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Ano 3 | Nº 6 | Setembro de 2012<br />

informativo<br />

Saca-rolhas<br />

4<br />

Os quatro países integrantes do<br />

Mercosul estão desenvolvendo um<br />

Plano Estratégico Vitivinícola Regional<br />

(Pevir) para o crescimento<br />

e fortalecimento da vitivinicultura<br />

no mercado regional e de terceiros<br />

países. A realização conjunta<br />

do Pevir por Brasil, Argentina,<br />

Uruguai e Bolívia foi aprovada no<br />

dia 29 de junho, em Mendoza, na<br />

Argentina, durante a XLIII Cúpula<br />

dos Chefes de Estado do Mercosul<br />

e Estados Associados, que<br />

teve a presença da presidenta Dilma<br />

Rousseff. “Queremos construir<br />

juntos uma identidade vitivinícola<br />

do Mercosul, fortalecida pela ampla<br />

diversidade regional produtiva”,<br />

afirmou o diretor-executivo<br />

do Instituto Brasileiro do Vinho<br />

(<strong>Ibravin</strong>), Carlos Raimundo Paviani.<br />

Segundo ele, a Coviar (Corporación<br />

Vitivinícola Argentina) é a<br />

executora. A primeira presidência<br />

do Conselho Diretor é do Brasil.<br />

A cooperação foi sugerida aos<br />

governos dos quatro países após<br />

três encontros de representantes<br />

dos setores vitivinícolas do Brasil,<br />

Argentina, Uruguai e Bolívia este<br />

Até novembro, todos os viticultores<br />

gaúchos deverão realizar<br />

o recadastro vitícola nos Sindicatos<br />

Rurais, na internet ou na<br />

sede da Emater, informando as<br />

áreas de cultivo, a quantidade<br />

de uva produzida de cada variedade,<br />

o destino da produção de<br />

uvas, entre outros dados da safra<br />

2012. A novidade deste ano é<br />

que os viticultores também irão<br />

responder a uma pesquisa sobre<br />

mão-de-obra nas propriedades.<br />

“É importante termos informações<br />

precisas sobre a sucessão<br />

familiar para dar continuidade<br />

à produção de uva. Os dados individuais<br />

são sigilosos e serão<br />

OBJETIVO é elaborar um plano conjunto, que contemple inovação tecnológica, promoção do enoturismo e dos<br />

produtos vitivinícolas nos quatro países do Mercosul e em terceiros mercados<br />

