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NEWSLETTER [4] - ispup - Universidade do Porto

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<strong>NEWSLETTER</strong> [4]<br />

ABRIL..2012<br />

www.epiceproject.eu<br />

Equipa de Investigação<br />

Henrique Barros<br />

Sofia Correia<br />

Carina Rodrigues<br />

Responsáveis clínicos<br />

Região Norte<br />

Teresa Rodrigues<br />

Rui Carrapato<br />

Região LVT<br />

Maria <strong>do</strong> Céu Macha<strong>do</strong><br />

Luís Mendes da Graça<br />

Edição da Newsletter<br />

Carina Rodrigues<br />

Sofia Correia<br />

Henrique Barros<br />

Esta é a primeira newsletter impressa <strong>do</strong> projeto EPICE-Portugal. É uma forma de divulgar as atividades<br />

<strong>do</strong> grupo português, atualizar o processo de recrutamento <strong>do</strong>s participantes e partilhar tópicos de interesse<br />

no âmbito da prematuridade. É dirigida especialmente a especialistas em obstetrícia e neonatologia,<br />

fican<strong>do</strong> prometida uma outra de carácter mais geral, dirigida aos pais das crianças da coorte EPI-<br />

CE e que gostaríamos de enviar em breve. Para isso, esperamos a colaboração ativa <strong>do</strong>s profissionais de<br />

saúde que nos diferentes hospitais foram acompanhan<strong>do</strong> esta investigação.<br />

Faltam cerca de <strong>do</strong>is meses para finalizarmos o recrutamento da coorte de base populacional que nos<br />

permitirá compreender melhor a epidemiologia das interrupções médicas da gravidez, da mortalidade<br />

fetal e <strong>do</strong>s nascimentos entre as 22 e as 31 semanas de gestação.<br />

Este projeto foi desenha<strong>do</strong> com a finalidade de contribuir para aumentar a sobrevivência e promover a<br />

saúde e a qualidade de vida destes recém-nasci<strong>do</strong>s, garanti<strong>do</strong> que o melhor conhecimento científico é<br />

efetivamente aplica<strong>do</strong> na prática clínica.<br />

A constituição da sub-coorte portuguesa iniciou-se no dia 1 de Junho de 2011 nas Regiões Norte (NO) e<br />

Lisboa e Vale <strong>do</strong> Tejo (LVT) e até ao momento já se identificaram 607 casos. Estes resulta<strong>do</strong>s não teriam<br />

si<strong>do</strong> possíveis sem o contributo de to<strong>do</strong>s os clínicos que no dia a dia asseguram a recolha e o processamento<br />

da informação.<br />

Não basta caracterizar as mães e os recém-nasci<strong>do</strong>s para compreender o processo de saúde e <strong>do</strong>ença<br />

nesta fase da vida. Por isso, o projeto engloba uma caracterização das unidades de obstetrícia e neonatologia<br />

no senti<strong>do</strong> de obter informação sobre as suas especificidades, forma de organização e opções<br />

relacionadas com o uso de um conjunto de procedimentos e intervenções médicas relativas a recémnasci<strong>do</strong>s<br />

muito pré-termo. Assim, dá-se a dimensão de contexto à investigação. Durante o mês de maio<br />

será realiza<strong>do</strong> o inquérito aos diretores de serviço de todas as unidades de obstetrícia e neonatologia<br />

que integram o projeto. Gostaríamos de agradecer antecipadamente a vossa colaboração no preenchimento<br />

destes questionários e no levantamento <strong>do</strong>s protocolos de intervenção.<br />

A partir <strong>do</strong> dia 1 de junho de 2013, aos 2 anos de idade corrigida, realizar-se-á o primeiro follow-up <strong>do</strong>s<br />

membros da coorte EPICE, através da aplicação <strong>do</strong> instrumento Parent Report of Children´s Abilities -<br />

Revised for very premature infants (PARCA-R), que nos permitirá avaliar o desenvolvimento cognitivo<br />

destas crianças. Seria muito importante conseguirmos acompanhar o seu desenvolvimento e o seu esta<strong>do</strong><br />

de saúde em fases subsequentes da vida. Da<strong>do</strong> que é indispensável utilizar instrumentos de medição<br />

valida<strong>do</strong>s para assegurar a integridade científica <strong>do</strong>s conhecimentos obti<strong>do</strong>s, apelamos em especial<br />

