autárquicas em foco - Jornal de Oleiros
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Director e Fundador: Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s<br />
Director-Adjunto: Carlos Fernan<strong>de</strong>s<br />
www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com ·<br />
Ano 4, Nº 26, Maio/Junho <strong>de</strong> 2013 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bi-Mensal<br />
Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira<br />
Correspon<strong>de</strong>ntes fixos <strong>em</strong> todas as se<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Concelho do Distrito <strong>de</strong> Castelo Branco e Freguesias <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
Autárquicas<br />
<strong>em</strong> <strong>foco</strong><br />
Editorial<br />
Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s<br />
AXIS MUNDI<br />
Carlos Fernan<strong>de</strong>s<br />
página 2<br />
página 2<br />
Crónicas <strong>de</strong><br />
Lisboa<br />
Serafim Marques<br />
António d’Orey<br />
Capucho<br />
Presi<strong>de</strong>nte da Fundação<br />
D. Luis I<br />
O Farol<br />
António Graça<br />
página 3<br />
página 5<br />
página 12<br />
Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s<br />
(In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte)<br />
“O Pinhal Somos Todos Nós”<br />
Fernando Jorge<br />
(Candidato do PSD)<br />
Fernando<br />
Serrasqueira<br />
Deputado<br />
Formação e<br />
Emprego<br />
página 6<br />
página 2<br />
página 4<br />
Um país<br />
<strong>de</strong>smotivado<br />
Joaquim Vitorino<br />
página 7<br />
Carlos Costa<br />
Neves<br />
Deputado PSD (Emigração)<br />
Alvará nº 32 A, B e C<br />
www.charon.pt<br />
página 13<br />
Palestra do Prof. Jorge Paiva<br />
“A importância<br />
da floresta portuguesa”<br />
<strong>em</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
página 4<br />
Página<br />
Proença-a-Nova<br />
página 8<br />
Página<br />
Castelo Branco<br />
Página<br />
Vila <strong>de</strong> Rei<br />
página 9<br />
página 10
2 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2013 MAIO / JUNHO<br />
EDITORIAL<br />
“AXIS MUNDI”<br />
Um país con<strong>de</strong>nado<br />
…a propósito do Vitor…<br />
… Gaspar teve como missão aniquilar o estado<br />
social, <strong>em</strong>pobrecer o pais e dinamitar a economia<br />
interna.<br />
Mas, percebe-se hoje que se a história na europa<br />
mudar, Vitor Gaspar <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser um intérprete com<br />
futuro. Porque o seu pensamento é um excel que<br />
queima quando entra <strong>em</strong> contacto com a realida<strong>de</strong>.<br />
A política <strong>de</strong> Gaspar rebentou como um fusível.<br />
Já não dá luz. Ele vai sair. Resta saber se <strong>em</strong>purrado<br />
pela realida<strong>de</strong> ou promovido pelos “credores”<br />
para ir iluminar outra província.<br />
FS in “N”<br />
Um país a necessitar <strong>de</strong> novo rumo<br />
O actual governo, por razões várias, mas <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
logo por ausência <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança qualificada, está<br />
con<strong>de</strong>nado. Não basta as divisões internas. A estas<br />
juntam-se claramente ministros s<strong>em</strong> norte, secretários<br />
<strong>de</strong> estado pouco coesos e que ainda muito<br />
recent<strong>em</strong>ente falavam mal do governo e do PM, situações<br />
inaceitáveis. Mesmo no exterior se diz que<br />
há ministros como Gaspar mais preocupados com<br />
os “chefes” externos do que com o país, chegandose<br />
ao ponto <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar Gaspar um ministro da<br />
troika. Mas também é verda<strong>de</strong> que o PSD <strong>de</strong>ve<br />
cumprir a legislatura e encontrar uma nova solução<br />
que trará o novo rumo. Sendo este um governo “<strong>de</strong><br />
iniciativa e suporte presi<strong>de</strong>ncial”, vidé discurso do<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>em</strong> 25 <strong>de</strong> Abril, resta agora a solução do<br />
governo <strong>de</strong> salvação nacional com uma li<strong>de</strong>rança<br />
capacitada e preparada e que possa alargar a base<br />
<strong>de</strong> apoio ao governo, incluindo in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e<br />
próximos do PS com qualida<strong>de</strong>. É pois ao PSD que<br />
cumpre a iniciativa que se espera e que se <strong>de</strong>seja<br />
muito urgente. E o PSD t<strong>em</strong> soluções várias. Rui<br />
Rio, António Capucho e outros, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser protagonistas<br />
da mudança que urge.<br />
Urge mesmo, pois não há mais t<strong>em</strong>po e muito<br />
t<strong>em</strong>po foi já perdido.■<br />
Carlos Fernan<strong>de</strong>s<br />
Director - Adjunto<br />
“Se tivesse <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir se <strong>de</strong>víamos<br />
ter um governo s<strong>em</strong> jornais ou jornais<br />
s<strong>em</strong> governo, eu não vacilaria<br />
um instante <strong>em</strong> preferir o último”<br />
(Thomas Jefferson)<br />
A nossa herança económica, social,<br />
educativa e cultural era pesada<br />
à data da Revolução <strong>de</strong> 25 Abril. O<br />
atraso da ciência <strong>em</strong> Portugal tinha,<br />
muito <strong>em</strong> particular, que ver com o<br />
atraso na educação, <strong>em</strong> especial a<br />
educação universal, a que o hom<strong>em</strong><br />
novo t<strong>em</strong> direito.<br />
Em Portugal apren<strong>de</strong>u-se tar<strong>de</strong> e<br />
mal a ler, escrever e contar. Se observarmos<br />
com atenção, no início do<br />
século XX, o analfabetismo ainda era<br />
entre nós, uma trágica realida<strong>de</strong>, a<br />
ponto <strong>de</strong> o país nos arautos do mundo,<br />
ser referido como ex<strong>em</strong>plo da<br />
pobreza das nações. A I República,<br />
muito fustigada e muito perturbada<br />
por crises políticas sucessivas, pela<br />
participação portuguesa na Primeira<br />
Guerra mundial e por terríveis epid<strong>em</strong>ias,<br />
muito tentou alterar a situação,<br />
apostando na educação. Não<br />
existiam escolas, n<strong>em</strong> professores,<br />
n<strong>em</strong> sobretudo dinheiro para contrariar<br />
o atraso educativo que então<br />
reinava.<br />
Com o Estado Novo ligado <strong>de</strong><br />
perto à figura <strong>de</strong> António Oliveira<br />
Salazar, presi<strong>de</strong>nte do conselho <strong>de</strong><br />
ministros ao longo <strong>de</strong> várias décadas,<br />
revelou-se extr<strong>em</strong>amente lento<br />
na recuperação do défice educativo<br />
<strong>de</strong> que o país pa<strong>de</strong>cia. Só <strong>em</strong> 1971<br />
quando foi anunciada uma reforma<br />
educativa, por José Veiga Simão,<br />
professor da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />
que teve a pasta da educação<br />
no governo <strong>de</strong> Marcelo Caetano, se<br />
assistiu a um impulso no sentido<br />
<strong>de</strong> generalizar o acesso dos jovens à<br />
educação.<br />
Após o período revolucionário,<br />
criada alguma estabilida<strong>de</strong> com a<br />
revisão constitucional <strong>de</strong> 1982 libertando<br />
a do conteúdo revolucionário,<br />
se apostou <strong>de</strong>cididamente na educação.<br />
O acesso maciço das mulheres<br />
ao ensino superior foi uma das<br />
maiores mudanças a que o país assistiu<br />
após a Revolução <strong>de</strong> 1974.<br />
Transversal a todo este processo<br />
educacional e cultural, a relevância<br />
e o contributo da imprensa local foi<br />
crucial. Não há socieda<strong>de</strong> livre s<strong>em</strong><br />
uma imprensa livre. Não há d<strong>em</strong>ocracia<br />
aberta s<strong>em</strong> liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão<br />
e liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa.<br />
Apesar <strong>de</strong> consensual muitas questões<br />
se levantam.<br />
Estará a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa a<br />
corromper as nossasd<strong>em</strong>ocracias<br />
É tolerável o po<strong>de</strong>r s<strong>em</strong> escrutínio<br />
d<strong>em</strong>ocrático dos media Estar<strong>em</strong>os<br />
a entrar numa era <strong>em</strong> que a d<strong>em</strong>ocracia<br />
é substituída pela d<strong>em</strong>agogia<br />
e a representativida<strong>de</strong> por uma forma<br />
iníqua <strong>de</strong> participação directa<br />
Terá <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> haver limites para<br />
a intrusão da vida privada dos cidadãos<br />
Po<strong>de</strong>ríamos multiplicar as perguntas<br />
que o tom não sofreria alteração.<br />
Em muitos países, a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
imprensa t<strong>em</strong> sido associada a excessos<br />
que pod<strong>em</strong> minar os sist<strong>em</strong>as<br />
d<strong>em</strong>ocráticos, noutros n<strong>em</strong> se chega<br />
a esse ponto, pois <strong>em</strong> nome <strong>de</strong> interesses<br />
do estado n<strong>em</strong> há liberda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> imprensa.<br />
A gran<strong>de</strong> verda<strong>de</strong> é que todas estas<br />
questões, esta discussão é muito<br />
menos recente do que parece.<br />
Des<strong>de</strong> pelo menos, a con<strong>de</strong>nação à<br />
morte <strong>de</strong> Sócrates pela d<strong>em</strong>ocracia<br />
ateniense que se sabe que a conveniência<br />
entre a liberda<strong>de</strong> e o po<strong>de</strong>r<br />
político não é fácil.. Mas será este o<br />
verda<strong>de</strong>iro probl<strong>em</strong>a da imprensa<br />
local na actualida<strong>de</strong><br />
Penso que a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação,<br />
e ao mesmo t<strong>em</strong>po as d<strong>em</strong>ocracias<br />
liberais, enfrentam contudo um<br />
probl<strong>em</strong>a e um perigo maior do que<br />
os gerados pelas interacções perversas<br />
do mundo da política e do mundo<br />
mediático. Ou pelo excessos dos<br />
jornalistas e das <strong>em</strong>presas do media:<br />
o risco <strong>de</strong> colapso do mo<strong>de</strong>lo do negócio<br />
que, há mais <strong>de</strong> dois séculos,<br />
sustente o jornalismo, este sim o verda<strong>de</strong>iro<br />
probl<strong>em</strong>a.<br />
Mesmo sabendo que não t<strong>em</strong>os, a<br />
genuinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um boletim autárquico,<br />
n<strong>em</strong> a genuinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />
agenda cultural, s<strong>em</strong> qualquer subsidio<br />
ou apoio, com quebras na publicida<strong>de</strong><br />
continuamos a traçar o nosso<br />
caminho sab<strong>em</strong>os o que quer<strong>em</strong>os<br />
e para on<strong>de</strong> vamos. Com trabalho,<br />
motivação e a mesma <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong><br />
s<strong>em</strong>pre, sab<strong>em</strong>os e lutamos pela<br />
nossa in<strong>de</strong>pendência e liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
expressão, assumimos a nossa verticalida<strong>de</strong>,<br />
não somos <strong>de</strong> esquerda ou<br />
<strong>de</strong> direita, escusado será dizer que o<br />
nosso partido é a liberda<strong>de</strong>. Não nos<br />
levarão a mal se dissermos que t<strong>em</strong>os<br />
contribuído para levar a região,<br />
e <strong>Oleiros</strong> <strong>em</strong> particular, ao Mundo.<br />
Continuamos a ser um espaço on<strong>de</strong><br />
os jovens e os cidadãos pod<strong>em</strong> <strong>em</strong>itir<br />
e escrever artigos <strong>de</strong> opinião livr<strong>em</strong>ente,<br />
somos inclusivos e não<br />
<strong>de</strong>ixamos ninguém para trás, contamos<br />
convosco.<br />
T<strong>em</strong>os a mais firme convicção que<br />
não po<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os ser vitimas <strong>de</strong> ”homicídio”,<br />
pois ao contrário dos produtos<br />
que morr<strong>em</strong> no acto do consumo,<br />
nós somos uma marca da região<br />
e essa perdurará no t<strong>em</strong>po.<br />
Num t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que as <strong>em</strong>presas<br />
<strong>de</strong> media tradicionais enfrentam<br />
enormes dificulda<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>safios,<br />
importa <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o jornalismo livre<br />
e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, até porque este<br />
<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penha um papel central no<br />
equilíbrio dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> pesos e<br />
contrapesos e <strong>de</strong> governo limitado<br />
que caracterizam as d<strong>em</strong>ocracias<br />
mo<strong>de</strong>rnas.<br />
Cont<strong>em</strong> connosco, estamos aqui<br />
por vós e para vós !!<br />
B<strong>em</strong> hajam ■<br />
Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s<br />
Director<br />
Email: jornal<strong>de</strong>oleiros@sapo.pt<br />
Eleições <strong>autárquicas</strong><br />
<strong>em</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
No momento <strong>em</strong> que escrev<strong>em</strong>os<br />
esta nota, são conhecidas apenas duas<br />
candidaturas à Câmara <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, já<br />
referidas na 1ª página.<br />
A lista do PSD é li<strong>de</strong>rada pelo Dr.<br />
Fernando Marques Jorge, Médico<br />
conceituado e respeitável, também<br />
<strong>em</strong>presário, existe uma lista In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
que se apresenta sob o l<strong>em</strong>a “<br />
O Pinhal Somos Todos Nós”, li<strong>de</strong>rada<br />
pelo Director do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>.<br />
Fica por esclarecer se o PS apresentará<br />
ainda uma lista ou se pelo contrário<br />
apoiará a lista In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s, falando-se<br />
ainda na possibilida<strong>de</strong> do CDS apresentar<br />
a sua lista. Há rumores não<br />
confirmados <strong>de</strong> uma outra lista <strong>em</strong><br />
preparação, mas, até à última hora<br />
não foi possível confirmar a notícia<br />
que chegámos a avançar por outras<br />
vias e após confirmações que vier<strong>em</strong><br />
a <strong>de</strong>smentir-se.<br />
Reun<strong>em</strong>-se assim condições para<br />
um acto eleitoral caracterizado pela<br />
dignida<strong>de</strong> e oferta <strong>de</strong> opções variadas<br />
aos eleitores, e, seguramente, o actual<br />
Presi<strong>de</strong>nte, José Santos Marques que<br />
aqui saudamos, terá um substituto à<br />
altura, <strong>de</strong>sejando formular votos para<br />
que José Marques, continue como<br />
s<strong>em</strong>pre a lutar pelo Concelho. ■
2013 MAIO / JUNHO<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 3<br />
CRÓNICAS DE LISBOA<br />
O Euromilhões e a Publicida<strong>de</strong><br />
Enganosa<br />
Serafim Marques<br />
Economista<br />
Apesar <strong>de</strong> viver na capital há<br />
mais <strong>de</strong> cinquenta anos, gosto <strong>de</strong><br />
viajar pelo norte do país, ou não<br />
tivesse eu nascido e criado até aos<br />
onze anos no sopé da Lusitânia.<br />
Assim, na s<strong>em</strong>ana passada metime<br />
no carro com <strong>de</strong>stino à região<br />
do gran<strong>de</strong> Porto, isto é, a invicta<br />
cida<strong>de</strong> e toda a zona limítrofe.<br />
Estend<strong>em</strong>os, eu e a minha companheira<br />
<strong>de</strong> viag<strong>em</strong>, a visita até<br />
Vila do Con<strong>de</strong> , Póvoa do Varzim,<br />
etc. Como sou um apreciador <strong>de</strong><br />
café, a popular “bica” (<strong>em</strong> Lisboa)<br />
ou o “cimbalino” (no Porto)<br />
e também um a<strong>de</strong>pto e frequentador<br />
dos cafés, hábito que me v<strong>em</strong><br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a minha vida <strong>de</strong> estudante,<br />
procuro juntar o útil ao agradável<br />
e só não dou largas à satisfação<br />
<strong>de</strong>sses dois hábitos (bebida e estabelecimento),<br />
porque a saú<strong>de</strong> me<br />
limitou à toma <strong>de</strong> duas “bicas”<br />
