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mapeamento digital do entorno da baía de ... - Georeferencial

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />

CENTRO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS<br />

FACULDADE DE ENGENHARIA<br />

RAIMUNDO SALES DE MELO NETO<br />

MAPEAMENTO DIGITAL DO ENTORNO DA BAÍA DE GUANABARA<br />

EM SUPORTE À ANÁLISE AMBIENTAL<br />

RIO DE JANEIRO<br />

2008


RAIMUNDO SALES DE MELO NETO<br />

MAPEAMENTO DIGITAL DO ENTORNO DA BAÍA DE GUANABARA<br />

EM SUPORTE À ANÁLISE AMBIENTAL<br />

Monografia apresenta<strong>da</strong> como<br />

requisito parcial à conclusão <strong>do</strong> curso <strong>de</strong><br />

graduação em Engenharia Cartográfica<br />

<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro.<br />

Orienta<strong>do</strong>r: Prof. Dr. Gilberto Pessanha Ribeiro.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

2008<br />

2


RAIMUNDO SALES DE MELO NETO<br />

MAPEAMENTO DIGITAL DO ENTORNO DA BAÍA DE GUANABARA<br />

EM SUPORTE À ANÁLISE AMBIENTAL<br />

Monografia apresenta<strong>da</strong> como requisito<br />

parcial à conclusão <strong>do</strong> curso <strong>de</strong><br />

graduação em Engenharia Cartográfica<br />

<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro.<br />

Aprova<strong>da</strong> em ____________________________________________________<br />

Orienta<strong>do</strong>r:<br />

______________________________________<br />

Prof. Dr. Gilberto Pessanha Ribeiro<br />

Departamento <strong>de</strong> Engenharia Cartográfica<br />

Banca Examina<strong>do</strong>ra:<br />

______________________________________<br />

Prof. PhD Jorge Luís Nunes e Silva Brito<br />

Departamento <strong>de</strong> Engenharia Cartográfica<br />

______________________________________<br />

Prof. Msc. Mauro Pereira <strong>de</strong> Mello<br />

Departamento <strong>de</strong> Engenharia Cartográfica<br />

______________________________________<br />

Prof. Msc. Luiz Henrique Guimarães Castiglione<br />

Departamento <strong>de</strong> Engenharia Cartográfica<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2008.<br />

3


RESUMO<br />

O crescimento <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por mapas e cartas que enfocam temas os mais<br />

diversos que se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r <strong>do</strong> espaço geográfico, tem si<strong>do</strong> <strong>de</strong>terminante no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias utiliza<strong>da</strong>s em sua produção. Como exemplo <strong>de</strong>stas<br />

tecnologias, po<strong>de</strong>-se citar: o sistema <strong>de</strong> posicionamento global GPS (Global<br />

Positioning System), os sistemas <strong>de</strong> informação geográfica (SIG) e os sistemas <strong>de</strong><br />

sensoriamento remoto (SR).<br />

A gestão ambiental é uma <strong>da</strong>s diversas áreas que são responsáveis por esta<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong>. Por abranger ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s multidisciplinares, a espacialização <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s e<br />

informações envolvi<strong>da</strong>s – <strong>mapeamento</strong> – contribui para melhorar a eficiência <strong>da</strong><br />

comunicação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s e na interpretação <strong>de</strong>stes.<br />

Neste trabalho, preten<strong>do</strong> apresentar a elaboração <strong>de</strong> mapas em meio <strong>digital</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>entorno</strong> <strong>da</strong> baía <strong>de</strong> Guanabara utilizan<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s digitais <strong>de</strong> fontes diversas com o<br />

uso <strong>de</strong> SIG e, em segui<strong>da</strong>, fazer uma análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s<br />

processos constituintes <strong>da</strong> meto<strong>do</strong>logia a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>.<br />

Palavras-chave: Cartografia <strong>digital</strong>, Sensoriamento Remoto e Sistemas <strong>de</strong><br />

Informação Geográfica.<br />

4


SUMÁRIO<br />

1. INTRODUÇÃO, .................................................................................................6<br />

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA, ......................................................................8<br />

2.1. Cartografia, ..............................................................................................8<br />

2.1.1. Sistemas Geodésicos <strong>de</strong> Referência , .....................................8<br />

2.1.2. Projeção Cartográfica, ............................................................10<br />

2.2. Sensoriamento Remoto, .......................................................................10<br />

2.2.1. Conceito, ..................................................................................10<br />

2.2.2. A estrutura <strong>de</strong> um Sistema <strong>de</strong> Sensoriamento Remoto, .....11<br />

2.2.3. A Radiação Eletromagnética, .................................................11<br />

2.2.4. Gran<strong>de</strong>zas Radiométricas, .....................................................14<br />

2.2.5. Tipos <strong>de</strong> Sensores e Resolução, ...........................................14<br />

2.2.6. Satélite Sino-Brasileiro <strong>de</strong> Recursos Terrestres, .................15<br />

2.3. Sistemas <strong>de</strong> Informação Geográfica, .................................................17<br />

2.3.1. Conceito, ..................................................................................17<br />

2.3.2. Evolução <strong>do</strong>s SIG, ...................................................................17<br />

2.3.3. SPRING , ...................................................................................17<br />

3. ELABORAÇÃO DOS MAPAS DIGITAIS, ......................................................19<br />

3.1. Levantamento <strong>do</strong>s Da<strong>do</strong>s, ....................................................................19<br />

3.1.1. Mapas digitais <strong>da</strong> CIDE, ..........................................................20<br />

3.1.2. Mapas digitais GEROE, ...........................................................20<br />

3.1.3. Registros sensoriais <strong>do</strong> satélite CBERS2, ............................21<br />

3.1.4. Da<strong>do</strong>s tabulares <strong>do</strong> Censo Demográfico <strong>de</strong> 2000 <strong>do</strong> IBGE..22<br />

3.2. Pré-Processamento <strong>do</strong>s Da<strong>do</strong>s, ..........................................................23<br />

3.2.1. Tratamento <strong>do</strong>s Da<strong>do</strong>s Vetoriais, ..........................................24<br />

3.2.2. Tratamento <strong>da</strong>s imagens, .......................................................24<br />

3.2.2.1. Registro, ........................................................................25<br />

3.3. Processamento Digital <strong>de</strong> Imagens, .....................................................26<br />

3.3.1. Realce, ......................................................................................27<br />

3.3.2. Classificação Multiespectral, .................................................29<br />

3.3.3. Segmentação, ..........................................................................29<br />

3.3.4. Classificação, ...........................................................................31<br />

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS, ..................................32<br />

5. CONCLUSÕES, ..............................................................................................37<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, .............................................................38<br />

5


1. INTRODUÇÃO<br />

A disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> registros sensoriais provenientes <strong>do</strong> Satélite Sino-<br />

Brasileiro (CBERS) e <strong>de</strong> outros <strong>da</strong><strong>do</strong>s geográficos (mapas topográficos <strong>do</strong> Programa<br />

<strong>de</strong> Despoluição <strong>da</strong> baía <strong>de</strong> Guanabara - PDBG) ensejou o uso <strong>do</strong> sistema SPRING e<br />

suas ferramentas na produção <strong>de</strong> mapas temáticos em meio <strong>digital</strong>.<br />

A área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> escolhi<strong>da</strong> foi o <strong>entorno</strong> <strong>da</strong> baía <strong>de</strong> Guanabara que, apesar<br />

<strong>de</strong> abrigar ecossistemas como a Mata Atlântica e gran<strong>de</strong>s manguezais, sofre com as<br />

conseqüências <strong>da</strong> ocupação <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>na<strong>da</strong> como a poluição <strong>de</strong> suas águas e praias<br />

e assoreamento <strong>de</strong> rios. O espelho d’água cobre uma área <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 380 km 2<br />

com um perímetro <strong>de</strong> 131 km. Sua maior largura é <strong>de</strong> 28 km entre a foz <strong>do</strong> rio São<br />

João <strong>de</strong> Meriti e a <strong>do</strong> rio Guapi-Macacu. Sua maior extensão é <strong>de</strong> 38 km entre a<br />

barra e a foz <strong>do</strong> rio Magé. A sua bacia hidrográfica tem área aproxima<strong>da</strong> <strong>de</strong> 4.000<br />

km 2 , e características topográficas contrastantes com ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> montanhas com<br />

altitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> até 2.000 m e gran<strong>de</strong>s baixa<strong>da</strong>s [<strong>da</strong><strong>do</strong>s resumi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> COELHO(2007)].<br />

Este trabalho se insere <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> contexto ambiental e tem como objetivo<br />

geral produzir mapas <strong>do</strong> uso <strong>da</strong> terra <strong>da</strong> área menciona<strong>da</strong> para fins <strong>de</strong> análise<br />

ambiental. Para isso foram utiliza<strong>do</strong>s registros sensoriais e <strong>da</strong><strong>do</strong>s vetoriais <strong>de</strong> fontes<br />

diversas integra<strong>do</strong>s em um banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s geográficos. Por fim, foi feita uma<br />

análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s com relação à suas quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s posicionais e <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong><br />

informativo (informações obti<strong>da</strong>s na classificação <strong>da</strong>s imagens).<br />

Como objetivos específicos, cito: vali<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> SPRING na produção<br />

cartográfica com o uso <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong> suas ferramentas <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong><br />

<strong>da</strong><strong>do</strong>s matriciais (módulo IMPIMA <strong>de</strong> importação <strong>de</strong> e recorte <strong>de</strong> imagens), vetoriais<br />

e alfanuméricos e também <strong>da</strong> ferramenta <strong>de</strong> edição cartográfica, o SCARTA;<br />

vali<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> meto<strong>do</strong>logia para extração <strong>de</strong> informações <strong>de</strong> registros sensoriais<br />

sobre o uso <strong>da</strong> terra através <strong>do</strong> processamento <strong>digital</strong> <strong>de</strong> imagens; <strong>da</strong>r respal<strong>do</strong> à<br />

tecnologia nacional com o uso o SPRING e <strong>da</strong>s imagens <strong>do</strong> CBERS.<br />

Para atingir os objetivos propostos, foi segui<strong>da</strong> uma série <strong>de</strong> etapas, que<br />

estão ilustra<strong>da</strong>s na figura 1 na próxima página, que revelam a abor<strong>da</strong>gem<br />

meto<strong>do</strong>lógica utiliza<strong>da</strong>. Em segui<strong>da</strong> é feita uma <strong>de</strong>scrição sumária <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma<br />

