o teÃsmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe
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poderiam rivalizar com o teísmo como explicação para este fenômeno - o<br />
universo e suas contingências - <strong>em</strong> condições de exceder a sua probabilidade<br />
Se pudéss<strong>em</strong>os confrontar o teísmo com várias teorias h 1 , h 2 , h 3 qual delas<br />
poderia ter maior probabilidade que o teísmo (h)<br />
As reflexões que segu<strong>em</strong> indicam que hipóteses rivais não consegu<strong>em</strong><br />
ter uma probabilidade prévia maior que o teísmo, principalmente pela falta de<br />
simplicidade e porque não se t<strong>em</strong> como adequar a elas nesse caso algum<br />
conhecimento de fun<strong>do</strong>. Vejamos alguns casos que diretamente se aplicam a<br />
essa comparação.<br />
2.3.1. Teísmo e principais hipóteses rivais<br />
a. Um deus limita<strong>do</strong><br />
Pelas considerações sobre a simplicidade <strong>do</strong> teísmo, na forma<br />
assumida, somos leva<strong>do</strong>s a compreender que a hipótese de um deus limita<strong>do</strong><br />
não seria mais provável que a hipótese de um Deus ilimita<strong>do</strong>.<br />
Fundamentalmente porque um deus limita<strong>do</strong> equivale a um tipo de ser cujas<br />
ações teriam de ser justificadas por algo que estivesse para além dele. Seria<br />
necessário recorrer a fatores externos que influenciaram tais ações.<br />
A finitude, no caso de um deus postula<strong>do</strong> como limita<strong>do</strong>, é algo que<br />
complica <strong>em</strong> vez de simplificar uma hipótese, pois para cada limite apresenta<strong>do</strong><br />
t<strong>em</strong>os que dar as razões de tal limite. Um deus limita<strong>do</strong>, por ex<strong>em</strong>plo, não<br />
poderia possuir inúmeras propriedades que conectadas umas com as outras<br />
tornam possível (explicam) eventos que esperamos que um Deus crie.<br />
b. Politeísmo<br />
Seguin<strong>do</strong> o mesmo critério (a simplicidade da hipótese), dev<strong>em</strong>os<br />
admitir que é mais simples o monoteísmo <strong>do</strong> que o politeísmo. Aceitar vários<br />
deuses implica admitir uma ord<strong>em</strong> de poderes distribuí<strong>do</strong>s entre vários seres<br />
<strong>em</strong> que para cada evento haveria possivelmente mais de uma explicação. Terse-ia<br />
que justificar a intenção, crenças e poderes <strong>do</strong>s deuses que foss<strong>em</strong><br />
explicação de determina<strong>do</strong> evento.<br />
É mais simples postular um único tipo de ser que reúna todas as<br />
condições para explicar (tornar prováveis) fenômenos como a existência <strong>do</strong><br />
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