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R$ 5,90 - Roteiro Brasília

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Ano V • nº 110<br />

20 de novembro de 2006<br />

<strong>R$</strong> 5,<strong>90</strong>


empoucaspalavras<br />

A paixão do brasiliense pela sétima arte não é<br />

novidade. Em quase quatro décadas de existência,<br />

o Festival de Brasília, o mais antigo do país, jamais<br />

deixou de contar com a adesão de um público<br />

que, invariavelmente, lota seu templo sagrado, o<br />

Cine Brasília. Bem mais recentemente, em abril<br />

de 2003, estampamos em nossa capa o título<br />

Loucos por cinema, a propósito de pesquisa do<br />

Ibope Mídia que apontava Brasília como a<br />

campeã nacional da cinefilia (palavra feiosa que<br />

significa justamente “paixão por cinema”).<br />

JUAN PRATGINESTÓS<br />

Se não é recente, essa paixão nunca foi<br />

tão intensa como hoje. Tanto que está novamente<br />

na capa da <strong>Roteiro</strong>. Afinal, que outra cidade<br />

se atreveria a programar para o mesmíssimo mês<br />

eventos do porte do 8º FIC e do 39º FBCB?<br />

No Brasil, com certeza, nenhuma; nos Estados<br />

Unidos, na Europa ou no Japão, quem sabe...<br />

30 queespetáculo<br />

As “meninas” do Batala enchem de sons e cores o gramado<br />

da Funarte, ao lado da Torre de TV, nas manhãs de sábado<br />

Curiosamente, o que a princípio poderia ser<br />

visto como um fato negativo – o adiamento do<br />

FIC de julho para novembro – acabou servindo<br />

para demonstrar o impressionante apetite de<br />

nossos cinéfilos.<br />

E, como se não bastasse, vemos nada menos<br />

do que cinco filmes produzidos aqui serem<br />

selecionados para a mostra competitiva do FBCB.<br />

Escolhemos a atriz e agora diretora Catarina<br />

Accioly como símbolo dessa novíssima geração de<br />

cineastas que empreende uma luta diária contra<br />

as condições desfavoráveis em que sobrevive essa<br />

atividade – como tantas outras, aliás, neste país<br />

da burocracia burra e irritante, da carga tributária<br />

asfixiante e de corrupção institucionalizada.<br />

Boa leitura.<br />

Maria Teresa Fernandes e<br />

Adriano Lopes de Oliveira<br />

Editores<br />

4<br />

11<br />

12<br />

14<br />

16<br />

26<br />

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42<br />

águanaboca<br />

picadinho<br />

garfadas&goles<br />

vidamoderna<br />

roteirogastronômico<br />

diáriodeviagem<br />

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galeriadearte<br />

luzcâmeraação<br />

ROTEIRO BRASÍLIA é uma publicação da Editora <strong>Roteiro</strong> Ltda | Setor Hoteleiro Sul, Brasil XXI, Business Center Park 1, Sala 1307 – Tel:<br />

3217.0217 Fax: 3217.0200 | Redação roteirobrasilia@alo.com.br | Editores Adriano Lopes de Oliveira e Maria Teresa Fernandes |<br />

Produção Célia Regina | Capa Eduardo Branquinho | Foto da capa Divulgação | Diagramação Carlos Ferreira | Reportagem Adriana<br />

Romeo, Akemi Nitahara, Ana Cristina Vilela, Albert Steinberger, Alexandre Marino, Angélica Torres, Bebé Prates, Beth Almeida, Carla<br />

Andrade, Celina Maryia, Eduardo Oliveira, Greicy Pessoa, Heitor Menezes, Lúcia Leão, Luis Turiba, Luiz Recena, Marcos Magalhães,<br />

Rafaela Cléo, Reynaldo Domingos Ferreira, Ricardo Pedreira, Rodrigo Oliveira, Sérgio Moriconi, Susan Faria, Teresa Mello e Vicente Sá<br />

Fotografia Débora Amorim, Eduardo Krüger e Juan Pratginestós | Diretor Comercial Jaime Recena (8449.9736) | Contatos Comerciais André Gil<br />

(9988.6676) e Giselma Nascimento (9985.5881) | Administrativo/Financeiro Daniel Viana e Rafael Oliveira | Impressão Gráfica Coronário


águanaboca<br />

EDUARDO KRÜGER<br />

Gostinho de Sampa<br />

POR CELINA MARYIA<br />

Os restaurantes de Brasília, um dos<br />

três principais pólos de gastronomia do<br />

país, oferecem pratos típicos de várias<br />

nacionalidades e, principalmente, de<br />

todas as regiões brasileiras. Mas não<br />

é muito fácil encontrar por aqui a<br />

verdadeira cozinha paulistana.<br />

A propósito: o que é que se come<br />

mesmo em Sampa? O folclore em torno<br />

da figura do paulistano sugere sempre<br />

“um chopps e dois pastel”. Mas não é<br />

bem assim, seja lá ou cá.<br />

Na vida agitada, a maioria dos<br />

paulistanos só senta para comer com<br />

calma e fartura nos almoços dos finais<br />

de semana. Nos dias úteis, de manhã<br />

é só um suco ou um pingado, em pé,<br />

na padoca (padaria), e um frança na<br />

canoa (pão francês com manteiga<br />

passado na chapa). O almoço, no meio<br />

do corre-corre, é quase sempre um<br />

sandubão reforçado, para agüentar<br />

até a noite.<br />

Para atender aos apressados de bom<br />

gosto, paulistas ou não, uma das boas<br />

opções, em Brasília, é o Neper Café, dos<br />

sócios Márcio Duca, Sandra e Leoni<br />

Marçal, com quatro lojas em shoppings<br />

e no aeroporto. Duca, paulistano<br />

apaixonado por História, traduz o nome:<br />

"Neper é uma divindade do Egito Antigo,<br />

o deus dos grãos. E nós investimos<br />

mesmo na fartura e na qualidade dos<br />

grãos do café e do trigo dos pães ciabata,<br />

francês, baguete, sírio, integral e a<br />

novidade: pão-folha ou wrap, sem<br />

fermento. O tipo, quem escolhe<br />

é o cliente”.<br />

Mestres na chapa fazem na frente do<br />

cliente sanduíches bem paulistas como o<br />

Bauru (queijo prato, presunto e tomate)<br />

e o Beirute (pão sírio quente, rosbife<br />

artesanal, queijo prato, alface, tomate e<br />

maionese). O Brás (óbvia homenagem<br />

ao tradicional bairro paulistano de<br />

imigrantes italianos) é feito com<br />

mortadela finíssima na baguete,<br />

incrementado com rúcula e requeijão.<br />

Para a cliente Silvana Dellape, os<br />

campeões são o Picnep (picanha<br />

defumada fatiada, tomate seco,<br />

mussarela de búfala e rúcula) e o Capri<br />

(copa, provolone e salada). Os mais<br />

sofisticados? Pastrami e o Nep-picburger<br />

(hambúrger com 200g de picanha,<br />

tomate seco, mussarela de búfala). "Para<br />

completar, tomo suco natural de frutas<br />

vermelhas, ou de clorofila, e na saída<br />

um capuccino tipicamente italiano”, diz<br />

a cliente paulista. Os sanduíches custam<br />

entre <strong>R$</strong>4,<strong>90</strong> e <strong>R$</strong>25,<strong>90</strong>.<br />

PEDACINHO DO BRÁS “Uma esquina<br />

numa praça bem paulista para matar a<br />

saudade”, é como Anastácio de Souza,<br />

proprietário do Armazém do Brás,<br />

define sua casa. Desde 1999 o bar presta<br />

homenagem à cozinha paulistana,<br />

dando aos pratos nomes de ruas e gentes<br />

paulistas, e mantém a autenticidade de<br />

sua culinária.<br />

Prove o sanduíche Matarazzo<br />

(presunto cru italiano, pasta de ovos<br />

4


DÉBORA AMORIM<br />

EDUARDO KRÜGER<br />

A comida rápida paulistana em Brasília<br />

não é só “um chopps e dois pastel”<br />

com limão, mussarela de búfala, tomate<br />

seco e pão italiano). O ambiente lembra<br />

mercearias dos anos 40 e 50. Retratos,<br />

velhos tonéis, salames pendurados, tudo<br />

bem típico de Sampa. As tábuas de frios<br />

são ecléticas; os sanduíches, tipo boteco<br />

(lingüiça calabresa, presunto de Parma,<br />

morcela, mais de 20 tipos). E, como<br />

exige o paulista, o chopp é cremoso e<br />

bem tirado, e os pastéis (queijo, carne<br />

e palmito, em porções de 12 unidades a<br />

<strong>R$</strong>10), lembram a terra da garoa.<br />

A salada Trianon (alface, tomate<br />

cereja, repolho roxo, queijo esférico,<br />

peito de peru, berinjela curtida e<br />

azeitonas) vai muito bem antes do penne<br />

a la rabiata (massa com molho de<br />

pimenta calabresa, bacon e manjericão),<br />

que o paulistano Léo di Santo saboreia<br />

uma vez por semana. Como em Sampa,<br />

terça-feira, no Armazém, é dia de<br />

dobradinha, paio e feijão branco.<br />

Na quinta, como lembra Léo di Santo,<br />

“é aqueeela rabada com una bella<br />

polenta e agrião”.<br />

MERCADO MUNICIPAL O sanduícheícone<br />

na tradição de Sampa é o Bauru<br />

do Ponto Chic, na frança ou na canoa,<br />

com pasta de queijo estepe, rosbife,<br />

tomate e rodelas de pepino fresco, de<br />

gosto intrigante. Criado na década de<br />

30, o sanduba paulista chega agora à Asa<br />

Sul, mais precisamente ao Bar do<br />

Mercado Municipal.<br />

Luiz Antonio Veiga, o Totó, um<br />

dos sócios da casa, é dono de bar e<br />

restaurante em São Paulo e por isso<br />

conhece as manhas e os caprichos da<br />

freguesia. Para matar a saudade, ele serve<br />

o sanduíche de pão francês com 200g de<br />

mortadela quentinha, do mesmo jeito<br />

que há 60 anos é saboreado no velho<br />

Mercado Municipal paulista. “Fomos<br />

buscar em bares, botecos, restaurantes<br />

simples ou requintados de São Paulo<br />

os pratos que são sua marca registrada,<br />

aqueles com a cara da cidade, e<br />

trouxemos para Brasília”, conta Totó.<br />

Na segunda-feira, o prato do dia dos<br />

paulistanos (e agora dos brasilienses) é o<br />

virado à paulista (tutu de feijão, costeleta<br />

de porco, ovo frito, banana à milanesa,<br />

couve refogada com bacon e arroz<br />

branco). Outra mania na Paulicéia é o<br />

bife a cavalo (filé mignon grelhado com<br />

dois ovos fritos, arroz e batatas fritas).<br />

Nos outros dias da semana, rabada com<br />

polenta, lula empanada, feijoada – tudo<br />

à moda paulista, agora made in Brasília.<br />

Se preferir só beliscar, o cliente do<br />

Bar do Mercado pode comprar um belo<br />

pão de lingüiça, queijos, porções de<br />

sardela, berinjela curtida ou o famoso<br />

sanduíche de pernil acebolado, e levar<br />

tudo para comer na mesa, claro, com seu<br />

infalível chopps e dois pastel – um de<br />

queijo e outro de bacalhau.<br />

Neper Café<br />

Conjunto Nacional (3202.2384), Pátio Brasil<br />

(3963.1947), Brasília Shopping (3034.2588)<br />

e Aeroporto (3364.9939)<br />

Armazém do Brás<br />

107 Norte – Bloco B (3347.4735)<br />

Bar do Mercado<br />

509 Sul – Bloco C (3244.7999)<br />

5


águanaboca<br />

Cinco em um<br />

Café, bar, restaurante, galeria de arte e espaço cultural<br />

num único lugar, pequeno e aconchegante<br />

POR LÚCIA LEÃO<br />

Paredes de papel machê decoradas<br />

com painéis de azulejos pintados à mão;<br />

piso de porcelana quebrada e luminárias<br />

de cerâmica artesanal, mesmo material<br />

das molduras dos espelhos dos banheiros,<br />

estes também cuidadosamente<br />

trabalhados com tintas e cerâmicas,<br />

do chão ao teto. A pequena loja numa<br />

esquina de fundos da comercial da 116<br />

Norte foi concebida para ser, ela própria,<br />

um objeto de arte. Demorou quatro<br />

meses para tomar a primeira forma e<br />

assumir sua função: café, bar,<br />

restaurante, galeria de arte e espaço<br />

cultural que aos poucos se firma como<br />

point de artistas, intelectuais e descolados<br />

chiques da cidade.<br />

O Arte Café é o novo desafio da<br />

chef, artista plástica e bacharel em<br />

direito Deise Pedreira, uma das<br />

fundadoras do Naturetto, do qual se<br />

afastou para embarcar numa experiência<br />

nova, ousada e quase oposta. O “quase”<br />

fica por conta da salada vistosa, de<br />

alguns pratos e lanches sem carne<br />

vermelha e dos sucos naturais que<br />

remetem ao cardápio do vegetariano. No<br />

mais... “Sou movida muito mais pelo<br />

que pode ser criado, pesquisado e<br />

descoberto do que pela administração<br />

ou o resultado comercial de um<br />

empreendimento. Por isso resolvi partir<br />

para uma coisa completamente nova”,<br />

explica a artista-empresária.<br />

A diferença começa com o espaço: o<br />

pequeno salão de 40 m 2 abriga a galeria<br />

e o balcão com bancos altos (os lugares<br />

mais disputados pelos clientes!).<br />

Expostos em móveis de madeira colonial<br />

(também à venda), esculturas e objetos<br />

de cerâmica, madeira, acrílico e<br />

materiais reciclados, recolhidos por<br />

todos os cantos do Brasil e assinados por<br />

artistas renomados (Luiz Olinto, Sérgio<br />

Pedreira, Sandra Abramo e Stênio<br />

Rocha, entre outros) ou nem tanto,<br />

6


como os artesãos do grupo Urubu Rei,<br />

da Bahia, podem ser admirados ou<br />

adquiridos por preços bastante razoáveis.<br />

As novidades seguem no cardápio,<br />

que tem carne, camarão, bacalhau e<br />

massas. Mas o carro-chefe da casa são as<br />

panquecas e as bruschetas que, como de<br />

resto tudo na casa, enchem os olhos<br />

antes de brindarem o paladar: a<br />

decoração dos pratos é irretocável!<br />

Coquetéis tradicionais e misturas<br />

exclusivas, além de uma carta de vinhos<br />

limitada, mas bem escolhida – com boas<br />

opções, inclusive para consumo por<br />

taças – completam o cardápio que está<br />

satisfazendo a clientela.<br />

“Elaborar esse cardápio foi um<br />

desafio. Nossa proposta era oferecer<br />

sempre muita qualidade e a maior<br />

variedade possível dentro do nosso<br />

espaço, que é muito pequeno. Acho que<br />

estamos chegando no ponto”, avalia<br />

Deise, que pretende fazer do Arte Café<br />

um espaço em permanente mutação.<br />

Na cozinha, as experiências não<br />

param. A última é um doce de berinjela<br />

servido com creme na sobremesa de<br />

quem não se furta aos sabores exóticos.<br />

Da mesma forma, a galeria oferece<br />

sempre novidades e se molda aos<br />

eventos promovidos cada vez com mais<br />

freqüência. O próximo será a festa de<br />

encerramento do Mix Brasil, Festival de<br />

Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual,<br />

que acontece em Brasília na primeira<br />

semana de dezembro. Na ocasião a<br />

galeria estará expondo exclusivamente<br />

peças que se identifiquem com o tema.<br />

Arte Café<br />

116 Norte – Bloco A – Loja 62 (3036.5388)<br />

Aberto de 2ª a sábado, a partir das 17h<br />

FOTOS: DÉBORA AMORIM<br />

7


águanaboca<br />

Brilho<br />

no Lago Sul<br />

POR BETH ALMEIDA<br />

Os freqüentadores da Brilho<br />

Delicatessen, há nove anos na Feira dos<br />

Importados, têm agora mais um<br />

endereço para buscar bebidas e variadas<br />

delícias importadas. Recentemente<br />

inaugurada, a loja do Gilberto Salomão,<br />

no Lago Sul, tem horário de<br />

funcionamento diferenciado (de terça a<br />

sábado, das 9h às 21h, e aos domingos,<br />

até as 19h) e agradáveis espaços para<br />

degustação. “A única coisa que não<br />

muda é o preço, que é o mesmo da<br />

outra loja”, garante um dos<br />

proprietários, Cyro Torres Filho.<br />

As duas lojas também são<br />

semelhantes na variedade de produtos<br />

à disposição da clientela: mais de 1.000<br />

rótulos de vinhos e espumantes, uísques<br />

de diversas marcas, cervejas especiais,<br />

licores e produtos da culinária de várias<br />

procedências, como mexicana e árabe,<br />

e excelentes charutos, nacionais e<br />

importados. Além da agradável área<br />

externa de degustação, a nova loja<br />

dispõe de um espaço gourmet, para<br />

onde os amantes da boa cozinha podem<br />

convidar os amigos e preparar um prato<br />

especial, numa cozinha muito bem<br />

equipada.<br />

Graças à parceria que mantém com a<br />

importadora Del Maipo, a Brilho tem se<br />

notabilizado pelas novidades lançadas<br />

no mercado brasiliense, como os vinhos<br />

portugueses do Ribatejo e alguns rótulos<br />

de pequenas vinícolas espanholas.<br />

Recentemente, trouxe a Brasília o<br />

sommelier Rafael Garcia Abril, para<br />

promover os produtos das vinhas Quinta<br />

Quietud, com os rótulos Vinhos Quinta<br />

Quietud e Corral de Campanas, e Avan,<br />

cujo vinho leva o mesmo nome.<br />

“Estamos buscando as vinícolas<br />

menores, que têm vinhos conceituados<br />

mas ainda não entraram no mercado<br />

brasileiro”, informa Álvaro Torres Neto,<br />

dono da Del Maipo.<br />

A próxima novidade é o lançamento<br />

da vinícola italiana Podere Castorani,<br />

situada na região de Abruzzo, cujo<br />

8


proprietário é ninguém menos que o<br />

piloto de Fórmula 1 Jarno Trulli. Os<br />

vinhos estarão disponíveis a partir de<br />

janeiro de 2007, mas quem não quiser<br />

esperar até lá pode aproveitar a<br />

degustação que acontece nesta segundafeira,<br />

20, a partir das 19h30, na Brilho<br />

do Gilberto Salomão, com a presença<br />

do diretor de exportação da vinícola<br />

italiana, David Bosch. Entre os rótulos<br />

a serem degustados estão o Majolica<br />

Branco, o Majolica Rose, o Majolica<br />

Tinto, o Scià Tinto, o Coste delle Plaie<br />

Branco, o Coste delle Plaie Tinte, o<br />

Podere Castorani Tinto e o Jarno Rosso.<br />

Para o final de ano, a Brilho tem<br />

uma série de mimos. Quem quiser<br />

presentear com uma garrafa de<br />

champanhe, por exemplo, poderá<br />

escolher entre dois lindos estojos da<br />

Veuve Clicquot, com uma garrafa de<br />

750 ml e duas taças, ou a garrafa de 375<br />

ml, que vem numa linda bolsa. O jogo<br />

com quatro garrafas de 200 ml vem com<br />

o balde de gelo e há ainda as garrafas<br />

envoltas em bolsa térmica. Já a Moet<br />

Chandon pode vir com quatro taças em<br />

forma de tulipas. A loja tem ainda nove<br />

opções de cestas natalinas e conjuntos<br />

de vinhos e espumantes em engradados<br />

para presente.<br />

Brilho<br />

SHIS QI 5 – Bloco E – Lojas 33/34<br />

Shopping Gilberto Salomão (3202.4533)<br />

SIA Trecho 7 – Conjunto D – Lojas 8/9<br />

Feira dos Importados (3037.4533)<br />

FOTOS: EDUARDO KRÜGER<br />

9


águanaboca<br />

TELMO XIMENES<br />

A confraria cresce<br />

Um novo espaço para quem aprecia um bom grelhado<br />

mas não tem a menor intimidade com as caçarolas<br />

DA REDAÇÃO<br />

O conceito do antecessor foi<br />

mantido, mas democratizado. No<br />

mesmo espaço em que se reuniam os<br />

“confrades” do La Boucherie, na 304<br />

Sul, acaba de abrir as portas o Entrecôte.<br />

O novo dono, o empresário goiano Raul<br />

Balduíno Filho, garante que o antigo<br />

espírito agregador dos gourmets<br />

permanece – afinal ainda está lá, no<br />

andar de cima, o cantinho bem<br />

equipado à espera dos chefs amadores<br />

que cultivam o hobby de cozinhar para<br />

os amigos. Só que, agora, a casa também<br />

está preparada para receber até 80<br />

apreciadores de um bom grelhado que<br />

não levem o menor jeito para prepará-lo.<br />

O ponto forte do cardápio,<br />

desenvolvido pelo chef Fernando<br />

Ribeiro, não poderia ser outro senão o<br />

entrecôte, delicado e suculento corte de<br />

contra-filé (<strong>R$</strong> 30), que pode ser<br />

acompanhado por 11 tipos de guarnições,<br />

entre elas arroz com brócolis, batata<br />

recheada, brócolis ao alho e óleo e feijão<br />

tropeiro (entre <strong>R$</strong> 5 e <strong>R$</strong> 8). Outra<br />

especialidade da casa é o Filé Au Café de<br />

Paris (<strong>R$</strong> 28). De entrada, há boas opções<br />

de saladas, entre elas a que mistura com<br />

muita leveza alface americana, endívias,<br />

rúcula e radichio com pequenas fatias de<br />

salmão, temperada com molho de<br />

gengibre e raiz forte (<strong>R$</strong> 16).<br />

O novo ambiente, totalmente<br />

reformulado, leva a assinatura do<br />

arquiteto Augusto César Puccinelli,<br />

também ele um gourmet que deu<br />

muitos palpites na cozinha e na adega<br />

repleta de rótulos argentinos, chilenos,<br />

espanhóis, franceses, italianos e<br />

portugueses. Portugal, por exemplo,<br />

está representado por nove vinhos,<br />

10


desde o Convento da Vila (<strong>R$</strong> 26) até<br />

o Incógnito (<strong>R$</strong> 165). Os italianos<br />

variam de <strong>R$</strong> 24 (Batasiolo Della Casa)<br />

a <strong>R$</strong> 232 (Brunello di Montalcino).<br />

Os champanhes e espumantes também<br />

marcam presença na adega do Entrecôte<br />

com preços oscilando entre <strong>R$</strong> 58<br />

(Orisecci Casa Branca) e <strong>R$</strong> 375<br />

(Chandon Brut).<br />

Para quem não come carne, mas<br />

também não abre mão de uma boa<br />

proteína animal, o novo restaurante<br />

oferece opções interessantes, como o<br />

Filé de Pescada Amarela com molho de<br />

vinho branco, champignons e alcaparras,<br />

acompanhado de arroz cremoso de alhoporó<br />

(<strong>R$</strong> 32), e o Filé de Salmão Grelhado<br />

com pasta de tomate seco e manjericão<br />

com salada de folhas e purê de batatas<br />

(<strong>R$</strong> 32). No capítulo sobremesas, o<br />

Entrecôte não foge muito do tradicional:<br />

creme de mamão papaya com cassis<br />

(<strong>R$</strong> 8), mousse de chocolate (<strong>R$</strong> 6),<br />

profiterólis (<strong>R$</strong> 8) e petit gateau (<strong>R$</strong> 10).<br />

