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<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> & Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />
Nº 4 • JANEIRO <strong>2009</strong> • ANO II • 5 EUROS<br />
ENTREVISTA<br />
JOSÉ SARAIVA<br />
Responsável em Portugal da Trelleborg<br />
MÁQUINAS DE ALINHAR DIRECÇÕES<br />
INVESTIMENTOS<br />
SEGUROS<br />
CONHECER<br />
SISTEMAS DE CONTROLO<br />
DE PRESSÃO DE PNEUS<br />
TÉCNICA<br />
DESGASTE DOS PNEUS<br />
ENTREVISTAS EMPRESAS ACTUALIDADE<br />
Rui Silva<br />
Director-Geral da Eurotyre Portugal<br />
Bruno de Carvalho<br />
Director Marketing da Rubber Vulk<br />
Bandague<br />
Star Aliance<br />
José Aniceto e Irmão<br />
CGS Tyres<br />
Telefone: 707 200 946 Fax: 707 200 945<br />
Mercado de pneus em análise<br />
REPORTAGEM<br />
Corcet Delegação Sul; Pneumobil<br />
Quinta da Boavista - Rua Chão de Conde - 3060-852 Cantanhede - Portugal
SUMÁRIO<br />
EDITORIAL<br />
BONS<br />
exemplos<br />
Perante o crescimento das dificuldades<br />
e problemas que<br />
afectam o bom funcionamento<br />
do sector <strong>dos</strong> pneumáticos em Portugal,<br />
é altura <strong>dos</strong> operadores unirem esforços<br />
e darem as mãos para a defesa<br />
<strong>dos</strong> seus interesses. Embora sabendo<br />
que cada mercado tem as suas particularidades<br />
e diferentes mo<strong>dos</strong> de funcionamento,<br />
é sempre interessante analisar<br />
as acções realizadas noutros países,<br />
para aproveitarmos o melhor da<br />
experiência vivida e <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong>.<br />
Da vizinha Espanha, chegou-nos recentemente<br />
notícia de um bom exemplo<br />
a seguir pelos fabricantes e distribuidores<br />
de pneus nacionais. Trata-se<br />
da criação de uma Comissão Permanente<br />
de Fabricantes de <strong>Pneus</strong>, que integra<br />
as empresas Bridgestone Espania,<br />
Continental Tires España, Goodyear<br />
Dunlop Tires España, Michelin<br />
España Portugal e Pirelli Neumáticos.<br />
A referida Comissão tem como principal<br />
objectivo manter a comunicação<br />
permanente com os seus diferentes interlocutores,<br />
a fim de identificar as evoluções<br />
com impacto no sector <strong>dos</strong><br />
pneus e actuar em conformidade. Além<br />
disso, a comunicação estender-se-á à<br />
própria Administração Pública, organizações<br />
diversas, media e à sociedade<br />
em geral, a fim de favorecer a tomada<br />
de decisões úteis em matérias relacionadas<br />
com o pneu (fabrico, comercialização,<br />
utilização e reciclagem em fim<br />
de vida). Outro <strong>dos</strong> objectivos da Comissão<br />
Permanente <strong>dos</strong> Fabricantes de<br />
<strong>Pneus</strong> é a realização de acções conjuntas<br />
coordenadas de interesse para o<br />
sector, de forma a obter os melhores<br />
resulta<strong>dos</strong>. Neste sentido foi lançada<br />
no final de 2008, uma Campanha a promover<br />
a utilização de pneus de Inverno.<br />
A campanha visa informar correctamente<br />
os condutores das vantagens<br />
<strong>dos</strong> chama<strong>dos</strong> pneus de Inverno, que<br />
são desenvolvi<strong>dos</strong> para responder a um<br />
conjunto de situações típicas: baixas<br />
temperaturas, humidade do solo, chuva,<br />
neve, gelo, etc..<br />
São acções simples mas efectivas<br />
como estas que fazem toda a diferença.<br />
Porque não adianta ficar à espera da<br />
vinda de uma entidade reguladora e fiscalizadora<br />
que venha pôr ordem no sector,<br />
nem confiar que o cliente vai continuar<br />
a levar o seu carro à oficina para<br />
trocar de pneus. É preciso ser proactivo<br />
e comunicar com o mercado. Acções<br />
pontuais levadas a cabo pelas marcas<br />
são importantes, mas os objectivos acabam<br />
por ficar limita<strong>dos</strong> ao universo <strong>dos</strong><br />
seus clientes. O sector para crescer tem<br />
de pensar e agir em conjunto, e a altura<br />
certa para o fazer é agora. ■<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
20<br />
de<br />
22<br />
24<br />
28<br />
30<br />
34<br />
42<br />
46<br />
ao<br />
52<br />
em<br />
56<br />
MERCADO DE PNEUS<br />
A evolução do mercado<br />
pneumáticos<br />
REDUÇÃO DOS<br />
CUSTOS DA FROTA<br />
<strong>Pneus</strong> ajudam a poupar<br />
nas despesas da frota<br />
CONTROLO DE<br />
PRESSÃO DOS PNEUS<br />
Quando a electrónica<br />
chega aos pneus<br />
PNEUS AGRÍCOLAS<br />
E INDUSTRIAIS<br />
As novidades das<br />
marcas presentes no<br />
mercado<br />
MÁQUINAS DE<br />
ALINHAR DIRECÇÕES<br />
Investimentos que as<br />
casas não dispensam<br />
CONSUMÍVEIS<br />
PARA OFICINAS<br />
Gama de produtos<br />
muito diversificada<br />
BRUNO<br />
DE CARVALHO<br />
Entrevista com o<br />
Director de Marketing<br />
da Rubber Vulk<br />
BANDAGUE<br />
Aposta no serviço<br />
cliente<br />
STAR ALIANCE<br />
Nova empresa nascida<br />
final de 2008<br />
JOSÉ ANICETO<br />
E IRMÃO, LDA.<br />
Um <strong>dos</strong> mais<br />
abragentes<br />
distribuidores de pneus<br />
em Portugal<br />
Nº 4 • JANEIRO <strong>2009</strong> • ANO II • 5 EUROS<br />
FICHA TÉCNICA<br />
COMUNICAÇÃO<br />
■ DIRECTOR: João Vieira ■ DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem ■ SUBDIRECTOR: João Vila ■ PROPRIEDADE: AP Comunicação - Largo Infante D. Henrique, 7 – Várzea de<br />
Colares – 2705-351 Colares Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com ■ REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Hugo Jorge, Carlos Silva, Fátima<br />
Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos ■ DESIGN GRÁFICO: Pedro Vieira ■ IMAGEM: António Valente ■ PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo<br />
mario.carmo@apcomunicacao.com Anabela Machado anabela.machado@apcomunicacao.com ■ IMPRESSÃO: Offset mais - Rua Latino Coelho, 6 - Venda Nova - 2700-516<br />
AMADORA Telefone: 21.499.87.00 Fax: 21.495.72.37 E-mail: ao.offsetmais@netcabo.pt ■ PERIODICIDADE: Trimestral ■ ASSINATURA ANUAL: 20 Euros (4 números) ■<br />
DISTRIBUIÇÃO: Midesa Portugal ■ Nº de Registo na ERC: 125367<br />
© COPYRIGHT: Nos termos legais<br />
em vigor é totalmente interdita a<br />
utilização ou a reprodução desta<br />
publicação, no seu todo ou em<br />
parte, sem a autorização prévia e<br />
por escrito da “<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>”.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
03<br />
C
CONFERÊNCIA<br />
GANHE VANTAGEM COMPETITIVA<br />
COMPREENDA O QUE OS CLIENTES REALMENTE DESEJAM<br />
CONHEÇA O FUTURO DO COMÉRCIO DE PNEUS EM PORTUGAL<br />
PARTICIPE NA 1ª CONFERÊNCIA DO COMÉRCIO DE PNEUS EM PORTUGAL<br />
É o principal evento nacional concebido para divulgar as tendências do<br />
sector do Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal, contribuindo, desta forma, para<br />
uma melhor formação <strong>dos</strong> empresários e aumento da sua competitividade.<br />
Os oradores convida<strong>dos</strong> irão passar em revista as principais ameaças que o sector <strong>dos</strong><br />
Pneumáticos vai enfrentar no futuro. A sua intervenção será dinâmica e focalizada nos<br />
aspectos mais relevantes do Comércio de <strong>Pneus</strong> actual e futuro.<br />
Propomo-nos reflectir sobre as medidas que devem ser tomadas para ultrapassarmos<br />
a grave situação que afecta todo este sector, numa época de forte instabilidade como é<br />
aquela que hoje vivemos.<br />
Vamos analisar através de debates vivos, pragmáticos e actuais, o que é que de facto<br />
acontece no quotidiano das empresas e quais as medidas que podemos e devemos tomar<br />
para ultrapassarmos as complicadas situações que agravam o negócio de to<strong>dos</strong> aqueles<br />
que têm a ver, directa ou indirectamente, com o comércio de pneus em Portugal.<br />
A 1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong> será o cenário mais indicado para conhecer os<br />
grandes desafios que o sector vai enfrentar e as oportunidades que se abrem ao mercado<br />
do Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal.<br />
04<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Algumas das razões para não perder este evento:<br />
A 1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal vai ser um acontecimento onde os<br />
operadores do sector vão obter informação estratégica vital sobre o futuro do mercado,<br />
conseguindo assim uma importante mais valia para o seu negócio.<br />
✔ Ganhe vantagem competitiva ouvindo os conselhos <strong>dos</strong> especialistas no sector <strong>dos</strong> pneus.<br />
✔ Aprenda novas técnicas de fidelização de clientes.<br />
✔ Encontre novos caminhos para aumentar a performance do seu negócio.<br />
✔ Fique a saber o que os clientes realmente querem.<br />
✔ Descubra os desafios do mercado que podem afectar o seu negócio.<br />
✔ Identifique os merca<strong>dos</strong> onde o seu negócio deve estar presente.<br />
✔ Fique a saber como o desenvolvimento da Indústria Automóvel pode afectar o seu negócio.<br />
A intervenção <strong>dos</strong> oradores será dinâmica e focalizada nos aspectos mais relevantes do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
actual e futuro. Queremos que este evento seja uma síntese de toda a actualidade do sector <strong>dos</strong> Pneumáticos<br />
em Portugal e que contribua para a sua estratégia de conquista e fidelização de novos clientes.<br />
Alguns <strong>dos</strong> assuntos aborda<strong>dos</strong> na Conferência:<br />
- Ameaças e oportunidades (pneus usa<strong>dos</strong>, mercado paralelo,<br />
concessionários auto, PALOPS, etc.)<br />
- Qual o futuro das casas de pneus tradicionais?<br />
- Licenciamento das instalações, ambiente, segurança, higiene e saúde no trabalho, formação<br />
obrigatória, etc.. Quanto custa estar legal?<br />
- Que tipo de formação pode trazer valor acrescentado ao negócio?<br />
- Rentabilidade no sector. Será que sobra margem?<br />
- Até quando haverá margem de desconto nos pneus? É ainda possível ir buscar margens aos pneus que<br />
contribuam para sustentar o negócio?<br />
- Como conhecer e lidar com o comportamento <strong>dos</strong> consumidores?<br />
- Quanto custa satisfazer (e fidelizar) o cliente?<br />
- Qual a diferença entre os particulares e as grandes contas?<br />
- Perante as convulsões nos merca<strong>dos</strong> e no sistema financeiro, as subidas das taxas de juro e as restrições no<br />
acesso ao crédito irão ditar novas regras para o mercado?<br />
- Como é que esta crise pode afectar os distribuidores, reparadores, e outros agentes do Sector <strong>dos</strong><br />
Pneumáticos, nomeadamente nos apoios aos investimentos, aos stocks e à tesouraria?<br />
- Como é que as empresas do Sector se adaptam às restrições impostas aos consumidores, no crédito à<br />
compra e à reparação?<br />
- Para onde e a que preço serão escoa<strong>dos</strong> os imensos excedentes de equipamento de origem que os fabricantes<br />
acumularam nos últimos meses?<br />
- Será a distribuição dita tradicional capaz de sobreviver neste novo contexto?<br />
- No actual panorama financeiro e económico ganhará protagonismo a solução recauchutagem?<br />
- Como estão os consumidores (frotas e outros) a adaptar-se a esta nova realidade económica e financeira?<br />
- Iremos assistir a uma mudança dramática na forma como os pneus serão vendi<strong>dos</strong> (e compra<strong>dos</strong>) no futuro?<br />
- Que regras faltam neste sector?<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
05
CONFERÊNCIA<br />
PROGRAMA<br />
14H00 Abertura da Conferência<br />
14H15 1º PAINEL<br />
A EVOLUÇÃO DO MERCADO DOS PNEUS NO MUNDO E EM PORTUGAL<br />
14H45 2º PAINEL<br />
O MERCADO RETALHISTA E A DISTRIBUIÇÃO DE PNEUS<br />
15H15 3º PAINEL<br />
ASSISTÊNCIA PÓS-VENDA DE PNEUS<br />
CASAS DE PNEUS TRADICIONAIS VS REDES ORGANIZADAS DE OFICINAS<br />
15H45 Coffee Break<br />
16H15 4º PAINEL<br />
NOVAS TENDÊNCIAS NA ORGANIZAÇÃO DAS EMPRESAS<br />
DE COMERCIALIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA PÓS-VENDA DE PNEUS<br />
16H45 5º PAINEL<br />
PNEUS RECAUCHUTADOS, QUE FUTURO?<br />
17H15 6º PAINEL<br />
PNEUS EM FIM DE VIDA E REGULAMENTAÇÃO DO SECTOR<br />
17H45 DEBATE<br />
Sessão de Perguntas e Respostas aberto a to<strong>dos</strong> os participantes<br />
19H00 Encerramento da Conferência<br />
Abrangendo os diversos sectores de actividade<br />
do Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal,<br />
este evento destina-se a:<br />
• Fabricantes de Pneumáticos<br />
• Importadores de Pneumáticos<br />
• Distribuidores/Grossistas/Retalhistas de <strong>Pneus</strong><br />
• Distribuidores de Peças e Equipamentos para Oficinas de <strong>Pneus</strong><br />
• Proprietários e Gerentes de Oficinas Multimarca<br />
• Proprietários e Gerentes de Oficinas de <strong>Pneus</strong><br />
• Proprietários e Gerentes de Auto Centros e Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />
• Redes Organizadas de Oficinas<br />
• Directores Pós-Venda das Oficinas de Marca<br />
• Entidades oficiais:<br />
DESTINATÁRIOS<br />
Prevenção Rodoviária Portuguesa, DGV, IMTT, DGCI, ACAP,<br />
ANECRA, ARAN, Valorpneu e ANIRP<br />
• Empresas e entidades diversas ligadas ao Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
ou outros interessa<strong>dos</strong> neste mercado.<br />
LOCAL DA CONFERÊNCIA<br />
EXPOSALÃO<br />
Centro de Exposições<br />
2441-951 Batalha<br />
Telefone: 351 244 769 480<br />
Fax: 351 244 767 489<br />
e-mail: info@exposalao.pt<br />
Site: www.exposalao.pt<br />
Constituída em 1992, a EXPOSALÃO é hoje o maior centro de<br />
exposições ibérico privado, dinamizando cerca de 20 certames<br />
anualmente. Alguns são, actualmente, autênticas marcas de referência<br />
para os sectores de actividades que promovem.<br />
O espaço dispõe ainda de um amplo Auditório plano de configuração<br />
rectângular com 250 metros quadra<strong>dos</strong> de área e capacidade<br />
para 300 pessoas.<br />
O sistema de Ar Condicionado operado por controlo remoto,<br />
possibilita níveis de climatização com distribuição homogénea<br />
em toda a Sala, contribuindo para eleva<strong>dos</strong> níveis de conforto térmico<br />
e ambiental.<br />
A sala é servida por telecomunicações e rede informática, possibilitando<br />
o recurso às novas tecnologias de informação e comunicação<br />
de apoio aos Eventos.<br />
06<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
BOLETIM DE INSCRIÇÃO<br />
ESTE BOLETIM PODE SER FOTOCOPIADO, POR FAVOR ESCREVA EM MAIÚSCULAS<br />
SE PREFERIR PODE FAZER A SUA INSCRIÇÃO ON-LINE EM: www.apcomunicacao.com/conferencia<br />
DADOS DA PESSOA A INSCREVER<br />
1 - Nome: _______________________________________________________________________ e-mail*: _______________________________________________<br />
2 - Nome: _______________________________________________________________________ e-mail*: _______________________________________________<br />
3 - Nome: _______________________________________________________________________ e-mail*: _______________________________________________<br />
4 - Nome: _______________________________________________________________________ e-mail*: _______________________________________________<br />
5 - Nome: _______________________________________________________________________ e-mail*: _______________________________________________<br />
*Preenchimento obrigatório para envio da sua inscrição por via electrónica, o que lhe permitirá fazer a acreditação na Conferência de uma forma mais rápida<br />
DADOS PARA FACTURAR<br />
Nome da Empresa: ________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Morada: _________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Código Postal: ___________________________________<br />
Localidade: ____________________________________________________________________________<br />
Telefone: _______________________________________ Fax: ____________________________ Nº Contribuinte: _______________________________________<br />
VALOR DA INSCRIÇÃO (por pessoa): 25 €<br />
Este preço inclui:<br />
- A documentação**<br />
- Os cafés e as bebidas<br />
**Apresentações <strong>dos</strong> oradores: As apresentações serão enviadas por e-mail para to<strong>dos</strong> os participantes logo após a Conferência.<br />
MODALIDADES DE PAGAMENTO<br />
Transferência bancária:<br />
Conta nº 0033.0000.4533.7401.7190.5<br />
Banco: Millennium bcp – Colares<br />
Após a transferência, envie um Fax (21.928.80.53) com o Boletim de Inscrição<br />
preenchido e comprovativo da transferência bancária<br />
Por cheque à ordem de: AP Comunicação<br />
Envie o Boletim de Inscrição preenchido, juntamente com o cheque, para:<br />
AP Comunicação<br />
Largo Infante D. Henrique, 7 – Várzea de Colares<br />
2705-351 COLARES<br />
INSCRIÇÕES<br />
Após a recepção da sua inscrição, ser-lhe-á enviada uma factura cujo pagamento, antes da realização da Conferência, lhe permitirá o acesso ao evento.<br />
CANCELAMENTOS<br />
- Se não puder assistir à Conferência, o cancelamento deverá ser comunicado por correio ou fax. Se tal cancelamento for comunicado até dois dias úteis antes do início do<br />
evento, ser-lhe-á restituído o valor da inscrição. Depois deste período, não nos será possível a devolução do mesmo. No entanto, poderemos admitir uma substituição à<br />
sua presença. Qualquer substituição deverá ser notificada por correio ou fax até um dia útil antes do início do evento.<br />
- Relembramos que a presença no evento apenas é garantida quando a liquidação da inscrição se encontre regularizada antes da data do evento.<br />
- Os da<strong>dos</strong> recolhi<strong>dos</strong> são objecto de tratamento informatizado e destinam-se à gestão do pedido de inscrição para participar na 1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
ORGANIZAÇÃO:<br />
COMUNICAÇÃO<br />
AP Comunicação<br />
Largo Infante D. Henrique, 7<br />
Várzea de Colares<br />
2705-351 COLARES<br />
Telefone: 21.928.80.52<br />
Fax: 21.928.80.53<br />
e-mail: geral@apcomunicacao.com<br />
Site: www.apcomunicacao.com<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
07
NOTÍCIAS<br />
FRANCESCO<br />
GORI REELEITO<br />
PRESIDENTE DA<br />
ETRMA<br />
Francesco Gori, CEO e Director Executivo<br />
da Pirelli Tyre, foi reeleito Presidente<br />
da ETRMA, European Tyre &<br />
Rubber Manufacturers’ Association.<br />
Francesco Gori cumprirá o seu segundo<br />
mandato consecutivo de três<br />
anos e permanecerá nessas funções<br />
até 2011.<br />
Protecção ambiental, segurança rodoviária<br />
e aumento da competitividade<br />
são as prioridades da Associação,<br />
que representa 4200 empresas da<br />
indústria <strong>dos</strong> pneus e da borracha<br />
(que vão desde os cuida<strong>dos</strong> infantis<br />
até empresas farmacêuticas), com<br />
um movimento superior a 49 mil milhões<br />
de euros e empregando<br />
360.000 pessoas.■<br />
GOODYEAR RECRIA<br />
PNEU LUNAR<br />
A Goodyear e a NASA, juntaram-se para desenvolver<br />
e produzir doze réplicas do pneu lunar<br />
original usado no veículo transportado pela<br />
nave Apollo, no início <strong>dos</strong> anos 70. Este foi o<br />
primeiro passo na pesquisa de um pneu sem<br />
borracha, para utilização quer na Lua, quer na<br />
Terra. Para recriar este pneu, os técnicos depararam-se<br />
com algumas dificuldades, pois embora<br />
tivessem tido acesso a alguns materiais<br />
originais, não conseguiram detalhes quanto ao<br />
processo de fabrico, pelo que tiveram de reinventar técnicas de produção<br />
semelhantes às utilizadas nos anos 60.<br />
A malha que cobre toda a área do pneu está aplicada numa estrutura<br />
de aço deformável. Uma série de placas de metal são aplicadas no piso<br />
para proteger a malha de impactos em pedras e desníveis. A estrutura<br />
interna, em metal semi-rígido, previne a deformação da malha.<br />
Os técnicos da Goodyear estão actualmente a testar as réplicas do<br />
pneu lunar, para determinar a sua capacidade de tracção e resistência.<br />
Os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> serão utiliza<strong>dos</strong> para ajudar a desenvolver uma<br />
segunda geração de pneus, capazes de equipar uma futura frota de veículos<br />
lunares.■<br />
DUNLOP EQUIPA LANCER<br />
EVOLUTION X<br />
A Mitsubishi Motors escolheu os<br />
pneus de Dunlop de alta performance<br />
SP Sport 600 para equipar<br />
de origem o novo Mitsubishi Lancer<br />
Evolution X. Esta escolha vem<br />
mostrar a capacidade da Dunlop<br />
de produzir pneus para os carros<br />
mais desportivos e mais exigentes do mercado actual. O coração do<br />
Lancer Evolution X é um novo motor dois litros turbo, todo em alumínio,<br />
com uma potência que varia <strong>dos</strong> 295 cavalos e 407 Nm de binário, até<br />
aos 359 cavalos e 492 Nm de binário, dependendo da versão escolhida<br />
pelo cliente. O novo Lancer Evolution X vem equipado com os Dunlop<br />
SP Sport 600 com as medidas 245/40R18 93Y.■<br />
PRÉMIO INOVAÇÃO VALORPNEU 2008<br />
A Valorpneu acaba de lançar um prémio<br />
de inovação para desenvolver novas ideias<br />
para mais e melhores aplicações de pneus<br />
usa<strong>dos</strong> em Portugal.<br />
O Prémio Inovação Valorpneu tem como<br />
objectivos principais premiar soluções inovadoras<br />
para o destino sustentável <strong>dos</strong><br />
pneus usa<strong>dos</strong> em Portugal e incentivar e<br />
dar visibilidade ao trabalho de investigação<br />
realizado em estabelecimentos de<br />
ensino superior. Os trabalhos candidatos<br />
deverão enquadrar-se nas áreas de Engenharia,<br />
Arquitectura ou Design, devendo<br />
apresentar soluções inovadoras<br />
que contribuam para a sustentabilidade<br />
económica e ambiental do sistema integrado<br />
de gestão de pneus usa<strong>dos</strong> (SGPU) gerido<br />
pela Valorpneu. Os destinatários do Prémio<br />
Inovação Valorpneu são os estudantes<br />
do ensino superior Português universitário<br />
ou politécnico, de estabelecimentos públicos<br />
ou priva<strong>dos</strong>, que tenham ou estejam a<br />
desenvolver trabalhos académicos ou de investigação<br />
ao nível <strong>dos</strong> cursos de Bacharelato,<br />
Licenciatura, Mestrado, Doutoramento<br />
ou Pós-graduação.<br />
Para se candidatar consulte o regulamento<br />
em: www.valorpneu.pt ■<br />
08<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
2.º ALMOÇO ANUAL<br />
DE CONVÍVIO CLUBE GT48<br />
Realizou-se no dia 12 de Outubro, o 2.º almoço anual de convívio<br />
do Clube GT48. Este 2.º Convívio, contou com a presença de cerca de<br />
80 clientes, Associa<strong>dos</strong> do Clube GT48. Decorreu na Quinta de São Domingos,<br />
Peso da Régua, durante as famosas vindimas do Douro. O programa<br />
iniciou-se por volta das 10h30m tendo sido o “meeting point” na<br />
Quinta de São Domingos. Seguiu-se uma visita às Caves da Quinta, onde<br />
se pôde ficar a saber mais um pouco sobre o fabrico do Vinho do Porto e<br />
fazer uma experimentação do mesmo. O almoço iniciou-se com uns aperitivos<br />
regionais servi<strong>dos</strong> numa outra Cave mais pequena na Quinta, rodea<strong>dos</strong><br />
de pipas, após os quais os clientes foram encaminha<strong>dos</strong> para a sala<br />
onde se realizou o evento. A ementa constituída por um prato de peixe: bacalhau<br />
com broa e um prato de carne: cabrito assado, foi complementada<br />
por excelentes vinhos da região, seguida do bolo de aniversário do Clube<br />
GT48. E como não poderia deixar de ser os associa<strong>dos</strong> assistiram ainda a<br />
uma actuação, com participação activa e divertida, do rancho folclórico da<br />
terra, que presentearem os presentes com as danças típicas regionais<br />
das vindimas, como se de uma peça teatral se tratasse.<br />
Houve ainda direito a um discurso de Jorge Pinto de Sousa com a congratulação<br />
aos presentes e ao actual sucesso do Clube GT48, assim<br />
como um voto de confiança num futuro próximo apesar da actual conjuntura<br />
económica que se atravessa no mundo. Conforme se esperava realizou-se<br />
uma confraternização com boa disposição, boa comida, belas paisagens<br />
do nosso património mundial, permitindo à Grandestak mais uma<br />
vez demonstrar aos clientes que as suas necessidades são sempre uma<br />
preocupação para a empresa e que estas estão sempre em 1.º lugar.■<br />
PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
09
NOTÍCIAS<br />
HANKOOK TIRE PREMIADA<br />
No concurso iF Product Design Awards 2008, os pneus ecológicos "Enfrem"<br />
e "Optimo 4S" foram premia<strong>dos</strong> pela sua concepção, onde se inclui o<br />
desenho, tecnologia, ecologia, funcionalidade e segurança. Estes pneus da<br />
Hankook resultam do programa Kontrol Technology, no qual a marca coreana<br />
tem vindo a investir consistentemente. Estes pneus apresentam uma<br />
resistência ao rolamento 21% inferior aos pneus convencionais, permitindo<br />
poupar até 2% em combustível. Estes da<strong>dos</strong> foram aferi<strong>dos</strong> pelo Korea Automotive<br />
Technology Institute. O pneu Optimo 4S também foi o único pneu<br />
do mundo a receber a etiqueta de segurança alemã Anjo Azul. ■<br />
GOODYEAR-DUNLOP<br />
CONTRA IMPORTAÇÕES ILEGAIS<br />
Nos últimos anos tem-se assistido a um<br />
novo fenómeno que está a afectar a estabilidade<br />
do mercado e que pode ter sérias<br />
consequências para os consumidores finais.<br />
Trata-se das exportações de produtos<br />
extracomunitários, os quais em muitas<br />
ocasiões não cumprem os standards<br />
de qualidade e as homologações exigidas<br />
pela União Europeia.<br />
A Goodyear-Dunlop Iberia veio advertir todas as partes que se vêem afectadas<br />
por estas práticas. Por um lado os consumidores finais que se vêm<br />
afecta<strong>dos</strong> porque os produtos, em muitos casos, não estão cobertos pela<br />
garantia do fabricante. Para além disso, muitos destes pneus não estão<br />
especificamente desenha<strong>dos</strong> para serem usa<strong>dos</strong> sob as nossas condições<br />
climatéricas e nas nossas redes viárias (temperaturas, humidade, tipos de<br />
asfalto, limites de velocidade, etc), com os riscos que isso acarreta. A Polícia<br />
e os organismos gestores das Inspecções Técnicas Periódicas podem<br />
imobilizar os veículos que montem pneus destas procedências em aplicação<br />
da legislação em vigor.<br />
As oficinas também se vêem afectadas por esta importação paralela. Os<br />
que cumprem a lei pagam muito dinheiro, para que os pneus depois de<br />
usa<strong>dos</strong> sejam retira<strong>dos</strong> e devidamente recicla<strong>dos</strong>. Os pneus importa<strong>dos</strong><br />
de forma paralela também seguem este processo de retirada e reciclagem,<br />
afectando portanto o resto do canal e afectando o seu preço.<br />
Para prevenir estas práticas, a Goodyear Dunlop informa que o consumidor<br />
final deverá ter sempre em atenção que o produto que adquirir tenha o<br />
símbolo CE que garante a homologação do mesmo. Também poderá exigir<br />
a confirmação escrita sobre a homologação do produto para a UE através<br />
da factura oficial do produto.<br />
Este tipo de práticas não afecta as importações intra-comunitárias que se<br />
vêem protegidas pelo Tratado de Roma que permite a livre circulação de<br />
pessoas e mercadorias entre os esta<strong>dos</strong> membros da União Europeia. ■<br />
NOVO SITE SPO<br />
Com o objectivo de manter um relacionamento<br />
mais próximo do cliente,<br />
a SPO – Sociedade de <strong>Pneus</strong> do<br />
Oriente, SA colocou “online” o seu<br />
site www.sporiente.pt, o qual disponibiliza<br />
vários tipos de informação,<br />
nomeadamente:<br />
- Quem somos:<br />
Onde se poderá encontrar uma breve<br />
descrição do percurso da SPO, a<br />
sua missão e valores, bem como to<strong>dos</strong><br />
os contactos disponíveis;<br />
- Produtos:<br />
Aqui, pode-se consultar toda a<br />
gama <strong>dos</strong> pneus Kumho, conhecendo<br />
um pouco mais sobre cada um<br />
deles (piso e descrição), tendo também<br />
disponível o link para o site <strong>dos</strong><br />
pneus General Tire;<br />
- Notícias:<br />
Contém informação para estar a<br />
par das mais recentes notícias da<br />
SPO e do mundo Kumho;<br />
- Competição:<br />
Informação específica sobre os<br />
pneus de competição.<br />
Está previsto, para breve, dinamizar<br />
ainda mais a interactividade entre a<br />
SPO e os seus clientes, disponibilizando<br />
“online” a consulta de stocks e<br />
a colocação de encomendas. ■<br />
PUB<br />
GOODYEAR OptiGrip<br />
20 % mais curta a distância de<br />
travagem em molhado*<br />
20 % menos de ouriços com<br />
que se preocupar<br />
NOVO<br />
ÓPTIMO DESEMPENHO AO LONGO O DO TEMPO.<br />
A<br />
tecnologia SmartWear<br />
presente<br />
no<br />
OptiGrip<br />
revela<br />
novos<br />
canais<br />
escondi<strong>dos</strong><br />
e<br />
novos compostos com o<br />
passar<br />
do tempo, assegurando<br />
um óptimo desempenho durante toda a vida<br />
útil do pneu. Assim, mesmo<br />
depois<br />
de<br />
30.000<br />
km, oferece uma<br />
distância<br />
ia de travagem em molhado<br />
20<br />
%*<br />
menor, ou<br />
o<br />
que é<br />
o<br />
mesmo,<br />
11<br />
metros menos<br />
que<br />
os<br />
seus<br />
concorrentes correntes directos. Com a Goodyear a<br />
zelar pela sua<br />
segurança, terá<br />
menos preocupações na estrada.<br />
goodyear.eu<br />
Avalizado por TÜV SÜD, autoridade técnica e de testes independente com base em Munique, Alemanha.<br />
*Depois de 30.000 km; Testado com dois concorrentes líderes, em Abril de 2008 pela TUV SUD, Medida do pneu 225/45R17;<br />
Automóvel: VWGolf; Relatório nº 76230122-1.<br />
10<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
RESPONSABILIDADE<br />
SOCIAL DO GRUPO<br />
PIRELLI<br />
PUB<br />
Os resulta<strong>dos</strong> alcança<strong>dos</strong> pelo Grupo Pirelli no plano<br />
da responsabilidade social foram reconheci<strong>dos</strong>, tendo<br />
a multinacional italiana sido incluída em alguns <strong>dos</strong><br />
principais índices bolsistas de sustentabilidade a nível<br />
mundial, como o Dow Jones e o FTSE4Good. A Pirelli<br />
foi declarada líder mundial 2008 no sector Auto<br />
Parts and Tyres" do índice de sustentabilidade Dow<br />
Jones e "Gold Class Company " pela SAM Group, uma<br />
empresa de rating no plano a sustentabilidade.<br />
O compromisso da Pirelli para um desenvolvimento<br />
global sustentável é fruto de uma cultura empresarial<br />
que alia competitividade e responsabilidade social,<br />
manifestando-se através das decisões tomadas no<br />
terreno <strong>dos</strong> investimentos e <strong>dos</strong> negócios. Segundo<br />
afirmam fontes da empresa, o Grupo Pirelli desenvolveu<br />
tecnologias, produtos e processos tendentes a<br />
contribuir para um desenvolvimento sustentável e reduzir<br />
o impacto ambiental das suas actividades.<br />
Nos pneus, a Pielli Tyre concentrou a sua produção<br />
em pneus cada vez mais ecologicamente compatíveis,<br />
seguros, inovadores e de alto desempenho, estando<br />
convencida de que um produto de menor impacto<br />
ambiental implica um elemento de progresso e<br />
possui também uma vantagem competitiva, segundo<br />
fontes da empresa. ■<br />
PNEU CONTINENTAL<br />
POLIVALENTE<br />
HSU 1 M+S<br />
A marca Continental Veículos Comerciais<br />
apresentou o pneu HSU 1 M+S,<br />
para aplicações urbanas, que vem completar<br />
a gama, onde já havia o HSU 1 e<br />
o HSW Escandinavia (condições invernosas<br />
extremas). O novo pneu tem um comportamento<br />
melhor na travagem e torna a direcção<br />
mais segura. Além disso, o novo HSU 1 M+S adaptase<br />
a qualquer estação do ano e a condições meteorológicas<br />
variáveis, proporcionando melhor tracção<br />
em superfícies com terra ou com neve (+25%). A designação<br />
M+S significa que se trata de um pneu apto<br />
para o Inverno (lama+neve). A carcaça do HSU 1<br />
M+S apresenta elevada resistência e tem garantia<br />
C2, podendo levar uma recauchutagem de primeira<br />
qualidade. Os flancos também são reforça<strong>dos</strong>, a fim<br />
de enfrentar os impactos nos passeios. A forma do<br />
pneu, a composição da banda de rolamento e profundidade<br />
do desenho foram concebidas para proporcionar<br />
uma condução urbana segura e confortável. O<br />
Continental HSU 1 M+S está disponível na dimensão<br />
275/70 R 22.5 148/154 J (152/148 E). ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
11
NOTÍCIAS<br />
ALFA MITO "TRABALHADO" PELA MARANGONI<br />
Após o êxito obtido com a versão<br />
apimentada do novo Fiat 500, a<br />
marca de pneus Marangoni apresentou<br />
"outro show car italiano", o<br />
que vem acentuar o interesse deste<br />
fabricante pelo nicho de mercado<br />
do tuning. O novo fenómeno<br />
chama-se M430 e aproveita a<br />
base do Alfa MiTo, tendo ocorrido<br />
a sua apresentação no Essen Motor<br />
Show. O M430 apresenta modificações<br />
substanciais na carroçaria,<br />
com um kit aerodinâmico<br />
específico e portas que se abrem<br />
para cima…a fim de revelar o interior<br />
redesenhado. O motor rondará<br />
os 220 CV e o sistema de travões<br />
acompanha a " parada ",<br />
com uma afinação optimizada. A<br />
empresa florentina TRC encarregou-se<br />
da preparação do carro,<br />
enquanto que a Marangoni produziu<br />
uns pneus especiais de jante<br />
18", com a cor vermelho fogo.<br />
FEDIMA<br />
SOMA E SEGUE<br />
Mais uma notícia que vem confirmar<br />
a qualidade efectiva e a crescente<br />
confiança que os pneus FE-<br />
DIMA, produzi<strong>dos</strong> no nosso País,<br />
têm vindo a ganhar por parte <strong>dos</strong> consumidores, amadores e profissionais,<br />
envolvi<strong>dos</strong> na emoção da competição automóvel. A equipa de Mário<br />
