Ser Protagonista - Química - vol 2.pdf
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uirmca<br />
ENSINO MÉDIO 2 Q ano
<strong>Química</strong><br />
ENSINO MÉDIO 2 Q ano<br />
Ouímica<br />
Organizadora Edições SM<br />
Obra coletiva concebida, desen<strong>vol</strong>vida e produzida por Edições SM.<br />
Editor responsável Murilo Tissoni Antunes<br />
Licenciado em <strong>Química</strong> pela Universidade de São Paulo (USP).<br />
Professor em escolas da rede particular de ensino.<br />
Editor de livros didáticos.<br />
São Paulo, 2! edição 2013<br />
Manual<br />
do<br />
Professor
Elaboraçao<br />
de conteúdos<br />
Direção editorial<br />
Gerência editorial<br />
Gerência de processos editoriais<br />
Coordenação de área<br />
Coordenação da obra<br />
Edição<br />
Apoio<br />
editorial<br />
Consultoria<br />
Assistência administrativa editorial<br />
Preparação e revisão<br />
Coordenação de design<br />
Coordenação de arte<br />
Edição de arte<br />
Projeto gráfico<br />
Capa<br />
Ilustrações e mapas<br />
Iconografia<br />
Tratamento de imagem<br />
Editoração eletrônica<br />
Fabricação<br />
Impressão<br />
<strong>Ser</strong> <strong>Protagonista</strong> <strong>Química</strong> - Volume 2<br />
© Edições SM Ltda.<br />
Todos os direitos reservados<br />
AlineThaís Bruni<br />
Bacharela em <strong>Química</strong> pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Mestra em <strong>Química</strong> e Doutora<br />
em Ciências pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp-SP). Professora no Ensino Superior.<br />
Ana Luiza Petillo Nery<br />
Bacharela e Licenciada em <strong>Química</strong> pela Universidade de São Paulo (USP).<br />
Doutora em Ciências pela USP Professora no Ensino Médio.<br />
Paulo A. G. Bianco<br />
Bacharel em Engenharia <strong>Química</strong> pela Universidade Paulista (Unip). Licenciado em Matemática pela<br />
Universidade Bandeirantes (Uniban). Mestre em Engenharia Nuclear e de Materiais pela USP<br />
Professor no Ensino Médio e Superior.<br />
Rodrigo Marchiori Liegel<br />
Bacharel e Licenciado em <strong>Química</strong> pela USP Mestre e Doutor em <strong>Química</strong> Inorgânica pela USP<br />
Professor no Ensino Médio.<br />
Simone Garcia de Ávila<br />
Bacharela e Licenciada em <strong>Química</strong> pela Fundação Santo André (FSA).<br />
Mestra em <strong>Química</strong> Analítica pela USP<br />
Simone JaconettiYdi<br />
Licenciada em Ciências pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Santo André.<br />
Mestra e Doutora em <strong>Química</strong> Analítica pela USP Professora no Ensino Superior<br />
Solange Wagner Locatelli<br />
Bacharela e Licenciada em <strong>Química</strong> pela USP Mestra em Ensino de Ciências pela USP<br />
Professora no Ensino Médio.<br />
Vera Lúcia Mitiko Aoki<br />
Bacharela e Licenciada em <strong>Química</strong> pela USP Professora no Ensino Médio.<br />
Márcia Takeuchi<br />
Angelo Stefanovits, Isabel Rebelo Roque<br />
Hosirnerre Tada da Cunha<br />
Tereza Costa Osorio<br />
Julio Cezar Foschini Lisboa<br />
Cláudia Cantarin, Eugénia Pessotti, Maria Aiko Nishijima, Murilo Tissoni Antunes,<br />
Sérgio Paulo Nunes Teixeira Braga<br />
Aline P Bordino, Armando de Souza Maia Junior, Guilherme Favarin,<br />
Mariana Rodrigues Pacheco, Patricia A. Santos<br />
Maria Elizabeth Athayde Marcondes de André<br />
Alzira Aparecida Bertholim Meana, Camila de Lima Cunha, Flávia R. R. Chaluppe, Silvana Siqueira<br />
Cláudia Rodrigues do Espírito Santo (Coord.), Ana Carolina Ribeiro, Angélica Lau P Soares,<br />
Cristiano Oliveira da Conceição, Fátima Valentina Cezare Pasculli, Izilda de Oliveira Pereira,<br />
Janaína L. Andreani Higashi, Maya Indra Souarthes Oliveira, Maíra Cammarano, Rodriqo-Nakano,<br />
Rosinei Aparecida Rodrigues Araujo, Valéria Cristina Borsanelli, Marco Aurélio Feltran (apoio de equipe)<br />
ErikaTiemi Yamauchi Asato<br />
Ulisses Pires<br />
Keila Grandis<br />
ErikaTiemi Yamauchi Asato, Catherine Ishihara<br />
ErikaTiemi Yamauchi Asato, Adilson Casarotti sobre ilustração de Sabeena Karnik<br />
AMj Studio<br />
Jaime Yamane, Alexandre Santos, Mariana Zanato, Priscila Ferraz, Sara Alencar, Tempo Composto Ltda.<br />
Robson Mereu, Ideraldo Araújo, Claudia Fidelis<br />
AM Produções Gráficas Ltda.<br />
Alexander Maeda<br />
Prol Editora Gráfica<br />
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)<br />
(Câmara Brasileira do Livro, SP,Brasil)<br />
<strong>Ser</strong> protagonista: quimica, 2 2 ano: ensino<br />
médio / obra coletiva concebida, desen<strong>vol</strong>vida e<br />
produzida por Edições SM ; editor responsável<br />
Murilo Tissoni Antunes. - 2. ed. - São Paulo:<br />
Edições SM, 2013.- (Coleçãoser protagonista; 2)<br />
Bibliografia.<br />
ISBN 978-85-418-0203-1(aluno)<br />
ISBN 978-85-418-0204-8(professor)<br />
1.<strong>Química</strong>(Ensinomédio) I.Antunes, MuriloTissoni. 11. Série.<br />
13-02177 CDD-540.7<br />
índices para catálogo sistemático:<br />
1. <strong>Química</strong> Ensino médio 540.7<br />
2' edição, 2013<br />
Edições SM l.tda.<br />
Rua Tenente Lycurgo Lopes da Cruz, 55<br />
Água Branca 05036-120 São Paulo SP Brasil<br />
TeI. 11 2111-7400<br />
edicoessm@grupo-sm.com<br />
www.edicoessm.com.br
Esta obra desafia e convida você a exercer papel central em seus<br />
estudos, a assumir responsabilidades com a sua comunidade e a contribuir<br />
para a divulgação de um conhecimento científico contextualizado,<br />
que trabalha também questões de valores em uma sociedade em<br />
constante transformação.<br />
Cada capítulo da coleção é um estímulo para que você estabeleça<br />
uma relação entre algumas situações vivenciadas em seu cotidiano<br />
e os fenõmenos químicos que as explicam. Esse convite é<br />
feito a todo momento: nas aberturas de unidades e capítulos, nas<br />
atividades experimentais e nas leituras, que en<strong>vol</strong>vem ciência, tecnologia<br />
e sociedade.<br />
Aqui você terá elementos para, individualmente ou em grupo,<br />
posicionar-se criticamente ante os impactos que a tecnologia e as atividades<br />
industriais impõem ao meio ambiente e analisar, com base<br />
nos conceitos desen<strong>vol</strong>vidos, os meios para minimizar esses impactos.<br />
A cada capítulo, você vai descobrir a importância da <strong>Química</strong> e<br />
de outras ciências para a compreensão do mundo em que vivemos. E,<br />
sobretudo, vai ampliar seu conhecimento para que, com outros estudantes<br />
e profissionais, e no pleno exercício da cidadania, colabore de<br />
forma efetiva em questões que afetam a sua vida, a de seus parentes e<br />
amigos, e a de muitas outras pessoas da Terra.<br />
Bons estudos.<br />
3
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) Páginas de abertura<br />
Equilíbrio<br />
químico<br />
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Unidade 1- Soluções<br />
14 Unidade 2 - Termoquímica 58<br />
Capitulo 1 Dispersões: coloides, suspensões<br />
e soluções • 2<br />
1. As dispersõesHHHH13<br />
2. As soluções H.HHHH.H .16<br />
• Atividades<br />
....H.18<br />
• Atividade experimental:<br />
Efeito TyndalL 'HH ..HHHH 19<br />
• Questões globais 20<br />
• Ciência, tecnologia e sociedade:<br />
Contrastes utilizados em exames<br />
médicos HHHHHHHH21<br />
• Vestibular e Enem... . 22<br />
Capítulo 2 Concentração e diluição<br />
de soluções<br />
1. Como preparar soluções ....<br />
2. Diluição de soluções ..<br />
• Atividade experimental:<br />
Determinação da concentração<br />
de sólidos em uma amostra<br />
de água salgada'HHHHHH 35<br />
• Questões globais'HHHH36<br />
• Ciência, tecnologia e sociedade:<br />
Rio é contaminado por ácido 38<br />
• Vestibular e Enem HH39<br />
Capítulo 3 Propriedades c Iigatrvas<br />
das soluções<br />
1. Tonoscopia ou tonometria....43<br />
2. Ebulioscopia e crioscopia45<br />
H.H.....25<br />
31<br />
• AtividadesHH 47<br />
3. Osmose e pressão osmótica ..48<br />
• Atividades.... .................HH.H H 51<br />
• Atividáde experimental: Osmose .. 52<br />
• Questões globais ...............H 53<br />
• Ciência, tecnologia e sociedade:<br />
Por que se usa sal para derreter<br />
o gelo nas estradas...54<br />
• Vestibular e EnemHH 55<br />
<strong>Química</strong> e Biologia: Soro caseiro: uma solução<br />
eficaz contra a desidrataçãoH'HHHHH56<br />
Capítulo 4 A energia e as transformações<br />
da matéria 60<br />
1. Estados físicos e entalpia 61<br />
• Atividades HH.....HH 64<br />
2. Entalpia e variação de entalpia 65<br />
• AtividadesHH' .....H.H.......68<br />
3. Entalpia-padrão e equações<br />
químicas'H_HH69<br />
4. A lei de HeSS'HH ...73<br />
• AtividadesHH.7 4<br />
• Atividade experimental:<br />
Decomposição da água oxigenada 75<br />
• Questões globaisHHH 76<br />
• Ciência, tecnologia e sociedade:<br />
No inverno, alimentação aquecida 77<br />
• Vestibular e Enem .78<br />
<strong>Química</strong> e Matemática: DiagramasHHHHHH 80<br />
• Projeto 1: Águas naturais: soluções aquosas<br />
para a vida ...<br />
Unidade 3 - Cinética química 84<br />
Capítulo 5 A rapidez das reações qufrnicas 86<br />
1. Rapidez das reações HH.H 87<br />
2. Como as reações ocorrem?.. . 90<br />
• Atividade experimental:<br />
Rapidez de uma reação química<br />
H93<br />
• Questões globais 'H' HH 94<br />
• Ciência, tecnologia e sociedade:<br />
Cuidado com a chuva/Plásticos<br />
biodegradáveis não fazem<br />
rnilagres.,<br />
H'H95<br />
• Vestibular e Enern.. .....96<br />
o<br />
,'" E:::><br />
VI<br />
6
Capítulo 6<br />
Fatores que afetam a rap dez<br />
das transforma s qu
Capítulo 11 Hidrólise de sais 174<br />
Capítulo 12<br />
1. Hidrólise de sais.. .175<br />
2. Sistema-tampão ou<br />
solução-tampãoHHHHHH 180<br />
• Atividades H 183<br />
• Atividade experimental:<br />
Hidrólise de sais....... . H.H.H 184<br />
• Questões globais 185<br />
• Ciência, tecnologia e sociedade:<br />
A cárie e os equilíbrios químicos<br />
en<strong>vol</strong>vidos na boca.186<br />
• Vestibular e Enem 187<br />
Equilíbrios em SlS emas<br />
heterogêneos 188<br />
1. Equilíbrios heterogêneos.... 189<br />
2. Produto de solubilidadeHHHH 192<br />
• AtividadesH.194<br />
• Atividade experimental:<br />
Estudando a influência da<br />
temperatura na solubilidade<br />
dos saisHHHHHHH195<br />
• Questões globais.,<br />
...H...196<br />
• Ciência, tecnologia e sociedade:<br />
Implicações do aquecimento<br />
global nos recifes de corais H HH197<br />
• Vestibular e EnemH. .198<br />
Unidade 6 - Transformações químicas<br />
que produzem energia 200<br />
Capítulo 13<br />
Número de oxidação e<br />
balanceamento de reações 202<br />
1. Reações que en<strong>vol</strong>vem<br />
transferência de elétrons., ...........203<br />
2. Balanceamento de equações das<br />
reações de oxirredução .. 208<br />
• Atividades.. . .HH.210<br />
• Atividade experimental:<br />
Estudo comparativo da<br />
corrosão do ferro.H. . 211<br />
• Questões globais., . .212<br />
• Ciência, tecnologia e sociedade:<br />
Hálito culpado: o princípio<br />
químico do bafômetro........213<br />
• Vestibular e EnemH 214<br />
<strong>Química</strong> e Biologia: Ácidos em alimentos 216<br />
Capítulo 14<br />
Pilhas ou células<br />
eletroquímicas 218<br />
1. Reações de oxirredução e a<br />
produção de corrente elétrica H 219<br />
• Atividades 223<br />
2. Pilhas comerciais ..H HHHH 224<br />
• Atividades.... ...227<br />
• Atividade experimental:<br />
Pilha de limão HHHH .H 228<br />
• Questões globais .229<br />
• Ciência, tecnologia e sociedade:<br />
Ônibus movido a hidrogênio 230<br />
• Vestibular<br />
e Enem...231<br />
o<br />
Capítulo 1S Corrosão de metais 232<br />
1. Corrosâode metais:<br />
um exemplo de pilha<br />
H.H.233<br />
2. Proteção contra a corrosão H 236<br />
• AtividadesH..H .... HH239<br />
• Atividade experimental:<br />
Corrosão do ferro - proteção e<br />
intensificação . 240<br />
• Questões globais ...241<br />
• Ciência, tecnologia e sociedade:<br />
Efeitos da corrosão ao redor<br />
do mundo/Desen<strong>vol</strong>vimento<br />
de novo sistema anticorrosivo H 242<br />
• Vestibular e Enem.. .. ......243<br />
'co<br />
E:::I<br />
1Il<br />
8
Unidade 7 - Eletrólise: energia elétrica<br />
gerando transformações<br />
químicas 244<br />
Capítulo 16 A eletrólise e sua aplic ções 246<br />
Capítulo 17<br />
1. Eletrólise ígnea e eletrólise<br />
em solução aquosa.... ..247<br />
2. Comparação entre eletrólise<br />
e funcionamento das pilhas 251<br />
• Atividades.... . . 252<br />
3. Principais aplicações da<br />
eletrólise.. .......254<br />
• Atividades. . ............259<br />
• Atividade experimental:<br />
Cobreação de um objeto<br />
metálico.............. 260<br />
• Questões globais 261<br />
• Ciência, tecnologia e sociedade:<br />
Do pó ao cobre .. . ....263<br />
• Vestibular e Enem .....264<br />
Aspectos quanti ativos<br />
da eletrólise 266<br />
1. Aspectos quantitativos 267<br />
• Atividades..... .................270<br />
• Atividade experimental:<br />
Determinação da constante de<br />
Avogadro por eletrólise de<br />
NaOH(aq) 271<br />
• Questões globais....... 272<br />
• Ciência, tecnologia e sociedade:<br />
Cloro. hipoclorito de sódio ou<br />
água sanitária? .. 273<br />
• Vestibular e Enem....274<br />
Unidade 8 - Reações nucleares 276<br />
Capitulo 18 A radioatividade e as<br />
reações nucleares 278<br />
1. A descoberta da radioatividade<br />
e suas leis 279<br />
2. As séries radioativas 282<br />
• Atividades 285<br />
3. Transmutações artificiais 286<br />
• Atividades. ...287<br />
4. Fissão nuclear. ...288<br />
5. Fusão nuclear 291<br />
• Atividades.................292<br />
• Atividade experimental:<br />
A radioatividade e a função<br />
exponencial....293<br />
• Questões globais ..... .. 294<br />
• Ciência, tecnologia e sociedade:<br />
Acidentes nucleares.... 296<br />
• Vestibular e Enem 297<br />
<strong>Química</strong> e Física: Energia nuclear ... . 299<br />
• Projeto 2: Equipando o laboratório<br />
da escola.301<br />
• Referências bibliográficas ... ..304<br />
• Siglas das universidades........ . 304<br />
9
Soluções
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A maioria dos materiais com que temos contato<br />
no dia a dia é dispersão (mistura). Raramente manipulamos<br />
substâncias puras. A água do mar, por<br />
exemplo, contém, principalmente, cloreto de sódio<br />
em sua composição.<br />
Outro exemplo de mistura é a lama formada<br />
em um campo de futebol num dia chuvoso. Essa<br />
lama é composta de água e de várias substâncias<br />
presentes na terra.<br />
Até mesmo o sangue, que circula em nosso corpo,<br />
é uma mistura de água, proteínas, gases dissolvidos,<br />
hormônios e enzimas, além de outras substâncias.<br />
Questões para reflexão<br />
1. Um exemplo de dispersão são as soluções. Embora<br />
seja frequente associar o termo solução<br />
à dissolução de um sólido em um líquido, nem<br />
toda solução é formada dessa maneira. Você é<br />
capaz de citar soluções formadas por solutos e<br />
solventes em outros estados físicos?<br />
2. Qualquer tipo de mistura pode ser considerado<br />
uma solução? Por quê?<br />
3. Cite três substâncias muito solúveis em água e<br />
três de baixa solubilidade nesse solvente.
