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Revista - Sefa - Governo do Estado do Pará

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ<br />

Simão Robison Oliveira Jatene<br />

Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará<br />

Helenilson Cunha Pontes<br />

Vice-governa<strong>do</strong>r<br />

José Barroso Tostes Neto<br />

Secretário de Esta<strong>do</strong> da Fazenda<br />

Nilo Emanoel Rendeiro de Noronha<br />

Sub Secretário de Administração Tributária<br />

Adélia Maria da Silva Mace<strong>do</strong><br />

Secretária Adjunta <strong>do</strong> Tesouro<br />

Emanoel Borges Moreira<br />

Coordenação de Assuntos Fazendários Estratégicos - CAFE<br />

Mylene Coelho Franco Marques<br />

Coordenação de Modernização e Gestão Fazendária - CMGF<br />

Maria de Nazaré Arruda de Siqueira Rodrigues<br />

Escola Fazendária<br />

Carlos Alberto Martins Queiroz<br />

Correge<strong>do</strong>ria Fazendária<br />

José da Silva Nava Júnior<br />

Consultoria Jurídica<br />

Célio Cal Monteiro<br />

Diretoria de Fiscalização - DFI<br />

Edna de Nazaré Car<strong>do</strong>so Farage<br />

Diretoria de Arrecadação e Informações Fazendárias - DAIF<br />

Roseli de Assunção Naves<br />

Diretoria de Tributação - DTR<br />

Ângela Cristina Campos Matos<br />

Diretoria de Tecnologia da Informação - DTI<br />

Adilson José Mota Alves<br />

Diretoria de Administração - DAD<br />

Maria de Fátima Cruz Figueire<strong>do</strong><br />

Presidente <strong>do</strong> Tribunal Administrativo de Recursos Fazendários<br />

Celiana Maria de Azeve<strong>do</strong> Chaves<br />

Diretora <strong>do</strong> Tesouro Estadual<br />

Hélio Santos de Oliveira Goes<br />

Diretor de Gestão Contábil e Fiscal<br />

Luzia Nogueira de Barros<br />

Diretoria de Julgamento 1ª Instância<br />

Milene Lima Souza Gonçalves<br />

Ouvi<strong>do</strong>ria Fazendária<br />

COORDENADORES<br />

Márcia Maria Costa Santos<br />

CERAT – BELÉM<br />

Mário Yasuo Nakamura<br />

CERAT-CASTANHAL<br />

João Guilherme Melo Cavaleiro de Mace<strong>do</strong><br />

CERAT-MARABÁ<br />

Pedro Farias de Sena<br />

CERAT-SANTARÉM<br />

Luiz Otávio Penafort de Souza<br />

CERAT-BREVES<br />

Luis Guilherme Batista Couto<br />

CERAT-ABAETETUBA<br />

Nival<strong>do</strong> Farias Brederode<br />

CERAT-REDENÇÃO<br />

Shu Yung Fon<br />

CERAT-PARAGOMINAS<br />

Moacyr Dinelly de Souza Navarro<br />

CERAT-MARITUBA<br />

Antônio José de Barros Lobo Filho<br />

CERAT-ALTAMIRA<br />

João Jeremias Chene<br />

CERAT-CAPANEMA<br />

Hilário Augusto Ferreira Neto<br />

CERAT - TUCURUÍ<br />

Manoel Anil<strong>do</strong> Figueira Brasil<br />

CEEAT-SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA<br />

Marcos Antônio Car<strong>do</strong>so Lobato<br />

CEEAT-GRANDES CONTRIBUINTES<br />

Irene Raiol <strong>do</strong>s Santos<br />

CEEAT-IPVA e ITCD<br />

Carlos Alberto Rodrigues Junior<br />

CEEAT- MICRO E PEQUENAS EMPRESAS<br />

Antônio Elias Asbeg Junior<br />

CECOMT- MERCADORIAS EM TRÂNSITO<br />

Altino Nascimento Sampaio<br />

CECOMT-PORTOS E AEROPORTOS<br />

Jefferson Brasil Rebelo<br />

CECOMT-ITINGA<br />

Antônio José Tavares Henriques<br />

CECOMT-GURUPI<br />

José Aurélio de Almeida <strong>do</strong> Carmo<br />

CECOMT-ARAGUAIA<br />

Amadeu Fadul Teixeira<br />

CECOMT-CARAJÁS<br />

Paulo Roberto de Nazareno Barbosa Sotão<br />

CECOMT-BASE CANDIRÚ<br />

Evandro Hitoshi Martins Eguchi<br />

CECOMT-SERRA DO CACHIMBO<br />

GRUPO DE TRABALHO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO<br />

Rutilene de Fátima da Fonseca Garcia<br />

Eral<strong>do</strong> Alves Arraes<br />

Anídio Moutinho da Conceição<br />

Marcio Jose Albuquerque Carvalho<br />

Rosana Richa Salame<br />

Sandra Maria Monte Marques<br />

Lourdes Terezinha Costa<br />

Lincoln José da Gama Gosta<br />

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA<br />

Avenida Visconde de Souza Franco, 110<br />

Belém-PA - CEP: 66.053-000<br />

Tel: (91) 3323-4200<br />

Atendimento: 0800-725-5533


SUMÁRIO<br />

REVISTA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SEFA<br />

Edição Extra - Palnejamento Estratégico<br />

Tiragem: 1.500 exemplares - Distribuição gratuita<br />

Belém-PA - Março de 2013<br />

APRESENTAÇÃO 4<br />

José Barroso Tostes Neto<br />

Secretário de Esta<strong>do</strong> da Fazenda - SEFA<br />

GESTÃO ESTRATÉGICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 5<br />

Peter M. Dostler<br />

Consultor da GD Consult<br />

ADMINISTRAR A ESTRATÉGIA É ADMINISTRAR A MUDANÇA 8<br />

Bruno Viotti<br />

Consultor da GD Consult<br />

A CONSTRUÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA SEFA 10<br />

Grupo de Trabalho <strong>do</strong> Planejamento Estratégico da SEFA<br />

O MAPA ESTRATÉGICO 16<br />

Eral<strong>do</strong> Arraes<br />

Coordena<strong>do</strong>r da Célula de Avaliação de Desempenho - CMGF<br />

INDICADORES DE DESEMPENHO ORGANIZACIONAIS 18<br />

Anidio Moutinho<br />

Técnico da CMGF<br />

DEPOIMENTOS 20<br />

PROJETOS ESTRATÉGICOS PARA A GERAÇÃO DE RESULTADOS 21<br />

Marcus Flávio Lenza<br />

Consultor da GD Consult<br />

FOTOS<br />

Depoimentos Kid Reis<br />

Capa e matérias Banco de Imagens da SEFA<br />

GESTÃO ESTRATÉGICA ORIENTADA PARA RESULTADOS 24<br />

Peter M. Dostler<br />

Consultor da GD Consult


José Barroso Tostes Neto<br />

Secretário de Esta<strong>do</strong> da Fazenda<br />

APRESENTAÇÃO<br />

É com satisfação que apresentamos a <strong>Revista</strong><br />

<strong>do</strong> Planejamento Estratégico da Secretaria de<br />

Esta<strong>do</strong> da Fazenda, perío<strong>do</strong> 2012/2015, fruto de<br />

uma reflexão coletiva sobre os rumos que o Fisco<br />

Estadual deve tomar nos próximos anos.<br />

O planejamento orienta a instituição sobre<br />

os objetivos e metas, de mo<strong>do</strong> a seguir um<br />

caminho mais eficiente e utilizan<strong>do</strong> os recursos<br />

com maior eficácia. É um processo contínuo onde<br />

são defini<strong>do</strong>s e revisa<strong>do</strong>s a missão da organização,<br />