diárias. Nesse sentido, entrei no<br />
“Café Aroma Vivo” (agradável<br />
até no nome), no Largo das Dores<br />
(este já a l<strong>em</strong>brar quantas dores<br />
passam muitos dos poveiros<br />
pelas <strong>de</strong>sgraças que o mar lhes<br />
traz) e pedimos duas bicas. Como<br />
o passeio estava a correr maravilhosamente<br />
e porque o café tinha<br />
também os jogos da Santa Casa,<br />
resolvi apostar no euromilhões,<br />
adquirindo duas apostas aleatórias.<br />
Pensei e disse para os meus<br />
botões, se está tudo a correr tão<br />
b<strong>em</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que partimos <strong>de</strong> Lisboa,<br />
estarei então numa “maré<br />
<strong>de</strong> sorte”, por que não arriscar.<br />
Afinal s<strong>em</strong>pre é um “jackpot” <strong>de</strong><br />
51,6 milhões <strong>de</strong> euros, como os<br />
cartazes exibiam .<br />
A última etapa, <strong>de</strong> regresso à<br />
capital, foi já um pouco cansativa,<br />
pois a saú<strong>de</strong> e a ida<strong>de</strong> não perdoam,<br />
e também porque o regresso<br />
a casa é s<strong>em</strong>pre, psicologicamente,<br />
menos interessante do que a<br />
ida. Os dias seguintes, corriam<br />
calma e normalmente, até que peguei<br />
no boletim do euromilhões<br />
para verificar sobre a minha sorte<br />
ou falta <strong>de</strong>la e vendo um por um ,<br />
os algarismos coincidam, incluindo<br />
as duas estrelas. Estava super<br />
milionário ou, melhor dizendo,<br />
passava a ser mais um português<br />
excêntrico e com a alegria daqueles<br />
milhões vir<strong>em</strong> para o nosso<br />
tão carenciado país. Com a vantag<strong>em</strong><br />
<strong>de</strong> ninguém me po<strong>de</strong>r i<strong>de</strong>ntificar<br />
como o feliz cont<strong>em</strong>plado,<br />
para <strong>de</strong>sgosto da imprensa, porque<br />
tinha registado o boletim a<br />
mais <strong>de</strong> trezentos quilómetros da<br />
minha residência. Se tivesse força<br />
suficiente para conter o segredo<br />
<strong>de</strong>sse acontecimento, que começava<br />
a afectar a minha cabeça e<br />
a que já não ousava chamar-lhe<br />
sorte ou felicida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ria iniciar,<br />
anonimamente, pois n<strong>em</strong> à<br />
minha companheira <strong>de</strong> viag<strong>em</strong><br />
eu anunciara a saída do 1º. prémio,<br />
o “calvário” dos excêntricos,<br />
nomeadamente: i) a segurança<br />
do “papelinho” mágico, era a primeira<br />
dor <strong>de</strong> cabeça, isto é, o que<br />
fazer e como proteger o valioso<br />
talão pr<strong>em</strong>iado contra todo o tipo<br />
<strong>de</strong> riscos Tinha a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> telefonar para o Gabinete <strong>de</strong><br />
Apoio ao Alto Pr<strong>em</strong>iado (GAAP)<br />
da Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong><br />
Lisboa (SCML), a informar-me<br />
que medidas <strong>de</strong> protecção <strong>de</strong>veria<br />
tomar <strong>em</strong> relação ao talão<br />
e como proce<strong>de</strong>r para receber o<br />
prémio. Teria ainda a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> pedir, através do GAAP,<br />
para que a PSP da minha área <strong>de</strong><br />
residência me acompanhasse até<br />
à entrega do prémio, nas instalações<br />
da SMCL. Aquele gabinete<br />
(GAAP) aconselha os pr<strong>em</strong>iados<br />
a ser<strong>em</strong> discretos e sigilosos<br />
sobre o prémio ganho; ii) o que<br />
fazer àqueles milhões <strong>de</strong> euros<br />
Na minha cabeça, fervilhavam<br />
i<strong>de</strong>ias, (in) <strong>de</strong>cisões e muitas contas<br />
<strong>de</strong> dividir (“não colocar todos<br />
os ovos no mesmo cento”- é uma<br />
máxima popular com bons resultados,<br />
pensava eu, ou não tivesse<br />
sido durante muitos anos a gestão<br />
financeira parte das minhas<br />
funções profissionais); iii) como<br />
vai ser o meu dia a dia, já como<br />
milionário Passarei a andar ro<strong>de</strong>ado<br />
<strong>de</strong> sanguessugas e muitos<br />
“amigos” e até corro o risco da<br />
minha companheira <strong>de</strong> viag<strong>em</strong><br />
intentar uma acção <strong>em</strong> tribunal a<br />
exigir a meação do prémio, como<br />
aquele célebre e velho caso do excasal<br />
<strong>de</strong> namorados do norte; iv)<br />
a angústia dos ricos apo<strong>de</strong>rou-se<br />
<strong>de</strong> mim, eu que nunca fui n<strong>em</strong><br />
sou um hom<strong>em</strong> rico, <strong>em</strong>bora me<br />
consi<strong>de</strong>re, s<strong>em</strong> falsa imodéstia,<br />
um “rico hom<strong>em</strong>” <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong><br />
luta, <strong>de</strong> cumprimento da ética, da<br />
honestida<strong>de</strong>, da serieda<strong>de</strong>, etc.<br />
Sentia-me inquieto, s<strong>em</strong> a paz<br />
que antes tinha e , acima <strong>de</strong> tudo,<br />
que os 51,6 milhões que eu sabia<br />
que o mágico talão representava<br />
não me estavam a trazer a felicida<strong>de</strong><br />
que muitos pensamos adquirir<br />
com (muito) dinheiro. E<br />
num clique, l<strong>em</strong>brei-me que aos<br />
4,5% <strong>de</strong> imposto <strong>de</strong> selo a que<br />
o prémio já tinha sido sujeito a<br />
montante, pois por força da lei<br />
dos jogos os prémios t<strong>em</strong> que ser<br />
anunciados líquidos dos impostos<br />
a eles sujeitos, que sobre este<br />
“jackpot” o Estado português iria<br />
cobrar mais 20 % <strong>de</strong> imposto <strong>de</strong><br />
selo (retenção feita pela SCML) ,<br />
<strong>de</strong> acordo com a alteração introduzida<br />
com a lei do OE para 2013,<br />
como medida <strong>de</strong> combate ao défice,<br />
sobre o exce<strong>de</strong>nte ao valor <strong>de</strong><br />
5.000 euros dos prémios levantados.<br />
Assim e afinal eu só iria receber<br />
41,3 milhões, arrecadando o<br />
Estado 10,3 milhões <strong>de</strong> euros. Dei<br />
um grito e chamei “ladrões”, talvez<br />
influenciado por este “mimo”<br />
a que o povo, <strong>em</strong> geral e não apenas<br />
os sindicalistas e manifestantes,<br />
<strong>de</strong>sataram a chamar a todos<br />
os actuais governantes. A minha<br />
angústia que o “jackpot” dos 51,6<br />
milhões me estava a provocar,<br />
converteu-se numa ira contra<br />
o roubo dos 10,3 milhões. Tinha<br />
agora <strong>em</strong> qu<strong>em</strong> <strong>de</strong>scarregar, porque,<br />
afinal, seria um excêntrico<br />
com “pouco mais” <strong>de</strong> quatro <strong>de</strong>zenas<br />
<strong>de</strong> milhões, fora o exce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> trezentos mil que, provavelmente<br />
e só por si, me trariam a<br />
felicida<strong>de</strong>. Vociferava ainda, <strong>em</strong><br />
silêncio, que fui enganado pelo<br />
anúncio do “jackpot” <strong>em</strong> jogo,<br />
por utilização <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> enganosa<br />
que é crime.<br />
A transpirar, apesar <strong>de</strong> estarmos<br />
no Inverno, e com o pijama<br />
encharcado, acor<strong>de</strong>i, a meio da<br />
noite. Afinal, estava salvo pois<br />
tudo aquilo, incluindo a viag<strong>em</strong><br />
ao norte, não tinha passado dum<br />
sonho, belo no seu início mas<br />
doloroso no seu final. O nosso<br />
subconsciente t<strong>em</strong> <strong>de</strong>stas coisas<br />
e, <strong>em</strong> muitas <strong>de</strong>las, o sofrimento,<br />
como causa ou efeito, interrompe<br />
os nossos sonhos. Sossegueime,<br />
pensando no ditado popular:<br />
“Antes pobre honrado e feliz do<br />
que rico mas cheio <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as<br />
provocados pela riqueza” ■<br />
Bodas <strong>de</strong> Ouro na Gaspalha<br />
(Álvaro)<br />
Os Amigos Maria<br />
Amélia e José Antunes,<br />
celebrram as<br />
Bodas <strong>de</strong> Ouro.<br />
O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
congratula-se e agra<strong>de</strong>ce<br />
aos Amigos<br />
José Men<strong>de</strong>s e Clara<br />
Men<strong>de</strong>s a ajuda para<br />
que esta nota fosse<br />
possível. ■
4 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2013 MAIO / JUNHO<br />
Palestra do Prof. Jorge Paiva<br />
“A importância da floresta portuguesa”<br />
<strong>em</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
Realizou-se no passado dia 10<br />
<strong>de</strong> abril, pelas 10 horas, no auditório<br />
da Casa da Cultura <strong>de</strong><br />
<strong>Oleiros</strong>, a palestra “A importância<br />
da floresta portuguesa”, pelo<br />
ilustre Prof. Doutor Jorge Paiva,<br />
da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra.<br />
Num auditório repleto <strong>de</strong> alunos,<br />
provenientes <strong>de</strong> vários estabelecimentos<br />
<strong>de</strong> ensino da região, foi<br />
possível a todos os presentes ficar<br />
com uma noção bastante completa<br />
sobre a evolução histórica das<br />
florestas e a sua importância vital<br />
para a sobrevivência e b<strong>em</strong>-estar<br />
<strong>de</strong> todos os seres que povoam o<br />
planeta.<br />
O interesse foi geral e o local<br />
revelou-se pequeno para acolher<br />
os muitos participantes que acorreram<br />
a esta sessão.<br />
Recor<strong>de</strong>-se que a iniciativa se<br />
inseriu no âmbito da Prova <strong>de</strong><br />
Aptidão Profissional “A importância<br />
das Plantas Aromáticas e<br />
Medicinais no Turismo” <strong>de</strong> uma<br />
aluna Oleirense do Curso Profissional<br />
<strong>de</strong> Técnico <strong>de</strong> Turismo<br />
Ambiental e Rural da Escola Tecnológica<br />
e Profissional da Sertã,<br />
contando com o apoio do Município<br />
<strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>.<br />
A abrir a sessão esteve o presi<strong>de</strong>nte<br />
da Câmara Municipal <strong>de</strong><br />
<strong>Oleiros</strong>, José Santos Marques, o<br />
qual <strong>foco</strong>u a questão do uso múltiplo<br />
da floresta enquanto vetor <strong>de</strong><br />
maior rentabilida<strong>de</strong> florestal e <strong>de</strong>stacou<br />
a preocupação do município<br />
pela valorização dos recursos endógenos<br />
e pela <strong>de</strong>fesa da floresta<br />
contra as suas ameaças, nomeadamente<br />
os incêndios florestais.<br />
A questão do papel da floresta<br />
na gastronomia dos povos não<br />
foi esquecida pelo Professor Jorge<br />
Paiva, o qual revelou ainda<br />
conhecer muito b<strong>em</strong> o valioso património<br />
florestal Oleirense. Dele<br />
faz<strong>em</strong> parte a Mata <strong>de</strong> Álvaro,<br />
bastante estudada por botânicos e<br />
ecologistas, dando orig<strong>em</strong> a uma<br />
conhecida fonte, a Fonte da Mata<br />
ou o bosque reliquial <strong>de</strong> floresta<br />
Presi<strong>de</strong>nte José Marques e Prof Dr Jorge Paiva<br />
laurissilva, situado no Vale das<br />
Fragosas (Orvalho), na envolvente<br />
do geomonumento da Naturtejo<br />
conhecido por Queda da Fraga<br />
da Água d´ Alta, local on<strong>de</strong> existe,<br />
entre outras espécies <strong>de</strong> relevo, a<br />
maior mancha <strong>de</strong> azereiro da Península<br />
Ibérica.<br />
Refira-se que foi esta espécie<br />
que <strong>de</strong>u orig<strong>em</strong> ao nome do Rio<br />
Zêzere, pelo que muitos consi<strong>de</strong>ram<br />
que o étimo “zêzere” v<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />
“azereiro”, “zezereiro” ou “zenzereiro”.<br />
Para os muitos interessados <strong>em</strong><br />
assistir a esta palestra,<br />
Informamos que o Professor Jorge<br />
Paiva prometeu voltar a <strong>Oleiros</strong>,<br />
numa data posterior “por alturas<br />
do medronho e da castanha”, preten<strong>de</strong>ndo<br />
alertar para a riqueza do<br />
património florestal concelhio. ■<br />
Sonho<br />
carneirista<br />
Fernando Serrasqueiro<br />
Deputado<br />
Regional - Snack-Bar . Restaurante<br />
Praça do Município, 6160 <strong>Oleiros</strong><br />
Tel. 272 682 309<br />
Sá Carneiro aspirava conseguir<br />
um país monocolor – uma maioria,<br />
um Governo, um Presi<strong>de</strong>nte,<br />
com a justificação que favorecia a<br />
estabilida<strong>de</strong> e com isso se obtinha<br />
um <strong>de</strong>senvolvimento mais rápido<br />
para um país atrasado <strong>em</strong> relação<br />
à Europa.<br />
Naquela época <strong>de</strong> fortes convulsões<br />
políticas a estabilida<strong>de</strong> era vista<br />
como fator indispensável para<br />
criar um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> crescimento.<br />
Hoje num clima <strong>de</strong> crise económica<br />
t<strong>em</strong>os o sonho <strong>de</strong> Sá Carneiro<br />
concretizado.<br />
A pergunta que se coloca é se<br />
esta singular situação é a a<strong>de</strong>quada<br />
para criar condições que propici<strong>em</strong><br />
o crescimento e a harmonia social<br />
O Presi<strong>de</strong>nte Cavaco Silva foi o<br />
motor para se alcançar este <strong>de</strong>si<strong>de</strong>rato<br />
singular, com um feitio que<br />
convive mal com lí<strong>de</strong>res fortes,<br />
<strong>de</strong>terminados, que lhe retir<strong>em</strong> o<br />
protagonismo numa d<strong>em</strong>ocracia,<br />
republicana, s<strong>em</strong>iparlamentar e<br />
com regiões autónomas.<br />
Tudo fez para <strong>de</strong>rrubar Sócrates,<br />
cuja personalida<strong>de</strong> é pouco ajustada<br />
a ser subserviente com uma<br />
conceção presi<strong>de</strong>ncialista da vida<br />
política quando a constituição a<br />
centra no parlamento.<br />
Os discursos críticos <strong>de</strong> Cavaco e<br />
o apelo à insurreição jov<strong>em</strong> foram<br />
o combustível que alimentaram<br />
um clima <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> numa<br />
altura <strong>em</strong> que a crise atingia níveis<br />
que um presi<strong>de</strong>nte economista não<br />
podia <strong>de</strong>sconhecer n<strong>em</strong> os seus<br />
impactos.<br />
Cavaco ajudou a <strong>de</strong>rrubar Sócrates,<br />
com o pretexto <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconhecimento<br />
do PEC IV quando se sabe<br />
que os orçamentos <strong>de</strong> estado não<br />
lhe são en<strong>de</strong>reçados previamente e<br />
que têm maior dignida<strong>de</strong> constitucional.<br />
A sua estratégia era <strong>de</strong>rrubar<br />
o governo porque sabia o que<br />
acontecia na Europa que era penalizar<br />
qu<strong>em</strong> estava a gerir a maior<br />
crise da nossa vida.<br />
Em vez <strong>de</strong> ser um agente facilitador<br />
<strong>de</strong> consensos tornou-se um<br />
incendiário com a missão <strong>de</strong> abrir<br />
caminho aos partidos que o elegeram.<br />
Tendo obtido êxito nesta<br />
tarefa tornou-se uma figura inútil<br />
no espaço político português porque<br />
per<strong>de</strong>u marg<strong>em</strong> <strong>de</strong> manobra<br />
para criar condições <strong>de</strong> diálogo do<br />
governo com o maior partido da<br />
oposição.<br />
A apresentação da moção <strong>de</strong><br />
censura do PS ao governo é, por<br />
isso, a maior <strong>de</strong>rrota <strong>de</strong> Cavaco<br />
Silva, porque ficou claro que neste<br />
momento já só é um suporte institucional<br />
dum governo maioritário<br />
<strong>em</strong> que o apoio do presi<strong>de</strong>nte não<br />
é tão necessário.<br />
Hoje o Presi<strong>de</strong>nte é um gestor <strong>de</strong><br />
silêncios, auto prisioneiro, <strong>em</strong> fuga<br />
do país e <strong>de</strong>sejoso que as férias se<br />
aproxim<strong>em</strong>. Por isso nos questionamos<br />
se o sonho Sácarneirista é o<br />
que melhor se ajusta a esta realida<strong>de</strong>,<br />
quando se justificaria que fosse<br />
um presi<strong>de</strong>nte solto da maioria<br />
que ouvisse os portugueses e com<br />
capacida<strong>de</strong>. ■<br />
Edifício Sta. Margarida, Lt 1, Lj 2, 6160-404 <strong>Oleiros</strong><br />
Telefone 272 681 011. Fax 272 681 012<br />
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Um livro é um Amigo certo<br />
Frequente o Centro Cultural <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, é grátis”