Neste capítulo<br />
1. As dispersões.<br />
2. As soluções.<br />
A cor da fumaça pode indicar problemas no motor.<br />
Quando bebemos um copo de refrigerante<br />
comum, ingerimos uma mistura<br />
de açúcares, extratos, arornatizantes, acidulantes,<br />
corantes, gás carbõnico, entre<br />
outras substâncias dissolvidas em água.<br />
Todo sistema formado por várias substâncias<br />
é chamado de dispersão. Uma<br />
dispersâo é formada por pelo menos um<br />
disperso e um dispergente. No caso de<br />
uma solução aquosa de cloreto de sódio,<br />
o sal é o disperso, ou soluto (substância<br />
dissolvida), e a água é o dispergente, ou<br />
solvente (substância que dissolve).<br />
A fumaça, por sua vez, pode ser classificada<br />
como dispersão coloidal ou suspensão.<br />
O que determina essa classificação<br />
é o tamanho de suas partículas dispersas<br />
no ar. A coloração da fumaça que<br />
sai pelo escapamento de um veículo pode<br />
denunciar alguns problemas no motor.<br />
A fumaça preta ou com coloração mais<br />
escura (A), por exemplo, indica queima<br />
incompleta, o que acarreta desperdício de<br />
combustível, além de gerar mais poluição.<br />
A fumaça azulada (B) denuncia que o motor<br />
está queimando óleo e que, provavelmente,<br />
precisa de regulagem. Já a fumaça branca (C)<br />
nem sempre significa um problema, pois é<br />
muito comum em dias frios. Ela pode indicar<br />
umidade e é normal em motores a álcool,<br />
pois a água é um dos produtos da combustão<br />
do etanol. No entanto, esse tipo de fumaça<br />
também pode estar relacionado com o vazamento<br />
de água dentro do motor ou com<br />
outros problemas.<br />
Como as dispersões são formadas por<br />
partículas de diferentes características, é<br />
interessante classificá-Ias em grupos para<br />
estudá-Ias melhor. Como você faria essa<br />
classificação?<br />
12
1<br />
t<br />
!<br />
1. As dispersões<br />
Observe os exemplos de mistura apresentados<br />
nas fotos A, B e C a seguir.<br />
Diferentes tipos de dispersão. Na suspensão (e), as fases são visíveis a olho nu.<br />
(gJ As dispersões são sistemas em que o soluto está espalhado por toda a<br />
mistura.<br />
O sistema A é uma solução aquosa de sulfato de cobre(II). As partículas<br />
do soluto, sulfato de cobrefll), não podem ser visualizadas.<br />
No sistema B há gotículas de água no ar (neblina). Nesse tipo de dispersão,<br />
o soluto (gotículas de água) é formado por partículas de um diâmetro<br />
um pouco maior em relação às soluções e reflete a luz que incide nele.<br />
O sistema C é uma dispersão de um sólido de cor escura em água. Nesse<br />
caso, cada componente constitui uma fase do sistema, e cada fase pode<br />
ser visualizada a olho nu. As fases sólida e líquida podem ser separadas por<br />
filtração comum.<br />
O sistema A é classificado como mistura homogênea. O B, como dispersão<br />
coloidal. E o C, como suspensão ou mistura heterogênea.<br />
As classificações desses sistemas são feitas, também, com base nas dimensões<br />
das partículas dispersas (soluto). Essas classificações podem ser<br />
resumidas pelo esquema abaixo.<br />
o nm<br />
1nm<br />
10( soluções verdadeiras .1 o(<br />
dispersões coloidais<br />
1nm 10- 9 m<br />
100 nm<br />
suspensões<br />
<strong>Química</strong> tem história<br />
O látex<br />
O látex natural é um exemplo de<br />
dispersão em meio aquoso. Extraído<br />
principalmente da seringueira,<br />
o látex promove a "cicatrização" do<br />
caule quando a planta é cortada superficialmente.<br />
A descoberta dessa<br />
mistura foi relatada, em 1774, por<br />
Charles Marie Ia Condamine - um<br />
naturalista francês. Ele descreveu o<br />
uso do látex pelos indígenas amazonenses<br />
na fabricação de artefatos<br />
como bolas e garrafas, bem como a<br />
capacidade de esses artefatos retornarem<br />
à sua forma original depois<br />
de serem deformados.<br />
A borracha natural é produzida<br />
com látex, atualmente utilizado em<br />
diversos setores da indústria, como<br />
na fabricação de preservativos, de<br />
luvas descartáveis, etc.<br />
1 urn 10- 6 m<br />
1mm 10- 3 m<br />
1m<br />
1m<br />
f.L (letra grega mil = micro<br />
n = nano<br />
As partículas sólidas de suspensões do tipo sólido-líquido podem ser separadas<br />
da mistura por filtros simples. Dispersões coloidais sólido-líquido só podem<br />
ter seus componentes separados com o uso de ultrafiltros (filtros que apresentam<br />
poros de diâmetro muito menor do que o de filtros comuns). Nenhum<br />
desses filtros é eficiente para separar componentes de soluções verdadeiras.<br />
A expressão "solução verdadeira" é frequentemente utilizada para reforçar<br />
diferenças entre solução e dispersão coloidal. Há dispersões coleidais<br />
que, apesar de visualmente não se distinguirem das soluções verdadeiras,<br />
possuem comportamento diferente, o qual pode ser comprovado, por<br />
exemplo, quando ocorre formação de depósitos sob a ação de uma centrífuga<br />
ou quando partículas ficam retidas em filtros ultrafinos.<br />
Extração de látex natural no<br />
Assentamento Extrativista Chico<br />
Mendes, em Xapuri (AC), 2012.<br />
13
Dispersões coloidais<br />
As dispersões coloidais tornam visível um feixe de luz que as atravessa.<br />
Esse fenõmeno é chamado de efeito Tyndall. É o que ocorre quando ~<br />
os raios de luz do Sol se tornam visíveis ao atravessar o ar empoeirado ou<br />
umedecido com gotículas de água.<br />
n<br />
Exemplos do efeito Tyndall. Em (A), é possível observar o espalhamento de um feixe de luz vermelha em tubos de ensaio com dispersões<br />
coloidais. Em (B), observa-se o mesmo efeito com os raios solares atravessando as gotículas de água do ar.<br />
Os aglomerados de partículas que constituem uma dispersão coloidal,<br />
quando formados por macromoléculas, são chamados de coloides moleculares,<br />
e, quando formados por íons, são denominados coloides iônicos.<br />
De forma geral, as partículas de um coloide são consideradas micelas.<br />
Nesta tabela, estão alguns exemplos de dispersão e suas classificaçôes.<br />
Tipos de dispersão coloidal<br />
Em<br />
Disperso<br />
'"
Suspensões<br />
Suspensões são dispersões cujas partículas têm diâmetro superior<br />
a 100 nm. O sistema constituído por uma suspensâo é heterogêneo e<br />
pode ser formado por aglomerados de átomos, íons ou moléculas. O<br />
disperso é visível a olho nu ou em microscópio óptico, sedimenta-se espontaneamente<br />
ou por centrifugação e pode ser separado com a utilização<br />
de um filtro comum. A mistura composta de água e areia é uma suspensão.<br />
A água barrenta (fotografia ao lado) também é um exemplo de<br />
suspensão. O sulfato de bário (BaSO;) é um sal sólido que, com a água,<br />
produz uma suspensão usada em contrastes radiológicos por tomografia<br />
computadorizada. A baixíssima solubilidade dessa substância possibilita<br />
seu uso via oral, mesmo sendo o íon bário (Ba H ) extremamente tóxico.<br />
A água barrenta (recipiente à direita) é um exemplo de suspensão (partículas sólidas do<br />
solo e argila dispersas na água). Em algumas localidades do Brasil, devido a problemas de<br />
manutenção na rede de distribuição, a água pode chegar às residências com aspecto barrento.<br />
Nesses casos, os moradores precisam avisar à concessionária para que a manutenção da<br />
tubulação e a limpeza das caixas-d'água sejam realizadas o mais rapidamente possível. A água<br />
potável precisa ser insípida, inodora e incolor, como a mostrada no recipiente à esquerda.<br />
Mas, atenção! Nem toda água insípida, inodora e incolor é potável!<br />
Saiba mais<br />
Suspensão ideal na farmacotécnica<br />
Alguns remédios são preparados na forma de suspensão, de modo que após a agitação ocorra<br />
fácil dispersão da fase sólida na líquida e que sua sedimentação aconteça de forma lenta. Isso<br />
permite que haja tempo suficiente para dosar o remédio e administrá-lo ao paciente.<br />
Soluções<br />
As soluções são dispersões cujas partículas do soluto apresentam até 1 nm de diâmetro médio.<br />
O sistema constituído por uma solução é homogêneo e possui duas ou mais substâncias.<br />
O disperso (soluto) não pode ser separado por filtração e não se sedimenta na centrifugação.<br />
Em geral, as soluções moleculares são más condutoras de corrente elétrica. Já as soluções iônicas<br />
apresentam maior condutibilidade.<br />
Parâ:fài~r]<br />
Sais de reidratação oral e soro caseiro<br />
O soro feito com os sais de reidratação oral deve ser dado a crianças com diarreia e vômitos, para<br />
prevenir a desidratação.<br />
Tem a mesma função do soro caseiro e é mais completo. Para prepara-lo adicione todo o conteúdo<br />
de um envelope em um litro de água filtrada e misture bem. Não se deve adicionar sal ou açúcar.<br />
Depois de pronto, o soro só pode ser utilizado por 24 horas, após esse prazo deve-se jogar fora<br />
o que sobrou e preparar mais um litro de soro se necessário. O soro caseiro é uma solução preparada<br />
com açúcar e sal que deve ser utilizado apenas quando não se tem acesso aos sais de reidratação<br />
oral. Para prepará-Ia deve-se utilizar as colheres-medida fornecidas pelos centros de saúde. Em um<br />
copo cheio de água filtrada adicione uma colher-medida (menor) rasa de sal e duas colheres-medida<br />
(maior) rasas de açúcar e misture. Na falta da colher-medida, o soro caseiro pode ser preparado adicionando<br />
uma colher de cafezinho de sal e uma colher de sopa de açúcar em um litro de água filtrada.<br />
O soro caseiro deve ser sempre provado<br />
antes de ser dado à criança e deve ser menos sal-<br />
~~, gado que a lágrima. Todo soro deve ser ingerido<br />
"II!I!III!!!IIl!!!!JI.II!l1.I~.\I~IJ.J pela criança em pequenas quantidades e várias<br />
!!'!<br />
vezes ao dia.<br />
-<br />
Disponível em:
'"Q)<br />
'o v.<br />
~<br />
o'"Q)<br />
'"Q)<br />
'o<br />
'" c:<br />
Q)<br />
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ou<br />
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vt<br />
i:S<br />
• ....<br />
C><br />
:;<br />
,t::<br />
c.<br />
Ia<br />
U<br />
2. As soluções<br />
Como visto no tópico anterior, uma solução é uma mistura homogênea.<br />
A quantidade de soluto que uma quantidade fixa de solvente consegue dissolver<br />
depende do soluto, do solvente, da temperatura da solução e, em alguns<br />
casos, da pressão em que a mistura foi feita.<br />
Solução sólida<br />
Nesse tipo de solução, tanto o soluto quanto o solvente se encontram<br />
no estado sólido. Geralmente essas soluções são formadas por ligas metálicas.<br />
As ligas são produzidas com a finalidade de melhorar as características<br />
de determinado material. São exemplos de liga metálica o ouro 18 quilates<br />
(mistura de ouro e prata ou ouro e cobre), o bronze (mistura de cobre e estanho),<br />
o latão (mistura de cobre e zinco), a solda (pode ser formada por<br />
uma mistura de chumbo e estanho), etc.<br />
o Solução gasosa<br />
Sempre que ocorre uma mistura entre gases, forma-se uma solução gasosa,<br />
pois os gases são solúveis (ou miscíveis) entre si. Um exemplo é o ar<br />
isento de partículas sólidas e líquidas. Nessas condições, o ar possui a seguinte<br />
composição.<br />
Gás<br />
% em <strong>vol</strong>ume<br />
Soluções formadas pela dissolução<br />
em líquidos<br />
de gases<br />
Os gases do ar se dissolvem, em maior ou menor concentração, nas<br />
águas dos mares, dos rios e dos lagos. Sem oxigênio aquoso, Oz(aq), a sobrevivência<br />
da fauna e da flora aquáticas estaria comprometida.<br />
A solubilidade dos gases na água<br />
depende de fatores como temperatura<br />
e pressão.<br />
O aumento de pressão provoca<br />
elevação da solubilidade de gases em<br />
líquidos. Isso explica a pressurização<br />
do gás carbónico nos refrigerantes<br />
quando estes são engarrafados.<br />
O aumento de temperatura, por<br />
sua vez, diminui a solubilidade dos<br />
gases em líquidos, isto é, quando a<br />
temperatura sobe, a solubilidade dos<br />
gases em água diminui.<br />
A baixa pressão atmosférica da região<br />
andina onde se localiza o lago<br />
Titicaca (fotografia acima) contribui<br />
para que suas águas apresentem baixa<br />
concentração de oxigênio aquoso.<br />
Quanto maior a profundidade do mergulho,<br />
maior a pressão a que o mergulhador está<br />
sujeito e, portanto, maior a solubilização de<br />
gases como oxigênio e nitrogênio no sangue.<br />
