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<strong>Revista</strong> Independente de Pneumáticos e Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
Nº 24 ● fevereiro <strong>2014</strong> ● Ano V ● 5 Euros<br />
Mercado<br />
<strong>Pneus</strong> de Inverno<br />
Manter<br />
o controlo<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
Acontecimento<br />
Acordo<br />
Point S / Mega Mundi<br />
Empresas<br />
Bompiso<br />
RS Contreras<br />
Tugapneus<br />
Servipneus<br />
Chaveca & Janeira<br />
Distribuição<br />
Novos representantes<br />
Kumho<br />
Comércio & Indústria<br />
VW Golf GTI<br />
Entrevistas<br />
Manuel Felix,<br />
Diretor Geral Euro Tyre<br />
Isamu Ishida<br />
Managing Director Falken<br />
Hee-Se Ahn, Vice<br />
Presidente Hankook<br />
PUB
02 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong><br />
///////////
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
DIRETOR<br />
REVISTA DOS<br />
João Vieira<br />
PNEUS<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Redação<br />
Bruno Castanheira<br />
bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />
Jorge Flores<br />
jorge.flores@apcomunicacao.com<br />
Diretor Comercial<br />
Mário Carmo<br />
mario.carmo@apcomunicacao.com<br />
Departamento de Arte<br />
e multimédia<br />
António Valente<br />
Serviços administrativos<br />
e contabilidade<br />
financeiro@apcomunicacao.com<br />
Periodicidade<br />
Bimestral<br />
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interdita a utilização ou a reprodução desta<br />
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REVISTA DOS PNEUS<br />
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Editorial<br />
Da roda ao automóvel<br />
Uma forma de ampliar a competência <strong>dos</strong><br />
especialistas de pneus a outras áreas de manutenção<br />
com mais credibilidade é apostar na assistência, não<br />
apenas ao pneu, mas à roda no seu todo<br />
A<br />
roda foi a descoberta que revolucionou os mais ancestrais meio de transporte e<br />
continua a revolucionar os transportes de hoje, porque constitui uma forma de<br />
vencer as dificuldades devidas à inércia e à lei da gravidade. Os transportes rodoviário<br />
e ferroviários são um bom exemplo disso mesmo, mas seria injusto ignorar<br />
a bicicleta, outro <strong>dos</strong> inventos de grande eficiência e cujo fim não está à vista.<br />
No automóvel, a roda continua a ser o alfa e o ómega da mobilidade <strong>dos</strong> veículos, mas<br />
a sua contribuição para tal continua a ser subestimada, devido à concorrência de outros<br />
factores de eficiência, como é o caso da forma muito simples de efetuar a sua substituição.<br />
Paralelamente, todas as principais formas de controlar o veículo convergem para a roda,<br />
quer sejam a direção, suspensão, o pneu, os travões e a aderência em curva. Esse facto, torna<br />
de certo modo a roda um elemento secundário, quando na realidade constitui o centro da<br />
segurança e da eficiência de qualquer viatura. Em caso de avaria, a roda torna-se no pólo<br />
central do diagnóstico, porque reflete todas as principais funções do veículo.<br />
Muitos continuam a pensar que a roda serve apenas para suportar o pneu e que com um<br />
alinhamento e controlo de pressão <strong>dos</strong> pneus se resolvem to<strong>dos</strong> os problemas. Esquecem<br />
dessa forma que o cubo da roda, o rolamento e as suspensões e direção formam um todo<br />
fulcral para o bom desempenho da viatura. É portanto natural que os testes ao trem rolante<br />
do veículo venham a assumir um papel de diagnóstico básico. Os equipamentos de controlo<br />
do alinhamento das rodas, teste de suspensões e bancos de potência assumem desse modo<br />
cada vez maior impacto no diagnóstico de qualquer veículo e do seu grau de segurança.<br />
Uma forma de ampliar a competência <strong>dos</strong> especialistas de pneus a outras áreas de manutenção<br />
com mais credibilidade é apostar na assistência, não apenas ao pneu, mas à roda no<br />
seu todo: Pneu; Sensor de pressão; Travões; Suspensão; Amortecedores e Direção.<br />
As casas de pneus podem tornar-se especialistas nos componentes de segurança. A capacidade<br />
de travagem do veículo depende em partes iguais do pneu, <strong>dos</strong> travões e da suspensão.<br />
Isto significa que as casas de pneus se podem transformar em especialistas da segurança<br />
da roda, sem terem que efetuar grandes modificações no seu equipamento, ferramentas<br />
e pessoal. O grande desafio neste aspecto continua a ser a formação, a qual cada vez mais<br />
está presente e é necessária em to<strong>dos</strong> e cada um <strong>dos</strong> componentes do veículo.<br />
João Vieira<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 03
Evento Simpósio Ibérico Aftermarket IAM<br />
Inscrições em: www.eventosap.com<br />
Ponto de Encontro obrigatório!<br />
No próximo dia 14 de março, vai decorrer no Centro de Congressos do Estoril o maior evento<br />
do ano dedicado em exclusivo ao aftermarket independente (IAM). Organizado em conjunto pelas<br />
publicações JORNAL DAS OFICINAS e AUTOPOS, o Simpósio Ibérico Aftermarket IAM vai promover<br />
um amplo debate sobre o presente e o futuro deste setor, tendo como principais protagonistas<br />
oradores de ambos os países<br />
uma oportunidade única de muitos profissionais do<br />
É aftermarket terem acesso aos mais conceitua<strong>dos</strong> oradores<br />
do aftermarket independente Ibérico e Europeu.<br />
O lema do Simpósio “Confiança no futuro” evidencia o<br />
propósito do evento que pr etende ter uma mensagem<br />
de esperança e otimismo, destacando os novos modelos<br />
de negócios e as oportunidades que existem no setor.<br />
O objetivo deste Simpósio é o de criar um espaço comum<br />
onde os oradores e participantes possam discutir os seus<br />
interesses mútuos, conhecer as tendências e partilhar as<br />
experiências pessoais com outros profissionais presentes.<br />
Para os participantes, esta é uma oportunidade única<br />
para aprofundar os conhecimentos sobre o aftermarket<br />
independente e as ferramentas que podem ser utilizadas<br />
para garantir o futuro das suas organizações.<br />
Os oradores do Simpósio irão disponibilizar informação<br />
de qualidade, que permitirá aos participantes conhecerem<br />
os desafios do negócio que se colocam às suas<br />
empresas. Os temas das apresentações cobrirão as áreas<br />
que mais preocupam os operadores do setor.<br />
O Simpósio Ibérico <strong>2014</strong> Aftermarket IAM vai ser o maior<br />
evento dedicado ao mercado pós-venda automóvel.<br />
Orador Principal<br />
CEO da Wolk After Sales Experts<br />
w Com mais de 30 anos de experiência<br />
no setor automóvel, Helmut Wolk é o<br />
fundador da Wolk After Sales Experts,<br />
uma das poucas empresas na Europa<br />
com know how no Aftermarket IAM<br />
ao nível <strong>dos</strong> especialistas. Lançou recentemente<br />
os Relatórios atualiza<strong>dos</strong><br />
sobre o Aftermarket <strong>dos</strong> 35 países europeus,<br />
incluindo Portugal e Espanha.<br />
A sua visão do pós-venda automóvel<br />
europeu assenta numa análise direta<br />
<strong>dos</strong> factos, que conhece perfeitamente.<br />
PROGRAMA<br />
08H30 – 09H00 – Recepção <strong>dos</strong> participantes<br />
09H00 - 09H15<br />
Discurso de Boas Vindas<br />
Por: João Vieira e Miguel Angel Prieto<br />
09H15 – 10H15<br />
1º PAINEL – Presente e futuro do Aftermarket IAM na Europa<br />
Por: Helmut Wolk, CEO da Wolk Aftersales Experts<br />
10H15 – 10H45<br />
2º PAINEL - Tendência da distribuição de Peças no mercado pós-<br />
-venda Ibérico<br />
Por: Carlos Nascimento, Diretor Geral da Create Business<br />
10H45 – 11H30 – Coffee Break<br />
11H30 – 12H00<br />
3º PAINEL – Direito à Reparação... com qualidade<br />
Por: Joaquim Candeias, Presidente da DPAI<br />
12H00 – 12H30<br />
4º PAINEL – O desafio da Telemática na reparação independente<br />
Por: Neil Pattemore, Diretor Técnico da FIGIEFA<br />
12H30 – 14H30 – Almoço<br />
14H30 – 15H00<br />
5º PAINEL – O reparador independente ibérico – Há futuro fora das<br />
redes?<br />
Por: Raquel Marinho, Responsável pela Rede Bosch Car Service<br />
15H00 – 15H30<br />
6º PAINEL – TIC no Pós-venda Automóvel<br />
Novas formas de comunicação (Internet e Redes Sociais)<br />
Por: Filipe Teixeira, da ANECRA<br />
15H30 – 16H30<br />
7º PAINEL – O futuro do Aftermatket IAM em Portugal e Espanha<br />
Por: Helmut Wolk, CEO da Wolk Aftersales Experts<br />
16H30 – 17H00 – Perguntas e Respostas<br />
17H00 – Encerramento do Simpósio<br />
17H00 – 20H00 – Festa 10º Aniversário JORNAL DAS OFICINAS<br />
Brevemente serão divulga<strong>dos</strong> os nomes <strong>dos</strong> oradores espanhóis<br />
04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 05
Atual Mercado<br />
////////////////<br />
<strong>Pneus</strong> de Inverno<br />
Manter o controlo<br />
No Inverno, o risco de ocorrerem acidentes é<br />
seis vezes superior ao do Verão. Com chuva,<br />
frio, neve e gelo, o perigo é uma constante.<br />
Se for conduzir com condições climatéricas<br />
adversas e quiser regressar a casa com as peças<br />
todas, saiba que cuida<strong>dos</strong> deve ter e quais as<br />
opções que o mercado lhe disponibiliza<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Desenvolvi<strong>dos</strong> especificamente para<br />
temperaturas mais baixas, os pneus<br />
de Inverno, para além de terem melhor<br />
desempenho em neve e gelo, oferecem,<br />
também, um bom comportamento em pisos<br />
de água e geada. É no Inverno que as condições<br />
climatéricas são mais adversas. O coeficiente<br />
de aderência diminui consideravelmente e o<br />
perigo está à espreita, levando, por isso, a que<br />
o risco de ocorrerem acidentes seja seis vezes<br />
superior ao do Verão.<br />
Neste <strong>dos</strong>sier, ficará a saber que cuida<strong>dos</strong> deve<br />
ter se for conduzir com condições climatéricas<br />
adversas e quais as opções que o mercado <strong>dos</strong><br />
pneus ligeiros de Inverno lhe disponibiliza no<br />
que às marcas premium diz respeito.<br />
w <strong>Pneus</strong> de Inverno: o que são?<br />
De uma forma simples e direta, são pneus<br />
constituí<strong>dos</strong> por um composto especial de borracha<br />
que mantém a sua elasticidade mesmo no<br />
tempo frio, tendo sido concebi<strong>dos</strong> para temperaturas<br />
inferiores a 7°C. Ainda que to<strong>dos</strong> os pneus<br />
de Inverno ostentem a sigla M+S (Mud+Snow)<br />
nos flancos, designação que resulta de uma<br />
classificação autónoma <strong>dos</strong> fabricantes e que<br />
também está presente nos pneus “All Season” ou<br />
“All Weather” e 4x4, a verdade é que esta sigla,<br />
por si só, não distingue os pneus de Inverno <strong>dos</strong><br />
restantes M+S. O único símbolo que atesta as<br />
capacidades de um pneu de Inverno é um pictograma<br />
que representa uma montanha de três<br />
picos com um floco de neve no seu interior. Foi<br />
elaborado pelos fabricantes norte-americanos<br />
e canadianos e é conhecido pela abreviatura<br />
3PMSF (Three Peak Mountain Snow Flake). Os<br />
pneus que ostentam a sigla M+S são defini<strong>dos</strong><br />
como pneus de Inverno de acordo com a norma<br />
UN-ECE (ECE-R 30 e 54), a diretriz 92/23 EWG da<br />
União Europeia e o Código de Trânsito Alemão<br />
(§36). Esta indicação também é válida para pneus<br />
“All Season” ou “All Weather”, que estão aptos a<br />
ser utiliza<strong>dos</strong> em pisos de neve e lama pouco<br />
exigentes. Contudo, só os pneus que exibam<br />
a abreviatura 3PMSF foram submeti<strong>dos</strong> a um<br />
processo de homologação segundo o método<br />
06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
de certificação ETRTO (European Tyre and Rim<br />
Technical Organisation), que testa as prestações<br />
<strong>dos</strong> pneus a baixas temperaturas. Ou seja, só<br />
estes pneus darão garantia de serem capazes de<br />
cumprir a função para a qual foram concebi<strong>dos</strong><br />
nas condições mais adversas.<br />
Ditam as normas de segurança que os pneus<br />
de Inverno devem ser coloca<strong>dos</strong> quando a temperatura<br />
média desce abaixo <strong>dos</strong> 7°C. Porquê<br />
7°C e não outra? Porque essa é a temperatura à<br />
qual a borracha <strong>dos</strong> pneus de Verão endurece e<br />
perde propriedades de aderência. A utilização<br />
de pneus de Inverno entre os meses de Novembro<br />
e Março pode mesmo reduzir em 40% o<br />
risco de acidentes. Mas a escolha de pneus de<br />
Inverno dependerá sempre das características<br />
do veículo, do tipo de estrada onde se circule<br />
e do estilo de condução.<br />
A utilização de pneus de Inverno em tempo<br />
frio e de pneus de Verão em temperaturas<br />
elevadas oferece um nível de segurança adequado.<br />
Os pneus de Inverno são considera<strong>dos</strong><br />
superiores aos pneus de Verão, uma vez que são<br />
constituí<strong>dos</strong>, como acima mencionámos, por um<br />
composto especial de borracha que mantém a<br />
sua elasticidade mesmo no tempo frio. Ao não<br />
endurecer, esse composto adapta-se melhor à<br />
deterioração das condições climatéricas.<br />
w All Season são alternativa?<br />
Também conheci<strong>dos</strong> como All Weather, os<br />
pneus All Season (todas as estações) posicionam-se<br />
entre os pneus de Verão e os pneus de<br />
Inverno. Foram concebi<strong>dos</strong> para serem utiliza<strong>dos</strong><br />
Os pneus nórdicos,<br />
que não são<br />
autoriza<strong>dos</strong> em todas<br />
as regiões da Europa,<br />
podem ser equipa<strong>dos</strong><br />
com pregos<br />
durante todo o ano em países onde o Inverno<br />
é pouco rigoroso. E, por isso, levam a que muitos<br />
condutores deixem de optar por pneus de<br />
Inverno ou deixem de substituir os pneus no<br />
Outono e na Primavera. Ainda que ostentem<br />
a sigla M+S, as características <strong>dos</strong> pneus All Season<br />
fazem com que estejam mais próximos<br />
<strong>dos</strong> pneus de Verão do que <strong>dos</strong> pneus de Inverno.<br />
Não oferecem, por isso, o mesmo nível<br />
de segurança <strong>dos</strong> pneus de Inverno quando as<br />
temperaturas descem abaixo de 7°C e o piso<br />
passa a estar escorregadio. Para além disso, os<br />
pneus All Season atingem um desgaste mais<br />
rápido do que os pneus de Inverno utiliza<strong>dos</strong><br />
no Inverno (+15%) e do que os pneus de Verão<br />
utiliza<strong>dos</strong> no Verão (+10%). Apresentam,<br />
também, maior resistência ao rolamento, o que<br />
acaba por refletir-se no consumo de combustível<br />
mais elevado.<br />
Em condições normais de condução, os pneus<br />
de Inverno utiliza<strong>dos</strong> durante todo o ano não se<br />
desgastam mais rapidamente do que os pneus<br />
All Season. Estes, ao não disporem de muitas<br />
ranhuras transversais profundas, que são as principais<br />
responsáveis pela aderência superior em<br />
condições climatéricas mais adversas, uma vez<br />
que apresentam maior capacidade para escoar<br />
a água e a neve, têm uma prestação inferior aos<br />
pneus de Inverno. Devido ao facto de a pressão<br />
diminuir com a temperatura exterior, nos pneus<br />
de Inverno é recomendado adicionar 0,2 bar<br />
à pressão indicada pelo fabricante. Os pneus<br />
de Inverno devem ser instala<strong>dos</strong> quer à frente<br />
quer atrás e não apenas no eixo motriz. E são,<br />
também, de extrema utilidade nos veículos<br />
4x4. Instalar pneus de Inverno unicamente<br />
no eixo motriz não é suficiente para garantir a<br />
segurança adequada na estação mais adversa<br />
do ano. Com pneus de Inverno apenas no eixo<br />
motriz, consegue-se maior motricidade no arranque<br />
mas cria-se desequilíbrio entre a frente<br />
e a traseira. Por isso, nunca se devem montar<br />
pneus de Inverno apenas no eixo motriz, tenha<br />
o veículo tração dianteira ou traseira. Os<br />
fabricantes de pneus disponibilizam também<br />
gamas específicas de Inverno que se destinam<br />
a equipar os veículos 4x4.<br />
w Portugal sem expressão<br />
A chegada do Inverno é sempre um período<br />
favorável ao negócio <strong>dos</strong> pneus, levando a<br />
uma maior procura pelos pontos de venda e<br />
fazendo, também, com que haja uma consulta<br />
mais assídua aos sites especializa<strong>dos</strong>. Apesar<br />
disso, em Portugal, o mercado de pneus de Inverno<br />
praticamente não existe. De acordo com<br />
da<strong>dos</strong> do Europool, entidade à qual reportam<br />
as marcas de pneus representadas na Europa<br />
que tenham, pelo menos, uma fábrica instalada<br />
em solo europeu, em 2013 venderam-se, em<br />
Portugal, 1858 pneus de Inverno: 1389 ligeiros<br />
(+108% do que em 2012); 179 4x4 (-0,6% do<br />
que em 2012); 290 comerciais (+10% do que<br />
em 2012). Se atendermos ao facto de o segmento<br />
Consumer (ligeiros, comerciais e 4x4)<br />
ter registado, no ano passado, 2 472 946 unidades<br />
vendidas no nosso país, significa que,<br />
com 1858 pneus vendi<strong>dos</strong>, os pneus de Inverno<br />
em Portugal representam... 0,001% do volume<br />
total do mercado! No entanto, convém ressalvar<br />
que os da<strong>dos</strong> do Europool não refletem a 100%<br />
a realidade do mercado nacional. O que quer<br />
dizer que poderão existir mais pneus de Inverno<br />
no nosso país, provenientes de outras marcas,<br />
introduzi<strong>dos</strong> no mercado por outras vias ou simplesmente<br />
por virem monta<strong>dos</strong> em veículos<br />
importa<strong>dos</strong>. Como a Valorpneu não dispõe de<br />
quaisquer da<strong>dos</strong> relativos a pneus de Inverno,<br />
estes estarão mistura<strong>dos</strong> no número global<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 07
Atual<br />
//////////////////<br />
Mercado<br />
<strong>Pneus</strong> de Inverno<br />
Oferta de pneus de Inverno em Portugal<br />
Segmento consumer das principais marcas<br />
Marca e modelo Largura Perfil Jante Índice Código<br />
de carga de vel.<br />
Bridgestone Blizzak LM-20 155 - 195 55 - 70 13” - 15” 75 - 95 T<br />
Bridgestone Blizaak LM-25 195 - 285 35 - 65 15” - 20” 82 - 101 H, T, V<br />
Bridgestone Blizzak LM-80 205 - 275 40 - 80 15” - 20” 95 - 113 H, T, V<br />
Continental ContiWinterContact TS 850 155 - 215 45 - 65 15” - 16” 77 - 97 H, T, V<br />
Continental ContiWinterContact TS 830 P 195 - 295 30 - 65 15” - 19” 87 - 104 H, T, V, W<br />
Continental ContiWinterContact TS 830 185 - 195 55 15” 82 - 85 H, T<br />
Continental ContiWinterContact TS 810 Sport 175 - 285 40 - 65 15” - 20” 84 - 107 H, T, V, W<br />
Continental ContiWinterContact TS 810 185 - 235 45 - 65 15” - 17” 87 - 100 H, T<br />
Continental ContiCrossContact Winter 175 - 295 35 - 85 15” - 21” 84 - 120 H, T, V<br />
Continental Conti4x4WinterContact 175 - 265 50 - 65 15” - 19” 84 - 112 H, T, V<br />
Continental VancoWinter 2 165 - 235 55 - 75 14” - 17” 87 - 118 R, T<br />
Continental VancoWinter 195 75 16” 105 - 107 T<br />
Continental VancoWinterContact 185 - 215 60 - 65 15” - 16” 92 - 102 T<br />
Dunlop SP Winter Sport 4D 195 - 285 30 - 70 15” - 21” 87 - 108 H, T, V, W<br />
Firestone WinterHawk 2 Evo 155 - 235 40 - 80 13” - 18” 75 - 101 H, T, V<br />
Firestone WinterHawk 185 - 205 50 - 55 14” - 16” 80 - 87 H, T<br />
Firestone FW930 135 - 225 55 - 80 13” - 16” 70 - 98 Q, R, S, T, H<br />
Firestone VanHawk Winter 185 - 235 65 - 82 14” - 16” 102 - 115 Q, R, T<br />
Firestone WinterHawk C 165 - 215 60 - 70 14” - 16” 87 - 106 R, T<br />
Goodyear UltraGrip 8 155 - 215 55 - 70 13” - 16” 81 - 98 H, T<br />
Michelin Alpin A4 165 - 225 45 - 70 14” - 17” 81 - 102 H, T, V<br />
Michelin Pilot Alpin PA4 215 - 295 25 - 55 17” - 21” 88 - 107 H, V, W<br />
Michelin Primacy Alpin PA3 195 - 225 45 - 60 16” - 17” 87 - 95 H<br />
Michelin Latitude Alpin LA2 215 - 295 35 - 70 16” - 21” 103 - 114 H, V<br />
Michelin Latitude Alpin HP 235 - 265 55 - 65 17” - 19” 104 - 109 H, V<br />
Michelin Agilis Alpin 185 - 235 60 - 75 15” - 17” 99 - 116 R, T<br />
Pirelli Winter Sottozero 3 205 - 305 30 - 65 16” - 21” 86 - 107 H, V, W<br />
Pirelli Winter Sottozero Serie II 205 - 335 30 - 65 16” - 20” 84 - 108 H, V, W<br />
Pirelli Winter Snowcontrol Serie 3 155 - 205 45 - 70 14” - 16” 75 - 95 H, T<br />
Pirelli Winter Snowcontrol Serie II 165 - 185 65 - 70 14” - 15” 81 - 88 T<br />
Pirelli Scorpion Ice & Snow 235 - 325 30 - 65 16” - 21” 102 - 114 H, T, V<br />
Pirelli Scorpion Winter 215 - 295 35 - 70 16” - 22” 98 - 114 H, T, V<br />
Pirelli Chrono Winter 175 - 235 60 - 75 14” - 16” 90 - 118 R, S, T<br />
Yokohama W.drive V902A 185 - 235 55 - 65 14” - 20” 82 - 108 H, T, V<br />
Yokohama W.drive V902B 235 - 325 30 - 65 17” - 22” 93 - 116 H, V, W<br />
Yokohama W.drive V903 155 - 205 45 - 80 13” - 16” 73 - 92 H, T<br />
Yokohama Geolandar I/T 195 - 275 60 - 80 15” - 18” 96 - 115 H, T<br />
Yokohama W.drive WY01 175 - 235 60 - 75 14” - 17” 88 - 117 R, T<br />
Yokohama Y 354 185 - 235 60 - 75 14” - 17” 88 - 121 Q, R, T<br />
de pneus novos que são declara<strong>dos</strong>.<br />
Se a perda do poder de compra gerada pela<br />
atual conjuntura económica que o país atravessa<br />
leva a que muitos condutores não deem aos<br />
pneus de Inverno a atenção que estes merecem,<br />
existem outros factores que ajudam a explicar a<br />
quase inexistência deste mercado no nosso país.<br />
Disso mesmo deu-nos conta André Bettencourt,<br />
Diretor de Marketing da Bridgestone Portugal:<br />
“O facto de o nosso país ter um Inverno pouco<br />
rigoroso, a não ser em determinadas regiões,<br />
faz com que a procura por este tipo de pneus<br />
seja muitíssimo baixa. Depois, há ainda muita<br />
falta de informação relacionada com este tema.<br />
Há quem pense que os pneus de Inverno são<br />
pneus de neve. Ou que são iguais aos pneus All<br />
Season. Para conduzir apenas em Portugal, a<br />
melhor opção, quanto a mim, reside nos pneus<br />
All Season. Já se for para viajar para fora do país,<br />
seja em férias ou em trabalho, aí sim, os pneus<br />
de Inverno são a opção a tomar.”<br />
Pelo mesmo raciocínio alinha Alejandro<br />
Recasens, Diretor Geral da Pirelli Portugal: “O<br />
segmento de pneus de Inverno em Portugal é<br />
muito reduzido, devido, essencialmente, ao seu<br />
clima ameno, que é muito mais suave do que<br />
no resto da Europa. Tal não favorece a venda de<br />
pneus específicos para condições climatéricas<br />
exigentes. Na verdade, muitos consumidores<br />
desconhecem a existência deste tipo de produto.<br />
A quota de mercado de pneus de Inverno em<br />
Portugal é residual, concentrando-se as suas<br />
vendas na zona Norte do país.”<br />
Já Ricardo Martins, Diretor de Marketing da<br />
Continental, afirma que “em Portugal, praticamente<br />
não existe o hábito de alternar a mudança<br />
de pneus de acordo com a estação, uma rotina<br />
perfeitamente instalada noutros países da Europa<br />
onde o clima, sobretudo no Inverno, é mais<br />
rigoroso devido às baixas temperaturas, que<br />
levam à queda de neve e à formação de gelo<br />
na estrada. Há nestas situações uma alteração<br />
radical nas condições de condução. No nosso<br />
país, dado o clima mais ameno, muitas vezes os<br />
condutores, salvo raríssimas exceções, de-<br />
08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
Pregos, correntes e capas<br />
Segurança está primeiro<br />
Concebi<strong>dos</strong> para enfrentar temperaturas inferiores a –10°C e estradas com neve<br />
e gelo durante vários meses do ano, os pneus nórdicos asseguram o contacto do<br />
veículo com o solo em condições adversas prolongadas<br />
CCaso estejam equipa<strong>dos</strong> com pregos<br />
(pontas metálicas), proporcionam<br />
um nível de aderência que se eleva a outro<br />
patamar. Este pneu não é, contudo, autorizado<br />
em todas as regiões da Europa.<br />
Num pneu adaptado para a colocação de<br />
pregos, é possível inseri-los ou removê-los<br />
de acordo com as condições da estrada.<br />
Em zonas de montanha, neve compacta<br />
ou gelo, perante a inexistência ou a impossibilidade<br />
de usar pneus com pregos,<br />
os pneus de Inverno nem sempre são<br />
suficientes. É aqui que entram as correntes<br />
de neve, que podem ser de três<br />
tipos. Primeiro: escada (compostas por<br />
linhas paralelas dispostas na banda de<br />
rolamento do pneu, são adequadas para<br />
pisos mais fáceis, não sendo tão indicadas<br />
para situações de elevada espessura<br />
de neve). Segunda: aranha (constituídas<br />
por várias malhas de aço reforçadas que se<br />
cruzam na banda de rolamento, otimizam<br />
a aderência e a resistência, sendo eficazes<br />
em termos de motricidade e travagem).<br />
Terceira: montagem rápida (facilitadas<br />
pela presença de um adaptador fixado na<br />
jante, permite posicioná-las corretamente<br />
quando o veículo começa a andar, revelando-se<br />
muito práticas, ainda que possam<br />
não ter o mesmo desempenho quando<br />
comparadas com as restantes).<br />
Para estes três tipos de correntes, foram<br />
desenvolvi<strong>dos</strong> dois sistemas de fixação:<br />
um com aro; outro com cabo. O primeiro<br />
é composto por um aro de aço colocado<br />
por detrás do pneu. As malhas passam por<br />
cima da roda e são mantidas sob tensão<br />
por uma corrente instalada no exterior da<br />
roda. Já no segundo, as fixações com cabo<br />
deixam as rodas livres e proporcionam um<br />
espaço de montagem bastante grande.<br />
Depois, existem ainda as capas de neve,<br />
que ocupam pouco espaço, são fáceis de<br />
montar e consistem numa alternativa interessante<br />
às correntes para uso ocasional,<br />
ainda que possam ser frágeis e que nem todas<br />
sejam reconhecidas como equipamento<br />
especial para o Inverno. Existem dois tipos.<br />
Primeiro: capas de têxtil (apresentadas sob<br />
a forma de capas de tecido – poliéster - que<br />
cobrem o pneu e o isolam da neve, não<br />
afetam os sistemas de segurança, não danificam<br />
