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Ed. 100 - NewsLab

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<strong>Ed</strong>itorial<br />

Esta é uma edição muito especial. Chegamos ao<br />

número <strong>100</strong> da revista do laboratório moderno, a<br />

<strong>NewsLab</strong>. Em 17 anos de nossa jornada junto a você,<br />

<br />

histórias para contar.<br />

É esta parceria com nossos anunciantes, leitores<br />

e autores que tem nos possibilitado desenvolver cada<br />

vez mais um produto que é a cara do setor onde todos<br />

nós atuamos: dinâmico, intrépido e em constante<br />

evolução.<br />

Sempre à frente das tendências e na eterna busca<br />

de qualidade, a revista <strong>NewsLab</strong> tem um lema –<br />

simples, mas que tem dado resultados: sem medo dos<br />

<br />

<br />

Para celebrar esta edição de número <strong>100</strong>,<br />

selecionamos matérias e artigos superinteressantes<br />

para vocês.<br />

A começar pela trajetória da empresa que estampa<br />

nossa capa, a Sysmex, que completa 10 anos de Brasil<br />

<br />

<br />

Entrevistamos também o Prof. Dr. Leonidas Braga<br />

Dias Junior, do Laboratório Dr. Paulo C. Azevedo,<br />

de Belém, que nos conta como foi a migração<br />

do laboratório para a citologia em meio líquido,<br />

<br />

vez mais sendo introduzida na rotina dos laboratórios<br />

brasileiros.<br />

Em nossa seção de Notícias, trazemos uma<br />

<br />

diagnóstica. Entre elas, o lançamento do novo Kit<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

mercado na seção Informe de Mercado e os artigos<br />

<br />

seus conhecimentos. Isso e muito mais você só lê<br />

aqui, na revista <strong>NewsLab</strong>.<br />

Revista <strong>NewsLab</strong> nº <strong>100</strong><br />

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<br />

<strong>NewsLab</strong><br />

A revista do laboratório moderno<br />

ANO XVII - Nº <strong>100</strong><br />

(JUNHO/JULHO 2010)<br />

REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO:<br />

AV. PAULISTA, 2.073<br />

ED. HORSA I - CJ. 2315.<br />

CEP: 01311-940. SÃO PAULO. SP.<br />

FONE/FAX: (11) 3171-2190<br />

CNPJ.: 74.310.962/0001-83<br />

INSC. EST.: 113.931.870.114<br />

ISSN 0104-8384<br />

HOME PAGE: WWW.NEWSLAB.COM.BR<br />

-<br />

<br />

-


Jun/Jul 2010<br />

Ano 13<br />

Nº 03<br />

Há mais de<br />

10 anos<br />

informando.<br />

A vida faz as perguntas,<br />

nós buscamos as respostas.<br />

06 <strong>Ed</strong>itorial<br />

08 Índice<br />

12 Notícias<br />

42 Nossa Capa – Sysmex comemora 10 anos de atividades no Brasil<br />

50 Entrevista - Prof. Dr. Leonidas Braga Dias Junior fala sobre Citologia Convencional<br />

x Citologia em Meio Líquido<br />

56 Evento - Congresso de Análises Clínicas consagra-se como o de maior<br />

representação na América Latina<br />

58 Evento - Feira Hospitalar gera R$ 5,3 bilhões em negócios para setor de saúde<br />

60 Informe de Mercado<br />

96 Opinião - Saúde Pública: A muleta, uma eterna desculpa. Por Marco Antonio<br />

Abrahão<br />

98 Analogias em Medicina - Chuva de pedra no olho<br />

<strong>100</strong> Comparação da Determinação da Glicose Sanguínea Usando o Tempo como<br />

Variável - Elise Geromel Bezerra Menezes, Nilton César Weyne da Cunha, Renato<br />

Motta Neto<br />

110 A Atuação Biológica na Formação da Ciência Micológica - Arthur Tavares de<br />

Oliveira Melo, Evandro Leão Ribeiro<br />

118 Prevalência e Perfil de Suscetibilidade aos Antimicrobianos de Isolados de<br />

Staphylococcus aureus - Gabriela Cavalcante Oliveira, José Daniel Gonçalves<br />

Vieira, Geraldo Sadoyama<br />

132 Caracterização de Culturas de Urinas Realizadas no Laboratório de Análises<br />

Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar. Natal/RN - Lidiane Lima de<br />

Oliveira, Marília Janaina Medeiros de Oliveira, Fernanda Pinto Gadelha, Carla<br />

Elenuska F. B. Rodrigues<br />

144 Hipotireoidismo Subclínico: Relato de Caso - Caroline Becker, Luana Silveira de<br />

Carvalho, Hortência Ballesteros, Natália Krug, Vanessa Ludwig, Tássia de Deus,<br />

Camila Cardoso, Evandro Kruse, Guilherme Krein, Gustavo Muller Lara<br />

150 Agenda<br />

152 Biblioteca <strong>NewsLab</strong><br />

154 Classificados<br />

160 Endereços dos Anunciantes<br />

Leia ainda na Roche News:<br />

Artigo Científico: Medicina personalizada e a infecção<br />

pelo vírus da Hepatite B: da prevenção ao monitoramento<br />

do tratamento<br />

Entrevista: Telma Sobolh, presidente do Departamento<br />

de Voluntários do Hospital Albert Einstein<br />

Saúde com<br />

Responsabilidade<br />

Conheça os pilares que geram<br />

satisfação para nossos colaboradores<br />

e reconhecimento para nossa empresa.<br />

RODI-0003-EC05 - CAPA ROCHE NEWS<br />

ENTREVISTA<br />

Telma Sobolh,<br />

Presidente do Departamento de<br />

Voluntários do Hospital Albert Einstein,<br />

primeiro voluntariado<br />

no Brasil a receber uma<br />

certificação ISO 9001 nesse<br />

segmento de atividade.<br />

GESTÃO<br />

Laboratório Sabin<br />

Relatórios de<br />

sustentabilidade<br />

utilizados como<br />

ferramentas de gestão.<br />

ARTIGO<br />

CIENTÍFICO<br />

Medicina personalizada<br />

e a infecção pelo vírus da<br />

Hepatite B: da prevenção<br />

ao monitoramento do<br />

tratamento.<br />

A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos vários canais de<br />

comunicação para o nosso leitor.Escolha o que for melhor para você.<br />

Mande sua carta para nossa redação, no seguinte endereço:<br />

Av. Paulista, 2073. <strong>Ed</strong>ifício Horsa I. Conjunto 2.315 - Cep: 01311-300. São Paulo. SP<br />

Fones: (11) 3171-2190 / 3171-2191 / 3171-2192<br />

Envie sua mensagem pelo e-mail: redacao@newslab.com.br.<br />

Navegue também em nossa home page: www.newslab.com.br


FABRICANTES RECEBEM ESTÍMULO DE R$ 14,7 MILHÕES PARA EXPORTAÇÕES<br />

Os recursos serão aplicados nas indústrias médico-hospitalar e<br />

odontológica pela Abimo e Apex-Brasil, nos próximos dois anos<br />

Nos últimos sete anos, o setor médico-hospitalar dobrou<br />

o volume de exportações, elevando o patamar de US$ 200<br />

milhões para mais de US$ 500 milhões comercializados no<br />

exterior. Para 2010, a meta é alcançar US$ 650 milhões, registrando<br />

um crescimento de 17% nas vendas internacionais.<br />

Somado à evolução tecnológica, a indústria contará com<br />

um incentivo extra para avançar em novos destinos: R$ 14,7<br />

milhões em ações de marketing. Os recursos serão aplicados<br />

por meio de acordo assinado entre a Associação Brasileira das<br />

Indústrias de Artigos e Equipamentos Médico-Hospitalares e<br />

Odontológicos (ABIMO) e a Agência Brasileira de Promoção de<br />

Exportação e Investimentos (Apex-Brasil).<br />

O convênio contempla a execução do Projeto Setorial Integrado<br />

(PSI), que chega à quarta edição com 150 empresas<br />

exportadoras. “Somos um setor pequeno, com a ousadia de<br />

ser grande. Queríamos fazer parte das políticas estratégicas<br />

do governo e hoje fazemos”, disse o presidente da ABIMO,<br />

Franco Pallamolla. De acordo com o plano da entidade, estão<br />

previstas missões comerciais para Arábia Saudita, Irã, além<br />

de workshops no México e ações inéditas na China.<br />

Segundo o presidente da Apex-Brasil, Alessandro Teixeira,<br />

a expansão de um setor está relacionada à sua capacidade de<br />

exibir um produto. Como exemplo, destacou a Feira Hospitalar,<br />

realizada em São Paulo, como um das principais vitrines da indústria<br />

para o mundo. “Cada vez mais nossas empresas se tornam<br />

multinacionais e oferecem uma grande gama de produtos e novidades<br />

para mais de 150 países que compram do Brasil. Este é<br />

um setor que além de gerar empregos, gera muito conhecimento<br />

e a feira Hospitalar é o exemplo do sucesso. Feiras de negócios<br />

são indispensáveis para o setor e para a expansão da indústria”.<br />

HNSG INAUGURA NOVA ÁREA<br />

DE ANATOMIA PATOLÓGICA<br />

A estrutura ganhou mais espaço e<br />

agregou novas técnicas laboratoriais<br />

O Hospital Nossa Senhora das Graças e o Centro<br />

de Patologia de Curitiba (CPC) inauguraram as novas<br />

instalações do Serviço de Anatomia Patológica. Com o<br />

dobro da sua área, o serviço institui novas técnicas laboratoriais.<br />

Entre elas, automação em imuno-histoquímica<br />

e testes de FISH (Hibridização In Situ Fluorescente)<br />

<br />

substâncias relacionadas a diversos tipos de câncer.<br />

O Serviço conta com um laboratório que atende às<br />

ção<br />

Nacional de Acreditação e Anvisa. Os patologistas<br />

atendem especialidades médicas, como doenças da<br />

mama, aparelho genital, trato gastrointestinal, urológicos,<br />

ortopedia, entre outros.<br />

O Serviço de Anatomia Patológica do HNSG existe<br />

desde o início da década de 1960. Em 1985, foi fundado<br />

o Centro de Patologia de Curitiba, que atua em<br />

diversas áreas da Anatomia Patológica no Hospital,<br />

incluindo exames convencionais, técnicas de biologia<br />

molecular para detecção de subtipos de câncer,<br />

técnicas histoquímicas para pesquisa de doenças<br />

metabólicas e infecciosas.<br />

INFECÇÕES EMERGENTES SÃO TEMA DE SIMPÓSIO<br />

Cientistas dos Estados Unidos e Canadá<br />

também participaram do evento<br />

O Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa promoveu,<br />

em maio, o XII Simpósio Internacional de Hemoterapia em<br />

Infecções Emergentes e a V Jornada de Imunohematologia. Os<br />

eventos contaram com a presença de cientistas dos Estados<br />

Unidos e Canadá para discutir temas relacionados à área, como<br />

dengue e febre amarela, doença de Chagas e malária, novos<br />

agentes em observação, entre outros.<br />

Os encontros aconteceram na semana em que se comemoram<br />

os 25 anos de testes para HIV entre doadores de sangue no<br />

Brasil – considerado um marco mundial na detecção de doenças<br />

infecciosas transmissíveis pelo sangue. “A partir dele foram criados<br />

novos conceitos para os testes sorológicos e se tornou obrigatória<br />

a triagem sorológica e comportamental nos bancos de sangue<br />

brasileiros”, revela Dr. Silvano Wendel, diretor médico do Banco<br />

de Sangue do Hospital Sírio-Libanês, e assessor da Organização<br />

Mundial da Saúde (OMS) para a Segurança do Sangue.<br />

Além de ser o pioneiro na implantação de técnicas laboratoriais<br />

para detecção de doenças, o que reduz o risco de<br />

contaminação na transfusão, o Banco de Sangue do Hospital<br />

Sírio-Libanês faz parte de uma rede mundial de Bancos de<br />

Sangue e Laboratórios com capacidade técnica para detectar<br />

novas doenças e trocar sangues raros.<br />

O evento conta com o apoio da Sociedade Internacional de<br />

Transfusão de Sangue (ISBT), que passa a ser presidida pelo<br />

Dr. Silvano Wendel a partir de junho.<br />

12<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


FORMATO CLÍNICO ESTRUTURA AS OPERAÇÕES DO MAIOR CENTRO DE MEDICINA DIAGNÓSTICA DE RONDÔNIA<br />

A consultoria destaca a importância do Daia Medicina Diagnóstica<br />

no contexto da rede privada de saúde no estado<br />

Com a inauguração do Daia Medicina<br />

Diagnóstica, em Porto Velho, em junho<br />

passado, o estado de Rondônia passa<br />

a contar com um centro de referência<br />

para exames, de análises clínicas aos por<br />

imagem, capaz de oferecer excelência<br />

técnica e maior resolubilidade, além de<br />

qualidade no atendimento ao cliente.<br />

Ocupando área de 3.900 metros quadrados,<br />

conta com equipamentos de alta<br />

tecnologia e sistemas de ponta.<br />

No projeto de implementação do<br />

Daia, que recebeu investimentos de<br />

aproximadamente R$ 15 milhões, a<br />

Formato Clínico – empresa sediada em<br />

São Paulo, especializada no desenvolvimento<br />

de projetos em medicina diagnóstica<br />

– foi responsável pela gestão<br />

das operações. Ela desenhou todos os<br />

processos relativos à realização dos exa-<br />

<br />

equipamentos e sistemas de informática<br />

a serem adquiridos, colaborou na forma-<br />

tratada.<br />

Além de realizar treinamento e<br />

capacitação dos selecionados, prestou<br />

assessoria para o projeto arquitetônico<br />

e agora passa a atuar como empresa<br />

apoiadora da gestão do Daia.<br />

“A medicina diagnóstica, que como<br />

nos demais segmentos da saúde teve<br />

uma evolução tecnológica expressiva nos<br />

últimos anos, é responsável por 70% das<br />

decisões clínicas e a tendência é de que<br />

seja utilizada cada vez mais na prática<br />

médica, considerando a longevidade da<br />

população, a melhoria da renda média,<br />

o maior interesse pela saúde, a medicina<br />

preventiva e o advento da medicina<br />

personalizada e da medicina genética”,<br />

contextualiza Gustavo Aguiar Campana,<br />

patologista e diretor da Formato Clínico,<br />

complementando que apesar da cobertura<br />

de assistência a saúde privada em Rondônia<br />

ainda ser reduzida, correspondendo a<br />

cerca de 9% da população, há um grande<br />

potencial de expansão para esses serviços,<br />

considerando que nos últimos 12<br />

meses foi registrado crescimento de 29%.<br />

Características do Daia Medicina<br />

Diagnóstica<br />

<br />

patológica, cardiologia, gastroenterologia,<br />

ginecologia, medicina fetal,<br />

neurologia, otorrinolaringologia, patologia<br />

clínica, pneumologia, radiologia<br />

e urologia.<br />

<br />

zada,<br />

digitalização de imagens (raio<br />

<br />

(ecocardiograma, ultrassonografia<br />

<br />

ture<br />

Archiving and Communication<br />

<br />

dos exames de radiologia; RIS (Ra-<br />

<br />

<br />

<br />

processos.<br />

<br />

experiências e de qualidade com os<br />

principais centros nacionais de referência<br />

em diagnóstico.<br />

<br />

<br />

apoio em análises clínicas.<br />

BRASIL FECHA ACORDO DE US$ 200 MILHÕES COM BANCO MUNDIAL PARA AMPLIAR AÇÕES DE AIDS E OUTRAS DST<br />

A iniciativa visa às populações vulneráveis e aos gestores locais<br />

O governo brasileiro e o Banco Mundial<br />

fecharam um acordo para ampliar as<br />

ações de Aids e outras doenças sexualmente<br />

transmissíveis no País. O contrato<br />

prevê o empréstimo de US$ 67 milhões<br />

do Banco e uma contrapartida nacional<br />

de US$ 133 milhões.<br />

A iniciativa tem dois focos principais:<br />

as populações vulneráveis ao HIV,<br />

por meio da ampliação de acesso aos<br />

serviços de prevenção, diagnóstico e<br />

tratamento; e os gestores locais, a partir<br />

da melhoria da governança, baseada em<br />

resultados.<br />

Entre as metas estabelecidas estão<br />

o aumento do uso do preservativo e da<br />

<br />

do sexo, usuários de drogas injetáveis<br />

e homens que fazem sexo com homens.<br />

O Banco Mundial tem sido um parceiro<br />

do Departamento de DST, Aids e<br />

Hepatites Virais do Ministério da Saúde<br />

desde 1993, com quase US$ 500 milhões<br />

repassados em quatro empréstimos.<br />

“Precisamos investir ainda mais em<br />

<br />

por resultados, para obtermos novas<br />

conquistas no combate à doença. Este<br />

projeto com o Banco Mundial é de fundamental<br />

importância para atingirmos este<br />

objetivo”, enfatiza o ministro da Saúde,<br />

José Gomes Temporão.<br />

O Ministério da Saúde tem investido<br />

fortemente na prevenção e tratamento<br />

do HIV/Aids e das outras doenças sexualmente<br />

transmissíveis, com foco em grupos<br />

vulneráveis, e oferecendo tratamento<br />

antirretroviral para todos os pacientes<br />

que necessitam no Brasil. “Muitos países<br />

estão analisando a experiência do Brasil<br />

para montar as suas próprias estratégias.<br />

À medida que o Brasil caminha para uma<br />

segunda geração de programas, e desenvolve<br />

novas respostas inovadoras para a<br />

epidemia, o Banco Mundial pode ajudar<br />

a partilhar essas experiências”, defende<br />

Makhtar Diop, diretor do Banco Mundial<br />

para o Brasil.<br />

Mais detalhes sobre o projeto podem<br />

ser encontrados no seguinte endereço:<br />

http://web.worldbank.org/external/<br />

projects/mainpagePK=64283627&piPK<br />

=73230&theSitePK=40941&menuPK=2<br />

28424&Projectid=P113540<br />

14<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


CRUZ VERMELHA DO RIO OFERECE DIAGNÓSTICO GRATUITO<br />

PARA AUXILIAR O CONTROLE DA CANDIDÍASE DE REPETIÇÃO<br />

<br />

projeto Brasil Sem Alergia, a Cruz Vermelha – RJ inaugurou<br />

recentemente o mais novo posto de tratamentos gratuitos<br />

para todos os tipos de alergias. No novo posto da ação social<br />

já foram realizados mais de 2 mil atendimentos com a<br />

oferta gratuita de diversos procedimentos para o combate<br />

e prevenção das alergias, além da realização de testes de<br />

<br />

<br />

<br />

partes do corpo, mas as mulheres são as mais afetadas e<br />

cerca de 70% dos pacientes que apresentam a doença são do<br />

<br />

genital da mulher ao surgimento de fungos e bactérias, no<br />

<br />

<br />

ciclos menstruais. Por esses motivos, todas as mulheres<br />

devem estar atentas aos sinais da doença que se manifesta<br />

<br />

<br />

Ao contrário do que muitos imaginam, essa doença não<br />

<br />

má alimentação, estresse constante ou até mesmo fatores<br />

genéticos podem desencadear o crescimento desordenado do<br />

fungo Candida albicans, que habita o organismo de todos os<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

não saibam, cerca de 35% da população mundial sofre de<br />

sadoras<br />

deste problema destacam-se o mofo e os ácaros,<br />

<br />

<br />

<br />

alimentares.<br />

“Um paciente que possui quadros de processos alérgicos<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

e idealizador do Brasil Sem Alergia, Dr. Marcello Bossois.<br />

O controle não deve ser feito de forma isolada com a<br />

utilização de medicamentos, mas sim através de uma con-<br />

<br />

<br />

<br />

da doença, mas o uso constante de antifúngicos pode es-<br />

<br />

terá momentaneamente mais as coceiras e os incômodos da<br />

<br />

haver recidiva.<br />

Para saber mais:<br />

www.brasilsemalergia.com.br<br />

SIMPÓSIO DISCUTE POLÍTICAS DE PREVENÇÃO E<br />

CONTROLE DAS HEMOGLOBINOPATIAS<br />

As mais comuns são a Doença Falciforme e a Talassemia<br />

Em comemoração ao Dia Mundial das Hemoglobinopatias,<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

cionados<br />

à triagem neonatal, à inserção dos pacientes na<br />

<br />

<br />

propondo indicadores de qualidade dos cuidados ofertados,<br />

<br />

<br />

do Programa de Triagem Neonatal.<br />

Segundo a doutora Silvia Brandalise, Coordenadora do<br />

-<br />

<br />

-<br />

<br />

cadastrados, aos Hemocentros e às Secretarias de Saúde.<br />

Todas as doenças crônicas necessitam dessa avaliação con-<br />

<br />

<br />

As hemoglobinopatias mais comuns são a Doença<br />

<br />

<br />

<br />

hemoglobina anormal.<br />

16<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER COLORRETAL<br />

AUMENTA A SOBREVIDA DO PACIENTE EM ATÉ 40%<br />

Pessoas acima dos 50 anos devem fazer o exame de sangue oculto<br />

nas fezes anualmente e, em caso positivo, a colonoscopia é indicada<br />

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que<br />

os tumores malignos que acometem o cólon (intestino grosso)<br />

e o reto representam a terceira causa mais comum de câncer<br />

no mundo em ambos os sexos e a segunda causa em países<br />

desenvolvidos, após o câncer de mama, com uma estimativa<br />

de 2,4 milhões de novos casos nos últimos cinco anos. Ou seja,<br />

a cada ano estimam-se em 945 mil casos novos.<br />

Estatísticas mais recentes sobre a mortalidade, referentes<br />

a 2007, do Boletim Epidemiológico Paulista, apontam que<br />

as neoplasias malignas foram responsáveis por 17,20% dos<br />

óbitos dos residentes no Estado de São Paulo, tendo o câncer<br />

colorretal representado 9,34% do total de óbitos.<br />

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer<br />

colorretal aparece entre os cinco mais prevalentes em homens<br />

e mulheres. A maior incidência de casos ocorre na faixa etária<br />

entre 50 e 70 anos, com risco aumentado a partir dos 40 anos.<br />

No Hospital 9 de Julho em São Paulo, o aumento dos casos<br />

<br />

INCA. Em 2009, de um total de 2.495 neoplasias diagnosticadas<br />

entre os pacientes do hospital, 432 foram de neoplasias<br />

malignas do aparelho digestivo, sendo 74 de câncer colorretal.<br />

Apesar de ser um câncer bastante agressivo, a vantagem<br />

do tumor colorretal é que, quando detectado em seu estágio<br />

inicial, possui grandes chances de cura, diminuindo as taxas de<br />

mortalidade associada ao tumor em cerca de 40%. Um estudo<br />

<br />

um único exame de reto e da última parte do cólon em pessoas<br />

entre 55 e 64 anos permite reduzir a mortalidade por câncer<br />

colorretal em 43%. O exame, chamado de sigmoidoscopia,<br />

<br />

são encontrados dois terços dos casos de câncer colorretal.<br />

A sigmoidoscopia é menos completa que a colonoscopia, que<br />

avalia todo o intestino.<br />

pital<br />

9 de Julho e coordenador do Centro de Referência em<br />

Gastro, pessoas com mais de 50 anos devem se submeter<br />

anualmente ao exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes.<br />

Caso haja histórico familiar para o câncer colorretal, a idade<br />

para começar os exames baixa para 40 anos. Se, além disso,<br />

a pessoa apresentar polipose familiar do cólon, o exame deve<br />

ser feito independentemente da idade.<br />

Pessoas com exame positivo de sangue oculto nas fezes<br />

devem fazer a colonoscopia para pesquisar a existência de<br />

pólipos. A colonoscopia é mais completa, pois avalia toda a<br />

parede intestinal para a pesquisa de pólipos do tipo adenomatosos,<br />

que indicam maior possibilidade de tumor. “A grande<br />

vantagem da colonoscopia é que o exame, além de constatar<br />

a presença de pólipos, serve para sua retirada, em um único<br />

procedimento”, comenta o médico. Caso sejam encontrados<br />

pólipos, é necessária a realização de biópsia endoscópica com<br />

estudo histopatológico para o diagnóstico completo da doença.<br />

Em alguns casos, quando a biópsia indicar que a margens<br />

não estão livres, é preciso fazer um novo procedimento para<br />

retirada o tecido doente remanescente.<br />

MINISTÉRIO ABRE INSCRIÇÕES PARA PRÊMIO DE INCENTIVO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM SAÚDE<br />

Serão R$ 55 mil para trabalhos que podem ser aplicados no SUS<br />

<br />

sobre tecnologias em saúde que tenham potencial de serem<br />

incorporadas na rede pública. A iniciativa faz parte do Prêmio<br />

<br />

de Saúde (SUS), que chega este ano à nona edição. Serão<br />

premiadas pesquisas em cinco categorias de pós-graduação,<br />

totalizando R$ 55 mil.<br />

ção<br />

no valor de R$ 15 mil); Dissertação de Mestrado (R$ 10<br />

<br />

Especialização ou Residência (R$ 5 mil); e Incorporação de<br />

<br />

um estímulo, um reconhecimento do SUS aos pesquisadores<br />

<br />

da qualidade dos serviços e da saúde da população brasileira”,<br />

tégicos<br />

do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães.<br />

Os trabalhos premiados e com menções honrosas serão<br />

divulgados na cerimônia de entrega do prêmio, prevista para<br />

dezembro de 2010, em Brasília (DF). As pesquisas vencedoras<br />

vão ser publicadas, na íntegra, no portal do Ministério da Saúde<br />

(www.saude.gov.br/sctie) e na Biblioteca Virtual de Saúde do<br />

Ministério (www.saude.gov.br/bvs).<br />

O prêmio é uma iniciativa do Departamento de Ciência e<br />

<br />

Estratégicos do Ministério da Saúde.<br />

18<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


CÂNCER DO COLO DO ÚTERO ESTÁ ENTRE OS CÂNCERES QUE MAIS MATA NO BRASIL<br />

Doença poderia ser evitada com do uso de preservativos durante a relação sexual<br />

O câncer do colo do útero é o segundo<br />

tipo de câncer que mais mata as<br />

mulheres no Brasil, segundo o Instituto<br />

Nacional do Câncer (INCA), do Ministério<br />

da Saúde.<br />

De acordo com o INCA há, aproximadamente,<br />

500 mil novos casos anuais<br />

no mundo, sendo responsável pela<br />

morte de 230 mil mulheres por ano. No<br />

Brasil, para 2010, as pesquisas estimam<br />

que ocorram 18.430 mortes pela doença.<br />

Mas este dado alarmante poderia<br />

ser evitado com medidas preventivas<br />

simples. Hoje, sabe-se que este tipo<br />

de câncer está associado diretamente<br />

à infecção por um dos 15 tipos oncogênicos<br />

do vírus HPV. De acordo com o<br />

oncologista do Hospital Santa Cruz, Dr.<br />

Guilherme Cidade Crippa, esta infecção<br />

poderia ser impedida com o uso de<br />

preservativos durante a relação sexual.<br />

“O início precoce da atividade sexual,<br />

e a multiplicidade de parceiros sexuais<br />

sem a devida proteção, são os principais<br />

fatores de risco para obter a doença”,<br />

explica o médico.<br />

A vacina do HPV é uma grande aliada<br />

na prevenção da infecção pelo vírus<br />

de papiloma humano (HPV), grande<br />

causador do câncer do colo do útero.<br />

De acordo com Dr. Crippa, no Hospital<br />

Santa Cruz houve excelentes respostas<br />

ao tratamento de pacientes com concilomas,<br />

mais conhecidas como verrugas<br />

genitais através do tratamento com<br />

a vacina do HPV. “Hoje, assim como<br />

em alguns países europeus, a vacina<br />

quadrivalente além de ser utilizada<br />

como método de prevenção, é também<br />

usada para o auxílio no tratamento em<br />

casos de concilomas ou lesões precursoras<br />

do câncer de menor grau”, diz o<br />

especialista.<br />

Outra forma de prevenção é fazer<br />

periodicamente o exame Papanicolaou.<br />

“Mulheres acima de 25 anos ou sexualmente<br />

ativas devem ir ao ginecologista<br />

pelo menos uma vez ao ano para fazer<br />

o teste”, diz o oncologista. Com este<br />

exame, o tratamento das lesões precursoras<br />

do câncer do colo de útero poderá<br />

começar cedo e evitar complicações.<br />

Em fase pré-clínica, o câncer do<br />

colo do útero não tem sintomas e a<br />

doença pode ser detectada apenas<br />

através do exame preventivo, por isso,<br />

é tão importante fazer anualmente o<br />

Papanicolaou. Já em fase de progressão,<br />

pode ocorrer sangramento vaginal,<br />

corrimento e dor. Neste estágio,<br />

a doença pode estar fase avançada,<br />

aumentando ainda os sintomas para<br />

anemia, perda de apetite e de peso,<br />

dor no abdome e, até mesmo, a saída<br />

de urina e de fezes pela vagina.<br />

O tratamento varia conforme o<br />

estágio da doença, tamanho do tumor,<br />

idade e condições gerais de saúde.<br />

Normalmente são feitas cirurgias para a<br />

retirada do câncer, através da remoção<br />

de fragmentos de tecidos, e até mesmo<br />

a laser. “Dependendo ainda do tamanho<br />

deste tumor, podemos ainda optar por<br />

radioterapia e quimioterapia associadas,<br />

isoladas sem a cirurgia, ou por complementação<br />

do tratamento mediante<br />

radioterapia e quimioterapia em baixas<br />

doses após a cirurgia”, explica o médico.<br />

A quimioterapia pode ser utilizada<br />

antes da cirurgia para diminuir o tamanho<br />

do tumor e permitir que a cirurgia<br />

seja feita com a devida segurança terapêutica<br />

ou em casos mais avançados,<br />

onde ocorrem metástases. O maior<br />

avanço no conhecimento das características<br />

da doença permite hoje realizar<br />

tratamentos mais conservadores, nos<br />

quais o colo uterino, os ligamentos em<br />

torno dele e os gânglios são retirados<br />

e o útero é re-implantado na vagina,<br />

permitindo assim que pacientes jovens<br />

possam preservar sua capacidade de<br />

engravidar.<br />

CARLOS ALBERTO MALHEIROS É O NOVO PROFESSOR TITULAR DA FCMSCSP<br />

O Chefe do Departamento de Cirurgia da Faculdade de<br />

Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – FCMSCSP,<br />

Carlos Alberto Malheiros, é o mais novo professor titular da<br />

instituição.<br />

A aula magistral apresentada no Auditório Emílio Athiê,<br />

para a banca composta por professores da FCMSCSP, das Faculdades<br />

de Medicina da USP, Universidade Federal de Minas<br />

Gerais, Unesp e Unicamp, foi “Da gastrectomia subtotal à<br />

cirurgia metabólica - a história da cirurgia gástrica na Santa<br />

Casa de São Paulo”.<br />

O professor Carlos Alberto Malheiros é graduado médico<br />

pela FCMSCSP, onde ingressou em 1976. Fez residência no<br />

Departamento de Cirurgia do Hospital-Escola, mestrado,<br />

doutorado e livre docência na mesma instituição. Malheiros foi<br />

instrutor de ensino, professor assistente e professor adjunto da<br />

FCMSCSP. Sua dedicação ao ensino lhe fez ser homenageado<br />

por várias turmas de graduandos, sendo inclusive paraninfo<br />

da 36ª Turma.<br />

Além da intensa atividade cirúrgica do aparelho digestivo,<br />

mantém profícua linha de pesquisa nas áreas “Alterações Morfológicas<br />

e Funcionais após Cirurgia da Obesidade Mórbida”, e<br />

“Perspectivas no Diagnóstico Tratamento do Câncer Gástrico”.<br />

<br />

revistas indexadas, escreveu 22 capítulos de livros, tem 122<br />

resumos publicados em anais de congressos e apresentou<br />

trabalhos originais de pesquisa em 105 deles.<br />

20<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


NOVA UNIDADE DO HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS LEVA MEDICINA DE PONTA A CAMPINAS<br />

Serão 29 mil m 2 para atendimento de alta complexidade<br />

que dão continuidade ao plano de expansão do Hospital<br />

Na sequência de sua estratégia de crescimento, com o<br />

objetivo de levar medicina de ponta a um número cada vez<br />

maior de pessoas, o Hospital Sírio-Libanês (HSL) anuncia<br />

a sua mais nova unidade, a primeira localizada fora do<br />

município de São Paulo. A cidade escolhida foi Campinas,<br />

considerada a quinta melhor infraestrutura urbana do Brasil<br />

(Simonsen/Exame), com PIB anual superior a R$ 20 bilhões.<br />

Com quase 30 mil metros quadrados de área construída,<br />

a nova unidade do HSL oferecerá tratamentos de alta complexidade<br />

já encontrados em sua unidade principal, no bairro<br />

da Bela Vista, em São Paulo. Serão 150 leitos, sendo 30 de<br />

UTI, Centro de Diagnósticos com equipamentos de ponta,<br />

Centro Cirúrgico e Pronto-Atendimento.<br />

A opção por Campinas também leva em conta o fato do<br />

município ser um importante pólo acadêmico e tecnológico, contando<br />

com 19% de sua população com nível superior de ensino.<br />

A cidade ainda é a líder brasileira na quantidade de patentes<br />

registradas no exterior. Por esta razão, além da estrutura de<br />

atendimento, o HSL também levará o seu Instituto Sírio-Libanês<br />

de Ensino e Pesquisa para estabelecer parcerias nas áreas de<br />

pesquisa clínica e de ensino de saúde de alta qualidade.<br />

<br />

e a previsão é de que, já em 2014, o atendimento seja<br />

iniciado, com capacidade mensal de 750 pacientes, 17 mil<br />

exames de imagem e 80 mil exames laboratoriais, facilitando<br />

o acesso das pessoas que recorreriam à instituição viajando<br />

a São Paulo.<br />

Plano de expansão - O anúncio da nova unidade integra<br />

uma ampla estratégia de crescimento do Hospital Sírio-<br />

Libanês. Fazem parte desse plano os investimentos de R$<br />

600 milhões na ampliação das instalações da Bela Vista, que<br />

praticamente duplicará a capacidade de atendimento, além<br />

de dotar o local de novos serviços.<br />

O HSL também está aplicando outros R$ 35 milhões em<br />

outra unidade na capital paulista, localizada na Rua Joaquim<br />

Floriano, no bairro do Itaim. Serão 4,3 mil metros quadrados<br />

que ocuparão oito andares de um prédio totalmente dedicado<br />

à saúde. A Unidade Itaim contará com o Centro de Oncologia,<br />

reconhecido mundialmente pela sua qualidade e, também,<br />

com Centro de Diagnósticos por Imagem (CDI) para oferecer<br />

segurança, rapidez e conforto para pacientes e médicos, que<br />

ocuparão os outros seis andares do edifício.<br />

DOENÇAS GENÉTICAS: POLÍTICAS PÚBLICAS, PREVENÇÃO E TRATAMENTO<br />

Levantamento da OMS mostra que pelo menos 8% da população tem algum tipo de doença genética<br />