Balduíno garante que sua casa vai<br />

preservar o bom gosto e a qualidade das<br />

carnes oferecidas pelo antigo ocupante,<br />

mas o atendimento será aprimorado.<br />

Para reforçar a idéia de que pretende<br />

continuar seguindo os princípios de<br />

uma legítima confraria, introduziu a<br />

novidade dos guardanapos personalizados<br />

com as iniciais dos freqüentadores<br />

habituais. Segundo o empresário,<br />

“para que todos se sintam em casa”.<br />

Entrecôte<br />

304 Sul – Bloco A (3223.8003)<br />

picadinho<br />

Verão em forma<br />

O Don’ Durica (201 Norte) está dando<br />

uma forcinha para quem quer começar<br />

o verão em forma. Trata-se do projeto<br />

Segunda Saudável. Até o dia 18 de<br />

dezembro, todas as segundas-feiras,<br />

no horário do almoço, o nutricionista<br />

Rodrigo Valim e sua equipe estarão à<br />

disposição dos clientes para ajudá-los a<br />

compor pratos nutritivos e saudáveis.<br />

Verão em forma 2<br />

Outra casa preocupada com a boa forma<br />

de seus clientes: a pizzaria Querubina<br />

(308 Sul) colocou em seu cardápio três<br />

opções de baixa caloria – abobrinha,<br />

mussarela light e portuguesa light. O<br />

cliente pode optar também pela massa<br />

integral, que não é menos calórica mas,<br />

por ser rica em fibras, favorece a digestão.<br />

Pizza gourmet<br />

Mas se sua preocupação principal não<br />

é emagrecer, não precisa nem mudar<br />

de pizzaria. Às segundas e terças, a<br />

mesma Querubina oferece o “rodízio<br />

gourmet”. Por <strong>R$</strong> 24 pode-se saborear<br />

mais de 30 tipos de pizza: tradicionais,<br />

doces e inclusive as de baixa caloria. A<br />

grande estrela é a Marguerita Gourmet,<br />

preparada com mussarela de búfala,<br />

tomate cereja e manjericão fresco.<br />

Culinária francesa<br />

O chef Gutemberg Oliveira ensinará um<br />

pouco da culinária francesa na Oficina<br />

do Gourmet (403 Sul). Ele vai mostrar<br />

como preparar um jantar completo,<br />

com terrine de queijo gruyer de entrada,<br />

crepe francês recheado com confit de<br />

pato au fromage e fruits sécs como<br />

prato principal e, de sobremesa, pêras ao<br />

vinho com sorvete de erva doce. A aula<br />

acontece neste dia 23, das 15 às 18 horas<br />

e custa <strong>R$</strong> 75. Inscrições: 3323.196.<br />

Para enófilos<br />

Após vender mais de 100 mil exemplares<br />

da Enciclopédia Larousse do Vinho,<br />

a editora Larousse do Brasil resolveu<br />

imprimir uma edição especial de Natal.<br />

A edição vem dentro de um estojo e é<br />

acompanhada por um exclusivo sacarolha.<br />

Com 384 páginas, a obra de<br />

referência foi idealizada tanto para os<br />

estudiosos da arte do vinho quanto para<br />

aqueles que estão começando a explorar<br />

este rico e sedutor universo.<br />

Espumante rosé<br />

O Natal e o Ano Novo vêm<br />

chegando e, para animar as<br />

comemorações, a Miolo acaba<br />

de lançar o espumante Brut Rose,<br />

elaborado com uvas chardonnay,<br />

pinot noir e merlot e envelhecido<br />

por seis meses nas caves da<br />

vinícola. Segundo a Miolo, o<br />

novo espumante harmoniza-se<br />

muito bem com frutos do mar,<br />

peixes e massas.<br />

Sagatiba Ginger Mary<br />

Para quem ainda não acredita no sucesso<br />

de nossa tradicional branquinha no<br />

mercado externo. Em sua mais recente<br />

edição, a Vanity Fair italiana apresenta<br />

uma versão abrasileirada do clássico<br />

Bloody Mary criada pelo badalado<br />

bartender Francesco Pierluigi, que<br />

simplesmente substituiu a vodka pela<br />

cachaça Sagatiba. A receita leva ainda<br />

tomate, sal, chá de gengibre ralado,<br />

tabasco, molho inglês e suco de limão.<br />

11


LUIZ RECENA<br />

garfadasegoles<br />

@alo.com.br<br />

12garfadas&goles<br />

Saudades da professorinha<br />

Vovô Ivo viu a uva. E a “inicialização” do vinho<br />

também. Há mais de cem anos, o imperador do Brasil<br />

convidou, mandou buscar italianos na Itália e alemães<br />

na Alemanha. Os que não gostavam dele disseram que<br />

endoidara. Ficara louco. Os que ainda não gostam,<br />

tratam-no pelo depreciativo “Pedro Banana”. O Brasil<br />

é assim: quem não gosta, quem perde, destrata. Bota<br />

apelido. Se pegar, pegou. É a vitória do deboche. Agora,<br />

o vinho dos imigrantes enfrenta o mesmo problema.<br />

Muito mais de cem anos depois, a uva plantada na serra<br />

gaúcha deu vinho bom. “Inicialização” é uma palavra<br />

bárbara. Não existia no léxico de Dom Pedro II. Mas<br />

Bill Gates, que não plantou uvas, invadiu nosso idioma<br />

e a palavra está aí. Veio com a tecnologia. Os antigos<br />

plantaram e o vinho chegou às mesas. Espumante,<br />

branco, tinto. Com denominações. É o bê-a-bá do<br />

tempo perdido, deixado pra trás. E, agora, trazido de<br />

novo, replantado e refeito. Com a história do tempo<br />

Os mestres e seus legados<br />

A tecnologia inventou outras palavras bárbaras. Mas é<br />

pedágio pagável, tal a gama de melhoras que trouxe.<br />

Para a vida, as videiras, o vinho. Os primeiros Miolos,<br />

Saltons, e os mais antigos cooperados da Aurora, por<br />

certo não imaginaram tanques inox, relógios,<br />

temperaturas e fermentações controlados por um ou<br />

vários computadores. Só a primária paixão da mestra<br />

não cedeu. É ela, a paixão, o verdadeiro dínamo deste<br />

novo momento que vive o vinho brasileiro.<br />

A paixão em borbulhas<br />

O espumante não é mais dúvida. Venceu os corações<br />

mais empedernidos, de pedra ou madeira tratada por<br />

machado... O branco está a meio caminho. O tinto tem<br />

percurso a cumprir, corações e paladares a conquistar.<br />

Os leitores conhecem o Vale dos Vinhedos. Preparem<br />

corações e paladares para o Vinho de Montanha, nova<br />

denominação gaúcha que veio para mudar a história.<br />

Se tudo der certo – e vai dar – dentro de alguns anos<br />

diremos do espumante brasileiro, AVM e DVM , isso<br />

mesmo: antes e depois dos Vinhos de Montanha.<br />

Cave Geisse e Don Giovanni, prestem atenção e<br />

provem. A paixão em borbulhas. Voltarei ao tema.<br />

FCO não come nem bebe<br />

Existe um fundo para o desenvolvimento do<br />

Centro Oeste, o FCO. Ele tem linhas para várias<br />

atividades, inclusive para bares e restaurante, grandes<br />

empregadores de mão-de-obra. Um mistério, no<br />

antigo. Com o futuro da terra daqui. Presente. A Itália<br />

como mestra. A França como auxiliar. E os brasileiros<br />

do Sul com disciplina e trabalho. Novas terras e<br />

paisagens se abrem aos ventos e às uvas. Amor e paixão.<br />

entanto, envolve o FCO: ele não sai para bares e<br />

restaurantes. Ou é tão difícil que o cristão desiste a<br />

meio caminho. Os operadores são oficiais. Por que<br />

não funcionam?<br />

Gerente, batata e brasas<br />

O gerente grosso do cartão de crédito tentou atropelar<br />

o mercador do futuro, que abre espaços para trabalho,<br />

emprego e até uso de cartão. O gerente achou que<br />

levaria fácil. Esqueceu que em cada estrada mineira<br />

há uma encruzilhada. E as cruzes, cruzetas e cruzílias<br />

voaram na cabeça do gerente. De rabicho entre as<br />

pernas, abandonou o recinto. A batata está assando...<br />

De avoantes e folhas<br />

Nesta época de chuvas, todo cuidado é pouco. Quando<br />

a água não cai, o sol aparece. Com ele, todos os<br />

voadores: cigarras chiando, sabiás cantando, grilos<br />

voando. É isso: os grilos, além de falantes, podem<br />

ser avoantes. E meter-se em folhas de alface. Por mais<br />

lavadinhas e limpinhas que fiquem, sem amigos entre<br />

os controladores de vôos, de repente, podem agasalhar<br />

aterrissagem de grilos. Aí, Mr. Pent, nosso amigo<br />

inglês, ficará atento para listar os aeroportos verdes<br />

de grilos idem.<br />

Em nome do fígado<br />

Esta coluna está e estará sempre ao lado dos que<br />

comem e dos que bebem. Mas recomenda aos assíduos:<br />

se beber muito, não dirija; se dirigir, não beba.


FOTOS: DÉBORA AMORIM<br />

Arroz Norton<br />

Ronaldo Madeira Lima Moura completou 28 anos sob o signo de Escorpião, no mês passado. Passou por<br />

todos os lugares da cozinha e hoje é chef do Norton Grill, aquele do hotel Meliá, com carnes Lazzarini e<br />

importadas da Argentina e do Uruguai. É o mais antigo da casa e recentemente trabalhou com os dois<br />

chefs alemães que estiveram em Brasília. É de Ronaldo Madeira a receita do Arroz Norton, quantidade<br />

para quatro pessoas. É o acompanhamento recomendado para cortes especiais como Prime Rib, T-bone,<br />

Bife de Tira, Picanha Baby ou Carré de Cordeiro.<br />

INGREDIENTES<br />

• 200 g de arroz normal<br />

• 1 colher de sopa de manteiga<br />

(ou azeite extra-virgem)<br />

• 100 g de cebola picada<br />

• 100 g de cebola Juliana<br />

(em tiras)<br />

• 100 g de bacon em cubinhos<br />

• 50 g de batata palha<br />

• cebolinha, duas pitadas<br />

• salsinha, duas pitadas<br />

• 3 ovos<br />

• sal e pimenta do reino<br />

MODO DE PREPARAR<br />

Primeiro, em separado, faça o arroz, al dente; frite<br />

os ovos com gema dura e o bacon. Dica para<br />

o arroz: ponha gotas de limão na água a ser<br />

acrescentada após refogar. Reserve.<br />

Numa panela, derreta a manteiga, acrescente a<br />

cebola, picada e Juliana, refogando-as bem até<br />

dourar. Não deixe queimar. Acrescente: o arroz,<br />

os ovos, o bacon, a batata palha, cebolinha,<br />

salsinha, sal e pimenta do reino. Misture tudo e<br />

aqueça por mais três minutos.<br />

Custo: <strong>R$</strong> 6, no máximo, para o arroz. As carnes,<br />

cada uma tem seu preço.<br />

13


vidamoderna<br />

Pau pra toda obra<br />

Sabe aqueles probleminhas que infernizam nosso dia-a-dia?<br />

A Kaza Chique garante que tem a solução para todos eles<br />

POR ANA CRISTINA VILELA<br />

Vai se casar e nem sabe por onde<br />

começar a organizar a festa? Quer<br />

aprender a fazer sushi e comida<br />

mexicana, mas nem imagina onde possa<br />

encontrar um professor? Quer ter uma<br />

empregada doméstica bem preparada,<br />

mas em média o nível dos serviços<br />

prestados é baixo? Não precisa se<br />

desesperar. Entre em contato com a<br />

Kaza Chique. Não, não há engano<br />

algum. Na Kaza Chique realmente<br />

pode-se fazer tudo isso e ainda mais<br />

um pouco.<br />

Reinaugurada em outubro deste ano,<br />

a Kaza, antiga Oficina de Criatividade<br />

Culinária, pode ser mesmo a solução<br />

para alguns problemas enfrentados<br />

diariamente. O primeiro deles é a<br />

grande dificuldade de encontrar alguém<br />

que realmente saiba lavar, passar,<br />

cozinhar e cuidar da higiene e da<br />

arrumação em geral. Se o empregador<br />

for exigente, essa busca se torna ainda<br />

mais difícil.<br />

É por isso que as sócias-proprietárias<br />

da Kaza Chique, as psicólogas Sabrina<br />

Ferreira e Mariana Rollemberg,<br />

decidiram ampliar o leque de ofertas de<br />

cursos, antes voltados apenas para a<br />

gastronomia. De olho num mercado<br />

em que a qualidade média deixa muito<br />

a desejar, as duas empresárias começam<br />

este mês a oferecer treinamento para as<br />

secretárias domésticas. O preço do curso é<br />

<strong>R$</strong> 250 – e quem acaba pagando mesmo<br />

é o patrão. Mas pode valer a pena.<br />

O objetivo é treinar as habilidades e<br />

atividades ideais. Por exemplo: o aluno<br />

vai aprender a arrumar a casa e a usar os<br />

produtos de limpeza, a preparar a mesa<br />

para as refeições diárias, a passar e lavar<br />

corretamente, a arrumar as roupas nos<br />

armários, a usar adequadamente os<br />

14


eletrodomésticos, a fazer pratos práticos<br />

e rápidos para o dia-a-dia, a aproveitar<br />

sobras e até a atender o telefone e a<br />

comportar-se.<br />

A didática usada é dinâmica, afirma<br />

Mariana, e por isso não importa se o<br />

aluno é semi-analfabeto. “Todo mundo<br />

consegue aprender”, garante. Quem<br />

faz o curso também leva para casa uma<br />

sugestão de cardápio cotidiano. São<br />

15 vagas por turma e as aulas são<br />

ministradas pela própria Mariana, que<br />

cuida da parte comportamental, e por<br />

Cláudia Veronese, que, segundo<br />

Mariana, é uma “super dona de casa”.<br />

Outro curso, mais inusitado, é o de<br />

dicas para noivos. Durante as aulas eles<br />

aprendem a respeito de convites, da<br />

festa, de como receber na nova casa, de<br />

como fazer chá-bar e chá-de-cozinha etc.<br />

Esta é a seara de Beth Pellegrino,<br />

consultora de comportamento social<br />

e culinarista, com cursos feitos em<br />

Genebra e Paris.<br />

Mas se o interesse é aprender a<br />

preparar desde pratos especiais até os<br />

mais simples, não há problema, porque<br />

são muitas as possibilidades. No setor da<br />

gastronomia, tem de tudo um pouco:<br />

curso de cozinha árabe, de preparo de<br />

bacalhau, de bolos para o dia-a-dia,<br />

caldos e sopas, terrines e patês, saladas,<br />

pratos triviais, crepes e chocolates<br />

quentes, entradas variadas, molhos para<br />

carnes, cardápio francês, cozinhas<br />

mexicana, espanhola, japonesa,<br />

tailandesa, chinesa... O preço dos cursos<br />

varia de <strong>R$</strong> 60 a <strong>R$</strong> 150, exceto o<br />

japonês, com duração de quatro aulas,<br />

que sai por <strong>R$</strong> 380 à vista.<br />

Muitos são ministrados em apenas<br />

uma aula, que, em média, tem duração<br />

de três horas. Uma exceção é o curso<br />

de cardápio para o dia-a-dia, com três<br />

aulas. Na equipe da gastronomia, há<br />

professores fixos e convidados. O curso<br />

de comida japonesa, por exemplo, é<br />

dado pela proprietária do restaurante<br />

Tayo, Mie Hiramatsu, e as culinárias<br />

espanhola e mexicana cabem a Tereza<br />

Martinez, especialista nessas duas<br />

cozinhas, em que atua há mais de 20<br />

anos. A Kaza conta, ainda, com a<br />

consultora Lena Gomes e com Paulo<br />

César Figueiredo, do restaurante Alice.<br />

Outra iniciativa de Mariana e Sabrina<br />

foi a criação do Chef na Kaza. Todo<br />

mês um chef renomado da cidade<br />

será o professor. Agora em novembro<br />

o convidado é Dudu Camargo. Em<br />

outubro, quem abriu a programação<br />

foi Francisco Ansiliero, do Don<br />

Francisco, que ensinou a preparar pratos<br />

feitos com bacalhau, bolinho, salada e<br />

bacalhau ao forno.<br />

Depois de aprender a receber as<br />

pessoas na casa nova e de resolver o<br />

problema da empregada que sempre<br />

deixa a roupa um tanto amarrotada, a<br />

louça meio suja ou quebrada e a carne<br />

torrada ao invés de malpassada, talvez<br />

sobre tempo para aprender a preparar<br />

sushis e sashimis, que, apesar de não ser<br />

a solução de nenhum problema, pode<br />

ser uma grande terapia.<br />

Kaza Chique<br />

406 Norte – Bloco E – Sala 208 (3273.8004)<br />

www.suakazachique.com.br ou<br />

falecom@suakazachique.com.br<br />

Programação da segunda quinzena de<br />

novembro: dia 20, Dudu Camargo; dia<br />

21, risoto para o dia-a-dia; dia 22, ceia<br />

de Natal; dia 25, sashimi; dia 27, a arte<br />

da mesa e dicas para noivos e noivas; dia<br />

28, filés-mignons e suas variações; dia 29,<br />

menu italiano; e dia 30, culinária clássica<br />

francesa. Os cursos serão das 19 às 22h,<br />

exceto os de sashimi (das 17 às 19h) e arte<br />

da mesa (14 às 17h)<br />

FOTOS: DÉBORA AMORIM<br />

15


oteirogastronômico<br />

Armazém do Ferreira<br />

Restaurante inspirado no Rio de<br />

Janeiro dos anos 40. O buffet,<br />

com cerca de 20 tipos de frios,<br />

sanduíches e rodadas de empadas<br />

e quibes, com a performance do<br />

garçom Tampinha, são boas opções<br />

para os freqüentadores.<br />

202 Norte (3327.8342)<br />

CC: Todos<br />

MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTES DELIVERY MANOBRISTA<br />

ESPAÇO VIP ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO BANHEIRO PARA DEFICIENTE<br />