Se o mergulhador <strong>vol</strong>tar muito rápido à<br />
superfície, a solubilidade desses gases<br />
diminui rapidamente, o que pode provocar a<br />
presença de bolhas de gás no sangue e levar<br />
o mergulhador à morte. Abrolhos (BA), 2009.<br />
Outros<br />
0,06<br />
gases<br />
o Titicaca, que fica a 3 810 m de altitude<br />
entre Peru e Bolívia, é o lago navegável mais<br />
alto do planeta. Foto de dezembro de 2012.<br />
-<br />
Felipe Kitadai,<br />
judoca, foi<br />
o primeiro<br />
medalhista nos<br />
jogos Olímpicos<br />
de Londres em<br />
2012.<br />
o Brasil conquistou 17 medalhas<br />
nos Jogos Olímpicos de Londres<br />
em 2012 - três de ouro, cinco<br />
de prata e nove de bronze. O bronze<br />
é uma solução sólida ou liga<br />
metálica. Alguns exemplos de liga<br />
metálica e seus principais constituintes<br />
são:<br />
• aço comum = Fe e C;<br />
• bronze = Cu e Sn.<br />
• latão = Cu e Zn.<br />
o gás no refrigerante<br />
Por que uma garrafa de refrigerante,<br />
que ainda não foi aberta,<br />
conserva o gás no líquido por muito<br />
mais tempo do que uma garrafa<br />
que já foi aberta?<br />
Como o refrigerante é colocado<br />
na garrafa com gás sob pressão<br />
maior do que a pressão ambiente,<br />
isso é suficiente para forçar o gás<br />
a se dissolver em maior quantidade<br />
no líquido. Após aberta a garrafa,<br />
essa pressão se reduz devido à<br />
saída do gás em excesso, e o líquido<br />
começa a borbulhar.<br />
I I: •<br />
Aquecimento global e<br />
concentração de gases na água<br />
Como a solubilidade de um gás<br />
em líquidos diminui à medida que a<br />
temperatura do líquido aumenta, os<br />
cientistas alertam para o perigo da<br />
elevação da temperatura do planeta.<br />
Apenas um pequeno aumento na<br />
temperatura dos oceanos, mares,<br />
rios ou lagos já é suficiente para reduzir<br />
o teor de oxigênio dissolvido<br />
na água. Como consequência, a vida<br />
aquática, que necessita desse oxigênio,<br />
sofre com essa diminuição.<br />
16
o Soluções formadas pela mistura de líquidos<br />
o álcool comercializado em farmácias ou em supermercados é uma solução formada por<br />
álcool etílico e água. A água oxigenada é uma solução de peróxido de hidrogênio (H 2 0 2 ) e água.<br />
O vinagre é uma solução aquosa de ácido acético (substância orgânica) .<br />
.----------------------------------------------------------------------.~<br />
Il<br />
n<br />
ÁLCOOL<br />
nluco<br />
a<br />
~<br />
j<br />
Ị f<br />
~ ~~<br />
J'<br />
A água oxigenada (A), o álcool etílico hidratado (B) e o vinagre (e) são exemplos de soluções líquidas.<br />
o Soluções formadas pela dissolução de<br />
sólidos em líquidos<br />
A água do mar filtrada e o soro fisiológico são exemplos de<br />
soluções formadas por sólidos dissolvidos em líquidos.<br />
Outros exemplos são:<br />
. Água boricada: solução aquosa de concentração de, aproximadamente,<br />
3% (rn/V) de ácido bórico. É utilizada como<br />
antisséptico para limpeza de ferimentos.<br />
. Álcool iodado: solução de iodo e iodeto de sódio, ou iodo e<br />
iodeto de potássio, dissolvidos em álcool etílico. É utilizada<br />
principalmente na higienização de ferimentos. Embalagem de álcool iodado.<br />
Gay-Lussac<br />
Louis Joseph Gay-Lussac nasceu na<br />
França em 1778. Foi professor de Física<br />
e de <strong>Química</strong>. Estudou a relação entre a<br />
temperatura termodinâmica de um gás<br />
e o seu <strong>vol</strong>ume, sob pressão constante<br />
(1802), conhecida por Lei de Gay-Lussac.<br />
Ao estudar a reação entre hidrogênio<br />
e oxigênio, ele constatou que,<br />
sob as mesmas condições de pressão<br />
e temperatura, os <strong>vol</strong>umes dos gases<br />
que participam de uma reação' química<br />
constituem uma relação de números<br />
inteiros e pequenos.<br />
Representação artística de Louis Joseph Gay-<br />
-Lussac. Autoria desconhecida, século XIX.<br />
Litografia colorizada com base no original de<br />
François <strong>Ser</strong>aphim Delpech.<br />
17
ATENÇÃO: não escreva o livro.<br />
Responda a todas as questões no caderno.<br />
1. O bronze é uma liga metálica de cobre e de estanho,<br />
que apresenta um aspecto uniforme inclusive quando<br />
visto por meio de um microscópio potente. Com<br />
base nessa afirmação é possível dizer se o bronze é<br />
uma solução? Justifique sua resposta.<br />
O leite parece ter um aspecto uniforme. Contudo,<br />
quando o observamos por meio de um microscópio<br />
óptico, conseguimos ver pequenas gotículas de gordura.<br />
De acordo com essas informações, o leite é<br />
considerado uma mistura homogênea ou heterogênea?<br />
Por quê?<br />
V><br />
Q)<br />
u.<br />
~ o<br />
V><br />
'".~<br />
Q)<br />
V><br />
<br />
.,;<br />
Q)<br />
u<br />
:§<br />
ou<br />
Determinada<br />
que são visíveis<br />
tro médio é<br />
a) Essa tinta<br />
são coloidal<br />
b) Pode-se reter<br />
Justifique<br />
a) Atravessam<br />
b) Possuem<br />
c) São visíveis<br />
d) Atravessam<br />
a) Qual é o<br />
Faça a correspondência.<br />
I. Solução<br />
Il. Solução<br />
III. Suspensão.<br />
a) Partículas<br />
b) É passível<br />
tinta<br />
ao<br />
10- 6 cm.<br />
é uma<br />
ou<br />
suas<br />
sua resposta.<br />
os<br />
diâmetros<br />
num<br />
a malha<br />
nome<br />
verdadeira.<br />
coloidal.<br />
podem<br />
de sedimentação<br />
para<br />
ultramicroscópio<br />
solução<br />
uma suspensão?<br />
partículas<br />
filtros<br />
superiores<br />
ultramicroscópio.<br />
de<br />
desse<br />
ser<br />
metais<br />
verdadeira,<br />
comuns.<br />
um ultrafiltro.<br />
efeito?<br />
separadas<br />
contém<br />
e<br />
Por<br />
em um filtro<br />
a 1Opor<br />
espontânea.<br />
pigmentos<br />
cujo diâme-<br />
uma disper-<br />
quê?<br />
comum?<br />
cm.<br />
ultrafiltros.<br />
4<br />
V><br />
Q)<br />
'o<br />
V><br />
Qj<br />
C.<br />
V1<br />
i5. ...<br />
o<br />
E'6,<br />
'"u<br />
A respeito das micelas de uma dispersão coloidal,<br />
indique se as sentenças a seguir são verdadeiras (V)<br />
ou falsas (F).<br />
Formam-se duas misturas dispersando em água<br />
dois sólidos, A e B. Quando se faz passar um estreito<br />
feixe de luz através da mistura que contém o sólido<br />
A, observa-se uma linha visível de luz. Contudo,<br />
quando o feixe atravessa a mistura que contém o<br />
sólido B, não se observa o mesmo efeito.<br />
b) Qual das duas misturas forma um coloide em<br />
meio aquoso?<br />
c) Possui partículas invisíveis mesmo com uso de<br />
aparelhos.<br />
d) Partículas são separadas por filtros comuns.<br />
e) Partículas visíveis apenas ao ultramicroscópio.<br />
f) É sempre um sistema homogêneo e suas partículas<br />
não sedimentam.<br />
g) Não pode ser separada por filtração nem por centrifugação.<br />
h) É um sistema heterogêneo.<br />
7. Verifique quantas fases estão presentes em cada<br />
um dos sistemas a seguir.<br />
a) água - álcool<br />
b) água - óleo - cloreto de sódio<br />
8. A mistura de água líquida, óleo, gelo e areia apresenta:<br />
a) quatro componentes e quatro fases.<br />
b) três componentes e quatro fases.<br />
c) três componentes e três fases.<br />
d) quatro componentes e duas fases.<br />
e) três componentes e duas fases.<br />
9. Quais das seguintes substâncias não se encontram<br />
no ar atmosférico puro?<br />
a) monóxido de carbono (CO)<br />
b) dióxido de enxofre (S02)<br />
c) nitrogênio (N2)<br />
d) argônio (Ar)<br />
e) dióxido de carbono (C02)<br />
10. O enxofre (sólido amarelo) é solúvel em tetracloreto<br />
de carbono e insolúvel em água. Já o iodeto de<br />
potássio (sólido branco) é insolúvel em tetracloreto<br />
de carbono e solúvel em água. Sabendo que o tetracloreto<br />
de carbono e a água são pouco miscíveis,<br />
descreva um procedimento para a separação de<br />
uma mistura heterogênea de enxofre e iodeto de<br />
potássio.<br />
11. Cite uma solução formada por líquidos, que corresponde<br />
a produtos de uso doméstico, além das já citadas<br />
neste capítulo.<br />
12. Duas garrafas iguais de um mesmo tipo de refrigerante,<br />
sob mesma pressão, foram abertas simultaneamente.<br />
Considere que uma delas estava a 10 °C<br />
e, a outra, a 40°C. Qual garrafa permanecerá com<br />
mais gás depois de alguns minutos? Justifique sua<br />
resposta.<br />
3 O acúmulo de matéria orgânica em sistemas aquáticos<br />
- causado, principalmente, pelo descarte inadequado<br />
de matéria orgânica - pode provocar a<br />
diminuição da concentração de oxigênio na água e,<br />
consequentemente, comprometer a sobrevivência<br />
da fauna local. Os acidentes ecológicos que causam<br />
grande mortandade de peixes podem acontecer em<br />
qualquer época do ano, mas são mais frequentes<br />
em dias quentes. Dê uma possível explicação para<br />
esse fato.<br />
4 Considere que duas garrafas iguais (A e B) que contêm<br />
a mesma bebida gaseificada estão sob a mesma<br />
temperatura. A garrafa A encontra-se em uma cidade<br />
litorânea, enquanto a B localiza-se em uma cidade<br />
serrana. Se essas duas garrafas forem abertas simultaneamente,<br />
qual delas permanecerá com mais gás<br />
depois de alguns minutos? Justifique.<br />
18
Efeito Tyndall<br />
Objetivo<br />
Classificar as dispersões químicas por meio da observação do efeito Tyndall, produzido pela luz.<br />
Material<br />
• 3 béqueres de 250 mL (ou copos incolores de mesmo <strong>vol</strong>ume)<br />
• apontador a laser com o feixe de luz bem estreito<br />
amido de milho, cloreto de sódio e gelatina incolor<br />
• pedaço de 10 cm X 10 cm de cartolina preta<br />
Procedimento<br />
1. Dissolva uma colher de chá de gelatina incolor em béquer contendo água morna (até -t da<br />
capacidade) e aguarde que esfrie. .<br />
2. Misture uma colher de chá de amido de milho em outro béquer contendo água à temperatura<br />
ambiente<br />
(até -t da capacidade).<br />
3. Misture uma colher de chá de cloreto de sódio em outro béquer contendo água à temperatura<br />
ambiente<br />
(até -t da capacidade).<br />
4. Posicione o cartão e o feixe de luz em lados opostos a cada um dos béqueres, conforme mostrado<br />
na fotografia a seguir.<br />
Equipamentos de segurança:<br />
Óculos de segurança e avental<br />
de algodão com mangas<br />
compridas.<br />
Solução e dispersão coloidal.<br />
5. Acenda o feixe e observe tanto a trajetória da luz quanto a marca que ela produz na cartolina preta .<br />
•• Resíduos: Diluir as dispersões e jogar na pia.<br />
Analise e discuta<br />
1. Classifique as três dispersões utilizadas nesse experimento em suspensão, solução ou coloide, com<br />
base na dispersão da luz.<br />
2. Por que é possível observar a trajetória do feixe de luz dentro de uma dispersão coloidal e não em<br />
uma solução?<br />
3. Alguns frascos de remédio apresentam no rótulo a palavra "suspensão", como os compostos de alumínio<br />
e de magnésio utilizados nos tratamentos estomacais. Qual é o procedimento indicado para<br />
que o medicamento seja utilizado? Por quê?<br />
4. Ordene as dispersões em ordem crescente pelo critério "tamanho de partícula".<br />
19
ATENÇÃO: não escreva no livro.<br />
Responda a todas as questões no caderno.<br />
V1<br />
Contrastes utilizados em exames médicos<br />
[...] Os contrastes são compostos desen<strong>vol</strong>vidos pela<br />
indústria farmacêutica para serem injetados na veia de<br />
pacientes antes de exames de imagem como ressonância<br />
magnética, tomografia computadorizada e ultrassom.<br />
Eles ajudam a diagnosticar doenças e lesões, ao tornar<br />
um órgão ou uma alteraçâo mais visível. A necessidade<br />
do uso deles depende de uma avaliaçâo médica prévia.<br />
"Os produtos de hoje são [menos prejudiciais à saúde]<br />
e mais precisos. Além de causar menos problemas,<br />
têm uma melhor capacidade de mostrar o que se quer<br />
ver e a e<strong>vol</strong>ução disso", diz Amaro Júnior.<br />
Outros exames [...], como tomografias e raios X, podem<br />
usar contrastes à base de elementos como iodo e<br />
bário. Por essa razão, antes de fazer qualquer um desses<br />
procedimentos, a pessoa precisa responder a um questionário,<br />
em que se avalia a suscetibilidade dela a alergias.<br />
[...] Na opinião do médico, deixar de fazer o contraste<br />
pode trazer mais prejuízos do que não usá-lo, pois sem<br />
ele um câncer pode deixar de ser diagnosticado. [...]<br />
Para que serve a ressonância<br />
A ressonância nuclear magnética (RNM) é um exame<br />
