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<strong>Jornal</strong><br />

DE LEIRIA<br />

Prémio ÑH9<br />

<strong>Jornal</strong> com<br />

melhor <strong>de</strong>sign<br />

da Península<br />

Ibérica<br />

Semanário Regional<br />

Director <strong>de</strong> Mérito<br />

José Ribeiro Vieira<br />

Director João Nazário<br />

Ano XXV<br />

Edição 1479<br />

15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

€ 1,00<br />

www.jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Abandono <strong>de</strong> idosos duplica no<br />

Centro Hospitalar <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Pombal<br />

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Desumano Uma mulher está, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Abril, à espera que alguém da família a vá buscar ao hospital<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Este caso, que já chegou a tribunal, está longe <strong>de</strong> ser uma situação isolada Pág. 10<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Música da região<br />

não tem fronteiras<br />

Págs. 4 a 6<br />

Vias entraram em funcionamento há um ano<br />

Tráfego na A 19 e no IC 36<br />

é um quinto do previsto<br />

❚ Abertas há um ano, as novas vias<br />

não atraem os automobilistas, com<br />

a ‘culpa’ a ser, certamente, das<br />

portagens. O tráfego médio diário<br />

varia entre os 12% e os 22% dos valores<br />

previstos no estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong><br />

financeira da subconcessão<br />

do Litoral Oeste. Pág. 11<br />

Cesário Silva<br />

As escolas são<br />

o espellho da<br />

socieda<strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

estão inseridas<br />

Pág. 8 e 9<br />

Reforma autárquica<br />

Proposta sugere<br />

extinção <strong>de</strong> 25%<br />

das freguesias do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Pág. 12<br />

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EMPRÉSTIMO SOBRE PENHORES<br />

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2 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Radar<br />

Não precisamos <strong>de</strong> mais padres.<br />

Precisamos mais dos padres.<br />

Pedro Manuel, Pároco da Sé <strong>de</strong> Faro,<br />

Expresso<br />

Troika não se atreve a meter-se<br />

com os gran<strong>de</strong>s interesses<br />

Teodora Cardoso, economista, Diário<br />

Económico<br />

Comentário enigmático João dos Santos<br />

Olho clínico<br />

Maria João Domingos<br />

Presidido por Maria João<br />

Domingos, o Centro <strong>de</strong><br />

Educação Especial Rainha D. Leonor,<br />

em Caldas da Rainha, venceu<br />

o Prémio BPI Capacitar, repartindo<br />

os 200 mil euros respeitantes ao<br />

primeiro lugar com uma instituição<br />

da Ramada. O prémio distinguiu o<br />

projecto <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> flores da<br />

instituição, que já no ano passado<br />

tinha sido con<strong>de</strong>corada pelo Presi<strong>de</strong>nte<br />

da República.<br />

Isabel Pedrosa<br />

Natural <strong>de</strong> Monte Redondo,<br />

<strong>Leiria</strong>, esta jurista foi nomeada,<br />

pelo ministro dos Negócios<br />

Estrangeiros, para embaixadora da<br />

Líbia, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um vasto percurso<br />

feito na carreira diplomática.<br />

Uma nomeação feminina para um<br />

cargo tradicionalmente ocupado<br />

por homens, mas que começa a<br />

abrir-se às mulheres.<br />

Cidália Ferreira<br />

O aumento dos pedidos <strong>de</strong><br />

habitação social levaram<br />

Cidália Ferreira, vereadora da Acção<br />

Social da Marinha Gran<strong>de</strong>, em<br />

coor<strong>de</strong>nação com o restante executivo,<br />

a tomar medidas para ajudar<br />

quem mais precisa. Uma <strong>de</strong>las<br />

foi agir no bairro social do Camarnal,<br />

on<strong>de</strong> um impasse <strong>de</strong>ixava que<br />

algumas casas se <strong>de</strong>gradassem sem<br />

terem chegado a receber inquilinos.<br />

A câmara está a fazer obras no<br />

bairro e prepara-se para atribuir alguns<br />

<strong>de</strong>stes fogos. Constrangedor<br />

é o facto <strong>de</strong> o município continuar<br />

a <strong>de</strong>ver mais <strong>de</strong> 1,5 milhões <strong>de</strong><br />