CARTÕES DE CRÉDITO: CC / VISA: V / MASTERCARD: M / AMERICAN EXPRESS: A / DINERS: D / REDECARD: R<br />

Fornalha Simpson's<br />

Promoções: Chopp, 2ª a dom, das<br />

17h às 20h30, por <strong>R$</strong> 1,75 de 300ml<br />

e <strong>R$</strong> 1,20 de 200 ml; Rodízio de<br />

Pizza, 3ª a dom, por <strong>R$</strong> 12,<strong>90</strong>. Sáb,<br />

feijoada, buffet, churrasco. Dom, buffet<br />

, churrasco e salmão. Beba 3 chopp e<br />

ganhe 1 de cortesia, sáb e dom.<br />

307 Sul<br />

(Delivery 3443.4251)<br />

CC: todos<br />

Azulejaria<br />

Um dos melhores Happy Hours da<br />

cidade. No cardápio espumantes,<br />

petiscos, sanduíches, carpaccios,<br />

ostras e cervejas importadas. No<br />

almoço, buffet de saladas e pratos<br />

quentes.<br />

408 Sul (3443.0698)<br />

CC: Todos<br />

BARES<br />

Monumental<br />

Numa das esquinas mais valorizadas<br />

da cidade, a casa tem uma ampla<br />

varanda e o chope bem gelado. No<br />

almoço, buffet variado de saladas,<br />

massas e grelhados. À noite, as<br />

lingüiças mineiras estão entre os<br />

petiscos mais pedidos.<br />

201 Sul (3224.9313)<br />

CC: todos<br />

BARES<br />

Bar Brasília<br />

Em plena W3 Sul, o Bar Brasília tem<br />

decoração caprichada, com móveis e<br />

objetos da primeira metade do século<br />

XX. Destaques para os pasteizinhos.<br />

Sugestão de gourmet: Cordeiro<br />

ensopado com ingredientes<br />

especiais, que realçam seu sabor.<br />

506 Sul Bloco A (3443.4323)<br />

CC: Todos<br />

Toca do Chopp<br />

Sempre cremoso, claro e na<br />

temperatura certa, é o endereço do<br />

melhor chopp da cidade. Pastéis,<br />

quibes, mini sanduíches, empadinhas<br />

e lingüiças picantes são petiscos<br />

disputados. Excelência na qualidade<br />

do produto é marca registrada.<br />

104 Norte (3328.2262)<br />

Quituart (3368.3894) CC: Todos<br />

Bar e Pizzaria do Brás<br />

Cerveja gelada e buffet. Mais de 40<br />

opções de frios e petiscos. De 2ª a<br />

6ª, buffet no almoço. Aos sábados,<br />

feijoada e cachaças, além do buffet<br />

de massas e saladas. Todos os dias<br />

rodízio de pizzas, caldos e massas.<br />

Diamantina Restaurante<br />

Ambiente requintado e charmoso.<br />

No cardápio, um convívio<br />

harmonioso entre pratos da cozinha<br />

contemporânea e os preferidos do<br />

ex-presidente Juscelino Kubitschek.<br />

Adega climatizada.<br />

107 Norte (3347.4735) CC: V<br />

Concentração<br />

A casa oferece sofisticação sem<br />

exagero, deixando a clientela à vontade<br />

e sempre bem atendida. A música não<br />

pára: telões projetam shows, clipes<br />

e imagens de esportes radicais. O<br />

restaurante participa da promoção do<br />

Prêmio <strong>Roteiro</strong> 2006, oferecendo 15<br />

pratos pela metade do preço.<br />

209 Sul (3242.3436)<br />

CC: Visa<br />

BRASILEIROS<br />

Hotel Kubitschek Plaza<br />

(3329.3774) CC: todos<br />

Patuá<br />

Oferece aos seus clientes a<br />

possibilidade de desfrutar uma releitura<br />

da cozinha brasileira. O cardápio leva<br />

em consideração a multiplicidade de<br />

culturas do Brasil com sua imensa<br />

variedade de ingredientes, cores,<br />

texturas e, principalmente, seus aromas<br />

e sabores. Funciona diariamente no<br />

almoço e jantar.<br />

Deck Brasil QI 11<br />

(3248.7231) CC: V e M<br />

16


La Leopolda<br />

Referência em criatividade,<br />

qualidade e eficácia em buffet de<br />

alta gastronomia.Em seis anos de<br />

trabalho coleciona cinco prêmios. Os<br />

produtos são elaborados por Emília<br />

Ferrero e executados por Ricardo<br />

Ferrero. Realiza eventos sociais e<br />

empresariais.<br />

QI 21 Bl. A (3366.1110/3078)<br />

Don’ Durica<br />

Buffet no almoço consagrado pela<br />

variedade de pratos. Por <strong>R$</strong> 32,<strong>90</strong>, o<br />

cliente tem saladas, pratos quentes,<br />

massas caseiras e sobremesas. No<br />

jantar, frios a quilo, petiscos<br />

variados, sanduíches, saladas e<br />

pratos à la carte com destaque para<br />

o talharim aos frutos do mar.<br />

201 Norte (3326.1045)<br />

CC: V. M. D<br />

BUFFET DE RESTAURANTE<br />

Renata La Porta<br />

O Renata La Porta Buffet já<br />

está virando sinônimo de festas<br />

memoráveis. Sempre se destacando<br />

com suas propostas inovadoras e<br />

cheias de estilo. Cardápios originais<br />

e serviço impecável.<br />

QI 9 do Lago Sul (3364.6006)<br />

Sweet Cake<br />

É um dos mais renomados buffets<br />

de festa da cidade, com mais de<br />

dez anos de experiência. Além dos<br />

salgados e doces finos oferecidos<br />

no buffet, destaque para o Risoto de<br />

Foie-Gras, o Carré de Cordeiro ao<br />

Molho de Alecrim e o Filé ao Molho<br />

de Tâmaras.<br />

QI 21 do Lago Sul (3366.3531)<br />

BUFFET DE FESTA<br />

Café Antiquário<br />

No Pontão do Lago Sul, oferece<br />

grande variedade de petiscos. Chope<br />

cremoso e gelado. Mesas da varanda<br />

são excelente opção para happy hour<br />

de frente para o Lago. Funciona de 2ª<br />

a 6ª, a partir das 17h30. Sábados e<br />

domingos, a partir das 11h30.<br />

Pontão do Lago Sul<br />

(3248.7755) CC: V, A<br />

Café Savana<br />

Quiche é a especialidade deste já<br />

tradicional café-bistrô. No almoço,<br />

sempre duas opções de pratos<br />

quentes. À noite, caldos, sanduíches,<br />

saladas e tortas. Cafés e drinks para<br />

acompanhar. Mais informações no<br />

site www.cafesavana.com.br<br />

116 Norte (3347.9403)<br />

CC: V, M, D<br />

CAFÉS<br />

Aspargus<br />

O melhor e mais procurado selfservice<br />

da Asa Norte. Oferece grande<br />

variedade de pratos, saladas e<br />

sobremesas. Aos sábados, deliciosa<br />

feijoada e salmão grelhado. Abre<br />

diariamente para almoço, menos aos<br />

domingos.<br />

309 Norte (3274.6201)<br />

CC: D, M e V<br />

Camarão 206<br />

Cardápio variado, sabor e qualidade.<br />

Buffet no almoço é o carro-chefe, com<br />

mais de 10 pratos quentes, diversos<br />

tipos de saladas e várias opções de<br />

sobremesa, a <strong>R$</strong> 35,<strong>90</strong> (2ª a 6ª) e<br />

<strong>R$</strong> 39,<strong>90</strong> (sáb, dom e feriados) por<br />

pessoa. No jantar, serviço à la carte.<br />

206 Sul (3443.4841), Liberty Mall<br />

e Brasília Shopping CC: todos<br />

BUFFET DE RESTAURANTE<br />

Bier Fass<br />

Um dos melhores happy hours da<br />

cidade. Uma boa pedida é o bolinho<br />

de bacalhau. Oferece opções de pizzas<br />

individuais e serve chope claro e escuro,<br />

e drinques exclusivos, como a caipirinha<br />

de morango com vinho do Porto.<br />

Exclusividade: carpaccio de bacalhau.<br />

Pontão do Lago Sul (3364.4041)<br />

CC: Todos<br />

Chez le Petit Prince<br />

A casa já está aceitando encomendas<br />

para as festas de final de ano. Opções<br />

diversas, como: Tronco Natalino, Tortas,<br />

Quiches, Biscoitos Natalinos e Cestas<br />

Especiais. Domingo, 2ª e 4ª, das 9h<br />

às 21h; 5ª, 6ª e sáb, das 9h às 22h. 3ª<br />

não abre.<br />

212 Sul (3245.6525) CC: M e V<br />

CHOPERIAS<br />

CONFEITARIAS<br />

17


oteirogastronômico<br />

MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTES DELIVERY MANOBRISTA<br />

ESPAÇO VIP ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO BANHEIRO PARA DEFICIENTE<br />

CARTÕES DE CRÉDITO: CC / VISA: V / MASTERCARD: M / AMERICAN EXPRESS: A / DINERS: D / REDECARD: R<br />

Monjolo<br />

Com cinco lojas na cidade, mantém a<br />

tradição em mais de 200 produtos de<br />

receitas típicas do interior de Goiás,<br />

preparados artesanalmente, sem<br />

conservantes ou estabilizantes. A torta<br />

Suflair é uma das tentações da linha<br />

doce. Na linha salgada, uma boa opção<br />

são as quiches, com recheios variados.<br />

404 Norte, 215 Norte, 210 Sul,<br />

103 Sudoeste e QI 13 Lago Sul (3361.7767)<br />

Lake's<br />

Comida saborosa, serviço<br />

excepcional, atmosfera refinada,<br />

traduzindo nossa tradição em<br />

servir. Especialista em culinária<br />

contemporânea, a Chef Andréa<br />

Munhoz é responsável pelo cardápio<br />

da casa. De 2ª a sábado, das 12h às<br />

0h; domingo, das 12h às 17h.<br />

402 Sul (3323.1029)<br />

CC: Todos<br />

Praliné<br />

O Gatto<br />

CONFEITARIAS<br />

O cardápio é bastante variado, com<br />

tortas doces e salgadas, bolos, pães,<br />

géleias, caldos quentes, quiches,<br />

tarteletes, chás, café e sucos de<br />

frutas naturais. Café da manhã por<br />

<strong>R$</strong> 10,80 de 2ª a 6ª (buffet por<br />

pessoa).<br />

205 Sul bl A lj 3<br />

(3443.74<strong>90</strong>) CC: V<br />

CONTEMPORÂNEOS<br />

Ambiente aconchegante com cozinha<br />

contemporânea criativa, opção de<br />

pratos executivos e meio prato. A<br />

casa tem área de fumantes, para<br />

festas e uma pista de dança opcional.<br />

A carta de vinhos é ampla e tem<br />

preços acessíveis.<br />

215 Sul (3345.7853)<br />

CC: C, V<br />

Universal Diner<br />

Eleito O Melhor dos Melhores por<br />

votação popular na última eleição da<br />

<strong>Roteiro</strong>. Com nove anos de existência,<br />

o pioneiro na cozinha contemporânea<br />

da cidade tem como um dos carroschefes<br />

o Camarão ao molho de queijo<br />

brie, champagne e caviar, com Risoto<br />

de morango e sálvia.<br />

210 Sul (3443.2089)<br />

CC: Todos<br />

Torteria Di Lorenza<br />

Zuu A.Z.D.Z.<br />

Declare seu amor pelas tortas, doces,<br />

salgados, sorvetes e bombons da melhor<br />

confeitaria da cidade, votando na Torteria<br />

Di Lorenza em www.roteirobrasilia.<br />

com.br.<br />

302 Sul (3266.9667), 208 Sul<br />

(3443.6366), 211 Sul (3245.6000),<br />

115 Norte (3349.7807), 213 Norte<br />

(3340.1730), Sudoeste (3344.4600),<br />

Lago Sul (3364.5096) e Brasília<br />

Shopping (3328.4853).<br />

Em menos de dois anos de existência,<br />

a segunda casa de Mara Alcamim já<br />

foi premiada pelas principais revistas<br />

gastronômicas do país. Agradável e<br />

intimista, aberta para almoço, de 2ª a<br />

6ª, e para jantar, de 2ª a sábado.<br />

No almoço, opções a <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong>.<br />

210 Sul (3244.1039)<br />

CC: A e M<br />

CONTEMPORÂNEOS<br />

Festim<br />

Ambiente intimista, à luz de velas.<br />

Cardápio à la carte, Mediterrâneo.<br />

Carta de Vinhos com mais de 50<br />

rótulos. No almoço, de 2ª a 6ª, buffet<br />

com saladas, massas, legumes<br />

e grelhados (opcionais). Noites<br />

Temáticas ou Menu Sugestão nas<br />

noites de 6ª, ao som de Antônio<br />

Nastari (MPB e Bossa Nova).<br />

(CA 05 Lago Norte - 3468.3409)<br />

CREPERIAS<br />

C’est si bon<br />

A casa oferece saladas, massas,<br />

risotos, grelhados e mais de 50<br />

sabores de crepes. Adega climatizada<br />

com mais de 60 rótulos. Sugestão:<br />

Marco Polo (presunto, catupiry,<br />

tomates frescos, azeitona, cebola,<br />

palmito). Toda 3ª: música ao vivo.<br />

408 Sul (3244.6353)<br />

CC: V, M e D<br />

18


Crepe au Chocolat<br />

O Crepe au Chocolat conta com seu voto.<br />

No 5º Prêmio <strong>Roteiro</strong> de Gastronomia<br />

2006, eleja o Crepe au Chocolat, mais<br />

uma vez, a creperia da cidade, acessando<br />

www.roteirobrasilia.com.br.<br />

210 Sul (3443.2050), 109<br />

Norte (3340.7002) CC: V, C<br />

BSB Grill<br />

É conhecido por seu cuidado com a<br />

qualidade e o preparo da carne. Há<br />

sete anos na cidade, oferece cortes<br />

inovadores, como o bife de tira e o bife<br />

angosto, parte privilegiada do contrafilé.<br />

Destaques: Picanha Pantaneira, a<br />

Picanha em tira e o Prime Rib.<br />

304 Norte (3326.0976)<br />

413 Sul (3346.0036) CC: A, V<br />

Creperia Floripa<br />

Ponto de encontro de jovens durante<br />

toda a semana. Oferece mais de<br />

30 sabores de crepes. Além dos<br />

tradicionais, os mais elaborados<br />

como o de bacalhau, strogonoff de<br />

frango ou filé. Os crepes doces mais<br />

pedidos são o de chocolate com<br />

banana e de morango.<br />

312 Sul (3445.2961) CC: V<br />

CREPERIAS<br />

Dom Francisco<br />

O bacalhau, a picanha e o tambaqui<br />

na brasa são os carros-chefe<br />

do restaurante. Com 16 anos de<br />

tradição, o segredo do sucesso são<br />

os produtos selecionados para a<br />

elaboração dos pratos. Adega com 17<br />

mil garrafas de vinho de 820 rótulos.<br />

ASBAC, Academia de Tênis,<br />

Pátio Brasil e Parkshopping<br />

(3224.8429) CC: Todos<br />

Formidable<br />

Neste charmoso bistrô parisiense são<br />

oferecidos crepes acompanhados<br />

de salada verde, sopas, quiches e<br />

risotos. Aos sábados e domingos, o<br />

brunch com uma grande variedade<br />

de pratos (<strong>R$</strong> 21,<strong>90</strong> por pessoa).<br />

Excelente carta de vinhos.<br />

Terraço Shopping (3233.6027)<br />

CC: Todos<br />

No Grill<br />

Com vasto cardápio, tem como<br />

estrelas o Steak de Picanha, o Bife<br />

de Tira e o Bife de Chourizo. À noite,<br />

pizzas em forno à lenha, massas e<br />

petiscos são disputados na grande<br />

e arejada varanda. O chope sempre<br />

gelado e uma excelente carta de<br />

vinhos completam a refeição.<br />

213 Norte (3272.1005)<br />

CC: V<br />

GRELHADOS<br />

La Fondue<br />

Especializado em fondues (rodízio<br />

ou à la carte) e buffet no almoço.<br />

Ambiente climatizado, restaurante no<br />

térreo e vídeo-bar no andar superior.<br />

Carta de vinhos importados e<br />

nacionais harmonizam com o fondue,<br />

além de raclette, petiscos e pratos à<br />

la carte com massas e carnes.<br />

403 Sul (3225.2501/ 3225.4302)<br />

FONDUE<br />

Norton Grill<br />

Para quem não resiste a um bom<br />

grelhado, o Norton Grill é o lugar certo.<br />

Uma das especialidades da casa é a<br />

Picanha Baby com o famoso Arroz<br />

Norton e, de sobremesa, um delicioso<br />

pudim de leite.<br />

Hotel Mélia - 2º andar<br />

(3218.5550) CC: todos<br />

La Chaumière<br />

Inaugurado em 1966, mantém a<br />

autenticidade dos pratos franceses,<br />

com temperos trazidos diretamente<br />

da França. Sugestões: Filé à Danielle<br />

(queijo roquefort e pimenta do reino)<br />

e Filé à Gabriela (Arroz com passas<br />

e batata sauté).<br />

408 Sul (3242.7599)<br />

CC: Todos<br />

FRANCESES<br />

Outback<br />

A sugestão da casa é: Ribs on<br />

the Barbie – costela de porco<br />

defumada e grelhada, regada ao<br />

molho (Barbecue ou Billabong),<br />

acompanhada de Potatoes e<br />

Cinnamon Apples.<br />

ParkShopping (3234.7958)<br />

CC: Todos<br />

19


oteirogastronômico<br />

MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTES DELIVERY MANOBRISTA<br />

ESPAÇO VIP ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO BANHEIRO PARA DEFICIENTE<br />