<strong>de</strong>las.<br />

6


Figura 1 – Abor<strong>da</strong>gem Meto<strong>do</strong>lógica.<br />

• Aquisição <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s: nesta etapa foi feito o levantamento <strong>da</strong> disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s disponíveis <strong>da</strong> área, a aquisição <strong>do</strong>s registros sensoriais <strong>do</strong> satélite<br />

CBERS e <strong>de</strong> publicações e textos em geral sobre a área.<br />

• Pré-tratamento <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s: etapa em que foi feita a seleção e o tratamento<br />

<strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s a serem utiliza<strong>do</strong>s no processamento a fim <strong>de</strong> prepará-los para<br />

compor o banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s geográficos.<br />

• Integração em SIG: aqui, foi feita a mo<strong>de</strong>lagem conceitual <strong>do</strong> banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

geográficos, com o auxílio <strong>do</strong> próprio SPRING, e, em segui<strong>da</strong>, a importação<br />

<strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s.<br />

• Produção <strong>de</strong> mapas: etapa que consistiu basicamente no processamento <strong>da</strong>s<br />

imagens que envolveu: registro, realce, segmentação, classificação e, por fim,<br />

a geração <strong>de</strong> mapas temáticos.<br />

• Apresentação e Análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s: os mapas elabora<strong>do</strong>s na etapa<br />

anterior foram analisa<strong>do</strong>s bem como alguns <strong>de</strong>talhes <strong>do</strong> processamento<br />

<strong>digital</strong> <strong>de</strong> imagem abor<strong>da</strong>n<strong>do</strong> a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos cartográficos<br />

gera<strong>do</strong>s.<br />

Os capítulos seguintes tratarão <strong>da</strong> apresentação <strong>da</strong> fun<strong>da</strong>mentação teórica<br />

(capítulo 2) e <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, apresentação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s e conclusões nos<br />

capítulos 3, 4 e 5, respectivamente. O conteú<strong>do</strong> teórico abor<strong>do</strong>u os temas: SIG<br />

(sistemas <strong>de</strong> informação geográfica), SR (sensoriamento remoto) e Cartografia.<br />

7


2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA<br />

2.1. Cartografia<br />

Antes <strong>da</strong> disseminação <strong>da</strong> informática na Cartografia ela podia ser <strong>de</strong>fini<strong>da</strong><br />

como a ciência que se utiliza <strong>de</strong> diversos meios técnicos para a construção <strong>de</strong><br />

mapas e cartas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os levantamentos básicos à impressão final.<br />

A revolução <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r na Cartografia alterou <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>finitiva esta<br />

ca<strong>de</strong>ia on<strong>de</strong> o produto final era o mapa impresso. Apesar <strong>de</strong> não se po<strong>de</strong>r dizer que<br />

pôs fim ao uso <strong>do</strong> mapa em meio analógico, a informática alterou o mo<strong>do</strong> como se<br />

faz e se utiliza os mapas. Além disso, o <strong>de</strong>senvolvimento econômico e <strong>da</strong>s ciências<br />

em geral aumentou a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por mapas – a Cartografia é essencial na infraestrutura<br />

e utiliza<strong>da</strong> como apoio ou mesmo fim em pesquisas <strong>de</strong> diferentes áreas –<br />

se tornan<strong>do</strong> essencial como forma <strong>de</strong> manipular um volume <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s espaciais<br />

ca<strong>da</strong> vez maior em um espaço <strong>de</strong> tempo a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>. Além <strong>de</strong> seguir o rigor<br />

matemático exigi<strong>do</strong> na representação e nos mo<strong>de</strong>los utiliza<strong>do</strong>s nos diversos<br />

processos <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> um mapa, o Cartógrafo <strong>de</strong>ve se ater aos aspectos <strong>de</strong><br />

natureza cognitiva que envolvem a apreensão <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, a mo<strong>de</strong>lagem lógica e,<br />

por fim, sua transmissão na forma <strong>de</strong> informação gráfica.<br />

Seja qual for o produto final, impresso ou <strong>digital</strong>, <strong>do</strong>is conceitos são <strong>de</strong> suma<br />

importância <strong>do</strong> produto cartográfico, quais sejam, o sistema geodésico <strong>de</strong> referência<br />

e o sistema <strong>de</strong> projeção cartográfica, este último excluí<strong>do</strong> em trabalhos topográficos<br />

on<strong>de</strong> não se leva em consi<strong>de</strong>ração os efeitos <strong>da</strong> curvatura <strong>da</strong> Terra. Estes conceitos<br />

são <strong>de</strong>scritos a seguir.<br />

2.1.1. Sistemas Geodésicos <strong>de</strong> Referência (SGR).<br />

São constituí<strong>do</strong>s <strong>de</strong> uma figura geométrica para representação <strong>da</strong> forma <strong>da</strong><br />

Terra, com orientação no espaço e com um número <strong>de</strong> estações ou marcos<br />

geodésicos <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente materializa<strong>do</strong>s no terreno.<br />

Os SGR po<strong>de</strong>m ser classifica<strong>do</strong>s em absolutos nos quais o centro <strong>de</strong> massa<br />

<strong>da</strong> Terra e seu eixo <strong>de</strong> rotação coinci<strong>de</strong>m, respectivamente, com o centro<br />

geométrico e com o eixo <strong>de</strong> simetria <strong>da</strong> figura geométrica a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong> (normalmente um<br />

elipsói<strong>de</strong> <strong>de</strong> revolução) e relativos, com orientação arbitrária, nos quais um marco<br />

geodésico é a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> como origem e um azimute <strong>de</strong> referência para um segun<strong>do</strong><br />

8


ponto são utiiza<strong>do</strong>s. Neste contexto, surge um termo que é muitas vezes utiliza<strong>do</strong>,<br />

DATUM, para <strong>de</strong>finir tal ponto. Um SGR também po<strong>de</strong> ser classifica<strong>do</strong> pelos<br />

méto<strong>do</strong>s geodésicos utiliza<strong>do</strong>s em sua realização ou materialização. Assim, têm-se<br />

os seguintes tipos:<br />

• CLÁSSICOS: on<strong>de</strong> são utiliza<strong>do</strong>s os seguintes méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> levantamentos<br />

geodésicos:<br />

o Triangulação: obtenção <strong>de</strong> figuras geométricas a partir <strong>de</strong> triângulos<br />

forma<strong>do</strong>s através <strong>da</strong> medição <strong>do</strong>s ângulos subtendi<strong>do</strong>s por ca<strong>da</strong><br />

vértice.<br />

o Trilateração: méto<strong>do</strong> semelhante à triangulação e que, como aquele,<br />

baseia-se em proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s geométricas a partir <strong>de</strong> triângulos<br />

justapostos, sen<strong>do</strong> que o levantamento é efetua<strong>do</strong> através <strong>da</strong> medição<br />

<strong>do</strong>s la<strong>do</strong>s.<br />

o Poligonação: méto<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> para transporte <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s através<br />

<strong>de</strong> medição <strong>de</strong> distâncias e ângulos medi<strong>do</strong>s entre pontos adjacentes<br />

forman<strong>do</strong> linhas poligonais ou polígonos.<br />

• GEOCÊNTRICOS: SGR em que são utiliza<strong>da</strong>s observações eletrônicas <strong>de</strong><br />

distância como VLBI (very long baseline interferometry), e sua <strong>de</strong>nsificação é<br />

obti<strong>da</strong> pela geodésia celeste.<br />

O Sistema Geodésico a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> no presente trabalho foi o SAD-69, que é um<br />

sistema geodésico relativo on<strong>de</strong> sua materialização se <strong>de</strong>u através <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s<br />

clássicos <strong>de</strong> levantamento geodésico. Este sistema foi escolhi<strong>do</strong> pois a maioria <strong>do</strong>s<br />

<strong>da</strong><strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s estavam referi<strong>do</strong>s a este sistema.<br />

• Sistema Geodésico SAD-69:<br />

o Elipsói<strong>de</strong>: Defini<strong>da</strong> pela União Geodésica e Geofísica Internacional<br />

(UGGI) em 1967.<br />

o Semi-eixo maior: 6.378.160 m.<br />

o Achatamento: 1/298,25<br />

o Origem planimétrica: vértice Chuá (MG)<br />

o altura Geoi<strong>da</strong>l: 0 m.<br />

o Coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s: Latitu<strong>de</strong>: 19° 45’ 41,6527” ao sul <strong>do</strong> Equa<strong>do</strong>r. Longitu<strong>de</strong>:<br />

48° 06’ 04,0639” a oeste <strong>de</strong> Greenwich. Azimute geodésico para Vértice Uberaba:<br />

271° 30’ 04,05”<br />

9


2.1.2. Projeção Cartográfica.<br />

A confecção <strong>de</strong> um mapa exige, antes <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>, o estabelecimento <strong>de</strong> um<br />

méto<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> o qual, ca<strong>da</strong> ponto <strong>da</strong> Terra, correspon<strong>da</strong> a um ponto <strong>do</strong> mapa e<br />

vice-versa. Diversos méto<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>m ser emprega<strong>do</strong>s, constituin<strong>do</strong> os “Sistemas De<br />

Projeção”. Seja qual for o méto<strong>do</strong> a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, as feições representa<strong>da</strong>s sofrerão<br />

<strong>de</strong>formações. Isto se <strong>de</strong>ve à curvatura <strong>da</strong> superfície <strong>da</strong> Terra e <strong>da</strong> não curvatura <strong>da</strong><br />

superfície <strong>de</strong> representação. To<strong>do</strong> mapa subenten<strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> projeção, com<br />

exceção <strong>da</strong>s representações <strong>do</strong> plano topográfico como já foi menciona<strong>do</strong> em 2.1.<br />

Este sistema <strong>de</strong>ve ser escolhi<strong>do</strong> <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que a carta venha a possuir proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

que satisfaçam às finali<strong>da</strong><strong>de</strong>s impostas pela sua utilização. Como é impossível<br />

construir uma carta sem <strong>de</strong>formações, a solução será, portanto, a<strong>do</strong>tar uma projeção<br />

que possua proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s que aten<strong>da</strong>m às especificações <strong>do</strong> projeto. Em outras<br />

palavras, <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar o fim a que se <strong>de</strong>stina <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> projeto <strong>de</strong><br />

<strong>mapeamento</strong> para, então, se estabelecer quais as <strong>de</strong>formações po<strong>de</strong>m ser<br />

admiti<strong>da</strong>s, quais terão que ser anula<strong>da</strong>s e quais as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s geométricas a<br />

serem preserva<strong>da</strong>s na representação cartográfica.<br />

Para a produção <strong>de</strong> mapas visan<strong>do</strong>-se as aplicações ambientais, a<strong>do</strong>tou-se a<br />