Andrade, venceu de novo as 24 horas TT de França com pneus Fedima<br />
Partner.<br />
Um misto de loucura e coragem, muita paixão e preparação, foram alguns<br />
<strong>dos</strong> ingredientes indispensáveis para participar na 16ª Edição das<br />
24 Horas TT em França, que se realizou no passado mês de Setembro,<br />
onde 100 viaturas e quase 350 Pilotos se lançaram numa corrida louca<br />
contra o tempo para a realização de uma prova única no seu tipo. ■<br />
GAMA DE INVERNO MARANGONI<br />
AMPLIADA<br />
A evolução <strong>dos</strong> pneus de Inverno nos últimos<br />
anos tem sido caracterizada pelo desenho<br />
da banda de rodagem com vários<br />
canais largos, destina<strong>dos</strong> a eliminar rapidamente<br />
a água e a neve existente na via. As<br />
misturas de borracha, por seu turno, têm<br />
que assegurar a máxima aderência a temperaturas<br />
inferiores a 7 0 C, qualquer que<br />
seja o estado da estrada: seca, molhada<br />
ou com neve. A Marangoni desenvolveu<br />
uma tecnologia que a chamou SPE (Solid<br />
Particles Encapsulation) capaz de melhorar<br />
o desempenho <strong>dos</strong> seus pneus de Inverno<br />
nas piores situações. Trata-se de micro<br />
cristais à base de sódio, inseri<strong>dos</strong> no próprio<br />
composto, os quais, ao desprenderem-se de forma controlada, criam<br />
orifícios microscópicos na superfície do pneu, nos quais a neve e o gelo se introduzem,<br />
melhorando a aderência em todas as situações: tracção, travagem<br />
e aceleração. Esta tecnologia foi testada no World Test Center de Ivalo<br />
(Finlândia), estando disponível na gama de Inverno Marangoni <strong>2009</strong>. Novos<br />
pneus entram agora no mercado, como é o caso do 4Winter e do 4ICE E+,<br />
com orifícios para pregos de gelo. Quanto ao já conhecido Marangoni Meteo<br />
HP de altas prestações, foram apresentadas novas medidas, que alargam o<br />
número de aplicações do pneu. ■<br />
PNEUS<br />
À PROVA<br />
DE BALA<br />
Os pneus, cuja estrutura é em<br />
forma de favo de mel, podem ser<br />
os pneus do futuro, porque são<br />
realmente à prova de bala, pois<br />
simplesmente não têm ar. A forma<br />
do pneu é sustentada pela estrutura<br />
interior, que garante a<br />
elasticidade necessária, para que<br />
este pneu fora do vulgar se porte<br />
realmente como um pneu vulgar.<br />
Estes pneus estão a ser desenvolvi<strong>dos</strong><br />
para operações militares,<br />
por razões óbvias, embora um<br />
pouco por todo o mundo se ande<br />
a tentar obter uma versão de<br />
pneu sem ar, para fins civis. O<br />
pneu tipo favo de mel está a ser<br />
desenvolvido pela empresa norteamericana<br />
Resilient Technologies<br />
e pelo Wiwconsin-Madison's Polymer<br />
Engineering Center. O director<br />
geral da Resilient Technologies,<br />
Mike Veih, afirma com uma<br />
certa ironia: "Os carros de combate<br />
estão blinda<strong>dos</strong> por to<strong>dos</strong> os la<strong>dos</strong>,<br />
mas se forem para o teatro<br />
da guerra e os pneus ficarem fura<strong>dos</strong>,<br />
não passam de um monte de<br />
sucata no meio da paisagem." ■<br />
12<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
1ª EDIÇÃO DO GUIA MICHELIN<br />
MACAU E HONG KONG<br />
ALTA RODA<br />
COM NEXTREAD<br />
A dinâmica empresa Alta Roda passou<br />
a ser a distribuidora para Portugal<br />
<strong>dos</strong> produtos de reparação de<br />
pneus da Goodyear.<br />
O Nextread – Tire Repair System é<br />
um gama de produtos que se destinam<br />
à reparação de pneus das marcas<br />
Goodyear e Dunlop. Nesta fase<br />
de lançamento a distribuição é feita<br />
exclusivamente para a rede Truckforce<br />
e Vulco da Goodyear.<br />
Refira-se que esta gama de produtos<br />
da Goodyear é fabricada pela<br />
TECH, tendo sido criado este conceito<br />
de personalização nos Estado Uni<strong>dos</strong><br />
por a Goodyear ter também<br />
uma rede de recauchutagens, o que<br />
sucede na Europa e em Portugal. ■<br />
Já está disponível a primeira edição do Guia Michelin para Hong Kong e<br />
Macau, que está publicada em chinês e inglês. Com 30 milhões de visitantes<br />
em 2007, cada uma destas cidades do Extremo Oriente tem sobejos<br />
motivos de interesse, agora revela<strong>dos</strong> ao pormenor pelo novíssimo guia<br />
da Michelin. A decisão do editor em avançar com um guia para cada uma<br />
destas pérolas da fusão de civilizações deveu-se em grande parte ao enorme<br />
êxito alcançado pela primeira edição do Guia Michelin de Tokio, publicado<br />
em Novembro do ano passado. ■<br />
KUMHO CRIA PNEU SÉRIE 15<br />
O primeiro pneu para viaturas de turismo da série 15 (relação<br />
entre a largura e a altura do pneu) foi lançado pela marca coreana<br />
Kumho, destinando-se a viaturas de alto rendimento, como o<br />
Ferrari F430, Dodge Viper ou Chevrolet Corvette Z06. Apesar<br />
de apresentar o flanco mais baixo do mercado e rígido, o novo<br />
pneu Kumho foi trabalhado ao máximo no desenho da banda de rolamento,<br />
a fim de reduzir o mais possível o aquaplaning e o desgaste. Em teoria, os<br />
pneus de perfil baixo apresentam um comportamento mais neutro e mais<br />
seguro, melhorando o controlo direccional, acelerações e travagens, devido<br />
à reduzida deformação do pneu nessas circunstâncias. De qualquer<br />
modo, a marca Kumho já nos habituou a inovações de certo modo estranhas<br />
(pneus perfuma<strong>dos</strong> e pneus que provocam fumos de várias cores),<br />
que não parecem constituir qualquer prioridade para o mercado. ■<br />
Tough shoulders<br />
by Bandag<br />
The new BTR-WB (E)<br />
PUB<br />
Desempenho máximo em todas as circunstâncias.<br />
Qual o é ponto mais vulnerável do pneu de reboque de 3 eixos? Não há dúvida: os ombros, devido ao forte atrito durante as<br />
viragens apertadas. Os ombros <strong>dos</strong> novos Bandag Trailer Regional – Wide Base foram concebi<strong>dos</strong> para suportar até mesmo<br />
<br />
aspecto fantástico de pneu novo. Juntando à equação o composto de alta qualidade, o resultado é um produto que combina<br />
<br />
www.bandag.com<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
13
NOTÍCIAS<br />
SAIU A 36ª EDIÇÃO DO CALENDÁRIO PIRELI<br />
Um calendário é um excelente forma<br />
de fazer marketing, porque o<br />
cliente e o público em geral olham<br />
para ele praticamente to<strong>dos</strong> os dias.<br />
Mas também é preciso que olhem<br />
com atenção, para ver to<strong>dos</strong> os detalhes<br />
e informações. Para não correr<br />
o risco <strong>dos</strong> mais distraí<strong>dos</strong> e desatentos<br />
passarem ao lado <strong>dos</strong> seus<br />
calendários, a Pirelli dá aos seus calendários<br />
um conteúdo estético e<br />
gráfico imbatível, onde não faltam fotografias<br />
de sonho, desenho artístico<br />
e aquilo que o latino autêntico não<br />
perdoa: mulheres muito atraentes.<br />
Desta vez, as paisagens do Botswana<br />
fazem o fundo do calendário, em<br />
fotos para recordar, obtidas pelo fotógrafo<br />
Peter Beard, que viveu 30<br />
anos da sua vida no Quénia. O mesmo<br />
fotógrafo não se esqueceu também<br />
do condimento essencial do calendário,<br />
ou seja, as sete modelos<br />
que tiveram o bom gosto em emprestar<br />
um pouco do seu perfume feminino<br />
ao calendário <strong>2009</strong> da Pirelli:<br />
Daria Werbowy (canadiana), Emanuela<br />
Paula e Isabeli Fontana (brasileiras),<br />
Lara Stone e Rianne Tem Haken<br />
(holandesas), Malgosia Bela (polaca)<br />
e Mariacarla Boscono (italiana),<br />
duas das quais são repetentes nestas<br />
lides <strong>dos</strong> calendários Pirelli. Contudo,<br />
a Pirelli desta vez não descurou<br />
o aspecto ambiental das suas iniciativas,<br />
começando pelo local onde foram<br />
obtidas as fotografias, um <strong>dos</strong><br />
raros lugares autênticos de África,<br />
onde se alberga uma das maiores<br />
reservas de animais selvagens do<br />
planeta e onde as guerras não se<br />
têm intrometido. Também a realização<br />
e produção do calendário <strong>2009</strong>,<br />
assim como a sua gala de apresentação,<br />
foram previstas para ter Impacto<br />
Zero. A forma da Pirelli encontrou<br />
de operar este " milagre " foi associar-se<br />
ao projecto LifeGate,<br />
contribuindo para a criação e conservação<br />
de uma área florestal da<br />
Costa Rica, capaz de absorver o CO2<br />
gerado por estas iniciativas da multinacional<br />
italiana de pneus. O calendário,<br />
em si, será impresso em papel<br />
poroso natural e livre de chumbo. É o<br />
que se chama fazer marketing com o<br />
marketing… ■<br />
AUDI R8 COM DUNLOP<br />
DE ORIGEM<br />
O modelo de estrada mais desportivo<br />
da Audi, o Audi R8, que dispõe de<br />
um motor de 420 CV, será equipado<br />
de origem com os pneus Dunlop de<br />
muito altas prestações SP Sport<br />
Maxx GT (Verão) e SP Winter Sport<br />
3D (Inverno). Os Dunlop SP Sport<br />
Maxx GT terão as medidas de<br />
235/35 ZR 19 (eixo da frente) e 295/30 ZR 19 (eixo posterior), ao passo<br />
que os Dunlop SP Winter Sport 3D terão as medidas de 235/35 ZR<br />
19 (235/40 R 18, em opção), na frente, e 295/30 R 19, no eixo de<br />
trás. A grande capacidade de tracção, aderência em curva e comportamento<br />
exemplar em todo o tipo de situações foram as qualidades tradicionais<br />
<strong>dos</strong> pneus Dunlop que mereceram a preferência do construtor alemão,<br />
que pretende garantir simultaneamente a máxima segurança no<br />
seu modelo de topo e a máximo prazer de condução. ■<br />
BRIDGESTONE COM<br />
PREOCUPAÇÕES AMBIENTAIS<br />
Para além das suas preocupações com a segurança rodoviária, a Bridgestone<br />
está igualmente a desenvolver acções de sensibilização para a<br />
conservação do ambiente, integradas na campanha internacional da Federação<br />
Internacional do Automóvel (FIA) "Make Cars Green". Efectivamente,<br />
durante as inspecções de segurança de veículos realizadas pela Bridgestone,<br />
um dispositivo informatizado mostra automaticamente aos condutores<br />
que circulam com os pneus sem pressão suficiente a quantidade de emissões<br />
de CO2 (e o consequente consumo de combustível) que poderiam<br />
evitar, se os pneus estivessem à pressão correcta.■<br />
MICHELIN<br />
EQUIPA KIA<br />
CEE’D<br />
A Kia Motors decidiu<br />
equipar os modelos<br />
da sua gama Cee'd<br />
com os novos pneus<br />
Michelin de baixo impacto<br />
ambiental. Para a imagem <strong>dos</strong><br />
carros da Kia, o facto <strong>dos</strong> pneus<br />
Michelin diminuírem o consumo de<br />
combustível em 0,2 l/100km<br />
(menos 5g/km de CO2) acrescenta<br />
realmente alguma coisa. Outras<br />
razões da escolha é a capacidade<br />
<strong>dos</strong> pneus Michelin assegurarem<br />
uma boa aderência e proporcionarem<br />
uma quilometragem elevada.<br />
Desde 2006 que a Kia e a Michelin<br />
trabalham em conjunto para desenvolver<br />
soluções simples e acessíveis,<br />
de forma a conseguir viaturas<br />
mais seguras, económicas e<br />
ecológicas.■<br />
14<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Segundo maior produtor<br />
de <strong>Pneus</strong> agrícolas na Europa<br />
O grupo industrial CGS é um produtor tradicional de pneus de<br />
uso off road que conta, hoje em dia, com três fábricas na<br />
República Checa, situadas nas cidades de Praga, Zlín e<br />
Otrokovice, uma fábrica na Sérvia, o Instituto de Tecnologia de<br />
Borracha e de Provas (IGTT) e várias filiais comerciais no<br />
estrangeiro (CGS TYRES). O programa de produção especializase<br />
principalmente em pneus de máquinas agrícolas, multi-uso e<br />
de construção, para além de camiões, empilhadores, motas e<br />
aviões.<br />
O grupo industrial foi reorganizado e modernizado<br />
profundamente nos últimos anos, o que permitiu ser um <strong>dos</strong><br />
principais fornecedores das marcas mais importantes na<br />
Europa.<br />
Historia e actualidade da producão<br />
A história da produção checa de pneus para uso fora de estrada,<br />
especialmente para as máquinas de construção, data de finais<br />
<strong>dos</strong> anos setenta do século passado, quando foi iniciada a<br />
produção na fábrica da MITAS - Praga equipada com máquinas<br />
Mitsubishi. Desde aquele tempo, o programa de fabricação de<br />
pneus foi-se ampliando gradualmente até a gama de produtos<br />
actual que representa um programa completo de pneus<br />
diagonais EM (Earth Mover) para grandes máquinas de<br />
construção.<br />
A diferença entre os pneus diagonais e radiais incide<br />
principalmente na construção da carcaça. A carcaça e o talão<br />
estão reforça<strong>dos</strong> com aço, por isso os pneus radiais são mais<br />
resistentes à perfuração, registam melhor poder de tracção,<br />
larga vida útil e quando necessário o serviço em estrada, a<br />
condução é muito mais confortável.<br />
A produção de pneus agrícolas desenvolveu-se gradualmente. É<br />
possível datar o seu começo depois da Segunda Guerra<br />
Mundial. Desde aquele tempo a produção vem a modernizar-se<br />
gradualmente, sendo que a a gama de produtos variava<br />
segundo a procura do mercado checo e estrangeiro. Foi, nesta<br />
altura, introduzida a nova produção de pneus radiais.<br />
A CGS continua a desenvolver permanentemente os pneus<br />
agrícolas, sobretudo os da marca Continental e aumentando a<br />
participação no desenvolvimento <strong>dos</strong> pneus agrícolas radiais de<br />
marca Mitas para tractores. Foi no ano 2<strong>004</strong>, com a compra da<br />
marca Continental, que a produção de pneus agrícolas foi<br />
ampliada graças à abertura de uma nova fábrica em Otrokovice<br />
que é considerada, com mérito, uma das mais modernas do<br />
mundo.<br />
Especialista em pneus agrícolas<br />
Segundo os da<strong>dos</strong> disponíveis, no que se refere à produção de<br />
pneus agrícolas, a CGS detém o segundo lugar na Europa, e a<br />
quarta posição no plano mundial. Isto fez com que forneçam os<br />
equipamentos de origem de vários produtores significativos<br />
como são a John Deere, CNH, Claas, SAME Deutz Fahr, e outros,<br />
o que comprova a qualidade <strong>dos</strong> pneus agrícolas fabrica<strong>dos</strong><br />
pelo grupo. É visível a penetração da marca Continental no<br />
equipamento de origem já que uma em cada quatro máquinas<br />
saem de fábrica com pneus agrícolas Continental.<br />
O programa de produção da CGS engloba também a fabricação<br />
de pneus de mota, e, hoje em dia também se produzem pneus<br />
para outras marcas. A gama de pneus de mota é muito ampla,<br />
cobrindo to<strong>dos</strong> os segmentos, desde a categoria de motas de<br />
pista até aos pneus desportivos off-road. O leque de produtos<br />
da firma centra-se sobretudo nos pneus off-road, de enduro, os<br />
desportivos enduro FIM e de motocross. Os pneus utiliza<strong>dos</strong> em<br />
pista clássica e em pista longa de areia representam o topo<br />
mundial. Os motociclistas que usam os pneus Mitas e ganham<br />
os primeiros lugares das competições mundiais e europeias de<br />
motas também comprovam a qualidade <strong>dos</strong> pneus off-road.<br />
CGS - A holding<br />
A holding industrial Ceská Gumárenská Spolenost, a.s.,<br />
(Sociedade Checa de Borracha, s.a.) com capital 100% checo,<br />
representa na actualidade a produção de borracha mais<br />
integrante na República Checa. Hoje em dia é composta, para<br />
além da CGS Tyres e MITAS a.s., também RUBENA a.s., que é o<br />
maior produtor de borracha de uso técnico e de pneus de<br />
bicicletas e BUZULUK Komárov , a.s., produtor de uma ampla<br />
gama de máquinas e equipamentos para a indústria da borracha<br />
e de anéis de pistão de to<strong>dos</strong> os tipos e tamanhos.<br />
Todas as empresas do grupo colaboram entre si. Mantêm<br />
contactos permanentes com as escolas superiores,<br />
universidades e centros científicos com os quais colaboram no<br />
campo da investigação e desenvolvimento. Nas empresas da<br />
holding realiza-se com êxito desde há vários anos "O Programa<br />
Graduação" preparado para os estudantes das escolas<br />
superiores e universidades que promove facilitar a sua futura<br />
escolha de profissão.<br />
Colaboração com o Instituto de Tecnologia da Borracha<br />
Uma parte importante da CGS é o Instituto de Tecnologia da<br />
Borracha e de Testes (IGTT) que é um centro de trabalho de top<br />
mundial. Nos seus laboratórios efectuam-se to<strong>dos</strong> os ensaios<br />
estáticos e dinâmicos de pneus, de jantes e pneus de borracha<br />
maciça, câmaras de ar, válvulas, kits de reparação e<br />
prepara<strong>dos</strong> preventivos contra perfurações para to<strong>dos</strong> os<br />
veículos de estrada e fora de estrada com e sem motor, e aviões<br />
de turismo, de acordo com as normas e procedimentos de<br />
ensaio checos, europeus e mundiais.<br />
CGS – Exportador<br />
CGS encontra-se entre os mais importantes exportadores<br />
checos. Prova disso é que desde há vários anos se situa nas<br />
primeiras posições do concurso "Exportador do Ano". CGS<br />
dirige suas exportações a todo o mundo, a maior proporção<br />
corresponde à Europa Ocidental, Europa de Leste e América<br />
nos últimos anos, CGS foi reorganizada e modernizada a fundo<br />
com o propósito de se tornar num exportador mundial líder do<br />
sector agrícola e industrial que presta aos seus clientes suporte<br />
técnico, apoio e serviços de top mundial.<br />
CGS TYRES – Distribuidor<br />
A distribuição <strong>dos</strong> pneus produzi<strong>dos</strong> pela CGS realiza-se pelas<br />
diversas subsidiárias CGS TYRES que estão implementadas nos<br />
príncipais merca<strong>dos</strong> da União Europeia, Europa do Leste, Norte<br />
e Sul da América. CGS Neumáticos Ibérica importa<br />
exclusivamente para Espanha e Portugal os pneus agrícolas de<br />
marcas Continental, Semperit e Cultor.<br />
Avda. de Bruselas 5, 1º Piso - E-28108 Alcobendas, Madrid - Madrid – Spain<br />
Tel.: 00 34 9149044 80 - Fax.: 00 34 9149044 81 - www.cgs-tyres.com - Telem:.96 736 10 62- paulo.raimundo@cgs-tyres.com
NOTÍCIAS<br />
DUNLOP SP SPORT MAXX GT<br />
NO MAIS POTENTE AMG<br />
O preparador alemão AMG, que se especializou<br />
em modificar carros da marca Mercedes-Benz,<br />
transformando-os em verdadeiros<br />
"monstros" do asfalto, dentro e fora das<br />
pistas, "chamou" o pneu SP Sport Maxx GT<br />
da Dunlop, para equipar os seus carros da<br />
série SL 65 AMG Black. Esta escolha não<br />
surpreende ninguém, porque a Dunlop equipa<br />
os carros da AMG no campeonato alemão<br />
de turismo (DTM), uma das mais espectaculares e disputadas competições<br />
do género em todo o mundo. Quanto ao Mercedes-Benz SL revisto<br />
pela AMG, é um dois lugares com um motor V12 biturbo e 6.0 litros de<br />
cilindrada, debitando nada menos do que 670 CV, capaz de levar a máquina<br />
até aos 320 km/h. Embora não tivessem sido divulga<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> sobre<br />
os tempos das acelerações e reprises, é de esperar que estejam na relação<br />
inversa da velocidade máxima, isto é, muito baixinhos. Para fazer frente<br />
a este aliciante desafio, a Dunlop escolheu o seu topo de gama de ultra<br />
elevado rendimento SP Sport Maxx GT, com as medidas de 265/35 R 19<br />
(frente) e 325/30 R 20 (atrás). ■<br />
NOVA GAMA PIRELLI<br />
PARA AUTOCARROS<br />
A marca italiana de pneus Pirelli escolheu a Feira Internacional<br />
de Autobuses e Autocares (FIAA), realizada<br />
em Madrid, para apresentar a sua gama de pneus<br />
para este tipo de viaturas. Neste segmento, a Pirelli<br />
aposta nos seus FH85 Amaranto, para eixos direccionais,<br />
assim como nos MC 85 Amaranto. Os primeiros<br />
são fabrica<strong>dos</strong> com a tecnologia SATT, que garante<br />
conforto, um comportamento progressivo e precisão<br />
da direcção, para além de potenciar a aderência e a<br />
recauchutabilidade. Este pneu é produzido com a tecnologia<br />
de " dupla camada ", permitindo maior resistência<br />
à abrasão e maior rendimento quilométrico,<br />
embora com menor resistência ao rolamento, favorecendo<br />
a economia de combustível. O FH85 Amaranto<br />
é proposto em seis medidas, para jantes de 22,5",<br />
com diversos índices de carga.<br />
No caso <strong>dos</strong> pneus MC85 Amaranto, está destinado<br />
a autocarros urbanos, sendo igualmente fabricado<br />
com a tecnologia " dupla camada ", na qual são utilizadas<br />
duas misturas diferentes. A camada externa está<br />
preparada para enfrentar fortes solicitações de desgaste (arranques, travagens,<br />
mudanças de direcção frequentes, etc.), proporcionando um elevado<br />
rendimento quilométrico. Os flancos do pneu também são reforça<strong>dos</strong><br />
com uma nervura, que se destina a proteger a estrutura de pancadas, lacerações<br />
e embates laterais. Estes pneus são forneci<strong>dos</strong> na medida<br />
275/79 R 22,5 TL, com índice de carga 148/145 J. Uma versão Mud &<br />
Snow está igualmente disponível, sendo de grande utilidade em estradas<br />
nevadas ou pisos de fraca aderência, proporcionando excelente tracção e<br />
travagens seguras.<br />
Também na FIAA esteve presente a empresa Eco Technology, do Grupo Pirelli,<br />
que se dedica ao desenvolvimento e comercialização de sistemas de<br />
controlo da qualidade do ar e das emissões, tendo apresentado o seu filtro<br />
de partículas para autocarros urbanos com motores diesel.■<br />
LOJA VIRTUAL<br />
DELTICOM<br />
O comércio de pneus on line<br />
através da loja Delticom<br />
(www.neumaticos-online.com)<br />
alargou o leque de produtos, dando<br />
as consumidores a oportunidade<br />
de comprarem também pneus<br />
para pesa<strong>dos</strong>. A partir de agora,<br />
o leque de produtos passa a incluir<br />
também pneus para comerciais<br />
ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, tractores,<br />
Fork-Lifts, retroescavadoras,<br />
etc., tudo a preços reduzi<strong>dos</strong>.<br />
Todas as principais marcas de<br />
camiões estão disponível na loja<br />
virtual espanhola, que garante a<br />
entrega <strong>dos</strong> pneus encomenda<strong>dos</strong><br />
em 72 horas, para qualquer<br />
ponto da Europa. Actualmente, a<br />
Delticom (www.neumaticos-online.com)<br />
já opera na Alemanha,<br />
Áustria, Suíça, França, Itália, Suécia,<br />
Bélgica, Reino Unido, Dinamarca,<br />
Holanda, Finlândia e Polónia,<br />
além de Espanha, naturalmente.■<br />
SUPER<br />
VERSATILIDADE<br />
DO MICHELIN X<br />
TERMINAL-T<br />
O novo pneu da Michelin para veículos<br />
articula<strong>dos</strong>, designado X<br />
Terminal-T, pode ser montado em<br />
qualquer <strong>dos</strong> eixos do veículo, seja<br />
do tractor, seja do semi-reboque,<br />
tendo a medida única de 310/80<br />
R 22,5. No novo Michelin X Terminal-T<br />
pode ser facilmente montado<br />
em substituição das medidas 11<br />
R 22,5 e 295/80 R 22,5, pois<br />
tem um perímetro exterior idêntico<br />
e o tamanho de jante também<br />
é igual (8,25 ou 9 polegadas).<br />
Para além de uma duração igual à<br />
de qualquer outro pneu da mesma<br />
medida, o X Terminal-T apresenta<br />
a vantagem de possuir uma resistência<br />
ao rolamento inferior. A capacidade<br />
de carga obtida com a<br />
medida 310/80 R 22,5 é de<br />
6.900kg contra 4.300kg para um<br />
pneu de estrutura convencional. ■<br />
16<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Segundo maior produtor<br />
de <strong>Pneus</strong> agrícolas na Europa<br />
Avda. de Bruselas 5, 1º Piso - E-28108 Alcobendas, Madrid - Madrid – Spain<br />
Tel.: 00 34 9149044 80 - Fax.: 00 34 9149044 81 - www.cgs-tyres.com - Telem:.96 736 10 62- paulo.raimundo@cgs-tyres.com
NOTÍCIAS<br />
ALVES BANDEIRA REFORÇA<br />
A GAMA AB CAR CARE<br />
Depois do sucesso obtido aquando<br />
lançamento <strong>dos</strong> primeiros produtos, e<br />
dando continuidade à sua estratégia<br />
de dinamização de produtos de marca<br />
própria, a Alves Bandeira renovou a<br />
sua gama AB Car Care. Esta gama de<br />
produtos de manutenção automóvel,<br />
sofreu várias alterações e apresenta várias novidades com o objectivo de<br />
oferecer mais qualidade, mais produtos e mais segurança conseguindo assim<br />
satisfazer outras necessidades e exigências do mercado.<br />
Para além da forte aposta ao nível da melhoria da qualidade <strong>dos</strong> produtos,<br />
uma das grandes preocupações da marca foi ao nível da segurança, com to<strong>dos</strong><br />
os produtos a merecerem uma evolução que oferece todas as garantias<br />
de segurança na sua utilização.<br />
Dos novos produtos destaque para a nova gama de difusores auto, os novos<br />
aromas de árvores ambientadoras, as toalhitas de limpeza e os sprays<br />
multiusos e de limpeza e brilho de cockpit.<br />
A gama AB Car Care encontra-se já disponível em toda a rede de postos de<br />
abastecimento Alves Bandeira sendo objectivo da empresa no próximo ano<br />
alargar os pontos de venda da marca. ■<br />
MARKETING PELA<br />
SEGURANÇA RODOVIÁRIA<br />
Desde há muito que a imagem do fabricante japonês de pneus Bridgestone<br />
está ligada à segurança rodoviária, demonstrando que o marketing<br />
também pode ser simpático e amigável e que no árido mundo <strong>dos</strong> números<br />
do negócio ainda há quem pense nas pessoas, ainda há espaço para<br />
ser humano. No "Dia Europeu da Segurança Rodoviária", recentemente<br />
celebrado, a Bridgestone redobrou os seus esforços no sentido de promover<br />
a necessidade da correcta manutenção <strong>dos</strong> pneus, através de milhares<br />
de inspecções de segurança gratuitas para os automobilistas europeus,<br />
assim como de outras iniciativas pedagógicas a nível local, em<br />
cada país. As referidas inspecções gratuitas têm lugar nas mais de<br />
1700 oficinas da rede First Stop, patrocinada pela Bridegestone, que estão<br />
espalhadas por toda a Europa. Estas inspecções realizam-se continuamente<br />
durante todo o ano, mas foram reforçadas nas 3 semanas<br />
após a comemoração do dia europeu da segurança rodoviária, paralelamente<br />
a outras que serão realizadas em parques de estacionamento de<br />
grandes centros comerciais e noutros locais públicos de grande afluência<br />
de veículos. Todas estas actividades são o corolário lógico da campanha<br />
"Antes de Conduzir, Pensa", que a Bridgestone lançou em 2005, em colaboração<br />
com a fundação FIA, para tentar reduzir o número de vítimas<br />
mortais de acidentes de viação.■<br />
FORMAÇÃO DE<br />
SUCESSO NA<br />
DOMINGOS &<br />
MORGADO 2<br />
Passado que foi o ano inaugural<br />
do Centro de Formação da Domingos<br />
& Morgado 2 – Equipamentos,<br />
Lda., é de salientar o enorme<br />
sucesso obtido junto <strong>dos</strong> forman<strong>dos</strong>.<br />
De facto, superando as mais<br />
optimistas expectativas, a afluência<br />
aos cursos de formação agenda<strong>dos</strong><br />
foi de tal ordem que houve<br />
a necessidade de recusar inscrições,<br />
transferindo-as para acções<br />
de formação a agendar futuramente.<br />
Por tal facto, e para evitar<br />
a repetição de casos semelhantes,<br />
já foi divulgado o calendário de<br />
Cursos de Formação em Alinhamento,<br />
Grau 1 – Básico, para o 1º<br />
trimestre de <strong>2009</strong>.<br />
A partir do 2º trimestre, para<br />
além <strong>dos</strong> Cursos de Grau 1 – Básico,<br />
serão também agenda<strong>dos</strong><br />
Cursos de Formação em Alinhamento,<br />
Grau 2 – Avançado. Neste<br />
caso, será ministrado o Curso de<br />
Diagnósticos Avança<strong>dos</strong>, ao qual<br />
terão acesso to<strong>dos</strong> os interessa<strong>dos</strong><br />
que já tiverem frequentado o<br />
Curso Básico. ■<br />
PUB<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
18<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
OPINIÃO<br />
REDE FIRST<br />
STOP VOLTA<br />
A CRESCER<br />
A Rede First<br />
Stop deu a conhecer<br />
mais<br />
uma abertura<br />
de oficina.<br />
A firma F. Rafael Lda, decidiu expandir<br />
a sua área de actuação,<br />
escolhendo a localidade de Alfena<br />
para abrir a sua 2ª oficina, tendo<br />
seleccionado a rede First Stop<br />
como sua parceira de negócio<br />
para este projecto.<br />
Com esta abertura, a rede conta<br />
agora 59 Oficinas, tornando a<br />
Rede First Stop cada vez mais forte<br />
para os desafios que o mercado<br />
coloca, tendo sempre como<br />
prioridade a satisfação <strong>dos</strong> Consumidores<br />
Finais, prestando um<br />
serviço de elevada qualidade e garantia.<br />
■<br />
TOYOTA IQ<br />
COM PNEUS<br />
BRIDGESTONE<br />
O novo modelo da Toyota IQ já foi<br />
apresentado no Japão e estará<br />
disponível na Europa a partir do início<br />
de <strong>2009</strong>. Para equipar este<br />
modelo de origem, a Toyota escolheu<br />
o pneu Bridgestone Ecopia<br />
EP25, na medida 175/65R15<br />
84S, devido ao conceito ecológico<br />
em que se baseia a concepção<br />
deste pneu. Os pneus Ecopia, que<br />
já são usa<strong>dos</strong> desde 1991, são<br />
caracteriza<strong>dos</strong> por uma baixa resistência<br />
ao rolamento, proporcionando<br />
economia de combustível e<br />
redução das emissões de CO2.<br />
Segundo a Bridgestone, a maior<br />
parte das emissões que um pneu<br />
gera durante toda a sua vida útil<br />
(87%) são provocadas pelo seu<br />
uso na estrada. O pneu Ecopia<br />
EP25 utiliza um composto de borracha<br />
no qual é aplicada a tecnologia<br />
NanoPro, exclusiva da Bridgestone,<br />
que limita consideravelmente<br />
a resistência do pneu ao<br />
rolamento. ■<br />
Por: Luis Martins,<br />
Country Manager da Gripen Wheels Portugal<br />
PERTO OU LONGE?<br />
Não, não estamos numa aula<br />
da velha e boa Escola Primária,<br />
a ensinar às crianças a<br />
diferença entre os advérbios de lugar<br />
perto e longe...<br />
No entanto, sempre que se fala da<br />
forma como evolui o mercado português<br />
<strong>dos</strong> pneus, acabo por me recordar<br />
das primeiras lições da velha<br />
e boa escola primária.<br />
Vamos esclarecer. Em primeiro lugar<br />
vamos definir mercado. Para o<br />
efeito vamos utilizar a definição, do<br />
Philip Kottler, o meu primeiro “orientador<br />
espiritual” destas matérias,<br />
quando iniciei a minha formação académica<br />
em Marketing (sau<strong>dos</strong>os<br />
anos 80!). Assim, segundo o “meu<br />
guru”, o mercado é “... O conjunto de<br />
actuais e potenciais clientes de um<br />
produto ou serviço...”.<br />
Assim sendo, quando falamos do<br />
“famigerado” mercado, queremos falar,<br />
isso sim, do “Mercado Penetrado”,<br />
ou seja, as quantidades efectivamente<br />
consumidas pelo mercado.<br />
A única fonte fidedigna que possuímos<br />
é o ERMC que, assumiu particular<br />
popularidade, após a extinção da<br />
Portuguesa Pool ACAP.<br />
Fonte fidedigna?<br />
Na minha óptica, quando com base<br />
no ERMC afirmamos que o Mercado<br />
(Penetrado) cresceu, manteve-se, ou<br />
diminuiu, estamos a incorrer num<br />
grave erro de “miopia”.<br />
“Miopia”? Claro!<br />
Porque estamos a tomar a parte<br />
pelo todo. Se não vejamos. O ERMC<br />
apenas contempla as vendas <strong>dos</strong> fabricantes<br />
clássicos, ignorando o fenómeno<br />
do dito “mercado paralelo”.<br />
Ou seja, não contempla o número<br />
de pneus <strong>dos</strong> fabricantes clássicos<br />
(Michelin, Bridgestone, Goodyear,<br />
etc.) que são vendi<strong>dos</strong> na Holanda,<br />
na Alemanha ou na Bélgica (isto<br />
para dar apenas os exemplos mais<br />
comuns) e que acabam por chegar<br />
ao mercado Português. Naturalmente<br />
que estes pneus são contabiliza<strong>dos</strong><br />
nos merca<strong>dos</strong> de origem e,<br />
finalmente, vendi<strong>dos</strong> em Portugal.<br />
Qual é a dimensão deste “mercado<br />
paralelo”? Eu, não arrisco uma estimativa...<br />
Mas mais. E os fabricantes que não<br />
participam no ERMC? De sublinhar<br />
que, tanto quanto julgo saber, fabricantes<br />
do top 10 mundial, como a<br />
Hankook, a Yokohama, a Toyo e a<br />
Khumo, bem como, to<strong>dos</strong> os fabricantes<br />
com origem nos países asiáticos<br />
(que não Coreia do Sul e Japão),<br />
alguns deles com uma penetração<br />
deveras significativa no nosso<br />
mercado.<br />
Como também é do senso comum,<br />
em perío<strong>dos</strong> de dificuldades financeiras,<br />
as marcas mais económicas<br />
(Marcas Budget – se quisermos utilizar<br />
um estrangeirismo) acabam por<br />
registar crescimentos deveras significativos<br />
nos respectivos merca<strong>dos</strong>. O<br />
mercado <strong>dos</strong> pneus não é excepção.<br />
Concluindo pergunto:<br />
1 - Estamos PERTO ou LONGE de<br />
conhecer a verdadeira dimensão <strong>dos</strong><br />
diferentes segmentos de mercado<br />
<strong>dos</strong> pneus em Portugal?<br />
2 - Qual é o verdadeiro peso das<br />
marcas representadas no ERMC em<br />
Portugal?<br />
3 - Mais de 50%? Menos de 50%?<br />
Mais de 60%? Menos de 60%?<br />
Mais de 70? Deixo à vossa imaginação!<br />
Não me parece correcto que se<br />
usem os números do ERMC para<br />
afirmar, com toda a “certeza do mundo”,<br />
que o mercado cresceu x % ou<br />
que baixou x %, sob pena de, sobretudo<br />
em perío<strong>dos</strong> de grande incerteza<br />
económica, estarmos a induzir o<br />
pânico e o pessimismo no mercado.<br />
As análises de mercado devem revestir-se<br />
de seriedade e, sobretudo,<br />
quando transmitidas aos Agentes,<br />
devem assumir uma postura de Responsabilidade.<br />
Transmitir ondas de<br />
pessimismo ao mercado, com base<br />
em estatísticas deficientes no plano<br />
da representatividade da amostra é<br />
