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Revista dos Pneus 012 - Janeiro 2011

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DOSPNEUS<br />

REVISTA<br />

REVISTA INDEPENDENTE DE PNEUMÁTICOS E SERVIÇOS RÁPIDOS<br />

Acontecimento<br />

PNEU<br />

DO ANO <strong>2011</strong><br />

Retomando a iniciativa do Troféu “Pneu do Ano”<br />

realizada em 2010, voltámos este ano a<br />

convidar as marcas de pneus a participarem<br />

nesta iniciativa com os seus melhores produtos.<br />

Conheça nesta edição os candidatos ao Troféu<br />

Pneu do Ano <strong>2011</strong> em Portugal.<br />

Nº 12 • JANEIRO <strong>2011</strong> • ANO III • 5 EUROS<br />

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Darío Vicario<br />

Director-Geral<br />

da Goodyear<br />

Dunlop Ibéria<br />

Manuel Olivares<br />

Director de<br />

Marketing<br />

Turismo da<br />

Michelin<br />

Portugal e<br />

Espanha<br />

Reportagem<br />

Visita à fábrica<br />

Continental<br />

Mabor<br />

A YOKOHAMA fornece os pneus ADVAN para o FIA WTCC <strong>2011</strong><br />

Dossier<br />

CHAVES<br />

DE IMPACTO<br />

Ferramenta<br />

essencial


NOTÍCIAS<br />

Maxilub na internet<br />

A Maxilub é uma empresa que tem desenvolvido<br />

a sua actividade na área <strong>dos</strong> lubrificantes.<br />

Por forma a ir de encontro às necessidades <strong>dos</strong><br />

clientes e potenciais clientes, a Maxilub passou a ter<br />

presença na internet.<br />

Neste site, muito simpes de consulta, a empresa<br />

tem disponível alguma informação sobre os produtos<br />

que comercializa bem como as respectivas marcas<br />

que representa.<br />

De momento ainda não se podem fazer vendas<br />

online, mas segundo Coelho Abrantes, gerente da<br />

empresa, “já recebemos muitos clientes pela internet,<br />

por isso é importante este site da Maxilub”.<br />

Para fazer uma visita basta digitar no computador<br />

www.maxilub.pt.<br />

Calendário Pirelli <strong>2011</strong><br />

O Calendário Pirelli <strong>2011</strong>, agora na sua 38.ª edição,<br />

foi apresentado num evento decorreu no Teatro Stanislavsky<br />

e Nemirovich-Danchenko, prestigiado palco<br />

russo, onde ao longo de mais de 90 anos de história foram<br />

apresentadas óperas e ballets que se tornaram parte<br />

do acervo artístico do país.<br />

Depois da China, imortalizada por Patrick Demarchelier<br />

na edição de 2008, do<br />

Botswana retratado por Peter<br />

Beard em 2009, e do Brasil de<br />

Terry Richardson em 2010,<br />

”The Cal” <strong>2011</strong> foi assinado<br />

pelo génio criativo de Karl Lagerfeld,<br />

artista e figura polivalente<br />

e, principalmente, esteta<br />

celebrado no mundo inteiro.<br />

No seu estúdio parisiense,<br />

Karl Lagerfeld deu vida a “Mythology”, um calendário<br />

que reflecte uma das suas paixões mais profundas, a<br />

das lendas e mitos da mitologia greco-romana, que<br />

conta a origem do homem e do mundo através das<br />

aventuras de deuses e deusas, heróis e heroínas. Numa<br />

viagem ao passado, através da linguagem universal da<br />

fotografia, “Mythology” leva-nos de volta para as raízes<br />

da civilização clássica e reaproxima o Calendário<br />

Pirelli do Velho Continente, onde há quase 140 anos<br />

foram iniciadas as actividades de uma companhia que<br />

se tornou uma multinacional que hoje opera em mais<br />

de 160 países.<br />

Nas 36 imagens que constituem o Calendário <strong>2011</strong>,<br />

são retrata<strong>dos</strong> 24 temas, entre divindades, heróis e mitos.<br />

O olhar de Lagerfeld propõe-nos fotos “esculpidas”<br />

com rigor estético e referências constantes à arte<br />

da escultura e aos seus cânones clássicos. Todas as fotografias<br />

são em preto e branco, opção esta que imprime<br />

personalidade às imagens, realça a beleza <strong>dos</strong> corpos<br />

mediante o grande contraste cromático e, através<br />

do uso sábio das luzes, proporciona tridimensionalidade<br />

às imagens.<br />

Alberto Granadino entra<br />

para a Goodyear Dunlop Ibéria<br />

A Goodyear Dunlop Ibéria acaba de anunciar a integração de Alberto<br />

Granadino como novo Director da Divisão Comercial de Pesa<strong>dos</strong>,<br />

Agrários e Escavadoras, ocupando assim a posição deixada vaga<br />

por Juan Luis González.<br />

Alberto Granadino é engenheiro industrial, formado pela Universidade<br />

Politécnica de Madrid e tem um Master em Finance & Cost<br />

Control Management do Instituto de Empresa.<br />

Anteriormente desempenhou cargos em diversas áreas, em empresas<br />

de prestígio como o Grupo Alfaland, e o seu cargo anterior foi de<br />

Managing Director na Hune Maquinaria.<br />

A marca Rotalla representada em exclusivo pela empresa<br />

Aguesport, vai alargar a sua oferta aos pneus comerciais,<br />

com uma gama de 20 medidas de pneus, disponíveis<br />

a partir de Março de <strong>2011</strong>.<br />

Além <strong>dos</strong> pneus comerciais a gama de ligeiros estendeu-se<br />

em cerca de 30 novas medidas, dando seguimento<br />

à política de expansão.<br />

Em <strong>2011</strong> esta marca irá introduzir uma nova mistura<br />

de borracha no sentido de elevar os índices de aderência<br />

principalmente em pisos molha<strong>dos</strong>.<br />

Refira-se ainda que a Aguesport, no seguimento do<br />

Novas instalações<br />

Domingos & Morgado<br />

A Domingos & Morgado, empresa bem conhecida<br />

no mercado nacional que opera no sector da Jantes de<br />

Liga Leve e Equipamentos para Casas de <strong>Pneus</strong> e Oficinas<br />

Auto, acaba de mudar de instalações.<br />

Assim, devido à dinâmica de crescimento da Empresa<br />

e à necessidade de prosseguir a política de excelência<br />

junto <strong>dos</strong> seus Clientes, desde o dia 1 de Novembro<br />

que passou a operar a partir das suas novas instalações.<br />

Sitas na Via Central de Milheirós, distantes pouco mais de 1km das antigas instalações, reúnem excelentes<br />

condições para o desenvolvimento da Domingos & Morgado, tanto na vertente das Jantes de Liga Leve, como<br />

na <strong>dos</strong> equipamentos para casas de pneus e oficinas auto.<br />

Será, talvez, a área <strong>dos</strong> equipamentos a mais beneficiada com esta mudança de instalações, uma vez que lhe<br />

permitirá albergar um novo Centro de Formação. Embora não restrito ao sector <strong>dos</strong> equipamentos será, sem<br />

dúvida, este a retirar o maior partido do novo Centro de Formação, devido à necessidade de formar técnicos<br />

qualifica<strong>dos</strong> para operar com equipamentos cada vez mais sofistica<strong>dos</strong>.<br />

Completamente equipado e recorrendo às mais recentes tecnologias, o novo Centro de Formação constitui<br />

um pólo de excelência no relacionamento com os clientes da Domingos & Morgado, garantindo-lhes a possibilidade<br />

de uma formação contínua em diversos sectores da sua actividade.<br />

Rotalla alarga oferta aos comerciais<br />

fortalecimento da parceria implementada em 2010<br />

com a Continental, irá passar a distribuir os pneus Mabor<br />

e General Tire.<br />

Continental apresentam marcação M+S<br />

A revisão da lei rodoviária recentemente aprovada pela câmara alta do Parlamento alemão já produziu impacto<br />

no transporte rodoviário. Várias transportadoras francesas informaram o fabricante de pneus e fornecedor<br />

automóvel internacional Continental de que os seus camiões foram inspecciona<strong>dos</strong> durante a passagem<br />

pela Alemanha. O regulamento exige que, no futuro, sejam utiliza<strong>dos</strong> pneus M+S em to<strong>dos</strong> os autocarros<br />

com mais de oito lugares e em to<strong>dos</strong> os camiões com um peso superior a 3,5 toneladas quando as estradas estiverem<br />

cobertas com gelo, neve densa ou lama aquosa. A lei entrou<br />

em vigor no sábado, dia 4 de Dezembro. A Continental informou<br />

que to<strong>dos</strong> os seus pneus de tracção já apresentam a marcação M+S,<br />

pelo que cumprem automaticamente os novos requisitos legais da<br />

Alemanha.<br />

Para além <strong>dos</strong> pneus de tracção M+S, que agora são obrigatórios<br />

para transitar na Alemanha, a Continental fornece pneus com classificação<br />

de Inverno para a totalidade do tractor-reboque com os<br />

seus pneus Scandinavia de segunda geração. Isto inclui os pneus do<br />

reboque que são essenciais para a travagem. A segurança é também,<br />

como é óbvio, decisiva para as empresas de autocarros no Inverno.<br />

04<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

Bridgestone em acção<br />

da BMW no Facebook<br />

A Bridgestone juntou-se à BMW numa acção de design<br />

no Facebook para o BMW Série 1. Os vencedores<br />

do concurso receberam um dia de treinos denominado<br />

BMW Driver juntamente com um workshop sobre<br />

pneus run-flat. O treino foi realizado em veículos<br />

BMW Série 1 equipa<strong>dos</strong> com Bridgestone Potenza<br />

RE050A run-flat, com a particularidade de em cada<br />

um <strong>dos</strong> pneus ter sido gravado a laser, os nomes <strong>dos</strong><br />

vencedores do concurso.<br />

A promoção, denominada "Splasher" convidou os<br />

utilizadores do Facebook para atirar tinta a um BMW<br />

Série 1, através de uma aplicação on-line, criando assim<br />

um design próprio de carroçaria. Cinco vencedores<br />

tiveram a oportunidade de verem seus projectos ganharem<br />

vida com adesivos forneci<strong>dos</strong> pela 3M em veículos<br />

BMWs reais, no BMW Driver Training Centre,<br />

no Aeroporto de Munique no passado dia 20 de Novembro.<br />

A Bridgestone levou uma oficina de pneus run-flat<br />

durante a tarde, juntamente com uma sessão prática<br />

na pista. Os vencedores do concurso testaram os carros<br />

com o pneu dianteiro esquerdo deflacionado, o<br />

pneu traseiro direito deflacionado e os quatro pneus<br />

com pressão normal. Os pilotos de ocasião foram capazes<br />

de ver como o controle e manuseamento foi<br />

mantido, mesmo enfrentando um "furo num pneu".<br />

Mais informações sobre os pneus run-flat podem ser<br />

encontradas em www.runflat.eu.<br />

Nova versão Autodata<br />

para pneus<br />

A Autodata lançou uma nova versão do seu software,<br />

específica para mudanças de pneus.<br />

Esta nova versão deste software inclui da<strong>dos</strong> de<br />

alinhamentos de pneus, tamanhos e pressão das rodas,<br />

bem como sistema de monitorização da pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus.<br />

A subscrição do Autodata para este serviço tem o<br />

valor de 136 euros, estando disponível online.<br />

Fendt premeia CGS Tyres com galardão “A”<br />

A AGCO concedeu a sua mais alta qualificação<br />

como fornecedor à CGS Tyres pelas entregas de <strong>Janeiro</strong><br />

a Dezembro de 2010.<br />

O Continental, pneu agrícola fabricado pela CGS<br />

Tyres, é montado nas séries de tractores AGCO<br />

Fendt 200 Vario – 900 Vario. Com o objectivo de<br />

melhorar os seus produtos, a AGCO avalia a qualidade<br />

<strong>dos</strong> seus fornecedores, logística, serviço ao cliente<br />

e protecção do meio ambiente, em to<strong>dos</strong> os quais a<br />

CGS Tyres recebeu a mais alta distinção. Em qualidade,<br />

uma qualificação “A” significa que 99,9 por cento<br />

das unidades entregues foram-no sem problemas.<br />

A CGS Tyres recebe a qualificação “A” desde 1999. “O nosso negócio principal é o <strong>dos</strong> pneus agrícolas e industriais”,<br />

disse Andrew Mabin, director de vendas e marketing da CGS Tyres. “Os fabricantes de maquinaria<br />

oferecem sempre uma oportunidade para um produtor de pneus”. A CGS Tyres aumentou as vendas ao grupo<br />

AGCO em 32%, comparando com 2009.<br />

Neumáticos Andrés forte nos pneus de moto<br />

Petronas lança<br />

Syntium 5000 FR<br />

Dando seguimento à sua política de desenvolvimento de novos<br />

produtos, a Petronas Lubricants acaba de alargar a gama Syntium<br />

com a introdução do Syntium 5000 FR, lubrificante sintético topo<br />

de gama, especialmente formulado para lubrificação de motores a<br />

gasolina e diesel das marcas Ford e Renault, apresentando características<br />

“Fuel Economy”, superando as normais europeias A5/B5.<br />

Graças à sua formulação desenvolvida com base na mais moderna<br />

tecnologia, o novo Syntium 5000 FR permite elevada redução<br />

<strong>dos</strong> atritos entre os componentes mecânico do motor, superior<br />

protecção contra o desgaste e consequente melhoria das prestações<br />

com redução <strong>dos</strong> consumos, assegurando ainda a máxima protecção<br />

do motor.<br />

O novo Syntium 5000 FR já está à venda no mercado nacional<br />

em embalagens de 1 e 5 litros, para além de bidões de 200 litros.<br />

A Neumáticos Andrés, distribuidor independente<br />

de pneus, no ano de 2010 vendeu mais de 10.000 unidades<br />

de pneus de moto.<br />

Começou com a Michelin há dois anos, adquirindo<br />

de pronto uma experiência neste ramo <strong>dos</strong> pneus de<br />

moto.<br />

Em 2010 a empresa passou a comercializar também<br />

pneus de outras das principais marcas, como Pirelli,<br />

Bridgestone, Dunlop e Metzeler.<br />

Ao aumentar o número de marcas, a empresa aumentou<br />

o número de unidades vendidas em pneus de<br />

moto ao longo do ano, passando de 2.500 unidades<br />

vendidas em 2009 para 10.000 unidades em 2010.<br />

A disponibilidade real <strong>dos</strong> seus armazéns e a distribuição<br />

em 24 horas para toda a Península Ibérica, também<br />

ajudou bastante nas vendas deste tipo de pneus<br />

em 2010.<br />

A empresa refere que num futuro muito próximo,<br />

irá ser um <strong>dos</strong> líderes do mercado espanhol em pneus<br />

de moto.<br />

Trelleborg reforça nos industriais<br />

A Trelleborg, através da sua área de negócio Trelleborg Wheel<br />

Systems, assinou um acordo para a aquisição do grupo britânico<br />

Watts que conta com 230 emprega<strong>dos</strong> e vendas anuais de 300<br />

milhões de SEK (coroas suecas).<br />

A Watts é actualmente uma das principais empresas a nível<br />

global no sector <strong>dos</strong> pneus industriais. Esta aquisição reforça a<br />

posição de liderança da Trelleborg e possibilitará uma maior expansão<br />

geográfica e presença no serviço pós-venda.<br />

Maurizio Vischi, Presidente de Trelleborg Wheel Systems<br />

afirmou: "Esta aquisição é um passo mais adiante na nossa estratégia<br />

de fortalecer e aumentar o posicionamento no mercado,<br />

gerando novas oportunidades de crescimento. Além disso, vai<br />

aumentar a eficiência de produção da nossa moderna fábrica do<br />

Sri Lanka com vantagens substanciais para os nossos clientes.”<br />

"Com a aquisição do Grupo Watts Tyre, a linha de pneus industriais<br />

da Trelleborg potencia a sua competitividade", comentou<br />

Maurizio Vischi. "Vamos ser ainda mais fortes no serviço<br />

pós-venda e teremos, por exemplo, acesso a um conceito de serviço<br />

bastante avançado que se denomina Interfit, que permite<br />

estreitar a relação entre o fabricante e o utilizador final”.<br />

06<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

Goodyear recebe prémio<br />

por Pneu da Lua<br />

A NASA e a Goodyear Tire & Rubber Company<br />

receberam, recentemente, o Prémio R&D 100, por<br />

um pneu sem ar capaz de transportar veículos de<br />

grandes dimensões por grandes distâncias, na superfície<br />

de corpos celestiais como a Lua ou Marte.<br />

O pneu, desenvolvido no ano passado, é feito a<br />

partir de 800 molas de suporte e foi criado para veículos<br />

pesa<strong>dos</strong> que têm que percorrer maiores distâncias<br />

que o pneu de rede metálica (para o qual a Goodyear<br />

também contribuiu) usado anteriormente no Lunar<br />

Roving Vehicle (LRV). O novo pneu pode permitir<br />

uma exploração mais alargada e o desenvolvimento e<br />

manutenção de eventuais postos planetários. Pode<br />

também ter aplicações na Terra.<br />

De acordo com Vivake Asnani, o investigador principal para o projecto no Centro<br />

de Investigação Glenn da NASA em Cleveland, o pneu premiado para os prémios<br />

R&D 100 teve uma alteração significativa nos requisitos que necessitavam inovação.<br />

“Com os requisitos combina<strong>dos</strong> de aumento de carga, dimensão e vida, precisávamos<br />

de produzir uma alteração fundamental ao pneu original para a Lua,”<br />

comenta. “O que a equipa Goodyear-NASA desenvolveu foi uma rede inovadora,<br />

mas simples, de molas interligadas que permitem um bom resultado. O design do<br />

pneu parece quase óbvio em retrospectiva, como acontece com a maior parte <strong>dos</strong><br />

bons inventos.”<br />

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Norauto lança a “revisão oficial”<br />

A Norauto disponibiliza, nos seus centros auto, o novo serviço de Revisão<br />

Oficial que vai permitir a to<strong>dos</strong> os seus clientes fazer a manutenção automóvel<br />

sem perda da garantia oficial da marca, permitindo igualmente uma poupança<br />

no orçamento.<br />

Este novo serviço de manutenção automóvel personalizado é equivalente ao<br />

recomendado pelo fabricante com mais de 4.800 planos de Revisão automóvel e<br />

com uma base de da<strong>dos</strong> superior a 100.000 modelos de automóveis.<br />

Segundo o Regulamento (CE) nº 1400/2002, um automobilista pode realizar<br />

a manutenção do seu veículo fora <strong>dos</strong> concessionários oficiais sem perder a garantia<br />

do fabricante. Assim, desde o primeiro momento, um cliente tem liberdade<br />

para escolher onde deseja realizar a manutenção do seu veículo.<br />

Qualquer cliente, ao realizar a Revisão Oficial Norauto, tem a garantia de obter<br />

uma manutenção de qualidade personalizada com peças de qualidade equivalente<br />

às de origem a um preço baixo, seja qual for a marca, o modelo ou a idade<br />

do veículo.<br />

Para isso, poderá contar com equipamentos e ferramentas de última geração:<br />

tem à sua disposição máquinas de alinhamento 3D, diagnóstico electrónico, entre<br />

outros que permitem aos técnicos da oficina eliminar tempos improdutivos<br />

na revisão automóvel.<br />

A Revisão Oficial Norauto assenta sobre 3 pilares fundamentais: garante uma<br />

poupança considerável, ou seja, o cliente pode realizar a mesma revisão que faria<br />

na marca a um preço mais baixo; redução do tempo de espera: a Norauto garante<br />

a realização da revisão automóvel com ou sem marcação prévia e, finalmente, a<br />

utilização de peças de origem: a Norauto trabalha com as marcas <strong>dos</strong> maiores fabricantes<br />

de equipamento e utiliza peças de qualidade equivalente às de origem.<br />

Ainda a pensar num melhor serviço prestado ao cliente, a Norauto procedeu à<br />

informatização da oficina com utilização de PDA por parte <strong>dos</strong> técnicos, permitindo<br />

um atendimento mais profissional ao cliente e um seguimento mais eficaz<br />

das prestações na oficina.<br />

Poderá realizar uma simulação on-line em http://revisaooficial.norauto.pt.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 07


NOTÍCIAS<br />

GRA Massa Especial Antifricção<br />

A Mundialub, Comércio de Lubrificantes, Lda,<br />

lançou o GRA Massa Especial antifricção da Faher.<br />

Trata-se de uma massa semi-sintética em spray,<br />

grande aderência, resistente à força centrífuga para<br />

kits de transmissão, (corrente de motos, p.e.) e qualquer<br />

sistema de mecanismos abertos. Suporta altas<br />

temperaturas, excessos de fricção e contaminação<br />

(areia, lama, pó, água, etc.).<br />

Esta massa especial reforçada antifricção com<br />

PTFE micronizado, reduz a fricção e perdas de potência<br />

por falta de lubrificação nos kits de transmissão<br />

e correias. Suporta cargas elevadas e alta temperatura.<br />

Não descola. Repele a água do mar, pó, flui<strong>dos</strong><br />

corrosivos, agentes químicos correntes, terra e<br />

areia. Evita ferrugem e corrosão. Deixa uma película<br />

volumosa e lubrificante.<br />

Refira-se ainda que é um produto de fácil aplicação<br />

em acessos difíceis, que está disponível em embalagem<br />

aerossol de 400 ml.<br />

Hankook Tire<br />

aumenta capacidade na Hungria<br />

A Hankook anunciou que a nova<br />

fábrica em Rácalmás já foi posta a<br />

funcionar, muito antes da data prevista.<br />

A construção da segunda fase<br />

da fábrica começou em Setembro de<br />

2009 e prevê-se que alcance o seu<br />

máximo rendimento durante a segunda<br />

metade de <strong>2011</strong>. De acordo<br />

com os planos, a nova fábrica de 58<br />

mil metros quadra<strong>dos</strong> será capaz de<br />

fabricar mais 16 a 17 mil pneus por dia, alcançando uma produção diária total de 35<br />

mil unidades.<br />

A procura <strong>dos</strong> pneus Hankook tem crescido um pouco por todo o mundo, mas<br />

especialmente na Europa. Foi este crescimento que permitiu à Hankook Tire investir<br />

mais 230 milhões de euros na sua fábrica europeia na Hungria, num total de 550<br />

milhões de euros gastos. Quando se chegar ao final da segunda fase de investimento,<br />

a fábrica aumentará para mais que o dobro o seu rendimento anual, podendo<br />

chegar aos 12 milhões de pneus “Made in Europe” por ano.<br />

Novas oficinas<br />

Demove Car Service<br />

A Demove Car service é um novo conceito oficinal<br />

sustentado numa pequena rede onde a gestão e a<br />

tecnologia estão de mãos dadas.<br />

Como os tempos não são de desperdiçar nem<br />

clientes, nem trabalho, a Demove colocou em curso<br />

o projecto Demove Car Service, tendo já aberto o<br />

primeiro centro precisamente junto às instalações da<br />

Deutsch Motor em Agualva-Cacém.<br />

O objectivo desta empresa é nos próximos dois<br />

anos ter seis Demove Car Service abertos, com três<br />

estabelecimentos próprios e outros três num regime<br />

parecido com um franchising.<br />

Labirinto de <strong>Pneus</strong> vence prémio da Valorpneu<br />

Ana Arribas e Cátia Fernandes,<br />

alunas do 2.º ano de Arte e Design<br />

do Instituto Politécnico de Bragança,<br />

foram as vencedoras do Prémio<br />

Inovação Valorpneu 2010 com o<br />

projecto “Labirinto de <strong>Pneus</strong>”. O<br />

projecto consiste na construção de<br />

um labirinto para um espaço público,<br />

reutilizando cerca de 650 pneus<br />

em fim de vida.<br />

“Para a elaboração deste projecto<br />

inspirámo-nos na artista plástica<br />

portuguesa de renome internacional,<br />

Joana Vasconcelos”, referem as<br />

alunas. Adiantando que, “na escolha<br />

do projecto tivemos em conta<br />

todas as variáveis envolvidas, desde<br />

a exequibilidade do mesmo, aos custos associa<strong>dos</strong> e, obviamente, à sua contribuição para a sustentabilidade<br />

económica e ambiental do sistema integrado de gestão de pneus usa<strong>dos</strong> (SGPU) gerido pela Valorpneu”.<br />

“Os materiais utiliza<strong>dos</strong> são pneus usa<strong>dos</strong> pinta<strong>dos</strong> de branco, tubos de aço e acrílicos de cor para os jogos<br />

de luz”, referem as vencedoras. “É um labirinto, onde as tradicionais sebes deram lugar as pneus usa<strong>dos</strong>”, um<br />

objecto do quotidiano que depois de usado tem inúmeras aplicações, onde esta é apenas um exemplo. “Optámos<br />

por um projecto de entretenimento para pais e filhos, para que possam interagir de forma divertida”,<br />

adiantam.<br />

Vulco consolida<br />

parceria com<br />

Cometil<br />

A rede de oficinas especialistas em pneus e<br />

serviços de mecânica rápida Vulco consolida em <strong>2011</strong> a parceria com a Cometil<br />

– um <strong>dos</strong> mais importantes importadores de equipamentos oficinais - através da<br />

introdução de auditorias e consultadoria.<br />

A busca de uma identidade reforçada levou a rede Vulco a estabelecer parcerias<br />

e a realizar investimentos sem paralelo ao nível das redes de mecânica rápida<br />

em Portugal. Qualidade de serviço e aposta numa cadeia de reparação e manutenção<br />

cada vez mais uniformizada estão na base da estratégia implementada<br />

pela Vulco.<br />

O mais recente capítulo neste percurso é a recente parceria com a empresa Cometil,<br />

uma referência nacional no campo <strong>dos</strong> equipamentos para assistência a rodas,<br />

consumíveis e equipamentos de diagnóstico. A empresa com sede em S. Julião<br />

do Tojal - Loures, representa para Portugal importantes marcas como a Hunter,<br />

Cemb, Butler, Haweka, Omer, Rotary, Filcar e Schrader.<br />

Bridgestone com novo site<br />

A Bridgestone, maior fabricante mundial de pneus<br />

premium, anuncia o lançamento de um novo website,<br />

pensado para aumentar a percepção da importância<br />

da segurança <strong>dos</strong> pneus. O especialista de automóveis<br />

inglês e comentador de televisão, Tony Jardine,<br />

participa no site através de uma série de pequenos<br />

vídeos demonstrando os três pilares da segurança de<br />

pneus: pressão, profundidade e dano/desgaste irregular.<br />

O site é o novo elemento da Bridgestone da campanha<br />

de segurança <strong>dos</strong> pneus (Pense Antes de Conduzir), que inclui também mais<br />

de 50 mil inspecções a pneus realizadas anualmente na Europa.<br />

A maioria <strong>dos</strong> consumidores não está ciente da importância da manutenção do<br />

pneu na segurança rodoviária. O resultado de mais de 50 mil testes de segurança<br />

efectua<strong>dos</strong> pela Bridgestone no ano passado revela que 8 em cada 10 veículos circulavam<br />

com pressão insuficiente; 1 em 6 pneus estavam a ser usa<strong>dos</strong> para além do limite<br />

legal e 1 em 11 estavam muito desgasta<strong>dos</strong> e circulavam com pressão extremamente<br />

baixa. O novo website da Bridgestone mostra as consequências, potencialmente<br />

fatais de conduzir com pneus desgasta<strong>dos</strong>, danifica<strong>dos</strong> ou com baixa pressão.<br />

Para mais informações, visite o site em www.TyreSafety.eu.<br />

08<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

Autopeças abre no Seixal<br />

A Autopeças é uma nova estrutura<br />

de peças, gerida por Carlos Barata, que<br />

abriu portas recentemente no Seixal.<br />

A empresa aparece no mercado<br />

numa altura de crise económica e financeira<br />

em que o país se encontra,<br />

mas considera o seu responsável que o<br />

momento é o ideal para o aparecimento<br />

de um projecto como este, atendendo aquilo que a empresa pode trazer de<br />

novo a este mercado das peças na sua região de influência, mesmo que a concorrência<br />

seja grande e cada fez mais aguerrida.<br />

No lado sul do Tejo (até ao Algarve) a empresa funciona como um retalhista<br />

de peças, privilegiando o contacto directo com as oficinas, apostando por isso na<br />

abertura de mais dois pontos de vendas (filiais próprias), um deles em Almada e<br />

outro em Faro, num prazo máximo de seis meses. A norte do Tejo, concentrando-se<br />

exclusivamente na Grande Lisboa, a Autopeças funcionará como um grossista<br />

de peças, efectuando a revenda para outros retalhistas, através de uma equipa<br />

comercial de duas pessoas.<br />

Em termos de estratégia de produto, é claro o posicionamento da Autopeças,<br />

apostado em marcas conhecidas no mercado, com qualidade e de reconhecida<br />

valia pelo mercado.<br />

Para além das duas aberturas já programadas (Almada e Faro), a Autopeças espera<br />

também vir a apostar nas vendas online, num futuro a médio prazo, bem<br />

como noutros projectos que para já estão no “segredo <strong>dos</strong> deuses”.<br />

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Liqui-Moly lança<br />

novos óleos da gama Toptec<br />

Continuando a sua aposta na tecnologia Hidrocrac,<br />

a Liqui-Moly fortaleceu a sua gama Toptec com<br />

as versões 4400 e 4600.<br />

São óleos de última geração desenvolvi<strong>dos</strong> a partir<br />

de óleos base de qualidade superior e enriqueci<strong>dos</strong><br />

com um pacote de aditivos que inclui agente antifricção<br />

de alta performance. Deste modo promovem um funcionamento eficaz reduzindo<br />

o consumo de combustível e de óleo assegurando uma penetração rápida<br />

em todas as partes móveis do motor e garantindo uma longevidade acrescida do automóvel.<br />

O Toptec 4400 foi desenvolvido especialmente para a última geração de motores<br />

Renault equipadas com filtros de partículas.<br />

O Toptec 4600 foi desenvolvido especialmente para a última geração de motores<br />

Opel equipadas com filtros de partículas, abrangendo, no entanto normas BMW,<br />

Mercedes, etc.<br />

Mais duas aberturas Midas<br />

A Midas abriu mais dois novos centros que contribuem<br />

para consolidar a sua presença em território nacional:<br />

Midas Vasco da Gama & Midas Palmela.<br />

Estes novos centros provam a consolidação do grupo<br />

e o forte investimento feito em 2010, ano que conta<br />

já com 9 novos centros Midas. Com estas inaugurações<br />

a Midas passa a ter 43 centros e uma maior presença<br />

a nível nacional nos principais centros urbanos.<br />

Desde o início do ano a Midas já abriu 9 centros, apostando em localizações<br />

dentro ou próximo de centros comerciais traduzindo-se numa solução prática e<br />

de rentabilização de tempo para o cliente, pois pode optar por fazer a manutenção<br />

do carro enquanto faz compras, uma vez que o tempo médio <strong>dos</strong> serviços<br />

são de 1 hora.<br />

As Midas dentro de centros comerciais beneficiam ainda de horários de funcionamento<br />

mais alarga<strong>dos</strong>, característicos destes espaços.<br />

Esta expansão vai ao encontro das exigências <strong>dos</strong> consumidores que cada vez<br />

mais procuram os centros de reparação rápida como o compromisso mais sólido,<br />

económico e fiável em alternativa ao habitual recurso às concessões oficiais<br />

das marcas automóveis.<br />

A abertura <strong>dos</strong> novos centros traduziu-se na criação de 80 novos postos de trabalho<br />

e um retorno em 2010 de 5 milhões de euros.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 09


NOTÍCIAS<br />

Bilstein B6 no BMW X1<br />

O novo amortecedor B6 da Bilstein foi desenvolvido<br />

para o BMW X1, permitindo o máximo rendimento<br />

em estradas de terra, nas subidas com neve ou nas<br />

voltas de compras com a família.<br />

É um amortecedor pensado para os condutores que<br />

não abdicam do conforto, mas exigem o máximo rendimento<br />

da suspensão, mesmo a plena carga.<br />

Estão neste caso os condutores do BMW X1, um<br />

SUV versátil, que circula com a mesma eficácia nas<br />

ruas de uma cidade, como num exigente trajecto fora<br />

da estrada.<br />

De facto, os novos Bilstein B6 estão afina<strong>dos</strong> para<br />

combinar o maior poder de tracção, com grande estabilidade<br />

e sem rolamento acentuado da carroçaria,<br />

tanto na condução do diária, como nas condições de<br />

condução mais exigentes.<br />

Tudo isto é possível sem rebaixar a suspensão, o que<br />

é impensável num SUV. Apesar do seu alto rendimento,<br />

os amortecedores Bilstein B6 são produzi<strong>dos</strong> com<br />

os melhores materiais e a mais avançada tecnologia,<br />

garantindo longa vida útil, mesmo com uma utilização<br />

intensiva.<br />

Programas de teste completos garantem o total controlo<br />

de qualidade, a que os clientes da Bilstein se habituaram.<br />

Início de comercialização<br />

do XTL<br />

A Fuchs deu início à<br />

comercialização, dentro<br />

da sua já vasta oferta de<br />

óleo de motor para veículos ligeiros, de quatro produtos<br />

revolucionários:<br />

- TITAN GT1 SAE 0W-20 XTL<br />

- TITAN GT1 SAE 5W-40 XTLTM<br />

- TITAN GT1 PRO C-3 SAE 5W-30 XTL<br />

- TITAN GT1 PROFLEX SAE 5W-30 XTLTM<br />

O XTL (Xtreme Temperature Lubrication) representa<br />

um novo conceito de lubrificantes para motores<br />

de veículos de passageiros, que oferecem benefícios<br />

únicos, tais como:<br />

- Circulação do óleo até 55% mais rápida e arranques<br />

até 35% mais rápi<strong>dos</strong>;<br />

- Redução até 1,7% no consumo de combustível;<br />

- Consumo de óleo até 18% mais baixo;<br />

- Resistência ao envelhecimento com redução até<br />

38 % na variação da viscosidade.<br />

Com estas vantagens adicionais, a Fuchs apresenta<br />

ao mercado uma tecnologia ímpar, que utiliza<br />

óleos base com performances superiores aos<br />

normalmente utiliza<strong>dos</strong>, garantindo o cumprimento<br />

de diversas aprovações oficiais <strong>dos</strong> fabricantes de<br />

motores.<br />

GTO Car Solutions aposta em nova marca<br />

A Lubrimaster desenvolveu com mais quatro empresas do ramo <strong>dos</strong><br />

lubrificantes, uma nova empresa denominada GTO Car Solutions,<br />

ACE, que em distritos diferentes passam a representar uma marca própria<br />

de lubrificantes.<br />

Com esta organização estrutural, a intenção da GTO Car Solutions,<br />

que inclui as empresas Lubrimaster, Boas Vias (Porto), Petroflow (Viseu),<br />

Mundimotor (Leiria) e Realauto (Vila Real), é ter uma maior capacidade<br />

negocial, podendo dessa forma comprar melhor ao fornecedor, mas<br />

também haver uma maior protecção e controlo <strong>dos</strong> preços relativamente ao cliente. Depois de um processo<br />

de selecção do fornecedor, decidiu-se avançar com a marca de lubrificantes GTO Oil Solutions.<br />

Em termos de posicionamento, este produto vai ter preços muito competitivos, numa excelente relação<br />

qualidade / preço, comunicou a empresa.<br />

A gama de produtos GTO Oil Solutions é muito completa, incluindo os óleos sintéticos, passando por outros<br />

óleos de motor, transmissões e caixas de velocidade, flui<strong>dos</strong> de transmissão, óleos de travões e anti-congelantes,<br />

ficando para uma segunda fase os spray´s e outros produtos mais específicos.<br />

A Norauto abriu em Novembro passado, uma nova loja no Barreiro Retail Planet.<br />

Este novo centro tem uma área total de 800 m2 e vai funcionar como superfície<br />

de venda de peças e de produtos para o automóvel e como oficina de reparações<br />

auto.<br />

A abertura de mais um centro Norauto, inserido no projecto comercial Barreiro<br />

Retail Planet, vem dar novo fôlego a esta zona, no que se refere ao emprego, visto ser uma boa oportunidade para<br />

a Península de Setúbal, e sobretudo para a zona do Barreiro, que tem estado a perder mão-de-obra.<br />

Este novo centro do Barreiro está dividido em áreas bem definidas como Lazer Viagens, Som e Multimédia<br />

(equipamento electrónico), Prazer e Paixão (personalização), Conforto e Segurança e Peças Técnicas. Com esta<br />

divisão, a Norauto pretende oferecer mais de 5.000 referências em produtos para automóvel, com destaque para<br />

os pneus, baterias, travagem, som, navegação, entre outros produtos.<br />

O novo espaço comercial Barreiro Retail Planet, onde o novo centro Norauto está inserido, é uma aposta ganha<br />

no que diz respeito à sustentabilidade, já que é dotado de espaços verdes e com uma construção de qualidade<br />

que respeita o ambiente. Neste contexto, a Norauto não podia deixar de se aliar a este projecto, já que o Desenvolvimento<br />

