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Revista dos Pneus 024 - Janeiro 2014

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<strong>Revista</strong> Independente de Pneumáticos e Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

Nº 24 ● fevereiro <strong>2014</strong> ● Ano V ● 5 Euros<br />

Mercado<br />

<strong>Pneus</strong> de Inverno<br />

Manter<br />

o controlo<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

Acontecimento<br />

Acordo<br />

Point S / Mega Mundi<br />

Empresas<br />

Bompiso<br />

RS Contreras<br />

Tugapneus<br />

Servipneus<br />

Chaveca & Janeira<br />

Distribuição<br />

Novos representantes<br />

Kumho<br />

Comércio & Indústria<br />

VW Golf GTI<br />

Entrevistas<br />

Manuel Felix,<br />

Diretor Geral Euro Tyre<br />

Isamu Ishida<br />

Managing Director Falken<br />

Hee-Se Ahn, Vice<br />

Presidente Hankook<br />

PUB


02 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong><br />

///////////


REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

DIRETOR<br />

REVISTA DOS<br />

João Vieira<br />

PNEUS<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Diretor Comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Departamento de Arte<br />

e multimédia<br />

António Valente<br />

Serviços administrativos<br />

e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade<br />

Bimestral<br />

Assinaturas<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© COPYRIGHT<br />

Nos termos legais em vigor é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em parte, sem<br />

a autorização prévia e por escrito da<br />

REVISTA DOS PNEUS<br />

IMPRESSÃO<br />

FIG, Indústrias Gráficas, SA<br />

Rua Adriano Lucas - 3020-265 Coimbra<br />

Telef.: 239.499.922 N.º de Registo no ERC:<br />

124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03<br />

TIRAGEM: 5.000 exemplares<br />

AP COMUNICAÇÃO<br />

Propriedade<br />

João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Sede<br />

Bela Vista Office, sala 2-29<br />

Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66a<br />

2735-336 Cacém - Portugal<br />

Tel.: +351 219 288 052/4<br />

Fax: +351 219 288 053<br />

Email: geral@apcomunicacao.com<br />

gps: 38º45’51.12”n - 9º18’22.61”w<br />

Editorial<br />

Da roda ao automóvel<br />

Uma forma de ampliar a competência <strong>dos</strong><br />

especialistas de pneus a outras áreas de manutenção<br />

com mais credibilidade é apostar na assistência, não<br />

apenas ao pneu, mas à roda no seu todo<br />

A<br />

roda foi a descoberta que revolucionou os mais ancestrais meio de transporte e<br />

continua a revolucionar os transportes de hoje, porque constitui uma forma de<br />

vencer as dificuldades devidas à inércia e à lei da gravidade. Os transportes rodoviário<br />

e ferroviários são um bom exemplo disso mesmo, mas seria injusto ignorar<br />

a bicicleta, outro <strong>dos</strong> inventos de grande eficiência e cujo fim não está à vista.<br />

No automóvel, a roda continua a ser o alfa e o ómega da mobilidade <strong>dos</strong> veículos, mas<br />

a sua contribuição para tal continua a ser subestimada, devido à concorrência de outros<br />

factores de eficiência, como é o caso da forma muito simples de efetuar a sua substituição.<br />

Paralelamente, todas as principais formas de controlar o veículo convergem para a roda,<br />

quer sejam a direção, suspensão, o pneu, os travões e a aderência em curva. Esse facto, torna<br />

de certo modo a roda um elemento secundário, quando na realidade constitui o centro da<br />

segurança e da eficiência de qualquer viatura. Em caso de avaria, a roda torna-se no pólo<br />

central do diagnóstico, porque reflete todas as principais funções do veículo.<br />

Muitos continuam a pensar que a roda serve apenas para suportar o pneu e que com um<br />

alinhamento e controlo de pressão <strong>dos</strong> pneus se resolvem to<strong>dos</strong> os problemas. Esquecem<br />

dessa forma que o cubo da roda, o rolamento e as suspensões e direção formam um todo<br />

fulcral para o bom desempenho da viatura. É portanto natural que os testes ao trem rolante<br />

do veículo venham a assumir um papel de diagnóstico básico. Os equipamentos de controlo<br />

do alinhamento das rodas, teste de suspensões e bancos de potência assumem desse modo<br />

cada vez maior impacto no diagnóstico de qualquer veículo e do seu grau de segurança.<br />

Uma forma de ampliar a competência <strong>dos</strong> especialistas de pneus a outras áreas de manutenção<br />

com mais credibilidade é apostar na assistência, não apenas ao pneu, mas à roda no<br />

seu todo: Pneu; Sensor de pressão; Travões; Suspensão; Amortecedores e Direção.<br />

As casas de pneus podem tornar-se especialistas nos componentes de segurança. A capacidade<br />

de travagem do veículo depende em partes iguais do pneu, <strong>dos</strong> travões e da suspensão.<br />

Isto significa que as casas de pneus se podem transformar em especialistas da segurança<br />

da roda, sem terem que efetuar grandes modificações no seu equipamento, ferramentas<br />

e pessoal. O grande desafio neste aspecto continua a ser a formação, a qual cada vez mais<br />

está presente e é necessária em to<strong>dos</strong> e cada um <strong>dos</strong> componentes do veículo.<br />

João Vieira<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 03


Evento Simpósio Ibérico Aftermarket IAM<br />

Inscrições em: www.eventosap.com<br />

Ponto de Encontro obrigatório!<br />

No próximo dia 14 de março, vai decorrer no Centro de Congressos do Estoril o maior evento<br />

do ano dedicado em exclusivo ao aftermarket independente (IAM). Organizado em conjunto pelas<br />

publicações JORNAL DAS OFICINAS e AUTOPOS, o Simpósio Ibérico Aftermarket IAM vai promover<br />

um amplo debate sobre o presente e o futuro deste setor, tendo como principais protagonistas<br />

oradores de ambos os países<br />

uma oportunidade única de muitos profissionais do<br />

É aftermarket terem acesso aos mais conceitua<strong>dos</strong> oradores<br />

do aftermarket independente Ibérico e Europeu.<br />

O lema do Simpósio “Confiança no futuro” evidencia o<br />

propósito do evento que pr etende ter uma mensagem<br />

de esperança e otimismo, destacando os novos modelos<br />

de negócios e as oportunidades que existem no setor.<br />

O objetivo deste Simpósio é o de criar um espaço comum<br />

onde os oradores e participantes possam discutir os seus<br />

interesses mútuos, conhecer as tendências e partilhar as<br />

experiências pessoais com outros profissionais presentes.<br />

Para os participantes, esta é uma oportunidade única<br />

para aprofundar os conhecimentos sobre o aftermarket<br />

independente e as ferramentas que podem ser utilizadas<br />

para garantir o futuro das suas organizações.<br />

Os oradores do Simpósio irão disponibilizar informação<br />

de qualidade, que permitirá aos participantes conhecerem<br />

os desafios do negócio que se colocam às suas<br />

empresas. Os temas das apresentações cobrirão as áreas<br />

que mais preocupam os operadores do setor.<br />

O Simpósio Ibérico <strong>2014</strong> Aftermarket IAM vai ser o maior<br />

evento dedicado ao mercado pós-venda automóvel.<br />

Orador Principal<br />

CEO da Wolk After Sales Experts<br />

w Com mais de 30 anos de experiência<br />

no setor automóvel, Helmut Wolk é o<br />

fundador da Wolk After Sales Experts,<br />

uma das poucas empresas na Europa<br />

com know how no Aftermarket IAM<br />

ao nível <strong>dos</strong> especialistas. Lançou recentemente<br />

os Relatórios atualiza<strong>dos</strong><br />

sobre o Aftermarket <strong>dos</strong> 35 países europeus,<br />

incluindo Portugal e Espanha.<br />

A sua visão do pós-venda automóvel<br />

europeu assenta numa análise direta<br />

<strong>dos</strong> factos, que conhece perfeitamente.<br />

PROGRAMA<br />

08H30 – 09H00 – Recepção <strong>dos</strong> participantes<br />

09H00 - 09H15<br />

Discurso de Boas Vindas<br />

Por: João Vieira e Miguel Angel Prieto<br />

09H15 – 10H15<br />

1º PAINEL – Presente e futuro do Aftermarket IAM na Europa<br />

Por: Helmut Wolk, CEO da Wolk Aftersales Experts<br />

10H15 – 10H45<br />

2º PAINEL - Tendência da distribuição de Peças no mercado pós-<br />

-venda Ibérico<br />

Por: Carlos Nascimento, Diretor Geral da Create Business<br />

10H45 – 11H30 – Coffee Break<br />

11H30 – 12H00<br />

3º PAINEL – Direito à Reparação... com qualidade<br />

Por: Joaquim Candeias, Presidente da DPAI<br />

12H00 – 12H30<br />

4º PAINEL – O desafio da Telemática na reparação independente<br />

Por: Neil Pattemore, Diretor Técnico da FIGIEFA<br />

12H30 – 14H30 – Almoço<br />

14H30 – 15H00<br />

5º PAINEL – O reparador independente ibérico – Há futuro fora das<br />

redes?<br />

Por: Raquel Marinho, Responsável pela Rede Bosch Car Service<br />

15H00 – 15H30<br />

6º PAINEL – TIC no Pós-venda Automóvel<br />

Novas formas de comunicação (Internet e Redes Sociais)<br />

Por: Filipe Teixeira, da ANECRA<br />

15H30 – 16H30<br />

7º PAINEL – O futuro do Aftermatket IAM em Portugal e Espanha<br />

Por: Helmut Wolk, CEO da Wolk Aftersales Experts<br />

16H30 – 17H00 – Perguntas e Respostas<br />

17H00 – Encerramento do Simpósio<br />

17H00 – 20H00 – Festa 10º Aniversário JORNAL DAS OFICINAS<br />

Brevemente serão divulga<strong>dos</strong> os nomes <strong>dos</strong> oradores espanhóis<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 05


Atual Mercado<br />

////////////////<br />

<strong>Pneus</strong> de Inverno<br />

Manter o controlo<br />

No Inverno, o risco de ocorrerem acidentes é<br />

seis vezes superior ao do Verão. Com chuva,<br />

frio, neve e gelo, o perigo é uma constante.<br />

Se for conduzir com condições climatéricas<br />

adversas e quiser regressar a casa com as peças<br />

todas, saiba que cuida<strong>dos</strong> deve ter e quais as<br />

opções que o mercado lhe disponibiliza<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Desenvolvi<strong>dos</strong> especificamente para<br />

temperaturas mais baixas, os pneus<br />

de Inverno, para além de terem melhor<br />

desempenho em neve e gelo, oferecem,<br />

também, um bom comportamento em pisos<br />

de água e geada. É no Inverno que as condições<br />

climatéricas são mais adversas. O coeficiente<br />

de aderência diminui consideravelmente e o<br />

perigo está à espreita, levando, por isso, a que<br />

o risco de ocorrerem acidentes seja seis vezes<br />

superior ao do Verão.<br />

Neste <strong>dos</strong>sier, ficará a saber que cuida<strong>dos</strong> deve<br />

ter se for conduzir com condições climatéricas<br />

adversas e quais as opções que o mercado <strong>dos</strong><br />

pneus ligeiros de Inverno lhe disponibiliza no<br />

que às marcas premium diz respeito.<br />

w <strong>Pneus</strong> de Inverno: o que são?<br />

De uma forma simples e direta, são pneus<br />

constituí<strong>dos</strong> por um composto especial de borracha<br />

que mantém a sua elasticidade mesmo no<br />

tempo frio, tendo sido concebi<strong>dos</strong> para temperaturas<br />

inferiores a 7°C. Ainda que to<strong>dos</strong> os pneus<br />

de Inverno ostentem a sigla M+S (Mud+Snow)<br />

nos flancos, designação que resulta de uma<br />

classificação autónoma <strong>dos</strong> fabricantes e que<br />

também está presente nos pneus “All Season” ou<br />

“All Weather” e 4x4, a verdade é que esta sigla,<br />

por si só, não distingue os pneus de Inverno <strong>dos</strong><br />

restantes M+S. O único símbolo que atesta as<br />

capacidades de um pneu de Inverno é um pictograma<br />

que representa uma montanha de três<br />

picos com um floco de neve no seu interior. Foi<br />

elaborado pelos fabricantes norte-americanos<br />

e canadianos e é conhecido pela abreviatura<br />

3PMSF (Three Peak Mountain Snow Flake). Os<br />

pneus que ostentam a sigla M+S são defini<strong>dos</strong><br />

como pneus de Inverno de acordo com a norma<br />

UN-ECE (ECE-R 30 e 54), a diretriz 92/23 EWG da<br />

União Europeia e o Código de Trânsito Alemão<br />

(§36). Esta indicação também é válida para pneus<br />

“All Season” ou “All Weather”, que estão aptos a<br />

ser utiliza<strong>dos</strong> em pisos de neve e lama pouco<br />

exigentes. Contudo, só os pneus que exibam<br />

a abreviatura 3PMSF foram submeti<strong>dos</strong> a um<br />

processo de homologação segundo o método<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


de certificação ETRTO (European Tyre and Rim<br />

Technical Organisation), que testa as prestações<br />

<strong>dos</strong> pneus a baixas temperaturas. Ou seja, só<br />

estes pneus darão garantia de serem capazes de<br />

cumprir a função para a qual foram concebi<strong>dos</strong><br />

nas condições mais adversas.<br />

Ditam as normas de segurança que os pneus<br />

de Inverno devem ser coloca<strong>dos</strong> quando a temperatura<br />

média desce abaixo <strong>dos</strong> 7°C. Porquê<br />

7°C e não outra? Porque essa é a temperatura à<br />

qual a borracha <strong>dos</strong> pneus de Verão endurece e<br />

perde propriedades de aderência. A utilização<br />

de pneus de Inverno entre os meses de Novembro<br />

e Março pode mesmo reduzir em 40% o<br />

risco de acidentes. Mas a escolha de pneus de<br />

Inverno dependerá sempre das características<br />

do veículo, do tipo de estrada onde se circule<br />

e do estilo de condução.<br />

A utilização de pneus de Inverno em tempo<br />

frio e de pneus de Verão em temperaturas<br />

elevadas oferece um nível de segurança adequado.<br />

Os pneus de Inverno são considera<strong>dos</strong><br />

superiores aos pneus de Verão, uma vez que são<br />

constituí<strong>dos</strong>, como acima mencionámos, por um<br />

composto especial de borracha que mantém a<br />

sua elasticidade mesmo no tempo frio. Ao não<br />

endurecer, esse composto adapta-se melhor à<br />

deterioração das condições climatéricas.<br />

w All Season são alternativa?<br />

Também conheci<strong>dos</strong> como All Weather, os<br />

pneus All Season (todas as estações) posicionam-se<br />

entre os pneus de Verão e os pneus de<br />

Inverno. Foram concebi<strong>dos</strong> para serem utiliza<strong>dos</strong><br />

Os pneus nórdicos,<br />

que não são<br />

autoriza<strong>dos</strong> em todas<br />

as regiões da Europa,<br />

podem ser equipa<strong>dos</strong><br />

com pregos<br />

durante todo o ano em países onde o Inverno<br />

é pouco rigoroso. E, por isso, levam a que muitos<br />

condutores deixem de optar por pneus de<br />

Inverno ou deixem de substituir os pneus no<br />

Outono e na Primavera. Ainda que ostentem<br />

a sigla M+S, as características <strong>dos</strong> pneus All Season<br />

fazem com que estejam mais próximos<br />

<strong>dos</strong> pneus de Verão do que <strong>dos</strong> pneus de Inverno.<br />

Não oferecem, por isso, o mesmo nível<br />

de segurança <strong>dos</strong> pneus de Inverno quando as<br />

temperaturas descem abaixo de 7°C e o piso<br />

passa a estar escorregadio. Para além disso, os<br />

pneus All Season atingem um desgaste mais<br />

rápido do que os pneus de Inverno utiliza<strong>dos</strong><br />

no Inverno (+15%) e do que os pneus de Verão<br />

utiliza<strong>dos</strong> no Verão (+10%). Apresentam,<br />

também, maior resistência ao rolamento, o que<br />

acaba por refletir-se no consumo de combustível<br />

mais elevado.<br />

Em condições normais de condução, os pneus<br />

de Inverno utiliza<strong>dos</strong> durante todo o ano não se<br />

desgastam mais rapidamente do que os pneus<br />

All Season. Estes, ao não disporem de muitas<br />

ranhuras transversais profundas, que são as principais<br />

responsáveis pela aderência superior em<br />

condições climatéricas mais adversas, uma vez<br />

que apresentam maior capacidade para escoar<br />

a água e a neve, têm uma prestação inferior aos<br />

pneus de Inverno. Devido ao facto de a pressão<br />

diminuir com a temperatura exterior, nos pneus<br />

de Inverno é recomendado adicionar 0,2 bar<br />

à pressão indicada pelo fabricante. Os pneus<br />

de Inverno devem ser instala<strong>dos</strong> quer à frente<br />

quer atrás e não apenas no eixo motriz. E são,<br />

também, de extrema utilidade nos veículos<br />

4x4. Instalar pneus de Inverno unicamente<br />

no eixo motriz não é suficiente para garantir a<br />

segurança adequada na estação mais adversa<br />

do ano. Com pneus de Inverno apenas no eixo<br />

motriz, consegue-se maior motricidade no arranque<br />

mas cria-se desequilíbrio entre a frente<br />

e a traseira. Por isso, nunca se devem montar<br />

pneus de Inverno apenas no eixo motriz, tenha<br />

o veículo tração dianteira ou traseira. Os<br />

fabricantes de pneus disponibilizam também<br />

gamas específicas de Inverno que se destinam<br />

a equipar os veículos 4x4.<br />

w Portugal sem expressão<br />

A chegada do Inverno é sempre um período<br />

favorável ao negócio <strong>dos</strong> pneus, levando a<br />

uma maior procura pelos pontos de venda e<br />

fazendo, também, com que haja uma consulta<br />

mais assídua aos sites especializa<strong>dos</strong>. Apesar<br />

disso, em Portugal, o mercado de pneus de Inverno<br />

praticamente não existe. De acordo com<br />

da<strong>dos</strong> do Europool, entidade à qual reportam<br />

as marcas de pneus representadas na Europa<br />

que tenham, pelo menos, uma fábrica instalada<br />

em solo europeu, em 2013 venderam-se, em<br />

Portugal, 1858 pneus de Inverno: 1389 ligeiros<br />

(+108% do que em 2012); 179 4x4 (-0,6% do<br />

que em 2012); 290 comerciais (+10% do que<br />

em 2012). Se atendermos ao facto de o segmento<br />

Consumer (ligeiros, comerciais e 4x4)<br />

ter registado, no ano passado, 2 472 946 unidades<br />

vendidas no nosso país, significa que,<br />

com 1858 pneus vendi<strong>dos</strong>, os pneus de Inverno<br />

em Portugal representam... 0,001% do volume<br />

total do mercado! No entanto, convém ressalvar<br />

que os da<strong>dos</strong> do Europool não refletem a 100%<br />

a realidade do mercado nacional. O que quer<br />

dizer que poderão existir mais pneus de Inverno<br />

no nosso país, provenientes de outras marcas,<br />

introduzi<strong>dos</strong> no mercado por outras vias ou simplesmente<br />

por virem monta<strong>dos</strong> em veículos<br />

importa<strong>dos</strong>. Como a Valorpneu não dispõe de<br />

quaisquer da<strong>dos</strong> relativos a pneus de Inverno,<br />

estes estarão mistura<strong>dos</strong> no número global<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 07


Atual<br />

//////////////////<br />

Mercado<br />

<strong>Pneus</strong> de Inverno<br />

Oferta de pneus de Inverno em Portugal<br />

Segmento consumer das principais marcas<br />

Marca e modelo Largura Perfil Jante Índice Código<br />

de carga de vel.<br />

Bridgestone Blizzak LM-20 155 - 195 55 - 70 13” - 15” 75 - 95 T<br />

Bridgestone Blizaak LM-25 195 - 285 35 - 65 15” - 20” 82 - 101 H, T, V<br />

Bridgestone Blizzak LM-80 205 - 275 40 - 80 15” - 20” 95 - 113 H, T, V<br />

Continental ContiWinterContact TS 850 155 - 215 45 - 65 15” - 16” 77 - 97 H, T, V<br />

Continental ContiWinterContact TS 830 P 195 - 295 30 - 65 15” - 19” 87 - 104 H, T, V, W<br />

Continental ContiWinterContact TS 830 185 - 195 55 15” 82 - 85 H, T<br />

Continental ContiWinterContact TS 810 Sport 175 - 285 40 - 65 15” - 20” 84 - 107 H, T, V, W<br />

Continental ContiWinterContact TS 810 185 - 235 45 - 65 15” - 17” 87 - 100 H, T<br />

Continental ContiCrossContact Winter 175 - 295 35 - 85 15” - 21” 84 - 120 H, T, V<br />

Continental Conti4x4WinterContact 175 - 265 50 - 65 15” - 19” 84 - 112 H, T, V<br />

Continental VancoWinter 2 165 - 235 55 - 75 14” - 17” 87 - 118 R, T<br />

Continental VancoWinter 195 75 16” 105 - 107 T<br />

Continental VancoWinterContact 185 - 215 60 - 65 15” - 16” 92 - 102 T<br />

Dunlop SP Winter Sport 4D 195 - 285 30 - 70 15” - 21” 87 - 108 H, T, V, W<br />

Firestone WinterHawk 2 Evo 155 - 235 40 - 80 13” - 18” 75 - 101 H, T, V<br />

Firestone WinterHawk 185 - 205 50 - 55 14” - 16” 80 - 87 H, T<br />

Firestone FW930 135 - 225 55 - 80 13” - 16” 70 - 98 Q, R, S, T, H<br />

Firestone VanHawk Winter 185 - 235 65 - 82 14” - 16” 102 - 115 Q, R, T<br />

Firestone WinterHawk C 165 - 215 60 - 70 14” - 16” 87 - 106 R, T<br />

Goodyear UltraGrip 8 155 - 215 55 - 70 13” - 16” 81 - 98 H, T<br />

Michelin Alpin A4 165 - 225 45 - 70 14” - 17” 81 - 102 H, T, V<br />

Michelin Pilot Alpin PA4 215 - 295 25 - 55 17” - 21” 88 - 107 H, V, W<br />

Michelin Primacy Alpin PA3 195 - 225 45 - 60 16” - 17” 87 - 95 H<br />

Michelin Latitude Alpin LA2 215 - 295 35 - 70 16” - 21” 103 - 114 H, V<br />

Michelin Latitude Alpin HP 235 - 265 55 - 65 17” - 19” 104 - 109 H, V<br />

Michelin Agilis Alpin 185 - 235 60 - 75 15” - 17” 99 - 116 R, T<br />

Pirelli Winter Sottozero 3 205 - 305 30 - 65 16” - 21” 86 - 107 H, V, W<br />

Pirelli Winter Sottozero Serie II 205 - 335 30 - 65 16” - 20” 84 - 108 H, V, W<br />

Pirelli Winter Snowcontrol Serie 3 155 - 205 45 - 70 14” - 16” 75 - 95 H, T<br />

Pirelli Winter Snowcontrol Serie II 165 - 185 65 - 70 14” - 15” 81 - 88 T<br />

Pirelli Scorpion Ice & Snow 235 - 325 30 - 65 16” - 21” 102 - 114 H, T, V<br />

Pirelli Scorpion Winter 215 - 295 35 - 70 16” - 22” 98 - 114 H, T, V<br />

Pirelli Chrono Winter 175 - 235 60 - 75 14” - 16” 90 - 118 R, S, T<br />

Yokohama W.drive V902A 185 - 235 55 - 65 14” - 20” 82 - 108 H, T, V<br />

Yokohama W.drive V902B 235 - 325 30 - 65 17” - 22” 93 - 116 H, V, W<br />

Yokohama W.drive V903 155 - 205 45 - 80 13” - 16” 73 - 92 H, T<br />

Yokohama Geolandar I/T 195 - 275 60 - 80 15” - 18” 96 - 115 H, T<br />

Yokohama W.drive WY01 175 - 235 60 - 75 14” - 17” 88 - 117 R, T<br />

Yokohama Y 354 185 - 235 60 - 75 14” - 17” 88 - 121 Q, R, T<br />

de pneus novos que são declara<strong>dos</strong>.<br />

Se a perda do poder de compra gerada pela<br />

atual conjuntura económica que o país atravessa<br />

leva a que muitos condutores não deem aos<br />

pneus de Inverno a atenção que estes merecem,<br />

existem outros factores que ajudam a explicar a<br />

quase inexistência deste mercado no nosso país.<br />

Disso mesmo deu-nos conta André Bettencourt,<br />

Diretor de Marketing da Bridgestone Portugal:<br />

“O facto de o nosso país ter um Inverno pouco<br />

rigoroso, a não ser em determinadas regiões,<br />

faz com que a procura por este tipo de pneus<br />

seja muitíssimo baixa. Depois, há ainda muita<br />

falta de informação relacionada com este tema.<br />

Há quem pense que os pneus de Inverno são<br />

pneus de neve. Ou que são iguais aos pneus All<br />

Season. Para conduzir apenas em Portugal, a<br />

melhor opção, quanto a mim, reside nos pneus<br />

All Season. Já se for para viajar para fora do país,<br />

seja em férias ou em trabalho, aí sim, os pneus<br />

de Inverno são a opção a tomar.”<br />

Pelo mesmo raciocínio alinha Alejandro<br />

Recasens, Diretor Geral da Pirelli Portugal: “O<br />

segmento de pneus de Inverno em Portugal é<br />

muito reduzido, devido, essencialmente, ao seu<br />

clima ameno, que é muito mais suave do que<br />

no resto da Europa. Tal não favorece a venda de<br />

pneus específicos para condições climatéricas<br />

exigentes. Na verdade, muitos consumidores<br />

desconhecem a existência deste tipo de produto.<br />

A quota de mercado de pneus de Inverno em<br />

Portugal é residual, concentrando-se as suas<br />

vendas na zona Norte do país.”<br />

Já Ricardo Martins, Diretor de Marketing da<br />

Continental, afirma que “em Portugal, praticamente<br />

não existe o hábito de alternar a mudança<br />

de pneus de acordo com a estação, uma rotina<br />

perfeitamente instalada noutros países da Europa<br />

onde o clima, sobretudo no Inverno, é mais<br />

rigoroso devido às baixas temperaturas, que<br />

levam à queda de neve e à formação de gelo<br />

na estrada. Há nestas situações uma alteração<br />

radical nas condições de condução. No nosso<br />

país, dado o clima mais ameno, muitas vezes os<br />

condutores, salvo raríssimas exceções, de-<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


