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1 1<br />
1<br />
Órgão vinculado a<br />
Associação dos Funcionários<br />
Fiscais do Estado do Paraná<br />
PORTE PAGO<br />
DR/PR<br />
ISR-48 - 566/89<br />
ANO VIII - N9 61 - JANEIRO/1990<br />
(DISTRIBUIÇÃO GRATUITA INTERNA)<br />
..k<br />
al e<br />
Giancarlo S. de Almeida Torres, chefe da ADR H<br />
O II<br />
e , a a<br />
.........<br />
Em entrevista concedida ao NOTIFISCO,<br />
Giancarlo S. de Almeida Torres,<br />
chefe da ADRH,<br />
responde sobre a implantação do novo<br />
Estatuto dos Funcionários Públicos,<br />
abordando assuntos polêmicos, como:<br />
revogação da Lei 7051,<br />
regime único, quadro próprio da CRE,<br />
promoções, gratificação de estímulo dfiscalização e, ainda,<br />
a situação dos celetistas e aposentados<br />
frente ao novo diploma legal.<br />
Página 05<br />
, y á<br />
j) O G S ese .<br />
Por que o governo não pagou integralmente o terço de férias?<br />
vim;<br />
-.».,,,<br />
Como funciona o redutor de salários?<br />
E possível gozar a metade da licença-prêmio e receber,<br />
a outra metade em dinheiro?<br />
Estes e outros assuntos, você ficará inteirado, lendo a<br />
reportagem levada a efeito junto ao GRHS da SEFA.<br />
Página 17.<br />
••<br />
Angela beatriz de Souza Lopes<br />
medis . eral v~stad<br />
5.4. 10 e o. „e _.,,, ',,,,et. .s e _ ,, c asse fiscal. Pagina 03
PAG<br />
EXPEDIENTE<br />
NOTI F ISCO<br />
Orgão ae arraigado da AFFEP<br />
Informativo técnico, cultural<br />
e recreativo .<br />
Rua Angelo Sampaio, 1.793<br />
CEP 8b.420 - Fone 223-7414<br />
CURI77 BA - PR<br />
ffl Associação dos Funcionários Fiscais<br />
do Estado do Paraná<br />
Demonstrativo das Receitas e Despesas<br />
RECEITAS<br />
DESPESAS<br />
DISCR IM INAÇÃO<br />
NO V/89 JAN/NOV/89<br />
NOV/89 JAN/NOV/89<br />
101.694,00<br />
DIRETOR RESPONSÁVEL<br />
Reservas Colonia<br />
408.199,70<br />
Mário Grott<br />
Arrendamento Restaurante<br />
260,00<br />
SUPER VISÃO GERAL<br />
Mensalidades<br />
73.146,36 340.546,20<br />
Joeci Ehlke Santi Matos<br />
Receitas c/Seguros<br />
44.572,55 263.530,11<br />
DIRETORIA DA AFFEP<br />
Taxas de Manutenção<br />
27.094,00 421.473,70<br />
Receitas Diversas<br />
53,20 1.134,35<br />
CONSELHO DELIBERATIVO<br />
Transfer. de Títulos<br />
300,00 10.206,00<br />
PRESIDENTE<br />
Confecção Carteiras<br />
95,00<br />
José Carlos de Carvalho<br />
Exames Médicos<br />
1.446,90<br />
VICE-PRESIDENTE<br />
Títulos Definitivos<br />
30,00<br />
José Roberto dos Santos<br />
Receitas c/Habitação<br />
350,00 474.76<br />
1° SECRETÁRIO<br />
Taxas de.Expediente<br />
44.181,013 142.666,19<br />
Maximiamo T. Ishida<br />
lieativação de Títulos<br />
3.202,00<br />
Subvenções Órg. Públicos<br />
129.248,59<br />
CONSELHO DIRETOR<br />
Receitas c/Peculios .<br />
1.500,00 9.500,00<br />
PRESIDENTE<br />
Recs. c/Hotel Rota do Sol<br />
24.175,65 200.992,69<br />
Jose Laudelino Azzolin<br />
Recs. Restaur. Colonia<br />
29.654,80 93.905,80<br />
Recs. c/Publicidade<br />
100.000,00 168.850,00<br />
VICE-PRESIDENTE<br />
Recs. c/Alimentação'<br />
165,00<br />
Pedro Luiz de Paula Neto<br />
Recs. c/69 Conafite<br />
50.213,21 189.787,90<br />
2° VICE-PRESIDENTE<br />
Juros Recebidos<br />
21,80 187,39<br />
Cleto Tamanini<br />
Descontos Obtidos<br />
30,00 30,00<br />
19 SECRETÁRIO<br />
Dividendos s/ Ações<br />
643,32<br />
<strong>Geral</strong>do Dornesoano<br />
Rendas Open BEP XV<br />
3.067,51 24.469,24<br />
2? SECRETARIO<br />
Rendas Open Bamerindus<br />
8.255,76 22.165,57<br />
Jose Luiz Meia<br />
Rendas Open BEP Murici<br />
894,33 10.059,25<br />
Rendas Open Bco. Real<br />
3.380,00<br />
19 TESOUREIRO<br />
Rendas Contas Remuneradas<br />
7.276,42 20.208,18<br />
Joi Marçal Kaminski<br />
Resultado Convers. Passiva<br />
43,93<br />
2°<br />
TESOUREIRO<br />
10.018,04 Rendas Aplicaç. Bco. Real<br />
19.615,77 19.615,77<br />
Cleonice Stefeni Salvador<br />
47.149,54<br />
Ordenados Salários (Sede)<br />
8.706,52 31.902,76<br />
DIRETORES DE<br />
Contrib. Prcvidenc. (Sede)<br />
20.651,57 51.951,78<br />
DEPARTAMENTO<br />
Rescisões Contratuais<br />
8.495,38 29.679,95<br />
Contrib. Previdenc. (Gtuba)<br />
7.189,97<br />
DIRETOR ADMINISTRATIVO<br />
Férias (Sede)<br />
2.393,19 2:393,19<br />
COMERCIAL<br />
1 39 Salário (Sede)<br />
1.090,54<br />
Pedro Carlos Antun<br />
Honorários Médicos<br />
5.097,74 18.510,41<br />
DIREI OR DE PATRIMOfil0<br />
Honor. Odontológicos<br />
2.189,90<br />
Honor. AdvocatícioS<br />
6.963,22<br />
'hamar Antonio Uba<br />
3.138,85 9.372,19<br />
DIRETORA SOCIAL<br />
Honor. Contábeis<br />
6.920,35<br />
Servs. Prestados P. Fis/Jur.<br />
50.327,60<br />
Joeci Ehlke ~ti Matos<br />
1.501,72<br />
Férias (Guaratuba)<br />
DIRETOR DE ESPORTES<br />
24.648,17 83.601,25<br />
Ordenados, Salários (Gtuba)<br />
Giancarlo S. de Almeida Torres<br />
4.398,88<br />
139 Salário (Gtuba)<br />
4.398,88<br />
DIRETOR CULTURAL<br />
5.893,76<br />
Água, Luz, Telefone (Sede)<br />
23.632,57<br />
1.613,86 4.750,64<br />
Júlio Cezer Michelato<br />
Material de Limpeza<br />
9.876,60 29.462.06<br />
DIRETOR DE IMPRENSA<br />
Material de Expediente<br />
5.705,90<br />
Despesas c/Veículos<br />
12.526,36-<br />
E DIVULGAÇÃO<br />
85,00 1.618,48<br />
Mário Grott<br />
Conduções, Fretes, Carretos<br />
2.480,57 4.754,61<br />
CHEFE DO DEPTO. DE<br />
Portes e Telegramas<br />
7.414,00 36.648,45<br />
RELAÇÕES INT:R-CLASSES<br />
Desp. c/Viagens e Represent.<br />
810,00 5.497,28<br />
Aluguéis<br />
Roberto Aparecido Piekerczyk<br />
6.300,63 34.726,83<br />
Refeições p/Funcionários<br />
CHEFE DEPTO. MEDICO<br />
26.482,70<br />
Publicações, Anúncios, Revistas<br />
107.661,43<br />
Douglas Júlio S. de Macedo<br />
8.800,00 102.442,73<br />
Comissões s/Cobranças<br />
CHEFE' DEPTO. REGIÃO SUL<br />
1.500,00 9.500,00<br />
Auxílio Funeral<br />
João Manoel Delgado Lucena<br />
Auxílio Hospitalar<br />
8.054,93<br />
428,00 2.534,60<br />
CHEFE DEPTO.<br />
Impostos e Taxas<br />
4.136,30 17.952,89<br />
REGIÃO SUDESTE<br />
Consertos e Conserv. <strong>Geral</strong><br />
1.615,00 2.964,11<br />
Valdir Antonio Kurquievicz<br />
Material Odontológico<br />
47.554,15 290.515,59<br />
CHEFE DEPTO. REGIÃO NORTE<br />
Seguros Diversos<br />
2.682,70 10.804,06<br />
Gas e Combustível<br />
Nelson Mitsuo Suzuki<br />
253,79 1.018,79<br />
Despesas c/Cart6rios<br />
CHEFE DEPTO.<br />
30.540,55<br />
Despesas Diversas<br />
REGIÃO NOROESTE<br />
11.357,50 42.957,36<br />
Agua, Luz, Telefone (Gtuba)<br />
140,00<br />
Elio Aparecido Sanzovo<br />
2.359,94<br />
Material de Consumo<br />
3.202,81<br />
JORNALISTA RESPONSA/EL<br />
Desp. c/Confraternizações<br />
523,00 15.379,29<br />
Júlio Zarticti<br />
Material Esportivo<br />
382,00 11.914,82<br />
Reg. Prof. n° 532 ZRT - PR 742 Utensílios<br />
22,66<br />
Medicamentos<br />
DIAGRAMAÇÃO, COMPOSIÇÃO<br />
694,00<br />
Vestuários<br />
ARTE E FOTOLITO<br />
9.624,34 33.274,03<br />
Repasse Regionais<br />
Standart Originais Gráficos<br />
100,00<br />
Perdas c/Sócios •<br />
42.211,74 181444,14<br />
Rua Jaime Reis, 278 - q. 02<br />
Desp. c/Hotel Rota do Sol<br />
129.248,59<br />
ll.:1041) 232-6307 - Curitiba - PR Contrapartida Subv. O. Públicos<br />
150,90<br />
IMPRESSÃO<br />
Desp. c/Administr. Cart. Crédito<br />
28.895,62 98.872,58<br />
Jornal "O Estado do Paraná<br />
Desp. c/Restaurante Colonia<br />
48.335,00 238.372,22<br />
Benfeitorias em Andamento<br />
64.661,31 107.618,50<br />
Despesas 69 Conafite<br />
18,10 2A40,99<br />
Juros e Multas Pagas<br />
371,28<br />
3.193,85<br />
Despesas Bancárias<br />
217,30<br />
782,32<br />
Desp. c/Custos Operacionais<br />
154,45<br />
Imposto Predial Territ. Urbano<br />
507,49 L790,10<br />
PIS - Folha de Pagamento<br />
4,33<br />
199,17<br />
Result. Conversão Ativa<br />
437.540,56 1.959.512,68<br />
Soma<br />
536,096,36 2.486.517,54<br />
98.555,80<br />
Resultado (positivo) Novembro/89 incorporável contas patrimon.<br />
444.835,46<br />
Resultado (positivo) J an/Nov /89 incorporável contas patrimon.<br />
82A69,40<br />
Reserva p/período d.e realização 69 Conafite<br />
Curitiba, 30 de Novembro de 1989<br />
Os artigos aqui publicados não estio<br />
vinculados, sendo, portanto, de<br />
INTEIRA responsabilidade dos signatários.<br />
Os text,s não assinados e sem<br />
identificação de origem são de responsabilidade<br />
de Mário Grott e.Joeci<br />
ES. Matos,<br />
O "NOTIF ISCO" está registrado<br />
no 1.° Ofício de Registro Civil, de<br />
Pessoas Jurídicas e Registro de T(tulos<br />
e Documentos - Apontamento<br />
r(P 483.130_, Prot. "A" nP 14 sob nP<br />
01*-Ordan't 106 do Livro "8" -"P'•<br />
\...ela 03/01/14.<br />
AURÉLIO VIEIRA MOREIRA<br />
CRC 10.138 - PR<br />
NOTIF ISCO<br />
JANEIRO/90<br />
JOSÉ LAUDELINO AllOLIN<br />
PRESIDENTE
JANE IRO /90 NOT I F ISCO PAG INA 3<br />
Em atitude discricionária é unilateral, o governo<br />
do Estado afasta compromissos com a classe fiscal<br />
OS AGENTES FISCAIS ESTÃO SE SENTINDO PREJUDICADOS COM A FORMA ADOTADA PELO GOVERNO NA APLICAÇÃO<br />
DOS NOVOS PERCENTUAIS DE REAJUSTES SALARIAIS.<br />
O PRESIDENTE DA AFFEP E SAFITE, JOSÉ LAUDELINO AllOLIN, JÁ MANIFESTOU AO SECRETÁRIO DA FAZENDA,<br />
LUIZ CARLOS HAUL Y, O DESCONTENTAMENTO DA CATEGORIA COM ESTA SITUAÇÃO.<br />
ABAIXO TRANSCREVEMOS O INTEIRO TEOR DO OFICIO N9 01/90—AFFEP—SAFITE.<br />
Of. n9 01/90<br />
Senhor Secretário;<br />
Os Agentes Fiscais do Estado do Paraná reunidos<br />
na memorável Assembléia <strong>Geral</strong> do dia 16 de setembro<br />
de 1989, com a participação da maioria absoluta<br />
da categoria, decidiu:<br />
— paralisar todas as atividades, em todas as<br />
unidades administrativas da Secretaria da Fazenda,<br />
nos dias 20, 21 e 22 de setembro de 1989;<br />
2° — deflagar uma "Operação Padrão", com atividades<br />
diversas, a partir do dia 25 daquele mês , por<br />
tempo indeterminado.<br />
O movimento, de caráter reivindicatório, tinha<br />
como objetivo melhorar a remuneração do quadro fiscal<br />
que se encontrava de forma aviltante e incompatíve<br />
1.<br />
Depois das diversas conversações que se sucederam,<br />
o conflito foi superado com a edição da lei n°.<br />
9108, de 03 de novembro de 1989 que, retroagindo<br />
seus efeitos para 19 de outubro do mesmo ano,<br />
19 — transformou o cargo de Diretor da CRE em<br />
DAS-4, com a correspondente indexação dos demais<br />
cargos efetivos e<br />
29 — aumentou as quotas de produtividade de<br />
200 (duzentas) para 270 (duzentas e setenta).<br />
Com base nos entendimentos havidos, a remuneração<br />
do Agente Fiscal 1, classe "C", referência IV, a<br />
partir de janeiro do corrente, com o índice de reajuste<br />
proposto, na ordem de 234% (duzentos e trinta e<br />
quatro por cento), deveria se constituir em<br />
Vencimento 3.434,78<br />
4/5 2.747,83<br />
Adicionais (62.88%) 3.887,62<br />
Sub-tota I 10.070,23<br />
Quotas 54.379,24<br />
Total 64.449,47<br />
Achamos compreensível a fixação de um limite<br />
máximo de remuneração, quando numa conjuntura<br />
estável, não no caso da CRE, em que o conseguido à<br />
época, traduziu, apenas, reposição de perdas.<br />
Causa surpresa e insatisfação a decisão que, unilateral<br />
e discricionariamente, afasta compromissos assumidos,<br />
estabelecendo regras incompatíveis com o<br />
que já foi avençado.<br />
As condições remuneratórias hoje vigentes inviabilizam<br />
o plano de carreira, de vez que 50% (cincoenta<br />
por cento', dos Agentes Fiscais, distribuídos nas<br />
diversas séries de classes, recebem hoje uma remuneração<br />
única.<br />
Decorre daí, como Vossa Excelência pode auferir<br />
, desmotivação para ocupar cargos de gerência ou<br />
funções relevantes, como também caem por terra<br />
quaisquer possibilidades de se implantar na organiza.<br />
ção a avaliação de desempenho e , o que é pior, haverá<br />
desinteresse pela qualificação profissional, pois<br />
deixará de haver compensação pelo esforço dispendido.<br />
Essa é a razão do nosso posicionamento contrário<br />
ao valor do novo teto de remuneração que está<br />
sendo fixado, o que nos faz antever novos conflitos,<br />
que poderão, todavia, ser evitados se se retornar ao<br />
diálogo nesta oportunidade em que se elabora o regime<br />
jurídico único do servidor público, com a inclusão<br />
de alguns dispositivos que propiciem o atendimento<br />
dos anseios da categoria.<br />
Na oportunidade, apresentamos nossas<br />
SAUDAÇÕES<br />
JOSÉ LAUDELINO AllOLIN<br />
Presidente do SAF ITE<br />
Excelentíssimo Senhor<br />
DOUTOR LUIZ CARLOS HAULY<br />
Digníssimo Secretário de Estado da Fazenda<br />
C/Cívico<br />
Diretor da CRE convida o<br />
Presidente da AFFEP<br />
a participar da<br />
elaboração do novo Estatuto dos<br />
Funcionários Públicos<br />
Ofício n9 598/89 Curitiba, 20/nov/1989<br />
Senhor Presidente,<br />
Preocupa-me sobremaneira o andai-lento dos estudos<br />
preliminares do novo Estatuto dos Funcionários<br />
Públicos, a cargo da Secretaria de Estado da Administração,<br />
já que não sabemos o que se pretende em<br />
relação à CRE.<br />
Materializando essa preocupação, oficiamos ao<br />
Sr. Secretário (cópia anexa) a intenção de colaborar<br />
no que for possível, sempre tendo em vista a manutenção<br />
das conquistas arduamente conseguidas.<br />
Como corolário, entendemos que, no momento<br />
da participação de nosso pessoal técnico nas discussões,<br />
deva o Sindicato se fazer presente, haja visto o<br />
interesse comum envolvido e, para tanto, determinamos<br />
à ADRH que mantenha os contatos necessários<br />
junto a Vossa Senhoria para o perfeito entrosamento -<br />
que o trabalho requer.<br />
Atenciosamente<br />
CLÓVIS A. ROGGE<br />
Diretor<br />
Ilustríssimo Senhor<br />
JOSÉ LAUDELINO AllOLIN<br />
Presidente da AFFEP<br />
NESTA CAPITAL<br />
Ofício n9 597/89<br />
Curitiba, 20/nov/1989<br />
Senhor Secretário,<br />
Tendo tomado conhecimento de que, brevemente,<br />
a Secretaria de Estado da Administração encaminhará<br />
o ante-projeto do Estatuto dos Funcionários<br />
Públicos, segundo o rito da nova Constituição Estadual<br />
e, considerando que As modificações propostas<br />
nos estudos preliminares envolvem a Coordenação da<br />
Receita do Estado — CRE, entendo ser necessária a<br />
participação do nosso pessoal técnico da área de Recursos<br />
Humanos nas discussões, dadas as características<br />
especiais de que é dotada a categoria fiscal e as<br />
possíveis implicações futuras junto ao quadro da<br />
CRE.<br />
Nesse contexto, preocupa-nos também, sobremaneira,<br />
os dispositivos estatutários relativos ao pessoal<br />
C.L.T., estável e não estável, lotados na CRE, que , entendemos,<br />
carecem de análise e ponderações cuidadosas<br />
já que se revestem, igualmente, de características<br />
peculiares e específicas.<br />
Assim posto, solicito de Vossa Excelência a oficialização<br />
de nossa intenção em colaborar com a equipe<br />
responsável pela elaboração do Estatuto, colocando<br />
à disposição da SEAD, os técnicos lotados na Assessoria<br />
de Desenvolvimento de Recursos Humanos da<br />
CRE, para os esclarecimentos que se fizerem necessários.<br />
Atenciosamente<br />
CLÓVIS A. ROGGE<br />
Diretor<br />
Excelentíssimo Senhor<br />
LUIZ CARLOS HAULY<br />
Secretário de Estado da Fazenda<br />
NESTA CAPITAL<br />
Confira aqui a<br />
política salarial para 1990<br />
O demonstrativo aqui transcrito retrata a<br />
nova poli tica salarial adotada pelo estado do Paraná.<br />
Face ao elevado índice inflacionário<br />
hoje existente, o funcionalismo público está<br />
recebendo a nova política com muitas reservas.<br />
MES PA ;TO ÍNDICE<br />
JANEIRO Data base.<br />
FEVERFIRO 25% IPC de Janeiro<br />
MARÇO IPC de Fevereiro - 15% (*)<br />
ABRIL IPC de Marco + residual do IPC de<br />
Fevereiro<br />
MAIO IPC de Abril - 15% (*)<br />
JUNHO IPC de Maio - 15% (*)<br />
JULHO IPC de Junho + residual do IPC de<br />
Abril e Maio<br />
AGOSTO IPC de Julho - 15% (*) + 25% do IPC<br />
de Janeiro<br />
SETEMBRO IPC de Agosto - 15% (*)<br />
OUTUBRO IPC de Setembro + residual do IPC de<br />
Julho e Agosto<br />
NOVEMBRO IPC de Outubro - 15% (1<br />
DEZEMBRO IPC de Novembro - 15% (")<br />
JANEIRO/91 50% do IPC de Janeiro + residual IPC<br />
+ Data Base<br />
(*.) 15% se a inflação for maior que 40%<br />
10% se a inflação for entre 20% e 40%<br />
5% se a inflação for menor que 20%<br />
Obs . — A data base é mantida a todos.<br />
a) Direta e Autárquica em Janeiro<br />
b) Fundações — outros meses<br />
— As Fundações entram na política salarial do<br />
Estado.
PAGINA 4 NOTIFISCO JANEIRO/90<br />
Adailton Barros Bittencourt<br />
Um paranaense está<br />
brilhando em Rondônia<br />
•Adailton Barros Bittencourt e o<br />
governador Jerônimo Santana.<br />
Reconhecido pelos políticos<br />
e pela imprensa do<br />
estado de Rondônia como o<br />
secretário mais eficiente e<br />
dinâmico da administração<br />
do governador Jerônimo<br />
Santana, Adailton foi laureado<br />
com o título de melhor<br />
secretário de 1989.<br />
Se isto é bom para Rondônia,<br />
para nós paranaenses,<br />
e em especial Agentes<br />
Fiscais, é motivo de orgulho<br />
ver a capacidade de nosso<br />
colega reconhecida alémfronteiras.<br />
O Paraná deve muito a<br />
Adailton, que sempre se<br />
saiu com brilhantismo nas<br />
inúmeras funções que exerceu<br />
e teve sempre como filosofia<br />
de trabalho a aplicação<br />
da justiça estatal. Para<br />
Adailton, nunca importou o<br />
poder econômico dos grandes<br />
grupos ou a força dos<br />
apadrinhados políticos. O<br />
importante é que se faça<br />
justiça; e isto sempre foi<br />
uma tônica na vida do nosso<br />
colega.<br />
A imprensa televisada,<br />
escrita e falada do Estado<br />
de Rondônia, juntamente<br />
com expressivas correntes<br />
políticas daquele Estado,<br />
vêm pressionando Adailton<br />
para concorrer ao governo<br />
do Estado.<br />
Pela dimensão da responsabilidade,<br />
Adailton ainda<br />
não se manifestou, mas<br />
se for tão bom político como<br />
é técnico, então Rondônia<br />
está de parabéns.<br />
Biblioteca do SAA<br />
o<br />
A disposição dos-funcionários desde setembro Ultimo<br />
a biblioteca da 2P DRR já nasce com um acervo de<br />
200 peças, em que podemos destacar obras importantes<br />
sobre tributação, como por exemplo, a "Revista Imposto<br />
Fiscal", coletânea completa sobre o novo ICMS do<br />
Estado do Paraná; e legislação tributária de outros Estados;<br />
compõem ainda o acervo obras diversas desde a<br />
Constituição Federal, Diário Oficial do Estado, legislação<br />
antiga • do ICM até Legislação Trabalhista, acrescente-se<br />
ainda a mapoteca completa da região da 2:3<br />
13 R R.<br />
Situada junto ao SAA sob iniciativa da Chefe do Setor,<br />
Zeila Lúcia Nogueira Prestes, nasceu do esforço conjunto<br />
._dos funcionários do setor, em especial de Eroni<br />
Raulino Scomação que % realizou todo o trabalho de cadastramento<br />
e sistematização, de Vilma Pinheiro Fernandes<br />
e Marilene Braga Carraro.<br />
A criação da nossa biblioteca Wrnpre antiga aspiração<br />
da Delegacia em proporcionar aos seus funcionários<br />
bibliografia específica para o . campo de atuação<br />
tributário, modesta em termos de acervo, esperamos<br />
pouco a pouco, incrementar a aquisição de<br />
novas obras, inclusive com a participação dos usuários.<br />
João Carlos Parra<br />
GI da 29 DRR<br />
O que você<br />
responderia a Corine?<br />
"Para saber as palavras<br />
da verdade,<br />
e assim responder<br />
palavras de verdade aos<br />
que te consultarem"<br />
(Provérbios 22:21).<br />
1~1~~~~11~<br />
• Imagine a seguinte situação:<br />
Você está no avião e<br />
uma garota de 19 anos a seu<br />
lado, que é norte-americana<br />
e estuda matemática numa<br />
Universidade Francesa no<br />
Canadá, começa a lhe fazer<br />
perguntas, ora em inglês,<br />
ora num português quase<br />
incompreensível, sobre o<br />
Brasil.<br />
De repente ela dispara:<br />
"Já viajei por diversos<br />
países do mundo e não consigo<br />
entender nem aceitar<br />
que um país como o Brasil,<br />
que tem extensão continental,<br />
solo rico, um grande<br />
parque industrial, um povo<br />
moderno, sem fanatismo religioso,<br />
não é uma sub-raça,<br />
consegue ser pobre e subdesenvolvido".<br />
O que explica<br />
isso?<br />
Afora o constrangimento<br />
de pertencer a uma sociedade<br />
que não consegue<br />
superar seu atraso, é necessário<br />
refletir e dar uma resposta.<br />
Foi o que fiz.<br />
Disse à moça que enfeixo<br />
minhas explicações em<br />
dois conjuntos: Um de natureza<br />
histórica. Outro de natureza<br />
política. Quanto às<br />
características históricas temos,<br />
em princípio, a_ nossa<br />
colonização. Para cá vieram<br />
os portugueses e os africanos.<br />
Estes como escravos,<br />
aqueles como senhores feudais.<br />
A verdade é que os<br />
portugueses implantaram<br />
aqui o sistema que morria<br />
na Europa: O feudalismo,<br />
cujo exemplo mais acabado<br />
eram as capitanias hereditárias.<br />
O Brasil não participou<br />
da revolução industrial, não<br />
caminhou com os países<br />
que desenvolveram ciência e<br />
tecnologia e até o início<br />
deste século era um país de<br />
senhores e escravos. Um<br />
pais basicamente rural. Desenvolvemos<br />
aí uma cultura<br />
clientelista e de favores. O<br />
capitalismo, que se implan-<br />
José Pio Martins<br />
tava na Europa e nos EUA,_<br />
não veio para o Brasil. Aqui,<br />
nunca houve um verdadeiro<br />
capitalismo. Nem há hoje.<br />
Quando tentamos nossa<br />
incursão no mundo da indústria,<br />
o fizemos através<br />
do Estado. Getúlio Vargas,<br />
nos anos 30 iniciou os investimentos<br />
industriais no<br />
Brasil. O Estado foi importante<br />
para formar o parque<br />
industrial brasileiro. Não havia<br />
poupança privada capaz<br />
de gerar uma classe de empresários.<br />
A partir dos anos<br />
50 os grupos industriais nacionais<br />
que cresceram contaram<br />
com polpudos subsídios<br />
fiscais e monetários do<br />
governo.<br />
O problema, tentei explicar<br />
à moça, é que a estatização<br />
no Brasil exagerou.<br />
A criatura escapou ao controle<br />
do criador. Virou um<br />
monstro. Surgiu a figura do<br />
capitalista de Estado. Aquele<br />
que usufrui das vantagens<br />
de ser capitalista mas não<br />
corre riscos, nem tem de<br />
conquistar o consumidor.<br />
Quando a coisa fica preta<br />
ele vai embora, deixando<br />
atrás de si o rombo que o<br />
contribuinte paga. As empresas<br />
que dirigem estão<br />
protegidas por monopólios,<br />
reservas de mercado e socorro<br />
do tesouro.<br />
O segundo conjunto de<br />
explicações para o atraso<br />
contém as políticas equivocadas.<br />
O populismo e o<br />
José Pio Martins<br />
clientelismo político engordaram<br />
o Estado e transformaram<br />
o governo num<br />
agente ineficiente, gigantesco<br />
e caro para a sociedade.<br />
Não contentes com pouca<br />
desgraça criaram um cipoal<br />
de regras, normas e regulamentos,<br />
cuja brutal intervenção<br />
na economia e na vida<br />
das pessoas é um fator de<br />
atraso. Um levantamento da<br />
própria União mostra que<br />
há 46 órgãos federais ligados<br />
à produção agrícola.<br />
Fora as estaduais e municipais.Resumindo<br />
meus pontos<br />
de vista respondi a<br />
Corinne que o 3rasil teve<br />
uma colonização federal,<br />
não é um país socialista no<br />
sentido puro, mas se aproxima<br />
mais deste que do capitalismo.<br />
Cultivamos uma<br />
cultura antiempresarial,<br />
antilucro e anti-liberdade<br />
econômica.<br />
Dos 54 milhões de trabalhadores<br />
do país, 8,5 milhões<br />
trabalham no sistema<br />
público (municípios, estados,<br />
União e empresas públicas),<br />
com produtividade<br />
média reconhecidamente<br />
baixa.<br />
What, do you think, it<br />
will be Brasíl's future?<br />
(Qual, você acha, será o<br />
futuro do Brasil?) Foi a pergunta<br />
final. Calei-me.<br />
O que você responderia<br />
a Corinne?<br />
(José Pio Martins, economista, diretor<br />
geral da Secretaria da Fazenda do<br />
Paraná).