Sustentável é parte integrante da sua estratégia de crescimento.<br />

A Alves Bandeira renovou recentemente a sua linha<br />

de lubrificantes, dando seguimento a sua estratégia<br />

de desenvolvimento da sua marca própria.<br />

Nesta nova linha de lubrificantes AB, foi reforçada<br />

a aposta na inovação de forma a apresentar uma oferta<br />

tecnologicamente avançada e de elevada<br />

qualidade para as diferentes necessidades<br />

do mercado.<br />

São muitas as novidades desta nova<br />

gama de produtos, com destaque para a<br />

nova imagem com a alteração <strong>dos</strong> rótulos e<br />

principalmente do design das embalagens,<br />

pretendo-se dar uma maior modernidade,<br />

funcionalidade, ergonomia e consistência<br />

nas embalagens, melhorando a experiência de utilização<br />

e a identificação do produto.<br />

A renovada linha de produtos AB, oferece ao mercado,<br />

lubrificantes de alta performance e de última<br />

Barreiro recebe Norauto<br />

Gama de lubrificantes AB renovada<br />

geração, como comprovam as especificações <strong>dos</strong> seus<br />

produtos, reconheci<strong>dos</strong> e aprova<strong>dos</strong> pelos principais<br />

construtores automóvel.<br />

O novo lubrificante auto AB Tech Ultra C3 5W30<br />

espelha a real aposta da Aves Bandeira na inovação e<br />

desenvolvimento de lubrificantes de alta performance,<br />

sendo este um Lubrificante 100%<br />

sintético para os modernos motores a gasolina<br />

e gasóleo compatível com os novos sistemas<br />

DPF e catalisadores, e que conta com<br />

aprovação Mercedes Benz, Grupo Volkswagen<br />

e BMW o que comprova a qualidade<br />

e segurança destes lubrificantes.<br />

A gama de lubrificantes AB cobre hoje<br />

as mais distintas aplicações, oferecendo soluções para<br />

o Automóvel, Moto, Veículos Pesa<strong>dos</strong>, Agrícola e Indústria,<br />

posicionando-se no mercado como um produto<br />

de excelente relação qualidade/preço.<br />

PUB<br />

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<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

10<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


PNEU<strong>2011</strong><br />

ANO<br />

DO<br />

PNEU DO ANO<br />

Troféu PNEU DO ANO <strong>2011</strong> em Portugal<br />

Conheça os candidatos...<br />

Retomando a iniciativa do Troféu “Pneu do Ano” realizada em 2010,<br />

voltámos este ano a convidar as marcas de pneus a participarem com os seus melhores<br />

produtos nas três categorias a concurso: Premium, Quality e Budget.<br />

Em primeiro lugar queremos destacar a enorme<br />

adesão das marcas de pneus presentes no mercado<br />

nacional a esta iniciativa. Comparativamente<br />

ao ano passado, houve um aumento de marcas<br />

(34 este ano, contra 29 em 2010) e de pneus candidatos<br />

(64 este ano, contra 54 em 2010), o que é bem representativo<br />

do interesse das marcas por este troféu, cujo objectivo<br />

é sensibilizar a opinião pública para a importância<br />

deste componente para a segurança rodoviária, promover<br />

o pneu junto do consumidor e estimular o<br />

mercado de <strong>Pneus</strong> em Portugal.<br />

Com a publicação do “Boletim de Votação”, que está<br />

disponível nesta edição da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> e também<br />

no link:www.apcomunicacao.com/pneudoano, cabe<br />

agora aos leitores dizerem da sua justiça quanto aos<br />

pneus que merecem o seu voto, de entre os 64 que estão<br />

a concurso.<br />

Até ao próximo dia 1 de Março de <strong>2011</strong>, os leitores<br />

podem votar naquele que acham o melhor pneu de<br />

cada uma das três categorias a concurso. Basta preencher<br />

o “Boletim de Votação” e escolherem os seus<br />

pneus favoritos em 3 categorias diferentes: Ligeiros<br />

de Passageiros, SUV-4x4 e Pesa<strong>dos</strong>. Cada categoria<br />

inclui três segmentos: Premium, Quality<br />

e Budget.<br />

To<strong>dos</strong> os pneus candidatos aos Troféus<br />

foram lança<strong>dos</strong> no mercado nos últimos 2<br />

anos (Dezembro 2008 – Dezembro 2010).<br />

Desta forma assegura-se o conhecimento<br />

adequado do produto por parte <strong>dos</strong> especialistas,<br />

jornalistas e demais membros do júri.<br />

A mecânica da votação realizar-se-á através de<br />

um júri constituído por jornalistas da especialidade, profissionais<br />

do sector <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> e representantes do sector<br />

<strong>dos</strong> transportes.<br />

Os resulta<strong>dos</strong> da votação e o anúncio das marcas vencedoras,<br />

serão anuncia<strong>dos</strong> no final da 2ª Conferência<br />

do Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal, que se realiza no<br />

próximo dia 18 de Março de <strong>2011</strong>, no Centro de Congressos<br />

do Estoril.<br />

O leitor pode encontrar nas páginas seguintes fotografias<br />

de to<strong>dos</strong> os pneus participantes no Troféu, para<br />

melhor identificação <strong>dos</strong> vários produtos a concurso, assim<br />

como o Boletim de Votação, que deverá ser enviado,<br />

devidamente preenchido, para a redacção das <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, até dia 1 de Março de <strong>2011</strong>.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 11


PNEU DO ANO<br />

Troféu PNEU DO ANO <strong>2011</strong> em Portugal<br />

PNEUS CANDIDATOS AO TROFÉU “PNEU DO ANO <strong>2011</strong>”<br />

CATEGORIA PNEUS TURISMO<br />

Yokohama<br />

Advan Sport<br />

Pirelli<br />

Cinturato P7<br />

Toyo<br />

Proxes T1 Sport<br />

Hankook<br />

Ventus S1 Evo 99Y<br />

Michelin<br />

Pilot Sport 3<br />

Dunlop<br />

SP StreetResponse<br />

Goodyear<br />

Efficient Grip<br />

Bridgestone<br />

Potenza S-001<br />

Continental<br />

ContiSportContact 5P<br />

SEGMENTO PREMIUM<br />

Uniroyal<br />

Rainsport 2<br />

Nexen<br />

CP661<br />

Semperit<br />

Comfort Life 2<br />

Maloya<br />

Futura Sport W<br />

Marangoni<br />

Mythos<br />

Firestone<br />

SZ90<br />

Kumho<br />

XS KU36<br />

Avon<br />

ZV5<br />

Falken<br />

ZE912<br />

SEGMENTO QUALITY<br />

Zetum<br />

ZU37<br />

Roadstone<br />

N6000<br />

Mabor<br />

Street Jet 2<br />

Dayton<br />

D320<br />

Barum<br />

Brillantis 2<br />

SEGMENTO BUDGET<br />

Sava<br />

Intensa UHP<br />

Nankang<br />

XR611<br />

Hercules<br />

Raptis<br />

Camac<br />

NL 260<br />

12<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


PNEU DO ANO<br />

PNEUS CANDIDATOS AO TROFÉU “PNEU DO ANO <strong>2011</strong>”<br />

CATEGORIA PNEUS SUV 4X4<br />

Sava<br />

Intensa SUV<br />

Roadstone<br />

Roadion AT II<br />

Hero<br />

Dynastorm A/T<br />

Camac<br />

Atlas<br />

SEGMENTO BUDGET<br />

Runway<br />

Enduro 816<br />

Nankang<br />

FT7<br />

Hercules<br />

All Trac AT<br />

Barum<br />

Bravuris 4x4<br />

Uniroyal<br />

Rallye 4x4 Street<br />

Marangoni<br />

Maxó<br />

Firestone<br />

MS-212<br />

SEGMENTO QUALITY<br />

Nexen<br />

RO-AT II<br />

Kumho<br />

X3 KL 17<br />

Cooper<br />

Zeon 4XS<br />

Yokohama<br />

Geolandar A/TS<br />

Toyo<br />

Open Country A/T<br />

Pirelli<br />

Scorpion Verde<br />

Hankook<br />

RH 06 102V<br />

Dunlop<br />

SP QuattroMaxx<br />

Bridgestone<br />

D694 (misto)<br />

BF Goodrich<br />

Mud Terrain T/A KM2<br />

SEGMENTO PREMIUM<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 13


PNEU DO ANO<br />

Troféu PNEU DO ANO <strong>2011</strong> em Portugal<br />

PNEUS CANDIDATOS AO TROFÉU “PNEU DO ANO <strong>2011</strong>”<br />

CATEGORIA PNEUS PESADOS<br />

Yokohama<br />

104ZR<br />

Toyo<br />

M144<br />

Hankook<br />

TL10 158L<br />

Dunlop<br />

SP 244<br />

Pirelli<br />

ST:01<br />

Goodyear<br />

Marathon LHT II<br />

Bridgestone<br />

R249 Ecopia<br />

Continental<br />

HD Hybrid<br />

SEGMENTO PREMIUM<br />

Uniroyal<br />

FH100<br />

Marangoni<br />

M2/M2A<br />

Kumho<br />

KLS03<br />

Firestone<br />

UT3000 Plus<br />

SEGMENTO QUALITY<br />

Triangle<br />

TR686<br />

Runway<br />

Enduro H/T<br />

Primewell<br />

PW212<br />

Linglong<br />

LLF06<br />

SEGMENTO BUDGET<br />

14<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


BOLETIM DE VOTAÇÃO<br />

Vote nos Melhores <strong>Pneus</strong> do Ano<br />

SE PREFERIR PODE FAZER A SUA VOTAÇÃO ON-LINE EM:<br />

www.apcomunicacao.com/pneudoano<br />

- ENVIAR ATÉ 1 DE MARÇO DE <strong>2011</strong> -<br />

PNEU<strong>2011</strong><br />

ANO<br />

DO<br />

CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO:<br />

1º Os votantes devem ser profissionais do ramo <strong>dos</strong> pneus.<br />

2º Cada votante poderá eleger um pneu por Segmento<br />

(Assinalar com X no quadro correspondente ao pneu eleito)<br />

3º Apenas é admitido um Boletim de Votação por pessoa<br />

DEPOIS DE PREENCHIDO ENVIAR POR:<br />

FAX: 21.928.80.53<br />

CORREIO POSTAL: Largo Infante D. Henrique, 7<br />

Várzea de Colares, 2705-351 COLARES<br />

E-MAIL:<br />

geral@apcomunicacao.com<br />

PNEUS CANDIDATOS AO TROFÉU “PNEU DO ANO <strong>2011</strong>”<br />

CATEGORIA PNEUS TURISMO CATEGORIA PNEUS SUV 4X4 CATEGORIA PNEUS PESADOS<br />

SEGMENTO PREMIUM SEGMENTO PREMIUM SEGMENTO PREMIUM<br />

Bridgestone Potenza S-001 BF Goodrich Mud Terrain T/A KM2 Bridgestone R249 Ecopia<br />

Continental ContiSportContact 5P Bridgestone D694 (misto) Continental HD Hybrid<br />

Dunlop SP StreetResponse Dunlop SP QuattroMaxx Dunlop SP 244<br />

Goodyear Efficient Grip Hankook RH 06 102V Goodyear Marathon LHT II<br />

Hankook Ventus S1 Evo 99Y Pirelli Scorpion Verde Hankook TL10 158L<br />

Michelin Pilot Sport 3 Toyo Open Country A/T Pirelli ST:01<br />

Pirelli Cinturato P7 Yokohama Geolandar A/TS Toyo M144<br />

Toyo Proxes T1 Sport<br />

Yokohama 104ZR<br />

Yokohama Advan Sport<br />

SEGMENTO QUALITY SEGMENTO QUALITY SEGMENTO QUALITY<br />

Avon ZV5 Cooper Zeon 4XS Firestone UT3000 Plus<br />

Falken ZE912 Firestone MS-212 Kumho KLS03<br />

Firestone SZ90 Kumho X3 KL 17 Marangoni M2/M2A<br />

Kumho XS KU36 Marangoni Maxó Uniroyal FH100<br />

Maloya Futura Sport W<br />

Nexen RO-AT II<br />

Marangoni Mythos<br />

Uniroyal Rallye 4x4 Street<br />

Nexen CP661<br />

Semperit Comfort Life 2<br />

Uniroyal Rainsport 2<br />

SEGMENTO BUDGET SEGMENTO BUDGET SEGMENTO BUDGET<br />

Barum Brillantis 2 Barum Bravuris 4x4 Linglong LLF06<br />

Camac NL 260 Camac Atlas Primewell PW212<br />

Dayton D320 Hercules All Trac AT Runway Enduro H/T<br />

Hercules Raptis Hero Dynastorm A/T Triangle TR686<br />

Mabor Street Jet 2<br />

Nankang FT7<br />

Nankang XR611<br />

Roadstone Roadion AT II<br />

Roadstone N6000 Runway Enduro 816<br />

Sava Intensa UHP<br />

Sava Intensa SUV<br />

Zetum ZU37<br />

DADOS DO VOTANTE:<br />

Nome: ___________________________________________________________ Empresa: ___________________________________<br />

Telefone: ___________________________________ E-mail: ___________________________________________________________<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> compromete-se a garantir a confidencialidade do votante e da sua votação.<br />

Por isso, uma vez comprovadas as condições de participação este Boletim será separado pela linha ponteada, e cada uma das partes terá o tratamento adequado.<br />


O maior evento<br />

de pneus em<br />

Portugal<br />

18 de Março de <strong>2011</strong><br />

Centro de Congressos do Estoril<br />

®<br />

APCOMUNICAÇÃo<br />

O SEU PARCEIRO DE NEGÓCIO<br />

2a CONFERÊNCIA<br />

pneumáticos<br />

DEBATES • PARTICIPAÇÃO DE ESPECIALISTAS • ANÁLISE DO MERCADO<br />

2ª CONFERÊNCIA DO COMÉRCIO DE PNEUS EM PORTUGAL<br />

Os novos modelos de negócio!<br />

É o principal evento nacional concebido para divulgar as tendências do sector do Comércio de <strong>Pneus</strong> em<br />

Portugal, contribuindo, desta forma, para uma melhor formação <strong>dos</strong> empresários e aumento da sua<br />

competitividade.<br />

“Os novos modelos de negócio” é o tema de fundo desta Conferência que se propõe analisar soluções para a<br />

situação muito difícil que atravessa actualmente a actividade do comércio de pneus em Portugal.<br />

Debater e analisar os novos modelos de negócio que podem contribuir para potenciar e rentabilizar os<br />

investimentos efectua<strong>dos</strong>, é o que propomos fazer com a realização deste importante evento.<br />

Vamos analisar através de debates vivos, pragmáticos e actuais, o que é que de facto acontece no quotidiano das<br />

empresas e quais as medidas que podemos e devemos tomar para ultrapassarmos as situações que agravam o<br />

negócio de to<strong>dos</strong> aqueles que têm a ver, directa ou indirectamente, com o comércio de pneus em Portugal.<br />

Para mais informações e inscrições consultar:www.apcomunicacao.com/2conferenciapneus


RAZÕES PARA NÃO FALTAR:<br />

A 2ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal vai ser um<br />

acontecimento onde os operadores do sector vão obter informação<br />

estratégica vital sobre o futuro do mercado, conseguindo assim uma<br />

importante mais valia para o seu negócio.<br />

• Ganhe vantagem competitiva ouvindo os conselhos <strong>dos</strong><br />

especialistas nos sectores da venda e assistência de pneus<br />

• Aprenda novas técnicas de fidelização de clientes.<br />

• Encontre novos caminhos para aumentar a performance do seu<br />

negócio.<br />

• Fique a saber o que os clientes realmente querem.<br />

• Descubra os desafios do mercado que podem afectar o seu negócio.<br />

• Identifique as novas oportunidades de negócio.<br />

QUEM DEVE PARTICIPAR:<br />

Abrangendo os diversos sectores de actividade do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

em Portugal, este evento destina-se a:<br />

• Fabricantes de Pneumáticos<br />

• Importadores de Pneumáticos<br />

• Distribuidores/Grossistas/Retalhistas de <strong>Pneus</strong><br />

• Distribuidores de Peças e Equipamentos para Oficinas de <strong>Pneus</strong><br />

• Proprietários e Gerentes de Oficinas Multimarca<br />

• Proprietários e Gerentes de Oficinas de <strong>Pneus</strong><br />

• Proprietários e Gerentes de Auto Centros e Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />

• Redes Organizadas de Oficinas<br />

• Directores Pós-Venda das Oficinas de Marca<br />

• Entidades oficiais: Prevenção Rodoviária Portuguesa, IMTT, DGCI,<br />

ACAP, ANECRA, ARAN, ANTRAM, VALORPNEU,<br />

VALORCAR, ANIRP, APIB, PRP, ACP,<br />

Ministério do Ambiente<br />

• Empresas e entidades diversas ligadas ao Comércio de <strong>Pneus</strong> ou<br />

outros interessa<strong>dos</strong> neste mercado.<br />

OBJECTIVOS DA CONFERÊNCIA:<br />

- Tomar conhecimento com alguns modelos de negócio inovadores<br />

no campo da venda e assistência de pneus;<br />

- Desenvolver competências na área da organização interna da<br />

Oficina de <strong>Pneus</strong>;<br />

- Conhecer as tendências actuais do sector e desenvolver um plano<br />

estratégico para o negócio;<br />

- Reconhecer indicadores chave para a gestão da oficina e aplicar<br />

estes, no negócio individual;<br />

- Conhecer a utilidade do Marketing no negócio;<br />

- Desenvolver competências na área comercial.<br />

PROGRAMA<br />

MANHÃ<br />

09H15 – 09h30<br />

Abertura da Conferência<br />

09H30 – 10H20<br />

1º PAINEL<br />

PNEU USADO, NÃO CONTROLADO, PODE SER ARRISCADO<br />

Orador:<br />

Dr. Hélder Pedro, Secretário-Geral da ACAP, em representação da Comissão Especializada<br />

de Produtores de <strong>Pneus</strong> da ACAP<br />

10H20 – 11H10<br />

2º PAINEL<br />

REDES E GRUPOS:<br />

EXISTIRÁ FUTURO PARA OS INDEPENDENTES?<br />

Oradores:<br />

António Ganhão – Vulco<br />

Jorge Correia - Megamundi<br />

Rui Silva – Eurotyre<br />

Paulo Campos – Pneuport<br />

11H10 – 11H30<br />

Coffee Break<br />

11H30 – 12H20<br />

3º PAINEL<br />

VENDA DE PNEUS ON-LINE:<br />

AMEAÇA OU OPORTUNIDADE?<br />

Oradores:<br />

Jante Jelic - TireStox<br />

Eustáquio Andrés – Neumáticos Andrés<br />

Rui Chaveca – Chaveca & <strong>Janeiro</strong><br />

Manuel Félix - Eurotyre BV<br />

12H20 – 13H00<br />

4º PAINEL<br />

MECÂNICA RÁPIDA:<br />

COMPLEMENTO DO NEGÓCIO OU OPORTUNIDADE POR EXPLORAR?<br />

Oradores:<br />

Paulo Cristóvão – Pneubase<br />

Pedro Cunha – Midas<br />

José Morgado – Domingos & Morgado<br />

João Marques – Kip Fit<br />

Teresa Fortunato - Precision<br />

13H00 – 14H30<br />

Almoço<br />

TARDE<br />

14H30 – 15H30<br />

5º PAINEL<br />

ANÁLISE DO SECTOR DOS PNEUS EM PORTUGAL:<br />

DIAGNÓSTICO E SOLUÇÕES.<br />

Oradores:<br />

Bruce Dawson – Garland<br />

Climénia Silva - Valorpneu<br />

Manuel Saraiva - Ok <strong>Pneus</strong><br />

Carlos Marques – Recauchutagem 31<br />

José António - Europneus<br />

Luís Martins - Grippen Wheels<br />

15H30 – 17H30<br />

6º PAINEL<br />

ESTRATÉGIAS PARA EMPRESAS DE ALTA PERFORMANCE<br />

Orador:<br />

Prof. José Luiz Tejon (Orador principal da 2ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal)<br />

17H30 – 18H00<br />

Entrega Troféus Pneu do Ano <strong>2011</strong><br />

Para mais informações e inscrições consultar: www.apcomunicacao.com/2conferenciapneus


MERCADO<br />

Seis passos para o sucesso<br />

Claro que a solução para a sobrevivência das casas<br />

de pneus não virá <strong>dos</strong> noticiários assustadores,<br />

nem de ficarmos senta<strong>dos</strong> a lamentarmonos<br />

da nossa sorte. Quem se deixar enredar<br />

pelo clima não sobreviverá. A única coisa que nos poderá<br />

tirar deste atoleiro de crises e de bancarrotas é muito<br />

trabalho, fazer as coisas de outra maneira e sobretudo fazer<br />

alguma coisa já.<br />

As oficinas deste sector têm uma grande vantagem,<br />

se as compararmos com outros negócios, que se chama<br />

pneus. Os pneus são uma invenção fantástica! Todas<br />

as pessoas precisam deles para fazerem qualquer<br />

coisa e quando se gastam têm que os trocar. Tudo o<br />

que há a fazer é estar preparado para prestar um bom<br />

serviço e ser capaz de fazer isso de uma forma rentável,<br />

com produtividade e eficiência. Já chega de malharmos<br />

nos preços, porque isso está provado que não resolve<br />

nada a ninguém. Nem às oficinas, nem aos seus<br />

clientes. Temos que puxar pela cabeça e inventar alguma<br />

coisa melhor.<br />

Fazer-se ao caminho…<br />

Já estamos habitua<strong>dos</strong> a ouvir queixas sobre as dificuldades económicas do momento to<strong>dos</strong> os<br />

dias. Escusam de nos andar sempre a perseguir com esses terríveis augúrios, porque quem está<br />

no negócio <strong>dos</strong> pneus e do pós-venda automóvel apenas quer sobreviver.<br />

1 - ACTIVE O MARKETING<br />

A primeira coisa em que deveríamos pensar para<br />

melhorarmos o estado do nosso negócio é no marketing.<br />

Não adianta metermo-nos dentro da oficina e ficarmos<br />

a olhar para os carros que passam na rua. Temos<br />

que fazer com que as pessoas interessadas nos nossos<br />

produtos e serviços saibam quem somos, onde estamos,<br />

como trabalhamos e as vantagens que podem tirar<br />

de uma visita à nossa oficina.<br />

Há mil e uma maneiras criativas de fazer isso, sem<br />

ter que gastar montanhas de dinheiro. É evidente que<br />

temos que ser selectivos nas formas de divulgação que<br />

escolhemos, para retirarmos o máximo de retorno,<br />

como um mínimo de investimento.<br />

No entanto, devemos ter consciência que há uma<br />

altura para poupar alguma coisa e há um momento<br />

em que é preciso e compensa gastar. A mão que mete a<br />

carteira no bolso não deve atrapalhar a mão que a tira<br />

de lá.<br />

2 - ATENÇÃO AO TELEFONE<br />

Para além de divulgar a oficina em to<strong>dos</strong> os locais<br />

em que isso pode resultar em potenciais interessa<strong>dos</strong>, é<br />

uma prioridade absoluta tirar o máximo partido do telefone.<br />

Por muito que se gaste em marketing, se o telefone é<br />

atendido por pessoas que não apontam nomes e contactos,<br />

não fazem um esforço por esclarecer as dúvidas<br />

<strong>dos</strong> interessa<strong>dos</strong>, não dizem que o melhor é a pessoa<br />

passar pela oficina. Se o dono da oficina está muito<br />

ocupado e o pessoal não passa cartão ao telefone, um<br />

bom conselho é arranjar alguém que faça isso. Um elemento<br />

da recepção ou da atenção ao cliente é a pessoa<br />

indicada para fazer esse trabalho de atendimento de<br />

chamadas, porque tem formação específica para essa<br />

actividade. Além de não perder nenhum contacto,<br />

essa pessoa dinamiza os colegas para prestarem to<strong>dos</strong><br />

os tipos de informações necessárias, coisa que eles não<br />

fariam se não tivessem alguém a controlar a situação.<br />

Para verificar se tudo está a correr bem com o telefone,<br />

de vez em quando peça a um amigo ou amiga para ligarem<br />

para a oficina e verifique o nível do atendimento<br />

telefónico.<br />

3 - DINAMIZE AS RELAÇÕES COM CLIENTES<br />

A maior parte <strong>dos</strong> profissionais tentam impressionar<br />

os clientes que entram pela porta dentro com uma<br />

vontade febril de fazer coisas concretas e mostrar dinamismo,<br />

mas de facto tratam-no como se fosse um estranho,<br />

em vez de o tratarem como um amigo, que<br />

vem disposto a gastar o seu dinheiro com os produtos<br />

e serviços da casa. Claro que muitos <strong>dos</strong> clientes são<br />

realmente desconheci<strong>dos</strong>, mas isso não deve inibir um<br />

bom relacionamento humano, porque todas as pessoas<br />

reagem positivamente a relacionamentos pessoais.<br />

A presença do cliente é uma excelente oportunidade<br />

para fazer perguntas adequadas sobre os seus hábitos<br />

de condução, o que acha do seu carro, que<br />

problemas tem como ele, etc.. Ao falar, o cliente abrese<br />

a novas possibilidades de negócio e o profissional<br />

18<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


MERCADO<br />

tem oportunidade de conhecer melhor as suas necessidades<br />

e expectativas. Se um cliente é tratado com indiferença<br />

e até com desdém, como às vezes sucede, é<br />

muito provável que nunca mais deseje voltar àquela<br />

oficina. Para ter sucesso, todo o pessoal da oficina deve<br />

ter um trato sociável e mostrar disponibilidade para falar,<br />

sem que isso seja motivo para prejudicar o normal<br />

serviço e rendimento do trabalho.<br />

4 - VERIFICAR TUDO<br />

A oficina deve ter procedimentos de verificação estandardiza<strong>dos</strong><br />

<strong>dos</strong> veículos, mesmo que o cliente só<br />

pretenda ver a pressão <strong>dos</strong> pneus. Isso revela profissionalismo<br />

e impressiona bem o cliente, porque vê que<br />

alguém de facto está interessado no seu carro e na sua<br />

segurança pessoal. A partir daqui, é possível estabelecer<br />

uma relação pessoal com o cliente mais positiva e<br />

chegar a um entendimento mais vantajoso em termos<br />

de negócios. To<strong>dos</strong> os carros que entram na oficina<br />

devem ficar com uma ficha de manutenção aberta, a<br />

partir da qual se podem agendar novas intervenções e<br />

recomendar ao cliente substituições de flui<strong>dos</strong>, filtros<br />

e outros consumíveis que têm influência na economia<br />

e segurança do veículo. O profissional tem que partir<br />

do princípio de que o condutor é negligente sobre o<br />

estado real do seu veículo e deve actuar como protector,<br />

fazendo a prevenção de situações de eventual risco.<br />

Este é um serviço de valor acrescentado que os<br />

clientes valorizam e que pode ser uma fonte de receita<br />

constante para a oficina.<br />

5 - COMUNIQUE A URGÊNCIA<br />

As reparações e acções de manutenção não devem<br />

ser apresentadas ao cliente como uma opção para outra<br />

ocasião, mas sim algo que precisa ser realizado no<br />

momento. Isso é uma forma de ultrapassar a inércia e a<br />

resistência <strong>dos</strong> clientes em realizar intervenções nos<br />

seus carros, mesmo quando isso pode resultar em avarias<br />

ou falhas de segurança. O cliente precisa ser avisado<br />

de possíveis despesas, multas e outros inconvenientes<br />

que a falta de manutenção do veículo implica, para<br />

decidir-se a fazer qualquer intervenção. Se a oficina<br />

não enfatiza a urgência de realizar as intervenções, o<br />

cliente assume que tanto faz, mais quilómetro, menos<br />

quilómetro, etc. Na realidade, certas falhas de manutenção<br />

podem ocasionar avarias e acidentes graves,<br />

cujo custo ultrapassa largamente a factura da oficina<br />

na altura certa.<br />

Temos que fazer com que as pessoas interessadas nos nossos produtos e serviços saibam quem somos,<br />

onde estamos, como trabalhamos e as vantagens que podem tirar de uma visita à nossa oficina<br />

6 - LIDERE O NEGÓCIO<br />

Uma empresa é uma equipa que está num campeonato<br />

pela sustentabilidade e pela sobrevivência. Isso<br />

exige organização, mentalização e motivação, valores<br />

que só uma liderança esclarecida, actuante e interventiva<br />

consegue incutir nos elementos que formam a<br />

empresa, zelando pela sua preservação. O líder da empresa<br />

é também importante para incutir confiança nos<br />

clientes, fornecedores e outros parceiros de negócio revelando<br />

capacidade de decisão e rigor na actuação.<br />

Uma das melhores formas de enterrar um negócio é<br />

efectuar a sua gestão como se o dono estivesse ausente<br />

para parte incerta… m<br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 19


OPINIÕES<br />

Balanço de 2010 e perspectivas para <strong>2011</strong><br />

Mais concorrência<br />

e menores margens para <strong>2011</strong><br />

Como foi 2010? Como vai ser <strong>2011</strong>? Pensamos que este é o artigo ideal para ficar a saber que rumo<br />

vai levar o sector. O cenário é de mais concorrência, menores margens e... mais dificuldades.<br />

AREVISTA DOS PNEUS convidou uma série<br />

de pessoas ligadas ao sector <strong>dos</strong> pneus de diferentes<br />

áreas (equipamentos, retalho, grosso,<br />

consumíveis, serviços, rápi<strong>dos</strong>, marcas, etc) a<br />

fazerem um balanço de 2010 e, simultaneamente, a<br />

perspectivarem <strong>2011</strong>.<br />

Muitos responderam ao nosso desafio e como estão<br />

muito liga<strong>dos</strong> ao “terreno“ deixaram-nos importantes<br />

pistas para o que vai ser este mercado ao longo de<br />

<strong>2011</strong>.<br />

Bruno de carvalho<br />

Rubbervulk<br />

Área: Consumíveis<br />

Em 2010, no seguimento do<br />

que já havia acontecido em<br />

2009, notamos maior procura<br />

de produtos do segmento económico<br />

e um decréscimo de<br />

stocks <strong>dos</strong> clientes, sobretudo<br />

<strong>dos</strong> clientes independentes, ou que não estão vincula<strong>dos</strong><br />

a nenhuma rede de compras. Foi notório também<br />

o aumento de pontos de venda de pneus, ainda que tenham<br />

fechado outros (em menor quantidade); é um<br />

dado adquirido que outros agentes de manutenção de<br />

automóveis oferecem cada vez mais serviços de pneus,<br />

assim como o profissional de pneus tende a diversificar<br />

o negócio. No que diz respeito à nossa organização,<br />

destacaria o facto de termos sido distingui<strong>dos</strong><br />

como PME LIDER e termos fechado o ano com um<br />

aumento de vendas gerais de cerca de 35%, e um crescimento<br />

no mercado nacional de cerca de 15%.<br />

Acreditamos que o processo de “filtragem” vai continuar,<br />

acelerado pela conjuntura económica; a menor<br />

exposição ao risco pelas entidades bancárias; o aumento<br />

da fiscalização e a consequente necessidade de investimento;<br />

e a necessidade de preparação devido ao<br />

aumento de pneus “Run Flat“ e sistemas de controlo<br />

automático de pressão <strong>dos</strong> pneus em viaturas novas.<br />

Quem conseguir manter o negócio rentável não deverá<br />

ter problemas de maior, por outro lado, quem insistir<br />

em alicerçar a empresa numa margem reduzida<br />

pode ter mais dificuldades ou mesmo ser-lhe fatal.<br />

José António<br />

Europneus<br />

Área: Retalhista de pneus<br />

No inicio de 2010, lançamos<br />

uma campanha dirigida aos sócios<br />

de um clube auto em que<br />

oferecíamos desconto em<br />

<strong>Pneus</strong> de até 50% em determinada<br />

marca.<br />

A reacção de um colega do ramo deixou-me perplexo;<br />

como era possível a nossa empresa oferecer este<br />

desconto? Segundo ele, estava a criar problemas pois<br />

ele também tinha elaborado campanhas (menos atractivas)<br />

para o mesmo clube.<br />

Expliquei que tratava-se de uma marca que ao longo<br />

de todo o ano tinha diversas medidas de pneus sempre<br />

20<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


OPINIÕES<br />

em campanha com descontos muito superiores e a<br />

nossa oferta para o clube era clara: até! Além disso, cobramos<br />

to<strong>dos</strong> os serviços…<br />

Por mais que explicasse, o desconforto estava criado.<br />

Mas mais do que isso, este pequeno caso levou-me<br />

a pensar sobre o nosso mercado e os seus actores.<br />

Agora que fazemos o balanço de 2010 e tentamos<br />

alinhar as perspectivas para <strong>2011</strong>, vou realçar alguns<br />

pontos que me parecem marcantes, tanto pela positiva,<br />

como pela negativa e a partir deles traçar o que penso<br />

estar a desenhar-se no horizonte para <strong>2011</strong>.<br />

- Os especialistas de <strong>Pneus</strong> que ainda não aderiram<br />

as Redes, estão cada vez mais “fecha<strong>dos</strong> sobre si mesmos”<br />

e alheios à realidade do mercado como um todo.<br />

Vivem no seu nicho e mantêm uma estrutura leve<br />

(o que em si é uma vantagem) mas limitativa sob o<br />

ponto de vista da distribuição como um todo. Não<br />

aderiram às Redes muito em parte devido à sua dimensão.<br />

- Continuam a queixar-se da concorrência desleal,<br />

<strong>dos</strong> pneus chineses, <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, daqueles que<br />

não pagam IVA, das importações “sem factura” e na<br />

realidade combatem tal situação com uma “contabilidade<br />

criativa” onde na maior parte das vezes, apenas o<br />

dono do Posto e o filho ou esposa estão devidamente<br />

regista<strong>dos</strong>, to<strong>dos</strong> os outros colaboradores recebem de<br />

forma não declarada parte significativa do salário e/ou<br />

compensações. Finalmente a vantagem deste Especialistas<br />

reside ainda em localizações com rendas desactualizadas<br />

o que permite manter uma presença mas<br />

distorce a realidade analítica do mercado.<br />

- To<strong>dos</strong> estes factores se analisa<strong>dos</strong> e reformula<strong>dos</strong><br />

poderiam converter-se em alia<strong>dos</strong> para o desenvolvimento<br />

de uma Rede de Independentes forte e competitiva.<br />

Mas para tal é preciso mudar mentalidades e<br />

conceitos que vêm de pai para filho…<br />

Conceitos que no ano de 2010 confirmam a importância<br />

cada vez maior das Redes, da Nova Distribuição<br />

e da viragem estratégica das principais marcas que vendem<br />

directamente aos principais clientes finais (concessionários,<br />

grandes empresas…), que limitam as suas<br />

vendas a Agentes com capacidade/volume de compra<br />

mínimo mensal e assim abrem espaço para a venda<br />

realizada pelos Distribuidores (Mega e mini distribuidores<br />

que apareceram em força e seus parceiros estratégicos<br />

no escoamento da produção).<br />

Sob o ponto de vista da comunicação, em 2010<br />

continuamos a falar de Preço, preço e preço…<br />

- Será que teremos algo novo para oferecer em <strong>2011</strong><br />

além do preço?<br />

Muito provavelmente em <strong>2011</strong>, os aumentos de<br />

preços das matérias-primas e seus reflexos nos pneus<br />

propiciará algum ganho aos Especialistas que se renderão<br />

ao “canto da sereia” e comprarão pneus em campanhas<br />

aliciantes para as suas estantes. Isto se este possível<br />

ganho (a ser confrontado com o custo de inventário/financeiro)<br />

não for repassado ao consumidor final.<br />

- Em <strong>2011</strong> a importância <strong>dos</strong> Concessionários na<br />

venda de pneus será maior. O apoio comercial <strong>dos</strong> fabricantes<br />

a estes últimos e o impacto positivo <strong>dos</strong><br />

pneus na rubrica “peças” e o preço cada vez mais competitivo<br />

das revisões na marca fará com que o consumidor<br />

final que busca uma solução de conveniência<br />

(conforto) e profissionalismo considere os concessionários<br />

como alternativa.<br />

O consumidor final, que no fecho do dia é quem assegura<br />

a nossa existência, está cada vez mais em busca<br />

– certo de preço, mas também de algum conforto, de<br />

alguma vantagem, e acima de tudo de profissionalismo.<br />

Este novo consumidor final tem preocupações<br />

com o ambiente, move-se em Redes Virtuais, segue recomendações<br />

<strong>dos</strong> seus contactos de Networking… enfim<br />

mudou e como tal o Especialistas precisa mudar e<br />

acompanhar para satisfazer estes anseios.<br />

Os condutores actuais (que nasceram na era da<br />

Web) na sua maioria olham para o carro como um<br />

meio e quando precisam de pneus ou de fazer uma revisão<br />

esperam que “alguém” lhe ofereça soluções à sua<br />

medida ( um reminder no seu Ipad, Blackberry, um<br />

SMS…). Na realidade, esperam que seja esse “alguém”<br />

que o avise com antecedência das suas necessidades.<br />

<strong>2011</strong> pode ser o ponto de viragem para uma nova<br />

abordagem de mercado e uma nova forma de comercializar<br />

pneus. Afinal vender pneus é muito parecido<br />

com vender roupa…<br />

Luís Aniceto<br />

S.José- Logística de <strong>Pneus</strong><br />

Área: Grossista de <strong>Pneus</strong><br />

Ao contrário de outros anos,<br />

2010 iniciou um novo ciclo,<br />

que quebrou a estabilidade de<br />

preços habitual, resultado do<br />

início da escalada de preços<br />

das matérias–primas, principalmente<br />

a borracha natural, e da<br />

crise Mundial, que tinha levado a uma diminuição do<br />

consumo, com o consequente reajustamento das empresas,<br />

diminuindo a capacidade produtiva, em conjunto<br />

com outras acções, impostas pela necessidade<br />

de se apresentarem melhores balanços aos seus accionistas.<br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 21


