RIMA-UTE_Sao_Francisco_de_Itabapoana.pdf - Firjan
RIMA-UTE_Sao_Francisco_de_Itabapoana.pdf - Firjan
RIMA-UTE_Sao_Francisco_de_Itabapoana.pdf - Firjan
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL<br />
USINA TERMOELÉTRICA DE<br />
SÃO FRANCISCO DE ITABAPOANA<br />
Julho/2010
SUMÁRIO<br />
Apresentação 2<br />
Alternativas Tecnológicas e Locacionais 3<br />
Planos e Programas Governamentais 5<br />
Dispositivos Legais 6<br />
Área <strong>de</strong> Influência 6<br />
Descrição do Empreendimento 7<br />
Diagnóstico Ambiental 9<br />
Ambiente Físico 9<br />
Ambiente Biológico 12<br />
Ambiente Socioeconômico 13<br />
Avaliação dos Impactos Ambientais 16<br />
Programas <strong>de</strong> Gestão Ambiental 18<br />
Conclusão 18<br />
Equipe Técnica 19<br />
RELATÓRIO DE IMPACT<br />
CTO AMBIENTAL AL - <strong>RIMA</strong><br />
1
APRESENTAÇÃ<br />
ÇÃO<br />
O presente documento tem como finalida<strong>de</strong><br />
apresentar o Relatório <strong>de</strong> Impacto Ambiental - <strong>RIMA</strong><br />
da Usina Termelétrica São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong> .<br />
Em atendimento à legislação ambiental, este documento tem como<br />
finalida<strong>de</strong> subsidiar o processo <strong>de</strong> licenciamento ambiental ao Instituto<br />
Estadual do Ambiente - INEA, órgão ambiental licenciador e fiscalizador<br />
responsável pelo estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro. O estudo encontra-se<br />
elaborado segundo as orientações da Instrução Técnica 18/2010, emitida<br />
pelo INEA em referência ao Processo E-07/502.615/2010.<br />
A unida<strong>de</strong> industrial está prevista para ser operada com combustível a<br />
gás natural. Para isso, foi elaborado um EIA/<strong>RIMA</strong> pela equipe da<br />
Vereda. Deste modo, a equipe realizou ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo e coleta <strong>de</strong><br />
informações e elaboração dos documentos.<br />
O empreendimento consiste numa usina termelétrica (<strong>UTE</strong>) movida a<br />
gás natural, exclusivamente à geração <strong>de</strong> energia elétrica. A <strong>UTE</strong> SFI<br />
proposta será instalada na Fazenda Santa Izabel, Deserto Feliz, 3°<br />
Distrito, município <strong>de</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong>, RJ.<br />
A <strong>UTE</strong> SFI tem seu projeto e implementação sob responsabilida<strong>de</strong> da<br />
empresa BTS 2 Empreendimentos SPE Ltda., que conta com larga<br />
tradição no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos na área <strong>de</strong> energia. O<br />
empreen<strong>de</strong>dor tem em vista o Leilão <strong>de</strong> Energia, promovido pela<br />
ANEEL . Uma vez licenciado pelo órgão ambiental e tendo a concessão<br />
<strong>de</strong> energia aprovada, o empreendimento será operado com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
produzir 350 MW em dois módulos.<br />
2
Empreen<strong>de</strong>dor<br />
BTS 2 EMPREENDIMENTOS SPE LTDA.<br />
Responsáveis legais:<br />
Marco Antonio Grecco<br />
Elizeu Batista Campos<br />
- Capacida<strong>de</strong> da bacia aérea na Área <strong>de</strong><br />
Influência do Empreendimento para<br />
recepção <strong>de</strong> novas instalações<br />
industriais;<br />
- Receptivida<strong>de</strong> das comunida<strong>de</strong>s e<br />
li<strong>de</strong>ranças locais (Área <strong>de</strong> Influência<br />
do empreendimento).<br />
Empresa Responsável pela Elaboração do Relatório <strong>de</strong><br />
Impacto Ambiental<br />
Vereda Estudos e Execução <strong>de</strong> Projetos<br />
Ltda<br />
Coor<strong>de</strong>nador<br />
Ed Wilson Veríssimo<br />
Área 01 – Fazenda Santa Izabel. São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Itabapoana</strong>, RJ.<br />
Na sua concepção, a <strong>UTE</strong> SFI, foi assim<br />
nomeada porque estaria situada no município<br />
<strong>de</strong> mesmo nome, num terreno localizado na<br />
Fazenda Santa Izabel, com condições favoráveis<br />
e potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> infraestrutura e raras<br />
restrições ambientais. (Figura 1)<br />
ALTERNATIVAS LOCACIONAIS<br />
E TECNOLÓGICAS<br />
Alter<br />
ernativ<br />
nativas as Locacionais<br />
Na escolha da melhor área para abrigar a <strong>UTE</strong><br />
SFI, a empresa BTS 2 realizou um estudo <strong>de</strong><br />
seleção <strong>de</strong> áreas do empreendimento. Dentre<br />
os critérios estabelecidos, ressaltam-se os<br />
seguintes:<br />
- Existência <strong>de</strong> infraestrutura básica na<br />
área <strong>de</strong> influência dos locais<br />
alternativos;<br />
Figura 1: Localização da Área 01 – Fazenda<br />
Santa Izabel.<br />
- Existência <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> preservação<br />
permanente;<br />
3
Consi<strong>de</strong>rando-se a localização na Fazenda<br />
Santa Izabel, evi<strong>de</strong>ncia-se, a princípio,<br />
potencialida<strong>de</strong>s ao empreen<strong>de</strong>dor:<br />