as jantes, permitem absorver a água<br />
e maximizam a aderência). Segundo: capas<br />
de materiais compostos (apresentam-se<br />
sob a forma de rede ligada a uma banda<br />
elástica interior que facilita a instalação,<br />
dispondo de 150 anéis de aço galvanizado<br />
que reforçam a banda de rolamento para<br />
maximizar a aderência).<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 09
Atual<br />
//////////////////<br />
Mercado<br />
<strong>Pneus</strong> de Inverno<br />
Concebi<strong>dos</strong> para<br />
serem utiliza<strong>dos</strong><br />
com temperaturas<br />
inferiores a 7°C, os<br />
pneus de Inverno<br />
aumentam<br />
consideravelmente<br />
a segurança com<br />
chuva, frio, neve<br />
e gelo<br />
vidamente identificadas em zonas geográficas<br />
onde o clima é mais rigoroso, como na Serra da<br />
Estrela, não mudam o tipo de pneus.<br />
O mercado de pneus de Inverno em Portugal<br />
é muito reduzido. Quase inexistente, tendo em<br />
conta o volume de negócios que representa e<br />
a expressão que tem. Há ainda uma pequena<br />
margem de vendas a emigrantes. Mas são ainda<br />
poucos os condutores em Portugal que dispõem<br />
de dois jogos de pneus. Ou que optam por colocar<br />
pneus de Inverno a seguir ao Verão. Como<br />
fazem vários emigrantes quando passam férias<br />
no nosso país. Ou algumas empresas que se<br />
situam em zonas de Invernos mais rigorosos.<br />
A Continental lidera o mercado de pneus de<br />
Inverno, mas dado o volume diminuto que o<br />
negócio deste produto representa em Portugal,<br />
não é considerado um valor representativo.”<br />
w Europa bem calçada<br />
Hoje, praticamente todas as marcas de pneus<br />
do segmento Consumer (ligeiros, comerciais<br />
e 4x4), das premium às budget, passando<br />
pelas quality, incluem na sua oferta pneus de<br />
Inverno. Mas a verdade é que são poucos os<br />
importadores e distribuidores nacionais que<br />
arriscam comercializá-los. Pelas razões acima<br />
mencionadas. De acordo com da<strong>dos</strong> do Europool,<br />
o mercado de pneus de Inverno em<br />
Portugal é premium, sendo a Continental e<br />
a Bridgestone as marcas que maior volume<br />
reúnem. Até porque estas terão maior facilidade<br />
em fazer chegar os pneus de Inverno ao<br />
nosso país caso haja uma solicitação do agente<br />
perante o importador. Como facilmente se depreende,<br />
nem mesmo as companhias fazem<br />
stocks de pneus de Inverno.<br />
Dentro de pouco tempo, está previsto o lançamento<br />
de uma marca chinesa em Portugal que<br />
concorrerá no mercado de pneus de Inverno:<br />
a Pace. Trata-se de uma marca budget, quase<br />
quality, representada pela SD International,<br />
que comercializará no nosso país os modelos<br />
Antarctica 5 para automóveis (jantes de 14”<br />
a 18”), Antarctica 6 para SUV (jantes de 16” a<br />
18”) e Antarctica 8 para comerciais (jantes de<br />
15” e 16”).<br />
Situação bem diferente vive-se noutros países<br />
europeus. Fazemos aqui uma rápida passagem<br />
por alguns deles. Começando pela Alemanha.<br />
De acordo com o Código de Trânsito Alemão<br />
(StVO), é obrigatório ajustar o veículo às condições<br />
específicas da época. Tal não determina<br />
a obrigatoriedade de usar pneus de Inverno,<br />
mas são aplicadas multas a quem não seguir<br />
esta recomendação, como, por exemplo, se o<br />
condutor for apanhado a circular com pneus<br />
de Verão no Inverno. Já na Suíça, a utilização de<br />
pneus de Inverno é recomendada para condições<br />
climatéricas específicas. No entanto, não<br />
existe uma obrigação legal quanto à utilização<br />
de pneus de Inverno. Mas se o condutor envolvido<br />
num acidente estiver a circular com<br />
pneus de Verão no Inverno, será responsável.<br />
Chegámos a Itália. A obrigatoriedade de usar<br />
pneus de Inverno depende das condições climatéricas<br />
e pode ser limitada a um período de<br />
tempo ou a determinadas regiões. Em França,<br />
é obrigatória a utilização de pneus de Inverno<br />
em regiões montanhosas quando especificada<br />
10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
12 conselhos Michelin para conduzir em segurança no Inverno<br />
1- Tenha atenção, contenção e controlo São os três elementos-chave.<br />
Conduza de acordo com as condições meteorológicas e da estrada, que podem ser imprevisíveis<br />
2- Dê prioridade à segurança<br />
A condução no Inverno exige mais <strong>dos</strong> pneus e das habilidades do condutor. Prepare-se para condições adversas<br />
3- Troque os pneus<br />
Os pneus de Inverno aumentam a segurança, melhoram a tração, otimizam a travagem e proporcionam maior controlo.<br />
Devem estar monta<strong>dos</strong> em ambos os eixos<br />
4- Tenha consciência das limitações<br />
Concentre-se no que o rodeia e adapte a velocidade às condições existentes. Mantenha a distância de segurança e evite travagens bruscas<br />
em pisos escorregadios<br />
5- Trave com precaução<br />
Avalie a distância de travagem necessária. Evite travagens bruscas e velocidades elevadas. Trave suavemente e de forma gradual,<br />
utilizando também o motor<br />
6- Acelere pouco<br />
Para evitar patinar as rodas no arranque sobre a neve, acelere pouco. Se for necessário, engrene uma mudança superior<br />
7- Reduza a velocidade antes da curva<br />
Antes de entrar na curva, reduza a velocidade em linha reta. A direção deve manter-se constante com um movimento fluido. Mantenha<br />
uma velocidade lenta e permanente<br />
8- Veja e seja visto<br />
Utilize as luzes de médios sempre que a visibilidade for reduzida<br />
9- Prepare o seu veículo<br />
Verifique o nível do óleo, do fluido <strong>dos</strong> travões, da direção assistida e do líquido do limpa pára-brisas. Teste as escovas <strong>dos</strong> vidros e os<br />
faróis. Veja o estado e a pressão <strong>dos</strong> pneus<br />
10- Previna-se contra imponderáveis<br />
Transporte kit de primeiros socorros, pneu sobressalente com enchimento correto, comida, água, um cobertor e roupa quente. Se ficar<br />
bloqueado numa estrada gelada, este material fará toda a diferença<br />
11- Planifique o itinerário<br />
Consulte a previsão do tempo e a informação de trânsito antes de se fazer à estrada. Previne situações perigosas e reduz o tempo de<br />
viagem<br />
12- Limpe o veículo<br />
Antes de iniciar a viagem, remova a neve ou o gelo do veículo para que a visibilidade não seja afetada. Faróis, janelas e retrovisores<br />
devem estar bem limpos<br />
em placas e sinais de trânsito. Na Eslovénia,<br />
os pneus de Inverno são obrigatórios entre o<br />
período de Novembro a Março, bem como em<br />
estradas sob condições adversas.<br />
Terminamos esta nossa viagem na Escandinávia,<br />
onwwde existem diferentes orientações.<br />
Na Finlândia, a utilização de pneus de Inverno<br />
é obrigatória entre o período de Dezembro e<br />
Fevereiro. Já na Suécia, essa obrigatoriedade<br />
aplica-se ao período de Dezembro a Março.<br />
Entretanto, esta regra aplica-se somente aos<br />
veículos suecos. Quanto à Dinamarca e à Noruega,<br />
as regras são menos restritivas, uma vez<br />
que não é obrigatória a utilização de pneus<br />
de Inverno.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 11
Notícias Mercado<br />
Point S by Mega Mundi I Alameda Salgueiro Maia Lote 4 sala 2 e 3, 2660-329 Stº António <strong>dos</strong> Cavaleiros I Presidente: Álvaro Cerqueira<br />
Telef. 219898110 I Fax. 219898119 I E-mail: global@megamundi.pt I Internet: www.megamundi.pt<br />
Acordo Point S / Mega Mundi<br />
Influência alargada<br />
Foi celebrado no passado dia 18 de dezembro um acordo de cooperação<br />
entre a Point S e a Mega Mundi, cujo objetivo é unir os dois grupos numa<br />
única rede de oficinas designada Point S by Mega Mundi<br />
Álvaro Cerqueira,<br />
Presidente da Mega<br />
Mundi e Fabien<br />
Bouquet da Point S<br />
Na assinatura do acordo estiveram<br />
presentes Fabien<br />
Bouquet, Diretor de Operações<br />
Internacionais da Point S e os<br />
membros da direção da Mega<br />
Mundi, representada pelo presidente<br />
Álvaro Cerqueira, da Auto<br />
Direções Valbom, Rui Fragoso,<br />
da Vulcanizadora Fragoso e Filhos,<br />
Manuel Ventura, da SVA e<br />
Manuel Sousa da Popneus.<br />
Este acordo só foi possível<br />
porque a Mega Mundi e Point<br />
S partilham os mesmos valores,<br />
conceitos e filosofia. Trabalhando<br />
de uma forma corporativa,<br />
os modelos fundem-se e<br />
to<strong>dos</strong> os aderentes são também<br />
acionistas da própria rede.<br />
Um <strong>dos</strong> termos deste acordo e<br />
o mais importante é que a Point<br />
S Internacional concedeu poderes<br />
à Mega Mundi para utilizar<br />
em exclusivo a marca Point S<br />
durante a vigência do acordo<br />
que não tem termo previsto. A<br />
Point S, por sua vez, tem uma<br />
pequena participação no capital<br />
da Megamundi.<br />
Com os 50 pontos de venda pertencentes<br />
à rede Mega Mundi, e<br />
os 25 da Point S, a nova rede fica<br />
a contar com um total de 75 oficinas<br />
que muito em breve passarão<br />
a ter a mesma imagem.<br />
w Gama alargada de produto<br />
A nível de produto toda a rede<br />
vai poder comercializar a marca<br />
própria de pneus Point S, que<br />
vai lançar a 3ª geração na próxima<br />
feira Reifen, na Alemanha.<br />
“Trata-se de uma gama totalmente<br />
nova, construída pela<br />
Continental, que cobre a quase<br />
totalidade do parque de viaturas<br />
ligeiras, 4x4 e comerciais<br />
ligeiros, estando a ser desenvolvida<br />
há 18 meses em laboratório<br />
e também com testes em pista<br />
feitos pela TUV Alemanha”, disse<br />
Fabien Bouquet, Diretor de Operações<br />
Internacionais da Point S.<br />
A gama de consumíveis automóveis<br />
com a marca própria<br />
Point S, como baterias, pastilhas<br />
de travão e filtros, entre<br />
outros componentes, também<br />
será comercializada por todas<br />
as oficinas da rede.<br />
Rede<br />
mais apetecível<br />
Com este acordo, os aderentes<br />
da rede Mega Mundi<br />
vão ter mais fornecedores e<br />
mais vantagens competitivas,<br />
porque passam de uma<br />
rede de âmbito nacional<br />
para uma de âmbito mundial,<br />
usufruindo assim de todas<br />
a experiência e sinergias<br />
do grupo Point S. Outra vantagem<br />
de pertencer a um<br />
grupo internacional como<br />
a Point S, é poder utilizar<br />
os acor<strong>dos</strong> que o grupo<br />
tem a nível europeu com<br />
grandes frotistas e rent-a-<br />
-cars. Por tudo isto, é natural<br />
que surjam mais empresas<br />
interessadas em pertencer<br />
à rede, que mantém as mesmas<br />
condições de acesso.<br />
Durante esta fase de adaptação<br />
e remodelação <strong>dos</strong><br />
postos de venda Mega<br />
Mundi para a nova imagem<br />
Point S, as oficinas vão ser<br />
apoiadas pela equipa técnica<br />
com formação e marketing.<br />
De referir ainda que a plataforma<br />
eletrónica de venda de<br />
pneus B2B e B2C, denominada<br />
“eios”, exclusiva da Point S vai<br />
também poder ser utilizada<br />
pelos 75 pontos de venda. Atualmente,<br />
a “eios” funciona em<br />
7 países e tem uma utilização<br />
diária de 1.200 aderentes. Esta<br />
plataforma tem os preços atualiza<strong>dos</strong><br />
de 15 em 15 minutos,<br />
de to<strong>dos</strong> os fornecedores com<br />
os quais a Point S tem acor<strong>dos</strong><br />
comerciais. O utilizador pode<br />
consultar do preço mais baixo<br />
ao mais alto e assim ficar a saber<br />
os valores que estão a ser<br />
pratica<strong>dos</strong> no mercado.<br />
12 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
Michelin Latitude no Porsche Macan<br />
Três gamas de pneus Michelin foram<br />
seleciona<strong>dos</strong> para equipamento original<br />
do novo Porsche Macan, incluindo pela<br />
primeira vez a nova geração da gama Latitude<br />
Sport 3. Para condições de condução<br />
invernais o pneu homologado foi o Laitude<br />
Alpin 2. Para certas regiões temperadas<br />
foi homologado o pneu Latitude Tour, de<br />
condução tipo all seasons. O novo modelo<br />
da Porsche reuniu assim a alta roda <strong>dos</strong><br />
pneus Michelin para SUV de altas prestações,<br />
ilustrando da melhor forma a estratégia<br />
Total Performance. Isto significa<br />
pneus mais seguros, com maior duração,<br />
mais económicos e eficientes e com maior<br />
prazer de conduzir.<br />
Jon Ander Garcia<br />
acumula funções<br />
Além das funções de diretor geral<br />
da Continental <strong>Pneus</strong> em Espanha<br />
e Portugal, Jon Ander Garcia irá desempenhar<br />
idênticas funções no<br />
Médio Oriente e Norte de África.<br />
Na base desta decisão estão obviamente<br />
os bons resulta<strong>dos</strong> da<br />
gestão de Garcia, que atribui boa<br />
parte do sucesso da sua estratégia<br />
de crescimento ao esforço da experiente<br />
equipa da marca em Portugal<br />
e Espanha, que levou as vendas ao<br />
nível do resto da Europa.<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 13
Notícias Mercado<br />
<strong>Pneus</strong> recauchuta<strong>dos</strong> são importantes<br />
A recauchutagem de pneus é uma prática de grande relevância entre transportadores<br />
em várias partes do mundo, refletindo-se, igualmente, no mercado europeu<br />
Além de mais económica<br />
quando comparada à<br />
produção de pneus novos,<br />
apresenta um caráter sustentável<br />
valorizado, uma<br />
vez que reduz o consumo de<br />
recursos naturais. Em relação<br />
a um pneu novo, cada pneu<br />
recauchutado evita que se<br />
gaste, em média, 57 litros de<br />
combustível. No que se refere<br />
à redução do consumo<br />
de energia elétrica, a percentagem<br />
chega aos 80%. Tudo<br />
isto mantendo a mesma<br />
qualidade e segurança.<br />
A empresa brasileira Vipal,<br />
com mais de 40 anos de<br />
existência e experiência no<br />
setor, atua fortemente para<br />
o crescimento e desenvolvimento<br />
deste mercado<br />
em todo o mundo, sendo<br />
responsável por abastecer<br />
cerca de 90 países em to<strong>dos</strong><br />
os continentes, tendo<br />
como principais merca<strong>dos</strong><br />
a Europa, a América Latina<br />
e os Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>. Para<br />
atender às especificidades<br />
de cada local, que vão desde<br />
requisitos técnicos até diferenças<br />
culturais, geográficas<br />
e de legislação, a empresa<br />
investe no desenvolvimento<br />
de produtos específicos para<br />
melhor desempenho em diferentes<br />
regiões.<br />
A Vipal comercializa<br />
vários tipos de pisos<br />
para recauchuta<strong>dos</strong><br />
Eternity<br />
chega a Portugal com a Al Dobowi<br />
A Eternity é a nova marca do<br />
grupo Al Dobowi para o mercado<br />
europeu de pneus, e escolheu<br />
Espanha e Portugal para a sua<br />
primeira fase de comercialização<br />
no Velho Continente. Uma<br />
marca que se caracteriza pela<br />
excelente relação qualidade/<br />
preço, assim como a sua ampla<br />
cobertura dimensional. A marca<br />
Eternity, que já é famosa noutros<br />
territórios, estreia-se na Península<br />
Ibérica com quatro gamas<br />
de pneus: Ecopeak, Ecosade,<br />
Ecology e Ecovive, destina<strong>dos</strong><br />
ao segmento médio, conforto e<br />
altas prestações. Os novos modelos<br />
dispõem de desenhos atuais<br />
e con uma gama dimensional<br />
en linha com as necessidades<br />
do mercado. Aos poucos vão<br />
sendo incluí<strong>dos</strong> novos modelos<br />
para ligeiros, 4x4 e veículos<br />
comerciais. A Eternity planeia<br />
o lançamento de uma gama de<br />
pneus de camião, que poderá<br />
estar disponível nos dois países<br />
em mea<strong>dos</strong> de <strong>2014</strong>.<br />
Goodyear Dunlop<br />
Ibéria tem novo diretor<br />
de marketing<br />
A Goodyear Dunlop<br />
Ibéria anunciou que desde<br />
o passado dia 1 de janeiro<br />
de <strong>2014</strong>, Hugues Despres é<br />
o novo diretor de marketing<br />
da empresa para o mercado<br />
ibérico. Hugues Despres entrou<br />
para a Goodyear Dunlop em<br />
junho de 2010 como diretor<br />
da marca Goodyear para a<br />
EMEA (Europa, Médio Oriente<br />
e África). Tem formação em<br />
Direção de Marketing pela<br />
I.S.G. Business School de Paris<br />
e fez um MBA em Direção<br />
Internacional de Marketing<br />
de marcas de luxo pela E.D.C<br />
Business School de Paris.<br />
Na sua nova etapa como<br />
diretor de marketing para<br />
a Península Ibérica tem<br />
como objetivo desenvolver<br />
e implementar os planos de<br />
marketing estratégicos da<br />
unidade de negócio Consumer<br />
(turismo e moto) para as<br />
marcas Goodyear e Dunlop em<br />
ambos os merca<strong>dos</strong>.<br />
14 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
Os 22 anos de Dakar da Michelin<br />
Desde 1982 que o Grupo Michelin se compromete<br />
regularmente com o Dakar, uma prova que tem um sentido<br />
especial para o fabricante.<br />
Com efeito, a Michelin e o<br />
Dakar partilham valores<br />
comuns, o que se traduz no<br />
acordo por três anos entre<br />
ambas as entidades que entrou<br />
em vigor no passado ano.<br />
Há mais de três<br />
décadas que a<br />
Michelin está presente<br />
no Dakar<br />
como fornecedor<br />
de pneus<br />
Desde a sua criação o Dakar<br />
afirmou-se com uma posição<br />
de liderança entre as provas<br />
de ralis-raids para se tornar,<br />
de edição em edição, numa<br />
referência absoluta. Atualmente,<br />
a prova, que este<br />
ano se disputou pela sexta<br />
vez na América do Sul, é considerada<br />
com toda a justiça<br />
como o principal ponto de<br />
encontro da especialidade.<br />
Dontyre distribui<br />
pneus em Portugal<br />
A Dontyre, empresa de distribuição<br />
de pneus com sede em Zafra, Espanha,<br />
conta já 35 anos de atividade e decidiu<br />
alargar a sua zona geográfica de vendas<br />
a Portugal. Atualmente possui armazéns<br />
em Zafra, Córdoba, Jaén, Málaga, Sevilla,<br />
Legañes e Madrid Centro, estando prevista<br />
a abertura de instalações em Lisboa<br />
para dar apoio aos clientes portugueses.<br />
A Dontyre distribui mais de 50 marcas<br />
de pneus para ligeiros, comerciais, 4x4,<br />
camião, agrícola, agro-industrial, moto e<br />
empilhador. Também tem câmaras de ar,<br />
macização de pneus e reparação e vulcanização<br />
de pneus. É distribuidor oficial<br />
das marcas Falken, Continental Agrícola e<br />
Cultor Agrícola.<br />
Para mais informações pode contactar<br />
diretamente o responsável pelo mercado<br />
português: Luis Mendes – Telemóvel:<br />
913.654.462<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 15
Notícias Mercado<br />
Entrevista<br />
Ge Guorong, CEO da Goodride<br />
“A Goodride é bem aceite em Portugal”<br />
A Goodride encontra-se no Top 10 <strong>dos</strong> fabricantes mundiais de pneus<br />
e também é o maior fabricante de pneus na China. Em Portugal cresceu<br />
quase o dobro em 2013, em comparação com o ano anterior, graças ao<br />
bom trabalho do distribuidor S. José <strong>Pneus</strong><br />
Conseguiu alcançar em 2013<br />
uma receita recorde de 4.88<br />
bilhões de US dólares, um aumento<br />
de 6,2% em relação ao ano<br />
2012. As vendas de pneus para pesa<strong>dos</strong><br />
foram cerca de 10,7 milhões<br />
de unidades e para ligeiros, 21,5<br />
milhões. Em entrevista à <strong>Revista</strong><br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, o CEO da Goodride faz<br />
o balanço da atividade da marca<br />
em 2013 e fala também das perspectivas<br />
de negócio para <strong>2014</strong>.<br />
Qual é a sua opinião sobre a nova<br />
etiqueta <strong>dos</strong> pneus?<br />
Como fabricante líder na China,<br />
nós pensamos que é bastante positivo<br />
para o mercado a aplicação<br />
do regulamento da UE que obriga<br />
a utilização da etiqueta nos pneus<br />
novos. Este regulamento ajuda<br />
a promover produtos amigos<br />
do ambiente no mercado. Ele<br />
também fornece informações<br />
sobre a eficiência de combustível,<br />
aderência em piso molhado<br />
e ruído de rolamento através de<br />
pictogramas claros para que os<br />
clientes possam fazer uma escolha<br />
informada no momento da compra<br />
de pneus. A maioria das linhas<br />
de produtos da Goodride estão<br />
agora atualizadas com excelentes<br />
prestações no que diz respeito à<br />
aderência em piso molhado, que<br />
corresponde a “C” na etiqueta.<br />
Na resistência ao rolamento,<br />
tem classificação semelhante à<br />
maioria das marcas europeias<br />
conhecidas . Os resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong><br />
testes da TUV e outros laboratórios<br />
independentes demonstraram<br />
que os pneus Goodride com<br />
a nova etiqueta podem ajudar a<br />
poupar 3 a 8 % de combustível,<br />
e conseguem melhor aderência<br />
em pavimento molhado .<br />
Vamos continuar a ajudar a proteger<br />
o planeta, fabricando pneus<br />
“verdes” de elevada qualidade,<br />
com menor consumo de combustível<br />
e boa aderência em piso<br />
molhado.<br />
Quais são os principais desafios<br />
para o seu negócio?<br />
Eu acho que o principal desafio<br />
é melhorar a imagem da marca.<br />
As pessoas sempre vão associar<br />
o produto chinês a baixa<br />
qualidade e preço barato. Mas<br />
atualmente muitas marca de referência<br />
também são produzi<strong>dos</strong><br />
na China, incluindo a Bridgestone.<br />
A Goodride continua grande a<br />
fazer grandes investimento em<br />
instalações e equipamentos. Introduzimos<br />
recentemente diversos<br />
sistemas de produção, inspeção e<br />
testes vin<strong>dos</strong> da Alemanha, EUA,<br />
e Japão e de outros países desenvolvi<strong>dos</strong>,<br />
tais como o sistema de<br />
e teste de pneus FLAT-TRAC III CT<br />
provenientes da MTS, as máquinas<br />
de construção de pneus de um<br />
estágio e máquina de mistura de<br />
borracha da Harburg – Freudenberger,<br />
na Alemanha.<br />
Acreditamos que só estando equipa<strong>dos</strong><br />
com máquinas de topo e<br />
instalações de primeira classe,<br />
podemos garantir a qualidade nos<br />
nossos pneus que os clientes procuram<br />
e desejam.<br />
Como é que a crise na Europa<br />
tem afetado o vosso negocio?<br />
A crise financeira da Europa afetou<br />
as exportações <strong>dos</strong> pneus chineses<br />
muito, especialmente em<br />
2008 e 2009, e as nossa vendas<br />
também caíram nessa altura. Mas<br />
aproveitámos esta oportunidade<br />
para comprar na Europa equipamento<br />
avançado que permitisse<br />
melhorar a qualidade <strong>dos</strong> nossos<br />
pneus. Agora lançamos uma nova<br />
medida de pneus cada dois dias.<br />
Quais foram os fatores que mais<br />
condicionaram (positiva e negativamente)<br />
o mercado de pneus<br />
em 2013?<br />
Em termos globais, o mercado<br />
de pneus abrandou no primeiro<br />
semestre de 2013, devido à lenta<br />
recuperação da economia da Europa.<br />
Mas a situação alterou-se<br />
no segundo semestre, porque o<br />
mercado doméstico americano e<br />
chinês cresceram nesse período.<br />
Que balanço faz do desempenho<br />
da Goodride em 2013 e as<br />
perspectivas para <strong>2014</strong>?<br />
16 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
<strong>2014</strong> será um ano frutuoso<br />
para a Goodride, pois tem<br />
muitos modelos para lançar<br />
Em 2013, as vendas da Goodride<br />
subiram em comparação com o<br />
ano passado e este ano continuaremos<br />
com um crescimento<br />
previsto de 20%.<br />
Em <strong>2014</strong> vamos inaugurar novas<br />
instalações em Jintan, Fuyang e<br />
Xindeng na China, bem como<br />
na Tailândia onde fizemos um<br />
investimento total de mais de<br />
160 milhões de US dólares. Após<br />
a conclusão destas novas instalações,<br />
a Goodride fica com uma<br />
capacidade instalada de produção<br />
superior a 50 milhões de pneus<br />
para veículos de passageiros e<br />
comerciais ligeiros, 15 milhões de<br />
pneus para pesa<strong>dos</strong> e autocarros,<br />
e mais de 100 milhões de pneus<br />
para bicicletas, motos e ATV. Nesta<br />
altura, a Goodride será o maior fabricante<br />
mundial de pneus para<br />
camiões e autocarros.<br />
Relativamente ao mercado português,<br />
como foi o desempenho<br />
da Goodride em 2013 e quais as<br />
expectativas para <strong>2014</strong>?<br />
Com o apoio do nosso distribuidor<br />
S. José <strong>Pneus</strong>, a vendas Goodride<br />
em Portugal em 2013 quase duplicaram,<br />
em comparação com o<br />
ano 2012. A nossa gama de pneus<br />
para ligeiros e pesa<strong>dos</strong> são bem<br />
aceites pelo cliente português.<br />
Em <strong>2014</strong> , vamos concentrar-nos<br />
no branding e marketing, que<br />
é o mais importante para se comunicar<br />
com o cliente final. Estou<br />
certo de que Goodride será uma<br />
das marcas mais populares em<br />
Portugal.<br />
<strong>Pneus</strong> Goodyear na DAF<br />
Os modelos CF, LF E XF da DAF serão os<br />
primeiros camiões a montar de série<br />
os pneus da Goodyear KMAX e FUELMAX,<br />
lança<strong>dos</strong> em Setembro do ano passado.<br />
Como os nomes sugerem, as gamas KMAX<br />
e FUELMAX garantem máxima quilometragem<br />
e máxima economia de combustível.<br />
O modelo XF é o mais evoluído da<br />
A Goodyear equipa<br />
de origem a DAF com<br />
KMAX e FUELMAX<br />
A Cetrus acaba de apostar<br />
num novo produto. A<br />
partir de agora, a empresa<br />
de Famalicão, servirá também<br />
as oficinas com sistemas<br />
de armazenamento de<br />
material automóvel. Este<br />
sistema, produzido pela<br />
italiana Metalcoop, tem<br />
vários modelos disponíveis,<br />
dependendo do tipo de armazenamento<br />
pretendido,<br />
e do tipo de material a ser<br />
guardado. Há estruturas<br />
especializadas para depósito<br />
de pneus, assim como<br />
para qualquer outro tipo de<br />
peças automóveis. As divisões<br />
