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Geral - SINDAFEP

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1 1<br />

1<br />

Órgão vinculado a<br />

Associação dos Funcionários<br />

Fiscais do Estado do Paraná<br />

PORTE PAGO<br />

DR/PR<br />

ISR-48 - 566/89<br />

ANO VIII - N9 61 - JANEIRO/1990<br />

(DISTRIBUIÇÃO GRATUITA INTERNA)<br />

..k<br />

al e<br />

Giancarlo S. de Almeida Torres, chefe da ADR H<br />

O II<br />

e , a a<br />

.........<br />

Em entrevista concedida ao NOTIFISCO,<br />

Giancarlo S. de Almeida Torres,<br />

chefe da ADRH,<br />

responde sobre a implantação do novo<br />

Estatuto dos Funcionários Públicos,<br />

abordando assuntos polêmicos, como:<br />

revogação da Lei 7051,<br />

regime único, quadro próprio da CRE,<br />

promoções, gratificação de estímulo dfiscalização e, ainda,<br />

a situação dos celetistas e aposentados<br />

frente ao novo diploma legal.<br />

Página 05<br />

, y á<br />

j) O G S ese .<br />

Por que o governo não pagou integralmente o terço de férias?<br />

vim;<br />

-.».,,,<br />

Como funciona o redutor de salários?<br />

E possível gozar a metade da licença-prêmio e receber,<br />

a outra metade em dinheiro?<br />

Estes e outros assuntos, você ficará inteirado, lendo a<br />

reportagem levada a efeito junto ao GRHS da SEFA.<br />

Página 17.<br />

••<br />

Angela beatriz de Souza Lopes<br />

medis . eral v~stad<br />

5.4. 10 e o. „e _.,,, ',,,,et. .s e _ ,, c asse fiscal. Pagina 03


PAG<br />

EXPEDIENTE<br />

NOTI F ISCO<br />

Orgão ae arraigado da AFFEP<br />

Informativo técnico, cultural<br />

e recreativo .<br />

Rua Angelo Sampaio, 1.793<br />

CEP 8b.420 - Fone 223-7414<br />

CURI77 BA - PR<br />

ffl Associação dos Funcionários Fiscais<br />

do Estado do Paraná<br />

Demonstrativo das Receitas e Despesas<br />

RECEITAS<br />

DESPESAS<br />

DISCR IM INAÇÃO<br />

NO V/89 JAN/NOV/89<br />

NOV/89 JAN/NOV/89<br />

101.694,00<br />

DIRETOR RESPONSÁVEL<br />

Reservas Colonia<br />

408.199,70<br />

Mário Grott<br />

Arrendamento Restaurante<br />

260,00<br />

SUPER VISÃO GERAL<br />

Mensalidades<br />

73.146,36 340.546,20<br />

Joeci Ehlke Santi Matos<br />

Receitas c/Seguros<br />

44.572,55 263.530,11<br />

DIRETORIA DA AFFEP<br />

Taxas de Manutenção<br />

27.094,00 421.473,70<br />

Receitas Diversas<br />

53,20 1.134,35<br />

CONSELHO DELIBERATIVO<br />

Transfer. de Títulos<br />

300,00 10.206,00<br />

PRESIDENTE<br />

Confecção Carteiras<br />

95,00<br />

José Carlos de Carvalho<br />

Exames Médicos<br />

1.446,90<br />

VICE-PRESIDENTE<br />

Títulos Definitivos<br />

30,00<br />

José Roberto dos Santos<br />

Receitas c/Habitação<br />

350,00 474.76<br />

1° SECRETÁRIO<br />

Taxas de.Expediente<br />

44.181,013 142.666,19<br />

Maximiamo T. Ishida<br />

lieativação de Títulos<br />

3.202,00<br />

Subvenções Órg. Públicos<br />

129.248,59<br />

CONSELHO DIRETOR<br />

Receitas c/Peculios .<br />

1.500,00 9.500,00<br />

PRESIDENTE<br />

Recs. c/Hotel Rota do Sol<br />

24.175,65 200.992,69<br />

Jose Laudelino Azzolin<br />

Recs. Restaur. Colonia<br />

29.654,80 93.905,80<br />

Recs. c/Publicidade<br />

100.000,00 168.850,00<br />

VICE-PRESIDENTE<br />

Recs. c/Alimentação'<br />

165,00<br />

Pedro Luiz de Paula Neto<br />

Recs. c/69 Conafite<br />

50.213,21 189.787,90<br />

2° VICE-PRESIDENTE<br />

Juros Recebidos<br />

21,80 187,39<br />

Cleto Tamanini<br />

Descontos Obtidos<br />

30,00 30,00<br />

19 SECRETÁRIO<br />

Dividendos s/ Ações<br />

643,32<br />

<strong>Geral</strong>do Dornesoano<br />

Rendas Open BEP XV<br />

3.067,51 24.469,24<br />

2? SECRETARIO<br />

Rendas Open Bamerindus<br />

8.255,76 22.165,57<br />

Jose Luiz Meia<br />

Rendas Open BEP Murici<br />

894,33 10.059,25<br />

Rendas Open Bco. Real<br />

3.380,00<br />

19 TESOUREIRO<br />

Rendas Contas Remuneradas<br />

7.276,42 20.208,18<br />

Joi Marçal Kaminski<br />

Resultado Convers. Passiva<br />

43,93<br />

2°<br />

TESOUREIRO<br />

10.018,04 Rendas Aplicaç. Bco. Real<br />

19.615,77 19.615,77<br />

Cleonice Stefeni Salvador<br />

47.149,54<br />

Ordenados Salários (Sede)<br />

8.706,52 31.902,76<br />

DIRETORES DE<br />

Contrib. Prcvidenc. (Sede)<br />

20.651,57 51.951,78<br />

DEPARTAMENTO<br />

Rescisões Contratuais<br />

8.495,38 29.679,95<br />

Contrib. Previdenc. (Gtuba)<br />

7.189,97<br />

DIRETOR ADMINISTRATIVO<br />

Férias (Sede)<br />

2.393,19 2:393,19<br />

COMERCIAL<br />

1 39 Salário (Sede)<br />

1.090,54<br />

Pedro Carlos Antun<br />

Honorários Médicos<br />

5.097,74 18.510,41<br />

DIREI OR DE PATRIMOfil0<br />

Honor. Odontológicos<br />

2.189,90<br />

Honor. AdvocatícioS<br />

6.963,22<br />

'hamar Antonio Uba<br />

3.138,85 9.372,19<br />

DIRETORA SOCIAL<br />

Honor. Contábeis<br />

6.920,35<br />

Servs. Prestados P. Fis/Jur.<br />

50.327,60<br />

Joeci Ehlke ~ti Matos<br />

1.501,72<br />

Férias (Guaratuba)<br />

DIRETOR DE ESPORTES<br />

24.648,17 83.601,25<br />

Ordenados, Salários (Gtuba)<br />

Giancarlo S. de Almeida Torres<br />

4.398,88<br />

139 Salário (Gtuba)<br />

4.398,88<br />

DIRETOR CULTURAL<br />

5.893,76<br />

Água, Luz, Telefone (Sede)<br />

23.632,57<br />

1.613,86 4.750,64<br />

Júlio Cezer Michelato<br />

Material de Limpeza<br />

9.876,60 29.462.06<br />

DIRETOR DE IMPRENSA<br />

Material de Expediente<br />

5.705,90<br />

Despesas c/Veículos<br />

12.526,36-<br />

E DIVULGAÇÃO<br />

85,00 1.618,48<br />

Mário Grott<br />

Conduções, Fretes, Carretos<br />

2.480,57 4.754,61<br />

CHEFE DO DEPTO. DE<br />

Portes e Telegramas<br />

7.414,00 36.648,45<br />

RELAÇÕES INT:R-CLASSES<br />

Desp. c/Viagens e Represent.<br />

810,00 5.497,28<br />

Aluguéis<br />

Roberto Aparecido Piekerczyk<br />

6.300,63 34.726,83<br />

Refeições p/Funcionários<br />

CHEFE DEPTO. MEDICO<br />

26.482,70<br />

Publicações, Anúncios, Revistas<br />

107.661,43<br />

Douglas Júlio S. de Macedo<br />

8.800,00 102.442,73<br />

Comissões s/Cobranças<br />

CHEFE' DEPTO. REGIÃO SUL<br />

1.500,00 9.500,00<br />

Auxílio Funeral<br />

João Manoel Delgado Lucena<br />

Auxílio Hospitalar<br />

8.054,93<br />

428,00 2.534,60<br />

CHEFE DEPTO.<br />

Impostos e Taxas<br />

4.136,30 17.952,89<br />

REGIÃO SUDESTE<br />

Consertos e Conserv. <strong>Geral</strong><br />

1.615,00 2.964,11<br />

Valdir Antonio Kurquievicz<br />

Material Odontológico<br />

47.554,15 290.515,59<br />

CHEFE DEPTO. REGIÃO NORTE<br />

Seguros Diversos<br />

2.682,70 10.804,06<br />

Gas e Combustível<br />

Nelson Mitsuo Suzuki<br />

253,79 1.018,79<br />

Despesas c/Cart6rios<br />

CHEFE DEPTO.<br />

30.540,55<br />

Despesas Diversas<br />

REGIÃO NOROESTE<br />

11.357,50 42.957,36<br />

Agua, Luz, Telefone (Gtuba)<br />

140,00<br />

Elio Aparecido Sanzovo<br />

2.359,94<br />

Material de Consumo<br />

3.202,81<br />

JORNALISTA RESPONSA/EL<br />

Desp. c/Confraternizações<br />

523,00 15.379,29<br />

Júlio Zarticti<br />

Material Esportivo<br />

382,00 11.914,82<br />

Reg. Prof. n° 532 ZRT - PR 742 Utensílios<br />

22,66<br />

Medicamentos<br />

DIAGRAMAÇÃO, COMPOSIÇÃO<br />

694,00<br />

Vestuários<br />

ARTE E FOTOLITO<br />

9.624,34 33.274,03<br />

Repasse Regionais<br />

Standart Originais Gráficos<br />

100,00<br />

Perdas c/Sócios •<br />

42.211,74 181444,14<br />

Rua Jaime Reis, 278 - q. 02<br />

Desp. c/Hotel Rota do Sol<br />

129.248,59<br />

ll.:1041) 232-6307 - Curitiba - PR Contrapartida Subv. O. Públicos<br />

150,90<br />

IMPRESSÃO<br />

Desp. c/Administr. Cart. Crédito<br />

28.895,62 98.872,58<br />

Jornal "O Estado do Paraná<br />

Desp. c/Restaurante Colonia<br />

48.335,00 238.372,22<br />

Benfeitorias em Andamento<br />

64.661,31 107.618,50<br />

Despesas 69 Conafite<br />

18,10 2A40,99<br />

Juros e Multas Pagas<br />

371,28<br />

3.193,85<br />

Despesas Bancárias<br />

217,30<br />

782,32<br />

Desp. c/Custos Operacionais<br />

154,45<br />

Imposto Predial Territ. Urbano<br />

507,49 L790,10<br />

PIS - Folha de Pagamento<br />

4,33<br />

199,17<br />

Result. Conversão Ativa<br />

437.540,56 1.959.512,68<br />

Soma<br />

536,096,36 2.486.517,54<br />

98.555,80<br />

Resultado (positivo) Novembro/89 incorporável contas patrimon.<br />

444.835,46<br />

Resultado (positivo) J an/Nov /89 incorporável contas patrimon.<br />

82A69,40<br />

Reserva p/período d.e realização 69 Conafite<br />

Curitiba, 30 de Novembro de 1989<br />

Os artigos aqui publicados não estio<br />

vinculados, sendo, portanto, de<br />

INTEIRA responsabilidade dos signatários.<br />

Os text,s não assinados e sem<br />

identificação de origem são de responsabilidade<br />

de Mário Grott e.Joeci<br />

ES. Matos,<br />

O "NOTIF ISCO" está registrado<br />

no 1.° Ofício de Registro Civil, de<br />

Pessoas Jurídicas e Registro de T(tulos<br />

e Documentos - Apontamento<br />

r(P 483.130_, Prot. "A" nP 14 sob nP<br />

01*-Ordan't 106 do Livro "8" -"P'•<br />

\...ela 03/01/14.<br />

AURÉLIO VIEIRA MOREIRA<br />

CRC 10.138 - PR<br />

NOTIF ISCO<br />

JANEIRO/90<br />

JOSÉ LAUDELINO AllOLIN<br />

PRESIDENTE


JANE IRO /90 NOT I F ISCO PAG INA 3<br />

Em atitude discricionária é unilateral, o governo<br />

do Estado afasta compromissos com a classe fiscal<br />

OS AGENTES FISCAIS ESTÃO SE SENTINDO PREJUDICADOS COM A FORMA ADOTADA PELO GOVERNO NA APLICAÇÃO<br />

DOS NOVOS PERCENTUAIS DE REAJUSTES SALARIAIS.<br />

O PRESIDENTE DA AFFEP E SAFITE, JOSÉ LAUDELINO AllOLIN, JÁ MANIFESTOU AO SECRETÁRIO DA FAZENDA,<br />

LUIZ CARLOS HAUL Y, O DESCONTENTAMENTO DA CATEGORIA COM ESTA SITUAÇÃO.<br />

ABAIXO TRANSCREVEMOS O INTEIRO TEOR DO OFICIO N9 01/90—AFFEP—SAFITE.<br />

Of. n9 01/90<br />

Senhor Secretário;<br />

Os Agentes Fiscais do Estado do Paraná reunidos<br />

na memorável Assembléia <strong>Geral</strong> do dia 16 de setembro<br />

de 1989, com a participação da maioria absoluta<br />

da categoria, decidiu:<br />

— paralisar todas as atividades, em todas as<br />

unidades administrativas da Secretaria da Fazenda,<br />

nos dias 20, 21 e 22 de setembro de 1989;<br />

2° — deflagar uma "Operação Padrão", com atividades<br />

diversas, a partir do dia 25 daquele mês , por<br />

tempo indeterminado.<br />

O movimento, de caráter reivindicatório, tinha<br />

como objetivo melhorar a remuneração do quadro fiscal<br />

que se encontrava de forma aviltante e incompatíve<br />

1.<br />

Depois das diversas conversações que se sucederam,<br />

o conflito foi superado com a edição da lei n°.<br />

9108, de 03 de novembro de 1989 que, retroagindo<br />

seus efeitos para 19 de outubro do mesmo ano,<br />

19 — transformou o cargo de Diretor da CRE em<br />

DAS-4, com a correspondente indexação dos demais<br />

cargos efetivos e<br />

29 — aumentou as quotas de produtividade de<br />

200 (duzentas) para 270 (duzentas e setenta).<br />

Com base nos entendimentos havidos, a remuneração<br />

do Agente Fiscal 1, classe "C", referência IV, a<br />

partir de janeiro do corrente, com o índice de reajuste<br />

proposto, na ordem de 234% (duzentos e trinta e<br />

quatro por cento), deveria se constituir em<br />

Vencimento 3.434,78<br />

4/5 2.747,83<br />

Adicionais (62.88%) 3.887,62<br />

Sub-tota I 10.070,23<br />

Quotas 54.379,24<br />

Total 64.449,47<br />

Achamos compreensível a fixação de um limite<br />

máximo de remuneração, quando numa conjuntura<br />

estável, não no caso da CRE, em que o conseguido à<br />

época, traduziu, apenas, reposição de perdas.<br />

Causa surpresa e insatisfação a decisão que, unilateral<br />

e discricionariamente, afasta compromissos assumidos,<br />

estabelecendo regras incompatíveis com o<br />

que já foi avençado.<br />

As condições remuneratórias hoje vigentes inviabilizam<br />

o plano de carreira, de vez que 50% (cincoenta<br />

por cento', dos Agentes Fiscais, distribuídos nas<br />

diversas séries de classes, recebem hoje uma remuneração<br />

única.<br />

Decorre daí, como Vossa Excelência pode auferir<br />

, desmotivação para ocupar cargos de gerência ou<br />

funções relevantes, como também caem por terra<br />

quaisquer possibilidades de se implantar na organiza.<br />

ção a avaliação de desempenho e , o que é pior, haverá<br />

desinteresse pela qualificação profissional, pois<br />

deixará de haver compensação pelo esforço dispendido.<br />

Essa é a razão do nosso posicionamento contrário<br />

ao valor do novo teto de remuneração que está<br />

sendo fixado, o que nos faz antever novos conflitos,<br />

que poderão, todavia, ser evitados se se retornar ao<br />

diálogo nesta oportunidade em que se elabora o regime<br />

jurídico único do servidor público, com a inclusão<br />

de alguns dispositivos que propiciem o atendimento<br />

dos anseios da categoria.<br />

Na oportunidade, apresentamos nossas<br />

SAUDAÇÕES<br />

JOSÉ LAUDELINO AllOLIN<br />

Presidente do SAF ITE<br />

Excelentíssimo Senhor<br />

DOUTOR LUIZ CARLOS HAULY<br />

Digníssimo Secretário de Estado da Fazenda<br />

C/Cívico<br />

Diretor da CRE convida o<br />

Presidente da AFFEP<br />

a participar da<br />

elaboração do novo Estatuto dos<br />

Funcionários Públicos<br />

Ofício n9 598/89 Curitiba, 20/nov/1989<br />

Senhor Presidente,<br />

Preocupa-me sobremaneira o andai-lento dos estudos<br />

preliminares do novo Estatuto dos Funcionários<br />

Públicos, a cargo da Secretaria de Estado da Administração,<br />

já que não sabemos o que se pretende em<br />

relação à CRE.<br />

Materializando essa preocupação, oficiamos ao<br />

Sr. Secretário (cópia anexa) a intenção de colaborar<br />

no que for possível, sempre tendo em vista a manutenção<br />

das conquistas arduamente conseguidas.<br />

Como corolário, entendemos que, no momento<br />

da participação de nosso pessoal técnico nas discussões,<br />

deva o Sindicato se fazer presente, haja visto o<br />

interesse comum envolvido e, para tanto, determinamos<br />

à ADRH que mantenha os contatos necessários<br />

junto a Vossa Senhoria para o perfeito entrosamento -<br />

que o trabalho requer.<br />

Atenciosamente<br />

CLÓVIS A. ROGGE<br />

Diretor<br />

Ilustríssimo Senhor<br />

JOSÉ LAUDELINO AllOLIN<br />

Presidente da AFFEP<br />

NESTA CAPITAL<br />

Ofício n9 597/89<br />

Curitiba, 20/nov/1989<br />

Senhor Secretário,<br />

Tendo tomado conhecimento de que, brevemente,<br />

a Secretaria de Estado da Administração encaminhará<br />

o ante-projeto do Estatuto dos Funcionários<br />

Públicos, segundo o rito da nova Constituição Estadual<br />

e, considerando que As modificações propostas<br />

nos estudos preliminares envolvem a Coordenação da<br />

Receita do Estado — CRE, entendo ser necessária a<br />

participação do nosso pessoal técnico da área de Recursos<br />

Humanos nas discussões, dadas as características<br />

especiais de que é dotada a categoria fiscal e as<br />

possíveis implicações futuras junto ao quadro da<br />

CRE.<br />

Nesse contexto, preocupa-nos também, sobremaneira,<br />

os dispositivos estatutários relativos ao pessoal<br />

C.L.T., estável e não estável, lotados na CRE, que , entendemos,<br />

carecem de análise e ponderações cuidadosas<br />

já que se revestem, igualmente, de características<br />

peculiares e específicas.<br />

Assim posto, solicito de Vossa Excelência a oficialização<br />

de nossa intenção em colaborar com a equipe<br />

responsável pela elaboração do Estatuto, colocando<br />

à disposição da SEAD, os técnicos lotados na Assessoria<br />

de Desenvolvimento de Recursos Humanos da<br />

CRE, para os esclarecimentos que se fizerem necessários.<br />

Atenciosamente<br />

CLÓVIS A. ROGGE<br />

Diretor<br />

Excelentíssimo Senhor<br />

LUIZ CARLOS HAULY<br />

Secretário de Estado da Fazenda<br />

NESTA CAPITAL<br />

Confira aqui a<br />

política salarial para 1990<br />

O demonstrativo aqui transcrito retrata a<br />

nova poli tica salarial adotada pelo estado do Paraná.<br />

Face ao elevado índice inflacionário<br />

hoje existente, o funcionalismo público está<br />

recebendo a nova política com muitas reservas.<br />

MES PA ;TO ÍNDICE<br />

JANEIRO Data base.<br />

FEVERFIRO 25% IPC de Janeiro<br />

MARÇO IPC de Fevereiro - 15% (*)<br />

ABRIL IPC de Marco + residual do IPC de<br />

Fevereiro<br />

MAIO IPC de Abril - 15% (*)<br />

JUNHO IPC de Maio - 15% (*)<br />

JULHO IPC de Junho + residual do IPC de<br />

Abril e Maio<br />

AGOSTO IPC de Julho - 15% (*) + 25% do IPC<br />

de Janeiro<br />

SETEMBRO IPC de Agosto - 15% (*)<br />

OUTUBRO IPC de Setembro + residual do IPC de<br />

Julho e Agosto<br />

NOVEMBRO IPC de Outubro - 15% (1<br />

DEZEMBRO IPC de Novembro - 15% (")<br />

JANEIRO/91 50% do IPC de Janeiro + residual IPC<br />

+ Data Base<br />

(*.) 15% se a inflação for maior que 40%<br />

10% se a inflação for entre 20% e 40%<br />

5% se a inflação for menor que 20%<br />

Obs . — A data base é mantida a todos.<br />

a) Direta e Autárquica em Janeiro<br />

b) Fundações — outros meses<br />

— As Fundações entram na política salarial do<br />

Estado.


PAGINA 4 NOTIFISCO JANEIRO/90<br />

Adailton Barros Bittencourt<br />

Um paranaense está<br />

brilhando em Rondônia<br />

•Adailton Barros Bittencourt e o<br />

governador Jerônimo Santana.<br />

Reconhecido pelos políticos<br />

e pela imprensa do<br />

estado de Rondônia como o<br />

secretário mais eficiente e<br />

dinâmico da administração<br />

do governador Jerônimo<br />

Santana, Adailton foi laureado<br />

com o título de melhor<br />

secretário de 1989.<br />

Se isto é bom para Rondônia,<br />

para nós paranaenses,<br />

e em especial Agentes<br />

Fiscais, é motivo de orgulho<br />

ver a capacidade de nosso<br />

colega reconhecida alémfronteiras.<br />

O Paraná deve muito a<br />

Adailton, que sempre se<br />

saiu com brilhantismo nas<br />

inúmeras funções que exerceu<br />

e teve sempre como filosofia<br />

de trabalho a aplicação<br />

da justiça estatal. Para<br />

Adailton, nunca importou o<br />

poder econômico dos grandes<br />

grupos ou a força dos<br />

apadrinhados políticos. O<br />

importante é que se faça<br />

justiça; e isto sempre foi<br />

uma tônica na vida do nosso<br />

colega.<br />

A imprensa televisada,<br />

escrita e falada do Estado<br />

de Rondônia, juntamente<br />

com expressivas correntes<br />

políticas daquele Estado,<br />

vêm pressionando Adailton<br />

para concorrer ao governo<br />

do Estado.<br />

Pela dimensão da responsabilidade,<br />

Adailton ainda<br />

não se manifestou, mas<br />

se for tão bom político como<br />

é técnico, então Rondônia<br />

está de parabéns.<br />

Biblioteca do SAA<br />

o<br />

A disposição dos-funcionários desde setembro Ultimo<br />

a biblioteca da 2P DRR já nasce com um acervo de<br />

200 peças, em que podemos destacar obras importantes<br />

sobre tributação, como por exemplo, a "Revista Imposto<br />

Fiscal", coletânea completa sobre o novo ICMS do<br />

Estado do Paraná; e legislação tributária de outros Estados;<br />

compõem ainda o acervo obras diversas desde a<br />

Constituição Federal, Diário Oficial do Estado, legislação<br />

antiga • do ICM até Legislação Trabalhista, acrescente-se<br />

ainda a mapoteca completa da região da 2:3<br />

13 R R.<br />

Situada junto ao SAA sob iniciativa da Chefe do Setor,<br />

Zeila Lúcia Nogueira Prestes, nasceu do esforço conjunto<br />

._dos funcionários do setor, em especial de Eroni<br />

Raulino Scomação que % realizou todo o trabalho de cadastramento<br />

e sistematização, de Vilma Pinheiro Fernandes<br />

e Marilene Braga Carraro.<br />

A criação da nossa biblioteca Wrnpre antiga aspiração<br />

da Delegacia em proporcionar aos seus funcionários<br />

bibliografia específica para o . campo de atuação<br />

tributário, modesta em termos de acervo, esperamos<br />

pouco a pouco, incrementar a aquisição de<br />

novas obras, inclusive com a participação dos usuários.<br />

João Carlos Parra<br />

GI da 29 DRR<br />

O que você<br />

responderia a Corine?<br />

"Para saber as palavras<br />

da verdade,<br />

e assim responder<br />

palavras de verdade aos<br />

que te consultarem"<br />

(Provérbios 22:21).<br />

1~1~~~~11~<br />

• Imagine a seguinte situação:<br />

Você está no avião e<br />

uma garota de 19 anos a seu<br />

lado, que é norte-americana<br />

e estuda matemática numa<br />

Universidade Francesa no<br />

Canadá, começa a lhe fazer<br />

perguntas, ora em inglês,<br />

ora num português quase<br />

incompreensível, sobre o<br />

Brasil.<br />

De repente ela dispara:<br />

"Já viajei por diversos<br />

países do mundo e não consigo<br />

entender nem aceitar<br />

que um país como o Brasil,<br />

que tem extensão continental,<br />

solo rico, um grande<br />

parque industrial, um povo<br />

moderno, sem fanatismo religioso,<br />

não é uma sub-raça,<br />

consegue ser pobre e subdesenvolvido".<br />

O que explica<br />

isso?<br />

Afora o constrangimento<br />

de pertencer a uma sociedade<br />

que não consegue<br />

superar seu atraso, é necessário<br />

refletir e dar uma resposta.<br />

Foi o que fiz.<br />

Disse à moça que enfeixo<br />

minhas explicações em<br />

dois conjuntos: Um de natureza<br />

histórica. Outro de natureza<br />

política. Quanto às<br />

características históricas temos,<br />

em princípio, a_ nossa<br />

colonização. Para cá vieram<br />

os portugueses e os africanos.<br />

Estes como escravos,<br />

aqueles como senhores feudais.<br />

A verdade é que os<br />

portugueses implantaram<br />

aqui o sistema que morria<br />

na Europa: O feudalismo,<br />

cujo exemplo mais acabado<br />

eram as capitanias hereditárias.<br />

O Brasil não participou<br />

da revolução industrial, não<br />

caminhou com os países<br />

que desenvolveram ciência e<br />

tecnologia e até o início<br />

deste século era um país de<br />

senhores e escravos. Um<br />

pais basicamente rural. Desenvolvemos<br />

aí uma cultura<br />

clientelista e de favores. O<br />

capitalismo, que se implan-<br />

José Pio Martins<br />

tava na Europa e nos EUA,_<br />

não veio para o Brasil. Aqui,<br />

nunca houve um verdadeiro<br />

capitalismo. Nem há hoje.<br />

Quando tentamos nossa<br />

incursão no mundo da indústria,<br />

o fizemos através<br />

do Estado. Getúlio Vargas,<br />

nos anos 30 iniciou os investimentos<br />

industriais no<br />

Brasil. O Estado foi importante<br />

para formar o parque<br />

industrial brasileiro. Não havia<br />

poupança privada capaz<br />

de gerar uma classe de empresários.<br />

A partir dos anos<br />

50 os grupos industriais nacionais<br />

que cresceram contaram<br />

com polpudos subsídios<br />

fiscais e monetários do<br />

governo.<br />

O problema, tentei explicar<br />

à moça, é que a estatização<br />

no Brasil exagerou.<br />

A criatura escapou ao controle<br />

do criador. Virou um<br />

monstro. Surgiu a figura do<br />

capitalista de Estado. Aquele<br />

que usufrui das vantagens<br />

de ser capitalista mas não<br />

corre riscos, nem tem de<br />

conquistar o consumidor.<br />

Quando a coisa fica preta<br />

ele vai embora, deixando<br />

atrás de si o rombo que o<br />

contribuinte paga. As empresas<br />

que dirigem estão<br />

protegidas por monopólios,<br />

reservas de mercado e socorro<br />

do tesouro.<br />

O segundo conjunto de<br />

explicações para o atraso<br />

contém as políticas equivocadas.<br />

O populismo e o<br />

José Pio Martins<br />

clientelismo político engordaram<br />

o Estado e transformaram<br />

o governo num<br />

agente ineficiente, gigantesco<br />

e caro para a sociedade.<br />

Não contentes com pouca<br />

desgraça criaram um cipoal<br />

de regras, normas e regulamentos,<br />

cuja brutal intervenção<br />

na economia e na vida<br />

das pessoas é um fator de<br />

atraso. Um levantamento da<br />

própria União mostra que<br />

há 46 órgãos federais ligados<br />

à produção agrícola.<br />

Fora as estaduais e municipais.Resumindo<br />

meus pontos<br />

de vista respondi a<br />

Corinne que o 3rasil teve<br />

uma colonização federal,<br />

não é um país socialista no<br />

sentido puro, mas se aproxima<br />

mais deste que do capitalismo.<br />

Cultivamos uma<br />

cultura antiempresarial,<br />

antilucro e anti-liberdade<br />

econômica.<br />

Dos 54 milhões de trabalhadores<br />

do país, 8,5 milhões<br />

trabalham no sistema<br />

público (municípios, estados,<br />

União e empresas públicas),<br />

com produtividade<br />

média reconhecidamente<br />

baixa.<br />

What, do you think, it<br />

will be Brasíl's future?<br />

(Qual, você acha, será o<br />

futuro do Brasil?) Foi a pergunta<br />

final. Calei-me.<br />

O que você responderia<br />

a Corinne?<br />

(José Pio Martins, economista, diretor<br />

geral da Secretaria da Fazenda do<br />

Paraná).


