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Ano V • nº 110<br />
20 de novembro de 2006<br />
<strong>R$</strong> 5,<strong>90</strong>
empoucaspalavras<br />
A paixão do brasiliense pela sétima arte não é<br />
novidade. Em quase quatro décadas de existência,<br />
o Festival de Brasília, o mais antigo do país, jamais<br />
deixou de contar com a adesão de um público<br />
que, invariavelmente, lota seu templo sagrado, o<br />
Cine Brasília. Bem mais recentemente, em abril<br />
de 2003, estampamos em nossa capa o título<br />
Loucos por cinema, a propósito de pesquisa do<br />
Ibope Mídia que apontava Brasília como a<br />
campeã nacional da cinefilia (palavra feiosa que<br />
significa justamente “paixão por cinema”).<br />
JUAN PRATGINESTÓS<br />
Se não é recente, essa paixão nunca foi<br />
tão intensa como hoje. Tanto que está novamente<br />
na capa da <strong>Roteiro</strong>. Afinal, que outra cidade<br />
se atreveria a programar para o mesmíssimo mês<br />
eventos do porte do 8º FIC e do 39º FBCB?<br />
No Brasil, com certeza, nenhuma; nos Estados<br />
Unidos, na Europa ou no Japão, quem sabe...<br />
30 queespetáculo<br />
As “meninas” do Batala enchem de sons e cores o gramado<br />
da Funarte, ao lado da Torre de TV, nas manhãs de sábado<br />
Curiosamente, o que a princípio poderia ser<br />
visto como um fato negativo – o adiamento do<br />
FIC de julho para novembro – acabou servindo<br />
para demonstrar o impressionante apetite de<br />
nossos cinéfilos.<br />
E, como se não bastasse, vemos nada menos<br />
do que cinco filmes produzidos aqui serem<br />
selecionados para a mostra competitiva do FBCB.<br />
Escolhemos a atriz e agora diretora Catarina<br />
Accioly como símbolo dessa novíssima geração de<br />
cineastas que empreende uma luta diária contra<br />
as condições desfavoráveis em que sobrevive essa<br />
atividade – como tantas outras, aliás, neste país<br />
da burocracia burra e irritante, da carga tributária<br />
asfixiante e de corrupção institucionalizada.<br />
Boa leitura.<br />
Maria Teresa Fernandes e<br />
Adriano Lopes de Oliveira<br />
Editores<br />
4<br />
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16<br />
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ROTEIRO BRASÍLIA é uma publicação da Editora <strong>Roteiro</strong> Ltda | Setor Hoteleiro Sul, Brasil XXI, Business Center Park 1, Sala 1307 – Tel:<br />
3217.0217 Fax: 3217.0200 | Redação roteirobrasilia@alo.com.br | Editores Adriano Lopes de Oliveira e Maria Teresa Fernandes |<br />
Produção Célia Regina | Capa Eduardo Branquinho | Foto da capa Divulgação | Diagramação Carlos Ferreira | Reportagem Adriana<br />
Romeo, Akemi Nitahara, Ana Cristina Vilela, Albert Steinberger, Alexandre Marino, Angélica Torres, Bebé Prates, Beth Almeida, Carla<br />
Andrade, Celina Maryia, Eduardo Oliveira, Greicy Pessoa, Heitor Menezes, Lúcia Leão, Luis Turiba, Luiz Recena, Marcos Magalhães,<br />
Rafaela Cléo, Reynaldo Domingos Ferreira, Ricardo Pedreira, Rodrigo Oliveira, Sérgio Moriconi, Susan Faria, Teresa Mello e Vicente Sá<br />
Fotografia Débora Amorim, Eduardo Krüger e Juan Pratginestós | Diretor Comercial Jaime Recena (8449.9736) | Contatos Comerciais André Gil<br />
(9988.6676) e Giselma Nascimento (9985.5881) | Administrativo/Financeiro Daniel Viana e Rafael Oliveira | Impressão Gráfica Coronário
águanaboca<br />
EDUARDO KRÜGER<br />
Gostinho de Sampa<br />
POR CELINA MARYIA<br />
Os restaurantes de Brasília, um dos<br />
três principais pólos de gastronomia do<br />
país, oferecem pratos típicos de várias<br />
nacionalidades e, principalmente, de<br />
todas as regiões brasileiras. Mas não<br />
é muito fácil encontrar por aqui a<br />
verdadeira cozinha paulistana.<br />
A propósito: o que é que se come<br />
mesmo em Sampa? O folclore em torno<br />
da figura do paulistano sugere sempre<br />
“um chopps e dois pastel”. Mas não é<br />
bem assim, seja lá ou cá.<br />
Na vida agitada, a maioria dos<br />
paulistanos só senta para comer com<br />
calma e fartura nos almoços dos finais<br />
de semana. Nos dias úteis, de manhã<br />
é só um suco ou um pingado, em pé,<br />
na padoca (padaria), e um frança na<br />
canoa (pão francês com manteiga<br />
passado na chapa). O almoço, no meio<br />
do corre-corre, é quase sempre um<br />
sandubão reforçado, para agüentar<br />
até a noite.<br />
Para atender aos apressados de bom<br />
gosto, paulistas ou não, uma das boas<br />
opções, em Brasília, é o Neper Café, dos<br />
sócios Márcio Duca, Sandra e Leoni<br />
Marçal, com quatro lojas em shoppings<br />
e no aeroporto. Duca, paulistano<br />
apaixonado por História, traduz o nome:<br />
"Neper é uma divindade do Egito Antigo,<br />
o deus dos grãos. E nós investimos<br />
mesmo na fartura e na qualidade dos<br />
grãos do café e do trigo dos pães ciabata,<br />
francês, baguete, sírio, integral e a<br />
novidade: pão-folha ou wrap, sem<br />
fermento. O tipo, quem escolhe<br />
é o cliente”.<br />
Mestres na chapa fazem na frente do<br />
cliente sanduíches bem paulistas como o<br />
Bauru (queijo prato, presunto e tomate)<br />
e o Beirute (pão sírio quente, rosbife<br />
artesanal, queijo prato, alface, tomate e<br />
maionese). O Brás (óbvia homenagem<br />
ao tradicional bairro paulistano de<br />
imigrantes italianos) é feito com<br />
mortadela finíssima na baguete,<br />
incrementado com rúcula e requeijão.<br />
Para a cliente Silvana Dellape, os<br />
campeões são o Picnep (picanha<br />
defumada fatiada, tomate seco,<br />
mussarela de búfala e rúcula) e o Capri<br />
(copa, provolone e salada). Os mais<br />
sofisticados? Pastrami e o Nep-picburger<br />
(hambúrger com 200g de picanha,<br />
tomate seco, mussarela de búfala). "Para<br />
completar, tomo suco natural de frutas<br />
vermelhas, ou de clorofila, e na saída<br />
um capuccino tipicamente italiano”, diz<br />
a cliente paulista. Os sanduíches custam<br />
entre <strong>R$</strong>4,<strong>90</strong> e <strong>R$</strong>25,<strong>90</strong>.<br />
PEDACINHO DO BRÁS “Uma esquina<br />
numa praça bem paulista para matar a<br />
saudade”, é como Anastácio de Souza,<br />
proprietário do Armazém do Brás,<br />
define sua casa. Desde 1999 o bar presta<br />
homenagem à cozinha paulistana,<br />
dando aos pratos nomes de ruas e gentes<br />
paulistas, e mantém a autenticidade de<br />
sua culinária.<br />
Prove o sanduíche Matarazzo<br />
(presunto cru italiano, pasta de ovos<br />
4
DÉBORA AMORIM<br />
EDUARDO KRÜGER<br />
A comida rápida paulistana em Brasília<br />
não é só “um chopps e dois pastel”<br />
com limão, mussarela de búfala, tomate<br />
seco e pão italiano). O ambiente lembra<br />
mercearias dos anos 40 e 50. Retratos,<br />
velhos tonéis, salames pendurados, tudo<br />
bem típico de Sampa. As tábuas de frios<br />
são ecléticas; os sanduíches, tipo boteco<br />
(lingüiça calabresa, presunto de Parma,<br />
morcela, mais de 20 tipos). E, como<br />
exige o paulista, o chopp é cremoso e<br />
bem tirado, e os pastéis (queijo, carne<br />
e palmito, em porções de 12 unidades a<br />
<strong>R$</strong>10), lembram a terra da garoa.<br />
A salada Trianon (alface, tomate<br />
cereja, repolho roxo, queijo esférico,<br />
peito de peru, berinjela curtida e<br />
azeitonas) vai muito bem antes do penne<br />
a la rabiata (massa com molho de<br />
pimenta calabresa, bacon e manjericão),<br />
que o paulistano Léo di Santo saboreia<br />
uma vez por semana. Como em Sampa,<br />
terça-feira, no Armazém, é dia de<br />
dobradinha, paio e feijão branco.<br />
Na quinta, como lembra Léo di Santo,<br />
“é aqueeela rabada com una bella<br />
polenta e agrião”.<br />
MERCADO MUNICIPAL O sanduícheícone<br />
na tradição de Sampa é o Bauru<br />
do Ponto Chic, na frança ou na canoa,<br />
com pasta de queijo estepe, rosbife,<br />
tomate e rodelas de pepino fresco, de<br />
gosto intrigante. Criado na década de<br />
30, o sanduba paulista chega agora à Asa<br />
Sul, mais precisamente ao Bar do<br />
Mercado Municipal.<br />
Luiz Antonio Veiga, o Totó, um<br />
dos sócios da casa, é dono de bar e<br />
restaurante em São Paulo e por isso<br />
conhece as manhas e os caprichos da<br />
freguesia. Para matar a saudade, ele serve<br />
o sanduíche de pão francês com 200g de<br />
mortadela quentinha, do mesmo jeito<br />
que há 60 anos é saboreado no velho<br />
Mercado Municipal paulista. “Fomos<br />
buscar em bares, botecos, restaurantes<br />
simples ou requintados de São Paulo<br />
os pratos que são sua marca registrada,<br />
aqueles com a cara da cidade, e<br />
trouxemos para Brasília”, conta Totó.<br />
Na segunda-feira, o prato do dia dos<br />
paulistanos (e agora dos brasilienses) é o<br />
virado à paulista (tutu de feijão, costeleta<br />
de porco, ovo frito, banana à milanesa,<br />
couve refogada com bacon e arroz<br />
branco). Outra mania na Paulicéia é o<br />
bife a cavalo (filé mignon grelhado com<br />
dois ovos fritos, arroz e batatas fritas).<br />
Nos outros dias da semana, rabada com<br />
polenta, lula empanada, feijoada – tudo<br />
à moda paulista, agora made in Brasília.<br />
Se preferir só beliscar, o cliente do<br />
Bar do Mercado pode comprar um belo<br />
pão de lingüiça, queijos, porções de<br />
sardela, berinjela curtida ou o famoso<br />
sanduíche de pernil acebolado, e levar<br />
tudo para comer na mesa, claro, com seu<br />
infalível chopps e dois pastel – um de<br />
queijo e outro de bacalhau.<br />
Neper Café<br />
Conjunto Nacional (3202.2384), Pátio Brasil<br />
(3963.1947), Brasília Shopping (3034.2588)<br />
e Aeroporto (3364.9939)<br />
Armazém do Brás<br />
107 Norte – Bloco B (3347.4735)<br />
Bar do Mercado<br />
509 Sul – Bloco C (3244.7999)<br />
5
águanaboca<br />
Cinco em um<br />
Café, bar, restaurante, galeria de arte e espaço cultural<br />
num único lugar, pequeno e aconchegante<br />
POR LÚCIA LEÃO<br />
Paredes de papel machê decoradas<br />
com painéis de azulejos pintados à mão;<br />
piso de porcelana quebrada e luminárias<br />
de cerâmica artesanal, mesmo material<br />
das molduras dos espelhos dos banheiros,<br />
estes também cuidadosamente<br />
trabalhados com tintas e cerâmicas,<br />
do chão ao teto. A pequena loja numa<br />
esquina de fundos da comercial da 116<br />
Norte foi concebida para ser, ela própria,<br />
um objeto de arte. Demorou quatro<br />
meses para tomar a primeira forma e<br />
assumir sua função: café, bar,<br />
restaurante, galeria de arte e espaço<br />
cultural que aos poucos se firma como<br />
point de artistas, intelectuais e descolados<br />
chiques da cidade.<br />
O Arte Café é o novo desafio da<br />
chef, artista plástica e bacharel em<br />
direito Deise Pedreira, uma das<br />
fundadoras do Naturetto, do qual se<br />
afastou para embarcar numa experiência<br />
nova, ousada e quase oposta. O “quase”<br />
fica por conta da salada vistosa, de<br />
alguns pratos e lanches sem carne<br />
vermelha e dos sucos naturais que<br />
remetem ao cardápio do vegetariano. No<br />
mais... “Sou movida muito mais pelo<br />
que pode ser criado, pesquisado e<br />
descoberto do que pela administração<br />
ou o resultado comercial de um<br />
empreendimento. Por isso resolvi partir<br />
para uma coisa completamente nova”,<br />
explica a artista-empresária.<br />
A diferença começa com o espaço: o<br />
pequeno salão de 40 m 2 abriga a galeria<br />
e o balcão com bancos altos (os lugares<br />
mais disputados pelos clientes!).<br />
Expostos em móveis de madeira colonial<br />
(também à venda), esculturas e objetos<br />
de cerâmica, madeira, acrílico e<br />
materiais reciclados, recolhidos por<br />
todos os cantos do Brasil e assinados por<br />
artistas renomados (Luiz Olinto, Sérgio<br />
Pedreira, Sandra Abramo e Stênio<br />
Rocha, entre outros) ou nem tanto,<br />
6
como os artesãos do grupo Urubu Rei,<br />
da Bahia, podem ser admirados ou<br />
adquiridos por preços bastante razoáveis.<br />
As novidades seguem no cardápio,<br />
que tem carne, camarão, bacalhau e<br />
massas. Mas o carro-chefe da casa são as<br />
panquecas e as bruschetas que, como de<br />
resto tudo na casa, enchem os olhos<br />
antes de brindarem o paladar: a<br />
decoração dos pratos é irretocável!<br />
Coquetéis tradicionais e misturas<br />
exclusivas, além de uma carta de vinhos<br />
limitada, mas bem escolhida – com boas<br />
opções, inclusive para consumo por<br />
taças – completam o cardápio que está<br />
satisfazendo a clientela.<br />
“Elaborar esse cardápio foi um<br />
desafio. Nossa proposta era oferecer<br />
sempre muita qualidade e a maior<br />
variedade possível dentro do nosso<br />
espaço, que é muito pequeno. Acho que<br />
estamos chegando no ponto”, avalia<br />
Deise, que pretende fazer do Arte Café<br />
um espaço em permanente mutação.<br />
Na cozinha, as experiências não<br />
param. A última é um doce de berinjela<br />
servido com creme na sobremesa de<br />
quem não se furta aos sabores exóticos.<br />
Da mesma forma, a galeria oferece<br />
sempre novidades e se molda aos<br />
eventos promovidos cada vez com mais<br />
freqüência. O próximo será a festa de<br />
encerramento do Mix Brasil, Festival de<br />
Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual,<br />
que acontece em Brasília na primeira<br />
semana de dezembro. Na ocasião a<br />
galeria estará expondo exclusivamente<br />
peças que se identifiquem com o tema.<br />
Arte Café<br />
116 Norte – Bloco A – Loja 62 (3036.5388)<br />
Aberto de 2ª a sábado, a partir das 17h<br />
FOTOS: DÉBORA AMORIM<br />
7
águanaboca<br />
Brilho<br />
no Lago Sul<br />
POR BETH ALMEIDA<br />
Os freqüentadores da Brilho<br />
Delicatessen, há nove anos na Feira dos<br />
Importados, têm agora mais um<br />
endereço para buscar bebidas e variadas<br />
delícias importadas. Recentemente<br />
inaugurada, a loja do Gilberto Salomão,<br />
no Lago Sul, tem horário de<br />
funcionamento diferenciado (de terça a<br />
sábado, das 9h às 21h, e aos domingos,<br />
até as 19h) e agradáveis espaços para<br />
degustação. “A única coisa que não<br />
muda é o preço, que é o mesmo da<br />
outra loja”, garante um dos<br />
proprietários, Cyro Torres Filho.<br />
As duas lojas também são<br />
semelhantes na variedade de produtos<br />
à disposição da clientela: mais de 1.000<br />
rótulos de vinhos e espumantes, uísques<br />
de diversas marcas, cervejas especiais,<br />
licores e produtos da culinária de várias<br />
procedências, como mexicana e árabe,<br />
e excelentes charutos, nacionais e<br />
importados. Além da agradável área<br />
externa de degustação, a nova loja<br />
dispõe de um espaço gourmet, para<br />
onde os amantes da boa cozinha podem<br />
convidar os amigos e preparar um prato<br />
especial, numa cozinha muito bem<br />
equipada.<br />
Graças à parceria que mantém com a<br />
importadora Del Maipo, a Brilho tem se<br />
notabilizado pelas novidades lançadas<br />
no mercado brasiliense, como os vinhos<br />
portugueses do Ribatejo e alguns rótulos<br />
de pequenas vinícolas espanholas.<br />
Recentemente, trouxe a Brasília o<br />
sommelier Rafael Garcia Abril, para<br />
promover os produtos das vinhas Quinta<br />
Quietud, com os rótulos Vinhos Quinta<br />
Quietud e Corral de Campanas, e Avan,<br />
cujo vinho leva o mesmo nome.<br />
“Estamos buscando as vinícolas<br />
menores, que têm vinhos conceituados<br />
mas ainda não entraram no mercado<br />
brasileiro”, informa Álvaro Torres Neto,<br />
dono da Del Maipo.<br />
A próxima novidade é o lançamento<br />
da vinícola italiana Podere Castorani,<br />
situada na região de Abruzzo, cujo<br />
8
proprietário é ninguém menos que o<br />
piloto de Fórmula 1 Jarno Trulli. Os<br />
vinhos estarão disponíveis a partir de<br />
janeiro de 2007, mas quem não quiser<br />
esperar até lá pode aproveitar a<br />
degustação que acontece nesta segundafeira,<br />
20, a partir das 19h30, na Brilho<br />
do Gilberto Salomão, com a presença<br />
do diretor de exportação da vinícola<br />
italiana, David Bosch. Entre os rótulos<br />
a serem degustados estão o Majolica<br />
Branco, o Majolica Rose, o Majolica<br />
Tinto, o Scià Tinto, o Coste delle Plaie<br />
Branco, o Coste delle Plaie Tinte, o<br />
Podere Castorani Tinto e o Jarno Rosso.<br />
Para o final de ano, a Brilho tem<br />
uma série de mimos. Quem quiser<br />
presentear com uma garrafa de<br />
champanhe, por exemplo, poderá<br />
escolher entre dois lindos estojos da<br />
Veuve Clicquot, com uma garrafa de<br />
750 ml e duas taças, ou a garrafa de 375<br />
ml, que vem numa linda bolsa. O jogo<br />
com quatro garrafas de 200 ml vem com<br />
o balde de gelo e há ainda as garrafas<br />
envoltas em bolsa térmica. Já a Moet<br />
Chandon pode vir com quatro taças em<br />
forma de tulipas. A loja tem ainda nove<br />
opções de cestas natalinas e conjuntos<br />
de vinhos e espumantes em engradados<br />
para presente.<br />
Brilho<br />
SHIS QI 5 – Bloco E – Lojas 33/34<br />
Shopping Gilberto Salomão (3202.4533)<br />
SIA Trecho 7 – Conjunto D – Lojas 8/9<br />
Feira dos Importados (3037.4533)<br />
FOTOS: EDUARDO KRÜGER<br />
9
águanaboca<br />
TELMO XIMENES<br />
A confraria cresce<br />
Um novo espaço para quem aprecia um bom grelhado<br />
mas não tem a menor intimidade com as caçarolas<br />
DA REDAÇÃO<br />
O conceito do antecessor foi<br />
mantido, mas democratizado. No<br />
mesmo espaço em que se reuniam os<br />
“confrades” do La Boucherie, na 304<br />
Sul, acaba de abrir as portas o Entrecôte.<br />
O novo dono, o empresário goiano Raul<br />
Balduíno Filho, garante que o antigo<br />
