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Roland Brasil

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2 Música e Imagem<br />

A número um<br />

É com muito prazer que apresentamos o primeiro número de Música e Imagem<br />

– a revista da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />

Muitos podem questionar por que a <strong>Roland</strong> decidiu lançar uma revista impressa,<br />

em uma época cada vez mais dominada por meios de comunicação mais contemporâneos,<br />

como portais, website, blogs, Orkut, YouTube etc.<br />

Resolvemos fazer isso porque já temos um site moderno, com recursos multimídia<br />

interativos e ótima visitação. Mas a revista impressa tem propostas diferentes. Ela<br />

não é pressionada pela velocidade e agilidade que um website requer. E também não<br />

sai do ar. Pode ser “acessada” a qualquer tempo e lugar – sem energia, banda larga<br />

ou computador -, colecionada ou, simplesmente, deixada para que outras pessoas a<br />

leiam. Música e Imagem nasceu para ser um complemento de nosso website – como<br />

já acontece com a maioria das publicações de grande circulação.<br />

A revista foi feita para você, que toca um instrumento,<br />

gosta de música, quer ficar por dentro dos assuntos<br />

relacionados a ela e, principalmente, sobre o mundo<br />

<strong>Roland</strong> – que hoje possui no grupo diversas marcas como<br />

Boss, Edirol, Cakewalk, Rodgers, RSS (Audio Products)<br />

- e <strong>Roland</strong> DG (impressoras digitais de grande formato<br />

e máquinas de usinagem tridimensional).<br />

A revista tem no nome a palavra “imagem”, pois a<br />

<strong>Roland</strong> acredita muito na associação da música com imagem.<br />

Somos os pioneiros na indústria de instrumentos<br />

a apresentar soluções de integração deles com imagem<br />

(V-Link), além de contar com a linha Edirol Video, de produtos<br />

voltados ao uso em apresentações ao vivo.<br />

Apesar do incrível avanço da tecnologia, como Blu-<br />

Ray, Super Audio CD, mp3, TV Digital, Super Hi-Definition etc., não há como substituir<br />

a música ao vivo. E a <strong>Roland</strong> aposta que haverá cada vez mais eventos ao vivo – desde<br />

os “pocket shows” até os “supermegahipertours” de bandas e artistas famosos.<br />

E em todos eles veremos a integração de música e imagem.<br />

Música é vida e, para quem gosta e toca, questão de paixão. E é essa paixão que<br />

faz que sons e imagem geradas por circuitos digitais se tornem arte.<br />

A revista Música e Imagem terá sempre um artista na capa, para lembrarmos<br />

que, por trás de uma boa música e um bom instrumento, existe um ser humano de<br />

carne, osso e alma.<br />

Convidamos Oswaldinho do Acordeon para ilustrar a capa desta edição por ser<br />

um grande parceiro <strong>Roland</strong>, um artista de reconhecimento nacional e internacional,<br />

e porque, pela sua trajetória pessoal e profissional, tão bem representa o talento do<br />

músico brasileiro.<br />

Boa leitura!<br />

J. Takao Shirahata – Presidente, CEO – <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong><br />

Ex p E d iE n t E<br />

Revista <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong><br />

Pr e s i d e n t e<br />

Takao Shirahata<br />

Ge r e n t e Ge r a l<br />

Celso Bento<br />

ed i t o r<br />

Nilton Corazza<br />

Co n s e l h o ed i t o r i a l<br />

Takao Shirahata, Celso Bento,<br />

Samantha Albuquerque<br />

re da ç ã o<br />

Rafael Furugen<br />

Co l u n i s ta s<br />

Mú Carvalho e Silvia Góes<br />

Co l a b o r a d o r e s<br />

Alex Lameira, Amador Rubio,<br />

Gino Seriacopi, Pakito,<br />

Renan Dias, Sergio Motta,<br />

Sergio Terranova, Leandro Justino,<br />

Maurício Martins, Michel <strong>Brasil</strong>,<br />

Nelson Bonfim, Pedro Lobão,<br />

Raphael Daloia Neto<br />

Fo t o G r a F i a<br />

Mário Moreno<br />

Co n t e ú d o on-l i n e<br />

Mário Moreno e Fernanda Arrazi<br />

ar t e/di aG r a m a ç ã o<br />

Detonart´s Criações<br />

im P r e s s ã o/a C a b a m e n t o<br />

Oceano Indústria Gráfica e Editora<br />

Jo r n a l i s ta re s P o n s á v e l<br />

Nilton Corazza (MTb 43.958)<br />

mú s i C a & im a G e m<br />

Revista <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong> na internet<br />

www.musicaeimagem.com.br<br />

Fa l e C o m a re da ç ã o<br />

revista@roland.com.br<br />

visite n o s s o si t e<br />

www.roland.com.br<br />

Os editores não se responsabilizam<br />

por opiniões emitidas por<br />

colaboradores em artigos assinados.<br />

Não é permitida a reprodução total<br />

ou parcial das matérias publicadas.


Índice<br />

06<br />

09<br />

10<br />

12<br />

14<br />

16<br />

24<br />

26<br />

Tu r n ê<br />

Eventos com a<br />

participação da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong><br />

Mu n d o ro l a n d<br />

A presença das marcas da<br />

<strong>Roland</strong> Corporation na mídia<br />

ro l a n d Br a s i l<br />

Saiba quem são os responsáveis<br />

pelo Centro Técnico <strong>Roland</strong><br />

Pe r f i l<br />

A influência da V-Drums nos<br />

trabalhos de Marcelo <strong>Brasil</strong><br />

Cl á s s iC o s<br />

BOSS DS-1:<br />

o pedal de efeito mais vendido do mundo<br />

no v o s Pr o d u T o s<br />

Os lançamentos de 2008<br />

in T e r a ç ã o<br />

V-Link: revolucionário<br />

padrão desenvolvido pela <strong>Roland</strong><br />

Ca P a<br />

Oswaldinho do Acordeon e o<br />

instrumento digital da <strong>Roland</strong><br />

4 Música e Imagem Música e Imagem 5<br />

30<br />

Boss GT-10<br />

A solução ideal para<br />

criação de timbres<br />

34<br />

fa n T o M -G<br />

Uma nova era na história<br />

das workstations<br />

38<br />

v-dr u M s Td-9<br />

Kits para todos os tipos<br />

de músicos e de bolsos<br />

42<br />

li n h a aT e l i e r<br />

Novidades com mais recursos<br />

44<br />

Pe r G u n T e a o es P e C i a l i s Ta<br />

As respostas para as<br />

dúvidas mais freqüentes<br />

48<br />

Ca r r e i r a<br />

Os principais pontos da<br />

formação de um profissional<br />

49<br />

ed u C a ç ã o<br />

Os cuidados necessários<br />

durante a educação musical<br />

50<br />

fr o n T e i r a s<br />

A importância da bateria na vida<br />

profissional do jurista Luiz Flávio Gomes


Turnê<br />

Em Ação<br />

A <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong> não se preocupa apenas em comerciali-<br />

zar instrumentos e equipamentos, mas também transmitir<br />

às pessoas conhecimento suficiente para que utilizem, em<br />

sua totalidade, os recursos presentes nesses aparelhos.<br />

Para isso, uma equipe de especialistas percorre o <strong>Brasil</strong><br />

apresentando as possibilidades inovadoras que engenheiros<br />

colocam à disposição de músicos e artistas do vídeo.<br />

Compõem esse trabalho participações em feiras e<br />

congressos, nas quais novas tecnologias são apresentadas,<br />

inaugurando, muitas vezes, segmentos no mercado<br />

e linhas de produtos, reforçando a tradição de pioneirismo<br />

da empresa.<br />

Nessa realidade, a utilização de equipamentos <strong>Roland</strong>,<br />

BOSS, Edirol, Rodgers e RSS por músicos, artistas e técnicos<br />

colabora para a difusão de toda a potencialidade dos<br />

produtos dessas marcas e comprova a qualidade deles.<br />

Gr ava ç ã o n a<br />

sa l a sã o Pa u l o<br />

Celebrando 90 anos do Grupo Votorantim, a Sinfônica<br />

Heliópolis e o Coral da Gente - mantidos pelo Instituto<br />

Baccarelli - apresentaram-se na Sala São Paulo. O concerto,<br />

que contou com a regência dos maestros Roberto<br />

Tibiriçá e Edilson Ventureli, foi filmado e gravado para a<br />

produção de um DVD comemorativo. Para tanto, a equipe<br />

responsável pela sonorização do evento, Tukasom Audio<br />

Systems, contou com um sistema RSS Digital Snake para<br />

a captação digital simultânea de 31 canais de áudio, em<br />

alta resolução, e a sincronização com vídeo. O software<br />

utilizado foi o Sonar 7.0 com backup de dados realizado<br />

em duas máquinas idênticas.<br />

aes Br a s i l e<br />

Br o a d C a s T & Ca B l e<br />

A <strong>Roland</strong> Systems Group participou de três<br />

importantes eventos para o mercado de áudio e<br />

vídeo: a 12ª Convenção Nacional da AES <strong>Brasil</strong>,<br />

o 6º Congresso de Engenharia de Áudio da AES<br />

<strong>Brasil</strong> e a 17ª Feira Internacional de Tecnologia em<br />

Equipamentos e Serviços para Engenharia de Televisão<br />

Radiodifusão e Telecomunicações (Broadcast<br />

& Cable 2008). Nessas ocasiões, a empresa exibiu<br />

produtos de<br />

vídeo interagindo<br />

com equipamentos<br />

de áudio,<br />

apresentando soluções<br />

completas<br />

aos profissionais<br />

do setor.<br />

Nos dois primeiros eventos, o estande da<br />

empresa contou com a performance “silenciosa”<br />

de uma banda. O Edirol Motion Dive.Tokyo exibiu<br />

loops de imagens em tempo real, cujo resultado<br />

foi mixado às câmeras no switcher multiformato<br />

V-440HD. Para finalizar, áudio e vídeo passaram<br />

pelo VC-300HD a fim de realizar o registro de<br />

um DVD.<br />

Durante a Broadcast & Cable 2008, a RSG<br />

destacou, principalmente, as novidades da Edirol:<br />

o V-8, o F -1 e o VC-300 HD. Além disso, o estande<br />

apresentou a utilização do Digital Snake interligado<br />

a um mixer por meio de um multicabo analógico e<br />

de um cabo de rede. O sistema possibilitou uma<br />

comparação precisa das vantagens do equipamento<br />

desenvolvido pela empresa.<br />

in o va ç ã o n a usP<br />

Assim como acontece em conceituadas escolas e conservatórios inter-<br />

nacionais, o Departamento de Música da Universidade de São Paulo (USP)<br />

utiliza pianos digitais <strong>Roland</strong> para apresentações e estudos. A Sala <strong>Roland</strong>,<br />

que conta com oito modelos HP-203, por exemplo, permite que pianistas<br />

pratiquem simultaneamente, sem que um interfira no desempenho dos<br />

demais. Isso é possível porque os alunos utilizam fones de ouvido plugados<br />

diretamente nos instrumentos durante aulas e ensaios.<br />

Wo r k s h o P fa n T o M -G<br />

O tecladista Sergio Terranova percorre o País exibindo o<br />

workshop Fantom-G, no qual a workstation é demonstrada<br />

em toda a sua potencialidade. O músico é gerente de produtos<br />

da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong> e integrante da equipe internacional<br />

de especialistas que trabalha no desenvolvimento de novos<br />

equipamentos da marca.<br />

Durante o evento, além das principais funções e ferramentas<br />

do instrumento, Terranova apresenta as placas de<br />

expansão da série ARX que, trabalhando como plug-ins, permitem<br />

total customização dos sons. O profissional também<br />

interpreta composições de vários estilos, comprovando a<br />

versatilidade do workstation, tanto na reprodução de timbres<br />

orquestrais quanto de sintetizadores analógicos, passando<br />

por pianos acústicos e elétricos, e guitarras, entre outros.<br />

Boss Gu iT a r da y 2008<br />

O gerente de produtos BOSS, Sergio Motta, jun-<br />

tamente com Rafael Bittencourt, integrante do grupo<br />

Angra, percorre diversas cidades brasileiras para a<br />

realização do BOSS Guitar Day 2008. Na ocasião, são<br />

apresentados alguns equipamentos da marca – líder<br />

mundial em efeitos para guitarra em pedais compactos<br />

e pedaleiras –, principalmente a GT -10.<br />

Durante o workshop, Motta fala a respeito das<br />

diferenças entre pedais e pedaleiras, enquanto Bittencourt<br />

dá dicas sobre utilização de efeitos e construção<br />

de timbres. Os participantes podem testar e conhecer<br />

os equipamentos, além de tirar dúvidas com os representantes<br />

da empresa e músicos convidados.<br />

dJ so u n d aW a r d s<br />

A <strong>Roland</strong> esteve presente na entrega dos prêmios para os melhores profissionais<br />

da música eletrônica de 2008. Em festa promovida pela revista DJ Sound, a<br />

empresa apresentou sua linha de produtos para DJs e VJs, com as participações<br />

da DJ Lisa Bueno e do VJ Cadu, em quiosques espalhados pelo local e no palco<br />

principal do evento. Além disso, vários equipamentos estavam dispostos e puderam<br />

ser manuseados pelos convidados, entre eles o Edirol Motion Dive .Tokyo,<br />

suíte de software e hardware dedicada à produção e mixagem de imagens. O<br />

SP-555, por sinal, foi reverenciado por um das mais emblemáticas figuras da cena eletrônica, o rapper Thaíde, em uma<br />

apresentação no palco principal no encerramento da premiação.<br />

6 Música e Imagem Música e Imagem 7


Turnê Mundo <strong>Roland</strong><br />

ro d G e r s n a iG r e J a Ba T i sT a<br />

Comemorando 99 anos de fundação, a Igreja Batista da Liberdade,<br />

em São Paulo, inaugurou o órgão Rodgers modelo Trillium 908 recémadquirido.<br />

Após cuidadosa instalação e regulagem, sob responsabilidade<br />

da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong> e do gerente internacional de vendas da Rodgers, John<br />

Green, o instrumento soou em apresentações-solo e juntamente com<br />

coro de 110 vozes<br />

e orquestra<br />

de 40 músicos,<br />

sob a regência<br />

d o m a e s t r o<br />

Donaldo Guedes,<br />

além da<br />

participação da<br />

comunidade.<br />

Mú s i C a el e T r ô n iC a<br />

Realizado pela <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong> e pela escola de produção Electronic<br />

DJs, o workshop sobre equipamentos e novidades da música eletrônica<br />

independente reuniu DJs e produtores para conhecer as novas<br />

tecnologias à disposição e discutir tendências. Com o rapper Xis como<br />

mestre de cerimônias, o evento teve palestras e demonstrações de<br />

equipamentos. Os modelos <strong>Roland</strong> SP404 e SP555 foram apresentados<br />

pela DJ Lisa Bueno, e coube<br />

a Tico Producer desvendar<br />

os segredos do MV8800 e do<br />

MC808 aos mais de sessenta<br />

presentes. O inglês DJ Pogo<br />

foi o protagonista de um set<br />

demonstrativo do campeonato<br />

mundial D.M.C.<br />

fe s T i v a l d e in v e r n o d e<br />

Ca M P o s d o Jo r d ã o<br />

A 39ª edição do mais importante festival de música erudita da<br />

a s e r v i ç o d a<br />

iG r e J a Ca T ó l iC a<br />

Entre as solenidades do centenário da<br />

Arquidiocese de São Paulo, a Orquestra Sinfônica<br />

do Conservatório Dramático e Musical,<br />

sob a regência do maestro Ricardo Mielli, foi<br />

responsável pela música em dois grandes<br />

eventos: o concerto comemorativo realizado<br />

no Theatro São Pedro e a missa campal celebrada<br />

no Estádio Paulo Machado de Carvalho<br />

(Pacaembu). Em ambos, a organista Selma<br />

Asprino comandou um órgão Rodgers Trillium<br />

788, o mesmo utilizado durante a estadia do<br />

papa Bento XVI no <strong>Brasil</strong>.<br />

Esse instrumento<br />

também foi<br />

usado na tradicional<br />

missa realizada<br />

pelos militares<br />

brasileiros, denominada<br />

Páscoa<br />

dos Militares. O<br />

evento, que contou<br />

com a presença<br />

de autoridades<br />

civis e militares e<br />

representantes do<br />

Exército, da Marinha,<br />

da Aeronáutica, da Polícia Militar, do Corpo<br />

de Bombeiros e da Guarda Civil Metropolitana,<br />

entre outras corporações, foi realizado na Catedral<br />

da Sé. A cerimônia - com a participação<br />

de banda militar e coral - teve como organista<br />

o paulistano Newton de Lima.<br />

América Latina, realizado em julho na cidade de Campos do Jordão,<br />

teve entre as principais apresentações um concerto da Orquestra<br />

Sinfônica Municipal de São Paulo, sob a regência de José Maria<br />

Florêncio. Para a execução de uma das obras, - Assim Falou Zarathustra,<br />

de Richard Strauss, que ganhou popularidade ao ser utilizada<br />

por Stanley Kubrick no filme 2001 - Uma Odisséia no Espaço -, a<br />

presença de um órgão é necessária. O escolhido para a proeza foi o modelo Trillium 788 fabricado pela Rodgers, que simula<br />

com perfeição a sonoridade de um instrumento de tubos graças à qualidade das amostras recolhidas dos melhores órgãos<br />

litúrgicos de todo o mundo. Maria Cecília Moita foi a responsável pela execução ao equipamento.<br />

Br a i nW o r M s<br />

O disco-solo de Rafael Bittencourt, Braimworms, vem recheado de timbres produzidos<br />

pela BOSS GT-10. Utilizada pelo músico nas últimas etapas da gravação, a pedaleira foi responsável<br />

por muitas das sonoridades ouvidas<br />

no álbum. Com distribuição no Japão e<br />

lançamento na Expomusic 2008, o trabalho<br />

reflete a capacidade virtuosística do guitarrista<br />

aliada a seu vocal vibrante.<br />

ro l a n d n a T e l e v i s ã o<br />

Em 2008, a Banda Domingão - responsável pelas inter-<br />

venções musicais do programa dominical mais assistido<br />

do <strong>Brasil</strong> – começou a utilizar instrumentos desenvolvidos<br />

pela <strong>Roland</strong>. Sob o comando de Luiz Schiavon, que usa<br />

um sintetizador V-Synth GT, o grupo conta com uma bateria<br />

eletrônica V-Drums TD-20K, tocada por Anderson Batista,<br />

além de um piano de palco RD-700 e uma workstation<br />

Fantom-G7, nas mãos do tecladista Caixote.<br />

A parceria tem como objetivo aumentar a qualidade<br />

tanto dos timbres quanto da captação, facilitando o trabalho<br />

da banda no ambiente desfavorável de um programa ao<br />

vivo com auditório.<br />

Hotsite V-Drums<br />

Bittencourt é um aficionado dos equipamentos da marca, tendo realizado<br />

diversos workshops, shows e eventos com a boa e velha GT-8.<br />

Com a chegada do novo modelo, o músico o adotou como principal<br />

gerador de efeitos de seu setup e embarcou na turnê BOSS Guitar Day,<br />

explicando como o utiliza.<br />

fa n d a n G o<br />

Renato Borghetti é um dos<br />

No endereço www.v-drums.com.br, os interessados têm acesso às últimas<br />

novidades da linha, como o lançamento de um novo acessório ou o download de uma<br />

música do modo play along. Os internautas também podem conhecer os detalhes<br />

dos equipamentos que compõem as séries V-Drums, além de alguns artistas que os<br />

utilizam. Há uma seção dedicada exclusivamente para vídeos, com performances de<br />

Omar Hakin e Taku Hirano, entre outros, e endereços de revendedores.<br />

mais prestigiados artistas brasileiros<br />

e, graças à sua raiz gaúcha,<br />

idolatrado como baluarte da<br />

cultura regional. Não bastasse<br />

isso, é um instrumentista como poucos, que domina a<br />

gaita-ponto com maestria. O CD Fandango, gravado por<br />

ele e seu grupo em janeiro de 2007, conquistou quatro<br />

prêmios no Troféu Açorianos de Música deste ano (Melhor<br />

Instrumentista, Melhor CD de Música Instrumental, CD do<br />

Ano e DVD do Ano).<br />

A <strong>Roland</strong> apoiou o projeto, fornecendo os equipamentos<br />

necessários para a concretização da produção, realizada<br />

na fazenda do intérprete, no Rio Grande do Sul. Essa parceria<br />

foi coroada com o reconhecimento do instrumentista<br />

gaúcho, que presenteou Takao Shirahata, presidente da<br />

<strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong>, com um dos troféus recebidos.<br />

O Troféu Açorianos de Música é uma premiação da<br />

prefeitura de Porto Alegre aos artistas que se destacaram<br />

na música, na literatura, na dança e no teatro, enriquecendo<br />

e valorizando a cultura do Estado do Rio Grande do Sul.<br />

8 Música e Imagem Música e Imagem 9<br />

Divulgação Divulgação


<strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong><br />

Ce n T r o Té C n i C o<br />

<strong>Roland</strong><br />

Com uma bem-montada estrutura técnica e profissional,<br />

o CTR garante suporte em todos os aspectos referentes a um equipamento<br />

Para a <strong>Roland</strong>, não basta produzir e comercializar os melhores<br />

equipamentos existentes no mercado: é preciso assegurar<br />

que o aparelho esteja em pleno funcionamento quando o<br />

usuário precisar dele. Para tanto, foi estruturado o Centro Técnico<br />

<strong>Roland</strong>, que conta com profissionais capacitados a proporcionar<br />

todas as condições de que o proprietário necessite para<br />

usufruir, ao máximo e com prazer, do equipamento que adquiriu<br />

das marcas <strong>Roland</strong>, BOSS, Edirol, Rodgers e RSG. O CTR assume<br />

a responsabilidade de oferecer auxílio, informação e solução<br />

para toda espécie de problemas que possam ocorrer.<br />

FUNÇÕES<br />

Entre as várias atividades do Centro Técnico <strong>Roland</strong>, uma<br />

das primeiras a ser realizada, mesmo antes da chegada de um<br />

lançamento ao <strong>Brasil</strong>, é a produção de manuais em português.<br />

