Roland Brasil
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2 Música e Imagem<br />
A número um<br />
É com muito prazer que apresentamos o primeiro número de Música e Imagem<br />
– a revista da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />
Muitos podem questionar por que a <strong>Roland</strong> decidiu lançar uma revista impressa,<br />
em uma época cada vez mais dominada por meios de comunicação mais contemporâneos,<br />
como portais, website, blogs, Orkut, YouTube etc.<br />
Resolvemos fazer isso porque já temos um site moderno, com recursos multimídia<br />
interativos e ótima visitação. Mas a revista impressa tem propostas diferentes. Ela<br />
não é pressionada pela velocidade e agilidade que um website requer. E também não<br />
sai do ar. Pode ser “acessada” a qualquer tempo e lugar – sem energia, banda larga<br />
ou computador -, colecionada ou, simplesmente, deixada para que outras pessoas a<br />
leiam. Música e Imagem nasceu para ser um complemento de nosso website – como<br />
já acontece com a maioria das publicações de grande circulação.<br />
A revista foi feita para você, que toca um instrumento,<br />
gosta de música, quer ficar por dentro dos assuntos<br />
relacionados a ela e, principalmente, sobre o mundo<br />
<strong>Roland</strong> – que hoje possui no grupo diversas marcas como<br />
Boss, Edirol, Cakewalk, Rodgers, RSS (Audio Products)<br />
- e <strong>Roland</strong> DG (impressoras digitais de grande formato<br />
e máquinas de usinagem tridimensional).<br />
A revista tem no nome a palavra “imagem”, pois a<br />
<strong>Roland</strong> acredita muito na associação da música com imagem.<br />
Somos os pioneiros na indústria de instrumentos<br />
a apresentar soluções de integração deles com imagem<br />
(V-Link), além de contar com a linha Edirol Video, de produtos<br />
voltados ao uso em apresentações ao vivo.<br />
Apesar do incrível avanço da tecnologia, como Blu-<br />
Ray, Super Audio CD, mp3, TV Digital, Super Hi-Definition etc., não há como substituir<br />
a música ao vivo. E a <strong>Roland</strong> aposta que haverá cada vez mais eventos ao vivo – desde<br />
os “pocket shows” até os “supermegahipertours” de bandas e artistas famosos.<br />
E em todos eles veremos a integração de música e imagem.<br />
Música é vida e, para quem gosta e toca, questão de paixão. E é essa paixão que<br />
faz que sons e imagem geradas por circuitos digitais se tornem arte.<br />
A revista Música e Imagem terá sempre um artista na capa, para lembrarmos<br />
que, por trás de uma boa música e um bom instrumento, existe um ser humano de<br />
carne, osso e alma.<br />
Convidamos Oswaldinho do Acordeon para ilustrar a capa desta edição por ser<br />
um grande parceiro <strong>Roland</strong>, um artista de reconhecimento nacional e internacional,<br />
e porque, pela sua trajetória pessoal e profissional, tão bem representa o talento do<br />
músico brasileiro.<br />
Boa leitura!<br />
J. Takao Shirahata – Presidente, CEO – <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong><br />
Ex p E d iE n t E<br />
Revista <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong><br />
Pr e s i d e n t e<br />
Takao Shirahata<br />
Ge r e n t e Ge r a l<br />
Celso Bento<br />
ed i t o r<br />
Nilton Corazza<br />
Co n s e l h o ed i t o r i a l<br />
Takao Shirahata, Celso Bento,<br />
Samantha Albuquerque<br />
re da ç ã o<br />
Rafael Furugen<br />
Co l u n i s ta s<br />
Mú Carvalho e Silvia Góes<br />
Co l a b o r a d o r e s<br />
Alex Lameira, Amador Rubio,<br />
Gino Seriacopi, Pakito,<br />
Renan Dias, Sergio Motta,<br />
Sergio Terranova, Leandro Justino,<br />
Maurício Martins, Michel <strong>Brasil</strong>,<br />
Nelson Bonfim, Pedro Lobão,<br />
Raphael Daloia Neto<br />
Fo t o G r a F i a<br />
Mário Moreno<br />
Co n t e ú d o on-l i n e<br />
Mário Moreno e Fernanda Arrazi<br />
ar t e/di aG r a m a ç ã o<br />
Detonart´s Criações<br />
im P r e s s ã o/a C a b a m e n t o<br />
Oceano Indústria Gráfica e Editora<br />
Jo r n a l i s ta re s P o n s á v e l<br />
Nilton Corazza (MTb 43.958)<br />
mú s i C a & im a G e m<br />
Revista <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong> na internet<br />
www.musicaeimagem.com.br<br />
Fa l e C o m a re da ç ã o<br />
revista@roland.com.br<br />
visite n o s s o si t e<br />
www.roland.com.br<br />
Os editores não se responsabilizam<br />
por opiniões emitidas por<br />
colaboradores em artigos assinados.<br />
Não é permitida a reprodução total<br />
ou parcial das matérias publicadas.
Índice<br />
06<br />
09<br />
10<br />
12<br />
14<br />
16<br />
24<br />
26<br />
Tu r n ê<br />
Eventos com a<br />
participação da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong><br />
Mu n d o ro l a n d<br />
A presença das marcas da<br />
<strong>Roland</strong> Corporation na mídia<br />
ro l a n d Br a s i l<br />
Saiba quem são os responsáveis<br />
pelo Centro Técnico <strong>Roland</strong><br />
Pe r f i l<br />
A influência da V-Drums nos<br />
trabalhos de Marcelo <strong>Brasil</strong><br />
Cl á s s iC o s<br />
BOSS DS-1:<br />
o pedal de efeito mais vendido do mundo<br />
no v o s Pr o d u T o s<br />
Os lançamentos de 2008<br />
in T e r a ç ã o<br />
V-Link: revolucionário<br />
padrão desenvolvido pela <strong>Roland</strong><br />
Ca P a<br />
Oswaldinho do Acordeon e o<br />
instrumento digital da <strong>Roland</strong><br />
4 Música e Imagem Música e Imagem 5<br />
30<br />
Boss GT-10<br />
A solução ideal para<br />
criação de timbres<br />
34<br />
fa n T o M -G<br />
Uma nova era na história<br />
das workstations<br />
38<br />
v-dr u M s Td-9<br />
Kits para todos os tipos<br />
de músicos e de bolsos<br />
42<br />
li n h a aT e l i e r<br />
Novidades com mais recursos<br />
44<br />
Pe r G u n T e a o es P e C i a l i s Ta<br />
As respostas para as<br />
dúvidas mais freqüentes<br />
48<br />
Ca r r e i r a<br />
Os principais pontos da<br />
formação de um profissional<br />
49<br />
ed u C a ç ã o<br />
Os cuidados necessários<br />
durante a educação musical<br />
50<br />
fr o n T e i r a s<br />
A importância da bateria na vida<br />
profissional do jurista Luiz Flávio Gomes
Turnê<br />
Em Ação<br />
A <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong> não se preocupa apenas em comerciali-<br />
zar instrumentos e equipamentos, mas também transmitir<br />
às pessoas conhecimento suficiente para que utilizem, em<br />
sua totalidade, os recursos presentes nesses aparelhos.<br />
Para isso, uma equipe de especialistas percorre o <strong>Brasil</strong><br />
apresentando as possibilidades inovadoras que engenheiros<br />
colocam à disposição de músicos e artistas do vídeo.<br />
Compõem esse trabalho participações em feiras e<br />
congressos, nas quais novas tecnologias são apresentadas,<br />
inaugurando, muitas vezes, segmentos no mercado<br />
e linhas de produtos, reforçando a tradição de pioneirismo<br />
da empresa.<br />
Nessa realidade, a utilização de equipamentos <strong>Roland</strong>,<br />
BOSS, Edirol, Rodgers e RSS por músicos, artistas e técnicos<br />
colabora para a difusão de toda a potencialidade dos<br />
produtos dessas marcas e comprova a qualidade deles.<br />
Gr ava ç ã o n a<br />
sa l a sã o Pa u l o<br />
Celebrando 90 anos do Grupo Votorantim, a Sinfônica<br />
Heliópolis e o Coral da Gente - mantidos pelo Instituto<br />
Baccarelli - apresentaram-se na Sala São Paulo. O concerto,<br />
que contou com a regência dos maestros Roberto<br />
Tibiriçá e Edilson Ventureli, foi filmado e gravado para a<br />
produção de um DVD comemorativo. Para tanto, a equipe<br />
responsável pela sonorização do evento, Tukasom Audio<br />
Systems, contou com um sistema RSS Digital Snake para<br />
a captação digital simultânea de 31 canais de áudio, em<br />
alta resolução, e a sincronização com vídeo. O software<br />
utilizado foi o Sonar 7.0 com backup de dados realizado<br />
em duas máquinas idênticas.<br />
aes Br a s i l e<br />
Br o a d C a s T & Ca B l e<br />
A <strong>Roland</strong> Systems Group participou de três<br />
importantes eventos para o mercado de áudio e<br />
vídeo: a 12ª Convenção Nacional da AES <strong>Brasil</strong>,<br />
o 6º Congresso de Engenharia de Áudio da AES<br />
<strong>Brasil</strong> e a 17ª Feira Internacional de Tecnologia em<br />
Equipamentos e Serviços para Engenharia de Televisão<br />
Radiodifusão e Telecomunicações (Broadcast<br />
& Cable 2008). Nessas ocasiões, a empresa exibiu<br />
produtos de<br />
vídeo interagindo<br />
com equipamentos<br />
de áudio,<br />
apresentando soluções<br />
completas<br />
aos profissionais<br />
do setor.<br />
Nos dois primeiros eventos, o estande da<br />
empresa contou com a performance “silenciosa”<br />
de uma banda. O Edirol Motion Dive.Tokyo exibiu<br />
loops de imagens em tempo real, cujo resultado<br />
foi mixado às câmeras no switcher multiformato<br />
V-440HD. Para finalizar, áudio e vídeo passaram<br />
pelo VC-300HD a fim de realizar o registro de<br />
um DVD.<br />
Durante a Broadcast & Cable 2008, a RSG<br />
destacou, principalmente, as novidades da Edirol:<br />
o V-8, o F -1 e o VC-300 HD. Além disso, o estande<br />
apresentou a utilização do Digital Snake interligado<br />
a um mixer por meio de um multicabo analógico e<br />
de um cabo de rede. O sistema possibilitou uma<br />
comparação precisa das vantagens do equipamento<br />
desenvolvido pela empresa.<br />
in o va ç ã o n a usP<br />
Assim como acontece em conceituadas escolas e conservatórios inter-<br />
nacionais, o Departamento de Música da Universidade de São Paulo (USP)<br />
utiliza pianos digitais <strong>Roland</strong> para apresentações e estudos. A Sala <strong>Roland</strong>,<br />
que conta com oito modelos HP-203, por exemplo, permite que pianistas<br />
pratiquem simultaneamente, sem que um interfira no desempenho dos<br />
demais. Isso é possível porque os alunos utilizam fones de ouvido plugados<br />
diretamente nos instrumentos durante aulas e ensaios.<br />
Wo r k s h o P fa n T o M -G<br />
O tecladista Sergio Terranova percorre o País exibindo o<br />
workshop Fantom-G, no qual a workstation é demonstrada<br />
em toda a sua potencialidade. O músico é gerente de produtos<br />
da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong> e integrante da equipe internacional<br />
de especialistas que trabalha no desenvolvimento de novos<br />
equipamentos da marca.<br />
Durante o evento, além das principais funções e ferramentas<br />
do instrumento, Terranova apresenta as placas de<br />
expansão da série ARX que, trabalhando como plug-ins, permitem<br />
total customização dos sons. O profissional também<br />
interpreta composições de vários estilos, comprovando a<br />
versatilidade do workstation, tanto na reprodução de timbres<br />
orquestrais quanto de sintetizadores analógicos, passando<br />
por pianos acústicos e elétricos, e guitarras, entre outros.<br />
Boss Gu iT a r da y 2008<br />
O gerente de produtos BOSS, Sergio Motta, jun-<br />
tamente com Rafael Bittencourt, integrante do grupo<br />
Angra, percorre diversas cidades brasileiras para a<br />
realização do BOSS Guitar Day 2008. Na ocasião, são<br />
apresentados alguns equipamentos da marca – líder<br />
mundial em efeitos para guitarra em pedais compactos<br />
e pedaleiras –, principalmente a GT -10.<br />
Durante o workshop, Motta fala a respeito das<br />
diferenças entre pedais e pedaleiras, enquanto Bittencourt<br />
dá dicas sobre utilização de efeitos e construção<br />
de timbres. Os participantes podem testar e conhecer<br />
os equipamentos, além de tirar dúvidas com os representantes<br />
da empresa e músicos convidados.<br />
dJ so u n d aW a r d s<br />
A <strong>Roland</strong> esteve presente na entrega dos prêmios para os melhores profissionais<br />
da música eletrônica de 2008. Em festa promovida pela revista DJ Sound, a<br />
empresa apresentou sua linha de produtos para DJs e VJs, com as participações<br />
da DJ Lisa Bueno e do VJ Cadu, em quiosques espalhados pelo local e no palco<br />
principal do evento. Além disso, vários equipamentos estavam dispostos e puderam<br />
ser manuseados pelos convidados, entre eles o Edirol Motion Dive .Tokyo,<br />
suíte de software e hardware dedicada à produção e mixagem de imagens. O<br />
SP-555, por sinal, foi reverenciado por um das mais emblemáticas figuras da cena eletrônica, o rapper Thaíde, em uma<br />
apresentação no palco principal no encerramento da premiação.<br />
6 Música e Imagem Música e Imagem 7
Turnê Mundo <strong>Roland</strong><br />
ro d G e r s n a iG r e J a Ba T i sT a<br />
Comemorando 99 anos de fundação, a Igreja Batista da Liberdade,<br />
em São Paulo, inaugurou o órgão Rodgers modelo Trillium 908 recémadquirido.<br />
Após cuidadosa instalação e regulagem, sob responsabilidade<br />
da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong> e do gerente internacional de vendas da Rodgers, John<br />
Green, o instrumento soou em apresentações-solo e juntamente com<br />
coro de 110 vozes<br />
e orquestra<br />
de 40 músicos,<br />
sob a regência<br />
d o m a e s t r o<br />
Donaldo Guedes,<br />
além da<br />
participação da<br />
comunidade.<br />
Mú s i C a el e T r ô n iC a<br />
Realizado pela <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong> e pela escola de produção Electronic<br />
DJs, o workshop sobre equipamentos e novidades da música eletrônica<br />
independente reuniu DJs e produtores para conhecer as novas<br />
tecnologias à disposição e discutir tendências. Com o rapper Xis como<br />
mestre de cerimônias, o evento teve palestras e demonstrações de<br />
equipamentos. Os modelos <strong>Roland</strong> SP404 e SP555 foram apresentados<br />
pela DJ Lisa Bueno, e coube<br />
a Tico Producer desvendar<br />
os segredos do MV8800 e do<br />
MC808 aos mais de sessenta<br />
presentes. O inglês DJ Pogo<br />
foi o protagonista de um set<br />
demonstrativo do campeonato<br />
mundial D.M.C.<br />
fe s T i v a l d e in v e r n o d e<br />
Ca M P o s d o Jo r d ã o<br />
A 39ª edição do mais importante festival de música erudita da<br />
a s e r v i ç o d a<br />
iG r e J a Ca T ó l iC a<br />
Entre as solenidades do centenário da<br />
Arquidiocese de São Paulo, a Orquestra Sinfônica<br />
do Conservatório Dramático e Musical,<br />
sob a regência do maestro Ricardo Mielli, foi<br />
responsável pela música em dois grandes<br />
eventos: o concerto comemorativo realizado<br />
no Theatro São Pedro e a missa campal celebrada<br />
no Estádio Paulo Machado de Carvalho<br />
(Pacaembu). Em ambos, a organista Selma<br />
Asprino comandou um órgão Rodgers Trillium<br />
788, o mesmo utilizado durante a estadia do<br />
papa Bento XVI no <strong>Brasil</strong>.<br />
Esse instrumento<br />
também foi<br />
usado na tradicional<br />
missa realizada<br />
pelos militares<br />
brasileiros, denominada<br />
Páscoa<br />
dos Militares. O<br />
evento, que contou<br />
com a presença<br />
de autoridades<br />
civis e militares e<br />
representantes do<br />
Exército, da Marinha,<br />
da Aeronáutica, da Polícia Militar, do Corpo<br />
de Bombeiros e da Guarda Civil Metropolitana,<br />
entre outras corporações, foi realizado na Catedral<br />
da Sé. A cerimônia - com a participação<br />
de banda militar e coral - teve como organista<br />
o paulistano Newton de Lima.<br />
América Latina, realizado em julho na cidade de Campos do Jordão,<br />
teve entre as principais apresentações um concerto da Orquestra<br />
Sinfônica Municipal de São Paulo, sob a regência de José Maria<br />
Florêncio. Para a execução de uma das obras, - Assim Falou Zarathustra,<br />
de Richard Strauss, que ganhou popularidade ao ser utilizada<br />
por Stanley Kubrick no filme 2001 - Uma Odisséia no Espaço -, a<br />
presença de um órgão é necessária. O escolhido para a proeza foi o modelo Trillium 788 fabricado pela Rodgers, que simula<br />
com perfeição a sonoridade de um instrumento de tubos graças à qualidade das amostras recolhidas dos melhores órgãos<br />
litúrgicos de todo o mundo. Maria Cecília Moita foi a responsável pela execução ao equipamento.<br />
Br a i nW o r M s<br />
O disco-solo de Rafael Bittencourt, Braimworms, vem recheado de timbres produzidos<br />
pela BOSS GT-10. Utilizada pelo músico nas últimas etapas da gravação, a pedaleira foi responsável<br />
por muitas das sonoridades ouvidas<br />
no álbum. Com distribuição no Japão e<br />
lançamento na Expomusic 2008, o trabalho<br />
reflete a capacidade virtuosística do guitarrista<br />
aliada a seu vocal vibrante.<br />
ro l a n d n a T e l e v i s ã o<br />
Em 2008, a Banda Domingão - responsável pelas inter-<br />
venções musicais do programa dominical mais assistido<br />
do <strong>Brasil</strong> – começou a utilizar instrumentos desenvolvidos<br />
pela <strong>Roland</strong>. Sob o comando de Luiz Schiavon, que usa<br />
um sintetizador V-Synth GT, o grupo conta com uma bateria<br />
eletrônica V-Drums TD-20K, tocada por Anderson Batista,<br />
além de um piano de palco RD-700 e uma workstation<br />
Fantom-G7, nas mãos do tecladista Caixote.<br />
A parceria tem como objetivo aumentar a qualidade<br />
tanto dos timbres quanto da captação, facilitando o trabalho<br />
da banda no ambiente desfavorável de um programa ao<br />
vivo com auditório.<br />
Hotsite V-Drums<br />
Bittencourt é um aficionado dos equipamentos da marca, tendo realizado<br />
diversos workshops, shows e eventos com a boa e velha GT-8.<br />
Com a chegada do novo modelo, o músico o adotou como principal<br />
gerador de efeitos de seu setup e embarcou na turnê BOSS Guitar Day,<br />
explicando como o utiliza.<br />
fa n d a n G o<br />
Renato Borghetti é um dos<br />
No endereço www.v-drums.com.br, os interessados têm acesso às últimas<br />
novidades da linha, como o lançamento de um novo acessório ou o download de uma<br />
música do modo play along. Os internautas também podem conhecer os detalhes<br />
dos equipamentos que compõem as séries V-Drums, além de alguns artistas que os<br />
utilizam. Há uma seção dedicada exclusivamente para vídeos, com performances de<br />
Omar Hakin e Taku Hirano, entre outros, e endereços de revendedores.<br />
mais prestigiados artistas brasileiros<br />
e, graças à sua raiz gaúcha,<br />
idolatrado como baluarte da<br />
cultura regional. Não bastasse<br />
isso, é um instrumentista como poucos, que domina a<br />
gaita-ponto com maestria. O CD Fandango, gravado por<br />
ele e seu grupo em janeiro de 2007, conquistou quatro<br />
prêmios no Troféu Açorianos de Música deste ano (Melhor<br />
Instrumentista, Melhor CD de Música Instrumental, CD do<br />
Ano e DVD do Ano).<br />
A <strong>Roland</strong> apoiou o projeto, fornecendo os equipamentos<br />
necessários para a concretização da produção, realizada<br />
na fazenda do intérprete, no Rio Grande do Sul. Essa parceria<br />
foi coroada com o reconhecimento do instrumentista<br />
gaúcho, que presenteou Takao Shirahata, presidente da<br />
<strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong>, com um dos troféus recebidos.<br />
O Troféu Açorianos de Música é uma premiação da<br />
prefeitura de Porto Alegre aos artistas que se destacaram<br />
na música, na literatura, na dança e no teatro, enriquecendo<br />
e valorizando a cultura do Estado do Rio Grande do Sul.<br />
8 Música e Imagem Música e Imagem 9<br />
Divulgação Divulgação
<strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong><br />
Ce n T r o Té C n i C o<br />
<strong>Roland</strong><br />
Com uma bem-montada estrutura técnica e profissional,<br />
o CTR garante suporte em todos os aspectos referentes a um equipamento<br />
Para a <strong>Roland</strong>, não basta produzir e comercializar os melhores<br />
equipamentos existentes no mercado: é preciso assegurar<br />
que o aparelho esteja em pleno funcionamento quando o<br />
usuário precisar dele. Para tanto, foi estruturado o Centro Técnico<br />
<strong>Roland</strong>, que conta com profissionais capacitados a proporcionar<br />
todas as condições de que o proprietário necessite para<br />
usufruir, ao máximo e com prazer, do equipamento que adquiriu<br />
das marcas <strong>Roland</strong>, BOSS, Edirol, Rodgers e RSG. O CTR assume<br />
a responsabilidade de oferecer auxílio, informação e solução<br />
para toda espécie de problemas que possam ocorrer.<br />
FUNÇÕES<br />
Entre as várias atividades do Centro Técnico <strong>Roland</strong>, uma<br />
das primeiras a ser realizada, mesmo antes da chegada de um<br />
lançamento ao <strong>Brasil</strong>, é a produção de manuais em português.<br />
A tarefa exige profissionais que dominem tanto a linguagem<br />
escrita quanto a parte técnica do equipamento, com conhecimentos<br />
suficientes para orientar o usuário nos processos mais<br />
comuns de sua atuação. Isso pressupõe, portanto, que o responsável<br />
por essa atividade, além de saber todos os dados de<br />
funcionamento do aparelho, tenha vivenciado de algum modo<br />
seu uso, de forma a poder entender a arquitetura do dispositivo<br />
e quais as maneiras mais simples de explicar sua operação. De<br />