euros ao IRHU, que pagou a obra.<br />

Impressões<br />

Dona Mécia e D. Genuíno (continuado)<br />

Des<strong>de</strong> que as dúvidas <strong>de</strong> Dona Mécia e D.<br />

Genuíno começaram a ser publicadas muita<br />

gente passou a vir conversar para junto da<br />

pare<strong>de</strong> on<strong>de</strong> eles estão. Coisa <strong>de</strong> os<br />

influenciar, diz D. Genuíno. D. Mécia acha que não,<br />

pois ela não muda facilmente <strong>de</strong> opinião. Não. Ela,<br />

que quando era nova, ven<strong>de</strong>u muita fruta no<br />

mercado <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, vindo das suas terras no burro,<br />

nunca “emprenhou pelos ouvidos”.<br />

Esteve a escutar as discussões que tem havido<br />

sobre o OE no Parlamento e confirmou que a<br />

<strong>de</strong>spesa do Estado se reduziu em 2 anos <strong>de</strong> 13,5 mil<br />

milhões <strong>de</strong> euros. Claro, isto sem contar com os<br />

juros da dívida. Esses sim sobem sempre. Aquele<br />

montante <strong>de</strong> 5,7 mil milhões foram <strong>de</strong>spesas em<br />

investimento que se <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> realizar (já basta<br />

<strong>de</strong> estradas, pontes e rotundas, diz D. Genuíno) e o<br />

restante, no montante <strong>de</strong> 7,8 mil milhões, foram <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>spesa corrente primária não realizada (poupada,<br />

atalha D. Genuíno), que é quatro vezes o valor do<br />

corte dos subsídios aos funcionários públicos!<br />

Mas este valor que se poupou vai todinho para<br />

pagar os juros do capital emprestado diz D.<br />

Genuíno. Claro, explica Dona Mécia, pois se se<br />

pediu emprestado para pagar salários dos<br />

funcionários públicos e dos das empresas públicas,<br />

temos que pagar aos nossos credores para que nos<br />

continuem a emprestar, para po<strong>de</strong>rmos pagar esses<br />

mesmos salários.<br />

Lembras-te, Dona Mécia, o número <strong>de</strong><br />

funcionários que tinham as Câmaras, pergunta D.<br />

Genuíno. Olha que hoje com mais, não estamos<br />

melhor… só aumentou para nós a burocracia. Não<br />

produzimos o suficiente para ter este Estado, diz<br />

Dona Mécia. E será que necessitamos <strong>de</strong>le com a<br />

dimensão que tem hoje, conclui D. Genuíno.<br />

D. Genuíno, com o seu ar espantado, afirma que<br />

Portugal tem vivido na ilusão <strong>de</strong> que todos os<br />

cortes, os impostos e as taxas criadas, permitirão<br />

que resolvamos os nossos problemas, só que ele<br />

lembra que para que Dona Mécia viesse ao mercado<br />

a <strong>Leiria</strong> ven<strong>de</strong>r fruta era necessário, previamente,<br />

