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Norma Técnica Sabesp NTS 285

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<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong><br />

<strong>NTS</strong> <strong>285</strong><br />

Especificação 0100-400-S3 – Fabricação de<br />

tubos e peças especiais de aço.<br />

Especificação<br />

São Paulo<br />

Maio - 2010


<strong>NTS</strong> <strong>285</strong> : 2010<br />

<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong><br />

S U M Á R I O<br />

1 OBJETIVO............................................................................................................................ 1<br />

2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................................. 1<br />

3 DEFINIÇÕES ........................................................................................................................ 2<br />

4 CONDIÇÕES GERAIS........................................................................................................... 2<br />

5 MATERIAIS .......................................................................................................................... 2<br />

5.1 Chapas de aço .................................................................................................................. 3<br />

5.2 Bobinas de aço ................................................................................................................. 3<br />

5.3 Marcação .......................................................................................................................... 3<br />

6 FABRICAÇÃO DOS TUBOS ................................................................................................. 3<br />

7 PEÇAS ESPECIAIS .............................................................................................................. 4<br />

8 PARÂMETROS DIMENSIONAIS ........................................................................................... 5<br />

8.1 Comprimento do tubo ....................................................................................................... 5<br />

8.2 Ortogonalidade ................................................................................................................. 5<br />

8.3 Ovalização ........................................................................................................................ 5<br />

8.4 Perímetro externo ............................................................................................................. 6<br />

8.5 Chanfro ............................................................................................................................. 6<br />

8.6 Ângulo de curva................................................................................................................ 6<br />

9 EXAMES E TESTES ............................................................................................................. 6<br />

9.1 Exame visual ..................................................................................................................... 6<br />

9.2 Teste de ruptura e dobramento......................................................................................... 6<br />

9.3 Teste hidrostático ............................................................................................................. 9<br />

9.4 Teste de ultrassom ........................................................................................................... 9<br />

9.5 Teste por radiação penetrante .......................................................................................... 9<br />

10 REPAROS .......................................................................................................................... 9<br />

11 QUALIFICAÇÃO DO FABRICANTE................................................................................... 10<br />

12 INSPEÇÃO SABESP......................................................................................................... 11<br />

12.1 Matéria-prima ................................................................................................................ 11<br />

12.2 Teste de dobramento e ruptura ..................................................................................... 11<br />

12.3 Teste hidrostático ......................................................................................................... 11<br />

12.4 Testes não destrutivos de soldas (ensaio não destrutivo - END).................................. 12<br />

12.5 Exame visual ................................................................................................................. 12<br />

12.6 Teste dimensional ......................................................................................................... 12<br />

12.7 Teste do revestimento................................................................................................... 12<br />

12.8 Relatório........................................................................................................................ 12<br />

12/5/2010


<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong> <strong>NTS</strong> <strong>285</strong> : 2010<br />

Especificação 0100-400-S3 – Fabricação de tubos e<br />

peças especiais de aço<br />

1 OBJETIVO<br />

O objetivo desta norma é especificar as condições necessárias para a fabricação,<br />

qualificação e recebimento de tubos e peças especiais de aço.<br />

Para efeito desta norma, devem ser consideradas como peças especiais: curvas, tês,<br />

saídas flangeadas, reduções, derivações, etc.<br />

2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS<br />

Todas as normas mencionadas devem ser adotadas em sua última revisão publicada.<br />

<strong>NTS</strong> 034:1999, Soldagem.<br />

<strong>NTS</strong> 036:1998, Qualificação de produtos e materiais para revestimento.<br />

<strong>NTS</strong> 038:1999, Testes ultrassônicos de juntas soldadas.<br />

<strong>NTS</strong> 040:1999, Inspeção por líquido penetrante.<br />

<strong>NTS</strong> 042:1999, Inspeção de revestimentos com Holiday Detector via seca.<br />

API 5L/Line, Tubos de aço sem costura para condução de produtos petrolíferos e<br />

outros fins.<br />

ASTM A-36:2008, Standard Specification for Carbon Structural Steel.<br />

ASTM A-53:2007, Standard Specification for Pipe, Steel, Black and Hot-Dipped, Zinc-<br />