posse desses elementos, torna-se fácil, também, assessorar<br />
os consumidores na resolução de problemas ou dúvidas individuais,<br />
surgidas sejam pela falta da leitura atenta das instruções<br />
ou por necessidades específicas, entre outros fatores.<br />
Todos os produtos comercializados pela <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong><br />
adquiridos no País possuem um ano de garantia para peças<br />
e mão-de-obra. Isso assegura que, a qualquer momento, o<br />
usuário pode contar com manutenção de seu aparelho. Mas<br />
é importante, também, que ele procure uma das 28 assistências<br />
técnicas autorizadas <strong>Roland</strong> (STAs) distribuídas por todo<br />
o território nacional ao menor sinal de mau funcionamento de<br />
seu investimento. “Essa ação justifica-se pelo fato de que ela<br />
possui o suporte da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong> para qualquer tipo de manutenção”<br />
, afirma Francisco Edson de Souza Pereira, o Pakito,<br />
gerente de suporte técnico, peças e assistência técnica. “E,<br />
além disso, ele pode contar com a experiência dos profissionais<br />
de cada STA.”<br />
ÓRGÃOS RODGERS<br />
O Centro Técnico <strong>Roland</strong> também é responsável pela instalação<br />
e configuração dos órgãos Rodgers, bem como pelo<br />
treinamento dado aos usuários desses equipamentos. Graças<br />
a profissionais formados diretamente na fábrica, instalada<br />
nos Estados Unidos, organistas podem contar com serviços<br />
diferenciados, individualizados e específicos para o melhor<br />
aproveitamento de seu instrumento.<br />
Mas não é somente quando surgem problemas que uma assistência<br />
deve ser visitada. A manutenção preventiva é importante, principalmente,<br />
para aqueles que dependem do equipamento para trabalhar. Para profissionais<br />
e amadores que usam quase que diariamente um aparelho, é<br />
importante procurar um STA a cada seis meses, principalmente depois de<br />
terminado o período de garantia. “Nessa visita, pode-se solicitar ao técnico<br />
uma revisão geral em que são feitas, sobretudo, a limpeza de contatos<br />
de borracha, a remoção de poeira acumulada nas placas de circuito e a<br />
lubrificação de partes mecânicas, que trabalham com movimento constante”,<br />
ensina Pakito.<br />
Outro ponto a ser destacado é a atualização do sistema operacional<br />
de alguns modelos, que deve ser feita, preferencialmente, nas assistências<br />
técnicas, já que a <strong>Roland</strong> não se responsabiliza por ações realizadas<br />
por terceiros nesse processo. “Por mais simples que possa ser um procedimento<br />
desse tipo, sempre existe o risco de que o produto pare de<br />
funcionar por causa de uma instrução seguida de maneira incorreta”, diz<br />
Pakito. “Sendo assim, recomendamos a todos os usuários que façam os<br />
updates nos postos autorizados.”<br />
Nos casos em que a troca de peças de um equipamento seja indispensável,<br />
as assistências técnicas autorizadas contam com o suporte do<br />
CTR para o fornecimento desse material. Isso garante rapidez e qualidade<br />
do reparo, já que são componentes originais, provenientes diretamente<br />
do estoque da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />
INTERNET<br />
Como acréscimo aos serviços oferecidos<br />
para os usuários, a <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong> disponibiliza<br />
o download de arquivos PDF dos manuais de<br />
instruções para aqueles que tiveram seus<br />
exemplares extraviados. Para tanto, basta<br />
acessar o site www.roland.com.br<br />
Acima de tudo, no entanto,<br />
o Centro Técnico<br />
<strong>Roland</strong> é a ponte entre o<br />
consumidor e os departamentos<br />
de engenharia da<br />
<strong>Roland</strong> Corporation-Japan,<br />
trocando informações,<br />
experiências e sugestões,<br />
de modo a oferecer, cada<br />
vez mais, o melhor equipamento<br />
para o usuário.<br />
(Nilton Corazza)<br />
ORGANIZAÇÃO<br />
Sob a responsabilidade de Pakito, o CTR<br />
conta com suporte ao usuário, estoque de<br />
peças e profissionais capacitados<br />
RESPONSÁVEIS PELO CTR<br />
Diogo Firmo Pezzuti, José Osório de Souza, Francisco Edson de Souza Pereira (Pakito), Tersio de Oliveira Barreto, Emerson Sipriano da Silva e Bruno Souto Giacomini<br />
10 Música e Imagem Música e Imagem 11
Divulgação<br />
Perfil<br />
Experiências<br />
Oriundo de uma família de músicos, Marcelo <strong>Brasil</strong><br />
fala sobre a importância da V-Drums em seu trabalho<br />
Marcelo <strong>Brasil</strong> é uma pessoa predestinada ao sucesso. Além de trabalhos-solo, costuma acompanhar artistas consagrados.<br />
Já tocou com os grupos de Caetano Veloso, Elba Ramalho, Moraes Moreira, Daniela Mercury e Jimmy Cliff, entre outros. Com<br />
essa ampla experiência, fica evidente que a carreira do músico já está consolidada, tanto pelos projetos que executou nos<br />
palcos quanto nos que desempenhou em estúdios. O baterista, porém, acredita que o fator determinante para isso foi sua<br />
família: “Eles foram fundamentais para o meu desenvolvimento”, conta.<br />
A família <strong>Brasil</strong> pode ser considerada uma fábrica de talentos. Além de Marcelo, existem outros nove instrumentistas no clã: a<br />
mãe, Eusalita <strong>Brasil</strong> (pianista); os irmãos Luiz <strong>Brasil</strong> (violonista e arranjador), Mou <strong>Brasil</strong> (guitarrista) e Jorge <strong>Brasil</strong> (baterista); e os<br />
sobrinhos Thamyma <strong>Brasil</strong>, Marcio <strong>Brasil</strong> (bateristas e percussionistas), Cássio <strong>Brasil</strong>, Victor <strong>Brasil</strong> e Rafael <strong>Brasil</strong> (bateristas).<br />
INÍCIO<br />
O primeiro contato de Marcelo com as baquetas aconteceu quando tinha<br />
apenas 6 anos, influenciado pelo irmão Jorge. Aos 11, já ganhava seu primeiro<br />
cachê. Inspirado por artistas e bandas reconhecidos mundialmente, como<br />
Novos Baianos, Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal, entre outros, o músico<br />
resolveu se empenhar. O impulso inicial foi dado em 1987, quando atuou na<br />
gravação de um disco de Cid Guerreiro.<br />
De uns tempos para cá, Marcelo decidiu realizar um antigo desejo: fazer<br />
música instrumental. Paralelamente aos trabalhos que desempenhava com outros<br />
artistas, compôs suas primeiras canções. Decidiu apresentá-las ao público<br />
em 2000. O show, intitulado Pra Não Dormir, ficou em cartaz por dois anos.<br />
Após o espetáculo Estradas, que teve a estréia em 2003 e terminou quatro<br />
anos depois, Marcelo adquiriu uma V-Drums TD-20K. “Com esse equipamento,<br />
pude desenvolver uma apresentação com sonoridade mais mesclada”, conta.<br />
Sobre a possibilidade de trocar de instrumento, o músico é enfático: “Ela supre<br />
todas as minhas necessidades”. Atualmente, o baterista está em cartaz com o<br />
show No Quarto utilizando o produto da <strong>Roland</strong>.<br />
NO ALTO DO TRIO ELÉTRICO<br />
Marcelo <strong>Brasil</strong> em apresentação na Bahia<br />
Além da turnê, quais são seus projetos<br />
para este ano?<br />
Quero terminar algumas mixagens e masterizações<br />
e lançar meu CD no <strong>Brasil</strong>. Depois, pretendo<br />
encaminhar esse material para a Europa,<br />
já que desejo entrar no mercado fonográfico de<br />
lá. O trabalho será composto por composições<br />
próprias e por regravações, sendo uma música<br />
de Hermeto Pascoal e outra de John Scofield.<br />
Como surgiram as primeiras composições?<br />
A primeira, intitulada “Seria o Caso?”, foi<br />
composta com um violão. O nome surgiu de um<br />
costume meu de sempre questionar as coisas.<br />
Depois, comprei um pequeno seqüênciador<br />
com sons PCM e sampleados que um amigo<br />
trouxe dos Estados Unidos e fiquei maluco com<br />
a possibilidade de fazer arranjos exatamente<br />
como queria. Com o auxílio desse equipamento,<br />
compus as músicas “Ping Pong”, “Trocadilhos”,<br />
“Andrômeda”, “Luciana”, “Estradas” e “Aí!”.<br />
Qual a importância da V-Drums para a<br />
realização de seus trabalhos?<br />
A V-Drums foi fundamental tanto no complemento<br />
quanto na formatação da sonoridade das<br />
músicas. Por mais que gravasse a bateria em ótimos<br />
estúdios, as composições nunca ficavam<br />
boas com o seqüênciador. (Rafael Furugen)<br />
12 Música e Imagem<br />
Música e Imagem e Imagem 13
Clássico<br />
B o s s<br />
DS-1<br />
O pedal de efeito mais vendido da história<br />
continua, após 30 anos de seu lançamento,<br />
sendo um dos preferidos por guitarristas<br />
de todo o mundo<br />
Não obstante todo o avanço da tecnologia<br />
digital, há certos equipamentos que perduram<br />
por décadas sem alterações significativas nos<br />
elementos que o caracterizam. Isso, na maioria<br />
das vezes, ocorre por um motivo muito simples:<br />
a grande aceitação dos usuários que buscam um<br />
timbre determinado e peculiar. Esse é o caso do<br />
pedal compacto BOSS DS-1.<br />
Lançado em 1978, o aparelho tornou-se<br />
clássico por causa da qualidade da distorção, que<br />
carrega a naturalidade do efeito produzido nos<br />
amplificadores valvulados saturados. Segundo<br />
Kanji Kubo - responsável pelo desenvolvimento<br />
de diversos produtos da BOSS além do DS-1,<br />
como OD-1, PH-1, GE-6, DS-A, SG-1, SD-1, CS-2,<br />
HM-2, OC-2, PSM-5 e BCB-6 -, as características<br />
desse modelo foram obtidas pela junção de dois<br />
tipos de distorção: a normalmente utilizada em<br />
pedais fuzz, produzida com o uso de circuitos<br />
de poucos transistores, e a criada por meio de<br />
amplificadores operacionais, que aumentam o<br />
ganho de sinal. “Não conseguíamos decidir qual<br />
tipo queríamos colocar”, afirma o engenheiro,<br />
“então, resolvemos adotar ambos”. Isso guiou<br />
o desenvolvimento do DS-1. “Acredito que seja<br />
por esse motivo que o equipamento tornou-se<br />
o preferido de muitos guitarristas.”<br />
Outro dos fatores mais mar-<br />
cantes é que ele oferece nível de<br />
ruído muito baixo em comparação<br />
aos similares. “Sistemas de distorção, geralmente,<br />
usam amplificadores operacionais (op-amp). Sendo<br />
assim, o nível de ruído aumenta proporcionalmente<br />
ao ganho. O circuito usado no DS-1, no entanto, é<br />
atípico, e, por isso, o valor se mantém mínimo”, diz<br />
Kubo. Muito provavelmente, essa é a explicação<br />
para o fato do pedal ser muito utilizado por músicos<br />
de estúdio. Como acréscimo, esse circuito garante<br />
que, em vez de apenas distorcer o timbre do instrumento<br />
sem qualquer definição, o equipamento<br />
reproduza fielmente todas as nuances da dinâmica<br />
do guitarrista.<br />
O DS-1 foi modificado de modo significativo<br />
apenas duas vezes em toda sua história, e isso por<br />
conta da interrupção da fabricação de determinados<br />
componentes. A primeira ocorreu em meados de<br />
1994, quando o op-amp Toshiba TA7136AP foi substituído<br />
pelo Rohm BA728N. Na virada do século, no<br />
ano 2000, este foi trocado pelo Mitsubishi M5223AL.<br />
Apesar das alterações, o timbre característico do<br />
equipamento não foi desfigurado. Em compensação,<br />
pequenas mudanças na aparência do modelo foram<br />
implantadas, como o posicionamento das letras ou<br />
a cor do interruptor.<br />
Especificações<br />
Controles Distortion, Level e Tone<br />
Nível nominal de entrada -20 dBu<br />
Impedância de entrada 470 ohms<br />
Nível nominal de saída -20 dBu<br />
Impedância de saída 1 k ohms<br />
Nível equivalente de ruído de entrada -122 dBu (IHF-A, Typ.)<br />
Conectores input, output, AC Adaptor (9V DC)<br />
FAíSKA<br />
Fã da Boss não<br />
abre mão do DS-1<br />
14 Música e Imagem<br />
Música e Imagem 15<br />
USO<br />
O guitarrista tanto pode utilizar o DS-1<br />
para conseguir timbres extremamente fortes<br />
quanto configurá-lo para efeitos mais sutis. Basta<br />
girar o controle Tone para esculpir o som desejado,<br />
desde os arrojados para performances pesadas, até os<br />
mais suaves, com infinitas possibilidades.<br />
O DS-1 tem sido usado por um grande número de guitarris-<br />
tas em todos os anos de sua existência. Steve Vai e Joe Satriani,<br />
por exemplo, são dois dos muitos entusiastas do equipamento no<br />
show business internacional. No <strong>Brasil</strong>, Faíska utiliza dois deles,<br />
produzidos no Japão: um original e outro modificado. O pedal, por<br />
sinal, é empregado como plataforma por vários fabricantes que<br />
o customizam e modificam, como Robert Keeley, Analog Man e<br />
Stinkfoot Electronics, oferecendo suas próprias versões desse<br />
ícone da distorção. (Nilton Corazza)<br />
HISTÓRIA<br />
A fabricação dos pedais compactos da<br />
BOSS iniciou-se em 1977 com o clássico<br />
Overdrive OD-1. Graças a aspectos peculiares<br />
- construção robusta resistente ao desgaste,<br />
superfícies de borracha nas faces superior e<br />
inferior, knobs posicionados abaixo do nível do<br />
pedal, acionamento silencioso, LED incorporado<br />
e fácil substituição da bateria - aliados à<br />
sonoridade, ao mesmo tempo quente e suave,<br />
o modelo firmou-se no gosto dos usuários. Por<br />
acréscimo, estabeleceu o design para todos os<br />
futuros pedais compactos da marca.
Novos Produtos<br />
rd-700GX<br />
rd-300GX<br />
O piano digital RD-700GX disponibiliza tudo que um pia- Pattern. Como adicional, traz 78 efeitos de qualidade<br />
nista necessita para apresentações ao vivo e gravações: profissional, com a possibilidade de aplicar multiefeito,<br />
sons incríveis de instrumentos acústicos e elétricos, reverb, equalizador digital de duas bandas e Sound Con-<br />
funções de master control e reprodução de arquivos de trol para cada timbre.<br />
áudio. Além disso, o equipamento conta com o meca- Mas não é somente na sonoridade que o equipamento<br />
nismo Progressive Hammer Action II - que oferece Ivory satisfaz plenamente os músicos. O Progressive Hammer<br />
Feel e Escapement - e a nova tecnologia SuperNATURAL, Action II traz as mesmas características de um mecanis-<br />
derivada das placas de expansão ARX.<br />
mo de piano acústico, proporcionando toque mais pesado<br />
O RD-700GX possui 88 teclas e polifonia de 128 vozes, na região grave e suave na aguda. Afora isso, as teclas<br />
mais que suficiente para qualquer tipo de aplicação. Para foram projetadas para absorver a umidade das mãos<br />
total realismo sonoro, o equipamento foi dotado com dois durante a execução.<br />
sets de legítimos pianos acústicos, com multisamplers O RD-700GX pode ser utilizado, também, como contro-<br />
em estéreo de cada uma das 88 notas amostradas em lador profissional, graças às três saídas MIDI indepen-<br />
vários níveis de dinâmica. Para aqueles que gostam de dentes e aos diversos controles disponíveis no painel. E,<br />
personalizar o resultado, o modelo oferece o recurso Pia- pela entrada USB, o modelo reproduz áudio nos formatos<br />
no Designer, com o qual é possível configurar detalhes e wave, aiff e mp3, além de SMF com multitimbralidade<br />
parâmetros, incluindo ruído dos martelos (Hammer Noise)<br />
e ressonância do pedal (Damper Re-<br />
de 16 partes.<br />
sonance), entre outros. Além disso,<br />
estão à disposição diversos timbres RD-300GX<br />
de pianos elétricos, sampleados de O RD-300GX é a versão compacta do RD-700GX, com a maioria das funções<br />
lendários modelos como Fender Rho- deste, mas com um sistema mais leve, perfeito para o transporte. Mesmo<br />
des e Wurlitzer, por exemplo. Graças com um chassi feito para condições de turnês, como estradas e aeroportos,<br />
à tecnologia SuperNATURAL, o equi- com acabamento em metal escovado na cor preta, o instrumento é, atualpamento<br />
permite a customização de mente, um dos mais leves pianos digitais do mercado, pesando somente<br />
qualquer um deles, proporcionando 16 quilos. Com polifonia de 128 vozes, 356 patches, 14 kits de percussão e<br />
sons orgânicos que respondem ao 32 memórias, o modelo também permite customizar os sons de piano por<br />
toque com mais sutileza que os outros<br />
do mercado. Também é possível<br />
expandir a quantidade de opções<br />
com a inserção de até duas placas<br />
SRX simultaneamente. O RD-700GX<br />
ainda conta com 150 variações no<br />
arpegiador e 200 estilos de Rhythm<br />
meio da função Piano Designer.<br />
16 Música e Imagem Música e Imagem 17<br />
rG-1<br />
O RG-1 é um piano de cauda<br />
compacto que, graças aos recursos<br />
tecnológicos de última<br />
geração desenvolvidos pela <strong>Roland</strong>,<br />
supre todas as necessidades de músicos<br />
acostumados aos instrumentos<br />
acústicos. O equipamento oferece<br />
as sensações sonora e de toque<br />
de um piano de concerto, obtidas<br />
com o resultado de pesquisas realizadas com o<br />
intuito de reproduzir o melhor mecanismo disponível em<br />
modelos digitais. O sistema Progressive Hammer Action II<br />
apresenta martelos pesados para as teclas graves que vão se<br />
tornando progressivamente leves à medida que são tocadas<br />
as notas mais agudas. O Ivory Feel reproduz a textura do<br />
marfim e do ébano, com cada uma das 88 teclas construída<br />
em camadas que absorvem o suor e a oleosidade natural das<br />
mãos, proporcionando segurança à execução. Além disso, a<br />
<strong>Roland</strong> foi pioneira ao reproduzir o Escapement, um pequeno<br />
“click” existente quando a tecla é levemente pressionada, o<br />
que cria um primeiro estágio para o toque, elemento presente<br />
em qualquer piano de cauda acústico. E, em se tratando de<br />
pedais, o modelo oferece três deles, com as funções de damper<br />
(com meio pedal), soft (com meio pedal e função assinalável),<br />
e sostenuto (também assinalável).<br />
De nada bastaria um excelente mecanismo, no entanto, se o<br />
som não fosse de altíssima qualidade. O RG-1, em resposta<br />
a isso, apresenta notas sampleadas uma a uma - e não por<br />
f-1<br />
amostragem - e polifonia de 128<br />
vozes, mais que suficiente para<br />
qualquer performance. O equipamento<br />
ainda conta com vários<br />
parâmetros de customização, com<br />
o objetivo de aproximá-lo dos desejos do<br />
músico e satisfazê-lo plenamente. Entre<br />
esses ajustes, estão a possibilidade de<br />
controlar o peso das teclas, assim como a<br />
resposta do martelo, o temperamento e a<br />
curva utilizados na afinação, a ressonância<br />
das cordas e muitas outras funções. Isso<br />
faz que o RG-1 possa assumir as qualidades que o usuário<br />
escolher, transformando-o em um instrumento particular, feito<br />
sob medida para o seu gosto.<br />
Para mais flexibilidade, estão disponíveis 20 timbres diferentes,<br />
além de 340 sons internos para reprodução de arquivos<br />
Standard MIDI Files, incluindo oito kits de bateria e um de<br />
efeitos. Uma das principais inovações do produto é a porta<br />
USB utilizada para a conexão de um pen drive e execução<br />
de arquivos wave e SMF. Com apenas 73 centímetros de<br />
profundidade e 75 quilos de peso, o RG-1 oferece equalizador<br />
digital de quatro bandas, gravador digital com capacidade para<br />
aproximadamente 30 mil eventos, amplificador estéreo com<br />
potência de 80 watts - que alimenta dois alto-falantes e dois<br />
tweeters - e saída para dois fones de ouvido, tudo em um<br />
gabinete discreto e luxuoso, com acabamento preto acetinado<br />
e banqueta com regulagem de altura.<br />
Com design orientado para gravações em campo, o F -1 oferece simplicidade, confiabilidade e qualidade em captações<br />
de áudio e vídeo, modernizando e aperfeiçoando o trabalho em produções. Entre as características mais importantes<br />
podem ser citados o hard disk de 120GB resistente a choques, várias opções de fontes de energia, como alimentação<br />
via baterias de câmeras ou compartimento removível de pilhas AA, dois canais de input adicionais de áudio, controle<br />
remoto via LAN proporcionando captação multicâmera de até quatro unidades F -1 (em sync) e tamanho de arquivos<br />
ilimitado. O modelo é ideal para produtores ou videomakers que necessitem acelerar seu fluxo de trabalho, capturando<br />
HDV ou DV diretamente para um disco rígido (removível), mesmo em locações. Além disso, o equipamento oferece saída<br />
RGB para controle e visualização de previews, capacidade de criação de redes a fim de comandar múltiplas unidades e<br />
transferir arquivos, e software de gerenciamento e edição básica. As duas entradas analógicas de áudio são<br />
independentes, o que permite captação de conteúdo estereofônico diretamente de um mixer ou de<br />
dois microfones. O F -1 grava o áudio em wave linear do tipo PCM broadcast (BWF) em 48kHz<br />
e 16-bit e, para uso de microfones condensadores, vem equipado com Phantom Power.<br />
A preocupação com a segurança dos dados não foi esquecida, pois o produto possibilita<br />
a realização de backup via USB para HDs externos ou memórias flash, assim como copiar<br />
o conteúdo do disco rígido por rede para vários computadores simultaneamente.