Ricardo<br />

Charters<br />

d’Azevedo<br />

plantar as arvores, cuidar <strong>de</strong>las e colher a fruta. D.<br />

Genuíno não vê ninguém a preocupar-se com a<br />

produção, pois sem ela não há produtos para se<br />

ven<strong>de</strong>r. Só escuta gente que quer subsídios, apoios,<br />

e emprego, mas ninguém faz nada para o criar!<br />

Mas alguém do Governo nos virá explicar o que<br />

estão a fazer para sairmos da crise; sem explicações<br />

claras o povo revolta-se, diz D. Genuíno. Ele<br />

lembra-se algumas revoltas do povo português, que<br />

tiveram como resultado mortes e feridos e a fuga <strong>de</strong><br />

políticos.<br />

D. Genuíno lembra-se, ainda, dos jovens que iam<br />

apanhar a fruta do chão, pedindo-a aos<br />

proprietários, tiravam o sorvado com a navalha, e<br />

vendiam-na no adro da igreja, à saída da missa do<br />

meio-dia. Andavam nessa altura <strong>de</strong>scalços e<br />

calçavam alpercatas do Sr José Lúcio da Silva,<br />

quando vinham para a cida<strong>de</strong>, para não serem<br />

incomodados pela polícia, pois na cida<strong>de</strong> não se<br />

podia andar <strong>de</strong>scalço. E isto, não há muito tempo…<br />

em meados do século passado. Viravam-se, para<br />

passar menos fome, termina D. Genuíno. Dona<br />

Mécia atalhou logo afirmando que a situação nunca<br />

será tão grave assim pois os senhores <strong>de</strong>putados<br />

estão com o OE em mãos.<br />

(continua)<br />

Engenheiro<br />

D. Genuíno Dona Mécia


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 3<br />

É altura <strong>de</strong> tirar as medidas para<br />

erguer estátua a Passos Coelho<br />

Sérgio Monteiro, secretário <strong>de</strong> Estado<br />

dos Transportes, Sol<br />

Uma existência rica não é composta por símbolos <strong>de</strong><br />

statu social<br />

José Luís Peixoto, escritor, Visão<br />

Queremos voluntários<br />

portugueses na Copa<br />

Luís Fernan<strong>de</strong>s, vice-ministro<br />

brasileiro do Desporto, Visão<br />

Nenhuma relação termina a bem.<br />

Por isso é que termina<br />

Tom Cruise, actor, Correio da Manhã<br />

Fórumdasemana<br />

Ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> ouro para ex-autarcas?<br />

Editorial<br />

Assim não dá<br />

O gabinete do ministro Miguel Relvas elaborou uma<br />

proposta <strong>de</strong> lei, entretanto aprovada pelo Governo,<br />

relativa ao regime das entida<strong>de</strong>s intermunicipais, que<br />

fará nascer mais <strong>de</strong> cem cargos dirigentes, todos<br />

remunerados. Segundo o jornal Expresso, este novo<br />

nível da Administração Pública prevê que o lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

cada comissão executiva intermunicipal ou<br />

metropolitana tenha um salário equivalente ao <strong>de</strong> um<br />

presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> câmara <strong>de</strong> um concelho médio e que as<br />

remunerações dos restantes membros sejam<br />

João Salgueiro<br />

presi<strong>de</strong>nte da<br />

CIMPL<br />

Márcio Lopes<br />

docente do<br />

ensino superior<br />

Álvaro Órfão<br />

ex-presi<strong>de</strong>nte da<br />

câmara, pelo PS<br />

Além dos encargos significativos<br />

que trará, haverá um esvaziamento<br />

do po<strong>de</strong>r das câmaras municipais,<br />

que <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ter qualquer po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, substituídos por alguém<br />

que, sentado numa ca<strong>de</strong>ira, estará a<br />

<strong>de</strong>cidir por nós. É por isso com<br />

preocupação que vejo este esvaziar<br />

<strong>de</strong> competências das câmaras<br />

municipais.<br />

Sou contra. A lógica <strong>de</strong>veria ser <strong>de</strong><br />

redução da estrutura da<br />

Administração Local. Deveriam ser<br />

estruturas mais pequenas, mais<br />

eficazes e estas funções <strong>de</strong>veriam<br />

ser <strong>de</strong>sempenhadas por quem já foi<br />

eleito, para evitar a duplicação <strong>de</strong><br />

cargos. A lógica <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> redução<br />