JANEIRO/90 NO TIF ISCO PAGINA 5<br />

nTrevisTa<br />

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••<br />

Giancarlo S. de Almeida Torres<br />

Promoções e Estatuto<br />

dos Funcionários Públicos<br />

Atendendo solicitação do NOTIF ISCO e tendo por<br />

finalidade levar ao conhecimento da classe fiscal<br />

esclarecimentos que são do interesse de todos,<br />

o chefe da ADR H da SEFA,<br />

Giancarlo S. de Almeida Torres, concedeu uma<br />

entrevista ao nosso periódico, cuja íntegra<br />

é a seguinte:<br />

NOTIFISCO – O nosso<br />

colega Miguel Ramos, da<br />

OR R de Londrina, em iniciativa<br />

pessoal, acabou por descobrir<br />

que inúmeros colegas nossos<br />

foram injustamente preteridos<br />

em sua promoção. Miguel<br />

foi além; teve, inclusive, a<br />

coerência de nominar os funcionários<br />

prejudicados no NO-<br />

TIF ISCO, em artigo que teve<br />

grande repercussão. Perguntamos:<br />

como está a situação desses<br />

colegas?<br />

Giancarlo – Todos os requerimentos<br />

que chegaram até<br />

nós foram imediatamente instruidos<br />

por esta ADRH e encaminhados<br />

com a mesma brevidade<br />

à Procuradoria <strong>Geral</strong> do<br />

Estado.<br />

NOTIF ISCO – No artigo<br />

do nosso colega Miguel, ficou<br />

cristalina a falha da administração<br />

em gestões anteriores à<br />

sua nesta ADRH no que concerne<br />

às promoções. Perguntamos<br />

ao senhor, qual entendimento<br />

que essa Assessoria<br />

deu nos requerimentos em<br />

questão?<br />

Giancarlo – Em nosso<br />

entender, o único obstáculo<br />

encontrado hoje é a inexistência<br />

de vagas. No entanto, o<br />

mesmo deverá ser superado.<br />

já estava aposentada e que sentiu-se<br />

preterida quando estava<br />

na ativa.<br />

Perguntamos: Como está<br />

se comportando a ADRH ante<br />

esta determinação judicial?<br />

Giancarlo – No nosso entendimento,<br />

reside aí uma dúvida,<br />

qual seja: quem não foi<br />

parte integrante do processo<br />

seria alcançado pela medida<br />

judicial?<br />

Esta indagação gerou dúvidas,<br />

motivo pelo qual todos<br />

os requerimentos que temos<br />

recebido são enviados ao setor<br />

jurídico da secretaria de Ad•<br />

ministração para que o mesmo<br />

nos esclareça a respeito. Infelizmente,<br />

até agora, não recebemos<br />

nenhuma resposta.<br />

NOTIF ISCO – Saindo<br />

das promoções e adentrando<br />

sobre o regime único de trabalho,<br />

qual está sendo o papel da<br />

nossa ADRH neste episódio?<br />

Giancarlo – Esta é uma<br />

preocupação prioritária por<br />

parte desta ADRH, o que nos<br />

tem levado diariamente à secretaria<br />

de Administração. E<br />

esta não é apenas uma preocupação<br />

da ADRH, e sim, de toda<br />

a classe fiscal. 0 próprio diretor<br />

da CRE, Clóvis Rogge,<br />

ciente da magnitude do mo-<br />

mento, expediu a Portaria no<br />

014/90, nomeando, além da<br />

minha pessoa, os colegas Paulo<br />

Mainguê, Reni Atalde Pires,<br />

Nelson Ito e José Laudelino<br />

Azzolin, presidente da<br />

AFFEP, para procederem a<br />

estudos e sugestões para a<br />

nova norma legal que está para<br />

ser implantada. Posso adiantar<br />

que estes estudos já foram<br />

concluídos e encaminhados à<br />

SEAD; agora serão consolidados<br />

e novamente submetidos à<br />

apreciação de órgãos e sindicatos<br />

interessados<br />

NOTIFISCO – No esboço<br />

do anteprojeto, como fica a<br />

CRE?<br />

Giancarlo – O anteprojeto<br />

prevê a revogação da Lei<br />

7.051, tendo por consequência<br />

que as relações funcionais de<br />

seus integrantes serão regidas<br />

pelo "Estatutão'l<br />

NOTIF ISCO – Isto signif<br />

ica dizer que não mais possuímos<br />

um quadro próprio?<br />

Giancarlo – Não, não é<br />

bem assim. Em verdade, continuamos<br />

com o nosso quadro<br />

próprio. Apenas as normas que<br />

regem a CRE estarão inseridas<br />

no novo Estatuto.<br />

NOTIFISCO – Com o<br />

advento do novo Estatuto como<br />

fica a estrutura de remuneração<br />

da CRE?<br />

Giancarlo – Está prevista<br />

a incorporação do vencimento<br />

básico da gratificação de 4/5 e<br />

das quotas de produtividade.<br />

Por outro lado, é sempre bom<br />

ressaltar que está sendo proposta<br />

uma gratificação de estímulo<br />

à fiscalização.<br />

Giancarlo S. de Almeida Torres, chefe da ADRH da SEFA.<br />

NOTIFISCO – Existem<br />

precedentes em que colegas tenham<br />

requerido e obtido deferimento?<br />

Giancarlo – Sim, na realidade<br />

existem 19 casos análogos<br />

aos anteriormente citados<br />

que já estão devidamente<br />

equacionados e as partes interessadas,<br />

já foram inclusive enquadradas<br />

na nova classe.<br />

NOTIF ISCO – É de domínio<br />

público a existência de<br />

um acórdão, dizendo que o artigo<br />

62 da Lei 7.051 é autoaplicável.<br />

Por conseguinte todos<br />

os funcionários que prestaram<br />

concurso em 1.980 já deveriam,<br />

em tese, estar no final<br />

da carreira. Por exemplo: um<br />

agente fiscal que em 1980 era<br />

AF1-A I, hoje deveria ser AF1-<br />

CIV. Tal preceito foi aplicado,<br />

inclusive, a uma colega que<br />

"Acreditamos que a<br />

SEAD está ciente do que<br />

pretende a classe fiscal':<br />

NOTIFISCO – Como irá<br />

funcionar esta gratificação de<br />

estímulo, à fiscalização?<br />

Giancarlo – Bem, hoje<br />

temos um vencimento básico<br />

que pode ser considerado<br />

baixo. Com a incorporação<br />

proposta, esse vencimento ficará<br />

em nível mais adequado.<br />

Então, a idéia é estabelecer um<br />

percentual a ser calculado sobre<br />

a nova remuneração.<br />

NOTIFISCO – A ADRH<br />

tem ouvido a classe sobre o<br />

que está fazendo e o que pretende<br />

ainda fazer?<br />

Giancarlo – Outra não<br />

foi a nossa atitude quando<br />

convocamos para fazer parte<br />

da comissão de estudos o presidente<br />

da AFFEP e SAFITE,<br />

José Laudelino Azzolin. Também<br />

pretendemos em uma se<br />

gunda rodada de estudos, envolver<br />

um número maior de<br />

agentes fiscais no processo.<br />

Ressalte-se ainda que, paralelamente<br />

à comissão de estudos,<br />

embuldo do mesmo propósito,<br />

o sindicato da categoria<br />

realizou e encaminhou cri-<br />

-ricas e sugestões à SEAD. As-•<br />

sim, acreditamos que a SEAD<br />

está ciente do que pretende a<br />

classe f isca 1.<br />

NOTIF ISCO – Quando<br />

deverá estar pronto o novo Estatuto?<br />

Giancarlo – Provavelmente,<br />

em março.<br />

NOTIFISCO – E os<br />

CLT's? Como ficam frente ao<br />

regime único?<br />

Giancarlo – Haverá um<br />

enquadramento nos planos de<br />

carreira que também está em<br />

estudos na SEAD.<br />

NOTIF ISCO – Os CLT's<br />

serão estatutários?<br />

Giancarlo – Sim. Com a<br />

vantagem de estarem dentro<br />

de uma carreira que pressupõe<br />

critérios de avanço, promoção<br />

e direitos estatuídos de forma<br />

definitiva. r'<br />

NOTIF ISCO – E os<br />

CLT's com menos de 5 anos,<br />

como ficarão?<br />

Giancarlo – Esta é uma<br />

situação um pouco mais delicada,<br />

que ainda não foi totalmente<br />

definida pela SEAD,<br />

mas que certamente será merecedora<br />

de um estudo mais<br />

específico.<br />

NOTIFISCO – Os bonef<br />

ícios advindos da implantação<br />

do regime único serão extensivos<br />

aos inativos?,<br />

Giancarlo – O antepro<br />

jato resguarda o direito adquirido<br />

e as modificações benéficas<br />

porventura existentes são<br />

asseguradas aos inativos, por<br />

força do artigo 40, § 49 da<br />

Constituição. Assim é que não<br />

haverá prejuízos aos inativos.<br />

Eles podem ficar tranqüilos<br />

NOTIF ISCO – O senhor<br />

gostaria de responder a mais<br />

alguma coisa que não lhe perguntei?<br />

Giancarlo – Sim. Mas<br />

apenas para dizer que a ADRH<br />

está inteiramente à disposição<br />

dos colegas da SEFA para dirimir<br />

possíveis dúvidas existentes;<br />

tanto pessoalmente, como<br />

pelo telefone (041) 254-7324<br />

E, por fim, agradecer à<br />

presença do NOTIF ISCO em<br />

minha sala, que muito me honrou.<br />

Obrigado.


PAGINA 6<br />

NOTIF ISCO<br />

JANE IRO/90<br />

LEGALIDADE<br />

IMPESSOALIDADE MORALIDADE<br />

Em uma análise de cunho filosófico,<br />

há de se afirmar que o<br />

homem contemporâneo não está<br />

preparado para disciplinar e<br />

conviver com as riquezas materiais<br />

que surgiram da aplicação<br />

prática de sua própria inteligência.<br />

Enquanto ele, como homem,<br />

tenta, num esforço considerável,<br />

superar a capacidade de<br />

sua própria criação, penetra num<br />

círculo de conflitos que dá origem<br />

a um estado de subversão<br />

consciente pela impossibilidade<br />

de controlar os efeitos nascidos<br />

e crescidos das suas ações.<br />

Léon Duguit, em seu Manuel<br />

de Droit Constitutionennel (Paris,<br />

1923, p. 71), ensina que a<br />

atribuição primordial da Administração<br />

Publica é oferecer utilidade<br />

aos administrados, não se<br />

justificando sua presença senão<br />

para prestar serviços à COLETI-<br />

VIDADE.<br />

A nova postura constitucional<br />

sobre a Administração Pública,<br />

tem o condão de reconhecer<br />

os fins próprios a que ela se destina,<br />

que é a realizaçao do bem<br />

comum, e de protegê-la eficazmente.<br />

Determina, outrossim,<br />

que a vontade em nenhum momento<br />

domina as formas da administração,<br />

em qualquer hipótese,<br />

pois todos os seus atos<br />

devem ser praticados com vinculacão<br />

ao seu fim específico.<br />

É a consagração definitiva de<br />

que a atividade administrativa<br />

de se desenvolver no estrito<br />

Constituição Federal de 1989<br />

O processo de informatização nas administrações estaduais<br />

N.A. Yto — Al N/CR E<br />

Sueli R. Araújo<br />

campo do Direito e através do<br />

Direito.<br />

O princípio da LEGALI-<br />

DADE a ser obedecido pelos<br />

agentes públicos deve ser examinado<br />

com a real extensão<br />

de seus efeitos e como o consagrou<br />

a Constituição.<br />

Consiste, no dizer de Hely<br />

Lopes Meirelles: "A legalidade,<br />

como princípio de administração,<br />

significa que o administrador<br />

público está, em toda a<br />

atividade funcional, sujeito aos<br />

mandamentos da lei e às exigências<br />

do bem comum, e deles não<br />

se pode afastar ou desviar, sob<br />

pena de praticar ato inválido e<br />

expor-se à responsabilidade disciplinar,<br />

civil e criminal, conforme<br />

o caso" (Direito Administrativo<br />

Brasileiro, 10 ȧ ed.,<br />

Ed. RT., p. 60).<br />

Entre nós, a obediência ao<br />

princípio da legalidade decorria, —<br />

unicamente, da imposição contida<br />

na lei reguldora da ação po-<br />

autoridade pode tomar decisão<br />

nado pelo Direito, nenhuma<br />

pular que considera nulos os atos individual que não se contenha<br />

lesivos ao patrimônio público nos limites -fixados por uma disposição<br />

(,geral, isto é, por uma lei<br />

quando eivados de ilegalidade do<br />

objeto, que é, pelo art. 29 no sentido material;<br />

"e", e parágrafo único da Lei riF" b) para que um país possua<br />

4.717/65, assim conceituada "A. um Estado de Direito é preciso.<br />

ilegalidade do objeto ocorre que nele exista uma alta jurisdição,<br />

que reúna as qualidades de<br />

quando o resultado do ato<br />

importa em violação de lei, regulamento<br />

ou outro ato normativo. competência, diante da qual pos-<br />

independência, imparcialidade e<br />

De acordo com José Cretella<br />

Júnior, o princípio da lega-<br />

anulação contra decisão que viosa<br />

ser apresentado recurso de<br />

lidade, consubstancia-se nas seguintes<br />

proposiçções<br />

to".<br />

le ou pareça ter violado o Direi-<br />

a) num Estado de Direito, É fundamental observar que<br />

ou seja, que se admite seja gover-<br />

o princípio da legalidade surge<br />

como decorrência da indisponibilidade<br />

do interesse público,<br />

o que levou Fritz Fleiner a afirmar<br />

que:<br />

"Administração legal<br />

significa então . Administração<br />

posta em movimento pela lei e<br />

exercida nos limites de suas disposições"<br />

(Principes Genéraux<br />

du Droit Administratif Allemand,<br />

1933, p.87, apud Celso<br />

Antonio Bandeira de Mello, Elementos<br />

de Direito Administrativo,<br />

São Paulo, Ed. RT., p.13).<br />

Resulta, em consequência,<br />

que "todas as atividades da Administração<br />

Pública são limitadas<br />

pela subordinação' à ordem jurídica,<br />

ou seja, à legalidade. O procedimento<br />

administrativo não<br />

tem existência jurídica se lhe falta,<br />

como fonte primária um texto<br />

de lei.<br />

Mas não basta que tenha<br />

sempre por fonte a lei. É<br />

preciso, ainda, que se exerça segundo<br />

a orientação dela e dentro<br />

dos limites nela traçados. Só assim<br />

o procedimento administrativo<br />

é legítimo. Qualquer medida<br />

que tome o Poder Administrativo,<br />

em face de determinada situação<br />

individual, sem preceito.<br />

de lei que a autorize, ou excedendo<br />

o âmbito de permissão<br />

da lei, será injurídica". (Seabra<br />

Fagundes, O Controle dos Atos<br />

Administrativos pelo Poder Judiciário,<br />

6a ed., São Paulo, Saraiva,<br />

pp. 80 e 81).<br />

A exata compreensão do<br />

princípio da legalidade determina<br />

que a autoridade administraiva<br />

não está vinculada apenas ao<br />

Direito criado pelo Poder Legislativo;<br />

ela está também subordinada<br />

pelo Direito que ela própria<br />

cria, através dos seus regulamentos<br />

e estatutos.<br />

A IMPESSOALIDADE configura-se<br />

quando o agente desenvolve<br />

sua atividade segundo as<br />

normas legais, sendo fiel à moral<br />

da instituição, fazendo com<br />

que o ato alcance sua finalidade<br />

as exigências do interesse<br />

público.<br />

Impõe a proibição de<br />

não serem iiltrapas-sados os limites<br />

das atribuições fixadas,<br />

evitando-se assim, a feição particular<br />

do atuar administrativo.<br />

A MORALIDADE ADMI-<br />

NISTRATIVA, está inserta na<br />

'Constituição Federal como princípio<br />

fundamental a ser obedecido<br />

pela Administração Pública.<br />

São imensos os desdobramentos<br />

da moralidade administrativa,<br />

por atingir de modo nuclear<br />

o aspecto axiológico das<br />

ações concretas desenvolvidas<br />

pelos agentes públicos. Não se<br />

pode afirmar que exista, hoje.<br />

-no Direito Administrativo, uma<br />

teoria para a configuração jurí -<br />

dica da moralidade administrativa.<br />

O que se tem como certo<br />

é que a moralidade administrativa,<br />

conforme observa Hely<br />

Lopes Meirelles (ob. cit., p.61),<br />

constitui, hoje em dia pressuposto<br />

da validade de todo ato da<br />

Administração Pública.<br />

O processo informativo<br />

emergiu em meados da década<br />

de 60, e ganhou um grande impulso,<br />

uma década após, simultaneamente<br />

ao progresso tecnológico<br />

aliado à necessidade organizacional.<br />

Enquanto a tecnologia<br />

avança exponencialmente, a informatização<br />

em administrações<br />

estaduais tem tido um incremento<br />

talvez geométrico.<br />

Nos meados da década de<br />

70, quando se havia altos custos<br />

de aquisição, instalação, manutenção,<br />

alta complexidade, escassez<br />

de técnicos especializados,<br />

a predominância era o "modelo<br />

centralizador", como não poderia<br />

deixar de ser devido principalmente<br />

a práticas autoritárias,<br />

ou seja, "informação é poder".<br />

Hoje, com a proliferação de<br />

inicrocomputadores, com sensível<br />

barateamento nos custos de<br />

aquisição e uma maior disponibilidade<br />

de técnicos, em equipamentos<br />

mais acessíveis, há uma<br />

tendência ao "modelo descentralizado".<br />

Há, como consequência,<br />

criação de falsas expectativas<br />

onde uma verdadeira panacéia de<br />

sistemas paralelos aponta uma<br />

falsa racionalização com o nome<br />

de "modernização administrativa".<br />

Nao podemos nos limitar a<br />

este enfoque, porém não podemos<br />

também ignorar críticas que<br />

basicamente decorrem dessas<br />

premissas.<br />

A adequação do uso é que<br />

pode dar a cadência ao que se<br />

chamaria de "Sistema de Apoio<br />

a Decisão" e tal qual deve ser gerenciado.<br />

A microinformática trouxe<br />

como meta principal a função de<br />

gerir, dar suporte à disseminação<br />

e orientar a especificidade de<br />

cada uso, com compartilhamento<br />

de responsabilidades, através<br />

da formulação de normas e diretrizes<br />

para não criarmos uma<br />

nova torre de Babel.<br />

Devem estar colimador os<br />

tópicos;<br />

— racionalização na aquisição;<br />

—estímulo a intercâmbio de<br />

e xperiênciasmaximização<br />

na qualidade<br />

do serviço;<br />

— disseminação da teeno/ogia<br />

; — adequação às políticas e<br />

diretrizes do Governo.; e<br />

— orientação no uso e aplicação<br />

de recursos.<br />

Dentro dessa ótica, a adoção<br />

do "modelo distribuído" deve<br />

ser a mais conveniente para a<br />

nossa estrutura, naturalmente<br />

após o devido amadurecimento<br />

no processo informativo.<br />

O modelo distribuído caracteriza-se,<br />

na sua fundamentação,<br />

em funções parcialmente<br />

concentradas na unidade central<br />

e parcialmente disseminadas nas<br />

unidades setoriais. Assim sendo,<br />

há uma deliberada institucionalização<br />

de confrontações entre<br />

os usuários finais e os profissionais<br />

da área de informática, gerando<br />

conflitos, que devem ser<br />

compartilhados pelo conjunto.<br />

Dentro deste contexto, as funções<br />

de gestão de complexidade<br />

ficam a cargo da unidade central<br />

e as funções de interesse das<br />

partes autônomas são inseridas<br />

nas unidades setoriais com requisitos<br />

de complementariedade<br />

e exprimem o conceito de sistema<br />

estruturado. O conflito é então<br />

legitimado, dentro da racionalidade,<br />

mediante fixação de<br />

parâmetros e critérios, que gera<br />

distribuição de tarefas, responsabilidades,<br />

implicando numa<br />

dinâmica de relacionamentos<br />

complexos que devem ser administrados<br />

estruturalmente. Esta<br />

dinâmica terá caráter sinérgico<br />

quando os elementos fundamentais<br />

constituem também elementos<br />

cooperativos.<br />

O modelo, quando gerido<br />

adequadamente, fará com que<br />

haja equilíbrio entre as necessidades<br />

de cada usuário e a oganização,<br />

de tal maneira que haverá<br />

um estímulo mediante racionalidade<br />

e diálogos, redundando<br />

em agilização nos desenvolvimentos<br />

que consequentemente<br />

deverá consolidar numa eficácia<br />

administrativa.<br />

I!: porém um processo bastante<br />

desgastante com custos elevados,<br />

complexos, que exige um<br />

grande amadurecimento e disposição<br />

da organização. Haverá certa<br />

suceptibilidade na redundância<br />

e segurança de dados devido<br />

a coexistência de diversas iniciativas<br />

e interesses. Necessitará<br />

maiores instrumentos em controle<br />

e também em auditoria. De<br />

qualquer maneira, o saldo será<br />

positivo pela agilização decorrente.


JANE IRO /90 NOTIFISCO<br />

r 1.2 rim -7-<br />

Conta a mitologia grega que havia<br />

uma travessia no mar em que se<br />

postavam inúmeras sereias lindas e<br />

encantadoras, as quais entoavam as<br />

mais arrebatadoras melodias, de<br />

modo que os marujos saltavam no<br />

mar para agarrá-ias. Mas o resultado<br />

era trágico: todos se afogavam.<br />

Jasão, herói grego, saiu com<br />

seus marujos em busca do Velocino<br />

de Ouro. Para atingir tal desiderato,<br />

tinha de passar pela travessia das sereias.<br />

Ele sabia que ninguém tinha<br />

conseguido tal façanha. Por isso,<br />

usou do estratagema seguinte: tapou<br />

os ouvidos dos marujos com algodão<br />

e cera e a si mandou que o<br />

amarrassem no mastro do navio e<br />

não o soltassem acontecesse o que<br />

aco ntecesse_<br />

Quando o navio entrou na travessia,<br />

apareceram as sereias com<br />

suas melodias. Os marujos continuaram<br />

trabalhando, conduzindo o navio<br />

sem serem seduzidos pelo canto<br />

das sereias, pois o não ouviam, enquanto<br />

Jasão saltava e se contorcia<br />

mas nada podia fazer: estava<br />

amarrado. E, assim, pôde o navio<br />

atravessar incólume a região das sereias<br />

com a tripulação sã e salva.<br />

Por mais estranho que pareça o<br />

que vou dizer, é bem o quadro em<br />

que vivemos. A comparação com a<br />

história da mitologia grega é de<br />

grande atualidade. Todos estamos<br />

com os olhos e mentes voltados para<br />

o que achamos ser justo, ser o<br />

que realmente merecemos em razão<br />

Colega<br />

CONTINUE ESCREVENDO<br />

PARA O SEU JORNAL<br />

As sereias<br />

dos caminhos<br />

O NOTIFISCO<br />

j<br />

DEPENDE DE VOCE. (...<br />

Edivino Ferrari — 19 DRR<br />

do valor de nossa ação no contexto<br />

dos homens. É nosso Velocino de<br />

Ouro. Mas não estamos apenas voltados<br />

para, mas, sim, em desabalada<br />

correria em sua direção, pois nas<br />

nossas mentes se desenha como o<br />

eldorado, a fonte dos prazeres. E<br />

nessa afobação não prestamos atenção<br />

aos perigos que nos espreitam<br />

ao longo do caminho. O resultado é<br />

,que não conseguimos nada na melhor<br />

das hipóteses, mas na maioria<br />

dos casos o que encontramos são as<br />

sereias da morte.<br />

Senão, vejamos.<br />

Cada um de nós hoje tem uma<br />

solução para os problemas que afligem<br />

a gente deste país, e o que é<br />

pior: dogmatiza como sendo a última<br />

tábua de salvação.<br />

Dessa forma, caminhamos para<br />

frente a esmo, de qualquer jeito,<br />

sem sequer atentarmos para os riscos<br />

que rondam nossos passos. As<br />

sereias — os desacertos — estão a<br />

postos na travessia, e, um a um, caímos<br />

no mar da nossa ignorância,<br />

atraídos pelas nossas próprias fantasias.<br />

Precisamos, por isso, aprender<br />

com o herói grego como escaparmos<br />

das ciladas dos caminhos, não<br />

darmos ouvidos aos apelos demagógicos<br />

dos que não sabem traçar<br />

nem os próprios caminhos e nos<br />

querem conduzir. Cristo já chamou<br />

a atenção para o fato de que "um<br />

cego não pode guiar outro cego; do<br />

contrário, ambos cairão no buraco':<br />

O herói grego encontrou uma<br />

solução adequada para a situação de<br />

emergência com que se defrontava e<br />

saiu-se bem. Por que nós também<br />

não procuramos solução ajustada<br />

aos problemas que temos? Usemos<br />

de nossa criatividade!<br />

Vejam que são muitas as sereias<br />

que ladeiam nossos caminhos, cada<br />

uma entoando uma melodia<br />

diferente, apetecível a cada gosto,<br />

individual. O que salta aJs olhos é<br />

que cada um se mostre como arauto<br />

inconfundível e indiluível da panacéia<br />

para todos os nossos males, todos<br />

os nossos conflitos. É desnecessário<br />

dizer que ou existe uma infinidade<br />

de verdades, ou estamos to-<br />

Jos emaranhados no cipoal de nos-<br />

K)s enganos, de nosso infantilismo<br />

cuja tônica é o egocentrismo.<br />

Precisamos, para crescermos como<br />

gente e como categoria, fazermos<br />

como o herói grego: taparmos<br />

os ouvidos aos apelos divisionistas,<br />

demagógicos, cínicos, fisiológicos<br />

e concentrarmos nossa atenção no<br />

que realmente interessa a todos, beneficia<br />

a todos: a união da categoria<br />

em torno da dignificação própria<br />

dentro do contexto social cujas vigas<br />

mestras são: salário condizente<br />

com a função e respeito como<br />

classe.<br />

A Ei D.RR<br />

A 1 ạ DELEGACIA REGIONAL<br />

DA RECEITA no ano de 1989,<br />

com a colaboração de todos os seus<br />

funcionários, que hoje encontramse<br />

coes' objetivando exercer um<br />

trabalho do mais alto nível, com intuito<br />

de fazer o nosso Paraná crescer,<br />

executou diversos projetos e<br />

atividades, onde destacamos: Levantamentos<br />

físico-quantitativos, le<br />

vantamento de estoques, verificação<br />

de omissos, plantões em Postos<br />

Fiscais, em restaurantes e outros ramos<br />

de atividade, volantes, etc.<br />

Esses trabalhos resultaram em<br />

uma produção fiscal de 2.797 Autos<br />

de Infração, totalizando entre<br />

ICMS e Multa o valor de NCz$<br />

139.484.420,43; emitidos por cerca<br />

de 80 Agentes Fiscais<br />

A Inspetoria Regional de Tributação<br />

além de haver atendido cerca<br />

de 8.000 pessoas que necessitavam<br />

de orientação sobre a legislação<br />

do ICMS, IPVA, ITBI e AIR teve<br />

o seguinte movimento de processos:<br />

em 1989<br />

João Manoel Delgado Lucena<br />

Assessor de Resultados da 19 DRR<br />

DECISÕES EMITIDAS<br />

TERMOS DE ENCERRAMENTO<br />

AUTOS DE INFRAÇÃO ARQUIVADOS<br />

PRoTnr.n I os ANA I ISADOS<br />

PARECER ES DE RESTITUIÇÃO E ISEN ÃO DE IPVA<br />

3.085<br />

1.206<br />

3.285<br />

773<br />

206<br />

PARECERES DE RESTITUIÇÃO E ISEN AO DE ITBI 98<br />

A Inspetoria Regional de Arrecadação que hoje tem a incumbência de<br />

p roceder todas as verificações em relação ao IPVA, CADASTRO e PAR-<br />

CELAMENTOS, bem como, o controle da Dívida Ativa, junto com a Inspetoria<br />

<strong>Geral</strong> e a Procuradoria <strong>Geral</strong> do Estado, apresentou um movimento<br />

bastante expressivo.<br />

Foram processados 7.711 Documentos Únicos de Cadastro, referentes<br />

a Inscrições, Exclusões e Alterações no Cadastro do ICMS.<br />

No setor de I.P.V.A. tramitaram 2952 processos, que referiam-se principalmente,<br />

a solicitação de alteração no cadastro e cancelamento, estes<br />

últimos normalmente Dor Danamento sem o R ENAVAM.<br />

No decorrer do ano a Inspetoria emitiu 386 processos de parcelamento<br />

de Dívida Ativa, totalizando um valor de NCz$ 191.279.669,45, sendo<br />

que deste NCz$ 11.655.829,99 refere-se a primeira parcela que foi paga<br />

à vista.<br />

Além desses processos acima referidos tramitaram mais 3.512, referente<br />

principalmente a cancelamento de Dívida Ativa, retificação de paga--;<br />

mentos, solicitação de Certidões diversas, etc.<br />

A Agência de Rendas Centro, que encerrou 1989 com 23.776 contribuintes<br />

Ativos em regime de pagamento normal e 6.163 enquadrados no<br />

Regime Simplificado de Pagamento do ICMS, arrecadou NCz$<br />

1.491.846.996,78, em 1.309.685 Guias de Recolhimento, assim distribuidas:<br />

MODELO QUANTIDADE VALOR<br />

G R-1 146.082 1.398.116.697,95<br />

G R-2 828.448 59.268.416,75<br />

GR-3 16.086 12.809.216,43<br />

(R-4 8.992 5.279.513,72<br />

GR-5 310.077 16.373.151,93<br />

Além da arrecadação acima, foram emitidas 18.532 Certidões Negativas<br />

de Dívida Ativa e autorizadas 19.179 Autorizações para Impressão de<br />

Documentos Fiscais.<br />

Difícil para nós é estipularmos em números exatos a quantidade de<br />

pessoas que foram atendidas pelos 40 funcionários da Agência de Rendas,<br />

mas calculamos que no decorrer do ano P.P. foram mais de 50.000.<br />

Com esses dados apresentados as pessoas que não conhecem em detalhes<br />

a 1? Delegacia Regional da Receita terão uma idéia da importância<br />

desta na estrutura administrativa da C.R .E..<br />

É por isso, pela amizade, pela liderança do Delegado Mário Grott, que<br />

seus funcionários se orgulham em aqui prestar seu serviço ao Estado do Paraná<br />

e até hoje, a nossa Delegacia tem recebido a atenção que merece das<br />

autoridades constituídas e temos certeza que a cada dia que passa as pessoas<br />

que aqui labutam vão dedicar-se muito mais a esta Regional e desta<br />

forma teremos mais prestígio para reivindicar melhores equipamentos, os<br />

quais nos darão melhores condições de trabalho e consequentemente apresentaremos<br />

para 1990 melhores resultados, pois adquirir microcomputadores,<br />

veículos, máquinas e outros equipamentos para a CR E não é despesa,<br />

é investimento, pois tais melhoramentos refletem diretamente no aumento<br />

da receita.