Coated, Welded and Seamless.<br />

ASTM A-283:2007, Standard Specification for Low and Intermediate Tensile Strength<br />

Carbon Steel Plates.<br />

ASTM A-572:2007, Standard Specification for High-Strength Low-Alloy Columbium-<br />

Vanadium Structural Steel.<br />

ASTM A-1011:2009, Standard Specification for Steel, Sheet and Strip, Hot-Rolled,<br />

Carbon, Structural, High-Strength Low-Alloy, High-Strength Low-Alloy with Improved<br />

Formability, and Ultra-High Strength.<br />

ASTM A-1018:2008, Standard Specification for Steel, Sheet and Strip, Heavy-<br />

Thickness Coils, Hot-Rolled, Carbon, Commercial, Drawing, Structural, High-Strength<br />

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<strong>NTS</strong> <strong>285</strong> : 2010<br />

<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong><br />

Low-Alloy, High-Strength Low-Alloy with Improved Formability, and Ultra-High<br />

Strength.<br />

ASME - VIII:2007, BPVC Section VIII-Rules for Construction of Pressure Vessels<br />

Division 1.<br />

ANSI/ASME B31.3:2008, Power and Process Piping Package prescribes the<br />

requirements for components, design, fabrication, assembly, erection, examination,<br />

inspection and testing of process and power piping.<br />

3 DEFINIÇÕES<br />

Diâmetro nominal<br />

simples número que serve para classificar, em dimensões, os elementos de tubulação<br />

(tubos, juntas, conexões e acessórios) e que corresponde aproximadamente ao<br />

diâmetro externo do tubo em milímetros, não devendo ser objeto de medição, nem<br />

ser utilizado para fins de cálculo.<br />

Espessura nominal<br />

simples número que define a espessura da chapa de aço e que corresponde ao valor<br />

utilizado para fins de projeto da tubulação para resistências as cargas estáticas e<br />

dinâmicas atuantes no sistema. Devido aos processos de conformação da chapa, o<br />

valor da espessura real pode variar até 12,5% abaixo do valor nominal. A espessura<br />

nominal é padronizada em valores pré-definidos pelas usinas siderúrgicas.<br />

4 CONDIÇÕES GERAIS<br />

Os diâmetros nominais dos tubos e peças especiais corresponderão aos diâmetros<br />

externos do tubo, sem revestimento.<br />

Os tubos com diâmetro igual ou maior a 12” (300 mm) devem ser fabricados com<br />

costura circunferencial e longitudinal ou com costura helicoidal, com espessura mínima<br />

de ¼” (6,35 mm).<br />

Os tubos com diâmetro inferior a 12” (300 mm) fabricados sem costuras, devem ter<br />

espessura mínima SCHEDULE 40.<br />

Os tubos com diâmetro inferior a 12” (300 mm) fabricados com costuras, devem<br />

utilizar o processo de solda por resistência, com espessura mínima de ¼” (6,35 mm).<br />

5 MATERIAIS<br />

As propriedades químicas e mecânicas do material devem ser comprovadas mediante<br />

certificados de qualidade expedido pela Usina Siderúrgica e aceitos pela inspeção<br />

<strong>Sabesp</strong>.<br />

12/5/2010


<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong> <strong>NTS</strong> <strong>285</strong> : 2010<br />

Caso não se possa assegurar a correspondência entre o certificado de qualidade e o<br />

lote de chapas ou bobinas, deve ser efetuada uma análise em um laboratório aceito<br />

pela <strong>Sabesp</strong>.<br />

O valor máximo admissível de carbono será de 0,25%.<br />

5.1 Chapas de aço<br />

As chapas de aço deverão corresponder a uma das seguintes normas:<br />

- ASTM A-36;<br />

- ASTM A-53;<br />

- ASTM A-283 Grau C (mínimo);<br />

- ASTM A-572 Grau 42 ou 50;<br />

- API 5L – grau B, (desde que a chapa utilizada seja aprovada após os ensaios<br />

metalográficos de amostras retiradas de cada chapa).<br />

5.2 Bobinas de aço<br />

As bobinas de aço, para a fabricação com solda helicoidal, deverão atender as<br />