Projeção Cilíndrica Transversa Conforme, também conheci<strong>da</strong> como projeção UTM<br />

(Universal Transversa <strong>de</strong> Mercator). Esta projeção conserva a forma (sem<br />

<strong>de</strong>formações nos ângulos entre linhas geodésicas) e, conseqüentemente, a área <strong>de</strong><br />

pequenas figuras.<br />

2.2 Sensoriamento Remoto (SR)<br />

Apresenta-se, a seguir, um resumo <strong>da</strong> literatura técnica sobre o assunto. Esse<br />

resumo teve como base o trabalho <strong>de</strong> NOVO(1992).<br />

2.2.1 Conceito<br />

Po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>finir Sensoriamento Remoto como sen<strong>do</strong> a tecnologia que permite<br />

a aquisição <strong>de</strong> informações sobre objetos sem contato físico entre o sensor e os<br />

alvos <strong>de</strong> interesse. A transferência <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>do</strong> objeto para o sensor é feita<br />

através <strong>de</strong> energia eletromagnética que se propaga a uma veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 3 x 10 8<br />

m.s -1 tornan<strong>do</strong>-se, assim, um meio <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> alta veloci<strong>da</strong><strong>de</strong>. A figura 2, a<br />

seguir, ilustra esta <strong>de</strong>finição.<br />

10


Figura 2 – A trajetória <strong>da</strong> radiação <strong>da</strong> energia eletromagnética. (Fonte: DPI/INPE)<br />

Uma <strong>de</strong>finição mais precisa <strong>de</strong> Sensoriamento Remoto é: “... é a utilização<br />

conjunta <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnos sensores, equipamentos para processamento e transmissão<br />

<strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, aeronaves, espaçonaves, etc., com o objetivo <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>r o ambiente<br />

terrestre através <strong>do</strong> registro e <strong>da</strong> análise <strong>da</strong>s interações entre a radiação<br />

eletromagnética e as substâncias componentes <strong>do</strong> planeta Terra em suas mais<br />

diversas manifestações.”<br />

2.2.2. A estrutura <strong>de</strong> um Sistema <strong>de</strong> Sensoriamento Remoto (S.R.).<br />

O S.R., visto como um sistema <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, po<strong>de</strong> ser dividi<strong>do</strong> em<br />

<strong>do</strong>is subsistemas: (1) subsistema <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s e (2) subsistema <strong>de</strong> análise <strong>de</strong><br />

<strong>da</strong><strong>do</strong>s. O subsistema <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s é o responsável pela <strong>de</strong>tecção,<br />

transformação , armazenamento e transmissão <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s. O subsistema <strong>de</strong> análise<br />

e processamento é o responsável pela transformação <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s em informações.<br />

2.2.3. A Radiação Eletromagnética<br />

Segun<strong>do</strong> NOVO(1992), em Sensoriamento Remoto, só se po<strong>de</strong> ir mais longe<br />

<strong>do</strong> que o simples reconhecimento <strong>do</strong>s objetos mais óbvios, se a análise <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

estiver basea<strong>da</strong> no conhecimento <strong>da</strong>s interações entre energia e matéria. Assim , é<br />

11


indispensável o conhecimento <strong>da</strong> radiação eletromagnética e <strong>de</strong> suas interações<br />

com a matéria.<br />

To<strong>do</strong> corpo com temperatura acima <strong>do</strong> zero absoluto emite energia, ou seja,<br />

po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como uma fonte <strong>de</strong> radiação.<br />

Existem duas teorias que explicam a propagação <strong>de</strong> energia a partir <strong>de</strong> uma<br />

fonte. A teoria ondulatória e a teoria corpuscular. Alguns fenômenos como a<br />

reflexão, refração, interferência etc. po<strong>de</strong>m ser explica<strong>do</strong>s pela teoria ondulatória e<br />

outros como absorção e emissão <strong>da</strong> energia radiante são mais bem explica<strong>do</strong>s pela<br />

teoria corpuscular.<br />

A teoria ondulatória diz que a energia eletromagnética se comporta como uma<br />

on<strong>da</strong>, ou seja, se caracteriza por possuir veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> propagação (c), freqüência<br />

(f) e comprimento <strong>de</strong> on<strong>da</strong> (λ) <strong>de</strong> tal mo<strong>do</strong> que:<br />

c<br />

λ =<br />

(1)<br />

f<br />

on<strong>de</strong><br />

λ = comprimento <strong>de</strong> on<strong>da</strong><br />

c = veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> propagação (300.000 Km/s no vácuo)<br />

f = freqüência<br />

A teoria corpuscular garante que a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> energia que um corpo absorve<br />

ou irradia é discreta, ou seja, <strong>da</strong><strong>da</strong> em pequenos pacotes chama<strong>do</strong>s <strong>de</strong> fótons. A<br />

magnitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia irradiante ou absorvi<strong>da</strong> é inversamente proporcional ao<br />

comprimento <strong>de</strong> on<strong>da</strong> (λ):<br />

h.<br />

c<br />

Q =<br />

λ<br />

(2)<br />

on<strong>de</strong> Q =energia<br />

H = constante <strong>de</strong> Planck<br />

O Sol é a principal fonte <strong>de</strong> energia eletromagnética disponível para o<br />

Sensoriamento Remoto <strong>da</strong> superfície terrestre. A energia irradia<strong>da</strong> pela fotosfera<br />

(superfície aparente <strong>do</strong> Sol) é chama<strong>da</strong> <strong>de</strong> fluxo radiante. Estu<strong>do</strong>s comprovam que a<br />

emissão <strong>do</strong> Sol se assemelhe à <strong>de</strong> um corpo negro a uma temperatura <strong>de</strong> 5.900 K.<br />

A própria Terra também po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como fonte <strong>de</strong> radiação. Neste<br />

caso, seu fluxo radiante é menor e po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como semelhante a um<br />

corpo negro <strong>de</strong> 300 K. Uma explicação mais <strong>de</strong>talha<strong>da</strong> sobre corpo negro foge ao<br />

escopo <strong>de</strong>ste trabalho, mas po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar como sen<strong>do</strong> um mo<strong>de</strong>lo matemático<br />

12


para compreen<strong>de</strong>r o processo <strong>da</strong> radiação, que relaciona a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> energia<br />

emiti<strong>da</strong> por um corpo e sua temperatura, bem como a faixa <strong>do</strong> espectro <strong>de</strong> máxima<br />

emissão. A figura 3 representa o espectro <strong>de</strong> emissão <strong>do</strong> Sol e <strong>da</strong> Terra <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />

com esta teoria.<br />

Figura 3 – Espectros <strong>de</strong> emissão <strong>da</strong> Terra (contínua) e <strong>do</strong> Sol (traceja<strong>da</strong>). (Fonte: NOVO,1992)<br />

Po<strong>de</strong>-se observar que o pico <strong>de</strong> emissão <strong>do</strong> Sol está entre 0,4 e 0,7 µ m que<br />

correspon<strong>de</strong> à porção visível <strong>do</strong> espectro eletromagnético. Ou seja, nossos olhos se<br />

a<strong>da</strong>ptaram à maior oferta <strong>de</strong> energia disponível no meio. Já a máxima emissão <strong>de</strong><br />

energia eletromagnética <strong>da</strong> Terra encontra-se em torno <strong>de</strong> 9 µ m que correspon<strong>de</strong><br />

ao infravermelho distante. É por essa razão que a maioria <strong>do</strong>s sensores orbitais<br />

operam nas faixas <strong>do</strong> espectro <strong>do</strong> visível ao infravermelho distante. A figura a seguir<br />

ilustra a faixa <strong>do</strong> espectro eletromagnético que cobre <strong>da</strong> porção visível ao<br />

infravermelho distante.<br />

Figura 4 – O Espectro Óptico. (Fonte: NOVO,1992)<br />

13


2.2.4. Gran<strong>de</strong>zas Radiométricas<br />

A radiação eletromagnética que inci<strong>de</strong> sobre um objeto <strong>da</strong> superfície terrestre,<br />

sofre interações com ele. Assim, um corpo po<strong>de</strong> reagir <strong>de</strong> três formas: transmitir,<br />

refletir ou absorver esta energia. Em sensoriamento remoto geralmente se me<strong>de</strong> o<br />

fluxo radiante que <strong>de</strong>ixa uma superfície extensa em direção ao sensor.<br />

Conseqüentemente, o que é medi<strong>do</strong> é a radiância <strong>do</strong> alvo. A seguir uma lista <strong>da</strong>s<br />

gran<strong>de</strong>zas medi<strong>da</strong>s básicas em radiometria (estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> energia radiante) que são<br />

importantes na utilização <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> sensores remotos.<br />

• Intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> radiante: fluxo radiante <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> uma fonte por uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ângulo sóli<strong>do</strong> numa direção especifica<strong>da</strong>.<br />

• Radiância: Intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> Radiante por uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> área normal à fonte, numa<br />

<strong>da</strong><strong>da</strong> direção.<br />

• Reflectância: razão entre o fluxo refleti<strong>do</strong> e o fluxo inci<strong>de</strong>nte numa superfície.<br />

• Transmitância: razão entre o fluxo transmiti<strong>do</strong> e o fluxo inci<strong>de</strong>nte numa<br />

superfície.<br />

• Absortância: razão entre o fluxo absorvi<strong>do</strong> e o fluxo inci<strong>de</strong>nte numa superfície.<br />

Informações mais <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>s a respeito <strong>da</strong>s gran<strong>de</strong>zas radiométricas po<strong>de</strong>m<br />

ser obti<strong>da</strong>s em (NOVO, 1992)<br />

2.2.5. Tipos <strong>de</strong> Sensores e Resolução<br />

Um sensor po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> como qualquer equipamento que respon<strong>da</strong> a<br />

estímulos, como calor, luz ou pressão, e que gera um sinal passível <strong>de</strong> ser medi<strong>do</strong><br />

ou interpreta<strong>do</strong>. No caso <strong>do</strong> Sensoriamento Remoto o estímulo é a radiação<br />

eletromagnética. Os sistemas sensores po<strong>de</strong>m ser classifica<strong>do</strong>s <strong>de</strong> vários mo<strong>do</strong>s;<br />

• Quanto à forma <strong>de</strong> energia.<br />

o PASSIVOS: <strong>de</strong>tectam a radiação solar refleti<strong>da</strong> ou a radiação emiti<strong>da</strong><br />

por objetos na superfície. Sistemas fotográficos são um exemplo <strong>de</strong>ste<br />

tipo.<br />

o ATIVOS: são aqueles que produzem sua própria radiação. Um<br />

exemplo <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> sensor são os ra<strong>da</strong>res.<br />