De que forma o poder público, pro-<br />

<br />

de opinião e familiares podem se reunir<br />

em prol das doenças genéticas O que<br />

falta hoje, no Brasil, para tratar adequadamente<br />

os pacientes e atender a seus<br />

familiares Foi com o intuito de ampliar<br />

o debate sobre o tema e mostrar as<br />

<br />

com doenças genéticas que a Aliança<br />

Brasileira de Genética (ABG) promoveu<br />

o encontro “Doenças Genéticas: políticas<br />

públicas, tratamento e prevenção”.<br />

A abertura contou com a participação<br />

de autoridades e instituições<br />

ligadas ao tema. Uma das palestras<br />

realizadas foi com Maria Helena Paes<br />

de Carvalho, Diretora Técnica do Serviço<br />

de Enfermagem Especializada do<br />

Hospital Leonor Mendes de Barros,<br />

sobre o Programa Nacional de Triagem<br />

Neonatal. Ela contou a experiência de<br />

um hospital referência no tratamento<br />

de bebês de alto risco.<br />

A Dra Chong Kim, médica chefe<br />

da Unidade de Genética do Instituto<br />

da Criança do Hospital das Clínicas,<br />

também falou, sobre o atendimento às<br />

crianças com doenças genéticas.<br />

O médico Pablo Nicola, da Sociedade<br />

Brasileira de Genética Médica, fez uma<br />

explanação sobre Genética no Sistema<br />

Único de Saúde. Um levantamento da<br />

Organização Mundial da Saúde mostra<br />

que pelo menos 8% da população em<br />

todo o mundo tem algum tipo de doença<br />

genética. Aqui no Brasil, 600 mil<br />

pessoas com doença genética já estão<br />

organizadas e representadas pela ABG.<br />

Atualmente, está pronta uma política<br />

pública de implantação de genética<br />

no SUS, mas que ainda hoje não foi<br />

implementada e continua à espera da<br />

aprovação da Secretaria de Atenção à<br />

Saúde do Ministério da Saúde.<br />

Martha Carvalho, presidente da Associação<br />

Brasileira de Genética (ABG) e<br />

vice-presidente da International Genetic<br />

Alliance (IGA), ressalta a importância<br />

desta implantação.“A falta de aplicação<br />

destas políticas públicas está sendo<br />

crucial. Temos que discutir com toda<br />

a sociedade civil e com os políticos a<br />

questão das doenças genéticas”.<br />

Para saber mais:<br />

www.abg.org.br<br />

22<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


LAS ELEGE NOVA DIRETORIA<br />

A LAS (Laboratórios Associados) escolheu sua nova<br />

<br />

Geral Ordinária da entidade, realizada na cidade de Porto<br />

<br />

<br />

Conselho Administrativo<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Paim Lucc<br />

Conselho Fiscal<br />

<br />

Mônica Marchiori Chizzoni. <br />

<br />

Conselho de Ética<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

laboratórios de análises clínicas, proporcionando o desenvolvimento<br />

dos associados para o aumento de sua<br />

competitividade”.<br />

IDENTIFICADOS NOVOS GENES DO CÂNCER DE MAMA<br />

Descoberta aponta agora 18 variações genéticas<br />

associadas com maior risco de desenvolver a doença<br />

<br />

que aumentam em até 16% as chances de uma mulher sofrer<br />

<br />

que existem 18 variações genéticas associadas com aumento<br />

no risco de desenvolver a doença.<br />

<br />

a entender como o tumor se forma e abre caminho para novos<br />

tratamentos. A pesquisa, coordenada por Douglas Easton, da<br />

Universidade de Cambridge é a maior análise de genomas<br />

<br />

<br />

<br />

com e sem a doença.<br />

<br />

mulheres e estima-se que um em cada 20 sejam causados<br />

<br />

não nos dá um panorama completo, mas contribuirá para a<br />

<br />

Para saber mais:<br />

www.inca.gov.br<br />

ROCHE ADQUIRE A MEDINGO E AMPLIA POSIÇÃO NO<br />

MERCADO DE SISTEMAS DE INFUSÃO DE INSULINA<br />

A Roche e a Elron Electronics Ltd. anunciaram a assinatura<br />

de um contrato por meio do qual a Roche irá adquirir<br />

<strong>100</strong>% da Medingo Ltd., subsidiária em que o grupo Elron<br />

detém participação majoritária. A Medingo Ltd. dedica-se ao<br />

desenvolvimento de sistema de infusão contínua de insulina<br />

semidescartável.<br />

<br />

diabetes tornou-se uma epidemia real que afeta mais de 285<br />

milhões de pessoas em todo o mundo. A Roche Diabetes Care,<br />

líder global em monitoramento da taxa de glicose no sangue<br />

e sistemas de infusão de insulina, assume o compromisso de<br />

melhorar a qualidade de vida das pessoas com diabetes. Com<br />

essa aquisição, ampliaremos nosso portfólio de tecnologias<br />

inovadoras de sistema de infusão contínua de insulina e<br />

fortaleceremos nosso posicionamento como uma empresa<br />

líder no negócio de cuidados com o diabetes”.<br />

O novo sistema de infusão contínua de insulina da Me-<br />

<br />

um cartucho de infusão contínua de insulina semidescartável<br />

e um controle remoto, o que permite a infusão discreta e<br />

personalizada da insulina. Oferece as funções convencionais<br />

de um sistema de infusão contínua de insulina aliadas às<br />

vantagens da inovadora tecnologia que não utiliza cateter.<br />

Alguns recursos trazem muito mais comodidade aos pacientes,<br />

como a capacidade de administrar uma dose em bolus de<br />

insulina diretamente a partir do sistema de infusão sem um<br />

controle remoto. Além disso, existe a opção de desconectar<br />

o aparelho temporariamente - e conectá-lo mais tarde - do<br />

adesivo que o mantém preso à pele.<br />

O sistema de infusão da Medingo Ltd. ainda não está sendo<br />

comercializado. Em uma próxima etapa, haverá uma expansão<br />

das capacidades de produção para que a empresa se prepare<br />

para o lançamento global do produto, previsto para 2012.<br />

A Roche Diabetes Care desenvolve e comercializa soluções<br />

inovadoras no campo de sistemas de infusão que combinam<br />

monitoramento da glicemia, gerenciamento de informações<br />

e infusão personalizada de insulina. Um exemplo dessa nova<br />

classe de soluções integradas de produtos é o recém-lançado<br />

sistema Accu-Chek Combo na Europa, grande sucesso de<br />

<br />

gerenciamento de tratamentos que utilizam sistemas de<br />

infusão contínua de insulina.<br />

26<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


PESQUISA AVALIA PRESENÇA DE ROTAVÍRUS A COMO<br />

MARCADOR BIOLÓGICO DE CONTAMINAÇÃO HOSPITALAR<br />

Foram coletadas amostras mensais de 12 superfícies e objetos em sete leitos da UTI<br />

Um estudo realizado no Instituto<br />

Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) analisou<br />

a presença de rotavírus A em superfícies<br />

hospitalares, para estabelecer<br />

um protocolo de detecção da contaminação<br />

de superfícies e objetos em<br />

hospitais. A pesquisa foi apresentada<br />

durante o 1º Simpósio Latino-Americano<br />

de Virologia Ambiental, realizado<br />

pelo IOC em maio. O resultado<br />

pode contribuir no combate à infecção<br />

hospitalar, especialmente com relação<br />

a pacientes com baixa imunidade. O<br />

estudo-piloto, que também apresenta<br />

informações sobre a persistência do<br />

vírus no ambiente, foi realizado numa<br />

unidade de terapia intensiva (UTI) de<br />

um hospital no Rio de Janeiro.<br />

De janeiro a junho de 2009, foram<br />

coletadas amostras mensais de 12<br />

superfícies e objetos em sete leitos<br />

da UTI. Um total de 504 amostras<br />

foram coletadas dos seguintes locais:<br />

dispensadores de álcool gel e<br />

de clorexidina, botão de descarga<br />

do toalete, cadeira do acompanhante,<br />

tampa de recipiente de resíduos<br />

comuns, maçaneta da porta de fora<br />

do banheiro e do quarto do paciente,<br />

controle da cama, teclado da bomba<br />

de infusão, controle remoto da TV,<br />

mesa e telefone.<br />

“As amostras foram obtidas por<br />

swab e colocadas em meio de cultura.<br />

Segundo a metodologia de RT-PCR,<br />

detectou-se que 5% (25/504) das<br />

amostras estavam contaminadas com<br />

rotavírus A. Utilizando-se a metodologia<br />

Nested RT-PCR (metodologia<br />

qualitativa), 14,5% (73/504) das<br />

amostras deram positivas, sendo que<br />

45 destas apresentaram carga viral<br />

entre 3.4 x 10ºcg/mL e 2.9 x 10³cg/<br />

mL”, explicou a pesquisadora Ana<br />

Carolina Teixeira, do Laboratório de<br />

Virologia Comparada e Ambiental do<br />

IOC, responsável pelo estudo.<br />

Como conclusão, o estudo sugere<br />

o uso do rotavírus A como um possível<br />

biomarcador de contaminação<br />

de superfícies em ambientes hospitares.<br />

“Os vírus são responsáveis<br />

por cerca de 30% das infecções<br />

<br />

de contaminação é muito importante<br />

para diminuir os riscos de pacientes<br />

serem infectados, especialmente<br />

aqueles que apresentem quadros<br />

de baixa imunidade, como recémtransplantados<br />

e pessoas que vivem<br />

com HIV”, explicou a pesquisadora.<br />

“Os rotavírus A podem ser bons indicadores<br />

de contaminação, pela boa<br />

estabilidade apresentada pelos vírus<br />

gastroentéricos no ambiente”.<br />

Os aplicadores de álcool gel e o<br />

botão de descarga dos vasos sanitários<br />

foram as principais superfícies<br />

contaminadas apontadas pelo<br />

estudo. “Isso revela a falta de uma<br />

cultura de lavar corretamente as<br />

mãos, que muitos acompanhantes<br />

e até mesmo o pessoal da equipe<br />

médica substitui pela aplicação de<br />

álcool gel”, explicou. “Um treinamento<br />

básico de como proceder<br />

corretamente essa higienização e a<br />

conscientização de médicos, enfermeiros<br />

e visitantes da importância<br />

desse procedimento poderia, por<br />

isso, diminuir o grau de contaminação<br />

dessas superfícies”. A detecção<br />

da presença de rotavírus A em<br />

amostras coletadas durante o estudo<br />

indica a necessidade de serem definidos<br />

critérios que levem em consideração<br />

os recentes conhecimentos<br />

científicos no campo da virologia<br />

ambiental, aprimorando a vigilância<br />

sobre os espaços hospitalares.<br />

Após dois meses de estudo, foi<br />

realizada uma reunião com os pro-<br />

<br />

orientação no sentido de aplicar critérios<br />

de higienização mais rígidos.<br />

Como resultado, foi registrada uma<br />

ciais<br />

de contaminação das superfícies<br />

nos anos posteriores. “Essa diminuição<br />

indicou que a aplicação de maior<br />

rigor nas normas de higienização<br />

dos espaços hospitalares pode ter<br />

impacto decisivo na contaminação<br />

das superfícies”, avaliou. “A grande<br />

redução do percentual da contaminação<br />

foi associada diretamente à<br />

mudança da equipe de limpeza e a<br />

uma maior atenção às normas de<br />

<br />

O estudo também apontou que<br />

23% das amostras positivas para<br />

rotavírus A foram coletadas em leitos<br />

vazios. “O resultado mostra que a limpeza<br />

não era feita de forma rigorosa<br />

na saída dos pacientes ou durante o<br />

período em que o leito permanecia<br />

desocupado. Além disso, obtivemos<br />

a indicação de que o rotavírus conseguiu<br />

resistir nessas superfícies<br />

por períodos superiores a 60 dias”,<br />

apresentou Ana Carolina.<br />

O rotavírus A é a principal causa de<br />

gastroenterite aguda viral em crianças<br />

menores de 5 anos de idade. Está<br />

diretamente associado a quadros de<br />

diarreia e vômito e é transmitido por<br />

diferentes vias, incluindo a transmissão<br />

oral-fecal e a transmissão por meio de<br />

objetos e superfícies contaminados.<br />

Para saber mais:<br />

<br />

28<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


PROJETO PRETENDE REDUZIR EM 50% OS CASOS<br />

DE MALÁRIA EM 47 MUNICÍPIOS DA REGIÃO AMAZÔNICA<br />

Os municípios selecionados representam 70% dos casos de malária no Brasil<br />

Um megaprojeto com a participação<br />

da Faculdade de Medicina da USP<br />

pretende reduzir em 50% o número<br />

de casos de malária, nos próximos<br />

cinco anos, em 47 municípios da<br />

região amazônica situados em seis<br />

estados brasileiros. Financiado pelo<br />

Fundo Global de Luta contra a Aids,<br />

Tuberculose e Malária do G-8 (grupo<br />

que reúne os 7 países mais industrializados<br />

e a Rússia), o projeto custará<br />

R$ <strong>100</strong> milhões e começa a funcionar<br />

em junho. Somados, os 47 municípios<br />

selecionados representam 70%<br />

dos casos de malária no Brasil. Já<br />

a região Amazônica concentra 99%<br />

dos casos.<br />

O Projeto para Prevenção e Controle<br />

da Malária na Amazônia Brasileira<br />

foi a única proposta apresentada<br />

pelo Brasil, aprovada pelo Fundo<br />

Global, durante a 8ª Ronda de Propostas<br />

de Financiamento, em 2008.<br />

Elaborado pelo Ministério da Saúde<br />

e pela OPAS, o projeto é coordenado<br />

pela Fundação Faculdade de Medicina<br />

(FFM), responsável pela implantação<br />

do sistema de gestão, tendo como<br />

parceira regional a Fundação de<br />

Medicina Tropical do Amazonas. Os<br />

Estados que participam são o Acre,<br />

Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia<br />

e Roraima.<br />

Segundo o coordenador do Projeto,<br />

Prof. Carlos Corbett, do Departamento<br />

de Patologia da FMUSP<br />

e responsável pelo Laboratório de<br />

Patologia de Moléstias Infecciosas,<br />

será implantado, a cada grupo de dois<br />

municípios, um núcleo de gerenciamento<br />

de saúde com o objetivo de<br />

coordenar o trabalho de prevenção<br />

e combate à malária, incluindo o<br />

diagnóstico precoce e a distribuição<br />

de medicamentos. Alguns municípios<br />

são habitados predominantemente<br />

por indígenas. Neles, está prevista a<br />

realização de estudos antropológicos<br />

<br />

abordagem dessas populações.<br />

veis<br />

pela gestão dos núcleos já foram<br />

selecionadas. Ao todo, serão contratadas<br />

250 pessoas, entre técnicos<br />

e microscopistas. O microscópio é a<br />

principal ferramenta para o diagnóstico<br />

da malária. Através dele, é detectado<br />

o parasita que causa a doença. Serão<br />

adquiridos 200 equipamentos desse<br />

<br />

e o tratamento rápido, você diminui<br />

muito a transmissão da malária e reduz<br />

a mortalidade”, ressalta o Prof. Carlos<br />

Corbett.<br />

Os medicamentos serão fornecidos<br />

pelo Ministério da Saúde. A função do<br />

medicamento é reduzir a quantidade<br />

do parasita no sangue, já que ainda<br />

<br />

contra a doença. Quando o indivíduo<br />

apresenta baixa parasitemia (presença<br />

do parasita vivo no sangue), se reduz a<br />

possibilidade de transmissão. Também<br />

serão adquiridos e instalados 1 milhão<br />

e <strong>100</strong> mil mosquiteiros impregnados<br />

com inseticida de longa duração. Outra<br />

ação é estabelecer parcerias internacionais<br />

para melhorar a situação de<br />

controle da malária nos municípios de<br />

fronteira. Dos 47 municípios abrangidos<br />

pelo Projeto, 18 são fronteiriços.<br />

DIAGNÓSTICO IN VITRO: SETOR TEM NOVO SITE<br />

A Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL),<br />

entidade que reúne mais de 40 empresas do setor de<br />

diagnóstico in vitro, está de site novo (www.cbdl.org.<br />

br). Com um layout muito mais clean e dinâmico, o site<br />

é atualizado semanalmente com áreas abertas e outras<br />

restritas apenas aos associados. Entre as informações<br />

disponíveis estão as legislações pertinentes ao segmento.<br />

A grande novidade é o Cadastro de Talentos, link disponível<br />

para abrigar currículo de profissionais da área, cujo<br />

acesso será fechado aos associados.<br />

Ainda como parte do projeto de comunicação integrada<br />

da CBDL, dois novos produtos foram desenvolvidos.<br />

O informativo De Olho na<br />

Saúde, cujo conteúdo é<br />

um resumo semanal das<br />

novas notícias colocadas<br />

no ar, que os associados<br />

recebem por e-mail todas<br />

as segundas feiras e o<br />

CBDL News, informativo<br />

mensal com notícias internas e acesso restrito.<br />

Os associados também poderão encaminhar, para<br />

inclusão no site, notícias relativas a novas contratações<br />

ou lançamento de produtos, entre outras.<br />

30<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


ESTUDO APRESENTA TÉCNICAS DE TIPAGEM EM CEPAS DE M. TUBERCULOSIS<br />

<br />

Estudo realizado no Centro de Referência Prof. Hélio Fraga<br />

da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), em<br />

parceria com o Laboratório de Biologia Molecular Aplicada a<br />

Micobactérias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), mostra<br />

Mycobacterium<br />

tuberculosis, circulantes no Rio de Janeiro, que<br />

<br />

proporcionaram o entendimento dos casos de transmissão da<br />

tuberculose em um grupo de pacientes do município. O estudo<br />

<br />

<br />

, no auditório do Centro Hélio Fraga, pela<br />

pesquisadora Fatima Cristina Onofre Fandinho Montes.<br />

Inicialmente, a bióloga apresentou a história e o período<br />

<br />

<br />

comentou Fatima Fandinho. Segundo ela, acreditava-se que a<br />

doença seria erradicada rapidamente. Entretanto, destacou,<br />

recentemente a doença ressurgiu associada às cepas com<br />

resistência múltipla a drogas e à Aids.<br />

Segundo Fatima, o objetivo da pesquisa foi caracterizar,<br />

no nível molecular, cepas de Mycobacterium tuberculosis<br />

circulantes no Rio de Janeiro, com resistência múltipla aos<br />

gem<br />

ou tipagem molecular de cepas de M. tuberculosis por<br />

técnicas padronizadas: o RFLP (Restriction Fragment Lenght<br />

Polymorphism baseado na sequência IS, RFLP - 6110) e o<br />

Spoligotyping.<br />

<br />

De acordo com a pesquisadora, as técnicas<br />

utilizadas foram capazes de detectar semelhanças e diferenças<br />

tes<br />

da mesma fonte de infecção, assim como a distribuição<br />

<br />

e durante um determinado período. A detecção de resistência<br />

à Rifampicina também foi efetuada por técnica de biologia<br />

molecular, baseada em uma metodologia de hidridização<br />

reserva (Rifoligotyping) para detectar mudanças pontuais no<br />

<br />

resistência à Rifampicina.<br />

ríodo<br />

de 1996 a 2000, armazenadas no Centro Hélio Fraga.<br />

Após submetê-las às técnicas de genotipagem citadas, foi<br />

possível observar, segundo a pesquisadora, que, através do<br />

<br />

sugerindo que os pacientes que albergavam essas cepas foram<br />

infectados em períodos distintos ao longo da vida. Entretanto,<br />

algumas cepas foram separadas<br />

em grupos ou clusters, sugerindo<br />

a transmissão recente dessas<br />

cepas agrupadas e que alguma<br />

relação epidemiológica entre esses<br />

pacientes possa ter ocorrido.<br />

<br />

por meio da genotipagem por<br />

Spoligotyping do total de cepas,<br />

cativo<br />

dos casos de tuberculose Colônias de M. tuberculosis<br />

nesse estudo causado por cepas da denominada Família LAM,<br />

característica encontrada frequentemente em estudos com<br />

cepas de pacientes da América Latina.<br />

Em relação à detecção de mutação no gen rpoB através do<br />

<br />

<br />

publicados, utilizando cepas de diferentes países. Analisando<br />

dados epidemiológicos de pacientes cujas cepas foram estudadas<br />

e os dados obtidos por meio da genotipagem dessas cepas<br />

foi possível detectar a transmissão de M. tuberculosis com<br />

resistências múltiplas a drogas entre contatos intradomiciliares.<br />

<br />

<br />

realizados na população do Rio de Janeiro, podemos sugerir<br />

que o abandono é a principal causa da falha no tratamento da<br />

tuberculose, tendo como consequência o estabelecimento de<br />

<br />

tratamento de certos casos com TB-MDR e a permanência da<br />

mesma cepa ao longo dos anos. Fato que reforça a necessidade<br />

<br />

<br />

<br />

a frequência das mutações em pacientes MDR e/ou crônicas;<br />

essa frequência não parece ser muito diferente de pacientes<br />

com resistência mais simples, embora ainda precise de uma<br />

<br />

gravidade da situação de cepas resistentes a múltiplas drogas<br />

<br />

reunir esforços e conhecimentos dos mecanismos de resistência<br />

para combater a tuberculose multirresistente. A busca de<br />

novos métodos tem sido um dos alvos principais de pesquisas<br />

<br />

dos mecanismos de resistência e da transmissão dessas cepas<br />

<br />

<br />

<br />

DIVULGAÇÃO<br />

36<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


BRASÍLIA GANHA BANCO PÚBLICO DE SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL<br />

Investimento na expansão da Rede BrasilCord é de R$ 31,5 milhões.<br />

O objetivo é chegar a 65 mil unidades de cordão armazenadas<br />

A sétima das 13 unidades previstas<br />

da Rede de Bancos Públicos de Sangue<br />

de Cordão Umbilical (Rede BrasilCord) foi<br />

inaugurada no começo de junho na Fundação<br />

Hemocentro, em Brasília, com a presença<br />

do ministro da Saúde, José Gomes<br />

Temporão. Ao todo, R$ 31,5 milhões estão<br />

sendo investidos nesta fase de expansão<br />

<br />

do Banco Nacional de Desenvolvimento<br />

Econômico e Social (BNDES).<br />

“Quero chamar a atenção que a rede<br />

de bancos de sangue de cordão umbilical<br />

e placentário é fundamental para quem<br />

precisa de um transplante de medula<br />

óssea. Paralelamente, o Brasil hoje já<br />

é o terceiro maior banco de doadores<br />

voluntários do mundo, de pessoas vivas,<br />

com 1,6 milhão de doadores (no Registro<br />

Nacional de Doadores Voluntários de<br />

Medula Óssea, o Redome)”, ressaltou o<br />

ministro, reforçando a importância em<br />

se reduzir cada vez mais a dependência<br />

de doadores do exterior.<br />

<br />

da Rede Brasil Cord, que deve ocorrer<br />

até 2011, é que haja 65 mil unidades<br />

armazenadas de cordão umbilical – nú-<br />

<br />

a demanda nacional de transplantes de<br />

medula óssea, juntamente com o Redo-<br />

<br />

terá uma das maiores redes públicas de<br />

cordão umbilical do mundo.<br />

A Rede BrasilCord foi criada pelo Ministério<br />

da Saúde em 2005, é gerenciada<br />

pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA)<br />

e tem os recursos administrados pela<br />

Fundação do Câncer. Já dispõe de bancos<br />

públicos também em funcionamento no<br />

INCA (RJ); no Hospital Albert Einstein, no<br />

Hemocentro da Universidade de Campinas/Unicamp,<br />

no Hemocentro de Ribeirão<br />

Preto e no Hospital Sírio Libanês (SP);<br />

e no Hemocentro de Florianópolis (SC).<br />

A ampliação da Rede BrasilCord<br />

<br />

ano de unidades no Hospital de Clínicas<br />

de Porto Alegre (RS); no Hospital de<br />

Clínicas de Curitiba (PR); no Hemocentro<br />

de Pernambuco; no Hemocentro do<br />

Ceará; e no Hemocentro do Pará. Já em<br />

2011, deverá ser inaugurada a unidade<br />

no Hemominas, em Belo Horizonte, um<br />

projeto que contempla também a doação<br />

de tecidos.<br />

Com o aumento do número de bolsas<br />

de sangue de cordão umbilical armazenadas<br />

de pessoas de todas as regiões do<br />

país, será possível assegurar que a diversidade<br />

da população brasileira – com<br />

características de miscigenação regionais<br />

distintas – estará contemplada nos bancos<br />

públicos. Essa medida aumenta as<br />

chances de pessoas de diversos grupos<br />

étnicos, como os indígenas, por exemplo,<br />

encontrarem doadores, caso precisem.<br />

Cresce o número de doadores – O<br />

Brasil hoje dispõe do terceiro maior banco<br />

de dados de doadores voluntários de<br />

<br />

dos registros dos Estados Unidos (com<br />

5 milhões de doadores) e da Alemanha<br />

(com 3 milhões de doadores).<br />

A evolução desse número de doadores<br />

voluntários tem sido crescente nos<br />

últimos anos. Em 2000, eram 12 mil os<br />

inscritos. Naquele ano, dos transplantes<br />

de medula realizados, apenas 10% dos<br />

doadores haviam sido brasileiros localizados<br />

no Redome. Agora há 1,6 milhão<br />

inscritos no Redome e o percentual passou<br />

para 70%.<br />

Os investimentos do Ministério da<br />

Saúde em transplantes em geral aumentaram<br />

343% entre 2002 e 2009.<br />

Em 2002, haviam sido investidos R$<br />

285,94 milhões. Já em 2009, foram R$<br />

990,51 milhões. O número de transplantes<br />

realizados no país, incluindo os<br />

de córneas e medula, teve crescimento<br />

de 5% nos dois últimos anos – 20.253<br />

foi a quantidade de transplantados em<br />

2009, enquanto em 2008 havia sido<br />

de 19.307.<br />

Em 2009, ainda houve um recorde<br />

no número de doações. Foram 1.658 as<br />

doações de órgãos (em números absolutos)<br />

no ano passado – ou seja, se alcançou<br />

o índice de 8,7 doadores por milhão<br />

da população (ppm). Isso representa um<br />

crescimento de 26% em relação ao ano<br />

anterior. Em 2008, haviam sido 1.317<br />

doadores, com índice de 7,2 ppm.<br />

PROVA PARA TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PATOLOGIA CLÍNICA SERÁ EM SETEMBRO<br />

Os médicos interessados em fazer a prova para Título de<br />

Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (TEPAC)<br />

2010 já podem consultar o edital no site da Sociedade Brasileira<br />

de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial - SBPC/ML (www.<br />

sbpc.org.br).<br />

As inscrições serão de 1 a 31 de agosto e a prova está marcada<br />

para o dia 13 de setembro, na sede da SBPC/ML, no Rio<br />

de Janeiro (R. Dois de Dezembro, 78, sala 909, bairro Catete).<br />

Podem se candidatar ao TEPAC 2010 os médicos que preencherem<br />

pelo menos um dos seguintes requisitos:<br />

Médico que terminou os três anos do Programa de Residência<br />

Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, credenciado<br />

pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM)<br />

<br />

na especialidade, com duração semelhante à do Programa<br />

de Residência Médica do MEC, reconhecido pela SBPC/ML<br />

Médico com treinamento na especialidade por um período de<br />

tempo equivalente a duas vezes o recomendado pela CNRM<br />

do MEC, comprovado por meio de atuação em atividades pro-<br />

<br />

no mínimo, <strong>100</strong> pontos, conforme tabela utilizada pela AMB<br />

Médico graduado com, no mínimo, cinco anos de formado,<br />

completos até a data da prova e que tenha atuado, efetivamente,<br />

na especialidade e que comprove essa atividade<br />

Haverá prova escrita, oral e análise do currículo do candidato.<br />

38<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


MINISTÉRIO DA SAÚDE LANÇA TECNOLOGIA BRASILEIRA PARA DIAGNOSTICAR VÍRUS H1N1<br />

Teste nacional é mais avançado e 60% mais barato que o importado.<br />

Brasil se torna mais independente dos insumos estrangeiros<br />

O Ministério da Saúde lançou, em junho passado, o Kit<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

laboratórios para detectar a doença e se tornar mais independente<br />

do mercado internacional. O kit será fabricado<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

foi de R$ 3,36 milhões.<br />

<br />

e vai nos permitir trabalhar no diagnóstico de outras<br />

doenças. Estamos apresentando não só um exame, mas<br />

uma nova plataforma tecnológica”, ressalta o ministro<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

à demanda nacional.<br />

Durante a primeira onda da pandemia, entre abril<br />

<br />

<br />

<br />

casos graves e mortes suspeitas pela doença. O exame é<br />

indicado para pacientes internados com suspeita de gripe<br />

pandêmica, em casos de surtos em comunidade fechadas<br />

e para investigar óbito.<br />

O primeiro lote fabricado pelos laboratórios do consór-<br />

<br />

pacientes internados com suspeita de gripe pandêmica.<br />

Os reagentes biomoleculares servem para multiplicar o<br />

<br />

<br />

Inovação<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

de<br />

e um avanço em relação ao diagnóstico fabricado no<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

França e Alemanha – principais fornecedores mundiais de<br />

<br />

<br />

do laboratório. Agora, sem necessidade desse procedi-<br />

<br />

na manipulação dos insumos.<br />

Plataforma tecnológica<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

Esses seis laboratórios contam com novas plataformas<br />

tecnológicas para o diagnóstico da gripe pandêmica. Elas<br />

<br />

<br />

para diagnosticar outras doenças, como aids, dengue,<br />

hepatite, meningites e outros problemas respiratórios. A<br />

proposta do governo federal é expandir as plataformas a<br />

<br />

montando uma rede nacional de diagnóstico.<br />

<br />

<br />

<br />

sem interferência humana. Atualmente, a tecnologia uti-<br />

<br />

<br />

40<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Sysmex comemora 10 anos<br />

de atividades no Brasil<br />

Há exatamente uma década, a Sysmex mostrou acreditar no mercado brasileiro<br />

quando se instalou no Paraná. A princípio ocupou uma área de 250 metros<br />

quadrados no Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar). Mas com o crescimento<br />

da produção e com a expansão do mercado, inclusive para outros países, em 2005<br />

a empresa mudou para uma sede própria em São José dos Pinhais,<br />

região metropolitana de Curitiba.<br />

42<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


A fábrica de<br />

reagentes,<br />

no Paraná,<br />

ocupa 1.700 m 2<br />

Naquele ano, com um investimento<br />

de R$ 3,2 milhões, foi<br />

construída uma área fabril de<br />

1.700 metros quadrados, voltada<br />

para a produção de reagentes para<br />

hematologia e uroanálise. O projeto<br />

da fábrica foi concebido para<br />

atender os mais rigorosos padrões<br />

de controle de qualidade. Esta fá-<br />

<br />

o que permite que seus reagentes<br />

sejam prontamente exportados<br />

para os Estados Unidos em uma<br />

contingência. Entre outras certi-<br />

<br />

<br />

ISO 9001, ISO 14001, ISO 13485,<br />

<br />

te<br />

com as outras unidades fabris<br />

instaladas em outros países, faz<br />

parte do plano estratégico de produção<br />

e fornecimento de reagentes<br />

de hematologia e uroanálise<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

de produção segue as diretrizes<br />

da matriz no Japão, que investe<br />

10% de seu faturamento global<br />

em pesquisa e desenvolvimento de<br />

tecnologia para os setores médicos<br />

e laboratoriais. “Quando é lançado<br />

um novo analisador para hematologia<br />

ou uroanálise, por exemplo,<br />

recebemos as informações sobre<br />

os reagentes que serão necessários<br />

e iniciamos o processo de<br />

<br />

<br />

fábrica em São José dos Pinhais,<br />

<br />

<br />

na produção desses reagentes. Em<br />

2000 eram fabricados dois tipos de<br />

reagentes com um acumulado de<br />

6.550 unidades comercializadas<br />

naquele ano. Hoje, a empresa<br />

chegou à marca de 152.000 unidades,<br />

com 10 tipos diferentes de<br />

reagentes. Parte desta produção é<br />

<br />

escritório de São Paulo<br />

Escritório da sede da empresa<br />

<br />

Chile, Uruguai, Paraguai, Colômbia,<br />

Equador, Peru e Venezuela.<br />

Sysmex América Latina<br />

e Caribe<br />

<br />

<br />

<br />

Paulo, que dá suporte para as atividades<br />

dos distribuidores em toda a<br />

<br />

Em Miami, nos Estados Unidos,<br />

<br />

onde são gerenciadas as ações<br />

das equipes de Suporte Técnico e<br />

<br />

<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010<br />

43


Equipe Sysmex<br />

Technopark<br />

ONDE INVESTIR EM PESQUISA E<br />

DESENVOLVIMENTO É ACREDITAR<br />

NAS POSSIBILIDADES<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

José Roberto Floresta, gerente geral<br />

da Sysmex América Latina e Caribe<br />

ser extremamente flexíveis e<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

Portfólio de<br />

alta tecnologia<br />

O Technopark, em Kobe (Japão), possui uma área de 72 mil metros quadrados<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