OPINIÕES<br />

Balanço de 2010 e perspectivas para <strong>2011</strong><br />

Fez-se o reajuste das capacidades produtivas mas,<br />

contra o que era expectável, o mercado automóvel<br />

apresentou uma boa retoma, fazendo por consequência<br />

aumentar as necessidades de pneus no equipamento<br />

de origem, o que teve reflexos na falta de pneus no<br />

mercado de substituição.<br />

Também em Portugal a crise financeira se fez sentir,<br />

com o encerramento de algumas empresas, com o<br />

consequente aumento do crédito malparado, o que<br />

fez degradar a situação financeira de muitas empresas<br />

do sector de pneus, provocando uma maior dificuldade<br />

no cumprimento <strong>dos</strong> prazos de pagamento<br />

Na S.José-Logística de <strong>Pneus</strong> o ano findo esteve em<br />

contra ciclo com o mercado, pois tivemos um excelente<br />

crescimento, tendo a empresa investido em mais<br />

dois armazéns e em equipamento.<br />

Para <strong>2011</strong> esperamos grandes dificuldades a to<strong>dos</strong><br />

os níveis, com diminuição do consumo, grande aumento<br />

de preços e dificuldades económicas <strong>dos</strong> operadores,<br />

com o consequente agravamento do crédito<br />

mal parado. A cada vez maior dificuldade do acesso ao<br />

crédito potenciará esta situação.<br />

O rigor na gestão será fundamental e os erros cometi<strong>dos</strong><br />

sairão “ainda” mais caros.<br />

As empresas do sector <strong>dos</strong> pneus, sejam distribuidores<br />

ou retalhistas têm de procurar encontrar mecanismos<br />

foca<strong>dos</strong> na rentabilidade, na procura de maior eficiência<br />

e em reinventar o desenvolvimento do nosso<br />

próprio negócio.<br />

Este será o lema na S.José-Logística de <strong>Pneus</strong>, e,<br />

após os investimentos de 2010 em armazéns, que duplicaram<br />

as áreas, continuaremos na procura da melhor<br />

organização tendente a reduzir custos e aumentar<br />

eficácia, que nos permita ultrapassar o grande desafio<br />

que se antevê para este ano.<br />

Luís Martins<br />

Gripen Wheels<br />

Área: Grossitas pneus<br />

profissionais<br />

Começaria por evidenciar os<br />

aspectos marcantes positivos.<br />

O ano 2010 foi o ano da recuperação.<br />

Ultrapassadas as dificuldades<br />

de 2009, o mercado<br />

recuperou índices de actividade superiores. Pese embora<br />

o facto <strong>dos</strong> números do ERMC (acumulado a<br />

Outubro) indicarem um mercado de <strong>Pneus</strong> de Turismo<br />

a cair 3,9 %, os Van’s (ou comerciais) a cair 3,6%,<br />

os SUV/ 4x4 a crescer 2% e os Pesa<strong>dos</strong> a crescer 5,5 %<br />

é, por demais evidente, que o ERMC está muito longe<br />

de reflectir o mercado como um todo. Lembro que o<br />

ERMC representa apenas cerca de 58% do mercado<br />

de Turismo, cerca de 42% do mercado <strong>dos</strong> Van’s (ou<br />

comerciais), cerca de 52% do mercado <strong>dos</strong> SUV/4x4 e<br />

68% do mercado <strong>dos</strong> Pesa<strong>dos</strong>. Logo, a amostra não é<br />

representativa do mercado e, o mercado, cresceu. Ainda<br />

bem. O mercado OTR/Engenharia Civil, muito<br />

em especial a reboque do segmento económico, também<br />

cresceu. Foi um ano muito positivo.<br />

Destacaria também, em traços largos, o regresso da<br />

CAMAC à actividade (a únia Industria de <strong>Pneus</strong> 100%<br />

Portuguesa), os prestigiosos prémios da <strong>Revista</strong> Exame<br />

atribui<strong>dos</strong> à CONTINENTAL MABOR-Indústria de<br />

<strong>Pneus</strong>, SA (melhor e maior empresa do Sector Químico)<br />

e à DISPNAL <strong>Pneus</strong>, Lda (melhor PME no Sector<br />

do Comércio Automóvel). De destacar e enaltecer os<br />

dois grandes eventos promovi<strong>dos</strong> pela AP COMUNI-<br />

CAÇÃO: A 1ª Conferência <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> em Portugal e<br />

o 1º Troféu Pneu do Ano em Portugal.<br />

Como aspectos negativos evidenciaria a continua<br />

perda de Centros de Decisão das multinacionais que<br />

operam no nosso mercado, daqui resultando um “triste<br />

abandono” <strong>dos</strong> clientes e um decréscimo assinalável<br />

da qualidade do Serviço ao Cliente. Daqui tem resultado<br />

um crescimento do Mercado Paralelo e a implementação<br />

em Portugal de “Brokers” que em muito<br />

contribuem para o degradar das margens de comercialização<br />

de to<strong>dos</strong>, Distribuidores e Retalhistas (Casas<br />

de <strong>Pneus</strong>).<br />

Faço um balanço extremamente positivo da actividade<br />

da Gripen Wheels Portugal. Num ano marcado,<br />

claramente, pelo fenómeno económico do “Trading<br />

Down”, ou seja, pelo consumidor final a optar por<br />

comprar o mesmo número de produtos mas de preços<br />

mais baixos. Sendo a Gripen Wheels um operador que<br />

sempre deu prioridade estratégica a factores como o<br />

Valor, o Preço e a Eficiência, acabou por sair altamente<br />

beneficiada pelo comportamento do mercado consumidor.<br />

Destaco ainda o processo contínuo de consolidação<br />

da empresa no mercado nacional, onde somos<br />

reconheci<strong>dos</strong> como os especialistas em pneus<br />

OTR/engenharia, florestais, industriais, pesa<strong>dos</strong> e jantes<br />

que temos o stock mais variado, com maior disponibilidade<br />

de produto e, sempre, com os preços mais<br />

competitivos do mercado. De assinalar ainda o sucesso<br />

gritante do lançamento da nossa marca própria Gripen<br />

Wheels. Não posso deixar de agradeçer a preferencia<br />

<strong>dos</strong> nossos clientes, que suportou um robusto crescimento<br />

das vendas e um incremento positivo <strong>dos</strong><br />

resulta<strong>dos</strong> operacionais da empresa. A to<strong>dos</strong> um grande<br />

BEM HAJAM!<br />

Para <strong>2011</strong>, seguindo a mesma lógica começaria por<br />

destacar, de forma sucinta, os factores positivos. A<br />

fuga <strong>dos</strong> Centros de Decisão das multinacionais também<br />

vai permitir o desenvolvimento e crescimento<br />

acelerado <strong>dos</strong> Importadores Independentes. Sem dúvida,<br />

uma grande oportunidade a rentabilizar.<br />

A criação de uma Associação representativa do sector<br />

poderá permitir elevar de vez a qualidade do mercado<br />

<strong>dos</strong> pneus em Portugal.<br />

Do lado negativo, olho com apreensão para a situação<br />

económica da Europa em geral e de Portugal em<br />

particular. Até que ponto a previsível redução do Consumo<br />

Privado e do Investimento Público afectarão o<br />

nosso negócio?<br />

Creio que as perspectivas são boas para <strong>2011</strong>. Assim<br />

to<strong>dos</strong>, mas mesmo to<strong>dos</strong> façamos por isso. Provemos<br />

aos accionistas que vale a pena investir em Portugal,<br />

que vale a pena ter operações em Portugal e, que vale a<br />

pena, pensar globalmente mas agir localmente.<br />

O Franchising Euromaster está a chegar... os programas<br />

de fidelização <strong>dos</strong> grandes fabricantes vão entrar<br />

em ebulição. Contem com eles.<br />

A marca TOYO está de regresso.<br />

O Marketing Electrónico está em franco progresso.<br />

As vendas On-Line, B2B / B2C vieram para ficar.<br />

Pedro Conceição<br />

AgueSport<br />

Área: Grossista de pneus<br />

O aspecto marcante no negócio<br />

<strong>dos</strong> pneus, na minha opinião,<br />

é sem dúvida o contínuo<br />

crescimento do negócio <strong>dos</strong><br />

pneus usa<strong>dos</strong>, que tem vindo a<br />

afectar fortemente todo o sector<br />

do comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal.<br />

Apesar de ser um negócio legal, é feito de forma ilegal<br />

pois to<strong>dos</strong> sabem que uma grande parte destas<br />

transacções são ilegais, além de estarmos a tratar o lixo<br />

que vem da Europa.<br />

Falamos de números impressionantes, no entanto é<br />

esta a realidade e com ela temos que viver.<br />

Quanto a balanço é francamente positivo, no entanto<br />

a Aguesport está numa fase de crescimento e por<br />

isso é natural que tenhamos taxas de crescimento muito<br />

elevadas, as margens libertadas essas sim tiveram<br />

uma quebra acentuada.<br />

Dificilmente em <strong>2011</strong> teremos algo a marcar de forma<br />

positiva este negócio, pois prevejo um ano complicadíssimo.<br />

Estas grandes crises levam muitas vezes a<br />

que as empresas com comportamentos responsáveis<br />

sobrevivam e saiam das crises mais fortes, e as que não<br />

optem por uma postura séria irão indubitavelmente<br />

desaparecer.<br />

Talvez o negócio <strong>dos</strong> pneus em Portugal precise de<br />

uma purga, pois existem muitas pessoas a negociar<br />

pneus que são tudo menos bons profissionais.<br />

Os distribuidores terão maior importância nos próximos<br />

anos, pois conseguem oferecer soluções multimarca<br />

sendo mais flexíveis e rápi<strong>dos</strong>, não tendo as exigências<br />

das companhias.<br />

Fazer planos é muito difícil, pois a instabilidade que<br />

existe na economia não o permite.<br />

Pedro Henrique<br />

Alves Bandeira<br />

Área: Grossista de pneus<br />

Na minha opinião os aspectos<br />

marcantes nesta área de negócios<br />

foram vários.<br />

Dado as grande dificuldades<br />

em termos económicos que<br />

marcam este e outros sectores<br />

verificou-se mais um “esmagar” de margens que não<br />

permitiu em determina<strong>dos</strong> canais de venda deste sector<br />

o crescimento que de alguma forma era esperado<br />

para o ano de 2010.<br />

Por outro lado e como se não bastasse as margens<br />

serem cada vez menos atractivas assistiu-se também a<br />

um alongamento <strong>dos</strong> prazos de pagamento que deram<br />

origem a “não cumprimentos” e que criaram situações<br />

de litigio complicadas, as quais como to<strong>dos</strong> sabemos<br />

exigem tempo para que as entidades competentes actuem<br />

o que cria dificuldades acrescidas para to<strong>dos</strong> os<br />

agentes desta área de negócio.<br />

Por último tenho ainda a realçar que existe neste<br />

mercado muita concorrência desleal que se “mede”<br />

em vários aspectos e que não está a ser devidamente<br />

controlada pelas entidades competentes que têm responsabilidade<br />

sobre esta matéria.<br />

Por to<strong>dos</strong> os motivos anteriormente expostos durante<br />

o segundo semestre de 2010 assistiu-se a uma<br />

grande instabilidade de preços que “perturbou” imenso<br />

esta área de negócio, no entanto, não me parece<br />

possível que esta situação se mantenha por muito mais<br />

tempo.<br />

Dado o grande aumento de preços que se está a verificar<br />

das matérias primas, transportes e não esquecendo<br />

também a “queda” do Euro face ao Dólar, prevê-se<br />

um agravamento de preços bastante acentuado nesta<br />

área de negócios (que já se está a verificar), o que a meu<br />

ver irá recolocar o preço nos pneus para o preço real e<br />

que lhe dará ao mesmo tempo uma certa estabilidade<br />

que até agora não era de todo possível.<br />

Por outro lado e dado o grande aumento da “carga<br />

fiscal” que se irá verificar em <strong>2011</strong> irá fazer com que o<br />

“negócio” da concorrência desleal se torne cada vez<br />

mais apetecível, por isso mesmo um <strong>dos</strong> nossos grandes<br />

objectivos para <strong>2011</strong> será combater e alertar as entidade<br />

competentes para o efeito.<br />

Aproveitando a oportunidade, lanço o repto a to<strong>dos</strong><br />

os distribuidores do mercado para agirmos em<br />

conjunto em torno de um objectivo que nos afecta a<br />

to<strong>dos</strong> “combater a ilegalidade do negócio <strong>dos</strong> pneus ”.<br />

22<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


OPINIÕES<br />

Ricardo Kendall<br />

Midas<br />

Área: Serviços rápi<strong>dos</strong><br />

O aspecto mais positivo foi<br />

um surpreendente aumento do<br />

consumo quando estavamos à<br />

espera de um decréscimo. O aspecto<br />

mais negativo foi a falta<br />

de produto <strong>dos</strong> principais fabricantes.<br />

Em termos de balanço, preocupa-nos o facto de os<br />

preços estarem a aumentar, seja porque há falta de produto,<br />

seja porque as matérias primas estão a aumentar<br />

de preços, quando o nosso país está em clara redução<br />

de poder de compra. Julgo que em <strong>2011</strong> vamos continuar<br />

a assistir a uma redução de oferta <strong>dos</strong> fabricantes<br />

que julgamos que é concertada de forma a aumentar<br />

os preços e vamos ver marcas que não eram premium<br />

a continuar a sua escalada como uma Hankook que já<br />

é o 6º ou 7º maior fabricante de pneus ou uma GT.<br />

Quanto ao retalho, achamos que vai ser mais um ano<br />

difícil em que há mais operadores a baixar preço e consequentemente<br />

a esmagar margens e que só com práticas<br />

menos ortodoxas se manteem de portas abertas.<br />

Rui Chorado<br />

Dispnal <strong>Pneus</strong><br />

Área: Grossista de pneus<br />

O ano 2010 foi marcado por<br />

uma constante instabilidade<br />

económica. A crise financeira<br />

mundial afectou bastante o sector<br />

de pneus em Portugal.<br />

É óbvio que a compra de<br />

pneus diminuiu, devendo-se à queda das vendas de<br />

veículos em 2010. Atravessámos um ano de bastantes<br />

receios, contudo existiram aspectos positivos e negativos<br />

que marcaram 2010.<br />

Apesar deste cenário, continua o fenómeno do<br />

“Boom” na concorrência, o mercado tem sofrido várias<br />

oscilações marcadas por aspectos positivos e negativos.<br />

É obvio que todas as alterações que ajudam a<br />

fortalecer a nossa posição, são positivas.<br />

Este ano foi marcado pelo aparecimento de novas<br />

empresas concorrentes e constantes variações de preços.<br />

As empresas viram-se obrigadas a aumentar os<br />

seus preços, o conceito de barato aliado ao pneu chinês<br />

desapareceu, nos dias de hoje estes pneus são produzi<strong>dos</strong><br />

de acordo com as normas exigidas e com mais<br />

elevada tecnologia.<br />

Aumentou também o aparecimento das redes e grupos,<br />

ou seja, cada vez mais a tradicional casa de pneus<br />

vê o seu futuro ameaçado pelo conjunto de produtos/serviços<br />

que este novo conceito de “casa de pneus”<br />

tem para oferecer.<br />

Em 2010, foi possível sobreviver e crescer, esperamos<br />

que todas estas mudanças forneçam os alicerces<br />

necessários para percorrer o mesmo caminho em<br />

<strong>2011</strong>.<br />

São tantas as alterações para <strong>2011</strong> que infelizmente<br />

os portugueses poderão contar com “novas surpresas”,<br />

provavelmente no final do ano iremos concluir que<br />

não correu de acordo com aquilo que projectamos,<br />

mas infelizmente por agora o clima de instabilidade<br />

manter-se-á.<br />

A economia nacional registou um decréscimo em<br />

2010, esta tendência manter-se-á no próximo ano e<br />

provavelmente sob uma perspectiva mais pessimista.<br />

O ano de <strong>2011</strong> não vai ser fácil para as empresas portuguesas<br />

no que diz respeito ao sector de pneus, será<br />

necessário fazer prospecção de mercado para estar a<br />

par das necessidades <strong>dos</strong> clientes.<br />

O abrandamento sentido neste sector é o resultado<br />

de diversas variáveis, tais como: a diminuição das vendas<br />

de automóveis em Portugal, o aumento <strong>dos</strong> preços<br />

e cargas fiscais, etc.<br />

Cabe às empresas utilizar as suas sinergias de forma<br />

a obter uma capacidade de negociação sustentável.<br />

Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, as<br />

empresas de pneus, possamos fidelizar os clientes e responder<br />

de imediato às suas necessidades.<br />

Por exemplo, sabemos que poucas são as “casas de<br />

pneus”, que possuem capacidade de armazenamento,<br />

ou seja, hoje em dia muitas vezes os pedi<strong>dos</strong> de pneus<br />

são efectua<strong>dos</strong> após a confirmação do cliente final,<br />

logo é necessário oferecer capacidade de resposta imediata.<br />

O mercado de pneus em Portugal tem sofrido constantes<br />

alterações, o que do ponto de vista financeiro<br />

não oferece perspectivas encorajadoras para <strong>2011</strong>.<br />

Que balanço poderemos fazer para o próximo ano?<br />

Continuará a aumentar a procura das medidas de<br />

pneus em gama alta, diminuindo por sua vez as medidas<br />

mais pequenas. A concorrência continuará a crescer,<br />

se bem que esperemos de uma forma mais conscienciosa.<br />

As chamadas Redes e Grupos de pneus continuarão<br />

a emergir, o que irá dificultar o trabalho das casas de<br />

pneus independentes.<br />

O conceito de “pneu barato” que existia no mercado,<br />

simplesmente desapareceu.<br />

Em <strong>2011</strong>, os portugueses terão mais receio em com-<br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 23


OPINIÕES<br />

Balanço de 2010 e perspectivas para <strong>2011</strong><br />

prar, devido á actual situação de endividamento, podendo<br />

recorrer em muitos casos a entidades de crédito<br />

para adquirir pneus.<br />

Outra das apostas para <strong>2011</strong> será o aumento das vendas<br />

através da Internet. Nos dias de hoje é possível adquirir<br />

tudo através deste tipo de plataforma, incluindo<br />

pneus.<br />

As vendas on-line irão redireccionar muitos <strong>dos</strong><br />

clientes finais para outros de canais de distribuição.<br />

Estes são os cenários externos que consideramos<br />

mais prováveis para <strong>2011</strong>, provavelmente no final do<br />

próximo as nossas perspectivas estarão totalmente desactualizadas.<br />

No entanto, devemos manter a confiança num mercado<br />

que ao longo <strong>dos</strong> últimos anos tem demonstrado<br />

a sua resistência, e esperemos que cheguem melhores<br />

dias.<br />

Rui Silva<br />

Eurotyre<br />

Área: Rede de retalho<br />

O aspecto mais positivo no<br />

decorrer de 2010 é que, efectivamente,<br />

os veículos continuaram<br />

a usar pneus e a sociedade<br />

necessita para sua locomoção<br />

de os usar. A parte mais negativa<br />

é, claramente, que o consumo não aumentou e os<br />

operadores de mercado, esses sim, aumentaram.<br />

O que se antevê de mais positivo para <strong>2011</strong> é o facto<br />

de não existir nenhuma ideia credível para substituir o<br />

pneu…<br />

Perante as adversidades globais em que vivemos, faz<br />

com que to<strong>dos</strong> os sectores de actividade para conseguirem<br />

terem anos de rentabilidade façam esforços<br />

enormes para conseguirem o binómio<br />

rentabilidade/competitividade. Utilizando uma expressão<br />

popular “o que não nos mata torna-nos mais<br />

fortes” e falando sobre a empresa pela qual sou responsável,<br />

conseguimos terminar 2010 com um saldo positivo<br />

graças à excelente reacção às dificuldades por parte<br />

de todo este grande grupo.<br />

Para poder responder de uma forma mais clara e<br />

abrangente necessitaria de muitos mais “caracteres”<br />

mas antevejo que <strong>2011</strong> vá ser um ano muitíssimo<br />

complicado e, no nosso sector, imaginando que em<br />

2010 estávamos to<strong>dos</strong> numa longa recta da meta a<br />

toda a velocidade, é fácil imaginar a quem pertence os<br />

motores mais potentes, não necessariamente aos melhores<br />

pilotos, e em <strong>2011</strong> aparecerá no final da recta<br />

aquela curva danada, que inevitavelmente fará com<br />

que alguns tomem a dianteira, outros solidifiquem a<br />

sua posição secundária sempre à espreita da dianteira,<br />

alguns ficarão para trás e outros poderão obviamente<br />

parar na gravilha/escapatória…<br />

Sérgio Louro<br />

StarAliance<br />

Área: Retalho de pneus<br />

O ano de 2010 foi um ano<br />

sem grandes sobressaltos, pois<br />

apesar da crise as vendas de paneus<br />

estiveram mais ou menos<br />

em linha com o previsto. Falase<br />

em crise e a verdade é que ela<br />

existe!<br />

Mas se analisarmos friamente a questão, o cliente<br />

que colocava na sua viatura uma marca premium hoje<br />

coloca uma marca budget.<br />

Por isso, apesar da crise as casas de pneus acabam<br />

sempre por vender. Este ano no mercado sentiu-se<br />

também uma fuga ao pneu chinês. Talvez por ser um<br />

artigo “made in china” as pessoas têm a sua reserva em<br />

relação ao produto.<br />

Os clientes preferiram montar uma marca budget<br />

mas tendo conhecimento que o fabricante era conhecido.<br />

Falando de <strong>2011</strong> é um ano em que as pessoas estão<br />

com muitas reservas. Sem dúvida que os aumentos de<br />

impostos e os cortes nos salários pode complicar e muito<br />

as vendas, nomeadamente em varias áreas, incluindo<br />

a <strong>dos</strong> pneus.<br />

No segmento da revenda hoje é preciso ter um certo<br />

cuidado a quem se vende ou mesmo como se vende,<br />

porque sem ter uma estrutura sólida o dinheiro no banco<br />

está caro. Logo é preciso fazer muito estudo sobre o<br />

investimento e a venda de um determinado produto.<br />

Quanto aos postos possivelmente pode haver um<br />

grande disparo de vendas em relação às marcas budget,<br />

o que vai complicar a vida às marcas Premium.<br />

Estou convencido que no ano de <strong>2011</strong>, apesar desta<br />

crise, vão aparecer novos operadores no mercado e<br />

cada vez vai ser mais necessário as pequenas casas associarem-se<br />

a grupos, pois sozinhos nesta selva do mundo<br />

<strong>dos</strong> pneus "não se vão safar".<br />

Cada vez mais é necessário profissionalizar as casas e<br />

esquecer a ideia da casa do pequeno comerciante que<br />

abre das 9 às 18 e vai para casa sem pensar mais em<br />

pneus até ao dia seguinte. Cada vez mais as casas de<br />

pneus não podem viver só do pneu, têm de arranjar alternativas<br />

e entrarem noutros rumos, principalmente<br />

fazer coisas novas que a concorrência não tenha, pois é<br />

isso que faz a diferença em relação aos mais directos<br />

competidores.<br />

Novos desafios virão e teremos de estar atentos ao<br />

futuro.....<br />

Vitor Rocha<br />

AltaRoda<br />

Área: Consumíveis e<br />

equipamentos<br />

2010 foi um ano em que se<br />

sentiu a dificuldade em fechar<br />

negócios com a rapidez habitual.<br />

To<strong>dos</strong> os equipamentos<br />

que colocámos foram decisões<br />

que os nossos clientes demoraram a tomá-las e no<br />

mercado <strong>dos</strong> consumíveis tivemos “invasão” de empresas<br />

estrangeiras que se sentem confortáveis em comercializar<br />

produtos num país que não defende as<br />

suas empresas, ao contrário <strong>dos</strong> Espanhóis que resistem<br />

ao máximo para dar oportunidade aos Portugueses.<br />

Os negócios de equipamentos têm necessariamente<br />

de crescer porque o parque de máquinas nalguns<br />

clientes já está muito fatigado e não aguenta mais ou<br />

então são recentes mas por questão de preço foram adquiridas<br />

máquinas sem qualidade, que não estão à altura<br />

das necessidades <strong>dos</strong> profissionais.<br />

Um <strong>dos</strong> problemas que pode surgir é o financiamento<br />

da aquisição de máquinas, porque na verdade<br />

já temos alguns casos em que os clientes têm dificuldade<br />

de obter crédito.<br />

Começamos a ter várias abordagens para ser o fornecedor<br />

a assegurar facilidades de pagamento, o que<br />

nos colocam num risco que não podemos correr. m<br />

24<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EVENTO<br />

Gala MEGAMundi<br />

Momento de festa<br />

Realizou-se em mea<strong>dos</strong> do mês de <strong>Janeiro</strong> a 8ª Gala MEGAMundi,<br />

uma iniciativa que pretende acima de tudo juntar a “família” desta rede de pneus<br />

com os parceiros de negócio.<br />

AMEGAMundi realiza anualmente uma Gala,<br />

num evento que consiste em juntar nele os associa<strong>dos</strong><br />

e parceiros comerciais desta rede de retalho<br />

de pneus.<br />

Assim, ao longo de um fim-de-semana, associa<strong>dos</strong> e<br />

parceiros comerciais da MEGAMundi têm a possibilidade<br />

de se relacionarem mais proximamente, num ambiente<br />

descontraído e fora do ambiente de<br />

trabalho, em que o ponto alto é o jantar de<br />

Gala, onde após o mesmo são entregues diversos<br />

troféus.<br />

“Neste evento estão presentes todas as marcas<br />

de pneus que trabalham com a rede ME-<br />

GAMundi”, refere Jorge Correia, director administrativo<br />

da MEGAMundi, adiantando que “é sempre uma excelente<br />

oportunidade de associa<strong>dos</strong> e parceiros comerciais<br />

se conhecerem melhor. Passam um dia juntos, falam de<br />

tudo um pouco, mas obviamente não se fazem vendas.<br />

Aqui o objectivo é outro”.<br />

Este ano o evento “Gala MEGAMundi” decorreu<br />

A 8ª Gala MEGAMundi reuniu, em ambiente informal,<br />

os associa<strong>dos</strong> da rede MEGAMundi com os seus<br />

parceiros de negócio<br />

em Setúbal, com chegada a 14 e saída a 16 de <strong>Janeiro</strong>,<br />

sendo que o dia 15 serviu também para uma série de<br />

muitas outras iniciativas. “Para além de estarem juntos,<br />

os associa<strong>dos</strong> e parceiros foram convida<strong>dos</strong> a realizarem<br />

um passeio por diversos locais e a participar em algumas<br />

iniciativas”, revela Jorge Correia, explicando que<br />

“foram momentos muito bons e de grande convívio entre<br />

to<strong>dos</strong>”. Assim, as 106 pessoas presentes neste evento<br />

tiveram oportunidade de fazer um passeio pela Serra da<br />

Arrábida, com passagem pelo lindíssimo Convento da<br />

Arrábida. Pelo caminho passaram pelo Museu do Queijo<br />

e realizaram ainda uma visita às caves da José Maria da<br />

Fonseca, em ambos os locais com degustação de queijos<br />

e de vinho.<br />

Troféus<br />

Nesta Gala da MEGAMundi foram atribuí<strong>dos</strong> dois<br />

tipos de troféus. Por um lado, os troféus das marcas de<br />

pneus aos associa<strong>dos</strong> da rede MEGAMundi que têm<br />

maior número de compras em quantidades.<br />

Por outro, os troféus com o volume de facturação<br />

de tudo o que é comprado dentro da rede MEGA-<br />

Mundi pelos seus associa<strong>dos</strong>. Para motivar<br />

a compra de produtos MEGAMundi<br />

(pneus, baterias, etc) são também galardoa<strong>dos</strong><br />

os accionistas que tenham as compras<br />

mais elevadas dentro desses produtos da<br />

marca própria da rede.<br />

Muito importante na opinião de Jorge Correia, é o<br />

facto de “terem sido muitas senhoras a receberem<br />

muitos <strong>dos</strong> troféus, em representação de alguns <strong>dos</strong><br />

accionistas. Algumas dessas senhoras estão também à<br />

frente <strong>dos</strong> negócios, o que é muito interessante de<br />

analisar”.<br />

Nas tabelas em anexo poderá conhecer to<strong>dos</strong> os<br />

26<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EVENTO<br />

TROFÉUS COMPRAS MARCAS<br />

Empresa Marca 1º Lugar 2º Lugar<br />

SPO Kumho VFF OKLIX<br />

Continental Continental PNEUCAR ADV<br />

Continental Mabor PNEUCAR PNEUMACOR<br />

Garland Uniroyal VFF FLS<br />

Camac Camac VFF ALPITA<br />

Yokohama Yokohama POPNEUS ADV<br />

Rec.31 Rec.31 POPNEUS VFF<br />

Goodyear Goodyear OKPNEUS VR VFF<br />

Goodyear Dunlop PNEUCAR OKPNEUS VR<br />

Dispnal Nankang OKPNEUSVR VFF<br />

Dispnal Avon RUI & IRMÃOS SARPNEUS<br />

Tirsopneus Hankook PNEUMACOR ESTAÇÃO PN ARIEIRO<br />

Teixeira&Chorado Tip-Top SDAN POPNEUS<br />

Pirelli Pirelli OKPNEUSLX AUTOTUDO<br />

S.D.P Sonny TOPNEUS J.C.A.<br />

MEGAMundi Megastart SVA J.T.A. 108<br />

MEGAMundi Sonar POPNEUS ADV 633<br />

Luís Filipe Vieira, fundador e ex-Presidente da<br />

MEGAMundi recebeu um troféu das mãos do<br />

actual Presidente da MEGAMundi, Álvaro<br />

Cerqueira<br />

vencedores <strong>dos</strong> troféus, bem como todas as marcas<br />

que estiveram presente neste Gala MEGAMundi.<br />

Presença especial<br />

Para além de to<strong>dos</strong> os accionistas e parceiros de negócios,<br />

a Gala MEGAMundi contou com uma presença<br />

muito especial e muito significativa para a própria<br />

rede.<br />

De facto, um <strong>dos</strong> destaques da noite de Gala foi<br />

para a presença de Luís Filipe Vieira, que recebeu um<br />

troféu especial. O próprio aproveitou para dizer que<br />

“foi com muito prazer que recebi o convite da Administração<br />

a estar presente na gala MEGAMundi, onde<br />

recebi um troféu da Gala, da empresa que fui fundador<br />

e Presidente. Tive a oportunidade de rever amigos<br />

do ramo e ainda de matar saudades de um jogo de<br />

sueca. Refiro ainda os pneus que a Yokohama amavelmente<br />

disponibilizou para a minha viatura, que são<br />

uma agradável surpresa, pelo seu conforto, segurança e<br />

fiabilidade”. m<br />

FACTURAÇÃO MEGAMUNDI<br />

1º VFF<br />

2º Popneus<br />

3º ADV<br />

4º Okpneus VR<br />

5º SVA<br />

6º Okpneus Lx<br />

7º JCA<br />

8º Pneumacor<br />

9º Sarpneus<br />

10º Pneucar<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 27


REPORTAGEM<br />

Visita à fábrica Continental Mabor<br />

Rigor, competência e tecnologia<br />

A Continental Mabor finalizou o exercício de 2010 com um volume de vendas de € 597,23 milhões<br />

e ultrapassou a marca <strong>dos</strong> 15 milhões de pneus vendi<strong>dos</strong> num só ano. Estes resulta<strong>dos</strong><br />

espectaculares são consequência directa de uma política de grande rigor e competência<br />

Em primeiro lugar, o que impressiona nesta unidade<br />

de produção da Continental, tendo em<br />

conta a realidade portuguesa, é a dimensão do<br />

empreendimento. São 120.000 m2 de área útil,<br />

1.533 trabalhadores e aproximadamente 50 mil pneus<br />

produzi<strong>dos</strong> por dia. A grande maioria destes pneus segue<br />

para exportação, tanto para Europa, como para os<br />

EUA, onde a Continental também possui uma fábrica.<br />

Nos 10 cais do armazém da fábrica há sempre camiões<br />

TIR a carregar, saindo cerca de 47 camiões por<br />

dia. Não admira que a Continental seja em Portugal o<br />

quarto exportador em termos absolutos, com a preciosa<br />

captação de divisas que isso implica, para um país<br />

como o nosso que tem que comprar quase tudo.<br />

A fábrica opera em regime contínuo, tendo 3 turnos<br />

de 2 feira a 6 feira e 2 turnos alarga<strong>dos</strong> ao fim-desemana.<br />

A rotação <strong>dos</strong> operadores é contínua igualmente,<br />

o que transforma o perímetro da fábrica numa<br />

pequena cidade. Uma equipa especializada de 15 pessoas<br />

ligadas à segurança e higiene no trabalho faz o enquadramento<br />

<strong>dos</strong> colaboradores, sendo patente a limpeza<br />

das instalações e a qualidade do ar, incluindo o<br />

controlo de temperatura.<br />

A cultura da eficiência é um facto, o que obriga as<br />

equipas de limpeza e de manutenção a estarem permanentemente<br />

activas. Os técnicos de manutenção<br />

deslocam-se em triciclos a pedais, com um cesto de<br />

carga, que permite minimizar o tempo de deslocação<br />

ao longo <strong>dos</strong> "infindáveis" corredores da fábrica.<br />

Transportam peças, produtos, equipamentos e ferramentas,<br />

que são utiliza<strong>dos</strong> em substituições e reparações.<br />

Durante a visita, presenciámos a substituição de<br />

uma bomba de água de arrefecimento de dimensões<br />

consideráveis.<br />

Devido aos grandes requisitos energéticos da fábrica,<br />

esta possui uma estação de transformação de corrente<br />

e é abastecida directamente através de um gasoduto<br />

de gás natural. Um gerador de arranque automático<br />

compensa eventuais falhas de corrente. Além<br />

disso, a unidade de geração de vapor utilizada no processo<br />

produtivo possui também uma unidade de cogeração<br />

de electricidade, a qual é activada sempre que o<br />

consumo de vapor permitir o seu funcionamento.<br />

Além da impressionante dimensão do empreendimento,<br />

a fábrica de Lousado é a única que a Continental<br />

possui na Península Ibérica. O critério número um<br />

da marca alemã para a investir e manter abertas as suas<br />

fábricas em todo o Mundo é a produtividade e a rentabilidade.<br />

Emprego Qualificado<br />

A Continental rege-se por valores empresariais que<br />

passam pela qualidade, fiabilidade, segurança e serviço<br />

ao cliente. Isso apenas é possível com uma sólida cultura<br />

de empresa, assente em transmissão de conhecimentos<br />

e conceitos técnicos, relacionais e comportamentais.<br />

Todo o pessoal é marcado por esse ambiente<br />

competitivo da empresa e pela formação contínua,<br />

que garante níveis de desempenho acima da média.<br />

Com efeito, a taxa de deficiências no controlo de<br />

28<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


REPORTAGEM<br />

Ricardo Martins,<br />

Director de Marketing<br />

CONTINENTAL PNEUS<br />

Os novos pneus da<br />

Continental<br />

ContiEcoContact 5 e<br />

ContiSportContact 5, são<br />

agora produzi<strong>dos</strong> na<br />

fábrica da Continental<br />

Mabor, em Lousado<br />

Sede: Rua Adelino Leitão, 330<br />

4764-906 EC Lousado<br />

Director de Marketing: Ricardo Martins<br />

Telefone: 252.499.210<br />

Fax: 252.493.095<br />

e-mail: ricardo.martins@conti.de<br />

internet: www.continental.pt<br />

qualidade final está fixada em 0,78%, mas a fábrica de<br />

Lousado está a conseguir apenas uma taxa de 0,7 de<br />

deficiências de fabrico. Isso explica porque outras empresas<br />

com trabalhadores portugueses não vingam, enquanto<br />

que esses mesmos trabalhadores se tornam em<br />

peças basilares de uma empresa como a Continental.<br />

Tudo começa pelo recrutamento, que dá preferência a<br />

pessoas já ligadas à empresa, criando uma dinâmica de<br />

promoção profissional e de ascensão de carreira que é<br />

motivante. Alguns <strong>dos</strong> actuais quadros médios da fábrica<br />

de Lousado iniciaram a sua carreira na produção.<br />

As qualificações académicas também são incentivadas<br />

pela Continental, que está a exigir o 12º ano aos actuais<br />

candidatos a emprego. Os elementos que já trabalham<br />

na empresa e ainda não possuem o 12º ano de<br />

escolaridade, são incentiva<strong>dos</strong> a conseguirem esse grau<br />

através do programa “Novas Oportunidades”.<br />

Além da base académica, os trabalhadores da fábrica<br />

Continental em Lousado só iniciam a actividade laboral<br />

após seis meses de formação básica. Essa formação<br />

é complementada com novos módulos formativos,<br />

sempre que há mudança de tarefas, de processos<br />

produtivos, ou surgem novas tecnologias e equipamentos<br />

novos. Os painéis luminosos de controlo que<br />

existem nos vários departamentos da produção afixam<br />

momento a momento a taxa de desempenho da fábrica.<br />

Num determinado momento, pudemos verificar<br />

que a taxa de desempenho em relação à meta de produção<br />

diária estava 5,2% acima do previsto. Embora<br />

haja equipamentos cujo ritmo de produção não pode<br />

ser acelerado, há fases em que o dinamismo do operador<br />

pode conseguir melhorar o desempenho das máquinas,<br />

fazendo subir a produção.<br />

Gama de produtos<br />

A fábrica Continental de Lousado apenas produz<br />

pneus para viaturas ligeiras de passageiros, o segmento<br />

de mercado em que a marca é líder na Europa, vice líder<br />

no mercado português e tem uma oferta muito<br />

competitiva. Além da marca premium de primeiro<br />

plano Continental, a fábrica produz outras marcas de<br />

segunda e terceira linha, incluindo a marca portuguesa<br />

Mabor, que é líder no mercado nacional no segmento<br />

"budget". Ao todo, a Continental produz 16 marcas de<br />

pneus, entre marcas compradas e assimiladas e outras<br />

privadas, que são distribuídas em exclusivo por certos<br />

clientes. De qualquer modo, to<strong>dos</strong> os pneus produzi<strong>dos</strong><br />

pela Continental beneficiam das sinergias <strong>dos</strong> padrões<br />

tecnológicos e de qualidade do grupo, competindo<br />

sempre no mercado com argumentos fortes.<br />

As medidas fabricadas inserem-se nas tendências do<br />

mercado que está a pedir jantes maiores, para veículos<br />

também de maior gabarito, como os SUV, familiares,<br />

monovolumes e berlinas desportivas. Embora estando<br />

equipada para produzir pneus a partir de 14" de diâmetro<br />

de talão, o facto é que actualmente a produção<br />

está praticamente centrada em medidas acima de 16",<br />

até 20". Entretanto, a Continental já lançou pneus que<br />

chegam até 23" e poderão se necessário ser produzi<strong>dos</strong><br />

na fábrica portuguesa.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 29


REPORTAGEM<br />

Visita à fábrica Continental Mabor<br />

O composto de borracha é transformado em faixas de comprimento padronizado<br />

Depois de processadas, as telas são enroladas num cilindro e utilizadas no fabrico do piso do pneu<br />

