Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular - FOPROP
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CONTRIBUIÇõES AO PNPG – SOCIEDADE BRASILEIRA DE BIOQUIMICA E<br />
BIOLOGIA MOLECULAR<br />
1. MODELOS DE ORGANIZAÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO – FLEXIBILIDADE E INTERDISCIPLINARIDADE<br />
Foi consenso entre os presentes que se faz necessário integrar a graduação à pós<br />
graduação através da oferta <strong>de</strong> cursos para ambos os públicos. No entanto, esse é um entrave que<br />
precisaria ser resolvido nas próprias Universida<strong>de</strong>s através da flexibilização das gra<strong>de</strong>s<br />
curriculares. Seria interessante que o MEC passasse a estimular e valorizar esse tipo <strong>de</strong> ação,<br />
visando com isso estimular as Universida<strong>de</strong>s a adotarem estratégias para facilitar o intercâmbio<br />
horizontal (entre alunos <strong>de</strong> graduação <strong>de</strong> cursos distintos) e vertical (entre alunos da graduação e<br />
pós graduação). Ainda nesse item, Programas como MD-PhD (um aluno da medicina po<strong>de</strong>ria<br />
iniciar seu doutorado ainda enquanto aluno <strong>de</strong> graduação) precisariam ser fomentados, talvez<br />
com editais específicos da CAPES para esse fim, a luz do que foi feito recentemente para o<br />
Mestrado Profissional. Essa iniciativa po<strong>de</strong>ria, inclusive, ser pensada para outros estudantes que<br />
não os da medicina, principalmente em áreas on<strong>de</strong> o país carece <strong>de</strong> doutores ou naquelas on<strong>de</strong><br />
não há tradição forte em pesquisa.<br />
Ainda no que tange a interdisciplinarida<strong>de</strong>, seria oportuno que as <strong>Socieda<strong>de</strong></strong>s Científicas<br />
pu<strong>de</strong>ssem capitanear iniciativas que permitissem o fluxo <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> pós graduação pelo<br />
país. Nesse sentido, seria interessante que as <strong>Socieda<strong>de</strong></strong>s organizassem um catálogo <strong>de</strong> disciplinas<br />
oferecidas pelos seus cursos <strong>de</strong> pós graduação, bem como uma listagem <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s equipamentos<br />
e facilida<strong>de</strong>s multi-usuárias e competências <strong>de</strong> cada curso, tornando-as acessíveis e disponíveis a<br />
todos. Certamente, isso <strong>de</strong>mandaria a presença <strong>de</strong> um funcionário que coor<strong>de</strong>nasse essas ações<br />
junto as <strong>Socieda<strong>de</strong></strong>s e talvez a CAPES pu<strong>de</strong>sse ajudar nesse sentido. A CAPES po<strong>de</strong>ria também,<br />
para complementar essa iniciativa, equipar os Programas <strong>de</strong> pós graduação com equipamentos<br />
que permitissem teleconferências <strong>de</strong> modo a otimizar e baratear tal intercâmbio. Seria essencial<br />
uma ajuda <strong>de</strong> custo que permite a um aluno <strong>de</strong> outro estado se <strong>de</strong>slocar para a cida<strong>de</strong> do curso<br />
anfitrião.<br />
Acreditamos que essas iniciativas capitaneadas pelas <strong>Socieda<strong>de</strong></strong>s Científicas virão a<br />
constituir o embrião <strong>de</strong> programas Multicêntricos, a luz do que ocorreu recentemente e com<br />
gran<strong>de</strong> sucesso com a <strong>Socieda<strong>de</strong></strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Fisiologia que hoje é se<strong>de</strong> <strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong> Pós
Graduação que conta com a participação <strong>de</strong> instituições e mesmo <strong>de</strong> laboratórios isolados on<strong>de</strong><br />
ainda não há massa crítica para a constituição <strong>de</strong> um programa forte <strong>de</strong> pós graduação.<br />
2. DEBILIDADES, POTENCIALIDADES E OPORTUNIDADES DO SISTEMA NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO<br />
Surgiu como sugestão no nosso Fórum, a criação <strong>de</strong> uma bolsa <strong>de</strong> Doutorado <strong>de</strong> 5 anos a<br />
ser implantada no país. Essas bolsas representariam a totalida<strong>de</strong> das bolsas <strong>de</strong> doutorado dos<br />
cursos 6 e 7 e uma fração (10-20% das bolsas dos programas 4 e 5). Sugerimos que no quinto ano<br />
o aluno seja estimulado a ir para o exterior, ou para uma empresa ou, em não havendo interesse<br />
<strong>de</strong> um ou outro, que permaneça no local <strong>de</strong> origem. No valor da Bolsa já <strong>de</strong>veria estar embutido<br />