· disponibilida<strong>de</strong> e acesso a recursos<br />
hídricos (água), especificamente o rio<br />
<strong>Itabapoana</strong>;<br />
· acesso viário pela Estrada Municipal;<br />
· proximida<strong>de</strong> do fornecedor <strong>de</strong> sua<br />
matéria-prima (gás natural);<br />
· condições do terreno em segurança<br />
ambiental;<br />
· bacia aérea em baixíssima saturação,<br />
ampliando a viabilida<strong>de</strong> da<br />
implementação do empreendimento.<br />
Área 02 – BR-101 Norte<br />
Em vista <strong>de</strong> processo seletivo, outra<br />
alternativa locacional foi buscada, no próprio<br />
município <strong>de</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong>.<br />
Esta área i<strong>de</strong>ntificada notabilizou-se pela<br />
viabilida<strong>de</strong> do terreno e proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
sistemas <strong>de</strong> energia elétrica (transmissão) e<br />
viário favoráveis, porém a distância dos<br />
recursos hídricos é maior, reduzindo sua<br />
eficiência. As dificulda<strong>de</strong>s, movidas pelo<br />
distanciamento do gasoduto, também<br />
exerceria maior impacto econômico no projeto.<br />
No aspecto ambiental, os terrenos mais<br />
alagados obrigariam a mais aterros,<br />
encarecendo e impactando ambientalmente.<br />
(Figuras 2 e 3)<br />
Figura 2: Localização da Área 02 – BR 101 norte.<br />
Figura 3: Detalhe da Área 02 – BR 101 norte.<br />
Alter<br />
ernativ<br />
nativas as Tecnológicas<br />
O critério fundamental para atendimento aos<br />
requisitos <strong>de</strong> energia do mercado baseou-se no<br />
equilíbrio entre os custos marginais <strong>de</strong><br />
operação e <strong>de</strong> expansão.<br />
Foram avaliadas tecnologias que acarretassem<br />
o menor custo total associado a viabilida<strong>de</strong><br />
ambiental. Dentre as alternativas avaliadas<br />
<strong>de</strong>stacam-se:<br />
4
- Geração Hidrelétrica<br />
- Geração termelétrica a carvão<br />
- Geração termonuclear<br />
A atual estratégia <strong>de</strong> expansão contempla um<br />
programa básico <strong>de</strong> usinas hidrelétricas e outro<br />
conjunto <strong>de</strong> usinas cuja <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> construção<br />
<strong>de</strong>ve ser tomada em função dos limites <strong>de</strong><br />
investimento e tendência do mercado.<br />
Com base nisso, propõe-se uma usina operada a<br />
gás natural, consi<strong>de</strong>rada matriz energética menos<br />
agressiva ao ambiente e em ampla disponibilida<strong>de</strong>.<br />
Ressalta-se, ainda que, a <strong>UTE</strong> SFI operará sob<br />
regime <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>, sendo acionada somente<br />
em casos <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> elétrica ou <strong>de</strong> matriz<br />
energética, permanencendo paralisada a maior<br />
parte do tempo, minimizando os impactos<br />
ambientais, além <strong>de</strong> oferecem segurança e<br />
agilida<strong>de</strong> para entrar em operação imediatamente,<br />
não sendo vulneráveis a fatores externos como<br />
vento, vazões hídricas, etc.<br />
PLANOS E PROGRAMAS<br />
GOVERNAMENTAIS<br />
O Ministério das Cida<strong>de</strong>s,<br />
através do Programa Nacional<br />
<strong>de</strong> Capacitação das Cida<strong>de</strong>s,<br />
promoverá, coor<strong>de</strong>nará e apoiará programas <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento institucional e <strong>de</strong> capacitação<br />
técnica que abrangerá os municípios <strong>de</strong><br />
Cardoso Moreira, Conceição <strong>de</strong> Macabu, Italva,<br />
São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong> e São João da<br />
Barra.<br />
Já no nível estadual voltado para o município<br />
<strong>de</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong>, há o Projeto<br />
Pólen, programa <strong>de</strong> Educação Ambiental que<br />
envolve o município <strong>de</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Itabapoana</strong>.<br />
A nível municipal <strong>de</strong>staca-se a instalação do<br />
Parque <strong>de</strong> Energia Eólica <strong>de</strong> Gargaú, distrito<br />
<strong>de</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong>. Com esse<br />
empreendimento, São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong><br />
será o primeiro município da região Su<strong>de</strong>ste a<br />
gerar energia cuja matriz energética é o vento.<br />
(Figura 4)<br />
Figura 4: Instalação do Parque Eólico <strong>de</strong> Gargaú. Fotos: Paulo Noel. Fonte: paulonoel.blogspot.com/<br />
2010/04/montada-primeira-torre-do-parque-eolico.html<br />
5
DISPOSITIVOS LEGAIS<br />
ÁREA DE INFLUÊNCIA<br />
O licenciamento da <strong>UTE</strong> São<br />
<strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong> segue<br />
a Instrução Técnica nº 18/2010<br />
emitida pelo Instituto Estadual do Ambiente -<br />
INEA e aten<strong>de</strong> à legislação em vigor.<br />
