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DOSPNEUS<br />
REVISTA<br />
REVISTA INDEPENDENTE DE PNEUMÁTICOS E SERVIÇOS RÁPIDOS<br />
Acontecimento<br />
PNEU<br />
DO ANO <strong>2011</strong><br />
Retomando a iniciativa do Troféu “Pneu do Ano”<br />
realizada em 2010, voltámos este ano a<br />
convidar as marcas de pneus a participarem<br />
nesta iniciativa com os seus melhores produtos.<br />
Conheça nesta edição os candidatos ao Troféu<br />
Pneu do Ano <strong>2011</strong> em Portugal.<br />
Nº 12 • JANEIRO <strong>2011</strong> • ANO III • 5 EUROS<br />
PUB<br />
Darío Vicario<br />
Director-Geral<br />
da Goodyear<br />
Dunlop Ibéria<br />
Manuel Olivares<br />
Director de<br />
Marketing<br />
Turismo da<br />
Michelin<br />
Portugal e<br />
Espanha<br />
Reportagem<br />
Visita à fábrica<br />
Continental<br />
Mabor<br />
A YOKOHAMA fornece os pneus ADVAN para o FIA WTCC <strong>2011</strong><br />
Dossier<br />
CHAVES<br />
DE IMPACTO<br />
Ferramenta<br />
essencial
NOTÍCIAS<br />
Maxilub na internet<br />
A Maxilub é uma empresa que tem desenvolvido<br />
a sua actividade na área <strong>dos</strong> lubrificantes.<br />
Por forma a ir de encontro às necessidades <strong>dos</strong><br />
clientes e potenciais clientes, a Maxilub passou a ter<br />
presença na internet.<br />
Neste site, muito simpes de consulta, a empresa<br />
tem disponível alguma informação sobre os produtos<br />
que comercializa bem como as respectivas marcas<br />
que representa.<br />
De momento ainda não se podem fazer vendas<br />
online, mas segundo Coelho Abrantes, gerente da<br />
empresa, “já recebemos muitos clientes pela internet,<br />
por isso é importante este site da Maxilub”.<br />
Para fazer uma visita basta digitar no computador<br />
www.maxilub.pt.<br />
Calendário Pirelli <strong>2011</strong><br />
O Calendário Pirelli <strong>2011</strong>, agora na sua 38.ª edição,<br />
foi apresentado num evento decorreu no Teatro Stanislavsky<br />
e Nemirovich-Danchenko, prestigiado palco<br />
russo, onde ao longo de mais de 90 anos de história foram<br />
apresentadas óperas e ballets que se tornaram parte<br />
do acervo artístico do país.<br />
Depois da China, imortalizada por Patrick Demarchelier<br />
na edição de 2008, do<br />
Botswana retratado por Peter<br />
Beard em 2009, e do Brasil de<br />
Terry Richardson em 2010,<br />
”The Cal” <strong>2011</strong> foi assinado<br />
pelo génio criativo de Karl Lagerfeld,<br />
artista e figura polivalente<br />
e, principalmente, esteta<br />
celebrado no mundo inteiro.<br />
No seu estúdio parisiense,<br />
Karl Lagerfeld deu vida a “Mythology”, um calendário<br />
que reflecte uma das suas paixões mais profundas, a<br />
das lendas e mitos da mitologia greco-romana, que<br />
conta a origem do homem e do mundo através das<br />
aventuras de deuses e deusas, heróis e heroínas. Numa<br />
viagem ao passado, através da linguagem universal da<br />
fotografia, “Mythology” leva-nos de volta para as raízes<br />
da civilização clássica e reaproxima o Calendário<br />
Pirelli do Velho Continente, onde há quase 140 anos<br />
foram iniciadas as actividades de uma companhia que<br />
se tornou uma multinacional que hoje opera em mais<br />
de 160 países.<br />
Nas 36 imagens que constituem o Calendário <strong>2011</strong>,<br />
são retrata<strong>dos</strong> 24 temas, entre divindades, heróis e mitos.<br />
O olhar de Lagerfeld propõe-nos fotos “esculpidas”<br />
com rigor estético e referências constantes à arte<br />
da escultura e aos seus cânones clássicos. Todas as fotografias<br />
são em preto e branco, opção esta que imprime<br />
personalidade às imagens, realça a beleza <strong>dos</strong> corpos<br />
mediante o grande contraste cromático e, através<br />
do uso sábio das luzes, proporciona tridimensionalidade<br />
às imagens.<br />
Alberto Granadino entra<br />
para a Goodyear Dunlop Ibéria<br />
A Goodyear Dunlop Ibéria acaba de anunciar a integração de Alberto<br />
Granadino como novo Director da Divisão Comercial de Pesa<strong>dos</strong>,<br />
Agrários e Escavadoras, ocupando assim a posição deixada vaga<br />
por Juan Luis González.<br />
Alberto Granadino é engenheiro industrial, formado pela Universidade<br />
Politécnica de Madrid e tem um Master em Finance & Cost<br />
Control Management do Instituto de Empresa.<br />
Anteriormente desempenhou cargos em diversas áreas, em empresas<br />
de prestígio como o Grupo Alfaland, e o seu cargo anterior foi de<br />
Managing Director na Hune Maquinaria.<br />
A marca Rotalla representada em exclusivo pela empresa<br />
Aguesport, vai alargar a sua oferta aos pneus comerciais,<br />
com uma gama de 20 medidas de pneus, disponíveis<br />
a partir de Março de <strong>2011</strong>.<br />
Além <strong>dos</strong> pneus comerciais a gama de ligeiros estendeu-se<br />
em cerca de 30 novas medidas, dando seguimento<br />
à política de expansão.<br />
Em <strong>2011</strong> esta marca irá introduzir uma nova mistura<br />
de borracha no sentido de elevar os índices de aderência<br />
principalmente em pisos molha<strong>dos</strong>.<br />
Refira-se ainda que a Aguesport, no seguimento do<br />
Novas instalações<br />
Domingos & Morgado<br />
A Domingos & Morgado, empresa bem conhecida<br />
no mercado nacional que opera no sector da Jantes de<br />
Liga Leve e Equipamentos para Casas de <strong>Pneus</strong> e Oficinas<br />
Auto, acaba de mudar de instalações.<br />
Assim, devido à dinâmica de crescimento da Empresa<br />
e à necessidade de prosseguir a política de excelência<br />
junto <strong>dos</strong> seus Clientes, desde o dia 1 de Novembro<br />
que passou a operar a partir das suas novas instalações.<br />
Sitas na Via Central de Milheirós, distantes pouco mais de 1km das antigas instalações, reúnem excelentes<br />
condições para o desenvolvimento da Domingos & Morgado, tanto na vertente das Jantes de Liga Leve, como<br />
na <strong>dos</strong> equipamentos para casas de pneus e oficinas auto.<br />
Será, talvez, a área <strong>dos</strong> equipamentos a mais beneficiada com esta mudança de instalações, uma vez que lhe<br />
permitirá albergar um novo Centro de Formação. Embora não restrito ao sector <strong>dos</strong> equipamentos será, sem<br />
dúvida, este a retirar o maior partido do novo Centro de Formação, devido à necessidade de formar técnicos<br />
qualifica<strong>dos</strong> para operar com equipamentos cada vez mais sofistica<strong>dos</strong>.<br />
Completamente equipado e recorrendo às mais recentes tecnologias, o novo Centro de Formação constitui<br />
um pólo de excelência no relacionamento com os clientes da Domingos & Morgado, garantindo-lhes a possibilidade<br />
de uma formação contínua em diversos sectores da sua actividade.<br />
Rotalla alarga oferta aos comerciais<br />
fortalecimento da parceria implementada em 2010<br />
com a Continental, irá passar a distribuir os pneus Mabor<br />
e General Tire.<br />
Continental apresentam marcação M+S<br />
A revisão da lei rodoviária recentemente aprovada pela câmara alta do Parlamento alemão já produziu impacto<br />
no transporte rodoviário. Várias transportadoras francesas informaram o fabricante de pneus e fornecedor<br />
automóvel internacional Continental de que os seus camiões foram inspecciona<strong>dos</strong> durante a passagem<br />
pela Alemanha. O regulamento exige que, no futuro, sejam utiliza<strong>dos</strong> pneus M+S em to<strong>dos</strong> os autocarros<br />
com mais de oito lugares e em to<strong>dos</strong> os camiões com um peso superior a 3,5 toneladas quando as estradas estiverem<br />
cobertas com gelo, neve densa ou lama aquosa. A lei entrou<br />
em vigor no sábado, dia 4 de Dezembro. A Continental informou<br />
que to<strong>dos</strong> os seus pneus de tracção já apresentam a marcação M+S,<br />
pelo que cumprem automaticamente os novos requisitos legais da<br />
Alemanha.<br />
Para além <strong>dos</strong> pneus de tracção M+S, que agora são obrigatórios<br />
para transitar na Alemanha, a Continental fornece pneus com classificação<br />
de Inverno para a totalidade do tractor-reboque com os<br />
seus pneus Scandinavia de segunda geração. Isto inclui os pneus do<br />
reboque que são essenciais para a travagem. A segurança é também,<br />
como é óbvio, decisiva para as empresas de autocarros no Inverno.<br />
04<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
NOTÍCIAS<br />
Bridgestone em acção<br />
da BMW no Facebook<br />
A Bridgestone juntou-se à BMW numa acção de design<br />
no Facebook para o BMW Série 1. Os vencedores<br />
do concurso receberam um dia de treinos denominado<br />
BMW Driver juntamente com um workshop sobre<br />
pneus run-flat. O treino foi realizado em veículos<br />
BMW Série 1 equipa<strong>dos</strong> com Bridgestone Potenza<br />
RE050A run-flat, com a particularidade de em cada<br />
um <strong>dos</strong> pneus ter sido gravado a laser, os nomes <strong>dos</strong><br />
vencedores do concurso.<br />
A promoção, denominada "Splasher" convidou os<br />
utilizadores do Facebook para atirar tinta a um BMW<br />
Série 1, através de uma aplicação on-line, criando assim<br />
um design próprio de carroçaria. Cinco vencedores<br />
tiveram a oportunidade de verem seus projectos ganharem<br />
vida com adesivos forneci<strong>dos</strong> pela 3M em veículos<br />
BMWs reais, no BMW Driver Training Centre,<br />
no Aeroporto de Munique no passado dia 20 de Novembro.<br />
A Bridgestone levou uma oficina de pneus run-flat<br />
durante a tarde, juntamente com uma sessão prática<br />
na pista. Os vencedores do concurso testaram os carros<br />
com o pneu dianteiro esquerdo deflacionado, o<br />
pneu traseiro direito deflacionado e os quatro pneus<br />
com pressão normal. Os pilotos de ocasião foram capazes<br />
de ver como o controle e manuseamento foi<br />
mantido, mesmo enfrentando um "furo num pneu".<br />
Mais informações sobre os pneus run-flat podem ser<br />
encontradas em www.runflat.eu.<br />
Nova versão Autodata<br />
para pneus<br />
A Autodata lançou uma nova versão do seu software,<br />
específica para mudanças de pneus.<br />
Esta nova versão deste software inclui da<strong>dos</strong> de<br />
alinhamentos de pneus, tamanhos e pressão das rodas,<br />
bem como sistema de monitorização da pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus.<br />
A subscrição do Autodata para este serviço tem o<br />
valor de 136 euros, estando disponível online.<br />
Fendt premeia CGS Tyres com galardão “A”<br />
A AGCO concedeu a sua mais alta qualificação<br />
como fornecedor à CGS Tyres pelas entregas de <strong>Janeiro</strong><br />
a Dezembro de 2010.<br />
O Continental, pneu agrícola fabricado pela CGS<br />
Tyres, é montado nas séries de tractores AGCO<br />
Fendt 200 Vario – 900 Vario. Com o objectivo de<br />
melhorar os seus produtos, a AGCO avalia a qualidade<br />
<strong>dos</strong> seus fornecedores, logística, serviço ao cliente<br />
e protecção do meio ambiente, em to<strong>dos</strong> os quais a<br />
CGS Tyres recebeu a mais alta distinção. Em qualidade,<br />
uma qualificação “A” significa que 99,9 por cento<br />
das unidades entregues foram-no sem problemas.<br />
A CGS Tyres recebe a qualificação “A” desde 1999. “O nosso negócio principal é o <strong>dos</strong> pneus agrícolas e industriais”,<br />
disse Andrew Mabin, director de vendas e marketing da CGS Tyres. “Os fabricantes de maquinaria<br />
oferecem sempre uma oportunidade para um produtor de pneus”. A CGS Tyres aumentou as vendas ao grupo<br />
AGCO em 32%, comparando com 2009.<br />
Neumáticos Andrés forte nos pneus de moto<br />
Petronas lança<br />
Syntium 5000 FR<br />
Dando seguimento à sua política de desenvolvimento de novos<br />
produtos, a Petronas Lubricants acaba de alargar a gama Syntium<br />
com a introdução do Syntium 5000 FR, lubrificante sintético topo<br />
de gama, especialmente formulado para lubrificação de motores a<br />
gasolina e diesel das marcas Ford e Renault, apresentando características<br />
“Fuel Economy”, superando as normais europeias A5/B5.<br />
Graças à sua formulação desenvolvida com base na mais moderna<br />
tecnologia, o novo Syntium 5000 FR permite elevada redução<br />
<strong>dos</strong> atritos entre os componentes mecânico do motor, superior<br />
protecção contra o desgaste e consequente melhoria das prestações<br />
com redução <strong>dos</strong> consumos, assegurando ainda a máxima protecção<br />
do motor.<br />
O novo Syntium 5000 FR já está à venda no mercado nacional<br />
em embalagens de 1 e 5 litros, para além de bidões de 200 litros.<br />
A Neumáticos Andrés, distribuidor independente<br />
de pneus, no ano de 2010 vendeu mais de 10.000 unidades<br />
de pneus de moto.<br />
Começou com a Michelin há dois anos, adquirindo<br />
de pronto uma experiência neste ramo <strong>dos</strong> pneus de<br />
moto.<br />
Em 2010 a empresa passou a comercializar também<br />
pneus de outras das principais marcas, como Pirelli,<br />
Bridgestone, Dunlop e Metzeler.<br />
Ao aumentar o número de marcas, a empresa aumentou<br />
o número de unidades vendidas em pneus de<br />
moto ao longo do ano, passando de 2.500 unidades<br />
vendidas em 2009 para 10.000 unidades em 2010.<br />
A disponibilidade real <strong>dos</strong> seus armazéns e a distribuição<br />
em 24 horas para toda a Península Ibérica, também<br />
ajudou bastante nas vendas deste tipo de pneus<br />
em 2010.<br />
A empresa refere que num futuro muito próximo,<br />
irá ser um <strong>dos</strong> líderes do mercado espanhol em pneus<br />
de moto.<br />
Trelleborg reforça nos industriais<br />
A Trelleborg, através da sua área de negócio Trelleborg Wheel<br />
Systems, assinou um acordo para a aquisição do grupo britânico<br />
Watts que conta com 230 emprega<strong>dos</strong> e vendas anuais de 300<br />
milhões de SEK (coroas suecas).<br />
A Watts é actualmente uma das principais empresas a nível<br />
global no sector <strong>dos</strong> pneus industriais. Esta aquisição reforça a<br />
posição de liderança da Trelleborg e possibilitará uma maior expansão<br />
geográfica e presença no serviço pós-venda.<br />
Maurizio Vischi, Presidente de Trelleborg Wheel Systems<br />
afirmou: "Esta aquisição é um passo mais adiante na nossa estratégia<br />
de fortalecer e aumentar o posicionamento no mercado,<br />
gerando novas oportunidades de crescimento. Além disso, vai<br />
aumentar a eficiência de produção da nossa moderna fábrica do<br />
Sri Lanka com vantagens substanciais para os nossos clientes.”<br />
"Com a aquisição do Grupo Watts Tyre, a linha de pneus industriais<br />
da Trelleborg potencia a sua competitividade", comentou<br />
Maurizio Vischi. "Vamos ser ainda mais fortes no serviço<br />
pós-venda e teremos, por exemplo, acesso a um conceito de serviço<br />
bastante avançado que se denomina Interfit, que permite<br />
estreitar a relação entre o fabricante e o utilizador final”.<br />
06<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
NOTÍCIAS<br />
Goodyear recebe prémio<br />
por Pneu da Lua<br />
A NASA e a Goodyear Tire & Rubber Company<br />
receberam, recentemente, o Prémio R&D 100, por<br />
um pneu sem ar capaz de transportar veículos de<br />
grandes dimensões por grandes distâncias, na superfície<br />
de corpos celestiais como a Lua ou Marte.<br />
O pneu, desenvolvido no ano passado, é feito a<br />
partir de 800 molas de suporte e foi criado para veículos<br />
pesa<strong>dos</strong> que têm que percorrer maiores distâncias<br />
que o pneu de rede metálica (para o qual a Goodyear<br />
também contribuiu) usado anteriormente no Lunar<br />
Roving Vehicle (LRV). O novo pneu pode permitir<br />
uma exploração mais alargada e o desenvolvimento e<br />
manutenção de eventuais postos planetários. Pode<br />
também ter aplicações na Terra.<br />
De acordo com Vivake Asnani, o investigador principal para o projecto no Centro<br />
de Investigação Glenn da NASA em Cleveland, o pneu premiado para os prémios<br />
R&D 100 teve uma alteração significativa nos requisitos que necessitavam inovação.<br />
“Com os requisitos combina<strong>dos</strong> de aumento de carga, dimensão e vida, precisávamos<br />
de produzir uma alteração fundamental ao pneu original para a Lua,”<br />
comenta. “O que a equipa Goodyear-NASA desenvolveu foi uma rede inovadora,<br />
mas simples, de molas interligadas que permitem um bom resultado. O design do<br />
pneu parece quase óbvio em retrospectiva, como acontece com a maior parte <strong>dos</strong><br />
bons inventos.”<br />
PUB<br />
Norauto lança a “revisão oficial”<br />
A Norauto disponibiliza, nos seus centros auto, o novo serviço de Revisão<br />
Oficial que vai permitir a to<strong>dos</strong> os seus clientes fazer a manutenção automóvel<br />
sem perda da garantia oficial da marca, permitindo igualmente uma poupança<br />
no orçamento.<br />
Este novo serviço de manutenção automóvel personalizado é equivalente ao<br />
recomendado pelo fabricante com mais de 4.800 planos de Revisão automóvel e<br />
com uma base de da<strong>dos</strong> superior a 100.000 modelos de automóveis.<br />
Segundo o Regulamento (CE) nº 1400/2002, um automobilista pode realizar<br />
a manutenção do seu veículo fora <strong>dos</strong> concessionários oficiais sem perder a garantia<br />
do fabricante. Assim, desde o primeiro momento, um cliente tem liberdade<br />
para escolher onde deseja realizar a manutenção do seu veículo.<br />
Qualquer cliente, ao realizar a Revisão Oficial Norauto, tem a garantia de obter<br />
uma manutenção de qualidade personalizada com peças de qualidade equivalente<br />
às de origem a um preço baixo, seja qual for a marca, o modelo ou a idade<br />
do veículo.<br />
Para isso, poderá contar com equipamentos e ferramentas de última geração:<br />
tem à sua disposição máquinas de alinhamento 3D, diagnóstico electrónico, entre<br />
outros que permitem aos técnicos da oficina eliminar tempos improdutivos<br />
na revisão automóvel.<br />
A Revisão Oficial Norauto assenta sobre 3 pilares fundamentais: garante uma<br />
poupança considerável, ou seja, o cliente pode realizar a mesma revisão que faria<br />
na marca a um preço mais baixo; redução do tempo de espera: a Norauto garante<br />
a realização da revisão automóvel com ou sem marcação prévia e, finalmente, a<br />
utilização de peças de origem: a Norauto trabalha com as marcas <strong>dos</strong> maiores fabricantes<br />
de equipamento e utiliza peças de qualidade equivalente às de origem.<br />
Ainda a pensar num melhor serviço prestado ao cliente, a Norauto procedeu à<br />
informatização da oficina com utilização de PDA por parte <strong>dos</strong> técnicos, permitindo<br />
um atendimento mais profissional ao cliente e um seguimento mais eficaz<br />
das prestações na oficina.<br />
Poderá realizar uma simulação on-line em http://revisaooficial.norauto.pt.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 07
NOTÍCIAS<br />
GRA Massa Especial Antifricção<br />
A Mundialub, Comércio de Lubrificantes, Lda,<br />
lançou o GRA Massa Especial antifricção da Faher.<br />
Trata-se de uma massa semi-sintética em spray,<br />
grande aderência, resistente à força centrífuga para<br />
kits de transmissão, (corrente de motos, p.e.) e qualquer<br />
sistema de mecanismos abertos. Suporta altas<br />
temperaturas, excessos de fricção e contaminação<br />
(areia, lama, pó, água, etc.).<br />
Esta massa especial reforçada antifricção com<br />
PTFE micronizado, reduz a fricção e perdas de potência<br />
por falta de lubrificação nos kits de transmissão<br />
e correias. Suporta cargas elevadas e alta temperatura.<br />
Não descola. Repele a água do mar, pó, flui<strong>dos</strong><br />
corrosivos, agentes químicos correntes, terra e<br />
areia. Evita ferrugem e corrosão. Deixa uma película<br />
volumosa e lubrificante.<br />
Refira-se ainda que é um produto de fácil aplicação<br />
em acessos difíceis, que está disponível em embalagem<br />
aerossol de 400 ml.<br />
Hankook Tire<br />
aumenta capacidade na Hungria<br />
A Hankook anunciou que a nova<br />
fábrica em Rácalmás já foi posta a<br />
funcionar, muito antes da data prevista.<br />
A construção da segunda fase<br />
da fábrica começou em Setembro de<br />
2009 e prevê-se que alcance o seu<br />
máximo rendimento durante a segunda<br />
metade de <strong>2011</strong>. De acordo<br />
com os planos, a nova fábrica de 58<br />
mil metros quadra<strong>dos</strong> será capaz de<br />
fabricar mais 16 a 17 mil pneus por dia, alcançando uma produção diária total de 35<br />
mil unidades.<br />
A procura <strong>dos</strong> pneus Hankook tem crescido um pouco por todo o mundo, mas<br />
especialmente na Europa. Foi este crescimento que permitiu à Hankook Tire investir<br />
mais 230 milhões de euros na sua fábrica europeia na Hungria, num total de 550<br />
milhões de euros gastos. Quando se chegar ao final da segunda fase de investimento,<br />
a fábrica aumentará para mais que o dobro o seu rendimento anual, podendo<br />
chegar aos 12 milhões de pneus “Made in Europe” por ano.<br />
Novas oficinas<br />
Demove Car Service<br />
A Demove Car service é um novo conceito oficinal<br />
sustentado numa pequena rede onde a gestão e a<br />
tecnologia estão de mãos dadas.<br />
Como os tempos não são de desperdiçar nem<br />
clientes, nem trabalho, a Demove colocou em curso<br />
o projecto Demove Car Service, tendo já aberto o<br />
primeiro centro precisamente junto às instalações da<br />
Deutsch Motor em Agualva-Cacém.<br />
O objectivo desta empresa é nos próximos dois<br />
anos ter seis Demove Car Service abertos, com três<br />
estabelecimentos próprios e outros três num regime<br />
parecido com um franchising.<br />
Labirinto de <strong>Pneus</strong> vence prémio da Valorpneu<br />
Ana Arribas e Cátia Fernandes,<br />
alunas do 2.º ano de Arte e Design<br />
do Instituto Politécnico de Bragança,<br />
foram as vencedoras do Prémio<br />
Inovação Valorpneu 2010 com o<br />
projecto “Labirinto de <strong>Pneus</strong>”. O<br />
projecto consiste na construção de<br />
um labirinto para um espaço público,<br />
reutilizando cerca de 650 pneus<br />
em fim de vida.<br />
“Para a elaboração deste projecto<br />
inspirámo-nos na artista plástica<br />
portuguesa de renome internacional,<br />
Joana Vasconcelos”, referem as<br />
alunas. Adiantando que, “na escolha<br />
do projecto tivemos em conta<br />
todas as variáveis envolvidas, desde<br />
a exequibilidade do mesmo, aos custos associa<strong>dos</strong> e, obviamente, à sua contribuição para a sustentabilidade<br />
económica e ambiental do sistema integrado de gestão de pneus usa<strong>dos</strong> (SGPU) gerido pela Valorpneu”.<br />
“Os materiais utiliza<strong>dos</strong> são pneus usa<strong>dos</strong> pinta<strong>dos</strong> de branco, tubos de aço e acrílicos de cor para os jogos<br />
de luz”, referem as vencedoras. “É um labirinto, onde as tradicionais sebes deram lugar as pneus usa<strong>dos</strong>”, um<br />
objecto do quotidiano que depois de usado tem inúmeras aplicações, onde esta é apenas um exemplo. “Optámos<br />
por um projecto de entretenimento para pais e filhos, para que possam interagir de forma divertida”,<br />
adiantam.<br />
Vulco consolida<br />
parceria com<br />
Cometil<br />
A rede de oficinas especialistas em pneus e<br />
serviços de mecânica rápida Vulco consolida em <strong>2011</strong> a parceria com a Cometil<br />
– um <strong>dos</strong> mais importantes importadores de equipamentos oficinais - através da<br />
introdução de auditorias e consultadoria.<br />
A busca de uma identidade reforçada levou a rede Vulco a estabelecer parcerias<br />
e a realizar investimentos sem paralelo ao nível das redes de mecânica rápida<br />
em Portugal. Qualidade de serviço e aposta numa cadeia de reparação e manutenção<br />
cada vez mais uniformizada estão na base da estratégia implementada<br />
pela Vulco.<br />
O mais recente capítulo neste percurso é a recente parceria com a empresa Cometil,<br />
uma referência nacional no campo <strong>dos</strong> equipamentos para assistência a rodas,<br />
consumíveis e equipamentos de diagnóstico. A empresa com sede em S. Julião<br />
do Tojal - Loures, representa para Portugal importantes marcas como a Hunter,<br />
Cemb, Butler, Haweka, Omer, Rotary, Filcar e Schrader.<br />
Bridgestone com novo site<br />
A Bridgestone, maior fabricante mundial de pneus<br />
premium, anuncia o lançamento de um novo website,<br />
pensado para aumentar a percepção da importância<br />
da segurança <strong>dos</strong> pneus. O especialista de automóveis<br />
inglês e comentador de televisão, Tony Jardine,<br />
participa no site através de uma série de pequenos<br />
vídeos demonstrando os três pilares da segurança de<br />
pneus: pressão, profundidade e dano/desgaste irregular.<br />
O site é o novo elemento da Bridgestone da campanha<br />
de segurança <strong>dos</strong> pneus (Pense Antes de Conduzir), que inclui também mais<br />
de 50 mil inspecções a pneus realizadas anualmente na Europa.<br />
A maioria <strong>dos</strong> consumidores não está ciente da importância da manutenção do<br />
pneu na segurança rodoviária. O resultado de mais de 50 mil testes de segurança<br />
efectua<strong>dos</strong> pela Bridgestone no ano passado revela que 8 em cada 10 veículos circulavam<br />
com pressão insuficiente; 1 em 6 pneus estavam a ser usa<strong>dos</strong> para além do limite<br />
legal e 1 em 11 estavam muito desgasta<strong>dos</strong> e circulavam com pressão extremamente<br />
baixa. O novo website da Bridgestone mostra as consequências, potencialmente<br />
fatais de conduzir com pneus desgasta<strong>dos</strong>, danifica<strong>dos</strong> ou com baixa pressão.<br />
Para mais informações, visite o site em www.TyreSafety.eu.<br />
08<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
NOTÍCIAS<br />
Autopeças abre no Seixal<br />
A Autopeças é uma nova estrutura<br />
de peças, gerida por Carlos Barata, que<br />
abriu portas recentemente no Seixal.<br />
A empresa aparece no mercado<br />
numa altura de crise económica e financeira<br />
em que o país se encontra,<br />
mas considera o seu responsável que o<br />
momento é o ideal para o aparecimento<br />
de um projecto como este, atendendo aquilo que a empresa pode trazer de<br />
novo a este mercado das peças na sua região de influência, mesmo que a concorrência<br />
seja grande e cada fez mais aguerrida.<br />
No lado sul do Tejo (até ao Algarve) a empresa funciona como um retalhista<br />
de peças, privilegiando o contacto directo com as oficinas, apostando por isso na<br />
abertura de mais dois pontos de vendas (filiais próprias), um deles em Almada e<br />
outro em Faro, num prazo máximo de seis meses. A norte do Tejo, concentrando-se<br />
exclusivamente na Grande Lisboa, a Autopeças funcionará como um grossista<br />
de peças, efectuando a revenda para outros retalhistas, através de uma equipa<br />
comercial de duas pessoas.<br />
Em termos de estratégia de produto, é claro o posicionamento da Autopeças,<br />
apostado em marcas conhecidas no mercado, com qualidade e de reconhecida<br />
valia pelo mercado.<br />
Para além das duas aberturas já programadas (Almada e Faro), a Autopeças espera<br />
também vir a apostar nas vendas online, num futuro a médio prazo, bem<br />
como noutros projectos que para já estão no “segredo <strong>dos</strong> deuses”.<br />
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Liqui-Moly lança<br />
novos óleos da gama Toptec<br />
Continuando a sua aposta na tecnologia Hidrocrac,<br />
a Liqui-Moly fortaleceu a sua gama Toptec com<br />
as versões 4400 e 4600.<br />
São óleos de última geração desenvolvi<strong>dos</strong> a partir<br />
de óleos base de qualidade superior e enriqueci<strong>dos</strong><br />
com um pacote de aditivos que inclui agente antifricção<br />
de alta performance. Deste modo promovem um funcionamento eficaz reduzindo<br />
o consumo de combustível e de óleo assegurando uma penetração rápida<br />
em todas as partes móveis do motor e garantindo uma longevidade acrescida do automóvel.<br />
O Toptec 4400 foi desenvolvido especialmente para a última geração de motores<br />
Renault equipadas com filtros de partículas.<br />
O Toptec 4600 foi desenvolvido especialmente para a última geração de motores<br />
Opel equipadas com filtros de partículas, abrangendo, no entanto normas BMW,<br />
Mercedes, etc.<br />
Mais duas aberturas Midas<br />
A Midas abriu mais dois novos centros que contribuem<br />
para consolidar a sua presença em território nacional:<br />
Midas Vasco da Gama & Midas Palmela.<br />
Estes novos centros provam a consolidação do grupo<br />
e o forte investimento feito em 2010, ano que conta<br />
já com 9 novos centros Midas. Com estas inaugurações<br />
a Midas passa a ter 43 centros e uma maior presença<br />
a nível nacional nos principais centros urbanos.<br />
Desde o início do ano a Midas já abriu 9 centros, apostando em localizações<br />
dentro ou próximo de centros comerciais traduzindo-se numa solução prática e<br />
de rentabilização de tempo para o cliente, pois pode optar por fazer a manutenção<br />
do carro enquanto faz compras, uma vez que o tempo médio <strong>dos</strong> serviços<br />
são de 1 hora.<br />
As Midas dentro de centros comerciais beneficiam ainda de horários de funcionamento<br />
mais alarga<strong>dos</strong>, característicos destes espaços.<br />
Esta expansão vai ao encontro das exigências <strong>dos</strong> consumidores que cada vez<br />
mais procuram os centros de reparação rápida como o compromisso mais sólido,<br />
económico e fiável em alternativa ao habitual recurso às concessões oficiais<br />
das marcas automóveis.<br />
A abertura <strong>dos</strong> novos centros traduziu-se na criação de 80 novos postos de trabalho<br />
e um retorno em 2010 de 5 milhões de euros.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 09
NOTÍCIAS<br />
Bilstein B6 no BMW X1<br />
O novo amortecedor B6 da Bilstein foi desenvolvido<br />
para o BMW X1, permitindo o máximo rendimento<br />
em estradas de terra, nas subidas com neve ou nas<br />
voltas de compras com a família.<br />
É um amortecedor pensado para os condutores que<br />
não abdicam do conforto, mas exigem o máximo rendimento<br />
da suspensão, mesmo a plena carga.<br />
Estão neste caso os condutores do BMW X1, um<br />
SUV versátil, que circula com a mesma eficácia nas<br />
ruas de uma cidade, como num exigente trajecto fora<br />
da estrada.<br />
De facto, os novos Bilstein B6 estão afina<strong>dos</strong> para<br />
combinar o maior poder de tracção, com grande estabilidade<br />
e sem rolamento acentuado da carroçaria,<br />
tanto na condução do diária, como nas condições de<br />
condução mais exigentes.<br />
Tudo isto é possível sem rebaixar a suspensão, o que<br />
é impensável num SUV. Apesar do seu alto rendimento,<br />
os amortecedores Bilstein B6 são produzi<strong>dos</strong> com<br />
os melhores materiais e a mais avançada tecnologia,<br />
garantindo longa vida útil, mesmo com uma utilização<br />
intensiva.<br />
Programas de teste completos garantem o total controlo<br />
de qualidade, a que os clientes da Bilstein se habituaram.<br />
Início de comercialização<br />
do XTL<br />
A Fuchs deu início à<br />
comercialização, dentro<br />
da sua já vasta oferta de<br />
óleo de motor para veículos ligeiros, de quatro produtos<br />
revolucionários:<br />
- TITAN GT1 SAE 0W-20 XTL<br />
- TITAN GT1 SAE 5W-40 XTLTM<br />
- TITAN GT1 PRO C-3 SAE 5W-30 XTL<br />
- TITAN GT1 PROFLEX SAE 5W-30 XTLTM<br />
O XTL (Xtreme Temperature Lubrication) representa<br />
um novo conceito de lubrificantes para motores<br />
de veículos de passageiros, que oferecem benefícios<br />
únicos, tais como:<br />
- Circulação do óleo até 55% mais rápida e arranques<br />
até 35% mais rápi<strong>dos</strong>;<br />
- Redução até 1,7% no consumo de combustível;<br />
- Consumo de óleo até 18% mais baixo;<br />
- Resistência ao envelhecimento com redução até<br />
38 % na variação da viscosidade.<br />
Com estas vantagens adicionais, a Fuchs apresenta<br />
ao mercado uma tecnologia ímpar, que utiliza<br />
óleos base com performances superiores aos<br />
normalmente utiliza<strong>dos</strong>, garantindo o cumprimento<br />
de diversas aprovações oficiais <strong>dos</strong> fabricantes de<br />
motores.<br />
GTO Car Solutions aposta em nova marca<br />
A Lubrimaster desenvolveu com mais quatro empresas do ramo <strong>dos</strong><br />
lubrificantes, uma nova empresa denominada GTO Car Solutions,<br />
ACE, que em distritos diferentes passam a representar uma marca própria<br />
de lubrificantes.<br />
Com esta organização estrutural, a intenção da GTO Car Solutions,<br />
que inclui as empresas Lubrimaster, Boas Vias (Porto), Petroflow (Viseu),<br />
Mundimotor (Leiria) e Realauto (Vila Real), é ter uma maior capacidade<br />
negocial, podendo dessa forma comprar melhor ao fornecedor, mas<br />
também haver uma maior protecção e controlo <strong>dos</strong> preços relativamente ao cliente. Depois de um processo<br />
de selecção do fornecedor, decidiu-se avançar com a marca de lubrificantes GTO Oil Solutions.<br />
Em termos de posicionamento, este produto vai ter preços muito competitivos, numa excelente relação<br />
qualidade / preço, comunicou a empresa.<br />
A gama de produtos GTO Oil Solutions é muito completa, incluindo os óleos sintéticos, passando por outros<br />
óleos de motor, transmissões e caixas de velocidade, flui<strong>dos</strong> de transmissão, óleos de travões e anti-congelantes,<br />
ficando para uma segunda fase os spray´s e outros produtos mais específicos.<br />
A Norauto abriu em Novembro passado, uma nova loja no Barreiro Retail Planet.<br />
Este novo centro tem uma área total de 800 m2 e vai funcionar como superfície<br />
de venda de peças e de produtos para o automóvel e como oficina de reparações<br />
auto.<br />
A abertura de mais um centro Norauto, inserido no projecto comercial Barreiro<br />
Retail Planet, vem dar novo fôlego a esta zona, no que se refere ao emprego, visto ser uma boa oportunidade para<br />
a Península de Setúbal, e sobretudo para a zona do Barreiro, que tem estado a perder mão-de-obra.<br />
Este novo centro do Barreiro está dividido em áreas bem definidas como Lazer Viagens, Som e Multimédia<br />
(equipamento electrónico), Prazer e Paixão (personalização), Conforto e Segurança e Peças Técnicas. Com esta<br />
divisão, a Norauto pretende oferecer mais de 5.000 referências em produtos para automóvel, com destaque para<br />
os pneus, baterias, travagem, som, navegação, entre outros produtos.<br />
O novo espaço comercial Barreiro Retail Planet, onde o novo centro Norauto está inserido, é uma aposta ganha<br />
no que diz respeito à sustentabilidade, já que é dotado de espaços verdes e com uma construção de qualidade<br />
que respeita o ambiente. Neste contexto, a Norauto não podia deixar de se aliar a este projecto, já que o Desenvolvimento<br />
Sustentável é parte integrante da sua estratégia de crescimento.<br />
A Alves Bandeira renovou recentemente a sua linha<br />
de lubrificantes, dando seguimento a sua estratégia<br />
de desenvolvimento da sua marca própria.<br />
Nesta nova linha de lubrificantes AB, foi reforçada<br />
a aposta na inovação de forma a apresentar uma oferta<br />
tecnologicamente avançada e de elevada<br />
qualidade para as diferentes necessidades<br />
do mercado.<br />
São muitas as novidades desta nova<br />
gama de produtos, com destaque para a<br />
nova imagem com a alteração <strong>dos</strong> rótulos e<br />
principalmente do design das embalagens,<br />
pretendo-se dar uma maior modernidade,<br />
funcionalidade, ergonomia e consistência<br />
nas embalagens, melhorando a experiência de utilização<br />