à colaboração <strong>do</strong>s colegas de LVT para, com os investiga<strong>do</strong>res da <strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> Minho, poder ser<br />

finalizada a versão portuguesa <strong>do</strong> PARCA-R.<br />

Henrique Barros<br />

1


PREMATURIDADE E SAÚDE PERINATAL<br />

A incidência <strong>do</strong> parto pré-termo é de cerca de 12% em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>. Em Portugal tem aumenta<strong>do</strong> de forma consistente, de<br />

5,7 prematuros por 100 na<strong>do</strong>s-vivos em 2001 para 8,8 em 2009. Destes, 1% têm menos de 32 semanas de gestação.<br />

Alguns fatores de risco são conheci<strong>do</strong>s: maior número de gestações em idade superior a 35 anos (de 14 para 20,6% no mesmo<br />

perío<strong>do</strong>), infertilidade cujo tratamento determina muitas vezes gemelaridade e estilos de vida menos saudáveis, com consumos<br />

crescentes de tabaco (segun<strong>do</strong> os Inquéritos Nacionais de Saúde o tabagismo entre as raparigas <strong>do</strong>s 15 aos 24 anos aumentou<br />

40% em 5 anos) e álcool. Contu<strong>do</strong>, a abordagem obstétrica e neonatal adequada, a melhoria <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s perinatais e neonatais<br />

têm si<strong>do</strong> fatores de queda da mortalidade neonatal e infantil que atingiu em 2010 o valor histórico de 2,45‰.<br />

O investimento perinatal de obstetras e neonatologistas através de vigilância apertada, corticóides pré-natais, tipo de parto<br />

adequa<strong>do</strong>, o transporte in-utero e a sofisticação e evolução tecnológica das Unidades de Cuida<strong>do</strong>s Intensivos Neonatais, têm<br />

si<strong>do</strong> determinantes nos resulta<strong>do</strong>s. […]<br />

Para uma melhoria de cuida<strong>do</strong>s, é preciso saber mais: saber o que acontece em Portugal em idades gestacionais inferiores a 24<br />

semanas; se são mortes fetais evitáveis ou na<strong>do</strong>s-vivos com morte neonatal precoce ou tardia; complicações e intervenções nas<br />

UCINs; e ainda o que acontece nos primeiros anos de vida sob o ponto de vista de sequelas e desenvolvimento psico-motor. […]<br />

O estu<strong>do</strong> europeu EPICE, coordena<strong>do</strong> pelo INSERM (França), integra vários países europeus e duas regiões portuguesas, Norte e<br />

Lisboa e Vale <strong>do</strong> Tejo. Foi desenha<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> a considerar os aspetos referi<strong>do</strong>s anteriormente, ou seja, envolve obstetras e<br />

neonatologistas de todas as unidades destas regiões, regista to<strong>do</strong>s os nascimentos entre as 22 e as 31 semanas de gestação,<br />

prevê o seguimento até aos <strong>do</strong>is anos de vida e inclui um questionário detalha<strong>do</strong> aos pais.<br />

A proposta desta rede em Maio deste ano foi aceite imediatamente pelos profissionais cujo objetivo primeiro é o “melhor interesse”<br />

das crianças portuguesas.<br />

Portugal não está assim alhea<strong>do</strong> de redes europeias que são uma mais valia para to<strong>do</strong>s.<br />

Maria <strong>do</strong> Céu Macha<strong>do</strong><br />

Fotografias gentilmente cedidas pelo Centro Hospitalar Lisboa Norte.<br />

RECÉM-NASCIDOS MUITO PRÉ-TERMO NA COORTE DE NASCIMENTOS PORTUGUESA GERAÇÃO XXI<br />

A Geração XXI é um estu<strong>do</strong> de coorte que integra 8647 recémnasci<strong>do</strong>s,<br />

recruta<strong>do</strong>s entre abril de 2005 e agosto de 2006, nos<br />

Serviços de Obstetrícia <strong>do</strong>s cinco hospitais públicos da área<br />

metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (Centro Hospitalar de V.N. de Gaia;<br />