espírito agregador dos gourmets<br />
permanece – afinal ainda está lá, no<br />
andar de cima, o cantinho bem<br />
equipado à espera dos chefs amadores<br />
que cultivam o hobby de cozinhar para<br />
os amigos. Só que, agora, a casa também<br />
está preparada para receber até 80<br />
apreciadores de um bom grelhado que<br />
não levem o menor jeito para prepará-lo.<br />
O ponto forte do cardápio,<br />
desenvolvido pelo chef Fernando<br />
Ribeiro, não poderia ser outro senão o<br />
entrecôte, delicado e suculento corte de<br />
contra-filé (<strong>R$</strong> 30), que pode ser<br />
acompanhado por 11 tipos de guarnições,<br />
entre elas arroz com brócolis, batata<br />
recheada, brócolis ao alho e óleo e feijão<br />
tropeiro (entre <strong>R$</strong> 5 e <strong>R$</strong> 8). Outra<br />
especialidade da casa é o Filé Au Café de<br />
Paris (<strong>R$</strong> 28). De entrada, há boas opções<br />
de saladas, entre elas a que mistura com<br />
muita leveza alface americana, endívias,<br />
rúcula e radichio com pequenas fatias de<br />
salmão, temperada com molho de<br />
gengibre e raiz forte (<strong>R$</strong> 16).<br />
O novo ambiente, totalmente<br />
reformulado, leva a assinatura do<br />
arquiteto Augusto César Puccinelli,<br />
também ele um gourmet que deu<br />
muitos palpites na cozinha e na adega<br />
repleta de rótulos argentinos, chilenos,<br />
espanhóis, franceses, italianos e<br />
portugueses. Portugal, por exemplo,<br />
está representado por nove vinhos,<br />
10
desde o Convento da Vila (<strong>R$</strong> 26) até<br />
o Incógnito (<strong>R$</strong> 165). Os italianos<br />
variam de <strong>R$</strong> 24 (Batasiolo Della Casa)<br />
a <strong>R$</strong> 232 (Brunello di Montalcino).<br />
Os champanhes e espumantes também<br />
marcam presença na adega do Entrecôte<br />
com preços oscilando entre <strong>R$</strong> 58<br />
(Orisecci Casa Branca) e <strong>R$</strong> 375<br />
(Chandon Brut).<br />
Para quem não come carne, mas<br />
também não abre mão de uma boa<br />
proteína animal, o novo restaurante<br />
oferece opções interessantes, como o<br />
Filé de Pescada Amarela com molho de<br />
vinho branco, champignons e alcaparras,<br />
acompanhado de arroz cremoso de alhoporó<br />
(<strong>R$</strong> 32), e o Filé de Salmão Grelhado<br />
com pasta de tomate seco e manjericão<br />
com salada de folhas e purê de batatas<br />
(<strong>R$</strong> 32). No capítulo sobremesas, o<br />
Entrecôte não foge muito do tradicional:<br />
creme de mamão papaya com cassis<br />
(<strong>R$</strong> 8), mousse de chocolate (<strong>R$</strong> 6),<br />
profiterólis (<strong>R$</strong> 8) e petit gateau (<strong>R$</strong> 10).<br />
Balduíno garante que sua casa vai<br />
preservar o bom gosto e a qualidade das<br />
carnes oferecidas pelo antigo ocupante,<br />
mas o atendimento será aprimorado.<br />
Para reforçar a idéia de que pretende<br />
continuar seguindo os princípios de<br />
uma legítima confraria, introduziu a<br />
novidade dos guardanapos personalizados<br />
com as iniciais dos freqüentadores<br />
habituais. Segundo o empresário,<br />
“para que todos se sintam em casa”.<br />
Entrecôte<br />
304 Sul – Bloco A (3223.8003)<br />
picadinho<br />
Verão em forma<br />
O Don’ Durica (201 Norte) está dando<br />
uma forcinha para quem quer começar<br />
o verão em forma. Trata-se do projeto<br />
Segunda Saudável. Até o dia 18 de<br />
dezembro, todas as segundas-feiras,<br />
no horário do almoço, o nutricionista<br />
Rodrigo Valim e sua equipe estarão à<br />
disposição dos clientes para ajudá-los a<br />
compor pratos nutritivos e saudáveis.<br />
Verão em forma 2<br />
Outra casa preocupada com a boa forma<br />
de seus clientes: a pizzaria Querubina<br />
(308 Sul) colocou em seu cardápio três<br />
opções de baixa caloria – abobrinha,<br />
mussarela light e portuguesa light. O<br />
cliente pode optar também pela massa<br />
integral, que não é menos calórica mas,<br />
por ser rica em fibras, favorece a digestão.<br />
Pizza gourmet<br />
Mas se sua preocupação principal não<br />
é emagrecer, não precisa nem mudar<br />
de pizzaria. Às segundas e terças, a<br />
mesma Querubina oferece o “rodízio<br />
gourmet”. Por <strong>R$</strong> 24 pode-se saborear<br />
mais de 30 tipos de pizza: tradicionais,<br />
doces e inclusive as de baixa caloria. A<br />
grande estrela é a Marguerita Gourmet,<br />
preparada com mussarela de búfala,<br />
tomate cereja e manjericão fresco.<br />
Culinária francesa<br />
O chef Gutemberg Oliveira ensinará um<br />
pouco da culinária francesa na Oficina<br />
do Gourmet (403 Sul). Ele vai mostrar<br />
como preparar um jantar completo,<br />
com terrine de queijo gruyer de entrada,<br />
crepe francês recheado com confit de<br />
pato au fromage e fruits sécs como<br />
prato principal e, de sobremesa, pêras ao<br />
vinho com sorvete de erva doce. A aula<br />
acontece neste dia 23, das 15 às 18 horas<br />
e custa <strong>R$</strong> 75. Inscrições: 3323.196.<br />
Para enófilos<br />
Após vender mais de 100 mil exemplares<br />
da Enciclopédia Larousse do Vinho,<br />
a editora Larousse do Brasil resolveu<br />
imprimir uma edição especial de Natal.<br />
A edição vem dentro de um estojo e é<br />
acompanhada por um exclusivo sacarolha.<br />
Com 384 páginas, a obra de<br />
referência foi idealizada tanto para os<br />
estudiosos da arte do vinho quanto para<br />
aqueles que estão começando a explorar<br />
este rico e sedutor universo.<br />
Espumante rosé<br />
O Natal e o Ano Novo vêm<br />
chegando e, para animar as<br />
comemorações, a Miolo acaba<br />
de lançar o espumante Brut Rose,<br />
elaborado com uvas chardonnay,<br />
pinot noir e merlot e envelhecido<br />
por seis meses nas caves da<br />
vinícola. Segundo a Miolo, o<br />
novo espumante harmoniza-se<br />
muito bem com frutos do mar,<br />
peixes e massas.<br />
Sagatiba Ginger Mary<br />
Para quem ainda não acredita no sucesso<br />
de nossa tradicional branquinha no<br />
mercado externo. Em sua mais recente<br />
edição, a Vanity Fair italiana apresenta<br />
uma versão abrasileirada do clássico<br />
Bloody Mary criada pelo badalado<br />
bartender Francesco Pierluigi, que<br />
simplesmente substituiu a vodka pela<br />
cachaça Sagatiba. A receita leva ainda<br />
tomate, sal, chá de gengibre ralado,<br />
tabasco, molho inglês e suco de limão.<br />
11
LUIZ RECENA<br />
garfadasegoles<br />
@alo.com.br<br />
12garfadas&goles<br />
Saudades da professorinha<br />
Vovô Ivo viu a uva. E a “inicialização” do vinho<br />
também. Há mais de cem anos, o imperador do Brasil<br />
convidou, mandou buscar italianos na Itália e alemães<br />
na Alemanha. Os que não gostavam dele disseram que<br />
endoidara. Ficara louco. Os que ainda não gostam,<br />
tratam-no pelo depreciativo “Pedro Banana”. O Brasil<br />
é assim: quem não gosta, quem perde, destrata. Bota<br />
apelido. Se pegar, pegou. É a vitória do deboche. Agora,<br />
o vinho dos imigrantes enfrenta o mesmo problema.<br />
Muito mais de cem anos depois, a uva plantada na serra<br />
gaúcha deu vinho bom. “Inicialização” é uma palavra<br />
bárbara. Não existia no léxico de Dom Pedro II. Mas<br />
Bill Gates, que não plantou uvas, invadiu nosso idioma<br />
e a palavra está aí. Veio com a tecnologia. Os antigos<br />
plantaram e o vinho chegou às mesas. Espumante,<br />
branco, tinto. Com denominações. É o bê-a-bá do<br />
tempo perdido, deixado pra trás. E, agora, trazido de<br />
novo, replantado e refeito. Com a história do tempo<br />
Os mestres e seus legados<br />
A tecnologia inventou outras palavras bárbaras. Mas é<br />
pedágio pagável, tal a gama de melhoras que trouxe.<br />
Para a vida, as videiras, o vinho. Os primeiros Miolos,<br />
Saltons, e os mais antigos cooperados da Aurora, por<br />
certo não imaginaram tanques inox, relógios,<br />
temperaturas e fermentações controlados por um ou<br />
vários computadores. Só a primária paixão da mestra<br />
não cedeu. É ela, a paixão, o verdadeiro dínamo deste<br />
novo momento que vive o vinho brasileiro.<br />
A paixão em borbulhas<br />
O espumante não é mais dúvida. Venceu os corações<br />
mais empedernidos, de pedra ou madeira tratada por<br />
machado... O branco está a meio caminho. O tinto tem<br />
percurso a cumprir, corações e paladares a conquistar.<br />
Os leitores conhecem o Vale dos Vinhedos. Preparem<br />
corações e paladares para o Vinho de Montanha, nova<br />
denominação gaúcha que veio para mudar a história.<br />
Se tudo der certo – e vai dar – dentro de alguns anos<br />
diremos do espumante brasileiro, AVM e DVM , isso<br />
mesmo: antes e depois dos Vinhos de Montanha.<br />
Cave Geisse e Don Giovanni, prestem atenção e<br />
provem. A paixão em borbulhas. Voltarei ao tema.<br />
FCO não come nem bebe<br />
Existe um fundo para o desenvolvimento do<br />
Centro Oeste, o FCO. Ele tem linhas para várias<br />
atividades, inclusive para bares e restaurante, grandes<br />
empregadores de mão-de-obra. Um mistério, no<br />
antigo. Com o futuro da terra daqui. Presente. A Itália<br />
como mestra. A França como auxiliar. E os brasileiros<br />
do Sul com disciplina e trabalho. Novas terras e<br />
paisagens se abrem aos ventos e às uvas. Amor e paixão.<br />
entanto, envolve o FCO: ele não sai para bares e<br />
restaurantes. Ou é tão difícil que o cristão desiste a<br />
meio caminho. Os operadores são oficiais. Por que<br />
não funcionam?<br />
Gerente, batata e brasas<br />
O gerente grosso do cartão de crédito tentou atropelar<br />
o mercador do futuro, que abre espaços para trabalho,<br />
emprego e até uso de cartão. O gerente achou que<br />
levaria fácil. Esqueceu que em cada estrada mineira<br />
há uma encruzilhada. E as cruzes, cruzetas e cruzílias<br />
voaram na cabeça do gerente. De rabicho entre as<br />
pernas, abandonou o recinto. A batata está assando...<br />
De avoantes e folhas<br />
Nesta época de chuvas, todo cuidado é pouco. Quando<br />
a água não cai, o sol aparece. Com ele, todos os<br />
voadores: cigarras chiando, sabiás cantando, grilos<br />
voando. É isso: os grilos, além de falantes, podem<br />
ser avoantes. E meter-se em folhas de alface. Por mais<br />
lavadinhas e limpinhas que fiquem, sem amigos entre<br />
os controladores de vôos, de repente, podem agasalhar<br />
aterrissagem de grilos. Aí, Mr. Pent, nosso amigo<br />
inglês, ficará atento para listar os aeroportos verdes<br />
de grilos idem.<br />
Em nome do fígado<br />
Esta coluna está e estará sempre ao lado dos que<br />
comem e dos que bebem. Mas recomenda aos assíduos:<br />
se beber muito, não dirija; se dirigir, não beba.
FOTOS: DÉBORA AMORIM<br />
Arroz Norton<br />
Ronaldo Madeira Lima Moura completou 28 anos sob o signo de Escorpião, no mês passado. Passou por<br />
todos os lugares da cozinha e hoje é chef do Norton Grill, aquele do hotel Meliá, com carnes Lazzarini e<br />
importadas da Argentina e do Uruguai. É o mais antigo da casa e recentemente trabalhou com os dois<br />
chefs alemães que estiveram em Brasília. É de Ronaldo Madeira a receita do Arroz Norton, quantidade<br />
para quatro pessoas. É o acompanhamento recomendado para cortes especiais como Prime Rib, T-bone,<br />
Bife de Tira, Picanha Baby ou Carré de Cordeiro.<br />
INGREDIENTES<br />
• 200 g de arroz normal<br />
• 1 colher de sopa de manteiga<br />
(ou azeite extra-virgem)<br />
• 100 g de cebola picada<br />
• 100 g de cebola Juliana<br />
(em tiras)<br />
• 100 g de bacon em cubinhos<br />
• 50 g de batata palha<br />
• cebolinha, duas pitadas<br />
• salsinha, duas pitadas<br />
• 3 ovos<br />
• sal e pimenta do reino<br />
MODO DE PREPARAR<br />
Primeiro, em separado, faça o arroz, al dente; frite<br />
os ovos com gema dura e o bacon. Dica para<br />
o arroz: ponha gotas de limão na água a ser<br />
acrescentada após refogar. Reserve.<br />
Numa panela, derreta a manteiga, acrescente a<br />
cebola, picada e Juliana, refogando-as bem até<br />
dourar. Não deixe queimar. Acrescente: o arroz,<br />
os ovos, o bacon, a batata palha, cebolinha,<br />
salsinha, sal e pimenta do reino. Misture tudo e<br />
aqueça por mais três minutos.<br />
Custo: <strong>R$</strong> 6, no máximo, para o arroz. As carnes,<br />
cada uma tem seu preço.<br />
13
vidamoderna<br />
Pau pra toda obra<br />
Sabe aqueles probleminhas que infernizam nosso dia-a-dia?<br />
A Kaza Chique garante que tem a solução para todos eles<br />
POR ANA CRISTINA VILELA<br />
Vai se casar e nem sabe por onde<br />
começar a organizar a festa? Quer<br />
aprender a fazer sushi e comida<br />
mexicana, mas nem imagina onde possa<br />
encontrar um professor? Quer ter uma<br />
empregada doméstica bem preparada,<br />
mas em média o nível dos serviços<br />
prestados é baixo? Não precisa se<br />
desesperar. Entre em contato com a<br />
Kaza Chique. Não, não há engano<br />
algum. Na Kaza Chique realmente<br />
pode-se fazer tudo isso e ainda mais<br />
um pouco.<br />
Reinaugurada em outubro deste ano,<br />
a Kaza, antiga Oficina de Criatividade<br />
Culinária, pode ser mesmo a solução<br />
para alguns problemas enfrentados<br />
diariamente. O primeiro deles é a<br />
grande dificuldade de encontrar alguém<br />
que realmente saiba lavar, passar,<br />
cozinhar e cuidar da higiene e da<br />
arrumação em geral. Se o empregador<br />
for exigente, essa busca se torna ainda<br />
mais difícil.<br />
É por isso que as sócias-proprietárias<br />
da Kaza Chique, as psicólogas Sabrina<br />
Ferreira e Mariana Rollemberg,<br />
decidiram ampliar o leque de ofertas de<br />
cursos, antes voltados apenas para a<br />
gastronomia. De olho num mercado<br />
em que a qualidade média deixa muito<br />
a desejar, as duas empresárias começam<br />
este mês a oferecer treinamento para as<br />
secretárias domésticas. O preço do curso é<br />
<strong>R$</strong> 250 – e quem acaba pagando mesmo<br />
é o patrão. Mas pode valer a pena.<br />
O objetivo é treinar as habilidades e<br />
atividades ideais. Por exemplo: o aluno<br />
vai aprender a arrumar a casa e a usar os<br />
produtos de limpeza, a preparar a mesa<br />
para as refeições diárias, a passar e lavar<br />
corretamente, a arrumar as roupas nos<br />
armários, a usar adequadamente os<br />
14
eletrodomésticos, a fazer pratos práticos<br />
e rápidos para o dia-a-dia, a aproveitar<br />
sobras e até a atender o telefone e a<br />
comportar-se.<br />
A didática usada é dinâmica, afirma<br />
Mariana, e por isso não importa se o<br />
aluno é semi-analfabeto. “Todo mundo<br />
consegue aprender”, garante. Quem<br />
faz o curso também leva para casa uma<br />
sugestão de cardápio cotidiano. São<br />
15 vagas por turma e as aulas são<br />
ministradas pela própria Mariana, que<br />
cuida da parte comportamental, e por<br />
Cláudia Veronese, que, segundo<br />
Mariana, é uma “super dona de casa”.<br />
Outro curso, mais inusitado, é o de<br />
dicas para noivos. Durante as aulas eles<br />
aprendem a respeito de convites, da<br />
festa, de como receber na nova casa, de<br />
como fazer chá-bar e chá-de-cozinha etc.<br />
Esta é a seara de Beth Pellegrino,<br />
consultora de comportamento social<br />
e culinarista, com cursos feitos em<br />
Genebra e Paris.<br />
Mas se o interesse é aprender a<br />
preparar desde pratos especiais até os<br />
mais simples, não há problema, porque<br />
são muitas as possibilidades. No setor da<br />
gastronomia, tem de tudo um pouco:<br />
curso de cozinha árabe, de preparo de<br />
bacalhau, de bolos para o dia-a-dia,<br />
caldos e sopas, terrines e patês, saladas,<br />
pratos triviais, crepes e chocolates<br />
quentes, entradas variadas, molhos para<br />
carnes, cardápio francês, cozinhas<br />
mexicana, espanhola, japonesa,<br />
tailandesa, chinesa... O preço dos cursos<br />
varia de <strong>R$</strong> 60 a <strong>R$</strong> 150, exceto o<br />
japonês, com duração de quatro aulas,<br />
que sai por <strong>R$</strong> 380 à vista.<br />
Muitos são ministrados em apenas<br />
uma aula, que, em média, tem duração<br />
de três horas. Uma exceção é o curso<br />
de cardápio para o dia-a-dia, com três<br />
aulas. Na equipe da gastronomia, há<br />
professores fixos e convidados. O curso<br />
de comida japonesa, por exemplo, é<br />
dado pela proprietária do restaurante<br />
Tayo, Mie Hiramatsu, e as culinárias<br />
espanhola e mexicana cabem a Tereza<br />
Martinez, especialista nessas duas<br />
cozinhas, em que atua há mais de 20<br />
anos. A Kaza conta, ainda, com a<br />
consultora Lena Gomes e com Paulo<br />
César Figueiredo, do restaurante Alice.<br />
Outra iniciativa de Mariana e Sabrina<br />
foi a criação do Chef na Kaza. Todo<br />
mês um chef renomado da cidade<br />
será o professor. Agora em novembro<br />
o convidado é Dudu Camargo. Em<br />
outubro, quem abriu a programação<br />
foi Francisco Ansiliero, do Don<br />
Francisco, que ensinou a preparar pratos<br />
feitos com bacalhau, bolinho, salada e<br />
bacalhau ao forno.<br />
Depois de aprender a receber as<br />
pessoas na casa nova e de resolver o<br />
problema da empregada que sempre<br />
deixa a roupa um tanto amarrotada, a<br />
louça meio suja ou quebrada e a carne<br />
torrada ao invés de malpassada, talvez<br />
sobre tempo para aprender a preparar<br />
sushis e sashimis, que, apesar de não ser<br />
a solução de nenhum problema, pode<br />
ser uma grande terapia.<br />
Kaza Chique<br />
406 Norte – Bloco E – Sala 208 (3273.8004)<br />
www.suakazachique.com.br ou<br />
falecom@suakazachique.com.br<br />
Programação da segunda quinzena de<br />