uma atitude absolutamente irreflectida<br />
e irresponsável.<br />
Termino como comecei... estamos<br />
perto ou longe de saber se o mercado<br />
desce ou sobe ?... se calhar mantém-se...!<br />
Bom ano <strong>2009</strong>. E que o mercado<br />
cresça! ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
19
ACTUALIDADE<br />
MERCADO DE PNEUS EM ANÁLISE<br />
A EVOLUÇÃO<br />
DO MERCADO DE PNEUMÁTICOS<br />
O mercado de pneus está dividido em sois sectores,<br />
equipamento original e de substituição, sendo o primeiro<br />
a comandar a evolução técnica, exigida pelos<br />
construtores de veículos, enquanto que o segundo<br />
atinge maior volume de vendas (73%).<br />
Omercado de substituição actua<br />
como complemento do primeiro e<br />
permite a concorrência de marcas<br />
mais pequenas, que não se encontram ao nível<br />
do equipamento de origem. Devido ao<br />
abrandamento da venda de carros novos, o<br />
grande motor da venda de pneus, o mercado<br />
tem crescido a um ritmo moderado, se bem<br />
que esse crescimento seja maioritariamente<br />
gerado nas economias emergentes, essencialmente<br />
nos chama<strong>dos</strong> países da chamada<br />
zona BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Os<br />
especialistas das principais marcas de<br />
pneus admitem que a futura procura global<br />
de pneus ficará equilibrada entre as economias<br />
maduras, que crescem a uma taxa de<br />
1,2 (EUA) e 2,1 (Europa) e os países em rápido<br />
desenvolvimento.<br />
Apesar das vendas aumentarem, tendo<br />
atingido em 2006 1,29 biliões de unidades e<br />
um valor de $ 112,5 biliões (Fig. 1), as principais<br />
empresas não conseguiram garantir<br />
uma rentabilidade excepcional, devido à subida<br />
do custo das matérias-primas e do petróleo.<br />
A descida do custo do barril de petróleo<br />
veio dar algum ar fresco nas finanças <strong>dos</strong><br />
fabricantes de pneus, cujas acções se encontravam<br />
em queda livre (dois dígitos percentuais),<br />
limitando a sua capacidade de investimento<br />
a prazo.<br />
Em auxílio da rentabilidade das principais<br />
empresas de produção de pneus veio também<br />
a chamada segmentação do mercado,<br />
provocada pela também crescente segmentação<br />
da produção automóvel (super desportivos,<br />
SUVs, monovolumes, etc.), uma vez<br />
que os segmentos em mais franco crescimento<br />
são os que apresentam maior valor<br />
acrescentado, ampliando a facturação e as<br />
margens. Em certos casos, há pneus que<br />
são desenvolvi<strong>dos</strong> especificamente para<br />
certos modelos. Isto claramente reforça a<br />
tendência geral <strong>dos</strong> pneus de substituição<br />
serem quase obrigatoriamente de especificação<br />
original, até na marca.<br />
Em termos de tendências para o futuro, o<br />
mercado será marcado pelos pneus de altas<br />
performances (UHP), que satisfazem as<br />
crescentes exigências de controlo dinâmico<br />
do veículo e maior segurança de condução,<br />
os pneus run-flat, que aumentam claramente<br />
a conveniência e segurança pessoal do<br />
condutor, assim como os pneus de alta eficiência<br />
energética, que permitem reduzir o<br />
consumo e as emissões das viaturas. Esta<br />
evolução segue em paralelo aos esforços<br />
das marcas fabricantes, no sentido de garantirem<br />
pneus mais confortáveis, silenciosos<br />
e com maior duração. Seja como for, o<br />
mercado de pneus irá tornar-se mais complexo,<br />
pois os condutores de carros médios e<br />
até pequenos querem dispor de pneus e jantes<br />
idênticos aos carros <strong>dos</strong> segmentos superiores.<br />
Os pequenos fabricantes de pneus<br />
também jogam neste tipo de mercado de<br />
substituição mais especializado, aumentando<br />
o nível de concorrência.<br />
Na Europa, os consumidores continuam a<br />
dar mais valor ao comportamento dinâmico<br />
do pneu, essencialmente a estabilidade em<br />
curva e a menor distância de travagem em<br />
piso húmido ou molhado, para além da longevidade,<br />
eficiência energética e protecção<br />
ambiental. Nos EUA e nos países de cultura<br />
anglo-saxónica (Austrália, Nova Zelândia,<br />
África do Sul, etc.), a preocupação fundamental<br />
continua a ser a duração do desenho<br />
da banda de rolamento.<br />
20<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Dimensão do mercado<br />
Neste momento, a União Europeia, a<br />
América do Norte e a Ásia representam<br />
83,2% do mercado de pneus de origem para<br />
automóveis e camiões, sendo o mercado<br />
asiático preponderante. Especialistas da<br />
Michelin fazem uma previsão de crescimento<br />
do mercado de 2,6% ao ano, durante os<br />
próximos 10 anos, alcançando-se no fim do<br />
período uma produção total de 1,5 biliões de<br />
unidades. Os investimentos das principais<br />
marcas de pneus incidirão nos merca<strong>dos</strong><br />
emergentes, onde o crescimento é mais<br />
elevado. Espera-se que o mercado asiático<br />
de pneus cresça +3,9%/ano, contra +4% na<br />
América do Sul e +3,2% no Médio Oriente e<br />
África. Os pneus de Inverno ou do tipo 4 estações<br />
terão um crescimento acima da média,<br />
podendo atingir os 40% do total do mercado<br />
(cerca de 450 milhões de unidades). Os<br />
pneus com medidas acima de 17", que já representam<br />
11% do mercado total, continuarão<br />
a ganhar quota de mercado, podendo<br />
atingir os 20% em 2017. Na mesma altura,<br />
os pneus de Inverno e similares poderão já<br />
representar 45% do mercado (150 milhões<br />
de unidades) e os pneus de altas performances<br />
chegarão aos 75% do total (260 milhões<br />
de unidades).<br />
Os canais de distribuição continuarão a<br />
ser domina<strong>dos</strong> pelos distribuidores especializa<strong>dos</strong>,<br />
variando a sua quota de país para<br />
país. Os concessionários, que no resto do<br />
mundo têm um papel subsidiário, garantem<br />
na Europa 20% da distribuição de pneus,<br />
contra 50% <strong>dos</strong> distribuidores especializa<strong>dos</strong>.<br />
O fabricantes mais importantes, também<br />
têm as suas próprias redes de distribuição<br />
ou delegam-na a redes de retalhistas<br />
especializa<strong>dos</strong>. Este tipo de rede de<br />
distribuição integrada permite ao fabricante<br />
estar a par das expectativas do consumidor<br />
e oferecer condições competitivas no mercado.<br />
FIG. 1<br />
VENDAS TOTAIS DE PNEUS<br />
Os 11 maiores fabricantes de pneus<br />
realizaram 75,9% das vendas mundiais em 2006 ($ 112,5 biliões)<br />
Bridgestone<br />
17.2%<br />
Michelin<br />
17,2%<br />
Outros<br />
24.1%<br />
Goodyear<br />
16,0%<br />
Quotas de mercado<br />
Verifica-se geralmente que os fabricantes<br />
de pneus são profetas na sua própria casa,<br />
uma vez que são bem sucedi<strong>dos</strong> nos países<br />
ou regiões de onde são originários. A Goodyear,<br />
por exemplo, vende 50% da sua produção<br />
nos EUA, enquanto que a Michelin obtém<br />
idêntico resultado, em relação à Europa.<br />
Em 2007, os três maiores fornecedores<br />
mundiais (Bridgestone, Michelin e Goodyear)<br />
controlaram em conjunto 60% do<br />
mercado global. Em 1997, as mesmas três<br />
marcas detinham 54% do mercado global,<br />
mas a sua política de aquisições fez subir<br />
rapidamente o potencial de produção. Embora,<br />
todas as três grandes marcas possuam<br />
negócios diversifica<strong>dos</strong> (produtos químicos,<br />
borracha, plásticos, etc.), pelo menos<br />
3/4 da sua facturação provém de pneus<br />
para veículos de to<strong>dos</strong> os tipos. Os fabricantes<br />
de média dimensão discutem igualmente<br />
o mercado, sendo as principais marcas as<br />
seguintes: Continental, Pirelli, Yokohama,<br />
Cooper, Toyo, Hankook e Kumho. O mercado<br />
remanescente fica a cargo de fabricantes<br />
locais ou de nichos de mercado. No mercado<br />
original, os construtores equipam geralmente<br />
com dois tipos de pneus diferentes<br />
cada modelo, dependendo do local de comercialização<br />
das viaturas, tendo no máximo<br />
3-4 marcas de pneus como fornecedores<br />
OE.<br />
Na Europa Ocidental as principais marcas<br />
em confronto são a Michelin, Goodyear,<br />
Bridgestone, Continental, Pirelli e outros<br />
produtores e importadores/distribuidores<br />
regionais. As importações vêm geralmente<br />
da Europa de Leste e da Ásia. A Kumho conseguiu<br />
em 2007 um contrato de fornecimento<br />
para a Mercedes-Benz (Classe A), sendo<br />
o primeiro fabricante coreano a vender para<br />
o construtor alemão. Estes pneus foram desenvolvi<strong>dos</strong><br />
no Reino Unido, de modo a<br />
preencher os exigentes requisitos da MB. O<br />
Grupo Toyo também se instalou na Europa<br />
Ocidental, possuindo estruturas de vendas<br />
nos principais países. Em casa, no entanto,<br />
quem manda é a Michelin, que obteve em<br />
2007 22% de quota no mercado europeu de<br />
pneus OE e de substituição. Continental,<br />
Goodyear, Bridgestone e Pirelli estão a seguir<br />
à marca francesa. Nos veículos comerciais,<br />
a Michelin lidera igualmente na Europa,<br />
tendo obtido 37% de quota total (OE e<br />
substituição) em 2007, seguida da Goodyear<br />
e da Bridgestone. No Leste Europeu, os<br />
mesmos cinco fabricantes principais dividem<br />
o mercado, segui<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> fabricantes<br />
asiáticos.<br />
Continental 6,0%<br />
Pirelli 4,4%<br />
Sumitomo 3,3%<br />
Yokohama 2,8%<br />
Hankook 2,8%<br />
Cooper 2,4%<br />
Kumho 2,1%<br />
Toyo 1.7%<br />
Fonte: Tire Business<br />
Previsões para o período 2007/2014<br />
A Europa esteve dividida em três grandes<br />
regiões ao longo do século passado e isso<br />
ainda hoje é perceptível. Uma das zonas corresponde<br />
à U.E. + Noruega e Suíça, havendo<br />
depois os países que pertenceram à organização<br />
económica Comecon, que era liderada<br />
pelo Bloco Soviético. Nestes países do Leste<br />
Europeu, há algumas diferenças, tendo havido<br />
um progresso mais rápido nos que fazem<br />
fronteira com a Europa Ocidental (Polónia,<br />
República Checa, Hungria). A Rússia só por<br />
si constitui uma região, embora a situação<br />
que reina na Bielorússia e na Ucrânia seja<br />
idêntica. O parque automóvel russo tem vindo<br />
a crescer continuamente, desde a queda<br />
do império soviético. Particularmente, os<br />
veículos de marcas estrangeiras têm crescido<br />
sem parar na última década. Uma previsão<br />
realista para o mercado global de pneus<br />
de veículos ligeiros aponta para 1,47 biliões<br />
de unidades em 2014, o que significa um aumento<br />
de 25%, relativamente a 2007 (1,17 biliões<br />
de unidades). Sendo o mercado de<br />
substituição comandado pelos fabricantes, a<br />
sua rentabilidade não deverá alterar-se significativamente.<br />
Nos veículos comerciais, o volume total do<br />
mercado deverá ultrapassar em 2014 os 160<br />
milhões de unidades, ou seja, mais 28% do<br />
que em 2007 (124,7 milhões de unidades).<br />
Combinando to<strong>dos</strong> os tipos de pneus para<br />
automóveis e camiões, poderemos chegar<br />
aos 1,62 biliões de unidades em 2014, o que<br />
se ficará a dever em grande parte ao crescimento<br />
do mercado chinês. A grande maioria<br />
<strong>dos</strong> pneus nessa altura terá códigos de velocidade<br />
acima de S e séries abaixo de 70, pelo<br />
menos no segmento de altas performances,<br />
que se tornará dominante.<br />
Fonte:<br />
Global Market Review of Automotive Tyres<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
21
ACTUALIDADE<br />
Redução <strong>dos</strong> custos da frota<br />
PNEUS AJUDAM<br />
A POUPAR<br />
Que factores influenciam os custos de uma frota de veículos<br />
pesa<strong>dos</strong>? Para além <strong>dos</strong> motivos directos, que tem a ver com<br />
o consumo de combustível, outros factores, bem importantes<br />
por sinal, também podem aumentar ou diminuir os custos,<br />
como é o caso <strong>dos</strong> pneus. A Continental explica como.<br />
Oscustos na indústria <strong>dos</strong> transportes<br />
aumentam continuamente e a<br />
crise financeira não deixou ileso o<br />
sector da logística. Além disso, em diversos<br />
países europeus vai continuar a aumentar o<br />
valor a pagar nas portagens, como por<br />
exemplo em Portugal, em que as SCUT vão<br />
passar a ser pagas.<br />
Apesar de se reconhecer a enorme necessidade<br />
de transportes, muitos veículos estão<br />
para<strong>dos</strong>. Os especialistas prevêem já um<br />
grande número de falências, uma vez que<br />
muitas empresas de transporte se deixaram<br />
apanhar pela armadilha <strong>dos</strong> custos. Como<br />
será, então, possível reduzir os custos? Onde<br />
se encontram os potenciais de poupança?<br />
O fabricante de pneus para veículos médios<br />
e pesa<strong>dos</strong> Continental está convencido<br />
de que é possível combater a crescente<br />
pressão financeira, por exemplo, com uma<br />
rígida disciplina de custos e com os pneus<br />
correctos que, como já foi demonstrado,<br />
exercem uma influência considerável sobre<br />
os custos operacionais.<br />
A rentabilidade <strong>dos</strong> veículos e das frotas é<br />
influenciada de modo significativo pela resistência<br />
ao rolamento <strong>dos</strong> pneus. Isto está<br />
cientificamente provado, mas cada operador<br />
de frota sabe, por experiência própria, o<br />
quanto é difícil determinar a influência <strong>dos</strong><br />
pneus sobre o consumo de combustível.<br />
Existem muitos factores externos que também<br />
têm influência, como o tempo, os mo<strong>dos</strong><br />
de condução e as diferenças de carga.<br />
No entanto: "A resistência ao rolamento é<br />
o factor decisivo, mais do que o desempenho<br />
quilométrico. Oito porcento de to<strong>dos</strong> os custos<br />
operacionais devem-se a este factor",<br />
explica Geert Roik, Senior Vice-Presidente<br />
de Investigação & Desenvolvimento, OE<br />
<strong>Pneus</strong> para Veículos Médios e Pesa<strong>dos</strong> na<br />
Continental.<br />
Neste sentido, o desempenho quilométrico<br />
de um pneu está, cada vez mais, a assumir<br />
a segunda posição nos critérios de avaliação<br />
do pneu. Um tractor com semi-reboque<br />
comum terá, em média, doze pneus,<br />
pelo que os pneus serão responsáveis por<br />
cerca de 40% da resistência de condução.<br />
Isto representa doze litros de gasóleo, o que<br />
é bastante representativo se atendermos ao<br />
consumo actual de gasóleo de cerca de 30 litros<br />
por 100 quilómetros percorri<strong>dos</strong> neste<br />
tipo de veículo. Neste ponto, torna-se claro<br />
que um novo requisito foi criado pelos preços<br />
actuais do combustível, e os seus aumentos<br />
espera<strong>dos</strong>: Redução da resistência<br />
ao rolamento ao mínimo necessário.<br />
Com os preços actuais do gasóleo, 1% de<br />
optimização da resistência ao rolamento<br />
tem, mais ou menos, o mesmo efeito que<br />
10% de optimização do desempenho quilométrico.<br />
"Se todas as empresas transportadoras<br />
na Alemanha utilizassem pneus com<br />
resistência ao rolamento optimizada, seria<br />
possível poupar 650 milhões de litros de<br />
combustível por ano", explica o especialista<br />
Roik.<br />
22<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
CALCULADOR<br />
DA POUPANÇA DE COMBUSTÍVEL<br />
A Continental disponibilizou o Calculador da Poupança de Combustível na sua página na Internet<br />
(www.conti-online.com), uma ferramenta útil para empresas transportadoras. Esta<br />
ferramenta encontra-se na secção <strong>Pneus</strong> para Veículos Médios e Pesa<strong>dos</strong>. Calcula automaticamente<br />
quantos litros de combustível consome a menos um veículo com pneus Continental<br />
em comparação com produtos da concorrência. Para além disso, o sistema apresenta<br />
os benefícios financeiros, e a redução na emissão de CO2.<br />
Desde há muitos anos que a Continental<br />
AG assume um papel de liderança na optimização<br />
da resistência ao rolamento. Os esforços<br />
recairam na redução do peso do pneu, o<br />
que no final, conduz directamente à melhoria<br />
da resistência ao rolamento. Aplicando<br />
novas tecnologias, o fabricante conseguiu<br />
dar saltos quânticos nos produtos da nova<br />
geração, lidera<strong>dos</strong> pelo HTR 2. Um novo design<br />
da cinta estabilizadora fez com que o<br />
pneu, apesar da maior largura do piso que<br />
implica mais material, apresentasse uma<br />
resistência ao rolamento 5% menor que o<br />
seu antecessor. Esta inovação é apoiada por<br />
um design inteligente do piso que optimiza<br />
de tal forma a mobilidade do pneu que confere<br />
nova redução da resistência ao rolamento.<br />
Os engenheiros que desenvolveram o<br />
HTR 2, conseguiram criar um pneu de reboque<br />
que assume uma posição de liderança<br />
em termos de desempenho quilométrico e<br />
resistência ao rolamento, entre os seus pares,<br />
explica Roik.<br />
No uso diário, a pressão de ar do pneu desempenha<br />
um papel significativo. Se a pressão<br />
operacional do pneu diminuir, aumenta<br />
a sua resistência ao rolamento. Os mais recentes<br />
inquéritos indicam que cerca de 40%<br />
de to<strong>dos</strong> os reboque circulam com baixa<br />
pressão de ar. "Por cada bar de pressão a<br />
menos, a resistência ao rolamento aumenta<br />
em quatro porcento", esclarece Roik. Também<br />
os pneus demasiado cheios não se movem<br />
de forma optimizada. O pneu desgastase<br />
mais e a segurança do veículo é afectada.<br />
A Continental AG utiliza nos seus novos<br />
produtos a tecnologia patenteada Air-Keep<br />
TM. Uma mistura especial na camada butílica<br />
possibilita uma redução em 50% da permeabilidade<br />
ao ar. As perdas por difusão entre<br />
os intervalos de manutenção são claramente<br />
minimizadas. Um efeito secundário<br />
positivo é o melhoramento do padrão de desgaste<br />
que, com uma pressão do ar optimizada,<br />
é claramente mais uniforme do que com<br />
uma pressão reduzida. Num futuro próximo,<br />
a Continental irá disponibilizar a possibilidade<br />
de monitorizar online a pressão de ar,<br />
através de um sistema inteligente de sensores<br />
para os pneus. Este sistema mede, simultaneamente,<br />
a quilometragem <strong>dos</strong><br />
pneus e o peso da carga e envia automaticamente<br />
um sinal para o condutor, indicando<br />
que os pneus devem ser enchi<strong>dos</strong> ou que o<br />
veículo tem excesso de carga.<br />
O peso do pneu é igualmente decisivo no<br />
que diz respeito à redução <strong>dos</strong> custos. Quanto<br />
mais leves forem os pneus, maior pode<br />
ser o peso da carga de um veículo. Isto também<br />
significa mais dinheiro para a empresa<br />
transportadora.<br />
A Continental AG tem vindo, há vários<br />
anos, a empenhar-se na melhoria contínua<br />
da capacidade de recauchutagem <strong>dos</strong> seus<br />
pneus para veículos médios e pesa<strong>dos</strong>. Nos<br />
pneus da nova geração, como o pneu de reboque<br />
HTR 2, é utilizada a cinta metálica<br />
triangular optimizada e o reforço metálico<br />
do rebordo do talão, para além da habitual<br />
carcaça metálica. Além disso, os especialistas<br />
em pneus em Hannover estão constantemente<br />
a desenvolver o padrão de rolamento<br />
do piso do pneu. Há alguns anos atrás os longos<br />
testes de campo demonstravam o fruto<br />
de uma cooperação estreita com grandes<br />
frotas, actualmente as simulações de altaperformancee<br />
podem apresentar resulta<strong>dos</strong><br />
elucidativos em apenas algumas horas ou<br />
dias. Consequentemente, hoje em dia, o<br />
cliente recebe um pneu que sofre um desgaste<br />
tão uniforme que, no final da primeira<br />
vida útil do pneu, praticamente já não resta<br />
qualquer material excedente na carcaça.<br />
Desta forma, também é possível poupar<br />
dinheiro com pneus recauchuta<strong>dos</strong>. Na Continental,<br />
um pneu recauchutado premium é<br />
tão bom quanto um pneu novo, mas 30%<br />
mais barato. "Este é sem dúvida outra forma<br />
de combater a pressão nos custos no sector,<br />
para as pequenas e médias empresas", resume<br />
o representante da Continental, Roik.<br />
Fonte: Continental<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
23
CONHECER<br />
Sistemas de controlo pressão de pneus<br />
QUANDO A ELECTRÓNICA<br />
CHEGA AOS PNEUS<br />
Controlar a pressão <strong>dos</strong> pneus dentro do carro, sem sujar<br />
as mãos, com a máxima precisão e em tempo real, já é<br />
possível graças aos novos sistemas electrónicos de<br />
controlo de pressão. Mais segurança para o automobilista<br />
e economia de combustível, são as vantagens mais<br />
evidentes destes sistemas<br />
Abaixa pressão <strong>dos</strong> pneus, conjugada<br />
com pressões diferentes, pneus<br />
em estado duvi<strong>dos</strong>o, travões sem<br />
manutenção, suspensão idem e direcção desalinhada,<br />
constitui a fórmula "ideal" para<br />
obter acidentes de viação. Mesmo assim, vamos<br />
supor que o veículo ainda é recente e<br />
ainda está em bom estado, o mesmo sucedendo<br />
com os pneus. Poderá a simples falta<br />
de manutenção da pressão <strong>dos</strong> pneus causar<br />
insegurança? Certamente que sim, mas não<br />
somente. Custos evitáveis em consumo de<br />
combustível, degradação prematura <strong>dos</strong><br />
pneus (-50% de vida útil), problemas de direcção,<br />
etc., são também provoca<strong>dos</strong> pela<br />
inadequada pressão do equipamento pneumático.<br />
Vejamos os factos:<br />
• Nem os pneus, nem as válvulas de enchimento<br />
destes são completamente estanques,<br />
partindo do princípio que os pneus e as<br />
jantes estão impecáveis e a respectiva montagem<br />
obedeceu a to<strong>dos</strong> os preceitos. As razões<br />
são muito simples:<br />
- A borracha é porosa num grau mínimo,<br />
mas a porosidade aumenta com a temperatura<br />
e com as solicitações mecânicas;<br />
- A união jante/pneu pode sofrer danos, devido<br />
a impactos, condução nos limites etc.;<br />
- A válvula tem aperto, mas as vibrações e as<br />
dilatações do metal desta provocam perdas<br />
de ar mínimas.<br />
• Com a pressão abaixo do especificado<br />
pelo construtor, para uma determinada medida<br />
de jante e pneu, a área de contacto deste<br />
com o solo aumenta, provocando um coeficiente<br />
de atrito superior com a estrada.<br />
• Sem a pressão suficiente, as paredes laterais<br />
do pneu ou flancos tornam-se mais<br />
flexíveis, aumentando o ângulo de deriva:<br />
manter a trajectória, tanto em recta, como<br />
em curva, passa a ser mais problemático,<br />
assim como ao travar.<br />
• Se os pneus de um carro perderem a<br />
pressão a ritmos diferentes, as pressões em<br />
cada um são também diferentes, ao fim de<br />
um certo tempo, desequilibrando a geometria<br />
original do veículo: desvios inespera<strong>dos</strong><br />
ao curvar e ao travar são inevitáveis e a direcção<br />
perde a sua necessária precisão.<br />
• Com a pressão mais baixa do que o recomendado,<br />
o pneu sofre flexões de maior amplitude<br />
e frequência, que aumentam a sua<br />
temperatura e esforçam os componentes<br />
estruturais: perfurações e danos tornam-se<br />
mais prováveis e mais simples de suceder<br />
(+80%).<br />
Numa só palavra: o condutor que circula<br />
sem a pressão correcta nos seus pneus<br />
"compra" a insegurança e "candidata-se" a<br />
um acidente rodoviário, para além de desperdiçar<br />
combustível e estragar os pneus.<br />
24<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Controlar a pressão <strong>dos</strong> pneus, pelo menos<br />
uma vez por mês, é a melhor garantia de segurança.<br />
Mesmo assim, se há condutores<br />
que até poderiam controlar a pressão <strong>dos</strong><br />
seus pneus to<strong>dos</strong> os dias, outros não conseguem<br />
atinar com isso, de maneira nenhuma:<br />
quando se lembram, não há onde verificar a<br />
pressão; quando há onde verificar a pressão,<br />
não se lembram… Depois, a "pressão" <strong>dos</strong><br />
horários, os negócios, os problemas profissionais,<br />
familiares e pessoais, as solicitações<br />
inesperadas, tudo isso funciona contra o<br />
controlo da pressão <strong>dos</strong> pneus, que estão "lá<br />
em baixo" e mal se vêem. Felizmente, agora<br />
existem os sistemas de controlo de pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus.<br />
O preço da segurança<br />
Os fabricantes de componentes e sistemas<br />
para veículos rapidamente chegaram à conclusão<br />
de que os problemas de pressão de<br />
pneus podiam ser fatídicos e cobrar um preço<br />
elevadíssimo aos automobilistas, através<br />
da sinistralidade rodoviária. Os custos acumula<strong>dos</strong><br />
da má gestão da pressão <strong>dos</strong><br />
pneus, por outro lado, representam um capital<br />
elevado, que poderia ser reconvertido<br />
num investimento em segurança. Encontrada<br />
a motivação e o financiamento, faltava encontrar<br />
a solução, mas a electrónica tornou<br />
tudo mais simples: controlar a pressão <strong>dos</strong><br />
pneus dentro do carro, sem sujar as mãos,<br />
com a máxima precisão e em tempo real. Cá<br />
está um bom negócio para propor aos condutores<br />
de automóveis: + segurança + economia<br />
e + conforto, tudo num sistema que se<br />
paga a si próprio, ao poupar combustível,<br />
pneus travões, direcção, etc.<br />
A solução era tão inteligente, prática e útil,<br />
que os construtores de veículos não tardaram<br />
a perceber o interesse imediato da inovação,<br />
tanto em valor acrescentado <strong>dos</strong> seus<br />
carros, como em marketing politicamente<br />
correcto. As próprias autoridades públicas<br />
não demoraram a reconhecer os méritos da<br />
inovação, no sentido de combater a sinistralidade<br />
rodoviária, que continua a ser um flagelo<br />
económico e social em todo o mundo.<br />
Foi assim que os sistemas de controlo de<br />
pressão <strong>dos</strong> pneus se tornaram legalmente<br />
obrigatórios nos EUA, para os veículos novos<br />
regista<strong>dos</strong> a partir de 2007.<br />
Tendo começado a fabricar sistemas de<br />
controlo de pressão de pneus em escala industrial,<br />
para os clientes OE, os fornecedores<br />
de componentes e tecnologias estavam<br />
igualmente em condições de oferecer ao<br />
mercado de pós venda a mesma solução,<br />
permitindo a qualquer condutor fazer um negócio<br />
que lhe pode poupar bastante dinheiro<br />
(cerca de -4% de combustível) e até possivelmente<br />
a vida.<br />
Análise comparativa<br />
BERU TSS vs VDO TPMS<br />
A procura no mercado de primeiro equipamento<br />
e a obrigatoriedade do uso de sistemas<br />
de controlo de pressão de pneus nos<br />
EUA, para carros de nova matrícula, criou<br />
oportunidades para vários fornecedores, que<br />
apresentaram as suas versões mais ou menos<br />
originais desta funcionalidade. De resto,<br />
se houvesse apenas uma marca no mercado,<br />
isso seria negativo para os consumidores e<br />
para a própria economia. Neste artigo, iremos<br />
também analisar os sistemas: TSS - Tire<br />
Safety System, da Beru e o TPMS - Tire Pressure<br />
Monitoring System, da marca VDO, actualmente<br />
propriedade do Gupo Continental<br />
TIRE SAFETY SYSTEM (TSS), DA BERU<br />
A marca BERU foi das primeiras a estudar<br />
um sistema viável de controlo de pressão de<br />
pneus e a primeira a ver o seu invento TSS -<br />
Tire Safety System homologado pela indústria<br />
automóvel.<br />
Actualmente, faz parte do equipamento<br />
original de prestigiosas marcas e modelos<br />
de topo de gama, onde a segurança, o conforto<br />
e a mobilidade são altamente valoriza<strong>dos</strong>.<br />
No entanto, o sistema é aplicável a to<strong>dos</strong><br />
os tipos de veículos, desde os pesa<strong>dos</strong><br />
industriais, aos pequenos utilitários, porque<br />
to<strong>dos</strong> têm direito à segurança, que afinal é<br />
um bem comum a toda a circulação rodoviária.<br />
Não terá sido por acaso que o sistema<br />
BERU TSS recebe o prémio de segurança<br />
"Genius 2007 ", atribuído anualmente pela<br />
seguradora Allianz. Para isso, o sistema<br />
BERU TSS está disponível igualmente no<br />
mercado de pós-venda automóvel, podendo<br />
ser montado facilmente em qualquer oficina<br />
qualificada. A estrutura do sistema TSS de<br />
controlo da pressão de pneus está patente<br />
na " radiografia" da Fig. 1, podendo destacar-se<br />
os seguintes elementos:<br />
• Sensores/emissores electrónicos de<br />
roda (4 unidades)<br />
• Antenas receptoras (4 unidades)<br />
• Unidade Central de Controlo<br />
• Mostrador do painel de instrumentos<br />
Principais características técnicas<br />
do sistema BERU TSS:<br />
- Controlo permanente da pressão <strong>dos</strong><br />
pneus, assim como da sua temperatura,<br />
identificação de cada sensor de roda e duração<br />
da bateria destes;<br />
- Informação imediata ao condutor de variações<br />
no equilíbrio da viatura;<br />
- Funcionamento fiável até 120º C e resistência<br />
até 170º C;<br />
- Funcionamento fiável até 2.000 g de aceleração<br />
(estática), sendo compatível com<br />
viaturas de alta performance;<br />
- Óptima resistência a vibrações, podendo<br />
ser utilizado em carros equipa<strong>dos</strong> com<br />
correntes para neve, por exemplo;<br />
- Aplicação flexível em quase to<strong>dos</strong> os tipos<br />
de jantes;<br />
- Software com sistema de identificação de<br />
roda, podendo estas ser mudadas para<br />
qualquer posição;<br />
- A pressão de controlo pode ser especificada<br />
para cada roda, permitindo introduzir<br />
variações para aumentos de carga, temperatura,<br />
etc.<br />
FIG. 1<br />
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO<br />
DO SISTEMA BERU TSS<br />
Unidade de controlo<br />
Mostrador<br />
Antenas<br />
receptoras<br />
Sensores/emissores electrónicos de roda<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
25
CONHECER<br />
FIG. 2<br />
ELEMENTOS DE UM SENSOR TPMS<br />
1<br />
Sensor<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
Junta<br />
Vedante<br />
Porca de montagem<br />
Válvula<br />
Tampa de protecção<br />
TIRE PRESSURE MONITORING SYSTEM<br />
(TPMS), DA VDO<br />
Tal como acontece com a BERU, a VDO fornece<br />
os seus sistemas de controlo da pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus a vários fabricantes de viaturas<br />
que operam na Europa, mas possui a opção<br />
de controlo indirecto, através da análise<br />
de vários parâmetros disponíveis no sistema<br />
electrónico de certos modelos (Mini II, BMW<br />
séries 5,6 e 7, VW Golf V, Mercedes C-Class e<br />
CLK). O sistema de controlo indirecto da<br />
pressão <strong>dos</strong> pneus, também proposto pela<br />
Dunlop (Warnair) e pela Conti-Teves (DDS),<br />
tem a vantagem de possuir uma estrutura<br />
mais simples, praticamente limitada ao software<br />
e a um sinal visual/acústico, mas não<br />
pode ser montado em qualquer veículo, pelo<br />
que tem que ser proposto de origem.<br />
Dessa forma, é um sistema que não pode<br />
ser aplicado como extra a qualquer veículo,<br />
limitando a sua expansão no mercado de pós<br />
venda.<br />
Quando ao sistema de controlo directo<br />
TPMS, a VDO utiliza uma estrutura semelhante<br />
aos outros sistemas existentes no<br />
mercado, isto é: um sensor/emissor na válvula<br />
de cada roda, uma unidade central de<br />
processamento de da<strong>dos</strong> e um mostrador<br />
de aviso no painel de instrumentos.<br />
Principais características técnicas do sistema<br />
VDO TPMS:<br />
- Pressão máxima medida: 10 bar<br />
-Temperatura do pneu medida: entre -<br />
40/+100º C<br />
- Identificação da roda<br />
- Indicação do estado da bateria<br />
- Duração da bateria: 7 - 10 anos<br />
- Velocidade máxima do veículo: 350km/h<br />
- Frequência do sinal: 433,92 MHz<br />
- Compatível com ar ou nitrogénio (azoto)<br />
Com um sistema para monitorizar a pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus, não só se conduz com mais<br />
segurança, como também se economiza<br />
combustível.<br />
Manutenção <strong>dos</strong> sensores TPMS<br />
Os elementos de um sensor TPMS podem<br />
ser observa<strong>dos</strong> na Fig. 2, mas é necessário<br />
consultar a tabela de aplicações da VDO para<br />
seleccionar o sensor de roda homologado<br />
pela marca, uma vez que existem 7 tipos diferentes<br />
de sensores TPMS, a que correspondem<br />
5 kits de substituição também diferentes.<br />
No Grupo PSA (Peugeot, Citroen), os<br />
sensores de roda TPMS apenas podem ser<br />
monta<strong>dos</strong> nas jantes de liga de alumínio. Por<br />
outro lado, os sensores de roda TPMS têm<br />
que ser substituí<strong>dos</strong> sempre que ocorra uma<br />
das seguintes situações:<br />
- Substituição do pneu<br />
- Pneu furado<br />
- Danos provoca<strong>dos</strong> no sensor pela montagem<br />
do pneu<br />
- Bateria Fraca<br />
- To<strong>dos</strong> os casos em que há falha do sensor<br />
- Ao substitui o sensor, to<strong>dos</strong> os acessórios<br />
devem ser igualmente substituí<strong>dos</strong>. É necessário<br />
instalar o respectivo nº de série<br />
na unidade de controlo electrónica. O carro<br />
não deve rodar a mais de 20km/h, nem<br />
durante mais de 5 minutos, enquanto o<br />
sensor não for registado no sistema. Em<br />
caso de dificuldade para registar o sensor,<br />
utilizar os seguintes procedimentos:<br />
- Não rodar as rodas pelo menos, durante<br />
15 minutos<br />
- Aumentar a pressão <strong>dos</strong> pneus para 4,5<br />
bar, mantendo-a assim durante mais de<br />