e a identificação do produto.<br />
A renovada linha de produtos AB, oferece ao mercado,<br />
lubrificantes de alta performance e de última<br />
Barreiro recebe Norauto<br />
Gama de lubrificantes AB renovada<br />
geração, como comprovam as especificações <strong>dos</strong> seus<br />
produtos, reconheci<strong>dos</strong> e aprova<strong>dos</strong> pelos principais<br />
construtores automóvel.<br />
O novo lubrificante auto AB Tech Ultra C3 5W30<br />
espelha a real aposta da Aves Bandeira na inovação e<br />
desenvolvimento de lubrificantes de alta performance,<br />
sendo este um Lubrificante 100%<br />
sintético para os modernos motores a gasolina<br />
e gasóleo compatível com os novos sistemas<br />
DPF e catalisadores, e que conta com<br />
aprovação Mercedes Benz, Grupo Volkswagen<br />
e BMW o que comprova a qualidade<br />
e segurança destes lubrificantes.<br />
A gama de lubrificantes AB cobre hoje<br />
as mais distintas aplicações, oferecendo soluções para<br />
o Automóvel, Moto, Veículos Pesa<strong>dos</strong>, Agrícola e Indústria,<br />
posicionando-se no mercado como um produto<br />
de excelente relação qualidade/preço.<br />
PUB<br />
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<br />
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<br />
10<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
PNEU<strong>2011</strong><br />
ANO<br />
DO<br />
PNEU DO ANO<br />
Troféu PNEU DO ANO <strong>2011</strong> em Portugal<br />
Conheça os candidatos...<br />
Retomando a iniciativa do Troféu “Pneu do Ano” realizada em 2010,<br />
voltámos este ano a convidar as marcas de pneus a participarem com os seus melhores<br />
produtos nas três categorias a concurso: Premium, Quality e Budget.<br />
Em primeiro lugar queremos destacar a enorme<br />
adesão das marcas de pneus presentes no mercado<br />
nacional a esta iniciativa. Comparativamente<br />
ao ano passado, houve um aumento de marcas<br />
(34 este ano, contra 29 em 2010) e de pneus candidatos<br />
(64 este ano, contra 54 em 2010), o que é bem representativo<br />
do interesse das marcas por este troféu, cujo objectivo<br />
é sensibilizar a opinião pública para a importância<br />
deste componente para a segurança rodoviária, promover<br />
o pneu junto do consumidor e estimular o<br />
mercado de <strong>Pneus</strong> em Portugal.<br />
Com a publicação do “Boletim de Votação”, que está<br />
disponível nesta edição da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> e também<br />
no link:www.apcomunicacao.com/pneudoano, cabe<br />
agora aos leitores dizerem da sua justiça quanto aos<br />
pneus que merecem o seu voto, de entre os 64 que estão<br />
a concurso.<br />
Até ao próximo dia 1 de Março de <strong>2011</strong>, os leitores<br />
podem votar naquele que acham o melhor pneu de<br />
cada uma das três categorias a concurso. Basta preencher<br />
o “Boletim de Votação” e escolherem os seus<br />
pneus favoritos em 3 categorias diferentes: Ligeiros<br />
de Passageiros, SUV-4x4 e Pesa<strong>dos</strong>. Cada categoria<br />
inclui três segmentos: Premium, Quality<br />
e Budget.<br />
To<strong>dos</strong> os pneus candidatos aos Troféus<br />
foram lança<strong>dos</strong> no mercado nos últimos 2<br />
anos (Dezembro 2008 – Dezembro 2010).<br />
Desta forma assegura-se o conhecimento<br />
adequado do produto por parte <strong>dos</strong> especialistas,<br />
jornalistas e demais membros do júri.<br />
A mecânica da votação realizar-se-á através de<br />
um júri constituído por jornalistas da especialidade, profissionais<br />
do sector <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> e representantes do sector<br />
<strong>dos</strong> transportes.<br />
Os resulta<strong>dos</strong> da votação e o anúncio das marcas vencedoras,<br />
serão anuncia<strong>dos</strong> no final da 2ª Conferência<br />
do Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal, que se realiza no<br />
próximo dia 18 de Março de <strong>2011</strong>, no Centro de Congressos<br />
do Estoril.<br />
O leitor pode encontrar nas páginas seguintes fotografias<br />
de to<strong>dos</strong> os pneus participantes no Troféu, para<br />
melhor identificação <strong>dos</strong> vários produtos a concurso, assim<br />
como o Boletim de Votação, que deverá ser enviado,<br />
devidamente preenchido, para a redacção das <strong>Revista</strong><br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, até dia 1 de Março de <strong>2011</strong>.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 11
PNEU DO ANO<br />
Troféu PNEU DO ANO <strong>2011</strong> em Portugal<br />
PNEUS CANDIDATOS AO TROFÉU “PNEU DO ANO <strong>2011</strong>”<br />
CATEGORIA PNEUS TURISMO<br />
Yokohama<br />
Advan Sport<br />
Pirelli<br />
Cinturato P7<br />
Toyo<br />
Proxes T1 Sport<br />
Hankook<br />
Ventus S1 Evo 99Y<br />
Michelin<br />
Pilot Sport 3<br />
Dunlop<br />
SP StreetResponse<br />
Goodyear<br />
Efficient Grip<br />
Bridgestone<br />
Potenza S-001<br />
Continental<br />
ContiSportContact 5P<br />
SEGMENTO PREMIUM<br />
Uniroyal<br />
Rainsport 2<br />
Nexen<br />
CP661<br />
Semperit<br />
Comfort Life 2<br />
Maloya<br />
Futura Sport W<br />
Marangoni<br />
Mythos<br />
Firestone<br />
SZ90<br />
Kumho<br />
XS KU36<br />
Avon<br />
ZV5<br />
Falken<br />
ZE912<br />
SEGMENTO QUALITY<br />
Zetum<br />
ZU37<br />
Roadstone<br />
N6000<br />
Mabor<br />
Street Jet 2<br />
Dayton<br />
D320<br />
Barum<br />
Brillantis 2<br />
SEGMENTO BUDGET<br />
Sava<br />
Intensa UHP<br />
Nankang<br />
XR611<br />
Hercules<br />
Raptis<br />
Camac<br />
NL 260<br />
12<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
PNEU DO ANO<br />
PNEUS CANDIDATOS AO TROFÉU “PNEU DO ANO <strong>2011</strong>”<br />
CATEGORIA PNEUS SUV 4X4<br />
Sava<br />
Intensa SUV<br />
Roadstone<br />
Roadion AT II<br />
Hero<br />
Dynastorm A/T<br />
Camac<br />
Atlas<br />
SEGMENTO BUDGET<br />
Runway<br />
Enduro 816<br />
Nankang<br />
FT7<br />
Hercules<br />
All Trac AT<br />
Barum<br />
Bravuris 4x4<br />
Uniroyal<br />
Rallye 4x4 Street<br />
Marangoni<br />
Maxó<br />
Firestone<br />
MS-212<br />
SEGMENTO QUALITY<br />
Nexen<br />
RO-AT II<br />
Kumho<br />
X3 KL 17<br />
Cooper<br />
Zeon 4XS<br />
Yokohama<br />
Geolandar A/TS<br />
Toyo<br />
Open Country A/T<br />
Pirelli<br />
Scorpion Verde<br />
Hankook<br />
RH 06 102V<br />
Dunlop<br />
SP QuattroMaxx<br />
Bridgestone<br />
D694 (misto)<br />
BF Goodrich<br />
Mud Terrain T/A KM2<br />
SEGMENTO PREMIUM<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 13
PNEU DO ANO<br />
Troféu PNEU DO ANO <strong>2011</strong> em Portugal<br />
PNEUS CANDIDATOS AO TROFÉU “PNEU DO ANO <strong>2011</strong>”<br />
CATEGORIA PNEUS PESADOS<br />
Yokohama<br />
104ZR<br />
Toyo<br />
M144<br />
Hankook<br />
TL10 158L<br />
Dunlop<br />
SP 244<br />
Pirelli<br />
ST:01<br />
Goodyear<br />
Marathon LHT II<br />
Bridgestone<br />
R249 Ecopia<br />
Continental<br />
HD Hybrid<br />
SEGMENTO PREMIUM<br />
Uniroyal<br />
FH100<br />
Marangoni<br />
M2/M2A<br />
Kumho<br />
KLS03<br />
Firestone<br />
UT3000 Plus<br />
SEGMENTO QUALITY<br />
Triangle<br />
TR686<br />
Runway<br />
Enduro H/T<br />
Primewell<br />
PW212<br />
Linglong<br />
LLF06<br />
SEGMENTO BUDGET<br />
14<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
BOLETIM DE VOTAÇÃO<br />
Vote nos Melhores <strong>Pneus</strong> do Ano<br />
SE PREFERIR PODE FAZER A SUA VOTAÇÃO ON-LINE EM:<br />
www.apcomunicacao.com/pneudoano<br />
- ENVIAR ATÉ 1 DE MARÇO DE <strong>2011</strong> -<br />
PNEU<strong>2011</strong><br />
ANO<br />
DO<br />
CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO:<br />
1º Os votantes devem ser profissionais do ramo <strong>dos</strong> pneus.<br />
2º Cada votante poderá eleger um pneu por Segmento<br />
(Assinalar com X no quadro correspondente ao pneu eleito)<br />
3º Apenas é admitido um Boletim de Votação por pessoa<br />
DEPOIS DE PREENCHIDO ENVIAR POR:<br />
FAX: 21.928.80.53<br />
CORREIO POSTAL: Largo Infante D. Henrique, 7<br />
Várzea de Colares, 2705-351 COLARES<br />
E-MAIL:<br />
geral@apcomunicacao.com<br />
PNEUS CANDIDATOS AO TROFÉU “PNEU DO ANO <strong>2011</strong>”<br />
CATEGORIA PNEUS TURISMO CATEGORIA PNEUS SUV 4X4 CATEGORIA PNEUS PESADOS<br />
SEGMENTO PREMIUM SEGMENTO PREMIUM SEGMENTO PREMIUM<br />
Bridgestone Potenza S-001 BF Goodrich Mud Terrain T/A KM2 Bridgestone R249 Ecopia<br />
Continental ContiSportContact 5P Bridgestone D694 (misto) Continental HD Hybrid<br />
Dunlop SP StreetResponse Dunlop SP QuattroMaxx Dunlop SP 244<br />
Goodyear Efficient Grip Hankook RH 06 102V Goodyear Marathon LHT II<br />
Hankook Ventus S1 Evo 99Y Pirelli Scorpion Verde Hankook TL10 158L<br />
Michelin Pilot Sport 3 Toyo Open Country A/T Pirelli ST:01<br />
Pirelli Cinturato P7 Yokohama Geolandar A/TS Toyo M144<br />
Toyo Proxes T1 Sport<br />
Yokohama 104ZR<br />
Yokohama Advan Sport<br />
SEGMENTO QUALITY SEGMENTO QUALITY SEGMENTO QUALITY<br />
Avon ZV5 Cooper Zeon 4XS Firestone UT3000 Plus<br />
Falken ZE912 Firestone MS-212 Kumho KLS03<br />
Firestone SZ90 Kumho X3 KL 17 Marangoni M2/M2A<br />
Kumho XS KU36 Marangoni Maxó Uniroyal FH100<br />
Maloya Futura Sport W<br />
Nexen RO-AT II<br />
Marangoni Mythos<br />
Uniroyal Rallye 4x4 Street<br />
Nexen CP661<br />
Semperit Comfort Life 2<br />
Uniroyal Rainsport 2<br />
SEGMENTO BUDGET SEGMENTO BUDGET SEGMENTO BUDGET<br />
Barum Brillantis 2 Barum Bravuris 4x4 Linglong LLF06<br />
Camac NL 260 Camac Atlas Primewell PW212<br />
Dayton D320 Hercules All Trac AT Runway Enduro H/T<br />
Hercules Raptis Hero Dynastorm A/T Triangle TR686<br />
Mabor Street Jet 2<br />
Nankang FT7<br />
Nankang XR611<br />
Roadstone Roadion AT II<br />
Roadstone N6000 Runway Enduro 816<br />
Sava Intensa UHP<br />
Sava Intensa SUV<br />
Zetum ZU37<br />
DADOS DO VOTANTE:<br />
Nome: ___________________________________________________________ Empresa: ___________________________________<br />
Telefone: ___________________________________ E-mail: ___________________________________________________________<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> compromete-se a garantir a confidencialidade do votante e da sua votação.<br />
Por isso, uma vez comprovadas as condições de participação este Boletim será separado pela linha ponteada, e cada uma das partes terá o tratamento adequado.<br />
✂
O maior evento<br />
de pneus em<br />
Portugal<br />
18 de Março de <strong>2011</strong><br />
Centro de Congressos do Estoril<br />
®<br />
APCOMUNICAÇÃo<br />
O SEU PARCEIRO DE NEGÓCIO<br />
2a CONFERÊNCIA<br />
pneumáticos<br />
DEBATES • PARTICIPAÇÃO DE ESPECIALISTAS • ANÁLISE DO MERCADO<br />
2ª CONFERÊNCIA DO COMÉRCIO DE PNEUS EM PORTUGAL<br />
Os novos modelos de negócio!<br />
É o principal evento nacional concebido para divulgar as tendências do sector do Comércio de <strong>Pneus</strong> em<br />
Portugal, contribuindo, desta forma, para uma melhor formação <strong>dos</strong> empresários e aumento da sua<br />
competitividade.<br />
“Os novos modelos de negócio” é o tema de fundo desta Conferência que se propõe analisar soluções para a<br />
situação muito difícil que atravessa actualmente a actividade do comércio de pneus em Portugal.<br />
Debater e analisar os novos modelos de negócio que podem contribuir para potenciar e rentabilizar os<br />
investimentos efectua<strong>dos</strong>, é o que propomos fazer com a realização deste importante evento.<br />
Vamos analisar através de debates vivos, pragmáticos e actuais, o que é que de facto acontece no quotidiano das<br />
empresas e quais as medidas que podemos e devemos tomar para ultrapassarmos as situações que agravam o<br />
negócio de to<strong>dos</strong> aqueles que têm a ver, directa ou indirectamente, com o comércio de pneus em Portugal.<br />
Para mais informações e inscrições consultar:www.apcomunicacao.com/2conferenciapneus
RAZÕES PARA NÃO FALTAR:<br />
A 2ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal vai ser um<br />
acontecimento onde os operadores do sector vão obter informação<br />
estratégica vital sobre o futuro do mercado, conseguindo assim uma<br />
importante mais valia para o seu negócio.<br />
• Ganhe vantagem competitiva ouvindo os conselhos <strong>dos</strong><br />
especialistas nos sectores da venda e assistência de pneus<br />
• Aprenda novas técnicas de fidelização de clientes.<br />
• Encontre novos caminhos para aumentar a performance do seu<br />
negócio.<br />
• Fique a saber o que os clientes realmente querem.<br />
• Descubra os desafios do mercado que podem afectar o seu negócio.<br />
• Identifique as novas oportunidades de negócio.<br />
QUEM DEVE PARTICIPAR:<br />
Abrangendo os diversos sectores de actividade do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
em Portugal, este evento destina-se a:<br />
• Fabricantes de Pneumáticos<br />
• Importadores de Pneumáticos<br />
• Distribuidores/Grossistas/Retalhistas de <strong>Pneus</strong><br />
• Distribuidores de Peças e Equipamentos para Oficinas de <strong>Pneus</strong><br />
• Proprietários e Gerentes de Oficinas Multimarca<br />
• Proprietários e Gerentes de Oficinas de <strong>Pneus</strong><br />
• Proprietários e Gerentes de Auto Centros e Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />
• Redes Organizadas de Oficinas<br />
• Directores Pós-Venda das Oficinas de Marca<br />
• Entidades oficiais: Prevenção Rodoviária Portuguesa, IMTT, DGCI,<br />
ACAP, ANECRA, ARAN, ANTRAM, VALORPNEU,<br />
VALORCAR, ANIRP, APIB, PRP, ACP,<br />
Ministério do Ambiente<br />
• Empresas e entidades diversas ligadas ao Comércio de <strong>Pneus</strong> ou<br />
outros interessa<strong>dos</strong> neste mercado.<br />
OBJECTIVOS DA CONFERÊNCIA:<br />
- Tomar conhecimento com alguns modelos de negócio inovadores<br />
no campo da venda e assistência de pneus;<br />
- Desenvolver competências na área da organização interna da<br />
Oficina de <strong>Pneus</strong>;<br />
- Conhecer as tendências actuais do sector e desenvolver um plano<br />
estratégico para o negócio;<br />
- Reconhecer indicadores chave para a gestão da oficina e aplicar<br />
estes, no negócio individual;<br />
- Conhecer a utilidade do Marketing no negócio;<br />
- Desenvolver competências na área comercial.<br />
PROGRAMA<br />
MANHÃ<br />
09H15 – 09h30<br />
Abertura da Conferência<br />
09H30 – 10H20<br />
1º PAINEL<br />
PNEU USADO, NÃO CONTROLADO, PODE SER ARRISCADO<br />
Orador:<br />
Dr. Hélder Pedro, Secretário-Geral da ACAP, em representação da Comissão Especializada<br />
de Produtores de <strong>Pneus</strong> da ACAP<br />
10H20 – 11H10<br />
2º PAINEL<br />
REDES E GRUPOS:<br />
EXISTIRÁ FUTURO PARA OS INDEPENDENTES?<br />
Oradores:<br />
António Ganhão – Vulco<br />
Jorge Correia - Megamundi<br />
Rui Silva – Eurotyre<br />
Paulo Campos – Pneuport<br />
11H10 – 11H30<br />
Coffee Break<br />
11H30 – 12H20<br />
3º PAINEL<br />
VENDA DE PNEUS ON-LINE:<br />
AMEAÇA OU OPORTUNIDADE?<br />
Oradores:<br />
Jante Jelic - TireStox<br />
Eustáquio Andrés – Neumáticos Andrés<br />
Rui Chaveca – Chaveca & <strong>Janeiro</strong><br />
Manuel Félix - Eurotyre BV<br />
12H20 – 13H00<br />
4º PAINEL<br />
MECÂNICA RÁPIDA:<br />
COMPLEMENTO DO NEGÓCIO OU OPORTUNIDADE POR EXPLORAR?<br />
Oradores:<br />
Paulo Cristóvão – Pneubase<br />
Pedro Cunha – Midas<br />
José Morgado – Domingos & Morgado<br />
João Marques – Kip Fit<br />
Teresa Fortunato - Precision<br />
13H00 – 14H30<br />
Almoço<br />
TARDE<br />
14H30 – 15H30<br />
5º PAINEL<br />
ANÁLISE DO SECTOR DOS PNEUS EM PORTUGAL:<br />
DIAGNÓSTICO E SOLUÇÕES.<br />
Oradores:<br />
Bruce Dawson – Garland<br />
Climénia Silva - Valorpneu<br />
Manuel Saraiva - Ok <strong>Pneus</strong><br />
Carlos Marques – Recauchutagem 31<br />
José António - Europneus<br />
Luís Martins - Grippen Wheels<br />
15H30 – 17H30<br />
6º PAINEL<br />
ESTRATÉGIAS PARA EMPRESAS DE ALTA PERFORMANCE<br />
Orador:<br />
Prof. José Luiz Tejon (Orador principal da 2ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal)<br />
17H30 – 18H00<br />
Entrega Troféus Pneu do Ano <strong>2011</strong><br />
Para mais informações e inscrições consultar: www.apcomunicacao.com/2conferenciapneus
MERCADO<br />
Seis passos para o sucesso<br />
Claro que a solução para a sobrevivência das casas<br />
de pneus não virá <strong>dos</strong> noticiários assustadores,<br />
nem de ficarmos senta<strong>dos</strong> a lamentarmonos<br />
da nossa sorte. Quem se deixar enredar<br />
pelo clima não sobreviverá. A única coisa que nos poderá<br />
tirar deste atoleiro de crises e de bancarrotas é muito<br />
trabalho, fazer as coisas de outra maneira e sobretudo fazer<br />
alguma coisa já.<br />
As oficinas deste sector têm uma grande vantagem,<br />
se as compararmos com outros negócios, que se chama<br />
pneus. Os pneus são uma invenção fantástica! Todas<br />
as pessoas precisam deles para fazerem qualquer<br />
coisa e quando se gastam têm que os trocar. Tudo o<br />
que há a fazer é estar preparado para prestar um bom<br />
serviço e ser capaz de fazer isso de uma forma rentável,<br />
com produtividade e eficiência. Já chega de malharmos<br />
nos preços, porque isso está provado que não resolve<br />
nada a ninguém. Nem às oficinas, nem aos seus<br />
clientes. Temos que puxar pela cabeça e inventar alguma<br />
coisa melhor.<br />
Fazer-se ao caminho…<br />
Já estamos habitua<strong>dos</strong> a ouvir queixas sobre as dificuldades económicas do momento to<strong>dos</strong> os<br />
dias. Escusam de nos andar sempre a perseguir com esses terríveis augúrios, porque quem está<br />
no negócio <strong>dos</strong> pneus e do pós-venda automóvel apenas quer sobreviver.<br />
1 - ACTIVE O MARKETING<br />
A primeira coisa em que deveríamos pensar para<br />
melhorarmos o estado do nosso negócio é no marketing.<br />
Não adianta metermo-nos dentro da oficina e ficarmos<br />
a olhar para os carros que passam na rua. Temos<br />
que fazer com que as pessoas interessadas nos nossos<br />
produtos e serviços saibam quem somos, onde estamos,<br />
como trabalhamos e as vantagens que podem tirar<br />
de uma visita à nossa oficina.<br />
Há mil e uma maneiras criativas de fazer isso, sem<br />
ter que gastar montanhas de dinheiro. É evidente que<br />
temos que ser selectivos nas formas de divulgação que<br />
escolhemos, para retirarmos o máximo de retorno,<br />
como um mínimo de investimento.<br />
No entanto, devemos ter consciência que há uma<br />
altura para poupar alguma coisa e há um momento<br />
em que é preciso e compensa gastar. A mão que mete a<br />
carteira no bolso não deve atrapalhar a mão que a tira<br />
de lá.<br />
2 - ATENÇÃO AO TELEFONE<br />
Para além de divulgar a oficina em to<strong>dos</strong> os locais<br />
em que isso pode resultar em potenciais interessa<strong>dos</strong>, é<br />
uma prioridade absoluta tirar o máximo partido do telefone.<br />
Por muito que se gaste em marketing, se o telefone é<br />
atendido por pessoas que não apontam nomes e contactos,<br />
não fazem um esforço por esclarecer as dúvidas<br />
<strong>dos</strong> interessa<strong>dos</strong>, não dizem que o melhor é a pessoa<br />
passar pela oficina. Se o dono da oficina está muito<br />
ocupado e o pessoal não passa cartão ao telefone, um<br />
bom conselho é arranjar alguém que faça isso. Um elemento<br />
da recepção ou da atenção ao cliente é a pessoa<br />
indicada para fazer esse trabalho de atendimento de<br />
chamadas, porque tem formação específica para essa<br />
actividade. Além de não perder nenhum contacto,<br />
essa pessoa dinamiza os colegas para prestarem to<strong>dos</strong><br />
os tipos de informações necessárias, coisa que eles não<br />
fariam se não tivessem alguém a controlar a situação.<br />
Para verificar se tudo está a correr bem com o telefone,<br />
de vez em quando peça a um amigo ou amiga para ligarem<br />
para a oficina e verifique o nível do atendimento<br />
telefónico.<br />
3 - DINAMIZE AS RELAÇÕES COM CLIENTES<br />
A maior parte <strong>dos</strong> profissionais tentam impressionar<br />
os clientes que entram pela porta dentro com uma<br />
vontade febril de fazer coisas concretas e mostrar dinamismo,<br />
mas de facto tratam-no como se fosse um estranho,<br />
em vez de o tratarem como um amigo, que<br />
vem disposto a gastar o seu dinheiro com os produtos<br />
e serviços da casa. Claro que muitos <strong>dos</strong> clientes são<br />
realmente desconheci<strong>dos</strong>, mas isso não deve inibir um<br />
bom relacionamento humano, porque todas as pessoas<br />
reagem positivamente a relacionamentos pessoais.<br />
A presença do cliente é uma excelente oportunidade<br />
para fazer perguntas adequadas sobre os seus hábitos<br />
de condução, o que acha do seu carro, que<br />
problemas tem como ele, etc.. Ao falar, o cliente abrese<br />
a novas possibilidades de negócio e o profissional<br />
18<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
MERCADO<br />
tem oportunidade de conhecer melhor as suas necessidades<br />
e expectativas. Se um cliente é tratado com indiferença<br />
e até com desdém, como às vezes sucede, é<br />
muito provável que nunca mais deseje voltar àquela<br />
oficina. Para ter sucesso, todo o pessoal da oficina deve<br />
ter um trato sociável e mostrar disponibilidade para falar,<br />
sem que isso seja motivo para prejudicar o normal<br />
serviço e rendimento do trabalho.<br />
4 - VERIFICAR TUDO<br />
A oficina deve ter procedimentos de verificação estandardiza<strong>dos</strong><br />
<strong>dos</strong> veículos, mesmo que o cliente só<br />
pretenda ver a pressão <strong>dos</strong> pneus. Isso revela profissionalismo<br />
e impressiona bem o cliente, porque vê que<br />
alguém de facto está interessado no seu carro e na sua<br />
segurança pessoal. A partir daqui, é possível estabelecer<br />
uma relação pessoal com o cliente mais positiva e<br />
chegar a um entendimento mais vantajoso em termos<br />
de negócios. To<strong>dos</strong> os carros que entram na oficina<br />
devem ficar com uma ficha de manutenção aberta, a<br />
partir da qual se podem agendar novas intervenções e<br />
recomendar ao cliente substituições de flui<strong>dos</strong>, filtros<br />
e outros consumíveis que têm influência na economia<br />
e segurança do veículo. O profissional tem que partir<br />
do princípio de que o condutor é negligente sobre o<br />
estado real do seu veículo e deve actuar como protector,<br />
fazendo a prevenção de situações de eventual risco.<br />
Este é um serviço de valor acrescentado que os<br />
clientes valorizam e que pode ser uma fonte de receita<br />
constante para a oficina.<br />
5 - COMUNIQUE A URGÊNCIA<br />
As reparações e acções de manutenção não devem<br />
ser apresentadas ao cliente como uma opção para outra<br />
ocasião, mas sim algo que precisa ser realizado no<br />
momento. Isso é uma forma de ultrapassar a inércia e a<br />
resistência <strong>dos</strong> clientes em realizar intervenções nos<br />
seus carros, mesmo quando isso pode resultar em avarias<br />
ou falhas de segurança. O cliente precisa ser avisado<br />
de possíveis despesas, multas e outros inconvenientes<br />
que a falta de manutenção do veículo implica, para<br />
decidir-se a fazer qualquer intervenção. Se a oficina<br />
não enfatiza a urgência de realizar as intervenções, o<br />
cliente assume que tanto faz, mais quilómetro, menos<br />
quilómetro, etc. Na realidade, certas falhas de manutenção<br />
podem ocasionar avarias e acidentes graves,<br />
cujo custo ultrapassa largamente a factura da oficina<br />
na altura certa.<br />
Temos que fazer com que as pessoas interessadas nos nossos produtos e serviços saibam quem somos,<br />
onde estamos, como trabalhamos e as vantagens que podem tirar de uma visita à nossa oficina<br />
6 - LIDERE O NEGÓCIO<br />
Uma empresa é uma equipa que está num campeonato<br />
pela sustentabilidade e pela sobrevivência. Isso<br />
exige organização, mentalização e motivação, valores<br />
que só uma liderança esclarecida, actuante e interventiva<br />
consegue incutir nos elementos que formam a<br />
empresa, zelando pela sua preservação. O líder da empresa<br />
é também importante para incutir confiança nos<br />
clientes, fornecedores e outros parceiros de negócio revelando<br />
capacidade de decisão e rigor na actuação.<br />
Uma das melhores formas de enterrar um negócio é<br />
efectuar a sua gestão como se o dono estivesse ausente<br />
para parte incerta… m<br />
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REVISTA<br />
DOS PNEUS 19
OPINIÕES<br />
Balanço de 2010 e perspectivas para <strong>2011</strong><br />
Mais concorrência<br />
e menores margens para <strong>2011</strong><br />
Como foi 2010? Como vai ser <strong>2011</strong>? Pensamos que este é o artigo ideal para ficar a saber que rumo<br />
vai levar o sector. O cenário é de mais concorrência, menores margens e... mais dificuldades.<br />
AREVISTA DOS PNEUS convidou uma série<br />
de pessoas ligadas ao sector <strong>dos</strong> pneus de diferentes<br />
áreas (equipamentos, retalho, grosso,<br />
consumíveis, serviços, rápi<strong>dos</strong>, marcas, etc) a<br />
fazerem um balanço de 2010 e, simultaneamente, a<br />
perspectivarem <strong>2011</strong>.<br />
Muitos responderam ao nosso desafio e como estão<br />
muito liga<strong>dos</strong> ao “terreno“ deixaram-nos importantes<br />
pistas para o que vai ser este mercado ao longo de<br />
<strong>2011</strong>.<br />
Bruno de carvalho<br />
Rubbervulk<br />
Área: Consumíveis<br />
Em 2010, no seguimento do<br />
que já havia acontecido em<br />
2009, notamos maior procura<br />
de produtos do segmento económico<br />
e um decréscimo de<br />
stocks <strong>dos</strong> clientes, sobretudo<br />
<strong>dos</strong> clientes independentes, ou que não estão vincula<strong>dos</strong><br />
a nenhuma rede de compras. Foi notório também<br />
o aumento de pontos de venda de pneus, ainda que tenham<br />
fechado outros (em menor quantidade); é um<br />
dado adquirido que outros agentes de manutenção de<br />
automóveis oferecem cada vez mais serviços de pneus,<br />
assim como o profissional de pneus tende a diversificar<br />
o negócio. No que diz respeito à nossa organização,<br />
destacaria o facto de termos sido distingui<strong>dos</strong><br />
como PME LIDER e termos fechado o ano com um<br />
aumento de vendas gerais de cerca de 35%, e um crescimento<br />
no mercado nacional de cerca de 15%.<br />
Acreditamos que o processo de “filtragem” vai continuar,<br />
acelerado pela conjuntura económica; a menor<br />
exposição ao risco pelas entidades bancárias; o aumento<br />
da fiscalização e a consequente necessidade de investimento;<br />
e a necessidade de preparação devido ao<br />
aumento de pneus “Run Flat“ e sistemas de controlo<br />
automático de pressão <strong>dos</strong> pneus em viaturas novas.<br />
Quem conseguir manter o negócio rentável não deverá<br />
ter problemas de maior, por outro lado, quem insistir<br />
em alicerçar a empresa numa margem reduzida<br />
pode ter mais dificuldades ou mesmo ser-lhe fatal.<br />
José António<br />
Europneus<br />
Área: Retalhista de pneus<br />
No inicio de 2010, lançamos<br />
uma campanha dirigida aos sócios<br />
de um clube auto em que<br />
oferecíamos desconto em<br />
<strong>Pneus</strong> de até 50% em determinada<br />
marca.<br />
A reacção de um colega do ramo deixou-me perplexo;<br />
como era possível a nossa empresa oferecer este<br />
desconto? Segundo ele, estava a criar problemas pois<br />
ele também tinha elaborado campanhas (menos atractivas)<br />
para o mesmo clube.<br />
Expliquei que tratava-se de uma marca que ao longo<br />
de todo o ano tinha diversas medidas de pneus sempre<br />
20<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
OPINIÕES<br />
em campanha com descontos muito superiores e a<br />
nossa oferta para o clube era clara: até! Além disso, cobramos<br />
to<strong>dos</strong> os serviços…<br />
Por mais que explicasse, o desconforto estava criado.<br />
Mas mais do que isso, este pequeno caso levou-me<br />
a pensar sobre o nosso mercado e os seus actores.<br />
Agora que fazemos o balanço de 2010 e tentamos<br />
alinhar as perspectivas para <strong>2011</strong>, vou realçar alguns<br />
pontos que me parecem marcantes, tanto pela positiva,<br />
como pela negativa e a partir deles traçar o que penso<br />
estar a desenhar-se no horizonte para <strong>2011</strong>.<br />
- Os especialistas de <strong>Pneus</strong> que ainda não aderiram<br />
as Redes, estão cada vez mais “fecha<strong>dos</strong> sobre si mesmos”<br />
e alheios à realidade do mercado como um todo.<br />
Vivem no seu nicho e mantêm uma estrutura leve<br />
(o que em si é uma vantagem) mas limitativa sob o<br />
ponto de vista da distribuição como um todo. Não<br />
aderiram às Redes muito em parte devido à sua dimensão.<br />
- Continuam a queixar-se da concorrência desleal,<br />
<strong>dos</strong> pneus chineses, <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, daqueles que<br />
não pagam IVA, das importações “sem factura” e na<br />
realidade combatem tal situação com uma “contabilidade<br />
criativa” onde na maior parte das vezes, apenas o<br />
dono do Posto e o filho ou esposa estão devidamente<br />
regista<strong>dos</strong>, to<strong>dos</strong> os outros colaboradores recebem de<br />
forma não declarada parte significativa do salário e/ou<br />
compensações. Finalmente a vantagem deste Especialistas<br />
reside ainda em localizações com rendas desactualizadas<br />
o que permite manter uma presença mas<br />
distorce a realidade analítica do mercado.<br />
- To<strong>dos</strong> estes factores se analisa<strong>dos</strong> e reformula<strong>dos</strong><br />
poderiam converter-se em alia<strong>dos</strong> para o desenvolvimento<br />
de uma Rede de Independentes forte e competitiva.<br />
Mas para tal é preciso mudar mentalidades e<br />
conceitos que vêm de pai para filho…<br />
Conceitos que no ano de 2010 confirmam a importância<br />
cada vez maior das Redes, da Nova Distribuição<br />
e da viragem estratégica das principais marcas que vendem<br />
directamente aos principais clientes finais (concessionários,<br />
grandes empresas…), que limitam as suas<br />
vendas a Agentes com capacidade/volume de compra<br />
mínimo mensal e assim abrem espaço para a venda<br />
realizada pelos Distribuidores (Mega e mini distribuidores<br />
que apareceram em força e seus parceiros estratégicos<br />
no escoamento da produção).<br />
Sob o ponto de vista da comunicação, em 2010<br />
continuamos a falar de Preço, preço e preço…<br />
- Será que teremos algo novo para oferecer em <strong>2011</strong><br />
além do preço?<br />
Muito provavelmente em <strong>2011</strong>, os aumentos de<br />
preços das matérias-primas e seus reflexos nos pneus<br />
propiciará algum ganho aos Especialistas que se renderão<br />
ao “canto da sereia” e comprarão pneus em campanhas<br />
aliciantes para as suas estantes. Isto se este possível<br />
ganho (a ser confrontado com o custo de inventário/financeiro)<br />
não for repassado ao consumidor final.<br />
- Em <strong>2011</strong> a importância <strong>dos</strong> Concessionários na<br />
venda de pneus será maior. O apoio comercial <strong>dos</strong> fabricantes<br />
a estes últimos e o impacto positivo <strong>dos</strong><br />
pneus na rubrica “peças” e o preço cada vez mais competitivo<br />
das revisões na marca fará com que o consumidor<br />
final que busca uma solução de conveniência<br />
(conforto) e profissionalismo considere os concessionários<br />
como alternativa.<br />
O consumidor final, que no fecho do dia é quem assegura<br />
a nossa existência, está cada vez mais em busca<br />
– certo de preço, mas também de algum conforto, de<br />
alguma vantagem, e acima de tudo de profissionalismo.<br />
Este novo consumidor final tem preocupações<br />
com o ambiente, move-se em Redes Virtuais, segue recomendações<br />
<strong>dos</strong> seus contactos de Networking… enfim<br />
mudou e como tal o Especialistas precisa mudar e<br />
acompanhar para satisfazer estes anseios.<br />
Os condutores actuais (que nasceram na era da<br />
Web) na sua maioria olham para o carro como um<br />
meio e quando precisam de pneus ou de fazer uma revisão<br />
esperam que “alguém” lhe ofereça soluções à sua<br />
medida ( um reminder no seu Ipad, Blackberry, um<br />
SMS…). Na realidade, esperam que seja esse “alguém”<br />
que o avise com antecedência das suas necessidades.<br />
<strong>2011</strong> pode ser o ponto de viragem para uma nova<br />
abordagem de mercado e uma nova forma de comercializar<br />
pneus. Afinal vender pneus é muito parecido<br />
com vender roupa…<br />
Luís Aniceto<br />
S.José- Logística de <strong>Pneus</strong><br />
Área: Grossista de <strong>Pneus</strong><br />
Ao contrário de outros anos,<br />
2010 iniciou um novo ciclo,<br />
que quebrou a estabilidade de<br />
preços habitual, resultado do<br />
início da escalada de preços<br />
das matérias–primas, principalmente<br />
a borracha natural, e da<br />
crise Mundial, que tinha levado a uma diminuição do<br />
consumo, com o consequente reajustamento das empresas,<br />
diminuindo a capacidade produtiva, em conjunto<br />
com outras acções, impostas pela necessidade<br />
de se apresentarem melhores balanços aos seus accionistas.<br />
PUB<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 21
OPINIÕES<br />
Balanço de 2010 e perspectivas para <strong>2011</strong><br />
Fez-se o reajuste das capacidades produtivas mas,<br />
contra o que era expectável, o mercado automóvel<br />
apresentou uma boa retoma, fazendo por consequência<br />
aumentar as necessidades de pneus no equipamento<br />
de origem, o que teve reflexos na falta de pneus no<br />
mercado de substituição.<br />
Também em Portugal a crise financeira se fez sentir,<br />
com o encerramento de algumas empresas, com o<br />
consequente aumento do crédito malparado, o que<br />
fez degradar a situação financeira de muitas empresas<br />
do sector de pneus, provocando uma maior dificuldade<br />
no cumprimento <strong>dos</strong> prazos de pagamento<br />
Na S.José-Logística de <strong>Pneus</strong> o ano findo esteve em<br />
contra ciclo com o mercado, pois tivemos um excelente<br />
crescimento, tendo a empresa investido em mais<br />
dois armazéns e em equipamento.<br />
Para <strong>2011</strong> esperamos grandes dificuldades a to<strong>dos</strong><br />
os níveis, com diminuição do consumo, grande aumento<br />
de preços e dificuldades económicas <strong>dos</strong> operadores,<br />
com o consequente agravamento do crédito<br />
mal parado. A cada vez maior dificuldade do acesso ao<br />
crédito potenciará esta situação.<br />
O rigor na gestão será fundamental e os erros cometi<strong>dos</strong><br />
sairão “ainda” mais caros.<br />
As empresas do sector <strong>dos</strong> pneus, sejam distribuidores<br />
ou retalhistas têm de procurar encontrar mecanismos<br />
foca<strong>dos</strong> na rentabilidade, na procura de maior eficiência<br />
e em reinventar o desenvolvimento do nosso<br />
próprio negócio.<br />
Este será o lema na S.José-Logística de <strong>Pneus</strong>, e,<br />
após os investimentos de 2010 em armazéns, que duplicaram<br />
as áreas, continuaremos na procura da melhor<br />
organização tendente a reduzir custos e aumentar<br />
eficácia, que nos permita ultrapassar o grande desafio<br />
que se antevê para este ano.<br />
Luís Martins<br />
Gripen Wheels<br />
Área: Grossitas pneus<br />
profissionais<br />
Começaria por evidenciar os<br />
aspectos marcantes positivos.<br />
O ano 2010 foi o ano da recuperação.<br />
Ultrapassadas as dificuldades<br />
de 2009, o mercado<br />
recuperou índices de actividade superiores. Pese embora<br />