que ajuda no diagnóstico de várias doenças, como tumores,<br />
dores de cabeça, problemas nos músculos, ossos e<br />
articulações. O procedimento usa ondas eletromagnéticas<br />
para obter imagens de órgãos e estruturas internas, e<br />
é considerado bastante seguro. [...]<br />
Contraindicações<br />
O médico explica que existem mais de mil fatores de<br />
risco para não fazer ressonância magnética - uma delas<br />
é quem usa marca-passo [...]. Outras coisas são mais específicas,<br />
como algumas próteses de ouvido, materiais<br />
dentários [...l.<br />
Pessoas com próteses e stents (objeto de metal que desobstrui<br />
artérias) também precisam se informar .antes.<br />
[...]<br />
Quem tem piercings e tatuagems também deve tomar<br />
alguns cuidados. Segundo o especialista, essa não<br />
é uma contraindicação absoluta para o exame. Pessoas<br />
com piercing, em geral, são indicadas a retirar o acessório<br />
de metal antes - já os tatuados não têm muito o<br />
que fazer.<br />
"Tatuagens nas cores preta e vermelha podem esquentar<br />
e queimar, pois contêm pigmentos de ferro que podem<br />
reagir com o magnetismo e causar queimaduras na<br />
pele. As chances de isso acontecer aumentam quanto<br />
maior a tatuagem, mas não significa que essa reação vai<br />
necessariamente ocorrer", diz.<br />
[ ... ]<br />
D'ALAMA, Luna Reação grave por contraste ocorre em 0,01 % dos casos, diz<br />
médico. G1, São Paulo, 2 fev. 2013. Disponível em: -chttpz/g l.globo.com/<br />
bemestar/noticia/20 13/02/reacao-grave- por-con traste-ocorre-em -Ol-doscasos-diz-medíco.htmb-.<br />
Acesso em: 4 mar. 2013.<br />
1. Pesquise em livros ou sites sobre os exames citados no texto (ultrassonografia, radiografia, tomografia<br />
computadorizada e ressonância magnética). Escreva um pequeno texto, na forma de um artigo enciclopédico,<br />
que explique cada um desses exames, bem como alguns cuidados com o paciente.<br />
O artigo enciclopédico é um gênero textual que tem como objetivo divulgar informações, geralmente da área<br />
das Ciências, de forma objetiva e impessoal. Use a ordem direta na construção das frases e utilize a terceira<br />
pessoa do singular. Organize o texto em itens, nomeando cada um deles com uma única palavra ou expressão.<br />
Observe, a seguir, um exemplo de um artigo enciclopédico.<br />
Aneurisma cerebral<br />
Aneurisma cerebral, ou aneurisma sacular, é uma dilatação que se forma na parede enfraquecida de uma<br />
artéria do cérebro. A pressão normal do sangue dentro da artéria força essa região menos resistente e dá origem<br />
a uma espécie de bexiga que pode ir crescendo lenta e progressivamente. [...]<br />
Sintomas<br />
Aneurismas pequenos costumam ser assintomáticos. Quando crescem, podem comprimir uma estrutura<br />
cerebral e provocar sintomas que variam conforme a área do cérebro afetada. [...]<br />
Disponível em: . Acesso em: 4 mar. 2013.<br />
2. Além dos exemplos a que o texto faz referência. cite pelo menos dois objetos que são contraindicados em exames<br />
de ressonância magnética.<br />
3. A matéria indica que compostos de bário podem ser utilizados como contraste em raios X e tomografias. Em geral.<br />
os fabricantes utilizam uma suspensão de sulfato de bário em água. Essa dispersão apresenta efeito Tyndall?<br />
Justifique sua resposta.<br />
21
VI<br />
ATENÇÃO: todas as questões foram reproduzidas das provas originais<br />
de que fazem parte. Responda a todas as questões no caderno.<br />
'0'"<br />
'-'"<br />
~<br />
O<br />
VI<br />
'"VI<br />
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'0 vi<br />
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.0<br />
~eu<br />
c.<br />
VI<br />
Õ<br />
• ..•<br />
CI<br />
E<br />
'6.<br />
a) Os veículos automotores, a gasolina, não emitem<br />
N02 e NO misturados aos gases de escapamento.<br />
b) O diesel é uma mistura de hidrocarbonetos de cadeias<br />
menores que as encontradas na gasolina.<br />
c) Os gases de escapamento dos veículos autornotores<br />
movidos a diesel estão isentos de 502(g) e<br />
de N0 2 (g).<br />
d) As partículas de fuligem emitidas para a atmosfera,<br />
durante a combustão incompleta de diesel,<br />
formam um aerossol sólido.<br />
e) A fumaça preta emitida pelos escapamentos de<br />
caminhões e de ônibus não é nociva ao organismo<br />
porque, além de conter CO(g), possui partículas<br />
maiores que 0,0025 mm de diâmetro.<br />
28. (U FR)) A caiação é um processo tradiciona lmente<br />
utilizado na pintura de casas. Uma das maneiras de<br />
se preparar o pigmento consiste em misturar cal virgem<br />
com excesso de água, o que resulta na reação<br />
apresentada a seguir:<br />
I CaO + H20 --. Ca(OH)2 ]<br />
A reação produz um pigmento branco finamente dividido<br />
que, quando disperso em água, apresenta<br />
efeito Tyndall.<br />
a) Identifique o tipo de ligação e calcule o número<br />
total de elétrons presentes no composto CaO.<br />
b) Explique o efeito Tyndall e indique a provável faixa<br />
de pH da dispersão formada.<br />
29. (Ilnirio-Rl) A mistura do 502 e 50 3<br />
proveniente da<br />
queima de combustíveis fósseis com outras substâncias<br />
na atmosfera traz sérias alterações para a<br />
saúde do [ser humano]. Esses materiais coloidais<br />
compostos de partículas de enxofre denominam-se:<br />
a) sol. c) aerossol. e) gelo<br />
b) emulsão. d) espuma.<br />
30. (UFU-MG) O grafitismo é um tipo de manifestação<br />
artística surgida nos Estados Unidos, na década de<br />
1970. No Brasil, o grafite chegou ao final dos anos<br />
de 1970, em São Paulo. Hoje, o estilo desen<strong>vol</strong>vido<br />
pelos brasileiros é reconhecido entre os melhores<br />
do mundo. A tinta mais usada pelos grafiteiros é o<br />
spray em lata, que possuiu, até o final da década de<br />
1980, o clorofluorcarboneto como propelente.<br />
Disponível em:
Neste capítulo<br />
1. Como preparar<br />
soluções.<br />
2. Diluição de<br />
soluções.<br />
Soluções<br />
aquosas.<br />
Vl<br />
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,-= Q..<br />
V'"<br />
As cores das soluções aquosas da fotografia<br />
acima resultam, da interação com<br />
água, dos solutos que foram utilizados na<br />
preparação de cada uma delas.<br />
O balão <strong>vol</strong>umétrico da esquerda contém<br />
uma solução de cloreto de cobalto(II)<br />
em água. Quanto maior a quantidade de<br />
soluto num <strong>vol</strong>ume fixo de água, mais<br />
concentrada será a solução e, portanto,<br />
maior a intensidade da cor.<br />
O mesmo pode-se dizer das demais soluções<br />
mostradas. A solução verde, que<br />
está no cilindro graduado, é sulfato de<br />
níquel(II) em água. Quanto maior a quantidade<br />
de sulfato de níquel(II) utilizada,<br />
maior a intensidade da cor e mais concentrada<br />
será a solução.<br />
A solução azul do erlenmeyer menor é<br />
sulfato de cobretll), e a que está no erlenmeyer<br />
à direita é cloreto de ferrotlll).<br />
Há, entretanto, solutos que formam soluções<br />
incolores. É o caso, por exemplo,<br />
do cloreto de sódio (NaCê). Nesse caso,<br />
tanto as soluções diluídas quanto as concentradas<br />
têm o mesmo aspecto visual.<br />
A ideia de concentração fica mais clara<br />
quando pensamos. num suco de fruta adoçado<br />
com açúcar (sacarose). Quanto maior<br />
a relação entre a quantidade de açúcar e o<br />
<strong>vol</strong>ume da solução, mais doce ficará o suco<br />
e maior será a concentração de sacarose.<br />
Você acha que há um limite para a solubilização<br />
de açúcar em água I E de cloreto<br />
de sódio em água?<br />
24
I<br />
I<br />
1 1. Como preparar soluções<br />
o termo solução é dado a toda dispersão que forma um sistema homogêneo,<br />
tanto a olho nu quanto ao microscópio. O processo de preparo de<br />
uma solução en<strong>vol</strong>ve os seguintes procedimentos:<br />
a) No caso de soluções preparadas pelas dissoluções de sólidos em<br />
líquidos:<br />
b) No caso de dissoluções de líquidos em líquidos:<br />
utilize vidro de relógio para medir a massa desejada do sólido;<br />
transfira o sólido para um béquer e, com o uso de uma pisseta<br />
(frasco utilizado para enxaguar), lave com o solvente o<br />
vidro do relógio de modo que o líquido de lavagem vá para<br />
o béquer (procedimento que evita a perda do sólido);<br />
adicione solvente ao béquer em quantidade suficiente para<br />
dissolver o sólido;<br />
transfira a solução contida no béquer para um balão <strong>vol</strong>umétrico<br />
ou cilindro graduado, com o cuidado de lavar o béquer,<br />
de modo que o líquido de lavagem passe para o balão<br />
(procedimento que evita a perda de solução);<br />
acrescente solvente até o <strong>vol</strong>ume desejado e realize a homogeneização.<br />
marcado<br />
frasco<br />
calibrado<br />
para<br />
1 litro<br />
• utilize pipeta para medir o <strong>vol</strong>ume desejado;<br />
• transfira o líquido da pipeta para um balão <strong>vol</strong>umétrico ou<br />
cilindro graduado;<br />
• acrescente solvente até o <strong>vol</strong>ume desejado e realize a homogeneização.<br />
Observação: como medida de segurança, em soluções concentradas de<br />
ácidos ou de bases, essas substâncias são transferidas para recipientes que<br />
já contêm água.<br />
Relações entre a quantidade de soluto e<br />
a de solvente ou a de solução<br />
A relação entre a quantidade de soluto e a quantidade de solvente (ou a<br />
quantidade de solução) determina a concentração de soluto na solução.<br />
Quando preparamos um suco, a relação entre a quantidade de açúcar e a<br />
de suco determina o quanto este ficará doce. Se acrescentarmos mais soluto<br />
(açúcar), a solução ficará mais concentrada (mais doce).<br />
Concentração em massa<br />
A concentração em massa de um soluto numa solução é a relação entre<br />
a massa do soluto e o <strong>vol</strong>ume da solução.<br />
Concentração. em massa = massa do soluto<br />
<strong>vol</strong>ume da solução<br />
Balão <strong>vol</strong>umétrico utilizado comumente para o preparo de<br />
soluções em laboratórios.<br />
n Saiba mais<br />
-<br />
°INPM versus °GL<br />
O grau INPM (Instituto Nacional<br />
de Pesos e Medidas) é a porcentagem<br />
em massa de uma das substãncias<br />
presentes numa mistura. Uma<br />
amostra de álcool com 92,8 °INPM<br />
é formada por 92,8% em massa de<br />
álcool e 7,2% em massa de água.<br />
Já o grau GL, ou grau Gay-Lussac,<br />
é a porcentagem em <strong>vol</strong>ume de um<br />
dos componentes da mistura. Uma<br />
amostra de álcool com 96 °GL tem<br />
96% em <strong>vol</strong>ume de álcool e 4% em<br />
<strong>vol</strong>ume de água.<br />
Essa forma de expressar concentração é muito utilizada em medicamentos,<br />
como mostra a fotografia ao lado.<br />
Com base nessas informações, é possível saber a quantidade de cada<br />
componente no conteúdo de todo o frasco do colírio. Para cloridrato de<br />
nafazolina, por exemplo, tem-se:<br />
o 25 mg/ml, = massa do sólido =<br />
, 15 ml,<br />
= 0,25 mglml· 15 ml, = 3,75 mg de nafazolina<br />
A embalagem de<br />
colírio fornece<br />
informações sobre<br />
concentrações de<br />
soluções.<br />
2S
Fração em massa [x (m/m)] e % em massa [% (m/m)]<br />
A fração em massa é obtida da relação entre a massa do soluto e a massa<br />
da solução.<br />
Fração em massa =<br />
à fração em massa multiplica-<br />
A porcentagem em massa corresponde<br />
da por 100.<br />
massa do saIu to<br />
massa total da solução<br />
Porcentagem em massa = fração em massa X 100<br />
Por exemplo, uma solução de cloreto de sódío em água contém 40 g<br />
de NaC~ dissolvidos em 460 g de H 2 0, formando uma solução de 500 g<br />
de massa. Então, a fração em massa é:<br />
A porcentagem em massa é:<br />
_ 40g _<br />
x (mim) - 500 g - 0,08<br />
% (mim) = 0,08 X 100 = 8%<br />
Essa forma de expressar concentrações é comum, por exemplo, nas embalagens<br />
de álcool de limpeza. No caso do álcool 70%, esse valor corresponde<br />
à porcentagem, em massa, de álcool na solução.<br />
Saiba mais<br />
Distinção entre concentração<br />
em massa e densidade<br />
Apesar de a concentração em<br />
massa ter a mesma unidade que<br />
a densidade, pois ambas são relações<br />
entre massa e <strong>vol</strong>ume, é<br />
importante alertar que essas grandezas<br />
são diferentes.<br />
A concentração em massa revela<br />
a massa de soluto presente em determinado<br />
<strong>vol</strong>ume de solução, enquanto<br />
