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MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL: estudo de caso ... - Ppga.com.br

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Paulo Henrique <strong>de</strong> Almeida Moraes<<strong>br</strong> />

<strong>MANUTENÇÃO</strong> <strong>PRODUTIVA</strong> <strong>TOTAL</strong>: <strong>estudo</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>caso</strong> em uma empresa automobilística<<strong>br</strong> />

Dissertação apresentada para obtenção do<<strong>br</strong> />

Título <strong>de</strong> Mestre pelo curso <strong>de</strong> Gestão e<<strong>br</strong> />

Desenvolvimento Regional do Departamento<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Economia, Contabilida<strong>de</strong> e Administração -<<strong>br</strong> />

ECA da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté,<<strong>br</strong> />

Área <strong>de</strong> Concentração: Gestão <strong>de</strong> Recursos<<strong>br</strong> />

Socioprodutivos.<<strong>br</strong> />

Orientador: Prof. Dr. José Glenio Me<strong>de</strong>iros <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Barros<<strong>br</strong> />

Taubaté - SP<<strong>br</strong> />

2004


Ficha catalográfica elaborada pelo<<strong>br</strong> />

SIBi – Sistema Integrado <strong>de</strong> Bibliotecas / UNITAU<<strong>br</strong> />

M827m Moraes, Paulo Henrique <strong>de</strong> Almeida<<strong>br</strong> />

Manutenção produtiva total: <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> em uma empresa automobilística / Paulo<<strong>br</strong> />

Henrique <strong>de</strong> Almeida Moraes. - - Taubaté: UNITAU, 2004.<<strong>br</strong> />

90f. : il.<<strong>br</strong> />

Orientador: José Glenio Me<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> Barros<<strong>br</strong> />

Dissertação (Mestrado) – Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté, Departamento <strong>de</strong> Economia,<<strong>br</strong> />

Contabilida<strong>de</strong>, Administração e Secretariado, 2004.<<strong>br</strong> />

1. Eficiência global do equipamento. 2. Manutenção produtiva total. 3. Manufatura 4<<strong>br</strong> />

Desenvolvimento industrial e tecnológico - Dissertação. I. Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté.<<strong>br</strong> />

Departamento <strong>de</strong> Economia, Contabilida<strong>de</strong> e Administração. II. Barros, José Glenio<<strong>br</strong> />

Me<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> (orient.) III. Título.


PAULO HENRIQUE DE ALMEIDA MORAES<<strong>br</strong> />

<strong>MANUTENÇÃO</strong> <strong>PRODUTIVA</strong> <strong>TOTAL</strong>: <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> em uma empresa<<strong>br</strong> />

automobilística<<strong>br</strong> />

UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ, TAUBATÉ, SP<<strong>br</strong> />

Data: ____ / ____ / ____<<strong>br</strong> />

Resultado:............................................................................................................<<strong>br</strong> />

COMISSÃO JULGADORA<<strong>br</strong> />

Prof. Dr..............................................INSTITUIÇÃO....................................................<<strong>br</strong> />

Assinatura:.........................................<<strong>br</strong> />

Prof. Dr..............................................INSTITUIÇÃO....................................................<<strong>br</strong> />

Assinatura:.........................................<<strong>br</strong> />

Prof. Dr..............................................INSTITUIÇÃO....................................................<<strong>br</strong> />

Assinatura:.........................................


À minha esposa Maristela, que soube<<strong>br</strong> />

fazer do esperar e do motivar, o modo <strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />

a minha principal ajuda na elaboração <strong>de</strong>ste<<strong>br</strong> />

trabalho e ao meu pequenino José Paulo, ao<<strong>br</strong> />

qual <strong>de</strong>sejo que a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r e o<<strong>br</strong> />

amor ao próximo sejam a fonte <strong>de</strong> seu<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento.


AGRADECIMENTOS<<strong>br</strong> />

A Deus, a fonte <strong>de</strong> tudo.<<strong>br</strong> />

Ao meu orientador, Prof. Dr. José Glenio Me<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> Barros pelo<<strong>br</strong> />

conhecimento e dom <strong>de</strong> ensinar.<<strong>br</strong> />

Ao Prof. Dr. Carlos Alberto Chaves, ao Prof. Dr. Marco Antonio Chamon, ao<<strong>br</strong> />

Professor e Mestre Luis Carlos Laureano da Rosa e ao Professor e Mestre Júlio<<strong>br</strong> />

Malva pelo apoio na parte estatística <strong>de</strong>sse trabalho.<<strong>br</strong> />

A Ford Motor Company do Brasil, na figura <strong>de</strong> todos aqueles que autorizaram<<strong>br</strong> />

e me auxiliaram nesta tarefa.<<strong>br</strong> />

A Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté pela missão <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do conhecimento<<strong>br</strong> />

e da preparação <strong>de</strong> recursos para a região.


MORAES, P.H.A.. <strong>MANUTENÇÃO</strong> <strong>PRODUTIVA</strong> <strong>TOTAL</strong>: <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> em uma<<strong>br</strong> />

empresa automobilística. 2004. 90 f. Dissertação (Mestrado em Gestão e<<strong>br</strong> />

Desenvolvimento Regional) – Departamento <strong>de</strong> Economia, Contabilida<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

Administração, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté, Taubaté.<<strong>br</strong> />

RESUMO<<strong>br</strong> />

Na <strong>de</strong>finição e implementação <strong>de</strong> uma estratégia <strong>com</strong>petitiva na indústria, a<<strong>br</strong> />

Manufatura po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada uma das mais importantes áreas, cabendo lhe<<strong>br</strong> />

assim o papel <strong>de</strong> estabelecer uma cultura <strong>de</strong> melhoria contínua que possa servir<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o elemento norteador <strong>de</strong> toda a organização. A Manutenção Produtiva Total,<<strong>br</strong> />

usualmente chamada <strong>de</strong> TPM, do inglês Total Productive Maintenance, po<strong>de</strong> ser um<<strong>br</strong> />

dos elementos <strong>de</strong> disseminação <strong>de</strong>ssa cultura <strong>de</strong> melhoria contínua, especialmente<<strong>br</strong> />

pelo efeito direto que exerce so<strong>br</strong>e a capacida<strong>de</strong> produtiva, a produtivida<strong>de</strong>, a<<strong>br</strong> />

qualida<strong>de</strong>, a pontualida<strong>de</strong> nas entregas, a segurança e a motivação <strong>de</strong> toda a<<strong>br</strong> />

organização. Afim <strong>de</strong> se <strong>de</strong>monstrar os resultados obtidos <strong>com</strong> a implementação do<<strong>br</strong> />

TPM, este trabalho analisou um <strong>caso</strong> real <strong>de</strong> implementação ocorrido em uma<<strong>br</strong> />

empresa automobilística. Utilizando-se do conceito <strong>de</strong> regressão <strong>de</strong> séries temporais<<strong>br</strong> />

para previsão dos índices <strong>de</strong> Eficiência Global do Equipamento (OEE),<<strong>br</strong> />

Disponibilida<strong>de</strong> do Equipamento, Performance Operacional e Qualida<strong>de</strong> do Produto,<<strong>br</strong> />

característicos da implementação do TPM, e da posterior <strong>com</strong>paração <strong>de</strong>ssas<<strong>br</strong> />

previsões <strong>com</strong> os objetivos estabelecidos pelo Time <strong>de</strong> Implementação, foi possível<<strong>br</strong> />

sugerir ações para melhoria dos resultados avaliados e <strong>de</strong>stacar pontos essenciais a<<strong>br</strong> />

serem consi<strong>de</strong>rados tanto para implementação <strong>com</strong>o para continuida<strong>de</strong> do TPM. Pela<<strong>br</strong> />

melhoria apresentada nos índices estudados <strong>com</strong>provou-se a importância e o efeito<<strong>br</strong> />

positivo da implementação do TPM so<strong>br</strong>e os resultados da manufatura além <strong>de</strong> se<<strong>br</strong> />

verificar a dificulda<strong>de</strong> em se manter ao longo do tempo, o nível <strong>de</strong> melhoria alcançado<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a implementação do TPM.<<strong>br</strong> />

Palavras Chave: Eficiência Global do Equipamento, Manutenção Produtiva Total,<<strong>br</strong> />

Manufatura


MORAES, P.H.A.. Total Productive Maintenance: case study in automotive plant.<<strong>br</strong> />

2004. 90 f. Dissertation (Master in Administration) – Department of Economy,<<strong>br</strong> />

Accounting and Administration, University of Taubaté, Taubaté, BRAZIL.<<strong>br</strong> />

ABSTRACT<<strong>br</strong> />

Manufacturing is one of the most important areas for the <strong>de</strong>finition and<<strong>br</strong> />

implementation of a <strong>com</strong>petitive strategy at the Industry, and must establish in such<<strong>br</strong> />

way a never ending improvement culture working as driver for the whole organization.<<strong>br</strong> />

The Total Productive Maintenance, usually called TPM, can be one of the key<<strong>br</strong> />

elements to diffuse this culture of never ending improvement due to its impact on<<strong>br</strong> />

capacity, productivity, quality, <strong>de</strong>livery, safety and motivation of the organization. In<<strong>br</strong> />

or<strong>de</strong>r to <strong>de</strong>monstrate the gains obtained with TPM implementation this Dissertation<<strong>br</strong> />

called Total Productive Maintenance presents a case study of TPM implementation in<<strong>br</strong> />

an automotive plant applying concepts of time series regression to foresee the results<<strong>br</strong> />

of Overall Equipment Effectiveness, Availability, Operational Performance and Quality<<strong>br</strong> />

of Products, <strong>com</strong>paring these previsions with the objectives established by the<<strong>br</strong> />

analyzed team, besi<strong>de</strong>s offering suggestions to improve the current results. The<<strong>br</strong> />

importance of TPM to the manufacturing results improvements and the difficulty to<<strong>br</strong> />

keep the achieved status has been proved through the analyzed metrics.<<strong>br</strong> />

Key words: Overall Equipment Effectiveness, Total Productive Maintenance,<<strong>br</strong> />

Manufacturing.


SUMÁRIO<<strong>br</strong> />

RESUMO ...................................................................................................................05<<strong>br</strong> />

ABSTRACT ................................................................................................................06<<strong>br</strong> />

LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................09<<strong>br</strong> />

LISTA DE TABELAS ..................................................................................................10<<strong>br</strong> />

SIGLÁRIO ..................................................................................................................11<<strong>br</strong> />

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................13<<strong>br</strong> />

1.1 Descrição do problema ..............................................................................13<<strong>br</strong> />

1.2 Objetivos do Trabalho ................................................................................14<<strong>br</strong> />

1.3 Delimitação do <strong>estudo</strong>................................................................................14<<strong>br</strong> />

1.4 Relevância do tema e do trabalho .............................................................15<<strong>br</strong> />

1.5 Estrutura do trabalho..................................................................................15<<strong>br</strong> />

2 REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................................16<<strong>br</strong> />

2.1 Falhas <strong>de</strong> equipamentos............................................................................16<<strong>br</strong> />

2.1.1 Definição <strong>de</strong> falha ............................................................................16<<strong>br</strong> />

2.1.2 Causas das falhas............................................................................17<<strong>br</strong> />

2.1.3 Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ocorrência das falhas .....................................................17<<strong>br</strong> />

2.1.4 Análise das falhas ............................................................................19<<strong>br</strong> />

2.2 Manutenção <strong>de</strong> equipamentos...................................................................21<<strong>br</strong> />

2.2.1 Introdução à manutenção ................................................................21<<strong>br</strong> />

2.2.2 Definição do termo manutenção ......................................................24<<strong>br</strong> />

2.2.3 Evolução da manutenção.................................................................24<<strong>br</strong> />

2.2.4 Tipos <strong>de</strong> manutenção.......................................................................25<<strong>br</strong> />

2.2.5 Melhor política <strong>de</strong> manutenção ........................................................32<<strong>br</strong> />

2.3 Manutenção Produtiva Total (TPM) ...........................................................33<<strong>br</strong> />

2.3.1 Definições e características ............................................................33<<strong>br</strong> />

2.3.2 Histórico do TPM..............................................................................35<<strong>br</strong> />

2.3.3 Resultados do TPM..........................................................................38<<strong>br</strong> />

2.3.4 Prêmio <strong>de</strong> excelência em TPM ........................................................39<<strong>br</strong> />

2.3.5 Pilares do TPM ................................................................................40<<strong>br</strong> />

2.3.6 Etapas <strong>de</strong> implementação do TPM .................................................41<<strong>br</strong> />

2.3.7 TPM e os 5S's ..................................................................................42<<strong>br</strong> />

2.3.8 Manutenção autônoma ....................................................................43<<strong>br</strong> />

2.3.9 Eficiência Global do Equipamento (OEE) ........................................44<<strong>br</strong> />

2.3.10 O TPM e o Gerenciamento Total da Qualida<strong>de</strong>.............................47


2.4 Séries Temporais (ST) ...............................................................................48<<strong>br</strong> />

2.4.1 Definição ..........................................................................................48<<strong>br</strong> />

2.4.2 Movimentos típicos ..........................................................................49<<strong>br</strong> />

2.4.3 Análise da Séries Temporais (ST) ...................................................50<<strong>br</strong> />

3 <strong>MANUTENÇÃO</strong> <strong>PRODUTIVA</strong> <strong>TOTAL</strong> FORD (FTPM) ...........................................52<<strong>br</strong> />

3.1 Sistema <strong>de</strong> Produção Ford (FPS) ..............................................................52<<strong>br</strong> />

3.1.1 Visão geral do FPS ..........................................................................52<<strong>br</strong> />

3.1.2 Princípios do FPS ............................................................................52<<strong>br</strong> />

3.1.3 Fases da implementação do FPS ....................................................56<<strong>br</strong> />

3.1.4 Elementos constituintes do FPS ......................................................56<<strong>br</strong> />

3.1.5 Estrutura <strong>de</strong> implementação do FPS ...............................................59<<strong>br</strong> />

3.1.6 Indicadores do FPS..........................................................................59<<strong>br</strong> />

3.1.7 Processo <strong>de</strong> avaliação do FPS ........................................................60<<strong>br</strong> />

3.2 Conceitos da Manutenção Produtiva Total Ford (FTPM)...........................60<<strong>br</strong> />

3.2.1 Visão geral do FTPM .......................................................................60<<strong>br</strong> />

3.2.2 Benefícios do FTPM.........................................................................61<<strong>br</strong> />

3.2.3 Os Cinco Elementos do FTPM.........................................................62<<strong>br</strong> />

3.2.4 Os três tesouros do FTPM ...............................................................64<<strong>br</strong> />

3.2.5 Sete Passos para a implementação do FTPM.................................65<<strong>br</strong> />

3.2.6 Processo <strong>de</strong> avaliação da implementação do FTPM.......................68<<strong>br</strong> />

4 METODOLOGIA.....................................................................................................69<<strong>br</strong> />

4.1 Classificação ..............................................................................................69<<strong>br</strong> />

4.2 Coleta e análise dos dados .......................................................................69<<strong>br</strong> />

5 - RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................72<<strong>br</strong> />

5.1 Disponibilida<strong>de</strong> do equipamento ................................................................72<<strong>br</strong> />

5.2 Performance operacional ...........................................................................75<<strong>br</strong> />

5.3 Qualida<strong>de</strong> do produto.................................................................................78<<strong>br</strong> />

5.4 Eficiência global do equipamento (OEE) ...................................................80<<strong>br</strong> />

6 CONCLUSÕES ......................................................................................................86<<strong>br</strong> />

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................87


LISTA DE FIGURAS<<strong>br</strong> />

2. 1 Relação entre esforço e resistência do equipamento ........................................18<<strong>br</strong> />

2.2 Combinação dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> falha .....................................................................19<<strong>br</strong> />

2.3 Exemplo <strong>de</strong> lista <strong>de</strong> aspectos para análise das causas das falhas.....................20<<strong>br</strong> />

2.4 Exemplo do método dos cinco porquês ..............................................................22<<strong>br</strong> />

2.5 As três gerações <strong>de</strong> evolução da Manutenção ...................................................25<<strong>br</strong> />

2.6 Evolução da Manutenção no Japão ....................................................................36<<strong>br</strong> />

2.7 As quatro gerações do TPM................................................................................38<<strong>br</strong> />

2.8 Resultados mensuráveis passíveis <strong>de</strong> obtenção <strong>com</strong> o TPM.............................38<<strong>br</strong> />

2.9 As 12 etapas <strong>de</strong> implementação do TPM............................................................41<<strong>br</strong> />

2.10 As sete etapas <strong>de</strong> implementação da Manutenção Autônoma .........................44<<strong>br</strong> />

2.11 Fatores para <strong>de</strong>terminação do OEE.................................................................45<<strong>br</strong> />

2.12 Exemplo teórico <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> OEE.................................................................46<<strong>br</strong> />

2.13 Interações entre TPM e TQM...........................................................................48<<strong>br</strong> />

2.14 Exemplo <strong>de</strong> Série Temporal..............................................................................49<<strong>br</strong> />

2.15 Movimentos típicos <strong>de</strong> uma Série Temporal .....................................................50<<strong>br</strong> />

3.1 O mo<strong>de</strong>lo conceitual do FPS...............................................................................53<<strong>br</strong> />

3.2 O foco no consumidor .........................................................................................53<<strong>br</strong> />

3.3 A engrenagem das pessoas................................................................................54<<strong>br</strong> />

3.4 A engrenagem da confiabilida<strong>de</strong> e manutenabilida<strong>de</strong>.........................................54<<strong>br</strong> />

3.5 A engrenagem do fluxo contínuo ........................................................................55<<strong>br</strong> />

3.6 A engrenagem externa do símbolo do FPS ........................................................55<<strong>br</strong> />

3.7 Organização para implementação do FPS..........................................................59<<strong>br</strong> />

3.8 O logotipo do FTPM ...........................................................................................61<<strong>br</strong> />

3.9 Os cinco elementos do FTPM ............................................................................62<<strong>br</strong> />

3.10 As perdas abordadas pelo FTPM......................................................................63<<strong>br</strong> />

3.11 Exemplo <strong>de</strong> Lição <strong>de</strong> Ponto Único (LPU)..........................................................64<<strong>br</strong> />

3.12 Sete passos <strong>de</strong> implementação do FTPM........................................................65<<strong>br</strong> />

3.13 Etiquetas para i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> inconveniências...............................................66<<strong>br</strong> />

3.14 Relógio <strong>de</strong> evolução da implementação do FTPM............................................68<<strong>br</strong> />

5.1 Causas <strong>de</strong> parada do equipamento estudado.....................................................74<<strong>br</strong> />

5.2 Índice <strong>de</strong> Disponibilida<strong>de</strong> do Equipamento do time estudado.............................75<<strong>br</strong> />

5.3 Índice <strong>de</strong> Performance Operacional do time estudado .......................................76<<strong>br</strong> />

5.4 Nova linha <strong>de</strong> tendência corrigida da Performance Operacional ........................78<<strong>br</strong> />

5.5 Índice <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> do Produto do time estudado .............................................79<<strong>br</strong> />

5.6 Nova linha <strong>de</strong> tendência corrigida da Qualida<strong>de</strong> do Produto ..............................80


5.7 Índice <strong>de</strong> Eficiência Global do Equipamento do time estudado (OEE) ...............81<<strong>br</strong> />

5.8 Comparação entre as duas formas <strong>de</strong> previsão do OEE....................................82<<strong>br</strong> />

5.9 Sugestão <strong>de</strong> objetivos para o time estudado ......................................................83<<strong>br</strong> />

LISTA DE TABELAS<<strong>br</strong> />

2.1 Relação % entre custo <strong>de</strong> manutenção e faturamento das empresas no Brasil ............23<<strong>br</strong> />

2.2 Formas <strong>de</strong> atuação da Manutenção das empresas no Brasil .............................26<<strong>br</strong> />

3.1 Posição nas avaliações oficiais do FPS da Ford <strong>de</strong> Taubaté .............................60<<strong>br</strong> />

5.1 Valores coletados <strong>de</strong> OEE e seus constituintes..................................................73


SIGLÁRIO<<strong>br</strong> />

ABRAMAN: Associação Brasileira <strong>de</strong> Manutenção.<<strong>br</strong> />

BTS: Build to schedule, traduzido <strong>com</strong>o Produzir conforme Programado.<<strong>br</strong> />

DTD: Dock to Dock, traduzido <strong>com</strong>o tempo entre docas para a produção <strong>de</strong> uma peça.<<strong>br</strong> />

EMS: Engineering Materials & Standards, traduzido <strong>com</strong>o Engenharia dos Materiais e<<strong>br</strong> />

Padrões.<<strong>br</strong> />

FTPM: Ford Total Productive Maintenance: adaptação do TPM feita pela Ford Motor<<strong>br</strong> />

Company e aplicada mundialmente em suas unida<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />

FPS: Ford Production System, traduzido <strong>com</strong>o Sistema <strong>de</strong> Produção Ford e que se<<strong>br</strong> />

refere ao sistema mundial <strong>de</strong> produção da Ford.<<strong>br</strong> />

FTTC: First Time Through Capability, traduzido <strong>com</strong>o Fazer Certo da Primeira Vez.<<strong>br</strong> />

ISPC: In Station Process Control, traduzido <strong>com</strong>o Controle <strong>de</strong> Processo na Estação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Trabalho.<<strong>br</strong> />

JIPE - Japanese Institute of Plant Engineering, traduzido <strong>com</strong>o Instituto Japonês <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Engenharia <strong>de</strong> Planta.<<strong>br</strong> />

JIPM - Japanese Institute of Plant Maintenance, traduzido <strong>com</strong>o Instituto Japonês <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Manutenção <strong>de</strong> Planta.<<strong>br</strong> />

LPU – Lição <strong>de</strong> Ponto Único. Documento típico do TPM que contém instruções <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

forma bem visual e é utilizado para treinamento em tarefas bem específicas e<<strong>br</strong> />

puntuais.<<strong>br</strong> />

MA: Manutenção Autônoma<<strong>br</strong> />

MCBF: Mean Cicles Between Failures, traduzido <strong>com</strong>o Número Médio <strong>de</strong> Ciclos entre<<strong>br</strong> />

Falhas.<<strong>br</strong> />

MCTF: Mean Cicles to Failure, Número Médio <strong>de</strong> Ciclos até a Falha.<<strong>br</strong> />

MTBF: Mean Time Between Failures, traduzido <strong>com</strong>o Tempo Médio entre Falhas.<<strong>br</strong> />

MTTR: Mean Time to Repair, traduzido <strong>com</strong>o Tempo Médio <strong>de</strong> Reparo.<<strong>br</strong> />

NBR: Norma Brasileira Regulamentadora.<<strong>br</strong> />

OEE: Overall Equipment Effectiveness, traduzido <strong>com</strong>o Eficiência Global do<<strong>br</strong> />

Equipamento.<<strong>br</strong> />

PIB: Produto Interno Bruto.


PQCDSM: Resultados afetados pela implementação do TPM (Produtivida<strong>de</strong>,<<strong>br</strong> />

Qualida<strong>de</strong>, Custo, Distribuição, Segurança e Moral).<<strong>br</strong> />

RCM: Reliability Centered Maintenance, traduzido <strong>com</strong>o Manutenção Centrada na<<strong>br</strong> />

Confiabilida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

R&M: Reliability and Maintainability, traduzido <strong>com</strong>o Confiabilida<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

Manutenabilida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

SAE: Society of Automotive Engineers, traduzido <strong>com</strong>o Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenheiros<<strong>br</strong> />

Automotivos.<<strong>br</strong> />

SHARP: Safety and Health Assessment Review Process, traduzido <strong>com</strong>o Revisão do<<strong>br</strong> />

Processo <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Segurança. Um dos elementos constituintes do<<strong>br</strong> />

FPS.<<strong>br</strong> />

ST: Séries Temporárias <strong>de</strong> dados estatísticos cronológicos.<<strong>br</strong> />

TPM: Total Productive Maintenance, traduzido <strong>com</strong>o Manutenção Produtiva Total.<<strong>br</strong> />

5S’s: Seiri (organização), Seiton (arrumação), Seiso, (limpeza), Seiketsu (limpeza<<strong>br</strong> />

pessoal ou padronização) e Shitsuke (disciplina).


1 INTRODUÇÃO<<strong>br</strong> />

A crescente concorrência e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> constantes resultados positivos,<<strong>br</strong> />

acelerados pelo processo <strong>de</strong> globalização da economia, têm levado as empresas à,<<strong>br</strong> />

cada vez mais, buscarem mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gerenciamento baseados nos conceitos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

eliminação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios, melhoria da qualida<strong>de</strong>, aumento da produtivida<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

redução <strong>de</strong> custos. Esta busca se torna ainda mais eficaz quando incorporada a uma<<strong>br</strong> />

a<strong>de</strong>quada estratégia da empresa.<<strong>br</strong> />

Da estratégia da empresa <strong>de</strong>vem participar todos os <strong>de</strong>partamentos e níveis<<strong>br</strong> />

hierárquicos, afinal todos <strong>de</strong>vem <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>r sua função e potencial <strong>de</strong>ntro do<<strong>br</strong> />

conjunto <strong>de</strong> ações para execução da estratégia adotada (PORTER, 1990, prefácio).<<strong>br</strong> />

Sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> dar a <strong>de</strong>vida importância à participação <strong>de</strong> todas as áreas,<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong> se afirmar que a Manufatura representa um importante papel na implementação<<strong>br</strong> />

da estratégia para a obtenção <strong>de</strong> vantagem <strong>com</strong>petitiva em empresas industriais.<<strong>br</strong> />

Como então possibilitar o envolvimento <strong>de</strong> todas as áreas no sentido <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

fortalecer as manufaturas das empresas, estabelecendo assim uma vantagem<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitiva?<<strong>br</strong> />

Uma das respostas para esta questão é a implementação da Manutenção<<strong>br</strong> />

Produtiva Total, um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão do trabalho, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do envolvimento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

toda a empresa e que possibilita melhorias significativas <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

da Manufatura (PEREZ, 1997, p.1).<<strong>br</strong> />

Ao longo <strong>de</strong>sta Dissertação, o termo Manutenção Produtiva Total é<<strong>br</strong> />

representado pela sigla TPM (Total Productive Maintenance), dada a a<strong>de</strong>rência <strong>de</strong>sta<<strong>br</strong> />

sigla nos meios em que se aplica.<<strong>br</strong> />

1.1 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA<<strong>br</strong> />

Milhares <strong>de</strong> empresas iniciaram a implementação do TPM, mas somente<<strong>br</strong> />

algumas centenas tiveram sucesso nesta tarefa (MORA, 2000, p.1). Sendo assim, que<<strong>br</strong> />

fatores po<strong>de</strong>m explicar esta falta <strong>de</strong> sucesso da gran<strong>de</strong> maioria das empresas?<<strong>br</strong> />

Diferentes culturas e priorida<strong>de</strong>s, excesso <strong>de</strong> programas mal sucedidos, falta<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> envolvimento <strong>de</strong> toda a organização, falta <strong>de</strong> uma rotina <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> resultados<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> eficiência, falta <strong>de</strong> conhecimento e <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança po<strong>de</strong>m ser apontadas <strong>com</strong>o causas<<strong>br</strong> />

do insucesso na implementação do TPM nas empresas (WILLIAMSON, 2002, p.3-7).<<strong>br</strong> />

A resistência às mudanças, característica inerente ao <strong>com</strong>portamento humano,<<strong>br</strong> />

também é um fator que dificulta ou até mesmo inviabiliza a implementação do TPM e<<strong>br</strong> />

que po<strong>de</strong> ser verificada em posicionamentos tais <strong>com</strong>o: a Produção produz e a<<strong>br</strong> />

Manutenção mantém; TPM é mais uma carga <strong>de</strong> trabalho para a Produção; o


14<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Manutenção per<strong>de</strong> sua importância <strong>com</strong> a implementação do TPM;<<strong>br</strong> />

pessoas pouco treinadas da Produção po<strong>de</strong>m se aci<strong>de</strong>ntar ao inspecionarem ou<<strong>br</strong> />

repararem os equipamentos; se a disponibilida<strong>de</strong> dos equipamentos é boa então por<<strong>br</strong> />

que alterar o sistema <strong>de</strong> manutenção (NAKAJIMA, 1989, p.49).<<strong>br</strong> />

À luz <strong>de</strong>ssas dificulda<strong>de</strong>s apontadas, se faz necessário <strong>de</strong>monstrar as<<strong>br</strong> />

melhorias na Manufatura obtidas <strong>com</strong> a implementação do TPM. Este trabalho<<strong>br</strong> />

apresenta então um <strong>caso</strong> real <strong>de</strong> implementação do TPM em uma empresa<<strong>br</strong> />

automobilística e os resultados obtidos <strong>com</strong> essa implementação.<<strong>br</strong> />

1.2 OBJETIVO DO TRABALHO<<strong>br</strong> />

O presente trabalho teve <strong>com</strong>o objetivo principal analisar o efeito da<<strong>br</strong> />

implementação do TPM nos índices <strong>de</strong> Eficiência Global do Equipamento,<<strong>br</strong> />

Disponibilida<strong>de</strong> do Equipamento, Performance Operacional e Qualida<strong>de</strong> do Produto<<strong>br</strong> />

em um <strong>caso</strong> real <strong>de</strong> implementação em uma indústria automobilística.<<strong>br</strong> />

Como objetivo secundário esse trabalho sugeriu ações para melhoria dos<<strong>br</strong> />

resultados dos índices estudados.<<strong>br</strong> />

1.3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO<<strong>br</strong> />

A unida<strong>de</strong> da Ford Motor Company do Brasil em Taubaté é constituída <strong>de</strong> 32<<strong>br</strong> />

linhas <strong>de</strong> produção, <strong>de</strong>nominadas Times Integrados <strong>de</strong> Manufatura, distribuídas entre<<strong>br</strong> />

as fá<strong>br</strong>icas <strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes, <strong>de</strong> motores, <strong>de</strong> transmissão e <strong>de</strong> fundição <strong>de</strong> alumínio,<<strong>br</strong> />

todas elas aplicando a metodologia corporativa <strong>de</strong> implementação da Manutenção<<strong>br</strong> />

Produtiva Total Ford, representada pela sigla FTPM (Ford Total Productive<<strong>br</strong> />

Maintenance). Este <strong>estudo</strong> foi realizado em uma <strong>de</strong>ssas 32 linhas <strong>de</strong> produção,<<strong>br</strong> />

baseando-se em dados referentes ao período <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999 a <strong>de</strong>zem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2003.<<strong>br</strong> />

Este período a<strong>br</strong>ange também o período <strong>de</strong> implementação dos sete passos do FTPM<<strong>br</strong> />

no time estudado que se <strong>de</strong>u entre junho <strong>de</strong> 1999 e setem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2001.<<strong>br</strong> />

A linha <strong>de</strong> produção estudada é constituída <strong>de</strong> uma única máquina <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

usinagem do tipo Transfer, <strong>com</strong> controle numérico e <strong>com</strong>posta <strong>de</strong> 12 estações<<strong>br</strong> />

dispostas so<strong>br</strong>e uma mesma base e interligadas por um carregador aéreo automático<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> peças. Produz um único tipo <strong>de</strong> peça que <strong>de</strong>riva em dois mo<strong>de</strong>los <strong>com</strong> poucas<<strong>br</strong> />

diferenças dimensionais.<<strong>br</strong> />

Por questões estratégicas não foram divulgados neste trabalho o nome do time<<strong>br</strong> />

estudado e a natureza das peças por ele produzidas.


15<<strong>br</strong> />

1.4 RELEVÂNCIA DO TEMA E DO TRABALHO<<strong>br</strong> />

Po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar o TPM <strong>com</strong>o um tema relevante para <strong>estudo</strong> <strong>de</strong>vido a sua<<strong>br</strong> />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar um ambiente <strong>de</strong> melhoria contínua e permitir as empresas<<strong>br</strong> />

elevarem sua manufatura a uma classe mundial <strong>de</strong> <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> (JIPM, 2002, p.1),<<strong>br</strong> />

além <strong>de</strong> sua <strong>com</strong>patibilida<strong>de</strong> <strong>com</strong> filosofias também muito importantes para a melhoria<<strong>br</strong> />

da Manufatura <strong>com</strong>o por exemplo o Gerenciamento Total da Qualida<strong>de</strong> (TUBINO,<<strong>br</strong> />

1999, p.26-29; SLACK, 1997, p.639 e MIRSHAWKA, 1991, p.102 ), e <strong>com</strong>o o Sistema<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Produção Toyota (NAKAJIMA, 1989, p.18-20; SHINGO, 1996, p.154 e GHINATO,<<strong>br</strong> />

1995, p.11), <strong>com</strong>patibilida<strong>de</strong> essa <strong>de</strong>vida aos seus objetivos <strong>de</strong> perda zero e<<strong>br</strong> />

envolvimento <strong>de</strong> toda a Organização das empresas.<<strong>br</strong> />

Já a relevância <strong>de</strong>ste trabalho está em po<strong>de</strong>r oferecer à empresa estudada,<<strong>br</strong> />

uma análise crítica <strong>com</strong> base acadêmica dos resultados obtidos <strong>com</strong> da<<strong>br</strong> />

implementação do TPM, além <strong>de</strong> sugerir ações para melhoria <strong>de</strong>sses resultados.<<strong>br</strong> />

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO<<strong>br</strong> />

O Capítulo 1 contempla a introdução e o objetivo da Dissertação, a <strong>de</strong>scrição<<strong>br</strong> />

do problema, a <strong>de</strong>limitação do <strong>estudo</strong>, além da relevância do tema e do próprio<<strong>br</strong> />

trabalho.<<strong>br</strong> />

O Capítulo 2 apresenta uma revisão bibliográfica <strong>de</strong> conceitos inerentes ao<<strong>br</strong> />

TPM e dos conceitos so<strong>br</strong>e Séries Temporais utilizados para a análise dos resultados.<<strong>br</strong> />

No Capítulo 3 estão <strong>de</strong>scritos os conceitos do Sistema <strong>de</strong> Produção Ford, da<<strong>br</strong> />

Manutenção Produtiva Total Ford FTPM e dos indicadores afetados pela<<strong>br</strong> />

implementação do FTPM.<<strong>br</strong> />

O Capítulo 4 apresenta a metodologia <strong>de</strong> elaboração da presente Dissertação<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> enfoque na coleta e avaliação dos dados provenientes da implementação do<<strong>br</strong> />

FTPM.<<strong>br</strong> />

No Capítulo 5 são <strong>de</strong>scritos e discutidos os resultados obtidos <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

implementação do FTPM.<<strong>br</strong> />

Finalmente no Capítulo 6 são apresentadas as conclusões so<strong>br</strong>e os resultados<<strong>br</strong> />

e so<strong>br</strong>e a metodologia utilizada pela Ford <strong>de</strong> Taubaté para a implementação do FTPM<<strong>br</strong> />

no time estudado.