Destaca-se a Lei nº 9.478 instituiu a Política<br />
Energética Nacional e o Conselho Nacional <strong>de</strong><br />
Política Energética; e as resoluções do<br />
Conselho Nacional do Meio Ambiente –<br />
CONAMA, <strong>de</strong>ntre as quais cita-se a Resolução<br />
CONAMA Nº 001/86 referente aos critérios<br />
básicos e diretrizes gerais para o Relatório <strong>de</strong><br />
Impacto Ambiental – <strong>RIMA</strong>; a Resolução<br />
CONAMA Nº 237/97 que regulamenta os<br />
aspectos <strong>de</strong> licenciamento ambiental<br />
estabelecidos na Política Nacional do Meio<br />
Ambiente (Lei 6.938/81); a Resolução CONAMA<br />
nº 06/87. De acordo com o art. 5º <strong>de</strong>sta<br />
resolução, no licenciamento <strong>de</strong> usinas<br />
termoelétricas e a Resolução CONAMA Nº 357/<br />
05 que trata sobre a classificação dos corpos<br />
d’água e diretrizes ambientais para o seu<br />
enquadramento, bem como estabelece as<br />
condições e padrões <strong>de</strong> lançamento <strong>de</strong><br />
efluentes.<br />
A <strong>de</strong>limitação das áreas <strong>de</strong><br />
influência <strong>de</strong> um projeto é um<br />
dos requisitos legais para a<br />
realização <strong>de</strong> estudos ambientais (Resolução<br />
CONAMA Nº 011/86). Constitui-se em um fator<br />
primordial no direcionamento da coleta <strong>de</strong><br />
dados voltados para o diagnóstico ambiental,<br />
além <strong>de</strong> fornecer parâmetros para avaliação<br />
dos impactos.<br />
As áreas <strong>de</strong> influência são aquelas afetadas<br />
direta ou indiretamente pelos impactos<br />
<strong>de</strong>correntes da ativida<strong>de</strong>, durante os períodos<br />
<strong>de</strong> instalação e operação do empreendimento.<br />
O limite <strong>de</strong> abrangência das áreas é variável,<br />
consi<strong>de</strong>rando-se os efeitos <strong>de</strong>correntes das<br />
ações do empreendimento sobre o meio em<br />
questão (meio físico, meio biótico e meio<br />
socioeconômico).<br />
Meio Físico<br />
Para a Área <strong>de</strong> Influencia Indireta (AII)<br />
consi<strong>de</strong>rou-se a Bacia Hidrográfica do Rio<br />
<strong>Itabapoana</strong>, a jusante do empreendimento.<br />
Também, para a qualida<strong>de</strong> do ar, consi<strong>de</strong>ra-se<br />
o raio <strong>de</strong> 20 km, a sudoeste do<br />
empreendimento proposto, visto mo<strong>de</strong>lagem<br />
da qualida<strong>de</strong> do ar.<br />
Já a Área <strong>de</strong> Influência Direta, consi<strong>de</strong>ra-se o<br />
raio <strong>de</strong> 500 metros, a partir do local do<br />
empreendimento.<br />
6
Meio Biótico<br />
A <strong>de</strong>finição da Área <strong>de</strong> Influência Direta – AID<br />
do empreendimento compreen<strong>de</strong> as áreas <strong>de</strong><br />
intervenção direta, ou seja, aquelas <strong>de</strong>stinadas<br />
à instalação da <strong>UTE</strong> e suas estruturas, tais como<br />
a usina <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia e subestação.<br />
Já para a <strong>de</strong>finição da Área <strong>de</strong> Influência<br />
Indireta – AII foram consi<strong>de</strong>radas as áreas<br />
situadas no entorno imediato às estruturas a<br />
serem instaladas, sendo consi<strong>de</strong>rado um raio<br />
<strong>de</strong> 500m.<br />
Meio Antrópico<br />
Consi<strong>de</strong>rou-se como Área <strong>de</strong> Influência Indireta<br />
– AII, o município <strong>de</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Itabapoana</strong>.<br />
Para a Área <strong>de</strong> Influência Direta – AID, um raio<br />
<strong>de</strong> 1.000 metros do local do empreendimento.<br />
Ainda, consi<strong>de</strong>rada a área diretamente afetada,<br />
a qual abrange as residências localizadas no<br />
interior da Fazenda Santa Isabel, próximas da<br />
área <strong>de</strong> localização da <strong>UTE</strong> SFI.<br />
DESCRIÇÃO DO<br />
EMPREENDIMENTO<br />
A <strong>UTE</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Itabapoana</strong> será constituída por<br />
uma central geradora termelétrica com<br />
potência líquida total autorizada pela ANEEL<br />
<strong>de</strong> 700 MW, dividida em dois módulos <strong>de</strong><br />
350MW, operando com Gás Natural.<br />
A <strong>UTE</strong> SFI obe<strong>de</strong>cerá às programações do<br />
Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS<br />
operando sob “regime <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>”,<br />
complementando a matriz energética em caso<br />
<strong>de</strong> emergência, <strong>de</strong>spachando apenas nas<br />
hipóteses <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência elétrica ou energética.<br />
Objetiv<br />
tivos e Justif<br />
tificativ<br />
icativas<br />
as<br />
A <strong>UTE</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong> tem como<br />
fianlida<strong>de</strong> aumentar a diversificação <strong>de</strong><br />