Pregos, correntes e capas<br />

Segurança está primeiro<br />

Concebi<strong>dos</strong> para enfrentar temperaturas inferiores a –10°C e estradas com neve<br />

e gelo durante vários meses do ano, os pneus nórdicos asseguram o contacto do<br />

veículo com o solo em condições adversas prolongadas<br />

CCaso estejam equipa<strong>dos</strong> com pregos<br />

(pontas metálicas), proporcionam<br />

um nível de aderência que se eleva a outro<br />

patamar. Este pneu não é, contudo, autorizado<br />

em todas as regiões da Europa.<br />

Num pneu adaptado para a colocação de<br />

pregos, é possível inseri-los ou removê-los<br />

de acordo com as condições da estrada.<br />

Em zonas de montanha, neve compacta<br />

ou gelo, perante a inexistência ou a impossibilidade<br />

de usar pneus com pregos,<br />

os pneus de Inverno nem sempre são<br />

suficientes. É aqui que entram as correntes<br />

de neve, que podem ser de três<br />

tipos. Primeiro: escada (compostas por<br />

linhas paralelas dispostas na banda de<br />

rolamento do pneu, são adequadas para<br />

pisos mais fáceis, não sendo tão indicadas<br />

para situações de elevada espessura<br />

de neve). Segunda: aranha (constituídas<br />

por várias malhas de aço reforçadas que se<br />

cruzam na banda de rolamento, otimizam<br />

a aderência e a resistência, sendo eficazes<br />

em termos de motricidade e travagem).<br />

Terceira: montagem rápida (facilitadas<br />

pela presença de um adaptador fixado na<br />

jante, permite posicioná-las corretamente<br />

quando o veículo começa a andar, revelando-se<br />

muito práticas, ainda que possam<br />

não ter o mesmo desempenho quando<br />

comparadas com as restantes).<br />

Para estes três tipos de correntes, foram<br />

desenvolvi<strong>dos</strong> dois sistemas de fixação:<br />

um com aro; outro com cabo. O primeiro<br />

é composto por um aro de aço colocado<br />

por detrás do pneu. As malhas passam por<br />

cima da roda e são mantidas sob tensão<br />

por uma corrente instalada no exterior da<br />

roda. Já no segundo, as fixações com cabo<br />

deixam as rodas livres e proporcionam um<br />

espaço de montagem bastante grande.<br />

Depois, existem ainda as capas de neve,<br />

que ocupam pouco espaço, são fáceis de<br />

montar e consistem numa alternativa interessante<br />

às correntes para uso ocasional,<br />

ainda que possam ser frágeis e que nem todas<br />

sejam reconhecidas como equipamento<br />

especial para o Inverno. Existem dois tipos.<br />

Primeiro: capas de têxtil (apresentadas sob<br />

a forma de capas de tecido – poliéster - que<br />

cobrem o pneu e o isolam da neve, não<br />

afetam os sistemas de segurança, não danificam<br />

as jantes, permitem absorver a água<br />

e maximizam a aderência). Segundo: capas<br />

de materiais compostos (apresentam-se<br />

sob a forma de rede ligada a uma banda<br />

elástica interior que facilita a instalação,<br />

dispondo de 150 anéis de aço galvanizado<br />

que reforçam a banda de rolamento para<br />

maximizar a aderência).<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 09


Atual<br />

//////////////////<br />

Mercado<br />

<strong>Pneus</strong> de Inverno<br />

Concebi<strong>dos</strong> para<br />

serem utiliza<strong>dos</strong><br />

com temperaturas<br />

inferiores a 7°C, os<br />

pneus de Inverno<br />

aumentam<br />

consideravelmente<br />

a segurança com<br />

chuva, frio, neve<br />

e gelo<br />

vidamente identificadas em zonas geográficas<br />

onde o clima é mais rigoroso, como na Serra da<br />

Estrela, não mudam o tipo de pneus.<br />

O mercado de pneus de Inverno em Portugal<br />

é muito reduzido. Quase inexistente, tendo em<br />

conta o volume de negócios que representa e<br />

a expressão que tem. Há ainda uma pequena<br />

margem de vendas a emigrantes. Mas são ainda<br />

poucos os condutores em Portugal que dispõem<br />

de dois jogos de pneus. Ou que optam por colocar<br />

pneus de Inverno a seguir ao Verão. Como<br />

fazem vários emigrantes quando passam férias<br />

no nosso país. Ou algumas empresas que se<br />

situam em zonas de Invernos mais rigorosos.<br />

A Continental lidera o mercado de pneus de<br />

Inverno, mas dado o volume diminuto que o<br />

negócio deste produto representa em Portugal,<br />

não é considerado um valor representativo.”<br />

w Europa bem calçada<br />

Hoje, praticamente todas as marcas de pneus<br />

do segmento Consumer (ligeiros, comerciais<br />

e 4x4), das premium às budget, passando<br />

pelas quality, incluem na sua oferta pneus de<br />

Inverno. Mas a verdade é que são poucos os<br />

importadores e distribuidores nacionais que<br />

arriscam comercializá-los. Pelas razões acima<br />

mencionadas. De acordo com da<strong>dos</strong> do Europool,<br />

o mercado de pneus de Inverno em<br />

Portugal é premium, sendo a Continental e<br />

a Bridgestone as marcas que maior volume<br />

reúnem. Até porque estas terão maior facilidade<br />

em fazer chegar os pneus de Inverno ao<br />

nosso país caso haja uma solicitação do agente<br />

perante o importador. Como facilmente se depreende,<br />

nem mesmo as companhias fazem<br />

stocks de pneus de Inverno.<br />

Dentro de pouco tempo, está previsto o lançamento<br />

de uma marca chinesa em Portugal que<br />

concorrerá no mercado de pneus de Inverno:<br />

a Pace. Trata-se de uma marca budget, quase<br />

quality, representada pela SD International,<br />

que comercializará no nosso país os modelos<br />

Antarctica 5 para automóveis (jantes de 14”<br />

a 18”), Antarctica 6 para SUV (jantes de 16” a<br />

18”) e Antarctica 8 para comerciais (jantes de<br />

15” e 16”).<br />

Situação bem diferente vive-se noutros países<br />

europeus. Fazemos aqui uma rápida passagem<br />

por alguns deles. Começando pela Alemanha.<br />

De acordo com o Código de Trânsito Alemão<br />

(StVO), é obrigatório ajustar o veículo às condições<br />

específicas da época. Tal não determina<br />

a obrigatoriedade de usar pneus de Inverno,<br />

mas são aplicadas multas a quem não seguir<br />

esta recomendação, como, por exemplo, se o<br />

condutor for apanhado a circular com pneus<br />

de Verão no Inverno. Já na Suíça, a utilização de<br />

pneus de Inverno é recomendada para condições<br />

climatéricas específicas. No entanto, não<br />

existe uma obrigação legal quanto à utilização<br />

de pneus de Inverno. Mas se o condutor envolvido<br />

num acidente estiver a circular com<br />

pneus de Verão no Inverno, será responsável.<br />

Chegámos a Itália. A obrigatoriedade de usar<br />

pneus de Inverno depende das condições climatéricas<br />

e pode ser limitada a um período de<br />

tempo ou a determinadas regiões. Em França,<br />

é obrigatória a utilização de pneus de Inverno<br />

em regiões montanhosas quando especificada<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


12 conselhos Michelin para conduzir em segurança no Inverno<br />

1- Tenha atenção, contenção e controlo São os três elementos-chave.<br />

Conduza de acordo com as condições meteorológicas e da estrada, que podem ser imprevisíveis<br />

2- Dê prioridade à segurança<br />

A condução no Inverno exige mais <strong>dos</strong> pneus e das habilidades do condutor. Prepare-se para condições adversas<br />

3- Troque os pneus<br />

Os pneus de Inverno aumentam a segurança, melhoram a tração, otimizam a travagem e proporcionam maior controlo.<br />

Devem estar monta<strong>dos</strong> em ambos os eixos<br />

4- Tenha consciência das limitações<br />

Concentre-se no que o rodeia e adapte a velocidade às condições existentes. Mantenha a distância de segurança e evite travagens bruscas<br />

em pisos escorregadios<br />

5- Trave com precaução<br />

Avalie a distância de travagem necessária. Evite travagens bruscas e velocidades elevadas. Trave suavemente e de forma gradual,<br />

utilizando também o motor<br />

6- Acelere pouco<br />

Para evitar patinar as rodas no arranque sobre a neve, acelere pouco. Se for necessário, engrene uma mudança superior<br />

7- Reduza a velocidade antes da curva<br />

Antes de entrar na curva, reduza a velocidade em linha reta. A direção deve manter-se constante com um movimento fluido. Mantenha<br />

uma velocidade lenta e permanente<br />

8- Veja e seja visto<br />

Utilize as luzes de médios sempre que a visibilidade for reduzida<br />

9- Prepare o seu veículo<br />

Verifique o nível do óleo, do fluido <strong>dos</strong> travões, da direção assistida e do líquido do limpa pára-brisas. Teste as escovas <strong>dos</strong> vidros e os<br />

faróis. Veja o estado e a pressão <strong>dos</strong> pneus<br />

10- Previna-se contra imponderáveis<br />

Transporte kit de primeiros socorros, pneu sobressalente com enchimento correto, comida, água, um cobertor e roupa quente. Se ficar<br />

bloqueado numa estrada gelada, este material fará toda a diferença<br />

11- Planifique o itinerário<br />

Consulte a previsão do tempo e a informação de trânsito antes de se fazer à estrada. Previne situações perigosas e reduz o tempo de<br />

viagem<br />

12- Limpe o veículo<br />

Antes de iniciar a viagem, remova a neve ou o gelo do veículo para que a visibilidade não seja afetada. Faróis, janelas e retrovisores<br />

devem estar bem limpos<br />

em placas e sinais de trânsito. Na Eslovénia,<br />

os pneus de Inverno são obrigatórios entre o<br />

período de Novembro a Março, bem como em<br />

estradas sob condições adversas.<br />

Terminamos esta nossa viagem na Escandinávia,<br />

onwwde existem diferentes orientações.<br />

Na Finlândia, a utilização de pneus de Inverno<br />

é obrigatória entre o período de Dezembro e<br />

Fevereiro. Já na Suécia, essa obrigatoriedade<br />

aplica-se ao período de Dezembro a Março.<br />

Entretanto, esta regra aplica-se somente aos<br />

veículos suecos. Quanto à Dinamarca e à Noruega,<br />

as regras são menos restritivas, uma vez<br />

que não é obrigatória a utilização de pneus<br />

de Inverno.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 11


Notícias Mercado<br />

Point S by Mega Mundi I Alameda Salgueiro Maia Lote 4 sala 2 e 3, 2660-329 Stº António <strong>dos</strong> Cavaleiros I Presidente: Álvaro Cerqueira<br />

Telef. 219898110 I Fax. 219898119 I E-mail: global@megamundi.pt I Internet: www.megamundi.pt<br />

Acordo Point S / Mega Mundi<br />

Influência alargada<br />

Foi celebrado no passado dia 18 de dezembro um acordo de cooperação<br />

entre a Point S e a Mega Mundi, cujo objetivo é unir os dois grupos numa<br />

única rede de oficinas designada Point S by Mega Mundi<br />

Álvaro Cerqueira,<br />

Presidente da Mega<br />

Mundi e Fabien<br />

Bouquet da Point S<br />

Na assinatura do acordo estiveram<br />

presentes Fabien<br />

Bouquet, Diretor de Operações<br />

Internacionais da Point S e os<br />

membros da direção da Mega<br />

Mundi, representada pelo presidente<br />

Álvaro Cerqueira, da Auto<br />

Direções Valbom, Rui Fragoso,<br />

da Vulcanizadora Fragoso e Filhos,<br />

Manuel Ventura, da SVA e<br />

Manuel Sousa da Popneus.<br />

Este acordo só foi possível<br />

porque a Mega Mundi e Point<br />

S partilham os mesmos valores,<br />

conceitos e filosofia. Trabalhando<br />

de uma forma corporativa,<br />

os modelos fundem-se e<br />

to<strong>dos</strong> os aderentes são também<br />

acionistas da própria rede.<br />

Um <strong>dos</strong> termos deste acordo e<br />

o mais importante é que a Point<br />

S Internacional concedeu poderes<br />

à Mega Mundi para utilizar<br />

em exclusivo a marca Point S<br />

durante a vigência do acordo<br />

que não tem termo previsto. A<br />

Point S, por sua vez, tem uma<br />

pequena participação no capital<br />

da Megamundi.<br />

Com os 50 pontos de venda pertencentes<br />

à rede Mega Mundi, e<br />

os 25 da Point S, a nova rede fica<br />

a contar com um total de 75 oficinas<br />

que muito em breve passarão<br />

a ter a mesma imagem.<br />

w Gama alargada de produto<br />

A nível de produto toda a rede<br />

vai poder comercializar a marca<br />

própria de pneus Point S, que<br />

vai lançar a 3ª geração na próxima<br />

feira Reifen, na Alemanha.<br />

“Trata-se de uma gama totalmente<br />

nova, construída pela<br />

Continental, que cobre a quase<br />

totalidade do parque de viaturas<br />

ligeiras, 4x4 e comerciais<br />

ligeiros, estando a ser desenvolvida<br />

há 18 meses em laboratório<br />

e também com testes em pista<br />

feitos pela TUV Alemanha”, disse<br />

Fabien Bouquet, Diretor de Operações<br />

Internacionais da Point S.<br />

A gama de consumíveis automóveis<br />

com a marca própria<br />

Point S, como baterias, pastilhas<br />

de travão e filtros, entre<br />

outros componentes, também<br />

será comercializada por todas<br />

as oficinas da rede.<br />

Rede<br />

mais apetecível<br />

Com este acordo, os aderentes<br />

da rede Mega Mundi<br />

vão ter mais fornecedores e<br />

mais vantagens competitivas,<br />

porque passam de uma<br />

rede de âmbito nacional<br />

para uma de âmbito mundial,<br />

usufruindo assim de todas<br />

a experiência e sinergias<br />

do grupo Point S. Outra vantagem<br />

de pertencer a um<br />

grupo internacional como<br />

a Point S, é poder utilizar<br />

os acor<strong>dos</strong> que o grupo<br />

tem a nível europeu com<br />

grandes frotistas e rent-a-<br />

-cars. Por tudo isto, é natural<br />

que surjam mais empresas<br />

interessadas em pertencer<br />

à rede, que mantém as mesmas<br />

condições de acesso.<br />

Durante esta fase de adaptação<br />

e remodelação <strong>dos</strong><br />

postos de venda Mega<br />

Mundi para a nova imagem<br />

Point S, as oficinas vão ser<br />

apoiadas pela equipa técnica<br />

com formação e marketing.<br />

De referir ainda que a plataforma<br />

eletrónica de venda de<br />

pneus B2B e B2C, denominada<br />

“eios”, exclusiva da Point S vai<br />

também poder ser utilizada<br />

pelos 75 pontos de venda. Atualmente,<br />

a “eios” funciona em<br />

7 países e tem uma utilização<br />

diária de 1.200 aderentes. Esta<br />

plataforma tem os preços atualiza<strong>dos</strong><br />

de 15 em 15 minutos,<br />

de to<strong>dos</strong> os fornecedores com<br />

os quais a Point S tem acor<strong>dos</strong><br />

comerciais. O utilizador pode<br />

consultar do preço mais baixo<br />

ao mais alto e assim ficar a saber<br />

os valores que estão a ser<br />

pratica<strong>dos</strong> no mercado.<br />

12 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


Michelin Latitude no Porsche Macan<br />

Três gamas de pneus Michelin foram<br />

seleciona<strong>dos</strong> para equipamento original<br />

do novo Porsche Macan, incluindo pela<br />

primeira vez a nova geração da gama Latitude<br />

Sport 3. Para condições de condução<br />

invernais o pneu homologado foi o Laitude<br />

Alpin 2. Para certas regiões temperadas<br />

foi homologado o pneu Latitude Tour, de<br />

condução tipo all seasons. O novo modelo<br />

da Porsche reuniu assim a alta roda <strong>dos</strong><br />

pneus Michelin para SUV de altas prestações,<br />

ilustrando da melhor forma a estratégia<br />

Total Performance. Isto significa<br />

pneus mais seguros, com maior duração,<br />

mais económicos e eficientes e com maior<br />

prazer de conduzir.<br />

Jon Ander Garcia<br />

acumula funções<br />

Além das funções de diretor geral<br />

da Continental <strong>Pneus</strong> em Espanha<br />

e Portugal, Jon Ander Garcia irá desempenhar<br />

idênticas funções no<br />

Médio Oriente e Norte de África.<br />

Na base desta decisão estão obviamente<br />

os bons resulta<strong>dos</strong> da<br />

gestão de Garcia, que atribui boa<br />

parte do sucesso da sua estratégia<br />

de crescimento ao esforço da experiente<br />

equipa da marca em Portugal<br />

e Espanha, que levou as vendas ao<br />

nível do resto da Europa.<br />

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Notícias Mercado<br />

<strong>Pneus</strong> recauchuta<strong>dos</strong> são importantes<br />

A recauchutagem de pneus é uma prática de grande relevância entre transportadores<br />

em várias partes do mundo, refletindo-se, igualmente, no mercado europeu<br />

Além de mais económica<br />

quando comparada à<br />

produção de pneus novos,<br />

apresenta um caráter sustentável<br />

valorizado, uma<br />

vez que reduz o consumo de<br />

recursos naturais. Em relação<br />

a um pneu novo, cada pneu<br />

recauchutado evita que se<br />

gaste, em média, 57 litros de<br />

combustível. No que se refere<br />

à redução do consumo<br />

de energia elétrica, a percentagem<br />

chega aos 80%. Tudo<br />

isto mantendo a mesma<br />

qualidade e segurança.<br />

A empresa brasileira Vipal,<br />

com mais de 40 anos de<br />

existência e experiência no<br />

setor, atua fortemente para<br />

o crescimento e desenvolvimento<br />

deste mercado<br />

em todo o mundo, sendo<br />

responsável por abastecer<br />

cerca de 90 países em to<strong>dos</strong><br />

os continentes, tendo<br />

como principais merca<strong>dos</strong><br />

a Europa, a América Latina<br />

e os Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>. Para<br />

atender às especificidades<br />

de cada local, que vão desde<br />

requisitos técnicos até diferenças<br />

culturais, geográficas<br />

e de legislação, a empresa<br />

investe no desenvolvimento<br />

de produtos específicos para<br />

melhor desempenho em diferentes<br />

regiões.<br />

A Vipal comercializa<br />

vários tipos de pisos<br />

para recauchuta<strong>dos</strong><br />

Eternity<br />

chega a Portugal com a Al Dobowi<br />

A Eternity é a nova marca do<br />

grupo Al Dobowi para o mercado<br />

europeu de pneus, e escolheu<br />

Espanha e Portugal para a sua<br />

primeira fase de comercialização<br />

no Velho Continente. Uma<br />

marca que se caracteriza pela<br />

excelente relação qualidade/<br />

preço, assim como a sua ampla<br />

cobertura dimensional. A marca<br />

Eternity, que já é famosa noutros<br />

territórios, estreia-se na Península<br />

Ibérica com quatro gamas<br />

de pneus: Ecopeak, Ecosade,<br />

Ecology e Ecovive, destina<strong>dos</strong><br />

ao segmento médio, conforto e<br />

altas prestações. Os novos modelos<br />

dispõem de desenhos atuais<br />

e con uma gama dimensional<br />

en linha com as necessidades<br />

do mercado. Aos poucos vão<br />

sendo incluí<strong>dos</strong> novos modelos<br />

para ligeiros, 4x4 e veículos<br />

comerciais. A Eternity planeia<br />

o lançamento de uma gama de<br />

pneus de camião, que poderá<br />

estar disponível nos dois países<br />

em mea<strong>dos</strong> de <strong>2014</strong>.<br />

Goodyear Dunlop<br />

Ibéria tem novo diretor<br />

de marketing<br />

A Goodyear Dunlop<br />

Ibéria anunciou que desde<br />

o passado dia 1 de janeiro<br />

de <strong>2014</strong>, Hugues Despres é<br />

o novo diretor de marketing<br />

da empresa para o mercado<br />

ibérico. Hugues Despres entrou<br />

para a Goodyear Dunlop em<br />

junho de 2010 como diretor<br />

da marca Goodyear para a<br />

EMEA (Europa, Médio Oriente<br />

e África). Tem formação em<br />

Direção de Marketing pela<br />

I.S.G. Business School de Paris<br />

e fez um MBA em Direção<br />

Internacional de Marketing<br />

de marcas de luxo pela E.D.C<br />

Business School de Paris.<br />

Na sua nova etapa como<br />

diretor de marketing para<br />

a Península Ibérica tem<br />

como objetivo desenvolver<br />

e implementar os planos de<br />

marketing estratégicos da<br />

unidade de negócio Consumer<br />

(turismo e moto) para as<br />

marcas Goodyear e Dunlop em<br />

ambos os merca<strong>dos</strong>.<br />

14 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


Os 22 anos de Dakar da Michelin<br />

Desde 1982 que o Grupo Michelin se compromete<br />

regularmente com o Dakar, uma prova que tem um sentido<br />

especial para o fabricante.<br />

Com efeito, a Michelin e o<br />

Dakar partilham valores<br />

comuns, o que se traduz no<br />

acordo por três anos entre<br />

ambas as entidades que entrou<br />

em vigor no passado ano.<br />

Há mais de três<br />

décadas que a<br />

Michelin está presente<br />

no Dakar<br />

como fornecedor<br />

de pneus<br />

Desde a sua criação o Dakar<br />

afirmou-se com uma posição<br />

de liderança entre as provas<br />

de ralis-raids para se tornar,<br />

de edição em edição, numa<br />

referência absoluta. Atualmente,<br />

a prova, que este<br />

ano se disputou pela sexta<br />

vez na América do Sul, é considerada<br />

com toda a justiça<br />

como o principal ponto de<br />

encontro da especialidade.<br />

Dontyre distribui<br />

pneus em Portugal<br />

A Dontyre, empresa de distribuição<br />

de pneus com sede em Zafra, Espanha,<br />

conta já 35 anos de atividade e decidiu<br />

alargar a sua zona geográfica de vendas<br />

a Portugal. Atualmente possui armazéns<br />

em Zafra, Córdoba, Jaén, Málaga, Sevilla,<br />

Legañes e Madrid Centro, estando prevista<br />

a abertura de instalações em Lisboa<br />

para dar apoio aos clientes portugueses.<br />

A Dontyre distribui mais de 50 marcas<br />

de pneus para ligeiros, comerciais, 4x4,<br />

camião, agrícola, agro-industrial, moto e<br />

empilhador. Também tem câmaras de ar,<br />

macização de pneus e reparação e vulcanização<br />

de pneus. É distribuidor oficial<br />

das marcas Falken, Continental Agrícola e<br />

Cultor Agrícola.<br />

Para mais informações pode contactar<br />

diretamente o responsável pelo mercado<br />

português: Luis Mendes – Telemóvel:<br />

913.654.462<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 15


Notícias Mercado<br />

Entrevista<br />

Ge Guorong, CEO da Goodride<br />

“A Goodride é bem aceite em Portugal”<br />

A Goodride encontra-se no Top 10 <strong>dos</strong> fabricantes mundiais de pneus<br />

e também é o maior fabricante de pneus na China. Em Portugal cresceu<br />

quase o dobro em 2013, em comparação com o ano anterior, graças ao<br />

bom trabalho do distribuidor S. José <strong>Pneus</strong><br />

Conseguiu alcançar em 2013<br />

uma receita recorde de 4.88<br />

bilhões de US dólares, um aumento<br />

de 6,2% em relação ao ano<br />

2012. As vendas de pneus para pesa<strong>dos</strong><br />

foram cerca de 10,7 milhões<br />

de unidades e para ligeiros, 21,5<br />

milhões. Em entrevista à <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, o CEO da Goodride faz<br />

o balanço da atividade da marca<br />

em 2013 e fala também das perspectivas<br />

de negócio para <strong>2014</strong>.<br />

Qual é a sua opinião sobre a nova<br />

etiqueta <strong>dos</strong> pneus?<br />

Como fabricante líder na China,<br />

nós pensamos que é bastante positivo<br />

para o mercado a aplicação<br />

do regulamento da UE que obriga<br />

a utilização da etiqueta nos pneus<br />

novos. Este regulamento ajuda<br />

a promover produtos amigos<br />

do ambiente no mercado. Ele<br />

também fornece informações<br />

sobre a eficiência de combustível,<br />

aderência em piso molhado<br />

e ruído de rolamento através de<br />

pictogramas claros para que os<br />

clientes possam fazer uma escolha<br />

informada no momento da compra<br />

de pneus. A maioria das linhas<br />

de produtos da Goodride estão<br />

agora atualizadas com excelentes<br />

prestações no que diz respeito à<br />

aderência em piso molhado, que<br />

corresponde a “C” na etiqueta.<br />

Na resistência ao rolamento,<br />

tem classificação semelhante à<br />

maioria das marcas europeias<br />

conhecidas . Os resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong><br />

testes da TUV e outros laboratórios<br />

independentes demonstraram<br />

que os pneus Goodride com<br />

a nova etiqueta podem ajudar a<br />

poupar 3 a 8 % de combustível,<br />

e conseguem melhor aderência<br />

em pavimento molhado .<br />

Vamos continuar a ajudar a proteger<br />

o planeta, fabricando pneus<br />

“verdes” de elevada qualidade,<br />

com menor consumo de combustível<br />

e boa aderência em piso<br />

molhado.<br />

Quais são os principais desafios<br />

para o seu negócio?<br />

Eu acho que o principal desafio<br />

é melhorar a imagem da marca.<br />

As pessoas sempre vão associar<br />

o produto chinês a baixa<br />

qualidade e preço barato. Mas<br />

atualmente muitas marca de referência<br />

também são produzi<strong>dos</strong><br />

na China, incluindo a Bridgestone.<br />

A Goodride continua grande a<br />

fazer grandes investimento em<br />

instalações e equipamentos. Introduzimos<br />

recentemente diversos<br />

sistemas de produção, inspeção e<br />

testes vin<strong>dos</strong> da Alemanha, EUA,<br />

e Japão e de outros países desenvolvi<strong>dos</strong>,<br />

tais como o sistema de<br />

e teste de pneus FLAT-TRAC III CT<br />

provenientes da MTS, as máquinas<br />

de construção de pneus de um<br />

estágio e máquina de mistura de<br />

borracha da Harburg – Freudenberger,<br />

na Alemanha.<br />

Acreditamos que só estando equipa<strong>dos</strong><br />

com máquinas de topo e<br />

instalações de primeira classe,<br />

podemos garantir a qualidade nos<br />

nossos pneus que os clientes procuram<br />

e desejam.<br />

Como é que a crise na Europa<br />

tem afetado o vosso negocio?<br />

A crise financeira da Europa afetou<br />

as exportações <strong>dos</strong> pneus chineses<br />

muito, especialmente em<br />

2008 e 2009, e as nossa vendas<br />

também caíram nessa altura. Mas<br />

aproveitámos esta oportunidade<br />

para comprar na Europa equipamento<br />

avançado que permitisse<br />

melhorar a qualidade <strong>dos</strong> nossos<br />

pneus. Agora lançamos uma nova<br />

medida de pneus cada dois dias.<br />

Quais foram os fatores que mais<br />

condicionaram (positiva e negativamente)<br />

o mercado de pneus<br />

em 2013?<br />

Em termos globais, o mercado<br />

de pneus abrandou no primeiro<br />

semestre de 2013, devido à lenta<br />

recuperação da economia da Europa.<br />

Mas a situação alterou-se<br />

no segundo semestre, porque o<br />

mercado doméstico americano e<br />

chinês cresceram nesse período.<br />

Que balanço faz do desempenho<br />

da Goodride em 2013 e as<br />

perspectivas para <strong>2014</strong>?<br />

16 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


<strong>2014</strong> será um ano frutuoso<br />

para a Goodride, pois tem<br />

muitos modelos para lançar<br />

Em 2013, as vendas da Goodride<br />

subiram em comparação com o<br />

ano passado e este ano continuaremos<br />

com um crescimento<br />

previsto de 20%.<br />

Em <strong>2014</strong> vamos inaugurar novas<br />

instalações em Jintan, Fuyang e<br />

Xindeng na China, bem como<br />

na Tailândia onde fizemos um<br />

investimento total de mais de<br />

160 milhões de US dólares. Após<br />

a conclusão destas novas instalações,<br />

a Goodride fica com uma<br />

capacidade instalada de produção<br />

superior a 50 milhões de pneus<br />

para veículos de passageiros e<br />

comerciais ligeiros, 15 milhões de<br />

pneus para pesa<strong>dos</strong> e autocarros,<br />

e mais de 100 milhões de pneus<br />

para bicicletas, motos e ATV. Nesta<br />

altura, a Goodride será o maior fabricante<br />

mundial de pneus para<br />

camiões e autocarros.<br />

Relativamente ao mercado português,<br />

como foi o desempenho<br />

da Goodride em 2013 e quais as<br />

expectativas para <strong>2014</strong>?<br />

Com o apoio do nosso distribuidor<br />

S. José <strong>Pneus</strong>, a vendas Goodride<br />

em Portugal em 2013 quase duplicaram,<br />

em comparação com o<br />

ano 2012. A nossa gama de pneus<br />

para ligeiros e pesa<strong>dos</strong> são bem<br />

aceites pelo cliente português.<br />

Em <strong>2014</strong> , vamos concentrar-nos<br />

no branding e marketing, que<br />

é o mais importante para se comunicar<br />

com o cliente final. Estou<br />

certo de que Goodride será uma<br />

das marcas mais populares em<br />

Portugal.<br />

<strong>Pneus</strong> Goodyear na DAF<br />

Os modelos CF, LF E XF da DAF serão os<br />

primeiros camiões a montar de série<br />

os pneus da Goodyear KMAX e FUELMAX,<br />

lança<strong>dos</strong> em Setembro do ano passado.<br />

Como os nomes sugerem, as gamas KMAX<br />

e FUELMAX garantem máxima quilometragem<br />

e máxima economia de combustível.<br />

O modelo XF é o mais evoluído da<br />

A Goodyear equipa<br />

de origem a DAF com<br />

KMAX e FUELMAX<br />

A Cetrus acaba de apostar<br />

num novo produto. A<br />

partir de agora, a empresa<br />

de Famalicão, servirá também<br />

as oficinas com sistemas<br />

de armazenamento de<br />

material automóvel. Este<br />

sistema, produzido pela<br />

italiana Metalcoop, tem<br />

vários modelos disponíveis,<br />

dependendo do tipo de armazenamento<br />

pretendido,<br />

e do tipo de material a ser<br />

guardado. Há estruturas<br />

especializadas para depósito<br />

de pneus, assim como<br />

para qualquer outro tipo de<br />

peças automóveis. As divisões<br />

destas estruturas são<br />

organizadas de acordo com<br />

a vontade do cliente, atendendo<br />

ao peso permitido<br />

nas normas de segurança.<br />

A Cetrus oferece também<br />

ao cliente assessoria para<br />

cada projeto, assim como<br />

assistência técnica. Para<br />

DAF e será o primeiro camião da marca a<br />

cumprir a norma Euro 6. As gamas Euro 6<br />

<strong>dos</strong> modelos CF e LF montam os mesmos<br />

pneus para beneficiar das mesmas vantagens<br />

de desempenho. Os novos pneus<br />

começam a ser monta<strong>dos</strong> na origem já<br />

este mês e serão forneci<strong>dos</strong> pela fábrica<br />

Goodyear do Luxemburgo.<br />

Armazenamento de pneus Metalcoop<br />

Edmundo Costa, Gerente<br />

da Cetrus, “esta renovação<br />

é a confirmação do nosso<br />

esforço e preocupação em<br />

nos superarmos e melhoramos<br />

continuamente os<br />

nossos produtos e serviços”.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 17


