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o teísmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe

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mun<strong>do</strong>, uma vez que seja possível a partir <strong>do</strong> entendimento <strong>do</strong> que sejam as<br />

intenções deste único ser obter-se a explicação para o evento espera<strong>do</strong>.<br />

c. Naturalismo<br />

Como estamos ven<strong>do</strong>, as hipóteses rivais ao teísmo apresentam-se<br />

como alternativas pouco prováveis, principalmente por não ser<strong>em</strong> hipóteses<br />

com probabilidade prévia que possa ser admitida, principalmente quan<strong>do</strong> são<br />

confrontadas com a exigência da simplicidade.<br />

Mesmo a hipótese naturalista enfrenta essa dificuldade. Caso fosse<br />

aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> o teísmo para se admitir qualquer substância física como fator de<br />

onde a existência <strong>do</strong> universo se deu, tal substância seria algo de<br />

propriedades muito complexas.<br />

O grau das propriedades dessa substância seria naturalmente finito, o<br />

que requereria apresentar a justificação dessa finitude específica. Por esse<br />

conjunto fecha<strong>do</strong> de condições, esta hipótese também é menos provável que o<br />

teísmo.<br />

2.3.2. Teísmo e confirmação por indícios cumulativos<br />

Estamos consideran<strong>do</strong> uma epist<strong>em</strong>ologia que trabalha com o conceito<br />

de que a verdade é dada como provável <strong>em</strong> graus. A partir da probabilidade<br />

prévia da hipótese postulada, o grau dessa verdade pode aumentar ou diminuir<br />

conforme os indícios relevantes que a ela se vincul<strong>em</strong> e assim a confirm<strong>em</strong> ou<br />

a infirm<strong>em</strong>.<br />

Já observamos que o parâmetro dessa interpretação <strong>do</strong> peso<br />

probabilístico da hipótese é da<strong>do</strong> pelo teor<strong>em</strong>a de Bayes, que referenda a<br />

atribuição de valores probabilísticos às crenças mediante a comparação entre<br />

hipóteses e entre hipóteses e razões para prová-las.<br />

Por isso, encontrar ou não indícios a partir <strong>do</strong> que informa uma hipótese<br />

nos traz el<strong>em</strong>entos que permit<strong>em</strong> medir o grau de verdade da hipótese. O<br />

poder explicativo, ou seja, a capacidade que possui a hipótese de tornar<br />

provável um determina<strong>do</strong> evento ou conjunto de eventos depende dessa<br />

relação que pode ser expressa for<strong>mal</strong>mente pelo teor<strong>em</strong>a, que permite<br />

concluirmos qual o grau de verdade da hipótese.<br />

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