novembro: dia 20, Dudu Camargo; dia<br />
21, risoto para o dia-a-dia; dia 22, ceia<br />
de Natal; dia 25, sashimi; dia 27, a arte<br />
da mesa e dicas para noivos e noivas; dia<br />
28, filés-mignons e suas variações; dia 29,<br />
menu italiano; e dia 30, culinária clássica<br />
francesa. Os cursos serão das 19 às 22h,<br />
exceto os de sashimi (das 17 às 19h) e arte<br />
da mesa (14 às 17h)<br />
FOTOS: DÉBORA AMORIM<br />
15
oteirogastronômico<br />
Armazém do Ferreira<br />
Restaurante inspirado no Rio de<br />
Janeiro dos anos 40. O buffet,<br />
com cerca de 20 tipos de frios,<br />
sanduíches e rodadas de empadas<br />
e quibes, com a performance do<br />
garçom Tampinha, são boas opções<br />
para os freqüentadores.<br />
202 Norte (3327.8342)<br />
CC: Todos<br />
MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTES DELIVERY MANOBRISTA<br />
ESPAÇO VIP ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO BANHEIRO PARA DEFICIENTE<br />
CARTÕES DE CRÉDITO: CC / VISA: V / MASTERCARD: M / AMERICAN EXPRESS: A / DINERS: D / REDECARD: R<br />
Fornalha Simpson's<br />
Promoções: Chopp, 2ª a dom, das<br />
17h às 20h30, por <strong>R$</strong> 1,75 de 300ml<br />
e <strong>R$</strong> 1,20 de 200 ml; Rodízio de<br />
Pizza, 3ª a dom, por <strong>R$</strong> 12,<strong>90</strong>. Sáb,<br />
feijoada, buffet, churrasco. Dom, buffet<br />
, churrasco e salmão. Beba 3 chopp e<br />
ganhe 1 de cortesia, sáb e dom.<br />
307 Sul<br />
(Delivery 3443.4251)<br />
CC: todos<br />
Azulejaria<br />
Um dos melhores Happy Hours da<br />
cidade. No cardápio espumantes,<br />
petiscos, sanduíches, carpaccios,<br />
ostras e cervejas importadas. No<br />
almoço, buffet de saladas e pratos<br />
quentes.<br />
408 Sul (3443.0698)<br />
CC: Todos<br />
BARES<br />
Monumental<br />
Numa das esquinas mais valorizadas<br />
da cidade, a casa tem uma ampla<br />
varanda e o chope bem gelado. No<br />
almoço, buffet variado de saladas,<br />
massas e grelhados. À noite, as<br />
lingüiças mineiras estão entre os<br />
petiscos mais pedidos.<br />
201 Sul (3224.9313)<br />
CC: todos<br />
BARES<br />
Bar Brasília<br />
Em plena W3 Sul, o Bar Brasília tem<br />
decoração caprichada, com móveis e<br />
objetos da primeira metade do século<br />
XX. Destaques para os pasteizinhos.<br />
Sugestão de gourmet: Cordeiro<br />
ensopado com ingredientes<br />
especiais, que realçam seu sabor.<br />
506 Sul Bloco A (3443.4323)<br />
CC: Todos<br />
Toca do Chopp<br />
Sempre cremoso, claro e na<br />
temperatura certa, é o endereço do<br />
melhor chopp da cidade. Pastéis,<br />
quibes, mini sanduíches, empadinhas<br />
e lingüiças picantes são petiscos<br />
disputados. Excelência na qualidade<br />
do produto é marca registrada.<br />
104 Norte (3328.2262)<br />
Quituart (3368.3894) CC: Todos<br />
Bar e Pizzaria do Brás<br />
Cerveja gelada e buffet. Mais de 40<br />
opções de frios e petiscos. De 2ª a<br />
6ª, buffet no almoço. Aos sábados,<br />
feijoada e cachaças, além do buffet<br />
de massas e saladas. Todos os dias<br />
rodízio de pizzas, caldos e massas.<br />
Diamantina Restaurante<br />
Ambiente requintado e charmoso.<br />
No cardápio, um convívio<br />
harmonioso entre pratos da cozinha<br />
contemporânea e os preferidos do<br />
ex-presidente Juscelino Kubitschek.<br />
Adega climatizada.<br />
107 Norte (3347.4735) CC: V<br />
Concentração<br />
A casa oferece sofisticação sem<br />
exagero, deixando a clientela à vontade<br />
e sempre bem atendida. A música não<br />
pára: telões projetam shows, clipes<br />
e imagens de esportes radicais. O<br />
restaurante participa da promoção do<br />
Prêmio <strong>Roteiro</strong> 2006, oferecendo 15<br />
pratos pela metade do preço.<br />
209 Sul (3242.3436)<br />
CC: Visa<br />
BRASILEIROS<br />
Hotel Kubitschek Plaza<br />
(3329.3774) CC: todos<br />
Patuá<br />
Oferece aos seus clientes a<br />
possibilidade de desfrutar uma releitura<br />
da cozinha brasileira. O cardápio leva<br />
em consideração a multiplicidade de<br />
culturas do Brasil com sua imensa<br />
variedade de ingredientes, cores,<br />
texturas e, principalmente, seus aromas<br />
e sabores. Funciona diariamente no<br />
almoço e jantar.<br />
Deck Brasil QI 11<br />
(3248.7231) CC: V e M<br />
16
La Leopolda<br />
Referência em criatividade,<br />
qualidade e eficácia em buffet de<br />
alta gastronomia.Em seis anos de<br />
trabalho coleciona cinco prêmios. Os<br />
produtos são elaborados por Emília<br />
Ferrero e executados por Ricardo<br />
Ferrero. Realiza eventos sociais e<br />
empresariais.<br />
QI 21 Bl. A (3366.1110/3078)<br />
Don’ Durica<br />
Buffet no almoço consagrado pela<br />
variedade de pratos. Por <strong>R$</strong> 32,<strong>90</strong>, o<br />
cliente tem saladas, pratos quentes,<br />
massas caseiras e sobremesas. No<br />
jantar, frios a quilo, petiscos<br />
variados, sanduíches, saladas e<br />
pratos à la carte com destaque para<br />
o talharim aos frutos do mar.<br />
201 Norte (3326.1045)<br />
CC: V. M. D<br />
BUFFET DE RESTAURANTE<br />
Renata La Porta<br />
O Renata La Porta Buffet já<br />
está virando sinônimo de festas<br />
memoráveis. Sempre se destacando<br />
com suas propostas inovadoras e<br />
cheias de estilo. Cardápios originais<br />
e serviço impecável.<br />
QI 9 do Lago Sul (3364.6006)<br />
Sweet Cake<br />
É um dos mais renomados buffets<br />
de festa da cidade, com mais de<br />
dez anos de experiência. Além dos<br />
salgados e doces finos oferecidos<br />
no buffet, destaque para o Risoto de<br />
Foie-Gras, o Carré de Cordeiro ao<br />
Molho de Alecrim e o Filé ao Molho<br />
de Tâmaras.<br />
QI 21 do Lago Sul (3366.3531)<br />
BUFFET DE FESTA<br />
Café Antiquário<br />
No Pontão do Lago Sul, oferece<br />
grande variedade de petiscos. Chope<br />
cremoso e gelado. Mesas da varanda<br />
são excelente opção para happy hour<br />
de frente para o Lago. Funciona de 2ª<br />
a 6ª, a partir das 17h30. Sábados e<br />
domingos, a partir das 11h30.<br />
Pontão do Lago Sul<br />
(3248.7755) CC: V, A<br />
Café Savana<br />
Quiche é a especialidade deste já<br />
tradicional café-bistrô. No almoço,<br />
sempre duas opções de pratos<br />
quentes. À noite, caldos, sanduíches,<br />
saladas e tortas. Cafés e drinks para<br />
acompanhar. Mais informações no<br />
site www.cafesavana.com.br<br />
116 Norte (3347.9403)<br />
CC: V, M, D<br />
CAFÉS<br />
Aspargus<br />
O melhor e mais procurado selfservice<br />
da Asa Norte. Oferece grande<br />
variedade de pratos, saladas e<br />
sobremesas. Aos sábados, deliciosa<br />
feijoada e salmão grelhado. Abre<br />
diariamente para almoço, menos aos<br />
domingos.<br />
309 Norte (3274.6201)<br />
CC: D, M e V<br />
Camarão 206<br />
Cardápio variado, sabor e qualidade.<br />
Buffet no almoço é o carro-chefe, com<br />
mais de 10 pratos quentes, diversos<br />
tipos de saladas e várias opções de<br />
sobremesa, a <strong>R$</strong> 35,<strong>90</strong> (2ª a 6ª) e<br />
<strong>R$</strong> 39,<strong>90</strong> (sáb, dom e feriados) por<br />
pessoa. No jantar, serviço à la carte.<br />
206 Sul (3443.4841), Liberty Mall<br />
e Brasília Shopping CC: todos<br />
BUFFET DE RESTAURANTE<br />
Bier Fass<br />
Um dos melhores happy hours da<br />
cidade. Uma boa pedida é o bolinho<br />
de bacalhau. Oferece opções de pizzas<br />
individuais e serve chope claro e escuro,<br />
e drinques exclusivos, como a caipirinha<br />
de morango com vinho do Porto.<br />
Exclusividade: carpaccio de bacalhau.<br />
Pontão do Lago Sul (3364.4041)<br />
CC: Todos<br />
Chez le Petit Prince<br />
A casa já está aceitando encomendas<br />
para as festas de final de ano. Opções<br />
diversas, como: Tronco Natalino, Tortas,<br />
Quiches, Biscoitos Natalinos e Cestas<br />
Especiais. Domingo, 2ª e 4ª, das 9h<br />
às 21h; 5ª, 6ª e sáb, das 9h às 22h. 3ª<br />
não abre.<br />
212 Sul (3245.6525) CC: M e V<br />
CHOPERIAS<br />
CONFEITARIAS<br />
17
oteirogastronômico<br />
MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTES DELIVERY MANOBRISTA<br />
ESPAÇO VIP ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO BANHEIRO PARA DEFICIENTE<br />
CARTÕES DE CRÉDITO: CC / VISA: V / MASTERCARD: M / AMERICAN EXPRESS: A / DINERS: D / REDECARD: R<br />
Monjolo<br />
Com cinco lojas na cidade, mantém a<br />
tradição em mais de 200 produtos de<br />
receitas típicas do interior de Goiás,<br />
preparados artesanalmente, sem<br />
conservantes ou estabilizantes. A torta<br />
Suflair é uma das tentações da linha<br />
doce. Na linha salgada, uma boa opção<br />
são as quiches, com recheios variados.<br />
404 Norte, 215 Norte, 210 Sul,<br />
103 Sudoeste e QI 13 Lago Sul (3361.7767)<br />
Lake's<br />
Comida saborosa, serviço<br />
excepcional, atmosfera refinada,<br />
traduzindo nossa tradição em<br />
servir. Especialista em culinária<br />
contemporânea, a Chef Andréa<br />
Munhoz é responsável pelo cardápio<br />
da casa. De 2ª a sábado, das 12h às<br />
0h; domingo, das 12h às 17h.<br />
402 Sul (3323.1029)<br />
CC: Todos<br />
Praliné<br />
O Gatto<br />
CONFEITARIAS<br />
O cardápio é bastante variado, com<br />
tortas doces e salgadas, bolos, pães,<br />
géleias, caldos quentes, quiches,<br />
tarteletes, chás, café e sucos de<br />
frutas naturais. Café da manhã por<br />
<strong>R$</strong> 10,80 de 2ª a 6ª (buffet por<br />
pessoa).<br />
205 Sul bl A lj 3<br />
(3443.74<strong>90</strong>) CC: V<br />
CONTEMPORÂNEOS<br />
Ambiente aconchegante com cozinha<br />
contemporânea criativa, opção de<br />
pratos executivos e meio prato. A<br />
casa tem área de fumantes, para<br />
festas e uma pista de dança opcional.<br />
A carta de vinhos é ampla e tem<br />
preços acessíveis.<br />
215 Sul (3345.7853)<br />
CC: C, V<br />
Universal Diner<br />
Eleito O Melhor dos Melhores por<br />
votação popular na última eleição da<br />
<strong>Roteiro</strong>. Com nove anos de existência,<br />
o pioneiro na cozinha contemporânea<br />
da cidade tem como um dos carroschefes<br />
o Camarão ao molho de queijo<br />
brie, champagne e caviar, com Risoto<br />
de morango e sálvia.<br />
210 Sul (3443.2089)<br />
CC: Todos<br />
Torteria Di Lorenza<br />
Zuu A.Z.D.Z.<br />
Declare seu amor pelas tortas, doces,<br />
salgados, sorvetes e bombons da melhor<br />
confeitaria da cidade, votando na Torteria<br />
Di Lorenza em www.roteirobrasilia.<br />
com.br.<br />
302 Sul (3266.9667), 208 Sul<br />
(3443.6366), 211 Sul (3245.6000),<br />
115 Norte (3349.7807), 213 Norte<br />
(3340.1730), Sudoeste (3344.4600),<br />
Lago Sul (3364.5096) e Brasília<br />
Shopping (3328.4853).<br />
Em menos de dois anos de existência,<br />
a segunda casa de Mara Alcamim já<br />
foi premiada pelas principais revistas<br />
gastronômicas do país. Agradável e<br />
intimista, aberta para almoço, de 2ª a<br />
6ª, e para jantar, de 2ª a sábado.<br />
No almoço, opções a <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong>.<br />
210 Sul (3244.1039)<br />
CC: A e M<br />
CONTEMPORÂNEOS<br />
Festim<br />
Ambiente intimista, à luz de velas.<br />
Cardápio à la carte, Mediterrâneo.<br />
Carta de Vinhos com mais de 50<br />
rótulos. No almoço, de 2ª a 6ª, buffet<br />
com saladas, massas, legumes<br />
e grelhados (opcionais). Noites<br />
Temáticas ou Menu Sugestão nas<br />
noites de 6ª, ao som de Antônio<br />
Nastari (MPB e Bossa Nova).<br />
(CA 05 Lago Norte - 3468.3409)<br />
CREPERIAS<br />
C’est si bon<br />
A casa oferece saladas, massas,<br />
risotos, grelhados e mais de 50<br />
sabores de crepes. Adega climatizada<br />
com mais de 60 rótulos. Sugestão:<br />
Marco Polo (presunto, catupiry,<br />
tomates frescos, azeitona, cebola,<br />
palmito). Toda 3ª: música ao vivo.<br />
408 Sul (3244.6353)<br />
CC: V, M e D<br />
18
Crepe au Chocolat<br />
O Crepe au Chocolat conta com seu voto.<br />
No 5º Prêmio <strong>Roteiro</strong> de Gastronomia<br />
2006, eleja o Crepe au Chocolat, mais<br />
uma vez, a creperia da cidade, acessando<br />
www.roteirobrasilia.com.br.<br />
210 Sul (3443.2050), 109<br />
Norte (3340.7002) CC: V, C<br />
BSB Grill<br />
É conhecido por seu cuidado com a<br />
qualidade e o preparo da carne. Há<br />
sete anos na cidade, oferece cortes<br />
inovadores, como o bife de tira e o bife<br />
angosto, parte privilegiada do contrafilé.<br />
Destaques: Picanha Pantaneira, a<br />
Picanha em tira e o Prime Rib.<br />
304 Norte (3326.0976)<br />
413 Sul (3346.0036) CC: A, V<br />
Creperia Floripa<br />
Ponto de encontro de jovens durante<br />
toda a semana. Oferece mais de<br />
30 sabores de crepes. Além dos<br />
tradicionais, os mais elaborados<br />
como o de bacalhau, strogonoff de<br />
frango ou filé. Os crepes doces mais<br />
pedidos são o de chocolate com<br />
banana e de morango.<br />
312 Sul (3445.2961) CC: V<br />
CREPERIAS<br />
Dom Francisco<br />
O bacalhau, a picanha e o tambaqui<br />
na brasa são os carros-chefe<br />
do restaurante. Com 16 anos de<br />
tradição, o segredo do sucesso são<br />
os produtos selecionados para a<br />
elaboração dos pratos. Adega com 17<br />
mil garrafas de vinho de 820 rótulos.<br />
ASBAC, Academia de Tênis,<br />
Pátio Brasil e Parkshopping<br />
(3224.8429) CC: Todos<br />
Formidable<br />
Neste charmoso bistrô parisiense são<br />
oferecidos crepes acompanhados<br />
de salada verde, sopas, quiches e<br />
risotos. Aos sábados e domingos, o<br />
brunch com uma grande variedade<br />
de pratos (<strong>R$</strong> 21,<strong>90</strong> por pessoa).<br />
Excelente carta de vinhos.<br />
Terraço Shopping (3233.6027)<br />
CC: Todos<br />
No Grill<br />
Com vasto cardápio, tem como<br />
estrelas o Steak de Picanha, o Bife<br />
de Tira e o Bife de Chourizo. À noite,<br />
pizzas em forno à lenha, massas e<br />
petiscos são disputados na grande<br />
e arejada varanda. O chope sempre<br />
gelado e uma excelente carta de<br />
vinhos completam a refeição.<br />
213 Norte (3272.1005)<br />
CC: V<br />
GRELHADOS<br />
La Fondue<br />
Especializado em fondues (rodízio<br />
ou à la carte) e buffet no almoço.<br />
Ambiente climatizado, restaurante no<br />
térreo e vídeo-bar no andar superior.<br />
Carta de vinhos importados e<br />
nacionais harmonizam com o fondue,<br />
além de raclette, petiscos e pratos à<br />
la carte com massas e carnes.<br />
403 Sul (3225.2501/ 3225.4302)<br />
FONDUE<br />
Norton Grill<br />
Para quem não resiste a um bom<br />
grelhado, o Norton Grill é o lugar certo.<br />
Uma das especialidades da casa é a<br />
Picanha Baby com o famoso Arroz<br />
Norton e, de sobremesa, um delicioso<br />
pudim de leite.<br />
Hotel Mélia - 2º andar<br />
(3218.5550) CC: todos<br />
La Chaumière<br />
Inaugurado em 1966, mantém a<br />
autenticidade dos pratos franceses,<br />
com temperos trazidos diretamente<br />
da França. Sugestões: Filé à Danielle<br />
(queijo roquefort e pimenta do reino)<br />
e Filé à Gabriela (Arroz com passas<br />
e batata sauté).<br />
408 Sul (3242.7599)<br />
CC: Todos<br />
FRANCESES<br />
Outback<br />
A sugestão da casa é: Ribs on<br />
the Barbie – costela de porco<br />
defumada e grelhada, regada ao<br />
molho (Barbecue ou Billabong),<br />
acompanhada de Potatoes e<br />
Cinnamon Apples.<br />
ParkShopping (3234.7958)<br />
CC: Todos<br />
19
oteirogastronômico<br />
MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTES DELIVERY MANOBRISTA<br />
ESPAÇO VIP ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO BANHEIRO PARA DEFICIENTE<br />
CARTÕES DE CRÉDITO: CC / VISA: V / MASTERCARD: M / AMERICAN EXPRESS: A / DINERS: D / REDECARD: R<br />
Roadhouse Grill<br />
Oliver<br />
GRELHADOS<br />
Criado nos EUA, foi eleito por três anos<br />
consecutivos o preferido da família<br />
americana. Com mais de 100 lojas,<br />
seus generosos pratos foram criados,<br />
pesquisados e inspirados nas raízes da<br />
América. Conheça tais delícias: ribs,<br />
steaks, pasta, hambúrgueres.<br />
S.Clubes Sul Tr. 2 ao lado do<br />
Pier 21 (3321.8535)<br />
Terraço Shopping (3034.8535)<br />
Salsa Saladas & Grelhados<br />
Há 20 anos o bufett do almoço é um<br />
dos mais saudáveis e completos da<br />
cidade. Grande variedade de saladas<br />
acompanhadas de cortes nobres de<br />
carne (picanhas, filés) e também a<br />
opção do salmão. Todos grelhados.<br />
Diariamente, a partir das 11h30.<br />
INTERNACIONAIS<br />
Ambiente romântico e intimista, com<br />
culinária mediterrânea, de inspiração<br />
italiana e influências francesas e<br />
espanholas. A proposta é oferecer<br />
cardápio variado e criativo, com saladas<br />
e frutos do mar. Para os pequenos<br />
apetites, há a versão meio prato.<br />
SCES Trecho 2, Lote 2 (3323.5961)<br />
Brasília Golfe Center CC: Todos<br />
San Marco Hotel<br />
Aos sábados, no restaurante<br />
panorâmico do hotel, suculenta feijoada<br />
com ingredientes separados. Entradas:<br />
deliciosas batidas, acarajé e caldinho<br />
de feijão. <strong>R$</strong> 30 + 10% por pessoa ou<br />
<strong>R$</strong> 55 + 10% o casal. Música ao vivo<br />
e sobremasas inclusas.<br />
402 Sul (3224.8852)<br />
CC: A, M e V<br />
SHS Qd 5 Bl C (2103.8484)<br />
CC: Todos<br />
Don Pappe<br />
Cantina da Massa<br />
O ponto alto da casa é a área externa,<br />
com capacidade para 25 mesas. Ideal<br />
para degustar espumantes, prossecos<br />
e vinhos. Na sobreloja o bistrô, no<br />
subsolo a adega climatizada com<br />
mais de 4.500 garrafas. Diariamente,<br />
das 12h às 15h, e das 19h às 24h.<br />
Domingo, só almoço.<br />
A sugestão da casa é: Parpadelle<br />
ao Molho Napolitano - Massa de<br />
produção própria com grano duro,<br />