2 REVISÃO DA LITERATURA<<strong>br</strong> />

Por ser a Manutenção Produtiva Total, ou TPM do inglês Total Productive<<strong>br</strong> />

Maintenance, um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão relacionado à melhoria da confiabilida<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos, e por estarem estas características diretamente<<strong>br</strong> />

associadas às falhas dos equipamentos e à qualida<strong>de</strong> e tipo <strong>de</strong> manutenção que se<<strong>br</strong> />

lhes aplica, se faz necessária inicialmente para um melhor entendimento do TPM, a<<strong>br</strong> />

abordagem <strong>de</strong> conceitos so<strong>br</strong>e Falhas e so<strong>br</strong>e Manutenção.<<strong>br</strong> />

2.1 FALHAS DE EQUIPAMENTOS<<strong>br</strong> />

2.1.1 DEFINIÇÃO DE FALHA<<strong>br</strong> />

A falha <strong>de</strong> um equipamento é a situação na qual este se torna incapaz, total ou<<strong>br</strong> />

parcialmente, <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar uma ou mais funções para qual foi projetado e<<strong>br</strong> />

construído (XENOS, 1998, p.67 e SAE, 1993, p. G-1).<<strong>br</strong> />

As interrupções da função do equipamento também po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidas <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

mau funcionamento ou avarias e classificadas conforme mostrado a seguir<<strong>br</strong> />

(TAKAHASHI, 1993, p.56-57, 67-68; NAKAJIMA, 1989, p.36 e SHIROSE, 1992, p.39):<<strong>br</strong> />

i) Avarias a<strong>br</strong>uptas<<strong>br</strong> />

• fatais : mais <strong>de</strong> três horas <strong>de</strong> duração<<strong>br</strong> />

• <strong>de</strong> longa duração : mais <strong>de</strong> uma hora<<strong>br</strong> />

• gerais: <strong>de</strong> cinco a <strong>de</strong>z minutos<<strong>br</strong> />

• menores: menos <strong>de</strong> cinco minutos<<strong>br</strong> />

ii) Avarias por <strong>de</strong>terioração: inicialmente não levam à parada, mas ao longo do tempo<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>prometem a função do equipamento.<<strong>br</strong> />

• por <strong>de</strong>terioração funcional<<strong>br</strong> />

• por <strong>de</strong>terioração da qualida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

A classificação <strong>de</strong> avarias por <strong>de</strong>terioração equivale ao conceito <strong>de</strong> falha<<strong>br</strong> />

potencial ou anomalia, no qual se consi<strong>de</strong>ra que muitas das falhas não acontecem<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>uptamente. Pelo contrário elas se <strong>de</strong>senvolvem ao longo do tempo e apresentam<<strong>br</strong> />

dois períodos distintos: o período entre a condição normal até o primeiro sinal da falha<<strong>br</strong> />

e um segundo período que vai do surgimento do primeiro sinal até a perda total ou<<strong>br</strong> />

parcial da função do equipamento. Um exemplo <strong>de</strong>sse conceito é o surgimento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

uma trinca em um equipamento qualquer que inicialmente não afete seu<<strong>br</strong> />

funcionamento, mas que irá se propagar <strong>com</strong> o uso, levando a perda total ou parcial<<strong>br</strong> />

da função do referido equipamento (XENOS, 1998, p.77 e NAKASATO, 1994, p.30-<<strong>br</strong> />

36).


17<<strong>br</strong> />

O entendimento dos conceitos <strong>de</strong> avarias a<strong>br</strong>uptas ou por <strong>de</strong>terioração e do<<strong>br</strong> />

conceito <strong>de</strong> falha potencial ou anomalia é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância no auxilio da<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>finição das ações para <strong>de</strong>tecção, correção e prevenção das avarias.<<strong>br</strong> />

2.1.2 CAUSAS DAS FALHAS<<strong>br</strong> />

As causas das falhas são diversas e po<strong>de</strong>m se apresentar isolada ou<<strong>br</strong> />

simultaneamente. Essas causas po<strong>de</strong>m ser agrupadas em três gran<strong>de</strong>s categorias<<strong>br</strong> />

(XENOS, 1998, p.68; MIRSHAWKA, 1991, p.91 e NAKASATO, 1994, p.30-36):<<strong>br</strong> />

• falta <strong>de</strong> resistência: proveniente <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> projeto, especificação<<strong>br</strong> />

ina<strong>de</strong>quada do material, <strong>de</strong>ficiência na fa<strong>br</strong>icação ou montagem;<<strong>br</strong> />

• uso ina<strong>de</strong>quado: exposição do equipamento a esforços e condições <strong>de</strong> uso acima<<strong>br</strong> />

da resistência especificada em projeto;<<strong>br</strong> />

• manutenção ina<strong>de</strong>quada: ina<strong>de</strong>quação ou ausência <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> manutenção para<<strong>br</strong> />

evitar a <strong>de</strong>terioração.<<strong>br</strong> />

Com base nessas três categorias po<strong>de</strong>-se dizer que uma falha acontece<<strong>br</strong> />

porque o esforço aplicado ao equipamento ultrapassa sua resistência. Consi<strong>de</strong>rando<<strong>br</strong> />

que tanto o esforço <strong>com</strong>o a resistência, são variáveis e que po<strong>de</strong>m, portanto, ser<<strong>br</strong> />

representadas por uma distribuição estatística normal, observa-se por meio da Figura<<strong>br</strong> />

2.1, que se não houver uma so<strong>br</strong>eposição das distribuições <strong>de</strong> esforço e resistência, a<<strong>br</strong> />

falha não irá acontecer (XENOS, 1998, p.68-69 e TAKAHASHI, 1993, p.191-192).<<strong>br</strong> />

Resumindo, as falhas acontecem geralmente por fatores tais <strong>com</strong>o: erros <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

fa<strong>br</strong>icação, <strong>de</strong> montagem, <strong>de</strong> operação ou <strong>de</strong> manutenção, lu<strong>br</strong>ificação ou refrigeração<<strong>br</strong> />

ina<strong>de</strong>quada, sujeira, objetos estranhos, folgas, vazamentos, <strong>de</strong>formações, trincas,<<strong>br</strong> />

condições ambientais <strong>de</strong>sfavoráveis, vi<strong>br</strong>ação, oscilação <strong>de</strong> pressão, <strong>de</strong> temperatura e<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> tensão, torque incorreto, oxidação, corrosão, obstrução <strong>de</strong> dutos e também por<<strong>br</strong> />

colisões, (XENOS, 1998, p.74-76, MIRSHAWKA, 1991, p.88,91; TAKAHASHI, 1993,<<strong>br</strong> />

p.56; SHIROSE, 1994, p.7 e SUZAKI, 1987, p.116 ).<<strong>br</strong> />

2.1.3 MODELO DE OCORRÊNCIA DAS FALHAS<<strong>br</strong> />

Pelos conceitos da Engenharia <strong>de</strong> Confiabilida<strong>de</strong>, as freqüências <strong>de</strong> ocorrência<<strong>br</strong> />

das falhas em um equipamento po<strong>de</strong>m ser classificadas em <strong>de</strong>crescente, constante ou<<strong>br</strong> />

aleatória e crescente, e estão em geral associadas ao estágio do ciclo <strong>de</strong> vida do<<strong>br</strong> />

equipamento (NAKAJIMA, 1989, p.34-35; XENOS, 1998, p.70-72; SLACK, 1997,<<strong>br</strong> />

p.624; TAKAHASHI, 1993, p.225 e DIAS, 2002, p.3).<<strong>br</strong> />

As falhas <strong>de</strong> freqüência <strong>de</strong>crescente são associadas ao início da vida do<<strong>br</strong> />

equipamento e normalmente são causadas por problemas <strong>de</strong> projeto, <strong>de</strong> fa<strong>br</strong>icação e


18<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> instalação ou erro na operação por falta <strong>de</strong> treinamento inicial. Esse período <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

vida do equipamento em que as falhas são <strong>de</strong>crescentes e prematuras é <strong>de</strong>nominado<<strong>br</strong> />

período <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil ou vida inicial.<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

(Esforço)<<strong>br</strong> />

R<<strong>br</strong> />

(Resistência)<<strong>br</strong> />

Projeto correto do<<strong>br</strong> />

equipamento. Não<<strong>br</strong> />

ocorrem falhas, pois o<<strong>br</strong> />

maior esforço é menor<<strong>br</strong> />

que a resistência mais<<strong>br</strong> />

baixa.<<strong>br</strong> />

Margem <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

segurança<<strong>br</strong> />

Falha por projeto <strong>de</strong>ficiente<<strong>br</strong> />

do equipamento, pois a<<strong>br</strong> />

resistência e o esforço foram<<strong>br</strong> />

incorretamente avaliados<<strong>br</strong> />

Falha por operação<<strong>br</strong> />

incorreta do<<strong>br</strong> />

equipamento, causando<<strong>br</strong> />

aumento do esforço<<strong>br</strong> />

Falha por manutenção<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ficiente do<<strong>br</strong> />

equipamento, causando a<<strong>br</strong> />

diminuição da sua<<strong>br</strong> />

resistência<<strong>br</strong> />

As áreas hachuradas<<strong>br</strong> />

indicam que o<<strong>br</strong> />

esforço (E)<<strong>br</strong> />

ultrapassou a<<strong>br</strong> />

resistência (R),<<strong>br</strong> />

resultando em falha<<strong>br</strong> />

do equipamento<<strong>br</strong> />

Fonte : adaptado <strong>de</strong> XENOS, 1998, p.69<<strong>br</strong> />

Figura 2.1 – Relação entre esforço e resistência do equipamento<<strong>br</strong> />

As falhas <strong>de</strong> freqüência constante ou aleatória são associadas ao que se<<strong>br</strong> />

costuma <strong>de</strong>nominar vida normal ou fase <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> do equipamento. Em geral a<<strong>br</strong> />

freqüência <strong>de</strong>ssas falhas é menor quando <strong>com</strong>parada às falhas <strong>de</strong> freqüência<<strong>br</strong> />

crescente ou <strong>de</strong>crescente e estão associadas à aplicação <strong>de</strong> esforços aci<strong>de</strong>ntais,<<strong>br</strong> />

erros <strong>de</strong> manutenção e operação e que não ten<strong>de</strong>m a variar à medida que o<<strong>br</strong> />

equipamento envelhece.<<strong>br</strong> />

As falhas <strong>de</strong> freqüência crescente são associadas ao período <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

inerente ao fim da vida útil do equipamento on<strong>de</strong> o mesmo entra em <strong>de</strong>generação por<<strong>br</strong> />

fadiga e <strong>de</strong>sgaste.


19<<strong>br</strong> />

A Figura 2.2, costumeiramente <strong>de</strong>nominada Curva da Banheira <strong>de</strong>vido a sua<<strong>br</strong> />

forma, mostra a <strong>com</strong>binação dos três períodos <strong>de</strong> freqüência das falhas.<<strong>br</strong> />

Freqüência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Ocorrência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Falhas<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

“Curva da Banheira”<<strong>br</strong> />

Freqüência <strong>de</strong> falhas aleatória<<strong>br</strong> />

Freqüência <strong>de</strong> falhas crescente<<strong>br</strong> />

Freqüência <strong>de</strong> falhas <strong>de</strong>crescente<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Tempo<<strong>br</strong> />

Período <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Falhas<<strong>br</strong> />

Prematuras<<strong>br</strong> />

Período <strong>de</strong> Falhas Aleatórias<<strong>br</strong> />

Período <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Falhas por<<strong>br</strong> />

Desgaste<<strong>br</strong> />

Fonte: XENOS, 1998, p.71<<strong>br</strong> />

Figura 2.2 – Combinação dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> falha<<strong>br</strong> />

2.1.4 ANÁLISE DAS FALHAS<<strong>br</strong> />

Medidas <strong>com</strong>o limpeza e inspeção dos equipamentos, conhecimento e<<strong>br</strong> />

obediência as condições <strong>de</strong> uso previstas em projeto, recuperação das <strong>de</strong>generações,<<strong>br</strong> />

correções das <strong>de</strong>ficiências provenientes do projeto ou fa<strong>br</strong>icação e maior capacitação<<strong>br</strong> />

técnica dos usuários e mantenedores são ações básicas para a eliminação das falhas<<strong>br</strong> />

e não po<strong>de</strong>m ser negligenciadas (NAKAJIMA, 1989, p.37 e NAKASATO, 1994, p.<<strong>br</strong> />

3.36). Porém tão importante quanto as ações para eliminação das falhas ocorridas, é o<<strong>br</strong> />

<strong>estudo</strong> <strong>de</strong>talhado <strong>de</strong> suas causas e a utilização dos resultados <strong>de</strong>sse <strong>estudo</strong> <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

uma ferramenta po<strong>de</strong>rosa para evitar sua reocorrência.<<strong>br</strong> />

O ato <strong>de</strong> reunir-se no local da falha para sua análise imediata é chamado pelos<<strong>br</strong> />

japoneses <strong>de</strong> Princípio dos Três Gens que significam ir ao local da ocorrência<<strong>br</strong> />

(Genba), observar o equipamento (Genbutsu) e o fenômeno (Genjitsu) (XENOS, 1998,<<strong>br</strong> />

p.99 e SUZAKI, 1993, p.6). Nessa reunião para análise da causa raiz da falha, <strong>de</strong>vem<<strong>br</strong> />

estar presentes a Manutenção, Engenharia, Produção e quaisquer outras pessoas que<<strong>br</strong> />

possam contribuir para a análise.


20<<strong>br</strong> />

Para facilitar e sistematizar a investigação da causa raiz da falha, po<strong>de</strong>-se<<strong>br</strong> />

adotar uma lista <strong>de</strong> verificação conforme mostrado na Figura 2.3.<<strong>br</strong> />

Principais aspectos a serem observados na busca das causas fundamentais das falhas<<strong>br</strong> />

Aspectos<<strong>br</strong> />

Padronização da<<strong>br</strong> />

Manutenção<<strong>br</strong> />

Cumprimento dos<<strong>br</strong> />

padrões <strong>de</strong> manutenção<<strong>br</strong> />

Condições <strong>de</strong> operação<<strong>br</strong> />

do equipamento<<strong>br</strong> />

Ambiente <strong>de</strong> operação<<strong>br</strong> />

dos equipamentos<<strong>br</strong> />

Evidência das peças<<strong>br</strong> />

danificadas<<strong>br</strong> />

Outros<<strong>br</strong> />

Fonte: XENOS, 1998, p.102<<strong>br</strong> />

Conteúdo da observação<<strong>br</strong> />

• Existem padrões <strong>de</strong> inspeção? A periodicida<strong>de</strong> das inspeções e seus critérios <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

julgamento (valores-padrão) estão <strong>de</strong>finidos?<<strong>br</strong> />

• Existem padrões <strong>de</strong> reforma dos equipamentos? A periodicida<strong>de</strong> das reformas está<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>finida?<<strong>br</strong> />

• Existem padrões <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> peças? A periodicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> troca e seus critérios <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

julgamento estão <strong>de</strong>finidos?<<strong>br</strong> />

• Existem procedimentos <strong>de</strong> inspeção, reforma e troca <strong>de</strong> peças (manuais <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

manutenção)?<<strong>br</strong> />

• Existem meios para registrar os resultados reais das inspeções, reformas e troca <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

peças?<<strong>br</strong> />

• As inspeções, regulagens e troca <strong>de</strong> peças dos equipamentos estão sendo feitas<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> base nos padrões e <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a periodicida<strong>de</strong> estabelecida?<<strong>br</strong> />

• As inspeções, regulagens e troca <strong>de</strong> peças dos equipamentos estão sendo feitas<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> base nos procedimentos (manuais <strong>de</strong> manutenção)?<<strong>br</strong> />

• Os resultados reais das inspeções, regulagens e troca <strong>de</strong> peças estão sendo<<strong>br</strong> />

registrados?<<strong>br</strong> />

• Existem procedimentos padrão para operar os equipamentos (manuais <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

operação)?<<strong>br</strong> />

• Os equipamentos estão sendo operados <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> os procedimentos padrão?<<strong>br</strong> />

• O ambiente <strong>de</strong> operação do equipamento é favorável?<<strong>br</strong> />

• Observar o ambiente <strong>de</strong> operação dos equipamentos quanto a presença <strong>de</strong> poeira,<<strong>br</strong> />

água, óleo, eletricida<strong>de</strong> estática e agentes corrosivos e quanto as condições <strong>de</strong>sfavoráveis<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> temperatura, umida<strong>de</strong> e vi<strong>br</strong>ação.<<strong>br</strong> />

• As especificações dos equipamentos estão disponíveis? Verificar se existem erros <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

projeto e <strong>de</strong> fa<strong>br</strong>icação <strong>de</strong> peças quanto a resistência dos materiais, tipos <strong>de</strong> materiais<<strong>br</strong> />

utilizados e dimensionamento. Introduzir melhorias.<<strong>br</strong> />

• Houve erro <strong>de</strong> operação ou so<strong>br</strong>ecarga do equipamento, ultrapassando sua<<strong>br</strong> />

capacida<strong>de</strong>? Revisar os procedimentos padrão <strong>de</strong> operação. Respeitar a capacida<strong>de</strong> do<<strong>br</strong> />

equipamento e introduzir melhorias para aten<strong>de</strong>r a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção quanto ao<<strong>br</strong> />

volume, velocida<strong>de</strong> e carga.<<strong>br</strong> />

• Houve erro <strong>de</strong> manutenção durante a inspeção, regulagem e troca <strong>de</strong> peças dos<<strong>br</strong> />

equipamentos? Revisar padrões <strong>de</strong> manutenção.<<strong>br</strong> />

• Houve erro na <strong>com</strong>pra <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> reposição (peças fora <strong>de</strong> especificação)?<<strong>br</strong> />

• As condições <strong>de</strong> manuseio e armazenamento das peças <strong>de</strong> reposição são<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sfavoráveis?<<strong>br</strong> />

• Existem padrões <strong>de</strong> inspeção <strong>de</strong> recebimento <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> reposição?<<strong>br</strong> />

• Houve erro durante a inspeção <strong>de</strong> recebimento das peças <strong>de</strong> reposição?<<strong>br</strong> />

• O conhecimento e habilida<strong>de</strong> do pessoal <strong>de</strong> manutenção e produção são suficientes?<<strong>br</strong> />

• As condições <strong>de</strong> trabalho do pessoal <strong>de</strong> manutenção e produção são a<strong>de</strong>quadas?<<strong>br</strong> />

Verificar se o ambiente <strong>de</strong> trabalho contribui para erros <strong>de</strong> manutenção e operação.<<strong>br</strong> />

• Todos as ferramentas e instrumentos necessários à manutenção e à produção estão<<strong>br</strong> />

disponíveis e cali<strong>br</strong>ados?<<strong>br</strong> />

• Verificar a existência e as condições dos dispositivos <strong>de</strong> segurança dos<<strong>br</strong> />

equipamentos.<<strong>br</strong> />

Figura 2.3 – Exemplo <strong>de</strong> lista <strong>de</strong> aspectos para análise das causas das falhas<<strong>br</strong> />

Outra maneira simples, rápida e eficaz <strong>de</strong> se avaliar <strong>com</strong> profundida<strong>de</strong> a causa<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> uma falha é o Método dos Cinco Porquês criado por Taiichi Ohno e que tem servido<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o base para a prática e evolução do Sistema <strong>de</strong> Produção Toyota. Nesse método<<strong>br</strong> />

após a ocorrência da falha, o pessoal <strong>de</strong> Manutenção em conjunto <strong>com</strong> Engenharia e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o usuário do equipamento, inicia uma série <strong>de</strong> questionamentos so<strong>br</strong>e o porque<<strong>br</strong> />

da falha ter ocorrido. Em geral até o quinto questionamento seqüencial efetuado pelo<<strong>br</strong> />

grupo, já se po<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar a causa raiz da falha (OHNO, 1997, p.37; MIRSHAWKA,


21<<strong>br</strong> />

1991, p.92; NAKASATO, 1994, p.9.33; XENOS, 1998, p.10 e SUZAKI, 1987, p.116).<<strong>br</strong> />

Um exemplo <strong>de</strong> aplicação do Método dos Cinco Por quês é mostrado na Figura 2.4.<<strong>br</strong> />

Uma vez analisadas as causas das falhas, seja pelos métodos aqui<<strong>br</strong> />

apresentados ou por quaisquer outros tidos <strong>com</strong>o mais a<strong>de</strong>quados pelas empresas,<<strong>br</strong> />

para que realmente as falhas sejam erradicadas <strong>de</strong>ve-se estabelecer um plano que<<strong>br</strong> />

contenha contramedidas para as causas das falhas, as justificativas para cada<<strong>br</strong> />

contramedida, os responsáveis e áreas, além da data prevista e os recursos<<strong>br</strong> />

necessários para a sua implementação. A essa metodologia dá-se o nome <strong>de</strong> Plano<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Ação 5W1H on<strong>de</strong> o W e H provém dos termos em inglês What, Why, Who, Where,<<strong>br</strong> />

When e How cujas traduções são respectivamente O que, Por que, Quem, On<strong>de</strong>,<<strong>br</strong> />

Quando e Como (XENOS, 1998, p.103-107).<<strong>br</strong> />

2.2 <strong>MANUTENÇÃO</strong> DE EQUIPAMENTOS<<strong>br</strong> />

2.2.1 INTRODUÇÃO À <strong>MANUTENÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

De mal necessário à uma parte integrante dos esforços estratégicos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

produtivida<strong>de</strong> das empresas. Da preocupação única <strong>com</strong> a disponibilida<strong>de</strong> do<<strong>br</strong> />

equipamento à priorização da efetivida<strong>de</strong> do negócio por meio do gerenciamento dos<<strong>br</strong> />

custos e à priorização da integrida<strong>de</strong> das pessoas e do meio ambiente. Do simples<<strong>br</strong> />

atendimento a Produção à peça fundamental na garantia do atendimento ao cliente<<strong>br</strong> />

por meio da melhoria da confiabilida<strong>de</strong> dos equipamentos e processos. Essas são<<strong>br</strong> />

algumas formas <strong>de</strong> <strong>com</strong>o se via a Manutenção e em alguns <strong>caso</strong>s ainda se vê, e <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

se <strong>de</strong>ve vê-la nos dias <strong>de</strong> hoje.<<strong>br</strong> />

O que levou e segue levando muitas empresas à tentarem mudar seus<<strong>br</strong> />

paradigmas e a visão simplista so<strong>br</strong>e o papel da Manutenção? Algumas causas<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>m ser facilmente apontadas (XENOS, 1998, p.13-15; MOUBRAY, 1997, p.5 e<<strong>br</strong> />

CONTADOR, 1998, p.397):<<strong>br</strong> />

• maiores exigências <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e produtivida<strong>de</strong> ditadas pelo mercado e<<strong>br</strong> />

por novas filosofias <strong>de</strong> gerenciamento da Manufatura e da Qualida<strong>de</strong>;<<strong>br</strong> />

• crescente <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas tecnologias, da automação e <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> dos equipamentos;<<strong>br</strong> />

• maior <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> entre as empresas;<<strong>br</strong> />

• maior rigor na elaboração e aplicação <strong>de</strong> regulamentações so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

segurança dos trabalhadores e do meio ambiente.


22<<strong>br</strong> />

Vazamento <strong>de</strong> óleo pela<<strong>br</strong> />

mangueira do cilindro<<strong>br</strong> />

atuador<<strong>br</strong> />

Por Quê?<<strong>br</strong> />

Baixo Nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Óleo Hidráulico<<strong>br</strong> />

Por Quê?<<strong>br</strong> />

Mangueira rachada<<strong>br</strong> />

próxima a conexão<<strong>br</strong> />

superior do cilindro<<strong>br</strong> />

Por Quê?<<strong>br</strong> />

A mangueira está<<strong>br</strong> />

mal posicionada e<<strong>br</strong> />

torcida<<strong>br</strong> />

Causas<<strong>br</strong> />

fundamentais<<strong>br</strong> />

Por Quê?<<strong>br</strong> />

A mangueira foi<<strong>br</strong> />

instalada<<strong>br</strong> />

incorretamente<<strong>br</strong> />

A borracha da<<strong>br</strong> />

mangueira está<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>teriorada<<strong>br</strong> />

Por Quê?<<strong>br</strong> />

A mangueira ficou<<strong>br</strong> />

exposta ao calor, luz e<<strong>br</strong> />

umida<strong>de</strong> durante a<<strong>br</strong> />

estocagem<<strong>br</strong> />

A mangueira<<strong>br</strong> />

permaneceu estocada<<strong>br</strong> />

por mais <strong>de</strong> 5 anos<<strong>br</strong> />

Utilizar o “Princípio dos 3<<strong>br</strong> />

Gen”: Ir ao local (Genba),<<strong>br</strong> />

observar as evidências<<strong>br</strong> />

(Genbutsu e enten<strong>de</strong>r o<<strong>br</strong> />

fenômeno ( Gensho)<<strong>br</strong> />

Mangueiras <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

borracha não são<<strong>br</strong> />

trocadas<<strong>br</strong> />

periodicamente<<strong>br</strong> />

Fonte: XENOS, 1998, p.104<<strong>br</strong> />

Figura 2.4 – Exemplo do método dos cinco porquês


23<<strong>br</strong> />

Outra característica que ajuda a <strong>de</strong>monstrar a importância estratégica da<<strong>br</strong> />

Manutenção para as empresas e que po<strong>de</strong> influenciar na mudança <strong>de</strong> posicionamento<<strong>br</strong> />

em relação à Manutenção, está ligada ao montante que esse setor da ativida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

empresarial movimenta no Brasil e no mundo. Segundo a Associação Brasileira <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Manutenção, a ABRAMAN, esse valor aproxima-se dos US$ 35 bilhões por ano. Nos<<strong>br</strong> />

Estados Unidos, Japão e Alemanha os valores movimentados anualmente são<<strong>br</strong> />

respectivamente, US$ 300, US$175 e US$ 130 bilhões. Essas cifras <strong>de</strong>monstram o<<strong>br</strong> />

potencial da Manutenção no que se refere à lucrativida<strong>de</strong> das empresas (ARCURI,<<strong>br</strong> />

2001, p. 2).<<strong>br</strong> />

Outro dado que reforça a importância e o impacto da Manutenção nas finanças<<strong>br</strong> />

das empresas é mostrado na Tabela 2.1 que aponta a relação entre os custos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

manutenção e o faturamento anual das empresas no Brasil.<<strong>br</strong> />

A média <strong>de</strong>sses valores no período <strong>de</strong> 1995 a 2001 representa US$ 28 bilhões<<strong>br</strong> />

e equivale a 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB) médio <strong>br</strong>asileiro do mesmo período<<strong>br</strong> />

(ABRAMAN, 2001, p.10).<<strong>br</strong> />

Tabela 2.1 – Relação % entre custo <strong>de</strong> manutenção e faturamento das empresas no Brasil<<strong>br</strong> />

Ano Custo total <strong>de</strong> Manutenção / Faturamento Bruto<<strong>br</strong> />

2001 4,47%<<strong>br</strong> />

1999 3,56%<<strong>br</strong> />

1997 4,39%<<strong>br</strong> />

1995 4,26%<<strong>br</strong> />

Fonte: ABRAMAN, 2001, p. 10<<strong>br</strong> />

Mas se a mudança <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> <strong>com</strong> relação à Manutenção parece ser tão lógica<<strong>br</strong> />

lucrativa e necessária, por que diversas empresas ainda não conseguiram efetuar<<strong>br</strong> />

essa mudança?<<strong>br</strong> />

Aspectos <strong>com</strong>o recursos materiais e humanos escassos ou ina<strong>de</strong>quados,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ficiência ou ausência <strong>de</strong> uma cultura para análise e prevenção das constantes<<strong>br</strong> />

falhas dos equipamentos, procedimentos <strong>de</strong>ficientes para registro e gerenciamento<<strong>br</strong> />

das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> manutenção, além da falta <strong>de</strong> padrões técnicos e <strong>de</strong> conduta,<<strong>br</strong> />

acabam contribuindo para que a Manutenção não tenha o reconhecimento <strong>de</strong> sua<<strong>br</strong> />

importância e um lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na estratégia das empresas.<<strong>br</strong> />

Somente o reconhecimento <strong>de</strong>ssas causas e o empenho das li<strong>de</strong>ranças em<<strong>br</strong> />

suprimí-las, irão permitir a mudança dos paradigmas e da situação em que se<<strong>br</strong> />

encontram as manutenções <strong>de</strong> muitas das empresas no Brasil (XENOS, 1998, p.13-<<strong>br</strong> />

15; MOUBRAY, 1997, p.5 e CONTADOR, 1998, p.397).