suprimento <strong>de</strong> fontes energéticas no mercado,<br />
além <strong>de</strong> estimular a geração <strong>de</strong> energia<br />
elétrica <strong>de</strong> forma competitiva e rentável,<br />
contribuindo <strong>de</strong>sta forma para a produção e<br />
uso da energia.<br />
A implantação da <strong>UTE</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Itabapoana</strong>, no Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, tem<br />
como principal justificativa o crescimento do<br />
mercado <strong>de</strong> energia elétrica no Brasil. Os<br />
investimentos <strong>de</strong> médio prazo no setor<br />
energético fazem parte do planejamento<br />
orçamentário do governo em resposta à<br />
<strong>de</strong>manda do mercado consumidor.<br />
7
Localização<br />
O terreno proposto para o projeto está<br />
localizado no estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, no<br />
município <strong>de</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong>.<br />
(Figura 5)<br />
O terreno situa-se na Fazenda Santa Izabel,<br />
Deserto Feliz, 3º Distrito, nas coor<strong>de</strong>nadas <strong>de</strong><br />
latitu<strong>de</strong> 21°14’43.13"S e longitu<strong>de</strong><br />
41°14’44.23"O, no Município <strong>de</strong> São <strong>Francisco</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong>, Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro e<br />
possui área <strong>de</strong> 800.000 m². Limita-se ao Norte,<br />
Construção da <strong>UTE</strong><br />
As obras para construção da <strong>UTE</strong> SFI<br />
contemplam a realização <strong>de</strong> ações<br />
diversificadas que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a realização <strong>de</strong><br />
terraplanagens e uso <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> empréstimo<br />
e bota-fora até a complexa montagem dos<br />
sistemas <strong>de</strong> turbinas, cal<strong>de</strong>iras e refrigeração.<br />
Para a construção da <strong>UTE</strong> SFI está previsto o<br />
aproveitamento dos solos provenientes da<br />
própria área, obtidos durante os processos <strong>de</strong><br />
escavação e limpeza do terreno.<br />
Sul, Leste e Oeste com proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
terceiros.<br />
Figura 5: Localização prevista da <strong>UTE</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong>.<br />
8
Operação da <strong>UTE</strong><br />
A matéria prima a ser utilizada como<br />
combustível é o gás natural.<br />
A <strong>UTE</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong> será<br />
constituída por dois módulos com capacida<strong>de</strong><br />
líquida <strong>de</strong> 350 Mwe cada.<br />
Mão <strong>de</strong> obra<br />
A mão <strong>de</strong> obra para as fases <strong>de</strong> Construção e<br />
Operação do empreendimento está<br />
apresentada no Quadro 1.<br />
Ambiente Físico<br />
A área <strong>de</strong>stinada a abrigar a <strong>UTE</strong> São<br />
<strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> Itabapaoana apresenta relevo<br />
caracterizado por planícies com elevações ao<br />
fundo. (Figura 6)<br />
Quanto à suscetibilida<strong>de</strong> à erosão este tipo <strong>de</strong><br />
solo apresenta mo<strong>de</strong>rada propensão à erosão,<br />
quando <strong>de</strong>sprotegidos <strong>de</strong> cobertura vegetal.<br />
Foi observado em alguns trechos o início <strong>de</strong><br />
voçorocas. (Figura 7).<br />
Quadro 1: Quantitativo <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra.<br />
Figura 6: Vista da planície com elevações ao<br />
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />
fundo.<br />
Visando integrar o<br />
empreendimento ao ambiente,<br />
busca-se investigar as<br />
características ambientais - físicas, biológicas<br />
e socioeconômicas - antes da instalação do<br />
empreendimento.<br />
Dessa forma é possível i<strong>de</strong>ntificar e quantificar<br />
os impactos - negativos e positivos - a serem<br />
gerados pela instalação e operação do<br />
empreendimento proposto.<br />
Figura 7: Vista geral do solo com baixa<br />
cobertura vegetal e <strong>de</strong>talhe para inicio <strong>de</strong><br />
voçoroca próximo à árvore <strong>de</strong> genipapo.<br />
9
Hidrografia<br />
A área está situada sobre a Bacia Hidrográfica<br />
do rio <strong>Itabapoana</strong>. O rio <strong>Itabapoana</strong> é um rio<br />
<strong>de</strong> domínio fe<strong>de</strong>ral, e <strong>de</strong>vido à sua localização<br />
é o corpo hídrico <strong>de</strong> maior importância frente<br />
ao empreendimento proposto. (Figura 8)<br />
Na bacia do rio <strong>Itabapoana</strong> <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>stacada<br />
a existência do Projeto Managé, coor<strong>de</strong>nado<br />
pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense – UFF,<br />
e que prima por estudar esta bacia nas questões<br />
socioambientais, em especial às que interferem<br />
