Alcon Inc) e das LIOs tóricas Rayner T-flex ® 573T e 623T
(Rayner); essas LIOs são capazes de corrigir cilindros de até
7,7D (13) . Entretanto, graus especiais têm sua indicação limitada
devido ao alto custo destas LIOs.
Apesar do amplo poder de correção das LIOs tóricas, o alto
astigmatismo, em especial o irregular, nem sempre é corrigido na
sua totalidade e medidas adicionais podem ser tomadas para evitar
o astigmatismo residual. Luck (11) descreveu um caso de DMP e
catarata tratado com uma LIO de alto poder especialmente
customizada para o paciente e denominada LIO AT.Comfort
646TLC bitórica, para tratar um cilindro irregular de 10,9D.
Figura 1: Degeneração marginal pelúcida; Topografia (OPD Scan II, Nidek)
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 400-2
402
Biancardi AL, Walsh A, Barreto RPP, Armando Stefano Crema AS
A biometria em pacientes com irregularidade da córnea
pode ser difícil devido à imprecisão da medida do poder
corneano e não há consenso sobre o melhor método nestes
casos. Relatos prévios descreveram o uso do sistema Scheimpflug
no pré-operatório de pacientes com ectasia (10,11) . No presente
caso, a ceratometria nos 3mm centrais na topografia e nos 2.5mm
centrais no IOL Master apresentou resultados reprodutíveis e
não foram realizadas medidas ceratométricas por outros métodos.
O poder central da córnea, mais plano, desproporcional ao
comprimento axial mais longo, foi determinante para a escolha
das fórmulas de quarta geração Haigis e Holladay II, que apresentaram
resultados semelhantes.
No presente relato, o implante da LIO tórica foi capaz de
reduzir a refração e melhorar a qualidade visual em AO com boa
estabilidade do quadro após 2 anos de seguimento. A pequena
miopia no OD foi intencionalmente calculada para favorecer a
monovisão; o astigmatismo residual contra a regra, que não foi
passível de correção com os graus disponíveis de LIOs tóricas
na ocasião da cirurgia, também contribuiu para a visão de perto
com resultado considerado excelente pelo paciente.
Entretanto, é importante lembrar que a ectasia corneana
tende a ser uma doença progressiva com aumento gradual do
astigmatismo irregular, o que pode resultar em instabilidade
refracional e comprometimento da satisfação do paciente a longo
prazo. Portanto, é provável que pacientes mais jovens com
exames seriados demonstrando progressão da ectasia não se
beneficiem deste tratamento; os candidatos à cirurgia também
devem ser alertados sobre a dificuldade biométrica e possibilidade
de ametropia residual.
REFERÊNCIAS
1. Mérula RV, Trindade FC. Degeneração marginal pelúcida da
córnea: diagnóstico e tratamento. Arq Bras Oftalmol.
2006;69(3):447-53.
2. Rodrigues MM, Newsome DA, Krachmer JH, Eiferman RA. Pellucid
marginal corneal degeneration: a clinicopathologic study of
two cases. Exp Eye Res. 1981;33(3):277-88.
3. Centurion V, Lacava AC, Caballero JC. A neutralização do
astigmatismo corneano durante a cirurgia da catarata por meio
de lente intraocular tórica: resultados. Rev Bras Oftalmol.
2009;68(2):76-82.
4. Correia RJB, Moreira H, Netto SUL, Pantaleão GR. Performance
visual após implante de LIO tórica em pacientes com astigmatismo
corneano. Arq Bras Oftalmol. 2009;72(5):636-40.
5. de Vries NE, Tahzib NG, Webers CAB, Hendrikse F, Nuijts RM.
Use of Verisyse/Artisan phakic intraocular lens for the reduction
of myopia in a patient with pellucid marginal degeneration. Cornea.
2008;27(2):241-5.
6. Rodriguez-Prats J, Galal A, Garcia-Lledo M, De La Hoz F, Alió
JL. Intracorneal rings for the correction of pellucid marginal degeneration.
J Cataract Refract Surg. 2003;29(7):1421-4.
7. Millar MJ, Maloof A. Deep lamellar keratoplasty for pellucid
marginal degeneration: review of management options for corneal
perforation. Cornea. 2008;27(8):953-6.
8. Tzelikis PF, Cohen EJ, Rapuano CJ, Hammersmith KM, Laibson
PR. Management of pellucid marginal corneal degeneration.
Cornea. 2005;24(5):555-60.
9. Busin M, Kerdraon Y, Scorcia V, Zambianchi L, Matteoni S. Combined
wedge resection and beveled penetrating relaxing incisions
for the treatment of pellucid marginal corneal degeneration.
Cornea. 2008;27(5):595-600.
10. Visser N, Gast ST, Bauer NJ, Nuijts RM. Cataract surgery with
toric intraocular lens implantation in keratoconus: a case report.
Cornea. 2011;30(6):720-3.
11. Luck J. Customized ultra-high-power toric intraocular lens implantation
for pellucid marginal degeneration and cataract. J
Cataract Refract Surg. 2010;36(7):1235-8.
12. Stewart CM, McAlister JC. Comparison of grafted and non-grafted
patients with corneal astigmatism undergoing cataract extraction
with a toric intraocular lens implant. Clin Experiment
Ophthalmol. 2010;38(8):747-57.
13. Ferrer-Blasco T, Montés-Micó R, Peixoto-de-Matos SC, González-
Méijome JM, Cerviño A. Prevalence of corneal astigmatism before
cataract surgery. J Cataract Refract Surg. 2009;35(1):70-5.
Comment in J Cataract Refract Surg. 2009;35(6):958; author
reply 958-9.
Autor correspondente:
Ana Luiza Biancardi
Av. Ataufo de Paiva, nº 245 - 1°andar
CEP 22440-032 - Leblon - Rio de Janeiro (RJ), Brasil
Tel: / Fax: 25291350
E-mail: albiancardi@ig.com.br
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 400-2
ARTIGO DE REVISÃO 403
Ceratoprótese de Boston
Boston Keratoprosthesis
Sérgio Kwitko 1 , Andressa Prestes Stolz 2
RESUMO
Uma breve revisão de resultados e complicações da ceratoprótese (KPro) de Dohlman-Doane tipo 1. A KProDohlman-Doane é
atualmente uma boa opção em casos graves de cegueira corneana, para os quais o transplante penetrante de córnea não apresenta
bom prognóstico. As evoluções no design da KPro e as melhorias no procedimento cirúrgico, aliados a obtenção de condições
favoráveis da superfície ocular pré-operatórias, garantem bons resultados da KPro em doenças não autoimunes. As principais
complicações da KPro são membrana inflamatória retroprotética de fibrina, glaucoma, necrose corneana, vitreíte e infecção (ceratite
e endoftalmite). Acompanhamento constante com exames pós-operatórios periódicos é necessário para monitorar e prevenir
complicações sérias.
Descritores:Doenças da córnea/cirurgia; Próteses e implantes; Implantação de próteses
ABSTRACT
A short review of type 1 Dohlman-DoaneKeratoprosthesis (KPro) addresses results and complications. Dohlman-DoaneKPro is today
a good option for cases of corneal blindness with poor prognosis for traditional penetrating keratoplasty. KPro design and surgical
improvements along with proper preoperative ocular surface condition allows good results in non-immune diseases. Main complications
of this KPro areinflammatory retroprosthetic membrane, glaucoma, corneal melting,vitreitis, and infection (keratitis and endophthalmitis).
Comprehensive long-term postoperative follow-up examinationsare needed to monitor for and prevent serious complications.
Keywords: Corneal diseases/surgery; Prosthesesandimplants; Prosthesisimplantation
1
Doutor, professor do Programa de pós-graduação em Cirurgia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Porto Alegre (RS), Brasil;
2
Chefe do Serviço de Oftalmologia do Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre - Porto Alegre (RS), Brasil.
Os autores declaram não haver conflitos de interesse
Recebido para publicação em: 18/8/2011 - Aceito para publicação em: 26/9/2011
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 403-6
404 Kwitko S, Stolz AP
Figura 1: Aspecto da Boston K-Pro tipo 1
Figura 2: Aspecto pós-operatório
Há muito que se almeja confeccionar uma córnea artificial,
principalmente com os objetivos de não necessitar um doador
humano, anular a possibilidade de rejeição do transplante e não
necessitar imunossupressão sistêmica nos casos de alto risco de
rejeição. Contudo, ainda não se conseguiu desenvolver uma
córnea artificial ideal que atinja esses objetivos e que ao mesmo
tempo seja capaz de uma integração perfeita com o tecido receptor,
sem riscos de extrusão ou complicações.
O que já se consegue, entretanto, é a substituição da córnea
por lentes artificiais – as chamadas ceratopróteses - que podem
ser confeccionadas de material biocompatível, numa tentativa
de integração com o tecido vivo e consequentemente menor
índice de extrusão, ou de material sintético, como o
Polimetilmetacrilato (PMMA) e o hidrogel que, em casos específicos,
detém atualmente um índice de sucesso satisfatório a médio
prazo.
Os modelos de ceratopróteses mais utilizados atualmente são:
1.Cératoprótese de Strampelli-Falcinelli ou ósteo-odontoceratoprótese,
na qual é necessário o implante da ceratoprótese
de acrílico em um dente do paciente para posterior
implante na córnea receptora, cirurgia trabalhosa realizada
em duas etapas, com aproximadamente 3 meses de
intervalo (1,2) ;
2. CeratpróteseAlphaCor, produzida na Austrália, semelhante
a uma lente de contato hidrofílica, mas ainda com
muitas limitações, principalmente nos casos deolho seco,
leucoma pós-herpético e doenças imunes de membranas
mucosas (3) ;
3. Ceratoprótese de Dohlman-Doane, produzida em
Boston, EUA, a qual foi uma das que mais evoluiu nos
últimos anos, apresentando atualmente um índice de sucesso
de 90% em casos de doenças não imunológicas, e de
50% em casos de doenças imunes de membranas
mucosas (4) .
Em casos de múltiplos transplantes de córnea, a cada novo
enxerto corneano aumenta o risco de rejeição e de complicações
como glaucoma e edema macular cistóide, além do tempo médio
de sobrevivência do enxerto diminuir (5) . Além disto, em casos de
doenças severas da superfície ocular, como queimadura alcalina
grave bilateral e doenças imunes de membranas mucosas, o prognóstico
do transplante de córnea é muito reservado, mesmo
com imunossupressão sistêmica (6,7) .
A ceratoprótese de Dohlman-Doane ou Boston Keratoprosthesis
(K-Pro) tem sido uma importante alternativa nos casos
de cegueira corneana para os quais o transplante penetrante
de córnea não apresenta bom prognóstico (4,6) .
Uma importantevantagem da ceratoprótese de Dohlman-
Doaneem pacientes com transplantes de alto risco é que não há
necessidade, na grande maioria dos casos, de imunossupressão
sistêmica. Dohlman tem recentemente proposto imunossupressão
sistêmica para pacientes com doenças de membranas mucosas (8) .
Vale lembrar que os casos de queimadura alcalina e de alto
risco de rejeição, como múltiplos transplantes prévios, apresentam
melhor prognóstico que os pacientes com doenças de membranas
mucosas, como Stevens-Johnson, Lyell e penfigóide ocular
cicatricial (9) .
Dois tipos de K-Pro de Dohlman-Doane foram desenvolvidos,
uma para pacientes com relativa boa hidratação da superfície
ocular e fechamento palpebral (tipo 1) e outra para casos
de severo olho seco, usada trans-palpebralmente (tipo 2). Ambas
podem ser produzidas para olhos afácicos, com poder dióptrico
calculado pelo diâmetro axial, ou para olhos pseudofácicos, com
poder único (10,11) .
Esta ceratoprótese é produzida em PMMA com uma zona
óptica central de 3.35 mm de diâmetro, e uma plataforma posterior
de 0.9 mm de espessura e 7.0 mm ou 8.5 mm de diâmetro, com
8 a 16 fenestrações para permitir uma melhor nutrição da córnea
doadora pelo humor aquoso (Figura 1). Ela é montada em uma
córnea doadora humana (Figura 2), sendo uma cirurgia acessível
ao cirurgião de córnea, com uma curva de aprendizado pequena.
A cirurgia é de mais fácil aprendizado que as outras
ceratopróteses e é confeccionada em um só tempo cirúrgico, ao
contrário da ósteo-odontoceratoprótese.
O procedimento é geralmente realizado com anestesia peribulbar,
em caráter ambulatorial, como um transplante penetrante
regular, onde se faz uma diferença receptor-doador de pelo menos
1 mm, e se deixa o paciente pseudofácico ou afácico, mesmo que
o cristalino seja transparente, devido à grande incidência pósoperatória
de catarata e consequente dificuldade da extração da
catarata através de uma transparência corneana central de somente
3.35 mm (4) .
Ao final da cirurgia, é importante que se deixe dexametasona
na câmara anterior e uma lente terapêutica de diâmetro grande
(de 16.0 mm), para reduzir o risco de necrose corneana e extrusão
da ceratoprótese (5) .
No pós-operatório, corticóide tópico e sistêmico são usados
por um período médio de 30 dias. O paciente necessita usar
continuadamente antibioticoprofilaxia tópica, preferentemente
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 403-6
Ceratoprótese de Boston
405
uma quinolona de 4ª geração ou vancomicina (12) . Nossa preferência
é pela gatifloxacina, por apresentar menor toxicidade
epitelial que a moxifloxacina (13) e que a vancomicina.
Além disso, o paciente deve manter o uso contínuo de
lubrificantes sem conservantes, medroxiprogesterona e lente de
contato terapêutica, que reduzem o risco de necrose corneana e
conseqüente extrusão da ceratoprótese (14,15) .
Este procedimento vem ganhando significativa aceitação e
popularidade desde que foi introduzida na década de 60 por
ClaesDohlman, devido a uma série de fatores,quais sejam:
1) Melhora da técnica cirúrgica do transplante de córnea;
2) Melhora da qualidade do tecido doador;
3) Melhora da preservação endotelial da córnea doadora;
4) Utilização de prato posterior de titânio;
5) Maior número de fenestrações do prato posterior para
melhor nutrição da córnea doadora;
6) Melhores viscoelásticos;
7) Melhores antibióticos profiláticos;
8) Melhor profilaxia da necrose (lentes de contato terapêuticas
grandes, melhor tratamento do olho seco, medroxiprogesterona);
9) Melhor entendimento e preparo da superfície ocular
prévio ao implante da ceratoprótese;
10)Melhor controle clínico ou cirúrgico do glaucoma.
É muito importante lembrar que o adequado tratamento
e preparo prévio da superfície ocular é fundamental para a melhora
do prognóstico da ceratoprótese.
Isto inclui:
a) um intenso tratamento do olho seco, comum em pacien
tes com doenças da superfície ocular, com oclusão per
manente dos pontos lacrimais, lágrimas artificiais sem
conservantes, soro autólogo, Ômega-3 e transplante
de glândulas salivares de acordo com a gravidade do
caso (14,16) ;
b) correção das alterações palpebrais, também muito comum
nestes casos, tais como entrópio, triquíase,
distiquíase, encurtamento do fundo-de-saco etc (16,17) ;
c) melhora anatômica e funcional do limbo, através de
transplante de limbo (16,18-20) ;
d) redução do processo inflamatório da superfície ocular
através do transplante de membrana amniótica (16,21) .
A ceratoprótese de Dohlman-Doane pode ser implantada
apenas em olhos pseudofácicos ou afácicos, portanto a facectomia
é necessária independentemente do grau de transparência do
cristalino. Como é comum nestes pacientes a presença de
glaucoma, é frequente a associação no mesmo tempo cirúrgico
do implante de válvula de Ahmed. Este último pode também ser
realizado prévia ou posteriormente à ceratoprótese.
A literatura relata uma significativa parcela de pacientes
com importante melhora da acuidade visual (AV) e da qualidade
de vida destes pacientes que até então eram cegos e pouco se
podia fazer por eles. Em 1 ano de pós-operatório 57% a 83%
obtém AV de 20/200 ou melhor (22-25) .
Apesar dos resultados mostrarem-se favoráveis a curto
prazo, existem diversas complicações que ameaçam o prognóstico
a longo prazo desses implantes. Isto inclui extrusão da prótese,
formação de membrana retroprotética, necrose corneana, crescimento
epitelial intracameral, glaucoma, descolamento de retina
e endoftalmite (12) .
Isto tem gerado importantes problemas psicológicos nestes
pacientes, levando inclusive ao suicídio, já que tiveram reabilitação
visual temporária e em muito casos sem possibilidade de
uma nova recuperação. Faz-se, necessário, portanto,um acompanhamento
psicológico/psiquiátrico destes pacientes.