2013 MAIO / JUNHO<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 5<br />
O FAROL<br />
História trágico-marítima<br />
O autor ignora o Novo Acordo () Ortográfico<br />
António Graça<br />
“As <strong>de</strong>cisões públicas são tomadas pelos políticos na base do seu próprio b<strong>em</strong>-estar, e<br />
não no interesse da socieda<strong>de</strong> como um todo”<br />
(Aníbal Cavaco Silva, 1978)<br />
Portugal t<strong>em</strong> uma costa marítima<br />
com cerca <strong>de</strong> 800km <strong>de</strong> extensão.<br />
Foi no mar que se escreveram os<br />
gran<strong>de</strong>s momentos da nossa história,<br />
nomeadamente a <strong>de</strong>scoberta<br />
dos novos mundos, que respiravam<br />
para além das fronteiras físicas <strong>de</strong><br />
Portugal, momentos que fizeram,<br />
do pequeno país que ainda somos,<br />
a respeitada potência mundial que<br />
há muito <strong>de</strong>ixámos <strong>de</strong> ser.<br />
É natural, por esse motivo, que,<br />
numa altura <strong>em</strong> que o país se encontra<br />
a braços com uma crise para<br />
a qual foi <strong>em</strong>purrado por gente<br />
<strong>de</strong>squalificada, alguns responsáveis<br />
políticos, invoqu<strong>em</strong> o mar e os históricos<br />
feitos atribuídos aos portugueses,<br />
como factores inspiradores<br />
<strong>de</strong> soluções para ultrapassar a actual<br />
situação do país.<br />
Contudo, n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre o faz<strong>em</strong> da<br />
melhor forma;<br />
Há t<strong>em</strong>pos, o ministro Gaspar<br />
afirmava que Portugal é como um<br />
navio no meio <strong>de</strong> uma t<strong>em</strong>pesta<strong>de</strong>,<br />
e que, por esse motivo é necessário<br />
manter o rumo.<br />
Nada <strong>de</strong> mais errado. Nessas situações,<br />
o comandante avalia os<br />
parâmetros, ou características, da<br />
t<strong>em</strong>pesta<strong>de</strong> e toma as medidas<br />
a<strong>de</strong>quadas para que o navio a ultrapasse<br />
com o menor dano possível,<br />
medidas essas que, muitas vezes,<br />
pod<strong>em</strong> incluir uma mudança <strong>de</strong><br />
rumo, a fim <strong>de</strong> minorar a exposição<br />
do navio aos efeitos da t<strong>em</strong>pesta<strong>de</strong>.<br />
Provavelmente, o ministro nunca<br />
fez uma viag<strong>em</strong> marítima, mas,<br />
com a sua afirmação, d<strong>em</strong>onstrou<br />
que seria tão mau a manobrar um<br />
navio, como o é a impl<strong>em</strong>entar as<br />
suas medidas <strong>de</strong> política orçamental,<br />
e, do falhanço <strong>de</strong>stas já nós t<strong>em</strong>os<br />
provas evi<strong>de</strong>ntes.<br />
O Presi<strong>de</strong>nte da República é<br />
uma das vozes que, com alguma<br />
frequência, no conteúdo dos seus<br />
inócuos discursos <strong>de</strong> ocasião, elege<br />
o mar como <strong>de</strong>sígnio nacional.<br />
Concordo plenamente, só que, na<br />
prática a actuação dos responsáveis<br />
assume-se com posições frontalmente<br />
contrárias a esse <strong>de</strong>sígnio.<br />
Depois <strong>de</strong>, ainda no <strong>de</strong>curso dos<br />
mandatos <strong>de</strong> Cavaco Silva como<br />
primeiro-ministro, se ter procedido<br />
à <strong>de</strong>struição da frota pesqueira nacional,<br />
<strong>de</strong> acordo com os interesses<br />
da Comunida<strong>de</strong> Europeia e a troco<br />
<strong>de</strong> um punhado <strong>de</strong> euros (nessa<br />
altura ainda escudos) <strong>de</strong> subsídios,<br />
t<strong>em</strong>os, nos dias que corr<strong>em</strong> como<br />
ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> uma política anti <strong>de</strong>sígnio<br />
marítimo, o vergonhoso tratamento<br />
que o governo <strong>de</strong> Passos<br />
Coelho t<strong>em</strong> vindo a dar aos Estaleiros<br />
Navais <strong>de</strong> Viana do Castelo,<br />
tratamento esse que parece apostado<br />
<strong>em</strong> <strong>de</strong>struir aquela conceituada<br />
unida<strong>de</strong> da indústria naval.<br />
Como Outros ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> uma<br />
política anti-mar, po<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os ainda<br />
referir os inexplicáveis obstáculos<br />
colocados aos investidores nacionais<br />
que pretend<strong>em</strong> investir na<br />
aquacultura.<br />
A SIC <strong>em</strong>itiu há s<strong>em</strong>anas atrás um<br />
documentário no qual se mostrava<br />
a forma miserável como são tratados<br />
aqueles que pretend<strong>em</strong> levar a<br />
cabo projectos nesta área.<br />
Num dos casos o investidor anda<br />
há cinco anos a aguardar que lhe<br />
seja permitido concluir o projecto.<br />
Neste período <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po já gastou<br />
o dinheiro que tinha <strong>de</strong>stinado ao<br />
projecto, ven<strong>de</strong>u a sua habitação,<br />
isto para além <strong>de</strong> outras provações<br />
por que t<strong>em</strong> passado para conseguir<br />
manter vivo o seu projecto.<br />
Estes casos passam-se porque os<br />
projectos passam pelas teias <strong>de</strong> certas<br />
instituições, que mais não são<br />
que ninhos <strong>de</strong> ratos <strong>de</strong> gabinete,<br />
cuja intervenção não trás qualquer<br />
mais-valia para a economia, e se<br />
presta a actos pouco lícitos.<br />
Evi<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente, se o investidor for<br />
estrangeiro ou algum personag<strong>em</strong><br />
nacional com boas ligações políticas,<br />
esses obstáculos <strong>de</strong>saparec<strong>em</strong><br />
como que por magia<br />
Por experiência pessoal, enquanto<br />
gestor <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa, cito um caso<br />
<strong>em</strong> que uma candidatura <strong>de</strong> uma<br />
<strong>em</strong>presa exportadora a apoios <strong>de</strong><br />
um programa <strong>de</strong> dinamização da<br />
economia, d<strong>em</strong>orou três anos a ser<br />
analisada, isto após uma enorme<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pedidos <strong>de</strong> estudos<br />
e <strong>de</strong> pareceres. Passados dois anos<br />
sobre a <strong>de</strong>cisão favorável, a <strong>em</strong>presa,<br />
<strong>em</strong>bora tenha concluído o investimento,<br />
ainda não recebeu a totalida<strong>de</strong><br />
dos fundos que lhe foram<br />
concedidos.<br />
Isto acontece num país on<strong>de</strong> muito<br />
se fala <strong>em</strong> <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dorismo e<br />
competitivida<strong>de</strong>.<br />
A Inveja<br />
A inveja é, como todos aprend<strong>em</strong>os<br />
nas longínquas aulas <strong>de</strong> moral,<br />
um pecado. Ora, o ministro das finanças<br />
al<strong>em</strong>ão, Wolfgang Schäuble,<br />
o tal que é um gran<strong>de</strong> fan <strong>de</strong> Victor<br />
Gaspar, veio acusar os países do sul<br />
da Europa <strong>de</strong> ter<strong>em</strong> inveja dos al<strong>em</strong>ães,<br />
por ser<strong>em</strong> superiores a eles.<br />
Acusa-os ainda <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> preguiçosos,<br />
gastadores e <strong>de</strong> mais uma série<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos<br />
Este tipo <strong>de</strong> discurso, preten<strong>de</strong>ndo<br />
que os al<strong>em</strong>ães são superiores<br />
aos restantes povos, teve a sua<br />
época áurea no t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> Hitler e é<br />
aprova <strong>de</strong> que os d<strong>em</strong>ónios do passado<br />
ainda estão vivos <strong>em</strong> algumas<br />
cabeças.<br />
Aliás, conforme já o afirmei anteriormente<br />
nestas páginas a Al<strong>em</strong>anha<br />
está a tentar fazer, pela via da<br />
economia, o que Hitler não conseguiu<br />
pela via das armas, contando<br />
para isso com alguns colaboracionistas<br />
como a Holanda e com o baixo<br />
nível e servilismo dos lí<strong>de</strong>res dos<br />
restantes países da União.<br />
A Merkl (não a trato por senhora<br />
por respeito para com as verda<strong>de</strong>iras<br />
senhoras) está, com a ajuda do<br />
seu ministro das finanças, a pôr <strong>em</strong><br />
prática algo que, à minha inteira<br />
responsabilida<strong>de</strong>, classifico <strong>de</strong> nazismo<br />
económico, através <strong>de</strong> um<br />
plano <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição das economias<br />
dos países periféricos e, no limite,<br />
da própria União Europeia.<br />
Os al<strong>em</strong>ães têm fraca m<strong>em</strong>ória e<br />
esquec<strong>em</strong> que, <strong>em</strong> 1953, lhes foram<br />
perdoados 50% da sua dívida <strong>em</strong><br />
condições especialmente favoráveis,<br />
nomeadamente:<br />
1. Perdão <strong>de</strong> 50% da dívida<br />
2. Reescalonamento do prazo da<br />
dívida para um prazo longo<br />
3. Condicionamento do valor das<br />
prestações à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pagamento<br />
do <strong>de</strong>vedor( Al<strong>em</strong>anha)<br />
O pagamento <strong>de</strong>vido <strong>em</strong> cada<br />
ano não po<strong>de</strong>ria exce<strong>de</strong>r a capacida<strong>de</strong><br />
da economia. Em caso <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s,<br />
foi prevista a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> suspensão e <strong>de</strong> renegociação dos<br />
pagamentos. O valor dos montantes<br />
afectos ao serviço da dívida nao po<strong>de</strong>ria<br />
ser superior a 5% do valor das<br />
exportações. As taxas <strong>de</strong> juro foram<br />
mo<strong>de</strong>radas, variando entre 0 e 5 %.<br />
Entre 1953 e 1958 foi concedida a<br />
situação <strong>de</strong> carência durante a qual<br />
só pagaram juros.<br />
Apenas <strong>em</strong> Outubro <strong>de</strong> 1990,<br />
dois dias <strong>de</strong>pois da reunificação, o<br />
Governo al<strong>em</strong>ão <strong>em</strong>itiu obrigações<br />
para pagar a dívida contraída na década<br />
<strong>de</strong> 1920.<br />
Curiosamente, entre os países<br />
que aceitaram o perdão da dívida<br />
al<strong>em</strong>ã estão, a Grécia, a Irlanda e a<br />
Espanha.<br />
Até breve ■<br />
AS CONFRARIAS – Associações<br />
Mo<strong>de</strong>rnas<br />
(Este texto não segue as regras do novo acordo ortográfico)<br />
Alda Barata Salgueiro<br />
Dando continuida<strong>de</strong> ao meu artigo<br />
anterior sobre a intermunicipalida<strong>de</strong><br />
e tomando como ponto <strong>de</strong><br />
partida as consi<strong>de</strong>rações apresentadas<br />
por F. Carvalho no seu artigo<br />
Turismo sustentável e o concelho <strong>de</strong><br />
<strong>Oleiros</strong>, penso que seria uma boa<br />
oportunida<strong>de</strong> para dar um passo<br />
<strong>em</strong> frente no sentido <strong>de</strong>, <strong>em</strong> conjunto,<br />
os concelhos promoveram os<br />
seus produtos gastronómicos assim<br />
como as suas tradições locais.<br />
Para uma iniciativa <strong>de</strong>ste tipo<br />
faria sentido criar uma associação<br />
regional, talvez uma confraria, representativa<br />
dos três municípios<br />
<strong>em</strong> que os estatutos cont<strong>em</strong>plariam<br />
a promoção e valorização comum,<br />
mas também a salvaguarda das<br />
particularida<strong>de</strong>s locais <strong>de</strong> cada um<br />
<strong>de</strong>les.<br />
As confrarias são associações regionalistas<br />
baseadas no espírito <strong>de</strong><br />
cidadania e <strong>de</strong> <strong>de</strong>voção às regiões,<br />
com o objectivo <strong>de</strong> valorizar e promover<br />
o seu património gastronómico,<br />
cultural e tradicional.<br />
Trata-se <strong>de</strong> um esforço colectivo<br />
que resulta <strong>em</strong> acções <strong>de</strong> divulgação<br />
<strong>em</strong> eventos nacionais e internacionais,<br />
organizados por iniciativa<br />
própria ou por iniciativa <strong>de</strong> outras<br />
associações congéneres, que mutuamente<br />
se promov<strong>em</strong>.<br />
Os produtos tradicionais <strong>de</strong>stes<br />
três concelhos são variados e <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ndo ter um papel<br />
importante na sua economia: Os<br />
enchidos e o mel <strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei, o<br />
maranho e os queijos da Sertã, o<br />
cabrito estonado e a medronheira<br />
<strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> e <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> gastronomia<br />
turística: a tiborna, a salada<br />
<strong>de</strong> almeirão, as papas <strong>de</strong> carolo <strong>de</strong><br />
milho, as filhoses espichadas, os bolos<br />
<strong>de</strong> azeite, enfim, muitas coisas<br />
boas que é urgente dar a conhecer<br />
sob pena <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> absorvidas pelas<br />
po<strong>de</strong>rosas leis do «fast food».<br />
A Casa da Comarca da Sertã, instituição<br />
comum aos três concelhos,<br />
estou certa, podia ser a força dinamizadora<br />
para avançar com esta<br />
i<strong>de</strong>ia. ■<br />
* Maria Alda Barata Salgueiro , Colaboradora<br />
Especializada do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
Gonçalves Real & Associado, Lda.<br />
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Dispomos <strong>de</strong> uma equipa profissional apta a apoiá-lo, quer se trate do projecto <strong>de</strong> alterações <strong>de</strong> legalização ou <strong>de</strong> uma construção nova, po<strong>de</strong>rá contar com todo o acompanhamento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>:<br />
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6 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2013 MAIO / JUNHO<br />
A seguir o que virá<br />
Lucília Rebouta<br />
Caramba!<br />
Caramba não é <strong>de</strong>cididamente<br />
a palavra mais correcta para<br />
se iniciar um artigo,uma nota ou<br />
seja lá o que for, mas, caramba,<br />
BASTA! Basta <strong>de</strong> tanta austerida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong> tantos sacrifícios, <strong>de</strong> tanta<br />
má política. BASTA!!!<br />
Estamos fartos <strong>de</strong> miséria,<strong>de</strong><br />
miseráveis carácteres e <strong>de</strong> políticas<br />
mesquinhas. Haja um Deus<br />
que trave estes vendilhões que se<br />
<strong>em</strong>brenham <strong>em</strong> jantares palacianos<br />
enquanto a plebe morre <strong>de</strong><br />
fome.<br />
Não percebo nada <strong>de</strong> política<br />
mas até um leigo <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> o ser<br />
perante o que vê e ouve na comunicação<br />
social, e pelo <strong>de</strong>senrolar<br />
da situação do país.<br />
Depois <strong>de</strong> o Tribunal Constitucional<br />
ter chumbado algumas<br />
das medidas do Orçamento <strong>de</strong><br />
Estado a vingança recaiu mais<br />
uma vez sobre o povo, o elo mais<br />
fraco <strong>de</strong>ste triste cenário político.<br />
Avizinham-se cortes na Segurança<br />
Social, na educação e na saú<strong>de</strong><br />
e como a culpa <strong>de</strong> uma má governação<br />
não é assumida pelos governantes<br />
n<strong>em</strong> po<strong>de</strong> morrer solteira,<br />
r<strong>em</strong>ete-se para o Tribunal<br />
Constitucional,pois claro! Este é o<br />
culpado porque impões barreiras<br />
ao roubo total e <strong>de</strong>scarado que recai<br />
sobre os portugueses.<br />
Cortes na saú<strong>de</strong>, mas haverá<br />
mais o que cortar! Todos nós sab<strong>em</strong>os<br />
que SNS está moribundo.<br />
Faltam recursos humanos, físicos<br />
e materiais,não há como dar resposta<br />
ao utente e a saú<strong>de</strong> não espera.<br />
Adoec<strong>em</strong>os todos os dias é<br />
preciso tratar, mas tratar s<strong>em</strong> condições<br />
é cada vez mais um dil<strong>em</strong>a.<br />
Não é novida<strong>de</strong> para ninguém<br />
que os seviços <strong>de</strong> urgência estão<br />
caóticos, que quase já não têm capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> resposta. Utiliza-se a<br />
estratégia do vaivém: o doente é<br />
medicado e r<strong>em</strong>etido para o domicílio,<br />
se tudo correr mal volta<br />