44<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


O HST-N tem como diferencial a capacidade de expansão e inclusão de novos equipamentos à linha<br />

no porte, a Sysmex oferece o analisador<br />

hematológico KX-21N com<br />

contagem diferencial de 3 partes<br />

que processa 60 hemogramas/<br />

hora e é reconhecido como o mais<br />

robusto do mercado.<br />

Com o compromisso de apresentar<br />

novas tecnologias em todos<br />

os segmentos de mercado, a<br />

Sysmex planeja para 2010 o lançamento<br />

do novo analisador hematológico<br />

com contagem diferencial<br />

de 3 partes pocH-<strong>100</strong>i, que agrega<br />

características inovadoras aliadas<br />

à consagrada robustez da marca.<br />

No segmento de hematologia<br />

veterinária, o pocH-<strong>100</strong>iVD é a<br />

solução para processamento de<br />

hemogramas de diferentes espécies<br />

animais.<br />

Na linha de uroanálise, o analisador<br />

UF-<strong>100</strong>0i utiliza a mesma<br />

tecnologia de Citometria de Fluxo<br />

Fluorescente dos analisadores hegada<br />

e por sua robustez.<br />

Na área de hematologia a<br />

Sysmex é a pioneira em oferecer<br />

aos laboratórios de grande<br />

porte uma linha de transporte de<br />

amostras hematológicas que integra<br />

até quatro equipamentos,<br />

unindo analisadores hematológicos<br />

da série XE com unidades<br />

preparadoras de lâminas SP-<br />

<strong>100</strong>0i, chegando a processar até<br />

600 hemogramas/hora.<br />

O HST-N pode ser oferecido<br />

com diferentes configurações,<br />

dependendo da necessidade e tamanho<br />

do laboratório, e tem como<br />

grande diferencial sua capacidade<br />

de expansão e inclusão de novos<br />

equipamentos à linha.<br />

O XE-Alpha-N é a solução adequada<br />

para laboratórios de médio<br />

porte. Com plataforma reduzida e<br />

capacidade de processamento de<br />

150 hemogramas/hora, integra<br />

um analisador hematológico da<br />

série XE a um SP-<strong>100</strong>0i.<br />

Os analisadores hematológicos<br />

Sysmex da série X realizam contagem<br />

diferencial de 5 partes utilizando<br />

a exclusiva tecnologia de<br />

Citometria de Fluxo Fluorescente<br />

que garante a maior precisão na<br />

contagem das células sanguíneas.<br />

Uma das novidades da Sysmex<br />

é o equipamento XT-4000i, cuja<br />

velocidade de processamento é<br />

de <strong>100</strong> amostras/hora, com contagem<br />

diferencial estendida de 6<br />

partes e módulo de análises de<br />

líquidos biológicos.<br />

Seguindo a política de lançamento<br />

de novos produtos, a<br />

empresa também apresentou<br />

ao mercado o XE-5000, com<br />

velocidade de processamento de<br />

150 amostras/hora, contagem<br />

diferencial estendida de 7 partes<br />

(5 diff + IG e NRBC) e módulo de<br />

análises de líquidos biológicos.<br />

Para os laboratórios de peque-<br />

O XE-5000 (esquerda)<br />

tem contagem diferencial<br />

estendida de 7 partes e<br />

o XT-4000i (direita) processa<br />

até <strong>100</strong> amostras/hora<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010<br />

45


Maria Silvia Martinho: consultoria<br />

especializada<br />

<br />

contagem dos elementos presen-<br />

mente<br />

automatizada, permitindo<br />

que a rotina seja processada com<br />

velocidade de <strong>100</strong> amostras/hora<br />

com o mínimo de interferência<br />

do operador. O analisador conta<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Nos últimos tempos os laboratórios<br />

clínicos vêm enfrentando<br />

<br />

cenários internos e externos vêm<br />

ocorrendo rapidamente e cada vez<br />

mais existe a necessidade de se<br />

trabalhar com processos otimizados<br />

que unam qualidade a custos<br />

adequados.<br />

Ciente da alta complexidade<br />

da rotina dos laboratórios, a Sys-<br />

-<br />

<br />

<br />

da rotina de hematologia. É realizado<br />

um estudo personalizado<br />

<br />

<br />

<br />

de equipamentos e layout.<br />

Com vasta experiência no<br />

mercado de análises clínicas,<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

a Sysmex tem estabelecido com<br />

seus clientes ao longo dos anos”,<br />

<br />

“Sysmex Journal<br />

International”<br />

pa<br />

em proporcionar e estimular a<br />

<br />

<br />

<br />

Sysmex Journal International. O<br />

veículo traz grande quantidade<br />

<br />

por usuários e colaboradores com<br />

tecnologia, equipamentos e reagentes<br />

da companhia. Os artigos<br />

<br />

formato PDF, no site da Sysmex<br />

Corporation Japan: http://scien-<br />

<br />

<br />

Uma das conquistas mais recentes<br />

da Sysmex do Brasil foi a indi-<br />

<br />

norma internacional que estabelece<br />

requisitos para um sistema de ges-<br />

<br />

-<br />

<br />

de trabalho dentro da empresa e<br />

-<br />

<br />

em 1997 pela Social Accounta-<br />

<br />

<br />

<br />

com representantes de entidades<br />

de vários países, e já recebeu<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

Universal dos Direitos Humanos.<br />

A norma abrange nove temas:<br />

Trabalho Infantil, Trabalho<br />

<br />

<br />

<br />

nares,<br />

Horário de Trabalho, Re-<br />

<br />

<br />

que a empresa sempre demons-<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

responsável e apresentar excelen-<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

colaboradores mais satisfeitos e<br />

comprometidos”, explica.<br />

-<br />

<br />

Brasil esteja preparada para os<br />

próximos 10 anos, fornecendo<br />

<br />

tecnologia para o mercado de<br />

<br />

nas possibilidades”!<br />

46<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Citologia Convencional<br />

x<br />

Citologia em Meio Líquido<br />

T<br />

e ndência mundial, a citologia em meio líquido<br />

vem sendo cada vez mais introduzida na<br />

rotina dos laboratórios brasileiros, até mesmo<br />

<br />

escolha entre o método convencional e o em meio<br />

líquido são diversos, variando de custos à inclusão do<br />

procedimento nas listas dos compradores de serviços<br />

laboratoriais. Mas o que prevalece é a possibilidade<br />

de melhorar a sensibilidade na detecção de lesões<br />

precursoras de câncer.<br />

Para elucidar a aplicação desta nova metodologia na<br />

medicina laboratorial, a <strong>NewsLab</strong> entrevistou o Prof.<br />

Dr. Leonidas Braga Dias Junior, diretor e responsável<br />

técnico do Laboratório de Patologia Clínica Dr. Paulo C.<br />

Azevedo Ltda., de Belém (PA), que já migrou para a<br />

<br />

50<br />

<strong>NewsLab</strong> - - edição <strong>100</strong> 93 - 2009


<strong>NewsLab</strong> -<br />

-<br />

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Leonidas Braga Dias Junior <br />

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<strong>NewsLab</strong> - Quando e por que o la-<br />

<br />

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Leonidas Braga Dias Junior -<br />

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® <br />

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<strong>NewsLab</strong> -<br />

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Leonidas Braga Dias Junior - De<br />

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<br />

Digene ® <br />

<br />

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<br />

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<br />

<br />

cado<br />

local.<br />

<strong>NewsLab</strong> -<br />

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Leonidas Braga Dias Junior -<br />

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<strong>NewsLab</strong> <br />

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Leonidas Braga Dias Junior <br />

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® .<br />

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-<br />

<br />

<br />

<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição 93 <strong>100</strong> - - 2009<br />

51


extremidades destacáveis também<br />

nos parece ter trazido um<br />

aumento na capacidade diagnóstica<br />

pelo aumento da esfoliação<br />

celular e recuperação de maior<br />

número de células com a agitação<br />

dos recipientes de coleta. Após os<br />

procedimentos de validação do<br />

método, estamos reunindo dados<br />

para a comparação entre nossos<br />

resultados atuais e os anteriores<br />

em meio líquido.<br />

<strong>NewsLab</strong> - Qual a rotina atual do<br />

laboratório e qual a porcentagem<br />

convertida para meio líquido atualmente<br />

Há planos de expansão<br />

Leonidas Braga Dias Junior - Temos,<br />

hoje, um movimento em torno<br />

de 2.000 exames citopatológicos<br />

ginecológicos ao mês, o que representa<br />

a duplicação de nosso<br />

movimento desde o ano de 2005,<br />

quando começamos a utilizar a<br />

metodologia em meio líquido. Já<br />

atingimos 55% do movimento<br />

usando esta metodologia e estamos<br />

trabalhando intensamente<br />

para buscar a mudança total para<br />

este método dentro de um ano.<br />

Para isto, ainda é necessária a<br />

negociação com os muito raros<br />

compradores de serviços que<br />

ainda não introduziram o método<br />

em suas listas de procedimento.<br />

É preciso trabalhar na divulgação<br />

do método entre os especialistas<br />

médicos e também é necessária<br />

a disponibilização de kits de<br />

coleta padronizados a todos os<br />

ginecologistas e colposcopistas<br />

de Belém. É também nosso objetivo<br />

utilizar o equipamento BD<br />

SurePath para o processamento<br />

de outros líquidos biológicos<br />

processados no laboratório, como<br />

urinas, líquido ascítico, pleural,<br />

líquido cefalorraquidiano, dentre<br />

outros. A médio prazo, pretendemos<br />

complementar nosso equipamento<br />

com o BD FocalPoint<br />

GS Imaging System, permitindo<br />

então a automatização do rastreio<br />

e melhora ainda maior em nossa<br />

capacidade de diagnóstico.<br />

<strong>NewsLab</strong> - O senhor acredita que a<br />

citologia líquida é um diferencial do<br />

seu laboratório na região<br />

Leonidas Braga Dias Junior – Sim,<br />

acredito que a utilização desta<br />

metodologia faz o Laboratório<br />

Paulo Azevedo ser reconhecido<br />

como diferenciado em nossa região<br />

norte. Dentre as características<br />

que buscamos prioritariamente<br />

em nosso serviço, o pioneirismo e<br />

a tecnologia são as duas principais<br />

e o BD SurePath sem dúvida as<br />

preenche completamente. Se considerarmos<br />

que o Pará tem uma<br />

expectativa de novos casos de<br />

câncer do colo uterino maior que a<br />

média brasileira para o ano de 2010<br />

(20,82 contra 18/<strong>100</strong>.000 mulheres,<br />

segundo dados do INCA/MS),<br />

todo o empenho que possamos ter<br />

em melhorar a sensibilidade na detecção<br />

de lesões precursoras desta<br />

neoplasia, permitindo tratá-las e<br />

curá-las, poderá levar à diminuição<br />

da mortalidade por câncer do colo<br />

uterino em nossas mulheres.<br />

<strong>NewsLab</strong> – O senhor acha possível<br />

que a conversão dos testes convencionais<br />

para meio líquido vire<br />

uma tendência no Brasil, como já<br />

ocorreu nos EUA e tem ocorrido na<br />

Europa<br />

Leonidas Braga Dias Junior - Acredito<br />

que ainda haja um longo caminho<br />

a ser percorrido até que consigamos<br />

tornar esta metodologia<br />

acessível à população menos<br />

favorecida de nosso país. A diferença<br />

de custos entre o método<br />

convencional e a citologia em<br />

<br />

a aplicação em serviços públicos<br />

de saúde e o primeiro impacto<br />

é de que gastaríamos mais com<br />

a utilização desta metodologia.<br />

É preciso que consigamos convencer<br />

o poder público que um<br />

maior investimento na prevenção<br />

car<br />

uma redução nos gastos com<br />

tratamento que, em nossa região,<br />

com frequência acabam incluindo<br />

desde conizações, amputações de<br />

colo, até histerectomias radicais<br />

com linfadenectomias pélvicas,<br />

radioterapia e quimioterapia,<br />

a um custo muito maior e com<br />

menor chance de sobrevida para<br />

nossas mulheres.<br />

<strong>NewsLab</strong> - Que benefícios essa mudança<br />

traria para a saúde pública<br />

da mulher brasileira<br />

Leonidas Braga Dias Junior - É<br />

conhecido o impacto que a prevenção<br />

do câncer de colo uterino<br />

teve nos EUA e na Europa e o próprio<br />

INCA reconhece que é possível<br />

uma redução em até 80% da<br />

mortalidade por esta neoplasia<br />

com a utilização de exames preventivos<br />

em mulheres entre 25 e<br />

65 anos para a descoberta e tratamento<br />

das lesões precursoras.<br />

Resta a nós trabalhar para tornar<br />

isto possível e procuramos, em<br />

todas as oportunidades, mostrar<br />

nossos resultados positivos na<br />

tentativa de divulgar e popularizar<br />

a metodologia.<br />

52<br />

<strong>NewsLab</strong> - - edição <strong>100</strong> 93 - 2009


Congresso de Análises Clínicas consagra-se como<br />

o de maior representação na América Latina<br />

Nos cinco dias do Congresso foram contabilizadas 6.800 presenças<br />

A<br />

Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e a Sociedade<br />

Brasileira de Citologia Clínica (SBCC) anunciam que o 37º<br />

Congresso Brasileiro de Análises e 10º Congresso Brasileiro<br />

de Citologia Clínica contabilizaram 6.800 presenças durante<br />

os cinco dias de evento. O maior evento de Análises Clínicas da América<br />

Latina ocorreu juntamente com o 10º Congresso Brasileiro de Citologia<br />

Clínica (CBCC), entre os dias 16 e 20 de maio, no Centro de Convenções<br />

de Goiânia (GO).<br />

Foram apresentadas 123 ativida-<br />

<br />

áreas do mercado laboratorial e<br />

paralelamente aconteceu a exposição<br />

de mais de <strong>100</strong> empresas que<br />

apresentaram os seus mais recentes<br />

lançamentos em serviços e produtos.<br />

Segundo a presidente do 37º<br />

Congresso Brasileiro de Análises<br />

Clínicas, Dra. Maria Ordália Ferro<br />

Barbosa, “foi uma excepcional<br />

oportunidade para percebermos<br />

mais uma vez a necessidade imperativa<br />

de conhecermos e assimilarmos<br />

novas tecnologias, de entrarmos<br />

em sintonia com as mudanças<br />

para aplicarmos no cotidiano dos<br />

laboratórios. Em resumo, nosso<br />

evento despertou para o novo sem<br />

deixar de contribuir para sedimentar<br />

o que é básico e indispensável”.<br />

56<br />

<strong>NewsLab</strong> - - edição <strong>100</strong> 93 - 2009


“Tivemos 6.800 presenças,<br />

comercializamos todos os espaços<br />

para expositores de ponta, conseguimos<br />

estruturar uma programação<br />

social espetacular: festa Hot<br />

Monday, Terça Cultural e Jantar<br />

de Confraternização. Sem dúvida<br />

a 37ª edição do CBAC foi um<br />

<br />

Sociedade Brasileira de Análises<br />

Clínicas, Dr. Ulisses Tuma.<br />

Durante o evento, foram realizados<br />

sorteios de três automóveis<br />

zero Km para os participantes. As<br />

vencedoras foram: Mariani Oliveira<br />

do Prado, de Goiânia (GO); Luciana<br />

de Lourdes Veloso, de Jabotão<br />

dos Guararapes (PE) e Jaqueline<br />

Cruz de Vasconcelos, de Duque de<br />

Caxias (RJ).<br />

SETOR LABORATORIAL MANTÉM<br />

RITMO DE CRESCIMENTO<br />

Pesquisas recentes feitas pelo<br />

Ministério da Saúde mostram que<br />

o setor de saúde mobiliza R$ 70<br />

bilhões de reais por ano, representando<br />

6,5% do Produto Interno<br />

Bruto (PIB) e emprega direta e<br />

sionais.<br />

Já a área laboratorial, de<br />

acordo com a Agência Nacional de<br />

Vigilância Sanitária (Anvisa), são<br />

17 mil laboratórios no País, responsáveis<br />

por movimentar cerca de<br />

R$ 7 bilhões ao ano e criar 300 mil<br />

empregos diretos e indiretos, sendo<br />

<br />

com título de graduação.<br />

Segundo a Sociedade Brasileira<br />

de Análises Clínicas (SBAC),<br />

o setor laboratorial vai manter o<br />

crescimento dos anos anteriores,<br />

que é de 5% ao ano. Ou seja, entre<br />

os laboratórios de pequeno, médio<br />

e grande portes, a SBAC acredita<br />

que atualmente sejam realizados<br />

cerca de 11 milhões de exames<br />

mensalmente, sendo que 70% dos<br />

laboratórios concentram-se nas<br />

regiões sul e sudeste. Os exames<br />

mais realizados são: hemograma,<br />

dosagem de glicose, TSH Tireoide e<br />

exames parasitológicos nas regiões<br />

norte e nordeste.<br />

Somente em Goiânia (GO), a<br />

SBAC acredita que são realizados<br />

por volta de 2,5 milhões de exames<br />

por mês. Estima-se que existam<br />

cerca de 350 laboratórios no estado,<br />

sendo 200 na capital e 150<br />

no interior.<br />

“O crescimento no setor laboratorial<br />

comprova a eficiência<br />

dos profissionais e dos laboratórios<br />

e, acima de tudo, indica que<br />

os cidadãos brasileiros têm preocupação<br />

com a saúde e o bemestar.<br />

E o objetivo do Congresso<br />

é valorizar e capacitar os profissionais<br />

dessa área mostrando o<br />

quanto é importante a realização<br />

de exames e diagnósticos para<br />

que, uma vez identificada uma<br />

doença, o tratamento possa ser<br />

o feito o quanto antes possível”,<br />

afirma Ulisses Tuma.<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição 93 <strong>100</strong> - - 2009<br />

57


Feira Hospitalar gera R$ 5,3 bilhões<br />

em negócios para setor de saúde<br />

Foram quase 90.000 visitas profissionais<br />

e compradores de 54 países<br />

A<br />

Hospitalar, maior feira e<br />

fórum de saúde da América<br />

Latina, encerrou sua<br />

edição 2010 com R$ 5,3<br />

bilhões em negócios encaminhados<br />

para fornecer produtos, equipamentos<br />

e serviços a hospitais,<br />

clínicas e laboratórios de todo o<br />

Brasil e do exterior. Em quatro dias,<br />

a feira atraiu mais de 89.000 visitas<br />

<br />

Em sua 17ª edição, a feira<br />

Hospitalar lotou os cinco pavilhões<br />

do Expo Center Norte, na capital<br />

paulista, com 1.250 expositores,<br />

entre eles 505 empresas estrangeiras,<br />

de 36 países.<br />

A feira Hospitalar é considerada<br />

o grande termômetro do mercado<br />

de saúde do Brasil, cujo movimento<br />

total representa mais de 8%<br />

do PIB nacional. Expositores destacaram<br />

que o movimento “foi o<br />

<br />

dos visitantes foi “extremamente<br />

<br />

toda a cadeia da saúde”.<br />

Diagnóstica 2010<br />

Realizada simultaneamente<br />

e integrada à Hospitalar, a 12ª<br />

Feira Internacional de Produtos,<br />

Equipamentos e Serviços para<br />

Análises Clínicas e Patologia<br />

reuniu fornecedores de produtos,<br />

equipamentos, tecnologia e<br />

serviços para atendimento das<br />

áreas de análises clínicas, patologia<br />

e exames de diagnóstico em<br />

hospitais, clínicas especializadas<br />

e laboratórios.<br />

Os expositores da Diagnóstica<br />

criaram uma excelente oportunidade<br />

para que os profissionais do<br />

setor de diagnóstico conhecessem<br />

as propostas de um evento<br />

multissetorial, cobrindo todas as<br />

áreas de saúde.<br />

Congresso de Gestão em<br />

Laboratórios<br />

Paralelamente à Hospitalar,<br />

sileiro<br />

de Gestão em Laboratórios<br />

Clínicos.<br />

O evento é focado em gestão<br />

de laboratórios, tendências, metodologias<br />

e ferramentas disponíveis<br />

para o desenvolvimento de<br />

negócios, abrangendo as áreas<br />

de marketing, finanças, recursos<br />

humanos, qualidade, relacionamento<br />

com fornecedores e fontes<br />

pagadoras.<br />

Realizado de forma conjunta<br />

entre CNS, Fenaess, Sindhosp,<br />

Hospitalar e SBPC/ML, a programação<br />

deste ano contou com a<br />

participação dos mais renomados<br />

<br />

Carlos Ballarati (SBPC/ML), Irineu<br />

Keiserman Grinberg (SBAC), Wilson<br />

Shcolnik (Grupo Fleury), Marcos<br />

Bosi Ferraz (CPES/Unifesp), Carlos<br />

<strong>Ed</strong>uardo Porto da Costa (ANS),<br />

Alvaro Largura (Laboratório Alvaro),<br />

Nairo Massakazu Sumita (HC/<br />

FMUSP e Fleury), entre outros.<br />

A mesa-redonda “A Cadeia do<br />

Sistema de Saúde: do Prestador<br />

ao Pagador. Onde está o Problema”<br />

discutiu o aumento gradual<br />

dos custos na área laboratorial<br />

que nem sempre é compensado<br />

pela elevação dos honorários pelo<br />

serviço prestado. O debate visou<br />

identificar os pontos críticos e<br />

propôs soluções para encontrar o<br />

ponto de equilíbrio entre o custo<br />

envolvido na execução do exame<br />

laboratorial e o valor efetivamente<br />

recebido pelo laboratório.<br />

Outro debate foi sobre o tema<br />

“Comparação de Indicadores<br />

Formadores de Preço”. Na saúde<br />

suplementar sabe-se que no mercado<br />

de laboratórios o valor do CH<br />

varia de um estado para outro,<br />

entre cidades e, às vezes, até<br />

de bairro para bairro. Um estudo<br />

da SBPC/ML mostra, porém, que<br />

alguns laboratórios que recebem<br />

-<br />

<br />

e por que isso acontece Como<br />

e o que deve ser negociado com<br />

as operadoras para se alcançar<br />

resultados semelhantes, independentemente<br />

da região Estas<br />

foram as questões abordadas no<br />

painel exposto aos congressistas.<br />

58<br />

<strong>NewsLab</strong> - - edição <strong>100</strong> 93 - 2009


Qiagen promove evento sobre prevenção de câncer cervical e diagnóstico do HPV<br />

Referência em soluções para ciências da vida e diagnóstico<br />

laboratorial, a Qiagen promoveu evento sobre prevenção do<br />

câncer cervical e diagnóstico do HPV no Hospital de Brasília no<br />

<br />

os melhores métodos de diagnóstico disponíveis no mercado e<br />

<br />

<br />

Nicolau, Professor e Chefe da Disciplina de Ginecologia Oncológica<br />

do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de<br />

<br />

sobre o tema: “Qual o momento ideal de utilizar as atuais fer-<br />

<br />

<br />

boratórios<br />

Tecnogene e Biomol e o Hospital de Brasília, o evento<br />

<br />

<br />

Reconhecido como um dos causadores do câncer de colo de<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

captura híbrida é produzido pela Qiagen e proporciona acurácia<br />

<br />

: www.qiagen.com<br />

<br />

fológica<br />

e avaliação das alterações teciduais presentes nas<br />

amostras, em conjunto com as informações clínicas, é de fundamental<br />

importância na obtenção do diagnóstico diferencial<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Equipamentos automatizados, como processadores de<br />

tecido, coradores e montadores automáticos, já são utilizados<br />

em alguns laboratórios em substituição a técnicas<br />

manuais e permitem uma maior padronização do processo<br />

histológico, redução do tempo de processamento e uma<br />

pamentos<br />

de alto custo e não estão acessíveis a todos os<br />

<br />

“Dentro da realidade tecnológica da grande maioria<br />

dos laboratórios e de um mercado cada vez mais competitivo,<br />

os pequenos laboratórios devem repensar seus<br />

processos para atingir<br />

melhores resultados ope-<br />

mentar<br />

ações simples,<br />

que permitam a otimização<br />

com eliminação de<br />

desperdícios, o que vai<br />

resultar em redução de<br />

<br />

<br />

qualidade de seus resul-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

a gestão dos processos é uma opção interessante que tem<br />

como ponto positivo a participação dos colaboradores para<br />

avaliar e propor alternativas que levem a um resultado mais<br />

<br />

para os processos produtivos que devem ser trabalhados<br />

são: a qualidade (como melhorá-la), os custos (como reduzi-<br />

<br />

<br />

<br />

como a logística da coleta e envio da amostra, através<br />

<br />

<br />

é a revisão da etapa do processamento do material,<br />

<br />

uma vez ao dia para duas vezes ao dia, de acordo com o<br />

horário e número de amostras que chegam ao laboratório,<br />

<br />

disso, deve haver um rígido controle na manutenção dos<br />

equipamentos e na qualidade dos reagentes utilizados,<br />

<br />

Toda vez que se olhar os processos com outros olhos, podemos<br />

nos tornar mais competitivos e alcançar os resultados<br />

<br />

<br />

: (11) 3512-6910<br />

: formatoclinico@formatoclinico.com.br<br />

: www.formatoclinico.com.br<br />

60<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Horiba comemora resultados da 37ª edição do Congresso Brasileiro de Análises Clínicas<br />

A Horiba, multinacional japonesa líder brasileira no segmento<br />

de hematologia, participou da 37ª edição do Congresso<br />

Brasileiro de Análises Clínicas, que aconteceu entre os<br />

dias 16 e 20 de maio, no Centro de Convenções de Goiânia,<br />

em Goiás, e comemora os resultados atingidos.<br />

De acordo com Rafael Abdel Hak, gerente de produto<br />

da Horiba Medical, divisão especializada na fabricação de<br />

equipamentos e reagentes destinados à área médica, foram<br />

apresentados quatro equipamentos ao público visitante: o<br />

Micros ES 60, o STA-Compact, o Pentra 400 e o Pentra 60 C+.<br />

A expectativa da multinacional foi superada. “Nosso<br />

portfólio de máquinas para laboratórios de pequeno e médio<br />

porte, principal foco de quem visitou essa edição do CBAC,<br />

a qualidade dos equipamentos e do atendimento prestado<br />

pela Horiba garantiram essa excelente participação. Estamos<br />

<br />

Um dos destaques foi o Micros ES60, nova geração<br />

de analisador hematológico baseado no conceito Micros,<br />

<br />

qualidade nos resultados. O equipamento é indicado para<br />

laboratórios de pequeno e médio porte e necessita de apenas<br />

10μl de sangue para obtenção de resultados precisos<br />

<br />

Além disso, a máquina avalia, em 18 parâmetros,<br />

cerca de 60 amostras por hora. A tela é touch screen e<br />

a interface amigável, o que permite o uso intuitivo da<br />

alta tecnologia aplicada ao equipamento. O Micros ES60<br />

é flexível para a troca de dados, apresenta três níveis<br />

de controle de qualidade de sangue ativados simultaneamente<br />

e permite upload e download de informações<br />

de controle e monitoramento automático do sistema. A<br />

fácil interpretação dos resultados e a capacidade para<br />

mil resultados de paciente por vez são facilitadores para<br />

o usuário.<br />

Arildo Crema, Paula Coutinho, Joel Jerônimo e Alexan-<br />

<br />

HORIBA, recepcionaram os visitantes no stand da empresa<br />

e ofereceram todas as orientações relacionadas à área e<br />

equipamentos para análises clínicas disponíveis no mix<br />

sionais<br />

do setor relacionados aos riscos da utilização de<br />

equipamentos ou de reagentes paralelos e sua implicação<br />

nos resultados obtidos nas análises realizadas. “Estamos<br />

apoiando a campanha da Câmara Brasileira de Diagnóstico<br />

Laboratorial, que levantou a bandeira contra importações<br />

paralelas de equipamentos no Brasil”, explica Abdel.<br />

Laboratório Alvaro auxilia no diagnóstico de Síndromes de Turner, Klinefelter, <strong>Ed</strong>wards, Down<br />

O Laboratório Alvaro está substituindo uma técnica gold<br />

standard (cariotipagem), usada há mais de 30 anos, por uma<br />

metodologia atualizada, uma nova técnica para avaliação de<br />

cópias de DNA genômico para o diagnóstico de Síndromes<br />

de Turner, Klinefelter, <strong>Ed</strong>wards e Down.<br />

As vantagens deste novo método são: resultado em<br />

quatro dias, amostra independente da viabilidade das células,<br />

amostra coletada com EDTA, contempla a 97% das<br />

solicitações na expectativa de resultado, resposta imediata<br />

ao médico e familiares.<br />

Detecção de aneuploidias por técnica de avaliação de<br />

cópias de DNA genômico<br />

Cópias aberrantes do número de cromossomos são<br />

denominadas aneuploidias e nem sempre são letais. O cariótipo<br />

com banda G é considerado o método padrão ouro<br />

para a avaliação de aneuploidias, entretanto, o cariótipo<br />

é um método laborioso que requer um tempo prolongado<br />

para a execução.<br />

A síndrome de Down é a mais frequente forma de aneuploidia<br />

e retardo mental. Esta síndrome é caracterizada por<br />

trissomia do cromossomo 21 em mais de 95% dos casos e<br />

ocorre em aproximadamente 1 para cada 800 nascimentos.<br />

A trissomia do cromossomo 18 é a segunda aneuploidia<br />

mais frequente e é denominada de Síndrome de <strong>Ed</strong>wards.<br />

Esta trissomia ocorre em 1 para 6.000 nascidos vivos. É<br />

importante salientar que metade dos produtos de concepção<br />

que apresentam a trissomia do 18 não evolui até o período<br />

pré-natal.<br />

A trissomia do cromossomo 13, ou síndrome de Patau,<br />

ocorre em 1 para cada 10.000 nascidos vivos.<br />

A síndrome de Turner apresenta, em sua forma mais<br />

comum, a monossomia do cromossomo X (45,X). Ocorre<br />

em uma frequência de 1 para cada 2.500 meninas. Esta<br />

síndrome é caracterizada por algumas alterações físicas,<br />

hipogonadismo, infertilidade entre outros.<br />

O novo teste oferecido pelo Alvaro - Centro de Análises e<br />

Pesquisas Clínicas é destinado a detectar estas aneuploidias<br />

mais comuns (13, 18, 21, X, Y) e oferecer um resultado em<br />

poucos dias.<br />

A necessidade de uma quantidade relativamente pequena<br />

de material genético para avaliação torna este teste uma<br />

ótima alternativa para a detecção destas aneuploidias a partir<br />

de líquido amniótico e sangue periférico.<br />

: www.laboratorioalvaro.com.br<br />

62<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Biotécnica disponibiliza reagente para dosagem direta de HDL<br />

O HDL (Lipoproteína de Alta Densidade) é uma partícula<br />

pequena, constituída aproximadamente por 50% de proteína<br />

(apolipoproteínas), 20% de colesterol e 30% de fosfolipídios. O<br />

HDL é o responsável pelo transporte reverso do colesterol, ou<br />

seja, o HDL comanda o processo no qual o excesso de colesterol<br />

é removido dos tecidos periféricos e levado para o fígado, para<br />

ser reutilizado ou para ser eliminado na bile.<br />

É, portanto, a lipoproteína responsável por proteger o organismo,<br />

da formação de placas de ateroma; daí ser conhecido<br />

por colesterol “bom”. Diversos métodos são utilizados para sua<br />

determinação. Atualmente um método para dosagem direta<br />

através de imunosseparação tem ganho destaque nas análises<br />

laboratoriais.<br />

O método funciona através de uma reação que ocorre em<br />

<br />

humana se ligam às lipoproteínas de baixo peso molecular<br />

(LDL, VLDL, Quilomícrons) deixando livre o HDL. Na segunda<br />

etapa as enzimas colesterol esterase<br />

e colesterol oxidase numa<br />

sequência de reações formam<br />

peróxido de hidrogênio (H 2<br />

O 2<br />

).<br />

Este, em presença da peroxidase<br />

e de uma substância cromógena,<br />

formam um composto corado,<br />

<br />

Esquema da reação do HDL direto<br />

analisadores convencionais.<br />

Por tratar-se de um método que envolve uma reação bloqueio<br />

por anticorpos, é fundamental que o equipamento utilizado<br />

para realizar o exame esteja com seu sistema de incubação<br />

a 37°C, em perfeito funcionamento.<br />

Este método de dosagem do HDL substitui o método clássico<br />

de precipitação, permitindo a completa automação das análises,<br />

facilitando a execução do exame, diminuindo o risco de erros,<br />

além de propiciar uma maior reprodutibilidade das análises.<br />

A Biotécnica disponibiliza em sua linha de produtos o reagente<br />

para dosagem direta do HDL, através do método de<br />

imunosseparação.<br />

: (35) 3214-4646 / : sac@biotecnicaltda.com.br<br />

: www.biotecnica.ind.br<br />

Sysmex comemora em grande estilo seus dez anos no Brasil<br />

No mês de maio a Sysmex do Brasil – subsidiária da Sysmex<br />

Corporation Japan – comemorou em grande estilo os seus dez<br />

anos de operações no Brasil. Após receber seus clientes e parceiros<br />

para uma visita à fábrica de reagentes, promoveu uma<br />

festa onde os convidados apreciaram música, arte e um cardápio<br />

elaborado, fazendo uma verdadeira experiência sensorial.<br />

O evento que reuniu mais de 200 pessoas foi realizado no<br />

Green Hall Eventos em Curitiba. Na ocasião, o CEO da Sysmex<br />

Corporation Japan, Hisashi Ietsugu, o Presidente de Operações<br />

Internacionais da Sysmex Corporation Japan, Kazuya Obe, e o<br />

Presidente da Sysmex America Inc., John Kershaw, vieram ao<br />

Brasil comemorar junto aos demais colaboradores.<br />

Também marcaram presença no evento José Roberto Floresta,<br />

gerente geral da Sysmex do Brasil, o Prefeito Municipal<br />

de São José dos Pinhais, Ivan Ribas e o Consul Geral do Japão,<br />

Soichi Sato.<br />

Shin Akamatsu, John Kershaw, Kazuya Obe, Hisashi Ietsugu,<br />

Tak Ono, Mitsuhisa Kanagawa e José Roberto Floresta<br />

Os convidados no Green Hall Eventos<br />

64<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Abbott recebe aprovação da FDA para o primeiro teste<br />

de sangue totalmente automatizado para Doença de Chagas<br />

A Abbott recebeu aprovação da FDA para o teste Abbott Prism Chagas, ensaio de análise de sangue totalmente automatizado,<br />

que pode detectar anticorpos de Trypansoma cruzi, um parasita achado somente nas Américas e comumente<br />

adquirido pela picada do inseto barbeiro.<br />

De acordo com o CDC – Centers for Diseases and Prevention, entre 8 milhões e 11 milhões de pessoas são infectadas<br />

em todo o mundo com a doença de Chagas e outras 108.6 milhões de pessoas correm o risco de contrair a doença. Se<br />

não diagnosticada e não tratada, a doença de Chagas pode levar à morte.<br />

Em 2007, nos Estados Unidos, foi instituída a checagem de doença de Chagas nas doações de sangue. A FDA registra<br />