Hospital Pedro Hispano; Hospital Geral de Santo António; Hospital<br />

de São João e Maternidade Júlio Dinis).<br />

É a coorte de nascimentos portuguesa que nos representa no<br />

consórcio europeu de coortes de nascimento, recrutada com o<br />

objetivo de identificar características da gravidez e da infância<br />

que influenciem o desenvolvimento e o esta<strong>do</strong> de saúde em<br />

fases subsequentes da vida. A Geração XXI acompanha a evolução<br />

de vários determinantes de saúde (biológicos, comportamentais<br />

e sociais), no senti<strong>do</strong> de explorar novas hipóteses e<br />

problemas, para além de compreender a influência <strong>do</strong> perío<strong>do</strong><br />

pré-natal e <strong>do</strong>s primeiros anos de vida na saúde.<br />

Aos 4 anos de idade foram avaliadas cerca de 7500 crianças e<br />

respetivas famílias. A próxima avaliação terá início a 10 de abril<br />

de 2012, no dia <strong>do</strong> 7º aniversário da primeira criança Geração<br />

XXI.<br />

Dos 8647 recém-nasci<strong>do</strong>s, 3% são gémeos. Foi observada uma<br />

prevalência de 1,5% de recém-nasci<strong>do</strong>s muito pré-termo<br />

(MPT) (n=128). Entre os fetos únicos 0,7% eram MPT e entre<br />

os gemelares 20%. Dos recém-nasci<strong>do</strong>s muito pré-termo 51%<br />

são <strong>do</strong> sexo feminino, 67% nasceram por cesariana e 11%<br />

apresentavam um índice APGAR inferior 7. Entre os 18 óbitos<br />

infantis identifica<strong>do</strong>s na coorte, 10 ocorreram no perío<strong>do</strong> neonatal,<br />

destes, 7 eram MPT. Assim, a mortalidade neonatal neste<br />

grupo foi de 5,5% .<br />

O quadro seguinte apresenta a prevalência de perturbações<br />

globais em grandes áreas, referidas pelas mães aquan<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

questionário aplica<strong>do</strong> aos 4 anos de idade.<br />

PERTURBAÇÕES<br />

RNMPT<br />

(24-31semanas)<br />

RNPTM<br />

(32-36semanas)<br />

RNT<br />

(≥37semanas)<br />

Crescimento 3% 2% 0,9%<br />

Linguagem 19% 10% 8%<br />

Visão 20% 10% 6%<br />

Audição 10% 7% 4%<br />

2


EPICE<br />

INTERVENÇÕES EM ESTUDO<br />

Obstétricas:<br />

1. Parto em unidades<br />

de nível III<br />

2. Corticosteroides prénatais<br />

3. Tocólise<br />

4. RPMPT – antibióticos<br />

e hora <strong>do</strong> parto<br />

5. Sulfato de magnésio<br />

para neuroprotecção<br />

6. Cesariana<br />

7. Clampagem <strong>do</strong> cordão<br />

umbilical<br />

Neonatais:<br />

1. Surfactante<br />

OBJETIVOS<br />

EPICE - RESUMO DO PROJETO<br />

1. Construção de uma base de conhecimento<br />

empírico relativa à forma como a evidência<br />

científica se traduz na prestação de serviços de<br />

saúde em unidades obstétricas e neonatais,<br />

através de:<br />

- Medição <strong>do</strong> grau de utilização de intervenções<br />

médicas em contexto clínico;<br />

- Identificação de fatores que favoreçam a<br />

a<strong>do</strong>ção de práticas baseadas na evidência;<br />

- Disponibilização de informação sobre a<br />

eficácia de determinadas práticas médicas.<br />

2. Identificação de promotores de a<strong>do</strong>ção de<br />

práticas baseadas na evidência.<br />

3. Desenvolvimento de méto<strong>do</strong>s e estratégias<br />

que favoreçam a alteração na prestação de<br />

cuida<strong>do</strong>s de saúde perinatal, com a participação<br />

de clínicos, investiga<strong>do</strong>res e decisores políticos.<br />

REGIÕES PARTICIPANTES<br />

Participam no projeto EPICE 19 regiões de 11 Esta<strong>do</strong>s<br />

Membros da União Europeia. Estas regiões abrangem<br />

mais de 750000 partos, 550 unidades de obstetrícia,<br />

250 unidades de neonatologia e cerca de 10000 nascimentos<br />

muito pré-termo.<br />

Em Portugal, fazem parte todas as unidades de obstetrícia<br />

e neonatologia da Região Norte e de Lisboa e<br />

Vale <strong>do</strong> Tejo, integran<strong>do</strong> 13 e 17 unidades hospitalares,<br />

