Ed. 100 - NewsLab
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<strong>Ed</strong>itorial<br />
Esta é uma edição muito especial. Chegamos ao<br />
número <strong>100</strong> da revista do laboratório moderno, a<br />
<strong>NewsLab</strong>. Em 17 anos de nossa jornada junto a você,<br />
<br />
histórias para contar.<br />
É esta parceria com nossos anunciantes, leitores<br />
e autores que tem nos possibilitado desenvolver cada<br />
vez mais um produto que é a cara do setor onde todos<br />
nós atuamos: dinâmico, intrépido e em constante<br />
evolução.<br />
Sempre à frente das tendências e na eterna busca<br />
de qualidade, a revista <strong>NewsLab</strong> tem um lema –<br />
simples, mas que tem dado resultados: sem medo dos<br />
<br />
<br />
Para celebrar esta edição de número <strong>100</strong>,<br />
selecionamos matérias e artigos superinteressantes<br />
para vocês.<br />
A começar pela trajetória da empresa que estampa<br />
nossa capa, a Sysmex, que completa 10 anos de Brasil<br />
<br />
<br />
Entrevistamos também o Prof. Dr. Leonidas Braga<br />
Dias Junior, do Laboratório Dr. Paulo C. Azevedo,<br />
de Belém, que nos conta como foi a migração<br />
do laboratório para a citologia em meio líquido,<br />
<br />
vez mais sendo introduzida na rotina dos laboratórios<br />
brasileiros.<br />
Em nossa seção de Notícias, trazemos uma<br />
<br />
diagnóstica. Entre elas, o lançamento do novo Kit<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
mercado na seção Informe de Mercado e os artigos<br />
<br />
seus conhecimentos. Isso e muito mais você só lê<br />
aqui, na revista <strong>NewsLab</strong>.<br />
Revista <strong>NewsLab</strong> nº <strong>100</strong><br />
<br />
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<br />
<strong>NewsLab</strong><br />
A revista do laboratório moderno<br />
ANO XVII - Nº <strong>100</strong><br />
(JUNHO/JULHO 2010)<br />
REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO:<br />
AV. PAULISTA, 2.073<br />
ED. HORSA I - CJ. 2315.<br />
CEP: 01311-940. SÃO PAULO. SP.<br />
FONE/FAX: (11) 3171-2190<br />
CNPJ.: 74.310.962/0001-83<br />
INSC. EST.: 113.931.870.114<br />
ISSN 0104-8384<br />
HOME PAGE: WWW.NEWSLAB.COM.BR<br />
-<br />
<br />
-
Jun/Jul 2010<br />
Ano 13<br />
Nº 03<br />
Há mais de<br />
10 anos<br />
informando.<br />
A vida faz as perguntas,<br />
nós buscamos as respostas.<br />
06 <strong>Ed</strong>itorial<br />
08 Índice<br />
12 Notícias<br />
42 Nossa Capa – Sysmex comemora 10 anos de atividades no Brasil<br />
50 Entrevista - Prof. Dr. Leonidas Braga Dias Junior fala sobre Citologia Convencional<br />
x Citologia em Meio Líquido<br />
56 Evento - Congresso de Análises Clínicas consagra-se como o de maior<br />
representação na América Latina<br />
58 Evento - Feira Hospitalar gera R$ 5,3 bilhões em negócios para setor de saúde<br />
60 Informe de Mercado<br />
96 Opinião - Saúde Pública: A muleta, uma eterna desculpa. Por Marco Antonio<br />
Abrahão<br />
98 Analogias em Medicina - Chuva de pedra no olho<br />
<strong>100</strong> Comparação da Determinação da Glicose Sanguínea Usando o Tempo como<br />
Variável - Elise Geromel Bezerra Menezes, Nilton César Weyne da Cunha, Renato<br />
Motta Neto<br />
110 A Atuação Biológica na Formação da Ciência Micológica - Arthur Tavares de<br />
Oliveira Melo, Evandro Leão Ribeiro<br />
118 Prevalência e Perfil de Suscetibilidade aos Antimicrobianos de Isolados de<br />
Staphylococcus aureus - Gabriela Cavalcante Oliveira, José Daniel Gonçalves<br />
Vieira, Geraldo Sadoyama<br />
132 Caracterização de Culturas de Urinas Realizadas no Laboratório de Análises<br />
Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar. Natal/RN - Lidiane Lima de<br />
Oliveira, Marília Janaina Medeiros de Oliveira, Fernanda Pinto Gadelha, Carla<br />
Elenuska F. B. Rodrigues<br />
144 Hipotireoidismo Subclínico: Relato de Caso - Caroline Becker, Luana Silveira de<br />
Carvalho, Hortência Ballesteros, Natália Krug, Vanessa Ludwig, Tássia de Deus,<br />
Camila Cardoso, Evandro Kruse, Guilherme Krein, Gustavo Muller Lara<br />
150 Agenda<br />
152 Biblioteca <strong>NewsLab</strong><br />
154 Classificados<br />
160 Endereços dos Anunciantes<br />
Leia ainda na Roche News:<br />
Artigo Científico: Medicina personalizada e a infecção<br />
pelo vírus da Hepatite B: da prevenção ao monitoramento<br />
do tratamento<br />
Entrevista: Telma Sobolh, presidente do Departamento<br />
de Voluntários do Hospital Albert Einstein<br />
Saúde com<br />
Responsabilidade<br />
Conheça os pilares que geram<br />
satisfação para nossos colaboradores<br />
e reconhecimento para nossa empresa.<br />
RODI-0003-EC05 - CAPA ROCHE NEWS<br />
ENTREVISTA<br />
Telma Sobolh,<br />
Presidente do Departamento de<br />
Voluntários do Hospital Albert Einstein,<br />
primeiro voluntariado<br />
no Brasil a receber uma<br />
certificação ISO 9001 nesse<br />
segmento de atividade.<br />
GESTÃO<br />
Laboratório Sabin<br />
Relatórios de<br />
sustentabilidade<br />
utilizados como<br />
ferramentas de gestão.<br />
ARTIGO<br />
CIENTÍFICO<br />
Medicina personalizada<br />
e a infecção pelo vírus da<br />
Hepatite B: da prevenção<br />
ao monitoramento do<br />
tratamento.<br />
A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos vários canais de<br />
comunicação para o nosso leitor.Escolha o que for melhor para você.<br />
Mande sua carta para nossa redação, no seguinte endereço:<br />
Av. Paulista, 2073. <strong>Ed</strong>ifício Horsa I. Conjunto 2.315 - Cep: 01311-300. São Paulo. SP<br />
Fones: (11) 3171-2190 / 3171-2191 / 3171-2192<br />
Envie sua mensagem pelo e-mail: redacao@newslab.com.br.<br />
Navegue também em nossa home page: www.newslab.com.br
FABRICANTES RECEBEM ESTÍMULO DE R$ 14,7 MILHÕES PARA EXPORTAÇÕES<br />
Os recursos serão aplicados nas indústrias médico-hospitalar e<br />
odontológica pela Abimo e Apex-Brasil, nos próximos dois anos<br />
Nos últimos sete anos, o setor médico-hospitalar dobrou<br />
o volume de exportações, elevando o patamar de US$ 200<br />
milhões para mais de US$ 500 milhões comercializados no<br />
exterior. Para 2010, a meta é alcançar US$ 650 milhões, registrando<br />
um crescimento de 17% nas vendas internacionais.<br />
Somado à evolução tecnológica, a indústria contará com<br />
um incentivo extra para avançar em novos destinos: R$ 14,7<br />
milhões em ações de marketing. Os recursos serão aplicados<br />
por meio de acordo assinado entre a Associação Brasileira das<br />
Indústrias de Artigos e Equipamentos Médico-Hospitalares e<br />
Odontológicos (ABIMO) e a Agência Brasileira de Promoção de<br />
Exportação e Investimentos (Apex-Brasil).<br />
O convênio contempla a execução do Projeto Setorial Integrado<br />
(PSI), que chega à quarta edição com 150 empresas<br />
exportadoras. “Somos um setor pequeno, com a ousadia de<br />
ser grande. Queríamos fazer parte das políticas estratégicas<br />
do governo e hoje fazemos”, disse o presidente da ABIMO,<br />
Franco Pallamolla. De acordo com o plano da entidade, estão<br />
previstas missões comerciais para Arábia Saudita, Irã, além<br />
de workshops no México e ações inéditas na China.<br />
Segundo o presidente da Apex-Brasil, Alessandro Teixeira,<br />
a expansão de um setor está relacionada à sua capacidade de<br />
exibir um produto. Como exemplo, destacou a Feira Hospitalar,<br />
realizada em São Paulo, como um das principais vitrines da indústria<br />
para o mundo. “Cada vez mais nossas empresas se tornam<br />
multinacionais e oferecem uma grande gama de produtos e novidades<br />
para mais de 150 países que compram do Brasil. Este é<br />
um setor que além de gerar empregos, gera muito conhecimento<br />
e a feira Hospitalar é o exemplo do sucesso. Feiras de negócios<br />
são indispensáveis para o setor e para a expansão da indústria”.<br />
HNSG INAUGURA NOVA ÁREA<br />
DE ANATOMIA PATOLÓGICA<br />
A estrutura ganhou mais espaço e<br />
agregou novas técnicas laboratoriais<br />
O Hospital Nossa Senhora das Graças e o Centro<br />
de Patologia de Curitiba (CPC) inauguraram as novas<br />
instalações do Serviço de Anatomia Patológica. Com o<br />
dobro da sua área, o serviço institui novas técnicas laboratoriais.<br />
Entre elas, automação em imuno-histoquímica<br />
e testes de FISH (Hibridização In Situ Fluorescente)<br />
<br />
substâncias relacionadas a diversos tipos de câncer.<br />
O Serviço conta com um laboratório que atende às<br />
ção<br />
Nacional de Acreditação e Anvisa. Os patologistas<br />
atendem especialidades médicas, como doenças da<br />
mama, aparelho genital, trato gastrointestinal, urológicos,<br />
ortopedia, entre outros.<br />
O Serviço de Anatomia Patológica do HNSG existe<br />
desde o início da década de 1960. Em 1985, foi fundado<br />
o Centro de Patologia de Curitiba, que atua em<br />
diversas áreas da Anatomia Patológica no Hospital,<br />
incluindo exames convencionais, técnicas de biologia<br />
molecular para detecção de subtipos de câncer,<br />
técnicas histoquímicas para pesquisa de doenças<br />
metabólicas e infecciosas.<br />
INFECÇÕES EMERGENTES SÃO TEMA DE SIMPÓSIO<br />
Cientistas dos Estados Unidos e Canadá<br />
também participaram do evento<br />
O Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa promoveu,<br />
em maio, o XII Simpósio Internacional de Hemoterapia em<br />
Infecções Emergentes e a V Jornada de Imunohematologia. Os<br />
eventos contaram com a presença de cientistas dos Estados<br />
Unidos e Canadá para discutir temas relacionados à área, como<br />
dengue e febre amarela, doença de Chagas e malária, novos<br />
agentes em observação, entre outros.<br />
Os encontros aconteceram na semana em que se comemoram<br />
os 25 anos de testes para HIV entre doadores de sangue no<br />
Brasil – considerado um marco mundial na detecção de doenças<br />
infecciosas transmissíveis pelo sangue. “A partir dele foram criados<br />
novos conceitos para os testes sorológicos e se tornou obrigatória<br />
a triagem sorológica e comportamental nos bancos de sangue<br />
brasileiros”, revela Dr. Silvano Wendel, diretor médico do Banco<br />
de Sangue do Hospital Sírio-Libanês, e assessor da Organização<br />
Mundial da Saúde (OMS) para a Segurança do Sangue.<br />
Além de ser o pioneiro na implantação de técnicas laboratoriais<br />
para detecção de doenças, o que reduz o risco de<br />
contaminação na transfusão, o Banco de Sangue do Hospital<br />
Sírio-Libanês faz parte de uma rede mundial de Bancos de<br />
Sangue e Laboratórios com capacidade técnica para detectar<br />
novas doenças e trocar sangues raros.<br />
O evento conta com o apoio da Sociedade Internacional de<br />
Transfusão de Sangue (ISBT), que passa a ser presidida pelo<br />
Dr. Silvano Wendel a partir de junho.<br />
12<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
FORMATO CLÍNICO ESTRUTURA AS OPERAÇÕES DO MAIOR CENTRO DE MEDICINA DIAGNÓSTICA DE RONDÔNIA<br />
A consultoria destaca a importância do Daia Medicina Diagnóstica<br />
no contexto da rede privada de saúde no estado<br />
Com a inauguração do Daia Medicina<br />
Diagnóstica, em Porto Velho, em junho<br />
passado, o estado de Rondônia passa<br />
a contar com um centro de referência<br />
para exames, de análises clínicas aos por<br />
imagem, capaz de oferecer excelência<br />
técnica e maior resolubilidade, além de<br />
qualidade no atendimento ao cliente.<br />
Ocupando área de 3.900 metros quadrados,<br />
conta com equipamentos de alta<br />
tecnologia e sistemas de ponta.<br />
No projeto de implementação do<br />
Daia, que recebeu investimentos de<br />
aproximadamente R$ 15 milhões, a<br />
Formato Clínico – empresa sediada em<br />
São Paulo, especializada no desenvolvimento<br />
de projetos em medicina diagnóstica<br />
– foi responsável pela gestão<br />
das operações. Ela desenhou todos os<br />
processos relativos à realização dos exa-<br />
<br />
equipamentos e sistemas de informática<br />
a serem adquiridos, colaborou na forma-<br />
tratada.<br />
Além de realizar treinamento e<br />
capacitação dos selecionados, prestou<br />
assessoria para o projeto arquitetônico<br />
e agora passa a atuar como empresa<br />
apoiadora da gestão do Daia.<br />
“A medicina diagnóstica, que como<br />
nos demais segmentos da saúde teve<br />
uma evolução tecnológica expressiva nos<br />
últimos anos, é responsável por 70% das<br />
decisões clínicas e a tendência é de que<br />
seja utilizada cada vez mais na prática<br />
médica, considerando a longevidade da<br />
população, a melhoria da renda média,<br />
o maior interesse pela saúde, a medicina<br />
preventiva e o advento da medicina<br />
personalizada e da medicina genética”,<br />
contextualiza Gustavo Aguiar Campana,<br />
patologista e diretor da Formato Clínico,<br />
complementando que apesar da cobertura<br />
de assistência a saúde privada em Rondônia<br />
ainda ser reduzida, correspondendo a<br />
cerca de 9% da população, há um grande<br />
potencial de expansão para esses serviços,<br />
considerando que nos últimos 12<br />
meses foi registrado crescimento de 29%.<br />
Características do Daia Medicina<br />
Diagnóstica<br />
<br />
patológica, cardiologia, gastroenterologia,<br />
ginecologia, medicina fetal,<br />
neurologia, otorrinolaringologia, patologia<br />
clínica, pneumologia, radiologia<br />
e urologia.<br />
<br />
zada,<br />
digitalização de imagens (raio<br />
<br />
(ecocardiograma, ultrassonografia<br />
<br />
ture<br />
Archiving and Communication<br />
<br />
dos exames de radiologia; RIS (Ra-<br />
<br />
<br />
<br />
processos.<br />
<br />
experiências e de qualidade com os<br />
principais centros nacionais de referência<br />
em diagnóstico.<br />
<br />
<br />
apoio em análises clínicas.<br />
BRASIL FECHA ACORDO DE US$ 200 MILHÕES COM BANCO MUNDIAL PARA AMPLIAR AÇÕES DE AIDS E OUTRAS DST<br />
A iniciativa visa às populações vulneráveis e aos gestores locais<br />
O governo brasileiro e o Banco Mundial<br />
fecharam um acordo para ampliar as<br />
ações de Aids e outras doenças sexualmente<br />
transmissíveis no País. O contrato<br />
prevê o empréstimo de US$ 67 milhões<br />
do Banco e uma contrapartida nacional<br />
de US$ 133 milhões.<br />
A iniciativa tem dois focos principais:<br />
as populações vulneráveis ao HIV,<br />
por meio da ampliação de acesso aos<br />
serviços de prevenção, diagnóstico e<br />
tratamento; e os gestores locais, a partir<br />
da melhoria da governança, baseada em<br />
resultados.<br />
Entre as metas estabelecidas estão<br />
o aumento do uso do preservativo e da<br />
<br />
do sexo, usuários de drogas injetáveis<br />
e homens que fazem sexo com homens.<br />
O Banco Mundial tem sido um parceiro<br />
do Departamento de DST, Aids e<br />
Hepatites Virais do Ministério da Saúde<br />
desde 1993, com quase US$ 500 milhões<br />
repassados em quatro empréstimos.<br />
“Precisamos investir ainda mais em<br />
<br />
por resultados, para obtermos novas<br />
conquistas no combate à doença. Este<br />
projeto com o Banco Mundial é de fundamental<br />
importância para atingirmos este<br />
objetivo”, enfatiza o ministro da Saúde,<br />
José Gomes Temporão.<br />
O Ministério da Saúde tem investido<br />
fortemente na prevenção e tratamento<br />
do HIV/Aids e das outras doenças sexualmente<br />
transmissíveis, com foco em grupos<br />
vulneráveis, e oferecendo tratamento<br />
antirretroviral para todos os pacientes<br />
que necessitam no Brasil. “Muitos países<br />
estão analisando a experiência do Brasil<br />
para montar as suas próprias estratégias.<br />
À medida que o Brasil caminha para uma<br />
segunda geração de programas, e desenvolve<br />
novas respostas inovadoras para a<br />
epidemia, o Banco Mundial pode ajudar<br />
a partilhar essas experiências”, defende<br />
Makhtar Diop, diretor do Banco Mundial<br />
para o Brasil.<br />
Mais detalhes sobre o projeto podem<br />
ser encontrados no seguinte endereço:<br />
http://web.worldbank.org/external/<br />
projects/mainpagePK=64283627&piPK<br />
=73230&theSitePK=40941&menuPK=2<br />
28424&Projectid=P113540<br />
14<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
CRUZ VERMELHA DO RIO OFERECE DIAGNÓSTICO GRATUITO<br />
PARA AUXILIAR O CONTROLE DA CANDIDÍASE DE REPETIÇÃO<br />
<br />
projeto Brasil Sem Alergia, a Cruz Vermelha – RJ inaugurou<br />
recentemente o mais novo posto de tratamentos gratuitos<br />
para todos os tipos de alergias. No novo posto da ação social<br />
já foram realizados mais de 2 mil atendimentos com a<br />
oferta gratuita de diversos procedimentos para o combate<br />
e prevenção das alergias, além da realização de testes de<br />
<br />
<br />
<br />
partes do corpo, mas as mulheres são as mais afetadas e<br />
cerca de 70% dos pacientes que apresentam a doença são do<br />
<br />
genital da mulher ao surgimento de fungos e bactérias, no<br />
<br />
<br />
ciclos menstruais. Por esses motivos, todas as mulheres<br />
devem estar atentas aos sinais da doença que se manifesta<br />
<br />
<br />
Ao contrário do que muitos imaginam, essa doença não<br />
<br />
má alimentação, estresse constante ou até mesmo fatores<br />
genéticos podem desencadear o crescimento desordenado do<br />
fungo Candida albicans, que habita o organismo de todos os<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
não saibam, cerca de 35% da população mundial sofre de<br />
sadoras<br />
deste problema destacam-se o mofo e os ácaros,<br />
<br />
<br />
<br />
alimentares.<br />
“Um paciente que possui quadros de processos alérgicos<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
e idealizador do Brasil Sem Alergia, Dr. Marcello Bossois.<br />
O controle não deve ser feito de forma isolada com a<br />
utilização de medicamentos, mas sim através de uma con-<br />
<br />
<br />
<br />
da doença, mas o uso constante de antifúngicos pode es-<br />
<br />
terá momentaneamente mais as coceiras e os incômodos da<br />
<br />
haver recidiva.<br />
Para saber mais:<br />
www.brasilsemalergia.com.br<br />
SIMPÓSIO DISCUTE POLÍTICAS DE PREVENÇÃO E<br />
CONTROLE DAS HEMOGLOBINOPATIAS<br />
As mais comuns são a Doença Falciforme e a Talassemia<br />
Em comemoração ao Dia Mundial das Hemoglobinopatias,<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
cionados<br />
à triagem neonatal, à inserção dos pacientes na<br />
<br />
<br />
propondo indicadores de qualidade dos cuidados ofertados,<br />
<br />
<br />
do Programa de Triagem Neonatal.<br />
Segundo a doutora Silvia Brandalise, Coordenadora do<br />
-<br />
<br />
-<br />
<br />
cadastrados, aos Hemocentros e às Secretarias de Saúde.<br />
Todas as doenças crônicas necessitam dessa avaliação con-<br />
<br />
<br />
As hemoglobinopatias mais comuns são a Doença<br />
<br />
<br />
<br />
hemoglobina anormal.<br />
16<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER COLORRETAL<br />
AUMENTA A SOBREVIDA DO PACIENTE EM ATÉ 40%<br />
Pessoas acima dos 50 anos devem fazer o exame de sangue oculto<br />
nas fezes anualmente e, em caso positivo, a colonoscopia é indicada<br />
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que<br />
os tumores malignos que acometem o cólon (intestino grosso)<br />
e o reto representam a terceira causa mais comum de câncer<br />
no mundo em ambos os sexos e a segunda causa em países<br />
desenvolvidos, após o câncer de mama, com uma estimativa<br />
de 2,4 milhões de novos casos nos últimos cinco anos. Ou seja,<br />
a cada ano estimam-se em 945 mil casos novos.<br />
Estatísticas mais recentes sobre a mortalidade, referentes<br />
a 2007, do Boletim Epidemiológico Paulista, apontam que<br />
as neoplasias malignas foram responsáveis por 17,20% dos<br />
óbitos dos residentes no Estado de São Paulo, tendo o câncer<br />
colorretal representado 9,34% do total de óbitos.<br />
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer<br />
colorretal aparece entre os cinco mais prevalentes em homens<br />
e mulheres. A maior incidência de casos ocorre na faixa etária<br />
entre 50 e 70 anos, com risco aumentado a partir dos 40 anos.<br />
No Hospital 9 de Julho em São Paulo, o aumento dos casos<br />
<br />
INCA. Em 2009, de um total de 2.495 neoplasias diagnosticadas<br />
entre os pacientes do hospital, 432 foram de neoplasias<br />
malignas do aparelho digestivo, sendo 74 de câncer colorretal.<br />
Apesar de ser um câncer bastante agressivo, a vantagem<br />
do tumor colorretal é que, quando detectado em seu estágio<br />
inicial, possui grandes chances de cura, diminuindo as taxas de<br />
mortalidade associada ao tumor em cerca de 40%. Um estudo<br />
<br />
um único exame de reto e da última parte do cólon em pessoas<br />
entre 55 e 64 anos permite reduzir a mortalidade por câncer<br />
colorretal em 43%. O exame, chamado de sigmoidoscopia,<br />
<br />
são encontrados dois terços dos casos de câncer colorretal.<br />
A sigmoidoscopia é menos completa que a colonoscopia, que<br />
avalia todo o intestino.<br />
pital<br />
9 de Julho e coordenador do Centro de Referência em<br />
Gastro, pessoas com mais de 50 anos devem se submeter<br />
anualmente ao exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes.<br />
Caso haja histórico familiar para o câncer colorretal, a idade<br />
para começar os exames baixa para 40 anos. Se, além disso,<br />
a pessoa apresentar polipose familiar do cólon, o exame deve<br />
ser feito independentemente da idade.<br />
Pessoas com exame positivo de sangue oculto nas fezes<br />
devem fazer a colonoscopia para pesquisar a existência de<br />
pólipos. A colonoscopia é mais completa, pois avalia toda a<br />
parede intestinal para a pesquisa de pólipos do tipo adenomatosos,<br />
que indicam maior possibilidade de tumor. “A grande<br />
vantagem da colonoscopia é que o exame, além de constatar<br />
a presença de pólipos, serve para sua retirada, em um único<br />
procedimento”, comenta o médico. Caso sejam encontrados<br />
pólipos, é necessária a realização de biópsia endoscópica com<br />
estudo histopatológico para o diagnóstico completo da doença.<br />
Em alguns casos, quando a biópsia indicar que a margens<br />
não estão livres, é preciso fazer um novo procedimento para<br />
retirada o tecido doente remanescente.<br />
MINISTÉRIO ABRE INSCRIÇÕES PARA PRÊMIO DE INCENTIVO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM SAÚDE<br />
Serão R$ 55 mil para trabalhos que podem ser aplicados no SUS<br />
<br />
sobre tecnologias em saúde que tenham potencial de serem<br />
incorporadas na rede pública. A iniciativa faz parte do Prêmio<br />
<br />
de Saúde (SUS), que chega este ano à nona edição. Serão<br />
premiadas pesquisas em cinco categorias de pós-graduação,<br />
totalizando R$ 55 mil.<br />
ção<br />
no valor de R$ 15 mil); Dissertação de Mestrado (R$ 10<br />
<br />
Especialização ou Residência (R$ 5 mil); e Incorporação de<br />
<br />
um estímulo, um reconhecimento do SUS aos pesquisadores<br />
<br />
da qualidade dos serviços e da saúde da população brasileira”,<br />
tégicos<br />
do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães.<br />
Os trabalhos premiados e com menções honrosas serão<br />
divulgados na cerimônia de entrega do prêmio, prevista para<br />
dezembro de 2010, em Brasília (DF). As pesquisas vencedoras<br />
vão ser publicadas, na íntegra, no portal do Ministério da Saúde<br />
(www.saude.gov.br/sctie) e na Biblioteca Virtual de Saúde do<br />
Ministério (www.saude.gov.br/bvs).<br />
O prêmio é uma iniciativa do Departamento de Ciência e<br />
<br />
Estratégicos do Ministério da Saúde.<br />
18<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
CÂNCER DO COLO DO ÚTERO ESTÁ ENTRE OS CÂNCERES QUE MAIS MATA NO BRASIL<br />
Doença poderia ser evitada com do uso de preservativos durante a relação sexual<br />
O câncer do colo do útero é o segundo<br />
tipo de câncer que mais mata as<br />
mulheres no Brasil, segundo o Instituto<br />
Nacional do Câncer (INCA), do Ministério<br />
da Saúde.<br />
De acordo com o INCA há, aproximadamente,<br />
500 mil novos casos anuais<br />
no mundo, sendo responsável pela<br />
morte de 230 mil mulheres por ano. No<br />
Brasil, para 2010, as pesquisas estimam<br />
que ocorram 18.430 mortes pela doença.<br />
Mas este dado alarmante poderia<br />
ser evitado com medidas preventivas<br />
simples. Hoje, sabe-se que este tipo<br />
de câncer está associado diretamente<br />
à infecção por um dos 15 tipos oncogênicos<br />
do vírus HPV. De acordo com o<br />
oncologista do Hospital Santa Cruz, Dr.<br />
Guilherme Cidade Crippa, esta infecção<br />
poderia ser impedida com o uso de<br />
preservativos durante a relação sexual.<br />
“O início precoce da atividade sexual,<br />
e a multiplicidade de parceiros sexuais<br />
sem a devida proteção, são os principais<br />
fatores de risco para obter a doença”,<br />
explica o médico.<br />
A vacina do HPV é uma grande aliada<br />
na prevenção da infecção pelo vírus<br />
de papiloma humano (HPV), grande<br />
causador do câncer do colo do útero.<br />
De acordo com Dr. Crippa, no Hospital<br />
Santa Cruz houve excelentes respostas<br />
ao tratamento de pacientes com concilomas,<br />
mais conhecidas como verrugas<br />
genitais através do tratamento com<br />
a vacina do HPV. “Hoje, assim como<br />
em alguns países europeus, a vacina<br />
quadrivalente além de ser utilizada<br />
como método de prevenção, é também<br />
usada para o auxílio no tratamento em<br />
casos de concilomas ou lesões precursoras<br />
do câncer de menor grau”, diz o<br />
especialista.<br />
Outra forma de prevenção é fazer<br />
periodicamente o exame Papanicolaou.<br />
“Mulheres acima de 25 anos ou sexualmente<br />
ativas devem ir ao ginecologista<br />
pelo menos uma vez ao ano para fazer<br />
o teste”, diz o oncologista. Com este<br />
exame, o tratamento das lesões precursoras<br />
do câncer do colo de útero poderá<br />
começar cedo e evitar complicações.<br />
Em fase pré-clínica, o câncer do<br />
colo do útero não tem sintomas e a<br />
doença pode ser detectada apenas<br />
através do exame preventivo, por isso,<br />
é tão importante fazer anualmente o<br />
Papanicolaou. Já em fase de progressão,<br />
pode ocorrer sangramento vaginal,<br />
corrimento e dor. Neste estágio,<br />
a doença pode estar fase avançada,<br />
aumentando ainda os sintomas para<br />
anemia, perda de apetite e de peso,<br />
dor no abdome e, até mesmo, a saída<br />
de urina e de fezes pela vagina.<br />
O tratamento varia conforme o<br />
estágio da doença, tamanho do tumor,<br />
idade e condições gerais de saúde.<br />
Normalmente são feitas cirurgias para a<br />
retirada do câncer, através da remoção<br />
de fragmentos de tecidos, e até mesmo<br />
a laser. “Dependendo ainda do tamanho<br />
deste tumor, podemos ainda optar por<br />
radioterapia e quimioterapia associadas,<br />
isoladas sem a cirurgia, ou por complementação<br />
do tratamento mediante<br />
radioterapia e quimioterapia em baixas<br />
doses após a cirurgia”, explica o médico.<br />
A quimioterapia pode ser utilizada<br />
antes da cirurgia para diminuir o tamanho<br />
do tumor e permitir que a cirurgia<br />
seja feita com a devida segurança terapêutica<br />
ou em casos mais avançados,<br />
onde ocorrem metástases. O maior<br />
avanço no conhecimento das características<br />
da doença permite hoje realizar<br />
tratamentos mais conservadores, nos<br />
quais o colo uterino, os ligamentos em<br />
torno dele e os gânglios são retirados<br />
e o útero é re-implantado na vagina,<br />
permitindo assim que pacientes jovens<br />
possam preservar sua capacidade de<br />
engravidar.<br />
CARLOS ALBERTO MALHEIROS É O NOVO PROFESSOR TITULAR DA FCMSCSP<br />
O Chefe do Departamento de Cirurgia da Faculdade de<br />
Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – FCMSCSP,<br />
Carlos Alberto Malheiros, é o mais novo professor titular da<br />
instituição.<br />
A aula magistral apresentada no Auditório Emílio Athiê,<br />
para a banca composta por professores da FCMSCSP, das Faculdades<br />
de Medicina da USP, Universidade Federal de Minas<br />
Gerais, Unesp e Unicamp, foi “Da gastrectomia subtotal à<br />
cirurgia metabólica - a história da cirurgia gástrica na Santa<br />
Casa de São Paulo”.<br />
O professor Carlos Alberto Malheiros é graduado médico<br />
pela FCMSCSP, onde ingressou em 1976. Fez residência no<br />
Departamento de Cirurgia do Hospital-Escola, mestrado,<br />
doutorado e livre docência na mesma instituição. Malheiros foi<br />
instrutor de ensino, professor assistente e professor adjunto da<br />
FCMSCSP. Sua dedicação ao ensino lhe fez ser homenageado<br />
por várias turmas de graduandos, sendo inclusive paraninfo<br />
da 36ª Turma.<br />
Além da intensa atividade cirúrgica do aparelho digestivo,<br />
mantém profícua linha de pesquisa nas áreas “Alterações Morfológicas<br />
e Funcionais após Cirurgia da Obesidade Mórbida”, e<br />
“Perspectivas no Diagnóstico Tratamento do Câncer Gástrico”.<br />
<br />
revistas indexadas, escreveu 22 capítulos de livros, tem 122<br />
resumos publicados em anais de congressos e apresentou<br />
trabalhos originais de pesquisa em 105 deles.<br />
20<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
NOVA UNIDADE DO HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS LEVA MEDICINA DE PONTA A CAMPINAS<br />
Serão 29 mil m 2 para atendimento de alta complexidade<br />
que dão continuidade ao plano de expansão do Hospital<br />
Na sequência de sua estratégia de crescimento, com o<br />
objetivo de levar medicina de ponta a um número cada vez<br />
maior de pessoas, o Hospital Sírio-Libanês (HSL) anuncia<br />
a sua mais nova unidade, a primeira localizada fora do<br />
município de São Paulo. A cidade escolhida foi Campinas,<br />
considerada a quinta melhor infraestrutura urbana do Brasil<br />
(Simonsen/Exame), com PIB anual superior a R$ 20 bilhões.<br />
Com quase 30 mil metros quadrados de área construída,<br />
a nova unidade do HSL oferecerá tratamentos de alta complexidade<br />
já encontrados em sua unidade principal, no bairro<br />
da Bela Vista, em São Paulo. Serão 150 leitos, sendo 30 de<br />
UTI, Centro de Diagnósticos com equipamentos de ponta,<br />
Centro Cirúrgico e Pronto-Atendimento.<br />
A opção por Campinas também leva em conta o fato do<br />
município ser um importante pólo acadêmico e tecnológico, contando<br />
com 19% de sua população com nível superior de ensino.<br />
A cidade ainda é a líder brasileira na quantidade de patentes<br />
registradas no exterior. Por esta razão, além da estrutura de<br />
atendimento, o HSL também levará o seu Instituto Sírio-Libanês<br />
de Ensino e Pesquisa para estabelecer parcerias nas áreas de<br />
pesquisa clínica e de ensino de saúde de alta qualidade.<br />
<br />
e a previsão é de que, já em 2014, o atendimento seja<br />
iniciado, com capacidade mensal de 750 pacientes, 17 mil<br />
exames de imagem e 80 mil exames laboratoriais, facilitando<br />
o acesso das pessoas que recorreriam à instituição viajando<br />
a São Paulo.<br />