molho com carne em pedaços<br />
(músculo), molho de tomate,<br />
temperos e ervas. Carta de vinhos e<br />
adega climatizada.<br />
307 Sul (3244.4754)<br />
CC: V<br />
302 Sul (3226.8374)<br />
CC: Todos<br />
INTERNACIONAIS<br />
Fred<br />
Conhecido por servir o melhor<br />
picadinho de filé da cidade, desde<br />
1991. Sugestão: Cordeiro Fatiado<br />
ao Molho de Alecrim – paleta de<br />
cordeiro assada e fatiada, ao molho<br />
roti com alecrim, acompanhada<br />
de batatas coradas e arroz com<br />
brócolis. <strong>R$</strong> 31,80.<br />
405 Sul (3443.1450)<br />
CC: Todos<br />
ITALIANOS<br />
Dom Romano<br />
Desde 1988, foi pioneira em assar<br />
as pizzas no forno a lenha. As pizzas<br />
têm sabor e sotaque paulistano. As<br />
massas e molhos são de fabricação<br />
própria, e têm sabores bem caseiros.<br />
As porções bem servidas, retratam a<br />
origem italiana.<br />
QI 11 Lago Sul (3248-0078)<br />
102 Norte (3327-7776) CC: V, M e D.<br />
Herbs<br />
Felicitá<br />
Às margens do Lago Paranoá,<br />
funciona no Hotel Blue Tree Alvorada.<br />
Todos os dias, no almoço, buffet<br />
temático e diferenciado. Sábado,<br />
feijoada, domingo, brunch. O<br />
restaurante oferece também um<br />
serviço especial à beira da piscina.<br />
SHTN Hotel Blue Tree Park<br />
(3424.7000) CC: Todos<br />
A casa tem ambiente descontraído<br />
e agradável. Todos os dias Buffet de<br />
antepastos, mais de 30 sabores de<br />
pizzas, saladas e grelhados, além<br />
das massas de produção própria<br />
com grano duro. Excelente carta de<br />
vinhos. 2ª de 18h às 0h. 3ª a dom,<br />
de 12h às 0h.<br />
306 Norte (3274.5086)<br />
CC: todos<br />
20
Forno Benedeto<br />
Cardápios variados para o almoço de<br />
2ª a 6ª. Combinações de pratos com<br />
carnes, massas e frango ao preço único<br />
de <strong>R$</strong> 14,20, além do rodízio de pizza no<br />
almoço de 2ª a 5ª por <strong>R$</strong> 14,20. Pratos<br />
diferenciados à la carte. Tele-entrega:<br />
Asa Norte, Lago Norte, Asa Sul, Cruzeiro,<br />
Octogonal, Sudoeste, SCS e SIG.<br />
311 Norte (3349.0169/<br />
3349.0168) CC: V, M e D<br />
Pizzaiolo<br />
Buscamos sempre a qualidade de<br />
nossos produtos e serviços, além<br />
de trazer um cardápio variado que<br />
agrada aos mais diversos paladares.<br />
Você pode optar pelo brochete de<br />
filé acompanhado de arroz a grega e<br />
batatas fritas, ou ainda por um dos<br />
mais de 40 sabores de pizzas.<br />
215 Sul (3345.7878 /3346.9767)<br />
CC: Todos<br />
Gordeixo<br />
Ambiente agradável, comida boa e<br />
área de lazer para as crianças fazem<br />
o sucesso da casa desde 1987. No<br />
almoço, além das pizzas, o buffet de<br />
massas preparadas na hora, onde<br />
o cliente escolhe os molhos e os<br />
ingredientes para compor seu prato.<br />
306 Norte (3273.8525)<br />
CC: V, M e D<br />
San Marino<br />
Cozinha típica de cantina italiana.<br />
De 3ª a 6ª, rodízio à noite com<br />
15 sabores de pizzas e oito de<br />
massas. Nas outras noites, somente<br />
à la carte. Durante a semana, no<br />
almoço, buffet com saladas, pratos<br />
executivos e grelhados.<br />
209 Sul (3443.5050)<br />
CC: Todos<br />
Gordeixos<br />
Truli<br />
Pizzas assadas no forno à lenha e<br />
servidas na pedra, carnes e massas.<br />
Na Asa Sul, além do serviço à la<br />
carte, pode-se optar pelo buffet com<br />
cinco tipos de massas, três opções<br />
de molho e 20 complementos, a<br />
<strong>R$</strong> 13,<strong>90</strong> por pessoa.<br />
404 Sul (3323.8989), Sudoeste<br />
(3344.5599), Águas Claras (3435.6565)<br />
e Taguatinga (3354.1221) CC: D, M e V<br />
ITALIANOS<br />
Um sucesso com serviços originais e<br />
rápidos. Buffet no centro do salão. O<br />
cliente monta seu pedido escolhendo<br />
até sete ingredientes para compor<br />
um prato de massa, ou salada, ou<br />
Vira-e-Mexe (arroz com feijão).<br />
Deliciosos pratos italianos à la carte.<br />
201 Sul (3322.4688) Delivery<br />
(3225.4050) CC: Todos<br />
ITALIANOS<br />
La Focaccia<br />
No cardápio pizzas, massas, risotos<br />
e carnes. As pizzas, assadas em<br />
forno à lenha, são servidas somente<br />
à noite e aos domingos. Sugestão:<br />
prato principal, Filé ao pepeverde (filé<br />
mignon ao molho de pimenta-verde,<br />
servido com risoto de parmesão),<br />
sobremesa, Panacota.<br />
Academia de Tênis<br />
(3316.6451) CC: Todos<br />
Veloce<br />
No cardápio, pratos variados,<br />
saladas e buffets de massas. A casa<br />
se destaca pelas fartas refeições<br />
individuais, com opções de massas<br />
tradicionais, simples e com recheios<br />
especiais, a preços que permitem<br />
freqüência diária.<br />
QI 11 , Deck Brasil (3364.2477)<br />
CC: V e M<br />
Pappagallo<br />
A decoração é um charme à parte.<br />
No almoço, a casa oferece opções<br />
de combinações de pratos. Adega<br />
climatizada. Sugestão: Lasagna de<br />
Zuchini e Queijo Gorgonzola com<br />
molho matriciana.<br />
314 Sul - 3346-0303<br />
Cartões: V e M<br />
Vercelli<br />
Funciona de 3ª a domingo, no<br />
almoço e jantar. Com extenso<br />
cardápio, funciona em três sistemas:<br />
rodízio (petiscos, carnes, massas<br />
e pizzas), buffet (saladas e pratos<br />
quentes) e à la carte.<br />
410 Sul (3443.0100)<br />
CC: todos<br />
21
oteirogastronômico<br />
MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTES DELIVERY MANOBRISTA<br />
ESPAÇO VIP ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO BANHEIRO PARA DEFICIENTE<br />
CARTÕES DE CRÉDITO: CC / VISA: V / MASTERCARD: M / AMERICAN EXPRESS: A / DINERS: D / REDECARD: R<br />
ITALIANOS<br />
Villa Borghese<br />
O charme da decoração e a<br />
iluminação à luz de velas dão o clima<br />
romântico. Aberto todos os dias<br />
para almoço e jantar. PROMOÇÃO<br />
50% desconto Prêmio <strong>Roteiro</strong> 2006:<br />
Filleto <strong>Roteiro</strong> 2006 (de 2ª a 5ª).<br />
201 Sul (3226.5650) CC: V, M<br />
MEXICANOS<br />
El Paso Texas<br />
A melhor cozinha mexicana da<br />
cidade acaba de lançar os sistemas<br />
de rodízio e buffet - nas noites de<br />
quarta e quinta. Ambos a <strong>R$</strong>19,<strong>90</strong>.<br />
Outra sugestão: Combo, composto<br />
por burritos, tacos rancheros, quesadillas,<br />
bufallo wings, potato skins,<br />
tacos El Paso e nachos.<br />
404 Sul (3323.4618) Terraço<br />
Shopping (3233.5197) CC: T<br />
LOJA DE VINHOS<br />
Brilho - Feira dos importados<br />
Referência desde 1997, nos ramos<br />
de bebida, charutaria e delikatessen.<br />
Na adega climatizada o cliente<br />
encontra vinhos especiais, como<br />
Romaneé Conti e Chateau Pétrus.<br />
Ambiente especial para degustação.<br />
Queijos importados e o melhor<br />
bacalhau da cidade.<br />
Feira dos Importados<br />
(3037.4533) CC: Todos<br />
www.brilhoimportados.com.br<br />
Brilho - Lago Sul<br />
A nova loja do Gilberto Salomão<br />
conta com adega climatizada e<br />
grande variedade de vinhos. Espaço<br />
exclusivo para degustações, palestras,<br />
eventos e amplo estacionamento. Os<br />
queijos, azeites, bacalhau, chocolates,<br />
acessórios e charutos completam o<br />
mix de produtos. Venha conhecer!<br />
Centro Gilberto Salomão- lj 33<br />
(3032.4533) CC: todos<br />
www.brilhoimportados.com.br<br />
NATURAIS<br />
Naturetto<br />
O restaurante valoriza a culinária<br />
macrobiótica, os vegetais orgânicos<br />
e integrais. O peixe está presente no<br />
cardápio diariamente. À noite, o vinho<br />
se harmoniza com o ambiente rústico<br />
e cultural e acompanha quiches,<br />
salmão grelhado, pães e queijos.<br />
405 Norte (3201.6223) e<br />
Câmara dos Deputados CC: V e M<br />
Haná<br />
MEXICANOS<br />
Café Cancun<br />
Promoção Prêmio <strong>Roteiro</strong>: Feijoada<br />
completa, com buffet de saladas,<br />
sushi, pratos quentes, costelinha,<br />
caldinho de feijão, lingüiça e acarajé,<br />
por <strong>R$</strong> 14,45. Como opcional, por<br />
<strong>R$</strong> 7 cada, a picanha fatiada e o<br />
buffet de sobremesa. Aos sábados,<br />
brinquedoteca.<br />
Shopping Liberty Mall - 3202.4466<br />
Cartões: TODOS<br />
ORIENTAIS<br />
Diariamente no almoço e jantar,<br />
festival de sushi e sashimi, com<br />
mais de 35 opções de pratos.<br />
Nas 2 as e 3 as , o tradicional buffet<br />
conta com o Festival do Camarão.<br />
Funciona também à la carte e tem<br />
delivery. Horário: diariamente das<br />
12h às 15h e das 19h às 24h.<br />
408 Sul (3244.9999)<br />
CC: Todos<br />
Kosui<br />
Com cinquenta pratos no cardápio,<br />
o Soba (macarrão integral com<br />
caldo quente ou frio) e o Banquete<br />
Japonês (entradas, caldos, pratos<br />
diversos, acompanhamentos e<br />
sobremesa) são os mais preferidos.<br />
O balcão, é um dos lugares mais<br />
requisitados da casa.<br />
Academia de Tênis<br />
(3316.6<strong>90</strong>0) - CC: Todos<br />
22
Belini<br />
A casa premiada é um misto de<br />
padaria, delikatessen, confeitaria e<br />
restaurante. O restaurante serve<br />
risotos, massas e carnes, inclusive<br />
cordeiro. Destaque para o café<br />
gourmet, único torrado na própria<br />
loja, para as pizzas especiais e os<br />
buffets servidos na varanda.<br />
PADARIAS<br />
113 Sul (3345.0777) CC: Todos<br />
Nippon<br />
Tradicional e inovador. Sushis e<br />
sashimis ganham toques inusitados.<br />
Exemplo disso é o sushi de atum<br />
picado, temperado com gengibre e<br />
cebolinha envolto em fina camada de<br />
salmão. As novidades são fruto de<br />
muita pesquisa do proprietário Jun Ito.<br />
403 Sul (3224.0430 /<br />
3323.5213) CC: Todos<br />
Baco<br />
Premiada por todas as revistas.<br />
Massas originais da Itália, vinhos<br />
e ambiente. No cardápio, pizzas<br />
tradicionais e exóticas. Novidades são<br />
uma constante. Opção de rodízio em<br />
dias especiais – na 309 Norte, toda 3ª<br />
e domingo, e na 408 Sul, às 2 as .<br />
309 Norte (3274.8600), 408 Sul<br />
(3244.2292) CC: Todos<br />
Baco Delivery (3223.0323)<br />
Sushi Brasil<br />
A casa tem um cardápio super<br />
variado de pratos quentes, sushis<br />
e sashimis. Em sistema de rodízio<br />
ou buffet, em destaque estão os<br />
Hot Rool, o combinado Be Happy, o<br />
Super Salmão entre outros. Ambiente<br />
perfeito para reunir os amigos, a<br />
família e para almoços executivos.<br />
QI 11 Lago Sul (3364.3939)<br />
CC: todos<br />
ORIENTAIS<br />
Don Giovanni<br />
Promoção na 5ª feira: Pizza de Aliche<br />
com mussarela de búfala, de <strong>R$</strong> 26<br />
por <strong>R$</strong> 13, Pizza Frutti di Bosco, de<br />
<strong>R$</strong> 25,50 por <strong>R$</strong> 12,25, Calzone cru,<br />
de <strong>R$</strong> 28 por <strong>R$</strong> 14. Adega com mais<br />
de 40 rótulos. Delivery que atende<br />
Lago Sul e Plano Piloto. Diariamente,<br />
a partir das 18h30.<br />
QI 11 Lago Sul (3248.4018)<br />
CC: Todos<br />
PIZZARIAS<br />
Sushi San<br />
Inaugurado há 9 anos, tem grande<br />
variedade de sushis, sashimis e pratos<br />
quentes. Ideal para reunir amigos e<br />
para encontros a dois, nos confortáveis<br />
tatames. Almoço, de 3ª a sáb, de 12h às<br />
15h. Dom, das 12h às 16h. Jantar, de 3ª<br />
a 5ª, das 18h30 às 24h. 6ª e sáb, das<br />
18h30 à 1h. Dom, das 19h às 23h.<br />
211 Sul (3345.1804)<br />
CC: todos<br />
Taiyo<br />
Comandado pela Chef Miê, a casa,<br />
com ambiente tradicional, oferece<br />
cardápio à la carte, além de 25 tipos<br />
de sushis, sashimis e 16 pratos<br />
quentes, no sistema de rodízio.<br />
Na 3ª, o destaque é o festival de<br />
camarão. Sistema buffet, no jantar,<br />
de 5ª a domingo.<br />
Piso L2, Manhattan Plaza<br />
(3327.<strong>90</strong>42) CC: todos<br />
Dona Lenha<br />
A casa é um mix de Pizzaria e<br />
Trattoria. O cardápio lista 4 tipos<br />
de massas e 11 molhos, além de<br />
saladas e grelhados, mas as pizzas<br />
continuam sendo o carro-chefe.<br />
201 Sul, 209 Norte, Deck Brasil,<br />
Terraço Shopping e Gilberto Salomão<br />
(3322.1234) CC: Todos<br />
23
oteirogastronômico<br />
MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTES DELIVERY MANOBRISTA<br />
ESPAÇO VIP ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO BANHEIRO PARA DEFICIENTE<br />
CARTÕES DE CRÉDITO: CC / VISA: V / MASTERCARD: M / AMERICAN EXPRESS: A / DINERS: D / REDECARD: R<br />
Fortunata<br />
Querubina<br />
Variado cardápio de pizzas, massas<br />
e grelhados especiais. Além do mais<br />
gelado chopp do Lago Sul. Sugestões:<br />
Risoto de Camarão e o Fetuccine Thais.<br />
Delivery para o Lago Sul.<br />
www.fortunatapizza.com.br.<br />
QI 9 Lago Sul<br />
(3364.6111)<br />
PIZZARIAS<br />
A grande responsável pelo<br />
sucesso da casa é a pizza<br />
margueritta gourmet. Trabalha<br />
com rodízio, às 2 as e 3 as , <strong>R$</strong> 24<br />
por pessoa, com mais de 30<br />
deliciosos sabores. Excelente carta<br />
de vinhos nacionais e importados.<br />
308 Sul (3443.8777)<br />
CC: Todos<br />
Viçosa Cantina & Pizza<br />
À noite, rodízio de pizzas tradicionais<br />
e especiais, de 3ª a 5ª: <strong>R$</strong> 15,<strong>90</strong><br />
(individual). No almoço Prime,<br />
grelhados, risotos, massas e saladas,<br />
a partir de <strong>R$</strong> 15,<strong>90</strong>. Às 6 as , exclusiva<br />
Paella Marinera Viçosa (<strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong>).<br />
404/5 Sul (3223.2824)<br />
CC: A, V, C<br />
Feitiço Mineiro<br />
PIZZARIAS<br />
Pizza César<br />
Asa Norte (3347.0999)<br />
Guará (3567.3030)<br />
Sudoeste (3341.1001)<br />
Taguatinga (3352.0500)<br />
Sobradinho (3487.6262)<br />
Lago Sul (3366.3505)<br />
Asa Sul (3242.2221)<br />
Gama (3384.0202)<br />
REGIONAIS<br />
A culinária de raiz das Minas Gerais<br />
e uma programação cultural que<br />
inclui músicos de renome nacional e<br />
eventos literários. Diariamente, buffet<br />
com oito a nove tipos de carnes.<br />
Destaque para a leitoa e o pernil à<br />
pururuca, servidos às 6 as e domingos.<br />
www.restauranteseverina.com.br<br />
306 Norte (3272.3032)<br />
CC: Todos<br />
Severina Feijão Verde<br />
Após 26 anos em Brasília, o<br />
restaurante Feijão verde da Asa<br />
Sul muda de nome, decoração,<br />
cardápio, mas mantém a tradição e<br />
a qualidade. Carne de sol, baião de<br />
2x2, arrumadinho, escondidinho,<br />
bode e beiju recheados. É só<br />
escolher!<br />
201 Sul (3224-6362)<br />
CC: V, M, Amex, D<br />
Saborella<br />
SORVETERIA<br />
Sorvetes com sabores regionais e<br />
tecnologia italiana são a especialidade<br />
da casa. Os mais pedidos: tapioca,<br />
cupuaçu, açaí e frutas vermelhas. Na<br />
varanda, pode-se apreciar café bem<br />
tirado e fresquinho, acompanhado de<br />
tapiocas quentinhas.<br />
112 Norte (3340.4894)<br />
CC: Todos<br />
24
diáriodeviagem<br />
Degustand<br />
Cinco dias de “enoturismo” na principal região viní<br />
POR BETH ALMEIDA<br />
Depois de experimentar os vinhos<br />
da região francesa da Borgonha, no ano<br />
passado, o enólogo Marcos Medeiros<br />
reservou este ano para conhecer os de<br />
Mendoza, na Argentina. Em cincos dias<br />
ele visitou 11 vinícolas da cidade e<br />
vizinhanças. O resultado foi “o prazer<br />
de conhecer não só os rótulos que não<br />
chegam ao Brasil, mas também as<br />
novidades que vêm por aí”. Até então,<br />
ele só tinha referências da Doña Paula,<br />
mas pôde contar com a competência de<br />
um excelente guia, Jose Manent, cujo<br />
conhecimento o surpreendeu: tinha na<br />
agenda todas as bodegas da região e seus<br />
contatos.<br />
Logo no primeiro dia o enólogo, que<br />
trabalha na filial brasiliense da Gran<br />
Cru e é responsável pela adega da<br />
pizzaria Baco da Asa Norte, conheceu<br />
quatro vinícolas da região: a já citada<br />
Doña Paula, em Ugarteche, aos pés da<br />
pré-Cordilheira dos Andes, distante 30<br />
minutos de Mendoza; a Sottano, que<br />
tem um trabalho inovador com a uva<br />
cabernet sauvignon; a Cavas Wines<br />
Lounge, que é também restaurante; e a<br />
Catena Zapata, pioneira na inserção do<br />
vinho argentino no mercado mundial.<br />
“A Cavas Wines Lounge é um<br />
ambiente maravilhoso, com espaço<br />
também para hospedagem”, relata<br />
Medeiros. O restaurante fica no meio de<br />
uma plantação de uvas bonarda, onde os<br />
clientes são recebidos com cachos sobre<br />
a mesa. Na Catena Zapata, ele ficou<br />
encantado com a construção em forma<br />
de pirâmide, em meio a um deserto<br />
onde encontrou a brasileira Ana Karina,<br />
que vive em Mendoza há uma ano e<br />
meio e gerencia o atendimento turístico<br />
da bodega.<br />
“Lá, adorei experimentar o D.V.<br />
Zapata, que não está disponível no<br />
mercado brasileiro”, revela. O nome é<br />
homenagem a Domingos Vicente Zapata,<br />
pai de Nicolas Zapata, responsável pela<br />
vinícola que também já homenageou a<br />
mãe, Angélica Zapata, este último um<br />
rótulo muito apreciado pelos brasileiros.<br />
A EXPEDIÇÃO PROSSEGUIU no dia<br />
seguinte na Fabre Montmayou, uma<br />
“bodega- boutique”, como dizem os<br />
argentinos, com pouca produção e<br />
ótima qualidade dos vinhos varietais,<br />
como o Infinitus, da Patagônia. O dia<br />
continuou com uma velha conhecida<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
26
o Mendoza<br />
cola da Argentina, aos pés da Cordilheira dos Andes<br />
dos brasileiros, a Alta Vista, que,<br />
além dos vinhos ligeiros, está com uma<br />
produção de vinhos reserva considerada<br />
“interessante” pelo nosso enoturista:<br />
“Me encantou também a história da<br />
reconstrução da bodega, depois que<br />