JANEIRO/90 NO TIF ISCO PAGINA 5<br />
nTrevisTa<br />
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••<br />
Giancarlo S. de Almeida Torres<br />
Promoções e Estatuto<br />
dos Funcionários Públicos<br />
Atendendo solicitação do NOTIF ISCO e tendo por<br />
finalidade levar ao conhecimento da classe fiscal<br />
esclarecimentos que são do interesse de todos,<br />
o chefe da ADR H da SEFA,<br />
Giancarlo S. de Almeida Torres, concedeu uma<br />
entrevista ao nosso periódico, cuja íntegra<br />
é a seguinte:<br />
NOTIFISCO – O nosso<br />
colega Miguel Ramos, da<br />
OR R de Londrina, em iniciativa<br />
pessoal, acabou por descobrir<br />
que inúmeros colegas nossos<br />
foram injustamente preteridos<br />
em sua promoção. Miguel<br />
foi além; teve, inclusive, a<br />
coerência de nominar os funcionários<br />
prejudicados no NO-<br />
TIF ISCO, em artigo que teve<br />
grande repercussão. Perguntamos:<br />
como está a situação desses<br />
colegas?<br />
Giancarlo – Todos os requerimentos<br />
que chegaram até<br />
nós foram imediatamente instruidos<br />
por esta ADRH e encaminhados<br />
com a mesma brevidade<br />
à Procuradoria <strong>Geral</strong> do<br />
Estado.<br />
NOTIF ISCO – No artigo<br />
do nosso colega Miguel, ficou<br />
cristalina a falha da administração<br />
em gestões anteriores à<br />
sua nesta ADRH no que concerne<br />
às promoções. Perguntamos<br />
ao senhor, qual entendimento<br />
que essa Assessoria<br />
deu nos requerimentos em<br />
questão?<br />
Giancarlo – Em nosso<br />
entender, o único obstáculo<br />
encontrado hoje é a inexistência<br />
de vagas. No entanto, o<br />
mesmo deverá ser superado.<br />
já estava aposentada e que sentiu-se<br />
preterida quando estava<br />
na ativa.<br />
Perguntamos: Como está<br />
se comportando a ADRH ante<br />
esta determinação judicial?<br />
Giancarlo – No nosso entendimento,<br />
reside aí uma dúvida,<br />
qual seja: quem não foi<br />
parte integrante do processo<br />
seria alcançado pela medida<br />
judicial?<br />
Esta indagação gerou dúvidas,<br />
motivo pelo qual todos<br />
os requerimentos que temos<br />
recebido são enviados ao setor<br />
jurídico da secretaria de Ad•<br />
ministração para que o mesmo<br />
nos esclareça a respeito. Infelizmente,<br />
até agora, não recebemos<br />
nenhuma resposta.<br />
NOTIF ISCO – Saindo<br />
das promoções e adentrando<br />
sobre o regime único de trabalho,<br />
qual está sendo o papel da<br />
nossa ADRH neste episódio?<br />
Giancarlo – Esta é uma<br />
preocupação prioritária por<br />
parte desta ADRH, o que nos<br />
tem levado diariamente à secretaria<br />
de Administração. E<br />
esta não é apenas uma preocupação<br />
da ADRH, e sim, de toda<br />
a classe fiscal. 0 próprio diretor<br />
da CRE, Clóvis Rogge,<br />
ciente da magnitude do mo-<br />
mento, expediu a Portaria no<br />
014/90, nomeando, além da<br />
minha pessoa, os colegas Paulo<br />
Mainguê, Reni Atalde Pires,<br />
Nelson Ito e José Laudelino<br />
Azzolin, presidente da<br />
AFFEP, para procederem a<br />
estudos e sugestões para a<br />
nova norma legal que está para<br />
ser implantada. Posso adiantar<br />
que estes estudos já foram<br />
concluídos e encaminhados à<br />
SEAD; agora serão consolidados<br />
e novamente submetidos à<br />
apreciação de órgãos e sindicatos<br />
interessados<br />
NOTIFISCO – No esboço<br />
do anteprojeto, como fica a<br />
CRE?<br />
Giancarlo – O anteprojeto<br />
prevê a revogação da Lei<br />
7.051, tendo por consequência<br />
que as relações funcionais de<br />
seus integrantes serão regidas<br />
pelo "Estatutão'l<br />
NOTIF ISCO – Isto signif<br />
ica dizer que não mais possuímos<br />
um quadro próprio?<br />
Giancarlo – Não, não é<br />
bem assim. Em verdade, continuamos<br />
com o nosso quadro<br />
próprio. Apenas as normas que<br />
regem a CRE estarão inseridas<br />
no novo Estatuto.<br />
NOTIFISCO – Com o<br />
advento do novo Estatuto como<br />
fica a estrutura de remuneração<br />
da CRE?<br />
Giancarlo – Está prevista<br />
a incorporação do vencimento<br />
básico da gratificação de 4/5 e<br />
das quotas de produtividade.<br />
Por outro lado, é sempre bom<br />
ressaltar que está sendo proposta<br />
uma gratificação de estímulo<br />
à fiscalização.<br />
Giancarlo S. de Almeida Torres, chefe da ADRH da SEFA.<br />
NOTIFISCO – Existem<br />
precedentes em que colegas tenham<br />
requerido e obtido deferimento?<br />
Giancarlo – Sim, na realidade<br />
existem 19 casos análogos<br />
aos anteriormente citados<br />
que já estão devidamente<br />
equacionados e as partes interessadas,<br />
já foram inclusive enquadradas<br />
na nova classe.<br />
NOTIF ISCO – É de domínio<br />
público a existência de<br />
um acórdão, dizendo que o artigo<br />
62 da Lei 7.051 é autoaplicável.<br />
Por conseguinte todos<br />
os funcionários que prestaram<br />
concurso em 1.980 já deveriam,<br />
em tese, estar no final<br />
da carreira. Por exemplo: um<br />
agente fiscal que em 1980 era<br />
AF1-A I, hoje deveria ser AF1-<br />
CIV. Tal preceito foi aplicado,<br />
inclusive, a uma colega que<br />
"Acreditamos que a<br />
SEAD está ciente do que<br />
pretende a classe fiscal':<br />
NOTIFISCO – Como irá<br />
funcionar esta gratificação de<br />
estímulo, à fiscalização?<br />
Giancarlo – Bem, hoje<br />
temos um vencimento básico<br />
que pode ser considerado<br />
baixo. Com a incorporação<br />
proposta, esse vencimento ficará<br />
em nível mais adequado.<br />
Então, a idéia é estabelecer um<br />
percentual a ser calculado sobre<br />
a nova remuneração.<br />
NOTIFISCO – A ADRH<br />
tem ouvido a classe sobre o<br />
que está fazendo e o que pretende<br />
ainda fazer?<br />
Giancarlo – Outra não<br />
foi a nossa atitude quando<br />
convocamos para fazer parte<br />
da comissão de estudos o presidente<br />
da AFFEP e SAFITE,<br />
José Laudelino Azzolin. Também<br />
pretendemos em uma se<br />
gunda rodada de estudos, envolver<br />
um número maior de<br />
agentes fiscais no processo.<br />
Ressalte-se ainda que, paralelamente<br />
à comissão de estudos,<br />
embuldo do mesmo propósito,<br />
o sindicato da categoria<br />
realizou e encaminhou cri-<br />
-ricas e sugestões à SEAD. As-•<br />
sim, acreditamos que a SEAD<br />
está ciente do que pretende a<br />
classe f isca 1.<br />
NOTIF ISCO – Quando<br />
deverá estar pronto o novo Estatuto?<br />
Giancarlo – Provavelmente,<br />
em março.<br />
NOTIFISCO – E os<br />
CLT's? Como ficam frente ao<br />
regime único?<br />
Giancarlo – Haverá um<br />
enquadramento nos planos de<br />
carreira que também está em<br />
estudos na SEAD.<br />
NOTIF ISCO – Os CLT's<br />
serão estatutários?<br />
Giancarlo – Sim. Com a<br />
vantagem de estarem dentro<br />
de uma carreira que pressupõe<br />
critérios de avanço, promoção<br />
e direitos estatuídos de forma<br />
definitiva. r'<br />
NOTIF ISCO – E os<br />
CLT's com menos de 5 anos,<br />
como ficarão?<br />
Giancarlo – Esta é uma<br />
situação um pouco mais delicada,<br />
que ainda não foi totalmente<br />
definida pela SEAD,<br />
mas que certamente será merecedora<br />
de um estudo mais<br />
específico.<br />
NOTIFISCO – Os bonef<br />
ícios advindos da implantação<br />
do regime único serão extensivos<br />
aos inativos?,<br />
Giancarlo – O antepro<br />
jato resguarda o direito adquirido<br />
e as modificações benéficas<br />
porventura existentes são<br />
asseguradas aos inativos, por<br />
força do artigo 40, § 49 da<br />
Constituição. Assim é que não<br />
haverá prejuízos aos inativos.<br />
Eles podem ficar tranqüilos<br />
NOTIF ISCO – O senhor<br />
gostaria de responder a mais<br />
alguma coisa que não lhe perguntei?<br />
Giancarlo – Sim. Mas<br />
apenas para dizer que a ADRH<br />
está inteiramente à disposição<br />
dos colegas da SEFA para dirimir<br />
possíveis dúvidas existentes;<br />
tanto pessoalmente, como<br />
pelo telefone (041) 254-7324<br />
E, por fim, agradecer à<br />
presença do NOTIF ISCO em<br />
minha sala, que muito me honrou.<br />
Obrigado.
PAGINA 6<br />
NOTIF ISCO<br />
JANE IRO/90<br />
LEGALIDADE<br />
IMPESSOALIDADE MORALIDADE<br />
Em uma análise de cunho filosófico,<br />
há de se afirmar que o<br />
homem contemporâneo não está<br />
preparado para disciplinar e<br />
conviver com as riquezas materiais<br />
que surgiram da aplicação<br />
prática de sua própria inteligência.<br />
Enquanto ele, como homem,<br />
tenta, num esforço considerável,<br />
superar a capacidade de<br />
sua própria criação, penetra num<br />
círculo de conflitos que dá origem<br />
a um estado de subversão<br />
consciente pela impossibilidade<br />
de controlar os efeitos nascidos<br />
e crescidos das suas ações.<br />
Léon Duguit, em seu Manuel<br />
de Droit Constitutionennel (Paris,<br />
1923, p. 71), ensina que a<br />
atribuição primordial da Administração<br />
Publica é oferecer utilidade<br />
aos administrados, não se<br />
justificando sua presença senão<br />
para prestar serviços à COLETI-<br />
VIDADE.<br />
A nova postura constitucional<br />
sobre a Administração Pública,<br />
tem o condão de reconhecer<br />
os fins próprios a que ela se destina,<br />
que é a realizaçao do bem<br />
comum, e de protegê-la eficazmente.<br />
Determina, outrossim,<br />
que a vontade em nenhum momento<br />
domina as formas da administração,<br />
em qualquer hipótese,<br />
pois todos os seus atos<br />
devem ser praticados com vinculacão<br />
ao seu fim específico.<br />
É a consagração definitiva de<br />
que a atividade administrativa<br />
de se desenvolver no estrito<br />
Constituição Federal de 1989<br />
O processo de informatização nas administrações estaduais<br />
N.A. Yto — Al N/CR E<br />
Sueli R. Araújo<br />
campo do Direito e através do<br />
Direito.<br />
O princípio da LEGALI-<br />
DADE a ser obedecido pelos<br />
agentes públicos deve ser examinado<br />
com a real extensão<br />
de seus efeitos e como o consagrou<br />
a Constituição.<br />
Consiste, no dizer de Hely<br />
Lopes Meirelles: "A legalidade,<br />
como princípio de administração,<br />
significa que o administrador<br />
público está, em toda a<br />
atividade funcional, sujeito aos<br />
mandamentos da lei e às exigências<br />
do bem comum, e deles não<br />
se pode afastar ou desviar, sob<br />
pena de praticar ato inválido e<br />
expor-se à responsabilidade disciplinar,<br />
civil e criminal, conforme<br />
o caso" (Direito Administrativo<br />
Brasileiro, 10 ȧ ed.,<br />
Ed. RT., p. 60).<br />
Entre nós, a obediência ao<br />
princípio da legalidade decorria, —<br />
unicamente, da imposição contida<br />
na lei reguldora da ação po-<br />
autoridade pode tomar decisão<br />
nado pelo Direito, nenhuma<br />
pular que considera nulos os atos individual que não se contenha<br />
lesivos ao patrimônio público nos limites -fixados por uma disposição<br />
(,geral, isto é, por uma lei<br />
quando eivados de ilegalidade do<br />
objeto, que é, pelo art. 29 no sentido material;<br />
"e", e parágrafo único da Lei riF" b) para que um país possua<br />
4.717/65, assim conceituada "A. um Estado de Direito é preciso.<br />
ilegalidade do objeto ocorre que nele exista uma alta jurisdição,<br />
que reúna as qualidades de<br />
quando o resultado do ato<br />
importa em violação de lei, regulamento<br />
ou outro ato normativo. competência, diante da qual pos-<br />
independência, imparcialidade e<br />
De acordo com José Cretella<br />
Júnior, o princípio da lega-<br />
anulação contra decisão que viosa<br />
ser apresentado recurso de<br />
lidade, consubstancia-se nas seguintes<br />
proposiçções<br />
to".<br />
le ou pareça ter violado o Direi-<br />
a) num Estado de Direito, É fundamental observar que<br />
ou seja, que se admite seja gover-<br />
o princípio da legalidade surge<br />
como decorrência da indisponibilidade<br />
do interesse público,<br />
o que levou Fritz Fleiner a afirmar<br />
que:<br />
"Administração legal<br />
significa então . Administração<br />
posta em movimento pela lei e<br />
exercida nos limites de suas disposições"<br />
(Principes Genéraux<br />
du Droit Administratif Allemand,<br />
1933, p.87, apud Celso<br />
Antonio Bandeira de Mello, Elementos<br />
de Direito Administrativo,<br />
São Paulo, Ed. RT., p.13).<br />
Resulta, em consequência,<br />
que "todas as atividades da Administração<br />
Pública são limitadas<br />
pela subordinação' à ordem jurídica,<br />
ou seja, à legalidade. O procedimento<br />
administrativo não<br />
tem existência jurídica se lhe falta,<br />
como fonte primária um texto<br />
de lei.<br />
Mas não basta que tenha<br />
sempre por fonte a lei. É<br />
preciso, ainda, que se exerça segundo<br />
a orientação dela e dentro<br />
dos limites nela traçados. Só assim<br />
o procedimento administrativo<br />
é legítimo. Qualquer medida<br />
que tome o Poder Administrativo,<br />
em face de determinada situação<br />
individual, sem preceito.<br />
de lei que a autorize, ou excedendo<br />
o âmbito de permissão<br />
da lei, será injurídica". (Seabra<br />
Fagundes, O Controle dos Atos<br />
Administrativos pelo Poder Judiciário,<br />
6a ed., São Paulo, Saraiva,<br />
pp. 80 e 81).<br />
A exata compreensão do<br />
princípio da legalidade determina<br />
que a autoridade administraiva<br />
não está vinculada apenas ao<br />
Direito criado pelo Poder Legislativo;<br />
ela está também subordinada<br />
pelo Direito que ela própria<br />
cria, através dos seus regulamentos<br />
e estatutos.<br />
A IMPESSOALIDADE configura-se<br />
quando o agente desenvolve<br />
sua atividade segundo as<br />
normas legais, sendo fiel à moral<br />
da instituição, fazendo com<br />
que o ato alcance sua finalidade<br />
as exigências do interesse<br />
público.<br />
Impõe a proibição de<br />
não serem iiltrapas-sados os limites<br />
das atribuições fixadas,<br />
evitando-se assim, a feição particular<br />
do atuar administrativo.<br />
A MORALIDADE ADMI-<br />
NISTRATIVA, está inserta na<br />
'Constituição Federal como princípio<br />
fundamental a ser obedecido<br />
pela Administração Pública.<br />
São imensos os desdobramentos<br />
da moralidade administrativa,<br />
por atingir de modo nuclear<br />
o aspecto axiológico das<br />
ações concretas desenvolvidas<br />
pelos agentes públicos. Não se<br />
pode afirmar que exista, hoje.<br />
-no Direito Administrativo, uma<br />
teoria para a configuração jurí -<br />
dica da moralidade administrativa.<br />
O que se tem como certo<br />
é que a moralidade administrativa,<br />
conforme observa Hely<br />
Lopes Meirelles (ob. cit., p.61),<br />
constitui, hoje em dia pressuposto<br />
da validade de todo ato da<br />
Administração Pública.<br />
O processo informativo<br />
emergiu em meados da década<br />
de 60, e ganhou um grande impulso,<br />
uma década após, simultaneamente<br />
ao progresso tecnológico<br />
aliado à necessidade organizacional.<br />
Enquanto a tecnologia<br />
avança exponencialmente, a informatização<br />
em administrações<br />
estaduais tem tido um incremento<br />
talvez geométrico.<br />
Nos meados da década de<br />
70, quando se havia altos custos<br />
de aquisição, instalação, manutenção,<br />
alta complexidade, escassez<br />
de técnicos especializados,<br />
a predominância era o "modelo<br />
centralizador", como não poderia<br />
deixar de ser devido principalmente<br />
a práticas autoritárias,<br />
ou seja, "informação é poder".<br />
Hoje, com a proliferação de<br />
inicrocomputadores, com sensível<br />
barateamento nos custos de<br />
aquisição e uma maior disponibilidade<br />
de técnicos, em equipamentos<br />
mais acessíveis, há uma<br />
tendência ao "modelo descentralizado".<br />
Há, como consequência,<br />
criação de falsas expectativas<br />
onde uma verdadeira panacéia de<br />
sistemas paralelos aponta uma<br />
falsa racionalização com o nome<br />
de "modernização administrativa".<br />
Nao podemos nos limitar a<br />
este enfoque, porém não podemos<br />
também ignorar críticas que<br />
basicamente decorrem dessas<br />
premissas.<br />
A adequação do uso é que<br />
pode dar a cadência ao que se<br />
chamaria de "Sistema de Apoio<br />
a Decisão" e tal qual deve ser gerenciado.<br />
A microinformática trouxe<br />
como meta principal a função de<br />
gerir, dar suporte à disseminação<br />
e orientar a especificidade de<br />
cada uso, com compartilhamento<br />
de responsabilidades, através<br />
da formulação de normas e diretrizes<br />
para não criarmos uma<br />
nova torre de Babel.<br />
Devem estar colimador os<br />
tópicos;<br />
— racionalização na aquisição;<br />
—estímulo a intercâmbio de<br />
e xperiênciasmaximização<br />
na qualidade<br />
do serviço;<br />
— disseminação da teeno/ogia<br />
; — adequação às políticas e<br />
diretrizes do Governo.; e<br />
— orientação no uso e aplicação<br />
de recursos.<br />
Dentro dessa ótica, a adoção<br />
do "modelo distribuído" deve<br />
ser a mais conveniente para a<br />
nossa estrutura, naturalmente<br />
após o devido amadurecimento<br />
no processo informativo.<br />
O modelo distribuído caracteriza-se,<br />
na sua fundamentação,<br />
em funções parcialmente<br />
concentradas na unidade central<br />
e parcialmente disseminadas nas<br />
unidades setoriais. Assim sendo,<br />
há uma deliberada institucionalização<br />
de confrontações entre<br />
os usuários finais e os profissionais<br />
da área de informática, gerando<br />
conflitos, que devem ser<br />
compartilhados pelo conjunto.<br />
Dentro deste contexto, as funções<br />
de gestão de complexidade<br />
ficam a cargo da unidade central<br />
e as funções de interesse das<br />
partes autônomas são inseridas<br />
nas unidades setoriais com requisitos<br />
de complementariedade<br />
e exprimem o conceito de sistema<br />
estruturado. O conflito é então<br />
legitimado, dentro da racionalidade,<br />
mediante fixação de<br />
parâmetros e critérios, que gera<br />
distribuição de tarefas, responsabilidades,<br />
implicando numa<br />
dinâmica de relacionamentos<br />
complexos que devem ser administrados<br />
estruturalmente. Esta<br />
dinâmica terá caráter sinérgico<br />
quando os elementos fundamentais<br />
constituem também elementos<br />
cooperativos.<br />
O modelo, quando gerido<br />
adequadamente, fará com que<br />
haja equilíbrio entre as necessidades<br />
de cada usuário e a oganização,<br />
de tal maneira que haverá<br />
um estímulo mediante racionalidade<br />
e diálogos, redundando<br />
em agilização nos desenvolvimentos<br />
que consequentemente<br />
deverá consolidar numa eficácia<br />
administrativa.<br />
I!: porém um processo bastante<br />
desgastante com custos elevados,<br />
complexos, que exige um<br />
grande amadurecimento e disposição<br />
da organização. Haverá certa<br />
suceptibilidade na redundância<br />
e segurança de dados devido<br />
a coexistência de diversas iniciativas<br />
e interesses. Necessitará<br />
maiores instrumentos em controle<br />
e também em auditoria. De<br />
qualquer maneira, o saldo será<br />
positivo pela agilização decorrente.
JANE IRO /90 NOTIFISCO<br />
r 1.2 rim -7-<br />
Conta a mitologia grega que havia<br />
uma travessia no mar em que se<br />
postavam inúmeras sereias lindas e<br />
encantadoras, as quais entoavam as<br />
mais arrebatadoras melodias, de<br />
modo que os marujos saltavam no<br />
mar para agarrá-ias. Mas o resultado<br />
era trágico: todos se afogavam.<br />
Jasão, herói grego, saiu com<br />
seus marujos em busca do Velocino<br />
de Ouro. Para atingir tal desiderato,<br />
tinha de passar pela travessia das sereias.<br />
Ele sabia que ninguém tinha<br />
conseguido tal façanha. Por isso,<br />
usou do estratagema seguinte: tapou<br />
os ouvidos dos marujos com algodão<br />
e cera e a si mandou que o<br />
amarrassem no mastro do navio e<br />
não o soltassem acontecesse o que<br />
aco ntecesse_<br />
Quando o navio entrou na travessia,<br />
apareceram as sereias com<br />
suas melodias. Os marujos continuaram<br />
trabalhando, conduzindo o navio<br />
sem serem seduzidos pelo canto<br />
das sereias, pois o não ouviam, enquanto<br />
Jasão saltava e se contorcia<br />
mas nada podia fazer: estava<br />
amarrado. E, assim, pôde o navio<br />
atravessar incólume a região das sereias<br />
com a tripulação sã e salva.<br />
Por mais estranho que pareça o<br />
que vou dizer, é bem o quadro em<br />
que vivemos. A comparação com a<br />
história da mitologia grega é de<br />
grande atualidade. Todos estamos<br />
com os olhos e mentes voltados para<br />
o que achamos ser justo, ser o<br />
que realmente merecemos em razão<br />
Colega<br />
CONTINUE ESCREVENDO<br />
PARA O SEU JORNAL<br />
As sereias<br />
dos caminhos<br />
O NOTIFISCO<br />
j<br />
DEPENDE DE VOCE. (...<br />
Edivino Ferrari — 19 DRR<br />
do valor de nossa ação no contexto<br />
dos homens. É nosso Velocino de<br />
Ouro. Mas não estamos apenas voltados<br />
para, mas, sim, em desabalada<br />
correria em sua direção, pois nas<br />
nossas mentes se desenha como o<br />
eldorado, a fonte dos prazeres. E<br />
nessa afobação não prestamos atenção<br />
aos perigos que nos espreitam<br />
ao longo do caminho. O resultado é<br />
,que não conseguimos nada na melhor<br />
das hipóteses, mas na maioria<br />
dos casos o que encontramos são as<br />
sereias da morte.<br />
Senão, vejamos.<br />
Cada um de nós hoje tem uma<br />
solução para os problemas que afligem<br />
a gente deste país, e o que é<br />
pior: dogmatiza como sendo a última<br />
tábua de salvação.<br />
Dessa forma, caminhamos para<br />
frente a esmo, de qualquer jeito,<br />
sem sequer atentarmos para os riscos<br />
que rondam nossos passos. As<br />
sereias — os desacertos — estão a<br />
postos na travessia, e, um a um, caímos<br />
no mar da nossa ignorância,<br />
atraídos pelas nossas próprias fantasias.<br />
Precisamos, por isso, aprender<br />
com o herói grego como escaparmos<br />
das ciladas dos caminhos, não<br />
darmos ouvidos aos apelos demagógicos<br />
dos que não sabem traçar<br />
nem os próprios caminhos e nos<br />
querem conduzir. Cristo já chamou<br />
a atenção para o fato de que "um<br />
cego não pode guiar outro cego; do<br />
contrário, ambos cairão no buraco':<br />
O herói grego encontrou uma<br />
solução adequada para a situação de<br />
emergência com que se defrontava e<br />
saiu-se bem. Por que nós também<br />
não procuramos solução ajustada<br />
aos problemas que temos? Usemos<br />
de nossa criatividade!<br />
Vejam que são muitas as sereias<br />
que ladeiam nossos caminhos, cada<br />
uma entoando uma melodia<br />
diferente, apetecível a cada gosto,<br />
individual. O que salta aJs olhos é<br />
que cada um se mostre como arauto<br />
inconfundível e indiluível da panacéia<br />
para todos os nossos males, todos<br />
os nossos conflitos. É desnecessário<br />
dizer que ou existe uma infinidade<br />
de verdades, ou estamos to-<br />
Jos emaranhados no cipoal de nos-<br />
K)s enganos, de nosso infantilismo<br />
cuja tônica é o egocentrismo.<br />
Precisamos, para crescermos como<br />
gente e como categoria, fazermos<br />
como o herói grego: taparmos<br />
os ouvidos aos apelos divisionistas,<br />
demagógicos, cínicos, fisiológicos<br />
e concentrarmos nossa atenção no<br />
que realmente interessa a todos, beneficia<br />
a todos: a união da categoria<br />
em torno da dignificação própria<br />
dentro do contexto social cujas vigas<br />
mestras são: salário condizente<br />
com a função e respeito como<br />
classe.<br />
A Ei D.RR<br />
A 1 ạ DELEGACIA REGIONAL<br />
DA RECEITA no ano de 1989,<br />
com a colaboração de todos os seus<br />
funcionários, que hoje encontramse<br />
coes' objetivando exercer um<br />
trabalho do mais alto nível, com intuito<br />
de fazer o nosso Paraná crescer,<br />
executou diversos projetos e<br />
atividades, onde destacamos: Levantamentos<br />
físico-quantitativos, le<br />
vantamento de estoques, verificação<br />
de omissos, plantões em Postos<br />
Fiscais, em restaurantes e outros ramos<br />
de atividade, volantes, etc.<br />
Esses trabalhos resultaram em<br />
uma produção fiscal de 2.797 Autos<br />
de Infração, totalizando entre<br />
ICMS e Multa o valor de NCz$<br />
139.484.420,43; emitidos por cerca<br />
de 80 Agentes Fiscais<br />
A Inspetoria Regional de Tributação<br />
além de haver atendido cerca<br />
de 8.000 pessoas que necessitavam<br />
de orientação sobre a legislação<br />
do ICMS, IPVA, ITBI e AIR teve<br />
o seguinte movimento de processos:<br />
em 1989<br />
João Manoel Delgado Lucena<br />
Assessor de Resultados da 19 DRR<br />
DECISÕES EMITIDAS<br />
TERMOS DE ENCERRAMENTO<br />
AUTOS DE INFRAÇÃO ARQUIVADOS<br />
PRoTnr.n I os ANA I ISADOS<br />
PARECER ES DE RESTITUIÇÃO E ISEN ÃO DE IPVA<br />
3.085<br />
1.206<br />
3.285<br />
773<br />
206<br />
PARECERES DE RESTITUIÇÃO E ISEN AO DE ITBI 98<br />
A Inspetoria Regional de Arrecadação que hoje tem a incumbência de<br />
p roceder todas as verificações em relação ao IPVA, CADASTRO e PAR-<br />
CELAMENTOS, bem como, o controle da Dívida Ativa, junto com a Inspetoria<br />
<strong>Geral</strong> e a Procuradoria <strong>Geral</strong> do Estado, apresentou um movimento<br />
bastante expressivo.<br />
Foram processados 7.711 Documentos Únicos de Cadastro, referentes<br />
a Inscrições, Exclusões e Alterações no Cadastro do ICMS.<br />
No setor de I.P.V.A. tramitaram 2952 processos, que referiam-se principalmente,<br />
a solicitação de alteração no cadastro e cancelamento, estes<br />
últimos normalmente Dor Danamento sem o R ENAVAM.<br />
No decorrer do ano a Inspetoria emitiu 386 processos de parcelamento<br />
de Dívida Ativa, totalizando um valor de NCz$ 191.279.669,45, sendo<br />
que deste NCz$ 11.655.829,99 refere-se a primeira parcela que foi paga<br />
à vista.<br />
Além desses processos acima referidos tramitaram mais 3.512, referente<br />
principalmente a cancelamento de Dívida Ativa, retificação de paga--;<br />
mentos, solicitação de Certidões diversas, etc.<br />
A Agência de Rendas Centro, que encerrou 1989 com 23.776 contribuintes<br />
Ativos em regime de pagamento normal e 6.163 enquadrados no<br />
Regime Simplificado de Pagamento do ICMS, arrecadou NCz$<br />
1.491.846.996,78, em 1.309.685 Guias de Recolhimento, assim distribuidas:<br />
MODELO QUANTIDADE VALOR<br />
G R-1 146.082 1.398.116.697,95<br />
G R-2 828.448 59.268.416,75<br />
GR-3 16.086 12.809.216,43<br />
(R-4 8.992 5.279.513,72<br />
GR-5 310.077 16.373.151,93<br />
Além da arrecadação acima, foram emitidas 18.532 Certidões Negativas<br />
de Dívida Ativa e autorizadas 19.179 Autorizações para Impressão de<br />
Documentos Fiscais.<br />
Difícil para nós é estipularmos em números exatos a quantidade de<br />
pessoas que foram atendidas pelos 40 funcionários da Agência de Rendas,<br />
mas calculamos que no decorrer do ano P.P. foram mais de 50.000.<br />
Com esses dados apresentados as pessoas que não conhecem em detalhes<br />
a 1? Delegacia Regional da Receita terão uma idéia da importância<br />
desta na estrutura administrativa da C.R .E..<br />
É por isso, pela amizade, pela liderança do Delegado Mário Grott, que<br />
seus funcionários se orgulham em aqui prestar seu serviço ao Estado do Paraná<br />
e até hoje, a nossa Delegacia tem recebido a atenção que merece das<br />
autoridades constituídas e temos certeza que a cada dia que passa as pessoas<br />
que aqui labutam vão dedicar-se muito mais a esta Regional e desta<br />
forma teremos mais prestígio para reivindicar melhores equipamentos, os<br />
quais nos darão melhores condições de trabalho e consequentemente apresentaremos<br />
para 1990 melhores resultados, pois adquirir microcomputadores,<br />
veículos, máquinas e outros equipamentos para a CR E não é despesa,<br />
é investimento, pois tais melhoramentos refletem diretamente no aumento<br />
da receita.