a densidade indica a massa<br />
de solução correspondente a determinado<br />
<strong>vol</strong>ume dessa solução ou a<br />
massa de soluto correspondente a<br />
determinado <strong>vol</strong>ume de soluto.<br />
Observe que a concentração em<br />
massa de ácido acético no vinagre é<br />
diferente da densidade do vinagre.<br />
Các.acétiCO = 0,04 g/mL<br />
e<br />
dác.aCético<br />
= 1,01 g/mL·<br />
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Água e vida<br />
[...] A água é [...] essencial à vida. [...]. Todos os sistemas e órgãos do corpo<br />
utilizam água. Ela desempenha papel fundamental na regulação de muitas<br />
funções vitais do organismo, incluindo a regulação da temperatura, participa<br />
do transporte de nutrientes e da eliminação de substâncias tóxicas ou não mais<br />
utilizadas pelo organismo [.. ].<br />
O corpo humano é, na sua maior parte, formado por água. A proporção de<br />
água depende do <strong>vol</strong>ume de gordura [...l, variando entre 60% [mim] nos homens<br />
e 50% [mim] a 55% [mim] nas mulheres. Sua deficiência se manifesta rapidamente:<br />
uma variação de cerca de 1% [mim] no grau de hidratação já leva<br />
ao aparecimento dos sintomas da desidratação. A privação completa de água<br />
leva à morte em poucos dias, enquanto que, na privação de alimentos, o [ser humano] pode sobreviver semanas.<br />
Apesar disso, a importância vital da água é muitas vezes subestimada, porque usualmente ela é abundante.<br />
Os alimentos também contêm água em sua composição, em proporções variadas. O peso* das frutas é de até<br />
95% [mim] ou mais de água e da carne até 50% [mim] ou mais, enquanto que o açúcar e os óleos não contêm<br />
água. A densidade energética dos alimentos é, em grande parte, uma função do seu conteúdo de água: quanto<br />
maior o percentual de água no alimento, menor é a sua densidade energética; portanto alimentos cujo conteúdo<br />
de água é elevado têm menor probabilidade de causar excesso de peso e obesidade. Além disso, o <strong>vol</strong>ume<br />
de água no sistema digestivo ajuda a provocar sensação de saciedade (World Health Organization, 2000), diminuindo<br />
a necessidade de consumir mais alimentos.<br />
Atenção especial deve ser dada ao abastecimento público de água tratada e à orientação para consumo de<br />
água tratada, fervida ou filtrada, de boa qualidade, uma vez que a água é um potencial veículo de doenças. Principalmente<br />
entre crianças, são comuns as diarreias causadas por agentes infecciosos transmitidos pelo consumo<br />
de água de má qualidade e não tratada.<br />
A única exceção de não orientação [pelos profissionais da saúde] de consumo de água é para bebês amamentados<br />
exclusivamente ao peito, porque o leite materno contém a quantidade necessária de água de que o bebê,<br />
nessa fase da vida, necessita para a sua saúde e adequada hidratação. [...]<br />
BRASIL.Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: Ministério da Saúde,<br />
Secretaria de Atenção à Saúde, 2005, p. 203. Disponível em:
Fração em <strong>vol</strong>ume [x (V/V)]<br />
e % em <strong>vol</strong>ume [% (V/V)]<br />
A fração em <strong>vol</strong>ume é a relação entre o <strong>vol</strong>ume do soluto e o <strong>vol</strong>ume da<br />
solução.<br />
<strong>vol</strong>ume<br />
Fração<br />
do soluto<br />
em <strong>vol</strong>ume <strong>vol</strong>ume total<br />
da solução<br />
A porcentagem em <strong>vol</strong>ume é igual à fração em <strong>vol</strong>ume X 100.<br />
Um exemplo de uso dessa forma de expressar concentrações está na indicação<br />
da composição do ar. Se nas mesmas condições de temperatura e pressão<br />
forem separados os componentes de um litro de ar seco e puro, o resultado<br />
ficará próximo a 0,78 L de nitrogênio, 0,21 L de oxigênio e 0,01 L de<br />
outros gases. Assim, tem-se<br />
Ação e cidadania<br />
Teste do bafômetro<br />
(VIV) = 0,78 L<br />
x N, 1 L<br />
0,21 L<br />
x (VN)o, = lL<br />
0,01 L<br />
x (V/V)oUlrosgases = lL = 0,01<br />
ou, expressando a porcentagem em <strong>vol</strong>ume:<br />
% (VIV) , = 0,78 X 100 = 78%<br />
% (VIV)o, = 0,21 X 100 = 21%<br />
% (VIV)oulrosgases = 0,01 X 100 = 1%<br />
Partes por milhão (ppm) e partes por bilhão (ppb),<br />
para relações mim, m/V e V/V<br />
Para concentrações muito pequenas, podem ser utilizadas as unidades<br />
ppm (partes por milhão) ou ppb (partes por bilhão).<br />
1 m = 1 parte<br />
pp 1 milhão de partes<br />
1 b = 1 parte<br />
pp 1 bilhão de partes<br />
e<br />
1 parte<br />
10 6 partes<br />
1 parte<br />
10 9 partes<br />
Veja, a seguir, alguns exemplos de utilização dessas unidades.<br />
Os índices de qualidade do ar, da água e do solo definem os limites aceitáveis<br />
de concentração de poluentes e contaminantes no ambiente. As taxas<br />
acima desses limites indicam que a concentração de determinadas substâncias<br />
coloca em risco a saúde da população e provoca danos ambientais.<br />
Alguns poluentes atmosféricos, como o monóxido de carbono, são medidos<br />
em ug/m" ou ppm (rn/V). Outras substâncias, como o dióxido de carbono,<br />
têm recebido atenção especial nos últimos anos devido às mudanças<br />
climáticas indica das pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas<br />
(IPCC). De acordo com o relatório do IPCC de 2 de fevereiro de<br />
2007, a perspectiva para 2050 de um nível seguro de concentração de CO 2<br />
na atmosfera é aproximadamente de 500 ppm (VIV).<br />
Em diferentes meios (água e solo), os limites de concentração de determinado<br />
contaminante podem variar. Para o mercúrio, por exemplo, é admitido,<br />
de acordo com o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), até 0,5 mgl<br />
kg ou 0,5 ppm (mim) no solo; já para o consumo humano de água é admitido,<br />
de acordo com o Ministério da Saúde, até 1 ug/l, ou 1 ppb (mIV) de mercúrio.<br />
Aparelho mede concentração de álcool<br />
no sangue.<br />
Bafômetro ou etilômetro é um<br />
aparelho que mede a concentração<br />
de álcool etílico no sangue de<br />
uma pessoa através do ar expirado<br />
de seus pulmões.<br />
O erro na correlação entre o<br />
álcool no ar expirado e o álcool no<br />
sangue está entre 2% e 5% em <strong>vol</strong>ume,<br />
o que valida cientificamente<br />
o resultado dos bafômetros. Com<br />
base na concentração de- etanol<br />
presente no ar expirado, chega-se<br />
ao teor de álcool na corrente sanguínea<br />
da pessoa.<br />
No Brasil, é proibido alguém<br />
conduzir veículos com qualquer<br />
concentração de álcool por litro de<br />
sangue. Para valores superiores a 6<br />
decigramas, ou seja, C ;;;, 0,6 g de<br />
álcool/L de sangue, além de cometer<br />
infração administrativa, o motorista<br />
responde a processo criminal.<br />
27
Concentração em quantidade de matéria (C)<br />
A concentração em quantidade de matéria de um soluto numa solução<br />
é a relação entre a quantidade de matéria do soluto e o <strong>vol</strong>ume da solução.<br />
C _quantidade<br />
de matéria do soluto<br />
oncentraçao = ~----~----~--~--------<br />
<strong>vol</strong>ume da solução<br />
Essa forma de expressar concentração é uma das mais utilizadas<br />
para caracterizar soluções manipuladas em laboratórios<br />
para as mais diferentes finalidades, das análises químicas aos<br />
experimentos mais simples, por exemplo, a obtenção de um<br />
precipitado pela mistura de soluções aquosas iônicas.<br />
Praticamente todos os rótulos de frascos de soluções contêm a<br />
concentração expressa em mol/L.<br />
Suponha que seja necessário preparar 200 ml de solução de<br />
NaOH 1,0 mol/L. Neste exemplo, é preciso considerar que em<br />
200 ml deve haver 200 ml' 1~Org%l = 0,2 mol de NaOH.<br />
Como 0,2 mol corresponde a 0,2 moI· 40 glmol = 8 g, é necessário<br />
dissolver 8 g do NaOH e completar o <strong>vol</strong>ume até 0,2 L.<br />
No caso de soluções iônicas, é comum expressar a quantidade de matéria<br />
de íons por litro de solução. A concentração em mol/L dos íons de uma<br />
solução é obtida da relação entre a quantidade de matéria de íons do soluto<br />
e o <strong>vol</strong>ume da solução.<br />
Concentração<br />
em mol de íonsIL<br />
quantidade de matéria de íons do soluto<br />
<strong>vol</strong>ume da solução (L)<br />
Veja a seguir alguns exemplos de cálculo de quantidade de matéria de<br />
íons por litro de solução.<br />
• Para solução 1,0 mol/L de NaOH:<br />
1 NaOH(aq)<br />
1,0 mol/L<br />
C NaOH = 1,0 mol/L<br />
--.~1 Na'{aq) + 10H-(aq)<br />
1,0 rnol/L 1,0 mel/I,<br />
::::} C Na += 1,0 mol/L<br />
Cow = 1,0 mol/L<br />
Saiba mais<br />
Solução preparada por<br />
meio da dissolução<br />
de NaOH em água na<br />
proporção de um moI<br />
dessa base para cada<br />
litro de solução.<br />
Diferentes concentrações para<br />
diferentes finalidades<br />
O "cloro ativo" é muito utilizado<br />
para o tratamento de água e<br />
limpeza.<br />
Dependendo da finalidade; são<br />
utilizadas soluções com concentrações<br />
diferentes de cloro.<br />
• Em água para beber, C = 0.4 mg/L .<br />
• Solução para desinfecção de verduras<br />
e outros alimentos, C = 4 mg/L.<br />
• Utensílios, C = 8 mg/L.<br />
• Já como produto de limpeza (água sanitária),<br />
a concentração de "cloro ativo"<br />
fica entre 25 g/L e 50 g/L.<br />
• Para solução 1,0 mol/L de Fe(N03)3:<br />
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U<br />
1 Fe(N03Maq) ----.. 1 Fe3+(aq) + 3 NO~ (aq)<br />
1,0 mol/L<br />
1,0 rnol/L 3,0 moVL<br />
CFe(NO,), = 1,0 mol/L ::::} C Fe3+= 1,0 mol/L<br />
CNO;= 3,0 mol/L<br />
1,0 rnol/L 2,0 moVL 3,OmoVL<br />
CAliSO,), = 1,0 mol/L ::::} C AP += 2,0 mol/L<br />
CSO!-= 3,0 mol/L<br />
o cloro ativo utilizado na higienização<br />
é uma solução de hipoclorito de sódio .<br />
28
Molalidade<br />
A molalidade é a relação entre a quantidade de matéria de um soluto e a massa do solvente<br />
em quilogramas.<br />
M 1 lid d<br />
quantidade de matéria do soluto<br />
massa do solvente<br />
o a 1 a e = -"---------::------:;------<br />
Veja, por exemplo, a molalidade de glicose numa solução contendo 4 g de glicose (C 6 H 12 0 6 )<br />
em 100 g (0,1 kg) de água.<br />
Dado: (massa molar da glicose = 180 g/mol).<br />
• Cálculo da quantidade de glicose em moI:<br />
1 moI de glicose 180 g<br />
x<br />
4g<br />
x = 0,02 moI<br />
• Cálculo da molalidade de glicose na solução:<br />
0,1 kg de água 0,02 moI de glicose<br />
1 kg de água y<br />
y = 0,2 moI de glicose<br />
A molalidade da glicose nessa solução é 0,2 mol de glicose!kg de água. Essa forma de expressar<br />
concentração é utilizada somente quando se deseja relacionar a quantidade de matéria de<br />
soluto com a massa do solvente, sem considerar o <strong>vol</strong>ume ou a massa total da solução.<br />
Fração em quantidade de matéria ou fração em mol [x (n/n»)<br />
Fração em quantidade de matéria ou fração em mol de um soluto é a relação entre a quantidade<br />
de matéria desse soluto e a soma das quantidades de matéria de todas as substâncias presentes<br />
na solução.<br />
Fração em quantidade de matéria _ quantidade de matéria do soluto<br />
ou fração em mal do solu to - quantidade total de matéria da solução<br />
Quando uma solução possui mais de um soluto, a fração em mol é referência para informar a<br />
quantidade de cada um deles. A fração em mal do solvente é a relação entre a quantidade de matéria<br />
do solvente e a soma das quantidades de matéria de todos os componentes da mistura.<br />
Fração em quantidade de matéria<br />
ou fração em mol do solvente<br />
quantidade de matéria do solvente<br />
quantidade total de matéria da solução<br />
A alíquota retirada de uma solução<br />
tem concentração diferente da<br />
solução original?<br />
Quando retiramos uma alíquota (uma<br />
parte) de uma solução, a concentração<br />
da alíquota não difere da concentração<br />
da solução original. Se prepararmos uma<br />
solução em um recipiente e depois a dividirmos<br />
em recipientes menores, a concentração<br />
dessa solução não se alterará.<br />
Se seu <strong>vol</strong>ume for menor, a quantidade<br />
de soluto também será menor, proporcionalmente.<br />
Assim, a relação entre essas<br />
quantidades é a mesma. Divisão de solução.<br />
29
1. Em uma atividade experimental sobre neutralização, o professor utilizou dois frascos (A e B) contendo soluções<br />
de diferentes solutos. O frasco A possuía 100 mL de uma solução 2 mol/L de hidróxido de sódio (NaOH) em<br />