A tarefa exige profissionais que dominem tanto a linguagem<br />

escrita quanto a parte técnica do equipamento, com conhecimentos<br />

suficientes para orientar o usuário nos processos mais<br />

comuns de sua atuação. Isso pressupõe, portanto, que o responsável<br />

por essa atividade, além de saber todos os dados de<br />

funcionamento do aparelho, tenha vivenciado de algum modo<br />

seu uso, de forma a poder entender a arquitetura do dispositivo<br />

e quais as maneiras mais simples de explicar sua operação. De<br />

posse desses elementos, torna-se fácil, também, assessorar<br />

os consumidores na resolução de problemas ou dúvidas individuais,<br />

surgidas sejam pela falta da leitura atenta das instruções<br />

ou por necessidades específicas, entre outros fatores.<br />

Todos os produtos comercializados pela <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong><br />

adquiridos no País possuem um ano de garantia para peças<br />

e mão-de-obra. Isso assegura que, a qualquer momento, o<br />

usuário pode contar com manutenção de seu aparelho. Mas<br />

é importante, também, que ele procure uma das 28 assistências<br />

técnicas autorizadas <strong>Roland</strong> (STAs) distribuídas por todo<br />

o território nacional ao menor sinal de mau funcionamento de<br />

seu investimento. “Essa ação justifica-se pelo fato de que ela<br />

possui o suporte da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong> para qualquer tipo de manutenção”<br />

, afirma Francisco Edson de Souza Pereira, o Pakito,<br />

gerente de suporte técnico, peças e assistência técnica. “E,<br />

além disso, ele pode contar com a experiência dos profissionais<br />

de cada STA.”<br />

ÓRGÃOS RODGERS<br />

O Centro Técnico <strong>Roland</strong> também é responsável pela instalação<br />

e configuração dos órgãos Rodgers, bem como pelo<br />

treinamento dado aos usuários desses equipamentos. Graças<br />

a profissionais formados diretamente na fábrica, instalada<br />

nos Estados Unidos, organistas podem contar com serviços<br />

diferenciados, individualizados e específicos para o melhor<br />

aproveitamento de seu instrumento.<br />

Mas não é somente quando surgem problemas que uma assistência<br />

deve ser visitada. A manutenção preventiva é importante, principalmente,<br />

para aqueles que dependem do equipamento para trabalhar. Para profissionais<br />

e amadores que usam quase que diariamente um aparelho, é<br />

importante procurar um STA a cada seis meses, principalmente depois de<br />

terminado o período de garantia. “Nessa visita, pode-se solicitar ao técnico<br />

uma revisão geral em que são feitas, sobretudo, a limpeza de contatos<br />

de borracha, a remoção de poeira acumulada nas placas de circuito e a<br />

lubrificação de partes mecânicas, que trabalham com movimento constante”,<br />

ensina Pakito.<br />

Outro ponto a ser destacado é a atualização do sistema operacional<br />

de alguns modelos, que deve ser feita, preferencialmente, nas assistências<br />

técnicas, já que a <strong>Roland</strong> não se responsabiliza por ações realizadas<br />

por terceiros nesse processo. “Por mais simples que possa ser um procedimento<br />

desse tipo, sempre existe o risco de que o produto pare de<br />

funcionar por causa de uma instrução seguida de maneira incorreta”, diz<br />

Pakito. “Sendo assim, recomendamos a todos os usuários que façam os<br />

updates nos postos autorizados.”<br />

Nos casos em que a troca de peças de um equipamento seja indispensável,<br />

as assistências técnicas autorizadas contam com o suporte do<br />

CTR para o fornecimento desse material. Isso garante rapidez e qualidade<br />

do reparo, já que são componentes originais, provenientes diretamente<br />

do estoque da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />

INTERNET<br />

Como acréscimo aos serviços oferecidos<br />

para os usuários, a <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong> disponibiliza<br />

o download de arquivos PDF dos manuais de<br />

instruções para aqueles que tiveram seus<br />

exemplares extraviados. Para tanto, basta<br />

acessar o site www.roland.com.br<br />

Acima de tudo, no entanto,<br />

o Centro Técnico<br />

<strong>Roland</strong> é a ponte entre o<br />

consumidor e os departamentos<br />

de engenharia da<br />

<strong>Roland</strong> Corporation-Japan,<br />

trocando informações,<br />

experiências e sugestões,<br />

de modo a oferecer, cada<br />

vez mais, o melhor equipamento<br />

para o usuário.<br />

(Nilton Corazza)<br />

ORGANIZAÇÃO<br />

Sob a responsabilidade de Pakito, o CTR<br />

conta com suporte ao usuário, estoque de<br />

peças e profissionais capacitados<br />

RESPONSÁVEIS PELO CTR<br />

Diogo Firmo Pezzuti, José Osório de Souza, Francisco Edson de Souza Pereira (Pakito), Tersio de Oliveira Barreto, Emerson Sipriano da Silva e Bruno Souto Giacomini<br />

10 Música e Imagem Música e Imagem 11


Divulgação<br />

Perfil<br />

Experiências<br />

Oriundo de uma família de músicos, Marcelo <strong>Brasil</strong><br />

fala sobre a importância da V-Drums em seu trabalho<br />

Marcelo <strong>Brasil</strong> é uma pessoa predestinada ao sucesso. Além de trabalhos-solo, costuma acompanhar artistas consagrados.<br />

Já tocou com os grupos de Caetano Veloso, Elba Ramalho, Moraes Moreira, Daniela Mercury e Jimmy Cliff, entre outros. Com<br />

essa ampla experiência, fica evidente que a carreira do músico já está consolidada, tanto pelos projetos que executou nos<br />

palcos quanto nos que desempenhou em estúdios. O baterista, porém, acredita que o fator determinante para isso foi sua<br />

família: “Eles foram fundamentais para o meu desenvolvimento”, conta.<br />

A família <strong>Brasil</strong> pode ser considerada uma fábrica de talentos. Além de Marcelo, existem outros nove instrumentistas no clã: a<br />

mãe, Eusalita <strong>Brasil</strong> (pianista); os irmãos Luiz <strong>Brasil</strong> (violonista e arranjador), Mou <strong>Brasil</strong> (guitarrista) e Jorge <strong>Brasil</strong> (baterista); e os<br />

sobrinhos Thamyma <strong>Brasil</strong>, Marcio <strong>Brasil</strong> (bateristas e percussionistas), Cássio <strong>Brasil</strong>, Victor <strong>Brasil</strong> e Rafael <strong>Brasil</strong> (bateristas).<br />

INÍCIO<br />

O primeiro contato de Marcelo com as baquetas aconteceu quando tinha<br />

apenas 6 anos, influenciado pelo irmão Jorge. Aos 11, já ganhava seu primeiro<br />

cachê. Inspirado por artistas e bandas reconhecidos mundialmente, como<br />

Novos Baianos, Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal, entre outros, o músico<br />

resolveu se empenhar. O impulso inicial foi dado em 1987, quando atuou na<br />

gravação de um disco de Cid Guerreiro.<br />

De uns tempos para cá, Marcelo decidiu realizar um antigo desejo: fazer<br />

música instrumental. Paralelamente aos trabalhos que desempenhava com outros<br />

artistas, compôs suas primeiras canções. Decidiu apresentá-las ao público<br />

em 2000. O show, intitulado Pra Não Dormir, ficou em cartaz por dois anos.<br />

Após o espetáculo Estradas, que teve a estréia em 2003 e terminou quatro<br />

anos depois, Marcelo adquiriu uma V-Drums TD-20K. “Com esse equipamento,<br />

pude desenvolver uma apresentação com sonoridade mais mesclada”, conta.<br />

Sobre a possibilidade de trocar de instrumento, o músico é enfático: “Ela supre<br />

todas as minhas necessidades”. Atualmente, o baterista está em cartaz com o<br />

show No Quarto utilizando o produto da <strong>Roland</strong>.<br />

NO ALTO DO TRIO ELÉTRICO<br />

Marcelo <strong>Brasil</strong> em apresentação na Bahia<br />

Além da turnê, quais são seus projetos<br />

para este ano?<br />

Quero terminar algumas mixagens e masterizações<br />

e lançar meu CD no <strong>Brasil</strong>. Depois, pretendo<br />

encaminhar esse material para a Europa,<br />

já que desejo entrar no mercado fonográfico de<br />

lá. O trabalho será composto por composições<br />

próprias e por regravações, sendo uma música<br />

de Hermeto Pascoal e outra de John Scofield.<br />

Como surgiram as primeiras composições?<br />

A primeira, intitulada “Seria o Caso?”, foi<br />

composta com um violão. O nome surgiu de um<br />

costume meu de sempre questionar as coisas.<br />

Depois, comprei um pequeno seqüênciador<br />

com sons PCM e sampleados que um amigo<br />

trouxe dos Estados Unidos e fiquei maluco com<br />

a possibilidade de fazer arranjos exatamente<br />

como queria. Com o auxílio desse equipamento,<br />

compus as músicas “Ping Pong”, “Trocadilhos”,<br />

“Andrômeda”, “Luciana”, “Estradas” e “Aí!”.<br />

Qual a importância da V-Drums para a<br />

realização de seus trabalhos?<br />

A V-Drums foi fundamental tanto no complemento<br />

quanto na formatação da sonoridade das<br />

músicas. Por mais que gravasse a bateria em ótimos<br />

estúdios, as composições nunca ficavam<br />

boas com o seqüênciador. (Rafael Furugen)<br />

12 Música e Imagem<br />

Música e Imagem e Imagem 13


Clássico<br />

B o s s<br />

DS-1<br />

O pedal de efeito mais vendido da história<br />

continua, após 30 anos de seu lançamento,<br />

sendo um dos preferidos por guitarristas<br />

de todo o mundo<br />

Não obstante todo o avanço da tecnologia<br />

digital, há certos equipamentos que perduram<br />

por décadas sem alterações significativas nos<br />

elementos que o caracterizam. Isso, na maioria<br />

das vezes, ocorre por um motivo muito simples:<br />

a grande aceitação dos usuários que buscam um<br />

timbre determinado e peculiar. Esse é o caso do<br />

pedal compacto BOSS DS-1.<br />

Lançado em 1978, o aparelho tornou-se<br />

clássico por causa da qualidade da distorção, que<br />

carrega a naturalidade do efeito produzido nos<br />

amplificadores valvulados saturados. Segundo<br />

Kanji Kubo - responsável pelo desenvolvimento<br />

de diversos produtos da BOSS além do DS-1,<br />

como OD-1, PH-1, GE-6, DS-A, SG-1, SD-1, CS-2,<br />

HM-2, OC-2, PSM-5 e BCB-6 -, as características<br />

desse modelo foram obtidas pela junção de dois<br />

tipos de distorção: a normalmente utilizada em<br />

pedais fuzz, produzida com o uso de circuitos<br />

de poucos transistores, e a criada por meio de<br />

amplificadores operacionais, que aumentam o<br />

ganho de sinal. “Não conseguíamos decidir qual<br />

tipo queríamos colocar”, afirma o engenheiro,<br />

“então, resolvemos adotar ambos”. Isso guiou<br />

o desenvolvimento do DS-1. “Acredito que seja<br />

por esse motivo que o equipamento tornou-se<br />

o preferido de muitos guitarristas.”<br />

Outro dos fatores mais mar-<br />

cantes é que ele oferece nível de<br />

ruído muito baixo em comparação<br />

aos similares. “Sistemas de distorção, geralmente,<br />

usam amplificadores operacionais (op-amp). Sendo<br />

assim, o nível de ruído aumenta proporcionalmente<br />

ao ganho. O circuito usado no DS-1, no entanto, é<br />

atípico, e, por isso, o valor se mantém mínimo”, diz<br />

Kubo. Muito provavelmente, essa é a explicação<br />

para o fato do pedal ser muito utilizado por músicos<br />

de estúdio. Como acréscimo, esse circuito garante<br />

que, em vez de apenas distorcer o timbre do instrumento<br />

sem qualquer definição, o equipamento<br />

reproduza fielmente todas as nuances da dinâmica<br />

do guitarrista.<br />

O DS-1 foi modificado de modo significativo<br />

apenas duas vezes em toda sua história, e isso por<br />

conta da interrupção da fabricação de determinados<br />

componentes. A primeira ocorreu em meados de<br />

1994, quando o op-amp Toshiba TA7136AP foi substituído<br />

pelo Rohm BA728N. Na virada do século, no<br />

ano 2000, este foi trocado pelo Mitsubishi M5223AL.<br />

Apesar das alterações, o timbre característico do<br />

equipamento não foi desfigurado. Em compensação,<br />

pequenas mudanças na aparência do modelo foram<br />

implantadas, como o posicionamento das letras ou<br />

a cor do interruptor.<br />

Especificações<br />

Controles Distortion, Level e Tone<br />

Nível nominal de entrada -20 dBu<br />

Impedância de entrada 470 ohms<br />

Nível nominal de saída -20 dBu<br />

Impedância de saída 1 k ohms<br />

Nível equivalente de ruído de entrada -122 dBu (IHF-A, Typ.)<br />

Conectores input, output, AC Adaptor (9V DC)<br />

FAíSKA<br />

Fã da Boss não<br />

abre mão do DS-1<br />

14 Música e Imagem<br />

Música e Imagem 15<br />

USO<br />

O guitarrista tanto pode utilizar o DS-1<br />

para conseguir timbres extremamente fortes<br />

quanto configurá-lo para efeitos mais sutis. Basta<br />

girar o controle Tone para esculpir o som desejado,<br />

desde os arrojados para performances pesadas, até os<br />

mais suaves, com infinitas possibilidades.<br />

O DS-1 tem sido usado por um grande número de guitarris-<br />

tas em todos os anos de sua existência. Steve Vai e Joe Satriani,<br />

por exemplo, são dois dos muitos entusiastas do equipamento no<br />

show business internacional. No <strong>Brasil</strong>, Faíska utiliza dois deles,<br />

produzidos no Japão: um original e outro modificado. O pedal, por<br />

sinal, é empregado como plataforma por vários fabricantes que<br />

o customizam e modificam, como Robert Keeley, Analog Man e<br />

Stinkfoot Electronics, oferecendo suas próprias versões desse<br />

ícone da distorção. (Nilton Corazza)<br />

HISTÓRIA<br />

A fabricação dos pedais compactos da<br />

BOSS iniciou-se em 1977 com o clássico<br />

Overdrive OD-1. Graças a aspectos peculiares<br />

- construção robusta resistente ao desgaste,<br />

superfícies de borracha nas faces superior e<br />

inferior, knobs posicionados abaixo do nível do<br />

pedal, acionamento silencioso, LED incorporado<br />

e fácil substituição da bateria - aliados à<br />

sonoridade, ao mesmo tempo quente e suave,<br />

o modelo firmou-se no gosto dos usuários. Por<br />

acréscimo, estabeleceu o design para todos os<br />

futuros pedais compactos da marca.


Novos Produtos<br />

rd-700GX<br />

rd-300GX<br />

O piano digital RD-700GX disponibiliza tudo que um pia- Pattern. Como adicional, traz 78 efeitos de qualidade<br />

nista necessita para apresentações ao vivo e gravações: profissional, com a possibilidade de aplicar multiefeito,<br />

sons incríveis de instrumentos acústicos e elétricos, reverb, equalizador digital de duas bandas e Sound Con-<br />

funções de master control e reprodução de arquivos de trol para cada timbre.<br />

áudio. Além disso, o equipamento conta com o meca- Mas não é somente na sonoridade que o equipamento<br />

nismo Progressive Hammer Action II - que oferece Ivory satisfaz plenamente os músicos. O Progressive Hammer<br />

Feel e Escapement - e a nova tecnologia SuperNATURAL, Action II traz as mesmas características de um mecanis-<br />

derivada das placas de expansão ARX.<br />

mo de piano acústico, proporcionando toque mais pesado<br />

O RD-700GX possui 88 teclas e polifonia de 128 vozes, na região grave e suave na aguda. Afora isso, as teclas<br />

mais que suficiente para qualquer tipo de aplicação. Para foram projetadas para absorver a umidade das mãos<br />

total realismo sonoro, o equipamento foi dotado com dois durante a execução.<br />

sets de legítimos pianos acústicos, com multisamplers O RD-700GX pode ser utilizado, também, como contro-<br />

em estéreo de cada uma das 88 notas amostradas em lador profissional, graças às três saídas MIDI indepen-<br />

vários níveis de dinâmica. Para aqueles que gostam de dentes e aos diversos controles disponíveis no painel. E,<br />

personalizar o resultado, o modelo oferece o recurso Pia- pela entrada USB, o modelo reproduz áudio nos formatos<br />

no Designer, com o qual é possível configurar detalhes e wave, aiff e mp3, além de SMF com multitimbralidade<br />

parâmetros, incluindo ruído dos martelos (Hammer Noise)<br />

e ressonância do pedal (Damper Re-<br />

de 16 partes.<br />

sonance), entre outros. Além disso,<br />

estão à disposição diversos timbres RD-300GX<br />

de pianos elétricos, sampleados de O RD-300GX é a versão compacta do RD-700GX, com a maioria das funções<br />

lendários modelos como Fender Rho- deste, mas com um sistema mais leve, perfeito para o transporte. Mesmo<br />

des e Wurlitzer, por exemplo. Graças com um chassi feito para condições de turnês, como estradas e aeroportos,<br />

à tecnologia SuperNATURAL, o equi- com acabamento em metal escovado na cor preta, o instrumento é, atualpamento<br />

permite a customização de mente, um dos mais leves pianos digitais do mercado, pesando somente<br />

qualquer um deles, proporcionando 16 quilos. Com polifonia de 128 vozes, 356 patches, 14 kits de percussão e<br />

sons orgânicos que respondem ao 32 memórias, o modelo também permite customizar os sons de piano por<br />

toque com mais sutileza que os outros<br />

do mercado. Também é possível<br />

expandir a quantidade de opções<br />

com a inserção de até duas placas<br />

SRX simultaneamente. O RD-700GX<br />

ainda conta com 150 variações no<br />

arpegiador e 200 estilos de Rhythm<br />

meio da função Piano Designer.<br />

16 Música e Imagem Música e Imagem 17<br />

rG-1<br />

O RG-1 é um piano de cauda<br />

compacto que, graças aos recursos<br />

tecnológicos de última<br />

geração desenvolvidos pela <strong>Roland</strong>,<br />

supre todas as necessidades de músicos<br />

acostumados aos instrumentos<br />

acústicos. O equipamento oferece<br />

as sensações sonora e de toque<br />

de um piano de concerto, obtidas<br />

com o resultado de pesquisas realizadas com o<br />

intuito de reproduzir o melhor mecanismo disponível em<br />

modelos digitais. O sistema Progressive Hammer Action II<br />

apresenta martelos pesados para as teclas graves que vão se<br />

tornando progressivamente leves à medida que são tocadas<br />

as notas mais agudas. O Ivory Feel reproduz a textura do<br />

marfim e do ébano, com cada uma das 88 teclas construída<br />

em camadas que absorvem o suor e a oleosidade natural das<br />

mãos, proporcionando segurança à execução. Além disso, a<br />

<strong>Roland</strong> foi pioneira ao reproduzir o Escapement, um pequeno<br />

“click” existente quando a tecla é levemente pressionada, o<br />

que cria um primeiro estágio para o toque, elemento presente<br />

em qualquer piano de cauda acústico. E, em se tratando de<br />

pedais, o modelo oferece três deles, com as funções de damper<br />

(com meio pedal), soft (com meio pedal e função assinalável),<br />

e sostenuto (também assinalável).<br />

De nada bastaria um excelente mecanismo, no entanto, se o<br />

som não fosse de altíssima qualidade. O RG-1, em resposta<br />

a isso, apresenta notas sampleadas uma a uma - e não por<br />

f-1<br />

amostragem - e polifonia de 128<br />

vozes, mais que suficiente para<br />

qualquer performance. O equipamento<br />

ainda conta com vários<br />

parâmetros de customização, com<br />

o objetivo de aproximá-lo dos desejos do<br />

músico e satisfazê-lo plenamente. Entre<br />

esses ajustes, estão a possibilidade de<br />

controlar o peso das teclas, assim como a<br />

resposta do martelo, o temperamento e a<br />

curva utilizados na afinação, a ressonância<br />

das cordas e muitas outras funções. Isso<br />

faz que o RG-1 possa assumir as qualidades que o usuário<br />

escolher, transformando-o em um instrumento particular, feito<br />

sob medida para o seu gosto.<br />

Para mais flexibilidade, estão disponíveis 20 timbres diferentes,<br />

além de 340 sons internos para reprodução de arquivos<br />

Standard MIDI Files, incluindo oito kits de bateria e um de<br />

efeitos. Uma das principais inovações do produto é a porta<br />

USB utilizada para a conexão de um pen drive e execução<br />

de arquivos wave e SMF. Com apenas 73 centímetros de<br />

profundidade e 75 quilos de peso, o RG-1 oferece equalizador<br />

digital de quatro bandas, gravador digital com capacidade para<br />

aproximadamente 30 mil eventos, amplificador estéreo com<br />

potência de 80 watts - que alimenta dois alto-falantes e dois<br />

tweeters - e saída para dois fones de ouvido, tudo em um<br />

gabinete discreto e luxuoso, com acabamento preto acetinado<br />

e banqueta com regulagem de altura.<br />

Com design orientado para gravações em campo, o F -1 oferece simplicidade, confiabilidade e qualidade em captações<br />

de áudio e vídeo, modernizando e aperfeiçoando o trabalho em produções. Entre as características mais importantes<br />

podem ser citados o hard disk de 120GB resistente a choques, várias opções de fontes de energia, como alimentação<br />

via baterias de câmeras ou compartimento removível de pilhas AA, dois canais de input adicionais de áudio, controle<br />

remoto via LAN proporcionando captação multicâmera de até quatro unidades F -1 (em sync) e tamanho de arquivos<br />

ilimitado. O modelo é ideal para produtores ou videomakers que necessitem acelerar seu fluxo de trabalho, capturando<br />

HDV ou DV diretamente para um disco rígido (removível), mesmo em locações. Além disso, o equipamento oferece saída<br />

RGB para controle e visualização de previews, capacidade de criação de redes a fim de comandar múltiplas unidades e<br />

transferir arquivos, e software de gerenciamento e edição básica. As duas entradas analógicas de áudio são<br />

independentes, o que permite captação de conteúdo estereofônico diretamente de um mixer ou de<br />

dois microfones. O F -1 grava o áudio em wave linear do tipo PCM broadcast (BWF) em 48kHz<br />

e 16-bit e, para uso de microfones condensadores, vem equipado com Phantom Power.<br />

A preocupação com a segurança dos dados não foi esquecida, pois o produto possibilita<br />

a realização de backup via USB para HDs externos ou memórias flash, assim como copiar<br />

o conteúdo do disco rígido por rede para vários computadores simultaneamente.