<br />

Esta mais recente aprovação do analisador Abbott Prism consolida o portfólio da Abbott de testes de análise sanguínea,<br />

que inclui ensaios para hepatite, HIV e outros retrovírus. Os sistemas Abbott Prism podem analisar mais de 160 amostras de<br />

sangue doado por hora, tornando possível analisar mais de 1.200 amostras doadas em oito horas de trabalho em laboratório.<br />

O Departamento de Saúde Humana dos Estados Unidos registra mais de 16 milhões de doações de sangue coletadas<br />

no país a cada ano. Utilizado em mais de 30 países, o sistema Abbott Prism analisa a maioria do estoque de sangue doado<br />

nos Estados Unidos e em todo o mundo.<br />

“A aprovação do teste Abbott Prism Chagas representa a disponibilidade de uma importante ferramenta automatizada,<br />

para assegurar a contínua segurança nos processos de doação de sangue e também oferecer a nossos clientes a possi-<br />

<br />

<br />

<br />

Intitulada “Testes especiais no diag-<br />

<br />

a palestra proferida em junho passado<br />

pela Professora Dra. Dayse Maria Lourenço<br />

reuniu em São Paulo, no Hotel<br />

Quality Alameda Campinas, dezenas<br />

de responsáveis clínicos por grandes<br />

laboratórios e hospitais, além de pro-<br />

<br />

Professora Associada Livre-Docente<br />

da Disciplina de Hematologia<br />

e Hemoterapia da Escola Paulista de<br />

Medicina/Unifesp, Dayse Maria Lourenço<br />

abordou os principais testes<br />

desta área: antitrombina, Proteína C<br />

e Proteína S, anticoagulante lúpico e<br />

D-dímero.<br />

“Estes testes de diagnóstico de<br />

ção<br />

correta de seus resultados, já que<br />

são considerados rotina especial. Por<br />

eles possuírem características especí-<br />

<br />

interpretar os seus resultados. Testes<br />

-<br />

<br />

Promovido pela Instrumentation La-<br />

Gisela Roque, Gerente de Produto de Coagulação,<br />

Juliana Godoy, Gerente de Marketing, Jaime Atalaia,<br />

Diretor Geral, Dra. Dayse Lourenço, Joaquim<br />

Bonito, Key Account, Telma Amoedo, Gerente<br />

de Produto de Critical Care, Leonardo Michetti,<br />

Gerente Nacional de Vendas<br />

boratory (IL), o workshop teve, portanto, o<br />

objetivo de divulgar a importância destes<br />

testes especiais para diagnóstico de trom-<br />

torial<br />

em função da clínica do paciente.<br />

A IL possui um projeto de realização<br />

de workshops presenciais e também via<br />

web (remotos) para prover conhecimento<br />

e educação continuamente aos clientes<br />

<br />

A empresa possui uma completa linha<br />

de equipamentos automatizados para<br />

todos os tamanhos de rotina (pequena,<br />

média e grande) com o menu mais<br />

completo do mercado, incluindo desde<br />

simples testes de rotina até testes superespeciais<br />

e diferenciados em termos<br />

de tecnologia e qualidade.<br />

Este ano a IL está agregando à<br />

<br />

líquida prontos para uso, teste para<br />

mutação de fator II e fator V por bio-<br />

<br />

e o novo equipamento automatizado<br />

para hemostasia ACL TOP 500.<br />

www.ilww.com<br />

66<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Sangue oculto – Wama Diagnóstica<br />

O câncer de cólon ou reto é uma das mais comuns malignidades.<br />

é o terceiro câncer mais comumente diagnosticado<br />

<br />

cada ano, e a segunda causa mais comum de morte por câncer.<br />

Muitos, senão todos, se desenvolvem a partir de pólipos<br />

adenomatosos (pequenos tumores benignos derivados de<br />

glândulas intestinais) que crescem na membrana mucosa do<br />

<br />

um maior potencial para malignidade. Quanto maior o pólipo,<br />

<br />

<br />

Os sinais e sintomas mais comuns do câncer colorretal são:<br />

Mudança nos hábitos intestinais<br />

Diarreia, constipação ou sensação de que o intestino não é<br />

esvaziado completamente<br />

Sangue vermelho vivo ou escuro nas fezes<br />

<br />

Gases, distensão ou cólicas abdominais<br />

Perda de peso sem motivo<br />

Cansaço constante<br />

Vômitos<br />

Muitos pacientes não apresentam qualquer sintoma até que<br />

o tumor já esteja bastante avançado<br />

A presença de sangue nas fezes pode ser uma manifestação<br />

precoce de câncer no trato gastrointestinal e é<br />

frequentemente procurada em pacientes portadores de<br />

<br />

Esse câncer pode ser prevenido através de um exame de<br />

fezes chamado pesquisa de sangue oculto nas fezes.<br />

Alguns cânceres e pólipos sangram em quantidades tão<br />

pequenas que não se consegue enxergar a olho nu. A pesquisa<br />

<br />

amostras de fezes.<br />

O Imuno-Rápido Sangue Oculto fabricado pela Wama<br />

<br />

combinação de anticorpo monoclonal marcado e anticorpo<br />

policlonal anti-hemoglobina humana de fase sólida, com ótima<br />

<br />

A Wama Diagnóstica disponibiliza para o mercado brasileiro<br />

<br />

<br />

minutos.<br />

Por ser um teste que utiliza anticorpo mono e policlonal<br />

anti-hemoglobina humana, não existe a necessidade de dieta<br />

do paciente para coleta da amostra.<br />

<br />

da qualidade de seus produtos para manter a satisfação de<br />

seus clientes. Assim como o sangue oculto, todos os kits são<br />

facilmente encontrados em todo o país por distribuidores<br />

autorizados.<br />

: (16) 3377-9977<br />

: (16) 3377-9970<br />

: atendimento@wamadiagnostica.com.br<br />

Teste suplementar para Doença de Chagas: uma história escrita por muitas mãos<br />

A bioMérieux comemora este ano o lançamento de um produto<br />

que faz parte de um projeto totalmente voltado para uma<br />

das doenças mais negligenciadas no Brasil: a Doença de Chagas.<br />

Não é de hoje que a bioMérieux investe no diagnóstico<br />

da doença de Chagas.<br />

Para contar um pouco desta história, Thierry Jourdet,<br />

diretor industrial da bioMérieux Brasil, relembra que os primeiros<br />

kits para diagnóstico desta doença foram produzidos<br />

em 1987, com o lançamento dos produtos Hemacruzi e<br />

Imunocruzi, utilizando a metodologia de hemaglutinação e<br />

<br />

Em maio de 1991 foi lançado o teste na metodologia<br />

Elisa, (Bioelisa Cruzi, atual Elisa Cruzi), o que revolucionou<br />

o mercado por ser um kit com alta qualidade, produzido no<br />

Brasil e com cepas totalmente brasileiras.<br />

<br />

teste Elisa Cruzi trazendo para o mercado o que há de mais<br />

novo em tecnologia de produção e em simplicidade e qualidade<br />

para a execução do teste. A mudança de cor em todas<br />

as etapas de pipetagem e a utilização do controle positivo em<br />

único poço foram as principais mudanças nesta nova versão.<br />

Os investimentos da bioMérieux na Doença de Chagas<br />

não param por aí. “Em um futuro próximo vamos ter mais<br />

novidades”, comenta o diretor geral da bioMérieux Brasil,<br />

Patrice Ancillon.<br />

Visando a melhoria contínua de nossos processos e produtos,<br />

a bioMériux lança este ano um teste suplementar para o<br />

diagnóstico da Doença de Chagas pela metodologia Western<br />

Blot, o Tesa Cruzi.<br />

Este teste tem por objetivo auxiliar no diagnóstico da<br />

doença de Chagas, principalmente em bancos de sangue,<br />

pois a metodologia de western blot proporciona maior espe-<br />

<br />

<br />

<br />

em nosso país.<br />

<br />

produto já tem seu registro aprovado pela Anvisa.<br />

: 0800 026 48 48<br />

: brasil.contato@sa.biomerieux.com<br />

: www.biomerieux.com.br<br />

70<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


7ª edição do Roche Children´s Walk no Brasil tem doações em dobro<br />

No dia 16 de junho, Dia Internacional<br />

da Criança Africana, aconteceu<br />

a sétima edição do Roche Children’s<br />

Walk, evento organizado pelo Grupo<br />

Roche para arrecadar fundos que serão<br />

destinados às crianças órfãs de Malawi,<br />

na África, e para crianças de instituições<br />

locais. Aproximadamente 15 mil funcio-<br />

<br />

todo o mundo, participaram das atividades<br />

esportivas e palestras do evento.<br />

Desde sua primeira edição, em<br />

2003, o Roche Children´s Walk já<br />

arrecadou cerca de 6 milhões de francos<br />

suíços (aproximadamente R$ 9,7<br />

<br />

crianças em Malawi.<br />

No Brasil, a Roche dobrou a quantidade<br />

doada pelos funcionários e destinará<br />

os recursos ao Grupo em Defesa da<br />

Criança com Câncer (Grendacc).<br />

A entidade de Jundiaí/SP atende<br />

crianças e adolescentes portadores de<br />

câncer e de doenças hematológicas<br />

crônicas. De acordo com Verci Bútalo,<br />

presidente da Grendacc, essa será a<br />

segunda doação da Roche para a entidade,<br />

que já havia contribuído com<br />

medicamentos anteriormente. “Como<br />

<br />

nossos recursos são oriundos de doações<br />

e eventos, então essa parceria com<br />

a Roche é muito importante para a continuidade<br />

do nosso trabalho”, declara.<br />

Atualmente, cerca de 350 crianças<br />

estão em acompanhamento na entidade,<br />

sendo que, no total, já foram<br />

registrados mais de 1,5 mil pacientes.<br />

A instituição conta ainda com uma<br />

unidade ambulatorial, o Hospital “Bolívar<br />

Risso”, primeiro especializado em<br />

oncologia e hematologia pediátricas de<br />

toda a região de Jundiaí.<br />

: www.roche.com.br.<br />

In Vitro já tem disponível HbsAg por Elisa<br />

A hepatite viral é uma doença infecciosa geralmente<br />

causada pelo vírus da hepatite B, que afeta cerca de 5% da<br />

população mundial com algumas variações regionais. A doença<br />

pode manifestar-se como assintomática, aguda (com casos<br />

fulminantes e mortais), ou crônica, com possibilidade de degeneração<br />

em cirrose e/ou carcinoma hepatocelular e morte.<br />

A doença é frequentemente transmitida por meio da<br />

dáveis.<br />

A transmissão é por via parenteral (soro infectado,<br />

produtos derivados de sangue, transfusões de sangue, etc.)<br />

ou não-parenteral (saliva, lágrimas, suor, urina, sêmen,<br />

feridas na pele, etc.).<br />

O teste básico de triagem para a infecção por HBV é a<br />

determinação da presença do antígeno de superfície do<br />

HBV (HBsAg) no soro. A presença de HBsAg fornece a indicação<br />

de status de portador do HBV e a possibilidade de ser<br />

<br />

infecção é possível quando o teste é realizado em conjunto<br />

com outros marcadores de HBV como HBeAg/anti-HBe,<br />

anti-HBc e anti-Hbs.<br />

O teste HBsAg da In Vitro (Fabricante: Human GmbH)<br />

se baseia na técnica de Elisa direta de antígeno usando<br />

microcavidades cobertas com anticorpos monoclonais (camundongo)<br />

contra HBsAg.<br />

As amostras reagem simultaneamente com o anticorpo<br />

monoclonal imobilizado e com o anticorpo policlonal anti-HBs<br />

(porquinho da índia) conjugado com peroxidase. Se HBsAg<br />

estiver presente na amostra, o complexo contendo a peroxidase<br />

é capturado na superfície da microcavidade (Etapa<br />

1). Depois da incubação, o conjugado enzimático não ligado<br />

é removido por meio de lavagem. A solução de substrato é<br />

adicionada (Etapa 2) e durante o período de incubação ocorre<br />

<br />

da reação com a adição de uma solução ácida a cor muda para<br />

amarelo. A intensidade da cor é proporcional à quantidade<br />

de HBsAg presente na amostra.<br />

As absorbâncias dos controles e das amostras são determinadas<br />

por uma leitora de microplacas Elisa ou por sistemas<br />

automatizados de Elisa. Os resultados dos pacientes são<br />

obtidos por comparação com o valor de cut-off.<br />

: (31) 3067-6400<br />

: suportecomercial@invitro.com.br<br />

: www.invitro.com.br<br />

72<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


No 37 o Congresso Brasileiro de Análises<br />

Clínicas, realizado em Goiânia, os visitantes<br />

conheceram as novidades introduzidas<br />

pela Hotsoft na versão mais recente do<br />

Labmaster. Entre elas, a que ganhou mais<br />

destaque foi a ampliação do escopo da<br />

gestão de laudos.<br />

O laudo é a informação mais importante<br />

gerada pelo sistema laboratorial. É<br />

o elo de ligação entre o laboratório e seus<br />

clientes (pacientes e médicos). Automatizar<br />

as tarefas de “Como”, “Quando” e “Onde”<br />

entregar um laudo está fazendo parte da<br />

estratégia dos laboratórios, representando<br />

um diferencial competitivo, que tem o poder<br />

de cativar clientes e agregar valor aos<br />

serviços que presta.<br />

Para a versão 2.0 do Labmaster a<br />

Hotsoft realizou uma revisão completa do<br />

processo e ampliou os mecanismos usados<br />

desde a solicitação dos exames até a<br />

comprovação da entrega dos resultados. Os<br />

modos de emissão e entrega passam a respeitar<br />

não só as opções do paciente, como<br />

Hotsoft inova na gestão de laudos<br />

também dos médicos e convênios e ainda<br />

podem variar entre os diferentes locais de<br />

atendimento do laboratório. Esses modos<br />

podem ser criados e alterados conforme<br />

convier ao laboratório e seus clientes.<br />

O envio de cópias adicionais do laudo a<br />

destinatários distintos também é tratado.<br />

A impressão de laudos por demanda, que<br />

gera economia considerável tanto de mãode-obra<br />

quanto de materiais, ganhou controles<br />

especiais, assim como a impressão<br />

em lotes. Também foram tratados detalhes<br />

da opção de entrega dos resultados à me-<br />

<br />

<br />

data da consulta médica).<br />

Dependendo do modo de emissão<br />

do laudo pode-se associar a impressão<br />

<br />

romaneio de entrega de laudos enviados<br />

a médicos por motoboy). Se ocorrerem<br />

falhas durante a emissão de um lote, o<br />

usuário pode recuperá-lo e reimprimir<br />

alguns ou todos os laudos. Para permitir a<br />

responsabilização por esses e outros erros,<br />

<br />

a emissão ou entrega, a data e hora e um<br />

comentário opcional.<br />

A gestão de laudos requer muita responsabilidade,<br />

segurança e versatilidade.<br />

<br />

complexa, a Hotsoft investiu primeiro numa<br />

análise abrangente e detalhada. Segundo o<br />

Diretor Técnico da Hotsoft, Euclides Gomes<br />

Junior, “ouvimos as sugestões e necessidades<br />

de nossos clientes e conseguimos<br />

identificar os pontos importantes para<br />

automatizar todo o processo. A gestão de<br />

laudos é uma ferramenta que vem para<br />

inovar o conceito de impressão e entrega<br />

de laudos, com rastreabilidade e relatórios<br />

plicada<br />

e atendendo as particularidades de<br />

cada laboratório”.<br />

: (44) 3302-4455<br />

: negocios@labplus.com.br<br />

: www.hotsoft.com.br<br />

Escolha das formas de emissão do laudo para cada requisição e controle das entregas pendentes: algumas das funcionalidades da gestão de<br />

laudos no Labmaster<br />

Beckman Coulter e Olympus: juntas para atender melhor<br />

A Beckman Coulter e Olympus<br />

Corporation, líder em tecnologia de<br />

precisão com sede em Tóquio, anun-<br />

<br />

no qual Beckman Coulter adquiriu a<br />

parte de sistemas de diagnóstico do<br />

negócio Olympus.<br />

Esta aquisição ampliou a oferta de<br />

ensaios de químicas da Beckman Coulter,<br />

estabelecendo posição de liderança com<br />

força própria em grandes laboratórios e<br />

hospitais. Além disso, a transação estendeu<br />

a ampla base de clientes dos produtos<br />

de química da Beckman Coulter, que<br />

é representativa junto aos produtos de<br />

imunoensaio da empresa.<br />

A Beckman Coulter continua concentrada<br />

na criação de valores para<br />

seus acionistas por meio do crescimento,<br />

qualidade e excelência operacional.<br />

A fusão das empresas Beckman<br />

Coulter e Olympus demonstra o<br />

compromisso em expandir ainda mais<br />

os ensaios de química e sustentar o<br />

crescimento acima do mercado em<br />

imunoensaio.<br />

A empresa Análise Produtos e Serviços<br />

para Laboratórios Ltda. continua<br />

representando a Olympus no Brasil,<br />

garantindo a qualidade dos produtos e<br />

serviços prestados.<br />

: www.beckmancoulter.com<br />

74<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Laboratórios de 14 estados brasileiros “importam” tecnologia do noroeste paulista<br />

O constante delineamento de estratégias<br />

que aumentem a competitividade<br />

das empresas e, consequentemente, a<br />

lucratividade, é intrínseco ao sistema<br />

capitalista. Uma das mais importantes<br />

táticas empresariais é a busca por inovação<br />

– e a melhor delas nem sempre está<br />

na casa ao lado. A procedência regional<br />

dos clientes da Shift, que oferece soluções<br />

tecnológicas para laboratórios clínicos e<br />

está localizada em São José do Rio Preto<br />

(SP), é uma prova disso.<br />

No mercado da tecnologia da informação<br />

desde 1991, a empresa atende laboratórios<br />

de 14 Estados brasileiros (Bahia,<br />

Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão,<br />

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,<br />

Minas Gerais, Pará, Paraná, Santa Catarina,<br />

São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do<br />

Sul) e já estendeu sua atuação para além<br />

do solo brasileiro: Montevidéu, no Uruguai.<br />

A competência técnica da Shift, comprovada<br />

recentemente pela obtenção da<br />

<br />

de Processos do Software Brasileiro), é um<br />

dos fatores que explica esse quadro, avalia<br />

Heverton Francischi, analista de Suporte e<br />

Implantação da Shift: “Para nós, a distância<br />

não é fator limitante. Pelo contrário:<br />

trabalhamos para reduzir distâncias físicas<br />

por meio da tecnologia”.<br />

O médico Fábio Brazão, diretor do<br />

Laboratório Ruth Brazão, situado em<br />

Belém (PA) e atendido pela Shift desde<br />

2005, relata que escolheu as soluções<br />

da empresa por considerá-las as mais<br />

completas do mercado. O aumento da<br />

agilidade na prestação de serviço, já que<br />

as 20 unidades de seu laboratório têm<br />

informações integradas, e da satisfação<br />

do seu cliente, que pode acessar os resultados<br />

de exames via internet, são alguns<br />

dos benefícios apontados por ele. “Também<br />

ganhei em qualidade de vida, pois,<br />

como consigo gerenciar as atividades do<br />

laboratório remotamente, o tempo todo,<br />

<br />

viajar”, declara.<br />

Para o médico, essa parceria bemsucedida<br />

com a Shift também teve importante<br />

papel em uma grande conquista do<br />

Ruth Brazão: o laboratório foi o primeiro<br />

a conseguir a Acreditação ONA da Região<br />

Norte do Brasil, título que demonstra o<br />

compromisso da instituição com seguran-<br />

<br />

: www.shift.com.br<br />

<br />

Água é o principal elemento de um laboratório de análises clínicas<br />

e, por isso, a sua pureza é fundamental.<br />

Na preparação de reagentes e soluções em um laboratório clínico,<br />

e mesmo na realização das reações, é necessário ter uma qualidade<br />

de água grau reagente (água pura).<br />

-<br />

<br />

laboratórios precisam.<br />

Especificações MINI OP <strong>100</strong> OP 101/101+ OP 202+ OP 302+ OP301+<br />

Capacidade a 25°C 15 L/hora 15 L/hora 30 L/hora 40 L/hora 45 L/hora<br />

Capacidade a 9°C 9 L/hora 9 L/hora 18 L/hora 24 L/hora 27 L/hora<br />

Volume de resina 0.75 Litros 4/10 Litros 10 Litros ou mais 10 Litros ou mais 20 Litros<br />

Sistema de Filtro Baixa pressão Alta pressão<br />

Menbranas do filtro 2 a 10 polegadas 3 a 10 polegadas 3 a 20 polegadas<br />

Tamanho dos poros dos<br />

filtros (bactérias)<br />

5 μm 1 μm<br />

Para um volume diário de<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Dimensões <br />

Peso sem o tanque <br />

: (21) 3907-2534 : www.biosys.com.br : sac@biosys.com.br : biosys@biosys.com.br<br />

76<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Biometrix: treinamento e capacitação<br />

Em busca de inovação e desenvolvimento,<br />

a Biometrix, através de seu<br />

laboratório, promove demonstrações,<br />

treinamentos e workshops que visam à<br />

geração de conhecimento e otimização dos<br />

produtos comercializados pela empresa.<br />

Em maio de 2010, a Biometrix realizou<br />

workshops nas cidades de Brasília,<br />

São Paulo e Curitiba, onde todos os clientes<br />

que utilizam os produtos One Lambda<br />

participaram. O objetivo dos workshops é<br />

prezar sempre pela excelência dos seus<br />

procedimentos técnicos, qualidade dos<br />

produtos e principalmente pela melhoria<br />

contínua no atendimento ao cliente.<br />

Através de uma excelente infraestrutura,<br />

a proposta da Biometrix é dar<br />

continuidade aos avanços tecnológicos e<br />

repassá-los aos clientes, com diferentes<br />

tipos de treinamentos, adaptados de<br />

acordo com a necessidade de cada laboratório<br />

e a complexidade de cada produto.<br />

A Biometrix é representante exclusiva<br />

de todas as marcas e produtos com que<br />

trabalha: serviço, rapidez e segurança,<br />

além de soluções de ponta. Entendendo<br />

a qualidade como referencial, a Biometrix<br />

realiza em seu laboratório testes internos<br />

de validação, garantindo a qualidade dos<br />

produtos que comercializa.<br />

DDG: 0800-7031014<br />

: www.biometrix.com.br<br />

Resultados de exames via internet: uma ideia já consolidada<br />

Se já aceitamos transações legais<br />

(Nota Fiscal Eletrônica), técnico-cientí-<br />

<br />

pela web, por que não enviar e receber<br />

exames via internet<br />

O uso de tecnologias está facilitando<br />

o acesso dos pacientes a informações<br />

importantes relativas aos seus exames.<br />

Hoje, os laboratórios são cobrados pelos<br />

pacientes e médicos para receberem os<br />

resultados de forma rápida e simples, e<br />

o envio pela internet é a solução mais<br />

fácil e barata. Porém, alguns cuidados<br />

devem ser tomados para que isso não<br />

traga problemas para o laboratório. É<br />

por isso que as pessoas estão cada vez<br />

mais exigentes quanto aos requisitos de<br />

agilidade, facilidade de uso e segurança.<br />

Agilidade é uma demanda do mundo<br />

<br />

ter que voltar ao laboratório somente<br />

para buscar um papel com o laudo que, a<br />

qualquer momento, poderia ser acessado<br />

em casa ou no escritório.<br />

Facilidade de uso permite que qualquer<br />

pessoa navegue e utilize os benefícios da<br />

internet. Tecnologia não precisa trazer<br />

complexidades, mas sim facilidades.<br />

<br />

trata de informações pessoais e por isso<br />

deve-se garantir o sigilo do conteúdo.<br />

A S_Line mostra-se cada dia mais<br />

-<br />

<br />

e altamente sigilosos, garantindo todo o<br />

conforto e comodidade que os pacientes<br />

estão procurando. A S_Line trabalha com<br />

garantias de serviço, tais como:<br />

Agilidade e disponibilidade<br />

Armazenar os resultados em um ambiente<br />

de rápido acesso (internet veloz)<br />

e disponível para acesso em qualquer<br />

hora/dia.<br />

Facilidade de uso<br />

Acessar e imprimir o resultado de forma<br />

simples e fácil.<br />

Permitir encaminhar o resultado ao médico,<br />

com recado ou anotação pessoal.<br />

Permitir gerência dos resultados,<br />

separando-os em pastas por tipos de<br />

exames ou qualquer outra necessidade.<br />

Ter uma única chave para receber resultados<br />

de vários laboratórios.<br />

Aceitar numa única chave os resultados<br />

de toda família, podendo separar<br />

em pastas.<br />

Permitir receber resultados de medicina<br />

laboratorial e de diagnóstico por<br />

imagens.<br />

Segurança<br />

Armazenar os resultados fora do ambiente<br />

do laboratório, evitando que<br />

uma possível invasão pare o laboratório<br />

<br />

<br />

SSL de segurança quando o usuário<br />

digitar a chave/senha e ao trafegar o<br />

resultado.<br />

A solução S_Line funciona com qualquer<br />

LIS (Sistema Laboratorial) e está integrada<br />

às maiores e melhores empresas<br />

de informática laboratorial.<br />

: (27) 3205-6868<br />

: sline@sline.com.br<br />

: www.sline.com.br<br />

80<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Horiba Brasil realiza I Seminário de Vendas da América Latina e recebe visita de CEO<br />

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Segurança nas centrifugações: tubo cônico Easypath<br />

A centrifugação é um procedimento co-<br />

-<br />

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-<br />

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<br />

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<br />

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<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

: www.erviegas.com.br<br />

82<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Meios de cultura para<br />

biologia molecular Himedia<br />

Abbott lança Architect c4000 e<br />

completa linha de equipamentos de<br />

bioquímica<br />

A linha de equipamentos Architect, que chegou<br />

ao Brasil em 2003, completou sua família de<br />

equipamentos, com o c4000.<br />

Após lançar o sistema c8000 de bioquímica e<br />

o sistema i2000SR, consolidando o conceito de<br />

sistemas integrados sem perda de produtividade,<br />

o Architect c4000 chega para, integrado ao sistema<br />

Architect i<strong>100</strong>0SR, oferecer os benefícios da<br />

integração aos laboratórios de pequeno, médio<br />

e grande porte.<br />

O c4000 é ideal para laboratórios que buscam<br />

um sistema com integração perfeita, bioquímica<br />

e imunohormônios, com resultados precisos,<br />

rápidos e facilidade de uso em um espaço com-<br />

<br />

resultados para os pacientes.<br />

gração<br />

dos sistemas, reduzindo a quantidade de<br />

<br />

nos resultados pela diminuição do manuseio de<br />

amostras e pelo sistema de detecção de coágu-<br />

<br />

com tecnologia de monitoramento de pressão,<br />

além de detectar volume, bolhas e espuma nos<br />

reagente.<br />

Com capacidade produtiva de até 800 testes/<br />

hora, 55 testes simultâneos, 99 reagentes “on<br />

board”, e capacidade para <strong>100</strong> amostras, o c4000<br />

atende às necessidades do mercado de laboratórios<br />

públicos, privados e hospitalares de pequeno e<br />

médio porte, como analisador principal, laboratórios<br />

satélites em uma “Rede” de hospitais ou de<br />

laboratórios de grande porte como “back-up”, com<br />

uma ótima relação custo/benefício.<br />

: www.abbottbrasil.com.br<br />

A Biosystems oferece meios de cultu-<br />

sentando<br />

uma linha completa de meios<br />

para biologia molecular de alta qualidade<br />

e com baixo custo.<br />

Contando com um suporte técnico<br />

<br />

sanar qualquer dúvida, a Biosystems<br />

também se diferencia pela preocupação<br />

com a satisfação do cliente em relação<br />

a esses meios, oferecendo consultoria,<br />

<br />

testes, além de contar com estoque regulado.<br />

Dentre estes meios, destaque para o Caldo Luria, para uso em<br />

<br />

<br />

e moleculares, podendo também ser usado para cultivo rotineiro<br />

de micro-organismos não fastidiosos.<br />

A empresa possui ainda linha completa de meios de cultura<br />

desidratados, suplementos, bases, meios para cultura celular<br />

animal e de plantas.<br />

: www.biosystems.com.br<br />

Bioeasy traz novidades para o<br />

diagnóstico imunoenzimático<br />

A Bioeasy Diagnóstica está fazendo o pré-lançamento no mercado<br />

brasileiro de mais duas novidades para o diagnóstico imunoenzimático:<br />

<br />

<br />

<br />

- Detecta o antígeno com até 10 dias após o contato<br />

- Amostra: soro ou plasma<br />

<br />

- Leitura visual<br />

<br />

<br />

concordância de 99,9%<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

do soro humano<br />

- Sensibilidade de ate 0,05 ng/mL<br />

<br />

<br />

<br />

: (31) 3048-0008<br />

: biomolecular@bioeasy.com.br<br />

: www.bioeasy.com.br<br />

84<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Claudia<br />

Vasconcellos<br />

A Sysmex, em parceria<br />

com a Roche Diagnóstica<br />

Chile, participou<br />

entre os dias 20 e 23<br />

de abril do Congresso<br />

Latino-Americano de Bioquímica,<br />

que aconteceu<br />

no centro de convenções<br />

do Hotel Sheraton em<br />

Santiago. No estande foi<br />

exibido com destaque o<br />

equipamento XE-Alpha-N<br />

(analisador hematológico<br />

-<br />

<br />

de transporte de amostras).<br />

Sysmex e Roche estão engajadas<br />

em promover atividades de atualizações<br />

<br />

patrocinando projetos com esse objetivo.<br />

Diversas palestras vêm sendo<br />

realizadas pela América Latina, assim<br />

como a que aconteceu durante o CO-<br />

LABIOCLI no Chile.<br />

A especialista de aplicação da Sysmex<br />

America Latina e Caribe, Claudia<br />

<br />

<br />

intitulada “Novas tecnologias de analise<br />

<br />

melhoram o apoio ao diagnóstico”.<br />

Para a Sysmex, apoiar eventos de<br />

<br />

Congressistas durante o workshop da Sysmex<br />

Equipamento XE-Alpha N em exposição no<br />

estande<br />

o crescimento e expansão da área de<br />

diagnóstico in vitro, por isso vem a<br />

cada ano fortalecendo a parceria com<br />

seus distribuidores para difusão do<br />

conhecimento.<br />

<br />

sete vírus em apenas 60 minutos<br />

<br />

<br />

Cerca de 200 vírus podem causar<br />

infecções respiratórias, porém<br />

<br />

-<br />

<br />

são responsáveis pelas doenças mais<br />

severas em crianças e pacientes imunodeprimidos.<br />

Essas viroses também<br />

são responsáveis por uma morbidade<br />

<br />

períodos epidêmicos.<br />

<br />

respiratórias é essencial para um<br />

diagnóstico efetivo e cuidados com o<br />

paciente.<br />

A Medivax, em parceria com a<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