PAG INA-a<br />

NOTIF ISCO'<br />

JANEIRO/90<br />

44mea<br />

Circula pelas DR R's dc Paraná,<br />

um documento-manifesto, elaborado<br />

pelo nosso colega Miguel<br />

Ramos, da 8? DRR no qual, vem à<br />

tona, um tremendo furo havido<br />

quando das promoções de fevereiro/84.<br />

Marcou o Miguel, um tremendo<br />

gol de placa, ao descobrir que na<br />

época vários colegas nossos foram<br />

preteridos naquela promoção, uma<br />

vez que outros foram duplamente<br />

beneficiados, pois haviam sido promovidos<br />

no ano de 83, não cumpriram<br />

o interstício de dois anos e novamente<br />

foram agraciados em fevereiro<br />

de 84.<br />

Prestou o Miguel, relevante<br />

serviço à classe , uma vez que aqueles<br />

que participaram da elaboração<br />

das listas de promoções em 84, lamentavelmente<br />

Tudo ocorreu porque não houve<br />

a publicação de uma listagem<br />

preliminar dando conhecimento a<br />

todos os interessados da situação<br />

condicional de cada agente fiscal,<br />

prática essa repetida nessas<br />

promoções de julho/89.<br />

E a famosa e discutida "transparência"<br />

onde fica?<br />

E ficam no ar várias perguntas:<br />

Por que ocorreu tal falha?<br />

Foi coisa intencional?<br />

Como ficam os preteridos à<br />

época?<br />

Etc., etc.<br />

Já é tão difícil conseguir-Se<br />

uma condição de promoção dentro<br />

da nossa estrutura, uma vez que a<br />

nossa Lei 7051 de 1978, sequer foi<br />

regulamentada, no que tange às promoções<br />

e quando as mesmas ocorrem,<br />

ocorrem paralelamente a elas,<br />

furos desse tamanho.<br />

Outra coisa que se percebe<br />

junto à nossa classe é que lamentavelmente<br />

o interesse geral pelos<br />

ulpa<br />

assuntos comuns são deixados de lado<br />

e então aqueles que tem acesso<br />

às informações "parece", deixam a<br />

classe de lado, ao Deus dará.<br />

Que pena, que seja assim.<br />

Tuponi<br />

13.a DR R—Cvel<br />

(-Secretaria de Estado da Fazenda<br />

Coordenação da Receita do Estado<br />

8 Delegacia Delegacia Regional da Receitas<br />

Projeto Parâmetros<br />

Recebemos no dia 30 de novembro<br />

a visita de dois agentes da<br />

rataria da Fazenda do Estado de<br />

ambuco, que vieram conhecer<br />

"in loco" o Projeto Parâmetros nesta<br />

Regional.<br />

O projeto, desenvolvido inicialmente<br />

pela IGF/CRE, recebeu diversas<br />

alterações, no âmbito de nossa<br />

Regional, visando principalmente<br />

viabilizar sua aplicação prática, dada<br />

a nossa escassez de recursos, tanto<br />

materiais como humanos.<br />

Inicialmente o projeto levava em<br />

conta parâmetros ditados pela margem<br />

de lucro bruto, avaliados pelas<br />

D.F.Cs do exercício imediatamente<br />

anterior. Isto é, trabalhava-se com<br />

dados históricos e defasados.<br />

Posteriormente, em nossa Regional,<br />

tentou-se trabalhar com Lucro<br />

Bruto atual, apurado mensalmente<br />

através das G. LA.s e estoque mensal<br />

estimado. O objetivo era ter parâmetros<br />

atuais<br />

Essa tentativa, apesar de mais<br />

coerente com a nossa economia<br />

inflacionária, primou pela complexidade<br />

de sua aplicação prática, tornando-se<br />

vulnerável pela sistemática<br />

de estimativa mensal dos estoques.<br />

Desse modo, chegou-se ao seguinte<br />

questionamento: o que de fato<br />

perseguimos? Não é o recolhimento<br />

do I C.M. S ?<br />

Nasceu dal o aprimoramento do<br />

sistema parâmetros, onde comparamos<br />

o nível de recolhimento de<br />

ICM. 5 em relação ao movimento<br />

global de cada contribuinte. levandose<br />

em consideração o porte, segmento<br />

económico e ramo de atividade<br />

específica.<br />

Buscou-se aí a .implicidade e a<br />

praticidade, através de uma fórmula<br />

matemática elementar: -<br />

Aspecto da reunião realizada pelo Delegado Claudinê de Oliveira co m Agentes<br />

Fiscais da 8? DRR e do Estado de Pernambuco.<br />

Jaime Kiochi Nakano<br />

INDICE DE RECOLHIMENTO DE<br />

ICMS = ICMS DECLARADO NO<br />

MÊS x 100 RECEITA BRUTA DO<br />

MÊS<br />

Através desse índice, calculamos:<br />

— índice médio geral<br />

— índice médio de cada ramo de<br />

atividade<br />

—Desvio Padrão<br />

Tendo-em vista que o I.CM.S é<br />

um imposto pago sobre um valor<br />

agregado, podemos dizer que o Lucro<br />

Bruto está implícito nesse índice,<br />

chegando-se a um resultado equivalente,<br />

pela forma mais rápida, eficiente<br />

e convincente.<br />

Para nossa surpresa, os agentes<br />

do Estado de Pernambuco desenvolvem<br />

programa similar. Da mesma<br />

forma, através de intensos estudos e<br />

ensaios, porém ainda sem qualquer<br />

aplicação real, avaliaram as mesmas<br />

dificuldades que vivenciamos na<br />

prática. E qual nao foi sua surpresa<br />

ao constatarem que a conclusão a que<br />

chegaram coincidiu com a nossa.<br />

Hoje o Projeto Parâmetro que<br />

está sendo implantado naquele Estado<br />

utiliza os mesmos critérios, ou<br />

seja, índice de recolhimento de<br />

I. CM. S, Ramos de Atividade e Porte<br />

do Contribuinte. A única diferença<br />

está em que o índice utilizado é o<br />

do "ICMS declarado" sobre as<br />

, 'compras do mês".<br />

A visita dos agentes do Estado<br />

de Pernambuco foi muito proveitosa<br />

no sentido de troca de experiências_<br />

principalmente no tocante às técnicas<br />

desenvolvidas na área de fiscalização<br />

e de informática.<br />

Esse intercâmbio é necessário e<br />

muito salutar.<br />

Londrina, 13 de dezembro d"<br />

1989.<br />

f<br />

Fale sobre o que você viu.<br />

Este é o pedido dos amigos<br />

quando você regressa do exterior.<br />

Mas hoje, meu primeiro dia<br />

.de volta à rotina do trabalho,<br />

preciso falar sobre o sentimento<br />

de regressar.<br />

E um impacto muito forte<br />

após 50 dias fora do País, em outro<br />

hemisfério da terra. Talvez<br />

tenha a ver com a sensibilidade<br />

de que lá você estava no outono,<br />

rodeada do dourado das folhas<br />

das árvores caindo e forrando o<br />

chão numa preparação para o inverno,<br />

e aqui você vê o verde da<br />

natureza preparar-se para o verão.<br />

Você está sensível e por isto<br />

com os órgãos dos sentidos muito<br />

despertos e os sentimentos<br />

são fortes. Mas são difíceis de<br />

definir porque é uma mescla de<br />

tristeza com alegria. Alegria dc<br />

estar em casa e tristeza de ver<br />

que a casa não é o que deveria<br />

ser.<br />

Começou na rua, caminhando,<br />

o impacto do cheiro do gás<br />

carbônico dos ônibus c os carros<br />

poluindo o ar. Na Alemanha<br />

cidades com mais de 500 mil habitantes<br />

como Munique, Francfurt,<br />

Berlin e outras, têm metrô,<br />

SENTIMENTO<br />

têm bondes elétricos, os ónibus<br />

são em menor número e mesmo<br />

de alguma maneira técnica não<br />

soltam fumaça preta. Os carros<br />

embora em muito maior número<br />

do que os nossos, fluem sem<br />

aglomerações e também não são<br />

tão poluentes.<br />

• Foi o impacto do odor e do<br />

visual porque aqui a graxa preta<br />

está no chão, nas paredes das<br />

casas, nas pessoas. Lá as casas<br />

velhas de até 400 anos, são limpas<br />

e conservadas e perfeitamente<br />

habitáveis.<br />

O impacto visual ficou por<br />

conta do nosso povo. Gente pobre<br />

e sofrida, tão descuidados,<br />

tão mal-vestidos, nosso pobre<br />

povo discriminado e olvidado.<br />

Na Alemanha não existe salário<br />

mínimo, inflação, instabilidade.<br />

Há 3 níveis de- carreira A,B c C<br />

para todo o País. Todos enquadram-se<br />

cm algum nível destas<br />

carreiras e as diferenças salariais<br />

não são tão grandes. Então,<br />

todos têem alto nível dc vida.<br />

Há qualidade dc vida. Há boa -<br />

qualidade nos artigos expostos<br />

nas vitrines das lojas, que são belas<br />

mesmo nas pequeninas cidades.<br />

São artigos de alimentação,<br />

vestuários, ou uso pessoal vindos<br />

de todas as partes do mundo<br />

(obrigatório dizer a origem nas<br />

etiquetas ou plaquetas) de boa<br />

qualidade.<br />

O comerciante preocupa-se<br />

em expor o melhor porque<br />

a maioria não procura o<br />

mais barato c a concorrência não<br />

é a este nível. Há assim qualidade<br />

nos vestuários das pessoas que<br />

andam nas ruas, há um padrão<br />

de elegância, de essencialidade<br />

sem supérfluos, e é impossível<br />

distinguir níveis de salários ao<br />

olh á-las.<br />

Sentimentos são difíceis de<br />

Aefinir. É até dor, tristeza, ante<br />

a injustiça social e, de saber do<br />

quanto temos que caminhar para<br />

sair deste subdesenvolvimento c<br />

chegar a uma igualdade, a um nivelamento<br />

de vida por cima. Nós<br />

temos problemas. Mas eles também<br />

têm os seus, principalmente<br />

agora com milhares de refugiados<br />

dos países socialistas ameaçando<br />

a estabilidade de empregos,<br />

necessitando de auxílio.<br />

Num só dia através da Hungria<br />

60.000 refugiados entraram por<br />

Munique e foram organizadas<br />

equipes de ajuda. Mas o que deve<br />

nos preocupar são as soluções<br />

que damos aos nossos problemas.<br />

Lá ao andar por ruas que já<br />

lá estavam antes ainda da descoberta<br />

do Brasil, eu sentia o quanto<br />

nosso País é jovem. Tive oportunidade<br />

de dizer num almoço<br />

oferecido às autoridades dc<br />

Dusseldorf e Bonn, que vieram à<br />

Landes Finanzschcle de Haan<br />

dar-me as boas vindas que vinha<br />

de um país jovem, um país que<br />

era como um adolescente que<br />

não sabe seu potencial, não sabe<br />

lidar com seus problemas, está<br />

perdido em suas incertezas e não<br />

consegue definir suas metas. Assim<br />

eu sentia meu país diante de<br />

uns povo que já era representativo<br />

no Império Romano e que há<br />

apenas 40 anos estava reduzido a<br />

cinzas e soube usar sua herança<br />

cultural para levantar-se e tornarse<br />

.a nação mais estável e progressista<br />

da Europa de hoje.<br />

Pena que sentimentos são<br />

voláteis. Se não são registrados<br />

na hora perdem-se no ar. Mas,<br />

uma vez registrados estarão sempre<br />

a nos lembrar que devemos<br />

cuidar para que a realidade não<br />

apague o que aprendemos lá fora,<br />

num mundo mais evoluído<br />

social e culturalmente que o nosso,<br />

e a lição seja esquecida.<br />

Por ESTER ANTONIETA VIA-<br />

NA PERFEITO ao retornar do<br />

Estágio na Alemanha.


PAGINA 9<br />

Pedro Luiz de Paula Neto (29 DRR), Domingos Martins (15), presidente do Codel, e Ranulfo Dagmar Mendes (12? DRR).<br />

Os delegaaos regionais da Receita, reunidos em Maringá,<br />

hipotecaram apoio aos conferentes em sua luta<br />

pelo cumprimento do dispositivo constitucional que<br />

lhes dá o direito de serem enquadrados como<br />

agentes fiscais.<br />

A seguir, a ata do Codel.<br />

gila Sanzovo (9? DRR), Pedro Angelo<br />

Castanheira (13? DRR).<br />

Aos dez dias do mês de novembro<br />

de 1989, as 1430 horas,<br />

na sede da 99 DRR, reuniram-se<br />

os Delegados titulares de todas<br />

as regionais, com exceção de<br />

Mário Grott, da 19 DRR e<br />

Moacir Martins da 10a DRR, por<br />

convocação do Sr. Presidente do<br />

Codel. Iniciando a sessão, o<br />

Presidente solicitou a leitura da<br />

Ata anterior, a qual o Delegado<br />

Saudino pediu uma emenda,<br />

onde ficasse esclarecido que era<br />

contra a greve e contra a entrega<br />

dos cargos. Aprovada a leitura<br />

com a emenda, passou-se ao<br />

expediente, que constou de<br />

três documentos: 1° telex remetido<br />

por Miguel Arcanjo Dias<br />

sobre sugestões nas diárias pagas<br />

aos AF-2, AF-3; 2° Ofício<br />

circular da IGA, instruindo as<br />

ARs a cobrarem em GR-1 o<br />

ICMS s/frete de produtos sujeitos<br />

ao recolhimento em GR-3;<br />

3? - informação-resposta ao<br />

telex 155/89 do Codel, sobre a<br />

Dívida Ativa. Passando à ordem<br />

do dia, o Presidente informou<br />

que não havia uma pauta definida<br />

e que, portanto, colocava<br />

livre a palavra para colocações de<br />

propostas. A PRIMEIRA PRO-<br />

POSTA foi do Delegado Ranulfo,<br />

que solicitou o retorno das<br />

certidões de Dívida Ativa às<br />

(4? DRR) e Antonio Renê<br />

Jorge Soresine (69 DR R), Miguel Dias (79 DRR), Claudinê de Oliveira<br />

(a? DRR), Maurício Correa Machado (11? DRR) e Antonio Bonin<br />

(5? DRR).<br />

DRR's para a cobrança amigável,<br />

ao contrário do que hoje acontece,<br />

onde as certidões vão direto à<br />

P.G.E. Justificou que não temos<br />

mais nenhum controle e os<br />

Procuradores, em razão da proibição<br />

de se cobrar honorários,<br />

perderam o interesse na cobrança.<br />

A SEGUNDA PROPOSTA<br />

foi do Delegado Jorge, que pediu<br />

ao Codel que tente sensibilizar o<br />

Secretário e o Governador no<br />

sentido de se tornar efetiva a<br />

nomeação dos conferentes em<br />

AF-3, visto que há carência em<br />

demasia de pessoal nas DRR's.<br />

A TERCEIRA PROPOSTA foi<br />

do Delegado Saudino, que solicitou<br />

cobranças do cumprimento<br />

do novo horário previsto na<br />

Constituição. Por fim, o Presidente<br />

anunciou que o Codel está<br />

preparando um estudo para a<br />

unificação dos balancetes das<br />

AR's desativadas. Outro estudo é<br />

a proposição de Postos Fiscais<br />

Intermediários, cujo principal<br />

objetivo seria o combate à nota<br />

fiscal paralela ou calçada. Em<br />

andamento, estudo visando a<br />

substituição tributária do trigo,<br />

açúcar, produtos farmacêuticos,<br />

móveis, doces. Falou também<br />

sobre a campanha de NOTA EM<br />

NOTA, um excelente programa,<br />

porém muito mal gerenciado,<br />

dizendo ser um programa que<br />

muito nos ajuda e agrada à<br />

população, mas a gerência pode<br />

,por tudo a perder. Continuando<br />

a palavra, o Delegado Renê disse<br />

que o Codel nao tem personalidade,<br />

que a eleição não foi realizada<br />

pois não existe eleição por<br />

aclamação. Propôs reunião de 3<br />

em 3 meses, não fgi aprovado<br />

pelos Delegados. O Delegado<br />

Claudinê propôs que as geoeconômicas<br />

se ativem mais, realizem<br />

mais reuniões objetivas e que se<br />

verifique quem efetivamente<br />

quer reunir, quem quer efetivamente<br />

trabalhar. O Delegado disse<br />

que, embora o Governador tenha<br />

ironizado nosso movimento, a<br />

Administração o respeitou. Afirmou<br />

que gostaria de saber quem<br />

representou a classe com o<br />

governador, tendo a resposta do<br />

Presidente Domingos Martins<br />

que a moção deve ser dada ao Secretario<br />

Hauly,. Diretor Clóvis e<br />

Assessor Delcides. Nada mais<br />

havendo, a mim secretário foi<br />

pedido que se lavrasse a presente<br />

ata, para que na próxima reunião<br />

seja lida e submetida a aprovação.<br />

Saudino Barbiero (14? ORA), Luiz Alves de Oliveira (39 DRR) e Gilberto<br />

Della Colette (16? DAR).


PÁGINA 10<br />

NOTIFISCO JANEIRO/90<br />

<strong>Geral</strong><br />

1.0 Encontro Estadual de<br />

Chefes de Agências<br />

Aconteceu em Londrina nos dias 22 e 23 de novembro o 1 .9 Encontro<br />

Estadual de Chefes de Agências de Rendas, envolvendo representantes<br />

de todas Delegacias Regionais.<br />

Este evento, coroado de absoluto sucesso, teve como objetivos<br />

principais a integração, a troca de experiências e a racionalização dos<br />

serviços executados pelas agências de rendas.<br />

Através de estudos em grupo e amplos debates, discutiu-se os sistemas<br />

CIA, CAIXA e CADASTRO.<br />

No final do encontro os participantes elegeram uma comissão<br />

de representantes, assim formada:<br />

LAÉRZIO CHIESORIN JÚNIOR — 1? DRR<br />

DAVID JOSÉ DE OLIVEIRA — 7? DRR<br />

ALMIR SILVA— 8? DRR<br />

MARCO AURÉLIO PETROCINI — 16? DRR<br />

Esta comissão compilou as sugestões surgidas a respeito de cada<br />

assunto e no dia 28 de novembro fez a exposição do trabalho<br />

à Direção da CRE.<br />

No dia 10/01/90 novamente reuniram-se a Direção da CRE e a<br />

comissão de representantes, para analisarem a implementação<br />

das propostas viáveis.<br />

Claudinê de Oliveira manifestou total apoio aos chefes de agências de rendas<br />

e salientou a necessidade de mudanças.<br />

José M. Ribeiro — Presidente do Sindicato dos Contabilistas de Londrina —<br />

levou apoio, reivindicações e sugestões aos Chefes de A. R.s.<br />

Participantes do encontro atentos às explicações do Diretor da CRE<br />

e do Inspetor <strong>Geral</strong> de Arrecadação sobre o novo sistema de G IAS.<br />

O Diretor da CRE — Clóvis Rogge e o Inspetor <strong>Geral</strong> de Arrecadação —<br />

Newton Modesto D'Avila — fizeram a abertura do encontro.


(nTrevisTa<br />

••••••••••••••••••••••••••••••C•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••I<br />

Prof. Alexandre do Espirito Santo<br />

NOTIF ISCO PAGINA 11<br />

SIAP Uma iniciativa vitoriosa na CRE<br />

Num trabalho de grande magnitude que já dura<br />

mais de dois anos, o professor<br />

Alexandre do Espírito Santo vem implantando<br />

na Coordenação da Receita do Estado<br />

um sistema de administração participativa e um<br />

sistema de avaliação de desempenho<br />

que estão revolucionando todos os métodos<br />

até aqui empregados pela organização.<br />

Nesta rápida entrevista, você vai saber um pouco<br />

sobre o que está acontecendo na CRE,<br />

A resistência e a aceitação dos novos métodos<br />

são a tônica do nosso "bate-papo". .<br />

NOTI FISCO – Professor,<br />

quando da implantação do sistema<br />

de avaliação de desempenho<br />

na CRE, criou-se a perspectiva<br />

de promoçóes a cada<br />

seis meses. Como tal perspectiva<br />

não se materializou até<br />

hoje, gostaríamos de saber o<br />

que está acontecendo.<br />

Prof. Espírito Santo – A<br />

promoção depende de fatores<br />

externos e não exclusivamente<br />

de decisões administrativas. O<br />

processo de Avaliação desenvolvido<br />

é um ótimo subsídio<br />

para esta decisão, mas não é<br />

suficiente para definição de<br />

promoçoes.<br />

NOTIFISCO – Embora<br />

em número reduzido, nós percebemos<br />

que algumas Delegacias<br />

ainda não aceitaram em<br />

sua plenitude a implantação<br />

do SIAP, ora em andamento<br />

na CRE. No seu entender, o<br />

que poderia estar ocorrendo?<br />

Prof. Espírito Santo –<br />

O primeiro fator estaria associado<br />

à liderança inicial dos<br />

grupos integrativos.<br />

O segundo fator seria o<br />

alto nível de alienação, entendido<br />

como despreocupação<br />

do fiscal com a organização.<br />

O SIAP é antes de tudo<br />

um processo que leva os participantes<br />

da organização ao estudo,<br />

ao conhecimento e entendimento<br />

dela, a fim de sentir<br />

orgulho de pertencer a ela.<br />

O terceiro fator é o trabalho<br />

difuso do fiscal, ou seja,<br />

muitas tarefas que estão voltadas<br />

para um fim material.<br />

Qualquer atividade que desvie<br />

deste fim parece ser perfunctório.<br />

O quarto fator é o desnível<br />

intelectual de compreensão<br />

da organização. Com este<br />

desnível, o S1AP, que é uma<br />

abstração (embora seus efeitos<br />

sejam concretos), não penetra<br />

todas as mentes ou motiva suficiente<br />

esforço.<br />

O quinto fator é o fisiologismo<br />

do funcionário público<br />

em geral.<br />

Fisiologismo deve ser entendido<br />

como predominante<br />

preocupação do funcionário<br />

com sua própria sobrevivência.<br />

Osexto fator está relacionado<br />

com a captação da terminologia<br />

desta difícil área da<br />

psicologia organizacional que<br />

é a participação.<br />

NOTIFISCO – Para<br />

quando podemos esperar efeitos<br />

concretos do SIAP na<br />

CRE?<br />

Prof. Espírito Santo –<br />

Muito do que o SIAP fez está<br />

imbuído nas pessoas que participam<br />

do sistema. As modificações<br />

comportamentais<br />

oriundas dessa dissiminação de<br />

conhecimentos organizacionais<br />

não são mensuráveis<br />

diretamente. Todavia, são manifestas<br />

no futuro comportamento<br />

das pessoas.<br />

NOTIFISCO – E o senhor,<br />

como vê o SIAP na<br />

CRE?<br />

Prof. Espírito Santo –<br />

Podemos considerar que o<br />

SIAP é uma iniciativa vitoriosa,<br />

se bem que em processo de<br />

amadurecimento. É bom que<br />

se saiba que nenhum sistema<br />

participativo, nem mesmo nas<br />

empresas mais desenvolvidas,<br />

envolve todo mundo.<br />

Quaisquer exemplos que<br />

se queira salientar nos países<br />

desenvolvidos não contam<br />

com mais de 20 por cento de<br />

participantes efetivos.<br />

NOTIFISCO – A nível<br />

de CRE qual o número de<br />

pessoas envolvidas diretamente<br />

no SIAP?<br />

Prof. Espírito Santo –<br />

Nós tivemos diversas fases de<br />

desenvolvimento ao longo dos<br />

'Itimos 27 meses, em que o<br />

número máximo atingido foi<br />

de duzentas pessoas que, a<br />

grosso modo , é de 20 por cento<br />

dos fiscais ativos.<br />

NOTIFISCO - Corno o<br />

senhor esta sentindo a receptividade<br />

ao SIAP pelos funcionârios<br />

da CRE?<br />

Prof. Espírito Santo –<br />

Seguramente este é um dos<br />

trabalhos mais gratificantes<br />

que já desenvolvi como professor<br />

e assessor.<br />

Os funcionários da CRE<br />

com quem tenho trabalhado<br />

deram-me abundantes provas<br />

de interesse por novos conhecimentos,<br />

amizade e apoio.<br />

NOTIFISCO – Quais as<br />

dificuldades que o senhor está<br />

encontrando para implantaçao<br />

do SIAP?<br />

Prof. Espírito Santo –<br />

Além das dificuldades acima<br />

descritas, que são de natureza<br />

contestual e não pessoal, vale<br />

ressaltar que a facilitação e<br />

o entusiasmo da direção da<br />

CRE, dos membros da comissao<br />

central do G1AP, dos elos<br />

e dos participantes em geral<br />

têm aberto os caminhos da implementação<br />

que hoje se revela<br />

robusta e promissora.<br />

NOTIFISCO – No que<br />

concerne à implementação do<br />

SI AP, em que etapa o mesmo<br />

se encontra?<br />

Prof. Espírito Santo –<br />

Em fevereiro agora será<br />

gado o relatório anual do SIAP<br />

referente às atividades de 1989<br />

e atividades programadas para<br />

1990. Nele o leitor terá conhecimento<br />

dos seguintes tópicos:<br />

Prot. Alexandre do Espírito Janto<br />

O QUE E 0 SIAP<br />

1- Introdução -- Estágios do SIAR<br />

2 - Pressupostos fundamentais de ADP<br />

3 - Estratégias do SIAP<br />

4 Estruture e furscdesdo SIAP<br />

II – °QUE 0 SIAP FEZ EM 1999<br />

1 - Desenvolvimento de aprendizagem<br />

2 - Pesquisas<br />

3- Atividades administrativas<br />

4 - Projetos em andamento<br />

5- Produtos<br />

III –O QUE O SIAP VAI FAZER EM 1990<br />

1 - Estudo, discussão e relato da alternativas de solução<br />

para problemas organizacionais<br />

2- Reuniões mensais de COM ISSik Central com os ele-<br />

mentos 'elos" de cada unidade.<br />

3- Projeto de pita:Nies I - objetivos organizacionais da<br />

Coordene{,ão. da Receita do Estado - Um inventário<br />

participativo.<br />

4 - Projeto de pesquisa - Descrição de atividades.<br />

5 - Redução da estrutura da Comissão Central,<br />

6 - Visitas às unidades operativa«.<br />

7. Dirinmvolviinento de avaliação de desempenho oro ital<br />

8 - Insvumentalidades gerencdis.<br />

9 - Manual de Organização.<br />

NOTI FISCO -- Professor,<br />

o senhor foi autor de uma frase<br />

que gerou e ainda gera muita<br />

polêmica no seio da classe<br />

fiscal: "Salário não é fator de<br />

motivação". O senhor poderia<br />

esclarecer aos nossos leitores<br />

o que o leva a pensar assim?<br />

Prof. Espírito Santo –<br />

O sentido dado a esta frase<br />

abrange dois níveis de crescimento<br />

do homem . No primeiro<br />

nível do chamado fisiologismo<br />

absoluto, o homem ainda<br />

precisa garantir a própria<br />

alimentação e a segurança de<br />

ENSINO<br />

PÓS-GRADUADO<br />

Metodologia da Pesquisa<br />

Científica<br />

Métodos de Mensuração<br />

Educacional<br />

Iniciação à Ciência e à<br />

Pesquisa.<br />

ASSESSORIA E<br />

PESQUISA<br />

Administração<br />

Participativa<br />

Avaliação de Desempenho<br />

Orbital<br />

Comportamento<br />

Organizacional<br />

Disseminação de<br />

Informação Científica<br />

Pesquisa Institucional<br />

EXPERIÊNCIA<br />

INSTITUCIONAL<br />

Universidade Federal de<br />

Viçosa - MG<br />

Catholic University of<br />

America - Washington<br />

DC<br />

Universidade Estadual de<br />

Campinas - SP<br />

EMBRAPA - Brasília - DF<br />

University of Wisconsin -<br />

Madison - Wisconsin<br />

Duke University - Durham<br />

North Carolina<br />

University of Toledo -<br />

Toledo - Ohio<br />

SE R COMTE L - Londrina<br />

PR<br />

Secretaria da Fazenda do<br />

Estado do Paraná<br />

Universidade Estadual de<br />

Londrina - PR<br />

sobrevivência. Nesse nível, o<br />

salário é "sine qua non" e<br />

também motivador.<br />

No segundo nível (em<br />

que acreditamos estar a maioria<br />

dos fiscais) o homem já<br />

cresceu bastante socialmente<br />

para pensar e agir como ser social;<br />

não apenas fisiológico. E<br />

neste caso, embora as ambições<br />

continuem, ele não vê no<br />

salário o motivo maior para<br />

dedicar-se ou não à organização.<br />

Os exemplos contrários<br />

a esses raciocínios podem ser<br />

apenas distorções pessoais.<br />

NOTI FISCO – O senhor<br />

teria mais alguma coisa a<br />

dizer?<br />

Prof. Espírito Santo<br />

Nós não sabemos que mudanças<br />

se darão dentro da CRE<br />

nos próximos eventos políticos.<br />

Entretanto, o SIAP<br />

orientado para a Organização e<br />

não para dirigentes em qualquer<br />

nível hierárquico. Portanto,<br />

os princípios e as práticas<br />

disseminadas pelo SIAP deverão<br />

prosseguir ignorando nomes<br />

como um trabalho e um<br />

produto desejável para o crescimento<br />

do fiscal como homem<br />

organizacional, independentemente<br />

de quem seja secretário<br />

, diretor ou delegado.


PAGINA 12 NOTIF ISCO JANEIRO/90<br />

As luzes se<br />

apagam!<br />

Ja imaginaste o quão sozinho ficarás<br />

Quando touas as luzes se apagarem ...<br />

E os que te rodeavam<br />

Aonde foram ...<br />

Estás como chegaste<br />

Apenas mais feliz!<br />

Sim, feliz, porque tens certeza que executaste<br />

o melhor de ti.<br />

Não anseavas as glórias, elas vieram<br />

como fruto de teu trabalho.<br />

Sim, feliz, porque colocaste sempre as<br />

pessoas em primeiro lugar, despojando-as<br />

de seus rótulos e tratando-as todas igualmente.<br />

Sim, feliz, porque ajudaste, não esperando retribuição,<br />

as pessoas que nem te conheciam e nunca vão<br />

te agradecer.<br />

Sim, feliz, pois tens a consciência tranqüila<br />

E portanto estás em paz com Deus.<br />

E Ele é realmente o que importa<br />

Portanto, nunca ficarás sozinho ...<br />

rllEu<br />

-.---- TEITiMERTO<br />

um dia após certificar-se de que as funções<br />

vitais de meu cérebro cessaram, um médico<br />

atestará meu óbito. Quando isto ocorrer, não<br />

tente prolongar minha vida artificialmente. Em lugar<br />

disso, dê minha visão a quem nunca viu o nascer do sol,<br />

o rostinho de uma criança ou o amor dos olhos de uma<br />

mulher. Dê meu coração a quem sempre sofreu de<br />

distúrbios cardíacos. Dê meus rins para quem depende<br />

da máquina para existir a cada dia. Tire meu sangue,<br />

meus ossos, cada músculo e nervo de meu corpo, mas<br />

arranje um jeito de fazer uma criança aleijada andar<br />

sozinha. Explore cada centímetro do meu cérebro.<br />

Tire minhas células, se necessário, e deixe-as crescer<br />

para que um dia um garotinho mudo possa gritar<br />

quando seu time marcar um gol, ou uma menina surda<br />

possa ouvir o som da chuva batendo em sua janela.<br />

Queime o mais que restar de mim, e atire as cinzas ao<br />

vento para que ajudem as flores a crescer. Mas se você<br />

quiser enterrar alguma coisa de mim, que sejam minhas<br />

falhas, minhas fraquezas e todo preconceito que eu<br />

possa ter tido para com o próximo... (...) E, se você<br />

quiser lembrar-se de mim, faça-o através de uma boa<br />

ação ou palavra amiga a qualquer pessoa necessitada.<br />

Se você fizer tudo que pedi, viverei para sempre.<br />

Osmahir Pereira Rosa<br />

IGF/CRE<br />

COMUNICADO<br />

Para fins de esclarecimento, a Diretoria<br />

da AFF EP ver,n de público comunicar<br />

que a Colônia de Férias dos Fiscais do<br />

Paraná, com sede em Guaratuba, está<br />

totalmente concluída.<br />

Em razão disso, e no sentido de alertar<br />

ao público sobre o uso indevido do<br />

nome da entidade, informa que a AFFEP<br />

não promove venda de títulos e não<br />

mantém nenhum vendedor autorizado a<br />

proceder a comercialização de qualquer<br />

natureza que envolva compromissos<br />

com este ou outros empreendimentos.<br />

Do sócio usuário somente serão cobradas<br />

taxas de • registro definitivo, de<br />

manutenção e de transferência, e exigido<br />

o pagamento da reserva quando do uso<br />

dos apartamentos da Colônia de Férias.<br />

JOSÉ LAUDELINO AllOLIN<br />

Presidente da AFFEP.<br />

JOSÉ MARÇAL KAMINSKI<br />

RECEITA ESTADUAL<br />

Tesoureiro da AFFEP.<br />

NOTA FISCAL<br />

VOCÊ EXIGE.<br />

O PARANÁ CRESCE.<br />

O Secretario Luiz Carlos Hauly, o diretor Clóvis Rogge e o Inspetor Aguimar Arantes<br />

recepcionaram recentemente o ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega<br />

no Hangar da Cata no Aeroporto de Curitiba.<br />

O Ministro veio a Curitiba proferir palestra a cerca de oitocentos empresários<br />

executivos financeiros do Estado e participou do jantar a ele oferecido<br />

pela ABEG — Associação Brasileira dos Executivos Financeiros,<br />

no Buffet Mansão da Glória de Curitiba.