Novos Produtos<br />

MiCro-CuBe rX<br />

MiCro-CuBe Bass rX<br />

Um amplificador portátil, com muito volume, efeitos BOSS<br />

e levadas de bateria! O sonho de guitarristas e baixistas<br />

finalmente chega ao mercado: a nova linha Micro-Cube RX<br />

oferece dois modelos desenvolvidos especificamente para<br />

esses instrumentos.<br />

Apesar do tamanho compacto, cada cubo possui potência<br />

sonora suficiente para surpreender os mais fanáticos amantes<br />

de volumes altos. Isso é resultado do trabalho de dois<br />

amplificadores que, em conjunto com os quatro alto-falantes<br />

construídos especialmente para os modelos, oferecem excelente<br />

rendimento. Essa tecnologia - criada originalmente<br />

para o lendário JC-120 Jazz Chorus – também<br />

constrói uma imagem estereofônica de<br />

grande imersão e produz graves presentes<br />

e com alta qualidade, fatores<br />

que parecem desafiar o tamanho dos<br />

equipamentos. Aliado a tudo isso, o<br />

processador de efeitos incorporado é<br />

responsável pela produção de chorus<br />

impressionantes e de reverbs profundos,<br />

além da tecnologia COSM. Esta<br />

permite simular oito tipos diferentes<br />

de amplificadores, seis efeitos digi-<br />

sl-20<br />

tais, equalizador de três bandas e<br />

afinador cromático.<br />

O Micro-Cube RX e o Micro-Cube<br />

Bass RX ainda vêm equipados com<br />

diversos ritmos de bateria com<br />

variação de andamento para que o<br />

músico possa praticar como se estivesse utilizando um<br />

metrônomo, mas com maior interesse. Basta escolher um<br />

dos grooves disponíveis para melhorar a precisão rítmica e,<br />

ao mesmo tempo, curtir uma experiência mais artística ou<br />

apenas divertir-se fazendo jams com as levadas. O equipamento<br />

conta, além da entrada principal (em que é possível<br />

conectar guitarra, baixo ou microfone), com conexão AUX IN<br />

(para iPods, CD players ou instrumentos em linha). Ambas<br />

podem ser utilizadas simultaneamente, oferecendo opções<br />

de acompanhamento para o estudo ou mesmo apresentações.<br />

E, para quem quer gravar suas performances ou não<br />

quer incomodar os vizinhos, o equipamento oferece a saída<br />

REC OUT/PHONES.<br />

Para confirmar a vocação de portabilidade do equipamento,<br />

o Micro Cube RX funciona com fonte de alimentação ou<br />

seis pilhas AA que permitem autonomia de até 13 horas de<br />

uso contínuo.<br />

O novo pedal oferece um efeito inovador que inspira a criatividade do músico. Trata-<br />

se de um gerador de grooves que “fatia” o áudio produzido pela performance<br />

do instrumentista em pedaços e os emprega para a criação de padrões. Com<br />

possibilidade de utilização de até 50 patterns, o SL - 20 Slicer permite ajustar<br />

as características do efeito, como o ataque e a duração das repetições, além<br />

da mix entre o volume deste em relação ao original. O recurso Harmonic Slice<br />

constrói seqüências rítmicas baseadas nos acordes tocados, ao passo que o Loop Phrase<br />

admite a gravação de até 40 segundos dos resultados no próprio equipamento. Obviamente, não<br />

poderia faltar controle de tempo - via knob, tap ou MIDI – para ajustar os grooves criados às velocidades<br />

desejadas. O equipamento ainda conta com uma grande variedade de padrões de saída e paneamento 3D,<br />

que faz o áudio circular pelo panorama estereofônico de acordo com o groove produzido. O aparelho traz, no<br />

conjunto de conexões, entrada e saída estéreo, jaque para pedal de expressão e entrada MIDI.<br />

O SL - 20 é uma ferramenta criativa tanto para composição e gravação quanto para apresentações ao vivo.<br />

É perfeito para instrumentos (como guitarra, contrabaixo, teclado etc), vozes ou iPods e outros aparelhos de<br />

reprodução sonora. Por conta disso, DJs e artistas de música eletrônica podem utilizar o produto como uma<br />

um recurso rítmico de altíssima performance.<br />

18 Música e Imagem Música e Imagem 19<br />

P-10<br />

O Visual Sampler P-10 grava e reproduz com fidelidade imagens<br />

e vídeos utilizando cartões de memória SD e SDHC. Com interface<br />

do tipo sampler e display colorido LCD, que elimina a<br />

necessidade de monitores externos, o equipamento possibilita<br />

disparar videoclipes e figuras por meio dos 12 pads situados<br />

no painel superior. Até 864 clipes, ou 86.400 figuras, podem<br />

ser atribuídos a 72 bancos, o que proporciona flexibilidade e<br />

rapidez ao usuário, e cada projeto comporta até 9.999 arquivos.<br />

Efeitos visuais - como Repeat, Reverse, Strobe, Speed, Color,<br />

Output Fade, Slide Show - e modos de reprodução Forward<br />

Loop, Alternate Loop, One Shot (2 tipos) e Gate (2 tipos),<br />

permitem manipular vídeos e imagens com criatividade e<br />

facilidade. O P-10 possui entradas e saídas de<br />

vídeo Composite e S-Video, e de áudio RCA<br />

(estéreo), além de MIDI In, Out e Thru, e<br />

porta USB para transferência direta de<br />

arquivos de mídia para o computador.<br />

O equipamento é compatível, também,<br />

com o protocolo V-Link.<br />

TdW-20<br />

Além de ser uma alternativa valiosa aos instrumentos acústicos,<br />

tanto em palco quanto para estudo, a bateria eletrônica TD-20<br />

é muito útil para músicos em gravações. Buscando aprimorar<br />

ainda mais o poder desse equipamento, a placa de expansão<br />

TDW-20 intensifica a expressividade do módulo de percussão<br />

com novos sons, efeitos de ambiência, maiores possibilidades<br />

de edição e uma interface de customização de peças mais<br />

rápida e flexível.<br />

A TDW-20 oferece extensa gama dinâmica nos tambores e<br />

fácil controle da sonoridade no chimbal, ampliando o módulo<br />

TD-20 com outros 300 sons. Afora isso, a placa de expansão<br />

apresenta opções de ambiência, otimizadas<br />

para baterias e com possibilidade de ajuste<br />

fino. Entre aprimoramentos de edição de<br />

timbres, foram acrescentados vibrações de<br />

esteira de caixa, parâmetros de captação para<br />

o kick e a função Kit Resonance, que configura<br />

o modo como o som do bumbo afeta o das<br />

outras peças. Estão disponíveis, também,<br />

novas posições dos microfones virtuais, assim<br />

como o tamanho deles, tipos de paredes e<br />

outros elementos.<br />

dd-7<br />

O novo Digital Delay da BOSS, o DD-7, traz aos<br />

guitarristas e músicos em geral ainda mais recursos<br />

que seu antecessor. Afora todas as funções<br />

disponíveis nos modelos anteriores, o pedal compacto<br />

conta com inovações que fazem dele um<br />

marco na história dos processadores. Uma delas<br />

é o modo Analog, simulação do clássico DM-2 - o<br />

primeiro pedal de delay analógico da marca – que<br />

mantém a característica sonora “quente” do original,<br />

mas permite tempo de delay mais longo.<br />

Além disso, as funções Modulate - em que um<br />

efeito de chorus é acrescentado às repetições - e<br />

Reverse – na qual o áudio é reproduzido em sentido<br />

invertido – proporcionam mais possibilidades<br />

ao instrumentista.<br />

O DD-7, no entanto, oferece outras vantagens.<br />

O delay digital pode ser configurado para até<br />

6,4 segundos em mono, tempo inimaginável<br />

para outros modelos de mesma categoria. Além<br />

da alta qualidade produzida, portanto, o pedal<br />

transforma-se em uma ferramenta criativa.<br />

Colabora para isso, também, o modo Hold, que<br />

permite gravar loops de até 40 segundos de<br />

áudio em performance sound-on-sound, sobrepondo<br />

camadas sonoras e repetindo indefinidamente<br />

o resultado.<br />

Com tantos recursos à disposição, o aparelho<br />

exige facilidade de controle. Para tanto, a equipe<br />

de engenheiros dotou o modelo com entrada<br />

para pedal externo. Com isso, é possível alterar<br />

os valores de Delay Time, Feedback e Volume por<br />

meio de um pedal de expressão ou o tap tempo<br />

do delay via footswitch, afora o próprio DD-7.<br />

Para oferecer ainda mais flexibilidade, entrada<br />

e saída estéreo estão disponíveis, com duplo<br />

roteamento e processamento, o<br />

que permite criar efeitos incríveis<br />

e explorar novas possibilidades.<br />

Enviar os sinais<br />

direto e com delay para<br />

saídas independentes,<br />

por exemplo, é um<br />

recurso perfeito para<br />

gravações e controle<br />

nas performances<br />

ao vivo.


Novos Produtos<br />

r-44<br />

Projetado para uso profissional,<br />

o R-44 é um gravador<br />

de tamanho<br />

compacto, desenvolvido<br />

para trabalhar<br />

juntamente<br />

com vídeo em<br />

captações externas<br />

com boom, ideal para<br />

produções publicitárias, dramatúrgicas<br />

e cinema. O equipamento registra até quatro<br />

canais de áudio sem compressão, com opções de<br />

resolução em 16 ou 24 bits e taxa de amostragem de<br />

44.1kHz, 48kHz, 88.2kHz ou 96kHz, afora a opção de<br />

192kHz estéreo. Como mídia, a solução utiliza cartões<br />

de memória SD ou SDHC de até 8GB de capacidade de<br />

armazenamento, o que garante 755 minutos de gravação<br />

com qualidade de CD, nos formatos wav ou BWF. Com<br />

quatro entradas combo XLR/TRS com Phantom Power,<br />

conexão digital In/Out (RCA) e microfones estéreo<br />

embutidos, além de quatro saídas de linha independentes<br />

e porta USB para conexão com computadores<br />

e transferência rápida de arquivos, o aparelho oferece<br />

flexibilidade e uma ampla gama de aplicações.<br />

ua-25eX<br />

Mo B i l e Cu B e<br />

Tamanho não é documento, principalmente<br />

quando a tecnologia <strong>Roland</strong> trabalha no<br />

desenvolvimento de um equipamento portátil.<br />

Com potência suficiente para a maioria<br />

das aplicações em que um cubo normal é<br />

utilizado, o Mobile Cube é um amplificador<br />

estéreo que aceita qualquer tipo de instrumento<br />

eletrônico ou fonte de áudio, incluindo<br />

microfones, violões elétricos, guitarras,<br />

drum machines, mp3 players etc. Para isso,<br />

o equipamento conta com três entradas,<br />

sendo uma estéreo, e potência de 5 watts<br />

distribuída em dois alto-falantes de 10cm.<br />

Se não bastasse, o pequeno notável carrega<br />

efeitos de reverb, chorus e distorção, entre<br />

outros, e possui a função Center Cancel,<br />

ideal para karaokê. O Mobile Cube funciona<br />

alimentado por pilhas, com autonomia de<br />

até 15 horas de uso contínuo, ou fonte de<br />

alimentação externa.<br />

A nova interface da Edirol, a UA-25EX, é resistente, compacta e recheada de recursos. Ideal para engenheiros de áudio<br />

que trabalham com computadores e apreciam mobilidade, o equipamento proporciona resolução de até 96kHz em 24<br />

bits. Afora isso, possui dois pré-amplificadores de microfone de qualidade profissional, com entradas combo XLR/TRS<br />

e Phantom Power, conexão Hi-Z para uso com instrumentos musicais como guitarras, além de entrada e saída ópticas<br />

S/PDIF e MIDI, e fonte alimentada pela porta USB de baixo ruído. Para as gravações, a UA-25EX oferece compressor<br />

analógico com tempos de ataque e controle de threshold variáveis, desenvolvido especialmente para o registro de<br />

vocais e instrumentos de grande faixa dinâmica. Além disso, o limiter, também analógico, previne a ocorrência de clips<br />

durante a captação. A presença de ruídos é evitada pela blindagem contra altas freqüências decorrentes de outros aparelhos<br />

elétricos e pela nova função terra, que permite o uso do equipamento tanto<br />

em estúdios quanto em aplicações ao vivo. Para completar os recursos da<br />

interface, ela vem acompanhada de drivers ASIO, WDM, MME e CoreAudio,<br />

além do pacote Cakewalk Production Plus Pack com os softwares Sonar<br />

LE, Project 5 LE e Dimension LE.<br />

Ju n o sT a G e<br />

Desenvolvido especialmente para uso em<br />

palco, o novo sintetizador da <strong>Roland</strong> oferece<br />

uma seleção de timbres essenciais, escolhida com<br />

cuidado para abranger os mais utilizados pelos músicos. Entre<br />

eles, o destaque é o piano estéreo, com multisamples de 88 notas<br />

amostrados em quatro níveis de sensibilidade, usando a mesma tecnologia da<br />

linha Fantom-G. Além disso, o teclado pode ser expandido e customizado, com a instalação<br />

de até duas placas de ondas SRX.<br />

Para uso em apresentações, o Juno Stage oferece ferramentas difíceis de serem encontradas em outros sin-<br />

tetizadores de sua categoria. Uma delas é a presença de botões dedicados para acesso instantâneo aos bancos dos<br />

timbres mais utilizados, os favoritos. O tecladista consegue, também, acionar os patches por meio de um footswitch<br />

duplo conectado à entrada Patch Select, permitindo que ele nunca tire as mãos do instrumento. Otimizado ao extremo<br />

para performances ao vivo, o produto possui controles acessíveis para equalização master e ajuste de reverb, além<br />

de dois switches localizados acima do joystick de pitch bend que podem ser usados para ligar os efeitos de rotary e<br />

o portamento, entre outros recursos.<br />

Com polifonia de 128 notas, multitimbralidade de 16 vozes e 76 teclas com ação de sintetizador, o equipamento traz<br />

um amplo display LCD, porta USB para reprodução direta de Standard MIDI Files e arquivos de áudio (mp3, wave e<br />

aiff), com função de cancelamento de vocais, e saída dedicada para metrônomo, extremamente útil para performances<br />

em conjunto com um baterista.<br />

O Juno Stage serve tanto àqueles que o utilizam como controlador MIDI quanto aos que necessitam de um instrumento<br />

para performances-solo com canto, graças à entrada de microfone XLR com phantom-power, vocoder e reverb.<br />

O novo switcher de vídeo Edirol V-8 possui todas as<br />

características de seus antecessores, mas com maior<br />

quantidade de canais, duas entradas RGB selecionáveis,<br />

saída de monitoração e efeitos. Mais de 500 linhas de<br />

resolução asseguram alta qualidade de imagem, mesmo<br />

depois do processamento e da mixagem digitais.<br />

O equipamento oferece sete conexões BNC composto,<br />

quatro S-Video e duas D-SUB 15 pinos, e preenche<br />

uma lacuna existente em um mercado<br />

sedento por modelos de baixo custo<br />

e boa resposta: o V-8 conta com<br />

processamento interno de 4:2:2<br />

a 8 bits. As conexões D-SUB<br />

15 pinos possibilitam conectar<br />

dois computadores diretamente<br />

ao switcher que, graças ao conversor<br />

incorporado, viabiliza o uso de sinais RGB<br />

VGA e UXGA. O equipamento também com-<br />

porta a utilização de efeitos de luminância e chroma key,<br />

e permite utilizar logos e textos produzidos em micros<br />

sobre vídeos de background, ampliando a interação entre<br />

computação gráfica e aplicações visuais. Efeitos tradicionais<br />

de colorize e negative estão incluídos, assim como<br />

feedback, afterimage, emboss, find edge e outros. Além<br />

disso, também há a possibilidade de compor duas imagens<br />

com o Picture-in-Picture, adicionando efeitos,<br />

e customizar as transições das fontes A e B. O<br />

aparelho pode ser controlado remotamente<br />

pela série de produtos PR da Edirol e,<br />

além disso, oferece a função Audio<br />

Follow Vídeo, permitindo que,<br />

conectado via MIDI à mesa de<br />

áudio digital M-400 da linha<br />

RSS, o áudio seja sincronizado<br />

com o vídeo, fazendo a transição<br />

simultânea entre as fontes.<br />

20 Música e Imagem Música e Imagem 21<br />

v-8


Novos Produtos<br />

538Md-27<br />

A Rodgers apresenta o modelo 538MD-27, um novo conceito em órgão clássico<br />

de dois manuais, com as proporções ideais para instalação em uma grande variedade<br />

de ambientes, como igrejas, teatros, escolas de música e, até mesmo,<br />

residências. O modelo utiliza a conceituada tecnologia Rodgers, que proporciona um<br />

sampleamento de sons de órgãos de tubos autênticos, incluindo novas amostras<br />

de instrumentos alemães.<br />

Entre os diferenciais do equipamento, destaca-se a entrada USB (USB Host Port),<br />

que permite a utilização de dados externos por meio de um pen drive ou hard disk,<br />

recurso exclusivo para essa categoria de instrumento musical. Afora isso, chamam a<br />

atenção o visor gráfico LCD - que oferece ótima visualização de parâmetros e fácil interface com<br />

o usuário, proporcionando acesso simples e rápido às operações -, o acabamento externo do console em madeira escurecida,<br />

e a pedaleira radial flat de 27 notas.<br />

O Rodgers 538 possui sonorização própria, com dois canais de 60 watts cada, oferecendo a possibilidade de instalação de amplificadores<br />

externos, o que pode enriquecer ainda mais o som ambiente.<br />

Entre os recursos e variedade de timbres, uma das características fundamentais dos órgãos Rodgers, destacam-se 63 organ<br />

voices, 24 orchestral voices, 32 memórias gerais e 20 para cada manual, 8 temperamentos, tutti, pedal de expressão, transpose<br />

e efeitos de reverb digital, entre outros. A customização é também um ponto importante a ser realçado. Em órgãos de tubo<br />

tradicionais, a realização do VOICING (regulagem e ajuste de sons) exige um consumo de tempo muito grande, além da utilização<br />

de ferramentas especiais e, principalmente, mão-de-obra altamente qualificada. Nos modelos digitas, entretanto, o processo é<br />

simplificado, pois possuem tecnologia própria de edição de vozes e ajuste das notas, que é feito tecla a tecla.<br />

Por conta de todos esses fatores, o órgão Rodgers 538 atende a diversas necessidades, com versatilidade, inovação, discrição<br />

e o padrão de qualidade, tradição e excelência que fez da marca a mais conceituada entre os músicos.<br />

C-30<br />

O C-30 reproduz fielmente a delicadeza do mais tradicional<br />

instrumento de teclas: o cravo. A intenção da <strong>Roland</strong> foi<br />

fazer que esse som se tornasse disponível para mais pessoas<br />

e permitir que a experiência de tocá-lo pudesse ser<br />

facilmente usufruída em casa ou qualquer outro local.<br />

Seja em performances-solo ou em grupos, o C-30 une<br />

o melhor de dois mundos em um<br />

equipamento digital com todas<br />

as características existentes no<br />

original. Com 61 teclas desenvolvidas<br />

especialmente<br />

para simular a ação dos<br />

teclados de cravos acústicos,<br />

o modelo reproduz<br />

até mesmo o ruído peculiar<br />

da ação dos plectros<br />

sobre as cordas, com<br />

possibilidade de ajuste<br />

de parâmetros.<br />

Além disso, o C-30 é leve, o que permite que seja transpor-<br />

tado facilmente. O gabinete, compacto, foi concebido no<br />

estilo conhecido como virginal e pode ser personalizado com<br />

gravuras à escolha do usuário para a tampa e vitrais laterais, o<br />

que auxilia na criação da aparência mais conveniente ao local<br />

de apresentação.<br />

O grande destaque do modelo, no entanto, é a sonoridade.<br />

Com 128 notas de polifonia, o Digital Harpsichord oferece<br />

quatro sons de cravo (French, Flemish, Fortepiano e Dynamic),<br />

cada um deles com quatro variações – 8 Feet I (back), 8 Feet<br />

II (front), 4 Feet e Lute. Além disso, dois sons de órgãos positivos<br />

estão disponíveis, assim como cinco diferentes modos<br />

de temperamento (Equal, Werckmeister, Kirnberger, Vallotti<br />

e Meantone) e duas alternativas à afinação normal (415 Hz<br />

ou 392 Hz). Oito tipos de reverb, recursos de transposição e<br />

possibilidade de conexão de pedal damper complementam o<br />

instrumento, dotando-o de mais flexibilidade e modernidade<br />

sem que se percam as características mais marcantes dos<br />

cravos tradicionais.<br />

r-09hr<br />

O R-09HR é um gravador digital portátil profissional que<br />

traz recursos inéditos em produtos de sua categoria. Além<br />

de gravação em mp3 e wave de alta resolução em até 24<br />

bits/96kHz - de baixo ruído graças à tecnologia Isolated<br />

Adaptive Recording Circuit (I.A.R.C.) -, o equipamento da<br />

Edirol oferece microfone condenser estéreo incorporado.<br />

Por conta de necessidades específicas, no entanto, o usuário<br />

pode inserir áudio de fontes externas, sejam captadores ou<br />

aparelhos de som, pela entrada de linha disponível.<br />

Para reprodução do material registrado, o R-09HR apresenta<br />

alto-falante embutido e saída para fones de ouvido e linha,<br />

permitindo que, além de uma audição preliminar, seja possível<br />

amplificar externamente o material registrado. Para aqueles que<br />

precisam editar o conteúdo sonoro e utilizá-lo em produções<br />

mais elaboradas, o equipamento oferece porta USB 2.0 para<br />

rápida transferência de dados para o computador e vem acompanhado<br />

do software de edição Cakewalk Audio Creator LE. Entre<br />

as outras facilidades que o produto disponibiliza,<br />

estão controle remoto sem fio, capacidade de<br />

armazenamento de até 32GB em cartões de<br />

memória SD ou SDHC, e display OLED (Organic<br />

Light-Emitting Diode). O Edirol R-09HR<br />

possibilita, de maneira fácil e descomplicada,<br />

gravar com alta qualidade em qualquer<br />

tipo de condições, e é ideal para<br />

repórteres, executivos, estudantes,<br />

músicos e produtores.<br />

MT-90u<br />

O MT-90U reproduz arquivos MIDI, mp3 e wave diretamente<br />

de pen drives ou outras fontes externas, como disk drives<br />

ou CDs, por meio da porta USB. Entre as facilidades que<br />

apresenta, estão a possibilidade de alterar tanto o tempo<br />

quanto a afinação das músicas, o controle<br />

remoto para todas as funções do<br />

player e a entrada de microfone com<br />

efeito de eco para uso como karaokê,<br />

facilitado pela apresentação da letra<br />

das canções no display. O tamanho<br />

reduzido e o pouco peso fazem dele<br />

o companheiro ideal para viagens,<br />

turnês ou aulas.<br />

22 Música e Imagem Música e Imagem 23<br />

GW-8<br />

Disponibilizar grande<br />

variedade de estilos de acom-<br />

panhamento e timbres para a execução de<br />

world music. Este é o objetivo principal do novo<br />

arranjador da <strong>Roland</strong>, o GW-8. Mas não é apenas isso<br />

que o workstation oferece. Desenvolvido no Japão com<br />

o auxílio de Sergio Terranova, gerente de produtos da<br />

<strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong>, o equipamento traz desde instrumentos<br />

característicos da cultura brasileira, como a viola caipira<br />

e o cavaquinho, até levadas de ritmos populares e folclóricos,<br />

como o forró e o bumba-meu-boi.<br />

Criado especialmente para músicos de eventos, que<br />

se apresentam geralmente sozinhos, o GW-8 traz<br />

polifonia de 128 vozes com geração de sons derivada<br />

da série Fantom-X, o que se traduz em qualidade e variedade<br />

de timbres. A memória interna de 256MB traz<br />

mais de mil deles, afora 128 performances, 41 drum<br />

kits e bancos dedicados aos instrumentos étnicos,<br />

além dos dados de usuário com 228 performances<br />

e 100 tones.<br />

Também pode-se destacar a variedade de estilos<br />

de playback interativo, conhecidos como ritmos de<br />

auto-acompanhamento, com foco nos gêneros latinoamericanos<br />

acrescidos de outros escolhidos ao redor<br />

do mundo, sem esquecer os mais populares de todas<br />

as épocas e regiões, como pop, rock, dance, jazz etc. E<br />

para uma performance ainda mais natural, essa seção<br />

oferece quatro introduções, variações e finalizações,<br />

afora os fill-ins.<br />

Para quem pretende utilizar ainda mais recursos do<br />

equipamento, o GW-8 possui gravador digital MIDI de<br />

16 pistas capaz de registrar, em tempo real, performances<br />

recheadas de efeitos. Além disso, o modelo<br />

reproduz arquivos mp3, wave, aiff e SMF diretamente<br />

de um pen drive ou módulo de armazenamento<br />

externo graças à entrada USB. A fim de enriquecer<br />

e facilitar a performance ao vivo, o workstation traz<br />

vários controles como o D-Beam e o knob Analog<br />

Modify, que permitem ajustes e alterações instantâneas<br />

dos timbres. Oferecendo acabamento que sons e ritmos<br />

produzidos pelo GW-8 merecem, estão disponíveis<br />

três tipos de chorus, cinco de reverb e 78 efeitos.