• Quanto à região <strong>do</strong> espectro eletromagnético em que operam.<br />

14


o ÓPTICOS: se caracterizam pela utilização <strong>de</strong> componentes ópticos em<br />

sua construção, tais como lentes e espelhos.<br />

o MICROONDAS: diferem-se <strong>do</strong>s ópticos por operarem numa região <strong>do</strong><br />

espectro caracteriza<strong>da</strong> por on<strong>da</strong>s <strong>de</strong> comprimento entre 1 mm e 1<br />

metro.<br />

• Quanto à transformação sofri<strong>da</strong> pela energia.<br />

o NÃO IMAGEADORES: não fornecem uma imagem <strong>da</strong> superfície<br />

observa<strong>da</strong>.<br />

o IMAGEADORES: fornecem como resulta<strong>do</strong> uma imagem <strong>da</strong> superfície<br />

observa<strong>da</strong>.<br />

Resolução po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como o grau ao qual um instrumento ou<br />

dispositivo é capaz <strong>de</strong> distinguir respostas adjacentes. A resolução <strong>de</strong> um sistema<br />

sensor po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> três tipos: espacial, espectral ou temporal. A resolução espacial<br />

me<strong>de</strong> a menor separação angular ou linear entre <strong>do</strong>is objetos. A resolução espectral<br />

é uma medi<strong>da</strong> <strong>da</strong> largura <strong>da</strong>s faixas espectrais e <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> sistema sensor<br />

em distinguir entre <strong>do</strong>is níveis <strong>de</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> radiação eletromagnética. A<br />

resolução temporal se refere à freqüência com que <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> área é “observa<strong>da</strong>”<br />

pelo sensor.<br />

A escolha <strong>do</strong> sistema sensor para a execução <strong>de</strong> uma missão <strong>de</strong><br />

Sensoriamento Remoto <strong>de</strong>ve levar em conta o tipo <strong>de</strong> informação que se <strong>de</strong>seja<br />

obter. Os sensores passivos levam vantagem pelo fato <strong>de</strong> operarem numa ampla<br />

faixa <strong>do</strong> espectro eletromagnético enquanto sensores <strong>de</strong> microon<strong>da</strong>s conseguem<br />

“atravessar” nuvens.<br />

2.2.6. Satélite Sino-Brasileiro <strong>de</strong> Recursos Terrestres (CBERS)<br />

O programa CBERS é o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> um acor<strong>do</strong> <strong>de</strong> cooperação técnicocientífica<br />

entre o Brasil e a China e foi responsável pelo lançamento <strong>de</strong> três satélites<br />

<strong>de</strong> observação terrestre: o CBERS-1, CBERS-2 e o CBERS-2b. O CBERS-2b é<br />

praticamente idêntico aos CBERS-1 e 2 mas com a substituição <strong>do</strong> imagea<strong>do</strong>r<br />

IRMSS (InfraRed MultiSpectral Scanner) por uma Câmera Pancromática <strong>de</strong> Alta<br />

Resolução. As imagens <strong>do</strong> sistema CBERS estão disponíveis para <strong>do</strong>wnload na<br />

página <strong>do</strong> INPE (Instituto Nacional <strong>de</strong> Pesquisas Espaciais) na internet fornecen<strong>do</strong><br />

imagens <strong>de</strong> nível 2 (calibra<strong>da</strong>s radiometricamente e com correção geométrica <strong>de</strong><br />

15


sistema <strong>de</strong> aquisição). A tabela 1 abaixo apresenta, resumi<strong>da</strong>mente, as<br />

características <strong>do</strong>s satélites <strong>do</strong> sistema CBERS.<br />

Missão<br />

Satélite Sino-Brasileiro <strong>de</strong> Recursos Terrestres<br />

Instituição Responsável<br />

INPE e CAST (Aca<strong>de</strong>mia Chinesa <strong>de</strong> Tecnologia Espacial)<br />

País/Região<br />

Brasil e China<br />

Satélite CBERS 1 Satélite CBERS 1<br />

Lançamento 14/10/1999 Lançamento 14/10/1999<br />

Situação Atual Inativo Situação Atual Inativo<br />

Órbita<br />

Circular, quase-polar e<br />

Circular, quase-polar e<br />

Órbita<br />

heliossíncrona<br />

heliossíncrona<br />

Altitu<strong>de</strong> 778 km Altitu<strong>de</strong> 778 km<br />

Inclinação 98º Inclinação 98º<br />

Tempo <strong>de</strong> Duração <strong>da</strong><br />

Tempo <strong>de</strong> Duração <strong>da</strong><br />

100,26 min<br />

Órbita<br />

Órbita<br />

100,26 min<br />

Horário <strong>de</strong> Passagem 10:30 A.M. Horário <strong>de</strong> Passagem 10:30 A.M.<br />

Perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> Revisita 26 dias Perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> Revisita 26 dias<br />

Instrumentos Sensores<br />

Câmara CCD, IRMSS e<br />

Câmara CCD, IRMSS e<br />

Instrumentos Sensores<br />

WFI<br />

WFI<br />

Tabela 1 – Características <strong>do</strong>s satélites CBERS. (Fonte: http://www.cbers.inpe.br. Acesso em<br />

10/10/2007)<br />

As faixas <strong>do</strong> espectro eletromagnético <strong>do</strong>s sensores <strong>do</strong> sistema CBERS são<br />

<strong>de</strong>scritas na tabela 2 a seguir:<br />

SENSOR<br />

Ban<strong>da</strong>s espectrais<br />

Resolução<br />

Espectral<br />

SENSOR<br />

Ban<strong>da</strong>s espectrais<br />

Resolução<br />

Espectral<br />

Pan<br />

0,51 - 0,73µm<br />

Pan<br />

0,50 - 1,10µm<br />

Câmara<br />

CCD<br />

Azul<br />

Ver<strong>de</strong><br />

Vermelho<br />

0,45 - 0,52µm<br />

0,52 - 0,59µm<br />

0,63 - 0,69µm<br />

IRMSS<br />

Infravermelho<br />

médio<br />

Infravermelho<br />

médio<br />

Infravermelho<br />

termal<br />

1,55 - 1,75µm<br />

2,08 - 2,35µm<br />

10,40 - 12,50µm<br />

Infravermelho<br />

próximo<br />

0,77 - 0,89µm HRC Pan<br />

Visível + IV<br />

próximo<br />

Vermelho<br />

0,63 - 0,69µm<br />

WFI<br />

Infravermelho<br />

próximo<br />

0,77 - 0,89µm<br />

Tabela 2 – Faixas espectrais <strong>da</strong>s ban<strong>da</strong>s <strong>do</strong>s sensores <strong>do</strong> sistema CBERS. (Fonte:<br />

http://www.cbers.inpe.br. Acesso em 10/10/2007)<br />

16


2.3 Sistemas <strong>de</strong> Informação Geográfica<br />

2.3.1. Conceito<br />

Sistemas <strong>de</strong> Informação Geográfica (SIG) são, em última análise, sistemas<br />

que realizam o tratamento computacional <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s geográficos.<br />

As principais características <strong>de</strong> um SIG são:<br />

• Inserir e integrar, numa única base <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, informações espaciais provenientes<br />

<strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s cartográficos, <strong>da</strong><strong>do</strong>s censitários e ca<strong>da</strong>stro urbano e rural, imagens obti<strong>da</strong>s<br />

por sensores remotos, re<strong>de</strong>s e mo<strong>de</strong>los numéricos <strong>de</strong> terreno;<br />

• Oferecer mecanismos para combinar as várias informações, através <strong>de</strong> algoritmos<br />

<strong>de</strong> manipulação e análise, bem como para consultar, recuperar, visualizar e plotar o<br />

conteú<strong>do</strong> <strong>da</strong> base <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s georreferencia<strong>do</strong>s.<br />

2.3.2. Evolução <strong>do</strong>s SIG<br />

• Déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 60: os primeiros Sistemas <strong>de</strong> Informação Geográfica surgiram<br />

nesta déca<strong>da</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s pelo governo <strong>do</strong> Canadá. Estes sistemas, exigiam mão<br />

<strong>de</strong> obra especializa<strong>da</strong> e a tecnoogia disponível encarecia e restringia seu uso.<br />

• Déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 70: ao longo <strong>de</strong>sta déca<strong>da</strong> foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong><br />

hardware que tornaram viável o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas comerciais. Surgiram<br />

a expressão Geographic Information System os primeiros sistemas comerciais <strong>de</strong><br />

CAD (Computer Ai<strong>de</strong>d Design, ou projeto assisti<strong>do</strong> por computa<strong>do</strong>r).<br />

• Déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 80 até os dias atuais: a evolução <strong>da</strong> tecnologia <strong>da</strong> informação<br />

propiciou um crescimento acelera<strong>do</strong> <strong>do</strong>s SIG. O barateamento <strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong><br />

“hardware” e o surgimento <strong>do</strong>s computa<strong>do</strong>res pessoais difundiram seu uso.<br />

Além disso, os avanços em “software” também incorporaram muitas funções <strong>de</strong><br />

análise espacial alargan<strong>do</strong> o leque <strong>de</strong> aplicações que se esten<strong>de</strong>m ao uso <strong>da</strong><br />

internet (web 2.0).<br />

2.3.3. SPRING (Sistema <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> Informações Geográficas)<br />

O sistema SPRING surgiu a partir <strong>da</strong>s pesquisas realiza<strong>da</strong>s no INPE e é<br />

forneci<strong>do</strong> sem nenhum custo pela internet. Foi projeta<strong>do</strong> para ser executa<strong>do</strong> nos<br />

ambientes UNIX e Win<strong>do</strong>ws. Este sistema foi concebi<strong>do</strong> principalmente para<br />

integração <strong>da</strong>s tecnologias <strong>de</strong> sensoriamento remoto e sistemas <strong>de</strong> informação<br />

17


geográfica, que resultou numa alta capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> diversos<br />

formatos e imagens <strong>de</strong> satélite.<br />

Para o uso <strong>do</strong> SPRING, é fun<strong>da</strong>mental o conhecimento <strong>do</strong> seu mo<strong>de</strong>lo lógico,<br />

já que to<strong>do</strong>s os passos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> projeto estão atrela<strong>do</strong>s a um<br />

banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s.<br />

Como visto na <strong>de</strong>finição, os SIG são ferramentas computacionais que<br />

trabalham com <strong>da</strong><strong>do</strong>s geográficos. Em geoprocessamento, a varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s é<br />

maior <strong>do</strong> que em muitas outras aplicações <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação. No âmbito<br />

exclusivo <strong>da</strong> produção cartográfica, tais <strong>da</strong><strong>do</strong>s são os que, em última análise,<br />

encontram-se em mapas, tais como a toponímia, simbologia e as representações em<br />

formato vetorial e/ou matricial.<br />

Armazenar a geometria <strong>do</strong>s objetos geográficos e <strong>de</strong> seus atributos<br />

representa uma duali<strong>da</strong><strong>de</strong> para alguns SIGs - como é o caso <strong>do</strong> SPRING. Neste<br />

caso, para ca<strong>da</strong> objeto geográfico, o SIG armazena seus atributos alfanuméricos em<br />

um Sistema Gerencia<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Banco <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s e suas representações gráficas em<br />

arquivos cria<strong>do</strong>s pelo próprio sistema e <strong>de</strong> uso exclusivo <strong>de</strong>le.<br />