destas estruturas são<br />
organizadas de acordo com<br />
a vontade do cliente, atendendo<br />
ao peso permitido<br />
nas normas de segurança.<br />
A Cetrus oferece também<br />
ao cliente assessoria para<br />
cada projeto, assim como<br />
assistência técnica. Para<br />
DAF e será o primeiro camião da marca a<br />
cumprir a norma Euro 6. As gamas Euro 6<br />
<strong>dos</strong> modelos CF e LF montam os mesmos<br />
pneus para beneficiar das mesmas vantagens<br />
de desempenho. Os novos pneus<br />
começam a ser monta<strong>dos</strong> na origem já<br />
este mês e serão forneci<strong>dos</strong> pela fábrica<br />
Goodyear do Luxemburgo.<br />
Armazenamento de pneus Metalcoop<br />
Edmundo Costa, Gerente<br />
da Cetrus, “esta renovação<br />
é a confirmação do nosso<br />
esforço e preocupação em<br />
nos superarmos e melhoramos<br />
continuamente os<br />
nossos produtos e serviços”.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 17
Notícias Mercado<br />
Gestão, o poder das palavras<br />
Saber vender<br />
A venda é uma arte que depende tanto das capacidades inatas para uma<br />
comunicação eficiente e para a interacção pessoal, como da formação, da<br />
experiência e do grau de motivação do vendedor<br />
É evidente que há coisas que não<br />
podemos fazer, mas este tipo de<br />
frase pode colocar um ponto final<br />
no diálogo. Temos que demonstrar<br />
que estamos empenha<strong>dos</strong> em<br />
satisfazer as necessidades e expectativas<br />
do cliente, propondo algo<br />
do tipo “E que tal se nós…“, “Não<br />
seria melhor…“, “Já pensou em…”,<br />
etc., até que o cliente diga algo do<br />
tipo “Podemos ver“, “É uma hipótese“,<br />
“Poderá ser “, etc.. Com sorte,<br />
até podemos sugerir uma alternativa<br />
que deixa o cliente radiante.<br />
Isso, sim, é vender criativamente.<br />
No caso <strong>dos</strong> pneus, que não<br />
são um bem de consumo<br />
corrente e exigem alguma ponderação<br />
e algum esforço financeiro<br />
na compra, a venda pode<br />
ter reflexos directos e imediatos<br />
nos resulta<strong>dos</strong> do negócio. To<strong>dos</strong><br />
os contributos nesta área de actividade<br />
são por isso preciosos, não<br />
devendo ser deixado ao acaso<br />
nada de essencial.<br />
De uma acção de formação de<br />
uma marca de pneus, retirámos<br />
o tema Os Cinco Passos da Venda<br />
de <strong>Pneus</strong>, que iremos analisar de<br />
seguida. Um ponto de grande importância<br />
é o tipo de abordagem<br />
ao cliente e o teor da comunicação<br />
que estabelecemos com ele. As<br />
palavras podem ser decisivas e<br />
convém saber as cinco coisas que<br />
os clientes não gostam mesmo<br />
nada de ouvir:<br />
-“Ah, isso eu não sei“<br />
-“Ah, isso eu não posso fazer“<br />
-“Faça isto, faça aquilo; tem que<br />
fazer“, etc.<br />
- “Agora não posso“, “Estou muito<br />
ocupado“, “Tem que ficar à espera“,<br />
etc.<br />
- “Não“<br />
Todas estas frases aniquilam virtualmente<br />
qualquer venda, devendo<br />
ser evitadas a todo o custo<br />
e substituídas por outras com o<br />
potencial diametralmente oposto.<br />
1 - Em vez de “Não sei“, tentar<br />
antes “Vou ver“, “Já lhe digo“,<br />
etc.<br />
Claro que ninguém pode saber<br />
tudo e ter respostas para tudo.<br />
Mas, o certo é que nenhum<br />
cliente vai a uma casa de pneus<br />
e ainda por cima pagar para ouvir<br />
dizer “não sei“, que além do mais<br />
constitui uma evidente manifestação<br />
de desinteresse, um <strong>dos</strong><br />
erros fatais de qualquer vendedor.<br />
Aliás, podemos dizer exactamente<br />
a mesma coisa, mas de<br />
uma maneira mais agradável e até<br />
estimulante. “Boa pergunta! Vou<br />
tentar saber j “, “Vou já ver como<br />
é”, “Vou ter que averiguar antes de<br />
lhe responder“ são frases em que<br />
confessamos que não sabemos,<br />
mas estamos interessa<strong>dos</strong> em obter<br />
uma resposta para o cliente, o<br />
que faz toda a diferença. Certos<br />
clientes já perguntam algumas<br />
coisas convenci<strong>dos</strong> que estão a<br />
fazer figura de parvos ou de ignorantes.<br />
Se não os fizermos ultrapassar<br />
rapidamente esse estado<br />
de espírito, eles começam por se<br />
sentir ligeiramente humilha<strong>dos</strong>,<br />
porque nós afinal somos os especialistas<br />
em pneus e dominamos o<br />
assunto. Não podemos de modo<br />
algum deixar que a comunicação<br />
chegue a um beco sem saída.<br />
2 - Em vez de “Isso eu não<br />
posso fazer“, tentar antes<br />
“Vamos ver o que é possível<br />
fazer“, “Vou tentar resolver o<br />
assunto“, etc.<br />
3 - Em vez de dizer “Tem que<br />
levar este“ ou “Não posso<br />
fazer mais nada“, tentar antes<br />
“Tenho uma boa solução<br />
para si“ ou “ Vamos arranjar<br />
isso ou melhor“.<br />
A maior parte das pessoas é<br />
muito sensível à manipulação<br />
e reage defensivamente sempre<br />
que tentam dizer-lhe o que tem<br />
ou que deve fazer. Tudo se torna<br />
diferente se aquilo que nós queremos<br />
ou nos interessa vender<br />
for proposto como uma alternativa<br />
vantajosa para o cliente e<br />
no qual ele tem plena liberdade<br />
de opção. Frases do tipo “Tenho<br />
uma ideia que pode resolver o<br />
seu problema“, “A solução ideal<br />
para si seria…“, etc., são o melhor<br />
caminho para induzir interesse<br />
no cliente. Mais ainda se o tom<br />
de voz for amigável, convincente<br />
e estribado em expressão<br />
facial e corporal condizente. Enganar<br />
é vender uma coisa que o<br />
cliente descobre que afinal não<br />
lhe convém. Vender, pelo contrário,<br />
é ajudar o cliente a sentir-se<br />
bem e satisfeito com aquilo de<br />
escolheu.<br />
4 - Em vez de dizer “Volto<br />
já“ ou “Tenho pessoas à sua<br />
frente“, experimentar antes<br />
“Dê-me um segundo (minuto)“<br />
ou “Vamos já atendê-<br />
-lo a seguir“, etc.<br />
Pode parecer totalmente indife-<br />
18 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
rente, mas as boas maneiras são<br />
muito importantes nas vendas.<br />
Não dar atenção ao cliente, responder<br />
por monossílabos, fingir<br />
que não está a ver ou a ouvir, ser<br />
irónico (no pior sentido), utilizar<br />
termos incorrectos, etc., é muito<br />
parecido com o dizer ao cliente<br />
que se vá embora. Assim o negócio<br />
não vai longe.<br />
5 - Em vez de utilizar a<br />
palavra “Não“, experimente<br />
antes dizer sim (mas…).<br />
Podemos negar tudo e mais<br />
alguma coisa a alguém sem<br />
usar a palavra não e sem chocar<br />
essa pessoa. O não é uma<br />
palavra muito pesada, que dá<br />
todo o poder a quem a profere<br />
e retira todo o poder a quem a<br />
escuta. Dizer não é como colocar<br />
uma parede à frente do interlocutor,<br />
que ele não pode escalar,<br />
contornar ou ignorar. Temos que<br />
dizer sim, mesmo que tenhamos<br />
que negar alguma coisa, explicando<br />
calmamente e racionalmente<br />
os motivos da recusa. O<br />
sim, mesmo na inevitabilidade<br />
de uma recusa, deixa a porta<br />
aberta para o futuro e coloca<br />
o odioso de uma negativa em<br />
qualquer coisa justificável e que<br />
pode ser superada. As palavras<br />
fazem a diferença e temos que<br />
saber usá-las com sabedoria,<br />
para criar uma comunicação e<br />
uma imagem que sejam favoráveis<br />
à venda.<br />
w Velha escola, nova escola<br />
O ABC das vendas para a velha<br />
guarda era Acabar, Bem e Controlar,<br />
o que em termos mais simples<br />
significava simplesmente<br />
“fechar sempre a venda“. Isso era<br />
no tempo de grande actividade<br />
do mercado, em que as pessoas<br />
gastavam dinheiro sem preocupações.<br />
A nova escola de vendas<br />
mudou entretanto o ABC para<br />
Abertura, Benefício e Compatibilidade,<br />
colocando a ênfase na<br />
identificação das necessidades<br />
e expectativas do consumidor,<br />
no equilíbrio da negociação e<br />
na proximidade com o cliente.<br />
O perito de vendas nos dias de<br />
hoje trabalha essencialmente<br />
com a satisfação do cliente,<br />
porque fidelizar o cliente pode<br />
no actual contexto significar a<br />
diferença entre o sucesso e o<br />
insucesso. Quando fechamos<br />
um negócio, temos que estar<br />
já a pensar no próximo e o<br />
cliente também. Oficina e cliente<br />
têm que ser uma parceria que<br />
funciona para ambos os la<strong>dos</strong>.<br />
Já sabíamos que obviamente<br />
não há uma segunda oportunidade<br />
para causar uma primeira<br />
impressão. Temos agora<br />
que aprender também que não<br />
existe outra oportunidade para<br />
causar uma última impressão.<br />
Aquela que faz o cliente voltar<br />
à oficina em que fez um bom negócio<br />
e foi atendido com toda a<br />
dignidade e amizade.<br />
PNEUS Nexen<br />
equipam modelos Skoda<br />
Os modelos Octavia e Rapid,<br />
<strong>dos</strong> mais vendi<strong>dos</strong> pela<br />
Skoda, são equipa<strong>dos</strong> de origem<br />
com pneus Nexen Tire.<br />
Os carros são construí<strong>dos</strong> na<br />
fábrica checa de Mlada Boleslav<br />
e destinam-se ao mercado<br />
europeu. Os pneus escolhi<strong>dos</strong><br />
para a origem são os N’blue<br />
HD. O Octavia é o modelo<br />
mais vendido da Skoda e<br />
representa 30% das suas<br />
vendas totais, sendo o carro<br />
importado mais vendido na<br />
Alemanha. O Skoda Rapid é<br />
um modelo compacto e económico,<br />
que chegou agora<br />
ao mercado e tem todas as<br />
condições para se afirmar. A<br />
Nexen tem igualmente um<br />
acordo com a VW para equipar<br />
o Polo em <strong>2014</strong>. O pneu<br />
é também o N’blue HD, cujo<br />
fabricante destaca o seu alto<br />
rendimento e eficiência energética.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 19
Notícias Mercado<br />
Entrevisa<br />
Alejandro Recasens, Diretor Geral da Pirelli Portugal<br />
“Devemos ser mais cautelosos”<br />
A posição da Pirelli no segmento Premium está perfeitamente em<br />
linha com a estratégia global da marca, que consolidou a sua posição de<br />
referência neste mercado específico<br />
Além disso, a Pirelli conta<br />
com a boa performance<br />
<strong>dos</strong> seus pneus na competição<br />
automóvel, uma área de negócio<br />
que está a contribuir para a<br />
notoriedade da marca.<br />
Em 2013, quais foram as principais<br />
realizações da sua empresa?<br />
Em 2013, celebramos os 25 anos<br />
da Pirelli Portugal. A celebração<br />
Alejandro<br />
Recasens,<br />
Diretor Geral<br />
da Pirelli<br />
Portugal<br />
evocou gratas memórias, que<br />
fizeram deste ano um <strong>dos</strong> mais<br />
bem sucedi<strong>dos</strong> de sempre, não<br />
somente houve bons resulta<strong>dos</strong>,<br />
mas também porque<br />
alcançámos alguns grandes<br />
objectivos. Primeiro que tudo,<br />
a Pirelli consolidou a sua presença<br />
nos principais clientes<br />
estratégicos, reforçando a sua<br />
atual posição no mercado.<br />
Isso refletiu-se positivamente<br />
na imagem e na visibilidade da<br />
marca. Por outro lado, consolidámos<br />
o projecto Key Point,<br />
com 11 pontos de venda distribuí<strong>dos</strong><br />
pelo território. Também<br />
tivemos novidades na gama de<br />
produto, introduzindo nesse<br />
ano o Pirelli Truck em Portugal,<br />
que teve uma excelente estreia<br />
no mercado no próprio ano de<br />
lançamento. Para terminar, gostaria<br />
de salientar o excepcional<br />
esforço realizado pela Logística<br />
Pirelli, que passou a entregar em<br />
24 horas, retirando 17 horas ao<br />
tempo habitual de entrega.<br />
Quais serão as principais novidades<br />
da marca para este ano<br />
de <strong>2014</strong>?<br />
Em <strong>2014</strong>, a Pirelli volta aos ralis<br />
do WRC como fornecedor oficial,<br />
mantendo idêntica posição na<br />
F1. Este é um verdadeiro desafio<br />
para um fabricante de pneus,<br />
mas também é uma montra<br />
de liderança tecnológica, que<br />
se reparte entre duas das principais<br />
disciplinas do desporto<br />
automóvel. Localmente, é nosso<br />
desejo consolidar a nossa posição<br />
no segmento Premium,<br />
trabalhando em conjunto com<br />
o retalho.<br />
Tenciona investir em estratégias<br />
diferentes de marketing<br />
e vendas em <strong>2014</strong>?<br />
Tendo em mente a atual situação<br />
económica, penso que<br />
devemos ser cautelosos acerca<br />
de possíveis investimentos, esperando<br />
que a situação melhore<br />
definitivamente. No entanto,<br />
certamente que manteremos as<br />
nossas atividades comerciais e<br />
de marketing de modo a apoiarmos<br />
os nossos clientes através<br />
deste momento menos bom.<br />
Que expectativas mantém de<br />
vendas e investimentos para<br />
<strong>2014</strong>?<br />
Como já referi antes, estaremos<br />
muito atentos ao desenvolvimento<br />
da situação económica,<br />
segundo um ponto de vista cauteloso.<br />
No entanto, esperamos<br />
manter o nosso atual nível de<br />
rentabilidade, crescendo tanto<br />
quanto a situação do mercado<br />
permitir. Nesse sentido, a estratégia<br />
comercial da Pirelli é bastante<br />
ambiciosa e esperamos<br />
alargar o volume de vendas e<br />
a rentabilidade. Mas, mais uma<br />
vez, isso depende da evolução<br />
do mercado e da economia.<br />
Que pensa do atual mercado<br />
português de pneus?<br />
O mercado português de pneus<br />
tem um alto nível de competitividade<br />
e todas as grandes redes<br />
de distribuição estão a investir<br />
nele, apesar de ser um mercado<br />
de volume reduzido. A principal<br />
consequência disto é a saturação<br />
das redes de distribuidores,<br />
que lutam entre si com preços<br />
fecha<strong>dos</strong> e próximos uns <strong>dos</strong><br />
outros, o que está a reduzir a<br />
margem de lucro para to<strong>dos</strong>.<br />
Por outro lado, o mercado português<br />
tem vindo a ser invadido<br />
por altos volumes de pneus usa<strong>dos</strong>,<br />
um produto que não oferece<br />
nenhuma segurança, nem<br />
nenhuma garantia, mas está a<br />
empurrar os preços para baixo,<br />
mesmo inferiores aos pneus asiáticos<br />
low cost.<br />
Com isto, o mercado fica segmentado,<br />
com um grande intervalo<br />
entre pneus Premium e<br />
Budget, fazendo desaparecer o<br />
segmento médio, o que só torna<br />
mais evidente a diferença entre<br />
pneus de qualidade e pneus de<br />
marcas orientadas para o preço.<br />
Como analisa o futuro da<br />
marca em Portugal?<br />
Embora sem grandes volumes,<br />
o mercado português tem apresentado<br />
uma excelente taxa de<br />
rentabilidade. Nós temos uma<br />
boa posição no segmento Premium,<br />
perfeitamente em linha<br />
com os objectivos globais da<br />
Pirelli. Temos a esperança de<br />
que em <strong>2014</strong> o mercado português<br />
de pneus vai crescer ligeiramente,<br />
mas isso depende da<br />
evolução da economia global.<br />
Mesmo assim, estamos confiantes<br />
na boa performance do<br />
mercado para o próximo ano.
BKT reforça staff na Europa<br />
BKT, um <strong>dos</strong> principais fabricantes de<br />
A pneus para o segmento do “fora-de-<br />
-estrada”, obras e estaleiros, aumentou o<br />
staff no seu quartel-general na Europa.<br />
Ropbert Locati foi nomeado gestor de<br />
vendas de equipamento original. Graças a<br />
uma larga experiência nos vários segmen-<br />
tos <strong>dos</strong> pneus, Locati garante poder dar o<br />
melhor contributo à função, que envolve<br />
a gestão de to<strong>dos</strong> os aspetos da cadeia de<br />
fornecimento e entrega de pneus, estando<br />
em constante contacto com os maiores fabricantes<br />
de maquinaria e equipamentos<br />
industriais. Nesta nova função, vai ter de<br />
criar novas oportunidades de negócio no<br />
mercado do equipamento original, um setor<br />
onde a BKT mostra enorme interesse, tanto<br />
do ponto de vista técnico como comercial.<br />
Michelin<br />
apresenta X-Crane<br />
Este pneu é a última palavra<br />
da Michelin, para as necessidades<br />
das gruas móveis necessárias em<br />
grandes obras. Estas máquinas<br />
têm duas cabinas e podem ter<br />
até 10 eixos e uma capacidade de<br />
carga máxima de 1.200 toneladas.<br />
Em estrada podem atingir os 80<br />
km/h e percorrem grandes distâncias,<br />
tanto em estrada, como<br />
fora da estrada. Boa capacidade<br />
de manobra em espaço reduzido<br />
é outra das exigências feitas aos<br />
pneus. Uma das vantagens do<br />
novo X-Crane é uma nova geometria<br />
melhorada da superfície<br />
de contacto pneus e jante. Dá<br />
mais segurança e as operações de<br />
montagem e desmontagem do<br />
pneu são facilitadas. A nova borracha<br />
aumenta a produtividade<br />
do pneu e garante uma duração<br />
20% superior, enquanto a nova<br />
carcaça, reduz o aquecimento <strong>dos</strong><br />
ombros do pneu ao rolar.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 21
Notícias Mercado<br />
Rezulteo.com<br />
E você, já consultou?<br />
Para quem ainda tem dúvidas acerca da importância da Internet na<br />
escolha <strong>dos</strong> pneus, o primeiro guia de compra e comparação de pneus<br />
na Europa, Rezulteo, registou um recorde de audiência: 6,3 milhões de<br />
visitantes nos 20 países onde marcou presença em 2013. O que equivaleu a<br />
10% das pesquisas efetuadas no espaço cibernauta<br />
Foi um autêntico recorde de<br />
audiência: nada menos do<br />
que 6,3 milhões de visitantes nos<br />
20 países onde esteve presente<br />
no ano passado. Número que<br />
representou 10% das pesquisas<br />
efetuadas na Internet pelos compradores<br />
particulares de pneus<br />
na Europa. Editado pelo Lizeo<br />
Online Media Group, fundado,<br />
em 2009, pelo quarteto Xavier<br />
Gignoux, Laurent Lafaye, Fabrice<br />
Tocco e Marco Candelo, o site<br />
www.rezulteo.com tornou-se rapidamente<br />
no maior especialista<br />
do big data na área <strong>dos</strong> pneus<br />
para automóveis. Para além de<br />
estar presente na Europa e na<br />
Rússia, fornece, também, da<strong>dos</strong><br />
sobre os merca<strong>dos</strong> da América<br />
do Norte, Brasil e China.<br />
O Lizeo Online Media Group oferece<br />
aos profissionais do setor<br />
bases de da<strong>dos</strong> únicas sobre o<br />
ofício e os merca<strong>dos</strong>. Soluções<br />
que se destinam a gestores, direções<br />
de marketing e comerciais<br />
e especialistas do setor. Essas<br />
bases de da<strong>dos</strong> proporcionam<br />
uma melhor compreensão do<br />
mercado e das tendências,<br />
permitindo, assim, otimizar<br />
processos e aproveitar novas<br />
oportunidades de negócio.<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
w Para consultar, basta clicar<br />
Composto por 800 fichas de produto<br />
detalhadas, que abrangem<br />
desde as marcas premium até às<br />
budget mais conhecidas, passando<br />
pelas quality, este guia<br />
integra 270 marcas e 70 000<br />
pontos de venda referencia<strong>dos</strong>,<br />
de modo a permitir ao utilizador<br />
cibernauta, através de uma ferramenta<br />
de localização, encontrar<br />
um profissional perto da sua<br />
área. Ao dispor da base de da<strong>dos</strong><br />
mais completa do mercado europeu,<br />
o www.rezulteo.com inclui<br />
ainda conselhos práticos sobre a<br />
compra, a manutenção ou a condução<br />
no Inverno, artigos sobre<br />
o lançamento de novos produtos<br />
e um serviço especializado para<br />
responder às perguntas <strong>dos</strong> consumidores.<br />
Cerca de 90% <strong>dos</strong> visitantes<br />
destes sites consultam-nos durante<br />
a fase de preparação da<br />
compra de pneus. Já <strong>dos</strong> cerca<br />
de 80 milhões de compradores<br />
particulares de pneus na Europa,<br />
70% informam-se primeiro na Internet<br />
antes de comprar, ou seja,<br />
56 milhões. E, de acordo com o<br />
JDN (Journal du Net), o Rezulteo<br />
tem a melhor taxa de transformação<br />
de comparadores do setor<br />
automóvel: 4,08%. Presentes<br />
em 20 países, incluindo Portugal<br />
(www.rezulteo-pneus.com.pt),<br />
os sites Rezulteo registaram, em<br />
2013, um aumento de visitas de<br />
61% comparativamente a 2012.<br />
A chegada do Inverno é, tradicionalmente,<br />
um período favorável<br />
ao negócio <strong>dos</strong> pneus, levando a<br />
uma maior procura pelos pontos<br />
de venda e fazendo, também,<br />
com que haja uma consulta mais<br />
intensa aos sites especializa<strong>dos</strong>,<br />
como os Rezulteo, que registaram<br />
um recorde de visitas em<br />
Novembro de 2013. A audiência<br />
acumulada <strong>dos</strong> 20 sites europeus<br />
(incluindo o www.rezulteo-<br />
-pneus.com.pt para o nosso país)<br />
ultrapassou, pela primeira vez,<br />
um milhão de visitas (875 000),<br />
o que representou um aumento<br />
de 68% face a 2012.<br />
A terminar, refira-se que o Rezulteo<br />
assinou a sua 7.ª parceria<br />
com um jornal europeu de<br />
primeiro plano: o Corriere dello<br />
Sport. Os visitantes da edição<br />
online deste jornal desportivo<br />
italiano terão acesso a serviços<br />
e conteú<strong>dos</strong> Rezulteo através<br />
de uma rubrica específica. O<br />
Rezulteo é, também, parceiro<br />
<strong>dos</strong> TF1 (Automoto), em França,<br />
Telegraph, no Reino Unido, Autozeitung,<br />
na Alemanha, e Autobild,<br />
em Espanha.<br />
22 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
Kumho Ecsta V70A no Mini Cooper<br />
O pneu Kumho Ecsta V70A, que é equipamento original do Mini Cooper JWC GP, foi testado por revistas<br />
da especialidade, tendo em vista comprovar as suas elevadas prestações<br />
teste, que incidiu na versão 215/40 R 17,<br />
O realizou-se sob chuva intensa, uma dificuldade<br />
adicional. Mesmo assim, o pneu demonstrou<br />
uma aderência fora de série, grande<br />
estabilidade e maneabilidade, bem como distâncias<br />
de travagem reduzidas. Na realidade, o<br />
Ecsta V70A foi desenvolvido pela Kumho Tires,<br />
com base em tecnologias de competição, dispondo<br />
de uma banda de rolamento assimétrica,<br />
que proporciona excelente estabilidade e aderência<br />
a alta velocidade, baixo nível de ruído e<br />
grande conforto para o condutor. Por seu lado,<br />
o JWC GP é o carro mais rápido fabricado até<br />
agora pela Mini, tendo sido baseado nos Mini<br />
que ganharam o Rally de Montecarlo três vezes<br />
na década de 1960.<br />
O pneu Kumho Ecsta V70A equipa<br />
de origem o Mini Cooper JWC GP<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 23
Notícias Mercado<br />
Dunlop equipa<br />
Mercedes CLA 45 AMG<br />
A Dunlop fez saber que os pneus<br />
Sport Maxx RT, com tecnologia de<br />
competição, foram escolhi<strong>dos</strong> para<br />
equipar o desportivo Mercedes-<br />
-Benz CLA 45 AMG. A marca afirma<br />
que o Sport Maxx RT oferece um<br />
elevado nível de aderência, combinado<br />
com excelentes condições<br />
de manobrabilidade.<br />
Toyo equipa Mazda 3<br />
O Mazda 3 é o primeiro<br />
veículo a ter como equipamento<br />
de origem pneus<br />
Nanoenergy. Desenvolvido<br />
através do uso da tecnologia<br />
SKYACTIV e do design<br />
KODO, o Mazda 3 é um carro<br />
que não compromete. Com<br />
o mesmo nível, os pneus<br />
Toyo NanoEnergy R38 têm<br />
uma excelente eficiência<br />
de combustível, proporcionam<br />
uma condução segura<br />
e excitante e tem uma consciência<br />
ambiental bastante<br />
elevada.<br />
Sensores de pressão<br />
são oportunidade<br />
Os sistemas de controlo<br />
da pressão <strong>dos</strong> pneus<br />
(TPMS) vieram para ficar e<br />
vão tornar-se obrigatórios,<br />
sendo verifica<strong>dos</strong> nos<br />
centros de inspeção.<br />
Apesar de terem uma longa<br />
duração, incidentes como<br />
furos, pancadas e baixa<br />
pressão do pneu inutilizam<br />
o sensor. Embora seja<br />
um componente muito<br />
económico, a oficina tem<br />
que efetuar a revisão total<br />
do sistema e isso tem um<br />
custo que pode variar de<br />
€ 6 e € 12. O condutor<br />
recupera rapidamente o<br />
diferencial com a economia<br />
de combustível.<br />
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Continental<br />
cresce em 2013<br />
A Continental ultrapassou significativamente<br />
o seu objetivo para o<br />
ano fiscal de 2013. As vendas do fornecedor<br />
internacional da indústria<br />
automóvel, fabricante de pneus e<br />
parceiro da indústria, aumentaram<br />
para aproximadamente €33.3 mil<br />
milhões em 2013. Para <strong>2014</strong> “Queremos<br />
crescer mais rápido que o<br />
mercado global de carros de passageiros<br />
e temos como objectivo<br />
aumentar as vendas em cerca de<br />
5% para aproximadamente €35 mil<br />
milhões”, afirmou Elmar Degenhart,<br />
CEO da Continental.<br />
Hankook estabeleceu recorde<br />
fabricante sul-coreano<br />
O de pneus deu a conhecer<br />
os seus resulta<strong>dos</strong><br />
financeiros para o ano fiscal<br />
de 2013, que registaram<br />
um novo recorde global<br />
de vendas para a companhia.<br />
Nada menos do que<br />
7.060 triliões de KRW, com<br />
um lucro operacional de<br />
1.031 triliões de KRW em<br />
2013. A Hankook estabeleceu<br />
um novo recorde<br />
global de vendas no ano<br />
passado, graças, também,<br />
ao incremento de quota<br />
no segmento UHP e ao<br />
aumento do seu portfólio<br />
no negócio OE. Os movimentos<br />
estratégicos da<br />
Hankook com aplicação de<br />
capital destinam-se tanto<br />
à capacidade de produção<br />
como à pesquisa e desenvolvimento.<br />
24 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
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Bridgestone<br />
lança tecnologia ologic<br />
A Bridgestone foi<br />
escolhida pelo grupo<br />
BMW para desenvolver<br />
uma gama de pneus<br />
para o seu novo veículo<br />
eléctrico. Como fornecedor<br />
exclusivo deste<br />
grande marco na história<br />
do sector automóvel,<br />
a Bridgestone investiu<br />
todo o seu know-how<br />
tecnológico e paixão no<br />
desenvolvimento de um<br />