2 minutos<br />
- Corrigir seguidamente a seguir para a<br />
pressão especificada<br />
- Registar então o sensor TPMS<br />
Além destes procedimentos, certos sensores<br />
são activa<strong>dos</strong> pela força centrífuga,<br />
pelo que não actuam com o carro parado.<br />
Para activar o sensor é necessário uma ferramenta<br />
específica de activação, para que<br />
ele funcione com o carro estacionado. A ECU<br />
26<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
do sistema TPMS pode ser programada<br />
usando uma ligação OBD. No caso <strong>dos</strong> modelos<br />
Renault, a posição das rodas tem que<br />
ser programada, pelo que é necessário reprogramar<br />
o sistema sempre que a posição<br />
destas é alterada.<br />
Para montar um sensor TPMS, a VDO recomenda<br />
os seguintes passos:<br />
- Limpar totalmente a zona de montagem do<br />
sensor<br />
- Montar o sensor na posição correcta, para<br />
evitar fugas de ar<br />
- Para evitar possíveis danos no sensor, utilizar<br />
uma chave dinamométrica (Fig. 3)<br />
- O binário de aperto vem impresso na embalagem<br />
do sensor, podendo variar (6Nm,<br />
8 Nm ou 8,5Nm), de acordo com a viatura.<br />
SÍNTESE COMPARATIVA<br />
Os sistemas de controlo de pressão <strong>dos</strong><br />
pneus estão ainda numa fase de desenvolvimento<br />
e amadurecimento, sendo necessário<br />
reunir toda a informação técnica disponível<br />
na marca fornecedora e seguir todas as instruções<br />
de montagem, quer do fornecedor,<br />
quer do fabricante do veículo. No caso de<br />
substituições de peças de origem, será mais<br />
lógico utilizar a marca original, excepto nos<br />
casos em que estão previstas aplicações de<br />
outras marcas. Nesse caso, a opção terá que<br />
levar em conta o respectivo preço. condições<br />
de venda, garantia, etc. Quanto à montagem<br />
destes sistemas como extra, em carros que<br />
não possuíam a função de origem, torna-se<br />
necessário alguma prudência, em relação<br />
aos seguintes pontos:<br />
• Como já vimos, os sistemas de medição<br />
indirecta são basea<strong>dos</strong> na electrónica do<br />
veículo, implicando pelo menos a existência<br />
de sistema de travagem com ABS. A marca<br />
fornecedora tem obrigatoriamente que ser<br />
consultada e terá que fornecer to<strong>dos</strong> os da<strong>dos</strong><br />
técnicos necessários para efectuar a<br />
montagem com segurança;<br />
• Nos sistemas de medição directa da<br />
pressão do pneu, a montagem numa marca<br />
Os sistemas de controlo da pressão <strong>dos</strong> pneus permitem detectar um desvio na pressão de<br />
um só pneu de 0.2 bares (em automóveis) e 0.4 bares (em camiões). Desta forma, to<strong>dos</strong> os<br />
condutores são informa<strong>dos</strong> logo que os pneus necessitam de ser enchi<strong>dos</strong>.<br />
e num modelo de viatura que não tem previsto<br />
de origem o dispositivo, é necessário<br />
verificar se a marca fornecedora do equipamento<br />
dispõe de kits de montagem completos<br />
e quais são as condições de compatibilidade<br />
com as características do veículo, condições<br />
de garantia, etc. Além disso, como<br />
não há instruções no livro da viatura, o utilizador<br />
desta terá que ser informado da forma<br />
correcta de proceder, para utilizar vantajosamente<br />
o dispositivo;<br />
• O sistema TSS da BERU parece mais<br />
amadurecido para o pós venda, pois dispensa<br />
procedimentos de registo <strong>dos</strong> sensores,<br />
uma vez que o software possui uma função<br />
de auto aprendizagem; por outro lado, os<br />
sensores TSS funcionam com o carro em<br />
movimento e com o carro parado, sem procedimentos<br />
adicionais; excluindo a questão<br />
do preço, disponibilidade e outras condições<br />
de fornecimento, o sistema TSS da BERU<br />
poderá ter mais sucesso junto do grande<br />
público;<br />
• No sistema TPMS da VDO, existem muitas<br />
particularidades e definições, que poderão<br />
dificultar de imediato a sua afirmação no<br />
mercado, excepto com um esforço de apoio<br />
técnico constante e completo ao cliente;<br />
quanto aos sistemas de medição indirecta<br />
da pressão <strong>dos</strong> pneus, seria interessante<br />
que a VDO tornasse a sua difusão mais simples<br />
e atractiva, para a maioria <strong>dos</strong> consumidores,<br />
pois apresenta algumas vantagens<br />
importantes para estes. ■<br />
FIG. 3<br />
MONTAGEM DE UM SENSOR TPMS<br />
É necessário um operador<br />
qualificado/autorizado<br />
Conferir a referência<br />
da peça e as instruções<br />
Utilizar<br />
ferramentas adequadas<br />
Respeitar<br />
os binários de aperto do sensor<br />
A montagem de um sensor TPMS deve ser<br />
efectuada por um operador qualificado,<br />
utilizando ferramentas adequadas.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
27
MERCADO<br />
<strong>Pneus</strong> agrícolas e industriais<br />
POUCOS MAS BONS<br />
O número de fabricantes de pneus agrícolas e industriais é<br />
escasso quando comparado com o existente nos restantes<br />
segmentos de mercado. Mas a aposta tecnológica na procura<br />
de soluções inovadoras é extremamente forte. Aqui ficam<br />
algumas novidades das marcas presentes no mercado.<br />
TRELLEBORG TM900HP<br />
O Trelleborg TM900HP (High Power) é um<br />
pneumático radial especialmente desenvolvido<br />
para tractores de grande potência (até 300 CV),<br />
com uma elevada capacidade de carga.<br />
Devido às suas características dimensionais e à<br />
sua estrutura radial optimizada, é capaz de transferir<br />
para o solo o elevado torque <strong>dos</strong> veículos agrícolas de grandes<br />
dimensões, gerando uma potente tracção em todo o tipo de<br />
terrenos. O pneumático TM900HP garante umas extraordinárias<br />
prestações de conforto e segurança em estrada.<br />
A Trelleborg é uma marca sueca de pneus agrícolas e industriais.<br />
Para a real introdução deste grupo no importante segmento<br />
da agricultura, muito contribuiu a aquisição em 2001 de todo o negócio<br />
de Agricultura da Pirelli, que permitiu absorver toda a área<br />
industrial na vertente agrícola deste produtor, nomeadamente a<br />
fábrica de Tivoli, nos arredores de Roma, que tem sido alvo de importantes<br />
investimentos nos últimos anos.<br />
A divisão Trelleborg Wheel Systems (Líder mundial em pneus<br />
industriais; N.º 2 na Europa em pneus agrícolas; Forte posição em<br />
pneus florestais) alcançou vendas de mais de 600 milhões de dólares<br />
em 2007 e emprega 2.100 pessoas.<br />
HILO TIRES<br />
21.00 R 35 ** 201B<br />
E4T TL<br />
A Gripen Wheels Portugal lançou recentemente<br />
pneus de Engenharia Civil HILO TIRES, na dimensão<br />
21.00 R 35 ** 201B E4T TL e com o desenho de<br />
piso B04S, na variante “Composto Ultra Resistente<br />
aos Cortes e Agressões” (Cut Resistent Rubber<br />
Compound).<br />
Segundo Luís Martins, Country Manager da Gripenn Wheels<br />
Portugal, “Esta dimensão, extremamente difícil de obter irá, com<br />
toda a certeza, possibilitar o fornecimento a muitos clientes que já<br />
desesperarão de tanto esperar pela disponibilidade do produto.<br />
Ainda existem muitos Dumpers, já com uma idade apreciável, que<br />
estão equipa<strong>dos</strong> com esta dimensão, como são os casos <strong>dos</strong> equipamentos<br />
das marcas EUCLID, CATERPILLAR, KOMATSU, etc.”.<br />
Com origem na Suécia, a Gripen Wheels lidera o mercado Europeu<br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> de Engenharia Civil e jantes OTR. A companhia opera<br />
10 armazéns na Europa que servem 23 países, sendo que o<br />
stock médio oscila entre os 9.000 e os 10.000 pneus OTR.<br />
Fundada por “veteranos da indústria do Pneu”, a HILO TIRES<br />
disponibiliza a mais completa gama de pneus OTR (Engenharia Civil)<br />
produzida na China. Com mais de 20 desenhos de piso distribuí<strong>dos</strong><br />
por 60 modelos diferentes, a HILO TIRES aposta claramente<br />
na pesquisa e desenvolvimento como forma de integrar to<strong>dos</strong> os<br />
seus recursos tecnológicos na senda da qualidade líder.<br />
FIRESTONE<br />
DURAFORCE UTILITY<br />
O novo Firestone Duraforce Utility foi construído<br />
para serviços industriais ligeiros, retroescavadoras<br />
e pás carregadoras compactas.<br />
Excelente em superfícies duras; Excelente estabilidade<br />
lateral; Desgaste uniforme do piso; Resistência<br />
aos cortes e perfurações.<br />
Excelente tracção em superfícies duras: devido ao novo piso em<br />
blocos desenhado para serviços Industriais. Excelente estabilidade<br />
lateral: devido a uma largura extra-larga do piso e parede extra-espessa.<br />
Desgaste uniforme do piso: - devido ao piso extralargo<br />
e contorno plano; - desenho do piso optimizado com tecnologia;<br />
- “Finite Element analysis” que garante um desgaste mais<br />
uniforme. Resistência aos cortes e perfurações devido a: - compostos<br />
especialmente desenvolvi<strong>dos</strong> para condições severas; -<br />
base do pneu extra-espessa com ribs.<br />
Desenho do piso com contorno plano = mais conforto & melhor<br />
desgaste em estrada.<br />
MICHELIN OMNIBIB<br />
Ganhar tempo na estrada e no campo... Poupar<br />
combustível... Respeitar os solos... propor<br />
uma duração 13% superior relativamente ao<br />
do seu primeiro competidor... Permitir uma<br />
capacidade de carga até 14% superior à de um<br />
pneumático standard... Aumentar a aderência<br />
em qualquer terreno... Estas são, por outras<br />
palavras, os benefícios <strong>dos</strong> novo Michelin OmniBib.<br />
Graças à conjugação destes benefícios, o Michelin OmniBib<br />
pode melhorar por si mesmo a produtividade das explorações.<br />
O nome deste novo pneumático revela uma qualidade decisiva:<br />
a sua polivalência. O Michelin OmniBib está destinado a realizar<br />
toda uma série de operações que constituem as tarefas quotidianas<br />
<strong>dos</strong> agricultores: trabalho nos campos e em quintas de gado,<br />
e transporte por estrada.<br />
Oferecendo uma maior pegada de contacto como o solo, tanto<br />
em longitude como em largura, e uma pressão no geral inferior<br />
em 0,2 bares relativamente à <strong>dos</strong> seus competidores, o Michelin<br />
OmniBib permite poupar combustível, aumentar a velocidade de<br />
28<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
trabalho e beneficiar-se da maior duração da sua categoria, segundo<br />
o fabricante.<br />
Este pneumático pode transportar mais carga, respeitando os<br />
solos, e proporciona um grande conforto ao condutor do tractor,<br />
melhorando ao mesmo tempo o comportamento do veículo.<br />
GOODYEAR OPTITRAC<br />
A Goodyear anunciou recentemente a aprovação<br />
dada pela CNH a 45 dimensões de pneus<br />
radiais agrícolas Optitrac, para equipamento<br />
de origem das suas gamas de tractores agrícolas<br />
New Holland T6000 e T7000, Case Maxxum<br />
e Puma.<br />
Desde o seu lançamento há oito anos, a gama<br />
de pneus agrícolas Goodyear Optitrac tem providenciado uma<br />
performance e durabilidade fora se série.<br />
Características tais como forma assimétrica e profundidade do<br />
piso premium combinam para providenciar uma tracção excepcional<br />
e auto limpeza. A curvatura helicoidal do rasto combinada<br />
com uma distribuição da pressão optimizada por computador<br />
gera um excelente conforto de andamento. Os pneus Optitrac<br />
também incorporam uma composição de borracha do piso que<br />
proporciona excepcional resistência ao desgaste, ajudando a reduzir<br />
custos operacionais.<br />
NOKIAN TRI 2<br />
Um parceiro seguro <strong>dos</strong> actuais modernos<br />
agricultores durante todas as estações do ano,<br />
no equipamento <strong>dos</strong> seus tractores florestais e<br />
agrícolas.<br />
Pneu de excelente aderência, elevada capacidade<br />
de carga e de condução confortável, facilitando<br />
to<strong>dos</strong> os trabalhos do dia a dia - mesmo<br />
os de transportes mais exigentes, em condições ambientais<br />
invernosas.<br />
Pneu amigo do ambiente, fabricado com óleos refina<strong>dos</strong>, de<br />
baixo ruído sonoro e de fraca resistência ao rolamento, proporcionando<br />
um reduzido consumo de combustível.<br />
Excepcional resistência ao desgaste, auto-limpeza, proporciona<br />
uma condução estável e segura (semelhante à de um veículo<br />
ligeiro). Apto a utilizações em estrada, graças ao seu índice de velocidade<br />
(máx. 65 kms/h).<br />
NOKIAN COUNTRY KING<br />
Um pneu “flotation” radial multi-usos para grandes máquinas<br />
agrícolas e trailers; Excelentes qualidades de auto-limpeza; Confortável<br />
na estrada; Índice de velocidade D=65 km/h; Baixo nível de<br />
ruído; Baixa pressão sobre o solo; Baixa resistência ao rolamento<br />
diminuindo o consumo do combustível; Utilização exclusiva de<br />
óleos de baixo teor aromático na sua produção; Indicador da Profundidade<br />
do Piso (DSI); Elevada capacidade de carga.<br />
Nokian Tyres: um <strong>dos</strong> líderes mundiais na produção deste tipo<br />
de pneus. Empresa finlandesa, sendo considerada uma das referências<br />
neste segmento de pneus.<br />
MITAS RD-30/RD-03<br />
O RD-30 é um pneu de tractor standard com<br />
provas dadas, que tem excelente aderência e<br />
tracção. De construção radial, este pneu possui<br />
uma boa pegada de contacto com o solo em<br />
qualquer circunstância.<br />
O RD-03 é um pneu de tractor de baixo perfil.<br />
Reduzida pressão no solo. Excelente transmissão<br />
da potência. Reduzido consumo de combustível. Construção<br />
Radial. Mitas Tyres: empresa checa, que comprou a marca Continental<br />
Agro, pelo que fornece diversos construtores de máquinas.<br />
STARMAXX TR110<br />
O TR 110 é um parceiro seguro <strong>dos</strong> actuais<br />
modernos agricultores. Pneu de excelente aderência,<br />
facilitando to<strong>dos</strong> os trabalhos do dia a<br />
dia. Excepcional resistência ao desgaste.<br />
Starmaxx: marca turca budget, com uma boa<br />
qualidade.<br />
CONTINENTAL AC75<br />
A CGS Tyres é a empresa responsável pela fabricação<br />
e comercialização <strong>dos</strong> pneus agrícolas<br />
da marca Continental. O AC 75 uma das mais recentes<br />
novidades, veio criar uma nova classe no<br />
segmento Série 70 ao nível <strong>dos</strong> pneus para agricultura.<br />
Este pneu para todo o uso é volumoso<br />
devido à sua largura e altura, dispondo de uma enorme capacidade<br />
de carga e um desempenho “cuida<strong>dos</strong>o” com o solo nos campos,<br />
sem esquecer um bom desempenho em estrada até 50 Km/h.<br />
As arestas arredondas <strong>dos</strong> tacos e <strong>dos</strong> ombros do pneu são uma<br />
garantia do cuidado que o mesmo tem com os solos. Este pneu<br />
está disponível em cerca de uma dezena de medidas.<br />
BKT AGRIMAX RT657<br />
A José Aniceto e Irmão, Lda, através da S.<br />
José Logística de <strong>Pneus</strong>, representa em Portugal,<br />
directamente da fábrica, a marca de pneus<br />
Agro-industriais BKT.<br />
Uma das mais recentes novidades deste<br />
construtor mundial de pneus é o Agrimax<br />
RT657. Incorporando as principais características<br />
da série 65, nomeadamente a eficiência, segurança e conforto,<br />
o novo RT657 aparesenta uma estrutura ainda mais forte (para<br />
melhorar a qualidade da carcaça e prolongar a sua vida útil), como<br />
possui componentes que melhoram o seu desempenho reduzindo<br />
os custos de operação.<br />
OPERADORES<br />
DE MERCADO:<br />
CONTINENTAL<br />
CGS Neumáticos Ibérica, S.L.<br />
Telefone: 967 361 062<br />
BKT<br />
José Aniceto e Irmão, Lda<br />
Telefone: 231 419 290<br />
FIRESTONE<br />
Bridgestone Portugal, Lda.<br />
Telefone: 21 230 73 50<br />
GOODYEAR<br />
Goodyear Dunlop Tires - Iberia<br />
Telefone: 210349000<br />
HILO TIRES<br />
Gripen Wheels Portugal<br />
Telefone: 220991400<br />
MICHELIN<br />
Michelin España Portugal S.A.<br />
Telefone: +34914105167<br />
NOKIAN/MITAS/STARMAXX<br />
Eurovidal - Import. e Export., Lda.<br />
Telefone: 263650300<br />
TRELLEBORG<br />
Trelleborg Wheel Systems España, S.A.<br />
Telefone: 213843801<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
29
MERCADO<br />
Máquinas de Alinhar Direcções<br />
INVESTIMENTOS<br />
SEGUROS<br />
As máquinas de alinhar direcções são<br />
investimentos que as casas de pneus não<br />
dispensam. Com grande sofisticação,<br />
realizam as operações com elevada<br />
precisão e rapidamente.<br />
Adirecção desalinhada implica que<br />
as rodas não se dirigem no mesmo<br />
sentido, sendo uma das formas mais<br />
importantes do aumento <strong>dos</strong> custos operacionais.<br />
Os problemas que advêm de um mau alinhamento<br />
da direcção passam por desgaste prematuro <strong>dos</strong> pneumáticos,<br />
aumento do consumo de carburante devido ao<br />
aumento da resistência ao avanço, mau comportamento na<br />
estrada do veículo, aumento da fatiga do condutor,<br />
e fatiga <strong>dos</strong> componentes mecânicos.<br />
Recomenda-se a verificação do alinhamento<br />
da direcção uma ou duas vezes por ano como medida<br />
de manutenção preventiva, a fim de evitar<br />
despesas suplementares de exploração do veículo.<br />
Uma medida que assume um carácter ainda mais importante<br />
nos veículos pesa<strong>dos</strong>: estima-se que cerca de 70%<br />
<strong>dos</strong> camiões com eixos duplos circulam desalinha<strong>dos</strong>, levando<br />
ao arrastamento de dez rodas em simultâneo.<br />
O mercado disponibiliza muitas opções também para investimentos<br />
diversifica<strong>dos</strong>, colocadas à disposição por empresas que<br />
também oferecem um serviço de assistência bem “oleado”.<br />
30<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
HUNTER R811<br />
Os sensores Hawkeye da<br />
máquina de alinhar direcções<br />
Hunter R811, usam o processador<br />
de sinal digital que capta<br />
a medição e processa os<br />
da<strong>dos</strong>.<br />
Com a compensação rolante<br />
aumenta a eficácia e rapidez do serviço.<br />
As 4 câmaras digitais controlam continuamente os 4 receptores<br />
coloca<strong>dos</strong> nas rodas calculando e mostrando automaticamente as<br />
leituras de alinhamento.<br />
Os receptores de alinhamento não necessitam de calibração, de<br />
electrónica, não usam cabos nem baterias.<br />
Os sensores Hawkeye fazem as seguintes leituras: Sopé<br />
Avanço, KPI, Ângulo Incluído, Desencontro<br />
Convergência em Curva, Convergência Individual, Convergência<br />
Total, Ângulo de impulso, Viragem total, Diferença do ângulo de viragem,<br />
Desvio lateral do Eixo, Distância milimétrica entre Eixos,<br />
Diferença da largura de vias, Verificação automática e constante<br />
da precisão do sistema de medição <strong>dos</strong> sensores, o qual alerta o<br />
operador da possível necessidade de assistência.<br />
Elementos da composição do R811: Processador Pentium Dual<br />
Core 1.60 GHZ (mínimo); Disco rígido de 60 GB (mínimo); Leitor de<br />
disquetes 3,5”; 1,44MB; Memória RAM de 1 GB (mínimo); Leitor de<br />
DVD / CD-ROM; Placa gráfica de 128 MB; Placa de som; Portas<br />
USB; Interface de Série; Programa WinAlign Elite; DVD/CD-Foto<br />
Multimédia e Imagens 3D; Base de Da<strong>dos</strong> de veículos <strong>dos</strong> últimos<br />
31 ANOS; Windows VISTA Profissional; Manual de instruções em<br />
português; Monitor TFT de 32”; Teclado PC/AT compatível; Protector<br />
de teclado; Rato óptico; Impressora A4 a cores; Sensores<br />
Hawkeye; 4 Adaptadores de rodas de centragem automática (com<br />
unhas para jantes especiais); Gabinete móvel Série R com suportes<br />
para os targets; Fixador de volante e fixador do travão; Pratos<br />
de viragem para frente.<br />
LASATRON<br />
A alinhadora Lasatron foi<br />
concebida para funcionar em<br />
fábricas industriais de veículos<br />
automóveis devido à sua<br />
impressionante precisão, rapidez<br />
e sofisticação. A Lasatron<br />
dispensa a colocação de qualquer tipo de garras, sensores ou<br />
alvos, nas rodas, ou até de fazer a tradicional e demorada compensação.<br />
Um calibrador, fornecido de série, equipa a máquina. A calibração,<br />
foi concebida para ser simples e automática, e é executada<br />
pelo próprio operador, dispensando as tradicionais e cada vez<br />
mais onerosas, deslocações de técnicos especialistas. Rápida<br />
(apenas 1 ou 2 minutos para verificar to<strong>dos</strong> os ângulos) e altamente<br />
precisa, grava, nos robôs, todas as medidas geométricas <strong>dos</strong><br />
veículos. Após o veículo ser posicionado, correctamente no local<br />
de medição, o operador, apenas tem que seleccionar as opções de<br />
alinhamento e esperar, entre 1 a 2 minutos para que to<strong>dos</strong> os resulta<strong>dos</strong><br />
apareçam no monitor do computador. Os 2 robôs de medição,<br />
deslocam-se pelas plataformas e após 30 segun<strong>dos</strong>, surgem<br />
no monitor os valores de Camber e Convergência, do eixo traseiro.<br />
De seguida, os robôs deslocam-se para o eixo dianteiro,<br />
demorando mais 30 segun<strong>dos</strong>. Surgirão então, no monitor, os valores<br />
de Camber e Convergência do eixo dianteiro. Se o operador<br />
pretender verificar o Caster e "king pin" serão gastos mais 60 segun<strong>dos</strong>.<br />
Após esta operação pode proceder-se ao ajuste mecânico.<br />
São memoriza<strong>dos</strong> os valores e imprimem-se os resulta<strong>dos</strong>. O<br />
alinhamento está terminado! Os robôs deslocam-se, automaticamente,<br />
para o seu ponto base e o veículo pode ser retirado. Poderse-ão<br />
realizar, desta forma, completa, mais de 30 alinhamentos<br />
por dia, ou cerca de 50, se apenas se verificar e corrigir a convergência<br />
dianteira. 80% <strong>dos</strong> veículos existentes, no mercado, apenas<br />
tem este ajuste a realizar.<br />
CORGHI<br />
EXACT<br />
BLACKTECH<br />
A Corghi Exact Blacktech<br />
utiliza a real tecnologia de<br />
medição espacial <strong>dos</strong> objectos.<br />
As máquinas de alinhar<br />
com alvos passivos,<br />
expressão máxima da tecnologia<br />
do sector, diferenciam-se pela utilização de alvos de medição<br />
sem componentes electrónicos, contrariamente ao que acontece<br />
com os sensores CCD comuns ou com os elásticos.<br />
As medições angulares são feitas por telecâmaras que, colocadas<br />
em posição afastada da zona de trabalho do operador, proporcionam<br />
a máxima fiabilidade ao sistema.<br />
O alvo inovador BlackTag e a tecnologia de visão digital NIR<br />
(Near InfraRed) fazem da Exact Blacktech uma máquina de vanguarda<br />
no seu género.<br />
O alvo BlackTag é realizado com materiais inovadores, é leve,<br />
resistente e tem dimensões reduzidas para garantir a fiabilidade e<br />
a maneabilidade até mesmo nas condições de trabalho mais extremas.<br />
A Exact Blacktech, com as suas 8 telecâmaras NIR de alta definição,<br />
utiliza 2 telecâmaras para cada alvo: medição estereóscopica,<br />
precisão, rotatividade e amplo campo de medição são garanti<strong>dos</strong>.<br />
A tecnologia de visão NIR permite o funcionamento do sistema<br />
até mesmo nas condições de iluminação ambiente mais difíceis e<br />
não exige o emprego de lâmpadas, não atrapalhando o operador<br />
com luzes intermitentes.<br />
O campo de trabalho das telecâmaras permite medir os ângulos<br />
característicos <strong>dos</strong> automóveis actualmente em circulação no<br />
percurso normal do elevador, sem a necessidade de utilizar sistemas<br />
de elevação para as telecâmaras.<br />
A unidade de cálculo está equipada com um PC Premium que<br />
trabalha com o sistema operacional Windows XP Professional e o<br />
novo sistema para o alinhamento de rodas da Corghi: “Exact Plus”.<br />
A atenção com os pormenores diferencia, desde sempre, o design<br />
e a ergonomia <strong>dos</strong> produtos “Made in Italy” da Corghi.<br />
HOFMANN<br />
GEOLINER<br />
550 PRISM<br />
A nova geoliner 550 Prism<br />
utiliza uma combinação especial<br />
das tecnologias CCD<br />
e 3D.<br />
Esta tecnologia representa<br />
agora a gama de entrada<br />
no universo Hofmann de<br />
alinhadoras de direcções e<br />
caracteriza-se pela elevada<br />
precisão, flexibilidade e facilidade<br />
de manutenção.<br />
A Hofmann geoliner 550<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
31
MERCADO<br />
Prism utiliza alvos passivos nas rodas da frente e PODS nas rodas<br />
traseiras para efectuar o alinhamento. Com esta tecnologia de<br />
duas câmaras a comunicação óptica não pode ser interrompida e<br />
não são necessários adaptadores spoiler.<br />
Esta alinhadora permite medições na viragem máxima sem utilizar<br />
pratos electrónicos, o que permite uma elevada poupança na<br />
aquisição e manutenção.<br />
Outra grande vantagem é o facto de não serem utiliza<strong>dos</strong> componentes<br />
electrónicos nas rodas da frente, o que novamente garante<br />
poupança na manutenção e ausência de avarias.<br />
Os PODS aplica<strong>dos</strong> nas rodas traseiras são de utilização fácil,<br />
com auto nivelamento e extremamente leves devido à sua construção<br />
em magnésio.<br />
A comunicação via Bluetooth aumenta a precisão da comunicação<br />
de valores.<br />
As baterias de Lítio garantem excelente longevidade e autonomia,<br />
assegurando 24 horas de serviço contínuo. Estas são controladas<br />
pelo Software e sempre que necessitam recarregar é emitido<br />
um aviso antecipado para evitar interrupções no alinhamento.<br />
A carga restante é indicada para que o operador possa completar o<br />
alinhamento sem problemas.<br />
As especificações de veículos são de origem OEM (Fabricantes),<br />
completas e actualizadas.<br />
Outras características: Diagnóstico do sistema de alinhamento;<br />
Sistema integrado de ajuda; Animações 3D; Instruções de ferramentas,<br />
componentes e afinações; Base de Da<strong>dos</strong> de clientes; Monitor<br />
TFT 17"; Autocentrantes de 11"-22".<br />
BEISSBARTH<br />
ML 1800<br />
A ML 1800 é económica e possibilita<br />
um alinhamento rápido e<br />
fácil de to<strong>dos</strong> os tipos de rodas<br />
de veículos ligeiros de passageiros<br />
e comerciais.<br />
Graças à sua nova câmara CCD<br />
de 20º, podem ser utiliza<strong>dos</strong> pratos<br />
rotativos mecânicos de baixo<br />
custo.<br />
Está disponível nas versões de<br />
cabeças sensor com 8, 6 ou 4 câmaras<br />
CCD.<br />
O software é fácil de utilizar, no qual os elementos gráficos e a<br />
navegação no programa simplificam o procedimento de alinhamento.<br />
A extensa base de da<strong>dos</strong>, com 12.000 ficheiros de mais de<br />
60 fabricantes de veículos, ajuda na selecção e ajustes <strong>dos</strong> veículos,<br />
podendo ser actualizada a partir da Internet.<br />
A mais recente tecnologia de câmara CCD possibilita efectuar<br />
um alinhamento de precisão com rapidez e baixo custo operacional.<br />
A Beissbarth possui diversas homologações de marca e uma<br />
gama bastante alargada de máquinas de alinhar direcções.<br />
MULLER BEM 8668 RADIO<br />
Trata-se da nova geração do 8667, incluindo novo interface de<br />
software e novo design das 4 cabeças de medição controladas por<br />
rádio. Características: - 4 cabeças de comunicação de mediçãoradio;<br />
- 4 suportes auto centraliza<strong>dos</strong>; - 2 pratos mecânicos giratórios:<br />
- Consola com monitor 17” a cores; - Base da<strong>dos</strong>; - Impressora<br />
a cores jacto tinta; - Teclado com 105 teclas e rato; - Unidade<br />
central (baseada em PC) com hard disc, leitor disquetes e CD ROM,<br />
Software, programa Windows 98 com imagens gráficas de ajuda; -<br />
Depressor do pedal; - Kit travão<br />
volante; - Carrinho e suporte<br />
para carregador; - Dimensões:<br />
500x1450x1250 cm;<br />
- Peso: 70 Kgs.<br />
Medição de to<strong>dos</strong> os ângulos<br />
da geometria do veículo: - Paralelismo<br />
total ou roda a roda; -<br />
Incluindo câmber, caster, pivô<br />
e ângulo; - Divergência da direcção<br />
(raio); - Desvio máximo<br />
de direcção (raio); - - Compensação,<br />
atraso; - Variação do paralelismo;<br />
- Configuração de 5 postos de trabalho; - Memorização<br />
<strong>dos</strong> erros alinhamento da estação. (Correcção automática das carroçarias,<br />
chassis….).<br />
JOHN BEAN<br />
VISUALINER<br />
PRISM<br />
A John Bean lançou recentemente<br />
no mercado uma nova<br />
série de alinhadoras com a tecnologia<br />
Prism, a qual combina<br />
as vantagens da tecnologia<br />
CCD com as do método de alinhamento<br />
3D.<br />
Nas alinhadoras com tecnologia<br />
Prism, os alvos frontais<br />
estão monta<strong>dos</strong> no eixo dianteiro,<br />
enquanto os sensores – chama<strong>dos</strong> PODs nesta versão (Portable<br />
Device ou, em português, Mecanismo Portátil) – são monta<strong>dos</strong><br />
no eixo traseiro. Com esta tecnologia especial – uma combinação<br />
das funções da CCD com as das 3D – que é utilizada nas<br />
alinhadoras Visualiner PRISM da John Bean, a comunicação óptica<br />
no eixo da frente não pode ser interrompida, donde a inutilidade<br />
<strong>dos</strong> adaptadores de spoiler, que fazem baixar os sensores.<br />
Por outro lado, este sistema de alinhamento é muito flexível, podendo<br />
ser utilizado numa infinidade de condições de trabalho.<br />
As Alinhadoras dotadas de tecnologia Prism, praticamente não<br />
necessitam de manutenção. A comunicação com o computador é<br />
feita via Bluetooth, não tem qualquer componente electrónico<br />
montado nas rodas da frente e, caso haja uma avaria num <strong>dos</strong><br />
PODs traseiros, basta substituí-lo contra a entrega do defeituoso.<br />
Uma outra enorme vantagem da tecnologia Prism é que permite<br />
medir a rotação das rodas de topo a topo sem a necessidade <strong>dos</strong><br />
caríssimos pratos rotativos electrónicos, o que se traduz numa<br />
não negligenciável poupança de dinheiro.<br />
Outra novidade: os componentes de medição, tais como os<br />
POD’s, alvos e garras das rodas são construí<strong>dos</strong> em magnésio, e<br />
por isso extremamente leves.<br />
A Visualiner Prism da John Bean está equipada com as mais modernas<br />
baterias de lithiumion, conhecidas pela sua longa duração.<br />
Tal como em todas as Alinhadoras John Bean, o banco de da<strong>dos</strong> de<br />
alinhamento inclui cerca de 25.000 viaturas, fabricadas nos últimos<br />
25 anos.<br />
OPTO-PLUS I4WHEELS<br />
Para a equipa de desenvolvimento do Opto-Plus, dois aspectos<br />
foram considera<strong>dos</strong> durante o desenvolvimento do i4Wheels: design<br />
simples e facilidade de utilização. Apresenta-se simultaneamente<br />
com uma boa relação preço qualidade. To<strong>dos</strong> os ângulos<br />
32<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
são medi<strong>dos</strong> através de um sistema<br />
de câmara CCD de 8 sensores<br />
com espectro de medição de<br />
+/- 25 graus - designado visão<br />
20/20. Não são necessárias tabelas<br />
electrónicas já que o balanceamento<br />
do caster é medido<br />
quer a 10, 14 ou 20 graus para<br />
elevada precisão através do uso<br />
das câmaras CCD.<br />
O modelo de nivelamento possui<br />
integrado um motor eléctrico<br />
para manter a cabeça de medição sempre nivelada - elimina perdas<br />
de tempo em se dar a volta ao carro inúmeras vezes durante a<br />
medição e ajustamento.<br />
O software standard é o Opto-Win, de fácil e rápida utilização. Os<br />
gráficos excelentes tornam o software compreensivo e sereno<br />
para a vista. Para fins de serviço, a cabeça de medição I4Wheels é<br />
calibrada individualmente. O motor electrónico integrado torna a<br />
compensação "rolling run-out" tão fácil como os alinhadores de<br />
direcção 3D.<br />
OTC<br />
SERIE SWA 800<br />
O novo sistema de alinhamento<br />
das rodas da OTC, série SWA<br />
800, baseia-se na tecnologia de<br />
detecção CCD com a transmissão<br />
de da<strong>dos</strong> via Bluetooth (sem<br />
fios) para a detecção e cálculo<br />
<strong>dos</strong> ângulos de alinhamento<br />
para veículos ligeiros comerciais.<br />
Os modelos SWA 800 fazem<br />
parte de uma nova geração de sensores de cabo/sem fios de 8 e 4<br />
sensores, de equipamento para garagens de fácil utilização, para a<br />
medição rápida e precisa <strong>dos</strong> ângulos específicos das rodas.<br />
Os detectores em estrutura de alumínio fundido oferecem um<br />
revestimento à prova de choque em ABS. Cada um <strong>dos</strong> detectores<br />
é fornecido com uma bateria de níquel-hidreto metálico (NiMH)<br />
para assegurar a alimentação <strong>dos</strong> sensores CCD e do sistema<br />
Bluetooth.<br />
Cada um <strong>dos</strong> detectores dispõe de um teclado com teclas de 4<br />
funções permitindo a operacionalidade das rodas, enquanto elimina<br />
os deslocamentos contínuos entre o veículo e o painel de controlo.<br />
O kit de detectores poderá incluir 2 detectores (4 sensores) e<br />
4 detectores (8 sensores).<br />
Banco de da<strong>dos</strong> incluindo mais de 9000 características de fichas<br />
técnicas detalhadas de veículos.<br />
CEMB<br />
DWA 1000 W<br />
A Cemb DWA 1000 W vem com<br />
base de da<strong>dos</strong> para veículos ligeiros<br />
e de camião e com os sensores<br />
a comunicarem por bluetooth.<br />
incorpora sensores extremamente<br />
leves e avança<strong>dos</strong>,<br />
baterias recarregáveis tipo lítio,<br />
tecnologia sem fios BT2, processador<br />
DSP de elevada velocidade,<br />
8 câmaras CCD, alimentação LED<br />
de longa distância, microship de silicon construído com tecnologia<br />
MEMS (Micro Electro Mechanical System), o que assegura grande<br />
resistência, silicon static accelerometer, e teclado de toque fácil.<br />