Novos Produtos<br />
MiCro-CuBe rX<br />
MiCro-CuBe Bass rX<br />
Um amplificador portátil, com muito volume, efeitos BOSS<br />
e levadas de bateria! O sonho de guitarristas e baixistas<br />
finalmente chega ao mercado: a nova linha Micro-Cube RX<br />
oferece dois modelos desenvolvidos especificamente para<br />
esses instrumentos.<br />
Apesar do tamanho compacto, cada cubo possui potência<br />
sonora suficiente para surpreender os mais fanáticos amantes<br />
de volumes altos. Isso é resultado do trabalho de dois<br />
amplificadores que, em conjunto com os quatro alto-falantes<br />
construídos especialmente para os modelos, oferecem excelente<br />
rendimento. Essa tecnologia - criada originalmente<br />
para o lendário JC-120 Jazz Chorus – também<br />
constrói uma imagem estereofônica de<br />
grande imersão e produz graves presentes<br />
e com alta qualidade, fatores<br />
que parecem desafiar o tamanho dos<br />
equipamentos. Aliado a tudo isso, o<br />
processador de efeitos incorporado é<br />
responsável pela produção de chorus<br />
impressionantes e de reverbs profundos,<br />
além da tecnologia COSM. Esta<br />
permite simular oito tipos diferentes<br />
de amplificadores, seis efeitos digi-<br />
sl-20<br />
tais, equalizador de três bandas e<br />
afinador cromático.<br />
O Micro-Cube RX e o Micro-Cube<br />
Bass RX ainda vêm equipados com<br />
diversos ritmos de bateria com<br />
variação de andamento para que o<br />
músico possa praticar como se estivesse utilizando um<br />
metrônomo, mas com maior interesse. Basta escolher um<br />
dos grooves disponíveis para melhorar a precisão rítmica e,<br />
ao mesmo tempo, curtir uma experiência mais artística ou<br />
apenas divertir-se fazendo jams com as levadas. O equipamento<br />
conta, além da entrada principal (em que é possível<br />
conectar guitarra, baixo ou microfone), com conexão AUX IN<br />
(para iPods, CD players ou instrumentos em linha). Ambas<br />
podem ser utilizadas simultaneamente, oferecendo opções<br />
de acompanhamento para o estudo ou mesmo apresentações.<br />
E, para quem quer gravar suas performances ou não<br />
quer incomodar os vizinhos, o equipamento oferece a saída<br />
REC OUT/PHONES.<br />
Para confirmar a vocação de portabilidade do equipamento,<br />
o Micro Cube RX funciona com fonte de alimentação ou<br />
seis pilhas AA que permitem autonomia de até 13 horas de<br />
uso contínuo.<br />
O novo pedal oferece um efeito inovador que inspira a criatividade do músico. Trata-<br />
se de um gerador de grooves que “fatia” o áudio produzido pela performance<br />
do instrumentista em pedaços e os emprega para a criação de padrões. Com<br />
possibilidade de utilização de até 50 patterns, o SL - 20 Slicer permite ajustar<br />
as características do efeito, como o ataque e a duração das repetições, além<br />
da mix entre o volume deste em relação ao original. O recurso Harmonic Slice<br />
constrói seqüências rítmicas baseadas nos acordes tocados, ao passo que o Loop Phrase<br />
admite a gravação de até 40 segundos dos resultados no próprio equipamento. Obviamente, não<br />
poderia faltar controle de tempo - via knob, tap ou MIDI – para ajustar os grooves criados às velocidades<br />
desejadas. O equipamento ainda conta com uma grande variedade de padrões de saída e paneamento 3D,<br />
que faz o áudio circular pelo panorama estereofônico de acordo com o groove produzido. O aparelho traz, no<br />
conjunto de conexões, entrada e saída estéreo, jaque para pedal de expressão e entrada MIDI.<br />
O SL - 20 é uma ferramenta criativa tanto para composição e gravação quanto para apresentações ao vivo.<br />
É perfeito para instrumentos (como guitarra, contrabaixo, teclado etc), vozes ou iPods e outros aparelhos de<br />
reprodução sonora. Por conta disso, DJs e artistas de música eletrônica podem utilizar o produto como uma<br />
um recurso rítmico de altíssima performance.<br />
18 Música e Imagem Música e Imagem 19<br />
P-10<br />
O Visual Sampler P-10 grava e reproduz com fidelidade imagens<br />
e vídeos utilizando cartões de memória SD e SDHC. Com interface<br />
do tipo sampler e display colorido LCD, que elimina a<br />
necessidade de monitores externos, o equipamento possibilita<br />
disparar videoclipes e figuras por meio dos 12 pads situados<br />
no painel superior. Até 864 clipes, ou 86.400 figuras, podem<br />
ser atribuídos a 72 bancos, o que proporciona flexibilidade e<br />
rapidez ao usuário, e cada projeto comporta até 9.999 arquivos.<br />
Efeitos visuais - como Repeat, Reverse, Strobe, Speed, Color,<br />
Output Fade, Slide Show - e modos de reprodução Forward<br />
Loop, Alternate Loop, One Shot (2 tipos) e Gate (2 tipos),<br />
permitem manipular vídeos e imagens com criatividade e<br />
facilidade. O P-10 possui entradas e saídas de<br />
vídeo Composite e S-Video, e de áudio RCA<br />
(estéreo), além de MIDI In, Out e Thru, e<br />
porta USB para transferência direta de<br />
arquivos de mídia para o computador.<br />
O equipamento é compatível, também,<br />
com o protocolo V-Link.<br />
TdW-20<br />
Além de ser uma alternativa valiosa aos instrumentos acústicos,<br />
tanto em palco quanto para estudo, a bateria eletrônica TD-20<br />
é muito útil para músicos em gravações. Buscando aprimorar<br />
ainda mais o poder desse equipamento, a placa de expansão<br />
TDW-20 intensifica a expressividade do módulo de percussão<br />
com novos sons, efeitos de ambiência, maiores possibilidades<br />
de edição e uma interface de customização de peças mais<br />
rápida e flexível.<br />
A TDW-20 oferece extensa gama dinâmica nos tambores e<br />
fácil controle da sonoridade no chimbal, ampliando o módulo<br />
TD-20 com outros 300 sons. Afora isso, a placa de expansão<br />
apresenta opções de ambiência, otimizadas<br />
para baterias e com possibilidade de ajuste<br />
fino. Entre aprimoramentos de edição de<br />
timbres, foram acrescentados vibrações de<br />
esteira de caixa, parâmetros de captação para<br />
o kick e a função Kit Resonance, que configura<br />
o modo como o som do bumbo afeta o das<br />
outras peças. Estão disponíveis, também,<br />
novas posições dos microfones virtuais, assim<br />
como o tamanho deles, tipos de paredes e<br />
outros elementos.<br />
dd-7<br />
O novo Digital Delay da BOSS, o DD-7, traz aos<br />
guitarristas e músicos em geral ainda mais recursos<br />
que seu antecessor. Afora todas as funções<br />
disponíveis nos modelos anteriores, o pedal compacto<br />
conta com inovações que fazem dele um<br />
marco na história dos processadores. Uma delas<br />
é o modo Analog, simulação do clássico DM-2 - o<br />
primeiro pedal de delay analógico da marca – que<br />
mantém a característica sonora “quente” do original,<br />
mas permite tempo de delay mais longo.<br />
Além disso, as funções Modulate - em que um<br />
efeito de chorus é acrescentado às repetições - e<br />
Reverse – na qual o áudio é reproduzido em sentido<br />
invertido – proporcionam mais possibilidades<br />
ao instrumentista.<br />
O DD-7, no entanto, oferece outras vantagens.<br />
O delay digital pode ser configurado para até<br />
6,4 segundos em mono, tempo inimaginável<br />
para outros modelos de mesma categoria. Além<br />
da alta qualidade produzida, portanto, o pedal<br />
transforma-se em uma ferramenta criativa.<br />
Colabora para isso, também, o modo Hold, que<br />
permite gravar loops de até 40 segundos de<br />
áudio em performance sound-on-sound, sobrepondo<br />
camadas sonoras e repetindo indefinidamente<br />
o resultado.<br />
Com tantos recursos à disposição, o aparelho<br />
exige facilidade de controle. Para tanto, a equipe<br />
de engenheiros dotou o modelo com entrada<br />
para pedal externo. Com isso, é possível alterar<br />
os valores de Delay Time, Feedback e Volume por<br />
meio de um pedal de expressão ou o tap tempo<br />
do delay via footswitch, afora o próprio DD-7.<br />
Para oferecer ainda mais flexibilidade, entrada<br />
e saída estéreo estão disponíveis, com duplo<br />
roteamento e processamento, o<br />
que permite criar efeitos incríveis<br />
e explorar novas possibilidades.<br />
Enviar os sinais<br />
direto e com delay para<br />
saídas independentes,<br />
por exemplo, é um<br />
recurso perfeito para<br />
gravações e controle<br />
nas performances<br />
ao vivo.
Novos Produtos<br />
r-44<br />
Projetado para uso profissional,<br />
o R-44 é um gravador<br />
de tamanho<br />
compacto, desenvolvido<br />
para trabalhar<br />
juntamente<br />
com vídeo em<br />
captações externas<br />
com boom, ideal para<br />
produções publicitárias, dramatúrgicas<br />
e cinema. O equipamento registra até quatro<br />
canais de áudio sem compressão, com opções de<br />
resolução em 16 ou 24 bits e taxa de amostragem de<br />
44.1kHz, 48kHz, 88.2kHz ou 96kHz, afora a opção de<br />
192kHz estéreo. Como mídia, a solução utiliza cartões<br />
de memória SD ou SDHC de até 8GB de capacidade de<br />
armazenamento, o que garante 755 minutos de gravação<br />
com qualidade de CD, nos formatos wav ou BWF. Com<br />
quatro entradas combo XLR/TRS com Phantom Power,<br />
conexão digital In/Out (RCA) e microfones estéreo<br />
embutidos, além de quatro saídas de linha independentes<br />
e porta USB para conexão com computadores<br />
e transferência rápida de arquivos, o aparelho oferece<br />
flexibilidade e uma ampla gama de aplicações.<br />
ua-25eX<br />
Mo B i l e Cu B e<br />
Tamanho não é documento, principalmente<br />
quando a tecnologia <strong>Roland</strong> trabalha no<br />
desenvolvimento de um equipamento portátil.<br />
Com potência suficiente para a maioria<br />
das aplicações em que um cubo normal é<br />
utilizado, o Mobile Cube é um amplificador<br />
estéreo que aceita qualquer tipo de instrumento<br />
eletrônico ou fonte de áudio, incluindo<br />
microfones, violões elétricos, guitarras,<br />
drum machines, mp3 players etc. Para isso,<br />
o equipamento conta com três entradas,<br />
sendo uma estéreo, e potência de 5 watts<br />
distribuída em dois alto-falantes de 10cm.<br />
Se não bastasse, o pequeno notável carrega<br />
efeitos de reverb, chorus e distorção, entre<br />
outros, e possui a função Center Cancel,<br />
ideal para karaokê. O Mobile Cube funciona<br />
alimentado por pilhas, com autonomia de<br />
até 15 horas de uso contínuo, ou fonte de<br />
alimentação externa.<br />
A nova interface da Edirol, a UA-25EX, é resistente, compacta e recheada de recursos. Ideal para engenheiros de áudio<br />
que trabalham com computadores e apreciam mobilidade, o equipamento proporciona resolução de até 96kHz em 24<br />
bits. Afora isso, possui dois pré-amplificadores de microfone de qualidade profissional, com entradas combo XLR/TRS<br />
e Phantom Power, conexão Hi-Z para uso com instrumentos musicais como guitarras, além de entrada e saída ópticas<br />
S/PDIF e MIDI, e fonte alimentada pela porta USB de baixo ruído. Para as gravações, a UA-25EX oferece compressor<br />
analógico com tempos de ataque e controle de threshold variáveis, desenvolvido especialmente para o registro de<br />
vocais e instrumentos de grande faixa dinâmica. Além disso, o limiter, também analógico, previne a ocorrência de clips<br />
durante a captação. A presença de ruídos é evitada pela blindagem contra altas freqüências decorrentes de outros aparelhos<br />
elétricos e pela nova função terra, que permite o uso do equipamento tanto<br />
em estúdios quanto em aplicações ao vivo. Para completar os recursos da<br />
interface, ela vem acompanhada de drivers ASIO, WDM, MME e CoreAudio,<br />
além do pacote Cakewalk Production Plus Pack com os softwares Sonar<br />
LE, Project 5 LE e Dimension LE.<br />
Ju n o sT a G e<br />
Desenvolvido especialmente para uso em<br />
palco, o novo sintetizador da <strong>Roland</strong> oferece<br />
uma seleção de timbres essenciais, escolhida com<br />
cuidado para abranger os mais utilizados pelos músicos. Entre<br />
eles, o destaque é o piano estéreo, com multisamples de 88 notas<br />
amostrados em quatro níveis de sensibilidade, usando a mesma tecnologia da<br />
linha Fantom-G. Além disso, o teclado pode ser expandido e customizado, com a instalação<br />
de até duas placas de ondas SRX.<br />
Para uso em apresentações, o Juno Stage oferece ferramentas difíceis de serem encontradas em outros sin-<br />
tetizadores de sua categoria. Uma delas é a presença de botões dedicados para acesso instantâneo aos bancos dos<br />
timbres mais utilizados, os favoritos. O tecladista consegue, também, acionar os patches por meio de um footswitch<br />
duplo conectado à entrada Patch Select, permitindo que ele nunca tire as mãos do instrumento. Otimizado ao extremo<br />
para performances ao vivo, o produto possui controles acessíveis para equalização master e ajuste de reverb, além<br />
de dois switches localizados acima do joystick de pitch bend que podem ser usados para ligar os efeitos de rotary e<br />
o portamento, entre outros recursos.<br />
Com polifonia de 128 notas, multitimbralidade de 16 vozes e 76 teclas com ação de sintetizador, o equipamento traz<br />
um amplo display LCD, porta USB para reprodução direta de Standard MIDI Files e arquivos de áudio (mp3, wave e<br />
aiff), com função de cancelamento de vocais, e saída dedicada para metrônomo, extremamente útil para performances<br />
em conjunto com um baterista.<br />
O Juno Stage serve tanto àqueles que o utilizam como controlador MIDI quanto aos que necessitam de um instrumento<br />
para performances-solo com canto, graças à entrada de microfone XLR com phantom-power, vocoder e reverb.<br />
O novo switcher de vídeo Edirol V-8 possui todas as<br />
características de seus antecessores, mas com maior<br />
quantidade de canais, duas entradas RGB selecionáveis,<br />
saída de monitoração e efeitos. Mais de 500 linhas de<br />
resolução asseguram alta qualidade de imagem, mesmo<br />
depois do processamento e da mixagem digitais.<br />
O equipamento oferece sete conexões BNC composto,<br />
quatro S-Video e duas D-SUB 15 pinos, e preenche<br />
uma lacuna existente em um mercado<br />
sedento por modelos de baixo custo<br />
e boa resposta: o V-8 conta com<br />
processamento interno de 4:2:2<br />
a 8 bits. As conexões D-SUB<br />
15 pinos possibilitam conectar<br />
dois computadores diretamente<br />
ao switcher que, graças ao conversor<br />
incorporado, viabiliza o uso de sinais RGB<br />
VGA e UXGA. O equipamento também com-<br />
porta a utilização de efeitos de luminância e chroma key,<br />
e permite utilizar logos e textos produzidos em micros<br />
sobre vídeos de background, ampliando a interação entre<br />
computação gráfica e aplicações visuais. Efeitos tradicionais<br />
de colorize e negative estão incluídos, assim como<br />
feedback, afterimage, emboss, find edge e outros. Além<br />
disso, também há a possibilidade de compor duas imagens<br />
com o Picture-in-Picture, adicionando efeitos,<br />
e customizar as transições das fontes A e B. O<br />
aparelho pode ser controlado remotamente<br />
pela série de produtos PR da Edirol e,<br />
além disso, oferece a função Audio<br />
Follow Vídeo, permitindo que,<br />
conectado via MIDI à mesa de<br />
áudio digital M-400 da linha<br />
RSS, o áudio seja sincronizado<br />
com o vídeo, fazendo a transição<br />
simultânea entre as fontes.<br />
20 Música e Imagem Música e Imagem 21<br />
v-8
Novos Produtos<br />
538Md-27<br />
A Rodgers apresenta o modelo 538MD-27, um novo conceito em órgão clássico<br />
de dois manuais, com as proporções ideais para instalação em uma grande variedade<br />
de ambientes, como igrejas, teatros, escolas de música e, até mesmo,<br />
residências. O modelo utiliza a conceituada tecnologia Rodgers, que proporciona um<br />
sampleamento de sons de órgãos de tubos autênticos, incluindo novas amostras<br />
de instrumentos alemães.<br />
Entre os diferenciais do equipamento, destaca-se a entrada USB (USB Host Port),<br />
que permite a utilização de dados externos por meio de um pen drive ou hard disk,<br />
recurso exclusivo para essa categoria de instrumento musical. Afora isso, chamam a<br />
atenção o visor gráfico LCD - que oferece ótima visualização de parâmetros e fácil interface com<br />
o usuário, proporcionando acesso simples e rápido às operações -, o acabamento externo do console em madeira escurecida,<br />
e a pedaleira radial flat de 27 notas.<br />
O Rodgers 538 possui sonorização própria, com dois canais de 60 watts cada, oferecendo a possibilidade de instalação de amplificadores<br />
externos, o que pode enriquecer ainda mais o som ambiente.<br />
Entre os recursos e variedade de timbres, uma das características fundamentais dos órgãos Rodgers, destacam-se 63 organ<br />
voices, 24 orchestral voices, 32 memórias gerais e 20 para cada manual, 8 temperamentos, tutti, pedal de expressão, transpose<br />
e efeitos de reverb digital, entre outros. A customização é também um ponto importante a ser realçado. Em órgãos de tubo<br />
tradicionais, a realização do VOICING (regulagem e ajuste de sons) exige um consumo de tempo muito grande, além da utilização<br />
de ferramentas especiais e, principalmente, mão-de-obra altamente qualificada. Nos modelos digitas, entretanto, o processo é<br />
simplificado, pois possuem tecnologia própria de edição de vozes e ajuste das notas, que é feito tecla a tecla.<br />
Por conta de todos esses fatores, o órgão Rodgers 538 atende a diversas necessidades, com versatilidade, inovação, discrição<br />
e o padrão de qualidade, tradição e excelência que fez da marca a mais conceituada entre os músicos.<br />
C-30<br />
O C-30 reproduz fielmente a delicadeza do mais tradicional<br />
instrumento de teclas: o cravo. A intenção da <strong>Roland</strong> foi<br />
fazer que esse som se tornasse disponível para mais pessoas<br />
e permitir que a experiência de tocá-lo pudesse ser<br />
facilmente usufruída em casa ou qualquer outro local.<br />
Seja em performances-solo ou em grupos, o C-30 une<br />
o melhor de dois mundos em um<br />
equipamento digital com todas<br />
as características existentes no<br />
original. Com 61 teclas desenvolvidas<br />
especialmente<br />
para simular a ação dos<br />
teclados de cravos acústicos,<br />
o modelo reproduz<br />
até mesmo o ruído peculiar<br />
da ação dos plectros<br />
sobre as cordas, com<br />
possibilidade de ajuste<br />
de parâmetros.<br />
Além disso, o C-30 é leve, o que permite que seja transpor-<br />
tado facilmente. O gabinete, compacto, foi concebido no<br />
estilo conhecido como virginal e pode ser personalizado com<br />
gravuras à escolha do usuário para a tampa e vitrais laterais, o<br />
que auxilia na criação da aparência mais conveniente ao local<br />
de apresentação.<br />
O grande destaque do modelo, no entanto, é a sonoridade.<br />
Com 128 notas de polifonia, o Digital Harpsichord oferece<br />
quatro sons de cravo (French, Flemish, Fortepiano e Dynamic),<br />
cada um deles com quatro variações – 8 Feet I (back), 8 Feet<br />
II (front), 4 Feet e Lute. Além disso, dois sons de órgãos positivos<br />
estão disponíveis, assim como cinco diferentes modos<br />
de temperamento (Equal, Werckmeister, Kirnberger, Vallotti<br />
e Meantone) e duas alternativas à afinação normal (415 Hz<br />
ou 392 Hz). Oito tipos de reverb, recursos de transposição e<br />
possibilidade de conexão de pedal damper complementam o<br />
instrumento, dotando-o de mais flexibilidade e modernidade<br />
sem que se percam as características mais marcantes dos<br />
cravos tradicionais.<br />
r-09hr<br />
O R-09HR é um gravador digital portátil profissional que<br />
traz recursos inéditos em produtos de sua categoria. Além<br />
de gravação em mp3 e wave de alta resolução em até 24<br />
bits/96kHz - de baixo ruído graças à tecnologia Isolated<br />
Adaptive Recording Circuit (I.A.R.C.) -, o equipamento da<br />
Edirol oferece microfone condenser estéreo incorporado.<br />
Por conta de necessidades específicas, no entanto, o usuário<br />
pode inserir áudio de fontes externas, sejam captadores ou<br />
aparelhos de som, pela entrada de linha disponível.<br />
Para reprodução do material registrado, o R-09HR apresenta<br />
alto-falante embutido e saída para fones de ouvido e linha,<br />
permitindo que, além de uma audição preliminar, seja possível<br />
amplificar externamente o material registrado. Para aqueles que<br />
precisam editar o conteúdo sonoro e utilizá-lo em produções<br />
mais elaboradas, o equipamento oferece porta USB 2.0 para<br />
rápida transferência de dados para o computador e vem acompanhado<br />
do software de edição Cakewalk Audio Creator LE. Entre<br />
as outras facilidades que o produto disponibiliza,<br />
estão controle remoto sem fio, capacidade de<br />
armazenamento de até 32GB em cartões de<br />
memória SD ou SDHC, e display OLED (Organic<br />
Light-Emitting Diode). O Edirol R-09HR<br />
possibilita, de maneira fácil e descomplicada,<br />
gravar com alta qualidade em qualquer<br />
tipo de condições, e é ideal para<br />
repórteres, executivos, estudantes,<br />
músicos e produtores.<br />
MT-90u<br />
O MT-90U reproduz arquivos MIDI, mp3 e wave diretamente<br />
de pen drives ou outras fontes externas, como disk drives<br />
ou CDs, por meio da porta USB. Entre as facilidades que<br />
apresenta, estão a possibilidade de alterar tanto o tempo<br />
quanto a afinação das músicas, o controle<br />
remoto para todas as funções do<br />
player e a entrada de microfone com<br />
efeito de eco para uso como karaokê,<br />
facilitado pela apresentação da letra<br />
das canções no display. O tamanho<br />
reduzido e o pouco peso fazem dele<br />
o companheiro ideal para viagens,<br />
turnês ou aulas.<br />
22 Música e Imagem Música e Imagem 23<br />
GW-8<br />
Disponibilizar grande<br />
variedade de estilos de acom-<br />
panhamento e timbres para a execução de<br />
world music. Este é o objetivo principal do novo<br />
arranjador da <strong>Roland</strong>, o GW-8. Mas não é apenas isso<br />
que o workstation oferece. Desenvolvido no Japão com<br />
o auxílio de Sergio Terranova, gerente de produtos da<br />
<strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong>, o equipamento traz desde instrumentos<br />
característicos da cultura brasileira, como a viola caipira<br />
e o cavaquinho, até levadas de ritmos populares e folclóricos,<br />
como o forró e o bumba-meu-boi.<br />
Criado especialmente para músicos de eventos, que<br />
se apresentam geralmente sozinhos, o GW-8 traz<br />
polifonia de 128 vozes com geração de sons derivada<br />
da série Fantom-X, o que se traduz em qualidade e variedade<br />
de timbres. A memória interna de 256MB traz<br />
mais de mil deles, afora 128 performances, 41 drum<br />
kits e bancos dedicados aos instrumentos étnicos,<br />
além dos dados de usuário com 228 performances<br />
e 100 tones.<br />
Também pode-se destacar a variedade de estilos<br />
de playback interativo, conhecidos como ritmos de<br />
auto-acompanhamento, com foco nos gêneros latinoamericanos<br />
acrescidos de outros escolhidos ao redor<br />
do mundo, sem esquecer os mais populares de todas<br />
as épocas e regiões, como pop, rock, dance, jazz etc. E<br />
para uma performance ainda mais natural, essa seção<br />
oferece quatro introduções, variações e finalizações,<br />
afora os fill-ins.<br />
Para quem pretende utilizar ainda mais recursos do<br />
equipamento, o GW-8 possui gravador digital MIDI de<br />
16 pistas capaz de registrar, em tempo real, performances<br />
recheadas de efeitos. Além disso, o modelo<br />
reproduz arquivos mp3, wave, aiff e SMF diretamente<br />
de um pen drive ou módulo de armazenamento<br />
externo graças à entrada USB. A fim de enriquecer<br />
e facilitar a performance ao vivo, o workstation traz<br />
vários controles como o D-Beam e o knob Analog<br />
Modify, que permitem ajustes e alterações instantâneas<br />
dos timbres. Oferecendo acabamento que sons e ritmos<br />
produzidos pelo GW-8 merecem, estão disponíveis<br />
três tipos de chorus, cinco de reverb e 78 efeitos.