respetivamente, das quais 14 são Hospitais de<br />

Apoio Perinatal Diferencia<strong>do</strong>. Estas regiões abrangem<br />

mais de 62000 partos e cerca de 900 a 1000 partos<br />

muito pré-termo.<br />

2. Uso e duração de<br />

ventilação mecânica e<br />

CPAP<br />

3. Corticosteroides pós<br />

-natais<br />

4. Tratamento de PDA<br />

5. Rastreio e tratamento<br />

de ROP<br />

6. Eritropoietina<br />

7. Óxi<strong>do</strong> nítrico inala<strong>do</strong><br />

8. Probióticos<br />

9. Vitamina A e cafeína<br />

para prevenção de DBP<br />

10. Amamentação<br />

11. Técnica Canguru<br />

12. Visitas parentais e<br />

envolvimento <strong>do</strong>s pais<br />

13. Programas de seguimento<br />

DESENHO DO ESTUDO<br />

1. Coorte de recém-nasci<strong>do</strong>s muito pré-termo<br />

(22 a 31 semanas de gestação)<br />

[Recolha de da<strong>do</strong>s sobre práticas clínicas e indica<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de saúde; avaliação aos 2<br />

anos de idade corrigida.]<br />

2. Estu<strong>do</strong> das unidades obstétricas e neonatais<br />

[Recolha de informação sobre as suas características,<br />

organização e opções relacionadas com<br />

a utilização de um conjunto de intervenções e<br />

procedimentos.]<br />

3. Estu<strong>do</strong> qualitativo<br />

[Entrevistas semiestruturadas e grupos focais<br />

numa subamostra de unidades de saúde para<br />

identificar obstáculos e promotores da a<strong>do</strong>ção<br />

de práticas baseadas na evidência.]<br />

4. Estu<strong>do</strong> a nível regional e nacional<br />

[Recolha de informação relativa às instituições<br />

governamentais ou sociedades científicas que a<br />

nível nacional fornecem orientações e políticas<br />

de atuação no cuida<strong>do</strong> a recém-nasci<strong>do</strong>s muito<br />

pré-termo.]<br />

INTERVENÇÕES CLÍNICAS EM ESTUDO<br />

As intervenções clínicas em estu<strong>do</strong> foram selecionadas<br />

ten<strong>do</strong> por base os seguintes critérios:<br />

1. Importância clínica<br />

[Influência significativa no outcomes de saúde e extensão<br />

da implementação.]<br />

2. Qualidade da evidência<br />

[Eleva<strong>do</strong> nível de evidência para decidir pela utilização<br />

ou pela não utilização de determinadas intervenções.]<br />

3. Nível de confiança e comparabilidade <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res<br />

[Possibilidade de obter medidas estandardizadas.]<br />

4. Variabilidade<br />

[Variabilidade inter-regional e inter-unidades no uso<br />

de determinadas intervenções.]<br />

No estu<strong>do</strong> de coorte e no estu<strong>do</strong> às unidades foram<br />

incluídas 7 intervenções relacionadas com cuida<strong>do</strong>s<br />

obstétricos e 13 com cuida<strong>do</strong>s neonatais (ver lista à<br />

esquerda).<br />

3


NÚMERO DE CASOS REGISTADOS<br />

1 de junho de 2011 a 31 de janeiro de 2012<br />

Entre 1 de junho de 2011 e 31 de janeiro de 2012 foram identifica<strong>do</strong>s 607 casos nas unidades<br />

de saúde participantes.<br />

Na página seguinte poderão consultar o número de casos regista<strong>do</strong>s em cada hospital,<br />

discrimina<strong>do</strong> por interrupções médicas da gravidez, mortes fetais e na<strong>do</strong>s-vivos, bem como<br />

o número de questionários recebi<strong>do</strong>s pela coordenação EPICE-Portugal até 19 de março,<br />

corresponden<strong>do</strong> aos casos ocorri<strong>do</strong>s entre 1 de junho e 31 de janeiro.<br />