A mo<strong>de</strong>lagem <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s (lógica) <strong>do</strong> SPRING foge ao escopo <strong>de</strong>ste trabalho,<br />

mas um conjunto <strong>de</strong> tutoriais e outros materiais didáticos po<strong>de</strong>m ser encontra<strong>do</strong>s em<br />

www.dpi.inpe.br/spring, on<strong>de</strong> também é possível obter to<strong>do</strong> o suporte técnico para<br />

solução <strong>de</strong> eventuais dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

18


3. ELABORAÇÃO DOS MAPAS DIGITAIS<br />

As seguir serão <strong>de</strong>scritas as etapas para a elaboração <strong>do</strong>s mapas digitais <strong>do</strong><br />

<strong>entorno</strong> <strong>da</strong> baía <strong>de</strong> Guanabara. A figura abaixo ilustra resumi<strong>da</strong>mente estas etapas.<br />

Figura 5 – Etapas para a elaboração <strong>de</strong> mapas digitais <strong>do</strong> <strong>entorno</strong> <strong>da</strong> baía <strong>de</strong> Guanabara.<br />

3.1. Levantamento <strong>do</strong>s Da<strong>do</strong>s<br />

Os <strong>do</strong>cumentos, mapas e imagens obti<strong>do</strong>s nesta fase se divi<strong>de</strong>m em <strong>do</strong>is<br />

grupos, os que serão utiliza<strong>do</strong>s para compor o banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s geográficos no<br />

SPRING e os que vão fornecer informações relevantes a respeito <strong>da</strong> área a ser<br />

mapea<strong>da</strong>. Desta forma, dividin<strong>do</strong> os <strong>da</strong><strong>do</strong>s levanta<strong>do</strong>s por tipo, po<strong>de</strong>-se listar:<br />

• Registros sensoriais: Sistema LandSat, IKONOS, QUICKBIRD e CBERS2,<br />

Fotografias não métricas.<br />

• Arquivos Vetoriais: mapas digitais <strong>do</strong> PDBG, mapas digitais <strong>do</strong> IBGE (malha<br />

municipal <strong>digital</strong>) e carta náutica 1501 DHN.<br />

19


• Outros: mapas analógicos, tabelas e registros sobre a área tais como, livros e<br />

trabalhos acadêmicos que continham ou objetivavam o <strong>mapeamento</strong> <strong>da</strong><br />

região.<br />

Para a composição <strong>do</strong> banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s geográficos, os seguintes <strong>da</strong><strong>do</strong>s foram<br />

seleciona<strong>do</strong>s: mapas digitais <strong>da</strong> CIDE (Fun<strong>da</strong>ção Centro <strong>de</strong> Informações e Da<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro), mapas digitais GEROE (Grupo Executivo para Recuperação e<br />

Obras <strong>de</strong> Emergência), Registros sensoriais <strong>do</strong> satélite CBERS2 e <strong>da</strong><strong>do</strong>s tabulares<br />

<strong>do</strong> Censo Demográfico <strong>de</strong> 2000 <strong>do</strong> IBGE (Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e<br />

Estatística).<br />

3.1.1 Mapas digitais <strong>da</strong> CIDE<br />

Mapa <strong>digital</strong> geral na escala 1:10.000 elabora<strong>do</strong> com recursos <strong>do</strong> PDBG. A<br />

representação <strong>da</strong> hidrografia será escolhi<strong>da</strong> para a seleção <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> controle no<br />

registro <strong>da</strong>s imagens sensoriais. Algumas folhas <strong>de</strong>sta carta apresentaram<br />

problemas que impossibilitaram seu uso, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> parte <strong>do</strong> <strong>entorno</strong> <strong>da</strong> baía <strong>de</strong><br />

Guanabara sem cobertura para extração <strong>do</strong>s pontos <strong>de</strong> controle na etapa <strong>de</strong> registro<br />

<strong>de</strong> imagens. Tal problema foi contorna<strong>do</strong> como será visto à frente.<br />

Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> carta:<br />

Carta classe “A”. Planimetria com erro máximo <strong>de</strong> 10 m com 90% <strong>do</strong>s pontos<br />

apresentan<strong>do</strong> erro inferior a 5 m.<br />

• Projeção: UTM – Fuso 23.<br />

• Sistema Geodésico: SAD69.<br />

• Data <strong>do</strong> vôo: jan/1996.<br />

• Restituição: jan/1997.<br />

• Edição: nov/1997.<br />

3.1.2 Mapas digitais GEROE<br />

Mapa <strong>digital</strong> planialtimétrico, <strong>de</strong> cobertura <strong>do</strong> solo, condicionantes físicoambientais<br />

e dinâmica <strong>da</strong> ocupação urbana na escala 1:50.000. Fornece cobertura<br />

total para a área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>. Da sua base foram retira<strong>da</strong>s as representações <strong>da</strong>s<br />

principais vias e <strong>da</strong> hidrologia para extração <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> controle na etapa <strong>de</strong><br />

registro <strong>de</strong> imagens.<br />

20


Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> carta:<br />

• Projeção: UTM – Fuso 23.<br />

• Sistema Geodésico: Córrego Alegre.<br />

3.1.3 Registros sensoriais <strong>do</strong> satélite CBERS2.<br />

A aquisição <strong>da</strong>s imagens obti<strong>da</strong>s pelo sistema CBERS é feita <strong>de</strong> forma<br />

gratuita na página <strong>de</strong> internet <strong>do</strong> INPE. Lá, o usuário po<strong>de</strong> selecionar as cenas<br />

<strong>de</strong>seja<strong>da</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com alguns critérios tais como, localização, cobertura <strong>de</strong><br />

nuvens, entre outros. A região <strong>da</strong> Baía <strong>de</strong> Guanabara é coberta por quatro cenas<br />

distintas (figura 6), o que implica na realização <strong>de</strong> um mosaico para a cobertura <strong>da</strong><br />

área. Porém, as imagens CBERS2 po<strong>de</strong>m apresentar um erro <strong>de</strong> posicionamento <strong>de</strong><br />

até 15km (<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> efeméri<strong>de</strong>s imprecisos são as maiores fontes <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong><br />

erro). Assim, em duas ocasiões foi possível se obter um mosaico que cobrisse to<strong>do</strong><br />

o <strong>entorno</strong> <strong>da</strong> baía com apenas duas cenas.<br />

Figura 6 – Órbitas / Cenas <strong>do</strong>s satélites CBERS. (Fonte: ww.inpe.br/cbers)<br />

Após análises <strong>da</strong>s disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s imagens exibi<strong>da</strong>s no catálogo <strong>da</strong><br />

menciona<strong>da</strong> página <strong>de</strong> internet, e <strong>de</strong> integri<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s (algumas imagens<br />

apresentaram erros) foram <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s três mosaicos para <strong>da</strong>r prosseguimento aos<br />

experimentos no SPRING. As <strong>da</strong>tas <strong>da</strong>s imagens e os mosaicos compostos por<br />

duas cenas estão conti<strong>do</strong>s na tabela a seguir.<br />

21


ÓRBITAS / CENAS<br />

150/125 150/126 151/125 151/126<br />

Mosaico<br />

2004 - - - - - - 10/07/2004 10/07/2004<br />

2005 06/01/2006 19/11/2005 16/11/2005 16/11/2005<br />

2007 - - - - - - 23/09/2007 23/09/2007<br />

Tabela 3 - Data <strong>de</strong> aquisição <strong>do</strong>s registros <strong>do</strong> CBERS e mosaicos elabora<strong>do</strong>s.<br />

3.1.4 Da<strong>do</strong>s tabulares <strong>do</strong> Censo Demográfico <strong>de</strong> 2000 <strong>do</strong> IBGE.<br />

Estes <strong>da</strong><strong>do</strong>s tabulares são relativos aos municípios <strong>do</strong> <strong>entorno</strong> na baía <strong>de</strong><br />

Guanabara e são forma<strong>do</strong>s por três tabelas:<br />

• Porcentagem <strong>da</strong> população que tem acesso à ÁGUA TRATADA por meio <strong>de</strong>:<br />

o Re<strong>de</strong> Geral<br />

o Poço ou nascente<br />

o Outra forma<br />

• Porcentagem <strong>da</strong> população que tem o ESGOTO:<br />

o Coleta<strong>do</strong> pela Re<strong>de</strong> Geral<br />

o Trata<strong>do</strong> por fossa séptica<br />

o Trata<strong>do</strong> por outra forma<br />

o Sem nenhum tipo <strong>de</strong> tratamento<br />

• Porcentagem <strong>da</strong> população que tem os RESÍDUOS SÓLIDOS:<br />

o Coleta<strong>do</strong>s<br />

o Queima<strong>do</strong>s ou enterra<strong>do</strong>s<br />

o Despeja<strong>do</strong>s em locais ermos<br />

OBS.: Da<strong>do</strong>s em relação à população urbana.<br />

22


3.2 Pré-processamento <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s e Integração em SIG:<br />

O pré-processamento <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s visa à sua subseqüente integração ao banco<br />

<strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s geográficos. A integração <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como um <strong>do</strong>s<br />

componentes <strong>de</strong> um SIG (figura abaixo).<br />

Figura 7 – A estrutura geral <strong>de</strong> um SIG. (Fonte: ww.dpi.inpe.br)<br />

Ao mencionar aqui neste trabalho <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>do</strong> tipo vetorial, matricial etc. na<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong> se quer dizer que são representações eletrônicas <strong>de</strong> aspectos <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Um exemplo <strong>de</strong> uma representação <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> é o mapa temático, que po<strong>de</strong> ter<br />

seus <strong>da</strong><strong>do</strong>s tanto em formato vetorial – <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> classe é armazena<strong>da</strong> como um<br />

agrupamento <strong>de</strong> pixels – ou em formato vetorial – on<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> classe é <strong>de</strong>limita<strong>da</strong> por<br />

um polígono e uma relação topológica. Outro tipo <strong>de</strong> representação é o mapa<br />

ca<strong>da</strong>stral. Neste último tipo, os <strong>da</strong><strong>do</strong>s que compõem a informação estão<br />

representa<strong>do</strong>s tanto como polígonos (vetor) quanto em <strong>da</strong><strong>do</strong>s tabulares. O SIG,<br />

neste caso, é o agente que faz a associação <strong>do</strong> polígono a <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s atributos<br />