Interação<br />

V-Link<br />

O revolucionário padrão desenvolvido pela <strong>Roland</strong> oferece novos horizontes ao mercado<br />

Integrar equipamentos de vídeo e áudio costumava ser um processo complicado. Associar dois mundos tão próximos e ao<br />

mesmo tempo distantes no que diz respeito ao mercado - apesar de unificados na visão do público – é um desafio que poucos<br />

ousaram enfrentar. No entanto, a <strong>Roland</strong>, grande conhecedora das necessidades dos músicos, encontrou a solução. A vasta<br />

experiência que possui na fabricação de instrumentos, aliada ao conhecimento adquirido na produção de aparelhos da linha<br />

Edirol para vídeo profissional, permitiu a ela desenvolver o protocolo V-Link. Esse padrão proporciona, tanto ao segmento musical<br />

quanto ao de áudio e vídeo, uma mudança de parâmetros significativa, por tornar esse processo mais simples, ilimitado,<br />

extremamente criativo e acessível a todos. Literalmente, a empresa diz ao mercado: bem-vindo ao futuro!<br />

RECURSOS<br />

Graças aos fenômenos do DVD e do<br />

YouTube, o mercado já não se satisfaz<br />

apenas com o áudio. Além disso, com a<br />

popularização das câmeras DV, mini DV e<br />

HDV - e dos projetores multimídia e data<br />

shows com custos extremamente acessíveis<br />

- qualquer banda, seja de que porte<br />

for, pode incluir performances de vídeo<br />

em suas apresentações.<br />

A solução da <strong>Roland</strong> aposta nos<br />

comandos em tempo real, facilitando o<br />

acesso do público às mensagens que o<br />

artista deseja transmitir. Com essa inovação,<br />

músicos podem “tocar” imagens<br />

diretamente de seus instrumentos e, até<br />

mesmo, controlar uma câmera por meio<br />

dos produtos Edirol.<br />

Com o protocolo V-Link, tudo se torna<br />

fácil. Uma simples conexão MIDI faz a<br />

magia acontecer. Os instrumentistas<br />

têm em suas mãos poderosas ferramentas<br />

de integração e podem elevar<br />

suas performances a outro patamar de<br />

comunicação audiovisual. É possível, por<br />

exemplo, cada tecla de um sintetizador<br />

ou controlador MIDI corresponder a uma<br />

mudança de clipes de imagens. Ou criar<br />

efeitos radicais de vídeo em tempo real<br />

por meio dos filtros de painel de teclados,<br />

reproduzindo-os por um projetor durante<br />

o show de uma banda.<br />

APLICAÇÕES<br />

Um exemplo de aplicação do protocolo V-Link é o conjunto Fantom-G - sintetizador<br />

topo de linha da <strong>Roland</strong> - e Motion Dive .Tokyo (ou Edirol Motion Dive MD-P1S) -<br />

software e hardware extremamente simples e de baixo custo que trabalham com<br />

loops de imagens em movimento. Estes permitem usar tanto figuras pertencentes<br />

a uma enorme videoteca que acompanha o produto quanto as que são carregadas<br />

pelo usuário. Além disso, o equipamento possibilita a sincronização do tempo da<br />

música com a velocidade do loop de vídeo, a troca dos bancos de imagens por meio<br />

dos pads ou dos botões de sequencer do painel da workstation e a alteração no<br />

brilho com o controle de infravermelho D-Beam, entre outras opções. É importante,<br />

portanto, para quem pretende utilizar essa<br />

solução, verificar na tabela de especificações<br />

dos aparelhos quais possuem compatibilidade<br />

com o protocolo V-Link.<br />

MIDI IN<br />

Edirol Motion Dive .Tokyo<br />

Performance Package<br />

Fantom-G<br />

V-Mixer M-400<br />

V-8 - Painel traseiro<br />

24 Música e Imagem Música e Imagem 25<br />

MIDI IN<br />

No universo da música eletrônica, por exemplo,<br />

existem muitas equipes que contam com profissionais<br />

de vídeo especializados em efetuar a sincronia com o<br />

áudio, os chamados VJs. Entretanto, com as facilidades<br />

encontradas nos dias de hoje, o próprio DJ pode<br />

desempenhar esse papel em tempo real. No caso de<br />

uma performance com banda, a tarefa dele fica mais<br />

simples. Basta utilizar um Motion Dive juntamente<br />

com um mixer V-4, aparelho extremamente simples e<br />

barato. Com esses equipamentos, é possível misturar<br />

os loops de imagens em movimento com os vídeos<br />

captados pela câmera, proporcionando recursos mais<br />

interessantes como colocar os integrantes em outros<br />

ambientes ou cenários virtuais e, até mesmo, fazer<br />

recortes por cores, tarefa que há 10 anos apenas seria<br />

viável com aparelhos de dezenas ou centenas de<br />

milhares de dólares.<br />

Com a Edirol, portanto, a <strong>Roland</strong> tornou-se a única<br />

empresa do mundo que possui produtos na área<br />

de áudio e vídeo profissionais, além de promover a<br />

integração entre eles. A linha RSS, que conta com<br />

sistemas de distribuição de áudio a longas distâncias<br />

e consoles digitais para apresentações ao vivo (Sound<br />

Reinforcement), pode ser integrada a switchers para<br />

efetuar a sincronização, como, por exemplo, quando<br />

vários DVDs e arquivos Power Point com áudio estão<br />

atrelados a um sistema de projeção de uma sala ou<br />

teatro. Conectando um switcher V-440HD (high definition)<br />

ou um V-8 (standard definition) a um console<br />

digital M-400, o técnico consegue operar a mesa apenas<br />

selecionando as fontes de vídeo, inclusive fazendo<br />

MIDI cable<br />

MIDI OUT/THRU<br />

crossfades e cortes “secos” que a mesa também realizará<br />

durante a transição do áudio.<br />

O sistema V-Link também simplifica o processo de edição<br />

de imagens. Para isso, é preciso utilizar o Edirol DV-7PR Digital<br />

Video Workstation - produto que possui ferramentas de edição,<br />

gerador de caracteres, processamento e finalização de vídeo -<br />

conectado a um VS-2000CD/2400CD. (Alex Lameira)<br />

Seguem alguns comandos MIDI, como Control Change,<br />

Pitch Bend, After Touch e Note On/Off, para serem utilizados<br />

como protocolo de audiovisual. Neste caso, o Motion<br />

Dive serve de parâmetro para imagem:<br />

NOTE TX CH<br />

Pelos canais MIDI, o banco de imagens será selecionado<br />

Valores: 1–16<br />

TEmPO DE FUSÃO (DISSOLVE TImE)<br />

O número de Control Change controla o tempo de fusão<br />

Valores: OFF, CC1, CC5, CC7, CC10,<br />

CC11, CC71-74, CC91-93, Channel Aftertouch<br />

CTRL TX CH<br />

O canal MIDI controla parâmetros de cores Cb/Cr, brilho<br />

e chaveamento do efeito de vídeo<br />

CONTROLE DE COLOR Cb<br />

(quantidade de azul na imagem)<br />

O número de Control Change ajusta o Cb color da imagem<br />

CONTROLE DE COLOR CR<br />

(quantidade de vermelho na imagem)<br />

O número de Control Change ajusta o Cr color da imagem


Capa<br />

Retrato<br />

e M B r a n C a s e P r e T a s<br />

Reconhecido como um dos mais influentes músicos nacionais,<br />

Oswaldinho do Acordeon adotou o V-Accordion como instrumento do coração<br />

Oswaldo de Almeida e Silva, o Oswaldinho do Acordeon, nasceu em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, no dia 5 de junho<br />

de 1954. A família era do interior da Bahia, mais precisamente da cidade de Euclides da Cunha, próxima a Canudos, de Antônio<br />

Conselheiro. O avô, “Seu” Aureliano, mestre sanfoneiro, ensinou o ofício ao filho, mais tarde conhecido como Pedro Sertanejo.<br />

Este embarcou, em 1946, rumo ao Sudeste em busca da fama, tentando firmar-se na carreira artística. Acordeonista, compositor,<br />

afinador de instrumentos e radialista, inaugurou, 20 anos depois de sua chegada, o primeiro forró da capital paulista, local que<br />

se tornou o principal ponto de encontro de nordestinos. Já em 1964 havia fundado o selo Cantagalo, um dos mais importantes<br />

centros de lançamento de artistas regionais. Por ali passou a maioria dos sanfoneiros, trios e cantores da época, como Dominguinhos,<br />

Genival Lacerda, Abdias, Jacinto Silva, Anastácia e Fúba de Taperoá.<br />

Além de agitador cultural, Pedro Sertanejo gravou mais de 40 discos e compôs cerca de 700<br />

canções, deixando sua marca na maior cidade da América Latina e na história da música<br />

popular brasileira. Sua casa era ponto de encontro de sanfoneiros. Ali eles se reuniam<br />

para tocar, trocar informações ou apenas “prosear”. Os mais freqüentes eram Luiz<br />

Gonzaga, Zé Gonzaga e Sivuca. Em um ambiente tão cultural, era esperado que o<br />

pequeno Oswaldinho demonstrasse interesse por esse universo. A primeira sanfona,<br />

de quatro baixos, surgiu aos 7 meses de vida. E, conforme a criança crescia, o brinquedo<br />

transformava-se em paixão. Com 6 anos, começou a aprender com o pai. Aos<br />

8, estreava em estúdios, participando da gravação da música “Menino do Pirulito”, em<br />

um dos discos dele. Nessa época, seguiu a família rumo a São Paulo.<br />

Bebeu da fonte até os 12, ouvindo e estudando composições<br />

de Gonzaga, Dominguinhos, Manoel Silveira, Sivuca e outros<br />

artistas. Chegando à capital, teve dificuldades em encontrar<br />

um professor. Na cidade grande, o acordeão - vítima<br />

de preconceito assim como os nordestinos - era cultuado<br />

na intimidade. Muitos tocavam, mas evitavam se<br />

apresentar ou lecionar. Por conta disso, durante seis<br />

anos Oswaldinho focou seus estudos no piano.<br />

A grande virada aconteceu quando conheceu o<br />

professor italiano Dante D’Alonzo, que lhe ensinou<br />

música clássica e como tirar o melhor proveito de<br />

seu instrumento nesse gênero. Aprendeu a ler e<br />

escrever partituras, conhecimento que, de certa<br />

forma, foi fundamental para consolidar sua carreira<br />

artística. De volta à Europa, o mestre incumbiu<br />

Paolo Feolla de continuar o trabalho que começara.<br />

O talento do pupilo aflorou ainda mais e rendeu a<br />

Oswaldinho uma bolsa de estudos no Conservatório<br />

Dante, da cidade de Milão, na Itália.<br />

No retorno ao País, utilizou toda essa informação na busca<br />

por uma estética própria, em que suas raízes fundem-se<br />

ao erudito e a outros gêneros. Admirador confesso de Luiz<br />

Gonzaga e Sivuca, não hesitou em tocar Beethoven em ritmo<br />

nordestino ou “Asa Branca” em blues. O ingresso no circuito<br />

MPB ocorreu no grupo Bendegó, pelo qual estabeleceu<br />

contato com a vanguarda da música nacional da época: Odair<br />

Cabeça de Poeta e Grupo Capote, Tom Zé, Moraes Moreira,<br />

Baby Consuelo e Pepeu Gomes, Fagner, Djavan e Renato<br />

Teixeira, entre outros. A lista daqueles que puderam contar<br />

com seu toque pessoal em gravações e apresentações é<br />

enorme e nela constam desde Alceu Valença e Gonzaguinha,<br />

passando por Elba Ramalho, até Paul Simon, Freddy Mercury<br />

e Al Jarreau, sem esquecer Nelson Ayres e Amilson Godoy,<br />

entre muitos nomes.<br />

A dedicação ao acordeão, no entanto, deixou algumas<br />

seqüelas. Uma hérnia de disco passou a incomodá-lo, a tal<br />

ponto que os movimentos começaram a ficar comprometidos.<br />

Submetido a uma cirurgia, teve medo de ser necessário<br />

abandonar a carreira. Em plena reabilitação, conheceu um<br />

novo instrumento, trazido ao País por Takao Shirahata, presidente<br />

da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong>, especialmente para ele. O V-Accordion<br />

ganhou um fã e um patrono. Explorando a tecnologia<br />

embarcada no equipamento sem esquecer suas principais<br />

influências – Dominguinhos, Sivuca, Caçulinha, Orlando Silveira,<br />

Maestro Chiquinho e Pedro Sertanejo, – Oswaldinho<br />

do Acordeon, mais uma vez, funde o moderno e o antigo, o<br />

novo e o tradicional.<br />

O acordeão viveu seu auge e, na seqüência, sofreu<br />

forte declínio. A que você credita esse fato?<br />

O problema surgiu com a Jovem Guarda. Antes disso,<br />

porém, segundo pessoas com mais idade que eu, houve<br />

um encontro de acordeonistas no Maracanã e as sanfonas<br />

estavam muito desafinadas, com um monte de gente tocando<br />

em timbres diferentes. Isso prejudicou a audição de quem<br />

tem ouvido apurado e o acordeão passou a ser considerado<br />

instrumento de conservadores, de velhos. Quando surgiu<br />

o órgão, foi deixado de lado. As pessoas tinham vergonha<br />

porque achavam que era para valsinha, dobrado, forró. Alguns<br />

falavam que ele não estava apto a outros tipos de música,<br />

principalmente aqui no <strong>Brasil</strong>. Quem dava aula fazia questão<br />

de não colocar na placa, de tanta perseguição. Na época do<br />

forró, a gente andava com ele dentro de uma caixa e era preciso<br />

atravessar a rua, porque as pessoas não aceitavam. Era<br />

DOMINGUINHOS E OSWALDINHO<br />

Amigos de longa data e muitas histórias em comum<br />

um preconceito muito grande. Tocava órgão em bailinhos e, de<br />

repente, pegava o acordeão, mas não podia usar o som acústico<br />

que o pessoal me mandava parar. Essa evolução foi gradativa.<br />

Quem “forçou” essa barra, do instrumento sair dos palcos de<br />

forró para os teatros, foi o Dominguinhos, quando começou a<br />

trabalhar com Gilberto Gil e Gal Costa. Naquela época, até Luiz<br />

Gonzaga o esqueceu um pouco, por incrível que pareça.<br />

Você acha que esse panorama está se modificando?<br />

Muito, porque os filhos e os netos das pessoas que<br />

tinham preconceito aderiram ao instrumento com grande<br />

facilidade por causa da tecnologia. Quem está acostumado,<br />

percebe que o acordeão é um teclado de pescoço. Então,<br />

não tem vergonha.<br />

O acordeão no <strong>Brasil</strong> sempre foi muito ligado à música<br />

regional. Em outros países isso é diferente?<br />

Ele faz parte da cultura de todos os países que visitei. Na<br />

França, por exemplo, até hoje usam o mesmo ritmo. Na Itália<br />

e na Alemanha, também. <strong>Brasil</strong>eiro é que gosta de inovar. Para<br />

me destacar e não ser mais um conservador, gravei música<br />

clássica em ritmo de forró. Fui o primeiro a utilizar pedal. A crítica<br />

me massacrou. Disseram que estava perdendo a originalidade,<br />

trocando violão e cavaquinho, instrumentos de regional, por<br />

guitarra e contrabaixo. Nem para fazer São João eles me convidavam.<br />

Falavam que era muito clássico. Mas insisti. Hoje, tenho<br />

personalidade no meu trabalho e tudo que eu fizer, “tá valendo”.<br />

Conquistei esse espaço debaixo de muita bordoada.<br />

Por que foi estudar na Europa?<br />

Estudei música clássica por 18 anos e ganhei uma bolsa<br />

para Milão. Minhas raízes sempre foram nordestinas, no entanto<br />

precisava conhecer mais o instrumento e outros gêneros,<br />

além de aprender a escrever, até para orquestra sinfônica.<br />

Enfim, saber música. Percebi que o acordeão não é regional,<br />

mas universal.<br />

26 Música e Imagem Música e Imagem<br />

27


Capa<br />

Temos instrumentistas muito talentosos que não são<br />

valorizados por aqui...<br />

Santo de casa não faz milagre. Deveriam dar mais valor, mas os<br />

músicos têm que ser bem preparados. Para um artista, não basta<br />

o dom. É preciso ser um sucesso como pessoa, ter bom relacionamento.<br />

Se alguém possui talento, mas for um péssimo indivíduo,<br />

sem respeito com seu trabalho e nem com o do próximo, a própria<br />

arte se encarrega de tirá-lo do meio. Ela é que nos escolhe. Se nós<br />

anulássemos totalmente o ego, a música seria outra coisa. Acredito<br />

que há desvalorização porque ninguém sabe se comportar. O artista<br />

precisa ter a cabeça nas estrelas e os pés no chão. É necessário,<br />

nas escolas, preparar o aluno para quando for famoso. Ele demora<br />

a chegar lá e, depois, pode colocar tudo a perder. A vaidade sobe<br />

acima da capacidade. Põe o sujeito lá em cima, retira a escada e<br />

espera o tombo. As pessoas estão trabalhando com música e é<br />

fundamental lidar com ela em todas as vertentes possíveis. Mas<br />

sempre com dignidade, respeitabilidade e amigavelmente, aproveitando<br />

os espaços.<br />

Como conheceu o V-Accordion?<br />

O Takao me convidou para visitar a <strong>Roland</strong> e ver um novo instrumento.<br />