com os recursos hídricos locais.<br />
Segundo o Projeto Managé, os índios Puris que<br />
ocuparam esta região no período pré-colonial<br />
chamavam o rio <strong>de</strong> “MANAGÉ”, que em sua<br />
língua significava “reunião do povo”, o que dá<br />
As nascentes do rio <strong>Itabapoana</strong> se situam na<br />
serra do Caparaó, no estado <strong>de</strong> Minas Gerais,<br />
próximo da divisa com o Espírito Santo, on<strong>de</strong><br />
tem o nome <strong>de</strong> rio Preto até a confluência com<br />
o rio Ver<strong>de</strong>, a partir da qual se <strong>de</strong>nomina<br />
<strong>Itabapoana</strong>. Percorre uma extensão <strong>de</strong> 264 Km,<br />
drenando uma área <strong>de</strong> 4.850 Km 2 , o que lhe<br />
confere uma forma alongada, favorecendo a<br />
redução dos picos <strong>de</strong> cheias. (Figura 9)<br />
Da serra do Caparaó até seu <strong>de</strong>ságüe no oceano<br />
Atlântico, entre o lago Marabá e a Ponta das<br />
Arraias, na praia <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong>, município <strong>de</strong><br />
São <strong>Francisco</strong> do <strong>Itabapoana</strong>, a bacia do rio<br />
<strong>Itabapoana</strong> apresenta um alinhamento no<br />
sentido noroeste-su<strong>de</strong>ste.<br />
uma noção da importância que eles davam ao<br />
rio.<br />
Figura 8: Vista geral da localização da <strong>UTE</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong> em relação ao rio<br />
<strong>Itabapoana</strong>.<br />
10
As ativida<strong>de</strong>s econômicas que estiveram<br />
presentes nos últimos 200 anos, notoriamente<br />
o café e a pecuária, foram responsáveis pela<br />
dizimação da cobertura florestal <strong>de</strong> Mata<br />
Atlântica na região.<br />
Hoje a predominância é <strong>de</strong> pasto, contra<br />
pequenos fragmentos <strong>de</strong> mata restantes.<br />
A presença <strong>de</strong> área urbana é bem reduzida,<br />
sendo <strong>de</strong> pouca significância para influenciar<br />
nas condições <strong>de</strong> escoamento superficial.<br />
Figura 9: Bacia hidrográfica do rio <strong>Itabapoana</strong> e municípios componentes nos estados <strong>de</strong> Minas<br />
Gerais (ver<strong>de</strong>), Espírito Santo (azul) e Rio <strong>de</strong> Janeiro (amarelo). Fonte: Projeto Managé.<br />
11
Ambiente Biológico<br />
Vegetação<br />
A área objeto <strong>de</strong>ste estudo que se encontra sob<br />
o espaço territorial da Floresta Atlântica, e<br />
atualmente apresenta a maior parte recoberta<br />
por pastagem utilizada para ativida<strong>de</strong><br />
pecuária leiteira e uma pequena parte com<br />
cultura agrícola. (Figura 10)<br />
Fauna<br />
Durante os trabalhos <strong>de</strong> campo foram<br />
observadas espécies <strong>de</strong> peixes, anfíbios,<br />
répteis e aves, sendo este último grupo<br />
registrado com o maior número <strong>de</strong> espécies<br />
(Figura 11).<br />
Foram ainda observados vestígios da presença<br />
<strong>de</strong> mamíferos. (Figura 12)<br />
Figura 10: [Acima] Vista da pastagem existente<br />
<strong>de</strong>ntro da área pretendida para o<br />
empreendimento. [Embaixo] Cultivo <strong>de</strong><br />
abóbora <strong>de</strong>ntro da área pretendida para o<br />
empreendimento.<br />
Figura 11: Exemplares da fauna observada na área <strong>de</strong> influência direta da <strong>UTE</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Itabapoana</strong>. [1] Carcaça <strong>de</strong> bagre-africano; [2] lagartixa-<strong>de</strong>-pare<strong>de</strong>; [3] perereca-ver<strong>de</strong> e [4] frangod’água.<br />
12
Figura 12: Vestígios do grupo <strong>de</strong> mamíferos e exemplar observada na área da <strong>UTE</strong> São <strong>Francisco</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong>. [1] rastro <strong>de</strong> cachorro-do-mato; [2] morcego cauda-<strong>de</strong>-rato; [3] rastro <strong>de</strong> mãopelada.<br />
Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação<br />
Num raio <strong>de</strong> 10 km em torno da área<br />
pretendida para o empreendimento, não<br />
existem unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> proteção<br />
integral, exceto fragmentos florestais <strong>de</strong><br />
diferentes dimensões estabelecidos em<br />
proprieda<strong>de</strong>s privadas.<br />
Município <strong>de</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong><br />
O município <strong>de</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong><br />
nasceu do território <strong>de</strong>smembrado do<br />
município <strong>de</strong> São João da Barra entre a foz dos<br />
rios Paraíba do Sul e <strong>Itabapoana</strong> na divisa com<br />
o estado do Espírito Santo.<br />
O município <strong>de</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong><br />
dista 300 km da capital, e faz limites com São<br />
Ambiente Socioeconômico<br />
A caracterização socioeconômica consistiu na<br />