PAG INA-a<br />
NOTIF ISCO'<br />
JANEIRO/90<br />
44mea<br />
Circula pelas DR R's dc Paraná,<br />
um documento-manifesto, elaborado<br />
pelo nosso colega Miguel<br />
Ramos, da 8? DRR no qual, vem à<br />
tona, um tremendo furo havido<br />
quando das promoções de fevereiro/84.<br />
Marcou o Miguel, um tremendo<br />
gol de placa, ao descobrir que na<br />
época vários colegas nossos foram<br />
preteridos naquela promoção, uma<br />
vez que outros foram duplamente<br />
beneficiados, pois haviam sido promovidos<br />
no ano de 83, não cumpriram<br />
o interstício de dois anos e novamente<br />
foram agraciados em fevereiro<br />
de 84.<br />
Prestou o Miguel, relevante<br />
serviço à classe , uma vez que aqueles<br />
que participaram da elaboração<br />
das listas de promoções em 84, lamentavelmente<br />
Tudo ocorreu porque não houve<br />
a publicação de uma listagem<br />
preliminar dando conhecimento a<br />
todos os interessados da situação<br />
condicional de cada agente fiscal,<br />
prática essa repetida nessas<br />
promoções de julho/89.<br />
E a famosa e discutida "transparência"<br />
onde fica?<br />
E ficam no ar várias perguntas:<br />
Por que ocorreu tal falha?<br />
Foi coisa intencional?<br />
Como ficam os preteridos à<br />
época?<br />
Etc., etc.<br />
Já é tão difícil conseguir-Se<br />
uma condição de promoção dentro<br />
da nossa estrutura, uma vez que a<br />
nossa Lei 7051 de 1978, sequer foi<br />
regulamentada, no que tange às promoções<br />
e quando as mesmas ocorrem,<br />
ocorrem paralelamente a elas,<br />
furos desse tamanho.<br />
Outra coisa que se percebe<br />
junto à nossa classe é que lamentavelmente<br />
o interesse geral pelos<br />
ulpa<br />
assuntos comuns são deixados de lado<br />
e então aqueles que tem acesso<br />
às informações "parece", deixam a<br />
classe de lado, ao Deus dará.<br />
Que pena, que seja assim.<br />
Tuponi<br />
13.a DR R—Cvel<br />
(-Secretaria de Estado da Fazenda<br />
Coordenação da Receita do Estado<br />
8 Delegacia Delegacia Regional da Receitas<br />
Projeto Parâmetros<br />
Recebemos no dia 30 de novembro<br />
a visita de dois agentes da<br />
rataria da Fazenda do Estado de<br />
ambuco, que vieram conhecer<br />
"in loco" o Projeto Parâmetros nesta<br />
Regional.<br />
O projeto, desenvolvido inicialmente<br />
pela IGF/CRE, recebeu diversas<br />
alterações, no âmbito de nossa<br />
Regional, visando principalmente<br />
viabilizar sua aplicação prática, dada<br />
a nossa escassez de recursos, tanto<br />
materiais como humanos.<br />
Inicialmente o projeto levava em<br />
conta parâmetros ditados pela margem<br />
de lucro bruto, avaliados pelas<br />
D.F.Cs do exercício imediatamente<br />
anterior. Isto é, trabalhava-se com<br />
dados históricos e defasados.<br />
Posteriormente, em nossa Regional,<br />
tentou-se trabalhar com Lucro<br />
Bruto atual, apurado mensalmente<br />
através das G. LA.s e estoque mensal<br />
estimado. O objetivo era ter parâmetros<br />
atuais<br />
Essa tentativa, apesar de mais<br />
coerente com a nossa economia<br />
inflacionária, primou pela complexidade<br />
de sua aplicação prática, tornando-se<br />
vulnerável pela sistemática<br />
de estimativa mensal dos estoques.<br />
Desse modo, chegou-se ao seguinte<br />
questionamento: o que de fato<br />
perseguimos? Não é o recolhimento<br />
do I C.M. S ?<br />
Nasceu dal o aprimoramento do<br />
sistema parâmetros, onde comparamos<br />
o nível de recolhimento de<br />
ICM. 5 em relação ao movimento<br />
global de cada contribuinte. levandose<br />
em consideração o porte, segmento<br />
económico e ramo de atividade<br />
específica.<br />
Buscou-se aí a .implicidade e a<br />
praticidade, através de uma fórmula<br />
matemática elementar: -<br />
Aspecto da reunião realizada pelo Delegado Claudinê de Oliveira co m Agentes<br />
Fiscais da 8? DRR e do Estado de Pernambuco.<br />
Jaime Kiochi Nakano<br />
INDICE DE RECOLHIMENTO DE<br />
ICMS = ICMS DECLARADO NO<br />
MÊS x 100 RECEITA BRUTA DO<br />
MÊS<br />
Através desse índice, calculamos:<br />
— índice médio geral<br />
— índice médio de cada ramo de<br />
atividade<br />
—Desvio Padrão<br />
Tendo-em vista que o I.CM.S é<br />
um imposto pago sobre um valor<br />
agregado, podemos dizer que o Lucro<br />
Bruto está implícito nesse índice,<br />
chegando-se a um resultado equivalente,<br />
pela forma mais rápida, eficiente<br />
e convincente.<br />
Para nossa surpresa, os agentes<br />
do Estado de Pernambuco desenvolvem<br />
programa similar. Da mesma<br />
forma, através de intensos estudos e<br />
ensaios, porém ainda sem qualquer<br />
aplicação real, avaliaram as mesmas<br />
dificuldades que vivenciamos na<br />
prática. E qual nao foi sua surpresa<br />
ao constatarem que a conclusão a que<br />
chegaram coincidiu com a nossa.<br />
Hoje o Projeto Parâmetro que<br />
está sendo implantado naquele Estado<br />
utiliza os mesmos critérios, ou<br />
seja, índice de recolhimento de<br />
I. CM. S, Ramos de Atividade e Porte<br />
do Contribuinte. A única diferença<br />
está em que o índice utilizado é o<br />
do "ICMS declarado" sobre as<br />
, 'compras do mês".<br />
A visita dos agentes do Estado<br />
de Pernambuco foi muito proveitosa<br />
no sentido de troca de experiências_<br />
principalmente no tocante às técnicas<br />
desenvolvidas na área de fiscalização<br />
e de informática.<br />
Esse intercâmbio é necessário e<br />
muito salutar.<br />
Londrina, 13 de dezembro d"<br />
1989.<br />
f<br />
Fale sobre o que você viu.<br />
Este é o pedido dos amigos<br />
quando você regressa do exterior.<br />
Mas hoje, meu primeiro dia<br />
.de volta à rotina do trabalho,<br />
preciso falar sobre o sentimento<br />
de regressar.<br />
E um impacto muito forte<br />
após 50 dias fora do País, em outro<br />
hemisfério da terra. Talvez<br />
tenha a ver com a sensibilidade<br />
de que lá você estava no outono,<br />
rodeada do dourado das folhas<br />
das árvores caindo e forrando o<br />
chão numa preparação para o inverno,<br />
e aqui você vê o verde da<br />
natureza preparar-se para o verão.<br />
Você está sensível e por isto<br />
com os órgãos dos sentidos muito<br />
despertos e os sentimentos<br />
são fortes. Mas são difíceis de<br />
definir porque é uma mescla de<br />
tristeza com alegria. Alegria dc<br />
estar em casa e tristeza de ver<br />
que a casa não é o que deveria<br />
ser.<br />
Começou na rua, caminhando,<br />
o impacto do cheiro do gás<br />
carbônico dos ônibus c os carros<br />
poluindo o ar. Na Alemanha<br />
cidades com mais de 500 mil habitantes<br />
como Munique, Francfurt,<br />
Berlin e outras, têm metrô,<br />
SENTIMENTO<br />
têm bondes elétricos, os ónibus<br />
são em menor número e mesmo<br />
de alguma maneira técnica não<br />
soltam fumaça preta. Os carros<br />
embora em muito maior número<br />
do que os nossos, fluem sem<br />
aglomerações e também não são<br />
tão poluentes.<br />
• Foi o impacto do odor e do<br />
visual porque aqui a graxa preta<br />
está no chão, nas paredes das<br />
casas, nas pessoas. Lá as casas<br />
velhas de até 400 anos, são limpas<br />
e conservadas e perfeitamente<br />
habitáveis.<br />
O impacto visual ficou por<br />
conta do nosso povo. Gente pobre<br />
e sofrida, tão descuidados,<br />
tão mal-vestidos, nosso pobre<br />
povo discriminado e olvidado.<br />
Na Alemanha não existe salário<br />
mínimo, inflação, instabilidade.<br />
Há 3 níveis de- carreira A,B c C<br />
para todo o País. Todos enquadram-se<br />
cm algum nível destas<br />
carreiras e as diferenças salariais<br />
não são tão grandes. Então,<br />
todos têem alto nível dc vida.<br />
Há qualidade dc vida. Há boa -<br />
qualidade nos artigos expostos<br />
nas vitrines das lojas, que são belas<br />
mesmo nas pequeninas cidades.<br />
São artigos de alimentação,<br />
vestuários, ou uso pessoal vindos<br />
de todas as partes do mundo<br />
(obrigatório dizer a origem nas<br />
etiquetas ou plaquetas) de boa<br />
qualidade.<br />
O comerciante preocupa-se<br />
em expor o melhor porque<br />
a maioria não procura o<br />
mais barato c a concorrência não<br />
é a este nível. Há assim qualidade<br />
nos vestuários das pessoas que<br />
andam nas ruas, há um padrão<br />
de elegância, de essencialidade<br />
sem supérfluos, e é impossível<br />
distinguir níveis de salários ao<br />
olh á-las.<br />
Sentimentos são difíceis de<br />
Aefinir. É até dor, tristeza, ante<br />
a injustiça social e, de saber do<br />
quanto temos que caminhar para<br />
sair deste subdesenvolvimento c<br />
chegar a uma igualdade, a um nivelamento<br />
de vida por cima. Nós<br />
temos problemas. Mas eles também<br />
têm os seus, principalmente<br />
agora com milhares de refugiados<br />
dos países socialistas ameaçando<br />
a estabilidade de empregos,<br />
necessitando de auxílio.<br />
Num só dia através da Hungria<br />
60.000 refugiados entraram por<br />
Munique e foram organizadas<br />
equipes de ajuda. Mas o que deve<br />
nos preocupar são as soluções<br />
que damos aos nossos problemas.<br />
Lá ao andar por ruas que já<br />
lá estavam antes ainda da descoberta<br />
do Brasil, eu sentia o quanto<br />
nosso País é jovem. Tive oportunidade<br />
de dizer num almoço<br />
oferecido às autoridades dc<br />
Dusseldorf e Bonn, que vieram à<br />
Landes Finanzschcle de Haan<br />
dar-me as boas vindas que vinha<br />
de um país jovem, um país que<br />
era como um adolescente que<br />
não sabe seu potencial, não sabe<br />
lidar com seus problemas, está<br />
perdido em suas incertezas e não<br />
consegue definir suas metas. Assim<br />
eu sentia meu país diante de<br />
uns povo que já era representativo<br />
no Império Romano e que há<br />
apenas 40 anos estava reduzido a<br />
cinzas e soube usar sua herança<br />
cultural para levantar-se e tornarse<br />
.a nação mais estável e progressista<br />
da Europa de hoje.<br />
Pena que sentimentos são<br />
voláteis. Se não são registrados<br />
na hora perdem-se no ar. Mas,<br />
uma vez registrados estarão sempre<br />
a nos lembrar que devemos<br />
cuidar para que a realidade não<br />
apague o que aprendemos lá fora,<br />
num mundo mais evoluído<br />
social e culturalmente que o nosso,<br />
e a lição seja esquecida.<br />
Por ESTER ANTONIETA VIA-<br />
NA PERFEITO ao retornar do<br />
Estágio na Alemanha.
PAGINA 9<br />
Pedro Luiz de Paula Neto (29 DRR), Domingos Martins (15), presidente do Codel, e Ranulfo Dagmar Mendes (12? DRR).<br />
Os delegaaos regionais da Receita, reunidos em Maringá,<br />
hipotecaram apoio aos conferentes em sua luta<br />
pelo cumprimento do dispositivo constitucional que<br />
lhes dá o direito de serem enquadrados como<br />
agentes fiscais.<br />
A seguir, a ata do Codel.<br />
gila Sanzovo (9? DRR), Pedro Angelo<br />
Castanheira (13? DRR).<br />
Aos dez dias do mês de novembro<br />
de 1989, as 1430 horas,<br />
na sede da 99 DRR, reuniram-se<br />
os Delegados titulares de todas<br />
as regionais, com exceção de<br />
Mário Grott, da 19 DRR e<br />
Moacir Martins da 10a DRR, por<br />
convocação do Sr. Presidente do<br />
Codel. Iniciando a sessão, o<br />
Presidente solicitou a leitura da<br />
Ata anterior, a qual o Delegado<br />
Saudino pediu uma emenda,<br />
onde ficasse esclarecido que era<br />
contra a greve e contra a entrega<br />
dos cargos. Aprovada a leitura<br />
com a emenda, passou-se ao<br />
expediente, que constou de<br />
três documentos: 1° telex remetido<br />
por Miguel Arcanjo Dias<br />
sobre sugestões nas diárias pagas<br />
aos AF-2, AF-3; 2° Ofício<br />
circular da IGA, instruindo as<br />
ARs a cobrarem em GR-1 o<br />
ICMS s/frete de produtos sujeitos<br />
ao recolhimento em GR-3;<br />
3? - informação-resposta ao<br />
telex 155/89 do Codel, sobre a<br />
Dívida Ativa. Passando à ordem<br />
do dia, o Presidente informou<br />
que não havia uma pauta definida<br />
e que, portanto, colocava<br />
livre a palavra para colocações de<br />
propostas. A PRIMEIRA PRO-<br />
POSTA foi do Delegado Ranulfo,<br />
que solicitou o retorno das<br />
certidões de Dívida Ativa às<br />
(4? DRR) e Antonio Renê<br />
Jorge Soresine (69 DR R), Miguel Dias (79 DRR), Claudinê de Oliveira<br />
(a? DRR), Maurício Correa Machado (11? DRR) e Antonio Bonin<br />
(5? DRR).<br />
DRR's para a cobrança amigável,<br />
ao contrário do que hoje acontece,<br />
onde as certidões vão direto à<br />
P.G.E. Justificou que não temos<br />
mais nenhum controle e os<br />
Procuradores, em razão da proibição<br />
de se cobrar honorários,<br />
perderam o interesse na cobrança.<br />
A SEGUNDA PROPOSTA<br />
foi do Delegado Jorge, que pediu<br />
ao Codel que tente sensibilizar o<br />
Secretário e o Governador no<br />
sentido de se tornar efetiva a<br />
nomeação dos conferentes em<br />
AF-3, visto que há carência em<br />
demasia de pessoal nas DRR's.<br />
A TERCEIRA PROPOSTA foi<br />
do Delegado Saudino, que solicitou<br />
cobranças do cumprimento<br />
do novo horário previsto na<br />
Constituição. Por fim, o Presidente<br />
anunciou que o Codel está<br />
preparando um estudo para a<br />
unificação dos balancetes das<br />
AR's desativadas. Outro estudo é<br />
a proposição de Postos Fiscais<br />
Intermediários, cujo principal<br />
objetivo seria o combate à nota<br />
fiscal paralela ou calçada. Em<br />
andamento, estudo visando a<br />
substituição tributária do trigo,<br />
açúcar, produtos farmacêuticos,<br />
móveis, doces. Falou também<br />
sobre a campanha de NOTA EM<br />
NOTA, um excelente programa,<br />
porém muito mal gerenciado,<br />
dizendo ser um programa que<br />
muito nos ajuda e agrada à<br />
população, mas a gerência pode<br />
,por tudo a perder. Continuando<br />
a palavra, o Delegado Renê disse<br />
que o Codel nao tem personalidade,<br />
que a eleição não foi realizada<br />
pois não existe eleição por<br />
aclamação. Propôs reunião de 3<br />
em 3 meses, não fgi aprovado<br />
pelos Delegados. O Delegado<br />
Claudinê propôs que as geoeconômicas<br />
se ativem mais, realizem<br />
mais reuniões objetivas e que se<br />
verifique quem efetivamente<br />
quer reunir, quem quer efetivamente<br />
trabalhar. O Delegado disse<br />
que, embora o Governador tenha<br />
ironizado nosso movimento, a<br />
Administração o respeitou. Afirmou<br />
que gostaria de saber quem<br />
representou a classe com o<br />
governador, tendo a resposta do<br />
Presidente Domingos Martins<br />
que a moção deve ser dada ao Secretario<br />
Hauly,. Diretor Clóvis e<br />
Assessor Delcides. Nada mais<br />
havendo, a mim secretário foi<br />
pedido que se lavrasse a presente<br />
ata, para que na próxima reunião<br />
seja lida e submetida a aprovação.<br />
Saudino Barbiero (14? ORA), Luiz Alves de Oliveira (39 DRR) e Gilberto<br />
Della Colette (16? DAR).
PÁGINA 10<br />
NOTIFISCO JANEIRO/90<br />
<strong>Geral</strong><br />
1.0 Encontro Estadual de<br />
Chefes de Agências<br />
Aconteceu em Londrina nos dias 22 e 23 de novembro o 1 .9 Encontro<br />
Estadual de Chefes de Agências de Rendas, envolvendo representantes<br />
de todas Delegacias Regionais.<br />
Este evento, coroado de absoluto sucesso, teve como objetivos<br />
principais a integração, a troca de experiências e a racionalização dos<br />
serviços executados pelas agências de rendas.<br />
Através de estudos em grupo e amplos debates, discutiu-se os sistemas<br />
CIA, CAIXA e CADASTRO.<br />
No final do encontro os participantes elegeram uma comissão<br />
de representantes, assim formada:<br />
LAÉRZIO CHIESORIN JÚNIOR — 1? DRR<br />
DAVID JOSÉ DE OLIVEIRA — 7? DRR<br />
ALMIR SILVA— 8? DRR<br />
MARCO AURÉLIO PETROCINI — 16? DRR<br />
Esta comissão compilou as sugestões surgidas a respeito de cada<br />
assunto e no dia 28 de novembro fez a exposição do trabalho<br />
à Direção da CRE.<br />
No dia 10/01/90 novamente reuniram-se a Direção da CRE e a<br />
comissão de representantes, para analisarem a implementação<br />
das propostas viáveis.<br />
Claudinê de Oliveira manifestou total apoio aos chefes de agências de rendas<br />
e salientou a necessidade de mudanças.<br />
José M. Ribeiro — Presidente do Sindicato dos Contabilistas de Londrina —<br />
levou apoio, reivindicações e sugestões aos Chefes de A. R.s.<br />
Participantes do encontro atentos às explicações do Diretor da CRE<br />
e do Inspetor <strong>Geral</strong> de Arrecadação sobre o novo sistema de G IAS.<br />
O Diretor da CRE — Clóvis Rogge e o Inspetor <strong>Geral</strong> de Arrecadação —<br />
Newton Modesto D'Avila — fizeram a abertura do encontro.
(nTrevisTa<br />
••••••••••••••••••••••••••••••C•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••I<br />
Prof. Alexandre do Espirito Santo<br />
NOTIF ISCO PAGINA 11<br />
SIAP Uma iniciativa vitoriosa na CRE<br />
Num trabalho de grande magnitude que já dura<br />
mais de dois anos, o professor<br />
Alexandre do Espírito Santo vem implantando<br />
na Coordenação da Receita do Estado<br />
um sistema de administração participativa e um<br />
sistema de avaliação de desempenho<br />
que estão revolucionando todos os métodos<br />
até aqui empregados pela organização.<br />
Nesta rápida entrevista, você vai saber um pouco<br />
sobre o que está acontecendo na CRE,<br />
A resistência e a aceitação dos novos métodos<br />
são a tônica do nosso "bate-papo". .<br />
NOTI FISCO – Professor,<br />
quando da implantação do sistema<br />
de avaliação de desempenho<br />
na CRE, criou-se a perspectiva<br />
de promoçóes a cada<br />
seis meses. Como tal perspectiva<br />
não se materializou até<br />
hoje, gostaríamos de saber o<br />
que está acontecendo.<br />
Prof. Espírito Santo – A<br />
promoção depende de fatores<br />
externos e não exclusivamente<br />
de decisões administrativas. O<br />
processo de Avaliação desenvolvido<br />
é um ótimo subsídio<br />
para esta decisão, mas não é<br />
suficiente para definição de<br />
promoçoes.<br />
NOTIFISCO – Embora<br />
em número reduzido, nós percebemos<br />
que algumas Delegacias<br />
ainda não aceitaram em<br />
sua plenitude a implantação<br />
do SIAP, ora em andamento<br />
na CRE. No seu entender, o<br />
que poderia estar ocorrendo?<br />
Prof. Espírito Santo –<br />
O primeiro fator estaria associado<br />
à liderança inicial dos<br />
grupos integrativos.<br />
O segundo fator seria o<br />
alto nível de alienação, entendido<br />
como despreocupação<br />
do fiscal com a organização.<br />
O SIAP é antes de tudo<br />
um processo que leva os participantes<br />
da organização ao estudo,<br />
ao conhecimento e entendimento<br />
dela, a fim de sentir<br />
orgulho de pertencer a ela.<br />
O terceiro fator é o trabalho<br />
difuso do fiscal, ou seja,<br />
muitas tarefas que estão voltadas<br />
para um fim material.<br />
Qualquer atividade que desvie<br />
deste fim parece ser perfunctório.<br />
O quarto fator é o desnível<br />
intelectual de compreensão<br />
da organização. Com este<br />
desnível, o S1AP, que é uma<br />
abstração (embora seus efeitos<br />
sejam concretos), não penetra<br />
todas as mentes ou motiva suficiente<br />
esforço.<br />
O quinto fator é o fisiologismo<br />
do funcionário público<br />
em geral.<br />
Fisiologismo deve ser entendido<br />
como predominante<br />
preocupação do funcionário<br />
com sua própria sobrevivência.<br />
Osexto fator está relacionado<br />
com a captação da terminologia<br />
desta difícil área da<br />
psicologia organizacional que<br />
é a participação.<br />
NOTIFISCO – Para<br />
quando podemos esperar efeitos<br />
concretos do SIAP na<br />
CRE?<br />
Prof. Espírito Santo –<br />
Muito do que o SIAP fez está<br />
imbuído nas pessoas que participam<br />
do sistema. As modificações<br />
comportamentais<br />
oriundas dessa dissiminação de<br />
conhecimentos organizacionais<br />
não são mensuráveis<br />
diretamente. Todavia, são manifestas<br />
no futuro comportamento<br />
das pessoas.<br />
NOTIFISCO – E o senhor,<br />
como vê o SIAP na<br />
CRE?<br />
Prof. Espírito Santo –<br />
Podemos considerar que o<br />
SIAP é uma iniciativa vitoriosa,<br />
se bem que em processo de<br />
amadurecimento. É bom que<br />
se saiba que nenhum sistema<br />
participativo, nem mesmo nas<br />
empresas mais desenvolvidas,<br />
envolve todo mundo.<br />
Quaisquer exemplos que<br />
se queira salientar nos países<br />
desenvolvidos não contam<br />
com mais de 20 por cento de<br />
participantes efetivos.<br />
NOTIFISCO – A nível<br />
de CRE qual o número de<br />
pessoas envolvidas diretamente<br />
no SIAP?<br />
Prof. Espírito Santo –<br />
Nós tivemos diversas fases de<br />
desenvolvimento ao longo dos<br />
'Itimos 27 meses, em que o<br />
número máximo atingido foi<br />
de duzentas pessoas que, a<br />
grosso modo , é de 20 por cento<br />
dos fiscais ativos.<br />
NOTIFISCO - Corno o<br />
senhor esta sentindo a receptividade<br />
ao SIAP pelos funcionârios<br />
da CRE?<br />
Prof. Espírito Santo –<br />
Seguramente este é um dos<br />
trabalhos mais gratificantes<br />
que já desenvolvi como professor<br />
e assessor.<br />
Os funcionários da CRE<br />
com quem tenho trabalhado<br />
deram-me abundantes provas<br />
de interesse por novos conhecimentos,<br />
amizade e apoio.<br />
NOTIFISCO – Quais as<br />
dificuldades que o senhor está<br />
encontrando para implantaçao<br />
do SIAP?<br />
Prof. Espírito Santo –<br />
Além das dificuldades acima<br />
descritas, que são de natureza<br />
contestual e não pessoal, vale<br />
ressaltar que a facilitação e<br />
o entusiasmo da direção da<br />
CRE, dos membros da comissao<br />
central do G1AP, dos elos<br />
e dos participantes em geral<br />
têm aberto os caminhos da implementação<br />
que hoje se revela<br />
robusta e promissora.<br />
NOTIFISCO – No que<br />
concerne à implementação do<br />
SI AP, em que etapa o mesmo<br />
se encontra?<br />
Prof. Espírito Santo –<br />
Em fevereiro agora será<br />
gado o relatório anual do SIAP<br />
referente às atividades de 1989<br />
e atividades programadas para<br />
1990. Nele o leitor terá conhecimento<br />
dos seguintes tópicos:<br />
Prot. Alexandre do Espírito Janto<br />
O QUE E 0 SIAP<br />
1- Introdução -- Estágios do SIAR<br />
2 - Pressupostos fundamentais de ADP<br />
3 - Estratégias do SIAP<br />
4 Estruture e furscdesdo SIAP<br />
II – °QUE 0 SIAP FEZ EM 1999<br />
1 - Desenvolvimento de aprendizagem<br />
2 - Pesquisas<br />
3- Atividades administrativas<br />
4 - Projetos em andamento<br />
5- Produtos<br />
III –O QUE O SIAP VAI FAZER EM 1990<br />
1 - Estudo, discussão e relato da alternativas de solução<br />
para problemas organizacionais<br />
2- Reuniões mensais de COM ISSik Central com os ele-<br />
mentos 'elos" de cada unidade.<br />
3- Projeto de pita:Nies I - objetivos organizacionais da<br />
Coordene{,ão. da Receita do Estado - Um inventário<br />
participativo.<br />
4 - Projeto de pesquisa - Descrição de atividades.<br />
5 - Redução da estrutura da Comissão Central,<br />
6 - Visitas às unidades operativa«.<br />
7. Dirinmvolviinento de avaliação de desempenho oro ital<br />
8 - Insvumentalidades gerencdis.<br />
9 - Manual de Organização.<br />
NOTI FISCO -- Professor,<br />
o senhor foi autor de uma frase<br />
que gerou e ainda gera muita<br />
polêmica no seio da classe<br />
fiscal: "Salário não é fator de<br />
motivação". O senhor poderia<br />
esclarecer aos nossos leitores<br />
o que o leva a pensar assim?<br />
Prof. Espírito Santo –<br />
O sentido dado a esta frase<br />
abrange dois níveis de crescimento<br />
do homem . No primeiro<br />
nível do chamado fisiologismo<br />
absoluto, o homem ainda<br />
precisa garantir a própria<br />
alimentação e a segurança de<br />
ENSINO<br />
PÓS-GRADUADO<br />
Metodologia da Pesquisa<br />
Científica<br />
Métodos de Mensuração<br />
Educacional<br />
Iniciação à Ciência e à<br />
Pesquisa.<br />
ASSESSORIA E<br />
PESQUISA<br />
Administração<br />
Participativa<br />
Avaliação de Desempenho<br />
Orbital<br />
Comportamento<br />
Organizacional<br />
Disseminação de<br />
Informação Científica<br />
Pesquisa Institucional<br />
EXPERIÊNCIA<br />
INSTITUCIONAL<br />
Universidade Federal de<br />
Viçosa - MG<br />
Catholic University of<br />
America - Washington<br />
DC<br />
Universidade Estadual de<br />
Campinas - SP<br />
EMBRAPA - Brasília - DF<br />
University of Wisconsin -<br />
Madison - Wisconsin<br />
Duke University - Durham<br />
North Carolina<br />
University of Toledo -<br />
Toledo - Ohio<br />
SE R COMTE L - Londrina<br />
PR<br />
Secretaria da Fazenda do<br />
Estado do Paraná<br />
Universidade Estadual de<br />
Londrina - PR<br />
sobrevivência. Nesse nível, o<br />
salário é "sine qua non" e<br />
também motivador.<br />
No segundo nível (em<br />
que acreditamos estar a maioria<br />
dos fiscais) o homem já<br />
cresceu bastante socialmente<br />
para pensar e agir como ser social;<br />
não apenas fisiológico. E<br />
neste caso, embora as ambições<br />
continuem, ele não vê no<br />
salário o motivo maior para<br />
dedicar-se ou não à organização.<br />
Os exemplos contrários<br />
a esses raciocínios podem ser<br />
apenas distorções pessoais.<br />
NOTI FISCO – O senhor<br />
teria mais alguma coisa a<br />
dizer?<br />
Prof. Espírito Santo<br />
Nós não sabemos que mudanças<br />
se darão dentro da CRE<br />
nos próximos eventos políticos.<br />
Entretanto, o SIAP<br />
orientado para a Organização e<br />
não para dirigentes em qualquer<br />
nível hierárquico. Portanto,<br />
os princípios e as práticas<br />
disseminadas pelo SIAP deverão<br />
prosseguir ignorando nomes<br />
como um trabalho e um<br />
produto desejável para o crescimento<br />
do fiscal como homem<br />
organizacional, independentemente<br />
de quem seja secretário<br />
, diretor ou delegado.
PAGINA 12 NOTIF ISCO JANEIRO/90<br />
As luzes se<br />
apagam!<br />
Ja imaginaste o quão sozinho ficarás<br />
Quando touas as luzes se apagarem ...<br />
E os que te rodeavam<br />
Aonde foram ...<br />
Estás como chegaste<br />
Apenas mais feliz!<br />
Sim, feliz, porque tens certeza que executaste<br />
o melhor de ti.<br />
Não anseavas as glórias, elas vieram<br />
como fruto de teu trabalho.<br />
Sim, feliz, porque colocaste sempre as<br />
pessoas em primeiro lugar, despojando-as<br />
de seus rótulos e tratando-as todas igualmente.<br />
Sim, feliz, porque ajudaste, não esperando retribuição,<br />
as pessoas que nem te conheciam e nunca vão<br />
te agradecer.<br />
Sim, feliz, pois tens a consciência tranqüila<br />
E portanto estás em paz com Deus.<br />
E Ele é realmente o que importa<br />
Portanto, nunca ficarás sozinho ...<br />
rllEu<br />
-.---- TEITiMERTO<br />
um dia após certificar-se de que as funções<br />
vitais de meu cérebro cessaram, um médico<br />
atestará meu óbito. Quando isto ocorrer, não<br />
tente prolongar minha vida artificialmente. Em lugar<br />
disso, dê minha visão a quem nunca viu o nascer do sol,<br />
o rostinho de uma criança ou o amor dos olhos de uma<br />
mulher. Dê meu coração a quem sempre sofreu de<br />
distúrbios cardíacos. Dê meus rins para quem depende<br />
da máquina para existir a cada dia. Tire meu sangue,<br />
meus ossos, cada músculo e nervo de meu corpo, mas<br />
arranje um jeito de fazer uma criança aleijada andar<br />
sozinha. Explore cada centímetro do meu cérebro.<br />
Tire minhas células, se necessário, e deixe-as crescer<br />
para que um dia um garotinho mudo possa gritar<br />
quando seu time marcar um gol, ou uma menina surda<br />
possa ouvir o som da chuva batendo em sua janela.<br />
Queime o mais que restar de mim, e atire as cinzas ao<br />
vento para que ajudem as flores a crescer. Mas se você<br />
quiser enterrar alguma coisa de mim, que sejam minhas<br />
falhas, minhas fraquezas e todo preconceito que eu<br />
possa ter tido para com o próximo... (...) E, se você<br />
quiser lembrar-se de mim, faça-o através de uma boa<br />
ação ou palavra amiga a qualquer pessoa necessitada.<br />
Se você fizer tudo que pedi, viverei para sempre.<br />
Osmahir Pereira Rosa<br />
IGF/CRE<br />
COMUNICADO<br />
Para fins de esclarecimento, a Diretoria<br />
da AFF EP ver,n de público comunicar<br />
que a Colônia de Férias dos Fiscais do<br />
Paraná, com sede em Guaratuba, está<br />
totalmente concluída.<br />
Em razão disso, e no sentido de alertar<br />
ao público sobre o uso indevido do<br />
nome da entidade, informa que a AFFEP<br />
não promove venda de títulos e não<br />
mantém nenhum vendedor autorizado a<br />
proceder a comercialização de qualquer<br />
natureza que envolva compromissos<br />
com este ou outros empreendimentos.<br />
Do sócio usuário somente serão cobradas<br />
taxas de • registro definitivo, de<br />
manutenção e de transferência, e exigido<br />
o pagamento da reserva quando do uso<br />
dos apartamentos da Colônia de Férias.<br />
JOSÉ LAUDELINO AllOLIN<br />
Presidente da AFFEP.<br />
JOSÉ MARÇAL KAMINSKI<br />
RECEITA ESTADUAL<br />
Tesoureiro da AFFEP.<br />
NOTA FISCAL<br />
VOCÊ EXIGE.<br />
O PARANÁ CRESCE.<br />
O Secretario Luiz Carlos Hauly, o diretor Clóvis Rogge e o Inspetor Aguimar Arantes<br />
recepcionaram recentemente o ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega<br />
no Hangar da Cata no Aeroporto de Curitiba.<br />
O Ministro veio a Curitiba proferir palestra a cerca de oitocentos empresários<br />
executivos financeiros do Estado e participou do jantar a ele oferecido<br />
pela ABEG — Associação Brasileira dos Executivos Financeiros,<br />
no Buffet Mansão da Glória de Curitiba.