Eu estava, praticamente, vindo de uma cirurgia. Por isso,<br />

a primeira pergunta que fiz foi: qual o peso? Quando cheguei lá e<br />

vi o equipamento, achei a cor interessante. Era bem diferente e<br />

aquilo chamou a atenção. Ele me deixou tocar e, logo que peguei,<br />

senti que era mais leve que o meu, por não ter cavaletes. Ouvi as<br />

variações de timbre e fiquei apaixonado. Na época, trabalhava com<br />

dois acordeões: um acústico e um MIDI, que usava em um pedestal.<br />

A <strong>Roland</strong> possibilitou que eu tivesse ambos em um só.<br />

hisTória<br />

O cheng, instrumento chinês constituído por recipiente<br />

de ar, canudo de sopro e tubos de bambu, pode ter sido<br />

o inspirador do acordeão. Para produzir som, cada tubo<br />

possuía um encaixe para posicionar uma lingüeta ou palheta,<br />

que vibrava com a passagem do ar. Esse sistema foi<br />

levado para Rússia, onde foi aplicado em tubos de órgãos<br />

litúrgicos, e seguiu para a Alemanha.<br />

Em 1822, na capital daquele país, Friedrich Buschmann<br />

foi o primeiro a produzir um modelo básico de “sanfona”.<br />

Pouco depois, na Áustria, Cirilo Demian construiu um<br />

exemplar de palheta livre, teclado e fole capaz de produzir<br />

acordes. Estava inventado e patenteado o acordeão. Com<br />

a inclusão da escala cromática, o equipamento tornou-se<br />

apto a produzir qualquer melodia ou harmonia, fato que<br />

possibilitou o aperfeiçoamento dos modelos seguintes.<br />

Itália<br />

E quanto aos timbres?<br />

Era tudo que eu queria. Além disso, existe a facilidade<br />

de afinação. Quando se faz uma gravação que tem a base<br />

pronta, sempre há uma diferença. Com o novo equipamento,<br />

o músico consegue ajustar a afinação à base gravada.<br />

Comecei a ver as vantagens que teria no estúdio. Afora a<br />

leveza, estranhei um pouco o fole. A regulagem de fábrica<br />

vem um pouquinho mais dura, mas é ajustável. Com isso<br />

regulado, entendi que é um instrumento que se adapta à<br />

pessoa que está tocando, se a mão é fina ou grossa. No<br />

caso do peso do dedo do intérprete, é possível configurar o<br />

teclado e a baixaria.<br />

Você precisou alterar sua maneira de tocar?<br />

Não. Às vezes, mexo no acordeão acústico e não noto<br />

diferença. E até sinto falta dos outros recursos. É questão<br />

de acostumar com ele, com o peso. E previne problemas de<br />

postura. Quem toca o instrumento acústico tem tendência a<br />

ter desvios de coluna. Os que usam o modelo <strong>Roland</strong>, sem<br />

passar pelo outro, vão ganhar alguns anos de saúde (risos).<br />

Há preconceito em relação a esse instrumento?<br />

Não. As pessoas é que ainda não se acostumaram com a<br />

facilidade que a <strong>Roland</strong> pode dar. Quem vai trabalhar em um<br />

estúdio de gravação e é autodidata, por exemplo, se tiver que<br />

transportar o tom de uma música, dará valor ao equipamento.<br />

O instrumento facilita a vida dele. Se ele não souber tocar<br />

em Mi maior ou La bemol, ele transpõe para Do maior, que<br />

é o tom de pobre (risos). (Nilton Corazza)<br />

Uma das fases mais importantes para o desenvolvimento do<br />

acordeão aconteceu na Itália. Reza a lenda que, em 1863, um viajante<br />

austríaco teria pedido abrigo a um camponês em Castelfidardo.<br />

Encontrou repouso na casa de Antonio Soprani, pai de Paolo, e<br />

presenteou o jovem com um instrumento. O rapaz resolveu estudar<br />

os mecanismos e, assim, passou a aperfeiçoá-los. Após modificar as<br />

dimensões e alterar as vozes, iniciou a fabricação dos primeiros acordeões<br />

italianos juntamente com seus irmãos Settimo e Pasquale.<br />

Em 1976, na cidade de Stradella, Mariano Dallapè iniciou a<br />

confecção de seus próprios modelos. Quatro anos depois, a Salas<br />

foi fundada simultaneamente à Cooperativa Armoniche. Outras<br />

indústrias começaram a se instalar em Vercello após uma década,<br />

firmando a Itália como o grande centro produtor e responsável pelo<br />

aprimoramento do acordeão.<br />

fe s T i va l in T e r n a C i o n a l<br />

ro l a n d d e aC o r d e o n<br />

A etapa brasileira do 2º Festival Internacional <strong>Roland</strong> de Acordeon,<br />

definida em 2 de setembro de 2008, foi vencida por Jackson<br />

Jofre Rodrigues. Natural de Gravataí, o músico gaúcho recebeu um<br />

V-Acordion FR-7. Com essa vitória, o instrumentista conquistou o<br />

direito de representar o País na disputa do título de “Melhor Acordeonista<br />

do Mundo” em Roma, na Itália, e de concorrer a um prêmio<br />

de cinco mil euros.<br />

O catarinense Orimar Hess Júnior, de Luiz Alves, foi o segundo<br />

colocado. A terceira posição ficou para o paranaense Ricardo Marcelo<br />

Luiz, de São José dos Pinhais. Também participaram da competição<br />

Antonio Alberto Frighetto Neto, de Altinópolis, São Paulo,<br />

e Pedro Churandi Bernardy, de Ivaporã, Paraná.<br />

Com o apoio da Vivo, que presenteou os finalistas com celulares, o evento contou com<br />

um show especial de Oswaldinho e Dominguinhos. Os ícones do instrumento dividiram o<br />

palco pela primeira vez para homenagear o mestre Sivuca.<br />

Primeira edição<br />

V-Accordion<br />

Depois do desenvolvimento no século 19, outro ciclo se iniciou graças a Ikutaro<br />

Kakehashi. Em 1967, durante viagem a Castelfidardo, o fundador da <strong>Roland</strong> Corporation<br />

conheceu alguns fabricantes do produto. Fascinado com o instrumento,<br />

resolveu levar dois para o Japão, onde começou a alimentar a idéia de criar um<br />

modelo eletrônico.<br />

Entretanto, alguns obstáculo se interpunham, como a padronização do instrumento,<br />

a sensibilidade da ação dos foles e a arquitetura existente para a troca de<br />

registros. Junte-se a isso a necessidade de acondicionar o mecanismo em uma<br />

estrutura leve e compacta.<br />

PREMIAÇÃO<br />

Takao Shirahata e Jackson Jofre Rodrigues,<br />

vencedor da etapa brasileira<br />

A primeira edição do Festival Internacional <strong>Roland</strong> de Acordeon<br />

ocorreu em 2007 e reuniu músicos do mundo inteiro. A final da etapa<br />

nacional foi realizada em São Paulo e coroou Bruno Moritz Neto<br />

como o melhor acordeonista do País. Com isso, o músico disputou<br />

a decisão internacional na cidade de Pesaro, Itália. Ao lado de outros<br />

oito acordeonistas, o brasileiro concorreu ao prêmio de 5 mil<br />

euros. O primeiro lugar, porém, ficou para Amélie Castel (França),<br />

seguida de Pavlo Runov (Itália) e Uwe Steger (Alemanha).<br />

O desejo de Kakehashi foi consolidado anos depois pelos engenheiros da <strong>Roland</strong> Europa, estabelecida<br />

em San Benedetto, próxima a Castelfidardo. Graças aos resultados alcançados no desenvolvimento de novas tecnologias,<br />

a empresa lançou o V-Accordion (Virtual Accordion). Nele, recursos avançados oferecem ainda mais flexibilidade ao<br />

equipamento: as formas de onda podem ser alteradas de acordo com o toque no teclado e a pressão de ar produzida pelo<br />

fole, e a vibração secundária das palhetas em conformidade com a duração da nota. (Rafael Furugen)<br />

28 Música e Imagem<br />

Música e Imagem<br />

29


GT-10<br />

a n o v a<br />

paixão<br />

Com a chegada da GT-10, Rafael Bittencourt<br />

e muitos outros músicos encontraram a<br />

solução ideal para a criação de timbres<br />

Não é de hoje que guitarristas de diversos estilos vêm adotando<br />

as pedaleiras multiefeito como ferramentas práticas e confiáveis para<br />

a construção de timbres das mais variadas espécies. Um exemplo<br />

disto é Rafael Bittencourt, que usou o modelo BOSS GT-8 por<br />

mais de um ano como único gerador de efeitos nos shows<br />

da banda Angra, sempre conectado a amplificadores valvulados.<br />

O músico também utilizou esse equipamento<br />

em linha em diversos workshops, ensaios e para seus<br />

estudos diários.<br />

Assim como ele, outros instrumentistas conseguem<br />

resultados surpreendentes com suas “máquinas”<br />

em estúdio e também ao vivo, criando sons<br />

que atendem a praticamente todos<br />

os estilos. No entanto, a maioria<br />

deles acaba se frustrando por<br />

não conseguir aquele timbre<br />

“matador” que procura. A verdade<br />

é que, por oferecer tudo<br />

em um único pacote, as pedaleiras<br />

multiefeito freqüentemente se tornam<br />

indecifráveis para os músicos, principalmente<br />

os semiprofissionais e hobbistas. Esta é,<br />

realmente, a grande contradição dos modelos topo de<br />

linha do mercado: eles foram desenvolvidos para facilitar<br />

a vida dos guitarristas, mas muitos ainda se complicam<br />

com menus de navegação e parâmetros que afastam os<br />

artistas do “som ideal”.<br />

Diversos fóruns de discussão encontrados na internet<br />

estão repletos de usuários pedindo ajuda na criação<br />

de timbres e no manuseio de suas pedaleiras. E alguns<br />

acabam desistindo no meio do caminho. Essa questão, com<br />

certeza, foi um dos pontos de partida para o novo projeto<br />

da BOSS: a GT-10.<br />

EVOLUÇÃO E SImPLICIDADE<br />

Os engenheiros da BOSS sempre tiveram como objetivo<br />

principal o desenvolvimento de produtos inspiradores e musicais.<br />

E isso, realmente, pautou os modelos anteriores de<br />

pedaleiras (GT-5, GT-3, GT-6 e GT-8). O salto com o lançamento<br />

da GT-10, porém, é gigantesco. Pode-se dizer que, finalmente,<br />

a contradição maior desse tipo de equipamento foi resolvida.<br />

Com ela, o usuário pode criar timbres para praticamente todos<br />

os estilos sem ter que recorrer uma única vez ao “inimigo número<br />

um dos guitarristas”: o manual do usuário. Também não<br />

é necessário apelar ao Google para descobrir o que significa<br />

“depth”, “rate”, “gain”, “threshold” e mais uma infinidade de<br />

termos técnicos utilizados em estúdios profissionais.<br />

O “pulo do gato” se chama EZ TONE. Trata-se de um recurso<br />

inovador e inteligente que baseia a criação de timbres em<br />

estilos musicais e gráficos, ajustando vários parâmetros do<br />

equipamento ao mesmo tempo.<br />

Grande parte dos guitarristas procura desenvolver seu som<br />

baseados em gravações ou instrumentistas que admiram. A<br />

maioria, no entanto, não sabe quais efeitos utilizar para construílo.<br />

É comum ouvir músicos dizerem que não conseguem tirar<br />

de suas pedaleiras o “peso” do Dream Theater, aquele timbre<br />

“cheio” das introduções do Metallica ou, ainda, a sonoridade<br />

“quente” do Red Hot Chili Peppers. Isso ocorre porque eles<br />

não sabem que “pesado” se refere a distorção e ganho, assim<br />

como “cheio”, geralmente, ao efeito de chorus, phaser ou<br />

flanger, e “quente”, a overdrives e equalizadores. Alguns até<br />

chegam a essas conclusões, mas acabam se deparando com<br />

os “famigerados” parâmetros de ajuste.<br />

É nesse ponto que o novo recurso EZ TONE entra em ação.<br />

Em quatro passos básicos, é possível criar qualquer timbre, sem<br />

a necessidade de configurar um deles sequer. No primeiro, se<br />

escolhe o tipo de captador da guitarra (single ou humbucker)<br />

e em qual equipamento a GT-10 será conectada (amplificador,<br />

mesa de som, fones de ouvido e sistema “cabeça-caixa”, entre<br />

outras opções). Na segunda etapa, seleciona-se o estilo que<br />

servirá como base (blues, rock, metal, country, jazz<br />

etc) e as variações dele. No terceiro estágio, a<br />

pedaleira apresenta na tela<br />

o recurso com o qual<br />

o instrumentista altera<br />

as características do<br />

timbre por meio dos<br />

botões abaixo do painel.<br />

Neste ponto, o equipamento<br />

da BOSS ajusta vários parâmetros ao mesmo tempo, restando<br />

ao músico apenas movimentar o cursor na direção desejada.<br />

Levá-lo no sentido do eixo BACKING faz que a pedaleira adapte<br />

os valores para timbres de guitarra-base, ao passo que para<br />

solos, basta encaminhá-lo para SOLO. O mesmo acontece<br />

na horizontal, em que posicioná-lo na direção HARD tornará o<br />

timbre pesado e em SOFT, mais suave. A quarta e última fase<br />

apresenta a mesma tela da anterior, mas para configuração dos<br />

demais efeitos (delay, reverb, chorus, rotary speaker, flanger<br />

etc, dependendo da opção escolhida). Nessa etapa, o cursor se<br />

movimenta nas direções WET-DRY (reforça ou diminui os efeitos)<br />

e SHORT-LONG (efeitos de repetição mais longos ou curtos).<br />

Percorridos esses quatro passos, o que, em média, não<br />

demora mais que um minuto, basta salvar os ajustes em uma<br />

das 200 memórias da GT-10. Resumindo, quando o guitarrista<br />

determina o estilo e as características do timbre, o equipamento<br />

define seus parâmetros internos automaticamente. A pedaleira<br />

seleciona uma simulação de amplificador e faz as alterações<br />

nele. Em seguida, escolhe os efeitos recomendados e customiza<br />

os parâmetros necessários. Tudo é feito sem que o usuário<br />

perceba que mudanças estão sendo executadas. “E isso não<br />

é útil somente para iniciantes”, explica Bittencourt: “É para<br />

qualquer um, porque não é preciso partir do zero para criar um<br />

timbre”. O exemplo mais comum é o do músico de estúdio, que<br />

não pode perder tempo. “A GT-10 traz até um banco chamado<br />

Studio”, ensina o integrante do Angra, “com um som limpo e<br />

chorus bonito, um legal de solo, um de base, outro de ritmo,<br />

wha-wha, tudo pronto”, ilustra.<br />

As facilidades, porém, não acabam por aí. Caso o guitarrista<br />

necessite de alterações mais precisas em seus timbres, ele<br />

pode recorrer aos parâmetros individuais de cada efeito. Isso<br />

também foi alvo de uma mudança radical no equipamento.<br />

Quando o botão de determinado recurso é pressionado, em<br />

vez de apresentar apenas os nomes, o display mostra os knobs<br />

de ajuste, imitando o painel de um pedal compacto. Basta<br />

movimentar os botões logo abaixo<br />

dessa tela para confirgurar<br />

rapidamente os quatro principais<br />

parâmetros de cada<br />

um. Se for selecionado um<br />

chorus, por exemplo, aparecerão<br />

Depth, Rate, Pre Delay e Effect<br />

Level. Se tratar-se de um delay, surgirão<br />

as opções Delay Time, Feedback, Hi Cut e Effect<br />

Level. É como se o músico estivesse manuseando<br />

“pedaizinhos” colocados na pedalboard BCB-60.<br />

30 Música e Imagem Música e Imagem<br />

31


GT-10<br />

Se mesmo assim forem necessários alterações ainda mais<br />

precisas, em se tratando de especialistas e “heavy users”, o<br />

botão DISPLAY MODE entra em ação. Quando pressionado,<br />

ele faz que a tela não apresente apenas os principais ajustes<br />

dos efeitos selecionados, mas todos os disponíveis para cada<br />

um. Nesse caso, o equipamento se torna uma “usina” de parâmetros,<br />

que irá atender até os guitarristas mais exigentes. “A<br />

função EZ Tone é uma grande sacada”, diz Bittencourt, “porque<br />

o músico, rapidamente, monta o timbre. O meu tem uma cara<br />

de anos 70 e 80, então, puxo esses sons e apenas dou uma<br />

ajeitada à minha maneira.”<br />

NOVAS POSSIbILIDADES<br />

A GT-10 carrega um novo processador DSP customizado,<br />

desenvolvido especialmente para esse multiefeito. “A qualidade<br />

do áudio é superior. Os graves surgem bem consistentes e o<br />

som todo vem mais encorpado. Os agudos também contam<br />

com maior definição, “amaciados”, sem parecerem digitais”,<br />

atesta Bittencourt. Tudo isso, graças ao DSP que, com o<br />

dobro de capacidade de processamento do GT-8, fez que<br />

as simulações de amplificadores ficassem ainda mais fiéis,<br />

naturais e orgânicas. “Quando iniciamos os primeiros testes<br />

de desempenho, percebemos que as possibilidades seriam<br />

praticamente infinitas”, diz Masao Takahashi, engenheiro-chefe<br />

do projeto no Japão. “Com isso, decidimos refazer toda a<br />

programação de simulação, ou seja, começar do zero. Foi<br />

possível, então, incluir detalhes que aumentaram muito a<br />

fidelidade dos efeitos e dos amplificadores”, completa. Trata-se<br />

da tecnologia COSM (Composite Object Sound Modeling ou<br />

Modelação Sonora de Objeto Composto), exclusiva da BOSS,<br />

utilizada nas pedaleiras da marca para reproduzir amplificadores,<br />

alto-falantes, microfones e efeitos de várias espécies.<br />

Totalmente refeito para a GT-10, esse processo é o<br />

grande responsável pelo salto de qualidade e pela<br />

resposta mais musical do multiefeito em<br />

relação aos modelos anteriores.<br />

Um exemplo da seriedade<br />

com que as simulações<br />

foram encaradas<br />

é a emulação do<br />

Fender Twin. O amplificador<br />

original tem uma<br />

chave chamada Bright,<br />

que reforça os agudos e<br />

médio-agudos quando<br />

ele trabalha com volu-<br />

“Só com a GT-10 e a guitarra, o músico já está bem!”<br />

mes baixos. À medida que os níveis vão sendo aumentados,<br />

as altas freqüências começam a surgir naturalmente e o ganho<br />

dessa faixa diminui. Esse comportamento é extremamente<br />

complicado de ser reproduzido em uma pedaleira, mas a GT-<br />

10 o recria com fidelidade. Para Bittencourt, a simulação mais<br />

impressionante, no entanto, foi a de Marshall: “Creio que os<br />

modelos dessa marca são os que apresentam maior dificuldade,<br />

porque são muito dinâmicos”, diz. “Os amplificadores que têm<br />

um som comprimido, menos aberto, como os modernos, são<br />

mais fáceis. Mas o grande diferencial da válvula é a questão<br />

da dinâmica”, ensina o músico. “Quando se toca leve, ele tem<br />

um som bonito, quente. Ao tocar forte ou dar um pouquinho de<br />

ganho no volume, vem mais encorpado. O timbre do Marshall,<br />

apesar de ser distorcido, é muito aberto e dinâmico, em que<br />

se ouvem diversos harmônicos e, por isso mesmo, difícil de<br />

ser simulado”, explica.<br />

Nas palavras de Takahashi,<br />

“o novo processador tornou<br />

possível traduzir de forma ainda<br />

mais fiel o comportamento dos<br />

amplificadores, por meio da<br />

evolução da tecnologia COSM”.<br />

Outra grande vantagem é conseguir<br />

produzir características<br />

que o original não possui. Como<br />

exemplo, pode-se citar o fato de<br />

que a GT-10 tem como opção de<br />

Sergio Motta e Masao Takahashi<br />

ajuste de ganho, para as simulações,<br />

valores de 0 a 120, ou seja, ela consegue um adicional<br />

de 20%. Essa característica é fundamental para personalizar<br />

timbres e criar sonoridades exclusivas.<br />

RECURSOS INDISPENSÁVEIS<br />

As inovações da GT-10 não ficam por conta apenas<br />

da interface com o usuário e do processador. Recursos<br />

há muito tempo desejados nos modelos anteriores<br />

foram incorporados ao projeto. O principal e<br />

mais aguardado, sem dúvida, é a existência de<br />

uma porta USB. Com ela, a pedaleira passa a<br />

ser uma interface de áudio profissional<br />

com suporte a driver ASIO, ou<br />

seja, é possível gravar com o<br />

aparelho plugado diretamente a<br />

computadores e softwares de gravação<br />

e edição instalados. O equipamento<br />

também troca informações<br />

tipo MIDI Control Messages, o que facilita o backup<br />

e o compartilhamento de ajustes de usuário. Além<br />

disso, a BOSS disponibilizou para download gratuito<br />

(www.bossbrasil.com.br) o programa Biblioteca de<br />

Timbres. Ele facilita o armazenamento dos dados<br />

contidos na GT-10, possibilitando, inclusive, a troca<br />

de configurações criadas por músicos pela internet,<br />

de forma rápida e confiável.<br />

Afora as ferramentas mais óbvias - aguardadas<br />

pela maioria dos usuários de GT-8, 6, 5 e 3 - a BOSS<br />

surpreendeu aos instrumentistas incluindo o recurso<br />

de gravação de loops no aparelho. O Phrase Loop<br />

permite o registro de até 40 segundos de duração,<br />

sendo que várias camadas de áudio podem ser registradas<br />

e empilhadas. Essa é uma função extremamente<br />

útil, seja para estudar, lecionar, compor ou, até<br />

mesmo, para performances de palco inusitadas.<br />

Outras solicitações bastante difundidas em fóruns<br />

sobre GT-8 e que foram atendidas pelos engenheiros<br />

da BOSS são um display LCD grande e com forte<br />

iluminação - ideal para locais escuros ou iluminados<br />

demais - e um pedal de controle adicional (CTL2).<br />

Este último é uma alternativa que amplia ainda mais<br />

as possibilidades de utilização da nova pedaleira.<br />

“A mudança para a GT-10 foi uma conseqüência<br />

direta da minha experiência com a GT-8”, diz Bittencourt.<br />

“É uma pedaleira ultraversátil. Em alguns<br />

casos, envio os efeitos no loop dos amplificadores.<br />

Em outros, direto no input. Como ela pode ser ligada<br />

também em linha, é uma solução bem prática em<br />

gravações”, atesta. “Só com a GT-10 e a guitarra, o<br />

músico já está bem!”<br />

PASSO 1: escolha o tipo de captador da<br />

guitarra (single ou humbucker) e em qual<br />

equipamento a GT-10 será conectada<br />

VERSÃO PARA CONTRAbAIXO<br />

Após o lançamento mundial da GT-8, em janeiro de 2005<br />

- substituindo o modelo GT-6 - os baixistas aguardaram ansiosos<br />

pela próxima geração da GT-6B. A tão esperada “GT-8B”<br />

nunca foi desenvolvida, deixando muitos músicos indecisos<br />

quanto à linha de pedaleiras multiefeito da BOSS. Isso, no<br />

entanto, são águas passadas, pois, em janeiro de 2008, foram<br />

lançados simultaneamente os modelos GT-10 e GT-10B. Em<br />

termos de opções e novas tecnologias, a GT-10B carrega<br />

todos os recursos do modelo para guitarras, mas os efeitos e<br />

as simulações de amplificadores são voltados ao universo do<br />

contrabaixo. O equipamento apresenta filtros e “synth-bass”<br />

impressionantes, além de oitavadores e emulação de fretless<br />

e guitarras com distorção, ideais para solos e sonoridades<br />

inovadoras. Todos esses<br />

fatores, somados ao Loop<br />

Phrase, tornam a GT-10B<br />

um item indispensável<br />

para os baixistas que<br />

buscam novas experiências<br />

musicais.<br />

Seja para instrumentistas profissionais ou para os hobbistas<br />

que amam os efeitos da BOSS, a novidade apresentada pela<br />

empresa é um equipamento que atinge um nível único de qualidade,<br />

durabilidade e facilidade de uso. Seus recursos inovadores<br />

a tornam muito mais que uma pedaleira multiefeito para guitarra.<br />

E suas possibilidades de criação de timbres são praticamente<br />

infinitas. (Sergio Motta)<br />

32 Música e Imagem<br />

Música e Imagem<br />

33<br />

EZ TONE<br />

Timbres facilmente configurados em menos de 1 minuto e apenas quatro passos:<br />

PASSO 2: selecione o estilo no qual o<br />

timbre será baseado (blues, rock, metal,<br />

country, jazz etc) e uma das variações do<br />

estilo principal<br />

PASSO 3: ao movimentar o cursor com<br />

os quatro botões logo abaixo do display,<br />

o guitarrista altera as características<br />

do timbre<br />

PASSO 4: ajuste os demais efeitos<br />

(delay, reverb, chorus, rotary speaker,<br />

flanger etc, dependendo da opção escolhida<br />

pelo músico)