Os benefícios incluem uma comunicação estável mesmo a mais de<br />
30 metros de distância, inclusive em condições ambientais difíceis.<br />
Elimina os pratos giratórios graças a câmaras de ângulo largo.<br />
Calibração <strong>dos</strong> sensores ininterrupta, graças às 8 câmaras.<br />
Muito manuseáveis e fáceis de usar: pesam apenas 2,6 Kg, possuindo<br />
dimensões extremamente compactas, sem antena e cabos.<br />
Filtro solar para utilização fora de portas em áreas banhadas pelo<br />
sol. Alimentação LED para alinhamento de veículos com mais de<br />
12 metros. Movimentos reduzi<strong>dos</strong> do operador graças ao controlo<br />
<strong>dos</strong> passos de software pelo teclado em cada sensor.<br />
De cada vez que os sensores são coloca<strong>dos</strong> no gabinete as baterias<br />
recarregam-se. Software avisa quando as baterias devem<br />
ser recarregadas. Desenhado para aceitar grandes pneus SUV<br />
sem necessidade de extensões. Software guia passo a passo o<br />
utilizador.<br />
SPACE MASTER<br />
ALIGNER 4D<br />
A equilibradora de direcções<br />
Space Master Aligner 4D, realiza<br />
8 medições por segundo<br />
com uma precisão de 0,005º,<br />
permitindo um preciso e rápido<br />
ajustamento do veículo.<br />
Três programas de testes diferentes estão disponíveis para satisfazer<br />
as diferentes necessidades <strong>dos</strong> clientes. Os alvos monta<strong>dos</strong><br />
nas rodas não contêm componentes electrónicos para evitar<br />
roturas em caso de caírem acidentalmente. Um código de barras<br />
reconhece automaticamente o alvo posicionado e permite a sua<br />
montagem em qualquer das rodas. As garras patenteadas de série<br />
com sistema Master 4D permitem fixar o “target” na roda de maneira<br />
segura e extremamente rápida. A compensação “run-out”<br />
pode ser evitada graças à forma como os alvos são instala<strong>dos</strong> e à<br />
sua auto calibração. A compensação “run-out” pode no entanto<br />
ser feita "empurrando" ou com as "rodas livres", de acordo com as<br />
prescrições do fabricante do carro.<br />
OPERADORES<br />
DE MERCADO:<br />
ACTIA MULLER<br />
Autotec, Lda.<br />
Telefone: 214727300<br />
BEISSBARTH<br />
Lusilectra - Veículos e<br />
Equipamentos, Lda.<br />
Telefone: 226198750<br />
CEMB<br />
Mr. Pneu - Assist. e Com.<br />
Auto, Lda<br />
Telefone: 252248012/0<br />
CORGHI<br />
Corcet, Lda.<br />
Telefone: 255728220<br />
HOFMANN<br />
Teixeira & Chorado, S.A.<br />
Telefone: 255710150<br />
HUNTER<br />
Cometil - Comércio de<br />
Equipamento Técnico<br />
Industrial, Lda.<br />
Telefone: 219379550<br />
JOHN BEAN<br />
Domingos & Morgado 2 -<br />
Equipamentos, Lda.<br />
Telefone: 229618900<br />
LASATRON<br />
Equiassiste - Técnicas e<br />
Equipamentos para Oficinas<br />
Auto, Lda.<br />
Telefone: 227877150<br />
OPTO-PLUS - OTC<br />
Fortuna Equipamentos<br />
Industriais, Lda.<br />
Telefone: 227475100<br />
SPACE<br />
Cetrus - Comércio e<br />
Equipamentos Lda.<br />
Telefone: 252308600<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
33
MERCADO<br />
Consumíveis para oficinas de pneus<br />
QUALIDADE<br />
GARANTIDA<br />
Contam-se pelos de<strong>dos</strong> os grandes fabricantes de consumíveis<br />
para oficinas de pneus. To<strong>dos</strong> se caracterizam pela abrangente<br />
gama de soluções que disponibilizam ao mercado. A formação é<br />
outra característica deste mercado, ou não comportasse a<br />
aplicação destes produtos uma elevada carga técnica onde o<br />
improviso não tem lugar.<br />
As principais marcas do mercado de consumíveis para oficinas<br />
de pneus são cinco. A Tip Top e a Tech são as mais<br />
antigas e também as mais conhecidas. Desde sempre se<br />
digladiam pela supremacia no mercado. A Prema dá os primeiros<br />
passos e pertence ao universo Tip Top.<br />
Na mesma linha está a Goodyear que pertence ao universo Tech.<br />
A carta fora do baralho parece ser a Rubber Vulk, não só por ser a<br />
única marca portuguesa como também por não ser propriamente<br />
um fabricantes, mas antes um embalador, mas cuja qualidade já<br />
lhe abriu merca<strong>dos</strong> em todo o mundo.<br />
A gama de produtos destes “players” é muito diversificada,<br />
comportando desde remen<strong>dos</strong> para reparação de furos em pneus<br />
de bicicleta até aos gigantescos manchões para reparação de<br />
pneus de engenharia, passando por válvulas, contrapesos de equilibragem,<br />
equipamentos para serviço de reparação móvel, borrachas<br />
e químicos, manómetros, máquinas de vulcanizar, máquinas<br />
de aderizar, só para mencionar alguns, sendo que vários <strong>dos</strong> itens<br />
referi<strong>dos</strong> extravasam o grupo de consumíveis propriamente dito.<br />
GOODYEAR<br />
O Sistema de Reparação de<br />
<strong>Pneus</strong> da Goodyear, produzido<br />
pela Tech Internacional, apresenta<br />
uma linha completa de<br />
produtos de reparação, onde se<br />
inclui uma gama completa de<br />
ferramentas de reparação, químicos<br />
e acessórios.<br />
Tal como acontece com os<br />
pneus Goodyear, o Sistema de Reparação de <strong>Pneus</strong> da Goodyear é<br />
sujeito a testes de qualidade muito aperta<strong>dos</strong>. As unidades de fabrico<br />
da Tech International em Johnstown, Ohio, Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>,<br />
no Reino Unido e Bucarest, Hungria, todas passaram os exigentes<br />
requisitos traça<strong>dos</strong> pela Goodyear.<br />
34<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Os produtos de reparação da marca têm ainda a mais valia de<br />
mais de 60 anos de experiência, assim como o certificado de qualidade<br />
ISO9002 da Goodyear.<br />
Além disso, o Sistema de Reparação de <strong>Pneus</strong> Goodyear é apoiado<br />
por um <strong>dos</strong> mais abrangentes programas de treino na indústria,<br />
em locais localiza<strong>dos</strong> em Akron, Ohio e com centros satélites<br />
em Johnstown, Ohio e Turnhout, Bélgica.<br />
PREMA<br />
Marca recente no panorama<br />
internacional (2003) mas que<br />
tem vindo a conquistar mercado<br />
às marcas instaladas, pela qualidade<br />
do produto, preço competitivo<br />
e serviço pós venda.<br />
Apenas dois anos após a sua<br />
criação, a Prema estava já presente em 30 merca<strong>dos</strong> internacionais.<br />
Os produtos Prema são na sua maioria fabrica<strong>dos</strong> em modernas<br />
instalações na Alemanha, mas também nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong><br />
e Japão. A linha de reparação Prema foi desenhada para uma<br />
conversão fácil <strong>dos</strong> clientes, com dimensões similares, quadros<br />
de aplicação similares, e uma cola para todas as reparações (excepto<br />
OTR).<br />
O Smarttrio para reparações radiais é um <strong>dos</strong> conceitos que está<br />
a apresentar. O Smarttrio inclui os remen<strong>dos</strong> PR-109, PR-110 e<br />
PR-115. O PR-109 destina-se a danos de 1/8”, 1/4” e 3/8” em carros<br />
de passageiros que experimentam pressões de funcionamento<br />
e cargas baixas.<br />
Em pneus maiores – comerciais ligeiros e médios – as pressões<br />
de funcionamento e cargas são significativamente maiores relativamente<br />
às verificadas nos carros de passageiros. Isto requer o<br />
PR-110, 30% mais largo que o PR-109, concebido para reparações<br />
de danos de 1/8” e 1/4”.<br />
Em aplicações severas envolvendo cargas excessivas e elevadas<br />
temperaturas, uma plataforma mais robusta é necessária para<br />
suportar “stresses” mais eleva<strong>dos</strong>. É aqui que entra o remendo<br />
PR-115, 35% maior do que o PR-110.<br />
RUBBER VULK<br />
A Rubber Vulk disponibiliza<br />
uma linha completa para reparação<br />
de câmaras-de-ar, pneus radiais<br />
e convencionais nos segmentos<br />
bicicleta, moto, turismo,<br />
comercial, pesa<strong>dos</strong>, agrícola e<br />
OTR.<br />
A linha de reparação de pneus<br />
Rubber Vulk está totalmente documentada<br />
e cumpre as obrigações respeitantes às normas 108 e<br />
109 da ONU (norma que regulamenta o processo de recauchutagem<br />
e características <strong>dos</strong> produtos de reparação) adoptada pela<br />
União Europeia, bem como à norma INMETRO (que regulamenta o<br />
mercado brasileiro e serve de orientação a outros países Latino-<br />
Americanos onde a Rubber Vulk está presente). A empresa está<br />
também certificada segundo a norma ISO 9001:2000.<br />
A empresa dispõe de centro de formação para clientes também<br />
na área específica da reparação de pneus, e a área comercial<br />
(mercado interno e exportação) está toda ela formada e habilitada<br />
legalmente a dar formação. Isto é, 100% <strong>dos</strong> quadros da empresa<br />
têm curso de formação de formadores.<br />
A marca é portuguesa e está presente em mais de 50 países nos<br />
5 continentes.<br />
TECH<br />
A gama de produtos de reparação<br />
de pneus Tech, inclui soluções<br />
diversificadas, quer<br />
para pneumáticos, como para<br />
câmaras, sendo que to<strong>dos</strong> são<br />
caracteriza<strong>dos</strong> pela sua qualidade<br />
e facilidade de aplicação.<br />
Assim, o seu portfólio integra<br />
desde conjuntos de reparação<br />
para radiais, a produtos químicos, passando por ferramentas e<br />
acessórios para complementar cada reparação.<br />
A Tech, marca de origem norte americana, é uma das mais reputadas<br />
marcas de reparação de pneus do mundo, comercializando<br />
mais de mil produtos em 70 países. Na Europa a sua plataforma<br />
logística localiza-se na Bélgica. Possui ainda uma fábrica na Irlanda,<br />
o que lhe permite estar próximo <strong>dos</strong> vários merca<strong>dos</strong> europeus<br />
onde marca presença.<br />
Um <strong>dos</strong> produtos que a Tech apresenta combate o mito de que os<br />
danos na parede lateral e ombros <strong>dos</strong> pneus não podem ser repara<strong>dos</strong>.<br />
Com as soluções Tech estes danos podem ser resolvi<strong>dos</strong> de<br />
forma fácil, segura e rapidamente, quer em pneus de carros de<br />
passageiros, como em pneus de pesa<strong>dos</strong>. Através de rodutos<br />
como Uni-Seals®, Centech®, Radial repairs, Radial Seals®,O.T. e<br />
Bp®bias repairs, Flow-Seal® Inserts e Permacures®. O que proporciona<br />
ao cliente uma alternativa à compra do sempre mais dispendioso<br />
pneu novo.<br />
TIP TOP<br />
Os manchões radiais reforça<strong>dos</strong>,<br />
com o inovador<br />
tecido de alta tecnologia<br />
Aramid, representam um<br />
<strong>dos</strong> mais recentes desenvolvimentos<br />
da Tip Top, destacando-se pelo seu peso reduzido, óptima<br />
flexibilidade, elevada força e resistência à pressão dinâmica.<br />
Os danos nos pneus <strong>dos</strong> veículos pesa<strong>dos</strong>, devido à sua diversidade,<br />
precisam de uma vasta gama de produtos e méto<strong>dos</strong> de reparação<br />
diferentes, havendo necessidade de se fazer stock de várias<br />
medidas de manchões. Mas com o novo manchão Tip Top em<br />
Aramid, apenas 5 medidas em stock dão para 90% das reparações.<br />
Deste modo, o uso de materiais modernos como o Aramid,<br />
além de possibilitarem reparações duradouras neste tipo de<br />
pneus, fazem com que se tornem extremamente lucrativos.<br />
Graças ao seu peso diminuto, os manchões em Aramid reduzem<br />
de forma significante o desequilíbrio <strong>dos</strong> pneus.<br />
O tecido altamente reforçado, apesar da sua flexibilidade, não se<br />
torna distendido e contribui para uma adesão optimizada na área<br />
de reparação.<br />
A Tip Top pertence à companhia alemã StahlGruber Otto Gruber<br />
GmbH & Co., o principal fabricante mundial de material de reparação<br />
e vulcanização para pneus.<br />
A sua gama de produtos é amplamente reconhecida como uma<br />
das mais variadas e completas no sector da assistência a pneus.<br />
TECH – GOODYEAR<br />
Altaroda, Lda.<br />
Telefone: 255783600<br />
PREMA<br />
Gonçalteam, Lda.<br />
Telefone: 212251578<br />
RUBBER VULK<br />
Rubber Vulk Portugal<br />
Telefone: 232763109<br />
TIP TOP<br />
Teixeira & Chorado, S.A.<br />
Telefone: 255710150<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
35
ENTREVISTA<br />
Rui Silva, Director Geral da EUROTYRE Portugal<br />
EUROTYRE PORTUGAL<br />
Sede: Av. Marquês de Pombal, 524<br />
Ed. Fábrica de Portugal – Unidade<br />
Eurotyre Sintra – Pêro Pinheiro<br />
2715-128 Sabugo<br />
Director-Geral: Rui Silva<br />
Telefone: 219.624.256<br />
Fax: 219.624.258<br />
Internet: www.eurotyrept.com<br />
36<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Rui Silva<br />
CRESCER COM<br />
PROFISSIONALISMO<br />
Os alicerces sóli<strong>dos</strong> de crescimento da Eurotyre em<br />
Portugal são uma característica desta rede de postos de<br />
reparação / manutenção automóvel com um forte pendor<br />
na área <strong>dos</strong> pneus, uma aposta segura para os seus<br />
accionistas.<br />
AArc En Ciel Pneumáticos, S.A.,<br />
(Eurotyre) realizou a sua convenção<br />
anual onde foram debati<strong>dos</strong><br />
os temas mais prementes da actualidade<br />
para a rede. A maioria <strong>dos</strong> objectivos traça<strong>dos</strong><br />
para 2008 foram alcança<strong>dos</strong> pela<br />
Eurotyre e disso mesmo deu conta Rui Silva,<br />
Director Geral da Eurotyre Portugal,<br />
que sublinha a intenção da rede de crescer<br />
com profissionalismo e qualidade de serviço<br />
para se diferenciar da concorrência.<br />
A tarde da Convenção realizada no Hotel<br />
<strong>dos</strong> Templários em Tomar, contou com<br />
uma parte lúdica, traduzida numa viagem<br />
pelo Rio Zêzere no barco panorâmico de<br />
S. Cristóvão. O dia foi unanimemente considerado<br />
como muito frutífero pelos presentes.<br />
Que balanço faz de 2008 no que diz<br />
respeito ao desempenho da rede<br />
EuroTyre?<br />
Apesar das dificuldades o balanço final é<br />
muito positivo, apesar das contrariedades<br />
existentes no mercado, conseguimos ultrapassar<br />
largamente os objectivos a que<br />
nos propusemos.<br />
Como é óbvio, a nossa organização não é<br />
imune a tudo o que se passa á nossa volta,<br />
o que nos obrigou a efectuar algumas correcções<br />
de trajectória.<br />
Quais as principais dificuldades<br />
encontradas?<br />
Claramente que as maiores dificuldades<br />
passam por questões económicas,<br />
com o abrandamento do poder de compra<br />
o consumidor em geral centra-se fundamentalmente<br />
no preço e, consequentemente,<br />
tende a desvalorizar a qualidade<br />
de serviço e mesmo a qualidade do próprio<br />
produto.<br />
O número de novos aderentes<br />
à rede esteve dentro das vossas<br />
expectativas?<br />
Situou-se claramente dentro das expectativas<br />
para não ser pretensioso porque<br />
na verdade atingimos praticamente a<br />
dezena, mas o mais importante é a vontade<br />
e a determinação com que o fazem.<br />
Temos ao momento uma coisa importantíssima<br />
que é um grupo de trabalho<br />
coeso e motivado para superar as dificuldades<br />
que se avizinham. Reconhecendo<br />
na EuroTyre uma verdadeira mais valia<br />
para o seu negócio, no combate às dificuldades<br />
da gestão em tempos de crise internacional.<br />
Fale-me um pouco da importância <strong>dos</strong><br />
pneus da marca Eurotyre para a rede.<br />
Os nossos pneus de representação exclusiva,<br />
fabrica<strong>dos</strong> por o produtor CONTI-<br />
NENTAL são de suma importância, porque<br />
é exclusivo da rede, porque é um pneu de<br />
excelente qualidade e permite-nos levar o<br />
nosso nome cada vez mais longe.<br />
O número de pneus vendi<strong>dos</strong> pela rede<br />
manteve-se apesar da crise. Significa<br />
isso que o negócio <strong>dos</strong> pneus é imune à<br />
crise?<br />
Não, não temos esse privilégio, o que<br />
tem acontecido é que todas as marcas e<br />
empresas têm sacrificado as suas margens<br />
de comercialização para conseguir<br />
manter as suas vendas.<br />
O consumo de mercadoria nunca baixa<br />
muito o que baixa é o valor disponível para<br />
aquisição <strong>dos</strong> mesmos.<br />
A tendência <strong>dos</strong> vossos accionistas é<br />
diversificar o tipo de serviços (óleo,<br />
travões, filtros, etc.)?<br />
É cada vez mais a mensagem que a EuroTyre<br />
lhes transmite, temos ao momento<br />
excelentes fornecedores de material a<br />
esse nível quer seja em qualidade quer<br />
seja em preço.<br />
Um ponto de venda hoje não se pode limitar<br />
a comercializar só pneus, temos que<br />
apostar na diversificação e como é lógico<br />
na formação com vista a prestar um serviço<br />
nessas áreas de qualidade.<br />
É só olharmos á nossa volta para vermos<br />
o que o mercado evoluiu, as farmácias, os<br />
correios que hoje em dia vendem praticamente<br />
de tudo.<br />
O que estamos cada vez mais a fazer, é<br />
cimentar parcerias e méto<strong>dos</strong> que permitam<br />
aportar a toda a nossa rede mais informação<br />
e formação com vista a minorar<br />
os impactos negativos <strong>dos</strong> momentos que<br />
atravessamos, e podermos ser uma ajuda<br />
importante para os nossos accionistas e<br />
para os que se virão a juntar a nós. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
37
ENTREVISTA<br />
José Saraiva, Responsável em Portugal da Trelleborg Wheel Systems<br />
38<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
José Saraiva<br />
“A TRELLEBORG<br />
ESTÁ A GANHAR<br />
QUOTA DE MERCADO”<br />
Um verdadeiro parceiro, mais do que um mero fornecedor:<br />
é desta forma que se posiciona a Trelleborg. José Saraiva,<br />
Responsável em Portugal da Trelleborg Wheel Systems, falanos<br />
deste e de outros aspectos relevantes para o sucesso<br />
da marca em território Luso.<br />
ATrelleborg possui uma vastíssima<br />
gama de pneus agrícolas, a<br />
mais completa do mercado, fabricando<br />
simultaneamente pneus para<br />
utilizações diversas, como pneus de empilhador<br />
maciços e pneumáticos, pneus florestais<br />
e agro-florestais, além de jantes<br />
para as mais diversas utilizações.<br />
O objectivo principal em Portugal tem<br />
sido o de reforçar os níveis de confiança da<br />
rede de agentes e criar com to<strong>dos</strong> eles<br />
uma política de maior proximidade que beneficiará<br />
ambas as partes.<br />
José Saraiva, Responsável em Portugal<br />
da Trelleborg Wheel Systems, dá-nos conta<br />
da actual política da empresa e perspectivas<br />
de futuro.<br />
Que reestruturação sofreu a Trelleborg<br />
em Portugal durante 2008?<br />
Não podemos falar propriamente de<br />
reestruturação porque não foram feitas<br />
alterações de fundo. O objectivo principal<br />
foi reforçar os níveis de confiança da nossa<br />
rede de agentes relativamente à nossa<br />
empresa e criar com to<strong>dos</strong> eles uma política<br />
de maior proximidade que beneficiará<br />
ambas as partes. Por outro lado existiam<br />
zonas com uma cobertura territorial insuficiente<br />
e por isso estão a decorrer negociações<br />
com novos clientes, tendo em vista<br />
os desafios do ano de <strong>2009</strong>.<br />
Que balanço faz de 2008 no que diz<br />
respeito ao desempenho da Trelleborg<br />
em território Luso?<br />
O balanço é francamente positivo. Apesar<br />
de algumas dificuldades, e que não são<br />
infelizmente exclusivas do mercado de<br />
pneus agrícolas, estamos a ganhar quota<br />
de mercado em vários segmentos. O fundamental<br />
é que as pessoas sintam que<br />
têm em nós um verdadeiro parceiro, mais<br />
do que um mero fornecedor, que o ajuda a<br />
encontrar formas de rentabilizar cada vez<br />
mais e melhor a sua actividade.<br />
Quais as principais dificuldades<br />
encontradas?<br />
As dificuldades têm sido sobretudo colocadas<br />
pela situação económico-financeira<br />
do país que naturalmente dificulta qualquer<br />
operação mais ousada. Felizmente<br />
no ramo de pneus em Portugal, temos<br />
muitos bons profissionais que estão acostuma<strong>dos</strong><br />
a viver com a adversidade e tem<br />
sido uma experiência muito interessante o<br />
desafio de desenvolver este trabalho. Desde<br />
que se tracem metas realistas e as pessoas<br />
se coloquem “lado-a-lado” perseguindo<br />
objectivos que no fundo são comuns,<br />
tudo funciona muito melhor.<br />
Tem noção da quota de mercado <strong>dos</strong><br />
pneus Trelleborg?<br />
Sim, claro. Mas não podemos falar da<br />
quota da Trelleborg como um dado isolado<br />
porque neste momento essa análise não é<br />
fácil. Devido à fase de transição da marca<br />
Pirelli para a marca Trelleborg, temos o<br />
segmento agrícola dividido entre duas<br />
marcas, Trelleborg e Pirelli com uma forte<br />
contribuição desta ainda para o nosso<br />
“Market-Share” actual.<br />
De qualquer forma o que lhe posso dizer<br />
é que estimamos estar no final de <strong>2009</strong>,<br />
entre 2 e 4 pontos percentuais acima da<br />
quota de mercado do final de 2008. Temos<br />
produtos e segmentos onde a quota ultrapassa<br />
claramente toda a concorrência e<br />
outras onde ainda não conseguimos atingir<br />
esses valores.<br />
O número de distribuidores <strong>dos</strong> pneus<br />
Trelleborg precisa de ser reforçado a<br />
curto e médio prazo? Porquê?<br />
Conforme lhe disse anteriormente e na<br />
sequência dum estudo de mercado efectuado<br />
em mea<strong>dos</strong> de 2008, apesar de sermos<br />
mesmo à escala europeia um país pequeno,<br />
concluímos que não era possível<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
39
ENTREVISTA<br />
José Saraiva, Responsável em Portugal da Trelleborg Wheel Systems<br />
realizar uma cobertura eficaz<br />
do território com os agentes<br />
existentes. Existiam zonas<br />
onde não estávamos a vender<br />
os nossos produtos por falta<br />
de alguém que fizesse essa dinamização.<br />
Felizmente as empresas<br />
estão devidamente<br />
identificadas e <strong>2009</strong> será com<br />
certeza um ano muito forte para<br />
a Trelleborg em Portugal.<br />
Como se posicionam os preços<br />
<strong>dos</strong> pneus Trelleborg face à<br />
concorrência?<br />
Atendendo ao nosso posicionamento<br />
de marca “Premium”, estamos<br />
a um nível muito próximo<br />
das outras marcas de pneus agrícolas<br />
que se situam nesse segmento.<br />
Tentamos ser coerentes<br />
com esse posicionamento, embora<br />
nos últimos anos, talvez fruto de algumas<br />
aquisições e fusões mais recentes,<br />
nem todas as marcas e produtores<br />
deste sector se preocupem<br />
muito com esse factor, o que por vezes se<br />
torna verdadeiramente nocivo para o desenvolvimento<br />
da credibilidade deste importante<br />
mercado. Ao contrário do que muita gente<br />
pensa, o agricultor actual quer fundamentalmente<br />
um pneu ou uma marca de pneus<br />
que tenha associado um bom serviço.<br />
Na hora de substituir os pneus, o cliente<br />
nacional prefere o pneu barato, ou antes<br />
procura um pneu de qualidade a um preço<br />
um pouco superior?<br />
Felizmente o agricultor português tem<br />
evoluído bastante nos últimos anos.<br />
Hoje, a maioria da comunidade<br />
agrícola sabe muito bem<br />
aquilo que quer. Sem dúvida<br />
que isso facilita bastante a vida<br />
das empresas, como é o caso<br />
da nossa, que vendem produtos<br />
de alta qualidade. Como é lógico<br />
o preço é sempre uma variável<br />
importantíssima mas tendo sempre<br />
em conta, não o valor imediato<br />
mas a rentabilidade total de um<br />
pneu, durante toda a sua vida. Obviamente<br />
que quando se trata de<br />
uma utilização menos exigente e não<br />
está prioritariamente em equação<br />
uma duração mais prolongada, é<br />
aceitável e até recomendável a utilização<br />
de pneus económicos, que existem<br />
no mercado (alguns!) com qualidade<br />
aceitável e que são um bom compromisso<br />
para essas “missões” menos exigentes.<br />
Tenho tido a oportunidade nos<br />
Segundo José<br />
Saraiva, "o<br />
agricultor actual<br />
quer<br />
fundamentalmente<br />
um pneu ou uma<br />
marca de pneus<br />
que tenha<br />
associado um<br />
bom serviço".<br />
A Trelleborg é<br />
uma marca<br />
sueca de pneus<br />
agrícolas e<br />
industriais.<br />
40<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
A Trelleborg possui uma<br />
vastíssima gama de<br />
pneus agrícolas,<br />
fabricando<br />
simultaneamente pneus<br />
para utilizações<br />
diversas, como pneus<br />
de empilhador maciços<br />
e pneumáticos, pneus<br />
florestais e agroflorestais,<br />
além de<br />
jantes para as mais<br />
diversas utilizações.<br />
últimos tempos de falar pessoalmente<br />
com vários agricultores<br />
que me dizem que além de<br />
uma boa performance num pneu,<br />
valorizam bastante o serviço que<br />
essa marca pode oferecer.<br />
Os pneus chineses são uma<br />
ameaça?<br />
Estaria a ser irresponsável se não<br />
atribuísse importância à ameaça<br />
<strong>dos</strong> pneus vin<strong>dos</strong> da China e mais recentemente<br />
também da Índia. Existem<br />
produtores nestes países que experimentaram<br />
evoluções muito interessantes<br />
e que já produzem produtos<br />
com níveis de qualidade aceitáveis. No<br />
entanto as “batalhas” da qualidade e<br />
da inovação nesses países são incompatíveis<br />
com a actual ausência de políticas<br />
sociais e de programas de formação.<br />
Estas são apenas duas de muitas<br />
alterações que a China e a Índia, vão ser<br />
obrigadas a fazer. Toda esta caminhada<br />
que estes importantes países produtores<br />
já estão a efectuar, vai-lhes retirar alguma<br />
competitividade que possuem hoje em<br />
termos de preço. Por outro lado o produto<br />
agrícola é muito técnico e exige equipamentos<br />
de produção de vanguarda que custam<br />
muito dinheiro e técnicos especializa<strong>dos</strong><br />
na área agrícola que não abundam no<br />
mercado e levam tempo a formar. Como<br />
exemplo posso dizer que a nossa fábrica de<br />
Tivoli-Roma, apesar de ser uma unidade<br />
muito evoluída e modelo no sector, tem sido<br />
objecto de investimentos anuais avulta<strong>dos</strong><br />
para manter os níveis de qualidade exigi<strong>dos</strong><br />
pelo mercado.<br />
Além <strong>dos</strong> pneus agrícolas, que outro tipo de<br />
pneus fabrica a Trelleborg e quais as suas<br />
principais utilizações?<br />
A Trelleborg além da vastíssima gama de<br />
pneus agrícolas, que é sem sombra de dúvida<br />
a mais completa do mercado, fabrica<br />
pneus para utilizações diversas, pneus de<br />
empilhador maciços e pneumáticos, pneus<br />
florestais e agro-florestais, além de jantes<br />
para as mais diversas utilizações.<br />
José Saraiva,<br />
Responsável em<br />
Portugal da Trelleborg<br />
Wheel Systems.<br />
TRELLEBORG<br />
Responsável Mercado Portugal:<br />
José Saraiva<br />
Telefone: 213843801<br />
Móvel: 912150981<br />
E-mail: jose.saraiva@trelleborg.com<br />
Internet:<br />
www.trelleborg.com/wheelsystems<br />
Que implicações terá a situação económica<br />
actual no desempenho de marcas como a<br />
Trelleborg?<br />
É do senso comum que em épocas de crise<br />
e como consequência da redução do poder<br />
de compra, as marcas “Premium” são<br />
as que mais sofrem. Contudo a especificidade<br />
<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> e segmentos onde actuamos<br />
e a crescente exigência <strong>dos</strong> clientes farão<br />
com que prefiram prioritariamente<br />
Trelleborg! ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
41
ENTREVISTA<br />
Bruno de Carvalho, Director de Marketing da Rubber Vulk<br />
42<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Bruno de Carvalho<br />
APROVEITAR<br />
AS OPORTUNIDADES<br />
DO MERCADO<br />
Os produtos de reparação de pneus Rubber Vulk fazem<br />
parte do leque restrito de marcas presentes neste sector<br />
de actividade. Este negócio Ibérico rapidamente<br />
extravasou fronteiras, tendo actualmente um forte<br />
pendor de exportação, com presença em mais de 50<br />
países nos 5 continentes.<br />
Oano de 2001 marcou o início de<br />
actividade da Rubber Vulk no<br />
mercado ibérico, fruto da iniciativa<br />
de dois empresários (um português e<br />
outro espanhol), ambos liga<strong>dos</strong> ao ramo<br />
<strong>dos</strong> pneus há vários anos.<br />
A experiência acumulada por ambos a<br />
representar e distribuir marcas de terceiros,<br />
deixou de fazer sentido no momento<br />
em que a circulação de bens na Europa<br />
passou a ser livre acabando praticamente<br />
a exclusividade.<br />
Para garantir maior protecção e alguma<br />
exclusividade a aposta foi desenvolver<br />
uma marca própria, a Rubber Vulk. Para<br />
tal ser possível, neste negócio de produtos<br />
de reparação para pneus, tinham de ser<br />
negocia<strong>dos</strong> grandes volumes. Essa situação<br />
levou ao crescimento da empresa, acima<br />
de tudo por via da exportação.<br />
Bruno de Carvalho, Director de Marketing<br />
da Rubber Vulk, traça o caminho da<br />
companhia até se tornar numa referência<br />
a nível mundial.<br />
A aposta numa marca própria,<br />
desconhecida no mercado, não poderia<br />
ser um risco?<br />
Uma marca própria neste ramo de actividade<br />
só faz sentido quando se trabalha<br />
com grandes volumes de compras. A nossa<br />
ideia inicial era trabalhar apenas Portugal<br />
e Espanha, mas como tínhamos que<br />
negociar volumes muito altos começamos<br />
a falar com alguns parceiros noutros merca<strong>dos</strong><br />
para escoar produto.<br />
Sem que fosse essa a nossa estratégia<br />
inicial, em 2006 tivemos que estruturar a<br />
empresa já que grande parte da nossa actividade<br />
se concentrava na exportação.<br />
Para se ter uma ideia no mercado nacional<br />
temos um volume em válvulas de<br />
400.000/ ano e as nossas negociações com<br />
a fábrica são superiores a 15 milhões/ano.<br />
O mercado português tem obviamente<br />
importância para nós, mas a exportação<br />
assume um papel fundamental neste negócio.<br />
Em que países desenvolvem a vossa<br />
actividade?<br />
Neste momento estamos presentes em<br />
mais de 50 países nos cinco continentes.<br />
Este ano vamos querer marcar presença<br />
em mais países, que é algo que temos vindo<br />
a trabalhar com a presença em feiras e<br />
no desenvolvimento de outros contactos.<br />
Lembro ainda que este ano vamos estar<br />
presentes nas feiras de Madrid em Março<br />
e em Bolonha em Maio, dando seguimento<br />
à política de internacionalização que temos<br />
seguido nos últimos 5 anos, o que reflecte<br />
a nosso cariz exportador.<br />
To<strong>dos</strong> os produtos que exportam têm a<br />
marca Rubber Vulk?<br />
To<strong>dos</strong> os produtos que exportamos têm<br />
a nossa marca e a nossa imagem, em caixa<br />
própria e com os nossos códigos de<br />
barras.<br />
Contudo, em Portugal e Espanha, por<br />
razões estratégicas que têm a ver com o<br />
complemento de linha, comercializamos<br />
também produtos com marcas de terceiros.<br />
São produtos que nos ajudam a vender<br />
a nossa marca e que por tradição são<br />
consumi<strong>dos</strong> no mercado e que por isso é<br />
importante disponibilizar os clientes.<br />
Quem faz a produção <strong>dos</strong> consumíveis<br />
para casas de pneus da Rubber Vulk?<br />
Temos muitos acor<strong>dos</strong> com diversas fábricas<br />
em países como o Brasil, Alemanha,<br />
Itália, China, França, Índia, entre outros.<br />
Alguns <strong>dos</strong> distribuidores compram directamente<br />
na origem, embora a Rubber<br />
Vulk tenha dois armazéns estratégicos,<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
43
ENTREVISTA<br />
Bruno de Carvalho, Director de Marketing da Rubber Vulk<br />
um em Portugal e outro em Miami que servem<br />
para urgências. Contudo, as compras<br />
regulares são feitas directamente das fábricas.<br />
Como é que controlam a qualidade <strong>dos</strong><br />
produtos que comercializam?<br />
Em primeiro lugar porque exige uma selecção<br />
das fábricas, pois não é qualquer uma<br />
que pode fabricar para a Rubber Vulk. Os critérios<br />
de selecção das fábricas é apertado.<br />
To<strong>dos</strong> os nossos fornecedores têm que possuir,<br />
pelo menos, a certificação de gestão<br />
damos preferência a certificação de produto<br />
pela TUV. Isto para nós é uma garantia de<br />
que a fabricação é controlada.<br />
Por outro lado, nós recebemos lotes <strong>dos</strong><br />
produtos que comercializamos, vindo das fábricas,<br />
que nos permite monitorizar a qualidade<br />
<strong>dos</strong> mesmos internamente.<br />
Quais são os principais problemas que<br />
encontram na colocação <strong>dos</strong> vossos<br />
produtos no mercado?<br />
Hoje com o fenómeno da globalização as<br />
marcas têm de se manter muito competitivas<br />
sem perda de qualidade, é isso que nos<br />
permite estar presentes em merca<strong>dos</strong> tão<br />
diversos como os Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, o Uruguai<br />
a Síria ou a China. Nós temos uma marca<br />
forte com um preço competitivo, a que aliamos<br />
um padrão de qualidade muito exigente<br />
e uma dedicação exemplar <strong>dos</strong> colaboradores<br />
da empresa.<br />
Quanto é que representa para a Rubber<br />
Vulk o mercado português?<br />
A questão não se pode colocar nesses termos.<br />
Para nós o mercado português continua<br />
a ser muito interessante e muito importante.<br />
Como é que está organizada a distribuição<br />
<strong>dos</strong> produtos Rubber Vulk no mercado<br />
português?<br />
A distribuição é totalmente controlada por<br />
nós, através de um sistema de venda que designamos<br />
por auto venda.<br />
Temos ainda dois distribuidores exclusivos,<br />