seguintes normas:<br />

- ASTM A-1011 Grau SS36 tipo 1 ou 2 (para espessura até 6,0 mm);<br />

- ASTM A-1018 Grau SS36 tipo 1 ou 2 (para espessura entre 6,0 e 25 mm).<br />

5.3 Marcação<br />

A marcação dos tubos e peças especiais será feita com punção, cujas letras ou<br />

algarismos deverão ter altura de 10 mm. Esta marcação deve ser envolvida por um<br />

retângulo de tinta amarela.<br />

Como alternativa, pode ser puncionado somente o número de fabricação do tubo e o<br />

restante da marcação identificada com tinta indelével.<br />

A marcação deve conter as seguintes informações:<br />

- número do pedido de compra ou contrato;<br />

- diâmetro nominal;<br />

- espessura nominal;<br />

- número de fabricação (rastreabilidade do tubo);<br />

- material;<br />

- ângulo real (para curvas).<br />

6 FABRICAÇÃO DOS TUBOS<br />

As bordas das chapas a serem juntadas por solda devem ser cortadas por processos<br />

mecânicos ou térmicos.<br />

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<strong>NTS</strong> <strong>285</strong> : 2010<br />

<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong><br />

Se as bordas e o chanframento forem cortados com maçarico, todas as<br />

irregularidades, escamas e metal queimado, provenientes do corte, devem ser<br />

removidas por meio de esmerilhamento ou raspagem.<br />

Antes da formação, todas as chapas devem ser curvadas nas bordas longitudinais por<br />

processo contínuo ou prensadas de um modo conveniente ao raio próprio do tubo. Não<br />

é permitido o uso de martelamento para qualquer operação de formação do cilindro.<br />

Todos os materiais estranhos (graxa, óleo, etc.) devem ser removidos da superfície do<br />

metal por meios adequados. Não é permitido o uso de querosene ou outros solventes<br />

pesados à base de petróleo.<br />

Caso sejam constatadas chapas com dupla laminação, serão rejeitadas e todo o lote<br />

será reexaminado.<br />

As chapas a serem soldadas devem manter-se ajustadas e presas durante a<br />

soldagem. Pontos de solda podem ser aplicados para manter as bordas alinhadas,<br />

desde que sejam incorporados ao cordão de solda definitivo.<br />

Qualquer desvio no alinhamento das bordas adjacentes não deve exceder a 1/16” (1,6<br />

mm).<br />

Toda costura longitudinal, espiral e circunferencial, das seções retas de tubos, deverá<br />

ser feita com máquina de solda automática com arco submerso.<br />

A solda manual somente será efetuada por soldador qualificado, em reparos de<br />

defeitos da solda automática detectados nos testes de verificação.<br />

Todas as soldas devem ter uma fusão completa com o metal base e serem livres de<br />

trincas, óxidos, inclusão de escórias e bolsas de gás.<br />

Todos os tubos devem ter um passe interno, selagem da solda, sendo que a altura<br />

máxima da saliência permitida será de 1,5 mm acima do contorno da superfície<br />

interna, o excesso deve ser retirado.<br />

Para cada anel componente de um tubo, de 6,00 ou 12,00 metros, são permitidas até<br />

duas costuras longitudinais, distanciadas entre si de 300 mm no mínimo.<br />

Na montagem de dois anéis consecutivos, a defasagem dos cordões de soldas<br />

longitudinais deve ser de no mínimo 150 mm.<br />

7 PEÇAS ESPECIAIS<br />

São consideradas peças especiais de aço, aquelas produzidas a partir de tubos<br />

fabricados e testados conforme esta norma ou a partir de chapas de aço especificadas<br />

no item 5.1 ou 5.2, especialmente calandradas para a confecção destas peças.<br />

12/5/2010


<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong> <strong>NTS</strong> <strong>285</strong> : 2010<br />

Curvas, tês, derivações, cruzetas, bifurcações e reduções devem ter as suas<br />

dimensões conforme os desenhos padrões correspondentes ou especificação especial<br />

aprovada pela <strong>Sabesp</strong>.<br />

As peças especiais da <strong>Sabesp</strong> são as especificadas pelos seguintes Desenhos Padrões:<br />