A taxa de retenção da ceratoprótese a curto prazo, até 12
meses de seguimento, é muito alta, relatada por 83% a 100% (22-
25)
. Entretanto, após 2 anos, cai para 60% nas poucas séries relatadas
com acompanhamento a longo prazo (22) .
Necrose da interface ceratoprótese–córnea também é um
dos maiores problemas a médio e longo prazos. O uso permanente
de soro autólogo, lente de contato terapêutica e
medroxiprogesterona tem reduzido significativamente a incidência
desta complicação. Esta complicação ocorre de 1% a 29%
dos casos (4,6,26) . O tratamento com enxerto de membrana
amniótica e recobrimento conjuntival é bem-sucedido na maioria
dos casos (5) , entretanto há necessidade da troca do botão
doador em uma parcela significativa de casos.
Ceratite e endoftalmite micótica é um risco potencial nestes
casos, devido à presença permanente de material não biocompatível
(PMMA) na superfície ocular, o uso permanente de
lente de contato terapêutica e antibiótico tópico profilático.
Ceratite micótica é relatada de 3% a 17% dos casos, motivo pelo
qual Dohlman propôs recentemente um ciclo trimestral de
Anfotericina-B tópica (27) , associado ao já bem estabelecido uso
de vancomicina colírio profilático (28,29) .
Formação de membrana retroprotética é uma complicação
também comum, relatada em 25 a 65% dos casos (4,7,22-25) . O
tratamento com YAG laser é geralmente bem-sucedido (11) .
Opacidade de cápsula posterior, relatada em 2% a 15%
dos casos (23-25) , tem prognóstico bem favorável com a realização
da capsulotomia posterior com YAG laser.
Vitreíte estéril é uma complicação também significativa,
ocorrendo de 3% a 10% dos casos (22,24) , havendo necessidade de
uma ampla vitrectomia posterior na grande maioria deles para a
reabilitação visual.
Devido ao fato destes olhos serem pseudofácicos ou
afácicos e apresentarem múltiplas cirurgias prévias e processo
inflamatório prévio e/ou crônico, não é rara a presença de edema
macular cistóide, o que compromete também o prognóstico visual
destes casos.
O glaucoma é uma complicação frequente e também ameaçadora
do prognóstico visual em olhos tratados com KPro. Na
maioria das vezes, a própria doença base é responsável pelo
risco aumentado desta complicação, e o glaucoma refratário já
existe previamente ao implante da ceratoprótese. O implante
valvular de Ahmed tem sido a alternativa terapêutica de escolha
para estes casos, com bom controle pressórico (4) .
A dificuldade pré-operatória de avaliação do nervo óptico,
por opacidade de meios, e da pressão intraocular, pelas alterações
da superfície corneana, subestimam as taxas de glaucoma
pré-operatório, comprometendo o prognóstico desses pacientes
e obrigando, muitas vezes, a necessidade de uma nova cirurgia
para implante de drenagem.
Como não é possível uma tonometria nestes olhos após o
implante da ceratoprótese, o acompanhamento do glaucoma se
faz mediante a documentação fotográfica do nervo óptico e pela
campimetria. A papilografia é mais difícil de ser realizada através
dos 3 mm transparentes centrais da ceratoprótese, mas plenamente
possível. Já a campimetria pode avaliar em média os
60º centrais, o que costuma ser suficiente para a avaliação
glaucomatosa.
Nossa pequena série de 28 olhos implantados com a
Boston KPro tipo 1 revelou melhora da AV para uma visão
funcional (20/200 ou melhor) em 64,3% dos casos, durante um
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 403-6
406
Kwitko S, Stolz AP
seguimento médio de 31,0 ± 21,2 meses (2 a 72 meses). As complicações
em nossa série de casos foram:
- necrose da interface em 21,4% dos casos, com necessida
de da troca da córnea doadora (e reposicionamento da
KPro) em todos menos um, onde o enxerto de membra
na amniótica e o recobrimento foram suficientes para a
cura do processo necrosante. Em todos os casos onde a
córnea doadora foi trocada, e reposicionada a KPro, houve
manutenção da acuidade visual, exceto em um paciente
que foi a phthisisbulbi;
- vitreíte estéril em 25% dos casos, todos recuperados após
vitrectomia posterior;
- opacidade de cápsula posterior em 25% dos casos, todos
bem sucedidos após a realização de capsulotomia posterior
com YAG laser;
- edema macular cistóide em 21,4% dos casos, com tratamento
clínico em 50% e com injeção intravítrea de triancinolona
em 50%;
- glaucoma em 17,8% dos casos, todos controlados com
implante de válvula de Ahmed e com tratamento clínico;
- membrana retroprotética em 10,7% dos casos, tratados
com injeção de ativador do plasminogênio tecidual (tPA)
e/ou corticóide tópico e sistêmico;
- ceratite micótica em 14,3%; um paciente foi tratado clinicamente
e o outro com a retirada da córnea doadora e
injeção intraocular de voriconazol.
A ceratoprótese de Dohlman é, portanto, uma importante
alternativa para pacientes de alto risco para rejeição de transplante
de córnea, com resultados bastante favoráveis a curto e
médio prazo. Deve-se, no entanto às possíveis complicações a
médio e longo prazo, que podem comprometer de maneira significativa
o prognóstico visual destes pacientes.
REFERÊNCIAS
1. Strampelli B, Marchi V. [Osteo-odonto-keratoprosthesis]. Ann
Ottalmol Clin Ocul. 1970;96(1):1-57.
2. Falcinelli G, Falsini B, Taloni M, Colliardo P, Falcinelli G. Modified
osteo-odonto-keratoprosthesis for treatment of corneal blindness:
long-term anatomical and functional outcomes in 181 cases.
Arch Ophthalmol. 2005;123(10):1319-29.
3. Ngakeng V, Hauck MJ, Price MO, Price FWJr. AlphaCor
keratoprosthesis: a novel approach to minimize the risks of longterm
postoperative complications. Cornea. 2008;27(8):905-10.
4. Dohlman CH. Results of 218 eyes with keratoprosthesis. ASCRS
Meeting. San Diego, USA, 2007.
5. Ma JJ, Graney JM, Dohlman CH. Repeat penetrating keratoplasty
versus the Boston keratoprosthesis in graft failure. Int
Ophthalmol Clin. 2005;45(4):49-59.
6. Aquavella JV, Qian Y, McCormick GJ, Palakuru JR. Keratoprosthesis:
the Dohlman-Doane device. Am J Ophthalmol.
2005;140(6):1032-8.
7. Aquavella JV, Qian Y, McCormick GJ, Palakuru JR.
Keratoprosthesis: current techniques. Cornea. 2006;25(6):656-62.
8. Dohlman, CH. Personal communication.American Society of
Cataract and Refractive Surgery Meeting 2011. San Diego, CA.
March 25-29, 2011
9. Stolz AP, Kwitko S, Dal Pizzol MM, Marinho D, Rymer S.
Experiência inicial com a ceratoprótese de Dohlman-Doane:
relato de casos. Arq Bras Oftalmol.2008;71(2):257-61.
10. Doane MG, Dohlman CH, Bearse G. Fabrication of a
keratoprosthesis. Cornea. 1996;15(2):179-84.
11. Klufas MA, Colby KA. The Boston keratoprosthesis. Int
Ophthalmol Clin. 2010;50(3):161-75.
12. Barnes SD, Dohlman CH, Durand ML. Fungal colonization and
infection in Boston keratoprosthesis. Cornea. 2007;26(1):9-15.
13. Moshirfar M, Marx DP, Kumar R. The effect of the fourth-generation
fluoroquinolones on corneal reepithelialization after
penetrating keratoplasty. Cornea. 2005;24(7):833-6.
14. Tsubota K, Goto E, Shimmura S, Shimazaki J. Treatment of persistent
corneal epithelial defect by autologous serum application.
Ophthalmology. 1999;106(10):1984-9.
15. Hicks CR, Crawford GJ. Melting after keratoprosthesis implantation:
the effects of medroxyprogesterone. Cornea. 2003;22(6):
497-500.
16. Chiou AG, Florakis GJ, Kazim M. Management of conjunctival
cicatrizing diseases and severe ocular surface dysfunction. Surv
Ophthalmol. 1998;43(1):19-46.Review.
17. Tuft SJ, Shortt AJ. Surgical rehabilitation following severe ocular
burns. Eye (Lond). 2009;23(10):1966-71.
18. Dogru M, Tsubota K. Current concepts in ocular surface reconstruction.
Semin Ophthalmol. 2005;20(2):75-93.
19. Dua HS, Saini JS, Azuara-Blanco A, Gupta P. Limbal stem cell
deficiency: concept, aetiology, clinical presentation, diagnosis and
management. Indian J Ophthalmol. 2000;48(2):83-92.Comment
in Indian J Ophthalmol. 2000;48(2):79-81.
20. Biber JM, Skeens HM, Neff KD, Holland EJ. The cincinnati procedure:
technique and outcomes of combined living-related conjunctival
limbal allografts and keratolimbal allografts in severe
ocular surface failure. Cornea. 2011;30(7):765-71.
21. Meller D, Pires RT, Mack RJ, Figueiredo F, Heiligenhaus A, Park
WC,et al. Amniotic membrane transplantation for acute chemical
or thermal burns. Ophthalmology. 2000;107(5):980-9; discussion 990.
22. Aldave AJ, Kamal KM, Vo RC, Yu F. The Boston type I keratoprosthesis:
improving outcomes and expanding indications. Ophthalmology.
2009;116(4):640-51.
23. Bradley JC, Hernandez EG, Schwab IR, Mannis MJ. Boston type
1 keratoprosthesis: the university of california davis experience.
Cornea. 2009;28(3):321-7.
24. Zerbe BL, Belin MW, Ciolino JB; Boston Type1 Keratoprosthesis
Study Group. Results from the multicenter Boston Type1 Keratoprosthesis
Study. Ophthalmology. 2006;113 (10):1779.e1-7.
25. Chew HF, Ayres BD, Hammersmith KM,Rapuano CJ, Laibson
PR, Myers JS, et al. Boston keratoprosthesis outcomes and complications.
Cornea. 2009;28(9):989-96.
26. Yaghouti F, Nouri M, Abad JC, Power WJ, Doane MG, Dohlman
CH. Keratoprosthesis: preoperative prognostic categories. Cornea.
2001;20(1):19-23.
27. Dohlman, CH. Personal communication.American Society of Cataract
and Refractive Surgery Meeting 2009. Las Vegas, USA, 2009.
28. Fintelmann RE, Maguire JI, Ho AC, Chew HF, Ayres BD. Characteristics
of endophthalmitis in patients with the Boston keratoprosthesis.
Cornea. 2009;28(8):877-8.
29. Durand ML, Dohlman CH. Successful prevention of bacterial
endophthalmitis in eyes with the Boston keratoprosthesis. Cornea.
2009;28(8):896-901.
Autor correspondente:
Sérgio Kwitko
OftalmoCentro
Av. Nilo Peçanha, nº 724/401
CEP 90.470-000 - Porto Alegre (RS), Brasil
E-mail: sergio@oftalmocentro.com.br
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 403-6
ARTIGO DE REVISÃO 407
Age-related macular degeneration with
choroidal neovascularization in the setting of
pre-existing geographic atrophy and
ranibizumab treatment. Analysis of a case series
and revision paper *
Avaliação da resposta da injeção intravítrea de ranibizumab em
pacientes com neovascularização de coróide da degeneração
macular relacionada à idade com atrofia geográfica
extensa pré-existente e revisão da literatura
Miguel Hage Amaro 1 , Aaron Brock Holler 2
ABSTRACT
Purpose: To report the response of choroidal neovascularization (CNV) to intravitreal ranibizumab treatment in the setting of agerelated
macular degeneration (AMD) with extensive pre-existing geographic atrophy (GA) and a revision paper. Methods: This is a
revision paper and a retrospective case series of 10 eyes in nine consecutive patients from a photographic database. The patients were
actively treated with ranibizumab for neovascular AMD with extensive pre-existing GA. Patients were included if they had GA at or
adjacent to the foveal center that was present before the development of CNV. The best corrected visual acuity and optical coherence
tomography (OCT) analysis of the central macular thickness were recorded for each visit. Serial injections of ranibizumab were
administered until there was resolution of any subretinal fluid clinically or on OCT. Data over the entire follow-up period were analyzed
for overall visual and OCT changes. All patients had been followed for at least 2 years since diagnosis. Results: The patients received an
average of 6 ± 3 intravitreal injections over the treatment period. Eight eyes had reduced retinal thickening on OCT. On average, the central
macular thickness was reduced by 94 ± 101 µm. Eight eyes had improvement of one or more lines of vision, whereas one eye had dramatic
vision loss and one had no change. The average treatment outcome for all patients was -0.07 ± 4.25 logMAR units, which corresponded
to a gain of 0.6 ± 4.4 lines of Snellen acuity. The treatment resulted in a good anatomic response with the disappearance of the subretinal
fluid, improved visual acuity, and stabilized final visual results. Conclusion: The results of this case series suggest that the use of an
intravitreal anti-vascular endothelial growth factor (VEGF) agent (ranibizumab) for CNV in AMD with extensive pre-existing GA is
effective. Our results are not as striking as published results from large-scale trials of anti-VEGF therapy for subfoveal CNV, presumably
due to the limitation in the baseline visual acuity caused by the underlying GA. The good anatomic response with the disappearance of the
subretinal fluid, improved visual acuity, and stabilized final visual results were consistent with other ranibizumab studies.
Keywords: Macular degeneration; Geographic atrophy; Choroidal neovascularization; Antibodies, monoclonal/therapeutic use; Retina
1
Instituto de Olhos e Laser de Belém. Belém (PA), Brazil. Doctorate by the Federal University of São Paulo, Brazil;
2
Retina Service, Iowa University, USA.
*Study carried out at Retina Service,University of Iowa and Instituto de Olhos e Laser de Belém. Belém (PA), Brazil
The authors declare no conflicts of interest
Recebido para publicação em: 9/1/2012 - Aceito para publicação em: 2/3/2012
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 407-11
408 Amaro MH, Holler AB
RESUMO
Investigar os resultados da injeção intravítrea de Ranibizumab em pacientes com neovascularização de coróide da degeneração
macular relacionada a idade, com atrofia geográfica extensa, pré-existente e revisão da literatura. Métodos: Este é um artigo de
revisão e também um estudo retrospectivo de 9 pacientes, 10 olhos com neovascularização de coróide da degeneração macular
relacionada à idade, com atrofia geográfica extensa, pré-existente. Os pacientes incluídos apresentaram atrofia geográfica, envolvendo
a fóvea ou adjacente, antes do desenvolvimento da neovascularização de coróide. A melhor correção visual e o exame de
tomografia de coerência óptica (OCT) com analise da espessura macular foram registrados em cada visita. As injeções de ranibizumab
intravítrea foram feitas até a resolução do líquido sub-retiniano pelo OCT e clinicamente. Todos os pacientes tinham seguimento de
6 meses do diagnostico a 2 anos, com média de 16 meses. Resultados: 10 olhos de 9 pacientes incluídos receberam uma média de 6 ±
3 injeções intravítreas de ranibizumab, sendo que 8 apresentaram redução do espessamento macular pelo OCT. A mácula teve o
espessamento reduzido entre 94 ± 101 microns, 8 olhos tiveram melhora de 1 ou mais linhas de visão, um olho teve acentuada
diminuição da visão.e um outro não teve alteração. A media do resultado do tratamento em logMAR era -0,07 ± 4.25 correlacionando
um ganho de visão na tabela de Snellen entre 0,6 ± 4.4linhas de visão. Conclusão: Estes resultados sugerem que o uso do Ranibizumab
intravítreo para neovascularização de coróide da degeneração macular relacionada à idade em extensa atrofia geográfica préexistente
é efetivo. Existem, entretanto, dificuldades na avaliação da acuidade visual destes pacientes em virtude da extensa Atrofia
Geográfica que apresentavam e sobre esta ainda as complicações da neovascularização de coróide, se comparados a casos em que
a neovascularização de coróide não ocorre em atrofia geográfica pré-existente.
Descritores: Degeneração macular; Atrofia geográfica; Neovascularização de coróide; Anticorpos monoclonais/uso terapêutico; Retina
INTRODUCTION
Geographic atrophy (GA) is defined in the AREDS study
as one or more well-defined, usually more or less circu
lar, patches of partial or complete depigmentation of
the retinal pigment epithelium (RPE), typically with exposure of
underlying large choroidal blood vessels (1) . GA associated with
age-related macular degeneration (AMD) is estimated to affect
nearly 1% of the US population, with this prevalence expected
to increase by 50% by the year 2020 (2) . GA is a form of advanced
age-related macular degeneration (AMD) that causes central
visual loss and evolves gradually in the central fovea (1) .