Notícias Mercado<br />

Gestão, o poder das palavras<br />

Saber vender<br />

A venda é uma arte que depende tanto das capacidades inatas para uma<br />

comunicação eficiente e para a interacção pessoal, como da formação, da<br />

experiência e do grau de motivação do vendedor<br />

É evidente que há coisas que não<br />

podemos fazer, mas este tipo de<br />

frase pode colocar um ponto final<br />

no diálogo. Temos que demonstrar<br />

que estamos empenha<strong>dos</strong> em<br />

satisfazer as necessidades e expectativas<br />

do cliente, propondo algo<br />

do tipo “E que tal se nós…“, “Não<br />

seria melhor…“, “Já pensou em…”,<br />

etc., até que o cliente diga algo do<br />

tipo “Podemos ver“, “É uma hipótese“,<br />

“Poderá ser “, etc.. Com sorte,<br />

até podemos sugerir uma alternativa<br />

que deixa o cliente radiante.<br />

Isso, sim, é vender criativamente.<br />

No caso <strong>dos</strong> pneus, que não<br />

são um bem de consumo<br />

corrente e exigem alguma ponderação<br />

e algum esforço financeiro<br />

na compra, a venda pode<br />

ter reflexos directos e imediatos<br />

nos resulta<strong>dos</strong> do negócio. To<strong>dos</strong><br />

os contributos nesta área de actividade<br />

são por isso preciosos, não<br />

devendo ser deixado ao acaso<br />

nada de essencial.<br />

De uma acção de formação de<br />

uma marca de pneus, retirámos<br />

o tema Os Cinco Passos da Venda<br />

de <strong>Pneus</strong>, que iremos analisar de<br />

seguida. Um ponto de grande importância<br />

é o tipo de abordagem<br />

ao cliente e o teor da comunicação<br />

que estabelecemos com ele. As<br />

palavras podem ser decisivas e<br />

convém saber as cinco coisas que<br />

os clientes não gostam mesmo<br />

nada de ouvir:<br />

-“Ah, isso eu não sei“<br />

-“Ah, isso eu não posso fazer“<br />

-“Faça isto, faça aquilo; tem que<br />

fazer“, etc.<br />

- “Agora não posso“, “Estou muito<br />

ocupado“, “Tem que ficar à espera“,<br />

etc.<br />

- “Não“<br />

Todas estas frases aniquilam virtualmente<br />

qualquer venda, devendo<br />

ser evitadas a todo o custo<br />

e substituídas por outras com o<br />

potencial diametralmente oposto.<br />

1 - Em vez de “Não sei“, tentar<br />

antes “Vou ver“, “Já lhe digo“,<br />

etc.<br />

Claro que ninguém pode saber<br />

tudo e ter respostas para tudo.<br />

Mas, o certo é que nenhum<br />

cliente vai a uma casa de pneus<br />

e ainda por cima pagar para ouvir<br />

dizer “não sei“, que além do mais<br />

constitui uma evidente manifestação<br />

de desinteresse, um <strong>dos</strong><br />

erros fatais de qualquer vendedor.<br />

Aliás, podemos dizer exactamente<br />

a mesma coisa, mas de<br />

uma maneira mais agradável e até<br />

estimulante. “Boa pergunta! Vou<br />

tentar saber j “, “Vou já ver como<br />

é”, “Vou ter que averiguar antes de<br />

lhe responder“ são frases em que<br />

confessamos que não sabemos,<br />

mas estamos interessa<strong>dos</strong> em obter<br />

uma resposta para o cliente, o<br />

que faz toda a diferença. Certos<br />

clientes já perguntam algumas<br />

coisas convenci<strong>dos</strong> que estão a<br />

fazer figura de parvos ou de ignorantes.<br />

Se não os fizermos ultrapassar<br />

rapidamente esse estado<br />

de espírito, eles começam por se<br />

sentir ligeiramente humilha<strong>dos</strong>,<br />

porque nós afinal somos os especialistas<br />

em pneus e dominamos o<br />

assunto. Não podemos de modo<br />

algum deixar que a comunicação<br />

chegue a um beco sem saída.<br />

2 - Em vez de “Isso eu não<br />

posso fazer“, tentar antes<br />

“Vamos ver o que é possível<br />

fazer“, “Vou tentar resolver o<br />

assunto“, etc.<br />

3 - Em vez de dizer “Tem que<br />

levar este“ ou “Não posso<br />

fazer mais nada“, tentar antes<br />

“Tenho uma boa solução<br />

para si“ ou “ Vamos arranjar<br />

isso ou melhor“.<br />

A maior parte das pessoas é<br />

muito sensível à manipulação<br />

e reage defensivamente sempre<br />

que tentam dizer-lhe o que tem<br />

ou que deve fazer. Tudo se torna<br />

diferente se aquilo que nós queremos<br />

ou nos interessa vender<br />

for proposto como uma alternativa<br />

vantajosa para o cliente e<br />

no qual ele tem plena liberdade<br />

de opção. Frases do tipo “Tenho<br />

uma ideia que pode resolver o<br />

seu problema“, “A solução ideal<br />

para si seria…“, etc., são o melhor<br />

caminho para induzir interesse<br />

no cliente. Mais ainda se o tom<br />

de voz for amigável, convincente<br />

e estribado em expressão<br />

facial e corporal condizente. Enganar<br />

é vender uma coisa que o<br />

cliente descobre que afinal não<br />

lhe convém. Vender, pelo contrário,<br />

é ajudar o cliente a sentir-se<br />

bem e satisfeito com aquilo de<br />

escolheu.<br />

4 - Em vez de dizer “Volto<br />

já“ ou “Tenho pessoas à sua<br />

frente“, experimentar antes<br />

“Dê-me um segundo (minuto)“<br />

ou “Vamos já atendê-<br />

-lo a seguir“, etc.<br />

Pode parecer totalmente indife-<br />

18 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


rente, mas as boas maneiras são<br />

muito importantes nas vendas.<br />

Não dar atenção ao cliente, responder<br />

por monossílabos, fingir<br />

que não está a ver ou a ouvir, ser<br />

irónico (no pior sentido), utilizar<br />

termos incorrectos, etc., é muito<br />

parecido com o dizer ao cliente<br />

que se vá embora. Assim o negócio<br />

não vai longe.<br />

5 - Em vez de utilizar a<br />

palavra “Não“, experimente<br />

antes dizer sim (mas…).<br />

Podemos negar tudo e mais<br />

alguma coisa a alguém sem<br />

usar a palavra não e sem chocar<br />

essa pessoa. O não é uma<br />

palavra muito pesada, que dá<br />

todo o poder a quem a profere<br />

e retira todo o poder a quem a<br />

escuta. Dizer não é como colocar<br />

uma parede à frente do interlocutor,<br />

que ele não pode escalar,<br />

contornar ou ignorar. Temos que<br />

dizer sim, mesmo que tenhamos<br />

que negar alguma coisa, explicando<br />

calmamente e racionalmente<br />

os motivos da recusa. O<br />

sim, mesmo na inevitabilidade<br />

de uma recusa, deixa a porta<br />

aberta para o futuro e coloca<br />

o odioso de uma negativa em<br />

qualquer coisa justificável e que<br />

pode ser superada. As palavras<br />

fazem a diferença e temos que<br />

saber usá-las com sabedoria,<br />

para criar uma comunicação e<br />

uma imagem que sejam favoráveis<br />

à venda.<br />

w Velha escola, nova escola<br />

O ABC das vendas para a velha<br />

guarda era Acabar, Bem e Controlar,<br />

o que em termos mais simples<br />

significava simplesmente<br />

“fechar sempre a venda“. Isso era<br />

no tempo de grande actividade<br />

do mercado, em que as pessoas<br />

gastavam dinheiro sem preocupações.<br />

A nova escola de vendas<br />

mudou entretanto o ABC para<br />

Abertura, Benefício e Compatibilidade,<br />

colocando a ênfase na<br />

identificação das necessidades<br />

e expectativas do consumidor,<br />

no equilíbrio da negociação e<br />

na proximidade com o cliente.<br />

O perito de vendas nos dias de<br />

hoje trabalha essencialmente<br />

com a satisfação do cliente,<br />

porque fidelizar o cliente pode<br />

no actual contexto significar a<br />

diferença entre o sucesso e o<br />

insucesso. Quando fechamos<br />

um negócio, temos que estar<br />

já a pensar no próximo e o<br />

cliente também. Oficina e cliente<br />

têm que ser uma parceria que<br />

funciona para ambos os la<strong>dos</strong>.<br />

Já sabíamos que obviamente<br />

não há uma segunda oportunidade<br />

para causar uma primeira<br />

impressão. Temos agora<br />

que aprender também que não<br />

existe outra oportunidade para<br />

causar uma última impressão.<br />

Aquela que faz o cliente voltar<br />

à oficina em que fez um bom negócio<br />

e foi atendido com toda a<br />

dignidade e amizade.<br />

PNEUS Nexen<br />

equipam modelos Skoda<br />

Os modelos Octavia e Rapid,<br />

<strong>dos</strong> mais vendi<strong>dos</strong> pela<br />

Skoda, são equipa<strong>dos</strong> de origem<br />

com pneus Nexen Tire.<br />

Os carros são construí<strong>dos</strong> na<br />

fábrica checa de Mlada Boleslav<br />

e destinam-se ao mercado<br />

europeu. Os pneus escolhi<strong>dos</strong><br />

para a origem são os N’blue<br />

HD. O Octavia é o modelo<br />

mais vendido da Skoda e<br />

representa 30% das suas<br />

vendas totais, sendo o carro<br />

importado mais vendido na<br />

Alemanha. O Skoda Rapid é<br />

um modelo compacto e económico,<br />

que chegou agora<br />

ao mercado e tem todas as<br />

condições para se afirmar. A<br />

Nexen tem igualmente um<br />

acordo com a VW para equipar<br />

o Polo em <strong>2014</strong>. O pneu<br />

é também o N’blue HD, cujo<br />

fabricante destaca o seu alto<br />

rendimento e eficiência energética.<br />

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Notícias Mercado<br />

Entrevisa<br />

Alejandro Recasens, Diretor Geral da Pirelli Portugal<br />

“Devemos ser mais cautelosos”<br />

A posição da Pirelli no segmento Premium está perfeitamente em<br />

linha com a estratégia global da marca, que consolidou a sua posição de<br />

referência neste mercado específico<br />

Além disso, a Pirelli conta<br />

com a boa performance<br />

<strong>dos</strong> seus pneus na competição<br />

automóvel, uma área de negócio<br />

que está a contribuir para a<br />

notoriedade da marca.<br />

Em 2013, quais foram as principais<br />

realizações da sua empresa?<br />

Em 2013, celebramos os 25 anos<br />

da Pirelli Portugal. A celebração<br />

Alejandro<br />

Recasens,<br />

Diretor Geral<br />

da Pirelli<br />

Portugal<br />

evocou gratas memórias, que<br />

fizeram deste ano um <strong>dos</strong> mais<br />

bem sucedi<strong>dos</strong> de sempre, não<br />

somente houve bons resulta<strong>dos</strong>,<br />

mas também porque<br />

alcançámos alguns grandes<br />

objectivos. Primeiro que tudo,<br />

a Pirelli consolidou a sua presença<br />

nos principais clientes<br />

estratégicos, reforçando a sua<br />

atual posição no mercado.<br />

Isso refletiu-se positivamente<br />

na imagem e na visibilidade da<br />

marca. Por outro lado, consolidámos<br />

o projecto Key Point,<br />

com 11 pontos de venda distribuí<strong>dos</strong><br />

pelo território. Também<br />

tivemos novidades na gama de<br />

produto, introduzindo nesse<br />

ano o Pirelli Truck em Portugal,<br />

que teve uma excelente estreia<br />

no mercado no próprio ano de<br />

lançamento. Para terminar, gostaria<br />

de salientar o excepcional<br />

esforço realizado pela Logística<br />

Pirelli, que passou a entregar em<br />

24 horas, retirando 17 horas ao<br />

tempo habitual de entrega.<br />

Quais serão as principais novidades<br />

da marca para este ano<br />

de <strong>2014</strong>?<br />

Em <strong>2014</strong>, a Pirelli volta aos ralis<br />

do WRC como fornecedor oficial,<br />

mantendo idêntica posição na<br />

F1. Este é um verdadeiro desafio<br />

para um fabricante de pneus,<br />

mas também é uma montra<br />

de liderança tecnológica, que<br />

se reparte entre duas das principais<br />

disciplinas do desporto<br />

automóvel. Localmente, é nosso<br />

desejo consolidar a nossa posição<br />

no segmento Premium,<br />

trabalhando em conjunto com<br />

o retalho.<br />

Tenciona investir em estratégias<br />

diferentes de marketing<br />

e vendas em <strong>2014</strong>?<br />

Tendo em mente a atual situação<br />

económica, penso que<br />

devemos ser cautelosos acerca<br />

de possíveis investimentos, esperando<br />

que a situação melhore<br />

definitivamente. No entanto,<br />

certamente que manteremos as<br />

nossas atividades comerciais e<br />

de marketing de modo a apoiarmos<br />

os nossos clientes através<br />

deste momento menos bom.<br />

Que expectativas mantém de<br />

vendas e investimentos para<br />

<strong>2014</strong>?<br />

Como já referi antes, estaremos<br />

muito atentos ao desenvolvimento<br />

da situação económica,<br />

segundo um ponto de vista cauteloso.<br />

No entanto, esperamos<br />

manter o nosso atual nível de<br />

rentabilidade, crescendo tanto<br />

quanto a situação do mercado<br />

permitir. Nesse sentido, a estratégia<br />

comercial da Pirelli é bastante<br />

ambiciosa e esperamos<br />

alargar o volume de vendas e<br />

a rentabilidade. Mas, mais uma<br />

vez, isso depende da evolução<br />

do mercado e da economia.<br />

Que pensa do atual mercado<br />

português de pneus?<br />

O mercado português de pneus<br />

tem um alto nível de competitividade<br />

e todas as grandes redes<br />

de distribuição estão a investir<br />

nele, apesar de ser um mercado<br />

de volume reduzido. A principal<br />

consequência disto é a saturação<br />

das redes de distribuidores,<br />

que lutam entre si com preços<br />

fecha<strong>dos</strong> e próximos uns <strong>dos</strong><br />

outros, o que está a reduzir a<br />

margem de lucro para to<strong>dos</strong>.<br />

Por outro lado, o mercado português<br />

tem vindo a ser invadido<br />

por altos volumes de pneus usa<strong>dos</strong>,<br />

um produto que não oferece<br />

nenhuma segurança, nem<br />

nenhuma garantia, mas está a<br />

empurrar os preços para baixo,<br />

mesmo inferiores aos pneus asiáticos<br />

low cost.<br />

Com isto, o mercado fica segmentado,<br />

com um grande intervalo<br />

entre pneus Premium e<br />

Budget, fazendo desaparecer o<br />

segmento médio, o que só torna<br />

mais evidente a diferença entre<br />

pneus de qualidade e pneus de<br />

marcas orientadas para o preço.<br />

Como analisa o futuro da<br />

marca em Portugal?<br />

Embora sem grandes volumes,<br />

o mercado português tem apresentado<br />

uma excelente taxa de<br />

rentabilidade. Nós temos uma<br />

boa posição no segmento Premium,<br />

perfeitamente em linha<br />

com os objectivos globais da<br />

Pirelli. Temos a esperança de<br />

que em <strong>2014</strong> o mercado português<br />

de pneus vai crescer ligeiramente,<br />

mas isso depende da<br />

evolução da economia global.<br />

Mesmo assim, estamos confiantes<br />

na boa performance do<br />

mercado para o próximo ano.


BKT reforça staff na Europa<br />

BKT, um <strong>dos</strong> principais fabricantes de<br />

A pneus para o segmento do “fora-de-<br />

-estrada”, obras e estaleiros, aumentou o<br />

staff no seu quartel-general na Europa.<br />

Ropbert Locati foi nomeado gestor de<br />

vendas de equipamento original. Graças a<br />

uma larga experiência nos vários segmen-<br />

tos <strong>dos</strong> pneus, Locati garante poder dar o<br />

melhor contributo à função, que envolve<br />

a gestão de to<strong>dos</strong> os aspetos da cadeia de<br />

fornecimento e entrega de pneus, estando<br />

em constante contacto com os maiores fabricantes<br />

de maquinaria e equipamentos<br />

industriais. Nesta nova função, vai ter de<br />

criar novas oportunidades de negócio no<br />

mercado do equipamento original, um setor<br />

onde a BKT mostra enorme interesse, tanto<br />

do ponto de vista técnico como comercial.<br />

Michelin<br />

apresenta X-Crane<br />

Este pneu é a última palavra<br />

da Michelin, para as necessidades<br />

das gruas móveis necessárias em<br />

grandes obras. Estas máquinas<br />

têm duas cabinas e podem ter<br />

até 10 eixos e uma capacidade de<br />

carga máxima de 1.200 toneladas.<br />

Em estrada podem atingir os 80<br />

km/h e percorrem grandes distâncias,<br />

tanto em estrada, como<br />

fora da estrada. Boa capacidade<br />

de manobra em espaço reduzido<br />

é outra das exigências feitas aos<br />

pneus. Uma das vantagens do<br />

novo X-Crane é uma nova geometria<br />

melhorada da superfície<br />

de contacto pneus e jante. Dá<br />

mais segurança e as operações de<br />

montagem e desmontagem do<br />

pneu são facilitadas. A nova borracha<br />

aumenta a produtividade<br />

do pneu e garante uma duração<br />

20% superior, enquanto a nova<br />

carcaça, reduz o aquecimento <strong>dos</strong><br />

ombros do pneu ao rolar.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 21


Notícias Mercado<br />

Rezulteo.com<br />

E você, já consultou?<br />

Para quem ainda tem dúvidas acerca da importância da Internet na<br />

escolha <strong>dos</strong> pneus, o primeiro guia de compra e comparação de pneus<br />

na Europa, Rezulteo, registou um recorde de audiência: 6,3 milhões de<br />

visitantes nos 20 países onde marcou presença em 2013. O que equivaleu a<br />

10% das pesquisas efetuadas no espaço cibernauta<br />

Foi um autêntico recorde de<br />

audiência: nada menos do<br />

que 6,3 milhões de visitantes nos<br />

20 países onde esteve presente<br />

no ano passado. Número que<br />

representou 10% das pesquisas<br />

efetuadas na Internet pelos compradores<br />

particulares de pneus<br />

na Europa. Editado pelo Lizeo<br />

Online Media Group, fundado,<br />

em 2009, pelo quarteto Xavier<br />

Gignoux, Laurent Lafaye, Fabrice<br />

Tocco e Marco Candelo, o site<br />

www.rezulteo.com tornou-se rapidamente<br />

no maior especialista<br />

do big data na área <strong>dos</strong> pneus<br />

para automóveis. Para além de<br />

estar presente na Europa e na<br />

Rússia, fornece, também, da<strong>dos</strong><br />

sobre os merca<strong>dos</strong> da América<br />

do Norte, Brasil e China.<br />

O Lizeo Online Media Group oferece<br />

aos profissionais do setor<br />

bases de da<strong>dos</strong> únicas sobre o<br />

ofício e os merca<strong>dos</strong>. Soluções<br />

que se destinam a gestores, direções<br />

de marketing e comerciais<br />

e especialistas do setor. Essas<br />

bases de da<strong>dos</strong> proporcionam<br />

uma melhor compreensão do<br />

mercado e das tendências,<br />

permitindo, assim, otimizar<br />

processos e aproveitar novas<br />

oportunidades de negócio.<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

w Para consultar, basta clicar<br />

Composto por 800 fichas de produto<br />

detalhadas, que abrangem<br />

desde as marcas premium até às<br />

budget mais conhecidas, passando<br />

pelas quality, este guia<br />

integra 270 marcas e 70 000<br />

pontos de venda referencia<strong>dos</strong>,<br />

de modo a permitir ao utilizador<br />

cibernauta, através de uma ferramenta<br />

de localização, encontrar<br />

um profissional perto da sua<br />

área. Ao dispor da base de da<strong>dos</strong><br />

mais completa do mercado europeu,<br />

o www.rezulteo.com inclui<br />

ainda conselhos práticos sobre a<br />

compra, a manutenção ou a condução<br />

no Inverno, artigos sobre<br />

o lançamento de novos produtos<br />

e um serviço especializado para<br />

responder às perguntas <strong>dos</strong> consumidores.<br />

Cerca de 90% <strong>dos</strong> visitantes<br />

destes sites consultam-nos durante<br />

a fase de preparação da<br />

compra de pneus. Já <strong>dos</strong> cerca<br />

de 80 milhões de compradores<br />

particulares de pneus na Europa,<br />

70% informam-se primeiro na Internet<br />

antes de comprar, ou seja,<br />

56 milhões. E, de acordo com o<br />

JDN (Journal du Net), o Rezulteo<br />

tem a melhor taxa de transformação<br />

de comparadores do setor<br />

automóvel: 4,08%. Presentes<br />

em 20 países, incluindo Portugal<br />

(www.rezulteo-pneus.com.pt),<br />

os sites Rezulteo registaram, em<br />

2013, um aumento de visitas de<br />

61% comparativamente a 2012.<br />

A chegada do Inverno é, tradicionalmente,<br />

um período favorável<br />

ao negócio <strong>dos</strong> pneus, levando a<br />

uma maior procura pelos pontos<br />

de venda e fazendo, também,<br />

com que haja uma consulta mais<br />

intensa aos sites especializa<strong>dos</strong>,<br />

como os Rezulteo, que registaram<br />

um recorde de visitas em<br />

Novembro de 2013. A audiência<br />

acumulada <strong>dos</strong> 20 sites europeus<br />

(incluindo o www.rezulteo-<br />

-pneus.com.pt para o nosso país)<br />

ultrapassou, pela primeira vez,<br />

um milhão de visitas (875 000),<br />

o que representou um aumento<br />

de 68% face a 2012.<br />

A terminar, refira-se que o Rezulteo<br />

assinou a sua 7.ª parceria<br />

com um jornal europeu de<br />

primeiro plano: o Corriere dello<br />

Sport. Os visitantes da edição<br />

online deste jornal desportivo<br />

italiano terão acesso a serviços<br />

e conteú<strong>dos</strong> Rezulteo através<br />

de uma rubrica específica. O<br />

Rezulteo é, também, parceiro<br />

<strong>dos</strong> TF1 (Automoto), em França,<br />

Telegraph, no Reino Unido, Autozeitung,<br />

na Alemanha, e Autobild,<br />

em Espanha.<br />

22 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


Kumho Ecsta V70A no Mini Cooper<br />

O pneu Kumho Ecsta V70A, que é equipamento original do Mini Cooper JWC GP, foi testado por revistas<br />

da especialidade, tendo em vista comprovar as suas elevadas prestações<br />

teste, que incidiu na versão 215/40 R 17,<br />

O realizou-se sob chuva intensa, uma dificuldade<br />

adicional. Mesmo assim, o pneu demonstrou<br />

uma aderência fora de série, grande<br />

estabilidade e maneabilidade, bem como distâncias<br />

de travagem reduzidas. Na realidade, o<br />

Ecsta V70A foi desenvolvido pela Kumho Tires,<br />

com base em tecnologias de competição, dispondo<br />

de uma banda de rolamento assimétrica,<br />

que proporciona excelente estabilidade e aderência<br />

a alta velocidade, baixo nível de ruído e<br />

grande conforto para o condutor. Por seu lado,<br />

o JWC GP é o carro mais rápido fabricado até<br />

agora pela Mini, tendo sido baseado nos Mini<br />

que ganharam o Rally de Montecarlo três vezes<br />

na década de 1960.<br />

O pneu Kumho Ecsta V70A equipa<br />

de origem o Mini Cooper JWC GP<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 23