24<<strong>br</strong> />

2.2.2 DEFINIÇÃO DO TERMO <strong>MANUTENÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Algumas <strong>de</strong>finições po<strong>de</strong>m ser apresentadas para o termo manutenção:<<strong>br</strong> />

• “Ato ou efeito <strong>de</strong> manter” (MICHAELIS, 2003).<<strong>br</strong> />

• “Os cuidados técnicos indispensáveis ao funcionamento regular e<<strong>br</strong> />

permanente <strong>de</strong> motores e máquinas” (AURÉLIO, 2003).<<strong>br</strong> />

• “Combinação <strong>de</strong> ações técnicas e administrativas, incluindo as <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

supervisão, <strong>de</strong>stinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual<<strong>br</strong> />

possa <strong>de</strong>sempenhar uma função requerida” (NBR 5462, 1994).<<strong>br</strong> />

• “Forma pela qual as organizações tentam evitar as falhas, cuidando <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

suas instalações físicas” (SLACK, 1997, p.635).<<strong>br</strong> />

• “Fazer tudo que for preciso para assegurar que um equipamento continue a<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenhar as funções para as quais foi projetado, em um nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho exigido” (XENOS, 1998, p.18).<<strong>br</strong> />

• “Um conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> suprimir <strong>de</strong>feitos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

qualida<strong>de</strong> produzidos pelas avarias e eliminar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajustes dos<<strong>br</strong> />

equipamentos” (SHIROSE, 1994, p.13).<<strong>br</strong> />

Com base nas <strong>de</strong>finições apresentadas po<strong>de</strong>-se dizer então que Manutenção<<strong>br</strong> />

é o ato <strong>de</strong> estabelecer e gerenciar <strong>de</strong> forma contínua e sistemática as ações para<<strong>br</strong> />

eliminação <strong>de</strong> falhas já ocorridas e potencias dos equipamentos, assegurando durante<<strong>br</strong> />

toda sua vida útil, as características especificadas em projeto, além <strong>de</strong> garantir a<<strong>br</strong> />

saú<strong>de</strong> e segurança <strong>de</strong> seus usuários e a preservação do meio ambiente.<<strong>br</strong> />

2.2.3 EVOLUÇÃO DA <strong>MANUTENÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consertar ou reformar coisas sempre existiu, portanto é difícil<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>finir <strong>de</strong> forma precisa quando surgiu <strong>de</strong> fato a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção. Sabe-se<<strong>br</strong> />

que historicamente na Europa em torno do século XVI, a fa<strong>br</strong>icação dos primeiros<<strong>br</strong> />

relógios mecânicos fez surgir também os primeiros técnicos <strong>de</strong> montagem e<<strong>br</strong> />

reparação. A Revolução Industrial e a Primeira Gran<strong>de</strong> Guerra <strong>de</strong>ram espaço a<<strong>br</strong> />

expansão das tarefas <strong>de</strong> manutenção emergenciais. Na Segunda Gran<strong>de</strong> Guerra<<strong>br</strong> />

conceitos <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> e produtivida<strong>de</strong> já eram mais explorados e levaram ao<<strong>br</strong> />

que chamamos <strong>de</strong> manutenção preventiva e posteriormente aos mo<strong>de</strong>rnos tipos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

manutenção que veremos no item 2.2.4 da presente Dissertação (GERAGHETY,<<strong>br</strong> />

2000, p.2 e BIBVIRT, 2000, p.2).<<strong>br</strong> />

A evolução da Manutenção em um contexto mundial po<strong>de</strong> ser representada por<<strong>br</strong> />

três gerações <strong>de</strong>scritas a seguir (SIEVULI, 2001, p.8) e resumidas na Figura 2.5:


25<<strong>br</strong> />

• 1 a geração (1930 a 1940): caracterizada pelo conserto após a falha ou<<strong>br</strong> />

manutenção emergencial;<<strong>br</strong> />

• 2 a geração (1940 a 1970): caracterizada pela disponibilida<strong>de</strong> crescente e maior<<strong>br</strong> />

vida útil dos equipamentos, pelas intervenções preventivas baseadas no tempo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

uso após a última intervenção, pelo custo elevado <strong>de</strong> manutenção quando<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>parado aos benefícios, pelos sistemas manuais <strong>de</strong> planejamento e registro das<<strong>br</strong> />

tarefas e ocorrências <strong>de</strong> manutenção e posteriormente pelo início do uso <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>putadores gran<strong>de</strong>s e lentos para execução <strong>de</strong>ssas tarefas;<<strong>br</strong> />

• 3 a geração (Des<strong>de</strong> 1970): caracterizada pelo aumento significativo da<<strong>br</strong> />

disponibilida<strong>de</strong> e confiabilida<strong>de</strong> dos equipamentos, pela melhoria na relação entre o<<strong>br</strong> />

custo e o benefício da manutenção, pelas intervenções nos equipamentos baseadas<<strong>br</strong> />

na análise da condição e no risco da falha, pela melhor qualida<strong>de</strong> dos produtos, pelo<<strong>br</strong> />

controle dos riscos para a segurança e saú<strong>de</strong> do trabalhador, pela preocupação<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o meio ambiente, por <strong>com</strong>putadores portáteis e rápidos <strong>com</strong> potentes softwares<<strong>br</strong> />

para intervenções e gerenciamento da manutenção, além do surgimento dos grupos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> trabalho multidisciplinares.<<strong>br</strong> />

1 a GERAÇÃO (1930 –<<strong>br</strong> />

1940)<<strong>br</strong> />

- Conserto após a falha<<strong>br</strong> />

- Baixa disponibilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

do equipamento<<strong>br</strong> />

- Manutenção Corretiva<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> emergência<<strong>br</strong> />

2 a GERAÇÃO (1940 –<<strong>br</strong> />

1970)<<strong>br</strong> />

- Monitoramento <strong>com</strong> base<<strong>br</strong> />

no tempo. Manutenção<<strong>br</strong> />

Planejada<<strong>br</strong> />

- Disponibilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

crescente<<strong>br</strong> />

- Planejamento e controle<<strong>br</strong> />

manuais<<strong>br</strong> />

3 a GERAÇÃO (Des<strong>de</strong> 1970)<<strong>br</strong> />

- Monitoramento <strong>com</strong> base<<strong>br</strong> />

na condição. Engenharia <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Manutenção<<strong>br</strong> />

- Confiabilida<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

Manutenabilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

- Softwares potentes <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

planejamento e controle<<strong>br</strong> />

- Grupos <strong>de</strong> trabalho<<strong>br</strong> />

multidisciplinares<<strong>br</strong> />

Fonte: o autor<<strong>br</strong> />

Figura 2.5 – As três gerações <strong>de</strong> evolução da Manutenção<<strong>br</strong> />

2.2.4 TIPOS DE <strong>MANUTENÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Quanto a centralização a Manutenção po<strong>de</strong> ser classificada em centralizada,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scentralizada e mista (ANTUNES, 2001, p.1 e CAMARA, p.5.4).<<strong>br</strong> />

Na manutenção centralizada todos os recursos materiais e humanos são<<strong>br</strong> />

locados em um único ponto e <strong>de</strong> lá são direcionados para o atendimento <strong>de</strong> todas as<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>mais áreas da empresa.<<strong>br</strong> />

Uma manutenção centralizada apresenta maior eficiência global que a<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scentralizada <strong>de</strong>vido a maior flexibilida<strong>de</strong> no direcionamento e uso otimizado da<<strong>br</strong> />

mão <strong>de</strong> o<strong>br</strong>a ao longo <strong>de</strong> toda a empresa, o que permite uma estrutura mais enxuta


26<<strong>br</strong> />

além da otimização também dos estoques <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> reposição, <strong>de</strong> ferramentas e<<strong>br</strong> />

instrumentos.<<strong>br</strong> />

Por outro lado, a centralização dificulta o a<strong>com</strong>panhamento das tarefas, dada a<<strong>br</strong> />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento dos supervisores até as várias frentes <strong>de</strong> trabalho. O<<strong>br</strong> />

treinamento e especialização também são dificultados <strong>de</strong>vido a uma maior quantida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> equipamentos sob responsabilida<strong>de</strong> da equipe <strong>de</strong> manutenção. Maiores distâncias<<strong>br</strong> />

entre as áreas atendidas e o setor <strong>de</strong> manutenção também acarretam maiores custos<<strong>br</strong> />

e riscos, principalmente no que se refere ao transporte <strong>de</strong> materiais.<<strong>br</strong> />

Na <strong>de</strong>scentralização, divi<strong>de</strong>-se a fá<strong>br</strong>ica em diversas áreas, tendo cada uma o<<strong>br</strong> />

seu setor <strong>de</strong> manutenção. Esse conceito é aplicado principalmente em áreas on<strong>de</strong> as<<strong>br</strong> />

tarefas <strong>de</strong> manutenção apresentam baixa <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> e não <strong>de</strong>mandam gran<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

especialização <strong>de</strong> seus executantes.<<strong>br</strong> />

As vantagens e <strong>de</strong>svantagens da estrutura <strong>de</strong>scentralizadas são aquelas<<strong>br</strong> />

consi<strong>de</strong>radas respectivamente <strong>com</strong>o <strong>de</strong>svantagens e vantagens na centralização, ou<<strong>br</strong> />

seja, o que se enten<strong>de</strong> <strong>com</strong>o vantagem em uma estrutura se apresenta <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>svantagem na outra.<<strong>br</strong> />

Vale ressaltar que na estrutura <strong>de</strong>scentralizada a principal vantagem é a maior<<strong>br</strong> />

integração entre os <strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong> Produção e Manutenção, o que facilita a<<strong>br</strong> />

implementação dos conceitos <strong>de</strong> Manutenção Produtiva Total, principalmente no que<<strong>br</strong> />

se refere à Manutenção Autônoma, <strong>de</strong>talhada no item 2.2.8 do presente Capítulo.<<strong>br</strong> />

Uma condição intermediária entre a centralização e a <strong>de</strong>scentralização é o que<<strong>br</strong> />

se costuma chamar <strong>de</strong> estrutura mista e que em geral se adota principalmente nas<<strong>br</strong> />

empresas <strong>com</strong> amplas instalações e diversos setores <strong>de</strong> produção.<<strong>br</strong> />

Uma tendência <strong>de</strong> crescimento da utilização das formas <strong>de</strong>scentralizada e<<strong>br</strong> />

mista <strong>de</strong> manutenção no Brasil po<strong>de</strong> ser observada na Tabela 2.2. Um total <strong>de</strong> 57,2%<<strong>br</strong> />

das empresas <strong>br</strong>asileiras em 1995, utilizava uma estrutura <strong>de</strong> manutenção mista ou<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scentralizada. Em 1999 esse número subiu para 59,5% e para 63,4% em 2001.<<strong>br</strong> />

Esse fato po<strong>de</strong> estar relacionado à adoção cada vez mais intensa <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

gestão participativa da Qualida<strong>de</strong> e da Manufatura.<<strong>br</strong> />

Tabela 2.2 – Formas <strong>de</strong> atuação da Manutenção das empresas no Brasil<<strong>br</strong> />

%<<strong>br</strong> />

FORMA DE ATUAÇÃO<<strong>br</strong> />

1995 1997 1999 2001<<strong>br</strong> />

Centralizada 46,20 42,50 40,52 36,62<<strong>br</strong> />

Descentralizada 13,70 15,83 21,55 21,13<<strong>br</strong> />

Mista 33,50 41,67 37,93 42,25<<strong>br</strong> />

Fonte: ABRAMAN, 2001, p.3


27<<strong>br</strong> />

Quanto as políticas <strong>de</strong> aplicação, a Manutenção po<strong>de</strong> ser dividida em Não<<strong>br</strong> />

Planejada e Planejada (BIBVIRT, 2000, p.1.3).<<strong>br</strong> />

A política <strong>de</strong> Manutenção Não Planejada consiste em permitir que o<<strong>br</strong> />

equipamento trabalhe até a que<strong>br</strong>a e a conseqüente paralisação para então efetuar o<<strong>br</strong> />

reparo, atuando portanto <strong>de</strong> forma totalmente reativa e ocupando para o reparo um<<strong>br</strong> />

tempo não programado no qual <strong>de</strong>veria estar produzindo (ALMEIDA, 1999, p.2 e<<strong>br</strong> />

CONTADOR,1998, p.405). A essa forma <strong>de</strong> ação também se <strong>de</strong>nomina manutenção<<strong>br</strong> />

corretiva emergencial, manutenção <strong>de</strong> crise ou manutenção por avaria (Antunes, 2001,<<strong>br</strong> />

p.8 e TAKAHASHI, 1993, p.177).<<strong>br</strong> />

A aplicação da política <strong>de</strong> Manutenção Não Planejada geralmente ocorre<<strong>br</strong> />

quando a opção <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar que<strong>br</strong>ar ainda é mais econômica que a prevenção (XENOS,<<strong>br</strong> />

1998, p.23) ou quando a prevenção da falha não se mostrou eficaz. Também são<<strong>br</strong> />

freqüentemente passíveis <strong>de</strong> manutenção corretiva emergencial os equipamentos que<<strong>br</strong> />

trabalham em ambientes contaminados e agressivos e que apresentam variações<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>uscas no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>terioração, dificultando assim a aplicação da política <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

manutenção preventiva baseada no tempo <strong>de</strong> uso ou no número <strong>de</strong> ciclos<<strong>br</strong> />

(TAKAHASHI, 1993, p.17).<<strong>br</strong> />

Sob o título <strong>de</strong> Manutenção Planejada estão as políticas chamadas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Preventiva, Preditiva, Corretiva Preventiva ou Manutenção <strong>de</strong> Melhoria, Manutenção<<strong>br</strong> />

Centrada na Confiabilida<strong>de</strong>, Prevenção da Manutenção, Manutenção Detectiva e a<<strong>br</strong> />

Terotecnologia, além da Manutenção Produtiva Total.<<strong>br</strong> />

2.2.4.1 <strong>MANUTENÇÃO</strong> PREVENTIVA<<strong>br</strong> />

A Manutenção Preventiva juntamente <strong>com</strong> a Corretiva Emergencial<<strong>br</strong> />

representam a parte mais significativa do percentual das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> manutenção<<strong>br</strong> />

das empresas no Brasil (CAMARA, 2001, p. 3.8).<<strong>br</strong> />

Consi<strong>de</strong>rada o coração da manutenção, a Preventiva se caracteriza por<<strong>br</strong> />

ativida<strong>de</strong>s periódicas <strong>com</strong>o limpeza, lu<strong>br</strong>ificação, inspeções simples, recuperação ou<<strong>br</strong> />

troca <strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes, executadas <strong>de</strong> forma programada antes da que<strong>br</strong>a do<<strong>br</strong> />

equipamento (XENOS, 1998, p.24; SLACK, 1997, p. 636 e BIBVIRT, 2000, p.1.3).<<strong>br</strong> />

Na política preventiva as trocas <strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes <strong>com</strong> prazo fixo, ou seja,<<strong>br</strong> />

baseadas no tempo <strong>de</strong> uso ou número <strong>de</strong> ciclos do equipamento, acontecem quando a<<strong>br</strong> />

inspeção é dificultosa ou mais onerosa (TAKAHASHI, 1993, p.176). Mesmo sendo<<strong>br</strong> />

bastante praticada, a troca <strong>de</strong> um <strong>com</strong>ponente baseada no tempo também po<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

acarretar <strong>de</strong>sperdícios pela substituição prematura, <strong>caso</strong> a freqüência <strong>de</strong> troca não


28<<strong>br</strong> />

coincida <strong>com</strong> o fim <strong>de</strong> vida do <strong>com</strong>ponente, o que não é raro <strong>de</strong> acontecer<<strong>br</strong> />

(CONTADOR, 1998, p. 405).<<strong>br</strong> />

Para se <strong>de</strong>finir o momento da troca <strong>de</strong> um <strong>com</strong>ponente <strong>com</strong> base na política<<strong>br</strong> />

preventiva, po<strong>de</strong>-se utilizar o histórico do equipamento ou <strong>de</strong> similares, a experiência<<strong>br</strong> />

da equipe ou orientações do fa<strong>br</strong>icante que vão assegurar inclusive o direito à garantia<<strong>br</strong> />

do equipamento (ANTUNES, 2001, p.2)<<strong>br</strong> />

De uma forma mais técnica, esse período <strong>de</strong> troca po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido pelo<<strong>br</strong> />

tempo médio entre falhas do <strong>com</strong>ponente (ALMEIDA, 1999, p.3), representado<<strong>br</strong> />

usualmente pela sigla MTBF (Mean Time Between Failures). Definir esse tempo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

troca, mesmo que <strong>de</strong> maneira mais técnica é <strong>com</strong>o um jogo <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> certa forma se aposta na previsão da vida útil do <strong>com</strong>ponente (GERAGTHEY,<<strong>br</strong> />

2000, p.1).<<strong>br</strong> />

2.2.4.2 <strong>MANUTENÇÃO</strong> PREDITIVA<<strong>br</strong> />

A avaliação dos sinais vitais do equipamento antes <strong>de</strong> uma intervenção, é o<<strong>br</strong> />

conceito básico da política <strong>de</strong> manutenção preditiva (GERAGTHEY, 2000, p.1).<<strong>br</strong> />

Diferentemente da Preventiva que se baseia no tempo <strong>de</strong> vida estimado do<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ponente, a Preditiva baseia-se na análise <strong>de</strong> suas condições, permitindo a<<strong>br</strong> />

operação ininterrupta do equipamento durante o maior tempo possível, antes <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

intervenção corretiva planejada (CAMARA, 2001, p.3.4), além <strong>de</strong> otimizar os custos<<strong>br</strong> />

relativos a uma troca prematura caracterizada pela Preventiva.<<strong>br</strong> />

A Preditiva, evitando o que se po<strong>de</strong> chamar <strong>de</strong> tendência a uma super<<strong>br</strong> />

manutenção, também auxilia na redução do volume <strong>de</strong> trabalho da Preventiva e na<<strong>br</strong> />

melhoria da qualida<strong>de</strong> do produto (TAKAHASHI, 1993, p.196-199), <strong>com</strong>o por exemplo,<<strong>br</strong> />

a melhoria na rugosida<strong>de</strong> superficial.<<strong>br</strong> />

Técnicas <strong>de</strong> inspeção mais sofisticadas que as utilizadas na Preventiva,<<strong>br</strong> />

caracterizam a política <strong>de</strong> manutenção preditiva.<<strong>br</strong> />

Problemas <strong>com</strong>o <strong>de</strong>sgastes e contaminações, po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>tectados por meio<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> uma análise físico-química dos lu<strong>br</strong>ificantes em uso no equipamento, análise essa<<strong>br</strong> />

que leva o nome <strong>de</strong> Ferrografia. Atritos excessivos, falhas <strong>de</strong> isolamento e mau<<strong>br</strong> />

contato po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>tectados pela Termografia, que analisa o espectro <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

temperatura das partes do equipamento. Alterações <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> espessura<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>tectadas por ultra-sonografia. Outras técnicas <strong>com</strong>o a fluorescência para<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> trincas, a análise <strong>de</strong> vi<strong>br</strong>ação e o alinhamento a laser <strong>com</strong>pletam o<<strong>br</strong> />

arsenal da Manutenção Preditiva (ANTUNES, 2001, p.2 e MIRSHAWKA, 1991, p.161-<<strong>br</strong> />

168).


29<<strong>br</strong> />

2.2.4.3 <strong>MANUTENÇÃO</strong> DE MELHORIA<<strong>br</strong> />

A política <strong>de</strong> Manutenção <strong>de</strong> Melhoria, também conhecida por Manutenção<<strong>br</strong> />

Corretiva Preventiva, consiste no reparo programado das avarias <strong>de</strong>tectadas durante<<strong>br</strong> />

as inspeções preventivas ou preditivas. Também estão <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa política os<<strong>br</strong> />

reparos que visam tornar o equipamento mais confiável e mais fácil para inspecionar e<<strong>br</strong> />

reparar. Ações <strong>com</strong>o melhoria dos sistemas <strong>de</strong> lu<strong>br</strong>ificação, melhoria <strong>de</strong> proteções,<<strong>br</strong> />

eliminação <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> contaminação, redução do risco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e melhorias na<<strong>br</strong> />

forma, tipo e acesso aos <strong>com</strong>ponentes, caracterizam essa política <strong>de</strong> manutenção<<strong>br</strong> />

(TAKAHASHI, 1993, p.177 e SHIROSE, 1994, p.15).<<strong>br</strong> />

Ações <strong>de</strong> melhoria aplicadas <strong>de</strong> forma gradativa e contínua constituem - se no<<strong>br</strong> />

Kaizen <strong>de</strong> manutenção, um termo <strong>de</strong> origem japonesa que representa a idéia <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

aplicação <strong>de</strong> melhorias (XENOS, 1998, p.25).<<strong>br</strong> />

2.2.4.4 <strong>MANUTENÇÃO</strong> CENTRADA NA CONFIABILIDADE<<strong>br</strong> />

A Manutenção Centrada na Confiabilida<strong>de</strong>, política representada pela sigla<<strong>br</strong> />

RCM (Reliability Centered Maintenance) foi <strong>de</strong>senvolvida por Stan Nowlan e Howard<<strong>br</strong> />

Heap, ambos da United Airlines em 1978, a partir da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumento da<<strong>br</strong> />

confiabilida<strong>de</strong> das aeronaves civis americanas (NETHERTON, 2001, p.1 e<<strong>br</strong> />

GERAGHETY, 2000, p.2).<<strong>br</strong> />

Com o RCM busca-se fazer <strong>com</strong> que o equipamento cumpra, <strong>de</strong> modo<<strong>br</strong> />

confiável, as funções e o <strong>de</strong>sempenho previstos em projeto, por meio da <strong>com</strong>binação<<strong>br</strong> />

e otimização do uso <strong>de</strong> todas as políticas <strong>de</strong> manutenção disponíveis. Para se atingir<<strong>br</strong> />

esse objetivo a política do RCM consi<strong>de</strong>ra necessário que as equipes ligadas a<<strong>br</strong> />

operação e manutenção dos equipamentos <strong>de</strong>vem respon<strong>de</strong>r claramente as seguintes<<strong>br</strong> />

questões:<<strong>br</strong> />

• quais são as funções e níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho previstos no projeto do<<strong>br</strong> />

equipamento e <strong>de</strong> seus subsistemas?<<strong>br</strong> />

• por que e <strong>com</strong>o po<strong>de</strong>m ocorrer falhas nessas funções?<<strong>br</strong> />

• quais as conseqüências da falha?<<strong>br</strong> />

• é possível predizer ou prevenir a falha? Caso não, que outra política <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

manutenção po<strong>de</strong> ser utilizada para impedir a ocorrência da falha?<<strong>br</strong> />

Dentro ainda da política <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong>, outro conceito bastante difundido e<<strong>br</strong> />

útil para a garantia da eficiência dos equipamentos é o conceito <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

manutenabilida<strong>de</strong> (SAE, 1993, p. 1.1), representado pela sigla R&M (Reliability and<<strong>br</strong> />

Maintainability).


30<<strong>br</strong> />

Por confiabilida<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>-se a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um equipamento operar<<strong>br</strong> />

continuamente sem falhas por um período <strong>de</strong>finido <strong>de</strong> tempo ou número <strong>de</strong> ciclos,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ntro das condições <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho especificadas em projeto (SAE, 1993, p.1.1 e<<strong>br</strong> />

EMS, 1994, p.14).<<strong>br</strong> />

A confiabilida<strong>de</strong> dos equipamentos po<strong>de</strong> ser expressa por (SAE, 1993, p3.1):<<strong>br</strong> />

• MTBF (Mean Time Between Failures) que representa o tempo médio <strong>de</strong> operação<<strong>br</strong> />

entre uma falha e outra do equipamento ou MCBF (Mean Cicles Between Failures)<<strong>br</strong> />

que representa o número médio <strong>de</strong> ciclos entre uma falha e outra;<<strong>br</strong> />

• MTTF (Mean Time to Failure) ou MCTF ( Mean Cicles to Failure) que representam<<strong>br</strong> />

respectivamente o tempo médio ou número médio <strong>de</strong> ciclos até a ocorrência da<<strong>br</strong> />

falha, aplicável a itens não reparáveis, ou seja que <strong>de</strong>mandam substituição<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pleta após a falha.<<strong>br</strong> />

Esses valores são obtidos dividindo-se a somatória dos tempos <strong>de</strong> operação ou<<strong>br</strong> />

o número <strong>de</strong> ciclos sem falhas pela quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> falhas ocorridas no período<<strong>br</strong> />

analisado.<<strong>br</strong> />

Por manutenabilida<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>-se a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um reparo em um<<strong>br</strong> />

equipamento ser executado <strong>de</strong>ntro do tempo e dos procedimentos previamente<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>terminados e está ligado às condições <strong>de</strong> acesso ao equipamento, à habilida<strong>de</strong> para<<strong>br</strong> />

diagnóstico da falha além dos recursos materiais e humanos disponíveis e a<strong>de</strong>quados<<strong>br</strong> />

para a realização do reparo (SAE, 1993, p A.1; EMS, 1994, p.15).<<strong>br</strong> />

Po<strong>de</strong> se expressar a manutenabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um equipamento por meio do termo<<strong>br</strong> />

MTTR (Mean Time to Repair ou Mean Time to Replace) que representa o tempo<<strong>br</strong> />

médio para reparo ou substituição <strong>de</strong> um <strong>com</strong>ponente em falha. Obtém se esse valor<<strong>br</strong> />

dividindo-se a somatória dos tempos dispendidos <strong>com</strong> reparos ou substituições pelo<<strong>br</strong> />

numero <strong>de</strong> vezes que se efetuou essas tarefas.<<strong>br</strong> />

A associação dos índices <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong> e manutenabilida<strong>de</strong> permite <strong>de</strong>finir<<strong>br</strong> />

a disponibilida<strong>de</strong> (D) dos equipamentos em termos percentuais (EMS, 1994, p.13),<<strong>br</strong> />

conforme mostrado na Equação 2.1.<<strong>br</strong> />

MTBF<<strong>br</strong> />

D% = x 100<<strong>br</strong> />

Equação 2.1<<strong>br</strong> />

MTBF + MTTR<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

D% = disponibilida<strong>de</strong> percentual do equipamento<<strong>br</strong> />

MTBF = tempo médio entre falhas<<strong>br</strong> />

MTTR = tempo médio para reparo<<strong>br</strong> />

O mesmo conceito é aplicável quando se utiliza o tempo médio entre ciclos ou<<strong>br</strong> />

tempo médio para substituição.


31<<strong>br</strong> />

2.2.4.5 PREVENÇÃO DA <strong>MANUTENÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Também <strong>de</strong>finida <strong>com</strong>o Engenharia <strong>de</strong> Manutenção, a política <strong>de</strong> Prevenção<<strong>br</strong> />

da Manutenção tem <strong>com</strong>o princípio melhorar a confiabilida<strong>de</strong> e a manutenabilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

dos equipamentos quando ainda estiverem na prancheta ou <strong>de</strong> forma mais mo<strong>de</strong>rna,<<strong>br</strong> />

quando ainda estiverem no <strong>com</strong>putador, por meio da i<strong>de</strong>ntificação e modificação das<<strong>br</strong> />

causas básicas <strong>de</strong> situações crônicas <strong>de</strong> mau <strong>de</strong>sempenho (XENOS, 1998, p.26 e<<strong>br</strong> />

CAMARA, 2001, p.3.6).<<strong>br</strong> />

Outro princípio da Engenharia <strong>de</strong> Manutenção é a minimização do custo do<<strong>br</strong> />

ciclo <strong>de</strong> vida dos equipamentos ainda durante a fase do projeto, pois esse custo do<<strong>br</strong> />

ciclo <strong>de</strong> vida é praticamente imutável após o término do projeto, pelo fato <strong>de</strong> que 90%<<strong>br</strong> />

a 95% do equipamento são imutáveis após sua construção (NAKAJIMA, 1989, p.80-<<strong>br</strong> />

81).<<strong>br</strong> />

O conceito do custo do ciclo <strong>de</strong> vida dos equipamentos surgiu <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

Departamento <strong>de</strong> Defesa dos Estados Unidos da América em 1966 (NAKAJIMA, 1989,<<strong>br</strong> />

p.20) e engloba os seguintes custos (SAE, 1993, p. C1-C7):<<strong>br</strong> />

• custos <strong>de</strong> aquisição: preço <strong>de</strong> <strong>com</strong>pra do equipamento pago ao fornecedor, custos<<strong>br</strong> />

internos <strong>de</strong> administração e engenharia, transporte e taxas, custos <strong>de</strong> instalação e<<strong>br</strong> />

custos <strong>de</strong> treinamento em operação e manutenção;<<strong>br</strong> />

• custos <strong>de</strong> operação: custos <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> o<strong>br</strong>a direta para operação, consumo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

energia elétrica, ar, água, vapor, gás e outras fontes <strong>de</strong> energia, custos <strong>de</strong> materiais<<strong>br</strong> />

consumíveis <strong>com</strong>o lu<strong>br</strong>ificantes, refrigerantes e filtros, coleta e <strong>de</strong>scartes <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

resíduos, custos das perdas <strong>de</strong> produção por falha do equipamento ou baixo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho, além dos custos <strong>de</strong> manutenção dos estoques <strong>de</strong> peças consumíveis<<strong>br</strong> />

e <strong>de</strong> reposição;<<strong>br</strong> />

• custos <strong>de</strong> manutenção planejada e não planejada: custos fixos e variáveis <strong>de</strong> mão<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> o<strong>br</strong>a <strong>de</strong> manutenção, custos <strong>com</strong> peças <strong>de</strong> reposição realmente utilizadas;<<strong>br</strong> />

• custos <strong>de</strong> conversão e <strong>de</strong>scarte: custos associados a conversão ou Adaptado <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

do equipamento a um novo produto; custos <strong>com</strong> <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> reposição e<<strong>br</strong> />

do próprio equipamento incluindo-se a limpeza e em alguns <strong>caso</strong>s a<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scontaminação da área <strong>de</strong> utilização após o <strong>de</strong>scarte.<<strong>br</strong> />

Para que seja apontado corretamente o custo do ciclo <strong>de</strong> vida do equipamento,<<strong>br</strong> />

é fundamental a parceria e a retroalimentação <strong>de</strong> informações entre fa<strong>br</strong>icantes e<<strong>br</strong> />

usuários. Essa parceria permite também i<strong>de</strong>ntificar em equipamentos iguais ou<<strong>br</strong> />

similares as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria da confiabilida<strong>de</strong> e da manutenabilida<strong>de</strong>, à<<strong>br</strong> />

serem implementadas ainda na fase <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> novos equipamentos (SAE, 1993,<<strong>br</strong> />

p.2; NAKAJIMA, 1989, p.80 e XENOS, 1998, p.26).


32<<strong>br</strong> />

2.2.4.6 <strong>MANUTENÇÃO</strong> DETECTIVA<<strong>br</strong> />

Manutenção Detectiva é a política aplicada em equipamentos nos quais as<<strong>br</strong> />

políticas <strong>de</strong> Corretiva Emergencial, Preventiva e Preditiva não são totalmente<<strong>br</strong> />

a<strong>de</strong>quadas. Em geral são equipamentos <strong>de</strong> proteção cuja falha só po<strong>de</strong>rá ser<<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>ntificada no momento do uso, <strong>com</strong>prometendo <strong>de</strong> maneira significativa a sua<<strong>br</strong> />

função. Exemplos <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> equipamento são os sistemas <strong>de</strong> alarme e <strong>com</strong>bate a<<strong>br</strong> />

incêndios e iluminação <strong>de</strong> emergência (GERAGHETY, 2000, p1-2).<<strong>br</strong> />

Para se <strong>de</strong>tectar as falhas ocultas <strong>de</strong>sses equipamentos, são empregados<<strong>br</strong> />

dispositivos <strong>com</strong>o lâmpadas <strong>de</strong> sinalização e alarmes <strong>de</strong> painel.<<strong>br</strong> />

Com o advento dos <strong>com</strong>putadores e crescente automação dos processos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

fa<strong>br</strong>icação, uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arquiteturas <strong>de</strong> controle, po<strong>de</strong>m ser empregadas para a<<strong>br</strong> />

implementação dos dispositivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção (CAMARA, 2001, p.3.5), fortalecendo<<strong>br</strong> />

assim a política <strong>de</strong>tectiva <strong>de</strong> manutenção.<<strong>br</strong> />

2.2.4.7 TEROTECNOLOGIA<<strong>br</strong> />

O conceito da Terotecnologia criado pelos ingleses em 1970 equivale a<<strong>br</strong> />

administração dos bens físicos <strong>com</strong> base no seu custo do ciclo <strong>de</strong> vida, abordando<<strong>br</strong> />

aspectos inerentes a ativida<strong>de</strong> social, econômico-financeira, tecnológica, <strong>de</strong> operação<<strong>br</strong> />

e <strong>de</strong> manutenção (NAKAJIMA, 1989, p.19-21 e CAMARA, 2001, p. 2.2).<<strong>br</strong> />

2.2.5 MELHOR POLÍTICA DE <strong>MANUTENÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Com base nas políticas <strong>de</strong> manutenção planejadas ou não planejadas<<strong>br</strong> />

mostradas no item anterior, qual política po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada a mais a<strong>de</strong>quada para<<strong>br</strong> />

as empresas?<<strong>br</strong> />

A melhor resposta para essa questão po<strong>de</strong> ser a <strong>com</strong>binação <strong>de</strong>ssas políticas,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> maneira a garantir uma melhor eficiência dos equipamentos, analisando-se sempre<<strong>br</strong> />

a relação entre o custo da manutenção e o custo total <strong>de</strong> uma falha (XENOS, 1998,<<strong>br</strong> />

p.26). Políticas <strong>com</strong>o a Manutenção Preditiva, po<strong>de</strong>m aparentar um custo elevado<<strong>br</strong> />

principalmente no que se refere à aquisição <strong>de</strong> equipamentos, ao treinamento ou à<<strong>br</strong> />

contratação <strong>de</strong> consultoria para implementação, mas que evitam custos elevados <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

parada e danos principalmente em equipamentos gran<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> processos contínuos.<<strong>br</strong> />

Na análise dos custos da Manutenção, <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar não somente os<<strong>br</strong> />

custos relacionados aos materiais, mão <strong>de</strong> o<strong>br</strong>a e <strong>de</strong> serviços subcontratados, mas<<strong>br</strong> />

também os custos inerentes às perdas direta <strong>de</strong> produção.<<strong>br</strong> />

Outros custos geralmente pouco consi<strong>de</strong>rados nessa análise são:


33<<strong>br</strong> />

• baixa na moral e no ritmo das equipes <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong> manutenção face às<<strong>br</strong> />

freqüentes paralisações;<<strong>br</strong> />

• dano à imagem junto aos clientes pelo não cumprimento dos prazos, levando a<<strong>br</strong> />

perda <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novos negócios;<<strong>br</strong> />

• estoques <strong>de</strong> produtos acabados por falta <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong> e eficiência dos meios<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> produção.<<strong>br</strong> />

Cabe aos gestores das empresas e em especial aos ligados à Manufatura,<<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>ntificarem corretamente a relação entre o custo e o benefício <strong>com</strong> base no exposto<<strong>br</strong> />

acima e li<strong>de</strong>rarem a implementação das políticas <strong>de</strong> manutenção que julgarem mais<<strong>br</strong> />

a<strong>de</strong>quadas para cada empresa em particular.<<strong>br</strong> />

Outra política <strong>de</strong> manutenção ainda não abordada nesse capítulo refere-se a<<strong>br</strong> />

Manutenção Produtiva Total, que tem <strong>com</strong>o objetivo a melhoria da eficiência global<<strong>br</strong> />

dos equipamentos, agregando todos os conceitos das políticas citadas anteriormente,<<strong>br</strong> />

indo entretanto um pouco além da forma e dos aspectos técnicos <strong>de</strong> aplicação das<<strong>br</strong> />

políticas <strong>de</strong> manutenção. A Manutenção Produtiva Total altera o <strong>com</strong>portamento<<strong>br</strong> />

organizacional, gerando uma cultura diferenciada <strong>de</strong> tratamento dos problemas tanto<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> manutenção <strong>com</strong>o os <strong>de</strong>mais ligados diretamente ao processo produtivo<<strong>br</strong> />

(MARTINS, 1999, p. 352).<<strong>br</strong> />

A política <strong>de</strong> Manutenção Produtiva Total, <strong>de</strong>talhada a seguir, po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />

apresentada <strong>com</strong>o a resposta mais a<strong>de</strong>quada à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudança dos<<strong>br</strong> />

paradigmas e da visão atual so<strong>br</strong>e a manutenção nas empresas (NAKAJIMA, 1989,<<strong>br</strong> />

p.1; SHIROSE, 1994, p.xiii; ANTUNES, 2001, p.6; PALMEIRA, 2002, p.12 e<<strong>br</strong> />

ROBERTS, 1997, p.1).<<strong>br</strong> />

2.3 A <strong>MANUTENÇÃO</strong> <strong>PRODUTIVA</strong> <strong>TOTAL</strong><<strong>br</strong> />

2.3.1 DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS<<strong>br</strong> />

Várias <strong>de</strong>finições po<strong>de</strong>m ser encontradas na literatura, para a política <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Manutenção Produtiva Total, conhecida nos meios on<strong>de</strong> se aplica pela sigla TPM<<strong>br</strong> />

(Total Productive Maintenance). Entre elas, tem-se que TPM é:<<strong>br</strong> />

Esforço elevado na implementação <strong>de</strong> uma cultura corporativa<<strong>br</strong> />

que busca a melhoria da eficiência dos sistemas produtivos, por meio<<strong>br</strong> />

da prevenção <strong>de</strong> todos os tipos <strong>de</strong> perdas, atingindo assim o zero<<strong>br</strong> />

aci<strong>de</strong>nte, zero <strong>de</strong>feito e zero falhas durante todo o ciclo <strong>de</strong> vida dos<<strong>br</strong> />

equipamentos, co<strong>br</strong>indo todos os <strong>de</strong>partamentos da empresa<<strong>br</strong> />

incluindo Produção, Desenvolvimento, Marketing e Administração,<<strong>br</strong> />

requerendo o <strong>com</strong>pleto envolvimento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a alta administração até


34<<strong>br</strong> />

a frente <strong>de</strong> operação <strong>com</strong> as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pequenos grupos. (JIPM,<<strong>br</strong> />