JANEIRO/90<br />

~11•1~1111~~~•1<br />

NOTIF ISCO PAGINA 13<br />

A<br />

• ia ••••••••••••• n••••••••••••••••••••••••••••••• nn ••••••••••••••••••<br />

•1.<br />

Uma carta do Klaus<br />

Clóvis Rogge<br />

Face a peculiaridade da situação política vivida pela cidade de<br />

Berlin, peço licença aos leitores do NOTI FISCO para divulgar o conteúdo<br />

desta carta que recebi do :-neu particular amigo berlinense<br />

Klaus Krüger, com quem convivi três anos em Curitiba trabalhando<br />

num projeto de Cooperação Técnica Internacional na área de Alministração<br />

Fazendária, junto à Secretaria da Fazenda do Paraná. Klaus<br />

é agente fiscal e professor da Academia Superior de Administração<br />

e Justiça de Berlin:<br />

Berlin, 18 de novembro/89.<br />

Caro amigo Clóvis,<br />

muito obrigado por sua carta,<br />

que percorreu o trajeto de Curitiba<br />

para Berlin em três dias.<br />

Também lhe agradecemos o seu<br />

relatório sobre a sua viagem ao<br />

Japão. Lemos com muito interesse.<br />

Com sua carta e os recortes<br />

de jornal que você me mandou,<br />

vivi um dos apogeus da minha<br />

vida eu retratado num jornal do<br />

Paraná (a foto da Folha de Londrina<br />

sobre o Muro de Berlin)!<br />

Lemos com bastante curiosidade<br />

o que foi escrito sobre estes<br />

acontecimentos inacreditáveis na<br />

R.D.A. e em Berlin. Após a fuga<br />

de milhares de alemães orientais<br />

através das nossas embaixadas<br />

em Praga e Varsóvia, o então governo<br />

da Alemanha Oriental, em<br />

face dos protestos duros mas pacíficos<br />

do povo, culminando em<br />

uma manifestação de cerca de<br />

duzentas mil pessoas em Berlin<br />

Oriental e outras cidades, não teve<br />

outra solução senão abrir as<br />

fronteiras. A conseqüência foi<br />

uma verdadeira invasão, inundando<br />

Berlin Ocidental, como se<br />

repete neste fim de semana, com<br />

cerca de dois milhões de visitantes<br />

em nossa cidade. O trânsito<br />

nas ruas parou por causa de milhares<br />

de carros dos visitantes, o<br />

metrô esteve superlotado, tiveram<br />

que fechar algumas estações<br />

no centro da cidade, com as<br />

plataformas cheias de pessoas.<br />

Todo mundo festejou nas ruas,<br />

cantando e dançando, e a festa<br />

não acabou nas noites. Os pontos<br />

de cruzamento da fronteira<br />

foram entupidos, a policia<br />

oriental não conseguiu mais<br />

controlar passaportes e vistos.<br />

Sexta-feira (10/11), o reitor<br />

da nossa Academia terminou as<br />

aulas às nove horas para que os<br />

estudantes tivessem a oportuni-<br />

.dade de encontrar-se com os alemães<br />

orien tais. Meus estudantes<br />

não quiseram ir para casa, compramos<br />

algumas garrafas de<br />

champanhe e fomos a um ponto<br />

de cruzamento, onde nós bebemos<br />

juntos com os visitantes e<br />

policiais ocidentais e orientais.<br />

Inacreditável!. '<br />

A partir deste dia, o governo<br />

da R.D.A. abriu mais 17 pontos<br />

de cruzamento no muro que<br />

estão abertos para nós também.<br />

Mas nós ainda precisamos de um<br />

visto e de cambiar 014 25. AM<br />

aqui nada mudou para nós.<br />

A Porta de Brandenburgo<br />

ainda não foi aberta. Centenas<br />

de pessoas estão perto do local<br />

esperando a abertura, inclusive<br />

os repórteres de rádio e televisão<br />

internacionais. A abertura deste<br />

ponto não tem muita importância<br />

para o trânsito, mas terá um<br />

grande significado simbólico para<br />

nossa cidade.<br />

A cidade toda vive em um<br />

clima de festa, mas estes acontecimentos<br />

têm alguns problemas<br />

sérios para Berlin. Cada um<br />

dos visitantes do outro lado do<br />

Muro recebe DM 100 do nosso<br />

governo, para ter um pouco de<br />

dinheiro para fazer algumas compras.<br />

Nos dois fins de semana, alguns<br />

artigos estiveram esgotados,<br />

como bananas, laranjas, abacaxis,<br />

frutas que os alemães orien -<br />

tais nunca ou raras vezes puderam<br />

comprar em suas lojas. A<br />

multidão de pessoas, viajando de<br />

carro à Alemanha Ocidental, entupiu<br />

os pontos de cruzamento<br />

da fronteira, necessários para<br />

manter o trânsito entre Berlin e<br />

a Alemanha Ocidental. No último<br />

fim de semana, precisou-se<br />

para o trecho Berlin-Helmstadt<br />

(cerca de 200 km) até 12 horas,<br />

o que significa uma situação insuportável<br />

para as conexões tão<br />

importantes para o abastecimento<br />

de Berlin Ocidental. Já foram<br />

abertos mais pontos de cruzamento<br />

nas fronteiras entre a<br />

R.D.A. e a R.F.A., para facilitar<br />

o trânsito. Algumas pequenas<br />

Cidades perto da fronteira, tiveram<br />

que ser fechadas para carros<br />

por não suportarem mais a<br />

quantidade imensa de carros<br />

orientais e a multidão de visitantes.<br />

Eu nunca acreditei em presenciar<br />

durante minha vida esta<br />

revolução pacífica e a abertura<br />

do Muro, que agora perdeu seu<br />

significado. Você conhece, Clóvis,<br />

as pinturas no muro, tendo<br />

sido mesmo um pintor. A mais<br />

nova palavra pintada no muro, é<br />

"O muro não está! "<br />

Já ouvimos falar sobre pessoas<br />

oferecendo pedras do Muro<br />

como lembrança, contra pagamento,<br />

é claro.<br />

Agora muitas pessoas, inclusive<br />

nosso Governo Federal, começaram<br />

falar sobre uma reunificação<br />

das duas Alemanhas. Todavia<br />

uma pesquisa entre alemães<br />

orientais deu como resultado<br />

que 77 por cento deles não<br />

querem uma reunificação. Eles<br />

preferem dois estados independentes,<br />

o deles socialista. Por outro<br />

lado, o socialismo praticado<br />

na R.D.A. e nos outros países<br />

do bloco oriental fracassou.<br />

O povo exige um socialismo<br />

diferente, sem a hegemonia<br />

do Partido Comunista, como está<br />

escrito na constituição da<br />

R.D.A. os outros partidos daquele<br />

país, até agora somente satélites<br />

do partido comunista,<br />

começaram tomar um caminho<br />

mais independente, exigindo<br />

uma alteração da constituição<br />

para acabar com este predomínio<br />

de um partido único.<br />

Nas manifestações e<br />

demonstrações nas ruas das cidades<br />

da R.D.A., as multidões exigem<br />

eleições democráticas, quer<br />

dizer, livres e secretas.<br />

Mas o problema mais grave<br />

é a economia, que nunca deu<br />

resultados razoavelmente suficientes,<br />

porque sempre o governo<br />

ordenou o que deveria ser<br />

produzido e em quantidade. Esta<br />

economia dirigida, parte central<br />

do socialismo, hão funcionou<br />

e não funcionará pois suprime<br />

a motivação do trabalhador.<br />

Mas naturalmente a abolição<br />

deste sistema, substituindoo<br />

pela economia do livre mercado,<br />

significaria o fim do sistema<br />

socialista em qualquer país.<br />

Esta reforma é um dos pressupostos<br />

exigidos por nosso governo<br />

para ajudar a economicamente,<br />

porque não podemos<br />

dar dinheiro, que vai sumir<br />

em um "barril sem fundo".<br />

Eu poderia contar muito<br />

mais com respeito a este assunto.<br />

Você pode imaginar, que os<br />

meses e anos futuros vão trazer<br />

uma gama de problemas políticos<br />

e econômicos, em primeiro<br />

lugar à R.D.A., mas para a<br />

R.F.A. também. Mas todos nós<br />

esperamos, que as reformas na<br />

R.D.A., se continuarem, possam<br />

trazer melhores perspectivas<br />

à vida dos alemães orientais. E<br />

nós alemães ocidentais temos<br />

que fazer alguns sacrifícios para<br />

ajudá-los neste caminho prometedor,<br />

por exemplo com aumentos<br />

de impostos. Espero que o<br />

povo da R.F.A., farto e abstrato,<br />

demonstre solidariedade. Certamente<br />

isto não será fácil, pois<br />

temos quase dois milhões de desempregados,<br />

faltam milhares de<br />

apartamentos adequados e com<br />

o caixa governamental bem baixo.<br />

É o fim do meu "relatório<br />

político" sobre a situação atual<br />

na Alemanha, que escrevi,<br />

porque conheço seu interesse<br />

por ela.<br />

Esperamos que você, a Maria<br />

José e os filhos estejam com<br />

boa saúde.<br />

A Helga manda saudações<br />

também.<br />

Um abração do amigo<br />

Klaus".


PÁGINA 14 NOTIF ISCO JANEIRO/90<br />

<strong>Geral</strong><br />

Projeto Carijó<br />

em andamento<br />

Aparecido Godoi Bueno<br />

8'? DRR<br />

Dentro da filosofia de trabalho da<br />

DRR, no sentido de orientar preventivamente<br />

aos contribuintes antes de puni-los,<br />

durante os meses de novembro e dezembro<br />

estivemos reunidos com as 25 empresas<br />

do Projeto Carijó, em Cambe.<br />

O objetivo de nosso encontro foi conhecer<br />

mais especificamente as atividades<br />

desenvolvidas pelo conglomerado empresarial,<br />

para poder dar orientação correta<br />

quanto aos tópicos solicitados naquela<br />

ocasião.<br />

Em face da natureza das atividades<br />

ali desenvolvidas, fez-se necessário listar<br />

quais as que estavam sujeitas apenas ao<br />

ISS municipal, as que estavam sob a égide<br />

do ICMS, porém com suspensão (Instrução<br />

SEF 1713/81), e as que eram tributadas<br />

normalmente, bem corno as implicações<br />

dos vários regimes tributários sobre a<br />

documentação fiscal ali utilizada.<br />

É surpreendente e rara a abertura que<br />

o grupo nos propiciou, fazendo questão<br />

de mostrar por inteiro o funcionamento<br />

de suas empresas. Até mesmo o Fisco Federal<br />

foi convidado, acabando por marcar<br />

uma série de posteriores encontros a versarem<br />

sobre o Imposto de Renda, o IPI e<br />

outros assuntos da área, estando já marcada<br />

uma reunião pra 19.01.90, na qual esperamos<br />

poder estar presente.<br />

É inegável que o evento produz pelo<br />

menos dois efeitos positivos: de um lado,<br />

os contribuintes adquirem informação<br />

fiscal na fonte; de outro, o Fisco, analisando<br />

os fatos, tem uma idéia exata, objetiva,<br />

da realidade que encontrará em empresas<br />

do ramo, podendo assim traçar metas<br />

de fiscalização com maior segurança e<br />

eficácia, assumindo atitude mais vigilante<br />

sobre a economia.<br />

Por tudo isto, sem dúvida, vale a pena.<br />

Londrina, 15 de dezembro de 1989.<br />

Escrevendo a história do município<br />

de sua Regional Fazendária As<br />

SUOR e SANGUE, isso colocado na mesinha<br />

do poeta dá samba, mas os orotaaonistas<br />

aqui são da "FAZENDA BRASILEIRA à<br />

PARANAVAÍ", uma área envolvendo posseiros,<br />

grileiros e jagunços, "a lei" ficava por conta de<br />

um tenente "promovido a capitão" pelo próprio<br />

povo e do célebre "Pimpão" designado<br />

pelo interventor Manoel Ribas para "domar<br />

Londrina':<br />

Na época o Brasil tinha pouco mais de<br />

quarenta e um milhões de habitantes e o Paraná<br />

pouco mais de um milhão.,.<br />

Nos idos de 1928/1935, Fazenda Brasileira<br />

ocupava mais de mil e duzentas famílias para<br />

mil alqueires em café e duzentos alqueires em<br />

pastagens, famílias em sua totalidade nordestinas<br />

treinadas em sias origens (Ceará e<br />

Pernambuco) não se tem história de documentos<br />

oficiais a respeito do regime de trabalho, porém,<br />

o pioneiro Natal Francisco (nome do<br />

Estádio Municipal de Paranavaí), nos revela que<br />

a força de trabalho era mantida rigidamente,<br />

nenhuma família tinha permissão de sair, depois<br />

de um simples contrato assinado no joelho ou<br />

no toco, e os que tentassem eram perseguidos e<br />

abatidos a tiros por jagunços às margens do Paranapanema<br />

e Arai. A Lei chegaria à Brasileira<br />

em 1936, com o tenente Teimo Ribeiro,<br />

homem forte do Governo (Mané Facão),<br />

tempo em que no Sudoeste e Oeste do Estado<br />

de Railway obteve 800 mil hectares e no<br />

Noroeste 317 mil através da subsidiária Braviaco<br />

– Companhia Brasileira de Viação e Comércio<br />

S/A; A Fazenda Brasileira explorada pela<br />

Braviaco era projeto de Lindolfo Collor, homem<br />

de Getúlio Vargas, transferida na totalidade<br />

à Braviaco, da qual era sócio Landulfo Alves,<br />

um político que fora interventor na Bahia; a já<br />

Colónia Braviaco (Fazenda Brasileira), titulado<br />

pelo INCRA, foi pelo Decreto nP 800, de 8 de<br />

abril de 1931, retomada pela União, assinado<br />

pelo General Mário Tourinho, interventor<br />

Federal no Paraná, era a trans :;:ão para o que seria<br />

a Colônia Paranavaí e nova denominação<br />

Paranavaí.<br />

A Fazenda Brasileira noroeste paranaense,<br />

foi um empreendimento delegado<br />

à iniciativa privada por um organismo federa:<br />

em 1930, em 1931 retomado e reprojetado<br />

por Manoel Ribas (Mané Facão) em 1933<br />

para Colônia Paranavaí, inspirada nos rios<br />

Paraná e Iva!, limites da gleba, entrando nesta<br />

história duas figuras lendárias, até certo ponto,<br />

.os tenentes Teimo Ribeiro e Aquiles Ferreira<br />

Pimpão, homens reconhecidamente duros,<br />

autoritários, escudados, que era na confinaça de<br />

célebre interventor "Mané Facão", tido por<br />

austero e dado a vigiar a conduta dos prefeitos e<br />

outras autoridades nomeadas pelo Estado.<br />

Eram "a lei" na Colônia Paranavaí, Teimo<br />

tomando conta diretamente e Pimpão influindo<br />

desde Londrina a Curitiba, tendo sido delegado<br />

da Casa Militar num período do interventor<br />

Manoel Ribas; a presença de ambos perdurou<br />

até o primeiro Governo Lupion, quando as<br />

terras do noroeste entraram em disputas, apesar<br />

da colonização oficial, foram sangrentas "daqui<br />

até Porto Rico era uma fileira só de cruzes"<br />

no dizer nordestino de Natalício Luiz dos Reis,<br />

um alagoano que chegou em 1943.<br />

Em 1936, Teimo Ribeiro chegava à<br />

Colônia Paranavaí, em desordem geral pelo<br />

abandono a que fora relegada a Fazenda Brasileira,<br />

em cujas áreas os grileiros começavam a se<br />

estabelecer, tanto é que o Estado já concedia<br />

prazo de noventa dias, a quem havia se apossado<br />

de terras, para legalização.<br />

Teimo Ribeiro "com uma turma de<br />

paraguaios', foi quem acabou com a mortalidade<br />

que havia por aqui".<br />

O Porto Ceará (extinto) hoje município<br />

de Jardim Olinda (local onde o Pirapó<br />

desemboca no Paranapanema) era a única<br />

ligação com A BRASILEIRA, exclusivamente<br />

pelo Estado de São Paulo, por uma velha<br />

estrada partindo de Presidente Prudente; Teimo<br />

recebeu a incumbência do Interventor Ribas<br />

para melhorar um picada-o ligando A BRASI-<br />

LEIRA à Arapongas e por extensão, ao resto do<br />

Paraná, para posteriormente dedicar-se à<br />

abertura da "Estrada Boiadeira", até onde<br />

é Maringá atualmente. Teimo, narrado por<br />

Alcides Loureiro a um repórter do jornal<br />

"Diário do Noroeste" dizia ser ele: além de<br />

confiança de Pimpão, era solteiro, vaidoso,<br />

rápido no gatilho, porém dedicado e de voz<br />

macia, usava um cinturão com a letra "T" na<br />

fivela, fumava charutos holandeses e cheirava a<br />

perfume francês, um anel de madrepérola, um<br />

broche de ouro com que prendia o lenço de<br />

cetim ao pescoço, eram suas jóias preferidas,<br />

as botas sempre sob medida e o paletó<br />

tinha que combinar com elas; era um homem de<br />

ouro, "se lhe pedissem alguma coisa, ele dava,<br />

mas que não mexessem nas coisas dele..." e<br />

ainda, "Teimo tinha cobertura do Lupion, o<br />

que ele assinasse, o Lupion garantia': No<br />

Governo Lupion ainda houve conflitos na área<br />

sobretudo em Querência do Norte e São Pedro<br />

do Paraná litígio envolvendo os Rocha Loures,<br />

parentes do Capitão Aquiles Ferreira Pimpão na<br />

gleba 29, sendo encerrada na década de 1970.<br />

Relata Carlos Antonio Franchello que quando<br />

foi colonizar Querência do Norte na década<br />

de 1950, as áreas que não tinham sido abertas<br />

ainda eram consideradas Fazenda Brasileira.<br />

O Tenente Teimo sobreviveu a esse clima<br />

de violência, provavelmente devido á fama de<br />

"rápido no gatilho" e pela posição política , eis<br />

que frequentava inclusive ambientes próprios a<br />

entreveros (Boate da Cigana), foi a ele atribuido<br />

cD°R<br />

a morte de um jovem subdelegado, Alcides De<br />

Sordi, com quem tinha uma rixa política; afirmam<br />

alguns velhos moradores que De Sorti,<br />

aproveitando-se da visita do Bispo de Manda<br />

guari em visita a Paranavaí, estava angariando<br />

assinaturas num documento destinado ao Bispo,<br />

denunciando Teimo por algum motivo que, ao<br />

chegar na Delegacia na tentativa de impedir,<br />

acabou disparando contra De Sordi, segundo<br />

alguns, foi um acidente e o próprio Teimo<br />

fez questão de responder a inquérito.<br />

Teimo teve problemas financeiros, tais os<br />

gastos e festas que fazia, que se obrigou a<br />

vender parte de terras que possuía e em 1964<br />

mudou-se para Maringá, em 1967, fazendo uma<br />

cobrança em Cornélio Procópio, foi morto pelo<br />

devedor, talvez pela fama de "rápido no gatilho"<br />

em meio a um desentendimento.<br />

Contudo o Município de Paranavaí foi<br />

criado com o desmembramento do Município<br />

de Mandaguari, através da Lei Estadual nP 790,<br />

de 14 de Dezembro de 1961, com a posse do<br />

seu primeiro prefeito solenemente em<br />

14/12/1953, o médico Dr. José Vaz de Carvalho.<br />

Sua Agência de Rendas, na época DIS-<br />

TRITO FISCAL (Setor de Arrecadação e<br />

Fiscalização) pela Portaria rs0 133 de<br />

19/02/1953 foi designado para exercer a Chefia<br />

do Distrito o funcionário WLADISLAU GA1-<br />

DA. Dentro da distribuição organogrâmica (1<br />

D. R. R. Curitiba), 109 D. R.R. – Paranavaí, pela<br />

Portaria no 974/67 foi instalada no dia 04 de<br />

Novembro de 1967, sendo empossado seu<br />

primeiro e grande pioneiro Delegado Regional<br />

da Receita, Sr. Irina° Freitas da Rocha, assessorado<br />

tecnicamente pelo futuro Delegado<br />

de Jacarezinho Sr. Paulo Celso Barbosa.<br />

Isto é uma amostra de um trabalho de<br />

fôlego constante do Relatório Anual do SIAP,<br />

as folhas 42, item 5, – PROJETO DE PESQUI-<br />

SA IV – OBJETIVOS DA DELEGACIA.


JANEIRO/9W<br />

NOTIF ISCO<br />

PAGINA 15<br />

Ceral<br />

A CRE busca melhorar seu desempenho<br />

EM DATA DE 10/11/89, NA CIDADE DE MARINGÁ, O DIRETOR DA CRE, CLOVIS RCGGE,<br />

COMANDOU MAIS UMA REUNIÃO DE DELEGADOS, OBJETIVANDO TRAÇAR NOVAS METAS PARA 1990.<br />

EMBORA O DESEMPENHO DA ORGANIZAÇÃO TENHA SIDO BOM NO EXERCÍCIO DE 1989,<br />

SERÁ PRECISO REDOBRAR OS ESFORÇOS PARA 1990, JÁ QUE AS DESPESAS DO ESTADO ESTÃO AUMENTANDO DIA-A-DIA.<br />

COUt3E AO PROFESSOR JOSÉ PIO MARTINS, DIRETOR GERAL DA SEFA, FAZER UMA EXPLANAÇÃO SOBRE O ATUAL<br />

MOMENTO ECONÔMICO QUE VIVE O ESTADO, EXPLICITANDO QUE O PARANÁ, MESMO BEM ADMINISTRADO'<br />

PASSA POR DIFICULDADES, JÁ_ QUE O GOVERNO FEDERAL' COM ATOS INADEQUADOS, PREJUDICA A ECONOMIA DOS ESTADOS,<br />

Professor José Pio, diretor geral da SEFA; Sílvio Barros, prefeito de Maringá, e Clóvis<br />

Rogge, diretor da CRE.<br />

Élio Sanzovo, delegado de Maringá; Clóvis Rogge, diretor da CRE e Lídio Franco<br />

Samways, inspetor geral de Fiscalizado.


PÁGINA 16 NOTIF ISCO JANEIRO/90<br />

Cera<br />

Com todo o respeito<br />

ao contrário<br />

Poder-se-ia atribuir à<br />

participação abstrata, ou até<br />

mesmo, quem sabe, à valorização<br />

do empenho - hoje<br />

exangue -- com seus mutáveis<br />

efeitos, levados talvez<br />

pela exacerbada oostinação<br />

de meu tempo medido, a<br />

responsabilidade para que<br />

um "branco/negro" fizesse<br />

nesse exato momento irrepetível,<br />

tão só, uni inexplicável<br />

esquecimento, que em<br />

vez de paralelas com o paranista<br />

NOTIF ISCO, o nosso<br />

querido periódico, me desviasse<br />

para escrever sobre<br />

outras páginas da vida/viva<br />

de um cotidiano qualquer,<br />

daqueles que registram<br />

nossa forma de protesto, do<br />

nunca mais para sempre.<br />

Sabe, mesmo, aqueles<br />

exatos instantes que refletindo<br />

sem definição, a gente<br />

imóvel não ouve, não sente...<br />

que os maxilares se<br />

contraem pela tristeza do<br />

pensar na distância, naquele<br />

país tão distante da infância<br />

querida, instantes que a<br />

gente pensa em ter encontrado<br />

soluções...<br />

Há poucos momentos<br />

quando sem querer meditava,<br />

estando por ordenar a linha<br />

de raciocínio; no lapidar,<br />

entrei em "alfa" e no<br />

estalido pensei ter encontrado<br />

a fórmula não mágica,<br />

resposta tão simples para<br />

O CO VE/RO, COMO SERVIDOR<br />

DEVE SER CONCURSADO,<br />

O PREFEITO NÃO.<br />

sugerir o salvamento da PE-<br />

TROBRAS. Ora, por que a<br />

Companhia precisa a cada<br />

dia dever mais? Será justo o<br />

tamanho déficit por nossa<br />

culpa? Minha sugestão é<br />

que se abandone a intermediação<br />

e deixe-se livre o comércio<br />

do álcool carburante,<br />

para que o interessado<br />

faça o comércio diretamente<br />

com as usinas, etecétera<br />

(? !).<br />

Dia desses pensei em sugerir<br />

ao povo brasileiro que<br />

desse um basta às multinacionais<br />

e deixasse de comprar<br />

veículos novos, frente<br />

aos abusivos aumentos indiscriminados<br />

e impatrióticos.<br />

(Tente comprar peça<br />

por peça, e saberá que o<br />

veículo não fica tão caro).<br />

Onde estará o despertar<br />

da sensibilidade, se os fatos<br />

estão demonstrando que o<br />

abastecimento de um carro<br />

- gasolina — está subsidiando<br />

as luxuosas camionetas à<br />

diesel, dos ricos.<br />

Só no absurdo há surpresa<br />

diante do óbvio, e ao<br />

que se finaliza,<br />

AGORA,<br />

"O defeito da igualdade<br />

é que só a queremos<br />

com os nossos superiores".<br />

Henry Becque<br />

Negativas para estigmatizar<br />

o que é certo ou errado<br />

(o próprio Jesus, haverá<br />

de vir Julgar...), de qualquer<br />

dimensão não quero ser<br />

condenado por omissão,<br />

MENOS AINDA ser aplaudido<br />

por meia dúzia de<br />

ofendidos, se houverem. Assim,<br />

v')u ao propósito:<br />

ANOMIA — ausência de regras<br />

de organização.<br />

A esse efeito, recôndito<br />

memorável "foi" o orado<br />

pungente, no qual um colega<br />

nosso — Notif isco n9 50,<br />

intemente reclamou por um<br />

plano de carreira.<br />

Graças a Deus, ainda para<br />

a livre manifestação do<br />

pensamento não foi daquela<br />

vez que chamou para si o<br />

Artigo 59, IV, apoiado ao<br />

direito de informação, pelo<br />

item XIV do mesmo artigo,<br />

da Lei Suprema.<br />

Não tratou de casuísmo,<br />

mas pensou nos colegas<br />

diante da munição intelectual<br />

da qual é dotado, frente<br />

ao desolador quadro legado<br />

de lei, hoje tão desatualizado,<br />

e como seria a<br />

sua adaptação no transcorrer<br />

dos anos. Imagináveis<br />

tempos idos, que para se sepultar<br />

uni cadáver necessitava-se<br />

de concurso. Quem<br />

sabe, talvez os anos provarão<br />

que o concursado deva<br />

ser o prefeito, o mandatário.<br />

A motivação é um estado<br />

interior que regula, promove,<br />

convergindo para os<br />

objetivos pré-mo ldados.<br />

Convenhamos, pertencer<br />

mais acima deve ser<br />

evento de escalão de remarcado<br />

relevo, onde sobremaneira<br />

sobrepuja-se o indivisível.<br />

Ao TUPONI, peço que<br />

aceite meus parabéns! Oxalá,<br />

hajam outros adeptos.<br />

Colega, já refletiu que<br />

nunca terá oportunidade para<br />

subir?.<br />

você acredita<br />

que seu chefe pedirá afastamento<br />

para beneficiá-lo?<br />

Ilustrando: Trabalho ao<br />

lado de uma pessoa maravilhosa,<br />

ex-gerente de banco,<br />

"pura", esbanjador de talento,<br />

divide conhecimento,<br />

distribui amizade, é carismático...<br />

só que o tempo passa<br />

e ele não é aproveitado;<br />

foi friccionando a lâmpada<br />

que Aladim serviu-se do gênio.<br />

E o Milton não faz segredo<br />

para ninguém, quer a<br />

batuta para mostrar como<br />

reger a orquestra, pois de<br />

música ele entende.<br />

Se pleitear via política,<br />

pior ainda, no trono o combustível<br />

será a negociação<br />

partidária. É pegar ou largar<br />

contrariando, de que a verdade<br />

não está nos extremos<br />

Atenção para o grifo:<br />

A CULPA É DA LEI.<br />

A propósito:<br />

A) - louvada seja a idéia para<br />

o fechamento de algumas<br />

delegacias. Poderia até iniciar<br />

principalmente por aquelas<br />

que não possuem postos<br />

fiscais.<br />

B)- de que alguém ensine ao<br />

anunciante, a diferença entre<br />

o aumento e reajuste,<br />

para que os telespectadores<br />

não continuem enganados e<br />

façam maus juízos dos servidores.<br />

C)- de pensar-me em organismo<br />

próprio para as mesmas<br />

medidas em iguais pro-<br />

°lemas; de pensar-se que para<br />

os postos fiscais crie-se<br />

delegacia central; que as remoções<br />

sejam de posto para<br />

Dosto...<br />

O enxugamento do<br />

Melo Peixoto é terrível, 3<br />

AFs para 10 mil veículos<br />

dia. Gostaria que seu pai<br />

fosse um dos funcionários?<br />

E o herói é o Tiradentes<br />

Bem que o maior Julgamento<br />

é àquele da própria<br />

consciência, não obstante,<br />

você que é puro, que está<br />

tão preparado a ponto de<br />

poder receber a morte dentro<br />

de instantes; você que<br />

distribui tanto bem, que cativou<br />

tanta amizade, a ponto<br />

de saber quais e quantos<br />

amigos estarão hoje em seu<br />

guardamento, a você que<br />

pode julgar, pergunto: Não<br />

seria acima do bem material<br />

acima do individual ou do<br />

coletivo, acima mesmo de<br />

tudo, CRISTÃO, a 54 das<br />

transitórias?<br />

Teria sido em vão, o<br />

preâmbulo: "Nós, representantes<br />

do POVO... sob a<br />

proteção de Deus..."<br />

Não, não foi evangélico?<br />

Meus respeitos, vou rezar<br />

para compreendê-lo, e respeitá-lo.<br />

Sei, até que antes<br />

do julgamento, você trocou<br />

de posição, (que quando depara<br />

com um mendigo, trata-o<br />

como se fosse o próprio<br />

Cristo, testando-o). •<br />

O que não acho bíblico,<br />

é o eternizar-se na posição.<br />

E os iguais? Nada aos semelhantes?<br />

Será que encontramos<br />

o insubstituível, o dono<br />

da verdade?<br />

No Brasil o reitor é escolhido,<br />

votado. Votado o<br />

Presidente da República, o<br />

Diretor da escola, Juízes e,^<br />

Promotores são votados nos<br />

EE UU...<br />

Reeleição? E por que<br />

não? O bom deve permanecer.<br />

Eu votaria no meu, pensando<br />

no espírito de liderança,<br />

na capacidade de serviço,<br />

no ser humano que é.<br />

Algo mais democrático<br />

do que a eleição periódica?<br />

Dê sua sugestão enquanto<br />

for só sua, então poderemos<br />

continuar no erro.<br />

• Unam-se, aproveitem a<br />

liderança do Doutor Azzolin,<br />

explorem àquela capacidade<br />

que até hoje não disse<br />

não; participem, façam regulamento<br />

bom para todos,<br />

participem; pois, já não poderei<br />

igualmente participar,<br />

esté é o meu derradeiro artigo<br />

como funcionário ativo.<br />

Foi bom estar com vocês<br />

um pedação da minha<br />

vida.<br />

ADEUS,<br />

Vasco


JANEIRO/90 NOTIF ISCO PÁGINA 17<br />

nTrevisTa<br />

• • • ••• • • ••• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • 4*•• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • o • •• nn • • •<br />

Dúvidas?<br />

Angela Beatriz de Souza Lopes<br />

O GRHS da SEFA esclarece<br />

Em busca de melhores esclarecimentos<br />

sobre assuntos que são de interesse<br />

geral da classe fiscal,<br />

o NOTIFISCO foi ao GRHS e<br />

entrevistou Angela Beatriz de Souza Lopes,<br />

ocupante do cargo de Auxiliar Técnico,<br />

que respondeu às seguintes perguntas:<br />

NOTIF ISCO<br />

Qual o motivo do nãopagamento<br />

integral do<br />

terço de férias?<br />

Ãngela — Em prin<br />

cípio, deve-se a uma<br />

determinação do Sr.<br />

Diretor <strong>Geral</strong>, o qual.<br />

dá como razão, o fato<br />

do Tesouro <strong>Geral</strong> do<br />

Estado não comportar<br />

esta despesa este mês.<br />

NOTIF ISCO — Como<br />

e quando será feito<br />

o restante do pagamento<br />

do terço de férias<br />

relativo a janeiro?<br />

Angela — Bem,<br />

uma parte já foi paga<br />

no contracheque de<br />

dezembro; o restante<br />

será pago em três vezes:<br />

fevereiro, março e<br />

abril.<br />

NOTIF ISCO — Já<br />

que a inflação anda na<br />

ordem de 50% ao mês,<br />

haverá correção monetária<br />

das parcelas faltan<br />

tes?<br />

Ãngela — Este caso<br />

é um caso atípico, motivado<br />

pela situação<br />

econômica que vive o<br />

Estado.<br />

O Estado não<br />

está programado para<br />

corrigir as parcelas faltantes.<br />

NOTIF ISCO<br />

Uma outra pergunta.<br />

Como vai funcionar o<br />

redutor de salários?<br />

Ãngela — O teto<br />

máximo (bruto) é de<br />

NCz$ 39.822,00. O<br />

que passar desta importância<br />

estará sujeita<br />

ao redutor.<br />

NOTIF ISCO — O<br />

que está fora do redutor?<br />

Angela — Atualmente,<br />

o redutor não<br />

abrange o desconto do<br />

IPE e qualquer tipo de<br />

atrasado.<br />

NOTIF ISCO — E-<br />

xiste possibilidade de<br />

ser excluído o imposto<br />

de renda?<br />

Ãngela — Esta hipótese<br />

não está prevista.<br />

Talvez seja esta<br />

uma bandeira a ser empalmada<br />

pela classe de<br />

agentes fiscais.<br />

NOTIF ISCO — E-<br />

xiste uma justificativa<br />

lógica para o "redutor"?<br />

Angela — Esta foi<br />

uma opção adotada<br />

pelo governo do Estado<br />

com o intuito de<br />

evitar super-salários,<br />

muito embora seja<br />

difícil dizer-se o que é<br />

um super-salário, já<br />

que a inflação corrói<br />

tudo. Por outro lado, é<br />

bom lembrar que sem<br />

o redutor de salários<br />

talvez não houvesse<br />

possibilidade da conces<br />

são ao funcionalismo<br />

público em geral dos<br />

índices que aí estão.<br />

NOTIF ISCO<br />

Mudando de assunto, a<br />

nova constituição estadual<br />

prevê a possibilidade<br />

do func'onário<br />

gozar apenas a metade<br />

da licença prêmio e<br />

perceber em dinheiro a<br />

outra metade. Tal dispositivo<br />

constitucional<br />

já está sendo aplicado?<br />

Ãngela — Estamos<br />

apenas aguardando<br />

uma resposta da SEAD<br />

sobre o assunto. Tão<br />

logo a tenhamos, passaremos<br />

a adotá-la.<br />

Temos recebido inúmeros<br />

requerimentos<br />

postulando tal benif<br />

(cio; mas, como já<br />

disse, aguardamos apenas<br />

uma definição da<br />

SEAD.<br />

NOTIFISCO — Você<br />

teria vontade de dizer<br />

mais alguma coisa?<br />

Ãngela — Tenho<br />

sim. O tempo de exército<br />

e prefeitura não<br />

estão sendo considerados<br />

para efeito de adicionais<br />

por determinação<br />

da SEAD. Os celetistas<br />

interessados em<br />

"vender" 10 dias de<br />

suas férias e receber o<br />

Angela Beatriz de Souza Lopes, ocupante do cargo de Auxiliar Técnico<br />

no GRHS da SEFA.<br />

terço pertinente às<br />

mesmas, deverão requerê-las<br />

ao GRHS 15<br />

dias antes da aquisição<br />

das férias.<br />

Por determinação<br />

da SEAD o adiantamento<br />

de salários a servidores<br />

regidos pela<br />

CLT, por ocasião do<br />

gozo de férias, a partir<br />

de fevereiro, não mais<br />

será efetuado.<br />

NOTIF ISCO — Você<br />

poderia esclarecer<br />

melhor?<br />

Ãngela — Pois não.<br />

Quando das férias, os<br />

servidores celetistas recebiam<br />

10 dias das<br />

mesmas, o terço constitucional<br />

e ainda 80io<br />

de antecipação salarial.<br />

Esclareço que a percepção<br />

da antecipação<br />

salarial na ordem<br />

de 80% era opcional.<br />

Isto é, dependia de requerimento<br />

que, talvez<br />

por desconhecimento<br />

da norma legal, eram<br />

poucos os servidores<br />

que requeriam a antecipação.<br />

Por último, quero<br />

alertar aos chefes de<br />

S.A.A. para que atentem<br />

para o prazo estipulado<br />

para a devolução<br />

do aviso de férias.<br />

O atraso na remessa ao<br />

GRHS pode causar<br />

atraso na implantação<br />

do terço de férias.<br />

Se você não tiver<br />

mais nenhuma pergunta,<br />

por hoje é só.