a visão de futuro, os objetivos e os projetos<br />

estratégicos.<br />

Para que isso aconteça é muito importante<br />

que os servi<strong>do</strong>res e gestores conheçam e assimilem<br />

seus conceitos, para aplicá-los no dia a dia, e<br />

também para comunicá-los de forma adequada.<br />

A missão da SEFA é Realizar a gestão<br />

fazendária com justiça fiscal, contribuin<strong>do</strong> para<br />

o equilíbrio das contas públicas, a promoção da<br />

cidadania e o desenvolvimento sustentável <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, e é com base nesta declaração<br />

coletiva, neste compromisso conjunto, que<br />

gestores e servi<strong>do</strong>res estão se esforçan<strong>do</strong> no<br />

desempenho de suas tarefas diárias.<br />

Os esforços realiza<strong>do</strong>s pela instituição ganham<br />

unidade e são realiza<strong>do</strong>s de forma coerente com<br />

os objetivos comuns por meio <strong>do</strong> planejamento<br />

estratégico.<br />

É com a materialização das metas <strong>do</strong><br />

planejamento que a organização vai melhorar a<br />

qualidade <strong>do</strong>s seus produtos e serviços.<br />

Cada um <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res da SEFA deve<br />

atuar buscan<strong>do</strong> honrar a história da Secretaria<br />

da Fazenda, esta instituição centenária que<br />

desempenha tarefa fundamental para a consecução<br />

<strong>do</strong>s objetivos <strong>do</strong> <strong>Governo</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, garantin<strong>do</strong> os<br />

recursos necessários aos investimentos em obras e<br />

serviços públicos, primordiais ao atendimento da<br />

população paraense.<br />

4<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA


Peter M. Dostler<br />

Consultor da GD Consult<br />

GESTÃO<br />

ESTRATÉGICA NA<br />

ADMINISTRAÇÃO<br />

PÚBLICA<br />

Ao longo <strong>do</strong>s anos, a burocracia criou<br />

barreiras entre os cidadãos e os serviços públicos.<br />

É preciso aperfeiçoar os instrumentos de gestão<br />

pública para assegurar a entrega de resulta<strong>do</strong>s<br />

exigi<strong>do</strong>s pela sociedade.<br />

A gestão estratégica é, hoje, um <strong>do</strong>s principais<br />

desafios de executivos em todas as organizações.<br />

O cenário organizacional está cada vez mais<br />

imprevisível, dinâmico e competitivo, reforçan<strong>do</strong><br />

a necessidade de gerenciar a estratégia de forma<br />

contínua.<br />

Planejamos a vida toda, planejamos para<br />

viajar, casar, ter filhos, compra <strong>do</strong> nosso carro,<br />

e assim por diante. Devemos planejar por que<br />

pensan<strong>do</strong> onde estamos e aonde queremos chegar<br />

alcançaremos nosso objetivo com mais facilidade,<br />

gastan<strong>do</strong> menos recursos (pessoais, materiais,<br />

finanças, tempo e outros), com mais certeza e<br />

tranquilidade. Planejar é fundamental para a nossa<br />

vida, imagine então para uma instituição.<br />

Uma vez feito o planejamento precisamos<br />

colocá-lo em ação e transformar a ação em<br />

resulta<strong>do</strong>s. A Gestão Estratégica significa que<br />

precisamos acompanhar aquilo que planejamos e<br />

monitorar se aquilo que planejamos vai nos levar<br />

aonde queremos chegar. A Gestão Estratégica<br />

significa gerir aquelas ações que planejamos para<br />

alcançarmos um determina<strong>do</strong> objetivo.<br />

Em um mun<strong>do</strong> caracteriza<strong>do</strong> pela turbulência<br />

e pela incerteza, é ainda possível planejar? As<br />

organizações bem-sucedidas acreditam que sim,<br />

desde que a gestão seja norteada por um novo<br />

tipo de pensamento: o pensamento estratégico<br />

que busca identificar, num contexto marca<strong>do</strong> pelas<br />

mudanças e pelo conflito entre inúmeros atores, os<br />

caminhos capazes de potencializar oportunidades<br />

e reduzir riscos para o alcance da missão desejada.<br />

O planejamento estratégico é um processo<br />

dinâmico, por intermédio <strong>do</strong> qual são defini<strong>do</strong>s<br />

os caminhos que a organização deverá trilhar por<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA<br />

5


meio de um comportamento proativo, levan<strong>do</strong> em<br />

conta a análise de seu ambiente, em consonância<br />

com a sua razão de existir, a fim de construir o seu<br />

futuro deseja<strong>do</strong>.<br />

A finalidade de um planejamento é obter<br />

aquilo que se quer para uma organização<br />

otimizan<strong>do</strong> seus recursos (pessoas, materiais,<br />

finanças, tempo e outros). A finalidade de um<br />

planejamento é também realizar uma reflexão<br />

profunda sobre como e aonde estamos com a<br />

nossa organização, qual a sua verdadeira razão de<br />

ser e onde podemos e queremos chegar.<br />

Após quase duas décadas desde a publicação<br />

da obra “Estratégia em Ação”, <strong>do</strong>s autores Robert<br />

Kaplan e David Norton, é possível afirmar que a<br />

difusão da meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> Balanced Scorecard<br />

(BSC) em muito influenciou as organizações<br />

brasileiras na estruturação de seus processos de<br />

gestão estratégica.<br />

No setor público, em especial, o desafio de<br />

otimizar a alocação de recursos, reduzir despesas<br />

e de ampliar a cobertura de atendimento para os<br />

segmentos menos favoreci<strong>do</strong>s de nossa sociedade<br />

vem demandan<strong>do</strong> um crescente esforço de<br />

profissionalização na gestão da máquina Pública.<br />

É necessário que o processo de formulação<br />

da estratégica desvincule prioridades de governo<br />

com os desafios <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. A partir <strong>do</strong>s objetivos<br />

estratégicos de longo prazo, são identificadas<br />

prioridades governamentais. Essas prioridades<br />

traduzem as escolhas, em termos de objetivos<br />

estratégicos defini<strong>do</strong>s a serem operacionaliza<strong>do</strong>s<br />

por meio de programas e projetos.<br />

Apesar da diversidade de estu<strong>do</strong>s sobre<br />

administração estratégica, sua transposição<br />

à realidade brasileira revela-se recente e<br />

desafia<strong>do</strong>ra. Mesmo assim, varias organizações<br />

governamentais e sem fins lucrativos nacionais<br />

vêm implementan<strong>do</strong>, com êxito, modelos de<br />

gestão estratégica com foco em resulta<strong>do</strong>s.<br />

O BALANCED SCORECARD (BSC)<br />

Embora tenha nasci<strong>do</strong> como uma ferramenta<br />

de medição de desempenho organizacional, o<br />

BSC revelou-se algo bem maior, um sistema de<br />

6<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA


gestão. No início houve uma ênfase na avaliação<br />

de capital humano, com o desenvolvimento de<br />

métricas destinadas a avaliar sua real importância<br />

dentro das organizações.<br />

O BSC foi defini<strong>do</strong> inicialmente como um<br />

sistema de mensuração <strong>do</strong> desempenho e,<br />

posteriormente, como um sistema de gestão<br />

estratégica foca<strong>do</strong> na entrega de resulta<strong>do</strong>s.<br />