CARTÕES DE CRÉDITO: CC / VISA: V / MASTERCARD: M / AMERICAN EXPRESS: A / DINERS: D / REDECARD: R<br />

Roadhouse Grill<br />

Oliver<br />

GRELHADOS<br />

Criado nos EUA, foi eleito por três anos<br />

consecutivos o preferido da família<br />

americana. Com mais de 100 lojas,<br />

seus generosos pratos foram criados,<br />

pesquisados e inspirados nas raízes da<br />

América. Conheça tais delícias: ribs,<br />

steaks, pasta, hambúrgueres.<br />

S.Clubes Sul Tr. 2 ao lado do<br />

Pier 21 (3321.8535)<br />

Terraço Shopping (3034.8535)<br />

Salsa Saladas & Grelhados<br />

Há 20 anos o bufett do almoço é um<br />

dos mais saudáveis e completos da<br />

cidade. Grande variedade de saladas<br />

acompanhadas de cortes nobres de<br />

carne (picanhas, filés) e também a<br />

opção do salmão. Todos grelhados.<br />

Diariamente, a partir das 11h30.<br />

INTERNACIONAIS<br />

Ambiente romântico e intimista, com<br />

culinária mediterrânea, de inspiração<br />

italiana e influências francesas e<br />

espanholas. A proposta é oferecer<br />

cardápio variado e criativo, com saladas<br />

e frutos do mar. Para os pequenos<br />

apetites, há a versão meio prato.<br />

SCES Trecho 2, Lote 2 (3323.5961)<br />

Brasília Golfe Center CC: Todos<br />

San Marco Hotel<br />

Aos sábados, no restaurante<br />

panorâmico do hotel, suculenta feijoada<br />

com ingredientes separados. Entradas:<br />

deliciosas batidas, acarajé e caldinho<br />

de feijão. <strong>R$</strong> 30 + 10% por pessoa ou<br />

<strong>R$</strong> 55 + 10% o casal. Música ao vivo<br />

e sobremasas inclusas.<br />

402 Sul (3224.8852)<br />

CC: A, M e V<br />

SHS Qd 5 Bl C (2103.8484)<br />

CC: Todos<br />

Don Pappe<br />

Cantina da Massa<br />

O ponto alto da casa é a área externa,<br />

com capacidade para 25 mesas. Ideal<br />

para degustar espumantes, prossecos<br />

e vinhos. Na sobreloja o bistrô, no<br />

subsolo a adega climatizada com<br />

mais de 4.500 garrafas. Diariamente,<br />

das 12h às 15h, e das 19h às 24h.<br />

Domingo, só almoço.<br />

A sugestão da casa é: Parpadelle<br />

ao Molho Napolitano - Massa de<br />

produção própria com grano duro,<br />

molho com carne em pedaços<br />

(músculo), molho de tomate,<br />

temperos e ervas. Carta de vinhos e<br />

adega climatizada.<br />

307 Sul (3244.4754)<br />

CC: V<br />

302 Sul (3226.8374)<br />

CC: Todos<br />

INTERNACIONAIS<br />

Fred<br />

Conhecido por servir o melhor<br />

picadinho de filé da cidade, desde<br />

1991. Sugestão: Cordeiro Fatiado<br />

ao Molho de Alecrim – paleta de<br />

cordeiro assada e fatiada, ao molho<br />

roti com alecrim, acompanhada<br />

de batatas coradas e arroz com<br />

brócolis. <strong>R$</strong> 31,80.<br />

405 Sul (3443.1450)<br />

CC: Todos<br />

ITALIANOS<br />

Dom Romano<br />

Desde 1988, foi pioneira em assar<br />

as pizzas no forno a lenha. As pizzas<br />

têm sabor e sotaque paulistano. As<br />

massas e molhos são de fabricação<br />

própria, e têm sabores bem caseiros.<br />

As porções bem servidas, retratam a<br />

origem italiana.<br />

QI 11 Lago Sul (3248-0078)<br />

102 Norte (3327-7776) CC: V, M e D.<br />

Herbs<br />

Felicitá<br />

Às margens do Lago Paranoá,<br />

funciona no Hotel Blue Tree Alvorada.<br />

Todos os dias, no almoço, buffet<br />

temático e diferenciado. Sábado,<br />

feijoada, domingo, brunch. O<br />

restaurante oferece também um<br />

serviço especial à beira da piscina.<br />

SHTN Hotel Blue Tree Park<br />

(3424.7000) CC: Todos<br />

A casa tem ambiente descontraído<br />

e agradável. Todos os dias Buffet de<br />

antepastos, mais de 30 sabores de<br />

pizzas, saladas e grelhados, além<br />

das massas de produção própria<br />

com grano duro. Excelente carta de<br />

vinhos. 2ª de 18h às 0h. 3ª a dom,<br />

de 12h às 0h.<br />

306 Norte (3274.5086)<br />

CC: todos<br />

20


Forno Benedeto<br />

Cardápios variados para o almoço de<br />

2ª a 6ª. Combinações de pratos com<br />

carnes, massas e frango ao preço único<br />

de <strong>R$</strong> 14,20, além do rodízio de pizza no<br />

almoço de 2ª a 5ª por <strong>R$</strong> 14,20. Pratos<br />

diferenciados à la carte. Tele-entrega:<br />

Asa Norte, Lago Norte, Asa Sul, Cruzeiro,<br />

Octogonal, Sudoeste, SCS e SIG.<br />

311 Norte (3349.0169/<br />

3349.0168) CC: V, M e D<br />

Pizzaiolo<br />

Buscamos sempre a qualidade de<br />

nossos produtos e serviços, além<br />

de trazer um cardápio variado que<br />

agrada aos mais diversos paladares.<br />

Você pode optar pelo brochete de<br />

filé acompanhado de arroz a grega e<br />

batatas fritas, ou ainda por um dos<br />

mais de 40 sabores de pizzas.<br />

215 Sul (3345.7878 /3346.9767)<br />

CC: Todos<br />

Gordeixo<br />

Ambiente agradável, comida boa e<br />

área de lazer para as crianças fazem<br />

o sucesso da casa desde 1987. No<br />

almoço, além das pizzas, o buffet de<br />

massas preparadas na hora, onde<br />

o cliente escolhe os molhos e os<br />

ingredientes para compor seu prato.<br />

306 Norte (3273.8525)<br />

CC: V, M e D<br />

San Marino<br />

Cozinha típica de cantina italiana.<br />

De 3ª a 6ª, rodízio à noite com<br />

15 sabores de pizzas e oito de<br />

massas. Nas outras noites, somente<br />

à la carte. Durante a semana, no<br />

almoço, buffet com saladas, pratos<br />

executivos e grelhados.<br />

209 Sul (3443.5050)<br />

CC: Todos<br />

Gordeixos<br />

Truli<br />

Pizzas assadas no forno à lenha e<br />

servidas na pedra, carnes e massas.<br />

Na Asa Sul, além do serviço à la<br />

carte, pode-se optar pelo buffet com<br />

cinco tipos de massas, três opções<br />

de molho e 20 complementos, a<br />

<strong>R$</strong> 13,<strong>90</strong> por pessoa.<br />

404 Sul (3323.8989), Sudoeste<br />

(3344.5599), Águas Claras (3435.6565)<br />

e Taguatinga (3354.1221) CC: D, M e V<br />

ITALIANOS<br />

Um sucesso com serviços originais e<br />

rápidos. Buffet no centro do salão. O<br />

cliente monta seu pedido escolhendo<br />

até sete ingredientes para compor<br />

um prato de massa, ou salada, ou<br />

Vira-e-Mexe (arroz com feijão).<br />

Deliciosos pratos italianos à la carte.<br />

201 Sul (3322.4688) Delivery<br />

(3225.4050) CC: Todos<br />

ITALIANOS<br />

La Focaccia<br />

No cardápio pizzas, massas, risotos<br />

e carnes. As pizzas, assadas em<br />

forno à lenha, são servidas somente<br />

à noite e aos domingos. Sugestão:<br />

prato principal, Filé ao pepeverde (filé<br />

mignon ao molho de pimenta-verde,<br />

servido com risoto de parmesão),<br />

sobremesa, Panacota.<br />

Academia de Tênis<br />

(3316.6451) CC: Todos<br />

Veloce<br />

No cardápio, pratos variados,<br />

saladas e buffets de massas. A casa<br />

se destaca pelas fartas refeições<br />

individuais, com opções de massas<br />

tradicionais, simples e com recheios<br />

especiais, a preços que permitem<br />

freqüência diária.<br />

QI 11 , Deck Brasil (3364.2477)<br />

CC: V e M<br />

Pappagallo<br />

A decoração é um charme à parte.<br />

No almoço, a casa oferece opções<br />

de combinações de pratos. Adega<br />

climatizada. Sugestão: Lasagna de<br />

Zuchini e Queijo Gorgonzola com<br />

molho matriciana.<br />

314 Sul - 3346-0303<br />

Cartões: V e M<br />

Vercelli<br />

Funciona de 3ª a domingo, no<br />

almoço e jantar. Com extenso<br />

cardápio, funciona em três sistemas:<br />

rodízio (petiscos, carnes, massas<br />

e pizzas), buffet (saladas e pratos<br />

quentes) e à la carte.<br />

410 Sul (3443.0100)<br />

CC: todos<br />

21


oteirogastronômico<br />

MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTES DELIVERY MANOBRISTA<br />

ESPAÇO VIP ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO BANHEIRO PARA DEFICIENTE<br />

CARTÕES DE CRÉDITO: CC / VISA: V / MASTERCARD: M / AMERICAN EXPRESS: A / DINERS: D / REDECARD: R<br />

ITALIANOS<br />

Villa Borghese<br />

O charme da decoração e a<br />

iluminação à luz de velas dão o clima<br />

romântico. Aberto todos os dias<br />

para almoço e jantar. PROMOÇÃO<br />

50% desconto Prêmio <strong>Roteiro</strong> 2006:<br />

Filleto <strong>Roteiro</strong> 2006 (de 2ª a 5ª).<br />

201 Sul (3226.5650) CC: V, M<br />

MEXICANOS<br />

El Paso Texas<br />

A melhor cozinha mexicana da<br />

cidade acaba de lançar os sistemas<br />

de rodízio e buffet - nas noites de<br />

quarta e quinta. Ambos a <strong>R$</strong>19,<strong>90</strong>.<br />

Outra sugestão: Combo, composto<br />

por burritos, tacos rancheros, quesadillas,<br />

bufallo wings, potato skins,<br />

tacos El Paso e nachos.<br />

404 Sul (3323.4618) Terraço<br />

Shopping (3233.5197) CC: T<br />

LOJA DE VINHOS<br />

Brilho - Feira dos importados<br />

Referência desde 1997, nos ramos<br />

de bebida, charutaria e delikatessen.<br />

Na adega climatizada o cliente<br />

encontra vinhos especiais, como<br />

Romaneé Conti e Chateau Pétrus.<br />

Ambiente especial para degustação.<br />

Queijos importados e o melhor<br />

bacalhau da cidade.<br />

Feira dos Importados<br />

(3037.4533) CC: Todos<br />

www.brilhoimportados.com.br<br />

Brilho - Lago Sul<br />

A nova loja do Gilberto Salomão<br />

conta com adega climatizada e<br />

grande variedade de vinhos. Espaço<br />

exclusivo para degustações, palestras,<br />

eventos e amplo estacionamento. Os<br />

queijos, azeites, bacalhau, chocolates,<br />

acessórios e charutos completam o<br />

mix de produtos. Venha conhecer!<br />

Centro Gilberto Salomão- lj 33<br />

(3032.4533) CC: todos<br />

www.brilhoimportados.com.br<br />

NATURAIS<br />

Naturetto<br />

O restaurante valoriza a culinária<br />

macrobiótica, os vegetais orgânicos<br />

e integrais. O peixe está presente no<br />

cardápio diariamente. À noite, o vinho<br />

se harmoniza com o ambiente rústico<br />

e cultural e acompanha quiches,<br />

salmão grelhado, pães e queijos.<br />

405 Norte (3201.6223) e<br />

Câmara dos Deputados CC: V e M<br />

Haná<br />

MEXICANOS<br />

Café Cancun<br />

Promoção Prêmio <strong>Roteiro</strong>: Feijoada<br />

completa, com buffet de saladas,<br />

sushi, pratos quentes, costelinha,<br />

caldinho de feijão, lingüiça e acarajé,<br />

por <strong>R$</strong> 14,45. Como opcional, por<br />

<strong>R$</strong> 7 cada, a picanha fatiada e o<br />

buffet de sobremesa. Aos sábados,<br />

brinquedoteca.<br />

Shopping Liberty Mall - 3202.4466<br />

Cartões: TODOS<br />

ORIENTAIS<br />

Diariamente no almoço e jantar,<br />

festival de sushi e sashimi, com<br />

mais de 35 opções de pratos.<br />

Nas 2 as e 3 as , o tradicional buffet<br />

conta com o Festival do Camarão.<br />

Funciona também à la carte e tem<br />

delivery. Horário: diariamente das<br />

12h às 15h e das 19h às 24h.<br />

408 Sul (3244.9999)<br />

CC: Todos<br />

Kosui<br />

Com cinquenta pratos no cardápio,<br />

o Soba (macarrão integral com<br />

caldo quente ou frio) e o Banquete<br />

Japonês (entradas, caldos, pratos<br />

diversos, acompanhamentos e<br />

sobremesa) são os mais preferidos.<br />

O balcão, é um dos lugares mais<br />

requisitados da casa.<br />

Academia de Tênis<br />

(3316.6<strong>90</strong>0) - CC: Todos<br />

22


Belini<br />

A casa premiada é um misto de<br />

padaria, delikatessen, confeitaria e<br />

restaurante. O restaurante serve<br />

risotos, massas e carnes, inclusive<br />

cordeiro. Destaque para o café<br />

gourmet, único torrado na própria<br />

loja, para as pizzas especiais e os<br />

buffets servidos na varanda.<br />

PADARIAS<br />

113 Sul (3345.0777) CC: Todos<br />

Nippon<br />

Tradicional e inovador. Sushis e<br />

sashimis ganham toques inusitados.<br />

Exemplo disso é o sushi de atum<br />

picado, temperado com gengibre e<br />

cebolinha envolto em fina camada de<br />

salmão. As novidades são fruto de<br />

muita pesquisa do proprietário Jun Ito.<br />

403 Sul (3224.0430 /<br />

3323.5213) CC: Todos<br />

Baco<br />

Premiada por todas as revistas.<br />

Massas originais da Itália, vinhos<br />

e ambiente. No cardápio, pizzas<br />

tradicionais e exóticas. Novidades são<br />

uma constante. Opção de rodízio em<br />

dias especiais – na 309 Norte, toda 3ª<br />

e domingo, e na 408 Sul, às 2 as .<br />

309 Norte (3274.8600), 408 Sul<br />

(3244.2292) CC: Todos<br />

Baco Delivery (3223.0323)<br />

Sushi Brasil<br />

A casa tem um cardápio super<br />

variado de pratos quentes, sushis<br />

e sashimis. Em sistema de rodízio<br />

ou buffet, em destaque estão os<br />

Hot Rool, o combinado Be Happy, o<br />

Super Salmão entre outros. Ambiente<br />

perfeito para reunir os amigos, a<br />

família e para almoços executivos.<br />

QI 11 Lago Sul (3364.3939)<br />

CC: todos<br />

ORIENTAIS<br />

Don Giovanni<br />

Promoção na 5ª feira: Pizza de Aliche<br />

com mussarela de búfala, de <strong>R$</strong> 26<br />

por <strong>R$</strong> 13, Pizza Frutti di Bosco, de<br />

<strong>R$</strong> 25,50 por <strong>R$</strong> 12,25, Calzone cru,<br />

de <strong>R$</strong> 28 por <strong>R$</strong> 14. Adega com mais<br />

de 40 rótulos. Delivery que atende<br />

Lago Sul e Plano Piloto. Diariamente,<br />

a partir das 18h30.<br />

QI 11 Lago Sul (3248.4018)<br />

CC: Todos<br />

PIZZARIAS<br />

Sushi San<br />

Inaugurado há 9 anos, tem grande<br />

variedade de sushis, sashimis e pratos<br />

quentes. Ideal para reunir amigos e<br />

para encontros a dois, nos confortáveis<br />

tatames. Almoço, de 3ª a sáb, de 12h às<br />

15h. Dom, das 12h às 16h. Jantar, de 3ª<br />

a 5ª, das 18h30 às 24h. 6ª e sáb, das<br />

18h30 à 1h. Dom, das 19h às 23h.<br />

211 Sul (3345.1804)<br />

CC: todos<br />

Taiyo<br />

Comandado pela Chef Miê, a casa,<br />

com ambiente tradicional, oferece<br />

cardápio à la carte, além de 25 tipos<br />

de sushis, sashimis e 16 pratos<br />

quentes, no sistema de rodízio.<br />

Na 3ª, o destaque é o festival de<br />

camarão. Sistema buffet, no jantar,<br />

de 5ª a domingo.<br />

Piso L2, Manhattan Plaza<br />

(3327.<strong>90</strong>42) CC: todos<br />

Dona Lenha<br />

A casa é um mix de Pizzaria e<br />

Trattoria. O cardápio lista 4 tipos<br />

de massas e 11 molhos, além de<br />

saladas e grelhados, mas as pizzas<br />

continuam sendo o carro-chefe.<br />

201 Sul, 209 Norte, Deck Brasil,<br />

Terraço Shopping e Gilberto Salomão<br />

(3322.1234) CC: Todos<br />

23


oteirogastronômico<br />

MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTES DELIVERY MANOBRISTA<br />

ESPAÇO VIP ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO BANHEIRO PARA DEFICIENTE<br />

CARTÕES DE CRÉDITO: CC / VISA: V / MASTERCARD: M / AMERICAN EXPRESS: A / DINERS: D / REDECARD: R<br />

Fortunata<br />

Querubina<br />

Variado cardápio de pizzas, massas<br />

e grelhados especiais. Além do mais<br />

gelado chopp do Lago Sul. Sugestões:<br />

Risoto de Camarão e o Fetuccine Thais.<br />

Delivery para o Lago Sul.<br />

www.fortunatapizza.com.br.<br />

QI 9 Lago Sul<br />

(3364.6111)<br />

PIZZARIAS<br />

A grande responsável pelo<br />

sucesso da casa é a pizza<br />

margueritta gourmet. Trabalha<br />

com rodízio, às 2 as e 3 as , <strong>R$</strong> 24<br />

por pessoa, com mais de 30<br />

deliciosos sabores. Excelente carta<br />

de vinhos nacionais e importados.<br />

308 Sul (3443.8777)<br />

CC: Todos<br />

Viçosa Cantina & Pizza<br />

À noite, rodízio de pizzas tradicionais<br />

e especiais, de 3ª a 5ª: <strong>R$</strong> 15,<strong>90</strong><br />

(individual). No almoço Prime,<br />

grelhados, risotos, massas e saladas,<br />

a partir de <strong>R$</strong> 15,<strong>90</strong>. Às 6 as , exclusiva<br />

Paella Marinera Viçosa (<strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong>).<br />

404/5 Sul (3223.2824)<br />

CC: A, V, C<br />

Feitiço Mineiro<br />

PIZZARIAS<br />

Pizza César<br />

Asa Norte (3347.0999)<br />

Guará (3567.3030)<br />

Sudoeste (3341.1001)<br />

Taguatinga (3352.0500)<br />

Sobradinho (3487.6262)<br />

Lago Sul (3366.3505)<br />

Asa Sul (3242.2221)<br />

Gama (3384.0202)<br />

REGIONAIS<br />

A culinária de raiz das Minas Gerais<br />

e uma programação cultural que<br />

inclui músicos de renome nacional e<br />

eventos literários. Diariamente, buffet<br />

com oito a nove tipos de carnes.<br />

Destaque para a leitoa e o pernil à<br />

pururuca, servidos às 6 as e domingos.<br />

www.restauranteseverina.com.br<br />

306 Norte (3272.3032)<br />

CC: Todos<br />

Severina Feijão Verde<br />

Após 26 anos em Brasília, o<br />

restaurante Feijão verde da Asa<br />

Sul muda de nome, decoração,<br />

cardápio, mas mantém a tradição e<br />

a qualidade. Carne de sol, baião de<br />

2x2, arrumadinho, escondidinho,<br />

bode e beiju recheados. É só<br />

escolher!<br />

201 Sul (3224-6362)<br />

CC: V, M, Amex, D<br />

Saborella<br />

SORVETERIA<br />

Sorvetes com sabores regionais e<br />

tecnologia italiana são a especialidade<br />

da casa. Os mais pedidos: tapioca,<br />

cupuaçu, açaí e frutas vermelhas. Na<br />

varanda, pode-se apreciar café bem<br />

tirado e fresquinho, acompanhado de<br />

tapiocas quentinhas.<br />

112 Norte (3340.4894)<br />

CC: Todos<br />

24


diáriodeviagem<br />

Degustand<br />

Cinco dias de “enoturismo” na principal região viní<br />

POR BETH ALMEIDA<br />

Depois de experimentar os vinhos<br />

da região francesa da Borgonha, no ano<br />

passado, o enólogo Marcos Medeiros<br />

reservou este ano para conhecer os de<br />

Mendoza, na Argentina. Em cincos dias<br />

ele visitou 11 vinícolas da cidade e<br />

vizinhanças. O resultado foi “o prazer<br />

de conhecer não só os rótulos que não<br />

chegam ao Brasil, mas também as<br />

novidades que vêm por aí”. Até então,<br />

ele só tinha referências da Doña Paula,<br />

mas pôde contar com a competência de<br />

um excelente guia, Jose Manent, cujo<br />

conhecimento o surpreendeu: tinha na<br />

agenda todas as bodegas da região e seus<br />

contatos.<br />

Logo no primeiro dia o enólogo, que<br />

trabalha na filial brasiliense da Gran<br />

Cru e é responsável pela adega da<br />

pizzaria Baco da Asa Norte, conheceu<br />

quatro vinícolas da região: a já citada<br />

Doña Paula, em Ugarteche, aos pés da<br />

pré-Cordilheira dos Andes, distante 30<br />

minutos de Mendoza; a Sottano, que<br />

tem um trabalho inovador com a uva<br />

cabernet sauvignon; a Cavas Wines<br />

Lounge, que é também restaurante; e a<br />

Catena Zapata, pioneira na inserção do<br />

vinho argentino no mercado mundial.<br />

“A Cavas Wines Lounge é um<br />

ambiente maravilhoso, com espaço<br />

também para hospedagem”, relata<br />

Medeiros. O restaurante fica no meio de<br />

uma plantação de uvas bonarda, onde os<br />

clientes são recebidos com cachos sobre<br />

a mesa. Na Catena Zapata, ele ficou<br />

encantado com a construção em forma<br />

de pirâmide, em meio a um deserto<br />

onde encontrou a brasileira Ana Karina,<br />

que vive em Mendoza há uma ano e<br />

meio e gerencia o atendimento turístico<br />

da bodega.<br />

“Lá, adorei experimentar o D.V.<br />

Zapata, que não está disponível no<br />

mercado brasileiro”, revela. O nome é<br />

homenagem a Domingos Vicente Zapata,<br />

pai de Nicolas Zapata, responsável pela<br />

vinícola que também já homenageou a<br />

mãe, Angélica Zapata, este último um<br />

rótulo muito apreciado pelos brasileiros.<br />

A EXPEDIÇÃO PROSSEGUIU no dia<br />

seguinte na Fabre Montmayou, uma<br />

“bodega- boutique”, como dizem os<br />

argentinos, com pouca produção e<br />

ótima qualidade dos vinhos varietais,<br />

como o Infinitus, da Patagônia. O dia<br />

continuou com uma velha conhecida<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