no dia seguinte ou qu<strong>em</strong> sabe,<br />
horas <strong>de</strong>pois e vai e volta até...<br />
O mesmo acontece ao nível dos<br />
internamentos, que, implicando<br />
<strong>de</strong>spesas para o Estado se abreviam<br />
e ainda que os profissionais<br />
tenham um bom <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho falta<br />
<strong>de</strong>pois o acompanhamento <strong>de</strong>vido,<br />
o que po<strong>de</strong> levar a um novo<br />
retorno, e não há como evitar pois<br />
como disse a saú<strong>de</strong> não espera, e<br />
neste campo, a continuarmos assim<br />
andamos s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> círculo<br />
só não po<strong>de</strong> ser o utente a pagar<br />
por estes erros.<br />
A qualida<strong>de</strong> do SNS está abalada<br />
e cai cada vez mais <strong>em</strong> <strong>de</strong>scrédito.<br />
As medidas <strong>de</strong> r<strong>em</strong>o<strong>de</strong>lação<br />
passam ainda pelo aumento das<br />
taxas mo<strong>de</strong>radoras e pela diminuição<br />
da comparticipação médica,<br />
eis uma medida fundamental<br />
para o incentivo á proliferação<br />
das agências funerárias, mais claro<br />
que isto! Não há meus Senhores!<br />
A saú<strong>de</strong> e a educação estão cada<br />
vez mais caras. Morre-se cada vez<br />
mais, estuda-se cada vez menos.<br />
Insist<strong>em</strong> <strong>em</strong> manter-nos analfabetos<br />
(um povo ignorante é mais<br />
maleável), tudo faz<strong>em</strong> para transformar<br />
o povo <strong>em</strong> NADA!<br />
Sab<strong>em</strong>os que mais cortes na<br />
educação levarão a mais abandono<br />
escolar, consequent<strong>em</strong>ente lá<br />
voltamos nós á conhecida frase<br />
<strong>de</strong> outros t<strong>em</strong>pos e tão actual: ”É<br />
PRECISO MANTER O POVO NA<br />
IGNORÂNCIA”, pois concerteza<br />
que sim, quanto mais ignorante<br />
for o povo menos retalia.<br />
O <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego cresce <strong>de</strong>smedidamente<br />
criando barreiras ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />
e ao rendimento<br />
nacionais. Viv<strong>em</strong>os um dia-a-dia<br />
<strong>de</strong> preocupação, <strong>em</strong>brenhados<br />
que estamos nos probl<strong>em</strong>as sociais<br />
e financeiros do país e consequent<strong>em</strong>ente<br />
nossos. Já não t<strong>em</strong>os<br />
vida própria e se <strong>em</strong> t<strong>em</strong>pos<br />
viv<strong>em</strong>os acima da média a culpa<br />
foi dos governantes que tudo<br />
possibilitaram, não tent<strong>em</strong> agora<br />
culpabilizar o cidadão para assim<br />
<strong>de</strong>sviar<strong>em</strong> as atenções do verda<strong>de</strong>iro<br />
culpado.<br />
É certo que é necessário algum<br />
esforço para saír da crise que assola<br />
o país, mas, antes <strong>de</strong> agredir<br />
o povo <strong>de</strong>veriam acabar com o<br />
supérfluo, com as mordomias,<br />
com os escandalosos or<strong>de</strong>nados<br />
<strong>de</strong> alguns pois só com uma política<br />
igualitária e transparente conseguimos<br />
viver <strong>em</strong> d<strong>em</strong>ocracia e<br />
fazer <strong>de</strong> Portugal um país justo<br />
on<strong>de</strong> não sintamos n<strong>em</strong> medo<br />
n<strong>em</strong> vergonha <strong>de</strong> viver. ■<br />
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<strong>em</strong> resposta ao anúncio nº 1
2013 MAIO / JUNHO<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 7<br />
Um país <strong>de</strong>smotivado<br />
Joaquim Vitorino<br />
Portugal está <strong>de</strong>smotivado, e<br />
não sabe para on<strong>de</strong> vai; com a<br />
economia quase inerte,não passa<br />
<strong>de</strong> um país adiado, que vive <strong>de</strong><br />
endividamentos sucessivos e s<strong>em</strong><br />
um rumo traçado, s<strong>em</strong> uma política<br />
<strong>de</strong> recuperação económica que<br />
nos possa tranquilizar, é precisoque<br />
no mínimo,se vislumbre uma<br />
luz ao fundo do túnel, que tarda<br />
<strong>em</strong> aparecer. Os próximos t<strong>em</strong>pos<br />
vão ser <strong>de</strong> incertezas e <strong>de</strong>scontentamento;<br />
os portugueses andam<br />
angustiados, s<strong>em</strong> perspetivas <strong>de</strong><br />
futuro, e o espectro <strong>de</strong> dias piores<br />
paira no ar; o prolongamento da<br />
dívida é quase uma inevitabilida<strong>de</strong>,<br />
e o aumento <strong>de</strong>sta, coloca aos<br />
portugueses uma questão pertinente;<br />
com que direito,um grupo<br />
<strong>de</strong> privilegiados coloca o país <strong>de</strong><br />
joelhos, perante um grupo <strong>de</strong> credores,<br />
com o olhar atento e crítico,<br />
da comunida<strong>de</strong> internacional.<br />
Fala-se <strong>em</strong> austerida<strong>de</strong>, quando<br />
n<strong>em</strong> os números <strong>de</strong> <strong>de</strong>putados<br />
estão dispostos a reduzir; existe<br />
aqui uma cumplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos<br />
os partidos, porque com os t<strong>em</strong>pos<br />
que corr<strong>em</strong>ninguém quer<br />
ce<strong>de</strong>r o lugar. Alguns <strong>de</strong>les não<br />
faz<strong>em</strong> uma única intervenção na<br />
Ass<strong>em</strong>bleia da República, durante<br />
uma legislatura completa. Há<br />
dias um ministro falou da natalida<strong>de</strong>,<br />
uma questão d<strong>em</strong>ográfica<br />
que é uma consequência direta<br />
do momento; não se po<strong>de</strong> planear<br />
a extensão familiar, nestas<br />
condições <strong>de</strong> incerteza no futuro;<br />
compreendo a preocupaçãoque<br />
os atuais governantes têm, com<br />
o baixo índice <strong>de</strong> nascimentos,<br />
são precisas mais crianças porque<br />
serão elas, que quando adultas<br />
terão que pagar a dívida, para alguns<br />
não ter<strong>em</strong> no presente,que<br />
abdicar <strong>de</strong> privilégios, que a<br />
esmagadora maioria dos portugueses<br />
não t<strong>em</strong> acesso. A continuação<br />
<strong>de</strong> Portugal no euro, está<br />
numa corda bamba, não se sabe<br />
ao certo para que lado vai cair; a<br />
pressão está a crescer, com a recessão<br />
a agravar-se a olhos vistos,<br />
as <strong>de</strong>spesas não são compensadas<br />
com as receitas, nesta situação <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sequilíbrio,Portugal vai continuar<br />
a pedir mais dinheiro, e<br />
entrará num sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> bola <strong>de</strong><br />
neve; a austerida<strong>de</strong> não po<strong>de</strong> ser<br />
acompanhada <strong>de</strong> mais <strong>em</strong>préstimos;<br />
não pod<strong>em</strong>os <strong>de</strong>ixar para<br />
as gerações futuras este pesado<br />
fardo, esta tr<strong>em</strong>enda injustiça;<br />
terá que ser os que contraíram<br />
a dívidaa ter que a pagar; qu<strong>em</strong><br />
assim não pensar, está a con<strong>de</strong>nar<br />
os seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, que um dia<br />
os virão a julgar negativamente.<br />
Énesta negra perspetiva, que <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os<br />
sair do euro. Um segundo<br />
resgate que está à vista, atira-nos<br />
para o buraco negro s<strong>em</strong>elhante<br />
ao que caiu a Grécia. A nossa<br />
saída do euro não precipitada,<br />
com datas e metas fixas, não nos<br />
<strong>de</strong>ixaria pior; e iria aliviar as gerações<br />
futuras, <strong>de</strong> parte <strong>de</strong> encargos<br />
que lhes vão ser infligidos,<br />
eles nunca vão tirar qualquer<br />
benefício, <strong>de</strong>sta política <strong>de</strong> <strong>em</strong>préstimos<br />
que também afetará<br />
aqueles, que tiver<strong>em</strong> a infelicida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> aqui nascer; ainda quenum<br />
futuro longínquo. Portugal está a<br />
<strong>de</strong>finhar, com a frágil economia<br />
praticamente estrangulada; nestas<br />
condições terá que abandonar<br />
o euro, para lentamente iniciar a<br />
recuperação; os <strong>em</strong>igrantes vão<br />
ter como s<strong>em</strong>pre, um importante<br />
papel a <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhar; eles são os<br />
socorristas <strong>de</strong> s<strong>em</strong>pre do seu país,<br />
quando este está <strong>em</strong> aflição; muitas<br />
vezes foram esquecidos, mas<br />
o seu sentido patriótico é muito<br />
forte; o envio <strong>de</strong> divisas vai ser<br />
fundamental, durante um longo<br />
período <strong>em</strong> que Portugal, não<br />
conseguirá colocar dívida pública<br />
nos mercados, que só <strong>de</strong>verá ser<br />
feita <strong>em</strong> casos excecionais, e <strong>de</strong><br />
curto prazo. Este estado <strong>de</strong> subserviência<br />
para um português <strong>de</strong><br />
bom senso, é absolutamente inaceitável,<br />
esta política <strong>de</strong> endividamento<br />
merece o repúdio <strong>de</strong> todos<br />
nós; será melhor sermos pobres<br />
por uns t<strong>em</strong>pos, do que o ser<br />
para s<strong>em</strong>pre, pois é disso que se<br />
trata; é essa a questão que se coloca<br />
aos portugueses. A situação<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sgraça <strong>em</strong> que uns quantos<br />
colocaram o país, não t<strong>em</strong> razão<br />
<strong>de</strong> ser; porquanto Portugal t<strong>em</strong><br />
a mais privilegiada situação geográfica<br />
da Europa, somos um entreposto<br />
entre os EUA e Canadá,<br />
com o domínio <strong>de</strong> uma vasta área<br />
do Atlântico Norte e Sul, não t<strong>em</strong>os<br />
probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> regionalismo<br />
interno, e somos excelentes diplomatas,<br />
e um povo inteligente;<br />
t<strong>em</strong>os todos os ingredientes para<br />
sairmos da crise, que alguns governantes<br />
nos últimos anos, não<br />
tiveram n<strong>em</strong> têm, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
nos tirar; os nossos <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes,<br />
daqui por centenas <strong>de</strong> anos ainda<br />
estão a questionar-se, como é que<br />
os portugueses <strong>de</strong> hoje, com a mais<br />
alta taxa educacional <strong>de</strong> s<strong>em</strong>pre,<br />
e vivendo <strong>em</strong> época <strong>de</strong> paz,s<strong>em</strong><br />
qualquer acontecimento com que<br />
se possam justificar, autorizaram<br />
através da legitimida<strong>de</strong> do voto,<br />
que uns quantos <strong>de</strong>struíss<strong>em</strong> um<br />
país, que será um dia o <strong>de</strong>les. ■<br />
E-Migrar para Portugal, um episódio<br />
<strong>de</strong> uma vida<br />
Sofia Alves Martins<br />
Tudo começou quando peguei<br />
por mero acaso numa revista.<br />
Escolhi aquela, entre tantas outras,<br />
hoje percebo porquê...foi o<br />
<strong>de</strong>stino.<br />
Já tinha 10 anos, mas a capa era<br />
a mais chamativa entre as d<strong>em</strong>ais:<br />
uma praia paradisíaca e um título<br />
b<strong>em</strong> conhecido dos dias <strong>de</strong> hoje,<br />
“Diga não ao stress!”.<br />
Atrevi-me a folhear as suas páginas,<br />
na expectativa <strong>de</strong> ser eu, a<br />
encontrar naquele t<strong>em</strong>po, respostas<br />
para os dias <strong>de</strong> hoje.<br />
Páginas <strong>de</strong> luxuria, álcool,<br />
amiza<strong>de</strong>s plásticas que ca<strong>em</strong> do<br />
céu… Um manual <strong>de</strong> auto-ajuda,<br />
que ousava ensinar a viver o presente,<br />
sugerindo que fechasse as<br />
mágoas do passado numa pequena<br />
caixa com ca<strong>de</strong>ado e esquecesse<br />
o massacre das expectativas<br />
sobre o futuro. Uma agenda, com<br />
propostas <strong>de</strong> alterações transcen<strong>de</strong>ntais<br />
ao nosso modo <strong>de</strong><br />
vida! Que máximo, podíamos ser<br />
tudo! Num dia mulher, no outro<br />
<strong>em</strong>presária, no seguinte mãe, no<br />
anterior dona <strong>de</strong> casa, e na s<strong>em</strong>ana<br />
seguinte, voluntária, fashionvictim,<br />
crítica gastronómica...só<br />
faltava mesmo apontar o dia da<br />
s<strong>em</strong>ana <strong>em</strong> que era suposto ser<br />
feliz.<br />
Depois <strong>de</strong> páginas e páginas <strong>de</strong><br />
locais lindíssimos, com os quais<br />
n<strong>em</strong> me atrevia a sonhar, encontro-os.<br />
Um casal jov<strong>em</strong>, simples,<br />
com dois filhos, com o qual me<br />
i<strong>de</strong>ntifiquei <strong>de</strong> imediato. Uma<br />
história <strong>de</strong> corag<strong>em</strong>, uma viag<strong>em</strong>,<br />
um investimento <strong>de</strong> alto risco, um<br />
<strong>de</strong>stino. O casal, cansado da vida<br />
citadina, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> tentar a sua sorte<br />
num meio rural. Partilham no<br />
artigo a sua experiencia, a dor, a<br />
alegria, e terminam dizendo que<br />
afinal é mesmo verda<strong>de</strong>, precisamos<br />
<strong>de</strong> viver a c<strong>em</strong> por cento,<br />
s<strong>em</strong> limites, aproveitando cada<br />
dia e minuto como se, literalmente,<br />
não houvesse amanhã.<br />
Respirei fundo, olhei <strong>em</strong> volta<br />
e tudo parecia estar diferente: as<br />
cores, o cheiro, as vozes…<br />
Aperceb<strong>em</strong>o-nos que o t<strong>em</strong>po<br />
escasseava e a vida fugia-nos por<br />
entre os <strong>de</strong>dos cansados, dia após<br />
dia. Os brinquedos amontoavamse<br />
no quarto quase intocáveis<br />
e s<strong>em</strong> t<strong>em</strong>po. S<strong>em</strong> t<strong>em</strong>po para<br />
respirar. Sufocados por barulhos<br />
infernais. Infindáveis correrias e<br />
noites mal dormidas. Parecia que<br />
a imensidão e o encanto <strong>de</strong> uma<br />
vida e <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> magnífica,<br />
simplesmente <strong>de</strong>saparecera.<br />
Sentíamo-nos reféns <strong>de</strong> uma rotina<br />
angustiante.<br />
Depois <strong>de</strong> tantos anos a nossa<br />
cida<strong>de</strong> parecia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> dar sentido<br />
a cada palavra, a cada pensamento<br />
ou aspiração.<br />
Foi então que <strong>de</strong> repente, e<br />
como que por alquimia, sentimos<br />
falta. Uma falta enorme <strong>de</strong> respirar,<br />
do silêncio a quatro, <strong>de</strong> um<br />
simples caminhar, <strong>de</strong> dormir um<br />
sono <strong>de</strong>scansado e porque não <strong>de</strong><br />
um belo pedaço <strong>de</strong> PAZ!<br />
Sentimos medo, principalmente<br />
medo <strong>de</strong> não ter t<strong>em</strong>po para<br />
dar t<strong>em</strong>po a dois pequenos pedaços<br />
<strong>de</strong> nós.<br />
Não havia momento certo. Já<br />
<strong>de</strong>via ter sido ont<strong>em</strong>, era agora,<br />
seria amanhã, mas, certo era que<br />
caminharíamos os quatro.<br />
A paixão pela terra era evi<strong>de</strong>nte,<br />
pelo seu afecto, pela sua paz,<br />
pelas suas pessoas.<br />
As i<strong>de</strong>ias fervilhavam.<br />
As fraldas, os brinquedos e<br />
todo um começo <strong>de</strong> vida a dois,<br />
partilhado a quatro, até parecia<br />
caber numa única mala.<br />
Ir para uma terra nova pressupõe<br />
levar também os sonhos.<br />
Então, fugimos e levámo-los connosco!<br />
Levámos na bagag<strong>em</strong> cada<br />
pedaço <strong>de</strong> nós, mas, o medo também<br />
exigiu que ficass<strong>em</strong> algumas<br />
s<strong>em</strong>entes na cida<strong>de</strong> abandonada.<br />
Fomos simplesmente mais uns<br />
entre tantos. Fomos curiosos e<br />
nada inteligentes para alguns.<br />
Irreverentes, optimistas e <strong>em</strong>penhados<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro instante.<br />
Sociáveis e eternamente gratos<br />
à Vila <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> que, s<strong>em</strong> saber,<br />
nos acolheu <strong>de</strong>s<strong>de</strong> crianças e agora<br />
mais do que nunca nos dá a<br />
mão.<br />
Sentimos um orgulho imenso.<br />
T<strong>em</strong>os agora o privilégio <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />
respirar este silêncio inigualável<br />
e adormecer sob tantas noites<br />
estreladas, tão especiais para nós.<br />
Encontrámos finalmente o sagrado,<br />
<strong>em</strong> simples actos comuns,<br />
como abrir uma janela, ou levar<br />
os nossos filhos à escola.<br />
Agora sim viv<strong>em</strong>os num local<br />
inspirador, repleto <strong>de</strong> virtu<strong>de</strong>s,<br />
generosida<strong>de</strong>, esperança, longevida<strong>de</strong><br />
e energia. Bens tão apetecíveis<br />
numa socieda<strong>de</strong> agora<br />
confrontada com tantos <strong>de</strong>safios<br />
e maiores incertezas.<br />
Sim, foi um choque. Já quis<strong>em</strong>os<br />
fugir.<br />
Ainda exist<strong>em</strong> algumas diferenças<br />
culturais e n<strong>em</strong> todos estamos<br />
preparados para aceitar<br />
certas mudanças.<br />
Faz<strong>em</strong>os parte <strong>de</strong> uma migração<br />
s<strong>em</strong> expressão estatisticamente,<br />
mas, silenciosamente,<br />
esta i<strong>de</strong>ia vai conquistando os<br />
sonhos <strong>de</strong> gente saturada da<br />
vida urbana.<br />
Mudar <strong>de</strong> vida não é uma tarefa<br />
fácil, é um acto <strong>de</strong> uma int<strong>em</strong>pestiva<br />
paixão, um choque para<br />
muitos, mas não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser um<br />
<strong>de</strong>safio para outros.<br />
Como nós, outros também têm<br />
encontrado <strong>em</strong> regiões menos<br />
habitadas do País a força para<br />
dar um novo rumo à sua vida.<br />
Um território <strong>em</strong> sintonia com<br />
estas vonta<strong>de</strong>s e que se sinta<br />
preparado para acolher pessoas<br />
como nós, que buscam o seu<br />
porto <strong>de</strong> abrigo, po<strong>de</strong>rá brilhar<br />
num projecto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
inovador e qu<strong>em</strong> sabe até duradouro.<br />
<strong>Oleiros</strong> é o nosso porto <strong>de</strong> abrigo.<br />
As suas <strong>de</strong>slumbrantes paisagens,<br />
os seus contrastes, as suas<br />
cores, texturas, sabores, clima, e<br />
principalmente as suas gentes,<br />
conquistam-nos todos os dias.<br />
As pessoas são s<strong>em</strong> sombra <strong>de</strong><br />
dúvida o el<strong>em</strong>ento fundamental<br />
das regiões que lutam arduamente<br />
com a probl<strong>em</strong>ática da<br />
interiorida<strong>de</strong>.<br />
A tradição e o b<strong>em</strong> receber, são<br />
uma arte que os oleirenses souberam<br />
manter e aperfeiçoar. E<br />
não pod<strong>em</strong>os esquecer que esta<br />
arte, se <strong>de</strong>vidamente capitalizada,<br />
po<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar o futuro. O<br />
nosso futuro!<br />
É pertinente transformar a interiorida<strong>de</strong><br />
num factor <strong>de</strong> atracção.<br />
Portugal vive momentos pouco<br />
auspiciosos, mas, numa altura <strong>em</strong><br />
que o governo está concentrado<br />
nas finanças públicas e a economia<br />
no seu todo sofre um severo<br />
abrandamento, é s<strong>em</strong> dúvida este<br />
o momento oportuno para reflectir<br />
sobre o que para cada um <strong>de</strong><br />
nós, po<strong>de</strong> constituir uma oportunida<strong>de</strong>.<br />
<strong>Oleiros</strong>, sendo um interior <strong>de</strong><br />
ru<strong>de</strong>za suave, t<strong>em</strong> todos os atributos<br />
para criar raízes a qu<strong>em</strong> as<br />
procura.<br />
Após 7 anos, difíceis, fantásticos,<br />
com alguns episódios <strong>de</strong> dor<br />
e gran<strong>de</strong>s momentos <strong>de</strong> alegria…<br />
Continuamos aqui. ■
8 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2013 MAIO / JUNHO<br />
Magda Ribeiro<br />
PROENÇA-A-NOVA<br />
Operação <strong>de</strong> limpeza na ribeira da Isna<br />
Intervenção orçada <strong>em</strong> 217 mil euros<br />
acompanha os 28,5 km da ribeira no concelho<br />
A marg<strong>em</strong> da ribeira da Isna<br />
vai ser alvo <strong>de</strong> uma intervenção<br />
<strong>de</strong> limpeza orçada <strong>em</strong> 217 mil<br />
euros, abrangendo uma largura<br />
<strong>de</strong> 20 metros no lado do concelho<br />
<strong>de</strong> Proença-a-Nova. O objetivo da<br />
operação, financiada através do<br />
Pro<strong>de</strong>r (Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
Rural), é r<strong>em</strong>over vegetação<br />
e lixos que aumentam o risco<br />
<strong>de</strong> cheias e <strong>de</strong> incêndios, contribuindo<br />
simultaneamente para<br />
aumentar o interesse paisagístico<br />
da área abrangida.<br />
A intervenção acompanha o<br />
percurso da ribeira no concelho,<br />
numa extensão <strong>de</strong> <strong>de</strong> 28,5 km,<br />
uma linha vasta que faz fronteira<br />
com os concelhos <strong>de</strong> Mação, <strong>Oleiros</strong><br />
e Sertã. A área total a limpar<br />
perfaz 55,13 hectares. Em termos<br />
práticos, a candidatura aprovada<br />
prevê a <strong>de</strong>smatação seletiva, com<br />
eliminação das silvas, matos e<br />
outras espécies arbustivas, e a eliminação<br />
<strong>de</strong> árvores caídas e com<br />
crescimento no leito, assim como<br />
a r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> lixos acumulados.<br />
Além do contributo para a prevenção<br />
<strong>de</strong> incêndios, com a criação<br />
<strong>de</strong> cordões ripícolas, do ponto<br />
<strong>de</strong> vista ambiental promove-se<br />
a estabilização das margens e o<br />
contributo positivo para o ecossist<strong>em</strong>a<br />
fluvial. Recor<strong>de</strong>-se que<br />
foram já feitas idênticas intervenções<br />
nas ribeiras do Alvito, Freixada,<br />
Fróia, Penafalcão e Sarzedinha.<br />
■<br />
Arnaldo Cruz consi<strong>de</strong>rado personalida<strong>de</strong> do ano<br />
Distinção da associação Asprocivil reconhece trabalho<br />
na Autorida<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Proteção Civil<br />
O presi<strong>de</strong>nte da Ass<strong>em</strong>bleia Municipal<br />
<strong>de</strong> Proença-a-Nova e até<br />
nov<strong>em</strong>bro presi<strong>de</strong>nte da Autorida<strong>de</strong><br />
Nacional <strong>de</strong> Proteção Civil<br />
(ANPC), major-general Arnaldo<br />
Cruz, foi distinguido como personalida<strong>de</strong><br />
do ano pela Asprocivil.<br />
O prémio foi entregue no dia 8,<br />
<strong>em</strong> Lisboa, numa cerimónia presidida<br />
por Maria Barroso. Relativos<br />
ao biénio 2011-2012, os prémios <strong>de</strong><br />
excelência e mérito da referida associação<br />
cont<strong>em</strong>plam, além da personalida<strong>de</strong><br />
do ano, quatro outras<br />
categorias – Câmara Municipal,<br />
trabalho académico, <strong>em</strong>presa e órgão<br />
<strong>de</strong> comunicação social.<br />
O antigo dirigente consi<strong>de</strong>rou<br />
que o prémio <strong>de</strong>ve ser entendido<br />
como reconhecimento pelo esforço<br />
da equipa que o acompanhou<br />
durante sete anos na ANPC, tendo<br />
<strong>de</strong>stacado a “competência e permanente<br />
disponibilida<strong>de</strong>” <strong>de</strong> todos os<br />
funcionários. A distinção reconhece,<br />
nas suas palavras, “um trabalho<br />
<strong>de</strong> todos e para todos, on<strong>de</strong> a<br />
i<strong>de</strong>ntificação e análise dos riscos, o<br />
aperfeiçoamento dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />
alerta e aviso, a consolidação do<br />
planeamento <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência e das<br />
operações <strong>de</strong> proteção e socorro a<br />
nível nacional e internacional fizeram<br />
prova <strong>de</strong> que os interesses<br />
coletivos se sobrepõ<strong>em</strong> a qualquer<br />
interesse sectorial”.<br />
S<strong>em</strong> esquecer que a proteção civil<br />
é uma área s<strong>em</strong>pre com muito<br />
por fazer, tendo <strong>em</strong> conta os novos<br />
<strong>de</strong>safios que surg<strong>em</strong> diariamente,<br />
o major-general Arnaldo Cruz<br />
apontou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar continuida<strong>de</strong><br />
ao trabalho <strong>em</strong> curso<br />
e dirigiu à Aprocivil palavras <strong>de</strong><br />
estímulo para prosseguir os seus<br />
objetivos. Sublinhou ainda a particularida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> a cerimónia “ocorrer<br />
no dia internacional da mulher e<br />
ser presidida pela distinta senhora<br />
doutora Maria <strong>de</strong> Jesus Barroso Soares,<br />
personalida<strong>de</strong> que com gran<strong>de</strong><br />
carácter e nobreza t<strong>em</strong> <strong>de</strong>dicado<br />
parte da sua vida ao país e aos portugueses”.<br />
■<br />
OLEIREP continua a<br />
afirmar-se e cresce<br />
Na fase do país que atravessamos, <strong>de</strong>sejamos <strong>de</strong>stacar este mês a OLEIREP.<br />
Com efeito, a conceituada <strong>em</strong>presa Amiga, abriu já escritórios e loja <strong>em</strong> Proença-a-Nova<br />
e po<strong>de</strong> ser visitada e contactada na Rua <strong>de</strong> Santa Cruz, 123, 6150-424 Proença-a-Nova<br />
ou pelo telefone 274 671 132<br />
Força Amigos ■
2013 MAIO / JUNHO<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 9<br />
cASTELO BRANCO<br />
Associação da Carapalha lança<br />
Karaté tradicional<br />
José Lagiosa<br />
Tiveram início <strong>em</strong> meados <strong>de</strong><br />
nov<strong>em</strong>bro as aulas <strong>de</strong> Karaté<br />
tradicional ( Shotokan), na Associação<br />
Cultural e Recreativa da<br />
Carapalha (ACDC), uma nova<br />
aposta <strong>de</strong>sta dinâmica associação<br />
<strong>de</strong> bairro, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castelo<br />
Branco.<br />
Com a responsabilida<strong>de</strong> técnica<br />
do Sensei José Ilharco, praticante<br />
da modalida<strong>de</strong> há mais <strong>de</strong><br />
36 anos, e instrutor cre<strong>de</strong>nciado,<br />
nomeadamente pela Japan Karate<br />
Association, quase s<strong>em</strong>pre a<br />
norte do distrito, esta nova oferta<br />
da ACDC, v<strong>em</strong> no seguimento<br />
<strong>de</strong> solicitações <strong>de</strong> antigos praticantes<br />
da modalida<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>safiaram<br />
José Ilharco a <strong>de</strong>scer à<br />
capital do distrito, para os voltar<br />
a treinar e simultaneamente promover<br />
a prática da modalida<strong>de</strong><br />
na cida<strong>de</strong> albicastrense.<br />
Após alguns contatos a Direção<br />
da Associação da Carapalha<br />
aceitou o repto e aí estão as aulas<br />
já a funcionar.<br />
Atualmente a turma <strong>de</strong> praticantes<br />
está na <strong>de</strong>zena mas a<br />
aposta é chegar aos 70 alunos.<br />
Para já as aulas acontec<strong>em</strong> às terças<br />
das 20h às 21 horas e sextasfeiras,<br />
das 21h15 às 21h30.<br />
José Ilharco, <strong>em</strong> conversa com<br />
O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, realçou que<br />
o objetivo é dinamizar a prática<br />
do Karaté tradicional, a sul do<br />
distrito, sendo a ACDC um local<br />
privilegiado, pelo ex<strong>em</strong>plar<br />
trabalho do seu presi<strong>de</strong>nte, José<br />
Perquilhas, que coloca s<strong>em</strong>pre o<br />
seu saber e uma vonta<strong>de</strong> férrea<br />
nas Taekwondo.<br />
Mas afinal o que é o Karaté tradicional<br />
(Shotokan)<br />
Shotokan é um dos estilos<br />
<strong>de</strong> Karaté que surgiu dos ensinamentos<br />
ministrados pelo<br />
mestre Gichin Funakoshi e por<br />
seu filho, Yoshitaka Funakoshi .<br />
O repertório técnico do estilo foi<br />
baseado no do Shorin-ryu, mas,<br />
<strong>de</strong>vido aos estudos <strong>em</strong>preendido<br />
pelo filho do mestre e sua<br />
influência, várias técnicas foram<br />
incorporadas ou modificadas, <strong>de</strong><br />
modo a refletir o objetivo pretendido,<br />
que era o <strong>de</strong> valorizar mais<br />
o lado <strong>de</strong>sportivo e físico como<br />
forma <strong>de</strong> promover o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
pessoal.<br />
“Alguém, cujo espírito e força mental, se fortalec<strong>em</strong> através das lutas com uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> nunca <strong>de</strong>sistir, não<br />
<strong>de</strong>ve encontrar dificulda<strong>de</strong> <strong>em</strong> enfrentar nenhum <strong>de</strong>safio, por maior que ele seja. Alguém que suportou longos<br />
anos <strong>de</strong> sofrimento físico e agonia mental para apren<strong>de</strong>r um soco ou um pontapé, <strong>de</strong>ve ter condições <strong>de</strong> encarar<br />
qualquer tarefa, por mais difícil que ele seja, e <strong>de</strong> executá-la até ao fim. S<strong>em</strong> dúvida nenhuma, uma pessoa com estas<br />
caraterísticas, apren<strong>de</strong>u verda<strong>de</strong>iramente o Karaté”<br />
Mestre Funakoshi <strong>em</strong> princípio<br />
não <strong>de</strong>nominou o que ele ensinava<br />
<strong>de</strong> um estilo próprio, mas,<br />
antes <strong>de</strong> tudo, afirmava que ensinava<br />
Karaté. Por outro lado, é<br />
certo que ele ensinava a arte marcial<br />
<strong>de</strong> acordo com sua visão e<br />
entendimento particulares sobre<br />
a mesma, mas isso seria explicado<br />
— também segundo o próprio<br />
mestre comentava — como<br />
uma consequência natural, pois<br />
vários professores ensinariam<br />
uma mesma disciplina <strong>de</strong> modos<br />
diferentes. Entretanto, alguns <strong>de</strong><br />
seus alunos, como forma <strong>de</strong> o homenagear,<br />
manufaturaram uma<br />
placa com a inscrição Shotokan,<br />
eis que Shoto era a alcunha que<br />
o mestre assinava as suas obras,<br />
pelo que o dojô passou a ser conhecido<br />
como casa <strong>de</strong> Shoto.<br />
A <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> outros mestres<br />
tentar<strong>em</strong> antes e cont<strong>em</strong>poraneamente,<br />
foi o estilo <strong>de</strong> mestre<br />
Funakoshi que logrou êxito <strong>em</strong><br />
vencer as barreiras culturais e difundir<br />
o Karaté pelo resto do Japão,<br />
modificando nomes <strong>de</strong> técnicas<br />
e adaptando outras.<br />
Nesta, como <strong>em</strong> muitas outras,<br />
modalida<strong>de</strong> a formação é muito<br />
importante. Essa formação traduz-se<br />
num dito popular japonês<br />
“para educar uma criança não é<br />
só o pai e a mãe, é educada por<br />
toda a al<strong>de</strong>ia”.<br />
Uma caraterística muito interessante<br />
é a saudação que os<br />
praticantes faz<strong>em</strong> e a ord<strong>em</strong> que<br />
solicitam para entrar e sair do<br />
dojo (tapete).<br />
A importância e o respeito que<br />
hoje é <strong>de</strong>vida ao Karaté, afere-se<br />
por uma curiosida<strong>de</strong> que a esmagadora<br />
dos oci<strong>de</strong>ntais <strong>de</strong>sconhece.<br />
No Japão todos <strong>de</strong>v<strong>em</strong>, é<br />
uma obrigação, fazer uma vénia<br />
ao Imperador, quando na sua<br />
presença. A única exceção é justamente<br />
o Sensei (professor) que<br />
está dispensado <strong>de</strong> tal prática.<br />
Em <strong>de</strong>clarações à Gazeta do Interior,<br />
Sensei José Ilharco, salienta<br />
que é o amor ao Karaté, que<br />
o trouxe até Castelo Branco para<br />
tentar impl<strong>em</strong>entar a prática<br />
<strong>de</strong>sta modalida<strong>de</strong> na cida<strong>de</strong> e na<br />
Associação da Carapalha. É um<br />
esforço, principalmente económico,<br />
já que o número <strong>de</strong> alunos,<br />
nesta fase inicial é ainda pequeno,<br />
mas apesar <strong>de</strong> tudo justifica-se<br />
pela vonta<strong>de</strong> manifestada<br />
por todos e pela associação que<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira hora mostrou<br />
disponibilida<strong>de</strong> para abraçar a<br />
promoção e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do Karaté tradicional. A seu t<strong>em</strong>po<br />
espera alcançar um número<br />
<strong>de</strong> praticantes, superior à meia<br />
centena <strong>de</strong> alunos.<br />
Em relação ao panorama do<br />
Karaté <strong>em</strong> Portugal, José Ilharco<br />