no último ano os custos da passagem e os acréscimos mensais no valor da bolsa para permitir<br />
que o estudante se estabeleça no exterior. A possibilida<strong>de</strong> do estudante passar até um ano <strong>de</strong> seu<br />
doutoramento no exterior permitirá, a nosso ver, que novas metodologias ou técnicas sejam<br />
utilizadas e incorporadas ao seu projeto <strong>de</strong> pesquisa, aumentando a qualida<strong>de</strong> do mesmo;<br />
permitirá que ele estabeleça colaborações entre o grupo brasileiro e o grupo estrangeiro, e que ele<br />
tenha a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> praticar o idioma inglês, a nosso ver um dos atuais gargalos para o pleno<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da ciência em nosso país.<br />
A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um doutorado <strong>de</strong> 5 anos vai ao encontro <strong>de</strong> um sentimento <strong>de</strong> que<br />
agora, tendo o Brasil alcançado a 13ª posição no cenário da pesquisa global, se faz necessário que<br />
comecemos a <strong>de</strong>slanchar projetos <strong>de</strong> maior risco e que <strong>de</strong>mandariam tempo adicional para sua<br />
completu<strong>de</strong>. Além disso, acreditamos que nesse tempo <strong>de</strong> doutoramento adicional seria possível<br />
titular doutores com ainda melhor formação e gerar publicações <strong>de</strong> maior qualida<strong>de</strong> e impacto<br />
que seriam alcançadas pela experiência no exterior ou mesmo no país nesse tempo dilatado.<br />
Discutimos amplamente a <strong>de</strong>ficiência do idioma inglês que nossos estudantes apresentam<br />
e que tem dificultado a internacionalização dos Programas. Em sendo este um problema nacional<br />
– pelo menos grave nas áreas biológicas-, <strong>de</strong>veria ser atacado e encarado como tal on<strong>de</strong> soluções<br />
mais abrangentes pu<strong>de</strong>ssem ser adotadas para minorar tal problema <strong>de</strong> forma nacional. Essa<br />
<strong>de</strong>ficiência no idioma inglês restringe a fase da escrita do artigo científico ao chefe do laboratório<br />
que funcionaria como o gargalo estreito <strong>de</strong> um largo funil e que, portanto, limitaria o fluxo do<br />
‘líquido’, no caso das publicações do grupo. Sabemos ser esse um problema complexo, mas, se<br />
as Universida<strong>de</strong>s – em especial as Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Letras - pu<strong>de</strong>ssem oferecer cursos <strong>de</strong> inglês
científico para os alunos <strong>de</strong> PG daquela universida<strong>de</strong> talvez os alunos melhorassem a qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> seu inglês. A criação <strong>de</strong> oficinas para escrever e editorar artigos científicos (editor in-house)<br />
também seria uma estratégia para melhorar a qualida<strong>de</strong> do inglês <strong>de</strong> nossos alunos e dos artigos<br />
por nós redigidos. Enfim, é nosso sentimento <strong>de</strong> que <strong>de</strong>va ser feito algo a nível nacional e que<br />
venha a corrigir essa <strong>de</strong>ficiência, tanto dos nossos pós graduandos quanto dos pesquisadores.<br />
A questão da falta <strong>de</strong> treinamento em questões éticas da parte <strong>de</strong> nossos alunos e<br />
pesquisadores também foi discutida, e a SBBq já iniciou uma série <strong>de</strong> conferências voltadas para<br />
esse problema. Atualmente as normas sobre condutas questionáveis como plágio e falsificação <strong>de</strong><br />
dados são pouco discutidas no país, <strong>de</strong>ixando os critérios a serem <strong>de</strong>finidos efetivamente por<br />
editores e organizações governamentais <strong>de</strong> outros países. Poucos cursos <strong>de</strong> pós graduação<br />
oferecem disciplinas ou recursos online para treinar seus alunos a reconhecerem e evitarem<br />
condutas irresponsáveis, e a CAPES po<strong>de</strong>ria tornar obrigatória a oferta <strong>de</strong> treinamento formal em<br />
ética na pesquisa.<br />
Outro aspecto que foi discutido no nosso Fórum e que precisa ser pensado a nível<br />
nacional - e em especial na área <strong>de</strong> CBII-, são as iniciativas inovadoras como aquelas voltadas<br />
para a melhoria do ensino <strong>de</strong> ciências na nossa educação básica que têm sido abraçadas por<br />
vários <strong>de</strong>sses Programas. É preciso que se acomo<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ntro do sistema da PG vigente essas<br />
iniciativas fecundas, e outras porvir, para que as mesmas encontrem seus espaços e tratamento<br />