o facto <strong>dos</strong> números do ERMC (acumulado a<br />
Outubro) indicarem um mercado de <strong>Pneus</strong> de Turismo<br />
a cair 3,9 %, os Van’s (ou comerciais) a cair 3,6%,<br />
os SUV/ 4x4 a crescer 2% e os Pesa<strong>dos</strong> a crescer 5,5 %<br />
é, por demais evidente, que o ERMC está muito longe<br />
de reflectir o mercado como um todo. Lembro que o<br />
ERMC representa apenas cerca de 58% do mercado<br />
de Turismo, cerca de 42% do mercado <strong>dos</strong> Van’s (ou<br />
comerciais), cerca de 52% do mercado <strong>dos</strong> SUV/4x4 e<br />
68% do mercado <strong>dos</strong> Pesa<strong>dos</strong>. Logo, a amostra não é<br />
representativa do mercado e, o mercado, cresceu. Ainda<br />
bem. O mercado OTR/Engenharia Civil, muito<br />
em especial a reboque do segmento económico, também<br />
cresceu. Foi um ano muito positivo.<br />
Destacaria também, em traços largos, o regresso da<br />
CAMAC à actividade (a únia Industria de <strong>Pneus</strong> 100%<br />
Portuguesa), os prestigiosos prémios da <strong>Revista</strong> Exame<br />
atribui<strong>dos</strong> à CONTINENTAL MABOR-Indústria de<br />
<strong>Pneus</strong>, SA (melhor e maior empresa do Sector Químico)<br />
e à DISPNAL <strong>Pneus</strong>, Lda (melhor PME no Sector<br />
do Comércio Automóvel). De destacar e enaltecer os<br />
dois grandes eventos promovi<strong>dos</strong> pela AP COMUNI-<br />
CAÇÃO: A 1ª Conferência <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> em Portugal e<br />
o 1º Troféu Pneu do Ano em Portugal.<br />
Como aspectos negativos evidenciaria a continua<br />
perda de Centros de Decisão das multinacionais que<br />
operam no nosso mercado, daqui resultando um “triste<br />
abandono” <strong>dos</strong> clientes e um decréscimo assinalável<br />
da qualidade do Serviço ao Cliente. Daqui tem resultado<br />
um crescimento do Mercado Paralelo e a implementação<br />
em Portugal de “Brokers” que em muito<br />
contribuem para o degradar das margens de comercialização<br />
de to<strong>dos</strong>, Distribuidores e Retalhistas (Casas<br />
de <strong>Pneus</strong>).<br />
Faço um balanço extremamente positivo da actividade<br />
da Gripen Wheels Portugal. Num ano marcado,<br />
claramente, pelo fenómeno económico do “Trading<br />
Down”, ou seja, pelo consumidor final a optar por<br />
comprar o mesmo número de produtos mas de preços<br />
mais baixos. Sendo a Gripen Wheels um operador que<br />
sempre deu prioridade estratégica a factores como o<br />
Valor, o Preço e a Eficiência, acabou por sair altamente<br />
beneficiada pelo comportamento do mercado consumidor.<br />
Destaco ainda o processo contínuo de consolidação<br />
da empresa no mercado nacional, onde somos<br />
reconheci<strong>dos</strong> como os especialistas em pneus<br />
OTR/engenharia, florestais, industriais, pesa<strong>dos</strong> e jantes<br />
que temos o stock mais variado, com maior disponibilidade<br />
de produto e, sempre, com os preços mais<br />
competitivos do mercado. De assinalar ainda o sucesso<br />
gritante do lançamento da nossa marca própria Gripen<br />
Wheels. Não posso deixar de agradeçer a preferencia<br />
<strong>dos</strong> nossos clientes, que suportou um robusto crescimento<br />
das vendas e um incremento positivo <strong>dos</strong><br />
resulta<strong>dos</strong> operacionais da empresa. A to<strong>dos</strong> um grande<br />
BEM HAJAM!<br />
Para <strong>2011</strong>, seguindo a mesma lógica começaria por<br />
destacar, de forma sucinta, os factores positivos. A<br />
fuga <strong>dos</strong> Centros de Decisão das multinacionais também<br />
vai permitir o desenvolvimento e crescimento<br />
acelerado <strong>dos</strong> Importadores Independentes. Sem dúvida,<br />
uma grande oportunidade a rentabilizar.<br />
A criação de uma Associação representativa do sector<br />
poderá permitir elevar de vez a qualidade do mercado<br />
<strong>dos</strong> pneus em Portugal.<br />
Do lado negativo, olho com apreensão para a situação<br />
económica da Europa em geral e de Portugal em<br />
particular. Até que ponto a previsível redução do Consumo<br />
Privado e do Investimento Público afectarão o<br />
nosso negócio?<br />
Creio que as perspectivas são boas para <strong>2011</strong>. Assim<br />
to<strong>dos</strong>, mas mesmo to<strong>dos</strong> façamos por isso. Provemos<br />
aos accionistas que vale a pena investir em Portugal,<br />
que vale a pena ter operações em Portugal e, que vale a<br />
pena, pensar globalmente mas agir localmente.<br />
O Franchising Euromaster está a chegar... os programas<br />
de fidelização <strong>dos</strong> grandes fabricantes vão entrar<br />
em ebulição. Contem com eles.<br />
A marca TOYO está de regresso.<br />
O Marketing Electrónico está em franco progresso.<br />
As vendas On-Line, B2B / B2C vieram para ficar.<br />
Pedro Conceição<br />
AgueSport<br />
Área: Grossista de pneus<br />
O aspecto marcante no negócio<br />
<strong>dos</strong> pneus, na minha opinião,<br />
é sem dúvida o contínuo<br />
crescimento do negócio <strong>dos</strong><br />
pneus usa<strong>dos</strong>, que tem vindo a<br />
afectar fortemente todo o sector<br />
do comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal.<br />
Apesar de ser um negócio legal, é feito de forma ilegal<br />
pois to<strong>dos</strong> sabem que uma grande parte destas<br />
transacções são ilegais, além de estarmos a tratar o lixo<br />
que vem da Europa.<br />
Falamos de números impressionantes, no entanto é<br />
esta a realidade e com ela temos que viver.<br />
Quanto a balanço é francamente positivo, no entanto<br />
a Aguesport está numa fase de crescimento e por<br />
isso é natural que tenhamos taxas de crescimento muito<br />
elevadas, as margens libertadas essas sim tiveram<br />
uma quebra acentuada.<br />
Dificilmente em <strong>2011</strong> teremos algo a marcar de forma<br />
positiva este negócio, pois prevejo um ano complicadíssimo.<br />
Estas grandes crises levam muitas vezes a<br />
que as empresas com comportamentos responsáveis<br />
sobrevivam e saiam das crises mais fortes, e as que não<br />
optem por uma postura séria irão indubitavelmente<br />
desaparecer.<br />
Talvez o negócio <strong>dos</strong> pneus em Portugal precise de<br />
uma purga, pois existem muitas pessoas a negociar<br />
pneus que são tudo menos bons profissionais.<br />
Os distribuidores terão maior importância nos próximos<br />
anos, pois conseguem oferecer soluções multimarca<br />
sendo mais flexíveis e rápi<strong>dos</strong>, não tendo as exigências<br />
das companhias.<br />
Fazer planos é muito difícil, pois a instabilidade que<br />
existe na economia não o permite.<br />
Pedro Henrique<br />
Alves Bandeira<br />
Área: Grossista de pneus<br />
Na minha opinião os aspectos<br />
marcantes nesta área de negócios<br />
foram vários.<br />
Dado as grande dificuldades<br />
em termos económicos que<br />
marcam este e outros sectores<br />
verificou-se mais um “esmagar” de margens que não<br />
permitiu em determina<strong>dos</strong> canais de venda deste sector<br />
o crescimento que de alguma forma era esperado<br />
para o ano de 2010.<br />
Por outro lado e como se não bastasse as margens<br />
serem cada vez menos atractivas assistiu-se também a<br />
um alongamento <strong>dos</strong> prazos de pagamento que deram<br />
origem a “não cumprimentos” e que criaram situações<br />
de litigio complicadas, as quais como to<strong>dos</strong> sabemos<br />
exigem tempo para que as entidades competentes actuem<br />
o que cria dificuldades acrescidas para to<strong>dos</strong> os<br />
agentes desta área de negócio.<br />
Por último tenho ainda a realçar que existe neste<br />
mercado muita concorrência desleal que se “mede”<br />
em vários aspectos e que não está a ser devidamente<br />
controlada pelas entidades competentes que têm responsabilidade<br />
sobre esta matéria.<br />
Por to<strong>dos</strong> os motivos anteriormente expostos durante<br />
o segundo semestre de 2010 assistiu-se a uma<br />
grande instabilidade de preços que “perturbou” imenso<br />
esta área de negócio, no entanto, não me parece<br />
possível que esta situação se mantenha por muito mais<br />
tempo.<br />
Dado o grande aumento de preços que se está a verificar<br />
das matérias primas, transportes e não esquecendo<br />
também a “queda” do Euro face ao Dólar, prevê-se<br />
um agravamento de preços bastante acentuado nesta<br />
área de negócios (que já se está a verificar), o que a meu<br />
ver irá recolocar o preço nos pneus para o preço real e<br />
que lhe dará ao mesmo tempo uma certa estabilidade<br />
que até agora não era de todo possível.<br />
Por outro lado e dado o grande aumento da “carga<br />
fiscal” que se irá verificar em <strong>2011</strong> irá fazer com que o<br />
“negócio” da concorrência desleal se torne cada vez<br />
mais apetecível, por isso mesmo um <strong>dos</strong> nossos grandes<br />
objectivos para <strong>2011</strong> será combater e alertar as entidade<br />
competentes para o efeito.<br />
Aproveitando a oportunidade, lanço o repto a to<strong>dos</strong><br />
os distribuidores do mercado para agirmos em<br />
conjunto em torno de um objectivo que nos afecta a<br />
to<strong>dos</strong> “combater a ilegalidade do negócio <strong>dos</strong> pneus ”.<br />
22<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
OPINIÕES<br />
Ricardo Kendall<br />
Midas<br />
Área: Serviços rápi<strong>dos</strong><br />
O aspecto mais positivo foi<br />
um surpreendente aumento do<br />
consumo quando estavamos à<br />
espera de um decréscimo. O aspecto<br />
mais negativo foi a falta<br />
de produto <strong>dos</strong> principais fabricantes.<br />
Em termos de balanço, preocupa-nos o facto de os<br />
preços estarem a aumentar, seja porque há falta de produto,<br />
seja porque as matérias primas estão a aumentar<br />
de preços, quando o nosso país está em clara redução<br />
de poder de compra. Julgo que em <strong>2011</strong> vamos continuar<br />
a assistir a uma redução de oferta <strong>dos</strong> fabricantes<br />
que julgamos que é concertada de forma a aumentar<br />
os preços e vamos ver marcas que não eram premium<br />
a continuar a sua escalada como uma Hankook que já<br />
é o 6º ou 7º maior fabricante de pneus ou uma GT.<br />
Quanto ao retalho, achamos que vai ser mais um ano<br />
difícil em que há mais operadores a baixar preço e consequentemente<br />
a esmagar margens e que só com práticas<br />
menos ortodoxas se manteem de portas abertas.<br />
Rui Chorado<br />
Dispnal <strong>Pneus</strong><br />
Área: Grossista de pneus<br />
O ano 2010 foi marcado por<br />
uma constante instabilidade<br />
económica. A crise financeira<br />
mundial afectou bastante o sector<br />
de pneus em Portugal.<br />
É óbvio que a compra de<br />
pneus diminuiu, devendo-se à queda das vendas de<br />
veículos em 2010. Atravessámos um ano de bastantes<br />
receios, contudo existiram aspectos positivos e negativos<br />
que marcaram 2010.<br />
Apesar deste cenário, continua o fenómeno do<br />
“Boom” na concorrência, o mercado tem sofrido várias<br />
oscilações marcadas por aspectos positivos e negativos.<br />
É obvio que todas as alterações que ajudam a<br />
fortalecer a nossa posição, são positivas.<br />
Este ano foi marcado pelo aparecimento de novas<br />
empresas concorrentes e constantes variações de preços.<br />
As empresas viram-se obrigadas a aumentar os<br />
seus preços, o conceito de barato aliado ao pneu chinês<br />
desapareceu, nos dias de hoje estes pneus são produzi<strong>dos</strong><br />
de acordo com as normas exigidas e com mais<br />
elevada tecnologia.<br />
Aumentou também o aparecimento das redes e grupos,<br />
ou seja, cada vez mais a tradicional casa de pneus<br />
vê o seu futuro ameaçado pelo conjunto de produtos/serviços<br />
que este novo conceito de “casa de pneus”<br />
tem para oferecer.<br />
Em 2010, foi possível sobreviver e crescer, esperamos<br />
que todas estas mudanças forneçam os alicerces<br />
necessários para percorrer o mesmo caminho em<br />
<strong>2011</strong>.<br />
São tantas as alterações para <strong>2011</strong> que infelizmente<br />
os portugueses poderão contar com “novas surpresas”,<br />
provavelmente no final do ano iremos concluir que<br />
não correu de acordo com aquilo que projectamos,<br />
mas infelizmente por agora o clima de instabilidade<br />
manter-se-á.<br />
A economia nacional registou um decréscimo em<br />
2010, esta tendência manter-se-á no próximo ano e<br />
provavelmente sob uma perspectiva mais pessimista.<br />
O ano de <strong>2011</strong> não vai ser fácil para as empresas portuguesas<br />
no que diz respeito ao sector de pneus, será<br />
necessário fazer prospecção de mercado para estar a<br />
par das necessidades <strong>dos</strong> clientes.<br />
O abrandamento sentido neste sector é o resultado<br />
de diversas variáveis, tais como: a diminuição das vendas<br />
de automóveis em Portugal, o aumento <strong>dos</strong> preços<br />
e cargas fiscais, etc.<br />
Cabe às empresas utilizar as suas sinergias de forma<br />
a obter uma capacidade de negociação sustentável.<br />
Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, as<br />
empresas de pneus, possamos fidelizar os clientes e responder<br />
de imediato às suas necessidades.<br />
Por exemplo, sabemos que poucas são as “casas de<br />
pneus”, que possuem capacidade de armazenamento,<br />
ou seja, hoje em dia muitas vezes os pedi<strong>dos</strong> de pneus<br />
são efectua<strong>dos</strong> após a confirmação do cliente final,<br />
logo é necessário oferecer capacidade de resposta imediata.<br />
O mercado de pneus em Portugal tem sofrido constantes<br />
alterações, o que do ponto de vista financeiro<br />
não oferece perspectivas encorajadoras para <strong>2011</strong>.<br />
Que balanço poderemos fazer para o próximo ano?<br />
Continuará a aumentar a procura das medidas de<br />
pneus em gama alta, diminuindo por sua vez as medidas<br />
mais pequenas. A concorrência continuará a crescer,<br />
se bem que esperemos de uma forma mais conscienciosa.<br />
As chamadas Redes e Grupos de pneus continuarão<br />
a emergir, o que irá dificultar o trabalho das casas de<br />
pneus independentes.<br />
O conceito de “pneu barato” que existia no mercado,<br />
simplesmente desapareceu.<br />
Em <strong>2011</strong>, os portugueses terão mais receio em com-<br />
PUB<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 23
OPINIÕES<br />
Balanço de 2010 e perspectivas para <strong>2011</strong><br />
prar, devido á actual situação de endividamento, podendo<br />
recorrer em muitos casos a entidades de crédito<br />
para adquirir pneus.<br />
Outra das apostas para <strong>2011</strong> será o aumento das vendas<br />
através da Internet. Nos dias de hoje é possível adquirir<br />
tudo através deste tipo de plataforma, incluindo<br />
pneus.<br />
As vendas on-line irão redireccionar muitos <strong>dos</strong><br />
clientes finais para outros de canais de distribuição.<br />
Estes são os cenários externos que consideramos<br />
mais prováveis para <strong>2011</strong>, provavelmente no final do<br />
próximo as nossas perspectivas estarão totalmente desactualizadas.<br />
No entanto, devemos manter a confiança num mercado<br />
que ao longo <strong>dos</strong> últimos anos tem demonstrado<br />
a sua resistência, e esperemos que cheguem melhores<br />
dias.<br />
Rui Silva<br />
Eurotyre<br />
Área: Rede de retalho<br />
O aspecto mais positivo no<br />
decorrer de 2010 é que, efectivamente,<br />
os veículos continuaram<br />
a usar pneus e a sociedade<br />
necessita para sua locomoção<br />
de os usar. A parte mais negativa<br />
é, claramente, que o consumo não aumentou e os<br />
operadores de mercado, esses sim, aumentaram.<br />
O que se antevê de mais positivo para <strong>2011</strong> é o facto<br />
de não existir nenhuma ideia credível para substituir o<br />
pneu…<br />
Perante as adversidades globais em que vivemos, faz<br />
com que to<strong>dos</strong> os sectores de actividade para conseguirem<br />
terem anos de rentabilidade façam esforços<br />
enormes para conseguirem o binómio<br />
rentabilidade/competitividade. Utilizando uma expressão<br />
popular “o que não nos mata torna-nos mais<br />
fortes” e falando sobre a empresa pela qual sou responsável,<br />
conseguimos terminar 2010 com um saldo positivo<br />
graças à excelente reacção às dificuldades por parte<br />
de todo este grande grupo.<br />
Para poder responder de uma forma mais clara e<br />
abrangente necessitaria de muitos mais “caracteres”<br />
mas antevejo que <strong>2011</strong> vá ser um ano muitíssimo<br />
complicado e, no nosso sector, imaginando que em<br />
2010 estávamos to<strong>dos</strong> numa longa recta da meta a<br />
toda a velocidade, é fácil imaginar a quem pertence os<br />
motores mais potentes, não necessariamente aos melhores<br />
pilotos, e em <strong>2011</strong> aparecerá no final da recta<br />
aquela curva danada, que inevitavelmente fará com<br />
que alguns tomem a dianteira, outros solidifiquem a<br />
sua posição secundária sempre à espreita da dianteira,<br />
alguns ficarão para trás e outros poderão obviamente<br />
parar na gravilha/escapatória…<br />
Sérgio Louro<br />
StarAliance<br />
Área: Retalho de pneus<br />
O ano de 2010 foi um ano<br />
sem grandes sobressaltos, pois<br />
apesar da crise as vendas de paneus<br />
estiveram mais ou menos<br />
em linha com o previsto. Falase<br />
em crise e a verdade é que ela<br />
existe!<br />
Mas se analisarmos friamente a questão, o cliente<br />
que colocava na sua viatura uma marca premium hoje<br />
coloca uma marca budget.<br />
Por isso, apesar da crise as casas de pneus acabam<br />
sempre por vender. Este ano no mercado sentiu-se<br />
também uma fuga ao pneu chinês. Talvez por ser um<br />
artigo “made in china” as pessoas têm a sua reserva em<br />
relação ao produto.<br />
Os clientes preferiram montar uma marca budget<br />
mas tendo conhecimento que o fabricante era conhecido.<br />
Falando de <strong>2011</strong> é um ano em que as pessoas estão<br />
com muitas reservas. Sem dúvida que os aumentos de<br />
impostos e os cortes nos salários pode complicar e muito<br />
as vendas, nomeadamente em varias áreas, incluindo<br />
a <strong>dos</strong> pneus.<br />
No segmento da revenda hoje é preciso ter um certo<br />
cuidado a quem se vende ou mesmo como se vende,<br />
porque sem ter uma estrutura sólida o dinheiro no banco<br />
está caro. Logo é preciso fazer muito estudo sobre o<br />
investimento e a venda de um determinado produto.<br />
Quanto aos postos possivelmente pode haver um<br />
grande disparo de vendas em relação às marcas budget,<br />
o que vai complicar a vida às marcas Premium.<br />
Estou convencido que no ano de <strong>2011</strong>, apesar desta<br />
crise, vão aparecer novos operadores no mercado e<br />
cada vez vai ser mais necessário as pequenas casas associarem-se<br />
a grupos, pois sozinhos nesta selva do mundo<br />
<strong>dos</strong> pneus "não se vão safar".<br />
Cada vez mais é necessário profissionalizar as casas e<br />
esquecer a ideia da casa do pequeno comerciante que<br />
abre das 9 às 18 e vai para casa sem pensar mais em<br />
pneus até ao dia seguinte. Cada vez mais as casas de<br />
pneus não podem viver só do pneu, têm de arranjar alternativas<br />
e entrarem noutros rumos, principalmente<br />
fazer coisas novas que a concorrência não tenha, pois é<br />
isso que faz a diferença em relação aos mais directos<br />
competidores.<br />
Novos desafios virão e teremos de estar atentos ao<br />
futuro.....<br />
Vitor Rocha<br />
AltaRoda<br />
Área: Consumíveis e<br />
equipamentos<br />
2010 foi um ano em que se<br />
sentiu a dificuldade em fechar<br />
negócios com a rapidez habitual.<br />
To<strong>dos</strong> os equipamentos<br />
que colocámos foram decisões<br />
que os nossos clientes demoraram a tomá-las e no<br />
mercado <strong>dos</strong> consumíveis tivemos “invasão” de empresas<br />
estrangeiras que se sentem confortáveis em comercializar<br />
produtos num país que não defende as<br />
suas empresas, ao contrário <strong>dos</strong> Espanhóis que resistem<br />
ao máximo para dar oportunidade aos Portugueses.<br />
Os negócios de equipamentos têm necessariamente<br />
de crescer porque o parque de máquinas nalguns<br />
clientes já está muito fatigado e não aguenta mais ou<br />
então são recentes mas por questão de preço foram adquiridas<br />
máquinas sem qualidade, que não estão à altura<br />
das necessidades <strong>dos</strong> profissionais.<br />
Um <strong>dos</strong> problemas que pode surgir é o financiamento<br />
da aquisição de máquinas, porque na verdade<br />
já temos alguns casos em que os clientes têm dificuldade<br />
de obter crédito.<br />
Começamos a ter várias abordagens para ser o fornecedor<br />
a assegurar facilidades de pagamento, o que<br />
nos colocam num risco que não podemos correr. m<br />
24<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EVENTO<br />
Gala MEGAMundi<br />
Momento de festa<br />
Realizou-se em mea<strong>dos</strong> do mês de <strong>Janeiro</strong> a 8ª Gala MEGAMundi,<br />
uma iniciativa que pretende acima de tudo juntar a “família” desta rede de pneus<br />
com os parceiros de negócio.<br />
AMEGAMundi realiza anualmente uma Gala,<br />
num evento que consiste em juntar nele os associa<strong>dos</strong><br />
e parceiros comerciais desta rede de retalho<br />
de pneus.<br />
Assim, ao longo de um fim-de-semana, associa<strong>dos</strong> e<br />
parceiros comerciais da MEGAMundi têm a possibilidade<br />
de se relacionarem mais proximamente, num ambiente<br />
descontraído e fora do ambiente de<br />
trabalho, em que o ponto alto é o jantar de<br />
Gala, onde após o mesmo são entregues diversos<br />
troféus.<br />
“Neste evento estão presentes todas as marcas<br />
de pneus que trabalham com a rede ME-<br />
GAMundi”, refere Jorge Correia, director administrativo<br />
da MEGAMundi, adiantando que “é sempre uma excelente<br />
oportunidade de associa<strong>dos</strong> e parceiros comerciais<br />
se conhecerem melhor. Passam um dia juntos, falam de<br />
tudo um pouco, mas obviamente não se fazem vendas.<br />
Aqui o objectivo é outro”.<br />
Este ano o evento “Gala MEGAMundi” decorreu<br />
A 8ª Gala MEGAMundi reuniu, em ambiente informal,<br />
os associa<strong>dos</strong> da rede MEGAMundi com os seus<br />
parceiros de negócio<br />
em Setúbal, com chegada a 14 e saída a 16 de <strong>Janeiro</strong>,<br />
sendo que o dia 15 serviu também para uma série de<br />
muitas outras iniciativas. “Para além de estarem juntos,<br />
os associa<strong>dos</strong> e parceiros foram convida<strong>dos</strong> a realizarem<br />
um passeio por diversos locais e a participar em algumas<br />
iniciativas”, revela Jorge Correia, explicando que<br />
“foram momentos muito bons e de grande convívio entre<br />
to<strong>dos</strong>”. Assim, as 106 pessoas presentes neste evento<br />
tiveram oportunidade de fazer um passeio pela Serra da<br />
Arrábida, com passagem pelo lindíssimo Convento da<br />
Arrábida. Pelo caminho passaram pelo Museu do Queijo<br />
e realizaram ainda uma visita às caves da José Maria da<br />
Fonseca, em ambos os locais com degustação de queijos<br />
e de vinho.<br />
Troféus<br />
Nesta Gala da MEGAMundi foram atribuí<strong>dos</strong> dois<br />
tipos de troféus. Por um lado, os troféus das marcas de<br />
pneus aos associa<strong>dos</strong> da rede MEGAMundi que têm<br />
maior número de compras em quantidades.<br />
Por outro, os troféus com o volume de facturação<br />
de tudo o que é comprado dentro da rede MEGA-<br />
Mundi pelos seus associa<strong>dos</strong>. Para motivar<br />
a compra de produtos MEGAMundi<br />
(pneus, baterias, etc) são também galardoa<strong>dos</strong><br />
os accionistas que tenham as compras<br />
mais elevadas dentro desses produtos da<br />
marca própria da rede.<br />
Muito importante na opinião de Jorge Correia, é o<br />
facto de “terem sido muitas senhoras a receberem<br />
muitos <strong>dos</strong> troféus, em representação de alguns <strong>dos</strong><br />
accionistas. Algumas dessas senhoras estão também à<br />
frente <strong>dos</strong> negócios, o que é muito interessante de<br />
analisar”.<br />
Nas tabelas em anexo poderá conhecer to<strong>dos</strong> os<br />
26<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EVENTO<br />
TROFÉUS COMPRAS MARCAS<br />
Empresa Marca 1º Lugar 2º Lugar<br />
SPO Kumho VFF OKLIX<br />
Continental Continental PNEUCAR ADV<br />
Continental Mabor PNEUCAR PNEUMACOR<br />
Garland Uniroyal VFF FLS<br />
Camac Camac VFF ALPITA<br />
Yokohama Yokohama POPNEUS ADV<br />
Rec.31 Rec.31 POPNEUS VFF<br />
Goodyear Goodyear OKPNEUS VR VFF<br />
Goodyear Dunlop PNEUCAR OKPNEUS VR<br />
Dispnal Nankang OKPNEUSVR VFF<br />
Dispnal Avon RUI & IRMÃOS SARPNEUS<br />
Tirsopneus Hankook PNEUMACOR ESTAÇÃO PN ARIEIRO<br />
Teixeira&Chorado Tip-Top SDAN POPNEUS<br />
Pirelli Pirelli OKPNEUSLX AUTOTUDO<br />
S.D.P Sonny TOPNEUS J.C.A.<br />
MEGAMundi Megastart SVA J.T.A. 108<br />
MEGAMundi Sonar POPNEUS ADV 633<br />
Luís Filipe Vieira, fundador e ex-Presidente da<br />
MEGAMundi recebeu um troféu das mãos do<br />
actual Presidente da MEGAMundi, Álvaro<br />
Cerqueira<br />
vencedores <strong>dos</strong> troféus, bem como todas as marcas<br />
que estiveram presente neste Gala MEGAMundi.<br />
Presença especial<br />
Para além de to<strong>dos</strong> os accionistas e parceiros de negócios,<br />
a Gala MEGAMundi contou com uma presença<br />
muito especial e muito significativa para a própria<br />
rede.<br />
De facto, um <strong>dos</strong> destaques da noite de Gala foi<br />
para a presença de Luís Filipe Vieira, que recebeu um<br />
troféu especial. O próprio aproveitou para dizer que<br />
“foi com muito prazer que recebi o convite da Administração<br />
a estar presente na gala MEGAMundi, onde<br />
recebi um troféu da Gala, da empresa que fui fundador<br />
e Presidente. Tive a oportunidade de rever amigos<br />
do ramo e ainda de matar saudades de um jogo de<br />
sueca. Refiro ainda os pneus que a Yokohama amavelmente<br />
disponibilizou para a minha viatura, que são<br />
uma agradável surpresa, pelo seu conforto, segurança e<br />
fiabilidade”. m<br />
FACTURAÇÃO MEGAMUNDI<br />
1º VFF<br />
2º Popneus<br />
3º ADV<br />
4º Okpneus VR<br />
5º SVA<br />
6º Okpneus Lx<br />
7º JCA<br />
8º Pneumacor<br />
9º Sarpneus<br />
10º Pneucar<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 27
REPORTAGEM<br />
Visita à fábrica Continental Mabor<br />
Rigor, competência e tecnologia<br />
A Continental Mabor finalizou o exercício de 2010 com um volume de vendas de € 597,23 milhões<br />
e ultrapassou a marca <strong>dos</strong> 15 milhões de pneus vendi<strong>dos</strong> num só ano. Estes resulta<strong>dos</strong><br />
espectaculares são consequência directa de uma política de grande rigor e competência<br />
Em primeiro lugar, o que impressiona nesta unidade<br />
de produção da Continental, tendo em<br />
conta a realidade portuguesa, é a dimensão do<br />
empreendimento. São 120.000 m2 de área útil,<br />
1.533 trabalhadores e aproximadamente 50 mil pneus<br />
produzi<strong>dos</strong> por dia. A grande maioria destes pneus segue<br />
para exportação, tanto para Europa, como para os<br />
EUA, onde a Continental também possui uma fábrica.<br />
Nos 10 cais do armazém da fábrica há sempre camiões<br />
TIR a carregar, saindo cerca de 47 camiões por<br />
dia. Não admira que a Continental seja em Portugal o<br />
quarto exportador em termos absolutos, com a preciosa<br />
captação de divisas que isso implica, para um país<br />
como o nosso que tem que comprar quase tudo.<br />
A fábrica opera em regime contínuo, tendo 3 turnos<br />
de 2 feira a 6 feira e 2 turnos alarga<strong>dos</strong> ao fim-desemana.<br />
A rotação <strong>dos</strong> operadores é contínua igualmente,<br />
o que transforma o perímetro da fábrica numa<br />
pequena cidade. Uma equipa especializada de 15 pessoas<br />
ligadas à segurança e higiene no trabalho faz o enquadramento<br />
<strong>dos</strong> colaboradores, sendo patente a limpeza<br />
das instalações e a qualidade do ar, incluindo o<br />
controlo de temperatura.<br />
A cultura da eficiência é um facto, o que obriga as<br />
equipas de limpeza e de manutenção a estarem permanentemente<br />
activas. Os técnicos de manutenção<br />
deslocam-se em triciclos a pedais, com um cesto de<br />
carga, que permite minimizar o tempo de deslocação<br />
ao longo <strong>dos</strong> "infindáveis" corredores da fábrica.<br />
Transportam peças, produtos, equipamentos e ferramentas,<br />
que são utiliza<strong>dos</strong> em substituições e reparações.<br />
Durante a visita, presenciámos a substituição de<br />
uma bomba de água de arrefecimento de dimensões<br />
consideráveis.<br />
Devido aos grandes requisitos energéticos da fábrica,<br />
esta possui uma estação de transformação de corrente<br />
e é abastecida directamente através de um gasoduto<br />
de gás natural. Um gerador de arranque automático<br />
compensa eventuais falhas de corrente. Além<br />
disso, a unidade de geração de vapor utilizada no processo<br />
produtivo possui também uma unidade de cogeração<br />
de electricidade, a qual é activada sempre que o<br />
consumo de vapor permitir o seu funcionamento.<br />
Além da impressionante dimensão do empreendimento,<br />
a fábrica de Lousado é a única que a Continental<br />
possui na Península Ibérica. O critério número um<br />
da marca alemã para a investir e manter abertas as suas<br />
fábricas em todo o Mundo é a produtividade e a rentabilidade.<br />
Emprego Qualificado<br />
A Continental rege-se por valores empresariais que<br />
passam pela qualidade, fiabilidade, segurança e serviço<br />
ao cliente. Isso apenas é possível com uma sólida cultura<br />
de empresa, assente em transmissão de conhecimentos<br />
e conceitos técnicos, relacionais e comportamentais.<br />
Todo o pessoal é marcado por esse ambiente<br />
competitivo da empresa e pela formação contínua,<br />
que garante níveis de desempenho acima da média.<br />
Com efeito, a taxa de deficiências no controlo de<br />
28<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
REPORTAGEM<br />
Ricardo Martins,<br />
Director de Marketing<br />
CONTINENTAL PNEUS<br />
Os novos pneus da<br />
Continental<br />
ContiEcoContact 5 e<br />
ContiSportContact 5, são<br />
agora produzi<strong>dos</strong> na<br />
fábrica da Continental<br />
Mabor, em Lousado<br />
Sede: Rua Adelino Leitão, 330<br />
4764-906 EC Lousado<br />
Director de Marketing: Ricardo Martins<br />
Telefone: 252.499.210<br />
Fax: 252.493.095<br />
e-mail: ricardo.martins@conti.de<br />
internet: www.continental.pt<br />
qualidade final está fixada em 0,78%, mas a fábrica de<br />
Lousado está a conseguir apenas uma taxa de 0,7 de<br />
deficiências de fabrico. Isso explica porque outras empresas<br />
com trabalhadores portugueses não vingam, enquanto<br />
que esses mesmos trabalhadores se tornam em<br />
peças basilares de uma empresa como a Continental.<br />
Tudo começa pelo recrutamento, que dá preferência a<br />
pessoas já ligadas à empresa, criando uma dinâmica de<br />
promoção profissional e de ascensão de carreira que é<br />
motivante. Alguns <strong>dos</strong> actuais quadros médios da fábrica<br />
de Lousado iniciaram a sua carreira na produção.<br />
As qualificações académicas também são incentivadas<br />
pela Continental, que está a exigir o 12º ano aos actuais<br />
candidatos a emprego. Os elementos que já trabalham<br />
na empresa e ainda não possuem o 12º ano de<br />
escolaridade, são incentiva<strong>dos</strong> a conseguirem esse grau<br />
através do programa “Novas Oportunidades”.<br />
Além da base académica, os trabalhadores da fábrica<br />
Continental em Lousado só iniciam a actividade laboral<br />
após seis meses de formação básica. Essa formação<br />
é complementada com novos módulos formativos,<br />
sempre que há mudança de tarefas, de processos<br />
produtivos, ou surgem novas tecnologias e equipamentos<br />
novos. Os painéis luminosos de controlo que<br />
existem nos vários departamentos da produção afixam<br />
momento a momento a taxa de desempenho da fábrica.<br />
Num determinado momento, pudemos verificar<br />
que a taxa de desempenho em relação à meta de produção<br />
diária estava 5,2% acima do previsto. Embora<br />
haja equipamentos cujo ritmo de produção não pode<br />
ser acelerado, há fases em que o dinamismo do operador<br />
pode conseguir melhorar o desempenho das máquinas,<br />
fazendo subir a produção.<br />
Gama de produtos<br />
A fábrica Continental de Lousado apenas produz<br />
pneus para viaturas ligeiras de passageiros, o segmento<br />
de mercado em que a marca é líder na Europa, vice líder<br />
no mercado português e tem uma oferta muito<br />
competitiva. Além da marca premium de primeiro<br />
plano Continental, a fábrica produz outras marcas de<br />
segunda e terceira linha, incluindo a marca portuguesa<br />
Mabor, que é líder no mercado nacional no segmento<br />
"budget". Ao todo, a Continental produz 16 marcas de<br />
pneus, entre marcas compradas e assimiladas e outras<br />
privadas, que são distribuídas em exclusivo por certos<br />
clientes. De qualquer modo, to<strong>dos</strong> os pneus produzi<strong>dos</strong><br />
pela Continental beneficiam das sinergias <strong>dos</strong> padrões<br />
tecnológicos e de qualidade do grupo, competindo<br />
sempre no mercado com argumentos fortes.<br />
As medidas fabricadas inserem-se nas tendências do<br />
mercado que está a pedir jantes maiores, para veículos<br />
também de maior gabarito, como os SUV, familiares,<br />
monovolumes e berlinas desportivas. Embora estando<br />
equipada para produzir pneus a partir de 14" de diâmetro<br />
de talão, o facto é que actualmente a produção<br />
está praticamente centrada em medidas acima de 16",<br />
até 20". Entretanto, a Continental já lançou pneus que<br />
chegam até 23" e poderão se necessário ser produzi<strong>dos</strong><br />
na fábrica portuguesa.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 29
REPORTAGEM<br />
Visita à fábrica Continental Mabor<br />
O composto de borracha é transformado em faixas de comprimento padronizado<br />
Depois de processadas, as telas são enroladas num cilindro e utilizadas no fabrico do piso do pneu<br />
Processo de fabrico Continental<br />
A marca Continental fabrica pneus desde 1871 e<br />
portanto está quase a fazer 140 anos que vem aperfeiçoando<br />
e desenvolvendo o processo de produção <strong>dos</strong><br />
seus pneus. A tecnologia de produção utilizada actualmente<br />
pela Continental está no topo do sector, sofrendo<br />
constantes melhoramentos e actualizações. Embora<br />
não sendo possível entrar obviamente em muitos<br />
detalhes, podemos afirmar que o processo de produção<br />
da Continental é de elevada eficiência e com custos<br />
altamente controla<strong>dos</strong>, frutos de uma organização<br />
meticulosa, de uma sincronização de procedimentos<br />
exaustiva e de automatização generalizada.<br />
Nos parágrafos seguintes iremos enumerar sinteticamente<br />
os principais passos do fabrico <strong>dos</strong> pneus Continental<br />
e as garantias de qualidade que eles oferecem<br />
ao consumidor. Essa qualidade é garantida pelos controlos<br />
permanentes em toda as fases da produção.<br />
1<br />
Matérias-primas: Um pneu é construído a partir<br />
de cabos e fios de aço, produtos químicos deriva<strong>dos</strong><br />
em especial da petroquímica (borracha<br />