Interação<br />
V-Link<br />
O revolucionário padrão desenvolvido pela <strong>Roland</strong> oferece novos horizontes ao mercado<br />
Integrar equipamentos de vídeo e áudio costumava ser um processo complicado. Associar dois mundos tão próximos e ao<br />
mesmo tempo distantes no que diz respeito ao mercado - apesar de unificados na visão do público – é um desafio que poucos<br />
ousaram enfrentar. No entanto, a <strong>Roland</strong>, grande conhecedora das necessidades dos músicos, encontrou a solução. A vasta<br />
experiência que possui na fabricação de instrumentos, aliada ao conhecimento adquirido na produção de aparelhos da linha<br />
Edirol para vídeo profissional, permitiu a ela desenvolver o protocolo V-Link. Esse padrão proporciona, tanto ao segmento musical<br />
quanto ao de áudio e vídeo, uma mudança de parâmetros significativa, por tornar esse processo mais simples, ilimitado,<br />
extremamente criativo e acessível a todos. Literalmente, a empresa diz ao mercado: bem-vindo ao futuro!<br />
RECURSOS<br />
Graças aos fenômenos do DVD e do<br />
YouTube, o mercado já não se satisfaz<br />
apenas com o áudio. Além disso, com a<br />
popularização das câmeras DV, mini DV e<br />
HDV - e dos projetores multimídia e data<br />
shows com custos extremamente acessíveis<br />
- qualquer banda, seja de que porte<br />
for, pode incluir performances de vídeo<br />
em suas apresentações.<br />
A solução da <strong>Roland</strong> aposta nos<br />
comandos em tempo real, facilitando o<br />
acesso do público às mensagens que o<br />
artista deseja transmitir. Com essa inovação,<br />
músicos podem “tocar” imagens<br />
diretamente de seus instrumentos e, até<br />
mesmo, controlar uma câmera por meio<br />
dos produtos Edirol.<br />
Com o protocolo V-Link, tudo se torna<br />
fácil. Uma simples conexão MIDI faz a<br />
magia acontecer. Os instrumentistas<br />
têm em suas mãos poderosas ferramentas<br />
de integração e podem elevar<br />
suas performances a outro patamar de<br />
comunicação audiovisual. É possível, por<br />
exemplo, cada tecla de um sintetizador<br />
ou controlador MIDI corresponder a uma<br />
mudança de clipes de imagens. Ou criar<br />
efeitos radicais de vídeo em tempo real<br />
por meio dos filtros de painel de teclados,<br />
reproduzindo-os por um projetor durante<br />
o show de uma banda.<br />
APLICAÇÕES<br />
Um exemplo de aplicação do protocolo V-Link é o conjunto Fantom-G - sintetizador<br />
topo de linha da <strong>Roland</strong> - e Motion Dive .Tokyo (ou Edirol Motion Dive MD-P1S) -<br />
software e hardware extremamente simples e de baixo custo que trabalham com<br />
loops de imagens em movimento. Estes permitem usar tanto figuras pertencentes<br />
a uma enorme videoteca que acompanha o produto quanto as que são carregadas<br />
pelo usuário. Além disso, o equipamento possibilita a sincronização do tempo da<br />
música com a velocidade do loop de vídeo, a troca dos bancos de imagens por meio<br />
dos pads ou dos botões de sequencer do painel da workstation e a alteração no<br />
brilho com o controle de infravermelho D-Beam, entre outras opções. É importante,<br />
portanto, para quem pretende utilizar essa<br />
solução, verificar na tabela de especificações<br />
dos aparelhos quais possuem compatibilidade<br />
com o protocolo V-Link.<br />
MIDI IN<br />
Edirol Motion Dive .Tokyo<br />
Performance Package<br />
Fantom-G<br />
V-Mixer M-400<br />
V-8 - Painel traseiro<br />
24 Música e Imagem Música e Imagem 25<br />
MIDI IN<br />
No universo da música eletrônica, por exemplo,<br />
existem muitas equipes que contam com profissionais<br />
de vídeo especializados em efetuar a sincronia com o<br />
áudio, os chamados VJs. Entretanto, com as facilidades<br />
encontradas nos dias de hoje, o próprio DJ pode<br />
desempenhar esse papel em tempo real. No caso de<br />
uma performance com banda, a tarefa dele fica mais<br />
simples. Basta utilizar um Motion Dive juntamente<br />
com um mixer V-4, aparelho extremamente simples e<br />
barato. Com esses equipamentos, é possível misturar<br />
os loops de imagens em movimento com os vídeos<br />
captados pela câmera, proporcionando recursos mais<br />
interessantes como colocar os integrantes em outros<br />
ambientes ou cenários virtuais e, até mesmo, fazer<br />
recortes por cores, tarefa que há 10 anos apenas seria<br />
viável com aparelhos de dezenas ou centenas de<br />
milhares de dólares.<br />
Com a Edirol, portanto, a <strong>Roland</strong> tornou-se a única<br />
empresa do mundo que possui produtos na área<br />
de áudio e vídeo profissionais, além de promover a<br />
integração entre eles. A linha RSS, que conta com<br />
sistemas de distribuição de áudio a longas distâncias<br />
e consoles digitais para apresentações ao vivo (Sound<br />
Reinforcement), pode ser integrada a switchers para<br />
efetuar a sincronização, como, por exemplo, quando<br />
vários DVDs e arquivos Power Point com áudio estão<br />
atrelados a um sistema de projeção de uma sala ou<br />
teatro. Conectando um switcher V-440HD (high definition)<br />
ou um V-8 (standard definition) a um console<br />
digital M-400, o técnico consegue operar a mesa apenas<br />
selecionando as fontes de vídeo, inclusive fazendo<br />
MIDI cable<br />
MIDI OUT/THRU<br />
crossfades e cortes “secos” que a mesa também realizará<br />
durante a transição do áudio.<br />
O sistema V-Link também simplifica o processo de edição<br />
de imagens. Para isso, é preciso utilizar o Edirol DV-7PR Digital<br />
Video Workstation - produto que possui ferramentas de edição,<br />
gerador de caracteres, processamento e finalização de vídeo -<br />
conectado a um VS-2000CD/2400CD. (Alex Lameira)<br />
Seguem alguns comandos MIDI, como Control Change,<br />
Pitch Bend, After Touch e Note On/Off, para serem utilizados<br />
como protocolo de audiovisual. Neste caso, o Motion<br />
Dive serve de parâmetro para imagem:<br />
NOTE TX CH<br />
Pelos canais MIDI, o banco de imagens será selecionado<br />
Valores: 1–16<br />
TEmPO DE FUSÃO (DISSOLVE TImE)<br />
O número de Control Change controla o tempo de fusão<br />
Valores: OFF, CC1, CC5, CC7, CC10,<br />
CC11, CC71-74, CC91-93, Channel Aftertouch<br />
CTRL TX CH<br />
O canal MIDI controla parâmetros de cores Cb/Cr, brilho<br />
e chaveamento do efeito de vídeo<br />
CONTROLE DE COLOR Cb<br />
(quantidade de azul na imagem)<br />
O número de Control Change ajusta o Cb color da imagem<br />
CONTROLE DE COLOR CR<br />
(quantidade de vermelho na imagem)<br />
O número de Control Change ajusta o Cr color da imagem
Capa<br />
Retrato<br />
e M B r a n C a s e P r e T a s<br />
Reconhecido como um dos mais influentes músicos nacionais,<br />
Oswaldinho do Acordeon adotou o V-Accordion como instrumento do coração<br />
Oswaldo de Almeida e Silva, o Oswaldinho do Acordeon, nasceu em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, no dia 5 de junho<br />
de 1954. A família era do interior da Bahia, mais precisamente da cidade de Euclides da Cunha, próxima a Canudos, de Antônio<br />
Conselheiro. O avô, “Seu” Aureliano, mestre sanfoneiro, ensinou o ofício ao filho, mais tarde conhecido como Pedro Sertanejo.<br />
Este embarcou, em 1946, rumo ao Sudeste em busca da fama, tentando firmar-se na carreira artística. Acordeonista, compositor,<br />
afinador de instrumentos e radialista, inaugurou, 20 anos depois de sua chegada, o primeiro forró da capital paulista, local que<br />
se tornou o principal ponto de encontro de nordestinos. Já em 1964 havia fundado o selo Cantagalo, um dos mais importantes<br />
centros de lançamento de artistas regionais. Por ali passou a maioria dos sanfoneiros, trios e cantores da época, como Dominguinhos,<br />
Genival Lacerda, Abdias, Jacinto Silva, Anastácia e Fúba de Taperoá.<br />
Além de agitador cultural, Pedro Sertanejo gravou mais de 40 discos e compôs cerca de 700<br />
canções, deixando sua marca na maior cidade da América Latina e na história da música<br />
popular brasileira. Sua casa era ponto de encontro de sanfoneiros. Ali eles se reuniam<br />
para tocar, trocar informações ou apenas “prosear”. Os mais freqüentes eram Luiz<br />
Gonzaga, Zé Gonzaga e Sivuca. Em um ambiente tão cultural, era esperado que o<br />
pequeno Oswaldinho demonstrasse interesse por esse universo. A primeira sanfona,<br />
de quatro baixos, surgiu aos 7 meses de vida. E, conforme a criança crescia, o brinquedo<br />
transformava-se em paixão. Com 6 anos, começou a aprender com o pai. Aos<br />
8, estreava em estúdios, participando da gravação da música “Menino do Pirulito”, em<br />
um dos discos dele. Nessa época, seguiu a família rumo a São Paulo.<br />
Bebeu da fonte até os 12, ouvindo e estudando composições<br />
de Gonzaga, Dominguinhos, Manoel Silveira, Sivuca e outros<br />
artistas. Chegando à capital, teve dificuldades em encontrar<br />
um professor. Na cidade grande, o acordeão - vítima<br />
de preconceito assim como os nordestinos - era cultuado<br />
na intimidade. Muitos tocavam, mas evitavam se<br />
apresentar ou lecionar. Por conta disso, durante seis<br />
anos Oswaldinho focou seus estudos no piano.<br />
A grande virada aconteceu quando conheceu o<br />
professor italiano Dante D’Alonzo, que lhe ensinou<br />
música clássica e como tirar o melhor proveito de<br />
seu instrumento nesse gênero. Aprendeu a ler e<br />
escrever partituras, conhecimento que, de certa<br />
forma, foi fundamental para consolidar sua carreira<br />
artística. De volta à Europa, o mestre incumbiu<br />
Paolo Feolla de continuar o trabalho que começara.<br />
O talento do pupilo aflorou ainda mais e rendeu a<br />
Oswaldinho uma bolsa de estudos no Conservatório<br />
Dante, da cidade de Milão, na Itália.<br />
No retorno ao País, utilizou toda essa informação na busca<br />
por uma estética própria, em que suas raízes fundem-se<br />
ao erudito e a outros gêneros. Admirador confesso de Luiz<br />
Gonzaga e Sivuca, não hesitou em tocar Beethoven em ritmo<br />
nordestino ou “Asa Branca” em blues. O ingresso no circuito<br />
MPB ocorreu no grupo Bendegó, pelo qual estabeleceu<br />
contato com a vanguarda da música nacional da época: Odair<br />
Cabeça de Poeta e Grupo Capote, Tom Zé, Moraes Moreira,<br />
Baby Consuelo e Pepeu Gomes, Fagner, Djavan e Renato<br />
Teixeira, entre outros. A lista daqueles que puderam contar<br />
com seu toque pessoal em gravações e apresentações é<br />
enorme e nela constam desde Alceu Valença e Gonzaguinha,<br />
passando por Elba Ramalho, até Paul Simon, Freddy Mercury<br />
e Al Jarreau, sem esquecer Nelson Ayres e Amilson Godoy,<br />
entre muitos nomes.<br />
A dedicação ao acordeão, no entanto, deixou algumas<br />
seqüelas. Uma hérnia de disco passou a incomodá-lo, a tal<br />
ponto que os movimentos começaram a ficar comprometidos.<br />
Submetido a uma cirurgia, teve medo de ser necessário<br />
abandonar a carreira. Em plena reabilitação, conheceu um<br />
novo instrumento, trazido ao País por Takao Shirahata, presidente<br />
da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong>, especialmente para ele. O V-Accordion<br />
ganhou um fã e um patrono. Explorando a tecnologia<br />
embarcada no equipamento sem esquecer suas principais<br />
influências – Dominguinhos, Sivuca, Caçulinha, Orlando Silveira,<br />
Maestro Chiquinho e Pedro Sertanejo, – Oswaldinho<br />
do Acordeon, mais uma vez, funde o moderno e o antigo, o<br />
novo e o tradicional.<br />
O acordeão viveu seu auge e, na seqüência, sofreu<br />
forte declínio. A que você credita esse fato?<br />
O problema surgiu com a Jovem Guarda. Antes disso,<br />
porém, segundo pessoas com mais idade que eu, houve<br />
um encontro de acordeonistas no Maracanã e as sanfonas<br />
estavam muito desafinadas, com um monte de gente tocando<br />
em timbres diferentes. Isso prejudicou a audição de quem<br />
tem ouvido apurado e o acordeão passou a ser considerado<br />
instrumento de conservadores, de velhos. Quando surgiu<br />
o órgão, foi deixado de lado. As pessoas tinham vergonha<br />
porque achavam que era para valsinha, dobrado, forró. Alguns<br />
falavam que ele não estava apto a outros tipos de música,<br />
principalmente aqui no <strong>Brasil</strong>. Quem dava aula fazia questão<br />
de não colocar na placa, de tanta perseguição. Na época do<br />
forró, a gente andava com ele dentro de uma caixa e era preciso<br />
atravessar a rua, porque as pessoas não aceitavam. Era<br />
DOMINGUINHOS E OSWALDINHO<br />
Amigos de longa data e muitas histórias em comum<br />
um preconceito muito grande. Tocava órgão em bailinhos e, de<br />
repente, pegava o acordeão, mas não podia usar o som acústico<br />
que o pessoal me mandava parar. Essa evolução foi gradativa.<br />
Quem “forçou” essa barra, do instrumento sair dos palcos de<br />
forró para os teatros, foi o Dominguinhos, quando começou a<br />
trabalhar com Gilberto Gil e Gal Costa. Naquela época, até Luiz<br />
Gonzaga o esqueceu um pouco, por incrível que pareça.<br />
Você acha que esse panorama está se modificando?<br />
Muito, porque os filhos e os netos das pessoas que<br />
tinham preconceito aderiram ao instrumento com grande<br />
facilidade por causa da tecnologia. Quem está acostumado,<br />
percebe que o acordeão é um teclado de pescoço. Então,<br />
não tem vergonha.<br />
O acordeão no <strong>Brasil</strong> sempre foi muito ligado à música<br />
regional. Em outros países isso é diferente?<br />
Ele faz parte da cultura de todos os países que visitei. Na<br />
França, por exemplo, até hoje usam o mesmo ritmo. Na Itália<br />
e na Alemanha, também. <strong>Brasil</strong>eiro é que gosta de inovar. Para<br />
me destacar e não ser mais um conservador, gravei música<br />
clássica em ritmo de forró. Fui o primeiro a utilizar pedal. A crítica<br />
me massacrou. Disseram que estava perdendo a originalidade,<br />
trocando violão e cavaquinho, instrumentos de regional, por<br />
guitarra e contrabaixo. Nem para fazer São João eles me convidavam.<br />
Falavam que era muito clássico. Mas insisti. Hoje, tenho<br />
personalidade no meu trabalho e tudo que eu fizer, “tá valendo”.<br />
Conquistei esse espaço debaixo de muita bordoada.<br />
Por que foi estudar na Europa?<br />
Estudei música clássica por 18 anos e ganhei uma bolsa<br />
para Milão. Minhas raízes sempre foram nordestinas, no entanto<br />
precisava conhecer mais o instrumento e outros gêneros,<br />
além de aprender a escrever, até para orquestra sinfônica.<br />
Enfim, saber música. Percebi que o acordeão não é regional,<br />
mas universal.<br />
26 Música e Imagem Música e Imagem<br />
27
Capa<br />
Temos instrumentistas muito talentosos que não são<br />
valorizados por aqui...<br />
Santo de casa não faz milagre. Deveriam dar mais valor, mas os<br />
músicos têm que ser bem preparados. Para um artista, não basta<br />
o dom. É preciso ser um sucesso como pessoa, ter bom relacionamento.<br />
Se alguém possui talento, mas for um péssimo indivíduo,<br />
sem respeito com seu trabalho e nem com o do próximo, a própria<br />
arte se encarrega de tirá-lo do meio. Ela é que nos escolhe. Se nós<br />
anulássemos totalmente o ego, a música seria outra coisa. Acredito<br />
que há desvalorização porque ninguém sabe se comportar. O artista<br />
precisa ter a cabeça nas estrelas e os pés no chão. É necessário,<br />
nas escolas, preparar o aluno para quando for famoso. Ele demora<br />
a chegar lá e, depois, pode colocar tudo a perder. A vaidade sobe<br />
acima da capacidade. Põe o sujeito lá em cima, retira a escada e<br />
espera o tombo. As pessoas estão trabalhando com música e é<br />
fundamental lidar com ela em todas as vertentes possíveis. Mas<br />
sempre com dignidade, respeitabilidade e amigavelmente, aproveitando<br />
os espaços.<br />
Como conheceu o V-Accordion?<br />
O Takao me convidou para visitar a <strong>Roland</strong> e ver um novo instrumento.<br />
Eu estava, praticamente, vindo de uma cirurgia. Por isso,<br />
a primeira pergunta que fiz foi: qual o peso? Quando cheguei lá e<br />
vi o equipamento, achei a cor interessante. Era bem diferente e<br />
aquilo chamou a atenção. Ele me deixou tocar e, logo que peguei,<br />
senti que era mais leve que o meu, por não ter cavaletes. Ouvi as<br />
variações de timbre e fiquei apaixonado. Na época, trabalhava com<br />
dois acordeões: um acústico e um MIDI, que usava em um pedestal.<br />
A <strong>Roland</strong> possibilitou que eu tivesse ambos em um só.<br />
hisTória<br />
O cheng, instrumento chinês constituído por recipiente<br />
de ar, canudo de sopro e tubos de bambu, pode ter sido<br />
o inspirador do acordeão. Para produzir som, cada tubo<br />
possuía um encaixe para posicionar uma lingüeta ou palheta,<br />
que vibrava com a passagem do ar. Esse sistema foi<br />
levado para Rússia, onde foi aplicado em tubos de órgãos<br />
litúrgicos, e seguiu para a Alemanha.<br />
Em 1822, na capital daquele país, Friedrich Buschmann<br />
foi o primeiro a produzir um modelo básico de “sanfona”.<br />
Pouco depois, na Áustria, Cirilo Demian construiu um<br />
exemplar de palheta livre, teclado e fole capaz de produzir<br />
acordes. Estava inventado e patenteado o acordeão. Com<br />
a inclusão da escala cromática, o equipamento tornou-se<br />
apto a produzir qualquer melodia ou harmonia, fato que<br />
possibilitou o aperfeiçoamento dos modelos seguintes.<br />
Itália<br />
E quanto aos timbres?<br />
Era tudo que eu queria. Além disso, existe a facilidade<br />
de afinação. Quando se faz uma gravação que tem a base<br />
pronta, sempre há uma diferença. Com o novo equipamento,<br />
o músico consegue ajustar a afinação à base gravada.<br />
Comecei a ver as vantagens que teria no estúdio. Afora a<br />
leveza, estranhei um pouco o fole. A regulagem de fábrica<br />
vem um pouquinho mais dura, mas é ajustável. Com isso<br />
regulado, entendi que é um instrumento que se adapta à<br />
pessoa que está tocando, se a mão é fina ou grossa. No<br />
caso do peso do dedo do intérprete, é possível configurar o<br />
teclado e a baixaria.<br />
Você precisou alterar sua maneira de tocar?<br />
Não. Às vezes, mexo no acordeão acústico e não noto<br />
diferença. E até sinto falta dos outros recursos. É questão<br />
de acostumar com ele, com o peso. E previne problemas de<br />
postura. Quem toca o instrumento acústico tem tendência a<br />
ter desvios de coluna. Os que usam o modelo <strong>Roland</strong>, sem<br />
passar pelo outro, vão ganhar alguns anos de saúde (risos).<br />
Há preconceito em relação a esse instrumento?<br />
Não. As pessoas é que ainda não se acostumaram com a<br />
facilidade que a <strong>Roland</strong> pode dar. Quem vai trabalhar em um<br />
estúdio de gravação e é autodidata, por exemplo, se tiver que<br />
transportar o tom de uma música, dará valor ao equipamento.<br />
O instrumento facilita a vida dele. Se ele não souber tocar<br />
em Mi maior ou La bemol, ele transpõe para Do maior, que<br />
é o tom de pobre (risos). (Nilton Corazza)<br />
Uma das fases mais importantes para o desenvolvimento do<br />
acordeão aconteceu na Itália. Reza a lenda que, em 1863, um viajante<br />
austríaco teria pedido abrigo a um camponês em Castelfidardo.<br />
Encontrou repouso na casa de Antonio Soprani, pai de Paolo, e<br />
presenteou o jovem com um instrumento. O rapaz resolveu estudar<br />
os mecanismos e, assim, passou a aperfeiçoá-los. Após modificar as<br />
dimensões e alterar as vozes, iniciou a fabricação dos primeiros acordeões<br />
italianos juntamente com seus irmãos Settimo e Pasquale.<br />
Em 1976, na cidade de Stradella, Mariano Dallapè iniciou a<br />
confecção de seus próprios modelos. Quatro anos depois, a Salas<br />
foi fundada simultaneamente à Cooperativa Armoniche. Outras<br />
indústrias começaram a se instalar em Vercello após uma década,<br />
firmando a Itália como o grande centro produtor e responsável pelo<br />
aprimoramento do acordeão.<br />
fe s T i va l in T e r n a C i o n a l<br />
ro l a n d d e aC o r d e o n<br />
A etapa brasileira do 2º Festival Internacional <strong>Roland</strong> de Acordeon,<br />
definida em 2 de setembro de 2008, foi vencida por Jackson<br />
Jofre Rodrigues. Natural de Gravataí, o músico gaúcho recebeu um<br />