água, enquanto que o frasco B tinha 50 mL de uma solução 146 g/L de ácido clorídrico (HCe). Qual é a massa<br />
de soluto contida em cada um dos frascos? Dado: M NaOH = 40 g/mol.<br />
Solução<br />
Frasco A<br />
1,0 L de solução<br />
0,1 L de solução ----n<br />
0,1 L . 2 moI<br />
n = 1L<br />
n = 0,2 rnol de NaOH<br />
1 moI de NaOH<br />
0,2 moI de NaOH ----<br />
2 moI de NaOH<br />
40 g de NaOH<br />
m<br />
0,2 moI· 40 g<br />
m = --'--l-m-o--'I--"-<br />
m = 8 g<br />
Frasco<br />
B<br />
146 g de HCe----1000 mL de solução<br />
m----<br />
(146 g . 50 mL)<br />
m = 1000 mL<br />
m = 7,3 g de Hce<br />
50 mL de solução<br />
ATENÇÃO: não escreva no livro. Responda a todas as questões no caderno.<br />
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No rótulo de um achocolatado em pó consta a segui<br />
nte informação nutriciona I:<br />
Informação nutricional<br />
Porção de 30 g<br />
Quantidade por porção % VD (*)<br />
Valor energético 75 kcal ou 315 kJ 4<br />
Carboidratos 17 g 6<br />
Proteínas 0.7 g 6<br />
Gorduras totais 0,6 g 3<br />
Gorduras saturadas 0,2 g 2<br />
Gorduras trans - -<br />
Fibra alimentar 1,0 g 20<br />
Sódio 21 mg 26<br />
Cálcio 162 mg 30<br />
Ferro .. 2,3 mg 25<br />
Magnésio 29 mg 20<br />
(*) Valores diários de referência com base em uma dieta de 2500 kcal<br />
ou 10500 kJ<br />
De acordo com os valores da tabela, responda os<br />
itens a segui r.<br />
a) Calcule a porcentagem em massa de cálcio em<br />
uma porção de 30 g.<br />
b) Considerando uma dieta de 2500 kcal, quantos<br />
miligramas de magnésio uma pessoa adulta ain-<br />
da precisaria consumir após a ingestão de uma<br />
porção de 30 g de achocolatado? Assumir que a<br />
pessoa não consumiu nenhum alimento nesse dia.<br />
c) Comparando os nutrientes sódio e ferro no achocolatado,<br />
qual deles apresenta maior concentração<br />
em quantidade de matéria?<br />
Dados: Na = 23 g/rnol, Fe = 56 g/mol.<br />
3 No preparo de refrigerantes normalmente é adicionado<br />
ácido fosfórico (HlOJ, que atua como conservante.<br />
Cada litro de refrigerante recebe cerca de<br />
1 g de Hl04 (C = 1 g/L). Se dividirmos uma garrafa<br />
de 2 L de refrigerante em 8 copos de 250 mL cada,<br />
qual será a massa e a concentração de H3P04' em<br />
g/L, presente em cada ~opo?<br />
4. Uma solução aquosa contém 0,2 rnol de HN03 (ácido<br />
nítrico) em meio litro de solução. Qual é a concentração<br />
em mol/L de ácido nítrico nessa solução?<br />
5. Um estudante precisa preparar 2 litros de uma solução<br />
de ácido sulfúrico (H 2 SOJ na concentração<br />
de 3 mol/L. Qual é a massa de H 2 S04 que ele utilizará?<br />
Dado: MH,S04 = 98 g/mol.<br />
6. Tem-se 1 litro de uma solução 2,0 mol/L de KOH.<br />
Qual é a massa de KOH, que deve ser adicionada a<br />
essa solução, para que ela passe a ter concentração<br />
de 3,0 mol/L?<br />
Dado: M KOH = 56 g/mol.<br />
Desprezar a variação de <strong>vol</strong>ume da solução, quando<br />
o KOH for adicionado.<br />
30
2. Diluição de soluções<br />
Diluir significa adicionar solvente a uma solução já existente, de modo<br />
que se consiga obter uma solução de concentração menor do que a inicial<br />
(mais diluída). Assim, a quantidade de soluto na solução inicial e<br />
na final permanece inalterada; o que varia é apenas a quantidade de solvente.<br />
É comum a prática da diluição em diversas atividades realizadas<br />
no dia a dia, por exemplo, a adição de água a um chá para torná-lo mais<br />
fraco ou a diluição de água sanitária para higienização de verduras e outros<br />
alimentos.<br />
Muitas soluções utilizadas no cotidiano são coloridas. Nesse caso, é<br />
possível perceber se uma solução está mais diluída do que a outra apenas<br />
observando a intensidade de sua coloração. Por exemplo, você consegue<br />
perceber facilmente quando o café está "forte" ou "fraco", ou seja,<br />
a intensidade da cor do café possibilita distinguir se ele está mais concentrado<br />
ou mais diluído.<br />
Na adição de água ao chá ocorre diluição.<br />
o hipoclorito de sódio é<br />
empregado para desinfecção de<br />
verduras e outros alimentos.<br />
I A ão e cidadania<br />
Doenças veiculadas<br />
por água e alimentos<br />
A ausência ou precariedade<br />
dos serviços de saneamento básico,<br />
como tratamento de água e<br />
de esgoto, coleta de lixo e controle<br />
de vetares (por exemplo, ratos e<br />
moscas) em uma região favorece a<br />
ocorrência de doenças. É possível<br />
evitá-Ias adotando alguns procedimentos<br />
simples.<br />
A cloração, principal forma de<br />
desinfecção empregada nas estações<br />
de tratamento de água para<br />
a prevenção de doenças veiculadas<br />
pela água, também pode ser<br />
utilizada no ambiente doméstico.<br />
Os alimentos (frutas, legumes e<br />
verduras), após serem lavados em<br />
água corrente, podem ser deixados<br />
de molho em uma solução aquosa<br />
de hipoclorito de sódio - 1 colher<br />
de sopa de hipoclorito .de sódio<br />
2,5% (mim) para 1 litro de água -<br />
por cerca de 10 minutos. Em seguida,<br />
cada alimento deve ser lavado<br />
novamente em água corrente. Esse<br />
procedimento evita doenças veiculadas<br />
por alimentos contaminados.<br />
O hipoclorito de sódio pode<br />
ser substituído por água sanitária<br />
cuja composição contenha apenas<br />
hi poclorito de sódio e água.<br />
Você se lembra?<br />
A alta salinidade no mar Morto<br />
Diariamente, o mar Morto recebe milhões de<br />
toneladas de água doce vindas principalmente<br />
do rio Jordão. Entretanto, a quantidade de água<br />
recebida não é suficiente para diluir as águas<br />
do mar Morto, que possuem, aproximadamente,<br />
concentração salina igual a 30% em massa, enquanto<br />
os oceanos apresentam em média 4% a<br />
6% em massa de sais dissolvidos. Como explicar<br />
a alta salinidade do mar Morto? A explicação<br />
é bastante simples: o intenso calor da região<br />
provoca uma evaporação de água mais rápida,<br />
deixando as águas do mar com concentração salina<br />
mais alta. Assim, mesmo recebendo muita<br />
água dos rios, essa água é parcialmente perdida<br />
por evaporação, o que torna a concentração de<br />
sais muito elevada.<br />
Uma consequência dessa alta concentração<br />
de sais é a alta densidade da água, que pode<br />
chegar a 1,7 g/cm 3 • Esse valor é tão elevado que<br />
as pessoas flutuam com facilidade. Estátuas de sal formadas ao redor do mar Morto.<br />
31
l<br />
o Como preparar uma solução diluída<br />
A diluição é bastante utilizada em laboratórios e indústrias,<br />
pois a diversidade de trabalhos requer soluções<br />
de concentrações variadas. Assim, é comum o armazenamento<br />
de soluções de concentrações maiores. Dessa<br />
forma, é possível preparar soluções de concentrações<br />
menores apenas pela adição de solvente. Essas soluções<br />
recebem o nome de soluções-estoque. A água sanitária<br />
vendida nos supermercados, por exemplo, é uma solução-estoque,<br />
da qual você consegue preparar soluções de<br />
concentrações diversas apenas pela adição de água.<br />
Você deve ter percebido que, para preparar uma solução<br />
mais diluída, basta acrescentar mais solvente à<br />
solução. Então, como é possível saber qual a quantidade<br />
de solvente a ser adicionada para obter uma solução com<br />
a concentração desejada? Ou que <strong>vol</strong>ume da solução-<br />
-estoque deve ser utilizado para a preparação da solução<br />
diluída? Questões como essas serão discutidas a seguir.<br />
Suponha que você precise preparar 1,0 L de uma solução<br />
aquosa de cloreto de sódio 20 gIL com base em uma<br />
solução de mesmo composto, cuja concentração é igual<br />
a 100 gIL. Para que seja possível essa preparação, você<br />
pode determinar inicialmente a quantidade de cloreto de<br />
sódio (neste caso é o soluto), contida na solução que deseja<br />
preparar, e, posteriormente, determinar o <strong>vol</strong>ume da<br />
solução inicial que possui a massa de soluto desejada.<br />
Solução 20 gIL ---.20 g de sal para 1,0 L de solução<br />
De acordo com essa relação, a massa de cloreto de<br />
sódio presente na solução a ser preparada deverá ser de<br />
20 g. Determina-se, então, qual é o <strong>vol</strong>ume da solução<br />
mais concentrada que contém 20 g de cloreto de sódio,<br />
para que seja possível a diluição.<br />
100g --- 1,0 i.<br />
20g --- x<br />
x = 0,2 L<br />
O <strong>vol</strong>ume da solução de concentração igual a<br />
100 gIL, utilizado para a diluição, é 0,2 lou 200 mL.<br />
Ou seja, 0,2 L deverá ser coletado da solução concentrada<br />
e diluído em água até totalizar 1,0 L de solução.<br />
Em laboratório, são utilizados balões <strong>vol</strong>umétricos para<br />
a realização de diluições. Assim, o <strong>vol</strong>ume de solução-<br />
-estoque necessário para a preparação de uma nova solução<br />
é transferido para um balão <strong>vol</strong>umétrico. Adiciona-se,<br />
em seguida, solvente até completar o <strong>vol</strong>ume desejado. Se<br />
você for preparar a solução citada anteriormente, deverá<br />
transferir 200 ml, da solução concentrada para um balão<br />
<strong>vol</strong>umétrico de capacidade igual a 1,0 L e completar com<br />
água até atingir a marca indicativa do <strong>vol</strong>ume no balão.<br />
A parte da solução<br />
transferida é chamada de<br />
alíquota. Aliás, um equipamento<br />
de vidro muito utilizado<br />
para transferir alíquotas<br />
- e de grande precisão<br />
na medida de <strong>vol</strong>umes - é<br />
a pipeta.<br />
Il ,--- ..•..<br />
Balões <strong>vol</strong>umétricos são<br />
utilizados para efetuar<br />
diluições em laboratórios.<br />
--..<br />
..•.. ;:~" ~<br />
100 ml 200 ml 250 ml<br />
[J<br />
Instrumentos de precisão utilizados em laboratórios para medidas<br />
<strong>vol</strong>umétricas: pipeta <strong>vol</strong>umétrica (A) e pipetas graduadas (B).<br />
Exercícios resolvidos<br />
V1<br />
QJ<br />
'0 u-<br />
::l<br />
Õ<br />
V1<br />
QJ<br />
""O<br />
o<br />
"" u-<br />
3<br />
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QJ<br />
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C<br />
o<br />
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•No<br />
~<br />
,~<br />
CI.<br />
lU<br />
U<br />
7. A água oxigenada 10 <strong>vol</strong>umes é uma solução aquosa de peróxido de hidrogênio (H202) que tem várias aplicações.<br />
dentre elas. a higienização de ferimentos.<br />
A decomposição de 1 Lde solução de água oxigenada 20 <strong>vol</strong>umes libera, nas condições normais de temperatura<br />
e pressão. 20 L de oxigênio. segundo a equação:<br />
1-2-H- 0- (-a-q)----.--2 -H- 0-(e-) -+-0-2(-g)-1<br />
2 2 2<br />
Como um indivíduo pode proceder para preparar uma solução de água oxigenada 10 <strong>vol</strong>umes com base em uma<br />
amostra de solução de água oxigenada 20 <strong>vol</strong>umes?<br />
Solução<br />
Quando se dobra o <strong>vol</strong>ume da solução por acréscimo de solvente, a concentração se torna a metade da concentração<br />
inicial. Portanto, ao acrescentar 100 mL de água a 100 mL de água oxigenada 20 <strong>vol</strong>umes. obtêm-se<br />
200 mL de água oxigenada 10 <strong>vol</strong>umes.<br />
32
Exercícios resolvidos -<br />
8. A 200 mL de solução aquosa de ácido sulfúrico<br />
(H2S0 4 ) 1,0 mol/L, será adicionada água até que o<br />
<strong>vol</strong>ume final da solução seja 500 mL. Qual deverá<br />
ser a concentração, em quantidade de matéria, de<br />
ácido sulfúrico na solução final?<br />
Solução<br />
Sabendo que 200 mL equivalem a 0,2 L. a quantidade<br />
de matéria presente na solução inicial pode ser calculada<br />
pela proporção:<br />
1 L de solução 1,0 rnol de H2S0 4<br />
0,2 L de solução x<br />
0,2 L . 1,0 moI<br />
x= 1L<br />
x = 0,2 mel de H 2 S0 4<br />
Essa quantidade de matéria de ácido sulfúrico<br />
(0,2 rnol) está presente na solução que foi diluída a<br />
500 mL. Portanto, a nova concentração da solução<br />
será determinada por:<br />
500 mL de solução 0,2 mel de H2S0 4<br />
1 000 mL de solução y<br />
1000 mL . 0,2 moI<br />
y = 500 mL<br />
y = 0,4 rnol de H 2 S0 4<br />
Concentração em quantidade de matéria: 0,4 mol/L.<br />
9. A 3,0 L de uma solução aquosa de elo reto de cálcio<br />
(CaCe2) 0,4 mol/L, acrescenta-se água até que o <strong>vol</strong>ume<br />
final da solução seja 5,0 L.<br />
a) Determinar a concentração, em quantidade de<br />
matéria, de elo reto de cálcio na solução final.<br />