Histopathological sections of GA show thinning or absence
of the RPE, closure of the choriocapillaris, and degeneration of
the overlying photoreceptors (3,4) . It has been reported (3,4) that
the site of the initial appearance of GA was previously occupied
by drusen, which was large (125 ì m in diameter) in 96% of cases.
In 83% of eyes, the largest drusen was 250 ì m in diameter. The
drusen was usually confluent, with at least two in contact, but it
is sometimes extensive enough to form plaques of drusenoid
material. In addition, the GA is nearly always preceded by the
appearance of hyperpigmentation overlying drusen, followed
by regression of the drusen and the appearance of
hypopigmentation, sometimes accompanied by refractile deposits.
Furthermore, in some eyes, different precursor lesions might
appear simultaneously. Research (5,6) has shown that the strongest
predictor of the subsequent spread of GA is growth in the
previous 2 years. Increased fundus autofluorescence outside
atrophic patches of GA may also be an important predictor of
subsequent progression (7) .
Another finding in advanced AMD is choroidal
neovascularization (CNV) (8) . Although hyperpigmentation and
hypopigmentation abnormalities of the RPE and drusen are
precursors of GA and CNV, these are related only because they
are advanced forms of age-related macular degeneration (8,9) .
The coexistence of GA and CNV has been proved
histopathologically (3,4,10) . Some studies (11,12) have shown that the
vascular endothelial growth factor (VEGF)-specific monoclonal
antibodies, ranibizumab and bevacizumab, improve the visual
acuity in patients with AMD and subfoveal CNV (11,14) . In the
Marina (11) and Anchor (12) trials with ranibizumab, 94.6% and
96.4% of the patients avoided a 15-letter VA decrease,
respectively. Moreover, 34% and 43% of patients gained at least
15 letters of VA, respectively. The final mean improved by 7.2
and 11.3 letters in the Marina (11) and Anchor (12) trials, respectively.
However, other treatments have been used, including laser
photocoagulation (15,16) , verteporfin photodynamic therapy
(PDT) (17) , photothrombosis with indocyanine green (18) , and
pegaptanib sodium intravitreal injection (19) .
This report is a revision paper and investigated the results
of ranibizumab intravitreal monotherapy in the treatment of
CNV in the context of AMD with extensive pre-existing GA.
METHODS
This is a revision paper and a retrospective cases series
study from a photographic database center of 10 eyes in 9
consecutive patients under active treatment with ranibizumab
monotherapy for neovascular AMD in the setting of pre-existent
Geographic Atrophy. Patients were included if they had GA at or
adjacent to the central fovea that was present before the
development of CNV (Figures 1 to 7). The exclusion criterion was
no prior treatment of CNV from AMD with extensive pre-existing
GA only permissible in the AREDS formulation (20) . The best
corrected visual logMAR and Snellen schedule, color fundus
photography, fluorescein angiography, and optical coherence
tomography (OCT) were obtained each visit. We used Heidelberg
OCT to analyze the central macular thickness, which we recorded
each month. Ranibizumab monotherapy was injected intravitreal
monthly until there was resolution of the subretinal fluid clinically
or by OCT (criteria of retreatment) for a 2-year period. Data on
the overall visual and OCT changes over the entire follow-up 2-
year period were analyzed. All patients were followed for at least
6 months (mean 16 months) and up to 2 years after diagnosis.
RESULTS
The study included 10 eyes from 9 patients who had been
treated with ranibizumab as monotherapy. The patients received
an average of 6 ± 3 intravitreal injections over the treatment
period. Eight eyes had reduced retinal thickening on OCT. On
average, the central macular thickness was reduced by 94 ± 101
µm. Eight eyes had an improvement of one or more lines of
vision, whereas one eye had dramatic vision loss and one eye
hasn’t change in his vision . The average treatment outcome for
all patients was –0.07 ± 4.25 logMAR units, which corresponded
to a gain of 0.6 ± 4.4 lines of Snellen acuity.
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 407-11
Age-related macular degeneration with choroidal neovascularization in the setting of pre-existing geographic atrophy...
409
Figure 1: Choroidal hemorrhage from occult CNV in geographic atrophy, patient number 6
Figure 2: Patient number 6: OCT
before treatment showing thinning
along the temporal aspect of the central
macula, and some diffuse
thickening as well as some cystoid
abnormalities around the nasal aspect
of the central macula
Figure 3: OCT after treatment
showing resolution of findings
Choroidal neovascularization and GA are advanced forms
of AMD according the AREDS reports (1) and others (8,10) . When
CNV develops in eyes with GA, it can cause both an abrupt drop
in visual acuity and progression to central vision loss. 8,10 The
AREDS data (2) indicate that about one-third of the participants
had central GA at the time when GA was first identified, there
was a median time to progression from GA to central GA of 2
years. Visual acuity is often decreased before the development
of central GA; for those who do not develop CNV, vision is
expected to decline an additional 22 letters on average during
the next 5 years. Eyes that develop subsequent CNV have an
even worse prognosis.
The reported 2-year rate of 18% and 4-year rate of 34% of
CNV in eyes with GA is compatible with the MPS study (15) and
that of Sunness et al. (10) Other studies (21,23) reported similar rates
of CNV developing in eyes with GA . This is a high incidence and
disproves the impression that GA protects against the
development of CNV. In a study of the treatment of extrafoveal
CNV from AMD, the MPS (15) included 11 participants with GA
and without CNV in the fellow eye at baseline. Over a 5-year
period, five (45%) patients went on to develop CNV in the GA
eye. The MPS report included participants from the juxtafoveal
and subfoveal AMD trials.
In a case report on a patient with GA (3) , with
clinicopathological evaluation, in whom the existence of CNV
was not initially suspected and a fluorescein angiogram had not
revealed CNV, the researchers noted that CNV developed in
one eye with GA in areas of residual choriocapillaris and pigment
epithelium, while no CNV developed in the fellow eye with GA
despite breaks in Bruch’s membrane, presumably because the
breaks occurred in areas without residual choriocapillaris and
RPE, similar to the study by Sunness et al. (10) Similar to our
study, CNV did not grow over atrophy and was seen to develop
at the edge of the GA (Yannuzzi L, personal communication) or
in spared areas within the GA.
In our study, eight eyes had improvement of one or more
lines of vision, whereas one eye had dramatic vision loss and one
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 407-11
410 Amaro MH, Holler AB
Figure 4: Extensive geographic atrophy, patient number 7
Figure 5: Choroidal hemorrhage from occult CNV in geographic
atrophy, patient number 7
Figure 6: Extensive geographic atrophy, patient number 9
had no change.
The patients received an average of 6 ± 3 intravitreal
injections over the treatment period. Most of them (8 out 9
patients) had reduced retinal thickening on OCT. On average,
the central macular thickness was reduced by 93 ± 105 µm. The
average treatment outcome for all patients was –0.07 ± 4.25
logMAR units, which corresponded to a gain of 0.6 ± 4.4 lines of
Snellen acuity.
The Marina (11) and Anchor (12) studies proved the efficacy
of anti-VEGF therapy with ranibizumab in the treatment of
subfoveal CNV. Eight of our 10 patients improved their vision
with ranibizumab treatment for CNV in AMD with extensive
pre-existing GA and reports of ranibizumab treatment of
choroidal neovascularization in the setting of pre-existing
Geographic Atrophy from AMD (24,25) with similar results as:
good anatomic response with disappearance of the subretinal
fluid, improved visual acuity and stabilized final visual results
consistent with others ranibizumab studies (11,12,24,25) .
Figure 7: Choroidal hemorrhage from occult CNV in geographic
atrophy, patient number 9
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 407-11
Age-related macular degeneration with choroidal neovascularization in the setting of pre-existing geographic atrophy...
411
CONCLUSION
The results of this cases series suggest that the use of an
intravitreal anti-VEGF agent (ranibizumab) for CNV in AMD
with extensive pre-existing GA is effective for these patients.
Our results are not as striking as the results of large-scale trials
of anti-VEGF therapy for subfoveal CNV, presumably due to
the limitation of the baseline visual acuity caused by the
underlying GA.
REFERENCES
1. Lindblad AS, Lloyd PC, Clemons TE, Gensler GR, Ferris FL 3rd,
Klein ML, Armstrong JR; Age-Related Eye Disease Study Research
Group. Change in area of geographic atrophy in the Age-
Related Eye Disease Study: AREDS report number 26. Arch
Ophthalmol. 2009;127(9):1168-74.
2. Friedman DS, O’Colmain BJ, Muñoz B, Tomany SC, McCarty C,
de Jong PT, Nemesure B, Mitchell P, Kempen J; Eye Diseases
Prevalence Research Group. Prevalence of age-related macular
degeneration in the United States. Arch Ophthalmol. 2004;122(4):
564-72. Erratum in: Arch Ophthalmol. 2011;129(9):1188
3. Green WR, Key SN 3rd. Senile macular degeneration: a histopathologic
study. Trans Am Ophthalmol Soc. 1977;75:180-254.
4. Green WR, Enger C. Age-related macular degeneration histopathologic
studies. The 1992 Lorenz E. Zimmerman Lecture.
Ophthalmology. 1993;100(10):1519-35.
5. Sunness JS, Margalit E, Srikumaran D, Applegate CA, Tian Y,
Perry D, et al. The long-term natural history of geographic atrophy
from age-related macular degeneration: enlargement of atrophy
and implications for interventional clinical trials. Ophthalmology.
2007;114(2):271-7.
6. Sunness JS, Applegate CA, Bressler NM, Hawkins BS. Designing
clinical trials for age-related geographic atrophy of the macula:
enrollment data from the geographic atrophy natural history
study. Retina. 2007;27(2):204-10.
7. Holz FG, Bindewald-Wittich A, Fleckenstein M, Dreyhaupt J,
Scholl HP, Schmitz-Valckenberg S; FAM-Study Group. Progression
of geographic atrophy and impact on fundus autofluorescence
patterns in age-related macular degeneration. Am J Ophthalmol.
2007;143(3):463-72.
8. Gass JD. Steroscopic atlas of macular diseases: diagnosis and
treatment. 4th ed. St Louis: Mosby; 1997. p. 70-86.
9. Gass JD. Drusen and disciform macular detachment and degeneration.
Arch Ophthalmol. 1973;90(3):206-17.
10. Sunness JS, Gonzalez-Baron J, Bressler NM, Hawkins B, Applegate
CA. The development of choroidal neovascularization in eyes
with geographic atrophy form of age-related macular degeneration.
Ophthalmology. 1999;106(5):910-9.
11. Rosenfeld PJ, Brown DM, Heier JS, Boyer DS, Kaiser PK, Chung
CY, Km RY; MARINA Study Group. Ranibizumab for
neovascular age-related macular degeneration. N Engl J Med.
2006;355(14): 1419-31.
12. Brown DM, Kaiser PK, Michels M, Soubrane G, Heier JS, Kim
RY, Sy JP, Schneider S; ANCHOR Study Group. Ranibizumab
versus verteporfin for neovascular age-related macular degeneration.
N Engl J Med. 2006;355(14):1432-44. Comment
in N Engl J Med. 2006;355(14):1409-12. N Engl J Med.
2007;356(7): 748-9; author reply 749-50. N Engl J Med.
2007;356(7):747-8; author reply 749-50. N Engl J Med.
2006;355(14):1493-5.
13. Rich RM, Rosenfeld PJ, Puliafito CA, Dubovy SR, Davis JL,
Flynn HW Jr, et al. Short-term safety and efficacy of intravitreal
bevacizumab (Avastin) for neovascular age-related macular degeneration.
Retina. 2006;26(5):495-511.
14. Rosenfeld PJ, Moshfeghi AA, Puliafito CA. Optical coherence
tomography findings after an intravitreal injection of bevacizumab
(avastin) for neovascular age-related macular degeneration.
Ophthalmic Surg Lasers Imaging. 2005;36(4):331-5. Comment in
Ophthalmic Surg Lasers Imaging. 2005;36(4):270-1.
15. Five-year follow-up of fellow eyes of patients with age-related
macular degeneration and unilateral extrafoveal choroidal neovascularization.
Macular Photocoagulation Study Group. Arch
Ophthalmol. 1993;111(9):1189-99. Comment in Arch Ophthalmol.
1994;112(7):874-5.
16. Subfoveal neovascular lesions in age-related macular degeneration.
Guidalines for evaluation and treatment in the macular
photocoagulation study. Macular Photocoagulation Study Group.
Arch Ophthalmol. 1991;109(9):1242-57. Comment in Arch
Ophthalmol. 1991;109(9):1217-8.
17. Miller JW, Schmidt-Erfurth U, Sickenberg M, Pournaras CJ, Laqua
H, Barbazetto I, et al. Photodynamic therapy with verteporfin for
choroidal neovascularization caused by age-related macular degeneration:
results of a single treatment in a phase 1 and 2 study.
Arch Ophthalmol. 1999;117(9):1161-73. Erratum in Arch Ophthalmol
2000;118(4): 488. Comment in Arch Ophthalmol. 1999;117(9):1177-
87. Comment on Arch Ophthalmol. 1999;117(9):1177-87.
18. Cardillo JA, Jorge R, Costa RA, Nunes SM, Lavinsky D,
Kuppermann BD, et al. Experimental selective choriocapillaris
photothrombosis using a modified indocyanine green formulation.
Br J Ophthalmol. 2008;92(2):276-80.
19. Gragoudas ES, Adamis AP, Cunningham ET Jr, Feinsod M, Guyer
DR; VEGF Inhibition Study in Ocular Neovascularization Clinical
Trial Group. Pegaptanib for neovascular age-related macular
degeneration. N Engl J Med. 2004;351(27):2805-16. Comment
in ACP J Club. 2005;143(1):18. N Engl J Med. 2005;352(16):1720-
1; author reply 1720-1. N Engl J Med. 2004;351(27):2863-5.
20. Age-Related Eye Disease Study Research Group. A randomized, placebo-controlled,
clinical trial of high-dose supplementation with vitamins
C and E, beta carotene, and zinc for age-related macular degeneration
and vision loss: AREDS report no. 8. Arch Ophthalmol.
2001;119(10):1417-36. Erratum in Arch Ophthalmol. 2008;126(9):1251.
Comment in Arch Ophthalmol. 2002;120(1): 100-1. Arch Ophthalmol.
2001;119(10):1533-4. JAMA. 2001; 286(19): 2466-8. Arch Ophthalmol.
2003;121(3):416-7. J Fam Pract. 2002;51(2):105. Arch Ophthalmol.
2008;126(1):146-7; author reply 147. Arch Ophthalmol. 2002;120(7):997;
author reply 997-9. Arch Ophthalmol. 2002;120(11):1602.
21. Sarks JP, Sarks SH, Hillingsworth MC. Evolution of geographic
atrophy of the retinal pigment epithelium. Eye (Lond). 1988;2
(Pt5):552-77.
22. Schatz H, McDonald HR. Atrophic macular degeneration. Rate
of spread of geographic atrophy and visual loss. Ophthalmology.
1989;96(10):1541-51.
23. Sunness JS, Bressler NM, Maguire MG. Scanning laser ophthalmoscopic
analysis of the pattern of visual loss in age-related geographic
atrophy of the macula. Am J Ophthalmol. 1995;119(2): 143-51
24. Amaro MH, Roller AB. Intravitreal ranibizumab therapy for choroidal
neovascularization in age-related macular degeneration
with extensive pre-existing geographic atrophy [abstract]. Invest
Ophthalmol Vis Sci. 2011;52:E-Abstract 4004.
25. Roller AB, Amaro MH. Intravitreal ranibizumab and bevacizumab
therapy for choroidal neovascularization in age-related macular
degeneration with extensive geographic atrophy. In press 2012.
Autor correspondente:
Miguel Hage Amaro,MD
Trav. Quintino Bocaiúva, nº 516
CEP 66053- 240 - Belém - (PA), Brasil
Tel: (91) 3223.6741 / (91) 3242-7067
E-mail: miguelhamaro@yahoo.com.br
amaro@amazon.com.br
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 407-11
412
ERRATA
Foi publicado sem as imagens e suas respectivas legendas na edição da Revista Brasileira de Oftalmologia, vol. 71 número 5 de
setembro/outubro de 2012 o artigo científico Inflamação esclerosante idiopática da órbita: estudo clinico-patológico, que tem como
autores: Livia Maria Nossa Moitinho, Eduardo Ferrari Marback, Otacílio de Oliveira Maia Júnior, Roberto Lorens Marback. Abaixo
segue as imagens e suas legendas.
Figura 2: Microfotografia. Aspecto histopatológico típico exibindo
deposição maciça de colágeno e presença de fibroblastos (setas).