Ele é classifica<strong>do</strong> como um sistema de suporte à<br />

decisão, pois pretende reunir elementos chave<br />

para acompanhar o cumprimento da estratégia e<br />

também pode ser encara<strong>do</strong> como uma ferramenta<br />

de comunicação, uma vez que facilita os processos<br />

de comunicação interna na implementação da<br />

estratégia.<br />

O principal objetivo <strong>do</strong> BSC é o alinhamento <strong>do</strong><br />

planejamento estratégico com as ações operacionais<br />

da organização. Proporcionar significa<strong>do</strong> estratégico<br />

para as ações operacionais <strong>do</strong> dia a dia, e assim<br />

para todas as pessoas da organização, é o grande<br />

diferencial dessa meto<strong>do</strong>logia.<br />

Por essa razão é que deve ser feito um mapa<br />

estratégico – ferramenta que apresenta, de forma<br />

lógica e estruturada, a estratégica da organização.<br />

Para efetivamente direcionar o comportamento<br />

e o desempenho organizacional, utiliza-se o painel<br />

estratégico, que inclui indica<strong>do</strong>res e metas.<br />

A tradução da estratégia por meio desse<br />

mapa e <strong>do</strong> painel estratégico cria referencial<br />

comum de fácil compreensão, proporcionan<strong>do</strong><br />

a clara percepção de como as atividades de<br />

cada um estão ligadas aos objetivos gerais da<br />

organização e possibilitan<strong>do</strong>, desse mo<strong>do</strong>, o<br />

trabalho coordena<strong>do</strong> e colaborativo em prol das<br />

metas traçadas.<br />

Organizações de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, nos mais<br />

diversos setores de atividades e segmentos de<br />

merca<strong>do</strong>, inclusive organizações públicas, têm<br />

a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> o BSC como sistema adequa<strong>do</strong> para<br />

formular e implementar a estratégia.<br />

Segun<strong>do</strong> David Norton e Robert Kaplan,<br />

cria<strong>do</strong>res <strong>do</strong> méto<strong>do</strong>, o BSC é ainda mais<br />

apropria<strong>do</strong> para o setor. O fato de não existir<br />

concorrência torna mais natural a ênfase <strong>do</strong><br />

cumprimento da missão das organizações.<br />

A execução da estratégia formulada e suas<br />

atualizações provocam mudanças em to<strong>do</strong>s os<br />

níveis da organização, afetan<strong>do</strong> o comportamento<br />

das pessoas que nelas atuam.<br />

As mudanças constantes que ocorrem nos<br />

cenários competitivos exigem das organizações<br />

públicas uma capacidade cada vez maior de<br />

adaptação a novas variáveis internas e externas,<br />

fazen<strong>do</strong> ajustes em suas prioridades e atualizan<strong>do</strong><br />

constantemente suas estratégias<br />

É imprescindível dedicar atenção, tempo<br />

e recursos necessários à gestão de todas as<br />

transformações associadas a execução da estratégia.<br />

“Gestão da mudança é uma arte, e seus grandes artistas são aqueles<br />

bem-sucedi<strong>do</strong>s em mobilizar suas organizações e executar suas estratégias<br />

com sucesso.”<br />

David Norton, coidealiza<strong>do</strong>r <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> Balanced Scorecard (BSC)<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA<br />

7


Bruno Viotti<br />

Consultor da GD Consult<br />

ADMINISTRAR<br />

A ESTRATÉGIA<br />

É ADMINISTRAR<br />

A MUDANÇA<br />

Um <strong>do</strong>s maiores desafios é o de administrar a<br />

implementação da estratégia. Importante ressaltar<br />

que administrar a estratégia é, em essência,<br />

administrar a mudança. A estratégia tem um la<strong>do</strong><br />

pesa<strong>do</strong> e um la<strong>do</strong> suave. O la<strong>do</strong> pesa<strong>do</strong> envolve<br />

descrever a estratégia – com mapas e mensurações<br />

– e executá-la – com processos e procedimentos.<br />

O la<strong>do</strong> suave, embora menos compreendi<strong>do</strong>, não<br />

é menos importante. Envolve liderança, cultura e<br />

trabalho em equipe – todas condições prévias para<br />

a mudança organizacional. Executar a estratégia<br />

é executar a mudança em to<strong>do</strong>s os níveis de uma<br />

organização. Para termos sucesso, precisamos ter<br />

um melhor entendimento <strong>do</strong> la<strong>do</strong> suave.<br />

Analisan<strong>do</strong> as organizações que utilizaram o<br />

Balanced Scorecard como méto<strong>do</strong> para implantar<br />

a estratégia revelou alguns pontos em comum.<br />

Cada uma delas estava introduzin<strong>do</strong> uma nova<br />

estratégia na época em que estava implementan<strong>do</strong><br />

o Balanced Scorecard. Estas estratégias definiam<br />

novas proposições de valor, novos produtos, novos<br />

processos de trabalho, novas habilidades, novas<br />

tecnologias e novas culturas. Em resumo, as novas<br />

estratégias exigiam que tu<strong>do</strong> mudasse. O tema<br />

da administração de mudança era prioritário na<br />

agenda de cada executivo. Embora cada uma delas<br />

tenha aborda<strong>do</strong> o processo de mo<strong>do</strong> diferente,<br />

todas passaram por três etapas semelhantes:<br />

PRIMEIRA ETAPA – Mobilização: um perío<strong>do</strong><br />

de três a seis meses dedica<strong>do</strong> a criar o clima no<br />

nível executivo, comunican<strong>do</strong> a necessidade de<br />

mudança, construin<strong>do</strong> a equipe de liderança, e<br />

esclarecen<strong>do</strong> a visão e a estratégia.<br />

SEGUNDA ETAPA – Disseminação e<br />

Envolvimento: um perío<strong>do</strong> de seis meses, no qual<br />

a nova estratégia deve ser disseminada em to<strong>do</strong>s<br />

os níveis da organização. O Balanced Scorecard<br />

facilita o processo de disseminação.<br />

TERCEIRA ETAPA – Sustentabilidade da<br />

Execução: um perío<strong>do</strong> de 12 a 24 meses, onde a<br />

8<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA


estratégia foi integrada ao trabalho <strong>do</strong> dia-a-dia e<br />

à cultura da organização. Nessa etapa os servi<strong>do</strong>res<br />

deverão ser integra<strong>do</strong>s aos processos e atividades<br />

necessárias para garantir a sustentabilidade da<br />

implementação <strong>do</strong> planejamento.<br />

Ao fazer a opção pela utilização <strong>do</strong> méto<strong>do</strong><br />

Balanced Scorecard – BSC, na maioria das vezes<br />

as organizações conseguem alcançar resulta<strong>do</strong>s<br />

expressivos em <strong>do</strong>is a três anos e, ademais,<br />

sustentar esses resulta<strong>do</strong>s estratégicos durante<br />

quatro a cinco anos.<br />

A comunicação da estratégia aos servi<strong>do</strong>res é<br />

outra prioridade. Comunicação não é um evento<br />

que ocorre uma só vez; deve ser explicativa e<br />

contínua. A comunicação pessoal tem o maior<br />

impacto. Essa nova consciência da estratégia é<br />

institucionalizada quan<strong>do</strong> é firmemente incluída<br />

nos processos de administração da organização.<br />

Abordagens de Administração por Objetivos para<br />

estabelecer objetivos individuais, como também<br />

avaliação de desempenho ligadas ao BSC.<br />

O processo orçamentário e programas<br />

gerenciais operacionais são liga<strong>do</strong>s ao BSC para<br />

assegurar o alinhamento estratégico. Quan<strong>do</strong><br />

isso é realiza<strong>do</strong>, a organização completou uma<br />

significativa transformação. Ela não apenas tem<br />

uma nova estratégia, mas a habilidade para<br />

executar essa estratégia. É essa última capacidade<br />

que permite que o desempenho seja sustenta<strong>do</strong>.<br />

Esse esta<strong>do</strong> transforma<strong>do</strong> é o que chamamos<br />

uma Organização Orientada para a Estratégia.<br />

E a habilidade de administrar a estratégia<br />

administran<strong>do</strong> a mudança é talvez o maior recurso<br />

que uma companhia pode ter, para lidar com o<br />

mun<strong>do</strong> de incerteza no qual vivemos.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA 9