referiu que ele está muito<br />
bom. Exist<strong>em</strong> muitos atletas o<br />
Mestre Gishin Funakoshi<br />
que torna o Karaté competitivo.<br />
Salientou ainda que a qualida<strong>de</strong><br />
dos praticantes traduz-se, por a<br />
modalida<strong>de</strong>, Karaté tradicional,<br />
estar muito b<strong>em</strong> visto no Japão,<br />
on<strong>de</strong> aliás volta todos os anos,<br />
para reciclar as técnicas e on<strong>de</strong><br />
t<strong>em</strong> feito s<strong>em</strong>pre os seus exames<br />
<strong>de</strong> subida <strong>de</strong> Dan.<br />
Esta é pois a oportunida<strong>de</strong> que<br />
educadores e educandos têm<br />
para praticar uma modalida<strong>de</strong><br />
muito apreciada e que representa<br />
muito mais que a mera prática<br />
<strong>de</strong>sportiva.<br />
Os interessados <strong>de</strong>verão solicitar<br />
as informações que julgu<strong>em</strong><br />
necessárias na secretaria da Associação<br />
da Carapalha, ou junto<br />
do Mestre José Ilharco, nos horários<br />
das aulas. ■
10 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2013 MAIO / JUNHO<br />
Autarquia apoia candidatura<br />
para aquisição <strong>de</strong><br />
equipamento para Bombeiros<br />
A Hora TIC da Biblioteca Municipal<br />
José Cardoso Pires, on<strong>de</strong><br />
os participantes têm formação <strong>em</strong><br />
Tecnologias <strong>de</strong> Informação e Comunicação,<br />
t<strong>em</strong> tido um enorme<br />
sucesso, contando actualmente<br />
com 5 turmas e 42 alunos inscritos.<br />
A formação engloba a abordag<strong>em</strong><br />
às t<strong>em</strong>áticas <strong>de</strong> Word, Excell,<br />
Imagens, Internet e Documentos<br />
Oficiais: Curriculum Vitae e Carta<br />
<strong>de</strong> Apresentação, divididos <strong>em</strong><br />
turmas <strong>de</strong> diferentes graus <strong>de</strong><br />
utilização: iniciação, intermédio e<br />
avançado.<br />
Para Paulo César, vereador do<br />
pelouro da Informática, Inovação<br />
e Informação, “o sucesso que esta<br />
formação <strong>em</strong> Tecnologias da Informação<br />
e Comunicação t<strong>em</strong> obtido<br />
junto da comunida<strong>de</strong> Vilarregense<br />
v<strong>em</strong> comprovar que não há ida<strong>de</strong><br />
para o conhecimento. Aproveito<br />
para dar os parabéns a todos os<br />
inscritos pelo esforço <strong>em</strong> procurar<br />
adquirir estes novos saberes.”<br />
A Câmara Municipal <strong>de</strong> Vila <strong>de</strong><br />
Rei apoia a candidatura, realizada<br />
através da CIMPIS – Comunida<strong>de</strong><br />
Intermunicipal do Pinhal<br />
Interior Sul, ao programa POVT –<br />
Programa Operacional T<strong>em</strong>ático<br />
- Valorização do Território.<br />
A candidatura prevê a aquisição<br />
<strong>de</strong> 27 equipamentos <strong>de</strong> protecção<br />
individual para a Associação Humanitária<br />
dos Bombeiros Voluntários<br />
<strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei, composto<br />
por capacete, cogula, dolmen, luvas,<br />
calças e botas.<br />
Ricardo Aires, Vice-Presi<strong>de</strong>nte<br />
da Autarquia e responsável pelo<br />
pelouro da Protecção Civil, adianta<br />
que “através <strong>de</strong>sta iniciativa, a<br />
Autarquia <strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei continua<br />
a fornecer o melhor apoio<br />
possível à Associação Humanitária<br />
dos Bombeiros Voluntários do<br />
Concelho, ajudando-a a dispor<br />
dos melhores meios para a sua<br />
importante e notável missão <strong>de</strong><br />
protecção <strong>de</strong> pessoas e bens.” ■<br />
Hora TIC da Biblioteca<br />
Municipal reúne já <strong>de</strong>zenas<br />
<strong>de</strong> pessoas<br />
Os funcionários do Estaleiro<br />
Municipal <strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei, Carlos<br />
Cardiga, João Salvador e Carlos<br />
Silva, realizaram diversos trabalhos<br />
<strong>de</strong> restauração num antigo<br />
tractor, proprieda<strong>de</strong> da Autarquia,<br />
colocando-o novamente<br />
capaz <strong>de</strong> realizar todas as suas<br />
funções.<br />
O veículo, que se encontrava totalmente<br />
inoperacional, pertencia<br />
à Câmara Municipal <strong>de</strong> Vila <strong>de</strong><br />
Rei <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1994.<br />
Ao longo do último mês, foi<br />
alvo duma nova pintura, restaurações<br />
eléctricas, rectificação <strong>de</strong><br />
travões e <strong>de</strong> vários arranjos na<br />
sua parte mecânica que permitiram<br />
colocar o tractor <strong>de</strong> novo <strong>em</strong><br />
Os interessados pod<strong>em</strong> ainda<br />
continuar a inscrever-se ou obter<br />
mais informações na Biblioteca<br />
Municipal José Cardoso Pires. As<br />
inscrições terão um custo <strong>de</strong> 5€,<br />
com direito a manual e certificado<br />
no final da formação. ■<br />
Vila <strong>de</strong> Rei: funcionários<br />
da Autarquia restauram<br />
tractor antigo<br />
funcionamento.<br />
Os trabalhos <strong>de</strong> restauro efectuados<br />
vêm permitir, <strong>de</strong>ste modo,<br />
que os serviços da Autarquia tenham<br />
à sua disposição mais um<br />
veículo capaz <strong>de</strong> auxiliar os funcionários<br />
nas mais diversas obras<br />
e trabalhos a realizar. ■<br />
Candidatos<br />
às Autárquicas<br />
<strong>em</strong> Vila <strong>de</strong> Rei<br />
Ana Pires<br />
(PS)<br />
Encontra-se já aberto ao público<br />
o primeiro Bikotel do Concelho <strong>de</strong><br />
Vila <strong>de</strong> Rei, situado na al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />
Xisto <strong>de</strong> Água Formosa.<br />
A nova infra-estrutura é uma<br />
unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento <strong>de</strong> ciclistas,<br />
com um conjunto <strong>de</strong> serviços criados<br />
a pensar <strong>em</strong> colmatar todas as<br />
necessida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong>stes atletas.<br />
O Bikotel <strong>de</strong> Água Formosa possui<br />
garag<strong>em</strong> e parque <strong>de</strong> estacionamento<br />
exterior <strong>de</strong> bicicletas, serviço<br />
<strong>de</strong> lavag<strong>em</strong> e secag<strong>em</strong> <strong>de</strong> roupa, local<br />
para lavag<strong>em</strong> <strong>de</strong> bicicletas, refeitório,<br />
mini-oficina e dois percursos<br />
criados para os atletas, com mapas,<br />
dados técnicos e tracks GPS.<br />
Um dos trajectos foi criado para<br />
BTT, numa extensão <strong>de</strong> 24,7 km,<br />
enquanto que o segundo percurso é<br />
realizado <strong>em</strong> estrada, numa extensão<br />
<strong>de</strong> 89 km, passando por alguns<br />
dos principais pontos turísticos do<br />
Ricardo M. Alves<br />
(PSD)<br />
Al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Xisto <strong>de</strong><br />
Água Formosa com<br />
primeiro Bikotel<br />
<strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei<br />
Concelho, como o Penedo Furado,<br />
Zaboeira, Fernandaires e o Centro<br />
Geodésico <strong>de</strong> Portugal.<br />
Para reservas ou mais informações<br />
po<strong>de</strong> visitar os websites http://<br />
a2z-adventures.com/bikotels_new/<br />
bikotel.phpca=86 ou www.aguaformosa.com.<br />
■<br />
E a verda<strong>de</strong><br />
veio à tona<br />
Em 2012 quando me dirigi a todos<br />
os Vilarregenses concluí dizendo<br />
que mais cedo ou mais tar<strong>de</strong> a<br />
verda<strong>de</strong> viria à tona.<br />
Com efeito, no passado dia 15<br />
<strong>de</strong> Abril teve lugar no Tribunal da<br />
Sertã a realização do julgamento<br />
on<strong>de</strong> se procurou <strong>de</strong>scobrir a<br />
verda<strong>de</strong> sobre os factos ocorridos,<br />
nomeadamente com o processo <strong>de</strong><br />
regularização <strong>de</strong> obras <strong>em</strong> anexos<br />
da Santa Casa da Misericórdia, e<br />
ainda com o apoio prestado pelo<br />
Município às obras <strong>de</strong> construção<br />
<strong>de</strong> anexos habitacionais por parte<br />
do Centro <strong>de</strong> Dia Família Dias<br />
Cardoso no Fundada.<br />
Em resultado da audiência realizada<br />
no dia 15 <strong>de</strong> Abril, foi <strong>de</strong>cidido<br />
por parte do colectivo <strong>de</strong><br />
juízes absolver todos os el<strong>em</strong>entos<br />
que se encontravam acusados pelo<br />
Ministério Público.<br />
Com efeito, ficou provado, que<br />
todo o processo on<strong>de</strong> se baseava<br />
a acusação não tinha qualquer razão<br />
<strong>de</strong> ser, uma vez que ninguém<br />
lucrou, ou teve essa intenção, b<strong>em</strong><br />
como, não haver qualquer tipo <strong>de</strong><br />
favorecimento a qu<strong>em</strong> quer que<br />
seja.<br />
Penso ainda que esta <strong>de</strong>cisão,<br />
que não podia ser outra, v<strong>em</strong><br />
provar, mais uma vez, que todos<br />
aqueles que se ocupam <strong>de</strong><br />
uma forma quase profissional a<br />
acusar, a <strong>de</strong>nunciar, a obstruir o<br />
normal funcionamento do Município,<br />
tiveram mais uma <strong>de</strong>rrota,<br />
na já extensa lista <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrotas s<strong>em</strong>elhantes<br />
<strong>em</strong> outros tantos processos.<br />
■
2013 MAIO / JUNHO<br />
5.º Encontro Nacional<br />
<strong>de</strong> Caravanismo <strong>em</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 11<br />
A qu<strong>em</strong><br />
pertence<br />
o futuro<br />
Ana Silva<br />
No ano <strong>em</strong> que se celebram<br />
500 anos da atribuição do foral<br />
manuelino a <strong>Oleiros</strong>, o município<br />
<strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> dá continuida<strong>de</strong><br />
aos festejos e <strong>em</strong> conjunto com<br />
Agrupamento <strong>de</strong> Escolas Padre<br />
António <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> e a Companhia<br />
<strong>de</strong> Teatro Viv´Arte, volta a<br />
promover a Feira Quinhentista,<br />
nos dias 31 <strong>de</strong> maio, 1 e 2 <strong>de</strong> junho<br />
<strong>de</strong> 2013. O evento, tal como<br />
<strong>em</strong> 2011 – ano do arranque das<br />
celebrações - preten<strong>de</strong> transportar<br />
as pessoas numa viag<strong>em</strong> no<br />
t<strong>em</strong>po para um período histórico<br />
importante para <strong>Oleiros</strong>, coincidindo<br />
com o século <strong>em</strong> que nasceu<br />
<strong>em</strong> <strong>Oleiros</strong> o Padre António<br />
<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, primeiro europeu a<br />
<strong>de</strong>scobrir o Tibete. A era <strong>de</strong> mil<br />
e quinhentos representou ainda<br />
uma época profícua <strong>em</strong> termos<br />
Pelo segundo ano consecutivo,<br />
o Camping <strong>Oleiros</strong> volta a acolher<br />
o Encontro Nacional <strong>de</strong> Caravanismo<br />
promovido pela Associação<br />
Caravanismo <strong>de</strong> Portugal.<br />
A quinta edição <strong>de</strong>ste evento vai<br />
ter lugar <strong>de</strong> 8 a 10 <strong>de</strong> junho, no<br />
Camping<strong>Oleiros</strong>, Praia Fluvial <strong>de</strong><br />
Açu<strong>de</strong> Pinto ■<br />
Município <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
com<strong>em</strong>ora 500 anos<br />
<strong>de</strong> Foral<br />
nacionais e mundiais, na qual<br />
ocorreram os Descobrimentos e<br />
o Renascimento.<br />
Recor<strong>de</strong>-se que a primeira edição<br />
da Feira Quinhentista, há dois<br />
anos, revelou-se um enorme sucesso<br />
<strong>de</strong>vido ao <strong>em</strong>penho <strong>de</strong> toda<br />
a comunida<strong>de</strong> escolar, tendo-se<br />
alastrado a toda a socieda<strong>de</strong> local.<br />
As com<strong>em</strong>orações do quingentésimo<br />
aniversário da atribuição<br />
do foral inclu<strong>em</strong> ainda, posteriormente,<br />
o lançamento <strong>de</strong> um<br />
livro sobre o Foral Manuelino<br />
<strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, o qual foi atribuído a<br />
<strong>Oleiros</strong> a 20 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1513.<br />
A execução da obra está a cargo<br />
do doutor Leonel Azevedo, especialista<br />
no assunto e natural<br />
do concelho <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>. ■<br />
Passeios dos Idosos estão<br />
<strong>de</strong> volta <strong>em</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
Passei a minha infância a ouvir<br />
a minha avó dizer que o “futuro<br />
a Deus pertence”. Continuo s<strong>em</strong><br />
saber se ela tinha razão, mas uma<br />
coisa é certa: a nós é que não pertence!<br />
Os meus pais viram gran<strong>de</strong>s<br />
<strong>em</strong>presas erguer<strong>em</strong>-se, pessoas<br />
formar<strong>em</strong>-se e tornar<strong>em</strong>-se gran<strong>de</strong>s<br />
profissionais.<br />
Eu vejo as mesmas <strong>em</strong>presas<br />
falir<strong>em</strong>, os profissionais ter<strong>em</strong><br />
<strong>de</strong> mudar <strong>de</strong> ramo ou per<strong>de</strong>r<strong>em</strong><br />
o seu trabalho <strong>de</strong> uma vida. Vejo<br />
jovens qualificados s<strong>em</strong> conseguir<strong>em</strong><br />
arranjar <strong>em</strong>prego, jovens<br />
estes que viv<strong>em</strong> frustrados com<br />
as limitações impostas pela crise<br />
e vejo outros tantos que simplesmente<br />
não quer<strong>em</strong> trabalhar.<br />
Vejo jovens perdidos <strong>em</strong> vidas<br />
boémias, que prolongam a sua<br />
passag<strong>em</strong> pela vida académica<br />
para po<strong>de</strong>r<strong>em</strong> aproveitar mais<br />
esta vida, somando cursos atrás<br />
<strong>de</strong> cursos não chegando a completar<br />
nenhum.<br />
Vejo também que uma geração<br />
que passou privações no passado,<br />
<strong>de</strong>u tudo aos seus filhos, tudo<br />
o que não teve, acabando por cair<br />
no exagero da abundância, protegendo-os<br />
<strong>de</strong> tudo e todos e escon<strong>de</strong>ndo<br />
os lados maus da vida.<br />
Esta geração <strong>de</strong>u orig<strong>em</strong> á mais<br />
privilegiada geração <strong>de</strong> todas.<br />
Nos dias <strong>de</strong> hoje a criança ainda<br />
não sabe ler e já t<strong>em</strong> um tel<strong>em</strong>óvel,<br />
um computador e uma<br />
playstation.<br />
Estes pais asseguraram-se que<br />
nada faltaria aos seus filhos.<br />
Agora chegou a crise e os pais<br />
estão á rasca.<br />
Estão á rasca para por comida<br />
na mesa e contam os tostões para<br />
pagar as contas, mas não abdicam<br />
<strong>de</strong> mimar os seus rebentos com<br />
internet ilimitada, jogos, iphones<br />
e bilhetes para concertos que chegam<br />
a custar 300 euros para ver o<br />
Justin Bieber.<br />
Estes pais não sab<strong>em</strong> dizer<br />
não.<br />
Chega pois a hora <strong>de</strong> muitos<br />
<strong>de</strong>stes pais ter<strong>em</strong> <strong>de</strong> recorrer<br />
também eles aos respectivos pais.<br />
Idosos que viv<strong>em</strong> <strong>de</strong> parcas reformas<br />
ve<strong>em</strong>-se muitas vezes<br />
obrigados a ajudar os filhos e os<br />
netos <strong>em</strong> <strong>de</strong>trimento do seu próprio<br />
b<strong>em</strong>-estar.<br />
É pois verda<strong>de</strong> que <strong>em</strong> muitos<br />
casos são os idosos a pagar a factura<br />
da crise, mas também a do<br />
consumismo <strong>de</strong>smedido.<br />
São 3 gerações juntas a atravessar<br />
a crise.<br />
Mas afinal <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> é a culpa<br />
É dos avós, que eles próprios<br />
viveram uma crise pior que a actual<br />
e que criaram os filhos com<br />
dificulda<strong>de</strong> e privações<br />
É dos pais que, por ter<strong>em</strong> vivido<br />
tantas privações quiseram dar<br />
o melhor aos seus filhos, acabando<br />
por cair no exagero<br />
Ou é dos filhos que são muito<br />
exigentes e nunca ouviram um<br />
não<br />
Não sei <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> é a culpa. Talvez<br />
<strong>de</strong> todos, talvez <strong>de</strong> ninguém.<br />
Mas sei que os jovens (geração<br />
na qual me insiro mas não i<strong>de</strong>ntifico<br />