Figura 1: Caso 5A ) Foto Clínica. Oftalmoplegia e ceratite de exposição
a esquerda. B) Tomografia Computadorizada. Lesão hiperdensa
envolvendo o globo ocular (asterisco); Caso 8 C) Foto Clínica. Olho
gongelado com desvio para cima. D) Tomografia Computadorizada.
Envolvimento orbitário com infiltração muscular (asteriscos) e
intraconal. Notar retificação de esclera (seta); Caso 6 E) Foto Clínica.
Exoftalmia e oftalmoplegiaa direita. F) Tomografia Computadorizada.
Infiltração difusa de órbita (asterisco).
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 412
413
Índice remissivo do volume 71
Autores
ED. PÁG.
Abujamra, Suel - Telangiectasias perimaculares idiopáticas ...................... 4 213
Agostini, Fernanda Spinassé ... et al. - Úlcera de córnea por Pseudomonas
stutzeri ...................................................................................................................... 2 111
Agrelos, Luís Manuel de Sousa Pinto ...et al. - Biomicroscopia ultrassônica
na viscocanalostomia ............................................................................................. 4 245
Alencar, José Luciano Leitão de ...et al. - Nevo de células fusiformes de
Reed na conjuntiva ................................................................................................ 1 56
Alencar, Luciana Malta de ... et al. - Técnica Tied Out Open Sky: fixação
iriana de lente intraocular combinada com transplante penetrante de
córnea ....................................................................................................................... 1 48
Almeida Júnior, Gildásio Castello de ... et al. - Avaliação das indicações
de ceratoplastia penetrante no interior paulista ........................................... 6 353
Almeida, Homero Gusmão de ... et al. - Morfometria comparativa entre
discos ópticos de familiares de glaucomatosos e normais pelo HRTII ...... 1 8
Almeida, Luciana Negrão Frota de ...et al. - Importance of genetic
polymorphisms in the response to age-related macular degeneration
treatment .................................................................................................................. 3 194
Almodin, Flavia ...et al. - Influência da anestesia geral e bloqueio peribulbar
em trabeculectomias: comparação visual e pressórica .................................. 2 79
Almodin, Flavia ...et al. - Eficácia da combinação fixa de timolol 0,5% e
brinzolamida 1% no tratamento do glaucoma primário de ângulo aberto e
na hipertensão ocular ............................................................................................ 3 160
Almodin, Flavia ...et al. - Avaliação da eficácia do bimatoprosta 0,03%
(Glamigan, Germed, Brasil) na redução da pressão intraocular em
pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto e hipertensão ocular .... 4 217
Almodin, Juliana ...et al. - Influência da anestesia geral e bloqueio
peribulbar em trabeculectomias: comparação visual e pressórica ............. 2 79
Almodin, Juliana ...et al. - Eficácia da combinação fixa de timolol 0,5% e
brinzolamida 1% no tratamento do glaucoma primário de ângulo aberto e
na hipertensão ocular ............................................................................................ 3 160
Almodin, Juliana ...et al. - Avaliação da eficácia do bimatoprosta 0,03%
(Glamigan, Germed, Brasil) na redução da pressão intraocular em
pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto e hipertensão ocular .... 4 217
Alonso, Ruiz Simonato ... et al. - Repeatability of central corneal thickness
measurement with the Pentacam HR system .................................................... 1 14
Amaro, Miguel Hage ... et al. - Age-related macular degeneration with
choroidal neovascularization in the setting of pre-existing geographic
atrophy and ranibizumab treatment. Analysis of a case series and revision
paper ......................................................................................................................... 6 407
Ambrósio Jr, Renato ... et al. - Repeatability of central corneal thickness
measurement with the Pentacam HR system .................................................... 1 14
Ambrósio Jr, Renato ... et al. - Implante de segmentos de anel estromal em
ceratocone: resultados e correlações com a biomecânica corneana préoperatória
................................................................................................................ 2 89
Ambrósio Jr, Renato ... et al. - Relevância da biomecânica da córnea no
glaucoma .................................................................................................................. 2 115
Ambrósio Jr, Renato ...et al. - Hipermetropia após ceratotomia radial:
flutuação da refração e da acuidade visual entre manhã e tarde e
correlações com a pressão ocular e o estado biomecânico da córnea ........ 3 164
Ambrósio Jr, Renato ...et al. - Importância da tomografia de córnea para
o diagnóstico de ectasia ........................................................................................ 5 302
Ambrósio Jr, Renato ...et al. - Avaliação das alterações biomecânicas da
córnea antes e após lasik em pacientes míopes e hipermétropes utilizando
Moriá ® _sub-bowman keratomileusis (SBK) .................................................... 5 317
Amigo, Maria Helena Lopes ... et al. - Autoimmune optic neuropathy as the
first manifestation of systemic lupus erythematosus ..................................... 2 106
Antero, Daniel Casagrande ... et al. - Olho seco e Sjögren secundário na
artrite reumatóide ................................................................................................. 1 36
Antunes, Victor Andriguetti Coronado ... et al. - Técnica Tied Out Open
Sky: fixação iriana de lente intraocular combinada com transplante
penetrante de córnea ............................................................................................. 1 48
Aragão, Ricardo Evangelista Marrocos de ... et al. - Uveitis as first
manifestation of probably Crohn’s disease ...................................................... 6 397
ED. PÁG.
Arieta, Carlos Eduardo Leite ... et al. - A study of pent-up demand in
Ophthalmology: Divinolândia Hospital / Unicamp ......................................... 6 390
Artioli, Silvana Schellini ...et al. - Complicações da blefaroplastia superior .... 4 253
Ávila, Marcos ... et al. - Análise das causas de atendimento e prevalência
das doenças oculares no serviço de urgência .................................................. 6 380
Ávila, Marcos Pereira de ...et al. - Eficácia do uso intraoperatório de
mitomicina C na cirurgia do pterígio: análise de 102 casos .......................... 2 84
Ávila, Marcos Pereira de ...et al. - Glaucoma maligno durante realização
de curva tensional diária com tonômetro de contorno dinâmico ................. 5 285
Bachion, Maria Márcia ... et al. - Condições visuais autorrelatadas e quedas
em idosos institucionalizados .............................................................................. 1 23
Bárbara, Emmanuel Casotti Duque de ... et al. - Autoimmune optic
neuropathy as the first manifestation of systemic lupus erythematosus ...... 2 106
Barbosa, Amanda Pires ... et al. - Avaliação das indicações
de ceratoplastia penetrante no interior paulista ........................................... 6 353
Barbosa, José Carlos ... et al. - Avaliação das indicações
de ceratoplastia penetrante no interior paulista ........................................... 6 353
Barbosa, Rafael Siqueira ...et al. - Clinical and surgical treatment of
secondary orbital abscess in ethmoidal sinusitis ............................................ 1 60
Barreira, Ieda Maria Alexandre ... et al. - Uveitis as first manifestation of
probably Crohn’s disease ..................................................................................... 6 397
Barreto, Rodrigo de Pinho Paes ... et al. - Correção do astigmatismo
irregular com lente intraocular tórica em um paciente com catarata e
degeneração marginal pelúcida: relato de caso .............................................. 6 400
Batista, Diusete Maria Pavan ... et al. - Úlcera de córnea por Pseudomonas
stutzeri ...................................................................................................................... 2 111
Bezerra, Luanna Biana Costa ... et al. - Uveitis as first manifestation of
probably Crohn’s disease ..................................................................................... 6 397
Biancardi, Ana Luiza ...et al. - Delayed Descemet’s membrane detachment
after successful cataract surgery: a case report .............................................. 5 325
Biancardi, Ana Luiza ... et al. - Correção do astigmatismo irregular com
lente intraocular tórica em um paciente com catarata e degeneração
marginal pelúcida: relato de caso ....................................................................... 6 400
Bisol, Renata Attanasio de Rezende ... et al. - Simulador cirúrgico e
realidade virtual no ensino de cirurgia de catarata ...................................... 3 147
Bisol, Tiago ... et al. - Simulador cirúrgico e realidade virtual no ensino de
cirurgia de catarata ............................................................................................... 3 147
Borges, Daniele Fioroti ... et al. - Atrofia de íris após tratamento estético
facial com luz intensa pulsada ............................................................................. 3 191
Borges, José Salgado ... et al. - Implante de segmentos de anel estromal em
ceratocone: resultados e correlações com a biomecânica corneana préoperatória
................................................................................................................ 2 89
Branco, Fernanda Carolina Exterhötter ...et al. - Perfil dos pacientes
submetidos à reconstrução primária da cavidade orbitária com implante
de Mules após enucleação e evisceração .......................................................... 4 221
Brandt, Carlos Teixeira ... et al. - Características e deficiências dos
programas de pós-graduação em oftalmologia no Brasil segundo pósgraduandos
participantes ..................................................................................... 3 173
Buhler Junior, Carlos ...et al. - Eficácia da combinação fixa de timolol 0,5%
e brinzolamida 1% no tratamento do glaucoma primário de ângulo aberto
e na hipertensão ocular ........................................................................................ 3 160
Buhler, Carlos ...et al. - Influência da anestesia geral e bloqueio peribulbar
em trabeculectomias: comparação visual e pressórica .................................. 2 79
Calixto, Nassim ...et al. - Malignant glaucoma ................................................. 5 331
Canedo, Ana Laura ...et al. - Importância da tomografia de córnea para o
diagnóstico de ectasia ........................................................................................... 5 302
Canedo, Ana Laura ...et al. - Avaliação das alterações biomecânicas da
córnea antes e após lasik em pacientes míopes e hipermétropes
utilizando Moriá®_sub-bowman keratomileusis (SBK) ................................ 5 317
Carneiro, Rachel Camargo ... et al. - Periocular basal cell carcinoma: cost
of topical immunotherapy versus estimated cost of surgical treatment ..... 3 180
Carneiro, Rachel Camargo ... et al. - Terapia fotodinâmica em carcinoma
basocelular periocular: Relato de caso ............................................................. 6 394
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 413-9
414
ED. PÁG.
Carregal, Taisa Bertocco ... et al. - Ptose palpebral: avaliação do
posicionamento palpebral por imagens digitais ............................................. 1 18
Carricondo, Pedro Carlos ... et al. - Periocular basal cell carcinoma: cost of
topical immunotherapy versus estimated cost of surgical treatment .......... 3 180
Carvalho, Jânio Araruna ... - Oftalmologia e realidade virtual .................. 1 40
Carvalho, Regina de Souza ... et al. - A study of pent-up demand in
Ophthalmology: Divinolândia Hospital / Unicamp ......................................... 6 390
Catâneo, Luciana ... et al. - Comparação entre acuidade visual e
PhotoScreening como métodos de triagem visual para crianças em idade
escolar ...................................................................................................................... 6 358
Chaves, Fernando Rodrigo Pedreira ... et al. - Scleral buckle still is a good
option for treatment of uncomplicated retinal detachment ........................... 6 377
Coelho, Vinícius ... et al. - Implante de segmentos de anel estromal em
ceratocone: resultados e correlações com a biomecânica corneana préoperatória
................................................................................................................ 2 89
Coombes, Andrew ... et al. - Pterygium: prevalence and severity in an
Amazonian ophthalmic setting, Brazil ............................................................... 6 372
Correa, Rosane ...et al. - Avaliação das alterações biomecânicas da córnea
antes e após lasik em pacientes míopes e hipermétropes utilizando
Moriá ® _sub-bowman keratomileusis (SBK) .................................................... 5 317
Costa, Alinne Maria Camargos da ... et al. - Morfometria comparativa entre
discos ópticos de familiares de glaucomatosos e normais pelo HRTII ...... 1 8
Costa, Leonardo Ferreira da ...et al. - Precisão da retinoscopia sem lentes
neutralizadoras na hipermetropia experimental de olho artificial ............ 5 296
Costa-Ferreira, Cláudia ... et al. - Implante de segmentos de anel estromal
em ceratocone: resultados e correlações com a biomecânica corneana préoperatória
................................................................................................................ 2 89
Couto Junior, Abelardo ...et al. - Luxação traumática do bulbo ocular
causada por acidente automobilístico ................................................................ 1 53
Couto Junior, Abelardo de Souza ...et al. - Clinical and surgical treatment
of secondary orbital abscess in ethmoidal sinusitis ....................................... 1 60
Coutts, Sophie Joanna ... et al. - Pterygium: prevalence and severity in an
Amazonian ophthalmic setting, Brazil ............................................................... 6 372
Crema, Armando Stefano ...et al. - Delayed Descemet’s membrane
detachment after successful cataract surgery: a case report ........................ 5 325
Crema, Armando Stefano ... et al. - Correção do astigmatismo irregular
com lente intraocular tórica em um paciente com catarata e degeneração
marginal pelúcida: relato de caso ....................................................................... 6 400
Cronemberger, Sebastião ... et al. - Morfometria comparativa entre discos
ópticos de familiares de glaucomatosos e normais pelo HRTII .................. 1 8
Cronemberger, Sebastião ...et al. - Malignant glaucoma ............................... 5 331
Cunial, Maria Eleonora Pereira ... et al. - Avaliação da fenda palpebral
após a aplicação de toxina botulínica tipo A em pacientes com
distonias faciais ...................................................................................................... 6 368
Cvintal, Tadeu ... et al. - Técnica Tied Out Open Sky: fixação iriana de lente
intraocular combinada com transplante penetrante de córnea ................... 1 48
Cvintal, Tadeu ...et al. - Influência da anestesia geral e bloqueio peribulbar
em trabeculectomias: comparação visual e pressórica .................................. 2 79
Cvintal, Tadeu ...et al. - Eficácia da combinação fixa de timolol 0,5% e
brinzolamida 1% no tratamento do glaucoma primário de ângulo aberto e
na hipertensão ocular ............................................................................................ 3 160
Cvintal, Tadeu ...et al. - Avaliação da eficácia do bimatoprosta 0,03%
(Glamigan, Germed, Brasil) na redução da pressão intraocular em
pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto e hipertensão ocular .... 4 217
Dalfré, Joyce Trenta ...et al. - Comparação entre dois sistemas de análise
de topografia corneana ......................................................................................... 4 233
De Marco, Luiz Armando ...et al. - Importance of genetic polymorphisms in
the response to age-related macular degeneration treatment .................... 3 194
Di Sessa, Luiz Fernando Santini ...et al. - Avaliação da eficácia do
bimatoprosta 0,03% (Glamigan, Germed, Brasil) na redução da pressão
intraocular em pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto e
hipertensão ocular ................................................................................................. 4 217
Diniz Filho, Alberto ...et al. - Malignant glaucoma ......................................... 5 331
Duarte, Augusto ...et al. - Precisão da retinoscopia sem lentes
neutralizadoras na hipermetropia experimental de olho artificial ............ 5 296
Duque, Wesley de Paula ...et al. - Avaliação da eficácia na adaptação de
lentes de contato com relação à melhora visual em pacientes portadores
de ceratocone .......................................................................................................... 5 313
Escaneo, Alexandre Alvarez ...et al. - Precisão da retinoscopia sem lentes
neutralizadoras na hipermetropia experimental de olho artificial ............ 5 296
ED. PÁG.