Fantom-G<br />

Em 2001, a <strong>Roland</strong> iniciou a produção de uma nova linha<br />

de workstations. O Fantom FA-76 foi lançado para substituir a<br />

aclamada série XP, que dominava o mercado de estações de<br />

trabalho em estúdios e performances ao vivo. Naquela época,<br />

era impossível imaginar um sintetizador com recursos de sampler<br />

e gravação de áudio, conexão para mouse e computadores,<br />

e, além disso, a possibilidade de receber placas de expansão<br />

com novas formas de onda e interface gráfica individualizada,<br />

como os plug-ins usados em softwares de gravação. Ao longo<br />

dos sete anos que separam o advento do Fantom FA-76 até os<br />

dias atuais, a tecnologia evoluiu muito, a ponto de ser motivo<br />

de riso imaginar uma workstation utilizando disquetes para o<br />

armazenamento de dados.<br />

Durante esse tempo, o departamento de desenvolvimento<br />

de sintetizadores da <strong>Roland</strong> Japão, gerenciado pelo engenheiro<br />

Ace Yukawa, trabalhou intensamente para colocar à disposição<br />

dos usuários toda a tecnologia disponível e produziu o Fantom-G.<br />

“Consideramos que esta é a mais completa workstation<br />

já lançada por nós”, diz Yukawa. “Queríamos oferecer o melhor<br />

equipamento para estúdio e performances ao vivo, com custo<br />

acessível para músicos de todas as partes do mundo.”<br />

No <strong>Brasil</strong>, o Fantom-G já está sendo usado por tecladistas<br />

do porte de Luciano Pinto (Claudia Leitte), Márcio Buzelin (Jota<br />

Quest) e Caixote (Banda Domingão).<br />

TImbRES<br />

A qualidade de som dos sintetizadores <strong>Roland</strong> sempre foi<br />

inquestionável. Luciano Pinto, tecladista que acompanha Claudia<br />

Leitte desde os tempos de Babado Novo, é um grande fã<br />

dos timbres da empresa: “Mesmo antes de minha parceria com<br />

a <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong>, eu usava um XP-60. Depois, passei a utilizar<br />

Geração<br />

re v o l u C i o n á r i a<br />

O Fantom-G inaugura uma era na história<br />

das workstations de produção musical<br />

um Fantom-X. Agora, além do JUNO-G, tenho em mãos um<br />

Fantom-G. Estou muito contente com a qualidade dos sons”.<br />

E essa percepção não é só do tecladista. “A Claudinha é muito<br />

exigente com os timbres. E é visível a superioridade deste<br />

modelo em relação ao anterior”.<br />

O Fantom-G vem de fábrica com mais de 1.600 sons, com<br />

tudo que é necessário para uma produção, não importando o<br />

gênero musical. A nova workstation da <strong>Roland</strong> carrega uma<br />

coleção de timbres históricos em sua memória interna. Além<br />

dos existentes na linha Fantom-X, a empresa sampleou diversos<br />

clássicos de sua trajetória de sucessos, como pads do<br />

JUNO-G e do JUPITER-8, leads das séries SH e JX, sons das<br />

baterias eletrônicas TR-808 e TR-909 e muitos outros. Como<br />

o equipamento somente aceita as novas placas de expansão<br />

ARX, a <strong>Roland</strong> também incluiu uma seleção de waves das doze<br />

placas SRX existentes.<br />

Um recurso importante do Fantom-G é que ele permite a<br />

criação de sons com até oito formas de onda, cada uma com<br />

diferentes ajustes de afinação e sensibilidade, gerando timbres<br />

envolventes e realistas. Um naipe de metais, por exemplo, pode<br />

ser composto por saxofones alto, tenor e barítono, trompetes,<br />

trombones etc.<br />

O tecladista e produtor Caixote foi outro músico que ficou<br />

impressionado com a qualidade dos sons do Fantom-G: “Ele<br />

oferece tudo de que preciso para meus arranjos, minhas<br />

gravações e, também, meu trabalho na Banda Domingão:<br />

pianos acústicos e elétricos, cordas incríveis, synths e pads.<br />

Além disso, ele é muito prático, pois posso criar, rapidamente,<br />

combinações no modo LIVE ou salvar meus sons<br />

no modo FAVORITE”.<br />

SINGLE, LIVE, STUDIO<br />

O Fantom-G possui novos modos de execução. O SINGLE<br />

é o antigo PATCH, em que estão todos os sons disponíveis.<br />

Anexo a ele, está a função FAVORITE, que permite memorizar<br />

até 256 timbres. Isso possibilita acesso imediato às sonoridades<br />

preferidas do tecladista, o que faz dele um ótimo recurso para<br />

situações ao vivo. Outra novidade é o LIVE, em que até oito<br />

patches são combinados. O diferencial é que, nessa versão, os<br />

elementos selecionados mantêm seus efeitos originais. Isso<br />

ocorre por conta do novo sistema DSP (Digital Signal Processor)<br />

do equipamento. O modo indicado para ser usado juntamente<br />

com o sequencer é chamado STUDIO e utiliza até 16 sons<br />

em partes multitimbrais independentes.<br />

Muitos tecladistas sonhavam com um sintetizador<br />

que tivesse timbres fantásticos e que, simultaneamente,<br />

permitisse a troca entre um e outro sem interrupções<br />

na sonoridade. O Fantom-G possui esse recurso, chamado<br />

Patch Remain. O músico pode tocar utilizando um<br />

patch de guitarra com distorção e passar para um Strings<br />

sem corte nas formas de onda ou nos<br />

efeitos. Embora equipamentos existentes<br />

no mercado se proponham<br />

a realizar essa façanha, nenhum<br />

possui sons tão complexos como<br />

o Fantom-G e nem mantêm com<br />

perfeição todos os elementos existentes<br />

neles. Isso apenas é possível<br />

por causa dos processadores de<br />

última geração desse equipamento<br />

da <strong>Roland</strong> e do novo sistema de<br />

de efeitos DSP. Luciano Pinto se<br />

encantou com o recurso: “Já estava<br />

na hora de termos um teclado com<br />

timbres tão avançados sem cortes<br />

nas mudanças. Essa era a aspiração<br />

de todos os músicos”.<br />

O Fantom-G também inova na<br />

área de processamento de áudio.<br />

Pela primeira vez em um sintetizador,<br />

o DSP consegue trabalhar<br />

com até 22 efeitos simultâneos.<br />

A <strong>Roland</strong> criou um novo sistema,<br />

individualizado para cada patch, em<br />

que eles recebem a nomenclatura<br />

PFX. Antes dele, todas as workstations<br />

possuíam uma limitação:<br />

se o músico fosse gravar algo no<br />

sequencer, teria somente 3, 5 ou 6 efeitos disponíveis, dependendo<br />

do modelo do sintetizador. E esses equipamentos,<br />

em sua maioria, permitiam a gravação de apenas 16 canais<br />

MIDI. Se a produção exigisse uma guitarra com distorção, um<br />

órgão com simulador de caixa Leslie, um compressor para a<br />

bateria, um piano elétrico com chorus, além de um reverb e<br />

um equalizador para todos os instrumentos, não haveria mais<br />

efeitos disponíveis para registrar, por exemplo, um pad com<br />

phaser, um clavinet com wah-wah ou qualquer outro que<br />

exigisse algum processamento.<br />

Como no Fantom-G cada som possui seu processamento<br />

próprio (PFX), esse problema não existe. Quando<br />

o sequencer for utilizado, os efeitos são mantidos.<br />

Portanto, ao usar os 16 canais de gravação, temse<br />

16 deles em funcionamento. Além disso,<br />

podem ser acionados um chorus, um reverb<br />

e um processo de masterização, mais três<br />

multiefeitos (MFX). Não existe outro<br />

equipamento nessa categoria que<br />

tenha essa capacidade.<br />

LIVE WORKSTATION<br />

Uma das grandes vantagens<br />

do Fantom-G é que foi desenvolvido<br />

não somente para uso em<br />

estúdio, mas, também, para ser<br />

utilizado ao vivo. Em situações de<br />

palco, alguns segundos podem<br />

se tornar uma eternidade para o<br />

instrumentista. Por conta disso, o<br />

novo modelo da <strong>Roland</strong> oferece diversas<br />

soluções para facilitar a vida<br />

do músico.<br />

A primeira delas é o amplo display<br />

de 8,5 polegadas - uma verdadeira<br />

tela de notebook - dotado da tecnologia<br />

TFT, a mesma dos computadores<br />

portáteis mais modernos, que<br />

permite a visualização de todas as<br />

informações de qualquer ângulo que<br />

se olhe. “Isso foi um grande avanço,<br />

pois, às vezes, tocamos em situações<br />

em que a iluminação é muito<br />

ruim. Com esse display, consigo<br />

enxergar tudo. Meus pesadelos<br />

no palco terminaram”, comenta<br />

Luciano Pinto.<br />

LUCIANO PINTO<br />

Tecladista de Claudia Leitte e o Fantom-G<br />

34 Música e Imagem<br />

Música e Imagem<br />

35


Fantom-G<br />

Outra vantagem é que os 16 pads possuem múltiplas<br />

funções. Na linha Fantom-X, eles somente disparavam sons e<br />

samplers. No novo instrumento, além desse recurso, é possível,<br />

por exemplo, escolher partes de uma performance, como nos<br />

antigos modelos JV ou XP. Um dos usos mais comuns é o músico<br />

criar uma performance com som de baixo na mão esquerda e<br />

deixar diversos instrumentos para a direita, selecionando-os rapidamente<br />

com apenas um toque nos pads. No Fantom-G, esses<br />

botões possuem sensibilidade e aftertouch, e transformam-se,<br />

também, em um teclado numérico, em que é possível digitar<br />

o número do patch desejado ou um valor durante a edição de<br />

um parâmetro.<br />

O equipamento conta ainda com quatro knobs totalmente<br />

configuráveis, o que permite ao instrumentista controlar filtros,<br />

ressonância, attack, decay e diversos outros. Os oito sliders<br />

oferecem total domínio dos volumes das partes e dos canais do<br />

sequencer. E o D-Beam, exclusivo nos equipamentos <strong>Roland</strong>,<br />

pode ser ajustado para modificar níveis, acionar a modulação<br />

e, até mesmo, disparar loops e frases sampleadas. Além disso,<br />

o Fantom-G apresenta um novo sistema de Pitch Bender, com<br />

quatro modos de atuação, afora o tradicional. Em um deles, a<br />

afinação se altera suavemente, permitindo um maior realismo<br />

em sons como guitarra ou violões. Em outra opção, é possível<br />

tocar uma nota e manter o bend somente nela para concluir a<br />

frase enquanto está presa. Há também<br />

o que aplica o efeito na última<br />

nota, caso o músico execute<br />

um arpejo mantendo todas as<br />

teclas acionadas. Luciano<br />

Pinto utiliza diversos leads<br />

em músicas do<br />

repertório de Claudia<br />

Leitte, e comenta<br />

sobre esse recurso:<br />

“Com esse<br />

novo sistema,<br />

posso criar<br />

bends diferentes<br />

dos<br />

anteriores,<br />

assim como<br />

com acordes,<br />

algo<br />

que era impossível<br />

no<br />

Fantom-X”.<br />

ESTÚDIO PROFISSIONAL<br />

A <strong>Roland</strong> Corporation tornou-se, recentemente, acionista<br />

majoritária da Cakewalk, uma das mais conceituadas<br />

empresas na área de softwares musicais. Graças a essa<br />

união, foi possível criar um novo método de gravação para<br />

sintetizadores, pois o produto mais famoso da desenvolvedora<br />

é o Sonar, líder de mercado nos Estados Unidos.<br />

O sequencer do Fantom-G, portanto, permite que as<br />

produções sejam realizadas de forma semelhante às feitas<br />

nos melhores estúdios, com a possibilidade de registrar<br />

128 pistas MIDI e 24 de áudio. O equipamento ainda conta<br />

com uma entrada para mouse USB, o que aproxima a<br />

operação do sequencer à de um computador.<br />

Os canais de áudio funcionam como os de um estúdio:<br />

basta plugar um instrumento no Fantom-G, escolher<br />

uma das 24 trilhas, pressionar REC e gravar. No painel<br />

traseiro, situam-se conexões dedicadas para microfones<br />

condensadores (Phantom Power 48V), guitarras e baixos<br />

(alta impedância Hi-Z), e entradas de linha. Além disso,<br />

pode-se acionar efeitos como Compressor, Center Cancel<br />

ou Limiter diretamente na captação. O áudio se transforma,<br />

então, em um arquivo wave, e todos os 78 efeitos<br />

do Fantom-G, entre reverbs, delays, chorus, distorções<br />

e equalizadores ficam disponíveis para processamento<br />

desse sinal. É possível, portanto, adicionar um reverb em<br />

uma voz ou uma distorção em uma guitarra, dispensando<br />

qualquer processador externo.<br />

O Fantom-G possui 16 partes multitimbrais e, em<br />

cada uma, é permitido gravar mais que um canal MIDI. O<br />

músico pode, por exemplo, usar o mesmo kit de bateria<br />

para registrar a parte de percussão em um canal e as<br />

peças de bateria em outro para, depois, ter uma edição<br />

individual de ambos.<br />

A nova workstation da <strong>Roland</strong> ainda permite total<br />

integração com computadores. O usuário pode importar<br />

arquivos de áudio (wave ou aiff, 16bit/44.1kHz) para<br />

o Fantom-G e criar sons ou utilizar loops e frases no<br />

sequencer. Também é possível enviar material gravado<br />

no equipamento para o micro. Caso prefira, o músico<br />

pode exportar todos os canais registrados para mixá-los<br />

externamente. Outra ferramenta importante é o software<br />

de edição de timbres. Ele permite a manipulação e a<br />

produção de novos sons na tela do computador. Neste<br />

modo, a workstation transforma-se em uma interface<br />

MIDI, recebendo e enviando dados para o software por<br />

meio do cabo USB.<br />

VERSÕES<br />

A linha Fantom-G está disponível em três versões:<br />

Fantom-G6, com 61 teclas, Fantom-G7, com 76, e Fantom-<br />

G8, com 88. Os modelos G6 e G7 possuem teclas com a tradicional ação de<br />

sintetizador <strong>Roland</strong>. O G8, por sua vez, conta com o Progressive Hammer Action II, a segunda geração<br />

do aclamado mecanismo presente nos pianos digitais da empresa. Além disso, este equipamento traz outra novidade: o Ivory<br />

Feel, um acabamento que simula a aparência do marfim existente em pianos acústicos. O material utilizado também absorve<br />

melhor o suor das mãos, algo que, certamente, será muito bem-recebido pelos músicos que tocam ao vivo.<br />

Placas ARX – Plug-ins <strong>Roland</strong><br />

As placas de expansão ARX inau-<br />

guram um novo conceito: são as<br />

primeiras a incorporarem formas de<br />

onda e interface gráfica própria (Graphical<br />

User Interface – GUI), além de<br />

polifonia independente da existente<br />

no equipamento.<br />

Um dos grandes trunfos de<br />

softwares, como Pro Tools, Sonar,<br />

Logic e outros, é que os plug-ins facilitam drasticamente a construção<br />

e a manipulação de sons. AmpFarm e B4 por sua vez, são<br />

produtos de sucesso porque, além da excelente qualidade do<br />

áudio, trouxeram um conceito gráfico muito intuitivo, permitindo<br />

que mesmo um usuário sem muita experiência consiga criar e<br />

modificar timbres. As placas ARX são as primeiras a oferecerem<br />

esses recursos em um sintetizador. Todo o conceito sonoro delas<br />

se resume em uma expressão: SuperNATURAL. As amostras<br />

disponíveis foram sampleadas respeitando o ambiente e os aspectos<br />

naturais que influenciam a geração de som do instrumento<br />

acústico. Além desses detalhes, as características de edição<br />

deles foram mantidas.<br />

A placa ARX-01 DRUMS<br />

traz 30 kits de bateria, com<br />

modelos específicos para rock,<br />

jazz, funk e outros ritmos.<br />

Cada um deles possui até 24<br />

peças de percussão agrupadas<br />

e seus volumes podem ser<br />

controlados pelos oito faders<br />

que ficam à esquerda do painel do Fantom-G. Isso possibilita<br />

rápida configuração do volume de bumbos, caixas, chimbal aberto<br />

e fechado, surdos, tons médios e agudos, pratos de condução<br />

e de ataque.<br />

Mas é no momento de editar um som que a placa<br />

mostra todo seu poder. Selecionando CUSTOMIZE, a<br />

ARX-01 entra na tela de customização de peças. O display<br />

de 8,5 polegadas do Fantom-G apresenta o instrumento<br />

escolhido em um gráfico 3D, com total interação entre<br />

os parâmetros disponíveis.<br />

Apenas girando o dial, é possível modificar a dimensão<br />

do bumbo ou aplicar um abafador na caixa, além<br />

de configurar o tamanho do chimbal. O instrumentista<br />

também pode afinar a pele dos tambores e escolher o<br />

quanto de bumbo estará vazando na captação da esteira.<br />

Tudo isso sem se preocupar com parâmetros como<br />

attack, decay, LFO e outras tantas siglas. Após todos os<br />

ajustes, basta selecionar Write e salvar o novo kit.<br />

Já na ARX-02<br />

ELECTRIC PIANO,<br />

estão disponíveis os<br />

mais belos pianos<br />

elétricos da história,<br />

como Fender Rhodes,<br />

Wurlitzer e o clássico<br />

som dos instrumentos<br />

FM. A interface gráfica é completamente diferente<br />

da ARX-01, pois não há relação alguma entre uma<br />

bateria e um piano elétrico. Na ARX-02, estão disponíveis<br />

comandos para edição de microfonação e tipo dos<br />

captadores,assim como ângulo deles e do sistema de<br />

martelos, modelo do instrumento (Rhodes, FM, Wurlitzer,<br />

Dyno, Stage), do amplificador e do gabinete, além<br />

de efeitos como compressor, chorus e overdrive. Tudo é<br />

realizado com um visual gráfico impressionante e muito<br />

intuitivo. Basta selecionar uma dessas opções e utilizar<br />

o dial para modificar os sons. A <strong>Roland</strong> lançará ainda em<br />

2008 mais duas placas ARX: uma de metais (Brass) e<br />

outra de cordas (Strings).<br />

36 Música e Imagem Música e Imagem<br />

37


TD-9<br />

fl e X i B i l i d a d e<br />

dinâmica<br />

Os kits TD-9 chegam ao mercado com muita personalidade,<br />

duas opções de modelos e preços bastante acessíveis<br />

Após seis anos de sucesso absoluto dos modelos TD-6 (K, KW e KX), chega ao <strong>Brasil</strong> a nova geração da série V-Tour: os kits<br />

TD-9. Com duas opções de conjuntos (K e KX) e preços bastante acessíveis, o lançamento supre todas as necessidades dos<br />

bateristas, seja para tocarem em palcos e estúdios ou apenas para diversão. Um dos primeiros a provar a novidade foi Maurício<br />

Leite, que, integrando o grupo Time-Out, está lançando um pack com CD, DVD, play along e vídeoaulas. “Experimentei e senti<br />

firmeza”, diz, “tanto que acabamos tendo a idéia de usá-lo no DVD–aula”. A V-Tour Series oferece total expressividade graças aos<br />

novos sons de bateria e percussão (com tecnologia PCM) em conjunto com os pads <strong>Roland</strong>, sem que o instrumentista precise<br />

se preocupar com disparos duplos ou notas falhas. “Ficou claro para mim, o quanto ele pode ser abrangente em termos de<br />

utilização”, atesta o músico. “Durante o processo de mixagem, não acreditávamos que eu não havia gravado com uma bateria<br />

acústica em uma grande sala.”<br />

mÓDULO<br />

Os pads dos kits TD-9KX e TD-9K formam um casamento perfeito com o módulo TD-9, apresentando total compatibilidade.<br />