foi adquirida por um grupo francês,<br />
na década de 70: tudo foi aproveitado,<br />
até os barris, utilizados no piso e nos<br />
portões”.<br />
Ainda no segundo dia de visitas,<br />
Medeiros gostou de conhecer Carmelo<br />
Patti, cuja bodega e vinhos levam seu<br />
nome. “É uma excelente pessoa, muito<br />
alegre, que recebe os visitantes na<br />
entrada do galpão, sempre falando alto<br />
e com uma disposição de garoto de 16<br />
anos”, elogia. Além do Carmelo Patti,<br />
a vinícola produz ainda o Casa de<br />
Condes, “muito agradável ao paladar”.<br />
De lá, Medeiros e seu guia seguiram<br />
para a Cavas Weinert, cujos proprietários<br />
são brasileiros, e depois para a Lagarde,<br />
da família Pescarmona, muito conhecida<br />
na Argentina pelos excelentes vinhos, de<br />
varietais a um branco feito com uvas<br />
semillon da safra 1944, uma “relíquia”<br />
que custa em torno dos 800 pesos<br />
argentinos (cerca de <strong>R$</strong> 600).<br />
PARA FECHAR COM CHAVE DE OURO<br />
o passeio, o guia Jose Manent levou<br />
Medeiros para conhecer, no último<br />
dia, a Familia Reina e a Enrique Foster.<br />
“Experimentei não só os rótulos básicos<br />
das duas vinícolas como também os tops<br />
de linha, como o Pasionado, da Família<br />
Reina, e o Enrique Foster Reserva<br />
Limitada, da bodega do mesmo nome.<br />
A Enrique Foster trabalha com a cepa<br />
Malbec, e lá pude conhecer o Firmado,<br />
um dos melhores vinhos que tomei na<br />
viagem e que deve ser lançado, na<br />
Argentina e também no Brasil, a partir<br />
do final deste ano”, informa Medeiros,<br />
em primeira mão.<br />
Como ninguém é de ferro, nosso<br />
viajante assume que teve que reservar<br />
o quarto dia para descansar. No quinto<br />
dia, como despedida, aceitou um convite<br />
do enólogo Mauricio Lorca, criador do<br />
Firmado e que tem sua própria vinícola,<br />
além de prestar consultoria à Enrique<br />
Foster. “Fui ao Restaurante La Salla,<br />
onde os vinhos são da bodega de Lorca,<br />
e adorei, claro”. A viagem foi rápida mas<br />
produtiva, segundo Medeiros, cujas<br />
incursões pelo “enomundo” não vão<br />
parar por aí. Ele já planeja visitar, no<br />
próximo ano, a Espanha e o Chile.<br />
27
graves&agudos<br />
Entre amigos<br />
Os cariocas Los Hermanos e Moptop na festa<br />
do brasiliense Móveis Coloniais de Acaju<br />
mais quando é um show depois do<br />
outro. Acorda às cinco da manhã,<br />
dorme duas horas, vai prum lugar,<br />
aí dorme mais três horas de dia, o<br />
que não vale nem meia hora da noite,<br />
come comida estranha...” – justifica o<br />
guitarrista e vocalista Rodrigo Amarante.<br />
Em 2007, a banda começa a se<br />
preparar para o quinto disco, que deve<br />
ser lançado no segundo semestre.<br />
Até lá, os fãs podem se distrair com a<br />
coletânea 99-05, da série Perfil, que<br />
acabou de ser lançada. O disco cobre<br />
toda a breve carreira da banda, de<br />
Anna Júlia a Condicional, passando por<br />
pérolas como Casa Pré-Fabricada e<br />
Todo Carnaval Tem Seu Fim.<br />
Los Hermanos: chegando ao final de um ano e meio de turnê pelo Brasil, Argentina e Europa<br />
POR EDUARDO OLIVEIRA<br />
Exatamente um mês antes do Natal,<br />
a banda Móveis Coloniais de Acaju<br />
dá um belo presente para o público<br />
brasiliense: a quarta edição da festa<br />
Móveis Convida. As atrações principais<br />
são os sempre bem-vindos Los Hermanos<br />
e a novidade Moptop. Gilbertos Come<br />
Bacon, vencedora de uma seletiva com<br />
27 outros grupos, e Lafusa, lançando<br />
seu primeiro CD, fazem os shows<br />
de abertura.<br />
Los Hermanos dispensa apresentação.<br />
Influência assumida no som de Moptop,<br />
Móveis e Lafusa, a banda faz em Brasília<br />
um dos últimos shows da turnê do disco<br />
“4” – que, coincidência ou não, passou<br />
quatro vezes por Brasília e ainda<br />
consegue arrancar do público a mesma<br />
reação apaixonada.<br />
Depois de mais de um ano e meio de<br />
shows sem parar, a turnê, que rodou o<br />
Brasil e passou pela Europa e Argentina,<br />
termina em dezembro. O descanso é<br />
necessário. “A gente tenta diminuir o<br />
baque, mas tem uma hora que não dá<br />
jeito. Como se fosse um circo, ainda<br />
A ÚNICA ATRAÇÃO INÉDITA em Brasília<br />
é o também carioca Moptop. Recémingressada<br />
no mainstream, lançando<br />
seu primeiro disco pela Universal, a<br />
banda aparece na cidade pela primeira<br />
vez. “Já tivemos convites, mas nenhum<br />
cobria nossos custos para ir até Brasília”,<br />
diz Gabriel Marques, guitarrista,<br />
vocalista e autor das músicas. “A gente<br />
conheceu o pessoal do Móveis num<br />
festival e ficou muito parceiro deles”.<br />
A amizade rendeu o convite para o show.<br />
As comparações com bandas como<br />
Strokes, Franz Ferdinand e Los Hermanos<br />
não incomodam Gabriel. “A gente é da<br />
mesma geração dessa galera. Se for pegar<br />
meus discos, em geral são os mesmos<br />
do Marcelo Camelo (Los Hermanos) e<br />
do Julian Casablancas (Strokes). Cada<br />
banda tem uma interpretação diferente<br />
desse som, ninguém está copiando<br />
ninguém”.<br />
O show deve ter o mesmo repertório<br />
do CD de estréia, produzido por Chico<br />
Neves (Paralamas, Skank, Los Hermanos).<br />
São 12 músicas – três inéditas e nove<br />
28
FOTOS: DIVULGAÇÃO<br />
regravações da demo Moonrock, de<br />
2004. “Tínhamos umas 30 músicas<br />
para escolher, mas sentimos que a demo<br />
tinha canções muito fortes, que as<br />
pessoas cantavam nos shows, e queríamos<br />
gravá-las com uma qualidade melhor.<br />
Mas quisemos incluir também algumas<br />
inéditas. A gravadora deu carta branca<br />
para a gente fazer o que quisesse”.<br />
Apesar de estarem na estrutura de<br />
uma grande gravadora, os integrantes<br />
do Moptop ainda não vivem de música.<br />
Todos têm empregos paralelos. “A gente<br />
ainda não ganha dinheiro com música.<br />
Mas, pelo menos, de um ano para cá a<br />
gente não tem tido que gastar dinheiro<br />
com a banda”, comemora Gabriel.<br />
Moptop é a prova de que a internet<br />
pode levar uma banda longe. “Nossa<br />
demo teve uns 40, 50 mil downloads”.<br />
O site do grupo (www.moptop.com.br),<br />
feito pelo próprio Gabriel, ganhou o<br />
prêmio de melhor website no VMB<br />
2005, premiação da MTV. O crescente<br />
sucesso levou a banda a abrir shows para<br />
gente como Iggy Pop, Sonic Youth,<br />
O Moptop se apresenta pela<br />
primeira vez em Brasília<br />
Placebo e Oasis. “O melhor de abrir<br />
para o Oasis foi o dia que a gente passou<br />
com eles, pudemos trocar uma idéia<br />
com os caras”. Abrir para uma das<br />
maiores bandas do mundo não é fácil,<br />
admite Gabriel. “Havia 15 mil pessoas<br />
esperando por outra banda, a gente<br />
achava até que ia ser vaiado. Mas a<br />
maior parte da platéia adorou nosso<br />
show. Os caras do Oasis também<br />
gostaram, vieram falar com a gente,<br />
pediram camisa da banda”.<br />
Os anfitriões Móveis Coloniais de<br />
Acaju fecham a noite, à 1h50. Os dez<br />
integrantes da banda fazem mais um de<br />
seus animados e performáticos shows,<br />
tocam músicas novas e lançam o clipe de<br />
Seria o Rolex.<br />
Móveis Convida<br />
25/11, às 21h, no Centro Comunitário da UnB<br />
Ingressos a <strong>R$</strong> 15 (antecipado) e <strong>R$</strong> 20<br />
Pontos de Venda: A Loja.com (Park e<br />
Brasília Shopping), Kingdom Comics<br />
(Conic), Chilli Beans (Park e Taguatinga<br />
Shopping, Pátio Brasil e Pier 21), Balaio<br />
Café (201 Norte) e UnB (Ceubinho)<br />
29
queespetáculo<br />
Batuque da<br />
Luluzinha<br />
Ao contrário de<br />
suas congêneres<br />
européias, a<br />
Batala brasiliense<br />
é só das mulheres<br />
POR SUSAN FARIA<br />
FOTOS JUAN PRATGINESTÓS<br />
Bonitas, altivas e vibrantes. São<br />
150 mulheres que, por algumas horas,<br />
esquecem os afazeres de casa e os<br />
problemas do cotidiano. Colocam<br />
roupas leves, tornezeleiras, bonés e vão<br />
tocar surdos, dobras, repiques e caixas,<br />
no gramado próximo à Funarte, no<br />
Eixo Monumental, todos os sábados,<br />
das 10 às 13h. “Amo percussão. Aqui,<br />
a gente esquece do mundo e incorpora<br />
música”, diz Rayana Lima, 26 anos,<br />
brasiliense, professora de Educação<br />
Física, integrante do grupo Batala<br />
(a pronúncia é Batalá).<br />
Os ensaios da banda, onde só entra<br />
mulher com mais de 18 anos de idade,<br />
vão se intensificar, com encontros<br />
também nas tardes de sábado, no<br />
mesmo local, e nas manhãs de domingo,<br />
saindo da 110 Norte em direção ao<br />
Eixão. Isso porque a Batala precisa<br />
ganhar fôlego para enfrentar cinco horas<br />
de caminhada e batuque, dia 11 de<br />
janeiro, em Salvador. Pela segunda vez,<br />
30
o bloco Orixalá – criado especialmente<br />
para o Batala – vai puxar cerca de 200<br />
mil foliões, do Mercado Central à Igreja<br />
do Bonfim, na capital baiana, durante a<br />
festa da lavagem das escadarias do<br />
Bonfim.<br />
A excursão de 120 das 150<br />
integrantes do Batala sairá dia 6 de<br />
janeiro para Salvador, cidade onde os<br />
instrumentos da banda são fabricados<br />
por comunidades carentes. No ano<br />
passado, o Orixalá empolgou os foliões,<br />
inclusive com um jegue puxando o carro<br />
de apoio. “Agüentar até o final, subindo<br />
aquelas ladeiras, não é fácil”, conta<br />
Brunna Simões Ungarelli, 28 anos,<br />
engenheira florestal, na banda desde<br />
o início, há três anos. “A Batala<br />
proporciona uma terapia ativa, onde<br />
ocupamos o tempo com atividades<br />
saudáveis”.<br />
Como juntar percussionistas<br />
experientes com as novatas, que não<br />
tiveram contato com o instrumento?<br />
“A filosofia é de união, de passar<br />
informações e exercer a paciência”,<br />
diz Brunna, coordenadora de um dos<br />
pelotões da Batala (cada pelotão tem<br />
15 mulheres). Segundo ela, outras 80<br />
mulheres estão na fila para entrar na<br />
banda, mas antes precisam assistir a pelo<br />
menos quatro ensaios, seguir normas e<br />
se responsabilizar pelo instrumento que<br />
irão tocar.<br />
A BATALA SURGIU NA FRANÇA, em 1997,<br />
com brasileiros e estrangeiros tocando<br />
percussão, por iniciativa do compositor<br />
baiano Giba Gonçalvez. Hoje, já são 600<br />
integrantes da Batala na França, Bélgica,<br />
Espanha, País de Gales, Inglaterra e<br />
Brasil, mas só aqui a banda é composta<br />
apenas por mulheres. Os grupos, que já<br />
realizaram três encontros mundiais (um<br />
em Liverpool, na Inglaterra, e dois em<br />
La Rochelle, na França), vão se<br />
apresentar juntos novamente em<br />
Brasília, mas só em setembro de 2008.<br />
A Batala brasiliense, dirigida por<br />
Paulo Garcia, completou três anos em<br />
setembro e tem feito sucesso em festivais,<br />
provas esportivas, casamentos, congressos<br />
de profissionais, boates e festas públicas<br />
e particulares. Esteve na Fête de la Musique,<br />
em Paris, na França, gravou o CD<br />
Batucando, com composições de Giba<br />
Gonçalvez, e lançará um novo CD este<br />
ano. Tem página na internet e sede na<br />
410 Norte. Ninguém paga para entrar no<br />
grupo, que tem mulheres de várias<br />
idades e profissões, desde estudantes a<br />
psicólogas, médicas, dentistas, oficiais de<br />
justiça e empregadas domésticas.<br />
Há dois meses, a capixaba Bianca<br />
Légora, 34 anos, artista plástica, entrou<br />
no grupo, fez amizades e suspendeu a<br />
terapia. Segundo ela, é necessário ter<br />
condicionamento físico e dedicação para<br />
tocar. “É um projeto bonito, em que não<br />
recebemos nada pronto. A gente compra<br />
material, corta, lixa, cuida. A gente se<br />
descontrai, se dedica e se integra”,<br />
comenta Naiara Batista, 23 anos,<br />
musicóloga, moradora de Sobradinho.<br />
Vilma Lincoln, 57 anos, dois filhos,<br />
um neto, moradora do Guará, conheceu<br />
o Batala durante as comemorações de 7<br />
de setembro, e confessa: “Fiquei<br />
apaixonada, vibrei, é uma energia<br />
fantástica”. Hoje, as paixões de Vilma<br />
são a motocicleta e a Batala, à qual se<br />
integrou e se entregou junto com a filha,<br />
Daniela Cristina.<br />
Batala<br />
Apresentações aos sábados, das 10 às 13h,<br />
no gramado da Funarte (Eixo Monumental,<br />
próximo à Torre de TV)<br />
Mais informações: www.batala.com.br<br />
31
queespetáculo<br />
A magia dos<br />
pas-de-deux<br />
Superprodução brasiliense monta o clássico Don Quixote<br />
DA REDAÇÃO<br />
Uma coreografia que dá grande<br />
liberdade de expressão aos bailarinos,<br />
levando-os a demonstrar sensualidade,<br />
em movimentos vivos e divertidos. Estas<br />
são algumas das características do balé<br />
Don Quixote, um dos mais conhecidos da<br />
lavra do lendário coreógrafo Marius<br />
Petipa, criador da escola russa de balé.<br />
Uma adaptação essencialmente<br />
brasiliense chega agora ao palco da Sala<br />
Villa-Lobos, apresentada pelo Ballet<br />
Norma Lillia Biavaty, reunindo 550<br />
participantes e os convidados especiais<br />
Carla Amâncio e André Valadão, dois<br />
dos mais importantes solistas da dança<br />
clássica no Brasil.<br />
Don Quixote leva para o palco um<br />
recorte do romance de Miguel de<br />
Cervantes, eleito, em 2002, por uma<br />
comissão internacional de críticos, a<br />
melhor obra de ficção da literatura<br />
mundial. Em 1869, o grande coreógrafo<br />
francês Marius Petipa, responsável pelo<br />
apogeu do balé clássico russo,<br />
mergulhou na história do Cavaleiro da<br />
Triste Figura. O resultado foi uma<br />
criação que explora a sensualidade e a<br />
vivacidade da cultura espanhola, numa<br />
coreografia solta e descontraída. Os<br />
pontos altos são os pas-de-deux, uma<br />
especialidade de Petipa.<br />
Aqui em Brasília, Don Quixote<br />
promete ser uma superprodução, com<br />
cenários e figurinos inéditos de<br />
Genillson de Pulcinely. Para o casal de<br />
protagonistas, Kitri e Basílio, haverá<br />
revezamento: nas sessões noturnas, os<br />
intérpretes serão os bailarinos<br />
convidados Carla Amâncio e André<br />
Valadão; nas sessões vespertinas,<br />
Adriana Palowa e Herlon Franklin.<br />
Representando a prata da casa, Adriana<br />
e Herlon viverão, à noite, os solistas<br />
Mercedez e Espada, ao lado de Tayra<br />
Silva, Manuela Leite, Maria Maciel,<br />
Juliana Brito e Thuany Campbell.<br />
Don Quixote marca a estréia em<br />
papéis de destaque da bailarina Karla<br />
Maria Amaral, de apenas 15 anos. E o<br />
elenco se completa com uma bailarina<br />
especialmente convidada por Norma<br />
Lillia: Andréa Velasco, formada pela<br />
Academia, de onde saiu para ingressar<br />
com louvor na Escola do Teatro Bolshoi<br />
e no próprio Teatro Bolshoi, em<br />
Moscou.<br />
O balé Don Quixote foi criado pelo<br />
compositor Ludwig Minkus, inspirado<br />
na obra homônima de Miguel de<br />
Cervantes Saavedra. O espetáculo<br />
estreou em 26 de dezembro de 1869,<br />
no Teatro Bolshoi, pelo Ballet<br />
Imperial, com coreografia de Marius<br />
Petipa e Alexander Gorsky. Leva para<br />
a cena o universo hispânico, uma das<br />
paixões do grande Petipa. Animados<br />
cavaleiros e espevitadas senhoritas<br />
surgem em situações perfeitas para<br />
o coreógrafo criar alguns dos mais<br />
extraordinários pas-de-deux da<br />
história do balé. Em cena está<br />
um recorte da história do<br />
Cavaleiro da Triste Figura.<br />
No balé, uma parte da<br />
história de Don Quixote é contada em<br />
três atos. O grande personagem aparece<br />
logo no prólogo, envolto em alucinações.<br />
É quando decide se atirar à aventura ao<br />
lado do fiel escudeiro Sancho Pança.<br />
Don Quixote<br />
2 e 3/12, às 15 e 20h, na Sala Villa-Lobos do<br />
Teatro Nacional. Ingressos a <strong>R$</strong> 40 e <strong>R$</strong> 20.<br />
DAMARIS VALADÃO<br />
32
verso&prosa<br />
O cronista do<br />
subúrbio<br />
Aldir Blanc<br />
amplifica em<br />
crônicas suas<br />
antológicas<br />
letras da MPB<br />
DIVULGAÇÃO<br />
POR RICARDO PEDREIRA<br />
O Aldir Blanc<br />
letrista da MPB todo<br />
mundo conhece.<br />
O cara é fera e são<br />
antológicas suas<br />
parcerias com João<br />
Bosco e tantos<br />
outros. Faz fina poesia sobre band-aid<br />
no calcanhar, no mundo do subúrbio<br />
do Rio de Janeiro, onde sambas, boleros<br />
e marchas-rancho nos levam a sonhar<br />
com uma tarde de amor em Paquetá.<br />
Mas é um prazer também conhecer<br />
o Aldir Blanc cronista, que há muito<br />
tempo publica textos na imprensa.<br />
Ele já tem alguns livros na praça e<br />
agora reuniu boa parte das crônicas<br />
no Rua dos Artistas e Transversais.<br />
Aquele Aldir das músicas aqui no<br />
livro vai fundo no subúrbio carioca, com<br />
histórias da década de 50, quando o<br />
autor era criança, o Vasco tinha um<br />
timaço e as moças não davam na<br />
primeira. Tudo regado a muita cerveja,<br />
Underberg e o humor escrachado das<br />
conversas de botequim.<br />
Tem alguma coisa de Nelson<br />
Rodrigues – talvez o lirismo das coisas<br />
miúdas e patéticas do dia-a-dia. E tem<br />
bastante de Stanislaw Ponte Preta, como<br />
as viúvas e desquitadas boazudas que<br />
deixam babando os marmanjos da rua.<br />
Sabe aquele filme do Fellini, o<br />
Amarcord? Uma pequena cidade, um<br />
núcleo familiar, os agregados e<br />
recordações de cenas impagáveis. Um<br />
mundo poético e engraçado que ficou<br />
para trás e que adoramos cultivar. O<br />