Região<br />

Interrupções<br />

médicas<br />

Mortes<br />

Fetais<br />

Na<strong>do</strong>s-<br />

Vivos<br />

Total<br />

Questionários<br />

recebi<strong>do</strong>s<br />

Norte 32 49 186 267 226 (85%)<br />

LVT 33 54 253 340 249 (73%)<br />

Total 65 103 439 607 475 (78%)<br />

Número de casos regista<strong>do</strong>s de 1 de junho de 2011 a 31 de janeiro de 2012, na região Norte (NO) e na região<br />

de Lisboa e Vale <strong>do</strong> Tejo (LVT), por interrupções médicas da gravidez, mortes fetais e na<strong>do</strong>s-vivos.<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Junho Julho Agosto Set. Out. Nov. Dez. Jan.<br />

Região NO<br />

Região LVT<br />

Distribuição <strong>do</strong> número de casos por mês, na região Norte (NO) e em Lisboa e<br />

Vale <strong>do</strong> Tejo (LVT) (junho 2011 -janeiro 2012).<br />

VERIFICAÇÃO DO N.º DE INCLUSÕES<br />

Até ao final <strong>do</strong> mês de abril todas as unidades irão receber uma “folha de<br />

verificação” da recolha de da<strong>do</strong>s. Nessa folha é apresenta<strong>do</strong> o número de<br />

casos identifica<strong>do</strong>s pelo serviço de obstetrícia e os questionários recebi<strong>do</strong>s<br />

na coordenação referentes ao mesmo perío<strong>do</strong> mensal. Por favor, atendam à<br />

explicitação das informações ou <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos assinala<strong>do</strong>s como em falta.<br />

Era muito importante que aproveitassem para confirmar uma vez mais as<br />

informações (vício de epidemiologista…!).<br />

Fotografias gentilmente cedidas pelo<br />

Centro Hospitalar <strong>do</strong> Alto Ave.<br />

4


NÚMERO DE CASOS REGISTADOS/QUESTIONÁRIOS RECEBIDOS<br />

1 de junho de 2011 a 31 de janeiro de 2012<br />

REGIÃO HOSPITAL - LOCALIZAÇÃO IMG/QR MF/QR NV/QR TOTAL/QR QR (%)<br />

CH <strong>do</strong> Alto Ave – Guimarães 4/4 9/9 20/14 33/27 82%<br />

CH Entre Douro e Vouga – Santa Maria da Feira 2/2 1/1 14/12 17/15 88%<br />

CH Médio Ave – Famalicão 0 2/2 0 2/2 100%<br />

CH Nordeste – Bragança 0 2/0 0 2/0 0%<br />

CH <strong>Porto</strong> (Maternidade Júlio Dinis) – <strong>Porto</strong> 1/1 3/3 57/49 61/53 87%<br />

CH Póvoa de Varzim/Vila <strong>do</strong> Conde – Póvoa de Varzim 0 1/1 2/1 3/2 67%<br />

NORTE<br />

CH Tâmega e Sousa – Penafiel 2/2 8/8 8/6 18/16 89%<br />

CH Trás-os-Montes e Alto Douro – Vila Real 1/1 5/5 0 6/6 100%<br />

CH VNGaia/Espinho – V.N.Gaia 7/7 5/5 23/20 35/32 91%<br />

Hospital de Braga – Braga 6/6 1/1 23/18 30/25 83%<br />

Hospital de São João – <strong>Porto</strong> 5/4 5/5 15/11 25/20 80%<br />

ULS Alto Minho – Viana <strong>do</strong> Castelo 2/2 5/4 8/8 15/14 93%<br />

ULS Matosinhos – Matosinhos 2/2 2/2 16/10 20/14 70%<br />

CH Barreiro/Montijo – Barreiro 0 0 2/0 2/0 0%<br />

CH Lisboa Centro – Lisboa 0 0 4/1 4/1 25%<br />

CH Lisboa Norte – Lisboa 4/3 11/10 44/37 59/50 85%<br />

CH Lisboa Ocidental – Lisboa 3/2 6/4 46/19 55/25 45%<br />

CH Médio Tejo – Abrantes 0 1/0 2/0 3/0 0%<br />

CH Oeste Norte – Caldas da Rainha 0 0 4/2 4/2 50%<br />

CH Setúbal – Setúbal 0 2/2 2/2 4/4 100%<br />

CH Torres Vedras – Torres Vedras 0 2/0 0 2/0 0%<br />

LVT<br />

Hospital CUF Descobertas – Lisboa 0 1/1 8/7 9/8 89%<br />

Hospital da Luz – Lisboa 0 1/1 9/8 10/9 90%<br />

Hospital de Reynal<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Santos – Vila Franca de Xira 0 0 6/2 6/2 33%<br />