Diferentemente da série anterior, o CY-12R/C na posição de Ride dispõe do three-way system: o músico pode selecionar timbres<br />

diferentes para a superfície, a cúpula e a borda do prato. Os tons e o surdo, por sua vez, apresentam o recurso dual-trigger,<br />

permitindo ao baterista utilizar amostras distintas para o aro e a pele do pad. “O pequeno módulo, de apenas 850 gramas, é<br />

um capítulo à parte: são 522 sons, 50 setups que podem ser editados e<br />

50 músicas com quatro partes cada”, diz Leite. As opções são<br />

bem interessantes. A maioria é de bateria, com quase<br />

60 modelos de bumbo, mais de 70 caixas, conjuntos<br />

de tambores classificados de acordo com a madeira<br />

(Maple, Birch e Rosewood, por exemplo) ou eletrônicos,<br />

25 tipos de chimbal, pratos categorizados como Ride,<br />

Crash, China e Splash em diversos tamanhos e estilos,<br />

incluindo Reverse. Na seção de percussão, a diversidade<br />

é imensa: bongôs, timbales, cajon, shaker, maraca,<br />

cowbells, pandeiros, tabla, pote drums, taiko, tímpanos e<br />

vários outros. Os efeitos abrangem vozes, timbres orquestrais,<br />

scratchs, claps etc.<br />

O módulo TD-9 é muito fácil de ser operado. O display<br />

LCD é grande o suficiente para proporcionar ótima visualização<br />

mesmo em locais escuros. Excetuando os botões de<br />

ajustes de parâmetros, todos os demais são retroiluminados.<br />

Quando o músico aperta KIT, ele se acende. E, usando as<br />

teclas ou o dial, é possível escolher imediatamente um dos<br />

50 disponíveis. Esses são compilados de forma satisfatória,<br />

baseados em estilos musicais ou em situações que<br />

proporcionam escolhas óbvias. É o caso do primeiro setup,<br />

chamado V-Tour, bastante dedicado ao uso em estúdio ou<br />

palco, com timbres de caráter flexível, o que permite a exe-<br />

cução de gêneros variados. Da mesma maneira, existem sons<br />

para jazz, rock que possa exigir bumbos duplos (o segundo<br />

pode ser endereçado no pedal de chimbal), fusion, house, hip<br />

hop, minimal (house), dentre muitas opções, como TR-808 e<br />

TR-909. Extremamente interessante, também, é o kit acústico,<br />

por simular sonoridades não processadas com efeitos como<br />

gate, reverb etc.<br />

É possível montar conjuntos customizados dentro dos 50<br />

disponíveis, misturando os elementos da maneira que o músico<br />

preferir. Se desejar, ele pode endereçar um som de Pot Drum<br />

no pad de bumbo, caxixi nos pratos, caixa eletrônica nos tons<br />

e surdo (com pitchs diferentes, usando o mesmo timbre) e<br />

efeitos nos demais. Depois de selecionados, o baterista consegue<br />

mudar afinações, ambiências (tamanho da sala, tipo de<br />

parede e posição dos microfones), efeitos, decay, pan (muito<br />

útil, caso seja alterada a estrutura do setup, com caixa do lado<br />

esquerdo, dois surdos, dois rides etc) e equalização, criando um<br />

kit único que, provavelmente, ninguém fará igual. “Realmente<br />

fiz rufos e ghost-notes de forma confortável e natural. E me<br />

senti tocando os back-beats de minhas poderosas caixas de<br />

alumínio”, confessa.<br />

Quando o músico estiver editando os sons dos pratos, é<br />

possível alterar o diâmetro deles, assim como o sustain. O<br />

chimbal, por exemplo, é bastante sensível quanto à variação<br />

de timbres e modelos: “Um casal de 12” é bem mais fácil de<br />

tocar do que um de 16”. “No caso de bumbos, caixas e tons,<br />

além da afinação, é possível colocar abafadores para diminuir<br />

o sustain. “Consegui ‘criar’ um timbre de bass drum muito<br />

profundo e definido”, conta Leite. Todas essas edições são<br />

apresentadas no display com figuras, tornando o processo<br />

mais fácil e interativo.<br />

38 Música e Imagem Música e Imagem 39<br />

RACK<br />

O rack MDS-9 é extremamente prático e fácil de montar.<br />

Graças à resistência apresentada, o baterista sente confiança<br />

para tocar, sem medo de mudanças inesperadas da posição<br />

dos pads durante a performance. Os quatro pés e os tubos horizontais<br />

deixam o suporte mais flexível para diferentes ajustes<br />

dos clamps MDY-10U e MDH-10U, além de não atrapalharem a<br />

localização do pedal de chimbal FD-8, que é totalmente solto<br />

e não utiliza máquina. “Depois de um período de adaptação,<br />

o funcionamento é normal, inclusive com movimentos do tipo<br />

‘foot-splash’”, afirma Leite.<br />

O músico não precisa de uma estante de caixa com o<br />

modelo TD-9, já que o pad principal fica suspenso no próprio<br />

rack. Para ajustes finos na disposição da peça, o sistema ball-<br />

clamp – formado por uma esfera localizada dentro de uma<br />

cúpula e fixada por um parafuso borboleta – permite que o<br />

instrumentista a coloque em posição confortável, de forma<br />

rápida e segura, sem a necessidade de chaves de regulagem<br />

específicas ou ginásticas extremas. “Não tive dificuldade em<br />

deixá-la exatamente como em meu modelo acústico. A angulação<br />

é precisa e em momento algum ela cedeu ou ‘entortou’”,<br />

atesta o baterista. “Mesmo os rim-shots e a utilização do aro<br />

(cross stick) são naturais e confortáveis.”<br />

O mesmo pode ser feito nos extensores de pratos. O que<br />

segura o CY-5 (chimbal) é longo o suficiente para posicionar o<br />

pad da maneira mais confortável. “Fiquei bastante impressionado,<br />

pois todos se ajustam de forma macia e precisa, bastando<br />

um pequeno movimento nas uniões para uma perfeita<br />

disposição”, diz Leite. “Tocar com essa bateria é fácil demais.<br />

Os pads com mesh-heads permitem um grau de sensibilidade<br />

muito próximo ao das peles dos tambores acústicos. Com a<br />

chave de afinação (presa no rack), o músico altera a tensão,<br />

simulando o tipo de afinação de<br />

seu kit acústico”, afirma.<br />

MAURíCIO LEITE<br />

Facilidade para<br />

tocar a TD-9


TD-9<br />

O acabamento do rack é feito com pin-<br />

tura preta fosca, que apresenta visual agradável.<br />

O MDS-9 suporta a instalação das<br />

caixas satélites do sistema de amplificação<br />

PM-30 (veja quadro abaixo). O multicabo<br />

dos pads é feito com um terminal tipo paralelo<br />

para conectar ao módulo. Esse cabo<br />

é parecido com o de impressoras antigas,<br />

mas com configuração de pinos diferente,<br />

facilitando ainda mais a montagem. Como<br />

quase todos os modelos V-Drums, o TD-9<br />

possui entrada e saída MIDI para gravações<br />

em multitracks como o SONAR. É<br />

possível, com a utilização do software, separar<br />

o que foi gravado em MIDI em tracks<br />

individuais e captá-los em trilhas de áudio<br />

independentes, reenviando esses dados<br />

para o módulo. O equipamento também<br />

conta com entrada MIX IN para uso com<br />

players externos, opção para conexão de<br />

mais dois pads ou triggers e saídas de fones<br />

de ouvido e de áudio L/R, com plugues<br />

P-10. A porta USB, com compatibilidade<br />

para pen drives de até 1GB, permite que<br />

o intérprete salve configurações pessoais,<br />

como alterações de sons, afinação,<br />

ajustes de mixagem etc. Ainda usando o<br />

dispositivo de memória, ele pode importar<br />

suas músicas preferidas no formato .wav e<br />

tocar junto com elas, mixando os volumes<br />

dos instrumentos internos e da reprodução<br />

como desejar.<br />

ACESSÓRIOS<br />

KITS<br />

Apesar de os dois kits usarem<br />

o mesmo módulo, a opção de pads<br />

permite escolher o que é melhor<br />

em termos de custos, mas com<br />

recursos idênticos. O grande diferencial<br />

fica por conta do CY-12R/C<br />

que possui three-way system.<br />

RECURSOS<br />

V-Tour Series<br />

Módulo<br />

Bumbo<br />

Caixa<br />

Tons/Surdo<br />

Crash<br />

Ride<br />

Rack<br />

A função QuickRec/QuickPlay é uma grande novidade no mundo das baterias<br />

eletrônicas. Apertando o botão Quick Rec, um metrônomo é disparado. Para gravar,<br />

basta começar a tocar. E é preciso apenas pressionar Quick Play para escutar.<br />

“Que tal poder registrar a lição que seu professor passou e você esqueceu?”,<br />

sugere Leite.<br />

Outra importante ferramenta de estudo inserida no módulo é a Scope. Ao<br />

ativá-la, o metrônomo começa a funcionar. Quando o músico estiver tocando,<br />

automaticamente sua performance será analisada. Em um grid, muito fácil de<br />

entender, o instrumentista pode desenvolver sua precisão, verificando no display<br />

seu desempenho em tocar no tempo certo. Nessa mesma função, ele pode<br />

aumentar ou diminuir o zoom do gráfico, aprimorando a amostragem de sua execução,<br />

permitindo que ele analise a exatidão mais a fundo. “Nenhuma máquina<br />

substitui o professor, mas a TD-9 pode se tornar uma aliada importantíssima no<br />

aprendizado”, acredita Leite.<br />

O módulo vem com 50 patterns de fábrica para o aluno acompanhar. Além<br />

disso, as músicas gravadas no equipamento foram criadas com a utilização de<br />

instrumentos reais, como guitarra, contrabaixo etc. Se preferir, o baterista pode<br />

alterar o andamento sem perda alguma de qualidade. “Elas são demais! Todas<br />

cheias de personalidade, exigindo execução atenta”, diz Leite. “Aliás, estudar com<br />

a TD-9 pode ser, realmente, um processo de pesquisa, já que o instrumentista<br />

tem a oportunidade de experimentar coisas absurdas, como um splash de 2” ou<br />

um ride de 27”. Ou conduzir o “double bass” em um bumbinho de 18” dentro de<br />

uma caverna.” (Gino Seriacopi)<br />

A <strong>Roland</strong> disponibiliza o DAP-3, pacote de acessórios composto de banqueta com logotipos <strong>Roland</strong>/<br />

V-Drums, um pedal de bumbo <strong>Roland</strong> e um par de baquetas V-Drums, já que os dois kits da série V-Tour<br />

não vem acompanhados desses itens. Para expansão imediata dos setups, basta escolher o que é mais<br />

necessário para aprimorar a performance entre V-Pads, V-Kicks, V-Cymbals e clamps <strong>Roland</strong>.<br />

O amplificador que completa o kit é o PM-30, um sistema 2 x 1 (duas<br />

caixas satélites e um woofer com opção de uso como spot), com 200<br />

watts RMS e tecnologia DSP. Para uso em ambientes residências e<br />

pequenos ensaios, existe a opção PM-10, com 30 watts RMS. Ambos<br />

foram desenvolvidos exclusivamente para os kits V-Drums.<br />

TD-9K TD-9KX<br />

TD-9<br />

KD-8<br />

PDX-8 PD-105<br />

PD-8 PD-85<br />

CY-8<br />

CY-8 CY-12R/C<br />

MDS-9<br />

Para quem não quer incomodar parentes e vizinhos e manter sua<br />

privacidade, os fones de ouvido RH-300 e RH-200 são perfeitos para responder às<br />

freqüências que os bateristas precisam perceber quando tocam.<br />

40 Música e Imagem<br />

Música e Imagem e Imagem 41


Destaque<br />

Cl á s s i C o<br />

evoluído<br />

Com a presença de todos os<br />

avanços tecnológicos desenvolvidos<br />

pela <strong>Roland</strong>, os novos órgãos<br />

da linha Atelier oferecem ainda<br />

mais recursos<br />

A alma criadora do artista não tem hora marcada<br />

para inspirar-se. No entanto, para fazer aquele sopro<br />

criativo se transformar em obra de arte, ele necessita<br />

de condições e ferramentas para tal. O pintor precisa de<br />

um local com boa iluminação e um estoque de tintas e<br />

cores. O escultor, por sua vez, de material e instrumentos,<br />

para dar forma artística ao que era comum. Seguindo esse raciocínio,<br />

a <strong>Roland</strong> desenvolveu a linha Atelier de órgãos digitais. Com esses<br />

modelos, o músico terá tudo de que necessita para criar verdadeiras<br />

obras-primas.<br />

QUALIDADE<br />

Os órgãos <strong>Roland</strong> da linha Atelier estão em constante evolução<br />

e aprimoramento técnico. Desde os primeiros modelos produzidos<br />

até os mais recentes lançamentos, todas as inovações desenvolvidas<br />

pela empresa foram implantadas à série, garantindo ao equipamento<br />

modernidade e atualidade. Esse compromisso fica evidente com as<br />

novidades apresentadas.<br />

Utilizando soluções originárias dos mais avançados equipamentos<br />

fabricados pela empresa, os órgãos Atelier oferecem uma grande<br />

variedade de recursos, timbres e controles, garantindo flexibilidade,<br />

versatilidade e um potente arsenal sonoro para qualquer estilo musical.<br />

As barras harmônicas tipo “drawbar” têm a mesma qualidade<br />

das empregadas na linha VK, a mais realista na simulação de modelos<br />

eletromecânicos. O amplo display touch-screen é igual aos empregados<br />

na linha Fantom-G, possibilitando ao músico acesso a todos os<br />

parâmetros, tanto para performance quanto para gravação. O D-Beam<br />

é originário da série E de teclados e permite ao organista alterar, em<br />

tempo real, valores de filtros e volume ou inserir efeitos por meio da<br />

movimentação da mão sobre um feixe de luz infravermelha. Os timbres<br />

de órgão clássico são oriundos dos produtos Rodgers, que emulam com<br />

perfeição o som de tubos por meio da amostragem de instrumentos<br />

AT-900<br />

reais, captados ao redor do mundo. Por esses dados,<br />

é fácil perceber, conseqüentemente, que todas as<br />

melhores características de cada produto <strong>Roland</strong><br />

estão presentes nos Atelier.<br />

Dentre os fatores que determinaram a modernização<br />

da linha Atelier, alguns merecem destaque<br />

por estarem inseridos em todos os modelos.<br />

O mais atrativo é a presença de barras harmônicas<br />

tipo “drawbar”. Esse conceito de registração, mundialmente<br />

consagrado, faz que os instrumentos possam<br />

produzir exatamente o timbre desejado, por meio da<br />

mistura de diferentes harmônicos de uma nota (veja<br />

página 47). Outra inovação importante é a existência<br />

de uma porta USB, que permite armazenamento de<br />

dados e reprodução de arquivos de áudio em pen<br />

drives ou dispositivos externos, garantindo tanto<br />

a segurança de informações para uso posterior<br />

quanto a utilização de arquivos SMF (Standard MIDI<br />

Files) e mp3.<br />

Para aqueles que desejam usufruir de maneira<br />

ainda mais completa o órgão eletrônico, a <strong>Roland</strong><br />

dotou a linha Atelier com um novo formato para o<br />

manual inferior. As teclas do tipo “waterfall”, diferentes<br />

das existentes no teclado superior, tornam a<br />

execução de desenhos de piano, por exemplo, muito<br />

mais segura.<br />

LINHA COmPLETA<br />

Apesar de todos os recursos existentes, a linha Atelier não é dirigida<br />

apenas a profissionais. Os chamados hobbistas também encontram<br />

modelos que se encaixam em suas necessidades. E isso somente é possível<br />

porque os timbres e estilos de ritmo de todos apresentam a mesma<br />

qualidade. As diferenças estão listadas abaixo:<br />

AT-900: o mais completo dos modelos. Com gabinete de altíssima<br />

qualidade, fabricado nas instalações da Rodgers em Hillsboro, nos Estados<br />

Unidos, oferece 450 timbres e 300 estilos de ritmo com 240 watts de<br />

potência e interface de vídeo;<br />

AT-300: é a solução ideal para<br />

quem precisa de um órgão<br />

com timbres de qualidade e<br />

recursos de alta tecnologia.<br />

Possui móvel em madeira,<br />

com tampa, e potência de<br />

30 watts x2.<br />

AT-100: é um órgão com<br />

120 timbres e 80 estilos de<br />

ritmo com qualidade <strong>Roland</strong>,<br />

a preço bem acessível. Também<br />

oferece pedaleira de 20<br />

notas, saída USB e barras<br />

harmônicas “drawbar”.<br />

(Amador Rubio)<br />

AT-900C: com os mesmos recursos<br />

do AT-900, o modelo “combo”<br />

permite utilização de pedaleira<br />

de 25 ou 20 notas, à escolha.<br />

O gabinete de estilo mais<br />

moderno é típico de órgão<br />

de palco;<br />

AT-800: em gabinete<br />

de madeira, apresenta<br />

pedaleira de 20 notas e<br />

os mesmos recursos de<br />

som dos modelos AT-900 e<br />

AT-900C;<br />

AT-500: os 300 timbres<br />

e 150 estilos de ritmos, o<br />

painel WVGA (800x480) e o<br />

teclado inferior de 64 notas<br />

fazem dele um modelo completo para estúdios,<br />

igrejas, escolas e residências;<br />

ÉPOCA DE OURO<br />

Os órgãos eletromecânicos foram<br />

desenvolvidos a partir da década de 1930<br />

e buscavam oferecer aos músicos uma<br />

alternativa mais acessível para o som<br />

dos modelos de tubos, normalmente<br />

utilizados em igrejas e teatros. Aos<br />

poucos, a busca por simular o timbre de<br />

instrumentos acústicos - como marimba,<br />

oboé ou, até mesmo, vocais - por meio<br />

da manipulação das barras harmônicas,<br />

criou a necessidade de inserir registros<br />

prontos de alguns deles.<br />

Com o desenvolvimento e a incorporação<br />

de componentes eletrônicos,<br />

foram produzidos diversos modelos de<br />

órgãos direcionados ao uso doméstico,<br />

principalmente entre as décadas de 1940<br />

e 1970. Esses equipamentos passaram<br />

a contar com ostinatos rítmicos, arpegiadores<br />

e padrões automáticos de acompanhamento,<br />

permitindo a um intérprete<br />

reproduzir o som de vários instrumentos<br />

de um grupo sem a necessidade de<br />

outros músicos.<br />

Essa possibilidade abriu novas frentes<br />

de trabalho, tanto em relação a eventos<br />

e festas quanto no que diz respeito<br />

a escolas e aulas.<br />

Após a criação dos teclados arranjadores,<br />

a procura por órgãos eletrônicos<br />

teve grande queda. Os setores de vendas<br />

e de ensino sentiram esse golpe<br />

e, aos poucos, os músicos migraram<br />

para a novidade, relegando os modelos<br />

com pedaleira e dois teclados ao<br />

segundo plano. Isso não significa, no<br />

entanto, que esse tipo de instrumento<br />

tenha sido sepultado. Diversas denominações<br />

evangélicas e católicas fazem<br />

uso do equipamento para seus cultos.<br />

E muitos artistas, ávidos por mais possibilidades<br />

em termos de timbres, ritmos<br />

e arranjos, continuam se dedicando a<br />

ele com afinco.<br />

42 Música e Imagem<br />

Música e Imagem<br />

43


Pergunte ao Especialista<br />

a s e ç ã o Pe r G u n T e a o es P e C i a l i s Ta é d e d i C a d a a r e s o lv e r a s d ú v i d a s d o s l e i T o r e s.<br />

en v i e s u a P e r G u n T a P a r a o e-M a i l r e v i s Ta @r o l a n d .C o M .B r<br />

Amplificador<br />

Cadeia<br />

Qual é a ordem<br />

certa dos pedais<br />

em uma cadeia de<br />

efeitos?<br />

Talita Gronsk<br />

Curitiba - PR<br />

DD-7<br />

(Delay)<br />

FBM-1<br />

(Simulador de<br />

amplificador)<br />

Amplificador<br />

PH-3<br />

(Phaser)<br />

DD-7 (Delay)<br />

Não há certo ou errado para a ordem de conexão<br />

de pedais. O que vale é o ouvido do guitarrista<br />

e os timbres que ele deseja criar. Existe, porém,<br />

um padrão adotado pela maioria dos músicos<br />

(veja gráficos). Seguem alguns exemplos:<br />

WAH-WAH: pode ser colocado após a guitarra<br />

(som mais vintage e com menos ruído) ou as<br />

distorções (mais agressivo, porém mais sujo);<br />

CHORUS: a forma clássica é posicioná-lo<br />

depois das distorções. Mas também é usado<br />

em seguida do delay. Neste caso, o timbre é<br />

um pouco mais rico. No entanto, o ruído pode<br />

aumentar e o som ficar embolado, dependendo<br />

do ajuste;<br />

EQUALIZADOR: pode ficar em qualquer<br />

lugar no setup, entretanto é mais utilizado após<br />

a distorção (Booster para solos);<br />

Cadeia de efeitos simples<br />

CE-5 (Chorus)<br />

GE-7<br />

(Equalizador)<br />

Cadeia de efeitos avançada<br />

CE-5<br />

(Chorus)<br />

GE-7<br />

(Equalizador)<br />

OD-3<br />

(Overdrive)<br />

ML - 2<br />

(Distorção)<br />

ML - 2<br />

(Distorção)<br />

PS-5<br />

(Pitch Shifter)<br />

PW-10<br />

(Wah)<br />

PW-10<br />

(Wah)<br />

VOLUME: o pedal de volume (FV-500H – alta impedância)<br />

entre a guitarra e os pedais influirá diretamente na resposta<br />

dos efeitos de distorção e overdrive, que funcionam baseados<br />

no sinal de entrada. Com o equipamento (FV-500L – baixa impedância)<br />

conectado após os pedais, o músico tem controle<br />

do volume final do timbre, sem alterar a resposta de drive e<br />

distorção;<br />

OITAVADORES, HARMONIZERS e PITCH SHIFTERS: é<br />

aconselhável ligá-los antes de todos os outros pedais, para<br />

garantir que estes façam a leitura correta da nota tocada para<br />

depois criar as adicionais com precisão.<br />

Pedro Lobão<br />

Guitarrista e especialista<br />

de produtos BOSS<br />

FV-500H<br />

(Volume)<br />

Guitarra<br />

Guitarra<br />

Tenho uma banda e, para as apresentações, utilizo gravações pré-produzidas. Gostaria de disparar<br />

um playback no Juno-G e enviar um metrônomo para o baterista enquanto toco normalmente com<br />

os sons do sintetizador. Como posso fazer isso?<br />

44 Música e Imagem<br />

Música e Imagem 45<br />

Metrônomo<br />

Playback<br />

Sons do teclado<br />

Playback<br />

Gerson da Matta<br />

Belo Horizonte - MG<br />

Utilizar playback em apresentações é mais comum do que pode parecer. Muitas bandas usam esse recurso como<br />

forma de potencializar o conteúdo sonoro produzido por elas nos shows ou inserir elementos impossíveis de serem<br />

executados ao vivo. O Juno-G pode servir muito bem como cérebro dessa operação. Para isso, basta seguir os seguintes<br />

passos:<br />

1 - Com o JUNO-G conectado ao computador,<br />

pressione USB, em seguida PC CARD [F5], e insira<br />

o arquivo de áudio (wav/aiff 16bit/44.1kHz) na pasta<br />

TMP/AUDIO_IMPORT do cartão. Desconecte<br />

o equipamento seguindo os procedimentos do<br />

manual (pg.168);<br />

2 - Pressione AUDIO, em seguida LIST, UTILITY,<br />

IMPORT AUDIO;<br />

3 - Pressione CARD [F2] e selecione o arquivo<br />

de áudio. Pressione IMPORT e, em seguida,<br />

EXECUTE [F6];<br />

Caso você não saiba em qual velocidade<br />

(bpm) está o áudio importado, utilize o Cálculo<br />

Automático de Andamento (pg.120 do manual<br />

de usuário).<br />

4 - Pressione AUDIO TRACKS e, em seguida,<br />

INSERT. Selecione o arquivo e pressione ENTER;<br />

5 - Pressione MIXER [F6] e KEY&OUT [F3].<br />

Surgirá uma tela com dois grupos de knobs, OUT<br />

e KEY. No campo de knobs OUT, altere o canal em<br />

que foi inserido o áudio para OUT B;<br />

Diagrama de conexões<br />

6 - Pressione LVL&PAN e altere o Pan do canal de áudio importado<br />

totalmente para R (direita). Dessa forma, o playback será reproduzido<br />

somente pelo conector OUTPUT B R/4;<br />

7 - Selecione PERFORMANCE PRESET 002 SEQ: TEMPLATE (por<br />

exemplo);<br />

8 - Clique em PART VIEW [F5]. Mova o cursor para escolher a parte 10<br />

(percussão) ou, se preferir outra, utilize as setas direcionais. Acesse TYPE<br />