Notícias Mercado<br />

Dunlop equipa<br />

Mercedes CLA 45 AMG<br />

A Dunlop fez saber que os pneus<br />

Sport Maxx RT, com tecnologia de<br />

competição, foram escolhi<strong>dos</strong> para<br />

equipar o desportivo Mercedes-<br />

-Benz CLA 45 AMG. A marca afirma<br />

que o Sport Maxx RT oferece um<br />

elevado nível de aderência, combinado<br />

com excelentes condições<br />

de manobrabilidade.<br />

Toyo equipa Mazda 3<br />

O Mazda 3 é o primeiro<br />

veículo a ter como equipamento<br />

de origem pneus<br />

Nanoenergy. Desenvolvido<br />

através do uso da tecnologia<br />

SKYACTIV e do design<br />

KODO, o Mazda 3 é um carro<br />

que não compromete. Com<br />

o mesmo nível, os pneus<br />

Toyo NanoEnergy R38 têm<br />

uma excelente eficiência<br />

de combustível, proporcionam<br />

uma condução segura<br />

e excitante e tem uma consciência<br />

ambiental bastante<br />

elevada.<br />

Sensores de pressão<br />

são oportunidade<br />

Os sistemas de controlo<br />

da pressão <strong>dos</strong> pneus<br />

(TPMS) vieram para ficar e<br />

vão tornar-se obrigatórios,<br />

sendo verifica<strong>dos</strong> nos<br />

centros de inspeção.<br />

Apesar de terem uma longa<br />

duração, incidentes como<br />

furos, pancadas e baixa<br />

pressão do pneu inutilizam<br />

o sensor. Embora seja<br />

um componente muito<br />

económico, a oficina tem<br />

que efetuar a revisão total<br />

do sistema e isso tem um<br />

custo que pode variar de<br />

€ 6 e € 12. O condutor<br />

recupera rapidamente o<br />

diferencial com a economia<br />

de combustível.<br />

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Continental<br />

cresce em 2013<br />

A Continental ultrapassou significativamente<br />

o seu objetivo para o<br />

ano fiscal de 2013. As vendas do fornecedor<br />

internacional da indústria<br />

automóvel, fabricante de pneus e<br />

parceiro da indústria, aumentaram<br />

para aproximadamente €33.3 mil<br />

milhões em 2013. Para <strong>2014</strong> “Queremos<br />

crescer mais rápido que o<br />

mercado global de carros de passageiros<br />

e temos como objectivo<br />

aumentar as vendas em cerca de<br />

5% para aproximadamente €35 mil<br />

milhões”, afirmou Elmar Degenhart,<br />

CEO da Continental.<br />

Hankook estabeleceu recorde<br />

fabricante sul-coreano<br />

O de pneus deu a conhecer<br />

os seus resulta<strong>dos</strong><br />

financeiros para o ano fiscal<br />

de 2013, que registaram<br />

um novo recorde global<br />

de vendas para a companhia.<br />

Nada menos do que<br />

7.060 triliões de KRW, com<br />

um lucro operacional de<br />

1.031 triliões de KRW em<br />

2013. A Hankook estabeleceu<br />

um novo recorde<br />

global de vendas no ano<br />

passado, graças, também,<br />

ao incremento de quota<br />

no segmento UHP e ao<br />

aumento do seu portfólio<br />

no negócio OE. Os movimentos<br />

estratégicos da<br />

Hankook com aplicação de<br />

capital destinam-se tanto<br />

à capacidade de produção<br />

como à pesquisa e desenvolvimento.<br />

24 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


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Bridgestone<br />

lança tecnologia ologic<br />

A Bridgestone foi<br />

escolhida pelo grupo<br />

BMW para desenvolver<br />

uma gama de pneus<br />

para o seu novo veículo<br />

eléctrico. Como fornecedor<br />

exclusivo deste<br />

grande marco na história<br />

do sector automóvel,<br />

a Bridgestone investiu<br />

todo o seu know-how<br />

tecnológico e paixão no<br />

desenvolvimento de um<br />

pneu que reflete a visão<br />

da BMW marca alemã na<br />

mobilidade sustentável<br />

do futuro. A resposta da<br />

Bridgestone chegou na<br />

forma da tecnologia<br />

ologic, que capitaliza<br />

as sinergias de grande<br />

diâmetro juntamente<br />

com um desenho do<br />

piso estreito. O resultado<br />

é um pneu que<br />

oferece significativas<br />

melhorias na aerodinâmica<br />

e resistência ao<br />

rolamento, ao mesmo<br />

tempo que oferece<br />

uma excelente aderência<br />

em piso molhado.<br />

BKT ganhou notoriedade<br />

com salões em 2013<br />

O primeiro grande lançamento<br />

foi em fevereiro<br />

último no SIMA, em Paris,<br />

uma exposição dedicada a<br />

produtores e operadores<br />

do setor agrícola. Em abril<br />

foi o BAUMA, em Munique,<br />

um evento global que<br />

mostra veículos e equipamento<br />

para o setor das<br />

obras e estaleiros e, por<br />

último, em novembro na<br />

Agritechnica, em Hanover,<br />

numa das mais importantes<br />

feiras de equipamento<br />

agrícola. Para além destas<br />

três exposições, a quantidade<br />

de eventos que a BKT<br />

realizou em 2013 foram<br />

gigantes, desde a distribuição<br />

de 30 mil bolas de<br />

futebol, até às performances<br />

acrobáticas de dois jogadores<br />

de futebol. Tudo<br />

serviu para catapultar os<br />

resulta<strong>dos</strong> da BKT.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 25


Notícias Mercado<br />

Euromaster<br />

Gripen Wheels aumenta gama Dynamaxx<br />

No sentido de consolidar<br />

a sua posição de<br />

maior operador Europeu<br />

no mercado <strong>dos</strong> pneus<br />

OTR, a Gripen Wheels<br />

anunciou a extensão da<br />

gama de produtos da<br />

sua marca Dynamaxx.<br />

Esta marca de pneus OTR,<br />

consegue conciliar o que<br />

a engenharia europeia<br />

tem de bom, com os custos<br />

de produção imbatíveis<br />

das fábricas de última<br />

geração. À gama inicial de<br />

produto, constituída pelo<br />

desenho de piso All Grip<br />

nas medidas 17.5R25,<br />

20.5R25, 23.5R25, 26.5R25<br />

e 29.5R25 (sempre em 2<br />

estrelas E3/L3), a Dynamaxx<br />

vê agora alargada<br />

a sua gama com dois novos<br />

produtos, o Dumper<br />

Grip (2 estrela E3.5/L3.5)<br />

e o Hauler Grip (2 estrelas<br />

E4/L4).<br />

Luis Martins, General Market<br />

Manager da Gripen<br />

Wheels Iberia diz: “Com a<br />

marca Dynamaxx, orgulhamo-nos<br />

em oferecer<br />

não só um produto de<br />

qualidade superior, que<br />

comparamos com as mais<br />

prestigiadas marcas a<br />

nível mundial, mas também,<br />

através <strong>dos</strong> nossos<br />

parceiros distribuidores,<br />

oferecer o melhor serviço<br />

do mercado. É uma tripla<br />

parceria entre fabricante,<br />

distribuidores e o utilizador<br />

final.”<br />

A Gripen Wheels alargou a<br />

gama de produtos da sua marca<br />

Dynamaxx<br />

no FACEbook<br />

Durante os meses de novembro<br />

e dezembro de 2013,<br />

a rede da Michelin especialista<br />

em pneus e manutenção<br />

integral de veículos deu lições<br />

sobre pneus de Inverno<br />

na rede social Facebook. Esta<br />

ação teve como objetivo<br />

principal dar a conhecer a<br />

importância <strong>dos</strong> pneus de<br />

Inverno, introduzindo este<br />

tema, ainda desconhecido,<br />

no mercado português, sob<br />

o formato de curso com um<br />

total de 12 lições.<br />

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26 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 27


Notícias Mercado<br />

Point S atualizou serviço<br />

de encomendas<br />

Dá pelo nome de “eios” a nova<br />

versão do serviço europeu de<br />

encomenda de pneus online que a<br />

Point S Development lançou. Usado<br />

diariamente há vários anos por<br />

1350 membros Point S presentes<br />

em sete países, esta nova versão<br />

do “eios” foi desenvolvida depois<br />

de efetuada uma análise completa<br />

das particularidades de compra <strong>dos</strong><br />

membros ao longo de vários meses.<br />

O site agora otimizado está mais<br />

intuitivo e facilita aos membros o<br />

processo de encomenda de pneus.<br />

Guia Michelin Portugal & Espanha <strong>2014</strong><br />

Esta edição reflete o bom<br />

momento gastronómico da<br />

Península Ibérica, fato que já se<br />

constatava na edição 2013 e que<br />

agora se confirma com 25 novos<br />

estabelecimentos com estrelas.<br />

guia Michelin Espanha & Portugal <strong>2014</strong><br />

O seleciona 8 restaurantes com três estrelas,<br />

19 restaurantes com duas estrelas e 144<br />

restaurantes com uma estrela. Há 25 novos<br />

restaurantes com estrelas distribuí<strong>dos</strong> por toda<br />

a Península Ibérica. Assim, Castellón, Teruel e<br />

Valladolid, em conjunto com o distrito português<br />

de Évora, somam-se às províncias que já têm estabelecimentos<br />

com essa distinção. Nesta nova<br />

edição, o viajante conta com uma seleção de<br />

3.848 estabelecimentos, <strong>dos</strong> quais 1.856 são<br />

hotéis, 268 estabelecimentos de turismo rural,<br />

1.724 restaurantes e 130 bares de tapas. O novo<br />

guia Michelin Portugal & Espanha <strong>2014</strong> tem<br />

um PVP de 29,90 €.<br />

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28 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


S. José <strong>Pneus</strong> na FIMA <strong>2014</strong><br />

A S. José <strong>Pneus</strong> vai estar presente nos próximos dias 11 a 15 de fevereiro na prestigiada FIMA - Feira<br />

Internacional de Maquinaria Agrícola, que se realiza em Saragoça<br />

Esta é a maior feira do género<br />

que se realiza em Espanha,<br />

sendo normalmente também<br />

muito visitada por portugueses,<br />

dada a sua importância mesmo<br />

a nível europeu. A mecanização<br />

e as inovações tecnológicas, vão<br />

mostrar aos profissionais do setor<br />

agrícola a melhor maneira de<br />

rentabilizar as suas explorações,<br />

melhorando o rendimento e a<br />

produtividade. Nesta feira será<br />

dado um enfoque especial à<br />

agricultura mediterrânica. A S.<br />

José <strong>Pneus</strong> vai estar com a BKT<br />

no pavilhão 7 a mostrar todas<br />

as novidades de pneus agrícolas<br />

da marca.<br />

A S. José <strong>Pneus</strong> foi pelo 3º ano<br />

consecutivo considerada PME<br />

Excelência, tendo recebido o<br />

Estatuto no passado dia 6 de<br />

fevereiro, numa cerimónia do<br />

IAPMEI, relizada no Europarque, em<br />

Santa Maria da Feira<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 29


Distribuição de <strong>Pneus</strong><br />

Ofensiva Kumho<br />

Quando se fala<br />

em distribuição de<br />

pneus, hoje, há um<br />

trio de protagonistas<br />

incontornáveis:<br />

Aguesport, Distrityres<br />

e <strong>Pneus</strong> Cruzeiro. No<br />

vértice da pirâmide<br />

está um nome: Kumho.<br />

A REVISTA DOS PNEUS<br />

visitou estas três<br />

empresas, que têm um<br />

objetivo comum: fazer<br />

crescer a marca<br />

Por: Bruno Castanheira e Jorge Flores<br />

O<br />

mercado da distribuição de<br />

pneus nacional anda agitado<br />

com a “ofensiva” levada a cabo<br />

por uma marca: Kumho. O maior<br />

fabricante de pneus sul-coreano está a investir<br />

estrategicamente em Portugal e tem<br />

centrado as suas ações em três empresas<br />

portuguesas: a Aguesport, atual importadora<br />

exclusiva <strong>dos</strong> pneus ligeiros Kumho<br />

para o nosso país; a Distrityres e a <strong>Pneus</strong><br />

Cruzeiro, ambas casas importadoras exclusivas<br />

<strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong> da mesma marca<br />

no mercado lusitano.<br />

A aposta sul-coreana em empresas nacionais<br />

só pode querer significar que os<br />

“nossos” distribuidores são, hoje, bastante<br />

respeita<strong>dos</strong>, algo muito diferente <strong>dos</strong> tempos<br />

em que eram vistos como “piratas”,<br />

conta Pedro Conceição, gerente da Aguesport.<br />

“São, atualmente, operadores ti<strong>dos</strong><br />

em conta quer pelas companhias quer pelo<br />

próprio mercado, sem ter a conotação negativa<br />

que havia anteriormente”, acrescenta.<br />

Com o elevar da fasquia e o aparecimento<br />

de grandes empresas portuguesas e europeias,<br />

cada vez se aperta mais o cerco às<br />

tradicionais casas de pneus que atuam ao<br />

nível da revenda local.<br />

Por outro lado, hoje, no mercado português<br />

as margens “são ridiculamente baixas<br />

e os distribuidores não podem basear o<br />

seu negócio apenas nas chamadas marcas<br />

premium, uma vez que estas não dão<br />

rentabilidade. Dão, isso sim, prestígio às<br />

empresas, não podendo estas, evidentemente,<br />

viver sem essas marcas. Regra geral,<br />

são as marcas próprias que cada empresa<br />

tem que dão a rentabilidade que permite<br />

sustentar o negócio da distribuição”, sustenta<br />

Pedro Conceição.<br />

w Concorrência “interna”<br />

Os perigos do mercado de distribuição<br />

são vários. E mesmo as marcas sobre as<br />

30 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


A Kumho é, hoje, uma<br />

marca de renome a<br />

nível mundial e está<br />

a apostar forte no<br />

mercado português<br />

quais as empresas assumem representação<br />

oficial podem entrar no país por outras vias<br />

marginais. “E contra isso nada podemos<br />

fazer”, admite o responsável da Aguesport.<br />

“Tentamos é fazer melhor do que os outros:<br />

em preço, garantia e oferta. O distribuidor<br />

tem de ter à sua disposição um stock<br />

grande, caso contrário perde o cliente à<br />

terceira vez, se não conseguir dar resposta<br />

às duas primeiras solicitações. Mas para<br />

ter um stock grande é preciso ter elevada<br />

capacidade financeira. O grande desafio<br />

de um distribuidor é ter um stock grande<br />

a um preço interessante”, afirma. Para concluir,<br />

de seguida: “É errado um distribuidor<br />

pensar que pode fazer concorrência às companhias.<br />

Os distribuidores serão sempre<br />

uma alternativa às companhias. Estas terão<br />

as suas redes próprias, deixando, assim, o<br />

resto do mercado para os distribuidores.”<br />

w Importância do stock<br />

João Serras, gerente da Distrityres, alinha<br />

pelo mesmo diapasão e acrescenta que<br />

o maior obstáculo de um distribuidor de<br />

pneus poderá ser a falta de capital. Segundo<br />

explica, estas casas necessitam<br />

de ter um “grande poder financeiro, de<br />

modo assegurar um vasto stock que responda<br />

às necessidades do mercado”, caso<br />

contrário, “arriscam-se a perder clientes<br />

por não terem em stock o produto que<br />

os clientes pedem”.<br />

Por seu turno, Nuno Sousa, administrativo<br />

da <strong>Pneus</strong> Cruzeiro, uma espécie de “faz<br />

tudo” na empresa, lamenta que os distribuidores<br />

nacionais não “conversem mais”.<br />

Na sua opinião, “falta união” entre distribuidores.<br />

“Não estou a dizer para fazerem um<br />

cartel de preços, mas se eu tenho um preço<br />

a €50, aceito que outro tenha a €49, mas<br />

não precisa de pô-lo a €45, porque aí não<br />

ganha ninguém”, adianta o responsável.<br />

Outra das dificuldades que encontra na<br />

distribuição é o facto de muitos operadores<br />

estarem apenas obceca<strong>dos</strong> com os preços<br />

e não verem mais além. “Era necessário fixar<br />

alguns limites. Hoje em dia, os distribuidores<br />

sabem o preço que cada um pratica<br />

(têm acesso aos sites) e se um baixa<br />

e o outro baixa, qualquer dia, estamos a<br />

trocar mercadoria por dinheiro”, avisa. De<br />

resto, preconiza, “a tendência será a de que<br />

quem tem mais stock e mais peito continuará<br />

sempre dentro <strong>dos</strong> valores. Depois, há<br />

aqueles mais pequenos, que têm menos<br />

stock, e para esses distribuidores prevejo<br />

mais dificuldades”<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 31


Distribuição de <strong>Pneus</strong><br />

Aguesport – Importação e Exportação, Lda. I Gerente: Pedro Conceição I Sede: Zona Industrial de Barrô - Barrô 3750-900 - Águeda<br />

Telefone: 234690310 I Fax: 234621284 I Email: info@aguesport.com I Site: www.aguesport.com<br />

evolução da casa foi natural. E, em 2008,<br />

A a Aguesport inaugurou as suas atuais<br />

instalações, situadas na Zona Industrial de<br />

Barrô, no concelho de Águeda, com uma<br />

área de 5000 m2.<br />

Quase em simultâneo, a empresa de que Pedro<br />

Conceição é um <strong>dos</strong> gerentes procurou uma<br />

área de negócio em que a dispersão de risco<br />

fosse grande. Foi assim que os pneus entraram<br />

na vida da Aguesport. Para ficar. Inicialmente,<br />

comercializavam também pneus para veículos<br />

pesa<strong>dos</strong>, mas pouco tempo depois passaram a<br />

operar apenas com pneus Consumer (ligeiros,<br />

comerciais e 4x4). Ainda numa fase inicial,<br />

contaram com o apoio da Continental, que<br />

lhes permitiu alcançar uma forte projeção.<br />

Já em 2013, 60% das vendas de pneus incidiram<br />

sobre marcas premium e 40% disseram<br />

respeito a marcas próprias, situação que a<br />

Aguesport pretende inverter em <strong>2014</strong>, uma<br />

vez que a rentabilidade começa a atingir um<br />

ponto crítico.<br />

Por esse motivo, a empresa pretende aumentar<br />

a penetração das marcas próprias das quais<br />

é representante oficial: Rotalla, Unigrip e Federal.<br />

A Kumho, marca sul-coreana que já é<br />

considerada como uma premium com preços<br />

quality (tem 410 referências na sua oferta<br />

de pneus ligeiros e equipa de origem vários<br />

automóveis alemães de prestígio), é onde a<br />

Aguesport concentrará to<strong>dos</strong> os seus esforços<br />

nos próximos anos. Basta ver que a Aguesport<br />

passou a ser, desde dia 1 de <strong>Janeiro</strong> de<br />

<strong>2014</strong>, o importador exclusivo para Portugal<br />

<strong>dos</strong> pneus ligeiros Kumho, após ter sido contactada<br />

por esta marca. Em Abril deste ano,<br />

serão lança<strong>dos</strong> os novos modelos desta marca<br />

no nosso país.<br />

Em stock, existem, neste momento, cerca<br />

de 180 referências Kumho. E refira-se que a<br />

Aguesport possui cerca de 32 mil pneus em<br />

stock, espalha<strong>dos</strong> por três armazéns. Porém,<br />

já em Março, um novo espaço de 3600 m2, al-<br />

Aguesport<br />

Representação reforçada<br />

Criada em 1997 com vista à comercialização de componentes para bicicletas, a Aguesport<br />

concentrou os seus esforços na criteriosa escolha <strong>dos</strong> seus fornecedores e respetivos<br />

produtos, de modo a garantir aos clientes um serviço de confiança, tornando-se, assim,<br />

numa referência e, consequentemente, numa líder de mercado<br />

Johnny Gaio<br />

(à esquerda)<br />

é responsável<br />

pela logística<br />

e Pedro<br />

Conceição<br />

(à direita) é<br />

quem gere os<br />

destinos da<br />

Aguesport na<br />

área <strong>dos</strong> pneus<br />

bergará todo o stock, assim como toda a parte<br />

logística <strong>dos</strong> pneus, separando, deste modo, o<br />

negócio <strong>dos</strong> pneus do das bicicletas.<br />

À exceção da Pirelli, a Aguesport trabalha<br />

com todas as marcas premium. Segundo o<br />

responsável, a empresa prefere trabalhar diretamente<br />

com as companhias, uma vez que<br />

consegue dar ao cliente algo mais do que<br />

quando compra pneus aos grandes brokers<br />

europeus.<br />

To<strong>dos</strong> os meses a Aguesport faz encomendas<br />

de pneus. No caso da Kumho, a Aguesport já<br />

encomendou o dobro do volume que tinha<br />

sido contratualizado para <strong>2014</strong>, o que deve<br />

ter deixado a marca sul-coreana surpreendida.<br />

Para entregar os pneus aos clientes, a Aguesport<br />

subcontrata transportadoras. As entregas<br />

para Viana do Castelo e Torres Novas são<br />

feitas em regime bi-diário e em 24 horas para<br />

todas as restantes zonas do país. A empresa<br />

está a tentar que as encomendas feitas até às<br />

19h consigam ser entregues no dia a seguir<br />

até à hora do almoço. Quando operava com<br />

os CTT, tal era possível.<br />

Atualmente, a Aguesport trabalha com a Rangel<br />

e outras duas empresas locais que operam<br />

na área da logística automóvel. E assume que<br />

é mais forte na área de Coimbra para cima.<br />

32 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


Distrityres, Unipessoal, Lda. I Gerente: João Serras I Sede: Zona Ind. Lamas, n.° 6 – Ap. 28, 6120 – 786 Mação<br />

Telefone: 241 573 276 I Fax: 241 571 172 I Email: distrityres@gmail.com I Site: www.distrityres.com<br />

Importador exclusivo <strong>dos</strong> pneus da marca<br />

Alliance (setor agrícola, florestal, industrial<br />

e engenharia) para Portugal e países lusófonos,<br />

a Distrityres é, além disso, um <strong>dos</strong> dois<br />

representantes (o outro é a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro)<br />

<strong>dos</strong> pneus Kumho para pesa<strong>dos</strong> em Portugal.<br />

Comercializa ainda uma terceira marca de<br />

pneus pesa<strong>dos</strong>, designada Zeta, proveniente<br />

da China, e destinada aos clientes que procuram,<br />

sobretudo, um preço acessível. Contudo,<br />

a aposta da empresa na marca Zeta ainda não<br />

é elevada.<br />

A empresa encerrou 2013 com uma faturação<br />

de €371 000, prevendo encerrar <strong>2014</strong> com um<br />

valor próximo <strong>dos</strong> três milhões de euros, fruto<br />

da venda estimada de 9000 pneus.<br />

O quartel-general da empresa passará para as<br />

novas instalações com cerca de 3000 m2, que<br />

deverão estar concluídas em Maio. O novo<br />

espaço acolherá toda a parte administrativa,<br />

logística e armazém.<br />

Três comerciais andam na rua a vender os<br />

pneus (um na zona Norte, um na zona Centro<br />

e outro na zona Sul). Existe uma percentagem<br />

de clientes, ainda que pequena (cerca<br />

de 2%), que compra pneus online. De resto,<br />

para a Distrityres, a venda no terreno será<br />

sempre a que reunirá o maior volume. No<br />

final de 2013, a casa tinha 250 clientes, número<br />

que, entretanto, subiu já para 300.<br />

Para além da venda de pneus (apenas para<br />

profissionais e casas de pneus), a empresa dá<br />

também apoio técnico.<br />

A localização geográfica da empresa é considerada<br />

trunfo, mas a principal dificuldade<br />

reside no facto de não existir nenhuma plataforma<br />

logística próxima (Leiria e Covilhã<br />

são as que estão mais perto), o que também<br />

acaba por ser penalizador, afetando o processo<br />

de distribuição.<br />

Através da transportadora Rangel, a Distrityres<br />

faz chegar os pneus a qualquer ponto<br />

do país. Por vezes, devido a razões de ordem<br />

Distrityres<br />

Entrada em grande<br />

A Distrityres ainda cheira a tinta. Inaugurada em Agosto de 2013, a empresa iniciou a sua<br />

atividade dois meses depois, em mea<strong>dos</strong> de Outubro. A vocação da empresa? A distribuição<br />

(e a revenda) de pneus em todo o país. João Serras é o gerente e Luís David o diretor geral.<br />

Sem contar com estes dois, a empresa é constituída por cinco pessoas<br />

Sem contar com Luís David, diretor geral (à esquerda), e João Serras, gerente (à direita),<br />

a Distrityres dispõe de cinco funcionários<br />

operacional, relacionadas com a logística da<br />

transportadora, os pneus chegam ao destino<br />

até 48 horas em vez de 24 horas como seria<br />

desejável. A recolha de pneus na Distrityre é<br />

feita a uma cadência diária. Dentro em breve,<br />

os produtos da empresa chegarão, também,<br />

às ilhas. Contudo, são poucas as transportadoras<br />

no país que fazem recolha de pneus<br />

técnicos e pesa<strong>dos</strong>, devido à especificidade<br />

do produto.<br />

A Distrityres encomenda mensalmente contentores<br />

de 40 pés, que têm capacidade para<br />

armazenar 194 pneus pesa<strong>dos</strong>, e que chegam<br />

a Portugal por via marítima.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 33


Distribuição de <strong>Pneus</strong><br />

Grupo <strong>Pneus</strong> Cruzeiro I Gerente: João Matos I Sede: Lugar do Cruzeiro 4830-195 Fonte Arcada PVL Póvoa de Lanhoso<br />

Telefone: 253631783 I Fax: 253738194 I Email: geral@pneuscruzeiro.com I Site: www.pneus cruzeiro.com<br />

<strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />

Pesa<strong>dos</strong> a crescer<br />

A história da casa <strong>Pneus</strong> Cruzeiro conta já mais de duas décadas. Começou ainda pela mão de<br />

João de Jesus Matos, pai do atual gerente, João Matos, quando decidiu montar uma pequena<br />

casa de pneus, na Póvoa de Lanhoso. O negócio foi evoluindo e, em 2001, montou uma casa<br />

maior - onde ainda se encontra a oficina da empresa<br />

partir de 2005, João Matos começou a<br />

A tomar conta do negócio (o pai faleceu)<br />

e entendeu que deveria fazer crescer ainda<br />

mais a empresa, fazendo-a entrar no negócio<br />

da distribuição.<br />

A carteira de clientes aumentou muito e<br />

hoje assegura uma distribuição a nível nacional<br />

e a representação de quase todas as<br />

marcas.<br />

Desde que iniciou a atividade de distribuição,<br />

a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro apostou logo nos<br />

pneus ligeiros e pesa<strong>dos</strong>. Não há marca premium<br />

com que não trabalhe. Desde logo,<br />

os vários fabricantes do grupo Michelin,<br />

Goodyear, Dunlop, Continental, Pirelli…<br />

Recentemente, porém, a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />

teve uma grande notícia: assumiu a representação<br />

exclusiva (em comum com a Distrityres)<br />

<strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong> da Kumho para<br />

Portugal. “Foi um acordo assinado agora<br />

em Outubro. É um produto que estamos<br />

agora a lançar no mercado. Aconteceu através<br />

de um contacto da Kumho, que quer<br />

incrementar a sua presença nos autocarros<br />

e camiões na Península Ibérica… e em<br />

Portugal, por consequência. Apresentaram<br />

Nuno Sousa é<br />

um <strong>dos</strong> rostos<br />

da <strong>Pneus</strong><br />

Cruzeiro, que<br />

dispõe de um<br />

armazém com<br />

12 000 m2 que<br />

alberga um<br />

stock de cerca<br />

de 45 mil pneus<br />

condições que achámos interessantes. E<br />

estamos a desenvolver o trabalho agora”,<br />

conta.<br />

Para garantir a cobertura de todo o país, a<br />

<strong>Pneus</strong> Cruzeiro tem “entre dois a três carros,<br />

na rua, a fazer a distribuição. Temos<br />

clientes diários nestas localidades. Muitos<br />

deles até ao sábado de manhã. E temos frota<br />

nossa. O resto do país é feito através de uma<br />

transportadora contratada”. Tal significa que<br />

conseguem, não apenas fazer as entregas em<br />

24 horas como, no caso <strong>dos</strong> clientes mais<br />

próximos, em três ou quatro horas. “É uma<br />

vantagem que nós reconhecemos”, adianta<br />

Nuno Sousa. Claro está que, para tal, é necessário<br />

gerir um grande stock. E isso não<br />

é um problema para uma casa que tem um<br />

armazém com 12 000 m2, onde dispõe de<br />

um stock de cerca de 45 mil pneus, de todas<br />

as medidas. Os mais procura<strong>dos</strong>, revela, são<br />

as gamas mais altas e de marcas premium.<br />

“Os pneus budget só temos porque é conveniente<br />

dar resposta a to<strong>dos</strong> os clientes.”<br />

A <strong>Pneus</strong> Cruzeiro mantém a oficina a dois<br />

passos do grande armazém (e <strong>dos</strong> escritórios)<br />

e apenas aí faz a venda a particulares.<br />

Mas isso representa apenas 3% de um volume<br />

de negócios que no ano passado cresceu<br />

20% em relação a 2012. “Não representa<br />

nada. O resto é a nossa distribuição para as<br />

casas de pneus e é aí que se fixa o negócio.<br />

Não podemos fazer concorrência direta a<br />

clientes que estão aqui a 20 ou 30 km”, sublinha<br />

Nuno Sousa.<br />

Perto de 80% das vendas da <strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />

são feitas online. E estes clientes são as casas<br />

de pneus. “Pura e simplesmente. Não há<br />

outro cliente online. Mas é um cliente muito<br />

bem informado e que sabe perfeitamente o<br />

que quer”, afirma.<br />

Até há dois ou três anos, a tendência de<br />

vendas era de 80% (ligeiros) e 20% (pesa<strong>dos</strong>).<br />

Neste momento, a procura de pneus<br />

pesa<strong>dos</strong> tem vindo a crescer. “Deve estar<br />

agora nos 70%-30%. Temos vendido bastantes<br />

pesa<strong>dos</strong>. E esta situação da Kumho<br />

também nos faz aumentar nesse campo. E é<br />

um campo para onde estamos orienta<strong>dos</strong>.”<br />

34 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 35


Avaliação obrigatória vw Golf gti Performance dsg<br />

//////////////////<br />

Ícone desportivo<br />

É já um ícone desportivo. Na versão Performance, o Golf GTI deve parte da sua eficácia<br />

ao motor 2.0 TSI de 230 cv, à suspensão firme, aos travões potentes e aos pneus Dunlop<br />