Processo de fabrico Continental<br />

A marca Continental fabrica pneus desde 1871 e<br />

portanto está quase a fazer 140 anos que vem aperfeiçoando<br />

e desenvolvendo o processo de produção <strong>dos</strong><br />

seus pneus. A tecnologia de produção utilizada actualmente<br />

pela Continental está no topo do sector, sofrendo<br />

constantes melhoramentos e actualizações. Embora<br />

não sendo possível entrar obviamente em muitos<br />

detalhes, podemos afirmar que o processo de produção<br />

da Continental é de elevada eficiência e com custos<br />

altamente controla<strong>dos</strong>, frutos de uma organização<br />

meticulosa, de uma sincronização de procedimentos<br />

exaustiva e de automatização generalizada.<br />

Nos parágrafos seguintes iremos enumerar sinteticamente<br />

os principais passos do fabrico <strong>dos</strong> pneus Continental<br />

e as garantias de qualidade que eles oferecem<br />

ao consumidor. Essa qualidade é garantida pelos controlos<br />

permanentes em toda as fases da produção.<br />

1<br />

Matérias-primas: Um pneu é construído a partir<br />

de cabos e fios de aço, produtos químicos deriva<strong>dos</strong><br />

em especial da petroquímica (borracha<br />

sintética, polímeros e aditivos), borracha natural, e fibras<br />

têxteis.<br />

2<br />

Composto: Esta é a fase crítica do fabrico do<br />

pneu, mas não são divulga<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> sobre a<br />

composição da mistura. O que sabemos é que<br />

cada componente é pesado e <strong>dos</strong>eado rigorosamente,<br />

entrando de seguida no moinho, que dá origem ao<br />

composto. Esse composto é seguidamente laminado,<br />

tendo em vista o seu fácil e célere transporte para os diversos<br />

pontos de transformação. Paredes laterais, banda<br />

de rolamento e revestimento interno são assim produzi<strong>dos</strong><br />

em peças, obedecendo a composições específicas.<br />

3<br />

Produtos semi acaba<strong>dos</strong> - A estratégia de produção<br />

da Continental assenta na convergência<br />

de vários produtos semi acaba<strong>dos</strong> para as máquinas<br />

de montagem do pneu, equipamentos fabrica<strong>dos</strong><br />

especificamente por uma empresa do Grupo Continental.<br />

Isto implica que, paralelamente ao fabrico<br />

das peças de composto de borracha, são produzidas as<br />

telas têxteis (rayon, nylon, poliéster e aramida) e metálicas<br />

(aço), assim como os talões do pneu. As telas metálicas<br />

são obtidas comprimindo os fios metálicos entre<br />

duas folhas de mistura arrefecida, numa máquina<br />

tipo calandra. Uma empresa especializada que opera<br />

dentro do perímetro da fábrica, a ITA, produz uma<br />

fita adesiva especial que é usada para o fabrico <strong>dos</strong> talões<br />

e é posteriormente aplicada em disposição helicoidal<br />

sobre as telas do pneu, para garantir a aderência<br />

aos restantes componentes e reforçar o conjunto.<br />

30<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


REPORTAGEM<br />

No processo de vulcanização o molde dará a<br />

forma definitiva ao pneu<br />

A área de armazenamento <strong>dos</strong> pneus produzi<strong>dos</strong> é equivalente a vários campos de futebol<br />

Para garantir a máxima qualidade <strong>dos</strong> pneus produzi<strong>dos</strong>, técnicos especializa<strong>dos</strong> fazem uma verificação final de to<strong>dos</strong> os pneus<br />

4<br />

Pneu "verde" - Depois de montadas as paredes<br />

laterais, as telas e os talões, o pneu está completo,<br />

mas ainda está "verde", sendo encaminhado<br />

para as máquinas de vulcanização. Um só operador<br />

controla as especificações do pneu e alimenta as várias<br />

máquinas de vulcanizar, mas estas colocam automaticamente<br />

o pneu no interior da calandra e retiram-no já<br />

pronto, eliminando vários riscos para os operadores.<br />

5<br />

Vulcanização - É durante esta operação que o<br />

pneu se consolida, passando a formar uma única<br />

peça, ao mesmo tempo que é moldado o desenho<br />

da banda de rolamento e as inscrições das paredes<br />

laterais. Ao sair da vulcanização o pneu está pronto<br />

e segue para o processo de controlo de qualidade.<br />

6<br />

Controlo de qualidade - Esta fase da produção é<br />

de grande importância para a Continental, pois<br />

garante que o pneu corresponde ao que o consumidor<br />

espera dele. Para isso, os pneus fabrica<strong>dos</strong> são<br />

inspecciona<strong>dos</strong> ainda nas passadeiras transportadoras<br />

por câmaras e aparelhos de raios X, sendo posteriormente<br />

sujeitos a testes de pressão, resistência e equilíbrio,<br />

realiza<strong>dos</strong> automaticamente por equipamentos<br />

de controlo. Na fase final, o controlo é efectuado por<br />

operadores especializa<strong>dos</strong>, que descartam as carcaças<br />

com deficiências (menos de 1%). Estas serão encaminhadas<br />

posteriormente para valorização energética,<br />

depois de analisadas as causas <strong>dos</strong> seus defeitos. Este rigoroso<br />

controlo de qualidade permite que os pneus sejam<br />

expedi<strong>dos</strong> directamente da fábrica para os clientes<br />

de equipamento de origem, sector em que a Continental<br />

lidera o mercado.<br />

Na linha da frente<br />

Para estar na linha da frente, um fabricante de pneus<br />

tem que estar no patamar mais elevado da tecnologia,<br />

mas não pode ignorar os valores da defesa do ambiente<br />

e os valores humanos do serviço ao cliente, que permitem<br />

retirar o máximo rendimento e a máxima satisfação<br />

do produto. No que se refere a este último, a<br />

Continental tem sabido acompanhar as tendências do<br />

mercado, não apenas em medidas de jante e perfil das<br />

carcaças, mas também em características que vão estar<br />

à frente no futuro próximo, como são o caso da baixa<br />

resistência ao rolamento, aderência em molhado e nível<br />

de ruído. Disso são a prova os novos pneus da<br />

Continental ContiEcoContact 5 e ContiSportContact<br />

5. No entanto, a Continental não pretende apenas<br />

apresentar ao mercado produtos sensatos, seguros e<br />

fiáveis, apostando em pneus que sejam capazes de despertar<br />

emoções, tanto no plano estético, como na condução,<br />

permitindo ao condutor explorar os limites do<br />

seu veículo e os seus próprios, sem correr riscos desnecessários.<br />

Investigação permanente, ensaios de laboratório<br />

e de estrada constantes e a estreita colaboração<br />

com os construtores de veículos garantem à Continental<br />

o "contacto" com as mais avançadas tendências e<br />

com os mais eleva<strong>dos</strong> padrões e requerimentos técnicos<br />

<strong>dos</strong> pneus actuais. m<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 31


ENTREVISTA<br />

Darío Vicario, Director Geral da Goodyear Dunlop Ibéria<br />

No início de 2009, Darío Vicario assumiu a direcção<br />

geral da Goodyear Espanha Portugal.<br />

Dois anos de trabalho intenso, num contexto<br />

de crise económico e financeira, e num ambiente<br />

de mercado cada vez mais aberto e concorrencial.<br />

O responsável máximo da Goodyear aborda na RE-<br />

VISTA DOS PNEUS temas actuais do sector <strong>dos</strong><br />

pneus, fala da empresa, do mercado e da concorrência.<br />

Fale-nos um pouco do seu percurso ligado à<br />

Goodyear?<br />

A minha carreira no grupo começou em 2000 quando<br />

me foi oferecido o cargo de Director Geral da Dunlop<br />

para Espanha.<br />

O desafio que tinha pela frente era o crescimento e<br />

consolidação da marca e a criação de uma “joint venture”<br />

com a Goodyear foram o catalisador que me moveu.<br />

Em 2004 fui nomeado Director da divisão Consumer<br />

da Goodyear Dunlop Ibéria e em 2007 mudei-me<br />

para a Suécia para desempenhar o cargo de Director<br />

Geral da Goodyear Dunlop para os Países Nórdicos.<br />

Em 2009 regressei como Director Geral da Goodyear<br />

Dunlop Ibéria.<br />

Como define a marca de pneus Goodyear face à<br />

concorrência?<br />

A Goodyear é uma marca que se diferencia da concorrência<br />

pela inovação que aplicamos nos nossos<br />

produtos e pelos recursos que dedicamos à I+D.<br />

Os nossos pneus estão na vanguarda, são inovadores<br />

e desta forma, ao longo da história, temos marcado<br />

o sector <strong>dos</strong> pneus, tal como Charles Goodyear ao<br />

descobrir o processo de vulcanização da borracha.<br />

tenhamos claro o que cada um necessita e saber consegui-lo.<br />

Esta foi a chave da estratégia que nos permitiu<br />

manter uma posição preferencial no mercado nos últimos<br />

anos.<br />

Que critérios utilizam para seleccionar os vossos<br />

clientes, como comunicam com eles e de que forma<br />

promovem a vossa marca junto deles?<br />

O principal contacto entre a marca Goodyear e os<br />

clientes é feito pela equipa de vendas. Na Goodyear<br />

dispomos de uma equipa completa de vendas muito<br />

especializada e estratificada que além de atender as necessidades<br />

do cliente, fazem a assessoria e ajudam o<br />

seu negócio. A Goodyear contribui com valor acrescentado<br />

face a outras marcas do sector e é desta forma<br />

que os clientes nos consideram e demonstram confiança<br />

na marca.<br />

Que tipo de apoio presta a Goodyear aos seus<br />

clientes?<br />

De todo tipo. O apoio da Goodyear aos clientes vai<br />

desde campanhas de financiamento a acções de marketing<br />

especialmente desenvolvidas para as necessidades<br />

e características de cada cliente.<br />

Qual é o papel das novas tecnologias e da internet<br />

na comunicação da sua empresa com os seus<br />

clientes?<br />

Tal como aplicamos as mais recentes tecnologias<br />

nos nossos produtos, o trabalho interno da empresa<br />

Goodyear também se caracteriza pela inovação. Assim,<br />

a Goodyear converteu-se em 1994 na primeira<br />

empresa de pneus com loja online B2B na sua página<br />

web. O impacto das vendas que são geradas através<br />

deste canal é indubitável. Se em 2002 5% das vendas<br />

B2B eram realizadas através da Internet, actualmente<br />

realizam-se 40% das operações. Iniciativas como TireOnlineService,<br />

que em 2002 abriu a possibilidade<br />

aos clientes de fazer pedi<strong>dos</strong> em tempo real, e TireManager<br />

que melhora o serviço a clientes proporcionando<br />

informação sobre os pneus mais apropria<strong>dos</strong> dependendo<br />

da sua utilização, demonstram a aposta da<br />

empresa neste tipo de tecnologias.<br />

Qual é a estratégia de produto da Goodyear (marca<br />

Premium vs segundas marcas). Que outras marcas<br />

disponibiliza no mercado?<br />

A Goodyear posiciona-se como uma marca Premium<br />

de primeiro nível. Os pneus Goodyear oferecem<br />

as melhores prestações a nível de segurança, graças<br />

ao grande trabalho de investigação que há por trás.<br />

A nossa gama de pneus é muito ampla e cobre as necessidades<br />

de to<strong>dos</strong> os tipos de condutores e veículos<br />

e, ano após ano, lançamos novos produtos que se<br />

adaptam às necessidades actuais.<br />

Por outro lado, e também como marca Premium<br />

mas com um posicionamento diferente, está a marca<br />

Dunlop. A Dunlop oferece os mesmos níveis de segurança<br />

que a Goodyear, mas é direccionada a um público<br />

mais entusiasta pela condução, um público que<br />

quer sentir a estrada para fazer uma condução mais<br />

precisa, algo que consegue com os pneus Dunlop.<br />

Nos segmentos Medium e Budget dispomos de outras<br />

marcas como Fulda, Sava ou Debica, que contam<br />

com o apoio de uma grande empresa como a nossa e<br />

se posicionam como líderes nos seus segmentos.<br />

Como consegue diferenciar os seus produtos num<br />

mercado com uma oferta global tão vasta?<br />

Os nossos produtos conseguem diferenciar-se por<br />

“A recomendação do especialista da oficina vai continuar<br />

a ser um ponto forte”<br />

A Goodyear não tem estado parada em Portugal. Nos dois últimos anos lançou novos projectos e<br />

aproximou-se mais ainda <strong>dos</strong> seus clientes, tudo isto sob a gestão de Darío Vicario.<br />

De que forma a presente crise económica afectou as<br />

vossas vendas e como está a lidar com esse<br />

problema?<br />

Quando regressei à Goodyear Dunlop Ibéria, o panorama<br />

do mercado não era precisamente bom, já que<br />

se estavam a registar quedas de cerca de 15%. Contudo,<br />

olhando para trás, o ano de 2009 fechou com da<strong>dos</strong><br />

positivos e 2010 fechou também com um saldo<br />

positivo. Ganhámos quota de mercado e isso é muito<br />

positivo.<br />

Que estratégia utiliza a Goodyear para fidelizar os<br />

seus clientes e captar outros novos?<br />

Na Goodyear sempre nos caracterizámos por demonstrar<br />

muita proximidade com os nossos clientes e,<br />

nos momentos económicos complica<strong>dos</strong>, temos sabido<br />

interpretar as suas necessidades e adaptarmo-nos a<br />

elas. Nós, fabricantes, e os nossos clientes, trabalhamos<br />

no mesmo mercado e, por isso, é tão importante<br />

a comunicação entre ambas as partes, para que to<strong>dos</strong><br />

32<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

Darío Vicario,<br />

Director Geral da<br />

Goodyear Dunlop Ibéria<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 33


ENTREVISTA<br />

Darío Vicario, Director Geral da Goodyear Dunlop Ibéria<br />

eles mesmos já que oferecem níveis de qualidade e desempenho<br />

tão eleva<strong>dos</strong> que conseguem posicionar-se<br />

numa posição preferencial no mercado. Fomos pioneiros<br />

no desenvolvimento da tecnologia RunOnFlat,<br />

o ano passado lançamos o OptiGrip, o primeiro pneu<br />

com tecnologia de desgaste inteligente e continuamos<br />

a desenvolver soluções inovadoras que cobrem as necessidades<br />

do mercado actual.<br />

Qual é a estratégia de distribuição que tem sido<br />

seguida pela Goodyear?<br />

A nível ibérico, a Goodyear tem a distribuição centralizada,<br />

de forma que conseguimos fornecer os nossos<br />

produtos em apenas 24 horas em qualquer ponto<br />

da Península Ibérica. No caso de não dispormos de algum<br />

produto na Península, pedimos aos armazéns na<br />

Alemanha e em apenas 7 dias o cliente tem o produto<br />

na sua oficina.<br />

O que é que hoje em dia faz mais a diferença neste<br />

mercado: o produto, o serviço, a disponibilidade de<br />

stock ou o preço?<br />

Considero que é uma junção de to<strong>dos</strong> estes factores.<br />

Hoje em dia num mercado tão competitivo como o<br />

<strong>dos</strong> pneus, não podemos destacar um aspecto e falhar<br />

noutro, devemos oferecer o melhor serviço e isso consegue-se<br />

obtendo a excelência em to<strong>dos</strong> os senti<strong>dos</strong>.<br />

Para a Goodyear o que é o serviço? Em que é que ele<br />

se traduz?<br />

O serviço é saber dar ao cliente soluções para as suas<br />

necessidades. Tratamos de contribuir com valor acrescentado<br />

para os nossos clientes, a quem oferecemos<br />

não apenas produtos excelentes, mas também condições<br />

atractivas para adquiri-los.<br />

“Considero que o pneu do<br />

futuro será definido pela<br />

entrada em vigor, em<br />

Novembro de 2<strong>012</strong>, da nova<br />

etiquetagem europeia para<br />

pneus”<br />

Quais são as tendências no mercado <strong>dos</strong> pneus<br />

(medidas de pneus mais vendidas), nomeadamente<br />

em Portugal?<br />

A medida mais vendida no mercado português, tal<br />

como no espanhol, continua a ser a 205/55-16 em V,<br />

ainda que cada vez mais crescem as medidas de grandes<br />

dimensões pelas necessidades do mercado. Os carros<br />

têm cada vez mais jantes de dimensões superiores.<br />

Quais são os pneus do futuro? Considera que os<br />

pneus tipo “run-flat” são o futuro?<br />

Considero que o pneu do futuro será definido pela<br />

entrada em vigor, em Novembro de 2<strong>012</strong>, da nova etiquetagem<br />

europeia para pneus. A partir dessa data, to<strong>dos</strong><br />

os pneus comercializa<strong>dos</strong> na Europa devem ter a<br />

referida etiqueta e por isso o utilizador final poderá<br />

eleger o produto que compra mediante parâmetros de<br />

resistência de rolamento, aderência em piso molhado<br />

e emissão de ruí<strong>dos</strong> comparáveis entre uns e outros<br />

modelos.<br />

Vai implicar uma alteração importante para a indústria<br />

<strong>dos</strong> pneus, que vai permitir a marcas como Goodyear<br />

ocupar uma posição preferencial, já que os nossos<br />

pneus vão obter valores altos em todas as secções<br />

analisadas.<br />

Como analisa a concorrência <strong>dos</strong> produtos vin<strong>dos</strong><br />

do estrangeiro (pneus chineses, usa<strong>dos</strong>, etc)?<br />

Na Goodyear somos contra as importações ilegais de<br />

pneus e outras práticas como a venda de pneus usa<strong>dos</strong>,<br />

e defendemos uma posição combativa para travar estas<br />

situações. As importações ilegais afectam negativamente<br />

to<strong>dos</strong> os que operam no mercado de pneus, desde fabricantes<br />

às próprias oficinas e consumidores finais.<br />

Os fabricantes deparam-se com a situação em que os<br />

consumidores não conseguem saber a origem do produto<br />

e por isso passam para a marca as suas percepções<br />

e potenciais queixas no caso de más experiências com<br />

estes produtos.<br />

Os pneus importa<strong>dos</strong> ilegalmente de países distantes,<br />

além de não cumprirem com as especificações de tipo<br />

de uso que se vai dar no nosso país, não estão assegura<strong>dos</strong><br />

com garantia com o símbolo CE que garante a sua<br />

homologação.<br />

Os nossos clientes também se vêm afecta<strong>dos</strong> por este<br />

tipo de práticas, já que to<strong>dos</strong> esses pneus que se vendem<br />

de forma ilegal, não pagam a taxa de retirada e reciclagem<br />

<strong>dos</strong> mesmos, uma vez finalizada a sua vida útil.<br />

Desta forma, têm um preço mais competitivo ao não<br />

pagar a taxa.<br />

Como analisa a reestruturação das casas de pneus<br />

em casas de serviços rápi<strong>dos</strong>. É este o caminho a<br />

seguir pelas casas de pneus?<br />

É lógico que as oficinas que tradicionalmente apenas<br />

se dedicam a pneus, em determninadas ocasiões<br />

ofereçam maior diversidade de serviços, incluindo mecânica<br />

rápida.<br />

Mas não consideramos que seja uma necessidade<br />

obrigatória para sobreviver no mercado, já que são<br />

34<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

Como encara o crescimento das vendas de pneus<br />

online?<br />

Na Goodyear não consideramos que as vendas de<br />

pneus online se convertam numa ameaça para os negócios<br />

tradicionais.<br />

Vão apenas ocupar parte do mercado, mas a recomendação<br />

do especialista da oficina vai continuar a ser<br />

um ponto forte face a estes novos negócios que vão<br />

surgindo.<br />

Muitos <strong>dos</strong> grandes construtores têm uma enorme<br />

função social, com campanhas de prevenção e<br />

segurança. O que é que a Goodyear tem feito a esse<br />

nível?<br />

Na Goodyear estamos completamente empenha<strong>dos</strong><br />

na segurança rodoviária, um compromisso que começa<br />

no momento de desenvolver os nossos produtos<br />

e que continua com várias campanhas de consciencialização<br />

dirigidas aos consumidores finais.<br />

Durante este ano de 2010 desenvolvemos a campanha<br />

“Reveja os seus pneus. Segurança acima de tudo”<br />

por toda a Península Ibérica, com uma paragem em<br />

Lisboa, com o objectivo de consciencializar os utilizadores<br />

sobre a importância que têm os pneus na segurança<br />

rodoviária. Para tal, colocámos vários pontos de<br />

controlo no exterior <strong>dos</strong> principais centros comerciais<br />

das grandes cidades onde os condutores puderam passar<br />

com os seus carros e a Goodyear revia o estado <strong>dos</strong><br />

pneus, gratuitamente, verificando a pressão e a profundidade<br />

da banda de rodagem.<br />

Nestes pontos de revisão <strong>dos</strong> pneus, os condutores<br />

receberam ainda folhetos informativos sobre o cuidado<br />

com os pneus, bem como manómetros e profundímetros<br />

que são úteis no momento de verificar, periodicamente,<br />

os pneus.<br />

“Apesar da complicada<br />

situação económica em que<br />

nos encontramos, estamos<br />

satisfeitos com os<br />

resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> em<br />

2010”<br />

muitas as oficinas independentes especializadas em<br />

pneus que actuam no mercado sem necessidade de<br />

oferecer outros serviços distintos.<br />

Qual a importância das redes organizadas de pneus<br />

para a Goodyear? Qual a relação com a rede Vulco?<br />

A Vulco é a rede de oficinas registada pela Goodyear<br />

Dunlop, e um <strong>dos</strong> nossos pilares fundamentais.<br />

Actualmente em Portugal contamos com 31 oficinas e<br />

os nossos planos para o futuro passam por continuar a<br />

desenvolver a rede.<br />

Quais são os principais desafios das redes de retalho<br />

e que soluções propõe para os ultrapassar?<br />

Os principais desafios das redes passam por:<br />

- Desenvolver organicamente as redes;<br />

- Alargar o leque de serviços presta<strong>dos</strong> (serviços rápi<strong>dos</strong>);<br />

- Ter uma cobertura geográfica completa no continente<br />

e ilhas;<br />

- Ter uma imagem dinâmica, moderna e atractiva;<br />

- Preparar-se para os desafios do futuro investindo em<br />

materiais e maquinaria com tecnologias de ponta na<br />

área do diagnóstico.<br />

Que evolução prevê para o desenvolvimento do<br />

comércio de pneus a curto/médio prazo?<br />

São vários os aspectos a considerar. Em primeiro lugar,<br />

dar mais apoio especializado aos prestadores de<br />

serviço, no sector, para profissionalizar mais os operadores<br />

chave do mercado.<br />

Aproximação maior ao consumidor final em frotas<br />

de Camião para melhor serviço ao cliente e corresponder<br />

às expectativas deste sector.<br />

Desenvolvimento de redes profissionais do sector<br />

do pneu, alargando o leque de serviços presta<strong>dos</strong> (serviços<br />

rápi<strong>dos</strong>).<br />

Por último , não esquecer o crescimento das redes<br />

com insígnias internacionais tais como Midas, Norauto,<br />

Roady, FeuVert, L’Auto etc...<br />

No ponto de controlo de Lisboa, detectámos que<br />

61% <strong>dos</strong> condutores circulava com a pressão incorrecta,<br />

enquanto que 24% tinha uma profundidade de<br />

banda de rodagem abaixo do mínimo legal, o que nos<br />

motiva a continuar a trabalhar em matéria de segurança<br />

rodoviária.<br />

Que balanço faz do ano 2010 a nível de vendas no<br />

mercado Ibérico? Quais as perspectivas para <strong>2011</strong>?<br />

Apesar da complicada situação económica em que<br />

nos encontramos, estamos satisfeitos com os resulta<strong>dos</strong><br />

obti<strong>dos</strong> em 2010, em que conseguimos atingir os<br />

nossos objectivos, crescendo em quota de mercado. O<br />

ano de <strong>2011</strong> apresenta-se, novamente, como um ano<br />

complicado, daí que teremos de trabalhar ainda mais<br />

de perto com os nossos clientes, para conseguir atingir<br />

os nossos objectivos com sucesso.<br />

De que modo analisa o actual estado da distribuição<br />

de pneus em Portugal?<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 35


ENTREVISTA<br />

Darío Vicario, Director Geral da Goodyear Dunlop Ibéria<br />

GOODYEAR DUNLOP<br />

PORTUGAL<br />

Sede: Estr. de Alfragide, nº67 Alfapark<br />

Edificio F, Piso 0 Sul - Apartado 7659<br />

2610-008 Amadora<br />

Director-Geral: Darío Vicario<br />

Telefone: 210 349 000<br />

Fax: 210 349 101<br />

E-mail: n.d.<br />

Internet: www.goodyear.com.pt<br />

“Nos vários segmentos de<br />

mercado (Consumer,<br />

Camião, Moto, Farm, OTR)<br />

apostamos claramente<br />

numa rede abrangente de<br />

distribuição”<br />

A Vulco é a rede de oficinas registada pela Goodyear Dunlop. Actualmente em Portugal conta com 31<br />

oficinas e a intenção da empresa é fazer crescer a rede<br />

Houve uma excelente resposta <strong>dos</strong> operadores do<br />

mercado desde os últimos 10 anos, quanto à profissionalização<br />

na área operacional e de gestão empresarial.<br />

Verifica-se também um cuidado <strong>dos</strong> operadores em<br />

dotarem-se de formação e ferramentas adequadas aos<br />

desafios actuais.<br />

Verifica-se ainda uma distribuição dinâmica e atomizada<br />

e nota-se um franco crescimento nos canais de<br />

distribuição moderna e concessionários.<br />

Destaque ainda para uma participação activa de<br />

operadores estrangeiros de distribuição no mercado<br />

local.<br />

Como funciona a vossa distribuição no mercado<br />

português?<br />

Nos vários segmentos de mercado (Consumer, Camião,<br />

Moto, Farm, OTR) apostamos claramente<br />

numa rede abrangente de distribuição. Como marca<br />

global, estamos presentes em to<strong>dos</strong> os canais de distribuição<br />

de cada segmento de mercado.<br />

Que importância tem o mercado português para a<br />

Goodyear?<br />

O mercado Português representa aproximadamente<br />

3 milhões de pneus novos, como tal é um mercado de<br />

tamanho reduzido comparado com os merca<strong>dos</strong> Alemão,<br />

Francês ou Espanhol. No entanto é um mercado<br />

importante para as marcas premium, e tem vindo a<br />

crescer nalguns segmentos, como o UHP em Turismo,<br />

o Hypersport em Moto mas também é interessante<br />

para os produtos de Camião.<br />

Em termos de política de stock, o que tem sido feito<br />

pela Goodyear em Portugal?<br />

Como já foi referido anteriormente, a Goodyear<br />

dispõe de uma política de distribuição centralizada<br />

para toda a Península Ibérica, que assegura o fornecimento<br />

de pneus em 24 horas desde o nosso armazém<br />

central a qualquer ponto da Península. Assim como<br />

utilizamos o nosso armazém central Europeu na Alemanha<br />

para os produtos de menor rotação.<br />

Que evolução está a prever para o negócio de pneus<br />

no mercado português?<br />

O mercado de pneus está cada vez mais maduro em<br />

Portugal e as oportunidades de crescimento do negócio<br />

já não são as verificadas nos últimos anos.<br />

Agora o momento é de consolidação e de preparação<br />

para os desafios futuros.<br />

Que balanço faz do ano 2010 a nível de vendas no<br />

mercado português? Quais as perspectivas para<br />

<strong>2011</strong>?<br />

O ano de 2010 foi um ano atípico no mercado português,<br />

onde os altos e baixos verifica<strong>dos</strong> entre a anunciada<br />

saída da crise e o retomar das dificuldades económicas<br />

não permitiu a leitura de uma tendência clara da<br />

economia.<br />

Para <strong>2011</strong> as expectativas são grandes, para que num<br />

mercado estável, continuamos a progredir como até<br />

agora, no sentido de oferecer um melhor e diferenciado<br />

serviço aos clientes. m<br />

36<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

Manuel Olivares, Director de Marketing Turismo da Michelin Portugal e Espanha<br />

Em entrevista à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, Manuel Olivares,<br />

Director de Marketing Turismo da Michelin<br />

Portugal e Espanha, explica qual a estratégia<br />

da empresa para ultrapassar as dificuldades<br />

económicas que os dois países ibéricos estão a<br />

viver, e faz um balanço do desempenho que a Michelin<br />

teve em Portugal no ano passado e das expectativas<br />

comerciais para <strong>2011</strong>.<br />

Para este responsável, as soluções para enfrentar a<br />

crise continuam a ser as mesmas de sempre: mais profissionalismo<br />

e rigor na gestão <strong>dos</strong> negócios.<br />

O que diferencia a marca de pneus Michelin da<br />

concorrência?<br />

A marca Michelin é líder de mercado, graças à sua<br />

qualidade comprovada e verificável. Os nossos produtos<br />

caracterizam-se por corresponderem da melhor<br />

forma às expectativas <strong>dos</strong> clientes, em três pontos chave:<br />

segurança, duração e economia de combustível.<br />

Quais são os critérios de selecção <strong>dos</strong> distribuidores<br />

Michelin e como processa a comunicação e a<br />

promoção da marca junto deles?<br />

Os critérios são bastante simples: procuramos os<br />

distribuidores mais profissionais e que se interessam<br />

por uma relação a longo prazo com uma marca líder<br />

do mercado. Também nos interessam aqueles que<br />

têm uma vocação para permanecer no negócio. Em<br />

muitos casos, os nossos distribuidores já vão na segunda<br />

ou na terceira geração dentro do negócio.<br />

Que tipo de apoios presta a Michelin aos seus<br />

distribuidores?<br />

Para além da nossa gama completa de produtos e de<br />

uma diversidade adequada de marcas, há um valor<br />

electrónicas para melhorarem a produtividade <strong>dos</strong><br />

seus negócios, desde a realização e acompanhamento<br />

<strong>dos</strong> pedi<strong>dos</strong>, até à factura electrónica, passando por<br />

outras ferramentas, que permitem ter acesso à informação<br />

técnica do produto e a todo o tipo de materiais<br />

auxiliares: tabelas de preços, fichas técnicas, fotografias,<br />

material publicitário, etc.<br />

Em relação ao consumidor final, dispomos de vários<br />

portais na Internet, que permitem ao utilizador tomar<br />

contacto com as nossas marcas, receber informação<br />

sobre o pneu, conhecer as gamas que oferecemos,<br />

escolher os pneus mais adequa<strong>dos</strong> ao seu carro, encontrar<br />

os pontos de distribuição mais próximos, para lá<br />

de imensa informação sobre a nossa empresa.<br />

A estratégia comercial da Michelin passa pela<br />

afirmação das suas marcas de segunda linha?<br />

De modo nenhum. A estratégia da Michelin passa<br />

por ter uma marca premium, que é o principal activo<br />

da empresa. Portanto, continuamos a apostar na marca<br />

Michelin com primeira escolha e como parte fundamental<br />

da nossa oferta. Evidentemente, que temos<br />

que completar a oferta com outras marcas, para chegar<br />

a segmentos de público que procuram outro tipo de<br />

soluções. Isso implica termos duas marcas "Quality"<br />

(BF Goodrich e Kléber) e duas marcas "Budget" (Kormoran<br />

e Riken).<br />

Existe concorrência entre os diversos tipos de pneus<br />

e o seu posicionamento no mercado?<br />

Curiosamente, o mercado das marcas premium<br />

tem-se mantido estável nos últimos três anos e não<br />

tem perdido peso para outros segmentos de produto.<br />

O que se passa na realidade é que está a crescer o segmento<br />

“Budget”, à custa do segmento “Quality”. A<br />

de comunicação habituais, para fazer chegar ao público<br />

informação em primeira mão sobre os nossos produtos.<br />

Qual é a estratégia de distribuição que tem sido<br />

seguida pela Michelin?<br />

Com referi anteriormente, somos muito cautelosos<br />

e criteriosos ao seleccionar os nossos distribuidores. O<br />

nosso compromisso com a qualidade conduz-nos a seleccionar<br />

os distribuidores mais profissionais, em cada<br />

um e em to<strong>dos</strong> os canais do mercado. Como líderes<br />

do mercado, temos a melhor distribuição do país, tanto<br />

do ponto de vista quantitativo, como no aspecto<br />

qualitativo.<br />

Além disso, os distribuidores que superam os critérios<br />

das nossas rigorosas auditorias, recebem um certificado<br />

de qualidade Michelin, que os acredita perante<br />

o mercado como os distribuidores mais profissionais.<br />

Quais os factores que hoje em dia marcam a<br />

diferença neste mercado?<br />

Em certos sectores da sociedade há uma forte sensibilidade<br />

ao preço. Contudo, não acreditamos que o<br />

preço por si seja uma vantagem competitiva sustentável<br />

a prazo: é o mais fácil de imitar e qualquer um<br />

pode fazer isso.<br />

O que verdadeiramente marca a diferença é a capacidade<br />

de um distribuidor para assessorar o utilizador,<br />

no sentido de escolher os pneus mais adequa<strong>dos</strong> para<br />

o seu veículo e para a utilização predominante deste.<br />

Além disso, esse distribuidor deve ter equipamentos e<br />

conhecimentos indispensáveis para uma montagem<br />

correcta do produto: estamos a falar em desmontagem,<br />

montagem, equilibragem, enchimento e alinhamento…<br />

“Mais profissionalismo<br />

e rigor na gestão”<br />

Ligado à Michelin há 27 anos, Manuel Olivares conhece bem a empresa e os produtos que<br />

comercializa, por isso confia no bom desempenho da marca no mercado ibérico em <strong>2011</strong>.<br />

acrescentado que os distribuidores apreciam acima de<br />

tudo: a formação e a assessoria que disponibilizamos<br />

aos nossos clientes. Efectivamente, a Michelin dispõe<br />

de um Centro de Formação para a Península Ibérica,<br />

situado em Madrid, estudado para esse fim. Nesse centro<br />

de formação, temos os nossos melhores profissionais,<br />

capazes de formar e assessorar os nossos clientes<br />

em todas as áreas do seu negócio. Obviamente,<br />

a formação técnica e de produto faz<br />

parte do nosso apoio, mas procuramos<br />

igualmente oferecer uma ampla gama de<br />

cursos, que cobrem to<strong>dos</strong> os aspectos da<br />

gestão do negócio: técnicas de vendas, gestão<br />

da empresa, comunicação, merchandising, etc.<br />

Que papel têm as novas tecnologias e a Internet na<br />

comunicação da sua empresa com os seus clientes?<br />

As tecnologias de comunicação estão integradas no<br />

nosso negócio de forma natural há muitos anos. Se falamos<br />

<strong>dos</strong> distribuidores, eles dispõem de ferramentas<br />

crise afectou o volume global do mercado, mas a sua<br />

estrutura não se modificou muito, em especial no que<br />

se refere a pneus Premium.<br />

Como consegue diferenciar os seus produtos num<br />

mercado com uma oferta global tão vasta?<br />

A Michelin comercializa os seus produtos há mais<br />

“Procuramos os distribuidores mais profissionais e<br />

que se interessam por uma relação a longo prazo com<br />

uma marca líder do mercado”<br />

de 100 anos! Desde o nosso começo, o compromisso<br />

da marca com a qualidade esteve sempre à frente de<br />

qualquer outra consideração. Este é um facto já compreendido<br />

e assimilado pela nossa distribuição e pelos<br />

nossos utilizadores, porque eles são os nossos melhores<br />

alia<strong>dos</strong>, quando falam sobre os nossos produtos.<br />

Obviamente, também utilizamos to<strong>dos</strong> os canais<br />

Para mais, é indispensável possuir um stock adequado<br />

de produtos, a fim de prestar um bom serviço ao<br />

utilizador.<br />

Tudo isto implica investimentos consideráveis em<br />

equipamentos, ferramentas, existências e formação<br />

contínua de pessoal. Para conseguir fazer face a esses<br />

compromissos e sustentá-los a prazo, é imprescindível<br />

que o distribuidor valorize correctamente<br />

os serviços que presta ao cliente final e tenha<br />

uma política de preços correcta.<br />

Quais são as principais tendências do<br />

mercado de pneus português (medidas<br />

mais vendidas)?<br />

As tendências de fundo do mercado português são<br />

semelhantes às do resto da Europa: tendência para redução<br />

<strong>dos</strong> índices de velocidade inferiores (T e H) e<br />

aumento <strong>dos</strong> índices mais eleva<strong>dos</strong> (V e WYZ). Quanto<br />

às medidas, não há grandes surpresas: 205/55/16,<br />

195/65/15, 175/65/14 E 225/45/17.<br />

38<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

Manuel Olivares,<br />

Director de Marketing Turismo<br />

da Michelin Portugal e Espanha<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 39


ENTREVISTA<br />

Manuel Olivares, Director de Marketing Turismo da Michelin Portugal e Espanha<br />

Que apreciação faz da concorrência <strong>dos</strong> pneus<br />

vin<strong>dos</strong> do exterior, nomeadamente <strong>dos</strong> países<br />

asiáticos (China, Coreia, etc.)?<br />

A concorrência é sempre bem vinda, porque constitui<br />

um estímulo para to<strong>dos</strong> os fabricantes e leva-os a<br />

melhorarem os seus produtos. O maior beneficiário<br />

disso é o próprio utilizador final. O problema não é a<br />

origem <strong>dos</strong> produtos, mas sim que estejam devidamente<br />

homologa<strong>dos</strong> para serem comercializa<strong>dos</strong> na<br />

Europa.<br />

Quanto a qualidade e prestações desses produtos,<br />

há em muitos casos profundas diferenças entre eles. É<br />

por essa razão que o aconselhamento do distribuidor<br />

ao utilizador do pneu é da máxima importância.<br />

Como encara a Michelin a venda de pneus usa<strong>dos</strong>?<br />

Os pneus usa<strong>dos</strong> parecia que iam desaparecer há 4<br />

ou 5 anos, mas voltaram agora em força, o que é bastante<br />

preocupante, porque isso tem graves reflexos na<br />

segurança rodoviária. Embora o aspecto exterior possa<br />

parecer pacífico, ninguém sabe como é que esses<br />

pneus estão na estrutura interna, como foram armazena<strong>dos</strong>,<br />

como foram transporta<strong>dos</strong>, etc..<br />

Somos totalmente contra a montagem de pneus<br />

usa<strong>dos</strong> e não recomendamos nunca a sua utilização.<br />

Pensamos que a melhor opção em termos de preço e<br />

segurança são as marcas “Budget" de fabricantes credencia<strong>dos</strong>.<br />