livro do Aldir é um “Amarcord” da<br />
Tijuca, da Vila Isabel. Um pouco mais<br />
apimentado, é verdade.<br />
Vai aqui uma palinha, na crônica<br />
que leva o sugestivo nome de Fimose<br />
de Natal, e que abre o livro, com o Aldir<br />
apresentando logo suas credenciais.<br />
Começa pela epígrafe:<br />
“Conto (do vigário) inspirado na<br />
famosa frase de Moisés:<br />
– Neste Natal, a Ceia está mais pra<br />
fimose do que pra piru.<br />
Ano da Graça de 1954”.<br />
E segue na abertura da crônica:<br />
“ ... A data magna da Cristandade!<br />
Dona Cotinha ensinava Natal,<br />
presépio e outras presepadas pra um<br />
bando de meninos assustados no<br />
interior da Igreja Santo Afonso.<br />
Bom, magna eu não sabia mesmo o<br />
que era, data era o que a gente escrevia<br />
depois do nome no minuto terrível que<br />
antecedia à prova parcial, e cristandade...<br />
uma espécie de estádio do Vasco, meu<br />
time: fica numa colina, cabe uma porção<br />
de gente e é melhor ter carteira de<br />
sócio”.<br />
E vai por aí afora. Os personagens<br />
das crônicas acabam virando amigos do<br />
leitor. Entre tantos outros, Waldyr<br />
Iapetec, Lindauro (“boçal, mas tinha o<br />
coração do tamanho de um bonde”) e<br />
Isolda, pequena, de cabelos até a cintura,<br />
sempre vestida numa saia justa preta e<br />
que sorria com facilidade. As avós, tias e<br />
mães não se conformavam com a<br />
presença daquele pedacinho de mau<br />
caminho. Em pleno ato, sem se importar<br />
com a vizinhança, a moça gemia para o<br />
canalha do Rodolfo:<br />
– Diz que sou sua gazelazinha, diz!<br />
– Toma, sua vaca!<br />
– Você diz isso a todas!<br />
Mulher possessiva é assim mesmo, é<br />
o que nos ensina Aldir Blanc. Nesses<br />
tempos infelizes do politicamente<br />
correto, nada como chutar o pau da<br />
barraca e dar umas boas risadas. Na<br />
orelha do livro, Fausto Wolff diz que<br />
Aldir “consegue projetar em seus<br />
personagens – bêbados, prostitutas,<br />
pandeiristas de fim de semana,<br />
funcionários públicos e domésticas – a<br />
sua filosofia de vida: o tempo é breve<br />
demais e por isso devemos aproveitar a<br />
beleza que está em tudo se tivermos<br />
olhos para vê-la”. Falou e disse – como<br />
se dizia antigamente.<br />
Rua dos Artistas e Transversais<br />
Aldir Blanc<br />
Editora Agir – 432 páginas – <strong>R$</strong> 49<br />
33
dia&noite<br />
FOTOS: DIVULGAÇÃO<br />
ingenuamentebrasileiro<br />
O artista plástico Rocha Maia, que em setembro<br />
teve duas de suas telas premiadas na Bienal<br />
Naïfs do Brasil, em Piracicaba, faz sua primeira<br />
exposição individual na cidade. Um Olhar<br />
Ingenuamente Brasileiro começa dia 20 e vai até 1º<br />
de dezembro, na Faculdade Michelangelo. Nascido<br />
no Rio de Janeiro mas morador de Brasília há 28<br />
anos, Rocha Maia diz gostar do estilo naïf porque<br />
sempre permite que o artista conte uma história.<br />
Ou várias. As suas estão contadas nas telas expostas<br />
na faculdade, que fica no Shopping Venâncio 2000.<br />
DÉBORA AMORIM<br />
oqueénormal?<br />
Algumas respostas à pergunta estão<br />
no trabalho de 60 artistas brasileiros e<br />
estrangeiros que aceitaram o desafio de refletir<br />
sobre a convivência, tolerância e respeito às<br />
diferenças. A exposição integra o Festival<br />
Brasileiro Além dos Limites, um projeto da<br />
Funarte com apoio das Loterias da Caixa.<br />
Artemio Filho, Lívia Moura, Isabela Lira<br />
(foto), Andréa Brown e Izidorio Cavalcanti<br />
estão entre os artistas convidados. A exposição<br />
fica no Espaço Ecco até 13 de dezembro e abre<br />
o FotoArte 2006. SCN, Quadra 3, Bloco C,<br />
Asa Norte. Informações: 3327.2027.<br />
nasceaassom<br />
Um show com mais de cem músicos da<br />
cidade marcou a criação da Associação dos<br />
Músicos do DF e Entorno, no último dia 12.<br />
Com muita disposição e energia, a Assom<br />
pretende defender os interesses dos músicos<br />
profissionais da cidade e criar um mercado<br />
de trabalho para tanta gente boa. Da diretoria<br />
colegiada fazem parte Eduardo Rangel, Janette<br />
Dornellas, Rênio Quintas, Tino Freitas, Indiana<br />
e muitos outros. Vida longa à Assom!<br />
arteurbana<br />
O artista plástico goiano<br />
G. Fogaça expõe seu trabalho na<br />
Galeria de Arte da Casa Thomas<br />
Jefferson até 15 de dezembro.<br />
De acordo com o jornalista<br />
Edwaldo Pacote, “o cavalete de<br />
Fogaça é uma janela de onde ele<br />
contempla a cidade sem participar<br />
de suas grandezas nem de suas<br />
misérias”. Com largas pinceladas,<br />
cores fortes e harmoniosas, Fogaça<br />
“registra, sem comentários, o<br />
cotidiano das grandes cidades”.<br />
De segunda a sexta, das 9 às 21h.<br />
Sábado, das 9 às 12h.<br />
arranjosflorais<br />
Depois que o mestre japonês Tetsunori Kawana passou pela cidade ensinando sua arte, aumentou ainda mais o interesse<br />
dos brasilienses por arranjos florais. Agora é a vez do Senac, da 915 Norte, que abre curso para quem quiser aprender<br />
a arte de transformar flores, galhos e plantas em arranjos que enfeitam a casa e relaxam a alma. O Curso de Arte Floral<br />
será dado pela florista Clarice Valente, entre 20 de novembro e 1º de dezembro, e custa <strong>R$</strong> 189. Informações: 3347.6684.<br />
34
FOTOS: DIVULGAÇÃO<br />
novagaleria<br />
Com um acervo de mais de nove mil obras de arte, Brasília<br />
ganhou mais um espaço para revelar seus talentos nas<br />
artes plásticas. É a filial da Galeria Errol Flynn, cuja sede<br />
fica em Belo Horizonte. O novo espaço tem 770 metros<br />
quadrados e está inserido no Península Shopping do Lago<br />
Norte. No acervo, trabalhos de Antônio Poteiro (foto), Sérgio<br />
Telles, Enrico Bianco, Carlos Bracher, Flávio Tavares, Yara<br />
Tupinambá, Júlio Hübner e muitos outros. SHIN, CA 1, Bloco<br />
B, lojas 83 a 91, Lago Norte. Informações: 3468. 4775.<br />
jogodecinema<br />
Já que novembro acabou virando o mês do cinema na cidade, o<br />
Jogo de Cena vem embalado no mesmo tema. No programa,<br />
a exibição de dois curtas produzidos em Brasília e a que o<br />
público teve poucas chances de assistir: À Espera da Morte,<br />
da Cia. de Comédia Os Melhores Mundo, e Sinistro, de<br />
René Sampaio, vencedor do Festival de Cinema de 2000.<br />
Além disso, haverá brincadeiras em torno do tema do mês:<br />
identifique a trilha e repita a cena (cenas de filmes famosos<br />
para o público imitar). Teatro da Caixa, dia 22, às 20h30.<br />
Ingressos a <strong>R$</strong> 20 e <strong>R$</strong> 10. www.jogodecena.com.br<br />
terçascult<br />
As bandas brasilienses Capitão do Cerrado,<br />
Zamaster, Lafusa e Beto Só vão agitar a quinta<br />
e última edição do ano do projeto Terças Cult<br />
da Funarte. O show será dia 21, às 20h, na<br />
Sala Cássia Eller. Ingressos a <strong>R$</strong> 4 e <strong>R$</strong> 2, à<br />
venda somente na bilheteria. Informações:<br />
3274.5883 ou pelo www.cult22.com.<br />
vergba<br />
“A situação de um jovem infeliz é comparável<br />
à de um prisioneiro no campo de concentração”.<br />
A frase, escrita pelo filósofo Roland Barthes em seu<br />
livro Fragmentos de um Discurso Amoroso, serve<br />
de inspiração para o texto da peça Vergba. Em<br />
cartaz na Casa d’ Itália até o dia 26, tem direção de<br />
Similião Aurélio, que faz sua estréia como autor.<br />
Trata-se da história de cinco amigos que, de uma<br />
hora para outra, são convocados para ir à guerra.<br />
É hora de pensar, então, na possibilidade da morte<br />
e no sentido da vida. Sexta e sábado, às 21h, e<br />
domingo, às 20h. Ingressos a <strong>R$</strong> 20 e <strong>R$</strong> 10.<br />
engelsespíritosej.j.jackson<br />
Essa dobradinha é um tanto quanto imperdível. O cantor e<br />
gaitista Engels Espíritos comemora<br />
15 anos de carreira lançando seu<br />
segundo CD, o Faces da Gaita.<br />
O show tem ninguém menos<br />
que J.J.Jackson como convidado<br />
especial. O cantor norte-americano<br />
radicado no Brasil é um dos maiores<br />
intérpretes de blues e já dividiu<br />
palco com artistas como B. B. King.<br />
O brasiliense Engels Espíritos<br />
inclui no repertório do segundo CD<br />
composições de baião, rock, jazz, salsa e até samba. Dia 2<br />
de dezembro, no Pátio Brasil, às 19h. Entrada franca.<br />
écor-de-rosa-choque<br />
As meninas roqueiras da cidade, quem diria, terão um festival só para<br />
elas. Trata-se do Rock'n'Girls, que abriga estilos de todas as tribos,<br />
desde o pop e hardcore até o punk, indie e metal. Será entre 19 a 26<br />
de novembro, no Bar Zona Alternativa. As portas serão abertas às<br />
16h. e os shows começam às 17h, com entrada franca. No repertório,<br />
clássicos das “coroas” Rita Lee e Janis Joplin, mas também das mais<br />
caçulas, como Fernanda Takai, do Pato Fu, e Shirley Manson, do<br />
Garbage. Por incrível que pareça, em pleno século XXI, as mulheres<br />
roqueiras ainda se queixam de discriminação. Entre as bandas<br />
escaladas para o festival estão: Cassandras,<br />
Disforme, La Paliza, Breena<br />
e Hello Crazy People. O<br />
bar fica na Associação<br />
Casa do Maranhão<br />
(atrás do Colégio<br />
Notre Dame), 914 Sul.<br />
Informações:<br />
www.rockngirls.com<br />
35
asiliensedecoração<br />
Cristininha<br />
Bom Demais<br />
FOTOS ARQUIVO PESSOAL<br />
A banqueteira que<br />
lançou para o<br />
sucesso, em seu<br />
restaurante, artistas<br />
consagrados como<br />
Raimundos, Zélia<br />
Duncan e Cássia Eller<br />
POR VICENTE SÁ<br />
O compositor maranhense João do Vale<br />
recomendava atenção com os apelidos,<br />
alertando que eles, na maioria das vezes,<br />
traduzem algo do apelidado. Assim, vamos<br />
atentar para Cristininha Bom Demais, ou<br />
Ana Cristina Roberto, essa mineirinha de<br />
Abaeté que namora Brasília há quase 40<br />
anos e para quem a vida é luta renhida,<br />
mas é um trem bom demais. A um só<br />
tempo atriz, agitadora cultural, mãe de<br />
quatro filhos, dona de um buffet que<br />
emprega mais de 60 pessoas, essa mulher<br />
pequena e decidida parece nunca se cansar<br />
de fazer e acontecer, sempre carregando<br />
consigo esse apelido herdado de seu<br />
empreendimento mais famoso, o saudoso<br />
bar e restaurante Bom Demais.<br />
Quando chegou à Capital Federal, mais<br />
precisamente à Asa Norte, em 1967, todo o<br />
comércio desse lado da city estava instalado<br />
em barracos. Os minutos eram contados<br />
em marteladas e tijolos das construções, e<br />
os meninos e meninas ainda podiam jogar<br />
36
finca e bola de gude, soltar pipa e sonhar<br />
em voz alta pelas ruas. Foi nesse tempo<br />
que Cristina começou a cultivar sua<br />
paixão pela cidade. “O que me ligou a<br />
Brasília logo de cara foi a possibilidade<br />
de fazer tudo. Aqui, nada estava pronto<br />
ou acabado, era tudo por fazer ou sendo<br />
feito, inclusive a própria cidade,”<br />
lembra, nostálgica.<br />
Na época, o ponto de encontro dos<br />
adolescentes da Asa Norte era a igreja,<br />
onde Cristina e seus asseclas criaram o<br />
JUCA – Juventude Unida Capaz de<br />
Amar, audacioso nome para uma<br />
turminha que se reunia para tocar<br />
violão, cantar e, é claro, paquerar. Do<br />
JUCA para o teatro foi um pulo, e ela,<br />
como muitos de sua geração, teve aulas<br />
com Humberto Pedrancini, no Sesc da<br />
913 Sul.<br />
PENSÃO DA DONA LAURA Cristina<br />
também começou cedo na lida. Aos 15<br />
anos trabalhou como reveladora de<br />
filmes, depois como empacotadora no<br />
supermercado Jumbo e secretária de<br />
imobiliária. Morou com amigas numa<br />
república na 312 Norte, estudou<br />
Geografia na UnB, promoveu festas com<br />
José Pereira no Sesc e, depois, deu<br />
aquela saidinha básica de todo candango<br />
e foi sentir saudades de Brasília em<br />
Sampa. Voltou grávida de suas duas<br />
gêmeas, Joana e Morena, casou-se com o<br />
poeta Chacal e teve mais dois meninos<br />
para fechar o quarteto.<br />
Por essa época, sem emprego fixo,<br />
vendeu uma bicicleta que ganhara de<br />
presente de casamento e comprou<br />
material para fazer pão integral, que<br />
vendia de porta em porta, de segunda<br />
a sexta. Os finais de semana eram<br />
reservados para a venda de pizza natural<br />
no Clube da Imprensa.<br />
Sentindo que o caminho mais rápido<br />
para o coração das pessoas passava pela<br />
boca, começou a servir refeições naturais<br />
em seu apartamento na 403 Norte, e<br />
mais tarde na 706. A gastronômica<br />
empreitada foi muito bem recebida por<br />
jornalistas e artistas da cidade, que<br />
adoravam não só a comida como o<br />
delicado nome: Pensão da Dona Laura.<br />
“Era uma homenagem à música do<br />
Roberto Carlos, Lady Laura”, entrega.<br />
Entre uma mexida de panela aqui e<br />
uma lavada de prato acolá, Cristina<br />
ainda arranjava tempo para fazer<br />
músicas com Renato Matos e sonhar<br />
em abrir um restaurante diferente. ”Eu<br />
queria abrir um restaurante que tivesse<br />
uma tribuna livre, um lugar onde se<br />
pudesse fazer a apresentação que<br />
quisesse, que fosse alegre e descontraído<br />
e que também tivesse um lado de<br />
Buzina do Chacrinha”, relembra.<br />
Na noite da inauguração, mais uma<br />
vez a criatividade veio em seu auxílio.<br />
“Envolvida com documentação e<br />
preparação do restaurante, eu<br />
me esqueci de um detalhe – a<br />
comida. Na noite da abertura,<br />
nós lembramos que todo<br />
restaurante tem que ter<br />
comida e nós não tínhamos nada. A<br />
solução veio de minha cozinheira, que<br />
preparou umas panquecas naturais, que<br />
acabaram virando a marca registrada do<br />
Bom Demais”, conta. Maria, a autora<br />
das panquecas, ganhou o respeito de<br />
Cristina e a estabilidade – até hoje,<br />
passados 22 anos, ainda trabalha com<br />
Cristina.<br />
Ainda em 1984, o Bom Demais<br />
tornou-se a coqueluche da cidade. Todos<br />
os artistas adoravam freqüentar e se<br />
JUAN PRATGINESTÓS<br />
37
asiliensedecoração<br />
apresentar no restaurante. Músicos<br />
iniciantes chegavam a preparar<br />
espetáculos especialmente para a casa.<br />
Durante o dia, o Bom Demais era um<br />
restaurante de comida natural rígido,<br />
onde não se servia sequer refrigerante;<br />
à noite, transformava-se numa badalada<br />
casa de shows, com muita cerveja e<br />
uísque.<br />
Quase todo mundo que fez ou faz<br />
música em Brasília se apresentou lá,<br />
incluindo alguns nomes conhecidos<br />
como Rosa Passos, Raimundos, Adriano<br />
Faquini, Invoquei o Vocal, Rubi, Zélia<br />
Duncan e Cássia Eller. “A Cássia<br />
praticamente se lançou lá. Ela adorava o<br />
Bom Demais e dizia que era a casa dela”,<br />
lembra Cristina. O poeta e compositor<br />
Renato Russo, se não fez nenhum show<br />
lá, certa madrugada, acompanhado do<br />
guitarrista Toninho Maia, deliciou os<br />
fregueses com uma hora inteira de<br />
Beatles.<br />
Se tudo que é bom dura pouco, o<br />
Bom Demais até que durou muito, e em<br />
seus sete anos de existência reinou<br />
soberano nas almas e corações<br />
brasilienses. “Quando entrou o Plano<br />
Collor, o dinheiro desapareceu, a<br />
freqüência diminuiu, e eu já estava<br />
também muito cansada. Aí, acabei<br />
fechando o restaurante, não sem uma<br />
pontinha de pena”, lamenta.<br />
BUFFET DE SUCESSO A casualidade<br />
sempre esteve presente na vida de<br />
Cristina Roberto, e seu buffet também<br />
nasceu assim. Consultada pela exsecretária<br />
de Cultura do DF, Luiza<br />
Dornas, sobre se sabia preparar um<br />
coffee break, mesmo sem saber do que<br />
se tratava, respondeu na bucha que sim.<br />
Dois dias depois, teve que aprender e<br />
preparar o tal coffee break para uma<br />
seleta platéia de empresários no Sebrae,<br />
que se encantou com o serviço.<br />
Dos elogios para a abertura de uma<br />
empresa foi um pulo. Hoje, o Buffet<br />
Cristina Roberto é um dos mais<br />
apreciados da cidade e presta serviços<br />
também em São Paulo, Minas e Goiás.<br />
Aqui, ele atende desde o Palácio do<br />
Planalto, ministérios, secretarias e<br />
embaixadas até empresas e instituições<br />
como Unesco, Banco Mundial, CCBB<br />
e Sebrae. Seus 60 funcionários recebem<br />
constante treinamento, desde os chefs,<br />
que têm formação internacional, aos<br />
garçons e cozinheiros.<br />
Mas nem só de buffet vive esta<br />
mineira-candanga. Neste final de ano,<br />
nas horas de folga, ela prepara uma<br />
homenagem ao poeta e jornalista<br />
Reinaldo Jardim em comemoração aos<br />
seus 80 anos. Um evento para ficar na<br />
história da cidade, com direito a<br />
lançamento de uma antologia, recital<br />
de poesias, exposição, exibição de filme,<br />
gravação de CD, entrega de título de<br />
cidadão honorário e, é claro, uma<br />
maravilhosa festa em sua casa no Lago<br />
Norte.<br />
Eu, se fosse você, não perderia, caro<br />
leitor, pois o poeta merece e as festas da<br />
Cristininha são boas demais.<br />
ANÚNCIO GRAVOPAPER<br />
ATENÇÃO JUAN: REPETIR O ANTERIOR<br />
38
galeriadearte<br />
Tininha,<br />
tinindo<br />
DÉBORA AMORIM<br />
POR LUIS TURIBA<br />
Quem molda busca as essências, destaca os contornos, faz estilos, dá os toques, cria os logos,<br />
estabelece os modos. Quem molda transmuda algo. Quem faz moldura vai além, transcende.<br />
Moldureira, mas também estilista, arquiteta, navegante de sonhos. Assim é a alagoana Alcina<br />
Morato, a doce e serena Tininha, amiga e conselheira de nove entre dez artistas visuais da Capital.<br />