SP Sport Maxx GT, de medida 225/40ZR18. A outra parte é assegurada pela caixa DSG,<br />

pelo Dynamic Chassis Control e pelo diferencial autoblocante no eixo dianteiro<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Eficácia não lhe falta. Irreverência<br />

muito menos. Mais do que um<br />

playboy, o Golf GTI é o rei <strong>dos</strong> desportivos<br />

compactos. O estatuto que<br />

tem e o longo historial de que dispõe assim<br />

o determinam. O que não é de admirar:<br />

desde 1976 que a VW apaixona legiões de<br />

fãs com as versões GTI deste modelo. São<br />

já sete as gerações deste desportivo, do<br />

qual foram produzidas e vendidas mais de<br />

1,9 milhões de unidades a nível mundial.<br />

Disponível nas variantes de três e cinco<br />

portas, com caixa manual ou DSG (ambas<br />

de seis velocidades), o Golf GTI eleva-se a<br />

outro patamar com a especificação Performance:<br />

o motor 2.0 TSI passa de 220 para<br />

230 cv e, mais importante do que isso,<br />

serve-se de um diferencial autoblocante<br />

eletrónico no eixo dianteiro. Melhor, só<br />

mesmo o Golf R (300 cv e tração integral<br />

4Motion com acoplamento Haldex de<br />

quinta geração), que custa, na versão de<br />

três portas, com caixa DSG, €49 590...<br />

w Espalha-brasas<br />

Não é o mais potente da sua classe. Nem<br />

sequer é que exige mais mão-de-obra. Mas<br />

é um <strong>dos</strong> mais eficazes e apelativos desportivos<br />

de tração dianteira que existem. É<br />

capaz de tirar o sono ao condutor, de o tirar<br />

do sério e, acima de tudo, faz-lhe bem ao<br />

ego. Muito bem mesmo. O Golf GTI é um<br />

verdadeiro espalha-brasas. Agressivo sem<br />

ser exuberante, diferencia-se das versões<br />

convencionais pelos pára-choques proeminentes,<br />

grelha escura com uma risca<br />

vermelha, jantes “Austin” de 18” com cinco<br />

enormes buracos, pinças de travagem ver-<br />

Na especificação<br />

Performance, o motor<br />

2.0 TSI do Golf GTI<br />

chega aos 230 cv<br />

36 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


O habitáculo estabelece<br />

ligação com os GTI<br />

do passado da marca<br />

graças aos bancos<br />

desportivos em tecido<br />

no padrão “Clark”<br />

Dunlop SP Sport Maxx GT<br />

Tecnologia Dunlop Touch<br />

w O VW Golf GTI que a REVISTA DOS<br />

PNEUS testou vinha equipado com pneus<br />

Dunlop SP Sport Maxx GT, de medida<br />

225/40ZR18 92 Y, em ambos os eixos. Concebido<br />

para automóveis desportivos, este pneu<br />

de Verão faz uso da tecnologia Dunlop Touch,<br />

que combina várias funcionalidades avançadas<br />

que proporcionam uma condução precisa<br />

e uma resposta rápida em piso seco. O perfil<br />

do piso, mais plano, faz com que o pneu tenha<br />

maior superfície de contacto com o solo. Tudo<br />

para oferecer maior precisão na direção e mais<br />

feedback da estrada. O composto do piso é<br />

misturado com negro de carbono de corrida<br />

para aumentar a aderência e o desempenho<br />

de travagem em piso seco. O design assimétrico<br />

do piso, tendo este um perfil mais plano<br />

e sendo do tipo multiraio, o sistema específico<br />

de assentamento do talão e a proporção variável<br />

de blocos e sulcos são outras características<br />

do Dunlop SP Sport Maxx GT, que revelou<br />

estar perfeitamente à altura das constantes<br />

solicitações exigidas pelo VW Golf GTI.<br />

melhas com inscrição GTI nas dianteiras,<br />

dois escapes, discreto deflector no topo<br />

do óculo posterior, difusor de ar traseiro<br />

e sigla GTI na grelha e na tampa da mala.<br />

A carroçaria está pintada de branco “Oryx”<br />

(por tratar-se de uma pintura madre pérola,<br />

custa €880), mas podia estar coberta de<br />

qualquer outra das nove cores disponíveis.<br />

Como podia ter, também, cinco portas.<br />

Nada se alteraria.<br />

Após uma observação quer ao volume da<br />

mala quer ao espaço disponível no banco<br />

traseiro (aspetos que pouca relevância têm<br />

tratando-se de um desportivo, embora<br />

o Golf GTI cumpra os requisitos de uma<br />

utilização mais familiar se necessário for),<br />

era tempo de ocuparmos o melhor lugar<br />

do mundo: o do condutor. O ambiente<br />

interior, sóbrio e nada exuberante, é<br />

muito semelhante ao do GTI da anterior<br />

geração. Mas é deveras agradável: bancos<br />

desportivos em tecido no padrão “Clark”,<br />

numa clara alusão aos GTI do passado da<br />

marca; pedais em aço inoxidável; inserções<br />

em preto “Checkered» no painel de<br />

instrumento e nas guarnições das portas;<br />

mostradores com fundo escuro e grafismo<br />

branco; costuras vermelhas no volante e<br />

no fole da caixa; volante de três braços,<br />

com base plana, em pele.<br />

A qualidade de construção elevada, o<br />

equipamento extenso e o posto de condução<br />

ótimo, demonstram que a vw sabe<br />

bem aquilo que faz. Sem mais demoras,<br />

rodámos a chave de ignição e acordámos<br />

o motor... A voz grossa do 2.0 TSI é um<br />

bom prenúncio...<br />

w Play boy, play<br />

Motor 2.0 TSI de 230 cv. Caixa DSG de<br />

seis velocidades com patilhas no volante.<br />

Suspensão firme (a carroçaria foi rebaixada<br />

em 15 mm face aos restantes Golf). <strong>Pneus</strong><br />

Dunlop SP Sport Maxx GT, de medida<br />

225/40ZR18. Travões potentes. Direção<br />

progressiva. Controlo de estabilidade (um<br />

primeiro toque no botão desativa o controlo<br />

de tração; um segundo, superior a<br />

três segun<strong>dos</strong>, coloca o controlo de estabilidade<br />

no modo “Sport”). Dynamic Chassis<br />

Control (dispõe <strong>dos</strong> mo<strong>dos</strong> de regulação<br />

Comfort, Normal e Sport). Sistema XDS+<br />

(bloqueio eletrónico do diferencial, que<br />

trava a roda interior da curva quando esta<br />

perde motricidade, enviando, neste caso,<br />

binário para a roda exterior, garantindo-<br />

-lhe melhor tração).<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 37


Avaliação obrigatória<br />

vw Golf gti Performance dsg<br />

Na especificação Performance,<br />

o Golf GTI beneficia ainda de<br />

um diferencial autoblocante<br />

eletrónico no eixo dianteiro,<br />

que funciona sem perdas de<br />

potência. O que significa que<br />

a potência desenvolvida pelo<br />

motor é transferida a 100% ao<br />

solo e está disponível sem limites<br />

para deslocar este desportivo.<br />

Produzido com uma unidade<br />

multidisco localizada entre o<br />

semi-eixo direito e a caixa do<br />

diferencial, tem a pressão hidráulica<br />

necessária para acionar os<br />

discos, sendo esta gerada através<br />

de um motor elétrico. O binário<br />

máximo de bloqueio é de 1600<br />

Nm, de modo a que, caso seja<br />

necessário, o mesmo possa ser<br />

direcionado a apenas uma das<br />

rodas, o que corresponde a um<br />

efeito de bloqueio de 100%.<br />

Com todo este elenco técnico<br />

à disposição, não admira, pois,<br />

que o condutor não tenha qualquer<br />

dificuldade em desempenhar<br />

com mestria a sua tarefa.<br />

Com uma estabilidade digna de<br />

nota e elevada motricidade, o<br />

Golf GTI é um desportivo eficaz.<br />

Faça chuva ou faça sol. E como<br />

as prestações são fulgurantes,<br />

a vontade de conduzir sobrepõem-se<br />

a tudo o resto. O nível<br />

de conforto não desilude. Tal<br />

como os consumos, que só não<br />

são mais eleva<strong>dos</strong> porque esta<br />

lá a tecnologia BlueMotion, que<br />

integra função start/stop.<br />

vw Golf gti Performance dsg<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

4 cilindros em linha,<br />

transversal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1984<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

82,5x92,8<br />

Taxa de compressão 9,6:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 230/4700-6200<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 350/1500-4600<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção direta de gasolina<br />

Sobrealimentação<br />

turbocompressor<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

dianteira com ESP/XDS+<br />

/diferencial autoblocante<br />

Caixa de velocidades<br />

automática dupla<br />

embraiagem de 6+ma (DSG)<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (Servotronic)<br />

Diâmetro de viragem (m) 10,9<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (340)<br />

Traseiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (310)<br />

ABS<br />

sim, com EBD+BAS<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

McPherson<br />

com triângulos sobrepostos<br />

Traseira<br />

Fourlink com molas<br />

separadas <strong>dos</strong> amortecedores<br />

Barra estabilizadora frente/trás<br />

sim/sim<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 248<br />

0-100 km/h (s) 6,4<br />

Consumos (l/100 km)<br />

Extra-urbano/Combinado/Urbano 5,4/6,4/8,1<br />

Emissões de CO2 (g/km) 149<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Cx 0,318<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4268/1799/1442<br />

Distância entre eixos (mm) 2631<br />

Largura de vias frente/trás (mm) 1538/1517<br />

Capacidade do depósito (l) 50<br />

Capacidade da mala (l) 380-1270<br />

Peso (kg) 1402<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 6,1<br />

Jantes de série<br />

7 1/2Jx18”<br />

<strong>Pneus</strong> de série<br />

225/40ZR18<br />

<strong>Pneus</strong> da unidade TESTADA<br />

Dunlop SP Sport Maxx GT - 225/40ZR18 92 Y<br />

Imposto Único Circulação (IUC) €227,08<br />

Preço (s/ despesas) €44 889<br />

Preço da unidade testada €50 436<br />

38 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 39


Em estrada<br />

//////////////////<br />

Hyundai i30 1.6 CRDi Style<br />

Idade adulta<br />

w A Hyundai tem feito o trabalho de casa em relação à<br />

credibilidade das suas propostas. O i30 1.6 CRDi que aqui<br />

testamos, com 128 cv, passa com nota elevada no exame.<br />

Com um visual atraente, este familiar compacto tem um<br />

habitáculo espaçoso e uma qualidade de materiais e de<br />

montagem quase irrepreensíveis, algo bem distante das<br />

propostas de outros tempos - e de outros plásticos ligeiramente<br />

mais duros.<br />

Caso para afirmar que, à segunda geração, o compacto<br />

sul-coreano alcançou a maturidade. Dispõe agora de 4,30<br />

metros de comprimento (mais 20 mm), 1,78 metros de<br />

largura (mais 5 mm) e 1,47 metros de altura (10 mm mais<br />

baixo), caraterísticas que emprestam ao i30 uma componente<br />

mais desportiva do que o modelo anterior. Um perfil<br />

bem secundado pela força <strong>dos</strong> 128 cv às 4000 rpm de um<br />

motor que cumpre os 0-100 km/h em 10,9 segun<strong>dos</strong>, e pela<br />

eficácia da caixa manual de seis velocidades.<br />

Com o nível de equipamento Style, o Hyundai i30 conta<br />

com travão de estacionamento elétrico, sensor de chuva e<br />

câmara de ajuda ao estacionamento (que se serve de um<br />

ecrã tátil de 12´´), entre muitos outros predica<strong>dos</strong>.<br />

Por: Jorge Flores<br />

O sistema start/stop faz parte<br />

do conceito Blue Drive que<br />

reduz consumos e emissões<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel,<br />

transversal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1582<br />

Potência máxima (cv/rpm) 128/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 260/1900-2750<br />

Velocidade máxima (km/h) 197<br />

0-100 km/h (s) 10,9<br />

Consumo (l/100 km) 5,2<br />

Emissões de CO2 (g/km) 114<br />

Preço €24 810<br />

IUC €130,10<br />

Renault Scénic Xmod 1.5 dCi Sport<br />

Ares de SUV<br />

w Para além da renovação estética e da evolução<br />

de conteúdo, o Scénic tem na versão Xmod<br />

a sua novidade mais sonante. A ideia, segundo<br />

a Renault, foi manter todo o espírito Scénic<br />

mas num formato de crossover. Intenção que<br />

foi, diga-se abono da verdade, amplamente<br />

conseguida. É que graças às proteções aplicadas<br />

quer na secção inferior da carroçaria quer<br />

nas cavas das rodas, este monovolume dá realmente<br />

ares de SUV. As barras no tejadilho, o<br />

opcional amarelo metalizado (€430) e as jantes<br />

de 16” (requisito obrigatório do Grip Control),<br />

são adereços que fazem todas a diferença. E<br />

já que falamos do Grip Control, refira-se que<br />

este sistema permite, através de um comando<br />

circular situado ao lado da alavanca da caixa,<br />

otimizar a tração em função do tipo de piso:<br />

mo<strong>dos</strong> Estrada, Fora de Estrada e Expert. O<br />

Scénic Xmod vem, assim, estabelecer uma<br />

certa ligação com o Scénic RX4 que a Renault<br />

lançou no ano 2000 (tinha tração integral e<br />

motor 2.0 a gasolina).<br />

Equipado com o motor Diesel de 1,5 litros<br />

com 110 cv pertencente à família Energy, que<br />

traz acoplada caixa manual de seis velocidades,<br />

dispõe de sistema start/stop e permite que<br />

este monovolume seja comercializado sob a<br />

assinatura ambiental eco2, o Scénic Xmod é<br />

deveras agradável de conduzir. Pelo conforto<br />

que oferece, pelas boas prestações que alcança<br />

e pelos consumos reduzi<strong>dos</strong> que proporciona.<br />

Se a tudo isto juntarmos o habitáculo espaçoso<br />

e funcional, o posto de condução ergonómico<br />

e o nível de equipamento completo, estão encontradas<br />

as razões que tornam este modelo<br />

numa excelente opção para a família.<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel,<br />

transversal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1461<br />

Potência máxima (cv/rpm) 110/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 260/1750<br />

Velocidade máxima (km/h) 180<br />

0-100 km/h (s) 12,5<br />

Consumo (l/100 km) 4,1<br />

Emissões de CO2 (g/km) 105<br />

Preço €29 550<br />

IUC €130,10<br />

40 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


Toyota Auris Touring Sports 1.4 D-4D Comfort<br />

Espaço à razão<br />

w Elegante, espaçosa e económica. Estes serão,<br />

porventura, os três principais requisitos que os<br />

clientes exigem de uma carrinha – e não necessariamente<br />

por esta ordem. A Toyota Auris<br />

Touring Sports não falha em nenhum deles.<br />

Começando pelas linhas, agora mais fluidas,<br />

nota-se (à frente) as semelhanças com a versão<br />

de cinco portas. Mas mais importante são as<br />

múltiplas soluções que facilitam a qualidade<br />

de vida a bordo, graças ao sistema “Easy Flat”,<br />

que permite rebater as costas <strong>dos</strong> bancos traseiros,<br />

apenas com um toque nas alavancas<br />

colocadas na bagageira – e que transforma os<br />

já invejáveis 530 litros de capacidade da mala<br />

em 1658 litros…<br />

Esta versão turbodiesel 1.4 D-4D, com 90cv,<br />

não será das mais entusiasmantes em termos<br />

de comportamento dinâmico. As recuperações<br />

deixam algo a desejar, demorando 13 segun<strong>dos</strong><br />

a cumprir os 0-100 km/h. Mas compensa<br />

no terceiro requisito… a parte económica da<br />

As performances podem<br />

ser modestas, mas a eficácia<br />

dinâmica é digna de registo<br />

questão: 4,2 l/100 km em regime combinado.<br />

Preço é outro <strong>dos</strong> trunfos desta Auris Touring<br />

Sports. No nível Comfort, onde não falta nada<br />

de significativo em termos de conforto e de<br />

segurança, o investimento será de €25 450.<br />

Por: Jorge Flores<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel,<br />

transversal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1364<br />

Potência máxima (cv/rpm) 90/3800<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 205/1800-2800<br />

Velocidade máxima (km/h) 175<br />

0-100 km/h (s) 13,0<br />

Consumo (l/100 km) 4,2<br />

Emissões de CO2 (g/km) 97<br />

Preço €25 450<br />

IUC €130,10<br />

Volvo V60 D2 Powershift<br />

Tranquila<br />

w Seja pelo conforto que proporciona, pelos inúmeros dispositivos<br />

de segurança presentes a bordo ou pela caixa<br />

automática Powershift de seis velocidades, a verdade é<br />

que a V60 da Volvo, aqui representada na versão D2 Momentum,<br />

oferece tranquilidade total.<br />

Dona de uma elegância digna de registo, esta carrinha<br />

nórdica, que dispõe de uma imagem imaculada (quanto<br />

mais não seja pelo branco gelo que cobre a carroçaria) e<br />

que surge equipada com jantes “Rex” de 17”, deve parte<br />

do seu agrado à presença de vários opcionais. A saber:<br />

sistema de assistência ao estacionamento dianteiro e traseiro<br />

(€320); painel de instrumentos digital (€330); Audio<br />

“High Performance 7” (€175), que contempla ecrã colorido<br />

de 7”, oito colunas, amplificador 4x40W, Bluetooth,<br />

entradas USB+iPod+Aux, leitor de CD frontal, mp3 integrado<br />

e coman<strong>dos</strong> no volante com botão rotativo; Pack<br />

Light (€1040), composto por faróis Active Dual Xénon,<br />

lava-faróis, upgrade de iluminação interior e retrovisores<br />

eletrocromáticos; Pack Family (€290), que inclui dois<br />

bancos elevatórios integra<strong>dos</strong> de duas fases, fecho de segurança<br />

para crianças e possibilidade de desativar o airbag<br />

do acompanhante.<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel,<br />

transversal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1560<br />

Potência máxima (cv/rpm) 115/3600<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 270/1750-2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 190<br />

0-100 km/h (s) 12,3<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,2<br />

Emissões de CO2 (g/km) 110<br />

Preço €40 451<br />

IUC €130,10<br />

As recentes alterações de que foi alvo trouxeram à V60 um visual mais<br />

atraente e moderno. As jantes “Rex” de 17’’ dão um toque de classe<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 41


Entrevista Manuel Felix<br />

Euro Tyre I Núcleo Industrial de Murtede Lt 13 a 15 I 3060-372 Murtede - Cantanhede I Diretor Geral: Manuel Félix I Tel: 231 419 190<br />

E-mail: felix@eurotyre.pt I Internet: www.eurotyre.pt<br />

“A Marshal é reconhecida”<br />

A Marshal é uma marca com 25 anos de existência e possui uma ampla oferta de<br />

pneus nos segmentos de turismo, comerciais, 4x4 e camião<br />

Em entrevista à REVISTA DOS PNEUS,<br />

Manuel Félix destaca as qualidades<br />

destes pneus e apresenta os principais<br />

objetivos da Euro Tyre para<br />

este ano <strong>2014</strong>.<br />

Quais são as principais características<br />

<strong>dos</strong> pneus Marshal?<br />

Sendo uma marca que se posiciona no<br />

segmento quality, pois os pneus são desenvolvi<strong>dos</strong><br />

e fabrica<strong>dos</strong> exatamente com<br />

os mesmos padrões de qualidade da marca<br />

Kumho, a Marshal caracteriza-se somo uma<br />

marca de alta performance, com uma gama<br />

de mais de 300 modelos disponíveis que<br />

vão desde jante 13” em turismo até ao pneu<br />

de camião em jante 22.5”. Possui as gamas<br />

completas em turismo, comerciais, 4x4 e<br />

camião.<br />

Onde são fabrica<strong>dos</strong> os pneus Marshal?<br />

Os pneus Marshal são fabrica<strong>dos</strong> nas<br />

fábricas da Kumho na Coreia e na China.<br />

Como define o fabricante <strong>dos</strong> pneus<br />

Marshal?<br />

A Kumho, o fabricante <strong>dos</strong> pneus Marshal,<br />

pretende ser um player de destaque<br />

no mercado europeu já o sendo em outras<br />

zonas do globo. Define-se como uma<br />

marca global, capaz de desenvolver todas<br />

as tecnologias mais avançadas para obter<br />

as melhores performances para os seus<br />

produtos.<br />

Quais os objetivos deste fabricante para<br />

Portugal e a nível mundial?<br />

Os objectivos são os de reativar a marca<br />

em Portugal e obter uma quota significativa<br />

no mercado ibérico através da Euro Tyre.<br />

A nível mundial pretende posicionar-se<br />

como uma marca de referência seja em<br />

equipamento original seja no mercado<br />

de reposição<br />

Como é composta a gama de pneus<br />

Marshal atualmente distribuída pela<br />

Euro Tyre?<br />

A Euro Tyre quando inicia um projeto<br />

como este de distribuição exclusiva, disponibiliza<br />

aos seus clientes toda a gama<br />

dimensional de acordo com as necessidades<br />

do mercado.<br />

Como caracteriza os clientes <strong>dos</strong> pneus<br />

Marshal?<br />

São clientes que buscam essencialmente<br />

um produto com qualidade em que o preço<br />

esteja proporcional a essa qualidade.<br />

Que apoio vão dar aos vossos clientes, a<br />

nível de formação técnica, marketing e<br />

gestão?<br />

Iremos desenvolver alguns projetos com<br />

os clientes e temos algumas surpresas.<br />

Qual o prazo de entrega <strong>dos</strong> pedi<strong>dos</strong><br />

feitos durante o dia?<br />

O prazo de entrega <strong>dos</strong> pneus Marshal,<br />

bem como de qualquer marca que esteja<br />

disponível nos nossos armazéns pode variar<br />

de 90 minutos a 24 horas. Já em Espanha<br />

as nossas entregas podem ser de manhã<br />

para a tarde ou em 24 horas.<br />

Considera que a marca é já bem conhecida<br />

pelos profissionais do setor e<br />

público em geral?<br />

A Marshal é uma marca com bastante<br />

notoriedade e reconhecida pelos seus eleva<strong>dos</strong><br />

padrões de qualidade. A nível das<br />

vendas, os nosso objectivos são modestos<br />

porque estamos a começar agora o projeto.<br />

O que tenciona fazer para aumentar<br />

a notoriedade da marca Marshal no<br />

mercado?<br />

Não existe melhor publicidade do que<br />

aquela que os nossos clientes (casas de<br />

pneus) podem fazer. Para isso iremos promover<br />

ações de formação e promoção da<br />

marca para que eles se sintam confortáveis<br />

no ponto de venda. Ao nível da qualidade<br />

do produto ela é indiscutível e por isso, ao<br />

longo do tempo, iremos concerteza verificar<br />

um aumento da notoriedade por essa via.<br />

Qual é o ponto da situação das vendas<br />

on-line e quanto representam a nível<br />

das vendas globais da empresa?<br />

Fomos o primeiro distribuidor a apostar<br />

fortemente nas vendas online e isso reflete-<br />

-se hoje nos resulta<strong>dos</strong>. O nosso site B2B<br />

reflete essa nossa aposta sendo muito rápido<br />

e fiável. Neste momento as vendas<br />

online representam muito mais de metade<br />

das nossas vendas.<br />

Qual é a estratégia de distribuição que<br />

tem sido seguida pela Euro Tyre?<br />

Desde o primeiro momento fomos pioneiros<br />

em alguns aspectos na área da<br />

distribuição de pneus. A nossa estratégia<br />

assenta na proximidade com o cliente e<br />

na disponibilização <strong>dos</strong> produtos que ele<br />

necessita no mais curto espaço de tempo.<br />

Temos hoje entregas de 6 vezes ao dia na<br />

zona de Lisboa e cobrimos mais de 70%<br />

<strong>dos</strong> nossos clientes com entregas bi-diárias.<br />

Fazem campanhas e promoções? Qual<br />

tem sido a aceitação <strong>dos</strong> clientes?<br />

42 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


Managing Director Portugal Spain<br />

Está nos objetivos da Euro Tyre criar<br />

uma rede de oficinas?<br />

Temos vários projetos de fidelização, com<br />

as nossas marcas próprias, a decorrer que<br />

iremos ver a sua evolução ao longo de<br />

tempo.<br />

Efetuamos campanhas com uma regularidade<br />

quinzenal, pontualmente podemos<br />

oferecer aos nossos clientes uma<br />

oferta específica que pode durar 1 dia. A<br />

aceitação é cada vez menor porque com a<br />

disponibilização do produto em 90 minutos<br />

ou de manhã para a tarde os clientes não<br />

necessitam de fazer stock.<br />

O que é que hoje em dia faz mais a<br />

diferença neste mercado: o produto, o<br />

serviço, a disponibilidade de stock ou o<br />

preço?<br />

To<strong>dos</strong> estes factores são determinantes<br />

para os nossos clientes, na hora de comprar,<br />

nós na Euro Tyre acreditamos que cada vez<br />

mais a disponibilidade e a regularidade de<br />

stock são fundamentais neste negócio, se<br />

adicionarmos um óptimo serviço de entregas,<br />

ficam criadas as condições perfeitas<br />

para os nossos clientes decidirem onde<br />

comprar.<br />

Como analisa a reestruturação das casas<br />

de pneus em casas de serviços rápi<strong>dos</strong>?<br />

A Euro Tyre acredita que um dia vai também<br />

ter que vender peças auto. Penso que<br />

isto diz tudo. É uma tendência natural que<br />

as casas de pneus terão que seguir para<br />

poderem sobreviver no mercado.<br />

Qual a sua opinião sobre as redes organizadas<br />

de oficinas de pneus?<br />

Na Euro Tyre acreditamos que cada vez<br />

mais será difícil comprar melhor. A necessidade<br />

neste momento é aumentar o número<br />

de entradas diárias dentro das casas<br />

de pneus e com isso conseguir fazer cross<br />

selling, indo buscar mais margem a outros<br />

artigos além <strong>dos</strong> pneus. Para isso é necessária<br />

uma dinamização do ponto de venda,<br />

seja através de ações conjuntas de rede<br />

ou ele próprio na sua zona de influência.<br />

Algumas redes organizadas são uma boa<br />

solução, outras, que se focam apenas no<br />

comprar melhor, não me parece que tenham<br />

futuro.<br />

Na Euro Tyre disponibilizamos aos nossos<br />

clientes um site de vendas ao consumidor<br />

final para que eles possam ter uma presença<br />

na internet aumentando assim a sua<br />

exposição no mercado e procurando com<br />

isso aumentar o tráfego dentro das casas<br />

de pneus.<br />

E ter uma marca própria de pneus?<br />

A Euro Tyre é o único distribuidor de<br />

pneus europeu que possui uma marca de<br />

pneus com o seu nome. No entanto, devido<br />

a um acordo que temos com a rede de lojas<br />

Eurotyre, desenvolvida pela Arc en Ciel, não<br />

podemos efetuar a sua comercialização<br />

nos países onde esta rede estiver presente<br />

como são os casos de Portugal e Espanha.<br />

O que pretende fazer para a Euro Tyre<br />

se diferenciar no mercado nacional da<br />

distribuição de pneus?<br />

Estamos a trabalhar para em 2015 estarmos<br />

com diversos projetos no mercado<br />

que nos possam diferenciar em relação à<br />

nossa concorrência.<br />

Que balanço faz da atividade da v/ empresa<br />

em 2013?<br />

O balanço é bastante positivo. Conseguimos<br />

taxas de crescimento de dois dígitos<br />

nos merca<strong>dos</strong> onde atuamos (Portugal e<br />

Espanha) e, pela primeira vez, uma empresa<br />

distribuidora de pneus (a Euro Tyre) aparece<br />

no ranking das 1.000 Maiores empresas<br />

de Portugal na posição 907. Isso deixa-nos<br />

muito esperança<strong>dos</strong> para o futuro porque<br />

reflete o esforço que temos feito para que<br />

os nossos clientes tenham sempre o melhor<br />

serviço disponível.<br />

E quais são os objetivos para este ano<br />

<strong>2014</strong>, a nível de investimentos e vendas?<br />

Os objectivos são claros. Queremos crescer<br />

no mercado espanhol, onde ainda temos<br />

muito espaço pela frente e consolidar<br />

a nossa presença em Portugal através de<br />

mais inovação e outros projetos que temos<br />

em mente. Vamos ampliar o nosso armazém<br />

em Barcelona para 4.000m2 e abrir mais<br />

um armazém em Madrid com a mesma<br />

área. Desta forma teremos 4 armazéns na<br />

Península Ibérica o que nos permite efetuar<br />

entregas entre 90 minutos e 16 horas<br />

a to<strong>dos</strong> os nossos clientes.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 43