26


o Mendoza<br />

cola da Argentina, aos pés da Cordilheira dos Andes<br />

dos brasileiros, a Alta Vista, que,<br />

além dos vinhos ligeiros, está com uma<br />

produção de vinhos reserva considerada<br />

“interessante” pelo nosso enoturista:<br />

“Me encantou também a história da<br />

reconstrução da bodega, depois que<br />

foi adquirida por um grupo francês,<br />

na década de 70: tudo foi aproveitado,<br />

até os barris, utilizados no piso e nos<br />

portões”.<br />

Ainda no segundo dia de visitas,<br />

Medeiros gostou de conhecer Carmelo<br />

Patti, cuja bodega e vinhos levam seu<br />

nome. “É uma excelente pessoa, muito<br />

alegre, que recebe os visitantes na<br />

entrada do galpão, sempre falando alto<br />

e com uma disposição de garoto de 16<br />

anos”, elogia. Além do Carmelo Patti,<br />

a vinícola produz ainda o Casa de<br />

Condes, “muito agradável ao paladar”.<br />

De lá, Medeiros e seu guia seguiram<br />

para a Cavas Weinert, cujos proprietários<br />

são brasileiros, e depois para a Lagarde,<br />

da família Pescarmona, muito conhecida<br />

na Argentina pelos excelentes vinhos, de<br />

varietais a um branco feito com uvas<br />

semillon da safra 1944, uma “relíquia”<br />

que custa em torno dos 800 pesos<br />

argentinos (cerca de <strong>R$</strong> 600).<br />

PARA FECHAR COM CHAVE DE OURO<br />

o passeio, o guia Jose Manent levou<br />

Medeiros para conhecer, no último<br />

dia, a Familia Reina e a Enrique Foster.<br />

“Experimentei não só os rótulos básicos<br />

das duas vinícolas como também os tops<br />

de linha, como o Pasionado, da Família<br />

Reina, e o Enrique Foster Reserva<br />

Limitada, da bodega do mesmo nome.<br />

A Enrique Foster trabalha com a cepa<br />

Malbec, e lá pude conhecer o Firmado,<br />

um dos melhores vinhos que tomei na<br />

viagem e que deve ser lançado, na<br />

Argentina e também no Brasil, a partir<br />

do final deste ano”, informa Medeiros,<br />

em primeira mão.<br />

Como ninguém é de ferro, nosso<br />

viajante assume que teve que reservar<br />

o quarto dia para descansar. No quinto<br />

dia, como despedida, aceitou um convite<br />

do enólogo Mauricio Lorca, criador do<br />

Firmado e que tem sua própria vinícola,<br />

além de prestar consultoria à Enrique<br />

Foster. “Fui ao Restaurante La Salla,<br />

onde os vinhos são da bodega de Lorca,<br />

e adorei, claro”. A viagem foi rápida mas<br />

produtiva, segundo Medeiros, cujas<br />

incursões pelo “enomundo” não vão<br />

parar por aí. Ele já planeja visitar, no<br />

próximo ano, a Espanha e o Chile.<br />

27


graves&agudos<br />

Entre amigos<br />

Os cariocas Los Hermanos e Moptop na festa<br />

do brasiliense Móveis Coloniais de Acaju<br />

mais quando é um show depois do<br />

outro. Acorda às cinco da manhã,<br />

dorme duas horas, vai prum lugar,<br />

aí dorme mais três horas de dia, o<br />

que não vale nem meia hora da noite,<br />

come comida estranha...” – justifica o<br />

guitarrista e vocalista Rodrigo Amarante.<br />

Em 2007, a banda começa a se<br />

preparar para o quinto disco, que deve<br />

ser lançado no segundo semestre.<br />

Até lá, os fãs podem se distrair com a<br />

coletânea 99-05, da série Perfil, que<br />

acabou de ser lançada. O disco cobre<br />

toda a breve carreira da banda, de<br />

Anna Júlia a Condicional, passando por<br />

pérolas como Casa Pré-Fabricada e<br />

Todo Carnaval Tem Seu Fim.<br />

Los Hermanos: chegando ao final de um ano e meio de turnê pelo Brasil, Argentina e Europa<br />

POR EDUARDO OLIVEIRA<br />

Exatamente um mês antes do Natal,<br />

a banda Móveis Coloniais de Acaju<br />

dá um belo presente para o público<br />

brasiliense: a quarta edição da festa<br />

Móveis Convida. As atrações principais<br />

são os sempre bem-vindos Los Hermanos<br />

e a novidade Moptop. Gilbertos Come<br />

Bacon, vencedora de uma seletiva com<br />

27 outros grupos, e Lafusa, lançando<br />

seu primeiro CD, fazem os shows<br />

de abertura.<br />

Los Hermanos dispensa apresentação.<br />

Influência assumida no som de Moptop,<br />

Móveis e Lafusa, a banda faz em Brasília<br />

um dos últimos shows da turnê do disco<br />

“4” – que, coincidência ou não, passou<br />

quatro vezes por Brasília e ainda<br />

consegue arrancar do público a mesma<br />

reação apaixonada.<br />

Depois de mais de um ano e meio de<br />

shows sem parar, a turnê, que rodou o<br />

Brasil e passou pela Europa e Argentina,<br />

termina em dezembro. O descanso é<br />

necessário. “A gente tenta diminuir o<br />

baque, mas tem uma hora que não dá<br />

jeito. Como se fosse um circo, ainda<br />

A ÚNICA ATRAÇÃO INÉDITA em Brasília<br />

é o também carioca Moptop. Recémingressada<br />

no mainstream, lançando<br />

seu primeiro disco pela Universal, a<br />

banda aparece na cidade pela primeira<br />

vez. “Já tivemos convites, mas nenhum<br />

cobria nossos custos para ir até Brasília”,<br />

diz Gabriel Marques, guitarrista,<br />

vocalista e autor das músicas. “A gente<br />

conheceu o pessoal do Móveis num<br />

festival e ficou muito parceiro deles”.<br />

A amizade rendeu o convite para o show.<br />

As comparações com bandas como<br />

Strokes, Franz Ferdinand e Los Hermanos<br />

não incomodam Gabriel. “A gente é da<br />

mesma geração dessa galera. Se for pegar<br />

meus discos, em geral são os mesmos<br />

do Marcelo Camelo (Los Hermanos) e<br />

do Julian Casablancas (Strokes). Cada<br />

banda tem uma interpretação diferente<br />

desse som, ninguém está copiando<br />

ninguém”.<br />

O show deve ter o mesmo repertório<br />

do CD de estréia, produzido por Chico<br />

Neves (Paralamas, Skank, Los Hermanos).<br />

São 12 músicas – três inéditas e nove<br />

28


FOTOS: DIVULGAÇÃO<br />

regravações da demo Moonrock, de<br />

2004. “Tínhamos umas 30 músicas<br />

para escolher, mas sentimos que a demo<br />

tinha canções muito fortes, que as<br />

pessoas cantavam nos shows, e queríamos<br />

gravá-las com uma qualidade melhor.<br />

Mas quisemos incluir também algumas<br />

inéditas. A gravadora deu carta branca<br />

para a gente fazer o que quisesse”.<br />

Apesar de estarem na estrutura de<br />

uma grande gravadora, os integrantes<br />

do Moptop ainda não vivem de música.<br />

Todos têm empregos paralelos. “A gente<br />

ainda não ganha dinheiro com música.<br />

Mas, pelo menos, de um ano para cá a<br />

gente não tem tido que gastar dinheiro<br />

com a banda”, comemora Gabriel.<br />

Moptop é a prova de que a internet<br />

pode levar uma banda longe. “Nossa<br />

demo teve uns 40, 50 mil downloads”.<br />

O site do grupo (www.moptop.com.br),<br />

feito pelo próprio Gabriel, ganhou o<br />

prêmio de melhor website no VMB<br />

2005, premiação da MTV. O crescente<br />

sucesso levou a banda a abrir shows para<br />

gente como Iggy Pop, Sonic Youth,<br />

O Moptop se apresenta pela<br />

primeira vez em Brasília<br />

Placebo e Oasis. “O melhor de abrir<br />

para o Oasis foi o dia que a gente passou<br />

com eles, pudemos trocar uma idéia<br />

com os caras”. Abrir para uma das<br />

maiores bandas do mundo não é fácil,<br />

admite Gabriel. “Havia 15 mil pessoas<br />

esperando por outra banda, a gente<br />

achava até que ia ser vaiado. Mas a<br />

maior parte da platéia adorou nosso<br />

show. Os caras do Oasis também<br />

gostaram, vieram falar com a gente,<br />

pediram camisa da banda”.<br />

Os anfitriões Móveis Coloniais de<br />

Acaju fecham a noite, à 1h50. Os dez<br />

integrantes da banda fazem mais um de<br />

seus animados e performáticos shows,<br />

tocam músicas novas e lançam o clipe de<br />

Seria o Rolex.<br />

Móveis Convida<br />

25/11, às 21h, no Centro Comunitário da UnB<br />

Ingressos a <strong>R$</strong> 15 (antecipado) e <strong>R$</strong> 20<br />

Pontos de Venda: A Loja.com (Park e<br />

Brasília Shopping), Kingdom Comics<br />

(Conic), Chilli Beans (Park e Taguatinga<br />

Shopping, Pátio Brasil e Pier 21), Balaio<br />

Café (201 Norte) e UnB (Ceubinho)<br />

29


queespetáculo<br />

Batuque da<br />

Luluzinha<br />

Ao contrário de<br />

suas congêneres<br />

européias, a<br />

Batala brasiliense<br />

é só das mulheres<br />

POR SUSAN FARIA<br />

FOTOS JUAN PRATGINESTÓS<br />

Bonitas, altivas e vibrantes. São<br />

150 mulheres que, por algumas horas,<br />

esquecem os afazeres de casa e os<br />

problemas do cotidiano. Colocam<br />

roupas leves, tornezeleiras, bonés e vão<br />

tocar surdos, dobras, repiques e caixas,<br />

no gramado próximo à Funarte, no<br />

Eixo Monumental, todos os sábados,<br />

das 10 às 13h. “Amo percussão. Aqui,<br />

a gente esquece do mundo e incorpora<br />

música”, diz Rayana Lima, 26 anos,<br />

brasiliense, professora de Educação<br />

Física, integrante do grupo Batala<br />

(a pronúncia é Batalá).<br />

Os ensaios da banda, onde só entra<br />

mulher com mais de 18 anos de idade,<br />

vão se intensificar, com encontros<br />

também nas tardes de sábado, no<br />

mesmo local, e nas manhãs de domingo,<br />

saindo da 110 Norte em direção ao<br />

Eixão. Isso porque a Batala precisa<br />

ganhar fôlego para enfrentar cinco horas<br />

de caminhada e batuque, dia 11 de<br />

janeiro, em Salvador. Pela segunda vez,<br />

30


o bloco Orixalá – criado especialmente<br />

para o Batala – vai puxar cerca de 200<br />

mil foliões, do Mercado Central à Igreja<br />

do Bonfim, na capital baiana, durante a<br />

festa da lavagem das escadarias do<br />

Bonfim.<br />

A excursão de 120 das 150<br />

integrantes do Batala sairá dia 6 de<br />

janeiro para Salvador, cidade onde os<br />

instrumentos da banda são fabricados<br />

por comunidades carentes. No ano<br />

passado, o Orixalá empolgou os foliões,<br />

inclusive com um jegue puxando o carro<br />

de apoio. “Agüentar até o final, subindo<br />

aquelas ladeiras, não é fácil”, conta<br />

Brunna Simões Ungarelli, 28 anos,<br />

engenheira florestal, na banda desde<br />

o início, há três anos. “A Batala<br />

proporciona uma terapia ativa, onde<br />

ocupamos o tempo com atividades<br />

saudáveis”.<br />

Como juntar percussionistas<br />

experientes com as novatas, que não<br />

tiveram contato com o instrumento?<br />

“A filosofia é de união, de passar<br />

informações e exercer a paciência”,<br />

diz Brunna, coordenadora de um dos<br />

pelotões da Batala (cada pelotão tem<br />

15 mulheres). Segundo ela, outras 80<br />

mulheres estão na fila para entrar na<br />

banda, mas antes precisam assistir a pelo<br />

menos quatro ensaios, seguir normas e<br />

se responsabilizar pelo instrumento que<br />

irão tocar.<br />

A BATALA SURGIU NA FRANÇA, em 1997,<br />

com brasileiros e estrangeiros tocando<br />

percussão, por iniciativa do compositor<br />

baiano Giba Gonçalvez. Hoje, já são 600<br />

integrantes da Batala na França, Bélgica,<br />

Espanha, País de Gales, Inglaterra e<br />

Brasil, mas só aqui a banda é composta<br />

apenas por mulheres. Os grupos, que já<br />

realizaram três encontros mundiais (um<br />

em Liverpool, na Inglaterra, e dois em<br />

La Rochelle, na França), vão se<br />

apresentar juntos novamente em<br />

Brasília, mas só em setembro de 2008.<br />

A Batala brasiliense, dirigida por<br />

Paulo Garcia, completou três anos em<br />

setembro e tem feito sucesso em festivais,<br />

provas esportivas, casamentos, congressos<br />

de profissionais, boates e festas públicas<br />

e particulares. Esteve na Fête de la Musique,<br />

em Paris, na França, gravou o CD<br />

Batucando, com composições de Giba<br />

Gonçalvez, e lançará um novo CD este<br />

ano. Tem página na internet e sede na<br />

410 Norte. Ninguém paga para entrar no<br />

grupo, que tem mulheres de várias<br />

idades e profissões, desde estudantes a<br />

psicólogas, médicas, dentistas, oficiais de<br />

justiça e empregadas domésticas.<br />

Há dois meses, a capixaba Bianca<br />

Légora, 34 anos, artista plástica, entrou<br />

no grupo, fez amizades e suspendeu a<br />

terapia. Segundo ela, é necessário ter<br />

condicionamento físico e dedicação para<br />

tocar. “É um projeto bonito, em que não<br />

recebemos nada pronto. A gente compra<br />

material, corta, lixa, cuida. A gente se<br />

descontrai, se dedica e se integra”,<br />

comenta Naiara Batista, 23 anos,<br />

musicóloga, moradora de Sobradinho.<br />

Vilma Lincoln, 57 anos, dois filhos,<br />

um neto, moradora do Guará, conheceu<br />

o Batala durante as comemorações de 7<br />

de setembro, e confessa: “Fiquei<br />

apaixonada, vibrei, é uma energia<br />

fantástica”. Hoje, as paixões de Vilma<br />

são a motocicleta e a Batala, à qual se<br />

integrou e se entregou junto com a filha,<br />

Daniela Cristina.<br />

Batala<br />

Apresentações aos sábados, das 10 às 13h,<br />

no gramado da Funarte (Eixo Monumental,<br />

próximo à Torre de TV)<br />

Mais informações: www.batala.com.br<br />

31


queespetáculo<br />

A magia dos<br />

pas-de-deux<br />

Superprodução brasiliense monta o clássico Don Quixote<br />

DA REDAÇÃO<br />

Uma coreografia que dá grande<br />

liberdade de expressão aos bailarinos,<br />

levando-os a demonstrar sensualidade,<br />

em movimentos vivos e divertidos. Estas<br />

são algumas das características do balé<br />

Don Quixote, um dos mais conhecidos da<br />

lavra do lendário coreógrafo Marius<br />

Petipa, criador da escola russa de balé.<br />

Uma adaptação essencialmente<br />

brasiliense chega agora ao palco da Sala<br />

Villa-Lobos, apresentada pelo Ballet<br />

Norma Lillia Biavaty, reunindo 550<br />

participantes e os convidados especiais<br />

Carla Amâncio e André Valadão, dois<br />

dos mais importantes solistas da dança<br />

clássica no Brasil.<br />

Don Quixote leva para o palco um<br />

recorte do romance de Miguel de<br />

Cervantes, eleito, em 2002, por uma<br />

comissão internacional de críticos, a<br />

melhor obra de ficção da literatura<br />

mundial. Em 1869, o grande coreógrafo<br />

francês Marius Petipa, responsável pelo<br />

apogeu do balé clássico russo,<br />

mergulhou na história do Cavaleiro da<br />

Triste Figura. O resultado foi uma<br />

criação que explora a sensualidade e a<br />

vivacidade da cultura espanhola, numa<br />

coreografia solta e descontraída. Os<br />

pontos altos são os pas-de-deux, uma<br />

especialidade de Petipa.<br />

Aqui em Brasília, Don Quixote<br />

promete ser uma superprodução, com<br />

cenários e figurinos inéditos de<br />

Genillson de Pulcinely. Para o casal de<br />

protagonistas, Kitri e Basílio, haverá<br />

revezamento: nas sessões noturnas, os<br />

intérpretes serão os bailarinos<br />

convidados Carla Amâncio e André<br />

Valadão; nas sessões vespertinas,<br />

Adriana Palowa e Herlon Franklin.<br />

Representando a prata da casa, Adriana<br />

e Herlon viverão, à noite, os solistas<br />

Mercedez e Espada, ao lado de Tayra<br />

Silva, Manuela Leite, Maria Maciel,<br />

Juliana Brito e Thuany Campbell.<br />

Don Quixote marca a estréia em<br />

papéis de destaque da bailarina Karla<br />

Maria Amaral, de apenas 15 anos. E o<br />

elenco se completa com uma bailarina<br />

especialmente convidada por Norma<br />

Lillia: Andréa Velasco, formada pela<br />

Academia, de onde saiu para ingressar<br />

com louvor na Escola do Teatro Bolshoi<br />

e no próprio Teatro Bolshoi, em<br />

Moscou.<br />

O balé Don Quixote foi criado pelo<br />

compositor Ludwig Minkus, inspirado<br />

na obra homônima de Miguel de<br />

Cervantes Saavedra. O espetáculo<br />

estreou em 26 de dezembro de 1869,<br />

no Teatro Bolshoi, pelo Ballet<br />

Imperial, com coreografia de Marius<br />

Petipa e Alexander Gorsky. Leva para<br />

a cena o universo hispânico, uma das<br />

paixões do grande Petipa. Animados<br />

cavaleiros e espevitadas senhoritas<br />

surgem em situações perfeitas para<br />

o coreógrafo criar alguns dos mais<br />

extraordinários pas-de-deux da<br />

história do balé. Em cena está<br />

um recorte da história do<br />

Cavaleiro da Triste Figura.<br />

No balé, uma parte da<br />

história de Don Quixote é contada em<br />

três atos. O grande personagem aparece<br />

logo no prólogo, envolto em alucinações.<br />

É quando decide se atirar à aventura ao<br />

lado do fiel escudeiro Sancho Pança.<br />

Don Quixote<br />

2 e 3/12, às 15 e 20h, na Sala Villa-Lobos do<br />

Teatro Nacional. Ingressos a <strong>R$</strong> 40 e <strong>R$</strong> 20.<br />