JANEIRO/90<br />
~11•1~1111~~~•1<br />
NOTIF ISCO PAGINA 13<br />
A<br />
• ia ••••••••••••• n••••••••••••••••••••••••••••••• nn ••••••••••••••••••<br />
•1.<br />
Uma carta do Klaus<br />
Clóvis Rogge<br />
Face a peculiaridade da situação política vivida pela cidade de<br />
Berlin, peço licença aos leitores do NOTI FISCO para divulgar o conteúdo<br />
desta carta que recebi do :-neu particular amigo berlinense<br />
Klaus Krüger, com quem convivi três anos em Curitiba trabalhando<br />
num projeto de Cooperação Técnica Internacional na área de Alministração<br />
Fazendária, junto à Secretaria da Fazenda do Paraná. Klaus<br />
é agente fiscal e professor da Academia Superior de Administração<br />
e Justiça de Berlin:<br />
Berlin, 18 de novembro/89.<br />
Caro amigo Clóvis,<br />
muito obrigado por sua carta,<br />
que percorreu o trajeto de Curitiba<br />
para Berlin em três dias.<br />
Também lhe agradecemos o seu<br />
relatório sobre a sua viagem ao<br />
Japão. Lemos com muito interesse.<br />
Com sua carta e os recortes<br />
de jornal que você me mandou,<br />
vivi um dos apogeus da minha<br />
vida eu retratado num jornal do<br />
Paraná (a foto da Folha de Londrina<br />
sobre o Muro de Berlin)!<br />
Lemos com bastante curiosidade<br />
o que foi escrito sobre estes<br />
acontecimentos inacreditáveis na<br />
R.D.A. e em Berlin. Após a fuga<br />
de milhares de alemães orientais<br />
através das nossas embaixadas<br />
em Praga e Varsóvia, o então governo<br />
da Alemanha Oriental, em<br />
face dos protestos duros mas pacíficos<br />
do povo, culminando em<br />
uma manifestação de cerca de<br />
duzentas mil pessoas em Berlin<br />
Oriental e outras cidades, não teve<br />
outra solução senão abrir as<br />
fronteiras. A conseqüência foi<br />
uma verdadeira invasão, inundando<br />
Berlin Ocidental, como se<br />
repete neste fim de semana, com<br />
cerca de dois milhões de visitantes<br />
em nossa cidade. O trânsito<br />
nas ruas parou por causa de milhares<br />
de carros dos visitantes, o<br />
metrô esteve superlotado, tiveram<br />
que fechar algumas estações<br />
no centro da cidade, com as<br />
plataformas cheias de pessoas.<br />
Todo mundo festejou nas ruas,<br />
cantando e dançando, e a festa<br />
não acabou nas noites. Os pontos<br />
de cruzamento da fronteira<br />
foram entupidos, a policia<br />
oriental não conseguiu mais<br />
controlar passaportes e vistos.<br />
Sexta-feira (10/11), o reitor<br />
da nossa Academia terminou as<br />
aulas às nove horas para que os<br />
estudantes tivessem a oportuni-<br />
.dade de encontrar-se com os alemães<br />
orien tais. Meus estudantes<br />
não quiseram ir para casa, compramos<br />
algumas garrafas de<br />
champanhe e fomos a um ponto<br />
de cruzamento, onde nós bebemos<br />
juntos com os visitantes e<br />
policiais ocidentais e orientais.<br />
Inacreditável!. '<br />
A partir deste dia, o governo<br />
da R.D.A. abriu mais 17 pontos<br />
de cruzamento no muro que<br />
estão abertos para nós também.<br />
Mas nós ainda precisamos de um<br />
visto e de cambiar 014 25. AM<br />
aqui nada mudou para nós.<br />
A Porta de Brandenburgo<br />
ainda não foi aberta. Centenas<br />
de pessoas estão perto do local<br />
esperando a abertura, inclusive<br />
os repórteres de rádio e televisão<br />
internacionais. A abertura deste<br />
ponto não tem muita importância<br />
para o trânsito, mas terá um<br />
grande significado simbólico para<br />
nossa cidade.<br />
A cidade toda vive em um<br />
clima de festa, mas estes acontecimentos<br />
têm alguns problemas<br />
sérios para Berlin. Cada um<br />
dos visitantes do outro lado do<br />
Muro recebe DM 100 do nosso<br />
governo, para ter um pouco de<br />
dinheiro para fazer algumas compras.<br />
Nos dois fins de semana, alguns<br />
artigos estiveram esgotados,<br />
como bananas, laranjas, abacaxis,<br />
frutas que os alemães orien -<br />
tais nunca ou raras vezes puderam<br />
comprar em suas lojas. A<br />
multidão de pessoas, viajando de<br />
carro à Alemanha Ocidental, entupiu<br />
os pontos de cruzamento<br />
da fronteira, necessários para<br />
manter o trânsito entre Berlin e<br />
a Alemanha Ocidental. No último<br />
fim de semana, precisou-se<br />
para o trecho Berlin-Helmstadt<br />
(cerca de 200 km) até 12 horas,<br />
o que significa uma situação insuportável<br />
para as conexões tão<br />
importantes para o abastecimento<br />
de Berlin Ocidental. Já foram<br />
abertos mais pontos de cruzamento<br />
nas fronteiras entre a<br />
R.D.A. e a R.F.A., para facilitar<br />
o trânsito. Algumas pequenas<br />
Cidades perto da fronteira, tiveram<br />
que ser fechadas para carros<br />
por não suportarem mais a<br />
quantidade imensa de carros<br />
orientais e a multidão de visitantes.<br />
Eu nunca acreditei em presenciar<br />
durante minha vida esta<br />
revolução pacífica e a abertura<br />
do Muro, que agora perdeu seu<br />
significado. Você conhece, Clóvis,<br />
as pinturas no muro, tendo<br />
sido mesmo um pintor. A mais<br />
nova palavra pintada no muro, é<br />
"O muro não está! "<br />
Já ouvimos falar sobre pessoas<br />
oferecendo pedras do Muro<br />
como lembrança, contra pagamento,<br />
é claro.<br />
Agora muitas pessoas, inclusive<br />
nosso Governo Federal, começaram<br />
falar sobre uma reunificação<br />
das duas Alemanhas. Todavia<br />
uma pesquisa entre alemães<br />
orientais deu como resultado<br />
que 77 por cento deles não<br />
querem uma reunificação. Eles<br />
preferem dois estados independentes,<br />
o deles socialista. Por outro<br />
lado, o socialismo praticado<br />
na R.D.A. e nos outros países<br />
do bloco oriental fracassou.<br />
O povo exige um socialismo<br />
diferente, sem a hegemonia<br />
do Partido Comunista, como está<br />
escrito na constituição da<br />
R.D.A. os outros partidos daquele<br />
país, até agora somente satélites<br />
do partido comunista,<br />
começaram tomar um caminho<br />
mais independente, exigindo<br />
uma alteração da constituição<br />
para acabar com este predomínio<br />
de um partido único.<br />
Nas manifestações e<br />
demonstrações nas ruas das cidades<br />
da R.D.A., as multidões exigem<br />
eleições democráticas, quer<br />
dizer, livres e secretas.<br />
Mas o problema mais grave<br />
é a economia, que nunca deu<br />
resultados razoavelmente suficientes,<br />
porque sempre o governo<br />
ordenou o que deveria ser<br />
produzido e em quantidade. Esta<br />
economia dirigida, parte central<br />
do socialismo, hão funcionou<br />
e não funcionará pois suprime<br />
a motivação do trabalhador.<br />
Mas naturalmente a abolição<br />
deste sistema, substituindoo<br />
pela economia do livre mercado,<br />
significaria o fim do sistema<br />
socialista em qualquer país.<br />
Esta reforma é um dos pressupostos<br />
exigidos por nosso governo<br />
para ajudar a economicamente,<br />
porque não podemos<br />
dar dinheiro, que vai sumir<br />
em um "barril sem fundo".<br />
Eu poderia contar muito<br />
mais com respeito a este assunto.<br />
Você pode imaginar, que os<br />
meses e anos futuros vão trazer<br />
uma gama de problemas políticos<br />
e econômicos, em primeiro<br />
lugar à R.D.A., mas para a<br />
R.F.A. também. Mas todos nós<br />
esperamos, que as reformas na<br />
R.D.A., se continuarem, possam<br />
trazer melhores perspectivas<br />
à vida dos alemães orientais. E<br />
nós alemães ocidentais temos<br />
que fazer alguns sacrifícios para<br />
ajudá-los neste caminho prometedor,<br />
por exemplo com aumentos<br />
de impostos. Espero que o<br />
povo da R.F.A., farto e abstrato,<br />
demonstre solidariedade. Certamente<br />
isto não será fácil, pois<br />
temos quase dois milhões de desempregados,<br />
faltam milhares de<br />
apartamentos adequados e com<br />
o caixa governamental bem baixo.<br />
É o fim do meu "relatório<br />
político" sobre a situação atual<br />
na Alemanha, que escrevi,<br />
porque conheço seu interesse<br />
por ela.<br />
Esperamos que você, a Maria<br />
José e os filhos estejam com<br />
boa saúde.<br />
A Helga manda saudações<br />
também.<br />
Um abração do amigo<br />
Klaus".
PÁGINA 14 NOTIF ISCO JANEIRO/90<br />
<strong>Geral</strong><br />
Projeto Carijó<br />
em andamento<br />
Aparecido Godoi Bueno<br />
8'? DRR<br />
Dentro da filosofia de trabalho da<br />
DRR, no sentido de orientar preventivamente<br />
aos contribuintes antes de puni-los,<br />
durante os meses de novembro e dezembro<br />
estivemos reunidos com as 25 empresas<br />
do Projeto Carijó, em Cambe.<br />
O objetivo de nosso encontro foi conhecer<br />
mais especificamente as atividades<br />
desenvolvidas pelo conglomerado empresarial,<br />
para poder dar orientação correta<br />
quanto aos tópicos solicitados naquela<br />
ocasião.<br />
Em face da natureza das atividades<br />
ali desenvolvidas, fez-se necessário listar<br />
quais as que estavam sujeitas apenas ao<br />
ISS municipal, as que estavam sob a égide<br />
do ICMS, porém com suspensão (Instrução<br />
SEF 1713/81), e as que eram tributadas<br />
normalmente, bem corno as implicações<br />
dos vários regimes tributários sobre a<br />
documentação fiscal ali utilizada.<br />
É surpreendente e rara a abertura que<br />
o grupo nos propiciou, fazendo questão<br />
de mostrar por inteiro o funcionamento<br />
de suas empresas. Até mesmo o Fisco Federal<br />
foi convidado, acabando por marcar<br />
uma série de posteriores encontros a versarem<br />
sobre o Imposto de Renda, o IPI e<br />
outros assuntos da área, estando já marcada<br />
uma reunião pra 19.01.90, na qual esperamos<br />
poder estar presente.<br />
É inegável que o evento produz pelo<br />
menos dois efeitos positivos: de um lado,<br />
os contribuintes adquirem informação<br />
fiscal na fonte; de outro, o Fisco, analisando<br />
os fatos, tem uma idéia exata, objetiva,<br />
da realidade que encontrará em empresas<br />
do ramo, podendo assim traçar metas<br />
de fiscalização com maior segurança e<br />
eficácia, assumindo atitude mais vigilante<br />
sobre a economia.<br />
Por tudo isto, sem dúvida, vale a pena.<br />
Londrina, 15 de dezembro de 1989.<br />
Escrevendo a história do município<br />
de sua Regional Fazendária As<br />
SUOR e SANGUE, isso colocado na mesinha<br />
do poeta dá samba, mas os orotaaonistas<br />
aqui são da "FAZENDA BRASILEIRA à<br />
PARANAVAÍ", uma área envolvendo posseiros,<br />
grileiros e jagunços, "a lei" ficava por conta de<br />
um tenente "promovido a capitão" pelo próprio<br />
povo e do célebre "Pimpão" designado<br />
pelo interventor Manoel Ribas para "domar<br />
Londrina':<br />
Na época o Brasil tinha pouco mais de<br />
quarenta e um milhões de habitantes e o Paraná<br />
pouco mais de um milhão.,.<br />
Nos idos de 1928/1935, Fazenda Brasileira<br />
ocupava mais de mil e duzentas famílias para<br />
mil alqueires em café e duzentos alqueires em<br />
pastagens, famílias em sua totalidade nordestinas<br />
treinadas em sias origens (Ceará e<br />
Pernambuco) não se tem história de documentos<br />
oficiais a respeito do regime de trabalho, porém,<br />
o pioneiro Natal Francisco (nome do<br />
Estádio Municipal de Paranavaí), nos revela que<br />
a força de trabalho era mantida rigidamente,<br />
nenhuma família tinha permissão de sair, depois<br />
de um simples contrato assinado no joelho ou<br />
no toco, e os que tentassem eram perseguidos e<br />
abatidos a tiros por jagunços às margens do Paranapanema<br />
e Arai. A Lei chegaria à Brasileira<br />
em 1936, com o tenente Teimo Ribeiro,<br />
homem forte do Governo (Mané Facão),<br />
tempo em que no Sudoeste e Oeste do Estado<br />
de Railway obteve 800 mil hectares e no<br />
Noroeste 317 mil através da subsidiária Braviaco<br />
– Companhia Brasileira de Viação e Comércio<br />
S/A; A Fazenda Brasileira explorada pela<br />
Braviaco era projeto de Lindolfo Collor, homem<br />
de Getúlio Vargas, transferida na totalidade<br />
à Braviaco, da qual era sócio Landulfo Alves,<br />
um político que fora interventor na Bahia; a já<br />
Colónia Braviaco (Fazenda Brasileira), titulado<br />
pelo INCRA, foi pelo Decreto nP 800, de 8 de<br />
abril de 1931, retomada pela União, assinado<br />
pelo General Mário Tourinho, interventor<br />
Federal no Paraná, era a trans :;:ão para o que seria<br />
a Colônia Paranavaí e nova denominação<br />
Paranavaí.<br />
A Fazenda Brasileira noroeste paranaense,<br />
foi um empreendimento delegado<br />
à iniciativa privada por um organismo federa:<br />
em 1930, em 1931 retomado e reprojetado<br />
por Manoel Ribas (Mané Facão) em 1933<br />
para Colônia Paranavaí, inspirada nos rios<br />
Paraná e Iva!, limites da gleba, entrando nesta<br />
história duas figuras lendárias, até certo ponto,<br />
.os tenentes Teimo Ribeiro e Aquiles Ferreira<br />
Pimpão, homens reconhecidamente duros,<br />
autoritários, escudados, que era na confinaça de<br />
célebre interventor "Mané Facão", tido por<br />
austero e dado a vigiar a conduta dos prefeitos e<br />
outras autoridades nomeadas pelo Estado.<br />
Eram "a lei" na Colônia Paranavaí, Teimo<br />
tomando conta diretamente e Pimpão influindo<br />
desde Londrina a Curitiba, tendo sido delegado<br />
da Casa Militar num período do interventor<br />
Manoel Ribas; a presença de ambos perdurou<br />
até o primeiro Governo Lupion, quando as<br />
terras do noroeste entraram em disputas, apesar<br />
da colonização oficial, foram sangrentas "daqui<br />
até Porto Rico era uma fileira só de cruzes"<br />
no dizer nordestino de Natalício Luiz dos Reis,<br />
um alagoano que chegou em 1943.<br />
Em 1936, Teimo Ribeiro chegava à<br />
Colônia Paranavaí, em desordem geral pelo<br />
abandono a que fora relegada a Fazenda Brasileira,<br />
em cujas áreas os grileiros começavam a se<br />
estabelecer, tanto é que o Estado já concedia<br />
prazo de noventa dias, a quem havia se apossado<br />
de terras, para legalização.<br />
Teimo Ribeiro "com uma turma de<br />
paraguaios', foi quem acabou com a mortalidade<br />
que havia por aqui".<br />
O Porto Ceará (extinto) hoje município<br />
de Jardim Olinda (local onde o Pirapó<br />
desemboca no Paranapanema) era a única<br />
ligação com A BRASILEIRA, exclusivamente<br />
pelo Estado de São Paulo, por uma velha<br />
estrada partindo de Presidente Prudente; Teimo<br />
recebeu a incumbência do Interventor Ribas<br />
para melhorar um picada-o ligando A BRASI-<br />
LEIRA à Arapongas e por extensão, ao resto do<br />
Paraná, para posteriormente dedicar-se à<br />
abertura da "Estrada Boiadeira", até onde<br />
é Maringá atualmente. Teimo, narrado por<br />
Alcides Loureiro a um repórter do jornal<br />
"Diário do Noroeste" dizia ser ele: além de<br />
confiança de Pimpão, era solteiro, vaidoso,<br />
rápido no gatilho, porém dedicado e de voz<br />
macia, usava um cinturão com a letra "T" na<br />
fivela, fumava charutos holandeses e cheirava a<br />
perfume francês, um anel de madrepérola, um<br />
broche de ouro com que prendia o lenço de<br />
cetim ao pescoço, eram suas jóias preferidas,<br />
as botas sempre sob medida e o paletó<br />
tinha que combinar com elas; era um homem de<br />
ouro, "se lhe pedissem alguma coisa, ele dava,<br />
mas que não mexessem nas coisas dele..." e<br />
ainda, "Teimo tinha cobertura do Lupion, o<br />
que ele assinasse, o Lupion garantia': No<br />
Governo Lupion ainda houve conflitos na área<br />
sobretudo em Querência do Norte e São Pedro<br />
do Paraná litígio envolvendo os Rocha Loures,<br />
parentes do Capitão Aquiles Ferreira Pimpão na<br />
gleba 29, sendo encerrada na década de 1970.<br />
Relata Carlos Antonio Franchello que quando<br />
foi colonizar Querência do Norte na década<br />
de 1950, as áreas que não tinham sido abertas<br />
ainda eram consideradas Fazenda Brasileira.<br />
O Tenente Teimo sobreviveu a esse clima<br />
de violência, provavelmente devido á fama de<br />
"rápido no gatilho" e pela posição política , eis<br />
que frequentava inclusive ambientes próprios a<br />
entreveros (Boate da Cigana), foi a ele atribuido<br />
cD°R<br />
a morte de um jovem subdelegado, Alcides De<br />
Sordi, com quem tinha uma rixa política; afirmam<br />
alguns velhos moradores que De Sorti,<br />
aproveitando-se da visita do Bispo de Manda<br />
guari em visita a Paranavaí, estava angariando<br />
assinaturas num documento destinado ao Bispo,<br />
denunciando Teimo por algum motivo que, ao<br />
chegar na Delegacia na tentativa de impedir,<br />
acabou disparando contra De Sordi, segundo<br />
alguns, foi um acidente e o próprio Teimo<br />
fez questão de responder a inquérito.<br />
Teimo teve problemas financeiros, tais os<br />
gastos e festas que fazia, que se obrigou a<br />
vender parte de terras que possuía e em 1964<br />
mudou-se para Maringá, em 1967, fazendo uma<br />
cobrança em Cornélio Procópio, foi morto pelo<br />
devedor, talvez pela fama de "rápido no gatilho"<br />
em meio a um desentendimento.<br />
Contudo o Município de Paranavaí foi<br />
criado com o desmembramento do Município<br />
de Mandaguari, através da Lei Estadual nP 790,<br />
de 14 de Dezembro de 1961, com a posse do<br />
seu primeiro prefeito solenemente em<br />
14/12/1953, o médico Dr. José Vaz de Carvalho.<br />
Sua Agência de Rendas, na época DIS-<br />
TRITO FISCAL (Setor de Arrecadação e<br />
Fiscalização) pela Portaria rs0 133 de<br />
19/02/1953 foi designado para exercer a Chefia<br />
do Distrito o funcionário WLADISLAU GA1-<br />
DA. Dentro da distribuição organogrâmica (1<br />
D. R. R. Curitiba), 109 D. R.R. – Paranavaí, pela<br />
Portaria no 974/67 foi instalada no dia 04 de<br />
Novembro de 1967, sendo empossado seu<br />
primeiro e grande pioneiro Delegado Regional<br />
da Receita, Sr. Irina° Freitas da Rocha, assessorado<br />
tecnicamente pelo futuro Delegado<br />
de Jacarezinho Sr. Paulo Celso Barbosa.<br />
Isto é uma amostra de um trabalho de<br />
fôlego constante do Relatório Anual do SIAP,<br />
as folhas 42, item 5, – PROJETO DE PESQUI-<br />
SA IV – OBJETIVOS DA DELEGACIA.
JANEIRO/9W<br />
NOTIF ISCO<br />
PAGINA 15<br />
Ceral<br />
A CRE busca melhorar seu desempenho<br />
EM DATA DE 10/11/89, NA CIDADE DE MARINGÁ, O DIRETOR DA CRE, CLOVIS RCGGE,<br />
COMANDOU MAIS UMA REUNIÃO DE DELEGADOS, OBJETIVANDO TRAÇAR NOVAS METAS PARA 1990.<br />
EMBORA O DESEMPENHO DA ORGANIZAÇÃO TENHA SIDO BOM NO EXERCÍCIO DE 1989,<br />
SERÁ PRECISO REDOBRAR OS ESFORÇOS PARA 1990, JÁ QUE AS DESPESAS DO ESTADO ESTÃO AUMENTANDO DIA-A-DIA.<br />
COUt3E AO PROFESSOR JOSÉ PIO MARTINS, DIRETOR GERAL DA SEFA, FAZER UMA EXPLANAÇÃO SOBRE O ATUAL<br />
MOMENTO ECONÔMICO QUE VIVE O ESTADO, EXPLICITANDO QUE O PARANÁ, MESMO BEM ADMINISTRADO'<br />
PASSA POR DIFICULDADES, JÁ_ QUE O GOVERNO FEDERAL' COM ATOS INADEQUADOS, PREJUDICA A ECONOMIA DOS ESTADOS,<br />
Professor José Pio, diretor geral da SEFA; Sílvio Barros, prefeito de Maringá, e Clóvis<br />
Rogge, diretor da CRE.<br />
Élio Sanzovo, delegado de Maringá; Clóvis Rogge, diretor da CRE e Lídio Franco<br />
Samways, inspetor geral de Fiscalizado.
PÁGINA 16 NOTIF ISCO JANEIRO/90<br />
Cera<br />
Com todo o respeito<br />
ao contrário<br />
Poder-se-ia atribuir à<br />
participação abstrata, ou até<br />
mesmo, quem sabe, à valorização<br />
do empenho - hoje<br />
exangue -- com seus mutáveis<br />
efeitos, levados talvez<br />
pela exacerbada oostinação<br />
de meu tempo medido, a<br />
responsabilidade para que<br />
um "branco/negro" fizesse<br />
nesse exato momento irrepetível,<br />
tão só, uni inexplicável<br />
esquecimento, que em<br />
vez de paralelas com o paranista<br />
NOTIF ISCO, o nosso<br />
querido periódico, me desviasse<br />
para escrever sobre<br />
outras páginas da vida/viva<br />
de um cotidiano qualquer,<br />
daqueles que registram<br />
nossa forma de protesto, do<br />
nunca mais para sempre.<br />
Sabe, mesmo, aqueles<br />
exatos instantes que refletindo<br />
sem definição, a gente<br />
imóvel não ouve, não sente...<br />
que os maxilares se<br />
contraem pela tristeza do<br />
pensar na distância, naquele<br />
país tão distante da infância<br />
querida, instantes que a<br />
gente pensa em ter encontrado<br />
soluções...<br />
Há poucos momentos<br />
quando sem querer meditava,<br />
estando por ordenar a linha<br />
de raciocínio; no lapidar,<br />
entrei em "alfa" e no<br />
estalido pensei ter encontrado<br />
a fórmula não mágica,<br />
resposta tão simples para<br />
O CO VE/RO, COMO SERVIDOR<br />
DEVE SER CONCURSADO,<br />
O PREFEITO NÃO.<br />
sugerir o salvamento da PE-<br />
TROBRAS. Ora, por que a<br />
Companhia precisa a cada<br />
dia dever mais? Será justo o<br />
tamanho déficit por nossa<br />
culpa? Minha sugestão é<br />
que se abandone a intermediação<br />
e deixe-se livre o comércio<br />
do álcool carburante,<br />
para que o interessado<br />
faça o comércio diretamente<br />
com as usinas, etecétera<br />
(? !).<br />
Dia desses pensei em sugerir<br />
ao povo brasileiro que<br />
desse um basta às multinacionais<br />
e deixasse de comprar<br />
veículos novos, frente<br />
aos abusivos aumentos indiscriminados<br />
e impatrióticos.<br />
(Tente comprar peça<br />
por peça, e saberá que o<br />
veículo não fica tão caro).<br />
Onde estará o despertar<br />
da sensibilidade, se os fatos<br />
estão demonstrando que o<br />
abastecimento de um carro<br />
- gasolina — está subsidiando<br />
as luxuosas camionetas à<br />
diesel, dos ricos.<br />
Só no absurdo há surpresa<br />
diante do óbvio, e ao<br />
que se finaliza,<br />
AGORA,<br />
"O defeito da igualdade<br />
é que só a queremos<br />
com os nossos superiores".<br />
Henry Becque<br />
Negativas para estigmatizar<br />
o que é certo ou errado<br />
(o próprio Jesus, haverá<br />
de vir Julgar...), de qualquer<br />
dimensão não quero ser<br />
condenado por omissão,<br />
MENOS AINDA ser aplaudido<br />
por meia dúzia de<br />
ofendidos, se houverem. Assim,<br />
v')u ao propósito:<br />
ANOMIA — ausência de regras<br />
de organização.<br />
A esse efeito, recôndito<br />
memorável "foi" o orado<br />
pungente, no qual um colega<br />
nosso — Notif isco n9 50,<br />
intemente reclamou por um<br />
plano de carreira.<br />
Graças a Deus, ainda para<br />
a livre manifestação do<br />
pensamento não foi daquela<br />
vez que chamou para si o<br />
Artigo 59, IV, apoiado ao<br />
direito de informação, pelo<br />
item XIV do mesmo artigo,<br />
da Lei Suprema.<br />
Não tratou de casuísmo,<br />
mas pensou nos colegas<br />
diante da munição intelectual<br />
da qual é dotado, frente<br />
ao desolador quadro legado<br />
de lei, hoje tão desatualizado,<br />
e como seria a<br />
sua adaptação no transcorrer<br />
dos anos. Imagináveis<br />
tempos idos, que para se sepultar<br />
uni cadáver necessitava-se<br />
de concurso. Quem<br />
sabe, talvez os anos provarão<br />
que o concursado deva<br />
ser o prefeito, o mandatário.<br />
A motivação é um estado<br />
interior que regula, promove,<br />
convergindo para os<br />
objetivos pré-mo ldados.<br />
Convenhamos, pertencer<br />
mais acima deve ser<br />
evento de escalão de remarcado<br />
relevo, onde sobremaneira<br />
sobrepuja-se o indivisível.<br />
Ao TUPONI, peço que<br />
aceite meus parabéns! Oxalá,<br />
hajam outros adeptos.<br />
Colega, já refletiu que<br />
nunca terá oportunidade para<br />
subir?.<br />
você acredita<br />
que seu chefe pedirá afastamento<br />
para beneficiá-lo?<br />
Ilustrando: Trabalho ao<br />
lado de uma pessoa maravilhosa,<br />
ex-gerente de banco,<br />
"pura", esbanjador de talento,<br />
divide conhecimento,<br />
distribui amizade, é carismático...<br />
só que o tempo passa<br />
e ele não é aproveitado;<br />
foi friccionando a lâmpada<br />
que Aladim serviu-se do gênio.<br />
E o Milton não faz segredo<br />
para ninguém, quer a<br />
batuta para mostrar como<br />
reger a orquestra, pois de<br />
música ele entende.<br />
Se pleitear via política,<br />
pior ainda, no trono o combustível<br />
será a negociação<br />
partidária. É pegar ou largar<br />
contrariando, de que a verdade<br />
não está nos extremos<br />
Atenção para o grifo:<br />
A CULPA É DA LEI.<br />
A propósito:<br />
A) - louvada seja a idéia para<br />
o fechamento de algumas<br />
delegacias. Poderia até iniciar<br />
principalmente por aquelas<br />
que não possuem postos<br />
fiscais.<br />
B)- de que alguém ensine ao<br />
anunciante, a diferença entre<br />
o aumento e reajuste,<br />
para que os telespectadores<br />
não continuem enganados e<br />
façam maus juízos dos servidores.<br />
C)- de pensar-me em organismo<br />
próprio para as mesmas<br />
medidas em iguais pro-<br />
°lemas; de pensar-se que para<br />
os postos fiscais crie-se<br />
delegacia central; que as remoções<br />
sejam de posto para<br />
Dosto...<br />
O enxugamento do<br />
Melo Peixoto é terrível, 3<br />
AFs para 10 mil veículos<br />
dia. Gostaria que seu pai<br />
fosse um dos funcionários?<br />
E o herói é o Tiradentes<br />
Bem que o maior Julgamento<br />
é àquele da própria<br />
consciência, não obstante,<br />
você que é puro, que está<br />
tão preparado a ponto de<br />
poder receber a morte dentro<br />
de instantes; você que<br />
distribui tanto bem, que cativou<br />
tanta amizade, a ponto<br />
de saber quais e quantos<br />
amigos estarão hoje em seu<br />
guardamento, a você que<br />
pode julgar, pergunto: Não<br />
seria acima do bem material<br />
acima do individual ou do<br />
coletivo, acima mesmo de<br />
tudo, CRISTÃO, a 54 das<br />
transitórias?<br />
Teria sido em vão, o<br />
preâmbulo: "Nós, representantes<br />
do POVO... sob a<br />
proteção de Deus..."<br />
Não, não foi evangélico?<br />
Meus respeitos, vou rezar<br />
para compreendê-lo, e respeitá-lo.<br />
Sei, até que antes<br />
do julgamento, você trocou<br />
de posição, (que quando depara<br />
com um mendigo, trata-o<br />
como se fosse o próprio<br />
Cristo, testando-o). •<br />
O que não acho bíblico,<br />
é o eternizar-se na posição.<br />
E os iguais? Nada aos semelhantes?<br />
Será que encontramos<br />
o insubstituível, o dono<br />
da verdade?<br />
No Brasil o reitor é escolhido,<br />
votado. Votado o<br />
Presidente da República, o<br />
Diretor da escola, Juízes e,^<br />
Promotores são votados nos<br />
EE UU...<br />
Reeleição? E por que<br />
não? O bom deve permanecer.<br />
Eu votaria no meu, pensando<br />
no espírito de liderança,<br />
na capacidade de serviço,<br />
no ser humano que é.<br />
Algo mais democrático<br />
do que a eleição periódica?<br />
Dê sua sugestão enquanto<br />
for só sua, então poderemos<br />
continuar no erro.<br />
• Unam-se, aproveitem a<br />
liderança do Doutor Azzolin,<br />
explorem àquela capacidade<br />
que até hoje não disse<br />
não; participem, façam regulamento<br />
bom para todos,<br />
participem; pois, já não poderei<br />
igualmente participar,<br />
esté é o meu derradeiro artigo<br />
como funcionário ativo.<br />
Foi bom estar com vocês<br />
um pedação da minha<br />
vida.<br />
ADEUS,<br />
Vasco
JANEIRO/90 NOTIF ISCO PÁGINA 17<br />
nTrevisTa<br />
• • • ••• • • ••• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • 4*•• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • o • •• nn • • •<br />
Dúvidas?<br />
Angela Beatriz de Souza Lopes<br />
O GRHS da SEFA esclarece<br />
Em busca de melhores esclarecimentos<br />
sobre assuntos que são de interesse<br />
geral da classe fiscal,<br />
o NOTIFISCO foi ao GRHS e<br />
entrevistou Angela Beatriz de Souza Lopes,<br />
ocupante do cargo de Auxiliar Técnico,<br />
que respondeu às seguintes perguntas:<br />
NOTIF ISCO<br />
Qual o motivo do nãopagamento<br />
integral do<br />
terço de férias?<br />
Ãngela — Em prin<br />
cípio, deve-se a uma<br />
determinação do Sr.<br />
Diretor <strong>Geral</strong>, o qual.<br />
dá como razão, o fato<br />
do Tesouro <strong>Geral</strong> do<br />
Estado não comportar<br />
esta despesa este mês.<br />
NOTIF ISCO — Como<br />
e quando será feito<br />
o restante do pagamento<br />
do terço de férias<br />
relativo a janeiro?<br />
Angela — Bem,<br />
uma parte já foi paga<br />
no contracheque de<br />
dezembro; o restante<br />
será pago em três vezes:<br />
fevereiro, março e<br />
abril.<br />
NOTIF ISCO — Já<br />
que a inflação anda na<br />
ordem de 50% ao mês,<br />
haverá correção monetária<br />
das parcelas faltan<br />
tes?<br />
Ãngela — Este caso<br />
é um caso atípico, motivado<br />
pela situação<br />
econômica que vive o<br />
Estado.<br />
O Estado não<br />
está programado para<br />
corrigir as parcelas faltantes.<br />
NOTIF ISCO<br />
Uma outra pergunta.<br />
Como vai funcionar o<br />
redutor de salários?<br />
Ãngela — O teto<br />
máximo (bruto) é de<br />
NCz$ 39.822,00. O<br />
que passar desta importância<br />
estará sujeita<br />
ao redutor.<br />
NOTIF ISCO — O<br />
que está fora do redutor?<br />
Angela — Atualmente,<br />
o redutor não<br />
abrange o desconto do<br />
IPE e qualquer tipo de<br />
atrasado.<br />
NOTIF ISCO — E-<br />
xiste possibilidade de<br />
ser excluído o imposto<br />
de renda?<br />
Ãngela — Esta hipótese<br />
não está prevista.<br />
Talvez seja esta<br />
uma bandeira a ser empalmada<br />
pela classe de<br />
agentes fiscais.<br />
NOTIF ISCO — E-<br />
xiste uma justificativa<br />
lógica para o "redutor"?<br />
Angela — Esta foi<br />
uma opção adotada<br />
pelo governo do Estado<br />
com o intuito de<br />
evitar super-salários,<br />
muito embora seja<br />
difícil dizer-se o que é<br />
um super-salário, já<br />
que a inflação corrói<br />
tudo. Por outro lado, é<br />
bom lembrar que sem<br />
o redutor de salários<br />
talvez não houvesse<br />
possibilidade da conces<br />
são ao funcionalismo<br />
público em geral dos<br />
índices que aí estão.<br />
NOTIF ISCO<br />
Mudando de assunto, a<br />
nova constituição estadual<br />
prevê a possibilidade<br />
do func'onário<br />
gozar apenas a metade<br />
da licença prêmio e<br />
perceber em dinheiro a<br />
outra metade. Tal dispositivo<br />
constitucional<br />
já está sendo aplicado?<br />
Ãngela — Estamos<br />
apenas aguardando<br />
uma resposta da SEAD<br />
sobre o assunto. Tão<br />
logo a tenhamos, passaremos<br />
a adotá-la.<br />
Temos recebido inúmeros<br />
requerimentos<br />
postulando tal benif<br />
(cio; mas, como já<br />
disse, aguardamos apenas<br />
uma definição da<br />
SEAD.<br />
NOTIFISCO — Você<br />
teria vontade de dizer<br />
mais alguma coisa?<br />
Ãngela — Tenho<br />
sim. O tempo de exército<br />
e prefeitura não<br />
estão sendo considerados<br />
para efeito de adicionais<br />
por determinação<br />
da SEAD. Os celetistas<br />
interessados em<br />
"vender" 10 dias de<br />
suas férias e receber o<br />
Angela Beatriz de Souza Lopes, ocupante do cargo de Auxiliar Técnico<br />
no GRHS da SEFA.<br />
terço pertinente às<br />
mesmas, deverão requerê-las<br />
ao GRHS 15<br />
dias antes da aquisição<br />
das férias.<br />
Por determinação<br />
da SEAD o adiantamento<br />
de salários a servidores<br />
regidos pela<br />
CLT, por ocasião do<br />
gozo de férias, a partir<br />
de fevereiro, não mais<br />
será efetuado.<br />
NOTIF ISCO — Você<br />
poderia esclarecer<br />
melhor?<br />
Ãngela — Pois não.<br />
Quando das férias, os<br />
servidores celetistas recebiam<br />
10 dias das<br />
mesmas, o terço constitucional<br />
e ainda 80io<br />
de antecipação salarial.<br />
Esclareço que a percepção<br />
da antecipação<br />
salarial na ordem<br />
de 80% era opcional.<br />
Isto é, dependia de requerimento<br />
que, talvez<br />
por desconhecimento<br />
da norma legal, eram<br />
poucos os servidores<br />
que requeriam a antecipação.<br />
Por último, quero<br />
alertar aos chefes de<br />
S.A.A. para que atentem<br />
para o prazo estipulado<br />
para a devolução<br />
do aviso de férias.<br />
O atraso na remessa ao<br />
GRHS pode causar<br />
atraso na implantação<br />
do terço de férias.<br />
Se você não tiver<br />
mais nenhuma pergunta,<br />
por hoje é só.