b) Determinar a concentração, em quantidade de<br />
matéria, de elo reto na solução final.<br />
Solução<br />
a) A quantidade de matéria de elo reto de cálcio<br />
na solução inicial pode ser calculada pela seguinte<br />
proporção:<br />
1,0 L de solução 0,4 rnol de CaCe2<br />
3,0 L de solução x<br />
3,0 L . 0,4 moI<br />
x = 1L<br />
x = 1,2 rnol de CaCe2<br />
A solução diluída para 5,0 L contém essa mesma<br />
quantidade de matéria de elo reto de cálcio:<br />
5,0 L de solução 1,2 mal de CaCe2<br />
1,0 L de solução y<br />
1,0 L . 1,2 moI<br />
y = 5 L<br />
y = 0,24 rnol de CaCe2<br />
Concentração, em quantidade de matéria, de eloreto<br />
de cálcio na solução final: 0,24 mol/L.<br />
b) Ca(f2(aq) ---. Ca'{aq) + 2 Ce-(aq)<br />
1,0 moi 1.0 moi 2.0 moi<br />
1,0 rnol CaCe2 2,0 mo! (f-<br />
0,24 mol/L CaCe2 z<br />
z=<br />
0,24 mol/L . 2,0 moI<br />
1,0 mel<br />
z = 0,48 mol/L<br />
de (f-<br />
Concentração, em quantidade de matéria; de eloreto<br />
na solução final: 0,48 mol/L.<br />
Não se deve confundir diluição com dissolução. O termo diluir significa adicionar solvente<br />
a determinada solução, de modo que diminua a concentração. Já o termo dissolver significa<br />
adicionar soluto ao solvente. Quando você acrescenta açúcar a um copo de água, o açúcar se<br />
dissolve e origina uma solução. Se você adicionar mais água a essa solução, fará uma diluição.<br />
A adição de açúcar à água é<br />
chamada de dissolução.<br />
A adição de água a uma solução de água Quando você prepara um refresco de preparados em<br />
com açúcar é um exemplo de diluição. pó, está fazendo uma dissolução.<br />
33
Exercício resolvido<br />
10. Adicionou-se água gradualmente a uma solução aquosa de glicose até completar 400 mL de solução. Sabendo<br />
que o <strong>vol</strong>ume da solução inicial era igual a 200 mL e que a concentração era 0,5 mol/L, responda às<br />
questões abaixo.<br />
a) Esboce um gráfico que represente a variação da quantidade de matéria de glicose à medida que a água é adicionada<br />
à solução inicial. Justifique.<br />
b) Calcule a concentração da solução final.<br />
Solução<br />
a) Adicionando-se água à solução, a quantidade de soluto não sofrerá alteração, portanto, a quantidade de matéria<br />
de glicose permanecerá constante.<br />
eo<br />
0.6<br />
0.5<br />
'
Determinação da concentração<br />
de sólidos em uma amostra de água salgada<br />
Objetivo<br />
Determinar a concentração de<br />
sais presentes<br />
de água salgada.<br />
Material<br />
em uma amostra<br />
• amostra de água salgada<br />
lamparina<br />
ou bico de Bunsen<br />
• tripé e tela de amianto*<br />
• erlenmeyer de 125 mL<br />
• balança de precisão de 0,1 g<br />
proveta<br />
de 25 mL<br />
• 1 béquer ou frasco transparente<br />
de 50 mL<br />
* o material que constitui a chamada "tela de<br />
amianto" é a cerâmica, não o amianto.<br />
Procedimento<br />
Vista parcial de salina localizada em Cabo Frio (Rj), 2013.<br />
Equipamentos de segurança: Óculos de segurança<br />
e avental de algodão com mangas compridas.<br />
1. Determine a massa do erlenmeyer e anote (m,eciPiente)'<br />
2. Com auxílio da proveta, coloque 20 mL da amostra e transfira para o erlenmeyer.<br />
3. Aqueça a mistura contida no recipiente até secar.<br />
4. Aguarde o resfriamento e meça novamente a massa do erlenmeyer (m,eciPiente+sal)'<br />
S. Calcu le a massa de sais (msal) presente no reci piente após secar: msal = m,ecipiente + sal - m,ecipiente'<br />
6. Determine a concentração de sólidos na amostra em g/L. Lembre-se de que o <strong>vol</strong>ume é expresso em<br />
L e que, portanto, 10 mL = 1 X 10- 2 L.<br />
.t. Resíduos: Reutilizar as amostras de sais para preparar novas soluções.<br />
Analise e discuta<br />
1. Se a amostra analisada tivesse sido a água do mar, qual seria o soluto presente em maior concentração?<br />
2. Calcule a concentração de sais, em g/L, na amostra analisada. Quais as possíveis fontes de erro nas<br />
etapas desse procedimento?<br />
3. A água do mar é uma solução rica em sais e possui em média 32 g/L. Sabendo disso, quantas<br />
vezes a amostra de água salgada que você analisou é mais concentrada do que a água do mar?<br />
4. Desde a Antiguidade, o sal teve grande importância para o ser humano. Ele foi considerado por muitos<br />
anos um artigo de luxo, utilizado como forma de pagamento a soldados romanos (dando origem<br />
à palavra "salário"). Na Idade Média, por se tratar de um bem essencial, o sal tornou-se um meio de<br />
controle político e econômico. Em 1340, na França, foi estabelecido o gabelle, imposto sobre o sal,<br />
considerado uma das causas da Re<strong>vol</strong>ução Francesa. Indique alguns dos usos do sal nos dias atuais.<br />
3S
ATENÇÃO: não escreva no livro.<br />
Responda a todas as questões no caderno.<br />
16. Um recipiente A contém 1 litro de solução 5 mol/L de NaOH em água; outro recipiente B contém 10 litros de<br />
solução 1 mol/L de NaOH em água. Qual dos recipientes contém maior quantidade de NaOH em quantidade<br />
de matéria?<br />
Solução<br />
Solução A: 5 mol/L de NaOH<br />
1 L de solução 5 mol de NaOH<br />
Solução B: 1 mol/L de NaOH<br />
1 L de solução 1 mol de NaOH<br />
10 L de solução n<br />
n = 10 mol de NaOH<br />
Portanto. o recipiente B contém maior quantidade de NaOH.<br />
'0'"<br />
.3 '-"<br />
o<br />
'"<br />
"O '"<br />
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CI<br />
]i<br />
'ã.<br />
ta<br />
u<br />
H Uma solução é formada por 115 g de etanol<br />
(C 2 H s OH) em 180 g de água. Quais são as frações<br />
em quantidade de matéria do etanol e da água<br />
nessa solução? Dados: massas atômicas: H = 1;<br />
C = 12; O = 16.<br />
No rótu lo de um suco concentrado<br />
de pêssego existe<br />
a seguinte sugestão de<br />
preparo: "Misture 1 parte<br />
de suco com 5 partes de<br />
água".<br />
a) Seguindo rigorosamente<br />
a sugestão de preparo,<br />
que <strong>vol</strong>ume de suco, em<br />
litros, seria possível obter<br />
ao utilizar 200 mL do<br />
suco concentrado?<br />
b) Suponha que você tenha<br />
preparado o suco de<br />
pêssego de acordo com<br />
a sugestão do rótulo. Porém, na sua opinião, a<br />
bebida ficou com um sabor "fraco". O que se poderia<br />
fazer para tornar o suco mais "forte"?<br />
1 Um aluno propôs algumas afirmações a respeito de<br />
soluções.<br />
I. Quando diluímos uma solução, a quantidade de<br />
soluto diminui.<br />
lI. Quando ocorre evaporação de uma solução<br />
aquosa, a concentração aumenta pela perda de<br />
soluto.<br />
IlI. Quando misturamos duas soluções de mesmo<br />
soluto, porém de diferentes concentrações, a solução<br />
resultante fica mais diluída do que as soluções<br />
iniciais.<br />
Essas afirmações estão corretas? Justifique.<br />
20 Leia o texto a seguir e responda às questões.<br />
Veja o teste de bebidas energéticas; duas<br />
marcas têm mais cafeína que o permitido<br />
[...]<br />
Para o teste, feito no Laboratório de Análises<br />
de Alimentos da FEA-Unicamp, a reportagem<br />
comprou três latas de cada uma das marcas.<br />
Como as embalagens têm quantidades diferentes,<br />
os conteúdos de cada marca foram homogeneizados,<br />
para uniformizar a quantidade de<br />
líquido em 500 mL.<br />
[...]<br />
o teste mostrou diferença entre os valores indicados<br />
nos rótulos e os reais.<br />
"As amostras apresentaram uma pequena<br />
quantidade de cafeína superior à declarada, mas<br />
justificada pela necessidade de manter o teor da<br />
substância até o final de validade do produto",<br />
diz a bioquímica Helena Teixeira Godoy, coordenadora<br />
do laboratório da Unicamp.<br />
É admissível uma variaçâo de 20% nos valores<br />
declarados no rótulo. Porém, os produtos devem<br />
obedecer às quantidades máximas de cafeína e<br />
taurina estabelecidas na lei - respectivamente,<br />
35 mgllOO ml, e 400 mgllOO mL. Duas marcas<br />
[...] extrapolaram os limites.<br />
[...]<br />
BIDERMAN, lara. Veja o teste de bebidas energétícas; duas marcas<br />
têm mais cafeína que o permitido. Folha de S.Paulo,<br />
2 out. 2012. Disponível em:
I. Em 500 mL de líquido analisado. duas marcas<br />
de bebidas energéticas possuíam mais de<br />
175 g de cafeína.<br />
11. No teste realizado. duas marcas de bebidas<br />
energéticas possuíam mais que o limite permitido<br />
de taurina.<br />
III. Duas marcas de bebidas energéticas possuíam<br />
mais de 4 g de taurina por litro de<br />
bebida.<br />
IV. Das marcas de bebidas energéticas analisadas.<br />
duas delas possuíam cafeína acima de<br />
3.5 X 10- 1 g/L.<br />
b) Considerando a fórmula molecular da cafeína<br />
(C 8 H lO N 4 0 2 ). calcule a concentração de cafeína.<br />
em quantidade de matéria. estabeleci da por lei.<br />
Dados: C = 12 g/mol; H = 1 g/mol; N = 14 g/mol;<br />
0= 16 g/mol.<br />
21. O soro fisiológico caseiro - uma solução aquosa<br />
de açúcar e sal de cozinha - é utilizado em casos<br />
de desidratação. por exemplo. quando uma pessoa<br />
perde água por meio de vômitos e diarreia.<br />
Ele pode ser preparado com as colheres de medidas<br />
forneci das em alguns postos de saúde. Observe a<br />
imagem abaixo.<br />
sal<br />
Depois de preparado. o soro precisa ser provado antes<br />
de ser dado à pessoa e o gosto não deve ser mais<br />
salgado do que a lágrima.<br />
Considerando que uma colher de sopa rasa de açúcar<br />
contém 12 g desse soluto, e que uma colher de<br />
café rasa de sal de cozinha contém 5 g desse sal.<br />
responda aos itens a seguir.<br />
a) Calcule a concentração em massa de sal e de açúcar<br />
no soro fisiológico caseiro.<br />
b) Qual das substâncias - sal de cozinha (NaCe) ou<br />
açúcar (C 12<br />
H 22<br />
0) - está mais concentrada em<br />
quantidade de matéria no soro fisiológico caseiro?<br />
Justifique sua resposta.<br />
Dados: C = 12 g/mol; H = 1 g/mol; O = 16 g/rnol:<br />
Na = 23 g/mol; ce = 35.5 g/mol.<br />
Atualmente. os alimentos em pó vêm ganhando cada<br />
vez mais espaço no mercado brasileiro devido a diversas<br />
facilidades. como o transporte. as condições<br />
de armazenamento e o tempo de conservação. O<br />
leite. por exemplo. é um alimento de grande valor<br />
nutritivo e amplamente empregado nas merendas<br />
escolares. Para isso. é adquirido pelos governos na<br />
forma em pó.<br />
A tabela a seguir reproduz a informação nutricional<br />
de uma marca de leite em pó.<br />
Informação nutricional<br />
Porção de 26 g (2 colheres de sopa)<br />
Quantidade por porção %VO (*)<br />
Valor energético 129 kcal = 542 k] 6<br />
Carboidrato 9.6 g 3<br />
Proteínas 6.7 g 9<br />
Gorduras totais 7.1 g 13<br />
Gorduras saturadas 4.4 g 20<br />
Gorduras trans O não estabelecido<br />
1 copo cheio (200 mL)<br />
de água limpa<br />
1 medida<br />
rasa de sal<br />
2 medidas<br />
rasas de açúcar<br />
Fibra alimentar O O<br />
Sódio 7.8 mg O<br />
A<br />
l<br />
(*) Valores diários de referência com base em uma dieta de 2000 kcal ou<br />
8400 kj.<br />
Ferro 4.2 mg 30<br />
Cálcio 239 mg 24<br />
Na ausência de colheres de medida. o soro caseiro<br />
pode ser preparado da seguinte forma:<br />
• dissolva 1 colher de sopa rasa de açúcar e 1 colher<br />
de café rasa de sal de cozinha em um copo<br />
com água;<br />
• transfira a solução para um recipiente graduado e<br />
complete com água até 1 litro.<br />
Com base nas informações da tabela. responda às<br />
questões a seguir. .<br />
a) Calcule a porcentagem em massa de sódio em<br />
uma porção de 26 g (duas colheres de sopa) de<br />
leite em pó.<br />
b) Para preparar 1 litro de leite. recomenda-se inserir<br />
10 colheres de sopa de leite em pó em 500 mL<br />
de água. agitanâo até dissolver completamente o<br />
produto. Depois. adiçiona-se água até completar<br />
1 litro. Calcule a concentração em massa de ferro<br />
no leite preparado.<br />
c) Se uma pessoa encher um copo (200 mL) com o<br />
leite preparado no item anterior. qual concentração<br />
em massa de ferro haverá no leite do copo?<br />
Quanto representa. em valores diários de ferro.<br />
se essa pessoa beber todo o leite do copo?<br />
37
Rio é contaminado<br />
por ácido<br />
o vazamento de 3,5 mil<br />
litros de ácido clorídrico de<br />
uma estação de tratamento<br />
de esgoto [...] provocou a<br />
morte de um grande <strong>vol</strong>ume<br />
de peixes do rio Cambuí.<br />
O acidente foi percebido<br />
por um operador da estação<br />
às 17h40 de terça-feira, mas<br />