Escudeiro, Isabela Minozzi ... et al. - Avaliação do conhecimento sobre
urgências oftalmológicas dos acadêmicos da Faculdade de Medicina da
Pontifícia Universidade Católica de Campinas ............................................... 2 100
Espíndola, Rodrigo França de ... et al. - Facoemulsificação versus extração
extracapsular no sistema público de saúde: análise de custos para o hospital,
para o governo e para a sociedade .................................................................... 2 119
Espíndola, Rodrigo França de ... et al. - Cataract surgery: emotional
reactions of patients with monocular versus binocular vision ..................... 6 385
Ferreira, Eliana Lucia ...et al. - Visual evoked potentials (VEP) and visual
acuity improvement after cytidine 52 - diphosphocholine (CDPCholine)
therapy in amblyopic patient ............................................................................... 5 328
Ferreira, Fernanda Proa ... et al. - Avaliação do conhecimento sobre
urgências oftalmológicas dos acadêmicos da Faculdade de Medicina da
Pontifícia Universidade Católica de Campinas ............................................... 2 100
Ferreira, Juliana de Lucena Martins ...et al. - Nevo de células fusiformes
de Reed na conjuntiva ........................................................................................... 1 56
Figueirêdo, Eugênio Santana de ...et al. - Assessment of the effect of
intravitreal triamcinolone acetonide on the chorioretinal and vitreous
inflammatory reaction to cryotherapy in rabbits ............................................ 5 309
Figueiredo, Luciano Pimenta de ...et al. - Cirurgia combinada de catarata
e glaucoma com ponto escleral perilímbico: técnica cirúrgica e resultados
a longo prazo ........................................................................................................... 4 241
Figueiredo, Renan Radaeli de ... et al. - Avaliação do conhecimento sobre
urgências oftalmológicas dos acadêmicos da Faculdade de Medicina da
Pontifícia Universidade Católica de Campinas ............................................... 2 100
Fonseca Júnior, Nilson Lopes da ... et al. - Eficácia do resfriamento da pele
no alívio da dor desencadeada pela injeção de toxina botulínica tipo A
nas distonias faciais ............................................................................................... 6 364
Fonseca Júnior, Nilson Lopes da ... et al. - Avaliação da fenda palpebral
após a aplicação de toxina botulínica tipo A em pacientes com
distonias faciais ...................................................................................................... 6 368
Fontes, Bruno Machado ... et al. - Repeatability of central corneal thickness
measurement with the Pentacam HR system .................................................... 1 14
Forseto, Adriana dos Santos ...et al. - Lentes fácicas de câmara
anterior .................................................................................................................... 4 260
Freitas, Leandro Luiz Lopes ...et al. - Assessment of the effect of intravitreal
triamcinolone acetonide on the chorioretinal and vitreous inflammatory
reaction to cryotherapy in rabbits ...................................................................... 5 309
Funayama, Bruno Schiavoni ... et al. - Comparação entre acuidade visual e
PhotoScreening como métodos de triagem visual para crianças em idade
escolar ...................................................................................................................... 6 358
Garcia Filho, Carlos Alexandre de Amorim ...et al. - Tratamento da DMRI
exsudativa: revisão das drogas antiangiogênicas .......................................... 1 63
Garcia, Carlos Alexandre de Amorim ...et al. - Tratamento da DMRI
exsudativa: revisão das drogas antiangiogênicas .......................................... 1 63
Gehlen, Marcelo Luiz ... et al. - Olho seco e Sjögren secundário na artrite
reumatóide ............................................................................................................... 1 36
Ghirelli, Wagner ... et al. - Autoimmune optic neuropathy as the first
manifestation of systemic lupus erythematosus .............................................. 2 106
Goecking, Monick ...et al. - Precisão da retinoscopia sem lentes
neutralizadoras na hipermetropia experimental de olho artificial ............ 5 296
Gomes, Mirela Luna Santana ... et al. - Características e deficiências dos
programas de pós-graduação em oftalmologia no Brasil segundo pósgraduandos
participantes ..................................................................................... 3 173
Gonçalves, Roberto Martins ... et al. - Morfometria comparativa entre
discos ópticos de familiares de glaucomatosos e normais pelo HRTII ...... 1 8
Grupenmacher, Leon ...et al. - Comparação entre dois sistemas de análise
de topografia corneana ......................................................................................... 4 233
Hida, Wilson Takashi ... et al. - Técnica Tied Out Open Sky: fixação iriana
de lente intraocular combinada com transplante penetrante de córnea .... 1 48
Hilgert, Christiana Velloso Rebello ... et al. - Modelo de gestão em bancos
de olhos e seu impacto no resultado destas organizações ............................ 1 28
Hirata, Fabio Endo ...et al. - Assessment of the effect of intravitreal
triamcinolone acetonide on the chorioretinal and vitreous inflammatory
reaction to cryotherapy in rabbits ...................................................................... 5 309
Holler, Aaron Brock ... et al. - Age-related macular degeneration with
choroidal neovascularization in the setting of pre-existing geographic
atrophy and ranibizumab treatment. Analysis of a case series and revision
paper ......................................................................................................................... 6 407
Isaac, David Leonardo Cruvinel ... et al. - Análise das causas de
atendimento e prevalência das doenças oculares no serviço de urgência ..... 6 380
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 413-9
415
ED. PÁG.
Júnior, Astor Grumann ...et al. - Perfil dos pacientes submetidos à
reconstrução primária da cavidade orbitária com implante de Mules após
enucleação e evisceração ..................................................................................... 4 221
Junqueira, Bruno Magalhães ...et al. - Luxação traumática do bulbo ocular
causada por acidente automobilístico ................................................................ 1 53
Kara-José, Newton ... et al. - A study of pent-up demand in Ophthalmology:
Divinolândia Hospital / Unicamp ....................................................................... 6 390
Kara-Junior, Newton - A situação da pós-graduação strictu sensu
no Brasil: instituição, docente e aluno ............................................................... 1 5
Kara-Junior, Newton ... et al. - Facoemulsificação versus extração
extracapsular no sistema público de saúde: análise de custos para o hospital,
para o governo e para a sociedade .................................................................... 2 119
Kara-Junior, Newton ... et al. - Cataract surgery: emotional reactions of
patients with monocular versus binocular vision ............................................ 6 385
Krieger, Michele Aparecida Lonardoni ...et al. - Perfil epidemiológico de
pacientes com catarata traumática no Hospital de Olhos do Paraná .......... 4 236
Kuntz, Joyce ...et al. - Comparação entre dois sistemas de análise de
topografia corneana .............................................................................................. 4 233
Kwitko, Sérgio ... et al. - Ceratoprótese de Boston .......................................... 6 403
Leça, Renato Galão Cerquinho ...et al. - Avaliação da eficácia na adaptação
de lentes de contato com relação à melhora visual em pacientes portadores
de ceratocone .......................................................................................................... 5 313
Lima, Pátricia Picciarelli de ... et al. - Terapia fotodinâmica em carcinoma
basocelular periocular: Relato de caso ............................................................. 6 394
Lira, Rodrigo Pessoa Cavalcanti ...et al. - Free software for vision
stimulation services ............................................................................................... 5 289
Lira, Rodrigo Pessoa Cavalcanti ... et al. - Scleral buckle is good
option for treatment of uncomplicated retinal detachment ........................... 6 377
Lira, Wagner ... et al. - Microscopic analysis of opacification in
Ioflex ® hydrophilic acrylic intraocular lenses ................................................. 3 149
Lopes, Francisco Eduardo ...et al. - Glaucoma maligno durante realização
de curva tensional diária com tonômetro de contorno dinâmico ................. 5 285
Lopes, Karla ...et al. - Hipermetropia após ceratotomia radial: flutuação
da refração e da acuidade visual entre manhã e tarde e correlações com
a pressão ocular e o estado biomecânico da córnea ....................................... 3 164
Lorena, Silvia Helena Tavares - Síndrome de Down: epidemiologia
e alterações oftalmológicas ................................................................................. 3 188
Lourenço, José Leonardo Garcia ... et al. - A study of pent-up demand in
Ophthalmology: Divinolândia Hospital / Unicamp ......................................... 6 390
Lucena, Lilia ...et al. - Precisão da retinoscopia sem lentes neutralizadoras
na hipermetropia experimental de olho artificial .......................................... 5 296
Luz, Allan ...et al. - Hipermetropia após ceratotomia radial: flutuação da
refração e da acuidade visual entre manhã e tarde e correlações com a
pressão ocular e o estado biomecânico da córnea .......................................... 3 164
Luz, Allan ...et al. - Comparação entre dois sistemas de análise de
topografia corneana .............................................................................................. 4 233
Macedo, Erick Marcet Santiago de ... et al. - Periocular basal cell carcinoma:
cost of topical immunotherapy versus estimated cost of surgical treatment ..... 3 180
Macedo, Erick Marcet Santiago de ... et al. - Terapia fotodinâmica em
carcinoma basocelular periocular: Relato de caso ......................................... 6 394
Machado, Maria Cecilia ... et al. - A study of pent-up demand in
Ophthalmology: Divinolândia Hospital / Unicamp ......................................... 6 390
Maia Júnior, Otacílio de Oliveira ...et al. - Inflamação esclerosante
idiopática da órbita. Estudo clínico-patológico ............................................... 5 292
Marback, Eduardo Ferrari ...et al. - Inflamação esclerosante idiopática da
órbita. Estudo clínico-patológico ........................................................................ 5 292
Marback, Roberta Ferrari ... et al. - Cataract surgery: emotional reactions
of patients with monocular versus binocular vision ....................................... 6 385
Marback, Roberto Lorens ...et al. - Inflamação esclerosante idiopática da
órbita. Estudo clínico-patológico ........................................................................ 5 292
Mariushi, Ana Cláudia ...et al. - Perfil epidemiológico de pacientes com
catarata traumática no Hospital de Olhos do Paraná ..................................... 4 236
Martelli Júnior, Hercílio ...et al. - Cirurgia combinada de catarata e
glaucoma com ponto escleral perilímbico: técnica cirúrgica e resultados a
longo prazo .............................................................................................................. 4 241
Martins, Priscila Batista ...et al. - Free software for vision
stimulation services ............................................................................................... 5 289
Matayoshi, Suzana ... et al. - Periocular basal cell carcinoma: cost of topical
immunotherapy versus estimated cost of surgical treatment ....................... 3 180
Matayoshi, Suzana ... et al. - Terapia fotodinâmica em carcinoma basocelular
periocular: Relato de caso ................................................................................... 6 394
ED. PÁG.
Mattos, Fellipe Berno ... et al. - Úlcera de córnea por Pseudomonas stutzeri .... 2 111
Mattos, Marcelo Berno ... et al. - Úlcera de córnea por Pseudomonas stutzeri .. 2 111
Meira, Dália Maria Martins ...et al. - Biomicroscopia ultrassônica na
viscocanalostomia .................................................................................................. 4 245
Melo Junior, Luiz Alberto Soares ...et al. - Avaliação da reprodutibilidade
das medidas da camada de fibras nervosas retiniana e da cabeça do nervo
óptico pela tomografia de coerência óptica ..................................................... 5 280
Mendes, Gustavo ...et al. - O uso de implantes orbitários de polietileno
granulado de ultra-alto peso molecular no reparo de cavidades
anoftálmicas ............................................................................................................. 4 226
Mendonça, Luísa Salles de Moura ... et al. - Análise das causas de
atendimento e prevalência das doenças oculares no serviço de urgência ..... 6 380
Mendonça, Regina Halfeld Furtado de ...et al. - Visual evoked potentials
(VEP) and visual acuity improvement after cytidine 52 - diphosphocholine
(CDPCholine) therapy in amblyopic patient .................................................... 5 328
Menezes, Ruth Losada de ... et al. - Condições visuais autorrelatadas e
quedas em idosos institucionalizados ................................................................ 1 23
Milioni, Beatriz Helena de Moraes ... et al. - Avaliação do conhecimento
sobre urgências oftalmológicas dos acadêmicos da Faculdade de Medicina
da Pontifícia Universidade Católica de Campinas .......................................... 2 100
Minelli, Eduardo ...et al. - Síndrome ocular isquêmica simulando
retinopatia diabética unilateral: Relato de caso e revisão da literatura .... 4 250
Miranda, José Fábio de Oliveira ... et al. - Clinical and surgical treatment
of secondary orbital abscess in ethmoidal sinusitis ....................................... 1 60
Miyazaki, Fernando ... et al. - Olho seco e Sjögren secundário na artrite
reumatóide ............................................................................................................... 1 36
Moitinho, Lívia Maria Nossa ...et al. - Inflamação esclerosante idiopática
da órbita. Estudo clínico-patológico ................................................................... 5 292
Monte, Fernando Queiroz ...et al. - Nevo de células fusiformes de Reed na
conjuntiva ................................................................................................................ 1 56
Monteiro, Mário Luiz Ribeiro - Avaliação da camada de fibras
nervosas da retina nas afecções neuro-oftalmológicas da via óptica anterior . 2 125
Monteiro, Paula Barros Bandeira de Mello ... et al. - Eficácia do
resfriamento da pele no alívio da dor desencadeada pela injeção de toxina
botulínica tipo A nas distonias faciais ............................................................... 6 364
Morais Filho, Leiser Franco de ...et al. - Eficácia do uso intraoperatório de
mitomicina C na cirurgia do pterígio: análise de 102 casos .......................... 2 84
Moreira, Hamilton ...et al. - Perfil epidemiológico de pacientes com catarata
traumática no Hospital de Olhos do Paraná ..................................................... 4 236
Mori, Lilian Pagano ... et al. - Avaliação do conhecimento sobre urgências
oftalmológicas dos acadêmicos da Faculdade de Medicina da Pontifícia
Universidade Católica de Campinas .................................................................. 2 100
Moro, Fernando ... et al. - Técnica Tied Out Open Sky: fixação iriana de
lente intraocular combinada com transplante penetrante de córnea ......... 1 48
Moura, Eurípedes da Mota ... et al. - Tratamento da úlcera escleral póscirurgia
de pterígio e betaterapia por enxerto de esclera autóloga de
espessura parcial ................................................................................................... 3 155
Moura, Frederico Castelo ...et al. - Síndrome ocular isquêmica simulando
retinopatia diabética unilateral: Relato de caso e revisão da literatura .... 4 250
Moura, Guilherme Afonso Garcia ... et al. - Tratamento da úlcera escleral
pós-cirurgia de pterígio e betaterapia por enxerto de esclera autóloga de
espessura parcial ................................................................................................... 3 155
Moysés, Karine Borges Marques ... et al. - Técnica Tied Out Open Sky:
fixação iriana de lente intraocular combinada com transplante penetrante
de córnea .................................................................................................................. 1 48
Nakano, Celso Takashi ... et al. - Técnica Tied Out Open Sky: fixação iriana
de lente intraocular combinada com transplante penetrante de córnea .... 1 48
Násser, Luciano Sólia ...et al. - Cirurgia combinada de catarata e glaucoma
com ponto escleral perilímbico: técnica cirúrgica e resultados a longo prazo ..... 4 241
Natsuaki, Kryscia Leiko ... et al. - Ptose palpebral: avaliação do
posicionamento palpebral por imagens digitais ............................................. 1 18
Nehemy, Márcio Bittar ...et al. - Importance of genetic polymorphisms in
the response to age-related macular degeneration treatment .................... 3 194
Nogueira, Leonardo ...et al. - Importância da tomografia de córnea para o
diagnóstico de ectasia ........................................................................................... 5 302
Nosé, Walton ...et al. - Lentes fácicas de câmara anterior ............................. 4 260
Oliveira, Daniel Almeida de ...et al. - Luxação traumática do bulbo ocular
causada por acidente automobilístico ................................................................ 1 53
Oliveira, Daniel Simões de ...et al. - Comparação entre dois sistemas de
análise de topografia corneana ........................................................................... 4 233
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 413-9
416
ED. PÁG.