Tininha: a moldureira dos ambientes fechados de Brasília segue seus passos tinindo, trincando.<br />
“É isso mesmo. Chamá-la de moldureira simplesmente é muito pouco, é quase nada. Ela tem<br />
mãos de fada e trabalha com um rigor enorme, fora do comum. Ela qualifica os conteúdos<br />
maravilhosamente. O que você pede, acontece para melhor. É como se você encomendasse uma<br />
roupa a um grande estilista. Tininha é brilho garantido.” A opinião é do designer-poeta Luis<br />
Eduardo Resende, o Resa, que confiou a Tininha as embalagens e diagramações de todos os 40<br />
poemas visuais de sua exposição Cartas Marcadas.<br />
40
Tininha é uma espécie de fada da<br />
objetividade. Seu trabalho não tem<br />
tititis. Ela pimba: como uma artilheira,<br />
dá o toque final nas exposições de<br />
quadros, fotos, instalações, esculturas,<br />
objetos, painéis e ambientes que serão<br />
mostrados ao grande público.<br />
Este é o seu espaço: dar suporte e<br />
destaque, não deixar que obras de arte<br />
fiquem escondidas. É justamente aí que<br />
ela se transforma em uma espécie de<br />
artista do invisível, parceira muitas vezes<br />
indispensável. Do ponto de vista<br />
material, é um trabalho visionário e<br />
transparente, translúcido e transvisual.<br />
Tininha dá um jeito no “jeito” da<br />
obra. Em determinados ambientes, suas<br />
molduras e intervenções passam a ser<br />
realmente determinantes para o sucesso<br />
do artista e/ou da exposição aos olhos<br />
do público. Foi assim com o Mercado<br />
Municipal, com a reinauguração do<br />
Brasília Palace e com a Fotoarte,<br />
organizado por Karla Osório.<br />
“Tininha bota fraque, roupa fina e<br />
etiqueta em nossas obras, pra que no<br />
reluzir no espaço da cultura. Tininha<br />
transformou neste o seu ofício de artesã<br />
das molduras e há décadas está a criar<br />
suportes para que a arte feita em Brasília<br />
seja bem aceita em qualquer lugar. Ela é<br />
uma madrinha corajosa e generosa de<br />
muitos desses universos criativos que<br />
gravitam em torno de sua simpatia e<br />
competência. Universos que ela facilitou<br />
e ambientou com beleza e sensibilidade”.<br />
Seu estúdio-oficina, o 4 M-Molduras,<br />
cresceu e se tornou um QG das artes<br />
plásticas de Brasília. Recentemente,<br />
ganhou um anexo totalmente voltado<br />
para o artístico, o lúdico, a beleza: o<br />
Gabinete 45, uma galeria que se<br />
transformou em um dos principais<br />
espaços das artes visuais de Brasília.<br />
Ambos estão localizados na 709 Norte,<br />
naquela rua interna da W3. Lá, o<br />
visitante verá sempre algo novo,<br />
interessante, transcendente, nem que<br />
seja um quadro antigo do acervo de mais<br />
de 200 obras de artistas como Rubem<br />
Valentim, Athos Bulcão, Djanira, Tarsila<br />
do Amaral, Heitor dos Prazeres.<br />
com conexões no Rio, São Paulo, Belo<br />
Horizonte. Mas nada melhor do que ter<br />
Tininha como guia de uma exposição.<br />
Quando ela fala com amor de um artista,<br />
seus olhos brilham, seu sorriso reluz – é<br />
conhecimento puro. Também, quando<br />
não gosta, avisa logo: “Isso não presta.”<br />
São 23 anos de serviços prestados à<br />
comunidade visual. Pessoalmente,<br />
bancou mais de 300 exposições – parou<br />
de contar quando o número bateu em<br />
298. No total, quase 20 exposições novas<br />
nos últimos anos.<br />
Doutora em Ciências Políticas, formada<br />
em Pedagogia e Direito, Tininha fez<br />
especialização em Suporte para Obras de<br />
Arte na Escola Nacional de Belas Artes,<br />
no Rio, e em Florença, na Itália. Por seu<br />
ateliê passaram inúmeros artistas<br />
consagrados “quando eram novatos”:<br />
os coloristas Galeno, Anselmo Rodrigues,<br />
Omar Franco, Luis Costa, Zé Maria e<br />
Toninho de Souza, além de Milton<br />
Ribeiro, Naura Tim, Elder Rocha, Zello<br />
Visconte e até Glênio Bianchetti.<br />
Também montou exposições de Dali,<br />
De coadjuvante a protagonista: nossa personagem é a<br />
“moldureira de Brasília”, cuja assinatura poderia estar em<br />
todas as obras de arte que passam por suas mãos de fada<br />
final fiquemos todos bonitos na foto.<br />
Suas digitais deveriam ser tombadas pelo<br />
patrimônio histórico, artístico e cultural<br />
da cidade, como assinatura coadjuvante<br />
de cumplicidade com os artistas,<br />
atestado de idoneidade, de que aquilo<br />
que é bom sempre passa por suas mãos”,<br />
testemunha o artista plástico Omar<br />
Franco.<br />
Esse é o caminho trilhado<br />
conscientemente por Tininha nas artes<br />
visuais de Brasília há mais de 20 anos.<br />
Sobre seu toque-magia, também fala<br />
com empolgação o artista-poeta-bruxo<br />
Benê Fonteles: “Há pessoas que se<br />
confundem com a arte e com artistas a<br />
ponto de se tornarem um. Pessoas que<br />
não são só meios, mas fins de um<br />
processo criativo, fazendo-o revelar-se e<br />
Como seu ambiente de trabalho –<br />
a oficina e a galeria – é qualitativamente<br />
bem freqüentado (afinal, atende artistas,<br />
criadores, diplomatas, empresários e<br />
políticos de bom gosto, como os expresidentes<br />
José Sarney e Fernando<br />
Henrique, o ministro Gilberto Gil e<br />
até artistas de aparições raras, como<br />
Chico Buarque de Holanda), quem<br />
chega lá pela primeira vez acredita que<br />
vai encontrar uma madame num clima<br />
sofisticado.<br />
Enganam-se. Lá está Tininha, a<br />
operária, avental sujo de tinta e unhas<br />
por fazer.<br />
Neste mundo-mundo-vasto-mundo,<br />
ela já montou oficinas de molduras, deu<br />
aulas de suporte para obras de arte e<br />
participou de consórcios de visualidades<br />
Yoko Ono, a Arte Gráfica Russa, Renato<br />
Russo para o CCBB e a famosa mostra<br />
de Sônia Paiva na França, considerada a<br />
melhor do ano.<br />
E assim Tininha segue atendendo<br />
e embelezando o trabalho visual de<br />
quatro gerações seguidas na capital<br />
brasileira. “A pessoa é para o que<br />
nasce”, filosofaram com razão as<br />
Ceguinhas de Campina Grande.<br />
Tininha nasceu para emoldurar as<br />
ousadias da cidade mais moderna<br />
do mundo do ponto de vista da<br />
visualidade. Feita a lápis e pincel por<br />
Niemeyer e Lúcio Costa; embelezada<br />
por Athos Bulcão. E ela coloca tudo<br />
isso, com singeleza e arte, nos nossos<br />
quadros, fotos, ambientes e nas nossas<br />
paredes. Ela é a moldureira de Brasília.<br />
41
luzcâmeraação<br />
A capital dos<br />
cinéfilos cinema<br />
Em sua 39ª edição,<br />
o mais antigo<br />
festival do país se<br />
consolida como<br />
referência de<br />
reflexivo<br />
De 1º a 9 de novembro, na Academia de Tênis, quase uma centena de filmes de todas as partes do mundo no 8º Festival<br />
Internacional de Cinema (FIC); de 3 a 8, seis obras do cineasta Krzysztof Zanussi no Festival do Cinema Polonês, no Cine<br />
Brasília; de 6 a 10, na mostra Cinema do Mundo, na Casa Thomas Jefferson, mais cinco inéditos, três deles premiados<br />
nos festivais de Berlim e Veneza; de 7 a 19, no ciclo Freud 150 anos – O Cinema Vai ao Divã, no CCBB, 23 clássicos de<br />
cineastas consagrados como Fritz Lang, Fassbinder, Polanski, Bertolucci, Hitchcock, Lars Von Trier, Shohei Imamura e<br />
David Lynch; fechando o mês, a partir do dia 21, o 39º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com 50 filmes, entre<br />
longas e curtas, incluindo os da Mostra Brasília (só produções locais); e ainda vem aí, de 6 a 11 de dezembro, a mostra<br />
Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, com 28 filmes, novamente no Cine Academia. Realizar três festivais e<br />
quatro mostras de cinema em pouco mais de 40 dias, com excelente comparecimento de público, pode ser uma<br />
façanha inatingível para qualquer outra cidade brasileira. Menos para Brasília, e a explicação é simples: várias pesquisas<br />
já comprovaram que ninguém, no Brasil, gosta mais de freqüentar o escurinho do cinema do que os brasilienses.<br />
Cena de O Baixio das Bestas, de<br />
Cláudio Assis: retrato do universo<br />
crepuscular e agrário do Nordeste<br />
42
POR SÉRGIO MORICONI<br />
Em condições normais, seria uma<br />
temeridade realizar aqui, ou em qualquer<br />
outra cidade, um festival de cinema<br />
brasileiro menos de duas semanas<br />
depois de outro, o 8º FIC, que também<br />
apresentou em sua programação várias<br />
produções nacionais inéditas para o<br />
público brasiliense. Mas os anos já<br />
demonstraram que o mais tradicional<br />
evento do calendário da cidade tem<br />
constituição e fibras de aço.<br />
Para se ter uma idéia, mesmo nos<br />
tempos das vacas magras do governo<br />
Collor, quando a produção caiu a<br />
praticamente zero, e por quase meia<br />
década não havia mais do que meia<br />
dúzia de filmes realizados a cada ano, o<br />
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro<br />
nunca deixou de contar com a adesão<br />
irrestrita de um público que,<br />
invariavelmente, lotava seu templo<br />
sagrado, o Cine Brasília, manifestandose<br />
ruidosamente – e muitas vezes<br />
politicamente – diante das obras<br />
apresentadas na tela.<br />
Política foi durante muito tempo a<br />
marca registrada de um festival que surgiu<br />
para ser um dos símbolos do projeto<br />
utópico que visava transformar o Planalto<br />
Central do Brasil, e a nova Capital, num<br />
importante centro de produção<br />
cinematográfica, projeto esse que aos<br />
poucos foi sendo transformado em pó<br />
quando caiu a noite cinza do golpe de 64.<br />
UM POUCO DE HISTÓRIA não faz mal a<br />
ninguém: convidado por Darcy Ribeiro<br />
para implantar um curso de cinema na<br />
Universidade de Brasília, o grande<br />
crítico Paulo Emílio Salles Gomes tem a<br />
idéia de realizar em 1965 uma Semana<br />
do Cinema Brasileiro. Como desde a<br />
origem a Semana tinha caráter<br />
competitivo, dois anos depois, em pleno<br />
vendaval da ditadura militar, já recebia o<br />
título de “festival” – e seria, dali por<br />
diante, um dos principais fóruns de<br />
contestação ao regime.<br />
Trinta e nove anos depois, o festival<br />
que refletiu as agruras de quatro décadas<br />
de marchas e contra-marchas do cinema<br />
brasileiro e do país continua o palco<br />
privilegiado para produções de caráter<br />
mais experimental e engajado. Afora<br />
isso, a edição de 2006 – que apresenta<br />
dezenas de sessões especiais, a Mostra<br />
Brasília (com toda a produção da cidade<br />
não selecionada), lançamentos de livros<br />
e de filmes restaurados (o ótimo O<br />
Homem Que Virou Suco, de João Batista<br />
de Andrade) – tem outra característica<br />
peculiar. Nunca a produção brasiliense<br />
se fez tão presente.<br />
Desde a noite de abertura, que<br />
programou Romance do Vaqueiro Voador,<br />
estréia em longa metragem de Manfredo<br />
Caldas, até as mostras competitivas de<br />
longa em 35 mm, onde desponta<br />
O Engenho de Zé Lins, de Vladimir<br />
Carvalho, e a de curta-metragens em 35<br />
mm, que conseguiu emplacar nada<br />
menos que quatro filmes de Brasília –<br />
A Vida ao Lado, de Gustavo Galvão, Dia<br />
de Folga, de André Cavalheira, Divino<br />
Maravilhoso, de Ricardo Calaça, e Uma<br />
Questão de Tempo, de Catarina Accioly e<br />
Gustavo Galvão. Um recorde!<br />
DIZEM AS MÁS LÍNGUAS que a generosa<br />
participação de cineastas da cidade<br />
poderia estar transformando o Festival<br />
de Brasília num certame provinciano<br />
e local. Como ninguém ainda viu os<br />
filmes, todos inéditos, a afirmação<br />
ganha contornos de puro mexerico<br />
maldoso. O que ninguém pode negar é<br />
a importância de Vladimir Carvalho,<br />
um dos mais respeitados documentaristas<br />
brasileiros e principal protagonista de<br />
um dos lances mais controversos de toda<br />
a história do festival.<br />
Selecionado para a edição de 1971<br />
com o seu hoje clássico O País de São<br />
Saruê, poema lírico trágico sobre a<br />
condição social nordestina, Vladimir viu<br />
seu filme ser excluído da competição<br />
oficial na última hora pelos censores de<br />
plantão, que o consideraram subversivo.<br />
Saruê foi substituído na ocasião por<br />
Brasil Bom de Bola, documentário<br />
ufanista que se aproveitava da então<br />
recente conquista do tri-campeonato<br />
mundial de futebol pelo Brasil para<br />
galvanizar o público, mas que seria<br />
recebido com uma vaia monumental<br />
quando exibido no Cine Atlântida,<br />
à época um dos palcos do festival.<br />
O episódio Saruê ilustra bem o grau<br />
de politização das platéias do Festival de<br />
Brasília, em grande parte constituída por<br />
estudantes universitários. Este fato torna<br />
natural e compreensível que a mostra a<br />
FOTOS: DIVULGAÇÃO<br />
Jardim Ângela, de Evaldo Mocarzel<br />
Encontro com Milton Santos, de Sylvio Tendler<br />
43
luzcâmeraação<br />
competitiva em 35mm deste ano, por<br />
exemplo, possa ser metade ocupada por<br />
documentários, sem que haja qualquer<br />
tipo de sobressalto.<br />
Além de O Engenho de Zé Lins,<br />
mergulho do paraibano Vladimir<br />
Carvalho no mundo do escritor,<br />
igualmente paraibano, autor de obras<br />
imortais do realismo brasileiro dos anos<br />
40 (Menino de Engenho e Fogo Morto,<br />
entre outras), o festival traz Jardim<br />
Ângela, de Evaldo Mocarzel, abordando<br />
o bairro da periferia de São Paulo até<br />
pouco tempo considerado um dos mais<br />
violentos da cidade e que vem sofrendo<br />
uma enorme transformação graças a<br />
uma série de trabalhos comunitários.<br />
Mocarzel é o realizador de À Margem<br />
da Imagem, filme premiado em festivais<br />
no Brasil e no exterior.<br />
OUTRO DOCUMENTÁRIO presente na<br />
competição oficial de longas em 35 mm<br />
é Encontro Com Milton Santos, ou<br />
O Mundo Globalizado Visto do Lado de Cá,<br />
de Sylvio Tendler. O titulo já diz tudo e<br />
o realizador dispensa apresentações.<br />
Tendler é autor de clássicos do<br />
documentário político como Os Anos JK,<br />
Jango e Gláuber, o Filme – Labirinto do Brasil.<br />
Os filmes de Vladimir Carvalho,<br />
Evaldo Mocarzel e Sylvio Tendler vão<br />
fazer contrapeso às três auspiciosas<br />
ficções que concorrem ao Prêmio<br />
Candango de melhor longa-metragem<br />
em 35mm. São eles O Baixio das Bestas,<br />
de Cláudio Assis, Batismo de Sangue, de<br />
Helvécio Ratton, e Querô, de Carlos<br />
Cortez.<br />
Diretor de Amarelo Manga, Cláudio<br />
Assis se volta agora para um naco do<br />
mundo crepuscular e agrário do<br />
Nordeste. Já Ratton, autor de sucessos<br />
como Menino Maluquinho e Amor & Cia,<br />
debruça-se sobre um grupo de padres<br />
dominicanos que resolve lutar contra a<br />
ditadura militar brasileira. Nem tanto<br />
assim distante desse universo, Carlos<br />
Cortez mergulha no mundo marginal do<br />
dramaturgo Plínio Marcos, num filme<br />
forte ambientado nas docas do porto de<br />
Santos, onde drogas, marginais e<br />
policiais são as várias faces de uma<br />
mesma moeda.<br />
Acima, Luiz Carlos Vasconcelos em Romance do<br />
Vaqueiro Voador, filme de Manfredo Caldas que<br />
abre o festival; abaixo, cena de Querô, de Carlos<br />
Cortez, que participa da mostra competitiva de<br />
longas-metragens em 35 mm.<br />
FOTOS: DIVULGAÇÃO<br />
44
Prata<br />
DIVULGAÇÃO<br />
da<br />
casa<br />
O Festival de<br />
Brasília continua<br />
sendo a mais<br />
importante vitrine<br />
da produção local<br />
DA REDAÇÃO<br />
No primeiro semestre tivemos o<br />
lançamento dos longas Araguaya –<br />
A Conspiração do Silêncio, de Ronaldo<br />
Duque, e A Concepção, de José Eduardo<br />
Belmonte, e o início das filmagens de<br />
A Rebelião dos Estudantes, baseado no<br />
livro homônimo do jornalista Antonio<br />
de Pádua Gurgel sobre a invasão da<br />
Universidade de Brasília, em 1968,<br />
por tropas do governo militar.<br />
Agora, a produção cinematográfica<br />
candanga dá novos sinais de vitalidade<br />
ao emplacar cinco filmes na mostra<br />
competitiva do 39º Festival de Brasília<br />
do Cinema Brasileiro – um longa e<br />
quatro curtas, entre eles Uma Questão<br />
de Tempo, dirigido pela atriz dublê de<br />
cineasta Catarina Accioly.<br />
Para quem não sabe, Catarina é uma<br />
legítima representante da novíssima<br />
geração de cineastas da cidade, ao lado<br />
de Gustavo Galvão, André Cavalheira,<br />
René Sampaio, Marcius Barbieri,<br />
Guilherme Bacalhao e Marcelo Díaz,<br />
entre outros. Ainda pouco conhecida<br />
do grande público, ela já contabiliza, em<br />
13 anos de carreira como atriz de teatro<br />
e cinema, nada menos de 12 filmes e<br />
22 peças. Uma Questão de Tempo, um<br />
dos 12 curtas selecionados para a mostra<br />
competitiva do festival, marcou sua<br />
estréia atrás das câmeras, em setembro<br />
do ano passado.<br />
A oportunidade de rodar o filme<br />
coincidiu com o auge da carreira de<br />
Catarina, que estreou na dramaturgia<br />
pelas mãos de Hugo Rodas e foi a atriz<br />
brasiliense que atuou em maior número<br />
de filmes no ano passado, ora como<br />
protagonista, ora como preparadora de<br />
elenco ou assistente de direção. Foram<br />
sete ao todo, entre eles A Vingança da<br />
Bibliotecária, de Santiago Dellape, Uma<br />
Noite Com Ela, de Gustavo Galvão, e<br />
Sobre Quando Não Se Tem Nada a Dizer,<br />
de Cássio Pereira. “Durante as gravações,<br />
ela desenvolveu uma hipersensibilidade<br />
à direção”, revela Cássio.<br />
Produzido pela Dharma Filmes,<br />
Uma Questão de Tempo foi rodado<br />