Plano de expansão - O anúncio da nova unidade integra<br />
uma ampla estratégia de crescimento do Hospital Sírio-<br />
Libanês. Fazem parte desse plano os investimentos de R$<br />
600 milhões na ampliação das instalações da Bela Vista, que<br />
praticamente duplicará a capacidade de atendimento, além<br />
de dotar o local de novos serviços.<br />
O HSL também está aplicando outros R$ 35 milhões em<br />
outra unidade na capital paulista, localizada na Rua Joaquim<br />
Floriano, no bairro do Itaim. Serão 4,3 mil metros quadrados<br />
que ocuparão oito andares de um prédio totalmente dedicado<br />
à saúde. A Unidade Itaim contará com o Centro de Oncologia,<br />
reconhecido mundialmente pela sua qualidade e, também,<br />
com Centro de Diagnósticos por Imagem (CDI) para oferecer<br />
segurança, rapidez e conforto para pacientes e médicos, que<br />
ocuparão os outros seis andares do edifício.<br />
DOENÇAS GENÉTICAS: POLÍTICAS PÚBLICAS, PREVENÇÃO E TRATAMENTO<br />
Levantamento da OMS mostra que pelo menos 8% da população tem algum tipo de doença genética<br />
De que forma o poder público, pro-<br />
<br />
de opinião e familiares podem se reunir<br />
em prol das doenças genéticas O que<br />
falta hoje, no Brasil, para tratar adequadamente<br />
os pacientes e atender a seus<br />
familiares Foi com o intuito de ampliar<br />
o debate sobre o tema e mostrar as<br />
<br />
com doenças genéticas que a Aliança<br />
Brasileira de Genética (ABG) promoveu<br />
o encontro “Doenças Genéticas: políticas<br />
públicas, tratamento e prevenção”.<br />
A abertura contou com a participação<br />
de autoridades e instituições<br />
ligadas ao tema. Uma das palestras<br />
realizadas foi com Maria Helena Paes<br />
de Carvalho, Diretora Técnica do Serviço<br />
de Enfermagem Especializada do<br />
Hospital Leonor Mendes de Barros,<br />
sobre o Programa Nacional de Triagem<br />
Neonatal. Ela contou a experiência de<br />
um hospital referência no tratamento<br />
de bebês de alto risco.<br />
A Dra Chong Kim, médica chefe<br />
da Unidade de Genética do Instituto<br />
da Criança do Hospital das Clínicas,<br />
também falou, sobre o atendimento às<br />
crianças com doenças genéticas.<br />
O médico Pablo Nicola, da Sociedade<br />
Brasileira de Genética Médica, fez uma<br />
explanação sobre Genética no Sistema<br />
Único de Saúde. Um levantamento da<br />
Organização Mundial da Saúde mostra<br />
que pelo menos 8% da população em<br />
todo o mundo tem algum tipo de doença<br />
genética. Aqui no Brasil, 600 mil<br />
pessoas com doença genética já estão<br />
organizadas e representadas pela ABG.<br />
Atualmente, está pronta uma política<br />
pública de implantação de genética<br />
no SUS, mas que ainda hoje não foi<br />
implementada e continua à espera da<br />
aprovação da Secretaria de Atenção à<br />
Saúde do Ministério da Saúde.<br />
Martha Carvalho, presidente da Associação<br />
Brasileira de Genética (ABG) e<br />
vice-presidente da International Genetic<br />
Alliance (IGA), ressalta a importância<br />
desta implantação.“A falta de aplicação<br />
destas políticas públicas está sendo<br />
crucial. Temos que discutir com toda<br />
a sociedade civil e com os políticos a<br />
questão das doenças genéticas”.<br />
Para saber mais:<br />
www.abg.org.br<br />
22<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
LAS ELEGE NOVA DIRETORIA<br />
A LAS (Laboratórios Associados) escolheu sua nova<br />
<br />
Geral Ordinária da entidade, realizada na cidade de Porto<br />
<br />
<br />
Conselho Administrativo<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Paim Lucc<br />
Conselho Fiscal<br />
<br />
Mônica Marchiori Chizzoni. <br />
<br />
Conselho de Ética<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
laboratórios de análises clínicas, proporcionando o desenvolvimento<br />
dos associados para o aumento de sua<br />
competitividade”.<br />
IDENTIFICADOS NOVOS GENES DO CÂNCER DE MAMA<br />
Descoberta aponta agora 18 variações genéticas<br />
associadas com maior risco de desenvolver a doença<br />
<br />
que aumentam em até 16% as chances de uma mulher sofrer<br />
<br />
que existem 18 variações genéticas associadas com aumento<br />
no risco de desenvolver a doença.<br />
<br />
a entender como o tumor se forma e abre caminho para novos<br />
tratamentos. A pesquisa, coordenada por Douglas Easton, da<br />
Universidade de Cambridge é a maior análise de genomas<br />
<br />
<br />
<br />
com e sem a doença.<br />
<br />
mulheres e estima-se que um em cada 20 sejam causados<br />
<br />
não nos dá um panorama completo, mas contribuirá para a<br />
<br />
Para saber mais:<br />
www.inca.gov.br<br />
ROCHE ADQUIRE A MEDINGO E AMPLIA POSIÇÃO NO<br />
MERCADO DE SISTEMAS DE INFUSÃO DE INSULINA<br />
A Roche e a Elron Electronics Ltd. anunciaram a assinatura<br />
de um contrato por meio do qual a Roche irá adquirir<br />
<strong>100</strong>% da Medingo Ltd., subsidiária em que o grupo Elron<br />
detém participação majoritária. A Medingo Ltd. dedica-se ao<br />
desenvolvimento de sistema de infusão contínua de insulina<br />
semidescartável.<br />
<br />
diabetes tornou-se uma epidemia real que afeta mais de 285<br />
milhões de pessoas em todo o mundo. A Roche Diabetes Care,<br />
líder global em monitoramento da taxa de glicose no sangue<br />
e sistemas de infusão de insulina, assume o compromisso de<br />
melhorar a qualidade de vida das pessoas com diabetes. Com<br />
essa aquisição, ampliaremos nosso portfólio de tecnologias<br />
inovadoras de sistema de infusão contínua de insulina e<br />
fortaleceremos nosso posicionamento como uma empresa<br />
líder no negócio de cuidados com o diabetes”.<br />
O novo sistema de infusão contínua de insulina da Me-<br />
<br />
um cartucho de infusão contínua de insulina semidescartável<br />
e um controle remoto, o que permite a infusão discreta e<br />
personalizada da insulina. Oferece as funções convencionais<br />
de um sistema de infusão contínua de insulina aliadas às<br />
vantagens da inovadora tecnologia que não utiliza cateter.<br />
Alguns recursos trazem muito mais comodidade aos pacientes,<br />
como a capacidade de administrar uma dose em bolus de<br />
insulina diretamente a partir do sistema de infusão sem um<br />
controle remoto. Além disso, existe a opção de desconectar<br />
o aparelho temporariamente - e conectá-lo mais tarde - do<br />
adesivo que o mantém preso à pele.<br />
O sistema de infusão da Medingo Ltd. ainda não está sendo<br />
comercializado. Em uma próxima etapa, haverá uma expansão<br />
das capacidades de produção para que a empresa se prepare<br />
para o lançamento global do produto, previsto para 2012.<br />
A Roche Diabetes Care desenvolve e comercializa soluções<br />
inovadoras no campo de sistemas de infusão que combinam<br />
monitoramento da glicemia, gerenciamento de informações<br />
e infusão personalizada de insulina. Um exemplo dessa nova<br />
classe de soluções integradas de produtos é o recém-lançado<br />
sistema Accu-Chek Combo na Europa, grande sucesso de<br />
<br />
gerenciamento de tratamentos que utilizam sistemas de<br />
infusão contínua de insulina.<br />
26<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
PESQUISA AVALIA PRESENÇA DE ROTAVÍRUS A COMO<br />
MARCADOR BIOLÓGICO DE CONTAMINAÇÃO HOSPITALAR<br />
Foram coletadas amostras mensais de 12 superfícies e objetos em sete leitos da UTI<br />
Um estudo realizado no Instituto<br />
Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) analisou<br />
a presença de rotavírus A em superfícies<br />
hospitalares, para estabelecer<br />
um protocolo de detecção da contaminação<br />
de superfícies e objetos em<br />
hospitais. A pesquisa foi apresentada<br />
durante o 1º Simpósio Latino-Americano<br />
de Virologia Ambiental, realizado<br />
pelo IOC em maio. O resultado<br />
pode contribuir no combate à infecção<br />
hospitalar, especialmente com relação<br />
a pacientes com baixa imunidade. O<br />
estudo-piloto, que também apresenta<br />
informações sobre a persistência do<br />
vírus no ambiente, foi realizado numa<br />
unidade de terapia intensiva (UTI) de<br />
um hospital no Rio de Janeiro.<br />
De janeiro a junho de 2009, foram<br />
coletadas amostras mensais de 12<br />
superfícies e objetos em sete leitos<br />
da UTI. Um total de 504 amostras<br />
foram coletadas dos seguintes locais:<br />
dispensadores de álcool gel e<br />
de clorexidina, botão de descarga<br />
do toalete, cadeira do acompanhante,<br />
tampa de recipiente de resíduos<br />
comuns, maçaneta da porta de fora<br />
do banheiro e do quarto do paciente,<br />
controle da cama, teclado da bomba<br />
de infusão, controle remoto da TV,<br />
mesa e telefone.<br />
“As amostras foram obtidas por<br />
swab e colocadas em meio de cultura.<br />
Segundo a metodologia de RT-PCR,<br />
detectou-se que 5% (25/504) das<br />
amostras estavam contaminadas com<br />
rotavírus A. Utilizando-se a metodologia<br />
Nested RT-PCR (metodologia<br />
qualitativa), 14,5% (73/504) das<br />
amostras deram positivas, sendo que<br />
45 destas apresentaram carga viral<br />
entre 3.4 x 10ºcg/mL e 2.9 x 10³cg/<br />
mL”, explicou a pesquisadora Ana<br />
Carolina Teixeira, do Laboratório de<br />
Virologia Comparada e Ambiental do<br />
IOC, responsável pelo estudo.<br />
Como conclusão, o estudo sugere<br />
o uso do rotavírus A como um possível<br />
biomarcador de contaminação<br />
de superfícies em ambientes hospitares.<br />
“Os vírus são responsáveis<br />
por cerca de 30% das infecções<br />
<br />
de contaminação é muito importante<br />
para diminuir os riscos de pacientes<br />
serem infectados, especialmente<br />
aqueles que apresentem quadros<br />
de baixa imunidade, como recémtransplantados<br />
e pessoas que vivem<br />
com HIV”, explicou a pesquisadora.<br />
“Os rotavírus A podem ser bons indicadores<br />
de contaminação, pela boa<br />
estabilidade apresentada pelos vírus<br />
gastroentéricos no ambiente”.<br />
Os aplicadores de álcool gel e o<br />
botão de descarga dos vasos sanitários<br />
foram as principais superfícies<br />
contaminadas apontadas pelo<br />
estudo. “Isso revela a falta de uma<br />
cultura de lavar corretamente as<br />
mãos, que muitos acompanhantes<br />
e até mesmo o pessoal da equipe<br />
médica substitui pela aplicação de<br />
álcool gel”, explicou. “Um treinamento<br />
básico de como proceder<br />
corretamente essa higienização e a<br />
conscientização de médicos, enfermeiros<br />
e visitantes da importância<br />
desse procedimento poderia, por<br />
isso, diminuir o grau de contaminação<br />
dessas superfícies”. A detecção<br />
da presença de rotavírus A em<br />
amostras coletadas durante o estudo<br />
indica a necessidade de serem definidos<br />
critérios que levem em consideração<br />
os recentes conhecimentos<br />
científicos no campo da virologia<br />
ambiental, aprimorando a vigilância<br />
sobre os espaços hospitalares.<br />
Após dois meses de estudo, foi<br />
realizada uma reunião com os pro-<br />
<br />
orientação no sentido de aplicar critérios<br />
de higienização mais rígidos.<br />
Como resultado, foi registrada uma<br />
ciais<br />
de contaminação das superfícies<br />
nos anos posteriores. “Essa diminuição<br />
indicou que a aplicação de maior<br />
rigor nas normas de higienização<br />
dos espaços hospitalares pode ter<br />
impacto decisivo na contaminação<br />
das superfícies”, avaliou. “A grande<br />
redução do percentual da contaminação<br />
foi associada diretamente à<br />
mudança da equipe de limpeza e a<br />
uma maior atenção às normas de<br />
<br />
O estudo também apontou que<br />
23% das amostras positivas para<br />
rotavírus A foram coletadas em leitos<br />
vazios. “O resultado mostra que a limpeza<br />
não era feita de forma rigorosa<br />
na saída dos pacientes ou durante o<br />
período em que o leito permanecia<br />
desocupado. Além disso, obtivemos<br />
a indicação de que o rotavírus conseguiu<br />
resistir nessas superfícies<br />
por períodos superiores a 60 dias”,<br />
apresentou Ana Carolina.<br />
O rotavírus A é a principal causa de<br />
gastroenterite aguda viral em crianças<br />
menores de 5 anos de idade. Está<br />
diretamente associado a quadros de<br />
diarreia e vômito e é transmitido por<br />
diferentes vias, incluindo a transmissão<br />
oral-fecal e a transmissão por meio de<br />
objetos e superfícies contaminados.<br />
Para saber mais:<br />
<br />
28<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
PROJETO PRETENDE REDUZIR EM 50% OS CASOS<br />
DE MALÁRIA EM 47 MUNICÍPIOS DA REGIÃO AMAZÔNICA<br />
Os municípios selecionados representam 70% dos casos de malária no Brasil<br />
Um megaprojeto com a participação<br />
da Faculdade de Medicina da USP<br />
pretende reduzir em 50% o número<br />
de casos de malária, nos próximos<br />
cinco anos, em 47 municípios da<br />
região amazônica situados em seis<br />
estados brasileiros. Financiado pelo<br />
Fundo Global de Luta contra a Aids,<br />
Tuberculose e Malária do G-8 (grupo<br />
que reúne os 7 países mais industrializados<br />
e a Rússia), o projeto custará<br />
R$ <strong>100</strong> milhões e começa a funcionar<br />
em junho. Somados, os 47 municípios<br />
selecionados representam 70%<br />
dos casos de malária no Brasil. Já<br />
a região Amazônica concentra 99%<br />
dos casos.<br />
O Projeto para Prevenção e Controle<br />
da Malária na Amazônia Brasileira<br />
foi a única proposta apresentada<br />
pelo Brasil, aprovada pelo Fundo<br />
Global, durante a 8ª Ronda de Propostas<br />
de Financiamento, em 2008.<br />
Elaborado pelo Ministério da Saúde<br />
e pela OPAS, o projeto é coordenado<br />
pela Fundação Faculdade de Medicina<br />
(FFM), responsável pela implantação<br />
do sistema de gestão, tendo como<br />
parceira regional a Fundação de<br />
Medicina Tropical do Amazonas. Os<br />
Estados que participam são o Acre,<br />
Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia<br />
e Roraima.<br />
Segundo o coordenador do Projeto,<br />
Prof. Carlos Corbett, do Departamento<br />
de Patologia da FMUSP<br />
e responsável pelo Laboratório de<br />
Patologia de Moléstias Infecciosas,<br />
será implantado, a cada grupo de dois<br />
municípios, um núcleo de gerenciamento<br />
de saúde com o objetivo de<br />
coordenar o trabalho de prevenção<br />
e combate à malária, incluindo o<br />
diagnóstico precoce e a distribuição<br />
de medicamentos. Alguns municípios<br />
são habitados predominantemente<br />
por indígenas. Neles, está prevista a<br />
realização de estudos antropológicos<br />
<br />
abordagem dessas populações.<br />
veis<br />
pela gestão dos núcleos já foram<br />
selecionadas. Ao todo, serão contratadas<br />
250 pessoas, entre técnicos<br />
e microscopistas. O microscópio é a<br />
principal ferramenta para o diagnóstico<br />
da malária. Através dele, é detectado<br />
o parasita que causa a doença. Serão<br />
adquiridos 200 equipamentos desse<br />
<br />
e o tratamento rápido, você diminui<br />
muito a transmissão da malária e reduz<br />
a mortalidade”, ressalta o Prof. Carlos<br />
Corbett.<br />
Os medicamentos serão fornecidos<br />
pelo Ministério da Saúde. A função do<br />
medicamento é reduzir a quantidade<br />
do parasita no sangue, já que ainda<br />
<br />
contra a doença. Quando o indivíduo<br />
apresenta baixa parasitemia (presença<br />
do parasita vivo no sangue), se reduz a<br />
possibilidade de transmissão. Também<br />
serão adquiridos e instalados 1 milhão<br />
e <strong>100</strong> mil mosquiteiros impregnados<br />
com inseticida de longa duração. Outra<br />
ação é estabelecer parcerias internacionais<br />
para melhorar a situação de<br />
controle da malária nos municípios de<br />
fronteira. Dos 47 municípios abrangidos<br />
pelo Projeto, 18 são fronteiriços.<br />
DIAGNÓSTICO IN VITRO: SETOR TEM NOVO SITE<br />
A Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL),<br />
entidade que reúne mais de 40 empresas do setor de<br />
diagnóstico in vitro, está de site novo (www.cbdl.org.<br />
br). Com um layout muito mais clean e dinâmico, o site<br />
é atualizado semanalmente com áreas abertas e outras<br />
restritas apenas aos associados. Entre as informações<br />
disponíveis estão as legislações pertinentes ao segmento.<br />
A grande novidade é o Cadastro de Talentos, link disponível<br />
para abrigar currículo de profissionais da área, cujo<br />
acesso será fechado aos associados.<br />
Ainda como parte do projeto de comunicação integrada<br />
da CBDL, dois novos produtos foram desenvolvidos.<br />
O informativo De Olho na<br />
Saúde, cujo conteúdo é<br />
um resumo semanal das<br />
novas notícias colocadas<br />
no ar, que os associados<br />
recebem por e-mail todas<br />
as segundas feiras e o<br />
CBDL News, informativo<br />
mensal com notícias internas e acesso restrito.<br />
Os associados também poderão encaminhar, para<br />
inclusão no site, notícias relativas a novas contratações<br />
ou lançamento de produtos, entre outras.<br />
30<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
ESTUDO APRESENTA TÉCNICAS DE TIPAGEM EM CEPAS DE M. TUBERCULOSIS<br />
<br />
Estudo realizado no Centro de Referência Prof. Hélio Fraga<br />
da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), em<br />
parceria com o Laboratório de Biologia Molecular Aplicada a<br />
Micobactérias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), mostra<br />
Mycobacterium<br />
tuberculosis, circulantes no Rio de Janeiro, que<br />
<br />
proporcionaram o entendimento dos casos de transmissão da<br />
tuberculose em um grupo de pacientes do município. O estudo<br />
<br />
<br />
, no auditório do Centro Hélio Fraga, pela<br />
pesquisadora Fatima Cristina Onofre Fandinho Montes.<br />
Inicialmente, a bióloga apresentou a história e o período<br />
<br />
<br />
comentou Fatima Fandinho. Segundo ela, acreditava-se que a<br />
doença seria erradicada rapidamente. Entretanto, destacou,<br />
recentemente a doença ressurgiu associada às cepas com<br />
resistência múltipla a drogas e à Aids.<br />
Segundo Fatima, o objetivo da pesquisa foi caracterizar,<br />
no nível molecular, cepas de Mycobacterium tuberculosis<br />
circulantes no Rio de Janeiro, com resistência múltipla aos<br />
gem<br />
ou tipagem molecular de cepas de M. tuberculosis por<br />
técnicas padronizadas: o RFLP (Restriction Fragment Lenght<br />
Polymorphism baseado na sequência IS, RFLP - 6110) e o<br />
Spoligotyping.<br />
<br />
De acordo com a pesquisadora, as técnicas<br />
utilizadas foram capazes de detectar semelhanças e diferenças<br />
tes<br />
da mesma fonte de infecção, assim como a distribuição<br />
<br />
e durante um determinado período. A detecção de resistência<br />
à Rifampicina também foi efetuada por técnica de biologia<br />
molecular, baseada em uma metodologia de hidridização<br />
reserva (Rifoligotyping) para detectar mudanças pontuais no<br />
<br />
resistência à Rifampicina.<br />
ríodo<br />
de 1996 a 2000, armazenadas no Centro Hélio Fraga.<br />
Após submetê-las às técnicas de genotipagem citadas, foi<br />
possível observar, segundo a pesquisadora, que, através do<br />
<br />
sugerindo que os pacientes que albergavam essas cepas foram<br />
infectados em períodos distintos ao longo da vida. Entretanto,<br />
algumas cepas foram separadas<br />
em grupos ou clusters, sugerindo<br />
a transmissão recente dessas<br />
cepas agrupadas e que alguma<br />
relação epidemiológica entre esses<br />
pacientes possa ter ocorrido.<br />
<br />
por meio da genotipagem por<br />
Spoligotyping do total de cepas,<br />
cativo<br />
dos casos de tuberculose Colônias de M. tuberculosis<br />
nesse estudo causado por cepas da denominada Família LAM,<br />
característica encontrada frequentemente em estudos com<br />
cepas de pacientes da América Latina.<br />
Em relação à detecção de mutação no gen rpoB através do<br />
<br />
<br />
publicados, utilizando cepas de diferentes países. Analisando<br />
dados epidemiológicos de pacientes cujas cepas foram estudadas<br />
e os dados obtidos por meio da genotipagem dessas cepas<br />
foi possível detectar a transmissão de M. tuberculosis com<br />
resistências múltiplas a drogas entre contatos intradomiciliares.<br />
<br />
<br />
realizados na população do Rio de Janeiro, podemos sugerir<br />
que o abandono é a principal causa da falha no tratamento da<br />
tuberculose, tendo como consequência o estabelecimento de<br />
<br />
tratamento de certos casos com TB-MDR e a permanência da<br />
mesma cepa ao longo dos anos. Fato que reforça a necessidade<br />
<br />
<br />
<br />
a frequência das mutações em pacientes MDR e/ou crônicas;<br />
essa frequência não parece ser muito diferente de pacientes<br />
com resistência mais simples, embora ainda precise de uma<br />
<br />
gravidade da situação de cepas resistentes a múltiplas drogas<br />
<br />
reunir esforços e conhecimentos dos mecanismos de resistência<br />
para combater a tuberculose multirresistente. A busca de<br />
novos métodos tem sido um dos alvos principais de pesquisas<br />
<br />
dos mecanismos de resistência e da transmissão dessas cepas<br />
<br />
<br />
<br />
DIVULGAÇÃO<br />
36<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
BRASÍLIA GANHA BANCO PÚBLICO DE SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL<br />
Investimento na expansão da Rede BrasilCord é de R$ 31,5 milhões.<br />
O objetivo é chegar a 65 mil unidades de cordão armazenadas<br />
A sétima das 13 unidades previstas<br />
da Rede de Bancos Públicos de Sangue<br />
de Cordão Umbilical (Rede BrasilCord) foi<br />
inaugurada no começo de junho na Fundação<br />
Hemocentro, em Brasília, com a presença<br />
do ministro da Saúde, José Gomes<br />
Temporão. Ao todo, R$ 31,5 milhões estão<br />
sendo investidos nesta fase de expansão<br />
<br />
do Banco Nacional de Desenvolvimento<br />
Econômico e Social (BNDES).<br />
“Quero chamar a atenção que a rede<br />
de bancos de sangue de cordão umbilical<br />
e placentário é fundamental para quem<br />
precisa de um transplante de medula<br />
óssea. Paralelamente, o Brasil hoje já<br />
é o terceiro maior banco de doadores<br />
voluntários do mundo, de pessoas vivas,<br />
com 1,6 milhão de doadores (no Registro<br />
Nacional de Doadores Voluntários de<br />
Medula Óssea, o Redome)”, ressaltou o<br />
ministro, reforçando a importância em<br />
se reduzir cada vez mais a dependência<br />
de doadores do exterior.<br />
<br />
da Rede Brasil Cord, que deve ocorrer<br />
até 2011, é que haja 65 mil unidades<br />
armazenadas de cordão umbilical – nú-<br />
<br />
a demanda nacional de transplantes de<br />
medula óssea, juntamente com o Redo-<br />
<br />
terá uma das maiores redes públicas de<br />
cordão umbilical do mundo.<br />
A Rede BrasilCord foi criada pelo Ministério<br />
da Saúde em 2005, é gerenciada<br />
pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA)<br />
e tem os recursos administrados pela<br />
Fundação do Câncer. Já dispõe de bancos<br />
públicos também em funcionamento no<br />
INCA (RJ); no Hospital Albert Einstein, no<br />
Hemocentro da Universidade de Campinas/Unicamp,<br />
no Hemocentro de Ribeirão<br />
Preto e no Hospital Sírio Libanês (SP);<br />
e no Hemocentro de Florianópolis (SC).<br />
A ampliação da Rede BrasilCord<br />
<br />
ano de unidades no Hospital de Clínicas<br />
de Porto Alegre (RS); no Hospital de<br />
Clínicas de Curitiba (PR); no Hemocentro<br />
de Pernambuco; no Hemocentro do<br />
Ceará; e no Hemocentro do Pará. Já em<br />
2011, deverá ser inaugurada a unidade<br />
no Hemominas, em Belo Horizonte, um<br />
projeto que contempla também a doação<br />
de tecidos.<br />
Com o aumento do número de bolsas<br />
de sangue de cordão umbilical armazenadas<br />
de pessoas de todas as regiões do<br />
país, será possível assegurar que a diversidade<br />
da população brasileira – com<br />
características de miscigenação regionais<br />
distintas – estará contemplada nos bancos<br />
públicos. Essa medida aumenta as<br />
chances de pessoas de diversos grupos<br />
étnicos, como os indígenas, por exemplo,<br />
encontrarem doadores, caso precisem.<br />
Cresce o número de doadores – O<br />
Brasil hoje dispõe do terceiro maior banco<br />
de dados de doadores voluntários de<br />
<br />
dos registros dos Estados Unidos (com<br />
5 milhões de doadores) e da Alemanha<br />
(com 3 milhões de doadores).<br />
A evolução desse número de doadores<br />
voluntários tem sido crescente nos<br />
últimos anos. Em 2000, eram 12 mil os<br />
inscritos. Naquele ano, dos transplantes<br />
de medula realizados, apenas 10% dos<br />
doadores haviam sido brasileiros localizados<br />
no Redome. Agora há 1,6 milhão<br />
inscritos no Redome e o percentual passou<br />
para 70%.<br />
Os investimentos do Ministério da<br />
Saúde em transplantes em geral aumentaram<br />
343% entre 2002 e 2009.<br />
Em 2002, haviam sido investidos R$<br />
285,94 milhões. Já em 2009, foram R$<br />
990,51 milhões. O número de transplantes<br />
realizados no país, incluindo os<br />
de córneas e medula, teve crescimento<br />
de 5% nos dois últimos anos – 20.253<br />
foi a quantidade de transplantados em<br />
2009, enquanto em 2008 havia sido<br />
de 19.307.<br />
Em 2009, ainda houve um recorde<br />
no número de doações. Foram 1.658 as<br />
doações de órgãos (em números absolutos)<br />
no ano passado – ou seja, se alcançou<br />
o índice de 8,7 doadores por milhão<br />
da população (ppm). Isso representa um<br />
crescimento de 26% em relação ao ano<br />
anterior. Em 2008, haviam sido 1.317<br />
doadores, com índice de 7,2 ppm.<br />
PROVA PARA TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PATOLOGIA CLÍNICA SERÁ EM SETEMBRO<br />
Os médicos interessados em fazer a prova para Título de<br />
Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (TEPAC)<br />
2010 já podem consultar o edital no site da Sociedade Brasileira<br />
de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial - SBPC/ML (www.<br />
sbpc.org.br).<br />
As inscrições serão de 1 a 31 de agosto e a prova está marcada<br />
para o dia 13 de setembro, na sede da SBPC/ML, no Rio<br />
de Janeiro (R. Dois de Dezembro, 78, sala 909, bairro Catete).<br />
Podem se candidatar ao TEPAC 2010 os médicos que preencherem<br />
pelo menos um dos seguintes requisitos:<br />
Médico que terminou os três anos do Programa de Residência<br />
Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, credenciado<br />
pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM)<br />
<br />
na especialidade, com duração semelhante à do Programa<br />
de Residência Médica do MEC, reconhecido pela SBPC/ML<br />
Médico com treinamento na especialidade por um período de<br />
tempo equivalente a duas vezes o recomendado pela CNRM<br />
do MEC, comprovado por meio de atuação em atividades pro-<br />
<br />
no mínimo, <strong>100</strong> pontos, conforme tabela utilizada pela AMB<br />
Médico graduado com, no mínimo, cinco anos de formado,<br />
completos até a data da prova e que tenha atuado, efetivamente,<br />
na especialidade e que comprove essa atividade<br />
Haverá prova escrita, oral e análise do currículo do candidato.<br />
38<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
MINISTÉRIO DA SAÚDE LANÇA TECNOLOGIA BRASILEIRA PARA DIAGNOSTICAR VÍRUS H1N1<br />
Teste nacional é mais avançado e 60% mais barato que o importado.<br />
Brasil se torna mais independente dos insumos estrangeiros<br />
O Ministério da Saúde lançou, em junho passado, o Kit<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
laboratórios para detectar a doença e se tornar mais independente<br />
do mercado internacional. O kit será fabricado<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
foi de R$ 3,36 milhões.<br />
<br />
e vai nos permitir trabalhar no diagnóstico de outras<br />
doenças. Estamos apresentando não só um exame, mas<br />
uma nova plataforma tecnológica”, ressalta o ministro<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
à demanda nacional.<br />
Durante a primeira onda da pandemia, entre abril<br />
<br />
<br />
<br />
casos graves e mortes suspeitas pela doença. O exame é<br />
indicado para pacientes internados com suspeita de gripe<br />
pandêmica, em casos de surtos em comunidade fechadas<br />
e para investigar óbito.<br />
O primeiro lote fabricado pelos laboratórios do consór-<br />
<br />
pacientes internados com suspeita de gripe pandêmica.<br />
Os reagentes biomoleculares servem para multiplicar o<br />
<br />
<br />
Inovação<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
de<br />
e um avanço em relação ao diagnóstico fabricado no<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
França e Alemanha – principais fornecedores mundiais de<br />
<br />
<br />
do laboratório. Agora, sem necessidade desse procedi-<br />
<br />
na manipulação dos insumos.<br />
Plataforma tecnológica<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
Esses seis laboratórios contam com novas plataformas<br />
tecnológicas para o diagnóstico da gripe pandêmica. Elas<br />
<br />
<br />
para diagnosticar outras doenças, como aids, dengue,<br />
hepatite, meningites e outros problemas respiratórios. A<br />
proposta do governo federal é expandir as plataformas a<br />
<br />
montando uma rede nacional de diagnóstico.<br />
<br />
<br />
<br />
sem interferência humana. Atualmente, a tecnologia uti-<br />
<br />
<br />
40<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Sysmex comemora 10 anos<br />
de atividades no Brasil<br />
Há exatamente uma década, a Sysmex mostrou acreditar no mercado brasileiro<br />
quando se instalou no Paraná. A princípio ocupou uma área de 250 metros<br />
quadrados no Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar). Mas com o crescimento<br />
da produção e com a expansão do mercado, inclusive para outros países, em 2005<br />
a empresa mudou para uma sede própria em São José dos Pinhais,<br />
região metropolitana de Curitiba.<br />
42<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
A fábrica de<br />
reagentes,<br />
no Paraná,<br />
ocupa 1.700 m 2<br />
Naquele ano, com um investimento<br />
de R$ 3,2 milhões, foi<br />
construída uma área fabril de<br />
1.700 metros quadrados, voltada<br />
para a produção de reagentes para<br />
hematologia e uroanálise. O projeto<br />
da fábrica foi concebido para<br />
atender os mais rigorosos padrões<br />
de controle de qualidade. Esta fá-<br />
<br />
o que permite que seus reagentes<br />
sejam prontamente exportados<br />
para os Estados Unidos em uma<br />
contingência. Entre outras certi-<br />
<br />
<br />
ISO 9001, ISO 14001, ISO 13485,<br />
<br />
te<br />
com as outras unidades fabris<br />
instaladas em outros países, faz<br />
parte do plano estratégico de produção<br />
e fornecimento de reagentes<br />
de hematologia e uroanálise<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
de produção segue as diretrizes<br />
da matriz no Japão, que investe<br />