Oliveira, Laís Leão de ... et al. - Análise das causas de atendimento e
prevalência das doenças oculares no serviço de urgência ........................... 6 380
Oliveira, Tiago Cena de ... et al. - Avaliação do conhecimento sobre
urgências oftalmológicas dos acadêmicos da Faculdade de Medicina da
Pontifícia Universidade Católica de Campinas ............................................... 2 100
Padovani, Carlos Roberto ... et al. - Comparação entre acuidade visual e
PhotoScreening como métodos de triagem visual para crianças em idade
escolar ...................................................................................................................... 6 358
Panetta, Heitor ... et al. - Scleral buckle is good option for treatment
of uncomplicated retinal detachment ................................................................. 6 377
Paranaíba, Lívia Máris Ribeiro ...et al. - Cirurgia combinada de catarata
e glaucoma com ponto escleral perilímbico: técnica cirúrgica e resultados
a longo prazo ........................................................................................................... 4 241
Parra, Andreo Garcia Morante ... et al. - Olho seco e Sjögren secundário na
artrite reumatóide ................................................................................................. 1 36
Passos, Ângelo Ferreira ... et al. - Atrofia de íris após tratamento estético
facial com luz intensa pulsada ............................................................................. 3 191
Passos, Walberto ...et al. - Complicações da blefaroplastia superior ......... 4 253
Paula, Álcio Coutinho de ...et al. - Eficácia do uso intraoperatório de
mitomicina C na cirurgia do pterígio: análise de 102 casos .......................... 2 84
Paula, Mônica Alves de ... et al. - Avaliação do conhecimento sobre urgências
oftalmológicas dos acadêmicos da Faculdade de Medicina da Pontifícia
Universidade Católica de Campinas .................................................................. 2 100
Pedrosa, Moisés Salgado ...et al. - Melanose primária adquirida associada
a erosões epiteliais recorrentes da córnea ...................................................... 4 256
Pellizzon, Cláudia Helena ...et al. - O uso de implantes orbitários de
polietileno granulado de ultra-alto peso molecular no reparo de
cavidades anoftálmicas ......................................................................................... 4 226
Penha, Fernando Marcondes ...et al. - Tratamento da DMRI exsudativa:
revisão das drogas antiangiogênicas ................................................................ 1 63
Pereira, Gener Tadeu ... et al. - Ptose palpebral: avaliação do
posicionamento palpebral por imagens digitais ............................................. 1 18
Pereira, Maria Celina Salazar Rubim ...et al. - Perfil epidemiológico de
pacientes com catarata traumática no Hospital de Olhos do Paraná .......... 4 236
Portes, Arlindo José Freire - Oftalmologia e atenção primária à saúde ....... 6 351
Portes, Arlindo José Freire - Ultrassonografia orbitária e de anexos .............. 2 77
Portes, Arlindo José Freire ...et al. - Mudanças na Revista Brasileira de
Oftalmologia ............................................................................................................ 5 279
Rached, Carolina Roman ... et al. - Avaliação do conhecimento sobre
urgências oftalmológicas dos acadêmicos da Faculdade de Medicina da
Pontifícia Universidade Católica de Campinas ............................................... 2 100
Ramos, Isaac ...et al. - Importância da tomografia de córnea para o
diagnóstico de ectasia ........................................................................................... 5 302
Ramos, Isaac C. Oliveira ...et al. - Avaliação das alterações biomecânicas
da córnea antes e após lasik em pacientes míopes e hipermétropes
utilizando Moriá®_sub-bowman keratomileusis (SBK) ................................ 5 317
Rassi, Bruna Thomé ...et al. - Eficácia do uso intraoperatório de mitomicina
C na cirurgia do pterígio: análise de 102 casos ............................................... 2 84
Rassi, Márcia Melo de Oliveira ... et al. - Diplopia após injeção de toxina
botulínica tipo A para rejuvenescimento facial .............................................. 3 184
Rau, Ricardo ...et al. - Avaliação da reprodutibilidade das medidas da
camada de fibras nervosas retiniana e da cabeça do nervo óptico pela
tomografia de coerência óptica ........................................................................... 5 280
Rego, Marcos Antônio Ferraz ...et al. - Glaucoma maligno durante
realização de curva tensional diária com tonômetro de contorno dinâmico .. 5 285
Rehder, José Ricardo Carvalho de Lima ...et al. - Avaliação da eficácia na
adaptação de lentes de contato com relação à melhora visual em pacientes
portadores de ceratocone ..................................................................................... 5 313
Rehder, José Ricardo Carvalho Lima ... et al. - Eficácia do resfriamento da
pele no alívio da dor desencadeada pela injeção de toxina botulínica tipo
A nas distonias faciais .......................................................................................... 6 364
Rehder, José Ricardo Carvalho Lima ... et al. - Avaliação da fenda palpebral
após a aplicação de toxina botulínica tipo A em pacientes com
distonias faciais ...................................................................................................... 6 368
Rezende, Flavio ... et al. - Simulador cirúrgico e realidade virtual no ensino
de cirurgia de catarata .......................................................................................... 3 147
Rezende, Flavio Attanasio de ... et al. - Simulador cirúrgico e realidade
virtual no ensino de cirurgia de catarata ......................................................... 3 147
Ribeiro, Lígia Maria Fernandes ...et al. - Biomicroscopia ultrassônica na
viscocanalostomia .................................................................................................. 4 245
ED. PÁG.
Ribeiro, Luciana dos Mares Guia ...et al. - Cirurgia combinada de catarata
e glaucoma com ponto escleral perilímbico: técnica cirúrgica e resultados
a longo prazo ........................................................................................................... 4 241
Rocha, Fábio Medina Rodrigues ...et al. - Trauma ocular por explosão
acidental de disco compacto ................................................................................. 5 322
Rocha, Maria Nice Araujo Moraes ... et al. - Análise das causas de
atendimento e prevalência das doenças oculares no serviço de urgência ... 6 380
Rolim, Márjorie Sabino Façanha Barreto ...et al. - Nevo de células fusiformes
de Reed na conjuntiva ........................................................................................... 1 56
Salame, André Luiz Alves ...et al. - Avaliação da reprodutibilidade das
medidas da camada de fibras nervosas retiniana e da cabeça do nervo
óptico pela tomografia de coerência óptica ..................................................... 5 280
Salgueiro, Marcio José ...et al. - Precisão da retinoscopia sem lentes
neutralizadoras na hipermetropia experimental de olho artificial ............ 5 296
Salomão, Marcella ...et al. - Importância da tomografia de córnea para o
diagnóstico de ectasia ........................................................................................... 5 302
Santhiago, Marcony Rodrigues ... et al. - Microscopic analysis of
opacification in Ioflex ® hydrophilic acrylic intraocular lenses .................... 3 149
Santhiago, Marcony Rodrigues de ... et al. - Facoemulsificação versus
extração extracapsular no sistema público de saúde: análise de custos
para o hospital, para o governo e para a sociedade ....................................... 2 119
Santhiago, Marcony Rodrigues de ... et al. - Cataract surgery: emotional
reactions of patients with monocular versus binocular vision ..................... 6 385
Santos Neto, Pedro Eleutério dos ...et al. - Cirurgia combinada de catarata
e glaucoma com ponto escleral perilímbico: técnica cirúrgica e resultados
a longo prazo ........................................................................................................... 4 241
Santos, Rodrigo Teixeira ...et al. - Avaliação das alterações biomecânicas
da córnea antes e após lasik em pacientes míopes e hipermétropes
utilizando Moriá®_sub-bowman keratomileusis (SBK) .................................. 5 317
Santos, Lucas Henrique Barbosa dos ... et al. - Diplopia após injeção de
toxina botulínica tipo A para rejuvenescimento facial ................................. 3 184
Saraiva, Eduardo Marinho ...et al. - Biomicroscopia ultrassônica na
viscocanalostomia .................................................................................................. 4 245
Sato, Élcio Hideo ... et al. - Modelo de gestão em bancos de olhos e seu
impacto no resultado destas organizações ....................................................... 1 28
Schellini, Silvana Artioli ... et al. - Ptose palpebral: avaliação do
posicionamento palpebral por imagens digitais ............................................. 1 18
Schellini, Silvana Artioli ...et al. - Tracoma: ainda uma importante causa
de cegueira .............................................................................................................. 3 199
Schellini, Silvana Artioli ...et al. - O uso de implantes orbitários de
polietileno granulado de ultra-alto peso molecular no reparo de
cavidades anoftálmicas ......................................................................................... 4 226
Schellini, Silvana Artioli ... et al. - Comparação entre acuidade visual e
PhotoScreening como métodos de triagem visual para crianças em idade
escolar ...................................................................................................................... 6 358
Sequeira, Joaquim Fernando de Oliveira ...et al. - Biomicroscopia
ultrassônica na viscocanalostomia ..................................................................... 4 245
Silva, André Luiz de Freitas ...et al. - Avaliação da reprodutibilidade das
medidas da camada de fibras nervosas retiniana e da cabeça do nervo
óptico pela tomografia de coerência óptica ..................................................... 5 280
Silva, Jorge Augusto Siqueira da ... et al. - Relevância da biomecânica da
córnea no glaucoma ............................................................................................... 2 115
Silva, Jorge Siqueira ...et al. - Avaliação das alterações biomecânicas da
córnea antes e após lasik em pacientes míopes e hipermétropes utilizando
Moriá ® _sub-bowman keratomileusis (SBK) .................................................... 5 317
Silva, Marilia Barreto ... et al. - Olho seco e Sjögren secundário na artrite
reumatóide ............................................................................................................... 1 36
Silva, Renata Siqueira da ... et al. - Implante de segmentos de anel estromal
em ceratocone: resultados e correlações com a biomecânica corneana préoperatória
................................................................................................................ 2 89
Silva, Renata Siqueira da ... et al. - Relevância da biomecânica da córnea
no glaucoma ............................................................................................................. 2 115
Silva, Renata Siqueira da ...et al. - Hipermetropia após ceratotomia radial:
flutuação da refração e da acuidade visual entre manhã e tarde e
correlações com a pressão ocular e o estado biomecânico da córnea ........ 3 164
Silva, Rodrigo Salustiano Correa e ...et al. - Eficácia do uso intraoperatório
de mitomicina C na cirurgia do pterígio: análise de 102 casos .................... 2 84
Silva, Valdir Balarin ...et al. - Assessment of the effect of intravitreal
triamcinolone acetonide on the chorioretinal and vitreous inflammatory
reaction to cryotherapy in rabbits ...................................................................... 5 309
Silva, Valdir Balarin ... et al. - Scleral buckle is good option for
treatment of uncomplicated retinal detachment .............................................. 6 377
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 413-9
417
Simões-Corrêa, Beatriz ...et al. - Precisão da retinoscopia sem lentes
neutralizadoras na hipermetropia experimental de olho artificial ............ 5 296
Siqueira, Jorge Augusto ... et al. - Implante de segmentos de anel estromal
em ceratocone: resultados e correlações com a biomecânica corneana pré-
-operatória ............................................................................................................... 2 89
Siqueira, Rubens Camargo - Pesquisa translacional na oftalmologia: o
caminho para a medicina personalizada .......................................................... 5 338
Skare, Thelma Larocca ... et al. - Olho seco e Sjögren secundário na artrite
reumatóide ............................................................................................................... 1 36
Soranz Filho, João Edward ...et al. - O uso de implantes orbitários de
polietileno granulado de ultra-alto peso molecular no reparo de
cavidades anoftálmicas ......................................................................................... 4 226
Sousa, Camila Lacerda Muniz de Melo ... et al. - Avaliação do conhecimento
sobre urgências oftalmológicas dos acadêmicos da Faculdade de Medicina
da Pontifícia Universidade Católica de Campinas .......................................... 2 100
Sousa, Danilo da Costa ... et al. - Técnica Tied Out Open Sky: fixação iriana
de lente intraocular combinada com transplante penetrante de córnea .... 1 48
Sousa, Luciene Barbosa de ...et al. - Comparação entre dois sistemas de
análise de topografia corneana ........................................................................... 4 233
Sousa, Roberta Lilian Fernandes de ...et al. - Tracoma: ainda uma
importante causa de cegueira .............................................................................. 3 199
Sousa, Roberta Lílian Fernandes de ... et al. - Comparação entre acuidade
visual e PhotoScreening como métodos de triagem visual para crianças em
idade escolar ........................................................................................................... 6 358
Stolz, Andressa Prestes ... et al. - Ceratoprótese de Boston .......................... 6 403
Takahashi, Vitor Kazuo Lotto ...et al. - Síndrome ocular isquêmica simulando
retinopatia diabética unilateral: Relato de caso e revisão da
literatura .................................................................................................................. 4 250
Takahira, Regina Kiomi ...et al. - O uso de implantes orbitários de
polietileno granulado de ultra-alto peso molecu-lar no reparo de
cavidades anoftálmicas ......................................................................................... 4 226
Takasaka, Iuuki ... et al. - Scleral buckle is good option for treatment
of uncomplicated retinal detachment ................................................................. 6 377
Tanure, Marco Antonio Guarino ...et al. - Melanose primária adquirida
associada a erosões epiteliais recorrentes da córnea ................................... 4 256
Tanure, Marco Antonio Guarino ...et al. - Trauma ocular por explosão
acidental de disco compacto ................................................................................. 5 322
Teixeira, Marta Ferrari ... et al. - Avaliação das indicações
de ceratoplastia penetrante no interior paulista ........................................... 6 353
Temporini, Edméa Rita ... et al. - Cataract surgery: emotional reactions of
patients with monocular versus binocular vision ............................................ 6 385
Torigoe, Andrea Mara Simões ... et al. - Scleral buckle is good option
for treatment of uncomplicated retinal detachment ....................................... 6 377
Torres, Alessandra ...et al. - Precisão da retinoscopia sem lentes
neutralizadoras na hipermetropia experimental de olho artificial ............ 5 296
Tzelikis, Patrick Frensel ... et al. - Técnica Tied Out Open Sky: fixação
iriana de lente intraocular combinada com transplante penetrante de
córnea ....................................................................................................................... 1 48
Valbon, Bruno ... et al. - Implante de segmentos de anel estromal em
ceratocone: resultados e correlações com a biomecânica corneana préoperatória
................................................................................................................ 2 89
Valbon, Bruno ...et al. - Hipermetropia após ceratotomia radial: flutuação
da refração e da acuidade visual entre manhã e tarde e correlações com
a pressão ocular e o estado biomecânico da córnea ....................................... 3 164
Valbon, Bruno de Freitas ...et al. - Importância da tomografia de córnea
para o diagnóstico de ectasia ............................................................................... 5 302
Assunto
ED. PÁG.
ED. PÁG.
Catarata
Facoemulsificação versus extração extracapsular no sistema público de
saúde: análise de custos para o hospital, para o governo e para a sociedade.
Newton Kara-Junior, Marcony Rodrigues de Santhiago, Rodrigo França
de Espindola ............................................................................................................ 2 119
Microscopic analysis of opacification in Ioflex ® . Bruna Vieira Ventura,
Marcelo Ventura, Wagner Lira, Camila Vieira Ventura, Marcony
Rodrigues Santhiago, Liliana Werner ............................................................... 3 149
Perfil epidemiológico de pacientes com catarata traumática no Hospital
de Olhos do Paraná. Maria Celina Salazar Rubim Pereira, Michele
Aparecida Lonardoni Krieger, Ana Cláudia Mariushi, Hamilton Moreira ... 4 236
ED. PÁG.
Valbon, Bruno de Freitas ...et al. - Avaliação das alterações biomecânicas
da córnea antes e após lasik em pacientes míopes e hipermétropes
utilizando Moriá ® _sub-bowman keratomileusis (SBK) ................................. 5 317
Vale, Ariosto Bezerra ... et al. - Uveitis as first manifestation of probably
Crohn’s disease ...................................................................................................... 6 397
Valezi, Vanessa Grandi ...et al. - Complicações da blefaroplastia superior ....... 4 253
Velarde, Guillermo Coca ... et al. - Implante de segmentos de anel estromal
em ceratocone: resultados e correlações com a biomecânica corneana préoperatória
................................................................................................................ 2 89
Velarde, Guillermo Coca ... et al. - Hipermetropia após ceratotomia radial:
flutuação da refração e da acuidade visual entre manhã e tarde e
correlações com a pressão ocular e o estado biomecânico da córnea ........ 3 164
Veloso, Carlos Eduardo dos Reis ...et al. - Importance of genetic
polymorphisms in the response to age-related macular degeneration
treatment .................................................................................................................. 3 194
Ventura, Bruna Vieira ... et al. - Microscopic analysis of opacification in
Ioflex ® hydrophilic acrylic intraocular lenses ................................................. 3 149
Ventura, Bruna Vieira Oliveira Carvalho ... et al. - Características e
deficiências dos programas de pós-graduação em oftalmologia no Brasil
segundo pós-graduandos participantes ............................................................. 3 173
Ventura, Camila Vieira ... et al. - Microscopic analysis of opacification in
Ioflex ® hydrophilic acrylic intraocular lenses ................................................. 3 149
Ventura, Camila Vieira Oliveira Carvalho ... et al. - Características e
deficiências dos programas de pós-graduação em oftalmologia no Brasil
segundo pós-graduandos participantes ............................................................. 3 173
Ventura, Liana Oliveira ...et al. - Características e deficiências dos
programas de pós-graduação em oftalmologia no Brasil segundo pósgraduandos
participantes ..................................................................................... 3 173
Ventura, Marcelo ... et al. - Microscopic analysis of opacification
in Ioflex ® hydrophilic acrylic intraocular lenses ............................................. 3 149
Ventura, Marcelo Palis ... et al. - Repeatability of central corneal thickness
measurement with the Pentacam HR system .................................................... 1 14
Vianna, Raul Nunes Galvarro ...et al. - Importance of genetic
polymorphisms in the response to age-related macular degeneration
treatment .................................................................................................................. 3 194
Vieira, Virgínia Apolônio ... et al. - Uveitis as first manifestation of
probably Crohn’s disease ..................................................................................... 6 397
Vigneron, Deborah Filgueiras de Menezes ...et al. - Melanose primária
adquirida associada a erosões epiteliais recorrentes da córnea ................ 4 256
Volpini, Marcos ... et al. - Tratamento da úlcera escleral pós-cirurgia de
pterígio e betaterapia por enxerto de esclera autóloga de espessura
parcial ....................................................................................................................... 3 155
Walsh, Aileen ...et al. - Delayed Descemet’s membrane detachment after
successful cataract surgery: a case report ........................................................ 5 325
Walsh, Aileen ... et al. - Correção do astigmatismo irregular com lente
intraocular tórica em um paciente com catarata e degeneração marginal
pelúcida: relato de caso ........................................................................................ 6 400
Werner, Liliana ... et al. - Microscopic analysis of opacification in
Ioflex ® hydrophilic acrylic intraocular lenses ................................................. 3 149
Xavier, Juliana Cixi Barbosa ... et al. - Avaliação do conhecimento sobre
urgências oftalmológicas dos acadêmicos da Faculdade de Medicina da
Pontifícia Universidade Católica de Campinas ............................................... 2 100
Yamane, Iris ... et al. - Técnica Tied Out Open Sky: fixação iriana de lente
intraocular combinada com transplante penetrante de córnea ................... 1 48
Zimmermann, Anita ...et al. - Free software for vision stimulation services ...... 5 289
ED. PÁG.