Que pensa da reestruturação das casas de pneus em<br />

oficinas de serviços rápi<strong>dos</strong>? Isso ajuda as casas de<br />

pneus a sobreviverem no mercado?<br />

A diversificação é uma evolução que apoiamos e de<br />

resto recomendamos aos nossos distribuidores, desde<br />

há vários anos.<br />

“A crise afectou o volume<br />

global do mercado, mas a<br />

sua estrutura não se<br />

modificou muito, em<br />

especial no que se refere a<br />

pneus Premium”<br />

Para optimizar a sua rentabilidade, o distribuidor<br />

não deve negligenciar nenhuma oportunidade de negócio.<br />

O facto de uma oficina oferecer uma ampla<br />

gama de serviços permite aumentar a facturação do<br />

ponto de vista das vendas. Além disso, pensamos que<br />

os serviços rápi<strong>dos</strong> são cada vez mais procura<strong>dos</strong> pelos<br />

utilizadores de veículos. Estes preferem realizar todas<br />

as operações de manutenção no mesmo local, economizando<br />

tempo em deslocações e reduzindo o tempo<br />

de imobilização da viatura.<br />

Qual é a relação que a Michelin tem com as redes<br />

Vialíder, Euromaster e Servirueda e que<br />

importância têm essas redes organizadas para a<br />

marca?<br />

Como já deixámos bem claro, nós apoiamos de<br />

uma forma muito firme a profissionalização da distribuição.<br />

Julgamos que as redes organizadas oferecem<br />

uma garantia ao consumidor de um bom nível de<br />

profissionalismo que se pode encontrar nelas. O facto<br />

<strong>dos</strong> méto<strong>dos</strong> de trabalho estarem padroniza<strong>dos</strong> permite<br />

além disso oferecer um nível homogéneo de<br />

qualidade em toda a rede e isto aumenta o grau de<br />

confiança <strong>dos</strong> clientes finais.<br />

Para o empresário, o facto de estar apoiado e potenciado<br />

por um fornecedor de primeira linha é uma excelente<br />

garantia de continuidade para o seu negócio,<br />

que lhe permite ter acesso a recursos que nunca encontraria<br />

se trabalhasse de forma independente: campanhas<br />

de comunicação, promoções, méto<strong>dos</strong> de trabalho,<br />

formação, apoio na gestão do negócio, etc.<br />

Na Península Ibérica, há três redes promovidas pela<br />

Michelin, Euromaster, Servirueda e Vialíder, das<br />

quais só a Vialíder está implantada em Portugal.<br />

Como neste momento já muitas pessoas saberão, a<br />

marca está a propor aos membros do conceito Servirueda<br />

para aderirem à rede Euromaster, em regime de<br />

franchising. A resposta que estamos a receber da distribuição<br />

é muito positiva e as adesões à nova modalidade<br />

estão a ocorrer mais rapidamente do que esperávamos.<br />

A rede Euromaster possui neste momento<br />

uma cobertura europeia que se traduz em mais de<br />

1.700 pontos de venda.<br />

A rede Vialíder continuará a existir em Espanha,<br />

Portugal e Andorra, como ainda recentemente tivemos<br />

oportunidade de explicar a to<strong>dos</strong> os participantes,<br />

por ocasião da recente convenção ibérica desse<br />

conceito.<br />

A presente reestruturação das redes irá permitir à<br />

Michelin utilizar melhor os seus recursos para potenciar<br />

ainda mais os programas de parcerias de negócio.<br />

Quais são os principais desafios deste sector de<br />

negócios e que soluções sugere para os ultrapassar?<br />

O principal desafio a curto prazo é enfrentar a delicada<br />

situação económica que estamos a viver. No entanto,<br />

em todas as crises há sempre riscos e também<br />

oportunidades.<br />

Julgamos que aqueles que fizerem uma gestão correcta<br />

e rigorosa das suas empresas neste período, sai-<br />

40<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

O que tem sido feito pela Michelin à nível de<br />

Campanhas de Prevenção e Segurança?<br />

A segurança faz parte <strong>dos</strong> nossos valores de empresa,<br />

desde que foi fundada, há mais de 100 anos. É por<br />

essa razão que os nossos produtos são conheci<strong>dos</strong> e<br />

aprecia<strong>dos</strong> pela segurança que oferecem aos seus utilizadores.<br />

Mesmo assim, a nossa vocação vai mais além<br />

disto e orgulhamo-nos de sermos actores activos em<br />

tudo o que diz respeito à segurança rodoviária. Desde<br />

há muitos anos que colaboramos de forma intensa<br />

com diferentes entidades, para promover acções dirigidas<br />

à educação e formação <strong>dos</strong> utilizadores em to<strong>dos</strong><br />

os aspectos da segurança rodoviária e para criar uma<br />

maior consciência do papel vital que tem o pneu nessa<br />

área.<br />

Em Portugal, são bem conhecidas as nossas iniciativas.<br />

Para falar apenas nas últimas, temos levado a<br />

cabo nos últimos três anos uma grande campanha de<br />

verificação da pressão <strong>dos</strong> pneus <strong>dos</strong> veículos, com o<br />

apoio da nossa rede de distribuição. Nesse período,<br />

verificámos gratuitamente mais de 100.000 viaturas,<br />

informando os seus condutores do estado real <strong>dos</strong><br />

seus pneus e aconselhando-os sobre a correcta manutenção<br />

<strong>dos</strong> mesmos, dando especial ênfase à necessidade<br />

de verificar periodicamente a pressão <strong>dos</strong> pneus.<br />

Os resulta<strong>dos</strong> das Campanhas têm sido preocupantes,<br />

pois temos constatado que ainda circulam muitos<br />

carros com pressão incorrecta nos pneus e outros defeitos.<br />

Claro que a educação do condutor é uma tarefa<br />

a longo prazo, mas faz parte do compromisso da<br />

Michelin para com a sociedade, no sentido de colaborar<br />

na resolução <strong>dos</strong> seus problemas.<br />

Essas campanhas não têm motivações comerciais?<br />

Há casos em que resultam vendas dessas verificações,<br />

porque os pneus estão em mau estado ou não<br />

têm as medidas correctas, etc., mas o objectivo principal<br />

é consciencializar as pessoas para o papel <strong>dos</strong><br />

pneus na sua segurança e na segurança rodoviária de<br />

um modo geral. Além disso, a verificação <strong>dos</strong> pneus é<br />

uma coisa muito fácil de fazer e basta fazê-lo uma vez<br />

ou duas por mês.<br />

Em contrapartida, o veículo consume menos combustível<br />

com as pressões correctas e os pneus conservam-se<br />

em melhor estado, o que também é compensador<br />

para o utilizador.<br />

“A diversificação de<br />

serviços é uma evolução<br />

que apoiamos e de resto<br />

recomendamos aos nossos<br />

distribuidores, desde há<br />

vários anos”<br />

rão reforça<strong>dos</strong> da crise e encontrarão novas oportunidades<br />

para os seus negócios.<br />

As soluções para enfrentar a crise continuam a ser<br />

as mesmas de sempre: profissionalismo nas nossas actividades<br />

e rigor na gestão. Neste sentido, penso que o<br />

apoio de um grande grupo fabricante líder pode ser<br />

essencial para assegurar a sobrevivência do negócio.<br />

Como encara o crescimento das vendas on-line?<br />

O canal on-line é mais um canal de distribuição.<br />

Ainda que possa apresentar taxas de crescimento elevadas,<br />

o seu nível global de vendas ainda é muito reduzido.<br />

Há países da Europa onde esse canal está mais desenvolvido,<br />

mas ainda não ultrapassou a fase experimental.<br />

Claro que é outro canal que está no mercado,<br />

há pneus que se vendem pela Internet, mas nós na<br />

Michelin não apoiamos isso de forma activa. Temos<br />

que ver qual é a evolução desse canal, porque o que<br />

nos interessa é o serviço, isto é, o pneu tem que ser<br />

montado, a roda equilibrada e a direcção alinhada.<br />

Vamos a ver se é possível garantir através da Internet<br />

o nível de serviço adequado à segurança que o pneu<br />

exige. Mas pela experiência que temos de outros países<br />

que estão mais avança<strong>dos</strong> nestas tendências, não<br />

acreditamos que a curto e médio prazo esse canal venha<br />

a ter um peso importante nas vendas ao consumidor<br />

final.<br />

Considera que os pneus do tipo "run-flat" são o<br />

futuro?<br />

Sem dúvida que to<strong>dos</strong> os fabricantes de pneus continuam<br />

a procurar soluções que permitam continuar a<br />

conduzir em caso de furo e que ao mesmo tempo permitam<br />

dispensar a roda de reserva. Isto tem duas grandes<br />

vantagens: aumenta a segurança rodoviária e há ganhos<br />

de peso e espaço no veículo.<br />

As diversas tecnologias oferecidas pelos fabricantes<br />

de pneus representam grandes avanços nesse sentido,<br />

mas acreditamos que a solução definitiva ainda não foi<br />

encontrada.<br />

SOBRE O MERCADO PORTUGUÊS<br />

Com decorreu o ano de 2010 para a Michelin no<br />

mercado português?<br />

Este último ano foi complicado em to<strong>dos</strong> os senti<strong>dos</strong>.<br />

Há uma situação de crise económica que nos<br />

afecta a to<strong>dos</strong> e a isso soma-se uma crise que em Portu-<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 41


ENTREVISTA<br />

Manuel Olivares, Director de Marketing Turismo da Michelin Portugal e Espanha<br />

“As soluções para<br />

enfrentar a crise continuam<br />

a ser as mesmas de<br />

sempre: profissionalismo<br />

nas nossas actividades e<br />

rigor na gestão”<br />

A Michelin completa a sua oferta com outras marcas, para chegar a mais segmentos de público. Isso implica<br />

ter duas marcas "Quality" (BF Goodrich e Kléber) e duas marcas "Budget" (Kormoran e Riken).<br />

MICHELIN ESPANHA<br />

PORTUGAL<br />

Sede: Avda. De los Encuartes, 19<br />

28760 Tres Cantos (Madrid) – Espanha<br />

Director de Marketing Turismo:<br />

Manuel Olivares<br />

Telefone: 0034.91.410.51.58<br />

e-mail: manuel.olivares@es.michelin.com<br />

internet: www.michelin.com<br />

A Michelin dispõe de um Centro de Formação para a Península Ibérica, situado em Madrid, estudado para<br />

dar formação aos seus clientes nas áreas técnicas e de gestão.<br />

gal já dura há mais tempo. Isto quer dizer que em Espanha<br />

tivemos uma crise súbita, depois de um surto de<br />

crescimento muito forte. No caso de Portugal, a crise<br />

já se arrasta por oito ou dez anos e deriva provavelmente<br />

de problemas estruturais. Essa crise tem afectado<br />

o sector automóvel e o <strong>dos</strong> pneus particularmente.<br />

Apesar de tudo, o ano 2010 não foi muito mau em termos<br />

de resulta<strong>dos</strong> para nós, no mercado português.<br />

Que estratégia segue a Michelin para fidelizar os<br />

seus clientes em Portugal?<br />

Em Portugal, tal como em Espanha, temos uma<br />

rede de parceiros de negócio, que é a Vialíder. Essa é a<br />

principal estratégia de fidelização para o mercado português,<br />

onde a rede é uma das mais fortes na distribuição<br />

profissional de pneus. A nossa distribuição tem<br />

que ser profissional e tem que dar apoio ao retalho,<br />

porque o pneu é um produto técnico, que exige boa<br />

montagem e uma venda rigorosa. É por isso que nós<br />

confiamos na Vialíder, cujos estabelecimentos to<strong>dos</strong><br />

os anos recebem uma auditoria de qualidade e têm formação<br />

contínua e certificação. É isso que nos dá a garantia<br />

que o pneu Michelin tem um nível de serviço<br />

óptimo, qualquer que seja o ponto em que esteja disponível.<br />

Pontualmente, temos programas de apoio para redes<br />

de concessionários, assim como para as redes de<br />

Auto Centros, com os quais temos acor<strong>dos</strong> a nível ibérico<br />

e europeu, como é o caso da Norauto e da Feu<br />

Vert.<br />

Qual é a estratégia de stocks seguida pela Michelin<br />

no mercado português?<br />

A política de stocks da Michelin é europeia, o que<br />

quer dizer que há artigos em stock em to<strong>dos</strong> os países e<br />

outros artigos estão centraliza<strong>dos</strong> em armazéns, dependendo<br />

da procura e da rotação de stock de cada artigo.<br />

Na Península Ibérica há três armazéns da Michelin,<br />

sendo um em Madrid, outro em Burgos e um terceiro<br />

em Barcelona, o que dá uma cobertura completa<br />

do território, incluindo Portugal. O Norte do país é<br />

abastecido pelo armazém de Burgos e a zona Centro e<br />

Sul do país, bem como as ilhas, são fornecidas a partir<br />

de Madrid.<br />

Como encara a Michelin o ano <strong>2011</strong> em Portugal, a<br />

nível de vendas?<br />

A situação económica vai continuar complicada e<br />

não devemos esperar grandes modificações nos merca<strong>dos</strong>.<br />

Também não deve piorar muito mais do que isto,<br />

porque devemos estar a tocar no fundo… Nesse sentido,<br />

podemos afirmar que estamos optimistas, porque<br />

os merca<strong>dos</strong> não se devem degradar muito mais do<br />

que já estão, mas não estamos à espera de crescimentos<br />

espectaculares.<br />

Temos uma boa rede de distribuição em Portugal e<br />

essa rede está viva, a crescer, o que deixa à Michelin<br />

uma certa margem de optimismo. To<strong>dos</strong> os anos há<br />

novos negócios aderentes à rede, o que significa que<br />

somos cada vez mais líderes. m<br />

42<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

Rainer Binder, CEO da Delticom AG<br />

ADelticom opera, neste momento, em 113 lojas<br />

online a nível internacional, em 35 países e<br />

é líder europeu na distribuição de pneus pela<br />

Internet.<br />

Com a sua gama de produtos disponibiliza<strong>dos</strong> na<br />

Internet, a Delticom lançou a primeira pedra, a nível<br />

internacional, para a criação “do que consideramos<br />

hoje em dia uma compra de pneus online fiável, contribuindo<br />

significativamente para a imagem deste sector<br />

e melhorando continuamente a sua reputação ao<br />

longo <strong>dos</strong> anos”, refere Rainer Binder, CEO da Delticom<br />

AG, que aqui entrevistamos nesta edição da RE-<br />

VISTA DOS PNEUS.<br />

Quando e como é que a Delticom foi criada e de<br />

onde veio a ideia? Como é que a empresa evoluiu?<br />

Antes de fundarmos a Delticom, trabalhei, tal<br />

como os outros fundadores, num distribuidor de<br />

pneus da velha escola. Quando começou toda a agitação<br />

à volta da Internet, decidimos aliar as novas possibilidades<br />

oferecidas pela Web aos nossos conhecimentos<br />

do sector. No dia 2 de Julho de 1999, acabámos<br />

por fundar a empresa Delticom, naquela altura<br />

pioneira do comércio de pneus através da Internet.<br />

Pouco tempo depois, já os primeiros pneus encomenda<strong>dos</strong><br />

seguiam para o cliente. Conseguimos obter<br />

lucros logo desde o primeiro ano graças à boa gestão<br />

<strong>dos</strong> meios financeiros disponíveis. Nunca gastávamos<br />

mais dinheiro do que o que tínhamos e sempre<br />

com muita cautela.<br />

Logo nos primeiros anos após 2000, a Internet cresceu<br />

imenso, transformando significativamente as possibilidades<br />

de informação, comunicação e compra. O<br />

canal de vendas eCommerce assumiu de imediato um<br />

papel preponderante no trajecto de crescimento.<br />

Há quanto tempo é que entraram no mercado<br />

português e qual tem sido a evolução?<br />

Neste momento, estamos presentes com três lojas<br />

online em Portugal.<br />

A loja online para o consumidor final www.pneucity.com<br />

foi inaugurada em Outubro de 2004, seguindo-se,<br />

em Junho de 2006, a loja para motociclos<br />

www.motopneucity.com e, em Março de 2008, a loja<br />

B2B para distribuidores, em www.123pneucity.com.<br />

O desenvolvimento dessas lojas tem sido bom, pois<br />

cada vez mais consumidores portugueses sabem dar<br />

valor às vantagens associadas a uma compra online.<br />

Quais são os fornecedores da Delticom?<br />

Para que os nossos clientes obtenham sempre o<br />

produto desejado, a Delticom colabora há muitos<br />

anos, estritamente e de forma estável, com vários fabricantes/fornecedores<br />

europeus, americanos e de<br />

todo o mundo.<br />

Quantos pneus é que a Delticom tem disponíveis<br />

para venda? Quantos pneus é que estão “em stock”?<br />

A Delticom dispõe de uma variedade inigualável,<br />

composta por mais de 100 marcas e mais de 25.000<br />

modelos de pneus. Fazem parte do nosso stock pneus<br />

de marcas de primeira, bem como marcas de segunda<br />

e terceira linha de alta qualidade.<br />

Em Portugal, a gama de produtos abrange, para<br />

além de pneus de automóveis e pneus especiais Run<br />

Flat, também pneus para motociclos, para camiões ligeiros<br />

e pesa<strong>dos</strong>, assim como catalisadores.<br />

A nossa oferta online caracteriza-se sobretudo pela<br />

grande disponibilidade de produtos, não só nas dimensões<br />

de pneus mais habituais, como também em<br />

tamanhos raramente usa<strong>dos</strong>. A Delticom mantém-se<br />

sempre prevenida. Para isso, alargámos a nossa capacidade<br />

de stock, criando nas nossas lojas online óptimas<br />

condições para a chegada de todas as estações do ano.<br />

Qual é o tempo médio para o fornecimento de<br />

pneus em Portugal?<br />

Em média, a entrega <strong>dos</strong> pneus é feita dentro de 3 a<br />

4 dias úteis (a partir da entrada da encomenda).<br />

Acha que a compra de pneus pela Internet é o<br />

futuro para os condutores e consumidores?<br />

Existem cada vez mais condutores à procura de<br />

pneus de qualidade a preços baixos, que poderão ser<br />

adquiri<strong>dos</strong> nas nossas lojas online. Ao usar a Internet<br />

para comprar os seus pneus, o consumidor poupa<br />

tempo e dinheiro, visto que pode fazê-lo comodamente<br />

a partir de casa, pode consultar resulta<strong>dos</strong> de<br />

teste, também na nossa plataforma de teste internacional<br />

e independente www.testedepneus.com, e<br />

comparar preços na loja. Os estu<strong>dos</strong> mais recentes<br />

confirmam que há cada vez mais condutores a optarem<br />

por esta variante de aquisição simples, segura e<br />

cómoda.<br />

Quais são as garantias dadas pela Delticom aos<br />

seus clientes?<br />

Penso que mais de 4 milhões de clientes falam por<br />

si. O nosso objectivo é que to<strong>dos</strong> os clientes fiquem<br />

satisfeitos com os produtos forneci<strong>dos</strong>. Por essa razão,<br />

concedemos aos compradores um direito de devolução<br />

no prazo de 30 dias, o que vai para além <strong>dos</strong> 14<br />

dias, a contar da recepção do artigo, estabeleci<strong>dos</strong> legalmente.<br />

A Delticom é dirigida apenas aos consumidores e…<br />

também aos distribuidores?<br />

Para além das lojas online para consumidores finais,<br />

também dispomos actualmente de 27 lojas B2B<br />

(comércio entre empresas).<br />

Em Portugal, pode-se aceder a uma dessas lojas em<br />

www.123pneucity.com.<br />

“Esperamos que<br />

o futuro seja brilhante”<br />

A Delticom é a maior plataforma online de vendas de pneus de toda a Europa. Um negócio que se<br />

iniciou em 1999 e que em pouco mais de 11 anos conseguiu um crescimento notável.<br />

À medida que o interesse na aquisição online de<br />

pneus ia aumentando, também a nossa carteira de<br />

clientes ficava cada vez maior, atingindo em Junho de<br />

2006 um milhão. O sucesso a nível internacional continuava<br />

a crescer e o número de clientes a aumentar.<br />

Actualmente, contamos com mais de 4 milhões de<br />

clientes, registando até agora, em 2010, um aumento<br />

superior a 625.000 clientes novos.<br />

A Delticom AG está cotada com sucesso na bolsa<br />

de valores de Frankfurt desde 26 de Outubro de 2006.<br />

Bastaram apenas três anos após o lançamento na bolsa<br />

para, a 22/12/2008, conseguirmos o salto para o índice<br />

SDAX.<br />

44<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

Rainer Binder,<br />

CEO da Delticom AG<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 45


ENTREVISTA<br />

Rainer Binder, CEO da Delticom AG<br />

“À semelhança do que<br />

acontece em diversos outros<br />

sectores, a Internet também se<br />

estabeleceu como canal<br />

adicional de vendas no<br />

comércio de pneus”<br />

DELTICOM AG<br />

Sede: Brühlstraße 11,<br />

D-30169 Hannover<br />

CEO: Rainer Binder<br />

Telefone: + 49 (0) 511 / 93634-852<br />

Fax: + 49 (0) 511 / 336116-55<br />

E-mail: kindor@delti.com<br />

Internet: www.delti.com<br />

Como é que os distribuidores podem efectuar o<br />

registo na Delticom?<br />

Oferecemos aos potenciais parceiros (distribuidores<br />

e oficinas) a possibilidade de se registarem na Delticom<br />

sem complicações e sem custos adicionais. O<br />

modo de procedimento para clientes de negócio é bastante<br />

simples. O registo gratuito na área de distribuidores<br />

protegida por palavra-passe é rápido e descomplicado<br />

graças ao formulário online. Após o registo, é<br />

possível explorar de imediato todas as vantagens associadas.<br />

Depois de concluído com sucesso o registo do novo<br />

parceiro, este e as respectivas prestações serão apresenta<strong>dos</strong><br />

na lista de parceiros da Delticom. Desse modo, o<br />

parceiro tem a possibilidade de angariar novos clientes<br />

que a oficina desconhecia. Os parceiros de montagem<br />

podem cobrar os seus preços habituais, uma vez que<br />

não existem preços fixos ou demais imposições feitas<br />

pela Delticom.<br />

O conceito inteligente e fácil de usar da loja online<br />

simplifica as encomendas <strong>dos</strong> clientes. Além disso, são<br />

definidas normas adicionais de segurança na rede, utilizando<br />

a mais recente tecnologia de criptografia SSL<br />

(Secured Socket Layer).<br />

O negócio online de pneus não faz concorrência aos<br />

distribuidores de pneus tradicionais?<br />

À semelhança do que acontece em diversos outros<br />

sectores, a Internet também se estabeleceu como canal<br />

adicional de vendas no comércio de pneus. A quantidade<br />

de consumidores a entrar na Internet com o intuito<br />

de descobrir as vantagens que as compras online<br />

lhe oferecem tem vindo a aumentar. No entanto, haverá<br />

também sempre clientes que vão comprar os seus<br />

pneus no “seu vendedor ao virar da esquina”.<br />

Quais são as vantagens de uma compra online?<br />

Existem inúmeras vantagens: A possibilidade de<br />

comprar a qualquer momento, independentemente<br />

da hora e do local, sem encerramento da loja, tanto<br />

aos fins-de-semana como feria<strong>dos</strong>, garantindo uma<br />

enorme variedade a preços baixos, meios de pagamento<br />

cómo<strong>dos</strong>, entrega rápida <strong>dos</strong> pneus dentro do<br />

prazo médio de quatro dias úteis, selecção de uma oficina<br />

profissional próxima para a montagem correcta<br />

<strong>dos</strong> pneus.<br />

Quais são os outros produtos vendi<strong>dos</strong> pela<br />

Delticom? Qual é, por exemplo, a percentagem de<br />

vendas de peças de automóveis? É significativa?<br />

A Delticom oferece uma enorme variedade, sem<br />

precedentes, de pneus para veículos ligeiros, motociclos,<br />

camiões ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, camionetas, pneus especiais,<br />

para bicicletas, rodas completas (pneus prémonta<strong>dos</strong><br />

em jantes), peças de reposição seleccionadas<br />

para veículos ligeiros e acessórios, óleos do motor<br />

e baterias. O nosso negócio concentra-se fundamentalmente<br />

na venda de pneus para veículos ligeiros.<br />

Desse modo, a percentagem de peças de automóveis e<br />

acessórios ainda é comparativamente baixa.<br />

46<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

COMPRAR ON LINE<br />

Com um simples clique no rato no site da Delticom,<br />

o cliente pode encontrar os pneus adequa<strong>dos</strong>.<br />

Em Portugal, a gama de produtos da Delticom abrange, para além de pneus de automóveis,<br />

também pneus para motociclos, camiões ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, assim como catalisadores.<br />

São necessários apenas os seguintes passos:<br />

1. Seleccionar os pneus: determinar o tamanho e o índice<br />

de velocidade e passar para o passo seguinte.<br />

Ou: para o aconselhamento de compra que mostra<br />

passo-a-passo onde poderá encontrar cada dado<br />

do pneu.<br />

2.Informação através de terceiros: o site www.testedepneus.com<br />

disponibiliza relatórios de testes independentes<br />

e muitas opiniões de condutores que<br />

testaram os pneus em situações do dia-a-dia.<br />

3. Comparar preços: os preços brutos transparentes,<br />

inclusive IVA e despesas de envio, não deixam<br />

quaisquer dúvidas.<br />

4. Seleccionar a morada de entrega: o cliente pode<br />

optar por enviar os pneus para uma morada à sua<br />

escolha ou para um <strong>dos</strong> mais de 26.000 parceiros<br />

de montagem – a escolha é sua. Em Portugal, está<br />

actualmente disponível uma rede com mais de 300<br />

parceiros.<br />

5. Pagar: pode ser usado o cartão de crédito ou podese<br />

optar pela transferência bancária. Mais uma vez<br />

é o cliente que decide.<br />

6. Assistência após a realização da encomenda: confirmação<br />

da encomenda, acompanhamento da encomenda,<br />

serviço de retribuição de chamadas.<br />

Pode contar sempre connosco.<br />

Para além das lojas online para consumidores finais, a Delticom dispõe actualmente de 27 lojas<br />

B2B (comércio entre empresas).<br />

NÚMEROS<br />

QUE DÃO QUE PENSAR!<br />

A Delticom pretende desenvolver uma rede própria<br />

de distribuidores?<br />

A nossa rede de parceiros inclui neste momento<br />

mais de 26.000 distribuidores a nível mundial, <strong>dos</strong><br />

quais mais de 300 estão em Portugal. O registo como<br />

novo parceiro não acarreta quaisquer custos para o distribuidor.<br />

Os parceiros de montagem também beneficiam<br />

com a colaboração com a Delticom, visto que<br />

ganham novos clientes que a oficina desconhecia até<br />

ao momento. Os parceiros de montagem podem, ainda,<br />

cobrar os seus preços habituais, uma vez que não<br />

existem preços fixos ou demais imposições feitas pela<br />

Delticom. A vasta rede de parceiros de montagem<br />

constitui mais um argumento a favor da aquisição de<br />

pneus através das nossas lojas online: os nossos clientes<br />

podem decidir directamente durante o processo de<br />

encomenda onde querem que os pneus sejam entregues,<br />

tendo a opção de mandá-los enviar para casa,<br />

para uma morada à escolha, ou para um parceiro de<br />

montagem perto de si.<br />

A rede abrangente de parceiros cria situações "winwin"<br />

para os clientes, as oficinas e para a própria Delticom.<br />

Qual é o futuro da Delticom?<br />

Esperemos que seja brilhante!<br />

O número de consumidores a utilizar a Internet<br />

tem aumentado cada vez mais e quanto mais rápidas<br />

forem as ligações à Internet, maior é a vontade de efectuar<br />

compras online. Segundo inquéritos recentes, há<br />

cada vez mais condutores a comprar os seus pneus<br />

pela Internet e os distribuidores online como a Delticom<br />

continuarão também no futuro a beneficiar desta<br />

tendência. Em comparação com outros grupos de produtos,<br />

a percentagem de pneus vendi<strong>dos</strong> na Internet<br />

ainda é relativamente baixa. Estimamos que em 2009<br />

foram vendi<strong>dos</strong> online a consumidores finais menos<br />

de 5% <strong>dos</strong> pneus em toda a Europa. O mercado europeu<br />

de substituição de pneus apresenta um volume de<br />

11 mil milhões de euros. m<br />

Os primeiros nove meses de 2010 foram bem sucedi<strong>dos</strong>.<br />

Perante o desenvolvimento sólido do sector europeu<br />

de pneus e do canal de vendas online em constante<br />

crescimento, a Delticom foi capaz de alargar<br />

uma vez mais o seu negócio. Conseguiu aumentar as<br />

receitas em 27,5%, para 257,0 milhões de euros<br />

(9M’09: 201,6 milhões de euros). O volume de vendas<br />

do terceiro trimestre subiu <strong>dos</strong> 62,4 milhões de euros<br />

regista<strong>dos</strong> no terceiro trimestre de 2009 para 79,7 milhões.<br />

Durante o ano fiscal, angariou 625.000 novos<br />

clientes na área de E-Commerce e cerca de 294.000<br />

clientes voltaram a comprar pneus à Delticom.<br />

A 30/09/2010, o número de clientes ultrapassava os<br />

4 milhões. No segmento E-Commerce, o volume de<br />

vendas aumentou 29,1%, de 189,8 milhões de euros<br />

para 244,9 milhões de euros, face ao período correspondente<br />

do ano anterior.<br />

Depois das quedas resultantes da recessão, o comércio<br />

grossista voltou entretanto a estabilizar-se,<br />

registando nos primeiros nove meses de 2010 uma<br />

subida de 2,2%, para 12,1 milhões de euros (9M’09:<br />

11,8 milhões de euros).<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 47


ENTREVISTA<br />

Rui Chorado, Sócio-Gerente da Dispnal <strong>Pneus</strong><br />

“Dar boas condições<br />

aos retalhistas”<br />

A Dispnal <strong>Pneus</strong> passou recentemente a representar mais uma importante marca de pneus.<br />

A Toyo veio alargar ainda mais o vasto portfólio de marcas da empresa de Penafiel.<br />

Com uma presença muito forte em diversos<br />

merca<strong>dos</strong>, nomeadamente Japão, Esta<strong>dos</strong><br />

Uni<strong>dos</strong> e diversos merca<strong>dos</strong> europeus, a<br />

Toyo ficou praticamente abandonada nos<br />

dois últimos anos em Portugal.<br />

Recentemente a Dispnal <strong>Pneus</strong> voltou a pegar na<br />

marca e quer posicioná-la no lugar a que a mesma tem<br />

direito. Para nos falar desta novidade, a RE-<br />

VISTA DOS PNEUS, esteve nas instalações<br />

da Dispnal <strong>Pneus</strong> em Penafiel para falar<br />

com Rui Chorado, Sócio-Gerente da<br />

empresa.<br />

Como é que aparece a Toyo no universo de marcas<br />

da Dispnal <strong>Pneus</strong>?<br />

Através de um estudo feito pela casa mãe no Japão,<br />

por via da sua filial na Alemanha, sobre o mercado<br />

português, a Dispnal <strong>Pneus</strong> acabou por ser convidada<br />

a ficar com a representação da marca Toyo para o nosso<br />

mercado. Existe um projecto ibérico para esta marca,<br />

que já tem um distribuidor em Espanha, pelo que<br />

interessava à Toyo ter também um distribuidor em<br />

Portugal.<br />

Qual é o interesse da Toyo no mercado português?<br />

O interesse é global, mas a Toyo tem vindo a apostar<br />

no equipamento de origem, fornecendo alguns<br />

“Não é de facto apenas mais uma marca a juntar<br />

às outras. A Toyo vai claramente posicionar-se<br />

como a marca Nº1”<br />

modelos de marcas como a Audi, Mazda e Toyota.<br />

Por isso, uma das ideias é dar apoio a esse equipamento<br />

de origem em to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong> e também em<br />

Portugal.<br />

Quais foram as premissas que levaram a Dispnal<br />

<strong>Pneus</strong> a ser escolhida para este projectos da Toyo?<br />

Em primeiro lugar foi importante o facto de termos<br />

cobertura em todo o mercado nacional, tendo uma<br />

equipa comercial que possa também dar apoio sempre<br />

que necessário.<br />

Por outro lado, como somos uma empresa vocacionada<br />

para a visita à casa de pneus, a Toyo como marca<br />

Premium, acaba por ser um complemento muito importante<br />

às restantes marcas que dispomos<br />

para propor ao mercado.<br />

A Toyo é mais uma marca na gama da<br />

Dispnal <strong>Pneus</strong> ou terá um<br />

posicionamento muito específico?<br />

Não é de facto apenas mais uma marca a juntar às<br />

outras. A Toyo vai claramente posicionar-se como a<br />

marca Nº1, é uma marca Premium, com muita qualidade,<br />

que está na origem e que abrange uma gama<br />

muito vasta.<br />

Será uma marca que servirá de bandeira para a nossa<br />

empresa.<br />

48<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

A sede e o armazém<br />

da Dispnal estão<br />

localiza<strong>dos</strong> em<br />

Penafiel<br />

Faltava uma marca destas no vosso portfólio?<br />

Claramente que sim. Não só pelo lado da qualidade<br />

que este produto apresenta bem como pela abrangência<br />

de gama que tem, sendo uma marca mundialmente<br />

conhecida.<br />

Para provar a importância desta marca, refira-se que<br />

na Europa a casa mãe pretende distribuir directamente<br />

o seu produto, exceptuando em Portugal e em Espanha<br />

onde existem três distribuidores.<br />

O stock de pneus Toyo vai ser progressivamente aumentado ao longo deste ano, de modo a que se possa<br />

responder às necessidades <strong>dos</strong> clientes<br />

Como vão trabalhar a Toyo no mercado português<br />

atendendo ao seu posicionamento Premium?<br />

O mercado já conhece a Toyo. Contudo, nós funcionamos<br />

como o veículo final de transmissão dentro<br />

daquilo que a casa mãe pretende fazer a diversos níveis.<br />

É evidente, por exemplo, que se a casa-mãe for<br />

mais competitiva no preço isso irá dar outra possibilidade<br />

para trabalhar ainda melhor a Toyo.<br />

Quer isto dizer que estamos também um pouco dependentes<br />

da estratégia que a casa-mãe tiver, mas con-<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 49


ENTREVISTA<br />

Rui Chorado, Sócio-Gerente da Dispnal <strong>Pneus</strong><br />

“Somos uma empresa<br />

vocacionada para a visita à<br />

casa de pneus, e a Toyo como<br />

marca Premium, acaba por<br />

ser um complemento muito<br />

importante às restantes<br />

marcas que dispomos para<br />

propor ao mercado”<br />

DISPNAL PNEUS<br />

Sede: Santa Maria - Valpedre - Apart. 217<br />

4564-909 Penafiel<br />

Sócio-Gerente: Rui Chorado<br />

Telefone: 255.617.480<br />

Fax: 255.617.489<br />

E-mail: dispnal@dispnal.pt<br />

Internet: www.dispnal.pt<br />

A Toyo veio reforçar o<br />

extenso leque de opções<br />

da Dispnal para os seus<br />

clientes<br />

tamos também com a nossa experiência e conhecimento<br />

do mercado português para desenvolver a marca<br />

no nosso país.<br />

Para além das questões comerciais, quais vão ser os<br />

argumentos para levar os retalhistas a adquirir<br />

Toyo?<br />

Como disse antes, o mercado já conhece bem a<br />

marca, até porque muitos deles já a trabalharam e conhecem<br />

intrinsecamente o produto.<br />

Vamos desenvolver também uma estratégia comercial<br />

e de comunicação / publicidade para dar mais visibilidade<br />

à Toyo.<br />

No tempo do antigo importador chegou-se a falar<br />

de uma rede Toyo Service, de modo a proteger<br />

regionalmente os agentes. Vão seguir essa<br />

estratégia?<br />

Isso é uma estratégia que tentamos com todas as<br />

marcas, mas com a grande concorrência que existe e<br />

com a possibilidade de se poder adquirir pneus em<br />

todo o lado não é fácil proteger uma marca. Com a<br />

Toyo e com quase todas as marcas isso acontece.<br />

O que é importante a Dispnal <strong>Pneus</strong> fazer para ter<br />

sucesso com esta marca?<br />

Para termos sucesso nesta marca, assim como com<br />

as outras, é ter uma grande capacidade de stock para<br />

dar resposta ao mercado. Contudo, desde a encomenda<br />

até à recepção <strong>dos</strong> pneus Toyo vai um período de 4<br />

a 5 meses, com a fábrica a exigir uma previsão de vendas<br />

a longo prazo, o que nem sempre é fácil de prever<br />

pois uma medida que se vende bem hoje poderá não<br />

se vender tão bem daqui a meio ano. Temos que<br />

apostar nisso, como também ter boas condições para<br />

os retalhistas.<br />

O que neste momento têm em stock da marca<br />

Toyo?<br />

As compras foram feitas e as primeiras entregas foram<br />

feitas durante final de 2010. O ano de início para<br />

a marca Toyo com a Dispnal <strong>Pneus</strong> será <strong>2011</strong> onde já<br />

teremos produto suficiente para trabalhar esta marca.<br />

Quais são os pontos fortes da marca Toyo?<br />

Um <strong>dos</strong> pontos fortes é ser uma marca muito<br />

abrangente que vai <strong>dos</strong> pneus de ligeiros, ao 4x4, passando<br />

pelo camião e industriais. Dentro de cada segmento<br />

a Toyo é também muito abrangente em termos<br />

de medidas, dando resposta ao que mais se consome.<br />

Aliás, quase to<strong>dos</strong> os meses existem novas<br />

medidas em cada segmento, o que é muito importante,<br />

pois isso dá-nos uma boa capacidade de resposta.<br />

O que prevê para a marca Toyo em Portugal?<br />

<strong>2011</strong> vai ser complicado no mercado <strong>dos</strong> pneus.<br />