ano. A intenção é elaborar um plano<br />

conjunto, que deve contemplar<br />

ações de cooperação, inovação<br />

tecnológica, promoção do enoturismo<br />

e dos produtos vitivinícolas<br />

nos quatro países do Mercosul e,<br />

principalmente, em outros mercados.<br />

A primeira etapa do projeto<br />

consiste na elaboração de um documento<br />

único, contendo os ante-<br />

usados apenas para estudos, de<br />

uma forma global, por município”,<br />

esclarece a coordenadora<br />

do Cadastro Vitícola, Loiva Maria<br />

Ribeiro de Mello.<br />

O Cadastro Vitícola é realizado<br />

no Rio Grande do Sul, com<br />

metodologia desenvolvida pela<br />

Embrapa Uva e Vinho e suporte<br />

do <strong>Ibravin</strong>, contendo informações<br />

desde 1995. O Cadastro é<br />

uma ferramenta estratégica para<br />

o diagnóstico da produção de<br />

uvas para processamento, definição<br />

de políticas de interesse<br />

setorial, estudos de zoneamento<br />

vitícola e para o controle de qualidade<br />

pela fiscalização.<br />

cedentes, justificativas e objetivos<br />

que estabelecerão as bases de um<br />

programa estratégico que satisfaça<br />

aos quatro países. A etapa seguinte<br />

será a definição dos investimentos<br />

e apresentação do projeto para captação<br />

de recursos em fundos e instituições<br />

internacionais.<br />

O Ministério do Desenvolvimento,<br />

Indústria e Comércio Exterior<br />

(MDIC) é a instituição representativa<br />

do setor público que<br />

acompanhará este processo de<br />

planejamento. A secretária de Comércio<br />

Exterior, Tatiana Prazeres,<br />

participou do evento em Mendoza.<br />

“A tarefa não e simples, mas representa<br />

uma contribuição efetiva<br />

deste setor para o desenvolvimento<br />

do Mercosul”, destacou o diretor-<br />

-executivo da Fecovinho, Hélio<br />

Marchioro. A deliberação do Brasil<br />

em participar deste projeto se<br />

deu no ano passado, primeiro no<br />

âmbito do Conselho Deliberativo<br />

do <strong>Ibravin</strong> e, em novembro, na Câmara<br />

Setorial da Vitivinicultura,<br />

Vinhos e Derivados. Ocorreram<br />

ainda reuniões entre os países na<br />

época da Vindima na Argentina e<br />

mais recentemente na Bolívia.<br />

Foto: Jane Prado<br />

Os vinhos brasileiros ganharam<br />

um reforço decisivo para o projeto<br />

de divulgação na Copa do Mundo<br />

Fifa 2014. A pedido do deputado<br />

federal Jerônimo Goergen (PP-<br />

-RS), o ministro do Esporte, Aldo<br />

Rebelo, recebeu no dia 19 de junho,<br />

em Brasília, uma comitiva<br />

formada por representantes do setor<br />

vitivinícola nacional, liderados<br />

pelo Instituto Brasileiro do Vinho<br />

(<strong>Ibravin</strong>). As lideranças entregaram<br />

ao ministro o pedido formal de<br />

apoio para que o vinho brasileiro<br />

seja o patrocinador oficial da Copa<br />

do Mundo de 2014 no Brasil. Ao<br />

final do encontro, Rebelo garantiu<br />

que apoiará a proposta por entender<br />

que o evento esportivo será uma<br />

importante janela para o Brasil divulgar<br />

seus melhores produtos. “A<br />

Copa do Mundo não é somente o<br />

maior evento do esporte mundial,<br />

mas uma grande oportunidade para<br />

o nosso desenvolvimento, para<br />

mostrarmos nossas virtudes. Daí o<br />

interesse em apoiar a vitivinicultura<br />

nacional”, destacou Rebelo.<br />

Para Ana Paula Kleinowski,<br />

subgerente do Wines of Brasil, projeto<br />

de exportação dos vinhos finos<br />

brasileiros realizado pelo <strong>Ibravin</strong> e<br />

pela Apex-Brasil, além de mostrar<br />

o produto brasileiro ao mundo, “a<br />

vitrine da Copa do Mundo será importante<br />

para impulsionarmos as<br />

vendas no mercado interno”. Já o<br />

vice-líder do PP na Câmara, deputado<br />

Jerônimo Goergen, lembrou<br />

que o apoio oficial de Aldo sepulta<br />

de uma vez por todas a possibilidade<br />

do vinho estrangeiro ser o patrocinador<br />

do evento. “A Concha<br />

y Toro estava encaminhando todas<br />

as tratativas. Nós entendemos que<br />

o palco da Copa do Mundo não<br />

pode ser usado para fazer propaganda<br />

aos produtos de fora”, ponderou.<br />

O parlamentar ressaltou que<br />

o objetivo é reproduzir o que outras<br />

sedes já fizeram anteriormente<br />

ao defenderem o interesse de seus<br />

produtos, como foi o caso da cer-<br />

Foto: Glauber Queiroz/Ministério do Esporte<br />

LIDERANÇAS do setor vitivinícola reunidas com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em Brasília<br />

veja na Alemanha e do próprio vinho<br />

na África do Sul.<br />

Rebelo pediu que as entidades<br />

representativas da indústria do<br />

vinho se mobilizem desde já. O<br />

ministro do Esporte se colocou à<br />

disposição do setor para estar presente<br />

nos próximos eventos de divulgação<br />

da bebida. A ideia é fazer<br />

com que o vinho e o espumante nacionais<br />

também possam estar presentes<br />

na Copa das Confederações<br />

de 2013 e nas Olimpíadas de 2016.<br />

A partir de agora as tratativas serão<br />

aprofundadas junto aos representantes<br />

da Fifa.<br />

A área de produção vitivinícola<br />

no Brasil soma 83,7 mil hectares,<br />

divididos em seis regiões: Serra<br />

Gaúcha, Campanha, Serra do Sudeste<br />

e Campos de Cima da Serra,<br />

no Rio Grande do Sul; Planalto<br />

Catarinense, em Santa Catarina; e<br />

Vale do São Francisco, no Nordeste.<br />

São mais de 1,1 mil vinícolas<br />

espalhadas pelo país, a maioria instalada<br />

em pequenas propriedades<br />

(média de 2 hectares por família).<br />

“O vinho brasileiro vem conquistado<br />

reconhecimento mundo afora.<br />

São milhares de medalhas recebidas<br />

nos últimos anos nos mais importantes<br />

concursos de vinhos do<br />

planeta”, lembrou o presidente da<br />

União Brasileira de Vitivinicultura<br />

(Uvibra), Henrique Benedetti.<br />

O Brasil vitivinícola para no dia 29 de setembro para conhecer a representatividade<br />

da safra 2012. É a 20ª Avaliação Nacional de Vinhos,<br />

que chega como a maior de todas as edições por reunir 387 amostras<br />

de 70 vinícolas de sete estados brasileiros. O evento, que já reuniu<br />

11.217 apreciadores da bebida desde 1993, completa 20 safras tendo<br />

forte influência na evolução da qualidade da produção nacional, hoje<br />

reconhecida mundialmente. No evento serão reveladas as 16 amostras<br />

selecionadas entre as 30% mais representativas da safra 2012.<br />

O resultado que será apresentado no dia 29 de setembro reflete a<br />

análise feita por 120 enólogos brasileiros, que degustaram as amostras<br />

no período de 10 a 31 de agosto, no Laboratório de Análise Sensorial<br />

da Embrapa Uva e Vinho, instituição parceira da ABE e que<br />

presta todo apoio técnico ao evento. Seguindo normas internacionais,<br />

as degustações foram realizadas às cegas em cinco categorias: Branco<br />

Fino Seco Não Aromático, Branco Fino Seco Aromático, Tinto<br />

Fino Seco, Tinto Fino Seco Jovem e Vinho Base para Espumante.<br />

Mais informações no site www.enologia.org.br.<br />

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