10% de seu faturamento global<br />
em pesquisa e desenvolvimento de<br />
tecnologia para os setores médicos<br />
e laboratoriais. “Quando é lançado<br />
um novo analisador para hematologia<br />
ou uroanálise, por exemplo,<br />
recebemos as informações sobre<br />
os reagentes que serão necessários<br />
e iniciamos o processo de<br />
<br />
<br />
fábrica em São José dos Pinhais,<br />
<br />
<br />
na produção desses reagentes. Em<br />
2000 eram fabricados dois tipos de<br />
reagentes com um acumulado de<br />
6.550 unidades comercializadas<br />
naquele ano. Hoje, a empresa<br />
chegou à marca de 152.000 unidades,<br />
com 10 tipos diferentes de<br />
reagentes. Parte desta produção é<br />
<br />
escritório de São Paulo<br />
Escritório da sede da empresa<br />
<br />
Chile, Uruguai, Paraguai, Colômbia,<br />
Equador, Peru e Venezuela.<br />
Sysmex América Latina<br />
e Caribe<br />
<br />
<br />
<br />
Paulo, que dá suporte para as atividades<br />
dos distribuidores em toda a<br />
<br />
Em Miami, nos Estados Unidos,<br />
<br />
onde são gerenciadas as ações<br />
das equipes de Suporte Técnico e<br />
<br />
<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010<br />
43
Equipe Sysmex<br />
Technopark<br />
ONDE INVESTIR EM PESQUISA E<br />
DESENVOLVIMENTO É ACREDITAR<br />
NAS POSSIBILIDADES<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
José Roberto Floresta, gerente geral<br />
da Sysmex América Latina e Caribe<br />
ser extremamente flexíveis e<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
Portfólio de<br />
alta tecnologia<br />
O Technopark, em Kobe (Japão), possui uma área de 72 mil metros quadrados<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
44<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
O HST-N tem como diferencial a capacidade de expansão e inclusão de novos equipamentos à linha<br />
no porte, a Sysmex oferece o analisador<br />
hematológico KX-21N com<br />
contagem diferencial de 3 partes<br />
que processa 60 hemogramas/<br />
hora e é reconhecido como o mais<br />
robusto do mercado.<br />
Com o compromisso de apresentar<br />
novas tecnologias em todos<br />
os segmentos de mercado, a<br />
Sysmex planeja para 2010 o lançamento<br />
do novo analisador hematológico<br />
com contagem diferencial<br />
de 3 partes pocH-<strong>100</strong>i, que agrega<br />
características inovadoras aliadas<br />
à consagrada robustez da marca.<br />
No segmento de hematologia<br />
veterinária, o pocH-<strong>100</strong>iVD é a<br />
solução para processamento de<br />
hemogramas de diferentes espécies<br />
animais.<br />
Na linha de uroanálise, o analisador<br />
UF-<strong>100</strong>0i utiliza a mesma<br />
tecnologia de Citometria de Fluxo<br />
Fluorescente dos analisadores hegada<br />
e por sua robustez.<br />
Na área de hematologia a<br />
Sysmex é a pioneira em oferecer<br />
aos laboratórios de grande<br />
porte uma linha de transporte de<br />
amostras hematológicas que integra<br />
até quatro equipamentos,<br />
unindo analisadores hematológicos<br />
da série XE com unidades<br />
preparadoras de lâminas SP-<br />
<strong>100</strong>0i, chegando a processar até<br />
600 hemogramas/hora.<br />
O HST-N pode ser oferecido<br />
com diferentes configurações,<br />
dependendo da necessidade e tamanho<br />
do laboratório, e tem como<br />
grande diferencial sua capacidade<br />
de expansão e inclusão de novos<br />
equipamentos à linha.<br />
O XE-Alpha-N é a solução adequada<br />
para laboratórios de médio<br />
porte. Com plataforma reduzida e<br />
capacidade de processamento de<br />
150 hemogramas/hora, integra<br />
um analisador hematológico da<br />
série XE a um SP-<strong>100</strong>0i.<br />
Os analisadores hematológicos<br />
Sysmex da série X realizam contagem<br />
diferencial de 5 partes utilizando<br />
a exclusiva tecnologia de<br />
Citometria de Fluxo Fluorescente<br />
que garante a maior precisão na<br />
contagem das células sanguíneas.<br />
Uma das novidades da Sysmex<br />
é o equipamento XT-4000i, cuja<br />
velocidade de processamento é<br />
de <strong>100</strong> amostras/hora, com contagem<br />
diferencial estendida de 6<br />
partes e módulo de análises de<br />
líquidos biológicos.<br />
Seguindo a política de lançamento<br />
de novos produtos, a<br />
empresa também apresentou<br />
ao mercado o XE-5000, com<br />
velocidade de processamento de<br />
150 amostras/hora, contagem<br />
diferencial estendida de 7 partes<br />
(5 diff + IG e NRBC) e módulo de<br />
análises de líquidos biológicos.<br />
Para os laboratórios de peque-<br />
O XE-5000 (esquerda)<br />
tem contagem diferencial<br />
estendida de 7 partes e<br />
o XT-4000i (direita) processa<br />
até <strong>100</strong> amostras/hora<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010<br />
45
Maria Silvia Martinho: consultoria<br />
especializada<br />
<br />
contagem dos elementos presen-<br />
mente<br />
automatizada, permitindo<br />
que a rotina seja processada com<br />
velocidade de <strong>100</strong> amostras/hora<br />
com o mínimo de interferência<br />
do operador. O analisador conta<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Nos últimos tempos os laboratórios<br />
clínicos vêm enfrentando<br />
<br />
cenários internos e externos vêm<br />
ocorrendo rapidamente e cada vez<br />
mais existe a necessidade de se<br />
trabalhar com processos otimizados<br />
que unam qualidade a custos<br />
adequados.<br />
Ciente da alta complexidade<br />
da rotina dos laboratórios, a Sys-<br />
-<br />
<br />
<br />
da rotina de hematologia. É realizado<br />
um estudo personalizado<br />
<br />
<br />
<br />
de equipamentos e layout.<br />
Com vasta experiência no<br />
mercado de análises clínicas,<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
a Sysmex tem estabelecido com<br />
seus clientes ao longo dos anos”,<br />
<br />
“Sysmex Journal<br />
International”<br />
pa<br />
em proporcionar e estimular a<br />
<br />
<br />
<br />
Sysmex Journal International. O<br />
veículo traz grande quantidade<br />
<br />
por usuários e colaboradores com<br />
tecnologia, equipamentos e reagentes<br />
da companhia. Os artigos<br />
<br />
formato PDF, no site da Sysmex<br />
Corporation Japan: http://scien-<br />
<br />
<br />
Uma das conquistas mais recentes<br />
da Sysmex do Brasil foi a indi-<br />
<br />
norma internacional que estabelece<br />
requisitos para um sistema de ges-<br />
<br />
-<br />
<br />
de trabalho dentro da empresa e<br />
-<br />
<br />
em 1997 pela Social Accounta-<br />
<br />
<br />
<br />
com representantes de entidades<br />
de vários países, e já recebeu<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
Universal dos Direitos Humanos.<br />
A norma abrange nove temas:<br />
Trabalho Infantil, Trabalho<br />
<br />
<br />
<br />
nares,<br />
Horário de Trabalho, Re-<br />
<br />
<br />
que a empresa sempre demons-<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
responsável e apresentar excelen-<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
colaboradores mais satisfeitos e<br />
comprometidos”, explica.<br />
-<br />
<br />
Brasil esteja preparada para os<br />
próximos 10 anos, fornecendo<br />
<br />
tecnologia para o mercado de<br />
<br />
nas possibilidades”!<br />
46<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Citologia Convencional<br />
x<br />
Citologia em Meio Líquido<br />
T<br />
e ndência mundial, a citologia em meio líquido<br />
vem sendo cada vez mais introduzida na<br />
rotina dos laboratórios brasileiros, até mesmo<br />
<br />
escolha entre o método convencional e o em meio<br />
líquido são diversos, variando de custos à inclusão do<br />
procedimento nas listas dos compradores de serviços<br />
laboratoriais. Mas o que prevalece é a possibilidade<br />
de melhorar a sensibilidade na detecção de lesões<br />
precursoras de câncer.<br />
Para elucidar a aplicação desta nova metodologia na<br />
medicina laboratorial, a <strong>NewsLab</strong> entrevistou o Prof.<br />
Dr. Leonidas Braga Dias Junior, diretor e responsável<br />
técnico do Laboratório de Patologia Clínica Dr. Paulo C.<br />
Azevedo Ltda., de Belém (PA), que já migrou para a<br />
<br />
50<br />
<strong>NewsLab</strong> - - edição <strong>100</strong> 93 - 2009
<strong>NewsLab</strong> -<br />
-<br />
<br />
Leonidas Braga Dias Junior <br />
<br />
-<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<strong>NewsLab</strong> - Quando e por que o la-<br />
<br />
<br />
Leonidas Braga Dias Junior -<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
® <br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<strong>NewsLab</strong> -<br />
<br />
Leonidas Braga Dias Junior - De<br />
-<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Digene ® <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
cado<br />
local.<br />
<strong>NewsLab</strong> -<br />
<br />
<br />
Leonidas Braga Dias Junior -<br />
-<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<strong>NewsLab</strong> <br />
<br />
Leonidas Braga Dias Junior <br />
-<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
-<br />
® .<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição 93 <strong>100</strong> - - 2009<br />
51
extremidades destacáveis também<br />
nos parece ter trazido um<br />
aumento na capacidade diagnóstica<br />
pelo aumento da esfoliação<br />
celular e recuperação de maior<br />
número de células com a agitação<br />
dos recipientes de coleta. Após os<br />
procedimentos de validação do<br />
método, estamos reunindo dados<br />
para a comparação entre nossos<br />
resultados atuais e os anteriores<br />
em meio líquido.<br />
<strong>NewsLab</strong> - Qual a rotina atual do<br />
laboratório e qual a porcentagem<br />
convertida para meio líquido atualmente<br />
Há planos de expansão<br />
Leonidas Braga Dias Junior - Temos,<br />
hoje, um movimento em torno<br />
de 2.000 exames citopatológicos<br />
ginecológicos ao mês, o que representa<br />
a duplicação de nosso<br />
movimento desde o ano de 2005,<br />
quando começamos a utilizar a<br />
metodologia em meio líquido. Já<br />
atingimos 55% do movimento<br />
usando esta metodologia e estamos<br />
trabalhando intensamente<br />
para buscar a mudança total para<br />
este método dentro de um ano.<br />
Para isto, ainda é necessária a<br />
negociação com os muito raros<br />
compradores de serviços que<br />
ainda não introduziram o método<br />
em suas listas de procedimento.<br />
É preciso trabalhar na divulgação<br />
do método entre os especialistas<br />
médicos e também é necessária<br />
a disponibilização de kits de<br />
coleta padronizados a todos os<br />
ginecologistas e colposcopistas<br />
de Belém. É também nosso objetivo<br />
utilizar o equipamento BD<br />
SurePath para o processamento<br />
de outros líquidos biológicos<br />
processados no laboratório, como<br />
urinas, líquido ascítico, pleural,<br />
líquido cefalorraquidiano, dentre<br />
outros. A médio prazo, pretendemos<br />
complementar nosso equipamento<br />
com o BD FocalPoint<br />
GS Imaging System, permitindo<br />
então a automatização do rastreio<br />
e melhora ainda maior em nossa<br />
capacidade de diagnóstico.<br />
<strong>NewsLab</strong> - O senhor acredita que a<br />
citologia líquida é um diferencial do<br />
seu laboratório na região<br />
Leonidas Braga Dias Junior – Sim,<br />
acredito que a utilização desta<br />
metodologia faz o Laboratório<br />
Paulo Azevedo ser reconhecido<br />
como diferenciado em nossa região<br />
norte. Dentre as características<br />
que buscamos prioritariamente<br />
em nosso serviço, o pioneirismo e<br />
a tecnologia são as duas principais<br />
e o BD SurePath sem dúvida as<br />
preenche completamente. Se considerarmos<br />
que o Pará tem uma<br />
expectativa de novos casos de<br />
câncer do colo uterino maior que a<br />
média brasileira para o ano de 2010<br />
(20,82 contra 18/<strong>100</strong>.000 mulheres,<br />
segundo dados do INCA/MS),<br />
todo o empenho que possamos ter<br />
em melhorar a sensibilidade na detecção<br />
de lesões precursoras desta<br />
neoplasia, permitindo tratá-las e<br />
curá-las, poderá levar à diminuição<br />
da mortalidade por câncer do colo<br />
uterino em nossas mulheres.<br />
<strong>NewsLab</strong> – O senhor acha possível<br />
que a conversão dos testes convencionais<br />
para meio líquido vire<br />
uma tendência no Brasil, como já<br />
ocorreu nos EUA e tem ocorrido na<br />
Europa<br />
Leonidas Braga Dias Junior - Acredito<br />
que ainda haja um longo caminho<br />
a ser percorrido até que consigamos<br />
tornar esta metodologia<br />
acessível à população menos<br />
favorecida de nosso país. A diferença<br />
de custos entre o método<br />
convencional e a citologia em<br />
<br />
a aplicação em serviços públicos<br />
de saúde e o primeiro impacto<br />
é de que gastaríamos mais com<br />
a utilização desta metodologia.<br />
É preciso que consigamos convencer<br />
o poder público que um<br />
maior investimento na prevenção<br />
car<br />
uma redução nos gastos com<br />
tratamento que, em nossa região,<br />
com frequência acabam incluindo<br />
desde conizações, amputações de<br />
colo, até histerectomias radicais<br />
com linfadenectomias pélvicas,<br />
radioterapia e quimioterapia,<br />
a um custo muito maior e com<br />
menor chance de sobrevida para<br />
nossas mulheres.<br />
<strong>NewsLab</strong> - Que benefícios essa mudança<br />
traria para a saúde pública<br />
da mulher brasileira<br />
Leonidas Braga Dias Junior - É<br />
conhecido o impacto que a prevenção<br />
do câncer de colo uterino<br />
teve nos EUA e na Europa e o próprio<br />
INCA reconhece que é possível<br />
uma redução em até 80% da<br />
mortalidade por esta neoplasia<br />
com a utilização de exames preventivos<br />
em mulheres entre 25 e<br />
65 anos para a descoberta e tratamento<br />
das lesões precursoras.<br />
Resta a nós trabalhar para tornar<br />
isto possível e procuramos, em<br />
todas as oportunidades, mostrar<br />
nossos resultados positivos na<br />
tentativa de divulgar e popularizar<br />
a metodologia.<br />
52<br />
<strong>NewsLab</strong> - - edição <strong>100</strong> 93 - 2009
Congresso de Análises Clínicas consagra-se como<br />
o de maior representação na América Latina<br />
Nos cinco dias do Congresso foram contabilizadas 6.800 presenças<br />
A<br />
Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e a Sociedade<br />
Brasileira de Citologia Clínica (SBCC) anunciam que o 37º<br />
Congresso Brasileiro de Análises e 10º Congresso Brasileiro<br />
de Citologia Clínica contabilizaram 6.800 presenças durante<br />
os cinco dias de evento. O maior evento de Análises Clínicas da América<br />
Latina ocorreu juntamente com o 10º Congresso Brasileiro de Citologia<br />
Clínica (CBCC), entre os dias 16 e 20 de maio, no Centro de Convenções<br />
de Goiânia (GO).<br />
Foram apresentadas 123 ativida-<br />
<br />
áreas do mercado laboratorial e<br />
paralelamente aconteceu a exposição<br />
de mais de <strong>100</strong> empresas que<br />
apresentaram os seus mais recentes<br />
lançamentos em serviços e produtos.<br />
Segundo a presidente do 37º<br />
Congresso Brasileiro de Análises<br />
Clínicas, Dra. Maria Ordália Ferro<br />
Barbosa, “foi uma excepcional<br />
oportunidade para percebermos<br />
mais uma vez a necessidade imperativa<br />
de conhecermos e assimilarmos<br />
novas tecnologias, de entrarmos<br />
em sintonia com as mudanças<br />
para aplicarmos no cotidiano dos<br />
laboratórios. Em resumo, nosso<br />
evento despertou para o novo sem<br />
deixar de contribuir para sedimentar<br />
o que é básico e indispensável”.<br />
56<br />
<strong>NewsLab</strong> - - edição <strong>100</strong> 93 - 2009
“Tivemos 6.800 presenças,<br />
comercializamos todos os espaços<br />
para expositores de ponta, conseguimos<br />
estruturar uma programação<br />
social espetacular: festa Hot<br />
Monday, Terça Cultural e Jantar<br />
de Confraternização. Sem dúvida<br />
a 37ª edição do CBAC foi um<br />
<br />
Sociedade Brasileira de Análises<br />
Clínicas, Dr. Ulisses Tuma.<br />
Durante o evento, foram realizados<br />
sorteios de três automóveis<br />
zero Km para os participantes. As<br />
vencedoras foram: Mariani Oliveira<br />
do Prado, de Goiânia (GO); Luciana<br />
de Lourdes Veloso, de Jabotão<br />
dos Guararapes (PE) e Jaqueline<br />
Cruz de Vasconcelos, de Duque de<br />
Caxias (RJ).<br />
SETOR LABORATORIAL MANTÉM<br />
RITMO DE CRESCIMENTO<br />
Pesquisas recentes feitas pelo<br />
Ministério da Saúde mostram que<br />
o setor de saúde mobiliza R$ 70<br />
bilhões de reais por ano, representando<br />
6,5% do Produto Interno<br />
Bruto (PIB) e emprega direta e<br />
sionais.<br />
Já a área laboratorial, de<br />
acordo com a Agência Nacional de<br />
Vigilância Sanitária (Anvisa), são<br />
17 mil laboratórios no País, responsáveis<br />
por movimentar cerca de<br />
R$ 7 bilhões ao ano e criar 300 mil<br />
empregos diretos e indiretos, sendo<br />
<br />
com título de graduação.<br />
Segundo a Sociedade Brasileira<br />
de Análises Clínicas (SBAC),<br />
o setor laboratorial vai manter o<br />
crescimento dos anos anteriores,<br />
que é de 5% ao ano. Ou seja, entre<br />
os laboratórios de pequeno, médio<br />
e grande portes, a SBAC acredita<br />
que atualmente sejam realizados<br />
cerca de 11 milhões de exames<br />
mensalmente, sendo que 70% dos<br />
laboratórios concentram-se nas<br />
regiões sul e sudeste. Os exames<br />
mais realizados são: hemograma,<br />
dosagem de glicose, TSH Tireoide e<br />
exames parasitológicos nas regiões<br />
norte e nordeste.<br />
Somente em Goiânia (GO), a<br />
SBAC acredita que são realizados<br />
por volta de 2,5 milhões de exames<br />
por mês. Estima-se que existam<br />
cerca de 350 laboratórios no estado,<br />
sendo 200 na capital e 150<br />
no interior.<br />
“O crescimento no setor laboratorial<br />
comprova a eficiência<br />
dos profissionais e dos laboratórios<br />
e, acima de tudo, indica que<br />
os cidadãos brasileiros têm preocupação<br />
com a saúde e o bemestar.<br />
E o objetivo do Congresso<br />
é valorizar e capacitar os profissionais<br />
dessa área mostrando o<br />
quanto é importante a realização<br />
de exames e diagnósticos para<br />
que, uma vez identificada uma<br />
doença, o tratamento possa ser<br />
o feito o quanto antes possível”,<br />
afirma Ulisses Tuma.<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição 93 <strong>100</strong> - - 2009<br />
57
Feira Hospitalar gera R$ 5,3 bilhões<br />
em negócios para setor de saúde<br />
Foram quase 90.000 visitas profissionais<br />
e compradores de 54 países<br />
A<br />
Hospitalar, maior feira e<br />
fórum de saúde da América<br />
Latina, encerrou sua<br />
edição 2010 com R$ 5,3<br />
bilhões em negócios encaminhados<br />
para fornecer produtos, equipamentos<br />
e serviços a hospitais,<br />
clínicas e laboratórios de todo o<br />
Brasil e do exterior. Em quatro dias,<br />
a feira atraiu mais de 89.000 visitas<br />
<br />
Em sua 17ª edição, a feira<br />
Hospitalar lotou os cinco pavilhões<br />
do Expo Center Norte, na capital<br />
paulista, com 1.250 expositores,<br />
entre eles 505 empresas estrangeiras,<br />
de 36 países.<br />
A feira Hospitalar é considerada<br />
o grande termômetro do mercado<br />
de saúde do Brasil, cujo movimento<br />
total representa mais de 8%<br />
do PIB nacional. Expositores destacaram<br />
que o movimento “foi o<br />
<br />
dos visitantes foi “extremamente<br />
<br />
toda a cadeia da saúde”.<br />
Diagnóstica 2010<br />
Realizada simultaneamente<br />
e integrada à Hospitalar, a 12ª<br />
Feira Internacional de Produtos,<br />
Equipamentos e Serviços para<br />
Análises Clínicas e Patologia<br />
reuniu fornecedores de produtos,<br />
equipamentos, tecnologia e<br />
serviços para atendimento das<br />
áreas de análises clínicas, patologia<br />
e exames de diagnóstico em<br />
hospitais, clínicas especializadas<br />
e laboratórios.<br />
Os expositores da Diagnóstica<br />
criaram uma excelente oportunidade<br />
para que os profissionais do<br />
setor de diagnóstico conhecessem<br />
as propostas de um evento<br />
multissetorial, cobrindo todas as<br />
áreas de saúde.<br />
Congresso de Gestão em<br />
Laboratórios<br />
Paralelamente à Hospitalar,<br />
sileiro<br />
de Gestão em Laboratórios<br />
Clínicos.<br />
O evento é focado em gestão<br />
de laboratórios, tendências, metodologias<br />
e ferramentas disponíveis<br />
para o desenvolvimento de<br />
negócios, abrangendo as áreas<br />
de marketing, finanças, recursos<br />
humanos, qualidade, relacionamento<br />
com fornecedores e fontes<br />
pagadoras.<br />
Realizado de forma conjunta<br />
entre CNS, Fenaess, Sindhosp,<br />
Hospitalar e SBPC/ML, a programação<br />
deste ano contou com a<br />
participação dos mais renomados<br />
<br />
Carlos Ballarati (SBPC/ML), Irineu<br />
Keiserman Grinberg (SBAC), Wilson<br />
Shcolnik (Grupo Fleury), Marcos<br />
Bosi Ferraz (CPES/Unifesp), Carlos<br />
<strong>Ed</strong>uardo Porto da Costa (ANS),<br />
Alvaro Largura (Laboratório Alvaro),<br />
Nairo Massakazu Sumita (HC/<br />
FMUSP e Fleury), entre outros.<br />
A mesa-redonda “A Cadeia do<br />
Sistema de Saúde: do Prestador<br />
ao Pagador. Onde está o Problema”<br />
discutiu o aumento gradual<br />
dos custos na área laboratorial<br />
que nem sempre é compensado<br />
pela elevação dos honorários pelo<br />
serviço prestado. O debate visou<br />
identificar os pontos críticos e<br />
propôs soluções para encontrar o<br />
ponto de equilíbrio entre o custo<br />
envolvido na execução do exame<br />
laboratorial e o valor efetivamente<br />
recebido pelo laboratório.<br />
Outro debate foi sobre o tema<br />
“Comparação de Indicadores<br />
Formadores de Preço”. Na saúde<br />
suplementar sabe-se que no mercado<br />
de laboratórios o valor do CH<br />
varia de um estado para outro,<br />
entre cidades e, às vezes, até<br />
de bairro para bairro. Um estudo<br />
da SBPC/ML mostra, porém, que<br />
alguns laboratórios que recebem<br />
-<br />
<br />
e por que isso acontece Como<br />
e o que deve ser negociado com<br />
as operadoras para se alcançar<br />
resultados semelhantes, independentemente<br />
da região Estas<br />
foram as questões abordadas no<br />
painel exposto aos congressistas.<br />
58<br />
<strong>NewsLab</strong> - - edição <strong>100</strong> 93 - 2009
Qiagen promove evento sobre prevenção de câncer cervical e diagnóstico do HPV<br />
Referência em soluções para ciências da vida e diagnóstico<br />
laboratorial, a Qiagen promoveu evento sobre prevenção do<br />
câncer cervical e diagnóstico do HPV no Hospital de Brasília no<br />
<br />
os melhores métodos de diagnóstico disponíveis no mercado e<br />
<br />
<br />
Nicolau, Professor e Chefe da Disciplina de Ginecologia Oncológica<br />
do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de<br />
<br />
sobre o tema: “Qual o momento ideal de utilizar as atuais fer-<br />
<br />
<br />
boratórios<br />
Tecnogene e Biomol e o Hospital de Brasília, o evento<br />
<br />
<br />
Reconhecido como um dos causadores do câncer de colo de<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
captura híbrida é produzido pela Qiagen e proporciona acurácia<br />
<br />
: www.qiagen.com<br />
<br />
fológica<br />
e avaliação das alterações teciduais presentes nas<br />
amostras, em conjunto com as informações clínicas, é de fundamental<br />
importância na obtenção do diagnóstico diferencial<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Equipamentos automatizados, como processadores de<br />
tecido, coradores e montadores automáticos, já são utilizados<br />
em alguns laboratórios em substituição a técnicas<br />
manuais e permitem uma maior padronização do processo<br />
histológico, redução do tempo de processamento e uma<br />
pamentos<br />
de alto custo e não estão acessíveis a todos os<br />
<br />
“Dentro da realidade tecnológica da grande maioria<br />
dos laboratórios e de um mercado cada vez mais competitivo,<br />
os pequenos laboratórios devem repensar seus<br />
processos para atingir<br />
melhores resultados ope-<br />
mentar<br />
ações simples,<br />
que permitam a otimização<br />
com eliminação de<br />
desperdícios, o que vai<br />
resultar em redução de<br />
<br />
<br />
qualidade de seus resul-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
a gestão dos processos é uma opção interessante que tem<br />
como ponto positivo a participação dos colaboradores para<br />
avaliar e propor alternativas que levem a um resultado mais<br />
<br />
para os processos produtivos que devem ser trabalhados<br />
são: a qualidade (como melhorá-la), os custos (como reduzi-<br />
<br />
<br />
<br />
como a logística da coleta e envio da amostra, através<br />
<br />
<br />
é a revisão da etapa do processamento do material,<br />
<br />
uma vez ao dia para duas vezes ao dia, de acordo com o<br />
horário e número de amostras que chegam ao laboratório,<br />
<br />
disso, deve haver um rígido controle na manutenção dos<br />
equipamentos e na qualidade dos reagentes utilizados,<br />
<br />
Toda vez que se olhar os processos com outros olhos, podemos<br />
nos tornar mais competitivos e alcançar os resultados<br />
<br />
<br />
: (11) 3512-6910<br />
: formatoclinico@formatoclinico.com.br<br />
: www.formatoclinico.com.br<br />
60<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Horiba comemora resultados da 37ª edição do Congresso Brasileiro de Análises Clínicas<br />
A Horiba, multinacional japonesa líder brasileira no segmento<br />
de hematologia, participou da 37ª edição do Congresso<br />
Brasileiro de Análises Clínicas, que aconteceu entre os<br />
dias 16 e 20 de maio, no Centro de Convenções de Goiânia,<br />
em Goiás, e comemora os resultados atingidos.<br />
De acordo com Rafael Abdel Hak, gerente de produto<br />
da Horiba Medical, divisão especializada na fabricação de<br />
equipamentos e reagentes destinados à área médica, foram<br />
apresentados quatro equipamentos ao público visitante: o<br />
Micros ES 60, o STA-Compact, o Pentra 400 e o Pentra 60 C+.<br />
A expectativa da multinacional foi superada. “Nosso<br />
portfólio de máquinas para laboratórios de pequeno e médio<br />
porte, principal foco de quem visitou essa edição do CBAC,<br />
a qualidade dos equipamentos e do atendimento prestado<br />
pela Horiba garantiram essa excelente participação. Estamos<br />
<br />
Um dos destaques foi o Micros ES60, nova geração<br />
de analisador hematológico baseado no conceito Micros,<br />
<br />
qualidade nos resultados. O equipamento é indicado para<br />
laboratórios de pequeno e médio porte e necessita de apenas<br />
10μl de sangue para obtenção de resultados precisos<br />
<br />
Além disso, a máquina avalia, em 18 parâmetros,<br />
cerca de 60 amostras por hora. A tela é touch screen e<br />
a interface amigável, o que permite o uso intuitivo da<br />
alta tecnologia aplicada ao equipamento. O Micros ES60<br />
é flexível para a troca de dados, apresenta três níveis<br />
de controle de qualidade de sangue ativados simultaneamente<br />
e permite upload e download de informações<br />
de controle e monitoramento automático do sistema. A<br />
fácil interpretação dos resultados e a capacidade para<br />
mil resultados de paciente por vez são facilitadores para<br />
o usuário.<br />
Arildo Crema, Paula Coutinho, Joel Jerônimo e Alexan-<br />
<br />
HORIBA, recepcionaram os visitantes no stand da empresa<br />
e ofereceram todas as orientações relacionadas à área e<br />
equipamentos para análises clínicas disponíveis no mix<br />
sionais<br />
do setor relacionados aos riscos da utilização de<br />
equipamentos ou de reagentes paralelos e sua implicação<br />
nos resultados obtidos nas análises realizadas. “Estamos<br />
apoiando a campanha da Câmara Brasileira de Diagnóstico<br />
Laboratorial, que levantou a bandeira contra importações<br />
paralelas de equipamentos no Brasil”, explica Abdel.<br />
Laboratório Alvaro auxilia no diagnóstico de Síndromes de Turner, Klinefelter, <strong>Ed</strong>wards, Down<br />
O Laboratório Alvaro está substituindo uma técnica gold<br />
standard (cariotipagem), usada há mais de 30 anos, por uma<br />
metodologia atualizada, uma nova técnica para avaliação de<br />
cópias de DNA genômico para o diagnóstico de Síndromes<br />
de Turner, Klinefelter, <strong>Ed</strong>wards e Down.<br />
As vantagens deste novo método são: resultado em<br />
quatro dias, amostra independente da viabilidade das células,<br />
amostra coletada com EDTA, contempla a 97% das<br />
solicitações na expectativa de resultado, resposta imediata<br />
ao médico e familiares.<br />
Detecção de aneuploidias por técnica de avaliação de<br />
cópias de DNA genômico<br />
Cópias aberrantes do número de cromossomos são<br />
denominadas aneuploidias e nem sempre são letais. O cariótipo<br />
com banda G é considerado o método padrão ouro<br />
para a avaliação de aneuploidias, entretanto, o cariótipo<br />
é um método laborioso que requer um tempo prolongado<br />
para a execução.<br />
A síndrome de Down é a mais frequente forma de aneuploidia<br />
e retardo mental. Esta síndrome é caracterizada por<br />
trissomia do cromossomo 21 em mais de 95% dos casos e<br />
ocorre em aproximadamente 1 para cada 800 nascimentos.<br />
A trissomia do cromossomo 18 é a segunda aneuploidia<br />
mais frequente e é denominada de Síndrome de <strong>Ed</strong>wards.<br />
Esta trissomia ocorre em 1 para 6.000 nascidos vivos. É<br />
importante salientar que metade dos produtos de concepção<br />
que apresentam a trissomia do 18 não evolui até o período<br />
pré-natal.<br />
A trissomia do cromossomo 13, ou síndrome de Patau,<br />
ocorre em 1 para cada 10.000 nascidos vivos.<br />
A síndrome de Turner apresenta, em sua forma mais<br />
comum, a monossomia do cromossomo X (45,X). Ocorre<br />
em uma frequência de 1 para cada 2.500 meninas. Esta<br />
síndrome é caracterizada por algumas alterações físicas,<br />
hipogonadismo, infertilidade entre outros.<br />
O novo teste oferecido pelo Alvaro - Centro de Análises e<br />
Pesquisas Clínicas é destinado a detectar estas aneuploidias<br />
mais comuns (13, 18, 21, X, Y) e oferecer um resultado em<br />
poucos dias.<br />
A necessidade de uma quantidade relativamente pequena<br />
de material genético para avaliação torna este teste uma<br />
ótima alternativa para a detecção destas aneuploidias a partir<br />
de líquido amniótico e sangue periférico.<br />
: www.laboratorioalvaro.com.br<br />
62<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Biotécnica disponibiliza reagente para dosagem direta de HDL<br />
O HDL (Lipoproteína de Alta Densidade) é uma partícula<br />
pequena, constituída aproximadamente por 50% de proteína<br />
(apolipoproteínas), 20% de colesterol e 30% de fosfolipídios. O<br />
HDL é o responsável pelo transporte reverso do colesterol, ou<br />