Contudo, sendo a Toyo uma marca Premium contamos<br />

que ela possa vir a representar cerca de 20 a 25%<br />

em termos de volume na Dispnal. Porém, é um projecto<br />

e uma ideia que não depende só de nós. m<br />

50<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

José Saraiva, Responsável Mercado Português da Trelleborg<br />

Apromessa já tinha sido feita durante o ano de<br />

2008. O objectivo da Trelleborg passava por<br />

crescer no mercado português, apostando em<br />

produtos de qualidade e numa relação estreita<br />

com os seus parceiros. José Saraiva, responsável pela<br />

marca Trelleborg em Portugal, explica nesta entrevista<br />

o que foi feito e como tem evoluído a empresa no nosso<br />

país, não esquecendo algumas importantes novidades<br />

que se avizinham a curto e médio prazo.<br />

Quando passou a ser o responsável pelo mercado<br />

português da Trelleborg, falou que era mais<br />

importante ser um parceiro <strong>dos</strong> clientes do que um<br />

mero fornecedor. Esse conceito estratégico<br />

mantém-se?<br />

Esse conceito de parceria é cada vez mais fundamental<br />

para a estratégia da Trelleborg em Portugal. Se<br />

o cliente não entender que tem que haver essa ligação<br />

forte de parceria, então não é possível levar por diante<br />

um trabalho de conjunto. Felizmente a maioria <strong>dos</strong><br />

clientes entendeu isso, de tal maneira que alguns deles<br />

mais parecem colaboradores e colegas do que propriamente<br />

clientes. Isso é óptimo sempre que se verifica.<br />

Quando fala <strong>dos</strong> clientes está a falar apenas do<br />

retalhista. Porém, sendo a Trelleborg um<br />

especialista em pneus agrícolas, a relação com o<br />

consumidor final é importante?<br />

Sem dúvida que sim. A segunda fase do nosso projecto<br />

e que se iniciou com força em mea<strong>dos</strong> de 2010 é<br />

realmente a uma maior aproximação com o consumidor<br />

final. Aliás, esse é um esforço grande da Trelleborg<br />

em todo o mercado europeu. Se nos consideramos especialistas<br />

em pneus agrícolas essa proximidade com o<br />

utilizador é fundamental.<br />

Esse é um trabalho que já está a ser feito na prática?<br />

Sim. Temos é que ter consciência que isto é um trabalho<br />

de longo prazo, constante e permanente. Sempre<br />

que necessário, para situações mais técnicas e complexas,<br />

tenho colegas de Espanha que nos ajudam, assim<br />

como o nosso cliente, que é também ele um especialista<br />

neste tipo de pneus.<br />

Em termos logísticos também houve novidades?<br />

Sim, de facto, houve importantes novidades nessa<br />

área. A mudança de operador logístico permite-nos ter<br />

entregas em praticamente todo o território nacional<br />

em menos de 24 horas, desde que os pedi<strong>dos</strong> sejam feitos<br />

até 16 horas do dia anterior.<br />

A nossa capacidade em termos de stock, permitenos<br />

também, juntamente com a melhoria na distribuição,<br />

ter uma capacidade de resposta em termos de produto<br />

muito boa. Na realidade, neste momento, não temos<br />

perda de vendas por falta de produto ou por<br />

incapacidade de entrega, o que é muito positivo.<br />

O armazém ainda se situa em Espanha. Existe<br />

previsão de um dia a Trelleborg poder ter uma<br />

estrutura dessas em Portugal?<br />

Ainda não temos, mas a ideia é a médio prazo ter<br />

uma sucursal em Portugal e um armazém. Felizmente<br />

continuamos a crescer em bom ritmo, e como a nossa<br />

operacionalidade melhorou, como disse antes, não<br />

existem razões para essa situação se verificar a curto<br />

prazo.<br />

Para além das razões já apontadas a que se deveu<br />

esse crescimento nas vendas?<br />

Uma das razões é que o cliente tem uma percepção<br />

clara daquilo que pretendemos fazer e identifica-se claramente<br />

com a estratégia da Trelleborg. Por outro<br />

lado, a proximidade que a Trelleborg tem hoje com a<br />

maioria <strong>dos</strong> fabricantes de máquinas e equipamentos<br />

agrícolas, permite-nos ser sempre das primeiras empresas<br />

a colocar qualquer nova medida no mercado. Existe<br />

sempre uma grande possibilidade de termos resposta<br />

para dar em termos de produto ao nosso cliente. Temos<br />

também conquistado novos clientes, em regiões<br />

geográficas onde antes quase não estávamos representa<strong>dos</strong>.<br />

Reforço que a presença constante que temos<br />

mantido no mercado junto <strong>dos</strong> nossos clientes, tem<br />

sido de facto muito importante também para o nosso<br />

crescimento.<br />

A Trelleborg vende pneus com marca própria. Para<br />

quando uma segunda marca?<br />

A Trelleborg tem sido a única marca que comercializamos<br />

no mercado. No sector agrícola, como em to<strong>dos</strong><br />

os segmentos, é muito importante ter uma segunda<br />

marca. Mais importante é ainda num mercado<br />

como o português, pois é um <strong>dos</strong> países da Europa<br />

com uma potência média por tractor das mais baixas e,<br />

por isso, utiliza pneus mais pequenos. É por isso um<br />

país onde as marcas “low cost” têm mais facilidade em<br />

entrar e têm mais cabimento, até porque esses tractores<br />

têm uma taxa de utilização em horas mais baixa<br />

que a média europeia.<br />

Como tal, em <strong>2011</strong>, vamos lançar uma nova marca,<br />

designada MAXIMO, que terá pneus disponíveis no<br />

final do primeiro trimestre.<br />

Qual é o posicionamento desta nova marca?<br />

Trata-se de uma marca da Trelleborg, utilizando a<br />

nossa tecnologia e o nosso controlo de qualidade.<br />

É uma segunda linha, com um posicionamento de<br />

preço que estará 20 a 25% abaixo de um pneu Trelleborg<br />

para medidas semelhantes.<br />

O que poderá representar os pneus Maximo na<br />

vossa actividade?<br />

“Vamos lançar este ano<br />

uma segunda marca”<br />

Presente activamente em Portugal desde 2008, a Trelleborg tem vindo a crescer<br />

consolidadamente neste mercado entre os especialistas <strong>dos</strong> pneus agrícolas.<br />

Em traços gerais em que consiste essa proximidade<br />

ao consumidor final?<br />

Passa sobretudo por visitas periódicas e sistemáticas,<br />

juntamente com os nossos clientes, a esses utilizadores<br />

<strong>dos</strong> nossos pneus, sejam agricultores, responsáveis agrícolas<br />

ou florestais. Obviamente que explicamos o que<br />

é a Trelleborg, falamos <strong>dos</strong> nossos produtos e da vantagem<br />

de sermos especialistas neste sector. O acompanhamento<br />

serve também para verificar, in-loco, o rendimento<br />

que o nosso produto está a ter tendo em conta<br />

a sua utilização no dia-a-dia. Quer isto dizer que<br />

podemos servir como conselheiros do consumidor final<br />

de modo a que ele obtenha o melhor rendimento<br />

possível da utilização <strong>dos</strong> nossos produtos.<br />

52<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

José Saraiva,<br />

Responsável Mercado Português da Trelleborg<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 53


ENTREVISTA<br />

José Saraiva, Responsável Mercado Portugal da Trelleborg<br />

“Em <strong>2011</strong>, vamos lançar<br />

uma nova marca,<br />

designada MAXIMO, que<br />

terá pneus disponíveis<br />

no final do primeiro<br />

trimestre”<br />

A proximidade com os grandes construtores de máquinas agrícolas permite à Trelleborg<br />

estar na vanguarda <strong>dos</strong> pneus para esse sector<br />

TRELLEBORG<br />

Sede: Trelleborg Wheel Systems España, S.A.<br />

Responsável Mercado Portugal<br />

José Saraiva<br />

Telefone: +351213843801<br />

Móvel: +351912150981<br />

E.mail: jose.saraiva@trelleborg.com<br />

Web: www.trelleborg.com/wheelsystems<br />

A Trelleborg possui também uma gama de pneus de empilhador maciços e pneumáticos,<br />

pneus florestais e agroflorestais<br />

Para Portugal será obviamente fundamental para a<br />

consolidação do nosso crescimento.<br />

Não haverá canibalização de produtos por via do<br />

preço?<br />

Existe sempre esse risco. Para Portugal esse risco é<br />

muito reduzido, pois com a marca Trelleborg não temos<br />

um grande volume de vendas na série standard.<br />

O pneu Maximo vai entrar num mercado onde praticamente<br />

não estamos presentes. Será por isso um produto<br />

que irá fazer crescer o nosso volume de vendas.<br />

O ano de 2010 marcou o fim da relação entre a<br />

Pirelli e a Trellborg?<br />

A Trelleborg assumiu em 2000 as operações da Pirelli<br />

ao nível <strong>dos</strong> pneus agrícolas. Durante muitos anos<br />

as duas marcas, Pirelli e Trelleborg, tinham ambas produtos<br />

para o mercado <strong>dos</strong> pneus agrícolas.<br />

Em 2010 essa situação deixou de se verificar e to<strong>dos</strong><br />

os produtos que saem das fábricas da Trelleborg (seja<br />

na Europa ou fora dela) têm apenas a marca Trelleborg.<br />

Contudo, continuamos a dar toda a assistência<br />

técnica aos produtos Pirelli que ainda estão no mercado.<br />

Actualmente, podemos posicionar a Trelleborg<br />

como uma marca Premium, que concorre claramente<br />

com outras grandes marcas.<br />

Para além do pneu agrícola, a Trelleborg tem vindo<br />

a apostar noutras áreas?<br />

A Trelleborg possui também uma gama de pneus de<br />

empilhador maciços e pneumáticos, pneus florestais e<br />

agroflorestais. Temos vindo a forçar muito a parte de<br />

pneus de empilhador maciços, comercializa<strong>dos</strong> por<br />

cinco marcas, juntamente com os pneumáticos da<br />

marca Trelleborg também para empilhadores. Recentemente<br />

a Trelleborg adquiriu uma empresa de origem<br />

inglesa, a Watts, que produz pneus de empilhador. Se<br />

bem que estes produtos não serão muito importantes<br />

para o nosso mercado, irão ser importantes para o crescimento<br />

global da Trelleborg neste área de negócio.<br />

Qual a análise que faz do mercado de pneus<br />

agrícolas?<br />

Não é fácil o mercado crescer muito pelo menos<br />

com o panorama actual. Contudo, penso que terá havido<br />

um crescimento em termos de valor, pois a potência<br />

média <strong>dos</strong> tractores tem vindo a subir, o que<br />

quer dizer que se venderam pneus mais caros. Na Trelleborg<br />

em 2010 crescemos bastante acima do que cresceu<br />

o mercado.<br />

E para <strong>2011</strong> o que se perspectiva?<br />

Os custos das matérias primas vão ter uma influência<br />

decisiva. O custo da borracha natural triplicou em<br />

pouco mais de um ano.<br />

A tendência é para aumentar e isso vai levar os fabricantes<br />

a rever as suas políticas de produção, pois não<br />

irão produzir um pneu sem ter a certeza de quando ele<br />

se vai vender. Logicamente que a subida de preços <strong>dos</strong><br />

pneus será quase uma certeza para to<strong>dos</strong> os fabricantes<br />

durante o ano de <strong>2011</strong>. m<br />

54<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

Miguel Freitas, Sócio Gerente da Pneuvita<br />

“Esforço e dedicação de<br />

uma vasta equipa”<br />

A Pneuvita é uma casa de referência no sector <strong>dos</strong> pneus. O momento é de festa<br />

para este operador que comemorar 40 anos de existência.<br />

Foi longo e diversificado o percurso da Pneuvita<br />

no decorrer <strong>dos</strong> seus 40 anos de existência. Hoje<br />

é uma empresa com um nome firmado no mercado,<br />

e uma presença geograficamente dispersa<br />

por Lisboa e Porto.<br />

Miguel Freitas, Sócio-Gerente da Pneuvita contou<br />

para a REVISTA DOS PNEUS, os 40 anos da sua empresa.<br />

O que significam os 40 anos da Pneuvita?<br />

Acima de tudo representam muito esforço e dedicação<br />

de uma vasta equipa.<br />

Naturalmente que este é também o culminar de um<br />

projecto de raiz familiar que foi devidamente adaptado<br />

aos desafios que caracterizam actualmente o mercado<br />

em que actuamos.<br />

Como tudo começou?<br />

Em boa verdade a Pneuvita é uma empresa que se<br />

mantém na mesma família há três gerações. Tudo começou<br />

com Miguel Freitas (Avô), que apostou na indústria<br />

através da Recauchutagem Triunfo. Seria esta<br />

empresa que viria dar origem à Pneuvita, com o filho<br />

(Miguel Fernando Freitas) a dar continuidade aos negócios<br />

do pai.<br />

Actualmente a empresa é dirigida por mim, Miguel<br />

Dinis Freitas, neto do fundador.<br />

Quais são os momentos mais marcantes da<br />

Pneuvita?<br />

Inicialmente a empresa foi um pouco a continuidade<br />

da recauchutagem Triunfo, assumindo a denominação<br />

de Pneuvita Industria de Recauchutagem.<br />

O primeiro momento marcante tem lugar com a<br />

mudança da actividade principal da empresa, da indústria<br />

para o comércio e serviços – o que se concretizou<br />

em 1985.<br />

Este passo resultou da interpretação do mercado e<br />

da visão de Miguel Fernando Freitas, que sabia que o<br />

comércio tinha muito mais futuro que a indústria. Um<br />

outro momento chave da vida da empresa tem lugar<br />

em 2002, com o início do processo de expansão e consequente<br />

abertura do segundo ponto de venda Pneuvita<br />

– o que se materializou não muito longe da sede<br />

(Cacém) – mais concretamente em Mem Martins.<br />

Simultaneamente passámos a oferecer uma maior<br />

gama de serviços auto, deixando a partir dessa altura<br />

de estar limita<strong>dos</strong> à venda e montagem de pneus.<br />

Actualmente quantos postos têm a Pneuvita e quais<br />

as localizações?<br />

São neste momento seis os pontos de venda Pneuvita,<br />

em Lisboa, Porto, Cacém, Mem Martins, Prior Velho<br />

e Linda-a-Velha.<br />

Quais são as vossas perspectivas em termos de<br />

evolução a médio e longo prazo para a rede<br />

Pneuvita?<br />

O nosso grande objectivo visa a consolidação da<br />

rede e expansão sustentada da mesma. Uma aposta<br />

56<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

que poderá implicar o alargamento a outras regiões do<br />

país, nomeadamente ao Centro e Sul.<br />

Deste modo a Pneuvita assumirá pela primeira vez<br />

uma escala Nacional. Paralelamente, pretendemos reforçar<br />

a nossa presença na região da grande Lisboa<br />

com novas aberturas.<br />

O conceito Pneuvita é actualmente o de um<br />

especialista de pneus ou de um especialista em<br />

serviços rápi<strong>dos</strong>?<br />

Embora o nosso slogan seja ainda o de especialistas<br />

em pneus, hoje evoluímos para um misto e cada vez<br />

mais clientes nos escolhem para tratar de mais áreas<br />

<strong>dos</strong> seus automóveis e frotas.<br />

Em termos de produtos e serviços qual foi a<br />

evolução no conceito Pneuvita?<br />

Temos estado a evoluir para um novo conceito e<br />

hoje apresentamos uma gama de produtos e serviços<br />

cada vez mais completa.<br />

PNEUVITA<br />

Sede: Estr. Paço d´Arcos - Alto da Bela Vista<br />

Apartado 27 - 2736-901 Cacém<br />

Sócio-Gerente: Miguel Freitas<br />

Telefone: 214 276 356<br />

Fax: 214 276 351<br />

E-mail: info@pneuvita.pt<br />

Internet: www.pneuvita.pt<br />

O que representam os pneus (face a outros serviços<br />

que a empresa disponibiliza) no total da facturação<br />

da rede de postos de retalho da Pneuvita?<br />

Actualmente a venda de pneus e respectivos serviços<br />

associa<strong>dos</strong> representa cerca de 90 por cento da nossa<br />

facturação total.<br />

Quantos pneus a rede Pneuvita “consome” por ano?<br />

Cerca de 50 mil unidades das várias gamas.<br />

A organização em rede que a Pneuvita tem é<br />

fundamental para o sucesso do negócio?<br />

Sem dúvida, pois deste modo conseguimos uma<br />

importante rentabilização de recursos a to<strong>dos</strong> os níveis,<br />

começando pelo armazém, logística, sistema informático,<br />

etc.<br />

Como analisa o mercado de retalho de pneus em<br />

Portugal, e qual o caminho que ele vai ter, atenddo<br />

ao momento económico actual?<br />

Este é um mercado extremamente competitivo com<br />

margens cada vez mais reduzidas de ano para ano.<br />

Existem novos players neste sector, com as multinacionais<br />

e grandes redes a disputar o mesmo mercado.<br />

Penso que neste quadro só vão sobreviver os que têm<br />

melhor organização, refiro-me naturalmente a empresas<br />

que cumprem a legislação.<br />

O preço ou o desconto é o único factor que conta<br />

nos pneus?<br />

No quadro actual o factor preço é muito importante<br />

para o consumidor, mas está longe de ser o único.<br />

Temos procurado ser competitivos a este nível, mas<br />

sentimos que há outros factores que movem os nossos<br />

clientes, com destaque para a localização, qualidade e<br />

garantia de serviço.<br />

Para além do retalho, a Pneuvita tem algum negócio<br />

ligado ao “grosso” de pneus?<br />

Neste momento esta área é perfeitamente residual,<br />

não tem significado no conjunto <strong>dos</strong> negócios da empresa.<br />

Na sua opinião, qual a razão porque os clientes<br />

devem escolher a Pneuvita? Preço? Proximidade?<br />

Conveniência? Serviço?<br />

É um misto de tudo isso, com boas localizações preços<br />

competitivos e um serviço de qualidade que tem<br />

desde sempre caracterizado o nosso percurso.<br />

Os clientes das frotas de ligeiros são importantes<br />

para a vossa actividade? Em que medida?<br />

São um mercado de enorme importância há bastantes<br />

anos e têm sido alvo de um tratamento à altura por<br />

parte da nossa equipa. m<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 57


EMPRESA<br />

<strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />

Acompanhar sempre o cliente<br />

A <strong>Pneus</strong> do Alcaide é uma empresa que está presente no negócio <strong>dos</strong> pneus por via do retalho<br />

e da recauchutagem, tendo em qualquer das actividades granjeado prestígio e<br />

reconhecimento no mercado por parte de parceiros e clientes.<br />

Como é tradição em Portugal, a empresa <strong>Pneus</strong><br />

do Alcaide nasce de um negócio tipicamente<br />

familiar. A história de um homem que começou<br />

rapaz a trabalhar numa casa de peças e<br />

que fruto do seu trabalho desenvolveu um negócio<br />

próprio. Foi assim que em 1981 Augusto Laureano<br />

abriu a Casa <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> de Porto de Mós. Estava dado<br />

o arranque para aquilo que é hoje a empresa <strong>Pneus</strong> do<br />

Alcaide, num percurso que passou pela mudança de<br />

instalações (para a Tremoceira) onde ainda hoje se encontra,<br />

pela entrada em novos merca<strong>dos</strong>, nesta caso o<br />

da Recauchutagem, em 1991, e para a mudança de<br />

constituição, passando a empresa a ser uma Sociedade<br />

Anónima (em 1995).<br />

Recauchutagem<br />

A Recauchutagem foi um enorme passo para a<br />

<strong>Pneus</strong> do Alcaide. E, curiosamente, esse passo não foi<br />

dado ao acaso, até porque a empresa contou desde<br />

logo com um parceiro de peso, neste caso a Goodyear.<br />

A <strong>Pneus</strong> do Alcaide passou a fazer parte do restrito<br />

lote de empresas europeias da rede de recauchutadores<br />

autoriza<strong>dos</strong> da Goodyear / Dunlop.<br />

“O meu pai era parceiro da Goodyear há muitos<br />

anos. Tínhamos interesse na recauchutagem, a Goodyear<br />

foi preponderante no apoio que nos deu e acabamos<br />

por entrar neste negócio”, revela David Laureano,<br />

Director Comercial da <strong>Pneus</strong> do Alcaide.<br />

As instalações da Tremoceira, na altura um posto<br />

de retalho, foram aproveita<strong>dos</strong> para a actividade de recauchutagem,<br />

tendo sido acrescentadas ao longo <strong>dos</strong><br />

anos, com a mais recente ampliação a acontecer em<br />

2001.<br />

A empresa passava assim a dispor de um produto<br />

único no mercado, já que eram os únicos que podiam<br />

ter os desenhos originais <strong>dos</strong> produtos Goodyear nos<br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong>, o que lhes permita através deste<br />

negócio crescer geograficamente, deixando a empresa<br />

de estar confinada à sua região. “Apesar de estarmos<br />

presente em todo o país, o grosso da nossa actividade<br />

centra-se sobretudo no litoral norte e centro”, refere<br />

David Laureano.<br />

A <strong>Pneus</strong> do Alcaide está muito dedicada ao sector<br />

profissional. O tipo de produto recauchutado que faz<br />

é dirigido especificamente ao veículo pesado, isto é, a<br />

recauchutagem só produz pneus para camião (17.5 e<br />

22.5) de acordo com o regulamento nº109 da<br />

CEE/ONU.<br />

“Trabalhamos muito com o cliente final, especificamente<br />

em frotas, pelo que a revenda pouco representa.<br />

É uma aposta para continuar, que nos tem<br />

dado bons resulta<strong>dos</strong>, sendo esta a melhor forma de<br />

trabalhar este tipo de produto recauchutado”, afirma<br />

David Laureano.<br />

Sendo um sector muito exigente, a <strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />

possui não só uma equipa de vendas específica<br />

(que faz todo o acompanhamento às frotas) como disponibiliza<br />

o serviço de assistência técnica que dá todo<br />

o apoio necessário às frotas quer no cliente quer no<br />

terreno. Para tal, quer no Porto quer na Tremoceira,<br />

58<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Em termos de novos merca<strong>dos</strong>, a <strong>Pneus</strong> do Alcaide iniciou a exportação em 2010, num projecto<br />

para continuar, nomeadamente no mercado africano através de parcerias<br />

existem veículos de assistência técnica que permite fazer<br />

a cobertura de assistência do eixo Porto / Lisboa.<br />

Mesmo não recauchutando pneus de OTR, a <strong>Pneus</strong><br />

do Alcaide possui um veículo de assistência para o<br />

serviço a esse tipo de pneus na zona centro.<br />

“O mercado e os nossos clientes têm exigido esta<br />

forma de trabalhar. Temos procurado sempre evoluir<br />

com eles, de modo a dar a assistência onde<br />

ela é de facto precisa”, afirma David Laureano,<br />

reconhecendo que “o cliente sentese<br />

acompanhado assim”.<br />

Cerca de 96% do produto recauchutado<br />

pela <strong>Pneus</strong> do Alcaide são pisos Goodyear<br />

/ Dunlop, compra<strong>dos</strong> directamente a este construtor,<br />

assim como muitas das matérias-primas usadas em<br />

todo o processo. “Existe obviamente um controlo regular<br />

da Goodyear ao produto que nós fazemos. Produzimos<br />

segundo determinadas regras que nos garantem<br />

a qualidade do produto”, revela o mesmo responsável.<br />

Ao nível do processo produtivo, a <strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />

fez em 2003 um investimento numa xerografia,<br />

dispondo de raspadores actualiza<strong>dos</strong>, mas para este<br />

ano está previsto um novo investimento, neste caso<br />

num autoclave, numa perspectiva de modernização e<br />

actualização da fábrica.<br />

A capacidade instalada ronda os 14.000 pneus<br />

“Temos que apostar sobretudo na qualidade<br />

do nosso serviço para nos diferenciarmos da<br />

concorrência”<br />

anuais, sendo que em 2010 foram produzi<strong>dos</strong> 12.000<br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong>, um número considerado muito<br />

bom face a dois anos poucos positivos de mercado.<br />

Registe-se que, para além destes 12.000 pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

a pneus do Alcaide comercializou ainda<br />

cerca de 6.000 pneus de pesa<strong>dos</strong> novos.<br />

Sobre o mercado <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong>, e apesar<br />

da dificuldade que existe em encontrar carcaças<br />

de qualidade, o responsável da <strong>Pneus</strong> do Alcaide refere<br />

que “é um produto que evoluiu muito nos últimos<br />

10 anos, do qual se pode retirar uma rentabilidade<br />

muito superior comparativamente a um pneu chinês.<br />

Em Portugal fazem-se pneus recauchuta<strong>dos</strong> de qualidade”.<br />

Em termos de novos merca<strong>dos</strong>, a <strong>Pneus</strong><br />

do Alcaide iniciou a exportação em 2010,<br />

num projecto para continuar, nomeadamente<br />

no mercado africano através de parcerias.<br />

Retalho<br />

Com a forte presença da actividade de recauchutagem<br />

nas instalações da Tremoceira, onde a empresa<br />

também tem a sede, a actividade de retalho da <strong>Pneus</strong><br />

do Alcaide ficou praticamente entregue às restantes<br />

quatro instalações, uma delas muito recente, e bem<br />

próximo da sede.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 59


EMPRESA<br />

<strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />

Augusto Laureano e David Laureano,<br />

Pai e filho, gerem os negócios da empresa <strong>Pneus</strong><br />

do Alcaide<br />

PNEUS DO ALCAIDE<br />

Sede: Tremoceira – Pedreiras<br />

Apartado 31<br />

2480-801 Juncal<br />

Gerência: David Laureano<br />

Telefone: 244 470 537<br />

Fax: 244 470 844<br />

E-mail: geral@pneusalcaide.com<br />

Internet: www.pneusalcaide.com<br />

“Cerca de 96% do produto<br />

recauchutado pela <strong>Pneus</strong><br />

do Alcaide são pisos<br />

Goodyear / Dunlop,<br />

compra<strong>dos</strong> a este<br />

construtor”<br />

A <strong>Pneus</strong> do Alcaide possui diversas instalações onde desenvolve<br />

a actividade de recauchutagem e de retalho<br />

“Também por questões de espaço decidimos, que<br />

em vez de estar a remodelar o retalho nas instalações<br />

da Tremoceira, onde ainda fazemos alguns trabalhos<br />

específicos, deviamos montar novas instalações”, refere<br />

o mesmo responsável, esclarecendo que “trata-se de<br />

uma unidade completamente nova, moderna e muito<br />

actual, com uma imagem diferente e um parque de<br />

equipamentos muito sofisticado. Para além disso está<br />

junto a uma importante via rodoviária (EN 1). Foi sem<br />

dúvida um bom investimento, que nos permite melhorar<br />

a qualidade <strong>dos</strong> nossos serviços ao cliente final”.<br />

Como se nota, a rede de retalho da <strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />

tem vindo a crescer consolidadamente, dispondo a<br />

empresa de uma unidade na Maia que se concentra<br />

sobretudo na assistência a pesa<strong>dos</strong> (além de uma viatura<br />

de assistência).<br />

As restantes unidades estão mais próximas da sede,<br />

uma delas na zona da Benedita, permitindo que a<br />

<strong>Pneus</strong> do Alcaide tenha uma forte presença no retalho<br />

na sua região.<br />

Se o novo espaço apresenta uma imagem “<strong>Pneus</strong><br />

do Alcaide”, o posto da Benedita aparece com imagem<br />

Vulco (associada à rede Goodyear). “A entrada<br />

na rede Vulco foi um projecto que a Goodyear nos<br />

apresentou. Achamos interessante em termos comercias<br />

mas também de outros benefícios, com vantagens<br />

para ambas as partes e, por isso, decidimos aderir”,<br />

refere David Laureano.<br />

Reconhecendo que a região onde se insere está servida<br />

em termos de postos de retalho, este responsável<br />

pela empresa considera que já existe uma grande saturação<br />

do mercado. “Temos que apostar sobretudo na<br />

qualidade do nosso serviço para nos diferenciarmos<br />

da concorrência. Foi nisso que apostamos no nosso<br />

novo centro”, diz o Director Comercial da <strong>Pneus</strong> do<br />

Alcaide, acrescentando que de momento não estão<br />

previstos mais investimentos no retalho “depois de<br />

uma excelente aposta também na Benedita, há seis<br />

anos, que tem dado os seus frutos”.<br />

Com a dimensão alcançada por ambos os negócios<br />

da <strong>Pneus</strong> do Alcaide, David Laureano considera que a<br />

tendência passa mais pelo crescimento pelo lado da<br />

recauchutagem do que do retalho, embora actualmente<br />

o peso de cada negócio na facturação da empresa<br />

seja semelhante. “O facto de termos um produto<br />

único na recauchutagem que mais ninguém vende,<br />

apesar de também haver muita concorrência, pode levar<br />

a um maior crescimento seguindo a tendência recente.<br />

No retalho ninguém se consegue diferenciar<br />

pelo produto, to<strong>dos</strong> vendemos os mesmos pneus e,<br />

como disse, existe uma saturação maior do próprio<br />

mercado”, analisa David Laureano.<br />

Para terminar, o responsável da <strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />

lamenta a inexistência de regulamentação no mercado,<br />

bem como o aparecimento de retalhistas um pouco<br />

por toda a parte e por vezes sem condições para<br />

operar de forma correcta e com regras comerciais definidas.<br />

“Era importante que se olhasse para este mercado<br />

de forma séria, mas infelizmente é cada um por si”,<br />

conclui David Laureano. m<br />

60<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Easy<strong>Pneus</strong><br />

Caminhar para o crescimento<br />

A Easy<strong>Pneus</strong> é uma empresa de Beja que se dedica ao negócio <strong>dos</strong> pneus.<br />

Desde 2008 que é importador da Maxxis para o mercado português, tendo como<br />

objectivo crescer com a marca.<br />

Começou como um posto de retalho. Ainda<br />

hoje se mantém como tal, até porque existem<br />

clientes fideliza<strong>dos</strong>. Contudo, o negócio cresceu<br />

e a Easy<strong>Pneus</strong> passou também a operar na<br />

revenda.<br />

Das diversas marcas que a Easy<strong>Pneus</strong> trabalha, uma<br />

delas, a Maxxis, acabou por ganhar destaque fruto de<br />

uma boa relação comercial entre a empresa portuguesa<br />

e um distribuidor holandês.<br />

Apesar de ser uma marca já comercializada em Portugal,<br />

a própria Maxxis entendia que havia capacidade<br />

para desenvolver a marca no nosso país, no seguimento<br />

de uma forte aposta que este construtor de Taiwan<br />

tem vindo a fazer no mercado europeu.<br />

Assim, no Salão de Essen de 2008, os responsáveis<br />

da Easy<strong>Pneus</strong> e da Maxxis fecharam acordo para a distribuição<br />

(não exclusiva) desta marca de pneus no<br />

mercado português, tendo de pronto a empresa começado<br />

a trabalhar na importação e distribuição.<br />

“Já tinha conhecimento da Maxxis. Como gostava<br />

muito do produto e da extensão de gama, e havia interesse<br />

da marca em estar mais presente no nosso mercado,<br />

avançamos para esta parceiria”, começou por<br />

explicar Daniel Mestre, Manager da Easy<strong>Pneus</strong>.<br />

Foi fechado contrato entre as empresas que previa<br />

(e prevê) que a Easy<strong>Pneus</strong> faça a distribuição <strong>dos</strong><br />

pneus Maxxis para ligeiros, motos, pesa<strong>dos</strong> e 4x4, ficando<br />

de fora os pneus de bicicleta que já possui outro<br />

distribuidor.<br />

Talvez ainda este ano, a Easy<strong>Pneus</strong> passe também a<br />

trabalhar o pneu agrícola, numa decisão que está dependente<br />

de outros investimentos.<br />

A Maxxis é uma empresa de Taiwan, que possui<br />

três fábricas de produção de pneus (Taiwan, China e<br />

Tailândia), sendo a Easy<strong>Pneus</strong> directamente abastecida<br />

pela casa mãe. “Os pneus Maxxis que vendemos<br />

são adquiri<strong>dos</strong> à fábrica. Não existem intermediários<br />

neste negócio”, assegura Daniel Mestre.<br />

De tal maneira a Easy<strong>Pneus</strong> vestiu a camisola<br />

“Maxxis” que actualmente cerca de 80% das vendas<br />

da empresa de Beja são desta marca de pneus.<br />

Por curiosidade, para além da Maxxis, a Easy<strong>Pneus</strong><br />

trabalha também na distribuição com outras marcas.<br />

“Vendemos Cooper, que é um produto excelente e<br />

que conseguimos obter preços muito interessantes<br />

para efectuar a revenda. É, por isso, um produto que<br />

conseguimos escoar com facilidade”, revela o mesmo<br />

responsável.<br />

Maxxis<br />

Atendendo à excelente imagem e notoriedade que<br />

os produtos Maxxis têm no mercado das duas rodas,<br />

Daniel Mestre é de opinião que a mesma se estende<br />

aos restantes produtos embora existam na sua opinião<br />

outras importantes características.<br />

“Uma das características principais da Maxxis é a<br />

extraordinária diversidade de produto”, assegura o<br />

Manager da Easy<strong>Pneus</strong>, comparando que “juntamente<br />

com a Michelin é das marcas que tem a gama mais<br />

alargada e isso é uma grande vantagem”.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 61


EMPRESA<br />

Easy<strong>Pneus</strong><br />

Estando inserida nas 10 maiores empresas de borracha<br />

do Mundo, a Maxxis efectuou negócios na ordem<br />

<strong>dos</strong> 2,8 mil milhões de Euros em 2009, estando em<br />

perspectiva subir uma posição no ranking mundial já<br />

em <strong>2011</strong>.<br />

“A relação qualidade / preço do produto Maxxis<br />

não é boa… é excelente”, afirma com convicção Daniel<br />

Mestre que posiciona a Maxxis “como<br />

um produto de média / alta gama. Acredito<br />

que na Europa o seu posicionamento ainda<br />

não é esse, mas a qualidade do produto<br />

justifica este posicionamento”.<br />

Equipamento de origem<br />

O responsável da Easy<strong>Pneus</strong> refere que na Ásia o<br />

pneu Maxxis equipa de origem marcas como a Ford,<br />

GM, Toyota, Nissan, Volkwagen, Mitsubishi e Hyundai,<br />

sendo que o novo Nissan Micra, que irá ser vendido<br />

em todo o Mundo (incluíndo Portugal) vai ter<br />

pneus Maxxis de origem na medida 175/65 R15.<br />

“São argumentos importantes e que dizem bem da<br />

qualidade e do posicionamento <strong>dos</strong> produtos Maxxis”,<br />

afirma Daniel Mestre adiantando que “isto também<br />

faz parte da estratégia da Maxxis para entrar com<br />

mais força no mercado Europeu”.<br />

Em termos de preço, o posicionamento <strong>dos</strong> pneus<br />

Maxxis acompanha em grande parte a qualidade do<br />

Está prevista a concentração da actividade num<br />

único armazém, que irá permitir à empresa<br />

melhorar ainda mais a distribuição.<br />

produto na opinião do mesmo responsável. “Não é<br />

um pneu barato, mas também não é <strong>dos</strong> mais caros.<br />

O Maxxis consegue ter um preço intermédio, que lhe<br />

permite, face à qualidade que tem, oferecer excelentes<br />

garantias a quem o compra”, refere.<br />

Apesar de ter uma gama muito diversificada, a Easy<strong>Pneus</strong><br />

tem direccionado a sua aposta para a gama de<br />

ligeiros e 4x4, que representa quase 80% das vendas<br />

apenas com a marca Maxxis.<br />

25.000 pneus em Stock<br />

Para dar resposta ao crescente desenvolvimento do<br />

negócio Maxxis dentro da Easy<strong>Pneus</strong>, a empresa de<br />

Beja possui cerca de 2.000 m2 de armazém com um<br />

stock permanente que ronda os 25.000<br />

pneus desta marca de Taiwan, servindo regularmente<br />

170 retalhistas (casas de pneus<br />

e oficinas).<br />

“Vendemos para todo o país, mas a nossa<br />

presença mais forte é de Lisboa até ao Algarve,<br />

até porque existe outro distribuidor a norte”,<br />

refere Daniel Mestre, adiantando que “temos cuidado<br />

na escolha <strong>dos</strong> nossos parceiros. Tentamos não entregar<br />

o produto Maxxis a retalhistas concorrentes na<br />

mesma zona. É uma questão de protecção da marca,<br />

evitando concorrência de preços e mantendo também<br />

uma maior coerência neste aspecto”.<br />

62<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

A Maxxis é uma empresa de<br />

Taiwan, que possui três<br />

fábricas de produção de pneus<br />

(Taiwan, China e Tailândia),<br />

sendo a Easy<strong>Pneus</strong><br />

directamente abastecida pela<br />

casa mãe<br />

EASYPNEUS<br />

Escritório: Prct. <strong>dos</strong> Torneiros n11 / Lt.11<br />

7800 Beja<br />

Gerência: Daniel Mestre<br />

Telefone: 284 320 340<br />

Fax: 284 320 305<br />

E-mail: info@easypneus.pt<br />

Internet: www.easypneus.pt<br />

Com a evolução da logística e das entregas (a distribuição,<br />

como é normal neste sector, está entregue a<br />

distribuidoras), a Easypneus tem neste momento apenas<br />

dois vendedores, sendo que um deles é especializado<br />

em pneus de moto, quad´s e afins e o outro em<br />

pneus para ligeiros, camião e 4x4.<br />

Não tendo vendas online activas, o certo é que o<br />

site da Easy<strong>Pneus</strong> tem sido um potenciador<br />

de vendas da Maxxis. “Normalmente os<br />

clientes que conhecem a marca pedem-nos<br />

e nós encaminhamos para um retalhista<br />

que trabalhe connosco”, afirma Daniel<br />

Mestre.<br />

Olhando para a “frente”, o responsável da Easy<strong>Pneus</strong><br />

acredita muito no desenvolvimento futuro do<br />

negócio Maxxis atendendo até ao passado.<br />

“Dada a diversidade do produto e a sua qualidade,<br />

e conhecendo já a forma de trabalhar da empresa e os<br />

seus projectos para o futuro, com a abertura de mais<br />

uma fábrica este ano, estou esperançado num bom<br />

A Easy<strong>Pneus</strong> vestiu a camisola “Maxxis”.<br />

Actualmente cerca de 80% das vendas da empresa de<br />

Beja são desta marca de pneus.<br />

desenvolvimento da marca também em Portugal, o<br />

que vai na linha do seu crescimento na Europa”, afirma<br />

Daniel Mestre, revelando de seguida as suas apostas<br />

para <strong>2011</strong>.<br />

Assim, a Easy<strong>Pneus</strong> vai investir mais em Marketing<br />

e patrocínios com acções directas em eventos específicos,<br />

como também apoiar cada vez mais a rede de retalho<br />

que já trabalha com a Maxxis, sempre com o objectivo<br />

“de dar mais visibilidade à marca”.<br />

Prevista está também a concentração da actividade<br />

num único armazém, que irá permitir à empresa melhorar<br />

ainda mais a distribuição da Maxxis em Portugal<br />

e centralizar os serviços administrativos e comerciais<br />

da empresa.<br />

Maxxis no Mundo<br />

A Maxxis (Cheng Shin Rubber Ind. Co. Ltd.) foi<br />

fundada em 1967, começando no negócio <strong>dos</strong> pneus<br />

de bicicleta.<br />

A empresa de Taiwan cresceu rapidamente e tornou-se<br />

num <strong>dos</strong> maiores construtores de pneus do<br />

mundo nesta área, mas entretanto entrou em novos<br />

segmentos de mercado, oferecendo produtos<br />

para motos, veículos ligeiros, quad´s,<br />

4x4, comerciais, pesa<strong>dos</strong>, etc.<br />

Em 2009 a Maxxis tornou-se a 10ª<br />

maior produtora de borracha do mundo,<br />

empregrando mais de 20.000 pessoas, estando<br />

presente em 150 países em todo o Mundo.<br />

Na Ásia os produtos Maxxis são equipamento original<br />

de importantes marcas de automóveis, como a<br />

Nissan, Ford, GM, Toyota, Volkswagen, Mitsubishi e<br />

Hyundai, sendo ainda equipamento de origem em<br />

mais de 10 marcas de motos (e afins) como a Kawasaki,<br />

Suzuki, Yamaha, KTM, entre outras. m<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 63