PÁGINA 18 NOTIF ISCO JANEIRO/90<br />
Dentro da política de integração fisco-contribuinte, esta Regional se fez presente junto ao Sindicato dos Contabilistas de Ponta Grossa, levando conhecimento das últimas altar,-<br />
çdes ocorridas na legislação tributária, em especial as referidas pelos Decretos 5766/89 e 5759/89, sob a responsabilidade técnica de José Cláudio Alves — Inspetor Regional de<br />
Tributação e Antonio Jair dos Santos — Inspetor Regional de Fiscalização. Na foto, José Cláudio Alves discorrendo sobre ICMS.<br />
vacação Fiscal<br />
Ótimos<br />
resultados<br />
Com o objetivo de melhorar a<br />
performance do ICM,declarado em<br />
G IA, foi desenvolvido no mês de<br />
novembro, mais um bem sucedido<br />
trabalho de exação fiscal, que<br />
contou com a participação de<br />
funcionários lotados na Inspetoria<br />
Regional de Fiscalização e de<br />
Chefes das Agências de Rendas,<br />
supervisionados pelo Assessor de<br />
Resultados, Sr. Felipe Fernandes<br />
Pacheco.<br />
Este tipo de trabalho tem<br />
demonstrado que, o contato do<br />
Fisco com o Contribuinte,<br />
provoca uma aproximação que<br />
resulta em esclarecimentos aos<br />
empresários, sobre a situação do<br />
estabelecimento perante a Receita<br />
Estadual, oportunidade em que,<br />
é possível regularizar-se a situação<br />
de muitas Empresas sem a<br />
necessidade de ação fiscal.<br />
Além do que, este trabalho<br />
apresenta resultado efetivo e<br />
imediato em termos de<br />
arrecadação.<br />
Esta tarefa foi desenvolvida em<br />
diversos municípios jurisdicionados<br />
à DRR, principalmente onde as<br />
ARs foram desativadas. -<br />
Pelo sucesso já alcançado com<br />
este tipo de atividade fiscalizadora,<br />
o Delegado Saudino Barbiero, tem<br />
praticamente incluído esta tarefa<br />
na programação mensal da<br />
I. R. F.<br />
Concurso Agência Modelo<br />
3.a Edição<br />
Quando assumiu os destinos da ILF'<br />
DRR, em março de 1987, o Delegado<br />
Saudino Barbiero, em seu primeiro pronunciamento<br />
aos funcionários dizia:<br />
"quem não é a maior, deve ser a melhor".<br />
E, dentre outras formas de incentivar<br />
os funcionários, através de Ato instituiu<br />
o "Concurso Agência-Modelo", que<br />
já está na sua Edição.<br />
Nas duas edições já realizadas, foi<br />
eleita em 1.987, como Agência Modelo,<br />
a A.R. de Capanema, chefiada na época<br />
pelo nosso saudoso colega Célio Duarte,<br />
e em 1.988, pelo zelo e capricho dispendidos<br />
peia então chefe da A.R., Amnéris<br />
Prolo Thomasoni, foi destacada como<br />
Agência Modelo a A.R. de Renascença.<br />
Em 1.989, para dar continuidade a<br />
esta brilhante idéia, o Delegado Saudino<br />
Barbiero constituiu a comissão julgadora<br />
formada pelos funcionários Arlindo Zanela,<br />
como presidente e Carlos Á.T. Coradi<br />
e Rosenery T. Cavalheiro, que receberam<br />
a nobre missão de realizar a avaliação das<br />
agências de rendas, para destacar a A.R.<br />
Modelo, edição 1.989.<br />
De acordo com o relatório da Comissão,<br />
a tarefa recebida foi das mais difíceis.<br />
O nível de organização e apresentação das<br />
Repartições visitadas foi do melhor quilate.<br />
Nesta Edição, a agência que, após a<br />
criteriosa avaliação realizada pela Comissão<br />
designada obteve a melhor colocação<br />
O chefe<br />
da A.R. de<br />
Capanema,<br />
Ivan Carlos<br />
dos Santos,<br />
e seus<br />
auxiliares.<br />
nos diversos quesitos, foi a Agência de<br />
Rendas de Capanema, sagrando-se assim a<br />
AGÊNCIA DE RENDAS-MODELO 1989.<br />
Desta forma, estão de parabéns o<br />
Funcionários<br />
CLT(s) da<br />
Agência<br />
de Rendas<br />
Modelo da<br />
DRR.<br />
Chefe da A.R., Ivan Carlos dos Santos e<br />
os funcionários, Nailton, Lurdes e Neusa,<br />
pelo excelente trabalho realizado naquela<br />
Repartição.
JANEIRO/90<br />
NOTIF ISCO<br />
Economia<br />
Receita Estadual<br />
divulga resultados<br />
da fiscalização<br />
Hauly anuncia crescimento real de 92,3% na produção fiscal.<br />
O Fisco emitiu mais de 25 mil autos de infração em 89 e,<br />
entre ICMS e multas, arrecadou NCz$ 586,8 mi<br />
atuação da Coordenação<br />
da<br />
Receita do Estado",<br />
explica<br />
o Secretário da<br />
Fazenda, Luiz<br />
Carlos Hauly,<br />
"no decorrer de 1989, foi<br />
direcionada para que a<br />
fiscalização buscasse as causas<br />
e circunstâncias da sonegação<br />
fiscal. Como resultado<br />
desse trabalho, o Fisco<br />
Estadual emitiu 25.701 autos<br />
de infração, correspondendo<br />
a 53,5 milhões de<br />
aTNs, ou seja NCz$ 586,8<br />
milhões, entre ICMS e multas,<br />
o que representa um<br />
crescimento real de 92,3<br />
por cento na produção<br />
fiscal se comparada ao ano<br />
anterior."<br />
Vários fatores foram<br />
essenciais para o desenvolvimento<br />
das atividades da Receita<br />
Estadual, enfatizou<br />
Hauly. O primeiro deles foi<br />
a introdução do sistema de<br />
controle gerencial, através<br />
da Ficha de Controle Fiscal,<br />
seguindo modelo alemão.<br />
implantada como resultado<br />
do convênio de cooperação<br />
técnica na área de administração<br />
fazendária. Este sistema<br />
tornou a fiscalização<br />
ágil, dinâmica, impessoal,<br />
além de possibilitar a sua<br />
centralização e programação.<br />
Outros fatores destacados<br />
foram o bom relacionamento<br />
do Fisco Estadual<br />
com todas as entidades representativas<br />
de contribuintes,<br />
produtores e contadores<br />
e a defesa da justiça fiscal,<br />
através da não concessão de<br />
anistias fiscais ou favorecimentos<br />
que beneficiassem<br />
segmentos.<br />
F ISCA L I ZA ÇÃO<br />
A produção fiscal alcançada<br />
no ano que passou foi<br />
resultado de diferentes projetos<br />
de fiscalização, entre<br />
eles a ação relativa a contagem<br />
de estoques que, iniciada<br />
em meados de novembro,<br />
visitou 2.620 empresas.<br />
A contagem de estoque é<br />
realizada por ocasião do fechamento<br />
do balanço contábil<br />
para evitar "ajustes" que<br />
visam burlar o pagamento<br />
dos impostos.<br />
Já a "Operação Alerta<br />
Fiscal", que se constitui na<br />
realização de atividades fiscais<br />
de curta duração, com<br />
ações de vistoria de estoques,<br />
máquinas registradoras,<br />
fiscalização volante, carga-descarga,<br />
gráficas, desenquadramento<br />
de microempresas<br />
e outros serviços fiscais,<br />
foi realizada em 21<br />
municípios, onde foram visitadas<br />
2.056 empresas e vistoriados<br />
8.600 • eículos,<br />
tendo sido lavrados 321 autos<br />
de infração para o lançamento<br />
de 2,1 milhões de<br />
BTNs, em ICMS e multas.<br />
As operações de atuação<br />
conjunta SEFA/CRE e<br />
SESP — Secretaria de Segurança<br />
Pública --- e Receita<br />
Federal -- integrada Paraná,<br />
Fronteira, Sudoeste e'<br />
Oeste, compostas de 215<br />
operações em pontos estratégicos<br />
do Estado 's tiveram<br />
como resultado, na área da<br />
Receita Estadual, 976 autos<br />
equivalentes a 916,8 mil<br />
BTNs.<br />
Essas ações também<br />
tiveram significativo alcance<br />
na área de segurança pública<br />
com a apreensão de armamentos,<br />
drogas e veículos<br />
roubados.<br />
Os resultados obtidos<br />
com a Operação Integrada<br />
Paraná, conforme o diretor<br />
da Receita do Estado,<br />
Clóvis Rogge, levou os<br />
Ministérios da Fazenda e<br />
Justiça a desenvolverem a<br />
Operação ECO, nos mesmos<br />
moldes, em sete anos. No<br />
Paraná foram realizadas 5<br />
ações integradas dentro da<br />
ECO, com uma produção<br />
fiscal de 47,7 mil BTNs.<br />
AUDITORIAS E<br />
NOVAS CONCESSÕES<br />
Um rigoroso controle<br />
dos procedimentos de concessão<br />
de 287 novas inscrições<br />
nos ramos de atividades<br />
de maior risco de calote<br />
fiscal foi promovido ao longo<br />
de 89. Este Controle,<br />
informa Rogge, teve como<br />
objetivo evitar a formação<br />
das chamadas empresas "laranjas",<br />
isto é, aquelas que<br />
são constituídas por sócios<br />
"testas- de- ferro", basicamente<br />
nos ramos de comercialização<br />
no atacado de<br />
carne bovina, produtos de<br />
laticínios, café e cereais em<br />
geral.<br />
Entre as diversas ações<br />
fiscais também foram efetuadas<br />
auditorias, através de<br />
levantamento fiscal completo<br />
de pelo menos um exercício<br />
fisco-contábil, em<br />
3.216 empresas, das quais<br />
311 de grande porte.<br />
Transcrito do Estado do Paraná<br />
de 19/01 /90.
PAGINA 20<br />
NOTIF ISCO<br />
JANE 1110/90<br />
<strong>Geral</strong><br />
Cascavel promove Curso de<br />
Atualização sobre ICMS<br />
A 13 D R R, SEDIADA EM CASCAVEL, EM CONJUNTO COM O<br />
CENPRE, PROMOVEU MAIS UM CURSO SOBRE<br />
ATUALIZAÇÃO DE ICMS, OBJETIVANDO APERFEIÇOAR<br />
AINDA MAIS OS FUNCIONÁRIOS LOTADOS NAQUELA REGIONAL.<br />
O CURSO TEVE COMO INSTRUTORES:<br />
LINDOLFO TIMM, INSPETOR REGIONAL DE FISCALIZAÇÃO;<br />
MARIA E.M. COSECHEN, INSPETORA REGIONAL DE TRIBUTAÇÃO<br />
E JORGE T. MYASAVA, DA A.R. DE CASCAVEL.<br />
NAS FOTOS, ALGUNS MOMENTOS DO CURSO.<br />
Lindolfo Timm, um dos instrutores ao curso.
JANEIRO/90 NOTIF ISCO PAGINA 21<br />
Ligiortas3Sttrato5<br />
f<br />
Miguel<br />
Arcanjo<br />
Dias,<br />
delegado<br />
CORNEI JO PROCÓPIO<br />
Uma administração bem sucedida<br />
O empenho e o denodo da equipe da 7:3 D RR de Cornélio Procópio fazem com que<br />
a administração de Miguel Arcanjo Dias seja uma das mais dinâmicas de todo o Estado.<br />
Reconhecendo no homem o valor máximo de uma organização,<br />
Miguel Dias investe nos funcionários de sua Regional, propiciando-lhes treinamentos<br />
contínuos sobre I CMS e uma efetiva participação em sua administração.<br />
No porta-retratos deste mês o NOTIF ISCO apresenta a equipe da 7' DRR:<br />
Uma equipe bem sucedida.<br />
Ari<br />
Rodrigues<br />
de Campos,<br />
inspetor<br />
regional de<br />
Tribu tacão.<br />
inspetor<br />
regional de<br />
Fiscalização.<br />
Joel<br />
Fernandes<br />
de Lima,<br />
chefe da<br />
A. R. de<br />
Cornélio<br />
Procópio.<br />
Yara<br />
da Silva<br />
Mattos,<br />
caixa da<br />
A. R. de<br />
Cornélio<br />
Procópio.<br />
Solange<br />
Galli<br />
Naldi,<br />
chefe<br />
do SA.A.<br />
Ricardo<br />
de Freitas,<br />
chefe do<br />
Posto Fiscal<br />
Charles<br />
Naufal.<br />
John<br />
Ernani<br />
Menon,<br />
chefe<br />
da A. R.<br />
de Assai.<br />
Francisco<br />
Brito<br />
Sobrinho,<br />
chefe<br />
da A. R.<br />
de Ural:<br />
Antonio<br />
José<br />
Moreira,<br />
chefe da<br />
A R. de<br />
Santa<br />
Mar ia na.<br />
Lúcio C.<br />
Silva<br />
Macedo,<br />
chefe da<br />
A.R. de<br />
Ribeirão<br />
do Pinhal.<br />
Hermenegildo<br />
Furlanetto,<br />
chefe da<br />
A. R. de<br />
Bandeirantes.
PÁGINA 22<br />
NOTIF ISCO<br />
JANEIRO/90<br />
Além da<br />
notícia<br />
Tuponi — 13.? DRR<br />
No período compreendido entre<br />
24 e 27 de outubro do corrente,<br />
estivemos na companhia de mais<br />
seis colegas de Cascavel, participando<br />
do 69 CONAFITE (Congresso<br />
Nacional de Fiscais de Impostos e<br />
Tributos Estaduais) na cidade de<br />
Curitiba, representando a nossa regional.<br />
Na oportunidade um trabalho<br />
por nós elaborado estava constando<br />
da pauta do congresso para ser apresentado..<br />
Dito trabalho, dentro da programação<br />
do congresso, tratava dos<br />
aspectos da Oualificaçao e da Quantificação<br />
do Fiscal de Tributos.<br />
Por conseguinte, no conteúdo<br />
do trabalho condenamos a ingerência<br />
política principalmente na criação<br />
dos conhecidos "trens da alegria".<br />
• que a imprensa noticiasse<br />
o tema do trabalho (que não<br />
tratou especificamente do caso paranaense)<br />
para que as partes interessadas<br />
(principalmente os senhores<br />
conferentes) se manifestassem repudiando<br />
a nossa posição, uma vez<br />
que feria seus interesses.<br />
Uma pena que esses passageiros<br />
do trem da alegria, da linha 54,<br />
tenham lido somente a notícia nos<br />
jornais, sem saberem que o nosso<br />
trabalho tratava de um assunto er,7-<br />
bora polêmico, mas de maneira genérica,<br />
vista do lado macro, sem ao<br />
menos se preocupar com o nosso<br />
"trem", uma vez que sobre tal assunto<br />
já tínhamos tomado posição<br />
na Assembléia <strong>Geral</strong> do nosso sindicato,<br />
quando ficou decidido por<br />
maioria dos presentes que "não<br />
iríamos discutir judicialmente" a<br />
legalidade ou não do dispositivo<br />
constitucional (isto em 1410.89).<br />
Ações tomadas dentro do<br />
extremo da emoção geralmente são<br />
lamentáveis, pois nesse momento a<br />
razão dá um tempo e ausenta-se do<br />
calor da discussão.<br />
Na realidade todas as pessoas<br />
que batalharam um cargo qualquer<br />
ou que sejam sensatas, são contra<br />
essas medidas arbitrárias que beneficiando<br />
poucos, tolhem o interesse<br />
geral de pessoas que se preparam<br />
para enfrentar a nível de igualdade<br />
uma disputa legal, com armas<br />
iguais, com regras gerais e indiscutíveis.<br />
Além do que mesmo entre os<br />
senhores conferentes há aqueles que<br />
não terão condições de cumprir às<br />
exigências da legislação e perderão<br />
o trem.<br />
E entao perguntamos, onde<br />
está a justiça?<br />
As ameaças das verdades<br />
imperfeitas<br />
Alexandre do Espirito Santo<br />
Generalizações nunca<br />
são completamente verdadeiras<br />
ou inteiramente falsas:<br />
são verdades imperfeitas.<br />
O problema é que pes<br />
soas e entidades afetadas<br />
por elas não as aceitam,<br />
quando depreciativas, e as<br />
ignoram quando elogiosas.<br />
Portanto, elas não conduzem<br />
a qualquer mudança<br />
desejável. Mas, em situação<br />
de crise, elas esparzem perplexidades<br />
e alimentam pessimismos.<br />
Podem ser vora<br />
zes desestabilizadoras sociais.<br />
No pastoso estado da<br />
economia nacional multiplicam-se<br />
as "cassandras" de<br />
muitas das instituições do<br />
país. Tornou-se hábito consumir<br />
as verdades imperfeitas<br />
propaladas por elas e-incorporar<br />
em nossas atividades<br />
seus amargos vaticínios.<br />
São produtos de elucubrações<br />
inteligentes, fundamentadas<br />
na capacidade de<br />
expressar e fazer bem urdidas<br />
associações. Porém, frequentemente<br />
espelham percepções<br />
originadas de experiências<br />
difusas, misturando<br />
o verossímil com o incrível.<br />
E, nessa salada comodista,<br />
põe-se mais vinagre que<br />
tempero de critérios.<br />
O problema que estou<br />
focando não tem recebido<br />
da mídia a atenção que merece.<br />
Trata-se do crescente<br />
número de jeremiadas que<br />
atinge diariamente milhões<br />
de brasileiros, abatendo o<br />
ânimo dos operosos e consolidando<br />
o desânimo dos<br />
fracos e acomodados. O mal<br />
que essas jeremiadas causam<br />
BONN — Beijos, abraços<br />
apertados e qualquer tipo<br />
de carícia são os melhores<br />
remédios para se conservar<br />
jovem e em forma, longe de<br />
doenças. A afirmação está<br />
contida em um estudo científico<br />
publicado pelo jornal<br />
alemão "Bild". Segundo a<br />
pesquisa, o beijo e as demais<br />
demonstrações de carinho<br />
são capazes até de diminuir<br />
os acidentes de trânsito.<br />
O estudo assegura que<br />
um simples beijo aumenta a<br />
pulsação do coração de 70<br />
batimentos para cerca de<br />
150, o que força o bombeamento<br />
por parte do coração<br />
de um litro de sangue a<br />
não pode ser estimado, porque<br />
afetam diferentemente<br />
diferentes pessoas. Entretanto,<br />
por não serem mentiras<br />
completas, acabam<br />
acumulando com outras<br />
fontes de insatisfações, acionando<br />
em cada um mecanismos<br />
de sobrevivência<br />
compatíveis com o desânimo<br />
já instalado no contexto<br />
instável.<br />
Há generalizações provindas<br />
da experiência empírica<br />
(vivências) e da experiência<br />
vicária (leituras) que<br />
servem para alertar contra<br />
perigos nascentes ou subjacentes<br />
numa situação.<br />
Quando expressas de maneira<br />
probabil ística, podem ser<br />
meros prognósticos e, neste<br />
caso, desnecessitam pesquisas<br />
comprobatórias. Porém<br />
há outras que são expressas<br />
como se fossem resultados<br />
de estudos sistemáticos. Essas<br />
são perigosas, porque<br />
frequentemente convincentes.<br />
Se não muito importantes<br />
e não hasteadas em pesquisas<br />
válidas, alarmam<br />
tes e não hasteadas em pesquisas<br />
válidas, alarmam<br />
irresponsavelmente.<br />
O serviço público em geral<br />
e as instituições educacionais<br />
em particular parecem<br />
ser alvos prediletos dos<br />
disseminadores de verdades<br />
imperfeitas. Naturalmente,<br />
o pequeno número de pesquisas<br />
institucionais facilita<br />
essa predileção. As universidades<br />
são em geral as mais<br />
alvejadas. Em dezembro de<br />
1988 o professor Edmundo<br />
Campos (IUPERJ), numa<br />
entrevista à "Veja" faz as<br />
seguintes afirmações, entre<br />
mais, pois as células pedem<br />
mais oxigênio para trabalhar.<br />
E este aumento da ta-,<br />
xa de oxigenação auxilia o<br />
metabolismo celular.<br />
Assim, as pessoas muito<br />
beijoqueiras sofrem com<br />
menos frequência de enfermidades<br />
ou molésticas do<br />
aparelho circulatório e também<br />
do estômago e da vesícula.<br />
Além disso, eles também<br />
têm mais facilidade em<br />
pegar no sono e pouca propensão<br />
à insônia e às dores<br />
de cabeça.<br />
Um beijo, também de<br />
acordo com os cientistas<br />
alemães, põe em circulação<br />
pelo corpo urna série de<br />
hormônios que proporciooutras<br />
de peso semelhante:<br />
a) A universidade não<br />
faz nenhuma falta, tornouse<br />
absolutamente irrelevante;<br />
b) A autonomia universitária<br />
hoje é um mito; c) Os<br />
verdadeiros cientistas têm<br />
medo de enfrentar as reuniões<br />
de docentes nas universidades;<br />
d) O problema<br />
(das universidades) no Brasil<br />
não é falta de dinheiro,<br />
mas de idéias; e) Oitenta<br />
por cento da produção científica<br />
nacional é resultado<br />
de dez por cento dos programas<br />
de pós-graduação, os<br />
outros 90 por cento não<br />
produzem absolutamente<br />
nada; e f) Nas salas de aula<br />
ficam os (professores)<br />
med locres.<br />
Mais recentemente, através<br />
de artigo da professora<br />
Maria Lúcia Victor Barbosa,<br />
publicado por este Jornal,<br />
ás universidades brasileiras<br />
foram mais Uma vez atingidas<br />
por outras verdades imperfeitas.<br />
O autor é o professor<br />
Simon Schwartzman,<br />
da UFMG. Ele fez as seguintes<br />
afirmativas: a) A<br />
univesidade perdeu capacidade<br />
de formar elites; b) A<br />
universidade é cada vez<br />
menos capaz de formar profissionais;<br />
c) A queda de<br />
qualidade do ensino universitário<br />
se deve também ao<br />
sistema de crédito; d) A<br />
função da pesquisa se torna<br />
cada vez mais difícil na universidade;<br />
e) A universidade<br />
tem dificuldade em cumprir<br />
sua função de extensão.<br />
Se tais afirmativas fossem<br />
hipóteses defensáveis,<br />
somente deveriam ser interpretadas<br />
após cuidadosa<br />
O melhor dos remédios<br />
nam bem-estar e alegria à<br />
pessoa. Dependendo do ardor<br />
do beijo, estes hormônios<br />
podem até diminuir a<br />
sensação de dor de uma maneira<br />
equivalente a uma dose<br />
de morfina, segundo o relatório<br />
publicado no "t3ild".<br />
Estes hormônios fazem do<br />
beijo uma espécie de "anjo<br />
da guarda", pois uma pesquisa<br />
realizada entre<br />
homens casados e que dirigem<br />
mostrou que os que são<br />
beijados pelas mulheres antes<br />
de sair de casa para o<br />
trabalho tendem a ter<br />
menos acidentes no tráfego.<br />
O relatório dos estudiosos<br />
alemães afirma que o<br />
beijo é uma das melhores<br />
verificação, através de pequ<br />
isa s.<br />
Porém, são apenas<br />
generalizações de experiências<br />
assistemáticas. Não sei<br />
de nenhuma pesquisa, com<br />
alguma validade interna,<br />
que tenha envolvido as oitenta<br />
e três universidades do<br />
Brasil, em um ou mais estudos<br />
que fundamentem essas<br />
e outras afirmativas semelhantes.<br />
Provavelmente,<br />
nenhum pesquisador social,<br />
devidamente instrumentado,<br />
sequer visitou todas<br />
elas. E correto fazer interferências<br />
sobre coisas semelhantes,<br />
quando se conhece<br />
bem um ou dois elementos<br />
do conjunto. Todavia, uma<br />
universidade, em alguns aspectos,<br />
é igual a todas as,<br />
demais; em outros, assemelha-se<br />
a poucas, e no todo,<br />
não é semelhante a nenhu -4<br />
ma. Sem pesquisas institucionais<br />
fidedignas, tais afirmativas<br />
servem mais para<br />
alarmar que para provocar<br />
mudanças.<br />
É desejável que os acadêmicos<br />
capazes de contribuir<br />
para o aumento de conhecimento<br />
e entendimento<br />
dos nossos problemas institucionais<br />
saiam dos seus gabinetes,<br />
instrumentem-se<br />
cientificamente, arregacem<br />
as mangas e penetrem a realidade<br />
que desejam revelar.<br />
Sem pesquisas, generalizações<br />
são meros exercícios<br />
de inteligência associativa<br />
ou, no máximo, interessantes<br />
especulações filosóficas,<br />
que para nada contribuem.<br />
O autor é doutor pela Universidade<br />
de Wisconsin e professor da Lin'<br />
versidade de Londrina. (Transcrito da<br />
"Folha de Londrina" de 17/01/90).<br />
formas de se evitar as rugas<br />
e de se fazer ginástica facial,<br />
já que põe em movimento<br />
nada menos do que 29 músculos<br />
do rosto. Ainda no<br />
campo dos benefícios estéticos,<br />
o estudo revela que o<br />
beijo emagrece, pois obriga<br />
o organismo a consumir cerca<br />
de 12 calorias, mais ou<br />
menos o mesmo que um<br />
abraço bem apertado.