- Des. 0100-400-D001 / 020 / 021 / 022 / 023 / 024 / 025 / 027 / 028 / 029 / 044<br />

e 045;<br />

- Des. 0100-400-E005 /006 / 007 / 007A / 024 / 024A / 024B / 024C / 027 / 027A<br />

/ 033 / 034 / 040 / 049 / 070 / 071 / 072 / 073 / 075 / 076 / 077 / 078 / 079 / 080 /<br />

093 / 096 / 097 / 097A / 102 / 104 / 113 / 114 / 119 / 120 / 121 / 122 / 123 / 138 /<br />

139 / 141 / 142 / 143 / 144 / 145 / 153 / 155 / 156 / 157 e 158.<br />

8 PARÂMETROS DIMENSIONAIS<br />

8.1 Comprimento do tubo<br />

Os tubos podem ser fornecidos nos comprimentos nominais de 6,00 ou 12,00 metros,<br />

conforme definido no instrumento de contratação.<br />

A tolerância admissível em tubos de comprimento nominal de 6,00 metros é de +/- 50<br />

mm em no mínimo 90% do lote. O restante do lote pode ser aceito com comprimentos<br />

menores que o nominal desde que não sejam inferiores a 5,10 metros.<br />

A tolerância admissível em tubos de comprimento nominal de 12,00 metros é de +/-<br />

50 mm em no mínimo 80% do lote. O restante do lote pode ser aceito com<br />

comprimentos menores que o nominal desde que não sejam inferiores a 10,20<br />

metros.<br />

As tolerâncias não se aplicam para tubos dos quais foram retiradas amostras para<br />

testes de solda.<br />

8.2 Ortogonalidade<br />

As extremidades do tubo devem ser ortogonais ao eixo longitudinal.<br />

A ortogonalidade será verificada através do faceamento das extremidades com um<br />

prumo ou equipamento equivalente.<br />

A diferença máxima tolerada, entre geratrizes opostas, será de 3,0 mm.<br />

8.3 Ovalização<br />

A ovalização máxima permitida para tubos e peças será de 1,0% do diâmetro nominal,<br />

após a aplicação do revestimento.<br />

Para relação diâmetro/espessura maior que 120 (D/t>120) será exigida a colocação<br />

de cruzetas confeccionadas em madeira. A ovalização será verificada após a colocação<br />

das cruzetas.<br />

12/5/2010


<strong>NTS</strong> <strong>285</strong> : 2010<br />

<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong><br />

A ovalização deve ser verificada numa distância de até 100 mm da extremidade.<br />

8.4 Perímetro externo<br />

O perímetro de tubos e peças, pode exceder ao perímetro calculado a partir do<br />

diâmetro nominal em até 2/3 da espessura da chapa, limitado a um valor máximo de<br />

15 mm.<br />

O perímetro deve ser verificado numa distância de até 100 mm da extremidade.<br />

8.5 Chanfro<br />

O chanfro de todas as extremidades para solda de topo deve obedecer às seguintes<br />

dimensões:<br />

- ângulo: 37,5° +/- 2,5°<br />

- nariz: 1,5 +/- 0,8 mm<br />

8.6 Ângulo de curva<br />

Para qualquer curva, a tolerância no ângulo de fabricação será de +/- 1,0°.<br />

9 EXAMES E TESTES<br />

9.1 Exame visual<br />

Os tubos e as peças devem estar livres de trincas.<br />

Será permitida a existência de sulcos ou cavidades, desde que a profundidade não<br />

exceda a 12,5% da espessura nominal da parede dos tubos ou das peças.<br />

9.2 Teste de ruptura e dobramento<br />

As soldas deverão ser testadas durante a fabricação dos tubos, e os resultados devem<br />

atender os parâmetros estipulados nos itens a seguir:<br />

Para a confecção dos corpos de provas, as amostras devem ser retiradas<br />

perpendicularmente à solda em locais a critério da inspeção, ou de chapas apêndices<br />

que obedeçam aos requisitos da especificação da chapa do tubo. As chapas de teste<br />