abordagem <strong>de</strong> diversos aspectos tais como: o<br />
histórico <strong>de</strong> ocupação, os meios <strong>de</strong> produção,<br />
a estrutura populacional, a organização social,<br />
a infraestrutura básica.<br />
João da Barra, Campos <strong>de</strong> Goytacazes e<br />
Presi<strong>de</strong>nte Kennedy, no estado do Espírito<br />
Santo.<br />
O município possui cerca <strong>de</strong> 50 km <strong>de</strong> praias<br />
com ondas tranqüilas e temperatura amena e<br />
areias medicinais. Ao sul do município estão<br />
as praias urbanizadas, com infraestrutura,<br />
hotéis e pousadas, como, por exemplo, Santa<br />
Clara, Guaxindiba, Gargaú, Sonhos e Sossego.<br />
13
Outros atrativos são as ilhas <strong>de</strong> Lima, do<br />
Peçanha e da Convivência que, na foz do<br />
Paraíba do Sul, fazem um convite ao turismo<br />
ecológico, com cerca <strong>de</strong> 200 km² <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong><br />
manguezais, igarapés, pequenas lagoas e ilhas<br />
<strong>de</strong> areia.<br />
O município possui cerca <strong>de</strong> 50 km <strong>de</strong> praias<br />
com ondas tranqüilas e temperatura amena e<br />
areias medicinais. Ao sul do município estão<br />
as praias urbanizadas, com infraestrutura,<br />
hotéis e pousadas, como, por exemplo, Santa<br />
Clara, Guaxindiba, Gargaú, Sonhos e Sossego.<br />
A dinâmica populacional na Área <strong>de</strong> Influencia<br />
Direta se <strong>de</strong>u em virtu<strong>de</strong> da própria<br />
característica da região. Gran<strong>de</strong>s fazendas <strong>de</strong><br />
pecuária e cana, que com a distribuição das<br />
terras para os filhos, foram formando as<br />
localida<strong>de</strong>s e instalando as infraestruturas<br />
necessárias para formação <strong>de</strong> vilas e distritos.<br />
(Figura 13)<br />
Figura 13: [1] Se<strong>de</strong> do município <strong>de</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong>. [2] Igreja Matriz do município.<br />
Escolarida<strong>de</strong><br />
Com relação ao setor educacional, observa-se a<br />
predominância no município, <strong>de</strong> forma quase<br />
absoluta, <strong>de</strong> estabelecimentos públicos,<br />
principalmente da re<strong>de</strong> estadual, uma vez que,<br />
<strong>de</strong> acordo com os dados do Censo Escolar 2003,<br />
neste ano, das 9.356 matrículas no Ensino<br />
Fundamental, 98% eram do setor público.<br />
A escolarida<strong>de</strong> na Área <strong>de</strong> Influência Direta e<br />
Área Diretamente Afetada são do Ensino<br />
Fundamental até o segundo ano, com uma<br />
evasão escolar, muitas vezes em virtu<strong>de</strong> da<br />
própria dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte e locomoção,<br />
alem da situação das vias <strong>de</strong> acesso. Nas<br />
localida<strong>de</strong>s que possuem escola rural, a<br />
continuida<strong>de</strong> dos estudos se dá em Praça João<br />
Pessoa. (Figura 14)<br />
14
Saú<strong>de</strong><br />
Quanto à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Itabapoana</strong>, que se encontra habilitado na Gestão<br />
Plena da Atenção Básica, possuía em 2002, 23<br />
estabelecimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, sendo 20 públicos e<br />
3 privados. Dos estabelecimentos privados, dois<br />
referem-se a serviços <strong>de</strong> apoio à diagnose e<br />
terapia (SADT) e um estabelecimento sem<br />
Figura 14: Escola Municipal Estelina Araujo<br />
Crespo, em Praça João Pessoa.<br />
internação. (Fonte: DATASUS/ Ministério da<br />
Saú<strong>de</strong>) (Figura 15)<br />
Segundo moradores a situação sempre foi<br />
Ofertas <strong>de</strong> emprego<br />
São <strong>Francisco</strong> do <strong>Itabapoana</strong> tem a matéria<br />
prima que permite <strong>de</strong>senvolver agroindústrias,<br />
pois possui produção <strong>de</strong> abacaxi, maracujá,<br />
goiaba e côco. Também tem boa produção <strong>de</strong><br />
olerícolas, especialmente <strong>de</strong> mandioca e<br />
urucum, com potencial para <strong>de</strong>senvolver seu<br />
processamento industrial, como o<br />
precária e o po<strong>de</strong>r municipal não olha para as<br />
comunida<strong>de</strong>s. Necessitam <strong>de</strong> políticas públicas<br />
e principalmente <strong>de</strong> melhoria nos acessos para<br />
po<strong>de</strong>r participar e utilizar dos instrumentos<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e educação existentes na área <strong>de</strong><br />
influencia direta. A expectativa <strong>de</strong> cada<br />
proprietário foi <strong>de</strong>scrita na caracterização<br />
socioeconômica da Área <strong>de</strong> Influencia Direta.<br />
empacotamento a vácuo, <strong>de</strong>sidratação e<br />
fabricação <strong>de</strong> conservas.<br />
Na Área <strong>de</strong> Influencia Direta na atualida<strong>de</strong>, o<br />
quadro socioeconômico <strong>de</strong>ssas localida<strong>de</strong>s é <strong>de</strong><br />