seja, o HDL comanda o processo no qual o excesso de colesterol<br />
é removido dos tecidos periféricos e levado para o fígado, para<br />
ser reutilizado ou para ser eliminado na bile.<br />
É, portanto, a lipoproteína responsável por proteger o organismo,<br />
da formação de placas de ateroma; daí ser conhecido<br />
por colesterol “bom”. Diversos métodos são utilizados para sua<br />
determinação. Atualmente um método para dosagem direta<br />
através de imunosseparação tem ganho destaque nas análises<br />
laboratoriais.<br />
O método funciona através de uma reação que ocorre em<br />
<br />
humana se ligam às lipoproteínas de baixo peso molecular<br />
(LDL, VLDL, Quilomícrons) deixando livre o HDL. Na segunda<br />
etapa as enzimas colesterol esterase<br />
e colesterol oxidase numa<br />
sequência de reações formam<br />
peróxido de hidrogênio (H 2<br />
O 2<br />
).<br />
Este, em presença da peroxidase<br />
e de uma substância cromógena,<br />
formam um composto corado,<br />
<br />
Esquema da reação do HDL direto<br />
analisadores convencionais.<br />
Por tratar-se de um método que envolve uma reação bloqueio<br />
por anticorpos, é fundamental que o equipamento utilizado<br />
para realizar o exame esteja com seu sistema de incubação<br />
a 37°C, em perfeito funcionamento.<br />
Este método de dosagem do HDL substitui o método clássico<br />
de precipitação, permitindo a completa automação das análises,<br />
facilitando a execução do exame, diminuindo o risco de erros,<br />
além de propiciar uma maior reprodutibilidade das análises.<br />
A Biotécnica disponibiliza em sua linha de produtos o reagente<br />
para dosagem direta do HDL, através do método de<br />
imunosseparação.<br />
: (35) 3214-4646 / : sac@biotecnicaltda.com.br<br />
: www.biotecnica.ind.br<br />
Sysmex comemora em grande estilo seus dez anos no Brasil<br />
No mês de maio a Sysmex do Brasil – subsidiária da Sysmex<br />
Corporation Japan – comemorou em grande estilo os seus dez<br />
anos de operações no Brasil. Após receber seus clientes e parceiros<br />
para uma visita à fábrica de reagentes, promoveu uma<br />
festa onde os convidados apreciaram música, arte e um cardápio<br />
elaborado, fazendo uma verdadeira experiência sensorial.<br />
O evento que reuniu mais de 200 pessoas foi realizado no<br />
Green Hall Eventos em Curitiba. Na ocasião, o CEO da Sysmex<br />
Corporation Japan, Hisashi Ietsugu, o Presidente de Operações<br />
Internacionais da Sysmex Corporation Japan, Kazuya Obe, e o<br />
Presidente da Sysmex America Inc., John Kershaw, vieram ao<br />
Brasil comemorar junto aos demais colaboradores.<br />
Também marcaram presença no evento José Roberto Floresta,<br />
gerente geral da Sysmex do Brasil, o Prefeito Municipal<br />
de São José dos Pinhais, Ivan Ribas e o Consul Geral do Japão,<br />
Soichi Sato.<br />
Shin Akamatsu, John Kershaw, Kazuya Obe, Hisashi Ietsugu,<br />
Tak Ono, Mitsuhisa Kanagawa e José Roberto Floresta<br />
Os convidados no Green Hall Eventos<br />
64<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Abbott recebe aprovação da FDA para o primeiro teste<br />
de sangue totalmente automatizado para Doença de Chagas<br />
A Abbott recebeu aprovação da FDA para o teste Abbott Prism Chagas, ensaio de análise de sangue totalmente automatizado,<br />
que pode detectar anticorpos de Trypansoma cruzi, um parasita achado somente nas Américas e comumente<br />
adquirido pela picada do inseto barbeiro.<br />
De acordo com o CDC – Centers for Diseases and Prevention, entre 8 milhões e 11 milhões de pessoas são infectadas<br />
em todo o mundo com a doença de Chagas e outras 108.6 milhões de pessoas correm o risco de contrair a doença. Se<br />
não diagnosticada e não tratada, a doença de Chagas pode levar à morte.<br />
Em 2007, nos Estados Unidos, foi instituída a checagem de doença de Chagas nas doações de sangue. A FDA registra<br />
<br />
Esta mais recente aprovação do analisador Abbott Prism consolida o portfólio da Abbott de testes de análise sanguínea,<br />
que inclui ensaios para hepatite, HIV e outros retrovírus. Os sistemas Abbott Prism podem analisar mais de 160 amostras de<br />
sangue doado por hora, tornando possível analisar mais de 1.200 amostras doadas em oito horas de trabalho em laboratório.<br />
O Departamento de Saúde Humana dos Estados Unidos registra mais de 16 milhões de doações de sangue coletadas<br />
no país a cada ano. Utilizado em mais de 30 países, o sistema Abbott Prism analisa a maioria do estoque de sangue doado<br />
nos Estados Unidos e em todo o mundo.<br />
“A aprovação do teste Abbott Prism Chagas representa a disponibilidade de uma importante ferramenta automatizada,<br />
para assegurar a contínua segurança nos processos de doação de sangue e também oferecer a nossos clientes a possi-<br />
<br />
<br />
<br />
Intitulada “Testes especiais no diag-<br />
<br />
a palestra proferida em junho passado<br />
pela Professora Dra. Dayse Maria Lourenço<br />
reuniu em São Paulo, no Hotel<br />
Quality Alameda Campinas, dezenas<br />
de responsáveis clínicos por grandes<br />
laboratórios e hospitais, além de pro-<br />
<br />
Professora Associada Livre-Docente<br />
da Disciplina de Hematologia<br />
e Hemoterapia da Escola Paulista de<br />
Medicina/Unifesp, Dayse Maria Lourenço<br />
abordou os principais testes<br />
desta área: antitrombina, Proteína C<br />
e Proteína S, anticoagulante lúpico e<br />
D-dímero.<br />
“Estes testes de diagnóstico de<br />
ção<br />
correta de seus resultados, já que<br />
são considerados rotina especial. Por<br />
eles possuírem características especí-<br />
<br />
interpretar os seus resultados. Testes<br />
-<br />
<br />
Promovido pela Instrumentation La-<br />
Gisela Roque, Gerente de Produto de Coagulação,<br />
Juliana Godoy, Gerente de Marketing, Jaime Atalaia,<br />
Diretor Geral, Dra. Dayse Lourenço, Joaquim<br />
Bonito, Key Account, Telma Amoedo, Gerente<br />
de Produto de Critical Care, Leonardo Michetti,<br />
Gerente Nacional de Vendas<br />
boratory (IL), o workshop teve, portanto, o<br />
objetivo de divulgar a importância destes<br />
testes especiais para diagnóstico de trom-<br />
torial<br />
em função da clínica do paciente.<br />
A IL possui um projeto de realização<br />
de workshops presenciais e também via<br />
web (remotos) para prover conhecimento<br />
e educação continuamente aos clientes<br />
<br />
A empresa possui uma completa linha<br />
de equipamentos automatizados para<br />
todos os tamanhos de rotina (pequena,<br />
média e grande) com o menu mais<br />
completo do mercado, incluindo desde<br />
simples testes de rotina até testes superespeciais<br />
e diferenciados em termos<br />
de tecnologia e qualidade.<br />
Este ano a IL está agregando à<br />
<br />
líquida prontos para uso, teste para<br />
mutação de fator II e fator V por bio-<br />
<br />
e o novo equipamento automatizado<br />
para hemostasia ACL TOP 500.<br />
www.ilww.com<br />
66<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Sangue oculto – Wama Diagnóstica<br />
O câncer de cólon ou reto é uma das mais comuns malignidades.<br />
é o terceiro câncer mais comumente diagnosticado<br />
<br />
cada ano, e a segunda causa mais comum de morte por câncer.<br />
Muitos, senão todos, se desenvolvem a partir de pólipos<br />
adenomatosos (pequenos tumores benignos derivados de<br />
glândulas intestinais) que crescem na membrana mucosa do<br />
<br />
um maior potencial para malignidade. Quanto maior o pólipo,<br />
<br />
<br />
Os sinais e sintomas mais comuns do câncer colorretal são:<br />
Mudança nos hábitos intestinais<br />
Diarreia, constipação ou sensação de que o intestino não é<br />
esvaziado completamente<br />
Sangue vermelho vivo ou escuro nas fezes<br />
<br />
Gases, distensão ou cólicas abdominais<br />
Perda de peso sem motivo<br />
Cansaço constante<br />
Vômitos<br />
Muitos pacientes não apresentam qualquer sintoma até que<br />
o tumor já esteja bastante avançado<br />
A presença de sangue nas fezes pode ser uma manifestação<br />
precoce de câncer no trato gastrointestinal e é<br />
frequentemente procurada em pacientes portadores de<br />
<br />
Esse câncer pode ser prevenido através de um exame de<br />
fezes chamado pesquisa de sangue oculto nas fezes.<br />
Alguns cânceres e pólipos sangram em quantidades tão<br />
pequenas que não se consegue enxergar a olho nu. A pesquisa<br />
<br />
amostras de fezes.<br />
O Imuno-Rápido Sangue Oculto fabricado pela Wama<br />
<br />
combinação de anticorpo monoclonal marcado e anticorpo<br />
policlonal anti-hemoglobina humana de fase sólida, com ótima<br />
<br />
A Wama Diagnóstica disponibiliza para o mercado brasileiro<br />
<br />
<br />
minutos.<br />
Por ser um teste que utiliza anticorpo mono e policlonal<br />
anti-hemoglobina humana, não existe a necessidade de dieta<br />
do paciente para coleta da amostra.<br />
<br />
da qualidade de seus produtos para manter a satisfação de<br />
seus clientes. Assim como o sangue oculto, todos os kits são<br />
facilmente encontrados em todo o país por distribuidores<br />
autorizados.<br />
: (16) 3377-9977<br />
: (16) 3377-9970<br />
: atendimento@wamadiagnostica.com.br<br />
Teste suplementar para Doença de Chagas: uma história escrita por muitas mãos<br />
A bioMérieux comemora este ano o lançamento de um produto<br />
que faz parte de um projeto totalmente voltado para uma<br />
das doenças mais negligenciadas no Brasil: a Doença de Chagas.<br />
Não é de hoje que a bioMérieux investe no diagnóstico<br />
da doença de Chagas.<br />
Para contar um pouco desta história, Thierry Jourdet,<br />
diretor industrial da bioMérieux Brasil, relembra que os primeiros<br />
kits para diagnóstico desta doença foram produzidos<br />
em 1987, com o lançamento dos produtos Hemacruzi e<br />
Imunocruzi, utilizando a metodologia de hemaglutinação e<br />
<br />
Em maio de 1991 foi lançado o teste na metodologia<br />
Elisa, (Bioelisa Cruzi, atual Elisa Cruzi), o que revolucionou<br />
o mercado por ser um kit com alta qualidade, produzido no<br />
Brasil e com cepas totalmente brasileiras.<br />
<br />
teste Elisa Cruzi trazendo para o mercado o que há de mais<br />
novo em tecnologia de produção e em simplicidade e qualidade<br />
para a execução do teste. A mudança de cor em todas<br />
as etapas de pipetagem e a utilização do controle positivo em<br />
único poço foram as principais mudanças nesta nova versão.<br />
Os investimentos da bioMérieux na Doença de Chagas<br />
não param por aí. “Em um futuro próximo vamos ter mais<br />
novidades”, comenta o diretor geral da bioMérieux Brasil,<br />
Patrice Ancillon.<br />
Visando a melhoria contínua de nossos processos e produtos,<br />
a bioMériux lança este ano um teste suplementar para o<br />
diagnóstico da Doença de Chagas pela metodologia Western<br />
Blot, o Tesa Cruzi.<br />
Este teste tem por objetivo auxiliar no diagnóstico da<br />
doença de Chagas, principalmente em bancos de sangue,<br />
pois a metodologia de western blot proporciona maior espe-<br />
<br />
<br />
<br />
em nosso país.<br />
<br />
produto já tem seu registro aprovado pela Anvisa.<br />
: 0800 026 48 48<br />
: brasil.contato@sa.biomerieux.com<br />
: www.biomerieux.com.br<br />
70<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
7ª edição do Roche Children´s Walk no Brasil tem doações em dobro<br />
No dia 16 de junho, Dia Internacional<br />
da Criança Africana, aconteceu<br />
a sétima edição do Roche Children’s<br />
Walk, evento organizado pelo Grupo<br />
Roche para arrecadar fundos que serão<br />
destinados às crianças órfãs de Malawi,<br />
na África, e para crianças de instituições<br />
locais. Aproximadamente 15 mil funcio-<br />
<br />
todo o mundo, participaram das atividades<br />
esportivas e palestras do evento.<br />
Desde sua primeira edição, em<br />
2003, o Roche Children´s Walk já<br />
arrecadou cerca de 6 milhões de francos<br />
suíços (aproximadamente R$ 9,7<br />
<br />
crianças em Malawi.<br />
No Brasil, a Roche dobrou a quantidade<br />
doada pelos funcionários e destinará<br />
os recursos ao Grupo em Defesa da<br />
Criança com Câncer (Grendacc).<br />
A entidade de Jundiaí/SP atende<br />
crianças e adolescentes portadores de<br />
câncer e de doenças hematológicas<br />
crônicas. De acordo com Verci Bútalo,<br />
presidente da Grendacc, essa será a<br />
segunda doação da Roche para a entidade,<br />
que já havia contribuído com<br />
medicamentos anteriormente. “Como<br />
<br />
nossos recursos são oriundos de doações<br />
e eventos, então essa parceria com<br />
a Roche é muito importante para a continuidade<br />
do nosso trabalho”, declara.<br />
Atualmente, cerca de 350 crianças<br />
estão em acompanhamento na entidade,<br />
sendo que, no total, já foram<br />
registrados mais de 1,5 mil pacientes.<br />
A instituição conta ainda com uma<br />
unidade ambulatorial, o Hospital “Bolívar<br />
Risso”, primeiro especializado em<br />
oncologia e hematologia pediátricas de<br />
toda a região de Jundiaí.<br />
: www.roche.com.br.<br />
In Vitro já tem disponível HbsAg por Elisa<br />
A hepatite viral é uma doença infecciosa geralmente<br />
causada pelo vírus da hepatite B, que afeta cerca de 5% da<br />
população mundial com algumas variações regionais. A doença<br />
pode manifestar-se como assintomática, aguda (com casos<br />
fulminantes e mortais), ou crônica, com possibilidade de degeneração<br />
em cirrose e/ou carcinoma hepatocelular e morte.<br />
A doença é frequentemente transmitida por meio da<br />
dáveis.<br />
A transmissão é por via parenteral (soro infectado,<br />
produtos derivados de sangue, transfusões de sangue, etc.)<br />
ou não-parenteral (saliva, lágrimas, suor, urina, sêmen,<br />
feridas na pele, etc.).<br />
O teste básico de triagem para a infecção por HBV é a<br />
determinação da presença do antígeno de superfície do<br />
HBV (HBsAg) no soro. A presença de HBsAg fornece a indicação<br />
de status de portador do HBV e a possibilidade de ser<br />
<br />
infecção é possível quando o teste é realizado em conjunto<br />
com outros marcadores de HBV como HBeAg/anti-HBe,<br />
anti-HBc e anti-Hbs.<br />
O teste HBsAg da In Vitro (Fabricante: Human GmbH)<br />
se baseia na técnica de Elisa direta de antígeno usando<br />
microcavidades cobertas com anticorpos monoclonais (camundongo)<br />
contra HBsAg.<br />
As amostras reagem simultaneamente com o anticorpo<br />
monoclonal imobilizado e com o anticorpo policlonal anti-HBs<br />
(porquinho da índia) conjugado com peroxidase. Se HBsAg<br />
estiver presente na amostra, o complexo contendo a peroxidase<br />
é capturado na superfície da microcavidade (Etapa<br />
1). Depois da incubação, o conjugado enzimático não ligado<br />
é removido por meio de lavagem. A solução de substrato é<br />
adicionada (Etapa 2) e durante o período de incubação ocorre<br />
<br />
da reação com a adição de uma solução ácida a cor muda para<br />
amarelo. A intensidade da cor é proporcional à quantidade<br />
de HBsAg presente na amostra.<br />
As absorbâncias dos controles e das amostras são determinadas<br />
por uma leitora de microplacas Elisa ou por sistemas<br />
automatizados de Elisa. Os resultados dos pacientes são<br />
obtidos por comparação com o valor de cut-off.<br />
: (31) 3067-6400<br />
: suportecomercial@invitro.com.br<br />
: www.invitro.com.br<br />
72<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
No 37 o Congresso Brasileiro de Análises<br />
Clínicas, realizado em Goiânia, os visitantes<br />
conheceram as novidades introduzidas<br />
pela Hotsoft na versão mais recente do<br />
Labmaster. Entre elas, a que ganhou mais<br />
destaque foi a ampliação do escopo da<br />
gestão de laudos.<br />
O laudo é a informação mais importante<br />
gerada pelo sistema laboratorial. É<br />
o elo de ligação entre o laboratório e seus<br />
clientes (pacientes e médicos). Automatizar<br />
as tarefas de “Como”, “Quando” e “Onde”<br />
entregar um laudo está fazendo parte da<br />
estratégia dos laboratórios, representando<br />
um diferencial competitivo, que tem o poder<br />
de cativar clientes e agregar valor aos<br />
serviços que presta.<br />
Para a versão 2.0 do Labmaster a<br />
Hotsoft realizou uma revisão completa do<br />
processo e ampliou os mecanismos usados<br />
desde a solicitação dos exames até a<br />
comprovação da entrega dos resultados. Os<br />
modos de emissão e entrega passam a respeitar<br />
não só as opções do paciente, como<br />
Hotsoft inova na gestão de laudos<br />
também dos médicos e convênios e ainda<br />
podem variar entre os diferentes locais de<br />
atendimento do laboratório. Esses modos<br />
podem ser criados e alterados conforme<br />
convier ao laboratório e seus clientes.<br />
O envio de cópias adicionais do laudo a<br />
destinatários distintos também é tratado.<br />
A impressão de laudos por demanda, que<br />
gera economia considerável tanto de mãode-obra<br />
quanto de materiais, ganhou controles<br />
especiais, assim como a impressão<br />
em lotes. Também foram tratados detalhes<br />
da opção de entrega dos resultados à me-<br />
<br />
<br />
data da consulta médica).<br />
Dependendo do modo de emissão<br />
do laudo pode-se associar a impressão<br />
<br />
romaneio de entrega de laudos enviados<br />
a médicos por motoboy). Se ocorrerem<br />
falhas durante a emissão de um lote, o<br />
usuário pode recuperá-lo e reimprimir<br />
alguns ou todos os laudos. Para permitir a<br />
responsabilização por esses e outros erros,<br />
<br />
a emissão ou entrega, a data e hora e um<br />
comentário opcional.<br />
A gestão de laudos requer muita responsabilidade,<br />
segurança e versatilidade.<br />
<br />
complexa, a Hotsoft investiu primeiro numa<br />
análise abrangente e detalhada. Segundo o<br />
Diretor Técnico da Hotsoft, Euclides Gomes<br />
Junior, “ouvimos as sugestões e necessidades<br />
de nossos clientes e conseguimos<br />
identificar os pontos importantes para<br />
automatizar todo o processo. A gestão de<br />
laudos é uma ferramenta que vem para<br />
inovar o conceito de impressão e entrega<br />
de laudos, com rastreabilidade e relatórios<br />
plicada<br />
e atendendo as particularidades de<br />
cada laboratório”.<br />
: (44) 3302-4455<br />
: negocios@labplus.com.br<br />
: www.hotsoft.com.br<br />
Escolha das formas de emissão do laudo para cada requisição e controle das entregas pendentes: algumas das funcionalidades da gestão de<br />
laudos no Labmaster<br />
Beckman Coulter e Olympus: juntas para atender melhor<br />
A Beckman Coulter e Olympus<br />
Corporation, líder em tecnologia de<br />
precisão com sede em Tóquio, anun-<br />
<br />
no qual Beckman Coulter adquiriu a<br />
parte de sistemas de diagnóstico do<br />
negócio Olympus.<br />
Esta aquisição ampliou a oferta de<br />
ensaios de químicas da Beckman Coulter,<br />
estabelecendo posição de liderança com<br />
força própria em grandes laboratórios e<br />
hospitais. Além disso, a transação estendeu<br />
a ampla base de clientes dos produtos<br />
de química da Beckman Coulter, que<br />
é representativa junto aos produtos de<br />
imunoensaio da empresa.<br />
A Beckman Coulter continua concentrada<br />
na criação de valores para<br />
seus acionistas por meio do crescimento,<br />
qualidade e excelência operacional.<br />
A fusão das empresas Beckman<br />
Coulter e Olympus demonstra o<br />
compromisso em expandir ainda mais<br />
os ensaios de química e sustentar o<br />
crescimento acima do mercado em<br />
imunoensaio.<br />
A empresa Análise Produtos e Serviços<br />
para Laboratórios Ltda. continua<br />
representando a Olympus no Brasil,<br />
garantindo a qualidade dos produtos e<br />
serviços prestados.<br />
: www.beckmancoulter.com<br />
74<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Laboratórios de 14 estados brasileiros “importam” tecnologia do noroeste paulista<br />
O constante delineamento de estratégias<br />
que aumentem a competitividade<br />
das empresas e, consequentemente, a<br />
lucratividade, é intrínseco ao sistema<br />
capitalista. Uma das mais importantes<br />
táticas empresariais é a busca por inovação<br />
– e a melhor delas nem sempre está<br />
na casa ao lado. A procedência regional<br />
dos clientes da Shift, que oferece soluções<br />
tecnológicas para laboratórios clínicos e<br />
está localizada em São José do Rio Preto<br />
(SP), é uma prova disso.<br />
No mercado da tecnologia da informação<br />
desde 1991, a empresa atende laboratórios<br />
de 14 Estados brasileiros (Bahia,<br />
Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão,<br />
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,<br />
Minas Gerais, Pará, Paraná, Santa Catarina,<br />
São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do<br />
Sul) e já estendeu sua atuação para além<br />
do solo brasileiro: Montevidéu, no Uruguai.<br />
A competência técnica da Shift, comprovada<br />
recentemente pela obtenção da<br />
<br />
de Processos do Software Brasileiro), é um<br />
dos fatores que explica esse quadro, avalia<br />
Heverton Francischi, analista de Suporte e<br />
Implantação da Shift: “Para nós, a distância<br />
não é fator limitante. Pelo contrário:<br />
trabalhamos para reduzir distâncias físicas<br />
por meio da tecnologia”.<br />
O médico Fábio Brazão, diretor do<br />
Laboratório Ruth Brazão, situado em<br />
Belém (PA) e atendido pela Shift desde<br />
2005, relata que escolheu as soluções<br />
da empresa por considerá-las as mais<br />
completas do mercado. O aumento da<br />
agilidade na prestação de serviço, já que<br />
as 20 unidades de seu laboratório têm<br />
informações integradas, e da satisfação<br />
do seu cliente, que pode acessar os resultados<br />
de exames via internet, são alguns<br />
dos benefícios apontados por ele. “Também<br />
ganhei em qualidade de vida, pois,<br />
como consigo gerenciar as atividades do<br />
laboratório remotamente, o tempo todo,<br />
<br />
viajar”, declara.<br />
Para o médico, essa parceria bemsucedida<br />
com a Shift também teve importante<br />
papel em uma grande conquista do<br />
Ruth Brazão: o laboratório foi o primeiro<br />
a conseguir a Acreditação ONA da Região<br />
Norte do Brasil, título que demonstra o<br />
compromisso da instituição com seguran-<br />
<br />
: www.shift.com.br<br />
<br />
Água é o principal elemento de um laboratório de análises clínicas<br />
e, por isso, a sua pureza é fundamental.<br />
Na preparação de reagentes e soluções em um laboratório clínico,<br />
e mesmo na realização das reações, é necessário ter uma qualidade<br />
de água grau reagente (água pura).<br />
-<br />
<br />
laboratórios precisam.<br />
Especificações MINI OP <strong>100</strong> OP 101/101+ OP 202+ OP 302+ OP301+<br />
Capacidade a 25°C 15 L/hora 15 L/hora 30 L/hora 40 L/hora 45 L/hora<br />
Capacidade a 9°C 9 L/hora 9 L/hora 18 L/hora 24 L/hora 27 L/hora<br />
Volume de resina 0.75 Litros 4/10 Litros 10 Litros ou mais 10 Litros ou mais 20 Litros<br />
Sistema de Filtro Baixa pressão Alta pressão<br />
Menbranas do filtro 2 a 10 polegadas 3 a 10 polegadas 3 a 20 polegadas<br />
Tamanho dos poros dos<br />
filtros (bactérias)<br />
5 μm 1 μm<br />
Para um volume diário de<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Dimensões <br />
Peso sem o tanque <br />
: (21) 3907-2534 : www.biosys.com.br : sac@biosys.com.br : biosys@biosys.com.br<br />
76<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Biometrix: treinamento e capacitação<br />
Em busca de inovação e desenvolvimento,<br />
a Biometrix, através de seu<br />
laboratório, promove demonstrações,<br />
treinamentos e workshops que visam à<br />
geração de conhecimento e otimização dos<br />
produtos comercializados pela empresa.<br />
Em maio de 2010, a Biometrix realizou<br />
workshops nas cidades de Brasília,<br />
São Paulo e Curitiba, onde todos os clientes<br />
que utilizam os produtos One Lambda<br />
participaram. O objetivo dos workshops é<br />
prezar sempre pela excelência dos seus<br />
procedimentos técnicos, qualidade dos<br />
produtos e principalmente pela melhoria<br />
contínua no atendimento ao cliente.<br />
Através de uma excelente infraestrutura,<br />
a proposta da Biometrix é dar<br />
continuidade aos avanços tecnológicos e<br />
repassá-los aos clientes, com diferentes<br />
tipos de treinamentos, adaptados de<br />
acordo com a necessidade de cada laboratório<br />
e a complexidade de cada produto.<br />
A Biometrix é representante exclusiva<br />
de todas as marcas e produtos com que<br />
trabalha: serviço, rapidez e segurança,<br />
além de soluções de ponta. Entendendo<br />
a qualidade como referencial, a Biometrix<br />
realiza em seu laboratório testes internos<br />
de validação, garantindo a qualidade dos<br />
produtos que comercializa.<br />
DDG: 0800-7031014<br />
: www.biometrix.com.br<br />
Resultados de exames via internet: uma ideia já consolidada<br />
Se já aceitamos transações legais<br />
(Nota Fiscal Eletrônica), técnico-cientí-<br />
<br />
pela web, por que não enviar e receber<br />
exames via internet<br />
O uso de tecnologias está facilitando<br />
o acesso dos pacientes a informações<br />
importantes relativas aos seus exames.<br />
Hoje, os laboratórios são cobrados pelos<br />
pacientes e médicos para receberem os<br />
resultados de forma rápida e simples, e<br />
o envio pela internet é a solução mais<br />
fácil e barata. Porém, alguns cuidados<br />
devem ser tomados para que isso não<br />
traga problemas para o laboratório. É<br />
por isso que as pessoas estão cada vez<br />
mais exigentes quanto aos requisitos de<br />
agilidade, facilidade de uso e segurança.<br />
Agilidade é uma demanda do mundo<br />
<br />
ter que voltar ao laboratório somente<br />
para buscar um papel com o laudo que, a<br />
qualquer momento, poderia ser acessado<br />
em casa ou no escritório.<br />
Facilidade de uso permite que qualquer<br />
pessoa navegue e utilize os benefícios da<br />
internet. Tecnologia não precisa trazer<br />
complexidades, mas sim facilidades.<br />
<br />
trata de informações pessoais e por isso<br />
deve-se garantir o sigilo do conteúdo.<br />
A S_Line mostra-se cada dia mais<br />
-<br />
<br />
e altamente sigilosos, garantindo todo o<br />
conforto e comodidade que os pacientes<br />
estão procurando. A S_Line trabalha com<br />
garantias de serviço, tais como:<br />
Agilidade e disponibilidade<br />
Armazenar os resultados em um ambiente<br />
de rápido acesso (internet veloz)<br />
e disponível para acesso em qualquer<br />
hora/dia.<br />
Facilidade de uso<br />
Acessar e imprimir o resultado de forma<br />
simples e fácil.<br />
Permitir encaminhar o resultado ao médico,<br />
com recado ou anotação pessoal.<br />
Permitir gerência dos resultados,<br />
separando-os em pastas por tipos de<br />
exames ou qualquer outra necessidade.<br />
Ter uma única chave para receber resultados<br />
de vários laboratórios.<br />
Aceitar numa única chave os resultados<br />
de toda família, podendo separar<br />
em pastas.<br />
Permitir receber resultados de medicina<br />
laboratorial e de diagnóstico por<br />
imagens.<br />
Segurança<br />
Armazenar os resultados fora do ambiente<br />
do laboratório, evitando que<br />
uma possível invasão pare o laboratório<br />
<br />
<br />
SSL de segurança quando o usuário<br />
digitar a chave/senha e ao trafegar o<br />
resultado.<br />
A solução S_Line funciona com qualquer<br />
LIS (Sistema Laboratorial) e está integrada<br />
às maiores e melhores empresas<br />
de informática laboratorial.<br />
: (27) 3205-6868<br />
: sline@sline.com.br<br />
: www.sline.com.br<br />
80<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Horiba Brasil realiza I Seminário de Vendas da América Latina e recebe visita de CEO<br />
<br />
-<br />
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-<br />
<br />
Segurança nas centrifugações: tubo cônico Easypath<br />
A centrifugação é um procedimento co-<br />
-<br />
<br />
<br />
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<br />
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<br />
<br />
<br />
: www.erviegas.com.br<br />
82<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Meios de cultura para<br />
biologia molecular Himedia<br />
Abbott lança Architect c4000 e<br />
completa linha de equipamentos de<br />
bioquímica<br />
A linha de equipamentos Architect, que chegou<br />
ao Brasil em 2003, completou sua família de<br />
equipamentos, com o c4000.<br />
Após lançar o sistema c8000 de bioquímica e<br />
o sistema i2000SR, consolidando o conceito de<br />
sistemas integrados sem perda de produtividade,<br />
o Architect c4000 chega para, integrado ao sistema<br />
Architect i<strong>100</strong>0SR, oferecer os benefícios da<br />
integração aos laboratórios de pequeno, médio<br />
e grande porte.<br />
O c4000 é ideal para laboratórios que buscam<br />
um sistema com integração perfeita, bioquímica<br />
e imunohormônios, com resultados precisos,<br />
rápidos e facilidade de uso em um espaço com-<br />
<br />
resultados para os pacientes.<br />
gração<br />
dos sistemas, reduzindo a quantidade de<br />
<br />
nos resultados pela diminuição do manuseio de<br />
amostras e pelo sistema de detecção de coágu-<br />
<br />
com tecnologia de monitoramento de pressão,<br />
além de detectar volume, bolhas e espuma nos<br />
reagente.<br />
Com capacidade produtiva de até 800 testes/<br />
hora, 55 testes simultâneos, 99 reagentes “on<br />
board”, e capacidade para <strong>100</strong> amostras, o c4000<br />
atende às necessidades do mercado de laboratórios<br />
públicos, privados e hospitalares de pequeno e<br />
médio porte, como analisador principal, laboratórios<br />
satélites em uma “Rede” de hospitais ou de<br />
laboratórios de grande porte como “back-up”, com<br />
uma ótima relação custo/benefício.<br />
: www.abbottbrasil.com.br<br />
A Biosystems oferece meios de cultu-<br />
sentando<br />
uma linha completa de meios<br />
para biologia molecular de alta qualidade<br />
e com baixo custo.<br />
Contando com um suporte técnico<br />
<br />
sanar qualquer dúvida, a Biosystems<br />
também se diferencia pela preocupação<br />
com a satisfação do cliente em relação<br />
a esses meios, oferecendo consultoria,<br />
<br />
testes, além de contar com estoque regulado.<br />
Dentre estes meios, destaque para o Caldo Luria, para uso em<br />
<br />
<br />
e moleculares, podendo também ser usado para cultivo rotineiro<br />
de micro-organismos não fastidiosos.<br />
A empresa possui ainda linha completa de meios de cultura<br />
desidratados, suplementos, bases, meios para cultura celular<br />
animal e de plantas.<br />
: www.biosystems.com.br<br />
Bioeasy traz novidades para o<br />
diagnóstico imunoenzimático<br />
A Bioeasy Diagnóstica está fazendo o pré-lançamento no mercado<br />
brasileiro de mais duas novidades para o diagnóstico imunoenzimático:<br />
<br />
<br />
<br />
- Detecta o antígeno com até 10 dias após o contato<br />
- Amostra: soro ou plasma<br />