JANEIRO/90<br />
NOTIF ISCO<br />
EnTrevisTa<br />
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••<br />
Waldemiro Machado<br />
Pensão O IPE esclarece o assunto<br />
Em entrevista exclusiva ao NOTIFISCO,<br />
o chefe da Divisão de Pensões do IPE,<br />
Waldemiro Machado, respondeu de maneira<br />
objetiva e clara todas as perguntas<br />
que lhe foram formuladas,<br />
trazendo um pouco ma is de luz a um assunto<br />
que embora simples,<br />
para muitos ainda parece complexo.<br />
Aqui, a íntegra da entrevista.<br />
Waldemiro — A<br />
companheira, mediante<br />
comprovação, terá<br />
os mesmos direitos,<br />
desde que a convivência<br />
seja de cinco<br />
aros.<br />
No caso do servidor<br />
ser legalmente casado,<br />
a viúva terá 25%<br />
da pensão, a companheira<br />
terá igualmente<br />
25% e os 50% restantes<br />
será igualmente dividido<br />
entre os filhos da<br />
viúva e da companheira.<br />
RG<br />
1-2<br />
3-4<br />
5-6<br />
7-8<br />
9-0<br />
PAGAMENTOS PARA PENSIONISTAS EM 1.990<br />
JAN/90<br />
RG ABR/90<br />
RG<br />
05/02 1-2<br />
06/02 3-4<br />
07/02 5-6<br />
08/02 7-8<br />
09/02 9-0<br />
RG<br />
FEV/90<br />
05/03<br />
06/03<br />
07/03<br />
08/03<br />
09/03<br />
MA 1/90<br />
RG MAR/90<br />
1-2 04/04<br />
3-4 05/04<br />
5-6 06/04<br />
7-8 09/04<br />
9-0 10/04<br />
RG<br />
JUN/90<br />
O requerente deve<br />
requerer junto à Secretaria<br />
de origem,<br />
uma revisão de pensão.<br />
NOTIFISCO — No 1-2 04/05 1-2 04/06<br />
NOTIFISCO<br />
caso do marido, com a<br />
Waldemiro — O<br />
3-4 07/05 3-4 05/06<br />
Qual o motivo que leva pensionista deve requerer<br />
junto à Secreta-<br />
7-8 09/05 7-8 07/06<br />
E-6 08/05 5-6 06/06<br />
as pensões a ficarem<br />
desatualizadas? ria de origem, uma<br />
9-0 10/05 9-0 08/06<br />
Waldemiro — Este revisão de pensão.<br />
problema ocorreu até Constatada a incorreção,<br />
é elaborado !Irn<br />
janeiro de 1989. , Em<br />
tese, não existe mais parecer corrigindo a<br />
esta anomalia. Temos distorção, após o que o<br />
RG JUL/90 RG AGO/90<br />
poucos casos que estão processo é enviado ao<br />
sendo estudados, um a IPE, que providencia,<br />
1-2 um; mas são fatos<br />
1-2 06/08<br />
03/09<br />
isolados.<br />
3-4 07/08 3-4 04/09<br />
A desatualização<br />
5-6 08/08 5-6 05/09<br />
ocorria face à inexis-<br />
7-8 09/08 7-8 06/09<br />
9-0 10/08 9-0 10/09<br />
tência de um cadastro<br />
de cargos e órgãos do<br />
ex-servidor, o que hoje<br />
já existe.<br />
NOTIFISCO — Em<br />
caso de permanência<br />
da desatua/ização, como<br />
deve o pensionista<br />
proceder?<br />
de imediato, a regularização<br />
e o pagamento<br />
dos atrasados<br />
dos últimos cinco<br />
anos, se for o caso.<br />
O requerimento é<br />
de ordem administrativa,<br />
não havendo necessidade<br />
de ser feito<br />
judicialmente.<br />
NOTIFISCO<br />
Quem tem direito a<br />
pensão?<br />
Waldemiro — A<br />
viúva, em qualquer<br />
condição.<br />
A filha solteira<br />
sem renda própria<br />
na época do óbito<br />
do servidor, independentemente<br />
de idade.<br />
Os filhos menores. Pai,<br />
mãe e filhos incapazes<br />
e filho universitário até<br />
25 anos.<br />
NOTIFISCO — E<br />
no caso de companheira<br />
e seus filhos?<br />
Não há necessidade<br />
de contratação de advogado<br />
para requerer atualização<br />
de pensão.<br />
morte da esposa, terá<br />
ele direito a pensão?<br />
"Waldemiro — Teoricamente,<br />
sim Estamos<br />
apenas aguardando<br />
a regulamentação<br />
da matéria. Tão logo<br />
isto ocorra, , serão tomadas<br />
as providências<br />
cabíveis.<br />
NOTIFISCO<br />
Como será o reajuste<br />
dos pensionistas a partir<br />
de janeiro de 1990?<br />
Waldemiro — O aumento<br />
real será de<br />
268%, face à elevação<br />
das quotas de produtividade<br />
e será pago<br />
dentro do calendário<br />
oficial, cuja cópia lhe<br />
entrego neste momento.<br />
RG OUT/90<br />
1-2 05/11<br />
3-4 06/11<br />
5-6 07/11<br />
7-8 08/11<br />
9-0 09/11<br />
RG NOV/90<br />
1-2 03/12<br />
3-4 04/12<br />
5-6 05/12<br />
7-8 06/12<br />
9-0 07/12<br />
1-2<br />
3-4<br />
5-6<br />
7-8<br />
9-0<br />
RG<br />
1-2<br />
3-4<br />
5-6<br />
7-8<br />
£-0<br />
RG<br />
1-2<br />
3-4<br />
5-6<br />
7-8<br />
9-0<br />
04/07<br />
05/07<br />
06/07<br />
09/07<br />
10/07<br />
SET/90<br />
04/10<br />
05/10<br />
08/10<br />
09/10<br />
10/10<br />
DEZ/90<br />
17/12<br />
18/12<br />
19/12<br />
20/12<br />
21/12<br />
NO TIFISCO — O senhor teria algo a acrescentar?<br />
Waldemiro — Sim. Enfatizo aos pensionistas que não há neces.,Idade de<br />
contratação de advogado para requerer a atualização de Pensão. Em caso<br />
de dúvidas, devem procurar o IPE pessoalmente, ou pelo telefone 234-<br />
7122, ramais 214, 338 e 339, que teremos prazer em prestar as informações<br />
cabíveis.<br />
Quero também chamar a atenção dos pensionistas para que estejam<br />
atentos ao recadastramento. Ao receberem o contracheque devem ficar<br />
alertas à mensagem que pede a comprovação de situação, estipulando<br />
inclusive uma data.<br />
Por enquanto é só.<br />
Muito obrigado.
gl(41ill/11,,,4<br />
A Fes<br />
clim<br />
DRK eotoeç °n<br />
PaP°<br />
ni:No°pelo'sisád n elft le,a0<br />
o coal -<br />
d e NnotlualitdaaaniTna çvés do Delegou°.<br />
pera,<br />
Gabinele<br />
Toda a criançada, após ganhar os pacotes de doces e In<br />
dos, quis tirar as fotos com Papai Noel. Vemos aqui a fi<br />
do Almir e Viviane Silva e a Marilene de Oliveira, que<br />
trabalhou no dia da festa, junto soma sobrinha.<br />
Aspecto da apresentação do Coral. contagiados pela música<br />
todos colocaram as tiaras natalinas e cantaram, criando um<br />
ambiente de alegria e unido.<br />
O animado Bingo realizado após o almoço deu prémios inesperados<br />
a alguns dos felizes ganhadores, como este que Rose<br />
Marie Heidemann Cardoso entrega a Newton Guides.<br />
A Ester Viana Perfeito, como sempre, contagiando com sua<br />
alegria. Aqui aparece com Eduardo e Emilia Gusmão 4o,4 Anjos,<br />
queridos companheiros de Cambé.<br />
Loreni Nakano, Almir e Viviane Silva e Laurita Pereira clbs<br />
Santos foram dos que muito trabalharam para o sucesso da<br />
festa. -
CO<br />
mu, festa para<br />
pimpai Noel<br />
OPassei.<br />
char,:lP<br />
9efoe' versa,01<br />
enCOa Miau<br />
Par,:<br />
ttead<br />
ag».7.0,10<br />
muito u<br />
C°77_<br />
fazl<br />
grrl<br />
J/03<br />
Para fias Iara<br />
e - Temos aí o Ivan Marques (A.R. Londrina), Marilene de Oli-<br />
I veira (esposa do Claudinê), Edvaldo e Sonia Bianchi (IRA),<br />
Dagmar Freitas (SA) e Leoni Kieski. A torta da foto foi uma<br />
das premiadas no Concurso Culinário.<br />
O Coral Natalino da DRR reunido para ensair as músicas<br />
que seriam apresentadas após o almoço.<br />
DdYT '-"forda,71.<br />
co 0,Q/e/ia,/ a'zro• ,<br />
ciaparte7<br />
recreara- e<br />
4/°' 0,,<br />
sua<br />
esposa<br />
O colega Paulo Donato (AR Londrina) não resistiu ao ritmo<br />
da música do Grupo do Hotel Sabão, que se apresentou na<br />
festa, e foi para o microfone também.<br />
Vemos aqui o Claudine de Uliveira, delegado da 89 DRR, um<br />
entusiasta promotor destes eventos confraternativos, quando,<br />
juntamente com a sobrinha, participava do Coral de Natal.<br />
Ayrton Lopes Branda-o, assessor da 39 DRR; Miguel Arcan-<br />
I<br />
-a<br />
o Dias, Delegado da 79 DRR; Moacir Martins da Silva, Deledo<br />
da 109 DRR; Luiz Alves de Oliveira, Delegado da 39<br />
RR, às voltas com a "lourinha gelada".<br />
Regina Crippa (AR Londrina), Orlando Aranda com a filhinha<br />
(PE), Maria da Graça Shimidt (PF) e Paulo Donato<br />
(AR Londrina).<br />
Flávio Perfeito Laurita P. dos Santos estavam dando um<br />
apoio moral a Ivan I Marques Ribeiro e Luiz Eufrásio Fávero,<br />
que juntamente com Celso Aparecido Athayde e Osvaldo<br />
Chocoroski, responsabilizaram se co m -maestria pelos<br />
assados.
' PÁGINA 26<br />
NOTIF ISCO<br />
JANE IRO/90<br />
CORNÉLIO PROCÓPIO<br />
DRR<br />
O dinamismo da administração MiguelsDias<br />
Encontro com pequenos e microempresá rios<br />
em Corne tio Procó pio<br />
Realizado no dia 19 de<br />
outubro, às 20:00 hs no anfiteatro<br />
do IBC, o encontro,<br />
que contou com a participação<br />
da Federação das Micro<br />
e Pequenas Empresas do Paraná,<br />
através de seu presidente<br />
Ercílio Santinoni, da<br />
Associação local, presidida<br />
por JamilP Gozalan e do Delegado<br />
Regional da Receita<br />
Miguel Dias, congregou micro-empresários<br />
da região,<br />
representantes da classe e<br />
contabilistas.<br />
O evento foi marcado<br />
pelas discussões sobre a<br />
atual situação das micro empresas<br />
na área tributária, onde<br />
ocorreram grandes mu-<br />
danças com a instituição do<br />
Regime Simplificado de Pagamento<br />
do ICMS.<br />
Mais uma vez foi demonstrada<br />
a mobilização<br />
em que estão engajados pequenos<br />
e micro empresários<br />
e contabilistas contra<br />
mudanças inseridas nos tributos<br />
federais, principalmente<br />
quanto à redução dos<br />
prazos de recolhimento.<br />
Daí a importância do<br />
Fisco estar sempre próximo<br />
ao contribuinte, informando,<br />
esclarecendo e mantendo<br />
um bom relacionamento<br />
no sentido de prevenir situações<br />
semelhantes na esfera<br />
estadual.<br />
Um trabalk9 p<br />
Quando por mais que<br />
nos esforcemos na trilha da<br />
eficiência e a perfeição nos<br />
pareça inatingível, inobstante<br />
seja a luz que ilumina<br />
nossas ações, ainda assim<br />
devemos nos esmerar em alcançá-la,<br />
mirando-nos em<br />
exemplos que sempre temos<br />
à nossa frente. Eles sempre<br />
estão ali, basta que os enxerguemos<br />
e os valorizemos.<br />
Assim é que vemos hoje<br />
o colega Antonio Carlos<br />
Joaquim, coordenador do<br />
Fundo de Participação dos<br />
Municípios na 7? D R R neste<br />
exercício — ano base<br />
1988.<br />
Só se pode analisar seu<br />
trabalho junto às ARs, às<br />
empresas, às prefeituras e<br />
aos contabilistas, pelo simples<br />
efeito produzido quanto<br />
à divulgação, esclarecimento,<br />
cobrança, recepção,<br />
e análise das DFC's/88: foi<br />
simplesmente perfeito, nada<br />
a tirar ou por.<br />
Nem mesmo a tradicio-<br />
nal comparação entre as<br />
AR's sobre qual atingira o<br />
menor índice de omissão de<br />
DFC ocorreu. Em todas, a<br />
omissão foi zero. Absolutamente<br />
nenhum omisso de<br />
apresentação de DFC em<br />
toda Região.<br />
eito<br />
Parabéns ao Joaquim,<br />
parabéns aos chefes das<br />
ARs, parabéns a todos os<br />
funcionários que trabalharam<br />
para que a perfeição<br />
nos pareça um pouco menos<br />
complexa, restando mantermo-nos<br />
junto dela.<br />
A CANTINA<br />
Nosso espaço<br />
mais gostoso<br />
Estarmos juntos para o almoço é uma festa.<br />
Gostaríamos de dar destaque ao importantíssimo papel<br />
da nossa cantina no convívio do pessoal da 7 9. DAR.<br />
Não somente os funcionários da Delegacia, mas os<br />
que aqui vêm vez por outra, como chefes de AR em reunião,<br />
funcionários de Postos. Fiscais em trabalhos especiais<br />
e colegas de outras regiões em visitas à 79, atestam o<br />
carinho com que são tratados e a competência da Nilda,<br />
traduzida por seus pratos mais diversificados.<br />
É tão caseiro esse nosso espaço que nem o chamamos<br />
de cantina. E cozinha mesmo. Parabéns e obrigado a<br />
todos que concorrem para sua eficiência.
JANEIRO/90 NOTIF ISCO PAGINA 27<br />
aa . «BOM DE NOTA» E
ÁGINA 28<br />
NOTIF ISCO<br />
JANE IRO/90<br />
-"5"7a Posto Fiscal Charles Naufal<br />
DRR<br />
MAIS UMA VEZ VIMOS O INCANSÁVEL TRABALHO DA FISCALIZAÇÃO NO POSTO CHARLES NAUFAL<br />
SURTIR OS MELHORES RESULTADOS.<br />
MANTEVE-SE O DESEMPENHO DOS MESES ANTERIORES E O PRIMEIRO LUGAR NA PRODUÇÃO EM PROJETO DE FISCALIZAÇÃO<br />
DOS POSTOS FISCAIS NO MES DE SETEMBRO. PARABÉNS A TODOS<br />
OS FUNCIONÁRIOS QUE PARTICIPAM DESTA GRANDE TAREFA, A CADA DIA REALIZADA COM MAIOR EFICIENCIA.<br />
Na verificação física das cargas transportadas .. . ... na organização dos trabalhos internos ... ... a eficiência do Posto Charles Naufal.<br />
Reciclando a Comunidade<br />
Tributária<br />
Da esquerda para a direita — João Ramos da Silva/IRA, Jaqueline Tramontine/IRT,<br />
Gleide F. F. Astuti/Assessoria e Delegada em exercício, Miguel Shiroshi Ekuni/IRF e<br />
David José de Oliveira/Chefe da A.R. C. Procópio,<br />
em reunião realizada em Cornélio Procópio.<br />
Face à nova sistemática de arrecadação dos tributos<br />
estaduais e à necessidade de divulgação de que se faz<br />
acompanhar toda mudança, a 7: 9 DRR tem promovido<br />
reuniões, no âmbito de sua jurisdição, com Associações<br />
de Classe, contribuintes e contabilistas.<br />
Além das informações sobre as alterações havidas, a<br />
DRR tem dado enfoque especial às muitas vantagens que<br />
trouxe o novo sistema, tanto aos contribuintes e contadores<br />
como para a Receita Estadual.<br />
Nessas oportunidades, as reuniões não se detêm na arrecadação,<br />
estendendo-se a outros assuntos de interesse<br />
fiscal, como as últimas decisões do Confaz, o R.S.P., a<br />
DFC e o 1P VA.<br />
Consideramos atingidos os objetivos primordiais desses<br />
encontros com a comunidade ao encontrarmos as portas<br />
abertas para um intercâmbio contínuo e a realização<br />
de um trabalho conjunto, na busca da construção de um<br />
Estado melhor, e uma sociedade mais séria e justa.<br />
Público<br />
da<br />
reunião<br />
realizada<br />
em<br />
Cornélio<br />
Procópio
JANEIRO/90 NOTIF ISCO PÁGINA 29<br />
Participação e D riÇR<br />
Eficiência se consegú e<br />
com interação g e<br />
treinamento<br />
É notável o desenvolvimento das pessoas<br />
quando integradas às atividades no universo de seu trabalho<br />
e quando treinadas para desenvolvê-las.<br />
Sobretudo porque passam a se interessar mais e a participar mais,<br />
assumem o espírito de equipe e os resultados são<br />
sempre es melhores, para todos.<br />
A integração e treinamento de funcionários...<br />
estimulam participação...<br />
O Supremo Tribunal Federal<br />
(STF) cassou a liminar concedida<br />
na semana passada ao governo do<br />
estado que derrubava o parágrafo<br />
79, do artigo 27, da Constituição<br />
do Estado do Paraná, que determina<br />
o pagamento dos salários dos servidores<br />
públicos estaduais até o último<br />
dia útil do mês e correção monetária<br />
quando houver atraso. Esta<br />
decisão foi comemorada pelo Fórum<br />
das Entidades Sindicais dos<br />
Servidores Públicos. Com a cassação<br />
da liminar, o governo terá que<br />
cumprir este dispositivo. Os sindicatos<br />
aguardam agora o julgamento<br />
do mandado de segurança impetrado<br />
para pedir o pagamento das diferenças<br />
salariais acumuladas desde<br />
novembro, pois o governo não vinha<br />
cumprindo este dispositivo sob<br />
alegação da sua inconstitucionalidade.<br />
Para o presidente do Sindicato<br />
dos Servidores Públicos do Sistema<br />
de Agricultura e Meio Ambiente<br />
(Sindi-Seab), Heitor Raimundo, a<br />
decisão do STF restaura a autonomia<br />
do Poder Legislativo e a dignidade<br />
do servidor público. Com o<br />
pagamento dos salários até o último<br />
dia útil do mês, será evitada<br />
uma deterioração maior, em face<br />
dos atuais índices de inflação,<br />
observou o dirigente sindical. O<br />
STF também cassou a milinar que<br />
anulava o dispositivo constitucional<br />
que garante isonomia salarial aos<br />
advogados do quadro do estado.<br />
Os servidores públicos estaduais<br />
começam a se mobilizar para exigir<br />
mudanças na atual política salarial.<br />
e geram eficiência.<br />
Governo obrigado a antecipar salário<br />
No último encontro do fórum,<br />
em Londrina, foi aprovado um indicativo<br />
de paralisação para o dia 7 de<br />
março. O. funcionalismo terá neste<br />
mês um reajuste de 11,78% — calculado<br />
com base em 25% do IPC de<br />
janeiro, conforme estabelece a lei<br />
salarial em vigor. Nos meses seguintes,<br />
a perspectiva é continuar tendo<br />
reajustes inferiores ao IPC, pois<br />
quando a inflação se situar acima da<br />
casa dos 40%, haverá um desconto<br />
de 15% sobre o IPC. Nem mesmo o<br />
zeramento trimestral, também previsto<br />
na lei salarial, será capaz de<br />
deter as perdas com a inflação<br />
permanecendo elevada. O resíduo<br />
do IPC de janeiro — mês de database,<br />
será parcelado em agosto e<br />
janeiro de 1991.<br />
Transcrito da "Gazeta do Povo", de 10/02/90.<br />
Para<br />
reflexão<br />
A<br />
IRRESPONSABILIDADE<br />
DE ALGUNS<br />
É TRANSFERIDA COMO<br />
RESPONSABILIDADE<br />
PARA OUTROS.<br />
SEJA RESPONSÁVEL<br />
PARA QUE OUTROS<br />
NÃO PAGUEM<br />
PELOS SEUS ERROS.<br />
Sérgio Eglin Batista<br />
DR R
PAGINA 30<br />
Alvaro<br />
não admite<br />
mudar o<br />
sistema<br />
redutor de<br />
saiano<br />
A MEDIDA GARANTIU A<br />
APLICACAO DO REAJUSTE<br />
DE 292%<br />
NOTIF ISCO<br />
JANEIRO/90<br />
O governador Alvaro Dias disse<br />
que não admite "qualquer ameaça"<br />
ao chamado "redutor salarial" por<br />
ele implantado em outubro do ano<br />
passado e que limitou o maior<br />
salário pago ao funcionalismo público<br />
do Estado ao vencimento<br />
de um Secretário de Estado. Esta é<br />
a reação do governador às notícias<br />
de que alguns funcionários públicos,<br />
que se acham prejudicados pelo<br />
redutor, entrariam com um mandado<br />
de segurança contra a medida.<br />
Graças ao redutor foi possível<br />
ao Estado aplicar o reajuste de<br />
292% concedido ao funcionalismo<br />
estadual no mês de janeiro.<br />
Se o reajuste de 292% fosse<br />
aplicado integralmente para servidores<br />
que ganhavam, por exemplo,<br />
NCz$ 15.000,00, este salário passaria<br />
automaticamente para quase<br />
NCz$ 50.000,00. Isso faria com<br />
que a folha ultrapassasse em muito<br />
as condições de caixa do Tesouro<br />
do Estado. Para o governador, neste<br />
episódio há uma demonstração<br />
prática de eficácia da implantação<br />
do "redutor" de salários. Se ele<br />
não existisse seria formada "automaticamente"<br />
uma elite de funcionários,<br />
com salários bastante superiores<br />
ao da maioria dos servidores<br />
públicos.<br />
O governador Alvaro Dias lembrou<br />
que também os poderes<br />
Legislativo e Judiciário, quando da<br />
aprovação do projeto de reajuste<br />
dos servidores públicos estaduais,<br />
em meados de janeiro, adotaram<br />
seus próprios redutores de salário,<br />
com base no vencimento-base aplicado<br />
no Executivo — ou seja, o<br />
vencimento de Secretário de Estado,<br />
hoje na casa dos NCz$<br />
38.500,00. No entanto, diz o<br />
governador, "há uma reação sendo<br />
orquestrada por uma casta de<br />
privilegiados, que querem continuar<br />
a ganhar salários exorbitantes, enquanto<br />
a maioria do funcionalismo<br />
continua a lutar por uma política<br />
de vencimentos mais justa e compatível<br />
com os altos índices inflacionários".<br />
Por esta razão o Governo do<br />
Paraná implantou um plano de<br />
reajuste mensal dos salários, de<br />
forma que as perdas possam ser<br />
recuperadas mais rapidamente pelo<br />
funcionalismo. Este plano já<br />
passa a ser aplicado a partir do mês<br />
de fevereiro.<br />
Transcrito do Jornal Indústria e Comércio de<br />
09/02/90.<br />
o O<br />
Acampanha De Nota em Nota teve tanto<br />
sucesso que os cupons se esgotaram<br />
três vezes mais depresa que<br />
o previsto. Agora a campanha volta com<br />
três vezes mais cupons!<br />
Os impostos arrecadados vão diretamente<br />
para Saúde, Transporte, Segurança,<br />
Educação, Educação Física e Desportos!<br />
Quem pede nota fiscal no Paraná,<br />
vê logo que vale!<br />
Mia<br />
• Educação<br />
Ed. Física<br />
Desportos<br />
Transporte<br />
24,8%<br />
38,5%<br />
ARRANHE E GANHE<br />
Um APARTAMENTO e carros GURGEL são<br />
alguns dos 160.000 novos prêmios e brindes da<br />
campanha De Nota em Nota! Junte NCz$ 300,00<br />
em Notas Fiscais, e troque por cupons no<br />
Banestado, na Prefeitura ou nas escolas.<br />
Você arranha, e se for premiado ganha na hora,<br />
e o Paraná ganha sempre:<br />
Nota Em Nota, Um Novo Paraná!<br />
Governo do Paraná.<br />
Secretaria<br />
da Fazenda<br />
Prefeituras<br />
Municipais
JANEIRO/90_ NOTIFISCO PAGINA 31 ,<br />
Ceral<br />
Posto de trocas da Receita teve boa receptividade<br />
O Posto Móvel da Receita<br />
Estadual instalado na<br />
Praça.Barão de Guaraúna,<br />
teve seu primeiro dia de<br />
funcionamento ddia 18 de<br />
novembro/89. São dois trailers<br />
com objetivo de<br />
facilitar a troca de notas fiscais<br />
e ticktes de supermercados<br />
por cupons da promoção<br />
estadual "De Nota em<br />
Nota". Fiscais da Receita<br />
Estadual estarão no local<br />
também para atender imediatamente<br />
a qualquer denúncia<br />
feita pelo consumidor<br />
caso algum estabelecimento<br />
comercial se negue a<br />
fornecer nota fiscal.<br />
O horário de atendimento<br />
para essa fase inicial da<br />
campanha é das 8 às 12 horas<br />
e será todos os sábados<br />
até o dia 23. A mudança paara<br />
o dia todo de funcionamento<br />
dependerá de acertos<br />
feitos entre a Receita e entidades<br />
que apoiam a promoção.<br />
Para o inspetor regional<br />
de fiscalização, Antonio Jair<br />
dos Santos a aceitação do<br />
público quanto à iniciativa,<br />
superou as expectativas, os<br />
promotores esperavam distribuir<br />
cerca de 500 cupons,<br />
mas o número ultrapassou<br />
os dois mil. Segundo Antonio,<br />
na primeira fase, onde a<br />
distribuição era feita pelo'<br />
Banestado, a receptividade<br />
também foi considerada<br />
boa, contudo, posto<br />
móvel auxilia uma parcela<br />
da população que só dispõe<br />
de tempo livre aos sábados.<br />
Jair dos Santos disse<br />
que até o momento não<br />
houve nenhuma denúncia<br />
contra estabelecimentos<br />
quanto ao não fornecimento<br />
de nota fiscal, mas a partir<br />
do momento em que isso<br />
acontecer, os fiscais darão<br />
atendimento imediato ao<br />
consumidor. O inspetor<br />
define a promoção "De Nota<br />
em Nota" como uma maneira<br />
de fazer com que o<br />
contribuinte peça nota fiscal,<br />
pois, de uma forma ou<br />
de outra, ele paga o imposto<br />
que está imbutido no preço<br />
dos produtos. Quanto maior<br />
for o número de notas<br />
emitidas, maior será a arrecadação<br />
do ICMS — Imposto<br />
sobre Circulação de Mercadorias<br />
— e isso, segundo<br />
ele, fortalece o Estado.<br />
JORNAL DA MANHÃ, Domingo,<br />
19/11/89.<br />
Esta, de tão velha, não tem nem data. Ao centro, vemos o nosso colega<br />
Eduvaldo Gusmão dos Anjos e um dos seus filhos.<br />
Gusmão é aposentado, e hoje trabalha na Secretaria da Fazenda<br />
de Rondônia.
•<br />
PÁGINA 32 NOTIF ISCO JANEIRO/90<br />
Barreado<br />
Uma surpresa o 62 G51N9CE<br />
OS NOSSOS COLEGAS FISCAIS DE OUTROS ESTADOS, PRINCIPALMENTE DO NORTE E NORDESTE, TIVERAM A OPORTUNIDADE<br />
DE SABOREAR UM PRATO TIPICAMENTE PARANAENSE - O BARREADO.<br />
O GINÁSIO DE ESPORTES DA SOCIECADE THA LIA FICOU LITERALMENTE TOMADO PELOS PARTICIPAN7 ES DO CONGRESSO,<br />
QUE SÓ ARREDARAM O PE APOS TEREM COMIDO TUDO O QUE TINHAM DIREITO.<br />
FOI UM BARREADO PARA NINGUÉM BOTAR DEFEITO. QUEM ESTEVE LÁ QUE DIGA.
JANEIRO/90 NOTIF ISCO PÁGINA 33<br />
De nota em nota<br />
Entrega de prêmio em Cascavel<br />
A chefe do S.A. A., Leni L. B. de Oliveira, coordenadora regional<br />
da Campanha, sendo entrevistada pela repórter da TV Carimã,<br />
de Cascavel.<br />
MAIS UM<br />
CONSUMIDOR<br />
FOI<br />
PREMIADO<br />
PELO "DE<br />
NOTA EM NOTA".<br />
DESTA VEZ,<br />
O FELIZARDO<br />
F010 SR.<br />
ATAI -DE DOS PASSOS,<br />
RESIDENTE EM<br />
CASCAVEL, QUE<br />
GANHOU UM<br />
VIDEOCASSETE.<br />
Sr. Ata ide dos Passos sendo entrevistado, após o recebimento do videocassete na<br />
agência Banestado de Cascavel.<br />
Eleição da nova Diretoria da AFFISCO<br />
Foi eleita por unanimidade<br />
de votos, a chapa<br />
"União Faz A Força", que<br />
irá compor a nova diretoria,<br />
conselho deliberativo e conselho<br />
fiscal da Associação<br />
dos Funcionários Fiscais de<br />
Cruzeiro do Oeste — AF-<br />
F ISCO — no biênio 89/90.<br />
Djalma Rodrigues Reys<br />
é o novo presidente eleito.<br />
Natural de Londrina, PR,<br />
ingressou na Coordenação<br />
da Receita do Estado em<br />
27.01.82 (Concurso de<br />
1980) e atualmente encontra-se<br />
lotado na Inspetoria<br />
Regional de Fiscalização da<br />
Integrantes da Nova diretoria eleita: da esq. p/a direita – Alfredo A.<br />
Tessari, Mauricio Corrêa Machado (Presidente de Honra) e Djalma<br />
Rodrigues Reys (Presidente)<br />
11a 13 R R.<br />
Casado com Lázara Cristina<br />
da Silva Reys, possui<br />
dois filhos: Heitor Rodrigues<br />
Reys e Priscila Rodrigues<br />
Reys. Tem como objetivos<br />
imediatos, a reintegração<br />
e participação de todos<br />
os funcionários da 11 a. DR R<br />
nos eventos sociais da Associação,<br />
nos esportivos e<br />
culturais. Para isto, promete<br />
agilizar, com sua diretoria,<br />
os meios necessários para<br />
tais fins, tais como, a<br />
aquisição de agasalhos esportivos,<br />
bolas, confecção<br />
do novo símbolo da Associação<br />
(que em virtude da<br />
transferência da sede da<br />
11a DRR de Cruzeiro do<br />
Oeste para Umuarama, denominar-se-á<br />
Associação<br />
dos Funcionários Fiscais de<br />
Umuarama — AFFISUM) e<br />
outros.<br />
A médio prazo, é objeto<br />
da nova diretoria, a transferência<br />
da sede da Associação<br />
para a cidade de Umuarama,<br />
conforme desejo manifesto<br />
da maioria de seus<br />
associados.<br />
Não temos dúvidas que<br />
a gestão de Djalma à frente<br />
da AFFISUM/AFFISCO, se-<br />
Integrantes<br />
da<br />
mesa<br />
apuradora:<br />
da esquerda<br />
para a<br />
direita,<br />
em pé:<br />
Eudenir e<br />
Robinson;<br />
sentado:<br />
Gervásio<br />
(Assessor<br />
da 11?<br />
DRR)<br />
rá coroada de êxitos, repetindo<br />
o sucesso de seu antecessor,<br />
Jamil Raimundo,<br />
cujo dinamismo ajudou a<br />
construir o patrimônio que<br />
.hoje a Associação possui.<br />
Robinson F. Oliveira<br />
119 DRR
PAGINA 34 NOTIF ISCO JANEIRO /90<br />
Es orte<br />
AFFISMAR<br />
A Associação dos<br />
Funcionários Fiscais<br />
de Maringá realizou o<br />
seu 19 Campeonato de<br />
i3ocha nos dias 21, 22,<br />
23 e 29 de<br />
novembro/89.<br />
O evento contou com<br />
o apoio da Regional<br />
que confirmou o<br />
entusiasmo por esta<br />
modalidade de esporte.=<br />
Participaram 16<br />
duplas, tendo corno<br />
finalistas as duplas<br />
n9 04: Leonildo Pratti<br />
e Paulo Petri e n9 13:<br />
José Lima Trevisan e<br />
Armando Gervasone.<br />
Na finalista, no dia 29<br />
de novembro, os<br />
vencedores foram José<br />
Lima Trevisan e<br />
Armando Gervasone<br />
com o 19 lugar e<br />
Leonildo Prati e Paulo<br />
Petri, com o 29 lugar.<br />
A AFFISMAR<br />
PARABENIZA OS<br />
VENCEDORES E<br />
TODOS QUE<br />
PARTICIPARAM DE<br />
FORMA TÃO<br />
EFETIVA NESTE<br />
PRIMEIRO<br />
CAMPEONATO!
o<br />
JANEIRO/90<br />
Em Cascavel,<br />
a comemoração<br />
do dia do<br />
funcionário<br />
público<br />
EM CLIMA FRATERNAL E DESCONTRAIDO,<br />
A 13 .? DR R DE CASCAVEL COMEMOROU O DIA DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO.<br />
A FESTIVIDADE FOI MARCADA PELO COMPARECIMENTO MACIÇO<br />
DOS FUNCIONÁRIOS E SEUS FAMILIARES,<br />
QUE DERAM UM TOQUE TODO ESPECIAL AO EVENTO.<br />
NOS FLAGRANTES, UM POUCO DA FESTA.<br />
Almoço, jantar ou sobremesa... O Nilton sempre está<br />
por perto.<br />
Uerson e Eliane cumprimentando Renê e Delma. Manoel, Sebastilo e Gerson, da Agência de Foz do Iguaçu, e Edson, da IRE<br />
Inspetores Timm e Hermes.<br />
Com o Renê, a presença constante do vereador Antonio Baratter.
PÁGINA 36<br />
NOT I F ISCO<br />
JANEIRO/90<br />
Em Cascavel, a comemoração<br />
do dia do<br />
funcionário público<br />
Foi grande a participação dos familiares.<br />
Frasson , Seatolim, João e Claricio; A. Rs. e Delegacia se confraternizam.<br />
E a festa foi boa! Compareceu até o nenê da Cleide!<br />
Marli e Helena, do setor Caixa da A.R. (Sede) com a petizada.<br />
Tereza e Romualdo: a hora do churrasco.