Grupo de Trabalho <strong>do</strong> Planejamento<br />

Estratégico da SEFA<br />

A CONSTRUÇÃO<br />

DO PLANEJAMENTO<br />

ESTRATÉGICO<br />

DA SEFA<br />

Em 2012 teve início a jornada de construção<br />

<strong>do</strong> Planejamento Estratégico da Secretaria de<br />

Esta<strong>do</strong> da Fazenda para o perío<strong>do</strong> 2012-2015,<br />

observan<strong>do</strong> o alinhamento <strong>do</strong> planejamento<br />

da SEFA à proposta <strong>do</strong> <strong>Governo</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> Pará (informações e detalhamento sobre o<br />

Modelo de Gestão por Resulta<strong>do</strong>s no link http://<br />

gestaoporresulta<strong>do</strong>s.pa.gov.br/).<br />

Em fevereiro de 2012, no auditório <strong>do</strong> Órgão<br />

Central, aconteceu a reunião com os gestores para o<br />

detalhamento das ações necessárias ao desenvolvimento<br />

<strong>do</strong> planejamento estratégico da Secretaria. O Secretário<br />

José Tostes Neto informou que o <strong>Governo</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

iniciou, em junho de 2011, o planejamento estratégico<br />

para o perío<strong>do</strong> 2011/2014, com base na meto<strong>do</strong>logia<br />

Balanced Scorecard - BSC, a mesma utilizada, a partir de<br />

então, pela SEFA.<br />

“A SEFA tem alcança<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s significativos<br />

nas áreas de arrecadação, fiscalização e <strong>do</strong> tesouro<br />

estadual. Esses resulta<strong>do</strong>s tendem a ser mais<br />

expressivos com a implementação das ações previstas<br />

no planejamento”, afirmou.<br />

No evento, o servi<strong>do</strong>r da Coordenação de<br />

Modernização e Gestão Fazendária (CMGF), Eral<strong>do</strong><br />

Arraes, ministrou palestra com o tema “Planejamento<br />

Estratégico com Balanced Scorecard - BSC”,<br />

apresentan<strong>do</strong> a ferramenta utilizada na construção<br />

<strong>do</strong> plano de desenvolvimento institucional.<br />

OFICINAS DE PLANEJAMENTO -<br />

UM TRABALHO INTEGRADO<br />

Para conduzir as ações <strong>do</strong> planejamento<br />

estratégico, foi cria<strong>do</strong> um grupo de trabalho composto<br />

pelos servi<strong>do</strong>res Rutilene Garcia, Eral<strong>do</strong> Arraes, Anídio<br />

Moutinho, Márcio Carvalho, Rosana Salame, Sandra<br />

Marques, Lourdes Costa e Lincoln Gama.<br />

Inicialmente foi realiza<strong>do</strong> um diagnóstico<br />

por meio de entrevistas com os representantes<br />

da alta liderança da Secretaria, para assegurar o<br />

alinhamento estratégico das diretrizes institucionais.<br />

10<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA


Com o intuito de avaliar os cenários futuros<br />

da gestão fazendária, foram realizadas, na Escola<br />

Fazendária, oficinas com gestores e técnicos das<br />

áreas finalísticas e de apoio da SEFA, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong><br />

realizadas as atividades de leitura <strong>do</strong> ambiente<br />

externo, identificação das mudanças que poderão<br />

ocorrer no setor no médio e longo prazos,<br />

identificação das ameaças e oportunidades, bem<br />

como a análise das tendências sociais, políticas,<br />

econômicas, tecnológicas e culturais.<br />

A construção de cenários é uma das técnicas<br />

mais eficazes para lidar com os fatores incertos <strong>do</strong><br />

futuro e tem como propósito primário organizar,<br />

sistematizar e delimitar incertezas, exploran<strong>do</strong> os<br />

pontos de mudança ou manutenção <strong>do</strong>s rumos<br />

de uma dada evolução de situações. Os cenários<br />

contribuem para a melhoria da qualidade da<br />

reflexão estratégica ao antecipar futuros alternativos<br />

a longo prazo.<br />

Foram realizadas três oficinas, com a<br />

participação de representantes de todas as áreas,<br />

sen<strong>do</strong> revistos os direciona<strong>do</strong>res e defini<strong>do</strong>s os<br />

objetivos, indica<strong>do</strong>res de desempenho, metas e o<br />

portfólio de projetos estratégicos da Secretaria.<br />

Na primeira delas, em abril de 2012, Diretores<br />

e Coordena<strong>do</strong>res revisaram os direciona<strong>do</strong>res<br />

estratégicos – missão, valores e visão de futuro<br />

da instituição, bem como definiram os objetivos<br />

estratégicos que balizariam as ações da SEFA ao<br />

longo <strong>do</strong> quadriênio 2012/2015.<br />

Na oficina realizada em maio foi dada<br />

continuidade ao processo, com a definição<br />

<strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res e metas a serem utiliza<strong>do</strong>s no<br />

monitoramento <strong>do</strong> desempenho da instituição, de<br />

forma a garantir que a Secretaria cumpra as metas<br />

pactuadas com o <strong>Governo</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />

Na oficina seguinte, em junho, foram elenca<strong>do</strong>s<br />

os projetos considera<strong>do</strong>s estratégicos, responsáveis<br />

por alavancar os resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s para o<br />

alcance <strong>do</strong>s objetivos estratégicos estabeleci<strong>do</strong>s.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA<br />

11


Este trabalho, desenvolvi<strong>do</strong> sob a orientação<br />

técnica de servi<strong>do</strong>res da CAFE e CMGF e com o<br />

apoio <strong>do</strong> grupo de trabalho foi a base para a<br />

construção das demais etapas <strong>do</strong> processo de<br />

planejamento estratégico da Secretaria.<br />

O MODELO DE GESTÃO ESTRATÉGICA<br />

A definição e validação <strong>do</strong> modelo de gestão<br />

estratégica aconteceu em agosto, com a presença<br />

<strong>do</strong>s diretores da Secretaria e <strong>do</strong> consultor Peter<br />

Dostler, da empresa GD Consult, que auxiliou a<br />

SEFA na caminhada rumo à formulação <strong>do</strong> plano<br />

estratégico.<br />

Peter fez a apresentação <strong>do</strong> modelo<br />

homologa<strong>do</strong> com o apoio <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res Rutilene<br />