DAMARIS VALADÃO<br />

32


verso&prosa<br />

O cronista do<br />

subúrbio<br />

Aldir Blanc<br />

amplifica em<br />

crônicas suas<br />

antológicas<br />

letras da MPB<br />

DIVULGAÇÃO<br />

POR RICARDO PEDREIRA<br />

O Aldir Blanc<br />

letrista da MPB todo<br />

mundo conhece.<br />

O cara é fera e são<br />

antológicas suas<br />

parcerias com João<br />

Bosco e tantos<br />

outros. Faz fina poesia sobre band-aid<br />

no calcanhar, no mundo do subúrbio<br />

do Rio de Janeiro, onde sambas, boleros<br />

e marchas-rancho nos levam a sonhar<br />

com uma tarde de amor em Paquetá.<br />

Mas é um prazer também conhecer<br />

o Aldir Blanc cronista, que há muito<br />

tempo publica textos na imprensa.<br />

Ele já tem alguns livros na praça e<br />

agora reuniu boa parte das crônicas<br />

no Rua dos Artistas e Transversais.<br />

Aquele Aldir das músicas aqui no<br />

livro vai fundo no subúrbio carioca, com<br />

histórias da década de 50, quando o<br />

autor era criança, o Vasco tinha um<br />

timaço e as moças não davam na<br />

primeira. Tudo regado a muita cerveja,<br />

Underberg e o humor escrachado das<br />

conversas de botequim.<br />

Tem alguma coisa de Nelson<br />

Rodrigues – talvez o lirismo das coisas<br />

miúdas e patéticas do dia-a-dia. E tem<br />

bastante de Stanislaw Ponte Preta, como<br />

as viúvas e desquitadas boazudas que<br />

deixam babando os marmanjos da rua.<br />

Sabe aquele filme do Fellini, o<br />

Amarcord? Uma pequena cidade, um<br />

núcleo familiar, os agregados e<br />

recordações de cenas impagáveis. Um<br />

mundo poético e engraçado que ficou<br />

para trás e que adoramos cultivar. O<br />

livro do Aldir é um “Amarcord” da<br />

Tijuca, da Vila Isabel. Um pouco mais<br />

apimentado, é verdade.<br />

Vai aqui uma palinha, na crônica<br />

que leva o sugestivo nome de Fimose<br />

de Natal, e que abre o livro, com o Aldir<br />

apresentando logo suas credenciais.<br />

Começa pela epígrafe:<br />

“Conto (do vigário) inspirado na<br />

famosa frase de Moisés:<br />

– Neste Natal, a Ceia está mais pra<br />

fimose do que pra piru.<br />

Ano da Graça de 1954”.<br />

E segue na abertura da crônica:<br />

“ ... A data magna da Cristandade!<br />

Dona Cotinha ensinava Natal,<br />

presépio e outras presepadas pra um<br />

bando de meninos assustados no<br />

interior da Igreja Santo Afonso.<br />

Bom, magna eu não sabia mesmo o<br />

que era, data era o que a gente escrevia<br />

depois do nome no minuto terrível que<br />

antecedia à prova parcial, e cristandade...<br />

uma espécie de estádio do Vasco, meu<br />

time: fica numa colina, cabe uma porção<br />

de gente e é melhor ter carteira de<br />

sócio”.<br />

E vai por aí afora. Os personagens<br />

das crônicas acabam virando amigos do<br />

leitor. Entre tantos outros, Waldyr<br />

Iapetec, Lindauro (“boçal, mas tinha o<br />

coração do tamanho de um bonde”) e<br />

Isolda, pequena, de cabelos até a cintura,<br />

sempre vestida numa saia justa preta e<br />

que sorria com facilidade. As avós, tias e<br />

mães não se conformavam com a<br />

presença daquele pedacinho de mau<br />

caminho. Em pleno ato, sem se importar<br />

com a vizinhança, a moça gemia para o<br />

canalha do Rodolfo:<br />

– Diz que sou sua gazelazinha, diz!<br />

– Toma, sua vaca!<br />

– Você diz isso a todas!<br />

Mulher possessiva é assim mesmo, é<br />

o que nos ensina Aldir Blanc. Nesses<br />

tempos infelizes do politicamente<br />

correto, nada como chutar o pau da<br />

barraca e dar umas boas risadas. Na<br />

orelha do livro, Fausto Wolff diz que<br />

Aldir “consegue projetar em seus<br />

personagens – bêbados, prostitutas,<br />

pandeiristas de fim de semana,<br />

funcionários públicos e domésticas – a<br />

sua filosofia de vida: o tempo é breve<br />

demais e por isso devemos aproveitar a<br />

beleza que está em tudo se tivermos<br />

olhos para vê-la”. Falou e disse – como<br />

se dizia antigamente.<br />

Rua dos Artistas e Transversais<br />

Aldir Blanc<br />

Editora Agir – 432 páginas – <strong>R$</strong> 49<br />

33


dia&noite<br />

FOTOS: DIVULGAÇÃO<br />

ingenuamentebrasileiro<br />

O artista plástico Rocha Maia, que em setembro<br />

teve duas de suas telas premiadas na Bienal<br />

Naïfs do Brasil, em Piracicaba, faz sua primeira<br />

exposição individual na cidade. Um Olhar<br />

Ingenuamente Brasileiro começa dia 20 e vai até 1º<br />

de dezembro, na Faculdade Michelangelo. Nascido<br />

no Rio de Janeiro mas morador de Brasília há 28<br />

anos, Rocha Maia diz gostar do estilo naïf porque<br />

sempre permite que o artista conte uma história.<br />

Ou várias. As suas estão contadas nas telas expostas<br />

na faculdade, que fica no Shopping Venâncio 2000.<br />

DÉBORA AMORIM<br />

oqueénormal?<br />

Algumas respostas à pergunta estão<br />

no trabalho de 60 artistas brasileiros e<br />

estrangeiros que aceitaram o desafio de refletir<br />

sobre a convivência, tolerância e respeito às<br />

diferenças. A exposição integra o Festival<br />

Brasileiro Além dos Limites, um projeto da<br />

Funarte com apoio das Loterias da Caixa.<br />

Artemio Filho, Lívia Moura, Isabela Lira<br />

(foto), Andréa Brown e Izidorio Cavalcanti<br />

estão entre os artistas convidados. A exposição<br />

fica no Espaço Ecco até 13 de dezembro e abre<br />

o FotoArte 2006. SCN, Quadra 3, Bloco C,<br />

Asa Norte. Informações: 3327.2027.<br />

nasceaassom<br />

Um show com mais de cem músicos da<br />

cidade marcou a criação da Associação dos<br />

Músicos do DF e Entorno, no último dia 12.<br />

Com muita disposição e energia, a Assom<br />

pretende defender os interesses dos músicos<br />

profissionais da cidade e criar um mercado<br />

de trabalho para tanta gente boa. Da diretoria<br />

colegiada fazem parte Eduardo Rangel, Janette<br />

Dornellas, Rênio Quintas, Tino Freitas, Indiana<br />

e muitos outros. Vida longa à Assom!<br />

arteurbana<br />

O artista plástico goiano<br />

G. Fogaça expõe seu trabalho na<br />

Galeria de Arte da Casa Thomas<br />

Jefferson até 15 de dezembro.<br />

De acordo com o jornalista<br />

Edwaldo Pacote, “o cavalete de<br />

Fogaça é uma janela de onde ele<br />

contempla a cidade sem participar<br />

de suas grandezas nem de suas<br />

misérias”. Com largas pinceladas,<br />

cores fortes e harmoniosas, Fogaça<br />

“registra, sem comentários, o<br />

cotidiano das grandes cidades”.<br />

De segunda a sexta, das 9 às 21h.<br />

Sábado, das 9 às 12h.<br />

arranjosflorais<br />

Depois que o mestre japonês Tetsunori Kawana passou pela cidade ensinando sua arte, aumentou ainda mais o interesse<br />

dos brasilienses por arranjos florais. Agora é a vez do Senac, da 915 Norte, que abre curso para quem quiser aprender<br />

a arte de transformar flores, galhos e plantas em arranjos que enfeitam a casa e relaxam a alma. O Curso de Arte Floral<br />

será dado pela florista Clarice Valente, entre 20 de novembro e 1º de dezembro, e custa <strong>R$</strong> 189. Informações: 3347.6684.<br />

34


FOTOS: DIVULGAÇÃO<br />

novagaleria<br />

Com um acervo de mais de nove mil obras de arte, Brasília<br />

ganhou mais um espaço para revelar seus talentos nas<br />

artes plásticas. É a filial da Galeria Errol Flynn, cuja sede<br />

fica em Belo Horizonte. O novo espaço tem 770 metros<br />

quadrados e está inserido no Península Shopping do Lago<br />

Norte. No acervo, trabalhos de Antônio Poteiro (foto), Sérgio<br />

Telles, Enrico Bianco, Carlos Bracher, Flávio Tavares, Yara<br />

Tupinambá, Júlio Hübner e muitos outros. SHIN, CA 1, Bloco<br />

B, lojas 83 a 91, Lago Norte. Informações: 3468. 4775.<br />

jogodecinema<br />

Já que novembro acabou virando o mês do cinema na cidade, o<br />

Jogo de Cena vem embalado no mesmo tema. No programa,<br />

a exibição de dois curtas produzidos em Brasília e a que o<br />

público teve poucas chances de assistir: À Espera da Morte,<br />

da Cia. de Comédia Os Melhores Mundo, e Sinistro, de<br />

René Sampaio, vencedor do Festival de Cinema de 2000.<br />

Além disso, haverá brincadeiras em torno do tema do mês:<br />

identifique a trilha e repita a cena (cenas de filmes famosos<br />

para o público imitar). Teatro da Caixa, dia 22, às 20h30.<br />

Ingressos a <strong>R$</strong> 20 e <strong>R$</strong> 10. www.jogodecena.com.br<br />

terçascult<br />

As bandas brasilienses Capitão do Cerrado,<br />

Zamaster, Lafusa e Beto Só vão agitar a quinta<br />

e última edição do ano do projeto Terças Cult<br />

da Funarte. O show será dia 21, às 20h, na<br />

Sala Cássia Eller. Ingressos a <strong>R$</strong> 4 e <strong>R$</strong> 2, à<br />

venda somente na bilheteria. Informações:<br />

3274.5883 ou pelo www.cult22.com.<br />

vergba<br />

“A situação de um jovem infeliz é comparável<br />

à de um prisioneiro no campo de concentração”.<br />

A frase, escrita pelo filósofo Roland Barthes em seu<br />

livro Fragmentos de um Discurso Amoroso, serve<br />

de inspiração para o texto da peça Vergba. Em<br />

cartaz na Casa d’ Itália até o dia 26, tem direção de<br />

Similião Aurélio, que faz sua estréia como autor.<br />

Trata-se da história de cinco amigos que, de uma<br />

hora para outra, são convocados para ir à guerra.<br />

É hora de pensar, então, na possibilidade da morte<br />

e no sentido da vida. Sexta e sábado, às 21h, e<br />

domingo, às 20h. Ingressos a <strong>R$</strong> 20 e <strong>R$</strong> 10.<br />

engelsespíritosej.j.jackson<br />

Essa dobradinha é um tanto quanto imperdível. O cantor e<br />

gaitista Engels Espíritos comemora<br />

15 anos de carreira lançando seu<br />

segundo CD, o Faces da Gaita.<br />

O show tem ninguém menos<br />

que J.J.Jackson como convidado<br />

especial. O cantor norte-americano<br />

radicado no Brasil é um dos maiores<br />

intérpretes de blues e já dividiu<br />

palco com artistas como B. B. King.<br />

O brasiliense Engels Espíritos<br />

inclui no repertório do segundo CD<br />

composições de baião, rock, jazz, salsa e até samba. Dia 2<br />

de dezembro, no Pátio Brasil, às 19h. Entrada franca.<br />

écor-de-rosa-choque<br />

As meninas roqueiras da cidade, quem diria, terão um festival só para<br />

elas. Trata-se do Rock'n'Girls, que abriga estilos de todas as tribos,<br />

desde o pop e hardcore até o punk, indie e metal. Será entre 19 a 26<br />

de novembro, no Bar Zona Alternativa. As portas serão abertas às<br />

16h. e os shows começam às 17h, com entrada franca. No repertório,<br />

clássicos das “coroas” Rita Lee e Janis Joplin, mas também das mais<br />

caçulas, como Fernanda Takai, do Pato Fu, e Shirley Manson, do<br />

Garbage. Por incrível que pareça, em pleno século XXI, as mulheres<br />

roqueiras ainda se queixam de discriminação. Entre as bandas<br />

escaladas para o festival estão: Cassandras,<br />

Disforme, La Paliza, Breena<br />

e Hello Crazy People. O<br />

bar fica na Associação<br />

Casa do Maranhão<br />

(atrás do Colégio<br />

Notre Dame), 914 Sul.<br />

Informações:<br />

www.rockngirls.com<br />

35


asiliensedecoração<br />

Cristininha<br />

Bom Demais<br />

FOTOS ARQUIVO PESSOAL<br />

A banqueteira que<br />

lançou para o<br />

sucesso, em seu<br />

restaurante, artistas<br />

consagrados como<br />

Raimundos, Zélia<br />

Duncan e Cássia Eller<br />

POR VICENTE SÁ<br />

O compositor maranhense João do Vale<br />

recomendava atenção com os apelidos,<br />

alertando que eles, na maioria das vezes,<br />

traduzem algo do apelidado. Assim, vamos<br />

atentar para Cristininha Bom Demais, ou<br />

Ana Cristina Roberto, essa mineirinha de<br />

Abaeté que namora Brasília há quase 40<br />

anos e para quem a vida é luta renhida,<br />

mas é um trem bom demais. A um só<br />

tempo atriz, agitadora cultural, mãe de<br />

quatro filhos, dona de um buffet que<br />

emprega mais de 60 pessoas, essa mulher<br />

pequena e decidida parece nunca se cansar<br />

de fazer e acontecer, sempre carregando<br />

consigo esse apelido herdado de seu<br />

empreendimento mais famoso, o saudoso<br />

bar e restaurante Bom Demais.<br />

Quando chegou à Capital Federal, mais<br />

precisamente à Asa Norte, em 1967, todo o<br />

comércio desse lado da city estava instalado<br />

em barracos. Os minutos eram contados<br />

em marteladas e tijolos das construções, e<br />

os meninos e meninas ainda podiam jogar<br />

36


finca e bola de gude, soltar pipa e sonhar<br />

em voz alta pelas ruas. Foi nesse tempo<br />

que Cristina começou a cultivar sua<br />

paixão pela cidade. “O que me ligou a<br />

Brasília logo de cara foi a possibilidade<br />

de fazer tudo. Aqui, nada estava pronto<br />

ou acabado, era tudo por fazer ou sendo<br />

feito, inclusive a própria cidade,”<br />

lembra, nostálgica.<br />

Na época, o ponto de encontro dos<br />

adolescentes da Asa Norte era a igreja,<br />

onde Cristina e seus asseclas criaram o<br />

JUCA – Juventude Unida Capaz de<br />

Amar, audacioso nome para uma<br />

turminha que se reunia para tocar<br />

violão, cantar e, é claro, paquerar. Do<br />

JUCA para o teatro foi um pulo, e ela,<br />

como muitos de sua geração, teve aulas<br />

com Humberto Pedrancini, no Sesc da<br />

913 Sul.<br />

PENSÃO DA DONA LAURA Cristina<br />

também começou cedo na lida. Aos 15<br />

anos trabalhou como reveladora de<br />

filmes, depois como empacotadora no<br />

supermercado Jumbo e secretária de<br />

imobiliária. Morou com amigas numa<br />

república na 312 Norte, estudou<br />

Geografia na UnB, promoveu festas com<br />

José Pereira no Sesc e, depois, deu<br />

aquela saidinha básica de todo candango<br />

e foi sentir saudades de Brasília em<br />

Sampa. Voltou grávida de suas duas<br />

gêmeas, Joana e Morena, casou-se com o<br />

poeta Chacal e teve mais dois meninos<br />

para fechar o quarteto.<br />

Por essa época, sem emprego fixo,<br />

vendeu uma bicicleta que ganhara de<br />

presente de casamento e comprou<br />

material para fazer pão integral, que<br />

vendia de porta em porta, de segunda<br />

a sexta. Os finais de semana eram<br />

reservados para a venda de pizza natural<br />

no Clube da Imprensa.<br />

Sentindo que o caminho mais rápido<br />

para o coração das pessoas passava pela<br />

boca, começou a servir refeições naturais<br />

em seu apartamento na 403 Norte, e<br />

mais tarde na 706. A gastronômica<br />

empreitada foi muito bem recebida por<br />

jornalistas e artistas da cidade, que<br />

adoravam não só a comida como o<br />

delicado nome: Pensão da Dona Laura.<br />

“Era uma homenagem à música do<br />

Roberto Carlos, Lady Laura”, entrega.<br />

Entre uma mexida de panela aqui e<br />

uma lavada de prato acolá, Cristina<br />

ainda arranjava tempo para fazer<br />

músicas com Renato Matos e sonhar<br />

em abrir um restaurante diferente. ”Eu<br />

queria abrir um restaurante que tivesse<br />

uma tribuna livre, um lugar onde se<br />

pudesse fazer a apresentação que<br />

quisesse, que fosse alegre e descontraído<br />

e que também tivesse um lado de<br />

Buzina do Chacrinha”, relembra.<br />

Na noite da inauguração, mais uma<br />

vez a criatividade veio em seu auxílio.<br />

“Envolvida com documentação e<br />

preparação do restaurante, eu<br />

me esqueci de um detalhe – a<br />

comida. Na noite da abertura,<br />

nós lembramos que todo<br />

restaurante tem que ter<br />

comida e nós não tínhamos nada. A<br />

solução veio de minha cozinheira, que<br />

preparou umas panquecas naturais, que<br />

acabaram virando a marca registrada do<br />

Bom Demais”, conta. Maria, a autora<br />

das panquecas, ganhou o respeito de<br />

Cristina e a estabilidade – até hoje,<br />

passados 22 anos, ainda trabalha com<br />

Cristina.<br />

Ainda em 1984, o Bom Demais<br />

tornou-se a coqueluche da cidade. Todos<br />

os artistas adoravam freqüentar e se<br />

JUAN PRATGINESTÓS<br />

37


asiliensedecoração<br />

apresentar no restaurante. Músicos<br />

iniciantes chegavam a preparar<br />

espetáculos especialmente para a casa.<br />

Durante o dia, o Bom Demais era um<br />

restaurante de comida natural rígido,<br />

onde não se servia sequer refrigerante;<br />

à noite, transformava-se numa badalada<br />

casa de shows, com muita cerveja e<br />

uísque.<br />

Quase todo mundo que fez ou faz<br />

música em Brasília se apresentou lá,<br />

incluindo alguns nomes conhecidos<br />

como Rosa Passos, Raimundos, Adriano<br />

Faquini, Invoquei o Vocal, Rubi, Zélia<br />

Duncan e Cássia Eller. “A Cássia<br />

praticamente se lançou lá. Ela adorava o<br />

Bom Demais e dizia que era a casa dela”,<br />

lembra Cristina. O poeta e compositor<br />

Renato Russo, se não fez nenhum show<br />

lá, certa madrugada, acompanhado do<br />

guitarrista Toninho Maia, deliciou os<br />

fregueses com uma hora inteira de<br />

Beatles.<br />

Se tudo que é bom dura pouco, o<br />

Bom Demais até que durou muito, e em<br />

seus sete anos de existência reinou<br />

soberano nas almas e corações<br />

brasilienses. “Quando entrou o Plano<br />

Collor, o dinheiro desapareceu, a<br />

freqüência diminuiu, e eu já estava<br />

também muito cansada. Aí, acabei<br />

fechando o restaurante, não sem uma<br />

pontinha de pena”, lamenta.<br />

BUFFET DE SUCESSO A casualidade<br />

sempre esteve presente na vida de<br />

Cristina Roberto, e seu buffet também<br />

nasceu assim. Consultada pela exsecretária<br />

de Cultura do DF, Luiza<br />

Dornas, sobre se sabia preparar um<br />

coffee break, mesmo sem saber do que<br />

se tratava, respondeu na bucha que sim.<br />

Dois dias depois, teve que aprender e<br />

preparar o tal coffee break para uma<br />

seleta platéia de empresários no Sebrae,<br />

que se encantou com o serviço.<br />

Dos elogios para a abertura de uma<br />

empresa foi um pulo. Hoje, o Buffet<br />

Cristina Roberto é um dos mais<br />

apreciados da cidade e presta serviços<br />

também em São Paulo, Minas e Goiás.<br />

Aqui, ele atende desde o Palácio do<br />

Planalto, ministérios, secretarias e<br />

embaixadas até empresas e instituições<br />

como Unesco, Banco Mundial, CCBB<br />

e Sebrae. Seus 60 funcionários recebem<br />

constante treinamento, desde os chefs,<br />

que têm formação internacional, aos<br />

garçons e cozinheiros.<br />

Mas nem só de buffet vive esta<br />

mineira-candanga. Neste final de ano,<br />

nas horas de folga, ela prepara uma<br />

homenagem ao poeta e jornalista<br />

Reinaldo Jardim em comemoração aos<br />

seus 80 anos. Um evento para ficar na<br />

história da cidade, com direito a<br />

lançamento de uma antologia, recital<br />

de poesias, exposição, exibição de filme,<br />

gravação de CD, entrega de título de<br />

cidadão honorário e, é claro, uma<br />

maravilhosa festa em sua casa no Lago<br />

Norte.<br />

Eu, se fosse você, não perderia, caro<br />

leitor, pois o poeta merece e as festas da<br />

Cristininha são boas demais.<br />

ANÚNCIO GRAVOPAPER<br />

ATENÇÃO JUAN: REPETIR O ANTERIOR<br />

38


galeriadearte<br />

Tininha,<br />

tinindo<br />

DÉBORA AMORIM<br />

POR LUIS TURIBA<br />

Quem molda busca as essências, destaca os contornos, faz estilos, dá os toques, cria os logos,<br />

estabelece os modos. Quem molda transmuda algo. Quem faz moldura vai além, transcende.<br />

Moldureira, mas também estilista, arquiteta, navegante de sonhos. Assim é a alagoana Alcina<br />

Morato, a doce e serena Tininha, amiga e conselheira de nove entre dez artistas visuais da Capital.<br />

Tininha: a moldureira dos ambientes fechados de Brasília segue seus passos tinindo, trincando.<br />

“É isso mesmo. Chamá-la de moldureira simplesmente é muito pouco, é quase nada. Ela tem<br />

mãos de fada e trabalha com um rigor enorme, fora do comum. Ela qualifica os conteúdos<br />

maravilhosamente. O que você pede, acontece para melhor. É como se você encomendasse uma<br />

roupa a um grande estilista. Tininha é brilho garantido.” A opinião é do designer-poeta Luis<br />