pneu que reflete a visão<br />
da BMW marca alemã na<br />
mobilidade sustentável<br />
do futuro. A resposta da<br />
Bridgestone chegou na<br />
forma da tecnologia<br />
ologic, que capitaliza<br />
as sinergias de grande<br />
diâmetro juntamente<br />
com um desenho do<br />
piso estreito. O resultado<br />
é um pneu que<br />
oferece significativas<br />
melhorias na aerodinâmica<br />
e resistência ao<br />
rolamento, ao mesmo<br />
tempo que oferece<br />
uma excelente aderência<br />
em piso molhado.<br />
BKT ganhou notoriedade<br />
com salões em 2013<br />
O primeiro grande lançamento<br />
foi em fevereiro<br />
último no SIMA, em Paris,<br />
uma exposição dedicada a<br />
produtores e operadores<br />
do setor agrícola. Em abril<br />
foi o BAUMA, em Munique,<br />
um evento global que<br />
mostra veículos e equipamento<br />
para o setor das<br />
obras e estaleiros e, por<br />
último, em novembro na<br />
Agritechnica, em Hanover,<br />
numa das mais importantes<br />
feiras de equipamento<br />
agrícola. Para além destas<br />
três exposições, a quantidade<br />
de eventos que a BKT<br />
realizou em 2013 foram<br />
gigantes, desde a distribuição<br />
de 30 mil bolas de<br />
futebol, até às performances<br />
acrobáticas de dois jogadores<br />
de futebol. Tudo<br />
serviu para catapultar os<br />
resulta<strong>dos</strong> da BKT.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 25
Notícias Mercado<br />
Euromaster<br />
Gripen Wheels aumenta gama Dynamaxx<br />
No sentido de consolidar<br />
a sua posição de<br />
maior operador Europeu<br />
no mercado <strong>dos</strong> pneus<br />
OTR, a Gripen Wheels<br />
anunciou a extensão da<br />
gama de produtos da<br />
sua marca Dynamaxx.<br />
Esta marca de pneus OTR,<br />
consegue conciliar o que<br />
a engenharia europeia<br />
tem de bom, com os custos<br />
de produção imbatíveis<br />
das fábricas de última<br />
geração. À gama inicial de<br />
produto, constituída pelo<br />
desenho de piso All Grip<br />
nas medidas 17.5R25,<br />
20.5R25, 23.5R25, 26.5R25<br />
e 29.5R25 (sempre em 2<br />
estrelas E3/L3), a Dynamaxx<br />
vê agora alargada<br />
a sua gama com dois novos<br />
produtos, o Dumper<br />
Grip (2 estrela E3.5/L3.5)<br />
e o Hauler Grip (2 estrelas<br />
E4/L4).<br />
Luis Martins, General Market<br />
Manager da Gripen<br />
Wheels Iberia diz: “Com a<br />
marca Dynamaxx, orgulhamo-nos<br />
em oferecer<br />
não só um produto de<br />
qualidade superior, que<br />
comparamos com as mais<br />
prestigiadas marcas a<br />
nível mundial, mas também,<br />
através <strong>dos</strong> nossos<br />
parceiros distribuidores,<br />
oferecer o melhor serviço<br />
do mercado. É uma tripla<br />
parceria entre fabricante,<br />
distribuidores e o utilizador<br />
final.”<br />
A Gripen Wheels alargou a<br />
gama de produtos da sua marca<br />
Dynamaxx<br />
no FACEbook<br />
Durante os meses de novembro<br />
e dezembro de 2013,<br />
a rede da Michelin especialista<br />
em pneus e manutenção<br />
integral de veículos deu lições<br />
sobre pneus de Inverno<br />
na rede social Facebook. Esta<br />
ação teve como objetivo<br />
principal dar a conhecer a<br />
importância <strong>dos</strong> pneus de<br />
Inverno, introduzindo este<br />
tema, ainda desconhecido,<br />
no mercado português, sob<br />
o formato de curso com um<br />
total de 12 lições.<br />
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26 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 27
Notícias Mercado<br />
Point S atualizou serviço<br />
de encomendas<br />
Dá pelo nome de “eios” a nova<br />
versão do serviço europeu de<br />
encomenda de pneus online que a<br />
Point S Development lançou. Usado<br />
diariamente há vários anos por<br />
1350 membros Point S presentes<br />
em sete países, esta nova versão<br />
do “eios” foi desenvolvida depois<br />
de efetuada uma análise completa<br />
das particularidades de compra <strong>dos</strong><br />
membros ao longo de vários meses.<br />
O site agora otimizado está mais<br />
intuitivo e facilita aos membros o<br />
processo de encomenda de pneus.<br />
Guia Michelin Portugal & Espanha <strong>2014</strong><br />
Esta edição reflete o bom<br />
momento gastronómico da<br />
Península Ibérica, fato que já se<br />
constatava na edição 2013 e que<br />
agora se confirma com 25 novos<br />
estabelecimentos com estrelas.<br />
guia Michelin Espanha & Portugal <strong>2014</strong><br />
O seleciona 8 restaurantes com três estrelas,<br />
19 restaurantes com duas estrelas e 144<br />
restaurantes com uma estrela. Há 25 novos<br />
restaurantes com estrelas distribuí<strong>dos</strong> por toda<br />
a Península Ibérica. Assim, Castellón, Teruel e<br />
Valladolid, em conjunto com o distrito português<br />
de Évora, somam-se às províncias que já têm estabelecimentos<br />
com essa distinção. Nesta nova<br />
edição, o viajante conta com uma seleção de<br />
3.848 estabelecimentos, <strong>dos</strong> quais 1.856 são<br />
hotéis, 268 estabelecimentos de turismo rural,<br />
1.724 restaurantes e 130 bares de tapas. O novo<br />
guia Michelin Portugal & Espanha <strong>2014</strong> tem<br />
um PVP de 29,90 €.<br />
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28 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
S. José <strong>Pneus</strong> na FIMA <strong>2014</strong><br />
A S. José <strong>Pneus</strong> vai estar presente nos próximos dias 11 a 15 de fevereiro na prestigiada FIMA - Feira<br />
Internacional de Maquinaria Agrícola, que se realiza em Saragoça<br />
Esta é a maior feira do género<br />
que se realiza em Espanha,<br />
sendo normalmente também<br />
muito visitada por portugueses,<br />
dada a sua importância mesmo<br />
a nível europeu. A mecanização<br />
e as inovações tecnológicas, vão<br />
mostrar aos profissionais do setor<br />
agrícola a melhor maneira de<br />
rentabilizar as suas explorações,<br />
melhorando o rendimento e a<br />
produtividade. Nesta feira será<br />
dado um enfoque especial à<br />
agricultura mediterrânica. A S.<br />
José <strong>Pneus</strong> vai estar com a BKT<br />
no pavilhão 7 a mostrar todas<br />
as novidades de pneus agrícolas<br />
da marca.<br />
A S. José <strong>Pneus</strong> foi pelo 3º ano<br />
consecutivo considerada PME<br />
Excelência, tendo recebido o<br />
Estatuto no passado dia 6 de<br />
fevereiro, numa cerimónia do<br />
IAPMEI, relizada no Europarque, em<br />
Santa Maria da Feira<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 29
Distribuição de <strong>Pneus</strong><br />
Ofensiva Kumho<br />
Quando se fala<br />
em distribuição de<br />
pneus, hoje, há um<br />
trio de protagonistas<br />
incontornáveis:<br />
Aguesport, Distrityres<br />
e <strong>Pneus</strong> Cruzeiro. No<br />
vértice da pirâmide<br />
está um nome: Kumho.<br />
A REVISTA DOS PNEUS<br />
visitou estas três<br />
empresas, que têm um<br />
objetivo comum: fazer<br />
crescer a marca<br />
Por: Bruno Castanheira e Jorge Flores<br />
O<br />
mercado da distribuição de<br />
pneus nacional anda agitado<br />
com a “ofensiva” levada a cabo<br />
por uma marca: Kumho. O maior<br />
fabricante de pneus sul-coreano está a investir<br />
estrategicamente em Portugal e tem<br />
centrado as suas ações em três empresas<br />
portuguesas: a Aguesport, atual importadora<br />
exclusiva <strong>dos</strong> pneus ligeiros Kumho<br />
para o nosso país; a Distrityres e a <strong>Pneus</strong><br />
Cruzeiro, ambas casas importadoras exclusivas<br />
<strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong> da mesma marca<br />
no mercado lusitano.<br />
A aposta sul-coreana em empresas nacionais<br />
só pode querer significar que os<br />
“nossos” distribuidores são, hoje, bastante<br />
respeita<strong>dos</strong>, algo muito diferente <strong>dos</strong> tempos<br />
em que eram vistos como “piratas”,<br />
conta Pedro Conceição, gerente da Aguesport.<br />
“São, atualmente, operadores ti<strong>dos</strong><br />
em conta quer pelas companhias quer pelo<br />
próprio mercado, sem ter a conotação negativa<br />
que havia anteriormente”, acrescenta.<br />
Com o elevar da fasquia e o aparecimento<br />
de grandes empresas portuguesas e europeias,<br />
cada vez se aperta mais o cerco às<br />
tradicionais casas de pneus que atuam ao<br />
nível da revenda local.<br />
Por outro lado, hoje, no mercado português<br />
as margens “são ridiculamente baixas<br />
e os distribuidores não podem basear o<br />
seu negócio apenas nas chamadas marcas<br />
premium, uma vez que estas não dão<br />
rentabilidade. Dão, isso sim, prestígio às<br />
empresas, não podendo estas, evidentemente,<br />
viver sem essas marcas. Regra geral,<br />
são as marcas próprias que cada empresa<br />
tem que dão a rentabilidade que permite<br />
sustentar o negócio da distribuição”, sustenta<br />
Pedro Conceição.<br />
w Concorrência “interna”<br />
Os perigos do mercado de distribuição<br />
são vários. E mesmo as marcas sobre as<br />
30 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
A Kumho é, hoje, uma<br />
marca de renome a<br />
nível mundial e está<br />
a apostar forte no<br />
mercado português<br />
quais as empresas assumem representação<br />
oficial podem entrar no país por outras vias<br />
marginais. “E contra isso nada podemos<br />
fazer”, admite o responsável da Aguesport.<br />
“Tentamos é fazer melhor do que os outros:<br />
em preço, garantia e oferta. O distribuidor<br />
tem de ter à sua disposição um stock<br />
grande, caso contrário perde o cliente à<br />
terceira vez, se não conseguir dar resposta<br />
às duas primeiras solicitações. Mas para<br />
ter um stock grande é preciso ter elevada<br />
capacidade financeira. O grande desafio<br />
de um distribuidor é ter um stock grande<br />
a um preço interessante”, afirma. Para concluir,<br />
de seguida: “É errado um distribuidor<br />
pensar que pode fazer concorrência às companhias.<br />
Os distribuidores serão sempre<br />
uma alternativa às companhias. Estas terão<br />
as suas redes próprias, deixando, assim, o<br />
resto do mercado para os distribuidores.”<br />
w Importância do stock<br />
João Serras, gerente da Distrityres, alinha<br />
pelo mesmo diapasão e acrescenta que<br />
o maior obstáculo de um distribuidor de<br />
pneus poderá ser a falta de capital. Segundo<br />
explica, estas casas necessitam<br />
de ter um “grande poder financeiro, de<br />
modo assegurar um vasto stock que responda<br />
às necessidades do mercado”, caso<br />
contrário, “arriscam-se a perder clientes<br />
por não terem em stock o produto que<br />
os clientes pedem”.<br />
Por seu turno, Nuno Sousa, administrativo<br />
da <strong>Pneus</strong> Cruzeiro, uma espécie de “faz<br />
tudo” na empresa, lamenta que os distribuidores<br />
nacionais não “conversem mais”.<br />
Na sua opinião, “falta união” entre distribuidores.<br />
“Não estou a dizer para fazerem um<br />
cartel de preços, mas se eu tenho um preço<br />
a €50, aceito que outro tenha a €49, mas<br />
não precisa de pô-lo a €45, porque aí não<br />
ganha ninguém”, adianta o responsável.<br />
Outra das dificuldades que encontra na<br />
distribuição é o facto de muitos operadores<br />
estarem apenas obceca<strong>dos</strong> com os preços<br />
e não verem mais além. “Era necessário fixar<br />
alguns limites. Hoje em dia, os distribuidores<br />
sabem o preço que cada um pratica<br />
(têm acesso aos sites) e se um baixa<br />
e o outro baixa, qualquer dia, estamos a<br />
trocar mercadoria por dinheiro”, avisa. De<br />
resto, preconiza, “a tendência será a de que<br />
quem tem mais stock e mais peito continuará<br />
sempre dentro <strong>dos</strong> valores. Depois, há<br />
aqueles mais pequenos, que têm menos<br />
stock, e para esses distribuidores prevejo<br />
mais dificuldades”<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 31
Distribuição de <strong>Pneus</strong><br />
Aguesport – Importação e Exportação, Lda. I Gerente: Pedro Conceição I Sede: Zona Industrial de Barrô - Barrô 3750-900 - Águeda<br />
Telefone: 234690310 I Fax: 234621284 I Email: info@aguesport.com I Site: www.aguesport.com<br />
evolução da casa foi natural. E, em 2008,<br />
A a Aguesport inaugurou as suas atuais<br />
instalações, situadas na Zona Industrial de<br />
Barrô, no concelho de Águeda, com uma<br />
área de 5000 m2.<br />
Quase em simultâneo, a empresa de que Pedro<br />
Conceição é um <strong>dos</strong> gerentes procurou uma<br />
área de negócio em que a dispersão de risco<br />
fosse grande. Foi assim que os pneus entraram<br />
na vida da Aguesport. Para ficar. Inicialmente,<br />
comercializavam também pneus para veículos<br />
pesa<strong>dos</strong>, mas pouco tempo depois passaram a<br />
operar apenas com pneus Consumer (ligeiros,<br />
comerciais e 4x4). Ainda numa fase inicial,<br />
contaram com o apoio da Continental, que<br />
lhes permitiu alcançar uma forte projeção.<br />
Já em 2013, 60% das vendas de pneus incidiram<br />
sobre marcas premium e 40% disseram<br />
respeito a marcas próprias, situação que a<br />
Aguesport pretende inverter em <strong>2014</strong>, uma<br />
vez que a rentabilidade começa a atingir um<br />
ponto crítico.<br />
Por esse motivo, a empresa pretende aumentar<br />
a penetração das marcas próprias das quais<br />
é representante oficial: Rotalla, Unigrip e Federal.<br />
A Kumho, marca sul-coreana que já é<br />
considerada como uma premium com preços<br />
quality (tem 410 referências na sua oferta<br />
de pneus ligeiros e equipa de origem vários<br />
automóveis alemães de prestígio), é onde a<br />
Aguesport concentrará to<strong>dos</strong> os seus esforços<br />
nos próximos anos. Basta ver que a Aguesport<br />
passou a ser, desde dia 1 de <strong>Janeiro</strong> de<br />
<strong>2014</strong>, o importador exclusivo para Portugal<br />
<strong>dos</strong> pneus ligeiros Kumho, após ter sido contactada<br />
por esta marca. Em Abril deste ano,<br />
serão lança<strong>dos</strong> os novos modelos desta marca<br />
no nosso país.<br />
Em stock, existem, neste momento, cerca<br />
de 180 referências Kumho. E refira-se que a<br />
Aguesport possui cerca de 32 mil pneus em<br />
stock, espalha<strong>dos</strong> por três armazéns. Porém,<br />
já em Março, um novo espaço de 3600 m2, al-<br />
Aguesport<br />
Representação reforçada<br />
Criada em 1997 com vista à comercialização de componentes para bicicletas, a Aguesport<br />
concentrou os seus esforços na criteriosa escolha <strong>dos</strong> seus fornecedores e respetivos<br />
produtos, de modo a garantir aos clientes um serviço de confiança, tornando-se, assim,<br />
numa referência e, consequentemente, numa líder de mercado<br />
Johnny Gaio<br />
(à esquerda)<br />
é responsável<br />
pela logística<br />
e Pedro<br />
Conceição<br />
(à direita) é<br />
quem gere os<br />
destinos da<br />
Aguesport na<br />
área <strong>dos</strong> pneus<br />
bergará todo o stock, assim como toda a parte<br />
logística <strong>dos</strong> pneus, separando, deste modo, o<br />
negócio <strong>dos</strong> pneus do das bicicletas.<br />
À exceção da Pirelli, a Aguesport trabalha<br />
com todas as marcas premium. Segundo o<br />
responsável, a empresa prefere trabalhar diretamente<br />
com as companhias, uma vez que<br />
consegue dar ao cliente algo mais do que<br />
quando compra pneus aos grandes brokers<br />
europeus.<br />
To<strong>dos</strong> os meses a Aguesport faz encomendas<br />
de pneus. No caso da Kumho, a Aguesport já<br />
encomendou o dobro do volume que tinha<br />
sido contratualizado para <strong>2014</strong>, o que deve<br />
ter deixado a marca sul-coreana surpreendida.<br />
Para entregar os pneus aos clientes, a Aguesport<br />
subcontrata transportadoras. As entregas<br />
para Viana do Castelo e Torres Novas são<br />
feitas em regime bi-diário e em 24 horas para<br />
todas as restantes zonas do país. A empresa<br />
está a tentar que as encomendas feitas até às<br />
19h consigam ser entregues no dia a seguir<br />
até à hora do almoço. Quando operava com<br />
os CTT, tal era possível.<br />
Atualmente, a Aguesport trabalha com a Rangel<br />
e outras duas empresas locais que operam<br />
na área da logística automóvel. E assume que<br />
é mais forte na área de Coimbra para cima.<br />
32 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
Distrityres, Unipessoal, Lda. I Gerente: João Serras I Sede: Zona Ind. Lamas, n.° 6 – Ap. 28, 6120 – 786 Mação<br />
Telefone: 241 573 276 I Fax: 241 571 172 I Email: distrityres@gmail.com I Site: www.distrityres.com<br />
Importador exclusivo <strong>dos</strong> pneus da marca<br />
Alliance (setor agrícola, florestal, industrial<br />
e engenharia) para Portugal e países lusófonos,<br />
a Distrityres é, além disso, um <strong>dos</strong> dois<br />
representantes (o outro é a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro)<br />
<strong>dos</strong> pneus Kumho para pesa<strong>dos</strong> em Portugal.<br />
Comercializa ainda uma terceira marca de<br />
pneus pesa<strong>dos</strong>, designada Zeta, proveniente<br />
da China, e destinada aos clientes que procuram,<br />
sobretudo, um preço acessível. Contudo,<br />
a aposta da empresa na marca Zeta ainda não<br />
é elevada.<br />
A empresa encerrou 2013 com uma faturação<br />
de €371 000, prevendo encerrar <strong>2014</strong> com um<br />
valor próximo <strong>dos</strong> três milhões de euros, fruto<br />
da venda estimada de 9000 pneus.<br />
O quartel-general da empresa passará para as<br />
novas instalações com cerca de 3000 m2, que<br />
deverão estar concluídas em Maio. O novo<br />
espaço acolherá toda a parte administrativa,<br />
logística e armazém.<br />
Três comerciais andam na rua a vender os<br />
pneus (um na zona Norte, um na zona Centro<br />
e outro na zona Sul). Existe uma percentagem<br />
de clientes, ainda que pequena (cerca<br />
de 2%), que compra pneus online. De resto,<br />
para a Distrityres, a venda no terreno será<br />
sempre a que reunirá o maior volume. No<br />
final de 2013, a casa tinha 250 clientes, número<br />
que, entretanto, subiu já para 300.<br />
Para além da venda de pneus (apenas para<br />
profissionais e casas de pneus), a empresa dá<br />
também apoio técnico.<br />
A localização geográfica da empresa é considerada<br />
trunfo, mas a principal dificuldade<br />
reside no facto de não existir nenhuma plataforma<br />
logística próxima (Leiria e Covilhã<br />
são as que estão mais perto), o que também<br />
acaba por ser penalizador, afetando o processo<br />
de distribuição.<br />
Através da transportadora Rangel, a Distrityres<br />
faz chegar os pneus a qualquer ponto<br />
do país. Por vezes, devido a razões de ordem<br />
Distrityres<br />
Entrada em grande<br />
A Distrityres ainda cheira a tinta. Inaugurada em Agosto de 2013, a empresa iniciou a sua<br />
atividade dois meses depois, em mea<strong>dos</strong> de Outubro. A vocação da empresa? A distribuição<br />
(e a revenda) de pneus em todo o país. João Serras é o gerente e Luís David o diretor geral.<br />
Sem contar com estes dois, a empresa é constituída por cinco pessoas<br />
Sem contar com Luís David, diretor geral (à esquerda), e João Serras, gerente (à direita),<br />
a Distrityres dispõe de cinco funcionários<br />
operacional, relacionadas com a logística da<br />
transportadora, os pneus chegam ao destino<br />
até 48 horas em vez de 24 horas como seria<br />
desejável. A recolha de pneus na Distrityre é<br />
feita a uma cadência diária. Dentro em breve,<br />
os produtos da empresa chegarão, também,<br />
às ilhas. Contudo, são poucas as transportadoras<br />
no país que fazem recolha de pneus<br />
técnicos e pesa<strong>dos</strong>, devido à especificidade<br />
do produto.<br />
A Distrityres encomenda mensalmente contentores<br />
de 40 pés, que têm capacidade para<br />
armazenar 194 pneus pesa<strong>dos</strong>, e que chegam<br />
a Portugal por via marítima.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 33
Distribuição de <strong>Pneus</strong><br />
Grupo <strong>Pneus</strong> Cruzeiro I Gerente: João Matos I Sede: Lugar do Cruzeiro 4830-195 Fonte Arcada PVL Póvoa de Lanhoso<br />
Telefone: 253631783 I Fax: 253738194 I Email: geral@pneuscruzeiro.com I Site: www.pneus cruzeiro.com<br />
<strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />
Pesa<strong>dos</strong> a crescer<br />
A história da casa <strong>Pneus</strong> Cruzeiro conta já mais de duas décadas. Começou ainda pela mão de<br />
João de Jesus Matos, pai do atual gerente, João Matos, quando decidiu montar uma pequena<br />
casa de pneus, na Póvoa de Lanhoso. O negócio foi evoluindo e, em 2001, montou uma casa<br />
maior - onde ainda se encontra a oficina da empresa<br />
partir de 2005, João Matos começou a<br />
A tomar conta do negócio (o pai faleceu)<br />
e entendeu que deveria fazer crescer ainda<br />
mais a empresa, fazendo-a entrar no negócio<br />
da distribuição.<br />
A carteira de clientes aumentou muito e<br />
hoje assegura uma distribuição a nível nacional<br />
e a representação de quase todas as<br />
marcas.<br />
Desde que iniciou a atividade de distribuição,<br />
a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro apostou logo nos<br />
pneus ligeiros e pesa<strong>dos</strong>. Não há marca premium<br />
com que não trabalhe. Desde logo,<br />
os vários fabricantes do grupo Michelin,<br />
Goodyear, Dunlop, Continental, Pirelli…<br />
Recentemente, porém, a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />
teve uma grande notícia: assumiu a representação<br />
exclusiva (em comum com a Distrityres)<br />
<strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong> da Kumho para<br />
Portugal. “Foi um acordo assinado agora<br />
em Outubro. É um produto que estamos<br />
agora a lançar no mercado. Aconteceu através<br />
de um contacto da Kumho, que quer<br />
incrementar a sua presença nos autocarros<br />
e camiões na Península Ibérica… e em<br />
Portugal, por consequência. Apresentaram<br />
Nuno Sousa é<br />
um <strong>dos</strong> rostos<br />
da <strong>Pneus</strong><br />
Cruzeiro, que<br />
dispõe de um<br />
armazém com<br />
12 000 m2 que<br />
alberga um<br />
stock de cerca<br />
de 45 mil pneus<br />
condições que achámos interessantes. E<br />
estamos a desenvolver o trabalho agora”,<br />
conta.<br />
Para garantir a cobertura de todo o país, a<br />
<strong>Pneus</strong> Cruzeiro tem “entre dois a três carros,<br />
na rua, a fazer a distribuição. Temos<br />
clientes diários nestas localidades. Muitos<br />
deles até ao sábado de manhã. E temos frota<br />
nossa. O resto do país é feito através de uma<br />
transportadora contratada”. Tal significa que<br />
conseguem, não apenas fazer as entregas em<br />
24 horas como, no caso <strong>dos</strong> clientes mais<br />
próximos, em três ou quatro horas. “É uma<br />
vantagem que nós reconhecemos”, adianta<br />
Nuno Sousa. Claro está que, para tal, é necessário<br />
gerir um grande stock. E isso não<br />
é um problema para uma casa que tem um<br />
armazém com 12 000 m2, onde dispõe de<br />
um stock de cerca de 45 mil pneus, de todas<br />
as medidas. Os mais procura<strong>dos</strong>, revela, são<br />
as gamas mais altas e de marcas premium.<br />
“Os pneus budget só temos porque é conveniente<br />
dar resposta a to<strong>dos</strong> os clientes.”<br />
A <strong>Pneus</strong> Cruzeiro mantém a oficina a dois<br />
passos do grande armazém (e <strong>dos</strong> escritórios)<br />
e apenas aí faz a venda a particulares.<br />
Mas isso representa apenas 3% de um volume<br />
de negócios que no ano passado cresceu<br />
20% em relação a 2012. “Não representa<br />
nada. O resto é a nossa distribuição para as<br />
casas de pneus e é aí que se fixa o negócio.<br />
Não podemos fazer concorrência direta a<br />
clientes que estão aqui a 20 ou 30 km”, sublinha<br />
Nuno Sousa.<br />
Perto de 80% das vendas da <strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />
são feitas online. E estes clientes são as casas<br />
de pneus. “Pura e simplesmente. Não há<br />
outro cliente online. Mas é um cliente muito<br />
bem informado e que sabe perfeitamente o<br />
que quer”, afirma.<br />
Até há dois ou três anos, a tendência de<br />
vendas era de 80% (ligeiros) e 20% (pesa<strong>dos</strong>).<br />
Neste momento, a procura de pneus<br />
pesa<strong>dos</strong> tem vindo a crescer. “Deve estar<br />
agora nos 70%-30%. Temos vendido bastantes<br />
pesa<strong>dos</strong>. E esta situação da Kumho<br />
também nos faz aumentar nesse campo. E é<br />
um campo para onde estamos orienta<strong>dos</strong>.”<br />
34 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 35
Avaliação obrigatória vw Golf gti Performance dsg<br />
//////////////////<br />
Ícone desportivo<br />
É já um ícone desportivo. Na versão Performance, o Golf GTI deve parte da sua eficácia<br />
ao motor 2.0 TSI de 230 cv, à suspensão firme, aos travões potentes e aos pneus Dunlop<br />
SP Sport Maxx GT, de medida 225/40ZR18. A outra parte é assegurada pela caixa DSG,<br />
pelo Dynamic Chassis Control e pelo diferencial autoblocante no eixo dianteiro<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Eficácia não lhe falta. Irreverência<br />
muito menos. Mais do que um<br />
playboy, o Golf GTI é o rei <strong>dos</strong> desportivos<br />
compactos. O estatuto que<br />
tem e o longo historial de que dispõe assim<br />
o determinam. O que não é de admirar:<br />
desde 1976 que a VW apaixona legiões de<br />
fãs com as versões GTI deste modelo. São<br />
já sete as gerações deste desportivo, do<br />
qual foram produzidas e vendidas mais de<br />
1,9 milhões de unidades a nível mundial.<br />
Disponível nas variantes de três e cinco<br />
portas, com caixa manual ou DSG (ambas<br />
de seis velocidades), o Golf GTI eleva-se a<br />
outro patamar com a especificação Performance:<br />
o motor 2.0 TSI passa de 220 para<br />
230 cv e, mais importante do que isso,<br />
serve-se de um diferencial autoblocante<br />
eletrónico no eixo dianteiro. Melhor, só<br />
mesmo o Golf R (300 cv e tração integral<br />
4Motion com acoplamento Haldex de<br />