JANEIRO/90<br />
NOTIF ISCO PÁGINA 37<br />
Suspensos artigos da Constituição<br />
O presidente em exercício<br />
do Supremo Tribunal<br />
Federal, ministro Sidney<br />
Sanches, concedeu medida<br />
liminar na ação direta de inconstitucionalismo<br />
que o<br />
governo do estado, através<br />
da Procuradoria <strong>Geral</strong> do<br />
Estado impetrou para a suspensão<br />
de mais seis artigos e<br />
seus respectivos parágrafos<br />
na nova Constituição estadual.<br />
Esta é a oitava ação de<br />
inconstitucionalismo impetrada<br />
pela PGE, observou o<br />
procurador Wagner Brussolo<br />
Pacheco, envolvendo um total<br />
de 13 artigos, todos declarados<br />
inconstitucionais<br />
pelo STF.<br />
Entre os artigos considerados<br />
inconstitucionais<br />
estão o que fixa a data de<br />
pagamento dos servidores<br />
estaduais até o último dia<br />
do mês vencido; a contagem<br />
em dobro da licença prêmio<br />
para fins de aposentadoria;<br />
a efetivação e estabilidade<br />
sem concurso de todos os<br />
funcionários do BRDE lotados<br />
no Paraná, bem como a<br />
criação e ingresso sem concurso<br />
da carreira de assistente<br />
jurídico e advogado,<br />
em todos os três poderes do<br />
estado, além da efetivação<br />
sem concurso dos assessores<br />
jurídicos da Defensoria Pública.<br />
TREM DA ALEGRIA<br />
O procurador geral do<br />
estado, Wagner Pacheco,<br />
esclareceu que a ação de inconstitucionalidade<br />
requerida<br />
pelo governo Álvaro<br />
Dias através da PGE fundamentou-se<br />
na geração de<br />
despesas, sem que a Constituição<br />
tenha indicado a fonte<br />
de recursos e ainda na estabilidade<br />
e efetivação, sem<br />
concurso de quase 600<br />
advogados e assessores jurídicos<br />
quando a própria<br />
Constituição federal, no seu<br />
artigo 37, II declara que a<br />
investidura em qualquer cargo<br />
público só pode ser feita<br />
mediante concurso. O efeito<br />
da suspensão da eficácia<br />
desses seis artigos é imediato<br />
e irrecorrível, declarou o<br />
procurador, esclarecendo<br />
que o efeito vai até o julgamento<br />
final da ação, que<br />
não tem ainda data prevista.<br />
INCONSTITUCIO-<br />
NALIDADE<br />
Os artigos declarados inconstitucionais<br />
por decisão<br />
do Supremo Tribunal Federal<br />
são os seguintes: art. 34,<br />
inciso XVIII, letras A e B,<br />
que possibilita a transformação<br />
da licença prêmio em<br />
dobro, para fins de aposentadoria.<br />
Art. 34, inciso XXI,<br />
que, sem citar a fonte de recursos,<br />
obrigava o estado a<br />
manter creches para todos<br />
os filhos (até 6 anos) dos<br />
servidores públicos do estado.<br />
Art. 27, parágrafo 79,<br />
estabelecendo que o pagamento<br />
de vencimentos e salários<br />
fosse feito até o último<br />
dia de cada mês. O procurador<br />
do estado destacou<br />
que o pagamento não pode<br />
ser feito até o final do mês,<br />
'já que atualmente todo o<br />
estado está organizado para<br />
receber o ICM, que é a fonte<br />
de onde provêm os recursos,<br />
até o dia 10.<br />
No art. 55 do Ato das<br />
Disposições Transitórias —<br />
ADT, a Constituição mandava<br />
criar também na<br />
Defensoria Pública a carreira<br />
onde ingressariam, sem<br />
concurso, todos os assistentes<br />
jurídicos e advogados<br />
(em torno de 80 pessoas),<br />
que estivessem exercendo a<br />
função na data da promulgação<br />
da Constituição estadual.<br />
Também o art. 46 do<br />
Ato das Disposições Transitórias<br />
dava estabilidade e<br />
efetividade, sem concurso, a<br />
todos os funcionários do<br />
Banco Regional de Desenvolvimento<br />
do Extremo Sul<br />
BRDE, lotados no Paraná,<br />
"que não são nem mesmo<br />
servidores do estado".<br />
E finalmente, o art. 56,<br />
parágrafo 39 do ADT, mandava<br />
criar carreira de assistente<br />
jurídico e advogado<br />
nos três poderes do estado,<br />
com um total de 500 advogados<br />
que ingressariam na<br />
carreira, sem concurso público<br />
e com vencimentos<br />
equiparados aos procuradores<br />
do estado,<br />
(Gazeta do Povo de 30/01/90).<br />
1<br />
Quem produz uma farinha como essa,<br />
tinha que ganhar o<br />
Top de Marketing.<br />
A ADVB premiou o Grupo J. Macêdo com o Top de Marketing<br />
89 pelo desempenho da Farinha Dona Benta.<br />
E o resultado de profundas transformações no posicionamento de<br />
um produto. De uma estratégia que levou um produto de uso<br />
industrial a obter resultados inquestionáveis junto ao consumidor doméstico<br />
Mais do que isso, um esforço que atuou sobre todas as áreas que determinam<br />
o sucesso de um processo onde o marketing não etitra apenas corno<br />
recurso, mas como filosofia.<br />
O Grupo J. Macêdo é um grupo privado 100% nacional que está completando<br />
50 anos. •<br />
E para quem chega tão longe, não poderia haver presente melhor.<br />
• •<br />
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• • ••••••<br />
50 ANOS<br />
GRUPO J. MACEDO
PAGINA 38<br />
Isco<br />
<strong>Geral</strong><br />
Treinamento contínuo<br />
Rose Marie Heidemann Cardoso<br />
DRR<br />
Participando do treinamento vemos Lúcio Ferri, José de Lima Ribeiro, Ivan Marques,<br />
Dirceu G. Gouveia e Gilberto Tatematsu.<br />
Dando continuidade ao Programa de Treinamento Contínuo<br />
da £0 DRR, realizado com a imprescindível colaboração do<br />
CE NPR E e em convênio com o SESC de Londrina, concretizou-se<br />
o Módulo V do Treinamento para Auxiliares Administrativos.<br />
Este Módulo, aplicado para duas turmas de 22 auxiliares<br />
celetistas, constou de Aperfeiçoamento em Noções de Escritório e<br />
Prática de Arquivo.<br />
No decorrer dos cursos buscou-se promover o contato dos<br />
funcionários com especialistas das diversas áreas em que esses<br />
atuam. Neste intercâmbio vieram, até a sala de treinamento<br />
da DRR, instrutores para desenvolvimento de noções<br />
de redação, ortografia, estética datilográfica,<br />
modelos de correspondência oficial, organização e<br />
controle de documentação, arquivo, expressão oral e gráfica;<br />
com psicólogos desenvolveu-se treinamentos de técnicas<br />
de atendimento ao público e relações interpessoais.<br />
O encerramento desta Unidade de Treinamento marca o fim<br />
de uma etapa em que buscou-se propiciar a todos os<br />
funcionários fiscais e não-fiscais, iguais oportunidades de<br />
aperfeiçoamento profissional e crescimento pessoal.<br />
Fátima Aparecida Ramos, Laurita Pereira dos Santos, Marcela L. Wieldmann<br />
e José Lima Ribeiro.<br />
Darilio José Fabrini, Altair Pinto da Silva, Newton Alves Pereira<br />
e Luis Alberto de Oliveira.<br />
NA PROXIMA EDIÇÃO DO NOTIFISC01<br />
A MULHER SERÁ NOTÍCIA.<br />
Dia 8 de março, será comemorado o DIA INTERNACIONAL DA MULHER<br />
A festa será de todas as funcionárias da<br />
Secretaria da Fazenda.<br />
Informe-se pelo telefone 225-3377, ramal 127— jOeCi
JANEIRO/90 NOTIF ISCO PAGINA 39<br />
<strong>Geral</strong><br />
Homem!!!<br />
m jovem, em pé sobre<br />
o muro de Berin,<br />
bebendo champagne<br />
abraçado<br />
com um soldado.<br />
Nem a mais fértil<br />
imaginação poderia<br />
criar esta cena que acabo de<br />
ver na TV, hoje. Homens!<br />
No dia em que me deparei<br />
com o muro da vergonha<br />
só pude pensar também: homens!<br />
quanta estupidez!<br />
Era uma tarde de sol,<br />
outonal, linda. O ônibus parou<br />
no terminal do lado do<br />
Reichtag, imponente edifí<br />
cio, antes palácio da República,<br />
hoje museu histórico.<br />
Todos desceram ali, e eu,<br />
sozinha, resolvi seguir a<br />
maioria embora atraída pelo<br />
Reichtag que brilhava ao<br />
sol. Entramos num atalho,<br />
pelo bosque fresco, andando<br />
sobre um tapete dourado<br />
de folhas de plátanos, tílias<br />
e cascalhos, ensombrado<br />
ainda por estas imponentes<br />
árvores. De repente lá estava<br />
ele, o malfadado muro todo<br />
riscado com protestos ou<br />
desenhos rurais quando alguns<br />
tentavam torná-lo menos<br />
áspero. Mesmo sabendo<br />
que ele está lá o impacto é<br />
terrível principalmente para<br />
mim que o imaginava<br />
após e não antes da Porta de<br />
Brandenburgo. Do lado de<br />
cá a natureza estava contrastando<br />
com o silêncio e a seriedade<br />
das pessoas que sobem<br />
a um tablado de madeira<br />
para olhar para o lado de<br />
"lá".<br />
Do lado de cá, o bosque,<br />
o Tiegearten tão belo,<br />
o amplo campo em frente<br />
ao Reichtag, muito verde,<br />
cheio de gente elevando papagaios,<br />
que coloridos, livres,<br />
bailam no céu muito<br />
azul. Do lado de lá, ninguém.<br />
Larga faixa vazia, minada,<br />
prédios bem próximos<br />
de janelas gradeadas, abandonados,<br />
e de vida só o brilho<br />
das lentes dos binóculos<br />
dos vigias em suas torres.<br />
Dá arrepios este contraste,<br />
de tão irreal. Do lado de cá,<br />
a liberdade de milhares de<br />
turistas dia a dia, a testarem<br />
este paradoxo, fato único<br />
no mundo.<br />
Andando por trás do<br />
Reichtag, bem perto do<br />
muro, chega-se ao rio Spree<br />
que corre indiferente aos<br />
homens loucos que beneficia.<br />
É até estreito e do lado<br />
de cá alguém pôs uma enseada<br />
de piscina na margem<br />
para facilitar aos fugitivos o<br />
acesso à margem direita, livre<br />
enquanto na margem esquerda<br />
uma lancha da polícia<br />
vigia, para não deixar<br />
ninguém esquecer o poder<br />
dominante. Mas o que mais<br />
fere a vista é a imobilidade<br />
das cruzes brancas, enfileiradas<br />
num alambrado, com o<br />
nome e a data da morte de<br />
pessoas que por ali tentaram<br />
alcançar a Alemanha livre.<br />
Aqui mais do que em<br />
qualquer lugar, sente-se a<br />
loucura de um grupo de pessoas<br />
terem o poder de<br />
governar a vida de milhares,<br />
submetendo-os pelo<br />
terror, pelo medo. Isto durou<br />
mais de 25 anos e milhares<br />
de pessoas perderam<br />
a vida tentando alcançar<br />
uma vida digna. E, de repente,<br />
com apenas 15 dias, um<br />
presidente renunciou sob<br />
pressão, e outro com todos<br />
os seus ministros foi deposto<br />
e toda a República Democrática<br />
Alemã abre suas<br />
fronteiras para o mundo.<br />
Como isto é possível?<br />
Porque toda a população<br />
uniu-se em protesto pela<br />
primeira vez exigindo liberdade<br />
e direitos.<br />
Por isso, pensei de novo<br />
hoje: homens!<br />
Quando vão aprender a<br />
força que possuem quando<br />
se unem? Só há minoria dominante<br />
quando há uma<br />
maioria disposta a aceitar a<br />
c!one.inação.<br />
Será que nem esta lição<br />
da coragem de uma Nação<br />
em reverter todo seu des-.<br />
tino vai acordar o povo brasileiro?<br />
Por: ESTER A.V. PERFEITO<br />
O bem mais precioso,<br />
a água, quando excessivo,<br />
prejudica. Faz mal não só<br />
para a saúde, mas também<br />
para a economia. Foi nestes<br />
dias chuvosos que,<br />
protegidos por guarda-chuvas,<br />
os contribuintes fizeram<br />
fila na Boca Maldita<br />
em Curitiga para trocar<br />
notas fiscais por cupons,<br />
dentro de campanha promovida<br />
pela Secretaria de<br />
Finanças para aumentar a<br />
arrecadação. O povo respondeu<br />
à convocação, exigindo<br />
a nota fiscal, mas a<br />
chuva atrapalhou tudo, e se<br />
não fez cair a arrecadação,<br />
criou um buraco sem fundo<br />
para as aplicações. Para<br />
recompor as rodovias, pontes,<br />
atender aos desabrigados<br />
em todo o estado, será<br />
necessário que a população<br />
continue firme, exigindo a<br />
nota fiscal, comprovante<br />
de que o tributo foi recolhido.<br />
(Foto: Edson Carlos<br />
,da Silva).<br />
bservando que a-<br />
queles colegas que<br />
possuíam maior facilidade<br />
de expressão<br />
verbal eram os<br />
que atingiam mais rapidamente<br />
postos elevados, Philip<br />
Broughton, funcionário<br />
norte-americano, resolveu<br />
fazer um estudo a respeito.<br />
Não custou a descobrir<br />
que uma grande asneira dita<br />
em palavras bonitas, raramente<br />
é retrucada. Partiu<br />
O — PROGRAMAÇÃO<br />
1 — ESTRATÉGIA<br />
2 — MOBILIDADE<br />
3 — PLANIFICAÇÃO<br />
4 — DINÂMICA<br />
5 — FLEXIBILIDADE<br />
6 — IMPLEMENTAÇÃO<br />
7 — INSTRUMENTAÇÃO<br />
— R ETROA ÇA0<br />
9 — PROJEÇÃO<br />
Transcrito da Gazeta do Povo<br />
Chuva e tributação<br />
Fale bonito<br />
e não diga nada<br />
então para a criação de uma<br />
tabela, de uso simples, de<br />
onde qualquer um pode<br />
compor frases como esta:<br />
"A CAUSA DO PROBLE-<br />
MA ESTA NA RETROA-<br />
CÃO TRANSICIONAL<br />
ESTABILIZADA"..., que<br />
impressiona muito bem e<br />
que nunca é contraditada<br />
por não ter qualquer significado.<br />
Veja a tabela.<br />
O uso bastante simples.<br />
O — FUNCIONAL<br />
1 — OPERACIONAL<br />
2 — DIMENSIONA L<br />
3 — TRANSICIONAL<br />
4 — ESTRUTURAL<br />
5 — GLOBAL<br />
6 — DIRECIONA L<br />
7 — OPCIONAL<br />
— CENTRAL<br />
— LOGÍSTICA<br />
Colaboração:<br />
Sueli R. Araújo<br />
Pense numa centena qualquer:<br />
386 por exemplo,<br />
procure os números na<br />
tabela e. terá como resultado<br />
a pomposa frase:<br />
"PLANIFICAÇAO CEN-<br />
TRAL COORDENADA"...<br />
Com o tempo, você<br />
estará tão habilitado, que<br />
poderá dispensar a tabelinha<br />
e seu conceito com os<br />
amigos e companheiros de<br />
trabalho subirá bastante.<br />
O — SISTEMATICA<br />
1 — INTEGRADA<br />
2 — EQUILIBRADA<br />
3— TOTALIZADA<br />
4 — INSUM IDA<br />
5 — BALANCEADA<br />
6 — COORDENADA<br />
7 — COMBINADA<br />
8 — ESTABILIZADA<br />
9 — PARALELA<br />
P owiet. IP IP MC: L1 rio R ir. .
PAGINA 40<br />
NOTIF ISCO<br />
JANEIRO/90<br />
Direito do trabalho<br />
João R. Fassbender Teixeira<br />
STJ decide: Justiça comum para estatutários<br />
ASSOCIAÇÃO PARANAENSE<br />
DE AVICULTURA<br />
Rua Mal. Deudnro, 252 - 6.o And.<br />
Conj. 601 - Ed. Nossobanco<br />
130020 CURITIF3A -- PR<br />
MANOEL ANTO-<br />
NIO TEIXEIRA FI-<br />
LHO ( - honrado Teixeira,<br />
não meu parente),<br />
juslaboralista de<br />
escol - respeitado em<br />
todo Brasil, dono de livros<br />
notáveis que<br />
orientam o Processo<br />
do Trabalho nesta<br />
América Latina; também<br />
juiz presidente de<br />
Junta de Conciliação e<br />
Julgamento em Curitiba;<br />
conferencista de<br />
fôlego (dono de admiráveis<br />
platéias); professor<br />
universitário - enfim<br />
"produto de exportação"<br />
do nosso Paraná,<br />
tem sido mentor<br />
e partícipe de coisas e<br />
fatos notáveis. Por<br />
exemplo: outro dia<br />
juiz de Direito de Vara<br />
de Fazenda Pública<br />
Estadual deu-se por incompetente<br />
em razão<br />
da matéria em ação declaratória<br />
de nulidade<br />
de ato jurídico, cumulada<br />
com reintegração<br />
ao serviço público e<br />
indenização proposta<br />
por ex-meganha da Polícia<br />
Militar do Estado.<br />
É interessante. que o<br />
Estado do Paraná (o<br />
réu), contestou a ação<br />
sem obstar a competência<br />
do juiz da Fazenda<br />
(e nem o faria<br />
pois os procuradores<br />
do estado são, atualmente,<br />
muito bem preparados...).<br />
Em função<br />
de tudo isto, o autuado<br />
foi enviado para<br />
a Justiça do Trabalho,<br />
cabendo por distribuição<br />
à Sétima Junta de<br />
Conciliação e Julgamento<br />
de Curitiba, de<br />
justo (e por sorte!...)<br />
onde o professor Manoel<br />
Antonio Teixeira<br />
Filho é titular. E este<br />
magistrado suscitou,<br />
com invulgar brilhantismo,<br />
"conflito negativo<br />
de jurisdição".<br />
Suas razões foram tão<br />
rotáveis quão antológicas:<br />
simplesmente o<br />
bom juiz estadual "entendeu"<br />
que todo e<br />
qualquer conflito gerado<br />
entre quem trabalha<br />
e paga trabalho é<br />
da competência da justiça<br />
do trabalho... Misturando<br />
bolas. Enrolando<br />
estatutários com<br />
celetistas; prestadores<br />
de serviços com autônomos.<br />
Livres atiradores<br />
com empregados<br />
regidos pela Consolidação<br />
das Leis do Trabalho.<br />
O Egrégio Superior<br />
Tribunal de Justiça,<br />
no Conflito de<br />
Competência n9 434<br />
do Paraná, decidiu:<br />
"Ementa - Competência<br />
- Estatutário: O<br />
vínculo entre o servidor<br />
estatutário e a entidade<br />
de direito público<br />
é diverso da relação<br />
empregado e empregador,<br />
inerente ao<br />
contrato de trabalho.<br />
A Justiça do Trabalho<br />
é competente para<br />
decidir as questões<br />
decorrentes das relações<br />
celetistas dos empregados<br />
da União, Estados<br />
ou Municípios.<br />
Conflito acolhido para<br />
declarar competente o<br />
juízo de Direito da<br />
Primeira Vara da Fazenda<br />
Pública de Curitiba,<br />
Paraná".<br />
Nas razões levantadas<br />
Manoel Teixeira<br />
havia dito com toda<br />
propriedade: "A prevalecer<br />
a opinião dos que<br />
— seduzidos pela "Fada<br />
Morgana" — entendem<br />
ser a Justiça do<br />
Trabalho competente<br />
para apreciar e<br />
solver conflitos intersubjetivos<br />
de interesses,<br />
onde figurem, como<br />
parte, "funcionário<br />
público", estaríamos a<br />
presenciar não apenas<br />
a subversão da nítida<br />
literalidade do<br />
texto constitucional,<br />
interpretado como um<br />
assombroso desrespeito<br />
às origens históricas<br />
da legislação material e<br />
processual-trabalhista e<br />
do próprio seguimento<br />
do Poder Judiciário,<br />
que a aplica. A Justiça<br />
do Trabalho, mal<br />
ferindo, por essa forma,<br />
a sua genese institucional,<br />
seria forcejada<br />
a julgar lides onde<br />
o réu não se trataria de<br />
"empregador" e — o<br />
que é pior — a aplicar<br />
em larga medida o "Direito<br />
Administrativo",<br />
sem que os seus membros<br />
se encontrem vocacionados<br />
a isto. Em<br />
suma: os que, deixando-se<br />
influenciar pelo<br />
vocábulo trabalhador,<br />
estampado no artigo<br />
114 da Constituição vigente,<br />
concluem pela<br />
competência da Justiça<br />
do Trabalho para<br />
dirimir controvérsias<br />
enredando "funcionários<br />
públicos" cometem<br />
o grave deslize<br />
hermenêutico de não<br />
atenderem à<br />
circunstância de que,<br />
neste mesmo texto<br />
supremo, o constituinte<br />
fez inscrever o vocábulo<br />
empregadores<br />
precisamente para pôr<br />
em evidência o fato de<br />
que o litígio, via de regra,<br />
deve provir de<br />
uma relação jurídica<br />
material de natureza<br />
"trabalhista". É indispensável,<br />
conseguintemente,<br />
que os entes de<br />
direito público externo<br />
e da administração pública<br />
direta e indireta<br />
dos municípios, do<br />
Distrito Federal, dos<br />
estados membros e da<br />
União sejam empregadores,<br />
para que o trabalhador<br />
possa deduzir,<br />
em relação a eles,<br />
REFERÊNCIA: Diferimento do ICMS sobre<br />
APAVI. AGRADECE AO GOVERNO DO PARANÁ<br />
Fertilizante Orgânico.<br />
A APAVI — Associação Paranaense de Avicultura, agradece penhoradamente ao Governador<br />
ÁLVARO DIAS; Secretário da Fazenda LUIZ CARLOS .HAULY e ao Secretário da Agricultura e<br />
do Abastecimento OSMAR FERNANDES DIAS, pelo diferimento do ICMS sobre os Fertilizantes Orgânicos<br />
dentro do Estado, atendendo plena e prontamente a reivindicação da APAVI, formulada em expediente<br />
oficial já em fins de julho do corrente ano junto a SEFA.<br />
Assim. de acôrdo com o Decreto n: 5634, publicado no DOE do dia 30/08/89, as atividades<br />
pecuárias, da qual a avicultura é parte integrante, deixa de pagar o ICMS sobre os fertilizantes<br />
avícolas produzidos, dentro do Estado do Paraná, a partir do dia 1.'709/89.<br />
Nesta oportunidade, externamos nossos sinceros agradecimentos aos Senhores Dr. AGMAR<br />
ARANTES. Inspetor <strong>Geral</strong> da IGT: Dr. CLOVIS ROGGE, Diretor da C E. ex - ivos a toda equipe técnica<br />
da SEFA e da SEAB.<br />
Com respeito, admiração e esti<br />
Ate losamt_e__,,,<br />
LAÉRCIO FAUS1INO CARDOSO<br />
p rpsd APAVI<br />
pretensões na esfera da<br />
Justiça do Trabalho.<br />
Nunca é demais realçar<br />
que o regime instituido<br />
pela CLT é<br />
contratual, ao passo<br />
que o subordinante<br />
dos funcionários públicos<br />
é de caráter essencialmente<br />
institucional.<br />
Para as lides derivantes<br />
do primeiro,<br />
criou-se a Justiça do<br />
Trabalho; as oriundas<br />
do segundo, seguem<br />
sendo da competência<br />
da Justiça Comum,<br />
estadual ou federal.<br />
Neste ponto a nova<br />
Constituição brasileira<br />
em nada inovou; a inovação<br />
que se imagina<br />
existir é filha de uma<br />
opinião concebida ao<br />
arrepio do texto em<br />
que se inspira".<br />
Tanto trabalho,<br />
tanto trabalho, para esconder<br />
na verdade nua<br />
e crua, a falta de vontade<br />
de pensar, por<br />
parte de juiz de Justiça<br />
comum. Sem levar<br />
em conta a simploriedade<br />
da parte ser estatutária.<br />
E ademais,<br />
ainda por cima, "Militar...".<br />
Valeu o tema<br />
para, vez mais e nacionalmente,<br />
emergir o<br />
brilho e talento de um<br />
magistrado trabalhista,<br />
de resto já consagrado<br />
também nacionalmente<br />
por outras (mu itas e<br />
grandes) obras. Pena<br />
que a pobre parte, expulsa<br />
da Polícia Militar,<br />
passando fome certamente,<br />
agora vá retornar<br />
a ver andamento<br />
em seu processo: enquanto<br />
isto seus filhos<br />
passaram fome; ficou<br />
sem trabalho; e mais o<br />
que se segue — se é que<br />
não já está, agora, em<br />
penitenciária cumprindo<br />
pena — para cujo<br />
crime a Justiça Estadual<br />
foi, de fato e de<br />
direito, inteiramente<br />
competente.<br />
De qualquer sorte,<br />
chorar sobre o leite<br />
derramado não adianta.<br />
Advogados militantes<br />
devem anotar o número<br />
do processo e do<br />
acórdão. É Jurisprudência<br />
pioneira no<br />
país. E é tanta a burrice<br />
que grassa nesta Nação<br />
que, não duvidamos,<br />
muitos colegas (e<br />
nós mesmos) tenhamos<br />
de usar o precedente<br />
várias e várias vezes e...<br />
brevemente!<br />
Transcrito da Gazeta do Povo.
JANEIRO/9Q NOT I F ISCO PÁG INA 41<br />
Festa de confraternização<br />
de final de ano da 14.a DRR<br />
c<br />
ontando com<br />
as presenças do<br />
nosso Diretor,<br />
Clóvis Rogge e<br />
de sua esposa, Maria José,<br />
realizou-se com pleno<br />
êxito a Festa de Final de<br />
Ano da 14P DRR, no último<br />
dia 08 de dezembro,<br />
no Clube Pinheiros, em<br />
Pato Branco, que reuniu<br />
em confraternização<br />
aproximadamente trezentas<br />
pessoas, entre funcionários,<br />
convidados especiais<br />
e seus familiares.<br />
Abrilhantando a festa<br />
compareceram de outras<br />
Regionais, juntamente<br />
com suas famílias, o<br />
Delegado da 13P DRR,<br />
Antonio Renê Cvstanheira,<br />
o Assessor da 1P<br />
DRR, João Manoel Delgado<br />
Lucena, e da IGF,<br />
Roberto Pizzato.<br />
Após "scoths" e apetecível<br />
"buffet", iniciaram-se<br />
as homenagens<br />
com a Mensagem de Final<br />
de Ano do Delegado<br />
Saudino, o qual rememorou<br />
o trabalho realizado<br />
em 1989 e conclamou<br />
à luta que será<br />
1990, enaltecendo ainda<br />
o perfeito entrosamento<br />
existente entre os contribuintes<br />
e o fisco sudoestino.<br />
A seguir, foram homenageados<br />
os convidados<br />
especiais, aos quais<br />
foram entregues singelas<br />
lembranças, bem como os<br />
funcionários aposentados<br />
no ano, Oscar Ferreira<br />
Bueno, Deonísio Sedor e<br />
Amneris Prolo Tomazoni,<br />
os quais receberam Diploma<br />
em reconhecimento<br />
pelos serviços prestados.<br />
Na sequência, houve<br />
a premiação do Funcionário<br />
do Ano, cuja escolha<br />
por sorteio, entre<br />
os que mais se destacaram,<br />
coube ao colega Rosenery<br />
Toledo Cavalheiro,<br />
Chefe da A.R. de Marmeleiro,<br />
o qual recebeu<br />
como prêmio uma viagem<br />
de quatro dias a Foz do<br />
Iguaçu, com acompanhante,<br />
numa cortesia da<br />
empresa "Cattani S.A.<br />
Transportes e Turismo".<br />
Discursou então o Sr.<br />
Clóvis Padoan, Prefeito<br />
de Pato Branco, em reconhecimento<br />
ao trabalho<br />
desenvolvido pela receita<br />
estadual no Sudoeste do<br />
Paraná.<br />
Por fim, proferiu a<br />
sua Mensagem de Final<br />
de Ano, o nosso Diretor<br />
Clóvis Rogge, salientando<br />
a união de todos em prol<br />
da causa pública e a esperança<br />
de melhores dias,<br />
agradecendo pelo grande<br />
empenho e dedicação demonstrados<br />
no trabalho<br />
realizado em 1989.<br />
Logo após, prosseguiu-se<br />
a confraternização<br />
com Baile animado<br />
pelo "Special Show", durante<br />
o qual houve uma<br />
apresentação especial do<br />
nosso colega Ivam Carlos,<br />
Chefe da A.R. de Capanema,<br />
oportunidade<br />
em que escolheu-se o casal<br />
"pé-de-valsa", Jovino<br />
Moser e sua esposa, sorteando-se<br />
ainda brindes<br />
aos presentes.<br />
"Uma festa irretocável",<br />
foi o comentário<br />
que se ouviu dos participantes,<br />
o que veio a<br />
coroar de pleno êxito o<br />
trabalho encabeçado pelo<br />
Delegado Saudino há<br />
praticamente um ano.<br />
Ao Saudino e sua<br />
equipe, nossos sinceros<br />
"O andarilho"<br />
le andava sem rumo, não levava<br />
nada em suas mãos; um jeans<br />
surrado e camiseta, no bolso<br />
girassol em grãos; sua única<br />
bagagem era a sabedoria da<br />
vida, que apesar de pouca, não<br />
foi esquecida.<br />
Ele nunca teve ideal, somente<br />
procurou um lugar onde viver<br />
tranquilo e uma nova vida<br />
começar. Suas pernas<br />
musculosas, cediam ao cansaço<br />
a toda a hora. Ele parava e<br />
descansava...<br />
Refeito levantava e ia embora. Os dias<br />
passavam, ele procurava seu mundo,<br />
encontrava vários lugares, não parava um<br />
segundo.<br />
As pessoas tinham medo. Medo de um homem<br />
sem caminho.<br />
Ele nada queria além de um pouco de carinho.<br />
Um dia a fraqueza venceu o andarilho.<br />
Mas a alegria o contagiou. Ele morreu<br />
procurando o novo mundo.<br />
E em outra vida o encontrou.<br />
Não precisava mais andar, bastava esticar sua<br />
mão, para tocar em gente de bem.<br />
Para sentir um novo coração.<br />
"Autor desconhecido"<br />
Colaboração:Sueli R. Araújo<br />
parabéns.<br />
.3;;;L•••••••««1 n11.~émeor ^-••••••nn•,Z.-
PAGINA 42<br />
NOTIFISCO<br />
JANEIRO/90<br />
ÁLCOOL<br />
Beber ou<br />
não beber?<br />
Mistério do<br />
:sofrimento no mundo<br />
Um adeus a<br />
ZUANAllJ<br />
Dentro do grande mistério que é o sofrimento, há um<br />
pequenino mistério, maior, mais profundo, mais mistério.<br />
É o sofrimento do inocente. De quem não tem culpa,<br />
pequeno ou grande, pequena ou grande.<br />
Quando jovem estudante se<br />
eu soubesse que o alcoolismo é<br />
uma doença que pode atacar qualquer<br />
pessoa, independente de raça,<br />
sexo, religião ou posição social,<br />
eu jamais teria ingerido bebidas<br />
alcoólicas<br />
Creio que pela ética, pois<br />
não temos mais censura, somente<br />
eu tenho o direito e o dever de falar<br />
um pouco sabre esta terrível<br />
doença – o alcoolismo – da<br />
qual eu fui uma das tantas vítimas<br />
de nossos dias Prejuízos financeiros,<br />
morais, físicos e, por<br />
que não dizer, espirituais.<br />
Essa mulher que está ao meu<br />
lado, digo essa heroína, soube,<br />
com honra e dignidade ter paciência,<br />
ser honesta, zelar por nossos<br />
oito filhos, e quem sabe, até<br />
de mim mesmo. Por tudo isso fiz<br />
questão que ela fosse fotografada<br />
ao meu lado.<br />
Em muitas das vezes fui considerado<br />
inteligente, menciono<br />
aqui uma frase Bíblica "Mas<br />
disse ao homem eis que o temor<br />
do Senhor é a sabedoria e o apartar-se<br />
do mal é a inteligência" –<br />
Jo, Cap. 28, V. 28.<br />
Não sou o que desejaria ser,<br />
mas graças à Deus já não sou o<br />
que era.<br />
Tenho angústias, tenho vergonha.de<br />
não ter podido ser uma<br />
pessoa saudável e útil aos meus semelhantes,<br />
todavia se este meu<br />
testemunho ajudar alguém, já valeu<br />
a pena ter vivido.<br />
Curitiba, 11 de novembro de<br />
1989.<br />
Benjamim de Castro<br />
R. Raimundo Bon, 125 - B. Vista.<br />
CEP 82.500 - Curitiba -PR.<br />
(Visitem-me)<br />
Noel SR. Mendes<br />
AR de Araucária<br />
Devicto justamente<br />
à sua dose de mistério,<br />
o sofrimento<br />
do inocente é assunto<br />
para o qual se procura ver<br />
as suas causas possíveis,<br />
mas não se consegu iu<br />
penetrar ainda na sua<br />
essência. Para o sofrimento<br />
consciente, merecido<br />
vemos e compreendemos<br />
suas razões, suas<br />
utilidades, seus motivos,<br />
e parece justo ao nosso<br />
sistema humano de medir<br />
e pesar as coisas. Mas<br />
para o sofrimento do inocente,<br />
procuramos ver,<br />
procuramos compreender<br />
sua razão e sua utilidade.<br />
A psicologia humana não<br />
chega a penetrar até ao<br />
fundo da dor do inocente.<br />
0 sofrimento do inocente<br />
é tão escuro que o<br />
próprio CRISTO, aquele<br />
que pagou por crimes que<br />
não cometeu, que sofreu<br />
sem ter praticado nenhum<br />
mal, que padeceu<br />
sendo puro, humilde e<br />
bom, que sofreu inocente<br />
portanto — o próprio<br />
CRISTO, desprovido<br />
de sua divindade no Horto<br />
do Sofrimento, nãocompreendeu<br />
a razão de<br />
tanta dor para ele, "cordeiro<br />
alvo, sem mancha".<br />
Tanto que no auge da<br />
dor, perguntou, quase<br />
duvidando, porque o PAI<br />
O abandonara, e pediu<br />
ajoelhado diante da<br />
mesma dor: "MEU PAI,<br />
SE POSSÍVEL, AFAS-<br />
TA DE MIM ESTE CÁ-<br />
LICE."<br />
Mas essa impotência<br />
foi momentânea, foi curta.<br />
Depois veio a força de<br />
DEUS, vestida de anjo,<br />
depois veio a graça de<br />
DEUS, o auxílio de<br />
DEUS, e o CRISTO —<br />
mesmo como homem e<br />
como inocente — encontrou<br />
razão no sofrimento.<br />
Mais do que isso, encontrou<br />
beneficio. E disse ao<br />
PA I: "F IAT! "<br />
E por causa desse<br />
"fiat" maravilhoso, um<br />
fio de suor vermelho<br />
escorreu depois, pela terra,<br />
Calvário abaixo, lavando<br />
os homens através<br />
dos séculos e formando<br />
um rio — o Rio da Graça<br />
— cuja nascente é na cruz<br />
e vai desembocar no Céu.<br />
Mas não é só dizer o<br />
"fiat" da compreensão, o<br />
"fiat" do consentimento<br />
do amor infinito. Jesus<br />
Cristo precisava dizer<br />
com atos e disse, ensinar<br />
com a ação e ensinou que<br />
a dor valoriza, que o<br />
sofrimento torna forte o<br />
homem; que a cruz é<br />
pesada de carregar, que o<br />
homem cai muitas vezes,<br />
mas que encontra pela<br />
sua via Crucis um Cirineu<br />
e uma Verônica; que o<br />
homem pregado na Cruz<br />
fica bem no cume do<br />
Calvário, acima de todos<br />
os homens, olhando do<br />
alto os companheiros<br />
abaixo. Jesus Cristo quis<br />
dizer aos homens que o<br />
homem pregado na Cruz<br />
não permanece eternamente<br />
pregado nela; que<br />
por mais culpado que<br />
seja pode entrar no reino<br />
de Deus ou o reino de<br />
Deus pode entrar nele, se<br />
souber encarar a cruz<br />
como o bom ladrão encarou.<br />
Jesus Cristo quis<br />
sobretudo provar aos<br />
homens que o homem<br />
que aparentemente morre<br />
crucificado aos olhos de<br />
outros homens, na verdade<br />
não morre, mas ressuscita<br />
ainda para este mundo<br />
que o viu morrer.<br />
Portanto a cruz, o<br />
sofrimento, o calvário<br />
deixa-nos aparentemente<br />
mortos durante uns<br />
dias (três, trinta ou trezentos),<br />
mas depois vem<br />
a ressurreição, vem o<br />
triunfo, vem a vida em<br />
plenitude. Isso não é um<br />
símbolo. Em absoluto.<br />
a pura realidade.<br />
Ainda mesmo assim o<br />
mistério permanece. Só o<br />
amor impede a revolta.<br />
Lição de vida<br />
Dinarte Ferreira de Almeida<br />
Eu ainda lembro, ah . . . como lembro . . . entardecia, a tarde recebia os últimos raios<br />
do sol, do qual banhava o todo, daquela vastidão verde, tornando-a verd'ourada.<br />
Como tal fosse um leão ferido, o entardecer exalava seus suspiros<br />
emanando uma melancolia.<br />
Ambientava a campina esverdeante um triste morrer do dia, vi aquele vulto alto ereto,<br />
parecia-lhe o garbo, mas maltrapilho, mirava os confins do horizonte.<br />
Atento aquela figura, era vista lançar seu olhar à maior longitude possível,<br />
não sei o que buscava.<br />
Apesar de uma certa distância, vi que as lágrimas desciam daquele rosto surrado pelas rugas<br />
do tempo, brilhavam como exaltassem pétalas de diamantes.<br />
Sobressaltei-me ao vê-lo num repente a sua incontida emoção,<br />
ajoelhado, chorando convulsivamente, repetia:<br />
— Obrigado meu Deus, meu Senhor! — Agradeço em nome da minha saúde,<br />
das amizades que tenho e por mais este dia que vós proporcionastes<br />
a mim o dom da tua vida.<br />
Enlevado na emoção daquele quadro, onde havia a mostra da beleza e pureza d'alma,<br />
não vi a chegada do anoitecer.<br />
21 de outubro<br />
um trágico acidente<br />
levou deste mundo<br />
Antonio Zuanazzi<br />
Sobrinho.<br />
Atualmente<br />
desempenhava suas<br />
funções como chefe da<br />
A. R. de Matelândia,<br />
meio que deixou<br />
muita saudade.<br />
Colega no trabalho,<br />
Companheiro nos<br />
momentos difíceis,<br />
Amigo em todas as<br />
ocasiões.<br />
Obrigado<br />
pelo que você foi,<br />
Obrigado<br />
pelas lições de vida.<br />
Colega<br />
O material fotográfico<br />
enriquece o seu artigo.<br />
Sempre que possível,<br />
as fotos deverão ser em<br />
preto e branco.<br />
As fotos coloridas<br />
perdem a qualidade,<br />
quando da sua<br />
publicação.<br />
Sejam elas em preto e<br />
branco ou coloridas,<br />
devem estar bem claras.<br />
Fotos escuras não se<br />
prestam para publicação.