Entrevista Isamu Ishida<br />

Falken Tyre Europe I Berliner Straße 74-76 63065 Offenbach am Main – Alemanha I Diretor de vendas: Carlos Vinas I Tel: +49 69 2475252-64<br />

Fax: +49 69 2475252-8864 I Mail: n.cerone-schatz@falken-europe.de I Web: http://www.falken-europe.de<br />

“Estamos presentes<br />

no coração da Europa”<br />

Fundada em Offenbach am Main, na Alemanha, a Falken Tyre Europe GmbH foi<br />

estabelecida em Dezembro de 2008. A REVISTA DOS PNEUS entrevistou Isamu<br />

Ishida, Managing Director, que nos revelou que a maior conquista da companhia<br />

foi criar uma organização profissional no coração do mercado europeu<br />

A<br />

marca japonesa Falken existe<br />

desde 1983 e pertence à já centenária<br />

Sumitomo Rubber Industries,<br />

Ltd. Mas só em Dezembro<br />

de 2008 a marca se estabeleceu na Europa.<br />

Mais concretamente em Offenbach am<br />

Main, na Alemanha. Aqui, criou a sua própria<br />

organização de vendas para o Velho<br />

Continente. Um momento que a marca<br />

considera histórico. E um sonho tornado<br />

realidade, uma vez que a Falken sempre<br />

almejou comercializar os seus próprios<br />

pneus na Europa. A REVISTA DOS PNEUS<br />

entrevistou Isamu Ishida, Managing Director,<br />

que nos deu a conhecer os planos da<br />

marca para o Velho Continente.<br />

Pode fazer-nos um breve resumo da<br />

história da Falken Tyre Europe?<br />

A Falken Tyre Europe (FTE) é uma empresa<br />

jovem, que se estabeleceu apenas em Dezembro<br />

de 2008. No ano a seguir, em 2009,<br />

foi efetivamente o período que marcou o<br />

arranque da estrutura. Depois, em 2010,<br />

começámos a atividade de vendas que temos<br />

atualmente, ano em que alcançámos<br />

os resulta<strong>dos</strong> que esperávamos. Em 2011, as<br />

nossas vendas duplicaram e, em 2012, fruto<br />

da difícil conjuntura económica que atingiu<br />

os consumidores, os resulta<strong>dos</strong> estiverem<br />

ligeiramente abaixo de 2011. Mas no ano<br />

passado, graças, também, ao novo pneu All<br />

Season, o Euroall AS200, a FTE aumentou as<br />

suas vendas. Este ano iremos estabelecer<br />

um novo recorde.<br />

Quais foram as maiores conquistas para<br />

a companhia?<br />

Quando a FTE foi estabelecida, em 2008,<br />

apenas quatro pessoas faziam parte da<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

estrutura. Hoje, dispomos de 66 funcionários.<br />

A maior conquista foi criar uma<br />

organização profissional no coração do<br />

mercado europeu, num curto espaço de<br />

tempo. Esta estratégia continua em curso<br />

e o nosso objetivo é melhorar o serviço<br />

para to<strong>dos</strong> os clientes Falken na Europa. A<br />

Falken é a mais importante marca da nossa<br />

empresa-mãe Sumitomo Rubber Industries,<br />

Ltd. No mercado e uropeu a FTE recebe<br />

total apoio em termos de produtos, performance<br />

e suporte técnico, de modo a<br />

garantir os produtos certos para a região.<br />

Analisando os principais contratos OEM<br />

que temos assegura<strong>dos</strong>, dá para ver que<br />

funcionamos bem.<br />

Quais serão as novidades mais importantes<br />

da FTE para este ano de <strong>2014</strong>?<br />

Para nós, o mais importante será continuar<br />

a aumentar o reconhecimento da<br />

marca Falken na Europa, em linha com<br />

a nossa estratégia de expansão. E isto é<br />

particularmente notável no setor OEM,<br />

onde faremos mais anúncios. Teremos<br />

uma atividade mais intensa na competição,<br />

lançaremos novos e excitantes produtos e<br />

assistiremos à introdução de novas tecnologias<br />

na Falken provenientes da Sumitomo.<br />

Estamos particularmente entusiasma<strong>dos</strong><br />

com o lançamento de novos produtos,<br />

mas sobre eles daremos a conhecer mais<br />

detalhes nos próximos meses.<br />

A FTE investirá em diferentes estratégias<br />

comerciais e de marketing este ano?<br />

Sim, claro. De modo a dar todo o apoio<br />

aos supracita<strong>dos</strong> projetos. Mas manteremos<br />

os nossos valores de performance e<br />

44 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


Managing Director da Falken Tyre Europe<br />

Carlos Vinas, Diretor de vendas Ibérico da Falken<br />

“Dia após dia sentimos mais confiança no mercado português”<br />

w O que pensa do mercado português?<br />

O negócio <strong>dos</strong> pneus sofreu um forte<br />

abalo devido à crise económica e financeira,<br />

o que levou a um significativo<br />

ajuste nos últimos três/quatro anos. O<br />

principal problema para to<strong>dos</strong> os players<br />

do mercado é, provavelmente, a rentabilidade.<br />

A situação do mercado ainda<br />

é bastante difícil nos dias que correm,<br />

apesar de termos registado um ligeiro<br />

crescimento.<br />

w Que importância tem o mercado português<br />

de pneus no vosso negócio?<br />

Arrancámos com valores pequenos, mas<br />

estamos a crescer. O mercado português<br />

é, para nós, uma parte importante, uma<br />

vez que pertence aos que integram o Sul<br />

da Europa. Principalmente no negócio<br />

<strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, onde estamos a desenvolver<br />

um ótimo trabalho, tanto em vendas<br />

como em pneus de teste.<br />

w Que avaliação faz do desempenho da<br />

Falken no mercado português em 2013?<br />

Os números disseram-nos que crescemos<br />

mais do que tínhamos previsto. Mas o mais<br />

importante no ano passado foi termos ganho,<br />

passo a passo, mais consciência do mercado<br />

português. Dia após dia, sentimos mais confiança<br />

mesmo.<br />

w Como opera a vossa rede de distribuição<br />

em Portugal?<br />

Devido ao facto de não dispormos de<br />

qualquer armazém para o Sul da Europa,<br />

necessitamos da colaboração <strong>dos</strong> nossos<br />

distribuidores de modo a podermos estar<br />

presentes no mercado português de forma<br />

mais intensa. A nossa rede em Portugal encontra-se<br />

dividida por segmentos: um para<br />

o negócio <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>; outros para automóveis,<br />

IT e 4x4.<br />

w Que perspetivas traça para o futuro do<br />

negócio <strong>dos</strong> pneus em Portugal?<br />

A situação atual do mercado e os da<strong>dos</strong><br />

económicos de que dispomos dão-nos clara<br />

indicação de que as coisas estão a melhorar<br />

e a tendência antevê-se positiva para os próximos<br />

anos. O negócio <strong>dos</strong> pneus em Portugal<br />

é, sobretudo, um negócio de cariz familiar.<br />

Mas se essas empresas estiverem bem estruturadas,<br />

serão bastante sólidas. To<strong>dos</strong> os<br />

players deste negócio, desde fabricantes às<br />

lojas passando por distribuidores, deverão<br />

dar ao mercado tudo o que ele necessita, nomeadamente<br />

flexibilidade e agilidade.<br />

nova tecnologia num patamar de preço<br />

que outros não conseguirão atingir.<br />

Qual a importância das redes sociais na<br />

interação com os vossos clientes?<br />

As redes sociais são, sem surpresa, um<br />

elemento-chave da nossa estratégia de<br />

comunicação. Com dezenas de milhar de<br />

“likes” no Facebook, é possível ver o grau de<br />

interação que isto permite. É por isso que<br />

estamos presentes em várias redes sociais:<br />

temos duas páginas no Facebook e utilizamos<br />

o Twitter, o Instagram e o Google+ para<br />

comunicar com os nossos clientes e fãs.<br />

O nosso canal no YouTube teve centenas<br />

de milhar de visualizações e estamos em<br />

condições de partilhar as nossas atividades<br />

pelo mundo. Em <strong>2014</strong>, incrementaremos<br />

a publicidade. Temos inclusivamente já<br />

alguns planos em curso nessa área.<br />

UHP, off-road, pneus eco, SUV, entre outros.<br />

E, também, expandir o nosso negócio OEM.<br />

O acesso à tecnologia da Sumitomo Rubber<br />

Industries, Ltd. ajudar-nos-á a atingir<br />

rapidamente o nosso objetivo. Estamos<br />

igualmente empenha<strong>dos</strong> em aumentar o<br />

sucesso nas 24 Horas de Nürburgring, onde<br />

colaboramos com a Porsche. Este evento<br />

continuará a ser importante para testar os<br />

nossos pneus e as capacidades de quem<br />

trabalha na nossa organização.<br />

Que expectativas têm para <strong>2014</strong> no que<br />

diz respeito a vendas e investimentos?<br />

O plano de longo prazo da FTE está definido.<br />

O nosso objetivo é atingir uma quota<br />

de 5% no mercado de substituição na Europa.<br />

Para tal, teremos de continuar a oferecer<br />

bons produtos em to<strong>dos</strong> os segmentos:<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 45


Entrevista Mr. Hee-Se Ahn<br />

Hankook Tire Europe I Siemensstr. 5a 63263 Neu-Isenburg – Germany I Vice Presidente: Mr. Hee-Se Ahn<br />

Telefone: + 49 (0) 6102 / 8149 – 172 I Fax: + 49 (0) 6102 / 8149 - 200 I Internet: www.hankooktire-eu.com<br />

Vice Presidente Marketing e Vendas da Hankook<br />

“Somos das empresas que mais<br />

tem crescido a nível mundial”<br />

Eleita como marca de primeiro equipamento para alguns modelos BMW e<br />

Mercedes-Benz, a Hankook está de boa saúde e recomenda-se. Novos produtos,<br />

uma nova fábrica, um novo Centro R&D e um novo centro de testes. Mr. Hee-Se<br />

Ahn, Vice Presidente, Marketing e Vendas, falou-nos sobre tudo isto e muito mais<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Fundada em 1941 como o primeiro fabricante<br />

de pneus da Coreia do Sul,<br />

a Hankook atravessa uma boa fase.<br />

Dispõe, atualmente, de sete fábricas,<br />

estrategicamente colocadas em vários pontos<br />

do globo. Mas ninguém melhor do que<br />

Mr. Hee-Se Ahn, Vice Presidente, Marketing<br />

e Vendas da Hankook, para nos falar sobre<br />

tudo isto e muito mais.<br />

Que resulta<strong>dos</strong> obteve a Hankook no ano<br />

passado?<br />

A performance da Hankook permaneceu<br />

forte em 2013, mesmo num cenário de recessão<br />

económica global contínua. Até ao<br />

terceiro quadrimestre do ano passado, as<br />

vendas globais consolidadas geraram uma<br />

receita de 1.223 biliões de euros (1.80 triliões<br />

de KRW) e um lucro operacional de 165.9 milhões<br />

de euros (244.2 biliões de KRW), o que<br />

estabeleceu uma relação de 13,6% entre lucro<br />

operacional e vendas. A empresa revelou um<br />

crescimento de 0,8% e um forte incremento<br />

do lucro operacional (9,9%), fatores que traduzem<br />

a saúde financeira da Hankook como<br />

empresa líder de pneus a nível global.<br />

Estes resulta<strong>dos</strong> deveram-se, também, à<br />

expansão do negócio destinado a equipamento<br />

de origem, principalmente no segmento<br />

<strong>dos</strong> automóveis premium de maior<br />

volume, como os Mercedes-Benz Classes E<br />

e S e os BMW Série 5 e X5.<br />

Quais foram os maiores sucessos da<br />

Hankook em 2013?<br />

O ano de 2013 foi de sucesso para a<br />

Hankook o que deixa boas perspectivas para<br />

o crescimento futuro do nosso negócio. A<br />

expansão do nosso portfólio destinado a<br />

primeiro equipamento <strong>dos</strong> automóveis premium<br />

reveste-se de extrema importância.<br />

Fomos seleciona<strong>dos</strong> pela Daimler AG para<br />

equipar de origem os Mercedes-Benz Classes<br />

E e S e fomos eleitos pela BMW como<br />

o fornecedor de pneus de primeiro equipamento<br />

para os modelos Série 5 e X5. Depois,<br />

importa ainda referir as aplicações que temos<br />

nos modelos Mini, BMW Séries 1 e 3 e em<br />

três construtores japoneses: Toyota, Nissan<br />

e Honda. O facto de termos diversificado e<br />

expandido o nosso portfólio junto <strong>dos</strong> construtores<br />

de automóveis premium e generalistas,<br />

permitiu-nos registar um crescimento<br />

sem precedentes no mercado de primeiro<br />

equipamento e irá acelerar o processo para<br />

que a Hankook se torne num fabricante de<br />

pneus de topo a nível mundial.<br />

Para além disso, baseada numa estratégia<br />

de investimento bem definida, anunciámos<br />

já diversos planos de investimento, que impulsionarão<br />

o crescimento da empresa rumo<br />

a uma posição de topo a nível mundial. Por<br />

exemplo, no início de 2013, a Hankook revelou<br />

a intenção de construir um novo e icónico<br />

centro de pesquisa e desenvolvimento na<br />

Coreia do Sul, cujo investimento total previsto<br />

é de 250 milhões de dólares. Este complexo<br />

será equipado com a mais avançada tecnologia<br />

e exibirá um design inovador, numa<br />

parceria estabelecida com uma empresa<br />

britânica de arquitetura bastante conhecida:<br />

Foster+Partners. Juntamente com este<br />

novo Centro R&D, a Hankook anunciou a sua<br />

intenção de construir um avançado centro<br />

de testes em Sangju, na Coreia do Sul, que<br />

integrará a maior área de testes do país e<br />

desempenhará um papel decisivo no desenvolvimento<br />

de novas tecnologias.<br />

Por último mas não menos importante,<br />

refira-se o grande investimento que fizemos<br />

quer no alargamento da unidade de produção<br />

europeia localizada na Hungria quer na<br />

expansão da fábrica chinesa de Chongqing.<br />

Friso ainda a inauguração da nossa sétima<br />

unidade de produção global, na Indonésia, e o<br />

anúncio que fizemos no final do ano passado,<br />

onde revelámos que estamos a planear abrir,<br />

46 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 47


Entrevista Mr. Hee-Se Ahn<br />

Mr. Hee-Se Ahn sobre o mercado português<br />

“Tem muitas marcas e inúmeros importadores”<br />

nos EUA, um oitavo complexo (o primeiro que<br />

teremos nesse país). Este último, implicará um<br />

investimento total de 800 milhões de dólares<br />

e terá capacidade para produzir anualmente<br />

11 milhões de pneus a partir de 2016.<br />

Quais serão as novidades mais importantes<br />

da Hankook para <strong>2014</strong>?<br />

Ao sermos das empresas que mais rapidamente<br />

cresceram a nível mundial, continuaremos<br />

a investir de modo a que possamos<br />

expandir-nos em quantidade e qualidade.<br />

A nossa oitava fábrica global (a primeira em<br />

solo norte-americano), desempenhará um<br />

papel decisivo nesta estratégia. A Hankook<br />

continuará a reforçar o seu portfólio de produtos<br />

no segmento premium de primeiro<br />

equipamento e a investir nos supracita<strong>dos</strong><br />

centros de pesquisa, desenvolvimento, testes<br />

e engenharia, na Coreia do Sul.<br />

Até que ponto a Internet e as redes sociais<br />

são importantes para incrementar a<br />

comunicação com os vossos clientes?<br />

O número de utilizadores de Internet duplicou<br />

de 2005 para 2010 e, em 2012, cerca de<br />

33% da população mundial usava-a. O que<br />

estes números nos dizem é que o aumento<br />

de público, incluindo os nossos clientes-alvo,<br />

estão a mudar-se para espaços online e para<br />

atividades desenvolvidas nas redes sociais<br />

comparativamente aos tempos em que não<br />

existia Internet. Face a isto, encaramos o alargamento<br />

<strong>dos</strong> nossos canais de comunicação<br />

online como uma forma de fortalecer a relação<br />

com os nossos clientes e de chegar a<br />

muitos outros.<br />

A Hankook vai manter a sua estratégia<br />

de marketing?<br />

A Hankook tem atualmente uma grande variedade<br />

de ações de marketing sob o lema da<br />

companhia, “Driving Emotion”, que enfatiza<br />

as experiências emocionais <strong>dos</strong> condutores<br />

que experimentam um veículo equipado com<br />

w Que opinião tem do mercado<br />

de pneus em Portugal?<br />

O mercado português de<br />

pneus é experiente. Tem<br />

muitas marcas e inúmeros<br />

importadores. É dominado<br />

por pequenas e médias casas<br />

de pneus, embora existam<br />

também retalhistas de<br />

grande dimensão. A penetração<br />

das marcas budget tem<br />

aumentado, mas as marcas<br />

premium também têm forte<br />

presença em Portugal.<br />

A Hankook continua a apostar no DTM como<br />

forma de dinamizar e crescer a sua imagemw<br />

os nossos pneus. A Hankook tem participado<br />

ativamente nos principais eventos desportivos,<br />

como o DTM, e é o patrocinador da Liga<br />

Europa, competição de clubes de futebol que<br />

é organizado pela UEFA. Com o alargamento<br />

do nosso patrocínio ao DTM, em <strong>2014</strong>, continuaremos<br />

a fornecer pneus desportivos de<br />

elevada qualidade.<br />

Quais vão ser os vossos maiores investimentos<br />

em <strong>2014</strong>?<br />

Os nossos maiores investimentos serão no<br />

novo centro de pesquisa e desenvolvimento,<br />

w Que importância tem o<br />

mercado português para a<br />

Hankook?<br />

O mercado português faz<br />

parte da presença que temos<br />

na Península Ibérica. Até ao<br />

momento, a nossa quota de<br />

mercado em Portugal não<br />

é tão expressiva como é em<br />

Espanha. O volume que temos<br />

no mercado português é<br />

semelhante ao que dispomos<br />

na região da Catalunha. Mas<br />

existe um grande potencial<br />

de crescimento em Portugal<br />

e, por isso, queremos aumentar<br />

a nossa quota de mercado<br />

no futuro.<br />

w Que avaliação faz do desempenho<br />

da Hankook<br />

no mercado português em<br />

2013?<br />

Estamos a crescer em termos<br />

de notoriedade e temos<br />

trabalhado com sucesso em<br />

estreita colaboração com o<br />

nosso parceiro em Portugal.<br />

O segmento TBR, em particular,<br />

é onde nos esforçamos<br />

para crescer ainda mais.<br />

w Como opera a vossa rede<br />

de distribuição em Portugal?<br />

Encontramo-nos a desenvolver<br />

o nosso programa<br />

ConfortAuto - Hankook<br />

Masters, que tem obtido<br />

bons resulta<strong>dos</strong>. Os auditores<br />

do nosso serviço de<br />

qualidade confirmam que<br />

temos, de facto, a melhor<br />

rede em Portugal, o que<br />

traz também vantagens em<br />

termos de competitividade<br />

para quem faz parte dela.<br />

w Que perspetivas antevê<br />

para o futuro do negócio <strong>dos</strong><br />

pneus em Portugal?<br />

A situação económica de<br />

Portugal está difícil há já<br />

uns anos, mas o mercado<br />

encontra-se estável. É difícil<br />

prever o futuro, mas estamos<br />

confiantes que o cenário irá<br />

melhorar. O que abrirá, naturalmente,<br />

novas oportunidades<br />

para o negócio <strong>dos</strong><br />

pneus.<br />

na Coreia do Sul, e na primeira fábrica que<br />

teremos em solo norte-americano. Com uma<br />

área total de 99,175 m2, o novo Centro R&D<br />

da Hankook irá acelerar a introdução de novos<br />

pneus com avançadas tecnologias, que irão<br />

ao encontro das exigências <strong>dos</strong> consumidores<br />

preocupa<strong>dos</strong> com o melhor que podem<br />

obter através <strong>dos</strong> produtos premium. Com<br />

conclusão prevista para 2015, o novo Centro<br />

R&D proporc ionará a técnicos e engenheiros<br />

um ambiente de trabalho excelente.<br />

O alargamento da nossa unidade de produção<br />

na Hungria, que implicou um investimento<br />

de 313 milhões de euros, permitirá<br />

criar 950 novos postos de trabalho e impulsionará<br />

o volume de produção da Hankook na<br />

Europa, elevando o número para 17 milhões<br />

de pneus por ano. O arranque de produção<br />

nesta nova área está previsto para mea<strong>dos</strong><br />

deste ano, sendo em 2015 que a máxima capacidade<br />

será alcançada. Quanto à primeira<br />

fábrica que construiremos nos EUA, o início<br />

<strong>dos</strong> trabalhos está previsto para o final deste<br />

ano e a produção de pneus começará em<br />

2016.<br />

48 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 49


Empresa<br />

Bompiso<br />

Bompiso I Rua Dr. Francisco Silva Pinto, 120 I 4445-403 Ermesinde I Telefone: 229 759 463 I Fax: 229 759 463 I Administrador: Joaquim Santos<br />

E-mail: geral@bompiso.com I Internet: www.bompiso.com<br />

Rumo ao sucesso<br />

A Bompiso foi fundada há precisamente 20 anos por<br />

Joaquim Santos, na cidade de V.N. Gaia. Mais tarde,<br />

em 2001, a empresa deslocou a sua atividade para<br />

a Zona Industrial da Santa Rita, em Ermesinde. Esta<br />

data corresponde de certa forma a um reinício da<br />

atividade da empresa e a deslocação está associada<br />

uma mudança de estratégia<br />

Em 2003 iniciou o crescimento sistemático<br />

com base em parcerias<br />

formalizadas que alavancaram os<br />

negócios de tal forma que em 2008<br />

surge o boom de crescimento da empresa,<br />

com a abertura de uma filial e internacionalização<br />

da empresa. Com um aumento<br />

considerável de faturação, quer no mercado<br />

interno quer, sobretudo, na exportação,<br />

em 2010 a Bompiso adquire um armazém<br />

com 5.000 m2.<br />

Em 2012 dá início a obras de adaptação à<br />

sua atividade que permitiram que a 30 de<br />

Novembro desse mesmo ano a inauguração<br />

das atuais instalações. Para além <strong>dos</strong> serviços<br />

anteriormente presta<strong>dos</strong> dispõe agora de<br />

lavagem auto, mecânica rápida e loja auto.<br />

As novas instalações da Bompiso são das<br />

mais equipadas e melhores que existem<br />

no país, tendo como objetivo primordial<br />

a concentração das sinergias disponíveis<br />

Por: João Vieira<br />

com vista a produzir mais e melhor com<br />

benefícios diretos para os seus clientes.<br />

Para além das já referidas excelentes instalações,<br />

onde privilegia os espaços não só<br />

na área de laboração como na confortável<br />

e apelativa sala de espera para os clientes,<br />

destacamos os valores que regem a<br />

atividade da empresa, nomeadamente:<br />

profissionalismo, responsabilidade, humanismo,<br />

transparência e preços/qualidade<br />

<strong>dos</strong> produtos e serviços.<br />

w Certificação<br />

Boas instalações ajudam muito, mas quem<br />

as dinamiza são as pessoas. “Estamos no<br />

processo final da certificação e de auditorias“<br />

referiu Joaquim Santos, para quem era<br />

fundamental melhorar os procedimentos.<br />

Efetivamente, o número de clientes subiu<br />

em flecha “2.500 clientes novos a juntar<br />

aos que já tínhamos. Duplicou o número<br />

de clientes, para os quais era necessário<br />

encontrar uma fórmula satisfatória”, disse-<br />

-nos Joaquim Santos.<br />

Neste momento, a Bompiso emprega 22<br />

pessoas, que asseguram a montagem de<br />

pneus a veículos ligeiros e pesa<strong>dos</strong>. Com<br />

dois pisos de 2500 m2, o que dá uma área<br />

total de 5000 m2, a Bompiso tem agora<br />

condições para deslizar rumo ao sucesso.<br />

w Qualidade de serviço<br />

Para estar à altura <strong>dos</strong> acontecimentos. A<br />

empresa teve que recorrer a equipamentos<br />

de topo das marcas John Bean e Corghi, dois<br />

elevadores multifunções e até uma máquina<br />

de montar pneus maciços (que são raras no<br />

mercado português). Entretanto, foi ativada<br />

uma Carrinha SOS para assistência na estrada,<br />

principalmente a veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />

Alinhamento com clientes de ligeiros vai<br />

exigir outra carrinha SOS, embora de momento<br />

esse serviço esteja a funcionar, mas<br />

de modo empírico.<br />

A maior parte <strong>dos</strong> clientes da Bompiso<br />

são mais particulares, aos quais se juntam<br />

algumas empresas selecionadas. A clientela<br />

pode escolher todas as marcas de pneus,<br />

embora sejam as marcas premium que vendem<br />

mais, mas falta regulamentar a venda<br />

de usa<strong>dos</strong>. Quando pode, a Bompiso tenta<br />

vender um pneu novo low cost em vez do<br />

usado, porque é mais seguro e mais rentável<br />

para o cliente.<br />

50 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


veja o video<br />

no seu smartphone<br />

Mercado angolano em alta<br />

Aposta na internacionalização<br />

w A Bompiso prevê a continuação de dificuldades<br />

para <strong>2014</strong>, devido à conjuntura<br />

desfavorável não só em Portugal como<br />

na Europa, mas procurará combater e<br />

ultrapassar estas dificuldades com a determinação<br />

e resiliência que a caracteriza,<br />

com vista a manter os mesmos padrões de<br />

crescimento <strong>dos</strong> últimos anos. Para tal,<br />

pretende conquistar novos clientes, fidelizando<br />

os milhares já existentes, apostar<br />

na internacionalização e dar início ao<br />

processo de candidatura para obtenção<br />

da certificação ISO 9001.<br />

Embora o objecto inicial da Bompiso<br />

tenha sido a comercialização de pneus e<br />

respetivos serviços associa<strong>dos</strong>, desde logo<br />

Joaquim Santos, Administrador da Bompiso<br />

aposta forte na exportação de pneus<br />

alargou a sua atividade à comercialização<br />

de acessórios e sobresselentes do ramo automóvel,<br />

com maior expressividade a partir<br />

de 2008 devido às exportações, tendo<br />

adquirido em 2011 participação na sociedade<br />

Offipeças em Benguela – Angola.<br />

A recepção é muito confortável e o<br />

atendimento personalizado esclarece o cliente<br />

sobre o melhor pneu para o seu veículo<br />

w Negócio independente<br />

Nesta altura, a Bompiso poderia estar<br />

integrada numa rede de um grande fabricante<br />

de pneus, mas a negociação falhou<br />

e a empresa continua independente. Para<br />

Joaquim Santos, uma rede é uma ajuda a<br />

certos negócios, mas a Bompiso já descolou<br />

do retalho e tem atividades de distribuição.<br />

O negócio deixou de ser só pneus e<br />

inclui agora peças e lubrificantes. Tudo isso<br />

faz 80% da faturação, ficando 20% para o<br />

negócio tradicional de pneus. Na exportação,<br />

os contentores levam cerca de 50%<br />

pneus, sendo o restante complementado<br />

por óleos e peças. Todas estas atividades<br />

deram à Bompiso o título de PME Excelência<br />

pelo segundo ano consecutivo. “Estamos<br />

no caminho certo para crescer to<strong>dos</strong> os<br />

anos“ afirma com orgulho Joaquim Santos.<br />

Entretanto, a Bompiso continua a sua<br />

aventura com os pés na Terra, sem que isso<br />

impeça a vontade de sonhar.<br />

As instalações da Bompiso destacam-se pelo amplo espaço disponível e pela qualidade <strong>dos</strong><br />

equipamentos de assistência a veículos ligeiros e pesa<strong>dos</strong><br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 51