certo modo preocupante, já que existe<br />
<strong>de</strong>semprego na região. As ofertas <strong>de</strong> trabalho<br />
se concentram nas ativida<strong>de</strong>s rurais.<br />
Figura 15: Unida<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
15
Serviços<br />
São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong> possui uma<br />
agência <strong>de</strong> correios, 4 agências bancárias e 4<br />
estabelecimentos hoteleiros, além dos serviços<br />
<strong>de</strong> supermercados e lojas. (Figura 15)<br />
Quanto aos equipamentos culturais o município<br />
não dispõe <strong>de</strong> cinema, teatro, museu e<br />
biblioteca, apesar <strong>de</strong> ser um município que<br />
possui cerca <strong>de</strong> 50 km <strong>de</strong> praias, com ondas<br />
tranqüilas e temperatura amena e areias<br />
medicinais, i<strong>de</strong>al para o turismo.<br />
- As proprieda<strong>de</strong>s variam <strong>de</strong> um alqueire a<br />
trinta alqueires;<br />
- As culturas da maioria das proprieda<strong>de</strong>s são<br />
<strong>de</strong> aipim e cana-<strong>de</strong>-açúcar;<br />
- Existem proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> extensão<br />
que possuem na pecuária sua maior ativida<strong>de</strong>;<br />
- A maioria dos entrevistados coloca a<br />
situação da falta <strong>de</strong> infraestrutura no local,<br />
situação <strong>de</strong> acesso, das estradas como ponto<br />
principal do levantamento;<br />
- Existem casos <strong>de</strong> doenças respiratórias na<br />
maioria das famílias entrevistadas.<br />
- A maioria utiliza os serviços disponíveis em<br />
Praça João Pessoa, mas cerca <strong>de</strong> duas famílias<br />
utilizam o município <strong>de</strong> Campos, via estrada<br />
conhecida como Morro do Coco.<br />
Figura 15: Foto mostrando igreja e pequeno<br />
comercio na localida<strong>de</strong>.<br />
De acordo com o levantamento realizado na<br />
área diretamente afetada foram registradas as<br />
seguintes informações:<br />
- Utilizam água <strong>de</strong> poço, não havendo<br />
registro <strong>de</strong> nenhum abastecimento por<br />
nascente;<br />
- Não há coleta <strong>de</strong> lixo, assim queimam o<br />
lixo na proprieda<strong>de</strong>;<br />
- Algumas proprieda<strong>de</strong>s possuem fossa e<br />
outras direcionam o esgota para uma vala;<br />
AVALIAÇÃO DE<br />
IMPACTOS AMBIENTAIS<br />
No processo <strong>de</strong> Avaliação dos<br />
Impactos Ambientais da <strong>UTE</strong><br />
SFI foi avaliado um total <strong>de</strong> 23<br />
impactos ambientais.<br />
FASE DE PLANEJ<br />
ANEJAMENT<br />
AMENTO<br />
Nesta fase, <strong>de</strong>senha-se o <strong>de</strong>talhamento do<br />
projeto executivo, cuja fase significa a evolução<br />
<strong>de</strong> informações do projeto básico.<br />
16
Caracterização do<br />
Empreendimento<br />
I<strong>de</strong>ntificação das<br />
ativida<strong>de</strong>s geradoras <strong>de</strong><br />
impactos durante as fases<br />
<strong>de</strong> construção e operação<br />
I<strong>de</strong>ntificação dos aspectos<br />
ambientais passíveis <strong>de</strong><br />
sofrerem impactos<br />
durante as fases <strong>de</strong><br />
construção e operação<br />
I<strong>de</strong>ntificação dos<br />
potenciais impactos sobre<br />
os meios físico, biótico e<br />
socioeconômico<br />
Classificação dos<br />
potenciais impactos<br />
ambientais<br />
Proposição <strong>de</strong> Medidas<br />
Mitigadoras<br />
Diagnóstico<br />
Ambiental<br />
Neste sentido, aprimoram-se os estudos<br />
complementares e estudos para materiais e<br />
serviços.<br />
As intervenções geradoras <strong>de</strong> impacto nesta<br />
fase caracterizam comunicação do projeto,<br />
estudos e levantamentos <strong>de</strong> campo. Em<br />
conseqüência, estas ações po<strong>de</strong>rão <strong>de</strong>flagrar<br />
os impactos: Geração <strong>de</strong> Expectativas no<br />
Po<strong>de</strong>r Público e Geração <strong>de</strong> Expectativas na<br />
Área <strong>de</strong> Influência Direta.<br />
Ações estratégicas associadas à comunicação<br />
com a comunida<strong>de</strong> local po<strong>de</strong>rão incrementar<br />
<strong>de</strong>mandas que antecipem o Programa <strong>de</strong><br />
Comunicação e Responsabilida<strong>de</strong> Social.<br />
FASE DE IMPLANT<br />
ANTAÇÃ<br />
ÇÃO<br />
canteiro <strong>de</strong> obras; ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
terraplanagem e a construção da <strong>UTE</strong> SFI.<br />
Esta etapa do processo <strong>de</strong> implantação do<br />
empreendimento <strong>de</strong>verá ocorrer a partir do<br />
processo <strong>de</strong> contratação dos equipamentos e<br />
da formação do quadro <strong>de</strong> trabalhadores<br />
responsáveis pelas obras <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do empreendimento.<br />
Dentre os impactos i<strong>de</strong>ntificados para essa<br />