Eduardo Resende, o Resa, que confiou a Tininha as embalagens e diagramações de todos os 40<br />

poemas visuais de sua exposição Cartas Marcadas.<br />

40


Tininha é uma espécie de fada da<br />

objetividade. Seu trabalho não tem<br />

tititis. Ela pimba: como uma artilheira,<br />

dá o toque final nas exposições de<br />

quadros, fotos, instalações, esculturas,<br />

objetos, painéis e ambientes que serão<br />

mostrados ao grande público.<br />

Este é o seu espaço: dar suporte e<br />

destaque, não deixar que obras de arte<br />

fiquem escondidas. É justamente aí que<br />

ela se transforma em uma espécie de<br />

artista do invisível, parceira muitas vezes<br />

indispensável. Do ponto de vista<br />

material, é um trabalho visionário e<br />

transparente, translúcido e transvisual.<br />

Tininha dá um jeito no “jeito” da<br />

obra. Em determinados ambientes, suas<br />

molduras e intervenções passam a ser<br />

realmente determinantes para o sucesso<br />

do artista e/ou da exposição aos olhos<br />

do público. Foi assim com o Mercado<br />

Municipal, com a reinauguração do<br />

Brasília Palace e com a Fotoarte,<br />

organizado por Karla Osório.<br />

“Tininha bota fraque, roupa fina e<br />

etiqueta em nossas obras, pra que no<br />

reluzir no espaço da cultura. Tininha<br />

transformou neste o seu ofício de artesã<br />

das molduras e há décadas está a criar<br />

suportes para que a arte feita em Brasília<br />

seja bem aceita em qualquer lugar. Ela é<br />

uma madrinha corajosa e generosa de<br />

muitos desses universos criativos que<br />

gravitam em torno de sua simpatia e<br />

competência. Universos que ela facilitou<br />

e ambientou com beleza e sensibilidade”.<br />

Seu estúdio-oficina, o 4 M-Molduras,<br />

cresceu e se tornou um QG das artes<br />

plásticas de Brasília. Recentemente,<br />

ganhou um anexo totalmente voltado<br />

para o artístico, o lúdico, a beleza: o<br />

Gabinete 45, uma galeria que se<br />

transformou em um dos principais<br />

espaços das artes visuais de Brasília.<br />

Ambos estão localizados na 709 Norte,<br />

naquela rua interna da W3. Lá, o<br />

visitante verá sempre algo novo,<br />

interessante, transcendente, nem que<br />

seja um quadro antigo do acervo de mais<br />

de 200 obras de artistas como Rubem<br />

Valentim, Athos Bulcão, Djanira, Tarsila<br />

do Amaral, Heitor dos Prazeres.<br />

com conexões no Rio, São Paulo, Belo<br />

Horizonte. Mas nada melhor do que ter<br />

Tininha como guia de uma exposição.<br />

Quando ela fala com amor de um artista,<br />

seus olhos brilham, seu sorriso reluz – é<br />

conhecimento puro. Também, quando<br />

não gosta, avisa logo: “Isso não presta.”<br />

São 23 anos de serviços prestados à<br />

comunidade visual. Pessoalmente,<br />

bancou mais de 300 exposições – parou<br />

de contar quando o número bateu em<br />

298. No total, quase 20 exposições novas<br />

nos últimos anos.<br />

Doutora em Ciências Políticas, formada<br />

em Pedagogia e Direito, Tininha fez<br />

especialização em Suporte para Obras de<br />

Arte na Escola Nacional de Belas Artes,<br />

no Rio, e em Florença, na Itália. Por seu<br />

ateliê passaram inúmeros artistas<br />

consagrados “quando eram novatos”:<br />

os coloristas Galeno, Anselmo Rodrigues,<br />

Omar Franco, Luis Costa, Zé Maria e<br />

Toninho de Souza, além de Milton<br />

Ribeiro, Naura Tim, Elder Rocha, Zello<br />

Visconte e até Glênio Bianchetti.<br />

Também montou exposições de Dali,<br />

De coadjuvante a protagonista: nossa personagem é a<br />

“moldureira de Brasília”, cuja assinatura poderia estar em<br />

todas as obras de arte que passam por suas mãos de fada<br />

final fiquemos todos bonitos na foto.<br />

Suas digitais deveriam ser tombadas pelo<br />

patrimônio histórico, artístico e cultural<br />

da cidade, como assinatura coadjuvante<br />

de cumplicidade com os artistas,<br />

atestado de idoneidade, de que aquilo<br />

que é bom sempre passa por suas mãos”,<br />

testemunha o artista plástico Omar<br />

Franco.<br />

Esse é o caminho trilhado<br />

conscientemente por Tininha nas artes<br />

visuais de Brasília há mais de 20 anos.<br />

Sobre seu toque-magia, também fala<br />

com empolgação o artista-poeta-bruxo<br />

Benê Fonteles: “Há pessoas que se<br />

confundem com a arte e com artistas a<br />

ponto de se tornarem um. Pessoas que<br />

não são só meios, mas fins de um<br />

processo criativo, fazendo-o revelar-se e<br />

Como seu ambiente de trabalho –<br />

a oficina e a galeria – é qualitativamente<br />

bem freqüentado (afinal, atende artistas,<br />

criadores, diplomatas, empresários e<br />

políticos de bom gosto, como os expresidentes<br />

José Sarney e Fernando<br />

Henrique, o ministro Gilberto Gil e<br />

até artistas de aparições raras, como<br />

Chico Buarque de Holanda), quem<br />

chega lá pela primeira vez acredita que<br />

vai encontrar uma madame num clima<br />

sofisticado.<br />

Enganam-se. Lá está Tininha, a<br />

operária, avental sujo de tinta e unhas<br />

por fazer.<br />

Neste mundo-mundo-vasto-mundo,<br />

ela já montou oficinas de molduras, deu<br />

aulas de suporte para obras de arte e<br />

participou de consórcios de visualidades<br />

Yoko Ono, a Arte Gráfica Russa, Renato<br />

Russo para o CCBB e a famosa mostra<br />

de Sônia Paiva na França, considerada a<br />

melhor do ano.<br />

E assim Tininha segue atendendo<br />

e embelezando o trabalho visual de<br />

quatro gerações seguidas na capital<br />

brasileira. “A pessoa é para o que<br />

nasce”, filosofaram com razão as<br />

Ceguinhas de Campina Grande.<br />

Tininha nasceu para emoldurar as<br />

ousadias da cidade mais moderna<br />

do mundo do ponto de vista da<br />

visualidade. Feita a lápis e pincel por<br />

Niemeyer e Lúcio Costa; embelezada<br />

por Athos Bulcão. E ela coloca tudo<br />

isso, com singeleza e arte, nos nossos<br />

quadros, fotos, ambientes e nas nossas<br />

paredes. Ela é a moldureira de Brasília.<br />

41


luzcâmeraação<br />

A capital dos<br />

cinéfilos cinema<br />

Em sua 39ª edição,<br />

o mais antigo<br />

festival do país se<br />

consolida como<br />

referência de<br />

reflexivo<br />

De 1º a 9 de novembro, na Academia de Tênis, quase uma centena de filmes de todas as partes do mundo no 8º Festival<br />

Internacional de Cinema (FIC); de 3 a 8, seis obras do cineasta Krzysztof Zanussi no Festival do Cinema Polonês, no Cine<br />

Brasília; de 6 a 10, na mostra Cinema do Mundo, na Casa Thomas Jefferson, mais cinco inéditos, três deles premiados<br />

nos festivais de Berlim e Veneza; de 7 a 19, no ciclo Freud 150 anos – O Cinema Vai ao Divã, no CCBB, 23 clássicos de<br />

cineastas consagrados como Fritz Lang, Fassbinder, Polanski, Bertolucci, Hitchcock, Lars Von Trier, Shohei Imamura e<br />

David Lynch; fechando o mês, a partir do dia 21, o 39º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com 50 filmes, entre<br />

longas e curtas, incluindo os da Mostra Brasília (só produções locais); e ainda vem aí, de 6 a 11 de dezembro, a mostra<br />

Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, com 28 filmes, novamente no Cine Academia. Realizar três festivais e<br />

quatro mostras de cinema em pouco mais de 40 dias, com excelente comparecimento de público, pode ser uma<br />

façanha inatingível para qualquer outra cidade brasileira. Menos para Brasília, e a explicação é simples: várias pesquisas<br />

já comprovaram que ninguém, no Brasil, gosta mais de freqüentar o escurinho do cinema do que os brasilienses.<br />