sintética, polímeros e aditivos), borracha natural, e fibras<br />
têxteis.<br />
2<br />
Composto: Esta é a fase crítica do fabrico do<br />
pneu, mas não são divulga<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> sobre a<br />
composição da mistura. O que sabemos é que<br />
cada componente é pesado e <strong>dos</strong>eado rigorosamente,<br />
entrando de seguida no moinho, que dá origem ao<br />
composto. Esse composto é seguidamente laminado,<br />
tendo em vista o seu fácil e célere transporte para os diversos<br />
pontos de transformação. Paredes laterais, banda<br />
de rolamento e revestimento interno são assim produzi<strong>dos</strong><br />
em peças, obedecendo a composições específicas.<br />
3<br />
Produtos semi acaba<strong>dos</strong> - A estratégia de produção<br />
da Continental assenta na convergência<br />
de vários produtos semi acaba<strong>dos</strong> para as máquinas<br />
de montagem do pneu, equipamentos fabrica<strong>dos</strong><br />
especificamente por uma empresa do Grupo Continental.<br />
Isto implica que, paralelamente ao fabrico<br />
das peças de composto de borracha, são produzidas as<br />
telas têxteis (rayon, nylon, poliéster e aramida) e metálicas<br />
(aço), assim como os talões do pneu. As telas metálicas<br />
são obtidas comprimindo os fios metálicos entre<br />
duas folhas de mistura arrefecida, numa máquina<br />
tipo calandra. Uma empresa especializada que opera<br />
dentro do perímetro da fábrica, a ITA, produz uma<br />
fita adesiva especial que é usada para o fabrico <strong>dos</strong> talões<br />
e é posteriormente aplicada em disposição helicoidal<br />
sobre as telas do pneu, para garantir a aderência<br />
aos restantes componentes e reforçar o conjunto.<br />
30<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
REPORTAGEM<br />
No processo de vulcanização o molde dará a<br />
forma definitiva ao pneu<br />
A área de armazenamento <strong>dos</strong> pneus produzi<strong>dos</strong> é equivalente a vários campos de futebol<br />
Para garantir a máxima qualidade <strong>dos</strong> pneus produzi<strong>dos</strong>, técnicos especializa<strong>dos</strong> fazem uma verificação final de to<strong>dos</strong> os pneus<br />
4<br />
Pneu "verde" - Depois de montadas as paredes<br />
laterais, as telas e os talões, o pneu está completo,<br />
mas ainda está "verde", sendo encaminhado<br />
para as máquinas de vulcanização. Um só operador<br />
controla as especificações do pneu e alimenta as várias<br />
máquinas de vulcanizar, mas estas colocam automaticamente<br />
o pneu no interior da calandra e retiram-no já<br />
pronto, eliminando vários riscos para os operadores.<br />
5<br />
Vulcanização - É durante esta operação que o<br />
pneu se consolida, passando a formar uma única<br />
peça, ao mesmo tempo que é moldado o desenho<br />
da banda de rolamento e as inscrições das paredes<br />
laterais. Ao sair da vulcanização o pneu está pronto<br />
e segue para o processo de controlo de qualidade.<br />
6<br />
Controlo de qualidade - Esta fase da produção é<br />
de grande importância para a Continental, pois<br />
garante que o pneu corresponde ao que o consumidor<br />
espera dele. Para isso, os pneus fabrica<strong>dos</strong> são<br />
inspecciona<strong>dos</strong> ainda nas passadeiras transportadoras<br />
por câmaras e aparelhos de raios X, sendo posteriormente<br />
sujeitos a testes de pressão, resistência e equilíbrio,<br />
realiza<strong>dos</strong> automaticamente por equipamentos<br />
de controlo. Na fase final, o controlo é efectuado por<br />
operadores especializa<strong>dos</strong>, que descartam as carcaças<br />
com deficiências (menos de 1%). Estas serão encaminhadas<br />
posteriormente para valorização energética,<br />
depois de analisadas as causas <strong>dos</strong> seus defeitos. Este rigoroso<br />
controlo de qualidade permite que os pneus sejam<br />
expedi<strong>dos</strong> directamente da fábrica para os clientes<br />
de equipamento de origem, sector em que a Continental<br />
lidera o mercado.<br />
Na linha da frente<br />
Para estar na linha da frente, um fabricante de pneus<br />
tem que estar no patamar mais elevado da tecnologia,<br />
mas não pode ignorar os valores da defesa do ambiente<br />
e os valores humanos do serviço ao cliente, que permitem<br />
retirar o máximo rendimento e a máxima satisfação<br />
do produto. No que se refere a este último, a<br />
Continental tem sabido acompanhar as tendências do<br />
mercado, não apenas em medidas de jante e perfil das<br />
carcaças, mas também em características que vão estar<br />
à frente no futuro próximo, como são o caso da baixa<br />
resistência ao rolamento, aderência em molhado e nível<br />
de ruído. Disso são a prova os novos pneus da<br />
Continental ContiEcoContact 5 e ContiSportContact<br />
5. No entanto, a Continental não pretende apenas<br />
apresentar ao mercado produtos sensatos, seguros e<br />
fiáveis, apostando em pneus que sejam capazes de despertar<br />
emoções, tanto no plano estético, como na condução,<br />
permitindo ao condutor explorar os limites do<br />
seu veículo e os seus próprios, sem correr riscos desnecessários.<br />
Investigação permanente, ensaios de laboratório<br />
e de estrada constantes e a estreita colaboração<br />
com os construtores de veículos garantem à Continental<br />
o "contacto" com as mais avançadas tendências e<br />
com os mais eleva<strong>dos</strong> padrões e requerimentos técnicos<br />
<strong>dos</strong> pneus actuais. m<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 31
ENTREVISTA<br />
Darío Vicario, Director Geral da Goodyear Dunlop Ibéria<br />
No início de 2009, Darío Vicario assumiu a direcção<br />
geral da Goodyear Espanha Portugal.<br />
Dois anos de trabalho intenso, num contexto<br />
de crise económico e financeira, e num ambiente<br />
de mercado cada vez mais aberto e concorrencial.<br />
O responsável máximo da Goodyear aborda na RE-<br />
VISTA DOS PNEUS temas actuais do sector <strong>dos</strong><br />
pneus, fala da empresa, do mercado e da concorrência.<br />
Fale-nos um pouco do seu percurso ligado à<br />
Goodyear?<br />
A minha carreira no grupo começou em 2000 quando<br />
me foi oferecido o cargo de Director Geral da Dunlop<br />
para Espanha.<br />
O desafio que tinha pela frente era o crescimento e<br />
consolidação da marca e a criação de uma “joint venture”<br />
com a Goodyear foram o catalisador que me moveu.<br />
Em 2004 fui nomeado Director da divisão Consumer<br />
da Goodyear Dunlop Ibéria e em 2007 mudei-me<br />
para a Suécia para desempenhar o cargo de Director<br />
Geral da Goodyear Dunlop para os Países Nórdicos.<br />
Em 2009 regressei como Director Geral da Goodyear<br />
Dunlop Ibéria.<br />
Como define a marca de pneus Goodyear face à<br />
concorrência?<br />
A Goodyear é uma marca que se diferencia da concorrência<br />
pela inovação que aplicamos nos nossos<br />
produtos e pelos recursos que dedicamos à I+D.<br />
Os nossos pneus estão na vanguarda, são inovadores<br />
e desta forma, ao longo da história, temos marcado<br />
o sector <strong>dos</strong> pneus, tal como Charles Goodyear ao<br />
descobrir o processo de vulcanização da borracha.<br />
tenhamos claro o que cada um necessita e saber consegui-lo.<br />
Esta foi a chave da estratégia que nos permitiu<br />
manter uma posição preferencial no mercado nos últimos<br />
anos.<br />
Que critérios utilizam para seleccionar os vossos<br />
clientes, como comunicam com eles e de que forma<br />
promovem a vossa marca junto deles?<br />
O principal contacto entre a marca Goodyear e os<br />
clientes é feito pela equipa de vendas. Na Goodyear<br />
dispomos de uma equipa completa de vendas muito<br />
especializada e estratificada que além de atender as necessidades<br />
do cliente, fazem a assessoria e ajudam o<br />
seu negócio. A Goodyear contribui com valor acrescentado<br />
face a outras marcas do sector e é desta forma<br />
que os clientes nos consideram e demonstram confiança<br />
na marca.<br />
Que tipo de apoio presta a Goodyear aos seus<br />
clientes?<br />
De todo tipo. O apoio da Goodyear aos clientes vai<br />
desde campanhas de financiamento a acções de marketing<br />
especialmente desenvolvidas para as necessidades<br />
e características de cada cliente.<br />
Qual é o papel das novas tecnologias e da internet<br />
na comunicação da sua empresa com os seus<br />
clientes?<br />
Tal como aplicamos as mais recentes tecnologias<br />
nos nossos produtos, o trabalho interno da empresa<br />
Goodyear também se caracteriza pela inovação. Assim,<br />
a Goodyear converteu-se em 1994 na primeira<br />
empresa de pneus com loja online B2B na sua página<br />
web. O impacto das vendas que são geradas através<br />
deste canal é indubitável. Se em 2002 5% das vendas<br />
B2B eram realizadas através da Internet, actualmente<br />
realizam-se 40% das operações. Iniciativas como TireOnlineService,<br />
que em 2002 abriu a possibilidade<br />
aos clientes de fazer pedi<strong>dos</strong> em tempo real, e TireManager<br />
que melhora o serviço a clientes proporcionando<br />
informação sobre os pneus mais apropria<strong>dos</strong> dependendo<br />
da sua utilização, demonstram a aposta da<br />
empresa neste tipo de tecnologias.<br />
Qual é a estratégia de produto da Goodyear (marca<br />
Premium vs segundas marcas). Que outras marcas<br />
disponibiliza no mercado?<br />
A Goodyear posiciona-se como uma marca Premium<br />
de primeiro nível. Os pneus Goodyear oferecem<br />
as melhores prestações a nível de segurança, graças<br />
ao grande trabalho de investigação que há por trás.<br />
A nossa gama de pneus é muito ampla e cobre as necessidades<br />
de to<strong>dos</strong> os tipos de condutores e veículos<br />
e, ano após ano, lançamos novos produtos que se<br />
adaptam às necessidades actuais.<br />
Por outro lado, e também como marca Premium<br />
mas com um posicionamento diferente, está a marca<br />
Dunlop. A Dunlop oferece os mesmos níveis de segurança<br />
que a Goodyear, mas é direccionada a um público<br />
mais entusiasta pela condução, um público que<br />
quer sentir a estrada para fazer uma condução mais<br />
precisa, algo que consegue com os pneus Dunlop.<br />
Nos segmentos Medium e Budget dispomos de outras<br />
marcas como Fulda, Sava ou Debica, que contam<br />
com o apoio de uma grande empresa como a nossa e<br />
se posicionam como líderes nos seus segmentos.<br />
Como consegue diferenciar os seus produtos num<br />
mercado com uma oferta global tão vasta?<br />
Os nossos produtos conseguem diferenciar-se por<br />
“A recomendação do especialista da oficina vai continuar<br />
a ser um ponto forte”<br />
A Goodyear não tem estado parada em Portugal. Nos dois últimos anos lançou novos projectos e<br />
aproximou-se mais ainda <strong>dos</strong> seus clientes, tudo isto sob a gestão de Darío Vicario.<br />
De que forma a presente crise económica afectou as<br />
vossas vendas e como está a lidar com esse<br />
problema?<br />
Quando regressei à Goodyear Dunlop Ibéria, o panorama<br />
do mercado não era precisamente bom, já que<br />
se estavam a registar quedas de cerca de 15%. Contudo,<br />
olhando para trás, o ano de 2009 fechou com da<strong>dos</strong><br />
positivos e 2010 fechou também com um saldo<br />
positivo. Ganhámos quota de mercado e isso é muito<br />
positivo.<br />
Que estratégia utiliza a Goodyear para fidelizar os<br />
seus clientes e captar outros novos?<br />
Na Goodyear sempre nos caracterizámos por demonstrar<br />
muita proximidade com os nossos clientes e,<br />
nos momentos económicos complica<strong>dos</strong>, temos sabido<br />
interpretar as suas necessidades e adaptarmo-nos a<br />
elas. Nós, fabricantes, e os nossos clientes, trabalhamos<br />
no mesmo mercado e, por isso, é tão importante<br />
a comunicação entre ambas as partes, para que to<strong>dos</strong><br />
32<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
Darío Vicario,<br />
Director Geral da<br />
Goodyear Dunlop Ibéria<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 33
ENTREVISTA<br />
Darío Vicario, Director Geral da Goodyear Dunlop Ibéria<br />
eles mesmos já que oferecem níveis de qualidade e desempenho<br />
tão eleva<strong>dos</strong> que conseguem posicionar-se<br />
numa posição preferencial no mercado. Fomos pioneiros<br />
no desenvolvimento da tecnologia RunOnFlat,<br />
o ano passado lançamos o OptiGrip, o primeiro pneu<br />
com tecnologia de desgaste inteligente e continuamos<br />
a desenvolver soluções inovadoras que cobrem as necessidades<br />
do mercado actual.<br />
Qual é a estratégia de distribuição que tem sido<br />
seguida pela Goodyear?<br />
A nível ibérico, a Goodyear tem a distribuição centralizada,<br />
de forma que conseguimos fornecer os nossos<br />
produtos em apenas 24 horas em qualquer ponto<br />
da Península Ibérica. No caso de não dispormos de algum<br />
produto na Península, pedimos aos armazéns na<br />
Alemanha e em apenas 7 dias o cliente tem o produto<br />
na sua oficina.<br />
O que é que hoje em dia faz mais a diferença neste<br />
mercado: o produto, o serviço, a disponibilidade de<br />
stock ou o preço?<br />
Considero que é uma junção de to<strong>dos</strong> estes factores.<br />
Hoje em dia num mercado tão competitivo como o<br />
<strong>dos</strong> pneus, não podemos destacar um aspecto e falhar<br />
noutro, devemos oferecer o melhor serviço e isso consegue-se<br />
obtendo a excelência em to<strong>dos</strong> os senti<strong>dos</strong>.<br />
Para a Goodyear o que é o serviço? Em que é que ele<br />
se traduz?<br />
O serviço é saber dar ao cliente soluções para as suas<br />
necessidades. Tratamos de contribuir com valor acrescentado<br />
para os nossos clientes, a quem oferecemos<br />
não apenas produtos excelentes, mas também condições<br />
atractivas para adquiri-los.<br />
“Considero que o pneu do<br />
futuro será definido pela<br />
entrada em vigor, em<br />
Novembro de 2<strong>012</strong>, da nova<br />
etiquetagem europeia para<br />
pneus”<br />
Quais são as tendências no mercado <strong>dos</strong> pneus<br />
(medidas de pneus mais vendidas), nomeadamente<br />
em Portugal?<br />
A medida mais vendida no mercado português, tal<br />
como no espanhol, continua a ser a 205/55-16 em V,<br />
ainda que cada vez mais crescem as medidas de grandes<br />
dimensões pelas necessidades do mercado. Os carros<br />
têm cada vez mais jantes de dimensões superiores.<br />
Quais são os pneus do futuro? Considera que os<br />
pneus tipo “run-flat” são o futuro?<br />
Considero que o pneu do futuro será definido pela<br />
entrada em vigor, em Novembro de 2<strong>012</strong>, da nova etiquetagem<br />
europeia para pneus. A partir dessa data, to<strong>dos</strong><br />
os pneus comercializa<strong>dos</strong> na Europa devem ter a<br />
referida etiqueta e por isso o utilizador final poderá<br />
eleger o produto que compra mediante parâmetros de<br />
resistência de rolamento, aderência em piso molhado<br />
e emissão de ruí<strong>dos</strong> comparáveis entre uns e outros<br />
modelos.<br />
Vai implicar uma alteração importante para a indústria<br />
<strong>dos</strong> pneus, que vai permitir a marcas como Goodyear<br />
ocupar uma posição preferencial, já que os nossos<br />
pneus vão obter valores altos em todas as secções<br />
analisadas.<br />
Como analisa a concorrência <strong>dos</strong> produtos vin<strong>dos</strong><br />
do estrangeiro (pneus chineses, usa<strong>dos</strong>, etc)?<br />
Na Goodyear somos contra as importações ilegais de<br />
pneus e outras práticas como a venda de pneus usa<strong>dos</strong>,<br />
e defendemos uma posição combativa para travar estas<br />
situações. As importações ilegais afectam negativamente<br />
to<strong>dos</strong> os que operam no mercado de pneus, desde fabricantes<br />
às próprias oficinas e consumidores finais.<br />
Os fabricantes deparam-se com a situação em que os<br />
consumidores não conseguem saber a origem do produto<br />
e por isso passam para a marca as suas percepções<br />
e potenciais queixas no caso de más experiências com<br />
estes produtos.<br />
Os pneus importa<strong>dos</strong> ilegalmente de países distantes,<br />
além de não cumprirem com as especificações de tipo<br />
de uso que se vai dar no nosso país, não estão assegura<strong>dos</strong><br />
com garantia com o símbolo CE que garante a sua<br />
homologação.<br />
Os nossos clientes também se vêm afecta<strong>dos</strong> por este<br />
tipo de práticas, já que to<strong>dos</strong> esses pneus que se vendem<br />
de forma ilegal, não pagam a taxa de retirada e reciclagem<br />
<strong>dos</strong> mesmos, uma vez finalizada a sua vida útil.<br />
Desta forma, têm um preço mais competitivo ao não<br />
pagar a taxa.<br />
Como analisa a reestruturação das casas de pneus<br />
em casas de serviços rápi<strong>dos</strong>. É este o caminho a<br />
seguir pelas casas de pneus?<br />
É lógico que as oficinas que tradicionalmente apenas<br />
se dedicam a pneus, em determninadas ocasiões<br />
ofereçam maior diversidade de serviços, incluindo mecânica<br />
rápida.<br />
Mas não consideramos que seja uma necessidade<br />
obrigatória para sobreviver no mercado, já que são<br />
34<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
Como encara o crescimento das vendas de pneus<br />
online?<br />
Na Goodyear não consideramos que as vendas de<br />
pneus online se convertam numa ameaça para os negócios<br />
tradicionais.<br />
Vão apenas ocupar parte do mercado, mas a recomendação<br />
do especialista da oficina vai continuar a ser<br />
um ponto forte face a estes novos negócios que vão<br />
surgindo.<br />
Muitos <strong>dos</strong> grandes construtores têm uma enorme<br />
função social, com campanhas de prevenção e<br />
segurança. O que é que a Goodyear tem feito a esse<br />
nível?<br />
Na Goodyear estamos completamente empenha<strong>dos</strong><br />
na segurança rodoviária, um compromisso que começa<br />
no momento de desenvolver os nossos produtos<br />
e que continua com várias campanhas de consciencialização<br />
dirigidas aos consumidores finais.<br />
Durante este ano de 2010 desenvolvemos a campanha<br />
“Reveja os seus pneus. Segurança acima de tudo”<br />
por toda a Península Ibérica, com uma paragem em<br />
Lisboa, com o objectivo de consciencializar os utilizadores<br />
sobre a importância que têm os pneus na segurança<br />
rodoviária. Para tal, colocámos vários pontos de<br />
controlo no exterior <strong>dos</strong> principais centros comerciais<br />
das grandes cidades onde os condutores puderam passar<br />
com os seus carros e a Goodyear revia o estado <strong>dos</strong><br />
pneus, gratuitamente, verificando a pressão e a profundidade<br />
da banda de rodagem.<br />
Nestes pontos de revisão <strong>dos</strong> pneus, os condutores<br />
receberam ainda folhetos informativos sobre o cuidado<br />
com os pneus, bem como manómetros e profundímetros<br />
que são úteis no momento de verificar, periodicamente,<br />
os pneus.<br />
“Apesar da complicada<br />
situação económica em que<br />
nos encontramos, estamos<br />
satisfeitos com os<br />
resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> em<br />
2010”<br />
muitas as oficinas independentes especializadas em<br />
pneus que actuam no mercado sem necessidade de<br />
oferecer outros serviços distintos.<br />
Qual a importância das redes organizadas de pneus<br />
para a Goodyear? Qual a relação com a rede Vulco?<br />
A Vulco é a rede de oficinas registada pela Goodyear<br />
Dunlop, e um <strong>dos</strong> nossos pilares fundamentais.<br />
Actualmente em Portugal contamos com 31 oficinas e<br />
os nossos planos para o futuro passam por continuar a<br />
desenvolver a rede.<br />
Quais são os principais desafios das redes de retalho<br />
e que soluções propõe para os ultrapassar?<br />
Os principais desafios das redes passam por:<br />
- Desenvolver organicamente as redes;<br />
- Alargar o leque de serviços presta<strong>dos</strong> (serviços rápi<strong>dos</strong>);<br />
- Ter uma cobertura geográfica completa no continente<br />
e ilhas;<br />
- Ter uma imagem dinâmica, moderna e atractiva;<br />
- Preparar-se para os desafios do futuro investindo em<br />
materiais e maquinaria com tecnologias de ponta na<br />
área do diagnóstico.<br />
Que evolução prevê para o desenvolvimento do<br />
comércio de pneus a curto/médio prazo?<br />
São vários os aspectos a considerar. Em primeiro lugar,<br />
dar mais apoio especializado aos prestadores de<br />
serviço, no sector, para profissionalizar mais os operadores<br />
chave do mercado.<br />
Aproximação maior ao consumidor final em frotas<br />
de Camião para melhor serviço ao cliente e corresponder<br />
às expectativas deste sector.<br />
Desenvolvimento de redes profissionais do sector<br />
do pneu, alargando o leque de serviços presta<strong>dos</strong> (serviços<br />
rápi<strong>dos</strong>).<br />
Por último , não esquecer o crescimento das redes<br />
com insígnias internacionais tais como Midas, Norauto,<br />
Roady, FeuVert, L’Auto etc...<br />
No ponto de controlo de Lisboa, detectámos que<br />
61% <strong>dos</strong> condutores circulava com a pressão incorrecta,<br />
enquanto que 24% tinha uma profundidade de<br />
banda de rodagem abaixo do mínimo legal, o que nos<br />
motiva a continuar a trabalhar em matéria de segurança<br />
rodoviária.<br />
Que balanço faz do ano 2010 a nível de vendas no<br />
mercado Ibérico? Quais as perspectivas para <strong>2011</strong>?<br />
Apesar da complicada situação económica em que<br />
nos encontramos, estamos satisfeitos com os resulta<strong>dos</strong><br />
obti<strong>dos</strong> em 2010, em que conseguimos atingir os<br />
nossos objectivos, crescendo em quota de mercado. O<br />
ano de <strong>2011</strong> apresenta-se, novamente, como um ano<br />
complicado, daí que teremos de trabalhar ainda mais<br />
de perto com os nossos clientes, para conseguir atingir<br />
os nossos objectivos com sucesso.<br />
De que modo analisa o actual estado da distribuição<br />
de pneus em Portugal?<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 35
ENTREVISTA<br />
Darío Vicario, Director Geral da Goodyear Dunlop Ibéria<br />
GOODYEAR DUNLOP<br />
PORTUGAL<br />
Sede: Estr. de Alfragide, nº67 Alfapark<br />
Edificio F, Piso 0 Sul - Apartado 7659<br />
2610-008 Amadora<br />
Director-Geral: Darío Vicario<br />
Telefone: 210 349 000<br />
Fax: 210 349 101<br />
E-mail: n.d.<br />
Internet: www.goodyear.com.pt<br />
“Nos vários segmentos de<br />
mercado (Consumer,<br />
Camião, Moto, Farm, OTR)<br />
apostamos claramente<br />
numa rede abrangente de<br />
distribuição”<br />
A Vulco é a rede de oficinas registada pela Goodyear Dunlop. Actualmente em Portugal conta com 31<br />
oficinas e a intenção da empresa é fazer crescer a rede<br />
Houve uma excelente resposta <strong>dos</strong> operadores do<br />
mercado desde os últimos 10 anos, quanto à profissionalização<br />
na área operacional e de gestão empresarial.<br />
Verifica-se também um cuidado <strong>dos</strong> operadores em<br />
dotarem-se de formação e ferramentas adequadas aos<br />
desafios actuais.<br />
Verifica-se ainda uma distribuição dinâmica e atomizada<br />
e nota-se um franco crescimento nos canais de<br />
distribuição moderna e concessionários.<br />
Destaque ainda para uma participação activa de<br />
operadores estrangeiros de distribuição no mercado<br />
local.<br />
Como funciona a vossa distribuição no mercado<br />
português?<br />
Nos vários segmentos de mercado (Consumer, Camião,<br />
Moto, Farm, OTR) apostamos claramente<br />
numa rede abrangente de distribuição. Como marca<br />
global, estamos presentes em to<strong>dos</strong> os canais de distribuição<br />
de cada segmento de mercado.<br />
Que importância tem o mercado português para a<br />
Goodyear?<br />
O mercado Português representa aproximadamente<br />
3 milhões de pneus novos, como tal é um mercado de<br />
tamanho reduzido comparado com os merca<strong>dos</strong> Alemão,<br />
Francês ou Espanhol. No entanto é um mercado<br />
importante para as marcas premium, e tem vindo a<br />
crescer nalguns segmentos, como o UHP em Turismo,<br />
o Hypersport em Moto mas também é interessante<br />
para os produtos de Camião.<br />
Em termos de política de stock, o que tem sido feito<br />
pela Goodyear em Portugal?<br />
Como já foi referido anteriormente, a Goodyear<br />
dispõe de uma política de distribuição centralizada<br />
para toda a Península Ibérica, que assegura o fornecimento<br />
de pneus em 24 horas desde o nosso armazém<br />
central a qualquer ponto da Península. Assim como<br />
utilizamos o nosso armazém central Europeu na Alemanha<br />
para os produtos de menor rotação.<br />
Que evolução está a prever para o negócio de pneus<br />
no mercado português?<br />
O mercado de pneus está cada vez mais maduro em<br />
Portugal e as oportunidades de crescimento do negócio<br />
já não são as verificadas nos últimos anos.<br />
Agora o momento é de consolidação e de preparação<br />
para os desafios futuros.<br />
Que balanço faz do ano 2010 a nível de vendas no<br />
mercado português? Quais as perspectivas para<br />
<strong>2011</strong>?<br />
O ano de 2010 foi um ano atípico no mercado português,<br />
onde os altos e baixos verifica<strong>dos</strong> entre a anunciada<br />
saída da crise e o retomar das dificuldades económicas<br />
não permitiu a leitura de uma tendência clara da<br />
economia.<br />
Para <strong>2011</strong> as expectativas são grandes, para que num<br />
mercado estável, continuamos a progredir como até<br />
agora, no sentido de oferecer um melhor e diferenciado<br />
serviço aos clientes. m<br />
36<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
Manuel Olivares, Director de Marketing Turismo da Michelin Portugal e Espanha<br />
Em entrevista à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, Manuel Olivares,<br />
Director de Marketing Turismo da Michelin<br />
Portugal e Espanha, explica qual a estratégia<br />
da empresa para ultrapassar as dificuldades<br />
económicas que os dois países ibéricos estão a<br />
viver, e faz um balanço do desempenho que a Michelin<br />
teve em Portugal no ano passado e das expectativas<br />
comerciais para <strong>2011</strong>.<br />
Para este responsável, as soluções para enfrentar a<br />
crise continuam a ser as mesmas de sempre: mais profissionalismo<br />
e rigor na gestão <strong>dos</strong> negócios.<br />
O que diferencia a marca de pneus Michelin da<br />
concorrência?<br />
A marca Michelin é líder de mercado, graças à sua<br />
qualidade comprovada e verificável. Os nossos produtos<br />
caracterizam-se por corresponderem da melhor<br />
forma às expectativas <strong>dos</strong> clientes, em três pontos chave:<br />
segurança, duração e economia de combustível.<br />
Quais são os critérios de selecção <strong>dos</strong> distribuidores<br />
Michelin e como processa a comunicação e a<br />
promoção da marca junto deles?<br />
Os critérios são bastante simples: procuramos os<br />
distribuidores mais profissionais e que se interessam<br />
por uma relação a longo prazo com uma marca líder<br />
do mercado. Também nos interessam aqueles que<br />
têm uma vocação para permanecer no negócio. Em<br />
muitos casos, os nossos distribuidores já vão na segunda<br />
ou na terceira geração dentro do negócio.<br />
Que tipo de apoios presta a Michelin aos seus<br />
distribuidores?<br />
Para além da nossa gama completa de produtos e de<br />
uma diversidade adequada de marcas, há um valor<br />
electrónicas para melhorarem a produtividade <strong>dos</strong><br />
seus negócios, desde a realização e acompanhamento<br />
<strong>dos</strong> pedi<strong>dos</strong>, até à factura electrónica, passando por<br />
outras ferramentas, que permitem ter acesso à informação<br />
técnica do produto e a todo o tipo de materiais<br />
auxiliares: tabelas de preços, fichas técnicas, fotografias,<br />
material publicitário, etc.<br />
Em relação ao consumidor final, dispomos de vários<br />
portais na Internet, que permitem ao utilizador tomar<br />
contacto com as nossas marcas, receber informação<br />
sobre o pneu, conhecer as gamas que oferecemos,<br />
escolher os pneus mais adequa<strong>dos</strong> ao seu carro, encontrar<br />
os pontos de distribuição mais próximos, para lá<br />
de imensa informação sobre a nossa empresa.<br />
A estratégia comercial da Michelin passa pela<br />
afirmação das suas marcas de segunda linha?<br />
De modo nenhum. A estratégia da Michelin passa<br />
por ter uma marca premium, que é o principal activo<br />
da empresa. Portanto, continuamos a apostar na marca<br />
Michelin com primeira escolha e como parte fundamental<br />
da nossa oferta. Evidentemente, que temos<br />
que completar a oferta com outras marcas, para chegar<br />
a segmentos de público que procuram outro tipo de<br />
soluções. Isso implica termos duas marcas "Quality"<br />
(BF Goodrich e Kléber) e duas marcas "Budget" (Kormoran<br />
e Riken).<br />
Existe concorrência entre os diversos tipos de pneus<br />
e o seu posicionamento no mercado?<br />
Curiosamente, o mercado das marcas premium<br />
tem-se mantido estável nos últimos três anos e não<br />
tem perdido peso para outros segmentos de produto.<br />
O que se passa na realidade é que está a crescer o segmento<br />
“Budget”, à custa do segmento “Quality”. A<br />
de comunicação habituais, para fazer chegar ao público<br />
informação em primeira mão sobre os nossos produtos.<br />
Qual é a estratégia de distribuição que tem sido<br />
seguida pela Michelin?<br />
Com referi anteriormente, somos muito cautelosos<br />
e criteriosos ao seleccionar os nossos distribuidores. O<br />
nosso compromisso com a qualidade conduz-nos a seleccionar<br />
os distribuidores mais profissionais, em cada<br />
um e em to<strong>dos</strong> os canais do mercado. Como líderes<br />
do mercado, temos a melhor distribuição do país, tanto<br />
do ponto de vista quantitativo, como no aspecto<br />
qualitativo.<br />
Além disso, os distribuidores que superam os critérios<br />
das nossas rigorosas auditorias, recebem um certificado<br />
de qualidade Michelin, que os acredita perante<br />
o mercado como os distribuidores mais profissionais.<br />
Quais os factores que hoje em dia marcam a<br />
diferença neste mercado?<br />
Em certos sectores da sociedade há uma forte sensibilidade<br />
ao preço. Contudo, não acreditamos que o<br />
preço por si seja uma vantagem competitiva sustentável<br />
a prazo: é o mais fácil de imitar e qualquer um<br />
pode fazer isso.<br />
O que verdadeiramente marca a diferença é a capacidade<br />
de um distribuidor para assessorar o utilizador,<br />
no sentido de escolher os pneus mais adequa<strong>dos</strong> para<br />
o seu veículo e para a utilização predominante deste.<br />
Além disso, esse distribuidor deve ter equipamentos e<br />
conhecimentos indispensáveis para uma montagem<br />
correcta do produto: estamos a falar em desmontagem,<br />
montagem, equilibragem, enchimento e alinhamento…<br />
“Mais profissionalismo<br />
e rigor na gestão”<br />
Ligado à Michelin há 27 anos, Manuel Olivares conhece bem a empresa e os produtos que<br />
comercializa, por isso confia no bom desempenho da marca no mercado ibérico em <strong>2011</strong>.<br />
acrescentado que os distribuidores apreciam acima de<br />
tudo: a formação e a assessoria que disponibilizamos<br />
aos nossos clientes. Efectivamente, a Michelin dispõe<br />
de um Centro de Formação para a Península Ibérica,<br />
situado em Madrid, estudado para esse fim. Nesse centro<br />
de formação, temos os nossos melhores profissionais,<br />
capazes de formar e assessorar os nossos clientes<br />
em todas as áreas do seu negócio. Obviamente,<br />
a formação técnica e de produto faz<br />
parte do nosso apoio, mas procuramos<br />
igualmente oferecer uma ampla gama de<br />
cursos, que cobrem to<strong>dos</strong> os aspectos da<br />
gestão do negócio: técnicas de vendas, gestão<br />
da empresa, comunicação, merchandising, etc.<br />
Que papel têm as novas tecnologias e a Internet na<br />
comunicação da sua empresa com os seus clientes?<br />
As tecnologias de comunicação estão integradas no<br />
nosso negócio de forma natural há muitos anos. Se falamos<br />
<strong>dos</strong> distribuidores, eles dispõem de ferramentas<br />
crise afectou o volume global do mercado, mas a sua<br />
estrutura não se modificou muito, em especial no que<br />
se refere a pneus Premium.<br />
Como consegue diferenciar os seus produtos num<br />
mercado com uma oferta global tão vasta?<br />
A Michelin comercializa os seus produtos há mais<br />
“Procuramos os distribuidores mais profissionais e<br />
que se interessam por uma relação a longo prazo com<br />
uma marca líder do mercado”<br />
de 100 anos! Desde o nosso começo, o compromisso<br />
da marca com a qualidade esteve sempre à frente de<br />
qualquer outra consideração. Este é um facto já compreendido<br />
e assimilado pela nossa distribuição e pelos<br />
nossos utilizadores, porque eles são os nossos melhores<br />
alia<strong>dos</strong>, quando falam sobre os nossos produtos.<br />
Obviamente, também utilizamos to<strong>dos</strong> os canais<br />
Para mais, é indispensável possuir um stock adequado<br />
de produtos, a fim de prestar um bom serviço ao<br />
utilizador.<br />
Tudo isto implica investimentos consideráveis em<br />
equipamentos, ferramentas, existências e formação<br />
contínua de pessoal. Para conseguir fazer face a esses<br />
compromissos e sustentá-los a prazo, é imprescindível<br />
que o distribuidor valorize correctamente<br />
os serviços que presta ao cliente final e tenha<br />
uma política de preços correcta.<br />
Quais são as principais tendências do<br />
mercado de pneus português (medidas<br />
mais vendidas)?<br />
As tendências de fundo do mercado português são<br />
semelhantes às do resto da Europa: tendência para redução<br />
<strong>dos</strong> índices de velocidade inferiores (T e H) e<br />
aumento <strong>dos</strong> índices mais eleva<strong>dos</strong> (V e WYZ). Quanto<br />
às medidas, não há grandes surpresas: 205/55/16,<br />
195/65/15, 175/65/14 E 225/45/17.<br />
38<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
Manuel Olivares,<br />
Director de Marketing Turismo<br />
da Michelin Portugal e Espanha<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 39
ENTREVISTA<br />
Manuel Olivares, Director de Marketing Turismo da Michelin Portugal e Espanha<br />
Que apreciação faz da concorrência <strong>dos</strong> pneus<br />
vin<strong>dos</strong> do exterior, nomeadamente <strong>dos</strong> países<br />
asiáticos (China, Coreia, etc.)?<br />
A concorrência é sempre bem vinda, porque constitui<br />
um estímulo para to<strong>dos</strong> os fabricantes e leva-os a<br />
melhorarem os seus produtos. O maior beneficiário<br />
disso é o próprio utilizador final. O problema não é a<br />
origem <strong>dos</strong> produtos, mas sim que estejam devidamente<br />
homologa<strong>dos</strong> para serem comercializa<strong>dos</strong> na<br />
Europa.<br />
Quanto a qualidade e prestações desses produtos,<br />
há em muitos casos profundas diferenças entre eles. É<br />
por essa razão que o aconselhamento do distribuidor<br />
ao utilizador do pneu é da máxima importância.<br />
Como encara a Michelin a venda de pneus usa<strong>dos</strong>?<br />
Os pneus usa<strong>dos</strong> parecia que iam desaparecer há 4<br />
ou 5 anos, mas voltaram agora em força, o que é bastante<br />
preocupante, porque isso tem graves reflexos na<br />
segurança rodoviária. Embora o aspecto exterior possa<br />