quinta geração), que custa, na versão de<br />
três portas, com caixa DSG, €49 590...<br />
w Espalha-brasas<br />
Não é o mais potente da sua classe. Nem<br />
sequer é que exige mais mão-de-obra. Mas<br />
é um <strong>dos</strong> mais eficazes e apelativos desportivos<br />
de tração dianteira que existem. É<br />
capaz de tirar o sono ao condutor, de o tirar<br />
do sério e, acima de tudo, faz-lhe bem ao<br />
ego. Muito bem mesmo. O Golf GTI é um<br />
verdadeiro espalha-brasas. Agressivo sem<br />
ser exuberante, diferencia-se das versões<br />
convencionais pelos pára-choques proeminentes,<br />
grelha escura com uma risca<br />
vermelha, jantes “Austin” de 18” com cinco<br />
enormes buracos, pinças de travagem ver-<br />
Na especificação<br />
Performance, o motor<br />
2.0 TSI do Golf GTI<br />
chega aos 230 cv<br />
36 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
O habitáculo estabelece<br />
ligação com os GTI<br />
do passado da marca<br />
graças aos bancos<br />
desportivos em tecido<br />
no padrão “Clark”<br />
Dunlop SP Sport Maxx GT<br />
Tecnologia Dunlop Touch<br />
w O VW Golf GTI que a REVISTA DOS<br />
PNEUS testou vinha equipado com pneus<br />
Dunlop SP Sport Maxx GT, de medida<br />
225/40ZR18 92 Y, em ambos os eixos. Concebido<br />
para automóveis desportivos, este pneu<br />
de Verão faz uso da tecnologia Dunlop Touch,<br />
que combina várias funcionalidades avançadas<br />
que proporcionam uma condução precisa<br />
e uma resposta rápida em piso seco. O perfil<br />
do piso, mais plano, faz com que o pneu tenha<br />
maior superfície de contacto com o solo. Tudo<br />
para oferecer maior precisão na direção e mais<br />
feedback da estrada. O composto do piso é<br />
misturado com negro de carbono de corrida<br />
para aumentar a aderência e o desempenho<br />
de travagem em piso seco. O design assimétrico<br />
do piso, tendo este um perfil mais plano<br />
e sendo do tipo multiraio, o sistema específico<br />
de assentamento do talão e a proporção variável<br />
de blocos e sulcos são outras características<br />
do Dunlop SP Sport Maxx GT, que revelou<br />
estar perfeitamente à altura das constantes<br />
solicitações exigidas pelo VW Golf GTI.<br />
melhas com inscrição GTI nas dianteiras,<br />
dois escapes, discreto deflector no topo<br />
do óculo posterior, difusor de ar traseiro<br />
e sigla GTI na grelha e na tampa da mala.<br />
A carroçaria está pintada de branco “Oryx”<br />
(por tratar-se de uma pintura madre pérola,<br />
custa €880), mas podia estar coberta de<br />
qualquer outra das nove cores disponíveis.<br />
Como podia ter, também, cinco portas.<br />
Nada se alteraria.<br />
Após uma observação quer ao volume da<br />
mala quer ao espaço disponível no banco<br />
traseiro (aspetos que pouca relevância têm<br />
tratando-se de um desportivo, embora<br />
o Golf GTI cumpra os requisitos de uma<br />
utilização mais familiar se necessário for),<br />
era tempo de ocuparmos o melhor lugar<br />
do mundo: o do condutor. O ambiente<br />
interior, sóbrio e nada exuberante, é<br />
muito semelhante ao do GTI da anterior<br />
geração. Mas é deveras agradável: bancos<br />
desportivos em tecido no padrão “Clark”,<br />
numa clara alusão aos GTI do passado da<br />
marca; pedais em aço inoxidável; inserções<br />
em preto “Checkered» no painel de<br />
instrumento e nas guarnições das portas;<br />
mostradores com fundo escuro e grafismo<br />
branco; costuras vermelhas no volante e<br />
no fole da caixa; volante de três braços,<br />
com base plana, em pele.<br />
A qualidade de construção elevada, o<br />
equipamento extenso e o posto de condução<br />
ótimo, demonstram que a vw sabe<br />
bem aquilo que faz. Sem mais demoras,<br />
rodámos a chave de ignição e acordámos<br />
o motor... A voz grossa do 2.0 TSI é um<br />
bom prenúncio...<br />
w Play boy, play<br />
Motor 2.0 TSI de 230 cv. Caixa DSG de<br />
seis velocidades com patilhas no volante.<br />
Suspensão firme (a carroçaria foi rebaixada<br />
em 15 mm face aos restantes Golf). <strong>Pneus</strong><br />
Dunlop SP Sport Maxx GT, de medida<br />
225/40ZR18. Travões potentes. Direção<br />
progressiva. Controlo de estabilidade (um<br />
primeiro toque no botão desativa o controlo<br />
de tração; um segundo, superior a<br />
três segun<strong>dos</strong>, coloca o controlo de estabilidade<br />
no modo “Sport”). Dynamic Chassis<br />
Control (dispõe <strong>dos</strong> mo<strong>dos</strong> de regulação<br />
Comfort, Normal e Sport). Sistema XDS+<br />
(bloqueio eletrónico do diferencial, que<br />
trava a roda interior da curva quando esta<br />
perde motricidade, enviando, neste caso,<br />
binário para a roda exterior, garantindo-<br />
-lhe melhor tração).<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 37
Avaliação obrigatória<br />
vw Golf gti Performance dsg<br />
Na especificação Performance,<br />
o Golf GTI beneficia ainda de<br />
um diferencial autoblocante<br />
eletrónico no eixo dianteiro,<br />
que funciona sem perdas de<br />
potência. O que significa que<br />
a potência desenvolvida pelo<br />
motor é transferida a 100% ao<br />
solo e está disponível sem limites<br />
para deslocar este desportivo.<br />
Produzido com uma unidade<br />
multidisco localizada entre o<br />
semi-eixo direito e a caixa do<br />
diferencial, tem a pressão hidráulica<br />
necessária para acionar os<br />
discos, sendo esta gerada através<br />
de um motor elétrico. O binário<br />
máximo de bloqueio é de 1600<br />
Nm, de modo a que, caso seja<br />
necessário, o mesmo possa ser<br />
direcionado a apenas uma das<br />
rodas, o que corresponde a um<br />
efeito de bloqueio de 100%.<br />
Com todo este elenco técnico<br />
à disposição, não admira, pois,<br />
que o condutor não tenha qualquer<br />
dificuldade em desempenhar<br />
com mestria a sua tarefa.<br />
Com uma estabilidade digna de<br />
nota e elevada motricidade, o<br />
Golf GTI é um desportivo eficaz.<br />
Faça chuva ou faça sol. E como<br />
as prestações são fulgurantes,<br />
a vontade de conduzir sobrepõem-se<br />
a tudo o resto. O nível<br />
de conforto não desilude. Tal<br />
como os consumos, que só não<br />
são mais eleva<strong>dos</strong> porque esta<br />
lá a tecnologia BlueMotion, que<br />
integra função start/stop.<br />
vw Golf gti Performance dsg<br />
MOTOR<br />
Tipo<br />
4 cilindros em linha,<br />
transversal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 1984<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
82,5x92,8<br />
Taxa de compressão 9,6:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 230/4700-6200<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 350/1500-4600<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c., 16 válvulas<br />
Alimentação<br />
injeção direta de gasolina<br />
Sobrealimentação<br />
turbocompressor<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
dianteira com ESP/XDS+<br />
/diferencial autoblocante<br />
Caixa de velocidades<br />
automática dupla<br />
embraiagem de 6+ma (DSG)<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (Servotronic)<br />
Diâmetro de viragem (m) 10,9<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (340)<br />
Traseiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (310)<br />
ABS<br />
sim, com EBD+BAS<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
McPherson<br />
com triângulos sobrepostos<br />
Traseira<br />
Fourlink com molas<br />
separadas <strong>dos</strong> amortecedores<br />
Barra estabilizadora frente/trás<br />
sim/sim<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 248<br />
0-100 km/h (s) 6,4<br />
Consumos (l/100 km)<br />
Extra-urbano/Combinado/Urbano 5,4/6,4/8,1<br />
Emissões de CO2 (g/km) 149<br />
Nível de emissões Euro 6<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Cx 0,318<br />
Comprimento/largura/altura (mm) 4268/1799/1442<br />
Distância entre eixos (mm) 2631<br />
Largura de vias frente/trás (mm) 1538/1517<br />
Capacidade do depósito (l) 50<br />
Capacidade da mala (l) 380-1270<br />
Peso (kg) 1402<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 6,1<br />
Jantes de série<br />
7 1/2Jx18”<br />
<strong>Pneus</strong> de série<br />
225/40ZR18<br />
<strong>Pneus</strong> da unidade TESTADA<br />
Dunlop SP Sport Maxx GT - 225/40ZR18 92 Y<br />
Imposto Único Circulação (IUC) €227,08<br />
Preço (s/ despesas) €44 889<br />
Preço da unidade testada €50 436<br />
38 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 39
Em estrada<br />
//////////////////<br />
Hyundai i30 1.6 CRDi Style<br />
Idade adulta<br />
w A Hyundai tem feito o trabalho de casa em relação à<br />
credibilidade das suas propostas. O i30 1.6 CRDi que aqui<br />
testamos, com 128 cv, passa com nota elevada no exame.<br />
Com um visual atraente, este familiar compacto tem um<br />
habitáculo espaçoso e uma qualidade de materiais e de<br />
montagem quase irrepreensíveis, algo bem distante das<br />
propostas de outros tempos - e de outros plásticos ligeiramente<br />
mais duros.<br />
Caso para afirmar que, à segunda geração, o compacto<br />
sul-coreano alcançou a maturidade. Dispõe agora de 4,30<br />
metros de comprimento (mais 20 mm), 1,78 metros de<br />
largura (mais 5 mm) e 1,47 metros de altura (10 mm mais<br />
baixo), caraterísticas que emprestam ao i30 uma componente<br />
mais desportiva do que o modelo anterior. Um perfil<br />
bem secundado pela força <strong>dos</strong> 128 cv às 4000 rpm de um<br />
motor que cumpre os 0-100 km/h em 10,9 segun<strong>dos</strong>, e pela<br />
eficácia da caixa manual de seis velocidades.<br />
Com o nível de equipamento Style, o Hyundai i30 conta<br />
com travão de estacionamento elétrico, sensor de chuva e<br />
câmara de ajuda ao estacionamento (que se serve de um<br />
ecrã tátil de 12´´), entre muitos outros predica<strong>dos</strong>.<br />
Por: Jorge Flores<br />
O sistema start/stop faz parte<br />
do conceito Blue Drive que<br />
reduz consumos e emissões<br />
Ficha Técnica<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel,<br />
transversal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 1582<br />
Potência máxima (cv/rpm) 128/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 260/1900-2750<br />
Velocidade máxima (km/h) 197<br />
0-100 km/h (s) 10,9<br />
Consumo (l/100 km) 5,2<br />
Emissões de CO2 (g/km) 114<br />
Preço €24 810<br />
IUC €130,10<br />
Renault Scénic Xmod 1.5 dCi Sport<br />
Ares de SUV<br />
w Para além da renovação estética e da evolução<br />
de conteúdo, o Scénic tem na versão Xmod<br />
a sua novidade mais sonante. A ideia, segundo<br />
a Renault, foi manter todo o espírito Scénic<br />
mas num formato de crossover. Intenção que<br />
foi, diga-se abono da verdade, amplamente<br />
conseguida. É que graças às proteções aplicadas<br />
quer na secção inferior da carroçaria quer<br />
nas cavas das rodas, este monovolume dá realmente<br />
ares de SUV. As barras no tejadilho, o<br />
opcional amarelo metalizado (€430) e as jantes<br />
de 16” (requisito obrigatório do Grip Control),<br />
são adereços que fazem todas a diferença. E<br />
já que falamos do Grip Control, refira-se que<br />
este sistema permite, através de um comando<br />
circular situado ao lado da alavanca da caixa,<br />
otimizar a tração em função do tipo de piso:<br />
mo<strong>dos</strong> Estrada, Fora de Estrada e Expert. O<br />
Scénic Xmod vem, assim, estabelecer uma<br />
certa ligação com o Scénic RX4 que a Renault<br />
lançou no ano 2000 (tinha tração integral e<br />
motor 2.0 a gasolina).<br />
Equipado com o motor Diesel de 1,5 litros<br />
com 110 cv pertencente à família Energy, que<br />
traz acoplada caixa manual de seis velocidades,<br />
dispõe de sistema start/stop e permite que<br />
este monovolume seja comercializado sob a<br />
assinatura ambiental eco2, o Scénic Xmod é<br />
deveras agradável de conduzir. Pelo conforto<br />
que oferece, pelas boas prestações que alcança<br />
e pelos consumos reduzi<strong>dos</strong> que proporciona.<br />
Se a tudo isto juntarmos o habitáculo espaçoso<br />
e funcional, o posto de condução ergonómico<br />
e o nível de equipamento completo, estão encontradas<br />
as razões que tornam este modelo<br />
numa excelente opção para a família.<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Ficha Técnica<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel,<br />
transversal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 1461<br />
Potência máxima (cv/rpm) 110/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 260/1750<br />
Velocidade máxima (km/h) 180<br />
0-100 km/h (s) 12,5<br />
Consumo (l/100 km) 4,1<br />
Emissões de CO2 (g/km) 105<br />
Preço €29 550<br />
IUC €130,10<br />
40 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
Toyota Auris Touring Sports 1.4 D-4D Comfort<br />
Espaço à razão<br />
w Elegante, espaçosa e económica. Estes serão,<br />
porventura, os três principais requisitos que os<br />
clientes exigem de uma carrinha – e não necessariamente<br />
por esta ordem. A Toyota Auris<br />
Touring Sports não falha em nenhum deles.<br />
Começando pelas linhas, agora mais fluidas,<br />
nota-se (à frente) as semelhanças com a versão<br />
de cinco portas. Mas mais importante são as<br />
múltiplas soluções que facilitam a qualidade<br />
de vida a bordo, graças ao sistema “Easy Flat”,<br />
que permite rebater as costas <strong>dos</strong> bancos traseiros,<br />
apenas com um toque nas alavancas<br />
colocadas na bagageira – e que transforma os<br />
já invejáveis 530 litros de capacidade da mala<br />
em 1658 litros…<br />
Esta versão turbodiesel 1.4 D-4D, com 90cv,<br />
não será das mais entusiasmantes em termos<br />
de comportamento dinâmico. As recuperações<br />
deixam algo a desejar, demorando 13 segun<strong>dos</strong><br />
a cumprir os 0-100 km/h. Mas compensa<br />
no terceiro requisito… a parte económica da<br />
As performances podem<br />
ser modestas, mas a eficácia<br />
dinâmica é digna de registo<br />
questão: 4,2 l/100 km em regime combinado.<br />
Preço é outro <strong>dos</strong> trunfos desta Auris Touring<br />
Sports. No nível Comfort, onde não falta nada<br />
de significativo em termos de conforto e de<br />
segurança, o investimento será de €25 450.<br />
Por: Jorge Flores<br />
Ficha Técnica<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel,<br />
transversal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 1364<br />
Potência máxima (cv/rpm) 90/3800<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 205/1800-2800<br />
Velocidade máxima (km/h) 175<br />
0-100 km/h (s) 13,0<br />
Consumo (l/100 km) 4,2<br />
Emissões de CO2 (g/km) 97<br />
Preço €25 450<br />
IUC €130,10<br />
Volvo V60 D2 Powershift<br />
Tranquila<br />
w Seja pelo conforto que proporciona, pelos inúmeros dispositivos<br />
de segurança presentes a bordo ou pela caixa<br />
automática Powershift de seis velocidades, a verdade é<br />
que a V60 da Volvo, aqui representada na versão D2 Momentum,<br />
oferece tranquilidade total.<br />
Dona de uma elegância digna de registo, esta carrinha<br />
nórdica, que dispõe de uma imagem imaculada (quanto<br />
mais não seja pelo branco gelo que cobre a carroçaria) e<br />
que surge equipada com jantes “Rex” de 17”, deve parte<br />
do seu agrado à presença de vários opcionais. A saber:<br />
sistema de assistência ao estacionamento dianteiro e traseiro<br />
(€320); painel de instrumentos digital (€330); Audio<br />
“High Performance 7” (€175), que contempla ecrã colorido<br />
de 7”, oito colunas, amplificador 4x40W, Bluetooth,<br />
entradas USB+iPod+Aux, leitor de CD frontal, mp3 integrado<br />
e coman<strong>dos</strong> no volante com botão rotativo; Pack<br />
Light (€1040), composto por faróis Active Dual Xénon,<br />
lava-faróis, upgrade de iluminação interior e retrovisores<br />
eletrocromáticos; Pack Family (€290), que inclui dois<br />
bancos elevatórios integra<strong>dos</strong> de duas fases, fecho de segurança<br />
para crianças e possibilidade de desativar o airbag<br />
do acompanhante.<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Ficha Técnica<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel,<br />
transversal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 1560<br />
Potência máxima (cv/rpm) 115/3600<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 270/1750-2500<br />
Velocidade máxima (km/h) 190<br />
0-100 km/h (s) 12,3<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,2<br />
Emissões de CO2 (g/km) 110<br />
Preço €40 451<br />
IUC €130,10<br />
As recentes alterações de que foi alvo trouxeram à V60 um visual mais<br />
atraente e moderno. As jantes “Rex” de 17’’ dão um toque de classe<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 41
Entrevista Manuel Felix<br />
Euro Tyre I Núcleo Industrial de Murtede Lt 13 a 15 I 3060-372 Murtede - Cantanhede I Diretor Geral: Manuel Félix I Tel: 231 419 190<br />
E-mail: felix@eurotyre.pt I Internet: www.eurotyre.pt<br />
“A Marshal é reconhecida”<br />
A Marshal é uma marca com 25 anos de existência e possui uma ampla oferta de<br />
pneus nos segmentos de turismo, comerciais, 4x4 e camião<br />
Em entrevista à REVISTA DOS PNEUS,<br />
Manuel Félix destaca as qualidades<br />
destes pneus e apresenta os principais<br />
objetivos da Euro Tyre para<br />
este ano <strong>2014</strong>.<br />
Quais são as principais características<br />
<strong>dos</strong> pneus Marshal?<br />
Sendo uma marca que se posiciona no<br />
segmento quality, pois os pneus são desenvolvi<strong>dos</strong><br />
e fabrica<strong>dos</strong> exatamente com<br />
os mesmos padrões de qualidade da marca<br />
Kumho, a Marshal caracteriza-se somo uma<br />
marca de alta performance, com uma gama<br />
de mais de 300 modelos disponíveis que<br />
vão desde jante 13” em turismo até ao pneu<br />
de camião em jante 22.5”. Possui as gamas<br />
completas em turismo, comerciais, 4x4 e<br />
camião.<br />
Onde são fabrica<strong>dos</strong> os pneus Marshal?<br />
Os pneus Marshal são fabrica<strong>dos</strong> nas<br />
fábricas da Kumho na Coreia e na China.<br />
Como define o fabricante <strong>dos</strong> pneus<br />
Marshal?<br />
A Kumho, o fabricante <strong>dos</strong> pneus Marshal,<br />
pretende ser um player de destaque<br />
no mercado europeu já o sendo em outras<br />
zonas do globo. Define-se como uma<br />
marca global, capaz de desenvolver todas<br />
as tecnologias mais avançadas para obter<br />
as melhores performances para os seus<br />
produtos.<br />
Quais os objetivos deste fabricante para<br />
Portugal e a nível mundial?<br />
Os objectivos são os de reativar a marca<br />
em Portugal e obter uma quota significativa<br />
no mercado ibérico através da Euro Tyre.<br />
A nível mundial pretende posicionar-se<br />
como uma marca de referência seja em<br />
equipamento original seja no mercado<br />
de reposição<br />
Como é composta a gama de pneus<br />
Marshal atualmente distribuída pela<br />
Euro Tyre?<br />
A Euro Tyre quando inicia um projeto<br />
como este de distribuição exclusiva, disponibiliza<br />
aos seus clientes toda a gama<br />
dimensional de acordo com as necessidades<br />
do mercado.<br />
Como caracteriza os clientes <strong>dos</strong> pneus<br />
Marshal?<br />
São clientes que buscam essencialmente<br />
um produto com qualidade em que o preço<br />
esteja proporcional a essa qualidade.<br />
Que apoio vão dar aos vossos clientes, a<br />
nível de formação técnica, marketing e<br />
gestão?<br />
Iremos desenvolver alguns projetos com<br />
os clientes e temos algumas surpresas.<br />
Qual o prazo de entrega <strong>dos</strong> pedi<strong>dos</strong><br />
feitos durante o dia?<br />
O prazo de entrega <strong>dos</strong> pneus Marshal,<br />
bem como de qualquer marca que esteja<br />
disponível nos nossos armazéns pode variar<br />
de 90 minutos a 24 horas. Já em Espanha<br />
as nossas entregas podem ser de manhã<br />
para a tarde ou em 24 horas.<br />
Considera que a marca é já bem conhecida<br />
pelos profissionais do setor e<br />
público em geral?<br />
A Marshal é uma marca com bastante<br />
notoriedade e reconhecida pelos seus eleva<strong>dos</strong><br />
padrões de qualidade. A nível das<br />
vendas, os nosso objectivos são modestos<br />
porque estamos a começar agora o projeto.<br />
O que tenciona fazer para aumentar<br />
a notoriedade da marca Marshal no<br />
mercado?<br />
Não existe melhor publicidade do que<br />
aquela que os nossos clientes (casas de<br />
pneus) podem fazer. Para isso iremos promover<br />
ações de formação e promoção da<br />
marca para que eles se sintam confortáveis<br />
no ponto de venda. Ao nível da qualidade<br />
do produto ela é indiscutível e por isso, ao<br />
longo do tempo, iremos concerteza verificar<br />
um aumento da notoriedade por essa via.<br />
Qual é o ponto da situação das vendas<br />
on-line e quanto representam a nível<br />
das vendas globais da empresa?<br />
Fomos o primeiro distribuidor a apostar<br />
fortemente nas vendas online e isso reflete-<br />
-se hoje nos resulta<strong>dos</strong>. O nosso site B2B<br />
reflete essa nossa aposta sendo muito rápido<br />
e fiável. Neste momento as vendas<br />
online representam muito mais de metade<br />
das nossas vendas.<br />
Qual é a estratégia de distribuição que<br />
tem sido seguida pela Euro Tyre?<br />
Desde o primeiro momento fomos pioneiros<br />
em alguns aspectos na área da<br />
distribuição de pneus. A nossa estratégia<br />
assenta na proximidade com o cliente e<br />
na disponibilização <strong>dos</strong> produtos que ele<br />
necessita no mais curto espaço de tempo.<br />
Temos hoje entregas de 6 vezes ao dia na<br />
zona de Lisboa e cobrimos mais de 70%<br />
<strong>dos</strong> nossos clientes com entregas bi-diárias.<br />
Fazem campanhas e promoções? Qual<br />
tem sido a aceitação <strong>dos</strong> clientes?<br />
42 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
Managing Director Portugal Spain<br />
Está nos objetivos da Euro Tyre criar<br />
uma rede de oficinas?<br />
Temos vários projetos de fidelização, com<br />
as nossas marcas próprias, a decorrer que<br />
iremos ver a sua evolução ao longo de<br />
tempo.<br />
Efetuamos campanhas com uma regularidade<br />
quinzenal, pontualmente podemos<br />
oferecer aos nossos clientes uma<br />
oferta específica que pode durar 1 dia. A<br />
aceitação é cada vez menor porque com a<br />
disponibilização do produto em 90 minutos<br />
ou de manhã para a tarde os clientes não<br />
necessitam de fazer stock.<br />
O que é que hoje em dia faz mais a<br />
diferença neste mercado: o produto, o<br />
serviço, a disponibilidade de stock ou o<br />
preço?<br />
To<strong>dos</strong> estes factores são determinantes<br />
para os nossos clientes, na hora de comprar,<br />
nós na Euro Tyre acreditamos que cada vez<br />
mais a disponibilidade e a regularidade de<br />
stock são fundamentais neste negócio, se<br />
adicionarmos um óptimo serviço de entregas,<br />
ficam criadas as condições perfeitas<br />
para os nossos clientes decidirem onde<br />
comprar.<br />
Como analisa a reestruturação das casas<br />
de pneus em casas de serviços rápi<strong>dos</strong>?<br />
A Euro Tyre acredita que um dia vai também<br />
ter que vender peças auto. Penso que<br />
isto diz tudo. É uma tendência natural que<br />
as casas de pneus terão que seguir para<br />
poderem sobreviver no mercado.<br />
Qual a sua opinião sobre as redes organizadas<br />
de oficinas de pneus?<br />
Na Euro Tyre acreditamos que cada vez<br />
mais será difícil comprar melhor. A necessidade<br />
neste momento é aumentar o número<br />
de entradas diárias dentro das casas<br />
de pneus e com isso conseguir fazer cross<br />
selling, indo buscar mais margem a outros<br />
artigos além <strong>dos</strong> pneus. Para isso é necessária<br />
uma dinamização do ponto de venda,<br />
seja através de ações conjuntas de rede<br />
ou ele próprio na sua zona de influência.<br />
Algumas redes organizadas são uma boa<br />
solução, outras, que se focam apenas no<br />
comprar melhor, não me parece que tenham<br />
futuro.<br />
Na Euro Tyre disponibilizamos aos nossos<br />
clientes um site de vendas ao consumidor<br />
final para que eles possam ter uma presença<br />
na internet aumentando assim a sua<br />
exposição no mercado e procurando com<br />
isso aumentar o tráfego dentro das casas<br />
de pneus.<br />
E ter uma marca própria de pneus?<br />
A Euro Tyre é o único distribuidor de<br />
pneus europeu que possui uma marca de<br />
pneus com o seu nome. No entanto, devido<br />
a um acordo que temos com a rede de lojas<br />
Eurotyre, desenvolvida pela Arc en Ciel, não<br />
podemos efetuar a sua comercialização<br />
nos países onde esta rede estiver presente<br />
como são os casos de Portugal e Espanha.<br />
O que pretende fazer para a Euro Tyre<br />
se diferenciar no mercado nacional da<br />
distribuição de pneus?<br />
Estamos a trabalhar para em 2015 estarmos<br />
com diversos projetos no mercado<br />
que nos possam diferenciar em relação à<br />
nossa concorrência.<br />
Que balanço faz da atividade da v/ empresa<br />
em 2013?<br />
O balanço é bastante positivo. Conseguimos<br />
taxas de crescimento de dois dígitos<br />
nos merca<strong>dos</strong> onde atuamos (Portugal e<br />
Espanha) e, pela primeira vez, uma empresa<br />
distribuidora de pneus (a Euro Tyre) aparece<br />
no ranking das 1.000 Maiores empresas<br />
de Portugal na posição 907. Isso deixa-nos<br />
muito esperança<strong>dos</strong> para o futuro porque<br />
reflete o esforço que temos feito para que<br />
os nossos clientes tenham sempre o melhor<br />
serviço disponível.<br />
E quais são os objetivos para este ano<br />
<strong>2014</strong>, a nível de investimentos e vendas?<br />
Os objectivos são claros. Queremos crescer<br />
no mercado espanhol, onde ainda temos<br />
muito espaço pela frente e consolidar<br />
a nossa presença em Portugal através de<br />
mais inovação e outros projetos que temos<br />
em mente. Vamos ampliar o nosso armazém<br />
em Barcelona para 4.000m2 e abrir mais<br />
um armazém em Madrid com a mesma<br />