V-Acordion FR-7. Com essa vitória, o instrumentista conquistou o<br />
direito de representar o País na disputa do título de “Melhor Acordeonista<br />
do Mundo” em Roma, na Itália, e de concorrer a um prêmio<br />
de cinco mil euros.<br />
O catarinense Orimar Hess Júnior, de Luiz Alves, foi o segundo<br />
colocado. A terceira posição ficou para o paranaense Ricardo Marcelo<br />
Luiz, de São José dos Pinhais. Também participaram da competição<br />
Antonio Alberto Frighetto Neto, de Altinópolis, São Paulo,<br />
e Pedro Churandi Bernardy, de Ivaporã, Paraná.<br />
Com o apoio da Vivo, que presenteou os finalistas com celulares, o evento contou com<br />
um show especial de Oswaldinho e Dominguinhos. Os ícones do instrumento dividiram o<br />
palco pela primeira vez para homenagear o mestre Sivuca.<br />
Primeira edição<br />
V-Accordion<br />
Depois do desenvolvimento no século 19, outro ciclo se iniciou graças a Ikutaro<br />
Kakehashi. Em 1967, durante viagem a Castelfidardo, o fundador da <strong>Roland</strong> Corporation<br />
conheceu alguns fabricantes do produto. Fascinado com o instrumento,<br />
resolveu levar dois para o Japão, onde começou a alimentar a idéia de criar um<br />
modelo eletrônico.<br />
Entretanto, alguns obstáculo se interpunham, como a padronização do instrumento,<br />
a sensibilidade da ação dos foles e a arquitetura existente para a troca de<br />
registros. Junte-se a isso a necessidade de acondicionar o mecanismo em uma<br />
estrutura leve e compacta.<br />
PREMIAÇÃO<br />
Takao Shirahata e Jackson Jofre Rodrigues,<br />
vencedor da etapa brasileira<br />
A primeira edição do Festival Internacional <strong>Roland</strong> de Acordeon<br />
ocorreu em 2007 e reuniu músicos do mundo inteiro. A final da etapa<br />
nacional foi realizada em São Paulo e coroou Bruno Moritz Neto<br />
como o melhor acordeonista do País. Com isso, o músico disputou<br />
a decisão internacional na cidade de Pesaro, Itália. Ao lado de outros<br />
oito acordeonistas, o brasileiro concorreu ao prêmio de 5 mil<br />
euros. O primeiro lugar, porém, ficou para Amélie Castel (França),<br />
seguida de Pavlo Runov (Itália) e Uwe Steger (Alemanha).<br />
O desejo de Kakehashi foi consolidado anos depois pelos engenheiros da <strong>Roland</strong> Europa, estabelecida<br />
em San Benedetto, próxima a Castelfidardo. Graças aos resultados alcançados no desenvolvimento de novas tecnologias,<br />
a empresa lançou o V-Accordion (Virtual Accordion). Nele, recursos avançados oferecem ainda mais flexibilidade ao<br />
equipamento: as formas de onda podem ser alteradas de acordo com o toque no teclado e a pressão de ar produzida pelo<br />
fole, e a vibração secundária das palhetas em conformidade com a duração da nota. (Rafael Furugen)<br />
28 Música e Imagem<br />
Música e Imagem<br />
29
GT-10<br />
a n o v a<br />
paixão<br />
Com a chegada da GT-10, Rafael Bittencourt<br />
e muitos outros músicos encontraram a<br />
solução ideal para a criação de timbres<br />
Não é de hoje que guitarristas de diversos estilos vêm adotando<br />
as pedaleiras multiefeito como ferramentas práticas e confiáveis para<br />
a construção de timbres das mais variadas espécies. Um exemplo<br />
disto é Rafael Bittencourt, que usou o modelo BOSS GT-8 por<br />
mais de um ano como único gerador de efeitos nos shows<br />
da banda Angra, sempre conectado a amplificadores valvulados.<br />
O músico também utilizou esse equipamento<br />
em linha em diversos workshops, ensaios e para seus<br />
estudos diários.<br />
Assim como ele, outros instrumentistas conseguem<br />
resultados surpreendentes com suas “máquinas”<br />
em estúdio e também ao vivo, criando sons<br />
que atendem a praticamente todos<br />
os estilos. No entanto, a maioria<br />
deles acaba se frustrando por<br />
não conseguir aquele timbre<br />
“matador” que procura. A verdade<br />
é que, por oferecer tudo<br />
em um único pacote, as pedaleiras<br />
multiefeito freqüentemente se tornam<br />
indecifráveis para os músicos, principalmente<br />
os semiprofissionais e hobbistas. Esta é,<br />
realmente, a grande contradição dos modelos topo de<br />
linha do mercado: eles foram desenvolvidos para facilitar<br />
a vida dos guitarristas, mas muitos ainda se complicam<br />
com menus de navegação e parâmetros que afastam os<br />
artistas do “som ideal”.<br />
Diversos fóruns de discussão encontrados na internet<br />
estão repletos de usuários pedindo ajuda na criação<br />
de timbres e no manuseio de suas pedaleiras. E alguns<br />
acabam desistindo no meio do caminho. Essa questão, com<br />
certeza, foi um dos pontos de partida para o novo projeto<br />
da BOSS: a GT-10.<br />
EVOLUÇÃO E SImPLICIDADE<br />
Os engenheiros da BOSS sempre tiveram como objetivo<br />
principal o desenvolvimento de produtos inspiradores e musicais.<br />
E isso, realmente, pautou os modelos anteriores de<br />
pedaleiras (GT-5, GT-3, GT-6 e GT-8). O salto com o lançamento<br />
da GT-10, porém, é gigantesco. Pode-se dizer que, finalmente,<br />
a contradição maior desse tipo de equipamento foi resolvida.<br />
Com ela, o usuário pode criar timbres para praticamente todos<br />
os estilos sem ter que recorrer uma única vez ao “inimigo número<br />
um dos guitarristas”: o manual do usuário. Também não<br />
é necessário apelar ao Google para descobrir o que significa<br />
“depth”, “rate”, “gain”, “threshold” e mais uma infinidade de<br />
termos técnicos utilizados em estúdios profissionais.<br />
O “pulo do gato” se chama EZ TONE. Trata-se de um recurso<br />
inovador e inteligente que baseia a criação de timbres em<br />
estilos musicais e gráficos, ajustando vários parâmetros do<br />
equipamento ao mesmo tempo.<br />
Grande parte dos guitarristas procura desenvolver seu som<br />
baseados em gravações ou instrumentistas que admiram. A<br />
maioria, no entanto, não sabe quais efeitos utilizar para construílo.<br />
É comum ouvir músicos dizerem que não conseguem tirar<br />
de suas pedaleiras o “peso” do Dream Theater, aquele timbre<br />
“cheio” das introduções do Metallica ou, ainda, a sonoridade<br />
“quente” do Red Hot Chili Peppers. Isso ocorre porque eles<br />
não sabem que “pesado” se refere a distorção e ganho, assim<br />
como “cheio”, geralmente, ao efeito de chorus, phaser ou<br />
flanger, e “quente”, a overdrives e equalizadores. Alguns até<br />
chegam a essas conclusões, mas acabam se deparando com<br />
os “famigerados” parâmetros de ajuste.<br />
É nesse ponto que o novo recurso EZ TONE entra em ação.<br />
Em quatro passos básicos, é possível criar qualquer timbre, sem<br />
a necessidade de configurar um deles sequer. No primeiro, se<br />
escolhe o tipo de captador da guitarra (single ou humbucker)<br />
e em qual equipamento a GT-10 será conectada (amplificador,<br />
mesa de som, fones de ouvido e sistema “cabeça-caixa”, entre<br />
outras opções). Na segunda etapa, seleciona-se o estilo que<br />
servirá como base (blues, rock, metal, country, jazz<br />
etc) e as variações dele. No terceiro estágio, a<br />
pedaleira apresenta na tela<br />
o recurso com o qual<br />
o instrumentista altera<br />
as características do<br />
timbre por meio dos<br />
botões abaixo do painel.<br />
Neste ponto, o equipamento<br />
da BOSS ajusta vários parâmetros ao mesmo tempo, restando<br />
ao músico apenas movimentar o cursor na direção desejada.<br />
Levá-lo no sentido do eixo BACKING faz que a pedaleira adapte<br />
os valores para timbres de guitarra-base, ao passo que para<br />
solos, basta encaminhá-lo para SOLO. O mesmo acontece<br />
na horizontal, em que posicioná-lo na direção HARD tornará o<br />
timbre pesado e em SOFT, mais suave. A quarta e última fase<br />
apresenta a mesma tela da anterior, mas para configuração dos<br />
demais efeitos (delay, reverb, chorus, rotary speaker, flanger<br />
etc, dependendo da opção escolhida). Nessa etapa, o cursor se<br />
movimenta nas direções WET-DRY (reforça ou diminui os efeitos)<br />
e SHORT-LONG (efeitos de repetição mais longos ou curtos).<br />
Percorridos esses quatro passos, o que, em média, não<br />
demora mais que um minuto, basta salvar os ajustes em uma<br />
das 200 memórias da GT-10. Resumindo, quando o guitarrista<br />
determina o estilo e as características do timbre, o equipamento<br />
define seus parâmetros internos automaticamente. A pedaleira<br />
seleciona uma simulação de amplificador e faz as alterações<br />
nele. Em seguida, escolhe os efeitos recomendados e customiza<br />
os parâmetros necessários. Tudo é feito sem que o usuário<br />
perceba que mudanças estão sendo executadas. “E isso não<br />
é útil somente para iniciantes”, explica Bittencourt: “É para<br />
qualquer um, porque não é preciso partir do zero para criar um<br />
timbre”. O exemplo mais comum é o do músico de estúdio, que<br />
não pode perder tempo. “A GT-10 traz até um banco chamado<br />
Studio”, ensina o integrante do Angra, “com um som limpo e<br />
chorus bonito, um legal de solo, um de base, outro de ritmo,<br />
wha-wha, tudo pronto”, ilustra.<br />
As facilidades, porém, não acabam por aí. Caso o guitarrista<br />
necessite de alterações mais precisas em seus timbres, ele<br />
pode recorrer aos parâmetros individuais de cada efeito. Isso<br />
também foi alvo de uma mudança radical no equipamento.<br />
Quando o botão de determinado recurso é pressionado, em<br />
vez de apresentar apenas os nomes, o display mostra os knobs<br />
de ajuste, imitando o painel de um pedal compacto. Basta<br />
movimentar os botões logo abaixo<br />
dessa tela para confirgurar<br />
rapidamente os quatro principais<br />
parâmetros de cada<br />
um. Se for selecionado um<br />
chorus, por exemplo, aparecerão<br />
Depth, Rate, Pre Delay e Effect<br />
Level. Se tratar-se de um delay, surgirão<br />
as opções Delay Time, Feedback, Hi Cut e Effect<br />
Level. É como se o músico estivesse manuseando<br />
“pedaizinhos” colocados na pedalboard BCB-60.<br />
30 Música e Imagem Música e Imagem<br />
31
GT-10<br />
Se mesmo assim forem necessários alterações ainda mais<br />
precisas, em se tratando de especialistas e “heavy users”, o<br />
botão DISPLAY MODE entra em ação. Quando pressionado,<br />
ele faz que a tela não apresente apenas os principais ajustes<br />
dos efeitos selecionados, mas todos os disponíveis para cada<br />
um. Nesse caso, o equipamento se torna uma “usina” de parâmetros,<br />
que irá atender até os guitarristas mais exigentes. “A<br />
função EZ Tone é uma grande sacada”, diz Bittencourt, “porque<br />
o músico, rapidamente, monta o timbre. O meu tem uma cara<br />
de anos 70 e 80, então, puxo esses sons e apenas dou uma<br />
ajeitada à minha maneira.”<br />
NOVAS POSSIbILIDADES<br />
A GT-10 carrega um novo processador DSP customizado,<br />
desenvolvido especialmente para esse multiefeito. “A qualidade<br />
do áudio é superior. Os graves surgem bem consistentes e o<br />
som todo vem mais encorpado. Os agudos também contam<br />
com maior definição, “amaciados”, sem parecerem digitais”,<br />
atesta Bittencourt. Tudo isso, graças ao DSP que, com o<br />
dobro de capacidade de processamento do GT-8, fez que<br />
as simulações de amplificadores ficassem ainda mais fiéis,<br />
naturais e orgânicas. “Quando iniciamos os primeiros testes<br />
de desempenho, percebemos que as possibilidades seriam<br />
praticamente infinitas”, diz Masao Takahashi, engenheiro-chefe<br />
do projeto no Japão. “Com isso, decidimos refazer toda a<br />
programação de simulação, ou seja, começar do zero. Foi<br />
possível, então, incluir detalhes que aumentaram muito a<br />
fidelidade dos efeitos e dos amplificadores”, completa. Trata-se<br />
da tecnologia COSM (Composite Object Sound Modeling ou<br />
Modelação Sonora de Objeto Composto), exclusiva da BOSS,<br />
utilizada nas pedaleiras da marca para reproduzir amplificadores,<br />
alto-falantes, microfones e efeitos de várias espécies.<br />
Totalmente refeito para a GT-10, esse processo é o<br />
grande responsável pelo salto de qualidade e pela<br />
resposta mais musical do multiefeito em<br />
relação aos modelos anteriores.<br />
Um exemplo da seriedade<br />
com que as simulações<br />
foram encaradas<br />
é a emulação do<br />
Fender Twin. O amplificador<br />
original tem uma<br />
chave chamada Bright,<br />
que reforça os agudos e<br />
médio-agudos quando<br />
ele trabalha com volu-<br />
“Só com a GT-10 e a guitarra, o músico já está bem!”<br />
mes baixos. À medida que os níveis vão sendo aumentados,<br />
as altas freqüências começam a surgir naturalmente e o ganho<br />
dessa faixa diminui. Esse comportamento é extremamente<br />
complicado de ser reproduzido em uma pedaleira, mas a GT-<br />
10 o recria com fidelidade. Para Bittencourt, a simulação mais<br />
impressionante, no entanto, foi a de Marshall: “Creio que os<br />
modelos dessa marca são os que apresentam maior dificuldade,<br />
porque são muito dinâmicos”, diz. “Os amplificadores que têm<br />
um som comprimido, menos aberto, como os modernos, são<br />
mais fáceis. Mas o grande diferencial da válvula é a questão<br />
da dinâmica”, ensina o músico. “Quando se toca leve, ele tem<br />
um som bonito, quente. Ao tocar forte ou dar um pouquinho de<br />
ganho no volume, vem mais encorpado. O timbre do Marshall,<br />
apesar de ser distorcido, é muito aberto e dinâmico, em que<br />
se ouvem diversos harmônicos e, por isso mesmo, difícil de<br />
ser simulado”, explica.<br />
Nas palavras de Takahashi,<br />
“o novo processador tornou<br />
possível traduzir de forma ainda<br />
mais fiel o comportamento dos<br />
amplificadores, por meio da<br />
evolução da tecnologia COSM”.<br />
Outra grande vantagem é conseguir<br />
produzir características<br />
que o original não possui. Como<br />
exemplo, pode-se citar o fato de<br />
que a GT-10 tem como opção de<br />
Sergio Motta e Masao Takahashi<br />
ajuste de ganho, para as simulações,<br />
valores de 0 a 120, ou seja, ela consegue um adicional<br />
de 20%. Essa característica é fundamental para personalizar<br />
timbres e criar sonoridades exclusivas.<br />
RECURSOS INDISPENSÁVEIS<br />
As inovações da GT-10 não ficam por conta apenas<br />
da interface com o usuário e do processador. Recursos<br />
há muito tempo desejados nos modelos anteriores<br />
foram incorporados ao projeto. O principal e<br />
mais aguardado, sem dúvida, é a existência de<br />
uma porta USB. Com ela, a pedaleira passa a<br />
ser uma interface de áudio profissional<br />
com suporte a driver ASIO, ou<br />
seja, é possível gravar com o<br />
aparelho plugado diretamente a<br />
computadores e softwares de gravação<br />
e edição instalados. O equipamento<br />
também troca informações<br />
tipo MIDI Control Messages, o que facilita o backup<br />
e o compartilhamento de ajustes de usuário. Além<br />
disso, a BOSS disponibilizou para download gratuito<br />
(www.bossbrasil.com.br) o programa Biblioteca de<br />
Timbres. Ele facilita o armazenamento dos dados<br />
contidos na GT-10, possibilitando, inclusive, a troca<br />
de configurações criadas por músicos pela internet,<br />
de forma rápida e confiável.<br />
Afora as ferramentas mais óbvias - aguardadas<br />
pela maioria dos usuários de GT-8, 6, 5 e 3 - a BOSS<br />
surpreendeu aos instrumentistas incluindo o recurso<br />
de gravação de loops no aparelho. O Phrase Loop<br />
permite o registro de até 40 segundos de duração,<br />
sendo que várias camadas de áudio podem ser registradas<br />
e empilhadas. Essa é uma função extremamente<br />
útil, seja para estudar, lecionar, compor ou, até<br />
mesmo, para performances de palco inusitadas.<br />
Outras solicitações bastante difundidas em fóruns<br />
sobre GT-8 e que foram atendidas pelos engenheiros<br />
da BOSS são um display LCD grande e com forte<br />
iluminação - ideal para locais escuros ou iluminados<br />
demais - e um pedal de controle adicional (CTL2).<br />
Este último é uma alternativa que amplia ainda mais<br />
as possibilidades de utilização da nova pedaleira.<br />
“A mudança para a GT-10 foi uma conseqüência<br />
direta da minha experiência com a GT-8”, diz Bittencourt.<br />
“É uma pedaleira ultraversátil. Em alguns<br />
casos, envio os efeitos no loop dos amplificadores.<br />
Em outros, direto no input. Como ela pode ser ligada<br />
também em linha, é uma solução bem prática em<br />
gravações”, atesta. “Só com a GT-10 e a guitarra, o<br />
músico já está bem!”<br />
PASSO 1: escolha o tipo de captador da<br />
guitarra (single ou humbucker) e em qual<br />
equipamento a GT-10 será conectada<br />
VERSÃO PARA CONTRAbAIXO<br />
Após o lançamento mundial da GT-8, em janeiro de 2005<br />
- substituindo o modelo GT-6 - os baixistas aguardaram ansiosos<br />
pela próxima geração da GT-6B. A tão esperada “GT-8B”<br />
nunca foi desenvolvida, deixando muitos músicos indecisos<br />
quanto à linha de pedaleiras multiefeito da BOSS. Isso, no<br />
entanto, são águas passadas, pois, em janeiro de 2008, foram<br />
lançados simultaneamente os modelos GT-10 e GT-10B. Em<br />
termos de opções e novas tecnologias, a GT-10B carrega<br />
todos os recursos do modelo para guitarras, mas os efeitos e<br />
as simulações de amplificadores são voltados ao universo do<br />
contrabaixo. O equipamento apresenta filtros e “synth-bass”<br />
impressionantes, além de oitavadores e emulação de fretless<br />
e guitarras com distorção, ideais para solos e sonoridades<br />
inovadoras. Todos esses<br />
fatores, somados ao Loop<br />
Phrase, tornam a GT-10B<br />
um item indispensável<br />
para os baixistas que<br />
buscam novas experiências<br />
musicais.<br />
Seja para instrumentistas profissionais ou para os hobbistas<br />
que amam os efeitos da BOSS, a novidade apresentada pela<br />
empresa é um equipamento que atinge um nível único de qualidade,<br />
durabilidade e facilidade de uso. Seus recursos inovadores<br />
a tornam muito mais que uma pedaleira multiefeito para guitarra.<br />
E suas possibilidades de criação de timbres são praticamente<br />
infinitas. (Sergio Motta)<br />
32 Música e Imagem<br />
Música e Imagem<br />
33<br />
EZ TONE<br />
Timbres facilmente configurados em menos de 1 minuto e apenas quatro passos:<br />
PASSO 2: selecione o estilo no qual o<br />
timbre será baseado (blues, rock, metal,<br />
country, jazz etc) e uma das variações do<br />
estilo principal<br />
PASSO 3: ao movimentar o cursor com<br />
os quatro botões logo abaixo do display,<br />
o guitarrista altera as características<br />
do timbre<br />
PASSO 4: ajuste os demais efeitos<br />
(delay, reverb, chorus, rotary speaker,<br />
flanger etc, dependendo da opção escolhida<br />
pelo músico)
Fantom-G<br />
Em 2001, a <strong>Roland</strong> iniciou a produção de uma nova linha<br />
de workstations. O Fantom FA-76 foi lançado para substituir a<br />
aclamada série XP, que dominava o mercado de estações de<br />
trabalho em estúdios e performances ao vivo. Naquela época,<br />
era impossível imaginar um sintetizador com recursos de sampler<br />
e gravação de áudio, conexão para mouse e computadores,<br />
e, além disso, a possibilidade de receber placas de expansão<br />
com novas formas de onda e interface gráfica individualizada,<br />
como os plug-ins usados em softwares de gravação. Ao longo<br />
dos sete anos que separam o advento do Fantom FA-76 até os<br />
dias atuais, a tecnologia evoluiu muito, a ponto de ser motivo<br />
de riso imaginar uma workstation utilizando disquetes para o<br />
armazenamento de dados.<br />
Durante esse tempo, o departamento de desenvolvimento<br />
de sintetizadores da <strong>Roland</strong> Japão, gerenciado pelo engenheiro<br />
Ace Yukawa, trabalhou intensamente para colocar à disposição<br />
dos usuários toda a tecnologia disponível e produziu o Fantom-G.<br />
“Consideramos que esta é a mais completa workstation<br />
já lançada por nós”, diz Yukawa. “Queríamos oferecer o melhor<br />
equipamento para estúdio e performances ao vivo, com custo<br />
acessível para músicos de todas as partes do mundo.”<br />
No <strong>Brasil</strong>, o Fantom-G já está sendo usado por tecladistas<br />
do porte de Luciano Pinto (Claudia Leitte), Márcio Buzelin (Jota<br />