PÁGINA 18 NOTIF ISCO JANEIRO/90<br />

Dentro da política de integração fisco-contribuinte, esta Regional se fez presente junto ao Sindicato dos Contabilistas de Ponta Grossa, levando conhecimento das últimas altar,-<br />

çdes ocorridas na legislação tributária, em especial as referidas pelos Decretos 5766/89 e 5759/89, sob a responsabilidade técnica de José Cláudio Alves — Inspetor Regional de<br />

Tributação e Antonio Jair dos Santos — Inspetor Regional de Fiscalização. Na foto, José Cláudio Alves discorrendo sobre ICMS.<br />

vacação Fiscal<br />

Ótimos<br />

resultados<br />

Com o objetivo de melhorar a<br />

performance do ICM,declarado em<br />

G IA, foi desenvolvido no mês de<br />

novembro, mais um bem sucedido<br />

trabalho de exação fiscal, que<br />

contou com a participação de<br />

funcionários lotados na Inspetoria<br />

Regional de Fiscalização e de<br />

Chefes das Agências de Rendas,<br />

supervisionados pelo Assessor de<br />

Resultados, Sr. Felipe Fernandes<br />

Pacheco.<br />

Este tipo de trabalho tem<br />

demonstrado que, o contato do<br />

Fisco com o Contribuinte,<br />

provoca uma aproximação que<br />

resulta em esclarecimentos aos<br />

empresários, sobre a situação do<br />

estabelecimento perante a Receita<br />

Estadual, oportunidade em que,<br />

é possível regularizar-se a situação<br />

de muitas Empresas sem a<br />

necessidade de ação fiscal.<br />

Além do que, este trabalho<br />

apresenta resultado efetivo e<br />

imediato em termos de<br />

arrecadação.<br />

Esta tarefa foi desenvolvida em<br />

diversos municípios jurisdicionados<br />

à DRR, principalmente onde as<br />

ARs foram desativadas. -<br />

Pelo sucesso já alcançado com<br />

este tipo de atividade fiscalizadora,<br />

o Delegado Saudino Barbiero, tem<br />

praticamente incluído esta tarefa<br />

na programação mensal da<br />

I. R. F.<br />

Concurso Agência Modelo<br />

3.a Edição<br />

Quando assumiu os destinos da ILF'<br />

DRR, em março de 1987, o Delegado<br />

Saudino Barbiero, em seu primeiro pronunciamento<br />

aos funcionários dizia:<br />

"quem não é a maior, deve ser a melhor".<br />

E, dentre outras formas de incentivar<br />

os funcionários, através de Ato instituiu<br />

o "Concurso Agência-Modelo", que<br />

já está na sua Edição.<br />

Nas duas edições já realizadas, foi<br />

eleita em 1.987, como Agência Modelo,<br />

a A.R. de Capanema, chefiada na época<br />

pelo nosso saudoso colega Célio Duarte,<br />

e em 1.988, pelo zelo e capricho dispendidos<br />

peia então chefe da A.R., Amnéris<br />

Prolo Thomasoni, foi destacada como<br />

Agência Modelo a A.R. de Renascença.<br />

Em 1.989, para dar continuidade a<br />

esta brilhante idéia, o Delegado Saudino<br />

Barbiero constituiu a comissão julgadora<br />

formada pelos funcionários Arlindo Zanela,<br />

como presidente e Carlos Á.T. Coradi<br />

e Rosenery T. Cavalheiro, que receberam<br />

a nobre missão de realizar a avaliação das<br />

agências de rendas, para destacar a A.R.<br />

Modelo, edição 1.989.<br />

De acordo com o relatório da Comissão,<br />

a tarefa recebida foi das mais difíceis.<br />

O nível de organização e apresentação das<br />

Repartições visitadas foi do melhor quilate.<br />

Nesta Edição, a agência que, após a<br />

criteriosa avaliação realizada pela Comissão<br />

designada obteve a melhor colocação<br />

O chefe<br />

da A.R. de<br />

Capanema,<br />

Ivan Carlos<br />

dos Santos,<br />

e seus<br />

auxiliares.<br />

nos diversos quesitos, foi a Agência de<br />

Rendas de Capanema, sagrando-se assim a<br />

AGÊNCIA DE RENDAS-MODELO 1989.<br />

Desta forma, estão de parabéns o<br />

Funcionários<br />

CLT(s) da<br />

Agência<br />

de Rendas<br />

Modelo da<br />

DRR.<br />

Chefe da A.R., Ivan Carlos dos Santos e<br />

os funcionários, Nailton, Lurdes e Neusa,<br />

pelo excelente trabalho realizado naquela<br />

Repartição.


JANEIRO/90<br />

NOTIF ISCO<br />

Economia<br />

Receita Estadual<br />

divulga resultados<br />

da fiscalização<br />

Hauly anuncia crescimento real de 92,3% na produção fiscal.<br />

O Fisco emitiu mais de 25 mil autos de infração em 89 e,<br />

entre ICMS e multas, arrecadou NCz$ 586,8 mi<br />

atuação da Coordenação<br />

da<br />

Receita do Estado",<br />

explica<br />

o Secretário da<br />

Fazenda, Luiz<br />

Carlos Hauly,<br />

"no decorrer de 1989, foi<br />

direcionada para que a<br />

fiscalização buscasse as causas<br />

e circunstâncias da sonegação<br />

fiscal. Como resultado<br />

desse trabalho, o Fisco<br />

Estadual emitiu 25.701 autos<br />

de infração, correspondendo<br />

a 53,5 milhões de<br />

aTNs, ou seja NCz$ 586,8<br />

milhões, entre ICMS e multas,<br />

o que representa um<br />

crescimento real de 92,3<br />

por cento na produção<br />

fiscal se comparada ao ano<br />

anterior."<br />

Vários fatores foram<br />

essenciais para o desenvolvimento<br />

das atividades da Receita<br />

Estadual, enfatizou<br />

Hauly. O primeiro deles foi<br />

a introdução do sistema de<br />

controle gerencial, através<br />

da Ficha de Controle Fiscal,<br />

seguindo modelo alemão.<br />

implantada como resultado<br />

do convênio de cooperação<br />

técnica na área de administração<br />

fazendária. Este sistema<br />

tornou a fiscalização<br />

ágil, dinâmica, impessoal,<br />

além de possibilitar a sua<br />

centralização e programação.<br />

Outros fatores destacados<br />

foram o bom relacionamento<br />

do Fisco Estadual<br />

com todas as entidades representativas<br />

de contribuintes,<br />

produtores e contadores<br />

e a defesa da justiça fiscal,<br />

através da não concessão de<br />

anistias fiscais ou favorecimentos<br />

que beneficiassem<br />

segmentos.<br />

F ISCA L I ZA ÇÃO<br />

A produção fiscal alcançada<br />

no ano que passou foi<br />

resultado de diferentes projetos<br />

de fiscalização, entre<br />

eles a ação relativa a contagem<br />

de estoques que, iniciada<br />

em meados de novembro,<br />

visitou 2.620 empresas.<br />

A contagem de estoque é<br />

realizada por ocasião do fechamento<br />

do balanço contábil<br />

para evitar "ajustes" que<br />

visam burlar o pagamento<br />

dos impostos.<br />

Já a "Operação Alerta<br />

Fiscal", que se constitui na<br />

realização de atividades fiscais<br />

de curta duração, com<br />

ações de vistoria de estoques,<br />

máquinas registradoras,<br />

fiscalização volante, carga-descarga,<br />

gráficas, desenquadramento<br />

de microempresas<br />

e outros serviços fiscais,<br />

foi realizada em 21<br />

municípios, onde foram visitadas<br />

2.056 empresas e vistoriados<br />

8.600 • eículos,<br />

tendo sido lavrados 321 autos<br />

de infração para o lançamento<br />

de 2,1 milhões de<br />

BTNs, em ICMS e multas.<br />

As operações de atuação<br />

conjunta SEFA/CRE e<br />

SESP — Secretaria de Segurança<br />

Pública --- e Receita<br />

Federal -- integrada Paraná,<br />

Fronteira, Sudoeste e'<br />

Oeste, compostas de 215<br />

operações em pontos estratégicos<br />

do Estado 's tiveram<br />

como resultado, na área da<br />

Receita Estadual, 976 autos<br />

equivalentes a 916,8 mil<br />

BTNs.<br />

Essas ações também<br />

tiveram significativo alcance<br />

na área de segurança pública<br />

com a apreensão de armamentos,<br />

drogas e veículos<br />

roubados.<br />

Os resultados obtidos<br />

com a Operação Integrada<br />

Paraná, conforme o diretor<br />

da Receita do Estado,<br />

Clóvis Rogge, levou os<br />

Ministérios da Fazenda e<br />

Justiça a desenvolverem a<br />

Operação ECO, nos mesmos<br />

moldes, em sete anos. No<br />

Paraná foram realizadas 5<br />

ações integradas dentro da<br />

ECO, com uma produção<br />

fiscal de 47,7 mil BTNs.<br />

AUDITORIAS E<br />

NOVAS CONCESSÕES<br />

Um rigoroso controle<br />

dos procedimentos de concessão<br />

de 287 novas inscrições<br />

nos ramos de atividades<br />

de maior risco de calote<br />

fiscal foi promovido ao longo<br />

de 89. Este Controle,<br />

informa Rogge, teve como<br />

objetivo evitar a formação<br />

das chamadas empresas "laranjas",<br />

isto é, aquelas que<br />

são constituídas por sócios<br />

"testas- de- ferro", basicamente<br />

nos ramos de comercialização<br />

no atacado de<br />

carne bovina, produtos de<br />

laticínios, café e cereais em<br />

geral.<br />

Entre as diversas ações<br />

fiscais também foram efetuadas<br />

auditorias, através de<br />

levantamento fiscal completo<br />

de pelo menos um exercício<br />

fisco-contábil, em<br />

3.216 empresas, das quais<br />

311 de grande porte.<br />

Transcrito do Estado do Paraná<br />

de 19/01 /90.


PAGINA 20<br />

NOTIF ISCO<br />

JANE 1110/90<br />

<strong>Geral</strong><br />

Cascavel promove Curso de<br />

Atualização sobre ICMS<br />

A 13 D R R, SEDIADA EM CASCAVEL, EM CONJUNTO COM O<br />

CENPRE, PROMOVEU MAIS UM CURSO SOBRE<br />

ATUALIZAÇÃO DE ICMS, OBJETIVANDO APERFEIÇOAR<br />

AINDA MAIS OS FUNCIONÁRIOS LOTADOS NAQUELA REGIONAL.<br />

O CURSO TEVE COMO INSTRUTORES:<br />

LINDOLFO TIMM, INSPETOR REGIONAL DE FISCALIZAÇÃO;<br />

MARIA E.M. COSECHEN, INSPETORA REGIONAL DE TRIBUTAÇÃO<br />

E JORGE T. MYASAVA, DA A.R. DE CASCAVEL.<br />

NAS FOTOS, ALGUNS MOMENTOS DO CURSO.<br />

Lindolfo Timm, um dos instrutores ao curso.


JANEIRO/90 NOTIF ISCO PAGINA 21<br />

Ligiortas3Sttrato5<br />

f<br />

Miguel<br />

Arcanjo<br />

Dias,<br />

delegado<br />

CORNEI JO PROCÓPIO<br />

Uma administração bem sucedida<br />

O empenho e o denodo da equipe da 7:3 D RR de Cornélio Procópio fazem com que<br />

a administração de Miguel Arcanjo Dias seja uma das mais dinâmicas de todo o Estado.<br />

Reconhecendo no homem o valor máximo de uma organização,<br />

Miguel Dias investe nos funcionários de sua Regional, propiciando-lhes treinamentos<br />

contínuos sobre I CMS e uma efetiva participação em sua administração.<br />

No porta-retratos deste mês o NOTIF ISCO apresenta a equipe da 7' DRR:<br />

Uma equipe bem sucedida.<br />

Ari<br />

Rodrigues<br />

de Campos,<br />

inspetor<br />

regional de<br />

Tribu tacão.<br />

inspetor<br />

regional de<br />

Fiscalização.<br />

Joel<br />

Fernandes<br />

de Lima,<br />

chefe da<br />

A. R. de<br />

Cornélio<br />

Procópio.<br />

Yara<br />

da Silva<br />

Mattos,<br />

caixa da<br />

A. R. de<br />

Cornélio<br />

Procópio.<br />

Solange<br />

Galli<br />

Naldi,<br />

chefe<br />

do SA.A.<br />

Ricardo<br />

de Freitas,<br />

chefe do<br />

Posto Fiscal<br />

Charles<br />

Naufal.<br />

John<br />

Ernani<br />

Menon,<br />

chefe<br />

da A. R.<br />

de Assai.<br />

Francisco<br />

Brito<br />

Sobrinho,<br />

chefe<br />

da A. R.<br />

de Ural:<br />

Antonio<br />

José<br />

Moreira,<br />

chefe da<br />

A R. de<br />

Santa<br />

Mar ia na.<br />

Lúcio C.<br />

Silva<br />

Macedo,<br />

chefe da<br />

A.R. de<br />

Ribeirão<br />

do Pinhal.<br />

Hermenegildo<br />

Furlanetto,<br />

chefe da<br />

A. R. de<br />

Bandeirantes.


PÁGINA 22<br />

NOTIF ISCO<br />

JANEIRO/90<br />

Além da<br />

notícia<br />

Tuponi — 13.? DRR<br />

No período compreendido entre<br />

24 e 27 de outubro do corrente,<br />

estivemos na companhia de mais<br />

seis colegas de Cascavel, participando<br />

do 69 CONAFITE (Congresso<br />

Nacional de Fiscais de Impostos e<br />

Tributos Estaduais) na cidade de<br />

Curitiba, representando a nossa regional.<br />

Na oportunidade um trabalho<br />

por nós elaborado estava constando<br />

da pauta do congresso para ser apresentado..<br />

Dito trabalho, dentro da programação<br />

do congresso, tratava dos<br />

aspectos da Oualificaçao e da Quantificação<br />

do Fiscal de Tributos.<br />

Por conseguinte, no conteúdo<br />

do trabalho condenamos a ingerência<br />

política principalmente na criação<br />

dos conhecidos "trens da alegria".<br />

• que a imprensa noticiasse<br />

o tema do trabalho (que não<br />

tratou especificamente do caso paranaense)<br />

para que as partes interessadas<br />

(principalmente os senhores<br />

conferentes) se manifestassem repudiando<br />

a nossa posição, uma vez<br />

que feria seus interesses.<br />

Uma pena que esses passageiros<br />

do trem da alegria, da linha 54,<br />

tenham lido somente a notícia nos<br />

jornais, sem saberem que o nosso<br />

trabalho tratava de um assunto er,7-<br />

bora polêmico, mas de maneira genérica,<br />

vista do lado macro, sem ao<br />

menos se preocupar com o nosso<br />

"trem", uma vez que sobre tal assunto<br />

já tínhamos tomado posição<br />

na Assembléia <strong>Geral</strong> do nosso sindicato,<br />

quando ficou decidido por<br />

maioria dos presentes que "não<br />

iríamos discutir judicialmente" a<br />

legalidade ou não do dispositivo<br />

constitucional (isto em 1410.89).<br />

Ações tomadas dentro do<br />

extremo da emoção geralmente são<br />

lamentáveis, pois nesse momento a<br />

razão dá um tempo e ausenta-se do<br />

calor da discussão.<br />

Na realidade todas as pessoas<br />

que batalharam um cargo qualquer<br />

ou que sejam sensatas, são contra<br />

essas medidas arbitrárias que beneficiando<br />

poucos, tolhem o interesse<br />

geral de pessoas que se preparam<br />

para enfrentar a nível de igualdade<br />

uma disputa legal, com armas<br />

iguais, com regras gerais e indiscutíveis.<br />

Além do que mesmo entre os<br />

senhores conferentes há aqueles que<br />

não terão condições de cumprir às<br />

exigências da legislação e perderão<br />

o trem.<br />

E entao perguntamos, onde<br />

está a justiça?<br />

As ameaças das verdades<br />

imperfeitas<br />

Alexandre do Espirito Santo<br />

Generalizações nunca<br />

são completamente verdadeiras<br />

ou inteiramente falsas:<br />

são verdades imperfeitas.<br />

O problema é que pes<br />

soas e entidades afetadas<br />

por elas não as aceitam,<br />

quando depreciativas, e as<br />

ignoram quando elogiosas.<br />

Portanto, elas não conduzem<br />

a qualquer mudança<br />

desejável. Mas, em situação<br />

de crise, elas esparzem perplexidades<br />

e alimentam pessimismos.<br />

Podem ser vora<br />

zes desestabilizadoras sociais.<br />

No pastoso estado da<br />

economia nacional multiplicam-se<br />

as "cassandras" de<br />

muitas das instituições do<br />

país. Tornou-se hábito consumir<br />

as verdades imperfeitas<br />

propaladas por elas e-incorporar<br />

em nossas atividades<br />

seus amargos vaticínios.<br />

São produtos de elucubrações<br />

inteligentes, fundamentadas<br />

na capacidade de<br />

expressar e fazer bem urdidas<br />

associações. Porém, frequentemente<br />

espelham percepções<br />

originadas de experiências<br />

difusas, misturando<br />

o verossímil com o incrível.<br />

E, nessa salada comodista,<br />

põe-se mais vinagre que<br />

tempero de critérios.<br />

O problema que estou<br />

focando não tem recebido<br />

da mídia a atenção que merece.<br />

Trata-se do crescente<br />

número de jeremiadas que<br />

atinge diariamente milhões<br />

de brasileiros, abatendo o<br />

ânimo dos operosos e consolidando<br />

o desânimo dos<br />

fracos e acomodados. O mal<br />

que essas jeremiadas causam<br />

BONN — Beijos, abraços<br />

apertados e qualquer tipo<br />

de carícia são os melhores<br />

remédios para se conservar<br />

jovem e em forma, longe de<br />

doenças. A afirmação está<br />

contida em um estudo científico<br />

publicado pelo jornal<br />

alemão "Bild". Segundo a<br />

pesquisa, o beijo e as demais<br />

demonstrações de carinho<br />

são capazes até de diminuir<br />

os acidentes de trânsito.<br />

O estudo assegura que<br />

um simples beijo aumenta a<br />

pulsação do coração de 70<br />

batimentos para cerca de<br />

150, o que força o bombeamento<br />

por parte do coração<br />

de um litro de sangue a<br />

não pode ser estimado, porque<br />

afetam diferentemente<br />

diferentes pessoas. Entretanto,<br />

por não serem mentiras<br />

completas, acabam<br />

acumulando com outras<br />

fontes de insatisfações, acionando<br />

em cada um mecanismos<br />

de sobrevivência<br />

compatíveis com o desânimo<br />

já instalado no contexto<br />

instável.<br />

Há generalizações provindas<br />

da experiência empírica<br />

(vivências) e da experiência<br />

vicária (leituras) que<br />

servem para alertar contra<br />

perigos nascentes ou subjacentes<br />

numa situação.<br />

Quando expressas de maneira<br />

probabil ística, podem ser<br />

meros prognósticos e, neste<br />

caso, desnecessitam pesquisas<br />

comprobatórias. Porém<br />

há outras que são expressas<br />

como se fossem resultados<br />

de estudos sistemáticos. Essas<br />

são perigosas, porque<br />

frequentemente convincentes.<br />

Se não muito importantes<br />

e não hasteadas em pesquisas<br />

válidas, alarmam<br />

tes e não hasteadas em pesquisas<br />

válidas, alarmam<br />

irresponsavelmente.<br />

O serviço público em geral<br />

e as instituições educacionais<br />

em particular parecem<br />

ser alvos prediletos dos<br />

disseminadores de verdades<br />

imperfeitas. Naturalmente,<br />

o pequeno número de pesquisas<br />

institucionais facilita<br />

essa predileção. As universidades<br />

são em geral as mais<br />

alvejadas. Em dezembro de<br />

1988 o professor Edmundo<br />

Campos (IUPERJ), numa<br />

entrevista à "Veja" faz as<br />

seguintes afirmações, entre<br />

mais, pois as células pedem<br />

mais oxigênio para trabalhar.<br />

E este aumento da ta-,<br />

xa de oxigenação auxilia o<br />

metabolismo celular.<br />

Assim, as pessoas muito<br />

beijoqueiras sofrem com<br />

menos frequência de enfermidades<br />

ou molésticas do<br />

aparelho circulatório e também<br />

do estômago e da vesícula.<br />

Além disso, eles também<br />

têm mais facilidade em<br />

pegar no sono e pouca propensão<br />

à insônia e às dores<br />

de cabeça.<br />

Um beijo, também de<br />

acordo com os cientistas<br />

alemães, põe em circulação<br />

pelo corpo urna série de<br />

hormônios que proporciooutras<br />

de peso semelhante:<br />

a) A universidade não<br />

faz nenhuma falta, tornouse<br />

absolutamente irrelevante;<br />

b) A autonomia universitária<br />

hoje é um mito; c) Os<br />

verdadeiros cientistas têm<br />

medo de enfrentar as reuniões<br />

de docentes nas universidades;<br />

d) O problema<br />

(das universidades) no Brasil<br />

não é falta de dinheiro,<br />

mas de idéias; e) Oitenta<br />

por cento da produção científica<br />

nacional é resultado<br />

de dez por cento dos programas<br />

de pós-graduação, os<br />

outros 90 por cento não<br />

produzem absolutamente<br />

nada; e f) Nas salas de aula<br />

ficam os (professores)<br />

med locres.<br />

Mais recentemente, através<br />

de artigo da professora<br />

Maria Lúcia Victor Barbosa,<br />

publicado por este Jornal,<br />

ás universidades brasileiras<br />

foram mais Uma vez atingidas<br />

por outras verdades imperfeitas.<br />

O autor é o professor<br />

Simon Schwartzman,<br />

da UFMG. Ele fez as seguintes<br />

afirmativas: a) A<br />

univesidade perdeu capacidade<br />

de formar elites; b) A<br />

universidade é cada vez<br />

menos capaz de formar profissionais;<br />

c) A queda de<br />

qualidade do ensino universitário<br />

se deve também ao<br />

sistema de crédito; d) A<br />

função da pesquisa se torna<br />

cada vez mais difícil na universidade;<br />

e) A universidade<br />

tem dificuldade em cumprir<br />

sua função de extensão.<br />

Se tais afirmativas fossem<br />

hipóteses defensáveis,<br />

somente deveriam ser interpretadas<br />

após cuidadosa<br />

O melhor dos remédios<br />

nam bem-estar e alegria à<br />

pessoa. Dependendo do ardor<br />

do beijo, estes hormônios<br />

podem até diminuir a<br />

sensação de dor de uma maneira<br />

equivalente a uma dose<br />

de morfina, segundo o relatório<br />

publicado no "t3ild".<br />

Estes hormônios fazem do<br />

beijo uma espécie de "anjo<br />

da guarda", pois uma pesquisa<br />

realizada entre<br />

homens casados e que dirigem<br />

mostrou que os que são<br />

beijados pelas mulheres antes<br />

de sair de casa para o<br />

trabalho tendem a ter<br />

menos acidentes no tráfego.<br />

O relatório dos estudiosos<br />

alemães afirma que o<br />

beijo é uma das melhores<br />

verificação, através de pequ<br />

isa s.<br />

Porém, são apenas<br />

generalizações de experiências<br />

assistemáticas. Não sei<br />

de nenhuma pesquisa, com<br />

alguma validade interna,<br />

que tenha envolvido as oitenta<br />

e três universidades do<br />

Brasil, em um ou mais estudos<br />

que fundamentem essas<br />

e outras afirmativas semelhantes.<br />

Provavelmente,<br />

nenhum pesquisador social,<br />

devidamente instrumentado,<br />

sequer visitou todas<br />

elas. E correto fazer interferências<br />

sobre coisas semelhantes,<br />

quando se conhece<br />

bem um ou dois elementos<br />

do conjunto. Todavia, uma<br />

universidade, em alguns aspectos,<br />

é igual a todas as,<br />

demais; em outros, assemelha-se<br />

a poucas, e no todo,<br />

não é semelhante a nenhu -4<br />

ma. Sem pesquisas institucionais<br />

fidedignas, tais afirmativas<br />

servem mais para<br />

alarmar que para provocar<br />

mudanças.<br />

É desejável que os acadêmicos<br />

capazes de contribuir<br />

para o aumento de conhecimento<br />

e entendimento<br />

dos nossos problemas institucionais<br />

saiam dos seus gabinetes,<br />

instrumentem-se<br />

cientificamente, arregacem<br />

as mangas e penetrem a realidade<br />

que desejam revelar.<br />

Sem pesquisas, generalizações<br />

são meros exercícios<br />

de inteligência associativa<br />

ou, no máximo, interessantes<br />

especulações filosóficas,<br />

que para nada contribuem.<br />

O autor é doutor pela Universidade<br />

de Wisconsin e professor da Lin'<br />

versidade de Londrina. (Transcrito da<br />

"Folha de Londrina" de 17/01/90).<br />

formas de se evitar as rugas<br />

e de se fazer ginástica facial,<br />

já que põe em movimento<br />

nada menos do que 29 músculos<br />

do rosto. Ainda no<br />

campo dos benefícios estéticos,<br />

o estudo revela que o<br />

beijo emagrece, pois obriga<br />

o organismo a consumir cerca<br />

de 12 calorias, mais ou<br />

menos o mesmo que um<br />

abraço bem apertado.