Cena de O Baixio das Bestas, de<br />

Cláudio Assis: retrato do universo<br />

crepuscular e agrário do Nordeste<br />

42


POR SÉRGIO MORICONI<br />

Em condições normais, seria uma<br />

temeridade realizar aqui, ou em qualquer<br />

outra cidade, um festival de cinema<br />

brasileiro menos de duas semanas<br />

depois de outro, o 8º FIC, que também<br />

apresentou em sua programação várias<br />

produções nacionais inéditas para o<br />

público brasiliense. Mas os anos já<br />

demonstraram que o mais tradicional<br />

evento do calendário da cidade tem<br />

constituição e fibras de aço.<br />

Para se ter uma idéia, mesmo nos<br />

tempos das vacas magras do governo<br />

Collor, quando a produção caiu a<br />

praticamente zero, e por quase meia<br />

década não havia mais do que meia<br />

dúzia de filmes realizados a cada ano, o<br />

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro<br />

nunca deixou de contar com a adesão<br />

irrestrita de um público que,<br />

invariavelmente, lotava seu templo<br />

sagrado, o Cine Brasília, manifestandose<br />

ruidosamente – e muitas vezes<br />

politicamente – diante das obras<br />

apresentadas na tela.<br />

Política foi durante muito tempo a<br />

marca registrada de um festival que surgiu<br />

para ser um dos símbolos do projeto<br />

utópico que visava transformar o Planalto<br />

Central do Brasil, e a nova Capital, num<br />

importante centro de produção<br />

cinematográfica, projeto esse que aos<br />

poucos foi sendo transformado em pó<br />

quando caiu a noite cinza do golpe de 64.<br />

UM POUCO DE HISTÓRIA não faz mal a<br />

ninguém: convidado por Darcy Ribeiro<br />

para implantar um curso de cinema na<br />

Universidade de Brasília, o grande<br />

crítico Paulo Emílio Salles Gomes tem a<br />

idéia de realizar em 1965 uma Semana<br />

do Cinema Brasileiro. Como desde a<br />

origem a Semana tinha caráter<br />

competitivo, dois anos depois, em pleno<br />

vendaval da ditadura militar, já recebia o<br />

título de “festival” – e seria, dali por<br />

diante, um dos principais fóruns de<br />

contestação ao regime.<br />

Trinta e nove anos depois, o festival<br />

que refletiu as agruras de quatro décadas<br />

de marchas e contra-marchas do cinema<br />

brasileiro e do país continua o palco<br />

privilegiado para produções de caráter<br />

mais experimental e engajado. Afora<br />

isso, a edição de 2006 – que apresenta<br />

dezenas de sessões especiais, a Mostra<br />

Brasília (com toda a produção da cidade<br />

não selecionada), lançamentos de livros<br />

e de filmes restaurados (o ótimo O<br />

Homem Que Virou Suco, de João Batista<br />

de Andrade) – tem outra característica<br />

peculiar. Nunca a produção brasiliense<br />

se fez tão presente.<br />

Desde a noite de abertura, que<br />

programou Romance do Vaqueiro Voador,<br />

estréia em longa metragem de Manfredo<br />

Caldas, até as mostras competitivas de<br />

longa em 35 mm, onde desponta<br />

O Engenho de Zé Lins, de Vladimir<br />

Carvalho, e a de curta-metragens em 35<br />

mm, que conseguiu emplacar nada<br />

menos que quatro filmes de Brasília –<br />

A Vida ao Lado, de Gustavo Galvão, Dia<br />

de Folga, de André Cavalheira, Divino<br />

Maravilhoso, de Ricardo Calaça, e Uma<br />

Questão de Tempo, de Catarina Accioly e<br />

Gustavo Galvão. Um recorde!<br />

DIZEM AS MÁS LÍNGUAS que a generosa<br />

participação de cineastas da cidade<br />

poderia estar transformando o Festival<br />

de Brasília num certame provinciano<br />

e local. Como ninguém ainda viu os<br />

filmes, todos inéditos, a afirmação<br />

ganha contornos de puro mexerico<br />

maldoso. O que ninguém pode negar é<br />

a importância de Vladimir Carvalho,<br />

um dos mais respeitados documentaristas<br />

brasileiros e principal protagonista de<br />

um dos lances mais controversos de toda<br />

a história do festival.<br />

Selecionado para a edição de 1971<br />

com o seu hoje clássico O País de São<br />

Saruê, poema lírico trágico sobre a<br />

condição social nordestina, Vladimir viu<br />

seu filme ser excluído da competição<br />

oficial na última hora pelos censores de<br />

plantão, que o consideraram subversivo.<br />

Saruê foi substituído na ocasião por<br />

Brasil Bom de Bola, documentário<br />

ufanista que se aproveitava da então<br />

recente conquista do tri-campeonato<br />

mundial de futebol pelo Brasil para<br />

galvanizar o público, mas que seria<br />

recebido com uma vaia monumental<br />

quando exibido no Cine Atlântida,<br />

à época um dos palcos do festival.<br />

O episódio Saruê ilustra bem o grau<br />

de politização das platéias do Festival de<br />

Brasília, em grande parte constituída por<br />

estudantes universitários. Este fato torna<br />

natural e compreensível que a mostra a<br />

FOTOS: DIVULGAÇÃO<br />

Jardim Ângela, de Evaldo Mocarzel<br />

Encontro com Milton Santos, de Sylvio Tendler<br />

43


luzcâmeraação<br />

competitiva em 35mm deste ano, por<br />

exemplo, possa ser metade ocupada por<br />

documentários, sem que haja qualquer<br />

tipo de sobressalto.<br />

Além de O Engenho de Zé Lins,<br />

mergulho do paraibano Vladimir<br />

Carvalho no mundo do escritor,<br />

igualmente paraibano, autor de obras<br />

imortais do realismo brasileiro dos anos<br />

40 (Menino de Engenho e Fogo Morto,<br />

entre outras), o festival traz Jardim<br />

Ângela, de Evaldo Mocarzel, abordando<br />

o bairro da periferia de São Paulo até<br />

pouco tempo considerado um dos mais<br />

violentos da cidade e que vem sofrendo<br />

uma enorme transformação graças a<br />

uma série de trabalhos comunitários.<br />

Mocarzel é o realizador de À Margem<br />

da Imagem, filme premiado em festivais<br />

no Brasil e no exterior.<br />

OUTRO DOCUMENTÁRIO presente na<br />

competição oficial de longas em 35 mm<br />

é Encontro Com Milton Santos, ou<br />

O Mundo Globalizado Visto do Lado de Cá,<br />

de Sylvio Tendler. O titulo já diz tudo e<br />

o realizador dispensa apresentações.<br />

Tendler é autor de clássicos do<br />

documentário político como Os Anos JK,<br />

Jango e Gláuber, o Filme – Labirinto do Brasil.<br />

Os filmes de Vladimir Carvalho,<br />

Evaldo Mocarzel e Sylvio Tendler vão<br />

fazer contrapeso às três auspiciosas<br />

ficções que concorrem ao Prêmio<br />

Candango de melhor longa-metragem<br />

em 35mm. São eles O Baixio das Bestas,<br />

de Cláudio Assis, Batismo de Sangue, de<br />

Helvécio Ratton, e Querô, de Carlos<br />

Cortez.<br />

Diretor de Amarelo Manga, Cláudio<br />

Assis se volta agora para um naco do<br />

mundo crepuscular e agrário do<br />

Nordeste. Já Ratton, autor de sucessos<br />

como Menino Maluquinho e Amor & Cia,<br />

debruça-se sobre um grupo de padres<br />

dominicanos que resolve lutar contra a<br />

ditadura militar brasileira. Nem tanto<br />

assim distante desse universo, Carlos<br />

Cortez mergulha no mundo marginal do<br />

dramaturgo Plínio Marcos, num filme<br />

forte ambientado nas docas do porto de<br />

Santos, onde drogas, marginais e<br />

policiais são as várias faces de uma<br />

mesma moeda.<br />

Acima, Luiz Carlos Vasconcelos em Romance do<br />

Vaqueiro Voador, filme de Manfredo Caldas que<br />

abre o festival; abaixo, cena de Querô, de Carlos<br />

Cortez, que participa da mostra competitiva de<br />

longas-metragens em 35 mm.<br />

FOTOS: DIVULGAÇÃO<br />

44


Prata<br />

DIVULGAÇÃO<br />

da<br />

casa<br />

O Festival de<br />

Brasília continua<br />

sendo a mais<br />

importante vitrine<br />

da produção local<br />

DA REDAÇÃO<br />

No primeiro semestre tivemos o<br />

lançamento dos longas Araguaya –<br />

A Conspiração do Silêncio, de Ronaldo<br />

Duque, e A Concepção, de José Eduardo<br />

Belmonte, e o início das filmagens de<br />

A Rebelião dos Estudantes, baseado no<br />

livro homônimo do jornalista Antonio<br />

de Pádua Gurgel sobre a invasão da<br />

Universidade de Brasília, em 1968,<br />

por tropas do governo militar.<br />

Agora, a produção cinematográfica<br />

candanga dá novos sinais de vitalidade<br />

ao emplacar cinco filmes na mostra<br />

competitiva do 39º Festival de Brasília<br />

do Cinema Brasileiro – um longa e<br />

quatro curtas, entre eles Uma Questão<br />

de Tempo, dirigido pela atriz dublê de<br />

cineasta Catarina Accioly.<br />

Para quem não sabe, Catarina é uma<br />

legítima representante da novíssima<br />

geração de cineastas da cidade, ao lado<br />

de Gustavo Galvão, André Cavalheira,<br />

René Sampaio, Marcius Barbieri,<br />

Guilherme Bacalhao e Marcelo Díaz,<br />

entre outros. Ainda pouco conhecida<br />

do grande público, ela já contabiliza, em<br />

13 anos de carreira como atriz de teatro<br />

e cinema, nada menos de 12 filmes e<br />

22 peças. Uma Questão de Tempo, um<br />

dos 12 curtas selecionados para a mostra<br />

competitiva do festival, marcou sua<br />

estréia atrás das câmeras, em setembro<br />

do ano passado.<br />

A oportunidade de rodar o filme<br />

coincidiu com o auge da carreira de<br />

Catarina, que estreou na dramaturgia<br />

pelas mãos de Hugo Rodas e foi a atriz<br />

brasiliense que atuou em maior número<br />

de filmes no ano passado, ora como<br />

protagonista, ora como preparadora de<br />

elenco ou assistente de direção. Foram<br />

sete ao todo, entre eles A Vingança da<br />

Bibliotecária, de Santiago Dellape, Uma<br />

Noite Com Ela, de Gustavo Galvão, e<br />

Sobre Quando Não Se Tem Nada a Dizer,<br />

de Cássio Pereira. “Durante as gravações,<br />

ela desenvolveu uma hipersensibilidade<br />

à direção”, revela Cássio.<br />

Produzido pela Dharma Filmes,<br />

Uma Questão de Tempo foi rodado<br />

inteiramente em Brasília. O Pontão do<br />

Lago Sul é um dos cenários do curta<br />

de 15 minutos rodado em 35mm.<br />

“O Pontão foi escolhido por ter um<br />

visual com o pôr-do-sol perfeito, e também<br />

porque queremos mostrar outro lado<br />

de Brasília, longe do ambiente político”,<br />

explica a produtora do filme, Kátia Oliva.<br />

O filme é uma comédia romântica que<br />

narra um dia na vida de um casal que,<br />

“por uma questão de tempo”, ainda não<br />

se conhece. A estética do filme celebra<br />

a primavera e a forma como ela se<br />

manifesta no Planalto Central.<br />

Catarina conseguiu ter dois projetos<br />

aprovados para receber benefícios das<br />

leis de incentivo à produção cultural.<br />

“É um desafio entrar para o seleto grupo<br />

de diretores de Brasília no momento em<br />

que o cinema candango colhe prêmios<br />

nacionais e internacionais”, diz a atriz, que<br />

se orgulha de ter começado sua carreira na<br />

UnB, onde se formou em 1999.<br />

Agora mesmo, na primeira quinzena<br />

de novembro, Brasília serviu de cenário<br />

para mais um filme de Catarina, Entre<br />

Cores e Navalhas – o segundo dirigido<br />

por ela, vencedor do concurso do Pólo<br />

de Cinema e Vídeo do DF. O filme<br />

45


DIVULGAÇÃO<br />

Em dezembro<br />

Catarina e William Lopes interpretam o casal<br />

protagonista de Uma Questão de Tempo<br />

mostra de forma sutil como a escolha<br />

sexual dos indivíduos e os tipos de relações<br />

tiram o foco do sentimento. “A relação<br />

amorosa entre um casal, apesar das<br />

inúmeras possibilidades de combinações<br />

entre feminino e masculino, ainda é<br />

taxada de homossexual, heterossexual ou<br />

bissexual. A contemporaneidade trouxe<br />

novas definições: o transexualismo e o<br />

pansexualismo, entre outros. Essas novas<br />

possibilidades é que vão permear o<br />

desenrolar da trama”, explica a diretora.<br />

Filmado no Plano Piloto e<br />

Taguatinga, Entre Cores e Navalhas é o<br />

primeiro episódio de um longametragem<br />

sobre histórias ambientadas<br />

em Brasília. Uma das locações foi num<br />

salão de beleza 509 Sul que precisou ser<br />

todo reformado para receber essa<br />

história de amor entre um cabeleireiro<br />

e uma cobradora de ônibus. “Em todo<br />

momento pensamos como o filme pode<br />

ajudar na discussão sobre a revitalização<br />

da W3”, explica Catarina.<br />

A maioria dos profissionais envolvidos<br />

na produção de Entre Cores e Navalhas vai<br />

se juntar novamente em dezembro para<br />

rodar mais um curta, Reminiscências de<br />

Uma Puta Qualquer, com direção de Iberê<br />

Carvalho e, como não poderia deixar de<br />

ser, com a infatigável Catarina Accioly no<br />

papel principal.<br />

POR SÉRGIO MORICONI<br />

Desde que o cinema se afirmou<br />

como arte, o homem esteve no centro<br />

de suas preocupações. Não há<br />

cineasta digno desse nome que não<br />

tenha construído sua obra em torno<br />

de uma preocupação humanista. Mas<br />

mesmo antes, quando nem havia<br />

cineastas, mas apenas fazedores de<br />

filmes, e quando os filmes não eram<br />

mais do que uma novidade<br />

tecnológica, as imagens projetadas na<br />

tela já traziam o indivíduo como o<br />

principal objeto do seu interesse.<br />

Uma das primeiras imagens<br />

registradas pelo cinematógrafo, o<br />

aparelho inventado pelos irmãos<br />

Lumière, mostrava a saída de<br />

operários de uma fábrica em Lyon, na<br />

França. Nas décadas seguintes não foi<br />

diferente. Durante seus 112 anos de<br />

existência, atravessando circunstâncias<br />

sócio-políticas terríveis como guerras,<br />

devastações da natureza e opressão de<br />

regimes ditatoriais, o cinema foi<br />

sempre um dos principais veículos de<br />

denúncia, crítica, debate e<br />

conscientização a respeito dos direitos<br />

humanos no mundo.<br />

A mostra Cinema e Direitos Humanos<br />

na América do Sul pretende fazer um<br />

apanhado do tema, reunindo o que se<br />

tem falado a esse respeito nos últimos<br />

anos na América do Sul. A mostra é<br />

parte do evento anual criado pela<br />

Secretaria Especial dos Direitos<br />

Humanos da Presidência da República<br />

e será realizado em quatro cidades<br />

brasileiras: Brasília, São Paulo, Rio de<br />

Janeiro e Recife. Aqui, ela abre para<br />

convidados no dia 5 de dezembro, em<br />

sessão especial no Palácio do Itamaraty,<br />

e segue de 6 a 11 no Cine Academia<br />

(Academia de Tênis).<br />

Ao todo, serão exibidos 28 títulos<br />

realizados a partir de 2003 no Brasil,<br />

Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile,<br />

Equador, Paraguai, Peru, Uruguai,<br />

Venezuela e também no México, por<br />

realizadores de origem sul-americana<br />

Todos os filmes são inéditos<br />

39º Festival de Brasília<br />

do Cinema Brasileiro<br />

De 21 a 28/11, no Cine Brasília, CCBB,<br />

Embracine CasaPark, Cinemark Pier 21 e<br />

Sesi Taguatinga<br />

Programação em www.roteirobrasilia.com.br<br />

Ilhas Urbanas, da brasileira Flávia Seligman<br />

46


tem mais<br />

Produções nacionais e estrangeiras<br />

inéditas sobre a questão dos direitos<br />

humanos na América do Sul<br />

comercialmente no Brasil e foram<br />

selecionados pela curadoria de Amir<br />

Labaki, crítico e diretor do festival<br />

É Tudo Verdade, o mais importante<br />

da área de documentários no Brasil.<br />

A IDÉIA DO EVENTO é celebrar os 58<br />

anos da Declaração dos Direitos<br />

Humanos pela Organização das Nações<br />

Unidas, que ocorre no dia 10 de<br />

dezembro. “Todas as pessoas nascem<br />

livres e iguais em dignidade e direitos.<br />

São dotadas de razão e consciência e<br />

devem agir em relação umas às outras<br />

com espírito de fraternidade” – diz o<br />

primeiro artigo desse documento que<br />

paira sobre a humanidade como um<br />

desafio a ser conquistado.<br />

Quem trabalha na área sabe: estamos<br />

muito longe disso. A mostra Cinema e<br />

Direitos Humanos na América do Sul não<br />

tem caráter competitivo. “Essa mostra<br />

busca apresentar um panorama<br />

cinematográfico amplo das batalhas<br />

essenciais de hoje em torno dos direitos<br />

humanos na América do Sul, com<br />

ênfase na produção documental, mas<br />

não restrita a ela”, explica o curador<br />

Amir Labaki. São longas e curtasmetragens<br />

que tratam de temas<br />

como crianças, vítimas de violência,<br />

discriminados, minorias, idosos,<br />

homossexuais, migrantes, prisioneiros,<br />

jovens, internos do sistema sócioeducativo,<br />

pessoas com deficiência,<br />

pacientes da saúde mental, perseguidos<br />

políticos, índios, negros, sem terra,<br />

sem teto, desempregados, escravos do<br />

trabalho forçado, habitantes da floresta<br />

e defensores dos direitos humanos.<br />

Dos filmes programados, apenas o<br />

argentino Trelew, o mexicano Cavallo<br />

entre Rejas, o boliviano The Real Thing,<br />

o chileno Perpecplejia e o equatoriano<br />

El Comite foram exibidos em festivais<br />

e mostras no Brasil. Entre as produções<br />

brasileiras, destacam-se Hercules 56, de<br />

Pajaquaype – Los Colores de Mi Tierra, do paraguaio Billy Rosales<br />

Bolívia, El Carnaval de Oruro, do mexicano Enrique Aguilar<br />

Sílvio Da Rin, que encerra o Festival de<br />

Brasília deste ano, e Correntes, de Caio<br />

Cavechini e Ivan Paganotti, que recebeu<br />

menção honrosa do Prêmio Vladimir<br />

Herzog de 2006. Ilhas Urbanas, de Flávia<br />

Seligman, Tchau Pai, de Ricardo E.<br />

Machado, e O Homem Invisível, de<br />

Andréa Velloso, vão ser exibidos pela<br />

primeira vez na mostra. Como todas<br />

as outras, são produções que só podem<br />

ser vistas em ocasiões como essa.<br />

Cinema e Direitos Humanos na<br />

América do Sul<br />

De 6 a 11/12, no Cine Academia<br />

Programação completa em<br />

www.roteirobrasilia.com.br<br />

FOTOS: DIVULGAÇÃO CINEMATICA BRASILEIRA<br />

47


luzcâmeraação<br />

The end<br />

A<br />

Última Noite pode ser também<br />

o canto do cisne de Robert Altman<br />

POR REYNALDO DOMINGOS FERREIRA<br />

Comédia pontilhada por música<br />

country, A Última Noite deixa<br />

transparecer, além da constante<br />

preocupação com a morte, um clima<br />

de despedida de Robert Altman, de<br />

81 anos, um dos mais expressivos nomes<br />

do cinema americano da atualidade,<br />

homenageado este ano na entrega<br />

do Oscar pela Academia de Artes<br />

e Ciências Cinematográficas de<br />

Hollywood.<br />

É o próprio Altman quem diz, a<br />

respeito desse seu trabalho – que não se<br />

enquadra entre seus grandes filmes –<br />

que nele “todos morrem, mas eles<br />

cantam... e estão felizes!”. Também um<br />

de seus personagens diz que “a morte de<br />

um velho não é uma tragédia”. E uma<br />

das últimas canções, cantada por todo o<br />

elenco, assegura que “há uma terra mais<br />

alegre do que o dia, onde o Senhor<br />

aguarda por todos nós”.<br />

Para esse filme-testamento, Altman,<br />

que trabalhou todo o tempo tendo ao<br />

lado um substituto para qualquer<br />

eventualidade, faz uma crônica<br />

nostálgica dos tempos de prestígio dos<br />

programas radiofônicos de auditório,<br />

como aqueles da Rádio Nacional do Rio<br />

de Janeiro em que brilhavam Marlene e<br />

Emilinha Borba sob o comando de<br />

César de Alencar.<br />

No caso, é o programa Prairie Home<br />

Companion, de Garrison Keillor –<br />

autor do roteiro, com Ken Lasebnik,<br />

e também um dos intérpretes –<br />

transmitido pela Rádio WLT, de Saint<br />

Paul, Minnesota, diretamente do Teatro<br />

Fitzgerald. Embora o programa seja<br />

estruturado no estilo antigo – com<br />

jingles publicitários inventados,<br />

números musicais, piadas e dois<br />

caubóis repentistas – Garrison o<br />

mantém no ar desde 1974, nos sábados<br />

à noite, resistindo, portanto, aos dias<br />

da televisão.<br />

PARA EFEITO DRAMÁTICO, entretanto, o<br />

programa está para acabar, pois, segundo<br />

se diz nos bastidores, um consórcio de<br />

empresas do Texas teria comprado a<br />

emissora e pretenderia inclusive demolir<br />

o teatro para, no terreno, construir uma<br />

garagem. Antes que se inicie aquele que<br />

pode ser o último espetáculo, os fãs, na<br />

noite chuvosa, fazem fila para entrar no<br />

teatro. Nos camarins, os artistas,<br />

enquanto falam de suas vidas, de seus<br />

48


NOIR PRODUCTIONS/MELINDA SUE GORDON<br />

problemas, de suas aposentadorias,<br />

também se preparam para entrar<br />

no palco.<br />

É quando o filme assume o tom de<br />

fábula, com o surgimento, em ambíguas<br />

circunstâncias, de uma mulher (Virginia<br />

Madson) vestida de capa impermeável<br />

branca, que se intromete no meio dos<br />

artistas sem que qualquer um deles<br />

perceba sua presença. Para Garrison, ela<br />

diz que teria morrido algum tempo atrás,<br />

num acidente de carro, pois deixara-se<br />

envolver em demasia, enquanto dirigia,<br />

por uma piada que ele contava em<br />

Prarie Home Companion.<br />

Se a ação real remete o espectador<br />

aos tempos idos de prestígio dos<br />

programas radiofônicos de auditório,<br />

o plano do início, que se repete no final,<br />

enquadra o filme nos tempos atuais,<br />

quando chega, para fechar as portas<br />

do teatro, o representante do consórcio<br />

comprador da Rádio WLT, Axeman<br />

(Tommy Lee Jones), que considera os<br />

artistas “um bando de animais exóticos<br />

enjaulados”.<br />

Altman faz com que a câmara de<br />

Edward Lachman – também autor da<br />

trilha sonora – circule com desenvoltura<br />

por todo o espaço do teatro, reprisando,<br />

portanto, em alguns aspectos, a<br />

linguagem que usara em Assassinato em<br />

Gosford Park, um de seus mais belos<br />

filmes. E Lachman consegue uma<br />

textura para suas imagens, com<br />

predominância de cores vivas e sombras<br />

de magnífico efeito. Destaque deve ser<br />

dado principalmente para a primeira<br />

aparição da mulher de capa impermeável<br />

branca, descendo uma escada, na noite<br />

chuvosa, de tom azulado.<br />

O elenco está repleto de grandes<br />

nomes, como o de Meryl Streep, que,<br />

como sempre, mostra-se magnífica no<br />

papel de Yolanda, uma das irmãs<br />

Johnson – a outra é Lily Tomlin – que<br />

cantam músicas caipiras, sempre<br />

dedicadas à mãe, já morta. Woody<br />

Harrelson (Lefty) e John C. Reilly<br />

(Dusty), ambos em boa atuação, são dois<br />

cômicos caubóis repentistas que, nos<br />

bastidores, nunca se entendem. Kevin<br />

Line não convence como Guy Noir,<br />

detetive desempregado que procura<br />

emprego de porteiro do teatro e se<br />

encarrega da narração da história.<br />

Lindsay Lohan, também pouco<br />

inspirada, é Lola Johnson, filha<br />

depressiva de Meryl Streep, com<br />

tendência suicida, e Garrison Keillor<br />

faz o papel dele próprio.<br />

Embora A Última Noite não esteja<br />

evidentemente entre os grandes<br />

trabalhos de Robert Altman, que se<br />

ressente da superficialidade dos vários<br />

núcleos dramáticos e, por outro lado,<br />

claudica bastante no ritmo, recomendase<br />

o filme aos admiradores de sua obra,<br />

já que pode ser essa a última de sua<br />

brilhante carreira cinematográfica,<br />

durante a qual nos presenteou com,<br />

entre outros, Mash, Nashville, Cenas<br />

da Vida, O Jogador e Assassinato em<br />

Gosford Park.<br />

A Última Noite<br />

EUA/2006, 105 min. Direção: Robert<br />

Altman. Com Meryl Streep, Tommy Lee<br />

Jones, Woody Harrelson, John C. Reilly,<br />

Kevin Kline, Garrison Keillor, Lindsay Lohan,<br />

Virgina Madson e Lily Tomlin<br />

49


oteirodevantagens<br />

Novo look para sua cozinha<br />

Sua casa muito mais bonita<br />

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CINE I – VOLVER (14 anos). DIRETOR: PEDRO<br />

ALMODÓVAR (122 MIN). 2ª a 6ª, 17h00, 19h20 e<br />

21h50; Sáb., dom. e fer., 14h40, 17h00, 19h20 e<br />

21h50.<br />

CINE II – OS INFILTRADOS (18 anos). DIRETOR:<br />

MARTIN SCORSESE (152 MIN). 2ª a 6ª, 15h30,<br />

18h30 e 21h30; Sáb., dom. e fer., 15h30, 18h30 e<br />

21h30.<br />

CINE III – O CÉU DE SUELY (16 anos). DIRETOR:<br />

KARIM AÏNOUZ (<strong>90</strong> MIN). 2ª a 6ª, 17h30, 19h30<br />

e 21h30; Sáb., dom. e fer., 15h30, 17h30, 19h30<br />

e 21h30.<br />

CINE IV – VESTIDO DE NOIVA (14 anos).<br />

DIRETOR: JOFFRE RODRIGUES (111 MIN). 2ª a 6ª,<br />

17h10, 19h20 e 21h30; Sáb., dom. e fer., 15h00,<br />

17h20, 19h30 e 21h40.<br />

CINE V – ELSA E FRED (12 anos). DIRETOR:<br />

MARCOS CARNEVALE (108 MIN). 2ª a 6ª, 17h10,<br />

19h20 e 21h30; Sáb., dom. e fer., 15h00, 17h10,<br />

19h20 e 21h30.<br />

CINE VI – PEQUENA MISS SUNSHINE (14 anos).<br />

DIRETOR: JONATHAN DAYTON (101 MIN). 2ª a 6ª,<br />

17h00, 19h10 e 21h20; Sáb., dom. e fer., 14h50,<br />

17h00, 19h10 e 21h20.<br />

CINE VII – MEDO E OBSESSÂO (12 anos).<br />

DIRETOR: WIM WENDERS (120 MIN). 2ª a 6ª,<br />

17h00, 19h20 e 21h40; Sáb., dom. e fer., 14h40,<br />

17h00, 19h20 e 21h40.<br />

CINE VIII – O CAMINHO PARA GUANTÂNAMO<br />

(14 anos). DIRETOR: MICHAEL WINTERBOTTOM (95<br />

MIN). 2ª a 6ª, 16h00 e 21h40; Sáb., dom. e fer.,<br />

16h00 e 21h40.<br />

CURTA PETROBRÀS ÀS SEIS 18h00<br />

“PERSONAGEM 1” (16 anos), O PAPA DA PULP:<br />

R.F.LUCCHETTI – DIRETOR: CARLOS ADRIANO (15 min),<br />

VEJA E OUÇA, DIRETOR(A): Mª BADERNA NO BRASIL /<br />

ANDRÉ FRANCIOLI ( 18 min), HELIORAMA - DIRETOR: IVAN<br />

CARDOSO ( 14 min) TOTAL: 47 min<br />

MACUNAÍMA (12 anos). DIRETOR: JOAQUIM PEDRO DE<br />

ANDRADE (108 MIN). 2ª a 6ª, 16h00 e 21h40; Sáb., dom.<br />

e fer., 19h30.<br />

CINE IX – O AMOR EM CINCO TEMPOS (16 anos).<br />

DIRETOR: FRANÇOIS OZON (<strong>90</strong> MIN). 2ª a 6ª, 17h50,<br />

19h40 e 21h30; Sáb., dom. e fer., 16h00, 17h50, 19h40<br />

e 21h30.<br />

CINE IX – SONHOS E DESEJOS (16 anos). DIRETOR:<br />

MARCELO SANTIAGO (93 MIN). 2ª a 6ª, 17h30 e 21h30;<br />

Sáb., dom. e fer., 15h30 e 17h30<br />

CRÔNICA DE UMA FUGA (14 anos). DIRETOR: ADRIÂN<br />

CAETANO (103 MIN). 2ª a 6ª, 19h30; Sáb., dom. e fer.,<br />

19h30 e 21h30<br />

OBS: SALA X :SEXTA-FEIRA(17/11/06), NÃO SERÁ EXIBIDO<br />

A ÚLTIMA SESSÃO DO FILME “SONHOS E DESEJOS”<br />

EM VIRTUDE DA PRÉ-ESTRÉIA DO FILME “BUENA VIDA<br />

DELIVERY” ÁS 21:30h.<br />

CINE ACADEMIA AEROPORTO (3364.9566)<br />

CINE I – CAFÉ DA MANHÃ EM PLUTÃO (14 anos).<br />

DIRETOR: NEI JORDAN (135 MIN). 2ª a 6ª, 16h30, 19h10 e<br />

21h40; Sáb., dom. e fer., 16h30, 19h10 e 21h40.<br />

CINE II - O QUE VOCÊ FARIA? (14 anos). DIRETOR:<br />

MARCELOPINEYRO (117 MIN). 2ª a 6ª, 17h00 e 19h20;<br />

Sáb., dom. e fer., 17h00 e 19h20.<br />

OS GIGOLÔS (16 anos). DIRETOR: RICHARD BRACEWELL<br />

(95 MIN). 2ª a 6ª, 21h40; Sáb., dom. e fer., 21h40.<br />

CINE III – OBRIGADO POR FUMAR (12 anos).<br />

DIRETOR: JASON REITMAN (92 MIN). 2ª a 6ª,<br />

17h30 e 19h30 e 21h30; Sáb., dom. e fer., 17h30 e<br />

19h30 e 21h30.<br />

CINE IV – O BUDA (14 anos). DIRETOR: DIEGO<br />

RAFECAS (110 MIN). 2ª a 6ª, 17h10 e 19h20; Sáb.,<br />

dom. e fer., 17h10 e 19h20.<br />

DÁLIA NEGRA (16 anos). DIRETOR: BRIAN DE<br />

PALMA (119 MIN). 2ª a 6ª, 21h30; Sáb., dom. e<br />

fer., 21h30.<br />

OBS.: ESTACIONAMENTO GRATUITO POR QUATRO<br />

HORAS, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DO INGRESSO<br />

DO CINE ACADEMIA AEROPORTO DEVIDAMENTE<br />

CARIMBADO.<br />

CINE SOBRADINHO (3387.7061)<br />

CINE I – JOGOS MORTAIS 3 (18 anos). DIRETOR:<br />

DARREN LEE BOUSMAN (109 MIN). 2ª a 6ª, 17h10,<br />

19h20 e 21h30; Sáb., dom. e fer., 17h10, 19h20<br />

e 21h30.<br />

CINE II - O PEQUENO NARIGUDO (livre).<br />

DIRETOR: ILYA MAXIMOV (82 MIN). 2ª a 6ª, 17h20,<br />

19h20 e 21h20; Sáb., dom. e fer., 17h20, 19h20<br />

e 21h20.<br />

CINE III – O BICHO VAI PEGAR (livre). DIRETOR: JIL<br />

CULTON (87 MIN). 2ª a 6ª, 17h30 e 19h30; Sáb.,<br />

dom. e fer., 17h30 e 19h30.<br />

O SACRIFÍCIO (14 anos). DIRETOR: NEIL-LABUTE<br />

(105 MIN). 2ª a 6ª, 21h20; Sáb., dom. e fer., 21h20.<br />

CINE ACADEMIA CULTURA INGLESA<br />

(3443.8885)<br />

EM REFORMA POR TEMPO INDETERMINADO<br />

Utilize o Cartão <strong>Roteiro</strong> de Vantagens para pagar meia entrada nas sessões do Cine Academia, de segunda a quinta-feira.<br />

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