da <strong>de</strong>spesa da Administração Local.<br />

O que mais me frustrou como<br />

autarca foi o facto <strong>de</strong> não se ter<br />

feito a regionalização. Por isso,<br />

repudio qualquer transformação<br />

das associações <strong>de</strong> municípios, que<br />

têm funcionado bem, em qualquer<br />

outra coisa que tente substituir-se à<br />

regionalização, sobretudo quando<br />

isso implica a criação <strong>de</strong> postos<br />

dirigentes e mais gastos.<br />

Que<br />

comentários<br />

lhe merece<br />

este assunto?<br />

Sofia Carreira<br />

ex-presi<strong>de</strong>nte da<br />

junta, pelo PSD<br />

Augusto<br />

Mateus<br />

ex-ministro da<br />

Economia<br />

Sérgio Faria<br />

sociólogo<br />

aproximadas às dos vereadores a tempo inteiro.<br />

Ainda segundo o mesmo semanário esta proposta <strong>de</strong> lei<br />

está a levantar já alguma polémica, quer por haver<br />

dúvidas, entre outros aspectos, quanto ao nível <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>res que terão as comissões executivas, quer ainda<br />

por vir criar mais cargos numa altura em que tanto se<br />

fala na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reduzir <strong>de</strong>spesa. Há mesmo<br />

quem veja nesta proposta uma solução à medida dos<br />

muitos autarcas que não se po<strong>de</strong>rão recandidatar por<br />

terem atingido o limite <strong>de</strong> mandatos.<br />

Po<strong>de</strong> ser a oportunida<strong>de</strong> que faltava para o po<strong>de</strong>r local<br />

optimizar o seu po<strong>de</strong>r mais perto da população em<br />

<strong>de</strong>terminadas áreas, como a reorganização florestal,<br />

gestão do território, transporte escolar, etc. Ainda não<br />

conheço bem a lei, mas po<strong>de</strong> trazer vantagens e mais<br />

eficiência. É certo que dando mais po<strong>de</strong>r é preciso<br />

legislar com mais rigor, <strong>de</strong>finindo bem todos os<br />

mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão e financiamento, para impedir que a<br />

proposta venha a ser um problema para o Estado.<br />

Devíamos ter um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> autarquia para o<br />

conjunto dos municípios que integram as Áreas<br />

Metropolitanas. Nas cida<strong>de</strong>s médias <strong>de</strong>via aprofundar-<br />

-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> câmara municipal. E <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>via<br />

haver uma organização completamente diferente para<br />

as zonas mais ligadas ao mundo rural. As Comunida<strong>de</strong>s<br />

Intermunicipais são importantíssimas neste contexto e<br />

exigem um reforço da capacida<strong>de</strong> administrativa e<br />

técnica. Mas este po<strong>de</strong> ser feito sem aumento da<br />

<strong>de</strong>spesa, numa lógica <strong>de</strong> transferência e <strong>de</strong>slocalização<br />

da Administração Central.<br />

Grosso modo, a intenção <strong>de</strong> criar entida<strong>de</strong>s<br />

intermunicipais com as configuração e<br />

constituição enunciadas na proposta <strong>de</strong> lei n.º<br />

104/XII correspon<strong>de</strong> a mais uma tentativa <strong>de</strong><br />

resolver o problema da (<strong>de</strong>s)organização territorial do<br />

Estado e, nele, da Administração<br />

Pública. Neste caso específico, ao mesmo tempo que<br />

não se propiciam condições favoráveis<br />

ao aumento da participação e do escrutínio dos<br />

cidadãos, proporciona-se mais lastro às<br />

conveniências e aos interesses <strong>de</strong> partidos políticos e<br />

autarcas. Nada ou pouco permite admitir<br />

que é por esta via que se contribui para a solução<br />

daquele problema.<br />

Ninguém aceita bem passar a ganhar menos<br />

ou ver reduzidos direitos e benefícios a que<br />

estava habituado, até porque, por natureza,<br />

a maioria das pessoas é avessa e resiste a<br />

mudanças, principalmente quando estas têm como<br />

consequência uma vida <strong>de</strong> maior austerida<strong>de</strong>.<br />