<strong>em</strong> alguns dos aspectos falados)<br />
não estão ainda á rasca.<br />
O que está á rasca são os nossos<br />
sonhos, o nosso futuro.<br />
O sonho <strong>de</strong> ter <strong>em</strong>prego, comprar<br />
casa e carro e constituir família.<br />
Mas como a nossa geração não<br />
esta habituada a ouvir um não, é<br />
hora <strong>de</strong> reagir, <strong>de</strong> continuar a sonhar<br />
e a lutar para tentar aguentar<br />
a instabilida<strong>de</strong>, a insegurança<br />
e a <strong>de</strong>sconfiança no futuro…para<br />
que um dia o futuro nos pertença!<br />
Mas até lá o futuro a Deus<br />
pertence. ■<br />
• Ana Silva, Correspon<strong>de</strong>nte<br />
<strong>em</strong> Álvaro<br />
Liga dos amigos<br />
da isna realizou<br />
ass<strong>em</strong>bleia geral<br />
O Município <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, através<br />
do seu Gabinete <strong>de</strong> Ação<br />
Social, volta a realizar, uma vez<br />
mais, os já habituais “Passeios<br />
dos Idosos”, os quais estão agendados<br />
para o trimestre <strong>de</strong> maio<br />
a julho.<br />
Assim, durante este período,<br />
cada freguesia irá proce<strong>de</strong>r à<br />
marcação <strong>de</strong>ste mítico passeio<br />
anual, pelo que os interessados<br />
<strong>de</strong>verão dirigir-se à Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />
da sua área <strong>de</strong> residência.<br />
Recor<strong>de</strong>-se que esta é uma iniciativa<br />
que se <strong>de</strong>stina a todas as<br />
pessoas com mais <strong>de</strong> 60 anos, resi<strong>de</strong>ntes<br />
no concelho <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>. ■<br />
A Liga <strong>de</strong> Amigos da Freguesia da Isna,<br />
realizou na Casa da Comarca da Sertã a<br />
sua Ass<strong>em</strong>bleia-Geral Ordinária, convocada<br />
com o propósito <strong>de</strong> apresentar e votar o<br />
Relatório e Contas referentes ao exercício<br />
<strong>de</strong> 2012 e o orçamento para 2013, os quais<br />
foram aprovados por unanimida<strong>de</strong>.<br />
A Direcção, presidida por João Nuno<br />
Reis, <strong>de</strong>u ainda a conhecer aos sócios as<br />
activida<strong>de</strong>s que se propõe realizar <strong>em</strong><br />
2013, entre as quais se <strong>de</strong>staca a Festa da<br />
Família, a realizar <strong>em</strong> Portalegre no dia 11<br />
<strong>de</strong> Maio.<br />
O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> saúda o Presi<strong>de</strong>nte<br />
João Nunes Reis e envia felicitações. ■
12 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2013 MAIO / JUNHO<br />
Austerida<strong>de</strong>: os órgãos <strong>de</strong><br />
soberania <strong>de</strong>v<strong>em</strong> dar o ex<strong>em</strong>plo<br />
António D’Orey Capucho<br />
O Primeiro Ministro anunciou<br />
mais um conjunto <strong>de</strong><br />
medidas visando a redução<br />
do défice das contas públicas,<br />
que ating<strong>em</strong> novamente a função<br />
pública e os pensionistas,<br />
neste caso o estrato social on<strong>de</strong><br />
encontramos os cidadãos mais<br />
vulneráveis e com menor capacida<strong>de</strong><br />
reivindicativa.<br />
Passos Coelho não teve uma<br />
palavra para os <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregados,<br />
cujo número cresce <strong>de</strong><br />
mês para mês e atinge proporções<br />
insustentáveis (cerca <strong>de</strong><br />
40% nos jovens), n<strong>em</strong> explicou<br />
como vai evitar ou atenuar a espiral<br />
recessiva <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong>stes<br />
cortes brutais adicionais.<br />
De facto, a austerida<strong>de</strong> que a<br />
troika nos impõe - e o Governo<br />
aceita com estranha subserviência<br />
-, ao reduzir brutalmente<br />
o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra das famílias,<br />
provoca fortes quebras no<br />
consumo, com natural impacto<br />
negativo na economia e, consequent<strong>em</strong>ente,<br />
no <strong>em</strong>prego.<br />
Isto está amplamente d<strong>em</strong>onstrado,<br />
tal como se sabe<br />
que o Governo t<strong>em</strong> sucessivamente<br />
adiado a chegada<br />
da almejada recuperação da<br />
economia e falhado todas as<br />
previsões macro-económicas<br />
que antecipa. Por outro lado,<br />
continuamos a nada saber da<br />
prometida reforma do Estado,<br />
ou seja, apenas sab<strong>em</strong>os dos<br />
novos cortes...<br />
Entre as medidas anunciadas,<br />
se analisadas isoladamente,<br />
algumas até são susceptíveis<br />
<strong>de</strong> apoio. Mas o conjunto é<br />
simplesmente inaceitável pelos<br />
efeitos perversos que provoca.<br />
Como é inaceitável o Primeiro<br />
Ministro afirmar categoricamente<br />
que não haverá aumento <strong>de</strong><br />
impostos, o que é simplesmente<br />
falacioso. De facto, aumentar o<br />
<strong>de</strong>sconto para a ADSE e a nova<br />
euf<strong>em</strong>ística “contribuição extraordinária<br />
<strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>”<br />
sobre as pensões, o que significa<br />
senão o equivalente a um<br />
agravamento <strong>de</strong> impostos<br />
Continuo a con<strong>de</strong>nar esta<br />
terapêutica suicida que está<br />
a matar o doente da cura e<br />
aproveito para salientar que<br />
nesta sucessão <strong>de</strong> cortes mais<br />
ou menos cegos, se “esqueceram”<br />
sist<strong>em</strong>aticamente <strong>de</strong> tomar<br />
medidas <strong>de</strong> fundo visando<br />
os órgãos do Estado. Des<strong>de</strong><br />
logo, o que espera o PSD para<br />
apresentar um projecto <strong>de</strong> lei<br />
visando suprimir 50 mandatos<br />
na Ass<strong>em</strong>bleia da República,<br />
tal como consta do programa<br />
partidário aprovado e é<br />
permitido pela Constituição<br />
Recordo que António José Seguro,<br />
no discurso proferido no<br />
último 5 <strong>de</strong> Outubro, admitiu<br />
pela primeira vez a redução do<br />
número <strong>de</strong> Deputados.<br />
Claro que a poupança global<br />
assim obtida no Parlamento<br />
po<strong>de</strong> não passar <strong>de</strong> pouco<br />
mais do que uma gota <strong>de</strong> água<br />
no gran<strong>de</strong> oceano da <strong>de</strong>spesa<br />
pública, mas teria um enorme<br />
impacto favorável junto da<br />
opinião pública. E teria essencialmente<br />
também o mérito <strong>de</strong><br />
favorecer a qualida<strong>de</strong> do trabalho<br />
parlamentar, s<strong>em</strong> afectar<br />
a representativida<strong>de</strong> n<strong>em</strong> a<br />
proporcionalida<strong>de</strong>.<br />
Em próximo escrito não <strong>de</strong>ixarei<br />
<strong>de</strong> me referir aos cortes<br />
que importa introduzir nos d<strong>em</strong>ais<br />
órgãos <strong>de</strong> soberania.<br />
A austerida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve começar<br />
naqueles que têm a obrigação<br />
<strong>de</strong> dar o ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> sobrieda<strong>de</strong><br />
e austerida<strong>de</strong>. Até agora<br />
isso não aconteceu <strong>em</strong> dose satisfatória.<br />
■<br />
Carne <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
Praça do Município . <strong>Oleiros</strong><br />
Telefone 962567362<br />
Sobre a gran<strong>de</strong><br />
rota do Zêzere<br />
Este projeto que po<strong>de</strong> vir<br />
a alavancar <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>terminante<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
turístico <strong>de</strong> uma consi<strong>de</strong>rável<br />
área do território nacional<br />
está já na sua fase terminal.<br />
Com uma extensão superior<br />
a 350 kms a GRANDE ROTA<br />
DO ZÊZERE (GRZ) assume<br />
a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contribuir<br />
<strong>de</strong>cisivamente para o<br />
conhecimento da área <strong>em</strong> que<br />
se insere, mas e sobretudo se<br />
a<strong>de</strong>quadamente promovida<br />
atingirá a internacionalização<br />
com uma utilização a todos<br />
os títulos benéfica para a economia<br />
dos Municípios nela<br />
representados.<br />
Envolvidos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira<br />
hora neste autentico<br />
projeto <strong>de</strong> interesse nacional,<br />
v<strong>em</strong>os com alguma preocupação<br />
que inversamente à<br />
importância da obra estarão<br />
a ser eventualmente <strong>de</strong>scurados<br />
aspetos <strong>de</strong>terminantes<br />
para o seu sucesso, nomeadamente<br />
os relacionados com a<br />
sua promoção e divulgação.<br />
Tenhamos <strong>em</strong> conta que a<br />
GRZ oferece possibilida<strong>de</strong>s<br />
infinitas quer pela sua múltipla<br />
funcionalida<strong>de</strong> (pe<strong>de</strong>stre,<br />
BTT, canoag<strong>em</strong>, etc.), quer<br />
ainda e também pelo seu potencial<br />
impacto turístico nas<br />
áreas da restauração e alojamento,<br />
animação turística,<br />
comercialização dos produtos<br />
endógenos, serviços, etc.<br />
Gostaríamos <strong>de</strong> conhecer<br />
o que se está a fazer, não a<br />
obra que está quase concluída,<br />
mas ao nível das ações<br />
promocionais s<strong>em</strong> as quais<br />
se corre o risco <strong>de</strong> criar mais<br />
um “elefante branco”.Neste<br />
plano preocupa-nos a dúvida<br />
sobre se os Municípios que<br />
integram a GRZ estão conscientes<br />
do que o projeto prestes<br />
a ser inaugurado po<strong>de</strong><br />
significar. T<strong>em</strong>os razão para<br />
preocupação quando sentimos<br />
diferentes formas <strong>de</strong> reagir<br />
e atuar a uma i<strong>de</strong>ia que<br />
à partida reuniu um gran<strong>de</strong><br />
consenso e entusiasmo mas<br />
que levou d<strong>em</strong>asiado t<strong>em</strong>po a<br />
concretizar-se e isso arrefeceu<br />
as vonta<strong>de</strong>s. Esperamos que<br />
não se concretiz<strong>em</strong> as piores<br />
expectativas para o “Day after”.<br />
É s<strong>em</strong>pre nesta altura<br />
que normalmente aparec<strong>em</strong><br />
as falhas.<br />
Voltar<strong>em</strong>os ao assunto<br />
oportunamente. ■<br />
Eduardo Lyon <strong>de</strong> Castro<br />
Fernando Freire, um<br />
Oleirense distinto<br />
Candidato à Presidência da Câmara<br />
<strong>de</strong> Vila Nova da Barquinha<br />
Actualmente vereador da cultura<br />
na Câmara, é vogal do conselho<br />
<strong>de</strong> administração da Associação<br />
para o Desenvolvimento Integrado<br />
do Ribatejo Norte. Presi<strong>de</strong> a Liga<br />
<strong>de</strong> Amigos do Centro Social e Paroquial<br />
da Atalaia e faz parte dos<br />
órgãos sociais do Sporting Clube<br />
Barquinhense.<br />
Ainda jov<strong>em</strong>, foi atleta do Águias<br />
do Moradal e do “ARCO” <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
on<strong>de</strong> também foi dirigente.<br />
É licenciado <strong>em</strong> Direito. Bom trabalho<br />
Amigo. ■<br />
AGRADECIMENTO<br />
Os Familiares <strong>de</strong> Manuel Jorge Gonçalves Louro, vêm muito<br />
sentida e reconhecidamente agra<strong>de</strong>cer a todos os que, das mais<br />
diferentes formas lhes manifestaram o seu pesar pela morte do<br />
seu ente muito querido.<br />
O nosso <strong>de</strong>sejo era d<strong>em</strong>onstrar a nossa gratidão pessoalmente<br />
a cada um <strong>de</strong> vós que connosco estiveram nestes momentos tão<br />
dificeis, mas era <strong>de</strong> todo impossivel fazê-lo <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po útil.<br />
“B<strong>em</strong> Hajam” e que Deus vos recompense.<br />
O Director do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> e equipa, lamentam a notícia e<br />
apresentam condolências ao Dr. Fernando Marques Jorge.<br />
e-mail: mariaclcc@gmail.com<br />
Telef.: 272 688 058<br />
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2013 MAIO / JUNHO<br />
Carlos Costa Neves<br />
A nenhum outro povo, à superfície<br />
da Terra, se aplicará com<br />
tanta proprieda<strong>de</strong> a qualificação<br />
<strong>de</strong> “cidadãos do mundo” como<br />
aos portugueses e isto por múltiplas<br />
razões. Distingo o período<br />
relevante da nossa historia <strong>em</strong> que<br />
contribuímos, <strong>de</strong>cisivamente, para<br />
trazer novos mundos ao Mundo,<br />
o que fez <strong>de</strong> nós os primeiros artífices<br />
<strong>de</strong>sta “al<strong>de</strong>ia global” <strong>em</strong> que<br />
se transformou o planeta, por força<br />
do encurtamento dos espaços, da<br />
aceleração do t<strong>em</strong>po e da redução<br />
das distancias. Distingo, sobretudo,<br />
a nossa tendência <strong>de</strong> s<strong>em</strong>pre<br />
para chegar e tornar a partir e, entretanto,<br />
ir regressando, com tudo<br />
o que isso gerou <strong>de</strong> incomparável<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação a novos<br />
lugares, diferentes culturas, outras<br />
gentes.<br />
Em Portugal, começa-se hoje,<br />
finalmente, a <strong>de</strong>spertar para o potencial<br />
que <strong>de</strong>tém esta nossa condição<br />
<strong>de</strong> cidadãos do mundo que nos<br />
faz “<strong>em</strong> casa” e “<strong>de</strong> casa”, on<strong>de</strong><br />
quer que estejamos. Sab<strong>em</strong>os facilitar<br />
encontros, contactos, entendimentos,<br />
on<strong>de</strong> quer que seja, sendo,<br />
Cidadãos do mundo<br />
quase s<strong>em</strong>pre, encarados como<br />
merecedores <strong>de</strong> confiança, raramente<br />
como ameaça. Um território<br />
limitado, como é o do nosso país,<br />
faz-se maior se ou quando sab<strong>em</strong>os<br />
aproveitar o enorme potencial<br />
que <strong>de</strong>corre <strong>de</strong>ssa nossa condição<br />
universal.<br />
Tanto como a sauda<strong>de</strong>, a ligação<br />
à terra <strong>de</strong> orig<strong>em</strong>, a i<strong>de</strong>ntificação<br />
com os mesmos valores, as r<strong>em</strong>essas<br />
ou os investimentos no local<br />
<strong>de</strong> partida, os que daqui se foram,<br />
nesta ou <strong>em</strong> anteriores gerações,<br />
começam a ser olhados, pelos seus<br />
conterrâneos e, mesmo, por si próprios,<br />
como os mais perfeitos <strong>em</strong>baixadores<br />
do seu país. E se isso<br />
faz sentido <strong>em</strong> relação a todos eles,<br />
pois afinal on<strong>de</strong> está um português<br />
po<strong>de</strong> estar Portugal, t<strong>em</strong> tanto mais<br />
impacto quanto mais cada um <strong>de</strong>les<br />
se distinguir na comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
residência.<br />
O sentimento feito convicção<br />
<strong>de</strong> que assim é torna-se mais forte<br />
cada ano que passa, multiplicando-se<br />
os espaços <strong>de</strong> reflexão e<br />
<strong>de</strong>bate quanto à melhor forma <strong>de</strong><br />
mobilizar este enorme potencial,<br />
as <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>s<br />
e as manifestações <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
organizações no sentido <strong>de</strong> lançar<br />
acções que realiz<strong>em</strong> o objectivo <strong>de</strong><br />
efectivar este reconhecido potencial.<br />
Neste sentido têm-se pronunciado<br />
alguns dos mais lúcidos segmentos<br />
da socieda<strong>de</strong> portuguesa,<br />
como foi o caso da Plataforma para<br />
o Crescimento Sustentável, “thinktank”<br />
lançado no país <strong>em</strong> 2011 que,<br />
<strong>em</strong> Outubro passado, apresentou<br />
para <strong>de</strong>bate o seu “Relatório para<br />
o Crescimento Sustentável”, disponibilizado<br />
<strong>em</strong> site na net, on<strong>de</strong> se<br />
advoga o aproveitamento daquele<br />
potencial. Também o Presi<strong>de</strong>nte da<br />
República t<strong>em</strong> referenciado esse<br />
enorme recurso, <strong>em</strong> intervenções<br />
frequentes <strong>em</strong> Portugal e no estrangeiro.<br />
O Governo, por seu lado,<br />
v<strong>em</strong> diligenciando o lançamento<br />
<strong>de</strong> acções com o mesmo objectivo,<br />
como ainda recent<strong>em</strong>ente aconteceu<br />
<strong>em</strong> Viseu com a realização do<br />
Encontro Mundial <strong>de</strong> Empresários<br />