JANEIRO/90 NOTIF ISCO PAGINA 43<br />
Mensagem aos adepistas<br />
da CRE<br />
Os cavernícolas<br />
Caríssimos,<br />
zoologicamente, o<br />
homem pertence à<br />
classe Mamalia e à ordem<br />
dos Primatas, o<br />
que ele divide com os<br />
orangotangos, macacos<br />
e lumeróides. É.<br />
nessa ordem que o homem<br />
e seus ancestrais<br />
imediatos são agrupados<br />
na família Hominidae.<br />
A história da nossa<br />
evolução é mu ito vaga.<br />
Segundo os estudiosos,<br />
os hominiclios<br />
humanos começaram a<br />
surgir na Era Pleistocena<br />
(entre 1.000.000 a<br />
10.000 anos atrás). O<br />
intervalo é tão largo<br />
que me faz pensar que<br />
os acomodados de hoje<br />
trazem embutidos<br />
em seus cérebros a reminiscência<br />
dessa imprecisão<br />
em suas evoluções.<br />
Há alguns anos, visitando<br />
um museu, eu<br />
quis pegar e sentir o<br />
peso da clava que se dizia<br />
ser uma cópia das<br />
que os cavernícolas<br />
usavam. O senhor que<br />
nos acompanhava explicou-me<br />
que embora<br />
as clavas antigas fossem<br />
muito fortes, ninguém<br />
hoje saberia fazer<br />
algo semelhante em<br />
qualidade e utilidade.<br />
Quando lemos nas descrições<br />
palco nto lógicas<br />
que os cavernícolas<br />
usavam a clava com incrível<br />
maestria para<br />
muitas ativ idades,<br />
imaginamos que o criador<br />
de tal instrumento<br />
foi um gênio entre<br />
eles. Naturalmente,<br />
isso nos sugere que é<br />
possível haver gênios<br />
em todos os níveis de.<br />
desenvolvimento mental.<br />
Em qualquer geração,<br />
há some nte umas<br />
poucas pessoas que<br />
possuem mentes, habilidades<br />
e imaginação<br />
para devisar o que chamamos<br />
de "avanços".<br />
Todavia, há os avanços<br />
para a humanidade e<br />
os avancos p ara a localidade.<br />
O primeiro tipo<br />
de avanço é, sem dúvida,<br />
importante, mas difuso,<br />
atemporal e ubíquo.<br />
Parece servir a todos<br />
e ao mesmo tempo<br />
a ninguém. Acima de<br />
tudo, não responde a<br />
uma necessidade de alguém<br />
ou de um grupo<br />
em particular. E algo<br />
que poderíamos chamar<br />
de desnecessário<br />
em seu sentido próprio.<br />
O segundo sim —<br />
o avanço local — res-,<br />
ponde a uma necessidade<br />
temporal, definida<br />
e de um grupo ou<br />
comunidade especial.<br />
É útil e contemporâneo<br />
com outras necessidades<br />
— o que o torna<br />
muito mais importante.<br />
No mundo cosmopolita<br />
— ou em avanços<br />
para a humanidade<br />
— nenhum de nós entre<br />
milhões faz qualquer<br />
diferença, no sentido<br />
mais básico. No<br />
mundo localista — no<br />
espaço onde vivemos e<br />
trabalhamos — os nossos<br />
esforços levam a<br />
avanços e estes fazem<br />
uma diferença. Em cada<br />
comunidade ou organização<br />
há uma pequena<br />
piscina genética<br />
de gênios, que não são<br />
generais, estadistas ou<br />
preclaros economistas.<br />
Estes simplesmente<br />
utilizam (ou corrompem)<br />
os produtos dessas<br />
mentes raras para<br />
suas próprias finalidades.<br />
Não fossem eles,<br />
„operando da mesma<br />
forma como os cavernícolas,<br />
não fossem pelos<br />
seus feitos silenciosos<br />
— a nível localista<br />
— não teríamos as inestimáveis<br />
contribuições<br />
que fazem acontecer as<br />
mudanças necessárias.<br />
Suas visões, persistência<br />
e paciência penetram<br />
lentamente as<br />
mentes dos potenciais<br />
gênios localistas, cujas<br />
ações hasteiam futuros<br />
desenvolvimentos.<br />
Não podemos dizer<br />
.que hoje produzimos<br />
mais gênios que os<br />
cavernícolas, assim como<br />
não podemos asseverar<br />
que os prêmios-<br />
' nobéis melhoram mais<br />
o mundo que um funcionário<br />
criativo e dedicado<br />
melhora uma<br />
organização. O gênio<br />
mais útil ao mundo é<br />
aquele que desenvolve<br />
a clava, que torna o<br />
trabalho mais fácil e a<br />
vida mais feliz na caverna<br />
contemporânea.<br />
Cord ia Ime nte,<br />
Alexandre do Esp fr ito<br />
Santo.<br />
1<br />
uma<br />
1<br />
1<br />
Com área construída de 11.631<br />
metros quadrados em terreno de mais<br />
de 143.000 metros quadrados, localizada<br />
na Cidade Industrial de Pato<br />
Branco, está a Indústria de FOGÕES<br />
PETRYCOSKI, hoje a maior indústria<br />
de fogões à lenha do Paraná e<br />
das maiores do Brasil.<br />
Fundada em 1949, pelo sr.<br />
Theophilo Petrycoski, a empresa chega<br />
aos 40 anos de existência, hoje sob<br />
o comando de seu filho Cláudio Petrycoski,<br />
à frente de mais de 400<br />
funcionários.<br />
Detentora absoluta do knowhow<br />
da fabricação de fogões à lenha<br />
dentro do seu plano de expansão de<br />
seu parque industrial, comprou e<br />
incorporou a seu patrimônio em junho<br />
de 1988, o ferramental, maquinados<br />
e direito de fabricação da<br />
tradicional marca Walter.<br />
Também foi adquirido do grupo<br />
k<br />
industrial Mueller Irmãos S.A., o fernologia<br />
de fabricação de fogões a gás,<br />
ramental e marca Marumby. Estas<br />
aquisições trouxeram o início da tec-<br />
que viria a ser desenvolvida eficientemente<br />
nos meses seguintes, resultando<br />
no lançamento em outubro do<br />
mesmo ano dos modelos, já aprimorados,<br />
Realce, Piá c Piazito, no mercado<br />
nacional. Não satisfeita com o<br />
simples domínio da tecnologia necesmentos<br />
modernos e pessoal especiasária,<br />
a empresa decidiu, mesmo em k<br />
tempos difíceis, investir em equipalizado,<br />
com o objetivo de desenvolavançado,<br />
que acompanhasse as ten-<br />
ver o projeto de um fogão de design<br />
dências atuais de mercado.<br />
Este projeto culminou com o<br />
lançamento do modelo CRYSTAL,<br />
que em breve estará nas principais<br />
lojas do País.<br />
1111n
PÁGINA 44 NOT IF ISCO JANEIRO/90<br />
Coluna Livre<br />
Aquecendo as turbinas<br />
Adailton Barros Bittencourt, agente fiscal aposentado do Paraná,<br />
atualmente secretário da Fazenda em Rondônia, prepara-se para<br />
entrar na vida política.<br />
Segundo as notícias que chegam de lá, o "IBOPE" do nosso colega<br />
é invejável.<br />
Ao centro, Adailton, quando de sua visita à redação do Notifisco.<br />
N.° 3.148<br />
Ajusta homenagem<br />
Reconhecendo os relevantes serviços prestados ao Paraná<br />
por Ivo Feiten, ex-agente fiscal,<br />
o governador Alvaro Dias atribuiu à PR-562<br />
o nome do nosso colega.<br />
CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 23 DE<br />
Competência<br />
e<br />
Experiência<br />
Marcante a participação de<br />
Cleto Tamanini (foto), no<br />
62 Congresso Nacional de Fiscais<br />
de Tributos Estaduais<br />
(CONAF ITE).<br />
Com sua vasta vivência em eventos<br />
desta natureza, Cleto foi um dos<br />
esteios para o sucesso do Congresso,<br />
tenso sido brilhante nos momentos<br />
em que lhe coube a direção<br />
da Mesa.<br />
Eficiência Fiscal<br />
Há por aí dois cidadãos que ganham<br />
a vida fotografando crianças,<br />
montadas num "jegue" caprichosamente<br />
ornamentado, juntando assim<br />
o útil ao agradável, defendendo<br />
o seu ganhapão e levando alegria à<br />
criançada. Certamente muita gente<br />
já os viu.<br />
Ocorre que eles viajam de uma<br />
cidade para outra levando o seu<br />
atrativo. Para isso utilizam-se de<br />
uma velha Kombi, onde o jegue, de<br />
tão pequeno quase não é notado.<br />
Recentemente o inusitado aconteceu.<br />
Aventuraram-se a vender o<br />
seu peixe na região de Guarapuava.<br />
O que eles não contavam era topar<br />
com uma volante fiscal e ainda<br />
mais, serem abordados pelo fiscal<br />
mais temido das estradas, "o terror<br />
dos caminhoneiros".<br />
Pois, de nada adiantaram as<br />
explicações dos dois fotógrafos, o<br />
nosso zeloso fiscal não deixou por<br />
menos: — Tem nota fiscal? — Infelizmente<br />
não seu dotô. — Então estão<br />
mu ItackA<br />
Examinou a pauta e atribuiu<br />
um valor ao jegue, deu um desconto<br />
por ser usado e lascou a multa e o<br />
ICMS.<br />
E não deixou a obra inacabada,<br />
exigiu o pagamento no ato, ou, caso<br />
contrário continuariam a viagem<br />
sem o jegue.<br />
(um funcionário da 5? DRR)<br />
de 1989.<br />
HEtPi1 GEORG HERWIU<br />
Secretário de E »ledo doo TY*8016maeted!.<br />
n.° 9133<br />
Data 22 de novembro de 19 89<br />
Súmula: Denomina "PREFEITO IVO FEITEN",<br />
a PR-562 ligando os municípios de<br />
Sio Joio e Coronel Vivida.<br />
2egidlativa do &fado do 'Parand<br />
decretou e eu sanciono a seguinte lei:<br />
Art. I?. Fica denominada "PREFEITO IVO FEITEN". e<br />
PR-562 ligando os municípios de Sio João e Coronel Vivida, passan<br />
do pela localidade de Vista Alegre.<br />
Art. 29. Esta Lel entrare -m vigor nil'ests de sua<br />
publicação, revogadas as disposições em contrário.<br />
PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 22 de novveribro<br />
ÁLVARO DIAS<br />
Governador do Estado edo<br />
Férias em dobro<br />
Em busca de melhores informações, consultamos<br />
a Dra. Sueli R. Araújo, assistente jurídica da CRE,<br />
a qual nos informou que, segundo o artigo 37 das<br />
Disposições Transitórias da Constituição do Estado, promulgada em<br />
05.10.89, os servidores públicos que não gozaram férias<br />
referentes aos exercícios anteriores a 1989, inclusive,<br />
e nem por eles receberam qualquer compensação pecuniária<br />
poderão transformar o período correspondente em tempo de serviço<br />
em dobro.<br />
Por outro lado, a partir de 1990, as férias não gozadas,<br />
já não poderão mais ser contadas, segundo gizado no inciso X,<br />
do artigo 34 da Constituição supra.
JANEIRO/90 NOTIF ISCO PAGINA 45<br />
Coluna Livre<br />
O clamor das viúvas<br />
Esposas de ex-colegas nossos, ao procurarem a Associação<br />
em busca de assistência jurídica, no que concerne à atualização de<br />
suas pensões, estão sendo "convidadas" a pagar honorários<br />
Projeto Mutirão em Umuarama<br />
Realizou-se na 1 1 a. DRR mais um Projeto Mutirão de Cobrança da Dívida<br />
Ativa. O pessoal da IGA continua firme em seu propósito de fazer com que o<br />
Estado receba aquilo que lhe é devido.<br />
Na foto, vemos: Yeda, I Ida, Benedito, Peixoto, Carmem, Robinson e Cleonice.<br />
Um pouco de<br />
Marchanjo Bianchini<br />
equivalentes a 20 por cento da causa.<br />
Sabedores que somos que a assistência jurídica prestada pela Aí = F EP<br />
é gratuita, indagamo-nos: — O que está acontecendo?...<br />
Com a palavra a presidência da AF F EP.<br />
MARCHANJO BIANCHIN I,<br />
que deu seu nome a um dos mais<br />
importantes Postos Fiscais de nosso<br />
Estado, além de ter sido funcionário<br />
fiscal e Diretor do antigo<br />
Departamento da Fiscalização de<br />
Rendas, (antigamente Fiscalização<br />
e Arrecadação eram separadas) foi<br />
também Tenente da Guarda Nacional<br />
e Jornalista. Nessa última<br />
profissão, recebeu em sua carteira<br />
de trabalho um elogio, fato raríssimo.<br />
As folhas 31 de sua carteira<br />
diz: "Em 1° de março de 1948,<br />
recebeu, de acordo com a legislação<br />
social, o aviso prévio, em virtude<br />
do encerramento das atividades<br />
da empresa (Diário do Paraná<br />
Ltda.) e a 30 deste mês, foi<br />
desligado desta, tendo prestado<br />
bons serviços; tendo demonstrado,<br />
durante sua permanência na<br />
empresa referida, ser funcionário<br />
fiel, cumpridor dos seus deveres,<br />
dotado de espírito dinâmico e assíduo<br />
ao trabalho o que lhe recomendam<br />
como funcionário exemplar<br />
e digno de consideração".<br />
A anotação está assinada pelo então<br />
gerente da empresa Alir Ratacheski,<br />
hoje eminente jurista de<br />
nosso Estado. Marchanjo i3ianchini<br />
aposentou-se com 52 (cinquenta<br />
e dois) anos de serviço.<br />
Debutando<br />
no mundo artístico<br />
No dia 23 de dezembro, às 16 horas, no salão paroquial da<br />
Igreja São José, Capão Raso, aconteceu a estréia de<br />
Franceline Aracely da Silva ao órgão eletrônico.<br />
Com 11 anos, a filha de nosso colega Moraes, da 16 DRR,<br />
Aracely vem despontando como grande promessa do teclado.<br />
No programa, J. Sebastian Bach, C. Gounod, 1 Straus,<br />
Francis Lai e outros.<br />
Quem sabe não esteja aí mais um "bicho do Paraná"?<br />
Rainha<br />
No dia 7 de<br />
outubro,<br />
o Clube Unido do<br />
C.S.U., de<br />
Medianeira,<br />
escolheu a jovem<br />
Cristiane<br />
Dromboski,<br />
de 15 anos,<br />
como Rainha dos<br />
Esportes e que<br />
representou o<br />
tradicional<br />
clube no final<br />
do ano passado.<br />
Cristiane é<br />
filha de nossa<br />
colega<br />
Maria do Rocio.<br />
Em nome do profissionalismo<br />
A Inspetoria <strong>Geral</strong><br />
de Tributação é<br />
reconhecida por<br />
todos como um<br />
celeiro de grandes<br />
tributaristas.<br />
Nesta edição,<br />
rendemos nossa<br />
homenagem ao<br />
colega<br />
Epaminondas,<br />
juntamente com seus<br />
pares, projetam o<br />
Paraná a nível<br />
nacional, e fazem<br />
com que tenhamos<br />
orgulho de<br />
pertencermos à<br />
Coordenação da<br />
Receita do<br />
Estado.
PAGINA 46<br />
NOTIF ISCO<br />
JANEIRO/90<br />
Coluna livre<br />
Arrecadar é preciso<br />
Novos visuais<br />
A vaidade deixou de ser uma prerrogativa das mulheres !...<br />
No fechado círculo dos delegados, cresce o número daqueles que,<br />
insatisfeitos com seus cabelos brancos, recorrem á tintura.<br />
A mais recente conquista dos "cabelos pintados"<br />
vem da região sudoeste.<br />
O sucesso é tanto, que o cientista maior na CR E, perito em<br />
relações comportamentais, também aderiu ao modismo.<br />
Do caju ao preto, escolha a sua tonalidade e entre na moda.<br />
Simpatia vem de família<br />
No intuito de incrementar a arrecadação do Estado do Paraná,<br />
o secretário da Fazenda Luiz Carlos Hauly,<br />
vem lançando mão de inúmeras Campanhas, objetivando conscientizar<br />
a população da importância do ICMS para o nosso<br />
desenvolvimento social.<br />
O "BOM DE NOTA", o "DE NOTA EM NOTA",<br />
são exemplos de criatividade e determinação de se alcançar o<br />
objetivo proposto.<br />
Na foto, Joeci Ehlke Santi Matos, coordenadora da Campanha<br />
"O BOM DE NOTA" • o secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, e<br />
Mário Grott, delegado da 1 ạ DR R, na entrega de um dos muitos prêmios<br />
da Campanha, ocorridos em Curitiba.<br />
Preocupações<br />
gastronômicas<br />
Mais de setecentas pessoas saborearam o barreado oferecido pela<br />
AFFEP durante o 6P CONAFITE.<br />
Embora tudo tenha ocorrido às mil maravilhas, momentos antes do<br />
almoço, era visível a preocupação dos "cartolas" em bem atender os<br />
visitantes.<br />
Vale-transporte<br />
EM RONDÔNIA, O GOVERNADOR<br />
Na<br />
foto,<br />
a<br />
simpática<br />
sobrinha<br />
de<br />
nossa<br />
colega<br />
Ângela,<br />
do<br />
GRHS<br />
da<br />
SEFA.<br />
J ERON IMO SANTANA INSTITUIU O VALE-TRANSPORTE<br />
AOS FUNCIONAR IOS PÚBLICOS<br />
Tetalização<br />
ESTA E A PALAVRA<br />
QUE MAIS SE OUVE DOS AGENTES FISCAIS QUE<br />
EXTRAPOLARAM O TETO SALARIAL.
JANE IRO/90<br />
NOTIF ISCO PAGINA 47<br />
Coluna livre<br />
Uma reunião<br />
bombástica<br />
A 16a e o<br />
DE NOTA EM NOTA<br />
Quando de un-19 reunião realizada no SENAC, em Curitiba, houve uma denúncia anônima<br />
da existência de bomba no prédio. A polícia chegou em seguida e o prédio foi evacuado.<br />
O pessoal da CR E não deu muita bola para a tal bomba e arrumou um tempinho para a<br />
410 foto. - Agência<br />
A campanha "DE NOTA EM NOTA"<br />
premiou, em Paranaguá, o jovem<br />
AMAR ILDO NUNES DA SILVA, que ganhou um<br />
televisor em cores.<br />
No ato de entrega que ocorreu na Sede da 16 DRR,<br />
o Delegado Regional da Receita, Gilberto Della Coletta,<br />
o Inspetor Regional de Arrecadação,<br />
Raul Mocelim Cardoso e o feliz ganhador.<br />
Cole aposentado<br />
Foi mesmo uma reunião bombástica!<br />
Você não está recebendo o<br />
nota 10<br />
NOT I F ISCO?<br />
Então ligue para a Inês (041) 223-7414<br />
e receba gratuitamente, em sua casa,<br />
todos os meses, um exemplar<br />
do seu jornal.<br />
Louvável a iniciativa<br />
da EP DRR ao criar<br />
o seu veículo de<br />
comunicação denominado<br />
"Oitavinho",<br />
o qual retrata todas as<br />
atividades desenvolvidas<br />
naquela Regional.<br />
Sob a chefia do nosso colega Artur de Próspero e a colaboração de Francisco de Assis<br />
Siqueira, a Agência de Rendas de Imbituva, jurisdicionada à DRR—Ponta Grossa,<br />
é um modelo de organização e eficiência.
PÁGINA 48 NOTIF ISCO JANEIRO/90<br />
"Pra/ que morrer em vida...<br />
se a morte é certa?"<br />
Joeci<br />
Ehlke Santi Matos<br />
"Se a chama da vela,<br />
que representa a vida,<br />
um dia ficar frouxa, trêmula,<br />
querendo apagar,<br />
bem depressa eu acendo outra...<br />
. . . Assim pensava um<br />
homem que viveu, plenamente,<br />
durante 100 anos, e<br />
que, até o último instante,<br />
lutou contra a morte, na ânsia<br />
de continuar vivendo.<br />
Pode parecer que tinha<br />
medo de morrer, como muitos<br />
de nós. Mas não ... Ele,<br />
simplesmente, amava a vida<br />
e não queria deixá-la, como<br />
quem ama sofre ao se separar<br />
do ser amado.<br />
Foi iirn ser humano como<br />
poucos . . . Aliás, jamais<br />
conheci alguém como ele!<br />
Alguém que sabia, como<br />
nenhum outro, sentir a natureza<br />
e extrair dela toda a<br />
beleza e pureza, expressa<br />
em seus muitos quadros.<br />
Conhecia, também, profundamente,<br />
as pessoas e as coisas<br />
da vida, que sua voz e<br />
seu violão exprimiam, com<br />
tanto sentimento, em suas<br />
composições musicais, principalmente<br />
para a mulher<br />
amada. Foi, talvez, o último<br />
verdadeiro seresteiro a<br />
entrar na década de 90.<br />
Mas, não fez da arte<br />
profissão . . Foi, tão somente,<br />
um dom divino.<br />
Dentre as inúmeras atividades<br />
desenvolvidas du-•<br />
rante os seus cem anos, foi<br />
comerciante, ferroviário,<br />
celeiro, tropeiro, delegado<br />
de polícia, fazendeiro, cartorário<br />
e vereador.<br />
Trabalhou muito, mas<br />
não acumulou riquezas.<br />
Também não deixou dívidas,<br />
pois, quando precisava,<br />
vendia um de seus lotes,<br />
barato, pois sempre tinha<br />
alguém precisando mais<br />
do que ele; conservou, porém,<br />
sua antiga casa e seu<br />
automóvel, que dirigia, até<br />
há poucos meses, sem ao<br />
menos usar óculos. Mas, teve<br />
sempre o necessário para,<br />
na falta de seu pai, como filho<br />
mais velho, ajudar a<br />
criar seus dez irmãos, e,<br />
depois, num misto de amor<br />
e disciplina, educar seus dez<br />
filhos; foi um pai enérgico,<br />
mas carinhoso, que o identificava<br />
como o "chefe" da<br />
família até o final de seus<br />
dias.<br />
Ultimamente, comercializava<br />
com passarinhos, para<br />
garantir o pagamento de<br />
suas contas mensais, espantando-se<br />
com o que a inflação<br />
fazia com o seu mínimo<br />
salário de aposentado.<br />
E orgulhava-se de ter<br />
Ricardo Ehlke, na festa de seu aniversário.<br />
conseguido completar 100<br />
anos e ser o mais velho morador<br />
da legendária cidade<br />
da Lapa; mas, queria que<br />
Deus lhe desse pelo menos<br />
mais cinco anos, para continuar<br />
fazendo serestas, seu<br />
delicioso vinho de laranja,<br />
curando papo (tireóide),<br />
sem jamais alguém ter sabido<br />
o mistério de suas rezas e<br />
pomadas, cheirando seu rapé,<br />
cuidando de seus pássaros<br />
e convivendo alegremente<br />
com tantos amigos e familiares.<br />
Possuía tantas virtudes,<br />
que não cabe aqui enumerálas.<br />
Era, em síntese, um homem<br />
bom, culto, inteligente<br />
Foi um ser humano como<br />
poucos, que descobriu<br />
que a vida floresce se, a<br />
cada dia, busca-se um novo<br />
motivo para continuar vivendo.<br />
Dono de uma força de<br />
vontade incontestável, construiu<br />
seu mundo com muita<br />
fé, e a crença de que "querer<br />
é poder".<br />
Jamais se deixou levar<br />
pela tristeza e pela preguiça;<br />
sempre foi um homem<br />
forte, ativo e autêntico.<br />
Havia momentos em<br />
que lembrava das pessoas<br />
tão amadas que já se tinham<br />
ido; mas, nele renascia a alegria,<br />
com a vinda de cada<br />
neto, bisneto, tataraneto, e<br />
pelas novas amizades, que<br />
tão facilmente cativava,<br />
com seu constante bom humor,<br />
conversa fácil e agradável<br />
e pela sinceridade de<br />
suas palavras.<br />
Pelo seu crescimento espiritual,<br />
sentíamo-nos felizes,<br />
simplesmente por estar<br />
ao seu lado, escutando e<br />
aprendendo através do relato<br />
de suas inúmeras histórias,<br />
agradecidos pela imensa<br />
paz que nos transmitia.<br />
Representava tanto como<br />
pessoa, que se torna difícil,<br />
quase impossível, defini-10<br />
nessas poucas linhas.<br />
Só há uma resposta, da<br />
própria natureza, para que<br />
ele fosse assim, tão amado e<br />
querido por todos nós: ELE<br />
ERA A VIDA!<br />
Ao meu avô Ricardo,<br />
minha saudade ...<br />
Mulher... Chegou a sua vez<br />
É tempo da mulher mostrar o seu valor!<br />
Tempo de desempenhar funções e assumir cargos em<br />
igualdade de condições com os homens...<br />
Aos poucos, ela vai conquistando espaços antes barrados pela discriminação e,<br />
por que não dizer, por opção dela própria em não se destacar profissionalmente?<br />
Uma questão de cultura? De educação? Ou da não-aceitação pela sociedade?<br />
Muitos fatores influenciaram... Mas o fato é que agora, elas estão ai,<br />
conscientes, assumindo cargos antes exclusivos dos homens.<br />
Nesse mês de janeiro, Weide Astuti e Nair Honda, das Assessorias de Resultados<br />
da 7:9 DR R-Cornélio Procópio e 8:9 DR R-Londrina, respectivamente,<br />
responderam por suas Regionais, substituindo os Delegados, por motivo de<br />
. férias. E foram, reconhecidamente, competentes.<br />
Quem sabe, com a mudança esperada para os próximos meses,<br />
teremos uma DELEGADA REGIONAL DA RECEITA,<br />
tomando decisões e mudando os rumos de nossa organização?<br />
A mulher soube esperar...