devem ser soldadas empregando-se o mesmo procedimento, pelo mesmo soldador e<br />

com o mesmo equipamento, em sequência, com a soldagem das juntas longitudinais<br />

no tubo.<br />

Não será permitido o reparo dos locais onde foram retiradas as amostras. Os tubos<br />

que tiverem amostras retiradas das soldas circunferenciais devem ter a faixa que<br />

contém o corpo de prova cortada fora, e os anéis resultantes podem ser novamente<br />

soldados.<br />

O tubo, de onde se retiraram as amostras, será aceito com um comprimento total,<br />

menor que o especificado.<br />

12/5/2010


<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong> <strong>NTS</strong> <strong>285</strong> : 2010<br />

Dois corpos de provas de seção reduzida, para o ensaio de tração confeccionadas<br />

conforme a figura 2.4 da norma <strong>NTS</strong> 034, devem apresentar uma carga de ruptura<br />

não inferior a 100% da carga mínima de ruptura especificada para o material<br />

utilizado.<br />

Dois corpos de provas para o teste de dobramento devem ser preparados conforme a<br />

figura 2.5 da norma <strong>NTS</strong> 034, devendo resistir a uma curvatura de 180°. A amostra<br />

curvada será considerada reprovada se:<br />

1 - houver fratura total no material soldado;<br />

2 - aparecer trinca ou defeito no material soldado ou entre a solda e o metal base,<br />

após a curvatura, que exceder a 3,0 mm, medidos em qualquer direção;<br />

3 - aparecer mais de três trincas ou defeitos no material soldado ou entre a solda e o<br />

metal base, após a curvatura, mesmo tendo dimensões inferiores a 3,0 mm;<br />

4 - aparecer trinca ou defeito no material soldado ou entre a solda e o metal base,<br />

após a curvatura, se a localização for na borda da amostra ou entre a borda e a<br />

superfície e exceder a 6,0 mm;<br />

5 - aparecer trinca ou defeito, de qualquer dimensão, por falta de penetração;<br />

6 - aparecer trinca ou defeito no metal base, dentro ou fora da ZTA (Zona<br />

Térmicamente Afetada), após a curvatura, e o fabricante não apresentar o resultado<br />

de exame metalográfico realizado na amostra, para a comprovação da composição do<br />

metal base, ficando suspensa a aprovação do teste até a justificativa definitiva do<br />

defeito.<br />

Se qualquer amostra apresentar confecção defeituosa ou desenvolver imperfeições<br />

não relacionadas com a soldagem, ela deve ser substituída por uma nova amostra e<br />

um novo teste deve ser realizado.<br />

9.2.1 Quantidade de amostras<br />

Para os testes de soldagem, devem ser retiradas duas amostras do teste de ruptura e<br />

duas do teste de dobramento, seguindo os seguintes parâmetros:<br />

1 - o lote para a retirada de amostras será formado por tubos de 6,00 ou 12,00<br />

metros, com o mesmo diâmetro, espessura e material da chapa, pertencente a um<br />

mesmo pedido de compra;<br />

2 - para tubos de 6,00 m de comprimento, o lote para amostragem está indicado na<br />