2002, p.1)<<strong>br</strong> />

“Falha zero ou que<strong>br</strong>a zero das máquinas ao lado do zero <strong>de</strong>feito nos produtos<<strong>br</strong> />

e perda zero no processo” (NAKAJIMA, 1989, prefácio).<<strong>br</strong> />

“Campanha que a<strong>br</strong>ange a empresa inteira, <strong>com</strong> a participação <strong>de</strong> todo o<<strong>br</strong> />

corpo <strong>de</strong> empregados, para conseguir a utilização máxima dos equipamentos,<<strong>br</strong> />

utilizando a filosofia do gerenciamento orientado para o equipamento” (TAKAHASHI,<<strong>br</strong> />

1993, p.7).<<strong>br</strong> />

“Processo <strong>de</strong> maximização da performance dos equipamentos, disponibilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

e qualida<strong>de</strong>, <strong>com</strong> o total envolvimento dos operadores <strong>de</strong> produção, técnicos,<<strong>br</strong> />

engenheiros, supervisores e gerentes” (PEREZ, 1997, p.315).<<strong>br</strong> />

Com base nas <strong>de</strong>finições acima, po<strong>de</strong>-se dizer que TPM não é apenas uma<<strong>br</strong> />

política <strong>de</strong> manutenção, mas sim uma filosofia <strong>de</strong> trabalho, <strong>com</strong> extrema <strong>de</strong>pendência<<strong>br</strong> />

do envolvimento <strong>de</strong> todos os níveis da organização, capaz <strong>de</strong> gerar um senso <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

proprieda<strong>de</strong> so<strong>br</strong>e os equipamentos, so<strong>br</strong>e o processo e so<strong>br</strong>e o produto. O conceito<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> perda zero, que leva a obtenção <strong>de</strong> resultados imediatos, acaba servindo também<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o fator motivacional para a continuida<strong>de</strong> e aceleração da implementação.<<strong>br</strong> />

Três características importantes po<strong>de</strong>m ser observadas no TPM (NAKAJIMA,<<strong>br</strong> />

1989, p.12-13 e XENOS, 1998, p.28):<<strong>br</strong> />

• busca da economicida<strong>de</strong>, ou seja, tornar a manutenção uma ativida<strong>de</strong> geradora <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ganhos financeiros para a empresa. Essa característica está presente em todas as<<strong>br</strong> />

políticas <strong>de</strong> manutenção baseadas nos conceitos <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> falhas e na<<strong>br</strong> />

melhoria da confiabilida<strong>de</strong> e disponibilida<strong>de</strong> dos equipamentos;<<strong>br</strong> />

• integração e otimização <strong>de</strong> todas as políticas <strong>de</strong> manutenção disponíveis, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

maneira a promover a melhoria da eficiência global dos equipamentos;<<strong>br</strong> />

• participação voluntária <strong>de</strong> operadores <strong>de</strong> produção nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> manutenção,<<strong>br</strong> />

levados pelo conceito <strong>de</strong> gerenciamento dos resultados e <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

pequenos grupos.<<strong>br</strong> />

A valorização dos operários que participam da implementação do TPM po<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ser percebida na satisfação ao verem seus rostos estampados nos quadros <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ativida<strong>de</strong>s das áreas, ao lado <strong>de</strong> mensagens <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento e reconhecimento e ao<<strong>br</strong> />

lado <strong>de</strong> gráficos que mostram os resultados <strong>de</strong> seus esforços e participação (MORA,<<strong>br</strong> />

2000, p.2 e WIREMAN, 2000, p.6).<<strong>br</strong> />

Consi<strong>de</strong>rando que as falhas po<strong>de</strong>m ser relacionadas ao <strong>com</strong>portamento<<strong>br</strong> />

organizacional da empresa, torna-se importante o entendimento <strong>de</strong> todos os<<strong>br</strong> />

envolvidos <strong>com</strong> os equipamentos <strong>de</strong> forma direta ou indireta além das áreas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

suporte, no que refere aos papéis, responsabilida<strong>de</strong>s e formas <strong>de</strong> se ajudarem


35<<strong>br</strong> />

mutuamente na eliminação das falhas. Nesse aspecto o TPM apresenta uma<<strong>br</strong> />

característica marcante <strong>de</strong> interação entre os <strong>de</strong>partamentos e níveis organizacionais<<strong>br</strong> />

das empresas (SUZAKI, 1987, p.122).<<strong>br</strong> />

Dentro da filosofia do TPM é preciso perceber o conceito da melhoria contínua<<strong>br</strong> />

representado pela busca do constante crescimento da eficiência global dos<<strong>br</strong> />

equipamentos. A percepção e interiorização <strong>de</strong>sse conceito <strong>de</strong> melhoria contínua, leva<<strong>br</strong> />

os envolvidos <strong>com</strong> TPM a auto-avaliação <strong>de</strong> suas condutas, gerando a já mencionada<<strong>br</strong> />

mudança cultural nas empresas (BECK, 1999, p1-2).<<strong>br</strong> />

2.3.2 HISTÓRICO DA <strong>MANUTENÇÃO</strong> <strong>PRODUTIVA</strong> <strong>TOTAL</strong><<strong>br</strong> />

Com o final da Segunda Guerra mundial, as empresas japonesas o<strong>br</strong>igadas<<strong>br</strong> />

pela necessida<strong>de</strong> urgente e por metas governamentais agressivas <strong>de</strong> reconstrução do<<strong>br</strong> />

país, tornaram-se fiéis seguidoras das técnicas americanas <strong>de</strong> gestão e <strong>de</strong> produção.<<strong>br</strong> />

A partir <strong>de</strong> 1950 <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> utilizar somente a política <strong>de</strong> Manutenção Corretiva <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Emergência e <strong>de</strong>ram início a implementação dos conceitos <strong>de</strong> Manutenção Preventiva<<strong>br</strong> />

baseada no tempo, aos quais se agregaram posteriormente os conceitos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Manutenção do Sistema <strong>de</strong> Produção, <strong>de</strong> Manutenção Corretiva <strong>de</strong> Melhorias, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Prevenção da Manutenção e <strong>de</strong> Manutenção Produtiva que buscavam a maximização<<strong>br</strong> />

da capacida<strong>de</strong> produtiva dos equipamentos (NAKAJIMA, 1989, p.10, NAKASATO,<<strong>br</strong> />

1994, p.1.2 e PALMEIRA, 2002, p.81-88).<<strong>br</strong> />

Até 1970, a aplicação <strong>de</strong>sses conceitos era basicamente uma atribuição do<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Manutenção e não vinha aten<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> maneira efetiva aos objetivos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> zero que<strong>br</strong>a e zero <strong>de</strong>feito da indústria japonesa (SHIROSE, 1989, p.16).<<strong>br</strong> />

Em 1971, o envolvimento <strong>de</strong> todos os níveis da organização, o apoio da alta<<strong>br</strong> />

gerência e as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pequenos grupos <strong>de</strong> operadores originaram a Manutenção<<strong>br</strong> />

Produtiva Total, mais conhecida <strong>com</strong>o TPM (Total Productive Maintenance), aplicada<<strong>br</strong> />

pela primeira vez pela empresa Nippon<strong>de</strong>nso, um dos principais fornecedores<<strong>br</strong> />

japoneses <strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes elétricos para a Toyota Car Company, sob a li<strong>de</strong>rança do<<strong>br</strong> />

Instituto Japonês <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Planta (JIPE - Japanese Institute of Plant<<strong>br</strong> />

Engineering) na figura <strong>de</strong> Seiichi Nakajima. O JIPE foi o precursor do Instituto Japonês<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Manutenção <strong>de</strong> Plantas (JIPM - Japanese Institute of Plant Maintenance), o órgão<<strong>br</strong> />

máximo <strong>de</strong> disseminação do TPM no mundo (PALMEIRA, 2002,p.86 e KENEDY, p. 4).<<strong>br</strong> />

A Figura 2.6 resume a evolução da manutenção preventiva no Japão.<<strong>br</strong> />

Somente em meados dos anos 80, surgiram os primeiros livros e artigos so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

TPM, escritos por Seiichi Nakajima e por outros autores japoneses e americanos. O


36<<strong>br</strong> />

primeiro congresso mundial <strong>de</strong> TPM aconteceu nos Estados Unidos em 1990<<strong>br</strong> />

(ROBERTS, 1997, p.2).<<strong>br</strong> />

Década<<strong>br</strong> />

DÉCADA DE 50: busca da<<strong>br</strong> />

consolidação da função e<<strong>br</strong> />

performance por meio da<<strong>br</strong> />

manutenção preventiva<<strong>br</strong> />

DÉCADA DE 60: conceitos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

confiabilida<strong>de</strong>, segurança e<<strong>br</strong> />

economicida<strong>de</strong> passam a ser<<strong>br</strong> />

visualizados <strong>com</strong>o tópicos<<strong>br</strong> />

fundamentais <strong>de</strong>ntro dos<<strong>br</strong> />

projetos <strong>de</strong> instalações<<strong>br</strong> />

industriais ( Era da Manutenção<<strong>br</strong> />

do Sistema <strong>de</strong> Produção)<<strong>br</strong> />

DÉCADA DE 70: ênfase na pessoa,<<strong>br</strong> />

administração participativa e visão<<strong>br</strong> />

global <strong>de</strong> sistema; incorporação dos<<strong>br</strong> />

conceitos <strong>de</strong> prevenção da manutenção<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o <strong>de</strong>senrolar con<strong>com</strong>itante do TPM<<strong>br</strong> />

Técnicas<<strong>br</strong> />

Administrativas<<strong>br</strong> />

• Manutenção Preventiva<<strong>br</strong> />

(MP - a partir <strong>de</strong> 1951)<<strong>br</strong> />

• Manutenção do Sistema<<strong>br</strong> />

Produtivo (MSP – a partir <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

1954)<<strong>br</strong> />

• Manutenção corretiva <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a incorporação <strong>de</strong> melhorias<<strong>br</strong> />

(MM – a partir <strong>de</strong> 1957)<<strong>br</strong> />

• Prevenção da<<strong>br</strong> />

Manutenção (PdM – a partir <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

1960)<<strong>br</strong> />

• Engenharia <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Confiabilida<strong>de</strong> (a partir <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

1962)<<strong>br</strong> />

• Engenharia Econômica<<strong>br</strong> />

• Incorporação <strong>de</strong> conceitos das<<strong>br</strong> />

ciências <strong>com</strong>portamentais<<strong>br</strong> />

• Desenvolvimento da Engenharia <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Sistemas<<strong>br</strong> />

• Logística e Terotecnologia<<strong>br</strong> />

Fatos em <strong>de</strong>staque<<strong>br</strong> />

1951: Introdução da sistemática<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Manutenção<<strong>br</strong> />

Preventiva (MP) nos<<strong>br</strong> />

mol<strong>de</strong>s americanos pela<<strong>br</strong> />

Towa Fuel Industries<<strong>br</strong> />

1953: Criação <strong>de</strong> um <strong>com</strong>itê<<strong>br</strong> />

para Estudo da MP,<<strong>br</strong> />

integrado por 20<<strong>br</strong> />

empresas que<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>açaram o programa,<<strong>br</strong> />

dando origem ao<<strong>br</strong> />

em<strong>br</strong>ião do JIPM<<strong>br</strong> />

1954: Visita <strong>de</strong> George Smith<<strong>br</strong> />

ao Japão para<<strong>br</strong> />

disseminação dos<<strong>br</strong> />

conceitos <strong>de</strong> PM<<strong>br</strong> />

1960: I Simpósio Japonês <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Manutenção<<strong>br</strong> />

1962: Visita aos Estados<<strong>br</strong> />

Unidos da 1 a Delegação<<strong>br</strong> />

Japonesa para Estudo<<strong>br</strong> />

da Manutenção <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Instalações promovido<<strong>br</strong> />

pela JMA (Japan<<strong>br</strong> />

Management<<strong>br</strong> />

Association)<<strong>br</strong> />

1963: Simpósio Internacional<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Manutenção em<<strong>br</strong> />

Londres<<strong>br</strong> />

1964: Início do Prêmio PM, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

excelência em<<strong>br</strong> />

manutenção<<strong>br</strong> />

1968: Simpósio Internacional<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> manutenção em New<<strong>br</strong> />

York<<strong>br</strong> />

1969: Criação do JIPE (Japan<<strong>br</strong> />

Institute of Plant<<strong>br</strong> />

Engineering)<<strong>br</strong> />

1970: Simpósio Internacional <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Manutenção <strong>de</strong> Tokyo promovido<<strong>br</strong> />

em conjunto pelo JIPE e JMA,<<strong>br</strong> />

além do Simpósio Internacional<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Manutenção na Alemanha<<strong>br</strong> />

Oci<strong>de</strong>ntal<<strong>br</strong> />

1971: Simpósio Internacional <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Manutenção em Los Angeles<<strong>br</strong> />

1973: Simpósio <strong>de</strong> Manutenção e<<strong>br</strong> />

Reparo em Tokyo, além do<<strong>br</strong> />

Simpósio Internacional <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Terotecnologia em Bruxelas<<strong>br</strong> />

1974: Simpósio Internacional <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Manutenção em Paris<<strong>br</strong> />

1976: Simpósio Internacional <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Manutenção na Iugoslávia<<strong>br</strong> />

1981: Fundação do JIPM (Japanese<<strong>br</strong> />

Institute of Plant Maintenance)<<strong>br</strong> />

Fonte: NAKAJIMA, 1989, p.11<<strong>br</strong> />

Figura 2.6 – Evolução da Manutenção no Japão<<strong>br</strong> />

A partir também dos anos 80, os pequenos grupos <strong>de</strong> operadores pu<strong>de</strong>ram<<strong>br</strong> />

incorporar às suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> TPM, as técnicas <strong>de</strong> manutenção preditiva que<<strong>br</strong> />

marcavam o início da era da manutenção baseada não mais no tempo <strong>de</strong> uso do<<strong>br</strong> />

equipamento, mas sim na sua condição.<<strong>br</strong> />

Des<strong>de</strong> seu nascimento em 1971 o TPM segue uma evolução constante que<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong> ser dividida em quatro gerações (PALMEIRA, 2002. p.88-91 e JIPM, 2002, p.2 ).


37<<strong>br</strong> />

No início do TPM as ações para maximização da eficiência global dos<<strong>br</strong> />

equipamentos focavam apenas as perdas por falhas e em geral eram tomadas pelos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>partamentos relacionados diretamente ao equipamento. Esse período po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>nominado a primeira geração do TPM.<<strong>br</strong> />

A segunda geração do TPM se inicia na década <strong>de</strong> 80, período em que o<<strong>br</strong> />

objetivo <strong>de</strong> maximização da eficiência passa a ser buscado por meio da eliminação<<strong>br</strong> />

das seis principais perdas nos equipamentos divididas em: perda por que<strong>br</strong>a ou falha,<<strong>br</strong> />

perda por preparação e ajuste, perda por operação em vazio e pequenas paradas,<<strong>br</strong> />

perda por velocida<strong>de</strong> reduzida, perda por <strong>de</strong>feitos no processo e perda no início da<<strong>br</strong> />

produção.<<strong>br</strong> />

No final da década <strong>de</strong> 80 e início da década <strong>de</strong> 90 surge a terceira geração do<<strong>br</strong> />

TPM, cujo foco para maximização da eficiência <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser somente o equipamento e<<strong>br</strong> />

passa a ser o sistema <strong>de</strong> produção. A maximização da eficiência passa a ser buscada<<strong>br</strong> />

então por meio da eliminação <strong>de</strong> <strong>de</strong>zesseis gran<strong>de</strong>s perdas divididas em:<<strong>br</strong> />

• Oito perdas ligadas aos equipamentos: por que<strong>br</strong>a ou falha, por instalação e<<strong>br</strong> />

ajustes, por mudanças <strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong> controle e ferramentas, por início <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

produção, por pequenas paradas e inativida<strong>de</strong>, por velocida<strong>de</strong> reduzida, por<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>feitos e retrabalhos e perda por tempo ocioso;<<strong>br</strong> />

• Cinco perdas ligadas às pessoas: falha na administração, perda por<<strong>br</strong> />

mobilida<strong>de</strong> operacional, perda por organização da linha, perda por logística e<<strong>br</strong> />

perda por medições e ajustes;<<strong>br</strong> />

• Três perdas ligadas aos recursos físicos <strong>de</strong> produção: perda por falha e<<strong>br</strong> />

troca <strong>de</strong> matrizes, ferramentas e gabaritos, perda por falha <strong>de</strong> energia e perda<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> tecnologia.<<strong>br</strong> />

A quarta geração do TPM que se inicia a partir <strong>de</strong> 1999, consi<strong>de</strong>ra que o<<strong>br</strong> />

envolvimento <strong>de</strong> toda a organização na eliminação das perdas, redução dos custos e<<strong>br</strong> />

maximização da eficiência ainda é limitado. Essa geração contempla uma visão mais<<strong>br</strong> />

estratégica <strong>de</strong> gerenciamento e o envolvimento também <strong>de</strong> setores <strong>com</strong>o <strong>com</strong>ercial,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos, para eliminação <strong>de</strong> 20 gran<strong>de</strong>s perdas<<strong>br</strong> />

divididas entre processos, inventários, distribuição e <strong>com</strong>pras.<<strong>br</strong> />

A Figura 2.7 mostra um resumo das quatro gerações do TPM.


38<<strong>br</strong> />

1 a geração<<strong>br</strong> />

2 a geração<<strong>br</strong> />

3 a geração<<strong>br</strong> />

4 a geração<<strong>br</strong> />

1970<<strong>br</strong> />

1980<<strong>br</strong> />

1990<<strong>br</strong> />

2000<<strong>br</strong> />

Estratégia<<strong>br</strong> />

Máxima eficiência dos<<strong>br</strong> />

equipamentos<<strong>br</strong> />

Produção e<<strong>br</strong> />

TPM<<strong>br</strong> />

Gestão e<<strong>br</strong> />

TPM<<strong>br</strong> />

Foco<<strong>br</strong> />

Equipamento<<strong>br</strong> />

Sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Produção<<strong>br</strong> />

Sistema geral da<<strong>br</strong> />

Companhia<<strong>br</strong> />

Perdas<<strong>br</strong> />

Perda por<<strong>br</strong> />

falha<<strong>br</strong> />

Seis<<strong>br</strong> />

principais<<strong>br</strong> />

perdas nos<<strong>br</strong> />

equipamentos<<strong>br</strong> />

Dezesseis perdas<<strong>br</strong> />

(equipamentos,<<strong>br</strong> />

fatores humanos e<<strong>br</strong> />

recursos na<<strong>br</strong> />

produção)<<strong>br</strong> />

Vinte perdas<<strong>br</strong> />

(processos, inventário,<<strong>br</strong> />

distribuição e <strong>com</strong>pras)<<strong>br</strong> />

Fonte: PALMEIRA, 2002, p.92<<strong>br</strong> />

Figura 2.7 – As quatro gerações do TPM<<strong>br</strong> />

2.3.3 RESULTADOS DO TPM<<strong>br</strong> />

Benefícios não mensuráveis po<strong>de</strong>m ser atribuídos a implementação do TPM,<<strong>br</strong> />

tais <strong>com</strong>o uma maior interação da organização, melhoria no ambiente <strong>de</strong> trabalho,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento intelectual, motivação e autoconfiança dos empregados<<strong>br</strong> />

(NAKASATO, 1994, p1.9 e PALMEIRA, 2002, p.214). Porém, é por meio <strong>de</strong> resultados<<strong>br</strong> />

mensuráveis que se observa, <strong>de</strong> forma mais efetiva, os benefícios passíveis <strong>de</strong> serem<<strong>br</strong> />

obtidos <strong>com</strong> a implementação do TPM. Esses resultados po<strong>de</strong>m se divididos em seis<<strong>br</strong> />

gran<strong>de</strong>s grupos representados pela sigla PQCDSM e estão mostrados na Figura 2.8.<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

Produtivida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Q<<strong>br</strong> />

Qualida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

Custo<<strong>br</strong> />

D<<strong>br</strong> />

Distribuição<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

Segurança<<strong>br</strong> />

M<<strong>br</strong> />

Moral<<strong>br</strong> />

• Aumento da produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> o<strong>br</strong>a <strong>de</strong> 1,4 a 1,5 vezes<<strong>br</strong> />

• Aumento da produtivida<strong>de</strong> em termos <strong>de</strong> valor agregado <strong>de</strong> 1,5 a 2<<strong>br</strong> />

vezes<<strong>br</strong> />

• Aumento do índice operacional dos equipamentos <strong>de</strong> 1,5 a 2 vezes<<strong>br</strong> />

• Redução do índice <strong>de</strong> falha <strong>de</strong> processo para até 10% dos níveis<<strong>br</strong> />

anteriores <strong>de</strong> falha<<strong>br</strong> />

• Redução do índice <strong>de</strong> refugo para até 3% dos níveis anteriores<<strong>br</strong> />

• Redução do nível <strong>de</strong> reclamações <strong>de</strong> clientes para até 25% dos níveis<<strong>br</strong> />

anteriores<<strong>br</strong> />

• Redução <strong>de</strong> até 30% nos estoques <strong>de</strong> processo<<strong>br</strong> />

• Redução <strong>de</strong> até 30% do consumo <strong>de</strong> energia<<strong>br</strong> />

• Redução dos níveis <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> fluidos hidráulicos para até 20% dos<<strong>br</strong> />

níveis anteriores<<strong>br</strong> />

• Redução <strong>de</strong> até 30% no custo total <strong>de</strong> fa<strong>br</strong>icação<<strong>br</strong> />

• Redução <strong>de</strong> até 50% do estoque <strong>de</strong> produtos acabados em n o <strong>de</strong> dias<<strong>br</strong> />

• Aumento <strong>de</strong> 2 vezes no giro <strong>de</strong> estoque ( 3 a 6 vezes ao mês)<<strong>br</strong> />

• Zero absenteísmo por aci<strong>de</strong>ntes<<strong>br</strong> />

• Zero ocorrência <strong>de</strong> contaminação do meio ambiente<<strong>br</strong> />

• Aumento <strong>de</strong> até 5 a 10 vezes no n o <strong>de</strong> sugetões<<strong>br</strong> />

• Aumento <strong>de</strong> até 2 vezes no n o <strong>de</strong> reuniões <strong>de</strong> pequenos grupos<<strong>br</strong> />

Fonte: adaptado <strong>de</strong> NAKAJIMA, 1989, p.7; NAKASATO, 1994, p.1.8 e SHIROSE, 1994, p.10-12<<strong>br</strong> />

Figura 2.8 – Resultados mensuráveis passíveis <strong>de</strong> obtenção <strong>com</strong> o TPM


39<<strong>br</strong> />

2.3.4 PRÊMIO DE EXCELÊNCIA EM TPM<<strong>br</strong> />

Des<strong>de</strong> 1971 o JIPM vem premiando empresas <strong>de</strong>ntro e fora do Japão que<<strong>br</strong> />

apresentam excelência na implementação e sustentação do TPM. Nessa avaliação é<<strong>br</strong> />

consi<strong>de</strong>rada a efetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aspectos práticos relacionados aos meios produtivos, tais<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o: padronização, sistematização, administração, melhoria da qualida<strong>de</strong> e da<<strong>br</strong> />

produtivida<strong>de</strong>, redução <strong>de</strong> custos, eliminação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios, aumento da<<strong>br</strong> />

confiabilida<strong>de</strong> dos equipamentos, segurança das pessoas e do meio ambiente<<strong>br</strong> />

(NAKAJIMA, 1989, p.4).<<strong>br</strong> />

O JIPM divi<strong>de</strong> a premiação <strong>de</strong> excelência em TPM nas seguintes categorias<<strong>br</strong> />

(JIPM, 2002, p.3):<<strong>br</strong> />

• por classe mundial em resultados<<strong>br</strong> />

• especial para resultados em TPM<<strong>br</strong> />

• excelência e consistência na continuida<strong>de</strong> do TPM (primeira categoria)<<strong>br</strong> />

• excelência em TPM (primeira categoria)<<strong>br</strong> />

• excelência e consistência na continuida<strong>de</strong> do TPM (segunda categoria)<<strong>br</strong> />

• excelência em TPM (segunda categoria)<<strong>br</strong> />

A primeira empresa a conquistar o prêmio <strong>de</strong> excelência foi a Nippon<strong>de</strong>nso,<<strong>br</strong> />

uma empresa <strong>de</strong> autopeças japonesa, pioneira na implementação do TPM.<<strong>br</strong> />

(NAKAJIMA, 1989, p.2).<<strong>br</strong> />

Na América do Sul diversas empresas já tiveram seu reconhecimento por parte<<strong>br</strong> />

do JIPM (IMC, 2003) conforme mostrado a seguir:<<strong>br</strong> />

• Prêmio <strong>de</strong> Excelência 1 a Categoria<<strong>br</strong> />

1996 - Pirelli Cabos - Cerquilho (BR) e Pirelli Pneus - Sto André (BR)<<strong>br</strong> />

1998 - Pirelli Pneus - Campinas (BR); Unilever - Valinhos (BR); Unilever - Anastácio<<strong>br</strong> />

(BR) e Unilever - Carrascal (Chile)<<strong>br</strong> />

1999 - COPENE - Camaçari (BR)<<strong>br</strong> />

2000 - Unilever - Vinhedo (BR); Unilever - Indaiatuba (BR);Unilever Best Foods -<<strong>br</strong> />

Valinhos (BR); Eletronorte - Mato Grosso (BR)<<strong>br</strong> />

2001 - Eletronorte - Maranhão (BR); Eletronorte - Tocantins (BR); Eletronorte - Pará<<strong>br</strong> />

(BR); Eletronorte - Tucuruí (BR); Unilever - Vespasiano (BR); Bresler - San<<strong>br</strong> />

Bernardo (Chile); Unilever - Tortuguitas (Argentina); Unilever - Rosário<<strong>br</strong> />

(Argentina); Unilever - Avellaneda (Argentina)<<strong>br</strong> />

2002 - Eletronorte - Porto velho (BR); Eletronorte - Macapá (BR); Votocel - Sorocaba<<strong>br</strong> />

(BR); Yamaha - Guarulhos (BR); Yamaha - Manaus (BR)


40<<strong>br</strong> />

• Prêmio <strong>de</strong> Excelência e Consistência 1 a Categoria<<strong>br</strong> />

2001 - Unilever - Valinhos (BR)<<strong>br</strong> />

2002 - Unilever - Vinhedo (BR); Unilever - Indaiatuba (BR); Unilever - Carrascal<<strong>br</strong> />

(Chile); Unilever - Gualleguaychú (Argentina).<<strong>br</strong> />

2.3.5 PILARES DO TPM<<strong>br</strong> />

Embora cada empresa, em função se sua cultura, tenha suas peculiarida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

para a implementação do TPM, existem alguns princípios que são básicos para todas<<strong>br</strong> />

elas e que são <strong>de</strong>nominados os pilares <strong>de</strong> sustentação do TPM (Nakajima, 1989, p.42,<<strong>br</strong> />

JIPM, 2002, p.2 e PALMEIRA, 2002, p.113).<<strong>br</strong> />

• Pilar da Melhoria Focada ou Específica: utiliza-se do conceito <strong>de</strong> Manutenção<<strong>br</strong> />

Corretiva <strong>de</strong> Melhorias para atuar nas perdas crônicas relacionadas aos<<strong>br</strong> />

equipamentos;<<strong>br</strong> />

• Pilar da Manutenção Autônoma: baseia-se no treinamento teórico e prático<<strong>br</strong> />

recebidos pelos operários e no espírito <strong>de</strong> trabalho em equipe para a melhoria<<strong>br</strong> />

contínua das rotinas <strong>de</strong> produção e manutenção;<<strong>br</strong> />

• Manutenção Planejada: refere-se as rotinas <strong>de</strong> manutenção preventiva baseadas<<strong>br</strong> />

no tempo ou na condição do equipamento, visando a melhoria contínua da<<strong>br</strong> />

disponibilida<strong>de</strong> e confiabilida<strong>de</strong> além da redução dos custos <strong>de</strong> manutenção;<<strong>br</strong> />

• Treinamento e educação: refere-se a aplicação <strong>de</strong> treinamentos técnicos e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>portamentais para li<strong>de</strong>rança, a flexibilida<strong>de</strong> e a autonomia das equipes.<<strong>br</strong> />

• Gestão antecipada: baseia-se nos conceitos <strong>de</strong> Prevenção da Manutenção on<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

todo o histórico <strong>de</strong> equipamentos anteriores ou similares é utilizado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o projeto<<strong>br</strong> />

afim <strong>de</strong> que se construa equipamentos <strong>com</strong> índices mais a<strong>de</strong>quados <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

e manutenabilida<strong>de</strong>;<<strong>br</strong> />

• Manutenção da qualida<strong>de</strong>: refere-se a interação da confiabilida<strong>de</strong> dos<<strong>br</strong> />

equipamentos <strong>com</strong> a qualida<strong>de</strong> dos produtos e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento a<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>manda<<strong>br</strong> />

• Segurança, Saú<strong>de</strong> e Meio Ambiente: <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da atuação dos <strong>de</strong>mais pilares,<<strong>br</strong> />

esse pilar tem o enfoque na melhoria contínua das condições <strong>de</strong> trabalho e na<<strong>br</strong> />

redução dos riscos <strong>de</strong> segurança e ambientais.<<strong>br</strong> />

• Melhoria dos processos administrativos: também conhecido <strong>com</strong>o TPM <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

escritório, utiliza-se dos conceitos <strong>de</strong> organização e eliminação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios nas<<strong>br</strong> />

rotinas administrativas, que <strong>de</strong> alguma maneira acabam interferindo na eficiência dos<<strong>br</strong> />

equipamentos produtivos e processos.


41<<strong>br</strong> />

2.3.6 ETAPAS DE IMPLEMENTAÇÃO<<strong>br</strong> />

Para que o TPM seja implementado <strong>com</strong> sucesso e alcance os resultados<<strong>br</strong> />

esperados, se faz necessário cumprir 12 etapas <strong>de</strong>scritas na Figura 2.9.<<strong>br</strong> />

Fases Etapas Conteúdo<<strong>br</strong> />

1- Declaração oficial da <strong>de</strong>cisão da • Uso <strong>de</strong> todos os meios <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Diretoria pela implementação do TPM <strong>com</strong>unicação disponíveis<<strong>br</strong> />

• Seminários para gerência<<strong>br</strong> />

2 - Educação, treinamento e divulgação média/alta<<strong>br</strong> />

do início da implementação<<strong>br</strong> />

• Ví<strong>de</strong>os para os<<strong>br</strong> />

operadores<<strong>br</strong> />

Preparação<<strong>br</strong> />

Introdução<<strong>br</strong> />

Implantação<<strong>br</strong> />

Consolidação<<strong>br</strong> />

3 - Estruturação das equipes <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

multiplicação e implementação<<strong>br</strong> />

4 - Estabelecimento da política básica e<<strong>br</strong> />

metas do TPM<<strong>br</strong> />

• I<strong>de</strong>ntificação das<<strong>br</strong> />

li<strong>de</strong>ranças e montagem dos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ites<<strong>br</strong> />

• I<strong>de</strong>ntificação das gran<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

perdas e <strong>de</strong>finição dos índices<<strong>br</strong> />

relatiovos ao PQCDSM<<strong>br</strong> />

5 - Elaboração do plano diretor par<<strong>br</strong> />

implementaÇão do TPM<<strong>br</strong> />

• Detalhamento do plano<<strong>br</strong> />

6 - Lançamento do projeto empresarial • Convite a fornecedores,<<strong>br</strong> />

TPM<<strong>br</strong> />

clientes e empresas afiliadas<<strong>br</strong> />

• Incorporação da das<<strong>br</strong> />

melhorias específicas<<strong>br</strong> />

• Condução da manutenção<<strong>br</strong> />

preventiva e autônoma<<strong>br</strong> />

7 - Sistematização para melhoria do<<strong>br</strong> />

• Educação e treinamento<<strong>br</strong> />

rendimento operacional<<strong>br</strong> />

em cascata <strong>de</strong> todos os<<strong>br</strong> />

envolvidos <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

implementação <strong>com</strong> foco na<<strong>br</strong> />

autonomia da equipe<<strong>br</strong> />

• Prevenção da manutenção<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o controle da fase inicial<<strong>br</strong> />

8 - Gestão antecipada<<strong>br</strong> />

dos equipamentos e do custo<<strong>br</strong> />

do ciclo <strong>de</strong> vida. Prevenir<<strong>br</strong> />

perdas crônicas.<<strong>br</strong> />

• Foco nas falhas<<strong>br</strong> />

freqüentes e ocultas e nos<<strong>br</strong> />

9 - Manutenção da Qualida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

processos que afetem a<<strong>br</strong> />

qualida<strong>de</strong> do produto e das<<strong>br</strong> />

entregas<<strong>br</strong> />

• TPM <strong>de</strong> escritório, revisão<<strong>br</strong> />

10 - Melhoria dos processos<<strong>br</strong> />

das rotinas administrativas <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

administrativos<<strong>br</strong> />

base na filosofia do TPM <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

eliminação <strong>de</strong> perdas<<strong>br</strong> />

• Ações e recuperação e<<strong>br</strong> />

11- Segurança, Saú<strong>de</strong> e Meio Ambiente<<strong>br</strong> />

prevenção <strong>de</strong> riscos a saú<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

segurança dos operários e do<<strong>br</strong> />

meio ambiente.<<strong>br</strong> />

• Obtenção <strong>de</strong> resultados<<strong>br</strong> />

que <strong>de</strong>monstrem o alcance e a<<strong>br</strong> />

12 - Aplicação total do TPM<<strong>br</strong> />

manutenção da excelência em<<strong>br</strong> />

TPM<<strong>br</strong> />

• Candidatura ao Premio <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

excelência do JIPM<<strong>br</strong> />

Fonte: adaptado <strong>de</strong> NAKAJIMA, 1989, p.47 e PALMEIRA, 2002, p.103<<strong>br</strong> />

Figura 2.9 – As 12 etapas <strong>de</strong> implementação do TPM<<strong>br</strong> />

Por ser o TPM uma filosofia que transforma as organizações e que também<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do aprendizado, da motivação e amadurecimento intelectual dos envolvidos,


42<<strong>br</strong> />

em geral as suas 12 etapas requerem aproximadamente 3 anos para a implementação<<strong>br</strong> />

e po<strong>de</strong>m ser agrupadas em quatro fases (NAKAJIMA, 1989, p. 45-46):<<strong>br</strong> />

1 a fase: Preparação que correspon<strong>de</strong> a obtenção <strong>de</strong> um ambiente propício para o<<strong>br</strong> />

início da implementação, on<strong>de</strong> se busca a conscientização e o <strong>com</strong>prometimento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

toda a organização;<<strong>br</strong> />

2 a fase: Introdução on<strong>de</strong> ocorre o lançamento do projeto. As ativida<strong>de</strong>s relacionadas<<strong>br</strong> />

ao lançamento <strong>de</strong>vem servir <strong>com</strong>o elemento motivador para toda a organização<<strong>br</strong> />

3 a fase: Implantação, on<strong>de</strong> todas as ativida<strong>de</strong>s relacionadas a melhoria da eficiência<<strong>br</strong> />

global dos equipamentos e sistemas são postas em marcha.<<strong>br</strong> />

4 a fase: Consolidação, on<strong>de</strong> a manutenção dos resultados obtidos durante a<<strong>br</strong> />

implementação passa a ser o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio, incluindo a candidatura ao prêmio <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

excelência do JIPM.<<strong>br</strong> />

2.3.7 TPM E OS 5S’s<<strong>br</strong> />

O envolvimento dos funcionários <strong>com</strong> a implementação do TPM e o<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>prometimento <strong>com</strong> a manutenção dos níveis <strong>de</strong> excelência alcançados po<strong>de</strong>m ser<<strong>br</strong> />

observados pelo gerenciamento dos 5S’s na fá<strong>br</strong>ica. Fontes <strong>de</strong> contaminação,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sorganização e outros indícios <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>caso</strong> <strong>com</strong> o ambiente <strong>de</strong> trabalho e <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

recursos produtivos <strong>de</strong>notam que o TPM não tem bases sólidas <strong>de</strong> implementação e<<strong>br</strong> />

que os resultados relacionados ao PQCDSM não po<strong>de</strong>rão ser mantidos por muito<<strong>br</strong> />

tempo (TAKAHASHI, 1993, p.122; NAKAJIMA, 1989, p.6).<<strong>br</strong> />

Ao enten<strong>de</strong>rem a natureza das falhas e os princípios <strong>de</strong> funcionamento dos<<strong>br</strong> />

equipamentos os operadores <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> praticar os 5S’s somente nas áreas <strong>de</strong> mais<<strong>br</strong> />

fácil aplicação <strong>com</strong>o por exemplo nos corredores e armários e passam a aplicá-los<<strong>br</strong> />

também nas partes mais <strong>com</strong>plexas e menos visíveis dos equipamentos on<strong>de</strong> a<<strong>br</strong> />

contaminação e a falta <strong>de</strong> limpeza geralmente atuam <strong>com</strong>o aceleradores das falhas<<strong>br</strong> />

(XENOS, 1998, p.297).<<strong>br</strong> />

Os cinco conhecidos S’s são: Seiri (organização), Seiton (arrumação), Seiso,<<strong>br</strong> />

(limpeza), Seiketsu (limpeza pessoal ou padronização) e Shitsuke (disciplina).<<strong>br</strong> />

• Seiri (organização): consiste em distinguir itens necessários e <strong>de</strong>snecessários <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

base no grau <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>terminará on<strong>de</strong> o item <strong>de</strong>verá ser guardado ou<<strong>br</strong> />

se <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>scartado. Itens raramente utilizados serão aqueles <strong>com</strong> freqüência<<strong>br</strong> />

maior que seis meses. Os utilizados ocasionalmente têm freqüência <strong>de</strong> uso entre dois<<strong>br</strong> />

e seis meses e os utilizados freqüentemente po<strong>de</strong>m ser divididos entre uso horário até<<strong>br</strong> />

diário ou semanal (TAKAHASHI, 1993, p.127).