Quest) e Caixote (Banda Domingão).<br />
TImbRES<br />
A qualidade de som dos sintetizadores <strong>Roland</strong> sempre foi<br />
inquestionável. Luciano Pinto, tecladista que acompanha Claudia<br />
Leitte desde os tempos de Babado Novo, é um grande fã<br />
dos timbres da empresa: “Mesmo antes de minha parceria com<br />
a <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong>, eu usava um XP-60. Depois, passei a utilizar<br />
Geração<br />
re v o l u C i o n á r i a<br />
O Fantom-G inaugura uma era na história<br />
das workstations de produção musical<br />
um Fantom-X. Agora, além do JUNO-G, tenho em mãos um<br />
Fantom-G. Estou muito contente com a qualidade dos sons”.<br />
E essa percepção não é só do tecladista. “A Claudinha é muito<br />
exigente com os timbres. E é visível a superioridade deste<br />
modelo em relação ao anterior”.<br />
O Fantom-G vem de fábrica com mais de 1.600 sons, com<br />
tudo que é necessário para uma produção, não importando o<br />
gênero musical. A nova workstation da <strong>Roland</strong> carrega uma<br />
coleção de timbres históricos em sua memória interna. Além<br />
dos existentes na linha Fantom-X, a empresa sampleou diversos<br />
clássicos de sua trajetória de sucessos, como pads do<br />
JUNO-G e do JUPITER-8, leads das séries SH e JX, sons das<br />
baterias eletrônicas TR-808 e TR-909 e muitos outros. Como<br />
o equipamento somente aceita as novas placas de expansão<br />
ARX, a <strong>Roland</strong> também incluiu uma seleção de waves das doze<br />
placas SRX existentes.<br />
Um recurso importante do Fantom-G é que ele permite a<br />
criação de sons com até oito formas de onda, cada uma com<br />
diferentes ajustes de afinação e sensibilidade, gerando timbres<br />
envolventes e realistas. Um naipe de metais, por exemplo, pode<br />
ser composto por saxofones alto, tenor e barítono, trompetes,<br />
trombones etc.<br />
O tecladista e produtor Caixote foi outro músico que ficou<br />
impressionado com a qualidade dos sons do Fantom-G: “Ele<br />
oferece tudo de que preciso para meus arranjos, minhas<br />
gravações e, também, meu trabalho na Banda Domingão:<br />
pianos acústicos e elétricos, cordas incríveis, synths e pads.<br />
Além disso, ele é muito prático, pois posso criar, rapidamente,<br />
combinações no modo LIVE ou salvar meus sons<br />
no modo FAVORITE”.<br />
SINGLE, LIVE, STUDIO<br />
O Fantom-G possui novos modos de execução. O SINGLE<br />
é o antigo PATCH, em que estão todos os sons disponíveis.<br />
Anexo a ele, está a função FAVORITE, que permite memorizar<br />
até 256 timbres. Isso possibilita acesso imediato às sonoridades<br />
preferidas do tecladista, o que faz dele um ótimo recurso para<br />
situações ao vivo. Outra novidade é o LIVE, em que até oito<br />
patches são combinados. O diferencial é que, nessa versão, os<br />
elementos selecionados mantêm seus efeitos originais. Isso<br />
ocorre por conta do novo sistema DSP (Digital Signal Processor)<br />
do equipamento. O modo indicado para ser usado juntamente<br />
com o sequencer é chamado STUDIO e utiliza até 16 sons<br />
em partes multitimbrais independentes.<br />
Muitos tecladistas sonhavam com um sintetizador<br />
que tivesse timbres fantásticos e que, simultaneamente,<br />
permitisse a troca entre um e outro sem interrupções<br />
na sonoridade. O Fantom-G possui esse recurso, chamado<br />
Patch Remain. O músico pode tocar utilizando um<br />
patch de guitarra com distorção e passar para um Strings<br />
sem corte nas formas de onda ou nos<br />
efeitos. Embora equipamentos existentes<br />
no mercado se proponham<br />
a realizar essa façanha, nenhum<br />
possui sons tão complexos como<br />
o Fantom-G e nem mantêm com<br />
perfeição todos os elementos existentes<br />
neles. Isso apenas é possível<br />
por causa dos processadores de<br />
última geração desse equipamento<br />
da <strong>Roland</strong> e do novo sistema de<br />
de efeitos DSP. Luciano Pinto se<br />
encantou com o recurso: “Já estava<br />
na hora de termos um teclado com<br />
timbres tão avançados sem cortes<br />
nas mudanças. Essa era a aspiração<br />
de todos os músicos”.<br />
O Fantom-G também inova na<br />
área de processamento de áudio.<br />
Pela primeira vez em um sintetizador,<br />
o DSP consegue trabalhar<br />
com até 22 efeitos simultâneos.<br />
A <strong>Roland</strong> criou um novo sistema,<br />
individualizado para cada patch, em<br />
que eles recebem a nomenclatura<br />
PFX. Antes dele, todas as workstations<br />
possuíam uma limitação:<br />
se o músico fosse gravar algo no<br />
sequencer, teria somente 3, 5 ou 6 efeitos disponíveis, dependendo<br />
do modelo do sintetizador. E esses equipamentos,<br />
em sua maioria, permitiam a gravação de apenas 16 canais<br />
MIDI. Se a produção exigisse uma guitarra com distorção, um<br />
órgão com simulador de caixa Leslie, um compressor para a<br />
bateria, um piano elétrico com chorus, além de um reverb e<br />
um equalizador para todos os instrumentos, não haveria mais<br />
efeitos disponíveis para registrar, por exemplo, um pad com<br />
phaser, um clavinet com wah-wah ou qualquer outro que<br />
exigisse algum processamento.<br />
Como no Fantom-G cada som possui seu processamento<br />
próprio (PFX), esse problema não existe. Quando<br />
o sequencer for utilizado, os efeitos são mantidos.<br />
Portanto, ao usar os 16 canais de gravação, temse<br />
16 deles em funcionamento. Além disso,<br />
podem ser acionados um chorus, um reverb<br />
e um processo de masterização, mais três<br />
multiefeitos (MFX). Não existe outro<br />
equipamento nessa categoria que<br />
tenha essa capacidade.<br />
LIVE WORKSTATION<br />
Uma das grandes vantagens<br />
do Fantom-G é que foi desenvolvido<br />
não somente para uso em<br />
estúdio, mas, também, para ser<br />
utilizado ao vivo. Em situações de<br />
palco, alguns segundos podem<br />
se tornar uma eternidade para o<br />
instrumentista. Por conta disso, o<br />
novo modelo da <strong>Roland</strong> oferece diversas<br />
soluções para facilitar a vida<br />
do músico.<br />
A primeira delas é o amplo display<br />
de 8,5 polegadas - uma verdadeira<br />
tela de notebook - dotado da tecnologia<br />
TFT, a mesma dos computadores<br />
portáteis mais modernos, que<br />
permite a visualização de todas as<br />
informações de qualquer ângulo que<br />
se olhe. “Isso foi um grande avanço,<br />
pois, às vezes, tocamos em situações<br />
em que a iluminação é muito<br />
ruim. Com esse display, consigo<br />
enxergar tudo. Meus pesadelos<br />
no palco terminaram”, comenta<br />
Luciano Pinto.<br />
LUCIANO PINTO<br />
Tecladista de Claudia Leitte e o Fantom-G<br />
34 Música e Imagem<br />
Música e Imagem<br />
35
Fantom-G<br />
Outra vantagem é que os 16 pads possuem múltiplas<br />
funções. Na linha Fantom-X, eles somente disparavam sons e<br />
samplers. No novo instrumento, além desse recurso, é possível,<br />
por exemplo, escolher partes de uma performance, como nos<br />
antigos modelos JV ou XP. Um dos usos mais comuns é o músico<br />
criar uma performance com som de baixo na mão esquerda e<br />
deixar diversos instrumentos para a direita, selecionando-os rapidamente<br />
com apenas um toque nos pads. No Fantom-G, esses<br />
botões possuem sensibilidade e aftertouch, e transformam-se,<br />
também, em um teclado numérico, em que é possível digitar<br />
o número do patch desejado ou um valor durante a edição de<br />
um parâmetro.<br />
O equipamento conta ainda com quatro knobs totalmente<br />
configuráveis, o que permite ao instrumentista controlar filtros,<br />
ressonância, attack, decay e diversos outros. Os oito sliders<br />
oferecem total domínio dos volumes das partes e dos canais do<br />
sequencer. E o D-Beam, exclusivo nos equipamentos <strong>Roland</strong>,<br />
pode ser ajustado para modificar níveis, acionar a modulação<br />
e, até mesmo, disparar loops e frases sampleadas. Além disso,<br />
o Fantom-G apresenta um novo sistema de Pitch Bender, com<br />
quatro modos de atuação, afora o tradicional. Em um deles, a<br />
afinação se altera suavemente, permitindo um maior realismo<br />
em sons como guitarra ou violões. Em outra opção, é possível<br />
tocar uma nota e manter o bend somente nela para concluir a<br />
frase enquanto está presa. Há também<br />
o que aplica o efeito na última<br />
nota, caso o músico execute<br />
um arpejo mantendo todas as<br />
teclas acionadas. Luciano<br />
Pinto utiliza diversos leads<br />
em músicas do<br />
repertório de Claudia<br />
Leitte, e comenta<br />
sobre esse recurso:<br />
“Com esse<br />
novo sistema,<br />
posso criar<br />
bends diferentes<br />
dos<br />
anteriores,<br />
assim como<br />
com acordes,<br />
algo<br />
que era impossível<br />
no<br />
Fantom-X”.<br />
ESTÚDIO PROFISSIONAL<br />
A <strong>Roland</strong> Corporation tornou-se, recentemente, acionista<br />
majoritária da Cakewalk, uma das mais conceituadas<br />
empresas na área de softwares musicais. Graças a essa<br />
união, foi possível criar um novo método de gravação para<br />
sintetizadores, pois o produto mais famoso da desenvolvedora<br />
é o Sonar, líder de mercado nos Estados Unidos.<br />
O sequencer do Fantom-G, portanto, permite que as<br />
produções sejam realizadas de forma semelhante às feitas<br />
nos melhores estúdios, com a possibilidade de registrar<br />
128 pistas MIDI e 24 de áudio. O equipamento ainda conta<br />
com uma entrada para mouse USB, o que aproxima a<br />
operação do sequencer à de um computador.<br />
Os canais de áudio funcionam como os de um estúdio:<br />
basta plugar um instrumento no Fantom-G, escolher<br />
uma das 24 trilhas, pressionar REC e gravar. No painel<br />
traseiro, situam-se conexões dedicadas para microfones<br />
condensadores (Phantom Power 48V), guitarras e baixos<br />
(alta impedância Hi-Z), e entradas de linha. Além disso,<br />
pode-se acionar efeitos como Compressor, Center Cancel<br />
ou Limiter diretamente na captação. O áudio se transforma,<br />
então, em um arquivo wave, e todos os 78 efeitos<br />
do Fantom-G, entre reverbs, delays, chorus, distorções<br />
e equalizadores ficam disponíveis para processamento<br />
desse sinal. É possível, portanto, adicionar um reverb em<br />
uma voz ou uma distorção em uma guitarra, dispensando<br />
qualquer processador externo.<br />
O Fantom-G possui 16 partes multitimbrais e, em<br />
cada uma, é permitido gravar mais que um canal MIDI. O<br />
músico pode, por exemplo, usar o mesmo kit de bateria<br />
para registrar a parte de percussão em um canal e as<br />
peças de bateria em outro para, depois, ter uma edição<br />
individual de ambos.<br />
A nova workstation da <strong>Roland</strong> ainda permite total<br />
integração com computadores. O usuário pode importar<br />
arquivos de áudio (wave ou aiff, 16bit/44.1kHz) para<br />
o Fantom-G e criar sons ou utilizar loops e frases no<br />
sequencer. Também é possível enviar material gravado<br />
no equipamento para o micro. Caso prefira, o músico<br />
pode exportar todos os canais registrados para mixá-los<br />
externamente. Outra ferramenta importante é o software<br />
de edição de timbres. Ele permite a manipulação e a<br />
produção de novos sons na tela do computador. Neste<br />
modo, a workstation transforma-se em uma interface<br />
MIDI, recebendo e enviando dados para o software por<br />
meio do cabo USB.<br />
VERSÕES<br />
A linha Fantom-G está disponível em três versões:<br />
Fantom-G6, com 61 teclas, Fantom-G7, com 76, e Fantom-<br />
G8, com 88. Os modelos G6 e G7 possuem teclas com a tradicional ação de<br />
sintetizador <strong>Roland</strong>. O G8, por sua vez, conta com o Progressive Hammer Action II, a segunda geração<br />
do aclamado mecanismo presente nos pianos digitais da empresa. Além disso, este equipamento traz outra novidade: o Ivory<br />
Feel, um acabamento que simula a aparência do marfim existente em pianos acústicos. O material utilizado também absorve<br />
melhor o suor das mãos, algo que, certamente, será muito bem-recebido pelos músicos que tocam ao vivo.<br />
Placas ARX – Plug-ins <strong>Roland</strong><br />
As placas de expansão ARX inau-<br />
guram um novo conceito: são as<br />
primeiras a incorporarem formas de<br />
onda e interface gráfica própria (Graphical<br />
User Interface – GUI), além de<br />
polifonia independente da existente<br />
no equipamento.<br />
Um dos grandes trunfos de<br />
softwares, como Pro Tools, Sonar,<br />
Logic e outros, é que os plug-ins facilitam drasticamente a construção<br />
e a manipulação de sons. AmpFarm e B4 por sua vez, são<br />
produtos de sucesso porque, além da excelente qualidade do<br />
áudio, trouxeram um conceito gráfico muito intuitivo, permitindo<br />
que mesmo um usuário sem muita experiência consiga criar e<br />
modificar timbres. As placas ARX são as primeiras a oferecerem<br />
esses recursos em um sintetizador. Todo o conceito sonoro delas<br />
se resume em uma expressão: SuperNATURAL. As amostras<br />
disponíveis foram sampleadas respeitando o ambiente e os aspectos<br />
naturais que influenciam a geração de som do instrumento<br />
acústico. Além desses detalhes, as características de edição<br />
deles foram mantidas.<br />
A placa ARX-01 DRUMS<br />
traz 30 kits de bateria, com<br />
modelos específicos para rock,<br />
jazz, funk e outros ritmos.<br />
Cada um deles possui até 24<br />
peças de percussão agrupadas<br />
e seus volumes podem ser<br />
controlados pelos oito faders<br />
que ficam à esquerda do painel do Fantom-G. Isso possibilita<br />
rápida configuração do volume de bumbos, caixas, chimbal aberto<br />
e fechado, surdos, tons médios e agudos, pratos de condução<br />
e de ataque.<br />
Mas é no momento de editar um som que a placa<br />
mostra todo seu poder. Selecionando CUSTOMIZE, a<br />
ARX-01 entra na tela de customização de peças. O display<br />
de 8,5 polegadas do Fantom-G apresenta o instrumento<br />
escolhido em um gráfico 3D, com total interação entre<br />
os parâmetros disponíveis.<br />
Apenas girando o dial, é possível modificar a dimensão<br />
do bumbo ou aplicar um abafador na caixa, além<br />
de configurar o tamanho do chimbal. O instrumentista<br />
também pode afinar a pele dos tambores e escolher o<br />
quanto de bumbo estará vazando na captação da esteira.<br />
Tudo isso sem se preocupar com parâmetros como<br />
attack, decay, LFO e outras tantas siglas. Após todos os<br />
ajustes, basta selecionar Write e salvar o novo kit.<br />
Já na ARX-02<br />
ELECTRIC PIANO,<br />
estão disponíveis os<br />
mais belos pianos<br />
elétricos da história,<br />
como Fender Rhodes,<br />
Wurlitzer e o clássico<br />
som dos instrumentos<br />
FM. A interface gráfica é completamente diferente<br />
da ARX-01, pois não há relação alguma entre uma<br />
bateria e um piano elétrico. Na ARX-02, estão disponíveis<br />
comandos para edição de microfonação e tipo dos<br />
captadores,assim como ângulo deles e do sistema de<br />
martelos, modelo do instrumento (Rhodes, FM, Wurlitzer,<br />
Dyno, Stage), do amplificador e do gabinete, além<br />
de efeitos como compressor, chorus e overdrive. Tudo é<br />
realizado com um visual gráfico impressionante e muito<br />
intuitivo. Basta selecionar uma dessas opções e utilizar<br />
o dial para modificar os sons. A <strong>Roland</strong> lançará ainda em<br />
2008 mais duas placas ARX: uma de metais (Brass) e<br />
outra de cordas (Strings).<br />
36 Música e Imagem Música e Imagem<br />
37
TD-9<br />
fl e X i B i l i d a d e<br />
dinâmica<br />
Os kits TD-9 chegam ao mercado com muita personalidade,<br />
duas opções de modelos e preços bastante acessíveis<br />
Após seis anos de sucesso absoluto dos modelos TD-6 (K, KW e KX), chega ao <strong>Brasil</strong> a nova geração da série V-Tour: os kits<br />
TD-9. Com duas opções de conjuntos (K e KX) e preços bastante acessíveis, o lançamento supre todas as necessidades dos<br />
bateristas, seja para tocarem em palcos e estúdios ou apenas para diversão. Um dos primeiros a provar a novidade foi Maurício<br />
Leite, que, integrando o grupo Time-Out, está lançando um pack com CD, DVD, play along e vídeoaulas. “Experimentei e senti<br />
firmeza”, diz, “tanto que acabamos tendo a idéia de usá-lo no DVD–aula”. A V-Tour Series oferece total expressividade graças aos<br />
novos sons de bateria e percussão (com tecnologia PCM) em conjunto com os pads <strong>Roland</strong>, sem que o instrumentista precise<br />
se preocupar com disparos duplos ou notas falhas. “Ficou claro para mim, o quanto ele pode ser abrangente em termos de<br />
utilização”, atesta o músico. “Durante o processo de mixagem, não acreditávamos que eu não havia gravado com uma bateria<br />
acústica em uma grande sala.”<br />
mÓDULO<br />
Os pads dos kits TD-9KX e TD-9K formam um casamento perfeito com o módulo TD-9, apresentando total compatibilidade.<br />
Diferentemente da série anterior, o CY-12R/C na posição de Ride dispõe do three-way system: o músico pode selecionar timbres<br />
diferentes para a superfície, a cúpula e a borda do prato. Os tons e o surdo, por sua vez, apresentam o recurso dual-trigger,<br />
permitindo ao baterista utilizar amostras distintas para o aro e a pele do pad. “O pequeno módulo, de apenas 850 gramas, é<br />
um capítulo à parte: são 522 sons, 50 setups que podem ser editados e<br />
50 músicas com quatro partes cada”, diz Leite. As opções são<br />
bem interessantes. A maioria é de bateria, com quase<br />
60 modelos de bumbo, mais de 70 caixas, conjuntos<br />
de tambores classificados de acordo com a madeira<br />
(Maple, Birch e Rosewood, por exemplo) ou eletrônicos,<br />
25 tipos de chimbal, pratos categorizados como Ride,<br />
Crash, China e Splash em diversos tamanhos e estilos,<br />
incluindo Reverse. Na seção de percussão, a diversidade<br />
é imensa: bongôs, timbales, cajon, shaker, maraca,<br />
cowbells, pandeiros, tabla, pote drums, taiko, tímpanos e<br />
vários outros. Os efeitos abrangem vozes, timbres orquestrais,<br />
scratchs, claps etc.<br />
O módulo TD-9 é muito fácil de ser operado. O display<br />
LCD é grande o suficiente para proporcionar ótima visualização<br />
mesmo em locais escuros. Excetuando os botões de<br />
ajustes de parâmetros, todos os demais são retroiluminados.<br />
Quando o músico aperta KIT, ele se acende. E, usando as<br />
teclas ou o dial, é possível escolher imediatamente um dos<br />
50 disponíveis. Esses são compilados de forma satisfatória,<br />
baseados em estilos musicais ou em situações que<br />
proporcionam escolhas óbvias. É o caso do primeiro setup,<br />
chamado V-Tour, bastante dedicado ao uso em estúdio ou<br />
palco, com timbres de caráter flexível, o que permite a exe-<br />
cução de gêneros variados. Da mesma maneira, existem sons<br />
para jazz, rock que possa exigir bumbos duplos (o segundo<br />
pode ser endereçado no pedal de chimbal), fusion, house, hip<br />
hop, minimal (house), dentre muitas opções, como TR-808 e<br />
TR-909. Extremamente interessante, também, é o kit acústico,<br />
por simular sonoridades não processadas com efeitos como<br />
gate, reverb etc.<br />
É possível montar conjuntos customizados dentro dos 50<br />
disponíveis, misturando os elementos da maneira que o músico<br />
preferir. Se desejar, ele pode endereçar um som de Pot Drum<br />
no pad de bumbo, caxixi nos pratos, caixa eletrônica nos tons<br />
e surdo (com pitchs diferentes, usando o mesmo timbre) e<br />
efeitos nos demais. Depois de selecionados, o baterista consegue<br />
mudar afinações, ambiências (tamanho da sala, tipo de<br />
parede e posição dos microfones), efeitos, decay, pan (muito<br />
útil, caso seja alterada a estrutura do setup, com caixa do lado<br />
esquerdo, dois surdos, dois rides etc) e equalização, criando um<br />
kit único que, provavelmente, ninguém fará igual. “Realmente<br />
fiz rufos e ghost-notes de forma confortável e natural. E me<br />
senti tocando os back-beats de minhas poderosas caixas de<br />
alumínio”, confessa.<br />
Quando o músico estiver editando os sons dos pratos, é<br />
possível alterar o diâmetro deles, assim como o sustain. O<br />