parecer pacífico, ninguém sabe como é que esses<br />
pneus estão na estrutura interna, como foram armazena<strong>dos</strong>,<br />
como foram transporta<strong>dos</strong>, etc..<br />
Somos totalmente contra a montagem de pneus<br />
usa<strong>dos</strong> e não recomendamos nunca a sua utilização.<br />
Pensamos que a melhor opção em termos de preço e<br />
segurança são as marcas “Budget" de fabricantes credencia<strong>dos</strong>.<br />
Que pensa da reestruturação das casas de pneus em<br />
oficinas de serviços rápi<strong>dos</strong>? Isso ajuda as casas de<br />
pneus a sobreviverem no mercado?<br />
A diversificação é uma evolução que apoiamos e de<br />
resto recomendamos aos nossos distribuidores, desde<br />
há vários anos.<br />
“A crise afectou o volume<br />
global do mercado, mas a<br />
sua estrutura não se<br />
modificou muito, em<br />
especial no que se refere a<br />
pneus Premium”<br />
Para optimizar a sua rentabilidade, o distribuidor<br />
não deve negligenciar nenhuma oportunidade de negócio.<br />
O facto de uma oficina oferecer uma ampla<br />
gama de serviços permite aumentar a facturação do<br />
ponto de vista das vendas. Além disso, pensamos que<br />
os serviços rápi<strong>dos</strong> são cada vez mais procura<strong>dos</strong> pelos<br />
utilizadores de veículos. Estes preferem realizar todas<br />
as operações de manutenção no mesmo local, economizando<br />
tempo em deslocações e reduzindo o tempo<br />
de imobilização da viatura.<br />
Qual é a relação que a Michelin tem com as redes<br />
Vialíder, Euromaster e Servirueda e que<br />
importância têm essas redes organizadas para a<br />
marca?<br />
Como já deixámos bem claro, nós apoiamos de<br />
uma forma muito firme a profissionalização da distribuição.<br />
Julgamos que as redes organizadas oferecem<br />
uma garantia ao consumidor de um bom nível de<br />
profissionalismo que se pode encontrar nelas. O facto<br />
<strong>dos</strong> méto<strong>dos</strong> de trabalho estarem padroniza<strong>dos</strong> permite<br />
além disso oferecer um nível homogéneo de<br />
qualidade em toda a rede e isto aumenta o grau de<br />
confiança <strong>dos</strong> clientes finais.<br />
Para o empresário, o facto de estar apoiado e potenciado<br />
por um fornecedor de primeira linha é uma excelente<br />
garantia de continuidade para o seu negócio,<br />
que lhe permite ter acesso a recursos que nunca encontraria<br />
se trabalhasse de forma independente: campanhas<br />
de comunicação, promoções, méto<strong>dos</strong> de trabalho,<br />
formação, apoio na gestão do negócio, etc.<br />
Na Península Ibérica, há três redes promovidas pela<br />
Michelin, Euromaster, Servirueda e Vialíder, das<br />
quais só a Vialíder está implantada em Portugal.<br />
Como neste momento já muitas pessoas saberão, a<br />
marca está a propor aos membros do conceito Servirueda<br />
para aderirem à rede Euromaster, em regime de<br />
franchising. A resposta que estamos a receber da distribuição<br />
é muito positiva e as adesões à nova modalidade<br />
estão a ocorrer mais rapidamente do que esperávamos.<br />
A rede Euromaster possui neste momento<br />
uma cobertura europeia que se traduz em mais de<br />
1.700 pontos de venda.<br />
A rede Vialíder continuará a existir em Espanha,<br />
Portugal e Andorra, como ainda recentemente tivemos<br />
oportunidade de explicar a to<strong>dos</strong> os participantes,<br />
por ocasião da recente convenção ibérica desse<br />
conceito.<br />
A presente reestruturação das redes irá permitir à<br />
Michelin utilizar melhor os seus recursos para potenciar<br />
ainda mais os programas de parcerias de negócio.<br />
Quais são os principais desafios deste sector de<br />
negócios e que soluções sugere para os ultrapassar?<br />
O principal desafio a curto prazo é enfrentar a delicada<br />
situação económica que estamos a viver. No entanto,<br />
em todas as crises há sempre riscos e também<br />
oportunidades.<br />
Julgamos que aqueles que fizerem uma gestão correcta<br />
e rigorosa das suas empresas neste período, sai-<br />
40<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
O que tem sido feito pela Michelin à nível de<br />
Campanhas de Prevenção e Segurança?<br />
A segurança faz parte <strong>dos</strong> nossos valores de empresa,<br />
desde que foi fundada, há mais de 100 anos. É por<br />
essa razão que os nossos produtos são conheci<strong>dos</strong> e<br />
aprecia<strong>dos</strong> pela segurança que oferecem aos seus utilizadores.<br />
Mesmo assim, a nossa vocação vai mais além<br />
disto e orgulhamo-nos de sermos actores activos em<br />
tudo o que diz respeito à segurança rodoviária. Desde<br />
há muitos anos que colaboramos de forma intensa<br />
com diferentes entidades, para promover acções dirigidas<br />
à educação e formação <strong>dos</strong> utilizadores em to<strong>dos</strong><br />
os aspectos da segurança rodoviária e para criar uma<br />
maior consciência do papel vital que tem o pneu nessa<br />
área.<br />
Em Portugal, são bem conhecidas as nossas iniciativas.<br />
Para falar apenas nas últimas, temos levado a<br />
cabo nos últimos três anos uma grande campanha de<br />
verificação da pressão <strong>dos</strong> pneus <strong>dos</strong> veículos, com o<br />
apoio da nossa rede de distribuição. Nesse período,<br />
verificámos gratuitamente mais de 100.000 viaturas,<br />
informando os seus condutores do estado real <strong>dos</strong><br />
seus pneus e aconselhando-os sobre a correcta manutenção<br />
<strong>dos</strong> mesmos, dando especial ênfase à necessidade<br />
de verificar periodicamente a pressão <strong>dos</strong> pneus.<br />
Os resulta<strong>dos</strong> das Campanhas têm sido preocupantes,<br />
pois temos constatado que ainda circulam muitos<br />
carros com pressão incorrecta nos pneus e outros defeitos.<br />
Claro que a educação do condutor é uma tarefa<br />
a longo prazo, mas faz parte do compromisso da<br />
Michelin para com a sociedade, no sentido de colaborar<br />
na resolução <strong>dos</strong> seus problemas.<br />
Essas campanhas não têm motivações comerciais?<br />
Há casos em que resultam vendas dessas verificações,<br />
porque os pneus estão em mau estado ou não<br />
têm as medidas correctas, etc., mas o objectivo principal<br />
é consciencializar as pessoas para o papel <strong>dos</strong><br />
pneus na sua segurança e na segurança rodoviária de<br />
um modo geral. Além disso, a verificação <strong>dos</strong> pneus é<br />
uma coisa muito fácil de fazer e basta fazê-lo uma vez<br />
ou duas por mês.<br />
Em contrapartida, o veículo consume menos combustível<br />
com as pressões correctas e os pneus conservam-se<br />
em melhor estado, o que também é compensador<br />
para o utilizador.<br />
“A diversificação de<br />
serviços é uma evolução<br />
que apoiamos e de resto<br />
recomendamos aos nossos<br />
distribuidores, desde há<br />
vários anos”<br />
rão reforça<strong>dos</strong> da crise e encontrarão novas oportunidades<br />
para os seus negócios.<br />
As soluções para enfrentar a crise continuam a ser<br />
as mesmas de sempre: profissionalismo nas nossas actividades<br />
e rigor na gestão. Neste sentido, penso que o<br />
apoio de um grande grupo fabricante líder pode ser<br />
essencial para assegurar a sobrevivência do negócio.<br />
Como encara o crescimento das vendas on-line?<br />
O canal on-line é mais um canal de distribuição.<br />
Ainda que possa apresentar taxas de crescimento elevadas,<br />
o seu nível global de vendas ainda é muito reduzido.<br />
Há países da Europa onde esse canal está mais desenvolvido,<br />
mas ainda não ultrapassou a fase experimental.<br />
Claro que é outro canal que está no mercado,<br />
há pneus que se vendem pela Internet, mas nós na<br />
Michelin não apoiamos isso de forma activa. Temos<br />
que ver qual é a evolução desse canal, porque o que<br />
nos interessa é o serviço, isto é, o pneu tem que ser<br />
montado, a roda equilibrada e a direcção alinhada.<br />
Vamos a ver se é possível garantir através da Internet<br />
o nível de serviço adequado à segurança que o pneu<br />
exige. Mas pela experiência que temos de outros países<br />
que estão mais avança<strong>dos</strong> nestas tendências, não<br />
acreditamos que a curto e médio prazo esse canal venha<br />
a ter um peso importante nas vendas ao consumidor<br />
final.<br />
Considera que os pneus do tipo "run-flat" são o<br />
futuro?<br />
Sem dúvida que to<strong>dos</strong> os fabricantes de pneus continuam<br />
a procurar soluções que permitam continuar a<br />
conduzir em caso de furo e que ao mesmo tempo permitam<br />
dispensar a roda de reserva. Isto tem duas grandes<br />
vantagens: aumenta a segurança rodoviária e há ganhos<br />
de peso e espaço no veículo.<br />
As diversas tecnologias oferecidas pelos fabricantes<br />
de pneus representam grandes avanços nesse sentido,<br />
mas acreditamos que a solução definitiva ainda não foi<br />
encontrada.<br />
SOBRE O MERCADO PORTUGUÊS<br />
Com decorreu o ano de 2010 para a Michelin no<br />
mercado português?<br />
Este último ano foi complicado em to<strong>dos</strong> os senti<strong>dos</strong>.<br />
Há uma situação de crise económica que nos<br />
afecta a to<strong>dos</strong> e a isso soma-se uma crise que em Portu-<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 41
ENTREVISTA<br />
Manuel Olivares, Director de Marketing Turismo da Michelin Portugal e Espanha<br />
“As soluções para<br />
enfrentar a crise continuam<br />
a ser as mesmas de<br />
sempre: profissionalismo<br />
nas nossas actividades e<br />
rigor na gestão”<br />
A Michelin completa a sua oferta com outras marcas, para chegar a mais segmentos de público. Isso implica<br />
ter duas marcas "Quality" (BF Goodrich e Kléber) e duas marcas "Budget" (Kormoran e Riken).<br />
MICHELIN ESPANHA<br />
PORTUGAL<br />
Sede: Avda. De los Encuartes, 19<br />
28760 Tres Cantos (Madrid) – Espanha<br />
Director de Marketing Turismo:<br />
Manuel Olivares<br />
Telefone: 0034.91.410.51.58<br />
e-mail: manuel.olivares@es.michelin.com<br />
internet: www.michelin.com<br />
A Michelin dispõe de um Centro de Formação para a Península Ibérica, situado em Madrid, estudado para<br />
dar formação aos seus clientes nas áreas técnicas e de gestão.<br />
gal já dura há mais tempo. Isto quer dizer que em Espanha<br />
tivemos uma crise súbita, depois de um surto de<br />
crescimento muito forte. No caso de Portugal, a crise<br />
já se arrasta por oito ou dez anos e deriva provavelmente<br />
de problemas estruturais. Essa crise tem afectado<br />
o sector automóvel e o <strong>dos</strong> pneus particularmente.<br />
Apesar de tudo, o ano 2010 não foi muito mau em termos<br />
de resulta<strong>dos</strong> para nós, no mercado português.<br />
Que estratégia segue a Michelin para fidelizar os<br />
seus clientes em Portugal?<br />
Em Portugal, tal como em Espanha, temos uma<br />
rede de parceiros de negócio, que é a Vialíder. Essa é a<br />
principal estratégia de fidelização para o mercado português,<br />
onde a rede é uma das mais fortes na distribuição<br />
profissional de pneus. A nossa distribuição tem<br />
que ser profissional e tem que dar apoio ao retalho,<br />
porque o pneu é um produto técnico, que exige boa<br />
montagem e uma venda rigorosa. É por isso que nós<br />
confiamos na Vialíder, cujos estabelecimentos to<strong>dos</strong><br />
os anos recebem uma auditoria de qualidade e têm formação<br />
contínua e certificação. É isso que nos dá a garantia<br />
que o pneu Michelin tem um nível de serviço<br />
óptimo, qualquer que seja o ponto em que esteja disponível.<br />
Pontualmente, temos programas de apoio para redes<br />
de concessionários, assim como para as redes de<br />
Auto Centros, com os quais temos acor<strong>dos</strong> a nível ibérico<br />
e europeu, como é o caso da Norauto e da Feu<br />
Vert.<br />
Qual é a estratégia de stocks seguida pela Michelin<br />
no mercado português?<br />
A política de stocks da Michelin é europeia, o que<br />
quer dizer que há artigos em stock em to<strong>dos</strong> os países e<br />
outros artigos estão centraliza<strong>dos</strong> em armazéns, dependendo<br />
da procura e da rotação de stock de cada artigo.<br />
Na Península Ibérica há três armazéns da Michelin,<br />
sendo um em Madrid, outro em Burgos e um terceiro<br />
em Barcelona, o que dá uma cobertura completa<br />
do território, incluindo Portugal. O Norte do país é<br />
abastecido pelo armazém de Burgos e a zona Centro e<br />
Sul do país, bem como as ilhas, são fornecidas a partir<br />
de Madrid.<br />
Como encara a Michelin o ano <strong>2011</strong> em Portugal, a<br />
nível de vendas?<br />
A situação económica vai continuar complicada e<br />
não devemos esperar grandes modificações nos merca<strong>dos</strong>.<br />
Também não deve piorar muito mais do que isto,<br />
porque devemos estar a tocar no fundo… Nesse sentido,<br />
podemos afirmar que estamos optimistas, porque<br />
os merca<strong>dos</strong> não se devem degradar muito mais do<br />
que já estão, mas não estamos à espera de crescimentos<br />
espectaculares.<br />
Temos uma boa rede de distribuição em Portugal e<br />
essa rede está viva, a crescer, o que deixa à Michelin<br />
uma certa margem de optimismo. To<strong>dos</strong> os anos há<br />
novos negócios aderentes à rede, o que significa que<br />
somos cada vez mais líderes. m<br />
42<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
Rainer Binder, CEO da Delticom AG<br />
ADelticom opera, neste momento, em 113 lojas<br />
online a nível internacional, em 35 países e<br />
é líder europeu na distribuição de pneus pela<br />
Internet.<br />
Com a sua gama de produtos disponibiliza<strong>dos</strong> na<br />
Internet, a Delticom lançou a primeira pedra, a nível<br />
internacional, para a criação “do que consideramos<br />
hoje em dia uma compra de pneus online fiável, contribuindo<br />
significativamente para a imagem deste sector<br />
e melhorando continuamente a sua reputação ao<br />
longo <strong>dos</strong> anos”, refere Rainer Binder, CEO da Delticom<br />
AG, que aqui entrevistamos nesta edição da RE-<br />
VISTA DOS PNEUS.<br />
Quando e como é que a Delticom foi criada e de<br />
onde veio a ideia? Como é que a empresa evoluiu?<br />
Antes de fundarmos a Delticom, trabalhei, tal<br />
como os outros fundadores, num distribuidor de<br />
pneus da velha escola. Quando começou toda a agitação<br />
à volta da Internet, decidimos aliar as novas possibilidades<br />
oferecidas pela Web aos nossos conhecimentos<br />
do sector. No dia 2 de Julho de 1999, acabámos<br />
por fundar a empresa Delticom, naquela altura<br />
pioneira do comércio de pneus através da Internet.<br />
Pouco tempo depois, já os primeiros pneus encomenda<strong>dos</strong><br />
seguiam para o cliente. Conseguimos obter<br />
lucros logo desde o primeiro ano graças à boa gestão<br />
<strong>dos</strong> meios financeiros disponíveis. Nunca gastávamos<br />
mais dinheiro do que o que tínhamos e sempre<br />
com muita cautela.<br />
Logo nos primeiros anos após 2000, a Internet cresceu<br />
imenso, transformando significativamente as possibilidades<br />
de informação, comunicação e compra. O<br />
canal de vendas eCommerce assumiu de imediato um<br />
papel preponderante no trajecto de crescimento.<br />
Há quanto tempo é que entraram no mercado<br />
português e qual tem sido a evolução?<br />
Neste momento, estamos presentes com três lojas<br />
online em Portugal.<br />
A loja online para o consumidor final www.pneucity.com<br />
foi inaugurada em Outubro de 2004, seguindo-se,<br />
em Junho de 2006, a loja para motociclos<br />
www.motopneucity.com e, em Março de 2008, a loja<br />
B2B para distribuidores, em www.123pneucity.com.<br />
O desenvolvimento dessas lojas tem sido bom, pois<br />
cada vez mais consumidores portugueses sabem dar<br />
valor às vantagens associadas a uma compra online.<br />
Quais são os fornecedores da Delticom?<br />
Para que os nossos clientes obtenham sempre o<br />
produto desejado, a Delticom colabora há muitos<br />
anos, estritamente e de forma estável, com vários fabricantes/fornecedores<br />
europeus, americanos e de<br />
todo o mundo.<br />
Quantos pneus é que a Delticom tem disponíveis<br />
para venda? Quantos pneus é que estão “em stock”?<br />
A Delticom dispõe de uma variedade inigualável,<br />
composta por mais de 100 marcas e mais de 25.000<br />
modelos de pneus. Fazem parte do nosso stock pneus<br />
de marcas de primeira, bem como marcas de segunda<br />
e terceira linha de alta qualidade.<br />
Em Portugal, a gama de produtos abrange, para<br />
além de pneus de automóveis e pneus especiais Run<br />
Flat, também pneus para motociclos, para camiões ligeiros<br />
e pesa<strong>dos</strong>, assim como catalisadores.<br />
A nossa oferta online caracteriza-se sobretudo pela<br />
grande disponibilidade de produtos, não só nas dimensões<br />
de pneus mais habituais, como também em<br />
tamanhos raramente usa<strong>dos</strong>. A Delticom mantém-se<br />
sempre prevenida. Para isso, alargámos a nossa capacidade<br />
de stock, criando nas nossas lojas online óptimas<br />
condições para a chegada de todas as estações do ano.<br />
Qual é o tempo médio para o fornecimento de<br />
pneus em Portugal?<br />
Em média, a entrega <strong>dos</strong> pneus é feita dentro de 3 a<br />
4 dias úteis (a partir da entrada da encomenda).<br />
Acha que a compra de pneus pela Internet é o<br />
futuro para os condutores e consumidores?<br />
Existem cada vez mais condutores à procura de<br />
pneus de qualidade a preços baixos, que poderão ser<br />
adquiri<strong>dos</strong> nas nossas lojas online. Ao usar a Internet<br />
para comprar os seus pneus, o consumidor poupa<br />
tempo e dinheiro, visto que pode fazê-lo comodamente<br />
a partir de casa, pode consultar resulta<strong>dos</strong> de<br />
teste, também na nossa plataforma de teste internacional<br />
e independente www.testedepneus.com, e<br />
comparar preços na loja. Os estu<strong>dos</strong> mais recentes<br />
confirmam que há cada vez mais condutores a optarem<br />
por esta variante de aquisição simples, segura e<br />
cómoda.<br />
Quais são as garantias dadas pela Delticom aos<br />
seus clientes?<br />
Penso que mais de 4 milhões de clientes falam por<br />
si. O nosso objectivo é que to<strong>dos</strong> os clientes fiquem<br />
satisfeitos com os produtos forneci<strong>dos</strong>. Por essa razão,<br />
concedemos aos compradores um direito de devolução<br />
no prazo de 30 dias, o que vai para além <strong>dos</strong> 14<br />
dias, a contar da recepção do artigo, estabeleci<strong>dos</strong> legalmente.<br />
A Delticom é dirigida apenas aos consumidores e…<br />
também aos distribuidores?<br />
Para além das lojas online para consumidores finais,<br />
também dispomos actualmente de 27 lojas B2B<br />
(comércio entre empresas).<br />
Em Portugal, pode-se aceder a uma dessas lojas em<br />
www.123pneucity.com.<br />
“Esperamos que<br />
o futuro seja brilhante”<br />
A Delticom é a maior plataforma online de vendas de pneus de toda a Europa. Um negócio que se<br />
iniciou em 1999 e que em pouco mais de 11 anos conseguiu um crescimento notável.<br />
À medida que o interesse na aquisição online de<br />
pneus ia aumentando, também a nossa carteira de<br />
clientes ficava cada vez maior, atingindo em Junho de<br />
2006 um milhão. O sucesso a nível internacional continuava<br />
a crescer e o número de clientes a aumentar.<br />
Actualmente, contamos com mais de 4 milhões de<br />
clientes, registando até agora, em 2010, um aumento<br />
superior a 625.000 clientes novos.<br />
A Delticom AG está cotada com sucesso na bolsa<br />
de valores de Frankfurt desde 26 de Outubro de 2006.<br />
Bastaram apenas três anos após o lançamento na bolsa<br />
para, a 22/12/2008, conseguirmos o salto para o índice<br />
SDAX.<br />
44<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
Rainer Binder,<br />
CEO da Delticom AG<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 45
ENTREVISTA<br />
Rainer Binder, CEO da Delticom AG<br />
“À semelhança do que<br />
acontece em diversos outros<br />
sectores, a Internet também se<br />
estabeleceu como canal<br />
adicional de vendas no<br />
comércio de pneus”<br />
DELTICOM AG<br />
Sede: Brühlstraße 11,<br />
D-30169 Hannover<br />
CEO: Rainer Binder<br />
Telefone: + 49 (0) 511 / 93634-852<br />
Fax: + 49 (0) 511 / 336116-55<br />
E-mail: kindor@delti.com<br />
Internet: www.delti.com<br />
Como é que os distribuidores podem efectuar o<br />
registo na Delticom?<br />
Oferecemos aos potenciais parceiros (distribuidores<br />
e oficinas) a possibilidade de se registarem na Delticom<br />
sem complicações e sem custos adicionais. O<br />
modo de procedimento para clientes de negócio é bastante<br />
simples. O registo gratuito na área de distribuidores<br />
protegida por palavra-passe é rápido e descomplicado<br />
graças ao formulário online. Após o registo, é<br />
possível explorar de imediato todas as vantagens associadas.<br />
Depois de concluído com sucesso o registo do novo<br />
parceiro, este e as respectivas prestações serão apresenta<strong>dos</strong><br />
na lista de parceiros da Delticom. Desse modo, o<br />
parceiro tem a possibilidade de angariar novos clientes<br />
que a oficina desconhecia. Os parceiros de montagem<br />
podem cobrar os seus preços habituais, uma vez que<br />
não existem preços fixos ou demais imposições feitas<br />
pela Delticom.<br />
O conceito inteligente e fácil de usar da loja online<br />
simplifica as encomendas <strong>dos</strong> clientes. Além disso, são<br />
definidas normas adicionais de segurança na rede, utilizando<br />
a mais recente tecnologia de criptografia SSL<br />
(Secured Socket Layer).<br />
O negócio online de pneus não faz concorrência aos<br />
distribuidores de pneus tradicionais?<br />
À semelhança do que acontece em diversos outros<br />
sectores, a Internet também se estabeleceu como canal<br />
adicional de vendas no comércio de pneus. A quantidade<br />
de consumidores a entrar na Internet com o intuito<br />
de descobrir as vantagens que as compras online<br />
lhe oferecem tem vindo a aumentar. No entanto, haverá<br />
também sempre clientes que vão comprar os seus<br />
pneus no “seu vendedor ao virar da esquina”.<br />
Quais são as vantagens de uma compra online?<br />
Existem inúmeras vantagens: A possibilidade de<br />
comprar a qualquer momento, independentemente<br />
da hora e do local, sem encerramento da loja, tanto<br />
aos fins-de-semana como feria<strong>dos</strong>, garantindo uma<br />
enorme variedade a preços baixos, meios de pagamento<br />
cómo<strong>dos</strong>, entrega rápida <strong>dos</strong> pneus dentro do<br />
prazo médio de quatro dias úteis, selecção de uma oficina<br />
profissional próxima para a montagem correcta<br />
<strong>dos</strong> pneus.<br />
Quais são os outros produtos vendi<strong>dos</strong> pela<br />
Delticom? Qual é, por exemplo, a percentagem de<br />
vendas de peças de automóveis? É significativa?<br />
A Delticom oferece uma enorme variedade, sem<br />
precedentes, de pneus para veículos ligeiros, motociclos,<br />
camiões ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, camionetas, pneus especiais,<br />
para bicicletas, rodas completas (pneus prémonta<strong>dos</strong><br />
em jantes), peças de reposição seleccionadas<br />
para veículos ligeiros e acessórios, óleos do motor<br />
e baterias. O nosso negócio concentra-se fundamentalmente<br />
na venda de pneus para veículos ligeiros.<br />
Desse modo, a percentagem de peças de automóveis e<br />
acessórios ainda é comparativamente baixa.<br />
46<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
COMPRAR ON LINE<br />
Com um simples clique no rato no site da Delticom,<br />
o cliente pode encontrar os pneus adequa<strong>dos</strong>.<br />
Em Portugal, a gama de produtos da Delticom abrange, para além de pneus de automóveis,<br />
também pneus para motociclos, camiões ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, assim como catalisadores.<br />
São necessários apenas os seguintes passos:<br />
1. Seleccionar os pneus: determinar o tamanho e o índice<br />
de velocidade e passar para o passo seguinte.<br />
Ou: para o aconselhamento de compra que mostra<br />
passo-a-passo onde poderá encontrar cada dado<br />
do pneu.<br />
2.Informação através de terceiros: o site www.testedepneus.com<br />
disponibiliza relatórios de testes independentes<br />
e muitas opiniões de condutores que<br />
testaram os pneus em situações do dia-a-dia.<br />
3. Comparar preços: os preços brutos transparentes,<br />
inclusive IVA e despesas de envio, não deixam<br />
quaisquer dúvidas.<br />
4. Seleccionar a morada de entrega: o cliente pode<br />
optar por enviar os pneus para uma morada à sua<br />
escolha ou para um <strong>dos</strong> mais de 26.000 parceiros<br />
de montagem – a escolha é sua. Em Portugal, está<br />
actualmente disponível uma rede com mais de 300<br />
parceiros.<br />
5. Pagar: pode ser usado o cartão de crédito ou podese<br />
optar pela transferência bancária. Mais uma vez<br />
é o cliente que decide.<br />
6. Assistência após a realização da encomenda: confirmação<br />
da encomenda, acompanhamento da encomenda,<br />
serviço de retribuição de chamadas.<br />
Pode contar sempre connosco.<br />
Para além das lojas online para consumidores finais, a Delticom dispõe actualmente de 27 lojas<br />
B2B (comércio entre empresas).<br />
NÚMEROS<br />
QUE DÃO QUE PENSAR!<br />
A Delticom pretende desenvolver uma rede própria<br />
de distribuidores?<br />
A nossa rede de parceiros inclui neste momento<br />
mais de 26.000 distribuidores a nível mundial, <strong>dos</strong><br />
quais mais de 300 estão em Portugal. O registo como<br />
novo parceiro não acarreta quaisquer custos para o distribuidor.<br />
Os parceiros de montagem também beneficiam<br />
com a colaboração com a Delticom, visto que<br />
ganham novos clientes que a oficina desconhecia até<br />
ao momento. Os parceiros de montagem podem, ainda,<br />
cobrar os seus preços habituais, uma vez que não<br />
existem preços fixos ou demais imposições feitas pela<br />
Delticom. A vasta rede de parceiros de montagem<br />
constitui mais um argumento a favor da aquisição de<br />
pneus através das nossas lojas online: os nossos clientes<br />
podem decidir directamente durante o processo de<br />
encomenda onde querem que os pneus sejam entregues,<br />
tendo a opção de mandá-los enviar para casa,<br />
para uma morada à escolha, ou para um parceiro de<br />
montagem perto de si.<br />
A rede abrangente de parceiros cria situações "winwin"<br />
para os clientes, as oficinas e para a própria Delticom.<br />
Qual é o futuro da Delticom?<br />
Esperemos que seja brilhante!<br />
O número de consumidores a utilizar a Internet<br />
tem aumentado cada vez mais e quanto mais rápidas<br />
forem as ligações à Internet, maior é a vontade de efectuar<br />
compras online. Segundo inquéritos recentes, há<br />
cada vez mais condutores a comprar os seus pneus<br />
pela Internet e os distribuidores online como a Delticom<br />
continuarão também no futuro a beneficiar desta<br />
tendência. Em comparação com outros grupos de produtos,<br />
a percentagem de pneus vendi<strong>dos</strong> na Internet<br />
ainda é relativamente baixa. Estimamos que em 2009<br />
foram vendi<strong>dos</strong> online a consumidores finais menos<br />
de 5% <strong>dos</strong> pneus em toda a Europa. O mercado europeu<br />
de substituição de pneus apresenta um volume de<br />
11 mil milhões de euros. m<br />
Os primeiros nove meses de 2010 foram bem sucedi<strong>dos</strong>.<br />
Perante o desenvolvimento sólido do sector europeu<br />
de pneus e do canal de vendas online em constante<br />
crescimento, a Delticom foi capaz de alargar<br />
uma vez mais o seu negócio. Conseguiu aumentar as<br />
receitas em 27,5%, para 257,0 milhões de euros<br />
(9M’09: 201,6 milhões de euros). O volume de vendas<br />
do terceiro trimestre subiu <strong>dos</strong> 62,4 milhões de euros<br />
regista<strong>dos</strong> no terceiro trimestre de 2009 para 79,7 milhões.<br />
Durante o ano fiscal, angariou 625.000 novos<br />
clientes na área de E-Commerce e cerca de 294.000<br />
clientes voltaram a comprar pneus à Delticom.<br />
A 30/09/2010, o número de clientes ultrapassava os<br />
4 milhões. No segmento E-Commerce, o volume de<br />
vendas aumentou 29,1%, de 189,8 milhões de euros<br />
para 244,9 milhões de euros, face ao período correspondente<br />
do ano anterior.<br />
Depois das quedas resultantes da recessão, o comércio<br />
grossista voltou entretanto a estabilizar-se,<br />
registando nos primeiros nove meses de 2010 uma<br />
subida de 2,2%, para 12,1 milhões de euros (9M’09:<br />
11,8 milhões de euros).<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 47
ENTREVISTA<br />
Rui Chorado, Sócio-Gerente da Dispnal <strong>Pneus</strong><br />
“Dar boas condições<br />
aos retalhistas”<br />
A Dispnal <strong>Pneus</strong> passou recentemente a representar mais uma importante marca de pneus.<br />
A Toyo veio alargar ainda mais o vasto portfólio de marcas da empresa de Penafiel.<br />
Com uma presença muito forte em diversos<br />
merca<strong>dos</strong>, nomeadamente Japão, Esta<strong>dos</strong><br />
Uni<strong>dos</strong> e diversos merca<strong>dos</strong> europeus, a<br />
Toyo ficou praticamente abandonada nos<br />
dois últimos anos em Portugal.<br />
Recentemente a Dispnal <strong>Pneus</strong> voltou a pegar na<br />
marca e quer posicioná-la no lugar a que a mesma tem<br />
direito. Para nos falar desta novidade, a RE-<br />
VISTA DOS PNEUS, esteve nas instalações<br />
da Dispnal <strong>Pneus</strong> em Penafiel para falar<br />
com Rui Chorado, Sócio-Gerente da<br />
empresa.<br />
Como é que aparece a Toyo no universo de marcas<br />
da Dispnal <strong>Pneus</strong>?<br />
Através de um estudo feito pela casa mãe no Japão,<br />
por via da sua filial na Alemanha, sobre o mercado<br />
português, a Dispnal <strong>Pneus</strong> acabou por ser convidada<br />
a ficar com a representação da marca Toyo para o nosso<br />
mercado. Existe um projecto ibérico para esta marca,<br />
que já tem um distribuidor em Espanha, pelo que<br />
interessava à Toyo ter também um distribuidor em<br />
Portugal.<br />
Qual é o interesse da Toyo no mercado português?<br />
O interesse é global, mas a Toyo tem vindo a apostar<br />
no equipamento de origem, fornecendo alguns<br />
“Não é de facto apenas mais uma marca a juntar<br />
às outras. A Toyo vai claramente posicionar-se<br />
como a marca Nº1”<br />
modelos de marcas como a Audi, Mazda e Toyota.<br />
Por isso, uma das ideias é dar apoio a esse equipamento<br />
de origem em to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong> e também em<br />
Portugal.<br />
Quais foram as premissas que levaram a Dispnal<br />
<strong>Pneus</strong> a ser escolhida para este projectos da Toyo?<br />
Em primeiro lugar foi importante o facto de termos<br />
cobertura em todo o mercado nacional, tendo uma<br />
equipa comercial que possa também dar apoio sempre<br />
que necessário.<br />
Por outro lado, como somos uma empresa vocacionada<br />
para a visita à casa de pneus, a Toyo como marca<br />
Premium, acaba por ser um complemento muito importante<br />
às restantes marcas que dispomos<br />
para propor ao mercado.<br />
A Toyo é mais uma marca na gama da<br />
Dispnal <strong>Pneus</strong> ou terá um<br />
posicionamento muito específico?<br />
Não é de facto apenas mais uma marca a juntar às<br />
outras. A Toyo vai claramente posicionar-se como a<br />
marca Nº1, é uma marca Premium, com muita qualidade,<br />
que está na origem e que abrange uma gama<br />
muito vasta.<br />
Será uma marca que servirá de bandeira para a nossa<br />
empresa.<br />
48<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
A sede e o armazém<br />
da Dispnal estão<br />
localiza<strong>dos</strong> em<br />
Penafiel<br />
Faltava uma marca destas no vosso portfólio?<br />
Claramente que sim. Não só pelo lado da qualidade<br />
que este produto apresenta bem como pela abrangência<br />
de gama que tem, sendo uma marca mundialmente<br />
conhecida.<br />
Para provar a importância desta marca, refira-se que<br />
na Europa a casa mãe pretende distribuir directamente<br />
o seu produto, exceptuando em Portugal e em Espanha<br />
onde existem três distribuidores.<br />
O stock de pneus Toyo vai ser progressivamente aumentado ao longo deste ano, de modo a que se possa<br />
responder às necessidades <strong>dos</strong> clientes<br />
Como vão trabalhar a Toyo no mercado português<br />
atendendo ao seu posicionamento Premium?<br />
O mercado já conhece a Toyo. Contudo, nós funcionamos<br />
como o veículo final de transmissão dentro<br />
daquilo que a casa mãe pretende fazer a diversos níveis.<br />
É evidente, por exemplo, que se a casa-mãe for<br />
mais competitiva no preço isso irá dar outra possibilidade<br />
para trabalhar ainda melhor a Toyo.<br />
Quer isto dizer que estamos também um pouco dependentes<br />
da estratégia que a casa-mãe tiver, mas con-<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 49
ENTREVISTA<br />
Rui Chorado, Sócio-Gerente da Dispnal <strong>Pneus</strong><br />
“Somos uma empresa<br />
vocacionada para a visita à<br />
casa de pneus, e a Toyo como<br />
marca Premium, acaba por<br />
ser um complemento muito<br />
importante às restantes<br />
marcas que dispomos para<br />
propor ao mercado”<br />
DISPNAL PNEUS<br />
Sede: Santa Maria - Valpedre - Apart. 217<br />
4564-909 Penafiel<br />
Sócio-Gerente: Rui Chorado<br />
Telefone: 255.617.480<br />
Fax: 255.617.489<br />
E-mail: dispnal@dispnal.pt<br />
Internet: www.dispnal.pt<br />
A Toyo veio reforçar o<br />
extenso leque de opções<br />
da Dispnal para os seus<br />
clientes<br />
tamos também com a nossa experiência e conhecimento<br />
do mercado português para desenvolver a marca<br />
no nosso país.<br />
Para além das questões comerciais, quais vão ser os<br />
argumentos para levar os retalhistas a adquirir<br />
Toyo?<br />
Como disse antes, o mercado já conhece bem a<br />
marca, até porque muitos deles já a trabalharam e conhecem<br />
intrinsecamente o produto.<br />
Vamos desenvolver também uma estratégia comercial<br />
e de comunicação / publicidade para dar mais visibilidade<br />
à Toyo.<br />
No tempo do antigo importador chegou-se a falar<br />
de uma rede Toyo Service, de modo a proteger<br />
regionalmente os agentes. Vão seguir essa<br />
estratégia?<br />
Isso é uma estratégia que tentamos com todas as<br />
marcas, mas com a grande concorrência que existe e<br />
com a possibilidade de se poder adquirir pneus em<br />
todo o lado não é fácil proteger uma marca. Com a<br />
Toyo e com quase todas as marcas isso acontece.<br />
O que é importante a Dispnal <strong>Pneus</strong> fazer para ter<br />
sucesso com esta marca?<br />
Para termos sucesso nesta marca, assim como com<br />
as outras, é ter uma grande capacidade de stock para<br />
dar resposta ao mercado. Contudo, desde a encomenda<br />
até à recepção <strong>dos</strong> pneus Toyo vai um período de 4<br />
a 5 meses, com a fábrica a exigir uma previsão de vendas<br />
a longo prazo, o que nem sempre é fácil de prever<br />
pois uma medida que se vende bem hoje poderá não<br />
se vender tão bem daqui a meio ano. Temos que<br />
apostar nisso, como também ter boas condições para<br />
os retalhistas.<br />
O que neste momento têm em stock da marca<br />
Toyo?<br />
As compras foram feitas e as primeiras entregas foram<br />
feitas durante final de 2010. O ano de início para<br />