<strong>da</strong> tabela. O SIG, portanto, <strong>de</strong>ve ser capaz <strong>de</strong> integrar tais representações e a sua<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para converter formatos <strong>de</strong>ve ser suficiente para aten<strong>de</strong>r à oferta<br />

diversifica<strong>da</strong> <strong>de</strong> formatos <strong>do</strong>s tipos vetor e matriz.<br />

Neste trabalho, o que se preten<strong>de</strong> é elaborar um mapa temático a partir <strong>da</strong><br />

classificação <strong>de</strong> imagens. Além disso, será elabora<strong>do</strong> também um mapa ca<strong>da</strong>stral.<br />

Para o primeiro, será necessário a importação <strong>da</strong>s imagens e <strong>do</strong>s arquivos vetoriais.<br />

Após isso, o processamento <strong>digital</strong> <strong>de</strong> imagens extrairá informações <strong>do</strong> registro<br />

sensorial e, em segui<strong>da</strong>, uma conversão matriz-vetor nos <strong>da</strong>rá o mapa final. Para o<br />

segun<strong>do</strong> – mapa ca<strong>da</strong>stral – será necessário a importação <strong>de</strong> polígonos e <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

23


tabulares, e operações <strong>de</strong> consulta nos fornecerão os gráficos a serem exibi<strong>do</strong>s no<br />

<strong>do</strong>cumento final. Dito isto, fica evi<strong>de</strong>ncia<strong>da</strong> a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> que um SIG <strong>de</strong>ve ter <strong>de</strong><br />

integrar <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> fontes diversas.<br />

No SPRING, é necessário que o usuário tenha um conhecimento básico <strong>do</strong>s<br />

tipos <strong>de</strong> representações antes <strong>de</strong> se iniciar o processamento. Em um primeiro<br />

momento, o usuário <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>finir: área <strong>do</strong> projeto, sistema geodésico e projeção<br />

cartográfica. Em segui<strong>da</strong>, utilizan<strong>do</strong>-se <strong>da</strong> interface <strong>do</strong> sistema com o usuário, criar o<br />

mo<strong>de</strong>lo conceitual <strong>de</strong> seu banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s antes <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r à importação <strong>do</strong>s<br />

<strong>da</strong><strong>do</strong>s.<br />

Neste trabalho foram <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s categorias para receber <strong>da</strong><strong>do</strong>s vetoriais<br />

(mo<strong>de</strong>lo temático), <strong>da</strong><strong>do</strong>s tabulares para associar aos polígonos (mo<strong>de</strong>lo ca<strong>da</strong>stral)<br />

e <strong>da</strong><strong>do</strong>s matricias (mo<strong>de</strong>lo imagem). Além <strong>de</strong>stes tipos <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los, existem ain<strong>da</strong><br />

no SPRING: mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> re<strong>de</strong> e mo<strong>de</strong>lo numérico <strong>do</strong> terreno.<br />

3.2.1. Tratamento <strong>do</strong>s Da<strong>do</strong>s Vetoriais<br />

Para o tratamento <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s vetoriais (GEROE e CIDE), foi utiliza<strong>do</strong> o<br />

programa AutoCAD. Neste programa, as cama<strong>da</strong>s <strong>de</strong> interesse foram seleciona<strong>da</strong>s<br />

e exporta<strong>da</strong>s para um formato compatível com o SPRING ( .DXF versão R12). Estes<br />

arquivos serão inseri<strong>do</strong>s no SPRING para a coleta <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> controle no registro<br />

<strong>da</strong>s imagens. Para isso, foi escolhi<strong>da</strong> a cama<strong>da</strong> hidrografia, uma vez que são feições<br />

fáceis <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar numa imagem <strong>da</strong> faixa <strong>do</strong> infravermelho.<br />

3.2.2. Tratamento <strong>da</strong>s imagens.<br />

O pré-tratamento <strong>da</strong>s imagens consiste basicamente em duas etapas: recorte<br />

<strong>da</strong> área <strong>de</strong> interesse e registro. O primeiro passo foi feito com o programa IMPIMA,<br />

parte <strong>do</strong> conjunto <strong>de</strong> aplicativos <strong>do</strong> SPRING.<br />

As imagens obti<strong>da</strong>s no site <strong>do</strong> INPE foram visualiza<strong>da</strong>s no programa IMPIMA<br />

on<strong>de</strong> é possível fazer o recorte <strong>da</strong> área por ban<strong>da</strong> espectral separa<strong>da</strong>mente. Após<br />

isso é feito o registro <strong>da</strong>s imagens, operação que será <strong>de</strong>scrita a seguir.<br />

24


3.2.2.1. Registro<br />

O registro é o procedimento que objetiva minimizar os erros oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

posicionamento <strong>do</strong> satélite em relação ao sistema geodésico utiliza<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />

aquisição <strong>da</strong> imagem.<br />

Este procedimento consiste numa transformação geométrica que relaciona<br />

coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s <strong>de</strong> imagem (linha, coluna) com coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong><br />

sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s planas, <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> por uma projeção cartográfica. A<br />

transformação é geralmente feita por polinômios <strong>de</strong> primeiro grau, o que obriga a<br />

escolha <strong>de</strong> pelo menos três pontos para se <strong>de</strong>terminar os parâmetros incógnitos.<br />

A seguir o mo<strong>de</strong>lo matemático <strong>da</strong> transformação.<br />

• Coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s: (X,Y)<br />

• Coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s <strong>da</strong> imagem: (l,c)<br />

• Parâmetros incógnitos (a <strong>de</strong>terminar): a, b, c, d, e, f.<br />

• Polinômio <strong>de</strong> primeiro grau:<br />

X = a.l + b.c + c<br />

Y = d.l + e.c + f (3)<br />

Na prática, foram adquiri<strong>do</strong>s vários pontos <strong>de</strong> controle no registro <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

ban<strong>da</strong>. A figura abaixo mostra um exemplo <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> controle e seu homólogo na<br />

imagem.<br />

Figura 8 – Seleção <strong>de</strong> pontos para registro <strong>de</strong> imagens<br />

A escolha <strong>do</strong>s pontos <strong>de</strong> controle foi feita sobre a base vetorial <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção<br />

CIDE <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Despoluição <strong>da</strong> Baía <strong>de</strong> Guanabara (PDBG) na escala<br />

1/10.000. Os pontos foram escolhi<strong>do</strong>s em confluências fluviais, costões rochosos e<br />

feições <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s obras <strong>de</strong> engenharia como o cais <strong>do</strong> porto. Outro ponto<br />

importante na escolha <strong>do</strong>s pontos <strong>de</strong> controle é a sua distribuição na imagem<br />

<strong>de</strong>ven<strong>do</strong>-se procuran<strong>do</strong> distribuí-los por to<strong>da</strong> a área <strong>de</strong> interesse.<br />

25


Estes cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s reduzem os erros. A estimativa <strong>do</strong> erro resultante <strong>do</strong> registro é<br />

<strong>da</strong><strong>da</strong> em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pixels como mostra<strong>do</strong> na figura abaixo, que também mostra a<br />

distribuição <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> controle utiliza<strong>do</strong>s no registro <strong>de</strong> uma cena <strong>do</strong> CBERS.<br />

Figura 9 – Erro <strong>do</strong> registro <strong>de</strong> imagens.<br />

Figura 10 – Distribuição <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> controle ao<br />

re<strong>do</strong>r <strong>da</strong> baía <strong>de</strong> Guanabara.<br />

Após a execução <strong>do</strong> registro, a imagem está pronta para ser inseri<strong>da</strong> no<br />

banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>do</strong> SPRING.<br />

3.3 Processamento Digital <strong>de</strong> Imagens<br />

Como um <strong>do</strong>s objetivos <strong>do</strong> trabalho é apresentar uma meto<strong>do</strong>logia para<br />

classificação <strong>do</strong> uso <strong>da</strong> terra, os passos a serem segui<strong>do</strong>s são: realce,<br />

segmentação, técnicas <strong>de</strong> classificação, conversão para mapas temáticos.<br />

A partir <strong>da</strong>qui um conhecimento mínimo <strong>do</strong> comportamento espectral <strong>do</strong>s<br />

alvos é necessário. Para isso, foi elabora<strong>do</strong> um gráfico que contém as assinaturas<br />

espectrais <strong>de</strong> diversos alvos e a indicação <strong>da</strong>s ban<strong>da</strong>s CBERS <strong>do</strong>s sensores CCD e<br />

26


IRM. Ele é resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong> compilação <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> outros gráficos que foram obti<strong>do</strong>s<br />

em pesquisas na internet e em livros <strong>de</strong> sensoriamento remoto. A exatidão não foi o<br />

que se quis obter mas sim algumas informações a respeito <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong>s<br />

alvos nas diversas ban<strong>da</strong>s <strong>do</strong> espectro eletromagnético. Aqui também cabe ressaltar<br />

que as ban<strong>da</strong>s utiliza<strong>da</strong>s nos processamentos foram as <strong>do</strong> sensor CCD, por<br />

apresentarem maior resolução espacial.<br />

Gráfico 1 – Assinaturas espectrais e faixas <strong>do</strong>s sensores CCD e IRM <strong>do</strong> CBERS. (Fontes diversas)<br />

3.3.1Realce<br />

Consiste em alterar a distribuição <strong>do</strong>s Níveis <strong>de</strong> Cinza com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> visual <strong>da</strong> imagem. Também po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>do</strong> para <strong>de</strong>stacar<br />

níveis <strong>de</strong> cinza que melhor representem a reflectância <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> alvo.<br />

O contraste <strong>de</strong> uma imagem po<strong>de</strong> ser avalia<strong>do</strong> analisan<strong>do</strong>-se seu histograma.<br />

Como exemplo <strong>de</strong> realce, seguem os histogramas <strong>de</strong> uma imagem <strong>da</strong> Ban<strong>da</strong> 4 CCD<br />

CBERS (região <strong>do</strong> espectro on<strong>de</strong> a vegetação apresenta maior reflectância) e sua<br />

respectiva aparência figuras 11,12 e 13:<br />

Figura 11 – Histograma normal e aparência <strong>da</strong> imagem CCD CBERS Ban<strong>da</strong> 4.<br />