O kit também pode ser utilizado<br />

para o auxílio no diagnóstico da “Gripe<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

indireta dos sete vírus. Único kit no<br />

mercado que pode ser detectado em<br />

amostras diretas e culturas de células.<br />

Resultados em apenas 60 minutos e<br />

reagentes prontos para uso. Sensibi-<br />

<br />

: (21) 2622-4646<br />

: medivax@medivax.com.br<br />

: www.medivax.com.br<br />

Nos diversos laboratórios da área<br />

biológica, como bioquímica, genética,<br />

microbiologia etc., é fundamental a<br />

transferência de pequenos volumes de<br />

amostras, que variam de microlitros<br />

(μL) a mililitros (mL), de forma precisa<br />

e reprodutível. Desta forma a técnica<br />

de pipetagem tornou-se um procedimento<br />

indispensável nos ensaios<br />

laboratoriais.<br />

Esta técnica é realizada com o auxílio<br />

de um instrumento denominado<br />

“pipeta”, que pode ser graduada, vo-<br />

<br />

variável e controlador de pipetagem.<br />

Para tornar a atividade e a rotina<br />

dos laboratórios mais precisas, a<br />

marca HTL possui uma linha com-<br />

<br />

e variável, monocanal e multicanal,<br />

assim como repipetador e pipeta<br />

motorizada.<br />

: contato@htlbrasil.com.br<br />

: www.htlbrasil.com.br.<br />

86<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Programa de Controle de Qualidade do PNCQ<br />

tem forte aumento de participantes em 2010<br />

Para quem deseja obter cada vez mais e melhores<br />

resultados na prestação de seus serviços de análises<br />

clínicas, o Programa Nacional de Controle de Qualidade<br />

(PNCQ) oferece uma poderosa ferramenta de sistema<br />

de controle de qualidade que ajudará a alcançar esse<br />

objetivo. Trata-se do Programa de Ensaio de Proficiência<br />

para Laboratórios Clínicos, o PRO-EX.<br />

Considerado o maior programa de controle externo<br />

da qualidade em nível nacional, de acordo com<br />

o número de laboratórios inscritos, o PRO-EX vem<br />

conquistando cada vez mais participantes a cada dia.<br />

<br />

com os primeiros cinco meses de 2010, o número de<br />

participantes teve aumento de 6% (200 novos inscritos),<br />

o que representa um crescimento significativo de<br />

laboratórios que cumprem, entre outras exigências, a<br />

RDC 302:2005 da Anvisa, que dispõe sobre a garantia<br />

da qualidade em laboratórios de análises clínicas.<br />

Com mais de 3.600 laboratórios participantes<br />

desse programa específico em todo o país, o PNCQ<br />

disponibiliza um serviço de controle de qualidade totalmente<br />

adaptado às necessidades de cada cliente,<br />

com a facilidade de envio e checagem de resultados<br />

em tempo real através do site da instituição, ranqueamento<br />

comparativo mensal de resultados com outros<br />

laboratórios, entre outros benefícios.<br />

Ao participar do PRO-EX, que realiza o envio mensal<br />

de kits de amostras-controle de analitos específicos, os<br />

laboratórios conseguem detectar não-conformidades<br />

em seus processos, possibilitando a implantação de<br />

ações corretivas ou preventivas. Além disso, também é<br />

possível fazer uso dos resultados divulgados no site do<br />

PNCQ para estudar a influência dos métodos, padrões<br />

e calibradores utilizados por todos os participantes.<br />

: www.pncq.org.br<br />

Workshop com Humberto Zardo marca<br />

lançamento da EmbaEPS<br />

Foi realizado no último dia 21 de junho, em São Paulo,<br />

o primeiro workshop da EmbaEPS. Com o tema “Perspectivas<br />

e Inovações em Rede de Frio”, o evento teve como<br />

principal palestrante o renomado Dr. Humberto Zardo,<br />

seguido de uma apresentação de dois consultores técnicos<br />

que prestaram serviço para a EmbaEPS.<br />

Com o título “A Importância da Rede de Frio para a<br />

Saúde Pública”, Humberto Zardo palestrou sobre as necessidades<br />

da rede de frio para o transporte seguro de medicamentos.<br />

Zardo, que é consultor de governos, ONG´s e<br />

empresas em mais de 40 países, destacou a importância<br />

de se conhecer bem rótulos, exigências, regulamentações<br />

e características de transporte e armazenagem para de-<br />

<br />

duas tecnologias que auxiliam no controle da temperatura<br />

de termossensíveis: os indicadores visuais VVM (Vaccine<br />

Vial Monitors) e TransTracker®.<br />

Destacada a importância da escolha das embalagens,<br />

os consultores técnicos apresentaram o EmbaGEL – elemento<br />

refrigerante da EmbaEPS, demonstrando os cri-<br />

<br />

carbopol (EmbaGEL) tenha desempenho superior quando<br />

comparado a outros elementos refrigerantes como o gel<br />

de celulose.<br />

A performance do gel carbopol deve-se à sua alta<br />

viscosidade que faz com que um sistema permaneça<br />

refrigerado, por 72 horas, entre 2°C e 8°C. A produção<br />

em escala industrial do EmbaGEL possui Boas Práticas<br />

de Fabricação, garantindo a uniformidade dos lotes e<br />

<br />

registrada no Ministério da Saúde/Anvisa.<br />

Dr. Humberto Zardo<br />

: www.embaeps.com.br<br />

88<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Presente em mais de 30 países ao redor<br />

do globo, a Qiagen fornece o teste molecular<br />

de captura híbrida ou digene HPV test<br />

<br />

rastreamento do vírus HPV (papilomavírus<br />

humano) – responsável pelo câncer cervi-<br />

<br />

pelo mundo afora.<br />

De acordo com dados do INCA, são<br />

esperados no Brasil, em 2010, 18.430<br />

ocorrências de câncer cervical, com um<br />

risco estimado de 18 casos a cada <strong>100</strong> mil<br />

mulheres. Segunda causa de morte mais<br />

<br />

<br />

<br />

captura híbrida ou digene HPV test.<br />

<br />

-<br />

<br />

o teste em todos os segmentos, do manual<br />

<br />

A metodologia – validada com sucesso<br />

em diversos estudos clínicos envolvendo<br />

cerca de um milhão de mulheres, com<br />

resultados publicados em mais de 300<br />

<br />

<br />

<br />

Amplamente reconhecido e aceito pelos<br />

ginecologistas no Brasil, o teste foi o pri-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

todas as mulheres a partir de 30 anos re-<br />

<br />

de rotina. Caso o resultado do teste de<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

envolvendo 36 mil mulheres, evidenciou<br />

<br />

<br />

rayanan<br />

et al., 2009).<br />

fessor<br />

e Chefe da Disciplina de Ginecologia<br />

-<br />

-<br />

<br />

teste de captura híbrida no rastreamento<br />

primário do câncer de colo do útero para<br />

mulheres com mais de 30 anos, associada<br />

<br />

<br />

<br />

boa parte dos casos”.<br />

Novidade em genotipagem<br />

-<br />

<br />

risco em diferentes plataformas para<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

for Colposcopy and Cervical Pathology)<br />

<br />

apenas para mulheres acima dos 30 anos<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

-<br />

phony<br />

SP, a plataforma se completa com o<br />

QIAsymphony AS para pipetagem automa-<br />

<br />

<br />

baseado em rotor.<br />

<br />

<br />

<br />

de diferentes enfermidades. Composta por<br />

<br />

<br />

os reagentes necessários para detectar de<br />

<br />

-<br />

<br />

: www.qiagen.com<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

necessárias para acompanhar a evolu-<br />

<br />

<br />

seu potencial inovador para oferecer<br />

melhor atendimento aos seus clientes.<br />

<br />

gias<br />

aplicadas ampliam a capacidade<br />

produtiva, proporcionando maior<br />

<br />

<br />

<br />

sempre foi um grande diferencial percebido<br />

por seus parceiros, mantendo<br />

o posicionamento de não concorrer<br />

com seus clientes.<br />

-<br />

<br />

modernidade. O portal está sendo<br />

desenhado, tornando-se mais atrativo<br />

pelo fato de adotar um novo sistema<br />

<br />

muito mais interatividade.<br />

Todas as áreas da empresa estão<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

: (71) 2107-0070<br />

: www.deltaapoio.com.br<br />

90<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Saúde Pública<br />

A muleta, uma eterna desculpa<br />

O<br />

presidente Lula atribui as<br />

inúmeras falhas ocorridas<br />

no sistema de saúde ao<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

O presidente Luiz Inácio Lula da<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

bilhões arrecadados pelo tributo<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

a necessidade de um imposto para<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

-<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

por onde se esvaem os recursos para<br />

<br />

<br />

nos conscientizarmos e darmos um<br />

<br />

<br />

civil se mobilizar – como ocorreu no<br />

movimento vitorioso pela derrubada<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

faltam recursos para serem aplicados<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

computados como investimentos<br />

<br />

fundamental diante de uma rede de<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

investidos na rede de saúde pública<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

deveriam custear a melhoria do<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

privados para funcionários públicos<br />

<br />

<br />

Marco Antonio Abrahão,<br />

presidente do Conselho Regional<br />

de Biomedicina 1 a Região<br />

www.presidencia@crbm1.gov.br<br />

-<br />

-<br />

-<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

tema<br />

receba um volume de recursos<br />

condizente com as suas necessidades<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

de<br />

dinheiro bastante para mudar esse<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

96<br />

<strong>NewsLab</strong> - - edição <strong>100</strong> 93 - 2009


ESPECIAL Especial<br />

Especial<br />

ESPECIAL<br />

Especial<br />

ESPECIAL<br />

Especial ESPECIAL<br />

ESPECIALEspecial<br />

Analogias<br />

em<br />

Chuva de pedra no olho<br />

O vocábulo granizo, originado do espanhol (de grano =<br />

grão), refere-se a um tipo de precipitação atmosférica na<br />

qual as gotas de água se congelam ao atravessar uma<br />

camada de ar frio, caindo sob a forma de pedregulhos<br />

de gelo; o mesmo que saraiva ou chuva de pedra. A<br />

palavra saraiva é pouco conhecida no Brasil quando se<br />

refere à precipitação atmosférica de partículas de gelo.<br />

Mas é muito difundida como nome de empresas, livrarias<br />

e outros tipos de comércio. É também sobrenome comum<br />

em muitas famílias, tanto em Portugal como no Brasil.<br />

Em Minas Gerais temos políticos e muitos profissionais<br />

liberais, incluindo médicos de renome, componentes da<br />

família Saraiva.<br />

O calázio – doença muito comum nas pálpebras – é<br />

nódulo palpebral que resulta de inflamação crônica das<br />

glândulas de Meibomius ou de Zeis, assim denominado<br />

por comparação a um granizo (gr. chalaza = granizo)<br />

ou saraiva (etimologia de origem obscura, segundo Dicionário<br />

Houaiss da língua portuguesa).<br />

Segundo Skinner (The origin of medical terms), a palavra<br />

granizo (em grego chalaza) referia-se também a um<br />

pequeno tubérculo. Hipócrates usou a palavra chalaza<br />

para um pequeno tubérculo, como este que ocorre frequentemente<br />

na pálpebra. Na língua inglesa calázio<br />

corresponde a hail ou mais propriamente hailstone =<br />

granizo. Hailstorm significa granizada, saraivada, temanalogias<br />

em medicina<br />

Medicina<br />

pestade de granizo, chuva de pedra.<br />

Ao exame clínico, o calázio apresenta-se como nódulo<br />

único, arredondado, de alguns milímetros, de consistência<br />

firme e não doloroso, ocupando principalmente a placa<br />

tarsal. Pode estar associado à blefarite crônica posterior.<br />

Ao exame microscópico, verifica-se infiltrado inflamatório<br />

e reação granulomatosa ao material lipídico liberado<br />

pelas estruturas glandulares, com presença de células<br />

epitelioides e gigantes multinucleadas (lipogranulomas).<br />

A patogênese da lesão relaciona-se a produtos de decomposição<br />

lipídica, possivelmente devido a enzimas<br />

bacterianas ou a retenção de secreções sebáceas, que<br />

estimulam uma resposta inflamatória granulomatosa. O<br />

resultado é uma massa de tecido granulação e inflamação<br />

crônica, com linfócitos e lipófagos, o que distingue<br />

o calázio de um hordéolo externo ou interno. Este é um<br />

processo inflamatório piogênico agudo, com numerosos<br />

neutrófilos, necrose e formação de pústula. Contudo, uma<br />

condição pode resultar na outra, por causa da sua íntima<br />

relação. Em casos raros, pode ocorrer múltiplos nódulos<br />

inflamatórios (saraivada/granizada).<br />

O calázio é comum, mas a sua exata incidência ou prevalência<br />

é desconhecida. Não há também informações<br />

precisas acerca da prevalência ou incidência com relação<br />

à raça. Ambos os sexos parecem ser afetados igualmente.<br />

Ao contrário da opinião popular, as pesquisas mostraram<br />

que o uso de produtos cosméticos nas pálpebras não tem<br />

relação causal e não são responsáveis pelo agravamento<br />

do calázio. Todos os grupos etários podem ser comprometidos,<br />

embora seja mais comum em adultos do que em<br />

crianças. Uma condição frequentemente relacionada ao<br />

calázio é a rosácea. Esta é afecção crônica da face e<br />

manifesta-se com eritema e edema facial, telangiectasias<br />

e pápulas, eventualmente acompanhadas de pústulas.<br />

No Apocalipse (Sétima Trombeta) há ameaças... Sobrevieram<br />

relâmpagos, vozes, trovões e grande saraivada...<br />

José de Souza Andrade Filho - Patologista, membro da Academia<br />

Mineira de Medicina e professor de anatomia patológica da<br />

Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />

98<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Artigo<br />

Comparação da Determinação da Glicose Sanguínea<br />

Usando o Tempo como Variável<br />

Elise Geromel Bezerra Menezes¹, Nilton César Weyne da Cunha², Renato Motta Neto³<br />

1 - Aluna de graduação em Farmácia da Universidade de Fortaleza, UNIFOR, Fortaleza, CE<br />

2 - Farmacêutico- Bioquímico responsável técnico do laboratório de análises clínica<br />

do Núcleo de Atenção Médica Integrada, NAMI, Fortaleza, CE<br />

3 - Farmacêutico- Bioquímico, Professor-Doutor do curso de Farmácia da Universidade de Fortaleza, UNIFOR, Fortaleza, CE<br />

Trabalho realizado no Laboratório de Análises Clínicas do Núcleo de Atenção Médica Integrada,<br />

NAMI, da Universidade de Fortaleza, UNIFOR, Fortaleza, CE<br />

Resumo<br />

Summary<br />

Comparação da determinação da glicose sanguínea<br />

usando o tempo como variável<br />

O controle de qualidade em análises clínicas evita erros que<br />

possam vir a acontecer, causando prejuízo tanto ao paciente como<br />

ao laboratório. Um dos pontos mais críticos na realização de<br />

exames clínicos é a fase pré-analítica, que compreende as etapas<br />

de solicitação dos exames até o início do procedimento. Estudos<br />

revelam que 60-80% dos erros em laboratório clínico ocorrem nesta<br />

fase. A quantificação da glicose é um dos exames mais frequentemente<br />

realizados no laboratório clínico, e pode ser alterada por<br />

diversos fatores, como dieta, jejum, tempo de processamento, etc.<br />

Esse estudo tem como objetivo avaliar as alterações da glicemia<br />

em função do tempo decorrido antes da centrifugação. Realizou-se<br />

um estudo experimental de caráter quantitativo, onde coletaram três<br />

amostras de sangue de 73 pacientes, atendidos no laboratório do<br />

Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI), Fortaleza, CE. As<br />

amostras foram identificadas numericamente e todas que tinham<br />

o nº. 1 foram centrifugadas uma hora após coleta, assim como<br />

as de nº. 2 centrifugadas duas horas após coleta e, as de nº. 3,<br />

três horas após coleta, quantificando posteriormente os níveis de<br />

glicose. Observou-se redução estatisticamente significante da glicemia<br />

(p


Introdução<br />

O<br />

controle de qualidade no laboratório<br />

de análises clínicas é a<br />

dem<br />

vir a acontecer. O processamento<br />

do método analítico, para ser exato e<br />

preciso, deve ser continuamente monitorizado<br />

e avaliado para assegurar<br />

a validade dos resultados do teste e<br />

estabelecer uma base de melhoria na<br />

qualidade. Apesar de vários esforços<br />

<br />

na melhora de muitos testes, os erros<br />

ainda ocorrem (1).<br />

Para que ocorra avanço no processamento<br />

dos testes, o laboratório deve<br />

<br />

erros no laboratório clínico ocorrem<br />

em três fases (pré, analítica e pósanalítica).<br />

A fase pré-analítica, onde<br />

se depende das variáveis do paciente<br />

(jejum incorreto, estresse, etc.), das<br />

variáveis do espécime (leucocitose,<br />

presença de bactérias, etc.), do modo<br />

como é feito a coleta, como o material<br />

é cuidado (temperatura, transporte) e<br />

o processamento do espécime (ex.:<br />

<br />

que depende do desempenho do teste<br />

selecionado pelo laboratório, e a fase<br />

pós-analítica, onde os resultados do<br />

<br />

<br />

<br />

Vários estudos feitos demonstraram<br />

que a maior parte de erros<br />

laboratoriais ocorre nas fases pré e<br />

pós-analítica (2-4).<br />

Em 1997, Plebani e seus associados<br />

realizaram um estudo para iden-<br />

<br />

laboratórios e foi visto que os erros<br />

<br />

(68,2%), seguidos dos pós-analíticos<br />

(18,5%) e analíticos (13,3%) (2).<br />

madas<br />

por outro estudo realizado<br />

dez anos depois por Carraro e Plebani<br />

em 2007, onde a taxa de porcenta-<br />

gem dos erros permaneceu quase a<br />

mesma, sendo as fases pré-analítica<br />

(61,9%) e pós-analítica (23,1%) com<br />

maior a frequência de erros, comparadas<br />

com a fase analítica (15%).<br />

Porém, os tipos de erros, particularmente<br />

na fase pré-analítica, mudaram<br />

com o tempo (4).<br />

Outro importante achado foi a alta<br />

<br />

como controláveis (73%). Esse aspecto<br />

é ainda mais importante quando<br />

considerado que 24,6% dos erros<br />

resultaram em repetições desnecessárias<br />

de testes, além disso, investigações<br />

inapropriadas e episódios com<br />

resultados clínicos negativos para o<br />

paciente (4).<br />

A demora no processamento da<br />

amostra é um dos erros pré-analíticos<br />

mais frequentes, onde, em hospitais,<br />

ambulatórios e postos de coletas o<br />

transporte do local da coleta até o<br />

laboratório às vezes pode demorar<br />

mais de duas horas (5).<br />

nea<br />

constitui um dos ensaios mais<br />

frequentes no laboratório clínico (6). A<br />

<br />

está intimamente correlacionada com<br />

os cuidados tomados na fase pré-analítica,<br />

principalmente com o seu tempo<br />

de processamento. Após a coleta da<br />

amostra, células presentes no sangue<br />

como eritrócitos, leucócitos e plaquetas,<br />

continuam a degradar a glicose<br />

(glicólise) para atender suas necessidades<br />

energéticas, onde a velocidade<br />

de consumo da glicose é dependente<br />

<br />

presentes, da eventual presença de<br />

bactérias e da temperatura em que a<br />

amostra se encontra (7).<br />

Durante o transporte e processamento<br />

do material coletado, o maior<br />

tempo de contato do soro com esses<br />

elementos faz com que ocorra um au-<br />

<br />

diminuindo a glicemia (6).<br />

Alguns estudos mostram a magnitude<br />

do consumo da glicose, relacionando<br />

características da amostra<br />

à temperatura e tempo de processa-<br />

tivos<br />

para inibir e estabilizar a glicólise<br />

vem sendo usada em longa data (8).<br />

Recentemente, esse fenômeno tem<br />

se mostrado mais evidente, pois os laboratórios<br />

visando maior lucratividade<br />

criam postos de coleta, aumentando<br />

seus serviços e, consequentemente,<br />

uma quantidade maior de material é<br />

transportada para o laboratório, onde<br />

muitas vezes é distante (6).<br />

Várias formas de evitar o consumo<br />

da glicose in vitro-<br />

<br />

plasma imediatamente depois que o<br />

<br />

congelamento durante o transporte,<br />

<br />

<br />

tubos de coleta, e o uso de aparelhos<br />

portáteis que aproximam mais o paciente<br />

do processamento do teste (6).<br />

Outra técnica vem sendo usada<br />

-<br />

<br />

<br />

Esse tubo possui um gel separador e<br />

<br />

de centrifugada a amostra, é separada<br />

entre soro e o restante dos elementos<br />

do sangue, evitando qualquer tipo<br />

de contato, pois mesmo in vitro, as<br />

células sanguíneas consomem glicose<br />

para se manterem.<br />

O tubo com gel separador apresenta<br />

pelo menos quatro vantagens na<br />

<br />

<br />

amostra em ensaios potencialmente<br />

reto<br />

e menor volume de sangue a ser<br />

<br />

coleta; (3) aumento da produtividade<br />

<br />

<br />

espaço para as amostras em analisadores<br />

automáticos (8).<br />

102<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Devido a tais fatos, o trabalho tem<br />

como objetivo comparar os valores<br />

de glicose sanguínea de pacientes,<br />

utilizando o tempo decorrido entre<br />

coleta e centrifugação como variável,<br />

realizado no Laboratório de Análises<br />

Clínicas do Núcleo de Assistência<br />

Médica Integrada (NAMI) da Universidade<br />

de Fortaleza.<br />

Materiais e Métodos<br />

Realizou-se um estudo experimental<br />

de caráter quantitativo, onde foram<br />

executadas punções venosas de 73<br />

pacientes atendidos no laboratório do<br />

NAMI, no período de 01 de março a<br />

30 de abril de 2009. Foram incluídos<br />

pacientes, que independente da pesquisa,<br />

já haviam sido encaminhados<br />

ao laboratório do NAMI para realizar<br />

o exame de glicemia, sendo esses de<br />

ambos os gêneros e independente de<br />

qualquer patologia, entre a faixa etária<br />

de 18 a 60 anos.<br />

A pesquisa realizada seguiu os<br />

preceitos éticos recomendados na<br />

resolução do Conselho Nacional de<br />

Saúde número 196/96 do comitê de<br />

ética em pesquisa com seres humanos<br />

e aprovada pelo Comitê de Ética<br />

da Universidade de Fortaleza, de parecer<br />

n° 088/2009. Cada voluntário<br />

foi informado sobre o propósito da<br />

pesquisa e assinou o termo de consentimento<br />

livre e esclarecido antes<br />

do sangue ser coletado.<br />

A punção venosa foi realizada de<br />

forma asséptica, seguindo todos os<br />

protocolos de procedimento a vácuo<br />

da BD ® Vacutainer, sendo o sangue<br />

coletado em tubos de tampa amarela<br />

contendo gel separador e ativador<br />

da coagulação, fabricado pela BD ®<br />

Vacutainer, de lote 7274195, sem conservantes<br />

de glicose. Esse gel é uma<br />

<br />

de atuar como barreira física entre as<br />

hemácias e o plasma ou soro, após<br />

a centrifugação. É um polímero com<br />

do<br />

um acelerador da coagulação (9).<br />

O tempo de coleta foi realizado em<br />

média de 10 minutos, incluindo desde<br />

assepsia do paciente ao término da<br />

coleta, com tempo de até 1 minuto<br />

entre a troca de tubos.<br />

Os tubos foram centrifugados em<br />

tempos diferentes, onde o primeiro<br />

tubo foi centrifugado após uma hora<br />

da coleta, o segundo tubo após duas<br />

horas e o terceiro tubo após três horas.<br />

Durante o tempo de espera para<br />

a separação entre o soro e o coágulo<br />

formado, os tubos foram mantidos em<br />

estantes sob uma temperatura ambiente<br />

de 27-28ºC. Todos os tubos foram<br />

centrifugados durante dez minutos, sob<br />

3.000 rotações por minuto, em uma<br />

centrífuga de marca Bioeng 4000 com<br />

capacidade para 28 tubos de ensaio,<br />

com temperatura interna de 2 ± 22 ºC.<br />

Os valores de glicose foram quan-<br />

<br />

hexoquinase glicose-6-fosfato desidrogenase<br />

realizada pelo analisador<br />

bioquímico automatizado Dimension ® ,<br />

utilizando o cartucho de reagente<br />

Flex ® Glicose fabricado pela Siemens ® .<br />

ANOVA com comparações de teste<br />

de Newman Keuls foram os testes utilizados<br />

para as análises dos resultados,<br />

em que se necessitava da comparação<br />

Glicose mg/dl<br />

<strong>100</strong><br />

75<br />

50<br />

25<br />

0<br />

de mais de dois grupos. Os cálculos<br />

estatísticos foram realizados utilizando<br />

um programa de análise estatística<br />

GraphPad Prism4 Software.<br />

Os resultados foram apresentados<br />

<br />

p


Discussão<br />

A possibilidade da utilização do soro em tubo com<br />

<br />

na determinação da glicemia apresenta algumas vantagens,<br />

dentre elas redução de custos, menor volume<br />

de sangue coletado e, principalmente, a conservação<br />

da estabilidade dos níveis de glicose in vitro (8).<br />

Foi observado nesse estudo que os níveis de gli-<br />

<br />

contato do soro com os demais elementos do sangue,<br />

caso não haja a separação total das partes, através da<br />

centrifugação, dentro de um curto período de tempo.<br />

nuição<br />

de até 2 ± 12mg/dl de glicose, uma diferença<br />

de um pouco mais de 12%. Tal resultado pode ser<br />

prejudicial ao paciente, pois ele pode sair de um estado<br />

de pré-diabetes para os valores normais aceitos pela<br />

Sociedade Brasileira de Diabetes (10).<br />

É muito bem documentado o consumo de glicose<br />

pelas células e a causa da diminuição da concentração<br />

da glicose no sangue durante o transporte, onde os<br />

níveis glicêmicos são sensíveis a temperaturas (11);<br />

no entanto, o tempo também é um fator que pode<br />

gerar erros.<br />

Caso haja demora no transporte, mesmo em temperatura<br />

ambiente, pode ocorrer a glicólise in vitro. Tal<br />

<br />

1963, onde em tubos de ensaio sem nenhum conservante<br />

de glicose, ou qualquer outra forma de inibir a<br />

glicólise, houve uma queda da glicemia, demonstrando<br />

que o tempo está intimamente relacionado com esta<br />

perda devido ao contato do soro com o coágulo (12).<br />

Zhang et al, em 1998, realizaram um estudo para<br />

analisar a estabilidade de várias substâncias presentes<br />

no sangue, dentre elas a glicose. Eles utilizaram tubos<br />

de coleta sem conservantes ou gel separador e ainda<br />

mantiveram os tubos sob uma temperatura de 2 ±<br />

32ºC para simular o transporte de amostras do local<br />

da coleta até o processamento.<br />

No estudo, concluíram que após três horas do soro<br />

em contato com o coágulo, houve uma redução sig-<br />

<br />

<br />

sob a glicose (5).<br />

Já em 2001, Picheth e colaboradores comparam a<br />

<br />

sódio com a utilização de tubos com gel separador e<br />

ativador da coagulação, e observaram que embora não<br />

houvesse diferenças clinicamente importantes, os níveis<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010<br />

105


de glicose eram maiores nos tubos<br />

com gel separador, ressaltando que a<br />

técnica do tubo com gel é adequada<br />

para a determinação da glicemia,<br />

oreto<br />

de sódio. Consequentemente,<br />

observaram algumas vantagens para<br />

o laboratório, como melhor aproveitamento<br />

da amostra pela sua utilização<br />

-<br />

<br />

volume de sangue a ser coletado,<br />

diminuindo custos e aumentando a<br />

produtividade de 20-40% com a redução<br />

de tubos a serem centrifugados e<br />

maximização do espaço para as amostras<br />

em analisadores automático (8).<br />

Conclusão<br />

Portanto, conclui-se que apesar do<br />

tubo com gel separador e ativador da<br />

coagulação ser uma boa metodologia<br />

para avaliação da glicose sanguínea,<br />

é preciso que a centrifugação seja<br />

realizada com agilidade para evitar<br />

diminuição da glicemia e, consequen-<br />

temente, evitar erros nos resultados<br />

laboratoriais, como foi demonstrado<br />

anteriormente.<br />

Sendo esses erros controláveis,<br />

há uma necessidade em evitá-los,<br />

pois ainda existem fatores que não<br />

podem ser controlados pelo laboratório,<br />

como o aumento da glicólise em<br />

uma amostra devido a um número<br />

elevado de leucócitos ou presença de<br />

bactérias (7).<br />

O sistema de saúde está progressivamente<br />

dependente dos serviços de<br />

de<br />

dos seus resultados, o qual, como<br />

parte de todo o sistema de serviço de<br />

saúde, está propenso a erros.<br />

Embora muitos estudos venham<br />

sendo conduzidos com uma visão de<br />

aumentar a qualidade dos laboratórios<br />

de análises clínicas, a literatura sobre<br />

erros laboratoriais ainda é escassa e<br />

apresenta limitações (3).<br />

A demora dos postos de coleta<br />

para enviar as amostras ao local de<br />

processamento ainda existe (5). Entretanto,<br />

para prevenir esses erros,<br />

será necessária uma maior comunicação<br />

e cooperação entre todos os<br />

membros da área da saúde envolvida<br />

nas atividades que abrangem o laboratório,<br />

desde o coletor da amostra, ao<br />

auxiliar que faz o transporte do mate-<br />

<br />

<br />

<br />

do exame.<br />

A educação continuada dos pro-<br />

mentos<br />

é crucial para o entendimento<br />

de variáveis que possam ocorrer na<br />

qualidade do espécime e só assim<br />

evitar erros laboratoriais.<br />

Agradecimentos<br />

Os autores agradecem a todos os<br />

funcionários do Laboratório de Análises<br />

Clínicas do Núcleo de Atenção<br />

Integrada da Universidade de Fortaleza,<br />

CE, pela atenção e apoio no<br />

desenvolvimento deste trabalho.<br />

Correspondência para:<br />

Prof. Dr. Renato Motta Neto<br />

rmotta_neto@hotmail.com<br />

Referências Bibliográficas<br />

1. Mayo Medical Laboratories. Communiqué. Preanalytic Laboratory Errors: Identification and Prevention. Disponível em: <br />

Acessado em 05 de março de 2009.<br />

2. Plebani M, Carraro P. Mistakes in a stat laboratory: types and frequency. Clin. Chem., 43(8): 1348-51, 1997.<br />

3. Bonini P, Plebani M, Ceriotti F, Rubboli F. Errors in laboratory medicine. Clin. Chem., 48(5): 691-8, 2002.<br />

4. Carraro P, Plebani M. Errors in a stat laboratory: types and frequencies 10 years later. Clin. Chem., 53(7): 1338-42, 2007.<br />

5. Zhang DJ, Elswick RK, Miller WG, Bailey JL. Effect of serum-clot contact time on clinical chemistry laboratory results. Clin. Chem., 44(6):<br />

1325-33, 1998.<br />

6. Landt M. Glyceraldehyde preserves glucose concentrations in whole blood specimens. Clin. Chem., 46(8): 1122-49, 2000.<br />

7. Burtis CA, Ashwood ER. Tietz, fundamentos de quimica clinica. 3ª ed. Philadelphia: Saunders, 1999.<br />

8. Picheth G, Jaworski MCG, Pinto AP, Kikuti MY, Scartezini M, Alcântara VM, Fadel-Picheth CMT. Plasma-fluoretado comparado ao soro<br />

na determinaçäo da glicose sangüínea. Rev. Bras. Anál. Clín., 33(4): 167-70, 2001.<br />

9. Sociedade Brasileira de Patologia Clínica. Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / ML para Coleta de Sangue<br />

Venoso. 1ª.ed. - Elaborado pelo Comitê de Coleta de Sangue da SBPC/ML e BD Diagnostics - Preanalytical Systems. São Paulo, 2005<br />

76 p. Disponível em: Acessado em 19 de abril de 2009.<br />

10. Sociedade Brasileira de Diabetes. Pré-diabetes: o que é isso. Disponível em: Acessado<br />

em 05 de março de 2009.<br />

11. Tolstoi E. Glycolysis in bloods of normal subjects and of diabetic patients. J. Biol. Chem., 60: 69, 1924.<br />

12. Ruiter J, Weinberg F, Morrison A. The stability of glucose in serum. Clin. Chem., 9: 356-9, 1963.<br />

106<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Artigo<br />

A Atuação Biológica na Formação da Ciência Micológica<br />

Arthur Tavares de Oliveira Melo 1 , Evandro Leão Ribeiro 2<br />

1 - Acadêmico de Bacharelado em Ciências Biológicas do Instituto de<br />

Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (ICB/UFG)<br />

2 - Orientador e professor adjunto da disciplina de Micologia do Laboratório de<br />

Fungos Patogênicos do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da<br />

Universidade Federal de Goiás (LFP/IPTSP/UFG)<br />

Resumo<br />

Summary<br />

A atuação biológica na formação da ciência<br />

micológica<br />

O avanço científico mais profundo sobre os fungos demonstra<br />

a constante relevância que esses seres vivos desempenham na<br />

vida diária do homem. Este estudo cabe ao biólogo como um<br />

profissional que visa entender e desvendar a funcionalidade do<br />

ciclo biológico da vida, fazendo uso dos recursos peculiares de<br />

cada indivíduo presente na natureza, como a utilização dos fungos<br />

no aprimoramento da melhoria de condição de vida do homem.<br />

Tais conhecimentos devem ser educacionalmente sistematizados<br />

para que possam ser repassados de forma didática às gerações<br />

humanas subsequentes, permitindo a aprendizagem do conhecimento<br />

constatado e seu aprimoramento com os novos saberes que<br />

advirão do avanço tecnológico e científico da biologia dos fungos.<br />

Palavras-chave: Fungos, biologia, educação<br />

The biological acting in the mycological science<br />

education<br />

The deeper scientific progress on the fungi demonstrates the<br />

constant relevance that those alive individuals carry out in daily<br />

life of the man. This study suits the biologist as a professional that<br />

seeks the understanding and the study of the functionality of the<br />

biological cycle of life, making use of each peculiar resources each<br />

individual present in the nature, as the use of the fungi to upgrade<br />

the improvement of human life condition. Such knowledge should<br />

be systematized in order to teach others, so that can be reviewed<br />

in a didactic way the subsequent human generations, allowing the<br />

learning of the verified knowledge and its improvement with the<br />

new discovers that will occur from the technological progress on<br />

the biology of the fungi.<br />

Keywords: Fungi, biology, education<br />

Introdução<br />

Os fungos são seres vivos que<br />

contribuem de forma decisiva<br />

para a preservação da<br />

diversidade biológica do nosso planeta<br />

e estão presentes, de mil formas, no<br />

nosso cotidiano (1). A partir de 1969<br />

posto<br />

por Robert Whittaker passaram<br />

<br />

parte, por apresentarem um conjunto<br />

mitem<br />

sua diferenciação das plantas.<br />

Este reino com mais de setenta<br />

mil espécies descritas, algumas macroscópicas<br />

e outras microscópicas,<br />

pode ser encontrado nos mais diversos<br />

ambientes da Terra e inclui alguns dos<br />

mais importantes organismos, tanto<br />

em termos ecológicos quanto econômicos,<br />

em função dos seus papéis<br />

na natureza, ou seja, contribuem de<br />

várias maneiras para a manutenção<br />

do funcionamento normal de ecossistemas<br />

e comunidades biológicas (1).<br />

Das importâncias de se conhecer<br />

detalhadamente o reino dos fungos se<br />

destacam as relacionadas ao homem,<br />

isto é, em todos os níveis os fungos<br />

na<br />

e o conhecimento e manipulação<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

conhecimento sobre a biologia dos<br />

<br />

São agentes de biodegradação e<br />

<br />

uma característica sapróbia (utilização<br />

de material orgânico morto como fonte<br />

de nutrientes), estes animais são<br />

responsáveis pela biodegradação de<br />

material orgânico no nosso ambiente,<br />

reciclando compostos essenciais como<br />

<br />

<br />

que produzem.<br />

As principais doenças de plantas e<br />

algumas doenças animais são causa-<br />

110<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


das por fungos: por serem animais<br />

generalistas, isto é, de fácil estabelecimento<br />

em qualquer local onde tenha<br />

presença de carbono, nitrogênio e<br />

água os fungos podem ser parasitas<br />

e lesionar tecidos vegetais causando<br />

um péssimo rendimento das plantas.<br />

Já em animais, as doenças ocorrem<br />

do<br />

penetram na corrente sanguínea<br />

e o sistema imunológico encontra-se<br />

debilitado, permitindo o crescimento<br />

do micro-organismo.<br />

São largamente usados em indústrias<br />

no processo de fermentação:<br />

a fermentação é um processo de<br />

transformação de uma substância em<br />

outra, produzida a partir de microorganismos,<br />

tais como fungos. Usada<br />

na fabricação de cervejas, vinhos e<br />

pães, principalmente.<br />

Usados na produção comercial de<br />

compostos bioquímicos: Aspergillus<br />

niger é usado em larga escala na<br />

fabricação comercial de ácido cítrico,<br />

além dos fungos do gênero Penicillium<br />

usados na produção de penicilina.<br />

São fontes diretas de alimentos:<br />

alguns fungos e leveduras são cultivados<br />

em larga escala e, em seguida,<br />

submetidos a tratamento posterior<br />

para fornecer diversas proteínas. Por<br />

exemplo, Quorn mycoprotein, uma<br />

proteína com propriedades químicas<br />

e valores nutricionais semelhantes às<br />

encontradas em proteínas de carne, é<br />

produzido comercialmente a partir do<br />

fungo Fusarium venanatum micelial.<br />

Alguns fungos são altamente be-<br />

<br />

espécies formam uma relação de<br />

simbiose com a planta chamada<br />

<br />

<br />

resultando em uma maior produtividade<br />

destas espécies vegetais. Algumas<br />

outras espécies são utilizadas no<br />

controle biológico de insetos, pragas,<br />

nematoides, plantas daninhas e de<br />

micro-organismos patogênicos.<br />

Por se tratar de um grupo de organismos<br />

onde se estima que 30% das<br />

espécies ainda são desconhecidas,<br />

que aproximadamente 300 podem<br />

causar infecção humana e que outras<br />

tantas são economicamente importantes<br />

(2), ao relacionarmos estes<br />

fatos com o atual nível de pesquisas<br />

nas áreas médicas e biotecnológicas,<br />

podemos determinar a importância de<br />

se conhecer mais espécies de fungos,<br />

<br />

elas além de aspectos da biologia do<br />

<br />

mais preparado do que um biólogo.<br />

<br />

de diversas maneiras e em diversas<br />

áreas da biologia, tais como: sistemática,<br />

biotecnologia, biologia molecular,<br />

bioquímica, além da micologia<br />

propriamente dita, difundindo mais o<br />

conhecimento dessa ciência.<br />

Formação do Biólogo<br />

rio<br />

da <strong>Ed</strong>ucação produziu e difundiu<br />

Parâmetros Curriculares Nacionais<br />

onde destacavam que o papel das<br />

Ciências Naturais é o de colaborar<br />

para a compreensão do mundo e suas<br />

transformações, situando o homem<br />

como indivíduo participativo e parte<br />

<br />

Portanto, podemos descrever os<br />

principais pontos de atuação de um<br />

biólogo resgatando outro Parâmetro<br />

vide<br />

basicamente a atuação do biólogo<br />

em três vertentes.<br />

No âmbito de Representação e<br />

Comunicação, um biólogo atuará<br />

descrevendo processos e características<br />

do ambiente ou dos seres vivos,<br />

bem como relacionando os diversos<br />

conteúdos conceituais de Biologia na<br />

formulação de hipóteses acerca dos<br />

fenômenos biológicos.<br />

No contexto de Investigação e<br />

Compreensão, formular questões,<br />

diagnósticos e propor soluções para<br />

problemas apresentados, utilizando<br />

sempre elementos da Biologia. E no<br />

campo de Contextualização Sociocul-<br />

<br />

vimento<br />

tecnológico, considerando a<br />

preservação da vida, as condições de<br />

vida e as concepções de desenvolvimento<br />

sustentável.<br />

Assim, admite-se que a formação<br />

biológica contribua para que cada indivíduo<br />

seja capaz de compreender e<br />

aprofundar as explicações atualizadas<br />

de processos e de conceitos biológicos,<br />

a importância da ciência e da<br />

<br />

interesse pelo mundo dos seres vivos.<br />

Esses conhecimentos devem contribuir,<br />

também, para que o cidadão seja<br />

capaz de usar o seu conhecimento ao<br />

tomar decisões de interesse individual<br />

e coletivo, no contexto de um quadro<br />

ético de responsabilidade e respeito<br />

que leve em conta o papel do homem<br />

<br />

O conceito de biologia, segundo<br />

<br />

aparece em 50% dos programas de<br />

ensino de ciências e/ou biologia da<br />

educação brasileira. A relação entre<br />

ciência, tecnologia e sociedade aparece<br />

ainda menos, indicando a falta de<br />

análise das implicações sociais de de-<br />

<br />

tão presente por sua importância nos<br />

<br />

ainda mais quando percebemos certo<br />

distanciamento entre profissionais<br />

<br />

voltados para a área de pesquisa. Isto<br />

culmina num erro grave de isolamento<br />

de duas vertentes que poderiam estar<br />

unidas para melhorar principalmente o<br />

ensino de ciências e biologia da edu-<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010<br />