<br />
- Leitura visual<br />
<br />
<br />
concordância de 99,9%<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
do soro humano<br />
- Sensibilidade de ate 0,05 ng/mL<br />
<br />
<br />
<br />
: (31) 3048-0008<br />
: biomolecular@bioeasy.com.br<br />
: www.bioeasy.com.br<br />
84<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Claudia<br />
Vasconcellos<br />
A Sysmex, em parceria<br />
com a Roche Diagnóstica<br />
Chile, participou<br />
entre os dias 20 e 23<br />
de abril do Congresso<br />
Latino-Americano de Bioquímica,<br />
que aconteceu<br />
no centro de convenções<br />
do Hotel Sheraton em<br />
Santiago. No estande foi<br />
exibido com destaque o<br />
equipamento XE-Alpha-N<br />
(analisador hematológico<br />
-<br />
<br />
de transporte de amostras).<br />
Sysmex e Roche estão engajadas<br />
em promover atividades de atualizações<br />
<br />
patrocinando projetos com esse objetivo.<br />
Diversas palestras vêm sendo<br />
realizadas pela América Latina, assim<br />
como a que aconteceu durante o CO-<br />
LABIOCLI no Chile.<br />
A especialista de aplicação da Sysmex<br />
America Latina e Caribe, Claudia<br />
<br />
<br />
intitulada “Novas tecnologias de analise<br />
<br />
melhoram o apoio ao diagnóstico”.<br />
Para a Sysmex, apoiar eventos de<br />
<br />
Congressistas durante o workshop da Sysmex<br />
Equipamento XE-Alpha N em exposição no<br />
estande<br />
o crescimento e expansão da área de<br />
diagnóstico in vitro, por isso vem a<br />
cada ano fortalecendo a parceria com<br />
seus distribuidores para difusão do<br />
conhecimento.<br />
<br />
sete vírus em apenas 60 minutos<br />
<br />
<br />
Cerca de 200 vírus podem causar<br />
infecções respiratórias, porém<br />
<br />
-<br />
<br />
são responsáveis pelas doenças mais<br />
severas em crianças e pacientes imunodeprimidos.<br />
Essas viroses também<br />
são responsáveis por uma morbidade<br />
<br />
períodos epidêmicos.<br />
<br />
respiratórias é essencial para um<br />
diagnóstico efetivo e cuidados com o<br />
paciente.<br />
A Medivax, em parceria com a<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O kit também pode ser utilizado<br />
para o auxílio no diagnóstico da “Gripe<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
indireta dos sete vírus. Único kit no<br />
mercado que pode ser detectado em<br />
amostras diretas e culturas de células.<br />
Resultados em apenas 60 minutos e<br />
reagentes prontos para uso. Sensibi-<br />
<br />
: (21) 2622-4646<br />
: medivax@medivax.com.br<br />
: www.medivax.com.br<br />
Nos diversos laboratórios da área<br />
biológica, como bioquímica, genética,<br />
microbiologia etc., é fundamental a<br />
transferência de pequenos volumes de<br />
amostras, que variam de microlitros<br />
(μL) a mililitros (mL), de forma precisa<br />
e reprodutível. Desta forma a técnica<br />
de pipetagem tornou-se um procedimento<br />
indispensável nos ensaios<br />
laboratoriais.<br />
Esta técnica é realizada com o auxílio<br />
de um instrumento denominado<br />
“pipeta”, que pode ser graduada, vo-<br />
<br />
variável e controlador de pipetagem.<br />
Para tornar a atividade e a rotina<br />
dos laboratórios mais precisas, a<br />
marca HTL possui uma linha com-<br />
<br />
e variável, monocanal e multicanal,<br />
assim como repipetador e pipeta<br />
motorizada.<br />
: contato@htlbrasil.com.br<br />
: www.htlbrasil.com.br.<br />
86<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Programa de Controle de Qualidade do PNCQ<br />
tem forte aumento de participantes em 2010<br />
Para quem deseja obter cada vez mais e melhores<br />
resultados na prestação de seus serviços de análises<br />
clínicas, o Programa Nacional de Controle de Qualidade<br />
(PNCQ) oferece uma poderosa ferramenta de sistema<br />
de controle de qualidade que ajudará a alcançar esse<br />
objetivo. Trata-se do Programa de Ensaio de Proficiência<br />
para Laboratórios Clínicos, o PRO-EX.<br />
Considerado o maior programa de controle externo<br />
da qualidade em nível nacional, de acordo com<br />
o número de laboratórios inscritos, o PRO-EX vem<br />
conquistando cada vez mais participantes a cada dia.<br />
<br />
com os primeiros cinco meses de 2010, o número de<br />
participantes teve aumento de 6% (200 novos inscritos),<br />
o que representa um crescimento significativo de<br />
laboratórios que cumprem, entre outras exigências, a<br />
RDC 302:2005 da Anvisa, que dispõe sobre a garantia<br />
da qualidade em laboratórios de análises clínicas.<br />
Com mais de 3.600 laboratórios participantes<br />
desse programa específico em todo o país, o PNCQ<br />
disponibiliza um serviço de controle de qualidade totalmente<br />
adaptado às necessidades de cada cliente,<br />
com a facilidade de envio e checagem de resultados<br />
em tempo real através do site da instituição, ranqueamento<br />
comparativo mensal de resultados com outros<br />
laboratórios, entre outros benefícios.<br />
Ao participar do PRO-EX, que realiza o envio mensal<br />
de kits de amostras-controle de analitos específicos, os<br />
laboratórios conseguem detectar não-conformidades<br />
em seus processos, possibilitando a implantação de<br />
ações corretivas ou preventivas. Além disso, também é<br />
possível fazer uso dos resultados divulgados no site do<br />
PNCQ para estudar a influência dos métodos, padrões<br />
e calibradores utilizados por todos os participantes.<br />
: www.pncq.org.br<br />
Workshop com Humberto Zardo marca<br />
lançamento da EmbaEPS<br />
Foi realizado no último dia 21 de junho, em São Paulo,<br />
o primeiro workshop da EmbaEPS. Com o tema “Perspectivas<br />
e Inovações em Rede de Frio”, o evento teve como<br />
principal palestrante o renomado Dr. Humberto Zardo,<br />
seguido de uma apresentação de dois consultores técnicos<br />
que prestaram serviço para a EmbaEPS.<br />
Com o título “A Importância da Rede de Frio para a<br />
Saúde Pública”, Humberto Zardo palestrou sobre as necessidades<br />
da rede de frio para o transporte seguro de medicamentos.<br />
Zardo, que é consultor de governos, ONG´s e<br />
empresas em mais de 40 países, destacou a importância<br />
de se conhecer bem rótulos, exigências, regulamentações<br />
e características de transporte e armazenagem para de-<br />
<br />
duas tecnologias que auxiliam no controle da temperatura<br />
de termossensíveis: os indicadores visuais VVM (Vaccine<br />
Vial Monitors) e TransTracker®.<br />
Destacada a importância da escolha das embalagens,<br />
os consultores técnicos apresentaram o EmbaGEL – elemento<br />
refrigerante da EmbaEPS, demonstrando os cri-<br />
<br />
carbopol (EmbaGEL) tenha desempenho superior quando<br />
comparado a outros elementos refrigerantes como o gel<br />
de celulose.<br />
A performance do gel carbopol deve-se à sua alta<br />
viscosidade que faz com que um sistema permaneça<br />
refrigerado, por 72 horas, entre 2°C e 8°C. A produção<br />
em escala industrial do EmbaGEL possui Boas Práticas<br />
de Fabricação, garantindo a uniformidade dos lotes e<br />
<br />
registrada no Ministério da Saúde/Anvisa.<br />
Dr. Humberto Zardo<br />
: www.embaeps.com.br<br />
88<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Presente em mais de 30 países ao redor<br />
do globo, a Qiagen fornece o teste molecular<br />
de captura híbrida ou digene HPV test<br />
<br />
rastreamento do vírus HPV (papilomavírus<br />
humano) – responsável pelo câncer cervi-<br />
<br />
pelo mundo afora.<br />
De acordo com dados do INCA, são<br />
esperados no Brasil, em 2010, 18.430<br />
ocorrências de câncer cervical, com um<br />
risco estimado de 18 casos a cada <strong>100</strong> mil<br />
mulheres. Segunda causa de morte mais<br />
<br />
<br />
<br />
captura híbrida ou digene HPV test.<br />
<br />
-<br />
<br />
o teste em todos os segmentos, do manual<br />
<br />
A metodologia – validada com sucesso<br />
em diversos estudos clínicos envolvendo<br />
cerca de um milhão de mulheres, com<br />
resultados publicados em mais de 300<br />
<br />
<br />
<br />
Amplamente reconhecido e aceito pelos<br />
ginecologistas no Brasil, o teste foi o pri-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
todas as mulheres a partir de 30 anos re-<br />
<br />
de rotina. Caso o resultado do teste de<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
envolvendo 36 mil mulheres, evidenciou<br />
<br />
<br />
rayanan<br />
et al., 2009).<br />
fessor<br />
e Chefe da Disciplina de Ginecologia<br />
-<br />
-<br />
<br />
teste de captura híbrida no rastreamento<br />
primário do câncer de colo do útero para<br />
mulheres com mais de 30 anos, associada<br />
<br />
<br />
<br />
boa parte dos casos”.<br />
Novidade em genotipagem<br />
-<br />
<br />
risco em diferentes plataformas para<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
for Colposcopy and Cervical Pathology)<br />
<br />
apenas para mulheres acima dos 30 anos<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
-<br />
phony<br />
SP, a plataforma se completa com o<br />
QIAsymphony AS para pipetagem automa-<br />
<br />
<br />
baseado em rotor.<br />
<br />
<br />
<br />
de diferentes enfermidades. Composta por<br />
<br />
<br />
os reagentes necessários para detectar de<br />
<br />
-<br />
<br />
: www.qiagen.com<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
necessárias para acompanhar a evolu-<br />
<br />
<br />
seu potencial inovador para oferecer<br />
melhor atendimento aos seus clientes.<br />
<br />
gias<br />
aplicadas ampliam a capacidade<br />
produtiva, proporcionando maior<br />
<br />
<br />
<br />
sempre foi um grande diferencial percebido<br />
por seus parceiros, mantendo<br />
o posicionamento de não concorrer<br />
com seus clientes.<br />
-<br />
<br />
modernidade. O portal está sendo<br />
desenhado, tornando-se mais atrativo<br />
pelo fato de adotar um novo sistema<br />
<br />
muito mais interatividade.<br />
Todas as áreas da empresa estão<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
: (71) 2107-0070<br />
: www.deltaapoio.com.br<br />
90<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Saúde Pública<br />
A muleta, uma eterna desculpa<br />
O<br />
presidente Lula atribui as<br />
inúmeras falhas ocorridas<br />
no sistema de saúde ao<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
O presidente Luiz Inácio Lula da<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
bilhões arrecadados pelo tributo<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
a necessidade de um imposto para<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
-<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
por onde se esvaem os recursos para<br />
<br />
<br />
nos conscientizarmos e darmos um<br />
<br />
<br />
civil se mobilizar – como ocorreu no<br />
movimento vitorioso pela derrubada<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
faltam recursos para serem aplicados<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
computados como investimentos<br />
<br />
fundamental diante de uma rede de<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
investidos na rede de saúde pública<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
deveriam custear a melhoria do<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
privados para funcionários públicos<br />
<br />
<br />
Marco Antonio Abrahão,<br />
presidente do Conselho Regional<br />
de Biomedicina 1 a Região<br />
www.presidencia@crbm1.gov.br<br />
-<br />
-<br />
-<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
tema<br />
receba um volume de recursos<br />
condizente com as suas necessidades<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
de<br />
dinheiro bastante para mudar esse<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
96<br />
<strong>NewsLab</strong> - - edição <strong>100</strong> 93 - 2009
ESPECIAL Especial<br />
Especial<br />
ESPECIAL<br />
Especial<br />
ESPECIAL<br />
Especial ESPECIAL<br />
ESPECIALEspecial<br />
Analogias<br />
em<br />
Chuva de pedra no olho<br />
O vocábulo granizo, originado do espanhol (de grano =<br />
grão), refere-se a um tipo de precipitação atmosférica na<br />
qual as gotas de água se congelam ao atravessar uma<br />
camada de ar frio, caindo sob a forma de pedregulhos<br />
de gelo; o mesmo que saraiva ou chuva de pedra. A<br />
palavra saraiva é pouco conhecida no Brasil quando se<br />
refere à precipitação atmosférica de partículas de gelo.<br />
Mas é muito difundida como nome de empresas, livrarias<br />
e outros tipos de comércio. É também sobrenome comum<br />
em muitas famílias, tanto em Portugal como no Brasil.<br />
Em Minas Gerais temos políticos e muitos profissionais<br />
liberais, incluindo médicos de renome, componentes da<br />
família Saraiva.<br />
O calázio – doença muito comum nas pálpebras – é<br />
nódulo palpebral que resulta de inflamação crônica das<br />
glândulas de Meibomius ou de Zeis, assim denominado<br />
por comparação a um granizo (gr. chalaza = granizo)<br />
ou saraiva (etimologia de origem obscura, segundo Dicionário<br />
Houaiss da língua portuguesa).<br />
Segundo Skinner (The origin of medical terms), a palavra<br />
granizo (em grego chalaza) referia-se também a um<br />
pequeno tubérculo. Hipócrates usou a palavra chalaza<br />
para um pequeno tubérculo, como este que ocorre frequentemente<br />
na pálpebra. Na língua inglesa calázio<br />
corresponde a hail ou mais propriamente hailstone =<br />
granizo. Hailstorm significa granizada, saraivada, temanalogias<br />
em medicina<br />
Medicina<br />
pestade de granizo, chuva de pedra.<br />
Ao exame clínico, o calázio apresenta-se como nódulo<br />
único, arredondado, de alguns milímetros, de consistência<br />
firme e não doloroso, ocupando principalmente a placa<br />
tarsal. Pode estar associado à blefarite crônica posterior.<br />
Ao exame microscópico, verifica-se infiltrado inflamatório<br />
e reação granulomatosa ao material lipídico liberado<br />
pelas estruturas glandulares, com presença de células<br />
epitelioides e gigantes multinucleadas (lipogranulomas).<br />
A patogênese da lesão relaciona-se a produtos de decomposição<br />
lipídica, possivelmente devido a enzimas<br />
bacterianas ou a retenção de secreções sebáceas, que<br />
estimulam uma resposta inflamatória granulomatosa. O<br />
resultado é uma massa de tecido granulação e inflamação<br />
crônica, com linfócitos e lipófagos, o que distingue<br />
o calázio de um hordéolo externo ou interno. Este é um<br />
processo inflamatório piogênico agudo, com numerosos<br />
neutrófilos, necrose e formação de pústula. Contudo, uma<br />
condição pode resultar na outra, por causa da sua íntima<br />
relação. Em casos raros, pode ocorrer múltiplos nódulos<br />
inflamatórios (saraivada/granizada).<br />
O calázio é comum, mas a sua exata incidência ou prevalência<br />
é desconhecida. Não há também informações<br />
precisas acerca da prevalência ou incidência com relação<br />
à raça. Ambos os sexos parecem ser afetados igualmente.<br />
Ao contrário da opinião popular, as pesquisas mostraram<br />
que o uso de produtos cosméticos nas pálpebras não tem<br />
relação causal e não são responsáveis pelo agravamento<br />
do calázio. Todos os grupos etários podem ser comprometidos,<br />
embora seja mais comum em adultos do que em<br />
crianças. Uma condição frequentemente relacionada ao<br />
calázio é a rosácea. Esta é afecção crônica da face e<br />
manifesta-se com eritema e edema facial, telangiectasias<br />
e pápulas, eventualmente acompanhadas de pústulas.<br />
No Apocalipse (Sétima Trombeta) há ameaças... Sobrevieram<br />
relâmpagos, vozes, trovões e grande saraivada...<br />
José de Souza Andrade Filho - Patologista, membro da Academia<br />
Mineira de Medicina e professor de anatomia patológica da<br />
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />
98<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Artigo<br />
Comparação da Determinação da Glicose Sanguínea<br />
Usando o Tempo como Variável<br />
Elise Geromel Bezerra Menezes¹, Nilton César Weyne da Cunha², Renato Motta Neto³<br />
1 - Aluna de graduação em Farmácia da Universidade de Fortaleza, UNIFOR, Fortaleza, CE<br />
2 - Farmacêutico- Bioquímico responsável técnico do laboratório de análises clínica<br />
do Núcleo de Atenção Médica Integrada, NAMI, Fortaleza, CE<br />
3 - Farmacêutico- Bioquímico, Professor-Doutor do curso de Farmácia da Universidade de Fortaleza, UNIFOR, Fortaleza, CE<br />
Trabalho realizado no Laboratório de Análises Clínicas do Núcleo de Atenção Médica Integrada,<br />
NAMI, da Universidade de Fortaleza, UNIFOR, Fortaleza, CE<br />
Resumo<br />
Summary<br />
Comparação da determinação da glicose sanguínea<br />
usando o tempo como variável<br />
O controle de qualidade em análises clínicas evita erros que<br />
possam vir a acontecer, causando prejuízo tanto ao paciente como<br />
ao laboratório. Um dos pontos mais críticos na realização de<br />
exames clínicos é a fase pré-analítica, que compreende as etapas<br />
de solicitação dos exames até o início do procedimento. Estudos<br />
revelam que 60-80% dos erros em laboratório clínico ocorrem nesta<br />
fase. A quantificação da glicose é um dos exames mais frequentemente<br />
realizados no laboratório clínico, e pode ser alterada por<br />
diversos fatores, como dieta, jejum, tempo de processamento, etc.<br />
Esse estudo tem como objetivo avaliar as alterações da glicemia<br />
em função do tempo decorrido antes da centrifugação. Realizou-se<br />
um estudo experimental de caráter quantitativo, onde coletaram três<br />
amostras de sangue de 73 pacientes, atendidos no laboratório do<br />
Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI), Fortaleza, CE. As<br />
amostras foram identificadas numericamente e todas que tinham<br />
o nº. 1 foram centrifugadas uma hora após coleta, assim como<br />
as de nº. 2 centrifugadas duas horas após coleta e, as de nº. 3,<br />
três horas após coleta, quantificando posteriormente os níveis de<br />
glicose. Observou-se redução estatisticamente significante da glicemia<br />
(p
Introdução<br />
O<br />
controle de qualidade no laboratório<br />
de análises clínicas é a<br />
dem<br />
vir a acontecer. O processamento<br />
do método analítico, para ser exato e<br />
preciso, deve ser continuamente monitorizado<br />
e avaliado para assegurar<br />
a validade dos resultados do teste e<br />
estabelecer uma base de melhoria na<br />
qualidade. Apesar de vários esforços<br />
<br />
na melhora de muitos testes, os erros<br />
ainda ocorrem (1).<br />
Para que ocorra avanço no processamento<br />
dos testes, o laboratório deve<br />
<br />
erros no laboratório clínico ocorrem<br />
em três fases (pré, analítica e pósanalítica).<br />
A fase pré-analítica, onde<br />
se depende das variáveis do paciente<br />
(jejum incorreto, estresse, etc.), das<br />
variáveis do espécime (leucocitose,<br />
presença de bactérias, etc.), do modo<br />
como é feito a coleta, como o material<br />
é cuidado (temperatura, transporte) e<br />
o processamento do espécime (ex.:<br />
<br />
que depende do desempenho do teste<br />
selecionado pelo laboratório, e a fase<br />
pós-analítica, onde os resultados do<br />
<br />
<br />
<br />
Vários estudos feitos demonstraram<br />
que a maior parte de erros<br />
laboratoriais ocorre nas fases pré e<br />
pós-analítica (2-4).<br />
Em 1997, Plebani e seus associados<br />
realizaram um estudo para iden-<br />
<br />
laboratórios e foi visto que os erros<br />
<br />
(68,2%), seguidos dos pós-analíticos<br />
(18,5%) e analíticos (13,3%) (2).<br />
madas<br />
por outro estudo realizado<br />
dez anos depois por Carraro e Plebani<br />
em 2007, onde a taxa de porcenta-<br />
gem dos erros permaneceu quase a<br />
mesma, sendo as fases pré-analítica<br />
(61,9%) e pós-analítica (23,1%) com<br />
maior a frequência de erros, comparadas<br />
com a fase analítica (15%).<br />
Porém, os tipos de erros, particularmente<br />
na fase pré-analítica, mudaram<br />
com o tempo (4).<br />
Outro importante achado foi a alta<br />
<br />
como controláveis (73%). Esse aspecto<br />
é ainda mais importante quando<br />
considerado que 24,6% dos erros<br />
resultaram em repetições desnecessárias<br />
de testes, além disso, investigações<br />
inapropriadas e episódios com<br />
resultados clínicos negativos para o<br />
paciente (4).<br />
A demora no processamento da<br />
amostra é um dos erros pré-analíticos<br />
mais frequentes, onde, em hospitais,<br />
ambulatórios e postos de coletas o<br />
transporte do local da coleta até o<br />
laboratório às vezes pode demorar<br />
mais de duas horas (5).<br />
nea<br />
constitui um dos ensaios mais<br />
frequentes no laboratório clínico (6). A<br />
<br />
está intimamente correlacionada com<br />
os cuidados tomados na fase pré-analítica,<br />
principalmente com o seu tempo<br />
de processamento. Após a coleta da<br />
amostra, células presentes no sangue<br />
como eritrócitos, leucócitos e plaquetas,<br />
continuam a degradar a glicose<br />
(glicólise) para atender suas necessidades<br />
energéticas, onde a velocidade<br />
de consumo da glicose é dependente<br />
<br />
presentes, da eventual presença de<br />
bactérias e da temperatura em que a<br />
amostra se encontra (7).<br />
Durante o transporte e processamento<br />
do material coletado, o maior<br />
tempo de contato do soro com esses<br />
elementos faz com que ocorra um au-<br />
<br />
diminuindo a glicemia (6).<br />
Alguns estudos mostram a magnitude<br />
do consumo da glicose, relacionando<br />
características da amostra<br />
à temperatura e tempo de processa-<br />
tivos<br />
para inibir e estabilizar a glicólise<br />
vem sendo usada em longa data (8).<br />
Recentemente, esse fenômeno tem<br />
se mostrado mais evidente, pois os laboratórios<br />
visando maior lucratividade<br />
criam postos de coleta, aumentando<br />
seus serviços e, consequentemente,<br />
uma quantidade maior de material é<br />
transportada para o laboratório, onde<br />
muitas vezes é distante (6).<br />
Várias formas de evitar o consumo<br />
da glicose in vitro-<br />
<br />
plasma imediatamente depois que o<br />
<br />
congelamento durante o transporte,<br />
<br />
<br />
tubos de coleta, e o uso de aparelhos<br />
portáteis que aproximam mais o paciente<br />
do processamento do teste (6).<br />
Outra técnica vem sendo usada<br />
-<br />
<br />
<br />
Esse tubo possui um gel separador e<br />
<br />
de centrifugada a amostra, é separada<br />
entre soro e o restante dos elementos<br />
do sangue, evitando qualquer tipo<br />
de contato, pois mesmo in vitro, as<br />
células sanguíneas consomem glicose<br />
para se manterem.<br />
O tubo com gel separador apresenta<br />
pelo menos quatro vantagens na<br />
<br />
<br />
amostra em ensaios potencialmente<br />
reto<br />
e menor volume de sangue a ser<br />
<br />
coleta; (3) aumento da produtividade<br />
<br />
<br />
espaço para as amostras em analisadores<br />
automáticos (8).<br />
102<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Devido a tais fatos, o trabalho tem<br />
como objetivo comparar os valores<br />
de glicose sanguínea de pacientes,<br />
utilizando o tempo decorrido entre<br />
coleta e centrifugação como variável,<br />
realizado no Laboratório de Análises<br />
Clínicas do Núcleo de Assistência<br />
Médica Integrada (NAMI) da Universidade<br />
de Fortaleza.<br />
Materiais e Métodos<br />
Realizou-se um estudo experimental<br />
de caráter quantitativo, onde foram<br />
executadas punções venosas de 73<br />
pacientes atendidos no laboratório do<br />
NAMI, no período de 01 de março a<br />
30 de abril de 2009. Foram incluídos<br />
pacientes, que independente da pesquisa,<br />
já haviam sido encaminhados<br />
ao laboratório do NAMI para realizar<br />
o exame de glicemia, sendo esses de<br />
ambos os gêneros e independente de<br />
qualquer patologia, entre a faixa etária<br />
de 18 a 60 anos.<br />
A pesquisa realizada seguiu os<br />
preceitos éticos recomendados na<br />
resolução do Conselho Nacional de<br />
Saúde número 196/96 do comitê de<br />
ética em pesquisa com seres humanos<br />
e aprovada pelo Comitê de Ética<br />
da Universidade de Fortaleza, de parecer<br />
n° 088/2009. Cada voluntário<br />
foi informado sobre o propósito da<br />
pesquisa e assinou o termo de consentimento<br />
livre e esclarecido antes<br />
do sangue ser coletado.<br />
A punção venosa foi realizada de<br />
forma asséptica, seguindo todos os<br />
protocolos de procedimento a vácuo<br />
da BD ® Vacutainer, sendo o sangue<br />
coletado em tubos de tampa amarela<br />
contendo gel separador e ativador<br />
da coagulação, fabricado pela BD ®<br />
Vacutainer, de lote 7274195, sem conservantes<br />
de glicose. Esse gel é uma<br />
<br />
de atuar como barreira física entre as<br />
hemácias e o plasma ou soro, após<br />
a centrifugação. É um polímero com<br />
do<br />
um acelerador da coagulação (9).<br />
O tempo de coleta foi realizado em<br />
média de 10 minutos, incluindo desde<br />
assepsia do paciente ao término da<br />
coleta, com tempo de até 1 minuto<br />
entre a troca de tubos.<br />
Os tubos foram centrifugados em<br />
tempos diferentes, onde o primeiro<br />
tubo foi centrifugado após uma hora<br />
da coleta, o segundo tubo após duas<br />
horas e o terceiro tubo após três horas.<br />
Durante o tempo de espera para<br />
a separação entre o soro e o coágulo<br />
formado, os tubos foram mantidos em<br />
estantes sob uma temperatura ambiente<br />
de 27-28ºC. Todos os tubos foram<br />
centrifugados durante dez minutos, sob<br />
3.000 rotações por minuto, em uma<br />
centrífuga de marca Bioeng 4000 com<br />
capacidade para 28 tubos de ensaio,<br />
com temperatura interna de 2 ± 22 ºC.<br />
Os valores de glicose foram quan-<br />
<br />
hexoquinase glicose-6-fosfato desidrogenase<br />
realizada pelo analisador<br />
bioquímico automatizado Dimension ® ,<br />
utilizando o cartucho de reagente<br />
Flex ® Glicose fabricado pela Siemens ® .<br />
ANOVA com comparações de teste<br />
de Newman Keuls foram os testes utilizados<br />
para as análises dos resultados,<br />
em que se necessitava da comparação<br />
Glicose mg/dl<br />
<strong>100</strong><br />
75<br />
50<br />
25<br />
0<br />
de mais de dois grupos. Os cálculos<br />
estatísticos foram realizados utilizando<br />
um programa de análise estatística<br />
GraphPad Prism4 Software.<br />
Os resultados foram apresentados<br />
<br />
p
Discussão<br />
A possibilidade da utilização do soro em tubo com<br />
<br />
na determinação da glicemia apresenta algumas vantagens,<br />
dentre elas redução de custos, menor volume<br />
de sangue coletado e, principalmente, a conservação<br />
da estabilidade dos níveis de glicose in vitro (8).<br />
Foi observado nesse estudo que os níveis de gli-<br />
<br />
contato do soro com os demais elementos do sangue,<br />
caso não haja a separação total das partes, através da<br />
centrifugação, dentro de um curto período de tempo.<br />
nuição<br />
de até 2 ± 12mg/dl de glicose, uma diferença<br />
de um pouco mais de 12%. Tal resultado pode ser<br />
prejudicial ao paciente, pois ele pode sair de um estado<br />
de pré-diabetes para os valores normais aceitos pela<br />
Sociedade Brasileira de Diabetes (10).<br />
É muito bem documentado o consumo de glicose<br />
pelas células e a causa da diminuição da concentração<br />
da glicose no sangue durante o transporte, onde os<br />
níveis glicêmicos são sensíveis a temperaturas (11);<br />
no entanto, o tempo também é um fator que pode<br />
gerar erros.<br />
Caso haja demora no transporte, mesmo em temperatura<br />
ambiente, pode ocorrer a glicólise in vitro. Tal<br />
<br />
1963, onde em tubos de ensaio sem nenhum conservante<br />
de glicose, ou qualquer outra forma de inibir a<br />
glicólise, houve uma queda da glicemia, demonstrando<br />
que o tempo está intimamente relacionado com esta<br />
perda devido ao contato do soro com o coágulo (12).<br />
Zhang et al, em 1998, realizaram um estudo para<br />
analisar a estabilidade de várias substâncias presentes<br />
no sangue, dentre elas a glicose. Eles utilizaram tubos<br />
de coleta sem conservantes ou gel separador e ainda<br />
mantiveram os tubos sob uma temperatura de 2 ±<br />
32ºC para simular o transporte de amostras do local<br />
da coleta até o processamento.<br />
No estudo, concluíram que após três horas do soro<br />
em contato com o coágulo, houve uma redução sig-<br />
<br />
<br />
sob a glicose (5).<br />
Já em 2001, Picheth e colaboradores comparam a<br />
<br />
sódio com a utilização de tubos com gel separador e<br />
ativador da coagulação, e observaram que embora não<br />
houvesse diferenças clinicamente importantes, os níveis<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010<br />
105
de glicose eram maiores nos tubos<br />
com gel separador, ressaltando que a<br />
técnica do tubo com gel é adequada<br />
para a determinação da glicemia,<br />
oreto<br />
de sódio. Consequentemente,<br />
observaram algumas vantagens para<br />
o laboratório, como melhor aproveitamento<br />
da amostra pela sua utilização<br />
-<br />
<br />
volume de sangue a ser coletado,<br />
diminuindo custos e aumentando a<br />
produtividade de 20-40% com a redução<br />
de tubos a serem centrifugados e<br />
maximização do espaço para as amostras<br />
em analisadores automático (8).<br />
Conclusão<br />
Portanto, conclui-se que apesar do<br />
tubo com gel separador e ativador da<br />
coagulação ser uma boa metodologia<br />
para avaliação da glicose sanguínea,<br />
é preciso que a centrifugação seja<br />
realizada com agilidade para evitar<br />
diminuição da glicemia e, consequen-<br />
temente, evitar erros nos resultados<br />
laboratoriais, como foi demonstrado<br />
anteriormente.<br />
Sendo esses erros controláveis,<br />
há uma necessidade em evitá-los,<br />
pois ainda existem fatores que não<br />
podem ser controlados pelo laboratório,<br />
como o aumento da glicólise em<br />
uma amostra devido a um número<br />
elevado de leucócitos ou presença de<br />
bactérias (7).<br />
O sistema de saúde está progressivamente<br />
dependente dos serviços de<br />
de<br />
dos seus resultados, o qual, como<br />
parte de todo o sistema de serviço de<br />
saúde, está propenso a erros.<br />
Embora muitos estudos venham<br />
sendo conduzidos com uma visão de<br />
aumentar a qualidade dos laboratórios<br />
de análises clínicas, a literatura sobre<br />
erros laboratoriais ainda é escassa e<br />
apresenta limitações (3).<br />
A demora dos postos de coleta<br />
para enviar as amostras ao local de<br />
processamento ainda existe (5). Entretanto,<br />
para prevenir esses erros,<br />
será necessária uma maior comunicação<br />
e cooperação entre todos os<br />
membros da área da saúde envolvida<br />
nas atividades que abrangem o laboratório,<br />
desde o coletor da amostra, ao<br />
auxiliar que faz o transporte do mate-<br />
<br />
<br />
<br />