Garcia e Eral<strong>do</strong> Arraes, que coordenaram as oficinas<br />

<strong>do</strong> planejamento estratégico.<br />

A estruturação <strong>do</strong> modelo de gestão da<br />

estratégia da SEFA busca a sistematização <strong>do</strong><br />

processo no qual os atores envolvi<strong>do</strong>s irão<br />

acompanhar (monitorar), analisar, avaliar e<br />

intervir (corrigir) um determina<strong>do</strong> objeto de<br />

decisão. Consideran<strong>do</strong> a gestão estratégica, os<br />

seguintes objetos estão em foco: portfólio de<br />

projetos; processos estratégicos e referenciais<br />

estratégicos (mapa estratégico & metas).<br />

FIGURA 1<br />

ESTRUTURA DO MODELO<br />

DE GESTÃO<br />

OFICINAS DE DESDOBRAMENTO<br />

DA ESTRATÉGIA<br />

Em setembro foram realizadas as atividades<br />

de des<strong>do</strong>bramento da estratégia, com palestras<br />

de nivelamento conceitual e oficinas de trabalho,<br />

envolven<strong>do</strong> cerca de 150 servi<strong>do</strong>res, entre<br />

equipes técnicas das áreas finalísticas e de apoio,<br />

que revisaram e validaram os direciona<strong>do</strong>res<br />

estratégicos da Secretaria.<br />

Gestores e técnicos, organiza<strong>do</strong>s em nove<br />

grupos de trabalho, reuniram-se na Escola<br />

Fazendária para definir as ações prioritárias das<br />

respectivas áreas, asseguran<strong>do</strong> assim o alinhamento<br />

dessas iniciativas às diretrizes estratégicas da SEFA.<br />

O produto final dessas oficinas foi traduzi<strong>do</strong><br />

em planos operacionais a serem executa<strong>do</strong>s até o<br />

ano de 2015.<br />

12<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA


Esse trabalho foi coordena<strong>do</strong> pelos técnicos<br />

da GD Consult e pelos servi<strong>do</strong>res Rutilene Garcia<br />

e Eral<strong>do</strong> Arraes. “Este trabalho tem o objetivo de<br />

alinhar o modelo estratégico defini<strong>do</strong> pela alta<br />

administração e assim os servi<strong>do</strong>res da Secretaria<br />

da Fazenda vão trabalhar num caminho só”,<br />

sintetiza Eral<strong>do</strong> Arraes.<br />

Rutilene Garcia afirma que um planejamento<br />

estratégico adequa<strong>do</strong> é muito importante para<br />

que se alcance uma gestão eficiente e eficaz, “uma<br />

vez que nessa etapa se define objetivos e ações que<br />

devem ter por objetivo a melhoria <strong>do</strong> desempenho<br />

institucional. A meto<strong>do</strong>logia utilizada garante o<br />

alinhamento <strong>do</strong> planejamento estratégico com<br />

as ações operacionais da Secretaria e com o<br />

modelo de Gestão por Resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>Governo</strong> <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>, formaliza<strong>do</strong> pelo Decreto nº 352, de 23 de<br />

fevereiro de 2012”.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA<br />

13


APRENDENDO<br />

A GERENCIAR PROJETOS<br />

Em outubro foi realizada a etapa preliminar<br />

<strong>do</strong> curso de formação de gerentes de projeto, na<br />

Escola de <strong>Governo</strong>. O evento teve a participação de<br />

45 servi<strong>do</strong>res, responsáveis pela implementação<br />

<strong>do</strong>s projetos estratégicos da SEFA.<br />

A implantação de um escritório de projetos<br />

foi um <strong>do</strong>s temas principais <strong>do</strong> evento, onde<br />

foram apresentadas orientações gerais acerca<br />

da aplicação de conhecimento, habilidades,<br />

ferramentas e técnicas na implementação e<br />

gerenciamento de projetos.<br />

Lincoln Costa, coordena<strong>do</strong>r da Célula de<br />

Planejamento da Coordenação de Assuntos<br />

Fazendários Estratégicos - CAFE, explica que<br />

no escritório de projetos haverá um núcleo<br />

de monitoramento da estratégia. A equipe de<br />

servi<strong>do</strong>res acompanhará o cumprimento das<br />

metas, analisará os indica<strong>do</strong>res e os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

projetos. “As informações subsidiarão o secretário<br />

da Fazenda na tomada de decisão”.<br />

Foi defini<strong>do</strong> o modelo <strong>do</strong> Termo de Abertura<br />

de Projeto - TAP, <strong>do</strong>cumento que formaliza os<br />

requisitos iniciais <strong>do</strong> produto/serviço segun<strong>do</strong><br />

padrões da demanda das partes interessadas,<br />

e que subsidia a tomada de decisão <strong>do</strong> gestor<br />

competente quanto à execução <strong>do</strong> projeto.<br />

“O modelo de TAP foi preenchi<strong>do</strong> pelas unidades<br />

fazendárias. Um total de 31 projetos foi elenca<strong>do</strong>,<br />

forman<strong>do</strong> o portfólio da SEFA, e será implementa<strong>do</strong><br />

conforme as diretrizes <strong>do</strong> planejamento estratégico”<br />

informa o Coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s Assuntos Estratégicos<br />

da SEFA, Emanoel Moreira.<br />

Em novembro foi realizada a complementação<br />

desta atividade, com a realização <strong>do</strong> curso<br />

Gerenciamento de Projetos, na Escola Fazendária,<br />

com a presença de 50 servi<strong>do</strong>res da Secretaria.<br />

REUNIÃO DE AVALIAÇÃO<br />

DA ESTRATÉGIA (RAE) -<br />

CORRIGINDO RUMOS<br />

A primeira Reunião de Avaliação da Estratégia<br />

(RAE) da Secretaria da Fazenda ocorreu nos<br />

14<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA


dias 30 e 31 de outubro, na Escola de <strong>Governo</strong><br />

(EGPA). O encontro contou com a presença de 50<br />

servi<strong>do</strong>res, que receberam a orientação da empresa<br />

de consultoria GD Consult sobre a sistemática da<br />

RAE, que será realizada trimestralmente em 2013,<br />

para acompanhamento e monitoramento das<br />

ações.<br />

Nos dias 7 e 8 de fevereiro de 2013 ocorreu<br />

a segunda Reunião de Avaliação da Estratégia<br />

da SEFA, na EGPA, quan<strong>do</strong> foram avalia<strong>do</strong>s os<br />

resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s objetivos, indica<strong>do</strong>res e projetos<br />

estratégicos ao longo <strong>do</strong> ano de 2012. Para<br />

Mylene Marques, Coordena<strong>do</strong>ra de Modernização<br />

e Gestão Fazendária (CMGF), “o planejamento<br />

assegura, por meio de uma gestão de excelência, o<br />

aprimoramento da relação entre o contribuinte, o<br />

governo e a sociedade, além de valorizar o servi<strong>do</strong>r<br />

e integrar os entes federativos”.<br />

Segun<strong>do</strong> Emanoel Moreira, Coordena<strong>do</strong>r da<br />

CAFE, em 2013 o planejamento se efetivará com<br />

a realização de quatro Reuniões de Avaliação da<br />

Estratégia (RAE), o desenvolvimento <strong>do</strong>s projetos e<br />

a implantação <strong>do</strong> Plano de Comunicação, que vai<br />

disseminar to<strong>do</strong>s os conceitos e aproximar ainda<br />

mais os servi<strong>do</strong>res na meta de realizar a missão<br />

da SEFA.<br />

E o trabalho continua. Em março a SEFA fará<br />

um grande evento de lançamento <strong>do</strong>s produtos <strong>do</strong><br />