EMPRESA<br />

Haweka Portugal<br />

Especialistas em equilíbrio<br />

No domínio do equilíbrio de rodas a Haweka é o líder mundial.<br />

No nosso país a Haweka Portugal tendo vindo a apostar forte na qualidade<br />

do seus produtos para se impor no mercado.<br />

Não dá para comparar a dimensão que a Haweka<br />

tem em diversos merca<strong>dos</strong> mundiais e a<br />

que tem em Portugal. Porém, tem vindo a ser<br />

feito com esta conceituada marca, especialista<br />

em temas muito específicos ao nível do equilíbrio e<br />

alinhamento de rodas, um trabalho de acompanhamento<br />

do cliente, estando a responsabilidade a cargo<br />

de Ricardo Sousa, gestor de produto da Haweka Portugal,<br />

empresa ligada à Gonçalteam.<br />

Os produtos da Haweka não eram propriamente<br />

desconheci<strong>dos</strong> do mercado português, até porque já<br />

existiam distribuidores a comercializarem equipamentos<br />

e produtos da marca alemã.<br />

“Um <strong>dos</strong> objectivos pela qual aparece a Haweka<br />

Portugal é de poder acompanhar o cliente de uma forma<br />

mais efectiva”, refere Ricardo Sousa, que tem<br />

como missão proporcionar informação e esclarecimentos<br />

a qualquer dúvida ou necessidade que os<br />

clientes tenham na utilização <strong>dos</strong> equipamentos e produtos<br />

da Haweka.<br />

Obviamente que a venda de produtos Haweka também<br />

está em causa, mas para tal, uma prática corrente<br />

é poder “demonstrar ao cliente no seu local de trabalho<br />

e na sua máquina o funcionamento do equipamento<br />

Haweka. Essa demonstração resulta quase sempre<br />

numa venda, tais as vantagens que os nossos produtos<br />

trazem para o seu serviço”, garante o<br />

responsável da Haweka Portugal.<br />

Dependendo do produto comercializado, a Haweka<br />

Portugal responsabiliza-se sempre pela formação<br />

necessária de quem irá operar com os mesmos.<br />

Ao perceberem a mais-valia destes produtos “o nosso<br />

cliente irá também explicar ao cliente da casa de<br />

pneus a melhor qualidade do serviço que prestou, por<br />

exemplo no equilíbrio das rodas”, ressalva Ricardo<br />

Sousa, acrescentando que “existem grandes vantagens<br />

para a casa de pneus, pois presta um serviço de melhor<br />

qualidade ao seu cliente, sem margem de erros, mais seguro<br />

e mais rentável, tendo ainda o nosso suporte para<br />

esclarecer qualquer dúvida em qualquer momento”.<br />

Aliás, o compromisso da Haweka Portugal com a<br />

casa-mãe na Alemanha passa exactamente por uma<br />

política de excelência e rigor, pois “não é só vender o<br />

equipamento, é nossa missão que quem tenha produtos<br />

Haweka os saiba utilizar convenientemente. Compete-nos<br />

a nós prestar essa formação e a assistência necessária<br />

aos clientes”.<br />

Apostar no equilíbrio<br />

Nesta fase de arranque da Haweka Portugal, o conceito<br />

da empresa é “apenas” o equilíbrio de rodas nos<br />

veículos motoriza<strong>dos</strong>, nomeadamente ligeiros, comerciais,<br />

pesa<strong>dos</strong>, motas e moto 4, promovendo a ausência<br />

de vibrações indesejáveis ao volante (que são muitas<br />

vezes um resultado de instabilidade das rodas). Assim,<br />

a Haweka, líder de mercado na área do equilíbrio<br />

de rodas, fornece a tecnologia de alta qualidade, que<br />

torna possível equilibrar cada roda perfeitamente e<br />

com tolerância zero face ao erro.<br />

“Um equilíbrio muitas vezes nem sequer é cobrado,<br />

64<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Ricardo Sousa é o Gestor de Produto da Haweka<br />

Portugal, tendo a responsabilidade de promover<br />

os produtos desta marca alemã<br />

HAWEKA PORTUGAL<br />

Sede: Rua Quinta das Rosas, nº19<br />

Zona Industrial Casal do Marco<br />

2840-131 Aldeia de Paio Pires<br />

Gestor de Produto: Ricardo Sousa<br />

Telefone: 212 251 578<br />

Fax: 212 191 487<br />

E-mail: hawekaportugal@goncalteam.pt<br />

Internet: www.goncalteam.pt<br />

Dependendo <strong>dos</strong> produtos<br />

comercializa<strong>dos</strong>, a Haweka<br />

Portugal responsabiliza-se<br />

sempre pela formação<br />

necessária de quem irá<br />

operar com os mesmos<br />

dando a entender que é um “parente pobre” dentro<br />

<strong>dos</strong> serviços de uma casa de pneus. E na realidade isso<br />

não deve ser assim, pois para se fazer uma bom equilíbrio<br />

isso requer tecnologia, custos, tempo e consumíveis”,<br />

analisa Ricardo Sousa que argumenta que “o<br />

equilíbrio de rodas é muito importante numa casa de<br />

pneus. Um técnico deve ter boas noções nesta área,<br />

que está sempre em evolução constante, para poder<br />

prestar um bom serviço ao cliente”.<br />

DuoExpert<br />

A gama de produtos da Haweka é muito extensa,<br />

mas a oferta é muito concentrada na especialização e<br />

no desenvolvimento tecnológico, quer nas áreas da<br />

equilibragem quer do alinhamento.<br />

Nesta fase a Haweka Portugal concentrou todas as<br />

suas energias nos equipamentos de equilíbrio, com<br />

destaque para um produto patenteado e único que é o<br />

DuoExpert. Trata-se de um sistema indicado para 99%<br />

das viaturas ligeiras de passageiros, em termos de equilíbrio<br />

de rodas de um automóvel. A solução apresentada<br />

por esta empresa especialista na área do equilíbrio<br />

de rodas é um sistema que garante “Tolerância Zero”<br />

na centragem, entre o veio e o adaptador bem como<br />

entre o adaptador e o centro da jante a equilibrar.<br />

Apenas dois DuoExperts são necessários para cobrir<br />

80% do mercado de viaturas ligeiras, necessitando apenas<br />

de mais um DuoExpert para os restantes 20%.<br />

O DuoExpert é muito simples de usar e de fácil manutenção,<br />

segundo a Haweka, sendo um sistema que<br />

tem a aprovação <strong>dos</strong> principais fabricantes automóveis.<br />

Aliás, em alguns merca<strong>dos</strong> é obrigatório o uso<br />

deste tipo de sistema, o que não acontece obviamente<br />

em Portugal.<br />

Em termos práticos o centrante do DuoExpert expande-se<br />

à medida do centro da roda (jante), o que<br />

nem sempre acontece com o cone (que tradicionalmente<br />

se usa) pois é um produto que se desgasta com<br />

o uso.<br />

Este equipamento da Haweka faz a centragem correcta<br />

da roda ao veio da máquina de alinhar, que juntamente<br />

com a falange, permite fazer uma equilibragem<br />

sem erros.<br />

“Os custos são mais reduzi<strong>dos</strong> e o serviço mais eficiente,<br />

logo existe uma mais valia para o profissional,<br />

que ao efectuar a calibragem com este equipamento,<br />

promove o bom funcionamento da sua oficina e mantém<br />

os clientes satisfeitos com o seu trabalho realizado”,<br />

afirma Ricardo Sousa.<br />

Refira-se que o DuoExpert pode ser usado em qualquer<br />

máquina de equilibrar, independentemente da<br />

marca e do modelo da mesma.<br />

Como foi escrito antes, a Haweka Portugal trabalha<br />

como parte integrante da Gonçalteam, onde a mesma<br />

promove a distribuição do produto (não em exclusivo),<br />

contudo, “procuramos obter novas parcerias de<br />

distribuição para as outras empresas que comercializam<br />

equipamentos de equilibragem em Portugal, uma<br />

vez que o produto Haweka é destinado a qualquer<br />

tipo de máquina”, concluiu Ricardo Sousa. m<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 65


EMPRESA<br />

Recauchutagem Nortenha<br />

Um mundo nos pneus<br />

A Recauchutagem Nortenha, S.A. está a atravessar um <strong>dos</strong> momentos mais importantes<br />

da sua história com a comemoração <strong>dos</strong> 50 anos de existência. Motivo mais do que<br />

suficiente para a REVISTA DOS PNEUS conhecer melhor este operador.<br />

Exercendo em nome individual, desde o início<br />

<strong>dos</strong> anos 60, a sua actividade profissional na<br />

área da recauchutagem e comércio de pneus,<br />

António da Silva Gomes, funda em 1976 a Recauchutagem<br />

Nortenha.<br />

Entre 1984 e 1988, a entrada para a gestão da empresa<br />

<strong>dos</strong> filhos <strong>dos</strong> fundadores marca uma nova fase na<br />

vida da Nortenha. Deu-se início a um período de investimentos<br />

importantes onde se destacam a construção<br />

de uma nova loja em Penafiel, a aquisição de novo<br />

equipamento produtivo para a recauchutagem e a<br />

abertura de lojas em Paredes, Lousada e Amarante.<br />

Seguiu-se uma nova fase de investimentos na área<br />

industrial que obrigou a mudança de instalações. A capacidade<br />

instalada permitiu à empresa alargar a cobertura<br />

geográfica da sua distribuição, que limitando-se<br />

até então à zona Norte, passou a abranger todo o país.<br />

Em paralelo, com o aumento da cobertura da actividade<br />

de distribuição, a rede de retalho também cresceu,<br />

com a abertura de novas lojas.<br />

Em 1995 teve início um novo ciclo de investimentos<br />

fabris com a construção da Unidade Fabril de Urrô<br />

(UFU), consistindo numa Unidade de Recauchutagem<br />

e numa Unidade de Valorização Energética de<br />

<strong>Pneus</strong> (UVEP), que permite a produção de energia<br />

eléctrica a partir de pneus usa<strong>dos</strong> que não podem ser<br />

recauchuta<strong>dos</strong> e outros resíduos de borracha. O corolário<br />

destes anos de investimento em meios humanos<br />

e materiais foram os prémios "Best of Show" obti<strong>dos</strong><br />

por pneus Nortenha Ecológico em 1997 e 1999 em<br />

concursos organiza<strong>dos</strong> pela ITRA (International Tire<br />

and Rubber Association) nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>. A Nortenha<br />

foi também distinguida com o prémio PME Excelência<br />

Indústria durante três anos consecutivos -<br />

1997, 1998 e 1999. Em 1999 a empresa introduziu um<br />

inovador serviço móvel, destinado ao segmento de<br />

frotas, que permite realizar os serviços de montagem e<br />

desmontagem, equilibragem e alinhamentos nas instalações<br />

<strong>dos</strong> próprios clientes.<br />

Para melhorar a sua capacidade técnica, a Nortenha<br />

investiu em 1999 e 2000 num laboratório de ensaio de<br />

pneus e em novos equipamentos para controlo da<br />

qualidade <strong>dos</strong> compostos de borracha, em projecto<br />

apoiado pelo programa ICPME. Em Dezembro do<br />

ano 2000, o Sistema AQual implementado na UFU,<br />

aplicável à produção de pneus recauchuta<strong>dos</strong>, serviços<br />

de recauchutagem, reparação de pneus e misturação<br />

de borracha, foi certificado segundo a NP EN ISO<br />

9002:1995 pelo BVQI Portugal.<br />

Durante o ano de 2001, as actividades logísticas foram<br />

integradas na Unidade de Urrô que passou a dispor<br />

de um Centro Logístico onde foram concentradas<br />

as actividades de armazenamento e distribuição de<br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong>, pneus novos e outras mercadorias.<br />

Durante o ano 2003, o Sistema AQual foi adaptado<br />

aos requisitos da NP EN ISO 9001:2000, alargando<br />

o seu âmbito à concepção e desenvolvimento de<br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong>, tendo obtido a re-certificação<br />

em Dezembro de 2003, pelo BVC Portugal.<br />

No início do ano 2004, a Recauchutagem Nortenha<br />

66<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

A Recauchutagem Nortenha quer também<br />

apostar na imagem <strong>dos</strong> postos e num<br />

incremento tecnológico <strong>dos</strong> mesmos.<br />

obteve a homologação da sua unidade fabril para a<br />

produção de "<strong>Pneus</strong> recauchuta<strong>dos</strong> a utilizar nos automóveis<br />

ligeiros de passageiros e seus reboques"<br />

(108R020004) e "<strong>Pneus</strong> recauchuta<strong>dos</strong> a utilizar nos<br />

automóveis de mercadorias, pesa<strong>dos</strong> de passageiros e<br />

respectivos reboques" (109R020005), no âmbito <strong>dos</strong><br />

Regulamentos nº 108 e nº 109 da Comissão Económica<br />

para a Europa das Nações Unidas, respectivamente.<br />

Em finais de 2005, apostou-se no alargamento<br />

da rede de retalho com a abertura de<br />

uma nova loja na Zona Industrial I da Maia.<br />

Em Fevereiro de 2006 foi concedida à<br />

Unidade de Valorização Energética a Licença de Exploração<br />

nº 2/2006/INR. Em Maio de 2006 a empresa<br />

adopta uma nova imagem corporativa, modernizando-a<br />

e tornando-a mais coerente com as suas orientações<br />

estratégicas.<br />

Tendo sido reconhecido o desempenho económico-financeiro<br />

do exercício de 2006 da empresa no âmbito<br />

do programa FINCRESCE, foi atribuído à Nortenha<br />

o estatuto Empresa PME Líder.<br />

Em mea<strong>dos</strong> de 2007, deu-se continuidade ao alargamento<br />

da rede de retalho com a abertura de uma nova<br />

loja na Zona Industrial do Porto, reforçando a cobertura<br />

da área metropolitana do Porto.<br />

Em 2008, a Nortenha dotou-se da capacidade de recauchutar<br />

os maiores pneus existentes no mercado,<br />

com a aquisição de um novo equipamento de tecnologia<br />

de ponta de grosagem de pneus, capaz de processar<br />

pneus até jante 63". No término do ano de 2008, a<br />

Unidade de Valorização Energética obteve o averbamento<br />

à sua Licença de Exploração, autorizando-a à<br />

valorização energética de novas tipologias de resíduos<br />

não perigosos: resíduos têxteis, resíduos de plástico,<br />

CDR de plásticos, têxteis e madeira e fluff de VFV.<br />

Em 2009, a rede de retalho foi expandida para a região<br />

do Vale do Ave, com a abertura da 10ª loja em<br />

Vila Nova de Famalicão, num ano em que obteve novamente<br />

o estatuto de PME Líder 2009.<br />

A Recauchutagem Nortenha, em todas as suas actividades,<br />

apresentou uma facturação em 2010<br />

que rondou os 16 milhões de euros, empregando<br />

na totalidade 200 funcionários.<br />

Retalho<br />

Actualmente a rede de retalho da Recauchutagem<br />

Nortenha está dividida por 10 estabelecimentos<br />

(Penafiel, Lousada, Paredes, Amarante, Paços<br />

de Ferreira, Lordelo, Alpendurada, Maia, Porto e Famalicão).<br />

A aposta mais recente passa por dotar os actuais<br />

postos de meios que permitam uniformizar os<br />

serviços rápi<strong>dos</strong>, algo que a Recauchutagem Nortenha<br />

faz em alguns deles.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 67


EMPRESA<br />

Recauchutagem Nortenha<br />

RECAUCHUTAGEM<br />

NORTENHA<br />

Sede: Rua Tenente Valadim - Apartado 27<br />

4564-909 PENAFIEL<br />

Administrador: António Gomes<br />

Res. Distribuição: Diamantino Pereira<br />

Telefone: 255 710 200<br />

Fax: 255 711 835<br />

E-mail: recnor@recnor.pt<br />

Internet: www.nortenha.pt<br />

Há mais de 40 anos que a<br />

Recauchutagem Nortenha se<br />

dedica também à distribuição<br />

de pneus. Trata-se de uma<br />

actividade que representa um<br />

volume de 60.000 pneus<br />

vendi<strong>dos</strong> por ano<br />

Mas existe outros objectivos, como nos explica António<br />

Gomes, Administrador da empresa: “Queremos<br />

ampliar, a curto prazo, a nossa rede de lojas com mais<br />

postos a norte em Guimarães e Braga. Também a sul é<br />

nosso objectivo abrir um novo posto em Lisboa”.<br />

A lógica de rede é por isso importante para a empresa,<br />

tendo como conceito ir ao encontro da satisfação<br />

do máximo de necessidades de serviços<br />

para além <strong>dos</strong> pneus. A prova disso é que<br />

“dotamos, nas lojas que nos foi fisicamente<br />

possível, de estação de serviço completa,<br />

como também passamos a utilizar equipamento<br />

de diagnóstico que nos permite efectuar<br />

pré-inspecção, para além de todas terem competência<br />

para efectuar serviços em toda a gama de viaturas:<br />

turismo, camião, agrícolas e engenharia.<br />

Continuamos a dar grande importância aos serviços<br />

rápi<strong>dos</strong> como substituição de amortecedores, calços<br />

de travão, manutenção ao ar condicionado e outros”,<br />

refere o mesmo responsável, mesmo reconhecendo<br />

que os pneus representam 90% da facturação do retalho.<br />

Se existem objectivos de melhorar a cobertura geográfica<br />

e de uniformizar os serviços presta<strong>dos</strong> pela<br />

rede, a Recauchutagem Nortenha quer também apostar<br />

na imagem <strong>dos</strong> postos e num incremento tecnológico,<br />

tendo para o efeito inaugurado recentemente o<br />

Neste momento, com uma carteira activa de<br />

aproximadamente 250 clientes, a distribuição na<br />

Recauchutagem Nortenha está a trilhar novos rumos<br />

centro de ensaio de tacógrafos digitais.<br />

Em 2010 a rede de retalho da Recauchutagem Nortenha<br />

vendeu mais de 83.000 pneus (20% vieram da<br />

actividade de recauchutagem), dando assistência a<br />

86.763 veículos.<br />

“Sem dúvida que a organização em rede é fundamental<br />

para o sucesso do negócio da Nortenha”, diz<br />

António Gomes, acrescentando que “para além de um<br />

melhor aproveitamento <strong>dos</strong> recursos comuns da organização,<br />

permite-nos estar próximo <strong>dos</strong> consumidores<br />

finais do nosso produto e serviços, bem como publicitar<br />

de forma directa e claro melhorar o nosso poder negocial<br />

tanto na compra, como na venda”.<br />

Os investimentos e as apostas que a Recauchutagem<br />

Nortenha tem para o retalho são já o sinónimo<br />

daquilo que os seus responsáveis pensam<br />

sobre a actividade. Contudo, António<br />

Gomes não deixa de referir que “estamos<br />

certos que este mercado tem cada vez mais<br />

de se fazer valer de multi serviços associa<strong>dos</strong><br />

às viaturas. O facto de o cliente não dispor de tempo<br />

faz com que procure lojas que lhe prestem num só<br />

local o máximo de serviços possíveis. A melhor forma<br />

de ilustrar esta realidade é a adequação que os concessionários<br />

estão hoje a fazer, também eles têm por objectivo<br />

comercializar pneus e to<strong>dos</strong> os serviços com<br />

eles relaciona<strong>dos</strong>”.<br />

68<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

LOJAS<br />

Em 1995 teve início um novo ciclo de investimentos fabris com a construção da Unidade Fabril de Urrô<br />

(UFU), consistindo numa Unidade de Recauchutagem e numa Unidade de Valorização Energética.<br />

Distribuição<br />

Há mais de 40 anos que a Recauchutagem Nortenha<br />

se dedica também à distribuição de pneus. Tratase<br />

de uma actividade que representa qualquer coisa<br />

como 60.000 pneus por ano em termos de vendas, dispondo<br />

a empresa de mais de 5.000 m2 de capacidade<br />

de armazenamento, dividi<strong>dos</strong> por um armazém principal<br />

em Penafiel e outros mais pequenos no Alentejo,<br />

Lisboa e Espanha.<br />

Com uma equipa comercial de 10 vendedores (no<br />

terreno), a distribuição utiliza meios próprios, com rotas<br />

diárias em Portugal e no norte de Espanha, mas<br />

para além disso possui também acor<strong>dos</strong> com operadores<br />

logísticos que também fazem entregas.<br />

A oferta de produto é muito vasta (ligeiro, mota,<br />

4X4, agrícolas, industriais, engenharia, etc), estando assente<br />

em todas as principais marcas (1ª linha), de<br />

modo a “dar ao cliente todas as hipóteses de escolher o<br />

produto e a marca que melhor se adequa às suas necessidades”,<br />

refere Diamantino Pereira, responsável por<br />

esta área na empresa. Num mercado tão concorrencial,<br />

com tantos operadores a operarem na área de distribuição,<br />

a Recauchutagem Nortenha não só recorre à<br />

sua experiência de quase 40 anos nesta área mas também<br />

a aposta claras em diversas áreas. “Os nossos pontos<br />

fortes são a maior disponibilidade de produtos, a<br />

recolha e distribuição em Portugal / Espanha (norte) e<br />

o facto de dispormos de um serviço técnico permanente<br />

com acompanhamento e aconselhamento ao<br />

cliente”, refere Diamantino Pereira.<br />

Neste momento com uma carteira activa de aproximadamente<br />

250 clientes, a distribuição na Recauchutagem<br />

Nortenha está a trilhar novos rumos. Para breve<br />

estará disponível a venda de pneus online, numa aposta<br />

clara na facilidade de consulta de stock por parte <strong>dos</strong><br />

clientes, mas também que os clientes encomendem<br />

fora das horas tradicionais.<br />

Para finalizar, Diamantino Pereira reconhece que o<br />

mercado português ao nível da distribuição pneus está<br />

“cada vez mais exigente e mais profissional”. m<br />

O retalho da empresa tem 10 estabelecimentos<br />

(Penafiel, Lousada, Paredes, Amarante, Paços de<br />

Ferreira, Lordelo, Alpendurada, Maia, Porto e<br />

Famalicão).<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 69


DOSSIER<br />

Chaves de impacto<br />

Ferramenta essencial<br />

Também conhecidas como aparafusadoras de rodas, as “chaves de impacto”<br />

são uma ferramenta essencial dentro de qualquer casa de pneus, existindo<br />

uma ampla oferta para qualquer tipo de necessidade.<br />

Qualquer oficina tem que possuir, entre os seus<br />

equipamentos, as tradicionais chaves de impacto.<br />

A aplicação deste tipo de equipamento<br />

normalmente está associado aos pneus, mas<br />

existem equipamentos destes que se destinam a muitas<br />

outras áreas de intervenção. O JORNAL DAS OFICI-<br />

NAS fez o levantamento de grande parte da oferta disponível<br />

em Portugal.<br />

ALTARODA<br />

H.N.S<br />

Telefone: 255 783 600<br />

A empresa de Paredes comercializa<br />

a chaves de impacto<br />

da marca H.N.S.. A H.N.S. é<br />

uma marca própria com preços<br />

extremamente competitivos<br />

que a AltaRoda trabalha em exclusivo.<br />

O equipamento é fabricado<br />

na Universal Tools no Japão, local onde se fabrica<br />

equipamento para as principais marcas Chicago<br />

Pneumatics e Ingerssoll Rand.<br />

Na H.N.S. estão disponíveis diversos modelos.<br />

A TI-5602 é uma chave de impacto para furgões, pequenos<br />

camiões e tractores, com sistema de impacto<br />

de dupla ranhura. Refere a H.N.S. que se trata da chave<br />

de impacto mais potente do mercado, com uma relação<br />

de peso de apenas 3,47 Kg, devido à sua carcaça<br />

em material compósito de grande resistência.<br />

Para trabalhar em espaços muito reduzi<strong>dos</strong> existe a<br />

H.N.S. “normal”, que possui um sistema de impacto<br />

de dupla massa, escape pelo punho (tornando-se mais<br />

silenciosa) sendo ainda construída em material compósito<br />

de grande resistência, apresentando um peso de<br />

apenas 1,20 Kg.<br />

Para camiões e autocarros a H.N.S. disponibiliza a<br />

2540S-8. Destaque neste equipamento para o punho<br />

auxiliar ajustável, o regulador de potência com três posições<br />

e o facto de ser ligeira e compacta em termos de<br />

construção.<br />

Por último uma referência para a H.N.S. Kit II<br />

5810P-6K uma chave de impacto de uma polegada<br />

para “camionistas” pois permite que a mesma seja conectada<br />

ao compressor do camião.<br />

BERNER<br />

Berner<br />

Telefone: 214 489 060<br />

A Berner dispõe de uma<br />

gama completa de soluções<br />

para oficinas de pneus. Para a<br />

manutenção, remoção ou<br />

colocação de pneus, desde<br />

consumíveis até máquinas específicas, podemos distinguir<br />

a gama de pistolas pneumáticas e a bateria.<br />

Na gama de pistolas pneumáticas existem duas opções<br />

com quadra de 1/2 polegada, a de 420/600 Nm e<br />

a de 680/900 Nm. Existem também duas opções de<br />

3/4” , a de 1100 Nm/1500 Nm e a de 1550/1900 Nm<br />

e ainda duas outras opções de 1 polegada, uma de ca-<br />

70<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


DOSSIER<br />

nhão curto de 1715/2450 Nm e outra de canhão longo<br />

com Torque idêntico.<br />

A chave de rodas a baterias Berner caracteriza-se<br />

pela sua mobilidade e está disponível com duas baterias<br />

e carregador. A opção ideal para quem quer trabalhar<br />

em todas as situações.<br />

Em complemento, to<strong>dos</strong> os acessórios necessários<br />

são também parte da linha de comercialização Berner,<br />

<strong>dos</strong> quais podemos destacar alguns, tais como: pesa-ar,<br />

tubo espiral, chaves de impacto e chaves de caixa.<br />

BOLAS, S.A.<br />

Metabo<br />

Telefone: 266 749 300<br />

Como especialista em soluções<br />

específicas para o sector<br />

auto, a Bolas, S.A. disponibiliza<br />

uma linha abrangente de chaves<br />

de impacto, fornecidas sob<br />

três marcas diferentes, cada<br />

uma com um posicionamento<br />

e uma oferta própria.<br />

Metabo – o reconhecido fabricante<br />

alemão de ferramentas eléctricas de elevada<br />

qualidade oferece uma linha de aparafusadoras de percussão<br />

sem fio com encabadouro quadrado exterior ou<br />

sextavado interior, ideais para aparafusar em série e<br />

para parafusos de grandes dimensões. Binário até 220<br />

Nm , pré-selector de rotação e binário com 3 níveis,<br />

motor compacto e potente e tecnologia de carga Air<br />

Cooled para um tempo de carga curto e vida útil prolongada.<br />

A gama é composta modelos SSW 18 LT, SSW 14.4<br />

LT, SSD 18 LT e SSD 14.4 LT.<br />

Está igualmente disponível o kit promocional Twin<br />

Pack composto por um berbequim-aparafusadora sem<br />

fio (BS 18 LTX) e uma aparafusadora de impacto sem<br />

fio (SSW 18 LTX) com um preço muito atractivo.<br />

Gedore – a marca alemã de ferramenta manual disponibiliza<br />

quer aparafusadoras de impacto sem fio de<br />

” quer pneumáticas nas versões de 1/2” e 3/4”.<br />

O modelo sem fio, com Led de iluminação da área<br />

de trabalho, é fornecido com conjunto de 3 chaves de<br />

impacto de 17, 19 e 21 mm, 2 baterias NiMh 19,2 V,<br />

2,0 Ah, carregador e estojo de transporte. Especialmente<br />

adequado para o sector automóvel, permite gerar um<br />

binário máx. de 330 Nm e 0 a 3.000 impactos / minuto,<br />

em função da rotação seleccionada (0 a 2.200 rpm)<br />

Pacole – uma linha de ferramentas pneumáticas económica,<br />

de fiabilidade comprovada, que inclui chaves<br />

de impacto pneumáticas, com encabadouro quadrado<br />

de 1/2”, 3/4” ou 1” e aperto de 260 a 1200 lbs.<br />

COMINGERSOLL<br />

Ingersoll Rand<br />

Telefone: 214 244 400<br />

A Comingersoll actua no<br />

mercado nacional, na área das<br />

ferramentas pneumáticas, representando<br />

a conceituada<br />

marca Ingersoll Rand.<br />

Há 76 anos que a IR aposta<br />

no fabrico destes equipamentos<br />

pautando-se por eleva<strong>dos</strong> padrões de rigor e qualidade.<br />

Na gama de Chaves de Impacto 1/2”, a Comingersoll<br />

disponibiliza os seguintes modelos:<br />

- 231GXP: 34-475 Nm binário de trabalho; Mecanismo<br />

de impacto duplo; twin-hammer; Regulador de<br />

potência de 5 posições;<br />

- 2135QTiMax: 68-746 Nm binário de trabalho; apenas<br />

1,84 kg e 187 mm; mecanismo de impacto duplo;<br />

twin-hammer; Construção em titânio-compósito;<br />

Inversor de marcha com uma mão; Regulador<br />

de potência de 4 posições.<br />

Na gama de Chaves de Impacto de 1’, destaque para<br />

os seguintes modelos:<br />

- 285B-6 (novidade): Eixo longo; punho traseiro;<br />

163-1464 Nm binário de trabalho; mecanismo de<br />

impacto Swinging-hammer; Optimizado para 8,3<br />

bar; regulador de potência de 3 posições;<br />

- 2190Ti-6: Eixo longo; punho ergonómico ‘tipo serra’;<br />

204-1627 Nm binário de trabalho; apenas 6,35<br />

kg (2190Ti); mecanismo de impacto duplo; twinhammer;<br />

corpo em titânio.<br />

COSTA&GARCIA<br />

Beta<br />

Telefone: 227 155 300<br />

Ao longo <strong>dos</strong> últimos<br />

anos a Beta Utensili<br />

desenvolveu uma linha<br />

de ferramentas<br />

pneumáticas que se revelou<br />

um caso de sucesso, destacando-se como uma<br />

importante referência na utilização profissional, apreciado<br />

particularmente pelo exigente mercado da indústria<br />

automobilística, devido à sua excelente relação<br />

preço / qualidade, fiabilidade, desempenho consistente,<br />

eficiente assistência pós-venda e diversidade de peças<br />

de reposição.<br />

PUB<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 71


DOSSIER<br />

Chaves de impacto<br />

Para destacar o seu desempenho, a Beta Utensili lançou<br />

uma ampla gama de chaves de impacto de uso<br />

profissional elaborada a partir de material compósito,<br />

equipadas com dispositivos de impulso de duplo martelo<br />

e com quadras de 3/8” , 1/2”, 3/4” e 1” polegada.<br />

Baseada nas características do corpo da ferramenta, as<br />

novas chaves de impacto são constituídas por uma mistura<br />

de Níquel e material compósito que permite aumentar<br />

a dimensão do rotor sem aumentar o seu tamanho.<br />

Os novos modelos são 1924CD, 1927CD<br />

1928CD, 1930 NCD E 1930 HCD, estas conferem o<br />

equilíbrio perfeito, apresentando menos 35% de peso do<br />

que as ferramentas convencionais e uma maior torção.<br />

As novas ferramentas pneumáticas de material compósito<br />

são uma excelente solução para os trabalhos<br />

exigentes onde as boas ferramentas fazem a diferença.<br />

DOMINGOS & MORGADO 2<br />

DWT<br />

Telefone: 229 618 910<br />

A Domingos & Morgado 2 -<br />

Equipamentos, Lda, disponibiliza,<br />

desde há algum tempo,<br />

uma completa gama de pistolas<br />

de impacto, da sua representada<br />

DWT Gmbh.<br />

Estas pistolas de impacto,<br />

respeitantes das duras normas<br />

de homologação alemãs, são um produto de alta qualidade<br />

e preço muito competitivo. De facto, desde<br />

busca pela leveza, eficiência e o menor impacto possível<br />

na saúde do utilizador, estas ferramentas são muito<br />

avançadas, tanto do ponto de vista técnico como ergonómico.<br />

Por isso, obtiveram a Certificação ERGO PLUS de<br />

nível E+, por excederem os requisitos defini<strong>dos</strong> pelas<br />

normas de Higiene no Trabalho e Segurança de Equipamentos,<br />

nomeadamente devido ao baixíssimo nível<br />

de vibrações transmitidas ao utilizador. Recorrendo a<br />

caixas em material compósito ou alumínio, silenciadores<br />

eficientes, duplo martelo e pega em material antivibrante,<br />

estas pistolas de impacto são produtos de elevada<br />

qualidade, que a Domingos & Morgado 2 Equipamentos,<br />

Lda consegue oferecer aos seus clientes<br />

com preços competitivos.<br />

FORCH<br />

Forch<br />

Telefone: +34 902 16 10 20<br />

O fabricante alemão de consumíveis,<br />

produtos e equipamentos,<br />

disponibiliza uma importante<br />

gama de chaves de impacto<br />

para todo o tipo de<br />

utilizações numa oficina ou<br />

casa de pneus.<br />

Um <strong>dos</strong> produtos mais vendi<strong>dos</strong><br />

é o 5350 2265, uma pistola<br />

1/2” profissional, que possui um mecanismo de impacto<br />

de dupla massa de alto rendimento. Possui um<br />

botão “pulsador” para inverter a rotação e regulador de<br />

potência com quatro posições. A saída de ar é feita pelo<br />

punho, que possui um desenho ergonómico, sendo<br />

que a carcaça é fabricada em material compósito de<br />

grande resistência, reforçado com fibra de vidro.<br />

Destaque também para o modelo 5350 5780 que<br />

possui um mecanismo de impacto de agulhas de alto<br />

rendimento e um comando selector giratório de quatro<br />

posições para regular o binário de aperto. Devido à<br />

distribuição de peso, com o punho ao centro, esta pistola<br />

possui um excelente equilíbrio.<br />

Saliente-se ainda o modelo 5350 2023, uma pistola<br />

de impacto 3/4” 1500 Nm, bem como o modelo 5350<br />

2426 (pistola de impacto 1” 2450 Nm), qualquer delas<br />

para trabalhar veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />

GONÇALTEM<br />

Vessel<br />

Telefone: 212 251 578<br />

A Gonçaltem disponibiliza<br />

para o mercado duas marcas de<br />

chaves de impacto.<br />

Como marca exclusiva a<br />

Gonçalteam trabalha a Vessel,<br />

disponibilizando também os equipamentos Ingerssol-<br />

Rand.<br />

A Vessel é uma marca desenvolvida e produzida no<br />

Japão reconhecida no mercado Internacional e doméstico<br />

pela sua alta qualidade e desempenho.<br />

Em termos e extensão de gama, na Vessel, a Gonçalteam<br />

tem privilegiado a gama de ligeiros com a inclusão<br />

única da máquina Vessel GT-1700BX<br />

Na Ingerssol-Rand a empresa coloca ao dispor <strong>dos</strong><br />

seus clientes máquinas de aperto de ligeiros pneumáticas,<br />

passando também pelas eléctricas / bateria e as de<br />

pesa<strong>dos</strong>, com o complemento <strong>dos</strong> restantes produtos<br />