e altere para RHYTHM;<br />

9 - Com o kit de bateria selecionado na pista a ser gravada, utilize o<br />

COWBEL (C2#) como click;<br />

10 - Pressione REC para visualizar a tela MIDI REC STANDBY (RealTime);<br />

11 - Utilize o cursor para selecionar a opção Input Quantize. Altere o<br />

valor de GRID e GRID RESOLUTION para 1/4. Fazendo esse ajuste, o<br />

JUNO-G quantizará automaticamente todas as notas tocadas, mesmo que<br />

estejam fora do tempo. Basta, então, gravar alguns compassos, copiá-los<br />

e colar a quantidade equivalente à duração da música;<br />

12 – Pressione PART MIXER. Em seguida, selecione KEY/OUT [F4].<br />

Utilize o cursor para alterar o valor da linha OUT e da coluna equivalente a<br />

parte em que foi gravado o click para 3. Ele será reproduzido pelo OUTPUT<br />

B L/3, o playback na saída OUTPUT B R/4 e os sons do teclado poderão<br />

ser tocados pelas saídas 1 e 2.<br />

Sergio Terranova<br />

Tecladista, gerente de produtos da <strong>Roland</strong><br />

<strong>Brasil</strong> e único brasileiro a fazer parte da<br />

equipe de desenvolvedores da <strong>Roland</strong> Japão


Pergunte ao Especialista<br />

Expansão<br />

Possuo uma V-Drums TD-12K. Posso expandi-la com mais pads?<br />

Os kits V-Drums permitem que o baterista explore ao má-<br />

ximo sua capacidade criativa, graças aos recursos presentes<br />

nos módulos e pads, como livre escolha de instrumentos em<br />

cada setup, edição de sons e de ambiências, e inclusão de<br />

mais V-Pads ou V-Cymbals. Nem sempre os músicos ficam<br />

satisfeitos em manter o kit original em se tratando de quantidade<br />

de pads como, por exemplo, no caso da bateria TD-12K<br />

de Beto Caldas, que é originalmente composta de bumbo,<br />

caixa, chimbal, dois tons, um surdo e dois pratos. Apesar de<br />

toda tecnologia existente no conjunto dos pads com o módulo<br />

TD-12, como o dual trigger em tons, surdo, caixa e crash - que<br />

possibilita endereçar dois sons distintos entre a pele e o aro do<br />

pad ou a borda e a superfície do prato - e o three-way system<br />

do CY-12R/C na posição de ride – com até três sons (superfície,<br />

cúpula e borda) - nem sempre esses recursos são suficientes<br />

para que o baterista proveniente do mundo acústico aceite as<br />

inovações de forma fácil e mude imediatamente sua maneira<br />

de tocar um groove ou um solo, obviamente influenciado pela<br />

posição física em que esses novos sons estão dispostos.<br />

Mesmo que, no início, tudo possa parecer diferente no<br />

universo eletrônico por causa do diâmetro e da estrutura dos<br />

pads, a geração atual dos kits V-Drums requer pouco esforço<br />

para adaptação, e ainda permite que os músicos aprimorem<br />

Kit original V-Drums TD-12K<br />

Beto Caldas<br />

São Paulo – SP<br />

(Professor de percussão da Universidade Livre de Música)<br />

seu desempenho técnico em relação ao que estão acostumados<br />

quando em kits acústicos, gerando idéias que, talvez, não<br />

haviam sido pensadas anteriormente. A estrutura dos pads com<br />

peles mesh-head e a maciez dos de borracha, em conjunto<br />

com a sensibilidade de toque e o total controle de dinâmica,<br />

são responsáveis por essa fácil adaptação, principalmente no<br />

primeiro contato do baterista com o instrumento. Acostumados<br />

com modelos acústicos, em que existe a liberdade de<br />

implantar variações de timbres, incluindo pratos, efeitos ou<br />

tambores, os músicos também pensam em ampliar seus kits<br />

eletrônicos. Quando essa necessidade de agregar outras peças<br />

acontece, a princípio a comparação com as possibilidades de<br />

expansão entre baterias acústicas e eletrônicas é inevitável<br />

e questionável. O formato físico do conjunto dos tambores e<br />

pratos acústicos, posicionados em circunstâncias que deixam<br />

os instrumentistas em situação de conforto, faz que eles sejam<br />

influenciados na maneira de tocar e, por conseqüência, inspira<br />

diretamente sua criatividade.<br />

No mundo das baterias eletrônicas, essa condição não pode<br />

ser diferente. Aqueles que não se contentam com o formato<br />

padrão dos kits V-Drums (no caso, o TD-12K) podem, imediatamente,<br />

incluir mais três pads sem a necessidade de outro<br />

equipamento adicional: um V-Cymbal CY-15R na posição de<br />

Kit expandido com pads adicionais<br />

ride, um PD-125 no lugar de caixa,<br />

e um CY-5 como um splash mais<br />

próximo dos tons. O PD-105, que<br />

acompanha o produto original,<br />

ficaria como um segundo surdo,<br />

uma segunda caixa, ou qualquer<br />

outro som (sem mencionar a<br />

possibilidade do dual-trigger). E o<br />

CY-12R/C, que originalmente está<br />

na posição de prato de condução,<br />

pode servir como um segundo<br />

crash (ao lado direito do ride ou<br />

à esquerda do primeiro crash),<br />

usando assim todos os inputs<br />

possíveis do módulo (veja as fotos).<br />

Se o baterista ainda não ficar<br />

satisfeito com esse kit totalmente<br />

customizado, ele pode recorrer<br />

ao expansor de inputs/trigger<br />

TMC-6-<strong>Roland</strong>. Quando o mesmo<br />

está conectado via MIDI ao TD-12,<br />

é possível utilizar mais seis pads/<br />

triggers <strong>Roland</strong>, usando sons distintos<br />

dos outros já programados.<br />

Excetuando-se o HD-1, todos os<br />

modelos TD permitem conexão<br />

de mais instrumentos.<br />

Gino Seriacopi<br />

Baterista, tocou com diversos<br />

artistas, é especializado em áudio<br />

e trabalhou como músico e técnico<br />

em estúdios. Gerente de produtos<br />

V-Drums da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong><br />

Ba r r a s<br />

Harmônicas<br />

Qual o significado dos números<br />

que aparecem nas barras<br />

harmônicas da linha Atelier?<br />

Maria Elisa Pereira<br />

Feira de Santana - BA<br />

As barras harmônicas - também chamadas de “H-bars” ou “Drawbars” -<br />

presentes na linha de órgãos Atelier reproduzem o sistema que ficou conhecido<br />

nos modelos Hammond. Os números representam o tamanho, em pés, dos<br />

tubos que emitem cada altura de som. O de 8 pés, representado por 8’, faz<br />

que as notas soem na oitava natural, ou seja, o Dó Central tem a mesma altura<br />

do Dó Central do piano. Ao usar a barra 16’ e tocar as mesmas teclas, as notas<br />

são ouvidas uma oitava abaixo, pois está sendo usado um tubo com o dobro<br />

do tamanho. Da mesma forma, utilizando a barra 4’, ouve-se o som uma oitava<br />

acima do natural, pois o tubo “acionado” teria a metade do tamanho daquele<br />

de 8’. Conseqüentemente, habilitando as barras 2’ e 1’, as notas soarão duas<br />

e três oitavas acima da natural, respectivamente. A beleza da registração fica<br />

por conta da mistura que o organista faz ao usar essas diferenças de oitava.<br />

Podem-se criar timbres muito interessantes empregando, por exemplo, 16’ e 1’,<br />

produzindo um som que mistura as oitavas graves com as agudas. As marcadas<br />

com números fracionados, por sua vez, representam os harmônicos. Devem ser<br />

utilizadas com cuidado, servindo como um “tempero” para a base criada com<br />

as barras de números inteiros. Isso porque as notas não soarão de acordo com<br />

a tecla acionada. Ao tocar o Dó com o registro 8’, por exemplo, ouve-se o som<br />

dele mesmo. Mas, se for trocado pelo 5 1/3’, escuta-se Sol, mesmo excutando<br />

a tecla Dó. O 5 1/3 por não ser a metade e nem o dobro do 8’, altera o som em<br />

uma quinta. Toca-se Dó e ouve-se Sol, enquanto com Ré escuta-se Lá, e assim<br />

por diante. Os outros registros com frações também fazem soar notas diferentes.<br />

Ao usar a tecla correspondente ao Dó com o 2 2/3’ ouve-se Sol uma oitava<br />

acima. Com o 1 3/5’, escuta-se Mi duas oitavas acima. E com o 1 1/3’, Sol duas<br />

oitava acima. Com uma registração feita somente com a utilização das barras<br />

com números fracionados, sempre se está tocando uma nota e ouvindo outra.<br />

Por isso, esses registros devem ser usados como um bom tempero: se não<br />

for empregado, o resultado é insosso; ao adicionar demais, estraga.<br />

Amador Rubio<br />

Organista,<br />

gerente de produtos<br />

da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong><br />

46 Música e Imagem Música e Imagem<br />

47 47


Carreira Educação<br />

Aprendizado<br />

e T e r n o<br />

A formação de um profissional e o sucesso em<br />

sua carreira dependem apenas dele mesmo<br />

“The movement you need is on your shoulder”. Quando Paul McCartney escreveu<br />

“Hey Jude”, ele pensava em Julian, filho de John Lennon, que andava triste porque seus<br />

pais estavam se divorciando. Era 1968 e, 40 anos depois, estou “sampleando” essa<br />

frase “MacCartniana”. A citação me veio à cabeça por uma simples razão: acredito que<br />

tudo depende de nós mesmos.<br />

Conheço muitos que dedicaram suas vidas estudando a fundo um instrumento e não<br />

tiveram o retorno que mereciam. Mas, nisso, entram em jogo fatores que precisam ser<br />

analisados. Um deles é saber que vivemos no <strong>Brasil</strong>, um país um tanto quanto ingrato<br />

com a sua cultura. Outra questão importante é que nem todos pensam estrategicamente<br />

e com um mínimo de diplomacia ao longo de seus caminhos.<br />

Nosso panorama é pitoresco: há, às vezes, ótimos músicos sem trabalho, ao passo<br />

que outros, por vezes medíocres, fazem fortunas. Onde está a lógica disso? A quem<br />

se deve culpar?<br />

Em primeiro lugar, não adianta ficar se lamentando do mercado fonográfico e com<br />

raiva do sucesso alheio. Sendo assim, quais os caminhos que se deve buscar para<br />

começar uma sólida carreira na área da música?<br />

CAmINHOS<br />

Para começar, é preciso se preparar.<br />

Estudar, ouvir e tocar. Sempre. Toda<br />

informação é muito bem-vinda. Eu, por<br />

exemplo, há algum tempo, senti uma forte<br />

vontade de aprofundar meus conhecimentos<br />

de improviso. Procurei Dario<br />

Galante, craque nessa área, e fiquei um<br />

ano tendo aulas semanais com ele. Há<br />

dois, estou estudando com Vittor Santos,<br />

outro mestre e grande orquestrador, e<br />

mergulhei fundo em harmonia funcional,<br />

tonalismo, modalismo e orquestração.<br />

Meu primeiro professor de piano foi<br />

Homero de Magalhães. Primo de minha<br />

mãe (também pianista), era um virtuose.<br />

Gravou as “Cirandas”, de Villa-Lobos, em<br />

Paris, trabalho que me impressionou<br />

muito quando ouvi pela primeira vez.<br />

Recentemente, tive a oportunidade de<br />

apreciá-lo e, novamente, fiquei mobilizado<br />

com sua performance. Na época, ele<br />

dedicava parte do seu tempo à escola<br />

de música Pro-Arte e a palestras pelo<br />

mundo.<br />

Eu, autodidata até então, fiquei feliz<br />

quando mestre Homero me viu tocar e<br />

se ofereceu para me dar aulas de técnica<br />

pianística, impondo apenas uma condição:<br />

teria que estudar teoria e solfejo<br />

na Pro-Arte. “O piano é ingrato”, dizia<br />

Homero. “Se você ficar dois dias sem<br />

praticar, ele se zanga.” Falava isso com<br />

a propriedade de um grande concertista<br />

erudito, alguém que sacrificou a vida<br />

inteira a esse instrumento. Vale, então,<br />

um conselho que serve para qualquer<br />

músico: dedique algumas horas por dia<br />

a seu instrumento.<br />

Certa vez, Pat Metheny esteve no<br />

Rio de Janeiro e ficou em Búzios, um paraíso<br />

de lindas praias na região de Cabo<br />

Frio. Eu soube por alguns amigos que<br />

freqüentaram a casa em que o músico<br />

estava, que, enquanto todos passavam<br />

mu Ca r va l h o<br />

Pianista, tecladista, compositor<br />

e produtor musical, fez parte da<br />

banda A Cor Do Som, compôs e<br />

atuou em trilhas para cinema, teatro<br />

e TV. Fundou, em sociedade com Ana<br />

Zingoni, o estúdio de gravação Boogie<br />

Woogie Music e, atualmente,<br />

produz temas incidentais para a<br />

Rede Globo de Televisão<br />

o dia na areia, ele simplesmente não<br />

largava sua guitarra. Acordava e ficava<br />

praticando, manhã, tarde e noite.<br />

Na época de minhas aulas com Homero,<br />

participava dos festivais do Colégio<br />

Rio de Janeiro, um evento delicioso.<br />

Claudio Nucci, Zé Renato, Claudinho<br />

Infante, Lobão, Zé Luiz (flautista), eram<br />

todos alunos do CRJ, como eu. Foi com<br />

alguns dessa turma que formei minha<br />

primeira banda. Claudio Nucci já era<br />

um compositor de mão cheia e com<br />

conhecimentos de harmonia muito<br />

profundos. Posso dizer, tranqüilamente,<br />

que aprendi muito com ele nessa área.<br />

Ficava interessado pelo modo como<br />

pegava uma canção e aplicava outros<br />

acordes, transportando a melodia para<br />

um ambiente diferente. Essa turma foi<br />

uma escola pra mim.<br />

Portanto, sempre temos algo a<br />

aprender com os outros. E é bom estar<br />

atento a isso.<br />

A dificuldade encontrada atualmente para determinar<br />

qual o melhor caminho em educação musical decorre do<br />

afastamento que foi criado entre a prática e a teoria. Embora<br />

esta última seja absolutamente fundamental para o exercício<br />

da música como profissão, ela não é responsável pela<br />

expressão que determinará a personalidade do artista. Da<br />

mesma forma, a prática, isoladamente, sem a informação<br />

teórica, é insuficiente para proporcionar o desenvolvimento<br />

do instrumentista.<br />

Não existe uma ordem pré-estabelecida para escolher por<br />

onde se deve começar o estudo. Algumas vezes, inicia-se<br />

pela teoria. Em outras, pela prática. Isso depende das circunstâncias<br />

e do perfil interior de cada indivíduo. Um resultado<br />

satisfatório, no entanto, apenas poderá ser atingido quando<br />

existir domínio sobre a expressão, o que, por sua vez, acontece<br />

unicamente por meio do desenvolvimento da percepção.<br />

E, para isso, ambas (teoria e prática) são necessárias. Desse<br />

modo, podem-se evitar os dois tipos de problemas mais<br />

comuns relacionados à percepção: não conseguir nomear o<br />

que se está escutando, e saber todos os nomes, mas não<br />

distinguir o som.<br />

Atualmente, há um número muito maior de escolas se<br />

comparado há cinco décadas, mas a oferta de lugares para<br />

praticar a música diminuiu sensivelmente. O instrumentista<br />

de hoje é muito bem-informado sobre as técnicas, pois existe<br />

um acesso bastante grande a esse assunto. No entanto, o<br />

mercado para ele está cada vez mais dividido em setores:<br />

quem toca samba ou jazz, pop ou seu próprio trabalho. Dessa<br />

forma, o novo músico encontra dificuldade em aprender na<br />

prática os diferentes temperamentos que essa arte possui.<br />

silvia Go e s<br />

Te o r i a e<br />

prática<br />

A educação musical tem sido bastante discutida nos dias de hoje,<br />

mas é preciso cuidado e conhecimento para tomar decisões<br />

Nasceu em São Paulo, de pai violonista (autodidata) e mãe pianista de<br />

formação erudita, mas envolvida com o jazz. Tornou-se profissional aos 11 anos,<br />

tocando violão. Aos 20, teve a oportunidade de trabalhar como arranjadora e<br />

manteve essa atividade por duas décadas. Aos poucos, substituiu o arranjo pelo<br />

piano e seguiu carreira com a música instrumental. Desde o início dos anos 70,<br />

se envolveu com a questão da intuição para tocar. Começou a investigar em<br />

várias áreas e, sem abandonar a carreira de pianista, abraçou essa pesquisa.<br />

O conhecimento das diferenças entre os estilos é altamente<br />

enriquecedor para o instrumentista que quer desenvolver sua<br />

criatividade. Não é aconselhável para aquele que está iniciando<br />

uma carreira, porém, acreditar que haja distinções entre<br />

a música erudita e a popular. Elas existem, mas não podem<br />

ser comparadas em relação à maior ou menor dificuldade, ao<br />

número de horas de estudo, à importância da composição etc.<br />

Um músico de jazz, acostumado com o improviso, tem consciência<br />

da técnica necessária para executar seus solos. Ele está<br />

habituado a perceber a harmonia para realizar a construção de<br />

seu improviso, mas sabe que apenas a percepção não será<br />

suficiente se lhe faltar técnica. Do mesmo modo, o erudito<br />

conhece seu potencial, mas compreende, também, que para<br />

realizar improvisos o componente principal não é a técnica.<br />

É bom lembrar que não existem limites físico ou mental<br />

para que esses instrumentistas realizem os dois gêneros.<br />

Quando isso não acontece, são apenas informações subliminares<br />

aceitas por cada um que acabam se transformando em<br />

agentes impossibilitadores.<br />

Os caminhos que conduzem à especialização em um estilo<br />

são bem definidos, fáceis de reconhecer, mas a iniciação deve<br />

ser a mesma. O estudante, em princípio, precisa estar seguro<br />

de todos os códigos que existem (parte teórica) para que depois<br />

sinta confiança para desenvolver a percepção. Por conta<br />

disso, é fácil entender que os músicos enfrentam duas etapas<br />

importantes em sua trajetória de aprendizado. A primeira é a<br />

formação básica, ou seja, o domínio dos códigos musicais. E,<br />

junto a esse conhecimento que vai sendo adquirido, o aluno<br />

precisa, diariamente, tocar seu instrumento, pesquisar os sons,<br />

para assimilar o que está aprendendo teoricamente.<br />

48 Música e Imagem Música e Imagem 49


Fronteiras<br />

Equilíbrio<br />

e M o C i o n a l<br />

Fundador e presidente da Rede LFG, Luiz Flávio Gomes fala<br />

sobre a importância da bateria em sua vida profissional<br />

Luiz Flávio Gomes possui currículo invejável. Mestre e<br />

doutor em Direito Penal, é fundador e presidente da Rede LFG<br />

- que promove cursos telepresenciais com transmissão ao<br />

vivo e para todo País -, além de ministrar aulas em faculdades<br />

latino-americanas. Também atuou nas funções de promotor de<br />

Justiça em São Paulo, juiz de direito e advogado, entre outras<br />

atribuições. Com essa vasta experiência, pode-se prejulgar<br />

que a sua vida profissional não dependa de outros fatores.<br />

Engana-se, porém, quem acredita nesta hipótese. O jurista,<br />

um apaixonado por exercícios físicos - principalmente corrida -,<br />

leitura e, quem diria, bateria, explica por que essas atividades<br />

são fundamentais para exercer bem o seu trabalho. “Além<br />

de comporem momentos de pausas que ajudam a desviar<br />

a atenção das tarefas do dia-a-dia, elas auxiliam nas questões<br />

que envolvem o equilíbrio emocional”, analisa. “Todos<br />

precisam de práticas que combinem o lado material com o<br />

espiritual”, explica. Gomes, inclusive, deixa transparecer uma<br />

preferência por essa arte. “A música é considerada o ponto<br />

de encontro das civilizações, unindo todas as épocas. Ela tem<br />

sentido universal e, por isso, todos deveriam gostar.”<br />

O interesse pela bateria começou cedo. Aos 13, formou<br />

uma banda em Sud Mennucci, cidade localizada no interior de<br />

São Paulo, onde fez apresentações freqüentes por cinco anos.<br />

“Meu instrumento não contava com muitos recursos, mas<br />

consegui me desenvolver”, conta. Embora a carreira artística<br />

parecesse consolidada, o adolescente tinha outro objetivo: ser<br />

juiz. Nessa época, decidiu focar suas atenções apenas nos<br />

estudos. Fez faculdade, prestou concurso e cumpriu sua meta.<br />

Entretanto, sentia falta da prática musical. Voltou a tocar com<br />

mais de 30 anos. Confidenciou que, de uns tempos para cá,<br />

tem conseguido tempo para praticar. “Estou curtindo”, resume<br />

o jurista em relação à experiência com as baquetas.<br />

Assim como todo bom instrumentista, Gomes é apreciador<br />

de diversos estilos. Isso fica evidente quando fala sobre<br />

o que costuma tocar. “Adoro samba e forró. Também gosto<br />

muito da disco music que marcou época na década de 1980”,<br />

explica. “Se for para falar de bandas, prefiro os Beatles”, conclui.<br />

O jurista só perde a paciência com os gêneros eletrônicos<br />

mais modernos. “Detesto esses sons binários sem sentido”,<br />

indigna-se. “Já escutou uma música que não te emociona?<br />

Isso é uma barbaridade”, sentencia.<br />

Gomes dificilmente demonstra suas habilidades com as<br />

baquetas em público. “Acredito que esse seja um momento<br />

meu”, define. Para acompanhá-lo nessa atividade quase<br />

solitária, o jurista resolveu escolher a V-Drums, modelo<br />

TD-20K, desenvolvida pela <strong>Roland</strong>. “Estou muito satisfeito<br />

com o instrumento. Realmente, é uma das melhores<br />

compras que já fiz”, afirma. Com o setup que compõem<br />

essa bateria, o músico consegue se expressar com mais<br />

naturalidade, além de desempenhar sua performance com<br />

qualidade invejável. Gomes levantou outros pontos positivos,<br />

como a possibilidade de ensaiar usando fones de ouvido.<br />

“Assim não incomodo os vizinhos”, diverte-se. Questionado<br />

sobre a utilização de kits complementares, ele explica: “Não<br />

preciso. Ainda não esgotei 50% das possibilidades que o<br />

equipamento oferece.” (Rafael Furugen)<br />

50 Música e Imagem<br />

Música e Imagem 51

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