a marca Toyo com a Dispnal <strong>Pneus</strong> será <strong>2011</strong> onde já<br />
teremos produto suficiente para trabalhar esta marca.<br />
Quais são os pontos fortes da marca Toyo?<br />
Um <strong>dos</strong> pontos fortes é ser uma marca muito<br />
abrangente que vai <strong>dos</strong> pneus de ligeiros, ao 4x4, passando<br />
pelo camião e industriais. Dentro de cada segmento<br />
a Toyo é também muito abrangente em termos<br />
de medidas, dando resposta ao que mais se consome.<br />
Aliás, quase to<strong>dos</strong> os meses existem novas<br />
medidas em cada segmento, o que é muito importante,<br />
pois isso dá-nos uma boa capacidade de resposta.<br />
O que prevê para a marca Toyo em Portugal?<br />
<strong>2011</strong> vai ser complicado no mercado <strong>dos</strong> pneus.<br />
Contudo, sendo a Toyo uma marca Premium contamos<br />
que ela possa vir a representar cerca de 20 a 25%<br />
em termos de volume na Dispnal. Porém, é um projecto<br />
e uma ideia que não depende só de nós. m<br />
50<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
José Saraiva, Responsável Mercado Português da Trelleborg<br />
Apromessa já tinha sido feita durante o ano de<br />
2008. O objectivo da Trelleborg passava por<br />
crescer no mercado português, apostando em<br />
produtos de qualidade e numa relação estreita<br />
com os seus parceiros. José Saraiva, responsável pela<br />
marca Trelleborg em Portugal, explica nesta entrevista<br />
o que foi feito e como tem evoluído a empresa no nosso<br />
país, não esquecendo algumas importantes novidades<br />
que se avizinham a curto e médio prazo.<br />
Quando passou a ser o responsável pelo mercado<br />
português da Trelleborg, falou que era mais<br />
importante ser um parceiro <strong>dos</strong> clientes do que um<br />
mero fornecedor. Esse conceito estratégico<br />
mantém-se?<br />
Esse conceito de parceria é cada vez mais fundamental<br />
para a estratégia da Trelleborg em Portugal. Se<br />
o cliente não entender que tem que haver essa ligação<br />
forte de parceria, então não é possível levar por diante<br />
um trabalho de conjunto. Felizmente a maioria <strong>dos</strong><br />
clientes entendeu isso, de tal maneira que alguns deles<br />
mais parecem colaboradores e colegas do que propriamente<br />
clientes. Isso é óptimo sempre que se verifica.<br />
Quando fala <strong>dos</strong> clientes está a falar apenas do<br />
retalhista. Porém, sendo a Trelleborg um<br />
especialista em pneus agrícolas, a relação com o<br />
consumidor final é importante?<br />
Sem dúvida que sim. A segunda fase do nosso projecto<br />
e que se iniciou com força em mea<strong>dos</strong> de 2010 é<br />
realmente a uma maior aproximação com o consumidor<br />
final. Aliás, esse é um esforço grande da Trelleborg<br />
em todo o mercado europeu. Se nos consideramos especialistas<br />
em pneus agrícolas essa proximidade com o<br />
utilizador é fundamental.<br />
Esse é um trabalho que já está a ser feito na prática?<br />
Sim. Temos é que ter consciência que isto é um trabalho<br />
de longo prazo, constante e permanente. Sempre<br />
que necessário, para situações mais técnicas e complexas,<br />
tenho colegas de Espanha que nos ajudam, assim<br />
como o nosso cliente, que é também ele um especialista<br />
neste tipo de pneus.<br />
Em termos logísticos também houve novidades?<br />
Sim, de facto, houve importantes novidades nessa<br />
área. A mudança de operador logístico permite-nos ter<br />
entregas em praticamente todo o território nacional<br />
em menos de 24 horas, desde que os pedi<strong>dos</strong> sejam feitos<br />
até 16 horas do dia anterior.<br />
A nossa capacidade em termos de stock, permitenos<br />
também, juntamente com a melhoria na distribuição,<br />
ter uma capacidade de resposta em termos de produto<br />
muito boa. Na realidade, neste momento, não temos<br />
perda de vendas por falta de produto ou por<br />
incapacidade de entrega, o que é muito positivo.<br />
O armazém ainda se situa em Espanha. Existe<br />
previsão de um dia a Trelleborg poder ter uma<br />
estrutura dessas em Portugal?<br />
Ainda não temos, mas a ideia é a médio prazo ter<br />
uma sucursal em Portugal e um armazém. Felizmente<br />
continuamos a crescer em bom ritmo, e como a nossa<br />
operacionalidade melhorou, como disse antes, não<br />
existem razões para essa situação se verificar a curto<br />
prazo.<br />
Para além das razões já apontadas a que se deveu<br />
esse crescimento nas vendas?<br />
Uma das razões é que o cliente tem uma percepção<br />
clara daquilo que pretendemos fazer e identifica-se claramente<br />
com a estratégia da Trelleborg. Por outro<br />
lado, a proximidade que a Trelleborg tem hoje com a<br />
maioria <strong>dos</strong> fabricantes de máquinas e equipamentos<br />
agrícolas, permite-nos ser sempre das primeiras empresas<br />
a colocar qualquer nova medida no mercado. Existe<br />
sempre uma grande possibilidade de termos resposta<br />
para dar em termos de produto ao nosso cliente. Temos<br />
também conquistado novos clientes, em regiões<br />
geográficas onde antes quase não estávamos representa<strong>dos</strong>.<br />
Reforço que a presença constante que temos<br />
mantido no mercado junto <strong>dos</strong> nossos clientes, tem<br />
sido de facto muito importante também para o nosso<br />
crescimento.<br />
A Trelleborg vende pneus com marca própria. Para<br />
quando uma segunda marca?<br />
A Trelleborg tem sido a única marca que comercializamos<br />
no mercado. No sector agrícola, como em to<strong>dos</strong><br />
os segmentos, é muito importante ter uma segunda<br />
marca. Mais importante é ainda num mercado<br />
como o português, pois é um <strong>dos</strong> países da Europa<br />
com uma potência média por tractor das mais baixas e,<br />
por isso, utiliza pneus mais pequenos. É por isso um<br />
país onde as marcas “low cost” têm mais facilidade em<br />
entrar e têm mais cabimento, até porque esses tractores<br />
têm uma taxa de utilização em horas mais baixa<br />
que a média europeia.<br />
Como tal, em <strong>2011</strong>, vamos lançar uma nova marca,<br />
designada MAXIMO, que terá pneus disponíveis no<br />
final do primeiro trimestre.<br />
Qual é o posicionamento desta nova marca?<br />
Trata-se de uma marca da Trelleborg, utilizando a<br />
nossa tecnologia e o nosso controlo de qualidade.<br />
É uma segunda linha, com um posicionamento de<br />
preço que estará 20 a 25% abaixo de um pneu Trelleborg<br />
para medidas semelhantes.<br />
O que poderá representar os pneus Maximo na<br />
vossa actividade?<br />
“Vamos lançar este ano<br />
uma segunda marca”<br />
Presente activamente em Portugal desde 2008, a Trelleborg tem vindo a crescer<br />
consolidadamente neste mercado entre os especialistas <strong>dos</strong> pneus agrícolas.<br />
Em traços gerais em que consiste essa proximidade<br />
ao consumidor final?<br />
Passa sobretudo por visitas periódicas e sistemáticas,<br />
juntamente com os nossos clientes, a esses utilizadores<br />
<strong>dos</strong> nossos pneus, sejam agricultores, responsáveis agrícolas<br />
ou florestais. Obviamente que explicamos o que<br />
é a Trelleborg, falamos <strong>dos</strong> nossos produtos e da vantagem<br />
de sermos especialistas neste sector. O acompanhamento<br />
serve também para verificar, in-loco, o rendimento<br />
que o nosso produto está a ter tendo em conta<br />
a sua utilização no dia-a-dia. Quer isto dizer que<br />
podemos servir como conselheiros do consumidor final<br />
de modo a que ele obtenha o melhor rendimento<br />
possível da utilização <strong>dos</strong> nossos produtos.<br />
52<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
José Saraiva,<br />
Responsável Mercado Português da Trelleborg<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 53
ENTREVISTA<br />
José Saraiva, Responsável Mercado Portugal da Trelleborg<br />
“Em <strong>2011</strong>, vamos lançar<br />
uma nova marca,<br />
designada MAXIMO, que<br />
terá pneus disponíveis<br />
no final do primeiro<br />
trimestre”<br />
A proximidade com os grandes construtores de máquinas agrícolas permite à Trelleborg<br />
estar na vanguarda <strong>dos</strong> pneus para esse sector<br />
TRELLEBORG<br />
Sede: Trelleborg Wheel Systems España, S.A.<br />
Responsável Mercado Portugal<br />
José Saraiva<br />
Telefone: +351213843801<br />
Móvel: +351912150981<br />
E.mail: jose.saraiva@trelleborg.com<br />
Web: www.trelleborg.com/wheelsystems<br />
A Trelleborg possui também uma gama de pneus de empilhador maciços e pneumáticos,<br />
pneus florestais e agroflorestais<br />
Para Portugal será obviamente fundamental para a<br />
consolidação do nosso crescimento.<br />
Não haverá canibalização de produtos por via do<br />
preço?<br />
Existe sempre esse risco. Para Portugal esse risco é<br />
muito reduzido, pois com a marca Trelleborg não temos<br />
um grande volume de vendas na série standard.<br />
O pneu Maximo vai entrar num mercado onde praticamente<br />
não estamos presentes. Será por isso um produto<br />
que irá fazer crescer o nosso volume de vendas.<br />
O ano de 2010 marcou o fim da relação entre a<br />
Pirelli e a Trellborg?<br />
A Trelleborg assumiu em 2000 as operações da Pirelli<br />
ao nível <strong>dos</strong> pneus agrícolas. Durante muitos anos<br />
as duas marcas, Pirelli e Trelleborg, tinham ambas produtos<br />
para o mercado <strong>dos</strong> pneus agrícolas.<br />
Em 2010 essa situação deixou de se verificar e to<strong>dos</strong><br />
os produtos que saem das fábricas da Trelleborg (seja<br />
na Europa ou fora dela) têm apenas a marca Trelleborg.<br />
Contudo, continuamos a dar toda a assistência<br />
técnica aos produtos Pirelli que ainda estão no mercado.<br />
Actualmente, podemos posicionar a Trelleborg<br />
como uma marca Premium, que concorre claramente<br />
com outras grandes marcas.<br />
Para além do pneu agrícola, a Trelleborg tem vindo<br />
a apostar noutras áreas?<br />
A Trelleborg possui também uma gama de pneus de<br />
empilhador maciços e pneumáticos, pneus florestais e<br />
agroflorestais. Temos vindo a forçar muito a parte de<br />
pneus de empilhador maciços, comercializa<strong>dos</strong> por<br />
cinco marcas, juntamente com os pneumáticos da<br />
marca Trelleborg também para empilhadores. Recentemente<br />
a Trelleborg adquiriu uma empresa de origem<br />
inglesa, a Watts, que produz pneus de empilhador. Se<br />
bem que estes produtos não serão muito importantes<br />
para o nosso mercado, irão ser importantes para o crescimento<br />
global da Trelleborg neste área de negócio.<br />
Qual a análise que faz do mercado de pneus<br />
agrícolas?<br />
Não é fácil o mercado crescer muito pelo menos<br />
com o panorama actual. Contudo, penso que terá havido<br />
um crescimento em termos de valor, pois a potência<br />
média <strong>dos</strong> tractores tem vindo a subir, o que<br />
quer dizer que se venderam pneus mais caros. Na Trelleborg<br />
em 2010 crescemos bastante acima do que cresceu<br />
o mercado.<br />
E para <strong>2011</strong> o que se perspectiva?<br />
Os custos das matérias primas vão ter uma influência<br />
decisiva. O custo da borracha natural triplicou em<br />
pouco mais de um ano.<br />
A tendência é para aumentar e isso vai levar os fabricantes<br />
a rever as suas políticas de produção, pois não<br />
irão produzir um pneu sem ter a certeza de quando ele<br />
se vai vender. Logicamente que a subida de preços <strong>dos</strong><br />
pneus será quase uma certeza para to<strong>dos</strong> os fabricantes<br />
durante o ano de <strong>2011</strong>. m<br />
54<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
Miguel Freitas, Sócio Gerente da Pneuvita<br />
“Esforço e dedicação de<br />
uma vasta equipa”<br />
A Pneuvita é uma casa de referência no sector <strong>dos</strong> pneus. O momento é de festa<br />
para este operador que comemorar 40 anos de existência.<br />
Foi longo e diversificado o percurso da Pneuvita<br />
no decorrer <strong>dos</strong> seus 40 anos de existência. Hoje<br />
é uma empresa com um nome firmado no mercado,<br />
e uma presença geograficamente dispersa<br />
por Lisboa e Porto.<br />
Miguel Freitas, Sócio-Gerente da Pneuvita contou<br />
para a REVISTA DOS PNEUS, os 40 anos da sua empresa.<br />
O que significam os 40 anos da Pneuvita?<br />
Acima de tudo representam muito esforço e dedicação<br />
de uma vasta equipa.<br />
Naturalmente que este é também o culminar de um<br />
projecto de raiz familiar que foi devidamente adaptado<br />
aos desafios que caracterizam actualmente o mercado<br />
em que actuamos.<br />
Como tudo começou?<br />
Em boa verdade a Pneuvita é uma empresa que se<br />
mantém na mesma família há três gerações. Tudo começou<br />
com Miguel Freitas (Avô), que apostou na indústria<br />
através da Recauchutagem Triunfo. Seria esta<br />
empresa que viria dar origem à Pneuvita, com o filho<br />
(Miguel Fernando Freitas) a dar continuidade aos negócios<br />
do pai.<br />
Actualmente a empresa é dirigida por mim, Miguel<br />
Dinis Freitas, neto do fundador.<br />
Quais são os momentos mais marcantes da<br />
Pneuvita?<br />
Inicialmente a empresa foi um pouco a continuidade<br />
da recauchutagem Triunfo, assumindo a denominação<br />
de Pneuvita Industria de Recauchutagem.<br />
O primeiro momento marcante tem lugar com a<br />
mudança da actividade principal da empresa, da indústria<br />
para o comércio e serviços – o que se concretizou<br />
em 1985.<br />
Este passo resultou da interpretação do mercado e<br />
da visão de Miguel Fernando Freitas, que sabia que o<br />
comércio tinha muito mais futuro que a indústria. Um<br />
outro momento chave da vida da empresa tem lugar<br />
em 2002, com o início do processo de expansão e consequente<br />
abertura do segundo ponto de venda Pneuvita<br />
– o que se materializou não muito longe da sede<br />
(Cacém) – mais concretamente em Mem Martins.<br />
Simultaneamente passámos a oferecer uma maior<br />
gama de serviços auto, deixando a partir dessa altura<br />
de estar limita<strong>dos</strong> à venda e montagem de pneus.<br />
Actualmente quantos postos têm a Pneuvita e quais<br />
as localizações?<br />
São neste momento seis os pontos de venda Pneuvita,<br />
em Lisboa, Porto, Cacém, Mem Martins, Prior Velho<br />
e Linda-a-Velha.<br />
Quais são as vossas perspectivas em termos de<br />
evolução a médio e longo prazo para a rede<br />
Pneuvita?<br />
O nosso grande objectivo visa a consolidação da<br />
rede e expansão sustentada da mesma. Uma aposta<br />
56<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
que poderá implicar o alargamento a outras regiões do<br />
país, nomeadamente ao Centro e Sul.<br />
Deste modo a Pneuvita assumirá pela primeira vez<br />
uma escala Nacional. Paralelamente, pretendemos reforçar<br />
a nossa presença na região da grande Lisboa<br />
com novas aberturas.<br />
O conceito Pneuvita é actualmente o de um<br />
especialista de pneus ou de um especialista em<br />
serviços rápi<strong>dos</strong>?<br />
Embora o nosso slogan seja ainda o de especialistas<br />
em pneus, hoje evoluímos para um misto e cada vez<br />
mais clientes nos escolhem para tratar de mais áreas<br />
<strong>dos</strong> seus automóveis e frotas.<br />
Em termos de produtos e serviços qual foi a<br />
evolução no conceito Pneuvita?<br />
Temos estado a evoluir para um novo conceito e<br />
hoje apresentamos uma gama de produtos e serviços<br />
cada vez mais completa.<br />
PNEUVITA<br />
Sede: Estr. Paço d´Arcos - Alto da Bela Vista<br />
Apartado 27 - 2736-901 Cacém<br />
Sócio-Gerente: Miguel Freitas<br />
Telefone: 214 276 356<br />
Fax: 214 276 351<br />
E-mail: info@pneuvita.pt<br />
Internet: www.pneuvita.pt<br />
O que representam os pneus (face a outros serviços<br />
que a empresa disponibiliza) no total da facturação<br />
da rede de postos de retalho da Pneuvita?<br />
Actualmente a venda de pneus e respectivos serviços<br />
associa<strong>dos</strong> representa cerca de 90 por cento da nossa<br />
facturação total.<br />
Quantos pneus a rede Pneuvita “consome” por ano?<br />
Cerca de 50 mil unidades das várias gamas.<br />
A organização em rede que a Pneuvita tem é<br />
fundamental para o sucesso do negócio?<br />
Sem dúvida, pois deste modo conseguimos uma<br />
importante rentabilização de recursos a to<strong>dos</strong> os níveis,<br />
começando pelo armazém, logística, sistema informático,<br />
etc.<br />
Como analisa o mercado de retalho de pneus em<br />
Portugal, e qual o caminho que ele vai ter, atenddo<br />
ao momento económico actual?<br />
Este é um mercado extremamente competitivo com<br />
margens cada vez mais reduzidas de ano para ano.<br />
Existem novos players neste sector, com as multinacionais<br />
e grandes redes a disputar o mesmo mercado.<br />
Penso que neste quadro só vão sobreviver os que têm<br />
melhor organização, refiro-me naturalmente a empresas<br />
que cumprem a legislação.<br />
O preço ou o desconto é o único factor que conta<br />
nos pneus?<br />
No quadro actual o factor preço é muito importante<br />
para o consumidor, mas está longe de ser o único.<br />
Temos procurado ser competitivos a este nível, mas<br />
sentimos que há outros factores que movem os nossos<br />
clientes, com destaque para a localização, qualidade e<br />
garantia de serviço.<br />
Para além do retalho, a Pneuvita tem algum negócio<br />
ligado ao “grosso” de pneus?<br />
Neste momento esta área é perfeitamente residual,<br />
não tem significado no conjunto <strong>dos</strong> negócios da empresa.<br />
Na sua opinião, qual a razão porque os clientes<br />
devem escolher a Pneuvita? Preço? Proximidade?<br />
Conveniência? Serviço?<br />
É um misto de tudo isso, com boas localizações preços<br />
competitivos e um serviço de qualidade que tem<br />
desde sempre caracterizado o nosso percurso.<br />
Os clientes das frotas de ligeiros são importantes<br />
para a vossa actividade? Em que medida?<br />
São um mercado de enorme importância há bastantes<br />
anos e têm sido alvo de um tratamento à altura por<br />
parte da nossa equipa. m<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 57
EMPRESA<br />
<strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />
Acompanhar sempre o cliente<br />
A <strong>Pneus</strong> do Alcaide é uma empresa que está presente no negócio <strong>dos</strong> pneus por via do retalho<br />
e da recauchutagem, tendo em qualquer das actividades granjeado prestígio e<br />
reconhecimento no mercado por parte de parceiros e clientes.<br />
Como é tradição em Portugal, a empresa <strong>Pneus</strong><br />
do Alcaide nasce de um negócio tipicamente<br />
familiar. A história de um homem que começou<br />
rapaz a trabalhar numa casa de peças e<br />
que fruto do seu trabalho desenvolveu um negócio<br />
próprio. Foi assim que em 1981 Augusto Laureano<br />
abriu a Casa <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> de Porto de Mós. Estava dado<br />
o arranque para aquilo que é hoje a empresa <strong>Pneus</strong> do<br />
Alcaide, num percurso que passou pela mudança de<br />
instalações (para a Tremoceira) onde ainda hoje se encontra,<br />
pela entrada em novos merca<strong>dos</strong>, nesta caso o<br />
da Recauchutagem, em 1991, e para a mudança de<br />
constituição, passando a empresa a ser uma Sociedade<br />
Anónima (em 1995).<br />
Recauchutagem<br />
A Recauchutagem foi um enorme passo para a<br />
<strong>Pneus</strong> do Alcaide. E, curiosamente, esse passo não foi<br />
dado ao acaso, até porque a empresa contou desde<br />
logo com um parceiro de peso, neste caso a Goodyear.<br />
A <strong>Pneus</strong> do Alcaide passou a fazer parte do restrito<br />
lote de empresas europeias da rede de recauchutadores<br />
autoriza<strong>dos</strong> da Goodyear / Dunlop.<br />
“O meu pai era parceiro da Goodyear há muitos<br />
anos. Tínhamos interesse na recauchutagem, a Goodyear<br />
foi preponderante no apoio que nos deu e acabamos<br />
por entrar neste negócio”, revela David Laureano,<br />
Director Comercial da <strong>Pneus</strong> do Alcaide.<br />
As instalações da Tremoceira, na altura um posto<br />
de retalho, foram aproveita<strong>dos</strong> para a actividade de recauchutagem,<br />
tendo sido acrescentadas ao longo <strong>dos</strong><br />
anos, com a mais recente ampliação a acontecer em<br />
2001.<br />
A empresa passava assim a dispor de um produto<br />
único no mercado, já que eram os únicos que podiam<br />
ter os desenhos originais <strong>dos</strong> produtos Goodyear nos<br />
pneus recauchuta<strong>dos</strong>, o que lhes permita através deste<br />
negócio crescer geograficamente, deixando a empresa<br />
de estar confinada à sua região. “Apesar de estarmos<br />
presente em todo o país, o grosso da nossa actividade<br />
centra-se sobretudo no litoral norte e centro”, refere<br />
David Laureano.<br />
A <strong>Pneus</strong> do Alcaide está muito dedicada ao sector<br />
profissional. O tipo de produto recauchutado que faz<br />
é dirigido especificamente ao veículo pesado, isto é, a<br />
recauchutagem só produz pneus para camião (17.5 e<br />
22.5) de acordo com o regulamento nº109 da<br />
CEE/ONU.<br />
“Trabalhamos muito com o cliente final, especificamente<br />
em frotas, pelo que a revenda pouco representa.<br />
É uma aposta para continuar, que nos tem<br />
dado bons resulta<strong>dos</strong>, sendo esta a melhor forma de<br />
trabalhar este tipo de produto recauchutado”, afirma<br />
David Laureano.<br />
Sendo um sector muito exigente, a <strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />
possui não só uma equipa de vendas específica<br />
(que faz todo o acompanhamento às frotas) como disponibiliza<br />
o serviço de assistência técnica que dá todo<br />
o apoio necessário às frotas quer no cliente quer no<br />
terreno. Para tal, quer no Porto quer na Tremoceira,<br />
58<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
Em termos de novos merca<strong>dos</strong>, a <strong>Pneus</strong> do Alcaide iniciou a exportação em 2010, num projecto<br />
para continuar, nomeadamente no mercado africano através de parcerias<br />
existem veículos de assistência técnica que permite fazer<br />
a cobertura de assistência do eixo Porto / Lisboa.<br />
Mesmo não recauchutando pneus de OTR, a <strong>Pneus</strong><br />
do Alcaide possui um veículo de assistência para o<br />
serviço a esse tipo de pneus na zona centro.<br />
“O mercado e os nossos clientes têm exigido esta<br />
forma de trabalhar. Temos procurado sempre evoluir<br />
com eles, de modo a dar a assistência onde<br />
ela é de facto precisa”, afirma David Laureano,<br />
reconhecendo que “o cliente sentese<br />
acompanhado assim”.<br />
Cerca de 96% do produto recauchutado<br />
pela <strong>Pneus</strong> do Alcaide são pisos Goodyear<br />
/ Dunlop, compra<strong>dos</strong> directamente a este construtor,<br />
assim como muitas das matérias-primas usadas em<br />
todo o processo. “Existe obviamente um controlo regular<br />
da Goodyear ao produto que nós fazemos. Produzimos<br />
segundo determinadas regras que nos garantem<br />
a qualidade do produto”, revela o mesmo responsável.<br />
Ao nível do processo produtivo, a <strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />
fez em 2003 um investimento numa xerografia,<br />
dispondo de raspadores actualiza<strong>dos</strong>, mas para este<br />
ano está previsto um novo investimento, neste caso<br />
num autoclave, numa perspectiva de modernização e<br />
actualização da fábrica.<br />
A capacidade instalada ronda os 14.000 pneus<br />
“Temos que apostar sobretudo na qualidade<br />
do nosso serviço para nos diferenciarmos da<br />
concorrência”<br />
anuais, sendo que em 2010 foram produzi<strong>dos</strong> 12.000<br />
pneus recauchuta<strong>dos</strong>, um número considerado muito<br />
bom face a dois anos poucos positivos de mercado.<br />
Registe-se que, para além destes 12.000 pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
a pneus do Alcaide comercializou ainda<br />
cerca de 6.000 pneus de pesa<strong>dos</strong> novos.<br />
Sobre o mercado <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong>, e apesar<br />
da dificuldade que existe em encontrar carcaças<br />
de qualidade, o responsável da <strong>Pneus</strong> do Alcaide refere<br />
que “é um produto que evoluiu muito nos últimos<br />
10 anos, do qual se pode retirar uma rentabilidade<br />
muito superior comparativamente a um pneu chinês.<br />
Em Portugal fazem-se pneus recauchuta<strong>dos</strong> de qualidade”.<br />
Em termos de novos merca<strong>dos</strong>, a <strong>Pneus</strong><br />
do Alcaide iniciou a exportação em 2010,<br />
num projecto para continuar, nomeadamente<br />
no mercado africano através de parcerias.<br />
Retalho<br />
Com a forte presença da actividade de recauchutagem<br />
nas instalações da Tremoceira, onde a empresa<br />
também tem a sede, a actividade de retalho da <strong>Pneus</strong><br />
do Alcaide ficou praticamente entregue às restantes<br />
quatro instalações, uma delas muito recente, e bem<br />
próximo da sede.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 59
EMPRESA<br />
<strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />
Augusto Laureano e David Laureano,<br />
Pai e filho, gerem os negócios da empresa <strong>Pneus</strong><br />
do Alcaide<br />
PNEUS DO ALCAIDE<br />
Sede: Tremoceira – Pedreiras<br />
Apartado 31<br />
2480-801 Juncal<br />
Gerência: David Laureano<br />
Telefone: 244 470 537<br />
Fax: 244 470 844<br />
E-mail: geral@pneusalcaide.com<br />
Internet: www.pneusalcaide.com<br />
“Cerca de 96% do produto<br />
recauchutado pela <strong>Pneus</strong><br />
do Alcaide são pisos<br />
Goodyear / Dunlop,<br />
compra<strong>dos</strong> a este<br />
construtor”<br />
A <strong>Pneus</strong> do Alcaide possui diversas instalações onde desenvolve<br />
a actividade de recauchutagem e de retalho<br />
“Também por questões de espaço decidimos, que<br />
em vez de estar a remodelar o retalho nas instalações<br />
da Tremoceira, onde ainda fazemos alguns trabalhos<br />
específicos, deviamos montar novas instalações”, refere<br />
o mesmo responsável, esclarecendo que “trata-se de<br />
uma unidade completamente nova, moderna e muito<br />
actual, com uma imagem diferente e um parque de<br />
equipamentos muito sofisticado. Para além disso está<br />
junto a uma importante via rodoviária (EN 1). Foi sem<br />
dúvida um bom investimento, que nos permite melhorar<br />
a qualidade <strong>dos</strong> nossos serviços ao cliente final”.<br />
Como se nota, a rede de retalho da <strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />
tem vindo a crescer consolidadamente, dispondo a<br />
empresa de uma unidade na Maia que se concentra<br />
sobretudo na assistência a pesa<strong>dos</strong> (além de uma viatura<br />
de assistência).<br />
As restantes unidades estão mais próximas da sede,<br />
uma delas na zona da Benedita, permitindo que a<br />
<strong>Pneus</strong> do Alcaide tenha uma forte presença no retalho<br />
na sua região.<br />
Se o novo espaço apresenta uma imagem “<strong>Pneus</strong><br />
do Alcaide”, o posto da Benedita aparece com imagem<br />
Vulco (associada à rede Goodyear). “A entrada<br />
na rede Vulco foi um projecto que a Goodyear nos<br />
apresentou. Achamos interessante em termos comercias<br />
mas também de outros benefícios, com vantagens<br />
para ambas as partes e, por isso, decidimos aderir”,<br />
refere David Laureano.<br />
Reconhecendo que a região onde se insere está servida<br />
em termos de postos de retalho, este responsável<br />
pela empresa considera que já existe uma grande saturação<br />
do mercado. “Temos que apostar sobretudo na<br />
qualidade do nosso serviço para nos diferenciarmos<br />
da concorrência. Foi nisso que apostamos no nosso<br />
novo centro”, diz o Director Comercial da <strong>Pneus</strong> do<br />
Alcaide, acrescentando que de momento não estão<br />
previstos mais investimentos no retalho “depois de<br />
uma excelente aposta também na Benedita, há seis<br />
anos, que tem dado os seus frutos”.<br />
Com a dimensão alcançada por ambos os negócios<br />
da <strong>Pneus</strong> do Alcaide, David Laureano considera que a<br />
tendência passa mais pelo crescimento pelo lado da<br />
recauchutagem do que do retalho, embora actualmente<br />
o peso de cada negócio na facturação da empresa<br />
seja semelhante. “O facto de termos um produto<br />
único na recauchutagem que mais ninguém vende,<br />
apesar de também haver muita concorrência, pode levar<br />
a um maior crescimento seguindo a tendência recente.<br />
No retalho ninguém se consegue diferenciar<br />
pelo produto, to<strong>dos</strong> vendemos os mesmos pneus e,<br />
como disse, existe uma saturação maior do próprio<br />
mercado”, analisa David Laureano.<br />
Para terminar, o responsável da <strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />
lamenta a inexistência de regulamentação no mercado,<br />
bem como o aparecimento de retalhistas um pouco<br />
por toda a parte e por vezes sem condições para<br />
operar de forma correcta e com regras comerciais definidas.<br />
“Era importante que se olhasse para este mercado<br />
de forma séria, mas infelizmente é cada um por si”,<br />
conclui David Laureano. m<br />
60<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
Easy<strong>Pneus</strong><br />
Caminhar para o crescimento<br />
A Easy<strong>Pneus</strong> é uma empresa de Beja que se dedica ao negócio <strong>dos</strong> pneus.<br />
Desde 2008 que é importador da Maxxis para o mercado português, tendo como<br />
objectivo crescer com a marca.<br />
Começou como um posto de retalho. Ainda<br />
hoje se mantém como tal, até porque existem<br />
clientes fideliza<strong>dos</strong>. Contudo, o negócio cresceu<br />
e a Easy<strong>Pneus</strong> passou também a operar na<br />
revenda.<br />
Das diversas marcas que a Easy<strong>Pneus</strong> trabalha, uma<br />
delas, a Maxxis, acabou por ganhar destaque fruto de<br />
uma boa relação comercial entre a empresa portuguesa<br />
e um distribuidor holandês.<br />
Apesar de ser uma marca já comercializada em Portugal,<br />
a própria Maxxis entendia que havia capacidade<br />
para desenvolver a marca no nosso país, no seguimento<br />
de uma forte aposta que este construtor de Taiwan<br />
tem vindo a fazer no mercado europeu.<br />
Assim, no Salão de Essen de 2008, os responsáveis<br />
da Easy<strong>Pneus</strong> e da Maxxis fecharam acordo para a distribuição<br />
(não exclusiva) desta marca de pneus no<br />
mercado português, tendo de pronto a empresa começado<br />
a trabalhar na importação e distribuição.<br />
“Já tinha conhecimento da Maxxis. Como gostava<br />
muito do produto e da extensão de gama, e havia interesse<br />
da marca em estar mais presente no nosso mercado,<br />
avançamos para esta parceiria”, começou por<br />
explicar Daniel Mestre, Manager da Easy<strong>Pneus</strong>.<br />
Foi fechado contrato entre as empresas que previa<br />
(e prevê) que a Easy<strong>Pneus</strong> faça a distribuição <strong>dos</strong><br />
pneus Maxxis para ligeiros, motos, pesa<strong>dos</strong> e 4x4, ficando<br />
de fora os pneus de bicicleta que já possui outro<br />
distribuidor.<br />
Talvez ainda este ano, a Easy<strong>Pneus</strong> passe também a<br />
trabalhar o pneu agrícola, numa decisão que está dependente<br />
de outros investimentos.<br />
A Maxxis é uma empresa de Taiwan, que possui<br />
três fábricas de produção de pneus (Taiwan, China e<br />
Tailândia), sendo a Easy<strong>Pneus</strong> directamente abastecida<br />
pela casa mãe. “Os pneus Maxxis que vendemos<br />
são adquiri<strong>dos</strong> à fábrica. Não existem intermediários<br />
neste negócio”, assegura Daniel Mestre.<br />
De tal maneira a Easy<strong>Pneus</strong> vestiu a camisola<br />
“Maxxis” que actualmente cerca de 80% das vendas<br />
da empresa de Beja são desta marca de pneus.<br />
Por curiosidade, para além da Maxxis, a Easy<strong>Pneus</strong><br />
trabalha também na distribuição com outras marcas.<br />
“Vendemos Cooper, que é um produto excelente e<br />
que conseguimos obter preços muito interessantes<br />
para efectuar a revenda. É, por isso, um produto que<br />
conseguimos escoar com facilidade”, revela o mesmo<br />
responsável.<br />
Maxxis<br />
Atendendo à excelente imagem e notoriedade que<br />
os produtos Maxxis têm no mercado das duas rodas,<br />
Daniel Mestre é de opinião que a mesma se estende<br />
aos restantes produtos embora existam na sua opinião<br />
outras importantes características.<br />
“Uma das características principais da Maxxis é a<br />
extraordinária diversidade de produto”, assegura o<br />
Manager da Easy<strong>Pneus</strong>, comparando que “juntamente<br />
com a Michelin é das marcas que tem a gama mais<br />
alargada e isso é uma grande vantagem”.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 61
EMPRESA<br />
Easy<strong>Pneus</strong><br />
Estando inserida nas 10 maiores empresas de borracha<br />
do Mundo, a Maxxis efectuou negócios na ordem<br />
<strong>dos</strong> 2,8 mil milhões de Euros em 2009, estando em<br />
perspectiva subir uma posição no ranking mundial já<br />
em <strong>2011</strong>.<br />
“A relação qualidade / preço do produto Maxxis<br />
não é boa… é excelente”, afirma com convicção Daniel<br />
Mestre que posiciona a Maxxis “como<br />
um produto de média / alta gama. Acredito<br />
que na Europa o seu posicionamento ainda<br />
não é esse, mas a qualidade do produto<br />
justifica este posicionamento”.<br />
Equipamento de origem<br />
O responsável da Easy<strong>Pneus</strong> refere que na Ásia o<br />
pneu Maxxis equipa de origem marcas como a Ford,<br />
GM, Toyota, Nissan, Volkwagen, Mitsubishi e Hyundai,<br />
sendo que o novo Nissan Micra, que irá ser vendido<br />
em todo o Mundo (incluíndo Portugal) vai ter<br />
pneus Maxxis de origem na medida 175/65 R15.<br />
“São argumentos importantes e que dizem bem da<br />
qualidade e do posicionamento <strong>dos</strong> produtos Maxxis”,<br />
afirma Daniel Mestre adiantando que “isto também<br />
faz parte da estratégia da Maxxis para entrar com<br />
mais força no mercado Europeu”.<br />
Em termos de preço, o posicionamento <strong>dos</strong> pneus<br />
Maxxis acompanha em grande parte a qualidade do<br />
Está prevista a concentração da actividade num<br />
único armazém, que irá permitir à empresa<br />
melhorar ainda mais a distribuição.<br />
produto na opinião do mesmo responsável. “Não é<br />
um pneu barato, mas também não é <strong>dos</strong> mais caros.<br />
O Maxxis consegue ter um preço intermédio, que lhe<br />
permite, face à qualidade que tem, oferecer excelentes<br />
garantias a quem o compra”, refere.<br />
Apesar de ter uma gama muito diversificada, a Easy<strong>Pneus</strong><br />
tem direccionado a sua aposta para a gama de<br />
ligeiros e 4x4, que representa quase 80% das vendas<br />
apenas com a marca Maxxis.<br />
25.000 pneus em Stock<br />
Para dar resposta ao crescente desenvolvimento do<br />
negócio Maxxis dentro da Easy<strong>Pneus</strong>, a empresa de<br />
Beja possui cerca de 2.000 m2 de armazém com um<br />
stock permanente que ronda os 25.000<br />
pneus desta marca de Taiwan, servindo regularmente<br />
170 retalhistas (casas de pneus<br />
e oficinas).<br />
“Vendemos para todo o país, mas a nossa<br />
presença mais forte é de Lisboa até ao Algarve,<br />
até porque existe outro distribuidor a norte”,<br />
refere Daniel Mestre, adiantando que “temos cuidado<br />
na escolha <strong>dos</strong> nossos parceiros. Tentamos não entregar<br />
o produto Maxxis a retalhistas concorrentes na<br />