Hospital Distrital de Santarém – Santarém 1/0 0/0 2/1 3/1 33%<br />

Hospital <strong>do</strong>s Lusíadas – Lisboa 0 0 1/0 1/0 0%<br />

Hospital Fernan<strong>do</strong> Fonseca – Ama<strong>do</strong>ra 1/1 3/1 34/26 38/28 74%<br />

Hospital Garcia de Orta – Almada 5/3 6/5 37/30 48/38 79%<br />

Hospital José de Almeida – Cascais 5/5 5/5 9/4 19/14 74%<br />

Maternidade Alfre<strong>do</strong> da Costa – Lisboa 14/13 16/15 43/39 73/67 92%<br />

EPICE TOTAL 65/58 103/90 439/327 607/475 78%<br />

IMG - Interrupção médica da gravidez; MF - Morte fetal; NV - Na<strong>do</strong>-vivo; QR – Questionários recebi<strong>do</strong>s pela coordenação EPICE-Portugal até 21 de março de 2012;<br />

CH - Centro Hospitalar; ULS - Unidade Local de Saúde.<br />

5


FOLLOW-UP AOS 2 ANOS DE IDADE<br />

IMPORTÂNCIA DA VALIDAÇÃO DO MACARTHUR COMMUNICATIVE DEVELOPMENT INVENTORY EM LISBOA<br />

A primeira observação de follow-up da coorte irá realizar-se aos 2 anos de idade corrigida.<br />

Nessa data os pais serão contacta<strong>do</strong>s telefonicamente e ser-lhes-á pedi<strong>do</strong> que preencham<br />

um questionário relativo ao desenvolvimento cognitivo <strong>do</strong>(s) seu(s) filho(s), que será, posteriormente,<br />

envia<strong>do</strong> por correio. Assim, e com base em informações prestadas pelos pais,<br />

pretende-se estimar a sobrevivência <strong>do</strong>s recém-nasci<strong>do</strong>s muito pré-termo, bem como os<br />

resulta<strong>do</strong>s em saúde, o desenvolvimento e ainda avaliar a efetividade das práticas médicas<br />

e das políticas de intervenção.<br />

Será utiliza<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>s os países participantes o Parent Report of Children´s Abilities -<br />

Revised for very premature infants (PARCA-R) desenvolvi<strong>do</strong> por Johnson e colabora<strong>do</strong>res<br />

(2004). O questionário permite avaliar aos <strong>do</strong>is anos de idade a cognição verbal e nãoverbal<br />

em recém-nasci<strong>do</strong>s muito pré-termo. É composto por três subescalas: habilidades<br />

cognitivas não-verbais; vocabulário e complexidade semântica. As duas últimas baseiam-se<br />

na versão reduzida <strong>do</strong> MacArthur Communicative Development Inventory (CDI), da forma<br />

“Words and Sentences” (WS) (16-30 meses).<br />

O CDI está em fase de validação para diferentes línguas. Para o português europeu está a ser desenvolvida uma versão pela<br />

equipa de investigação <strong>do</strong> Centro de Estu<strong>do</strong>s da Criança da <strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> Minho (Prof. Doutora Rosa Lima). Para completar<br />

o processo de validação em Portugal falta apenas obter os inquéritos referentes às crianças da região de Lisboa e Vale <strong>do</strong> Tejo<br />

(LVT) - to<strong>do</strong> o restante país já está representa<strong>do</strong>. Neste senti<strong>do</strong>, pedimos to<strong>do</strong> o vosso interesse e empenho para que seja possível<br />

obter essa amostra de 300 crianças, representan<strong>do</strong> a região de LVT.<br />

ESTUDO DAS UNIDADES<br />

Durante o mês de maio será realiza<strong>do</strong> o inquérito aos diretores de serviço de todas as unidades de obstetrícia e neonatologia<br />

que integram o projeto EPICE. Temo como finalidade conhecer para essas unidades as características, forma de organização e<br />

opções relacionadas com o uso de um conjunto de procedimentos e intervenções médicas relativas a recém-nasci<strong>do</strong>s muito<br />

pré-termo. Nesta fase também serão recolhi<strong>do</strong>s os protocolos de intervenção em vigor em cada unidade.<br />