tabela 1;<br />

12/5/2010


<strong>NTS</strong> <strong>285</strong> : 2010<br />

<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong><br />

Tabela 1 – Tamanho do lote por tipo de solda e diâmetro<br />

SOLDA HELICOIDAL<br />

SOLDA LONGITUDINAL<br />

DIÂMETRO LOTE DIÂMETRO LOTE<br />

508,00 mm<br />

(20”)<br />

609,60 mm<br />

(24”)<br />

711,20 mm<br />

(28”)<br />

762,00 mm<br />

(30”)<br />

812,80 mm<br />

(32”)<br />

863,60 mm<br />

(34”)<br />

914,40 mm<br />

(36”)<br />

1016,00 mm<br />

(40”)<br />

1066,80 mm<br />

(42”)<br />

1219,20 mm<br />

(48”)<br />

1524,00 mm<br />

(60”)<br />

1828,80 mm<br />

(72”)<br />

2133,60 mm<br />

(84”)<br />

2540,00 mm<br />

(100”)<br />

58<br />

47<br />

41<br />

38<br />

36<br />

34<br />

32<br />

30<br />

28<br />

25<br />

20<br />

18<br />

16<br />

14<br />

508,00 mm<br />

(20”)<br />

609,60 mm<br />

(24”)<br />

711,20 mm<br />

(28”)<br />

762,00 mm<br />

(30”)<br />

812,80 mm<br />

(32”)<br />

863,60 mm<br />

(34”)<br />

914,40 mm<br />

(36”)<br />

1016,00 mm<br />

(40”)<br />

1066,80 mm<br />

(42”)<br />

1219,20 mm<br />

(48”)<br />

1524,00 mm<br />

(60”)<br />

1828,80 mm<br />

(72”)<br />

2133,60 mm<br />

(84”)<br />

2540,00 mm<br />

(100”)<br />

50<br />

46<br />

44<br />

42<br />

41<br />

40<br />

39<br />

37<br />

36<br />

32<br />

30<br />

28<br />

25<br />

20<br />

3 - para tubos com 12,00 metros será considerada a metade dos valores acima<br />

estipulados.<br />

Cada lote deverá ser formado por tubos fabricados pela mesma máquina de solda com<br />

o seu respectivo soldador qualificado. Se o lote for completado com tubos fabricados<br />

por outras máquinas de solda, devem ser retiradas amostras para testes, da produção<br />

de cada máquina que completou o lote.<br />

Poderá ser retirada para testes, uma amostra de solda circunferencial a cada três lotes<br />

de tubos fabricados. A necessidade ou não da retirada dessas amostras, fica a critério<br />

da inspeção, que terá como base a incidência de defeitos nas soldas longitudinais.<br />

Se uma das amostras testadas for reprovada, a amostra poderá ser substituída por<br />

outras duas similares. Em caso de reprovação de qualquer destas amostras, o lote<br />

será reprovado. Caso as amostras sejam aprovadas, todo o lote será aprovado, exceto<br />

o tubo do qual foi retirada a amostra rejeitada.<br />

12/5/2010


<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong> <strong>NTS</strong> <strong>285</strong> : 2010<br />

No caso de lotes com menos de 10 tubos, não será permitida a substituição de<br />

amostras, sendo que a reprovação de um corpo de prova reprovará o lote.<br />

9.3 Teste hidrostático<br />

Todos os tubos devem ser testados hidrostaticamente, antes de qualquer<br />

revestimento e pelo tempo necessário e suficiente para a visualização de todas as<br />

soldas, sendo esse tempo nunca inferior a dois minutos, com a pressão de teste<br />

calculada conforme a fórmula abaixo:<br />

Onde: Ph = pressão hidrostática mínima<br />

1,3xTxe<br />

Ph =<br />

d<br />

T = tensão de escoamento do aço empregado<br />

e = espessura da chapa<br />

d = diâmetro nominal do tubo<br />

Usar unidades dimensionalmente coerentes<br />

Os tubos que apresentem soldas com vazamentos, durante o teste, podem ter os<br />

pontos defeituosos reparados, mas obrigatoriamente terão que passar novamente pelo<br />

teste hidrostático, bem como por um novo teste de ultrassom em todas as suas<br />

soldas.<br />

Se o fabricante não tiver condições de efetuar o teste hidrostático nos tubos e peças<br />

especiais, ele deve realizar teste por radiação penetrante (gamagrafia, radiografia ou<br />

fluoroscopia) ou de ultrassom com registro contínuo e automático. Em ambos os<br />

casos, os ensaios devem ser realizados em 100% das soldas.<br />

9.4 Teste de ultrassom<br />

Todas as juntas soldadas, de tubos e peças especiais, que permitam esse tipo de<br />

teste, devem ser submetidas a exames por meio de ultrassom, conforme <strong>NTS</strong> 038.<br />