mesma zona. É uma questão de protecção da marca,<br />
evitando concorrência de preços e mantendo também<br />
uma maior coerência neste aspecto”.<br />
62<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
A Maxxis é uma empresa de<br />
Taiwan, que possui três<br />
fábricas de produção de pneus<br />
(Taiwan, China e Tailândia),<br />
sendo a Easy<strong>Pneus</strong><br />
directamente abastecida pela<br />
casa mãe<br />
EASYPNEUS<br />
Escritório: Prct. <strong>dos</strong> Torneiros n11 / Lt.11<br />
7800 Beja<br />
Gerência: Daniel Mestre<br />
Telefone: 284 320 340<br />
Fax: 284 320 305<br />
E-mail: info@easypneus.pt<br />
Internet: www.easypneus.pt<br />
Com a evolução da logística e das entregas (a distribuição,<br />
como é normal neste sector, está entregue a<br />
distribuidoras), a Easypneus tem neste momento apenas<br />
dois vendedores, sendo que um deles é especializado<br />
em pneus de moto, quad´s e afins e o outro em<br />
pneus para ligeiros, camião e 4x4.<br />
Não tendo vendas online activas, o certo é que o<br />
site da Easy<strong>Pneus</strong> tem sido um potenciador<br />
de vendas da Maxxis. “Normalmente os<br />
clientes que conhecem a marca pedem-nos<br />
e nós encaminhamos para um retalhista<br />
que trabalhe connosco”, afirma Daniel<br />
Mestre.<br />
Olhando para a “frente”, o responsável da Easy<strong>Pneus</strong><br />
acredita muito no desenvolvimento futuro do<br />
negócio Maxxis atendendo até ao passado.<br />
“Dada a diversidade do produto e a sua qualidade,<br />
e conhecendo já a forma de trabalhar da empresa e os<br />
seus projectos para o futuro, com a abertura de mais<br />
uma fábrica este ano, estou esperançado num bom<br />
A Easy<strong>Pneus</strong> vestiu a camisola “Maxxis”.<br />
Actualmente cerca de 80% das vendas da empresa de<br />
Beja são desta marca de pneus.<br />
desenvolvimento da marca também em Portugal, o<br />
que vai na linha do seu crescimento na Europa”, afirma<br />
Daniel Mestre, revelando de seguida as suas apostas<br />
para <strong>2011</strong>.<br />
Assim, a Easy<strong>Pneus</strong> vai investir mais em Marketing<br />
e patrocínios com acções directas em eventos específicos,<br />
como também apoiar cada vez mais a rede de retalho<br />
que já trabalha com a Maxxis, sempre com o objectivo<br />
“de dar mais visibilidade à marca”.<br />
Prevista está também a concentração da actividade<br />
num único armazém, que irá permitir à empresa melhorar<br />
ainda mais a distribuição da Maxxis em Portugal<br />
e centralizar os serviços administrativos e comerciais<br />
da empresa.<br />
Maxxis no Mundo<br />
A Maxxis (Cheng Shin Rubber Ind. Co. Ltd.) foi<br />
fundada em 1967, começando no negócio <strong>dos</strong> pneus<br />
de bicicleta.<br />
A empresa de Taiwan cresceu rapidamente e tornou-se<br />
num <strong>dos</strong> maiores construtores de pneus do<br />
mundo nesta área, mas entretanto entrou em novos<br />
segmentos de mercado, oferecendo produtos<br />
para motos, veículos ligeiros, quad´s,<br />
4x4, comerciais, pesa<strong>dos</strong>, etc.<br />
Em 2009 a Maxxis tornou-se a 10ª<br />
maior produtora de borracha do mundo,<br />
empregrando mais de 20.000 pessoas, estando<br />
presente em 150 países em todo o Mundo.<br />
Na Ásia os produtos Maxxis são equipamento original<br />
de importantes marcas de automóveis, como a<br />
Nissan, Ford, GM, Toyota, Volkswagen, Mitsubishi e<br />
Hyundai, sendo ainda equipamento de origem em<br />
mais de 10 marcas de motos (e afins) como a Kawasaki,<br />
Suzuki, Yamaha, KTM, entre outras. m<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 63
EMPRESA<br />
Haweka Portugal<br />
Especialistas em equilíbrio<br />
No domínio do equilíbrio de rodas a Haweka é o líder mundial.<br />
No nosso país a Haweka Portugal tendo vindo a apostar forte na qualidade<br />
do seus produtos para se impor no mercado.<br />
Não dá para comparar a dimensão que a Haweka<br />
tem em diversos merca<strong>dos</strong> mundiais e a<br />
que tem em Portugal. Porém, tem vindo a ser<br />
feito com esta conceituada marca, especialista<br />
em temas muito específicos ao nível do equilíbrio e<br />
alinhamento de rodas, um trabalho de acompanhamento<br />
do cliente, estando a responsabilidade a cargo<br />
de Ricardo Sousa, gestor de produto da Haweka Portugal,<br />
empresa ligada à Gonçalteam.<br />
Os produtos da Haweka não eram propriamente<br />
desconheci<strong>dos</strong> do mercado português, até porque já<br />
existiam distribuidores a comercializarem equipamentos<br />
e produtos da marca alemã.<br />
“Um <strong>dos</strong> objectivos pela qual aparece a Haweka<br />
Portugal é de poder acompanhar o cliente de uma forma<br />
mais efectiva”, refere Ricardo Sousa, que tem<br />
como missão proporcionar informação e esclarecimentos<br />
a qualquer dúvida ou necessidade que os<br />
clientes tenham na utilização <strong>dos</strong> equipamentos e produtos<br />
da Haweka.<br />
Obviamente que a venda de produtos Haweka também<br />
está em causa, mas para tal, uma prática corrente<br />
é poder “demonstrar ao cliente no seu local de trabalho<br />
e na sua máquina o funcionamento do equipamento<br />
Haweka. Essa demonstração resulta quase sempre<br />
numa venda, tais as vantagens que os nossos produtos<br />
trazem para o seu serviço”, garante o<br />
responsável da Haweka Portugal.<br />
Dependendo do produto comercializado, a Haweka<br />
Portugal responsabiliza-se sempre pela formação<br />
necessária de quem irá operar com os mesmos.<br />
Ao perceberem a mais-valia destes produtos “o nosso<br />
cliente irá também explicar ao cliente da casa de<br />
pneus a melhor qualidade do serviço que prestou, por<br />
exemplo no equilíbrio das rodas”, ressalva Ricardo<br />
Sousa, acrescentando que “existem grandes vantagens<br />
para a casa de pneus, pois presta um serviço de melhor<br />
qualidade ao seu cliente, sem margem de erros, mais seguro<br />
e mais rentável, tendo ainda o nosso suporte para<br />
esclarecer qualquer dúvida em qualquer momento”.<br />
Aliás, o compromisso da Haweka Portugal com a<br />
casa-mãe na Alemanha passa exactamente por uma<br />
política de excelência e rigor, pois “não é só vender o<br />
equipamento, é nossa missão que quem tenha produtos<br />
Haweka os saiba utilizar convenientemente. Compete-nos<br />
a nós prestar essa formação e a assistência necessária<br />
aos clientes”.<br />
Apostar no equilíbrio<br />
Nesta fase de arranque da Haweka Portugal, o conceito<br />
da empresa é “apenas” o equilíbrio de rodas nos<br />
veículos motoriza<strong>dos</strong>, nomeadamente ligeiros, comerciais,<br />
pesa<strong>dos</strong>, motas e moto 4, promovendo a ausência<br />
de vibrações indesejáveis ao volante (que são muitas<br />
vezes um resultado de instabilidade das rodas). Assim,<br />
a Haweka, líder de mercado na área do equilíbrio<br />
de rodas, fornece a tecnologia de alta qualidade, que<br />
torna possível equilibrar cada roda perfeitamente e<br />
com tolerância zero face ao erro.<br />
“Um equilíbrio muitas vezes nem sequer é cobrado,<br />
64<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
Ricardo Sousa é o Gestor de Produto da Haweka<br />
Portugal, tendo a responsabilidade de promover<br />
os produtos desta marca alemã<br />
HAWEKA PORTUGAL<br />
Sede: Rua Quinta das Rosas, nº19<br />
Zona Industrial Casal do Marco<br />
2840-131 Aldeia de Paio Pires<br />
Gestor de Produto: Ricardo Sousa<br />
Telefone: 212 251 578<br />
Fax: 212 191 487<br />
E-mail: hawekaportugal@goncalteam.pt<br />
Internet: www.goncalteam.pt<br />
Dependendo <strong>dos</strong> produtos<br />
comercializa<strong>dos</strong>, a Haweka<br />
Portugal responsabiliza-se<br />
sempre pela formação<br />
necessária de quem irá<br />
operar com os mesmos<br />
dando a entender que é um “parente pobre” dentro<br />
<strong>dos</strong> serviços de uma casa de pneus. E na realidade isso<br />
não deve ser assim, pois para se fazer uma bom equilíbrio<br />
isso requer tecnologia, custos, tempo e consumíveis”,<br />
analisa Ricardo Sousa que argumenta que “o<br />
equilíbrio de rodas é muito importante numa casa de<br />
pneus. Um técnico deve ter boas noções nesta área,<br />
que está sempre em evolução constante, para poder<br />
prestar um bom serviço ao cliente”.<br />
DuoExpert<br />
A gama de produtos da Haweka é muito extensa,<br />
mas a oferta é muito concentrada na especialização e<br />
no desenvolvimento tecnológico, quer nas áreas da<br />
equilibragem quer do alinhamento.<br />
Nesta fase a Haweka Portugal concentrou todas as<br />
suas energias nos equipamentos de equilíbrio, com<br />
destaque para um produto patenteado e único que é o<br />
DuoExpert. Trata-se de um sistema indicado para 99%<br />
das viaturas ligeiras de passageiros, em termos de equilíbrio<br />
de rodas de um automóvel. A solução apresentada<br />
por esta empresa especialista na área do equilíbrio<br />
de rodas é um sistema que garante “Tolerância Zero”<br />
na centragem, entre o veio e o adaptador bem como<br />
entre o adaptador e o centro da jante a equilibrar.<br />
Apenas dois DuoExperts são necessários para cobrir<br />
80% do mercado de viaturas ligeiras, necessitando apenas<br />
de mais um DuoExpert para os restantes 20%.<br />
O DuoExpert é muito simples de usar e de fácil manutenção,<br />
segundo a Haweka, sendo um sistema que<br />
tem a aprovação <strong>dos</strong> principais fabricantes automóveis.<br />
Aliás, em alguns merca<strong>dos</strong> é obrigatório o uso<br />
deste tipo de sistema, o que não acontece obviamente<br />
em Portugal.<br />
Em termos práticos o centrante do DuoExpert expande-se<br />
à medida do centro da roda (jante), o que<br />
nem sempre acontece com o cone (que tradicionalmente<br />
se usa) pois é um produto que se desgasta com<br />
o uso.<br />
Este equipamento da Haweka faz a centragem correcta<br />
da roda ao veio da máquina de alinhar, que juntamente<br />
com a falange, permite fazer uma equilibragem<br />
sem erros.<br />
“Os custos são mais reduzi<strong>dos</strong> e o serviço mais eficiente,<br />
logo existe uma mais valia para o profissional,<br />
que ao efectuar a calibragem com este equipamento,<br />
promove o bom funcionamento da sua oficina e mantém<br />
os clientes satisfeitos com o seu trabalho realizado”,<br />
afirma Ricardo Sousa.<br />
Refira-se que o DuoExpert pode ser usado em qualquer<br />
máquina de equilibrar, independentemente da<br />
marca e do modelo da mesma.<br />
Como foi escrito antes, a Haweka Portugal trabalha<br />
como parte integrante da Gonçalteam, onde a mesma<br />
promove a distribuição do produto (não em exclusivo),<br />
contudo, “procuramos obter novas parcerias de<br />
distribuição para as outras empresas que comercializam<br />
equipamentos de equilibragem em Portugal, uma<br />
vez que o produto Haweka é destinado a qualquer<br />
tipo de máquina”, concluiu Ricardo Sousa. m<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 65
EMPRESA<br />
Recauchutagem Nortenha<br />
Um mundo nos pneus<br />
A Recauchutagem Nortenha, S.A. está a atravessar um <strong>dos</strong> momentos mais importantes<br />
da sua história com a comemoração <strong>dos</strong> 50 anos de existência. Motivo mais do que<br />
suficiente para a REVISTA DOS PNEUS conhecer melhor este operador.<br />
Exercendo em nome individual, desde o início<br />
<strong>dos</strong> anos 60, a sua actividade profissional na<br />
área da recauchutagem e comércio de pneus,<br />
António da Silva Gomes, funda em 1976 a Recauchutagem<br />
Nortenha.<br />
Entre 1984 e 1988, a entrada para a gestão da empresa<br />
<strong>dos</strong> filhos <strong>dos</strong> fundadores marca uma nova fase na<br />
vida da Nortenha. Deu-se início a um período de investimentos<br />
importantes onde se destacam a construção<br />
de uma nova loja em Penafiel, a aquisição de novo<br />
equipamento produtivo para a recauchutagem e a<br />
abertura de lojas em Paredes, Lousada e Amarante.<br />
Seguiu-se uma nova fase de investimentos na área<br />
industrial que obrigou a mudança de instalações. A capacidade<br />
instalada permitiu à empresa alargar a cobertura<br />
geográfica da sua distribuição, que limitando-se<br />
até então à zona Norte, passou a abranger todo o país.<br />
Em paralelo, com o aumento da cobertura da actividade<br />
de distribuição, a rede de retalho também cresceu,<br />
com a abertura de novas lojas.<br />
Em 1995 teve início um novo ciclo de investimentos<br />
fabris com a construção da Unidade Fabril de Urrô<br />
(UFU), consistindo numa Unidade de Recauchutagem<br />
e numa Unidade de Valorização Energética de<br />
<strong>Pneus</strong> (UVEP), que permite a produção de energia<br />
eléctrica a partir de pneus usa<strong>dos</strong> que não podem ser<br />
recauchuta<strong>dos</strong> e outros resíduos de borracha. O corolário<br />
destes anos de investimento em meios humanos<br />
e materiais foram os prémios "Best of Show" obti<strong>dos</strong><br />
por pneus Nortenha Ecológico em 1997 e 1999 em<br />
concursos organiza<strong>dos</strong> pela ITRA (International Tire<br />
and Rubber Association) nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>. A Nortenha<br />
foi também distinguida com o prémio PME Excelência<br />
Indústria durante três anos consecutivos -<br />
1997, 1998 e 1999. Em 1999 a empresa introduziu um<br />
inovador serviço móvel, destinado ao segmento de<br />
frotas, que permite realizar os serviços de montagem e<br />
desmontagem, equilibragem e alinhamentos nas instalações<br />
<strong>dos</strong> próprios clientes.<br />
Para melhorar a sua capacidade técnica, a Nortenha<br />
investiu em 1999 e 2000 num laboratório de ensaio de<br />
pneus e em novos equipamentos para controlo da<br />
qualidade <strong>dos</strong> compostos de borracha, em projecto<br />
apoiado pelo programa ICPME. Em Dezembro do<br />
ano 2000, o Sistema AQual implementado na UFU,<br />
aplicável à produção de pneus recauchuta<strong>dos</strong>, serviços<br />
de recauchutagem, reparação de pneus e misturação<br />
de borracha, foi certificado segundo a NP EN ISO<br />
9002:1995 pelo BVQI Portugal.<br />
Durante o ano de 2001, as actividades logísticas foram<br />
integradas na Unidade de Urrô que passou a dispor<br />
de um Centro Logístico onde foram concentradas<br />
as actividades de armazenamento e distribuição de<br />
pneus recauchuta<strong>dos</strong>, pneus novos e outras mercadorias.<br />
Durante o ano 2003, o Sistema AQual foi adaptado<br />
aos requisitos da NP EN ISO 9001:2000, alargando<br />
o seu âmbito à concepção e desenvolvimento de<br />
pneus recauchuta<strong>dos</strong>, tendo obtido a re-certificação<br />
em Dezembro de 2003, pelo BVC Portugal.<br />
No início do ano 2004, a Recauchutagem Nortenha<br />
66<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
A Recauchutagem Nortenha quer também<br />
apostar na imagem <strong>dos</strong> postos e num<br />
incremento tecnológico <strong>dos</strong> mesmos.<br />
obteve a homologação da sua unidade fabril para a<br />
produção de "<strong>Pneus</strong> recauchuta<strong>dos</strong> a utilizar nos automóveis<br />
ligeiros de passageiros e seus reboques"<br />
(108R020004) e "<strong>Pneus</strong> recauchuta<strong>dos</strong> a utilizar nos<br />
automóveis de mercadorias, pesa<strong>dos</strong> de passageiros e<br />
respectivos reboques" (109R020005), no âmbito <strong>dos</strong><br />
Regulamentos nº 108 e nº 109 da Comissão Económica<br />
para a Europa das Nações Unidas, respectivamente.<br />
Em finais de 2005, apostou-se no alargamento<br />
da rede de retalho com a abertura de<br />
uma nova loja na Zona Industrial I da Maia.<br />
Em Fevereiro de 2006 foi concedida à<br />
Unidade de Valorização Energética a Licença de Exploração<br />
nº 2/2006/INR. Em Maio de 2006 a empresa<br />
adopta uma nova imagem corporativa, modernizando-a<br />
e tornando-a mais coerente com as suas orientações<br />
estratégicas.<br />
Tendo sido reconhecido o desempenho económico-financeiro<br />
do exercício de 2006 da empresa no âmbito<br />
do programa FINCRESCE, foi atribuído à Nortenha<br />
o estatuto Empresa PME Líder.<br />
Em mea<strong>dos</strong> de 2007, deu-se continuidade ao alargamento<br />
da rede de retalho com a abertura de uma nova<br />
loja na Zona Industrial do Porto, reforçando a cobertura<br />
da área metropolitana do Porto.<br />
Em 2008, a Nortenha dotou-se da capacidade de recauchutar<br />
os maiores pneus existentes no mercado,<br />
com a aquisição de um novo equipamento de tecnologia<br />
de ponta de grosagem de pneus, capaz de processar<br />
pneus até jante 63". No término do ano de 2008, a<br />
Unidade de Valorização Energética obteve o averbamento<br />
à sua Licença de Exploração, autorizando-a à<br />
valorização energética de novas tipologias de resíduos<br />
não perigosos: resíduos têxteis, resíduos de plástico,<br />
CDR de plásticos, têxteis e madeira e fluff de VFV.<br />
Em 2009, a rede de retalho foi expandida para a região<br />
do Vale do Ave, com a abertura da 10ª loja em<br />
Vila Nova de Famalicão, num ano em que obteve novamente<br />
o estatuto de PME Líder 2009.<br />
A Recauchutagem Nortenha, em todas as suas actividades,<br />
apresentou uma facturação em 2010<br />
que rondou os 16 milhões de euros, empregando<br />
na totalidade 200 funcionários.<br />
Retalho<br />
Actualmente a rede de retalho da Recauchutagem<br />
Nortenha está dividida por 10 estabelecimentos<br />
(Penafiel, Lousada, Paredes, Amarante, Paços<br />
de Ferreira, Lordelo, Alpendurada, Maia, Porto e Famalicão).<br />
A aposta mais recente passa por dotar os actuais<br />
postos de meios que permitam uniformizar os<br />
serviços rápi<strong>dos</strong>, algo que a Recauchutagem Nortenha<br />
faz em alguns deles.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 67
EMPRESA<br />
Recauchutagem Nortenha<br />
RECAUCHUTAGEM<br />
NORTENHA<br />
Sede: Rua Tenente Valadim - Apartado 27<br />
4564-909 PENAFIEL<br />
Administrador: António Gomes<br />
Res. Distribuição: Diamantino Pereira<br />
Telefone: 255 710 200<br />
Fax: 255 711 835<br />
E-mail: recnor@recnor.pt<br />
Internet: www.nortenha.pt<br />
Há mais de 40 anos que a<br />
Recauchutagem Nortenha se<br />
dedica também à distribuição<br />
de pneus. Trata-se de uma<br />
actividade que representa um<br />
volume de 60.000 pneus<br />
vendi<strong>dos</strong> por ano<br />
Mas existe outros objectivos, como nos explica António<br />
Gomes, Administrador da empresa: “Queremos<br />
ampliar, a curto prazo, a nossa rede de lojas com mais<br />
postos a norte em Guimarães e Braga. Também a sul é<br />
nosso objectivo abrir um novo posto em Lisboa”.<br />
A lógica de rede é por isso importante para a empresa,<br />
tendo como conceito ir ao encontro da satisfação<br />
do máximo de necessidades de serviços<br />
para além <strong>dos</strong> pneus. A prova disso é que<br />
“dotamos, nas lojas que nos foi fisicamente<br />
possível, de estação de serviço completa,<br />
como também passamos a utilizar equipamento<br />
de diagnóstico que nos permite efectuar<br />
pré-inspecção, para além de todas terem competência<br />
para efectuar serviços em toda a gama de viaturas:<br />
turismo, camião, agrícolas e engenharia.<br />
Continuamos a dar grande importância aos serviços<br />
rápi<strong>dos</strong> como substituição de amortecedores, calços<br />
de travão, manutenção ao ar condicionado e outros”,<br />
refere o mesmo responsável, mesmo reconhecendo<br />
que os pneus representam 90% da facturação do retalho.<br />
Se existem objectivos de melhorar a cobertura geográfica<br />
e de uniformizar os serviços presta<strong>dos</strong> pela<br />
rede, a Recauchutagem Nortenha quer também apostar<br />
na imagem <strong>dos</strong> postos e num incremento tecnológico,<br />
tendo para o efeito inaugurado recentemente o<br />
Neste momento, com uma carteira activa de<br />
aproximadamente 250 clientes, a distribuição na<br />
Recauchutagem Nortenha está a trilhar novos rumos<br />
centro de ensaio de tacógrafos digitais.<br />
Em 2010 a rede de retalho da Recauchutagem Nortenha<br />
vendeu mais de 83.000 pneus (20% vieram da<br />
actividade de recauchutagem), dando assistência a<br />
86.763 veículos.<br />
“Sem dúvida que a organização em rede é fundamental<br />
para o sucesso do negócio da Nortenha”, diz<br />
António Gomes, acrescentando que “para além de um<br />
melhor aproveitamento <strong>dos</strong> recursos comuns da organização,<br />
permite-nos estar próximo <strong>dos</strong> consumidores<br />
finais do nosso produto e serviços, bem como publicitar<br />
de forma directa e claro melhorar o nosso poder negocial<br />
tanto na compra, como na venda”.<br />
Os investimentos e as apostas que a Recauchutagem<br />
Nortenha tem para o retalho são já o sinónimo<br />
daquilo que os seus responsáveis pensam<br />
sobre a actividade. Contudo, António<br />
Gomes não deixa de referir que “estamos<br />
certos que este mercado tem cada vez mais<br />
de se fazer valer de multi serviços associa<strong>dos</strong><br />
às viaturas. O facto de o cliente não dispor de tempo<br />
faz com que procure lojas que lhe prestem num só<br />
local o máximo de serviços possíveis. A melhor forma<br />
de ilustrar esta realidade é a adequação que os concessionários<br />
estão hoje a fazer, também eles têm por objectivo<br />
comercializar pneus e to<strong>dos</strong> os serviços com<br />
eles relaciona<strong>dos</strong>”.<br />
68<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
LOJAS<br />
Em 1995 teve início um novo ciclo de investimentos fabris com a construção da Unidade Fabril de Urrô<br />
(UFU), consistindo numa Unidade de Recauchutagem e numa Unidade de Valorização Energética.<br />
Distribuição<br />
Há mais de 40 anos que a Recauchutagem Nortenha<br />
se dedica também à distribuição de pneus. Tratase<br />
de uma actividade que representa qualquer coisa<br />
como 60.000 pneus por ano em termos de vendas, dispondo<br />
a empresa de mais de 5.000 m2 de capacidade<br />
de armazenamento, dividi<strong>dos</strong> por um armazém principal<br />
em Penafiel e outros mais pequenos no Alentejo,<br />
Lisboa e Espanha.<br />
Com uma equipa comercial de 10 vendedores (no<br />
terreno), a distribuição utiliza meios próprios, com rotas<br />
diárias em Portugal e no norte de Espanha, mas<br />
para além disso possui também acor<strong>dos</strong> com operadores<br />
logísticos que também fazem entregas.<br />
A oferta de produto é muito vasta (ligeiro, mota,<br />
4X4, agrícolas, industriais, engenharia, etc), estando assente<br />
em todas as principais marcas (1ª linha), de<br />
modo a “dar ao cliente todas as hipóteses de escolher o<br />
produto e a marca que melhor se adequa às suas necessidades”,<br />
refere Diamantino Pereira, responsável por<br />
esta área na empresa. Num mercado tão concorrencial,<br />
com tantos operadores a operarem na área de distribuição,<br />
a Recauchutagem Nortenha não só recorre à<br />
sua experiência de quase 40 anos nesta área mas também<br />
a aposta claras em diversas áreas. “Os nossos pontos<br />
fortes são a maior disponibilidade de produtos, a<br />
recolha e distribuição em Portugal / Espanha (norte) e<br />
o facto de dispormos de um serviço técnico permanente<br />
com acompanhamento e aconselhamento ao<br />
cliente”, refere Diamantino Pereira.<br />
Neste momento com uma carteira activa de aproximadamente<br />
250 clientes, a distribuição na Recauchutagem<br />
Nortenha está a trilhar novos rumos. Para breve<br />
estará disponível a venda de pneus online, numa aposta<br />
clara na facilidade de consulta de stock por parte <strong>dos</strong><br />
clientes, mas também que os clientes encomendem<br />
fora das horas tradicionais.<br />
Para finalizar, Diamantino Pereira reconhece que o<br />
mercado português ao nível da distribuição pneus está<br />
“cada vez mais exigente e mais profissional”. m<br />
O retalho da empresa tem 10 estabelecimentos<br />
(Penafiel, Lousada, Paredes, Amarante, Paços de<br />
Ferreira, Lordelo, Alpendurada, Maia, Porto e<br />
Famalicão).<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 69
DOSSIER<br />
Chaves de impacto<br />
Ferramenta essencial<br />
Também conhecidas como aparafusadoras de rodas, as “chaves de impacto”<br />
são uma ferramenta essencial dentro de qualquer casa de pneus, existindo<br />
uma ampla oferta para qualquer tipo de necessidade.<br />
Qualquer oficina tem que possuir, entre os seus<br />
equipamentos, as tradicionais chaves de impacto.<br />
A aplicação deste tipo de equipamento<br />
normalmente está associado aos pneus, mas<br />
existem equipamentos destes que se destinam a muitas<br />
outras áreas de intervenção. O JORNAL DAS OFICI-<br />
NAS fez o levantamento de grande parte da oferta disponível<br />
em Portugal.<br />
ALTARODA<br />
H.N.S<br />
Telefone: 255 783 600<br />
A empresa de Paredes comercializa<br />
a chaves de impacto<br />
da marca H.N.S.. A H.N.S. é<br />
uma marca própria com preços<br />
extremamente competitivos<br />
que a AltaRoda trabalha em exclusivo.<br />
O equipamento é fabricado<br />
na Universal Tools no Japão, local onde se fabrica<br />
equipamento para as principais marcas Chicago<br />
Pneumatics e Ingerssoll Rand.<br />
Na H.N.S. estão disponíveis diversos modelos.<br />
A TI-5602 é uma chave de impacto para furgões, pequenos<br />
camiões e tractores, com sistema de impacto<br />
de dupla ranhura. Refere a H.N.S. que se trata da chave<br />
de impacto mais potente do mercado, com uma relação<br />
de peso de apenas 3,47 Kg, devido à sua carcaça<br />
em material compósito de grande resistência.<br />
Para trabalhar em espaços muito reduzi<strong>dos</strong> existe a<br />
H.N.S. “normal”, que possui um sistema de impacto<br />
de dupla massa, escape pelo punho (tornando-se mais<br />
silenciosa) sendo ainda construída em material compósito<br />
de grande resistência, apresentando um peso de<br />
apenas 1,20 Kg.<br />
Para camiões e autocarros a H.N.S. disponibiliza a<br />
2540S-8. Destaque neste equipamento para o punho<br />
auxiliar ajustável, o regulador de potência com três posições<br />
e o facto de ser ligeira e compacta em termos de<br />
construção.<br />
Por último uma referência para a H.N.S. Kit II<br />
5810P-6K uma chave de impacto de uma polegada<br />
para “camionistas” pois permite que a mesma seja conectada<br />
ao compressor do camião.<br />
BERNER<br />
Berner<br />
Telefone: 214 489 060<br />
A Berner dispõe de uma<br />
gama completa de soluções<br />
para oficinas de pneus. Para a<br />
manutenção, remoção ou<br />
colocação de pneus, desde<br />
consumíveis até máquinas específicas, podemos distinguir<br />
a gama de pistolas pneumáticas e a bateria.<br />
Na gama de pistolas pneumáticas existem duas opções<br />
com quadra de 1/2 polegada, a de 420/600 Nm e<br />
a de 680/900 Nm. Existem também duas opções de<br />
3/4” , a de 1100 Nm/1500 Nm e a de 1550/1900 Nm<br />
e ainda duas outras opções de 1 polegada, uma de ca-<br />
70<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
DOSSIER<br />
nhão curto de 1715/2450 Nm e outra de canhão longo<br />
com Torque idêntico.<br />
A chave de rodas a baterias Berner caracteriza-se<br />
pela sua mobilidade e está disponível com duas baterias<br />
e carregador. A opção ideal para quem quer trabalhar<br />
em todas as situações.<br />
Em complemento, to<strong>dos</strong> os acessórios necessários<br />
são também parte da linha de comercialização Berner,<br />
<strong>dos</strong> quais podemos destacar alguns, tais como: pesa-ar,<br />
tubo espiral, chaves de impacto e chaves de caixa.<br />
BOLAS, S.A.<br />
Metabo<br />
Telefone: 266 749 300<br />
Como especialista em soluções<br />
específicas para o sector<br />
auto, a Bolas, S.A. disponibiliza<br />
uma linha abrangente de chaves<br />
de impacto, fornecidas sob<br />
três marcas diferentes, cada<br />
uma com um posicionamento<br />
e uma oferta própria.<br />
Metabo – o reconhecido fabricante<br />
alemão de ferramentas eléctricas de elevada<br />
qualidade oferece uma linha de aparafusadoras de percussão<br />
sem fio com encabadouro quadrado exterior ou<br />
sextavado interior, ideais para aparafusar em série e<br />
para parafusos de grandes dimensões. Binário até 220<br />
Nm , pré-selector de rotação e binário com 3 níveis,<br />
motor compacto e potente e tecnologia de carga Air<br />
Cooled para um tempo de carga curto e vida útil prolongada.<br />
A gama é composta modelos SSW 18 LT, SSW 14.4<br />
LT, SSD 18 LT e SSD 14.4 LT.<br />
Está igualmente disponível o kit promocional Twin<br />
Pack composto por um berbequim-aparafusadora sem<br />
fio (BS 18 LTX) e uma aparafusadora de impacto sem<br />
fio (SSW 18 LTX) com um preço muito atractivo.<br />
Gedore – a marca alemã de ferramenta manual disponibiliza<br />
quer aparafusadoras de impacto sem fio de<br />
” quer pneumáticas nas versões de 1/2” e 3/4”.<br />
O modelo sem fio, com Led de iluminação da área<br />
de trabalho, é fornecido com conjunto de 3 chaves de<br />
impacto de 17, 19 e 21 mm, 2 baterias NiMh 19,2 V,<br />
2,0 Ah, carregador e estojo de transporte. Especialmente<br />
adequado para o sector automóvel, permite gerar um<br />
binário máx. de 330 Nm e 0 a 3.000 impactos / minuto,<br />
em função da rotação seleccionada (0 a 2.200 rpm)<br />
Pacole – uma linha de ferramentas pneumáticas económica,<br />
de fiabilidade comprovada, que inclui chaves<br />
de impacto pneumáticas, com encabadouro quadrado<br />
de 1/2”, 3/4” ou 1” e aperto de 260 a 1200 lbs.<br />
COMINGERSOLL<br />
Ingersoll Rand<br />
Telefone: 214 244 400<br />
A Comingersoll actua no<br />
mercado nacional, na área das<br />
ferramentas pneumáticas, representando<br />
a conceituada<br />
marca Ingersoll Rand.<br />
Há 76 anos que a IR aposta<br />
no fabrico destes equipamentos<br />
pautando-se por eleva<strong>dos</strong> padrões de rigor e qualidade.<br />
Na gama de Chaves de Impacto 1/2”, a Comingersoll<br />
disponibiliza os seguintes modelos:<br />
- 231GXP: 34-475 Nm binário de trabalho; Mecanismo<br />
de impacto duplo; twin-hammer; Regulador de<br />
potência de 5 posições;<br />
- 2135QTiMax: 68-746 Nm binário de trabalho; apenas<br />
1,84 kg e 187 mm; mecanismo de impacto duplo;<br />
twin-hammer; Construção em titânio-compósito;<br />
Inversor de marcha com uma mão; Regulador<br />
de potência de 4 posições.<br />
Na gama de Chaves de Impacto de 1’, destaque para<br />
os seguintes modelos:<br />
- 285B-6 (novidade): Eixo longo; punho traseiro;<br />
163-1464 Nm binário de trabalho; mecanismo de<br />
impacto Swinging-hammer; Optimizado para 8,3<br />
bar; regulador de potência de 3 posições;<br />
- 2190Ti-6: Eixo longo; punho ergonómico ‘tipo serra’;<br />
204-1627 Nm binário de trabalho; apenas 6,35<br />
kg (2190Ti); mecanismo de impacto duplo; twinhammer;<br />
corpo em titânio.<br />
COSTA&GARCIA<br />
Beta<br />
Telefone: 227 155 300<br />
Ao longo <strong>dos</strong> últimos<br />
anos a Beta Utensili<br />
desenvolveu uma linha<br />
de ferramentas<br />
pneumáticas que se revelou<br />
um caso de sucesso, destacando-se como uma<br />
importante referência na utilização profissional, apreciado<br />
particularmente pelo exigente mercado da indústria<br />
automobilística, devido à sua excelente relação<br />
preço / qualidade, fiabilidade, desempenho consistente,<br />
eficiente assistência pós-venda e diversidade de peças<br />
de reposição.<br />
PUB<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 71
DOSSIER<br />
Chaves de impacto<br />
Para destacar o seu desempenho, a Beta Utensili lançou<br />
uma ampla gama de chaves de impacto de uso<br />
profissional elaborada a partir de material compósito,<br />
equipadas com dispositivos de impulso de duplo martelo<br />
e com quadras de 3/8” , 1/2”, 3/4” e 1” polegada.<br />
Baseada nas características do corpo da ferramenta, as<br />
novas chaves de impacto são constituídas por uma mistura<br />
de Níquel e material compósito que permite aumentar<br />
a dimensão do rotor sem aumentar o seu tamanho.<br />
Os novos modelos são 1924CD, 1927CD<br />
1928CD, 1930 NCD E 1930 HCD, estas conferem o<br />
equilíbrio perfeito, apresentando menos 35% de peso do<br />
que as ferramentas convencionais e uma maior torção.<br />
As novas ferramentas pneumáticas de material compósito<br />
são uma excelente solução para os trabalhos<br />
exigentes onde as boas ferramentas fazem a diferença.<br />
DOMINGOS & MORGADO 2<br />
DWT<br />
Telefone: 229 618 910<br />
A Domingos & Morgado 2 -<br />
Equipamentos, Lda, disponibiliza,<br />
desde há algum tempo,<br />
uma completa gama de pistolas<br />
de impacto, da sua representada<br />
DWT Gmbh.<br />
Estas pistolas de impacto,<br />
respeitantes das duras normas<br />
de homologação alemãs, são um produto de alta qualidade<br />
e preço muito competitivo. De facto, desde<br />
busca pela leveza, eficiência e o menor impacto possível<br />
na saúde do utilizador, estas ferramentas são muito<br />
avançadas, tanto do ponto de vista técnico como ergonómico.<br />
Por isso, obtiveram a Certificação ERGO PLUS de<br />
nível E+, por excederem os requisitos defini<strong>dos</strong> pelas<br />
normas de Higiene no Trabalho e Segurança de Equipamentos,<br />
nomeadamente devido ao baixíssimo nível<br />
de vibrações transmitidas ao utilizador. Recorrendo a<br />
caixas em material compósito ou alumínio, silenciadores<br />
eficientes, duplo martelo e pega em material antivibrante,<br />
estas pistolas de impacto são produtos de elevada<br />
qualidade, que a Domingos & Morgado 2 Equipamentos,<br />
Lda consegue oferecer aos seus clientes<br />
com preços competitivos.<br />
FORCH<br />
Forch<br />
Telefone: +34 902 16 10 20<br />
O fabricante alemão de consumíveis,<br />
produtos e equipamentos,<br />
disponibiliza uma importante<br />
gama de chaves de impacto<br />
para todo o tipo de<br />
utilizações numa oficina ou<br />
casa de pneus.<br />
Um <strong>dos</strong> produtos mais vendi<strong>dos</strong><br />
é o 5350 2265, uma pistola<br />
1/2” profissional, que possui um mecanismo de impacto<br />
de dupla massa de alto rendimento. Possui um<br />
botão “pulsador” para inverter a rotação e regulador de<br />
potência com quatro posições. A saída de ar é feita pelo<br />
punho, que possui um desenho ergonómico, sendo<br />
que a carcaça é fabricada em material compósito de<br />
grande resistência, reforçado com fibra de vidro.<br />
Destaque também para o modelo 5350 5780 que<br />
possui um mecanismo de impacto de agulhas de alto<br />
rendimento e um comando selector giratório de quatro<br />
posições para regular o binário de aperto. Devido à<br />
distribuição de peso, com o punho ao centro, esta pistola<br />
possui um excelente equilíbrio.<br />
Saliente-se ainda o modelo 5350 2023, uma pistola<br />
de impacto 3/4” 1500 Nm, bem como o modelo 5350<br />
2426 (pistola de impacto 1” 2450 Nm), qualquer delas<br />
para trabalhar veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />
GONÇALTEM<br />
Vessel<br />
Telefone: 212 251 578<br />
A Gonçaltem disponibiliza<br />
para o mercado duas marcas de<br />
chaves de impacto.<br />
Como marca exclusiva a<br />
Gonçalteam trabalha a Vessel,<br />
disponibilizando também os equipamentos Ingerssol-<br />
Rand.<br />
A Vessel é uma marca desenvolvida e produzida no<br />
Japão reconhecida no mercado Internacional e doméstico<br />
pela sua alta qualidade e desempenho.<br />
Em termos e extensão de gama, na Vessel, a Gonçalteam<br />
tem privilegiado a gama de ligeiros com a inclusão<br />
única da máquina Vessel GT-1700BX<br />
Na Ingerssol-Rand a empresa coloca ao dispor <strong>dos</strong><br />