GRUPOS DE TRABALHO - INVESTIGAÇÃO EM PORTUGAL<br />

Diversos clínicos envolvi<strong>do</strong>s no EPICE demonstraram interesse em criar grupos de interesse em áreas de investigação específicas.<br />

O objetivo final é publicar trabalhos científicos, descreven<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s portugueses. A partir <strong>do</strong> dia 16 de abril iremos divulgar<br />

esses grupos de trabalho - pessoas e temas. Para isso, pedimos que nos enviem os vossos interesses e sugestões, o<br />

mais brevemente possível, para o e-mail epice@med.up.pt.<br />

NEW CHALLENGES IN FOETAL AND NEONATAL INFECTIONS<br />

NATALIDADE E TAXAS DE MORTALIDADE INFANTIL 2006-2010<br />

Autores:<br />

Luís Pereira-da Silva<br />

Maria Teresa Neto<br />

Editora:<br />

Research Signpost<br />

Foi publica<strong>do</strong> um <strong>do</strong>cumento pela Direcção<br />

Geral de Saúde descreven<strong>do</strong> as estatísticas<br />

referentes à Natalidade e Mortalidade<br />

(perinatal, neonatal e infantil) em<br />

Portugal para o perío<strong>do</strong> de 2006 a 2010.<br />

6


SUGESTÕES DE LEITURA E<br />

PUBLICAÇÕES DOS INVESTIGADORES EPICE<br />

Cuttini M, Ferrante P, Mirante N, Chian<strong>do</strong>tto V, Fertz M,<br />

Dall'Oglio A, Coletti M, Johnson S. Cognitive assessment of<br />

very preterm infants at 2-year corrected age: performance<br />

of the Italian version of the PARCA-R parent questionnaire.<br />

Early Human Development 2012; 88: 159–163.<br />

Dempsey E, McCreery K. Local anaesthetic eye drops for prevention<br />

of pain in preterm infants undergoing screening for<br />

retinopathy of prematurity. Cochrane Database Syst Rev<br />

2011.<br />

Draper E, Alfirevic Z, Stacey F, Hennessy E, Costeloe K, for the<br />

EPICure Study Group. An investigation into the reporting and<br />

management of late terminations of pregnancy (between<br />

22 +0 and 26 +6 weeks of gestation) within NHS Hospitals in<br />

England in 2006: the EPICure preterm cohort study. BJOG<br />

2012.<br />

Mackeen AD, Seibel-Seamon J, Grimes-Dennis J, Baxter JK,<br />

Berghella V. Tocolytics for preterm premature rupture of<br />

membranes. Cochrane Database Syst Rev 2011.<br />

McKinlay CJ, Crowther CA, Middleton P, Harding JE. Repeat<br />

antenatal glucocorticoids for women at risk of preterm birth:<br />

a Cochrane Systematic Review. Am J Obstet Gynecol 2011.<br />

Schumacher RE. Myth: neonatology is evidence-based. Semin<br />

Fetal Neonatal Med 2011;16(5):288-92.<br />

Wheeler KI, Klingenberg C, Morley CJ, Davis PG. Volume-<br />

Targeted versus Pressure-Limited Ventilation for Preterm<br />

Infants: A Systematic Review and Meta-Analysis. Neonatology<br />

2011;100(3):219-27.<br />

Willhelm C, Girisch W, Gortner L, Meyer S. Evidence-based<br />

medicine and Cochrane reviews in neonatology: Quo vadis.<br />

Acta Paediatr 2011.<br />

Zeitlin J., Combier E., Levaillant M., Lasbeur L., Pilkington H,<br />

Charreire H and Rivera L. Neighbourhood socio-economic<br />

characteristics and the risk of preterm birth for migrant and<br />

non-migrant women: a study in a French district. Paediatric<br />

and Perinatal Epidemiology, 25: 347-356.<br />

LINKS ÚTEIS<br />

ESPNIC - European Society of Paediatric and<br />

Neonatal Intensive Care<br />

EuroNeoNet/EuroNeoStat<br />

European Association of Perinatal Medicine<br />

European Foundation for the Care of<br />