chimbal, por exemplo, é bastante sensível quanto à variação<br />
de timbres e modelos: “Um casal de 12” é bem mais fácil de<br />
tocar do que um de 16”. “No caso de bumbos, caixas e tons,<br />
além da afinação, é possível colocar abafadores para diminuir<br />
o sustain. “Consegui ‘criar’ um timbre de bass drum muito<br />
profundo e definido”, conta Leite. Todas essas edições são<br />
apresentadas no display com figuras, tornando o processo<br />
mais fácil e interativo.<br />
38 Música e Imagem Música e Imagem 39<br />
RACK<br />
O rack MDS-9 é extremamente prático e fácil de montar.<br />
Graças à resistência apresentada, o baterista sente confiança<br />
para tocar, sem medo de mudanças inesperadas da posição<br />
dos pads durante a performance. Os quatro pés e os tubos horizontais<br />
deixam o suporte mais flexível para diferentes ajustes<br />
dos clamps MDY-10U e MDH-10U, além de não atrapalharem a<br />
localização do pedal de chimbal FD-8, que é totalmente solto<br />
e não utiliza máquina. “Depois de um período de adaptação,<br />
o funcionamento é normal, inclusive com movimentos do tipo<br />
‘foot-splash’”, afirma Leite.<br />
O músico não precisa de uma estante de caixa com o<br />
modelo TD-9, já que o pad principal fica suspenso no próprio<br />
rack. Para ajustes finos na disposição da peça, o sistema ball-<br />
clamp – formado por uma esfera localizada dentro de uma<br />
cúpula e fixada por um parafuso borboleta – permite que o<br />
instrumentista a coloque em posição confortável, de forma<br />
rápida e segura, sem a necessidade de chaves de regulagem<br />
específicas ou ginásticas extremas. “Não tive dificuldade em<br />
deixá-la exatamente como em meu modelo acústico. A angulação<br />
é precisa e em momento algum ela cedeu ou ‘entortou’”,<br />
atesta o baterista. “Mesmo os rim-shots e a utilização do aro<br />
(cross stick) são naturais e confortáveis.”<br />
O mesmo pode ser feito nos extensores de pratos. O que<br />
segura o CY-5 (chimbal) é longo o suficiente para posicionar o<br />
pad da maneira mais confortável. “Fiquei bastante impressionado,<br />
pois todos se ajustam de forma macia e precisa, bastando<br />
um pequeno movimento nas uniões para uma perfeita<br />
disposição”, diz Leite. “Tocar com essa bateria é fácil demais.<br />
Os pads com mesh-heads permitem um grau de sensibilidade<br />
muito próximo ao das peles dos tambores acústicos. Com a<br />
chave de afinação (presa no rack), o músico altera a tensão,<br />
simulando o tipo de afinação de<br />
seu kit acústico”, afirma.<br />
MAURíCIO LEITE<br />
Facilidade para<br />
tocar a TD-9
TD-9<br />
O acabamento do rack é feito com pin-<br />
tura preta fosca, que apresenta visual agradável.<br />
O MDS-9 suporta a instalação das<br />
caixas satélites do sistema de amplificação<br />
PM-30 (veja quadro abaixo). O multicabo<br />
dos pads é feito com um terminal tipo paralelo<br />
para conectar ao módulo. Esse cabo<br />
é parecido com o de impressoras antigas,<br />
mas com configuração de pinos diferente,<br />
facilitando ainda mais a montagem. Como<br />
quase todos os modelos V-Drums, o TD-9<br />
possui entrada e saída MIDI para gravações<br />
em multitracks como o SONAR. É<br />
possível, com a utilização do software, separar<br />
o que foi gravado em MIDI em tracks<br />
individuais e captá-los em trilhas de áudio<br />
independentes, reenviando esses dados<br />
para o módulo. O equipamento também<br />
conta com entrada MIX IN para uso com<br />
players externos, opção para conexão de<br />
mais dois pads ou triggers e saídas de fones<br />
de ouvido e de áudio L/R, com plugues<br />
P-10. A porta USB, com compatibilidade<br />
para pen drives de até 1GB, permite que<br />
o intérprete salve configurações pessoais,<br />
como alterações de sons, afinação,<br />
ajustes de mixagem etc. Ainda usando o<br />
dispositivo de memória, ele pode importar<br />
suas músicas preferidas no formato .wav e<br />
tocar junto com elas, mixando os volumes<br />
dos instrumentos internos e da reprodução<br />
como desejar.<br />
ACESSÓRIOS<br />
KITS<br />
Apesar de os dois kits usarem<br />
o mesmo módulo, a opção de pads<br />
permite escolher o que é melhor<br />
em termos de custos, mas com<br />
recursos idênticos. O grande diferencial<br />
fica por conta do CY-12R/C<br />
que possui three-way system.<br />
RECURSOS<br />
V-Tour Series<br />
Módulo<br />
Bumbo<br />
Caixa<br />
Tons/Surdo<br />
Crash<br />
Ride<br />
Rack<br />
A função QuickRec/QuickPlay é uma grande novidade no mundo das baterias<br />
eletrônicas. Apertando o botão Quick Rec, um metrônomo é disparado. Para gravar,<br />
basta começar a tocar. E é preciso apenas pressionar Quick Play para escutar.<br />
“Que tal poder registrar a lição que seu professor passou e você esqueceu?”,<br />
sugere Leite.<br />
Outra importante ferramenta de estudo inserida no módulo é a Scope. Ao<br />
ativá-la, o metrônomo começa a funcionar. Quando o músico estiver tocando,<br />
automaticamente sua performance será analisada. Em um grid, muito fácil de<br />
entender, o instrumentista pode desenvolver sua precisão, verificando no display<br />
seu desempenho em tocar no tempo certo. Nessa mesma função, ele pode<br />
aumentar ou diminuir o zoom do gráfico, aprimorando a amostragem de sua execução,<br />
permitindo que ele analise a exatidão mais a fundo. “Nenhuma máquina<br />
substitui o professor, mas a TD-9 pode se tornar uma aliada importantíssima no<br />
aprendizado”, acredita Leite.<br />
O módulo vem com 50 patterns de fábrica para o aluno acompanhar. Além<br />
disso, as músicas gravadas no equipamento foram criadas com a utilização de<br />
instrumentos reais, como guitarra, contrabaixo etc. Se preferir, o baterista pode<br />
alterar o andamento sem perda alguma de qualidade. “Elas são demais! Todas<br />
cheias de personalidade, exigindo execução atenta”, diz Leite. “Aliás, estudar com<br />
a TD-9 pode ser, realmente, um processo de pesquisa, já que o instrumentista<br />
tem a oportunidade de experimentar coisas absurdas, como um splash de 2” ou<br />
um ride de 27”. Ou conduzir o “double bass” em um bumbinho de 18” dentro de<br />
uma caverna.” (Gino Seriacopi)<br />
A <strong>Roland</strong> disponibiliza o DAP-3, pacote de acessórios composto de banqueta com logotipos <strong>Roland</strong>/<br />
V-Drums, um pedal de bumbo <strong>Roland</strong> e um par de baquetas V-Drums, já que os dois kits da série V-Tour<br />
não vem acompanhados desses itens. Para expansão imediata dos setups, basta escolher o que é mais<br />
necessário para aprimorar a performance entre V-Pads, V-Kicks, V-Cymbals e clamps <strong>Roland</strong>.<br />
O amplificador que completa o kit é o PM-30, um sistema 2 x 1 (duas<br />
caixas satélites e um woofer com opção de uso como spot), com 200<br />
watts RMS e tecnologia DSP. Para uso em ambientes residências e<br />
pequenos ensaios, existe a opção PM-10, com 30 watts RMS. Ambos<br />
foram desenvolvidos exclusivamente para os kits V-Drums.<br />
TD-9K TD-9KX<br />
TD-9<br />
KD-8<br />
PDX-8 PD-105<br />
PD-8 PD-85<br />
CY-8<br />
CY-8 CY-12R/C<br />
MDS-9<br />
Para quem não quer incomodar parentes e vizinhos e manter sua<br />
privacidade, os fones de ouvido RH-300 e RH-200 são perfeitos para responder às<br />
freqüências que os bateristas precisam perceber quando tocam.<br />
40 Música e Imagem<br />
Música e Imagem e Imagem 41
Destaque<br />
Cl á s s i C o<br />
evoluído<br />
Com a presença de todos os<br />
avanços tecnológicos desenvolvidos<br />
pela <strong>Roland</strong>, os novos órgãos<br />
da linha Atelier oferecem ainda<br />
mais recursos<br />
A alma criadora do artista não tem hora marcada<br />
para inspirar-se. No entanto, para fazer aquele sopro<br />
criativo se transformar em obra de arte, ele necessita<br />
de condições e ferramentas para tal. O pintor precisa de<br />
um local com boa iluminação e um estoque de tintas e<br />
cores. O escultor, por sua vez, de material e instrumentos,<br />
para dar forma artística ao que era comum. Seguindo esse raciocínio,<br />
a <strong>Roland</strong> desenvolveu a linha Atelier de órgãos digitais. Com esses<br />
modelos, o músico terá tudo de que necessita para criar verdadeiras<br />
obras-primas.<br />
QUALIDADE<br />
Os órgãos <strong>Roland</strong> da linha Atelier estão em constante evolução<br />
e aprimoramento técnico. Desde os primeiros modelos produzidos<br />
até os mais recentes lançamentos, todas as inovações desenvolvidas<br />
pela empresa foram implantadas à série, garantindo ao equipamento<br />
modernidade e atualidade. Esse compromisso fica evidente com as<br />
novidades apresentadas.<br />
Utilizando soluções originárias dos mais avançados equipamentos<br />
fabricados pela empresa, os órgãos Atelier oferecem uma grande<br />
variedade de recursos, timbres e controles, garantindo flexibilidade,<br />
versatilidade e um potente arsenal sonoro para qualquer estilo musical.<br />
As barras harmônicas tipo “drawbar” têm a mesma qualidade<br />
das empregadas na linha VK, a mais realista na simulação de modelos<br />
eletromecânicos. O amplo display touch-screen é igual aos empregados<br />
na linha Fantom-G, possibilitando ao músico acesso a todos os<br />
parâmetros, tanto para performance quanto para gravação. O D-Beam<br />
é originário da série E de teclados e permite ao organista alterar, em<br />
tempo real, valores de filtros e volume ou inserir efeitos por meio da<br />
movimentação da mão sobre um feixe de luz infravermelha. Os timbres<br />
de órgão clássico são oriundos dos produtos Rodgers, que emulam com<br />
perfeição o som de tubos por meio da amostragem de instrumentos<br />
AT-900<br />
reais, captados ao redor do mundo. Por esses dados,<br />
é fácil perceber, conseqüentemente, que todas as<br />
melhores características de cada produto <strong>Roland</strong><br />
estão presentes nos Atelier.<br />
Dentre os fatores que determinaram a modernização<br />
da linha Atelier, alguns merecem destaque<br />
por estarem inseridos em todos os modelos.<br />
O mais atrativo é a presença de barras harmônicas<br />
tipo “drawbar”. Esse conceito de registração, mundialmente<br />
consagrado, faz que os instrumentos possam<br />
produzir exatamente o timbre desejado, por meio da<br />
mistura de diferentes harmônicos de uma nota (veja<br />
página 47). Outra inovação importante é a existência<br />
de uma porta USB, que permite armazenamento de<br />
dados e reprodução de arquivos de áudio em pen<br />
drives ou dispositivos externos, garantindo tanto<br />
a segurança de informações para uso posterior<br />
quanto a utilização de arquivos SMF (Standard MIDI<br />
Files) e mp3.<br />
Para aqueles que desejam usufruir de maneira<br />
ainda mais completa o órgão eletrônico, a <strong>Roland</strong><br />
dotou a linha Atelier com um novo formato para o<br />
manual inferior. As teclas do tipo “waterfall”, diferentes<br />
das existentes no teclado superior, tornam a<br />
execução de desenhos de piano, por exemplo, muito<br />
mais segura.<br />
LINHA COmPLETA<br />
Apesar de todos os recursos existentes, a linha Atelier não é dirigida<br />
apenas a profissionais. Os chamados hobbistas também encontram<br />
modelos que se encaixam em suas necessidades. E isso somente é possível<br />
porque os timbres e estilos de ritmo de todos apresentam a mesma<br />
qualidade. As diferenças estão listadas abaixo:<br />
AT-900: o mais completo dos modelos. Com gabinete de altíssima<br />
qualidade, fabricado nas instalações da Rodgers em Hillsboro, nos Estados<br />
Unidos, oferece 450 timbres e 300 estilos de ritmo com 240 watts de<br />
potência e interface de vídeo;<br />
AT-300: é a solução ideal para<br />
quem precisa de um órgão<br />
com timbres de qualidade e<br />
recursos de alta tecnologia.<br />
Possui móvel em madeira,<br />
com tampa, e potência de<br />
30 watts x2.<br />
AT-100: é um órgão com<br />
120 timbres e 80 estilos de<br />
ritmo com qualidade <strong>Roland</strong>,<br />
a preço bem acessível. Também<br />
oferece pedaleira de 20<br />
notas, saída USB e barras<br />
harmônicas “drawbar”.<br />
(Amador Rubio)<br />
AT-900C: com os mesmos recursos<br />
do AT-900, o modelo “combo”<br />
permite utilização de pedaleira<br />
de 25 ou 20 notas, à escolha.<br />
O gabinete de estilo mais<br />
moderno é típico de órgão<br />
de palco;<br />
AT-800: em gabinete<br />
de madeira, apresenta<br />
pedaleira de 20 notas e<br />
os mesmos recursos de<br />
som dos modelos AT-900 e<br />
AT-900C;<br />
AT-500: os 300 timbres<br />
e 150 estilos de ritmos, o<br />
painel WVGA (800x480) e o<br />
teclado inferior de 64 notas<br />
fazem dele um modelo completo para estúdios,<br />
igrejas, escolas e residências;<br />
ÉPOCA DE OURO<br />
Os órgãos eletromecânicos foram<br />
desenvolvidos a partir da década de 1930<br />
e buscavam oferecer aos músicos uma<br />
alternativa mais acessível para o som<br />
dos modelos de tubos, normalmente<br />
utilizados em igrejas e teatros. Aos<br />
poucos, a busca por simular o timbre de<br />
instrumentos acústicos - como marimba,<br />
oboé ou, até mesmo, vocais - por meio<br />
da manipulação das barras harmônicas,<br />
criou a necessidade de inserir registros<br />
prontos de alguns deles.<br />
Com o desenvolvimento e a incorporação<br />
de componentes eletrônicos,<br />
foram produzidos diversos modelos de<br />
órgãos direcionados ao uso doméstico,<br />
principalmente entre as décadas de 1940<br />
e 1970. Esses equipamentos passaram<br />
a contar com ostinatos rítmicos, arpegiadores<br />
e padrões automáticos de acompanhamento,<br />
permitindo a um intérprete<br />
reproduzir o som de vários instrumentos<br />
de um grupo sem a necessidade de<br />
outros músicos.<br />
Essa possibilidade abriu novas frentes<br />
de trabalho, tanto em relação a eventos<br />
e festas quanto no que diz respeito<br />
a escolas e aulas.<br />
Após a criação dos teclados arranjadores,<br />
a procura por órgãos eletrônicos<br />
teve grande queda. Os setores de vendas<br />
e de ensino sentiram esse golpe<br />
e, aos poucos, os músicos migraram<br />
para a novidade, relegando os modelos<br />
com pedaleira e dois teclados ao<br />
segundo plano. Isso não significa, no<br />
entanto, que esse tipo de instrumento<br />
tenha sido sepultado. Diversas denominações<br />
evangélicas e católicas fazem<br />
uso do equipamento para seus cultos.<br />
E muitos artistas, ávidos por mais possibilidades<br />
em termos de timbres, ritmos<br />
e arranjos, continuam se dedicando a<br />
ele com afinco.<br />
42 Música e Imagem<br />
Música e Imagem<br />
43
Pergunte ao Especialista<br />
a s e ç ã o Pe r G u n T e a o es P e C i a l i s Ta é d e d i C a d a a r e s o lv e r a s d ú v i d a s d o s l e i T o r e s.<br />
en v i e s u a P e r G u n T a P a r a o e-M a i l r e v i s Ta @r o l a n d .C o M .B r<br />
Amplificador<br />
Cadeia<br />
Qual é a ordem<br />
certa dos pedais<br />
em uma cadeia de<br />
efeitos?<br />
Talita Gronsk<br />
Curitiba - PR<br />
DD-7<br />
(Delay)<br />
FBM-1<br />
(Simulador de<br />
amplificador)<br />
Amplificador<br />
PH-3<br />
(Phaser)<br />
DD-7 (Delay)<br />
Não há certo ou errado para a ordem de conexão<br />
de pedais. O que vale é o ouvido do guitarrista<br />
e os timbres que ele deseja criar. Existe, porém,<br />
um padrão adotado pela maioria dos músicos<br />
(veja gráficos). Seguem alguns exemplos:<br />
WAH-WAH: pode ser colocado após a guitarra<br />
(som mais vintage e com menos ruído) ou as<br />
distorções (mais agressivo, porém mais sujo);<br />
CHORUS: a forma clássica é posicioná-lo<br />
depois das distorções. Mas também é usado<br />
em seguida do delay. Neste caso, o timbre é<br />
um pouco mais rico. No entanto, o ruído pode<br />
aumentar e o som ficar embolado, dependendo<br />
do ajuste;<br />
EQUALIZADOR: pode ficar em qualquer<br />
lugar no setup, entretanto é mais utilizado após<br />
a distorção (Booster para solos);<br />
Cadeia de efeitos simples<br />
CE-5 (Chorus)<br />
GE-7<br />
(Equalizador)<br />
Cadeia de efeitos avançada<br />
CE-5<br />
(Chorus)<br />
GE-7<br />
(Equalizador)<br />
OD-3<br />
(Overdrive)<br />
ML - 2<br />
(Distorção)<br />
ML - 2<br />
(Distorção)<br />
PS-5<br />
(Pitch Shifter)<br />
PW-10<br />
(Wah)<br />
PW-10<br />
(Wah)<br />
VOLUME: o pedal de volume (FV-500H – alta impedância)<br />
entre a guitarra e os pedais influirá diretamente na resposta<br />
dos efeitos de distorção e overdrive, que funcionam baseados<br />
no sinal de entrada. Com o equipamento (FV-500L – baixa impedância)<br />
conectado após os pedais, o músico tem controle<br />
do volume final do timbre, sem alterar a resposta de drive e<br />
distorção;<br />
OITAVADORES, HARMONIZERS e PITCH SHIFTERS: é<br />
aconselhável ligá-los antes de todos os outros pedais, para<br />
garantir que estes façam a leitura correta da nota tocada para<br />
depois criar as adicionais com precisão.<br />
Pedro Lobão<br />
Guitarrista e especialista<br />
de produtos BOSS<br />
FV-500H<br />
(Volume)<br />
Guitarra<br />
Guitarra<br />
Tenho uma banda e, para as apresentações, utilizo gravações pré-produzidas. Gostaria de disparar<br />
um playback no Juno-G e enviar um metrônomo para o baterista enquanto toco normalmente com<br />
os sons do sintetizador. Como posso fazer isso?<br />
44 Música e Imagem<br />
Música e Imagem 45<br />
Metrônomo<br />
Playback<br />
Sons do teclado<br />
Playback<br />
Gerson da Matta<br />
Belo Horizonte - MG<br />
Utilizar playback em apresentações é mais comum do que pode parecer. Muitas bandas usam esse recurso como<br />
forma de potencializar o conteúdo sonoro produzido por elas nos shows ou inserir elementos impossíveis de serem<br />
executados ao vivo. O Juno-G pode servir muito bem como cérebro dessa operação. Para isso, basta seguir os seguintes<br />
passos:<br />
1 - Com o JUNO-G conectado ao computador,<br />
pressione USB, em seguida PC CARD [F5], e insira<br />
o arquivo de áudio (wav/aiff 16bit/44.1kHz) na pasta<br />
TMP/AUDIO_IMPORT do cartão. Desconecte<br />
o equipamento seguindo os procedimentos do<br />
manual (pg.168);<br />
2 - Pressione AUDIO, em seguida LIST, UTILITY,<br />
IMPORT AUDIO;<br />
3 - Pressione CARD [F2] e selecione o arquivo<br />
de áudio. Pressione IMPORT e, em seguida,<br />
EXECUTE [F6];<br />
Caso você não saiba em qual velocidade<br />
(bpm) está o áudio importado, utilize o Cálculo<br />
Automático de Andamento (pg.120 do manual<br />
de usuário).<br />
4 - Pressione AUDIO TRACKS e, em seguida,<br />
INSERT. Selecione o arquivo e pressione ENTER;<br />
5 - Pressione MIXER [F6] e KEY&OUT [F3].<br />
Surgirá uma tela com dois grupos de knobs, OUT<br />
e KEY. No campo de knobs OUT, altere o canal em<br />
que foi inserido o áudio para OUT B;<br />
Diagrama de conexões<br />
6 - Pressione LVL&PAN e altere o Pan do canal de áudio importado<br />
totalmente para R (direita). Dessa forma, o playback será reproduzido<br />
somente pelo conector OUTPUT B R/4;<br />
7 - Selecione PERFORMANCE PRESET 002 SEQ: TEMPLATE (por<br />
exemplo);<br />
8 - Clique em PART VIEW [F5]. Mova o cursor para escolher a parte 10<br />
(percussão) ou, se preferir outra, utilize as setas direcionais. Acesse TYPE<br />
e altere para RHYTHM;<br />
9 - Com o kit de bateria selecionado na pista a ser gravada, utilize o<br />
COWBEL (C2#) como click;<br />
10 - Pressione REC para visualizar a tela MIDI REC STANDBY (RealTime);<br />
11 - Utilize o cursor para selecionar a opção Input Quantize. Altere o<br />
valor de GRID e GRID RESOLUTION para 1/4. Fazendo esse ajuste, o<br />
JUNO-G quantizará automaticamente todas as notas tocadas, mesmo que<br />
estejam fora do tempo. Basta, então, gravar alguns compassos, copiá-los<br />
e colar a quantidade equivalente à duração da música;<br />
12 – Pressione PART MIXER. Em seguida, selecione KEY/OUT [F4].<br />
Utilize o cursor para alterar o valor da linha OUT e da coluna equivalente a<br />
parte em que foi gravado o click para 3. Ele será reproduzido pelo OUTPUT<br />
B L/3, o playback na saída OUTPUT B R/4 e os sons do teclado poderão<br />
ser tocados pelas saídas 1 e 2.<br />
Sergio Terranova<br />