para oficinas (esmeriladores, martelos de pancada; roquetes<br />

pneumáticos; berbequins e lixadoras).<br />

Uma das novidades do produto Vessel é a capacidade<br />

de aperto de 480Nm e desaperto de 540Nm, revestimento<br />

em bimatéria que permite o conforto da operação<br />

continuada e baixa vibração.<br />

INTERMACO<br />

Rodcraft<br />

Telefone: 234 520 110<br />

A Intermaco disponibiliza as<br />

ferramentas e material da marca<br />

alemã Rodcraft. Dentro da<br />

extensa gama de equipamentos<br />

desta marca, onde se inclui macacos,<br />

testes de pressão, ruquetes, esticadores, entre<br />

outros, existem uma completa gama de chaves de impacto.<br />

O destaque principal vai para o modelo 2277, recentemente<br />

apresentado, designado pela Rodcraft<br />

como “The Beast”. Trata-se de uma máquina de impacto<br />

agressiva muito potente, com 1250 Nm de binário<br />

máximo no desaperto. Está equipada com um corpo<br />

motor em compósito ultra leve o que lhe confere<br />

um peso de apenas 2,0 Kg. É muito fácil de manuesar,<br />

apresentado uma superfície perfilada no punho e um<br />

revestimento de borracha anti deslizante. Dispõe ainda<br />

de uma patilha de mudança de direcção e regulação<br />

na parte traseira da ferramenta.<br />

Para além deste modelo, a Rodcraft disponibiliza<br />

também outros modelos de chaves de impacto para<br />

todo o tipo de utilizações numa oficina com diferentes<br />

quadras, binários distintos, pesos, etc.<br />

JOÃO A. M. SANTOS, LDA.<br />

Kuken e Facom<br />

Telefone: 227418 090<br />

A empresa de Carvalhos (Grijó)<br />

comercializa a marca Kuken<br />

de chaves de impacto, disponibilizando<br />

modelos de 1/2" (KW<br />

18HP e KW 1600SPRO), 3/4"<br />

(KW2500Pro) e 1" (KW450H<br />

GL e KW3800PRO).<br />

A sua oferta contempla também os equipamentos<br />

da conceituada marca Facom. Neste caso a oferta contempla<br />

o catálogo de produtos Facom, com destaque<br />

para um modelo muito utilizado na área automóvel<br />

que é o NS.1800FPB, uma chave de impacto ”, com<br />

inversão “uma mão” e um regulador de potência de<br />

quatro posições (813 Nm de Torque).<br />

Para uma utilização intensiva a Facom disponibiliza<br />

o modelo NS.1010FPB, uma chave com martelos gemina<strong>dos</strong><br />

e com lubrifcação automática, com um binário<br />

de 610Nm e 1.200 impactos/minuto.<br />

LUSILECTRA<br />

Jonnesway<br />

Telefone: 226 198 750<br />

A Lusilectra é a representante<br />

para os merca<strong>dos</strong> Português,<br />

Espanhol e Angolano das ferramentas<br />

manuais e pneumáticas<br />

Jonnesway.<br />

A vasta gama de ferramentas Jonnesway inclui desde<br />

chaves de pequenas dimensões para aplicação na<br />

indústria eléctrica e electrónica e indústria de precisão,<br />

até chaves de grandes dimensões e eleva<strong>dos</strong> apertos<br />

para a indústria pesada.<br />

Para além disso, possui também uma gama variada<br />

do mesmo tipo de chaves para aplicação no sector automóvel,<br />

quer para máquinas industriais e veículos pesa<strong>dos</strong>,<br />

quer para veículos comerciais ligeiros e veículos<br />

ligeiros de passageiros.<br />

Assim, desta vasta gama de chaves de impacto, destacam-se<br />

diversos modelos. Para veículo ligeiros:<br />

JAI-0501K – Máquina de impacto de 1/2” com kit<br />

chaves (Mecanismo de 2 percutores; Quadra de 1/2”<br />

(12,7mm); Rotações em vazio: 7.000 rpm; Torque máximo:<br />

610Nm, Peso: 2,66kg);<br />

JAI-0924 – Máquina de impacto de 1/2” (Compósito;<br />

Mecanismo de 2 percutores; Quadra de 1/2”<br />

(12,7mm); Rotações em vazio: 8.500 rpm; Torque máximo:<br />

1.215Nm (desaperto) 1.148Nm (aperto); Peso:<br />

1,94kg)<br />

Veículos comerciais e veículos todo-o-terreno:<br />

JAI-0926 – Máquina de impacto de 3/4” (Compósito;<br />

Mecanismo de 2 percutores; Quadra de 3/4”<br />

(19mm); Rotações em vazio: 5.750 rpm; Torque máximo:<br />

1.626Nm; Peso: 3,15kg).<br />

JAI-6212K – Máquina de impacto de 3/4” com kit<br />

chaves (Mecanismo pin clutch; Quadra de 3/4”<br />

(19mm); Rotações em vazio: 4.800 rpm; Torque máximo:<br />

1.086Nm; Peso: 4,9kg).<br />

Veículos pesa<strong>dos</strong> e máquinas industriais:<br />

JAI-6276 – Máquina de impacto de 1” (Veio curto;<br />

Mecanismo de 2 percutores; Quadra de 1” (25,4mm);<br />

Rotações em vazio: 4.000 rpm; Torque máximo:<br />

2.439Nm; Peso: 10,6kg).<br />

JAI-6276L – Máquina de impacto de 1” (Veio longo;<br />

Mecanismo de 2 percutores; Quadra de 1”<br />

(25,4mm); Rotações em vazio: 4.000 rpm; Torque máximo:<br />

2.439Nm; Peso: 12,2kg).<br />

Como complemento à gama de chaves de impacto,<br />

a Jonnesway disponibiliza também ao sector automóvel<br />

diversos jogos de chaves de torque e impacto para<br />

aperto e desaperto rápido.<br />

MONTENEGRO,<br />

FERNANDES & Cª S.A.<br />

TengTools<br />

Telefone: 224 664 540<br />

A Montenegro, Fernandes<br />

& C S.A. através da sua<br />

representada Teng Tools<br />

lançou muito recentemente<br />

a sua gama de Roquetes e<br />

Chaves de Impacto.<br />

72<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


DOSSIER<br />

No que às chaves de impacto diz respeito a gama<br />

contempla para já duas ofertas distintas. Um <strong>dos</strong> modelos<br />

é o TA1221M, uma chave de impacto com uma<br />

quadra 1/2”, constituído por 21 peças. Possui encaixe<br />

para porcas M10-M18 e três etapas de troção de 400 a<br />

665 Nm. Este equipamento possui um peso de 2,6 kg<br />

e uma barra de extensão de 5”. O outro equipamento<br />

é o TA1221C, também com uma quadra de 1/2”, estando<br />

incluíndo num conjunto de 21 peças, sendo<br />

construído em material compósito.<br />

SARRAIPA<br />

Kuken<br />

Telefone: 244 819 060<br />

A empresa de Leiria<br />

tem na sua vasta gama<br />

de equipamentos as<br />

pistolas de impacto da<br />

Kuken.<br />

Um <strong>dos</strong> destaques<br />

desta marca vai para<br />

a tecnologia “N-Type<br />

Impact” que é um sistema inovador de embraiagem<br />

sem martelo.<br />

Com este sistema consegue-se obter um melhor desempenho<br />

da pistola de impacto e ser mais fácil de<br />

operar através da redução substancialmente as vibrações.<br />

É também uma pistola mais leve, com grande potência,<br />

muito fiável, mais silenciosa e com um reduzido<br />

consumo de ar.<br />

São diversos os modelos que dispõem desta tecnologia,<br />

que vão <strong>dos</strong> equiapmentos para veículos ligeiros<br />

até aos veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />

SNA EUROPE<br />

Bahco<br />

Telefone: 252 650 130<br />

A Bahco iniciou a sua<br />

produção de ferramentas<br />

pneumáticas em<br />

1950.<br />

Como marca pertencente<br />

ao grupo Snap-on<br />

e aproveitando todas as<br />

sinergias existentes no grupo, foi durante 2010 que relançou<br />

uma gama de sucesso com ferramentas leves,<br />

silenciosas e modernas.<br />

A gama de pistolas de impacto Bahco foi especialmente<br />

desenhada para os profissionais do sector automóvel<br />

<strong>dos</strong> serviços pós venda e manutenções industriais.<br />

Consiste numa gama de pistolas de impacto<br />

bem como outras ferramentas como aparafusadores,<br />

roquetes, lixadeiras, etc.<br />

As pistolas de impacto são a categoria mais importante<br />

dentro das ferramentas pneumáticas A gama<br />

Bahco hoje consiste em 6 diferentes modelos, desde a<br />

leve e poderosa BP816 de 3/8”, passando pela poderosa<br />

BP900L 1" de eixo longo para camiões, a mais vendida<br />

BP815 de 1/2” com 825 Nm e com baixo peso<br />

somente 1.95 kg.<br />

As chaves e acessórios de impacto da gama Bahco<br />

possui hoje a maior oferta no mercado com chaves,<br />

desde as standard 3/8", 1/2", 3/4", 1" curtas e longas<br />

até às não convencionais 1.1/2" e para camiões Volvo,<br />

Scania ou BPW.<br />

Igualmente nos acessórios a gama cresce com a<br />

oferta de cardans até 1.1/2"-1.1/2" ou adaptadores<br />

1.1/2"-2.1/2".<br />

TECNIVERCA<br />

M7<br />

Telefone: 219 584 273<br />

A M7 desenvolve, projecta<br />

e distribui ferramentas<br />

para maximizar a produtividade<br />

e melhorar o conforto <strong>dos</strong> operadores, através<br />

de equipamentos que ofereçam maior ergonomia ao<br />

utilizador, ferramentas e equipamentos confortáveis,<br />

leves e eficientes.<br />

Os equipamentos M7 são fiáveis e eficientes tornando<br />

fáceis as tarefas difíceis. O crescimento da M7 assenta<br />

na inovação e aposta na qualidade e durabilidade<br />

<strong>dos</strong> produtos. To<strong>dos</strong> os produtos e equipamentos são<br />

certifica<strong>dos</strong> ISO e CE.<br />

Para atender aos padrões internacionais de qualidade<br />

a M7 investe tempo e recursos no desenvolvimento<br />

de um completo controlo de qualidade, assegurando<br />

que to<strong>dos</strong> os produtos atinjam as maiores exigências e<br />

a total satisfação do cliente.<br />

Os equipamentos testa<strong>dos</strong> pela M7 incluem: Fadiga,<br />

testes digitais de torque, testes multi-funcionais, testes<br />

multi-functional, testes de eficiência, testes computoriza<strong>dos</strong>,<br />

run-out testers, digital measuring projectors, testes<br />

ambientais, testes de desbaste e polimento, testes de<br />

infra-vermelhos, testes de vibração e testes de ruído.<br />

A M7 adquiriu da KingTony muitos anos de experiência<br />

no desenvolvimento, fabrico, promoção e assistência<br />

de produtos e equipamentos para o mercado<br />

mundial Mighty Seven pertencente ao Grupo KingTony.<br />

A gama de produtos é por isso adequada a todo o<br />

tipo de necessidades do sector oficinal, destacando-se<br />

os modelos entrada de gama como o NC-4210, NC-<br />

4217, NC-4230 e NC-4216. m<br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 73


SERVIÇO<br />

Montar e equilibrar pneus<br />

Como proteger pessoas e equipamentos<br />

Muito já foi escrito sobre as vantagens de uma montagem correcta do pneu e da posterior<br />

operação de equilíbrio. Mas é igualmente importante garantir a segurança <strong>dos</strong> operadores<br />

durante os procedimentos de montagem e equilíbrio.<br />

Embora pareça que já não é possível evoluir mais,<br />

a verdade é que a margem de progresso nos procedimentos<br />

de segurança no trabalho com pneus<br />

ainda é enorme.<br />

Nos parágrafos seguintes, iremos referir dez maneiras<br />

de aumentar a segurança de operadores e equipamentos,<br />

dois factores com impacto directo na gestão e<br />

na rentabilidade do negócio.<br />

1 - VERIFICAR E AFINAR AS MÁQUINAS<br />

As máquinas de montar e equilibrar pneus devem<br />

estar protegidas por programas de verificações e operações<br />

de manutenção regulares, de forma a poderem<br />

dar o máximo rendimento em qualquer oportunidade.<br />

As empresas fornecedoras de equipamentos por<br />

vezes encarregam-se desses serviços, o que poderá ter<br />

vantagem para o negócio. De qualquer modo, os operadores<br />

que trabalham com as máquinas devem ter<br />

acesso a formação que permita saber como verificar,<br />

afinar e efectuar a correcta manutenção das máquinas<br />

com as quais estão em permanente contacto, a fim de<br />

poderem detectar anomalias em fase inicial e de poderem<br />

evitar avarias e riscos para si próprios.<br />

É da máxima importância que não surjam problemas<br />

e surpresas durante a montagem do pneu, não só<br />

para evitar danos no pneu, como para prevenir perdas<br />

de tempo e demoras para o condutor do carro. No<br />

caso de haver etiquetas com instruções de uso e avisos<br />

de segurança na própria máquina, estas devem estar<br />

bem limpas e perfeitamente visíveis.<br />

Por outro lado, os operadores não devem tentar forçar<br />

as máquinas a darem mais do que as suas características<br />

permitem, porque o funcionamento <strong>dos</strong> equipamentos<br />

e os seus ritmos estão estuda<strong>dos</strong> para garantirem<br />

a segurança e evitarem danos.<br />

2 - USAR EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO<br />

Os operadores devem usar os elementos de protecção<br />

pessoal recomenda<strong>dos</strong> legalmente, como é o caso<br />

de óculos de segurança, fatos de trabalho adequa<strong>dos</strong> e<br />

calçado com biqueira de aço, assim como luvas profissionais<br />

e capacete de protecção sempre que for aconselhável.<br />

O argumento de que os equipamentos de protecção<br />

pessoal prejudicam o rendimento do trabalho é totalmente<br />

despropositado, porque os poucos minutos<br />

que um trabalhador pode ganhar por dia ao trabalhar<br />

"livre", podem transformar-se facilmente em meses de<br />

baixa médica, com to<strong>dos</strong> os inconvenientes e prejuízos<br />

daí resultantes. Ninguém sabe quando um pneu<br />

vai rebentar, cair ou sair disparado de uma máquina<br />

em movimento. Além disso, os operadores não devem<br />

ter objectos pendentes da roupa, nem estar com esta<br />

desapertada, a fim de reduzirem o risco de serem “puxa<strong>dos</strong>"<br />

pelas máquinas.<br />

Além do mais, a utilização de material de protecção<br />

pessoal é um <strong>dos</strong> critérios incontornáveis de certificação<br />

de qualidade e da imagem de eficiência e qualificação,<br />

que as empresas de hoje devem procurar em qualquer<br />

situação.<br />

74<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


SERVIÇO<br />

Os operadores que trabalham<br />

com as máquinas devem ter<br />

acesso a formação que permita<br />

saber como verificar, afinar e<br />

efectuar a correcta manutenção<br />

<strong>dos</strong> equipamentos.<br />

3 - JANTES E PNEUS COMPATÍVEIS<br />

Antes de montar o pneu, é indispensável confirmar as<br />

dimensões do pneu e da respectiva jante, para o caso de<br />

ter ocorrido algum lapso ou engano. Este procedimento<br />

de trabalho deve ser uma regra inviolável da empresa,<br />

porque falhas deste tipo podem provocar acidentes de<br />

maior ou menor gravidade, dependendo das circunstâncias.<br />

Um pneu menor do que a jante entra facilmente<br />

nesta, mas pode provocar um rebentamento de consequências<br />

imprevisíveis, ao encher o pneu após a montagem.<br />

Por outro lado, o pessoal de armazém deve ter formação<br />

para interpretar rigorosamente os símbolos do<br />

pneu, designadamente as medidas e os códigos de velocidade<br />

e carga. Nenhuma empresa de pneus quer receber<br />

um pedido de indemnização, porque um pneu mal<br />

escolhido provocou um acidente rodoviário.<br />

4 - JANTES VISTAS À LUPA<br />

Ao desmontar e montar pneus, as jantes devem ser<br />

rigorosamente inspeccionadas, porque há muitos defeitos<br />

graves que passam despercebi<strong>dos</strong> a uma rápida<br />

mera inspecção visual. Entre estes, estão as deformações<br />

imperceptíveis visualmente, a oxidação em pontos<br />

menos visíveis e as fendas ou rachadelas.<br />

Em certos casos, os operadores podem cair na tentação<br />

de dar pressão excessiva (acima de 40 psi) a um<br />

pneu que não assenta à primeira vez numa jante defeituosa,<br />

podendo provocar um acidente.<br />

É um procedimento básico de segurança reparar ou<br />

substituir todas as jantes com danos ou anomalias,<br />

sendo além disso um factor adicional de facturação<br />

para o negócio e um serviço de valor acrescentado para<br />

o cliente.<br />

5 - POSICIONAMENTO CORPORAL<br />

As mãos e os de<strong>dos</strong> devem manter-se afasta<strong>dos</strong> do<br />

pneu e da jante, durante a montagem, especialmente<br />

da zona entre o talão do pneu e a jante. Qualquer movimento<br />

inoportuno, como uma escorregadela e/ou<br />

desequilíbrio, pode provocar um acidente grave. Além<br />

disso, ao encher o pneu para provocar o seu assentamento<br />

na jante, qualquer parte do corpo do operador<br />

deve estar afastada do pneu e da jante, especialmente a<br />

cabeça e as mãos. Há equipamentos que possuem protecções,<br />

atrás das quais os operadores se podem recolher,<br />

durante o processo de enchimento <strong>dos</strong> pneus.<br />

6 - DESMONTAR SÓ PNEUS SEM AR<br />

É um procedimento normal desmontar o interior<br />

da válvula, antes de proceder à desmontagem do<br />

pneu. Isso no entanto não é suficiente, porque pode<br />

haver um defeito no corpo da válvula ou uma obstrução<br />

desta por impurezas, que impeçam a saída total do<br />

ar. Ao aliviar os talões com pressão dentro <strong>dos</strong> pneus,<br />

a máquina sofre esforços suplementares, podendo a<br />

restante pressão ainda ser suficiente para fazer saltar o<br />

pneu, com os riscos que isso implica. Também não<br />

convém fumar ou foguear ao desmontar pneus, porque<br />

muitas vezes há gases inflamáveis no seu interior,<br />

que podem explodir.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 75


SERVIÇO<br />

Montar e equilibrar pneus<br />

Ao desmontar e montar pneus, as jantes<br />

devem ser rigorosamente inspeccionadas,<br />

porque há muitos defeitos graves que<br />

passam despercebi<strong>dos</strong> a uma rápida mera<br />

inspecção visual.<br />

As mãos e os de<strong>dos</strong> devem<br />

manter-se afasta<strong>dos</strong> do<br />

pneu e da jante, durante a<br />

montagem, especialmente<br />

da zona entre o talão do<br />

pneu e a jante.<br />

7 - NUNCA FORÇAR A MONTAGEM<br />

Se o talão do pneu não vai ao sítio que lhe pertence,<br />

há alguma coisa que não está bem. Este é o princípio<br />

do qual devemos sempre partir.<br />

A solução correcta consiste em esvaziar novamente<br />

o pneu, verificar outra vez o pneu e a jante ao milímetro,<br />

lubrificar os dois talões mais uma vez, para tentar<br />

uma nova montagem.<br />

Se ainda assim o pneu resistir à montagem, o passo<br />

seguinte é contactar o fabricante do pneu e possivelmente<br />

a marca do veículo.<br />

Há sempre uma falha possível no controlo de qualidade<br />

e outro pneu da mesma medida pode ser montado<br />

com a maior das facilidades, como é normal.<br />

8 - NUNCA TIRAR A PROTECÇÃO DA RODA<br />

Todas as máquinas de equilibrar rodas actuais possuem<br />

uma protecção em material plástico resistente,<br />

que evita que o pneu (roda) possa sair disparado, em<br />

caso de alguma avaria inesperada.<br />

Além disso, a referida protecção evita que a deslocação<br />

do ar da roda ao girar faça voar papéis e outros objectos<br />

leves.<br />

Além dessa precaução, é conveniente comprar máquinas<br />

com função automática de aperto da roda ou<br />

sensores de aperto, que evitam que a roda seja lançada,<br />

caso não esteja correctamente apertada.<br />

9 - MONTAR PESOS CERTOS E FIXAR BEM<br />

Em termos de segurança, é fundamental que os pesos<br />

de equilibrar rodas sejam aplica<strong>dos</strong> com o peso<br />

correcto exacto e fiquem bem fixos na roda.<br />

Se isso não acontecer, porque o trabalho está a ser<br />

efectuado à pressa (erro...) ou com falta de atenção<br />

(outro erro…), o operador pode ser atingido pelos pesos<br />

e ficar ferido.<br />

Não se recomenda o uso de pesos usa<strong>dos</strong>, porque<br />

há a possibilidade da respectiva fixação não estar a<br />

100%, nem de materiais que não estejam homologa<strong>dos</strong><br />

por lei, pois dão erros na pesagem.<br />

10 - MANTER O RITMO<br />

A oficina deve ter o serviço planificado de modo a<br />

que cada operação seja efectuada no tempo devido e<br />

com total segurança.<br />

Ao tentarem "recuperar" atrasos, os operadores podem<br />

ser leva<strong>dos</strong> a saltar etapas do trabalho e a falhar<br />

procedimentos de segurança, para tentarem economizar<br />

tempo. Apesar disso, os lucros em termos de tempo<br />

são mínimos e os riscos atingem pontos máximos,<br />

que às vezes provocam acidentes pessoais e danos no<br />

equipamento. Mais vale atender 5 clientes com toda a<br />

segurança do que 6 fora do controlo. É mais rentável e<br />

prolonga a vida e saúde das pessoas.<br />

Proteger e rentabilizar investimentos<br />

Quanto mais actualiza<strong>dos</strong> são os equipamentos de<br />

montar pneus e equilibrar rodas, mais produtividade,<br />

segurança e rentabilidade proporcionam, mas têm que<br />

ser rigorosamente manti<strong>dos</strong> na máxima perfeição, porque<br />

é a única forma de os rentabilizar.<br />

76<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


SERVIÇO<br />

• A mesa superior da máquina de montar pneus, os<br />

grampos de fixação e todas as superfícies de trabalho<br />

devem ser limpas com solvente em spray, pelo menos<br />

mensalmente.<br />

• O estado <strong>dos</strong> grampos de fixação deve ser verificado<br />

cuida<strong>dos</strong>amente, a fim de detectar dentes gastos ou<br />

parti<strong>dos</strong>.<br />

• O manómetro da pressão de pneus deve ser verificado<br />

to<strong>dos</strong> os dias e aferido uma vez por mês. Os manómetros<br />

podem ser afina<strong>dos</strong>, pelo que não há razão<br />

para estarem desafina<strong>dos</strong>.<br />

• Semanalmente, é necessário verificar o limitador de<br />

pressão e o nível de óleo da máquina.<br />

• Antes de começar a trabalhar, verificar diariamente<br />

se to<strong>dos</strong> os sistemas da máquina estão perfeitamente<br />

operacionais.<br />

• As máquinas de equilibrar rodas têm menos componentes<br />

móveis e são mais simples de verificar, mas<br />

necessitam igualmente de alguns cuida<strong>dos</strong>.<br />

• O ecrã da máquina deve estar bem limpo e visível. A<br />

sua limpeza pode ser efectuada com um pano sintético<br />

e um pouco de detergente líquido suave.<br />

• Os cones e adaptadores de rodas devem também estar<br />

limpos.<br />

Todas as máquinas de equilibrar rodas actuais possuem uma protecção em material plástico resistente,<br />

que evita que o pneu (roda) possa sair disparado, em caso de alguma avaria inesperada<br />

Eis aqui alguns pontos importantes da sua manutenção,<br />

revela<strong>dos</strong> por um fabricante destes equipamentos:<br />

• To<strong>dos</strong> os braços e ferramentas da máquina de montar<br />

pneus, assim como to<strong>dos</strong> os pontos em que existe<br />

contacto de metal com metal ou articulações, devem<br />

ser bem limpos com um spray de solvente regularmente<br />

e lubrifica<strong>dos</strong> de seguida com massa<br />

consistente de chassis.<br />

Uma boa máquina de montar pneus pode ter uma<br />

vida útil de cinco anos, mesmo numa oficina com altos<br />

volumes diários de serviço, desde que seja cuidada<br />

e operada adequadamente.<br />

As máquinas de equilibrar rodas, por seu turno, podem<br />

durar cerca de sete anos, nas mesmas condições<br />

de manutenção ideais.<br />

No entanto, as empresas com menos serviço prolongam<br />

a vida útil das máquinas, atingindo sete anos<br />

nas montadoras e dez anos nas máquinas de equilibrar.<br />

De qualquer modo, é preferível trocar as máquinas<br />

a partir do momento em que deixam de ter condições<br />

de segurança total, pois os riscos que provocam ultrapassam<br />

largamente a economia que pode ser conseguida<br />

ao conservá-las. Além disso, os custos e manutenção<br />

podem tornar-se mais eleva<strong>dos</strong> nesse período. m<br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 77


MERCADO<br />

Q&F<br />

Pirelli<br />

A Q&F representa a marca Pirelli, famosa pelo seu<br />

longo historial no mundo da competição automóvel,<br />

dispondo de produto tanto para provas de velocidade<br />

como para ralis ou todo-o-terreno.<br />

Para ralis de terra a oferta está compreendida entre<br />

a medidas 165 R14” a 225 R15”, com cinco misturas<br />

diferente e três tipos de pisos. Para ralis de asfalto a<br />

Q&F disponibiliza pneus 160 R14” a 235 R18”, com<br />

sete misturas diferentes e quatro tipos de piso.<br />

No todo-o-terreno a oferta é unicamente na medida<br />

235 R16”, mas com três tipos de misturas e 3 tipos<br />

de piso.<br />

Uma referência para os pneus para circuito (velocidade)<br />

nas medidas 160 R13” a 295 R19”, com<br />

nove misturas distintas e dois tipos de piso.<br />

Transit Trophy, Open de Ralis, Campeonato de<br />

Portugal de Ralis, Desafio Modelstand (Troféu Peugeot<br />

206), Campeonato <strong>dos</strong> Açores de Rali, Campeonato<br />

da Madeira, entre outros campeonatos regionais<br />

de ralis são as competições onde a Q&F tem<br />

estado presente com os pneus Pirelli.<br />

De momento a Q&F é fornecedora exclusiva para<br />

o jovem troféu Transit Trophy que tem dado imenso<br />

que falar. Um troféu extremamente exigente para<br />

os pneus devido ao elevado peso das carrinhas em<br />

questão, onde a Pirelli desde cedo apresentou ser a<br />

escolha acertada para este desafio.<br />

Um outro troféu com imensa visibilidade é o Desafio<br />

Modelstand, que este ano contará com cerca<br />

de 20 participantes. Um troféu extremamente competitivo<br />

e cativante onde a Q&F estará presente com<br />

a Pirelli.<br />

Nesta fase a Q&F tem alguns projectos em negociações,<br />

contudo, já se pode avançar que a Pirelli será<br />

o fornecedor oficial para a Citroen (no Challenge de<br />

Ralis com os C2 R2 Max e DS3 R3T) até 2013.<br />

A Q&F faz toda a cobertura, com camião e assistência,<br />

nos campeonatos/troféus que fornece de forma<br />

exclusiva. Nos restantes onde não seja possível<br />

estar presente, fornece directamente as equipas, com<br />

respectiva informação, antes das provas em questão.<br />

“O mercado de competição automóvel é de extrema<br />

importância para a Q&F. Possuímos interesse em<br />

aumentar de forma significativa o leque de oferta<br />

para os nossos clientes, com a disponibilização de<br />

produtos de elevada qualidade e reputação incontestável.<br />

Assim, representar uma marca como a Pirelli seria<br />

sem sombra de dúvida, a escolha óbvia para ocupar<br />

este lugar. A sua qualidade desde cedo se mostrou,<br />

com excelentes resulta<strong>dos</strong> logo no primeiro<br />

ano. Actualmente e com alguma maturidade no mercado<br />

português, esta marca possui já uma fatia considerável<br />

no volume de vendas da empresa”, refere Rui<br />

Sousa, responsável da Q&F para a competição. m<br />

RECAUCHUTAGEM 31<br />

Fedima<br />

A Recauchutagem 31 desenvove na sua fábrica<br />

em Alcobaça os pneus de competição da marca Fedima.<br />

Nesta marca de pneus recauchuta<strong>dos</strong>, estão disponíveis<br />

pneus para todo-o-terreno nas seguintes referências:<br />

Partner, F/Guide, F/A2 e Maxi-Grip, nas<br />

jantes 15’ e 16’. Para Trial a oferta é complementada<br />

pelos modelos Sirocco, Trial Adé, F/Cross, nas jantes<br />

15’ e 16’. Para as competições de Autocross, Ralicross<br />

e Ralis existem os pneus F4, F/KX, F/M7e<br />

F/OR, nas jantes 13’, 14’, 15’ e 16’, sendo que o<br />

pneus de asfalto (Tarmac) são os modelos F/N(seco)<br />

e F/T(molhado) nas jantes 13’, 14’, 15’, 16’ E 17’. Na<br />

categoria de Super Trucks a Recauchutagem 31 disponibiliza<br />

os F/Racing e F/Truck, nas jantes 22.5’.<br />

Muito presente nos TT e nos ralis em Portugal, os<br />

pneus Fedima, segundo a empresa, são utiliza<strong>dos</strong><br />

em geral em to<strong>dos</strong> os campeonatos e troféus onde<br />

não haja obrigatoriedade de utilização de outra marca,<br />

e para os quais tenham produtos apropria<strong>dos</strong>.<br />

Não sendo fornecedor exclusivo de qualquer<br />

competição, a Recauchutagem 31 apoiou oficialmente<br />

o piloto Nuno Matos, Campeão Mundial da<br />

Taça FIA de Bajas em T2, 2010.<br />

Em termos de canais de distribuição <strong>dos</strong> pneus<br />

Fedima, a Recauchutagem 31 vende os seus produtos<br />

através de preparadores, lojas online, lojas e espaços<br />

comerciais especialistas em componentes relaciona<strong>dos</strong><br />

com competição nos vários segmentos,<br />

TT e Asfalto, e postos de assistência de pneus.<br />

Para a Recachutagem 31 a presença na competição<br />

funciona como “a projecção de marca, qualidade, segurança<br />

e laboratório permanente de produto. Cumprir<br />

com as expectativas do utilizador na competição<br />

repercute-se em know-how e mais-valia na concepção<br />

de um produto para o dia-a-dia que é também o<br />

nosso mercado”, refere Joana Marques, do departamento<br />

de Marketing da Recauchutagem 31. m<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 79


MERCADO<br />

<strong>Pneus</strong> competição automóvel<br />

RECAUCHUTAGEM NORTENHA<br />

Nortenha<br />

Para além <strong>dos</strong> pneus novos da BF Goodrich e da<br />

Avon, a Recauchutagem Nortenha disponibiliza para<br />

competição os pneus de marca própria Nortenha.<br />

A gama de pneus de competição é composta por<br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong> para asfalto e para pisos de terra<br />

na seguintes referências: 165/70R13 terra; 165/65R13<br />

asfalto; 165/65R14 terra; 175/70R14 terra;<br />

185/65R15 terra; 195/50R15 asfalto.<br />

De forma exclusiva os pneus Nortenha equipam<br />

to<strong>dos</strong> os carros do Desafio Único FEUP, que faz correr<br />

os Fiat Uno e Punto nas pistas, como o Troféu<br />

Fiat(e) em Nós e Acelera, uma competição monomarca<br />

de ralis que utiliza os Fiat Uno e ainda o Troféu<br />

Fastbravo, uma competição monomarca onde diversos<br />

piloto competem nas provas do Open de Ralis<br />

ao volante <strong>dos</strong> antigos Seat Marbella.<br />

Os pneus Nortenha são comercializa<strong>dos</strong> na rede<br />

própria da Recauchutagem Nortenha como também<br />

através da sua rede de revendedores.<br />

A presença da Recauchutagem Nortenha na competição,<br />

com os pneus Nortenha, ajuda, na opinião<br />

de António Gomes, administrador da empresa “a<br />

desmistificar a falta de qualidade que ainda está muito<br />

associada aos recauchuta<strong>dos</strong>, testar que mesmo sujeitos<br />

a condições extremas de exigência têm resposta<br />

muito positiva, mas também corresponder às necessidades<br />

desse tipo de mercado onde sempre tivemos<br />

tradição de estar presentes”. m<br />

SPO<br />

SOCIDADE DE PNEUS<br />

DO ORIENTE<br />

Kumho<br />

A SPO tem a responsabilidade de comercializar<br />

em Portugal to<strong>dos</strong> os pneus Kumho, inclusivamente<br />

os de competição.<br />

A gama de pneus de competição da Kumho, para<br />

o mercado português, é exclusivamente dedicada às<br />

provas de ralis, apesar de a Kumho Motorsport ter<br />

também pneus para provas de velocidade.<br />

A lista de medidas, tipo de pisos e composto de<br />

borracha é extensa. Basicamente existem 7 compostos<br />

de borracha (K09 o mais duro até ao K10 que é<br />

super macio), dividi<strong>dos</strong> por 7 tipos de pisos e dimensões<br />

para todas as necessidades.<br />

Em Portugal os pneus Kumho utilizam-se oficialmente<br />

no Campeonato Portugal de Ralis, Campeonato<br />

Portugal de Ralis 2L/2RM, Campeonato Open<br />

de Ralis e nos diversos Campeonatos Regionais de<br />

Ralis.<br />

Em 2010 a Kumho apoiou diversos equipas, situação<br />

que em <strong>2011</strong> se irá manter, com destaque<br />

para o Team Rodinunes e o Team BP Ultimate<br />

Kumho Tyres.<br />

Os pneus Kumho podem ser adquiri<strong>dos</strong> directamente<br />

ao importador, ou então através de diversos<br />

retalhistas de pneus que se especializaram neste tipo<br />

de oferta (Auto Pamplona, Roady Portimão, a Nova<br />

Vulcanizadora de J. M. Lamúria, Lda, entre outros).<br />

“A comercialização <strong>dos</strong> nossos pneus de competição<br />

no mercado nacional pretende contribuir para a<br />

projecção e incremento da notoriedade da marca<br />

Kumho Tyres em Portugal, facto que já acontece em<br />

toda a Europa”, diz Humberto Matos, responsável<br />

máximo da marca em Portugal. m<br />

80<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


MERCADO<br />

SPORT PNEUS<br />

Michelin, BF Goodrich<br />

A Sport <strong>Pneus</strong> é distribuidora oficial, para todo o<br />

país, <strong>dos</strong> pneus de competição Michelin e BF Goodrich.<br />

A gama de competição de pneus Michelin destina-se<br />

para provas de asfalto de velocidade, enquanto<br />

na marca BF Goodrich estão disponíveis os pneus<br />

para ralis (asfalto e terra) e os pneus para Todo-o-<br />

Terreno.<br />

Por isso os pneus destas duas marcas são usa<strong>dos</strong><br />

de uma maneira geral em todas as competições automóvel<br />

que se realizam no nosso país, nas suas várias<br />

vertentes, tais como velocidade, ralis, ralicross, autocross,<br />

rampas e todo-o-terreno.<br />

“De uma maneira geral os pneus são comercializa<strong>dos</strong><br />

pela Sport <strong>Pneus</strong> junto <strong>dos</strong> pilotos e por outras<br />

casas da especialidade, nossas clientes em todo o<br />

país”, refere João Magalhães, responsável da Sport<br />

<strong>Pneus</strong>, adiantando que “o trabalho desenvolvido<br />

pela nossa empresa, na comercialização de pneus de<br />

competição tem sido feito com muito empenho, dedicação<br />

e profissionalismo, ao longo destes 32 anos”.<br />

Ao longo destes anos a Sport <strong>Pneus</strong> tem contribuído<br />

para que diversos pilotos e marcas conseguissem<br />

inúmeras vitórias nos mais diversos campeonatos.<br />

“O termos sido nomea<strong>dos</strong> distribuidores exclusivos,<br />

para todo o país, de toda a gama de competição, por<br />

um <strong>dos</strong> maiores fabricantes mundiais de pneus, o<br />

Grupo Michelin, foi para nós um grande orgulho,<br />

pois vimos assim o reconhecimento do nosso trabalho”<br />

afirma o mesmo responsável.<br />

Para concluir, João Magalhães refere ainda que “a<br />

experiência acumulada na competição tem sido também<br />

muito importante no aconselhamento <strong>dos</strong> nossos<br />

clientes no dia-a-dia”. m<br />

YOKOHAMA IBÉRIA, S.A<br />

Yokohama<br />

Uma das preocupações da Yokohama é poder<br />

corresponder com aquilo que o cliente de competição<br />

procura em pneus. No caso das provas de asfalto<br />

a Yokohama tem pneus para piso frio, médio e<br />

quente para jantes de 12 a 18 polegadas.<br />

Durante o ano de 2010, a Yokohama foi fornecedora<br />

oficial de pneus para o WTCC (World Touring<br />

Car Championchip) e para a Supercopa Seat<br />

Leon (qualquer deles esteve presente em Portugal<br />

em 2010). Quer no WTCC quer na Supercopa utilizaram-se<br />

os pneus A005 (seco) e A006 (molhado).<br />

A distribuição <strong>dos</strong> pneus de competição Yokohama<br />

é feita em Portugal através <strong>dos</strong> retalhistas clientes<br />

da marca.<br />

“Os pneus da Yokohama para competição têm<br />

uma grande aceitação por parte <strong>dos</strong> profissionais<br />

que reconhecem a elevada qualidade <strong>dos</strong> mesmos”,<br />

diz Elena Estévez, Marketing Assistent da Yokohama<br />

Ibéria.<br />

Para a Yokohama a competição também serviu<br />

não só para desenvolver pneus de elevado rendimento<br />

mas também desenvolver produtos ecologicamente<br />

evoluí<strong>dos</strong>. A prova disso, diz Elena Estévez,<br />

“é que em 2010, os pneus usa<strong>dos</strong> no WTCC<br />

são na realidade eco-pneus que permitem preservar<br />

o meio ambiente. Este pneus não reduzem a prestação<br />

<strong>dos</strong> mesmos em competição, tendo sido elabora<strong>dos</strong><br />

com uma mistura de borracha e óleos à base<br />

de produtos naturais, como é o óleo Laranja. Este<br />

produto actua sobre a borracha tornando-a mais flexível,<br />

melhorando a tracção ao asfalto”.<br />

Refira-se que esta tecnologia não está só disponível<br />

na competição, tendo a Yohoama usado a mesma<br />

na sua gama de pneus de turismo. m<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 81

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