Empresa<br />

RS Contreras<br />

Sede: Estrada Consiglieri Pedroso, 80 Queluz Park - Lote 2, Armazém 5, 2730-053 Queluz de Baixo I Diretor de vendas: José Enrique Carreiro<br />

Telefone: 21.432.77.68 I Fax: 21.435.85.58 I Internet: www.rscontreras-pneus.com<br />

Novo fôlego para a Vred<br />

A nomeação da RS Contreras para distribuidor exclusivo da Vredestein,<br />

representa um novo fôlego para esta marca premium, que já se encontrava<br />

no mercado português, mas de uma forma demasiado discreta<br />

Por: João Vieira<br />

Tudo vai mudar com a passagem<br />

da distribuição para a firma RS<br />

Contreras, que tinha começado<br />

com a marca Apollo diretamente<br />

da Índia. Entretanto, a Apollo comprou na<br />

década passada a Vredestein e começou<br />

a distribuir a marca na Europa. Em Portugal,<br />

era a <strong>Pneus</strong> da Península a distribuir<br />

a marca, mas deixou essa posição com as<br />

mudanças que se verificaram então. “Foi<br />

quando fomos chama<strong>dos</strong> para distribuir<br />

a Vredestein. Oficialmente, a distribuição<br />

começou a 1 de <strong>Janeiro</strong> de <strong>2014</strong>”. Quem<br />

o diz é José Enrique Carreiro, diretor de<br />

vendas da RS Contreras.<br />

A Vredestein é uma marca premium caracterizada<br />

pela elevada segurança e pelo<br />

forte desenho, desenvolvido em colaboração<br />

com o estilista italiano Giugiaro. É<br />

uma marca de altíssima qualidade que o<br />

consumidor reconhece como um produto<br />

de topo e com um desenho muito forte.<br />

A gama de pneus Vredestein é produzida<br />

quase na totalidade na Holanda (98%). Apenas<br />

algumas medidas para jantes pequenas<br />

são produzidas na moderna fábrica da<br />

Apollo na Índia. Toda a gama para ligeiros,<br />

comerciais ligeiros e 4x4 está a partir de<br />

agora ao dispor no mercado português.<br />

w Negócio global<br />

Apollo Vredestein é um grupo muito<br />

grande e com enormes sinergias internas.<br />

Estão em negociações para comprar a Cooper,<br />

dentro da sua estratégia de aquisições<br />

para crescer. Com a concretização deste<br />

projeto, ficará a ser o 6º produtor mundial.<br />

Presente na Ásia com Apollo, na Europa<br />

com Vredestein e nos EUA com a Cooper,<br />

em África, o grupo possui a Dunlop África<br />

do Sul, que exporta também para o Brasil.<br />

Em Portugal, a RS Contreras garante uma<br />

distribuição moderna, com forte logística<br />

e forte presença no mercado.<br />

A gama Vredestein inclui ainda pneus<br />

agrícolas e florestais. Inicialmente, serão<br />

distribuí<strong>dos</strong> no mercado português pneus<br />

de ligeiros, comerciais ligeiros e 4 x 4. Os<br />

representantes oficiais estão abertos para<br />

alargar a gama, sustentadamente, passo<br />

a passo. A ideia é ter clientes de to<strong>dos</strong> os<br />

segmentos. O ícone da gama é o pneu<br />

Vredestein Ultrac Vorti R, topo de gama,<br />

que possui índice de velocidade acima<br />

de 300 km/h.<br />

A presença em concentrações e eventos<br />

nacionais liga<strong>dos</strong> ao automóvel vai<br />

continuar, pois aí estão os grandes apreciadores<br />

da marca. Imagem de qualidade<br />

está no mercado há muitos anos e vai<br />

ser aprofundada. Para entrega, existe<br />

um stock disponível em Portugal e nos<br />

armazéns centrais da Apollo e Vredestein<br />

na Holanda. Camiões chegam cá todas<br />

as semanas.<br />

w Perspectivas animadoras<br />

Arranque muito bom para já de encomendas.<br />

Era um pneu que faltava no mercado.<br />

Os representantes estão optimistas.<br />

As compras diretas que se verificavam no<br />

interregno vão acabar, porque to<strong>dos</strong> os<br />

52 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


estein<br />

clientes passam a ter total apoio do distribuidor.<br />

Neste momento a RS Contreras vende entre<br />

nós, em exclusivo, as marcas Vredestein,<br />

Apollo e Nexen, com uma clara estratégia<br />

de expansão. Aumentou 25% a capacidade<br />

logística durante o ano passado. Marca<br />

económica de origem chinesa Santec está<br />

a caminho. Entretanto, a empresa tornou-<br />

-se distribuidor oficial Goodyear Dunlop.<br />

Esgotadas as vias de crescimento no mercado<br />

interno, a exportação virá no futuro,<br />

de forma progressiva. As vendas online<br />

B2B tornaram-se uma realidade diária e<br />

pelo telefone apenas são recebi<strong>dos</strong> os<br />

pedi<strong>dos</strong> urgentes.<br />

Para dar visibilidade aos produtos, vão<br />

ser realizadas durante o ano diversas campanhas<br />

e promoções comerciais (B2B). Na<br />

empresa não fazem concorrênci a aos<br />

clientes e deixam a estes a promoção<br />

junto <strong>dos</strong> consumidores (B2C).<br />

Algumas ideias de redes de retalho em<br />

maturação existem de momento, mas nada<br />

de concreto. A atual Rede Vredestein europeia<br />

ainda é mais de imagem e ainda<br />

se encontra em desenvolvimento.<br />

Marca própria está fora de questão na<br />

RS Contreras, porque implica grande investimento<br />

e não compensa. Mercado<br />

português não tem volume compensador<br />

para isso.<br />

Questionado sobre o impacto que a<br />

etiqueta está a ter junto <strong>dos</strong> consumidores,<br />

José Carreiro diz que “Começa a haver<br />

uma percepção da etiqueta por parte<br />

<strong>dos</strong> clientes e consumidores. Inicialmente,<br />

passou completamente ao lado. A médio<br />

prazo, pode ser um factor de compra e de<br />

interesse do consumidor. Está a crescer<br />

o interesse. Marcas querem acrescentar<br />

critérios à etiqueta, para dar uma ideia<br />

mais real do produto.”<br />

Sobre o futuro do setor, José Carreiro<br />

afirma “Retalhista só com pneus pode<br />

não ter sustentabilidade. Serviços rápi<strong>dos</strong><br />

O ícone da gama é o pneu Vredestein Ultrac Vorti R, topo de gam a da marca, que possui índice de<br />

velocidade acima de 300 Km/h e pode equipar desportivos de alta gama como o Aston Martin<br />

são fundamentais para fidelizar e atrair<br />

clientes. Formação e profissionalismo são<br />

outros pilares do negócio. Consumidores<br />

exigentes assim o impõem”.<br />

Para este responsável, o ano 2013 terminou<br />

acima das expectativas, com a<br />

empresa a crescer acima do mercado e<br />

a captar quota de mercado à concorrência.<br />

“Aumento de clientes tem vindo a ser<br />

constante. Vamos apostar nos serviços e<br />

logística, com entregas várias vezes ao dia.<br />

Acredito que o mercado em Portugal vai<br />

crescer em <strong>2014</strong>, depois de vários anos de<br />

estagnação. Expectativas moderadamente<br />

optimistas são pois possíveis”, conclui José<br />

Carreiro.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 53


Empresa<br />

Servipneus<br />

Sede: Fonte de Boliqueime I 8100 – 069 Boliqueime I Administradores: Francisco Vidal e Filhos<br />

Telefone: 289 366 363 I Fax: 289 721 783 I Email: geral@servipneus.pt I Site: www.servipneus.pt<br />

Símbolo da região<br />

Autointitula-se como a maior rede de pneus e mecânica do Algarve. Começou a sua<br />

atividade há 37 anos em Boliqueime e dispõe, hoje, de seis postos. A REVISTA DOS<br />

PNEUS foi falar com José Luís Rosa, responsável pelo marketing e comunicação da<br />

Servipneus, que nos traçou o perfil da empresa e deu conta da grande novidade<br />

lançada já em <strong>2014</strong><br />

Corria o ano de 1977 quando Francisco<br />

Vidal abria, em Boliqueime,<br />

no Algarve, o primeiro posto da<br />

Servipneus que, aliás, ainda se<br />

mantém. Começava, assim, a atividade<br />

desta empresa no negócio <strong>dos</strong> pneus. E<br />

como o seu critério de expansão visava<br />

absorver o máximo da região, não é de<br />

admirar que a Servipneus tenha, hoje,<br />

seis postos situa<strong>dos</strong> no litoral algarvio:<br />

Boliqueime, Faro, Portimão, Loulé, Olhão<br />

e Tavira. To<strong>dos</strong> prestam os mesmos serviços,<br />

indo o de Faro um pouco mais longe<br />

ao dar resposta, também, às solicitações<br />

<strong>dos</strong> veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

de 90% das vendas, ficando os restantes<br />

30% a cargo de agrícolas, pesa<strong>dos</strong>, industriais<br />

e maciços. A Servipneus trabalha<br />

com várias marcas, embora as suas principais<br />

apostas sejam a Nankang para quem<br />

procura um pneu acessível e a Toyo para<br />

os clientes que não dispensam a gama<br />

média/alta. Mas 65 a 70% das vendas incidem<br />

sobre a Nankang, ficando o restante<br />

repartido por outras marcas. O que equivale<br />

a dizer que o segmento budget é o<br />

mais requisitado pelos clientes.<br />

Tendo como principal fornecedor a<br />

Dispnal, a Servipneus recorre, contudo, a<br />

outros distribuidores caso seja necessário:<br />

Aguesport, Garland e <strong>Pneus</strong> Cruzeiro. Mas<br />

se o cliente quiser uma marca ou medida<br />

que não exista no stock da Servipneus,<br />

esta consegue, em menos de 24 horas,<br />

entregar o pedido ao cliente. A empresa<br />

w Primeiro os pneus...<br />

Atualmente com 25 funcionários, esta<br />

empresa faz <strong>dos</strong> pneus a sua principal<br />

área de negócio. Os ligeiros ocupam cerca<br />

A Servipneus dispõe atualmente de seis postos situa<strong>dos</strong> no litoral algarvio: Boliqueime, Faro,<br />

Portimão, Loulé, Olhão (na imagem) e Tavira. To<strong>dos</strong> prestam os mesmos serviços, indo o de Faro<br />

um pouco mais longe ao dar resposta, também, às solicitações <strong>dos</strong> veículos pesa<strong>dos</strong><br />

54 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


de Francisco Vidal & Filhos lida com todo<br />

o tipo de pneus: ligeiros (onde se incluem<br />

os 4x4), agrícolas, pesa<strong>dos</strong>, industrias e<br />

maciços.<br />

A difícil conjuntura económica que o<br />

país atravessa levou à perda de poder<br />

de compra. Para minorar esse efeito, a<br />

Servipneus passou a incluir no seu modelo<br />

de negócio, há cerca de três anos,<br />

os pneus usa<strong>dos</strong>, como forma de dar resposta<br />

a uma necessidade do mercado da<br />

região. De acordo com José Luís Rosa,<br />

responsável pelo marketing e comunicação<br />

da Servipneus desde 2 de <strong>Janeiro</strong><br />

de 2013, “o interesse da nossa empresa<br />

não é vender pneus usa<strong>dos</strong>. Passámos a<br />

incluí-los para ir ao encontro das necessidades<br />

do mercado. Mas que são uma<br />

forma de atrair clientes, lá isso são. No<br />

nosso stock, apenas 5 a 7% são usa<strong>dos</strong>.<br />

Muitas vezes, chegam até nós clientes que<br />

vêm com a ideia de colocar pneus usa<strong>dos</strong><br />

e optam depois por pneus novos. Se não<br />

houvesse tanta falta de associativismo no<br />

Algarve, existiriam condições para que as<br />

casas de pneus adotassem uma posição<br />

concertada, de modo a que as que têm,<br />

deixassem de vender usa<strong>dos</strong>.”<br />

w... depois a mecânica<br />

Desde que entrou para a empresa, há<br />

um ano, José Luís Rosa tem como objetivo<br />

angariar cada vez mais clientes. Como o<br />

próprio afirma, “utilizando as ferramentas<br />

de marketing, reposicionando o nosso<br />

nome e melhorando a nossa imagem. Em<br />

2013, abordámos novos canais e tem estado<br />

a dar resultado: imprensa regional,<br />

outdoors e facebook. Há um ano tínhamos,<br />

nesta rede social, 300 seguidores.<br />

Hoje, temos 4700.”<br />

Com uma faturação anual a rondar o<br />

milhão e meio de euros, a Servipneus<br />

tem 4200 clientes empresariais com<br />

conta aberta. Contabilizando também<br />

os clientes particulares, o número deverá<br />

situar-se entre os 8 e os 10 mil. Embora<br />

esteja presente em várias plataformas digitais,<br />

a Servipneus não dispõe de serviço<br />

de vendas online. E fez um grande esforço<br />

para manter os números: conseguiu encerrar<br />

2013 ao nível de 2012.<br />

Embora também comercialize baterias<br />

e lubrificantes, ainda que tenham pouca<br />

expressão, o império de Francisco Vidal<br />

& Filhos viu-se “forçado” a alargar o seu<br />

leque de serviços, como explica José Luís<br />

Rosa: “Passámos a realizar serviços de mecânica<br />

para veículos ligeiros há cerca de<br />

dois anos, de modo a fazer face à diminuição<br />

da procura que os pneus têm vindo<br />

a registar devido à crise. Houve necessidade<br />

de alargar os serviços da empresa<br />

a outras áreas de negócio devido à perda<br />

de rentabilidade que se estava a verificar.<br />

Contudo, a identidade da Servipneus está<br />

intimamente ligada aos pneus, que asseguram<br />

entre 60 a 70% do nosso volume<br />

de faturação. Em 2013, investimos forte<br />

na mecânica. E podemos dizer que foi<br />

uma aposta ganha.”<br />

José Luís Rosa<br />

é, desde 1 de<br />

<strong>Janeiro</strong> de 2013,<br />

responsável pelo<br />

marketing e<br />

comunicação da<br />

Servipneus<br />

Neste novo ano, a empresa algarvia lançou<br />

um novo serviço. Em tempos chegou<br />

a existir, depois foi interrompido e agora,<br />

em <strong>2014</strong>, regressou em força. Uma vez<br />

mais, atente-se no que diz José Luís Rosa:<br />

“Este ano lançámos já a oficina móvel.<br />

Dispomos de três viaturas totalmente<br />

equipadas que fazem, à exceção do alinhamento<br />

de direção, to<strong>dos</strong> os serviços<br />

relaciona<strong>dos</strong> com pneus. Em qualquer<br />

ponto do Algarve. Seja no domicílio ou no<br />

local de trabalho do cliente. Basta marcar<br />

a intervenção.” A terminar, refira-se que<br />

não está nos planos desta empresa abrir<br />

mais oficinas. Pelo menos, a curto prazo.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 55


Empresa<br />

Chaveca & Janeira<br />

Sede: Rua do Colégio, n.° 16 8150 – 132 São Brás de Alportel I Administrador: Rui Chaveca I Telefone: 289 840 840<br />

Fax: 289 840 849 I Email: info@chaveca-janeira.pt I Site: www.chaveca-janeira.pt<br />

“O ano de <strong>2014</strong> será,<br />

seguramente, melhor”<br />

Com uma faturação anual na ordem <strong>dos</strong> cinco milhões de euros, a Chaveca &<br />

Janeira, fundada em 1957, é uma empresa algarvia que tem 36 funcionários e opera<br />

no comércio, distribuição e serviço de pneus. Em 2013, registou um crescimento<br />

significativo face a 2012. E segundo o seu administrador, Rui Chaveca, “<strong>2014</strong> será,<br />

seguramente, melhor”<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Rui Chaveca entrou para a empresa em 1985 e foi durante o seu “reinado” que abriu, nos anos de 1990, o posto de Faro e, em 2004, o posto de<br />

Portimão<br />

Há 57 anos, Sebastião Chaveca (pai<br />

de Rui Chaveca) e Joaquim Janeira<br />

uniram esforços e criaram,<br />

em São Brás de Alportel, a empresa<br />

que ainda hoje se chama Chaveca<br />

& Janeira. Começaram por operar apenas<br />

na recauchutagem de pneus e chegavam<br />

a toda a região do Algarve. Em 1985, Rui<br />

Chaveca juntou-se à empresa. O trabalho<br />

que desenvolvia consistia na recolha de<br />

pneus que eram, posteriormente, encaminha<strong>dos</strong><br />

para recauchutagem. Não sem<br />

antes serem examina<strong>dos</strong> e cumpri<strong>dos</strong> to-<br />

<strong>dos</strong> os procedimentos necessários.<br />

Foi no exercício da sua atividade que Rui<br />

Chaveca, que andava no terreno e percorria<br />

toda a região algarvia, se começou a<br />

aperceber que o mercado tinha necessidade<br />

de pneus novos. E como a empresa<br />

já dispunha de uma rede para a recolha<br />

de pneus destina<strong>dos</strong> à recauchutagem,<br />

essa mesma rede passou a ser utilizada,<br />

também, para distribuir os pneus novos<br />

que a Chaveca & Janeira começou a comercializar.<br />

Primeiro, a empresa operava<br />

apenas no Algarve. Depois, chegou ao<br />

Alentejo e, mais tarde, alargou o seu raio<br />

de ação a Lisboa. Inicialmente, os pneus<br />

eram distribuí<strong>dos</strong> através <strong>dos</strong> veículos da<br />

empresa, serviço que, posteriormente,<br />

passou a ser efetuado, também, por transportadoras.<br />

w Política de expansão<br />

Até aos anos de 1990, a Chaveca & Janeira<br />

apenas dispunha do posto de São<br />

Brás de Alportel. Mas graças à política de<br />

expansão implementada por Rui Chaveca,<br />

a empresa foi crescendo. Na década de<br />

56 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


vindo a perder expressão. Atualmente,<br />

são mais de 3000 os clientes regista<strong>dos</strong><br />

na base de da<strong>dos</strong> da Chaveca & Janeira,<br />

<strong>dos</strong> quais 1200 são ativos.<br />

A Chaveca & Janeira trabalha com quase todas as marcas de pneus, desde as mais reputadas às<br />

mais acessíveis. E tanto comercializa pneus ligeiros como agrícolas e pesa<strong>dos</strong><br />

1990, abriu o posto de Faro e, em 2004,<br />

abriu o de Portimão. Tudo para estar<br />

presente nas zonas mais expressivas do<br />

Algarve. Atualmente com 36 funcionários,<br />

a Chaveca & Janeira, para além de to<strong>dos</strong><br />

os serviços relaciona<strong>dos</strong> com pneus, efetua<br />

também serviços de mecânica ligeira<br />

(pastilhas de travão; amortecedores; luzes;<br />

mudanças de óleo e de filtros; ar condicionado;<br />

eletricidade). Os serviços de pneus<br />

para pesa<strong>dos</strong> são efetua<strong>dos</strong> unicamente<br />

em São Brás de Alportel, que disponibiliza<br />

uma área específica para este tipo de serviço.<br />

Também nestas instalações dispõe<br />

de um armazém que alberga um stock<br />

com cerca de 12 mil pneus, destina<strong>dos</strong> a<br />

abastecer os três postos e as várias centenas<br />

de clientes.” Com uma faturação anual<br />

na ordem <strong>dos</strong> cinco milhões de euros, a<br />

Chaveca & Janeira tem na distribuição de<br />

pneus o seu maior volume de negócio:<br />

70%. Os restantes 30% estão a cargo das<br />

operações de retalho.<br />

Ao trabalhar com quase todas as marcas<br />

de pneus, desde as mais reputadas às<br />

mais acessíveis, a empresa algarvia tanto<br />

comercializa pneus ligeiros (onde se incluem<br />

os comerciais e 4x4) como agrícolas<br />

e pesa<strong>dos</strong>, ainda que estes dois últimos<br />

assegurem apenas 10% do seu volume<br />

de vendas. A marca premium que mais<br />

vende é Bridgestone, ao passo que a<br />

marca budget mais solicitada é Goodride.<br />

O segmento intermédio (quality) tem<br />

w Novidades do Oriente<br />

Em 2008, a empresa de Rui Chaveca<br />

enveredou, também, pelo comércio de<br />

pneus online, que representa, hoje, 28%<br />

das vendas na distribuição. Mas no caso <strong>dos</strong><br />

clientes particulares, essa percentagem é<br />

inexistente. Contudo, a Chaveca & Janeira<br />

encontra-se a trabalhar numa plataforma<br />

para o cliente, que permitirá, através de<br />

parcerias, colocar os pneus no local onde<br />

o consumidor desejar. Consumidor esse<br />

que dá cada vez mais importância ao preço.<br />

Disso mesmo deu-nos conta Rui Chaveca:<br />

“Dos fatores que influenciam a compra de<br />

pneus, 70 a 80% incidem sobre o preço. Só<br />

depois vem a segurança e a etiquetagem. Já<br />

no caso <strong>dos</strong> clientes empresariais, a escolha<br />

tanto pode incidir sobre pneus de primeira<br />

linha como sobre pneus mais baratos. Tudo<br />

depende do tipo de empresa e até da frota<br />

de veículos a que se destinam os pneus.”<br />

Depois de um ano para esquecer, como foi<br />

o de 2012, a empresa de Rui Chaveca está de<br />

boa saúde e recomenda-se. Ainda que não<br />

esteja nos seus planos abrir mais postos.<br />

As palavras do próprio administrador não<br />

deixam margem para dúvidas: “2012 foi<br />

um ano mau. Mas em 2013 recuperámos e<br />

crescemos. No início de Dezembro do ano<br />

passado, já tínhamos até superado 2011,<br />

que foi considerado um ano normal. Nos<br />

três postos, atingimos um crescimento de<br />

8% até Novembro de 2013, enquanto que<br />

na distribuição subimos 12%. Isto comparativamente<br />

a 2012.”<br />

Convidado a fazer uma antevisão sobre o<br />

ano em curso, Rui Chaveca foi perentório:<br />

“Em <strong>2014</strong>, iremos, seguramente, crescer.<br />

Devido à introdução de novos produtos e à<br />

nossa maior agressividade na distribuição.<br />

Para além disso, estabelecemos uma parceria<br />

com os chineses da Kingrun. Aplicaremos<br />

novas ideias e chegaremos às casas de<br />

pneus com uma nova perspetiva, que não<br />

passa apenas pela aposta no preço acessível.<br />

Tudo isto sem esquecer as campanhas<br />

de desconto feitas no dia 15 de cada mês<br />

que continuaremos a divulgar no facebook<br />

e a oferta de serviços em parceria com os<br />

fabricantes.”<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 57


Empresa Tugapneus<br />

Sede: Rua Serpa Pinto, 161 I 4050-585 Porto I Administrador: Filipe Pinto I Telefone: 229.687.004 I Fax: 229.686.472<br />

E-mail: tugapneus@hotmail.com<br />

Ritmo controlado<br />

A Tugapneus teve início de atividade em <strong>Janeiro</strong> d e 2012 e desde então nunca<br />

mais deixou de vender pneus. Possui uma loja no centro do Porto, onde efetua<br />

montagem e distribuição para a zona norte<br />

Por: João Vieira<br />

Representa todas as marcas de pneus,<br />

mas tem preferido os Michelin e os<br />

Pirelli. Entre outros clientes, fornece<br />

também oficinas. A localização da<br />

loja, bem no centro do Porto (Rua Serpa<br />

Pinto, 161), foi objecto de um estudo prévio<br />

e possui una área de cerca de 3.000 m2.<br />

Neste momento, a Tugapneus tem uma<br />

equipa de 10 pessoas em trabalho directo,<br />

incluindo três vendedores. Além <strong>dos</strong> clientes<br />

mais comuns, a empresa está a ultimar<br />

acor<strong>dos</strong> com gestoras de frotas e outras<br />

entidades. Tendo conhecimento das difíceis<br />

condições do mercado a Tugapneus optou<br />

por um arranque a ritmo controlado.<br />

w Mix de produto de topo<br />

Para já, ainda não presta assistência fora<br />

do local de venda e não tem prevista assistência<br />

na estrada. Porta-se como um<br />

distribuidor independente e ambiciona<br />

possuir a cobertura total do país até ao<br />

final de <strong>2014</strong>. Para facilitar a vida aos seus<br />

clientes, a Tugapneus dispõe de uma página<br />

online, com stocks e preços atualiza<strong>dos</strong>.<br />

Entre outras iniciativas de marketing, a<br />

empresa patrocina uma equipa de futebol<br />

(Boavista) e outros eventos desportivos e<br />

populares. Ao todo, tem 95% de vendas<br />

online. Pertencer a uma rede de oficinas<br />

por enquanto não está previsto, mas a exportação<br />

para Espanha é já uma realidade.<br />

Outra realidade é o facto da maior parte <strong>dos</strong><br />

clientes valorizarem a nova etiqueta <strong>dos</strong><br />

pneus e o ano de fabrico destes. A procura<br />

neste momento incide mais nas marcas<br />

premium, ignorando em grande parte os<br />

pneus budget chineses e asiáticos. Paradoxalmente,<br />

os clientes presenciais procuram<br />

mais pneus usa<strong>dos</strong> ou pneus premium.<br />

w Duplicar as vendas em <strong>2014</strong><br />

Esta previsão baseia-se no alargamento<br />

da distribuição a todo o território nacional,<br />

possuindo uma frota própria de distribuição<br />

e transporte. Nos locais de menor passagem,<br />

um transportador dá o apoio logístico<br />

adequado. Este ano, haverá mais vendedores<br />

na rua e está previsto o lançamento de<br />

uma marca própria. O sucesso da empresa<br />

não tem segre<strong>dos</strong>, baseando-se em trabalhar<br />

com grande competitividade. Stocks<br />

entre 25.000 e 30.000 unidades com preços<br />

controla<strong>dos</strong> (margem mínima) constituem<br />

um aliciante para o cliente.<br />

w Outro armazém<br />

A realidade é que o espaço disponível já<br />

é pouco, estando prevista a utilização de<br />

um espaço mais amplo. <strong>Pneus</strong> de pesa<strong>dos</strong><br />

contam pouco nesta altura. Os pedi<strong>dos</strong> de<br />

manhã são entregues à tarde (até ao centro<br />

do país). A cobertura total acima de Aveiro<br />

está garantida. Com o novo armazém as<br />

entregas entrarão noutro ritmo. Paralelamente,<br />

a Tugapneus tem um negócio de<br />

jantes com alguns milhares de unidades<br />

em stock. Com um posicionamento e uma<br />

estratégia muito agressivos, a Tugapneus<br />

baseia-se no serviço ao cliente e na proximidade<br />

para alcançar o sucesso comercial.<br />

Filipe Pinto, responsável pela empresa,<br />

não tem dúvidas sobre os objectivos previstos<br />

para <strong>2014</strong> e nos meios postos à sua<br />

disposição. Bem posicionada na faixa entre<br />

o importador e o retalhista, a Tugapneus<br />

não irá dar tréguas aos seus concorrentes e<br />

o mercado agradece, a ver pelos resulta<strong>dos</strong><br />

até agora alcança<strong>dos</strong>.<br />

58 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 59


Técnica aa Reparação de perfurações nos pneus<br />

Só para especialistas<br />

A reparação de<br />

perfurações em pneus<br />

deve ser obrigatoriamente<br />

efectuada por<br />

profissionais habilita<strong>dos</strong><br />

e utilizando ferramentas,<br />

equipamentos, produtos,<br />

méto<strong>dos</strong> e procedimentos<br />

de reparação adequa<strong>dos</strong><br />

Nos pneus de ligeiros de passageiros<br />

e comerciais ligeiros, as boas práticas<br />

a nível internacional recomendam<br />

que se efetuem reparações<br />

a perfurações até ao máximo de 6mm de<br />

diâmetro e apenas dentro da zona da cintura<br />

estrutural da banda de rolamento . Se<br />

a perfuração atingir a zona do ângulo <strong>dos</strong><br />

ombros <strong>dos</strong> pneus e os próprios ombros<br />

destes, o pneu deve ser considerado fora<br />

de serviço e reciclado.<br />

! PERIGO !<br />

w w Reparações efectuadas à revelia <strong>dos</strong><br />

procedimentos recomenda<strong>dos</strong> e/ou das<br />

normas legais estabelecidas incorrem<br />

em graves riscos, que podem incluir a<br />

separação da banda de rolamento da<br />

cintura estrutural do pneu ou mesmo a<br />

total destruição da banda de rolamento,<br />

situação de consequências imprevisíveis<br />

e eventualmente graves do ponto de<br />

vista <strong>dos</strong> danos materiais e humanos,<br />

que podem incluir a morte de pessoas.<br />

Quanto ao facto do pneu perder ou não<br />

a validade do seu código de velocidade<br />

após a reparação, o fabricante do pneu<br />

deve ser contactado, para se apurar qual<br />

é a sua política em relação ao assunto e<br />

se abrange toda a sua gama comercial ou<br />

se apenas se aplica a alguns produtos. O<br />

código de velocidade <strong>dos</strong> pneus de ligeiros<br />

de passageiros está inscrito na respectiva<br />

parede lateral, junto da identificação da<br />

medida do pneu. Esses códigos estão representa<strong>dos</strong><br />

por letras, que indicam a velocidade<br />

máxima que o pneu pode atingir em<br />

segurança, começando pela letra Q e pela<br />

sequência S - T - U - H - V - W - Y - (Y) - ZR.<br />

Pela lógica do bom senso, um pneu reparado<br />

a uma perfuração, segundo as instruções<br />

do respectivo fabricante, está apto<br />

para uma utilização normal, que inclui a<br />

circulação em auto estrada, onde o limite<br />

europeu de velocidade é de 120 km/h.<br />

Qualquer outro tipo de utilização incorre<br />

em riscos que não podem ser previstos e<br />

pode envolver responsabilidade legal e/<br />

ou criminal.<br />

w Práticas incorrectas<br />

e/ou proibidas<br />

Não podem ser efectuadas reparações<br />

a perfurações com diâmetro superior a<br />

6 mm.<br />

Não podem ser efectuadas reparações<br />

com o pneu montado na jante, impedindo<br />

a inspeção e o acesso ao interior do pneu.<br />

Qualquer pneu com danos ou com fugas<br />

de ar tem que ser obrigatoriamente desmontado,<br />

para efetuar o correto diagnóstico<br />

do problema. Além disso, o remendo<br />

de reparação de perfurações é aplicado no<br />

interior do pneu, exigindo a desmontagem<br />

deste da respectiva jante.<br />

Não pode ser aplicado um taco sem<br />

o respectivo remendo, nem este sem o<br />

respectivo taco. As funções de ambos os<br />

componentes de reparação de perfurações<br />

são diferentes e complementares, exigindo<br />

a aplicação conjunta de ambos. O taco<br />

tem a função de reconstituir a borracha<br />

da banda de rolamento, enquanto que o<br />

remendo se destina a isolar o dano, impedindo<br />

a fuga de ar.<br />

! PERIGO !<br />

w w Nunca efetuar a reparação de fora<br />

para dentro, sem desmontar o pneu da<br />

jante, nem mesmo a título de emergência<br />

ou com carácter temporário. Se o<br />

pneu de reserva estiver danificado ou<br />

sem ar, a opção correta é repará-lo ou<br />

substituí-lo, desmontando a roda com<br />

o pneu furado, para ser corretamente<br />

reparado na oficina.<br />

60 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


! AVISO IMPORTANTE !<br />

w w Nem to<strong>dos</strong> os pneus podem ser repara<strong>dos</strong>. Os<br />