um no Alto Minho e outro no Alentejo e<br />
Algarve, que também utilização o método de<br />
auto venda. Em Lisboa temos ainda mais<br />
três operadores, não exclusivos, que comercializam<br />
o nosso produto.<br />
nológico de facturação, onde to<strong>dos</strong> os produtos<br />
incluem código de barras e documentação<br />
correspondente, devidamente acondiciona<strong>dos</strong>,<br />
parâmetros que são respeita<strong>dos</strong><br />
seguindo requisitos da certificação e que fazem<br />
parte da nossa metodologia para oferecer<br />
uma linha com a mais elevada qualidade.<br />
Quantos carrinhas têm nesta função?<br />
Em Portugal são três carrinhas (mais três<br />
<strong>dos</strong> distribuidores) e em Espanha temos<br />
nove. Cada carrinha tem autonomia em termos<br />
de produto para passar uma semana no<br />
terreno, embora pedi<strong>dos</strong> urgentes ou outro<br />
tipo de pedido pontual pode ser expedido directamente<br />
do armazém.<br />
Estamos também prepara<strong>dos</strong> para lançar<br />
a venda online.<br />
Como vai funcionar a venda online?<br />
São quase 1.000 referências de catálogo a<br />
que o cliente irá ter acesso através de uma<br />
password, podendo fazer os pedi<strong>dos</strong> por<br />
essa via.<br />
Não queremos com esta nova ferramenta<br />
de venda atingir o especialista da casa de<br />
pneus, mas sim estar mais perto de novos<br />
merca<strong>dos</strong> que tradicionalmente não temos<br />
quaisquer hipóteses de visitar.<br />
Como privilegiamos a ética nos negócios,<br />
só iremos satisfazer as encomendas online<br />
em Portugal. Quaisquer pedi<strong>dos</strong> que<br />
nos cheguem de outros países serão<br />
reencaminha<strong>dos</strong> para os nossos distribuidores.<br />
Em Portugal como caracteriza o<br />
posicionamento da Rubber Vulk?<br />
Em Portugal a empresa tem<br />
cerca de sete anos de existência,<br />
começámos do zero, e estávamos<br />
com um crescimento anual<br />
na ordem <strong>dos</strong> 20 / 30 por cento.<br />
Este ano com a instabilidade do<br />
mercado vamos ficar pelos 10%.<br />
Sabemos o que queremos e não<br />
temos pressa. O mais importante<br />
neste momento é continuar a colaborar<br />
com quem acreditou em nós<br />
e ser parte da solução e não do problema.<br />
O mercado precisa de estabilidade<br />
e é isso que tentamos proporcionar<br />
aos nossos parceiros de<br />
negócio.<br />
Actualmente, a<br />
Rubber Vulk está<br />
presente em mais<br />
de 50 países nos<br />
cinco continentes.<br />
Este ano vai marcar<br />
presença em mais<br />
alguns<br />
“To<strong>dos</strong> os produtos<br />
que exportamos<br />
têm a nossa marca<br />
e a nossa imagem”,<br />
diz Bruno de<br />
Carvalho<br />
Como é que se define esse regime de auto<br />
venda?<br />
A auto venda é o estilo antigo do comércio<br />
a retalho quando se fazia a venda porta a<br />
porta. Recuperámos esse conceito e disponibilizamos<br />
veículos com estantes preparadas<br />
para os produtos e com um sistema tec-<br />
Existe muita concorrência neste<br />
sector <strong>dos</strong> consumíveis?<br />
Não se pode dizer que a concorrência seja<br />
um grande problema, apesar de haver muitas<br />
empresas neste ramo.<br />
O problema maior é que esta é uma área<br />
de negócio muito recente, que tem no máxi-<br />
RUBBER VULK<br />
Sede: Zona Industrial – Lote 21<br />
3680 – 133 Oliveira de Frades<br />
Gerente: Bruno de Carvalho<br />
Telefone: 232 763 109<br />
Fax: 232 763 110<br />
E-mail: info@rubbervulk.com<br />
Internet: www.rubbervulk.com<br />
44<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
A Rubber Vulk<br />
recuperou o conceito de<br />
venda porta a porta,<br />
disponibilizando para o<br />
efeito várias carrinhas<br />
equipadas com um<br />
vasto stock de produtos<br />
mo 30 anos, existindo por via<br />
disso um défice de regulamentação<br />
enorme. Qualquer pessoa<br />
abre uma oficina e uma<br />
casa de pneus e, por sua vez, o<br />
cliente muitas vezes não está<br />
instruído para o que é a qualidade<br />
de serviço.<br />
Portanto o problema com a<br />
concorrência é apenas com<br />
aquela que não tem encargos,<br />
pois a concorrência que<br />
cumpre as leis e as regras<br />
está no nosso nível.<br />
É por isso que to<strong>dos</strong> os<br />
anos entram e depois desaparecem<br />
diversos players de<br />
mercado, que acabam apenas por estragar<br />
mercado.<br />
Que tipo de formação realiza a<br />
Rubber Vulk?<br />
A empresa dispõe de centro de formação<br />
para clientes também na área específica da<br />
reparação de pneus, e a área comercial<br />
(mercado interno e exportação)<br />
está toda ela formada<br />
e habilitada a dar formação reconhecida<br />
legalmente. Isto é,<br />
100% <strong>dos</strong> quadros da empresa<br />
têm curso de formação de formadores.<br />
A Rubber Vulk<br />
aposta por isso muito no conhecimento.<br />
A formação destina-se<br />
aos nossos clientes<br />
que a requerem, e inclusive<br />
vêm muitos do estrangeiro<br />
para beneficiarem dessa<br />
actualização de conhecimentos<br />
connosco.<br />
ACTIVIDADE RUBBER VULK<br />
A Rubber Vulk está vocacionada para o acessório consumível da casa de pneus, e inclui<br />
na sua gama itens tão diversifica<strong>dos</strong> como os pesos, as válvulas, os remen<strong>dos</strong>, etc. Temos<br />
a linha completa para reparação de câmaras de ar, pneus radiais e convencionais<br />
nos segmentos bicicleta, moto, turismo, comercial, pesa<strong>dos</strong>, agrícola e OTR, em regime<br />
de auto venda em Portugal e Espanha e com marca própria Rubber Vulk.<br />
Em relação à linha de reparação de pneus, ela está totalmente documentada e cumpre<br />
as obrigações respeitantes às normas 108 e 109 da ONU (normas que regulamentam<br />
o processo de recauchutagem e características <strong>dos</strong> produtos de reparação) adoptada<br />
pela União Europeia, bem como à norma INMETRO (que regulamenta o mercado brasileiro<br />
e serve de orientação a outros países Latino-Americanos onde estamos presentes).<br />
A empresa está também certificada segundo a norma ISO 9001:2000.<br />
A Rubber Vulk tem alguns clientes<br />
importantes como é o caso da Confort Auto.<br />
Que importância assumem este tipo de<br />
clientes para vocês?<br />
A tendência <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> é o conceito de<br />
agrupamentos. Por outro lado tem havido<br />
uma forte tendência nos últimos anos no<br />
sentido de o profissional fazer multi serviços<br />
e não apenas ser especialista no pneu. Os<br />
mecânicos também deixaram de ser especialistas<br />
de mecânica e começaram a fazer<br />
outros serviços como os pneus por exemplo.<br />
O facto de estarem agrupa<strong>dos</strong>, em rede, permite-lhes<br />
beneficiar das sinergias que daí<br />
advêm, como maior capacidade de compra,<br />
maior força no mercado, maior força de<br />
marca, etc. A Rubber Vulk, por seu turno,<br />
tenta o máximo para estar junto dessas novas<br />
realidades. No caso da Confot Auto que<br />
me falou, sabemos da força que tem esta<br />
rede em Espanha e também em Portugal e<br />
para nós é mais um importante parceiro de<br />
negócio como o são to<strong>dos</strong> os que acreditam<br />
em nós, como a Mega Mundi ou a Arc en Ciel.<br />
Para o futuro estão previstos mais<br />
investimentos?<br />
Temos a ideia de alargar algumas das nossas<br />
linhas de produtos, numa lógica de complemento<br />
de negócio.<br />
Como caracteriza a fase em que vivem as<br />
oficinas em geral?<br />
Eu diria que estamos numa fase de transição<br />
em que quem souber aproveitar as<br />
oportunidades vai longe, mas também muitas<br />
empresas vão encerrar se não se modernizarem.<br />
As casas de pneus não fogem a<br />
esta regra e precisam de se modernizar sobretudo<br />
na área da qualidade de serviços.<br />
Seja como for, normalmente as casas profissionais<br />
estão bem equipadas. Têm ainda<br />
é um know how mais baixo do que seria de<br />
esperar e isso precisa ainda de ser melhorado.<br />
Creio que num futuro próximo os agentes<br />
de manutenção automóvel como actividade<br />
que envolve a segurança <strong>dos</strong> seus utilizadores<br />
e terceiros vão ter que estar regulamenta<strong>dos</strong><br />
como estão os construtores civis ou<br />
mesmo os recauchutadores e fabricantes<br />
de pneus, seja com alvará ou outro qualquer<br />
controle. Alguém competente tem que certificar<br />
que determinada empresa tem condições<br />
e conhecimentos para intervir na manutenção<br />
de um veículo. A quantidade de<br />
agentes não é proporcional ao tamanho do<br />
mercado e as “armas” não são as mesmas<br />
tanto ao nível da fiabilidade de trabalho<br />
como de infra-estruturas que sustentam o<br />
negócio. Por outro lado, já se sente também<br />
a falta de associativismo deste sector. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
45
EMPRESA<br />
Bandague<br />
VISÃO DE FUTURO<br />
Todo o bom empresário sabe que o produto tem que<br />
aparecer acompanhado de acessibilidade, conveniência,<br />
assistência e valor acrescentado, ou seja, numa só<br />
palavra: serviço. Não é pois de estranhar que a marca<br />
Bandague se tenha afirmado no mercado exactamente<br />
pela sua aposta no serviço ao cliente, especialmente os<br />
profissionais.<br />
46<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Amanutenção e reparação de<br />
pneus não pode esperar, porque<br />
sem eles o carro não vai a lado<br />
nenhum. Além disso, negligenciar uma<br />
anomalia de um pneu pode ter consequências<br />
indesejáveis, como a imobilização do<br />
veículo durante o dia ou mesmo à noite,<br />
em local ermo, já para não falar nas hipóteses<br />
de um acidente, coisas que não<br />
acontecem só aos outros. Desta forma, a<br />
manutenção e reparação de pneus é um<br />
serviço de procura incontornável, que estimula<br />
o aparecimento de empreendimentos<br />
sempre e cada vez mais actualiza<strong>dos</strong>.<br />
A empresa Bandague, S.A. está precisamente<br />
nesse caso, tendo aparecido no<br />
mercado no já distante ano de 1972, após a<br />
celebração de um contrato de Franchising<br />
com a marca internacional Bandag. Após<br />
esse evento, a Bandague estava em condições<br />
de lançar no mercado a recauchutagem<br />
de pneus a frio, uma tecnologia inovadora<br />
e pioneira no nosso país.<br />
Apercebendo-se de que estávamos a<br />
entrar numa época de predomínio da qualidade<br />
e da focalização <strong>dos</strong> negócios no<br />
consumidor, a Bandague investiu desde<br />
logo nas tecnologias de produção mais<br />
avançadas e na formação contínua <strong>dos</strong><br />
seus colaboradores. Actualmente, a empresa<br />
possui três unidades produtivas em<br />
locais estrategicamente distribuí<strong>dos</strong> no<br />
território nacional (Braga, Pontão e Alcoitão),<br />
garantindo uma cobertura completa<br />
do país. Uma rede de Agentes Autoriza<strong>dos</strong><br />
em to<strong>dos</strong> os pontos mais importantes, torna<br />
a presença da marca Bandague junto<br />
<strong>dos</strong> seus clientes ainda mais efectiva.<br />
Neste momento, a Bandague está em<br />
condições de assegurar um leque de produtos<br />
e serviços que satisfazem os clientes<br />
mais exigentes, fruto da sua experiência<br />
e da constante análise das necessidades<br />
e problemas da sua clientela. Dentre<br />
estes, está a recauchutagem<br />
de pneus, a venda de pneus<br />
novos, pontos de recolha,<br />
contratos de manutenção,<br />
serviços de inspecção de<br />
frota, cursos de formação,<br />
serviços de assistência<br />
móvel e contratos de outsourcing.<br />
A rede de postos<br />
de assistência fixos, segundo<br />
o conceito Fix'n'Go,<br />
assim como o serviço Fix<br />
24 à escala europeia, são<br />
outros factores de apoio<br />
ao cliente, dentro da filosofia<br />
indiscutível de que o cliente satisfeito<br />
é um cliente fidelizado.<br />
Aposta na qualidade total<br />
Para quem não é capaz de entender todo<br />
o alcance que a qualidade implica, este<br />
pode parecer um conceito metafísico e<br />
afastado da realidade. No entanto, quanto<br />
percebemos que a qualidade pode dar origem<br />
a produtos e serviços fiáveis e com<br />
garantia, nasci<strong>dos</strong> de uma eficiência que é<br />
capaz de assegurar preços competitivos,<br />
sem colidir com a rentabilidade de quem<br />
produz, para além de criar uma imagem e<br />
um clima de confiança e motivação dentro<br />
das empresas e destas com o mercado, a<br />
qualidade torna-se numa ferramenta indispensável<br />
para a sobrevivência empresarial.<br />
Os gestores da Bandague S.A. desde<br />
muito cedo compreenderam o alcance da<br />
qualidade para o sucesso do seu projecto,<br />
tendo aderido à norma universalmente<br />
aceite ISO9001:2000, que garante os procedimentos<br />
correctos no interior da empresa<br />
e no contacto desta com os seus fornecedores,<br />
parceiros de negócio e consumidores.<br />
Na Bandague, a Política de<br />
Qualidade assume um carácter dinâmico,<br />
adaptando-se à evolução das necessidades<br />
e objectivos da empresa, no rigoroso<br />
respeito pela higiene e segurança profissionais,<br />
assim como pela conservação do<br />
ambiente. Sendo um processo evolutivo, a<br />
Certificação de Qualidade implica auditorias<br />
de acompanhamento regulares, que<br />
estimulam as empresas a prosseguir e a<br />
incrementar o seu esforço no sentido do<br />
aperfeiçoamento constante e da qualidade<br />
total, uma meta sempre acessível e sempre<br />
distante, dependendo <strong>dos</strong> critérios de<br />
análise.<br />
Não surpreende, pois, que a Bandague<br />
tenha sido a primeira empresa de recauchutagem<br />
nacional a obter a homologação<br />
ECE 109 da ONU, indispensável para o correcto<br />
exercício da actividade.<br />
Rede de centros de assistência Fix'n'Go<br />
As principais linhas de força em torno<br />
das quais a reorganização das oficinas do<br />
pós venda automóvel independente está a<br />
processar-se podem resumir-se deste<br />
modo:<br />
- Escolha de um conceito que permita reforçar<br />
a imagem, a capacidade de negociação,<br />
a escala das operações, a cobertura<br />
territorial e o acesso a nichos de<br />
consumidores.<br />
- Acesso a um nível de equipamento, infraestruturas<br />
e processos de gestão actualiza<strong>dos</strong><br />
e potenciadores de produtividade<br />
/ qualidade / rentabilidade.<br />
- Aposta na formação contínua <strong>dos</strong> profissionais,<br />
nos procedimentos tecnicamente<br />
correctos e na capacidade de atendimento<br />
e motivação <strong>dos</strong> consumidores.<br />
Para lançar a sua rede de postos de assistência<br />
fixa, a Bandague teve o cuidado<br />
de verificar que tudo correspondia às expectativas<br />
e necessidades <strong>dos</strong> seus clientes,<br />
por um lado, bem como às legítimas<br />
ambições de crescimento da empresa, por<br />
outro.<br />
A eficácia começa logo pela designação,<br />
permitida pela flexibilidade e pela capacidade<br />
de síntese do idioma inglês: Fix'n'Go.<br />
Trata-se de uma redução muito feliz de fix<br />
and go (repare e siga), que concentra num<br />
curto e único vocábulo toda a mensagem<br />
pretendida: dinamismo, conveniência, rapidez,<br />
diversidade, polivalência. Mas um<br />
negócio não se pode ficar apenas pela sugestão<br />
e pelos efeitos especiais. É preciso<br />
descer à Terra e pôr as coisas a funcionar<br />
como deve ser. Para isso, a Bandague seleccionou<br />
com rigor o conceito, o equipamento,<br />
a localização e os parceiros de negócio.<br />
Entre estes, vamos encontrar sem<br />
surpresas a Cometil (equipamentos), os<br />
três campeões em venda de pneus novos -<br />
Michelin, Bridgestone e Continental -, a<br />
Bosch (velas, filtros, Lâmpadas, amortecedores),<br />
Kraft e BP (lubrificantes) e<br />
Equiauto (equipamento de lavagem de veículos).<br />
No conceito, haveria que inovar, para<br />
não criar apenas mais postos de venda de<br />
pneus:<br />
- Polivalência: assistência a veículos ligeiros<br />
e pesa<strong>dos</strong>, profissionais e particulares.<br />
- Manutenção de pneus (montagem, equilibragem,<br />
alinhamentos, reparação de<br />
furos, focagens, etc.).<br />
- Mecânica rápida (filtros, mudanças de<br />
óleo, baterias, componentes de travagem,<br />
suspensões, escapes, iluminação,<br />
etc.).<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
47
EMPRESA<br />
BANDAGUE<br />
- Conforto e estética: lavagens, limpeza<br />
interior, acessórios auto, jantes,<br />
rádios, telemóveis, GPS, etc.<br />
Com uma só paragem, o cliente<br />
tem o carro em forma para passar na<br />
inspecção e andar mais um ano sem<br />
preocupações. Atendimento eficiente,<br />
profissional e personalizado.<br />
A realidade da Fix'n'Go<br />
No final do ano de todas as crises e<br />
mais algumas, surge a 8ª oficina<br />
Fix'n'Go, em Viseu, no corredor internacional<br />
da A25. Investimento de € 300<br />
mil, 8 novos empregos (+2 em <strong>2009</strong>), to<strong>dos</strong><br />
os serviços, a mesma conveniência<br />
e eficiência. Ao todo, a rede Fix'n'Go tem<br />
mais sete centros, espalha<strong>dos</strong> pelo país<br />
(Maia, Castanheira do Ribatejo, Alcoitão,<br />
Lisboa, Chaves, Oliveira de Azeméis e<br />
Leiria), representando um investimento<br />
total de € 2 milhões e 62 postos de trabalho<br />
qualifica<strong>dos</strong>.<br />
Como não há tempo para saborear os<br />
sucessos, em <strong>2009</strong> um novo centro de assistência<br />
Fix'n'Go deverá aparecer na<br />
zona de Coimbra. Características da localização<br />
<strong>dos</strong> centros: encruzilhadas de itinerários<br />
principais, acesso a áreas urbanas<br />
e plataformas logísticas, facilidade<br />
de entrada e saída. Parece coincidência,<br />
mas não é: nesses locais concentram-se<br />
muitos consumidores (empresas e particulares).<br />
Resultado: um cliente da<br />
Fix'n'Go ou da própria Bandague, tem<br />
sempre relativamente próximo um ponto<br />
de assistência especializado e polivalente,<br />
mesmo que a sua vida seja fazer quilómetros<br />
e mais quilómetros. Depois, há<br />
sempre o serviço de assistência móvel<br />
Fix 24. Este serviço especializado não<br />
dorme, desde que foi lançado pela Bandague,<br />
no dia 1 de Outubro de 2<strong>004</strong>. Trata-se<br />
de um serviço móvel inovador para<br />
operadores profissionais de viaturas pesadas,<br />
disponível 24 horas por dia, tanto<br />
em todo o território nacional, como na<br />
Europa Ocidental. O veículo de assistência<br />
Fix 24 está preparado para resolver<br />
to<strong>dos</strong> os problemas de assistência na estrada,<br />
relaciona<strong>dos</strong> com jantes e pneus.<br />
O valor acrescentado deste serviço está<br />
claramente visível: custos de paralização<br />
minimiza<strong>dos</strong>, rentabilidade do cliente assegurada,<br />
custos de manutenção das viaturas<br />
reduzi<strong>dos</strong>. Apesar de tudo isto, assim<br />
como da eficiência, rapidez e profissionalismo<br />
da assistência prestada da<br />
estrada, o custo do Fix 24 surpreende<br />
pela positiva. Talvez seja por isso que a<br />
lista de candidatos a clientes não pára de<br />
aumentar. ■<br />
Actualmente,<br />
a Bandague possui<br />
três unidades<br />
produtivas em<br />
locais<br />
estrategicamente<br />
distribuí<strong>dos</strong> no<br />
território nacional<br />
(Braga, Pontão e<br />
Alcoitão)<br />
A Bandague<br />
foi a primeira empresa de<br />
recauchutagem nacional a<br />
obter a homologação ECE<br />
109 da ONU, indispensável<br />
para o correcto exercício<br />
da actividade<br />
BANDAGUE, SA<br />
Sede: Rua S. Francisco 886 - Adroana<br />
2645 - 019 Alcabideche<br />
Telefone: 21 460 78 00<br />
Fax: 21 460 78 01<br />
Dir. Comercial Bandague: Joaquim Lucas<br />
E-mail: joaquim.lucas@bandague.pt<br />
Ass. Publicidade e Marketing: Sandra Oliveira<br />
E-mail: sandra.oliveira@bandague.pt<br />
Internet: www.bandague.pt<br />
48<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Fix’n’Go inaugura um novo espaço<br />
NEGÓCIO DE REPARAR E ANDAR<br />
Foi inaugurada em Viseu, no passado mês de Novembro,<br />
a oitava delegação da marca Fix’n’Go, uma unidade<br />
moderna, adaptada às novas necessidades do mercado,<br />
integrada numa rede nacional de centros de assistência<br />
auto para viaturas ligeiras, comerciais e pesadas.<br />
Representando um investimento<br />
de 300 mil euros, sem considerar<br />
a aquisição e obras de remodelação<br />
do edifício, adquirido por outra<br />
empresa do Grupo. Este novo posto<br />
está vocacionado para a realização de<br />
serviços rápi<strong>dos</strong>: alinhamentos, equilibragens,<br />
reparação de furos, jantes, mudança<br />
de óleo, baterias, pastilhas e discos<br />
de travão, velas, amortecedores,<br />
lâmpadas, escapes e venda de pneus novos<br />
e acessórios auto.<br />
Esta é já a oitava inauguração desta<br />
rede de assistência automóvel que aposta<br />
nas novas tecnologias para o desenvolvimento<br />
da sua actividade. Além de Viseu,<br />
a Fix’n’Go conta com outros sete espaços<br />
no nosso país: Maia, Castanheira<br />
do Ribatejo, Alcoitão (Cascais), Lisboa,<br />
Chaves, Oliveira de Azeméis e Leiria. A<br />
Fix’n’Go foi responsável pela criação de<br />
mais de 62 postos de trabalho no nosso<br />
país, o que representa um investimento<br />
de cerca de 2 milhões de Euros.<br />
O centro de Viseu terá brevemente os<br />
seus serviços certifica<strong>dos</strong> de acordo<br />
com a norma ISO 9001: 2000, a exemplo<br />
do que acontece com os restantes postos<br />
da marca. A Certificação garante de<br />
uma forma clara e transparente aos<br />
clientes, fornecedores e colaboradores<br />
que a empresa estrutura os seus processos<br />
operativos segundo um Sistema<br />
de Gestão de Qualidade adequado e que<br />
fomenta a melhoria contínua <strong>dos</strong> seus<br />
serviços.<br />
Em entrevista à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>,<br />
Gomes da Costa, Assessor de Administração<br />
da Bandague e responsável pela<br />
marca Fix’n’Go, explica o conceito deste<br />
negócio e <strong>dos</strong> objectivos que se propõe<br />
alcançar, nomeadamente com o novo<br />
posto de Viseu, agora inaugurado. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
49
EMPRESA<br />
ENTREVISTA COM:<br />
Dr. Gomes da Costa<br />
Assessor da Administração da Bandague<br />
Como se distingue o conceito das oficinas<br />
Fix'n'Go, relativamente a outros<br />
empreendimentos do mesmo género?<br />
O conceito Fix’n’Go baseia-se na qualidade<br />
e inovação, e por isso foi fundamentado<br />
numa selecção rigorosa do equipamento,<br />
localização, instalações e parceiros de negócio.<br />
Tem duas áreas de negócios principais:<br />
veículos ligeiros e veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />
No caso <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, tentamos fazer contratos<br />
de manutenção com os nossos<br />
clientes, tanto para os pneus, como para<br />
to<strong>dos</strong> os serviços que estão associa<strong>dos</strong> ao<br />
produto (alinhamento de direcções, equilibragem,<br />
reparações, etc.). Deste modo,<br />
pretendemos reduzir os custos de manutenção<br />
para o cliente, prevenindo eventuais<br />
problemas causa<strong>dos</strong> pelos pneus <strong>dos</strong> seus<br />
veículos.<br />
Na oferta que propomos para os carros<br />
ligeiros, para além <strong>dos</strong> serviços de pneus e<br />
outros que estão associa<strong>dos</strong>, também oferecemos<br />
tudo o que é habitual em serviços<br />
rápi<strong>dos</strong>: mudanças de óleo, filtros, sistemas<br />
de travagem, suspensão, escapes,<br />
pré-inspecções, etc..<br />
Contando ainda com uma equipa de profissionais<br />
especializa<strong>dos</strong> para ajudar e<br />
aconselhar os clientes, apoiada num completo<br />
serviço multimarca de manutenção e<br />
reparação automóvel.<br />
Que tipos de clientes procuram as oficinas<br />
Fix'n'Go para realizar a manutenção <strong>dos</strong><br />
seus veículos?<br />
A distribuição <strong>dos</strong> clientes depende um<br />
pouco da localização <strong>dos</strong> nossos centros,<br />
mas podemos adiantar cerca de 50% para<br />
cada um <strong>dos</strong> dois clientes tipo: veículos ligeiros<br />
e veículos pesa<strong>dos</strong>. Nos veículos ligeiros,<br />
a percentagem de particulares ronda<br />
os 70%, sendo os restantes profissionais,<br />
enquanto que nos pesa<strong>dos</strong> a quase totalidade<br />
(99%) é constituída por empresas de<br />
transporte e outras firmas.<br />
As companhias gestoras de frotas<br />
também procuram as vossas oficinas?<br />
Actualmente temos acor<strong>dos</strong> de manutenção<br />
assina<strong>dos</strong> com a Leaseplan e a GE, empresas<br />
gestoras de frotas. As seguradoras<br />
ainda representam uma pequena parte do<br />
negócio, mas pode haver perspectivas de<br />
novos negócios.<br />
Quem são os vossos principais<br />
concorrentes aqui na região de Viseu?<br />
Nesta região, com a nossa dimensão e a<br />
nossa estratégia, não estamos a ver nenhuma<br />
oficina do género. Claro que existem casas<br />
do mesmo tipo, mas com conceitos um<br />
pouco diferentes do nosso. Geralmente, vemos<br />
oficinas vocacionadas mais para viaturas<br />
pesadas e outras para viaturas ligeiras.<br />
No caso do conceito Fix'n'Go, to<strong>dos</strong> os veículos<br />
podem ser assisti<strong>dos</strong> nas nossas oficinas,<br />
existindo um leque de serviços diferenciado<br />
para cada género de clientes.<br />
Quais são as principais marcas<br />
fornecedoras das oficinas Fix'n'Go?<br />
Nós trabalhamos com todas as marcas<br />
principais do mercado, tanto em pneus,<br />
como em peças, tendo o cuidado de ter uma<br />
oferta segmentada: para os que pretendem<br />
qualidade acima de tudo, para os que estão<br />
numa posição intermédia e para os que procuram<br />
essencialmente o preço.<br />
To<strong>dos</strong> os profissionais que operam nas<br />
oficinas Fix'n'Go recebem formação?<br />
Evidentemente. To<strong>dos</strong> os elementos actualmente<br />
em laboração têm formação<br />
contínua. As pessoas que constituem a<br />
equipa do Fix’n’Go de Viseu tiveram dois<br />
meses de formação, tanto na nossa sede,<br />
como nos outros centros que já se encontram<br />
em actividade.<br />
Qual é a vossa estratégia para afirmação<br />
do conceito Fix'n'Go em Viseu?<br />
Como é lógico, temos duas estratégias<br />
de negócio diferentes para cada uma das<br />
principais áreas em que nos pretendemos<br />
impor no mercado. Quanto aos veículos pesa<strong>dos</strong>,<br />
já temos alguns contactos bem encaminha<strong>dos</strong><br />
para celebrar contratos de<br />
manutenção. Nos carros ligeiros, vamos<br />
efectuar diversas campanhas de marketing<br />
e promoções, com o objectivo de atrair<br />
as pessoas, a fim de que elas possam confirmar<br />
a mensagem que tentamos passar:<br />
50<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
qualidade, preços competitivos e rapidez<br />
de serviço.<br />
Estão a utilizar a Internet para promover a<br />
vossa rede de oficinas?<br />
A internet é um <strong>dos</strong> principais meios de<br />
comunicação onde uma empresa deverá<br />
estar e é através deste media que a Fix’n’Go<br />
consegue uma maior facilidade de divulgação<br />
para com o consumidor. Para além disso,<br />
constitui uma melhoria da qualidade de<br />
atendimento aos nossos clientes, pois existe<br />
a possibilidade de comunicação just in<br />
time para o exterior.<br />
A internet possibilita ainda ajustes estratégicos<br />
em tempo real e por isso é que temos<br />
dois sites. Um é mais institucional –<br />
www.bandague.pt onde transmitimos a<br />
nossa missão e estratégias. Paralelamente<br />
temos o site da Fix’n’Go – www.fixngo.pt<br />
onde divulgamos os produtos, os serviços e<br />
as campanhas do mês. O crescimento exponencial<br />
deste meio e a facilidade das pessoas<br />
ao seu acesso 7dias/semana faz com<br />
que a Bandague e a Fix’n’Go estejam sempre<br />
em contacto com os seus clientes.<br />
Como complemento para divulgação das<br />
nossas campanhas, efectuamos distribuição<br />
de folhetos e comunicamos para jornais<br />
nacionais e regionais.<br />
Os concessionários de marca são vossos<br />
concorrentes directos?<br />
A concorrência das oficinas de marca<br />
não é de agora e já existe há vários anos.<br />
Nos carros novos, ainda é difícil uma oficina<br />
do género da nossa entrar na concorrência,<br />
até pela questão das garantias das<br />
marcas.<br />
Mesmo assim, a partir <strong>dos</strong> 3 anos de idade<br />
<strong>dos</strong> veículos, é frequente os clientes levarem<br />
os carros a oficinas do género das nossas.<br />
Nos pneus, já não se nota tanto essa situação,<br />
embora as marcas tenham vindo a<br />
aumentar a sua oferta neste capítulo.<br />
O sector de pós venda automóvel em<br />
Portugal ainda apresenta capacidade de<br />
crescimento?<br />
O poder de compra reduzido da população<br />
é desde há muito o grande limite à expansão<br />
do mercado de manutenção automóvel,<br />
embora presentemente possa haver ainda<br />
mais alguns problemas pontuais.<br />
Que objectivos tem a unidade Fix'n'Go de<br />
Viseu para o próximo ano?<br />
Temos objectivos para o primeiro semestre<br />
de <strong>2009</strong>, durante o qual tencionamos<br />
vender cerca de 200 pneus por mês e atender<br />
uma média de 10-12 carros ligeiros por<br />
dia. Nos pesa<strong>dos</strong>, o objectivo será para uma<br />
frequência de 4 - 5 veículos diários.<br />
Julgo que não teremos dificuldade em<br />
atingir estas metas aqui em Viseu, onde temos<br />
uma área total de 1.600m2, ficando a<br />
oficina a ocupar cerca de 1.100/1.200m2.<br />
Quais foram os equipamentos<br />
selecciona<strong>dos</strong> para as oficinas Fix'n'Go em<br />
Portugal?<br />
Nos equipamentos de alinhamento,<br />
apostámos na marca Hunter, nos elevadores<br />
na marca OMER e nas máquinas de<br />
montar/desmontar temos a CEMB. Os<br />
equipamentos existentes são os mais modernos<br />
no mercado e são forneci<strong>dos</strong> pela<br />
Cometil, que é nosso parceiro de negócio<br />
desde a primeira hora. O investimento é<br />
um pouco superior à média, mas a qualidade<br />
compensa o esforço financeiro inicial.<br />
APM/JO - Quantos elementos integram a<br />
equipa que trabalhará na unidade Fix'n'Go<br />
de Viseu?<br />
De imediato, temos 8 colaboradores, que<br />
passarão a ser 10 no curto prazo. Seguidamente,<br />
iremos ajustando a capacidade laboral<br />
às efectivas necessidades do negócio,<br />
que esperamos caminharem no sentido de<br />
um aumento da capacidade. ■<br />
PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
51
EMPRESA<br />
Star Aliance<br />
NOVAS ARMAS<br />
PARA O NEGÓCIO<br />
O final de 2008 ficou marcado no sector <strong>dos</strong> pneus pelo<br />
nascimento da Star Aliance, que permitirá a um conjunto de<br />
casas de pneus a comercialização, em exclusivo, de uma nova<br />
marca de pneus America.<br />
Nascida como um negócio familiar,<br />
a Albi <strong>Pneus</strong> iniciou a sua actividade<br />
em 1992 como uma pequena<br />
casa de pneus em Castelo Branco, fruto da<br />
iniciativa de Joaquim Louro.<br />
O seu filho, Sérgio Louro, entrou no negócio<br />
no início da década, sendo nesse período<br />
que o crescimento de negócio foi mais evidente<br />
(com repercussão nos anos seguintes),<br />
ao ponto de ser constituída uma enorme<br />
rede de parceiros, que cobre todo o país<br />
(incluindo ilhas), parte de Espanha, mas<br />
também outros países, permitindo que a Albipneus<br />
esteja presente nos quatro cantos<br />
do Mundo.<br />
Actualmente o Grupo Albipneus dispõe de<br />
12 casas de pneus (com diferentes nomes),<br />
tem mais de 80 parceiros directos em Portugal<br />
a quem distribuiu pneus diariamente,<br />
sendo o seu fornecedor maioritário (80 a<br />
90% das compras desses parceiros).<br />
Grosso modo, a Albipneus comercializa<br />
300 mil pneus ano para to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong><br />
52<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
“REACÇÃO FOI POSITIVA”<br />
Mentor de todo o projecto Star Aliance, Sérgio Louro apostou forte no<br />
desenvolvimento do mesmo, estando já bastante satisfeito com os<br />
primeiros resulta<strong>dos</strong> alcança<strong>dos</strong> e com a motivação <strong>dos</strong> parceiros em<br />
torno do projecto.<br />
“A reacção <strong>dos</strong> parceiros a este projecto foi muito importante e<br />
muito positiva. Hoje existem muito grupos que pedem jóia de entrada<br />
e aos quais é necessário comprar determina<strong>dos</strong> volumes. Na Star<br />
Aliance não existe nada disso, o que existe é uma grande relação de<br />
confiança face aquilo que eles sabem que nós somos capazes de<br />
fazer”, revela Sérgio Louro.<br />
Quando foi apresentado, os parceiros “entenderam de pronto que<br />
tinham uma mais-valia, pois é uma marca nossa com a qual nos podemos<br />
defender melhor do mercado, que está associado à Continental, podendo<br />
desta forma servir qualidade e obter um valor acrescentado”.<br />
A ideia de trazer a marca America para o mercado “é também permitir que os<br />
nossos parceiros possam evoluir ainda mais no seu negócio”, diz Sérgio Louro,<br />
assegurando que “todas as casas de pneus podem ser nossos parceiros, com a<br />
única condição de poderem trabalhar mais tranquilamente”.<br />
Refira-se ainda que, defendendo geograficamente os parceiros, mesmo que uma<br />