seus clientes máquinas de aperto de ligeiros pneumáticas,<br />
passando também pelas eléctricas / bateria e as de<br />
pesa<strong>dos</strong>, com o complemento <strong>dos</strong> restantes produtos<br />
para oficinas (esmeriladores, martelos de pancada; roquetes<br />
pneumáticos; berbequins e lixadoras).<br />
Uma das novidades do produto Vessel é a capacidade<br />
de aperto de 480Nm e desaperto de 540Nm, revestimento<br />
em bimatéria que permite o conforto da operação<br />
continuada e baixa vibração.<br />
INTERMACO<br />
Rodcraft<br />
Telefone: 234 520 110<br />
A Intermaco disponibiliza as<br />
ferramentas e material da marca<br />
alemã Rodcraft. Dentro da<br />
extensa gama de equipamentos<br />
desta marca, onde se inclui macacos,<br />
testes de pressão, ruquetes, esticadores, entre<br />
outros, existem uma completa gama de chaves de impacto.<br />
O destaque principal vai para o modelo 2277, recentemente<br />
apresentado, designado pela Rodcraft<br />
como “The Beast”. Trata-se de uma máquina de impacto<br />
agressiva muito potente, com 1250 Nm de binário<br />
máximo no desaperto. Está equipada com um corpo<br />
motor em compósito ultra leve o que lhe confere<br />
um peso de apenas 2,0 Kg. É muito fácil de manuesar,<br />
apresentado uma superfície perfilada no punho e um<br />
revestimento de borracha anti deslizante. Dispõe ainda<br />
de uma patilha de mudança de direcção e regulação<br />
na parte traseira da ferramenta.<br />
Para além deste modelo, a Rodcraft disponibiliza<br />
também outros modelos de chaves de impacto para<br />
todo o tipo de utilizações numa oficina com diferentes<br />
quadras, binários distintos, pesos, etc.<br />
JOÃO A. M. SANTOS, LDA.<br />
Kuken e Facom<br />
Telefone: 227418 090<br />
A empresa de Carvalhos (Grijó)<br />
comercializa a marca Kuken<br />
de chaves de impacto, disponibilizando<br />
modelos de 1/2" (KW<br />
18HP e KW 1600SPRO), 3/4"<br />
(KW2500Pro) e 1" (KW450H<br />
GL e KW3800PRO).<br />
A sua oferta contempla também os equipamentos<br />
da conceituada marca Facom. Neste caso a oferta contempla<br />
o catálogo de produtos Facom, com destaque<br />
para um modelo muito utilizado na área automóvel<br />
que é o NS.1800FPB, uma chave de impacto ”, com<br />
inversão “uma mão” e um regulador de potência de<br />
quatro posições (813 Nm de Torque).<br />
Para uma utilização intensiva a Facom disponibiliza<br />
o modelo NS.1010FPB, uma chave com martelos gemina<strong>dos</strong><br />
e com lubrifcação automática, com um binário<br />
de 610Nm e 1.200 impactos/minuto.<br />
LUSILECTRA<br />
Jonnesway<br />
Telefone: 226 198 750<br />
A Lusilectra é a representante<br />
para os merca<strong>dos</strong> Português,<br />
Espanhol e Angolano das ferramentas<br />
manuais e pneumáticas<br />
Jonnesway.<br />
A vasta gama de ferramentas Jonnesway inclui desde<br />
chaves de pequenas dimensões para aplicação na<br />
indústria eléctrica e electrónica e indústria de precisão,<br />
até chaves de grandes dimensões e eleva<strong>dos</strong> apertos<br />
para a indústria pesada.<br />
Para além disso, possui também uma gama variada<br />
do mesmo tipo de chaves para aplicação no sector automóvel,<br />
quer para máquinas industriais e veículos pesa<strong>dos</strong>,<br />
quer para veículos comerciais ligeiros e veículos<br />
ligeiros de passageiros.<br />
Assim, desta vasta gama de chaves de impacto, destacam-se<br />
diversos modelos. Para veículo ligeiros:<br />
JAI-0501K – Máquina de impacto de 1/2” com kit<br />
chaves (Mecanismo de 2 percutores; Quadra de 1/2”<br />
(12,7mm); Rotações em vazio: 7.000 rpm; Torque máximo:<br />
610Nm, Peso: 2,66kg);<br />
JAI-0924 – Máquina de impacto de 1/2” (Compósito;<br />
Mecanismo de 2 percutores; Quadra de 1/2”<br />
(12,7mm); Rotações em vazio: 8.500 rpm; Torque máximo:<br />
1.215Nm (desaperto) 1.148Nm (aperto); Peso:<br />
1,94kg)<br />
Veículos comerciais e veículos todo-o-terreno:<br />
JAI-0926 – Máquina de impacto de 3/4” (Compósito;<br />
Mecanismo de 2 percutores; Quadra de 3/4”<br />
(19mm); Rotações em vazio: 5.750 rpm; Torque máximo:<br />
1.626Nm; Peso: 3,15kg).<br />
JAI-6212K – Máquina de impacto de 3/4” com kit<br />
chaves (Mecanismo pin clutch; Quadra de 3/4”<br />
(19mm); Rotações em vazio: 4.800 rpm; Torque máximo:<br />
1.086Nm; Peso: 4,9kg).<br />
Veículos pesa<strong>dos</strong> e máquinas industriais:<br />
JAI-6276 – Máquina de impacto de 1” (Veio curto;<br />
Mecanismo de 2 percutores; Quadra de 1” (25,4mm);<br />
Rotações em vazio: 4.000 rpm; Torque máximo:<br />
2.439Nm; Peso: 10,6kg).<br />
JAI-6276L – Máquina de impacto de 1” (Veio longo;<br />
Mecanismo de 2 percutores; Quadra de 1”<br />
(25,4mm); Rotações em vazio: 4.000 rpm; Torque máximo:<br />
2.439Nm; Peso: 12,2kg).<br />
Como complemento à gama de chaves de impacto,<br />
a Jonnesway disponibiliza também ao sector automóvel<br />
diversos jogos de chaves de torque e impacto para<br />
aperto e desaperto rápido.<br />
MONTENEGRO,<br />
FERNANDES & Cª S.A.<br />
TengTools<br />
Telefone: 224 664 540<br />
A Montenegro, Fernandes<br />
& C S.A. através da sua<br />
representada Teng Tools<br />
lançou muito recentemente<br />
a sua gama de Roquetes e<br />
Chaves de Impacto.<br />
72<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
DOSSIER<br />
No que às chaves de impacto diz respeito a gama<br />
contempla para já duas ofertas distintas. Um <strong>dos</strong> modelos<br />
é o TA1221M, uma chave de impacto com uma<br />
quadra 1/2”, constituído por 21 peças. Possui encaixe<br />
para porcas M10-M18 e três etapas de troção de 400 a<br />
665 Nm. Este equipamento possui um peso de 2,6 kg<br />
e uma barra de extensão de 5”. O outro equipamento<br />
é o TA1221C, também com uma quadra de 1/2”, estando<br />
incluíndo num conjunto de 21 peças, sendo<br />
construído em material compósito.<br />
SARRAIPA<br />
Kuken<br />
Telefone: 244 819 060<br />
A empresa de Leiria<br />
tem na sua vasta gama<br />
de equipamentos as<br />
pistolas de impacto da<br />
Kuken.<br />
Um <strong>dos</strong> destaques<br />
desta marca vai para<br />
a tecnologia “N-Type<br />
Impact” que é um sistema inovador de embraiagem<br />
sem martelo.<br />
Com este sistema consegue-se obter um melhor desempenho<br />
da pistola de impacto e ser mais fácil de<br />
operar através da redução substancialmente as vibrações.<br />
É também uma pistola mais leve, com grande potência,<br />
muito fiável, mais silenciosa e com um reduzido<br />
consumo de ar.<br />
São diversos os modelos que dispõem desta tecnologia,<br />
que vão <strong>dos</strong> equiapmentos para veículos ligeiros<br />
até aos veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />
SNA EUROPE<br />
Bahco<br />
Telefone: 252 650 130<br />
A Bahco iniciou a sua<br />
produção de ferramentas<br />
pneumáticas em<br />
1950.<br />
Como marca pertencente<br />
ao grupo Snap-on<br />
e aproveitando todas as<br />
sinergias existentes no grupo, foi durante 2010 que relançou<br />
uma gama de sucesso com ferramentas leves,<br />
silenciosas e modernas.<br />
A gama de pistolas de impacto Bahco foi especialmente<br />
desenhada para os profissionais do sector automóvel<br />
<strong>dos</strong> serviços pós venda e manutenções industriais.<br />
Consiste numa gama de pistolas de impacto<br />
bem como outras ferramentas como aparafusadores,<br />
roquetes, lixadeiras, etc.<br />
As pistolas de impacto são a categoria mais importante<br />
dentro das ferramentas pneumáticas A gama<br />
Bahco hoje consiste em 6 diferentes modelos, desde a<br />
leve e poderosa BP816 de 3/8”, passando pela poderosa<br />
BP900L 1" de eixo longo para camiões, a mais vendida<br />
BP815 de 1/2” com 825 Nm e com baixo peso<br />
somente 1.95 kg.<br />
As chaves e acessórios de impacto da gama Bahco<br />
possui hoje a maior oferta no mercado com chaves,<br />
desde as standard 3/8", 1/2", 3/4", 1" curtas e longas<br />
até às não convencionais 1.1/2" e para camiões Volvo,<br />
Scania ou BPW.<br />
Igualmente nos acessórios a gama cresce com a<br />
oferta de cardans até 1.1/2"-1.1/2" ou adaptadores<br />
1.1/2"-2.1/2".<br />
TECNIVERCA<br />
M7<br />
Telefone: 219 584 273<br />
A M7 desenvolve, projecta<br />
e distribui ferramentas<br />
para maximizar a produtividade<br />
e melhorar o conforto <strong>dos</strong> operadores, através<br />
de equipamentos que ofereçam maior ergonomia ao<br />
utilizador, ferramentas e equipamentos confortáveis,<br />
leves e eficientes.<br />
Os equipamentos M7 são fiáveis e eficientes tornando<br />
fáceis as tarefas difíceis. O crescimento da M7 assenta<br />
na inovação e aposta na qualidade e durabilidade<br />
<strong>dos</strong> produtos. To<strong>dos</strong> os produtos e equipamentos são<br />
certifica<strong>dos</strong> ISO e CE.<br />
Para atender aos padrões internacionais de qualidade<br />
a M7 investe tempo e recursos no desenvolvimento<br />
de um completo controlo de qualidade, assegurando<br />
que to<strong>dos</strong> os produtos atinjam as maiores exigências e<br />
a total satisfação do cliente.<br />
Os equipamentos testa<strong>dos</strong> pela M7 incluem: Fadiga,<br />
testes digitais de torque, testes multi-funcionais, testes<br />
multi-functional, testes de eficiência, testes computoriza<strong>dos</strong>,<br />
run-out testers, digital measuring projectors, testes<br />
ambientais, testes de desbaste e polimento, testes de<br />
infra-vermelhos, testes de vibração e testes de ruído.<br />
A M7 adquiriu da KingTony muitos anos de experiência<br />
no desenvolvimento, fabrico, promoção e assistência<br />
de produtos e equipamentos para o mercado<br />
mundial Mighty Seven pertencente ao Grupo KingTony.<br />
A gama de produtos é por isso adequada a todo o<br />
tipo de necessidades do sector oficinal, destacando-se<br />
os modelos entrada de gama como o NC-4210, NC-<br />
4217, NC-4230 e NC-4216. m<br />
PUB<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 73
SERVIÇO<br />
Montar e equilibrar pneus<br />
Como proteger pessoas e equipamentos<br />
Muito já foi escrito sobre as vantagens de uma montagem correcta do pneu e da posterior<br />
operação de equilíbrio. Mas é igualmente importante garantir a segurança <strong>dos</strong> operadores<br />
durante os procedimentos de montagem e equilíbrio.<br />
Embora pareça que já não é possível evoluir mais,<br />
a verdade é que a margem de progresso nos procedimentos<br />
de segurança no trabalho com pneus<br />
ainda é enorme.<br />
Nos parágrafos seguintes, iremos referir dez maneiras<br />
de aumentar a segurança de operadores e equipamentos,<br />
dois factores com impacto directo na gestão e<br />
na rentabilidade do negócio.<br />
1 - VERIFICAR E AFINAR AS MÁQUINAS<br />
As máquinas de montar e equilibrar pneus devem<br />
estar protegidas por programas de verificações e operações<br />
de manutenção regulares, de forma a poderem<br />
dar o máximo rendimento em qualquer oportunidade.<br />
As empresas fornecedoras de equipamentos por<br />
vezes encarregam-se desses serviços, o que poderá ter<br />
vantagem para o negócio. De qualquer modo, os operadores<br />
que trabalham com as máquinas devem ter<br />
acesso a formação que permita saber como verificar,<br />
afinar e efectuar a correcta manutenção das máquinas<br />
com as quais estão em permanente contacto, a fim de<br />
poderem detectar anomalias em fase inicial e de poderem<br />
evitar avarias e riscos para si próprios.<br />
É da máxima importância que não surjam problemas<br />
e surpresas durante a montagem do pneu, não só<br />
para evitar danos no pneu, como para prevenir perdas<br />
de tempo e demoras para o condutor do carro. No<br />
caso de haver etiquetas com instruções de uso e avisos<br />
de segurança na própria máquina, estas devem estar<br />
bem limpas e perfeitamente visíveis.<br />
Por outro lado, os operadores não devem tentar forçar<br />
as máquinas a darem mais do que as suas características<br />
permitem, porque o funcionamento <strong>dos</strong> equipamentos<br />
e os seus ritmos estão estuda<strong>dos</strong> para garantirem<br />
a segurança e evitarem danos.<br />
2 - USAR EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO<br />
Os operadores devem usar os elementos de protecção<br />
pessoal recomenda<strong>dos</strong> legalmente, como é o caso<br />
de óculos de segurança, fatos de trabalho adequa<strong>dos</strong> e<br />
calçado com biqueira de aço, assim como luvas profissionais<br />
e capacete de protecção sempre que for aconselhável.<br />
O argumento de que os equipamentos de protecção<br />
pessoal prejudicam o rendimento do trabalho é totalmente<br />
despropositado, porque os poucos minutos<br />
que um trabalhador pode ganhar por dia ao trabalhar<br />
"livre", podem transformar-se facilmente em meses de<br />
baixa médica, com to<strong>dos</strong> os inconvenientes e prejuízos<br />
daí resultantes. Ninguém sabe quando um pneu<br />
vai rebentar, cair ou sair disparado de uma máquina<br />
em movimento. Além disso, os operadores não devem<br />
ter objectos pendentes da roupa, nem estar com esta<br />
desapertada, a fim de reduzirem o risco de serem “puxa<strong>dos</strong>"<br />
pelas máquinas.<br />
Além do mais, a utilização de material de protecção<br />
pessoal é um <strong>dos</strong> critérios incontornáveis de certificação<br />
de qualidade e da imagem de eficiência e qualificação,<br />
que as empresas de hoje devem procurar em qualquer<br />
situação.<br />
74<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
SERVIÇO<br />
Os operadores que trabalham<br />
com as máquinas devem ter<br />
acesso a formação que permita<br />
saber como verificar, afinar e<br />
efectuar a correcta manutenção<br />
<strong>dos</strong> equipamentos.<br />
3 - JANTES E PNEUS COMPATÍVEIS<br />
Antes de montar o pneu, é indispensável confirmar as<br />
dimensões do pneu e da respectiva jante, para o caso de<br />
ter ocorrido algum lapso ou engano. Este procedimento<br />
de trabalho deve ser uma regra inviolável da empresa,<br />
porque falhas deste tipo podem provocar acidentes de<br />
maior ou menor gravidade, dependendo das circunstâncias.<br />
Um pneu menor do que a jante entra facilmente<br />
nesta, mas pode provocar um rebentamento de consequências<br />
imprevisíveis, ao encher o pneu após a montagem.<br />
Por outro lado, o pessoal de armazém deve ter formação<br />
para interpretar rigorosamente os símbolos do<br />
pneu, designadamente as medidas e os códigos de velocidade<br />
e carga. Nenhuma empresa de pneus quer receber<br />
um pedido de indemnização, porque um pneu mal<br />
escolhido provocou um acidente rodoviário.<br />
4 - JANTES VISTAS À LUPA<br />
Ao desmontar e montar pneus, as jantes devem ser<br />
rigorosamente inspeccionadas, porque há muitos defeitos<br />
graves que passam despercebi<strong>dos</strong> a uma rápida<br />
mera inspecção visual. Entre estes, estão as deformações<br />
imperceptíveis visualmente, a oxidação em pontos<br />
menos visíveis e as fendas ou rachadelas.<br />
Em certos casos, os operadores podem cair na tentação<br />
de dar pressão excessiva (acima de 40 psi) a um<br />
pneu que não assenta à primeira vez numa jante defeituosa,<br />
podendo provocar um acidente.<br />
É um procedimento básico de segurança reparar ou<br />
substituir todas as jantes com danos ou anomalias,<br />
sendo além disso um factor adicional de facturação<br />
para o negócio e um serviço de valor acrescentado para<br />
o cliente.<br />
5 - POSICIONAMENTO CORPORAL<br />
As mãos e os de<strong>dos</strong> devem manter-se afasta<strong>dos</strong> do<br />
pneu e da jante, durante a montagem, especialmente<br />
da zona entre o talão do pneu e a jante. Qualquer movimento<br />
inoportuno, como uma escorregadela e/ou<br />
desequilíbrio, pode provocar um acidente grave. Além<br />
disso, ao encher o pneu para provocar o seu assentamento<br />
na jante, qualquer parte do corpo do operador<br />
deve estar afastada do pneu e da jante, especialmente a<br />
cabeça e as mãos. Há equipamentos que possuem protecções,<br />
atrás das quais os operadores se podem recolher,<br />
durante o processo de enchimento <strong>dos</strong> pneus.<br />
6 - DESMONTAR SÓ PNEUS SEM AR<br />
É um procedimento normal desmontar o interior<br />
da válvula, antes de proceder à desmontagem do<br />
pneu. Isso no entanto não é suficiente, porque pode<br />
haver um defeito no corpo da válvula ou uma obstrução<br />
desta por impurezas, que impeçam a saída total do<br />
ar. Ao aliviar os talões com pressão dentro <strong>dos</strong> pneus,<br />
a máquina sofre esforços suplementares, podendo a<br />
restante pressão ainda ser suficiente para fazer saltar o<br />
pneu, com os riscos que isso implica. Também não<br />
convém fumar ou foguear ao desmontar pneus, porque<br />
muitas vezes há gases inflamáveis no seu interior,<br />
que podem explodir.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 75
SERVIÇO<br />
Montar e equilibrar pneus<br />
Ao desmontar e montar pneus, as jantes<br />
devem ser rigorosamente inspeccionadas,<br />
porque há muitos defeitos graves que<br />
passam despercebi<strong>dos</strong> a uma rápida mera<br />
inspecção visual.<br />
As mãos e os de<strong>dos</strong> devem<br />
manter-se afasta<strong>dos</strong> do<br />
pneu e da jante, durante a<br />
montagem, especialmente<br />
da zona entre o talão do<br />
pneu e a jante.<br />
7 - NUNCA FORÇAR A MONTAGEM<br />
Se o talão do pneu não vai ao sítio que lhe pertence,<br />
há alguma coisa que não está bem. Este é o princípio<br />
do qual devemos sempre partir.<br />
A solução correcta consiste em esvaziar novamente<br />
o pneu, verificar outra vez o pneu e a jante ao milímetro,<br />
lubrificar os dois talões mais uma vez, para tentar<br />
uma nova montagem.<br />
Se ainda assim o pneu resistir à montagem, o passo<br />
seguinte é contactar o fabricante do pneu e possivelmente<br />
a marca do veículo.<br />
Há sempre uma falha possível no controlo de qualidade<br />
e outro pneu da mesma medida pode ser montado<br />
com a maior das facilidades, como é normal.<br />
8 - NUNCA TIRAR A PROTECÇÃO DA RODA<br />
Todas as máquinas de equilibrar rodas actuais possuem<br />
uma protecção em material plástico resistente,<br />
que evita que o pneu (roda) possa sair disparado, em<br />
caso de alguma avaria inesperada.<br />
Além disso, a referida protecção evita que a deslocação<br />
do ar da roda ao girar faça voar papéis e outros objectos<br />
leves.<br />
Além dessa precaução, é conveniente comprar máquinas<br />
com função automática de aperto da roda ou<br />
sensores de aperto, que evitam que a roda seja lançada,<br />
caso não esteja correctamente apertada.<br />
9 - MONTAR PESOS CERTOS E FIXAR BEM<br />
Em termos de segurança, é fundamental que os pesos<br />
de equilibrar rodas sejam aplica<strong>dos</strong> com o peso<br />
correcto exacto e fiquem bem fixos na roda.<br />
Se isso não acontecer, porque o trabalho está a ser<br />
efectuado à pressa (erro...) ou com falta de atenção<br />
(outro erro…), o operador pode ser atingido pelos pesos<br />
e ficar ferido.<br />
Não se recomenda o uso de pesos usa<strong>dos</strong>, porque<br />
há a possibilidade da respectiva fixação não estar a<br />
100%, nem de materiais que não estejam homologa<strong>dos</strong><br />
por lei, pois dão erros na pesagem.<br />
10 - MANTER O RITMO<br />
A oficina deve ter o serviço planificado de modo a<br />
que cada operação seja efectuada no tempo devido e<br />
com total segurança.<br />
Ao tentarem "recuperar" atrasos, os operadores podem<br />
ser leva<strong>dos</strong> a saltar etapas do trabalho e a falhar<br />
procedimentos de segurança, para tentarem economizar<br />
tempo. Apesar disso, os lucros em termos de tempo<br />
são mínimos e os riscos atingem pontos máximos,<br />
que às vezes provocam acidentes pessoais e danos no<br />
equipamento. Mais vale atender 5 clientes com toda a<br />
segurança do que 6 fora do controlo. É mais rentável e<br />
prolonga a vida e saúde das pessoas.<br />
Proteger e rentabilizar investimentos<br />
Quanto mais actualiza<strong>dos</strong> são os equipamentos de<br />
montar pneus e equilibrar rodas, mais produtividade,<br />
segurança e rentabilidade proporcionam, mas têm que<br />
ser rigorosamente manti<strong>dos</strong> na máxima perfeição, porque<br />
é a única forma de os rentabilizar.<br />
76<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
SERVIÇO<br />
• A mesa superior da máquina de montar pneus, os<br />
grampos de fixação e todas as superfícies de trabalho<br />
devem ser limpas com solvente em spray, pelo menos<br />
mensalmente.<br />
• O estado <strong>dos</strong> grampos de fixação deve ser verificado<br />
cuida<strong>dos</strong>amente, a fim de detectar dentes gastos ou<br />
parti<strong>dos</strong>.<br />
• O manómetro da pressão de pneus deve ser verificado<br />
to<strong>dos</strong> os dias e aferido uma vez por mês. Os manómetros<br />
podem ser afina<strong>dos</strong>, pelo que não há razão<br />
para estarem desafina<strong>dos</strong>.<br />
• Semanalmente, é necessário verificar o limitador de<br />
pressão e o nível de óleo da máquina.<br />
• Antes de começar a trabalhar, verificar diariamente<br />
se to<strong>dos</strong> os sistemas da máquina estão perfeitamente<br />
operacionais.<br />
• As máquinas de equilibrar rodas têm menos componentes<br />
móveis e são mais simples de verificar, mas<br />
necessitam igualmente de alguns cuida<strong>dos</strong>.<br />
• O ecrã da máquina deve estar bem limpo e visível. A<br />
sua limpeza pode ser efectuada com um pano sintético<br />
e um pouco de detergente líquido suave.<br />
• Os cones e adaptadores de rodas devem também estar<br />
limpos.<br />
Todas as máquinas de equilibrar rodas actuais possuem uma protecção em material plástico resistente,<br />
que evita que o pneu (roda) possa sair disparado, em caso de alguma avaria inesperada<br />
Eis aqui alguns pontos importantes da sua manutenção,<br />
revela<strong>dos</strong> por um fabricante destes equipamentos:<br />
• To<strong>dos</strong> os braços e ferramentas da máquina de montar<br />
pneus, assim como to<strong>dos</strong> os pontos em que existe<br />
contacto de metal com metal ou articulações, devem<br />
ser bem limpos com um spray de solvente regularmente<br />
e lubrifica<strong>dos</strong> de seguida com massa<br />
consistente de chassis.<br />
Uma boa máquina de montar pneus pode ter uma<br />
vida útil de cinco anos, mesmo numa oficina com altos<br />
volumes diários de serviço, desde que seja cuidada<br />
e operada adequadamente.<br />
As máquinas de equilibrar rodas, por seu turno, podem<br />
durar cerca de sete anos, nas mesmas condições<br />
de manutenção ideais.<br />
No entanto, as empresas com menos serviço prolongam<br />
a vida útil das máquinas, atingindo sete anos<br />
nas montadoras e dez anos nas máquinas de equilibrar.<br />
De qualquer modo, é preferível trocar as máquinas<br />
a partir do momento em que deixam de ter condições<br />
de segurança total, pois os riscos que provocam ultrapassam<br />
largamente a economia que pode ser conseguida<br />
ao conservá-las. Além disso, os custos e manutenção<br />
podem tornar-se mais eleva<strong>dos</strong> nesse período. m<br />
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REVISTA<br />
DOS PNEUS 77
MERCADO<br />
Q&F<br />
Pirelli<br />
A Q&F representa a marca Pirelli, famosa pelo seu<br />
longo historial no mundo da competição automóvel,<br />
dispondo de produto tanto para provas de velocidade<br />
como para ralis ou todo-o-terreno.<br />
Para ralis de terra a oferta está compreendida entre<br />
a medidas 165 R14” a 225 R15”, com cinco misturas<br />
diferente e três tipos de pisos. Para ralis de asfalto a<br />
Q&F disponibiliza pneus 160 R14” a 235 R18”, com<br />
sete misturas diferentes e quatro tipos de piso.<br />
No todo-o-terreno a oferta é unicamente na medida<br />
235 R16”, mas com três tipos de misturas e 3 tipos<br />
de piso.<br />
Uma referência para os pneus para circuito (velocidade)<br />
nas medidas 160 R13” a 295 R19”, com<br />
nove misturas distintas e dois tipos de piso.<br />
Transit Trophy, Open de Ralis, Campeonato de<br />
Portugal de Ralis, Desafio Modelstand (Troféu Peugeot<br />
206), Campeonato <strong>dos</strong> Açores de Rali, Campeonato<br />
da Madeira, entre outros campeonatos regionais<br />
de ralis são as competições onde a Q&F tem<br />
estado presente com os pneus Pirelli.<br />
De momento a Q&F é fornecedora exclusiva para<br />
o jovem troféu Transit Trophy que tem dado imenso<br />
que falar. Um troféu extremamente exigente para<br />
os pneus devido ao elevado peso das carrinhas em<br />
questão, onde a Pirelli desde cedo apresentou ser a<br />
escolha acertada para este desafio.<br />
Um outro troféu com imensa visibilidade é o Desafio<br />
Modelstand, que este ano contará com cerca<br />
de 20 participantes. Um troféu extremamente competitivo<br />
e cativante onde a Q&F estará presente com<br />
a Pirelli.<br />
Nesta fase a Q&F tem alguns projectos em negociações,<br />
contudo, já se pode avançar que a Pirelli será<br />
o fornecedor oficial para a Citroen (no Challenge de<br />
Ralis com os C2 R2 Max e DS3 R3T) até 2013.<br />
A Q&F faz toda a cobertura, com camião e assistência,<br />
nos campeonatos/troféus que fornece de forma<br />
exclusiva. Nos restantes onde não seja possível<br />
estar presente, fornece directamente as equipas, com<br />
respectiva informação, antes das provas em questão.<br />
“O mercado de competição automóvel é de extrema<br />
importância para a Q&F. Possuímos interesse em<br />
aumentar de forma significativa o leque de oferta<br />
para os nossos clientes, com a disponibilização de<br />
produtos de elevada qualidade e reputação incontestável.<br />
Assim, representar uma marca como a Pirelli seria<br />
sem sombra de dúvida, a escolha óbvia para ocupar<br />
este lugar. A sua qualidade desde cedo se mostrou,<br />
com excelentes resulta<strong>dos</strong> logo no primeiro<br />
ano. Actualmente e com alguma maturidade no mercado<br />
português, esta marca possui já uma fatia considerável<br />
no volume de vendas da empresa”, refere Rui<br />
Sousa, responsável da Q&F para a competição. m<br />
RECAUCHUTAGEM 31<br />
Fedima<br />
A Recauchutagem 31 desenvove na sua fábrica<br />
em Alcobaça os pneus de competição da marca Fedima.<br />
Nesta marca de pneus recauchuta<strong>dos</strong>, estão disponíveis<br />
pneus para todo-o-terreno nas seguintes referências:<br />
Partner, F/Guide, F/A2 e Maxi-Grip, nas<br />
jantes 15’ e 16’. Para Trial a oferta é complementada<br />
pelos modelos Sirocco, Trial Adé, F/Cross, nas jantes<br />
15’ e 16’. Para as competições de Autocross, Ralicross<br />
e Ralis existem os pneus F4, F/KX, F/M7e<br />
F/OR, nas jantes 13’, 14’, 15’ e 16’, sendo que o<br />
pneus de asfalto (Tarmac) são os modelos F/N(seco)<br />
e F/T(molhado) nas jantes 13’, 14’, 15’, 16’ E 17’. Na<br />
categoria de Super Trucks a Recauchutagem 31 disponibiliza<br />
os F/Racing e F/Truck, nas jantes 22.5’.<br />
Muito presente nos TT e nos ralis em Portugal, os<br />
pneus Fedima, segundo a empresa, são utiliza<strong>dos</strong><br />
em geral em to<strong>dos</strong> os campeonatos e troféus onde<br />
não haja obrigatoriedade de utilização de outra marca,<br />
e para os quais tenham produtos apropria<strong>dos</strong>.<br />
Não sendo fornecedor exclusivo de qualquer<br />
competição, a Recauchutagem 31 apoiou oficialmente<br />
o piloto Nuno Matos, Campeão Mundial da<br />
Taça FIA de Bajas em T2, 2010.<br />
Em termos de canais de distribuição <strong>dos</strong> pneus<br />
Fedima, a Recauchutagem 31 vende os seus produtos<br />
através de preparadores, lojas online, lojas e espaços<br />
comerciais especialistas em componentes relaciona<strong>dos</strong><br />
com competição nos vários segmentos,<br />
TT e Asfalto, e postos de assistência de pneus.<br />
Para a Recachutagem 31 a presença na competição<br />
funciona como “a projecção de marca, qualidade, segurança<br />
e laboratório permanente de produto. Cumprir<br />
com as expectativas do utilizador na competição<br />
repercute-se em know-how e mais-valia na concepção<br />
de um produto para o dia-a-dia que é também o<br />
nosso mercado”, refere Joana Marques, do departamento<br />
de Marketing da Recauchutagem 31. m<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 79
MERCADO<br />
<strong>Pneus</strong> competição automóvel<br />
RECAUCHUTAGEM NORTENHA<br />
Nortenha<br />
Para além <strong>dos</strong> pneus novos da BF Goodrich e da<br />
Avon, a Recauchutagem Nortenha disponibiliza para<br />
competição os pneus de marca própria Nortenha.<br />
A gama de pneus de competição é composta por<br />
pneus recauchuta<strong>dos</strong> para asfalto e para pisos de terra<br />
na seguintes referências: 165/70R13 terra; 165/65R13<br />
asfalto; 165/65R14 terra; 175/70R14 terra;<br />
185/65R15 terra; 195/50R15 asfalto.<br />
De forma exclusiva os pneus Nortenha equipam<br />
to<strong>dos</strong> os carros do Desafio Único FEUP, que faz correr<br />
os Fiat Uno e Punto nas pistas, como o Troféu<br />
Fiat(e) em Nós e Acelera, uma competição monomarca<br />
de ralis que utiliza os Fiat Uno e ainda o Troféu<br />
Fastbravo, uma competição monomarca onde diversos<br />
piloto competem nas provas do Open de Ralis<br />
ao volante <strong>dos</strong> antigos Seat Marbella.<br />
Os pneus Nortenha são comercializa<strong>dos</strong> na rede<br />
própria da Recauchutagem Nortenha como também<br />
através da sua rede de revendedores.<br />
A presença da Recauchutagem Nortenha na competição,<br />
com os pneus Nortenha, ajuda, na opinião<br />
de António Gomes, administrador da empresa “a<br />
desmistificar a falta de qualidade que ainda está muito<br />
associada aos recauchuta<strong>dos</strong>, testar que mesmo sujeitos<br />
a condições extremas de exigência têm resposta<br />
muito positiva, mas também corresponder às necessidades<br />
desse tipo de mercado onde sempre tivemos<br />
tradição de estar presentes”. m<br />
SPO<br />
SOCIDADE DE PNEUS<br />
DO ORIENTE<br />
Kumho<br />
A SPO tem a responsabilidade de comercializar<br />
em Portugal to<strong>dos</strong> os pneus Kumho, inclusivamente<br />
os de competição.<br />
A gama de pneus de competição da Kumho, para<br />
o mercado português, é exclusivamente dedicada às<br />
provas de ralis, apesar de a Kumho Motorsport ter<br />
também pneus para provas de velocidade.<br />
A lista de medidas, tipo de pisos e composto de<br />
borracha é extensa. Basicamente existem 7 compostos<br />
de borracha (K09 o mais duro até ao K10 que é<br />
super macio), dividi<strong>dos</strong> por 7 tipos de pisos e dimensões<br />
para todas as necessidades.<br />
Em Portugal os pneus Kumho utilizam-se oficialmente<br />
no Campeonato Portugal de Ralis, Campeonato<br />
Portugal de Ralis 2L/2RM, Campeonato Open<br />
de Ralis e nos diversos Campeonatos Regionais de<br />
Ralis.<br />
Em 2010 a Kumho apoiou diversos equipas, situação<br />
que em <strong>2011</strong> se irá manter, com destaque<br />
para o Team Rodinunes e o Team BP Ultimate<br />
Kumho Tyres.<br />
Os pneus Kumho podem ser adquiri<strong>dos</strong> directamente<br />
ao importador, ou então através de diversos<br />
retalhistas de pneus que se especializaram neste tipo<br />
de oferta (Auto Pamplona, Roady Portimão, a Nova<br />
Vulcanizadora de J. M. Lamúria, Lda, entre outros).<br />
“A comercialização <strong>dos</strong> nossos pneus de competição<br />
no mercado nacional pretende contribuir para a<br />
projecção e incremento da notoriedade da marca<br />
Kumho Tyres em Portugal, facto que já acontece em<br />
toda a Europa”, diz Humberto Matos, responsável<br />
máximo da marca em Portugal. m<br />
80<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
MERCADO<br />
SPORT PNEUS<br />
Michelin, BF Goodrich<br />
A Sport <strong>Pneus</strong> é distribuidora oficial, para todo o<br />
país, <strong>dos</strong> pneus de competição Michelin e BF Goodrich.<br />
A gama de competição de pneus Michelin destina-se<br />
para provas de asfalto de velocidade, enquanto<br />
na marca BF Goodrich estão disponíveis os pneus<br />
para ralis (asfalto e terra) e os pneus para Todo-o-<br />
Terreno.<br />
Por isso os pneus destas duas marcas são usa<strong>dos</strong><br />
de uma maneira geral em todas as competições automóvel<br />
que se realizam no nosso país, nas suas várias<br />
vertentes, tais como velocidade, ralis, ralicross, autocross,<br />
rampas e todo-o-terreno.<br />
“De uma maneira geral os pneus são comercializa<strong>dos</strong><br />
pela Sport <strong>Pneus</strong> junto <strong>dos</strong> pilotos e por outras<br />
casas da especialidade, nossas clientes em todo o<br />
país”, refere João Magalhães, responsável da Sport<br />
<strong>Pneus</strong>, adiantando que “o trabalho desenvolvido<br />
pela nossa empresa, na comercialização de pneus de<br />
competição tem sido feito com muito empenho, dedicação<br />
e profissionalismo, ao longo destes 32 anos”.<br />
Ao longo destes anos a Sport <strong>Pneus</strong> tem contribuído<br />
para que diversos pilotos e marcas conseguissem<br />
inúmeras vitórias nos mais diversos campeonatos.<br />
“O termos sido nomea<strong>dos</strong> distribuidores exclusivos,<br />
para todo o país, de toda a gama de competição, por<br />
um <strong>dos</strong> maiores fabricantes mundiais de pneus, o<br />
Grupo Michelin, foi para nós um grande orgulho,<br />
pois vimos assim o reconhecimento do nosso trabalho”<br />
afirma o mesmo responsável.<br />
Para concluir, João Magalhães refere ainda que “a<br />
experiência acumulada na competição tem sido também<br />
muito importante no aconselhamento <strong>dos</strong> nossos<br />
clientes no dia-a-dia”. m<br />
YOKOHAMA IBÉRIA, S.A<br />
Yokohama<br />
Uma das preocupações da Yokohama é poder<br />
corresponder com aquilo que o cliente de competição<br />
procura em pneus. No caso das provas de asfalto<br />
a Yokohama tem pneus para piso frio, médio e<br />
quente para jantes de 12 a 18 polegadas.<br />
Durante o ano de 2010, a Yokohama foi fornecedora<br />
oficial de pneus para o WTCC (World Touring<br />
Car Championchip) e para a Supercopa Seat<br />
Leon (qualquer deles esteve presente em Portugal<br />
em 2010). Quer no WTCC quer na Supercopa utilizaram-se<br />
os pneus A005 (seco) e A006 (molhado).<br />
A distribuição <strong>dos</strong> pneus de competição Yokohama<br />
é feita em Portugal através <strong>dos</strong> retalhistas clientes<br />
da marca.<br />
“Os pneus da Yokohama para competição têm<br />
uma grande aceitação por parte <strong>dos</strong> profissionais<br />
que reconhecem a elevada qualidade <strong>dos</strong> mesmos”,<br />
diz Elena Estévez, Marketing Assistent da Yokohama<br />
Ibéria.<br />
Para a Yokohama a competição também serviu<br />
não só para desenvolver pneus de elevado rendimento<br />
mas também desenvolver produtos ecologicamente<br />
evoluí<strong>dos</strong>. A prova disso, diz Elena Estévez,<br />
“é que em 2010, os pneus usa<strong>dos</strong> no WTCC<br />
são na realidade eco-pneus que permitem preservar<br />
o meio ambiente. Este pneus não reduzem a prestação<br />
<strong>dos</strong> mesmos em competição, tendo sido elabora<strong>dos</strong><br />
com uma mistura de borracha e óleos à base<br />
de produtos naturais, como é o óleo Laranja. Este<br />
produto actua sobre a borracha tornando-a mais flexível,<br />
melhorando a tracção ao asfalto”.<br />
Refira-se que esta tecnologia não está só disponível<br />
na competição, tendo a Yohoama usado a mesma<br />
na sua gama de pneus de turismo. m<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 81