só foi informado pela companhia<br />
de saneamento ao<br />
Instituto Ambiental do Paraná<br />
(lAP) e à Defesa Civil na<br />
manhã de quarta.<br />
Por uma falha mecânica<br />
ou humana, o registro do<br />
dique que deveria conter o<br />
produto não foi fechado e o<br />
ácido vazou para o rio por<br />
cerca de duas horas.<br />
Durante o tratamento de esgoto doméstico. diversos produtos são utilizados para que a água possua<br />
Técnicos do IAP colheram um nível aceitável de poluição para ser de<strong>vol</strong>vida ao mar ou ao rio. ou ser reutilizada. Estação de<br />
tratamento de esgoto em Rosário do Sul (PR). 2008.<br />
amostras da água e dos peixes<br />
mortos para avaliar o impacto ambiental do vazamento. O laudo deve ficar pronto em até 20 dias. [...]<br />
A Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária (Amar) foi a primeira entidade a alertar os órgãos ambientais<br />
sobre o acidente. Funcionários do IAP chegaram a percorrer o local no final da tarde de terça-feira, mas tiveram<br />
que suspender o trabalho porque anoiteceu. [...]<br />
De acordo com o IAp, o rio Cambuí não faz parte de nenhuma área de manancial. Ele deságua depois da barragem<br />
do rio Verde, que abastece parte da região.<br />
Por ser facilmente diluído em água, o impacto tende a ser maior nas primeiras horas de vazamento. Segundo a diretora<br />
de Meio Ambiente da Sanepar, Maria Arlete Rosa, os danos possíveis, como a morte de peixes, já ocorreram. Ela<br />
diz que não há risco para a população que vive às margens do rio porque o ácido não está mais concentrado na água.<br />
Gazeta do Povo. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2013.<br />
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ATENÇÃO:todas as questões foram reproduzidas das provas originais<br />
de que fazem parte. Responda a todas as questões no caderno.<br />
23. (Unifesp) A contaminação de águas e solos por metais<br />
pesados tem recebido grande atenção dos ambientalistas<br />
devido à toxicidade desses metais ao<br />
meio aquático, às plantas, aos animais e à vida humana.<br />
Dentre os metais pesados há o chumbo, que<br />
é um elemento relativamente abundante na crosta<br />
terrestre, tendo uma concentração ao redor de<br />
20 ppm (partes por milhão). Uma amostra de 100 g<br />
da crosta terrestre contém um valor médio, em mg<br />
de chumbo, igual a:<br />
a) 20 d) 2<br />
b) 10 e) 1<br />
c) 5<br />
24. (UFRN) Uma das potencialidades econômicas do<br />
Rio Grande do Norte é a produção de sal marinho.<br />
° cloreto de sódio é obtido a partir da água do mar<br />
nas salinas construídas nas proximidades do litoral.<br />
De modo geral, a água do mar percorre diversos<br />
tanques de cristalização até alcançar uma concentração<br />
determinada. Suponha que, numa das etapas<br />
do processo, um técnico retirou 3 amostras de<br />
500 mL de um tanque de cristalização, realizou a<br />
evaporação com cada amostra e anotou a massa<br />
de sal resultante na tabela a seguir.<br />
Amostra<br />
Volume da amostra<br />
(mL)<br />
Massa de sal<br />
(g)<br />
1 500 22<br />
2 500 20<br />
3 500 24<br />
A concentração média das amostras será de:<br />
a) 48 g/L c) 42 g/L<br />
b) 44 g/L d) 40 g/L<br />
25. (PUC-RS) 50,00 mL de uma solução 2,0 mol/L em<br />
Mgce2 são diluídos a 1 litro. A concentração em<br />
mol/L, de íons cloreto na nova solução, é:<br />
a) 0,1 d) 2,0<br />
b) 0,2 e) 4,0<br />
c) 1,0<br />
26. (Uerj) Diluição é uma operação muito empregada<br />
no nosso dia a dia, quando. por exemplo, preparamos<br />
um refresco a partir de um suco concentrado.<br />
Considere 100 mL de determinado suco em que a<br />
concentração do soluto seja 0,4 moi· ° L-1. <strong>vol</strong>ume<br />
de água, em mL, que deverá ser acrescentado<br />
para que a concentração do soluto caia para<br />
0,04 moi' L-1 será de:<br />
a) 1000<br />
b) 900<br />
c) 500<br />
d) 400<br />
27. (UFPE) A embalagem de um herbicida para ser usado<br />
em hortaliças indica que devem ser dissolvidos<br />
500 g deste para cada 5 litros de água. Por engano,<br />
um agricultor dissolveu 100 g de herbicida em<br />
2 litros de água e somente percebeu o erro após haver<br />
utilizado metade da solução. Uma das formas<br />
de corrigir a concentração do restante da solução<br />
é adiciona r:<br />
a)<br />
b)<br />
c)<br />
d)<br />
e)<br />
Água (litros)<br />
28. (Fatec-SP) A tabela ao lado<br />
mostra o resultado da análise<br />
de todos os íons presentes<br />
em 1 L de uma solução<br />
aquosa, desprezando-se os<br />
íons H+ e OH- provenientes<br />
da água.<br />
Com base nos dados apresentados<br />
e sabendo que<br />
Herbicida (gramas)<br />
1 O<br />
O 50<br />
1 50<br />
1 100<br />
O 100<br />
toda solução é eletricamente neutra, podemos afirmar<br />
que a concentração molar dos íons Mg2+ é:<br />
a) 0,4 b) 0,5 c) 0,6 d) 1,0 e) 1,2<br />
29. (Fuvest-SP) A concentração de glicose (C 6 H120 6 ) na<br />
urina é determinada pela medida da intensidade<br />
da cor resultante da reação desse açúcar com ácido<br />
3,5-dinitrossalicílico. ° gráfico mostra a relação<br />
entre a concentração da glicose em solução e a intensidade<br />
da cor resultante.<br />
Intensidade<br />
da cor<br />
Íon<br />
Concentração<br />
molar (moi/L)<br />
NO) 0.5<br />
50:- 0.75<br />
Na+ 0,8<br />
Mg2+<br />
1,0 --,--r-'--j-T-':',--r-,--r-,--r-'--'--T--'--<br />
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0.1 0,2 0,3 0.4 0.5 0,6 0,7 0,8<br />
Glicose (g/lOO mL)<br />
a) Calcule a concentração, em grama por litro, de<br />
uma solução de glicose que, após a reação, apresenta<br />
intensidade de cor igual a 0,8.<br />
b) Calcule o número de moi de glicose contido em<br />
150 mL dessa solução.<br />
Massa molar da glicose = 180 g/mol.<br />
39
Vestibular e Enem .~ - ' . .':, - .~_ . ::, ,:~~:~<br />
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33. (UFG-GO) As instruções da bula de um medicamento<br />
usado para reidratação estão resumidas no quadro<br />
a seguir.<br />
Modo de usar: dissolva o conteúdo<br />
do envelope em 500 mL de água<br />
Composição: cada envelope contém<br />
cloreto de potássio 75 mg<br />
citrato de sódio diidratado 145 mg<br />
cloreto de sódio 175 mg<br />
glicose<br />
a) Calcule a concentração de potássio, em mg/L,<br />
na solução preparada segundo as instruções da<br />
bula.<br />
b) Quais são as substâncias do medicamento que<br />
explicam a condução elétrica da solução do medicamento?<br />
Justifique sua resposta.<br />
34. (UnB-DF) A partir de uma solução de hidróxido de<br />
sódio na concentração de 25 g/L, deseja-se obter<br />
125 mL dessa solução na concentração de 10 g/L.<br />
Calcule, em mililitros, o <strong>vol</strong>ume da solução inicial<br />
necessário para esse processo. Despreze a parte<br />
fracionária de seu resultado, caso exista.<br />
35. (UFRGS-RS) Uma solução aquosa de ácido sulfúrico<br />
(H 2 SOJ, para ser utilizada em baterias de chumbo<br />
de veículos automotivos, deve apresentar concentração<br />
igual a 4 mol/L.<br />
O <strong>vol</strong>ume total de uma solução adequada para se<br />
utilizar nessas baterias, que pode ser obtido a partir<br />
de 500 mL de solução de H 2 S0 4 de concentração<br />
18 mol/L, é igual a:<br />
a) 0,50 L c) 2,25 L e) 9,00 L<br />
b) 2,00 L d) 4,50 L<br />
36. (Uespi) Em uma tinturaria, 250 g de hipoclorito<br />
de sódio, NaCeo, foram dissolvidos em um <strong>vol</strong>ume<br />
de água suficiente para preparar 5,0 L de solução<br />
alvejante. Calcule a concentração em rnol/L dessa<br />
solução.<br />
Dados: Massas molares em g' rnol'. 0= 16;Na = 23;<br />
u= 35,5.<br />
a) 0,21<br />
b) 0,35<br />
c) 0,44<br />
d) 0,67<br />
e) 0,89<br />
37. (Fatec-SP) Um jovem empreendedor, recém-formado<br />
em um curso de <strong>Química</strong>, resolveu iniciar um<br />
negócio de reciclagem en<strong>vol</strong>vendo a obtenção de<br />
prata a partir de chapas de raios X descartadas e de<br />
soluções de fixador fotográfico após seu uso.<br />
Consultando artigos em revistas especializadas, verificou<br />
que, empregando métodos, materiais e reagentes<br />
simples, poderia obter, em média, 5 gramas<br />
de prata por metro quadrado de chapas de raios X e<br />
lOg<br />
5 gramas de prata por litro da solução de fixador.<br />
Para testar essas informações, o jovem decidiu utilizar<br />
10 chapas retangulares de 30 cm x 40 cm e<br />
2 L de solução de fixador.<br />
Caso as informações consultadas estejam corretas,<br />
ele deverá obter uma massa total de prata, em gramas,<br />
próxima de:<br />
a) 2 b) 4 c) 8 d) 16 e) 20<br />
38. (Acafe-Sê) O texto abaixo está presente na legislação<br />
que institui o Código de Trânsito Brasileiro - C1B.<br />
[... ] Conduzir veículo automotor, na via pública,<br />
estando com concentração de álcool por litro<br />
de sangue igualou superior a 6 (seis) decigramas,<br />
ou sob a influência de qualquer outra substãncia<br />
psicoativa que determine dependência: Penas -<br />
detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão<br />
ou proibição de se obter a permissão ou<br />
a habilitação para dirigir veículo automotor. [...[.<br />
Um condutor automotivo parado em uma operação<br />
policial, após ser submetido a análises técnicas,<br />
apresentou uma concentração de 21 decigramas de<br />
álcool por litro de sangue.<br />
Com base no texto acima e nos conceitos químicos,<br />
analise as afirmações a seguir.<br />
I. A concentração de álcool no sangue desse condutor<br />
é de 2,1 j.Lg/j.LL.<br />
lI. O condutor deverá ser penalizado segundo a legislação<br />
do CTB.<br />
1II. Caso o condutor possua em seu organismo um<br />
<strong>vol</strong>ume de sangue igual a 5,0 L a quantidade de<br />
álcool presente em seu corpo é de 10,5 g.<br />
IV. A combustão completa do etanol geral CO e<br />
água.<br />
Assinale a alternativa correta.<br />
a) Apenas I, II e III estão corretas.<br />
b) Apenas Il, III e IV estão corretas.<br />
c) Apenas a afirmação III está correta.<br />
d) Todas as afirmações estão corretas.<br />
39. (UFG-GO) O monitoramento da concentração de<br />
glicose (C 6 H I2 0 6 ) plasmática é um exame clínico<br />
importante na medicina preventiva, sendo o diagnóstico<br />
considerado normoglicêmico (regular)<br />
quando os valores da concentração encontram-<br />
-se entre 70 e 100 mg/dL. Os exames de dois pacientes<br />
confirmaram a concentração de glicose em<br />
1,8 x 10- 3 mol/L (paciente 1) e 5.4 X 10- 3 mol/L<br />
(paciente 2). Diante destas informações, o diagnóstico<br />
dos pacientes 1e 2 indica, respectivamente, um quadro:<br />
a) hipoglicêmico e hiperglicêmico.<br />
b) hipoglicêmico e normoglicêmico.<br />
c) normoglicêmico e hiperglicêmico.<br />
d) normoglicêmico e hipoglicêmico.<br />
e) hiperglicêmico e hipoglicêmico.<br />
41
Neste capitulo<br />
1. Tonoscopia ou<br />
tonometria.<br />
2. Ebulioscopia e<br />
crioscopia.<br />
3.0smose<br />
e pressão<br />
osmótica.<br />
Durante o cozimento de alimentos é muito comum a adição de sal à água.<br />
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É bastante comum as pessoas adicionarem<br />
sal à água no cozimento de alimentos.<br />
Com a adição de sal de cozinha, a água<br />
demora mais tempo para entrar em ebulição.<br />
Entretanto, esse procedimento faz os<br />
alimentos cozinharem mais rapidamente.<br />
Como isso pode ser explicado? A adição<br />
de sal faz a água entrar em ebulição a uma<br />
temperatura maior do que a água pura, o<br />
que acelera o cozimento dos alimentos.<br />
Em cidades localizadas ao nível do mar,<br />
como Rio de janeiro (Rj), Salvador (BA) e<br />
Recife (PE), é possível cozinhar os alimentos<br />
submetendo-os a uma temperatura<br />
de 100°C, pois ao nível do mar a água<br />
ferve a essa temperatura. Em cidades 10-<br />
calizadas acima do nível do mar, como<br />
Campos do jordão (SP), São Joaquim (SC)<br />
e Teresópolis (Rj) , percebe-se que a água<br />
ferve a uma temperatura mais baixa. Isso<br />
acontece porque a temperatura de ebulição<br />
está relacionada com a pressão atmosférica<br />
do local.<br />
Esse aumento na temperatura de ebulição<br />
do solvente não depende da substância<br />
adicionada; mas apenas da concentração<br />
de partículas de soluto presente na<br />
mistura. As propriedades das soluções,<br />
que dependem apenas da concentração<br />
de partículas de soluto e que não dependem<br />
de sua natureza, são denominadas<br />
propriedades coligativas.<br />
42