111


cação brasileira, bem como proporcionar<br />

uma relação entre a ciência dos<br />

cientistas e a ciência da sala de aula,<br />

difundindo as ciências naturais como<br />

um todo para a sociedade em geral.<br />

E ainda, a formação de professores<br />

necessita, hoje, de uma abordagem<br />

multidisciplinar no seu tratamento.<br />

Portanto, como cita Jiménez (11), é<br />

necessário haver uma coerência entre<br />

<br />

e a forma como este conhecimento é<br />

reconstruído em situação escolar.<br />

Nesse sentido, como uma alternativa,<br />

vale a pena ressaltar o que foi<br />

sugerido por Vianna & Carvalho (16)<br />

de que é necessário juntar a pesquisa<br />

feita nos laboratórios, observando se<br />

os pesquisadores expõem os problemas<br />

da construção do conhecimento<br />

da sua área com a maneira de ver a<br />

Ciência do ponto de vista de professo-<br />

tica<br />

docente. Entretanto, nada mais<br />

vantajoso do que relacionar a prática<br />

<br />

fungos com a necessidade de melhoria<br />

da qualidade do ensino brasileiro.<br />

Essa relação se torna vantajosa<br />

ao analisarmos a biologia do Reino<br />

em questão, uma vez que se trata<br />

de seres altamente generalistas, que<br />

podem ser encontrados em diversos<br />

locais sob diversas formas, de fácil<br />

manipulação e que podem ser usados<br />

em práticas escolares num espectro<br />

grande de ramos dentro da biologia,<br />

sem contar a importância ambiental<br />

e econômica destes seres. Portanto,<br />

para que esse sucesso de relacionar<br />

duas vertentes biológicas um pouco<br />

afastadas dentro da própria biologia<br />

se concretize, dependemos novamen-<br />

<br />

– que, por possuir uma formação<br />

acadêmica, poderá não só relacionar<br />

os laboratórios de micologia com as<br />

práticas docentes, mas sim, conhecer<br />

as estratégias de trabalho de ambas<br />

as vertentes e as interações Ciência,<br />

Tecnologia e Sociedade associadas<br />

à construção do conhecimento, bem<br />

como selecionar conteúdos adequados,<br />

que apresentam uma visão correta<br />

da Ciência (6).<br />

A Interação Biólogo-Micologia<br />

Quando tentamos desmembrar o<br />

logia<br />

e Sociedade, podemos começar<br />

a compreender a sua real importância,<br />

uma vez que se trata de conceitos<br />

sempre atuais e de muito interesse<br />

para a sociedade propriamente dita.<br />

Podemos analisar essa tríade come-<br />

<br />

Ciência consiste, resumidamente, em<br />

tomar conhecimento, algo que todos<br />

nós procuramos fazer ou fazemos involuntariamente<br />

todos os dias.<br />

A tecnologia é um auxiliar direto e<br />

importantíssimo para que a sociedade<br />

rais<br />

que ocorrem no nosso cotidiano.<br />

Assim, os fungos devem ser vistos como<br />

um grupo auxiliar na compreensão<br />

minuciosa dessa trilogia, podendo ser<br />

um importante grupo de organismos<br />

modelos usados ativamente para que<br />

a sociedade possa tomar ciência dos<br />

fenômenos naturais que a circundam.<br />

Podemos usar diversos tipos de<br />

fungos para estudarmos diferentes<br />

ramos dentro da biologia, tais como:<br />

proteínas enzimáticas, uma vez que<br />

são organismos dotados de um com-<br />

<br />

processos químicos como a fermentação<br />

e síntese de biocompostos, pois<br />

são organismos que através de seus<br />

sistemas biológicos realizam inúmeras<br />

reações químicas sendo muitas delas<br />

manipuladas e de suma importância<br />

<br />

reprodução, pois realizam tanto re-<br />

<br />

relações ecológicas, uma vez que realizam<br />

simbiose com plantas e algas e<br />

<br />

ciclos biológicos, pois são organismos<br />

decompositores, devolvendo átomos<br />

inorgânicos à atmosfera e vários<br />

outras áreas das ciências biológicas.<br />

Outras áreas mais específicas<br />

como a biotecnologia, a sistemática,<br />

a genética, a bioquímica e a micologia<br />

propriamente dita podem ser<br />

estudadas detalhadamente tendo<br />

como base os fungos.<br />

Algumas áreas, como a genética,<br />

ganham destaque nesse âmbito,<br />

embora existam outros meios eficazes<br />

de compreensão da genética,<br />

ao utilizarmos um fungo como o<br />

Neurospora crassa, um dos primeiros<br />

micro-organismos eucariotos a serem<br />

adotados pelos geneticistas como<br />

organismo modelo, o estudo pode se<br />

tornar mais detalhado e direcionado.<br />

Esse fungo apresenta uma velocidade<br />

recorde de crescimento de hifa: aproximadamente<br />

10cm por dia.<br />

Este crescimento rápido, combinado<br />

com seu ciclo de vida haploide e a habi-<br />

<br />

tornou-o um organismo de escolha para<br />

o estudo da genética bioquímica da<br />

nutrição e captação de nutrientes (9).<br />

De acordo com o mesmo autor a<br />

característica marcante do Neurospora<br />

crassa é o fato de os produtos<br />

haploides da meiose sofrerem uma<br />

nova divisão mitótica, formando uma<br />

óctade linear com oito esporos, sistema<br />

perfeito para estudo de crossingover,<br />

conversão gênica, rearranjos<br />

cromossômicos e controle genético<br />

da própria meiose. Além de servir<br />

como um modelo de estudo para os<br />

nicos<br />

que afetam monoculturas e<br />

humanos no mundo todo.<br />

George Beadle e <strong>Ed</strong>ward Tatum<br />

usaram Neurospora em seus estu-<br />

112<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Tabela 1. Exemplos de processos biotecnologicos com o uso de fungos<br />

Processos ou produtos<br />

Organismo<br />

Fermentação em comidas asiáticas<br />

Ang-Kak<br />

Miso (Misoshiru)<br />

Ontjam<br />

Molho de Soja<br />

Monascus purpurea<br />

Aspergillus oryzae<br />

Neurospora crassa<br />

Aspergillus Oryzae, A. sojae<br />

Cervejaria e Panificação<br />

Saccharomyces cereviseae, S. carlbergensis<br />

Queijos<br />

Penicilliun roqueforti, P. camembetii<br />

Cogumelos cultivados<br />

Agaricus bisporus, Auricularia sp., Flammulina velutipes, Lentinus edodes, Pleurotus sp.<br />

Antibióticos e outros fármacos<br />

Penicilina<br />

Cefalosporina<br />

Ciclosporina<br />

Mevalonina<br />

Penicillium chrysogenum<br />

Cephalosporium acremonium<br />

Tolypocladium inflatum<br />

Aspergillus terreus<br />

Enzimas<br />

α-Amilase<br />

Cellulase<br />

Glucoamilase<br />

Glucose Oxidase<br />

Invertase<br />

Proteinases<br />

A. niger, A. oryzae<br />

Humicola insolens, Penicillium funiculosun, Tricoderma viride<br />

Aspergillus phoenicis<br />

A. niger<br />

A. niger, A. oryzea<br />

A. oryzea, A. melleus, Rhizopus delemar<br />

Ácidos Orgânicos<br />

Ácido cítrico<br />

Aspergillus niger<br />

Ácido itacônico<br />

Aspergillus terreus<br />

Fonte: Chang and Hayes (4), Godfrey and West (7), Gray (8), Hesseline (10) e Turner (14)<br />

dos pioneiros sobre a relação geneenzima,<br />

conceito de “um gene para<br />

uma enzima” [one-gene-one-enzyme]<br />

onde eles mostraram que mutações<br />

únicas geralmente afetam a produção<br />

ma,<br />

sendo os primeiros a mostrarem<br />

a ideia de que os genes eram os co-<br />

<br />

Estudo que futuramente lhes renderia<br />

o Nobel de Fisiologia ou Medicina no<br />

ano de 1958.<br />

<br />

DNA Recombinante e a técnica de PCR<br />

(Reação em Cadeia da Polimerase) em<br />

-<br />

<br />

<br />

em aplicações comerciais (3), culmi-<br />

<br />

a esse grupo de organismos que<br />

-<br />

<br />

permitindo um consequente sequen-<br />

ciamento completo do genoma de<br />

alguns fungos.<br />

Assim, Bennett (3) cunhou o termo<br />

“Micotecnologia” (Mycotechnology),<br />

referente aos muitos processos biotecnológicos<br />

que dependem de produtos<br />

e processos fúngicos. A seguir serão<br />

sos<br />

de micotecnologia com enfoque<br />

<br />

<br />

das descobertas nos últimos séculos.<br />

114<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Avanços Tecnológicos na Ciência<br />

Micológica<br />

Após a revolução do DNA recombinante<br />

dentro das pesquisas biológicas,<br />

esses processos “micotecnológicos”<br />

cação<br />

secundária para produção genética<br />

de produtos micológicos. Um dos<br />

lados crescentes destas pesquisas é a<br />

procura sistemática para drogas com<br />

atividades anti-infecciosas.<br />

Laboratórios são particularmente<br />

inovados estabelecendo um novo<br />

rumo de pesquisas micológicas, com<br />

uma visão voltada altamente para<br />

síntese de biocompostos anti-hipertensivos,<br />

antimutagênicos, imunoestimulantes<br />

e outras atividades biológicas.<br />

Podemos citar como exemplo as<br />

ciclosporinas imunosupressoras e as<br />

mevaloninas anti-hiperensivas, sendo<br />

os dois produtos farmacêuticos mais<br />

importantes descobertos a partir de<br />

<br />

Alguns autores já imaginam que<br />

as pesquisas tecnológicas em fungos<br />

estão vivendo uma nova era pós DNA<br />

recombinante. São desenvolvimentos<br />

biotecnológicos novos que, juntamen-<br />

-<br />

splicing<br />

estão renovando a micologia industrial<br />

convencional, principalmente em se<br />

tratando de expressão heteróloga de<br />

proteínas.<br />

A tabela 2 mostra alguns exemplos<br />

de uma micotecnologia “pós-moder-<br />

<br />

estudos moleculares altamente espe-<br />

<br />

de interesse comercial.<br />

Atualmente, pesquisadores têm a<br />

esperança de produzir altos níveis de<br />

proteínas de mamíferos em fungos<br />

<br />

<br />

considerável de proquimosina – proteína<br />

bovina – a partir de várias espécies<br />

<br />

de produção está a abaixo do imaginado<br />

por alguns pesquisadores, os<br />

quais reforçam a necessidade de que<br />

mais pesquisas no âmbito molecular<br />

sejam realizadas para detalhada compreensão<br />

de processos pós-tradução<br />

de genes e liberação de metabólitos<br />

proteicos além de desvendar rotas<br />

metabólicas de diversas substâncias<br />

químicas de interesse.<br />

O desenvolvimento da transformação<br />

gênica em fungos e o aperfeiçoamento<br />

das técnicas de fermentação<br />

tornaram possível a síntese de enzi-<br />

<br />

como análises genéticas de reprodução<br />

sexual e assexuada.<br />

Já se tornou possível a introdução<br />

de genes hortólogos e parálogos em<br />

fungos manipulados geneticamente<br />

dimento<br />

e propriedades enzimáticas<br />

<br />

de microchips de DNA a partir de sílica<br />

industrial, onde usando uma tecnologia<br />

<br />

genoma, imobilizando os nucleotídeos,<br />

com o intuito de correlacionar famílias<br />

gênicas com rotas metabólicas alternativas<br />

de drogas comerciais. Assim, esse<br />

chip poderá ser usado para medição<br />

<br />

objetos moleculares importantes na<br />

detecção de produtos bioativos.<br />

Conclusão<br />

A biotecnologia de fungos está,<br />

sem nenhuma dúvida, na vanguarda<br />

<br />

<br />

modelos para biologia básica e pes-<br />

<br />

desempenham um papel importantíssimo<br />

no cotidiano social da humanidade,<br />

tendo um poder ímpar quando<br />

se trata de questões de licenciatura<br />

e docência escolar, podendo desempenhar<br />

um papel de forma direta em<br />

uma revolução não só pós-genômica,<br />

mas acadêmica, auxiliando no melhoramento<br />

do ensino brasileiro.<br />

A genômica microbiana e os avan-<br />

<br />

não só a biologia, mas também ace-<br />

Tabela 2. Exemplos de processos biotecnológicos altamente específicos e sofisticados<br />

Desenvolvimento<br />

Expressão de genes heterólogos<br />

Amplificação de genes homólogos<br />

Manipulação de rotas metabólicas secundárias<br />

Conhecimento em escala genômica<br />

Chip de DNA<br />

Biodiversidade fúngica na descoberta de novos<br />

produtos farmacêuticos<br />

Fonte: Godfrey West (7) e Turner (14)<br />

Exemplos<br />

Fungos, plantas e mamíferos<br />

Rotas metabólicas de antibióticos e enzimas<br />

Novos antibióticos semissintéticos e antibióticos híbridos<br />

Aspergillus nidulans, Neurospora crassa, Magnaporthe grisea, Phytophthora<br />

infestans<br />

Alta densidade de matrizes de DNA para rastreio de expressão gênica<br />

Rastreio de DNA genômico. Projetos de sequenciamento de genomas estruturais<br />

116<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Referências Bibliográficas<br />

lerar a descoberta por novas drogas<br />

guiando processos clínicos, bem como<br />

novas aproximações em agricultura,<br />

medicina e indústria. Assim, nos próximos<br />

anos, os biotecnologistas ainda<br />

continuarão a utilizar fungos para<br />

quebra de paradigmas nas pesquisas<br />

<br />

Correspondências para:<br />

Prof. Evandro Leão Ribeiro<br />

evandro0@terra.com.br<br />

1. Alexoupoulos CJ, Mims CW, Blackwell M. Introdutory Mycology 4ªed. John Wiley and Sons, EUA. 1996.<br />

2. Baron S, Peake RC, James DA, Susman M, Kennedy CA, Singleton MJD, Schuenke S. Medical Microbiology. 4ªed. Texas University, EUA. 1996.<br />

3. Bennett JW. Mycotechnologic: the role of fungi in biotchnologic. Journal of Biotechnology. 66:101-107. 1998.<br />

4. Chang ST, Hayes WA. The Biology and Cultivation of <strong>Ed</strong>ible Mushrooms. Academic Press, New York. 1978.<br />

5. Davies RW. Expression of heterologous genes in filamentous fungi. Applied Molecular Genetics of Fungi. Cambridge University Press,<br />

Cambridge, pp. 103-117. 1991.<br />

6. Gatti BA. A Formação de Docentes: o confronto necessário – professor x academia. <strong>Ed</strong>ucação Brasileira, v.14. 1992.<br />

7. Godfrey T, West S. (<strong>Ed</strong>s.). Industrial Enzymology, 2nd ed. Stockton Press, New York. 1996.<br />

8. Gray WD. The use of fungi as food and in food processing. CRC Crit. Rev. Food Technol. 1, 1-225. 1970.<br />

9. Griffiths AJF, Wessler SR, Lewontin RC, Galbart WM, Susuki DT, Miller JH. Introdução a Genética. <strong>Ed</strong>. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 2006.<br />

10. Hesseltine CW. Microbiology of oriental fermented foods. Annu. Rev. Microbiol. 37, 575-592. 1983.<br />

11. Jiménez VM. Concepciones de los profesores de ciencias en formación y practica del aula. In: Blanco Nieto LJ, Jiménez VM. (Coord.). La<br />

formación del professorado de Ciências y Matemáticas em Espana y Portugal. Badajoz. p.309-325. 1994.<br />

12. Kinghorn JR, Lucena N. Biotechnology of filamentous fungi. Proceeding of the 6th European Congress on Biotechnology, Elsevier, pp. 277-286. 1994.<br />

13. Krasilchick M. Prática de Ensino de Biologia. 2ª ed. <strong>Ed</strong>itora USP. São Paulo. 1986.<br />

14. Turner WB. Commercially important secondary metabolites. In: Smith JE, Berry DK (<strong>Ed</strong>s.), The Filamentous Fungi, vol. 1. Industrial Mycology.<br />

Wiley, pp. 122–142. 1975.<br />

15. Umezawa SI. Low-molecular weight enzyme inhibitors of molecular origin. Annu. Rev. Microbiol. 36, 75–99.1982.<br />

16. Vianna DM, Carvalho AMP. Formação Permanente: a necessidade da informação entre a ciência dos cientistas e a ciência da sala de aula.<br />

Ciência e <strong>Ed</strong>ucação, São Paulo, 6(1). 2000.<br />

17. Von Wartburg A, Trabor R. Chemistry of the natural cyclosporin metabolites. Prog. Alleg. 38, 28-45.1986.<br />

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117<br />

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Artigo<br />

Prevalência e Perfil de Suscetibilidade aos<br />

Antimicrobianos de Isolados de Staphylococcus aureus<br />

Gabriela Cavalcante Oliveira 1 , José Daniel Gonçalves Vieira 2 , Geraldo Sadoyama 3<br />

1 – Biomédica, Laboratório de Bacteriologia Médica – IPTSP – UFG<br />

2 – Farmacêutico e Bioquímico, Doutor em Microbiologia, Universidade de São Paulo, Laboratório<br />

de Microbiologia Ambiental e Biotecnologia – IPTSP – UFG<br />

3 – Biólogo, Doutor em Imunologia e Parasitologia Aplicadas UFU, Laboratório de Bacteriologia Médica,<br />

IPTSP/Núcleo de Estudo e Pesquisa em Microbiologia e Infecção Hospitalar – HC – UFG<br />

Resumo<br />

Summary<br />

Prevalência e perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos<br />

de isolados de Staphylococcus aureus<br />

Staphylococcus aureus é um dos principais agentes de infecção<br />

comunitária e hospitalar. A multirresistência entre S. aureus vem se<br />

tornando frequente e o monitoramento das taxas de infecção por<br />

S. aureus, bem como da resistência aos antimicrobianos, é de suma<br />

importância no ambiente hospitalar. Este estudo tem como objetivo a<br />

determinação da prevalência de S. aureus em diferentes espécimes<br />

clínicos e nas diferentes unidades do Hospital das Clínicas da Universidade<br />

Federal de Goiás (HC/UFG) e avaliar o perfil de suscetibilidade<br />

aos antimicrobianos, bem como verificar a resistência à oxacilina e a<br />

multirresistência. Foi realizado um estudo de vigilância laboratorial de<br />

pacientes internados no HC/UFG, sem estabelecer distinção entre infecção<br />

hospitalar e comunitária, cujo agente etiológico foi Staphylococcus<br />

aureus, em um período abrangendo janeiro de 2005 a dezembro de<br />

2007. As amostras dos pacientes foram isoladas e identificadas pelo<br />

laboratório de microbiologia do hospital. Totalizou-se 740 amostras<br />

de S. aureus. Das unidades em que S. aureus foi isolado, a mais<br />

frequente foi a UTI com 16,7%, seguindo-se a clínica médica com<br />

14,7%, o pronto-socorro (PS) com 10,9% e do centro e clínica cirúrgica<br />

com 10,3%. Em relação aos espécimes clínicos nos quais S. aureus<br />

foi encontrado, prevaleceram as secreções (33,6%), sangue (23,6%),<br />

secreção de ferida operatória (10,3%) e ponta de cateter (9,9%). S.<br />

aureus apresentou <strong>100</strong>% de sensibilidade à vancomicina e à linezolina,<br />

enquanto a bactéria demonstrou ser mais resistente à ampicilina<br />

e à penicilina, ambas com 4,7% de sensibilidade, e apresentaram<br />

taxas de resistência variável aos outros antimicrobianos. S. aureus foi<br />

isolado em todas as unidades do hospital e em diferentes espécimes<br />

clínicos. Ocorreu aumento na suscetibilidade de S. aureus à maioria<br />

dos antimicrobianos no decorrer do período avaliado, indicando a<br />

evolução da prática de medidas de prevenção de infecção no hospital.<br />

Staphylococcus aureus: frequency and profile of<br />

susceptibility to antimicrobial<br />

Staphylococcus aureus has been a common nosocomial and community<br />

pathogen. The multi resistance is more frequent within S. aureus<br />

and monitoring of the infection rates and antimicrobial resistance in<br />

the hospital caused by microorganism is important. The objective<br />

of this study was to evaluate the frequency of S. aureus by clinical<br />

specimen and spatial distribution in HC/UFG. It was evaluated the<br />

resistance to oxacillin and multi resistance. A laboratorial surveillance<br />

of the patients interned at the Hospital was done without establishing<br />

distinction among nosocomial and community infections caused by<br />

Staphylococcus aureus, in the period of January 2005 to December<br />

2007. The samples were isolated and identified in the microbiology<br />

laboratory of HC/UFG. It was obtained 740 cultures of S. aureus<br />

and this was the most isolated in intensive care unit (16,7%), being<br />

followed by medical clinic (14,7%), emergence room (10,9%), center<br />

and surgical clinic (10,3%). Concerning the clinical specimens were<br />

S. aureus was more isolated, predominated secretions (33,6%), blood<br />

(23,6%), operative wound (10,3%) and catheter tip (9,9%). S. aureus<br />

was <strong>100</strong>% susceptible to vancomycin and linezolide. This microorganism<br />

demonstrated to be more resistant to ampicillin and the penicillin,<br />

both with 4,7% of susceptibility and demonstrated variable resistance<br />

rates to the other antimicrobials evaluated. S. aureus was isolated in<br />

different clinical specimens and all units of the hospital. We detected<br />

an increase in the susceptibility of S. aureus in relation to most of the<br />

antimicrobials in the appraised period, indicating the evolution of the<br />

practices for infection control and prevention.<br />

Keywords: S. aureus, infection, oxacillin resistance, multi<br />

resistance<br />

Palavras-chave: S. aureus, infecção, resistência à oxacilina,<br />

multirresistência<br />

118<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Introdução<br />

A<br />

i nfecção hospitalar alcança<br />

uma problemática de grande<br />

importância para a saúde<br />

ciência<br />

da assistência médica, repercutindo<br />

em grandes custos, elevado<br />

número de internações e acentuada<br />

taxa de mortalidade (1).<br />

A frequência de Staphylococcus<br />

aureus nos quadros de infecções hospitalares<br />

e comunitárias é reforçada<br />

por aspectos referentes ao próprio<br />

micro-organismo como, por exemplo,<br />

a sua elevada virulência associada a<br />

uma acentuada taxa de morbidade.<br />

Assim, evidencia-se uma diversidade<br />

de infecções como infecções cutâneas,<br />

muito comuns na comunidade e no ambiente<br />

hospitalar e outras infecções de<br />

extrema gravidade como pneumonia,<br />

endocardite, osteomielites, meningites.<br />

Estudos também têm constatado<br />

que S. aureus possui uma capacidade<br />

de adaptação e multirresistência aos<br />

antimicrobianos (2). A sua transmissão<br />

ocorre através do contato com outros<br />

portadores ou através do manuseio<br />

de objetos colonizados. Desta forma,<br />

portadores constituídos principalmente<br />

<br />

possuem papel de destaque na patogênese<br />

e epidemiologia dessas infecções,<br />

pois funcionam como veículos de<br />

transmissão (3).<br />

Além disso, outros fatores do ambiente<br />

hospitalar facilitam o desencadeamento<br />

de infecções que estão<br />

relacionadas com a inexistência de<br />

medidas de controle e prevenção,<br />

como a esterilização e desinfecção<br />

inadequadas de instrumentos, o uso<br />

indiscriminado de antimicrobianos, a<br />

disseminação da bactéria em equipamentos<br />

hospitalares, em alimentos e<br />

na água (4).<br />

Pode-se ressaltar a participação<br />

dos pacientes hospitalizados na propagação<br />

desse micro-organismo, pelo<br />

maior risco para colonização e subsequente<br />

infecção, devido às doenças de<br />

base, imunodepressão, exposição à<br />

antibioticoterapia e ou procedimentos<br />

invasivos (3).<br />

A magnitude do papel que o Staphylococcus<br />

aureus exerce nas infecções<br />

hospitalares e comunitárias,<br />

aliada à morbimortalidade causada<br />

por este agente faz com que estudos<br />

epidemiológicos sejam cada vez mais<br />

nhecimento<br />

da dinâmica da presença<br />

de S. aureus em instituições de saúde<br />

no Brasil. Este estudo teve como objetivo<br />

avaliar a frequência do S. aureus<br />

em diferentes espécimes clínicos e<br />

nas diferentes unidades do HC/UFG<br />

<br />

sensibilidade e resistência à oxacilina<br />

e multirresistência.<br />

Casuística e Métodos<br />

Local e desenho do estudo<br />

O Hospital das Clínicas da Universidade<br />

Federal de Goiás - HC/UFG é um<br />

hospital de cuidados terciários, com<br />

cerca de 12.000 admissões por ano e<br />

aproximadamente 300 leitos.<br />

Foi realizada uma vigilância baseada<br />

na demanda espontânea do<br />

laboratório de microbiologia do HC/<br />

UFG no período de janeiro de 2005 a<br />

dezembro de 2007 para as culturas<br />

que positivaram para amostras de<br />

Staphylococcus aureus.<br />

Isolamento e identificação das<br />

amostras<br />

Inicialmente, as hemoculturas<br />

foram caracterizadas como positivas<br />

ou negativas para micro-organismos,<br />

através do processamento em sistema<br />

automatizado Bactec 9120 (Becton<br />

Dickinson).<br />

Staphylococcus<br />

aureus isolados de diferentes<br />

espécimes clínicos (secreções,<br />

líquidos peritoneal e pleural, ponta de<br />

cateter, secreção traqueal, escarro,<br />

lavado brônquico, escara, fragmento<br />

de tecido/ósseo, secreção de ferida<br />

operatória, swab nasal, urina, outros)<br />

e hemoculturas positivas, foi empregado<br />

o sistema semiautomatizado<br />

MicroScan-4 (Dade Berhing), sendo<br />

utilizado como controle a cepa de<br />

Staphylococcus aureus ATCC 29213.<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

empregado o sistema de automação<br />

MicroScan-4. A suscetibilidade antimicrobiana<br />

das amostras isoladas<br />

foi determinada de acordo com as<br />

diretrizes do CLSI, documento M7-A6<br />

(5), suplementado pelo M<strong>100</strong>-S17 (6).<br />

Foram testados os seguintes antimicrobianos:<br />

ampicilina, ceftriaxona,<br />

cefazolina, clindamicina, eritromicina,<br />

-<br />

micina,<br />

linezolida, oxacilina, penicilina,<br />

rifampicina e as associações da amoxacilina/ácido<br />

clavulânico, ampicilina/<br />

sulbactam, dalfopristina/quinupristina<br />

e trimetoprim/sulfametoxazol. A cepa<br />

de Staphylococcus aureus ATCC 29213<br />

foi utilizada como controle.<br />

Análise estatística<br />

A análise estatística descritiva foi<br />

realizada através da tabulação dos<br />

terminação<br />

das taxas de infecção por<br />

S. aureus nos diferentes espécimes<br />

clínicos e unidades do HC/UFG.<br />

Os resultados microbiológicos, bem<br />

como os dados de suscetibilidade, foram<br />

avaliados utilizando-se o teste do χ 2<br />

para comparação entre os valores per-<br />

120<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


centuais (variáveis qualitativas) quando<br />

o n foi maior que 5 e o teste exato de<br />

Fisher quando o n foi igual ou menor<br />

<br />

p menor que<br />

0,05. A análise das variáveis foi execu-<br />

<br />

versão 2000 (CDC, Atlanta).<br />

Resultados e<br />

Discussão<br />

Foram isoladas 740 amostras de<br />

Staphylococcus aureus <br />

<br />

<br />

<br />

foram analisadas segundo as uni-<br />

<br />

<br />

<br />

S. aureus<br />

<br />

Staphylococcus aureus assume<br />

<br />

nosocomiais, ao ser considerado um<br />

-<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

Brasil, ao evidenciar o maior número<br />

<br />

<br />

ladas<br />

3.396 (17,4%) amostras da<br />

<br />

de micro-organismos (7). Em outro<br />

estudo feito somente no Brasil, foi<br />

detectado 22,8% de S. aureus de um<br />

total de 3.728 amostras de outros<br />

<br />

<br />

S. aureus isolados<br />

<br />

<br />

<br />

Tabela 1. Prevalência de Staphylococcus aureus encontrados nas unidades, no período de 2005 a 2007<br />