Planejamento Estratégico e, em abril e maio fará<br />

palestra de disseminação nas unidades fazendárias<br />

<strong>do</strong> interior, para que os servi<strong>do</strong>res possam conhecer<br />

de perto o que está sen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>, tirem as suas<br />

dúvidas e possam se integrar às atividades. Na<br />

intranet SEFA, na macroárea <strong>do</strong> Planejamento,<br />

os servi<strong>do</strong>res poderão conhecer com detalhes as<br />

informações sobre indica<strong>do</strong>res, projetos e tu<strong>do</strong> o<br />

que está sen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA 15


Eral<strong>do</strong> Arraes<br />

Coordena<strong>do</strong>r da Célula de Avaliação de Desempenho - CMGF<br />

O MAPA<br />

ESTRATÉGICO<br />

No Balanced Scorecard (BSC), o mapa<br />

estratégico é o instrumento utiliza<strong>do</strong> para dar<br />

forma, narrar, visualizar comunicar e alinhar os<br />

integrantes da organização em torno da estratégia,<br />

garantin<strong>do</strong> um entendimento comum acerca <strong>do</strong>s<br />

desafios futuros da organização e permitin<strong>do</strong> a<br />

criação de instrumentos de medição e controle.<br />

É o componente que traduz visualmente a<br />

estratégia da organização, explicitan<strong>do</strong> os objetivos<br />

quantificáveis, organiza<strong>do</strong>s em diferentes perspectivas<br />

e interliga<strong>do</strong>s por relações de causa e efeito.<br />

De acor<strong>do</strong> com Kaplan e Norton, cria<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> BSC, o sucesso da execução da estratégia<br />

depende da sua compreensão pelos emprega<strong>do</strong>s<br />

da organização, que, por sua vez, depende de<br />

uma nítida descrição. O mapa fornece um novo<br />

referencial, teórico e prático, para a narração da<br />

história da estratégia nas organizações. Nesse<br />

senti<strong>do</strong>, o “mapa estratégico pode ser considera<strong>do</strong><br />

como um arcabouço visual comum que insere<br />

diferentes itens <strong>do</strong> Balanced Scorecard de uma<br />

organização, numa cadeia de causa e efeito que<br />

conecta os resulta<strong>do</strong>s almeja<strong>do</strong>s com os respectivos<br />

vetores ou impulsiona<strong>do</strong>res”.<br />

O mapa descreve uma visão estratégica da<br />

empresa em termos tangíveis e compreensíveis,<br />

pois contribui para as discussões que levam às<br />

visões explícitas em termos de estratégias, medidas<br />

e planos de ação.<br />

Os objetivos estratégicos retrata<strong>do</strong>s no<br />

mapa sinalizam os resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s de uma<br />

determinada estratégia, pelo que devem ser<br />

traduzi<strong>do</strong>s e comunica<strong>do</strong>s numa linguagem de<br />

fácil entendimento.<br />

A essência é o processo de construção e a<br />

discussão em relação ao direcionamento estratégico<br />

e às medidas, sen<strong>do</strong> criada uma linguagem<br />

comum a to<strong>do</strong>s os integrantes da organização.<br />

Além de tornar explícitos os conhecimentos tácitos<br />

da alta liderança, também possibilita uma ampla<br />

discussão sobre os pressupostos assumi<strong>do</strong>s na<br />

estratégia.<br />

O mapa estratégico da SEFA, retrata<strong>do</strong> na figura<br />

a seguir, traduz os objetivos prioritários estabeleci<strong>do</strong>s<br />

durante o processo de construção <strong>do</strong> planejamento<br />

estratégico ao longo <strong>do</strong> ano de 2012.<br />

16<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA


<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA<br />

17


Anidio Moutinho<br />

Técnico da CMGF<br />

INDICADORES<br />

DE DESEMPENHO<br />

ORGANIZACIONAIS<br />

Existe nas organizações a necessidade de<br />

criar um sistema de indica<strong>do</strong>res que possibilite<br />

a avaliação de desempenho <strong>do</strong>s processos da<br />

organização, no nível estratégico, gerencial ou<br />

operacional.<br />

A medição sistemática <strong>do</strong> desempenho,<br />

seguin<strong>do</strong> uma estrutura de indica<strong>do</strong>res planejada<br />

e balanceada reflete diretamente na capacidade<br />

da organização de gerar resulta<strong>do</strong>s sustentáveis.<br />

Também permite monitorar seu desempenho e,<br />

desta forma, realizar rapidamente intervenções<br />

à medida que ocorrem modificações nos novos<br />

cenários que poderão advir.<br />

To<strong>do</strong> bom indica<strong>do</strong>r é resulta<strong>do</strong> de uma<br />

fórmula de divisão matemática, cujos termos<br />

da razão devem ter como origem a informação<br />

consistente, a fim de que não haja erro de<br />

mensuração. Para que isso não aconteça é<br />

necessário conhecer algumas características de<br />

da<strong>do</strong>s, informações e indica<strong>do</strong>res.<br />

DADOS – Disponível em banco de da<strong>do</strong>s,<br />

abundantes e armazena<strong>do</strong>s na sua totalidade, não<br />

tem foco na gestão.<br />

INFORMAÇÕES – São organiza<strong>do</strong>s e<br />

manipula<strong>do</strong>s em primeiro nível, tria<strong>do</strong>s para<br />

relatórios, servem para estabelecer algumas ações,<br />

com foco abrangente e dispersivo. É também<br />

conheci<strong>do</strong> como número puro.<br />

INDICADORES – Indica exatamente o que<br />

é relevante para ser medi<strong>do</strong>. São manipula<strong>do</strong>s<br />

matematicamente, parametriza<strong>do</strong>s em gráficos,<br />

com foco no que é relevante.<br />

Os indica<strong>do</strong>res são classifica<strong>do</strong>s basicamente<br />

em <strong>do</strong>is tipos: Taxa e Índice.<br />

TAXA – É uma divisão comparan<strong>do</strong> duas ou<br />

mais informações de mesma grandeza. É disponível<br />

em percentual e é uma boa forma de expressar um<br />

indica<strong>do</strong>r. Ex: tempo/tempo, valor/valor, etc.<br />

18<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA


ÍNDICE - É uma divisão comparan<strong>do</strong> duas<br />

ou mais informações de grandezas diferentes.<br />

É disponível em um número natural e é a forma<br />

ideal de expressar um indica<strong>do</strong>r. Ex: receita/auditor,<br />

peso/altura, etc.<br />

Os principais objetivos de um Sistema de<br />

indica<strong>do</strong>res são:<br />

• Medir o desempenho com base em<br />

resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s;<br />

• Promover a análise crítica <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s<br />

obti<strong>do</strong>s para a tomada de decisão;<br />

• Proporcionar a melhoria contínua <strong>do</strong>s<br />

processos;<br />

• Orientar e controlar o planejamento;<br />

• Possibilita comparar o desempenho com<br />

um referencial.<br />

To<strong>do</strong> indica<strong>do</strong>r deve estar vincula<strong>do</strong> a uma<br />

meta, que é um objetivo quantifica<strong>do</strong>. A base para<br />

estabelecer essa meta pode ser: histórico anterior,<br />

uma meta pré-determinada aleatoriamente,<br />

um referencial comparativo pertinente ou um<br />

referencial comparativo de excelência.<br />

Um sistema de gestão por indica<strong>do</strong>res é eficaz<br />

na medida em que suas entregas influenciem<br />

positivamente nos resulta<strong>do</strong>s da organização.<br />

O Planejamento Estratégico da SEFA resultou<br />

em produtos como o mapa estratégico e 31<br />

projetos estratégicos, cujo controle será feito por<br />

37 indica<strong>do</strong>res de desempenho que irão balizar a<br />

execução e implantação das principais ações no<br />

perío<strong>do</strong> de 2012 a 2015.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA 19


Depoimentos<br />

Fotos Kid Reis<br />

O Planejamento Estratégico retrata a visão de futuro da Secretaria da Fazenda,<br />

sen<strong>do</strong> levada a efeito por ações e iniciativas <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res da instituição. A<br />

definição das ações prioritárias da SEFA permitem o foco em iniciativas que<br />

trarão o melhor resulta<strong>do</strong> diante de tantos outras possibilidades existentes.<br />

To<strong>do</strong> o resulta<strong>do</strong> e sucesso dependerá, porém, exclusivamente da dedicação<br />

de to<strong>do</strong>s.<br />

Célio Cal - Diretor de Fiscalização DFI<br />

O planejamento estratégico permite que o servi<strong>do</strong>r tenha uma visão geral<br />