do exame.<br />
A educação continuada dos pro-<br />
mentos<br />
é crucial para o entendimento<br />
de variáveis que possam ocorrer na<br />
qualidade do espécime e só assim<br />
evitar erros laboratoriais.<br />
Agradecimentos<br />
Os autores agradecem a todos os<br />
funcionários do Laboratório de Análises<br />
Clínicas do Núcleo de Atenção<br />
Integrada da Universidade de Fortaleza,<br />
CE, pela atenção e apoio no<br />
desenvolvimento deste trabalho.<br />
Correspondência para:<br />
Prof. Dr. Renato Motta Neto<br />
rmotta_neto@hotmail.com<br />
Referências Bibliográficas<br />
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Acessado em 05 de março de 2009.<br />
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5. Zhang DJ, Elswick RK, Miller WG, Bailey JL. Effect of serum-clot contact time on clinical chemistry laboratory results. Clin. Chem., 44(6):<br />
1325-33, 1998.<br />
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7. Burtis CA, Ashwood ER. Tietz, fundamentos de quimica clinica. 3ª ed. Philadelphia: Saunders, 1999.<br />
8. Picheth G, Jaworski MCG, Pinto AP, Kikuti MY, Scartezini M, Alcântara VM, Fadel-Picheth CMT. Plasma-fluoretado comparado ao soro<br />
na determinaçäo da glicose sangüínea. Rev. Bras. Anál. Clín., 33(4): 167-70, 2001.<br />
9. Sociedade Brasileira de Patologia Clínica. Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / ML para Coleta de Sangue<br />
Venoso. 1ª.ed. - Elaborado pelo Comitê de Coleta de Sangue da SBPC/ML e BD Diagnostics - Preanalytical Systems. São Paulo, 2005<br />
76 p. Disponível em: Acessado em 19 de abril de 2009.<br />
10. Sociedade Brasileira de Diabetes. Pré-diabetes: o que é isso. Disponível em: Acessado<br />
em 05 de março de 2009.<br />
11. Tolstoi E. Glycolysis in bloods of normal subjects and of diabetic patients. J. Biol. Chem., 60: 69, 1924.<br />
12. Ruiter J, Weinberg F, Morrison A. The stability of glucose in serum. Clin. Chem., 9: 356-9, 1963.<br />
106<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Artigo<br />
A Atuação Biológica na Formação da Ciência Micológica<br />
Arthur Tavares de Oliveira Melo 1 , Evandro Leão Ribeiro 2<br />
1 - Acadêmico de Bacharelado em Ciências Biológicas do Instituto de<br />
Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (ICB/UFG)<br />
2 - Orientador e professor adjunto da disciplina de Micologia do Laboratório de<br />
Fungos Patogênicos do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da<br />
Universidade Federal de Goiás (LFP/IPTSP/UFG)<br />
Resumo<br />
Summary<br />
A atuação biológica na formação da ciência<br />
micológica<br />
O avanço científico mais profundo sobre os fungos demonstra<br />
a constante relevância que esses seres vivos desempenham na<br />
vida diária do homem. Este estudo cabe ao biólogo como um<br />
profissional que visa entender e desvendar a funcionalidade do<br />
ciclo biológico da vida, fazendo uso dos recursos peculiares de<br />
cada indivíduo presente na natureza, como a utilização dos fungos<br />
no aprimoramento da melhoria de condição de vida do homem.<br />
Tais conhecimentos devem ser educacionalmente sistematizados<br />
para que possam ser repassados de forma didática às gerações<br />
humanas subsequentes, permitindo a aprendizagem do conhecimento<br />
constatado e seu aprimoramento com os novos saberes que<br />
advirão do avanço tecnológico e científico da biologia dos fungos.<br />
Palavras-chave: Fungos, biologia, educação<br />
The biological acting in the mycological science<br />
education<br />
The deeper scientific progress on the fungi demonstrates the<br />
constant relevance that those alive individuals carry out in daily<br />
life of the man. This study suits the biologist as a professional that<br />
seeks the understanding and the study of the functionality of the<br />
biological cycle of life, making use of each peculiar resources each<br />
individual present in the nature, as the use of the fungi to upgrade<br />
the improvement of human life condition. Such knowledge should<br />
be systematized in order to teach others, so that can be reviewed<br />
in a didactic way the subsequent human generations, allowing the<br />
learning of the verified knowledge and its improvement with the<br />
new discovers that will occur from the technological progress on<br />
the biology of the fungi.<br />
Keywords: Fungi, biology, education<br />
Introdução<br />
Os fungos são seres vivos que<br />
contribuem de forma decisiva<br />
para a preservação da<br />
diversidade biológica do nosso planeta<br />
e estão presentes, de mil formas, no<br />
nosso cotidiano (1). A partir de 1969<br />
posto<br />
por Robert Whittaker passaram<br />
<br />
parte, por apresentarem um conjunto<br />
mitem<br />
sua diferenciação das plantas.<br />
Este reino com mais de setenta<br />
mil espécies descritas, algumas macroscópicas<br />
e outras microscópicas,<br />
pode ser encontrado nos mais diversos<br />
ambientes da Terra e inclui alguns dos<br />
mais importantes organismos, tanto<br />
em termos ecológicos quanto econômicos,<br />
em função dos seus papéis<br />
na natureza, ou seja, contribuem de<br />
várias maneiras para a manutenção<br />
do funcionamento normal de ecossistemas<br />
e comunidades biológicas (1).<br />
Das importâncias de se conhecer<br />
detalhadamente o reino dos fungos se<br />
destacam as relacionadas ao homem,<br />
isto é, em todos os níveis os fungos<br />
na<br />
e o conhecimento e manipulação<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
conhecimento sobre a biologia dos<br />
<br />
São agentes de biodegradação e<br />
<br />
uma característica sapróbia (utilização<br />
de material orgânico morto como fonte<br />
de nutrientes), estes animais são<br />
responsáveis pela biodegradação de<br />
material orgânico no nosso ambiente,<br />
reciclando compostos essenciais como<br />
<br />
<br />
que produzem.<br />
As principais doenças de plantas e<br />
algumas doenças animais são causa-<br />
110<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
das por fungos: por serem animais<br />
generalistas, isto é, de fácil estabelecimento<br />
em qualquer local onde tenha<br />
presença de carbono, nitrogênio e<br />
água os fungos podem ser parasitas<br />
e lesionar tecidos vegetais causando<br />
um péssimo rendimento das plantas.<br />
Já em animais, as doenças ocorrem<br />
do<br />
penetram na corrente sanguínea<br />
e o sistema imunológico encontra-se<br />
debilitado, permitindo o crescimento<br />
do micro-organismo.<br />
São largamente usados em indústrias<br />
no processo de fermentação:<br />
a fermentação é um processo de<br />
transformação de uma substância em<br />
outra, produzida a partir de microorganismos,<br />
tais como fungos. Usada<br />
na fabricação de cervejas, vinhos e<br />
pães, principalmente.<br />
Usados na produção comercial de<br />
compostos bioquímicos: Aspergillus<br />
niger é usado em larga escala na<br />
fabricação comercial de ácido cítrico,<br />
além dos fungos do gênero Penicillium<br />
usados na produção de penicilina.<br />
São fontes diretas de alimentos:<br />
alguns fungos e leveduras são cultivados<br />
em larga escala e, em seguida,<br />
submetidos a tratamento posterior<br />
para fornecer diversas proteínas. Por<br />
exemplo, Quorn mycoprotein, uma<br />
proteína com propriedades químicas<br />
e valores nutricionais semelhantes às<br />
encontradas em proteínas de carne, é<br />
produzido comercialmente a partir do<br />
fungo Fusarium venanatum micelial.<br />
Alguns fungos são altamente be-<br />
<br />
espécies formam uma relação de<br />
simbiose com a planta chamada<br />
<br />
<br />
resultando em uma maior produtividade<br />
destas espécies vegetais. Algumas<br />
outras espécies são utilizadas no<br />
controle biológico de insetos, pragas,<br />
nematoides, plantas daninhas e de<br />
micro-organismos patogênicos.<br />
Por se tratar de um grupo de organismos<br />
onde se estima que 30% das<br />
espécies ainda são desconhecidas,<br />
que aproximadamente 300 podem<br />
causar infecção humana e que outras<br />
tantas são economicamente importantes<br />
(2), ao relacionarmos estes<br />
fatos com o atual nível de pesquisas<br />
nas áreas médicas e biotecnológicas,<br />
podemos determinar a importância de<br />
se conhecer mais espécies de fungos,<br />
<br />
elas além de aspectos da biologia do<br />
<br />
mais preparado do que um biólogo.<br />
<br />
de diversas maneiras e em diversas<br />
áreas da biologia, tais como: sistemática,<br />
biotecnologia, biologia molecular,<br />
bioquímica, além da micologia<br />
propriamente dita, difundindo mais o<br />
conhecimento dessa ciência.<br />
Formação do Biólogo<br />
rio<br />
da <strong>Ed</strong>ucação produziu e difundiu<br />
Parâmetros Curriculares Nacionais<br />
onde destacavam que o papel das<br />
Ciências Naturais é o de colaborar<br />
para a compreensão do mundo e suas<br />
transformações, situando o homem<br />
como indivíduo participativo e parte<br />
<br />
Portanto, podemos descrever os<br />
principais pontos de atuação de um<br />
biólogo resgatando outro Parâmetro<br />
vide<br />
basicamente a atuação do biólogo<br />
em três vertentes.<br />
No âmbito de Representação e<br />
Comunicação, um biólogo atuará<br />
descrevendo processos e características<br />
do ambiente ou dos seres vivos,<br />
bem como relacionando os diversos<br />
conteúdos conceituais de Biologia na<br />
formulação de hipóteses acerca dos<br />
fenômenos biológicos.<br />
No contexto de Investigação e<br />
Compreensão, formular questões,<br />
diagnósticos e propor soluções para<br />
problemas apresentados, utilizando<br />
sempre elementos da Biologia. E no<br />
campo de Contextualização Sociocul-<br />
<br />
vimento<br />
tecnológico, considerando a<br />
preservação da vida, as condições de<br />
vida e as concepções de desenvolvimento<br />
sustentável.<br />
Assim, admite-se que a formação<br />
biológica contribua para que cada indivíduo<br />
seja capaz de compreender e<br />
aprofundar as explicações atualizadas<br />
de processos e de conceitos biológicos,<br />
a importância da ciência e da<br />
<br />
interesse pelo mundo dos seres vivos.<br />
Esses conhecimentos devem contribuir,<br />
também, para que o cidadão seja<br />
capaz de usar o seu conhecimento ao<br />
tomar decisões de interesse individual<br />
e coletivo, no contexto de um quadro<br />
ético de responsabilidade e respeito<br />
que leve em conta o papel do homem<br />
<br />
O conceito de biologia, segundo<br />
<br />
aparece em 50% dos programas de<br />
ensino de ciências e/ou biologia da<br />
educação brasileira. A relação entre<br />
ciência, tecnologia e sociedade aparece<br />
ainda menos, indicando a falta de<br />
análise das implicações sociais de de-<br />
<br />
tão presente por sua importância nos<br />
<br />
ainda mais quando percebemos certo<br />
distanciamento entre profissionais<br />
<br />
voltados para a área de pesquisa. Isto<br />
culmina num erro grave de isolamento<br />
de duas vertentes que poderiam estar<br />
unidas para melhorar principalmente o<br />
ensino de ciências e biologia da edu-<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010<br />
111
cação brasileira, bem como proporcionar<br />
uma relação entre a ciência dos<br />
cientistas e a ciência da sala de aula,<br />
difundindo as ciências naturais como<br />
um todo para a sociedade em geral.<br />
E ainda, a formação de professores<br />
necessita, hoje, de uma abordagem<br />
multidisciplinar no seu tratamento.<br />
Portanto, como cita Jiménez (11), é<br />
necessário haver uma coerência entre<br />
<br />
e a forma como este conhecimento é<br />
reconstruído em situação escolar.<br />
Nesse sentido, como uma alternativa,<br />
vale a pena ressaltar o que foi<br />
sugerido por Vianna & Carvalho (16)<br />
de que é necessário juntar a pesquisa<br />
feita nos laboratórios, observando se<br />
os pesquisadores expõem os problemas<br />
da construção do conhecimento<br />
da sua área com a maneira de ver a<br />
Ciência do ponto de vista de professo-<br />
tica<br />
docente. Entretanto, nada mais<br />
vantajoso do que relacionar a prática<br />
<br />
fungos com a necessidade de melhoria<br />
da qualidade do ensino brasileiro.<br />
Essa relação se torna vantajosa<br />
ao analisarmos a biologia do Reino<br />
em questão, uma vez que se trata<br />
de seres altamente generalistas, que<br />
podem ser encontrados em diversos<br />
locais sob diversas formas, de fácil<br />
manipulação e que podem ser usados<br />
em práticas escolares num espectro<br />
grande de ramos dentro da biologia,<br />
sem contar a importância ambiental<br />
e econômica destes seres. Portanto,<br />
para que esse sucesso de relacionar<br />
duas vertentes biológicas um pouco<br />
afastadas dentro da própria biologia<br />
se concretize, dependemos novamen-<br />
<br />
– que, por possuir uma formação<br />
acadêmica, poderá não só relacionar<br />
os laboratórios de micologia com as<br />
práticas docentes, mas sim, conhecer<br />
as estratégias de trabalho de ambas<br />
as vertentes e as interações Ciência,<br />
Tecnologia e Sociedade associadas<br />
à construção do conhecimento, bem<br />
como selecionar conteúdos adequados,<br />
que apresentam uma visão correta<br />
da Ciência (6).<br />
A Interação Biólogo-Micologia<br />
Quando tentamos desmembrar o<br />
logia<br />
e Sociedade, podemos começar<br />
a compreender a sua real importância,<br />
uma vez que se trata de conceitos<br />
sempre atuais e de muito interesse<br />
para a sociedade propriamente dita.<br />
Podemos analisar essa tríade come-<br />
<br />
Ciência consiste, resumidamente, em<br />
tomar conhecimento, algo que todos<br />
nós procuramos fazer ou fazemos involuntariamente<br />
todos os dias.<br />
A tecnologia é um auxiliar direto e<br />
importantíssimo para que a sociedade<br />
rais<br />
que ocorrem no nosso cotidiano.<br />
Assim, os fungos devem ser vistos como<br />
um grupo auxiliar na compreensão<br />
minuciosa dessa trilogia, podendo ser<br />
um importante grupo de organismos<br />
modelos usados ativamente para que<br />
a sociedade possa tomar ciência dos<br />
fenômenos naturais que a circundam.<br />
Podemos usar diversos tipos de<br />
fungos para estudarmos diferentes<br />
ramos dentro da biologia, tais como:<br />
proteínas enzimáticas, uma vez que<br />
são organismos dotados de um com-<br />
<br />
processos químicos como a fermentação<br />
e síntese de biocompostos, pois<br />
são organismos que através de seus<br />
sistemas biológicos realizam inúmeras<br />
reações químicas sendo muitas delas<br />
manipuladas e de suma importância<br />
<br />
reprodução, pois realizam tanto re-<br />
<br />
relações ecológicas, uma vez que realizam<br />
simbiose com plantas e algas e<br />
<br />
ciclos biológicos, pois são organismos<br />
decompositores, devolvendo átomos<br />
inorgânicos à atmosfera e vários<br />
outras áreas das ciências biológicas.<br />
Outras áreas mais específicas<br />
como a biotecnologia, a sistemática,<br />
a genética, a bioquímica e a micologia<br />
propriamente dita podem ser<br />
estudadas detalhadamente tendo<br />
como base os fungos.<br />
Algumas áreas, como a genética,<br />
ganham destaque nesse âmbito,<br />
embora existam outros meios eficazes<br />
de compreensão da genética,<br />
ao utilizarmos um fungo como o<br />
Neurospora crassa, um dos primeiros<br />
micro-organismos eucariotos a serem<br />
adotados pelos geneticistas como<br />
organismo modelo, o estudo pode se<br />
tornar mais detalhado e direcionado.<br />
Esse fungo apresenta uma velocidade<br />
recorde de crescimento de hifa: aproximadamente<br />
10cm por dia.<br />
Este crescimento rápido, combinado<br />
com seu ciclo de vida haploide e a habi-<br />
<br />
tornou-o um organismo de escolha para<br />
o estudo da genética bioquímica da<br />
nutrição e captação de nutrientes (9).<br />
De acordo com o mesmo autor a<br />
característica marcante do Neurospora<br />
crassa é o fato de os produtos<br />
haploides da meiose sofrerem uma<br />
nova divisão mitótica, formando uma<br />
óctade linear com oito esporos, sistema<br />
perfeito para estudo de crossingover,<br />
conversão gênica, rearranjos<br />
cromossômicos e controle genético<br />
da própria meiose. Além de servir<br />
como um modelo de estudo para os<br />
nicos<br />
que afetam monoculturas e<br />
humanos no mundo todo.<br />
George Beadle e <strong>Ed</strong>ward Tatum<br />
usaram Neurospora em seus estu-<br />
112<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Tabela 1. Exemplos de processos biotecnologicos com o uso de fungos<br />
Processos ou produtos<br />
Organismo<br />
Fermentação em comidas asiáticas<br />
Ang-Kak<br />
Miso (Misoshiru)<br />
Ontjam<br />
Molho de Soja<br />
Monascus purpurea<br />
Aspergillus oryzae<br />
Neurospora crassa<br />
Aspergillus Oryzae, A. sojae<br />
Cervejaria e Panificação<br />
Saccharomyces cereviseae, S. carlbergensis<br />
Queijos<br />
Penicilliun roqueforti, P. camembetii<br />
Cogumelos cultivados<br />
Agaricus bisporus, Auricularia sp., Flammulina velutipes, Lentinus edodes, Pleurotus sp.<br />
Antibióticos e outros fármacos<br />
Penicilina<br />
Cefalosporina<br />
Ciclosporina<br />
Mevalonina<br />
Penicillium chrysogenum<br />
Cephalosporium acremonium<br />
Tolypocladium inflatum<br />
Aspergillus terreus<br />
Enzimas<br />
α-Amilase<br />
Cellulase<br />
Glucoamilase<br />
Glucose Oxidase<br />
Invertase<br />
Proteinases<br />
A. niger, A. oryzae<br />
Humicola insolens, Penicillium funiculosun, Tricoderma viride<br />
Aspergillus phoenicis<br />
A. niger<br />
A. niger, A. oryzea<br />
A. oryzea, A. melleus, Rhizopus delemar<br />
Ácidos Orgânicos<br />
Ácido cítrico<br />
Aspergillus niger<br />
Ácido itacônico<br />
Aspergillus terreus<br />
Fonte: Chang and Hayes (4), Godfrey and West (7), Gray (8), Hesseline (10) e Turner (14)<br />
dos pioneiros sobre a relação geneenzima,<br />
conceito de “um gene para<br />
uma enzima” [one-gene-one-enzyme]<br />
onde eles mostraram que mutações<br />
únicas geralmente afetam a produção<br />
ma,<br />
sendo os primeiros a mostrarem<br />
a ideia de que os genes eram os co-<br />
<br />
Estudo que futuramente lhes renderia<br />
o Nobel de Fisiologia ou Medicina no<br />
ano de 1958.<br />
<br />
DNA Recombinante e a técnica de PCR<br />
(Reação em Cadeia da Polimerase) em<br />
-<br />
<br />
<br />
em aplicações comerciais (3), culmi-<br />
<br />
a esse grupo de organismos que<br />
-<br />
<br />
permitindo um consequente sequen-<br />
ciamento completo do genoma de<br />
alguns fungos.<br />
Assim, Bennett (3) cunhou o termo<br />
“Micotecnologia” (Mycotechnology),<br />
referente aos muitos processos biotecnológicos<br />
que dependem de produtos<br />
e processos fúngicos. A seguir serão<br />
sos<br />
de micotecnologia com enfoque<br />
<br />
<br />
das descobertas nos últimos séculos.<br />
114<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Avanços Tecnológicos na Ciência<br />
Micológica<br />
Após a revolução do DNA recombinante<br />
dentro das pesquisas biológicas,<br />
esses processos “micotecnológicos”<br />
cação<br />
secundária para produção genética<br />
de produtos micológicos. Um dos<br />
lados crescentes destas pesquisas é a<br />
procura sistemática para drogas com<br />
atividades anti-infecciosas.<br />
Laboratórios são particularmente<br />
inovados estabelecendo um novo<br />
rumo de pesquisas micológicas, com<br />
uma visão voltada altamente para<br />
síntese de biocompostos anti-hipertensivos,<br />
antimutagênicos, imunoestimulantes<br />
e outras atividades biológicas.<br />
Podemos citar como exemplo as<br />
ciclosporinas imunosupressoras e as<br />
mevaloninas anti-hiperensivas, sendo<br />
os dois produtos farmacêuticos mais<br />
importantes descobertos a partir de<br />
<br />
Alguns autores já imaginam que<br />
as pesquisas tecnológicas em fungos<br />
estão vivendo uma nova era pós DNA<br />
recombinante. São desenvolvimentos<br />
biotecnológicos novos que, juntamen-<br />
-<br />
splicing<br />
estão renovando a micologia industrial<br />
convencional, principalmente em se<br />
tratando de expressão heteróloga de<br />
proteínas.<br />
A tabela 2 mostra alguns exemplos<br />
de uma micotecnologia “pós-moder-<br />
<br />
estudos moleculares altamente espe-<br />
<br />
de interesse comercial.<br />
Atualmente, pesquisadores têm a<br />
esperança de produzir altos níveis de<br />
proteínas de mamíferos em fungos<br />
<br />
<br />
considerável de proquimosina – proteína<br />
bovina – a partir de várias espécies<br />
<br />
de produção está a abaixo do imaginado<br />
por alguns pesquisadores, os<br />
quais reforçam a necessidade de que<br />
mais pesquisas no âmbito molecular<br />
sejam realizadas para detalhada compreensão<br />
de processos pós-tradução<br />
de genes e liberação de metabólitos<br />
proteicos além de desvendar rotas<br />
metabólicas de diversas substâncias<br />
químicas de interesse.<br />
O desenvolvimento da transformação<br />
gênica em fungos e o aperfeiçoamento<br />
das técnicas de fermentação<br />
tornaram possível a síntese de enzi-<br />
<br />
como análises genéticas de reprodução<br />
sexual e assexuada.<br />
Já se tornou possível a introdução<br />
de genes hortólogos e parálogos em<br />
fungos manipulados geneticamente<br />
dimento<br />
e propriedades enzimáticas<br />
<br />
de microchips de DNA a partir de sílica<br />
industrial, onde usando uma tecnologia<br />
<br />
genoma, imobilizando os nucleotídeos,<br />
com o intuito de correlacionar famílias<br />
gênicas com rotas metabólicas alternativas<br />
de drogas comerciais. Assim, esse<br />
chip poderá ser usado para medição<br />
<br />
objetos moleculares importantes na<br />
detecção de produtos bioativos.<br />
Conclusão<br />
A biotecnologia de fungos está,<br />
sem nenhuma dúvida, na vanguarda<br />
<br />
<br />
modelos para biologia básica e pes-<br />
<br />
desempenham um papel importantíssimo<br />
no cotidiano social da humanidade,<br />
tendo um poder ímpar quando<br />
se trata de questões de licenciatura<br />
e docência escolar, podendo desempenhar<br />
um papel de forma direta em<br />
uma revolução não só pós-genômica,<br />
mas acadêmica, auxiliando no melhoramento<br />
do ensino brasileiro.<br />
A genômica microbiana e os avan-<br />
<br />
não só a biologia, mas também ace-<br />
Tabela 2. Exemplos de processos biotecnológicos altamente específicos e sofisticados<br />
Desenvolvimento<br />
Expressão de genes heterólogos<br />
Amplificação de genes homólogos<br />
Manipulação de rotas metabólicas secundárias<br />
Conhecimento em escala genômica<br />
Chip de DNA<br />
Biodiversidade fúngica na descoberta de novos<br />
produtos farmacêuticos<br />
Fonte: Godfrey West (7) e Turner (14)<br />
Exemplos<br />
Fungos, plantas e mamíferos<br />
Rotas metabólicas de antibióticos e enzimas<br />
Novos antibióticos semissintéticos e antibióticos híbridos<br />
Aspergillus nidulans, Neurospora crassa, Magnaporthe grisea, Phytophthora<br />
infestans<br />
Alta densidade de matrizes de DNA para rastreio de expressão gênica<br />
Rastreio de DNA genômico. Projetos de sequenciamento de genomas estruturais<br />
116<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Referências Bibliográficas<br />
lerar a descoberta por novas drogas<br />
guiando processos clínicos, bem como<br />
novas aproximações em agricultura,<br />
medicina e indústria. Assim, nos próximos<br />
anos, os biotecnologistas ainda<br />
continuarão a utilizar fungos para<br />
quebra de paradigmas nas pesquisas<br />
<br />
Correspondências para:<br />
Prof. Evandro Leão Ribeiro<br />
evandro0@terra.com.br<br />
1. Alexoupoulos CJ, Mims CW, Blackwell M. Introdutory Mycology 4ªed. John Wiley and Sons, EUA. 1996.<br />
2. Baron S, Peake RC, James DA, Susman M, Kennedy CA, Singleton MJD, Schuenke S. Medical Microbiology. 4ªed. Texas University, EUA. 1996.<br />
3. Bennett JW. Mycotechnologic: the role of fungi in biotchnologic. Journal of Biotechnology. 66:101-107. 1998.<br />
4. Chang ST, Hayes WA. The Biology and Cultivation of <strong>Ed</strong>ible Mushrooms. Academic Press, New York. 1978.<br />
5. Davies RW. Expression of heterologous genes in filamentous fungi. Applied Molecular Genetics of Fungi. Cambridge University Press,<br />
Cambridge, pp. 103-117. 1991.<br />
6. Gatti BA. A Formação de Docentes: o confronto necessário – professor x academia. <strong>Ed</strong>ucação Brasileira, v.14. 1992.<br />
7. Godfrey T, West S. (<strong>Ed</strong>s.). Industrial Enzymology, 2nd ed. Stockton Press, New York. 1996.<br />
8. Gray WD. The use of fungi as food and in food processing. CRC Crit. Rev. Food Technol. 1, 1-225. 1970.<br />
9. Griffiths AJF, Wessler SR, Lewontin RC, Galbart WM, Susuki DT, Miller JH. Introdução a Genética. <strong>Ed</strong>. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 2006.<br />
10. Hesseltine CW. Microbiology of oriental fermented foods. Annu. Rev. Microbiol. 37, 575-592. 1983.<br />
11. Jiménez VM. Concepciones de los profesores de ciencias en formación y practica del aula. In: Blanco Nieto LJ, Jiménez VM. (Coord.). La<br />
formación del professorado de Ciências y Matemáticas em Espana y Portugal. Badajoz. p.309-325. 1994.<br />
12. Kinghorn JR, Lucena N. Biotechnology of filamentous fungi. Proceeding of the 6th European Congress on Biotechnology, Elsevier, pp. 277-286. 1994.<br />
13. Krasilchick M. Prática de Ensino de Biologia. 2ª ed. <strong>Ed</strong>itora USP. São Paulo. 1986.<br />
14. Turner WB. Commercially important secondary metabolites. In: Smith JE, Berry DK (<strong>Ed</strong>s.), The Filamentous Fungi, vol. 1. Industrial Mycology.<br />
Wiley, pp. 122–142. 1975.<br />
15. Umezawa SI. Low-molecular weight enzyme inhibitors of molecular origin. Annu. Rev. Microbiol. 36, 75–99.1982.<br />
16. Vianna DM, Carvalho AMP. Formação Permanente: a necessidade da informação entre a ciência dos cientistas e a ciência da sala de aula.<br />
Ciência e <strong>Ed</strong>ucação, São Paulo, 6(1). 2000.<br />
17. Von Wartburg A, Trabor R. Chemistry of the natural cyclosporin metabolites. Prog. Alleg. 38, 28-45.1986.<br />
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Artigo<br />
Prevalência e Perfil de Suscetibilidade aos<br />
Antimicrobianos de Isolados de Staphylococcus aureus<br />
Gabriela Cavalcante Oliveira 1 , José Daniel Gonçalves Vieira 2 , Geraldo Sadoyama 3<br />
1 – Biomédica, Laboratório de Bacteriologia Médica – IPTSP – UFG<br />
2 – Farmacêutico e Bioquímico, Doutor em Microbiologia, Universidade de São Paulo, Laboratório<br />
de Microbiologia Ambiental e Biotecnologia – IPTSP – UFG<br />
3 – Biólogo, Doutor em Imunologia e Parasitologia Aplicadas UFU, Laboratório de Bacteriologia Médica,<br />
IPTSP/Núcleo de Estudo e Pesquisa em Microbiologia e Infecção Hospitalar – HC – UFG<br />
Resumo<br />
Summary<br />
Prevalência e perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos<br />
de isolados de Staphylococcus aureus<br />
Staphylococcus aureus é um dos principais agentes de infecção<br />
comunitária e hospitalar. A multirresistência entre S. aureus vem se<br />
tornando frequente e o monitoramento das taxas de infecção por<br />
S. aureus, bem como da resistência aos antimicrobianos, é de suma<br />
importância no ambiente hospitalar. Este estudo tem como objetivo a<br />
determinação da prevalência de S. aureus em diferentes espécimes<br />
clínicos e nas diferentes unidades do Hospital das Clínicas da Universidade<br />
Federal de Goiás (HC/UFG) e avaliar o perfil de suscetibilidade<br />
aos antimicrobianos, bem como verificar a resistência à oxacilina e a<br />
multirresistência. Foi realizado um estudo de vigilância laboratorial de<br />
pacientes internados no HC/UFG, sem estabelecer distinção entre infecção<br />
hospitalar e comunitária, cujo agente etiológico foi Staphylococcus<br />
aureus, em um período abrangendo janeiro de 2005 a dezembro de<br />
2007. As amostras dos pacientes foram isoladas e identificadas pelo<br />
laboratório de microbiologia do hospital. Totalizou-se 740 amostras<br />
de S. aureus. Das unidades em que S. aureus foi isolado, a mais<br />
frequente foi a UTI com 16,7%, seguindo-se a clínica médica com<br />
14,7%, o pronto-socorro (PS) com 10,9% e do centro e clínica cirúrgica<br />
com 10,3%. Em relação aos espécimes clínicos nos quais S. aureus<br />
foi encontrado, prevaleceram as secreções (33,6%), sangue (23,6%),<br />
secreção de ferida operatória (10,3%) e ponta de cateter (9,9%). S.<br />
aureus apresentou <strong>100</strong>% de sensibilidade à vancomicina e à linezolina,<br />
enquanto a bactéria demonstrou ser mais resistente à ampicilina<br />
e à penicilina, ambas com 4,7% de sensibilidade, e apresentaram<br />
taxas de resistência variável aos outros antimicrobianos. S. aureus foi<br />
isolado em todas as unidades do hospital e em diferentes espécimes<br />
clínicos. Ocorreu aumento na suscetibilidade de S. aureus à maioria<br />
dos antimicrobianos no decorrer do período avaliado, indicando a<br />
evolução da prática de medidas de prevenção de infecção no hospital.<br />
Staphylococcus aureus: frequency and profile of<br />
susceptibility to antimicrobial<br />
Staphylococcus aureus has been a common nosocomial and community<br />
pathogen. The multi resistance is more frequent within S. aureus<br />
and monitoring of the infection rates and antimicrobial resistance in<br />
the hospital caused by microorganism is important. The objective<br />
of this study was to evaluate the frequency of S. aureus by clinical<br />
specimen and spatial distribution in HC/UFG. It was evaluated the<br />
resistance to oxacillin and multi resistance. A laboratorial surveillance<br />
of the patients interned at the Hospital was done without establishing<br />
distinction among nosocomial and community infections caused by<br />
Staphylococcus aureus, in the period of January 2005 to December<br />
2007. The samples were isolated and identified in the microbiology<br />
laboratory of HC/UFG. It was obtained 740 cultures of S. aureus<br />
and this was the most isolated in intensive care unit (16,7%), being<br />
followed by medical clinic (14,7%), emergence room (10,9%), center<br />
and surgical clinic (10,3%). Concerning the clinical specimens were<br />
S. aureus was more isolated, predominated secretions (33,6%), blood<br />
(23,6%), operative wound (10,3%) and catheter tip (9,9%). S. aureus<br />
was <strong>100</strong>% susceptible to vancomycin and linezolide. This microorganism<br />
demonstrated to be more resistant to ampicillin and the penicillin,<br />
both with 4,7% of susceptibility and demonstrated variable resistance<br />
rates to the other antimicrobials evaluated. S. aureus was isolated in<br />
different clinical specimens and all units of the hospital. We detected<br />
an increase in the susceptibility of S. aureus in relation to most of the<br />