JANEIRO/90<br />

NOTIF ISCO<br />

EnTrevisTa<br />

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••<br />

Waldemiro Machado<br />

Pensão O IPE esclarece o assunto<br />

Em entrevista exclusiva ao NOTIFISCO,<br />

o chefe da Divisão de Pensões do IPE,<br />

Waldemiro Machado, respondeu de maneira<br />

objetiva e clara todas as perguntas<br />

que lhe foram formuladas,<br />

trazendo um pouco ma is de luz a um assunto<br />

que embora simples,<br />

para muitos ainda parece complexo.<br />

Aqui, a íntegra da entrevista.<br />

Waldemiro — A<br />

companheira, mediante<br />

comprovação, terá<br />

os mesmos direitos,<br />

desde que a convivência<br />

seja de cinco<br />

aros.<br />

No caso do servidor<br />

ser legalmente casado,<br />

a viúva terá 25%<br />

da pensão, a companheira<br />

terá igualmente<br />

25% e os 50% restantes<br />

será igualmente dividido<br />

entre os filhos da<br />

viúva e da companheira.<br />

RG<br />

1-2<br />

3-4<br />

5-6<br />

7-8<br />

9-0<br />

PAGAMENTOS PARA PENSIONISTAS EM 1.990<br />

JAN/90<br />

RG ABR/90<br />

RG<br />

05/02 1-2<br />

06/02 3-4<br />

07/02 5-6<br />

08/02 7-8<br />

09/02 9-0<br />

RG<br />

FEV/90<br />

05/03<br />

06/03<br />

07/03<br />

08/03<br />

09/03<br />

MA 1/90<br />

RG MAR/90<br />

1-2 04/04<br />

3-4 05/04<br />

5-6 06/04<br />

7-8 09/04<br />

9-0 10/04<br />

RG<br />

JUN/90<br />

O requerente deve<br />

requerer junto à Secretaria<br />

de origem,<br />

uma revisão de pensão.<br />

NOTIFISCO — No 1-2 04/05 1-2 04/06<br />

NOTIFISCO<br />

caso do marido, com a<br />

Waldemiro — O<br />

3-4 07/05 3-4 05/06<br />

Qual o motivo que leva pensionista deve requerer<br />

junto à Secreta-<br />

7-8 09/05 7-8 07/06<br />

E-6 08/05 5-6 06/06<br />

as pensões a ficarem<br />

desatualizadas? ria de origem, uma<br />

9-0 10/05 9-0 08/06<br />

Waldemiro — Este revisão de pensão.<br />

problema ocorreu até Constatada a incorreção,<br />

é elaborado !Irn<br />

janeiro de 1989. , Em<br />

tese, não existe mais parecer corrigindo a<br />

esta anomalia. Temos distorção, após o que o<br />

RG JUL/90 RG AGO/90<br />

poucos casos que estão processo é enviado ao<br />

sendo estudados, um a IPE, que providencia,<br />

1-2 um; mas são fatos<br />

1-2 06/08<br />

03/09<br />

isolados.<br />

3-4 07/08 3-4 04/09<br />

A desatualização<br />

5-6 08/08 5-6 05/09<br />

ocorria face à inexis-<br />

7-8 09/08 7-8 06/09<br />

9-0 10/08 9-0 10/09<br />

tência de um cadastro<br />

de cargos e órgãos do<br />

ex-servidor, o que hoje<br />

já existe.<br />

NOTIFISCO — Em<br />

caso de permanência<br />

da desatua/ização, como<br />

deve o pensionista<br />

proceder?<br />

de imediato, a regularização<br />

e o pagamento<br />

dos atrasados<br />

dos últimos cinco<br />

anos, se for o caso.<br />

O requerimento é<br />

de ordem administrativa,<br />

não havendo necessidade<br />

de ser feito<br />

judicialmente.<br />

NOTIFISCO<br />

Quem tem direito a<br />

pensão?<br />

Waldemiro — A<br />

viúva, em qualquer<br />

condição.<br />

A filha solteira<br />

sem renda própria<br />

na época do óbito<br />

do servidor, independentemente<br />

de idade.<br />

Os filhos menores. Pai,<br />

mãe e filhos incapazes<br />

e filho universitário até<br />

25 anos.<br />

NOTIFISCO — E<br />

no caso de companheira<br />

e seus filhos?<br />

Não há necessidade<br />

de contratação de advogado<br />

para requerer atualização<br />

de pensão.<br />

morte da esposa, terá<br />

ele direito a pensão?<br />

"Waldemiro — Teoricamente,<br />

sim Estamos<br />

apenas aguardando<br />

a regulamentação<br />

da matéria. Tão logo<br />

isto ocorra, , serão tomadas<br />

as providências<br />

cabíveis.<br />

NOTIFISCO<br />

Como será o reajuste<br />

dos pensionistas a partir<br />

de janeiro de 1990?<br />

Waldemiro — O aumento<br />

real será de<br />

268%, face à elevação<br />

das quotas de produtividade<br />

e será pago<br />

dentro do calendário<br />

oficial, cuja cópia lhe<br />

entrego neste momento.<br />

RG OUT/90<br />

1-2 05/11<br />

3-4 06/11<br />

5-6 07/11<br />

7-8 08/11<br />

9-0 09/11<br />

RG NOV/90<br />

1-2 03/12<br />

3-4 04/12<br />

5-6 05/12<br />

7-8 06/12<br />

9-0 07/12<br />

1-2<br />

3-4<br />

5-6<br />

7-8<br />

9-0<br />

RG<br />

1-2<br />

3-4<br />

5-6<br />

7-8<br />

£-0<br />

RG<br />

1-2<br />

3-4<br />

5-6<br />

7-8<br />

9-0<br />

04/07<br />

05/07<br />

06/07<br />

09/07<br />

10/07<br />

SET/90<br />

04/10<br />

05/10<br />

08/10<br />

09/10<br />

10/10<br />

DEZ/90<br />

17/12<br />

18/12<br />

19/12<br />

20/12<br />

21/12<br />

NO TIFISCO — O senhor teria algo a acrescentar?<br />

Waldemiro — Sim. Enfatizo aos pensionistas que não há neces.,Idade de<br />

contratação de advogado para requerer a atualização de Pensão. Em caso<br />

de dúvidas, devem procurar o IPE pessoalmente, ou pelo telefone 234-<br />

7122, ramais 214, 338 e 339, que teremos prazer em prestar as informações<br />

cabíveis.<br />

Quero também chamar a atenção dos pensionistas para que estejam<br />

atentos ao recadastramento. Ao receberem o contracheque devem ficar<br />

alertas à mensagem que pede a comprovação de situação, estipulando<br />

inclusive uma data.<br />

Por enquanto é só.<br />

Muito obrigado.


gl(41ill/11,,,4<br />

A Fes<br />

clim<br />

DRK eotoeç °n<br />

PaP°<br />

ni:No°pelo'sisád n elft le,a0<br />

o coal -<br />

d e NnotlualitdaaaniTna çvés do Delegou°.<br />

pera,<br />

Gabinele<br />

Toda a criançada, após ganhar os pacotes de doces e In<br />

dos, quis tirar as fotos com Papai Noel. Vemos aqui a fi<br />

do Almir e Viviane Silva e a Marilene de Oliveira, que<br />

trabalhou no dia da festa, junto soma sobrinha.<br />

Aspecto da apresentação do Coral. contagiados pela música<br />

todos colocaram as tiaras natalinas e cantaram, criando um<br />

ambiente de alegria e unido.<br />

O animado Bingo realizado após o almoço deu prémios inesperados<br />

a alguns dos felizes ganhadores, como este que Rose<br />

Marie Heidemann Cardoso entrega a Newton Guides.<br />

A Ester Viana Perfeito, como sempre, contagiando com sua<br />

alegria. Aqui aparece com Eduardo e Emilia Gusmão 4o,4 Anjos,<br />

queridos companheiros de Cambé.<br />

Loreni Nakano, Almir e Viviane Silva e Laurita Pereira clbs<br />

Santos foram dos que muito trabalharam para o sucesso da<br />

festa. -


CO<br />

mu, festa para<br />

pimpai Noel<br />

OPassei.<br />

char,:lP<br />

9efoe' versa,01<br />

enCOa Miau<br />

Par,:<br />

ttead<br />

ag».7.0,10<br />

muito u<br />

C°77_<br />

fazl<br />

grrl<br />

J/03<br />

Para fias Iara<br />

e - Temos aí o Ivan Marques (A.R. Londrina), Marilene de Oli-<br />

I veira (esposa do Claudinê), Edvaldo e Sonia Bianchi (IRA),<br />

Dagmar Freitas (SA) e Leoni Kieski. A torta da foto foi uma<br />

das premiadas no Concurso Culinário.<br />

O Coral Natalino da DRR reunido para ensair as músicas<br />

que seriam apresentadas após o almoço.<br />

DdYT '-"forda,71.<br />

co 0,Q/e/ia,/ a'zro• ,<br />

ciaparte7<br />

recreara- e<br />

4/°' 0,,<br />

sua<br />

esposa<br />

O colega Paulo Donato (AR Londrina) não resistiu ao ritmo<br />

da música do Grupo do Hotel Sabão, que se apresentou na<br />

festa, e foi para o microfone também.<br />

Vemos aqui o Claudine de Uliveira, delegado da 89 DRR, um<br />

entusiasta promotor destes eventos confraternativos, quando,<br />

juntamente com a sobrinha, participava do Coral de Natal.<br />

Ayrton Lopes Branda-o, assessor da 39 DRR; Miguel Arcan-<br />

I<br />

-a<br />

o Dias, Delegado da 79 DRR; Moacir Martins da Silva, Deledo<br />

da 109 DRR; Luiz Alves de Oliveira, Delegado da 39<br />

RR, às voltas com a "lourinha gelada".<br />

Regina Crippa (AR Londrina), Orlando Aranda com a filhinha<br />

(PE), Maria da Graça Shimidt (PF) e Paulo Donato<br />

(AR Londrina).<br />

Flávio Perfeito Laurita P. dos Santos estavam dando um<br />

apoio moral a Ivan I Marques Ribeiro e Luiz Eufrásio Fávero,<br />

que juntamente com Celso Aparecido Athayde e Osvaldo<br />

Chocoroski, responsabilizaram se co m -maestria pelos<br />

assados.


' PÁGINA 26<br />

NOTIF ISCO<br />

JANE IRO/90<br />

CORNÉLIO PROCÓPIO<br />

DRR<br />

O dinamismo da administração MiguelsDias<br />

Encontro com pequenos e microempresá rios<br />

em Corne tio Procó pio<br />

Realizado no dia 19 de<br />

outubro, às 20:00 hs no anfiteatro<br />

do IBC, o encontro,<br />

que contou com a participação<br />

da Federação das Micro<br />

e Pequenas Empresas do Paraná,<br />

através de seu presidente<br />

Ercílio Santinoni, da<br />

Associação local, presidida<br />

por JamilP Gozalan e do Delegado<br />

Regional da Receita<br />

Miguel Dias, congregou micro-empresários<br />

da região,<br />

representantes da classe e<br />

contabilistas.<br />

O evento foi marcado<br />

pelas discussões sobre a<br />

atual situação das micro empresas<br />

na área tributária, onde<br />

ocorreram grandes mu-<br />

danças com a instituição do<br />

Regime Simplificado de Pagamento<br />

do ICMS.<br />

Mais uma vez foi demonstrada<br />

a mobilização<br />

em que estão engajados pequenos<br />

e micro empresários<br />

e contabilistas contra<br />

mudanças inseridas nos tributos<br />

federais, principalmente<br />

quanto à redução dos<br />

prazos de recolhimento.<br />

Daí a importância do<br />

Fisco estar sempre próximo<br />

ao contribuinte, informando,<br />

esclarecendo e mantendo<br />

um bom relacionamento<br />

no sentido de prevenir situações<br />

semelhantes na esfera<br />

estadual.<br />

Um trabalk9 p<br />

Quando por mais que<br />

nos esforcemos na trilha da<br />

eficiência e a perfeição nos<br />

pareça inatingível, inobstante<br />

seja a luz que ilumina<br />

nossas ações, ainda assim<br />

devemos nos esmerar em alcançá-la,<br />

mirando-nos em<br />

exemplos que sempre temos<br />

à nossa frente. Eles sempre<br />

estão ali, basta que os enxerguemos<br />

e os valorizemos.<br />

Assim é que vemos hoje<br />

o colega Antonio Carlos<br />

Joaquim, coordenador do<br />

Fundo de Participação dos<br />

Municípios na 7? D R R neste<br />

exercício — ano base<br />

1988.<br />

Só se pode analisar seu<br />

trabalho junto às ARs, às<br />

empresas, às prefeituras e<br />

aos contabilistas, pelo simples<br />

efeito produzido quanto<br />

à divulgação, esclarecimento,<br />

cobrança, recepção,<br />

e análise das DFC's/88: foi<br />

simplesmente perfeito, nada<br />

a tirar ou por.<br />

Nem mesmo a tradicio-<br />

nal comparação entre as<br />

AR's sobre qual atingira o<br />

menor índice de omissão de<br />

DFC ocorreu. Em todas, a<br />

omissão foi zero. Absolutamente<br />

nenhum omisso de<br />

apresentação de DFC em<br />

toda Região.<br />

eito<br />

Parabéns ao Joaquim,<br />

parabéns aos chefes das<br />

ARs, parabéns a todos os<br />

funcionários que trabalharam<br />

para que a perfeição<br />

nos pareça um pouco menos<br />

complexa, restando mantermo-nos<br />

junto dela.<br />

A CANTINA<br />

Nosso espaço<br />

mais gostoso<br />

Estarmos juntos para o almoço é uma festa.<br />

Gostaríamos de dar destaque ao importantíssimo papel<br />

da nossa cantina no convívio do pessoal da 7 9. DAR.<br />

Não somente os funcionários da Delegacia, mas os<br />

que aqui vêm vez por outra, como chefes de AR em reunião,<br />

funcionários de Postos. Fiscais em trabalhos especiais<br />

e colegas de outras regiões em visitas à 79, atestam o<br />

carinho com que são tratados e a competência da Nilda,<br />

traduzida por seus pratos mais diversificados.<br />

É tão caseiro esse nosso espaço que nem o chamamos<br />

de cantina. E cozinha mesmo. Parabéns e obrigado a<br />

todos que concorrem para sua eficiência.


JANEIRO/90 NOTIF ISCO PAGINA 27<br />

aa . «BOM DE NOTA» E


ÁGINA 28<br />

NOTIF ISCO<br />

JANE IRO/90<br />

-"5"7a Posto Fiscal Charles Naufal<br />

DRR<br />

MAIS UMA VEZ VIMOS O INCANSÁVEL TRABALHO DA FISCALIZAÇÃO NO POSTO CHARLES NAUFAL<br />

SURTIR OS MELHORES RESULTADOS.<br />

MANTEVE-SE O DESEMPENHO DOS MESES ANTERIORES E O PRIMEIRO LUGAR NA PRODUÇÃO EM PROJETO DE FISCALIZAÇÃO<br />

DOS POSTOS FISCAIS NO MES DE SETEMBRO. PARABÉNS A TODOS<br />

OS FUNCIONÁRIOS QUE PARTICIPAM DESTA GRANDE TAREFA, A CADA DIA REALIZADA COM MAIOR EFICIENCIA.<br />

Na verificação física das cargas transportadas .. . ... na organização dos trabalhos internos ... ... a eficiência do Posto Charles Naufal.<br />

Reciclando a Comunidade<br />

Tributária<br />

Da esquerda para a direita — João Ramos da Silva/IRA, Jaqueline Tramontine/IRT,<br />

Gleide F. F. Astuti/Assessoria e Delegada em exercício, Miguel Shiroshi Ekuni/IRF e<br />

David José de Oliveira/Chefe da A.R. C. Procópio,<br />

em reunião realizada em Cornélio Procópio.<br />

Face à nova sistemática de arrecadação dos tributos<br />

estaduais e à necessidade de divulgação de que se faz<br />

acompanhar toda mudança, a 7: 9 DRR tem promovido<br />

reuniões, no âmbito de sua jurisdição, com Associações<br />

de Classe, contribuintes e contabilistas.<br />

Além das informações sobre as alterações havidas, a<br />

DRR tem dado enfoque especial às muitas vantagens que<br />

trouxe o novo sistema, tanto aos contribuintes e contadores<br />

como para a Receita Estadual.<br />

Nessas oportunidades, as reuniões não se detêm na arrecadação,<br />

estendendo-se a outros assuntos de interesse<br />

fiscal, como as últimas decisões do Confaz, o R.S.P., a<br />

DFC e o 1P VA.<br />

Consideramos atingidos os objetivos primordiais desses<br />

encontros com a comunidade ao encontrarmos as portas<br />

abertas para um intercâmbio contínuo e a realização<br />

de um trabalho conjunto, na busca da construção de um<br />

Estado melhor, e uma sociedade mais séria e justa.<br />

Público<br />

da<br />

reunião<br />

realizada<br />

em<br />

Cornélio<br />

Procópio


JANEIRO/90 NOTIF ISCO PÁGINA 29<br />

Participação e D riÇR<br />

Eficiência se consegú e<br />

com interação g e<br />

treinamento<br />

É notável o desenvolvimento das pessoas<br />

quando integradas às atividades no universo de seu trabalho<br />

e quando treinadas para desenvolvê-las.<br />

Sobretudo porque passam a se interessar mais e a participar mais,<br />

assumem o espírito de equipe e os resultados são<br />

sempre es melhores, para todos.<br />

A integração e treinamento de funcionários...<br />

estimulam participação...<br />

O Supremo Tribunal Federal<br />

(STF) cassou a liminar concedida<br />

na semana passada ao governo do<br />

estado que derrubava o parágrafo<br />

79, do artigo 27, da Constituição<br />

do Estado do Paraná, que determina<br />

o pagamento dos salários dos servidores<br />

públicos estaduais até o último<br />

dia útil do mês e correção monetária<br />

quando houver atraso. Esta<br />

decisão foi comemorada pelo Fórum<br />

das Entidades Sindicais dos<br />

Servidores Públicos. Com a cassação<br />

da liminar, o governo terá que<br />

cumprir este dispositivo. Os sindicatos<br />

aguardam agora o julgamento<br />

do mandado de segurança impetrado<br />

para pedir o pagamento das diferenças<br />

salariais acumuladas desde<br />

novembro, pois o governo não vinha<br />

cumprindo este dispositivo sob<br />

alegação da sua inconstitucionalidade.<br />

Para o presidente do Sindicato<br />

dos Servidores Públicos do Sistema<br />

de Agricultura e Meio Ambiente<br />

(Sindi-Seab), Heitor Raimundo, a<br />

decisão do STF restaura a autonomia<br />

do Poder Legislativo e a dignidade<br />

do servidor público. Com o<br />

pagamento dos salários até o último<br />

dia útil do mês, será evitada<br />

uma deterioração maior, em face<br />

dos atuais índices de inflação,<br />

observou o dirigente sindical. O<br />

STF também cassou a milinar que<br />

anulava o dispositivo constitucional<br />

que garante isonomia salarial aos<br />

advogados do quadro do estado.<br />

Os servidores públicos estaduais<br />

começam a se mobilizar para exigir<br />

mudanças na atual política salarial.<br />

e geram eficiência.<br />

Governo obrigado a antecipar salário<br />

No último encontro do fórum,<br />

em Londrina, foi aprovado um indicativo<br />

de paralisação para o dia 7 de<br />

março. O. funcionalismo terá neste<br />

mês um reajuste de 11,78% — calculado<br />

com base em 25% do IPC de<br />

janeiro, conforme estabelece a lei<br />

salarial em vigor. Nos meses seguintes,<br />

a perspectiva é continuar tendo<br />

reajustes inferiores ao IPC, pois<br />

quando a inflação se situar acima da<br />

casa dos 40%, haverá um desconto<br />

de 15% sobre o IPC. Nem mesmo o<br />

zeramento trimestral, também previsto<br />

na lei salarial, será capaz de<br />

deter as perdas com a inflação<br />

permanecendo elevada. O resíduo<br />

do IPC de janeiro — mês de database,<br />

será parcelado em agosto e<br />

janeiro de 1991.<br />

Transcrito da "Gazeta do Povo", de 10/02/90.<br />

Para<br />

reflexão<br />

A<br />

IRRESPONSABILIDADE<br />

DE ALGUNS<br />

É TRANSFERIDA COMO<br />

RESPONSABILIDADE<br />

PARA OUTROS.<br />

SEJA RESPONSÁVEL<br />

PARA QUE OUTROS<br />

NÃO PAGUEM<br />

PELOS SEUS ERROS.<br />

Sérgio Eglin Batista<br />

DR R


PAGINA 30<br />

Alvaro<br />

não admite<br />

mudar o<br />

sistema<br />

redutor de<br />

saiano<br />

A MEDIDA GARANTIU A<br />

APLICACAO DO REAJUSTE<br />

DE 292%<br />

NOTIF ISCO<br />

JANEIRO/90<br />

O governador Alvaro Dias disse<br />

que não admite "qualquer ameaça"<br />

ao chamado "redutor salarial" por<br />

ele implantado em outubro do ano<br />

passado e que limitou o maior<br />

salário pago ao funcionalismo público<br />

do Estado ao vencimento<br />

de um Secretário de Estado. Esta é<br />

a reação do governador às notícias<br />

de que alguns funcionários públicos,<br />

que se acham prejudicados pelo<br />

redutor, entrariam com um mandado<br />

de segurança contra a medida.<br />

Graças ao redutor foi possível<br />

ao Estado aplicar o reajuste de<br />

292% concedido ao funcionalismo<br />

estadual no mês de janeiro.<br />

Se o reajuste de 292% fosse<br />

aplicado integralmente para servidores<br />

que ganhavam, por exemplo,<br />

NCz$ 15.000,00, este salário passaria<br />

automaticamente para quase<br />

NCz$ 50.000,00. Isso faria com<br />

que a folha ultrapassasse em muito<br />

as condições de caixa do Tesouro<br />

do Estado. Para o governador, neste<br />

episódio há uma demonstração<br />

prática de eficácia da implantação<br />

do "redutor" de salários. Se ele<br />

não existisse seria formada "automaticamente"<br />

uma elite de funcionários,<br />

com salários bastante superiores<br />

ao da maioria dos servidores<br />

públicos.<br />

O governador Alvaro Dias lembrou<br />

que também os poderes<br />

Legislativo e Judiciário, quando da<br />

aprovação do projeto de reajuste<br />

dos servidores públicos estaduais,<br />

em meados de janeiro, adotaram<br />

seus próprios redutores de salário,<br />

com base no vencimento-base aplicado<br />

no Executivo — ou seja, o<br />

vencimento de Secretário de Estado,<br />

hoje na casa dos NCz$<br />

38.500,00. No entanto, diz o<br />

governador, "há uma reação sendo<br />

orquestrada por uma casta de<br />

privilegiados, que querem continuar<br />

a ganhar salários exorbitantes, enquanto<br />

a maioria do funcionalismo<br />

continua a lutar por uma política<br />

de vencimentos mais justa e compatível<br />

com os altos índices inflacionários".<br />

Por esta razão o Governo do<br />

Paraná implantou um plano de<br />

reajuste mensal dos salários, de<br />

forma que as perdas possam ser<br />

recuperadas mais rapidamente pelo<br />

funcionalismo. Este plano já<br />

passa a ser aplicado a partir do mês<br />

de fevereiro.<br />

Transcrito do Jornal Indústria e Comércio de<br />

09/02/90.<br />

o O<br />

Acampanha De Nota em Nota teve tanto<br />

sucesso que os cupons se esgotaram<br />

três vezes mais depresa que<br />

o previsto. Agora a campanha volta com<br />

três vezes mais cupons!<br />

Os impostos arrecadados vão diretamente<br />

para Saúde, Transporte, Segurança,<br />

Educação, Educação Física e Desportos!<br />

Quem pede nota fiscal no Paraná,<br />

vê logo que vale!<br />

Mia<br />

• Educação<br />

Ed. Física<br />

Desportos<br />

Transporte<br />

24,8%<br />

38,5%<br />

ARRANHE E GANHE<br />

Um APARTAMENTO e carros GURGEL são<br />

alguns dos 160.000 novos prêmios e brindes da<br />

campanha De Nota em Nota! Junte NCz$ 300,00<br />

em Notas Fiscais, e troque por cupons no<br />

Banestado, na Prefeitura ou nas escolas.<br />

Você arranha, e se for premiado ganha na hora,<br />

e o Paraná ganha sempre:<br />

Nota Em Nota, Um Novo Paraná!<br />

Governo do Paraná.<br />

Secretaria<br />

da Fazenda<br />

Prefeituras<br />

Municipais


JANEIRO/90_ NOTIFISCO PAGINA 31 ,<br />

Ceral<br />

Posto de trocas da Receita teve boa receptividade<br />

O Posto Móvel da Receita<br />

Estadual instalado na<br />

Praça.Barão de Guaraúna,<br />

teve seu primeiro dia de<br />

funcionamento ddia 18 de<br />

novembro/89. São dois trailers<br />

com objetivo de<br />

facilitar a troca de notas fiscais<br />

e ticktes de supermercados<br />

por cupons da promoção<br />

estadual "De Nota em<br />

Nota". Fiscais da Receita<br />

Estadual estarão no local<br />

também para atender imediatamente<br />

a qualquer denúncia<br />

feita pelo consumidor<br />

caso algum estabelecimento<br />

comercial se negue a<br />

fornecer nota fiscal.<br />

O horário de atendimento<br />

para essa fase inicial da<br />

campanha é das 8 às 12 horas<br />

e será todos os sábados<br />

até o dia 23. A mudança paara<br />

o dia todo de funcionamento<br />

dependerá de acertos<br />

feitos entre a Receita e entidades<br />

que apoiam a promoção.<br />

Para o inspetor regional<br />

de fiscalização, Antonio Jair<br />

dos Santos a aceitação do<br />

público quanto à iniciativa,<br />

superou as expectativas, os<br />

promotores esperavam distribuir<br />

cerca de 500 cupons,<br />

mas o número ultrapassou<br />

os dois mil. Segundo Antonio,<br />

na primeira fase, onde a<br />

distribuição era feita pelo'<br />

Banestado, a receptividade<br />

também foi considerada<br />

boa, contudo, posto<br />

móvel auxilia uma parcela<br />

da população que só dispõe<br />

de tempo livre aos sábados.<br />

Jair dos Santos disse<br />

que até o momento não<br />

houve nenhuma denúncia<br />

contra estabelecimentos<br />

quanto ao não fornecimento<br />

de nota fiscal, mas a partir<br />

do momento em que isso<br />

acontecer, os fiscais darão<br />

atendimento imediato ao<br />

consumidor. O inspetor<br />

define a promoção "De Nota<br />

em Nota" como uma maneira<br />

de fazer com que o<br />

contribuinte peça nota fiscal,<br />

pois, de uma forma ou<br />

de outra, ele paga o imposto<br />

que está imbutido no preço<br />

dos produtos. Quanto maior<br />

for o número de notas<br />

emitidas, maior será a arrecadação<br />

do ICMS — Imposto<br />

sobre Circulação de Mercadorias<br />

— e isso, segundo<br />

ele, fortalece o Estado.<br />

JORNAL DA MANHÃ, Domingo,<br />

19/11/89.<br />

Esta, de tão velha, não tem nem data. Ao centro, vemos o nosso colega<br />

Eduvaldo Gusmão dos Anjos e um dos seus filhos.<br />

Gusmão é aposentado, e hoje trabalha na Secretaria da Fazenda<br />

de Rondônia.


•<br />

PÁGINA 32 NOTIF ISCO JANEIRO/90<br />

Barreado<br />

Uma surpresa o 62 G51N9CE<br />

OS NOSSOS COLEGAS FISCAIS DE OUTROS ESTADOS, PRINCIPALMENTE DO NORTE E NORDESTE, TIVERAM A OPORTUNIDADE<br />

DE SABOREAR UM PRATO TIPICAMENTE PARANAENSE - O BARREADO.<br />

O GINÁSIO DE ESPORTES DA SOCIECADE THA LIA FICOU LITERALMENTE TOMADO PELOS PARTICIPAN7 ES DO CONGRESSO,<br />

QUE SÓ ARREDARAM O PE APOS TEREM COMIDO TUDO O QUE TINHAM DIREITO.<br />

FOI UM BARREADO PARA NINGUÉM BOTAR DEFEITO. QUEM ESTEVE LÁ QUE DIGA.


JANEIRO/90 NOTIF ISCO PÁGINA 33<br />

De nota em nota<br />

Entrega de prêmio em Cascavel<br />

A chefe do S.A. A., Leni L. B. de Oliveira, coordenadora regional<br />

da Campanha, sendo entrevistada pela repórter da TV Carimã,<br />

de Cascavel.<br />

MAIS UM<br />

CONSUMIDOR<br />

FOI<br />

PREMIADO<br />

PELO "DE<br />

NOTA EM NOTA".<br />

DESTA VEZ,<br />

O FELIZARDO<br />

F010 SR.<br />

ATAI -DE DOS PASSOS,<br />

RESIDENTE EM<br />

CASCAVEL, QUE<br />

GANHOU UM<br />

VIDEOCASSETE.<br />

Sr. Ata ide dos Passos sendo entrevistado, após o recebimento do videocassete na<br />

agência Banestado de Cascavel.<br />

Eleição da nova Diretoria da AFFISCO<br />

Foi eleita por unanimidade<br />

de votos, a chapa<br />

"União Faz A Força", que<br />

irá compor a nova diretoria,<br />

conselho deliberativo e conselho<br />

fiscal da Associação<br />

dos Funcionários Fiscais de<br />

Cruzeiro do Oeste — AF-<br />

F ISCO — no biênio 89/90.<br />

Djalma Rodrigues Reys<br />

é o novo presidente eleito.<br />

Natural de Londrina, PR,<br />

ingressou na Coordenação<br />

da Receita do Estado em<br />

27.01.82 (Concurso de<br />

1980) e atualmente encontra-se<br />

lotado na Inspetoria<br />

Regional de Fiscalização da<br />

Integrantes da Nova diretoria eleita: da esq. p/a direita – Alfredo A.<br />

Tessari, Mauricio Corrêa Machado (Presidente de Honra) e Djalma<br />

Rodrigues Reys (Presidente)<br />

11a 13 R R.<br />

Casado com Lázara Cristina<br />

da Silva Reys, possui<br />

dois filhos: Heitor Rodrigues<br />

Reys e Priscila Rodrigues<br />

Reys. Tem como objetivos<br />

imediatos, a reintegração<br />

e participação de todos<br />

os funcionários da 11 a. DR R<br />

nos eventos sociais da Associação,<br />

nos esportivos e<br />

culturais. Para isto, promete<br />

agilizar, com sua diretoria,<br />

os meios necessários para<br />

tais fins, tais como, a<br />

aquisição de agasalhos esportivos,<br />

bolas, confecção<br />

do novo símbolo da Associação<br />

(que em virtude da<br />

transferência da sede da<br />

11a DRR de Cruzeiro do<br />

Oeste para Umuarama, denominar-se-á<br />

Associação<br />

dos Funcionários Fiscais de<br />

Umuarama — AFFISUM) e<br />

outros.<br />

A médio prazo, é objeto<br />

da nova diretoria, a transferência<br />

da sede da Associação<br />

para a cidade de Umuarama,<br />

conforme desejo manifesto<br />

da maioria de seus<br />

associados.<br />

Não temos dúvidas que<br />

a gestão de Djalma à frente<br />

da AFFISUM/AFFISCO, se-<br />

Integrantes<br />

da<br />

mesa<br />

apuradora:<br />

da esquerda<br />

para a<br />

direita,<br />

em pé:<br />

Eudenir e<br />

Robinson;<br />

sentado:<br />

Gervásio<br />

(Assessor<br />

da 11?<br />

DRR)<br />

rá coroada de êxitos, repetindo<br />

o sucesso de seu antecessor,<br />

Jamil Raimundo,<br />

cujo dinamismo ajudou a<br />

construir o patrimônio que<br />

.hoje a Associação possui.<br />

Robinson F. Oliveira<br />

119 DRR


PAGINA 34 NOTIF ISCO JANEIRO /90<br />

Es orte<br />

AFFISMAR<br />

A Associação dos<br />

Funcionários Fiscais<br />

de Maringá realizou o<br />

seu 19 Campeonato de<br />

i3ocha nos dias 21, 22,<br />

23 e 29 de<br />

novembro/89.<br />

O evento contou com<br />

o apoio da Regional<br />

que confirmou o<br />

entusiasmo por esta<br />

modalidade de esporte.=<br />

Participaram 16<br />

duplas, tendo corno<br />

finalistas as duplas<br />

n9 04: Leonildo Pratti<br />

e Paulo Petri e n9 13:<br />

José Lima Trevisan e<br />

Armando Gervasone.<br />

Na finalista, no dia 29<br />

de novembro, os<br />

vencedores foram José<br />

Lima Trevisan e<br />

Armando Gervasone<br />

com o 19 lugar e<br />

Leonildo Prati e Paulo<br />

Petri, com o 29 lugar.<br />

A AFFISMAR<br />

PARABENIZA OS<br />

VENCEDORES E<br />

TODOS QUE<br />

PARTICIPARAM DE<br />

FORMA TÃO<br />

EFETIVA NESTE<br />

PRIMEIRO<br />

CAMPEONATO!


o<br />

JANEIRO/90<br />

Em Cascavel,<br />

a comemoração<br />

do dia do<br />

funcionário<br />

público<br />

EM CLIMA FRATERNAL E DESCONTRAIDO,<br />

A 13 .? DR R DE CASCAVEL COMEMOROU O DIA DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO.<br />

A FESTIVIDADE FOI MARCADA PELO COMPARECIMENTO MACIÇO<br />

DOS FUNCIONÁRIOS E SEUS FAMILIARES,<br />

QUE DERAM UM TOQUE TODO ESPECIAL AO EVENTO.<br />

NOS FLAGRANTES, UM POUCO DA FESTA.<br />

Almoço, jantar ou sobremesa... O Nilton sempre está<br />

por perto.<br />

Uerson e Eliane cumprimentando Renê e Delma. Manoel, Sebastilo e Gerson, da Agência de Foz do Iguaçu, e Edson, da IRE<br />

Inspetores Timm e Hermes.<br />

Com o Renê, a presença constante do vereador Antonio Baratter.


PÁGINA 36<br />

NOT I F ISCO<br />

JANEIRO/90<br />

Em Cascavel, a comemoração<br />

do dia do<br />

funcionário público<br />

Foi grande a participação dos familiares.<br />

Frasson , Seatolim, João e Claricio; A. Rs. e Delegacia se confraternizam.<br />

E a festa foi boa! Compareceu até o nenê da Cleide!<br />

Marli e Helena, do setor Caixa da A.R. (Sede) com a petizada.<br />

Tereza e Romualdo: a hora do churrasco.


