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globais - Revista PIB

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Reportagem<br />

dores de ar utilizem o fréon – termo<br />

genérico para definir os fluorcarbonos<br />

usados nesses aparelhos.<br />

A Lei exige que condicionadores<br />

utilizem substâncias menos tóxicas,<br />

e os engenheiros da empresa vêm<br />

pesquisando os retentores adequados<br />

às novas substâncias. “No<br />

início, é provável que apenas nós<br />

tenhamos condições de abastecer<br />

o mercado europeu”, diz Markus<br />

Schwerdtfeger, responsável pela<br />

fábrica da empresa na cidade alemã<br />

de Teilheim. Alemão de nascimento,<br />

Schwerdtfeger já trabalhava na<br />

Kaco antes de sua aquisição pelo<br />

grupo brasileiro.<br />

Um dos segredos da qualidade<br />

dos produtos da Sabó é que boa<br />

parte deles é fabricada em máquinas<br />

criadas pela própria companhia. Na<br />

Alemanha, mais da metade dos artigos<br />

é feita em equipamentos concebidos<br />

pela própria Sabó. Até aqui, o<br />

esforço de desenvolvimento tecnológico<br />

na Europa vem sendo feito em<br />

parceria com universidades alemãs.<br />

Em 2009, a Sabó deverá inaugurar<br />

seu próprio Centro de Inovação<br />

Tecnológica, na cidade de Kirchardt.<br />

“Optamos pela construção do nosso<br />

Centro de Inovação na Alemanha”,<br />

diz Schwerdtfeger. “Aqui, estamos<br />

perto do pólo de decisões de várias<br />

montadoras importantes.”<br />

A opção de trabalhar o mais perto<br />

possível das pessoas que tomam as<br />

decisões estratégicas nas montadoras<br />

não é obra do acaso. É resultado<br />

de uma estratégia deliberada, muito<br />

comum em empresas que estão ligadas<br />

a uma cadeia produtiva liderada<br />

por outras companhias. “É a clássica<br />

estratégia do client following” (siga o<br />

cliente, em uma tradução livre), diz<br />

Álvaro Cyrino, professor da Fundação<br />

Dom Cabral. Segundo Cyrino, a<br />

idéia por trás dessa estratégia é simples.<br />

Como as empresas que lideram<br />

a cadeia produtiva – as montadoras<br />

– detêm uma força desproporcional<br />

em relação a seus fornecedores,<br />

eles precisam estar junto com elas<br />

o tempo todo. Só assim conseguem<br />

aumentar sua participação nas operações.<br />

“Para as próprias montadoras,<br />

é interessante ter em sua carteira<br />

fornecedores de diferentes partes do<br />

mundo”, explica Cyrino. “Assim, elas<br />

não ficam dependentes de poucas<br />

empresas. É o chamado compartilhamento<br />

de riscos.”<br />

Seja como for, estar perto de seus<br />

principais clientes foi um processo<br />

que exigiu da Sabó atenção redobrada<br />

para detalhes que passariam<br />

despercebidos dos administradores<br />

de uma companhia que jamais tirasse<br />

os pés de seu berço tropical. Em<br />

lugares que enfrentam pelo menos<br />

seis meses de frio rigoroso a cada<br />

ano, é necessário um sistema de<br />

aquecimento com um grau de eficiência<br />

inimaginável no Brasil. Cerca<br />

de dois anos atrás, as fábricas da<br />

empresa foram equipadas com um<br />

sistema que devolve para o interior<br />

das instalações o calor gerado pelos<br />

compressores da linha de montagem.<br />

Isso resulta em uma economia<br />

de energia de pelo menos 20% em<br />

relação ao sistema anterior.<br />

Produção em Teilheim:<br />

dos 250 funcionários da planta,<br />

80% se dizem satisfeitos<br />

com o trabalho<br />

Outro ponto que exige atenção<br />

permanente da empresa é a qualidade<br />

do ambiente de trabalho. Metade<br />

dos 500 empregados que a Sabó<br />

tem na Alemanha fica na fábrica de<br />

Teilheim. E um de seus principais<br />

cuidados é com o clima interno:<br />

“Essa é uma depreocupação per-<br />

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