casa de pneus já pertença a outra rede não colide com a sua presença na Star<br />
Aliance, sendo por isso um projecto muito aberto.<br />
A Star Aliance reuniu no final de 2008 os principais parceiros para<br />
apresentar a marca de pneus America<br />
Na reunião foi anunciado que o pneu America terá um circuito<br />
comercial restrito à rede Star Aliance<br />
em que está presente, sendo que o mercado<br />
ibérico representa 50%, onde a empresa<br />
está muito conceituada.<br />
O conhecimento e a experiência adquirida<br />
no mercado <strong>dos</strong> pneus, mas também o facto<br />
de ter relações comerciais fortes e estáveis<br />
com muitos <strong>dos</strong> seus parceiros de negócio, a<br />
Albipneus, também por sugestão desses<br />
parceiros, decidiu dar mais uma passo.<br />
“Os nossos parceiros foram-nos dizendo<br />
que havia necessidade de dar uma resposta<br />
ao mercado, devido à crise e à consequente<br />
quebra de vendas, mas também ao facto de<br />
to<strong>dos</strong> os operadores terem acesso aos<br />
mesmos pneus”, começa por referir Sérgio<br />
Louro.<br />
Este empurrão levou a empresa a apresentar<br />
um projecto, aos seus parceiros, de<br />
desenvolvimento de uma marca de pneus<br />
própria que de algo forma fosse uma resposta<br />
efectiva às necessidades desses parceiros,<br />
dando um novo alento ao negócio.<br />
O projecto<br />
Desde a ideia inicial passando pelo projecto<br />
até à fase de apresentação do mesmo, algumas<br />
soluções foram estudadas e muitos<br />
contactos foram feitos até se chegar a uma<br />
proposta concreta, consistente e realista,<br />
que desse aos parceiros novas ferramentas<br />
para competir no aguerrido e concorrencial<br />
negócio <strong>dos</strong> pneus.<br />
Foi dessa forma que nasceu, dissociada da<br />
Albipneus, um grupo designado por Star<br />
Aliance para a comercialização do pneu<br />
America.<br />
“A Star Aliance foi criada para trabalhar<br />
exclusivamente a marca de pneus America”,<br />
afirma Sérgio Louro, adiantando “que é uma<br />
marca própria, escolhida por nós, que mais<br />
ninguém vai comercializar fora da Star<br />
Aliance, sendo este um facto muito importante<br />
para to<strong>dos</strong> os nossos parceiros”.<br />
O pneu America é um pneu fabricado pela<br />
Continental mas com marca própria exclusiva<br />
da Star Aliance, o que “nos dá muitas garantias,<br />
pois temos todo o apoio da Continental,<br />
e a certeza da qualidade do próprio produto”,<br />
revela o mesmo responsável. Tratase<br />
de um pneu fabricado na França (e<br />
algumas medidas em Lousado – Portugal),<br />
que terá um circuito comercial restrito à<br />
rede Star Aliance, tendo a apresentação do<br />
mesmo sido feita aos parceiros no último trimestre<br />
de 2008.<br />
Parceiros<br />
Neste arranque do projecto e da respectiva<br />
comercialização do pneu America, foram escolhi<strong>dos</strong><br />
numa primeira fase, <strong>dos</strong> 80 parceiros<br />
anteriormente referi<strong>dos</strong>, cerca de 30,<br />
que deram corpo à Star Aliance.<br />
“Nesta fase foram apenas escolhi<strong>dos</strong> 30<br />
parceiros para integrar a Star Aliance pois<br />
não havia stock suficiente, por questões de<br />
disponibilidade de produção, que pudesse<br />
satisfazer as suas necessidades”, revela<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
53
EMPRESA<br />
O NOVO PNEU AMERICA<br />
Nesta fase de lançamento a gama de pneus America não é muito<br />
extensa, mas mesmo assim é suficientemente variada cobrindo as<br />
principais necessidades do mercado.<br />
A gama divide-se em pneus de ligeiros e pneus para veículos nas<br />
medidas mais vendáveis, tendo sido desenvolvida uma tabela com<br />
diversa informação.<br />
Nos ligeiros existem três tipos de pisos diferentes, em diferentes<br />
séries, cobrindo 90% das necessidades do parque automóvel de ligeiros<br />
a circular em Portugal, enquanto nos comerciais existe um único piso,<br />
também ele com uma boa cobertura de mercado.<br />
Para já não são comercializa<strong>dos</strong> os pneus de pesa<strong>dos</strong> e 4x4, embora<br />
esteja prevista uma evolução de produto ao longo do ano.<br />
Sérgio Louro foi o grande impulsionador e<br />
principal responsável pelo desenvolvimento da<br />
Star Aliance<br />
STAR ALIANCE<br />
Sede: Estrada Cruz de Montalvão, 17<br />
6000-197 Castelo Branco<br />
Gerente: Sérgio Louro<br />
Telefone: 272 324 544<br />
Fax: 272 324 542<br />
E-mail: louro.sergio@gmail.com<br />
Internet: -<br />
Sérgio Louro, adiantando que “o objectivo é<br />
começarem a entrar mais parceiros para a<br />
Star Aliance assim que tivermos maior disponibilidade<br />
de produto”.<br />
Estrategicamente, os parceiros iniciais da<br />
Star Aliance foram escolhi<strong>dos</strong> segundo determina<strong>dos</strong><br />
critérios geográficos, de modo a<br />
ter uma boa cobertura de norte a sul de Portugal,<br />
incluindo Madeira e Açores, sem esquecer<br />
também um pouco do mercado espanhol.<br />
“Desenvolvemos zonas geográficas exclusivas,<br />
para maior protecção do nosso parceiro<br />
na comercialização do pneu America” reforça<br />
o mentor da Star Aliance, sublinhando<br />
que “com esta marca de pneus o parceiro<br />
pode-se defender relativamente ao mercado<br />
servindo preço e qualidade ao seu cliente”.<br />
Para que melhor se pudessem identificar<br />
os parceiros reuni<strong>dos</strong> em torno do projecto<br />
Star Aliance, foi desenvolvido um logótipo,<br />
que funciona como uma imagem em redor<br />
da qual estão reuni<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os intervenientes.<br />
“Esta questão da identificação da casa de<br />
pneus com a Star Aliance é muito importante<br />
analisando no ponto de vista do cliente final,<br />
que montando pneus America no seu carro<br />
num ponto do país, sabe que existem outros<br />
operadores noutros áreas geográficas que<br />
lhe podem dar assistência a esses pneus no<br />
caso de ele ter um problema”, afirma Sérgio<br />
Louro.<br />
Simultaneamente está a ser desenvolvido<br />
um cartão de fidelização para o cliente final,<br />
sabendo ele onde se pode dirigir sempre que<br />
tenha alguma questão para resolver com os<br />
seus pneus America.<br />
A entrada na Star Aliance não significa<br />
qualquer custo adicional para os parceiros,<br />
mas para que to<strong>dos</strong> possam colaborar no<br />
desenvolvimento deste projecto no futuro diversas<br />
acções foram pensadas, até como<br />
forma de existir uma maior união em torno<br />
do mesmo.<br />
“Pretende-se que a Star Aliance seja um<br />
grupo muito aberto e homogéneo, pois temos<br />
previsto que os parceiros se reúnam de<br />
dois em dois meses, arranjando soluções<br />
para o mercado, podendo qualquer um dar<br />
ideias para serem implementadas”, revela<br />
Sérgio Louro.<br />
Apostando numa marca própria de pneus<br />
e num conceito de rede, Sérgio Louro não<br />
pretende apenas ver a Star Aliance pela vertente<br />
eminentemente comercial e de negócio.<br />
Dessa forma foi também criado um plano<br />
de formação permanente, pois “estão<br />
constante a surgir no mercado muitas novidades<br />
em termos de produtos e serviços,<br />
mas também existem muitas oscilações,<br />
sendo necessário que as casas de pneus estejam<br />
aptas a darem respostas a essas novas<br />
necessidades”.<br />
Dessa forma a Star Aliance e a Continental<br />
chegaram a um acordo de modo a proporcionarem<br />
a to<strong>dos</strong> os parceiros formação técnica<br />
e comercial, enquadrada no âmbito da<br />
sua actividade.<br />
Um <strong>dos</strong> objectivos da Star Aliance passa<br />
por evoluir para outras formas de negócio<br />
que potenciem e dinamizem as vendas de to<strong>dos</strong><br />
os parceiros.<br />
Um <strong>dos</strong> exemplos, ou talvez mesmo uma<br />
das apostas, é o mercado das frotas e das<br />
gestoras de frotas, que é um mercado muito<br />
importante para quem tem presença geográfica<br />
em todo o território, como é o caso<br />
agora da Star Aliance.<br />
Em termos de objectivos comerciais, atendendo<br />
a que a Star Aliance está num ano de<br />
lançamento, Sérgio Louro considera que se<br />
poderão efectuar vendas na ordem <strong>dos</strong><br />
12.000 a 15.000 pneus America.<br />
“Para já queremos que este pneu seja uma<br />
mais valia para o parceiro e para o seu cliente.<br />
Só depois poderemos pensar em maiores<br />
volumes de vendas, mas não vamos exigir<br />
números aos nossos parceiros”, conclui<br />
Sérgio Louro. ■<br />
54<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
EMPRESA<br />
José Aniceto e Irmão, Lda<br />
FORTE DINÂMICA<br />
DE MERCADO<br />
A José Aniceto e Irmão, Lda é um <strong>dos</strong> mais abrangentes<br />
distribuidores de pneus em Portugal. Localizada em Cantanhede,<br />
esta dinâmica empresa tem previsto novos investimentos de<br />
modo a dar resposta ao seu crescimento.<br />
As raízes da José Aniceto e Irmão,<br />
Lda, remontam ao distante ano de<br />
1966. O início da actividade começou<br />
pela recauchutagem e por um pequeno<br />
posto de assistência a pneus em Cantanhede.<br />
A segunda geração deste negócio familiar<br />
entra para a empresa durante os primeiros<br />
anos da década de 80, tendo-se registado<br />
a partir de então uma nova dinâmica por via<br />
da presença de Luís Aniceto, José Aniceto e<br />
Helena Aniceto Tomé.<br />
A evolução foi gradual, como é normal neste<br />
tipo de negócios, tendo a empresa feito<br />
em 1989 um forte investimento na recauchutagem<br />
a frio.<br />
O crescimento e o progresso não pararam<br />
pelo que o espaço ficou curto para as necessidades<br />
da empresa, que em 1996 mudou<br />
para outras instalações, onde actualmente<br />
se encontra, na Zona Industrial de Cantanhede.<br />
Nesta fase a aposta passou por uma especialização<br />
da recauchutagem a frio no sec-<br />
56<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
APOSTA<br />
NA INTERNET<br />
REPRESENTAÇÃO<br />
E DISTRIBUIÇÃO BKT<br />
Desde o início de 2007 que a José Aniceto e Irmão, Lda, através da S. José Logística de<br />
<strong>Pneus</strong> representa em Portugal, directamente da fábrica, a marca de pneus Agro-industriais<br />
BKT.<br />
O envolvimento da empresa com a BKT é de tal ordem que a José Aniceto e Irmão, Lda<br />
passou a ser responsável da assistência mesmo no mercado de origem, isto é, qualquer<br />
tractor ou máquina comercializado com BKT como equipamento de origem, tem a empresa<br />
de Cantanhede como responsável pela assistência a esses pneus.<br />
Neste momento a BKT tem mais de 1000 referências de pneus dentro do sector Agro-industrial,<br />
enquanto em Portugal são comercializadas cerca de 230 referências, que permitem<br />
cobrir as necessidades do mercado português.<br />
A BKT já iniciou a produção de pneus radiais em OTR e florestais, duas áreas que ficam<br />
também cobertas pela gama desta marca, que tem 7 fábricas na Indía.<br />
Um <strong>dos</strong> pormenores que demonstra a dimensão e a importância do negócio BKT, é o facto<br />
de esta empresa ter como objectivo ser a nº1 mundial no sector <strong>dos</strong> pneus Agro-industriais<br />
em 2012.<br />
“Dispomos de uma excelente rede de agentes com casas de pneus a trabalhar pneus<br />
para tractores. Com a BKT damos-lhe a melhor relação qualidade / preço, fornecendo ferramentas<br />
para eles servirem da melhor forma possível o cliente final”, refere Luís Aniceto.<br />
A grande quantidade de pneus aplica<strong>dos</strong> em tractores, em to<strong>dos</strong> os tipos de aplicações e<br />
pisos, do Minho ao Algarve e Ilhas, provam a fiabilidade e implantação <strong>dos</strong> produtos BKT<br />
em Portugal.<br />
A José Aniceto & Irmão Lda e a BKT, vão estar presentes na AGROTEC e SIMEQ que vão<br />
decorrer na FIL de 5 a 8 Março, com apresentação Mundial <strong>dos</strong> pneus OTR Radiais (Engª<br />
Civil).<br />
Um <strong>dos</strong> recentes investimentos da empresa<br />
está centralizado no “e.commerce”.<br />
A José Aniceto e Irmão, Lda passou a ter<br />
disponível muito recentemente essa funcionalidade,<br />
através do site da empresa<br />
www.sjosepneus.com ou http://sede.<br />
sjosepneus.com, que permitirá aos<br />
clientes fazerem as suas encomendas<br />
on-line.<br />
“Trata-se de uma venda para especialistas<br />
via internet”, refere Luís Aniceto,<br />
adiantando que o objectivo “é aumentar a<br />
prestação de serviços ao nosso cliente,<br />
estreitando a relação comercial, dandolhe<br />
a possibilidade de ter uma ferramenta<br />
que lhe permita ter mais êxito na sua actividade”.<br />
tor do camião, o que viria a potenciar outros<br />
negócios visto que a empresa tinha um<br />
grande conhecimento do terreno e das necessidades<br />
do mercado.<br />
Desse conhecimento do retalho e do domínio<br />
da distribuição por via da recauchutagem,<br />
pois a empresa já tinha carros de entrega<br />
e recolha um pouco por todo o país,<br />
apareceu a oportunidade da José Aniceto e<br />
Irmão, Lda passar a distribuir a SEMPERIT.<br />
Como a empresa estava muito ligada ao<br />
pneu para camião, e o know-how do mercado<br />
já era grande, esta oportunidade não foi<br />
desperdiçada, focalizada nos pneus pesa<strong>dos</strong><br />
dado o enorme prestigio desta marca<br />
nesse sector e também com distribuição de<br />
pneus ligeiros.<br />
A fase de crescimento não pára, pelo que<br />
aos poucos a empresa foi introduzindo mais<br />
marcas de pneus na área da distribuição<br />
para dessa forma ir de encontro às necessidades<br />
<strong>dos</strong> seus clientes.<br />
Com mais produto e mais clientes a empresa<br />
cresceu também em termos do raio<br />
geográfico de acção, passando a haver a necessidade<br />
de desenvolver um portfolio de<br />
marcas e de tipologia de produto diferente e<br />
mais vasto, quer nos pneus pesa<strong>dos</strong> quer<br />
nos ligeiros. Estando tão presente no terreno<br />
a José Aniceto e Irmão, Lda, entendeu<br />
que havia também uma excelente oportunidade,<br />
atendendo ao potencial de crescimento,<br />
ao nível <strong>dos</strong> pneus Agro-industriais. Rapidamente<br />
apostou também neste sector,<br />
passando no início de 2007 a ser a distribuidora<br />
oficial para Portugal da marca BKT (ver<br />
caixa).<br />
Distribuição<br />
Actualmente bem se pode dizer que a<br />
José Aniceto e Irmão, Lda, é um <strong>dos</strong> mais<br />
diversifica<strong>dos</strong> distribuidores de pneus em<br />
Portugal, com uma gama que vai <strong>dos</strong> pneus<br />
de golf e moto 4 até á Engª, passando pelas<br />
jantes especiais. Com a distribuição da<br />
SEMPERIT e da BKT, mas dispondo também<br />
de um grande stock de muitas outras<br />
marcas, com forte incidência nas marcas<br />
“Premium” e em especial UHP, a José Aniceto<br />
e Irmão, Lda, pretende chegar cada vez<br />
mais às casas de pneus numa lógica de fornecimento<br />
global ao nível precisamente<br />
das marcas “Premium”.<br />
“ O nosso objectivo é dar oportunidade às<br />
casas de pneus de terem acesso a qualquer<br />
marca Premium, com um prazo de entrega<br />
muito rápido e a um preço extremamente<br />
competitivo”, afirma Luís Aniceto, aludindo<br />
ao facto de que a José Aniceto e Irmão, Lda<br />
pretender ser “um complemento á distribuição<br />
das marcas, sem entrar em competição<br />
com elas, no segmento de alta gama,<br />
onde apostamos na diversidade de stocks”.<br />
A José Aniceto e Irmão, Lda distribuiu<br />
ainda outras marcas, no segmento Budget,<br />
nomeadamente a GOODRIDE, marca líder<br />
na Ásia, que cumpre as novas normas de<br />
ruído, em que a qualidade não é descurada<br />
pois “como conhecemos bem o pneu por<br />
dentro, através da recauchutagem, sabemos<br />
bem aquilo que comercializamos, pois<br />
temos a sensibilidade para escolher o melhor”,<br />
refere José Aniceto.<br />
Um <strong>dos</strong> aspectos que a empresa gosta de<br />
realçar na sua actividade é a rapidez na distribuição.<br />
Um <strong>dos</strong> importantes rácios da<br />
sua actividade de distribuição é que 97%<br />
das encomendas feitas à José Aniceto e Irmão,<br />
Lda são entregues no dia seguinte de<br />
manhã, sendo que 50% são distribuí<strong>dos</strong><br />
logo na primeira hora. Em termos práticos<br />
to<strong>dos</strong> os pedi<strong>dos</strong> normais podem ser feitos<br />
até às 18 horas (18h30m para última hora”)<br />
para serem entregues no dia seguinte, sen-<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
57
EMPRESA<br />
DEPARTAMENTOS<br />
DA JOSÉ ANICETO E IRMÃO, LDA<br />
A José Aniceto e Irmão, Lda é conhecida no mercado pelo nome granjeado pela Recauchutagem<br />
S. José, durante os mais de 40 anos de actividade. Assim, aproveitando este<br />
nome, a José Aniceto e Irmão, Lda criou um departamento específico para a área de distribuição,<br />
que se designa por S. José-Logística de <strong>Pneus</strong>.<br />
JOSÉ ANICETO E IRMÃO, LDA<br />
Sede: Zona de Industrial, Lote 13, Apt 53<br />
3060-107 Cantanhede<br />
Gerentes: José Aniceto / Luís Aniceto<br />
Telefone: 231 419 290<br />
Fax: 231 422 711<br />
E-mail: encomendas@sjosepneus.com<br />
geral@sjosepneus.com<br />
Internet: www.sjosepneus.com<br />
Brevemente a José Aniceto e Irmão vai<br />
aumentar o espaço de armazenagem em<br />
1.100 m 2 , passando a dispor de uma área<br />
total de 8.000 m 2<br />
Luís Aniceto e José Aniceto destacam a rapidez na distribuição como factor chave do sucesso<br />
do negócio. 97% das encomendas são entregues no dia seguinte de manhã<br />
do que a José Aniceto e Irmão, Lda tem um<br />
call-center, com quatro operadoras (mais<br />
duas em horas de maior fluxo de chamadas),<br />
para dar encaminhamento a esses pedi<strong>dos</strong>,<br />
que é complementada por uma equipa<br />
de vendas.<br />
O serviço de distribuição é contratado em<br />
outsourcing, com operadores logísticos,<br />
mas o mesmo é complementado com frota<br />
própria.<br />
Recauchutagem<br />
Face à grande evolução da distribuição<br />
dentro da José Aniceto e Irmão, Lda, o negócio<br />
da recauchutagem passou a ser percentualmente<br />
menos representativo para a empresa,<br />
mas mesmo assim mantendo a sua<br />
importância.<br />
“A actividade de recauchutagem é totalmente<br />
certificada pela norma ISO9001-2000,<br />
sendo também homologada, tendo sido feito<br />
um trabalho excepcional nesta área que nos<br />
deixa muito satisfeitos”, revela Luís Aniceto,<br />
acrescentando que “Portugal em termos de<br />
recauchutagem tem das melhores industrias<br />
que existe, a nível mundial,”.<br />
Futuro<br />
Um <strong>dos</strong> problemas do crescimento da<br />
empresa passa pela falta de espaço para<br />
armazenar mais pneus. Trata-se de um<br />
problema que será resolvido em breve,<br />
através da construção de um novo armazém,<br />
junto das actuais instalações, que irá<br />
aumentar a área de armazenamento em<br />
1.100 m 2 , com três pisos, passando a José<br />
Aniceto e Irmão, Lda a dispor de uma enorme<br />
capacidade de stock, numa área aproximada<br />
de 8.000 m 2 . ■<br />
58<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
EMPRESA<br />
CGS TYRES<br />
ESPECIALISTA<br />
EUROPEU NO PNEU AGRÍCOLA<br />
Desde 2<strong>004</strong> que a CGS Tyres está presente no mercado<br />
europeu <strong>dos</strong> pneus para o sector agrícola. Está representado<br />
em Portugal através de um estrutura Ibérica, que em <strong>2009</strong> vai<br />
contar com uma presença mais activa no mercado português.<br />
ACGS Tyres é uma Holding, com<br />
sede na República Checa, que engloba<br />
a Mitas AS, a Rubena e uma<br />
empresa especializada em maquinaria para<br />
fabricação de pneus.<br />
Actualmente dispõe de quatro fábricas<br />
(três na República Checa e uma na Sérvia)<br />
que se dedicam à produção de pneus para o<br />
sector agrícola.<br />
A chegada desta empresa ao mercado europeu<br />
é relativamente recente (Outubro de<br />
2<strong>004</strong>) e deu-se na altura em que adquiriu o<br />
departamento agrícola da Continental AG.<br />
Assim, to<strong>dos</strong> os responsáveis de produção,<br />
vendas, investigação e desenvolvimento que<br />
estavam no departamento agrícola da Continental<br />
passaram a integrar os quadros da<br />
Mitas AS, pelo que “passamos a ser o segundo<br />
maior fabricante europeu de pneus agrícolas”,<br />
começou por referir Paulo Raimundo,<br />
gerente da CGS Tyres para Portugal e Espanha.<br />
A expansão da empresa pelos diversos<br />
mercado europeus aconteceu de imediato,<br />
baseado nos mesmos clientes que a<br />
Continental tinha no ramo agrícola, tendo<br />
nascido em Espanha (como noutros países)<br />
uma delegação que ficou responsável pelo<br />
desenvolvimento do negócio em Portugal e<br />
em Espanha.<br />
60<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
CGS NEUMÁTICOS<br />
IBÉRICA, S.L.<br />
“O serviço Pós-venda é muito mais importante do que a venda em si”,<br />
refere Paulo Raimundo, Gerente da CGS Tyres para Portugal e Espanha<br />
“O que fizemos foi dar continuidade ao trabalho<br />
que já estava sendo feito no domínio<br />
<strong>dos</strong> pneus agrícolas, embora com algumas<br />
nuances”, revela Paulo Raimundo, adiantando<br />
que de momento a CGS Tyres apenas trabalha<br />
o pneu agrícola embora no futuro esteja<br />
previsto apostar também no pneu agroindustrial.<br />
Para os merca<strong>dos</strong> em Espanha e Portugal,<br />
a CGS Tyres trabalha apenas com as marcas<br />
Continental, Semperit e Cultor, embora as<br />
fábricas da CGS também fabriquem outras<br />
marcas que estão presentes em Portugal<br />
através de acor<strong>dos</strong> de distribuição directa.<br />
Presença ibérica<br />
A presença da CGS Tyres no mercado ibérico<br />
é feita através de distribuidores locais.<br />
No caso <strong>dos</strong> pneus agrícolas da marca Continental<br />
a CGS possui dois distribuidores em<br />
Portugal, enquanto a marca Semperit e Cultor<br />
tem seis distribuidores no nosso país.<br />
A distribuição abrange todo o mercado<br />
nacional, incluindo as ilhas, sendo que os<br />
pedi<strong>dos</strong> são feitos directamente à fábrica<br />
que os coloca nos distribuidores, que por<br />
sua vez os fazem chegar às casas de pneus,<br />
não passando por nenhum armazém central.<br />
Apesar disso, existe um pequeno stock<br />
em Madrid, com cerca de 150 pneus, apenas<br />
para atender a determinadas necessidades<br />
específicas do mercado ibérico. “O nosso<br />
modelo de distribuição, atendendo a que estamos<br />
a falar de pneus agrícolas, passa pela<br />
venda de grandes quantidades de pneus directamente<br />
aos distribuidor em cada país e<br />
não por uma centralização da distribuição”<br />
revela Paulo Raimundo adiantando que<br />
“dessa forma os preços são mais competitivos<br />
pois não há custos intermédios. Por outro<br />
lado garante-nos uma facturação alta<br />
sem que existam problemas com as cobranças”.<br />
A presença comercial directa da CGS Tyres<br />
no mercado português é muito reduzida,<br />
pelo que grande parte do trabalho comercial<br />
é realizado pelas equipas de vendas <strong>dos</strong><br />
respectivos distribuidores que comercializam<br />
as marcas desta empresa da República<br />
Checa. Contudo, desde o início do ano que a<br />
CGS Tyres passou a ter um comercial dedicado<br />
ao mercado português, especialmente<br />
vocacionado para o serviço pós-venda, que<br />
irá fazer o acompanhamento de determina<strong>dos</strong><br />
clientes finais no terreno.<br />
Estando numa posição de representante<br />
de um fabricante de pneus, Paulo Raimundo,<br />
que assume as responsabilidades do<br />
mercado ibérico e do mercado português,<br />
considera que a análise é sempre feita individualmente<br />
mercado a mercado, “pois o<br />
nosso objectivo é ter expressão suficiente<br />
em to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong> da Europa, de acordo<br />
com as marcas que comercializa<strong>dos</strong>”.<br />
Mercado<br />
Considerando o pneu agrícola como um<br />
sub-segmento do mercado de pneus, Paulo<br />
Raimundo afirma que “actualmente não se<br />
vende no mercado ibérico um pneu agrícola<br />
Sede: Avda. De Bruselas 5 - 1º pio<br />
e-28108 Alcobendas, Madrid<br />
Gerente: Paulo Raimundo<br />
Telefone: 967 361 062<br />
Fax: 253 261 311<br />
E-mail: paulo.raimundo@cgs-tyres.com<br />
Internet: www.cgs-tyes.com<br />
pelo preço. Conheço relativamente bem o<br />
mercado <strong>dos</strong> pneus agrícolas e o que as<br />
pessoas procuram é qualidade de serviço,<br />
pois não se pode permitir que um tractor esteja<br />
parado 24 horas à espera de resolução<br />
técnica. A rentabilidade do pneu neste sector<br />
é analisada quando o mesmo está a trabalhar”.<br />
Atendendo ao entorno económico actual é<br />
às dificuldades económicas inerentes a to<strong>dos</strong><br />
os sectores de actividade, o responsável<br />
da CGS Tyres garante que o preço inclui<br />
muito mais que o próprio pneu. “O preço de<br />
compra nunca é o preço real da mercadoria,<br />
pois nele está incluído o apoio técnico, a assistência<br />
e os serviços. A nós não nos interessa<br />
uma venda esporádica de um pneu<br />
mas sim a fidelidade do cliente por via <strong>dos</strong><br />
tais serviços pós-venda”.<br />
Para Paulo Raimundo o “serviço pós-venda<br />
é muito mais importante que a venda em<br />
si. O que falo com os meus clientes não é o<br />
preço, mas sim o serviço, as horas de trabalho<br />
e a rentabilidade que ele pode tirar da<br />
utilização <strong>dos</strong> pneus. É por essa razão que<br />
apostámos num comercial para o serviço<br />
pós-venda“.<br />
Especialista na área <strong>dos</strong> pneus agrícolas, a<br />
CGS Tyres dispõe de uma extensa gama de<br />
produto para praticamente todo o tipo de<br />
aplicações, sendo que o único nicho onde não<br />
está presente é nos pneus agro-florestais. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
61
REPORTAGEM<br />
Corcet abre Delegação Sul<br />
Corcet abre Delegação Sul<br />
CORGHI CIMENTA<br />
A SUA POSIÇÃO<br />
A Corcet, empresa que representa em Portugal os<br />
equipamentos Corghi para manutenção/reparação<br />
de rodas, procedeu à inauguração da sua Delegação<br />
Sul localizada em Castanheira do Ribatejo, no<br />
passado dia 29 de Novembro.<br />
62<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
ACorcet, jovem empresa que representa<br />
em Portugal uma das<br />
mais reputadas marcas de<br />
equipamentos para reparação/manutenção<br />
de rodas, Corghi, tem desde finais<br />
de Novembro exemplares instalações<br />
a dois passos de Lisboa, que darão<br />
apoio à zona Centro e Sul do país. A nova<br />
filial da Corcet conta com uma área total<br />
de 1300m2, onde para além de armazém,<br />
zona de exposição, zona de assistência<br />
técnica e escritórios, possui um<br />
óptimo centro de formação.<br />
O evento da inauguração contou com a<br />
presença de inúmeras personalidades,<br />
entre as quais o Director Geral e Responsável<br />
Comercial da Corghi, Roberto<br />
Rossi e Giuseppe Romeo. No decorrer do<br />
evento foram apresenta<strong>dos</strong> dois novos e<br />
importantes equipamentos da marca<br />
Corghi e foi sorteada uma desmontadora<br />
de pneus ligeiros entre os clientes convida<strong>dos</strong>.<br />
De lembrar que a nova empresa Corcet,<br />
Lda., é desde Março deste ano o novo<br />
importador para Portugal da prestigiada<br />
marca de equipamentos italiana Corghi,<br />
assumindo e garantindo simultaneamente<br />
o serviço pós-venda <strong>dos</strong> equipamentos<br />
já instala<strong>dos</strong> ao longo das várias<br />
décadas de presença da marca no mercado<br />
português.<br />
Com uma equipa de profissionais em<br />
que se conjuga a experiência e a dinâmica,<br />
a Corcet tem como objectivo a procura<br />
permanente da excelência do serviço de<br />
forma a desenvolver e cimentar um forte<br />
laço de parceria com os clientes.<br />
O novo empreendimento da Corcet<br />
encontra-se em zona de fácil acesso, o<br />
que permitirá o escoamento fluido<br />
das máquinas que representa. César<br />
Teixeira, Director Geral da Corcet,<br />
referiu que "face ao enorme potencial<br />
da marca e também ao grande<br />
parque de máquinas já instaladas<br />
em Portugal, as perspectivas só podem<br />
ser boas no que diz respeito<br />
aos resulta<strong>dos</strong> espera<strong>dos</strong>". A<br />
Corghi é uma marca italiana altamente<br />
polivalente, já que a qualidade<br />
<strong>dos</strong> seus equipamentos<br />
abrange qualquer uma das áreas<br />
principais do tratamento de rodas,<br />
isto é, alinhamento, equilíbrio<br />
e desmontagem de pneus.<br />
O evento da inauguração do<br />
novo espaço contou com um<br />
grande número de clientes, alguns<br />
com máquinas Corghi<br />
com uma larga folha de serviços,<br />
e que espreitam a oportunidade de<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
63
REPORTAGEM<br />
Corcet abre Delegação Sul<br />
poderem vir a actualizar<br />
os seus modelos antigos<br />
por soluções mais recentes.<br />
Nessa perspectiva,<br />
o representante da<br />
Corghi em Portugal disponibiliza<br />
várias soluções<br />
de crédito que permite<br />
aos clientes renovar o seu<br />
parque, mantendo-os actualiza<strong>dos</strong><br />
com as mais recentes<br />
tecnologias.<br />
A companhia italiana<br />
Corghi Automotive, distribui<br />
os seus equipamentos para<br />
quase uma centena e meia<br />
de países em todo o mundo a<br />
partir da sua sede na cidade de Correggio,<br />
Província de Reggio Emilia. À sua experiência<br />
a lidar com diversifica<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong>,<br />
alia uma tecnologia única onde a<br />
facilidade de manuseamento <strong>dos</strong> equipamentos<br />
se conjuga com um<br />
funcionamento refinado das<br />
soluções que apresenta.<br />
A Corcet em Portugal encontra-se<br />
muito bem posicionada,<br />
já que conta igualmente<br />
com uma ampla sede na zona<br />
de Penafiel e com uma equipa<br />
experiente para em conjunto<br />
desbravarem novos merca<strong>dos</strong> e<br />
cimentarem aqueles onde já se<br />
encontram implementa<strong>dos</strong>.<br />
Nem mesmo a crise <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong><br />
parece ter influência no desenvolvimento<br />
do negócio. Disso<br />
mesmo nos deu conta César Teixeira, ao<br />
referir que “a progressão das vendas está<br />
perfeitamente em linha com o estipulado<br />
quando a Corcet foi fundada no início de<br />
2008”. ■<br />
Direita:<br />
Responsável<br />
Comercial da<br />
Corghi,<br />
Roberto<br />
Rossi; Mais à<br />
Direita: César<br />
Teixeira,<br />
Director Geral<br />
da Corcet<br />
A inauguração da<br />
Delegação Sul da<br />
Corcet contou com<br />
grande número de<br />
clientes e amigos<br />
numas instalações<br />
exemplares<br />
CORCET DELEGAÇÃO SUL<br />
Morada: Estrada do Bairro - Qta.<br />
Quartos Baixo,<br />
2600-614 Castanheira do<br />
Ribatejo<br />
Direita:<br />
Director Geral<br />
da Corghi,<br />
Giuseppe<br />
Romeo<br />
CORCET SEDE<br />
Morada: Zona Industrial N.º2 -<br />
Lote 10<br />
Apartado 95<br />
4560-709 Penafiel<br />
Telefone: 255 728 220<br />
Fax: 255 728 229<br />
e-mail: geral@corcet.com<br />
64<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
REPORTAGEM<br />
Pneumobil<br />
Pneumobil<br />
FOCALIZAÇÃO<br />
NOS PNEUS<br />
Detentora de uma vasta experiência no retalho de pneus,<br />
a Pneumobil é contudo um nome bem mais recente<br />
neste universo. Dispõe de quatro casas de pneus<br />
implementadas em Lisboa e Porto.<br />
66<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
APneumobil resulta da cisão do<br />
Grupo Sobral & Costa, que tinha<br />
oito casas de pneus, na<br />
Zona da Grande Lisboa e Porto. A história<br />
dessa empresa remonta aos anos 80,<br />
tendo sido decidido em 2007 pelos dois<br />
sócios, repartir o mesmo.<br />
Foi assim, que em Outubro de 2007<br />
aparece a Pneumobil SGPS, SA, empresa<br />
que adquiriu parte das participações sociais<br />
de quatro sociedades, passando a<br />
fazer a gestão de quatro postos de assistências<br />
a pneus: <strong>Pneus</strong> da Fronteira, Capitalpneus,<br />
Pneuparque e Hispanopneu.<br />
Apesar destes postos manterem a sua<br />
designação “legal”, to<strong>dos</strong> eles passaram<br />
a estar debaixo de um nome comum<br />
(Pneumobil) e de uma imagem comum<br />
(um logotipo de uma pantera, com predominância<br />
da cor amarela).<br />
“O primeiro passo mais importante foi<br />
criar, desenvolver e registar a marca<br />
Pneumobil, passando a uniformizar toda<br />
a imagem que se passa para o exterior<br />
das nossas oficinas, comunicando de<br />
uma só maneira, mas ao mesmo tempo<br />
garantir um maior reconhecimento para<br />
os próprios colaboradores de modo a que<br />
eles sitam que fazem parte de uma só<br />
empresa”, começou por referir João Sobral,<br />
Administrador da Pneumobil.<br />
Depois deste primeiro passo, que se<br />
prolongou durante o ano de 2008, uma<br />
segunda meta passava por garantir uma<br />
gestão mais eficiente do negócio. Assim,<br />
cada casa da Pneumobil passou a ter um<br />
chefe de posto, que reporta à administração,<br />
que têm determinada autonomia<br />
dentro de certas regras em áreas<br />
definidas.<br />
“Passámos também a olhar para o<br />
negócio com mais detalhe, analisando<br />
o que fazemos dentro das oficinas,<br />
a melhor forma de gerar mais<br />
receitas e de reduzir custos, até<br />