Delayed Descemet’s membrane detachment after successful cataract
surgery: a case report. Aileen Walsh, Ana Luiza Biancardi, Armando
Stefano Crema ......................................................................................................... 5 325
Cataract surgery: emotional reactions of patients with monocular versus
binocular vision. Roberta Ferrari Marback, Rodrigo França de Espíndola,
Marcony Rodrigues de Santhiago, Edméa Rita Temporini, Newton Kara-
Junior ........................................................................................................................ 6 385
Correção do astigmatismo irregular com lente intraocular tórica em um
paciente com catarata e degeneração marginal pelúcida: relato de caso.
Ana Luiza Biancardi, Aileen Walsh, Rodrigo de Pinho Paes Barreto,
Armando Stefano Crema ...................................................................................... 6 400
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 413-9
418
ED. PÁG.
Catarata ou Glaucoma
Cirurgia combinada de catarata e glaucoma com ponto escleral perilímbico:
técnica cirúrgica e resultados a longo prazo. Luciano Sólia Násser, Pedro
Eleutério dos Santos Neto, Lívia Máris Ribeiro Paranaíba, Luciana dos
Mares Guia Ribeiro, Luciano Pimenta de Figueiredo, Hercílio Martelli
Júnior ........................................................................................................................ 4 241
Córnea
Repeatability of central corneal thickness measurement with the Pentacam
HR system. Ruiz Simonato Alonso, Bruno Machado Fontes, Marcelo Palis
Ventura, Renato Ambrósio Jr .............................................................................. 1 14
Modelo de gestão em bancos de olhos e seu impacto no resultado destas
organizações. Christiana Velloso Rebello Hilgert, Élcio Hideo Sato ........ 1 28
Olho seco e Sjögren secundário na artrite reumatóide. Marcelo Luiz
Gehlen, Thelma Larocca Skare, Marilia Barreto Silva, Daniel Casagrande
Antero, Fernando Miyazaki, Andreo Garcia Morante Parra ....................... 1 36
Técnica Tied Out Open Sky: fixação iriana de lente intraocular combinada
com transplante penetrante de córnea. Victor Andriguetti Coronado
Antunes, Wilson Takashi Hida, Danilo da Costa Sousa, Iris Yamane,
Fernando Moro, Karine Borges Marques Moysés, Tadeu Cvintal, Luciana
Malta de Alencar, Celso Takashi Nakano, Patrick Frensel Tzelikis ........... 1 48
Implante de segmentos de anel estromal em ceratocone: resultados e
correlações com a biomecânica corneana pré-operatória. Renato
Ambrósio Jr, José Salgado Borges,Cláudia Costa-Ferreira, Vinícius Coelho,
Renata Siqueira da Silva, Bruno Valbon, Jorge Augusto Siqueira, Guillermo
Coca Velarde ........................................................................................................... 2 89
Úlcera de córnea por Pseudomonas stutzeri. Fellipe Berno Mattos,
Fernanda Spinassé Agostini, Marcelo Berno Mattos, Diusete Maria Pavan
Batista ....................................................................................................................... 2 111
Comparação entre dois sistemas de análise de topografia corneana. Joyce
Kuntz, Allan Luz, Joyce Trenta Dalfré, Daniel Simões de Oliveira, Leon
Grupenmacher, Luciene Barbosa de Sousa ...................................................... 4 233
Melanose primária adquirida associada a erosões epiteliais recorrentes
da córnea. Marco Antonio Guarino Tanure, Deborah Filgueiras de
Menezes Vigneron, Moisés Salgado Pedrosa .................................................. 4 256
Importância da tomografia de córnea para o diagnóstico de ectasia. Bruno
de Freitas Valbon, Marcella Salomão, Isaac Ramos, Ana Laura Canedo,
Leonardo Nogueira, Renato Ambrósio Jr ........................................................ 5 302
Avaliação das indicações de ceratoplastia penetrante no interior paulista
state. Amanda Pires Barbosa, Gildásio Castello de Almeida Júnior,
Marta Ferrari Teixeira, José Carlos Barbosa .................................................. 6 353
Doenças Externas
Pterygium: prevalence and severity in an Amazonian ophthalmic setting,
Brazil. Sophie Joanna Coutts, Andrew Coombes ............................................. 6 372
Nevo de células fusiformes de Reed na conjuntiva. Juliana de Lucena
Martins Ferreira, Márjorie Sabino Façanha Barreto Rolim, José Luciano
Leitão de Alencar, Fernando Queiroz Monte .................................................. 1 56
Eficácia do uso intraoperatório de mitomicina C na cirurgia do pterígio:
análise de 102 casos. Rodrigo Salustiano Correa e Silva, Marcos Pereira
de Ávila, Álcio Coutinho de Paula, Leiser Franco de Morais Filho, Bruna
Thomé Rassi ............................................................................................................ 2 84
Tratamento da úlcera escleral pós-cirurgia de pterígio e betaterapia por
enxerto de esclera autóloga de espessura parcial. Eurípedes da Mota
Moura, Marcos Volpini, Guilherme Afonso Garcia Moura ........................... 3 155
Tracoma: ainda uma importante causa de cegueira. Silvana Artioli
Schellini, Roberta Lilian Fernandes de Sousa ................................................. 3 199
Editorial
A situação da pós-graduação strictu sensu no Brasil: instituição, docente
e aluno. Newton Kara-Junior ............................................................................... 1 5
Ultrassonografia orbitária e de anexos. Arlindo José Freire Portes ........ 2 77
Simulador cirúrgico e realidade virtual no ensino de cirurgia de catarata
Flavio Rezende, Renata Attanasio de Rezende Bisol, Tiago Bisol, Flavio
Attanasio de Rezende ........................................................................................... 3 147
Telangiectasias perimaculares idiopáticas. Suel Abujamra ........................ 4 213
Mudanças na Revista Brasileira de Oftalmologia. Arlindo José Freire
Portes ........................................................................................................................ 5 279
Oftalmologia e atenção primária à saúde. Arlindo José Freire Portes ..... 6 351
ED. PÁG.
Educação médica
Oftalmologia e realidade virtual. Jânio Araruna Carvalho ......................... 1 40
Características e deficiências dos programas de pós-graduação em
oftalmologia no Brasil segundo pós-graduandos participantes. Camila
Vieira Oliveira Carvalho Ventura, Mirela Luna Santana Gomes, Bruna
Vieira Oliveira Carvalho Ventura, Liana Oliveira Ventura, Carlos
Teixeira Brandt ...................................................................................................... 3 173
Glaucoma
Morfometria comparativa entre discos ópticos de familiares de
glaucomatosos e normais pelo HRTII. Alinne Maria Camargos da Costa,
Roberto Martins Gonçalves, Homero Gusmão de Almeida, Sebastião
Cronemberger ......................................................................................................... 1 8
Influência da anestesia geral e bloqueio peribulbar em trabeculectomias:
comparação visual e pressórica. Carlos Buhler, Juliana Almodin, Flavia
Almodin, Tadeu Cvintal ........................................................................................ 2 79
Relevância da biomecânica da córnea no glaucoma. Jorge Augusto Siqueira
da Silva, Renata Siqueira da Silva, Renato Ambrósio Jr .............................. 2 115
Eficácia da combinação fixa de timolol 0,5% e brinzolamida 1% no
tratamento do glaucoma primário de ângulo aberto e na hipertensão ocular
Juliana Almodin, Carlos Buhler Junior, Flavia Almodin, Tadeu Cvintal .. 3 160
Avaliação da eficácia do bimatoprosta 0,03% (Glamigan, Germed, Brasil)
na redução da pressão intraocular em pacientes com glaucoma primário
de ângulo aberto e hipertensão ocular. Juliana Almodin, Luiz Fernando
Santini Di Sessa, Flavia Almodin, Tadeu Cvintal ............................................ 4 217
Biomicroscopia ultrassônica na viscocanalostomia. Lígia Maria Fernandes
Ribeiro, Dália Maria Martins Meira, Eduardo Marinho Saraiva, Joaquim
Fernando de Oliveira Sequeira, Luís Manuel de Sousa Pinto Agrelos ...... 4 245
Avaliação da reprodutibilidade das medidas da camada de fibras nervosas
retiniana e da cabeça do nervo óptico pela tomografia de coerência óptica.
Ricardo Rau, André Luiz de Freitas Silva, André Luiz Alves Salame, Luiz
Alberto Soares Melo Junior ................................................................................ 5 280
Glaucoma maligno durante realização de curva tensional diária com
tonômetro de contorno dinâmico. Marcos Antônio Ferraz Rego, Francisco
Eduardo Lopes Lima, Marcos Pereira de Ávila .............................................. 5 285
Malignant glaucoma. Sebastião Cronemberger, Nassim Calixto, Alberto
Diniz Filho ................................................................................................................ 5 331
Informática Médica
Free software for vision stimulation services. Priscila Batista Martins,
Anita Zimmermann, Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira ................................... 5 289
Lente de Contato
Avaliação da eficácia na adaptação de lentes de contato com relação à
melhora visual em pacientes portadores de ceratocone. Wesley de Paula
Duque, José Ricardo Carvalho de Lima Rehder, Renato Galão Cerquinho
Leça ........................................................................................................................... 5 313
Neuro-oftalmologia
Visual evoked potentials (VEP) and visual acuity improvement after
cytidine 52 - diphosphocholine (CDPCholine) therapy in amblyopic patient
Regina Halfeld Furtado de Mendonça, Eliana Lucia Ferreira .................... 5 328
Autoimmune optic neuropathy as the first manifestation of systemic lupus
erythematosus. Maria Helena Lopes Amigo, Emmanuel Casotti Duque
de Bárbara, Wagner Ghirelli ............................................................................... 2 106
Avaliação da camada de fibras nervosas da retina nas afecções
neuro-oftalmológicas da via óptica anterior. Mário Luiz Ribeiro Monteiro . 2 125
Oftalmologia geral
Condições visuais autorrelatadas e quedas em idosos institucionalizados.
Ruth Losada de Menezes, Maria Márcia Bachion ........................................... 1 23
Síndrome de Down: epidemiologia e alterações oftalmológicas. Silvia
Helena Tavares Lorena ........................................................................................ 3 188
Pesquisa translacional na oftalmologia.O caminho para a medicina
personalizada. Rubens Camargo Siqueira ........................................................ 5 338
Órbita
Perfil dos pacientes submetidos à reconstrução primária da cavidade
orbitária com implante de Mules após enucleação e evisceração. Fernanda
Carolina Exterhötter Branco, Astor Grumann Júnior ................................... 4 221
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 413-9
419
ED. PÁG.
O uso de implantes orbitários de polietileno granulado de ultra-alto peso
molecular no reparo de cavidades anoftálmicas. João Edward Soranz Filho,
Gustavo Mendes, Regina Kiomi Takahira, Silvana Artioli Schellini,
Cláudia Helena Pellizzon ..................................................................................... 4 226
Inflamação esclerosante idiopática da órbita. Estudo clínico-patológico
Lívia Maria Nossa Moitinho, Eduardo Ferrari Marback, Otacílio de
Oliveira Maia Júnior, Roberto Lorens Marback ............................................. 5 292
Clinical and surgical treatment of secondary orbital abscess in ethmoidal
sinusitis. Abelardo de Souza Couto Junior, Rafael Siqueira Barbosa, José
Fábio de Oliveira Miranda .................................................................................. 1 60
Plástica
Periocular basal cell carcinoma: cost of topical immunotherapy versus
estimated cost of surgical treatment. Erick Marcet Santiago de Macedo,
Rachel Camargo Carneiro, Pedro Carlos Carricondo, Suzana Matayoshi ... 3 180
Diplopia após injeção de toxina botulínica tipo A para rejuvenescimento
facial. Márcia Melo de Oliveira Rassi, Lucas Henrique Barbosa dos Santos ... 3 184
Atrofia de íris após tratamento estético facial com luz intensa pulsada ...
Ângelo Ferreira Passos, Daniele Fioroti Borges ............................................ 3 191
Complicações da blefaroplastia superior. Silvana Schellini Artioli,
Vanessa Grandi Valezi, Walberto Passos .......................................................... 4 253
Eficácia do resfriamento da pele no alívio da dor desencadeada pela injeção
de toxina botulínica tipo A nas distonias faciais. Paula Barros Bandeira
de Mello Monteiro, Nilson Lopes da Fonseca Júnior, José Ricardo Carvalho
Lima Rehder ............................................................................................................ 6 364
Avaliação da fenda palpebral após a aplicação de toxina botulínica tipo A
em pacientes com distonias faciais. Mariana Eleonora Pereira Cunial,
Nilson Lopes da Fonseca Junior, José Ricardo Carvalho Lima Rehder .... 6 368
Terapia fotodinâmica em carcinoma basocelular periocular: Relato de caso
Rachel Camargo Carneiro, Erick Marcet Santiago de Macedo, Pátricia
Picciarelli de Lima, Suzana Matayoshi .............................................................. 6 394
Ceratoprótese de Boston. Sérgio Kwitko, Andressa Prestes Stolz ................... 6 403
Plástica ocular
Ptose palpebral: avaliação do posicionamento palpebral por imagens
digitais. Taisa Bertocco Carregal, Kryscia Leiko Natsuaki, Gener Tadeu
Pereira, Silvana Artioli Schellini ....................................................................... 1 18
Refração
Precisão da retinoscopia sem lentes neutralizadoras na hipermetropia
experimental de olho artificial. Beatriz Simões-Corrêa, AugustoDuarte,
Alessandra Torres, Alexandre Alvarez Escaneo, Lilia Lucena, Leonardo
Ferreira da Costa, Marcio José Salgueiro, Monick Goecking ...................... 5 296
Comparação entre acuidade visual e PhotoScreening como métodos de
triagem visual para crianças em idade escolar. Roberta Lílian Fernandes
de Sousa, Bruno Schiavoni Funayama, Luciana Catâneo, Carlos Roberto
Padovani, Silvana Artioli Schellini ................................................................... 6 358
A study of pent-up demand in Ophthalmology: Divinolândia Hospital /
Unicamp. Maria Cecilia Machado, Newton Kara-José, Carlos Eduardo
Leite Arieta, José Leonardo Garcia Lourenço, Regina de Souza Carvalho .. 6 390
Refrativa
Hipermetropia após ceratotomia radial: flutuação da refração e da
acuidade visual entre manhã e tarde e correlações com a pressão ocular
e o estado biomecânico da córnea. Renato Ambrósio Jr, Renata Siqueira
da Silva, Karla Lopes, Bruno Valbon, Allan Luz, Guillermo Coca Velarde .... 3 164
ED. PÁG.
Lentes fácicas de câmara anterior. Walton Nosé, Adriana dos Santos
Forseto ...................................................................................................................... 4 260
Avaliação das alterações biomecânicas da córnea antes e após lasik em
pacientes míopes e hipermétropes utilizando Moriá ® _sub-bowman
keratomileusis (SBK). Bruno de Freitas Valbon, Jorge Siqueira Silva, Isaac
C. Oliveira Ramos, Rosane Correa, Ana Laura Canedo Rodrigo Teixeira
Santos, Renato Ambrósio Jr ................................................................................ 5 317
Retina e vítreo
Tratamento da DMRI exsudativa: revisão das drogas antiangiogênicas
Carlos Alexandre de Amorim Garcia Filho, Fernando Marcondes Penha,
Carlos Alexandre de Amorim Garcia ............................................................... 1 63
Importance of genetic polymorphisms in the response to age-related
macular degeneration treatment. Carlos Eduardo dos Reis Veloso, Luciana
Negrão Frota de Almeida, Luiz Armando De Marco, Raul Nunes
Galvarro Vianna, Márcio Bittar Nehemy ......................................................... 3 194
Síndrome ocular isquêmica simulando retinopatia diabética unilateral:
Relato de caso e revisão da literatura. Frederico Castelo Moura, Vitor
Kazuo Lotto Takahashi, Eduardo Minelli ......................................................... 4 250
Assessment of the effect of intravitreal triamcinolone acetonide on the
chorioretinal and vitreous inflammatory reaction to cryotherapy in rabbits
Eugênio Santana de Figueirêdo, Fabio Endo Hirata, Leandro Luiz Lopes
Freitas, Valdir Balarin Silva ................................................................................ 5 309
Scleral buckle is good option for treatment of uncomplicated retinal
detachment. Iuuki Takasaka, Fernando Rodrigo Pedreira Chaves, Heitor
Panetta, Andrea Mara Simões Torigoe, Valdir Balarin Silva, Rodrigo
Pessoa Cavalcanti Lira .......................................................................................... 6 377
Age-related macular degeneration with choroidal neovascularization in
the setting of pre-existing geographic atrophy and ranibizumab treatment.