área. Desta forma teremos 4 armazéns na<br />
Península Ibérica o que nos permite efetuar<br />
entregas entre 90 minutos e 16 horas<br />
a to<strong>dos</strong> os nossos clientes.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 43
Entrevista Isamu Ishida<br />
Falken Tyre Europe I Berliner Straße 74-76 63065 Offenbach am Main – Alemanha I Diretor de vendas: Carlos Vinas I Tel: +49 69 2475252-64<br />
Fax: +49 69 2475252-8864 I Mail: n.cerone-schatz@falken-europe.de I Web: http://www.falken-europe.de<br />
“Estamos presentes<br />
no coração da Europa”<br />
Fundada em Offenbach am Main, na Alemanha, a Falken Tyre Europe GmbH foi<br />
estabelecida em Dezembro de 2008. A REVISTA DOS PNEUS entrevistou Isamu<br />
Ishida, Managing Director, que nos revelou que a maior conquista da companhia<br />
foi criar uma organização profissional no coração do mercado europeu<br />
A<br />
marca japonesa Falken existe<br />
desde 1983 e pertence à já centenária<br />
Sumitomo Rubber Industries,<br />
Ltd. Mas só em Dezembro<br />
de 2008 a marca se estabeleceu na Europa.<br />
Mais concretamente em Offenbach am<br />
Main, na Alemanha. Aqui, criou a sua própria<br />
organização de vendas para o Velho<br />
Continente. Um momento que a marca<br />
considera histórico. E um sonho tornado<br />
realidade, uma vez que a Falken sempre<br />
almejou comercializar os seus próprios<br />
pneus na Europa. A REVISTA DOS PNEUS<br />
entrevistou Isamu Ishida, Managing Director,<br />
que nos deu a conhecer os planos da<br />
marca para o Velho Continente.<br />
Pode fazer-nos um breve resumo da<br />
história da Falken Tyre Europe?<br />
A Falken Tyre Europe (FTE) é uma empresa<br />
jovem, que se estabeleceu apenas em Dezembro<br />
de 2008. No ano a seguir, em 2009,<br />
foi efetivamente o período que marcou o<br />
arranque da estrutura. Depois, em 2010,<br />
começámos a atividade de vendas que temos<br />
atualmente, ano em que alcançámos<br />
os resulta<strong>dos</strong> que esperávamos. Em 2011, as<br />
nossas vendas duplicaram e, em 2012, fruto<br />
da difícil conjuntura económica que atingiu<br />
os consumidores, os resulta<strong>dos</strong> estiverem<br />
ligeiramente abaixo de 2011. Mas no ano<br />
passado, graças, também, ao novo pneu All<br />
Season, o Euroall AS200, a FTE aumentou as<br />
suas vendas. Este ano iremos estabelecer<br />
um novo recorde.<br />
Quais foram as maiores conquistas para<br />
a companhia?<br />
Quando a FTE foi estabelecida, em 2008,<br />
apenas quatro pessoas faziam parte da<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
estrutura. Hoje, dispomos de 66 funcionários.<br />
A maior conquista foi criar uma<br />
organização profissional no coração do<br />
mercado europeu, num curto espaço de<br />
tempo. Esta estratégia continua em curso<br />
e o nosso objetivo é melhorar o serviço<br />
para to<strong>dos</strong> os clientes Falken na Europa. A<br />
Falken é a mais importante marca da nossa<br />
empresa-mãe Sumitomo Rubber Industries,<br />
Ltd. No mercado e uropeu a FTE recebe<br />
total apoio em termos de produtos, performance<br />
e suporte técnico, de modo a<br />
garantir os produtos certos para a região.<br />
Analisando os principais contratos OEM<br />
que temos assegura<strong>dos</strong>, dá para ver que<br />
funcionamos bem.<br />
Quais serão as novidades mais importantes<br />
da FTE para este ano de <strong>2014</strong>?<br />
Para nós, o mais importante será continuar<br />
a aumentar o reconhecimento da<br />
marca Falken na Europa, em linha com<br />
a nossa estratégia de expansão. E isto é<br />
particularmente notável no setor OEM,<br />
onde faremos mais anúncios. Teremos<br />
uma atividade mais intensa na competição,<br />
lançaremos novos e excitantes produtos e<br />
assistiremos à introdução de novas tecnologias<br />
na Falken provenientes da Sumitomo.<br />
Estamos particularmente entusiasma<strong>dos</strong><br />
com o lançamento de novos produtos,<br />
mas sobre eles daremos a conhecer mais<br />
detalhes nos próximos meses.<br />
A FTE investirá em diferentes estratégias<br />
comerciais e de marketing este ano?<br />
Sim, claro. De modo a dar todo o apoio<br />
aos supracita<strong>dos</strong> projetos. Mas manteremos<br />
os nossos valores de performance e<br />
44 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
Managing Director da Falken Tyre Europe<br />
Carlos Vinas, Diretor de vendas Ibérico da Falken<br />
“Dia após dia sentimos mais confiança no mercado português”<br />
w O que pensa do mercado português?<br />
O negócio <strong>dos</strong> pneus sofreu um forte<br />
abalo devido à crise económica e financeira,<br />
o que levou a um significativo<br />
ajuste nos últimos três/quatro anos. O<br />
principal problema para to<strong>dos</strong> os players<br />
do mercado é, provavelmente, a rentabilidade.<br />
A situação do mercado ainda<br />
é bastante difícil nos dias que correm,<br />
apesar de termos registado um ligeiro<br />
crescimento.<br />
w Que importância tem o mercado português<br />
de pneus no vosso negócio?<br />
Arrancámos com valores pequenos, mas<br />
estamos a crescer. O mercado português<br />
é, para nós, uma parte importante, uma<br />
vez que pertence aos que integram o Sul<br />
da Europa. Principalmente no negócio<br />
<strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, onde estamos a desenvolver<br />
um ótimo trabalho, tanto em vendas<br />
como em pneus de teste.<br />
w Que avaliação faz do desempenho da<br />
Falken no mercado português em 2013?<br />
Os números disseram-nos que crescemos<br />
mais do que tínhamos previsto. Mas o mais<br />
importante no ano passado foi termos ganho,<br />
passo a passo, mais consciência do mercado<br />
português. Dia após dia, sentimos mais confiança<br />
mesmo.<br />
w Como opera a vossa rede de distribuição<br />
em Portugal?<br />
Devido ao facto de não dispormos de<br />
qualquer armazém para o Sul da Europa,<br />
necessitamos da colaboração <strong>dos</strong> nossos<br />
distribuidores de modo a podermos estar<br />
presentes no mercado português de forma<br />
mais intensa. A nossa rede em Portugal encontra-se<br />
dividida por segmentos: um para<br />
o negócio <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>; outros para automóveis,<br />
IT e 4x4.<br />
w Que perspetivas traça para o futuro do<br />
negócio <strong>dos</strong> pneus em Portugal?<br />
A situação atual do mercado e os da<strong>dos</strong><br />
económicos de que dispomos dão-nos clara<br />
indicação de que as coisas estão a melhorar<br />
e a tendência antevê-se positiva para os próximos<br />
anos. O negócio <strong>dos</strong> pneus em Portugal<br />
é, sobretudo, um negócio de cariz familiar.<br />
Mas se essas empresas estiverem bem estruturadas,<br />
serão bastante sólidas. To<strong>dos</strong> os<br />
players deste negócio, desde fabricantes às<br />
lojas passando por distribuidores, deverão<br />
dar ao mercado tudo o que ele necessita, nomeadamente<br />
flexibilidade e agilidade.<br />
nova tecnologia num patamar de preço<br />
que outros não conseguirão atingir.<br />
Qual a importância das redes sociais na<br />
interação com os vossos clientes?<br />
As redes sociais são, sem surpresa, um<br />
elemento-chave da nossa estratégia de<br />
comunicação. Com dezenas de milhar de<br />
“likes” no Facebook, é possível ver o grau de<br />
interação que isto permite. É por isso que<br />
estamos presentes em várias redes sociais:<br />
temos duas páginas no Facebook e utilizamos<br />
o Twitter, o Instagram e o Google+ para<br />
comunicar com os nossos clientes e fãs.<br />
O nosso canal no YouTube teve centenas<br />
de milhar de visualizações e estamos em<br />
condições de partilhar as nossas atividades<br />
pelo mundo. Em <strong>2014</strong>, incrementaremos<br />
a publicidade. Temos inclusivamente já<br />
alguns planos em curso nessa área.<br />
UHP, off-road, pneus eco, SUV, entre outros.<br />
E, também, expandir o nosso negócio OEM.<br />
O acesso à tecnologia da Sumitomo Rubber<br />
Industries, Ltd. ajudar-nos-á a atingir<br />
rapidamente o nosso objetivo. Estamos<br />
igualmente empenha<strong>dos</strong> em aumentar o<br />
sucesso nas 24 Horas de Nürburgring, onde<br />
colaboramos com a Porsche. Este evento<br />
continuará a ser importante para testar os<br />
nossos pneus e as capacidades de quem<br />
trabalha na nossa organização.<br />
Que expectativas têm para <strong>2014</strong> no que<br />
diz respeito a vendas e investimentos?<br />
O plano de longo prazo da FTE está definido.<br />
O nosso objetivo é atingir uma quota<br />
de 5% no mercado de substituição na Europa.<br />
Para tal, teremos de continuar a oferecer<br />
bons produtos em to<strong>dos</strong> os segmentos:<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 45
Entrevista Mr. Hee-Se Ahn<br />
Hankook Tire Europe I Siemensstr. 5a 63263 Neu-Isenburg – Germany I Vice Presidente: Mr. Hee-Se Ahn<br />
Telefone: + 49 (0) 6102 / 8149 – 172 I Fax: + 49 (0) 6102 / 8149 - 200 I Internet: www.hankooktire-eu.com<br />
Vice Presidente Marketing e Vendas da Hankook<br />
“Somos das empresas que mais<br />
tem crescido a nível mundial”<br />
Eleita como marca de primeiro equipamento para alguns modelos BMW e<br />
Mercedes-Benz, a Hankook está de boa saúde e recomenda-se. Novos produtos,<br />
uma nova fábrica, um novo Centro R&D e um novo centro de testes. Mr. Hee-Se<br />
Ahn, Vice Presidente, Marketing e Vendas, falou-nos sobre tudo isto e muito mais<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Fundada em 1941 como o primeiro fabricante<br />
de pneus da Coreia do Sul,<br />
a Hankook atravessa uma boa fase.<br />
Dispõe, atualmente, de sete fábricas,<br />
estrategicamente colocadas em vários pontos<br />
do globo. Mas ninguém melhor do que<br />
Mr. Hee-Se Ahn, Vice Presidente, Marketing<br />
e Vendas da Hankook, para nos falar sobre<br />
tudo isto e muito mais.<br />
Que resulta<strong>dos</strong> obteve a Hankook no ano<br />
passado?<br />
A performance da Hankook permaneceu<br />
forte em 2013, mesmo num cenário de recessão<br />
económica global contínua. Até ao<br />
terceiro quadrimestre do ano passado, as<br />
vendas globais consolidadas geraram uma<br />
receita de 1.223 biliões de euros (1.80 triliões<br />
de KRW) e um lucro operacional de 165.9 milhões<br />
de euros (244.2 biliões de KRW), o que<br />
estabeleceu uma relação de 13,6% entre lucro<br />
operacional e vendas. A empresa revelou um<br />
crescimento de 0,8% e um forte incremento<br />
do lucro operacional (9,9%), fatores que traduzem<br />
a saúde financeira da Hankook como<br />
empresa líder de pneus a nível global.<br />
Estes resulta<strong>dos</strong> deveram-se, também, à<br />
expansão do negócio destinado a equipamento<br />
de origem, principalmente no segmento<br />
<strong>dos</strong> automóveis premium de maior<br />
volume, como os Mercedes-Benz Classes E<br />
e S e os BMW Série 5 e X5.<br />
Quais foram os maiores sucessos da<br />
Hankook em 2013?<br />
O ano de 2013 foi de sucesso para a<br />
Hankook o que deixa boas perspectivas para<br />
o crescimento futuro do nosso negócio. A<br />
expansão do nosso portfólio destinado a<br />
primeiro equipamento <strong>dos</strong> automóveis premium<br />
reveste-se de extrema importância.<br />
Fomos seleciona<strong>dos</strong> pela Daimler AG para<br />
equipar de origem os Mercedes-Benz Classes<br />
E e S e fomos eleitos pela BMW como<br />
o fornecedor de pneus de primeiro equipamento<br />
para os modelos Série 5 e X5. Depois,<br />
importa ainda referir as aplicações que temos<br />
nos modelos Mini, BMW Séries 1 e 3 e em<br />
três construtores japoneses: Toyota, Nissan<br />
e Honda. O facto de termos diversificado e<br />
expandido o nosso portfólio junto <strong>dos</strong> construtores<br />
de automóveis premium e generalistas,<br />
permitiu-nos registar um crescimento<br />
sem precedentes no mercado de primeiro<br />
equipamento e irá acelerar o processo para<br />
que a Hankook se torne num fabricante de<br />
pneus de topo a nível mundial.<br />
Para além disso, baseada numa estratégia<br />
de investimento bem definida, anunciámos<br />
já diversos planos de investimento, que impulsionarão<br />
o crescimento da empresa rumo<br />
a uma posição de topo a nível mundial. Por<br />
exemplo, no início de 2013, a Hankook revelou<br />
a intenção de construir um novo e icónico<br />
centro de pesquisa e desenvolvimento na<br />
Coreia do Sul, cujo investimento total previsto<br />
é de 250 milhões de dólares. Este complexo<br />
será equipado com a mais avançada tecnologia<br />
e exibirá um design inovador, numa<br />
parceria estabelecida com uma empresa<br />
britânica de arquitetura bastante conhecida:<br />
Foster+Partners. Juntamente com este<br />
novo Centro R&D, a Hankook anunciou a sua<br />
intenção de construir um avançado centro<br />
de testes em Sangju, na Coreia do Sul, que<br />
integrará a maior área de testes do país e<br />
desempenhará um papel decisivo no desenvolvimento<br />
de novas tecnologias.<br />
Por último mas não menos importante,<br />
refira-se o grande investimento que fizemos<br />
quer no alargamento da unidade de produção<br />
europeia localizada na Hungria quer na<br />
expansão da fábrica chinesa de Chongqing.<br />
Friso ainda a inauguração da nossa sétima<br />
unidade de produção global, na Indonésia, e o<br />
anúncio que fizemos no final do ano passado,<br />
onde revelámos que estamos a planear abrir,<br />
46 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 47
Entrevista Mr. Hee-Se Ahn<br />
Mr. Hee-Se Ahn sobre o mercado português<br />
“Tem muitas marcas e inúmeros importadores”<br />
nos EUA, um oitavo complexo (o primeiro que<br />
teremos nesse país). Este último, implicará um<br />
investimento total de 800 milhões de dólares<br />
e terá capacidade para produzir anualmente<br />
11 milhões de pneus a partir de 2016.<br />
Quais serão as novidades mais importantes<br />
da Hankook para <strong>2014</strong>?<br />
Ao sermos das empresas que mais rapidamente<br />
cresceram a nível mundial, continuaremos<br />
a investir de modo a que possamos<br />
expandir-nos em quantidade e qualidade.<br />
A nossa oitava fábrica global (a primeira em<br />
solo norte-americano), desempenhará um<br />
papel decisivo nesta estratégia. A Hankook<br />
continuará a reforçar o seu portfólio de produtos<br />
no segmento premium de primeiro<br />
equipamento e a investir nos supracita<strong>dos</strong><br />
centros de pesquisa, desenvolvimento, testes<br />
e engenharia, na Coreia do Sul.<br />
Até que ponto a Internet e as redes sociais<br />
são importantes para incrementar a<br />
comunicação com os vossos clientes?<br />
O número de utilizadores de Internet duplicou<br />
de 2005 para 2010 e, em 2012, cerca de<br />
33% da população mundial usava-a. O que<br />
estes números nos dizem é que o aumento<br />
de público, incluindo os nossos clientes-alvo,<br />
estão a mudar-se para espaços online e para<br />
atividades desenvolvidas nas redes sociais<br />
comparativamente aos tempos em que não<br />
existia Internet. Face a isto, encaramos o alargamento<br />
<strong>dos</strong> nossos canais de comunicação<br />
online como uma forma de fortalecer a relação<br />
com os nossos clientes e de chegar a<br />
muitos outros.<br />
A Hankook vai manter a sua estratégia<br />
de marketing?<br />
A Hankook tem atualmente uma grande variedade<br />
de ações de marketing sob o lema da<br />
companhia, “Driving Emotion”, que enfatiza<br />
as experiências emocionais <strong>dos</strong> condutores<br />
que experimentam um veículo equipado com<br />
w Que opinião tem do mercado<br />
de pneus em Portugal?<br />
O mercado português de<br />
pneus é experiente. Tem<br />
muitas marcas e inúmeros<br />
importadores. É dominado<br />
por pequenas e médias casas<br />
de pneus, embora existam<br />
também retalhistas de<br />
grande dimensão. A penetração<br />
das marcas budget tem<br />
aumentado, mas as marcas<br />
premium também têm forte<br />
presença em Portugal.<br />
A Hankook continua a apostar no DTM como<br />
forma de dinamizar e crescer a sua imagemw<br />
os nossos pneus. A Hankook tem participado<br />
ativamente nos principais eventos desportivos,<br />
como o DTM, e é o patrocinador da Liga<br />
Europa, competição de clubes de futebol que<br />
é organizado pela UEFA. Com o alargamento<br />
do nosso patrocínio ao DTM, em <strong>2014</strong>, continuaremos<br />
a fornecer pneus desportivos de<br />
elevada qualidade.<br />
Quais vão ser os vossos maiores investimentos<br />
em <strong>2014</strong>?<br />
Os nossos maiores investimentos serão no<br />
novo centro de pesquisa e desenvolvimento,<br />
w Que importância tem o<br />
mercado português para a<br />
Hankook?<br />
O mercado português faz<br />
parte da presença que temos<br />
na Península Ibérica. Até ao<br />
momento, a nossa quota de<br />
mercado em Portugal não<br />
é tão expressiva como é em<br />
Espanha. O volume que temos<br />
no mercado português é<br />
semelhante ao que dispomos<br />
na região da Catalunha. Mas<br />
existe um grande potencial<br />
de crescimento em Portugal<br />
e, por isso, queremos aumentar<br />
a nossa quota de mercado<br />
no futuro.<br />
w Que avaliação faz do desempenho<br />
da Hankook<br />
no mercado português em<br />
2013?<br />
Estamos a crescer em termos<br />
de notoriedade e temos<br />
trabalhado com sucesso em<br />
estreita colaboração com o<br />
nosso parceiro em Portugal.<br />
O segmento TBR, em particular,<br />
é onde nos esforçamos<br />
para crescer ainda mais.<br />
w Como opera a vossa rede<br />
de distribuição em Portugal?<br />
Encontramo-nos a desenvolver<br />
o nosso programa<br />
ConfortAuto - Hankook<br />
Masters, que tem obtido<br />
bons resulta<strong>dos</strong>. Os auditores<br />
do nosso serviço de<br />
qualidade confirmam que<br />
temos, de facto, a melhor<br />
rede em Portugal, o que<br />
traz também vantagens em<br />
termos de competitividade<br />
para quem faz parte dela.<br />
w Que perspetivas antevê<br />
para o futuro do negócio <strong>dos</strong><br />
pneus em Portugal?<br />
A situação económica de<br />
Portugal está difícil há já<br />
uns anos, mas o mercado<br />
encontra-se estável. É difícil<br />
prever o futuro, mas estamos<br />
confiantes que o cenário irá<br />
melhorar. O que abrirá, naturalmente,<br />
novas oportunidades<br />
para o negócio <strong>dos</strong><br />
pneus.<br />
na Coreia do Sul, e na primeira fábrica que<br />
teremos em solo norte-americano. Com uma<br />
área total de 99,175 m2, o novo Centro R&D<br />
da Hankook irá acelerar a introdução de novos<br />
pneus com avançadas tecnologias, que irão<br />
ao encontro das exigências <strong>dos</strong> consumidores<br />
preocupa<strong>dos</strong> com o melhor que podem<br />
obter através <strong>dos</strong> produtos premium. Com<br />
conclusão prevista para 2015, o novo Centro<br />
R&D proporc ionará a técnicos e engenheiros<br />
um ambiente de trabalho excelente.<br />
O alargamento da nossa unidade de produção<br />
na Hungria, que implicou um investimento<br />
de 313 milhões de euros, permitirá<br />
criar 950 novos postos de trabalho e impulsionará<br />
o volume de produção da Hankook na<br />
Europa, elevando o número para 17 milhões<br />
de pneus por ano. O arranque de produção<br />
nesta nova área está previsto para mea<strong>dos</strong><br />
deste ano, sendo em 2015 que a máxima capacidade<br />
será alcançada. Quanto à primeira<br />
fábrica que construiremos nos EUA, o início<br />
<strong>dos</strong> trabalhos está previsto para o final deste<br />
ano e a produção de pneus começará em<br />
2016.<br />
48 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 49
Empresa<br />
Bompiso<br />
Bompiso I Rua Dr. Francisco Silva Pinto, 120 I 4445-403 Ermesinde I Telefone: 229 759 463 I Fax: 229 759 463 I Administrador: Joaquim Santos<br />
E-mail: geral@bompiso.com I Internet: www.bompiso.com<br />
Rumo ao sucesso<br />
A Bompiso foi fundada há precisamente 20 anos por<br />
Joaquim Santos, na cidade de V.N. Gaia. Mais tarde,<br />
em 2001, a empresa deslocou a sua atividade para<br />
a Zona Industrial da Santa Rita, em Ermesinde. Esta<br />
data corresponde de certa forma a um reinício da<br />
atividade da empresa e a deslocação está associada<br />
uma mudança de estratégia<br />
Em 2003 iniciou o crescimento sistemático<br />
com base em parcerias<br />
formalizadas que alavancaram os<br />
negócios de tal forma que em 2008<br />
surge o boom de crescimento da empresa,<br />
com a abertura de uma filial e internacionalização<br />
da empresa. Com um aumento<br />
considerável de faturação, quer no mercado<br />
interno quer, sobretudo, na exportação,<br />
em 2010 a Bompiso adquire um armazém<br />
com 5.000 m2.<br />
Em 2012 dá início a obras de adaptação à<br />
sua atividade que permitiram que a 30 de<br />
Novembro desse mesmo ano a inauguração<br />
das atuais instalações. Para além <strong>dos</strong> serviços<br />
anteriormente presta<strong>dos</strong> dispõe agora de<br />
lavagem auto, mecânica rápida e loja auto.<br />
As novas instalações da Bompiso são das<br />
mais equipadas e melhores que existem<br />
no país, tendo como objetivo primordial<br />
a concentração das sinergias disponíveis<br />
Por: João Vieira<br />
com vista a produzir mais e melhor com<br />
benefícios diretos para os seus clientes.<br />
Para além das já referidas excelentes instalações,<br />
onde privilegia os espaços não só<br />
na área de laboração como na confortável<br />
e apelativa sala de espera para os clientes,<br />
destacamos os valores que regem a<br />
atividade da empresa, nomeadamente:<br />
profissionalismo, responsabilidade, humanismo,<br />
transparência e preços/qualidade<br />
<strong>dos</strong> produtos e serviços.<br />
w Certificação<br />
Boas instalações ajudam muito, mas quem<br />
as dinamiza são as pessoas. “Estamos no<br />
processo final da certificação e de auditorias“<br />
referiu Joaquim Santos, para quem era<br />
fundamental melhorar os procedimentos.<br />
Efetivamente, o número de clientes subiu<br />
em flecha “2.500 clientes novos a juntar<br />
aos que já tínhamos. Duplicou o número<br />
de clientes, para os quais era necessário<br />
encontrar uma fórmula satisfatória”, disse-<br />
-nos Joaquim Santos.<br />
Neste momento, a Bompiso emprega 22<br />
pessoas, que asseguram a montagem de<br />
pneus a veículos ligeiros e pesa<strong>dos</strong>. Com<br />
dois pisos de 2500 m2, o que dá uma área<br />
total de 5000 m2, a Bompiso tem agora<br />
condições para deslizar rumo ao sucesso.<br />
w Qualidade de serviço<br />
Para estar à altura <strong>dos</strong> acontecimentos. A<br />
empresa teve que recorrer a equipamentos<br />
de topo das marcas John Bean e Corghi, dois<br />
elevadores multifunções e até uma máquina<br />
de montar pneus maciços (que são raras no<br />
mercado português). Entretanto, foi ativada<br />
uma Carrinha SOS para assistência na estrada,<br />
principalmente a veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />
Alinhamento com clientes de ligeiros vai<br />
exigir outra carrinha SOS, embora de momento<br />
esse serviço esteja a funcionar, mas<br />
de modo empírico.<br />
A maior parte <strong>dos</strong> clientes da Bompiso<br />
são mais particulares, aos quais se juntam<br />
algumas empresas selecionadas. A clientela<br />
pode escolher todas as marcas de pneus,<br />
embora sejam as marcas premium que vendem<br />
mais, mas falta regulamentar a venda<br />
de usa<strong>dos</strong>. Quando pode, a Bompiso tenta<br />
vender um pneu novo low cost em vez do<br />
usado, porque é mais seguro e mais rentável<br />
para o cliente.<br />
50 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
veja o video<br />
no seu smartphone<br />
Mercado angolano em alta<br />
Aposta na internacionalização<br />
w A Bompiso prevê a continuação de dificuldades<br />
para <strong>2014</strong>, devido à conjuntura<br />
desfavorável não só em Portugal como<br />
na Europa, mas procurará combater e<br />
ultrapassar estas dificuldades com a determinação<br />
e resiliência que a caracteriza,<br />
com vista a manter os mesmos padrões de<br />
crescimento <strong>dos</strong> últimos anos. Para tal,<br />
pretende conquistar novos clientes, fidelizando<br />
os milhares já existentes, apostar<br />
na internacionalização e dar início ao<br />
processo de candidatura para obtenção<br />
da certificação ISO 9001.<br />
Embora o objecto inicial da Bompiso<br />
tenha sido a comercialização de pneus e<br />
respetivos serviços associa<strong>dos</strong>, desde logo<br />
Joaquim Santos, Administrador da Bompiso<br />
aposta forte na exportação de pneus<br />
alargou a sua atividade à comercialização<br />
de acessórios e sobresselentes do ramo automóvel,<br />
com maior expressividade a partir<br />
de 2008 devido às exportações, tendo<br />
adquirido em 2011 participação na sociedade<br />
Offipeças em Benguela – Angola.<br />
A recepção é muito confortável e o<br />
atendimento personalizado esclarece o cliente<br />
sobre o melhor pneu para o seu veículo<br />
w Negócio independente<br />
Nesta altura, a Bompiso poderia estar<br />
integrada numa rede de um grande fabricante<br />
de pneus, mas a negociação falhou<br />
e a empresa continua independente. Para<br />
Joaquim Santos, uma rede é uma ajuda a<br />
certos negócios, mas a Bompiso já descolou<br />
do retalho e tem atividades de distribuição.<br />
O negócio deixou de ser só pneus e<br />
inclui agora peças e lubrificantes. Tudo isso<br />
faz 80% da faturação, ficando 20% para o<br />
negócio tradicional de pneus. Na exportação,<br />
os contentores levam cerca de 50%<br />
pneus, sendo o restante complementado<br />
por óleos e peças. Todas estas atividades<br />
deram à Bompiso o título de PME Excelência<br />
pelo segundo ano consecutivo. “Estamos<br />
no caminho certo para crescer to<strong>dos</strong> os<br />
anos“ afirma com orgulho Joaquim Santos.<br />
Entretanto, a Bompiso continua a sua<br />