porque sabiamos que 2008 já seria<br />
um ano difícil”, refere João Sobral.<br />
Neste arrumar da casa, não terminou<br />
propriamente o plano de<br />
reestruturação da Pneumobil,<br />
pois algum do trabalho e <strong>dos</strong> projectos<br />
ficaram para <strong>2009</strong> e aos<br />
seguintes.<br />
“Um <strong>dos</strong> projectos passa pela<br />
adopção de um novo ERP (Entreprise<br />
Resource Planning)<br />
que nos permita aumentar a<br />
flexibilidade de gestão e análise<br />
de negócio”, revela João<br />
Sobral, acrescentando que<br />
“outro <strong>dos</strong> projectos passará pela<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
67
REPORTAGEM<br />
Pneumobil<br />
alteração total do site, reformulando<br />
um pouco a forma como estamos<br />
a comercializar os pneus,<br />
chegando a clientes que ainda não<br />
atingimos”.<br />
Não se trata propriamente de<br />
um projecto de vendas de pneus<br />
online, pois “já estão muitos operadores<br />
a fazer isso”, considera o administrador<br />
da Pneumobil, dizendo<br />
que “o conceito que queremos é<br />
mais global. Contudo, o ERP e o site<br />
são dois projectos que se interligam<br />
e que irão ser desenvolvi<strong>dos</strong> em paralelo”.<br />
Formação<br />
Uma das apostas estratégicas da<br />
Pneumobil, a exemplo do que vinha<br />
sendo feito no passado, encontra-se na<br />
formação.<br />
“Em 2008 demos muita formação aos<br />
nossos recursos humanos, que é algo<br />
que vamos duplicar em <strong>2009</strong> e continuar<br />
a apostar no futuro”, conta João Sobral,<br />
que se debate contudo com um grande<br />
problema neste sector, que passa “pela<br />
falta de entidades formadoras com capacidade<br />
e assunto para desenvolver acções<br />
de formação agora e no futuro”.<br />
Mesmo assim grande parte da formação<br />
foi dada pelas marcas de pneus, ou<br />
fornecedores de equipamento, em áreas<br />
que vão do atendimento ao cliente até à<br />
parte técnica.<br />
“Queremos não só cumprir com o número<br />
de horas de formação que manda a<br />
lei, mas desenvolver formação que permita<br />
melhorar o serviço que prestamos<br />
aos nossos clientes”, afirma João Sobral.<br />
O plano de<br />
reestruturação da<br />
Pneumobil passa<br />
pela adopção de um<br />
novo ERP<br />
(Entreprise<br />
Resource Planning),<br />
que vai permitir<br />
aumentar a<br />
flexibilidade de<br />
gestão e análise de<br />
negócio<br />
Serviços<br />
Com ideias muito claras sobre o<br />
desenvolvimento do negócio de<br />
pneus, na Pneumobil não se seguiu<br />
propriamente a lógica da oficina de<br />
serviços rápi<strong>dos</strong> de mecânica.<br />
Apesar de ter capacidade e pessoal<br />
especializado para entrar nos serviços<br />
rápi<strong>dos</strong>, esta área ainda é residual<br />
na Pneumobil, embora durante o ano<br />
de <strong>2009</strong> possam surgir novidades. “Podemos<br />
começar a apostar nos lubrificantes,<br />
mas queremos avançar com cabeça,<br />
tronco e membros neste sector<br />
<strong>dos</strong> serviços rápi<strong>dos</strong>”, afirma João Sobral,<br />
ressalvando mesmo assim que “temos<br />
um legado histórico no serviço especializado<br />
na área <strong>dos</strong> pneus, que nos<br />
permite ter muita experiência e muitos<br />
conhecimentos técnicos neste sector.<br />
Queremos e devemos aproveitar isso e o<br />
68<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
REDE PRÓPRIA<br />
PNEUMOBIL<br />
O que ressalta à vista na Pneumobil é a<br />
sua própria identidade, não estando ligada<br />
a qualquer rede organizada ou central<br />
de compra.<br />
Na opinião de João Sobral tal situação<br />
deve-se ao facto de não existir nenhum<br />
projecto que ofereça vantagens que sejam<br />
credíveis e duráveis no tempo, sendo<br />
apenas “janelas de oportunidade que são<br />
vendidas e sem um planeamento de médio<br />
e longo prazo”, diz. Por outro lado, o<br />
mesmo responsável considera “que são<br />
redes com poucos anos, algumas até já<br />
desapareceram, que têm de evoluir e de<br />
amadurecer”.<br />
Considerando que poderia tirar vantagens<br />
de estar associado a uma rede ou a<br />
uma central de compra, João Sobral<br />
considera mesmo que “essa situação<br />
não se enquadra com aquilo que queremos<br />
fazer no nosso negócio a médio e<br />
longo prazo”.<br />
Refira-se que das quatro casas de<br />
pneus que dispõe actualmente, apenas<br />
uma ainda não tem imagem Pneumobil,<br />
onde o amarelo surge como cor dominante.<br />
Apesar de ter capacidade e<br />
pessoal especializado para<br />
entrar nos serviços rápi<strong>dos</strong>,<br />
esta área de negócio ainda é<br />
residual na Pneumobil,<br />
embora durante o ano <strong>2009</strong><br />
possam surgir novidades<br />
PNEUMOBIL<br />
Sede: Rua Marquês de Subserra,<br />
nº15 R/C – Dto<br />
1070 – 170 Lisboa<br />
Administrador: João Sobral<br />
Telefone: 213 883 242<br />
Fax: 210 107 482<br />
E-mail: comercial@pneumobil.pt<br />
Internet: www.pneumobil.com<br />
nosso bom nome como especialista de<br />
pneus, tendo por isso algumas cautelas a<br />
entrar nos serviços rápi<strong>dos</strong>. Temos que<br />
fazer essa aposta, mas garantindo a<br />
mesma qualidade de serviço que temos<br />
nos pneus”.<br />
Nunca querendo abdicar de ser um especilista<br />
de pneus, na Pneumobil assume-se<br />
que esta especialização pode ser<br />
um factor cada vez mais diferenciador no<br />
mercado, face à aguerrida concorrência<br />
das oficinas de serviços rápi<strong>dos</strong> que existem,<br />
nomeadamente nos grande centros<br />
urbanos.<br />
Com cerca de 18.000 pneus comercializa<strong>dos</strong><br />
em 2008 no conjunto das suas quatro<br />
casas, a Pneumobil está completamente<br />
fora do negócio da distribuição /<br />
revenda, já que 98% <strong>dos</strong> pneus que comercializa<br />
são consumi<strong>dos</strong> pelos clientes<br />
das suas oficinas.<br />
Tendo a sua fonte de abastecimento<br />
em Portugal, junto <strong>dos</strong> operadores oficiais<br />
das marcas, a Pneumobil trabalha<br />
com praticamente todas as principais<br />
marcas de pneus, existindo alguma especialização<br />
em gamas altas, o que por<br />
vezes leva a empresa a recorrer a distribuidores.<br />
Clientes<br />
Estando presente num mercado essencialmente<br />
urbano, o cliente tipo da<br />
Pneumobil, mais de 50%, são empresas.<br />
Acor<strong>dos</strong> com gestoras de frotas, bancos,<br />
rent-a-car, entre outros, continuarão a<br />
ser uma das apostas da Pneumobil, embora<br />
muito <strong>dos</strong> seus clientes sejam também<br />
o cliente particular e ocasional.<br />
São muitos os factores que se podem<br />
considerar como os mais importantes<br />
para um negócio ligado ao<br />
retalho de pneus. Na opinião de<br />
João Sobral o “profissionalismo”<br />
assume carácter decisivo, nomeadamente<br />
quando se analisa a a relação<br />
com o cliente.<br />
“Quanto o cliente entra numa oficina<br />
com um determinado problema<br />
para resolver, o profissionalismo passa<br />
por resolver esse problema com<br />
honestidade”, afirma João Sobral.<br />
Como se disse, a Pneumobil tem neste<br />
momento quatro casas de pneus. O<br />
crescimento desta rede não está nos planos<br />
da empresa “a não ser que apareça<br />
um negócio interessante, nomeadamente<br />
em termos de localização, e que nos<br />
pareça uma mais-valia. Vamos é apostar<br />
claramente na melhoria da rentabilidade<br />
<strong>dos</strong> postos de assistência que temos actualmente”,<br />
afirma João Sobral. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
69
TÉCNICA<br />
Desgaste <strong>dos</strong> pneus<br />
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS<br />
De um modo geral, as causas mais frequentes para o<br />
desgaste <strong>dos</strong> pneus, encontram-se em determinadas<br />
deficiências mecânicas externas ao próprio pneu. Por isso,<br />
sempre que se verificar um desgaste excessivo de uma parte<br />
do piso do pneu, deve-se ver se a direcção, a suspensão ou<br />
os travões apresentam alguns problemas.<br />
Opneu é o consumível automóvel<br />
que se sacrifica, para permitir o<br />
controlo do movimento do veículo,<br />
através <strong>dos</strong> sistemas motriz, direccional e<br />
de travagem. O seu papel na segurança activa<br />
de qualquer viatura é por conseguinte de<br />
primeiríssimo plano, embora os condutores<br />
desvalorizem geralmente o seu contributo<br />
para a sua própria segurança e desleixem a<br />
sua manutenção.<br />
O atrito e os impactos provocam o normal<br />
desgaste do pneu, cuja duração máxima poderá<br />
atingir cerca de 40/50 mil km, num veículo<br />
ligeiro de passageiros, dependendo da<br />
condução, do perfil das vias geralmente utilizadas<br />
pelo condutor, afinação da direcção,<br />
medida da jante, potência do motor e qualidade<br />
do próprio pneu. Mesmo as rodas metálicas<br />
<strong>dos</strong> veículos que se deslocam em<br />
carris (eléctricos, comboios, metro, etc.)<br />
apresentam desgaste após um determinado<br />
tempo de uso, devido igualmente ao atrito,<br />
provocado essencialmente pelas curvas, arranques<br />
e travagens.<br />
Nos automóveis o pneu impôs-se, devido<br />
principalmente ao conforto que proporciona<br />
em qualquer tipo de estrada e pela total mobilidade<br />
que possibilita na maioria <strong>dos</strong> locais,<br />
mesmo que não se encontrem pavimenta<strong>dos</strong>.<br />
Apesar destas duas grandes<br />
vantagens, o pneus desgasta-se naturalmente<br />
e tem que ser substituído, mesmo<br />
que esse desgaste se apresente regular e<br />
uniforme, o que nem sempre sucede. Isso<br />
deve-se ao facto da escultura da banda de<br />
rodagem perder as suas características essenciais<br />
com o desgaste, limitando as performances<br />
do pneu. De facto, a profundida-<br />
70<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
COLABORAÇÃO:<br />
de <strong>dos</strong> sulcos, fundamentais para a drenagem<br />
da água, assim como a forma <strong>dos</strong> blocos<br />
de borracha e das lamelas de aderência,<br />
que contribuem decisivamente para a aceleração,<br />
travagem e poder de viragem, diminuem<br />
gradualmente com os quilómetros<br />
percorri<strong>dos</strong> pelas viaturas, reduzindo proporcionalmente<br />
a margem de segurança de<br />
que o condutor dispõe. Mesmo com a profundidade<br />
mínima permitida legalmente<br />
um pneu já não oferece garantias de segurança<br />
a altas velocidades ou em pisos de<br />
fraca aderência, pelo menos.<br />
Desgaste irregular e/ou excessivo<br />
Os problemas de desgaste anómalo <strong>dos</strong><br />
pneus poderiam ser reduzi<strong>dos</strong> a duas causas<br />
principais, humanas e técnicas, mas,<br />
como estas últimas também podem ser<br />
atribuídas aos condutores ou aos "profissionais"<br />
de assistência, realmente a única causa<br />
é de origem humana, mais concretamente<br />
do condutor, porque a assistência e manutenção<br />
do seu veículo são uma<br />
responsabilidade pessoal que também lhe é<br />
imputável. Portanto, uma classificação mais<br />
realista das causas <strong>dos</strong> problemas de desgaste<br />
<strong>dos</strong> pneus será apenas entre as de<br />
responsabilidade directa ou indirecta do<br />
condutor. No caso das primeiras, podemos<br />
arrolar as seguintes:<br />
• Verificação da pressão <strong>dos</strong> pneus descurada.<br />
A rigor, nenhum condutor responsável<br />
deveria iniciar a condução, sem ter a pressão<br />
correcta e uniforme em to<strong>dos</strong> os pneus,<br />
incluindo o de reserva. Além de causar desgaste<br />
irregular e prematuro <strong>dos</strong> pneus, a<br />
pressão inadequada tem incidências na segurança<br />
de condução e, consequentemente,<br />
na segurança rodoviária. Aliás, a pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus deveria ser um <strong>dos</strong> parâmetros<br />
de verificação obrigatória em todas as acções<br />
de fiscalização, porque, no limite, uma<br />
pressão muito desequilibrada pode dar uma<br />
origem a uma condução igual ou pior do que<br />
uma taxa de alcoolémia elevada.<br />
• Condução agressiva e demasiado rápida,<br />
com acelerações frequentes, travagens<br />
bruscas e curvas abordadas no limite da<br />
aderência, tem um efeito abrasivo nos<br />
pneus muitas vezes superior ao de uma<br />
condução prudente e defensiva. Os efeitos<br />
podem ainda ser piores, se esse tipo de condução<br />
for praticado em estradas de piso irregular<br />
e de traçado sinuoso, pois além do<br />
desgaste prematuro do pneu, há a acrescentar<br />
danos na estrutura interna deste.<br />
• Escolha de equipamento pneumático<br />
e/ou jantes não conformes à especificação<br />
original, ou de qualidade duvi<strong>dos</strong>a (usa<strong>dos</strong>,<br />
não homologa<strong>dos</strong>, etc.). Tudo se agrava, se a<br />
montagem e equilibragem <strong>dos</strong> pneus não<br />
obedecer a critérios correctos e aceitáveis.<br />
• Utilizar os pneus para transpor obstáculos,<br />
os mais comuns <strong>dos</strong> quais são os passeios<br />
das ruas e rampas de garagens, mas<br />
também podem surgir buracos de dimensões<br />
apreciáveis, pedras de grandes dimensões,<br />
tubos de canalizações, troncos de árvores,<br />
etc. Além do desgaste prematuro do<br />
pneu, estas manobras provocam o desalinhamento<br />
da direcção e o desgaste de componentes<br />
da direcção e suspensão, os quais,<br />
por seu turno, ainda vão agravar mais os<br />
problemas de desgaste irregular e excessivo<br />
<strong>dos</strong> pneus. Quando de todo for inevitável<br />
essa ocorrência, a manobra deve ser efectuada<br />
a muito baixa velocidade, a fim de minimizar<br />
as consequências.<br />
• Carregar o veículo até ao limite do peso<br />
bruto legal ou para lá desse valor. Além do<br />
desgaste prematuro <strong>dos</strong> pneus, outros<br />
componentes do veículo e até a própria estrutura<br />
da carroçaria podem ficar danificadas,<br />
devido a abusos deste tipo, para já não<br />
falar das questões de segurança. Muitos<br />
condutores " embarcam " nesta teoria "<br />
económica ", mas na verdade estão apenas<br />
a transferir os custos do posto de abastecimento,<br />
para a oficina de reparação.<br />
No caso das avarias técnicas ou mecânicas,<br />
as que têm influência no desgaste irregular/excessivo<br />
<strong>dos</strong> pneus são aquelas que<br />
interferem com a geometria original da suspensão<br />
e da direcção, assim como no desempenho<br />
do sistema de travagem. Os principais<br />
casos a evitar são os seguintes:<br />
• O desalinhamento da direcção e da geometria<br />
da suspensão em geral são o factor<br />
mais drástico para o desgaste irregular e<br />
prematuro <strong>dos</strong> pneus. Os danos mais visíveis<br />
surgem no eixo direccional, mas, se o<br />
desalinhamento persistir, to<strong>dos</strong> os pneus<br />
serão afecta<strong>dos</strong>. A desafinação da geometria<br />
original do chassis ocorre devido a esforços<br />
exagera<strong>dos</strong> (condução agressiva e<br />
cargas elevadas), impactos transversais e<br />
longitudinais nas rodas, para além do desgaste<br />
normal <strong>dos</strong> componentes (casquilhos,<br />
rótulas, rolamentos, cubos de roda, molas/amortecedores,<br />
etc.). Por essa razão, a<br />
verificação regular do alinhamento das quatro<br />
rodas é imprescindível, sobretudo quando<br />
a viatura é usada intensivamente.<br />
• Os problemas de travagem surgem geralmente<br />
devido ao desgaste <strong>dos</strong> elementos<br />
de fricção, discos/pastilhas e tambores/calços,<br />
problemas hidráulicos ou erros de<br />
montagem, incluindo o de peças não especificadas,<br />
sem correspondência para a aplicação<br />
em causa. Logicamente, se uma roda<br />
travar mais do que as outras, o atrito aumenta<br />
desproporcionalmente nessa roda e<br />
O FLAGELO<br />
DA PRESSÃO<br />
INSUFICIENTE<br />
A baixa pressão <strong>dos</strong> pneus é causadora<br />
da maior parte das avarias <strong>dos</strong> pneus,<br />
bem como de um grande número de acidentes,<br />
devido ao controlo deficiente da<br />
viatura, que gera uma condução de risco.<br />
Efectivamente, um pneu com uma<br />
pressão de enchimento abaixo do recomendado<br />
fica sujeito a flexões mais amplas<br />
e mais frequentes, o que provoca<br />
um sobreaquecimento da carcaça e degradações<br />
irreversíveis. Alguns <strong>dos</strong> danos<br />
são invisíveis a partir do exterior,<br />
sendo sempre conveniente desmontar o<br />
pneu em caso de furo ou perda súbita de<br />
pressão. Eis alguns exemplos comuns de<br />
danos provoca<strong>dos</strong> pela baixa pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus:<br />
1. Estrias na borracha interior<br />
(sem reparação)<br />
2. Deslocação da carcaça<br />
(sem reparação)<br />
3. Perda total/parcial da<br />
banda de rolamento<br />
(sem reparação)<br />
4. Ruptura circular da lona<br />
da carcaça (sem reparação)<br />
5. Desgaste circular do<br />
flanco (reparável, se o resto<br />
do pneu estiver em bom<br />
estado).<br />
A forma como se dá o desgaste irregular<br />
e prematuro do pneu provocado pela<br />
baixa pressão pode ser observado na Fig.<br />
7. O custo elevado que a pressão insuficiente<br />
<strong>dos</strong> pneus implica devia levar os<br />
condutores a verificarem a pressão regulamente.<br />
O gráfico da Fig. 8 mostra a relação<br />
existente entre o nível de baixa<br />
pressão no pneu e o respectivo rendimento<br />
quilométrico. De acordo com<br />
esse gráfico, uma pressão de menos<br />
15% (25,5 psi, em vez de 30 psi, por<br />
exemplo) provoca uma redução de 4 a 5<br />
mil km na duração total do pneu. No entanto,<br />
se a pressão do pneu estiver 20%<br />
abaixo do especificado (24 psi, em vez de<br />
30 psi, por exemplo) o desgaste passa a<br />
ser de 22%, o que dá uma redução na<br />
duração do pneu que pode ir de 9 mil a<br />
11 mil km, cerca de 1/4 da vida útil do<br />
pneu. Trata-se de um impacto económico<br />
considerável, principalmente no caso<br />
de frotas de veículos.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
71
TÉCNICA<br />
acelera o desgaste do pneu. Além de substituir<br />
os componentes de travagem nos intervalos<br />
recomenda<strong>dos</strong>, a sua montagem ter<br />
que ser efectuada correctamente, nomeadamente<br />
no que respeita ao binário de aperto<br />
<strong>dos</strong> cubos de roda e parafusos <strong>dos</strong> discos<br />
e das rodas. Apertos incorrectos originam<br />
empenos e dão causam problemas de travagem.<br />
Problemas de repartição da força de<br />
travagem também poderão surgir, principalmente<br />
devido a falta de limpeza regular o<br />
circuito de travagem ou devido a avaria do<br />
repartidor. A manutenção das pinças de travão<br />
também é indispensável para manter o<br />
equilíbrio do sistema de travagem.<br />
Lonas de cima<br />
(metálicas)<br />
Lonas de<br />
carcaça<br />
(Têxteis)<br />
Revestimento de<br />
borracha interior<br />
Banda de<br />
rolamento<br />
Ombro<br />
Flanco<br />
Zona<br />
baixa<br />
Talão<br />
Aro do talão<br />
O pneu é um componente automóvel de alta<br />
tecnologia, flexível e resistente, capaz<br />
de suportar elevadas solicitações,<br />
mas tem os seus limites, como tudo.<br />
Casos concretos e sua manutenção<br />
Para manter um pneu saudável, é necessário<br />
seguir algumas regras básicas de conservação,<br />
tanto no armazenamento, como<br />
após a montagem. O maior inimigo <strong>dos</strong><br />
pneus são os deriva<strong>dos</strong> do petróleo (combustíveis,<br />
lubrificantes, etc.), para além do<br />
calor excessivo e <strong>dos</strong> raios solares. Portanto,<br />
esses produtos devem manter-se afasta<strong>dos</strong><br />
<strong>dos</strong> pneus, tanto no armazenamento,<br />
como durante a sua utilização.<br />
Depois de monta<strong>dos</strong>, os pneus devem ser<br />
lava<strong>dos</strong> regulamente, a fim de eliminar resíduos<br />
corrosivos deposita<strong>dos</strong> na sua superfície.<br />
No armazém, a humidade é igualmente<br />
um factor adverso, pois o pneu é relativamente<br />
permeável, favorecendo a oxidação<br />
<strong>dos</strong> cabos metálicos da sua estrutura. O<br />
pneu também não deve suportar pesos excessivos,<br />
quer no armazenamento, quer durante<br />
a utilização no veículo, para evitar a<br />
sua deformação. Além de tudo isto, os<br />
pneus devem ser examina<strong>dos</strong> regularmente<br />
por um técnico especializado, a fim de detectar<br />
anomalias e proceder à sua reparação,<br />
caso sejam recuperáveis.<br />
Se não for esse ocaso, o pneu deverá ser<br />
substituído, por questões evidentes de segurança.<br />
FIG. 1<br />
Caso 1 - Desgaste excessivo e rápido<br />
A banda de rolamento do pneu apresenta<br />
estrias longitudinais e rebarbas de borracha,<br />
em menor ou maior quantidade, nas arestas<br />
de um <strong>dos</strong> la<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> tacos, provocadas pelo<br />
arrastamento transversal (Fig. 1).<br />
A causa mais provável para esta situação é<br />
o desalinhamento da direcção e/ou problemas<br />
de paralelismo entre os eixos.<br />
A solução consiste em efectuar o alinhamento<br />
às quatro rodas, verificando a desafinação<br />
ou desgaste de componentes da direcção<br />
e da suspensão.<br />
FIG. 2<br />
Caso 2 - Desgaste ao centro<br />
A parte central da banda de rolamento do<br />
pneu está claramente mais desgastada do<br />
que os ombros <strong>dos</strong> pneus (Fig. 2).<br />
Nestes casos, a causa mais frequente é a<br />
pressão excessiva do pneu.<br />
Uma ligeira sobrepressão (1-1,5 psi) apenas<br />
é recomendável quando o veículo circula<br />
a plena carga. Nas restantes situações, deve<br />
ser sempre utilizada a pressão recomendada<br />
pelo construtor da viatura. A pressão é<br />
sempre conferida e rectificada a frio, pois se<br />
a pressão for regulada com o pneu quente,<br />
esta baixará quando o pneu arrefecer.<br />
FIG. 3<br />
Caso 3 - Desgaste nos ombros<br />
As partes laterais da banda de rolamento e<br />
os ombros do pneu apresentam um desgaste<br />
mais acentuado do que a parte central<br />
(Fig. 3).<br />
Este tipo de desgaste é geralmente causado<br />
por excesso de carga do veículo ou por<br />
pressão do pneu inferior ao especificado.<br />
A pressão <strong>dos</strong> pneus deve ser vigiada regularmente,<br />
ao menos um vez por semana,<br />
pois os pneus perdem gradualmente a sua<br />
pressão de enchimento. Além disso, podem<br />
existir fugas na válvula de enchimento, pequenas<br />
perfurações (furos lentos) e outros<br />
problemas, como fugas através da jante. As<br />
pressões devem ser reguladas sempre a frio<br />
(até 2-3 km de utilização do veículo).<br />
FIG. 4<br />
Caso 4 - Desgaste incaracterístico<br />
O desgaste não é fácil de definir, podendo<br />
apresentar um padrão oblíquo, ondulado, localizado,<br />
etc.(Fig. 4).<br />
Estes danos correspondem geralmente a<br />
desafinações ou folgas existentes nas suspensões<br />
e na direcção, podendo também resultar<br />
de erros de montagem do próprio<br />
pneu. Outra causa provável para estas situações<br />
são as anomalias do sistema de travagem<br />
e/ou pressões incorrectas.<br />
O problema só pode ser resolvido com<br />
uma verificação completa do sistema de travagem<br />
e do alinhamento das rodas. Além<br />
disso, manter sempre a pressão uniforme<br />
em todas as rodas, dentro <strong>dos</strong> valores especifica<strong>dos</strong><br />
pelo construtor, Verificar a montagem<br />
<strong>dos</strong> pneus e aproveitar para efectuar a<br />
sua permuta. Esta última deve ser realizada<br />
a cada 10-12 mil km, a fim de prolongar a duração<br />
<strong>dos</strong> pneus.<br />
Caso 5 - Separação entre a banda<br />
e lonas de cima<br />
Os danos podem ser localiza<strong>dos</strong> ou generaliza<strong>dos</strong>,<br />
caracterizando-se pela separação<br />
da camada exterior de borracha e as lonas<br />
de cima (metálicas) (Fig. 5).<br />
Existem várias causas para este fenómeno,<br />
mas o processo de degradação é geralmente<br />
provocado por aquecimento excessivo,<br />
gerado por flexões de intensidade e frequência<br />
excepcionais. A oxidação das lonas<br />
72<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
COLABORAÇÃO:<br />
Sobrepressão<br />
nos ombros<br />
FIG. 5<br />
metálicas superiores, devido à penetração<br />
da humidade através de cortes, desgaste excessivo<br />
ou outros danos, também pode ocasionar<br />
ou favorecer esta situação.<br />
Mesmo assim, é previsível que a pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus fosse inferior ao recomendado<br />
e/ou que a carga do veículo fosse excessiva.<br />
<strong>Pneus</strong> de fraca qualidade ou de características<br />
não especificadas pelo construtor do veículo<br />
(índice de carga ou de velocidade), também<br />
podem facilmente dar origem a este<br />
problema.<br />
A única solução para este caso é substituir<br />
o pneu por outro especificado e homologado.<br />
FIG. 6<br />
Caso nº 6 - Inchaço resultante de impacto<br />
Impactos muito localiza<strong>dos</strong> causam rupturas<br />
da estrutura interior do pneu, que dão<br />
origem a inchaços de várias formas (Fig. 6).<br />
Nem sempre as consequências são imediatas<br />
e/ou visíveis exteriormente. Ao utilizar<br />
um pneu neste estado, existe o risco de rebentamento<br />
e perda instantânea do ar de enchimento,<br />
uma situação extremamente grave<br />
do ponto de vista da segurança.<br />
Sempre que o condutor sinta que um pneu<br />
sofreu um impacto forte, deve mandar examiná-lo<br />
por um especialista. De resto, to<strong>dos</strong><br />
os pneus devem ser examina<strong>dos</strong> periodicamente,<br />
para evitar riscos de alta gravidade.<br />
Verificar o estado da jante e reparar o<br />
pneu, se este for recuperável dentro das<br />
normas de segurança do respectivo fabricante.<br />
Caso contrário, substituir o pneu por<br />
outro especificado e homologado.<br />
Consequências do desgaste <strong>dos</strong> pneus<br />
Além das incidências económicas, traduzidas<br />
pela substituição ou reparação do pneu,<br />
maior consumo de combustível e desgaste<br />
<strong>dos</strong> componentes mecânicos da suspensão<br />
e da direcção, o desgaste irregular e/ ou excessivo<br />
<strong>dos</strong> pneus é um factor de insegurança<br />
da condução incontornável. A travagem é<br />
a função mais afectada por esse fenómeno,<br />
especialmente nas travagens de emergência<br />
e nos pisos de fraca aderência. Se, paralelamente<br />
ao desgaste <strong>dos</strong> pneus, as pressões<br />
estiverem desequilibradas e houver<br />
folgas nos componentes mecânicos, a colisão<br />
é praticamente inevitável. Estamos a falar<br />
de impactos laterais ou posteriores, o<br />
que pode não apresentar o máximo risco. No<br />
entanto, se a travagem gerar uma perda de<br />
controlo direccional da viatura, podemos estar<br />
perante o grave risco da colisão frontal,<br />
nas quais quase sempre se verificam vítimas<br />
mortais.<br />
Em termos de controlo direccional em<br />
curva, os pneus com desgaste irregular/excessivo<br />
são uma verdadeira lotaria, no mau<br />
sentido do termo, especialmente se o piso da<br />
via for irregular, estiver sujo ou houver chuva.<br />
Tudo isto junto, pior ainda. Despistes, capotamentos<br />
e colisões frontais são alguns<br />
<strong>dos</strong> " prémios " que os condutores temerários<br />
poderão ter de enfrentar. Fazendo bem<br />
as contas, o crime de andar com os pneus e o<br />
carro em más condições não compensa.<br />
FIG. 7<br />
Forma como se dá o desgaste irregular e<br />
prematuro do pneu provocado pela baixa<br />
pressão<br />
FIG. 8<br />
Desgaste<br />
rápido<br />
nos<br />
ombros<br />
Relação existente entre o nível de baixa<br />
pressão no pneu e o respectivo rendimento<br />
quilométrico<br />
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REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
73
ACTUALIDADE<br />
Rótulo energético em 2012<br />
NOVAS REGRAS<br />
Muito se tem feito no domínio <strong>dos</strong> pneus para que o seu impacto<br />
ambiental (directo ou indirecto) seja cada vez mais reduzido.<br />
A partir de 2012 vão existir novas regras, que serão mais um<br />
passo na redução do impacto do pneu no ambiente.<br />
AComissão Europeia apresentou a<br />
Directiva para a marcação de<br />
pneus combinada, cuja entrada em<br />
vigor está planeada para 2012, especificando<br />
os critérios para desempenho em travagem,<br />
resistência ao rolamento e ruído de rolamento.<br />
Se o Parlamento Europeu aprovar a<br />
versão actual desta Directiva, a partir de Outubro<br />
de 2012 to<strong>dos</strong> os pneus para venda no<br />
mercado de substituição europeu, bem<br />
como para veículos novos, deverão apresentar<br />
uma marcação padrão.<br />
A marcação contém uma especificação<br />
concreta com base em sete<br />
classes (A – G) para a resistência<br />
ao rolamento (em kg por cada 1000<br />
kg de carga sobre a roda) e para o<br />
desempenho em travagem, bem<br />
como informação exacta sobre o<br />
nível de ruído gerado durante o rolamento<br />
(em dB (A)).<br />
"De forma a assegurar que o consumidor<br />
final possa compreender e<br />
avaliar estas novas informações<br />
técnicas, a Comissão Europeia<br />
deve realizar um estudo ao consumidor<br />
antes da implementação obrigatória",<br />
declarou Andreas<br />
Schwab, eurodeputado alemão e<br />
Correspondente do Parlamento<br />
Europeu para a nova Directiva Comunitária<br />
Europeia "Tipo de aprovação<br />
<strong>dos</strong> veículos motoriza<strong>dos</strong> relativamente<br />
à sua segurança geral".<br />
O Instituto Fraunhofer foi incumbido pela<br />
Comissão Europeia da realização de um estudo<br />
abrangente, investigando a implementação<br />
da directiva de marcação da eficiência<br />
energética nos 27 Esta<strong>dos</strong>-Membros, bem<br />
como na Suíça e na Noruega. Os resulta<strong>dos</strong><br />
não serão publica<strong>dos</strong>. Todavia, um estudo<br />
comparativo do Instituto Fraunhofer relativo<br />
à implementação do Regulamento de Marcação<br />
para o Consumo de Energia na Alemanha,<br />
em 2001, revelou o frequente abuso de<br />
medidas de auto-certificação devido à ausência<br />
de mecanismos de verificação e de<br />
sanções. Neste caso, mais de 50% <strong>dos</strong> aparelhos<br />
eléctricos verifica<strong>dos</strong> em 320 estabelecimentos<br />
alemães estavam marca<strong>dos</strong> incorrectamente<br />
ou não possuíam qualquer<br />
marcação.<br />
A ETRMA, organização europeia <strong>dos</strong> produtores<br />
de pneus e borracha, também participou<br />
na discussão acerca <strong>dos</strong> critérios relevantes<br />
para a marcação europeia de<br />
pneus e a sua classificação. A organização<br />
explicou as relações técnicas básicas no desenvolvimento<br />
de pneus e solicitou que a<br />
marcação não fosse concebida unicamente<br />
com base no critério de resistência ao rolamento.<br />
"Estamos muito satisfeitos pelo facto<br />
de a Comissão Europeia ter considerado a<br />
solicitação da ETRMA, combinando a resistência<br />
ao rolamento e a aderência em piso<br />
molhado na sua proposta de directiva. Caso<br />
contrário, a directiva iria favorecer a concepção<br />
unilateral <strong>dos</strong> futuros pneus, o que<br />
iria beneficiar especialmente os produtores<br />
de pneus asiáticos de baixo custo, apesar de<br />
o nível de desenvolvimento da aderência em<br />
piso molhado destes pneus estar cerca de<br />
20 anos atrasada em relação aos produtos<br />
premium <strong>dos</strong> fabricantes europeus", explicou<br />
o Dr. Hans-Joachim Nikolin, membro da<br />
Direcção da Continental e responsável pela<br />
divisão de <strong>Pneus</strong> para Veículos Médios e Pesa<strong>dos</strong>,<br />
e representante <strong>dos</strong> interesses da<br />
Continental na ETRMA.<br />
A Comissão Europeia reserva-se ao direito<br />
de expandir a marcação europeia de<br />
pneus, numa data posterior, com vista à inclusão<br />
de critérios adicionais, tais<br />
como protecção contra aquaplanagem<br />
e desempenho em curva.<br />
A oportunidade desta medida<br />
tem origem no facto <strong>dos</strong> melhores<br />
pneus de baixa resistência ao rolamento<br />
poderem economizar até<br />
10% mais combustível do que os<br />
piores pneus do mercado nesse<br />
aspecto. A CE também levou em<br />
conta as sugestões <strong>dos</strong> fabricantes<br />
de pneus, no sentido <strong>dos</strong><br />
pneus integrarem informação sobre<br />
o seu comportamento na travagem,<br />
em solo molhado. Este<br />
critério impediria que alguns fabricantes<br />
apostassem totalmente<br />
na economia, esquecendo a segurança.<br />
Deste modo, a etiqueta terá<br />
uma leitura tripla: eficácia energética<br />
(redução de consumo), aderência<br />
em piso molhado e nível de ruído exterior.<br />
Se o projecto de directiva for aprovado,<br />
a etiquetagem de pneus passará a ser<br />
obrigatória para to<strong>dos</strong> os tipos de viaturas,<br />
incluindo V.I., a partir do final de 2012. Segundo<br />
as projecções da CE, somente a utilização<br />
de pneus com melhor perfil energético<br />
permitiria reduzir as emissões de CO2<br />
em 1,5 - 4 milhões de toneladas/ano, o que<br />
equivale a retirar das estradas entre 0,5 e<br />
1,3 milhões de veículos. ■<br />
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REVISTA DOS<br />
PNEUS