da Diáspora que juntou investidores<br />
<strong>de</strong> todos os quadrantes, evento<br />
por sinal pouco noticiado no nosso<br />
país.<br />
Nestes t<strong>em</strong>pos difíceis também<br />
há razões para encarar o futuro <strong>de</strong><br />
forma positiva. Assim saibamos<br />
alicerçar o nosso esforço colectivo<br />
por mais e melhores oportunida<strong>de</strong>s,<br />
no que nos distingue e fortalece<br />
como povo. É certamente o caso<br />
da nossa universalida<strong>de</strong>, da nossa<br />
condição <strong>de</strong> cidadãos do mundo.■<br />
* Carlos Costa Neves, Deputado<br />
do PSD<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 13<br />
Guarda Nacional<br />
Republicana,<br />
uma força<br />
indispensável<br />
A Operação Censos Sénior <strong>em</strong> que esta força t<strong>em</strong> estado envolvida<br />
ao longo dos anos, permitiu traçar um retrato fiel <strong>de</strong>stes portugueses<br />
que pelo país viv<strong>em</strong> sós, abandonados e <strong>em</strong> risco. Permitiu saber que<br />
exist<strong>em</strong> <strong>em</strong> Portugal 28 197 idosos, dos quais 19455 viv<strong>em</strong> sós, 6556<br />
viv<strong>em</strong> isolados e 2177 viv<strong>em</strong> sós e isolados.<br />
No que ao nosso distrito respeita, particularmente a OLEIROS<br />
foram feitos progressos importantes e, se <strong>em</strong> 2012 havia 47 idosos<br />
isolados, <strong>em</strong> 2013 já só são 31. Permanec<strong>em</strong> os 17 sós, mas aqui, provavelmente<br />
há razões que o justificam. Importa salientar que tanto<br />
<strong>em</strong> 2012 como <strong>em</strong> 2013 não havia no concelho idosos <strong>em</strong> risco.<br />
Há concelhos <strong>em</strong> que o t<strong>em</strong>a é ainda can<strong>de</strong>nte e a justificar interesse,<br />
casos <strong>de</strong> Vila Velha <strong>de</strong> Rodão, Idanha-a-Nova e mesmo Castelo<br />
Branco.<br />
Uma saudação especial à GNR. ■<br />
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14 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2013 MAIO / JUNHO<br />
Moçambique está<br />
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Dr. Fernando Cal<strong>de</strong>ira da Silva<br />
MOÇAMBIQUE – Alegadamente,<br />
homens armados da Renamo<br />
(partido da oposição que<br />
<strong>em</strong> Roma assinou há 20 anos<br />
atrás o Acordo Geral <strong>de</strong> Paz) atacaram<br />
um camião e um autocarro<br />
da Intercape na província <strong>de</strong><br />
Sofala, matando dois homens e<br />
ferindo outros.<br />
Arnaldo Machohe, presi<strong>de</strong>nte<br />
do município <strong>de</strong> Chibabava na<br />
Província <strong>de</strong> Sofala afirmou que<br />
a Renamo atacou dois veículos,<br />
um camião e um autocarro. No<br />
entanto, o Chefe <strong>de</strong> Segurança da<br />
Renamo – Osufo Madate – nega<br />
ter o ataque sido levado a cabo<br />
pelas forças do seu partido. Afirma<br />
que o ataque foi perpetrado<br />
por soldados da polícia moçambicana<br />
com o objetivo <strong>de</strong> culpar<br />
a Renamo.<br />
Armados com metralhadoras<br />
AK47, os soldados da Renamo<br />
obrigaram a parar um camião<br />
que transportava combustível<br />
para Maputo tendo então matado<br />
os seus dois ocupantes. De seguida<br />
atacaram um autocarro da<br />
Intercape (<strong>em</strong>presa sul-africana<br />
<strong>de</strong> transportes <strong>de</strong> passageiros)<br />
que transportava 60 passageiros<br />
ferindo duas mulheres que estão<br />
no hospital <strong>em</strong> Muxungwe.<br />
As populações do distrito<br />
<strong>de</strong> Muxungwe está <strong>em</strong> pânico,<br />
abandonando os seus haveres, as<br />
suas casas e os seus campos com<br />
medo da guerra.<br />
Estes inci<strong>de</strong>ntes políticos violentos<br />
sustentados estão relacionados<br />
com a posição da Renamo<br />
<strong>em</strong> não permitir a realização das<br />
próximas eleições por consi<strong>de</strong>rar<br />
que vários dos pressupostos<br />
acordados no Acordo Geral <strong>de</strong><br />
Paz assinado <strong>em</strong> Roma há 20<br />
anos nunca foram cumpridos.<br />
Como resultado o Partido Frelimo<br />
altera as regras políticas da<br />
frágil d<strong>em</strong>ocracia e perpetua-se<br />
no po<strong>de</strong>r tendo mesmo perdido<br />
eleições anteriores, segundo a<br />
Renamo.<br />
O inci<strong>de</strong>nte ocorreu dois dias<br />
antes a 30 quilómetros <strong>em</strong> Muxungwe<br />
<strong>de</strong>pois dum esquadrão<br />
da FIR (Força <strong>de</strong> Intervenção<br />
Rápida) ter intentado tomar <strong>de</strong><br />
assalto uma base da Renamo. O<br />
objetivo <strong>de</strong>ste ataque à esquadra<br />
da polícia moçambicana era o <strong>de</strong><br />
libertar 15 colegas da Renamo<br />
presos no dia anterior nessa ação<br />
policial da FIR ao quartel da Renamo.<br />
Alegadamente, o comandante<br />
da força da Renamo – Rasta<br />
Maz<strong>em</strong>ent – morreu no ataque<br />
à esquadra da polícia.<br />
As tensões entre o Partido Frelimo<br />
e o Partido Renamo cresc<strong>em</strong><br />
exponencialmente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />
ano passado quando o Governo<br />
se recusou a consi<strong>de</strong>rar alterar a<br />
sua conduta e a negociar o futuro<br />
político e d<strong>em</strong>ocrático <strong>de</strong> Moçambique<br />
com a Renamo. Des<strong>de</strong><br />
que a polícia moçambicana matou<br />
dois m<strong>em</strong>bros da Renamo à<br />
um ano atrás numa localida<strong>de</strong><br />
do norte as tensões não param<br />
<strong>de</strong> crescer. Assim, a Renamo intenta<br />
impedir que se realiz<strong>em</strong><br />
as eleições locais marcadas para<br />
nov<strong>em</strong>bro.<br />
Afonso Dhlakama está <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
nov<strong>em</strong>bro algures nas montanhas<br />
da Gorongosa, organizando<br />
os treinos <strong>de</strong> guerrilha militar<br />
<strong>de</strong>vidamente fardados e armados.<br />
A sua ameaça contra o governo<br />
do Partido Frelimo está a<br />
materializar-se. Afeta além das<br />
populações in<strong>de</strong>fesas também<br />
interesses internacionais relacionados<br />
com a exploração do carvão<br />
e das reservas do gaz natural<br />
<strong>de</strong> <strong>em</strong>presas como a Eni da Itália,<br />
a Anadarko dos EUA, a Vale<br />
do Brazil e a Rio Tinto da Inglaterra.<br />
Pensa-se que só o campo<br />
<strong>de</strong> gaz natural <strong>de</strong> Rovuma t<strong>em</strong><br />
50 triliões <strong>de</strong> metros cúbicos <strong>de</strong><br />
gaz, suficientes para suprir as<br />
necessida<strong>de</strong>s da Al<strong>em</strong>anha, da<br />
Grã-Bretanha, da França e da Itália<br />
durante 15 anos.<br />
Em conferência <strong>de</strong> imprensa<br />
na sua base na Gorongosa Afonso<br />
Dhlakama afirmou categoricamente<br />
que or<strong>de</strong>nou a invasão<br />
da esquadra da polícia. Mas <strong>de</strong>clarou<br />
que essa ação foi apenas<br />
a resposta pontual à ação do dia<br />
anterior <strong>em</strong> que a FIR entrou e<br />
pren<strong>de</strong>u 15 homens da RENA-<br />
MO que estavam <strong>em</strong> reunião na<br />
sua se<strong>de</strong> local e não estavam armados.<br />
“Não tolerar<strong>em</strong>os mais a<br />
ação intinatória da FIR e da FRE-<br />
LIMO”, disse Dhlakama. Mas<br />
reiterou categoricamente que<br />
por sua parte não haverá mais<br />
guerra <strong>em</strong> Moçambique. Exige<br />
sim o cumprimento integral do<br />
Acordo Geral <strong>de</strong> Paz assinado à<br />
mais <strong>de</strong> 20 anos <strong>em</strong> Roma com a<br />
alteração à Lei Eleitoral <strong>de</strong> modo<br />
a que as vitórias eleitorais não<br />
sejam permanent<strong>em</strong>ente orquestradas<br />
pela Comissão Nacional<br />
<strong>de</strong> Eleições (CNE).<br />
Entretanto, a socieda<strong>de</strong> moçambicana<br />
– incluindo muitos<br />
lí<strong>de</strong>res da FRELIMO como Luisa<br />
Diogo (Ex-Primeiro Ministra) –<br />
t<strong>em</strong> vindo a público afirmar que<br />
é necessário negociar seriamente<br />
com a RENAMO <strong>de</strong> modo a<br />
continuar os esforços <strong>de</strong> a paz e<br />
a d<strong>em</strong>ocratização no país. A tensão<br />
social que se vive no país é<br />
enorme ao que a tomada <strong>de</strong> posição<br />
<strong>de</strong> força da RENAMO veio<br />
clarificar o caminho para o futuro.<br />
A posição <strong>de</strong> Dhlakama está<br />
legitimada. Assim, nitidamente o<br />
bola está na esfera do Presi<strong>de</strong>nte<br />
da República e o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Notícias<br />
lança-lhe a pergunta clara “E<br />
Agora Mr. Gebuza”. ■<br />
Reportag<strong>em</strong> por Fernando Silva<br />
Maria dos Santos<br />
29-03-1923 † 16-03-2013<br />
Os filhos, noras e netos, na impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o fazer pessoalmente,<br />
como seria seu <strong>de</strong>sejo, vêm por este meio agra<strong>de</strong>cer<br />
reconhecidamente a todos quantos se dignaram acompanhar<br />
o seu ente querido à sua última morada, b<strong>em</strong> como a todos<br />
os que, <strong>de</strong> algum modo, se solidarizaram com a sua dor.<br />
A todos, o mais comovido agra<strong>de</strong>cimento.<br />
<strong>Oleiros</strong>, 19 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2013<br />
Direcção Técnica: Dra Maria O<strong>de</strong>te da Conceição Guerra<br />
Rua dos Bombeiros Voluntários - <strong>Oleiros</strong><br />
Telefone 272 681 015 . Fax 272 681 016<br />
O Director do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> e toda a sua equipa, apresentam condolências ao Amigo e<br />
Vereador da Cultura da Câmara <strong>de</strong> Vila Nova da Barquinha, Fernando Freire.
2013 MAIO / JUNHO<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 15<br />
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Carta Dominante: O Imperador: autorida<strong>de</strong>, respeito.<br />
Amor: Terá um mês feliz. Tudo correrá sob rodas e <strong>de</strong>sentendimentos<br />
serão ultrapassados e esclarecidos <strong>de</strong> forma tranquila.<br />
Trabalho: Cuidado com má intenção <strong>de</strong> outros. Po<strong>de</strong>rão falar <strong>de</strong> si<br />
e <strong>de</strong>turpar verda<strong>de</strong>s. Financeiramente terá dificulda<strong>de</strong>s <strong>em</strong> receber<br />
dinheiro.<br />
Saú<strong>de</strong>: Cui<strong>de</strong> da sua imag<strong>em</strong>.<br />
Conselho: Não pense d<strong>em</strong>ais, mas também não seja impulsivo. Aja<br />
consoante os seus sentimentos, mas <strong>de</strong> forma racional. Jamais perca<br />
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• Galp (<strong>Oleiros</strong>) – 272 682 274<br />
• António Pires Ramos<br />
(Orvalho) – 272 746 157<br />
Infra-Estruturas<br />
• Câmara<br />
Municipal – 272 680 130<br />
• Piscinas Municipais/<br />
/Ginásio – 272 681 062<br />
• Posto <strong>de</strong> Turismo/Espaço net –<br />
272 681 008<br />
• Casa da Cultura/<br />
/Biblioteca – 272 680 230<br />
• Campo<br />
<strong>de</strong> Futebol – 272 681 026<br />
• Pavilhão Gimno<strong>de</strong>sportivo<br />
(<strong>Oleiros</strong>) – 272 682 890<br />
Ficha técnica<br />
Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira<br />
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(Natal, Brasil) • Fernando Cal<strong>de</strong>ira da Silva (África Austral) • Carla Rodrigues Men<strong>de</strong>s Chamiça Reboucinhas <strong>de</strong> Cima (Cambas-OLR), Álvaro (<strong>Oleiros</strong>), Ana Silva,<br />
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* João Ramos, Magistrado, infelizmente falecido, foi o primeiro Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Editorial do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>.
16 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2013 MAIO / JUNHO<br />
Centro Social <strong>de</strong> Cambas avança a bom ritmo<br />
Ramiro Roque cumpre o sonho <strong>de</strong> uma vida<br />
A Centro Social <strong>de</strong> Cambas que<br />
cresce aproveitando uma antiga escola<br />
era um dos sonhos <strong>de</strong> Ramiro<br />
Roque, influente <strong>em</strong>presário da região,<br />
também Presi<strong>de</strong>nte do Clube<br />
Desportivo “ARCO” <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> e<br />
conceituado organizador <strong>de</strong> Eventos<br />
<strong>em</strong> todo o país neste caso.<br />
O Seu Centro Social nasce com<br />
o apoio <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira hora da<br />
Câmara Municipal. Com um custo<br />
orçado <strong>em</strong> 270 000 euros, é comparticipado<br />
pelo PRODER <strong>em</strong> 140 000<br />
euros, vai prestar apoio a 16 utentes<br />
<strong>em</strong> regime <strong>de</strong> Centro <strong>de</strong> Dia e a outros<br />
16 <strong>em</strong> serviço <strong>de</strong> apoio domiciliário<br />
e vai estar a funcionar <strong>de</strong>ntro<br />
<strong>de</strong> 2 anos, <strong>em</strong>bora Ramiro Roque<br />
tudo esteja a fazer para antecipar<br />
datas. É comovente a Sua <strong>de</strong>voção à<br />
obra que acompanhamos <strong>de</strong> perto.<br />
O futuro próximo não esquecerá<br />
a obra <strong>de</strong>ste Hom<strong>em</strong> que aqui<br />
aplaudimos. ■<br />
www.charon.pt<br />
E-mail: asfnunes@r<strong>em</strong>ax.pt<br />
Alvará nº 32 A, B e C<br />
O seu Consultor Imobiliário<br />
<strong>em</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
António Nunes<br />
Consultor Imobiliário<br />
925 663 258<br />
“Comer sardinha e arrotar pescada”<br />
Num país coitado, que ainda<br />
não há muito t<strong>em</strong>po tinha 70%<br />
<strong>de</strong> analfabetos, on<strong>de</strong> alguma intimida<strong>de</strong><br />
com as letras elevava o<br />
cidadão comum ao mais elevado<br />
estatuto intelectual.<br />
Apesar dos progressos do último<br />
século, o preconceito da<br />
cultura indígena persistiu, como<br />
antigamente os merceeiros e lavradores<br />
ricos se torciam para ascen<strong>de</strong>r<br />
á dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um qualquer<br />
título.<br />
Ninguém os levava a sério, tal<br />
como hoje, ninguém leva a sério<br />
os licenciados fabricados á pressa<br />
para consumo da vaida<strong>de</strong> e ingenuida<strong>de</strong><br />
portuguesa.<br />
Esta obsessão pelo Dr, eng, arq,<br />
á frente do nome, s<strong>em</strong>pre me fez<br />
confusão, normalmente afiram<br />
o direito do maior burro ou, frequent<strong>em</strong>ente<br />
do maior ignorante<br />
a mandar no próximo e receber a<br />
<strong>de</strong>vida consi<strong>de</strong>ração dos povos,<br />
que engano amigos.<br />
Houve t<strong>em</strong>pos <strong>em</strong> que Coimbra<br />
era uma lição, só passa qu<strong>em</strong><br />
souber, on<strong>de</strong> um curso não era<br />
uma simples aquisição <strong>de</strong> saberes<br />
ou <strong>de</strong> conhecimentos, mas sim<br />
uma educação regrada e progressiva,<br />
que levava muito t<strong>em</strong>po e<br />
muito esforço, não havia computadores,<br />
havia sim vonta<strong>de</strong> e motivação<br />
e <strong>em</strong> muitos casos trabalho<br />
e transpiração.<br />
Trocar isso por ornamentos por<br />
meros ornamentos sociais, não faz<br />
qualquer sentido, é uma afronta.<br />
Como tal esta nova cultura ornamental,<br />
vale o que vale, para<br />
mim, o maior sábio que conheci<br />
não sabia ler n<strong>em</strong> escrever!!!<br />
B<strong>em</strong> hajam ■<br />
Carlos Fernan<strong>de</strong>s<br />
S<strong>em</strong>áforo<br />
“SWAPS”<br />
Swaps é o novo “jogo” da<br />
classe Empresarial do estado,<br />
aviltante, porque joga este<br />
perigoso jogo com o dinheiro<br />
dos Contribuintes.<br />
Jogo aviltante <strong>em</strong> que os<br />
jogadores mudam <strong>de</strong> lugar,<br />
por vezes jogam enquanto<br />
gestores públicos, gestores<br />
bancários e outras como governantes.<br />
Mas s<strong>em</strong>pre com o dinheiro<br />
do povo.<br />
Lastimável jogo este.■<br />
PUBLICIDADE 06/2012<br />
POR MUITAS VOLTAS<br />
QUE A VIDA DÊ, ESTAMOS<br />
SEMPRE AO SEU LADO.<br />
www.creditoagricola.pt