Analysis of a case series and revision paper. Miguel Hage Amaro, Aaron
Brock Holler ............................................................................................................ 6 407
Trauma e Urgência
Trauma ocular por explosão acidental de disco compacto. Marco Antonio
Guarino Tanure, Fábio Medina Rodrigues Rocha .......................................... 5 322
Análise das causas de atendimento e prevalência das doenças oculares no
serviço de urgência. Maria Nice Araujo Moraes Rocha, Marcos Ávila,
David Leonardo Cruvinel Isaac, Laís Leão de Oliveira, Luísa Salles de
Moura Mendonça .................................................................................................... 6 380
Luxação traumática do bulbo ocular causada por acidente automobilístico
Abelardo Couto Junior, Bruno Magalhães Junqueira, Daniel Almeida de
Oliveira .................................................................................................................... 1 53
Avaliação do conhecimento sobre urgências oftalmológicas dos acadêmicos
da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Carolina Roman Rached, Tiago Cena de Oliveira, Camila Lacerda Muniz
de Melo Sousa, Isabela Minozzi Escudeiro, Lilian Pagano Mori, Fernanda
Proa Ferreira, Juliana Cixi Barbosa Xavier, Beatriz Helena de Moraes
Milioni, Renan Radaeli de Figueiredo, Mônica Alves de Paula ................. 2 100
Uveíte
Uveitis as first manifestation of probably Crohn’s disease. Ieda Maria
Alexandre Barreira, Ricardo Evangelista Marrocos de Aragão, Ariosto
Bezerra Vale, Virgínia Apolônio Vieira, Luanna Biana Costa Bezerra ... 6 397
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 413-9
420
Instruções aos autores
A Revista Brasileira de Oftalmologia (Rev Bras Oftalmol.) - ISSN
0034-7280, publicação científica da Sociedade Brasileira de Oftalmologia,
se propõe a divulgar artigos que contribuam para o
aperfeiçoamento e o desenvolvimento da prática, da pesquisa e do
ensino da Oftalmologia e de especialidades afins. Todos os manuscritos,
após aprovação pelos Editores, serão avaliados por dois
ou três revisores qualificados (peer review), sendo o anonimato
garantido em todo o processo de julgamento. Os comentários dos
revisores serão devolvidos aos autores para modificações no texto
ou justificativa de sua conservação. Somente após aprovações finais
dos revisores e editores, os manuscritos serão encaminhados
para publicação. O manuscrito aceito para publicação passará a
ser propriedade da Revista e não poderá ser editado, total ou parcialmente,
por qualquer outro meio de divulgação, sem a prévia
autorização por escrito emitida pelo Editor Chefe. Os artigos que
não apresentarem mérito, que contenham erros significativos de
metodologia, ou não se enquadrem na política editorial da revista,
serão rejeitados não cabendo recurso.
Os artigos publicados na Revista Brasileira de Oftalmologia
seguem os requisitos uniformes proposto pelo Comitê Internacional
de Editores de Revistas Médicas, atualizado em fevereiro de
2006 e disponível no endereço eletrônico http:// www.icmje.org
APRESENTAÇÃO E SUBMISSÃO DOS MANUSCRITOS
O artigo enviado deverá ser acompanhado de carta assinada
por todos os autores, autorizando sua publicação, declarando
que o mesmo é inédito e que não foi, ou está sendo submetido à
publicação em outro periódico e foi aprovado pela Comissão de
Ética em Pesquisa da Instituição em que o mesmo foi realizado.
A esta carta devem ser anexados:
• Declaração de Conflitos de Interesse, quando pertinente. A
Declaração de Conflitos de Interesses, segundo Resolução do
Conselho Federal de Medicina nº 1595/2000, veda que em artigo
científico seja feita promoção ou propaganda de quaisquer produtos
ou equipamentos comerciais;
• Informações sobre eventuais fontes de financiamento da
pesquisa;
• Artigo que trata de pesquisa clínica com seres humanos
deve incluir a declaração de que os participantes assinaram Termo
de Consentimento Livre Informado.
Todas as pesquisas, tanto as clínicas como as experimentais,
devem ter sido executadas de acordo com a Declaração de
Helsinki.
A Revista Brasileira de Oftalmologia não endossa a opinião
dos autores, eximindo-se de qualquer responsabilidade em relação
a matérias assinadas.
Os artigos podem ser escritos em português, espanhol, inglês
ou francês. A versão “on-line” da revista poderá ter artigos apenas
em inglês.
A Revista Brasileira de Oftalmologia recebe para publicação:
Artigos Originais de pesquisa básica, experimentação clínica ou
cirúrgica; Divulgação e condutas em casos clínicos de relevante
importância; Revisões de temas específicos, Atualizações; Cartas
ao editor. Os Editoriais serão escritos a convite, apresentando
comentários de trabalhos relevantes da própria revista, pesquisas
importantes publicadas ou comunicações dos editores de interesse
para a especialidade. Artigos com objetivos comerciais ou
propagandísticos serão recusados. Os manuscritos deverão obedecer
as seguintes estruturas:
Artigo Original: Descreve pesquisa experimental ou investigação
clínica - prospectiva ou retrospectiva, randomizada ou duplo
cego. Deve ter: Título em português e inglês, Resumo estruturado,
Descritores; Abstract, Keywords, Introdução, Métodos, Resultados,
Discussão, Conclusão e Referências.
Artigo de Revisão: Tem como finalidade examinar a bibliografia
publicada sobre um determinado assunto, fazendo uma avaliação
crítica e sistematizada da literatura sobre um determinado
tema e apresentar as conclusões importantes, baseadas nessa
literatura. Somente serão aceitos para publicação quando solicitado
pelos Editores. Deve ter: Texto, Resumo, Descritores, Título
em Inglês, Abstract, Keywords e Referências.
Artigo de Atualização: Revisões do estado-da-arte sobre determinado
tema, escrito por especialista a convite dos Editores.
Deve ter: Texto, Resumo, Descritores, Título em Inglês, Abstract,
Keywords e Referências.
Relato de Caso: Deve ser informativo e não deve conter
detalhes irrelevantes. Só serão aceitos os relatos de casos clínicos
de relevada importância, quer pela raridade como entidade
nosológica, quer pela não usual forma de apresentação. Deve
ter: Introdução, Descrição objetiva do caso, Discussão, Resumo,
Descritores, Título em Inglês, Abstract e Keywords e Referências.
Cartas ao Editor: Têm por objetivo comentar ou discutir trabalhos
publicados na revista ou relatar pesquisas originais em
andamento. Serão publicadas a critério dos Editores, com a respectiva
réplica quando pertinente.
Preparo do Manuscrito:
A) Folha de Rosto deverá conter:
• Título do artigo, em português e inglês, contendo entre dez
e doze palavras, sem considerar artigos e preposições. O Título
deve ser motivador e deve dar idéia dos objetivos e do conteúdo
do trabalho;
• Nome completo de cada autor, sem abreviaturas, porém, se
o autor já possui um formato utilizado em suas publicações,
deve informar à secretaria da revista;
• Indicação do grau acadêmico e/ou função acadêmica e a
afiliação institucional de cada autor, separadamente. Se houver
mais de uma afiliação institucional, indicar apenas a mais relevante.
Cargos e/ou funções administrativas não devem ser
indicadas.
• Indicação da Instituição onde o trabalho foi realizado;
• Nome, endereço, fax e e-mail do autor correspondente;
• Fontes de auxílio à pesquisa, se houver;
• Declaração de inexistência de conflitos de interesse.
B) Segunda folha
Resumo e Descritores: Resumo, em português e inglês, com
no máximo 250 palavras. Para os artigos originais, deverá ser
estruturado (Objetivo, Métodos, Resultados, Conclusão), ressaltando
os dados mais significativos do trabalho. Para Relatos de
Caso, Revisões ou Atualizações, o resumo não deverá ser
estruturado. Abaixo do resumo, especificar no mínimo cinco e
no máximo dez descritores (Keywords) que definam o assunto do
trabalho. Os descritores deverão ser baseados no DeCS -
Descritores em Ciências da Saúde - disponível no endereço eletrônico
http://decs.bvs.br/
Abaixo do Resumo, indicar, para os Ensaios Clínicos, o número
de registro na base de Ensaios Clínicos (http://clinicaltrials.gov)*
C) Texto
Deverá obedecer rigorosamente a estrutura para cada categoria
de manuscrito.
Em todas as categorias de manuscrito, a citação dos autores
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 420-2
421
no texto deverá ser numérica e seqüencial, utilizando algarismos
arábicos entre parênteses e sobrescritos. As citações no texto deverão
ser numeradas seqüencialmente em números arábicos sobrepostos,
devendo evitar a citação nominal dos autores.
Introdução: Deve ser breve, conter e explicar os objetivos e o
motivo do trabalho.
Métodos: Deve conter informação suficiente para saber-se o
que foi feito e como foi feito. A descrição deve ser clara e suficiente
para que outro pesquisador possa reproduzir ou dar continuidade
ao estudo. Descrever a metodologia estatística empregada com
detalhes suficientes para permitir que qualquer leitor com razoável
conhecimento sobre o tema e o acesso aos dados originais possa
verificar os resultados apresentados. Evitar o uso de termos imprecisos
tais como: aleatório, normal, significativo, importante, aceitável,
sem defini-los. Os resultados da pesquisa devem ser relatados
neste capítulo em seqüência lógica e de maneira concisa.
Informação sobre o manejo da dor pós-operatório, tanto em
humanos como em animais, deve ser relatada no texto (Resolução
nº 196/96, do Ministério da Saúde e Normas Internacionais
de Proteção aos Animais).
Resultados: Sempre que possível devem ser apresentados em
Tabelas, Gráficos ou Figuras.
Discussão: Todos os resultados do trabalho devem ser discutidos
e comparados com a literatura pertinente.
Conclusão: Devem ser baseadas nos resultados obtidos.
Agradecimentos: Devem ser incluídos colaborações de pessoas,
instituições ou agradecimento por apoio financeiro, auxílios
técnicos, que mereçam reconhecimento, mas não justificam a
inclusão como autor.
Referências: Devem ser atualizadas contendo, preferencialmente,
os trabalhos mais relevantes publicados, nos últimos
cinco anos, sobre o tema. Não deve conter trabalhos não referidos
no texto. Quando pertinente, é recomendável incluir trabalhos
publicados na RBO. As referências deverão ser numeradas
consecutivamente, na ordem em que são mencionadas no
texto e identificadas com algarismos arábicos. A apresentação
deverá seguir o formato denominado “Vancouver Style” , conforme
modelos abaixo. Os títulos dos periódicos deverão ser
abreviados de acordo com o estilo apresentado pela National
Library of Medicine, disponível na “List of Journal Indexed in
Index medicus” no endereço eletrônico: http://
www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?db=journals
Para todas as referências, citar todos os autores até seis. Quando
em número maior, citar os seis primeiros autores seguidos da
expressão et al.
Artigos de Periódicos:
Dahle N, Werner L, Fry L, Mamalis N. Localized, central optic
snowflake degeneration of a polymethyl methacrylate intraocular
lens: clinical report with pathological correlation. Arch
Ophthalmol. 2006;124(9):1350-3.
Arnarsson A, Sverrisson T, Stefansson E, Sigurdsson H, Sasaki
H, Sasaki K, et al. Risk factors for five-year incident age-related
macular degeneration: the Reykjavik Eye Study. Am J Ophthalmol.
2006;142(3):419-28.
Livros:
Yamane R. Semiologia ocular. 2a ed. Rio de Janeiro: Cultura
Médica; 2003.
Capítulos de Livro:
Oréfice F, Boratto LM. Biomicroscopia. In: Yamane R.
Semiologia ocular. 2ª ed. Rio de Janeiro:
Cultura Médica; 2003.
Dissertações e Teses:
Cronemberger S. Contribuição para o estudo de alguns aspectos
da aniridia [tese]. São Paulo: Universidade Federal de São
Paulo; 1990.
Publicações eletrônicas:
Herzog Neto G, Curi RLN. Características anatômicas das vias
lacrimais excretoras nos bloqueios funcionais ou síndrome de
Milder. Rev Bras Oftalmol [periódico na Internet]. 2003 [citado
2006 Jul 22];62(1):[cerca de 5p.]. Disponível em:
www.sboportal.org.br
Tabelas e Figuras: A apresentação desse material deve ser em
preto e branco, em folhas separadas, com legendas e respectivas
numerações impressas ao pé de cada ilustração. No verso de
cada figura e tabela deve estar anotado o nome do manuscrito e
dos autores. Todas as tabelas e figuras também devem ser enviadas
em arquivo digital, as primeiras preferencialmente em arquivos
Microsoft Word(r)e as demais em arquivos Microsoft Excel(r),
Tiff ou JPG. As grandezas, unidades e símbolos utilizados nas
tabelas devem obedecer a nomenclatura nacional. Fotografias de
cirurgia e de biópsias onde foram utilizadas colorações e técnicas
especiais, serão consideradas para impressão colorida, sendo
o custo adicional de responsabilidade dos autores.
Legendas: Imprimir as legendas usando espaço duplo, acompanhando
as respectivas figuras (gráficos, fotografias e ilustrações)
e tabelas. Cada legenda deve ser numerada em algarismos
arábicos, correspondendo as suas citações no texto.
Abreviaturas e Siglas: Devem ser precedidas do nome completo
quando citadas pela primeira vez no texto ou nas legendas
das tabelas e figuras.
Se as ilustrações já tiverem sido publicadas, deverão vir acompanhadas
de autorização por escrito do autor ou editor, constando
a fonte de referência onde foi publicada.
O texto deve ser impresso em computador, em espaço duplo,
papel branco, no formato 210mm x 297mm ou A4, em páginas
separadas e numeradas, com margens de 3cm e com letras de
tamanho que facilite a leitura (recomendamos as de nº 14). O
original deve ser encaminhado em uma via, acompanhado de
CD, com versão do manuscrito, com respectivas ilustrações,
digitado no programa “Word for Windows 6.0.
A Revista Brasileira de Oftalmologia reserva o direito de não
aceitar para avaliação os artigos que não preencham os critérios
acima formulados.
* Nota importante: A “Revista Brasileira de Oftalmologia” em
apoio às políticas para registro de ensaios clínicos da Organização
Mundial de Saúde (OMS) e do Intemational Committee of
Medical Joumal Editors (ICMJE), reconhecendo a importância
dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de
informação sobre estudos clínicos, em acesso somente aceitará
para publicação, a partir de 2008, os artigos de pesquisas
clínicas que tenham recebido um número de identificação em
um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios
estabelecidos pela OMS e ICMJE, disponível no endereço: http:/
/clinicaltrials.gov ou no site do Pubmed, no item
.
O número de identificação deverá ser registrado abaixo do
resumo.
Os trabalhos poderão ser submetidos pelos Correios ou pela
Internet.
a) Internet: submissão pelo site - “rbo.emnuvens.com.br/rbo”
b) Correios: Revista Brasileira de Oftalmologia
Rua São Salvador, 107 - Laranjeiras
CEP 22231-170 - Rio de Janeiro - RJ
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 420-2
422
Revista
Brasileira de
Oftalmologia
Declaração dos Autores (É necessária a assinatura de todos os autores)
Em consideração ao fato de que a Sociedade Brasileira de Oftalmologia está interessada em editar o manuscrito a ela
encaminhado pelo(s) o(s) autor(es) abaixo subscrito(s), transfere(m) a partir da presente data todos os direitos autorais para a
Sociedade Brasileira de Oftalmologia em caso de publicação pela Revista Brasileira de Oftalmologia do manuscrito.............................................................
. Os direitos autorais compreendem qualquer e todas as formas de publicação, tais como na
mídia eletrônica, por exemplo. O(s) autor (es) declara (m) que o manuscrito não contém, até onde é de conhecimento do(s)
mesmo(s), nenhum material difamatório ou ilegal, que infrinja a legislação brasileira de direitos autorais.
Certificam que, dentro da área de especialidade, participaram cientemente deste estudo para assumir a responsabilidade por
ele e aceitar suas conclusões.
Certificam que, com a presente carta, descartam qualquer possível conflito financeiro ou de interesse que possa ter com o
assunto tratado nesse manuscrito.
Título do Manuscrito___________________________________________________________________________
Nome dos Autores_______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
Minha assinatura abaixo indica minha total concordância com as três declarações acima.
Data____________Assinatura do Autor____________________________________________________________
Data____________Assinatura do Autor____________________________________________________________
Data____________Assinatura do Autor_____________________________________________________________
Data____________Assinatura do Autor_____________________________________________________________
Data____________Assinatura do Autor____________________________________________________________
Data____________Assinatura do Autor_____________________________________________________________
Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (6): 420-2