27


Na página anterior, tem-se uma pequena área <strong>da</strong> imagem original, sem<br />

nenhuma operação <strong>de</strong> realce. O histograma apresenta duas regiões na escala <strong>de</strong><br />

cinza distintas, separa<strong>da</strong>s por uma região <strong>de</strong> baixa freqüência.<br />

Figura 12 – Aplicação <strong>de</strong> realce e aparência <strong>da</strong> imagem CCD CBERS Ban<strong>da</strong> 4.<br />

Neste primeiro realce – figura acima – a faixa seleciona<strong>da</strong> é ressalta<strong>da</strong> na<br />

reamostragem <strong>do</strong>s pixels. Po<strong>de</strong>-se inferir que aqueles pixels compreen<strong>de</strong>m a porção<br />

<strong>da</strong> terra firme.<br />

Figura 13 – Aplicação <strong>de</strong> realce e aparência <strong>da</strong> imagem CCD CBERS Ban<strong>da</strong> 4.<br />

Na figura acima, o que se observa é que a faixa seleciona<strong>da</strong> e realça<strong>da</strong> no<br />

distingue melhor as regiões <strong>de</strong> floresta e terrenos arenosos (praias). O realce é uma<br />

ferramenta bastante útil no estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> imagens multiespectrais. A redistribuição <strong>do</strong>s<br />

níveis <strong>de</strong> cinza acarreta em per<strong>da</strong> <strong>de</strong> informação. Portanto, a imagem original <strong>de</strong>ve<br />

sempre ser conserva<strong>da</strong> sem alterações para que possa ser trata<strong>da</strong> novamente.<br />

28


3.3.2 Classificação Multiespectral<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é obter classes <strong>de</strong> uso <strong>da</strong> terra na região <strong>do</strong> <strong>entorno</strong><br />

<strong>da</strong> Baía <strong>de</strong> Guanabara. Como a única fonte <strong>de</strong> informação é a imagem <strong>de</strong> satélite,<br />

esta classificação ficará restrita à interpretação visual alia<strong>da</strong> às técnicas <strong>de</strong><br />

processamento e ao conhecimento que o autor tem sobre trechos <strong>da</strong> região. Com<br />

isso, foram <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s seis classes: ocupação em <strong>do</strong>is níveis (<strong>de</strong>nsa e média),<br />

vegetação em três níveis (<strong>de</strong>nsa, média e mangue) e corpos hídricos.<br />

3.3.3 Segmentação<br />

Neste processo, divi<strong>de</strong>-se a imagem em regiões (conjunto <strong>de</strong> "pixels"<br />

contíguos) que correspon<strong>da</strong>m às áreas <strong>de</strong> interesse. Para isso, são utiliza<strong>do</strong>s<br />

mo<strong>de</strong>los estatísticos que trabalham com os níveis <strong>de</strong> cinza <strong>do</strong>s pixels <strong>da</strong>s ban<strong>da</strong>s<br />

seleciona<strong>da</strong>s.<br />

O algoritmo <strong>de</strong> segmentação a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, crescimento <strong>de</strong> regiões, i<strong>de</strong>ntifica<br />

regiões homogêneas segun<strong>do</strong> os parâmetros estatísticos <strong>de</strong> similari<strong>da</strong><strong>de</strong> e área.<br />

Estes parâmetros po<strong>de</strong>m ser compreendi<strong>do</strong>s <strong>da</strong> seguinte maneira: a similari<strong>da</strong><strong>de</strong> é<br />

um conceito que se aproxima <strong>do</strong> <strong>de</strong>svio padrão. Neste caso, a distribuição aleatória<br />

é o conjunto <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> cinza <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> região. A área, está relaciona<strong>da</strong> à<br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pixels em ca<strong>da</strong> região. Como ca<strong>da</strong> imagem tem uma distribuição<br />

diferente <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> cinza, foram utiliza<strong>do</strong>s valores distintos para os parâmetros em<br />

ca<strong>da</strong> mosaico, a fim <strong>de</strong> se obter os melhores resulta<strong>do</strong>s. Os resulta<strong>do</strong>s foram<br />

avalia<strong>do</strong>s observan<strong>do</strong> as regiões segmenta<strong>da</strong>s e analisan<strong>do</strong> a distinção <strong>de</strong> feições<br />

como margens <strong>da</strong> baía, florestas e áreas urbanas. O resulta<strong>do</strong> foi o seguinte:<br />

Mosaico Similari<strong>da</strong><strong>de</strong> Área Ban<strong>da</strong> <strong>de</strong> exclusão<br />

2004 25 50 x 50 - - -<br />

2005 20 75 x 75 Ban<strong>da</strong> 4 com realce<br />

2007 30 50 x 50 - - -<br />

Tabela 4 – Segmentação <strong>de</strong> imagens.<br />

29


No mosaico 2005 o espelho d’água apresentou variações nos níveis <strong>de</strong> cinza<br />

(provavelmente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às condições <strong>do</strong> tempo e <strong>da</strong> inclinação <strong>do</strong> Sol) causan<strong>do</strong><br />

confusão na segmentação (não <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s margens <strong>da</strong> baía). A solução<br />

encontra<strong>da</strong> foi a utilização <strong>de</strong> uma ban<strong>da</strong> <strong>de</strong> exclusão durante a segmentação. Um<br />

realce <strong>da</strong> ban<strong>da</strong> 04 (Infra Vermelho) foi utiliza<strong>do</strong> para este fim. A figura abaixo ilustra<br />

uma segmentação sem ban<strong>da</strong> <strong>de</strong> exclusão (on<strong>de</strong> há a criação <strong>de</strong> regiões nos pixels<br />

que representam o espelho d’água) e com ban<strong>da</strong> <strong>de</strong> exclusão, à direita, sem<br />

aquelas regiões. Um resulta<strong>do</strong> inespera<strong>do</strong> mas positivo foi a <strong>de</strong>finição <strong>da</strong> costa na<br />

ilhota no canto superior direito <strong>da</strong> figura, sugerin<strong>do</strong> que esta técnica talvez possa ser<br />

utiliza<strong>da</strong> para <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> ilhas.<br />

Figura 14 – Imagem segmenta<strong>da</strong> sem ban<strong>da</strong> <strong>de</strong> exclusão (esquer<strong>da</strong>) e com ban<strong>da</strong> <strong>de</strong> exclusão<br />

(direita).<br />

A ban<strong>da</strong> <strong>de</strong> exclusão entra no processamento <strong>da</strong> segmentação atribuin<strong>do</strong> um<br />

peso para ca<strong>da</strong> pixel. O peso será o nível <strong>de</strong> cinza <strong>do</strong> pixel correspon<strong>de</strong>nte na<br />

imagem <strong>de</strong> exclusão. A figura a seguir – figura 14 – representa um trecho <strong>da</strong><br />

imagem CCD CBERS Ban<strong>da</strong> 4 realça<strong>da</strong> e utiliza<strong>da</strong> como ban<strong>da</strong> <strong>de</strong> exclusão. Os<br />

pixels próximos <strong>do</strong> preto têm um nível <strong>de</strong> cinza baixo (preto = 0 e branco = 255) e,<br />

portanto, reduzem a média <strong>da</strong> distribuição <strong>da</strong>s regiões em que pre<strong>do</strong>mina.<br />

30


Figura 15 – Ban<strong>da</strong> <strong>de</strong> exclusão minimizan<strong>do</strong> refexos na superfície d’água.<br />

(Ban<strong>da</strong> 4 sensor CCD/CBERS com realce)<br />

3.3.4 Classificação<br />

A segmentação cria um conjunto <strong>de</strong> polígonos que cobrem to<strong>da</strong> a região e<br />

que representam padrões e objetos homogêneos. Estes polígonos são então<br />

utiliza<strong>do</strong>s pelo algoritmo <strong>do</strong> classifica<strong>do</strong>r e associa<strong>do</strong>s às classes temáticas<br />

pré<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s. Os classifica<strong>do</strong>res po<strong>de</strong>m associar os polígonos <strong>de</strong> duas maneiras,<br />

automaticamente e com treinamento <strong>do</strong> usuário. Quan<strong>do</strong> a classificação é<br />

automática, o classifica<strong>do</strong>r recolhe os <strong>da</strong><strong>do</strong>s estatísticos <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> região obti<strong>da</strong> na<br />

segmentação e <strong>de</strong>termina um número <strong>de</strong> classes associan<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> polígono a uma<br />

<strong>de</strong>las. Quan<strong>do</strong> o usuário executa um treinamento, ele intervém no processo<br />

automático crian<strong>do</strong> um número <strong>de</strong> classes – por exemplo, floresta, corpos d’água e<br />

edificações – e associa regiões às classes cria<strong>da</strong>s. O treinamento só termina quan<strong>do</strong><br />

ca<strong>da</strong> classe tem pelo menos uma região associa<strong>da</strong> a ele. Então ele executa o<br />

classifica<strong>do</strong>r para que to<strong>da</strong>s as regiões sejam classifica<strong>da</strong>s. O classifica<strong>do</strong>r utiliza<strong>do</strong><br />

e que permite tal interferência <strong>do</strong> usuário foi o <strong>de</strong> Bhattacharya. Ele utiliza as<br />

amostras <strong>de</strong> polígonos obti<strong>do</strong>s por segmentação e associa<strong>do</strong>s às classes pelo<br />

usuário para estimar uma distribuição <strong>de</strong> probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e então classificar os<br />

polígonos restantes.<br />

A classificação é o último gran<strong>de</strong> passo para a elaboração <strong>do</strong> mapa. Seus<br />

resulta<strong>do</strong>s já fornecem um cartograma, restan<strong>do</strong> apenas a edição cartográfica para a<br />

elaboração <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento final. Antes, porém, é feito o <strong>mapeamento</strong> para classe<br />

temática. É uma etapa final que consiste na conversão <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong> classificação<br />

(matricial), em um mapa temático com um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> representação temático. A<br />

seguir serão apresenta<strong>do</strong>s os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> processamento e as análises.<br />

31


4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS.<br />

Este capítulo se ocupará <strong>da</strong>s apresentações <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s nas<br />

etapas anteriores.<br />

“Mapa ca<strong>da</strong>stral <strong>do</strong> saneamento <strong>da</strong> população urbana <strong>do</strong>s municípios <strong>do</strong><br />

<strong>entorno</strong> <strong>da</strong> baía <strong>de</strong> Guanabara”<br />

Figura 16 – Mapa <strong>do</strong> saneamento ambiental <strong>da</strong> população urbana <strong>do</strong>s municípios <strong>do</strong><br />