antimicrobials in the appraised period, indicating the evolution of the<br />
practices for infection control and prevention.<br />
Keywords: S. aureus, infection, oxacillin resistance, multi<br />
resistance<br />
Palavras-chave: S. aureus, infecção, resistência à oxacilina,<br />
multirresistência<br />
118<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Introdução<br />
A<br />
i nfecção hospitalar alcança<br />
uma problemática de grande<br />
importância para a saúde<br />
ciência<br />
da assistência médica, repercutindo<br />
em grandes custos, elevado<br />
número de internações e acentuada<br />
taxa de mortalidade (1).<br />
A frequência de Staphylococcus<br />
aureus nos quadros de infecções hospitalares<br />
e comunitárias é reforçada<br />
por aspectos referentes ao próprio<br />
micro-organismo como, por exemplo,<br />
a sua elevada virulência associada a<br />
uma acentuada taxa de morbidade.<br />
Assim, evidencia-se uma diversidade<br />
de infecções como infecções cutâneas,<br />
muito comuns na comunidade e no ambiente<br />
hospitalar e outras infecções de<br />
extrema gravidade como pneumonia,<br />
endocardite, osteomielites, meningites.<br />
Estudos também têm constatado<br />
que S. aureus possui uma capacidade<br />
de adaptação e multirresistência aos<br />
antimicrobianos (2). A sua transmissão<br />
ocorre através do contato com outros<br />
portadores ou através do manuseio<br />
de objetos colonizados. Desta forma,<br />
portadores constituídos principalmente<br />
<br />
possuem papel de destaque na patogênese<br />
e epidemiologia dessas infecções,<br />
pois funcionam como veículos de<br />
transmissão (3).<br />
Além disso, outros fatores do ambiente<br />
hospitalar facilitam o desencadeamento<br />
de infecções que estão<br />
relacionadas com a inexistência de<br />
medidas de controle e prevenção,<br />
como a esterilização e desinfecção<br />
inadequadas de instrumentos, o uso<br />
indiscriminado de antimicrobianos, a<br />
disseminação da bactéria em equipamentos<br />
hospitalares, em alimentos e<br />
na água (4).<br />
Pode-se ressaltar a participação<br />
dos pacientes hospitalizados na propagação<br />
desse micro-organismo, pelo<br />
maior risco para colonização e subsequente<br />
infecção, devido às doenças de<br />
base, imunodepressão, exposição à<br />
antibioticoterapia e ou procedimentos<br />
invasivos (3).<br />
A magnitude do papel que o Staphylococcus<br />
aureus exerce nas infecções<br />
hospitalares e comunitárias,<br />
aliada à morbimortalidade causada<br />
por este agente faz com que estudos<br />
epidemiológicos sejam cada vez mais<br />
nhecimento<br />
da dinâmica da presença<br />
de S. aureus em instituições de saúde<br />
no Brasil. Este estudo teve como objetivo<br />
avaliar a frequência do S. aureus<br />
em diferentes espécimes clínicos e<br />
nas diferentes unidades do HC/UFG<br />
<br />
sensibilidade e resistência à oxacilina<br />
e multirresistência.<br />
Casuística e Métodos<br />
Local e desenho do estudo<br />
O Hospital das Clínicas da Universidade<br />
Federal de Goiás - HC/UFG é um<br />
hospital de cuidados terciários, com<br />
cerca de 12.000 admissões por ano e<br />
aproximadamente 300 leitos.<br />
Foi realizada uma vigilância baseada<br />
na demanda espontânea do<br />
laboratório de microbiologia do HC/<br />
UFG no período de janeiro de 2005 a<br />
dezembro de 2007 para as culturas<br />
que positivaram para amostras de<br />
Staphylococcus aureus.<br />
Isolamento e identificação das<br />
amostras<br />
Inicialmente, as hemoculturas<br />
foram caracterizadas como positivas<br />
ou negativas para micro-organismos,<br />
através do processamento em sistema<br />
automatizado Bactec 9120 (Becton<br />
Dickinson).<br />
Staphylococcus<br />
aureus isolados de diferentes<br />
espécimes clínicos (secreções,<br />
líquidos peritoneal e pleural, ponta de<br />
cateter, secreção traqueal, escarro,<br />
lavado brônquico, escara, fragmento<br />
de tecido/ósseo, secreção de ferida<br />
operatória, swab nasal, urina, outros)<br />
e hemoculturas positivas, foi empregado<br />
o sistema semiautomatizado<br />
MicroScan-4 (Dade Berhing), sendo<br />
utilizado como controle a cepa de<br />
Staphylococcus aureus ATCC 29213.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
empregado o sistema de automação<br />
MicroScan-4. A suscetibilidade antimicrobiana<br />
das amostras isoladas<br />
foi determinada de acordo com as<br />
diretrizes do CLSI, documento M7-A6<br />
(5), suplementado pelo M<strong>100</strong>-S17 (6).<br />
Foram testados os seguintes antimicrobianos:<br />
ampicilina, ceftriaxona,<br />
cefazolina, clindamicina, eritromicina,<br />
-<br />
micina,<br />
linezolida, oxacilina, penicilina,<br />
rifampicina e as associações da amoxacilina/ácido<br />
clavulânico, ampicilina/<br />
sulbactam, dalfopristina/quinupristina<br />
e trimetoprim/sulfametoxazol. A cepa<br />
de Staphylococcus aureus ATCC 29213<br />
foi utilizada como controle.<br />
Análise estatística<br />
A análise estatística descritiva foi<br />
realizada através da tabulação dos<br />
terminação<br />
das taxas de infecção por<br />
S. aureus nos diferentes espécimes<br />
clínicos e unidades do HC/UFG.<br />
Os resultados microbiológicos, bem<br />
como os dados de suscetibilidade, foram<br />
avaliados utilizando-se o teste do χ 2<br />
para comparação entre os valores per-<br />
120<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
centuais (variáveis qualitativas) quando<br />
o n foi maior que 5 e o teste exato de<br />
Fisher quando o n foi igual ou menor<br />
<br />
p menor que<br />
0,05. A análise das variáveis foi execu-<br />
<br />
versão 2000 (CDC, Atlanta).<br />
Resultados e<br />
Discussão<br />
Foram isoladas 740 amostras de<br />
Staphylococcus aureus <br />
<br />
<br />
<br />
foram analisadas segundo as uni-<br />
<br />
<br />
<br />
S. aureus<br />
<br />
Staphylococcus aureus assume<br />
<br />
nosocomiais, ao ser considerado um<br />
-<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
Brasil, ao evidenciar o maior número<br />
<br />
<br />
ladas<br />
3.396 (17,4%) amostras da<br />
<br />
de micro-organismos (7). Em outro<br />
estudo feito somente no Brasil, foi<br />
detectado 22,8% de S. aureus de um<br />
total de 3.728 amostras de outros<br />
<br />
<br />
S. aureus isolados<br />
<br />
<br />
<br />
Tabela 1. Prevalência de Staphylococcus aureus encontrados nas unidades, no período de 2005 a 2007<br />
Unidades 2005 2006 2007 Total Valor de p²<br />
Desconhecida<br />
Centro cirúrgico e clínica cirúrgica<br />
Pronto-Socorro (PS)<br />
Unidade de terapia intensiva (UTI)³<br />
Clínica médica<br />
Maternidade<br />
Ortopedia<br />
Pediatria<br />
Serupe¹<br />
Clínica Tropical<br />
n=219<br />
(%)<br />
103<br />
(47,0)<br />
17<br />
(7,8)<br />
13<br />
(5,9)<br />
30<br />
(13,7)<br />
31<br />
(14,1)<br />
3<br />
(1,4)<br />
8<br />
(3,6)<br />
5<br />
(2,3)<br />
2<br />
(0,9)<br />
6<br />
(2,7)<br />
0<br />
UTI neonatal<br />
(0,0)<br />
1<br />
Outras 4 (0,4)<br />
1.Serupe: serviço de urgência pediátrica.<br />
2.Análise estatística comparando os três anos simultaneamente.<br />
3. Incluem UTI médica e cirúrgica.<br />
4. Traumatologia e hemodiálise.<br />
n=307<br />
(%)<br />
70<br />
(22,8)<br />
32<br />
(10,4)<br />
31<br />
(10,1)<br />
54<br />
(17,6)<br />
57<br />
(18,6)<br />
3<br />
(1,0)<br />
12<br />
(3,9)<br />
15<br />
(4,9)<br />
6 (2,0)<br />
21<br />
(6,8)<br />
3<br />
(1,0)<br />
3<br />
(1,0)<br />
n= 214<br />
(%)<br />
0<br />
(0,0)<br />
27<br />
(12,6)<br />
38<br />
(17,7)<br />
40<br />
(18,7)<br />
21<br />
(9,8)<br />
10<br />
(4,7)<br />
15<br />
(7,0)<br />
7<br />
(3,2)<br />
27<br />
(12,6)<br />
11<br />
(5,1)<br />
6<br />
(2,8)<br />
12<br />
(5,6)<br />
n= 740<br />
(%)<br />
173<br />
(23,4)<br />
76<br />
(10,3)<br />
81<br />
(10,9)<br />
124<br />
(16,7)<br />
109<br />
(14,7)<br />
16<br />
(2,2)<br />
35<br />
(4,7)<br />
27<br />
(3,6)<br />
35<br />
(4,7)<br />
38<br />
(5,1)<br />
9<br />
(1,2)<br />
16<br />
(2,2)<br />
< 0, 001<br />
0,249<br />
< 0, 001<br />
0, 334<br />
0, 020<br />
0, 011<br />
0,174<br />
0, 274<br />
< 0, 001<br />
0,110<br />
0, 025<br />
< 0, 001<br />
122<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
por ocasião da ausência de dados no<br />
pedido de exame microbiológico.<br />
A unidade mais frequente foi a UTI<br />
com 16,7%, seguindo-se da clínica<br />
médica com 14,7%, do pronto-socorro<br />
(PS) com 10,9% e do centro e clínica<br />
cirúrgica com 10,3%. O menor percentual<br />
obtido foi o da UTI neonatal<br />
com 1,2%. As unidades que expressaram<br />
valores de p estatisticamente<br />
significantes (p
pelas amostras isoladas do sangue<br />
(23,6%), de secreção de ferida<br />
operatória (10,3%) e da ponta de<br />
cateter (9,9%). As secreções, com<br />
o respectivo número de amostras<br />
isoladas, incluem secreção abdominal<br />
(10), mamária (5), oftálmica<br />
(1), de orofaringe (8), de abscesso<br />
(33), de ouvido (1), de fragmento<br />
(1) com o predomínio de secreções<br />
<br />
<br />
percebe-se a maior frequência de<br />
secreções de abscesso.<br />
Os menores percentuais foram<br />
obtidos pelos espécimes clínicos<br />
desconhecidos e pela variável outros<br />
espécimes clínicos (líquor, swab<br />
oral, retal, e do dedo da mão) juntos<br />
com 1,4%. Denotam-se como<br />
valores de p estatisticamente sig-<br />
<br />
líquidos peritoneal/pleural e outros<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Evidenciam-se as seguintes diferenças<br />
significativas que foram<br />
estabelecidas comparando-se S.<br />
aureus encontrados nos espécimes<br />
clínicos em relação aos diferentes<br />
<br />
<br />
líquidos peritoneal/pleural e outros<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
realizado em hospitais da América La-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
no segundo), trato respiratório baixo<br />
(22,38% no primeiro estudo e 21% no<br />
segundo), infecção de ferida e tecidos<br />
<br />
45,8% no segundo).<br />
belecido<br />
em instituições de oito<br />
países da Ásia, Oceano Pacífico e<br />
<br />
espécimes clínicos mais prevalentes<br />
tório<br />
(22,91%) e as estruturas da<br />
<br />
que os espécimes clínicos secreção<br />
de ferida operatória e secreções<br />
em geral podem ser incluídos nas<br />
infecções de pele, de ferida e tecido<br />
moles, percebe-se que os resultados<br />
obtidos por estes estudos<br />
confirmam-se com os espécimes<br />
clínicos mais prevalentes deste trabalho,<br />
exceto os espécimes clínicos<br />
relacionados ao trato respiratório<br />
(secreção traqueal, lavado brônquico<br />
e escarro) que foram menos<br />
prevalentes neste trabalho.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
de Janeiro, os espécimes clínicos<br />
<br />
(38% no primeiro estudo e 20% no<br />
segundo), pele e ferida operatória<br />
(20% no primeiro estudo e 38% no<br />
segundo), ponta de cateter venoso<br />
central (4,5% no primeiro estudo e<br />
16% no segundo).<br />
Fica evidente também com estes<br />
estudos a alta frequência dos espécimes<br />
clínicos sangue, secreções de<br />
ferida operatória e de abscesso, incluídos<br />
nas infecções de pele. E, além<br />
disso, a positividade das pontas dos<br />
cateteres como um dos espécimes<br />
clínicos mais prevalentes.<br />
A alta frequência de S. aureus isolados<br />
em ponta de cateter é também<br />
ratificada por outros estudos, que<br />
apresentaram índices distintos. Em<br />
<br />
<br />
do Hospital Geral de Fortaleza (20),<br />
evidenciaram-se S. aureus como o segundo<br />
micro-organismo mais isolado<br />
em ponta de cateter com, respectivamente,<br />
28,9% e 25%.<br />
Enquanto que na Espanha de-<br />
<br />
<br />
S. aureus<br />
<br />
quinto patógeno mais encontrado<br />
<br />
isolados) em bacteremias associadas<br />
a cateter vascular e em 2005<br />
(38 isolados) foi o quarto.<br />
Em estudo desenvolvido anterior-<br />
<br />
revelaram que S. aureus foi o patógeno<br />
mais encontrado em hemoculturas<br />
(40%), denotando uma manutenção<br />
do alto índice de S. aureus isolados<br />
no sangue.<br />
Ao observar o perfil de suscetibilidade<br />
das amostras de S. aureus<br />
em relação aos antimicrobianos, no<br />
geral constatou-se que houve <strong>100</strong>%<br />
de sensibilidade de S. aureus à vancomicina<br />
e à linezolina. Enquanto<br />
que a bactéria demonstrou ser mais<br />
resistentes à ampicilina e à penicili-<br />
de.<br />
Staphylococcus aureus sensíveis<br />
<br />
total 52,4%.<br />
Percebe-se também que houve um<br />
aumento gradativo de suscetibilidade de<br />
S. aureus à maioria dos antimicrobianos<br />
durante o período estudado. A maioria<br />
dos antimicrobianos exibiu valores de<br />
p <br />
exceção dos antimicrobianos ampicili-<br />
<br />
124<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
dalfopristina/quinupristina (p=0,470),<br />
tetraciclina (p=0,456), trimetropina/<br />
sulfametoxazol (p=0,090), vancomicina<br />
e linezolida para as quais não foi possível<br />
obter resultado (Tabela 3).<br />
Entre os antimicrobianos que<br />
revelaram diferenças significantes<br />
no período avaliado, verificase<br />
uma maior chance de resistência<br />
para a cefazolina e ceftriaxona<br />
(p
timicrobianos, no período estudado,<br />
pode estar associado ao trabalho que<br />
vem sendo realizado pelo Serviço<br />
de Controle de Infecção Hospitalar<br />
(SCIH), como o uso criterioso de antimicrobianos<br />
e a implementação de<br />
programas educacionais associados<br />
à prevenção e controle de infecção<br />
hospitalar no HC/UFG (24).<br />
Existe uma variação do padrão<br />
de sensibilidade de S. aureus aos<br />
antimicrobianos quando se comparam<br />
estudos de diferentes países.<br />
Por exemplo, De La Parte-Pérez et al.<br />
(25) analisaram a sensibilidade de S.<br />
aureus em hospitais da Venezuela no<br />
período de 1995 a 2002 e observaram<br />
entre os anos <strong>100</strong>% de sensibilidade<br />
à vancomicina, e uma variação entre<br />
os anos de 98% a 67% à gentamicina,<br />
<br />
a 71% à eritromicina, 99% a 87%<br />
à associação do trimetoprim/sulfametoxazol<br />
e 97% a 67% à oxacilina.<br />
Já Trucco et al. (26) encontraram<br />
em diferentes hospitais do Chile,<br />
aproximadamente 47% de S. aureus<br />
nosocomiais sensíveis à oxacilina,<br />
<strong>100</strong>% sensíveis à vancomicina,<br />
50% sensíveis à ciprofloxacina e<br />
aproximadamente 82% sensíveis<br />
à clindamicina. Enquanto neste<br />
estudo <strong>100</strong>% das amostras foram<br />
sensíveis à vancomicina, 53,4% foram<br />
sensíveis à gentamicina, 54,4%<br />
sensíveis à ciprofloxacina, 44,6%<br />
sensíveis à eritromicina, 64,2% sensíveis<br />
à associação do trimetoprim/<br />
sulfametoxazol, 52,4% sensíveis à<br />
oxacilina e 49,8% sensíveis à clindamicina.<br />
Portanto, ambos os estudos<br />
assemelham-se a este em relação à<br />
ausência de resistência do S. aureus<br />
para a vancomicina.<br />
Estudos realizados no Brasil mostraram<br />
também variações da sensibilidade<br />
de S. aureus a antimicrobianos<br />
quando se analisa o país como um<br />
todo e em estudos que avaliam as<br />
suas diferentes regiões.<br />
Por exemplo, ao investigar hospitais<br />
do Brasil, Sader et al. (8)<br />
observaram que 66% dos isolados<br />
de S. aureus apresentaram-se suscetíveis<br />
às cefalosporinas (cefazolina<br />
e ceftriaxona); 66%, 9,9%, 9,2%,<br />
68,1% das amostras demonstraram<br />
sensibilidade à outros betalactâmicos,<br />
respectivamente à oxacilina,<br />
ampicilina, penicilina e à associação<br />
da amoxacilina/ácido clavulânico;<br />
65,6% e 89,3%, respectivamente,<br />
<br />
<br />
99,8% e 68%, respectivamente, às<br />
associações de dalfopristina/quinupristina<br />
e do trimetoprim/sulfametoxazol;<br />
64,8% à gentamicina, 71,1%<br />
à rifampicina e <strong>100</strong>% à vancomicina.<br />
Ao passo que Moura et al. (14),<br />
em hospital público de ensino de<br />
Teresina, revelaram o seguinte<br />
perfil de suscetibilidade do S. aureus<br />
à betalactâmicos: ampicilina<br />
(27,12%), ceftriaxona (54,24%),<br />
ciprofloxacina (55,93%), cefazolina<br />
(45,76%), oxacilina (33,90%), penicilina<br />
(15,25%); e a outros antimicrobianos:<br />
clindamicina (49,15%),<br />
gentamicina (57,63%) e vancomicina<br />
(93,22%). Já neste estudo, foram<br />
obtidos como resultados: amoxacilina/ácido<br />
clavulânico (51,8%), ampicilina<br />
e penicilina ambas com 4,7%,<br />
cefazolina e ceftriaxona ambas com<br />
51,1%, ciprofloxacina (54,4%),<br />
clindamicina (49,8%), gatifloxacina<br />
e tetraciclina ambas apresentando<br />
73,0%, gentamicina (53,4%), oxacilina<br />
(52,4%), rifampicina (90,5%),<br />
vancomicina (<strong>100</strong>%) e as associações<br />
da dalfopristina/quinupristina<br />
(88,9%) e do trimetoprim/sulfametoxazol<br />
(64,2%).<br />
Quando comparamos os estudos<br />
mencionados com o presente estudo,<br />
observamos que os baixos percentuais<br />
de sensibilidade de S. aureus à penicilina<br />
e à ampicilina e o <strong>100</strong>% de sensibilidade<br />
de S. aureus a vancomicina,<br />
apresentados no primeiro estudo, são<br />
análogos a este estudo. E o segundo<br />
estudo demonstra percentuais de<br />
S. aureus suscetíveis à ceftriaxona,<br />
<br />
gentamicina semelhantes aos vistos<br />
neste estudo.<br />
O presente estudo demonstrou<br />
que o S. aureus é um dos patógenos<br />
mais frequentes no HC/UFG, sendo<br />
encontrado em todas as unidades do<br />
hospital e em espécimes clínicos como<br />
em secreções, sangue e secreção de<br />
ferida operatória, com metade dos<br />
isolados resistente à oxacilina.<br />
O conhecimento da prevalência<br />
deste agente no hospital e de seu per-<br />
<br />
instrumento de vigilância epidemiológica,<br />
orientação terapêutica, medidas<br />
preventivas e de controle. Notou-se<br />
um aumento da suscetibilidade de S.<br />
aureus à maioria dos antimicrobianos<br />
no decorrer do período avaliado,<br />
indicando uma evolução nas práticas<br />
de medidas de prevenção de infecção<br />
hospitalar no HC/UFG, como o controle<br />
na prescrição de antimicrobianos<br />
(pressão seletiva).<br />
Tal fato demonstra a necessidade<br />
da realização de estudos de vigilân-<br />
gressão<br />
da resistência de S. aureus à<br />
oxacilina e a outros antimicrobianos,<br />
<br />
<br />
favorecendo as intervenções de prevenção<br />
e controle.<br />
Correspondências para:<br />
Prof. Geraldo Sadoyama<br />
sadoyama@iptsp.ufg.br<br />
128<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
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19(2): 140-148, 2002.<br />
130<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Artigo<br />
Caracterização de Culturas de Urinas Realizadas<br />
no Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da<br />
Universidade Potiguar – Natal/RN<br />
Lidiane Lima de Oliveira 1 , Marília Janaina Medeiros de Oliveira 1 , Fernanda Pinto Gadelha 1 , Carla Elenuska F. B. Rodrigues 2<br />
1 - Farmacêutica Bioquímica, Natal/ RN<br />
2 - Farmacêutica Bioquímica – Docente e responsável pelo Laboratório de<br />
Microbiologia do Curso de Farmácia da Universidade Potiguar- UnP, Natal/ RN<br />
Resumo<br />
Summary<br />
Caracterização de culturas de urinas realizadas<br />
no Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da<br />
Universidade Potiguar – Natal/RN<br />
No Brasil, um total de 80% das consultas clínicas deve-se à<br />
infecção do trato urinário (ITU). Por se tratar de um processo infeccioso<br />
comum, acomete homens e mulheres em qualquer idade. Sua<br />
etiologia tem sido analisada e estabelecida de forma consistente. A<br />
grande maioria das ITU é causada por enterobactérias, mas também<br />
pode ser provocada por outros micro-organismos. O objetivo<br />
desse trabalho foi realizar uma análise do perfil epidemiológico<br />
de pacientes com infecção urinária atendidos no Laboratório de<br />
Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar, Natal/<br />
RN, fazendo um levantamento de dados como o sexo, faixa etária,<br />
agente etiológico, realização de sumário de urina, achados<br />
bioquímicos (hemácias, nitrito, leucócitos) e perfil de sensibilidade<br />
aos antimicrobianos. Os resultados mostraram que essa infecção é<br />
mais comum no sexo feminino (78,87%) e a faixa etária de maior<br />
prevalência compreende entre 21 a 59 anos, referente a adultos,<br />
com 54,93%. O agente etiológico mais encontrado nas uroculturas<br />
positivas foi a Escherichia coli com 59,2% das amostras. Dos 478<br />
(89,5%) pacientes que realizaram uroculturas positivas, apenas 50<br />
(10,5%) tinham realizado também o sumário de urina. O achado<br />
bioquímico, presente no sumário de urina, que obteve maior percentual<br />
foi leucócitos com 37,4%, seguido da presença de bactérias<br />
(24,5%). Entre os três antimicrobianos mais utilizados na terapêutica<br />
da infecção (ácido nalidíxico, norfloxacino, nitrofurantoína), o que<br />
mostrou ser mais expressivo à resistência bacteriana foi o ácido<br />
nalidíxico, com 28,3%.<br />
Palavras-chave: Infecção urinária, Escherichia coli, resistência,<br />
uroculturas<br />
Characterization of urine cultures accomplished in<br />
Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da<br />
Universidade Potiguar – Natal/RN<br />
In Brazil, a total of 80% of the clinical consultations is related<br />
to urinary tract infection (UTI). Because it´s considerate a common<br />
infectious process, it happens in men and women in any age. Its<br />
etiology has been analyzed and established in a consistent form.<br />
The great majority of UTI is caused by enterobacteria, but it also<br />
can be caused by other microorganisms. The objective of this work<br />
was to accomplish an analyze of the epidemiologist profile of patients<br />
with urinary infection who were taken care in the Laboratório<br />
de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar –<br />
Natal/RN, making a data-collecting such as sex, age, etiologic<br />
agent, accomplishment of urine profile, biochemistry findings (red<br />
bloods cells, nitrite, leukocytes) and sensitivity to antimicrobials.<br />
The results showed that this infection is more common in the feminine<br />
sex (78.87%) and the average aged of higher prevalence is<br />
between 21 and 59 years-old, referring the adults, with 54,93%.<br />
The most found etiologic agent in the positive urine culture was the<br />
Escherichia coli with 59,2% of the samples. From the 478 (89.5%)<br />
patients that presented positive urine cultures, only 50 (10.5%) had<br />
also carried through urine summary. The biochemistry finding, in<br />
the urine summary, that presented higher level was leukocytes with<br />
37,4%, followed by the presence of bacteria (24.5%). Among the<br />
three antimicrobials most used to treat the infection (nalidixic acid,<br />
norfloxacin, nitrofurantoin), the one that was the most expressive in<br />
relation to bacterial resistance was the nalidixic acid with 28.3%.<br />
Keywords: Urinary infections, Escherichia coli, resistance,<br />
urine culture<br />
132<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Introdução<br />
A<br />
infecção do trato urinário<br />
(ITU) é uma infecção muito<br />
comum e responde por<br />
grande parte dos processos infecciosos,<br />
comunitários e hospitalares.<br />
Caracteriza-se pela presença de<br />
micro-organismos nas vias urinárias,<br />
habitualmente bactérias, seja na bexiga,<br />
sistema coletor ou rins.<br />
Essa patologia ocupa o segundo<br />
lugar em incidência, depois das infecções<br />
do trato respiratório e está<br />
presente em todas as idades, do neonato<br />
ao idoso. Mas, durante o primeiro<br />
ano de vida, devido ao maior número<br />
de malformações congênitas, especialmente<br />
válvula de uretra posterior,<br />
acomete preferencialmente o sexo<br />
masculino. A partir deste período, durante<br />
toda a infância e principalmente<br />
na fase pré-escolar, as meninas são<br />
acometidas 10 a 20 vezes mais do<br />
que os meninos.<br />
Na vida adulta, a incidência de ITU<br />
se eleva e o predomínio no sexo feminino<br />
se mantém, com picos de maior<br />
acometimento no início ou relacionado<br />
à atividade sexual, durante a gestação<br />
ou na menopausa, de forma que 48%<br />
das mulheres apresentam pelo menos<br />
um episódio desta infecção ao longo<br />
da vida. Na mulher, a suscetibilidade<br />
a esta patologia se deve à uretra mais<br />
curta e à maior proximidade do ânus<br />
com o vestíbulo vaginal e uretra. No<br />
homem, o maior comprimento uretral,<br />
teriano<br />
prostático são protetores.<br />
<br />
complicada e complicada. A “nãocomplicada”<br />
ocorre em pacientes que<br />
apresentam ausência de anormalidades<br />
anatômicas e se caracteriza por<br />
cistite, uretrite e bacteriúria assintomática.<br />
A “ITU complicada” aparece<br />
em pacientes com anormalidades<br />
estruturais do trato urinário, incluindo<br />
cálculos, obstrução ou cateteres,<br />
sendo clinicamente importante devido<br />
à alta probabilidade de sua disseminação<br />
para o rim (pielonefrite) e para<br />
a corrente sanguínea (sepse).<br />
As características clínicas destas<br />
infecções compreendem sintomas<br />
como disúria, polaciúria ou aumento<br />
da frequência urinária, urgência miccional,<br />
dor em baixo ventre, calafrios,<br />
com presença ou não de dor lombar,<br />
podendo fazer parte desse quadro<br />
clínico mal-estar geral e indisposição.<br />
A frequência das bactérias causadoras<br />
de ITU varia na dependência de onde<br />
foi adquirida a infecção, intra ou extrahospitalar<br />
e também difere em cada<br />
ambiente hospitalar considerado.<br />
Os maiores responsáveis pela ITU<br />
são as bactérias gram negativas entéricas,<br />
especialmente a Escherichia<br />
coli, que é a mais frequente, seguida<br />
das demais gram negativas como Klebsiella,<br />
Enterobacter, Acinetobacter,<br />
Proteus e Pseudomonas. Além destas,<br />
o Staphylococcus saprophyticus, bactéria<br />
gram positiva, tem sido apontada<br />
como segunda causa mais frequente<br />
de ITU não complicada. Nas ITUs complicadas,<br />
a incidência de Pseudomonas<br />
é maior dentre as gram negativas e no<br />
grupo das gram positivas essa maior<br />
frequência é dos Enterococcus.<br />
O diagnóstico laboratorial consiste<br />
na realização de exames como o<br />
sumário de urina e da urocultura. A<br />
presença de esterase leucocitária (enzima<br />
encontrada em certos leucócitos)<br />
cidade,<br />
principalmente se associada<br />
a sinais e/ou sintomas atribuíveis ao<br />
trato urinário, e é muito útil enquanto<br />
se aguarda a cultura.<br />
sicoquímico<br />
da urina indica a atividade<br />
redutora de nitrato-redutase presente<br />
nas enterobactérias, enquanto que a<br />
presença de hematúria associada a<br />
outras alterações urinárias, especialmente<br />
a proteinúria, sugere comprometimento<br />
do trato urinário e merece<br />
investigação, sendo a morfologia das<br />
hemácias um indicativo do local do<br />
sangramento: se glomerular ou nãoglomerular.<br />
O tratamento deve ser feito de<br />
acordo com a localização e a presença<br />
de fatores complicantes, sendo a escolha<br />
do antibiótico baseado na urocultura,<br />
além de alta ingestão de líquidos e<br />
cuidados com a higiene. Este tem por<br />
objetivo tratar a infecção bacteriana,<br />
aliviar os sintomas agudos e evitar o<br />
aparecimento de lesões renais.<br />
O emprego de esquemas curtos<br />
ou dose única não é aconselhado<br />
no tratamento da infecção do trato<br />
urinário, pois poderá induzir a resistência<br />
bacteriana. Habitualmente<br />
são utilizados esquemas terapêuticos<br />
com 7 a 10 dias de duração, nos<br />
quais os antibióticos mais prescritos<br />
são sulfametoxazol-trimetoprima,<br />
nolonas,<br />
amoxicilina, nitrofurantoína,<br />
cefalexina, ampicilina e gentamicina.<br />
De acordo com o exposto, abordaremos<br />
neste trabalho um amplo<br />
conhecimento sobre infecção do trato<br />
urinário e uma correlação entre nitrato,<br />
leucócitos e hemácias presentes<br />
na urina com urocultura positiva, de<br />
pacientes atendidos no Laboratório de<br />
Análises Clínicas e Toxicológicas da<br />
Universidade Potiguar.<br />
Metodologia<br />
Trata-se de uma pesquisa descritiva,<br />
na qual os fatos são observados,<br />
<br />
e interpretados sem a interferência<br />
do pesquisador. A pesquisa também<br />
-<br />
134<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
oração de instrumento de pesquisa são do sexo feminino e 101 (21,1%)<br />
adequado à realidade.<br />
do masculino, conforme mostra a<br />
Os dados dos pacientes foram co- Figura 1.<br />
Com percentuais de 78,9% e<br />
durante o período de 2006 a 2008 no res<br />
são as que apresentaram maior<br />
Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas<br />
da Universidade Potiguar, acometimento de ITU (1, 2). Essa<br />
Natal/RN.<br />
suscetibilidade se deve à uretra<br />
feminina ser mais curta e à sua pro-<br />
Resultados e Discussões<br />
Caracterização da Amostra<br />
Sexo dos pacientes<br />
Os dados evidenciaram que de um<br />
total de 478 pacientes, 377 (78,9%)<br />
Percentual de pacientes<br />
90,00 %<br />
78,87%<br />
80,00 %<br />
70,00 %<br />
60,00 %<br />
50,00 %<br />
40,00 %<br />
30,00 %<br />
20,00 %<br />
10,00 %<br />
0,00 %<br />
Feminino<br />
ximidade com o ânus e o vestíbulo<br />
-<br />
<br />
o fator antibacteriano prostático são<br />
protetores, o que contribui para que<br />
esta população seja menos atingida<br />
de acordo com o que encontramos no<br />
presente estudo (2, 3).<br />
21,13%<br />
Masculino<br />
Sexo<br />
Figura 1. Frequência de infecção urinária relacionada ao sexo nos 478 pacientes atendidos<br />
no Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar, Natal/RN.<br />
Faixa etária dos pacientes<br />
Pode-se observar na Figura 2<br />
que a faixa etária que apresentou<br />
maior frequência de ITU foi a dos<br />
adultos (21 a 59 anos), com aproximadamente<br />
156 (55%), seguida<br />
dos idosos 64 (22,53%). As crianças<br />
e jovens obtiveram menores<br />
percentuais.<br />
A faixa etária de maior ocorrência<br />
de ITU é a de 31 a 40 anos (4). De<br />
fato, na vida adulta a incidência de<br />
ITU aumenta. Num estudo de 1.271<br />
uroculturas, obteve-se 15,4% de<br />
casos positivos em crianças de 0 a<br />
3 anos e na faixa etária de 4 a 12<br />
anos obteve-se o menor índice (2%)<br />
de infecção (2); para os autores do<br />
<br />
com maior incidência de infecção<br />
foram entre 13 e 50 anos (40,1%) e<br />
acima de 51 anos (42,5%). Barros<br />