43<<strong>br</strong> />

• Seiton (arrumação): consiste em <strong>de</strong>finir a forma e i<strong>de</strong>ntificação da armazenagem<<strong>br</strong> />

bem <strong>com</strong>o a quantida<strong>de</strong> e a distância do ponto <strong>de</strong> uso. Fatores <strong>com</strong>o freqüência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

uso, tamanho, peso e custo do item influem nessa <strong>de</strong>finição.<<strong>br</strong> />

• Seiso (limpeza): limpar significa muito mais do que melhorar o aspecto visual <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

um equipamento ou ambiente. Significa preservar as funções do equipamento e<<strong>br</strong> />

eliminar riscos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte ou <strong>de</strong> perda da qualida<strong>de</strong>. Eliminação das fontes <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

contaminação, a utilização <strong>de</strong> cores claras e harmoniosas e o revezamento nas tarefas<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> limpeza, contribuem para a motivação e manutenção <strong>de</strong>sse senso.<<strong>br</strong> />

• Seiketsu (limpeza pessoal ou padronização): a ênfase na padronização, no<<strong>br</strong> />

cuidado e asseio <strong>com</strong> uniformes, <strong>com</strong> ferramentas e <strong>com</strong> os objetos e utensílios<<strong>br</strong> />

utilizados no setor <strong>de</strong> trabalho é o ponto marcante <strong>de</strong>sse senso.<<strong>br</strong> />

• Shitsuke (disciplina): esse conceito prega a educação, obediência às regras <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

trabalho, principalmente no que se refere a organização e segurança. É uma mudança<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> conduta que assegura a manutenção dos <strong>de</strong>mais sensos já implementados.<<strong>br</strong> />

Um sexto S foi apontado na implementação do TPM na unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nishio,<<strong>br</strong> />

Japão, da empresa Aisin Seiki Co, uma planta <strong>de</strong> usinagem e montagem <strong>de</strong> bombas<<strong>br</strong> />

d’agua automotivas. A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus operários participarem <strong>com</strong> opiniões e<<strong>br</strong> />

ações para melhoria do ambiente <strong>de</strong> trabalho e da eficiência global, os motivou <strong>de</strong> tal<<strong>br</strong> />

maneira, que passaram a <strong>com</strong>parecer em dias <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso na fá<strong>br</strong>ica para a<<strong>br</strong> />

reconstrução <strong>de</strong> suas áreas <strong>de</strong> trabalho. A essa atitu<strong>de</strong> se <strong>de</strong>nominou Shikkari Yarou<<strong>br</strong> />

que po<strong>de</strong> ser traduzido <strong>com</strong>o “Vamos prosseguir coesos e <strong>com</strong> passos firmes”<<strong>br</strong> />

(NAKAJIMA, 1989, p.6).<<strong>br</strong> />

2.3.8 <strong>MANUTENÇÃO</strong> AUTÔNOMA<<strong>br</strong> />

Consi<strong>de</strong>rada <strong>com</strong>o um dos pilares do TPM e iniciada a partir da sétima etapa<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> implementação, a Manutenção Autônoma (MA) consiste nas ativida<strong>de</strong>s que<<strong>br</strong> />

envolvem os operadores na manutenção <strong>de</strong> seus próprios equipamentos,<<strong>br</strong> />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da interferência do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> manutenção (JIPM, 1997,<<strong>br</strong> />

p.1). A filosofia da MA consiste na que<strong>br</strong>a <strong>de</strong> barreiras entre as funções <strong>de</strong> operação e<<strong>br</strong> />

manutenção. A expressão “da minha máquina cuido eu” é a tônica da MA (NAKAJIMA,<<strong>br</strong> />

1989, p.61).<<strong>br</strong> />

A capacitação e principalmente o convencimento dos operadores <strong>de</strong> que a<<strong>br</strong> />

saú<strong>de</strong> dos equipamentos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> diretamente <strong>de</strong>les é uma das chaves do sucesso<<strong>br</strong> />

da implementação da MA.<<strong>br</strong> />

As sete etapas <strong>de</strong> implementação da MA mostradas são mostradas na Figura<<strong>br</strong> />

2.10, das quais, as três primeiras po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas críticas por influenciarem


44<<strong>br</strong> />

diretamente e <strong>de</strong> forma mais significativa, o nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>terioração dos equipamentos<<strong>br</strong> />

(TAKAHASHI, 1993, p.231 e NAKAJIMA, 1989, p.61).<<strong>br</strong> />

Etapa Ativida<strong>de</strong> Conteúdo<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

Limpeza inicial<<strong>br</strong> />

Eliminação das fontes <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

inconveniências e locais <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

difícil acesso<<strong>br</strong> />

Elaboração <strong>de</strong> padrões <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

lu<strong>br</strong>ificação e inspeção<<strong>br</strong> />

Inspeção geral<<strong>br</strong> />

Inspeção voluntária<<strong>br</strong> />

Organização e or<strong>de</strong>m<<strong>br</strong> />

Consolidação da manutenção<<strong>br</strong> />

autônoma<<strong>br</strong> />

Limpeza, inspeção, lu<strong>br</strong>ificação e aperto da partes dos<<strong>br</strong> />

equipamentos, i<strong>de</strong>ntificando e corrigindo as anomalias<<strong>br</strong> />

Eliminação das fontes <strong>de</strong> contaminação, melhoria na posição<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> elementos do equipamento à inspecionar, mudanças <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

altura e fixação <strong>de</strong> proteções.<<strong>br</strong> />

Implementação <strong>de</strong> ações e procedimentos que permitam a<<strong>br</strong> />

inspeção, lu<strong>br</strong>ificação e aperto <strong>de</strong> forma rápida e eficaz e nas<<strong>br</strong> />

freqüências pré-estabelecidas.<<strong>br</strong> />

Elaboração <strong>de</strong> manuais simples e eficazes para inspeção e<<strong>br</strong> />

reparos. I<strong>de</strong>ntificar e eliminar as causas das inconveniências<<strong>br</strong> />

Elaboração <strong>de</strong> listas <strong>de</strong> verificação dos equipamentos para<<strong>br</strong> />

execução do autocontrole.<<strong>br</strong> />

Padronização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inspeção, <strong>de</strong> lu<strong>br</strong>ificação, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

manutenção <strong>de</strong> ferramentas e mol<strong>de</strong>s além da padronização<<strong>br</strong> />

dos registros <strong>de</strong> dados.<<strong>br</strong> />

Melhoria contínua do nível <strong>de</strong> excelência do autocontrole dos<<strong>br</strong> />

equipamentos, atrelada ao gerenciamento dos objetivos e<<strong>br</strong> />

metas da organização<<strong>br</strong> />

Fonte: adaptado <strong>de</strong> NAKAJIMA, 1989, p.63 e JIPM, 1997, p.9<<strong>br</strong> />

Figura 2.10 – As sete etapas <strong>de</strong> implementação da Manutenção Autônoma<<strong>br</strong> />

2.3.9 EFICIÊNCIA GLOBAL DO EQUIPAMENTO (OEE)<<strong>br</strong> />

As perdas abordadas pelo TPM, apresentadas no item 2.3.2 da presente<<strong>br</strong> />

Dissertação, afetam diretamente a eficiência dos equipamentos ou dos sistemas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

produção por meio <strong>de</strong> três fatores principais que são a Disponibilida<strong>de</strong> do<<strong>br</strong> />

Equipamento, a Performance Operacional e a Qualida<strong>de</strong> dos produtos.<<strong>br</strong> />

Conforme mostrado na Figura 2.11, a multiplicação <strong>de</strong>sses três fatores na<<strong>br</strong> />

forma percentual <strong>de</strong>termina o índice <strong>de</strong> Eficiência Global do Equipamento,<<strong>br</strong> />

representado pela sigla OEE do inglês Overall Equipment Effectiveness.<<strong>br</strong> />

Esse índice é mundialmente usado para medir os resultados oriundos obtidos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a implementação do TPM (JIPM, 2002, p.2, NAKAJIMA, 1989, p.25).


45<<strong>br</strong> />

OEE (%)<<strong>br</strong> />

Eficiência<<strong>br</strong> />

Global do<<strong>br</strong> />

Equipamento<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

Disponibilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

do Equipamento<<strong>br</strong> />

Performance<<strong>br</strong> />

Operacional<<strong>br</strong> />

(%) x (%) x<<strong>br</strong> />

Qualida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

dos<<strong>br</strong> />

Produtos<<strong>br</strong> />

(%)<<strong>br</strong> />

• Que<strong>br</strong>a/falha<<strong>br</strong> />

• Preparação ou<<strong>br</strong> />

ajustes<<strong>br</strong> />

• Desgaste <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ferramentas<<strong>br</strong> />

• Ociosida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

• Pequenas paradas<<strong>br</strong> />

• Velocida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

reduzida<<strong>br</strong> />

• Refugos<<strong>br</strong> />

• retrabalhos<<strong>br</strong> />

• Perdas por início<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> produção<<strong>br</strong> />

Fonte: adaptado <strong>de</strong> JIPM, 2002, p.2, NAKAJIMA, 1989, p.25<<strong>br</strong> />

Figura 2.11 – Fatores para <strong>de</strong>terminação do OEE<<strong>br</strong> />

• Índice <strong>de</strong> Disponibilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Expressa a relação percentual entre o tempo em que o equipamento realmente<<strong>br</strong> />

operou e o tempo que <strong>de</strong>veria ter operado, conforme Equação 2.2:<<strong>br</strong> />

Tempo<<strong>br</strong> />

Disp (%) =<<strong>br</strong> />

total programado<<strong>br</strong> />

− paradas planejadas − paradas não planejadas<<strong>br</strong> />

− paradas planejadas<<strong>br</strong> />

Tempo total programado<<strong>br</strong> />

x 100<<strong>br</strong> />

Equação 2.2<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong> :<<strong>br</strong> />

• Tempo total programado: tempo <strong>de</strong> carga programado para o equipamento,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> base no tempo teórico <strong>de</strong> ciclo e na <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> produção.<<strong>br</strong> />

• Paradas planejadas: tempo programado para <strong>de</strong>scanso, almoço, reuniões,<<strong>br</strong> />

treinamentos, manutenção planejada.<<strong>br</strong> />

• Paradas não planejadas: tempo gasto <strong>com</strong> paradas inesperadas, <strong>com</strong>o por<<strong>br</strong> />

exemplo, manutenção <strong>de</strong> emergência, aquecimento no início <strong>de</strong> produção,<<strong>br</strong> />

troca <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los, troca ou ajustes <strong>de</strong> ferramentas.<<strong>br</strong> />

• Índice <strong>de</strong> Performance Operacional<<strong>br</strong> />

É a relação percentual entre o tempo <strong>de</strong> ciclo real do equipamento quando o<<strong>br</strong> />

mesmo está em operação e o tempo teórico <strong>de</strong> ciclo normalmente <strong>de</strong>terminado pela<<strong>br</strong> />

Engenharia <strong>de</strong> Industrial, conforme Equação 2.3. Esse índice é normalmente afetado<<strong>br</strong> />

por reduções intencionais na velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> operação dos equipamentos, por<<strong>br</strong> />

pequenas paradas não registradas, por espera <strong>de</strong> algum recurso faltante, por bloqueio<<strong>br</strong> />

causado por algum outro recurso à frente no fluxo <strong>de</strong> produção.


46<<strong>br</strong> />

Perf(%) =<<strong>br</strong> />

Tempo<<strong>br</strong> />

Tempo teórico <strong>de</strong> ciclo x total <strong>de</strong> peças produzidas<<strong>br</strong> />

total programado<<strong>br</strong> />

− paradas planejadas − paradas não planejadas<<strong>br</strong> />

x 100<<strong>br</strong> />

Equação 2.3<<strong>br</strong> />

• Índice <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Produto<<strong>br</strong> />

Expressa a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer o produto corretamente na primeira vez.<<strong>br</strong> />

Relaciona percentualmente, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> peças refugadas e retrabalhadas <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

quantida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> peças produzidas, conforme Equação 2.4:<<strong>br</strong> />

Total <strong>de</strong>peças produzidas − (Total <strong>de</strong> refugos + retrabalhos)<<strong>br</strong> />

Qualida<strong>de</strong> (%) = x 100 Equação 2.4<<strong>br</strong> />

Total <strong>de</strong> peças produzidas<<strong>br</strong> />

A Figura 2.12 apresenta um exemplo teórico <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> OEE.<<strong>br</strong> />

Índice <strong>de</strong> Disponibilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Item<<strong>br</strong> />

Descrição<<strong>br</strong> />

Forma <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

cálculo<<strong>br</strong> />

Valor Resultado<<strong>br</strong> />

A Tempo Programado Total 8 horas 8 * 60 480 min<<strong>br</strong> />

B<<strong>br</strong> />

Tempo <strong>de</strong> parada programada ( reunião,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scanso, manut. preventiva)<<strong>br</strong> />

20 min<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

Tempo Disponível<<strong>br</strong> />

(Tempo Total - Tempo parada programada)<<strong>br</strong> />

A - B 480 - 20 460 min<<strong>br</strong> />

D<<strong>br</strong> />

Tempo Perdido<<strong>br</strong> />

(por que<strong>br</strong>a, falhas, ajustes e pequenas paradas<<strong>br</strong> />

60 min<<strong>br</strong> />

registradas)<<strong>br</strong> />

E Tempo <strong>de</strong> Operação (Disponível-Perdido) C - D 460 - 60 400 min<<strong>br</strong> />

F<<strong>br</strong> />

Índice <strong>de</strong> Disponibilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

(Tempo Operação/Tempo Disp)*100<<strong>br</strong> />

( E / C)*100 (400 / 460) * 100 87%<<strong>br</strong> />

Índice <strong>de</strong> Performance Operacional<<strong>br</strong> />

Item<<strong>br</strong> />

Descrição<<strong>br</strong> />

Forma <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

cálculo<<strong>br</strong> />

Valor Resultado<<strong>br</strong> />

G Total <strong>de</strong> peças produzidas (boas + ruins) 400 pç<<strong>br</strong> />

H Tempo teórico <strong>de</strong> ciclo 0,5 min / pç<<strong>br</strong> />

J<<strong>br</strong> />

Índice <strong>de</strong> Performance Operacional<<strong>br</strong> />

((Tempo teórico <strong>de</strong> ciclo * Total pçs produzidas) ((H*G)/E)*100 ((0,5*400)/400)*100 50%<<strong>br</strong> />

/ Tempo <strong>de</strong> Operação)*100<<strong>br</strong> />

Índice <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> do Produto<<strong>br</strong> />

K Total <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos (refugo + retrabalho) 8 pç<<strong>br</strong> />

Índice <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> do Produto<<strong>br</strong> />

L ((Total pçs produzidas - Total <strong>de</strong> refugos e ((G-K)/G)*100 ((400-8)/400)*100 98%<<strong>br</strong> />

retrabalhos) / Total pçs produzidas) * 100<<strong>br</strong> />

Índice <strong>de</strong> Eficência Global do Equipamento (OEE)<<strong>br</strong> />

M<<strong>br</strong> />

Índice <strong>de</strong> Efic Global Equip (OEE)<<strong>br</strong> />

(Disponib * Performance * Qualida<strong>de</strong>)<<strong>br</strong> />

(F*J*L)/10.000 (87*50*98)/ 10.000 43%<<strong>br</strong> />

Fonte: adaptado <strong>de</strong> NAKAJIMA, 1989, p.25-28; SHIROSE, 1994, p.54<<strong>br</strong> />

Figura 2.12 – Exemplo teórico <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> OEE<<strong>br</strong> />

Empresas que utilizam o OEE para medição da eficiência dos equipamentos,<<strong>br</strong> />

em geral se <strong>de</strong>param inicialmente <strong>com</strong> valores entre 30% e 60% (SHIROSE, 1994, p.<<strong>br</strong> />

53; NAKAJIMA, 1989, p.25).


47<<strong>br</strong> />

Um <strong>estudo</strong> realizado em uma célula <strong>de</strong> manufatura <strong>de</strong> um fornecedor inglês <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

autopeças consi<strong>de</strong>rado um dos lí<strong>de</strong>res mundiais no seu seguimento, aponta valores<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 84%, performance <strong>de</strong> 76% e taxa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 97% que<<strong>br</strong> />

multiplicados resultam em um OEE <strong>de</strong> 62% (SHIRVANI, 2000, p.153).<<strong>br</strong> />

Um OEE <strong>de</strong> 85% po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado um excelente resultado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se<<strong>br</strong> />

tenha levado em conta os três índices que o constituem e também <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os<<strong>br</strong> />

dados para o cálculo sejam confiáveis, dada a gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> que as empresas<<strong>br</strong> />

tem em registrar corretamente suas ocorrências diárias (NAKAJIMA, 1989, p. 23-24).<<strong>br</strong> />

Em um primeiro momento, a multiplicação dos três índices constituintes do<<strong>br</strong> />

OEE po<strong>de</strong> não parecer correta. Ao se avaliar, por exemplo, um equipamento que<<strong>br</strong> />

tenha uma capacida<strong>de</strong> teórica <strong>de</strong> 1000 peças/hora e que apresente uma<<strong>br</strong> />

disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 60%, uma performance operacional <strong>de</strong> 60% e um índice <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 60%, po<strong>de</strong>-se ficar tentado a afirmar que esse equipamento tem um OEE<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> 60% e, portanto, uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 600 peças/hora.<<strong>br</strong> />

Porém consi<strong>de</strong>rando-se que esse equipamento trabalha apenas 60% do tempo<<strong>br</strong> />

disponível para operação, equivale a dizer que sua produção cai <strong>de</strong> 1000 pç/h para<<strong>br</strong> />

600pç/h. Se essas 600 pç/h são produzidas a uma velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 60% da velocida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

teórica, equivale a dizer que sua produção atinge 360 pç/h. Se <strong>de</strong>ssas 360 pç/h<<strong>br</strong> />

apenas 60% são peças boas, equivale a dizer que a capacida<strong>de</strong> final <strong>de</strong> produção é<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> 216 pç/h, ou seja, um OEE <strong>de</strong> 21,6%.<<strong>br</strong> />

2.3.10 TPM E O GERENCIAMENTO DA QUALIDADE <strong>TOTAL</strong><<strong>br</strong> />

O Gerenciamento da Qualida<strong>de</strong> Total, representado pela sigla TQM do inglês<<strong>br</strong> />

Total Quality Management, é uma importante, senão vital, iniciativa <strong>de</strong>ntro da indústria<<strong>br</strong> />

e tem <strong>com</strong>o objetivo a manutenção da excelência na qualida<strong>de</strong> dos produtos e<<strong>br</strong> />

processos por meio: do envolvimento <strong>de</strong> todos os níveis organizacionais partindo<<strong>br</strong> />

necessariamente dos altos escalões, <strong>de</strong> operários motivados <strong>com</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão,<<strong>br</strong> />

além do envolvimento <strong>de</strong> fornecedores e dos clientes <strong>de</strong> forma a exce<strong>de</strong>r as<<strong>br</strong> />

expectativas dos clientes (MCKONE, 2001, p.2; ROBERTS, 1997, p.1).<<strong>br</strong> />

Embora o TPM e o TQM tenham algumas práticas básicas e distintas pelas<<strong>br</strong> />

suas naturezas técnicas, as duas filosofias coinci<strong>de</strong>m no que se refere a importância<<strong>br</strong> />

estratégica e a orientação para utilização do potencial das pessoas envolvidas nos<<strong>br</strong> />

processos (MCKONE, 2001, p.3). As interações entre TPM e o TQM são mostradas na<<strong>br</strong> />

Figura 2.13.


48<<strong>br</strong> />

Práticas básicas específicas do TPM<<strong>br</strong> />

• Manutenção Planejada<<strong>br</strong> />

• Manutenção Autônoma<<strong>br</strong> />

• Senso <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

equipamento<<strong>br</strong> />

Práticas básicas específicas do TQM<<strong>br</strong> />

• Projeto multidisciplinar do produto<<strong>br</strong> />

• Gerenciamento das características do<<strong>br</strong> />

processo<<strong>br</strong> />

• Gerenciamento da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

fornecedores<<strong>br</strong> />

• Envolvimento do cliente<<strong>br</strong> />

Práticas estratégicas <strong>com</strong>uns e orientadas para as pessoas<<strong>br</strong> />

• Planejamento estratégico<<strong>br</strong> />

• Compromisso da li<strong>de</strong>rança<<strong>br</strong> />

• Treinamento multidisciplinar<<strong>br</strong> />

• Envolvimentos dos operários<<strong>br</strong> />

• Comunicação<<strong>br</strong> />

Fonte: adaptado <strong>de</strong> MCKONE, 2001, p.5<<strong>br</strong> />

Figura 2.13 – Interações entre TPM e TQM<<strong>br</strong> />

2.4 SÉRIES TEMPORAIS<<strong>br</strong> />

Este item da Revisão da Literatura <strong>de</strong>stina-se ao <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> fundamentos<<strong>br</strong> />

estatísticos relacionados à Séries Temporais e necessários para a análise dos<<strong>br</strong> />

resultados da presente Dissertação.<<strong>br</strong> />

2.4.1 DEFINIÇÃO<<strong>br</strong> />

Define-se <strong>com</strong>o uma Série Temporal (ST) o conjunto <strong>de</strong> observações feitas em<<strong>br</strong> />

períodos <strong>de</strong> tempo seqüenciais e geralmente iguais. Exemplos <strong>de</strong> ST po<strong>de</strong>m ser:<<strong>br</strong> />

vendas anuais <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada <strong>com</strong>panhia nos últimos <strong>de</strong>z anos, a produção<<strong>br</strong> />

anual <strong>de</strong> aço no Brasil durante um certo número <strong>de</strong> anos, temperaturas horárias<<strong>br</strong> />

anunciadas pelo serviço meteorológico <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> ao longo do mês (SPIEGEL,<<strong>br</strong> />

1985, p.357 e KAZMIER, 1982, p. 328).<<strong>br</strong> />

A Figura 2.14 ilustra uma representação gráfica <strong>de</strong> uma ST relativa ao rebanho<<strong>br</strong> />

animal nos Estados Unidos da América durante os anos <strong>de</strong> 1870 a 1960.<<strong>br</strong> />

Matematicamente se <strong>de</strong>fine uma ST pelos valores <strong>de</strong> Y 1 , Y 2 ,...,Y n <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

variável Y nos tempos t 1 , t 2 ,..., t n , dizendo-se então que Y é uma função <strong>de</strong> t, conforme<<strong>br</strong> />

mostrado na Equação 2.5 (FONSECA, 1985, p.141).<<strong>br</strong> />

Y = F(t)<<strong>br</strong> />

Equação 2.5


49<<strong>br</strong> />

Rebanho Animal dos EUA 1870-1960<<strong>br</strong> />

(Fonte: Ministério da Agricultura)<<strong>br</strong> />

Qt<strong>de</strong> <strong>de</strong> cabeças[milhões]<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

80<<strong>br</strong> />

60<<strong>br</strong> />

40<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

1870 1880 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960<<strong>br</strong> />

Ano<<strong>br</strong> />

Fonte: adaptado <strong>de</strong> SPIEGEL, 1985, p.357<<strong>br</strong> />

Figura 2.14 – Exemplo <strong>de</strong> Série temporal<<strong>br</strong> />

2.4.2 MOVIMENTOS TÍPICOS<<strong>br</strong> />

Po<strong>de</strong>-se imaginar uma série temporal <strong>com</strong>o a trajetória <strong>de</strong> uma partícula<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>slocando-se ao longo do tempo. Essa trajetória geralmente apresenta quatro<<strong>br</strong> />

movimentos típicos mostrados na Figura 2.15 e <strong>de</strong>scritos a seguir (KARMEL, 1974,<<strong>br</strong> />

p.297; MERRILL, 1980, p.521; FONSECA, 1985, p.142; SPIEGEL, 1985, p.358 e<<strong>br</strong> />

KAZMIER, 1982, p.326):<<strong>br</strong> />

I. Movimentos à longo prazo ou seculares (T): referem-se a direção geral, persistente,<<strong>br</strong> />

suave e regular, segundo à qual a ST se <strong>de</strong>senvolve em um longo intervalo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tempo analisado.<<strong>br</strong> />

II. Movimentos cíclicos (C): referem-se as oscilações em torno da linha <strong>de</strong> tendência<<strong>br</strong> />

secular, po<strong>de</strong>ndo ser periódicos ou não e tem duração <strong>de</strong> diversos anos. Um<<strong>br</strong> />

exemplo <strong>de</strong> movimento cíclico é o ciclo econômico ou <strong>de</strong> negócios que apresenta<<strong>br</strong> />

intervalos <strong>de</strong> recessão e prosperida<strong>de</strong> ao longo dos anos.<<strong>br</strong> />

III. Movimentos sazonais ou estacionais (S): referem-se as oscilações razoavelmente<<strong>br</strong> />

idênticas ao longo <strong>de</strong> sub-períodos semanais, quinzenais, mensais, bimestrais ou<<strong>br</strong> />

trimestrais <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> períodos totais <strong>de</strong> um ano. Um exemplo <strong>de</strong> movimentos<<strong>br</strong> />

sazonais po<strong>de</strong> ser o aumento <strong>de</strong> vendas em períodos tipicamente festivos ao longo<<strong>br</strong> />

do ano.<<strong>br</strong> />

IV. Movimentos irregulares ou aleatórios (I): referem-se aos <strong>de</strong>slocamentos<<strong>br</strong> />

esporádicos, geralmente <strong>de</strong> curto período <strong>de</strong> duração e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> e que<<strong>br</strong> />

acarretam eventualmente novos movimentos cíclicos ou <strong>de</strong> outra natureza.<<strong>br</strong> />

Exemplos <strong>de</strong> causas dos movimentos aleatórios po<strong>de</strong>m ser as enchentes,<<strong>br</strong> />

terremotos, greves, eleições e guerras.


50<<strong>br</strong> />

Y<<strong>br</strong> />

T<<strong>br</strong> />

Y<<strong>br</strong> />

Y<<strong>br</strong> />

Tendência Secular ( T )<<strong>br</strong> />

t<<strong>br</strong> />

Tendência Secular ( T )<<strong>br</strong> />

Variações cíclicas ( C )<<strong>br</strong> />

t<<strong>br</strong> />

Tendência Secular ( T )<<strong>br</strong> />

Variações cíclicas ( C )<<strong>br</strong> />

Variações Sazonais ( S )<<strong>br</strong> />

Variações Irregulares ( I )<<strong>br</strong> />

t<<strong>br</strong> />

Fonte: adaptado <strong>de</strong> FONSECA, 1985, p.143<<strong>br</strong> />

Figura 2.15 – Movimentos típicos <strong>de</strong> uma Série Temporal<<strong>br</strong> />

2.4.3 ANÁLISE DAS SÉRIES TEMPORAIS (ST)<<strong>br</strong> />

Os objetivos ao se analisar uma ST são a <strong>com</strong>preensão do <strong>com</strong>portamento<<strong>br</strong> />

passado da série e a posterior tentativa <strong>de</strong> inferir so<strong>br</strong>e <strong>com</strong>portamentos futuros<<strong>br</strong> />

(KARMEL, 1974, p. 295 e FONSECA, 1985, p.141)<<strong>br</strong> />

A análise das séries temporais consiste na <strong>de</strong>scrição dos movimentos típicos<<strong>br</strong> />

que a <strong>com</strong>põem, <strong>de</strong>scritos no item anterior. Os mo<strong>de</strong>los matemáticos mais utilizados<<strong>br</strong> />

para a <strong>de</strong>scrição das ST são o aditivo e o multiplicativo, mostrados respectivamente na<<strong>br</strong> />

Equação 2.6 e Equação 2.7. Algumas <strong>com</strong>binações dos dois mo<strong>de</strong>los também po<strong>de</strong>m<<strong>br</strong> />

ser testadas (SPIEGEL, 1985, p. 360; FONSECA, 1985, p.142 e MERRILL, 1980,<<strong>br</strong> />

p.520).<<strong>br</strong> />

Y = T + C + S + I<<strong>br</strong> />

Equação 2.6<<strong>br</strong> />

Y = T × C×<<strong>br</strong> />

S×<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

Equação 2.7<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

Y = valor efetivo <strong>de</strong> uma Série Temporal<<strong>br</strong> />

T, C, S, I = movimentos típicos que <strong>com</strong>põem a Série Temporal<<strong>br</strong> />

A escolha do mo<strong>de</strong>lo aditivo ou do multiplicativo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>mente da<<strong>br</strong> />

forma <strong>com</strong> que os movimentos constituintes da série se <strong>com</strong>binam e interagem.<<strong>br</strong> />

Supondo-se que as forças correspon<strong>de</strong>ntes aos movimentos operam <strong>com</strong> igual efeito<<strong>br</strong> />

absoluto in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do valor da tendência, o mo<strong>de</strong>lo aditivo é o mais apropriado.<<strong>br</strong> />

Se a atuação <strong>de</strong>ssas forças for proporcional ao nível geral da série, então o mo<strong>de</strong>lo<<strong>br</strong> />

multiplicativo é o mais a<strong>de</strong>quado (KARMEL, 1974, p.298-299).<<strong>br</strong> />

Dos quatros movimentos constituintes <strong>de</strong> uma série temporal, a presente<<strong>br</strong> />

Dissertação aborda somente o movimento <strong>de</strong> tendência, por ser essa a metodologia<<strong>br</strong> />

proposta para análise dos dados coletados durante sua elaboração.