9.5 Teste por radiação penetrante<br />

As radiografias devem ser executadas atendendo os requisitos da ASME VIII e o<br />

critério de aceitação conforme os requisitos da ANSI B.31.3.<br />

As peças especiais que não se originam de tubos já testados, e não foram testadas<br />

hidrostaticamente e também não apresentaram comprovantes de teste de ultrassom,<br />

devem ter as soldas de topo radiografadas em 100% de sua extensão.<br />

10 REPAROS<br />

Somente poderão ser reparados defeitos com profundidade inferior a 1/3 da espessura<br />

da chapa e comprimento inferior a 25% do diâmetro nominal do tubo.<br />

Os reparos dos defeitos de mordedura, falta de fusão, falta de penetração,<br />

concavidade e inclusão de escória devem obedecer os seguintes critérios:<br />

12/5/2010


<strong>NTS</strong> <strong>285</strong> : 2010<br />

<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong><br />

1 – o defeito deverá ser completamente limpo e reparado;<br />

2 – a solda do reparo deverá ser efetuada por processo automático ou manual;<br />

3 – dois reparos no mesmo local serão permitidos desde que sejam tomados todos os<br />

cuidados dos itens anteriores, acrescido de tratamento térmico do tubo para alívio das<br />

tensões;<br />

4 – Não será permitido terceiro reparo no mesmo local;<br />

5 – Todo o tubo reparado deverá ser novamente submetido aos testes previstos,<br />

acrescido de teste por líquido penetrante conforme <strong>NTS</strong> 040.<br />

11 QUALIFICAÇÃO DO FABRICANTE<br />

O fabricante somente poderá fornecer tubos ou peças especiais, se for aprovado pelo<br />

processo de qualificação da <strong>Sabesp</strong>.<br />

O fabricante deverá apresentar a Qualificação dos Procedimentos de Soldagem e de<br />

Soldadores, de acordo com a <strong>NTS</strong> 034.<br />

O fabricante deverá dispor no mínimo dos seguintes equipamentos:<br />

- equipamento oxi-acetileno e/ou tesouras-guilhotinas para corte de chapas ;<br />

- prensas ou rolos contínuos de pré-formação, necessário ao pré-curvamento das<br />

chapas antes da calandragem;<br />

- calandras e/ou máquinas para conformação helicoidal de dimensões e potência<br />

adequadas à fabricação de tubos;<br />

- máquinas-ferramenta para a preparação das bordas das chapas a serem soldadas;<br />

- equipamento para a pré-montagem, correção de ovalização (acionamento<br />

hidráulico ou pneumático) e montagem;<br />

- soldas manuais com atmosfera controlada ou eletrodos revestidos para reparos ou<br />

pré-montagem;<br />

- esmeris manuais para reparos e acabamentos das soldas;<br />

- equipamentos de inspeção não destrutiva para teste hidrostático e/ou por radiação<br />

penetrante e/ou ultrassônico (opcionalmente, o fabricante poderá contratar a<br />

execução dos testes, junto a empresas especializadas previamente aprovadas pela<br />

<strong>Sabesp</strong>).<br />

12/5/2010


<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong> <strong>NTS</strong> <strong>285</strong> : 2010<br />

12 INSPEÇÃO SABESP<br />

A atividade de inspeção consiste em acompanhar os exames e testes, constantes<br />

nesta norma e outras adicionais aceitas pelas partes, para melhor caracterizar o<br />

produto.<br />

O fabricante deverá fazer a convocação da inspeção, com 10 dias de antecedência.<br />

A <strong>Sabesp</strong> terá livre acesso a todos os lugares da fábrica ligados à fabricação e<br />

estocagem de matéria-prima e do produto acabado, assim como terá também a<br />

garantia da segurança de seus funcionários durante a inspeção em todos os<br />

momentos e locais onde forem realizados os serviços.<br />

A presença ou a ausência da inspeção em qualquer etapa ao longo da fabricação não<br />

cancelará nenhum requisito desta norma e também não isentará o fabricante de suas<br />

obrigações aqui constantes.<br />

A inspeção deverá avaliar, no mínimo, os seguintes itens:<br />

12.1 Matéria-prima<br />

O fornecedor deve apresentar os certificados de qualidade da matéria-prima utilizada<br />

no produto final. A matéria-prima deve ter sua rastreabilidade amarrada aos<br />

certificados fornecidos pelas usinas siderúrgicas.<br />

Caso seja necessária a reclassificação da matéria prima, ou haja dúvidas quanto a<br />

marcação, poderão ser retirados corpos de prova para ensaios laboratoriais. A retirada<br />

dos corpos de prova deve ser efetuada e identificada na presença da inspeção.<br />