<strong>entorno</strong> <strong>da</strong> baía <strong>de</strong> Guanabara. (Fonte <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s: IBGE, Censo Demográfico 2000)<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste mapa é mostrar a vantagem <strong>da</strong> espacialização <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s na<br />

sua interpretação. Neste exemplo o mapa representa o conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong> três tabelas<br />

com sete linhas ca<strong>da</strong>. Duas <strong>de</strong>stas tabelas têm quatro colunas e uma tem cinco.<br />

“ Mapas <strong>de</strong> uso <strong>da</strong> terra”<br />

Seguem os mapas <strong>de</strong> uso <strong>da</strong> terra elabora<strong>do</strong>s nas etapas anteriores.<br />

32


Figura 17 – Mapa <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo. (Mosaico 2005)<br />

Figura 18 – Mapa <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> solo. (Mosaico 2005)<br />

33


Figura 19 – Mapa <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo. (Mosaico 2007)<br />

De acor<strong>do</strong> com o manual <strong>do</strong> uso <strong>da</strong> terra <strong>do</strong> IBGE,<br />

”(...) Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> imagens orbitais são importantes fontes básicas<br />

para o <strong>mapeamento</strong> <strong>do</strong> tema uso <strong>da</strong> terra, embora por si mesmos<br />

sejam insuficientes para <strong>da</strong>r conta <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, requeren<strong>do</strong> a<br />

agregação <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s exógenos <strong>de</strong> naturezas diversas durante a<br />

interpretação <strong>do</strong>s padrões homogêneos <strong>de</strong> uso <strong>da</strong> terra.”<br />

Ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>ste manual técnico,<br />

” a resolução espacial, (...) implica a individualização <strong>de</strong> objetos<br />

espacialmente próximos (...), o tamanho <strong>da</strong> menor área interpretável<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>da</strong> resolução espacial <strong>do</strong> sensor imagea<strong>do</strong>r(...).”<br />

Estas palavras po<strong>de</strong>m servir <strong>de</strong> pano <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> para explicar o que se observa<br />

nestes três mapas. Apesar <strong>de</strong> representar <strong>de</strong> forma aceitável as classes <strong>de</strong> uso <strong>da</strong><br />

terra, este produto, tal como foi elabora<strong>do</strong> – apenas com técnicas <strong>de</strong> processamento<br />

<strong>digital</strong> <strong>de</strong> imagens –, não tem vali<strong>da</strong><strong>de</strong> além <strong>da</strong> ilustrativa e superficialmente<br />

informativa. Um exemplo disto é a área urbana <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Itaboraí, que, por se<br />

encontrar numa metrópole, é pouco provável que esteja diminuin<strong>do</strong> com o tempo.<br />

34


Além disso, as variações <strong>da</strong>s outras classes não sugerem nenhum vetor <strong>de</strong><br />

crescimento. Como se po<strong>de</strong> ver, a classificação <strong>do</strong> uso <strong>da</strong> terra não prescin<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>da</strong><strong>do</strong>s exógenos.<br />

“Composições colori<strong>da</strong>s.”<br />

As composições colori<strong>da</strong>s são produtos que apresentam a representação <strong>da</strong><br />

superfície <strong>da</strong> Terra com cores falsas, na maioria <strong>da</strong>s vezes.<br />

Figura 20 – Composição colori<strong>da</strong> Vermelho: Ban<strong>da</strong> 4. Ver<strong>de</strong>: Ban<strong>da</strong> 3 . Azul: Ban<strong>da</strong> 2 . (Mosaico 2005)<br />

“O mapa <strong>de</strong> índice <strong>de</strong> vegetação”<br />

Existem operações aritméticas entre ban<strong>da</strong>s que nos fornece resulta<strong>do</strong>s que<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s exógenos. Isto porque se trata <strong>de</strong> uma razão entre ban<strong>da</strong>s.<br />

Estes produtos também são influencia<strong>do</strong>s pela quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> imagem original, em<br />

particular pelas condições atmoséricas. Um <strong>de</strong>stes resulta<strong>do</strong>s é o índice <strong>de</strong><br />

vegetação, também conheci<strong>do</strong> como NDVI. A figura a seguir é uma classificação em<br />

três níveis <strong>de</strong> um índice <strong>de</strong> vegetação <strong>do</strong> mosaico 2005.<br />

35


Figura 21 – Mapa <strong>do</strong> índice <strong>de</strong> vegetação (Mosaico 2005)


4. CONCLUSÕES.<br />

A primeira conclusão <strong>de</strong>ste trabalho se refere ao relato <strong>do</strong> sistema SPRING<br />

associa<strong>do</strong> ao seu <strong>de</strong>sempenho. Na integração <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> diversos formatos, o<br />

SPRING foi eficiente e, na mo<strong>de</strong>lagem <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s, primeira etapa no processamento,<br />

contribui para a compreensão <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>mapeamento</strong> apoia<strong>do</strong> nos recursos <strong>de</strong><br />

um Sistema <strong>de</strong> Informação Geográfica. Para o processamento <strong>da</strong>s imagens ele se<br />

mostrou uma ferramenta com boas funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, com exploração <strong>de</strong> parte <strong>de</strong>las<br />

nesse projeto. O único ponto fraco i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> não se referiu ao processamento <strong>do</strong>s<br />

<strong>da</strong><strong>do</strong>s, mas sim na sua ferramenta <strong>de</strong> edição gráfica para geração <strong>do</strong>s produtos<br />

finais, o SCARTA. Com poucos recursos <strong>de</strong> edição, projeta<strong>do</strong>s em um ambiente um<br />

pouco confuso, o autor encontrou algumas dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s em elaborar editar alguns<br />

mapas.<br />

O segun<strong>do</strong> ponto a ser menciona<strong>do</strong> nas conclusões é quanto à quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

mapas gera<strong>do</strong>s. Como a classificação foi supervisiona<strong>da</strong> e as classes foram<br />

<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s segun<strong>do</strong> a base <strong>de</strong> conhecimento <strong>do</strong> autor, a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> está<br />

relaciona<strong>da</strong> à informação que este <strong>de</strong>tém <strong>da</strong> região. Por isso po<strong>de</strong>-se apontar, para<br />

fins <strong>de</strong> melhoria na exatidão <strong>da</strong> representação temática, que seja realiza<strong>do</strong> um<br />

levantamento <strong>de</strong> campo com o objetivo <strong>de</strong> melhor representar a reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Outro<br />

fator que interfere na exatidão <strong>do</strong>s mapas é a variação <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> radiância<br />

<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> cena, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a fatores como: nuvens, umi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> ar, inclinação <strong>do</strong> Sol,<br />

entre outros. Aqui também caberiam <strong>da</strong><strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s em campo <strong>de</strong> reflectâncias <strong>de</strong><br />

alvos <strong>de</strong> interesse, umi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> ar, etc...<br />

Quanto à precisão posicional <strong>do</strong>s mapas, ela está relaciona<strong>da</strong> à precisão <strong>da</strong><br />

informação a ser veicula<strong>da</strong>. De um mo<strong>do</strong> geral, ela po<strong>de</strong> ser avalia<strong>da</strong> segun<strong>do</strong> o erro<br />

<strong>do</strong> registro <strong>da</strong>s imagens que compõem o mosaico. Segun<strong>do</strong> informações <strong>do</strong> manual<br />

<strong>da</strong>s imagens CBERS, o registro <strong>da</strong>s imagens por uma transformação por polinômio<br />

<strong>do</strong> primeiro grau – como foi utiliza<strong>do</strong> aqui – permite o refinamento <strong>do</strong> erro interno<br />

que fica em cerca <strong>de</strong> 28m para as imagens CCD.<br />

A realização <strong>de</strong>stes mapas em um ambiente SIG possibilita a integração <strong>de</strong><br />

<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> diversos formatos, como por exemplo: pontos GPS, pontos cota<strong>do</strong>s,<br />

geração <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los digitais <strong>de</strong> elevação, entre outros <strong>da</strong><strong>do</strong>s espaciais ou tabulares.<br />

A espacialização <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s físico-ambientais é exigi<strong>da</strong> em projetos <strong>de</strong><br />

recuperação ambiental. Assim, espera-se que este <strong>do</strong>cumento sirva como suporte


38<br />

para aqueles que preten<strong>de</strong>m elaborar <strong>do</strong>cumentos como os mapas aqui produzi<strong>do</strong>s<br />

po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> se apoiar nas experiências e resulta<strong>do</strong>s produzi<strong>do</strong>s. Como sugestão para<br />

trabalhos futuros, propõe-se a elaboração <strong>de</strong> meto<strong>do</strong>logias para a <strong>de</strong>tecção <strong>da</strong><br />

mu<strong>da</strong>nça no uso <strong>do</strong> solo ou no índice <strong>de</strong> vegetação.


39<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

BATISTELLA, M. et al. Satélites <strong>de</strong> Monitoramento. Campinas: Embrapa<br />

Monitoramento por Satélite, 2004.<br />

Obti<strong>do</strong> no sítio: http://www.sat.cnpm.embrapa.br>.<br />

Acesso em: 10 jan. 2007.<br />

BAKKER, Múcio Piragibe Ribeiro <strong>de</strong>. Cartografia: Noções Básicas. DHN, 1965.<br />

COELHO, Victor Monteiro Barbosa.<br />

agressão ambiental. Rio <strong>de</strong> Janeiro. Casa <strong>da</strong> Palavra, 2007.<br />

Baía <strong>de</strong> guanabara: uma história <strong>de</strong><br />

HENRIQUES,Claudio Cezar. SIMÔES, Darcília Marindir P. A re<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> Trabalhos<br />

Acadêmicos. EDUERJ, 2004.<br />

IBGE, Manuais técnicos em Geociências nº 8. Noções Básicas <strong>de</strong> Cartografia.<br />

IBGE, 1999.<br />

IBGE, Manuais técnicos em Geociências nº 7. Manual Técnico <strong>de</strong> Uso <strong>da</strong> Terra.<br />

2ª ed. IBGE, 2006.<br />

NOVO, Evlyn M. L. <strong>de</strong> Moraes. Sensoriamento Remoto: Princípios e Aplicações.<br />

2ª Edição – São Paulo: Edgard Blücher, 1992.<br />

SAUSEN, Tania Maria et al. Introdução ao Sensoriamento Remoto. SELPER /<br />

Capítulo Brasil / INPE<br />

Obti<strong>do</strong> no sítio: http://www.ltid.inpe.br/selper/image/ca<strong>de</strong>rno2/lista.htm<br />

Acesso em: 16/01/2007<br />

UERJ, Roteiro para apresentação <strong>da</strong>s teses e dissertações <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro / Simone Faury Dib (Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra). – Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />

UERJ, Re<strong>de</strong> Sirius, 2007. 133 p.

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