<strong>do</strong> órgão onde trabalha, identifica as áreas interligadas para cumprimento<br />

de determina<strong>do</strong>s objetivos e alcance das metas, que são fundamentais para<br />

o cumprimento da missão da Secretaria.<br />

Márcia Costa - Coordena<strong>do</strong>ra da CERAT Belém<br />

O processo de planejamento é um instrumento de racionalização que envolve<br />

a definição de objetivos e de estratégias para alcançá-los, pois, a escassez<br />

de recursos requer que a tomada de decisão se dê através de escolhas, cuja<br />

finalidade é elevar a eficiência e a eficácia no atendimento às demandas da<br />

sociedade.<br />

Antonio Asbeg - Coordena<strong>do</strong>r da CECOMT-MT<br />

Considero o planejamento uma atividade fundamental na gestão fazendária,<br />

pois sinaliza a to<strong>do</strong>s os servi<strong>do</strong>res o caminho que deve ser segui<strong>do</strong> para<br />

alcançar o crescimento e a melhoria da instituição, e também oferece<br />

orientação sobre as ações prioritárias e a visão de futuro que queremos para<br />

a SEFA.<br />

Edna Farage - Diretora de Arrecadação e Informações Fazendárias<br />

20<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA


Marcus Flávio Lenza<br />

Consultor da GD Consult<br />

PROJETOS<br />

ESTRATÉGICOS<br />

PARA A GERAÇÃO<br />

DE RESULTADOS<br />

Cada vez mais as instituições brasileiras reforçam o efeito positivo da gestão<br />

de projetos na geração de resulta<strong>do</strong>s, levan<strong>do</strong> à consequente valorização de<br />

mecanismos e ferramentas aplicadas a projetos. Segun<strong>do</strong> Kerzner (2006), “a<br />

maturidade e a excelência em gestão de projetos não ocorre simplesmente<br />

com o seu uso durante um longo perío<strong>do</strong> de tempo, mas sim através <strong>do</strong><br />

planejamento estratégico”.<br />

Os projetos estratégicos objetivam sempre<br />

mudanças ou ganhos que estejam em sintonia com<br />

as estratégias de ação definidas pela organização.<br />

Devem ser vistos como os grandes movimentos<br />

que preparam a organização para acontecimentos<br />

futuros no ambiente externo.<br />

Na Secretaria de Esta<strong>do</strong> da Fazenda, não<br />

poderia ser diferente: eles devem ser entendi<strong>do</strong>s<br />

como conjuntos planeja<strong>do</strong>s e estrutura<strong>do</strong>s de<br />

ações que se conjugam e se completam no senti<strong>do</strong><br />

de operacionalizar orientações críticas para o<br />

futuro da organização, geralmente iniciativas<br />

de grande magnitude e efeito dura<strong>do</strong>uro, com<br />

começo, meio e fim. Ou seja, consistem nas<br />

grandes iniciativas planejadas, com base em to<strong>do</strong><br />

o processo de coleta de informações sobre os<br />

planos estratégicos anteriores, nas entrevistas com<br />

as lideranças e também, fundamentalmente, nas<br />

reuniões internas realizadas.<br />

As informações recebidas propiciam o correto<br />

entendimento da situação existente na SEFA, além<br />

de permitir a definição das necessidades de cada<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA<br />

21


uma das áreas administrativas e que melhor se<br />

adequam a cada uma das CERATs – Coordenações<br />

Executivas Regionais de Administração, conduzin<strong>do</strong><br />

à evolução <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res defini<strong>do</strong>s e à apropriada<br />

operacionalização da estratégia definida para o<br />

perío<strong>do</strong> 2012-2015. É importante também, para<br />

um melhor acompanhamento da evolução e para<br />

obtenção de resulta<strong>do</strong>s efetivos, que os projetos<br />

possuam uma gestão individualizada, manten<strong>do</strong><br />

as condições essenciais para o êxito das prioridades<br />

específicas.<br />

Esse entendimento está diretamente associa<strong>do</strong><br />

à necessidade das organizações proverem respostas<br />

rápidas às influências ambientais, sem perder a<br />

indispensável visão de futuro. Da mesma forma,<br />

trabalhar por projetos envolve um cuida<strong>do</strong> direto<br />

com os parâmetros de escopo, prazo, custo e<br />

qualidade que os definem. A a<strong>do</strong>ção da <strong>do</strong>utrina<br />

de gerência por projetos contribui na busca pela<br />

eficácia na implementação da estratégia, a partir da<br />

otimização <strong>do</strong> tempo e <strong>do</strong> custo.<br />

um âmbito ou uma estrutura no momento de<br />

execução de projetos. O plano de ação propõe<br />

uma forma de alcançar os objetivos estratégicos<br />

previamente estabeleci<strong>do</strong>s, o que representa a<br />

importância <strong>do</strong> passo prévio à execução efetiva de<br />

uma ideia ou proposta.<br />

O plano de ação começa com o planejamento<br />

estratégico para a solução de determina<strong>do</strong><br />

problema ou meta que se deseja alcançar. Ele deve<br />

deixar claro tu<strong>do</strong> o que deverá ser feito, como<br />

e quan<strong>do</strong>, para o efetivo cumprimento de seus<br />

objetivos e metas; quan<strong>do</strong> a sua execução envolver<br />

mais de uma pessoa, deve esclarecer quem será o<br />

responsável por cada ação, para dirimir possíveis<br />

dúvidas, além de esclarecer os porquês da sua<br />

realização e onde as mesmas serão realizadas.<br />

Para o atingimento de um objetivo ou uma<br />

meta, precisamos realizar uma ou, geralmente,<br />

várias ações. Quanto maior a quantidade de ações<br />

e pessoas envolvidas, mais necessário e maior<br />

Importante também para a organização é a<br />

decisão sobre os projetos estratégicos: eles devem<br />

ser seleciona<strong>do</strong>s e prioriza<strong>do</strong>s de acor<strong>do</strong> com o<br />

impacto que terão no preenchimento das lacunas<br />

das metas estabelecidas para os indica<strong>do</strong>res. Ou<br />

seja, os gestores devem priorizar recursos para<br />

aqueles projetos que melhor permitam o alcance<br />

das metas da organização.<br />

Para tanto, torna-se indispensável que essa<br />

operacionalização ocorra mediante um perfeito<br />

alinhamento entre a estratégia e o objetivo <strong>do</strong><br />

projeto. Tal pressuposto demanda objetivos claros<br />

e sintéticos, tanto das estratégias quanto <strong>do</strong>s<br />

projetos. Com efeito, a concepção de um projeto<br />

considera um resulta<strong>do</strong> antecipa<strong>do</strong>, isto é, um<br />

cenário futuro a ser alcança<strong>do</strong> para a organização.<br />

PLANOS DE AÇÃO<br />

Um plano de ação dá prioridade às iniciativas<br />

mais importantes para o cumprimento de<br />

determina<strong>do</strong>s objetivos e metas; por isso, constituise<br />

como uma espécie de guia que proporciona<br />

22<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA


a importância de um Plano de Ação. E, quanto<br />

melhor ele for, maior a garantia de atingir as metas<br />

e os resulta<strong>do</strong>s deseja<strong>do</strong>s.<br />

O Plano de Ação deve ser elabora<strong>do</strong><br />

consideran<strong>do</strong> as demandas e avaliações das partes<br />

interessadas (stakeholders), bem como o cenário em<br />

que estão envolvi<strong>do</strong>s. Quanto maior o envolvimento<br />

<strong>do</strong>s responsáveis por sua execução, maior a garantia<br />

de se atingir os resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s. Um plano de<br />