JANEIRO/90<br />

NOTIF ISCO PÁGINA 37<br />

Suspensos artigos da Constituição<br />

O presidente em exercício<br />

do Supremo Tribunal<br />

Federal, ministro Sidney<br />

Sanches, concedeu medida<br />

liminar na ação direta de inconstitucionalismo<br />

que o<br />

governo do estado, através<br />

da Procuradoria <strong>Geral</strong> do<br />

Estado impetrou para a suspensão<br />

de mais seis artigos e<br />

seus respectivos parágrafos<br />

na nova Constituição estadual.<br />

Esta é a oitava ação de<br />

inconstitucionalismo impetrada<br />

pela PGE, observou o<br />

procurador Wagner Brussolo<br />

Pacheco, envolvendo um total<br />

de 13 artigos, todos declarados<br />

inconstitucionais<br />

pelo STF.<br />

Entre os artigos considerados<br />

inconstitucionais<br />

estão o que fixa a data de<br />

pagamento dos servidores<br />

estaduais até o último dia<br />

do mês vencido; a contagem<br />

em dobro da licença prêmio<br />

para fins de aposentadoria;<br />

a efetivação e estabilidade<br />

sem concurso de todos os<br />

funcionários do BRDE lotados<br />

no Paraná, bem como a<br />

criação e ingresso sem concurso<br />

da carreira de assistente<br />

jurídico e advogado,<br />

em todos os três poderes do<br />

estado, além da efetivação<br />

sem concurso dos assessores<br />

jurídicos da Defensoria Pública.<br />

TREM DA ALEGRIA<br />

O procurador geral do<br />

estado, Wagner Pacheco,<br />

esclareceu que a ação de inconstitucionalidade<br />

requerida<br />

pelo governo Álvaro<br />

Dias através da PGE fundamentou-se<br />

na geração de<br />

despesas, sem que a Constituição<br />

tenha indicado a fonte<br />

de recursos e ainda na estabilidade<br />

e efetivação, sem<br />

concurso de quase 600<br />

advogados e assessores jurídicos<br />

quando a própria<br />

Constituição federal, no seu<br />

artigo 37, II declara que a<br />

investidura em qualquer cargo<br />

público só pode ser feita<br />

mediante concurso. O efeito<br />

da suspensão da eficácia<br />

desses seis artigos é imediato<br />

e irrecorrível, declarou o<br />

procurador, esclarecendo<br />

que o efeito vai até o julgamento<br />

final da ação, que<br />

não tem ainda data prevista.<br />

INCONSTITUCIO-<br />

NALIDADE<br />

Os artigos declarados inconstitucionais<br />

por decisão<br />

do Supremo Tribunal Federal<br />

são os seguintes: art. 34,<br />

inciso XVIII, letras A e B,<br />

que possibilita a transformação<br />

da licença prêmio em<br />

dobro, para fins de aposentadoria.<br />

Art. 34, inciso XXI,<br />

que, sem citar a fonte de recursos,<br />

obrigava o estado a<br />

manter creches para todos<br />

os filhos (até 6 anos) dos<br />

servidores públicos do estado.<br />

Art. 27, parágrafo 79,<br />

estabelecendo que o pagamento<br />

de vencimentos e salários<br />

fosse feito até o último<br />

dia de cada mês. O procurador<br />

do estado destacou<br />

que o pagamento não pode<br />

ser feito até o final do mês,<br />

'já que atualmente todo o<br />

estado está organizado para<br />

receber o ICM, que é a fonte<br />

de onde provêm os recursos,<br />

até o dia 10.<br />

No art. 55 do Ato das<br />

Disposições Transitórias —<br />

ADT, a Constituição mandava<br />

criar também na<br />

Defensoria Pública a carreira<br />

onde ingressariam, sem<br />

concurso, todos os assistentes<br />

jurídicos e advogados<br />

(em torno de 80 pessoas),<br />

que estivessem exercendo a<br />

função na data da promulgação<br />

da Constituição estadual.<br />

Também o art. 46 do<br />

Ato das Disposições Transitórias<br />

dava estabilidade e<br />

efetividade, sem concurso, a<br />

todos os funcionários do<br />

Banco Regional de Desenvolvimento<br />

do Extremo Sul<br />

BRDE, lotados no Paraná,<br />

"que não são nem mesmo<br />

servidores do estado".<br />

E finalmente, o art. 56,<br />

parágrafo 39 do ADT, mandava<br />

criar carreira de assistente<br />

jurídico e advogado<br />

nos três poderes do estado,<br />

com um total de 500 advogados<br />

que ingressariam na<br />

carreira, sem concurso público<br />

e com vencimentos<br />

equiparados aos procuradores<br />

do estado,<br />

(Gazeta do Povo de 30/01/90).<br />

1<br />

Quem produz uma farinha como essa,<br />

tinha que ganhar o<br />

Top de Marketing.<br />

A ADVB premiou o Grupo J. Macêdo com o Top de Marketing<br />

89 pelo desempenho da Farinha Dona Benta.<br />

E o resultado de profundas transformações no posicionamento de<br />

um produto. De uma estratégia que levou um produto de uso<br />

industrial a obter resultados inquestionáveis junto ao consumidor doméstico<br />

Mais do que isso, um esforço que atuou sobre todas as áreas que determinam<br />

o sucesso de um processo onde o marketing não etitra apenas corno<br />

recurso, mas como filosofia.<br />

O Grupo J. Macêdo é um grupo privado 100% nacional que está completando<br />

50 anos. •<br />

E para quem chega tão longe, não poderia haver presente melhor.<br />

• •<br />

• • • •<br />

• • • •<br />

• • • • •<br />

••• •<br />

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• • • o • •••<br />

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• • ••••••<br />

50 ANOS<br />

GRUPO J. MACEDO


PAGINA 38<br />

Isco<br />

<strong>Geral</strong><br />

Treinamento contínuo<br />

Rose Marie Heidemann Cardoso<br />

DRR<br />

Participando do treinamento vemos Lúcio Ferri, José de Lima Ribeiro, Ivan Marques,<br />

Dirceu G. Gouveia e Gilberto Tatematsu.<br />

Dando continuidade ao Programa de Treinamento Contínuo<br />

da £0 DRR, realizado com a imprescindível colaboração do<br />

CE NPR E e em convênio com o SESC de Londrina, concretizou-se<br />

o Módulo V do Treinamento para Auxiliares Administrativos.<br />

Este Módulo, aplicado para duas turmas de 22 auxiliares<br />

celetistas, constou de Aperfeiçoamento em Noções de Escritório e<br />

Prática de Arquivo.<br />

No decorrer dos cursos buscou-se promover o contato dos<br />

funcionários com especialistas das diversas áreas em que esses<br />

atuam. Neste intercâmbio vieram, até a sala de treinamento<br />

da DRR, instrutores para desenvolvimento de noções<br />

de redação, ortografia, estética datilográfica,<br />

modelos de correspondência oficial, organização e<br />

controle de documentação, arquivo, expressão oral e gráfica;<br />

com psicólogos desenvolveu-se treinamentos de técnicas<br />

de atendimento ao público e relações interpessoais.<br />

O encerramento desta Unidade de Treinamento marca o fim<br />

de uma etapa em que buscou-se propiciar a todos os<br />

funcionários fiscais e não-fiscais, iguais oportunidades de<br />

aperfeiçoamento profissional e crescimento pessoal.<br />

Fátima Aparecida Ramos, Laurita Pereira dos Santos, Marcela L. Wieldmann<br />

e José Lima Ribeiro.<br />

Darilio José Fabrini, Altair Pinto da Silva, Newton Alves Pereira<br />

e Luis Alberto de Oliveira.<br />

NA PROXIMA EDIÇÃO DO NOTIFISC01<br />

A MULHER SERÁ NOTÍCIA.<br />

Dia 8 de março, será comemorado o DIA INTERNACIONAL DA MULHER<br />

A festa será de todas as funcionárias da<br />

Secretaria da Fazenda.<br />

Informe-se pelo telefone 225-3377, ramal 127— jOeCi


JANEIRO/90 NOTIF ISCO PAGINA 39<br />

<strong>Geral</strong><br />

Homem!!!<br />

m jovem, em pé sobre<br />

o muro de Berin,<br />

bebendo champagne<br />

abraçado<br />

com um soldado.<br />

Nem a mais fértil<br />

imaginação poderia<br />

criar esta cena que acabo de<br />

ver na TV, hoje. Homens!<br />

No dia em que me deparei<br />

com o muro da vergonha<br />

só pude pensar também: homens!<br />

quanta estupidez!<br />

Era uma tarde de sol,<br />

outonal, linda. O ônibus parou<br />

no terminal do lado do<br />

Reichtag, imponente edifí<br />

cio, antes palácio da República,<br />

hoje museu histórico.<br />

Todos desceram ali, e eu,<br />

sozinha, resolvi seguir a<br />

maioria embora atraída pelo<br />

Reichtag que brilhava ao<br />

sol. Entramos num atalho,<br />

pelo bosque fresco, andando<br />

sobre um tapete dourado<br />

de folhas de plátanos, tílias<br />

e cascalhos, ensombrado<br />

ainda por estas imponentes<br />

árvores. De repente lá estava<br />

ele, o malfadado muro todo<br />

riscado com protestos ou<br />

desenhos rurais quando alguns<br />

tentavam torná-lo menos<br />

áspero. Mesmo sabendo<br />

que ele está lá o impacto é<br />

terrível principalmente para<br />

mim que o imaginava<br />

após e não antes da Porta de<br />

Brandenburgo. Do lado de<br />

cá a natureza estava contrastando<br />

com o silêncio e a seriedade<br />

das pessoas que sobem<br />

a um tablado de madeira<br />

para olhar para o lado de<br />

"lá".<br />

Do lado de cá, o bosque,<br />

o Tiegearten tão belo,<br />

o amplo campo em frente<br />

ao Reichtag, muito verde,<br />

cheio de gente elevando papagaios,<br />

que coloridos, livres,<br />

bailam no céu muito<br />

azul. Do lado de lá, ninguém.<br />

Larga faixa vazia, minada,<br />

prédios bem próximos<br />

de janelas gradeadas, abandonados,<br />

e de vida só o brilho<br />

das lentes dos binóculos<br />

dos vigias em suas torres.<br />

Dá arrepios este contraste,<br />

de tão irreal. Do lado de cá,<br />

a liberdade de milhares de<br />

turistas dia a dia, a testarem<br />

este paradoxo, fato único<br />

no mundo.<br />

Andando por trás do<br />

Reichtag, bem perto do<br />

muro, chega-se ao rio Spree<br />

que corre indiferente aos<br />

homens loucos que beneficia.<br />

É até estreito e do lado<br />

de cá alguém pôs uma enseada<br />

de piscina na margem<br />

para facilitar aos fugitivos o<br />

acesso à margem direita, livre<br />

enquanto na margem esquerda<br />

uma lancha da polícia<br />

vigia, para não deixar<br />

ninguém esquecer o poder<br />

dominante. Mas o que mais<br />

fere a vista é a imobilidade<br />

das cruzes brancas, enfileiradas<br />

num alambrado, com o<br />

nome e a data da morte de<br />

pessoas que por ali tentaram<br />

alcançar a Alemanha livre.<br />

Aqui mais do que em<br />

qualquer lugar, sente-se a<br />

loucura de um grupo de pessoas<br />

terem o poder de<br />

governar a vida de milhares,<br />

submetendo-os pelo<br />

terror, pelo medo. Isto durou<br />

mais de 25 anos e milhares<br />

de pessoas perderam<br />

a vida tentando alcançar<br />

uma vida digna. E, de repente,<br />

com apenas 15 dias, um<br />

presidente renunciou sob<br />

pressão, e outro com todos<br />

os seus ministros foi deposto<br />

e toda a República Democrática<br />

Alemã abre suas<br />

fronteiras para o mundo.<br />

Como isto é possível?<br />

Porque toda a população<br />

uniu-se em protesto pela<br />

primeira vez exigindo liberdade<br />

e direitos.<br />

Por isso, pensei de novo<br />

hoje: homens!<br />

Quando vão aprender a<br />

força que possuem quando<br />

se unem? Só há minoria dominante<br />

quando há uma<br />

maioria disposta a aceitar a<br />

c!one.inação.<br />

Será que nem esta lição<br />

da coragem de uma Nação<br />

em reverter todo seu des-.<br />

tino vai acordar o povo brasileiro?<br />

Por: ESTER A.V. PERFEITO<br />

O bem mais precioso,<br />

a água, quando excessivo,<br />

prejudica. Faz mal não só<br />

para a saúde, mas também<br />

para a economia. Foi nestes<br />

dias chuvosos que,<br />

protegidos por guarda-chuvas,<br />

os contribuintes fizeram<br />

fila na Boca Maldita<br />

em Curitiga para trocar<br />

notas fiscais por cupons,<br />

dentro de campanha promovida<br />

pela Secretaria de<br />

Finanças para aumentar a<br />

arrecadação. O povo respondeu<br />

à convocação, exigindo<br />

a nota fiscal, mas a<br />

chuva atrapalhou tudo, e se<br />

não fez cair a arrecadação,<br />

criou um buraco sem fundo<br />

para as aplicações. Para<br />

recompor as rodovias, pontes,<br />

atender aos desabrigados<br />

em todo o estado, será<br />

necessário que a população<br />

continue firme, exigindo a<br />

nota fiscal, comprovante<br />

de que o tributo foi recolhido.<br />

(Foto: Edson Carlos<br />

,da Silva).<br />

bservando que a-<br />

queles colegas que<br />

possuíam maior facilidade<br />

de expressão<br />

verbal eram os<br />

que atingiam mais rapidamente<br />

postos elevados, Philip<br />

Broughton, funcionário<br />

norte-americano, resolveu<br />

fazer um estudo a respeito.<br />

Não custou a descobrir<br />

que uma grande asneira dita<br />

em palavras bonitas, raramente<br />

é retrucada. Partiu<br />

O — PROGRAMAÇÃO<br />

1 — ESTRATÉGIA<br />

2 — MOBILIDADE<br />

3 — PLANIFICAÇÃO<br />

4 — DINÂMICA<br />

5 — FLEXIBILIDADE<br />

6 — IMPLEMENTAÇÃO<br />

7 — INSTRUMENTAÇÃO<br />

— R ETROA ÇA0<br />

9 — PROJEÇÃO<br />

Transcrito da Gazeta do Povo<br />

Chuva e tributação<br />

Fale bonito<br />

e não diga nada<br />

então para a criação de uma<br />

tabela, de uso simples, de<br />

onde qualquer um pode<br />

compor frases como esta:<br />

"A CAUSA DO PROBLE-<br />

MA ESTA NA RETROA-<br />

CÃO TRANSICIONAL<br />

ESTABILIZADA"..., que<br />

impressiona muito bem e<br />

que nunca é contraditada<br />

por não ter qualquer significado.<br />

Veja a tabela.<br />

O uso bastante simples.<br />

O — FUNCIONAL<br />

1 — OPERACIONAL<br />

2 — DIMENSIONA L<br />

3 — TRANSICIONAL<br />

4 — ESTRUTURAL<br />

5 — GLOBAL<br />

6 — DIRECIONA L<br />

7 — OPCIONAL<br />

— CENTRAL<br />

— LOGÍSTICA<br />

Colaboração:<br />

Sueli R. Araújo<br />

Pense numa centena qualquer:<br />

386 por exemplo,<br />

procure os números na<br />

tabela e. terá como resultado<br />

a pomposa frase:<br />

"PLANIFICAÇAO CEN-<br />

TRAL COORDENADA"...<br />

Com o tempo, você<br />

estará tão habilitado, que<br />

poderá dispensar a tabelinha<br />

e seu conceito com os<br />

amigos e companheiros de<br />

trabalho subirá bastante.<br />

O — SISTEMATICA<br />

1 — INTEGRADA<br />

2 — EQUILIBRADA<br />

3— TOTALIZADA<br />

4 — INSUM IDA<br />

5 — BALANCEADA<br />

6 — COORDENADA<br />

7 — COMBINADA<br />

8 — ESTABILIZADA<br />

9 — PARALELA<br />

P owiet. IP IP MC: L1 rio R ir. .


PAGINA 40<br />

NOTIF ISCO<br />

JANEIRO/90<br />

Direito do trabalho<br />

João R. Fassbender Teixeira<br />

STJ decide: Justiça comum para estatutários<br />

ASSOCIAÇÃO PARANAENSE<br />

DE AVICULTURA<br />

Rua Mal. Deudnro, 252 - 6.o And.<br />

Conj. 601 - Ed. Nossobanco<br />

130020 CURITIF3A -- PR<br />

MANOEL ANTO-<br />

NIO TEIXEIRA FI-<br />

LHO ( - honrado Teixeira,<br />

não meu parente),<br />

juslaboralista de<br />

escol - respeitado em<br />

todo Brasil, dono de livros<br />

notáveis que<br />

orientam o Processo<br />

do Trabalho nesta<br />

América Latina; também<br />

juiz presidente de<br />

Junta de Conciliação e<br />

Julgamento em Curitiba;<br />

conferencista de<br />

fôlego (dono de admiráveis<br />

platéias); professor<br />

universitário - enfim<br />

"produto de exportação"<br />

do nosso Paraná,<br />

tem sido mentor<br />

e partícipe de coisas e<br />

fatos notáveis. Por<br />

exemplo: outro dia<br />

juiz de Direito de Vara<br />

de Fazenda Pública<br />

Estadual deu-se por incompetente<br />

em razão<br />

da matéria em ação declaratória<br />

de nulidade<br />

de ato jurídico, cumulada<br />

com reintegração<br />

ao serviço público e<br />

indenização proposta<br />

por ex-meganha da Polícia<br />

Militar do Estado.<br />

É interessante. que o<br />

Estado do Paraná (o<br />

réu), contestou a ação<br />

sem obstar a competência<br />

do juiz da Fazenda<br />

(e nem o faria<br />

pois os procuradores<br />

do estado são, atualmente,<br />

muito bem preparados...).<br />

Em função<br />

de tudo isto, o autuado<br />

foi enviado para<br />

a Justiça do Trabalho,<br />

cabendo por distribuição<br />

à Sétima Junta de<br />

Conciliação e Julgamento<br />

de Curitiba, de<br />

justo (e por sorte!...)<br />

onde o professor Manoel<br />

Antonio Teixeira<br />

Filho é titular. E este<br />

magistrado suscitou,<br />

com invulgar brilhantismo,<br />

"conflito negativo<br />

de jurisdição".<br />

Suas razões foram tão<br />

rotáveis quão antológicas:<br />

simplesmente o<br />

bom juiz estadual "entendeu"<br />

que todo e<br />

qualquer conflito gerado<br />

entre quem trabalha<br />

e paga trabalho é<br />

da competência da justiça<br />

do trabalho... Misturando<br />

bolas. Enrolando<br />

estatutários com<br />

celetistas; prestadores<br />

de serviços com autônomos.<br />

Livres atiradores<br />

com empregados<br />

regidos pela Consolidação<br />

das Leis do Trabalho.<br />

O Egrégio Superior<br />

Tribunal de Justiça,<br />

no Conflito de<br />

Competência n9 434<br />

do Paraná, decidiu:<br />

"Ementa - Competência<br />

- Estatutário: O<br />

vínculo entre o servidor<br />

estatutário e a entidade<br />

de direito público<br />

é diverso da relação<br />

empregado e empregador,<br />

inerente ao<br />

contrato de trabalho.<br />

A Justiça do Trabalho<br />

é competente para<br />

decidir as questões<br />

decorrentes das relações<br />

celetistas dos empregados<br />

da União, Estados<br />

ou Municípios.<br />

Conflito acolhido para<br />

declarar competente o<br />

juízo de Direito da<br />

Primeira Vara da Fazenda<br />

Pública de Curitiba,<br />

Paraná".<br />

Nas razões levantadas<br />

Manoel Teixeira<br />

havia dito com toda<br />

propriedade: "A prevalecer<br />

a opinião dos que<br />

— seduzidos pela "Fada<br />

Morgana" — entendem<br />

ser a Justiça do<br />

Trabalho competente<br />

para apreciar e<br />

solver conflitos intersubjetivos<br />

de interesses,<br />

onde figurem, como<br />

parte, "funcionário<br />

público", estaríamos a<br />

presenciar não apenas<br />

a subversão da nítida<br />

literalidade do<br />

texto constitucional,<br />

interpretado como um<br />

assombroso desrespeito<br />

às origens históricas<br />

da legislação material e<br />

processual-trabalhista e<br />

do próprio seguimento<br />

do Poder Judiciário,<br />

que a aplica. A Justiça<br />

do Trabalho, mal<br />

ferindo, por essa forma,<br />

a sua genese institucional,<br />

seria forcejada<br />

a julgar lides onde<br />

o réu não se trataria de<br />

"empregador" e — o<br />

que é pior — a aplicar<br />

em larga medida o "Direito<br />

Administrativo",<br />

sem que os seus membros<br />

se encontrem vocacionados<br />

a isto. Em<br />

suma: os que, deixando-se<br />

influenciar pelo<br />

vocábulo trabalhador,<br />

estampado no artigo<br />

114 da Constituição vigente,<br />

concluem pela<br />

competência da Justiça<br />

do Trabalho para<br />

dirimir controvérsias<br />

enredando "funcionários<br />

públicos" cometem<br />

o grave deslize<br />

hermenêutico de não<br />

atenderem à<br />

circunstância de que,<br />

neste mesmo texto<br />

supremo, o constituinte<br />

fez inscrever o vocábulo<br />

empregadores<br />

precisamente para pôr<br />

em evidência o fato de<br />

que o litígio, via de regra,<br />

deve provir de<br />

uma relação jurídica<br />

material de natureza<br />

"trabalhista". É indispensável,<br />

conseguintemente,<br />

que os entes de<br />

direito público externo<br />

e da administração pública<br />

direta e indireta<br />

dos municípios, do<br />

Distrito Federal, dos<br />

estados membros e da<br />

União sejam empregadores,<br />

para que o trabalhador<br />

possa deduzir,<br />

em relação a eles,<br />

REFERÊNCIA: Diferimento do ICMS sobre<br />

APAVI. AGRADECE AO GOVERNO DO PARANÁ<br />

Fertilizante Orgânico.<br />

A APAVI — Associação Paranaense de Avicultura, agradece penhoradamente ao Governador<br />

ÁLVARO DIAS; Secretário da Fazenda LUIZ CARLOS .HAULY e ao Secretário da Agricultura e<br />

do Abastecimento OSMAR FERNANDES DIAS, pelo diferimento do ICMS sobre os Fertilizantes Orgânicos<br />

dentro do Estado, atendendo plena e prontamente a reivindicação da APAVI, formulada em expediente<br />

oficial já em fins de julho do corrente ano junto a SEFA.<br />

Assim. de acôrdo com o Decreto n: 5634, publicado no DOE do dia 30/08/89, as atividades<br />

pecuárias, da qual a avicultura é parte integrante, deixa de pagar o ICMS sobre os fertilizantes<br />

avícolas produzidos, dentro do Estado do Paraná, a partir do dia 1.'709/89.<br />

Nesta oportunidade, externamos nossos sinceros agradecimentos aos Senhores Dr. AGMAR<br />

ARANTES. Inspetor <strong>Geral</strong> da IGT: Dr. CLOVIS ROGGE, Diretor da C E. ex - ivos a toda equipe técnica<br />

da SEFA e da SEAB.<br />

Com respeito, admiração e esti<br />

Ate losamt_e__,,,<br />

LAÉRCIO FAUS1INO CARDOSO<br />

p rpsd APAVI<br />

pretensões na esfera da<br />

Justiça do Trabalho.<br />

Nunca é demais realçar<br />

que o regime instituido<br />

pela CLT é<br />

contratual, ao passo<br />

que o subordinante<br />

dos funcionários públicos<br />

é de caráter essencialmente<br />

institucional.<br />

Para as lides derivantes<br />

do primeiro,<br />

criou-se a Justiça do<br />

Trabalho; as oriundas<br />

do segundo, seguem<br />

sendo da competência<br />

da Justiça Comum,<br />

estadual ou federal.<br />

Neste ponto a nova<br />

Constituição brasileira<br />

em nada inovou; a inovação<br />

que se imagina<br />

existir é filha de uma<br />

opinião concebida ao<br />

arrepio do texto em<br />

que se inspira".<br />

Tanto trabalho,<br />

tanto trabalho, para esconder<br />

na verdade nua<br />

e crua, a falta de vontade<br />

de pensar, por<br />

parte de juiz de Justiça<br />

comum. Sem levar<br />

em conta a simploriedade<br />

da parte ser estatutária.<br />

E ademais,<br />

ainda por cima, "Militar...".<br />

Valeu o tema<br />

para, vez mais e nacionalmente,<br />

emergir o<br />

brilho e talento de um<br />

magistrado trabalhista,<br />

de resto já consagrado<br />

também nacionalmente<br />

por outras (mu itas e<br />

grandes) obras. Pena<br />

que a pobre parte, expulsa<br />

da Polícia Militar,<br />

passando fome certamente,<br />

agora vá retornar<br />

a ver andamento<br />

em seu processo: enquanto<br />

isto seus filhos<br />

passaram fome; ficou<br />

sem trabalho; e mais o<br />

que se segue — se é que<br />

não já está, agora, em<br />

penitenciária cumprindo<br />

pena — para cujo<br />

crime a Justiça Estadual<br />

foi, de fato e de<br />

direito, inteiramente<br />

competente.<br />

De qualquer sorte,<br />

chorar sobre o leite<br />

derramado não adianta.<br />

Advogados militantes<br />

devem anotar o número<br />

do processo e do<br />

acórdão. É Jurisprudência<br />

pioneira no<br />

país. E é tanta a burrice<br />

que grassa nesta Nação<br />

que, não duvidamos,<br />

muitos colegas (e<br />

nós mesmos) tenhamos<br />

de usar o precedente<br />

várias e várias vezes e...<br />

brevemente!<br />

Transcrito da Gazeta do Povo.


JANEIRO/9Q NOT I F ISCO PÁG INA 41<br />

Festa de confraternização<br />

de final de ano da 14.a DRR<br />

c<br />

ontando com<br />

as presenças do<br />

nosso Diretor,<br />

Clóvis Rogge e<br />

de sua esposa, Maria José,<br />

realizou-se com pleno<br />

êxito a Festa de Final de<br />

Ano da 14P DRR, no último<br />

dia 08 de dezembro,<br />

no Clube Pinheiros, em<br />

Pato Branco, que reuniu<br />

em confraternização<br />

aproximadamente trezentas<br />

pessoas, entre funcionários,<br />

convidados especiais<br />

e seus familiares.<br />

Abrilhantando a festa<br />

compareceram de outras<br />

Regionais, juntamente<br />

com suas famílias, o<br />

Delegado da 13P DRR,<br />

Antonio Renê Cvstanheira,<br />

o Assessor da 1P<br />

DRR, João Manoel Delgado<br />

Lucena, e da IGF,<br />

Roberto Pizzato.<br />

Após "scoths" e apetecível<br />

"buffet", iniciaram-se<br />

as homenagens<br />

com a Mensagem de Final<br />

de Ano do Delegado<br />

Saudino, o qual rememorou<br />

o trabalho realizado<br />

em 1989 e conclamou<br />

à luta que será<br />

1990, enaltecendo ainda<br />

o perfeito entrosamento<br />

existente entre os contribuintes<br />

e o fisco sudoestino.<br />

A seguir, foram homenageados<br />

os convidados<br />

especiais, aos quais<br />

foram entregues singelas<br />

lembranças, bem como os<br />

funcionários aposentados<br />

no ano, Oscar Ferreira<br />

Bueno, Deonísio Sedor e<br />

Amneris Prolo Tomazoni,<br />

os quais receberam Diploma<br />

em reconhecimento<br />

pelos serviços prestados.<br />

Na sequência, houve<br />

a premiação do Funcionário<br />

do Ano, cuja escolha<br />

por sorteio, entre<br />

os que mais se destacaram,<br />

coube ao colega Rosenery<br />

Toledo Cavalheiro,<br />

Chefe da A.R. de Marmeleiro,<br />

o qual recebeu<br />

como prêmio uma viagem<br />

de quatro dias a Foz do<br />

Iguaçu, com acompanhante,<br />

numa cortesia da<br />

empresa "Cattani S.A.<br />

Transportes e Turismo".<br />

Discursou então o Sr.<br />

Clóvis Padoan, Prefeito<br />

de Pato Branco, em reconhecimento<br />

ao trabalho<br />

desenvolvido pela receita<br />

estadual no Sudoeste do<br />

Paraná.<br />

Por fim, proferiu a<br />

sua Mensagem de Final<br />

de Ano, o nosso Diretor<br />

Clóvis Rogge, salientando<br />

a união de todos em prol<br />

da causa pública e a esperança<br />

de melhores dias,<br />

agradecendo pelo grande<br />

empenho e dedicação demonstrados<br />

no trabalho<br />

realizado em 1989.<br />

Logo após, prosseguiu-se<br />

a confraternização<br />

com Baile animado<br />

pelo "Special Show", durante<br />

o qual houve uma<br />

apresentação especial do<br />

nosso colega Ivam Carlos,<br />

Chefe da A.R. de Capanema,<br />

oportunidade<br />

em que escolheu-se o casal<br />

"pé-de-valsa", Jovino<br />

Moser e sua esposa, sorteando-se<br />

ainda brindes<br />

aos presentes.<br />

"Uma festa irretocável",<br />

foi o comentário<br />

que se ouviu dos participantes,<br />

o que veio a<br />

coroar de pleno êxito o<br />

trabalho encabeçado pelo<br />

Delegado Saudino há<br />

praticamente um ano.<br />

Ao Saudino e sua<br />

equipe, nossos sinceros<br />

"O andarilho"<br />

le andava sem rumo, não levava<br />

nada em suas mãos; um jeans<br />

surrado e camiseta, no bolso<br />

girassol em grãos; sua única<br />

bagagem era a sabedoria da<br />

vida, que apesar de pouca, não<br />

foi esquecida.<br />

Ele nunca teve ideal, somente<br />

procurou um lugar onde viver<br />

tranquilo e uma nova vida<br />

começar. Suas pernas<br />

musculosas, cediam ao cansaço<br />

a toda a hora. Ele parava e<br />

descansava...<br />

Refeito levantava e ia embora. Os dias<br />

passavam, ele procurava seu mundo,<br />

encontrava vários lugares, não parava um<br />

segundo.<br />

As pessoas tinham medo. Medo de um homem<br />

sem caminho.<br />

Ele nada queria além de um pouco de carinho.<br />

Um dia a fraqueza venceu o andarilho.<br />

Mas a alegria o contagiou. Ele morreu<br />

procurando o novo mundo.<br />

E em outra vida o encontrou.<br />

Não precisava mais andar, bastava esticar sua<br />

mão, para tocar em gente de bem.<br />

Para sentir um novo coração.<br />

"Autor desconhecido"<br />

Colaboração:Sueli R. Araújo<br />

parabéns.<br />

.3;;;L•••••••««1 n11.~émeor ^-••••••nn•,Z.-


PAGINA 42<br />

NOTIFISCO<br />

JANEIRO/90<br />

ÁLCOOL<br />

Beber ou<br />

não beber?<br />

Mistério do<br />

:sofrimento no mundo<br />

Um adeus a<br />

ZUANAllJ<br />

Dentro do grande mistério que é o sofrimento, há um<br />

pequenino mistério, maior, mais profundo, mais mistério.<br />

É o sofrimento do inocente. De quem não tem culpa,<br />

pequeno ou grande, pequena ou grande.<br />

Quando jovem estudante se<br />

eu soubesse que o alcoolismo é<br />

uma doença que pode atacar qualquer<br />

pessoa, independente de raça,<br />

sexo, religião ou posição social,<br />

eu jamais teria ingerido bebidas<br />

alcoólicas<br />

Creio que pela ética, pois<br />

não temos mais censura, somente<br />

eu tenho o direito e o dever de falar<br />

um pouco sabre esta terrível<br />

doença – o alcoolismo – da<br />

qual eu fui uma das tantas vítimas<br />

de nossos dias Prejuízos financeiros,<br />

morais, físicos e, por<br />

que não dizer, espirituais.<br />

Essa mulher que está ao meu<br />

lado, digo essa heroína, soube,<br />

com honra e dignidade ter paciência,<br />

ser honesta, zelar por nossos<br />

oito filhos, e quem sabe, até<br />

de mim mesmo. Por tudo isso fiz<br />

questão que ela fosse fotografada<br />

ao meu lado.<br />

Em muitas das vezes fui considerado<br />

inteligente, menciono<br />

aqui uma frase Bíblica "Mas<br />

disse ao homem eis que o temor<br />

do Senhor é a sabedoria e o apartar-se<br />

do mal é a inteligência" –<br />

Jo, Cap. 28, V. 28.<br />

Não sou o que desejaria ser,<br />

mas graças à Deus já não sou o<br />

que era.<br />

Tenho angústias, tenho vergonha.de<br />

não ter podido ser uma<br />

pessoa saudável e útil aos meus semelhantes,<br />

todavia se este meu<br />

testemunho ajudar alguém, já valeu<br />

a pena ter vivido.<br />

Curitiba, 11 de novembro de<br />

1989.<br />

Benjamim de Castro<br />

R. Raimundo Bon, 125 - B. Vista.<br />

CEP 82.500 - Curitiba -PR.<br />

(Visitem-me)<br />

Noel SR. Mendes<br />

AR de Araucária<br />

Devicto justamente<br />

à sua dose de mistério,<br />

o sofrimento<br />

do inocente é assunto<br />

para o qual se procura ver<br />

as suas causas possíveis,<br />

mas não se consegu iu<br />

penetrar ainda na sua<br />

essência. Para o sofrimento<br />

consciente, merecido<br />

vemos e compreendemos<br />

suas razões, suas<br />

utilidades, seus motivos,<br />

e parece justo ao nosso<br />

sistema humano de medir<br />

e pesar as coisas. Mas<br />

para o sofrimento do inocente,<br />

procuramos ver,<br />

procuramos compreender<br />

sua razão e sua utilidade.<br />

A psicologia humana não<br />

chega a penetrar até ao<br />

fundo da dor do inocente.<br />

0 sofrimento do inocente<br />

é tão escuro que o<br />

próprio CRISTO, aquele<br />

que pagou por crimes que<br />

não cometeu, que sofreu<br />

sem ter praticado nenhum<br />

mal, que padeceu<br />

sendo puro, humilde e<br />

bom, que sofreu inocente<br />

portanto — o próprio<br />

CRISTO, desprovido<br />

de sua divindade no Horto<br />

do Sofrimento, nãocompreendeu<br />

a razão de<br />

tanta dor para ele, "cordeiro<br />

alvo, sem mancha".<br />

Tanto que no auge da<br />

dor, perguntou, quase<br />

duvidando, porque o PAI<br />

O abandonara, e pediu<br />

ajoelhado diante da<br />

mesma dor: "MEU PAI,<br />

SE POSSÍVEL, AFAS-<br />

TA DE MIM ESTE CÁ-<br />

LICE."<br />

Mas essa impotência<br />

foi momentânea, foi curta.<br />

Depois veio a força de<br />

DEUS, vestida de anjo,<br />

depois veio a graça de<br />

DEUS, o auxílio de<br />

DEUS, e o CRISTO —<br />

mesmo como homem e<br />

como inocente — encontrou<br />

razão no sofrimento.<br />

Mais do que isso, encontrou<br />

beneficio. E disse ao<br />

PA I: "F IAT! "<br />

E por causa desse<br />

"fiat" maravilhoso, um<br />

fio de suor vermelho<br />

escorreu depois, pela terra,<br />

Calvário abaixo, lavando<br />

os homens através<br />

dos séculos e formando<br />

um rio — o Rio da Graça<br />

— cuja nascente é na cruz<br />

e vai desembocar no Céu.<br />

Mas não é só dizer o<br />

"fiat" da compreensão, o<br />

"fiat" do consentimento<br />

do amor infinito. Jesus<br />

Cristo precisava dizer<br />

com atos e disse, ensinar<br />

com a ação e ensinou que<br />

a dor valoriza, que o<br />

sofrimento torna forte o<br />

homem; que a cruz é<br />

pesada de carregar, que o<br />

homem cai muitas vezes,<br />

mas que encontra pela<br />

sua via Crucis um Cirineu<br />

e uma Verônica; que o<br />

homem pregado na Cruz<br />

fica bem no cume do<br />

Calvário, acima de todos<br />

os homens, olhando do<br />

alto os companheiros<br />

abaixo. Jesus Cristo quis<br />

dizer aos homens que o<br />

homem pregado na Cruz<br />

não permanece eternamente<br />

pregado nela; que<br />

por mais culpado que<br />

seja pode entrar no reino<br />

de Deus ou o reino de<br />

Deus pode entrar nele, se<br />

souber encarar a cruz<br />

como o bom ladrão encarou.<br />

Jesus Cristo quis<br />

sobretudo provar aos<br />

homens que o homem<br />

que aparentemente morre<br />

crucificado aos olhos de<br />

outros homens, na verdade<br />

não morre, mas ressuscita<br />

ainda para este mundo<br />

que o viu morrer.<br />

Portanto a cruz, o<br />

sofrimento, o calvário<br />

deixa-nos aparentemente<br />

mortos durante uns<br />

dias (três, trinta ou trezentos),<br />

mas depois vem<br />

a ressurreição, vem o<br />

triunfo, vem a vida em<br />

plenitude. Isso não é um<br />

símbolo. Em absoluto.<br />

a pura realidade.<br />

Ainda mesmo assim o<br />

mistério permanece. Só o<br />

amor impede a revolta.<br />

Lição de vida<br />

Dinarte Ferreira de Almeida<br />

Eu ainda lembro, ah . . . como lembro . . . entardecia, a tarde recebia os últimos raios<br />

do sol, do qual banhava o todo, daquela vastidão verde, tornando-a verd'ourada.<br />