inteiramente em Brasília. O Pontão do<br />
Lago Sul é um dos cenários do curta<br />
de 15 minutos rodado em 35mm.<br />
“O Pontão foi escolhido por ter um<br />
visual com o pôr-do-sol perfeito, e também<br />
porque queremos mostrar outro lado<br />
de Brasília, longe do ambiente político”,<br />
explica a produtora do filme, Kátia Oliva.<br />
O filme é uma comédia romântica que<br />
narra um dia na vida de um casal que,<br />
“por uma questão de tempo”, ainda não<br />
se conhece. A estética do filme celebra<br />
a primavera e a forma como ela se<br />
manifesta no Planalto Central.<br />
Catarina conseguiu ter dois projetos<br />
aprovados para receber benefícios das<br />
leis de incentivo à produção cultural.<br />
“É um desafio entrar para o seleto grupo<br />
de diretores de Brasília no momento em<br />
que o cinema candango colhe prêmios<br />
nacionais e internacionais”, diz a atriz, que<br />
se orgulha de ter começado sua carreira na<br />
UnB, onde se formou em 1999.<br />
Agora mesmo, na primeira quinzena<br />
de novembro, Brasília serviu de cenário<br />
para mais um filme de Catarina, Entre<br />
Cores e Navalhas – o segundo dirigido<br />
por ela, vencedor do concurso do Pólo<br />
de Cinema e Vídeo do DF. O filme<br />
45
DIVULGAÇÃO<br />
Em dezembro<br />
Catarina e William Lopes interpretam o casal<br />
protagonista de Uma Questão de Tempo<br />
mostra de forma sutil como a escolha<br />
sexual dos indivíduos e os tipos de relações<br />
tiram o foco do sentimento. “A relação<br />
amorosa entre um casal, apesar das<br />
inúmeras possibilidades de combinações<br />
entre feminino e masculino, ainda é<br />
taxada de homossexual, heterossexual ou<br />
bissexual. A contemporaneidade trouxe<br />
novas definições: o transexualismo e o<br />
pansexualismo, entre outros. Essas novas<br />
possibilidades é que vão permear o<br />
desenrolar da trama”, explica a diretora.<br />
Filmado no Plano Piloto e<br />
Taguatinga, Entre Cores e Navalhas é o<br />
primeiro episódio de um longametragem<br />
sobre histórias ambientadas<br />
em Brasília. Uma das locações foi num<br />
salão de beleza 509 Sul que precisou ser<br />
todo reformado para receber essa<br />
história de amor entre um cabeleireiro<br />
e uma cobradora de ônibus. “Em todo<br />
momento pensamos como o filme pode<br />
ajudar na discussão sobre a revitalização<br />
da W3”, explica Catarina.<br />
A maioria dos profissionais envolvidos<br />
na produção de Entre Cores e Navalhas vai<br />
se juntar novamente em dezembro para<br />
rodar mais um curta, Reminiscências de<br />
Uma Puta Qualquer, com direção de Iberê<br />
Carvalho e, como não poderia deixar de<br />
ser, com a infatigável Catarina Accioly no<br />
papel principal.<br />
POR SÉRGIO MORICONI<br />
Desde que o cinema se afirmou<br />
como arte, o homem esteve no centro<br />
de suas preocupações. Não há<br />
cineasta digno desse nome que não<br />
tenha construído sua obra em torno<br />
de uma preocupação humanista. Mas<br />
mesmo antes, quando nem havia<br />
cineastas, mas apenas fazedores de<br />
filmes, e quando os filmes não eram<br />
mais do que uma novidade<br />
tecnológica, as imagens projetadas na<br />
tela já traziam o indivíduo como o<br />
principal objeto do seu interesse.<br />
Uma das primeiras imagens<br />
registradas pelo cinematógrafo, o<br />
aparelho inventado pelos irmãos<br />
Lumière, mostrava a saída de<br />
operários de uma fábrica em Lyon, na<br />
França. Nas décadas seguintes não foi<br />
diferente. Durante seus 112 anos de<br />
existência, atravessando circunstâncias<br />
sócio-políticas terríveis como guerras,<br />
devastações da natureza e opressão de<br />
regimes ditatoriais, o cinema foi<br />
sempre um dos principais veículos de<br />
denúncia, crítica, debate e<br />
conscientização a respeito dos direitos<br />
humanos no mundo.<br />
A mostra Cinema e Direitos Humanos<br />
na América do Sul pretende fazer um<br />
apanhado do tema, reunindo o que se<br />
tem falado a esse respeito nos últimos<br />
anos na América do Sul. A mostra é<br />
parte do evento anual criado pela<br />
Secretaria Especial dos Direitos<br />
Humanos da Presidência da República<br />
e será realizado em quatro cidades<br />
brasileiras: Brasília, São Paulo, Rio de<br />
Janeiro e Recife. Aqui, ela abre para<br />
convidados no dia 5 de dezembro, em<br />
sessão especial no Palácio do Itamaraty,<br />
e segue de 6 a 11 no Cine Academia<br />
(Academia de Tênis).<br />
Ao todo, serão exibidos 28 títulos<br />
realizados a partir de 2003 no Brasil,<br />
Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile,<br />
Equador, Paraguai, Peru, Uruguai,<br />
Venezuela e também no México, por<br />
realizadores de origem sul-americana<br />
Todos os filmes são inéditos<br />
39º Festival de Brasília<br />
do Cinema Brasileiro<br />
De 21 a 28/11, no Cine Brasília, CCBB,<br />
Embracine CasaPark, Cinemark Pier 21 e<br />
Sesi Taguatinga<br />
Programação em www.roteirobrasilia.com.br<br />
Ilhas Urbanas, da brasileira Flávia Seligman<br />
46
tem mais<br />
Produções nacionais e estrangeiras<br />
inéditas sobre a questão dos direitos<br />
humanos na América do Sul<br />
comercialmente no Brasil e foram<br />
selecionados pela curadoria de Amir<br />
Labaki, crítico e diretor do festival<br />
É Tudo Verdade, o mais importante<br />
da área de documentários no Brasil.<br />
A IDÉIA DO EVENTO é celebrar os 58<br />
anos da Declaração dos Direitos<br />
Humanos pela Organização das Nações<br />
Unidas, que ocorre no dia 10 de<br />
dezembro. “Todas as pessoas nascem<br />
livres e iguais em dignidade e direitos.<br />
São dotadas de razão e consciência e<br />
devem agir em relação umas às outras<br />
com espírito de fraternidade” – diz o<br />
primeiro artigo desse documento que<br />
paira sobre a humanidade como um<br />
desafio a ser conquistado.<br />
Quem trabalha na área sabe: estamos<br />
muito longe disso. A mostra Cinema e<br />
Direitos Humanos na América do Sul não<br />
tem caráter competitivo. “Essa mostra<br />
busca apresentar um panorama<br />
cinematográfico amplo das batalhas<br />
essenciais de hoje em torno dos direitos<br />
humanos na América do Sul, com<br />
ênfase na produção documental, mas<br />
não restrita a ela”, explica o curador<br />
Amir Labaki. São longas e curtasmetragens<br />
que tratam de temas<br />
como crianças, vítimas de violência,<br />
discriminados, minorias, idosos,<br />
homossexuais, migrantes, prisioneiros,<br />
jovens, internos do sistema sócioeducativo,<br />
pessoas com deficiência,<br />
pacientes da saúde mental, perseguidos<br />
políticos, índios, negros, sem terra,<br />
sem teto, desempregados, escravos do<br />
trabalho forçado, habitantes da floresta<br />
e defensores dos direitos humanos.<br />
Dos filmes programados, apenas o<br />
argentino Trelew, o mexicano Cavallo<br />
entre Rejas, o boliviano The Real Thing,<br />
o chileno Perpecplejia e o equatoriano<br />
El Comite foram exibidos em festivais<br />
e mostras no Brasil. Entre as produções<br />
brasileiras, destacam-se Hercules 56, de<br />
Pajaquaype – Los Colores de Mi Tierra, do paraguaio Billy Rosales<br />
Bolívia, El Carnaval de Oruro, do mexicano Enrique Aguilar<br />
Sílvio Da Rin, que encerra o Festival de<br />
Brasília deste ano, e Correntes, de Caio<br />
Cavechini e Ivan Paganotti, que recebeu<br />
menção honrosa do Prêmio Vladimir<br />
Herzog de 2006. Ilhas Urbanas, de Flávia<br />
Seligman, Tchau Pai, de Ricardo E.<br />
Machado, e O Homem Invisível, de<br />
Andréa Velloso, vão ser exibidos pela<br />
primeira vez na mostra. Como todas<br />
as outras, são produções que só podem<br />
ser vistas em ocasiões como essa.<br />
Cinema e Direitos Humanos na<br />
América do Sul<br />
De 6 a 11/12, no Cine Academia<br />
Programação completa em<br />
www.roteirobrasilia.com.br<br />
FOTOS: DIVULGAÇÃO CINEMATICA BRASILEIRA<br />
47
luzcâmeraação<br />
The end<br />
A<br />
Última Noite pode ser também<br />
o canto do cisne de Robert Altman<br />
POR REYNALDO DOMINGOS FERREIRA<br />
Comédia pontilhada por música<br />
country, A Última Noite deixa<br />
transparecer, além da constante<br />
preocupação com a morte, um clima<br />
de despedida de Robert Altman, de<br />
81 anos, um dos mais expressivos nomes<br />
do cinema americano da atualidade,<br />
homenageado este ano na entrega<br />
do Oscar pela Academia de Artes<br />
e Ciências Cinematográficas de<br />
Hollywood.<br />
É o próprio Altman quem diz, a<br />
respeito desse seu trabalho – que não se<br />
enquadra entre seus grandes filmes –<br />
que nele “todos morrem, mas eles<br />
cantam... e estão felizes!”. Também um<br />
de seus personagens diz que “a morte de<br />
um velho não é uma tragédia”. E uma<br />
das últimas canções, cantada por todo o<br />
elenco, assegura que “há uma terra mais<br />
alegre do que o dia, onde o Senhor<br />
aguarda por todos nós”.<br />
Para esse filme-testamento, Altman,<br />
que trabalhou todo o tempo tendo ao<br />
lado um substituto para qualquer<br />
eventualidade, faz uma crônica<br />
nostálgica dos tempos de prestígio dos<br />
programas radiofônicos de auditório,<br />
como aqueles da Rádio Nacional do Rio<br />
de Janeiro em que brilhavam Marlene e<br />
Emilinha Borba sob o comando de<br />
César de Alencar.<br />
No caso, é o programa Prairie Home<br />
Companion, de Garrison Keillor –<br />
autor do roteiro, com Ken Lasebnik,<br />
e também um dos intérpretes –<br />
transmitido pela Rádio WLT, de Saint<br />
Paul, Minnesota, diretamente do Teatro<br />
Fitzgerald. Embora o programa seja<br />
estruturado no estilo antigo – com<br />
jingles publicitários inventados,<br />
números musicais, piadas e dois<br />
caubóis repentistas – Garrison o<br />
mantém no ar desde 1974, nos sábados<br />
à noite, resistindo, portanto, aos dias<br />
da televisão.<br />
PARA EFEITO DRAMÁTICO, entretanto, o<br />
programa está para acabar, pois, segundo<br />
se diz nos bastidores, um consórcio de<br />
empresas do Texas teria comprado a<br />
emissora e pretenderia inclusive demolir<br />
o teatro para, no terreno, construir uma<br />
garagem. Antes que se inicie aquele que<br />
pode ser o último espetáculo, os fãs, na<br />
noite chuvosa, fazem fila para entrar no<br />
teatro. Nos camarins, os artistas,<br />
enquanto falam de suas vidas, de seus<br />
48
NOIR PRODUCTIONS/MELINDA SUE GORDON<br />
problemas, de suas aposentadorias,<br />
também se preparam para entrar<br />
no palco.<br />
É quando o filme assume o tom de<br />
fábula, com o surgimento, em ambíguas<br />
circunstâncias, de uma mulher (Virginia<br />
Madson) vestida de capa impermeável<br />
branca, que se intromete no meio dos<br />
artistas sem que qualquer um deles<br />
perceba sua presença. Para Garrison, ela<br />
diz que teria morrido algum tempo atrás,<br />
num acidente de carro, pois deixara-se<br />
envolver em demasia, enquanto dirigia,<br />
por uma piada que ele contava em<br />
Prarie Home Companion.<br />
Se a ação real remete o espectador<br />
aos tempos idos de prestígio dos<br />
programas radiofônicos de auditório,<br />
o plano do início, que se repete no final,<br />
enquadra o filme nos tempos atuais,<br />
quando chega, para fechar as portas<br />
do teatro, o representante do consórcio<br />
comprador da Rádio WLT, Axeman<br />
(Tommy Lee Jones), que considera os<br />
artistas “um bando de animais exóticos<br />
enjaulados”.<br />
Altman faz com que a câmara de<br />
Edward Lachman – também autor da<br />
trilha sonora – circule com desenvoltura<br />
por todo o espaço do teatro, reprisando,<br />
portanto, em alguns aspectos, a<br />
linguagem que usara em Assassinato em<br />
Gosford Park, um de seus mais belos<br />
filmes. E Lachman consegue uma<br />
textura para suas imagens, com<br />
predominância de cores vivas e sombras<br />
de magnífico efeito. Destaque deve ser<br />
dado principalmente para a primeira<br />
aparição da mulher de capa impermeável<br />
branca, descendo uma escada, na noite<br />
chuvosa, de tom azulado.<br />
O elenco está repleto de grandes<br />
nomes, como o de Meryl Streep, que,<br />
como sempre, mostra-se magnífica no<br />
papel de Yolanda, uma das irmãs<br />
Johnson – a outra é Lily Tomlin – que<br />
cantam músicas caipiras, sempre<br />
dedicadas à mãe, já morta. Woody<br />
Harrelson (Lefty) e John C. Reilly<br />
(Dusty), ambos em boa atuação, são dois<br />
cômicos caubóis repentistas que, nos<br />
bastidores, nunca se entendem. Kevin<br />
Line não convence como Guy Noir,<br />
detetive desempregado que procura<br />
emprego de porteiro do teatro e se<br />
encarrega da narração da história.<br />
Lindsay Lohan, também pouco<br />
inspirada, é Lola Johnson, filha<br />
depressiva de Meryl Streep, com<br />
tendência suicida, e Garrison Keillor<br />
faz o papel dele próprio.<br />
Embora A Última Noite não esteja<br />
evidentemente entre os grandes<br />
trabalhos de Robert Altman, que se<br />
ressente da superficialidade dos vários<br />
núcleos dramáticos e, por outro lado,<br />
claudica bastante no ritmo, recomendase<br />
o filme aos admiradores de sua obra,<br />
já que pode ser essa a última de sua<br />
brilhante carreira cinematográfica,<br />
durante a qual nos presenteou com,<br />
entre outros, Mash, Nashville, Cenas<br />
da Vida, O Jogador e Assassinato em<br />
Gosford Park.<br />
A Última Noite<br />
EUA/2006, 105 min. Direção: Robert<br />
Altman. Com Meryl Streep, Tommy Lee<br />
Jones, Woody Harrelson, John C. Reilly,<br />
Kevin Kline, Garrison Keillor, Lindsay Lohan,<br />
Virgina Madson e Lily Tomlin<br />
49
oteirodevantagens<br />
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21h50.<br />
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18h30 e 21h30; Sáb., dom. e fer., 15h30, 18h30 e<br />
21h30.<br />
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17h10, 19h20 e 21h30; Sáb., dom. e fer., 15h00,<br />
17h20, 19h30 e 21h40.<br />
CINE V – ELSA E FRED (12 anos). DIRETOR:<br />
MARCOS CARNEVALE (108 MIN). 2ª a 6ª, 17h10,<br />
19h20 e 21h30; Sáb., dom. e fer., 15h00, 17h10,<br />
19h20 e 21h30.<br />
CINE VI – PEQUENA MISS SUNSHINE (14 anos).<br />
DIRETOR: JONATHAN DAYTON (101 MIN). 2ª a 6ª,<br />
17h00, 19h10 e 21h20; Sáb., dom. e fer., 14h50,<br />
17h00, 19h10 e 21h20.<br />
CINE VII – MEDO E OBSESSÂO (12 anos).<br />
DIRETOR: WIM WENDERS (120 MIN). 2ª a 6ª,<br />
17h00, 19h20 e 21h40; Sáb., dom. e fer., 14h40,<br />
17h00, 19h20 e 21h40.<br />
CINE VIII – O CAMINHO PARA GUANTÂNAMO<br />
(14 anos). DIRETOR: MICHAEL WINTERBOTTOM (95<br />
MIN). 2ª a 6ª, 16h00 e 21h40; Sáb., dom. e fer.,<br />
16h00 e 21h40.<br />
CURTA PETROBRÀS ÀS SEIS 18h00<br />
“PERSONAGEM 1” (16 anos), O PAPA DA PULP:<br />
R.F.LUCCHETTI – DIRETOR: CARLOS ADRIANO (15 min),<br />
VEJA E OUÇA, DIRETOR(A): Mª BADERNA NO BRASIL /<br />
ANDRÉ FRANCIOLI ( 18 min), HELIORAMA - DIRETOR: IVAN<br />
CARDOSO ( 14 min) TOTAL: 47 min<br />
MACUNAÍMA (12 anos). DIRETOR: JOAQUIM PEDRO DE<br />
ANDRADE (108 MIN). 2ª a 6ª, 16h00 e 21h40; Sáb., dom.<br />
e fer., 19h30.<br />
CINE IX – O AMOR EM CINCO TEMPOS (16 anos).<br />
DIRETOR: FRANÇOIS OZON (<strong>90</strong> MIN). 2ª a 6ª, 17h50,<br />
19h40 e 21h30; Sáb., dom. e fer., 16h00, 17h50, 19h40<br />
e 21h30.<br />
CINE IX – SONHOS E DESEJOS (16 anos). DIRETOR:<br />
MARCELO SANTIAGO (93 MIN). 2ª a 6ª, 17h30 e 21h30;<br />
Sáb., dom. e fer., 15h30 e 17h30<br />
CRÔNICA DE UMA FUGA (14 anos). DIRETOR: ADRIÂN<br />
CAETANO (103 MIN). 2ª a 6ª, 19h30; Sáb., dom. e fer.,<br />
19h30 e 21h30<br />
OBS: SALA X :SEXTA-FEIRA(17/11/06), NÃO SERÁ EXIBIDO<br />
A ÚLTIMA SESSÃO DO FILME “SONHOS E DESEJOS”<br />
EM VIRTUDE DA PRÉ-ESTRÉIA DO FILME “BUENA VIDA<br />
DELIVERY” ÁS 21:30h.<br />
CINE ACADEMIA AEROPORTO (3364.9566)<br />
CINE I – CAFÉ DA MANHÃ EM PLUTÃO (14 anos).<br />
DIRETOR: NEI JORDAN (135 MIN). 2ª a 6ª, 16h30, 19h10 e<br />
21h40; Sáb., dom. e fer., 16h30, 19h10 e 21h40.<br />
CINE II - O QUE VOCÊ FARIA? (14 anos). DIRETOR:<br />
MARCELOPINEYRO (117 MIN). 2ª a 6ª, 17h00 e 19h20;<br />
Sáb., dom. e fer., 17h00 e 19h20.<br />
OS GIGOLÔS (16 anos). DIRETOR: RICHARD BRACEWELL<br />
(95 MIN). 2ª a 6ª, 21h40; Sáb., dom. e fer., 21h40.<br />
CINE III – OBRIGADO POR FUMAR (12 anos).<br />
DIRETOR: JASON REITMAN (92 MIN). 2ª a 6ª,<br />
17h30 e 19h30 e 21h30; Sáb., dom. e fer., 17h30 e<br />
19h30 e 21h30.<br />
CINE IV – O BUDA (14 anos). DIRETOR: DIEGO<br />
RAFECAS (110 MIN). 2ª a 6ª, 17h10 e 19h20; Sáb.,<br />
dom. e fer., 17h10 e 19h20.<br />
DÁLIA NEGRA (16 anos). DIRETOR: BRIAN DE<br />
PALMA (119 MIN). 2ª a 6ª, 21h30; Sáb., dom. e<br />
fer., 21h30.<br />
OBS.: ESTACIONAMENTO GRATUITO POR QUATRO<br />
HORAS, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DO INGRESSO<br />
DO CINE ACADEMIA AEROPORTO DEVIDAMENTE<br />
CARIMBADO.<br />
CINE SOBRADINHO (3387.7061)<br />
CINE I – JOGOS MORTAIS 3 (18 anos). DIRETOR:<br />
DARREN LEE BOUSMAN (109 MIN). 2ª a 6ª, 17h10,<br />
19h20 e 21h30; Sáb., dom. e fer., 17h10, 19h20<br />
e 21h30.<br />
CINE II - O PEQUENO NARIGUDO (livre).<br />
DIRETOR: ILYA MAXIMOV (82 MIN). 2ª a 6ª, 17h20,<br />
19h20 e 21h20; Sáb., dom. e fer., 17h20, 19h20<br />
e 21h20.<br />
CINE III – O BICHO VAI PEGAR (livre). DIRETOR: JIL<br />
CULTON (87 MIN). 2ª a 6ª, 17h30 e 19h30; Sáb.,<br />
dom. e fer., 17h30 e 19h30.<br />
O SACRIFÍCIO (14 anos). DIRETOR: NEIL-LABUTE<br />
(105 MIN). 2ª a 6ª, 21h20; Sáb., dom. e fer., 21h20.<br />
CINE ACADEMIA CULTURA INGLESA<br />
(3443.8885)<br />
EM REFORMA POR TEMPO INDETERMINADO<br />
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