aventura com os pés na Terra, sem que isso<br />
impeça a vontade de sonhar.<br />
As instalações da Bompiso destacam-se pelo amplo espaço disponível e pela qualidade <strong>dos</strong><br />
equipamentos de assistência a veículos ligeiros e pesa<strong>dos</strong><br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 51
Empresa<br />
RS Contreras<br />
Sede: Estrada Consiglieri Pedroso, 80 Queluz Park - Lote 2, Armazém 5, 2730-053 Queluz de Baixo I Diretor de vendas: José Enrique Carreiro<br />
Telefone: 21.432.77.68 I Fax: 21.435.85.58 I Internet: www.rscontreras-pneus.com<br />
Novo fôlego para a Vred<br />
A nomeação da RS Contreras para distribuidor exclusivo da Vredestein,<br />
representa um novo fôlego para esta marca premium, que já se encontrava<br />
no mercado português, mas de uma forma demasiado discreta<br />
Por: João Vieira<br />
Tudo vai mudar com a passagem<br />
da distribuição para a firma RS<br />
Contreras, que tinha começado<br />
com a marca Apollo diretamente<br />
da Índia. Entretanto, a Apollo comprou na<br />
década passada a Vredestein e começou<br />
a distribuir a marca na Europa. Em Portugal,<br />
era a <strong>Pneus</strong> da Península a distribuir<br />
a marca, mas deixou essa posição com as<br />
mudanças que se verificaram então. “Foi<br />
quando fomos chama<strong>dos</strong> para distribuir<br />
a Vredestein. Oficialmente, a distribuição<br />
começou a 1 de <strong>Janeiro</strong> de <strong>2014</strong>”. Quem<br />
o diz é José Enrique Carreiro, diretor de<br />
vendas da RS Contreras.<br />
A Vredestein é uma marca premium caracterizada<br />
pela elevada segurança e pelo<br />
forte desenho, desenvolvido em colaboração<br />
com o estilista italiano Giugiaro. É<br />
uma marca de altíssima qualidade que o<br />
consumidor reconhece como um produto<br />
de topo e com um desenho muito forte.<br />
A gama de pneus Vredestein é produzida<br />
quase na totalidade na Holanda (98%). Apenas<br />
algumas medidas para jantes pequenas<br />
são produzidas na moderna fábrica da<br />
Apollo na Índia. Toda a gama para ligeiros,<br />
comerciais ligeiros e 4x4 está a partir de<br />
agora ao dispor no mercado português.<br />
w Negócio global<br />
Apollo Vredestein é um grupo muito<br />
grande e com enormes sinergias internas.<br />
Estão em negociações para comprar a Cooper,<br />
dentro da sua estratégia de aquisições<br />
para crescer. Com a concretização deste<br />
projeto, ficará a ser o 6º produtor mundial.<br />
Presente na Ásia com Apollo, na Europa<br />
com Vredestein e nos EUA com a Cooper,<br />
em África, o grupo possui a Dunlop África<br />
do Sul, que exporta também para o Brasil.<br />
Em Portugal, a RS Contreras garante uma<br />
distribuição moderna, com forte logística<br />
e forte presença no mercado.<br />
A gama Vredestein inclui ainda pneus<br />
agrícolas e florestais. Inicialmente, serão<br />
distribuí<strong>dos</strong> no mercado português pneus<br />
de ligeiros, comerciais ligeiros e 4 x 4. Os<br />
representantes oficiais estão abertos para<br />
alargar a gama, sustentadamente, passo<br />
a passo. A ideia é ter clientes de to<strong>dos</strong> os<br />
segmentos. O ícone da gama é o pneu<br />
Vredestein Ultrac Vorti R, topo de gama,<br />
que possui índice de velocidade acima<br />
de 300 km/h.<br />
A presença em concentrações e eventos<br />
nacionais liga<strong>dos</strong> ao automóvel vai<br />
continuar, pois aí estão os grandes apreciadores<br />
da marca. Imagem de qualidade<br />
está no mercado há muitos anos e vai<br />
ser aprofundada. Para entrega, existe<br />
um stock disponível em Portugal e nos<br />
armazéns centrais da Apollo e Vredestein<br />
na Holanda. Camiões chegam cá todas<br />
as semanas.<br />
w Perspectivas animadoras<br />
Arranque muito bom para já de encomendas.<br />
Era um pneu que faltava no mercado.<br />
Os representantes estão optimistas.<br />
As compras diretas que se verificavam no<br />
interregno vão acabar, porque to<strong>dos</strong> os<br />
52 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
estein<br />
clientes passam a ter total apoio do distribuidor.<br />
Neste momento a RS Contreras vende entre<br />
nós, em exclusivo, as marcas Vredestein,<br />
Apollo e Nexen, com uma clara estratégia<br />
de expansão. Aumentou 25% a capacidade<br />
logística durante o ano passado. Marca<br />
económica de origem chinesa Santec está<br />
a caminho. Entretanto, a empresa tornou-<br />
-se distribuidor oficial Goodyear Dunlop.<br />
Esgotadas as vias de crescimento no mercado<br />
interno, a exportação virá no futuro,<br />
de forma progressiva. As vendas online<br />
B2B tornaram-se uma realidade diária e<br />
pelo telefone apenas são recebi<strong>dos</strong> os<br />
pedi<strong>dos</strong> urgentes.<br />
Para dar visibilidade aos produtos, vão<br />
ser realizadas durante o ano diversas campanhas<br />
e promoções comerciais (B2B). Na<br />
empresa não fazem concorrênci a aos<br />
clientes e deixam a estes a promoção<br />
junto <strong>dos</strong> consumidores (B2C).<br />
Algumas ideias de redes de retalho em<br />
maturação existem de momento, mas nada<br />
de concreto. A atual Rede Vredestein europeia<br />
ainda é mais de imagem e ainda<br />
se encontra em desenvolvimento.<br />
Marca própria está fora de questão na<br />
RS Contreras, porque implica grande investimento<br />
e não compensa. Mercado<br />
português não tem volume compensador<br />
para isso.<br />
Questionado sobre o impacto que a<br />
etiqueta está a ter junto <strong>dos</strong> consumidores,<br />
José Carreiro diz que “Começa a haver<br />
uma percepção da etiqueta por parte<br />
<strong>dos</strong> clientes e consumidores. Inicialmente,<br />
passou completamente ao lado. A médio<br />
prazo, pode ser um factor de compra e de<br />
interesse do consumidor. Está a crescer<br />
o interesse. Marcas querem acrescentar<br />
critérios à etiqueta, para dar uma ideia<br />
mais real do produto.”<br />
Sobre o futuro do setor, José Carreiro<br />
afirma “Retalhista só com pneus pode<br />
não ter sustentabilidade. Serviços rápi<strong>dos</strong><br />
O ícone da gama é o pneu Vredestein Ultrac Vorti R, topo de gam a da marca, que possui índice de<br />
velocidade acima de 300 Km/h e pode equipar desportivos de alta gama como o Aston Martin<br />
são fundamentais para fidelizar e atrair<br />
clientes. Formação e profissionalismo são<br />
outros pilares do negócio. Consumidores<br />
exigentes assim o impõem”.<br />
Para este responsável, o ano 2013 terminou<br />
acima das expectativas, com a<br />
empresa a crescer acima do mercado e<br />
a captar quota de mercado à concorrência.<br />
“Aumento de clientes tem vindo a ser<br />
constante. Vamos apostar nos serviços e<br />
logística, com entregas várias vezes ao dia.<br />
Acredito que o mercado em Portugal vai<br />
crescer em <strong>2014</strong>, depois de vários anos de<br />
estagnação. Expectativas moderadamente<br />
optimistas são pois possíveis”, conclui José<br />
Carreiro.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 53
Empresa<br />
Servipneus<br />
Sede: Fonte de Boliqueime I 8100 – 069 Boliqueime I Administradores: Francisco Vidal e Filhos<br />
Telefone: 289 366 363 I Fax: 289 721 783 I Email: geral@servipneus.pt I Site: www.servipneus.pt<br />
Símbolo da região<br />
Autointitula-se como a maior rede de pneus e mecânica do Algarve. Começou a sua<br />
atividade há 37 anos em Boliqueime e dispõe, hoje, de seis postos. A REVISTA DOS<br />
PNEUS foi falar com José Luís Rosa, responsável pelo marketing e comunicação da<br />
Servipneus, que nos traçou o perfil da empresa e deu conta da grande novidade<br />
lançada já em <strong>2014</strong><br />
Corria o ano de 1977 quando Francisco<br />
Vidal abria, em Boliqueime,<br />
no Algarve, o primeiro posto da<br />
Servipneus que, aliás, ainda se<br />
mantém. Começava, assim, a atividade<br />
desta empresa no negócio <strong>dos</strong> pneus. E<br />
como o seu critério de expansão visava<br />
absorver o máximo da região, não é de<br />
admirar que a Servipneus tenha, hoje,<br />
seis postos situa<strong>dos</strong> no litoral algarvio:<br />
Boliqueime, Faro, Portimão, Loulé, Olhão<br />
e Tavira. To<strong>dos</strong> prestam os mesmos serviços,<br />
indo o de Faro um pouco mais longe<br />
ao dar resposta, também, às solicitações<br />
<strong>dos</strong> veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
de 90% das vendas, ficando os restantes<br />
30% a cargo de agrícolas, pesa<strong>dos</strong>, industriais<br />
e maciços. A Servipneus trabalha<br />
com várias marcas, embora as suas principais<br />
apostas sejam a Nankang para quem<br />
procura um pneu acessível e a Toyo para<br />
os clientes que não dispensam a gama<br />
média/alta. Mas 65 a 70% das vendas incidem<br />
sobre a Nankang, ficando o restante<br />
repartido por outras marcas. O que equivale<br />
a dizer que o segmento budget é o<br />
mais requisitado pelos clientes.<br />
Tendo como principal fornecedor a<br />
Dispnal, a Servipneus recorre, contudo, a<br />
outros distribuidores caso seja necessário:<br />
Aguesport, Garland e <strong>Pneus</strong> Cruzeiro. Mas<br />
se o cliente quiser uma marca ou medida<br />
que não exista no stock da Servipneus,<br />
esta consegue, em menos de 24 horas,<br />
entregar o pedido ao cliente. A empresa<br />
w Primeiro os pneus...<br />
Atualmente com 25 funcionários, esta<br />
empresa faz <strong>dos</strong> pneus a sua principal<br />
área de negócio. Os ligeiros ocupam cerca<br />
A Servipneus dispõe atualmente de seis postos situa<strong>dos</strong> no litoral algarvio: Boliqueime, Faro,<br />
Portimão, Loulé, Olhão (na imagem) e Tavira. To<strong>dos</strong> prestam os mesmos serviços, indo o de Faro<br />
um pouco mais longe ao dar resposta, também, às solicitações <strong>dos</strong> veículos pesa<strong>dos</strong><br />
54 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
de Francisco Vidal & Filhos lida com todo<br />
o tipo de pneus: ligeiros (onde se incluem<br />
os 4x4), agrícolas, pesa<strong>dos</strong>, industrias e<br />
maciços.<br />
A difícil conjuntura económica que o<br />
país atravessa levou à perda de poder<br />
de compra. Para minorar esse efeito, a<br />
Servipneus passou a incluir no seu modelo<br />
de negócio, há cerca de três anos,<br />
os pneus usa<strong>dos</strong>, como forma de dar resposta<br />
a uma necessidade do mercado da<br />
região. De acordo com José Luís Rosa,<br />
responsável pelo marketing e comunicação<br />
da Servipneus desde 2 de <strong>Janeiro</strong><br />
de 2013, “o interesse da nossa empresa<br />
não é vender pneus usa<strong>dos</strong>. Passámos a<br />
incluí-los para ir ao encontro das necessidades<br />
do mercado. Mas que são uma<br />
forma de atrair clientes, lá isso são. No<br />
nosso stock, apenas 5 a 7% são usa<strong>dos</strong>.<br />
Muitas vezes, chegam até nós clientes que<br />
vêm com a ideia de colocar pneus usa<strong>dos</strong><br />
e optam depois por pneus novos. Se não<br />
houvesse tanta falta de associativismo no<br />
Algarve, existiriam condições para que as<br />
casas de pneus adotassem uma posição<br />
concertada, de modo a que as que têm,<br />
deixassem de vender usa<strong>dos</strong>.”<br />
w... depois a mecânica<br />
Desde que entrou para a empresa, há<br />
um ano, José Luís Rosa tem como objetivo<br />
angariar cada vez mais clientes. Como o<br />
próprio afirma, “utilizando as ferramentas<br />
de marketing, reposicionando o nosso<br />
nome e melhorando a nossa imagem. Em<br />
2013, abordámos novos canais e tem estado<br />
a dar resultado: imprensa regional,<br />
outdoors e facebook. Há um ano tínhamos,<br />
nesta rede social, 300 seguidores.<br />
Hoje, temos 4700.”<br />
Com uma faturação anual a rondar o<br />
milhão e meio de euros, a Servipneus<br />
tem 4200 clientes empresariais com<br />
conta aberta. Contabilizando também<br />
os clientes particulares, o número deverá<br />
situar-se entre os 8 e os 10 mil. Embora<br />
esteja presente em várias plataformas digitais,<br />
a Servipneus não dispõe de serviço<br />
de vendas online. E fez um grande esforço<br />
para manter os números: conseguiu encerrar<br />
2013 ao nível de 2012.<br />
Embora também comercialize baterias<br />
e lubrificantes, ainda que tenham pouca<br />
expressão, o império de Francisco Vidal<br />
& Filhos viu-se “forçado” a alargar o seu<br />
leque de serviços, como explica José Luís<br />
Rosa: “Passámos a realizar serviços de mecânica<br />
para veículos ligeiros há cerca de<br />
dois anos, de modo a fazer face à diminuição<br />
da procura que os pneus têm vindo<br />
a registar devido à crise. Houve necessidade<br />
de alargar os serviços da empresa<br />
a outras áreas de negócio devido à perda<br />
de rentabilidade que se estava a verificar.<br />
Contudo, a identidade da Servipneus está<br />
intimamente ligada aos pneus, que asseguram<br />
entre 60 a 70% do nosso volume<br />
de faturação. Em 2013, investimos forte<br />
na mecânica. E podemos dizer que foi<br />
uma aposta ganha.”<br />
José Luís Rosa<br />
é, desde 1 de<br />
<strong>Janeiro</strong> de 2013,<br />
responsável pelo<br />
marketing e<br />
comunicação da<br />
Servipneus<br />
Neste novo ano, a empresa algarvia lançou<br />
um novo serviço. Em tempos chegou<br />
a existir, depois foi interrompido e agora,<br />
em <strong>2014</strong>, regressou em força. Uma vez<br />
mais, atente-se no que diz José Luís Rosa:<br />
“Este ano lançámos já a oficina móvel.<br />
Dispomos de três viaturas totalmente<br />
equipadas que fazem, à exceção do alinhamento<br />
de direção, to<strong>dos</strong> os serviços<br />
relaciona<strong>dos</strong> com pneus. Em qualquer<br />
ponto do Algarve. Seja no domicílio ou no<br />
local de trabalho do cliente. Basta marcar<br />
a intervenção.” A terminar, refira-se que<br />
não está nos planos desta empresa abrir<br />
mais oficinas. Pelo menos, a curto prazo.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 55
Empresa<br />
Chaveca & Janeira<br />
Sede: Rua do Colégio, n.° 16 8150 – 132 São Brás de Alportel I Administrador: Rui Chaveca I Telefone: 289 840 840<br />
Fax: 289 840 849 I Email: info@chaveca-janeira.pt I Site: www.chaveca-janeira.pt<br />
“O ano de <strong>2014</strong> será,<br />
seguramente, melhor”<br />
Com uma faturação anual na ordem <strong>dos</strong> cinco milhões de euros, a Chaveca &<br />
Janeira, fundada em 1957, é uma empresa algarvia que tem 36 funcionários e opera<br />
no comércio, distribuição e serviço de pneus. Em 2013, registou um crescimento<br />
significativo face a 2012. E segundo o seu administrador, Rui Chaveca, “<strong>2014</strong> será,<br />
seguramente, melhor”<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Rui Chaveca entrou para a empresa em 1985 e foi durante o seu “reinado” que abriu, nos anos de 1990, o posto de Faro e, em 2004, o posto de<br />
Portimão<br />
Há 57 anos, Sebastião Chaveca (pai<br />
de Rui Chaveca) e Joaquim Janeira<br />
uniram esforços e criaram,<br />
em São Brás de Alportel, a empresa<br />
que ainda hoje se chama Chaveca<br />
& Janeira. Começaram por operar apenas<br />
na recauchutagem de pneus e chegavam<br />
a toda a região do Algarve. Em 1985, Rui<br />
Chaveca juntou-se à empresa. O trabalho<br />
que desenvolvia consistia na recolha de<br />
pneus que eram, posteriormente, encaminha<strong>dos</strong><br />
para recauchutagem. Não sem<br />
antes serem examina<strong>dos</strong> e cumpri<strong>dos</strong> to-<br />
<strong>dos</strong> os procedimentos necessários.<br />
Foi no exercício da sua atividade que Rui<br />
Chaveca, que andava no terreno e percorria<br />
toda a região algarvia, se começou a<br />
aperceber que o mercado tinha necessidade<br />
de pneus novos. E como a empresa<br />
já dispunha de uma rede para a recolha<br />
de pneus destina<strong>dos</strong> à recauchutagem,<br />
essa mesma rede passou a ser utilizada,<br />
também, para distribuir os pneus novos<br />
que a Chaveca & Janeira começou a comercializar.<br />
Primeiro, a empresa operava<br />
apenas no Algarve. Depois, chegou ao<br />
Alentejo e, mais tarde, alargou o seu raio<br />
de ação a Lisboa. Inicialmente, os pneus<br />
eram distribuí<strong>dos</strong> através <strong>dos</strong> veículos da<br />
empresa, serviço que, posteriormente,<br />
passou a ser efetuado, também, por transportadoras.<br />
w Política de expansão<br />
Até aos anos de 1990, a Chaveca & Janeira<br />
apenas dispunha do posto de São<br />
Brás de Alportel. Mas graças à política de<br />
expansão implementada por Rui Chaveca,<br />
a empresa foi crescendo. Na década de<br />
56 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
vindo a perder expressão. Atualmente,<br />
são mais de 3000 os clientes regista<strong>dos</strong><br />
na base de da<strong>dos</strong> da Chaveca & Janeira,<br />
<strong>dos</strong> quais 1200 são ativos.<br />
A Chaveca & Janeira trabalha com quase todas as marcas de pneus, desde as mais reputadas às<br />
mais acessíveis. E tanto comercializa pneus ligeiros como agrícolas e pesa<strong>dos</strong><br />
1990, abriu o posto de Faro e, em 2004,<br />
abriu o de Portimão. Tudo para estar<br />
presente nas zonas mais expressivas do<br />
Algarve. Atualmente com 36 funcionários,<br />
a Chaveca & Janeira, para além de to<strong>dos</strong><br />
os serviços relaciona<strong>dos</strong> com pneus, efetua<br />
também serviços de mecânica ligeira<br />
(pastilhas de travão; amortecedores; luzes;<br />
mudanças de óleo e de filtros; ar condicionado;<br />
eletricidade). Os serviços de pneus<br />
para pesa<strong>dos</strong> são efetua<strong>dos</strong> unicamente<br />
em São Brás de Alportel, que disponibiliza<br />
uma área específica para este tipo de serviço.<br />
Também nestas instalações dispõe<br />
de um armazém que alberga um stock<br />
com cerca de 12 mil pneus, destina<strong>dos</strong> a<br />
abastecer os três postos e as várias centenas<br />
de clientes.” Com uma faturação anual<br />
na ordem <strong>dos</strong> cinco milhões de euros, a<br />
Chaveca & Janeira tem na distribuição de<br />
pneus o seu maior volume de negócio:<br />
70%. Os restantes 30% estão a cargo das<br />
operações de retalho.<br />
Ao trabalhar com quase todas as marcas<br />
de pneus, desde as mais reputadas às<br />
mais acessíveis, a empresa algarvia tanto<br />
comercializa pneus ligeiros (onde se incluem<br />
os comerciais e 4x4) como agrícolas<br />
e pesa<strong>dos</strong>, ainda que estes dois últimos<br />
assegurem apenas 10% do seu volume<br />
de vendas. A marca premium que mais<br />
vende é Bridgestone, ao passo que a<br />
marca budget mais solicitada é Goodride.<br />
O segmento intermédio (quality) tem<br />
w Novidades do Oriente<br />
Em 2008, a empresa de Rui Chaveca<br />
enveredou, também, pelo comércio de<br />
pneus online, que representa, hoje, 28%<br />
das vendas na distribuição. Mas no caso <strong>dos</strong><br />
clientes particulares, essa percentagem é<br />
inexistente. Contudo, a Chaveca & Janeira<br />
encontra-se a trabalhar numa plataforma<br />
para o cliente, que permitirá, através de<br />
parcerias, colocar os pneus no local onde<br />
o consumidor desejar. Consumidor esse<br />
que dá cada vez mais importância ao preço.<br />
Disso mesmo deu-nos conta Rui Chaveca:<br />
“Dos fatores que influenciam a compra de<br />
pneus, 70 a 80% incidem sobre o preço. Só<br />
depois vem a segurança e a etiquetagem. Já<br />
no caso <strong>dos</strong> clientes empresariais, a escolha<br />
tanto pode incidir sobre pneus de primeira<br />
linha como sobre pneus mais baratos. Tudo<br />
depende do tipo de empresa e até da frota<br />
de veículos a que se destinam os pneus.”<br />
Depois de um ano para esquecer, como foi<br />
o de 2012, a empresa de Rui Chaveca está de<br />
boa saúde e recomenda-se. Ainda que não<br />
esteja nos seus planos abrir mais postos.<br />
As palavras do próprio administrador não<br />
deixam margem para dúvidas: “2012 foi<br />
um ano mau. Mas em 2013 recuperámos e<br />
crescemos. No início de Dezembro do ano<br />
passado, já tínhamos até superado 2011,<br />
que foi considerado um ano normal. Nos<br />
três postos, atingimos um crescimento de<br />
8% até Novembro de 2013, enquanto que<br />
na distribuição subimos 12%. Isto comparativamente<br />
a 2012.”<br />
Convidado a fazer uma antevisão sobre o<br />
ano em curso, Rui Chaveca foi perentório:<br />
“Em <strong>2014</strong>, iremos, seguramente, crescer.<br />
Devido à introdução de novos produtos e à<br />
nossa maior agressividade na distribuição.<br />
Para além disso, estabelecemos uma parceria<br />
com os chineses da Kingrun. Aplicaremos<br />
novas ideias e chegaremos às casas de<br />
pneus com uma nova perspetiva, que não<br />
passa apenas pela aposta no preço acessível.<br />
Tudo isto sem esquecer as campanhas<br />
de desconto feitas no dia 15 de cada mês<br />
que continuaremos a divulgar no facebook<br />
e a oferta de serviços em parceria com os<br />
fabricantes.”<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 57
Empresa Tugapneus<br />
Sede: Rua Serpa Pinto, 161 I 4050-585 Porto I Administrador: Filipe Pinto I Telefone: 229.687.004 I Fax: 229.686.472<br />
E-mail: tugapneus@hotmail.com<br />
Ritmo controlado<br />
A Tugapneus teve início de atividade em <strong>Janeiro</strong> d e 2012 e desde então nunca<br />
mais deixou de vender pneus. Possui uma loja no centro do Porto, onde efetua<br />
montagem e distribuição para a zona norte<br />
Por: João Vieira<br />
Representa todas as marcas de pneus,<br />
mas tem preferido os Michelin e os<br />
Pirelli. Entre outros clientes, fornece<br />
também oficinas. A localização da<br />
loja, bem no centro do Porto (Rua Serpa<br />
Pinto, 161), foi objecto de um estudo prévio<br />
e possui una área de cerca de 3.000 m2.<br />
Neste momento, a Tugapneus tem uma<br />
equipa de 10 pessoas em trabalho directo,<br />
incluindo três vendedores. Além <strong>dos</strong> clientes<br />
mais comuns, a empresa está a ultimar<br />
acor<strong>dos</strong> com gestoras de frotas e outras<br />
entidades. Tendo conhecimento das difíceis<br />
condições do mercado a Tugapneus optou<br />
por um arranque a ritmo controlado.<br />
w Mix de produto de topo<br />
Para já, ainda não presta assistência fora<br />
do local de venda e não tem prevista assistência<br />
na estrada. Porta-se como um<br />
distribuidor independente e ambiciona<br />
possuir a cobertura total do país até ao<br />
final de <strong>2014</strong>. Para facilitar a vida aos seus<br />
clientes, a Tugapneus dispõe de uma página<br />
online, com stocks e preços atualiza<strong>dos</strong>.<br />
Entre outras iniciativas de marketing, a<br />
empresa patrocina uma equipa de futebol<br />
(Boavista) e outros eventos desportivos e<br />
populares. Ao todo, tem 95% de vendas<br />
online. Pertencer a uma rede de oficinas<br />
por enquanto não está previsto, mas a exportação<br />
para Espanha é já uma realidade.<br />
Outra realidade é o facto da maior parte <strong>dos</strong><br />
clientes valorizarem a nova etiqueta <strong>dos</strong><br />
pneus e o ano de fabrico destes. A procura<br />
neste momento incide mais nas marcas<br />
premium, ignorando em grande parte os<br />
pneus budget chineses e asiáticos. Paradoxalmente,<br />
os clientes presenciais procuram<br />
mais pneus usa<strong>dos</strong> ou pneus premium.<br />
w Duplicar as vendas em <strong>2014</strong><br />
Esta previsão baseia-se no alargamento<br />
da distribuição a todo o território nacional,<br />
possuindo uma frota própria de distribuição<br />
e transporte. Nos locais de menor passagem,<br />
um transportador dá o apoio logístico<br />
adequado. Este ano, haverá mais vendedores<br />
na rua e está previsto o lançamento de<br />
uma marca própria. O sucesso da empresa<br />
não tem segre<strong>dos</strong>, baseando-se em trabalhar<br />
com grande competitividade. Stocks<br />
entre 25.000 e 30.000 unidades com preços<br />
controla<strong>dos</strong> (margem mínima) constituem<br />
um aliciante para o cliente.<br />
w Outro armazém<br />
A realidade é que o espaço disponível já<br />
é pouco, estando prevista a utilização de<br />
um espaço mais amplo. <strong>Pneus</strong> de pesa<strong>dos</strong><br />
contam pouco nesta altura. Os pedi<strong>dos</strong> de<br />
manhã são entregues à tarde (até ao centro<br />
do país). A cobertura total acima de Aveiro<br />
está garantida. Com o novo armazém as<br />
entregas entrarão noutro ritmo. Paralelamente,<br />
a Tugapneus tem um negócio de<br />
jantes com alguns milhares de unidades<br />
em stock. Com um posicionamento e uma<br />
estratégia muito agressivos, a Tugapneus<br />
baseia-se no serviço ao cliente e na proximidade<br />
para alcançar o sucesso comercial.<br />
Filipe Pinto, responsável pela empresa,<br />
não tem dúvidas sobre os objectivos previstos<br />
para <strong>2014</strong> e nos meios postos à sua<br />
disposição. Bem posicionada na faixa entre<br />
o importador e o retalhista, a Tugapneus<br />
não irá dar tréguas aos seus concorrentes e<br />
o mercado agradece, a ver pelos resulta<strong>dos</strong><br />
até agora alcança<strong>dos</strong>.<br />
58 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 59
Técnica aa Reparação de perfurações nos pneus<br />
Só para especialistas<br />
A reparação de<br />
perfurações em pneus<br />
deve ser obrigatoriamente<br />
efectuada por<br />
profissionais habilita<strong>dos</strong><br />
e utilizando ferramentas,<br />
equipamentos, produtos,<br />
méto<strong>dos</strong> e procedimentos<br />
de reparação adequa<strong>dos</strong><br />
Nos pneus de ligeiros de passageiros<br />
e comerciais ligeiros, as boas práticas<br />
a nível internacional recomendam<br />
que se efetuem reparações<br />
a perfurações até ao máximo de 6mm de<br />
diâmetro e apenas dentro da zona da cintura<br />
estrutural da banda de rolamento . Se<br />
a perfuração atingir a zona do ângulo <strong>dos</strong><br />
ombros <strong>dos</strong> pneus e os próprios ombros<br />