Como tal fosse um leão ferido, o entardecer exalava seus suspiros<br />

emanando uma melancolia.<br />

Ambientava a campina esverdeante um triste morrer do dia, vi aquele vulto alto ereto,<br />

parecia-lhe o garbo, mas maltrapilho, mirava os confins do horizonte.<br />

Atento aquela figura, era vista lançar seu olhar à maior longitude possível,<br />

não sei o que buscava.<br />

Apesar de uma certa distância, vi que as lágrimas desciam daquele rosto surrado pelas rugas<br />

do tempo, brilhavam como exaltassem pétalas de diamantes.<br />

Sobressaltei-me ao vê-lo num repente a sua incontida emoção,<br />

ajoelhado, chorando convulsivamente, repetia:<br />

— Obrigado meu Deus, meu Senhor! — Agradeço em nome da minha saúde,<br />

das amizades que tenho e por mais este dia que vós proporcionastes<br />

a mim o dom da tua vida.<br />

Enlevado na emoção daquele quadro, onde havia a mostra da beleza e pureza d'alma,<br />

não vi a chegada do anoitecer.<br />

21 de outubro<br />

um trágico acidente<br />

levou deste mundo<br />

Antonio Zuanazzi<br />

Sobrinho.<br />

Atualmente<br />

desempenhava suas<br />

funções como chefe da<br />

A. R. de Matelândia,<br />

meio que deixou<br />

muita saudade.<br />

Colega no trabalho,<br />

Companheiro nos<br />

momentos difíceis,<br />

Amigo em todas as<br />

ocasiões.<br />

Obrigado<br />

pelo que você foi,<br />

Obrigado<br />

pelas lições de vida.<br />

Colega<br />

O material fotográfico<br />

enriquece o seu artigo.<br />

Sempre que possível,<br />

as fotos deverão ser em<br />

preto e branco.<br />

As fotos coloridas<br />

perdem a qualidade,<br />

quando da sua<br />

publicação.<br />

Sejam elas em preto e<br />

branco ou coloridas,<br />

devem estar bem claras.<br />

Fotos escuras não se<br />

prestam para publicação.


JANEIRO/90 NOTIF ISCO PAGINA 43<br />

Mensagem aos adepistas<br />

da CRE<br />

Os cavernícolas<br />

Caríssimos,<br />

zoologicamente, o<br />

homem pertence à<br />

classe Mamalia e à ordem<br />

dos Primatas, o<br />

que ele divide com os<br />

orangotangos, macacos<br />

e lumeróides. É.<br />

nessa ordem que o homem<br />

e seus ancestrais<br />

imediatos são agrupados<br />

na família Hominidae.<br />

A história da nossa<br />

evolução é mu ito vaga.<br />

Segundo os estudiosos,<br />

os hominiclios<br />

humanos começaram a<br />

surgir na Era Pleistocena<br />

(entre 1.000.000 a<br />

10.000 anos atrás). O<br />

intervalo é tão largo<br />

que me faz pensar que<br />

os acomodados de hoje<br />

trazem embutidos<br />

em seus cérebros a reminiscência<br />

dessa imprecisão<br />

em suas evoluções.<br />

Há alguns anos, visitando<br />

um museu, eu<br />

quis pegar e sentir o<br />

peso da clava que se dizia<br />

ser uma cópia das<br />

que os cavernícolas<br />

usavam. O senhor que<br />

nos acompanhava explicou-me<br />

que embora<br />

as clavas antigas fossem<br />

muito fortes, ninguém<br />

hoje saberia fazer<br />

algo semelhante em<br />

qualidade e utilidade.<br />

Quando lemos nas descrições<br />

palco nto lógicas<br />

que os cavernícolas<br />

usavam a clava com incrível<br />

maestria para<br />

muitas ativ idades,<br />

imaginamos que o criador<br />

de tal instrumento<br />

foi um gênio entre<br />

eles. Naturalmente,<br />

isso nos sugere que é<br />

possível haver gênios<br />

em todos os níveis de.<br />

desenvolvimento mental.<br />

Em qualquer geração,<br />

há some nte umas<br />

poucas pessoas que<br />

possuem mentes, habilidades<br />

e imaginação<br />

para devisar o que chamamos<br />

de "avanços".<br />

Todavia, há os avanços<br />

para a humanidade e<br />

os avancos p ara a localidade.<br />

O primeiro tipo<br />

de avanço é, sem dúvida,<br />

importante, mas difuso,<br />

atemporal e ubíquo.<br />

Parece servir a todos<br />

e ao mesmo tempo<br />

a ninguém. Acima de<br />

tudo, não responde a<br />

uma necessidade de alguém<br />

ou de um grupo<br />

em particular. E algo<br />

que poderíamos chamar<br />

de desnecessário<br />

em seu sentido próprio.<br />

O segundo sim —<br />

o avanço local — res-,<br />

ponde a uma necessidade<br />

temporal, definida<br />

e de um grupo ou<br />

comunidade especial.<br />

É útil e contemporâneo<br />

com outras necessidades<br />

— o que o torna<br />

muito mais importante.<br />

No mundo cosmopolita<br />

— ou em avanços<br />

para a humanidade<br />

— nenhum de nós entre<br />

milhões faz qualquer<br />

diferença, no sentido<br />

mais básico. No<br />

mundo localista — no<br />

espaço onde vivemos e<br />

trabalhamos — os nossos<br />

esforços levam a<br />

avanços e estes fazem<br />

uma diferença. Em cada<br />

comunidade ou organização<br />

há uma pequena<br />

piscina genética<br />

de gênios, que não são<br />

generais, estadistas ou<br />

preclaros economistas.<br />

Estes simplesmente<br />

utilizam (ou corrompem)<br />

os produtos dessas<br />

mentes raras para<br />

suas próprias finalidades.<br />

Não fossem eles,<br />

„operando da mesma<br />

forma como os cavernícolas,<br />

não fossem pelos<br />

seus feitos silenciosos<br />

— a nível localista<br />

— não teríamos as inestimáveis<br />

contribuições<br />

que fazem acontecer as<br />

mudanças necessárias.<br />

Suas visões, persistência<br />

e paciência penetram<br />

lentamente as<br />

mentes dos potenciais<br />

gênios localistas, cujas<br />

ações hasteiam futuros<br />

desenvolvimentos.<br />

Não podemos dizer<br />

.que hoje produzimos<br />

mais gênios que os<br />

cavernícolas, assim como<br />

não podemos asseverar<br />

que os prêmios-<br />

' nobéis melhoram mais<br />

o mundo que um funcionário<br />

criativo e dedicado<br />

melhora uma<br />

organização. O gênio<br />

mais útil ao mundo é<br />

aquele que desenvolve<br />

a clava, que torna o<br />

trabalho mais fácil e a<br />

vida mais feliz na caverna<br />

contemporânea.<br />

Cord ia Ime nte,<br />

Alexandre do Esp fr ito<br />

Santo.<br />

1<br />

uma<br />

1<br />

1<br />

Com área construída de 11.631<br />

metros quadrados em terreno de mais<br />

de 143.000 metros quadrados, localizada<br />

na Cidade Industrial de Pato<br />

Branco, está a Indústria de FOGÕES<br />

PETRYCOSKI, hoje a maior indústria<br />

de fogões à lenha do Paraná e<br />

das maiores do Brasil.<br />

Fundada em 1949, pelo sr.<br />

Theophilo Petrycoski, a empresa chega<br />

aos 40 anos de existência, hoje sob<br />

o comando de seu filho Cláudio Petrycoski,<br />

à frente de mais de 400<br />

funcionários.<br />

Detentora absoluta do knowhow<br />

da fabricação de fogões à lenha<br />

dentro do seu plano de expansão de<br />

seu parque industrial, comprou e<br />

incorporou a seu patrimônio em junho<br />

de 1988, o ferramental, maquinados<br />

e direito de fabricação da<br />

tradicional marca Walter.<br />

Também foi adquirido do grupo<br />

k<br />

industrial Mueller Irmãos S.A., o fernologia<br />

de fabricação de fogões a gás,<br />

ramental e marca Marumby. Estas<br />

aquisições trouxeram o início da tec-<br />

que viria a ser desenvolvida eficientemente<br />

nos meses seguintes, resultando<br />

no lançamento em outubro do<br />

mesmo ano dos modelos, já aprimorados,<br />

Realce, Piá c Piazito, no mercado<br />

nacional. Não satisfeita com o<br />

simples domínio da tecnologia necesmentos<br />

modernos e pessoal especiasária,<br />

a empresa decidiu, mesmo em k<br />

tempos difíceis, investir em equipalizado,<br />

com o objetivo de desenvolavançado,<br />

que acompanhasse as ten-<br />

ver o projeto de um fogão de design<br />

dências atuais de mercado.<br />

Este projeto culminou com o<br />

lançamento do modelo CRYSTAL,<br />

que em breve estará nas principais<br />

lojas do País.<br />

1111n


PÁGINA 44 NOT IF ISCO JANEIRO/90<br />

Coluna Livre<br />

Aquecendo as turbinas<br />

Adailton Barros Bittencourt, agente fiscal aposentado do Paraná,<br />

atualmente secretário da Fazenda em Rondônia, prepara-se para<br />

entrar na vida política.<br />

Segundo as notícias que chegam de lá, o "IBOPE" do nosso colega<br />

é invejável.<br />

Ao centro, Adailton, quando de sua visita à redação do Notifisco.<br />

N.° 3.148<br />

Ajusta homenagem<br />

Reconhecendo os relevantes serviços prestados ao Paraná<br />

por Ivo Feiten, ex-agente fiscal,<br />

o governador Alvaro Dias atribuiu à PR-562<br />

o nome do nosso colega.<br />

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 23 DE<br />

Competência<br />

e<br />

Experiência<br />

Marcante a participação de<br />

Cleto Tamanini (foto), no<br />

62 Congresso Nacional de Fiscais<br />

de Tributos Estaduais<br />

(CONAF ITE).<br />

Com sua vasta vivência em eventos<br />

desta natureza, Cleto foi um dos<br />

esteios para o sucesso do Congresso,<br />

tenso sido brilhante nos momentos<br />

em que lhe coube a direção<br />

da Mesa.<br />

Eficiência Fiscal<br />

Há por aí dois cidadãos que ganham<br />

a vida fotografando crianças,<br />

montadas num "jegue" caprichosamente<br />

ornamentado, juntando assim<br />

o útil ao agradável, defendendo<br />

o seu ganhapão e levando alegria à<br />

criançada. Certamente muita gente<br />

já os viu.<br />

Ocorre que eles viajam de uma<br />

cidade para outra levando o seu<br />

atrativo. Para isso utilizam-se de<br />

uma velha Kombi, onde o jegue, de<br />

tão pequeno quase não é notado.<br />

Recentemente o inusitado aconteceu.<br />

Aventuraram-se a vender o<br />

seu peixe na região de Guarapuava.<br />

O que eles não contavam era topar<br />

com uma volante fiscal e ainda<br />

mais, serem abordados pelo fiscal<br />

mais temido das estradas, "o terror<br />

dos caminhoneiros".<br />

Pois, de nada adiantaram as<br />

explicações dos dois fotógrafos, o<br />

nosso zeloso fiscal não deixou por<br />

menos: — Tem nota fiscal? — Infelizmente<br />

não seu dotô. — Então estão<br />

mu ItackA<br />

Examinou a pauta e atribuiu<br />

um valor ao jegue, deu um desconto<br />

por ser usado e lascou a multa e o<br />

ICMS.<br />

E não deixou a obra inacabada,<br />

exigiu o pagamento no ato, ou, caso<br />

contrário continuariam a viagem<br />

sem o jegue.<br />

(um funcionário da 5? DRR)<br />

de 1989.<br />

HEtPi1 GEORG HERWIU<br />

Secretário de E »ledo doo TY*8016maeted!.<br />

n.° 9133<br />

Data 22 de novembro de 19 89<br />

Súmula: Denomina "PREFEITO IVO FEITEN",<br />

a PR-562 ligando os municípios de<br />

Sio Joio e Coronel Vivida.<br />

2egidlativa do &fado do 'Parand<br />

decretou e eu sanciono a seguinte lei:<br />

Art. I?. Fica denominada "PREFEITO IVO FEITEN". e<br />

PR-562 ligando os municípios de Sio João e Coronel Vivida, passan<br />

do pela localidade de Vista Alegre.<br />

Art. 29. Esta Lel entrare -m vigor nil'ests de sua<br />

publicação, revogadas as disposições em contrário.<br />

PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 22 de novveribro<br />

ÁLVARO DIAS<br />

Governador do Estado edo<br />

Férias em dobro<br />

Em busca de melhores informações, consultamos<br />

a Dra. Sueli R. Araújo, assistente jurídica da CRE,<br />

a qual nos informou que, segundo o artigo 37 das<br />

Disposições Transitórias da Constituição do Estado, promulgada em<br />

05.10.89, os servidores públicos que não gozaram férias<br />

referentes aos exercícios anteriores a 1989, inclusive,<br />

e nem por eles receberam qualquer compensação pecuniária<br />

poderão transformar o período correspondente em tempo de serviço<br />

em dobro.<br />

Por outro lado, a partir de 1990, as férias não gozadas,<br />

já não poderão mais ser contadas, segundo gizado no inciso X,<br />

do artigo 34 da Constituição supra.


JANEIRO/90 NOTIF ISCO PAGINA 45<br />

Coluna Livre<br />

O clamor das viúvas<br />

Esposas de ex-colegas nossos, ao procurarem a Associação<br />

em busca de assistência jurídica, no que concerne à atualização de<br />

suas pensões, estão sendo "convidadas" a pagar honorários<br />

Projeto Mutirão em Umuarama<br />

Realizou-se na 1 1 a. DRR mais um Projeto Mutirão de Cobrança da Dívida<br />

Ativa. O pessoal da IGA continua firme em seu propósito de fazer com que o<br />

Estado receba aquilo que lhe é devido.<br />

Na foto, vemos: Yeda, I Ida, Benedito, Peixoto, Carmem, Robinson e Cleonice.<br />

Um pouco de<br />

Marchanjo Bianchini<br />

equivalentes a 20 por cento da causa.<br />

Sabedores que somos que a assistência jurídica prestada pela Aí = F EP<br />

é gratuita, indagamo-nos: — O que está acontecendo?...<br />

Com a palavra a presidência da AF F EP.<br />

MARCHANJO BIANCHIN I,<br />

que deu seu nome a um dos mais<br />

importantes Postos Fiscais de nosso<br />

Estado, além de ter sido funcionário<br />

fiscal e Diretor do antigo<br />

Departamento da Fiscalização de<br />

Rendas, (antigamente Fiscalização<br />

e Arrecadação eram separadas) foi<br />

também Tenente da Guarda Nacional<br />

e Jornalista. Nessa última<br />

profissão, recebeu em sua carteira<br />

de trabalho um elogio, fato raríssimo.<br />

As folhas 31 de sua carteira<br />

diz: "Em 1° de março de 1948,<br />

recebeu, de acordo com a legislação<br />

social, o aviso prévio, em virtude<br />

do encerramento das atividades<br />

da empresa (Diário do Paraná<br />

Ltda.) e a 30 deste mês, foi<br />

desligado desta, tendo prestado<br />

bons serviços; tendo demonstrado,<br />

durante sua permanência na<br />

empresa referida, ser funcionário<br />

fiel, cumpridor dos seus deveres,<br />

dotado de espírito dinâmico e assíduo<br />

ao trabalho o que lhe recomendam<br />

como funcionário exemplar<br />

e digno de consideração".<br />

A anotação está assinada pelo então<br />

gerente da empresa Alir Ratacheski,<br />

hoje eminente jurista de<br />

nosso Estado. Marchanjo i3ianchini<br />

aposentou-se com 52 (cinquenta<br />

e dois) anos de serviço.<br />

Debutando<br />

no mundo artístico<br />

No dia 23 de dezembro, às 16 horas, no salão paroquial da<br />

Igreja São José, Capão Raso, aconteceu a estréia de<br />

Franceline Aracely da Silva ao órgão eletrônico.<br />

Com 11 anos, a filha de nosso colega Moraes, da 16 DRR,<br />

Aracely vem despontando como grande promessa do teclado.<br />

No programa, J. Sebastian Bach, C. Gounod, 1 Straus,<br />

Francis Lai e outros.<br />

Quem sabe não esteja aí mais um "bicho do Paraná"?<br />

Rainha<br />

No dia 7 de<br />

outubro,<br />

o Clube Unido do<br />

C.S.U., de<br />

Medianeira,<br />

escolheu a jovem<br />

Cristiane<br />

Dromboski,<br />

de 15 anos,<br />

como Rainha dos<br />

Esportes e que<br />

representou o<br />

tradicional<br />

clube no final<br />

do ano passado.<br />

Cristiane é<br />

filha de nossa<br />

colega<br />

Maria do Rocio.<br />

Em nome do profissionalismo<br />

A Inspetoria <strong>Geral</strong><br />

de Tributação é<br />

reconhecida por<br />

todos como um<br />

celeiro de grandes<br />

tributaristas.<br />

Nesta edição,<br />

rendemos nossa<br />

homenagem ao<br />

colega<br />

Epaminondas,<br />

juntamente com seus<br />

pares, projetam o<br />

Paraná a nível<br />

nacional, e fazem<br />

com que tenhamos<br />

orgulho de<br />

pertencermos à<br />

Coordenação da<br />

Receita do<br />

Estado.


PAGINA 46<br />

NOTIF ISCO<br />

JANEIRO/90<br />

Coluna livre<br />

Arrecadar é preciso<br />

Novos visuais<br />

A vaidade deixou de ser uma prerrogativa das mulheres !...<br />

No fechado círculo dos delegados, cresce o número daqueles que,<br />

insatisfeitos com seus cabelos brancos, recorrem á tintura.<br />

A mais recente conquista dos "cabelos pintados"<br />

vem da região sudoeste.<br />

O sucesso é tanto, que o cientista maior na CR E, perito em<br />

relações comportamentais, também aderiu ao modismo.<br />

Do caju ao preto, escolha a sua tonalidade e entre na moda.<br />

Simpatia vem de família<br />

No intuito de incrementar a arrecadação do Estado do Paraná,<br />

o secretário da Fazenda Luiz Carlos Hauly,<br />

vem lançando mão de inúmeras Campanhas, objetivando conscientizar<br />

a população da importância do ICMS para o nosso<br />

desenvolvimento social.<br />

O "BOM DE NOTA", o "DE NOTA EM NOTA",<br />

são exemplos de criatividade e determinação de se alcançar o<br />

objetivo proposto.<br />

Na foto, Joeci Ehlke Santi Matos, coordenadora da Campanha<br />

"O BOM DE NOTA" • o secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, e<br />

Mário Grott, delegado da 1 ạ DR R, na entrega de um dos muitos prêmios<br />

da Campanha, ocorridos em Curitiba.<br />

Preocupações<br />

gastronômicas<br />

Mais de setecentas pessoas saborearam o barreado oferecido pela<br />

AFFEP durante o 6P CONAFITE.<br />

Embora tudo tenha ocorrido às mil maravilhas, momentos antes do<br />

almoço, era visível a preocupação dos "cartolas" em bem atender os<br />

visitantes.<br />

Vale-transporte<br />

EM RONDÔNIA, O GOVERNADOR<br />

Na<br />

foto,<br />

a<br />

simpática<br />

sobrinha<br />

de<br />

nossa<br />

colega<br />

Ângela,<br />

do<br />

GRHS<br />

da<br />

SEFA.<br />

J ERON IMO SANTANA INSTITUIU O VALE-TRANSPORTE<br />

AOS FUNCIONAR IOS PÚBLICOS<br />

Tetalização<br />

ESTA E A PALAVRA<br />

QUE MAIS SE OUVE DOS AGENTES FISCAIS QUE<br />

EXTRAPOLARAM O TETO SALARIAL.


JANE IRO/90<br />

NOTIF ISCO PAGINA 47<br />

Coluna livre<br />

Uma reunião<br />

bombástica<br />

A 16a e o<br />

DE NOTA EM NOTA<br />

Quando de un-19 reunião realizada no SENAC, em Curitiba, houve uma denúncia anônima<br />

da existência de bomba no prédio. A polícia chegou em seguida e o prédio foi evacuado.<br />

O pessoal da CR E não deu muita bola para a tal bomba e arrumou um tempinho para a<br />

410 foto. - Agência<br />

A campanha "DE NOTA EM NOTA"<br />

premiou, em Paranaguá, o jovem<br />

AMAR ILDO NUNES DA SILVA, que ganhou um<br />

televisor em cores.<br />

No ato de entrega que ocorreu na Sede da 16 DRR,<br />

o Delegado Regional da Receita, Gilberto Della Coletta,<br />

o Inspetor Regional de Arrecadação,<br />

Raul Mocelim Cardoso e o feliz ganhador.<br />

Cole aposentado<br />

Foi mesmo uma reunião bombástica!<br />

Você não está recebendo o<br />

nota 10<br />

NOT I F ISCO?<br />

Então ligue para a Inês (041) 223-7414<br />

e receba gratuitamente, em sua casa,<br />

todos os meses, um exemplar<br />

do seu jornal.<br />

Louvável a iniciativa<br />

da EP DRR ao criar<br />

o seu veículo de<br />

comunicação denominado<br />

"Oitavinho",<br />

o qual retrata todas as<br />

atividades desenvolvidas<br />

naquela Regional.<br />

Sob a chefia do nosso colega Artur de Próspero e a colaboração de Francisco de Assis<br />

Siqueira, a Agência de Rendas de Imbituva, jurisdicionada à DRR—Ponta Grossa,<br />

é um modelo de organização e eficiência.


PÁGINA 48 NOTIF ISCO JANEIRO/90<br />

"Pra/ que morrer em vida...<br />

se a morte é certa?"<br />

Joeci<br />

Ehlke Santi Matos<br />

"Se a chama da vela,<br />

que representa a vida,<br />

um dia ficar frouxa, trêmula,<br />

querendo apagar,<br />

bem depressa eu acendo outra...<br />

. . . Assim pensava um<br />

homem que viveu, plenamente,<br />

durante 100 anos, e<br />

que, até o último instante,<br />

lutou contra a morte, na ânsia<br />

de continuar vivendo.<br />

Pode parecer que tinha<br />

medo de morrer, como muitos<br />

de nós. Mas não ... Ele,<br />

simplesmente, amava a vida<br />

e não queria deixá-la, como<br />

quem ama sofre ao se separar<br />

do ser amado.<br />

Foi iirn ser humano como<br />

poucos . . . Aliás, jamais<br />

conheci alguém como ele!<br />

Alguém que sabia, como<br />

nenhum outro, sentir a natureza<br />

e extrair dela toda a<br />

beleza e pureza, expressa<br />

em seus muitos quadros.<br />

Conhecia, também, profundamente,<br />

as pessoas e as coisas<br />

da vida, que sua voz e<br />

seu violão exprimiam, com<br />

tanto sentimento, em suas<br />

composições musicais, principalmente<br />

para a mulher<br />

amada. Foi, talvez, o último<br />

verdadeiro seresteiro a<br />

entrar na década de 90.<br />

Mas, não fez da arte<br />

profissão . . Foi, tão somente,<br />

um dom divino.<br />

Dentre as inúmeras atividades<br />

desenvolvidas du-•<br />

rante os seus cem anos, foi<br />

comerciante, ferroviário,<br />

celeiro, tropeiro, delegado<br />

de polícia, fazendeiro, cartorário<br />

e vereador.<br />

Trabalhou muito, mas<br />

não acumulou riquezas.<br />

Também não deixou dívidas,<br />

pois, quando precisava,<br />

vendia um de seus lotes,<br />

barato, pois sempre tinha<br />

alguém precisando mais<br />

do que ele; conservou, porém,<br />

sua antiga casa e seu<br />

automóvel, que dirigia, até<br />

há poucos meses, sem ao<br />

menos usar óculos. Mas, teve<br />

sempre o necessário para,<br />

na falta de seu pai, como filho<br />

mais velho, ajudar a<br />

criar seus dez irmãos, e,<br />

depois, num misto de amor<br />

e disciplina, educar seus dez<br />

filhos; foi um pai enérgico,<br />

mas carinhoso, que o identificava<br />

como o "chefe" da<br />

família até o final de seus<br />

dias.<br />

Ultimamente, comercializava<br />

com passarinhos, para<br />

garantir o pagamento de<br />

suas contas mensais, espantando-se<br />

com o que a inflação<br />

fazia com o seu mínimo<br />

salário de aposentado.<br />

E orgulhava-se de ter<br />

Ricardo Ehlke, na festa de seu aniversário.<br />

conseguido completar 100<br />

anos e ser o mais velho morador<br />

da legendária cidade<br />

da Lapa; mas, queria que<br />

Deus lhe desse pelo menos<br />

mais cinco anos, para continuar<br />

fazendo serestas, seu<br />

delicioso vinho de laranja,<br />

curando papo (tireóide),<br />

sem jamais alguém ter sabido<br />

o mistério de suas rezas e<br />

pomadas, cheirando seu rapé,<br />

cuidando de seus pássaros<br />

e convivendo alegremente<br />

com tantos amigos e familiares.<br />

Possuía tantas virtudes,<br />

que não cabe aqui enumerálas.<br />

Era, em síntese, um homem<br />

bom, culto, inteligente<br />

Foi um ser humano como<br />

poucos, que descobriu<br />

que a vida floresce se, a<br />

cada dia, busca-se um novo<br />

motivo para continuar vivendo.<br />

Dono de uma força de<br />

vontade incontestável, construiu<br />

seu mundo com muita<br />

fé, e a crença de que "querer<br />

é poder".<br />

Jamais se deixou levar<br />

pela tristeza e pela preguiça;<br />

sempre foi um homem<br />

forte, ativo e autêntico.<br />

Havia momentos em<br />

que lembrava das pessoas<br />

tão amadas que já se tinham<br />

ido; mas, nele renascia a alegria,<br />

com a vinda de cada<br />

neto, bisneto, tataraneto, e<br />

pelas novas amizades, que<br />

tão facilmente cativava,<br />

com seu constante bom humor,<br />

conversa fácil e agradável<br />

e pela sinceridade de<br />

suas palavras.<br />

Pelo seu crescimento espiritual,<br />

sentíamo-nos felizes,<br />

simplesmente por estar<br />

ao seu lado, escutando e<br />

aprendendo através do relato<br />

de suas inúmeras histórias,<br />

agradecidos pela imensa<br />

paz que nos transmitia.<br />

Representava tanto como<br />

pessoa, que se torna difícil,<br />

quase impossível, defini-10<br />

nessas poucas linhas.<br />

Só há uma resposta, da<br />

própria natureza, para que<br />

ele fosse assim, tão amado e<br />

querido por todos nós: ELE<br />

ERA A VIDA!<br />

Ao meu avô Ricardo,<br />

minha saudade ...<br />

Mulher... Chegou a sua vez<br />

É tempo da mulher mostrar o seu valor!<br />

Tempo de desempenhar funções e assumir cargos em<br />

igualdade de condições com os homens...<br />

Aos poucos, ela vai conquistando espaços antes barrados pela discriminação e,<br />

por que não dizer, por opção dela própria em não se destacar profissionalmente?<br />

Uma questão de cultura? De educação? Ou da não-aceitação pela sociedade?<br />

Muitos fatores influenciaram... Mas o fato é que agora, elas estão ai,<br />

conscientes, assumindo cargos antes exclusivos dos homens.<br />

Nesse mês de janeiro, Weide Astuti e Nair Honda, das Assessorias de Resultados<br />

da 7:9 DR R-Cornélio Procópio e 8:9 DR R-Londrina, respectivamente,<br />

responderam por suas Regionais, substituindo os Delegados, por motivo de<br />

. férias. E foram, reconhecidamente, competentes.<br />

Quem sabe, com a mudança esperada para os próximos meses,<br />

teremos uma DELEGADA REGIONAL DA RECEITA,<br />

tomando decisões e mudando os rumos de nossa organização?<br />

A mulher soube esperar...

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