ação deve conter obrigatoriamente:<br />

Objetivo - O QUE FAZER: São propósitos<br />

específicos, alvos a serem alcança<strong>do</strong>s ao longo<br />

de determina<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de tempo, que, em<br />

conjunto, resultarão no cumprimento da missão<br />

da organização. Indica onde estarão concentra<strong>do</strong>s<br />

os esforços.<br />

Estratégias - COMO FAZER: São os caminhos<br />

escolhi<strong>do</strong>s que indicam como a organização pretende<br />

concretizar seus objetivos e, consequentemente<br />

sua missão. Constituem respostas às ameaças e<br />

às oportunidades identificadas, bem como, aos<br />

pontos fracos e pontos fortes encontra<strong>do</strong>s.<br />

Cronograma - QUANDO FAZER: Relaciona<br />

as atividades a serem executadas e o tempo previsto<br />

para sua realização. O cronograma permite que se<br />

faça um esforço no senti<strong>do</strong> de:<br />

a) identificar o tempo necessário para a<br />

execução;<br />

b) estimar o tempo em face <strong>do</strong>s recursos<br />

disponíveis;<br />

c) analisar a possibilidade de superpor<br />

atividades, executan<strong>do</strong>-as paralelamente;<br />

d) verificar a dependência entre as atividades.<br />

Responsável - QUEM IRÁ FAZER: Indica o<br />

responsável pela execução das atividades.<br />

Recursos Necessários – COM QUE<br />

FAREMOS: Identifica os recursos necessários para<br />

a execução da ação. Uma vez o Plano de Ação<br />

elabora<strong>do</strong>, é hora de acompanhar sua execução.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA 23


Peter M. Dostler<br />

Consultor da GD Consult<br />

GESTÃO<br />

ESTRATÉGICA<br />

ORIENTADA PARA<br />

RESULTADOS<br />

A burocracia criou, ao longo <strong>do</strong>s anos, muitas barreiras entre os cidadãos<br />

e os serviços públicos e para assegurar a entrega <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s exigi<strong>do</strong>s pela<br />

sociedade, é preciso primeiramente aperfeiçoar os instrumentos de gestão<br />

pública. A gestão estratégica nas organizações, sejam elas públicas ou privadas,<br />

insere-se nesta seara como um processo de estabelecimento de um esta<strong>do</strong><br />

futuro deseja<strong>do</strong> e um delineamento <strong>do</strong>s meios efetivos de torná-lo realidade.<br />

A necessidade de formalização da gestão<br />

estratégica está diretamente relacionada ao aumento<br />

da complexidade da atividade a ser planejada ou ao<br />

tamanho da organização. Em sua definição mais<br />

simples pode-se dizer que com a gestão estratégica<br />

o gestor procura prever e avaliar cursos de ação<br />

alternativos e resulta<strong>do</strong>s a serem alcança<strong>do</strong>s, bem<br />

como os meios para atingi-los, como parte de um<br />

processo racional de tomada de decisão.<br />

É necessário também que se considere<br />

a estruturação das incertezas em um plano<br />

estratégico. Por isso, para que as organizações se<br />

tornem bem sucedidas, é preciso que tenham um<br />

pensamento estratégico que busca identificar, num<br />

contexto marca<strong>do</strong> pelas mudanças e pelo conflito<br />

entre inúmeros atores, os caminhos capazes de<br />

potencializar oportunidades e reduzir riscos para<br />

alcançar os resulta<strong>do</strong>s deseja<strong>do</strong>s.<br />

A gestão estratégica orientada para resulta<strong>do</strong>s<br />

adapta-se naturalmente às distintas características<br />

de to<strong>do</strong> tipo de organização, pois contempla<br />

conceitos comuns, numa arquitetura destinada<br />

24<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA


a criar condições para viabilizar o alcance de<br />

resulta<strong>do</strong>s e ajustar a direção estratégica aos<br />

ambientes de mudança.<br />

Em organizações públicas, a implementação<br />

de modelos de gestão estratégica basea<strong>do</strong>s<br />

na meto<strong>do</strong>logia Balanced Scorecard ainda é<br />

recente. No setor público, em especial, o desafio<br />

de aperfeiçoar a alocação de recursos, reduzir<br />

despesas e de ampliar a cobertura de atendimento<br />

para os segmentos menos favoreci<strong>do</strong>s da sociedade<br />

brasileira vem demandan<strong>do</strong> um crescente esforço<br />

de profissionalizar a gestão da máquina pública.<br />

A implementação da estratégia exige que<br />

as pessoas estejam alinhadas e compromissadas<br />

com o referencial estratégico organizacional.<br />

Para assegurar essa conexão, a organização deve<br />

dispor de processo de comunicação interna eficaz,<br />

por essa razão é que deve ser feito um mapa<br />

estratégico – ferramenta que apresenta, de forma<br />

lógica e estruturada, a estratégia da organização.<br />

O mapa aponta, por intermédio de um<br />

conjunto de objetivos estratégicos equilibra<strong>do</strong>s<br />

em diversas perspectivas, interliga<strong>do</strong>s por relações<br />

de causa e efeito e gerencia<strong>do</strong>s por indica<strong>do</strong>res.<br />

Ele traduz missão, a visão e a estratégia da<br />

organização em um conjunto abrangente de<br />

objetivos que direcionam o comportamento e o<br />

desempenho organizacionais.<br />

O mapa é uma ferramenta de comunicação<br />

por reunir em um único ambiente visual missão,<br />

a visão e os objetivos estratégicos. Ele expressa<br />

de forma sintética e gráfica, a estratégia da<br />

organização.<br />

É possível afirmar, que após quase duas décadas,<br />

a meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> BSC em muito influenciou<br />

as organizações brasileiras na estruturação de<br />

seus processos de gestão estratégica. A partir da<br />

mobilização dessas lideranças, essas organizações<br />

implementaram seus mapas estratégicos – com<br />

indica<strong>do</strong>res, metas e iniciativas – planos de<br />

<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA<br />

25


comunicação, sistemas de informação, além da<br />

indispensável rotina das reuniões estratégicas.<br />

Algumas inclusive avançaram e alinharam<br />

a gestão estratégica com processos internos a<br />

exemplo <strong>do</strong> orçamento, <strong>do</strong>s recursos humanos<br />

e da tecnologia de informação. Tu<strong>do</strong> isso com o<br />

intuito de construir um processo organiza<strong>do</strong> de<br />

gestão com foco nos resulta<strong>do</strong>s.<br />

IMPLANTAÇÃO<br />

Não existe uma única forma de se programar e<br />

utilizar o BSC, pois cada organização a<strong>do</strong>ta a mais<br />

conveniente à sua realidade: tanto pode utilizálo<br />

como um sistema de medição como usufruílo<br />

de forma mais abrangente, como sistema de<br />

gestão. Diante disso, para que o processo de<br />

implementação seja bem-sucedi<strong>do</strong>, é preciso<br />

estar atento aos seguintes princípios gerenciais,<br />

a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s pelas organizações orientadas para<br />

resulta<strong>do</strong>s:<br />

• Mobilizar a mudança por meio de liderança<br />

executiva;<br />

• Traduzir a estratégia em termos operacionais;<br />

• Alinhar a organização à estratégia;<br />

• Transformar a estratégia em tarefa de to<strong>do</strong>s;<br />

• Converter a estratégia em processo contínuo.<br />

FIGURA 2<br />

OS CINCO PRINCÍPIOS<br />

DA ORGANIZAÇÃO<br />

ORIENTADA À ESTRATÉGIA<br />

Os cinco princípios da organização<br />

orientada à estratégia, Kaplan e Norton,<br />

adapta<strong>do</strong> por Peter M. Dostler<br />

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA<br />

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<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico SEFA


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