Unidades 2005 2006 2007 Total Valor de p²<br />

Desconhecida<br />

Centro cirúrgico e clínica cirúrgica<br />

Pronto-Socorro (PS)<br />

Unidade de terapia intensiva (UTI)³<br />

Clínica médica<br />

Maternidade<br />

Ortopedia<br />

Pediatria<br />

Serupe¹<br />

Clínica Tropical<br />

n=219<br />

(%)<br />

103<br />

(47,0)<br />

17<br />

(7,8)<br />

13<br />

(5,9)<br />

30<br />

(13,7)<br />

31<br />

(14,1)<br />

3<br />

(1,4)<br />

8<br />

(3,6)<br />

5<br />

(2,3)<br />

2<br />

(0,9)<br />

6<br />

(2,7)<br />

0<br />

UTI neonatal<br />

(0,0)<br />

1<br />

Outras 4 (0,4)<br />

1.Serupe: serviço de urgência pediátrica.<br />

2.Análise estatística comparando os três anos simultaneamente.<br />

3. Incluem UTI médica e cirúrgica.<br />

4. Traumatologia e hemodiálise.<br />

n=307<br />

(%)<br />

70<br />

(22,8)<br />

32<br />

(10,4)<br />

31<br />

(10,1)<br />

54<br />

(17,6)<br />

57<br />

(18,6)<br />

3<br />

(1,0)<br />

12<br />

(3,9)<br />

15<br />

(4,9)<br />

6 (2,0)<br />

21<br />

(6,8)<br />

3<br />

(1,0)<br />

3<br />

(1,0)<br />

n= 214<br />

(%)<br />

0<br />

(0,0)<br />

27<br />

(12,6)<br />

38<br />

(17,7)<br />

40<br />

(18,7)<br />

21<br />

(9,8)<br />

10<br />

(4,7)<br />

15<br />

(7,0)<br />

7<br />

(3,2)<br />

27<br />

(12,6)<br />

11<br />

(5,1)<br />

6<br />

(2,8)<br />

12<br />

(5,6)<br />

n= 740<br />

(%)<br />

173<br />

(23,4)<br />

76<br />

(10,3)<br />

81<br />

(10,9)<br />

124<br />

(16,7)<br />

109<br />

(14,7)<br />

16<br />

(2,2)<br />

35<br />

(4,7)<br />

27<br />

(3,6)<br />

35<br />

(4,7)<br />

38<br />

(5,1)<br />

9<br />

(1,2)<br />

16<br />

(2,2)<br />

< 0, 001<br />

0,249<br />

< 0, 001<br />

0, 334<br />

0, 020<br />

0, 011<br />

0,174<br />

0, 274<br />

< 0, 001<br />

0,110<br />

0, 025<br />

< 0, 001<br />

122<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


por ocasião da ausência de dados no<br />

pedido de exame microbiológico.<br />

A unidade mais frequente foi a UTI<br />

com 16,7%, seguindo-se da clínica<br />

médica com 14,7%, do pronto-socorro<br />

(PS) com 10,9% e do centro e clínica<br />

cirúrgica com 10,3%. O menor percentual<br />

obtido foi o da UTI neonatal<br />

com 1,2%. As unidades que expressaram<br />

valores de p estatisticamente<br />

significantes (p


pelas amostras isoladas do sangue<br />

(23,6%), de secreção de ferida<br />

operatória (10,3%) e da ponta de<br />

cateter (9,9%). As secreções, com<br />

o respectivo número de amostras<br />

isoladas, incluem secreção abdominal<br />

(10), mamária (5), oftálmica<br />

(1), de orofaringe (8), de abscesso<br />

(33), de ouvido (1), de fragmento<br />

(1) com o predomínio de secreções<br />

<br />

<br />

percebe-se a maior frequência de<br />

secreções de abscesso.<br />

Os menores percentuais foram<br />

obtidos pelos espécimes clínicos<br />

desconhecidos e pela variável outros<br />

espécimes clínicos (líquor, swab<br />

oral, retal, e do dedo da mão) juntos<br />

com 1,4%. Denotam-se como<br />

valores de p estatisticamente sig-<br />

<br />

líquidos peritoneal/pleural e outros<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Evidenciam-se as seguintes diferenças<br />

significativas que foram<br />

estabelecidas comparando-se S.<br />

aureus encontrados nos espécimes<br />

clínicos em relação aos diferentes<br />

<br />

<br />

líquidos peritoneal/pleural e outros<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

realizado em hospitais da América La-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

no segundo), trato respiratório baixo<br />

(22,38% no primeiro estudo e 21% no<br />

segundo), infecção de ferida e tecidos<br />

<br />

45,8% no segundo).<br />

belecido<br />

em instituições de oito<br />

países da Ásia, Oceano Pacífico e<br />

<br />

espécimes clínicos mais prevalentes<br />

tório<br />

(22,91%) e as estruturas da<br />

<br />

que os espécimes clínicos secreção<br />

de ferida operatória e secreções<br />

em geral podem ser incluídos nas<br />

infecções de pele, de ferida e tecido<br />

moles, percebe-se que os resultados<br />

obtidos por estes estudos<br />

confirmam-se com os espécimes<br />

clínicos mais prevalentes deste trabalho,<br />

exceto os espécimes clínicos<br />

relacionados ao trato respiratório<br />

(secreção traqueal, lavado brônquico<br />

e escarro) que foram menos<br />

prevalentes neste trabalho.<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

de Janeiro, os espécimes clínicos<br />

<br />

(38% no primeiro estudo e 20% no<br />

segundo), pele e ferida operatória<br />

(20% no primeiro estudo e 38% no<br />

segundo), ponta de cateter venoso<br />

central (4,5% no primeiro estudo e<br />

16% no segundo).<br />

Fica evidente também com estes<br />

estudos a alta frequência dos espécimes<br />

clínicos sangue, secreções de<br />

ferida operatória e de abscesso, incluídos<br />

nas infecções de pele. E, além<br />

disso, a positividade das pontas dos<br />

cateteres como um dos espécimes<br />

clínicos mais prevalentes.<br />

A alta frequência de S. aureus isolados<br />

em ponta de cateter é também<br />

ratificada por outros estudos, que<br />

apresentaram índices distintos. Em<br />

<br />

<br />

do Hospital Geral de Fortaleza (20),<br />

evidenciaram-se S. aureus como o segundo<br />

micro-organismo mais isolado<br />

em ponta de cateter com, respectivamente,<br />

28,9% e 25%.<br />

Enquanto que na Espanha de-<br />

<br />

<br />

S. aureus<br />

<br />

quinto patógeno mais encontrado<br />

<br />

isolados) em bacteremias associadas<br />

a cateter vascular e em 2005<br />

(38 isolados) foi o quarto.<br />

Em estudo desenvolvido anterior-<br />

<br />

revelaram que S. aureus foi o patógeno<br />

mais encontrado em hemoculturas<br />

(40%), denotando uma manutenção<br />

do alto índice de S. aureus isolados<br />

no sangue.<br />

Ao observar o perfil de suscetibilidade<br />

das amostras de S. aureus<br />

em relação aos antimicrobianos, no<br />

geral constatou-se que houve <strong>100</strong>%<br />

de sensibilidade de S. aureus à vancomicina<br />

e à linezolina. Enquanto<br />

que a bactéria demonstrou ser mais<br />

resistentes à ampicilina e à penicili-<br />

de.<br />

Staphylococcus aureus sensíveis<br />

<br />

total 52,4%.<br />

Percebe-se também que houve um<br />

aumento gradativo de suscetibilidade de<br />

S. aureus à maioria dos antimicrobianos<br />

durante o período estudado. A maioria<br />

dos antimicrobianos exibiu valores de<br />

p <br />

exceção dos antimicrobianos ampicili-<br />

<br />

124<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


dalfopristina/quinupristina (p=0,470),<br />

tetraciclina (p=0,456), trimetropina/<br />

sulfametoxazol (p=0,090), vancomicina<br />

e linezolida para as quais não foi possível<br />

obter resultado (Tabela 3).<br />

Entre os antimicrobianos que<br />

revelaram diferenças significantes<br />

no período avaliado, verificase<br />

uma maior chance de resistência<br />

para a cefazolina e ceftriaxona<br />

(p


timicrobianos, no período estudado,<br />

pode estar associado ao trabalho que<br />

vem sendo realizado pelo Serviço<br />

de Controle de Infecção Hospitalar<br />

(SCIH), como o uso criterioso de antimicrobianos<br />

e a implementação de<br />

programas educacionais associados<br />

à prevenção e controle de infecção<br />

hospitalar no HC/UFG (24).<br />

Existe uma variação do padrão<br />

de sensibilidade de S. aureus aos<br />

antimicrobianos quando se comparam<br />

estudos de diferentes países.<br />

Por exemplo, De La Parte-Pérez et al.<br />

(25) analisaram a sensibilidade de S.<br />

aureus em hospitais da Venezuela no<br />

período de 1995 a 2002 e observaram<br />

entre os anos <strong>100</strong>% de sensibilidade<br />

à vancomicina, e uma variação entre<br />

os anos de 98% a 67% à gentamicina,<br />

<br />

a 71% à eritromicina, 99% a 87%<br />

à associação do trimetoprim/sulfametoxazol<br />

e 97% a 67% à oxacilina.<br />

Já Trucco et al. (26) encontraram<br />

em diferentes hospitais do Chile,<br />

aproximadamente 47% de S. aureus<br />

nosocomiais sensíveis à oxacilina,<br />

<strong>100</strong>% sensíveis à vancomicina,<br />

50% sensíveis à ciprofloxacina e<br />

aproximadamente 82% sensíveis<br />

à clindamicina. Enquanto neste<br />

estudo <strong>100</strong>% das amostras foram<br />

sensíveis à vancomicina, 53,4% foram<br />

sensíveis à gentamicina, 54,4%<br />

sensíveis à ciprofloxacina, 44,6%<br />

sensíveis à eritromicina, 64,2% sensíveis<br />

à associação do trimetoprim/<br />

sulfametoxazol, 52,4% sensíveis à<br />

oxacilina e 49,8% sensíveis à clindamicina.<br />

Portanto, ambos os estudos<br />

assemelham-se a este em relação à<br />

ausência de resistência do S. aureus<br />

para a vancomicina.<br />

Estudos realizados no Brasil mostraram<br />

também variações da sensibilidade<br />

de S. aureus a antimicrobianos<br />

quando se analisa o país como um<br />

todo e em estudos que avaliam as<br />

suas diferentes regiões.<br />

Por exemplo, ao investigar hospitais<br />

do Brasil, Sader et al. (8)<br />

observaram que 66% dos isolados<br />

de S. aureus apresentaram-se suscetíveis<br />

às cefalosporinas (cefazolina<br />

e ceftriaxona); 66%, 9,9%, 9,2%,<br />

68,1% das amostras demonstraram<br />

sensibilidade à outros betalactâmicos,<br />

respectivamente à oxacilina,<br />

ampicilina, penicilina e à associação<br />

da amoxacilina/ácido clavulânico;<br />

65,6% e 89,3%, respectivamente,<br />

<br />

<br />

99,8% e 68%, respectivamente, às<br />

associações de dalfopristina/quinupristina<br />

e do trimetoprim/sulfametoxazol;<br />

64,8% à gentamicina, 71,1%<br />

à rifampicina e <strong>100</strong>% à vancomicina.<br />

Ao passo que Moura et al. (14),<br />

em hospital público de ensino de<br />

Teresina, revelaram o seguinte<br />

perfil de suscetibilidade do S. aureus<br />

à betalactâmicos: ampicilina<br />

(27,12%), ceftriaxona (54,24%),<br />

ciprofloxacina (55,93%), cefazolina<br />

(45,76%), oxacilina (33,90%), penicilina<br />

(15,25%); e a outros antimicrobianos:<br />

clindamicina (49,15%),<br />

gentamicina (57,63%) e vancomicina<br />

(93,22%). Já neste estudo, foram<br />

obtidos como resultados: amoxacilina/ácido<br />

clavulânico (51,8%), ampicilina<br />

e penicilina ambas com 4,7%,<br />

cefazolina e ceftriaxona ambas com<br />

51,1%, ciprofloxacina (54,4%),<br />

clindamicina (49,8%), gatifloxacina<br />

e tetraciclina ambas apresentando<br />

73,0%, gentamicina (53,4%), oxacilina<br />

(52,4%), rifampicina (90,5%),<br />

vancomicina (<strong>100</strong>%) e as associações<br />

da dalfopristina/quinupristina<br />

(88,9%) e do trimetoprim/sulfametoxazol<br />

(64,2%).<br />

Quando comparamos os estudos<br />

mencionados com o presente estudo,<br />

observamos que os baixos percentuais<br />

de sensibilidade de S. aureus à penicilina<br />

e à ampicilina e o <strong>100</strong>% de sensibilidade<br />

de S. aureus a vancomicina,<br />

apresentados no primeiro estudo, são<br />

análogos a este estudo. E o segundo<br />

estudo demonstra percentuais de<br />

S. aureus suscetíveis à ceftriaxona,<br />

<br />

gentamicina semelhantes aos vistos<br />

neste estudo.<br />

O presente estudo demonstrou<br />

que o S. aureus é um dos patógenos<br />

mais frequentes no HC/UFG, sendo<br />

encontrado em todas as unidades do<br />

hospital e em espécimes clínicos como<br />

em secreções, sangue e secreção de<br />

ferida operatória, com metade dos<br />

isolados resistente à oxacilina.<br />

O conhecimento da prevalência<br />

deste agente no hospital e de seu per-<br />

<br />

instrumento de vigilância epidemiológica,<br />

orientação terapêutica, medidas<br />

preventivas e de controle. Notou-se<br />

um aumento da suscetibilidade de S.<br />

aureus à maioria dos antimicrobianos<br />

no decorrer do período avaliado,<br />

indicando uma evolução nas práticas<br />

de medidas de prevenção de infecção<br />

hospitalar no HC/UFG, como o controle<br />

na prescrição de antimicrobianos<br />

(pressão seletiva).<br />

Tal fato demonstra a necessidade<br />

da realização de estudos de vigilân-<br />

gressão<br />

da resistência de S. aureus à<br />

oxacilina e a outros antimicrobianos,<br />

<br />

<br />

favorecendo as intervenções de prevenção<br />

e controle.<br />

Correspondências para:<br />

Prof. Geraldo Sadoyama<br />

sadoyama@iptsp.ufg.br<br />

128<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


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130<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Artigo<br />

Caracterização de Culturas de Urinas Realizadas<br />

no Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da<br />

Universidade Potiguar – Natal/RN<br />

Lidiane Lima de Oliveira 1 , Marília Janaina Medeiros de Oliveira 1 , Fernanda Pinto Gadelha 1 , Carla Elenuska F. B. Rodrigues 2<br />

1 - Farmacêutica Bioquímica, Natal/ RN<br />

2 - Farmacêutica Bioquímica – Docente e responsável pelo Laboratório de<br />

Microbiologia do Curso de Farmácia da Universidade Potiguar- UnP, Natal/ RN<br />

Resumo<br />

Summary<br />

Caracterização de culturas de urinas realizadas<br />

no Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da<br />

Universidade Potiguar – Natal/RN<br />

No Brasil, um total de 80% das consultas clínicas deve-se à<br />

infecção do trato urinário (ITU). Por se tratar de um processo infeccioso<br />

comum, acomete homens e mulheres em qualquer idade. Sua<br />

etiologia tem sido analisada e estabelecida de forma consistente. A<br />

grande maioria das ITU é causada por enterobactérias, mas também<br />

pode ser provocada por outros micro-organismos. O objetivo<br />

desse trabalho foi realizar uma análise do perfil epidemiológico<br />

de pacientes com infecção urinária atendidos no Laboratório de<br />

Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar, Natal/<br />

RN, fazendo um levantamento de dados como o sexo, faixa etária,<br />

agente etiológico, realização de sumário de urina, achados<br />

bioquímicos (hemácias, nitrito, leucócitos) e perfil de sensibilidade<br />

aos antimicrobianos. Os resultados mostraram que essa infecção é<br />

mais comum no sexo feminino (78,87%) e a faixa etária de maior<br />

prevalência compreende entre 21 a 59 anos, referente a adultos,<br />

com 54,93%. O agente etiológico mais encontrado nas uroculturas<br />

positivas foi a Escherichia coli com 59,2% das amostras. Dos 478<br />

(89,5%) pacientes que realizaram uroculturas positivas, apenas 50<br />

(10,5%) tinham realizado também o sumário de urina. O achado<br />

bioquímico, presente no sumário de urina, que obteve maior percentual<br />

foi leucócitos com 37,4%, seguido da presença de bactérias<br />

(24,5%). Entre os três antimicrobianos mais utilizados na terapêutica<br />

da infecção (ácido nalidíxico, norfloxacino, nitrofurantoína), o que<br />

mostrou ser mais expressivo à resistência bacteriana foi o ácido<br />

nalidíxico, com 28,3%.<br />

Palavras-chave: Infecção urinária, Escherichia coli, resistência,<br />

uroculturas<br />

Characterization of urine cultures accomplished in<br />

Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da<br />

Universidade Potiguar – Natal/RN<br />

In Brazil, a total of 80% of the clinical consultations is related<br />

to urinary tract infection (UTI). Because it´s considerate a common<br />

infectious process, it happens in men and women in any age. Its<br />

etiology has been analyzed and established in a consistent form.<br />

The great majority of UTI is caused by enterobacteria, but it also<br />

can be caused by other microorganisms. The objective of this work<br />

was to accomplish an analyze of the epidemiologist profile of patients<br />

with urinary infection who were taken care in the Laboratório<br />

de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar –<br />

Natal/RN, making a data-collecting such as sex, age, etiologic<br />

agent, accomplishment of urine profile, biochemistry findings (red<br />

bloods cells, nitrite, leukocytes) and sensitivity to antimicrobials.<br />

The results showed that this infection is more common in the feminine<br />

sex (78.87%) and the average aged of higher prevalence is<br />

between 21 and 59 years-old, referring the adults, with 54,93%.<br />

The most found etiologic agent in the positive urine culture was the<br />

Escherichia coli with 59,2% of the samples. From the 478 (89.5%)<br />

patients that presented positive urine cultures, only 50 (10.5%) had<br />

also carried through urine summary. The biochemistry finding, in<br />

the urine summary, that presented higher level was leukocytes with<br />

37,4%, followed by the presence of bacteria (24.5%). Among the<br />

three antimicrobials most used to treat the infection (nalidixic acid,<br />

norfloxacin, nitrofurantoin), the one that was the most expressive in<br />

relation to bacterial resistance was the nalidixic acid with 28.3%.<br />

Keywords: Urinary infections, Escherichia coli, resistance,<br />

urine culture<br />

132<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Introdução<br />

A<br />

infecção do trato urinário<br />

(ITU) é uma infecção muito<br />

comum e responde por<br />

grande parte dos processos infecciosos,<br />

comunitários e hospitalares.<br />

Caracteriza-se pela presença de<br />

micro-organismos nas vias urinárias,<br />

habitualmente bactérias, seja na bexiga,<br />

sistema coletor ou rins.<br />

Essa patologia ocupa o segundo<br />

lugar em incidência, depois das infecções<br />

do trato respiratório e está<br />

presente em todas as idades, do neonato<br />

ao idoso. Mas, durante o primeiro<br />

ano de vida, devido ao maior número<br />

de malformações congênitas, especialmente<br />

válvula de uretra posterior,<br />

acomete preferencialmente o sexo<br />

masculino. A partir deste período, durante<br />

toda a infância e principalmente<br />

na fase pré-escolar, as meninas são<br />

acometidas 10 a 20 vezes mais do<br />

que os meninos.<br />

Na vida adulta, a incidência de ITU<br />

se eleva e o predomínio no sexo feminino<br />

se mantém, com picos de maior<br />

acometimento no início ou relacionado<br />

à atividade sexual, durante a gestação<br />

ou na menopausa, de forma que 48%<br />

das mulheres apresentam pelo menos<br />

um episódio desta infecção ao longo<br />

da vida. Na mulher, a suscetibilidade<br />

a esta patologia se deve à uretra mais<br />

curta e à maior proximidade do ânus<br />

com o vestíbulo vaginal e uretra. No<br />

homem, o maior comprimento uretral,<br />

teriano<br />

prostático são protetores.<br />

<br />

complicada e complicada. A “nãocomplicada”<br />

ocorre em pacientes que<br />

apresentam ausência de anormalidades<br />

anatômicas e se caracteriza por<br />

cistite, uretrite e bacteriúria assintomática.<br />

A “ITU complicada” aparece<br />

em pacientes com anormalidades<br />

estruturais do trato urinário, incluindo<br />

cálculos, obstrução ou cateteres,<br />

sendo clinicamente importante devido<br />

à alta probabilidade de sua disseminação<br />

para o rim (pielonefrite) e para<br />

a corrente sanguínea (sepse).<br />

As características clínicas destas<br />

infecções compreendem sintomas<br />

como disúria, polaciúria ou aumento<br />

da frequência urinária, urgência miccional,<br />

dor em baixo ventre, calafrios,<br />

com presença ou não de dor lombar,<br />

podendo fazer parte desse quadro<br />

clínico mal-estar geral e indisposição.<br />

A frequência das bactérias causadoras<br />

de ITU varia na dependência de onde<br />

foi adquirida a infecção, intra ou extrahospitalar<br />

e também difere em cada<br />

ambiente hospitalar considerado.<br />

Os maiores responsáveis pela ITU<br />

são as bactérias gram negativas entéricas,<br />

especialmente a Escherichia<br />

coli, que é a mais frequente, seguida<br />

das demais gram negativas como Klebsiella,<br />

Enterobacter, Acinetobacter,<br />

Proteus e Pseudomonas. Além destas,<br />

o Staphylococcus saprophyticus, bactéria<br />

gram positiva, tem sido apontada<br />

como segunda causa mais frequente<br />

de ITU não complicada. Nas ITUs complicadas,<br />

a incidência de Pseudomonas<br />

é maior dentre as gram negativas e no<br />

grupo das gram positivas essa maior<br />

frequência é dos Enterococcus.<br />

O diagnóstico laboratorial consiste<br />

na realização de exames como o<br />

sumário de urina e da urocultura. A<br />

presença de esterase leucocitária (enzima<br />

encontrada em certos leucócitos)<br />

cidade,<br />

principalmente se associada<br />

a sinais e/ou sintomas atribuíveis ao<br />

trato urinário, e é muito útil enquanto<br />

se aguarda a cultura.<br />

sicoquímico<br />

da urina indica a atividade<br />

redutora de nitrato-redutase presente<br />

nas enterobactérias, enquanto que a<br />

presença de hematúria associada a<br />

outras alterações urinárias, especialmente<br />

a proteinúria, sugere comprometimento<br />

do trato urinário e merece<br />

investigação, sendo a morfologia das<br />

hemácias um indicativo do local do<br />

sangramento: se glomerular ou nãoglomerular.<br />

O tratamento deve ser feito de<br />

acordo com a localização e a presença<br />

de fatores complicantes, sendo a escolha<br />

do antibiótico baseado na urocultura,<br />

além de alta ingestão de líquidos e<br />

cuidados com a higiene. Este tem por<br />

objetivo tratar a infecção bacteriana,<br />

aliviar os sintomas agudos e evitar o<br />

aparecimento de lesões renais.<br />

O emprego de esquemas curtos<br />

ou dose única não é aconselhado<br />

no tratamento da infecção do trato<br />

urinário, pois poderá induzir a resistência<br />

bacteriana. Habitualmente<br />

são utilizados esquemas terapêuticos<br />

com 7 a 10 dias de duração, nos<br />

quais os antibióticos mais prescritos<br />

são sulfametoxazol-trimetoprima,<br />

nolonas,<br />

amoxicilina, nitrofurantoína,<br />

cefalexina, ampicilina e gentamicina.<br />

De acordo com o exposto, abordaremos<br />

neste trabalho um amplo<br />

conhecimento sobre infecção do trato<br />

urinário e uma correlação entre nitrato,<br />

leucócitos e hemácias presentes<br />

na urina com urocultura positiva, de<br />

pacientes atendidos no Laboratório de<br />

Análises Clínicas e Toxicológicas da<br />

Universidade Potiguar.<br />

Metodologia<br />

Trata-se de uma pesquisa descritiva,<br />

na qual os fatos são observados,<br />

<br />

e interpretados sem a interferência<br />

do pesquisador. A pesquisa também<br />

-<br />

134<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


oração de instrumento de pesquisa são do sexo feminino e 101 (21,1%)<br />

adequado à realidade.<br />

do masculino, conforme mostra a<br />

Os dados dos pacientes foram co- Figura 1.<br />

Com percentuais de 78,9% e<br />

durante o período de 2006 a 2008 no res<br />

são as que apresentaram maior<br />

Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas<br />

da Universidade Potiguar, acometimento de ITU (1, 2). Essa<br />

Natal/RN.<br />

suscetibilidade se deve à uretra<br />

feminina ser mais curta e à sua pro-<br />

Resultados e Discussões<br />

Caracterização da Amostra<br />

Sexo dos pacientes<br />

Os dados evidenciaram que de um<br />

total de 478 pacientes, 377 (78,9%)<br />

Percentual de pacientes<br />

90,00 %<br />

78,87%<br />

80,00 %<br />

70,00 %<br />

60,00 %<br />

50,00 %<br />

40,00 %<br />

30,00 %<br />

20,00 %<br />

10,00 %<br />

0,00 %<br />

Feminino<br />

ximidade com o ânus e o vestíbulo<br />

-<br />

<br />

o fator antibacteriano prostático são<br />

protetores, o que contribui para que<br />

esta população seja menos atingida<br />

de acordo com o que encontramos no<br />

presente estudo (2, 3).<br />

21,13%<br />

Masculino<br />

Sexo<br />

Figura 1. Frequência de infecção urinária relacionada ao sexo nos 478 pacientes atendidos<br />

no Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar, Natal/RN.<br />

Faixa etária dos pacientes<br />

Pode-se observar na Figura 2<br />

que a faixa etária que apresentou<br />

maior frequência de ITU foi a dos<br />

adultos (21 a 59 anos), com aproximadamente<br />

156 (55%), seguida<br />

dos idosos 64 (22,53%). As crianças<br />

e jovens obtiveram menores<br />

percentuais.<br />

A faixa etária de maior ocorrência<br />

de ITU é a de 31 a 40 anos (4). De<br />

fato, na vida adulta a incidência de<br />

ITU aumenta. Num estudo de 1.271<br />

uroculturas, obteve-se 15,4% de<br />

casos positivos em crianças de 0 a<br />

3 anos e na faixa etária de 4 a 12<br />

anos obteve-se o menor índice (2%)<br />

de infecção (2); para os autores do<br />

<br />

com maior incidência de infecção<br />

foram entre 13 e 50 anos (40,1%) e<br />

acima de 51 anos (42,5%). Barros<br />

et al., 1999,<br />

Um outro estudo retratou que as<br />

<br />

em qualquer idade, sendo que os<br />

grupos mais comprometidos são os<br />

recém-nascidos do sexo masculino,<br />

meninas em idade pré-escolar, mu-<br />

<br />

<br />

idosos de ambos os sexos (5).<br />

Percentual de pacientes<br />

60,00 %<br />

54,93%<br />

50,00 %<br />

40,00 %<br />

30,00 %<br />

22,53%<br />

20,00 %<br />

13,73%<br />

8,81%<br />

10,00 %<br />

0,00 %<br />

Crianças Jovens Adultos Idosos<br />

Faixa etária<br />

Figura 2. Incidência de infecção urinária relacionada com a faixa etária dos pacientes atendidos<br />

no Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar, Natal/RN<br />

Etiologia Bacteriana<br />

<br />

mostram (na Figura 3) que das<br />

478 uroculturas positivas foram<br />

a E. coli com 59,20%, seguida da<br />

Enterobacter (19,66%) e Klebsiella<br />

(5,44%) os micro-organismos gram<br />

negativos mais frequentemente<br />

isolados. O S. aureus, com 4,81%,<br />

foi a bactéria que se mostrou mais<br />

frequente dentre as gram positivas.<br />

Os outros patógenos incluem<br />

as bactérias Sthaphylococcus saprophyticus,<br />

Streptococcus spp,<br />

Pseudomonas spp, Enterobacter<br />

136<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Perfil bacteriano<br />

Outros 3,57<br />

Klebsiella spp 5,44<br />

Proteus mirabillis 2,72<br />

Proteus vulgaris 2,09<br />

Proteus spp 2,51<br />

Enterobacter spp<br />

19,66%<br />

Staphylococcus aureus 4,81<br />

Escherichia coli<br />

59,20%<br />

Número de bactérias<br />

Figura 3. Frequência de micro-organismos causadores de infecção urinária nos pacientes<br />

atendidos no Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar, Natal/RN<br />

agglomerans, Citrobacter spp, Enterococcus<br />

spp e Klebsiella oxytoca <br />

<br />

com 3,6%.<br />

<br />

E. <br />

coli como o principal responsável uroculturas positivas tiveram como<br />

por ITU (6, 7). Este micro-organismo <br />

S. aureus.<br />

zar<br />

e, subsequentemente, causar Uroculturas Positivas Relacionadas<br />

com Sumário de Urina<br />

<br />

<br />

septicemias, meningites e infecções culturas<br />

positivas, apenas 56 (10,5%)<br />

<br />

<br />

que a E.coli foi responsável por <br />

Enterobacter<br />

com 7,2% e Klebsiella com <br />

A urocultura quantitativa re-<br />

- <br />

<br />

<br />

<br />

intestinal as que mais provocam as infecções<br />

urinárias (9, 10, 11). <br />

Os Staphylococcus aureus fazem <br />

<br />

<br />

nas gestantes) e caracterizar as infecções<br />

recorrentes, as quais exigem<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

uroculturas positivas com contagens<br />

superiores a 105 UFC/mL é concor-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

os contaminantes mais comuns isola-<br />

<br />

<br />

Outros autores mencionam que é<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

turas<br />

(15).<br />

Exames<br />

Porcentual<br />

Uroculturas positivas <strong>100</strong>%<br />

Sumário de urina 10,5%<br />

Tabela 1. Porcentual das uroculturas positivas<br />

e sumário de urina, dos pacientes atendidos<br />

no Laboratório de Análises Clínicas e<br />

Toxicológicas da Universidade Potiguar,<br />

Natal/RN<br />

Sumário de Urina Normal<br />

e Alterado<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

-<br />

<br />

-<br />

138<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


27%<br />

Sumário de urina normal<br />

Sumário de urina alterado<br />

<br />

interferentes na urina que podem<br />

provocar reações falsas-negativas.<br />

<br />

alguns componentes urinários (proteínas,<br />

glicose, bilirrubina e urobilinogênio)<br />

é necessária para garantir<br />

a exatidão do resultado (16).<br />

73%<br />

Figura 4. Percentual de sumário de urina normal e alterado dos pacientes atendidos no<br />

Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar, Natal/RN<br />

Percentual<br />

40,00 %<br />

37,40%<br />

35,00 %<br />

30,00 %<br />

24,50%<br />

25,00 %<br />

21,40%<br />

20,00 %<br />

16,70%<br />

15,00 %<br />

10,00 %<br />

5,00 %<br />

0,00 %<br />

Hemácias Nitrito Leucócitos Bactérias<br />

Achados Bioquímicos<br />

Figura 5. Percentual dos componentes bioquímicos encontrados nas fitas reagentes dos<br />

pacientes atendidos no Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade<br />

Potiguar, Natal/RN<br />

versas doenças do trato urinário, bilirrubina, esterase, leucocitária e<br />

metabólicas ou sistêmicas não nitrito) e os elementos encontrados<br />

relacionadas com o rim. Quando realizado<br />

e interpretado criteriosamen-<br />

epiteliais de descamação, leucócitos,<br />

na sedimentoscopia urinária (células<br />

te, oferece ao solicitante valiosas hemácias, cilindros, bactérias, muco,<br />

informações para o esclarecimento cristais, sais amorfos, leveduras,<br />

diagnóstico. Este exame consiste em espermatozoides e parasitas).<br />

três etapas que são: exame físico Além desses parâmetros, algumas<br />

observações podem ser des-<br />

(volume, cor, aspecto, depósito e<br />

densidade), pesquisas bioquímicas critas, quando necessárias, com a<br />

realizadas através de tiras reativas <br />

(pH, proteínas, glicose, corpos cetônicos,<br />

hemoglobina, urobilinogênio, diagnóstico de doenças mais<br />

ao clínico que possam auxiliar no<br />

especí-<br />

Relação dos Achados Bioquímicos<br />

Presentes no Sumário de Urina<br />

Pode-se interpretar através da Figura<br />

5 que o achado bioquímico mais<br />

prevalente foi a presença de leucócitos<br />

40 (37,4%) seguidos de bactérias<br />

26 (24,5%). Os demais, hemácias<br />

(18) e nitrito (23), apresentaram um<br />

percentual de 16,7% e 21,4% respectivamente.<br />

<br />

que a presença de nitrito em testes<br />

com tiras reagentes, em que somente<br />

nitrito e esterase leucocitária,<br />

mostra razoável precisão e exatidão<br />

em comparação com a cultura<br />

quantitativa (5). O teste da esterase<br />

leucocitária é um meio rápido de ve-<br />

<br />

positivo correlaciona-se com oito a<br />

dez leucócitos por campo de grande<br />

aumento. O teste de nitrito positivo<br />

requer a presença de nitratos na<br />

cientes<br />

capazes de converter nitratos<br />

em nitritos e condições adequadas<br />

para que essa conversão ocorra (17).<br />

Outro estudo relata que os testes<br />

que utilizam tiras reagentes detectam<br />

<br />

bactérias gram negativas do que por<br />

espécies gram-positivas, uma vez que<br />

o teste de nitrito não revela a presença<br />

de patógenos gram positivos em muitos<br />

casos (18).<br />

A conversão de nitrato em nitrito<br />

na urina por cocos gram positivos<br />

ainda não está bem estabelecida.<br />

Autores relatam que essa conversão<br />

140<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Antimicrobianos<br />

Número<br />

absoluto (n)<br />

Sensível Resistente Intermediário<br />

Porcentagem<br />

(%)<br />

Número absoluto<br />

(n)<br />

Porcentagem<br />

(%)<br />

Número absoluto<br />

(n)<br />

Porcentagem<br />

(%)<br />

Ácido nalidíxico 259 69,6% 105 28,3% 8 2,1%<br />

Norfloxacino 306 82,5% 47 12,6% 18 4,9%<br />

Nitrofurantoína 304 78,2% 67 17,2% 18 4,6%<br />

Tabela 2. Porcentual de sensibilidade e resistência aos antimicrobianos testados na realização dos antibiogramas realizados no Laboratório<br />

de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar, Natal/RN.<br />

é determinada apenas para Sthaphylococcus<br />

coagulase-negativos,<br />

sendo na maioria das vezes positiva,<br />

e para Sthaphylococcus saprophyticus,<br />

cuja conversão é sempre<br />

negativa (19).<br />

Algumas espécies de cocos, como<br />

por exemplo, os Enterococcus, são<br />

incapazes de reduzir o nitrato urinário<br />

em nitrito e apresentam alta resistência<br />

às drogas comumente utilizadas<br />

para tratamento de ITU (20).<br />

Resistência X Sensibilidade aos<br />

Antimicrobianos Analisados<br />

De acordo com os dados expos-<br />

<br />

bactérias apresentaram sensibilidade<br />

-<br />

<br />

provou ser intermediário. Entretanto,<br />

em relação ao antimicrobiano<br />

<br />

<br />

<br />

demonstraram ser intermediários. A<br />

nitrofurantoína, outro antimicrobiano<br />

bastante utilizado para as infecções<br />

<br />

das bactérias analisadas com sensi-<br />

<br />

<br />

O modelo de resistência dos patógenos,<br />

causadores de infecções<br />

urinárias, frente aos agentes antimicrobianos<br />

comuns está em constante<br />

mudança e isso deve ser levado<br />

em consideração na escolha da estratégia<br />

para o tratamento (21). O<br />

uso de terapia empírica inapropriada<br />

foi encontrado como sendo causa de<br />

mortalidade em pacientes com bacteremia<br />

originada no trato urinário.<br />

Além disso, alguns estudos mostram<br />

<br />

pode levar ao uso desnecessário de<br />

antimicrobianos (22).<br />

<br />

cepas de Escherichia coli isoladas, de<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Conclusões<br />