et al., 1999,<br />
Um outro estudo retratou que as<br />
<br />
em qualquer idade, sendo que os<br />
grupos mais comprometidos são os<br />
recém-nascidos do sexo masculino,<br />
meninas em idade pré-escolar, mu-<br />
<br />
<br />
idosos de ambos os sexos (5).<br />
Percentual de pacientes<br />
60,00 %<br />
54,93%<br />
50,00 %<br />
40,00 %<br />
30,00 %<br />
22,53%<br />
20,00 %<br />
13,73%<br />
8,81%<br />
10,00 %<br />
0,00 %<br />
Crianças Jovens Adultos Idosos<br />
Faixa etária<br />
Figura 2. Incidência de infecção urinária relacionada com a faixa etária dos pacientes atendidos<br />
no Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar, Natal/RN<br />
Etiologia Bacteriana<br />
<br />
mostram (na Figura 3) que das<br />
478 uroculturas positivas foram<br />
a E. coli com 59,20%, seguida da<br />
Enterobacter (19,66%) e Klebsiella<br />
(5,44%) os micro-organismos gram<br />
negativos mais frequentemente<br />
isolados. O S. aureus, com 4,81%,<br />
foi a bactéria que se mostrou mais<br />
frequente dentre as gram positivas.<br />
Os outros patógenos incluem<br />
as bactérias Sthaphylococcus saprophyticus,<br />
Streptococcus spp,<br />
Pseudomonas spp, Enterobacter<br />
136<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Perfil bacteriano<br />
Outros 3,57<br />
Klebsiella spp 5,44<br />
Proteus mirabillis 2,72<br />
Proteus vulgaris 2,09<br />
Proteus spp 2,51<br />
Enterobacter spp<br />
19,66%<br />
Staphylococcus aureus 4,81<br />
Escherichia coli<br />
59,20%<br />
Número de bactérias<br />
Figura 3. Frequência de micro-organismos causadores de infecção urinária nos pacientes<br />
atendidos no Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar, Natal/RN<br />
agglomerans, Citrobacter spp, Enterococcus<br />
spp e Klebsiella oxytoca <br />
<br />
com 3,6%.<br />
<br />
E. <br />
coli como o principal responsável uroculturas positivas tiveram como<br />
por ITU (6, 7). Este micro-organismo <br />
S. aureus.<br />
zar<br />
e, subsequentemente, causar Uroculturas Positivas Relacionadas<br />
com Sumário de Urina<br />
<br />
<br />
septicemias, meningites e infecções culturas<br />
positivas, apenas 56 (10,5%)<br />
<br />
<br />
que a E.coli foi responsável por <br />
Enterobacter<br />
com 7,2% e Klebsiella com <br />
A urocultura quantitativa re-<br />
- <br />
<br />
<br />
<br />
intestinal as que mais provocam as infecções<br />
urinárias (9, 10, 11). <br />
Os Staphylococcus aureus fazem <br />
<br />
<br />
nas gestantes) e caracterizar as infecções<br />
recorrentes, as quais exigem<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
uroculturas positivas com contagens<br />
superiores a 105 UFC/mL é concor-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
os contaminantes mais comuns isola-<br />
<br />
<br />
Outros autores mencionam que é<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
turas<br />
(15).<br />
Exames<br />
Porcentual<br />
Uroculturas positivas <strong>100</strong>%<br />
Sumário de urina 10,5%<br />
Tabela 1. Porcentual das uroculturas positivas<br />
e sumário de urina, dos pacientes atendidos<br />
no Laboratório de Análises Clínicas e<br />
Toxicológicas da Universidade Potiguar,<br />
Natal/RN<br />
Sumário de Urina Normal<br />
e Alterado<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
-<br />
<br />
-<br />
138<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
27%<br />
Sumário de urina normal<br />
Sumário de urina alterado<br />
<br />
interferentes na urina que podem<br />
provocar reações falsas-negativas.<br />
<br />
alguns componentes urinários (proteínas,<br />
glicose, bilirrubina e urobilinogênio)<br />
é necessária para garantir<br />
a exatidão do resultado (16).<br />
73%<br />
Figura 4. Percentual de sumário de urina normal e alterado dos pacientes atendidos no<br />
Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar, Natal/RN<br />
Percentual<br />
40,00 %<br />
37,40%<br />
35,00 %<br />
30,00 %<br />
24,50%<br />
25,00 %<br />
21,40%<br />
20,00 %<br />
16,70%<br />
15,00 %<br />
10,00 %<br />
5,00 %<br />
0,00 %<br />
Hemácias Nitrito Leucócitos Bactérias<br />
Achados Bioquímicos<br />
Figura 5. Percentual dos componentes bioquímicos encontrados nas fitas reagentes dos<br />
pacientes atendidos no Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade<br />
Potiguar, Natal/RN<br />
versas doenças do trato urinário, bilirrubina, esterase, leucocitária e<br />
metabólicas ou sistêmicas não nitrito) e os elementos encontrados<br />
relacionadas com o rim. Quando realizado<br />
e interpretado criteriosamen-<br />
epiteliais de descamação, leucócitos,<br />
na sedimentoscopia urinária (células<br />
te, oferece ao solicitante valiosas hemácias, cilindros, bactérias, muco,<br />
informações para o esclarecimento cristais, sais amorfos, leveduras,<br />
diagnóstico. Este exame consiste em espermatozoides e parasitas).<br />
três etapas que são: exame físico Além desses parâmetros, algumas<br />
observações podem ser des-<br />
(volume, cor, aspecto, depósito e<br />
densidade), pesquisas bioquímicas critas, quando necessárias, com a<br />
realizadas através de tiras reativas <br />
(pH, proteínas, glicose, corpos cetônicos,<br />
hemoglobina, urobilinogênio, diagnóstico de doenças mais<br />
ao clínico que possam auxiliar no<br />
especí-<br />
Relação dos Achados Bioquímicos<br />
Presentes no Sumário de Urina<br />
Pode-se interpretar através da Figura<br />
5 que o achado bioquímico mais<br />
prevalente foi a presença de leucócitos<br />
40 (37,4%) seguidos de bactérias<br />
26 (24,5%). Os demais, hemácias<br />
(18) e nitrito (23), apresentaram um<br />
percentual de 16,7% e 21,4% respectivamente.<br />
<br />
que a presença de nitrito em testes<br />
com tiras reagentes, em que somente<br />
nitrito e esterase leucocitária,<br />
mostra razoável precisão e exatidão<br />
em comparação com a cultura<br />
quantitativa (5). O teste da esterase<br />
leucocitária é um meio rápido de ve-<br />
<br />
positivo correlaciona-se com oito a<br />
dez leucócitos por campo de grande<br />
aumento. O teste de nitrito positivo<br />
requer a presença de nitratos na<br />
cientes<br />
capazes de converter nitratos<br />
em nitritos e condições adequadas<br />
para que essa conversão ocorra (17).<br />
Outro estudo relata que os testes<br />
que utilizam tiras reagentes detectam<br />
<br />
bactérias gram negativas do que por<br />
espécies gram-positivas, uma vez que<br />
o teste de nitrito não revela a presença<br />
de patógenos gram positivos em muitos<br />
casos (18).<br />
A conversão de nitrato em nitrito<br />
na urina por cocos gram positivos<br />
ainda não está bem estabelecida.<br />
Autores relatam que essa conversão<br />
140<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Antimicrobianos<br />
Número<br />
absoluto (n)<br />
Sensível Resistente Intermediário<br />
Porcentagem<br />
(%)<br />
Número absoluto<br />
(n)<br />
Porcentagem<br />
(%)<br />
Número absoluto<br />
(n)<br />
Porcentagem<br />
(%)<br />
Ácido nalidíxico 259 69,6% 105 28,3% 8 2,1%<br />
Norfloxacino 306 82,5% 47 12,6% 18 4,9%<br />
Nitrofurantoína 304 78,2% 67 17,2% 18 4,6%<br />
Tabela 2. Porcentual de sensibilidade e resistência aos antimicrobianos testados na realização dos antibiogramas realizados no Laboratório<br />
de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Potiguar, Natal/RN.<br />
é determinada apenas para Sthaphylococcus<br />
coagulase-negativos,<br />
sendo na maioria das vezes positiva,<br />
e para Sthaphylococcus saprophyticus,<br />
cuja conversão é sempre<br />
negativa (19).<br />
Algumas espécies de cocos, como<br />
por exemplo, os Enterococcus, são<br />
incapazes de reduzir o nitrato urinário<br />
em nitrito e apresentam alta resistência<br />
às drogas comumente utilizadas<br />
para tratamento de ITU (20).<br />
Resistência X Sensibilidade aos<br />
Antimicrobianos Analisados<br />
De acordo com os dados expos-<br />
<br />
bactérias apresentaram sensibilidade<br />
-<br />
<br />
provou ser intermediário. Entretanto,<br />
em relação ao antimicrobiano<br />
<br />
<br />
<br />
demonstraram ser intermediários. A<br />
nitrofurantoína, outro antimicrobiano<br />
bastante utilizado para as infecções<br />
<br />
das bactérias analisadas com sensi-<br />
<br />
<br />
O modelo de resistência dos patógenos,<br />
causadores de infecções<br />
urinárias, frente aos agentes antimicrobianos<br />
comuns está em constante<br />
mudança e isso deve ser levado<br />
em consideração na escolha da estratégia<br />
para o tratamento (21). O<br />
uso de terapia empírica inapropriada<br />
foi encontrado como sendo causa de<br />
mortalidade em pacientes com bacteremia<br />
originada no trato urinário.<br />
Além disso, alguns estudos mostram<br />
<br />
pode levar ao uso desnecessário de<br />
antimicrobianos (22).<br />
<br />
cepas de Escherichia coli isoladas, de<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Conclusões<br />
Foi possível observar, nesse traba-<br />
tou<br />
uma maior incidência de infec-<br />
<br />
<br />
mostrou um maior percentual foi a<br />
partir de 21 a 59 anos com aproxi-<br />
<br />
ao grupo de adultos.<br />
E.coli <br />
foi o principal agente etiológico das<br />
infecções urinárias.<br />
-<br />
<br />
do<br />
sumário de urina.<br />
<br />
<br />
apresentaram resultado alterado<br />
desse exame.<br />
-<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
de sensibilidade e resistência, realizado<br />
nos antibiogramas, as bactérias<br />
apresentaram maior grau de resistência<br />
ao antimicrobiano ácido nalidíxico<br />
<br />
<br />
Correspondências para:<br />
Lidiane Lima de Oliveira<br />
lidy-oliver@hotmail.com<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010<br />
141
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142<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Artigo<br />
Hipotireoidismo Subclínico: Relato de Caso<br />
Caroline Becker 1 , Luana Silveira de Carvalho 1 , Hortência Ballesteros 1 , Natália Krug 1 , Vanessa Ludwig 1 ,<br />
Tássia de Deus 1 , Camila Cardoso 1 , Evandro Kruse 1 , Guilherme Krein 1 , Gustavo Muller Lara 2<br />
1 - Aluno de graduação do Curso de Biomedicina da FEEVALE, Novo Hamburgo/RS<br />
2 - Professor-Mestre da Disciplina de Imunologia Clínica e supervisor de estágio em Imunologia do<br />
Laboratório de Biomedicina da FEEVALE, Novo Hamburgo/RS<br />
Resumo<br />
Summary<br />
Hipotireoidismo Subclínico: Relato de Caso<br />
O hipotireoidismo subclínico é uma disfunção caracterizada<br />
por valor sérico aumentado do TSH com concentrações normais T4<br />
(tiroxina) livre e T3 (triiodotironina) livre, na ausência de sintomas<br />
clínicos. Relata-se de um caso de hipotireoidismo subclínico que<br />
se manifestou por queixas de sintomas de cansaço, fadiga, intolerância<br />
ao frio, tonturas após esforço físico e confirmado por testes<br />
laboratoriais, inclusive a presença de auto anticorpo, associado<br />
a doença de Hashimoto e a progressão da disfunção tireoidiana.<br />
Subclinical hypothyroidism: Case report<br />
Subclinical hypothyroidism is a dysfunction characterized by<br />
increased seric value from TSH with normal concentrations of free<br />
T4 (tiroxine) and free T3 (triiodotironine), in the absence of clinical<br />
symptoms. We report a case of subclinical hypothyroidism that<br />
was disclosed by complains of fatigue, cold intolerance, dizziness<br />
after physical efforts and confirmed by laboratorial tests, including<br />
presence of self antibodies, associated to Hashimoto disease and<br />
the progression of thyroid dysfunction.<br />
Palavras-chave: Hipotireoidismo subclínico, doença de<br />
Hashimoto, hormônios tireoidianos<br />
Keywords: Subclinical hypothyroidism. Hashimoto’s disease.<br />
Thyroid hormones<br />
Introdução<br />
H<br />
ipotireoidismo é uma síndrome<br />
clínica decorrente<br />
da secreção diminuída dos<br />
hormônios tireoidianos, os quais<br />
apresentam níveis diminuídos de<br />
triiodotironina (T3) e tiroxina (T4),<br />
com níveis aumentados de hormônio<br />
tireoestimulante (TSH) (1, 2).<br />
Quando o nível sérico de TSH está<br />
aumentado e associado a níveis normais<br />
de T3 livre e T4 livre, na ausência<br />
de sintomas clínicos manifestos, a<br />
disfunção é caracterizada por hipotireoidismo<br />
subclínico (HS) (3,4). Essa<br />
síndrome é reversível com a terapia<br />
de reposição hormonal (1, 2).<br />
A prevalência do HS varia com a<br />
idade e sexo da população selecio-<br />
nada, de 2,5% a 10,4%, e, quando<br />
acompanhado de valores elevados de<br />
anticorpos antitireoideanos, o risco<br />
de progressão para hipotireoidismo<br />
clínico (HC) aumenta em 5% ao ano<br />
(5). Há aumento na prevalência com<br />
a progressão da idade, chegando a<br />
valores próximos a 20% em mulheres<br />
com mais de 60 anos (3).<br />
Para uma produção adequada<br />
dos hormônios tireoidianos, é de<br />
fundamental importância que o eixo<br />
hipotálamo-hipófise-tireoide esteja<br />
íntegro, garantindo a sequência das<br />
atuações do hormônio liberador hipo-<br />
duzindo<br />
TSH, que, por sua vez, atua<br />
na tireoide, produzindo os hormônios<br />
tireoidianos, respectivamente T3 livre<br />
e T4 livre (6).<br />
Os quadros clínicos resultantes da<br />
<br />
dependerão do grau e do tempo de<br />
<br />
de diagnóstico pode levar a um aumento<br />
do risco cardiovascular, piora<br />
da função cognitiva e da qualidade<br />
de vida (6, 7).<br />
O presente trabalho relata um<br />
caso de hipotireoidismo subclínico em<br />
paciente jovem.<br />
Relato de Caso<br />
Paciente feminina, com 22 anos, foi<br />
encaminhada a um endocrinologista.<br />
A paciente apresentava cansaço, sonolência,<br />
fadiga, intolerância ao frio e<br />
tonturas após esforço físico.<br />
144<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
Ao exame clínico foi evidenciado<br />
peso de 61 kg, altura de 1,64 m, IMC<br />
22,7, pressão arterial de <strong>100</strong>/70 mmHg,<br />
presença de edema, e glândula tireoide<br />
à palpação encontrava-se normal.<br />
A paciente foi submetida a provas<br />
laboratoriais, além de exames de<br />
imagem e provas de esforço físico.<br />
Os resultados foram: colesterol total<br />
139 mg/dL (< 200 mg/dL), HDL – colesterol<br />
61 mg/dL (> 60 mg/dL), triglicerídeos<br />
76 mg/dL (< 150 mg/dL),<br />
ácido úrico 3,9 mg/dL (2,5 – 6,2 mg/<br />
dL), Gama GT 13 U/L (12 – 43 U/L),<br />
eritrograma e leucograma normais,<br />
cortisol 39,9 μg/dL (5,5 – 20,0 μg/dL),<br />
ferritina 38,8 ng/mL (6 – 159 ng/mL),<br />
insulina 7,9 μU/mL (2,6 – 24,9 μU/<br />
mL), creatinina 0,80 mg/dL (0,7 – 1,2<br />
mg/dL), TSH 8,79 μUI/mL (0,27 - 4,5<br />
μUI/mL), tiroxina livre (T 4<br />
livre) 0,98<br />
ng/dL (0,7 – 1,9 ng/dL), pesquisa de<br />
anticorpos antiperoxidase tireoideana<br />
10,6 UI/mL (< 12 UI/mL).<br />
Exame ecocardiográfico uni e<br />
bidimensional com avaliação dos<br />
fluxos ao Doppler colorido encontrava-se<br />
dentro dos limites da normalidade,<br />
com mínima insuficiência<br />
tricúspide fisiológica. Ao teste de<br />
esforço obteve uma regular capacidade<br />
cardiorrespiratória, atingiu o<br />
esforço máximo assintomaticamente,<br />
sem dores torácicas ou arritmias,<br />
resultando em um teste de esforço<br />
máximo normal.<br />
trou<br />
fígado com textura homogênea,<br />
contornos regulares e volume normal.<br />
Vesícula biliar de dimensões normais,<br />
<br />
com dimensões normais e textura<br />
dentro da normalidade. Rins com textura<br />
e volumes normais, sem cálculos<br />
ou dilatação pielocalicinal. Baço com<br />
volume normal e textura homogênea.<br />
Retroperitôneo de aspecto usual, aorta<br />
de calibre normal. Bexiga urinária<br />
Figura 1. Imagem sem evidência de lesão nodular<br />
Figura 2. Tireoide com contornos regulares e sem evidência de lesão nodular<br />
com paredes lisas, sem vidência de<br />
conteúdo patológico ou lesão parietal.<br />
Não havia evidência de líquido livre ou<br />
lesão expansiva.<br />
<br />
contornos regulares e textura homogênea.<br />
Os lobos da tireoide mediam<br />
3,7 x 1,4 x 1,1 cm (3,3 cm 3 ) e 4,7 x<br />
1,6 x 1,3 cm (5,8 cm 3 ), à direita e esquerda<br />
respectivamente, com volume<br />
total aproximado de 9,6 cm 3 (usual<br />
de 11 ± 03 cm 3 ). Não havia evidência<br />
de lesão nodular focal (Figuras 1, 2).<br />
Na vigência desses exames foi<br />
feito o diagnóstico de hipotireoidismo,<br />
induzindo a paciente ao uso de hormônio<br />
tireoideano (levotiroxina sódica)<br />
na concentração de 50 μg. Após seis<br />
meses de tratamento foram realizadas<br />
novas dosagens de TSH 3,13 μUI/<br />
mL e cortisol 27,0 μg/dL. A paciente<br />
apresentava melhoras de sintomas e<br />
a reposição hormonal foi mantida na<br />
dosagem de 50 μg.<br />
Discussão<br />
O HS é uma disfunção muito comum<br />
e é um tópico de debate consi-<br />
<br />
e biomédicos, porque ainda não está<br />
<br />
prevalência é de 1% a 10% em adultos,<br />
em diferentes estudos (4, 8).<br />
Neste caso, além de valores aumentados<br />
de TSH, a paciente apresentou<br />
anticorpo antiperoxidase tiroideana<br />
<br />
<br />
do TSH trata-se de uma resposta à<br />
diminuição nos níveis séricos de T4 livre,<br />
podendo ser um sinal de disfunção<br />
<br />
clínicos relatados, característicos de HC<br />
(9). Segundo Canaris e colaboradores,<br />
indivíduos com queixas clínicas são mais<br />
frequentes nos pacientes com HS que<br />
nos eutireoidianos, porém menos frequentes<br />
que nos pacientes com HC (10).<br />
146<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
As doenças autoimunes são as<br />
causas mais comuns e responsáveis<br />
por mais de 50% dos casos. Quando<br />
a causa do HS é tiroidite de Hashimoto,<br />
a progressão é mais rápida, pois,<br />
nestas condições, o dano autoimune<br />
para a glândula tiroide parece ser um<br />
processo contínuo (11).<br />
Neste caso, o possível fator desencadeante<br />
foi a doença autoimune,<br />
pois nos exames imunológicos da<br />
paciente, embora dentro da normalidade,<br />
foi detectada a presença<br />
do anti-TPO, um marcador útil da<br />
progressão para HC.<br />
Outro hormônio que se encontrou<br />
alterado foi o cortisol. Seus níveis estavam<br />
e continuam aumentados mesmo<br />
depois do tratamento. Acredita-se<br />
que ele tenha se mostrado elevado<br />
devido a situações de estresse e que<br />
não tenha efeito algum sobre a anormalidade<br />
da glândula tireoide.<br />
No HS, as concentrações de colesterol<br />
total (CT) e da lipoproteína de<br />
baixa densidade (LDL) estão, geralmente,<br />
dentro dos valores da normalidade,<br />
como no caso da paciente em<br />
questão, entretanto, alguns estudos<br />
trazem os valores de LDL aumentados,<br />
enquanto que os valores de HDL estão<br />
diminuídos (4).<br />
<br />
e T4 livre são indicados para o diagnóstico<br />
e para o acompanhamento das<br />
disfunções tireoidianas (12).<br />
Tratamento com levotiroxina pode<br />
reduzir os sintomas do hipotireoidismo<br />
e melhorar a qualidade de vida.<br />
Um possível benefício do tratamento<br />
do HS baseia-se na prevenção do<br />
surgimento desses sinais e sintomas<br />
clínicos há evolução para HC, o que<br />
ocorre em cerca de 5% dos pacientes,<br />
anualmente (13).<br />
O conhecimento das diversas<br />
manifestações clínicas, dos fatores<br />
predisponentes e a realização de<br />
exames laboratoriais de rotina, nos<br />
leva ao reconhecimento precoce da<br />
disfunção e, assim, prevenir a progressão<br />
dessa síndrome.<br />
Correspondências para:<br />
Caroline Becker<br />
carolbecker@netwizard.com.br<br />
Referências Bibliográficas<br />
1. Bennet JC, Plum F. Cecil Textbook of Medicine.20ª edição, Philadelphia, W.B. Saunders, p.1227-1245, 1996.<br />
2. Wajchenberg BL. Tratado de Endocrinologia Clínica. 1a edição, São Paulo, Livraria Roca, 1992, 308-29.<br />
3. Helfand M, U.S. Screening for Thyroid Dysfunction in Nonpregnant Adults : A Summary of the Evidence for U.S. Preventive Services Task<br />
Force. Ann Intern Med, 140(2): 128-141, 2004.<br />
4. Cooper DS. Subclinical hypothyroidism. N Engl J Med, 325(4): 260-265, 2001.<br />
5. Sawin CT, Castelli WP, Hershman JM, McNamara P, Bacharach P. The aging thyroid. Thyroid deficiency in the Framingham Study. Arch<br />
Intern Med; 145: 1368-80, 1985.<br />
6. Setian N. Hipotireoidismo na criança: diagnóstico e tratamento. Jornal de pediatria. 83(5): 209-216, 2007.<br />
7. Tavares AB. Impacto do Hipotireoidismo entre Mulheres Climatéricas. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 21(9): 560, 1999.<br />
8. Mc Dermott T, Ridgway C. Clinical Perspective. Subclinical Hypothyroidism Is Mild Thyroid Failure and should be treated. J Clin Endocrinol<br />
Metab, 86(10): 4585-90, 2001.<br />
9. Teixeira PFS et al. Avaliação clínica e de sintomas psiquiátricos no hipotireoidismo subclínico. Rev. Assoc. Med. Bras. [online], 52(4):<br />
222-228, 2006.<br />
10. Canaris GJ, Manowitz NR, Mayor G, Ridgway EC. The Colorado thyroid disease prevalence study. Arch Intern Med, 160(526):34, 2000.<br />
11. Tunbridge WM, Brewis M, French JM, Appleton D, Bird T, Clark F, et al. Natural history of autoimmune thyroiditis. Br Med J, 282: 282-<br />
258, 1981.<br />
12. Rodrigues LP et al. Quantificação de anticorpos antitireoperoxidase e antitireoglobulina, tireotrofina e tiroxina livre em gestantes normais.<br />
Rev. Bras. Ginecol. Obstet. [online], 29(9): 478-483, 2007.<br />
13. Vanderpump MPJ, Tunbridge W.M. Epidemiology and Prevention of Clinical and Subclinical Hypothyroidism. Thyroid, 12(10): 839-47, 2002.<br />
148<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
AGENDA<br />
2010<br />
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Data: 25 a 29 de julho<br />
Local: Anaheim, Califórnia. EUA<br />
Informações: www.aacc.org<br />
V CONGRESSO SUL MINEIRO DE<br />
LABORATÓRIOS CLÍNICOS<br />
Data: 13 a 15 de agosto<br />
Local: São Lourenço. MG<br />
Informações: www.afarbica.com.br<br />
29º CONGRESSO BRASILEIRO DE<br />
ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA<br />
Data: 04 a 07 de setembro<br />
Local: ExpoGramado. Gramado. RS<br />
Informações: www.cbem2010.com.br/<br />
contato@ccmeventos.com.br<br />
44º CONGRESSO BRASILEIRO DE PATOLOGIA<br />
CLÍNICA/MEDICINA LABORATORIAL<br />
Data: 14 a 17 de setembro<br />
Local: Centro de Convenções SulAmérica.<br />
Rio de Janeiro. RJ<br />
Informações: www.sbpc.org.br<br />
XII CONGRESSO BRASILEIRO<br />
DE BIOMEDICINA<br />
Data: 09 a 12 de outubro<br />
Local: Centro de Convenções de<br />
Pernambuco<br />
Informações: www.<br />
congressodebiomedicina.com.br<br />
XXVIII INTERNATIONAL CONGRESS OF THE<br />
INTERNATIONAL ACADEMY OF PATHOLOGY<br />
Data: 10 a 15 de outubro<br />
Local: Transamérica Hotel Conference<br />
Center. São Paulo<br />
Informações: www.iap2010.com<br />
1º CONGRESSO NACIONAL DO<br />
LABORATÓRIO CLÍNICO<br />
Data: 13 a 16 de outubro<br />
Local: Centro de Congressos de<br />
Lisboa - Portugal<br />
Informações: www.lisboncongress2010.org<br />
secretariat@lisboncongress2010.org<br />
1 st European Joint Congress of<br />
EFCC and UEMS<br />
1º CONGRESSO DE ANÁLISES<br />
CLÍNICAS DA REGIÃO NORTE<br />
Data: 13 a 16 de outubro<br />
Local: Centro de Convenções de Manaus. AM<br />
Apoio: Sociedade Brasileira de<br />
Análises Clínicas<br />
Informações: www.sbac.org.br<br />
XXI ENCONTRO NACIONAL DE VIROLOGIA<br />
Data: 17 a 20 de outubro<br />
Local: Centro de Eventos da FAURGS.<br />
Gramado. RS<br />
Informações: www.tribecaeventos.com.br<br />
2ª JORNADA DE HISTOTECNOLOGIA<br />
Data: 21 a 23 de outubro<br />
Local: Taiwan Hotel, Ribeirão Preto. SP<br />
Informações: www.<br />
jornadadehistotecnologiarp.com<br />
HEMO 2010<br />
Data: 05 a 08 de nobembro<br />
Local: Brasília. DF<br />
Informações: www.hemo2010.org.br<br />
MEDICA 2010<br />
Data: 17 a 20 de novembro<br />
Local: Dusseldorf. Alemanha<br />
Informações: www.medica.de<br />
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<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010
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www.biomerieux.com.br<br />
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Biometrix<br />
Estrada da Graciosa, 1081<br />
82840-360. Curitiba. PR<br />
Fone: (41) 2108-5250<br />
Fax: (41) 2108-5252<br />
mkt1@biometrix.com.br<br />
www.biometrix.com.br<br />
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Bio-Oxford<br />
R. Pires de Oliveira, 827<br />
04716-010. São Paulo. SP<br />
Fone: (11) 5183-9969<br />
Fone/Fax: (11) 5183-5374<br />
bio-oxford@uol.com.br<br />
www.bio-oxford.com<br />
Página: 89<br />
Bioplus Prod. para Lab. Ltda<br />
Estrada Dr. Cícero Borges de Moraes, 1701<br />
06407-000. Barueri. SP<br />
Fone: (11) 4198-2498<br />
Fax: (11) 4198-6522<br />
bioplus@bioplus.com.br<br />
www.bioplus.com.br<br />
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Bio-Rad Laboratórios Brasil Ltda.<br />
Praia de Botafogo, 440 – 3º andar<br />
22250-040. Rio de Janeiro. RJ<br />
Fone: (21) 3237-9400<br />
Fax: (21) 2527-3081<br />
www.bio-rad.com<br />
katia_barbosa@bio-rad.com<br />
Página: 17<br />
BioSys Ltda.<br />
R. Coronel Gomes Machado, 358<br />
24020-112. Niterói. RJ<br />
Fone: (21) 3907-2534<br />
Fax: (21) 3907-2509<br />
biosys@biosys.com.br<br />
www.biosys.com.br<br />
Página: 113<br />
BioSystems Produtos Laboratoriais<br />
R. Alice Manholer Piteri, 78<br />
06018-160. Osasco. SP<br />
Fone: (11) 3768-4052<br />
Fax: (11) 3768-4236<br />
comercial@biosystems.com.br<br />
www.biosystems.com.br<br />
Página: 103<br />
Biotécnica Ind Com Ltda.<br />
R. Ignácio Alvarenga, 96<br />
37026-470. Varginha. MG<br />
Fone:/Fax: (35) 3214-4646<br />
biotecnica@biotecnicaltda.com.br<br />
www.biotecnica.ind.br<br />
Página: 143<br />
Congresso Brasileiro de Biomedicina – 12º<br />
Atendimento operacional: (81) 3463-0206 / 3463-0729<br />
Operacao2@bureaudeeventos.com.br<br />
www.congressodebiomedicina.com.br<br />
Página: 149<br />
Delta Laboratório de Apoio<br />
R. Marques de Caravelas, 187<br />
40140-240. Salvador. BA<br />
Fone: (71) 2107-0070<br />
Fax: (71) 2107-0002<br />
deltaapoio@deltaapoio.com.br<br />
www.deltaapoio.com.br<br />
Página: 9<br />
Diagnostika Patologia Cirúrgica e Citologia<br />
R. Frei Caneca, 1119<br />
01307-003. São Paulo. SP<br />
Fone: (11) 3549-2222<br />
info@diagnostika.med.br<br />
www.diagnostika.med.br<br />
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Diamed-Latino América S/A<br />
R. Alfredo Albano da Costa, <strong>100</strong> DI<br />
Distrito Industrial de Lagoa Santa<br />
33400-000. Lagoa Santa. MG<br />
Fone: (31) 3689-6600<br />
Fax: (31) 3689-6611<br />
diamed@diamed.com.br<br />
www.diamed.com.br<br />
Diamed SP<br />
R. Carlos Gomes, 172<br />
09715-130. S.B.Campo. SP<br />
Fone: (11) 4356-5444<br />
Página: 107<br />
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16013-385. Araçatuba. SP<br />
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Em São Paulo (11) 8346-4263 com Pacheco<br />
bacdme@uol.com.br<br />
Página: 147<br />
Doles<br />
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74775-027. Goiânia. GO<br />
Fone: (62) 3269-0000 / 0800.644.6433<br />
Fax: (62) 3269-0001<br />
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www.doles.com.br<br />
Página: 115<br />
Emba<br />
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04302-022. São Paulo. SP<br />
Fone: (11) 5666-6192 / 4063-1954<br />
Fone: (21) 4063-8676<br />
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05501-900. São Paulo. SP<br />
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SAC: 0800 5564 11 / 3814-2066<br />
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Av. das Nações, 2448<br />
33200-000. Vespasiano. MG<br />
Fone: (31) 3228-6200<br />
Fax: (31) 2121-6200<br />
atendimento@labhpardini.com.br<br />
www.hermespardini.com.br<br />
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Laboratório Médico Dr. Maricondi<br />
R. Major José Inácio, 2392<br />
13560-161. São Carlos. SP<br />
Fone: (16) 2107-0123<br />
Fax: (16) 3307-4240<br />
apoiolabmaricondi@labmaricondi.com.br<br />
www.labmaricondi.com.br<br />
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Laborclin Produtos para Laboratórios Ltda.<br />
Rua Cassemiro de Abreu, 521<br />
83321-210. Pinhais. PR<br />
SAC: 0800 410 027<br />
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Fone: (71) 3617-1176<br />
Fax: (71) 3617-1150<br />
atendimento@medicware.com.br<br />
www.medicware.com.br<br />
Página: 53, 139<br />
Medivax Ind. e Com. Ltda.<br />
Av. Venezuela, 3 – sala 303<br />
20081-310. Rio de Janeiro. RJ<br />
Fone: (21) 2283-2833<br />
Fax: (21) 2263-9117<br />
medivax@medivax.com.br<br />
www.medivax.com.br<br />
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Medmax Com. De Equipamentos Médicos<br />
e Similares Ltda.<br />
Calçada dos Ipês, 33 – sala 11<br />
06453-025. Barueri. SP<br />
Fone: (11) 4191-0170<br />
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www.medmaxnet.com.br<br />
Página: 129<br />
NewProv Produtos para Laboratórios Ltda.<br />
R. 1º de Maio, 590<br />
83323-020. Pinhais. PR<br />
Fone: (41) 3667-1314<br />
Fax: (41) 3667-3254<br />
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04131-000. São Paulo. SP<br />
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R. Oneda, 930<br />
09895-280. São Bernardo do Campo. SP<br />
Fone/Fax: (11) 4341-8600<br />
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20270-902. Rio de Janeiro. RJ<br />
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www.pncq.org.br<br />
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Randox Brasil Ltda.<br />
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04716-000. São Paulo. SP<br />
Fone: (11) 5181-2024<br />
Fax: (11) 5181-0817<br />
brasil.mail@randox.com<br />
www.randox.com<br />
Página: 19<br />
REM Ind. e Com. Ltda.<br />
R. Columbus, 282<br />
05304-010.São Paulo.SP<br />
Fone: (11) 3377-9922<br />
Fax: (11) 3377-9900<br />
E.mail: labo.comercial@rem.ind.br<br />
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Fone: (11) 3719-4645<br />
Fax: (11) 3719.9492<br />
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Fone: (17) 2136-1555<br />
Fax: (17) 2136-1590<br />
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R. Vicente Licínio, 95<br />
20270-340. Rio de Janeiro. RJ<br />
Fone: (21) 2187-0800<br />
Fax: (21) 2234-4881<br />
E-mail: congresso@sbac.org.br<br />
www.cbac.org.br<br />
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22220-040. Rio de Janeiro. RJ<br />
Fone: (21) 2558-1024<br />
Fax: (21) 2205-3386<br />
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Sysmex do Brasil Indústria e Comércio<br />
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04103-000. São Paulo. SP<br />
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Página: 4ª Capa<br />
161