51<<strong>br</strong> />

O principal método para a avaliação do movimento <strong>de</strong> tendência é o Método <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Ajustamento Matemático, por permitir estabelecer uma equação matemática que<<strong>br</strong> />

represente os valores da tendência (FONSECA, 1985, p.145 e MERRILL, 1980, p.<<strong>br</strong> />

526, STEVENSON, 1981, p.347).<<strong>br</strong> />

A forma mais simples <strong>de</strong> tendência a ser ajustada é a tendência linear,<<strong>br</strong> />

representada pela Equação 2.8 e obtida pelo Método dos Mínimos Quadrados<<strong>br</strong> />

(KARMEL, 1974, p.304).<<strong>br</strong> />

Y T<<strong>br</strong> />

= a + bt<<strong>br</strong> />

Equação 2.8<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

Y T = variável <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, ou seja, o valor <strong>de</strong> tendência observado na ST<<strong>br</strong> />

a = intersecção da linha <strong>de</strong> tendência <strong>com</strong> o eixo dos Y quando t = 0<<strong>br</strong> />

b = <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> da linha <strong>de</strong> tendência ou coeficiente angular da reta<<strong>br</strong> />

t = a variável in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, ou seja, cada instante avaliado.<<strong>br</strong> />

Os coeficientes a e b da Equação 2.8, po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>terminados por meio das<<strong>br</strong> />

Equações 2.9 e 2.10 (STEVENSON, 1981, p.418).<<strong>br</strong> />

O coeficiente <strong>de</strong> correlação (r) que <strong>de</strong>monstra o quanto a reta <strong>de</strong> regressão se<<strong>br</strong> />

ajusta à Série Temporal estudada, po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>terminado por meio da Equação 2.11<<strong>br</strong> />

(MARTINS, 1999, p.178).<<strong>br</strong> />

∑<<strong>br</strong> />

n∑<<strong>br</strong> />

∑∑ t<<strong>br</strong> />

( ∑t)<<strong>br</strong> />

n tY − Y<<strong>br</strong> />

b = Equação 2.9<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

t −<<strong>br</strong> />

Y − b t<<strong>br</strong> />

= Equação 2.10<<strong>br</strong> />

n<<strong>br</strong> />

a ∑ ∑<<strong>br</strong> />

r =<<strong>br</strong> />

⎡⎛<<strong>br</strong> />

⎢⎜<<strong>br</strong> />

⎢⎜<<strong>br</strong> />

⎣⎝<<strong>br</strong> />

∑<<strong>br</strong> />

X<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

−<<strong>br</strong> />

∑<<strong>br</strong> />

XY −<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

2 2<<strong>br</strong> />

( X) ( )<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Y ⎤<<strong>br</strong> />

∑<<strong>br</strong> />

⎞ ⎛<<strong>br</strong> />

⎞<<strong>br</strong> />

⎟ ⎜ ∑<<strong>br</strong> />

Y − ⎟<<strong>br</strong> />

∑<<strong>br</strong> />

⎥<<strong>br</strong> />

n<<strong>br</strong> />

∑<<strong>br</strong> />

⎟ ⎜<<strong>br</strong> />

⎠ ⎝<<strong>br</strong> />

X<<strong>br</strong> />

n<<strong>br</strong> />

∑<<strong>br</strong> />

Y<<strong>br</strong> />

n<<strong>br</strong> />

⎟<<strong>br</strong> />

⎠<<strong>br</strong> />

⎥<<strong>br</strong> />

⎦<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Equação 2.11<<strong>br</strong> />

Com os necessários tratamentos matemáticos, outras curvas <strong>de</strong> tendência<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o a exponencial e a polinomial po<strong>de</strong>m ser ajustadas. Porém a presente<<strong>br</strong> />

Dissertação aborda somente a curva <strong>de</strong> tendência linear por ser essa a forma dos<<strong>br</strong> />

resultados obtidos <strong>com</strong> a implementação do TPM no time estudado.


3 <strong>MANUTENÇÃO</strong> <strong>PRODUTIVA</strong> <strong>TOTAL</strong> FORD (FTPM)<<strong>br</strong> />

A Manutenção Produtiva Total Ford ou FTPM do termo em inglês Ford Total<<strong>br</strong> />

Productive Maintenance é um dos <strong>de</strong>z elementos constituintes do sistema mundial <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

produção da Ford Motor Company.<<strong>br</strong> />

Por meio do contínuo aperfeiçoamento dos processos produtivos e<<strong>br</strong> />

administrativos, o FTPM tem <strong>com</strong>o objetivo a melhoria da <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> da empresa<<strong>br</strong> />

elevando sua Manufatura a um nível <strong>de</strong> excelência mundial, maximizando a<<strong>br</strong> />

segurança, a eficiência e o ciclo <strong>de</strong> vida dos equipamentos.<<strong>br</strong> />

Para facilitar o entendimento dos conceitos e da metodologia <strong>de</strong> implementação do<<strong>br</strong> />

FTPM, se faz necessária inicialmente a apresentação do Sistema <strong>de</strong> Produção Ford.<<strong>br</strong> />

3.1 O SISTEMA DE PRODUÇÃO FORD (FPS)<<strong>br</strong> />

3.1.1 VISÃO DO FPS<<strong>br</strong> />

Tendo sido concebido em 1990 no escritório central da Ford Motor Company<<strong>br</strong> />

em Deaborne, EUA, o Sistema <strong>de</strong> Produção Ford, representado pela sigla FPS (Ford<<strong>br</strong> />

Production System), tem <strong>com</strong>o visão ser um sistema <strong>de</strong> produção simples,<<strong>br</strong> />

disciplinado, flexível e <strong>com</strong> foco na eliminação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios, <strong>de</strong>finido por um<<strong>br</strong> />

conjunto <strong>de</strong> princípios e processos que empregam times <strong>com</strong> pessoas capazes e <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, apren<strong>de</strong>ndo e trabalhando juntos e <strong>com</strong> segurança, na produção e<<strong>br</strong> />

entrega <strong>de</strong> produtos que continuamente superem as expectativas do consumidor em<<strong>br</strong> />

qualida<strong>de</strong>, custo e tempo.<<strong>br</strong> />

3.1.2 PRINCÍPIOS DO FPS<<strong>br</strong> />

O Sistema <strong>de</strong> Produção Ford tem seus princípios representados mundialmente<<strong>br</strong> />

por um conjunto <strong>de</strong> engrenagens mostrado na Figura 3.1 e busca transmitir a idéia <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

que cada engrenagem que o <strong>com</strong>põe, necessita funcionar a<strong>de</strong>quadamente para que<<strong>br</strong> />

todo o sistema também funcione bem.<<strong>br</strong> />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> agentes <strong>de</strong> mudança que <strong>com</strong>preendam e<<strong>br</strong> />

continuamente ensinem e li<strong>de</strong>rem a transformação <strong>de</strong> manufatura em massa para uma<<strong>br</strong> />

manufatura enxuta, também incorpora <strong>de</strong> maneira significativa os princípios do FPS.<<strong>br</strong> />

O foco do FPS, representado pela engrenagem central da Figura 3.1 e em<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>staque na Figura 3.2 é a entrega <strong>de</strong> valor ao consumidor, cuja expectativa <strong>de</strong>ve ser<<strong>br</strong> />

superada em termos <strong>de</strong> custo, qualida<strong>de</strong> e tempo.


53<<strong>br</strong> />

(FPDS


54<<strong>br</strong> />

• Foco nas melhorias dos indicadores do FPS<<strong>br</strong> />

• Sistema <strong>de</strong> gerenciamento ambiental<<strong>br</strong> />

• Organização alinhada <strong>com</strong> os objetivos da empresa<<strong>br</strong> />

• Sistema <strong>de</strong> suporte aos recursos humanos<<strong>br</strong> />

Pessoal altamente<<strong>br</strong> />

motivado , flexível<<strong>br</strong> />

e <strong>com</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>cisão<<strong>br</strong> />

Fonte: re<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação interna da Ford Motor Company<<strong>br</strong> />

Figura 3.3 – A engrenagem das pessoas<<strong>br</strong> />

A Figura 3.4 mostra a engrenagem da confiabilida<strong>de</strong> e manutenabilida<strong>de</strong> e tem<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o foco a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processos e equipamentos bem <strong>de</strong>senhados e bem<<strong>br</strong> />

mantidos, seguindo-se padrões mundiais <strong>de</strong> segurança, estabilida<strong>de</strong>, flexibilida<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

qualida<strong>de</strong>, alcançando ou superando os requerimentos dos clientes internos e<<strong>br</strong> />

externos.<<strong>br</strong> />

Padrões mundiais<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

e manutenabilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Fonte: re<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação interna da Ford Motor Company<<strong>br</strong> />

Figura 3.4 – A engrenagem da confiabilida<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

manutenabilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

A Figura 3.5 representa a importância da aplicação dos conceitos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Manufatura Enxuta e dos princípios <strong>de</strong> Just-in-Time para promover o fluxo contínuo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

materiais e produtos, seguindo sempre a <strong>de</strong>manda do mercado, por meio dos três<<strong>br</strong> />

conceitos <strong>de</strong>scritos a seguir:<<strong>br</strong> />

• Flexibilida<strong>de</strong> no volume e sequenciamento <strong>de</strong> produtos


55<<strong>br</strong> />

• Nivelamento da capacida<strong>de</strong> das operações <strong>de</strong> produção<<strong>br</strong> />

• Redução no tamanho dos lotes através do Sistema <strong>de</strong> puxar (Pull System)<<strong>br</strong> />

Fluxo contínuo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

materiais e<<strong>br</strong> />

produtos<<strong>br</strong> />

Fonte: re<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação interna da Ford Motor Company<<strong>br</strong> />

Figura 3.5 – A engrenagem do fluxo contínuo<<strong>br</strong> />

A engrenagem externa do conjunto mostrada na Figura 3.6 refere-se à<<strong>br</strong> />

necessida<strong>de</strong> da robustez dos projetos <strong>com</strong> tempo <strong>de</strong> execução máxima <strong>de</strong> vinte e<<strong>br</strong> />

quatro meses para veículos novos, à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parceria <strong>com</strong> os fornecedores,<<strong>br</strong> />

ao planejamento da capacida<strong>de</strong> dos meios <strong>de</strong> produção para que se possa aten<strong>de</strong>r<<strong>br</strong> />

aos pedidos dos consumidores em menos <strong>de</strong> quinze dias e à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

aprimorado serviço pós-venda.<<strong>br</strong> />

meses<<strong>br</strong> />

(FPDS


56<<strong>br</strong> />

3.1.3 FASES DE IMPLEMENTAÇÃO DO FPS<<strong>br</strong> />

A implementação do FPS se dá por meio <strong>de</strong> cinco fases:<<strong>br</strong> />

1 a fase - Estabilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

• processo sob controle <strong>com</strong> produção previsível<<strong>br</strong> />

• aplicação básica <strong>de</strong> organização na área <strong>de</strong> trabalho<<strong>br</strong> />

• início da utilização das ferramentas do FPS para eliminação das 7 gran<strong>de</strong>s perdas<<strong>br</strong> />

(movimentação <strong>de</strong>snecessária, transporte, correção, inventário, espera, super<<strong>br</strong> />

produção, processamento em <strong>de</strong>masia).<<strong>br</strong> />

2 a fase - Fluxo Contínuo<<strong>br</strong> />

• fluxo do processo melhorado. I<strong>de</strong>almente lote <strong>de</strong> uma peça<<strong>br</strong> />

• fluxo entre operações que realmente agreguem valor<<strong>br</strong> />

• redução do tamanho do lote e inventário em processo on<strong>de</strong> o fluxo contínuo não for<<strong>br</strong> />

possível<<strong>br</strong> />

3 a fase - Produção Sincronizada<<strong>br</strong> />

• sincronismo das operações <strong>com</strong> a <strong>de</strong>manda do cliente ( Tackt time )<<strong>br</strong> />

• balanceamento e padronização dos postos <strong>de</strong> trabalho<<strong>br</strong> />

4 a fase - Sistema <strong>de</strong> Puxar<<strong>br</strong> />

• estabelecimento <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> mercado e reabastecimento conforme retirada do<<strong>br</strong> />

cliente<<strong>br</strong> />

• gerenciamento do inventário. Just-in-Time.<<strong>br</strong> />

5 a fase - Produção Nivelada<<strong>br</strong> />

• programa <strong>de</strong> produção uniforme e estabilizado<<strong>br</strong> />

• distribuição uniforme da carga <strong>de</strong> trabalho entre as operações<<strong>br</strong> />

3.1.4 ELEMENTOS CONSTITUINTES DO FPS<<strong>br</strong> />

A implementação do FPS se dá por meio da implementação paralela dos <strong>de</strong>z<<strong>br</strong> />

elementos que constituem o sistema, quais sejam:<<strong>br</strong> />

I. FTPM (Ford Total Productive Maintenance)<<strong>br</strong> />

Sigla que representa a Manutenção Produtiva Total Ford, e que se baseia na<<strong>br</strong> />

utilização <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> trabalho para o gerenciamento da eficiência e confiabilida<strong>de</strong>


57<<strong>br</strong> />

dos equipamentos. Por ser o objeto <strong>de</strong>ssa dissertação, o FTPM está apresentado em<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>talhes no item 3.2 <strong>de</strong>ste Capítulo.<<strong>br</strong> />

II. Treinamento<<strong>br</strong> />

Sistema para levantamento das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> treinamento e<<strong>br</strong> />

monitoramento dos resultados da aplicação em todos os níveis da Organização.<<strong>br</strong> />

III. ISPC (In Station Process Control)<<strong>br</strong> />

Sigla que representa o Controle <strong>de</strong> Processo na Estação <strong>de</strong> Trabalho e que<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>ange os seguintes subelementos:<<strong>br</strong> />

• dispositivos para evitar erros e danos nos equipamentos, no processo e no produto<<strong>br</strong> />

(pokayokes)<<strong>br</strong> />

• controles e auxílios visuais<<strong>br</strong> />

• troca rápida <strong>de</strong> processo e manutenção<<strong>br</strong> />

• folhas <strong>de</strong> instrução e padronização <strong>de</strong> tarefas<<strong>br</strong> />

• sistema da qualida<strong>de</strong> focado na análise e correção da causa raiz dos problemas e<<strong>br</strong> />

no grau <strong>de</strong> satisfação dos clientes internos e externos<<strong>br</strong> />

IV. Engenharia <strong>de</strong> Manufatura<<strong>br</strong> />

• conceitos <strong>de</strong> manufatura enxuta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dos produtos e<<strong>br</strong> />

processos<<strong>br</strong> />

• processos robustos <strong>de</strong> revisão e aprovação <strong>de</strong> projetos e seleção <strong>de</strong> fornecedores<<strong>br</strong> />

• gerenciamento do ciclo <strong>de</strong> vida e melhoria contínua na confiabilida<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

manutenabilida<strong>de</strong> dos equipamentos<<strong>br</strong> />

• gerenciamento da eficiência no uso das fontes <strong>de</strong> energia<<strong>br</strong> />

V. Meio Ambiente<<strong>br</strong> />

• atendimento a legislação ambiental<<strong>br</strong> />

• gerenciamento <strong>de</strong> substâncias perigosas<<strong>br</strong> />

• treinamento em aspectos ambientais<<strong>br</strong> />

• procedimentos <strong>de</strong> resposta em emergência para riscos ambientais<<strong>br</strong> />

VI. Material Industrial<<strong>br</strong> />

• agilida<strong>de</strong> na obtenção <strong>de</strong> materiais não produtivos<<strong>br</strong> />

• redução <strong>de</strong> inventário não produtivo<<strong>br</strong> />

• estratégias <strong>de</strong> suprimento (ex: <strong>com</strong>modities)<<strong>br</strong> />

• sistema <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> materiais e serviços


58<<strong>br</strong> />

• gerenciamento <strong>de</strong> materiais e ferramentas perecíveis<<strong>br</strong> />

VII. SHARP (Safety and Health Assessment Review Process). Sigla que representa o<<strong>br</strong> />

controle <strong>de</strong> segurança e saú<strong>de</strong> ocupacional.<<strong>br</strong> />

• análise <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e condições ergonômicas das tarefas<<strong>br</strong> />

• investigação <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e inci<strong>de</strong>ntes<<strong>br</strong> />

• controle <strong>de</strong> higiene industrial e médica<<strong>br</strong> />

• regras e permissões <strong>de</strong> trabalho<<strong>br</strong> />

• resposta às emergências <strong>de</strong> segurança<<strong>br</strong> />

• segurança <strong>de</strong> contratados<<strong>br</strong> />

• equipamentos <strong>de</strong> segurança e proteção individual<<strong>br</strong> />

VIII. Trabalho em Equipe<<strong>br</strong> />

Consi<strong>de</strong>rado o elemento chave do Sistema <strong>de</strong> Produção Ford no<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um alto grau capacida<strong>de</strong>, motivação, flexibilida<strong>de</strong>, envolvimento e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>prometimento dos grupos <strong>de</strong> trabalho <strong>com</strong> as metas e objetivos <strong>com</strong>uns da<<strong>br</strong> />

empresa.<<strong>br</strong> />

IX. Li<strong>de</strong>rança<<strong>br</strong> />

• planejamento estratégico<<strong>br</strong> />

• <strong>com</strong>unicação interna e externa<<strong>br</strong> />

• envolvimento e <strong>com</strong>prometimento gerencial<<strong>br</strong> />

• indicadores do Sistema<<strong>br</strong> />

• gerenciamento <strong>de</strong> mudanças <strong>de</strong> processos e produtos<<strong>br</strong> />

• métodos <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> problemas e melhoria contínua<<strong>br</strong> />

• divulgação e aplicação <strong>de</strong> lições aprendidas e melhores práticas<<strong>br</strong> />

• tecnologia <strong>de</strong> informação<<strong>br</strong> />

X. Fluxo Sincronizado <strong>de</strong> Materiais<<strong>br</strong> />

Aplicação do conceito <strong>de</strong> um fluxo contínuo <strong>de</strong> produção, dirigido por uma<<strong>br</strong> />

programação fixa, sequenciada e nivelada, por meio <strong>de</strong> :<<strong>br</strong> />

• planejamento e gerenciamento da logística interna e externa<<strong>br</strong> />

• programação sincronizada <strong>de</strong> todos os elementos <strong>de</strong> produção<<strong>br</strong> />

• lotes preferencialmente <strong>de</strong> uma peça e sistema <strong>de</strong> ‘puxar”.


59<<strong>br</strong> />

3.1.5 ESTRUTURA DE IMPLEMENTAÇÃO DO FPS<<strong>br</strong> />

Seguindo a orientação do escritório central do FPS, a planta da Ford <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Taubaté adotou a estrutura apresentada na Figura 3.7 para treinamento, disseminação<<strong>br</strong> />

dos conceitos e seguimento da implementação <strong>de</strong> cada um dos <strong>de</strong>z elementos do<<strong>br</strong> />

FPS.<<strong>br</strong> />

Gerente Geral (1 pessoa)<<strong>br</strong> />

Lí<strong>de</strong>res (15 pessoas)<<strong>br</strong> />

Média Gerência / supervisão<<strong>br</strong> />

Coor<strong>de</strong>nadores (15 pessoas)<<strong>br</strong> />

Supervisão / mensalistas<<strong>br</strong> />

Facilitadores <strong>de</strong> áreas (60 pessoas)<<strong>br</strong> />

Mensalistas / horistas<<strong>br</strong> />

Facilitadores <strong>de</strong> times (350 pessoas)<<strong>br</strong> />

Horistas<<strong>br</strong> />

Fonte: re<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação interna da Ford Motor Company<<strong>br</strong> />

Figura 3.7 – Organização para implementação do FPS<<strong>br</strong> />

3.1.6 INDICADORES DO FPS<<strong>br</strong> />

• BTS (Build to schedule)<<strong>br</strong> />

Produzir conforme programado, respeitando-se o volume, a seqüência e os<<strong>br</strong> />

tipos <strong>de</strong> produtos.<<strong>br</strong> />

• FTTC (First time through capability)<<strong>br</strong> />

Fazer certo da primeira vez. É um índice <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que indica o percentual<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> peças que <strong>com</strong>pletaram o processo enquadrando se nos níveis <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

especificados<<strong>br</strong> />

• DTD (Dock to Dock)<<strong>br</strong> />

Tempo total percorrido entre o recebimento da matéria prima e a expedição do<<strong>br</strong> />

produto acabado. Monitora todos os níveis <strong>de</strong> inventário da fá<strong>br</strong>ica.


60<<strong>br</strong> />

• OEE (Overall Equipment Efectveness)<<strong>br</strong> />

Índice <strong>de</strong> eficiência global do equipamento, <strong>com</strong>posto pelo produto <strong>de</strong> três<<strong>br</strong> />

índices: disponibilida<strong>de</strong>, performance e qualida<strong>de</strong>. Principal indicador para<<strong>br</strong> />

monitoramento dos resultados da implementação do FTPM.<<strong>br</strong> />

• Despesas <strong>de</strong> manufatura<<strong>br</strong> />

Índice do custo total do produto incluindo mão <strong>de</strong> o<strong>br</strong>a, material produtivo e não<<strong>br</strong> />

produtivo, refugos e outras <strong>de</strong>spesas em geral. É estratificado <strong>de</strong> maneira que se<<strong>br</strong> />

possa apresentá-lo <strong>com</strong>o ferramenta <strong>de</strong> melhoria para os times <strong>de</strong> trabalho.<<strong>br</strong> />

3.1.7 PROCESSO DE AVALIAÇÃO DO FPS<<strong>br</strong> />

Mundialmente o processo <strong>de</strong> implementação do Sistema <strong>de</strong> Produção Ford é<<strong>br</strong> />

monitorado por meio <strong>de</strong> auto-avaliações conduzidas pelos lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> cada elemento<<strong>br</strong> />

em suas próprias fá<strong>br</strong>icas. Posteriormente cada fá<strong>br</strong>ica passa por uma avaliação<<strong>br</strong> />

oficial conduzida por lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> outras fá<strong>br</strong>icas.<<strong>br</strong> />

O processo <strong>de</strong> avaliação, em geral <strong>de</strong> freqüência anual, baseia-se em um<<strong>br</strong> />

manual específico para cada um dos <strong>de</strong>z elementos do sistema, on<strong>de</strong> perguntas são<<strong>br</strong> />

pontuadas, atribuindo - se à fá<strong>br</strong>ica ao final do processo <strong>de</strong> avaliação, um nível entre<<strong>br</strong> />

zero e 10. Os resultados das avaliações oficiais da planta <strong>de</strong> Taubaté são mostrados<<strong>br</strong> />

na Tabela 3.1.<<strong>br</strong> />

Tabela 3.1 – Posição nas avaliações oficiais do FPS da Ford <strong>de</strong> Taubaté<<strong>br</strong> />

Data da avaliação<<strong>br</strong> />

Posição obtida<<strong>br</strong> />

Maio / 2000 2,0<<strong>br</strong> />

Maio / 2001 3,6<<strong>br</strong> />

Novem<strong>br</strong>o / 2001 5,3<<strong>br</strong> />

Novem<strong>br</strong>o / 2002 5,4<<strong>br</strong> />

Fonte: re<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação interna da Ford Motor Company<<strong>br</strong> />

3.2 CONCEITOS DA <strong>MANUTENÇÃO</strong> <strong>PRODUTIVA</strong> <strong>TOTAL</strong> FORD (FTPM)<<strong>br</strong> />

3.2.1 PRINCÍPIOS DO FTPM<<strong>br</strong> />

Expresso na Carta <strong>de</strong> Política da Ford Motor Company <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1992,<<strong>br</strong> />

os princípios do FTPM são:<<strong>br</strong> />

• Melhorar significativamente a operação da fá<strong>br</strong>ica e dos equipamentos, além dos<<strong>br</strong> />

processos <strong>de</strong> manutenção, por meio do envolvimento integrado das li<strong>de</strong>ranças<<strong>br</strong> />

sindicais, da força <strong>de</strong> trabalho da manufatura e da organização gerencial;


61<<strong>br</strong> />

• Aumentar a qualida<strong>de</strong> dos produtos por meio das melhorias na capacida<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

confiabilida<strong>de</strong> dos equipamentos e processos;<<strong>br</strong> />

• Maximizar a eficiência global, o <strong>de</strong>sempenho e a segurança dos processos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

manufatura, sistemas e equipamentos, eliminando todas as formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios<<strong>br</strong> />

(paradas <strong>de</strong> equipamentos, refugos, produtos <strong>de</strong>feituosos, aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho e<<strong>br</strong> />

ambientais);<<strong>br</strong> />

• Atingir um nível ótimo <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong> e do ciclo <strong>de</strong> vida dos equipamentos,<<strong>br</strong> />

minimizando custos <strong>de</strong> reparo e <strong>de</strong> reposição.<<strong>br</strong> />

3.2.2 BENEFÍCIOS DO FTPM<<strong>br</strong> />

Com a participação e o <strong>com</strong>prometimento <strong>de</strong> todos os níveis da Organização<<strong>br</strong> />

na eliminação dos <strong>de</strong>sperdícios e na busca da que<strong>br</strong>a zero, os benefícios obtidos <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a implementação do FTPM, alguns tangíveis e outros não, po<strong>de</strong>m ser percebidos em<<strong>br</strong> />

um ambiente <strong>de</strong> trabalho mais limpo e seguro, na melhoria da qualida<strong>de</strong> dos produtos,<<strong>br</strong> />

no aumento da produtivida<strong>de</strong>, no aumento da a<strong>br</strong>angência das funções, no aumento<<strong>br</strong> />

do conhecimento, no <strong>de</strong>senvolvimento intelectual e no aumento dos lucros e da<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> da empresa.<<strong>br</strong> />

No logotipo do FTPM mostrado na Figura 3.8, à medida que se diminui a área<<strong>br</strong> />

vermelha do <strong>de</strong>sperdício se aumenta a área azul dos resultados. Esse fato aliado à<<strong>br</strong> />

simbologia <strong>de</strong> crescimento da escada, busca transmitir o princípio da melhoria<<strong>br</strong> />

contínua do FTPM.<<strong>br</strong> />

Fonte: re<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação interna da Ford Motor Company<<strong>br</strong> />

Figura 3.8 – O logotipo do FTPM


62<<strong>br</strong> />

3.2.3 OS CINCO ELEMENTOS DO FTPM<<strong>br</strong> />

Na Figura 3.9 são mostrados os cinco elementos que funcionam <strong>com</strong>o os<<strong>br</strong> />

pilares <strong>de</strong> sustentação do FTPM e que tem <strong>com</strong>o palavra chave a integração entre<<strong>br</strong> />

esses elementos.<<strong>br</strong> />

Times Integrados <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Manufatura<<strong>br</strong> />

Treinamento em<<strong>br</strong> />

operação e<<strong>br</strong> />

manutenção<<strong>br</strong> />

Gerenciamento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

todo o ciclo <strong>de</strong> vida<<strong>br</strong> />

do equipamento<<strong>br</strong> />

Melhoria da<<strong>br</strong> />

eficiência global do<<strong>br</strong> />

equipamento<<strong>br</strong> />

Condução da<<strong>br</strong> />

Manutenção<<strong>br</strong> />

Planejada<<strong>br</strong> />

Fonte: re<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação interna da Ford Motor Company<<strong>br</strong> />

Figura 3.9 – Os cinco elementos do FTPM<<strong>br</strong> />

• Times Integrados <strong>de</strong> Manufatura<<strong>br</strong> />

Atuando <strong>com</strong>o um grupo multifuncional, os Times Integrados <strong>de</strong> Manufatura formam o<<strong>br</strong> />

elo <strong>de</strong> ligação entre os cinco elementos do FTPM, promovendo melhorias e gerando<<strong>br</strong> />

informações.<<strong>br</strong> />

• Gerenciamento do ciclo <strong>de</strong> vida dos equipamentos<<strong>br</strong> />

Focado na minimização do custo do ciclo <strong>de</strong> vida do equipamento, esse<<strong>br</strong> />

processo baseia-se nas lições aprendidas e informações dos times so<strong>br</strong>e melhorias<<strong>br</strong> />

implementadas.<<strong>br</strong> />

Dados so<strong>br</strong>e confiabilida<strong>de</strong> e manutenabilida<strong>de</strong> são coletados pelos times e<<strong>br</strong> />

repassados aos fornecedores e <strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong> projeto da empresa, afim <strong>de</strong> evitar<<strong>br</strong> />

que se repitam os mesmos erros em novos equipamentos, processos ou instalações.<<strong>br</strong> />

• Condução da Manutenção Planejada<<strong>br</strong> />

Realizada pelos próprios operadores, pela equipe especializada <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

manutenção ou por contratados, a Manutenção Planejada busca por meio <strong>de</strong> todas as


63<<strong>br</strong> />

técnicas <strong>de</strong> manutenção, aumentar a disponibilida<strong>de</strong> e a confiabilida<strong>de</strong> dos<<strong>br</strong> />

equipamentos e reduzir os custos <strong>de</strong> manutenção.<<strong>br</strong> />

• Treinamento em operação e manutenção<<strong>br</strong> />

Para a implementação do FTPM alguns treinamentos específicos po<strong>de</strong>m ser<<strong>br</strong> />

necessários a <strong>de</strong>terminados times em função <strong>de</strong> eventuais peculiarida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seus<<strong>br</strong> />

equipamentos e são <strong>de</strong>terminados pelos próprios times, porém alguns treinamentos<<strong>br</strong> />

são básicos para todos os times, <strong>com</strong>o por exemplo: conceitos so<strong>br</strong>e FTPM, técnicas<<strong>br</strong> />

básicas e avançadas <strong>de</strong> inspeção, coleta e análise <strong>de</strong> dados, conceitos <strong>de</strong> trabalho em<<strong>br</strong> />

equipe, métodos <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> problemas, controle estatístico do processo,<<strong>br</strong> />

confiabilida<strong>de</strong> e manutenabilida<strong>de</strong>, noções básicas <strong>de</strong> lu<strong>br</strong>ificação, <strong>de</strong> hidráulica,<<strong>br</strong> />

pneumática, elétrica e <strong>de</strong>senho.<<strong>br</strong> />

Como o FTPM é um dos <strong>de</strong>z elementos do FPS, outros treinamentos<<strong>br</strong> />

referentes aos outros nove elementos também são ministrados em paralelo para os<<strong>br</strong> />

times, <strong>com</strong>o por exemplo; conceitos so<strong>br</strong>e dispositivos a prova <strong>de</strong> erro, troca rápida <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ferramentas, 5 S’s, gerenciamento visual, técnicas <strong>de</strong> reunião, li<strong>de</strong>rança e outros<<strong>br</strong> />

específicos <strong>de</strong> cada um dos nove elementos.<<strong>br</strong> />

• Melhoria da eficiência global dos equipamentos<<strong>br</strong> />

Com base na i<strong>de</strong>ntificação e eliminação das perdas tratadas pelo FTPM<<strong>br</strong> />

mostradas na Figura 3.10, a melhoria global dos equipamentos acarreta ganhos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

qualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> custos, segurança do trabalho e satisfação dos<<strong>br</strong> />

consumidores.<<strong>br</strong> />

Essas melhorias são medidas pelo índice <strong>de</strong> Eficiência Global do Equipamento,<<strong>br</strong> />

representado pela sigla OEE (Overall Equipment Effectiveness) apresentado em<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>talhes no item 2.3.9 da presente Dissertação.<<strong>br</strong> />

• por falha ou que<strong>br</strong>a <strong>de</strong> equipamento<<strong>br</strong> />

• por preparação ou ajuste<<strong>br</strong> />

• por <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramentas<<strong>br</strong> />

• por ociosida<strong>de</strong> e pequenas paradas<<strong>br</strong> />

• por velocida<strong>de</strong> reduzida<<strong>br</strong> />

• por refugos e retrabalhos no início <strong>de</strong> produção<<strong>br</strong> />

Fonte: re<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação interna da Ford Motor Company<<strong>br</strong> />

Figura 3.10 – As perdas abordadas pelo FTPM


64<<strong>br</strong> />

3.2.4 OS TRÊS TESOUROS DO FTPM<<strong>br</strong> />

Na implementação do FTPM, três fatores são consi<strong>de</strong>rados fundamentais e<<strong>br</strong> />

portanto, <strong>de</strong>nominados tesouros:<<strong>br</strong> />

• A Lição <strong>de</strong> Ponto Único que é uma ferramenta <strong>de</strong> treinamento para execução <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tarefas. Geralmente elaborada pelos mem<strong>br</strong>os dos times, apresenta-se <strong>com</strong>o um<<strong>br</strong> />

procedimento escrito, porém buscando minimizar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> textos e maximizar<<strong>br</strong> />

a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auxílios visuais afim <strong>de</strong> que se torne auto-explicativa. Um exemplo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

lição <strong>de</strong> ponto único é mostrado na Figura 3.11.<<strong>br</strong> />

Com uma das mãos, segurar<<strong>br</strong> />

firmemente a mangueira na<<strong>br</strong> />

altura da a<strong>br</strong>aça<strong>de</strong>ira<<strong>br</strong> />

Com a outra mão puxar o<<strong>br</strong> />

anel <strong>de</strong> encaixe para baixo,<<strong>br</strong> />

no sentido da seta, sempre<<strong>br</strong> />

direção ao cano <strong>de</strong> distribuição<<strong>br</strong> />

Puxar levemente a mangueira<<strong>br</strong> />

para cima e pronto, a mangueira<<strong>br</strong> />

já estará <strong>de</strong>sencaixada.<<strong>br</strong> />

Fonte: re<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação interna da Ford Motor Company<<strong>br</strong> />

Figura 3.11 – Exemplo <strong>de</strong> Lição <strong>de</strong> Ponto Único (LPU)<<strong>br</strong> />

• O Quadro <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s do time que tem <strong>com</strong>o objetivo promover <strong>de</strong> forma<<strong>br</strong> />

padronizada a <strong>com</strong>unicação entre turnos do mesmo time e entre times. Nesse quadro<<strong>br</strong> />

estão expostos a foto e a i<strong>de</strong>ntificação do time, os indicadores, agenda e atas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

reunião, planos <strong>de</strong> ação, as lições <strong>de</strong> ponto único, informações <strong>de</strong> segurança e <strong>de</strong>mais<<strong>br</strong> />

informações referentes não somente ao FTPM, mas à todo o FPS e necessárias ao<<strong>br</strong> />

auto-gerenciamento do time.<<strong>br</strong> />

• As Reuniões dos times, nas quais são tratados assuntos <strong>de</strong> interesse geral, bem<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o avaliados os indicadores <strong>de</strong> performance do time, além do nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

implementação do FTPM e dos <strong>de</strong>mais elementos do FPS. Para essas reuniões, a<<strong>br</strong> />

diretoria da Ford co<strong>br</strong>a rigidamente a presença dos facilitadores, afim <strong>de</strong> que se possa<<strong>br</strong> />

dar todo o suporte necessário aos times.