limites de reparação <strong>dos</strong> pneus são estabeleci<strong>dos</strong><br />

pelos próprios fabricantes e baseiam-se em critérios<br />

técnicos de segurança, que os reparadores devem<br />

estritamente respeitar. Em caso de dúvida, o fabricante<br />

ou o seu representante devem ser obrigatoriamente<br />

consulta<strong>dos</strong>.<br />

w w Em to<strong>dos</strong> os tipos de pneus, não pode haver<br />

sobreposição de reparações. O número máximo de<br />

intervenções a que um pneu pode ser submetido<br />

depende em primeiro lugar do respectivo fabricante<br />

e da sua política de manutenção de pneus. Em segundo<br />

lugar, baseia-se em critérios técnicos de segurança,<br />

depois de verificado o estado geral do pneu<br />

e da respectiva estrutura. A extrema proximidade<br />

de dois danos sucessivos deve constituir um critério<br />

de eliminação do pneu.<br />

w w Algumas tecnologias runflat não podem ser<br />

reparadas. O fabricante deve ser obrigatoriamente<br />

consultado sobre a opção de reparação desse tipo<br />

de pneus e sobre quais são os procedimentos recomenda<strong>dos</strong><br />

para cada tipo de intervenção.<br />

A zona de segurança permitida para<br />

realizar a reparação de perfurações é<br />

exclusivamente na parte plana da banda<br />

de rolamento.<br />

ZONA REPARÁVEL<br />

w w Méto<strong>dos</strong> recomenda<strong>dos</strong> para a correta reparação<br />

de perfurações: 1) Kit de reparação composto por<br />

um taco e um remendo separa<strong>dos</strong>; 2) Unidades de<br />

reparação com taco e remendo juntos. Nas perfurações<br />

com um ângulo superior a 25º, é obrigatório o<br />

kit de dois componentes separa<strong>dos</strong>. Em caso algum<br />

se podem utilizar tacos ou remen<strong>dos</strong> apenas, na reparação<br />

de perfurações.<br />

Não pode ser reparado um pneu que tenha<br />

uma reparação anterior incorretamente<br />

efectuada e que já não pode ser corrigida.<br />

Nunca aplicar uma câmara de ar para substituir<br />

uma reparação de um pneu tubeless<br />

ou para corrigir uma reparação anterior mal<br />

efectuada.<br />

Nunca virar um pneu radial do avesso, para<br />

evitar o estiramento do pneu e <strong>dos</strong> respectivos<br />

talões. Outras manobras do mesmo tipo<br />

ou que provoquem variações dimensionais<br />

do pneu não podem ser efectuadas.<br />

Nunca lixar a zona interior do pneu, para<br />

aplicação do remendo, até à tela da estrutura.<br />

Se esta ficar visível, o pneu deverá ser<br />

eliminado.<br />

O facto do pneu não ter sido desmontado,<br />

impede a correta avaliação do estado do<br />

pneu. Na foto acima, além do pneu apresentar<br />

um furo, tinha danos estruturais<br />

irreversíveis, devido a ter rodado algum<br />

tempo sem ar. Estes só puderam ser avalia<strong>dos</strong><br />

corretamente após a desmontagem<br />

do pneu, que não tem reparação.<br />

! PERIGO !<br />

w w A substituição de pneus pode envolver<br />

riscos e deveria ser efectuada<br />

sempre por pessoal especializado,<br />

com equipamentos e ferramentas<br />

adequa<strong>dos</strong> e utilizando méto<strong>dos</strong> e<br />

procedimentos de trabalho corretos.<br />

Todas as informações disponíveis<br />

sobre a mudança de pneus no próprio<br />

pneu, no manual do utilizador<br />

do veículo ou nos sites do fabricante<br />

do pneu e/ou do construtor do veículo<br />

são indispensáveis, tanto do<br />

ponto de vista técnico, como da<br />

segurança de condução.<br />

A não observação de to<strong>dos</strong> os procedimentos<br />

e detalhes na substituição<br />

<strong>dos</strong> pneus é susceptível de ocasionar<br />

acidentes de maior ou menor gravidade,<br />

tanto na oficina, como na<br />

estrada. Um <strong>dos</strong> casos típicos é a<br />

montagem de pneus unidirecionais<br />

ao contrário.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 61


Técnica Reparação de perfurações nos pneus<br />

Sequência de reparação de<br />

Se o pneu tiver um defeito estrutural, estourar<br />

numa auto estrada e o condutor morrer,<br />

a família não terá dificuldade em acusar a<br />

oficina, mas esta terá muito poucas hipóteses<br />

de se defender, porque nenhum técnico<br />

poderá garantir que a reparação foi bem realizada,<br />

com o pneu todo feito em pedaços.<br />

Para que isso não suceda, é fundamental<br />

despistar to<strong>dos</strong> e quaisquer problemas estruturais<br />

que o pneu possa ter. Como não<br />

podemos realizar um teste de pressurização<br />

com o pneu furado, a única solução é passar<br />

todo o pneu a pente fino. Se o pneu andou<br />

com excesso de carga e/ou com baixa pressão,<br />

tem certamente algum problema e nós<br />

temos que o descobrir, com os olhos e com<br />

a ponta <strong>dos</strong> de<strong>dos</strong>! É vital que o façamos.<br />

Seguir as recomendações do fabricante do<br />

pneu (ou do veículo), para realizar a limpeza<br />

inicial da zona da perfuração no interior do<br />

pneu. Na imagem, o operador está a utilizar<br />

um raspador metálico.<br />

A inspeção inicial exterior serve para marcar<br />

o dano e para perceber se há condições<br />

para efetuar a reparação, caso o pneu ainda<br />

esteja reparável. Caso contrário, terá que ser<br />

eliminado.<br />

1<br />

INSPECÇÃO EXTERNA<br />

Antes de desmontar o pneu, passar um<br />

pincel com uma solução de detergente<br />

adequado sobre a superfície exterior do<br />

mesmo e na válvula, para identificar corretamente<br />

as fugas de ar. Marcar de seguida<br />

o local de perfuração e outros eventuais<br />

pontos de fuga de ar e depois esvaziar totalmente<br />

o pneu. Desmontar cuida<strong>dos</strong>amente<br />

o pneu, para evitar danos, em especial nos<br />

talões. Colocar o pneu num esticador, sem<br />

forçar novamente os talões.<br />

Efetuar sempre uma revisão total ao pneu,<br />

antes de pensar em fazer a reparação. Se<br />

houver danos que tornem o pneu irrecuperável,<br />

não estamos a prejudicar o cliente,<br />

nem a oficina, com uma reparação inútil.<br />

Para ver corretamente to<strong>dos</strong> os detalhes do<br />

pneu, é necessária uma fonte de luz forte<br />

(100 - 150 lux). Se a oficina não tem equipamento<br />

de iluminação adequado, é hora<br />

de encomendar ao fornecedor uma solução<br />

à altura das responsabilidades.<br />

Ao retirar o objecto perfurante, identifica-se<br />

a inclinação da perfuração (Esquerda).<br />

Essa inclinação é depois confirmada com<br />

um furador sem bico ou outra ferramenta<br />

equivalente (Direita).<br />

2<br />

INSPECÇÃO INTERNA<br />

Afastar bem os talões um do outro<br />

(sem forçar o pneu) e marcar o local<br />

da perfuração com uma ponta de giz ou outro<br />

marcador apropriado. Retirar o objecto<br />

perfurante (caso ainda lá esteja) e registar o<br />

ângulo de penetração. Verificar a perfuração<br />

com um furador sem ponta, para confirmar<br />

a sua extensão e direção, aproveitando para<br />

retirar algum resíduo que lá exista. Se o ângulo<br />

de penetração exceder 25º a reparação<br />

tem que ser efectuada com um kit de duas<br />

peças. Não efetuar qualquer reparação, se a<br />

perfuração atingir a zona do ombro do pneu<br />

e ainda menos na parede lateral do pneu,<br />

porque é tempo perdido.<br />

3<br />

PREPARAÇÃO<br />

DA SUPERFÍCIE INTERIOR<br />

Limpar previamente toda a zona da<br />

perfuração com uma ferramenta específica<br />

(raspador), como se pode observar na<br />

figura. Certos fabricantes de pneus recomendam<br />

a limpeza prévia com um pano<br />

limpo, para eliminar impurezas e vestígios<br />

de lubrificante usado no fabrico do pneu.<br />

Este passo é importante para evitar que a<br />

ferramenta de corte usada a seguir fique<br />

contaminada, prejudicando a aderência do<br />

remendo que será aplicado pelo interior.<br />

Regularização e limpeza do canal de<br />

perfuração. O processo inclui 3 passagens<br />

pelo lado de dentro (esquerda) e 3 passagens<br />

pelo lado de fora (direita), no mínimo,<br />

utilizando uma broca de dimensões e<br />

qualidade adequadas.<br />

4PREPARAÇÃO<br />

DO CANAL DE PERFURAÇÃO<br />

To<strong>dos</strong> os resíduos e rebarbas existentes<br />

no interior do canal de perfuração<br />

têm que ser elimina<strong>dos</strong>, com a ajuda de<br />

um berbequim eléctrico (máximo de 1.200<br />

rpm) e uma broca de dimensões e material<br />

apropria<strong>dos</strong>. Começar pelo lado de dentro,<br />

62 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


uma perfuração de pneu<br />

com o mínimo de três passagens da broca,<br />

e terminar do lado exterior, com outras tantas<br />

passagens. Passar um furador sem ponta<br />

através da perfuração, a fim de confirmar<br />

que está completamente desobstruída.<br />

Encerramento do canal da perfuração com o<br />

taco (esquerda) e corte do material excedente<br />

no interior do pneu (direita).<br />

Marcação da área que será lixada à volta do<br />

remendo e sob o mesmo.<br />

5<br />

SELECCIONAR<br />

O KIT DE REPARAÇÃO<br />

Escolher um kit de reparação com<br />

dimensões adequadas ao dano, seguindo as<br />

recomendações do fabricante a respeito do<br />

material usado no seu fabrico. Centrar de<br />

seguida o remendo no furo e marcar à volta<br />

uma área 13mm mais larga do que este.<br />

6TAPAR O CANAL<br />

DE PERFURAÇÃO<br />

Este ponto refere-se a kits de duas peças.<br />

Se a reparação for efectuada com um<br />

remendo combinado com um taco, ignorar<br />

este ponto e ver o ponto 9.<br />

Em qualquer <strong>dos</strong> casos, não se devem misturar<br />

materiais diferentes de fabricantes<br />

distintos, para evitar incompatibilidades.<br />

Seguir sempre as recomendações do construtor<br />

do veículo e do fabricante do pneu a<br />

este respeito.<br />

Aplicar cola especificada no canal da perfuração<br />

e inserir o taco a partir do interior do<br />

pneu, até ultrapassar a superfície exterior<br />

deste. Cortar o excedente interior do taco,<br />

sem o puxar da sua posição. A perfuração<br />

deve ficar totalmente tapada, tanto do interior,<br />

como do exterior, para evitar a entrada<br />

de água e impurezas para as telas do pneu.<br />

7<br />

A raspagem ou lixagem da superfície interior<br />

do pneu destina-se a promover a aderência<br />

do remendo de reparação. A seguir à<br />

raspagem (em cima), é necessário limpar os<br />

resíduos com uma escova de arame (centro)<br />

e aspirar os resíduos liberta<strong>dos</strong> (abaixo).<br />

A preparação da superfície não pode chegar<br />

às telas da estrutura do pneu.<br />

LIXAGEM DO INTERIOR<br />

A lixagem da superfície interna do<br />

pneu visa garantir a máxima aderência<br />

do remendo. Aplicar uma escova de arames<br />

fina ou outro abrasivo equivalente, na<br />

área marcada anteriormente à volta do remendo,<br />

com uma máquina que não exceda<br />

as 5.000 rpm, a fim de não aquecer demasiado<br />

a borracha. O objectivo é obter uma<br />

superfície macia, aveludada e absorvente.<br />

Evitar excessiva penetração na borracha do<br />

interior do pneu, para não atingir as telas,<br />

pois isso implica a inutilização do pneu.<br />

Eliminar de seguida os resíduos da regularização,<br />

utilizando uma escova de arames<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 63


Técnica Reparação de perfurações nos pneus<br />

e um aspirador. Não se deve utilizar um<br />

jacto de ar comprimido para limpar o interior<br />

do pneu, porque espalha o lixo pela<br />

oficina toda e porque o respectivo filtro de<br />

ar comprimido pode estar fora de prazo e<br />

o ar traz óleo e humidade, que não interessam<br />

nada à reparação. Queremos qualidade<br />

de serviço e não rapidez pacóvia!<br />

Para realizar a reparação, o pneu não deve<br />

estar em tensão e deve ter os talões afasta<strong>dos</strong>,<br />

sem os forçar. Considerando que já<br />

foram realiza<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os passos anteriores<br />

(limpeza do furo, lixagem da superfície<br />

interna do pneu e limpeza <strong>dos</strong> resíduos),<br />

começa-se por retirar a película de proteção<br />

da unidade combinada de reparação,<br />

tendo o cuidado de não encostar os de<strong>dos</strong><br />

à cola presente na unidade. Centra-se bem<br />

e alinha-se o remendo com o dano do pneu<br />

e pressiona-se para baixo, de modo a fechar<br />

totalmente o canal da perfuração. Antes,<br />

tinha-se aplicado cola no canal perfurado,<br />

para facilitar a passagem do taco e garantir<br />

a sua total vulcanização com a borracha<br />

da banda de rolamento do pneu Além de<br />

pressionar o remendo em direção ao pneu,<br />

deve-se rodá-lo ao mesmo tempo, para<br />

optimizar o processo de adesão. No final,<br />

tira-se a camada de proteção exterior do<br />

remendo. No exterior do pneu, acerta-se o<br />

comprimento do taco junto à superfície da<br />

banda de rolamento, sem puxar o material<br />

para fora.<br />

A adesão do material de reparação é obtida<br />

com a aplicação de um produto específico.<br />

8<br />

COLAGEM<br />

Para garantir uma reparação sólida,<br />

mais uma vez se recomenda que diferentes<br />

materiais não devem ser utiliza<strong>dos</strong><br />

na mesma reparação. Para garantir a<br />

colagem do remendo interior, aplica-se<br />

cola especificada na superfície interna do<br />

pneu, de acordo com as recomendações do<br />

fornecedor do material de reparação. Deixar<br />

a cola secar naturalmente, sem tentar<br />

acelerar a secagem com ar forçado ou calor<br />

externo, porque há risco de inflamação do<br />

solvente.<br />

! PERIGO !<br />

w w Faz parte das normas de segurança<br />

não aproximar potenciais fontes de<br />

ignição de locais onde se trabalha<br />

com produtos inflamáveis. Até as ferramentas<br />

eléctricas podem provocar<br />

explosões, devido às chispas que se<br />

produzem nas escovas do motor. Os<br />

acidentes no meio de trabalho não<br />

ajudam a empresa, nem o seu pessoal,<br />

nem os clientes, nem as seguradoras,<br />

nem a própria sociedade em que vivemos,<br />

tudo razões mais do que suficientes<br />

para serem evita<strong>dos</strong> a todo o custo.<br />

Sequência de imagens da aplicação de uma<br />

unidade de reparação combinada (de cima<br />

para baixo e da esquerda para a direita).<br />

w Retira-se a película de proteção do taco.<br />

w Os de<strong>dos</strong> não podem tocar no taco, para<br />

não prejudicar a adesão deste ao pneu.<br />

w Aplicação de produto de colagem no taco.<br />

w O taco é puxado pela extremidade, através<br />

do canal de perfuração, de dentro para fora.<br />

w Aspecto do remendo no interior do pneu,<br />

depois de puxado o taco.<br />

w O remendo é pressionado e rodado pelo<br />

interior, utilizando um rolete.<br />

w O excesso de material no exterior é<br />

eliminado junto à banda de rolamento do<br />

pneu.<br />

9<br />

UNIDADE COMBINADA<br />

DE REPARAÇÃO<br />

Nas reparações de furos perpendiculares<br />

ou quase à superfície do pneu (25º ou<br />

menos), podem ser utilizadas com vantagem<br />

unidades combinadas de taco e remendo,<br />

que tornam o serviço mais rápido e até<br />

talvez com melhor qualidade. Mais uma vez<br />

se recomenda para não serrem usa<strong>dos</strong> na<br />

mesma reparação produtos de fornecedores<br />

diferentes e para se respeitarem todas as<br />

recomendações de fabricantes de produtos<br />

e pneus.<br />

Com o pneu montado na jante e à pressão<br />

recomendada, temos que verificar se<br />

existem fugas na válvula, junto à ligação do<br />

pneu à jante ou em qualquer outro ponto<br />

do pneu, incluindo obviamente o local da<br />

reparação.<br />

10<br />

VERIFICAÇÃO FINAL<br />

A reparação só está completa<br />

se o canal de perfuração estiver<br />

totalmente vedado, tanto no exterior do<br />

pneu, como no seu interior. Ao pressurizar<br />

o pneu isso será comprovado, mas a inspeção<br />

visual anterior é fundamental para verificar<br />

o sucesso da intervenção. Com o pneu<br />

montado na jante e à pressão recomendada,<br />

temos que verificar se existem fugas na válvula,<br />

junto à ligação do pneu à jante ou em<br />

qualquer outro ponto do pneu, incluindo<br />

obviamente o local da reparação. Qualquer<br />

eventual fuga de ar terá que ser reparada antes<br />

de entregar o carro ao cliente. No caso<br />

de pneus com câmara, esta deve ser sempre<br />

substituída em caso de perfuração do pneu.<br />

Mais do que um serviço ao cliente, a reparação<br />

profissional e de qualidade de pneus é<br />

um serviço à comunidade, podendo evitar<br />

acidentes, ferimentos, incapacidades e até<br />

mortes.<br />

64 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 65


Teste<br />

Teste os seus conhecimentos<br />

QUIZ 1<br />

Com o mesmo carro e os mesmos pneus, as condições de aderência<br />

podem mudar radicalmente de um momento para o outro,<br />

devido ao tipo de via em que circulamos, obras e mudanças<br />

bruscas das condições meteorológicas, entre outros imponderáveis.<br />

Lidar com essas situações pode ser um grande desafio e<br />

envolver sérios riscos. Está bem preparado para isso? Confira o<br />

seu grau de preparação com as questões a seguir.<br />

1 – Quando a estrada está cheia de neve a baixa pressão <strong>dos</strong><br />

pneus proporciona maior poder de tração:<br />

A – Verdadeiro;<br />

B – Falso.<br />

2 – <strong>Pneus</strong> muito gastos podem provocar hidroplanagem nos<br />

seguintes casos:<br />

A – Estradas secas;<br />

B – Estradas molhadas;<br />

C – Vias em construção.<br />

3 – Se o carro ficar atolado na neve, o melhor é:<br />

A – Fazer girar os pneus o mais depressa possível;<br />

B – Balance o seu veículo suavemente para a frente e para trás;<br />

C – Colocar metade da pressão nos pneus e carregar no acelerador.<br />

4 – As temperaturas baixas do Inverno podem afectar a pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus:<br />

A – Verdadeiro;<br />

B - Falso.<br />

RESPOSTAS<br />

QUIZ 2<br />

A chegada do Verão e das férias convida a momentos de evasão,<br />

resultando muitas vezes em deslocações com veículos, mais ou<br />

menos longas. Mais do que noutras oportunidades, o estado<br />

de espírito pode estar ligeiramente eufórico e a concentração<br />

baixa proporcionalmente a esse estado de espírito. O desafio<br />

é não abdicar das regras de segurança e manter o risco sob<br />

controlo, tanto quanto possível. Os pneus, muitas vezes, são os<br />

grandes esqueci<strong>dos</strong> nestas alturas, convidando o imprevisto e<br />

até o acidente. Teste o seu grau de focagem no essencial, com<br />

as seguintes questões.<br />

1 – Quais são os principais factores agressivos para os pneus<br />

no Verão?<br />

A – Temperaturas ambiente elevadas;<br />

B – Carga total permitida ou mesmo para lá disso;<br />

C – Pressões incorretas;<br />

D – To<strong>dos</strong> os factores acima referi<strong>dos</strong>.<br />

2 – Carga a mais não afecta os pneus se estes estiverem com<br />

a pressão correta.<br />

A – Verdadeiro,<br />

B – Falso.<br />

3 – Travar numa estrada molhada pode exigir uma distância<br />

quatro vezes maior do que numa estrada seca.<br />

A – Verdadeiro,<br />

B – Falso.<br />

4 – Se um pneu apresenta pontos com grau de desgaste diferentes<br />

e/ou superfícies anormalmente lisas é porque…<br />

A – Temos um problema de desgaste irregular;<br />

B – Os pneus são demasiado macios;<br />

C – Houve uma rotação de pneus mal feita.<br />

RESPOSTAS<br />

QUIZ 2<br />

1 – A resposta certa é (D), porque to<strong>dos</strong> os factores cita<strong>dos</strong> convergem para o mesmo<br />

risco, que é o excessivo aquecimento do pneu e a sua eventual cedência. É importante<br />

verificar a carga máxima ou o peso bruto total admitido no Manual de Instruções do<br />

veículo e conferir esse dado com a máxima carga admitida nos pneus (de acordo com<br />

o respectivo índice de carga. Tudo o que exceder as especificações é aventura no pior<br />

sentido da palavra. É bom senso verificar a correta pressão <strong>dos</strong> pneus e evitar as horas<br />

de temperaturas mais elevadas para viajar.<br />

2 – A resposta certa é (B), porque o excesso de carga deforma os pneus tal e qual como<br />

a pressão baixa, provocando o seu rápido sobreaquecimento.<br />

3 – A resposta certa é (A), o que significa que se devem moderar a velocidade e as<br />

manobras ousadas com tempo de chuva e com a estrada molhada.<br />

4 – A resposta certa é (A), porque o objectivo é conseguir que o desgaste do pneu seja<br />

uniforme, para durar mais tempo. Se o desgaste for irregular, a vida útil do pneu pode<br />

ficar reduzida a metade ou ainda menos. Os principais factores de desgaste irregular<br />

são as pressões incorretas, o desalinhamento da direção, o mau estado da suspensão<br />

e/ou direção, travões em mau estado e condução agressiva. Se to<strong>dos</strong> estes factores<br />

se conjugarem entre si, o pneu terá uma vida muito curta.<br />

QUIZ 1<br />

1 – A resposta correcta é (B), porque a baixa pressão é o pior inimigo <strong>dos</strong> pneus em<br />

qualquer situação. A menor pressão não aumenta a tração e pode originar danos<br />

no pneu, piorando ainda mais a situação. Se não tiver correntes ou outros sistemas<br />

para aumentar a tração, o melhor é conduzir cuida<strong>dos</strong>amente o carro pelos trilhos<br />

de neve calcada deixa<strong>dos</strong> por outros carros. Quanto mais solta (fofa) estiver a neve,<br />

menor será a tração <strong>dos</strong> pneus.<br />

2 – A resposta certa é (B), porque os pneus muito usa<strong>dos</strong> não conseguem eliminar a<br />

água sob a banda de rolamento, devido à falta de sulcos com a profundidade suficiente,<br />

cuja função é projetar a água para fora da área de contacto do pneu com o solo.<br />

3 – A resposta certa é (B), porque ao mover o carro lentamente para a frente e para<br />

trás calca a neve e cria melhores condições de aderência para sair do local. Acelerar<br />

e fazer girar as rodas rapidamente apenas enterra mais o carro, assentando o chassis<br />

deste na neve, o que torna ainda mais difícil recuperar a tração.<br />

4 – A resposta certa é (A), porque a densidade do ar desce com as baixas temperaturas,<br />

diminuindo a pressão no interior do pneu. Para variações de temperatura entre 5º C<br />

e 10º C ou superiores, as pressões sofrem mudanças significativas no pneu, exigindo<br />

correções. Obviamente, o inverso também é verdade, mas isso geralmente ninguém<br />

nota, porque andam quase to<strong>dos</strong> com a pressão abaixo do recomendado, designadamente,<br />

por falta de controlo regular da pressão <strong>dos</strong> pneus.<br />

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