destes, o pneu deve ser considerado fora<br />
de serviço e reciclado.<br />
! PERIGO !<br />
w w Reparações efectuadas à revelia <strong>dos</strong><br />
procedimentos recomenda<strong>dos</strong> e/ou das<br />
normas legais estabelecidas incorrem<br />
em graves riscos, que podem incluir a<br />
separação da banda de rolamento da<br />
cintura estrutural do pneu ou mesmo a<br />
total destruição da banda de rolamento,<br />
situação de consequências imprevisíveis<br />
e eventualmente graves do ponto de<br />
vista <strong>dos</strong> danos materiais e humanos,<br />
que podem incluir a morte de pessoas.<br />
Quanto ao facto do pneu perder ou não<br />
a validade do seu código de velocidade<br />
após a reparação, o fabricante do pneu<br />
deve ser contactado, para se apurar qual<br />
é a sua política em relação ao assunto e<br />
se abrange toda a sua gama comercial ou<br />
se apenas se aplica a alguns produtos. O<br />
código de velocidade <strong>dos</strong> pneus de ligeiros<br />
de passageiros está inscrito na respectiva<br />
parede lateral, junto da identificação da<br />
medida do pneu. Esses códigos estão representa<strong>dos</strong><br />
por letras, que indicam a velocidade<br />
máxima que o pneu pode atingir em<br />
segurança, começando pela letra Q e pela<br />
sequência S - T - U - H - V - W - Y - (Y) - ZR.<br />
Pela lógica do bom senso, um pneu reparado<br />
a uma perfuração, segundo as instruções<br />
do respectivo fabricante, está apto<br />
para uma utilização normal, que inclui a<br />
circulação em auto estrada, onde o limite<br />
europeu de velocidade é de 120 km/h.<br />
Qualquer outro tipo de utilização incorre<br />
em riscos que não podem ser previstos e<br />
pode envolver responsabilidade legal e/<br />
ou criminal.<br />
w Práticas incorrectas<br />
e/ou proibidas<br />
Não podem ser efectuadas reparações<br />
a perfurações com diâmetro superior a<br />
6 mm.<br />
Não podem ser efectuadas reparações<br />
com o pneu montado na jante, impedindo<br />
a inspeção e o acesso ao interior do pneu.<br />
Qualquer pneu com danos ou com fugas<br />
de ar tem que ser obrigatoriamente desmontado,<br />
para efetuar o correto diagnóstico<br />
do problema. Além disso, o remendo<br />
de reparação de perfurações é aplicado no<br />
interior do pneu, exigindo a desmontagem<br />
deste da respectiva jante.<br />
Não pode ser aplicado um taco sem<br />
o respectivo remendo, nem este sem o<br />
respectivo taco. As funções de ambos os<br />
componentes de reparação de perfurações<br />
são diferentes e complementares, exigindo<br />
a aplicação conjunta de ambos. O taco<br />
tem a função de reconstituir a borracha<br />
da banda de rolamento, enquanto que o<br />
remendo se destina a isolar o dano, impedindo<br />
a fuga de ar.<br />
! PERIGO !<br />
w w Nunca efetuar a reparação de fora<br />
para dentro, sem desmontar o pneu da<br />
jante, nem mesmo a título de emergência<br />
ou com carácter temporário. Se o<br />
pneu de reserva estiver danificado ou<br />
sem ar, a opção correta é repará-lo ou<br />
substituí-lo, desmontando a roda com<br />
o pneu furado, para ser corretamente<br />
reparado na oficina.<br />
60 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
! AVISO IMPORTANTE !<br />
w w Nem to<strong>dos</strong> os pneus podem ser repara<strong>dos</strong>. Os<br />
limites de reparação <strong>dos</strong> pneus são estabeleci<strong>dos</strong><br />
pelos próprios fabricantes e baseiam-se em critérios<br />
técnicos de segurança, que os reparadores devem<br />
estritamente respeitar. Em caso de dúvida, o fabricante<br />
ou o seu representante devem ser obrigatoriamente<br />
consulta<strong>dos</strong>.<br />
w w Em to<strong>dos</strong> os tipos de pneus, não pode haver<br />
sobreposição de reparações. O número máximo de<br />
intervenções a que um pneu pode ser submetido<br />
depende em primeiro lugar do respectivo fabricante<br />
e da sua política de manutenção de pneus. Em segundo<br />
lugar, baseia-se em critérios técnicos de segurança,<br />
depois de verificado o estado geral do pneu<br />
e da respectiva estrutura. A extrema proximidade<br />
de dois danos sucessivos deve constituir um critério<br />
de eliminação do pneu.<br />
w w Algumas tecnologias runflat não podem ser<br />
reparadas. O fabricante deve ser obrigatoriamente<br />
consultado sobre a opção de reparação desse tipo<br />
de pneus e sobre quais são os procedimentos recomenda<strong>dos</strong><br />
para cada tipo de intervenção.<br />
A zona de segurança permitida para<br />
realizar a reparação de perfurações é<br />
exclusivamente na parte plana da banda<br />
de rolamento.<br />
ZONA REPARÁVEL<br />
w w Méto<strong>dos</strong> recomenda<strong>dos</strong> para a correta reparação<br />
de perfurações: 1) Kit de reparação composto por<br />
um taco e um remendo separa<strong>dos</strong>; 2) Unidades de<br />
reparação com taco e remendo juntos. Nas perfurações<br />
com um ângulo superior a 25º, é obrigatório o<br />
kit de dois componentes separa<strong>dos</strong>. Em caso algum<br />
se podem utilizar tacos ou remen<strong>dos</strong> apenas, na reparação<br />
de perfurações.<br />
Não pode ser reparado um pneu que tenha<br />
uma reparação anterior incorretamente<br />
efectuada e que já não pode ser corrigida.<br />
Nunca aplicar uma câmara de ar para substituir<br />
uma reparação de um pneu tubeless<br />
ou para corrigir uma reparação anterior mal<br />
efectuada.<br />
Nunca virar um pneu radial do avesso, para<br />
evitar o estiramento do pneu e <strong>dos</strong> respectivos<br />
talões. Outras manobras do mesmo tipo<br />
ou que provoquem variações dimensionais<br />
do pneu não podem ser efectuadas.<br />
Nunca lixar a zona interior do pneu, para<br />
aplicação do remendo, até à tela da estrutura.<br />
Se esta ficar visível, o pneu deverá ser<br />
eliminado.<br />
O facto do pneu não ter sido desmontado,<br />
impede a correta avaliação do estado do<br />
pneu. Na foto acima, além do pneu apresentar<br />
um furo, tinha danos estruturais<br />
irreversíveis, devido a ter rodado algum<br />
tempo sem ar. Estes só puderam ser avalia<strong>dos</strong><br />
corretamente após a desmontagem<br />
do pneu, que não tem reparação.<br />
! PERIGO !<br />
w w A substituição de pneus pode envolver<br />
riscos e deveria ser efectuada<br />
sempre por pessoal especializado,<br />
com equipamentos e ferramentas<br />
adequa<strong>dos</strong> e utilizando méto<strong>dos</strong> e<br />
procedimentos de trabalho corretos.<br />
Todas as informações disponíveis<br />
sobre a mudança de pneus no próprio<br />
pneu, no manual do utilizador<br />
do veículo ou nos sites do fabricante<br />
do pneu e/ou do construtor do veículo<br />
são indispensáveis, tanto do<br />
ponto de vista técnico, como da<br />
segurança de condução.<br />
A não observação de to<strong>dos</strong> os procedimentos<br />
e detalhes na substituição<br />
<strong>dos</strong> pneus é susceptível de ocasionar<br />
acidentes de maior ou menor gravidade,<br />
tanto na oficina, como na<br />
estrada. Um <strong>dos</strong> casos típicos é a<br />
montagem de pneus unidirecionais<br />
ao contrário.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 61
Técnica Reparação de perfurações nos pneus<br />
Sequência de reparação de<br />
Se o pneu tiver um defeito estrutural, estourar<br />
numa auto estrada e o condutor morrer,<br />
a família não terá dificuldade em acusar a<br />
oficina, mas esta terá muito poucas hipóteses<br />
de se defender, porque nenhum técnico<br />
poderá garantir que a reparação foi bem realizada,<br />
com o pneu todo feito em pedaços.<br />
Para que isso não suceda, é fundamental<br />
despistar to<strong>dos</strong> e quaisquer problemas estruturais<br />
que o pneu possa ter. Como não<br />
podemos realizar um teste de pressurização<br />
com o pneu furado, a única solução é passar<br />
todo o pneu a pente fino. Se o pneu andou<br />
com excesso de carga e/ou com baixa pressão,<br />
tem certamente algum problema e nós<br />
temos que o descobrir, com os olhos e com<br />
a ponta <strong>dos</strong> de<strong>dos</strong>! É vital que o façamos.<br />
Seguir as recomendações do fabricante do<br />
pneu (ou do veículo), para realizar a limpeza<br />
inicial da zona da perfuração no interior do<br />
pneu. Na imagem, o operador está a utilizar<br />
um raspador metálico.<br />
A inspeção inicial exterior serve para marcar<br />
o dano e para perceber se há condições<br />
para efetuar a reparação, caso o pneu ainda<br />
esteja reparável. Caso contrário, terá que ser<br />
eliminado.<br />
1<br />
INSPECÇÃO EXTERNA<br />
Antes de desmontar o pneu, passar um<br />
pincel com uma solução de detergente<br />
adequado sobre a superfície exterior do<br />
mesmo e na válvula, para identificar corretamente<br />
as fugas de ar. Marcar de seguida<br />
o local de perfuração e outros eventuais<br />
pontos de fuga de ar e depois esvaziar totalmente<br />
o pneu. Desmontar cuida<strong>dos</strong>amente<br />
o pneu, para evitar danos, em especial nos<br />
talões. Colocar o pneu num esticador, sem<br />
forçar novamente os talões.<br />
Efetuar sempre uma revisão total ao pneu,<br />
antes de pensar em fazer a reparação. Se<br />
houver danos que tornem o pneu irrecuperável,<br />
não estamos a prejudicar o cliente,<br />
nem a oficina, com uma reparação inútil.<br />
Para ver corretamente to<strong>dos</strong> os detalhes do<br />
pneu, é necessária uma fonte de luz forte<br />
(100 - 150 lux). Se a oficina não tem equipamento<br />
de iluminação adequado, é hora<br />
de encomendar ao fornecedor uma solução<br />
à altura das responsabilidades.<br />
Ao retirar o objecto perfurante, identifica-se<br />
a inclinação da perfuração (Esquerda).<br />
Essa inclinação é depois confirmada com<br />
um furador sem bico ou outra ferramenta<br />
equivalente (Direita).<br />
2<br />
INSPECÇÃO INTERNA<br />
Afastar bem os talões um do outro<br />
(sem forçar o pneu) e marcar o local<br />
da perfuração com uma ponta de giz ou outro<br />
marcador apropriado. Retirar o objecto<br />
perfurante (caso ainda lá esteja) e registar o<br />
ângulo de penetração. Verificar a perfuração<br />
com um furador sem ponta, para confirmar<br />
a sua extensão e direção, aproveitando para<br />
retirar algum resíduo que lá exista. Se o ângulo<br />
de penetração exceder 25º a reparação<br />
tem que ser efectuada com um kit de duas<br />
peças. Não efetuar qualquer reparação, se a<br />
perfuração atingir a zona do ombro do pneu<br />
e ainda menos na parede lateral do pneu,<br />
porque é tempo perdido.<br />
3<br />
PREPARAÇÃO<br />
DA SUPERFÍCIE INTERIOR<br />
Limpar previamente toda a zona da<br />
perfuração com uma ferramenta específica<br />
(raspador), como se pode observar na<br />
figura. Certos fabricantes de pneus recomendam<br />
a limpeza prévia com um pano<br />
limpo, para eliminar impurezas e vestígios<br />
de lubrificante usado no fabrico do pneu.<br />
Este passo é importante para evitar que a<br />
ferramenta de corte usada a seguir fique<br />
contaminada, prejudicando a aderência do<br />
remendo que será aplicado pelo interior.<br />
Regularização e limpeza do canal de<br />
perfuração. O processo inclui 3 passagens<br />
pelo lado de dentro (esquerda) e 3 passagens<br />
pelo lado de fora (direita), no mínimo,<br />
utilizando uma broca de dimensões e<br />
qualidade adequadas.<br />
4PREPARAÇÃO<br />
DO CANAL DE PERFURAÇÃO<br />
To<strong>dos</strong> os resíduos e rebarbas existentes<br />
no interior do canal de perfuração<br />
têm que ser elimina<strong>dos</strong>, com a ajuda de<br />
um berbequim eléctrico (máximo de 1.200<br />
rpm) e uma broca de dimensões e material<br />
apropria<strong>dos</strong>. Começar pelo lado de dentro,<br />
62 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
uma perfuração de pneu<br />
com o mínimo de três passagens da broca,<br />
e terminar do lado exterior, com outras tantas<br />
passagens. Passar um furador sem ponta<br />
através da perfuração, a fim de confirmar<br />
que está completamente desobstruída.<br />
Encerramento do canal da perfuração com o<br />
taco (esquerda) e corte do material excedente<br />
no interior do pneu (direita).<br />
Marcação da área que será lixada à volta do<br />
remendo e sob o mesmo.<br />
5<br />
SELECCIONAR<br />
O KIT DE REPARAÇÃO<br />
Escolher um kit de reparação com<br />
dimensões adequadas ao dano, seguindo as<br />
recomendações do fabricante a respeito do<br />
material usado no seu fabrico. Centrar de<br />
seguida o remendo no furo e marcar à volta<br />
uma área 13mm mais larga do que este.<br />
6TAPAR O CANAL<br />
DE PERFURAÇÃO<br />
Este ponto refere-se a kits de duas peças.<br />
Se a reparação for efectuada com um<br />
remendo combinado com um taco, ignorar<br />
este ponto e ver o ponto 9.<br />
Em qualquer <strong>dos</strong> casos, não se devem misturar<br />
materiais diferentes de fabricantes<br />
distintos, para evitar incompatibilidades.<br />
Seguir sempre as recomendações do construtor<br />
do veículo e do fabricante do pneu a<br />
este respeito.<br />
Aplicar cola especificada no canal da perfuração<br />
e inserir o taco a partir do interior do<br />
pneu, até ultrapassar a superfície exterior<br />
deste. Cortar o excedente interior do taco,<br />
sem o puxar da sua posição. A perfuração<br />
deve ficar totalmente tapada, tanto do interior,<br />
como do exterior, para evitar a entrada<br />
de água e impurezas para as telas do pneu.<br />
7<br />
A raspagem ou lixagem da superfície interior<br />
do pneu destina-se a promover a aderência<br />
do remendo de reparação. A seguir à<br />
raspagem (em cima), é necessário limpar os<br />
resíduos com uma escova de arame (centro)<br />
e aspirar os resíduos liberta<strong>dos</strong> (abaixo).<br />
A preparação da superfície não pode chegar<br />
às telas da estrutura do pneu.<br />
LIXAGEM DO INTERIOR<br />
A lixagem da superfície interna do<br />
pneu visa garantir a máxima aderência<br />
do remendo. Aplicar uma escova de arames<br />
fina ou outro abrasivo equivalente, na<br />
área marcada anteriormente à volta do remendo,<br />
com uma máquina que não exceda<br />
as 5.000 rpm, a fim de não aquecer demasiado<br />
a borracha. O objectivo é obter uma<br />
superfície macia, aveludada e absorvente.<br />
Evitar excessiva penetração na borracha do<br />
interior do pneu, para não atingir as telas,<br />
pois isso implica a inutilização do pneu.<br />
Eliminar de seguida os resíduos da regularização,<br />
utilizando uma escova de arames<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 63
Técnica Reparação de perfurações nos pneus<br />
e um aspirador. Não se deve utilizar um<br />
jacto de ar comprimido para limpar o interior<br />
do pneu, porque espalha o lixo pela<br />
oficina toda e porque o respectivo filtro de<br />
ar comprimido pode estar fora de prazo e<br />
o ar traz óleo e humidade, que não interessam<br />
nada à reparação. Queremos qualidade<br />
de serviço e não rapidez pacóvia!<br />
Para realizar a reparação, o pneu não deve<br />
estar em tensão e deve ter os talões afasta<strong>dos</strong>,<br />
sem os forçar. Considerando que já<br />
foram realiza<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os passos anteriores<br />
(limpeza do furo, lixagem da superfície<br />
interna do pneu e limpeza <strong>dos</strong> resíduos),<br />
começa-se por retirar a película de proteção<br />
da unidade combinada de reparação,<br />
tendo o cuidado de não encostar os de<strong>dos</strong><br />
à cola presente na unidade. Centra-se bem<br />
e alinha-se o remendo com o dano do pneu<br />
e pressiona-se para baixo, de modo a fechar<br />
totalmente o canal da perfuração. Antes,<br />
tinha-se aplicado cola no canal perfurado,<br />
para facilitar a passagem do taco e garantir<br />
a sua total vulcanização com a borracha<br />
da banda de rolamento do pneu Além de<br />
pressionar o remendo em direção ao pneu,<br />
deve-se rodá-lo ao mesmo tempo, para<br />
optimizar o processo de adesão. No final,<br />
tira-se a camada de proteção exterior do<br />
remendo. No exterior do pneu, acerta-se o<br />
comprimento do taco junto à superfície da<br />
banda de rolamento, sem puxar o material<br />
para fora.<br />
A adesão do material de reparação é obtida<br />
com a aplicação de um produto específico.<br />
8<br />
COLAGEM<br />
Para garantir uma reparação sólida,<br />
mais uma vez se recomenda que diferentes<br />
materiais não devem ser utiliza<strong>dos</strong><br />
na mesma reparação. Para garantir a<br />
colagem do remendo interior, aplica-se<br />
cola especificada na superfície interna do<br />
pneu, de acordo com as recomendações do<br />
fornecedor do material de reparação. Deixar<br />
a cola secar naturalmente, sem tentar<br />
acelerar a secagem com ar forçado ou calor<br />
externo, porque há risco de inflamação do<br />
solvente.<br />
! PERIGO !<br />
w w Faz parte das normas de segurança<br />
não aproximar potenciais fontes de<br />
ignição de locais onde se trabalha<br />
com produtos inflamáveis. Até as ferramentas<br />
eléctricas podem provocar<br />
explosões, devido às chispas que se<br />
produzem nas escovas do motor. Os<br />
acidentes no meio de trabalho não<br />
ajudam a empresa, nem o seu pessoal,<br />
nem os clientes, nem as seguradoras,<br />
nem a própria sociedade em que vivemos,<br />
tudo razões mais do que suficientes<br />
para serem evita<strong>dos</strong> a todo o custo.<br />
Sequência de imagens da aplicação de uma<br />
unidade de reparação combinada (de cima<br />
para baixo e da esquerda para a direita).<br />
w Retira-se a película de proteção do taco.<br />
w Os de<strong>dos</strong> não podem tocar no taco, para<br />
não prejudicar a adesão deste ao pneu.<br />
w Aplicação de produto de colagem no taco.<br />
w O taco é puxado pela extremidade, através<br />
do canal de perfuração, de dentro para fora.<br />
w Aspecto do remendo no interior do pneu,<br />
depois de puxado o taco.<br />
w O remendo é pressionado e rodado pelo<br />
interior, utilizando um rolete.<br />
w O excesso de material no exterior é<br />
eliminado junto à banda de rolamento do<br />
pneu.<br />
9<br />
UNIDADE COMBINADA<br />
DE REPARAÇÃO<br />
Nas reparações de furos perpendiculares<br />
ou quase à superfície do pneu (25º ou<br />
menos), podem ser utilizadas com vantagem<br />
unidades combinadas de taco e remendo,<br />
que tornam o serviço mais rápido e até<br />
talvez com melhor qualidade. Mais uma vez<br />
se recomenda para não serrem usa<strong>dos</strong> na<br />
mesma reparação produtos de fornecedores<br />
diferentes e para se respeitarem todas as<br />
recomendações de fabricantes de produtos<br />
e pneus.<br />
Com o pneu montado na jante e à pressão<br />
recomendada, temos que verificar se<br />
existem fugas na válvula, junto à ligação do<br />
pneu à jante ou em qualquer outro ponto<br />
do pneu, incluindo obviamente o local da<br />
reparação.<br />
10<br />
VERIFICAÇÃO FINAL<br />
A reparação só está completa<br />
se o canal de perfuração estiver<br />
totalmente vedado, tanto no exterior do<br />
pneu, como no seu interior. Ao pressurizar<br />
o pneu isso será comprovado, mas a inspeção<br />
visual anterior é fundamental para verificar<br />
o sucesso da intervenção. Com o pneu<br />
montado na jante e à pressão recomendada,<br />
temos que verificar se existem fugas na válvula,<br />
junto à ligação do pneu à jante ou em<br />
qualquer outro ponto do pneu, incluindo<br />
obviamente o local da reparação. Qualquer<br />
eventual fuga de ar terá que ser reparada antes<br />
de entregar o carro ao cliente. No caso<br />
de pneus com câmara, esta deve ser sempre<br />
substituída em caso de perfuração do pneu.<br />
Mais do que um serviço ao cliente, a reparação<br />
profissional e de qualidade de pneus é<br />
um serviço à comunidade, podendo evitar<br />
acidentes, ferimentos, incapacidades e até<br />
mortes.<br />
64 | REVISTA DOS PNEUS | fevereiro <strong>2014</strong>
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Teste<br />
Teste os seus conhecimentos<br />
QUIZ 1<br />
Com o mesmo carro e os mesmos pneus, as condições de aderência<br />
podem mudar radicalmente de um momento para o outro,<br />
devido ao tipo de via em que circulamos, obras e mudanças<br />
bruscas das condições meteorológicas, entre outros imponderáveis.<br />
Lidar com essas situações pode ser um grande desafio e<br />
envolver sérios riscos. Está bem preparado para isso? Confira o<br />
seu grau de preparação com as questões a seguir.<br />
1 – Quando a estrada está cheia de neve a baixa pressão <strong>dos</strong><br />
pneus proporciona maior poder de tração:<br />
A – Verdadeiro;<br />
B – Falso.<br />
2 – <strong>Pneus</strong> muito gastos podem provocar hidroplanagem nos<br />
seguintes casos:<br />
A – Estradas secas;<br />
B – Estradas molhadas;<br />
C – Vias em construção.<br />
3 – Se o carro ficar atolado na neve, o melhor é:<br />
A – Fazer girar os pneus o mais depressa possível;<br />
B – Balance o seu veículo suavemente para a frente e para trás;<br />
C – Colocar metade da pressão nos pneus e carregar no acelerador.<br />
4 – As temperaturas baixas do Inverno podem afectar a pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus:<br />
A – Verdadeiro;<br />
B - Falso.<br />
RESPOSTAS<br />
QUIZ 2<br />
A chegada do Verão e das férias convida a momentos de evasão,<br />
resultando muitas vezes em deslocações com veículos, mais ou<br />
menos longas. Mais do que noutras oportunidades, o estado<br />
de espírito pode estar ligeiramente eufórico e a concentração<br />
baixa proporcionalmente a esse estado de espírito. O desafio<br />
é não abdicar das regras de segurança e manter o risco sob<br />
controlo, tanto quanto possível. Os pneus, muitas vezes, são os<br />
grandes esqueci<strong>dos</strong> nestas alturas, convidando o imprevisto e<br />
até o acidente. Teste o seu grau de focagem no essencial, com<br />
as seguintes questões.<br />
1 – Quais são os principais factores agressivos para os pneus<br />
no Verão?<br />
A – Temperaturas ambiente elevadas;<br />
B – Carga total permitida ou mesmo para lá disso;<br />
C – Pressões incorretas;<br />
D – To<strong>dos</strong> os factores acima referi<strong>dos</strong>.<br />
2 – Carga a mais não afecta os pneus se estes estiverem com<br />
a pressão correta.<br />
A – Verdadeiro,<br />
B – Falso.<br />
3 – Travar numa estrada molhada pode exigir uma distância<br />
quatro vezes maior do que numa estrada seca.<br />
A – Verdadeiro,<br />
B – Falso.<br />
4 – Se um pneu apresenta pontos com grau de desgaste diferentes<br />
e/ou superfícies anormalmente lisas é porque…<br />
A – Temos um problema de desgaste irregular;<br />
B – Os pneus são demasiado macios;<br />
C – Houve uma rotação de pneus mal feita.<br />
RESPOSTAS<br />
QUIZ 2<br />
1 – A resposta certa é (D), porque to<strong>dos</strong> os factores cita<strong>dos</strong> convergem para o mesmo<br />
risco, que é o excessivo aquecimento do pneu e a sua eventual cedência. É importante<br />
verificar a carga máxima ou o peso bruto total admitido no Manual de Instruções do<br />
veículo e conferir esse dado com a máxima carga admitida nos pneus (de acordo com<br />
o respectivo índice de carga. Tudo o que exceder as especificações é aventura no pior<br />
sentido da palavra. É bom senso verificar a correta pressão <strong>dos</strong> pneus e evitar as horas<br />
de temperaturas mais elevadas para viajar.<br />
2 – A resposta certa é (B), porque o excesso de carga deforma os pneus tal e qual como<br />
a pressão baixa, provocando o seu rápido sobreaquecimento.<br />
3 – A resposta certa é (A), o que significa que se devem moderar a velocidade e as<br />
manobras ousadas com tempo de chuva e com a estrada molhada.<br />
4 – A resposta certa é (A), porque o objectivo é conseguir que o desgaste do pneu seja<br />
uniforme, para durar mais tempo. Se o desgaste for irregular, a vida útil do pneu pode<br />
ficar reduzida a metade ou ainda menos. Os principais factores de desgaste irregular<br />
são as pressões incorretas, o desalinhamento da direção, o mau estado da suspensão<br />
e/ou direção, travões em mau estado e condução agressiva. Se to<strong>dos</strong> estes factores<br />
se conjugarem entre si, o pneu terá uma vida muito curta.<br />
QUIZ 1<br />
1 – A resposta correcta é (B), porque a baixa pressão é o pior inimigo <strong>dos</strong> pneus em<br />
qualquer situação. A menor pressão não aumenta a tração e pode originar danos<br />
no pneu, piorando ainda mais a situação. Se não tiver correntes ou outros sistemas<br />
para aumentar a tração, o melhor é conduzir cuida<strong>dos</strong>amente o carro pelos trilhos<br />
de neve calcada deixa<strong>dos</strong> por outros carros. Quanto mais solta (fofa) estiver a neve,<br />
menor será a tração <strong>dos</strong> pneus.<br />
2 – A resposta certa é (B), porque os pneus muito usa<strong>dos</strong> não conseguem eliminar a<br />
água sob a banda de rolamento, devido à falta de sulcos com a profundidade suficiente,<br />
cuja função é projetar a água para fora da área de contacto do pneu com o solo.<br />
3 – A resposta certa é (B), porque ao mover o carro lentamente para a frente e para<br />
trás calca a neve e cria melhores condições de aderência para sair do local. Acelerar<br />
e fazer girar as rodas rapidamente apenas enterra mais o carro, assentando o chassis<br />
deste na neve, o que torna ainda mais difícil recuperar a tração.<br />
4 – A resposta certa é (A), porque a densidade do ar desce com as baixas temperaturas,<br />
diminuindo a pressão no interior do pneu. Para variações de temperatura entre 5º C<br />
e 10º C ou superiores, as pressões sofrem mudanças significativas no pneu, exigindo<br />
correções. Obviamente, o inverso também é verdade, mas isso geralmente ninguém<br />
nota, porque andam quase to<strong>dos</strong> com a pressão abaixo do recomendado, designadamente,<br />
por falta de controlo regular da pressão <strong>dos</strong> pneus.<br />
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