65<<strong>br</strong> />

3.2.5 OS SETE PASSOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DO FTPM<<strong>br</strong> />

Conforme mostrado na Figura 3.12, a implementação do FTPM se dá por meio<<strong>br</strong> />

da implementação dos sete passos que equivalem aos sete passos da manutenção<<strong>br</strong> />

autônoma apresentados no Capítulo 2 <strong>de</strong>sse trabalho. Os sete passos do FTPM são<<strong>br</strong> />

precedidos <strong>de</strong> uma etapa preparatória <strong>de</strong>nominada passo zero que equivale às seis<<strong>br</strong> />

primeiras etapas <strong>de</strong> implementação do TPM.<<strong>br</strong> />

7 PASSOS DE IMPLEMENTAÇÃO DO FTPM<<strong>br</strong> />

Auto gerenciamento e Melhoria Contínua 7<<strong>br</strong> />

Consolidação dos 5S e Padronização<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

Autonomia nas inspeções e pequenos reparos<<strong>br</strong> />

Treinamento em Inspeção Geral<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

Segurança, Limpeza e Lu<strong>br</strong>ificação<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

Eliminação <strong>de</strong> inconveniências<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Limpeza é Inspeção<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Preparação<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Fonte: O autor<<strong>br</strong> />

Figura 3.12 – Sete passos <strong>de</strong> implementação do FTPM<<strong>br</strong> />

Passo 0 - Preparação<<strong>br</strong> />

Nesse passo as seguintes ativida<strong>de</strong>s são <strong>de</strong>senvolvidas:<<strong>br</strong> />

• treinamento e conscientização so<strong>br</strong>e os conceitos e importância do FTPM;<<strong>br</strong> />

• i<strong>de</strong>ntificação do time;<<strong>br</strong> />

• escolha dos facilitadores <strong>de</strong> FTPM do time;<<strong>br</strong> />

• estabelecimento do calendário <strong>de</strong> reuniões;<<strong>br</strong> />

• treinamento em lições <strong>de</strong> ponto único;<<strong>br</strong> />

• instalação do quadro <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s;<<strong>br</strong> />

• preparação dos indicadores <strong>de</strong> eficiência global dos equipamentos (OEE),<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong> e manutenabilida<strong>de</strong> (MTBF e MTTR);<<strong>br</strong> />

• Estabelecimentos dos objetivos;<<strong>br</strong> />

• Estabelecimento da máquina didática.


66<<strong>br</strong> />

Passo 1 - Limpeza e Inspeção<<strong>br</strong> />

Nesse passo, o enfoque é aproveitar o ato da limpeza das máquinas para a<<strong>br</strong> />

inspeção e i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> partes soltas, <strong>de</strong>sgastes, <strong>de</strong>salinhamentos, fontes <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

contaminação, danos gerais, riscos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte e pontos <strong>de</strong> difícil acesso. O uso da<<strong>br</strong> />

audição, do olfato, do tato e da visão <strong>com</strong>o meios rápidos <strong>de</strong> inspeção é bastante<<strong>br</strong> />

difundido a partir <strong>de</strong>sse passo. Padrões e procedimentos preliminares <strong>de</strong> limpeza são<<strong>br</strong> />

elaborados.<<strong>br</strong> />

Em cada time em que se inicia a implementação do passo 1, é estabelecido <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

forma cerimoniosa, o Dia da Limpeza Inicial, on<strong>de</strong> partindo-se <strong>de</strong> uma máquina<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>nominada didática, todos os conceitos <strong>de</strong> inspeção e <strong>de</strong> limpeza referentes aos 5S’s<<strong>br</strong> />

e também <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação dos pontos <strong>de</strong> difícil acesso são apresentados ao time.<<strong>br</strong> />

Efetua-se então a limpeza e organização <strong>de</strong> todas as máquinas e da própria<<strong>br</strong> />

área, já <strong>com</strong> especial atenção para a i<strong>de</strong>ntificação dos pontos <strong>de</strong> travamento das<<strong>br</strong> />

fontes <strong>de</strong> energia e <strong>de</strong> riscos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte.<<strong>br</strong> />

Durante as inspeções, as inconveniências que não pu<strong>de</strong>rem ser eliminadas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

imediato, são i<strong>de</strong>ntificadas para eliminação posterior <strong>com</strong> etiquetas azuis ou<<strong>br</strong> />

vermelhas conforme mo<strong>de</strong>lo apresentado na Figura 3.13.<<strong>br</strong> />

Esta etiqueta fica no equipamento<<strong>br</strong> />

Classificação<<strong>br</strong> />

da Inconveniência: 1 2 3 4 5<<strong>br</strong> />

Esta etiqueta fica no equipamento<<strong>br</strong> />

Classificação<<strong>br</strong> />

da Inconveniência: 1 2 3 4 5<<strong>br</strong> />

I<strong>de</strong>ntificação:<<strong>br</strong> />

Data:____/____/____<<strong>br</strong> />

I<strong>de</strong>ntificação:<<strong>br</strong> />

Data:____/____/____<<strong>br</strong> />

Equipamento:_________________________<<strong>br</strong> />

B.T.: _______________ O.P.:____________<<strong>br</strong> />

Coluna: ___________ Time:_____________<<strong>br</strong> />

Detectado por:________________________<<strong>br</strong> />

Time:_______________________________<<strong>br</strong> />

Descrição do problema:<<strong>br</strong> />

Equipamento:_________________________<<strong>br</strong> />

B.T.: _______________ O.P.:____________<<strong>br</strong> />

Coluna: ___________ Time:_____________<<strong>br</strong> />

Detectado por:________________________<<strong>br</strong> />

Time:_______________________________<<strong>br</strong> />

Descrição do problema:<<strong>br</strong> />

1 - Segurança 2 - Fontes <strong>de</strong> Contaminação<<strong>br</strong> />

3 - Difícil acesso 4 - 5 S´s 5 -Outros<<strong>br</strong> />

1 - Segurança 2 - Fontes <strong>de</strong> Contaminação<<strong>br</strong> />

3 - Difícil acesso 4 - 5 S´s 5 -Outros<<strong>br</strong> />

Fonte: re<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação interna da Ford Motor Company<<strong>br</strong> />

Figura 3.13 – Etiquetas para i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> inconveniências<<strong>br</strong> />

Apesar do mesmo conteúdo cada uma das etiquetas tem um propósito<<strong>br</strong> />

distinto.As azuis i<strong>de</strong>ntificam as inconveniências que o próprio time é capaz <strong>de</strong> eliminar.


67<<strong>br</strong> />

Já as vermelhas i<strong>de</strong>ntificam as inconveniências para as quais o time ainda não está<<strong>br</strong> />

apto e necessita <strong>de</strong> recursos externos para resolvê-las.<<strong>br</strong> />

• Passo 2 – Eliminação das inconveniências: Fontes <strong>de</strong> Contaminação e Pontos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Difícil Acesso<<strong>br</strong> />

Nesse passo o enfoque é fazer <strong>com</strong> que o time <strong>com</strong>preenda a importância <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

se eliminar as fontes <strong>de</strong> contaminação e o impacto <strong>de</strong>ssas fontes so<strong>br</strong>e os riscos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

aci<strong>de</strong>nte, manutenção da limpeza e organização, paradas <strong>de</strong> máquina, custos <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

lu<strong>br</strong>ificantes e <strong>com</strong> a limpeza. Os pontos <strong>de</strong> difícil acesso também são bastante<<strong>br</strong> />

enfocados por dificultarem a limpeza, inspeção e manutenção e preparação dos<<strong>br</strong> />

equipamentos<<strong>br</strong> />

Por meio <strong>de</strong> um controle das etiquetas, feito manualmente ou via <strong>com</strong>putador,<<strong>br</strong> />

os times avaliam quais os tipos <strong>de</strong> inconveniências <strong>de</strong> maior ocorrência, programam<<strong>br</strong> />

as datas <strong>de</strong> eliminação, bem <strong>com</strong>o auto-avaliam seu grau <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong>, que<<strong>br</strong> />

aumenta à medida que mais etiquetas azuis e menos vermelhas são emitidas.<<strong>br</strong> />

• Passo 3 – Procedimentos <strong>de</strong> segurança, <strong>de</strong> limpeza e <strong>de</strong> lu<strong>br</strong>ificação<<strong>br</strong> />

Nesse passo, dada a experiência adquirida nos passos anteriores, o time revisa e<<strong>br</strong> />

aprimora as lições <strong>de</strong> ponto único referentes à limpeza e lu<strong>br</strong>ificação, bem <strong>com</strong>o as<<strong>br</strong> />

freqüências <strong>de</strong> execução. Especial atenção segue sendo dada a questão da<<strong>br</strong> />

segurança, <strong>com</strong> revisão da i<strong>de</strong>ntificação dos pontos <strong>de</strong> travamento das fontes <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

energia e aperto <strong>de</strong> parafusos <strong>de</strong> segurança. Lições <strong>de</strong> ponto único <strong>de</strong> lu<strong>br</strong>ificação<<strong>br</strong> />

elaboradas nesse passo chamam a atenção para a verificação periódica dos níveis <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

lu<strong>br</strong>ificantes, on<strong>de</strong> um consumo excessivo, a falta <strong>de</strong> consumo ou até mesmo um<<strong>br</strong> />

aumento dos níveis nos reservatórios, são sinais evi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> falhas no equipamento.<<strong>br</strong> />

• Passo 4 – Treinamento em inspeção geral<<strong>br</strong> />

Nesse passo o enfoque é a realização <strong>de</strong> treinamentos técnicos ligados a<<strong>br</strong> />

hidráulica, pneumática, mecânica, elétrica e eletrônica básica. Esses treinamentos têm<<strong>br</strong> />

a função <strong>de</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> e o grau <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> das inspeções e das<<strong>br</strong> />

análises das causas das inconveniências <strong>de</strong>tectadas durante as inspeções.<<strong>br</strong> />

• Passo 5 – Inspeções e Procedimentos<<strong>br</strong> />

A experiência adquirida nos passos anteriores e principalmente no passo<<strong>br</strong> />

quatro, propicia aos times o aumento do uso das da lições <strong>de</strong> ponto único, além <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

lhes permitir também a seleção e aplicação <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> manutenção mais<<strong>br</strong> />

elaborados <strong>com</strong>o por exemplo a manutenção preditiva e a manutenção centrada na<<strong>br</strong> />

confiabilida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

• Passo 6 – Organização do local <strong>de</strong> trabalho e garantia da qualida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

A consolidação dos conceitos <strong>de</strong> 5S é o enfoque <strong>de</strong>sse passo, principalmente<<strong>br</strong> />

no que se refere à organização, limpeza, segurança e padronização das tarefas.


68<<strong>br</strong> />

Também conceitos <strong>de</strong> dispositivos à prova <strong>de</strong> erro, troca rápida <strong>de</strong> ferramenta<<strong>br</strong> />

e <strong>de</strong> manutenção, além do aprimoramento dos controles <strong>de</strong> processo e <strong>de</strong> produto são<<strong>br</strong> />

difundidos nesse passo.<<strong>br</strong> />

• Passo 7 – Gerenciamento dos equipamentos<<strong>br</strong> />

Esse passo é consi<strong>de</strong>rado implementado quando o time apresenta um<<strong>br</strong> />

processo <strong>de</strong> melhoria contínua baseado na aplicação sistemática dos métodos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

solução <strong>de</strong> problemas. O resultado <strong>de</strong>ssa aplicação <strong>de</strong>ve estar refletido no indicador<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> eficiência global dos equipamentos (OEE) e nos <strong>de</strong>mais indicadores do FPS<<strong>br</strong> />

mencionados no item 3.1.6 <strong>de</strong>sse capítulo e que também são direta ou indiretamente<<strong>br</strong> />

afetados pela implementação do FTPM.<<strong>br</strong> />

3.2.6 – PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DO FTPM<<strong>br</strong> />

A implementação <strong>de</strong> cada um dos sete passos do FTPM é avaliada<<strong>br</strong> />

inicialmente pelos próprios times, que julgando-se aptos na auto-avaliação, solicitam a<<strong>br</strong> />

avaliação <strong>de</strong> um <strong>com</strong>itê interno <strong>de</strong> especialistas em FTPM e posteriormente da<<strong>br</strong> />

gerência da área, <strong>caso</strong> a avaliação do <strong>com</strong>itê tenha sido satisfatória. Ao terem o passo<<strong>br</strong> />

avaliado <strong>com</strong>o satisfatório, os times recebem da gerência um selo a ser colocado em<<strong>br</strong> />

um quadro em forma <strong>de</strong> relógio mostrado na Figura 3.14 e que indica a evolução da<<strong>br</strong> />

implementação do FTPM no time.<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

GERENCIAMENTO DOS<<strong>br</strong> />

EQUIPAMENTOS PELOS TIMES<<strong>br</strong> />

GERENCIAMENTO DOS<<strong>br</strong> />

EQUIPAMENTOS PELOS TIMES<<strong>br</strong> />

PREPARAÇÃO<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

EXECUTAR INSPEÇÕES E<<strong>br</strong> />

EXECUTAR LIMPEZA E INSPEÇÃO<<strong>br</strong> />

LIMPEZA INICIAL<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

NO LOCAL DE TRABALHO<<strong>br</strong> />

ORGANIZAÇÃO E HOUSEKEEPING<<strong>br</strong> />

DESPERDÍCIOS<<strong>br</strong> />

6 2<<strong>br</strong> />

RESULTADOS<<strong>br</strong> />

(MELHORIAS CONTÍNUAS)<<strong>br</strong> />

ELIMINAR FONTES DE CONTAMINAÇÃO<<strong>br</strong> />

E LOCAIS DE DIFICIL ACESSO<<strong>br</strong> />

ESTABELECER E IMPLEMENTAR PROCED. DE<<strong>br</strong> />

INSPEÇÃO AUTO--DIRIGIDOS PELOS TIMES<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

TREINAMENTO EM INSPEÇÃO GERAL<<strong>br</strong> />

DOS EQUIPAMENTOS<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

DESENVOLVER PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA,<<strong>br</strong> />

LUBRIFICAÇÃO E TORQUEAMENTO<<strong>br</strong> />

Fonte: re<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação interna da Ford Motor Company<<strong>br</strong> />

Figura 3.14 – Relógio <strong>de</strong> evolução da implementação do FTPM


4 METODOLOGIA<<strong>br</strong> />

4.1 – CLASSIFICAÇÃO<<strong>br</strong> />

A metodologia aplicada neste trabalho po<strong>de</strong> ser classificada <strong>com</strong>o explicativa<<strong>br</strong> />

quanto aos fins. Quanto aos meios, o trabalho po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado um <strong>estudo</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>caso</strong> e investigação (VERGARA, 2000, p.46-49), pois <strong>de</strong>screve a metodologia <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

implementação do TPM utilizada pela empresa objeto <strong>de</strong> <strong>estudo</strong>, por meio da<<strong>br</strong> />

apresentação teórica <strong>de</strong>ssa metodologia e da análise dos resultados obtidos em um<<strong>br</strong> />

<strong>caso</strong> real <strong>de</strong> implementação.<<strong>br</strong> />

4.2 – COLETA E ANÁLISE DOS DADOS<<strong>br</strong> />

Seguindo um padrão mundial <strong>de</strong> medição dos resultados obtidos <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

implementação do TPM, a Ford Motor Company também aplica o índice <strong>de</strong> Eficiência<<strong>br</strong> />

Global do Equipamento, mais conhecido por OEE do inglês Overall Equipment<<strong>br</strong> />

Effectiveness, para medição dos resultados da implementação do FTPM, sua versão<<strong>br</strong> />

adaptada do TPM.<<strong>br</strong> />

Conforme <strong>de</strong>talhado no item 2.3.9 da presente Dissertação, o OEE é um índice<<strong>br</strong> />

percentual obtido pela multiplicação <strong>de</strong> outros três índices percentuais que são:<<strong>br</strong> />

• Disponibilida<strong>de</strong> do Equipamento, que me<strong>de</strong> a relação entre o tempo teórico que o<<strong>br</strong> />

equipamento <strong>de</strong>veria ter operado e o tempo que realmente operou, <strong>de</strong>vido as que<strong>br</strong>as<<strong>br</strong> />

e paradas para manutenção ou troca <strong>de</strong> ferramentas;<<strong>br</strong> />

• Performance operacional que me<strong>de</strong> a relação entre a velocida<strong>de</strong> teórica e real <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

operação do equipamento, abordando as perdas por espera e bloqueio, pequenas<<strong>br</strong> />

paradas e velocida<strong>de</strong> reduzida;<<strong>br</strong> />

• Qualida<strong>de</strong> do produto que me<strong>de</strong> a relação entre peças boas e peças refugadas ou<<strong>br</strong> />

retrabalhadas.<<strong>br</strong> />

Para elaboração <strong>de</strong>sta Dissertação foram coletados os valores mensais <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

OEE e <strong>de</strong> seus três índices constituintes registrados pelo time estudado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início<<strong>br</strong> />

da implementação do FTPM em junho <strong>de</strong> 1999 até <strong>de</strong>zem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2003. Esses valores<<strong>br</strong> />

são apresentados na Tabela 5.1 do Capítulo Cinco.<<strong>br</strong> />

De junho a <strong>de</strong>zem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 1999 os valores <strong>de</strong> OEE e <strong>de</strong> seus constituintes eram<<strong>br</strong> />

registrados, calculados e dispostos manualmente na forma <strong>de</strong> gráficos pelo time<<strong>br</strong> />

estudado e divulgados no Quadro <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s do time. A partir <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2001<<strong>br</strong> />

esses dados passaram a ser lançados pelo time em uma planilha eletrônica que<<strong>br</strong> />

automaticamente calcula os índices e emite os respectivos gráficos.<<strong>br</strong> />

Com base nos índices coletados foram efetuadas as análises das causas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

variação <strong>de</strong>sses índices e das melhorias implementadas no mesmo período, bem


70<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o uma <strong>com</strong>paração entre a previsões dos valores à serem atingidos e o objetivo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> OEE estabelecidos para o time estudado. Também foram apresentadas algumas<<strong>br</strong> />

sugestões para melhoria dos resultados.<<strong>br</strong> />

A seguir são apresentados os passos utilizados nesta Dissertação para análise<<strong>br</strong> />

da implementação do FTPM no time estudado e dos resultados obtidos <strong>com</strong> essa<<strong>br</strong> />

implementação:<<strong>br</strong> />

Passo 1: Definição do time e do período a ser estudado <strong>com</strong> base na qualida<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

disponibilida<strong>de</strong> dos dados;<<strong>br</strong> />

Passo 2: Coleta dos dados registrados em papel e meio eletrônico referentes ao OEE<<strong>br</strong> />

e seus três índices constituintes;<<strong>br</strong> />

Passo 3: Coleta dos registros <strong>de</strong> melhoria resultantes da implementação do FTPM.<<strong>br</strong> />

Esses registros referem-se a quantida<strong>de</strong> e tipo <strong>de</strong>: trocas rápidas e<<strong>br</strong> />

dispositivos à prova <strong>de</strong> erro implementados, Lições <strong>de</strong> Ponto Único e<<strong>br</strong> />

etiquetas <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> inconveniência;<<strong>br</strong> />

Passo 4: Elaboração dos gráficos <strong>de</strong> OEE, Disponibilida<strong>de</strong> do Equipamento,<<strong>br</strong> />

Performance Operacional e Qualida<strong>de</strong> do Produto;<<strong>br</strong> />

Passo 5: Elaboração das retas e equações <strong>de</strong> tendência para os índices estudados,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> base no Método dos Mínimos Quadrados aplicado à séries temporais e<<strong>br</strong> />

também <strong>com</strong> base na estatística <strong>de</strong> teste F aplicada na análise <strong>de</strong> variância<<strong>br</strong> />

dos erros <strong>de</strong> regressão das séries.<<strong>br</strong> />

A estatística <strong>de</strong> teste F foi utilizada <strong>com</strong>o auxílio na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a utilização total ou parcial das séries temporais <strong>de</strong> Performance<<strong>br</strong> />

Operacional e Qualida<strong>de</strong> do Produto, pelo fato <strong>de</strong> que essas duas séries<<strong>br</strong> />

apresentaram uma mudança significativa <strong>de</strong> seu valor médio durante o<<strong>br</strong> />

período estudado;<<strong>br</strong> />

Passo 6: Análise das retas <strong>de</strong> tendências e dos pontos mais significativos dos índices<<strong>br</strong> />

Neste passo buscou-se avaliar a inclinação da linha <strong>de</strong> tendência, ou<<strong>br</strong> />

seja, se os dados estudados mostravam uma tendência <strong>de</strong> melhoria ou não.<<strong>br</strong> />

Também foram analisadas as causas <strong>de</strong> variação <strong>com</strong> base no histórico <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

cada índice e nas melhorias implementadas levantadas no passo três;<<strong>br</strong> />

Passo 7: Elaboração <strong>de</strong> previsões para os índices.<<strong>br</strong> />

Com base nas equações <strong>de</strong> tendência elaboradas no passo cinco,<<strong>br</strong> />

foram efetuadas previsões so<strong>br</strong>e o <strong>com</strong>portamento <strong>de</strong> cada índice estudado.<<strong>br</strong> />

Passo 8: Comparação das previsões <strong>com</strong> os objetivos <strong>de</strong> OEE estabelecidos pela<<strong>br</strong> />

gerência do time estudado.<<strong>br</strong> />

Nesse passo buscou-se <strong>com</strong>parar as previsões realizadas no passo<<strong>br</strong> />

sete <strong>com</strong> os objetivos <strong>de</strong> OEE <strong>de</strong> 72% estabelecido pela gerência do time e


71<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> 85% estabelecido corporativamente pela Ford Motor Company. Essa<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>paração serviu principalmente para verificar se os resultados obtidos <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a implementação do FTPM estão sendo sustentados ao longo do tempo;<<strong>br</strong> />

Passo 9: Elaboração <strong>de</strong> sugestões para melhoria dos índices estudados.<<strong>br</strong> />

Neste passo foram utilizados os conceitos <strong>de</strong> TPM e FTPM estudados<<strong>br</strong> />

na Revisão da Literatura e no Capítulo três <strong>de</strong>sta Dissertação para a<<strong>br</strong> />

proposta <strong>de</strong> algumas ações capazes <strong>de</strong> auxiliar na melhoria dos resultados e<<strong>br</strong> />

no alcance dos objetivos <strong>de</strong>finidos para o time.


5 RESULTADOS E DISCUSSÃO<<strong>br</strong> />

Neste Capítulo são apresentados e discutidos os valores mensais <strong>de</strong> Eficiência<<strong>br</strong> />

Global do Equipamento (OEE), coletados no time estudado, bem <strong>com</strong>o os três índices<<strong>br</strong> />

que <strong>com</strong>põem o OEE que são Disponibilida<strong>de</strong> do Equipamento, Performance<<strong>br</strong> />

Operacional e Qualida<strong>de</strong> do Produto, conforme <strong>de</strong>talhado no item 2.3.9 da presente<<strong>br</strong> />

Dissertação. A Tabela 5.1 apresenta os valores coletados <strong>de</strong> OEE e seus<<strong>br</strong> />

constituintes.<<strong>br</strong> />

Composto em média por cinco pessoas por turno, que operam um mesmo<<strong>br</strong> />

equipamento <strong>de</strong> usinagem do tipo transfer, o time estudado iniciou suas operações em<<strong>br</strong> />

setem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 1996. Em junho <strong>de</strong> 1999, <strong>de</strong>u início a implementação do FTPM que foi<<strong>br</strong> />

concluída em setem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2001.<<strong>br</strong> />

Embora a implementação do FTPM tenha sido concluída pelo time em<<strong>br</strong> />

setem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2001, foram coletados e analisados os dados <strong>de</strong> OEE até <strong>de</strong>zem<strong>br</strong>o <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

2003, para se observar ao longo do tempo o efeito <strong>de</strong>ssa implementação na Eficiência<<strong>br</strong> />

Global do Equipamento e a capacida<strong>de</strong> do time em manter os resultados alcançados.<<strong>br</strong> />

Antes <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999, ou seja, antes do início da implementação do FTPM<<strong>br</strong> />

não existem registros a<strong>de</strong>quados para a extensão do <strong>estudo</strong>.<<strong>br</strong> />

5.1 DISPONIBILIDADE DO EQUIPAMENTO<<strong>br</strong> />

Os dados disponíveis no time mostram que as principais causas <strong>de</strong> parada do<<strong>br</strong> />

equipamento estudado estão relacionadas principalmente à:<<strong>br</strong> />

• colisões das estações e dos transportadores <strong>de</strong> peça;<<strong>br</strong> />

• trocas e ajustes <strong>de</strong> ferramenta;<<strong>br</strong> />

• falhas <strong>de</strong> programação e <strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes eletrônicos;<<strong>br</strong> />

• falhas no sistema hidráulico e <strong>de</strong> refrigeração<<strong>br</strong> />

• aquecimento do equipamento no início <strong>de</strong> produção<<strong>br</strong> />

• que<strong>br</strong>a ou travamento dos fusos das estações;<<strong>br</strong> />

• que<strong>br</strong>as <strong>de</strong> garras <strong>de</strong> fixação <strong>de</strong> peças e ferramentas.


73<<strong>br</strong> />

Tabela 5.1 - Valores coletados <strong>de</strong> OEE e seus constituintes<<strong>br</strong> />

Mês Disponibilida<strong>de</strong> [ % ] Performance [ % ] Qualida<strong>de</strong> [ % ] OEE [ % ]<<strong>br</strong> />

Jun/99 31 21 93 6<<strong>br</strong> />

Jul/99 55 25 92 13<<strong>br</strong> />

Ag/99 43 41 85 15<<strong>br</strong> />

Set/99 53 30 94 15<<strong>br</strong> />

Out/99 52 49 95 24<<strong>br</strong> />

Nov/99 44 46 92 19<<strong>br</strong> />

Dez/99 52 92 91 44<<strong>br</strong> />

Jan/00 32 58 93 17<<strong>br</strong> />

Fev/00 48 51 84 21<<strong>br</strong> />

Mar/00 51 50 91 23<<strong>br</strong> />

A<strong>br</strong>/00 49 47 91 21<<strong>br</strong> />

Mai/00 49 48 84 20<<strong>br</strong> />

Jun/00 45 67 84 25<<strong>br</strong> />

Jul/00 67 90 96 58<<strong>br</strong> />

Ag/00 68 79 95 51<<strong>br</strong> />

Set/00 46 72 93 31<<strong>br</strong> />

Out/00 50 79 93 37<<strong>br</strong> />

Nov/00 36 97 97 34<<strong>br</strong> />

Dez/00 75 46 95 33<<strong>br</strong> />

Jan/01 78 42 95 31<<strong>br</strong> />

Fev/01 65 49 97 31<<strong>br</strong> />

Mar/01 60 37 96 21<<strong>br</strong> />

A<strong>br</strong>/01 67 86 97 56<<strong>br</strong> />

Mai/01 57 90 97 50<<strong>br</strong> />

Jun/01 44 83 97 35<<strong>br</strong> />

Jul/01 67 84 97 55<<strong>br</strong> />

Ag/01 67 88 96 57<<strong>br</strong> />

Set/01 65 71 97 45<<strong>br</strong> />

Out/01 64 94 98 59<<strong>br</strong> />

Nov/01 60 98 98 58<<strong>br</strong> />

Dez/01 67 83 98 54<<strong>br</strong> />

Jan/02 66 67 97 43<<strong>br</strong> />

Fev/02 57 88 96 48<<strong>br</strong> />

Mar/02 59 74 97 42<<strong>br</strong> />

A<strong>br</strong>/02 68 89 97 59<<strong>br</strong> />

Mai/02 62 83 96 49<<strong>br</strong> />

Jun/02 59 76 97 43<<strong>br</strong> />

Jul/02 55 74 97 39<<strong>br</strong> />

Ag/02 65 84 97 53<<strong>br</strong> />

Set/02 74 75 97 54<<strong>br</strong> />

Out/02 76 72 98 54<<strong>br</strong> />

Nov/02 63 84 98 52<<strong>br</strong> />

Dez/02 70 70 98 48<<strong>br</strong> />

Jan/03 70 83 98 57<<strong>br</strong> />

Fev/03 49 95 97 45<<strong>br</strong> />

Mar/03 52 94 98 48<<strong>br</strong> />

A<strong>br</strong>/03 69 79 98 53<<strong>br</strong> />

Mai/03 64 88 98 55<<strong>br</strong> />

Jun/03 64 85 98 53<<strong>br</strong> />

Jul/03 75 81 99 60<<strong>br</strong> />

Ag/03 59 75 98 43<<strong>br</strong> />

Set/03 60 86 98 51<<strong>br</strong> />

Out/03 56 91 96 49<<strong>br</strong> />

Nov/03 53 78 98 41<<strong>br</strong> />

Dez/03 53 92 98 48<<strong>br</strong> />

Fonte: o autor


74<<strong>br</strong> />

A Figura 5.1 apresenta o total <strong>de</strong> horas paradas do equipamento estudado no<<strong>br</strong> />

ano <strong>de</strong> 2003, ocasionadas por que<strong>br</strong>a ou falha do equipamento, por troca ou ajuste <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ferramentas e por outras causas menos significativas.<<strong>br</strong> />

Causas <strong>de</strong> parada do equipamento estudado<<strong>br</strong> />

Horas<<strong>br</strong> />

160<<strong>br</strong> />

140<<strong>br</strong> />

120<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

80<<strong>br</strong> />

60<<strong>br</strong> />

40<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

jan/03<<strong>br</strong> />

fev/03<<strong>br</strong> />

mar/03<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>/03<<strong>br</strong> />

mai/03<<strong>br</strong> />

jun/03<<strong>br</strong> />

jul/03<<strong>br</strong> />

ago/03<<strong>br</strong> />

set/03<<strong>br</strong> />

out/03<<strong>br</strong> />

nov/03<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/03<<strong>br</strong> />

Que<strong>br</strong>a ou Falha Troca ou Ajuste <strong>de</strong> Ferramenta Outros<<strong>br</strong> />

Fonte: o autor<<strong>br</strong> />

Figura 5.1 – Causas <strong>de</strong> parada do equipamento estudado<<strong>br</strong> />

Os dados <strong>de</strong> Disponibilida<strong>de</strong> do Equipamento coletados no período <strong>de</strong> junho<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> 1999 à <strong>de</strong>zem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2003, mostrados anteriormente na Tabela 5.1, estão<<strong>br</strong> />

representados no gráfico da Figura 5.2, bem <strong>com</strong>o a reta <strong>de</strong> tendência linear <strong>de</strong>sses<<strong>br</strong> />

valores e o respectivo coeficiente <strong>de</strong> correlação.<<strong>br</strong> />

A linha <strong>de</strong> tendência mostrada no índice <strong>de</strong> Disponibilida<strong>de</strong> resulta da<<strong>br</strong> />

aplicação da Equação 5.1, obtida por meio do Método dos Mínimos Quadrados.<<strong>br</strong> />

Y D<<strong>br</strong> />

= 49,4323 + 0,3138 t<<strong>br</strong> />

Equação 5.1<<strong>br</strong> />

Os valores <strong>de</strong> t <strong>de</strong>ssa equação representam a posição relativa dos meses e<<strong>br</strong> />

foram tomados <strong>de</strong> tal forma que o mês <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999 refere-se à t igual a um, e o<<strong>br</strong> />

mês <strong>de</strong> <strong>de</strong>zem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2003 refere-se a posição <strong>de</strong> t igual a 55.<<strong>br</strong> />

Quanto a tendência do índice <strong>de</strong> Disponibilida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>-se observar uma<<strong>br</strong> />

melhoria ao longo do tempo, <strong>de</strong>vida principalmente à implementação das seguintes<<strong>br</strong> />

ações:<<strong>br</strong> />

• treinamento dos mem<strong>br</strong>os do time nas tarefas <strong>de</strong> operação, <strong>de</strong> limpeza, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

inspeção e <strong>de</strong> pequenos reparos;<<strong>br</strong> />

• emissão <strong>de</strong> Lições <strong>de</strong> Ponto Único (LPU) diretamente ligadas a prevenção <strong>de</strong> falha<<strong>br</strong> />

no equipamento, bem <strong>com</strong>o o aproveitamento <strong>de</strong> LPU emitidas por outros times;


75<<strong>br</strong> />

Disponibilida<strong>de</strong> do equipamento<<strong>br</strong> />

90<<strong>br</strong> />

80<<strong>br</strong> />

70<<strong>br</strong> />

%<<strong>br</strong> />

60<<strong>br</strong> />

50<<strong>br</strong> />

40<<strong>br</strong> />

30<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

set/99<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/99<<strong>br</strong> />

mar/00<<strong>br</strong> />

jun/00<<strong>br</strong> />

jun/99<<strong>br</strong> />

set/00<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/00<<strong>br</strong> />

mar/01<<strong>br</strong> />

jun/01<<strong>br</strong> />

set/01<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/01<<strong>br</strong> />

mar/02<<strong>br</strong> />

jun/02<<strong>br</strong> />

r = 0,4607<<strong>br</strong> />

set/02<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/02<<strong>br</strong> />

mar/03<<strong>br</strong> />

jun/03<<strong>br</strong> />

set/03<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/03<<strong>br</strong> />

Disponibilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Tendência<<strong>br</strong> />

Fonte: o autor<<strong>br</strong> />

Figura 5.2 – Índice <strong>de</strong> Disponibilida<strong>de</strong> do Equipamento do time estudado<<strong>br</strong> />

• melhorias nos tempos <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> ferramentas baseadas no conceito <strong>de</strong> Troca<<strong>br</strong> />

Rápida;<<strong>br</strong> />

• melhorias nos sistemas <strong>de</strong> fixação <strong>de</strong> ferramentas;<<strong>br</strong> />

• melhorias no sistema <strong>de</strong> refrigeração <strong>de</strong> ferramentas e do próprio equipamento<<strong>br</strong> />

• redução nos tempos <strong>de</strong> reparo <strong>de</strong>vido a maior disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> peças <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

reposição, treinamento em manutenção e melhoria das condições <strong>de</strong> limpeza do<<strong>br</strong> />

equipamento;<<strong>br</strong> />

• emissão <strong>de</strong> etiquetas azuis e vermelhas para i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> inconveniências<<strong>br</strong> />

diretamente ligadas a disponibilida<strong>de</strong> do equipamento, <strong>com</strong>o por exemplo:<<strong>br</strong> />

vazamentos, pontos <strong>de</strong> difícil acesso para manutenção e troca <strong>de</strong> ferramentas;<<strong>br</strong> />

• implementação <strong>de</strong> dispositivos a prova <strong>de</strong> erro mecânicos e eletrônicos,<<strong>br</strong> />

relacionados diretamente a prevenção e a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> falhas no equipamento;<<strong>br</strong> />

• melhorias no programação eletrônica do equipamento.<<strong>br</strong> />

5.2 PERFORMANCE OPERACIONAL<<strong>br</strong> />

Os dados <strong>de</strong> Performance Operacional, mostrados anteriormente na Tabela<<strong>br</strong> />

5.1, estão representados graficamente na Figura 5.3, bem <strong>com</strong>o a tendência linear<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sses valores e o respectivo coeficiente <strong>de</strong> correlação.