específico.<br />
No caso específico das iniciativas em educação e produção <strong>de</strong> novos matérias para o<br />
ensino, é crucial que os i<strong>de</strong>alizadores <strong>de</strong> tais iniciativas convivam <strong>de</strong> forma próxima com os<br />
cientistas e geradores <strong>de</strong> conhecimento, pois, só <strong>de</strong>ssa forma, essa noção chegará a sala <strong>de</strong> aula <strong>de</strong><br />
nossos alunos. Uma sugestão é a da criação <strong>de</strong> Sub-Comitês próprios <strong>de</strong>ntro das atuais áreas para<br />
que eles possam pensar em como fomentar, mensurar, qualificar e premiar tais iniciativas. Nesse<br />
sentido, o novo papel recentemente atribuído a CAPES vem ao encontro <strong>de</strong>ssas iniciativas<br />
inovadoras e os professores-orietadores e seus pós graduandos precisam participar <strong>de</strong>sse esforço<br />
hercúleo. A CAPES po<strong>de</strong>ria criar programas que tragam <strong>de</strong> volta para o seio da Universida<strong>de</strong>,<br />
durante as férias, os professores da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino básico para que nesse espaço eles recebam<br />
complementação-atualização <strong>de</strong> sua formação e que possam viver <strong>de</strong>ntro dos laboratórios da<br />
Universida<strong>de</strong> a experiência do ‘Método Científico’ participando ao lado dos alunos <strong>de</strong> pós<br />
graduação dos seus projetos <strong>de</strong> pesquisa. Esses últimos po<strong>de</strong>riam receber um montante adicional
em suas bolsas para, além <strong>de</strong> orientarem esses professores durante as férias, durante o ano letivo<br />
irem as escolas para auxiliar no preparo <strong>de</strong> aulas práticas, montagem <strong>de</strong> aulas <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrações,<br />
correção <strong>de</strong> exercícios, esclarecimento <strong>de</strong> dúvidas dos alunos e etc. A proximida<strong>de</strong> das faixas<br />
etárias dos pós graduandos e alunos do ensino fundamental po<strong>de</strong>rá constituir um agente<br />
facilitador para o processo <strong>de</strong> ensino e aprendizagem e, quem sabe, para cativá-los ao ingresso na<br />
Universida<strong>de</strong>.<br />
3. FINANCIAMENTO DO SISTEMA NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO<br />
6. SETOR PRODUTIVO E POLÍTICA INDUSTRIAL<br />
E<br />
Foi discutido no nosso Fórum que se faz necessário nesse momento ao país, o<br />
envolvimento das empresas no sistema pós graduação. Nos últimos cinco anos, foram inúmeras<br />
as iniciativas do MCT <strong>de</strong> financiar a pesquisa <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> empresas interessadas em <strong>de</strong>senvolver<br />
novas tecnologias nacionais envolvendo mão <strong>de</strong> obra qualificada e brasileira. Nesse sentido,<br />
seria salutar se a CAPES fomentasse a aproximação <strong>de</strong>ssas empresas com os cursos <strong>de</strong> PG, em<br />
especial daqueles com vocação biotecnológica e tecnológica. Mestrado Profissional nos parece<br />
uma alternativa e, nesse caso, o estudante receberia uma bolsa paga pela empresa, mas o trabalho<br />
experimental seria <strong>de</strong>senvolvido na instituição <strong>de</strong> pesquisa, na sua gran<strong>de</strong> maioria, a<br />
Universida<strong>de</strong>.<br />
Po<strong>de</strong>r-se-ia também criar uma cota <strong>de</strong> bolsa <strong>de</strong> mestrado e doutorado nesses Programas <strong>de</strong><br />
pós graduação voltada a estudantes que quisessem <strong>de</strong>senvolver suas teses <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> empresas, em<br />
especial daquelas que já receberam incentivos do MCT para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisa. A<br />
CAPES ofereceria as bolsas e as empresas subvencionariam o <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho em<br />
laboratórios existentes em suas <strong>de</strong>pendências através da compra <strong>de</strong> insumos e equipamentos.<br />
Nossos cursos <strong>de</strong> pós graduação preparam com gran<strong>de</strong> eficiência profissionais para<br />
atuarem a posteriori no universo acadêmico. Faz-se necessário que em algumas áreas, o perfil do<br />
egresso seja modificado, preservando sempre a excelência na formação, e a participação da<br />
empresa será necessária para que se mo<strong>de</strong>le esse novo profissional <strong>de</strong> que o país precisa.<br />
4. IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS DO SISTEMA NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO
E<br />
9. REGIONALIZAÇÃO SISTEMA NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO – ESTRATÉGIAS PARA ENFRENTAMENTO DE<br />
ASSIMETRIAS REGIONAIS<br />
As assimetrias a nível <strong>de</strong> pós graduação no Brasil também são enormes. Dessa forma, é<br />
mister que haja prospecção <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s e competências com a indução <strong>de</strong> alguns novos<br />
Programas, e essa é certamente uma missão da CAPES que po<strong>de</strong>ria ser enfrentada com a ajuda<br />
das <strong>Socieda<strong>de</strong></strong>s Científicas e <strong>de</strong>mais programas <strong>de</strong> pós graduação.<br />
No que tange a área <strong>de</strong> <strong>Bioquímica</strong>, são apenas 13 os programas no país concentrados – e<br />
não dispersos!- conforme mapa abaixo (ver estrelas no mapa).<br />
Nesse sentido, iniciativas como a da <strong>Socieda<strong>de</strong></strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Fisiologia (Programa<br />
Multicêntrico) <strong>de</strong>veriam ser amplamente divulgadas, estimuladas, amparadas e subsidiadas pela<br />
CAPES. Talvez essa seja uma das iniciativas mais efetivas <strong>de</strong> congregar colegas que estão em
egiões isoladas do país em torno <strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong> pós graduação que nas sua partes encontra<br />
sua força e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> disseminar o conhecimento e a formação <strong>de</strong> pessoal no país.<br />
Programas como Escolas <strong>de</strong> Altos Estudos <strong>de</strong>vem ser mais estimulados, assim como<br />
MINTER, DINTER, PROCAD e Projetos Casadinhos. Seria importante fazermos agora uma<br />
avaliação <strong>de</strong>ssas iniciativas e corrigir possíveis problemas e <strong>de</strong>svios com o objetivo <strong>de</strong> ampliá-las<br />
e aprimorá-las.<br />
5. PROCESSO DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO SISTEMA NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO<br />
A SBBq enten<strong>de</strong> que o sistema <strong>de</strong> Avaliação implementado pela CAPES é “a jóia da<br />
coroa” e que permitiu que a pós graduação no Brasil crescesse <strong>de</strong> forma organizada, madura e<br />
ciente <strong>de</strong> suas metas e objetivos. No entanto, o atual formato precisa <strong>de</strong> uma reestruturação visto<br />
que hoje os programas são em gran<strong>de</strong> número havendo necessida<strong>de</strong> da adoção <strong>de</strong> um novo<br />
formato no sistema <strong>de</strong> avaliação para acompanhar esse gran<strong>de</strong> crescimento. Seria <strong>de</strong>sejável, por<br />
exemplo, que cursos com conceito 6 e 7 pu<strong>de</strong>ssem ter avaliações mais espaçadas no tempo (5 em<br />
5 anos, por exemplo). Outrossim, seria necessário que os Programas fizessem Avaliações<br />
internacionais, com a vinda <strong>de</strong> Comitês externos e internacionais. Essa seria uma ótima<br />
estratégia, principalmente para os cursos 6 e 7, e a CAPES <strong>de</strong>veria estimular, cobrar e financiar<br />
tais iniciativas.<br />
Muito embora o sistema <strong>de</strong> avaliação da produção intelectual na pós graduação em<br />
ciências tem evoluido bastante na última década, existe um consenso na <strong>Bioquímica</strong> <strong>de</strong> que o<br />
fator <strong>de</strong> impacto <strong>de</strong> um periódico frequentemente não reflete a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um trabalho<br />
individual. Devem ser estudadas outras alternativas, como p.ex. a coleta a cada 3 –4 anos <strong>de</strong><br />
citações <strong>de</strong> trabalhos específicos – não <strong>de</strong> todos, mas dos melhores <strong>de</strong> cada grupo (selecionados<br />
pelo próprio grupo). Tal seleção (usada no Reino Unido) teria o efeito <strong>de</strong> estimular a produção <strong>de</strong><br />
trabalhos mais completos e impactantes, e não simplesmente um maior número <strong>de</strong> trabalhos.<br />
Esperamos ter contribuído <strong>de</strong> alguma forma para a discussão do PNPG 2011-2022 e<br />
estamos a disposição para ajudar no que for preciso para ampliar e melhorar o sistema <strong>de</strong><br />
formação <strong>de</strong> pessoal no nosso país, seja <strong>de</strong> nível superior ou do nível fundamental.<br />
Atenciosamente
Profa Débora Foguel<br />
Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Socieda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Bioquímica</strong> e <strong>Biologia</strong> <strong>Molecular</strong>