Tecladista, gerente de produtos da <strong>Roland</strong><br />
<strong>Brasil</strong> e único brasileiro a fazer parte da<br />
equipe de desenvolvedores da <strong>Roland</strong> Japão
Pergunte ao Especialista<br />
Expansão<br />
Possuo uma V-Drums TD-12K. Posso expandi-la com mais pads?<br />
Os kits V-Drums permitem que o baterista explore ao má-<br />
ximo sua capacidade criativa, graças aos recursos presentes<br />
nos módulos e pads, como livre escolha de instrumentos em<br />
cada setup, edição de sons e de ambiências, e inclusão de<br />
mais V-Pads ou V-Cymbals. Nem sempre os músicos ficam<br />
satisfeitos em manter o kit original em se tratando de quantidade<br />
de pads como, por exemplo, no caso da bateria TD-12K<br />
de Beto Caldas, que é originalmente composta de bumbo,<br />
caixa, chimbal, dois tons, um surdo e dois pratos. Apesar de<br />
toda tecnologia existente no conjunto dos pads com o módulo<br />
TD-12, como o dual trigger em tons, surdo, caixa e crash - que<br />
possibilita endereçar dois sons distintos entre a pele e o aro do<br />
pad ou a borda e a superfície do prato - e o three-way system<br />
do CY-12R/C na posição de ride – com até três sons (superfície,<br />
cúpula e borda) - nem sempre esses recursos são suficientes<br />
para que o baterista proveniente do mundo acústico aceite as<br />
inovações de forma fácil e mude imediatamente sua maneira<br />
de tocar um groove ou um solo, obviamente influenciado pela<br />
posição física em que esses novos sons estão dispostos.<br />
Mesmo que, no início, tudo possa parecer diferente no<br />
universo eletrônico por causa do diâmetro e da estrutura dos<br />
pads, a geração atual dos kits V-Drums requer pouco esforço<br />
para adaptação, e ainda permite que os músicos aprimorem<br />
Kit original V-Drums TD-12K<br />
Beto Caldas<br />
São Paulo – SP<br />
(Professor de percussão da Universidade Livre de Música)<br />
seu desempenho técnico em relação ao que estão acostumados<br />
quando em kits acústicos, gerando idéias que, talvez, não<br />
haviam sido pensadas anteriormente. A estrutura dos pads com<br />
peles mesh-head e a maciez dos de borracha, em conjunto<br />
com a sensibilidade de toque e o total controle de dinâmica,<br />
são responsáveis por essa fácil adaptação, principalmente no<br />
primeiro contato do baterista com o instrumento. Acostumados<br />
com modelos acústicos, em que existe a liberdade de<br />
implantar variações de timbres, incluindo pratos, efeitos ou<br />
tambores, os músicos também pensam em ampliar seus kits<br />
eletrônicos. Quando essa necessidade de agregar outras peças<br />
acontece, a princípio a comparação com as possibilidades de<br />
expansão entre baterias acústicas e eletrônicas é inevitável<br />
e questionável. O formato físico do conjunto dos tambores e<br />
pratos acústicos, posicionados em circunstâncias que deixam<br />
os instrumentistas em situação de conforto, faz que eles sejam<br />
influenciados na maneira de tocar e, por conseqüência, inspira<br />
diretamente sua criatividade.<br />
No mundo das baterias eletrônicas, essa condição não pode<br />
ser diferente. Aqueles que não se contentam com o formato<br />
padrão dos kits V-Drums (no caso, o TD-12K) podem, imediatamente,<br />
incluir mais três pads sem a necessidade de outro<br />
equipamento adicional: um V-Cymbal CY-15R na posição de<br />
Kit expandido com pads adicionais<br />
ride, um PD-125 no lugar de caixa,<br />
e um CY-5 como um splash mais<br />
próximo dos tons. O PD-105, que<br />
acompanha o produto original,<br />
ficaria como um segundo surdo,<br />
uma segunda caixa, ou qualquer<br />
outro som (sem mencionar a<br />
possibilidade do dual-trigger). E o<br />
CY-12R/C, que originalmente está<br />
na posição de prato de condução,<br />
pode servir como um segundo<br />
crash (ao lado direito do ride ou<br />
à esquerda do primeiro crash),<br />
usando assim todos os inputs<br />
possíveis do módulo (veja as fotos).<br />
Se o baterista ainda não ficar<br />
satisfeito com esse kit totalmente<br />
customizado, ele pode recorrer<br />
ao expansor de inputs/trigger<br />
TMC-6-<strong>Roland</strong>. Quando o mesmo<br />
está conectado via MIDI ao TD-12,<br />
é possível utilizar mais seis pads/<br />
triggers <strong>Roland</strong>, usando sons distintos<br />
dos outros já programados.<br />
Excetuando-se o HD-1, todos os<br />
modelos TD permitem conexão<br />
de mais instrumentos.<br />
Gino Seriacopi<br />
Baterista, tocou com diversos<br />
artistas, é especializado em áudio<br />
e trabalhou como músico e técnico<br />
em estúdios. Gerente de produtos<br />
V-Drums da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong><br />
Ba r r a s<br />
Harmônicas<br />
Qual o significado dos números<br />
que aparecem nas barras<br />
harmônicas da linha Atelier?<br />
Maria Elisa Pereira<br />
Feira de Santana - BA<br />
As barras harmônicas - também chamadas de “H-bars” ou “Drawbars” -<br />
presentes na linha de órgãos Atelier reproduzem o sistema que ficou conhecido<br />
nos modelos Hammond. Os números representam o tamanho, em pés, dos<br />
tubos que emitem cada altura de som. O de 8 pés, representado por 8’, faz<br />
que as notas soem na oitava natural, ou seja, o Dó Central tem a mesma altura<br />
do Dó Central do piano. Ao usar a barra 16’ e tocar as mesmas teclas, as notas<br />
são ouvidas uma oitava abaixo, pois está sendo usado um tubo com o dobro<br />
do tamanho. Da mesma forma, utilizando a barra 4’, ouve-se o som uma oitava<br />
acima do natural, pois o tubo “acionado” teria a metade do tamanho daquele<br />
de 8’. Conseqüentemente, habilitando as barras 2’ e 1’, as notas soarão duas<br />
e três oitavas acima da natural, respectivamente. A beleza da registração fica<br />
por conta da mistura que o organista faz ao usar essas diferenças de oitava.<br />
Podem-se criar timbres muito interessantes empregando, por exemplo, 16’ e 1’,<br />
produzindo um som que mistura as oitavas graves com as agudas. As marcadas<br />
com números fracionados, por sua vez, representam os harmônicos. Devem ser<br />
utilizadas com cuidado, servindo como um “tempero” para a base criada com<br />
as barras de números inteiros. Isso porque as notas não soarão de acordo com<br />
a tecla acionada. Ao tocar o Dó com o registro 8’, por exemplo, ouve-se o som<br />
dele mesmo. Mas, se for trocado pelo 5 1/3’, escuta-se Sol, mesmo excutando<br />
a tecla Dó. O 5 1/3 por não ser a metade e nem o dobro do 8’, altera o som em<br />
uma quinta. Toca-se Dó e ouve-se Sol, enquanto com Ré escuta-se Lá, e assim<br />
por diante. Os outros registros com frações também fazem soar notas diferentes.<br />
Ao usar a tecla correspondente ao Dó com o 2 2/3’ ouve-se Sol uma oitava<br />
acima. Com o 1 3/5’, escuta-se Mi duas oitavas acima. E com o 1 1/3’, Sol duas<br />
oitava acima. Com uma registração feita somente com a utilização das barras<br />
com números fracionados, sempre se está tocando uma nota e ouvindo outra.<br />
Por isso, esses registros devem ser usados como um bom tempero: se não<br />
for empregado, o resultado é insosso; ao adicionar demais, estraga.<br />
Amador Rubio<br />
Organista,<br />
gerente de produtos<br />
da <strong>Roland</strong> <strong>Brasil</strong><br />
46 Música e Imagem Música e Imagem<br />
47 47
Carreira Educação<br />
Aprendizado<br />
e T e r n o<br />
A formação de um profissional e o sucesso em<br />
sua carreira dependem apenas dele mesmo<br />
“The movement you need is on your shoulder”. Quando Paul McCartney escreveu<br />
“Hey Jude”, ele pensava em Julian, filho de John Lennon, que andava triste porque seus<br />
pais estavam se divorciando. Era 1968 e, 40 anos depois, estou “sampleando” essa<br />
frase “MacCartniana”. A citação me veio à cabeça por uma simples razão: acredito que<br />
tudo depende de nós mesmos.<br />
Conheço muitos que dedicaram suas vidas estudando a fundo um instrumento e não<br />
tiveram o retorno que mereciam. Mas, nisso, entram em jogo fatores que precisam ser<br />
analisados. Um deles é saber que vivemos no <strong>Brasil</strong>, um país um tanto quanto ingrato<br />
com a sua cultura. Outra questão importante é que nem todos pensam estrategicamente<br />
e com um mínimo de diplomacia ao longo de seus caminhos.<br />
Nosso panorama é pitoresco: há, às vezes, ótimos músicos sem trabalho, ao passo<br />
que outros, por vezes medíocres, fazem fortunas. Onde está a lógica disso? A quem<br />
se deve culpar?<br />
Em primeiro lugar, não adianta ficar se lamentando do mercado fonográfico e com<br />
raiva do sucesso alheio. Sendo assim, quais os caminhos que se deve buscar para<br />
começar uma sólida carreira na área da música?<br />
CAmINHOS<br />
Para começar, é preciso se preparar.<br />
Estudar, ouvir e tocar. Sempre. Toda<br />
informação é muito bem-vinda. Eu, por<br />
exemplo, há algum tempo, senti uma forte<br />
vontade de aprofundar meus conhecimentos<br />
de improviso. Procurei Dario<br />
Galante, craque nessa área, e fiquei um<br />
ano tendo aulas semanais com ele. Há<br />
dois, estou estudando com Vittor Santos,<br />
outro mestre e grande orquestrador, e<br />
mergulhei fundo em harmonia funcional,<br />
tonalismo, modalismo e orquestração.<br />
Meu primeiro professor de piano foi<br />
Homero de Magalhães. Primo de minha<br />
mãe (também pianista), era um virtuose.<br />
Gravou as “Cirandas”, de Villa-Lobos, em<br />
Paris, trabalho que me impressionou<br />
muito quando ouvi pela primeira vez.<br />
Recentemente, tive a oportunidade de<br />
apreciá-lo e, novamente, fiquei mobilizado<br />
com sua performance. Na época, ele<br />
dedicava parte do seu tempo à escola<br />
de música Pro-Arte e a palestras pelo<br />
mundo.<br />
Eu, autodidata até então, fiquei feliz<br />
quando mestre Homero me viu tocar e<br />
se ofereceu para me dar aulas de técnica<br />
pianística, impondo apenas uma condição:<br />
teria que estudar teoria e solfejo<br />
na Pro-Arte. “O piano é ingrato”, dizia<br />
Homero. “Se você ficar dois dias sem<br />
praticar, ele se zanga.” Falava isso com<br />
a propriedade de um grande concertista<br />
erudito, alguém que sacrificou a vida<br />
inteira a esse instrumento. Vale, então,<br />
um conselho que serve para qualquer<br />
músico: dedique algumas horas por dia<br />
a seu instrumento.<br />
Certa vez, Pat Metheny esteve no<br />
Rio de Janeiro e ficou em Búzios, um paraíso<br />
de lindas praias na região de Cabo<br />
Frio. Eu soube por alguns amigos que<br />
freqüentaram a casa em que o músico<br />
estava, que, enquanto todos passavam<br />
mu Ca r va l h o<br />
Pianista, tecladista, compositor<br />
e produtor musical, fez parte da<br />
banda A Cor Do Som, compôs e<br />
atuou em trilhas para cinema, teatro<br />
e TV. Fundou, em sociedade com Ana<br />
Zingoni, o estúdio de gravação Boogie<br />
Woogie Music e, atualmente,<br />
produz temas incidentais para a<br />
Rede Globo de Televisão<br />
o dia na areia, ele simplesmente não<br />
largava sua guitarra. Acordava e ficava<br />
praticando, manhã, tarde e noite.<br />
Na época de minhas aulas com Homero,<br />
participava dos festivais do Colégio<br />
Rio de Janeiro, um evento delicioso.<br />
Claudio Nucci, Zé Renato, Claudinho<br />
Infante, Lobão, Zé Luiz (flautista), eram<br />
todos alunos do CRJ, como eu. Foi com<br />
alguns dessa turma que formei minha<br />
primeira banda. Claudio Nucci já era<br />
um compositor de mão cheia e com<br />
conhecimentos de harmonia muito<br />
profundos. Posso dizer, tranqüilamente,<br />
que aprendi muito com ele nessa área.<br />
Ficava interessado pelo modo como<br />
pegava uma canção e aplicava outros<br />
acordes, transportando a melodia para<br />
um ambiente diferente. Essa turma foi<br />
uma escola pra mim.<br />
Portanto, sempre temos algo a<br />
aprender com os outros. E é bom estar<br />
atento a isso.<br />
A dificuldade encontrada atualmente para determinar<br />
qual o melhor caminho em educação musical decorre do<br />
afastamento que foi criado entre a prática e a teoria. Embora<br />
esta última seja absolutamente fundamental para o exercício<br />
da música como profissão, ela não é responsável pela<br />
expressão que determinará a personalidade do artista. Da<br />
mesma forma, a prática, isoladamente, sem a informação<br />
teórica, é insuficiente para proporcionar o desenvolvimento<br />
do instrumentista.<br />
Não existe uma ordem pré-estabelecida para escolher por<br />
onde se deve começar o estudo. Algumas vezes, inicia-se<br />
pela teoria. Em outras, pela prática. Isso depende das circunstâncias<br />
e do perfil interior de cada indivíduo. Um resultado<br />
satisfatório, no entanto, apenas poderá ser atingido quando<br />
existir domínio sobre a expressão, o que, por sua vez, acontece<br />
unicamente por meio do desenvolvimento da percepção.<br />
E, para isso, ambas (teoria e prática) são necessárias. Desse<br />
modo, podem-se evitar os dois tipos de problemas mais<br />
comuns relacionados à percepção: não conseguir nomear o<br />
que se está escutando, e saber todos os nomes, mas não<br />
distinguir o som.<br />
Atualmente, há um número muito maior de escolas se<br />
comparado há cinco décadas, mas a oferta de lugares para<br />
praticar a música diminuiu sensivelmente. O instrumentista<br />
de hoje é muito bem-informado sobre as técnicas, pois existe<br />
um acesso bastante grande a esse assunto. No entanto, o<br />
mercado para ele está cada vez mais dividido em setores:<br />
quem toca samba ou jazz, pop ou seu próprio trabalho. Dessa<br />
forma, o novo músico encontra dificuldade em aprender na<br />
prática os diferentes temperamentos que essa arte possui.<br />
silvia Go e s<br />
Te o r i a e<br />
prática<br />
A educação musical tem sido bastante discutida nos dias de hoje,<br />
mas é preciso cuidado e conhecimento para tomar decisões<br />
Nasceu em São Paulo, de pai violonista (autodidata) e mãe pianista de<br />
formação erudita, mas envolvida com o jazz. Tornou-se profissional aos 11 anos,<br />
tocando violão. Aos 20, teve a oportunidade de trabalhar como arranjadora e<br />
manteve essa atividade por duas décadas. Aos poucos, substituiu o arranjo pelo<br />
piano e seguiu carreira com a música instrumental. Desde o início dos anos 70,<br />
se envolveu com a questão da intuição para tocar. Começou a investigar em<br />
várias áreas e, sem abandonar a carreira de pianista, abraçou essa pesquisa.<br />
O conhecimento das diferenças entre os estilos é altamente<br />
enriquecedor para o instrumentista que quer desenvolver sua<br />
criatividade. Não é aconselhável para aquele que está iniciando<br />
uma carreira, porém, acreditar que haja distinções entre<br />
a música erudita e a popular. Elas existem, mas não podem<br />
ser comparadas em relação à maior ou menor dificuldade, ao<br />
número de horas de estudo, à importância da composição etc.<br />
Um músico de jazz, acostumado com o improviso, tem consciência<br />
da técnica necessária para executar seus solos. Ele está<br />
habituado a perceber a harmonia para realizar a construção de<br />
seu improviso, mas sabe que apenas a percepção não será<br />
suficiente se lhe faltar técnica. Do mesmo modo, o erudito<br />
conhece seu potencial, mas compreende, também, que para<br />
realizar improvisos o componente principal não é a técnica.<br />
É bom lembrar que não existem limites físico ou mental<br />
para que esses instrumentistas realizem os dois gêneros.<br />
Quando isso não acontece, são apenas informações subliminares<br />
aceitas por cada um que acabam se transformando em<br />
agentes impossibilitadores.<br />
Os caminhos que conduzem à especialização em um estilo<br />
são bem definidos, fáceis de reconhecer, mas a iniciação deve<br />
ser a mesma. O estudante, em princípio, precisa estar seguro<br />
de todos os códigos que existem (parte teórica) para que depois<br />
sinta confiança para desenvolver a percepção. Por conta<br />
disso, é fácil entender que os músicos enfrentam duas etapas<br />
importantes em sua trajetória de aprendizado. A primeira é a<br />
formação básica, ou seja, o domínio dos códigos musicais. E,<br />
junto a esse conhecimento que vai sendo adquirido, o aluno<br />
precisa, diariamente, tocar seu instrumento, pesquisar os sons,<br />
para assimilar o que está aprendendo teoricamente.<br />
48 Música e Imagem Música e Imagem 49
Fronteiras<br />
Equilíbrio<br />
e M o C i o n a l<br />
Fundador e presidente da Rede LFG, Luiz Flávio Gomes fala<br />
sobre a importância da bateria em sua vida profissional<br />
Luiz Flávio Gomes possui currículo invejável. Mestre e<br />
doutor em Direito Penal, é fundador e presidente da Rede LFG<br />
- que promove cursos telepresenciais com transmissão ao<br />
vivo e para todo País -, além de ministrar aulas em faculdades<br />
latino-americanas. Também atuou nas funções de promotor de<br />
Justiça em São Paulo, juiz de direito e advogado, entre outras<br />
atribuições. Com essa vasta experiência, pode-se prejulgar<br />
que a sua vida profissional não dependa de outros fatores.<br />
Engana-se, porém, quem acredita nesta hipótese. O jurista,<br />
um apaixonado por exercícios físicos - principalmente corrida -,<br />
leitura e, quem diria, bateria, explica por que essas atividades<br />
são fundamentais para exercer bem o seu trabalho. “Além<br />
de comporem momentos de pausas que ajudam a desviar<br />
a atenção das tarefas do dia-a-dia, elas auxiliam nas questões<br />
que envolvem o equilíbrio emocional”, analisa. “Todos<br />
precisam de práticas que combinem o lado material com o<br />
espiritual”, explica. Gomes, inclusive, deixa transparecer uma<br />
preferência por essa arte. “A música é considerada o ponto<br />
de encontro das civilizações, unindo todas as épocas. Ela tem<br />
sentido universal e, por isso, todos deveriam gostar.”<br />
O interesse pela bateria começou cedo. Aos 13, formou<br />
uma banda em Sud Mennucci, cidade localizada no interior de<br />
São Paulo, onde fez apresentações freqüentes por cinco anos.<br />
“Meu instrumento não contava com muitos recursos, mas<br />
consegui me desenvolver”, conta. Embora a carreira artística<br />
parecesse consolidada, o adolescente tinha outro objetivo: ser<br />
juiz. Nessa época, decidiu focar suas atenções apenas nos<br />
estudos. Fez faculdade, prestou concurso e cumpriu sua meta.<br />
Entretanto, sentia falta da prática musical. Voltou a tocar com<br />
mais de 30 anos. Confidenciou que, de uns tempos para cá,<br />
tem conseguido tempo para praticar. “Estou curtindo”, resume<br />
o jurista em relação à experiência com as baquetas.<br />
Assim como todo bom instrumentista, Gomes é apreciador<br />
de diversos estilos. Isso fica evidente quando fala sobre<br />
o que costuma tocar. “Adoro samba e forró. Também gosto<br />
muito da disco music que marcou época na década de 1980”,<br />
explica. “Se for para falar de bandas, prefiro os Beatles”, conclui.<br />
O jurista só perde a paciência com os gêneros eletrônicos<br />
mais modernos. “Detesto esses sons binários sem sentido”,<br />
indigna-se. “Já escutou uma música que não te emociona?<br />
Isso é uma barbaridade”, sentencia.<br />
Gomes dificilmente demonstra suas habilidades com as<br />
baquetas em público. “Acredito que esse seja um momento<br />
meu”, define. Para acompanhá-lo nessa atividade quase<br />
solitária, o jurista resolveu escolher a V-Drums, modelo<br />
TD-20K, desenvolvida pela <strong>Roland</strong>. “Estou muito satisfeito<br />
com o instrumento. Realmente, é uma das melhores<br />
compras que já fiz”, afirma. Com o setup que compõem<br />
essa bateria, o músico consegue se expressar com mais<br />
naturalidade, além de desempenhar sua performance com<br />
qualidade invejável. Gomes levantou outros pontos positivos,<br />
como a possibilidade de ensaiar usando fones de ouvido.<br />
“Assim não incomodo os vizinhos”, diverte-se. Questionado<br />
sobre a utilização de kits complementares, ele explica: “Não<br />
preciso. Ainda não esgotei 50% das possibilidades que o<br />
equipamento oferece.” (Rafael Furugen)<br />
50 Música e Imagem<br />
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