fase, <strong>de</strong>stacam-se os seguintes: Alteração da<br />
paisagem, Geração <strong>de</strong> empregos e a<br />
Dinamização da economia, os quais,<br />
respectivamente, tem como medidas a<br />
impalntação <strong>de</strong> um cinturão ver<strong>de</strong> ao redor<br />
da área e a divulgação do empreendimento<br />
através <strong>de</strong> Programa <strong>de</strong> Comunicação e<br />
Responsabilida<strong>de</strong> Social.<br />
Durante a fase <strong>de</strong> implantação, esperam-se<br />
intervenções que irão movimentar a região.<br />
Assim, essas ações consistem: mobilização <strong>de</strong><br />
equipamentos e mão <strong>de</strong> obra; instalação <strong>de</strong><br />
17
FASE DE OPERAÇÃ<br />
ÇÃO<br />
A fase <strong>de</strong> operação é marcada por um volume<br />
bem menor <strong>de</strong> intervenções. Na fase <strong>de</strong><br />
operação, diferente <strong>de</strong> outras ativida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong><br />
há gran<strong>de</strong> movimentação <strong>de</strong> materiais e <strong>de</strong><br />
pessoas, a <strong>UTE</strong> SFI por utilizar o gás natural,<br />
não terá área <strong>de</strong> estoque bem como entrada <strong>de</strong><br />
caminhões com insumos.<br />
A operação consiste nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle<br />
dos equipamentos, através da sala <strong>de</strong> controle,<br />
ativida<strong>de</strong>s administrativas e <strong>de</strong> manutenção.<br />
Como ativida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m provocar<br />
interferência no ambiente, a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
operação consiste basicamente em dois<br />
aspectos, as emissões atmosféricas e a captação<br />
e pequeno lançamento <strong>de</strong> água aquecida no<br />
corpo hídrico.<br />
Dentre os impactos <strong>de</strong>staca-se ainda a geração<br />
Estão previstos os seguintes programas<br />
ambientais:<br />
- Plano <strong>de</strong> Monitoramento Ambiental que<br />
abrange o monitoramento <strong>de</strong> águas e<br />
efluentes, a implantação da Faixa <strong>de</strong><br />
Proteção Arbórea (Cinturão Ver<strong>de</strong>) e a<br />
Recuperação da Faixa Marginal <strong>de</strong><br />
Proteção do rio das Dragas<br />
- Programa <strong>de</strong> Gestão Ambiental voltado<br />
a garantir a execução e o controle das<br />
ações planejadas pelos Programas<br />
Ambientais e a a<strong>de</strong>quada condução das<br />
obra.<br />
- Programa <strong>de</strong> Comunicação e<br />
Responsabilida<strong>de</strong> social voltado a criação<br />
<strong>de</strong> um canal <strong>de</strong> comunicação contínuo<br />
entre o empreen<strong>de</strong>dor e a socieda<strong>de</strong>.<br />
<strong>de</strong> empregos, consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> natureza<br />
positiva.<br />
CONCLUSÃO<br />
PROGRAMAS DE GESTÃO<br />
AMBIENTAL<br />
Visando minimizar os<br />
impactos negativos e<br />
potencializar os impactos positivos<br />
gerados pela implantação da <strong>UTE</strong> São<br />
<strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong>, serão executados<br />
programas <strong>de</strong> gestão ambiental.<br />
As adjacências do local<br />
escolhido para o<br />
empreendimento apresenta<br />
um avançado grau <strong>de</strong> alteração da<br />
paisagem, apresentando pouca cobertura<br />
florestal, alterações nos corpos hídricos.<br />
A Usina Termelétrica (<strong>UTE</strong>) será movida a Gás<br />
Natural e será voltada exclusivamente para a<br />
geração <strong>de</strong> energia elétrica.<br />
18
O município <strong>de</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong><br />
será beneficiado pela implementação do<br />
empreendimento, uma vez que se prevêem<br />
impactos positivos do âmbito socioeconômico,<br />
principalmente aqueles relacionados a<br />
aumento da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia limpa,<br />
com reflexos positivos que extrapolam os<br />
limites municipais, além da geração <strong>de</strong><br />
empregos e dinamização da economia local.<br />
Neste quadro, a avaliação dos impactos<br />
<strong>UTE</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong> mostrou<br />
queos impactos i<strong>de</strong>ntificados e classificados<br />
como negativos po<strong>de</strong>m ser contornados através<br />
da boa implantação <strong>de</strong> medidas a<strong>de</strong>quadas.<br />
Assim, confirma-se a viabilida<strong>de</strong> ambiental do<br />
<strong>UTE</strong> São <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Itabapoana</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />
todas as medidas propostas sejam efetivamente<br />
implementadas e que a <strong>de</strong>finição exata da<br />
localização leve em consi<strong>de</strong>ração as fragilida<strong>de</strong>s<br />
i<strong>de</strong>ntificadas no estudo.<br />
ambientais realizada para o empreendimento<br />
EQUIPE TÉCNICA<br />
19