Newborn Infants (EFCNI)<br />

European Society for Neonatology (ESN)<br />

Federação das Sociedades Portuguesas de<br />

Obstetrícia e Ginecologia.<br />

NIDCAP Federation International<br />

Union of European Neonatal and Perinatal<br />

Societies<br />

www.espnic.org<br />

www.euroneostat.org<br />

www.europerinatal.eu<br />

www.efcni.org<br />

espr-esn.org<br />

www.fspog.com<br />

www.nidcap.org<br />

www.uenps.com<br />

PRÓXIMOS EVENTOS<br />

Congresso Europeu de Epidemiologia - Euroepi 2012<br />

Data: 5 a 8 de setembro, 2012<br />

Local: <strong>Porto</strong>, Portugal<br />

http://www.euroepi2012.com/<br />

3º Congresso Internacional da UENPS (Union of European<br />

Neonatal and Perinatal Societies)<br />

Data: 14 a 17 de novembro, 2012<br />

Local: <strong>Porto</strong>, Portugal<br />

http://www.uenps2012.org/<br />

CLÍNICOS RESPONSÁVEIS<br />

NORTE<br />

Adelina Sá Couto; Alexandra Almeida; Alexandrina<br />

Portela; Alice Vilas Boas; Ana Andrade; António<br />

Braga; António Lanhoso; Beatriz Sousa; Carla<br />

Sá; Cármen Carvalho; Célia Araújo; Clara Paz Dias;<br />

Daniela Almeida; Dulce Oliveira; Fátima Fonseca;<br />

Gabriela Pereira; Helena Oliveira; Ilídio Quelhas;<br />

Inês Sobreira; Jacinto Torres; Joana Sampaio;<br />

Joaquina Baltazar; Jorge Santos Silva; Juan Calviño;<br />

Lucília Araújo; Margarida Pontes; Margarida<br />

Seabra; Marinho <strong>do</strong>s Santos; Marisa Cabanas;<br />

Marta Barbosa; Olímpia <strong>do</strong> Carmo; Óscar Vaz;<br />

Raquel Maciel; Rosa Maria Rodrigues; Sofia Aroso;<br />

Susana Gama de Sousa; Teresa Rodrigues;<br />

Tiago Ferraz; Zélia Nunes.<br />

CLÍNICOS RESPONSÁVEIS<br />

LISBOA E VALE DO TEJO<br />

Ana Berdeja; Ana Bettencourt; Ana Campos; Ana<br />

Carvalho; Ana Castilho Santos; Ana Isabel Macha<strong>do</strong>;<br />

Ana Maia Pita; Ana Neto; Anselmo Costa;<br />

António Fonseca; Catarina Dâmaso; Cláudia<br />

Araújo; Conceição Faria; Cristina Costa; Cristina<br />

Didlet; Cristina Leite; Cristina Martins; Cristina<br />

Trindade; Eduarda Reis; Eduar<strong>do</strong> Fernandes;<br />

Ester Casal; Fernanda Matos; Fernan<strong>do</strong> Cirurgião;<br />

Filomena Rebelo; Glória Carvalhosa; Graça<br />

Henriques; Gustavo Rodrigues; Helena Almeida;<br />

Isabel Knoch; Isabel Maria Carolino Silva; Jorge<br />

Ribeiro; José Miguel Nogueira; Luís Caturra;<br />

Margarida Cabral; Maria <strong>do</strong> Carmo Serra; Maria<br />

José Carneiro; Maria Paula Arteaga; Mário Furta<strong>do</strong>;<br />

Mário Paiva; Marta Aguiar; Naiegal Mendes<br />

Pereira; Paula Costa; Pedro Manuel Silva;<br />

Pedro Rocha; Rosalina Barroso; Rosalinda Rodrigues;<br />

Rubina Men<strong>do</strong>nça; Valdemar Martins;<br />

Vítor Neves.<br />

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Projeto EPICE<br />

Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preditiva e Saúde Pública<br />

Faculdade de Medicina da <strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Alameda Prof. Hernâni Monteiro | 4200-319 <strong>Porto</strong><br />

Telefone: 220 426 640| Fax: 22 551 36 53<br />

Instituto de Saúde Pública da <strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Rua das Taipas, 135-139 | 4050-600 <strong>Porto</strong><br />

Telefone: 222 061 820 | Fax: 222 061 821<br />

E-mail: epice@med.up.pt<br />

Website: www.epiceproject.eu<br />

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