76<<strong>br</strong> />

Performance Operacional<<strong>br</strong> />

%<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

90<<strong>br</strong> />

80<<strong>br</strong> />

70<<strong>br</strong> />

60<<strong>br</strong> />

50<<strong>br</strong> />

40<<strong>br</strong> />

30<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

set/99<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/99<<strong>br</strong> />

mar/00<<strong>br</strong> />

jun/00<<strong>br</strong> />

jun/99<<strong>br</strong> />

set/00<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/00<<strong>br</strong> />

mar/01<<strong>br</strong> />

jun/01<<strong>br</strong> />

set/01<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/01<<strong>br</strong> />

mar/02<<strong>br</strong> />

jun/02<<strong>br</strong> />

r = 0,6438<<strong>br</strong> />

set/02<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/02<<strong>br</strong> />

mar/03<<strong>br</strong> />

jun/03<<strong>br</strong> />

set/03<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/03<<strong>br</strong> />

Performance<<strong>br</strong> />

Tendência<<strong>br</strong> />

Fonte: o autor<<strong>br</strong> />

Figura 5.3 – Índice <strong>de</strong> Performance Operacional do time estudado<<strong>br</strong> />

Equação 5.2.<<strong>br</strong> />

A tendência linear do índice <strong>de</strong> Performance Operacional foi obtida a partir da<<strong>br</strong> />

Y P<<strong>br</strong> />

= 49,2808 + 0,8095 t<<strong>br</strong> />

Equação 5.2<<strong>br</strong> />

Os baixos valores <strong>de</strong> performance entre junho <strong>de</strong> 1999 e março <strong>de</strong> 2001 são<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vidos principalmente à problemas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> matéria prima, que ocasionavam<<strong>br</strong> />

paradas e necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> redução nas velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> operação do equipamento.<<strong>br</strong> />

Após melhorias no processo <strong>de</strong> obtenção da matéria prima relacionadas<<strong>br</strong> />

principalmente <strong>com</strong> o excesso <strong>de</strong> so<strong>br</strong>emetal para usinagem e <strong>com</strong> os erros <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tolerância <strong>de</strong> forma e posição, o índice <strong>de</strong> Performance atingiu um novo patamar <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

valores a partir <strong>de</strong> a<strong>br</strong>il <strong>de</strong> 2001.<<strong>br</strong> />

As variações a partir <strong>de</strong> a<strong>br</strong>il 2001 estão ainda relacionadas aos mesmos<<strong>br</strong> />

problemas <strong>de</strong> matéria prima, porém <strong>com</strong> menor intensida<strong>de</strong> quando <strong>com</strong>paradas ao<<strong>br</strong> />

período anterior a esta data. Estão também relacionadas à espera para uso <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>terminado equipamento <strong>de</strong> medição necessário em uma das etapas do processo, à


77<<strong>br</strong> />

pequenas paradas por falta <strong>de</strong> ferramentas e à outras pequenas paradas que acabam<<strong>br</strong> />

não sendo apontadas no índice <strong>de</strong> Disponibilida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Devido a mudança do nível médio da série a partir <strong>de</strong> a<strong>br</strong>il 2001, previsões<<strong>br</strong> />

para o índice <strong>de</strong> Performance Operacional baseadas na linha <strong>de</strong> tendência para todo o<<strong>br</strong> />

período estudado, po<strong>de</strong>m resultar em valores ina<strong>de</strong>quados. Uma nova linha <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tendência para os valores coletados a partir <strong>de</strong> a<strong>br</strong>il 2001, resultou em uma variância<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

S 2<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

S 1<<strong>br</strong> />

( ) dos erros menor que a variância ( ) dos erros ocasionados pela linha <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tendência calculada para todo o período estudado. Matematicamente essa hipótese<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong> ser expressa por:<<strong>br</strong> />

H<<strong>br</strong> />

2 2<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

:S1<<strong>br</strong> />

≤ S2<<strong>br</strong> />

Equação 5.3<<strong>br</strong> />

A aplicação da estatística <strong>de</strong> teste F (TRIOLA, 1998, p.215-222) representada pela<<strong>br</strong> />

Equação 5.4 para as duas séries <strong>de</strong> Performance, resultou em um valor calculado <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

F maior que o valor <strong>de</strong> F crítico, para um nível <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 99%.<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

F<<strong>br</strong> />

calculado<<strong>br</strong> />

= Equação 5.4<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

237,5111<<strong>br</strong> />

Fcalculado =<<strong>br</strong> />

⇒ Fcalculado<<strong>br</strong> />

= 3,7890<<strong>br</strong> />

62,6832<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Fcalculado<<strong>br</strong> />

0 1<<strong>br</strong> />

S2<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Sendo F crítico<<strong>br</strong> />

= 2,1978 < , a hipótese H :S ≤ po<strong>de</strong> ser rejeitada e<<strong>br</strong> />

a linha <strong>de</strong> tendência obtida <strong>com</strong> base nos valores a partir <strong>de</strong> a<strong>br</strong>il 2001 po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />

consi<strong>de</strong>rada a mais a<strong>de</strong>quada entre as duas linhas <strong>de</strong> tendência estudadas, para<<strong>br</strong> />

previsão dos novos valores <strong>de</strong> Performance.<<strong>br</strong> />

O valor <strong>de</strong> F crítico foi obtido <strong>com</strong> o auxílio <strong>de</strong> uma tabela <strong>de</strong> Distribuição F para α<<strong>br</strong> />

= 0,01 à direita e n-1 graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> do <strong>de</strong>nominador e do numerador iguais a 32 e<<strong>br</strong> />

54 respectivamente (TRIOLA, 1998, p.359).<<strong>br</strong> />

O gráfico da Figura 5.4 apresenta a nova linha <strong>de</strong> tendência calculada para os<<strong>br</strong> />

valores obtidos a partir <strong>de</strong> a<strong>br</strong>il 2001.<<strong>br</strong> />

A linha <strong>de</strong> tendência <strong>de</strong>senhada no gráfico da Figura 5.4 é o resultado da<<strong>br</strong> />

aplicação da Equação 5.5.<<strong>br</strong> />

YP corrigido<<strong>br</strong> />

+<<strong>br</strong> />

= 83,0208 0,0023 t<<strong>br</strong> />

Equação 5.5


78<<strong>br</strong> />

Performance Operacional<<strong>br</strong> />

%<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

90<<strong>br</strong> />

80<<strong>br</strong> />

70<<strong>br</strong> />

60<<strong>br</strong> />

50<<strong>br</strong> />

40<<strong>br</strong> />

30<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

set/99<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/99<<strong>br</strong> />

mar/00<<strong>br</strong> />

jun/00<<strong>br</strong> />

jun/99<<strong>br</strong> />

set/00<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/00<<strong>br</strong> />

mar/01<<strong>br</strong> />

jun/01<<strong>br</strong> />

set/01<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/01<<strong>br</strong> />

mar/02<<strong>br</strong> />

jun/02<<strong>br</strong> />

r = 0,0028<<strong>br</strong> />

set/02<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/02<<strong>br</strong> />

mar/03<<strong>br</strong> />

jun/03<<strong>br</strong> />

set/03<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/03<<strong>br</strong> />

Performance<<strong>br</strong> />

Nova linha <strong>de</strong> Tendência<<strong>br</strong> />

Fonte: o autor<<strong>br</strong> />

Figura 5.4 – Nova linha <strong>de</strong> tendência corrigida da Performance Operacional<<strong>br</strong> />

Por ser o coeficiente angular da Equação 5.5 muito próximo <strong>de</strong> zero, as<<strong>br</strong> />

previsões <strong>de</strong> novos valores <strong>de</strong> performance operacional do equipamento resultarão<<strong>br</strong> />

em um valor praticamente constante <strong>de</strong> 83%.<<strong>br</strong> />

Como o time estudado necessita alcançar valores <strong>de</strong> performance mais<<strong>br</strong> />

elevados para atingir seus objetivos finais <strong>de</strong> OEE, se faz necessária uma<<strong>br</strong> />

implementação mais acelerada das ações previstas para eliminação das causas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

redução da Performance relacionadas à matéria prima e às paradas por espera e<<strong>br</strong> />

bloqueio do equipamento.<<strong>br</strong> />

5.3 QUALIDADE DO PRODUTO<<strong>br</strong> />

Os dados <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> do Produto, mostrados anteriormente na Tabela 5.1,<<strong>br</strong> />

estão representados graficamente na Figura 5.5, bem <strong>com</strong>o sua tendência linear e o<<strong>br</strong> />

seu respectivo coeficiente <strong>de</strong> correlação.<<strong>br</strong> />

A curva <strong>de</strong> tendência linear do índice <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> do Produto foi obtida a<<strong>br</strong> />

partir da Equação 5.6.<<strong>br</strong> />

Y Q<<strong>br</strong> />

= 90,7212+<<strong>br</strong> />

0,1626t<<strong>br</strong> />

Equação 5.6


79<<strong>br</strong> />

Qualida<strong>de</strong> do Produto<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

%<<strong>br</strong> />

95<<strong>br</strong> />

90<<strong>br</strong> />

85<<strong>br</strong> />

r = 0,6947<<strong>br</strong> />

80<<strong>br</strong> />

set/99<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/99<<strong>br</strong> />

mar/00<<strong>br</strong> />

jun/00<<strong>br</strong> />

jun/99<<strong>br</strong> />

set/00<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/00<<strong>br</strong> />

mar/01<<strong>br</strong> />

jun/01<<strong>br</strong> />

set/01<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/01<<strong>br</strong> />

mar/02<<strong>br</strong> />

jun/02<<strong>br</strong> />

set/02<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/02<<strong>br</strong> />

mar/03<<strong>br</strong> />

jun/03<<strong>br</strong> />

set/03<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/03<<strong>br</strong> />

Qualida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Tendência<<strong>br</strong> />

Fonte: o autor<<strong>br</strong> />

Figura 5.5 – Índice <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Produto do time estudado<<strong>br</strong> />

Os problemas que ocasionaram reduções no índice <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> entre junho<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> 1999 e janeiro <strong>de</strong> 2001 foram solucionados basicamente <strong>com</strong> a implementação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

um dispositivo a prova <strong>de</strong> erros (pokayoke) para impedir a colocação do produto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

forma inversa na placa <strong>de</strong> alimentação e fixação <strong>de</strong> peças e <strong>com</strong> revisão e reciclagem<<strong>br</strong> />

do treinamento em cali<strong>br</strong>ação <strong>de</strong> um equipamento <strong>de</strong> medição <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas<<strong>br</strong> />

características intermediárias do processo <strong>com</strong> base na aplicação dos conceitos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

lições <strong>de</strong> ponto único e <strong>de</strong> gerenciamento visual.<<strong>br</strong> />

Devido à mudança do nível médio da série a partir <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2001,<<strong>br</strong> />

previsões para o índice <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> baseadas na linha <strong>de</strong> tendência para todo o<<strong>br</strong> />

período <strong>estudo</strong> po<strong>de</strong>m levar a valores ina<strong>de</strong>quados. Portanto uma nova linha <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tendência foi obtida <strong>de</strong>sprezando-se os valores anteriores a fevereiro <strong>de</strong> 2001.<<strong>br</strong> />

A mesma metodologia <strong>de</strong> análise das variâncias utilizada para o índice <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Performance foi aplicada para o índice <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>, resultando em um valor <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

( F crítico<<strong>br</strong> />

= 2,1603 < F calculado<<strong>br</strong> />

= 16, 7281) <strong>com</strong> um nível <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 99%, o que<<strong>br</strong> />

corrobora a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar os dados coletados até janeiro <strong>de</strong> 2001 para<<strong>br</strong> />

previsões do índice <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

O gráfico da Figura 5.6 apresenta a nova linha <strong>de</strong> tendência do índice <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Qualida<strong>de</strong> calculada para os valores coletados a partir <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2001.


80<<strong>br</strong> />

Qualida<strong>de</strong> do Produto<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

%<<strong>br</strong> />

95<<strong>br</strong> />

90<<strong>br</strong> />

85<<strong>br</strong> />

r = 0,5066<<strong>br</strong> />

80<<strong>br</strong> />

set/99<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/99<<strong>br</strong> />

mar/00<<strong>br</strong> />

jun/00<<strong>br</strong> />

jun/99<<strong>br</strong> />

set/00<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/00<<strong>br</strong> />

mar/01<<strong>br</strong> />

jun/01<<strong>br</strong> />

set/01<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/01<<strong>br</strong> />

mar/02<<strong>br</strong> />

jun/02<<strong>br</strong> />

set/02<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/02<<strong>br</strong> />

mar/03<<strong>br</strong> />

jun/03<<strong>br</strong> />

set/03<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/03<<strong>br</strong> />

Qualida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Nova linha <strong>de</strong> Tendência<<strong>br</strong> />

Fonte: o autor<<strong>br</strong> />

Figura 5.6 – Nova linha <strong>de</strong> tendência corrigida da Qualida<strong>de</strong> do Produto<<strong>br</strong> />

A nova linha <strong>de</strong> tendência corrigida do índice <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> do Produto foi<<strong>br</strong> />

obtida a partir da Equação 5.7<<strong>br</strong> />

YQ corrigido<<strong>br</strong> />

+<<strong>br</strong> />

= 96,6622 0,0378 t<<strong>br</strong> />

Equação 5.7<<strong>br</strong> />

Com base na Equação 5.7, as previsões <strong>de</strong> novos valores <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> do<<strong>br</strong> />

Produto resultarão em um valor <strong>de</strong> 98% até janeiro <strong>de</strong> 2005 e 99% até a<strong>br</strong>il <strong>de</strong> 2007,<<strong>br</strong> />

passando então ao nível <strong>de</strong> 100%.<<strong>br</strong> />

5.4 EFICIÊNCIA GLOBAL DO EQUIPAMENTO (OEE)<<strong>br</strong> />

O índice <strong>de</strong> Eficiência Global do Equipamento (OEE) é obtido a partir da<<strong>br</strong> />

multiplicação dos índices <strong>de</strong> Disponibilida<strong>de</strong>, Performance e Qualida<strong>de</strong> discutidos<<strong>br</strong> />

anteriormente. Os valores <strong>de</strong> OEE coletados entre junho <strong>de</strong> 1999 e <strong>de</strong>zem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2003<<strong>br</strong> />

são mostrados no gráfico da Figura 5.7, assim <strong>com</strong>o a linha tendência <strong>de</strong>sses valores<<strong>br</strong> />

e os objetivos estabelecidos pela Gerência do time.<<strong>br</strong> />

A linha <strong>de</strong> tendência do OEE foi obtida a partir da Equação 5.8.<<strong>br</strong> />

Y OEE<<strong>br</strong> />

= 22,1515+<<strong>br</strong> />

0,6660t<<strong>br</strong> />

Equação 5.8


81<<strong>br</strong> />

Eficiência Global do Equipamento (OEE)<<strong>br</strong> />

%<<strong>br</strong> />

90<<strong>br</strong> />

80<<strong>br</strong> />

70<<strong>br</strong> />

60<<strong>br</strong> />

50<<strong>br</strong> />

40<<strong>br</strong> />

30<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

set/99<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/99<<strong>br</strong> />

mar/00<<strong>br</strong> />

jun/00<<strong>br</strong> />

jun/99<<strong>br</strong> />

set/00<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/00<<strong>br</strong> />

mar/01<<strong>br</strong> />

jun/01<<strong>br</strong> />

set/01<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/01<<strong>br</strong> />

mar/02<<strong>br</strong> />

jun/02<<strong>br</strong> />

r = 0,7209<<strong>br</strong> />

set/02<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/02<<strong>br</strong> />

mar/03<<strong>br</strong> />

jun/03<<strong>br</strong> />

set/03<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>z/03<<strong>br</strong> />

OEE Tendência Objetivo Local Objetivo corporativo<<strong>br</strong> />

Fonte: o autor<<strong>br</strong> />

Figura 5.7 – Índice <strong>de</strong> Eficiência Global do Equipamento estudado (OEE)<<strong>br</strong> />

Visto que mudanças ocorreram nos níveis das séries <strong>de</strong> Performance e<<strong>br</strong> />

Qualida<strong>de</strong> conforme analisado anteriormente, a aplicação da Equação 5.8 po<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

conduzir a erros na previsão <strong>de</strong> valores futuros <strong>de</strong> OEE, principalmente quando se<<strong>br</strong> />

busca prever a data <strong>de</strong> alcance do objetivo local <strong>de</strong> 72%, estabelecido pela Gerência<<strong>br</strong> />

do time estudado e o corporativo <strong>de</strong> 85%.<<strong>br</strong> />

Para evitar tais erros <strong>de</strong> previsão, foram utilizadas as previsão individuais dos<<strong>br</strong> />

índices <strong>de</strong> Disponibilida<strong>de</strong>, Performance e Qualida<strong>de</strong>, já <strong>com</strong> as correções das linhas<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> tendência e a posterior multiplicação entre eles, obtendo-se então previsões mais<<strong>br</strong> />

a<strong>de</strong>quadas do OEE.<<strong>br</strong> />

O Quadro da Figura 5.8 apresenta uma <strong>com</strong>paração entre as previsões <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

OEE utilizando-se a linha <strong>de</strong> tendência expressa pela Equação 5.8 e as previsões<<strong>br</strong> />

obtidas pela multiplicação das previsões individuais corrigidas <strong>de</strong> cada um dos<<strong>br</strong> />

constituintes do OEE, confirmando ser mais a<strong>de</strong>quado o uso da segunda forma para<<strong>br</strong> />

previsão dos índices estudados.


82<<strong>br</strong> />

Dez/04 Dez/05 Dez/06<<strong>br</strong> />

Objetivo local<<strong>br</strong> />

(72%)<<strong>br</strong> />

Objetivo corporativo (85%)<<strong>br</strong> />

Previsão <strong>de</strong> OEE (Eq.<<strong>br</strong> />

5.8)<<strong>br</strong> />

67% 75% 83% agosto <strong>de</strong> 2005 março <strong>de</strong> 2007<<strong>br</strong> />

Previsão <strong>de</strong> OEE<<strong>br</strong> />

(tendências individuais)<<strong>br</strong> />

58% 61% 64% janeiro <strong>de</strong> 2009<<strong>br</strong> />

Máximo <strong>de</strong> 84%<<strong>br</strong> />

junho <strong>de</strong> 2016<<strong>br</strong> />

Fonte : o autor<<strong>br</strong> />

Figura 5.8 – Comparação entre as duas formas <strong>de</strong> previsão do OEE<<strong>br</strong> />

Analisando-se todo o período <strong>de</strong> dados coletados, a tendência positiva<<strong>br</strong> />

apresentada no índice <strong>de</strong> OEE se <strong>de</strong>ve às ações melhorias relacionadas a<<strong>br</strong> />

implementação do FTPM no time estudado. Entre elas:<<strong>br</strong> />

• a emissão durante o período estudado <strong>de</strong> aproximadamente 150 etiquetas entre<<strong>br</strong> />

azuis e vermelhas para a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> inconveniências, cujo mo<strong>de</strong>lo é apresentado<<strong>br</strong> />

no item 3.2.5 da presente Dissertação;<<strong>br</strong> />

• emissão pelo próprio Time ou aproveitamento <strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 38 Lições <strong>de</strong> Ponto<<strong>br</strong> />

Único<<strong>br</strong> />

• implementação <strong>de</strong> 15 dispositivos à prova <strong>de</strong> erro, os chamados pokayokes ou<<strong>br</strong> />

error proofing <strong>de</strong>vices, relacionados a qualida<strong>de</strong> do produto e a disponibilida<strong>de</strong> do<<strong>br</strong> />

equipamento;<<strong>br</strong> />

• implementação <strong>de</strong> cinco trocas rápidas <strong>de</strong> ferramenta;<<strong>br</strong> />

• aplicação <strong>de</strong> treinamentos em conceitos relacionados não somente ao FTPM, mas<<strong>br</strong> />

à todos os elementos do Sistema <strong>de</strong> Produção Ford.<<strong>br</strong> />

Porém a mesma tendência <strong>de</strong> melhoria não po<strong>de</strong> ser observada quando são<<strong>br</strong> />

avaliadas as linhas <strong>de</strong> tendência dos índices <strong>de</strong> Performance Operacional e Qualida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

do Produto, calculadas <strong>com</strong> base nos dados coletados a partir <strong>de</strong> a<strong>br</strong>il <strong>de</strong> 2001 e<<strong>br</strong> />

fevereiro <strong>de</strong> 2001 respectivamente. Essas linhas apresentam coeficientes angulares<<strong>br</strong> />

muito próximos <strong>de</strong> zero, o que na prática representa uma estagnação na<<strong>br</strong> />

implementação <strong>de</strong> melhorias em relação a todo o período estudado.<<strong>br</strong> />

Essa estagnação em conjunto <strong>com</strong> a instabilida<strong>de</strong> apresentada no índice <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Disponibilida<strong>de</strong> do Equipamento, acabou resultando em valores <strong>de</strong> OEE abaixo dos<<strong>br</strong> />

objetivos estipulados pela empresa. Também a ausência <strong>de</strong> objetivos específicos para<<strong>br</strong> />

cada um dos constituintes, po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada <strong>com</strong>o um inibidor para o alcance dos<<strong>br</strong> />

objetivos estabelecidos para o OEE.<<strong>br</strong> />

A Figura 5.9 apresenta uma sugestão <strong>de</strong> objetivos à serem perseguidos pelo<<strong>br</strong> />

time, afim <strong>de</strong> se alcançar os objetivos <strong>de</strong> OEE. Levou-se em conta para a elaboração<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ssa sugestão, o nível atual dos índices, bem <strong>com</strong>o o nível <strong>de</strong> conscientização e


83<<strong>br</strong> />

aplicação dos conceitos <strong>de</strong> FTPM no time. Caberá a esse, em conjunto <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

Gerência envolvida, o estabelecimento <strong>de</strong> prazos para o alcance dos objetivos<<strong>br</strong> />

sugeridos.<<strong>br</strong> />

Objetivos Sugeridos<<strong>br</strong> />

OEE = Disp x Perf x Qual<<strong>br</strong> />

Objetivo estabelecido localmente<<strong>br</strong> />

72%<<strong>br</strong> />

Objetivo estabelecido corporativamente<<strong>br</strong> />

85%<<strong>br</strong> />

Disponibilida<strong>de</strong> Performance Qualida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

81% 90% 99%<<strong>br</strong> />

90% 96% 99%<<strong>br</strong> />

Fonte: o autor<<strong>br</strong> />

Figura 5.9 - Sugestão <strong>de</strong> objetivos para o time estudado<<strong>br</strong> />

O maior <strong>de</strong>safio nessa proposta é a melhoria no índice <strong>de</strong> Disponibilida<strong>de</strong>, por<<strong>br</strong> />

ter apresentado um valor médio <strong>de</strong> 59% nos últimos seis meses estudados e <strong>de</strong> 60%<<strong>br</strong> />

em 2003, tendo sido 75%, o maior valor alcançado no mesmo ano.<<strong>br</strong> />

Quanto ao índice <strong>de</strong> Performance Operacional, a proposta não chega a ser tão<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>safiadora quanto para a Disponibilida<strong>de</strong>, visto que a média <strong>de</strong>sse índice é <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

aproximadamente 84% nos últimos seis meses e <strong>de</strong> 85% em 2003.<<strong>br</strong> />

O índice <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> apresentou um valor médio <strong>de</strong> 97,8% tanto nos últimos<<strong>br</strong> />

seis meses estudados quanto em 2003. Portanto o objetivo sugerido po<strong>de</strong>rá ser<<strong>br</strong> />

facilmente alcançado.<<strong>br</strong> />

Para o alcance do objetivo <strong>de</strong> OEE <strong>de</strong> 72% estabelecido pela gerência local e<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> 85% estabelecido corporativamente, algumas outras ações <strong>de</strong>vem requer maior<<strong>br</strong> />

ênfase e a<strong>com</strong>panhamento por parte do time estudado e da Gerência envolvida:<<strong>br</strong> />

• intensificar a aplicação da técnica <strong>de</strong> pareto, do Método dos Cinco Por Quês e<<strong>br</strong> />

outras ferramentas <strong>de</strong> análise para a i<strong>de</strong>ntificação das causas raízes das que<strong>br</strong>as e<<strong>br</strong> />

falhas do equipamento;<<strong>br</strong> />

• avaliar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interferência da qualida<strong>de</strong> da energia <strong>de</strong> alimentação do<<strong>br</strong> />

equipamento no que se refere as queimas <strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes eletrônicos e oscilações<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> tensão registradas pelo time<<strong>br</strong> />

• intensificar as ações para melhoria do Tempo Médio entre Falhas (MTBF) e do<<strong>br</strong> />

Tempo Médio <strong>de</strong> Reparo (MTTR) do equipamento;<<strong>br</strong> />

• utilizar os dados apontados na Curva <strong>de</strong> Crescimento da Confiabilida<strong>de</strong> para<<strong>br</strong> />

elaboração da Curva da Banheira e <strong>de</strong>terminação do estágio do ciclo <strong>de</strong> vida em que o<<strong>br</strong> />

equipamento se encontra. Essa análise permitirá a revisão das políticas <strong>de</strong>


84<<strong>br</strong> />

manutenção praticadas atualmente pelo time, levando em conta que a confiabilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

apresentava tendência positiva após aproximadamente 5800 horas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panhamento, passando então a uma tendência negativa que se manteve até o<<strong>br</strong> />

término do período estudado. Nessa análise também é importante verificar os custos<<strong>br</strong> />

iniciais e atuais para manutenção do equipamento afim <strong>de</strong> que se possa verificar se já<<strong>br</strong> />

não se apresenta <strong>com</strong> viável uma eventual reforma <strong>de</strong> suas partes mais afetadas;<<strong>br</strong> />

• reciclar o treinamento so<strong>br</strong>e os conceitos <strong>de</strong> FTPM e retomar as auditorias<<strong>br</strong> />

específicas dos sete passos para sua implementação;<<strong>br</strong> />

• intensificar o uso <strong>de</strong> novas lições <strong>de</strong> ponto único bem <strong>com</strong>o das etiquetas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> inconveniências, haja visto a utilização <strong>de</strong>crescente <strong>de</strong>ssas duas<<strong>br</strong> />

importantes ferramentas após a implementação do FTPM em junho <strong>de</strong> 2001;<<strong>br</strong> />

• intensificar o envolvimento da Manutenção, Logística, Qualida<strong>de</strong>, Engenharia <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Produto e <strong>de</strong> Processos na avaliação da <strong>de</strong>terioração das medidas corretivas e<<strong>br</strong> />

preventivas anteriormente implementadas para melhoria dos índices <strong>de</strong> Performance e<<strong>br</strong> />

Qualida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

De forma mais a<strong>br</strong>angente, a mesma avaliação <strong>de</strong> tendência dos índices<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scrita nesta Dissertação po<strong>de</strong> ser aplicada aos <strong>de</strong>mais times da fá<strong>br</strong>ica,<<strong>br</strong> />

possibilitando assim a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> eventuais situações similares que <strong>de</strong>notariam<<strong>br</strong> />

uma falha sistêmica na metodologia <strong>de</strong> implementação ou na sustentação da cultura<<strong>br</strong> />

do FTPM.<<strong>br</strong> />

Como re<strong>com</strong>endação geral para obtenção <strong>de</strong> sucesso na implementação do<<strong>br</strong> />

TPM não somente na indústria automobilística, mas em qualquer outro tipo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

indústria, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar os seguintes pontos:<<strong>br</strong> />

• um bom treinamento e conscientização <strong>de</strong> todos os níveis organizacionais antes<<strong>br</strong> />

do lançamento do programa;<<strong>br</strong> />

• <strong>de</strong>finir uma ou mais pessoas <strong>com</strong> capacida<strong>de</strong> reconhecida <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança e<<strong>br</strong> />

preferencialmente <strong>com</strong> autorida<strong>de</strong> na organização, afim <strong>de</strong> se valorizar e impulsionar a<<strong>br</strong> />

implementação;<<strong>br</strong> />

• uma boa divulgação so<strong>br</strong>e o marco zero <strong>de</strong> implementação, <strong>com</strong> as <strong>de</strong>vidas<<strong>br</strong> />

solenida<strong>de</strong>s e apelos visuais;<<strong>br</strong> />

• respeitar o prazo médio <strong>de</strong> três anos para implementação sugerido na literatura,<<strong>br</strong> />

evitando acelerar ou até mesmo subestimar qualquer uma das 12 etapas<<strong>br</strong> />

re<strong>com</strong>endadas;<<strong>br</strong> />

• enfatizar a importância da implementação dos 5S’s <strong>com</strong>o um elemento<<strong>br</strong> />

disciplinador para o TPM;


85<<strong>br</strong> />

• impulsionar a implementação dos três primeiros passos da Manutenção Autônoma<<strong>br</strong> />

e a utilização das etiquetas <strong>de</strong> inconveniência e Lições <strong>de</strong> Ponto Único. Esse conjunto<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> ações ajuda a <strong>de</strong>senvolver o sendo <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> nas pessoas envolvidas <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

implementação;<<strong>br</strong> />

• monitorar e divulgar <strong>de</strong> forma contínua e a<strong>de</strong>quada as melhorias no OEE <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

maneira à servir <strong>com</strong>o elemento motivador para implementação do TPM e para<<strong>br</strong> />

sustentação dos resultados alcançados


6 CONCLUSÕES<<strong>br</strong> />

Avaliando-se as melhorias implementadas e a tendência positiva dos índices<<strong>br</strong> />

estudados quando contemplado todo o período <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999 à <strong>de</strong>zem<strong>br</strong>o <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

2003, po<strong>de</strong>-se afirmar que o time implementou <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada os conceitos do<<strong>br</strong> />

FTPM e que essa implementação serviu para impulsionar a melhoria da Eficiência<<strong>br</strong> />

Global do Equipamento (OEE).<<strong>br</strong> />

Porém a análise a partir <strong>de</strong> meados <strong>de</strong> 2001 à <strong>de</strong>zem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2003 <strong>de</strong>monstra<<strong>br</strong> />

uma estagnação no crescimento dos índices que só vem a confirmar a dificulda<strong>de</strong> em<<strong>br</strong> />

se manter os resultados obtidos ao término da implementação do FTPM, quando<<strong>br</strong> />

então são extintas as auditorias <strong>de</strong> implementação por se enten<strong>de</strong>r que o time<<strong>br</strong> />

alcançou um nível satisfatório <strong>de</strong> auto-gerenciamento e <strong>de</strong> auto-suficiência.<<strong>br</strong> />

Para se reativar a tendência acelerada <strong>de</strong> melhoria contínua apresentada no<<strong>br</strong> />

início da implementação do FTPM no time, se faz necessário um forte <strong>com</strong>promisso e<<strong>br</strong> />

disciplina da gerência, do time estudado e das áreas auxiliares para a implementação<<strong>br</strong> />

das ações sugeridas no item anterior <strong>de</strong> Análise dos Resultados.<<strong>br</strong> />

Com base nesse trabalho, para elaboração <strong>de</strong> trabalhos futuros po<strong>de</strong>-se:<<strong>br</strong> />

• efetuar uma análise mais aprofundada das causas <strong>de</strong> variação da Disponibilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

do Equipamento e das causas que mantiveram em patamares muito baixos os índices<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Performance Operacional e Qualida<strong>de</strong> do Produto até meados <strong>de</strong> 2001;<<strong>br</strong> />

• avaliar o perfil <strong>de</strong> curva que melhor se adapta aos dados coletados para<<strong>br</strong> />

estabelecimento <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> tendência e <strong>com</strong> isso reavaliar as equações e previsões<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> <strong>com</strong>portamento dos índices estudados;<<strong>br</strong> />

• reavaliar a viabilida<strong>de</strong> do time estudado atingir o objetivo <strong>de</strong> OEE <strong>de</strong> 85%,<<strong>br</strong> />

consi<strong>de</strong>rando-se nessa análise fatores qualitativos e quantitativos referentes a<<strong>br</strong> />

escolarida<strong>de</strong> e formação técnica dos envolvidos obtidas fora da empresa. Essa<<strong>br</strong> />

avaliação po<strong>de</strong>rá inclusive evoluir para uma <strong>com</strong>paração entre resultados <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

implementação do TPM em países <strong>com</strong> diferentes níveis <strong>de</strong> educação e formação<<strong>br</strong> />

técnica.


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