o teÃsmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe
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Para compreendê-la melhor pretend<strong>em</strong>os compará-la com a posição de<br />
Leibniz, o inventor <strong>do</strong> termo teodicéia, um <strong>do</strong>s pensa<strong>do</strong>res que mais influxo<br />
teve na discussão filosófica desse <strong>probl<strong>em</strong>a</strong>. Entretanto, a posição de Leibniz<br />
muito deve ao pensamento de Agostinho, o primeiro que se debruçou<br />
sist<strong>em</strong>aticamente sobre a questão <strong>do</strong> <strong>mal</strong>, na perspectiva <strong>do</strong> teísmo cristão.<br />
Daí a necessidade de apresentar ainda que sumariamente as idéias dele<br />
sobre a relação entre a criação, o <strong>mal</strong> e Deus.<br />
O êxito de nossa abordag<strong>em</strong> depende de inicialmente apresentarmos a<br />
relação que existe entre o teísmo e o <strong>probl<strong>em</strong>a</strong> <strong>do</strong> <strong>mal</strong>. Para isso,<br />
concentramo-nos <strong>em</strong> esclarecer como essa relação se desenvolveu desde<br />
Agostinho até Leibniz. Detalhamos o contexto histórico da solução ao <strong>probl<strong>em</strong>a</strong><br />
desde a primeira resposta, elaborada por Agostinho, até a teodicéia de Leibniz.<br />
Em um segun<strong>do</strong> momento, pretend<strong>em</strong>os atingir especificamente o<br />
entendimento <strong>do</strong> pensamento de Richard Swinburne, objeto principal de nossa<br />
análise. Abordamos, primeiramente, alguns aspectos de sua epist<strong>em</strong>ologia,<br />
posto que é neles que nosso autor fundamenta a plausibilidade da hipótese <strong>do</strong><br />
teísmo. Nesse senti<strong>do</strong> consideramos os aspectos que são imprescindíveis para<br />
sua argumentação, quais sejam, como uma crença pode ser justificada e que<br />
relação epistêmica se pode estabelecer entre tais conclusões e o teísmo.<br />
Por fim, nos aplicamos ao trabalho de esclarecer como Swinburne<br />
procura compatibilizar o teísmo, que desenvolve, com o <strong>probl<strong>em</strong>a</strong> <strong>do</strong> <strong>mal</strong>. Para<br />
satisfazer a esta exigência, acabou construin<strong>do</strong> sist<strong>em</strong>aticamente uma<br />
teodicéia que leva <strong>em</strong> conta os padrões cont<strong>em</strong>porâneos da argumentação<br />
filosófica e cientifica.<br />
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