Serão aceitos certificados da matéria-prima, emitidos somente por laboratórios<br />

previamente aprovados pela <strong>Sabesp</strong>.<br />

A critério da inspeção poderão ser colhidas amostras para a contraprova dos<br />

certificados apresentados.<br />

12.2 Teste de dobramento e ruptura<br />

A inspeção indicará de quais tubos ou peças especiais serão retiradas as amostras<br />

para os testes de dobramento e ruptura conforme o item 9.2. A critério da inspeção,<br />

este ensaio poderá ser testemunhado.<br />

12.3 Teste hidrostático<br />

Todos os tubos testados devem ter os registros da pressão e do tempo de duração do<br />

ensaio disponíveis. A critério da inspeção, o ensaio poderá ser testemunhado.<br />

12/5/2010


<strong>NTS</strong> <strong>285</strong> : 2010<br />

<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong><br />

12.4 Testes não destrutivos de soldas (ensaio não destrutivo - END)<br />

Será exigido relatório de toda junta soldada de tubo ou peça especial, testada através<br />

de ultrassom, gamagrafia, radiografia ou fluoroscopia. A escolha do método será<br />

prerrogativa do fabricante.<br />

12.5 Exame visual<br />

Serão verificados os parâmetros exigidos conforme o item 9.1.<br />

12.6 Teste dimensional<br />

Serão verificados os parâmetros exigidos conforme o item 8.<br />

12.7 Teste do revestimento<br />

Para os tubos ou peças especiais fornecidos com revestimento, a inspeção<br />

testemunhará os seguintes testes:<br />

- visual;<br />

- espessura do revestimento;<br />

- aderência do revestimento ao tubo ou peça;<br />

- Holiday Detector, conforme <strong>NTS</strong> 042.<br />

Todos os materiais para revestimentos devem ser previamente qualificados conforme<br />

<strong>NTS</strong> 036.<br />

12.8 Relatório<br />

Durante o processo de fabricação de tubos ou peças especiais, será emitido um<br />

Relatório de Inspeção (R.I.) parcial para cada visita realizada pelo inspetor, constando<br />

o que foi inspecionado naquela etapa.<br />

No final do processo será emitido um R.I. onde constará a quantidade de tubos ou<br />

peças que estão em conformidade com essa norma, e a numeração dos selos de cada<br />

um.<br />

12/5/2010


<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong> <strong>NTS</strong> <strong>285</strong> : 2010<br />

Especificação 0100-400-S3 – Fabricação de tubos e peças especiais<br />

de aço<br />

Considerações finais:<br />

1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser<br />

alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser<br />

enviados ao Departamento de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação - TOD;<br />

2) O texto é baseado na Especificação <strong>Sabesp</strong> 0100-400-S3.<br />

3) Tomaram parte na elaboração desta <strong>Norma</strong>.<br />

ÁREA<br />

UNIDADE DE<br />

TRABALHO<br />

NOME<br />

C CSQ Adilson Menegatte Mello Campos<br />

C CSQ Eduardo Menezes<br />

M MLLM Gennaro Califano<br />

R RO Paulo Mércio David<br />

T TBT Ricardo de Aragão Martinez<br />

T TX Marco Aurélio Lima Barbosa<br />

T TX Reinaldo Putvinskis<br />

12/5/2010


<strong>NTS</strong> <strong>285</strong> : 2010<br />

<strong>Norma</strong> Técnica <strong>Sabesp</strong><br />

<strong>Sabesp</strong> - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo<br />

Diretoria de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente - T<br />

Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e<br />

Inovação – TX<br />

Departamento de Acervo e <strong>Norma</strong>lização Técnica - TXA<br />

Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900<br />

São Paulo - SP - Brasil<br />

- Palavras–chave: tubo de aço, fabricação, inspeção<br />

- 12 páginas<br />

12/5/2010

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