Foi possível observar, nesse traba-<br />

tou<br />

uma maior incidência de infec-<br />

<br />

<br />

mostrou um maior percentual foi a<br />

partir de 21 a 59 anos com aproxi-<br />

<br />

ao grupo de adultos.<br />

E.coli <br />

foi o principal agente etiológico das<br />

infecções urinárias.<br />

-<br />

<br />

do<br />

sumário de urina.<br />

<br />

<br />

apresentaram resultado alterado<br />

desse exame.<br />

-<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

de sensibilidade e resistência, realizado<br />

nos antibiogramas, as bactérias<br />

apresentaram maior grau de resistência<br />

ao antimicrobiano ácido nalidíxico<br />

<br />

<br />

Correspondências para:<br />

Lidiane Lima de Oliveira<br />

lidy-oliver@hotmail.com<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010<br />

141


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142<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Artigo<br />

Hipotireoidismo Subclínico: Relato de Caso<br />

Caroline Becker 1 , Luana Silveira de Carvalho 1 , Hortência Ballesteros 1 , Natália Krug 1 , Vanessa Ludwig 1 ,<br />

Tássia de Deus 1 , Camila Cardoso 1 , Evandro Kruse 1 , Guilherme Krein 1 , Gustavo Muller Lara 2<br />

1 - Aluno de graduação do Curso de Biomedicina da FEEVALE, Novo Hamburgo/RS<br />

2 - Professor-Mestre da Disciplina de Imunologia Clínica e supervisor de estágio em Imunologia do<br />

Laboratório de Biomedicina da FEEVALE, Novo Hamburgo/RS<br />

Resumo<br />

Summary<br />

Hipotireoidismo Subclínico: Relato de Caso<br />

O hipotireoidismo subclínico é uma disfunção caracterizada<br />

por valor sérico aumentado do TSH com concentrações normais T4<br />

(tiroxina) livre e T3 (triiodotironina) livre, na ausência de sintomas<br />

clínicos. Relata-se de um caso de hipotireoidismo subclínico que<br />

se manifestou por queixas de sintomas de cansaço, fadiga, intolerância<br />

ao frio, tonturas após esforço físico e confirmado por testes<br />

laboratoriais, inclusive a presença de auto anticorpo, associado<br />

a doença de Hashimoto e a progressão da disfunção tireoidiana.<br />

Subclinical hypothyroidism: Case report<br />

Subclinical hypothyroidism is a dysfunction characterized by<br />

increased seric value from TSH with normal concentrations of free<br />

T4 (tiroxine) and free T3 (triiodotironine), in the absence of clinical<br />

symptoms. We report a case of subclinical hypothyroidism that<br />

was disclosed by complains of fatigue, cold intolerance, dizziness<br />

after physical efforts and confirmed by laboratorial tests, including<br />

presence of self antibodies, associated to Hashimoto disease and<br />

the progression of thyroid dysfunction.<br />

Palavras-chave: Hipotireoidismo subclínico, doença de<br />

Hashimoto, hormônios tireoidianos<br />

Keywords: Subclinical hypothyroidism. Hashimoto’s disease.<br />

Thyroid hormones<br />

Introdução<br />

H<br />

ipotireoidismo é uma síndrome<br />

clínica decorrente<br />

da secreção diminuída dos<br />

hormônios tireoidianos, os quais<br />

apresentam níveis diminuídos de<br />

triiodotironina (T3) e tiroxina (T4),<br />

com níveis aumentados de hormônio<br />

tireoestimulante (TSH) (1, 2).<br />

Quando o nível sérico de TSH está<br />

aumentado e associado a níveis normais<br />

de T3 livre e T4 livre, na ausência<br />

de sintomas clínicos manifestos, a<br />

disfunção é caracterizada por hipotireoidismo<br />

subclínico (HS) (3,4). Essa<br />

síndrome é reversível com a terapia<br />

de reposição hormonal (1, 2).<br />

A prevalência do HS varia com a<br />

idade e sexo da população selecio-<br />

nada, de 2,5% a 10,4%, e, quando<br />

acompanhado de valores elevados de<br />

anticorpos antitireoideanos, o risco<br />

de progressão para hipotireoidismo<br />

clínico (HC) aumenta em 5% ao ano<br />

(5). Há aumento na prevalência com<br />

a progressão da idade, chegando a<br />

valores próximos a 20% em mulheres<br />

com mais de 60 anos (3).<br />

Para uma produção adequada<br />

dos hormônios tireoidianos, é de<br />

fundamental importância que o eixo<br />

hipotálamo-hipófise-tireoide esteja<br />

íntegro, garantindo a sequência das<br />

atuações do hormônio liberador hipo-<br />

duzindo<br />

TSH, que, por sua vez, atua<br />

na tireoide, produzindo os hormônios<br />

tireoidianos, respectivamente T3 livre<br />

e T4 livre (6).<br />

Os quadros clínicos resultantes da<br />

<br />

dependerão do grau e do tempo de<br />

<br />

de diagnóstico pode levar a um aumento<br />

do risco cardiovascular, piora<br />

da função cognitiva e da qualidade<br />

de vida (6, 7).<br />

O presente trabalho relata um<br />

caso de hipotireoidismo subclínico em<br />

paciente jovem.<br />

Relato de Caso<br />

Paciente feminina, com 22 anos, foi<br />

encaminhada a um endocrinologista.<br />

A paciente apresentava cansaço, sonolência,<br />

fadiga, intolerância ao frio e<br />

tonturas após esforço físico.<br />

144<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Ao exame clínico foi evidenciado<br />

peso de 61 kg, altura de 1,64 m, IMC<br />

22,7, pressão arterial de <strong>100</strong>/70 mmHg,<br />

presença de edema, e glândula tireoide<br />

à palpação encontrava-se normal.<br />

A paciente foi submetida a provas<br />

laboratoriais, além de exames de<br />

imagem e provas de esforço físico.<br />

Os resultados foram: colesterol total<br />

139 mg/dL (< 200 mg/dL), HDL – colesterol<br />

61 mg/dL (> 60 mg/dL), triglicerídeos<br />

76 mg/dL (< 150 mg/dL),<br />

ácido úrico 3,9 mg/dL (2,5 – 6,2 mg/<br />

dL), Gama GT 13 U/L (12 – 43 U/L),<br />

eritrograma e leucograma normais,<br />

cortisol 39,9 μg/dL (5,5 – 20,0 μg/dL),<br />

ferritina 38,8 ng/mL (6 – 159 ng/mL),<br />

insulina 7,9 μU/mL (2,6 – 24,9 μU/<br />

mL), creatinina 0,80 mg/dL (0,7 – 1,2<br />

mg/dL), TSH 8,79 μUI/mL (0,27 - 4,5<br />

μUI/mL), tiroxina livre (T 4<br />

livre) 0,98<br />

ng/dL (0,7 – 1,9 ng/dL), pesquisa de<br />

anticorpos antiperoxidase tireoideana<br />

10,6 UI/mL (< 12 UI/mL).<br />

Exame ecocardiográfico uni e<br />

bidimensional com avaliação dos<br />

fluxos ao Doppler colorido encontrava-se<br />

dentro dos limites da normalidade,<br />

com mínima insuficiência<br />

tricúspide fisiológica. Ao teste de<br />

esforço obteve uma regular capacidade<br />

cardiorrespiratória, atingiu o<br />

esforço máximo assintomaticamente,<br />

sem dores torácicas ou arritmias,<br />

resultando em um teste de esforço<br />

máximo normal.<br />

trou<br />

fígado com textura homogênea,<br />

contornos regulares e volume normal.<br />

Vesícula biliar de dimensões normais,<br />

<br />

com dimensões normais e textura<br />

dentro da normalidade. Rins com textura<br />

e volumes normais, sem cálculos<br />

ou dilatação pielocalicinal. Baço com<br />

volume normal e textura homogênea.<br />

Retroperitôneo de aspecto usual, aorta<br />

de calibre normal. Bexiga urinária<br />

Figura 1. Imagem sem evidência de lesão nodular<br />

Figura 2. Tireoide com contornos regulares e sem evidência de lesão nodular<br />

com paredes lisas, sem vidência de<br />

conteúdo patológico ou lesão parietal.<br />

Não havia evidência de líquido livre ou<br />

lesão expansiva.<br />

<br />

contornos regulares e textura homogênea.<br />

Os lobos da tireoide mediam<br />

3,7 x 1,4 x 1,1 cm (3,3 cm 3 ) e 4,7 x<br />

1,6 x 1,3 cm (5,8 cm 3 ), à direita e esquerda<br />

respectivamente, com volume<br />

total aproximado de 9,6 cm 3 (usual<br />

de 11 ± 03 cm 3 ). Não havia evidência<br />

de lesão nodular focal (Figuras 1, 2).<br />

Na vigência desses exames foi<br />

feito o diagnóstico de hipotireoidismo,<br />

induzindo a paciente ao uso de hormônio<br />

tireoideano (levotiroxina sódica)<br />

na concentração de 50 μg. Após seis<br />

meses de tratamento foram realizadas<br />

novas dosagens de TSH 3,13 μUI/<br />

mL e cortisol 27,0 μg/dL. A paciente<br />

apresentava melhoras de sintomas e<br />

a reposição hormonal foi mantida na<br />

dosagem de 50 μg.<br />

Discussão<br />

O HS é uma disfunção muito comum<br />

e é um tópico de debate consi-<br />

<br />

e biomédicos, porque ainda não está<br />

<br />

prevalência é de 1% a 10% em adultos,<br />

em diferentes estudos (4, 8).<br />

Neste caso, além de valores aumentados<br />

de TSH, a paciente apresentou<br />

anticorpo antiperoxidase tiroideana<br />

<br />

<br />

do TSH trata-se de uma resposta à<br />

diminuição nos níveis séricos de T4 livre,<br />

podendo ser um sinal de disfunção<br />

<br />

clínicos relatados, característicos de HC<br />

(9). Segundo Canaris e colaboradores,<br />

indivíduos com queixas clínicas são mais<br />

frequentes nos pacientes com HS que<br />

nos eutireoidianos, porém menos frequentes<br />

que nos pacientes com HC (10).<br />

146<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


As doenças autoimunes são as<br />

causas mais comuns e responsáveis<br />

por mais de 50% dos casos. Quando<br />

a causa do HS é tiroidite de Hashimoto,<br />

a progressão é mais rápida, pois,<br />

nestas condições, o dano autoimune<br />

para a glândula tiroide parece ser um<br />

processo contínuo (11).<br />

Neste caso, o possível fator desencadeante<br />

foi a doença autoimune,<br />

pois nos exames imunológicos da<br />

paciente, embora dentro da normalidade,<br />

foi detectada a presença<br />

do anti-TPO, um marcador útil da<br />

progressão para HC.<br />

Outro hormônio que se encontrou<br />

alterado foi o cortisol. Seus níveis estavam<br />

e continuam aumentados mesmo<br />

depois do tratamento. Acredita-se<br />

que ele tenha se mostrado elevado<br />

devido a situações de estresse e que<br />

não tenha efeito algum sobre a anormalidade<br />

da glândula tireoide.<br />

No HS, as concentrações de colesterol<br />

total (CT) e da lipoproteína de<br />

baixa densidade (LDL) estão, geralmente,<br />

dentro dos valores da normalidade,<br />

como no caso da paciente em<br />

questão, entretanto, alguns estudos<br />

trazem os valores de LDL aumentados,<br />

enquanto que os valores de HDL estão<br />

diminuídos (4).<br />

<br />

e T4 livre são indicados para o diagnóstico<br />

e para o acompanhamento das<br />

disfunções tireoidianas (12).<br />

Tratamento com levotiroxina pode<br />

reduzir os sintomas do hipotireoidismo<br />

e melhorar a qualidade de vida.<br />

Um possível benefício do tratamento<br />

do HS baseia-se na prevenção do<br />

surgimento desses sinais e sintomas<br />

clínicos há evolução para HC, o que<br />

ocorre em cerca de 5% dos pacientes,<br />

anualmente (13).<br />

O conhecimento das diversas<br />

manifestações clínicas, dos fatores<br />

predisponentes e a realização de<br />

exames laboratoriais de rotina, nos<br />

leva ao reconhecimento precoce da<br />

disfunção e, assim, prevenir a progressão<br />

dessa síndrome.<br />

Correspondências para:<br />

Caroline Becker<br />

carolbecker@netwizard.com.br<br />

Referências Bibliográficas<br />

1. Bennet JC, Plum F. Cecil Textbook of Medicine.20ª edição, Philadelphia, W.B. Saunders, p.1227-1245, 1996.<br />

2. Wajchenberg BL. Tratado de Endocrinologia Clínica. 1a edição, São Paulo, Livraria Roca, 1992, 308-29.<br />

3. Helfand M, U.S. Screening for Thyroid Dysfunction in Nonpregnant Adults : A Summary of the Evidence for U.S. Preventive Services Task<br />

Force. Ann Intern Med, 140(2): 128-141, 2004.<br />

4. Cooper DS. Subclinical hypothyroidism. N Engl J Med, 325(4): 260-265, 2001.<br />

5. Sawin CT, Castelli WP, Hershman JM, McNamara P, Bacharach P. The aging thyroid. Thyroid deficiency in the Framingham Study. Arch<br />

Intern Med; 145: 1368-80, 1985.<br />

6. Setian N. Hipotireoidismo na criança: diagnóstico e tratamento. Jornal de pediatria. 83(5): 209-216, 2007.<br />

7. Tavares AB. Impacto do Hipotireoidismo entre Mulheres Climatéricas. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 21(9): 560, 1999.<br />

8. Mc Dermott T, Ridgway C. Clinical Perspective. Subclinical Hypothyroidism Is Mild Thyroid Failure and should be treated. J Clin Endocrinol<br />

Metab, 86(10): 4585-90, 2001.<br />

9. Teixeira PFS et al. Avaliação clínica e de sintomas psiquiátricos no hipotireoidismo subclínico. Rev. Assoc. Med. Bras. [online], 52(4):<br />

222-228, 2006.<br />

10. Canaris GJ, Manowitz NR, Mayor G, Ridgway EC. The Colorado thyroid disease prevalence study. Arch Intern Med, 160(526):34, 2000.<br />

11. Tunbridge WM, Brewis M, French JM, Appleton D, Bird T, Clark F, et al. Natural history of autoimmune thyroiditis. Br Med J, 282: 282-<br />

258, 1981.<br />

12. Rodrigues LP et al. Quantificação de anticorpos antitireoperoxidase e antitireoglobulina, tireotrofina e tiroxina livre em gestantes normais.<br />

Rev. Bras. Ginecol. Obstet. [online], 29(9): 478-483, 2007.<br />

13. Vanderpump MPJ, Tunbridge W.M. Epidemiology and Prevention of Clinical and Subclinical Hypothyroidism. Thyroid, 12(10): 839-47, 2002.<br />

148<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


AGENDA<br />

2010<br />

2010 AACC ANNUAL MEETING<br />

Data: 25 a 29 de julho<br />

Local: Anaheim, Califórnia. EUA<br />

Informações: www.aacc.org<br />

V CONGRESSO SUL MINEIRO DE<br />

LABORATÓRIOS CLÍNICOS<br />

Data: 13 a 15 de agosto<br />

Local: São Lourenço. MG<br />

Informações: www.afarbica.com.br<br />

29º CONGRESSO BRASILEIRO DE<br />

ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA<br />

Data: 04 a 07 de setembro<br />

Local: ExpoGramado. Gramado. RS<br />

Informações: www.cbem2010.com.br/<br />

contato@ccmeventos.com.br<br />

44º CONGRESSO BRASILEIRO DE PATOLOGIA<br />

CLÍNICA/MEDICINA LABORATORIAL<br />

Data: 14 a 17 de setembro<br />

Local: Centro de Convenções SulAmérica.<br />

Rio de Janeiro. RJ<br />

Informações: www.sbpc.org.br<br />

XII CONGRESSO BRASILEIRO<br />

DE BIOMEDICINA<br />

Data: 09 a 12 de outubro<br />

Local: Centro de Convenções de<br />

Pernambuco<br />

Informações: www.<br />

congressodebiomedicina.com.br<br />

XXVIII INTERNATIONAL CONGRESS OF THE<br />

INTERNATIONAL ACADEMY OF PATHOLOGY<br />

Data: 10 a 15 de outubro<br />

Local: Transamérica Hotel Conference<br />

Center. São Paulo<br />

Informações: www.iap2010.com<br />

1º CONGRESSO NACIONAL DO<br />

LABORATÓRIO CLÍNICO<br />

Data: 13 a 16 de outubro<br />

Local: Centro de Congressos de<br />

Lisboa - Portugal<br />

Informações: www.lisboncongress2010.org<br />

secretariat@lisboncongress2010.org<br />

1 st European Joint Congress of<br />

EFCC and UEMS<br />

1º CONGRESSO DE ANÁLISES<br />

CLÍNICAS DA REGIÃO NORTE<br />

Data: 13 a 16 de outubro<br />

Local: Centro de Convenções de Manaus. AM<br />

Apoio: Sociedade Brasileira de<br />

Análises Clínicas<br />

Informações: www.sbac.org.br<br />

XXI ENCONTRO NACIONAL DE VIROLOGIA<br />

Data: 17 a 20 de outubro<br />

Local: Centro de Eventos da FAURGS.<br />

Gramado. RS<br />

Informações: www.tribecaeventos.com.br<br />

2ª JORNADA DE HISTOTECNOLOGIA<br />

Data: 21 a 23 de outubro<br />

Local: Taiwan Hotel, Ribeirão Preto. SP<br />

Informações: www.<br />

jornadadehistotecnologiarp.com<br />

HEMO 2010<br />

Data: 05 a 08 de nobembro<br />

Local: Brasília. DF<br />

Informações: www.hemo2010.org.br<br />

MEDICA 2010<br />

Data: 17 a 20 de novembro<br />

Local: Dusseldorf. Alemanha<br />

Informações: www.medica.de<br />

150<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


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22710-261. Rio de Janeiro. RJ<br />

Fone: (21) 2444-1400<br />

Fax: (21) 2445-6025<br />

contato@sa.biomerieux.com<br />

www.biomerieux.com.br<br />

Página: 54, 55<br />

Biometrix<br />

Estrada da Graciosa, 1081<br />

82840-360. Curitiba. PR<br />

Fone: (41) 2108-5250<br />

Fax: (41) 2108-5252<br />

mkt1@biometrix.com.br<br />

www.biometrix.com.br<br />

Página: 97<br />

Bio-Oxford<br />

R. Pires de Oliveira, 827<br />

04716-010. São Paulo. SP<br />

Fone: (11) 5183-9969<br />

Fone/Fax: (11) 5183-5374<br />

bio-oxford@uol.com.br<br />

www.bio-oxford.com<br />

Página: 89<br />

Bioplus Prod. para Lab. Ltda<br />

Estrada Dr. Cícero Borges de Moraes, 1701<br />

06407-000. Barueri. SP<br />

Fone: (11) 4198-2498<br />

Fax: (11) 4198-6522<br />

bioplus@bioplus.com.br<br />

www.bioplus.com.br<br />

Página: 135<br />

Bio-Rad Laboratórios Brasil Ltda.<br />

Praia de Botafogo, 440 – 3º andar<br />

22250-040. Rio de Janeiro. RJ<br />

Fone: (21) 3237-9400<br />

Fax: (21) 2527-3081<br />

www.bio-rad.com<br />

katia_barbosa@bio-rad.com<br />

Página: 17<br />

BioSys Ltda.<br />

R. Coronel Gomes Machado, 358<br />

24020-112. Niterói. RJ<br />

Fone: (21) 3907-2534<br />

Fax: (21) 3907-2509<br />

biosys@biosys.com.br<br />

www.biosys.com.br<br />

Página: 113<br />

BioSystems Produtos Laboratoriais<br />

R. Alice Manholer Piteri, 78<br />

06018-160. Osasco. SP<br />

Fone: (11) 3768-4052<br />

Fax: (11) 3768-4236<br />

comercial@biosystems.com.br<br />

www.biosystems.com.br<br />

Página: 103<br />

Biotécnica Ind Com Ltda.<br />

R. Ignácio Alvarenga, 96<br />

37026-470. Varginha. MG<br />

Fone:/Fax: (35) 3214-4646<br />

biotecnica@biotecnicaltda.com.br<br />

www.biotecnica.ind.br<br />

Página: 143<br />

Congresso Brasileiro de Biomedicina – 12º<br />

Atendimento operacional: (81) 3463-0206 / 3463-0729<br />

Operacao2@bureaudeeventos.com.br<br />

www.congressodebiomedicina.com.br<br />

Página: 149<br />

Delta Laboratório de Apoio<br />

R. Marques de Caravelas, 187<br />

40140-240. Salvador. BA<br />

Fone: (71) 2107-0070<br />

Fax: (71) 2107-0002<br />

deltaapoio@deltaapoio.com.br<br />

www.deltaapoio.com.br<br />

Página: 9<br />

Diagnostika Patologia Cirúrgica e Citologia<br />

R. Frei Caneca, 1119<br />

01307-003. São Paulo. SP<br />

Fone: (11) 3549-2222<br />

info@diagnostika.med.br<br />

www.diagnostika.med.br<br />

Página: 15<br />

Diamed-Latino América S/A<br />

R. Alfredo Albano da Costa, <strong>100</strong> DI<br />

Distrito Industrial de Lagoa Santa<br />

33400-000. Lagoa Santa. MG<br />

Fone: (31) 3689-6600<br />

Fax: (31) 3689-6611<br />

diamed@diamed.com.br<br />

www.diamed.com.br<br />

Diamed SP<br />

R. Carlos Gomes, 172<br />

09715-130. S.B.Campo. SP<br />

Fone: (11) 4356-5444<br />

Página: 107<br />

DME – Diagnósticos Microbiológicos Especializados<br />

Av. Antonio Cavasana, 97<br />

16013-385. Araçatuba. SP<br />

TeleFax: (18) 3621-8670<br />

Em São Paulo (11) 8346-4263 com Pacheco<br />

bacdme@uol.com.br<br />

Página: 147<br />

Doles<br />

Br 153 Km 1273 - Chácara Retiro, Lote 7<br />

74775-027. Goiânia. GO<br />

Fone: (62) 3269-0000 / 0800.644.6433<br />

Fax: (62) 3269-0001<br />

doles@doles.com.br<br />

www.doles.com.br<br />

Página: 115<br />

Emba<br />

R. Paracatu, 943 – Pq Imperial<br />

04302-022. São Paulo. SP<br />

Fone: (11) 5666-6192 / 4063-1954<br />

Fone: (21) 4063-8676<br />

embaeps@embaeps.com.br<br />

www.embaeps.com.br<br />

Página: 59<br />

160 <strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010


Epson do Brasil Ind. e Com. Ltda.<br />

Av. Tucunaré, 720<br />

06460-020. Barueri. SP<br />

Fone: (11) 3956-6642<br />

Fax: (11) 3956-6646<br />

smendes@epson.com.br<br />

www.epson.com.br<br />

Página: 21<br />

Erviegas Ltda.<br />

R. Lacedemônia, 268<br />

04634-020. São Paulo. SP<br />

Fone: (11) 5034-2227<br />

Fax: (11) 5034-2228<br />

erviegas@erviegas.com.br<br />

www.erviegas.com.br<br />

Página: 131<br />

Globex Multimodal<br />

Av. Vitória Rossi Martini, 31<br />

13347-613. Indaiatuba. SP<br />

Fone: (19) 3936-8520<br />

Fax: (19) 3936-8521<br />

www.globexmultimodal.com.br<br />

Página: 145<br />

Greiner Bio-One Brasil Produtos Medicos<br />

Hospitalares Ltda.<br />

Av. Affonso Pansan, 1967<br />

13473-620. Americana. SP<br />

Fone: (19) 3468-9600<br />

Fax: (19) 3468-9601<br />

info@br.gbo.com<br />

www.gbo.com<br />

Página: 23, 133<br />

Horiba ABX Diagnostics Ltda.<br />

Av. das Nações Unidas, 21.735<br />

04795-<strong>100</strong>. São Paulo. SP<br />

Fone: (11) 5545-1500<br />

Fax: (11) 5545-1570<br />

HelpLine 0800-113999<br />

mktbrasil@br.abx.fr<br />

www.horiba-abx.com<br />

Páginas: 2a Capa, 3, 99<br />

Hospitec<br />

R. Mário Batalha, 236<br />

Nossa Sra. De Fátima. Serra. ES<br />

Fone: (27) 3421-4800<br />

vendas@hospitec.net<br />

Página: 27<br />

Hotsoft Informática Ltda.<br />

Av. Tiradentes, 57 - sobreloja<br />

87013-260. Maringá. PR<br />

Fone: (44) 3226-4453<br />

Fax: (44) 3222-5091<br />

vendas@hotsoft.com.br<br />

www.hotsoft.com.br<br />

Página: 75<br />

Human<br />

Matrix<br />

R. Cromita, 278<br />

35903-053. Itabira. MG<br />

Fone/Fax: (31) 3067.6400<br />

invitro@invitro.com.br<br />

www.invitro.com.br<br />

Filial Recife<br />

R. Dr. Leopoldo Lins, 237<br />

50050-300. Recife. PE<br />

Fone/Fax: (81) 3221-8558<br />

invitrone@invitro.com.br<br />

Página: 39, 41<br />

IL – Instrumentation Laboratory<br />

Estrada dos Romeiros, km 38,5<br />

06504-160. Santana do Parnaíba. SP<br />

Fones: (11) 4154-3337 / 4154-4527 / 1342<br />

Coag.ilbrasil@werfengroup.com<br />

www.ilww.com<br />

Página: 24, 25<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010<br />

Interteck Internacional Imp. E Exp. Ltda.<br />

R. Sabarabussu, 149<br />

04755-080. São Paulo. SP<br />

Fone: (11) 3429-2555<br />

Fax: (11) 3429-2566<br />

comercial@interteck.com.br<br />

Página: 125<br />

J. Moraes – Solução em Logística<br />

Internacional<br />

Av. Mariana Ubaldina do Espírito Santo,<br />

623/689 – 5º andar – sl 51<br />

07197-600. Guarulhos. SP<br />

Fone: (11) 2447-9290<br />

Fax: (11) 2447-9299<br />

jmoraes@jmoraes.com.br<br />

www.jmoraes.com.br<br />

Página: 117<br />

Johnson & Johnson do Brasil<br />

Divisão Ortho Clinical Diagnostics<br />

Gerência de Produtos<br />

R. Gerivatiba, 207 – 13º and<br />

05501-900. São Paulo. SP<br />

Fone: (11) 3030-1015<br />

Fax: (11) 3030-1110<br />

SAC: 0800 5564 11 / 3814-2066<br />

fbarros1@its.jnj.com<br />

www.jmjgateway.com<br />

Página: 78, 79<br />

J.R.Ehlke<br />

Av. João Gualberto, 1661<br />

Alto da Glória. Curitiba. PR<br />

Fone: (41) 3352-2144<br />

www.jrehlke.com.br<br />

Página: 29<br />

Laboratório H. Pardini Ltda.<br />

Av. das Nações, 2448<br />

33200-000. Vespasiano. MG<br />

Fone: (31) 3228-6200<br />

Fax: (31) 2121-6200<br />

atendimento@labhpardini.com.br<br />

www.hermespardini.com.br<br />

Página: 47<br />

Laboratório Médico Dr. Maricondi<br />

R. Major José Inácio, 2392<br />

13560-161. São Carlos. SP<br />

Fone: (16) 2107-0123<br />

Fax: (16) 3307-4240<br />

apoiolabmaricondi@labmaricondi.com.br<br />

www.labmaricondi.com.br<br />

Página: 71<br />

Laborclin Produtos para Laboratórios Ltda.<br />

Rua Cassemiro de Abreu, 521<br />

83321-210. Pinhais. PR<br />

SAC: 0800 410 027<br />

Fone:/Fax: (41) 3661-9000<br />

SAC:@laborclin.com.br<br />

comercial@laborclin.com.br<br />

www.laborclin.com.br<br />

Página: 7<br />

Medic Ware Sistemas de Informática Ltda.<br />

R. Agnelo de Brito, 90 – 3º andar, <strong>Ed</strong>.<br />

Garibaldi Memorial<br />

40170-<strong>100</strong>. Salvador. BA<br />

Fone: (71) 3617-1176<br />

Fax: (71) 3617-1150<br />

atendimento@medicware.com.br<br />

www.medicware.com.br<br />

Página: 53, 139<br />

Medivax Ind. e Com. Ltda.<br />

Av. Venezuela, 3 – sala 303<br />

20081-310. Rio de Janeiro. RJ<br />

Fone: (21) 2283-2833<br />

Fax: (21) 2263-9117<br />

medivax@medivax.com.br<br />

www.medivax.com.br<br />

Página: 87<br />

Medmax Com. De Equipamentos Médicos<br />

e Similares Ltda.<br />

Calçada dos Ipês, 33 – sala 11<br />

06453-025. Barueri. SP<br />

Fone: (11) 4191-0170<br />

vendas2@medmaxnet.com.br<br />

www.medmaxnet.com.br<br />

Página: 129<br />

NewProv Produtos para Laboratórios Ltda.<br />

R. 1º de Maio, 590<br />

83323-020. Pinhais. PR<br />

Fone: (41) 3667-1314<br />

Fax: (41) 3667-3254<br />

newprov@newprov.com.br<br />

www.newprov.com.br<br />

Página: 33<br />

Nova Analítica Imp Exp. Ltda.<br />

R. Assungui, 432<br />

04131-000. São Paulo. SP<br />

Fone: (11) 2162-8080<br />

Fax: (11) 2162-8081<br />

Informações: analiticaweb.com.br/<br />

diagnostico2<br />

www.analiticaweb.com.br<br />

Página: 101<br />

Polar Técnica Com. E Ind. Ltda.<br />

R. Oneda, 930<br />

09895-280. São Bernardo do Campo. SP<br />

Fone/Fax: (11) 4341-8600<br />

vendas@polartecnica.com.br<br />

www.polartecnica.com.br<br />

Página: 91<br />

PNCQ – Programa Nacional de Controle<br />

de Qualidade<br />

R. Vicente Licínio, 191 A<br />

20270-902. Rio de Janeiro. RJ<br />

Fone/Fax: (21) 2569-6867<br />

pncq@pncq.org.br<br />

www.pncq.org.br<br />

Página: 77<br />

Randox Brasil Ltda.<br />

R. Fernandes Moreira, 415<br />

04716-000. São Paulo. SP<br />

Fone: (11) 5181-2024<br />

Fax: (11) 5181-0817<br />

brasil.mail@randox.com<br />

www.randox.com<br />

Página: 19<br />

REM Ind. e Com. Ltda.<br />

R. Columbus, 282<br />

05304-010.São Paulo.SP<br />

Fone: (11) 3377-9922<br />

Fax: (11) 3377-9900<br />

E.mail: labo.comercial@rem.ind.br<br />

www.rem.ind.br<br />

Página: 61<br />

Roche Diagnostica Brasil Ltda.<br />

(RPD) – Roche Professional Diagnostics e<br />

Roche Molecular Diagnostics<br />

Av. Engenheiro Billings, 1729 – Prédio 38<br />

05321-900. São Paulo. SP<br />

Fone: (11) 3719-4645<br />

Fax: (11) 3719.9492<br />

brasil.diagnostica@roche.com<br />

www.roche-diagnostica.com.br<br />

Encarte Roche in News, 1ª Capa<br />

S_Line - Sistemas On Line Ltda.<br />

Av. Nossa Sra. da Penha, 699, sala 516-A,<br />

<strong>Ed</strong>. Century Tower<br />

29055-131. Vitória. ES<br />

Telefax: (27) 3315-1689<br />

Skype: sline-comercial<br />

sline@sline.com.br<br />

www.sline.com.br<br />

Página: 105<br />

Sérgio Franco Medicina Diagnóstica<br />

R. Xavier Pinheiro, 439 – Qd 29<br />

25085-007. Rio de Janeiro. RJ<br />

DAL<br />

(Central de Atendimento a Laboratórios)<br />

RJ: (21) 2672-7007 Fax: (21) 2672-7142<br />

Outras localidades: 0800-970-<strong>100</strong>2<br />

dal@lsf.com.br<br />

www.sergiofranco.com.br<br />

Página: 65<br />

Shift Consultoria e Sistemas<br />

R. Independência, 3281<br />

15010-110. São José do Rio Preto. SP<br />

Fone: (17) 2136-1555<br />

Fax: (17) 2136-1590<br />

comercial@shift.com.br<br />

www.shift.com.br<br />

Página: 121<br />

Shuttle<br />

Av. Tamboré, 1180<br />

06460-000. Barueri. SP<br />

Fone: (11) 3883-0200<br />

www.shuttle.com.br<br />

Página: 151<br />

Siemens Medical Solutions Diagnostics<br />

R. Werner Siemens, 111 - Prédio 1 – 2.º<br />

andar<br />

05069-900. São Paulo. SP<br />

Fone : (11) 3817-3000<br />

Página: 31, 63<br />

Sociedade Brasileira de Análises Clínicas<br />

R. Vicente Licínio, 95<br />

20270-340. Rio de Janeiro. RJ<br />

Fone: (21) 2187-0800<br />

Fax: (21) 2234-4881<br />

E-mail: congresso@sbac.org.br<br />

www.cbac.org.br<br />

Página: 108, 109<br />

Sociedade Brasileira de Patologia Clínica<br />

Medicina Laboratorial<br />

R. Dois de Dezembro, 78 – salas 909/910<br />

22220-040. Rio de Janeiro. RJ<br />

Fone: (21) 2558-1024<br />

Fax: (21) 2205-3386<br />

sbpc@sbpc.org.br<br />

Página: 156, 157, 158, 159<br />

Sysmex do Brasil Indústria e Comércio<br />

Ltda.<br />

R. do Paraíso, 148 – cj 31<br />

04103-000. São Paulo. SP<br />

Fone: (11) 3145-4300<br />

Fax: (11) 3145-4309<br />

marketing@sysmex.com.br<br />

www.sysmex.com.br<br />

Página: 48, 49<br />

Vida Central de Diagnósticos<br />

QE 01 AEF – Guará 1 – salas 01 e 02<br />

71020-061. Brasília. DF<br />

Fone/Fax: (61) 3383-4113<br />

www.vida.bio.br<br />

Página: 81<br />

Wama Produtos para Laboratórios Ltda.<br />

R. Aldo Germano Klein, <strong>100</strong><br />

13560-971. São Carlos. SP<br />

Fone: (16) 3377-9977<br />

Fax: (16) 3377-9970<br />

a.cientifica@wamadiagnostica.com.br<br />

www.wamadiagnostica.com.br<br />

Página: 4ª Capa<br />

161

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