No entanto, no inicio <strong>de</strong>ste período <strong>de</strong><br />

dificulda<strong>de</strong>s agravadas, em que a palavra crise<br />

entrou no léxico das conversas diárias, muitos,<br />

eventualmente a maioria, conscientes da situação do<br />

País, perceberam que algo teria que mudar. As<br />

pessoas estavam preparadas para aceitar apertar o<br />

cinto e contribuir para colocar Portugal nos eixos <strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong>, no fundo, se tinha <strong>de</strong>sviado com a conivência<br />

<strong>de</strong> quase todos, se bem que em escalas<br />

absolutamente distintas.<br />

De lá para cá, no entanto, toda a compreensão e<br />

disponibilida<strong>de</strong> que pu<strong>de</strong>sse haver para aceitar<br />

medidas <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong>, entendidas como<br />

necessárias para “salvar” o País, foram<br />

completamente <strong>de</strong>sbaratadas por constantes tiros<br />

nos pés dos nossos principais responsáveis políticos.<br />

O que se tem percebido é que tanto o Governo<br />

como a oposição, e até o próprio Presi<strong>de</strong>nte da<br />

República, não estão à altura <strong>de</strong> um <strong>de</strong>safio tão<br />

gran<strong>de</strong> como aquele que lhes foi posto. Neste<br />

período da nossa história seria absolutamente<br />

imprescindível ter a li<strong>de</strong>rar o País e a discutir o seu<br />

futuro pessoas <strong>de</strong> maior dimensão e com a<br />

credibilida<strong>de</strong> e competência, em que os portugueses<br />

acreditassem e ao lado <strong>de</strong> quem estivessem<br />

dispostos a fazer sacrifícios.<br />

Não é isso, no entanto, o que temos, estando<br />

precisamente aí parte da origem dos problemas por<br />

que passamos e dos que se avizinham. Dificilmente<br />

as pessoas continuarão a aceitar ouvir que é<br />

necessário gastar menos, ser mais produtivo ou ter<br />

paciência para aguentar as dificulda<strong>de</strong>s da voz <strong>de</strong><br />

quem não tem a mínima credibilida<strong>de</strong> e cujo<br />

passado está longe <strong>de</strong> ser impoluto. De políticos<br />

que estão a léguas <strong>de</strong> ter moral e honestida<strong>de</strong><br />

intelectual para convencer e motivar a população a<br />

fazer sacrifícios e a viver pior. De ministros como<br />

Miguel Relvas que, tal como uma lapa, se mantém<br />

agarrado ao po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> todas as embrulhadas<br />

em que se tem visto envolvido. E que, pior do que<br />

um passado pouco recomendável, continua a<br />

actuar como se vivesse noutro mundo, naquele<br />

on<strong>de</strong> apenas manda a partidarite. Só assim se<br />

explica a falta <strong>de</strong> vergonha <strong>de</strong>, num período em que<br />

só se ouve falar em dispensar trabalhadores, cortar<br />

<strong>de</strong>spesas, reduzir apoios, encolher orçamentos,<br />

acabar com serviços ou fundir autarquias, propor a<br />

criação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 100 cargos dirigentes, a que<br />

muitos chamam “tachos”, bem remunerados para,<br />

sob a capa <strong>de</strong> órgãos <strong>de</strong> nível intermunicipal ou<br />

metropolitano, encaixar autarcas que não po<strong>de</strong>rão<br />

recandidatar-se por terem atingido o limite <strong>de</strong><br />

mandatos.<br />

João Nazário<br />

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4 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Abertura<br />

Imigrantes<br />

dão nova<br />

alma à música<br />

da região<br />

Multiculturalida<strong>de</strong> Chegaram a<br />

Portugal por diversas razões, em<br />

alguns casos só para conhecer o País,<br />

mas acabaram por ficar. As<br />

oportunida<strong>de</strong>s oferecidas pela falta <strong>de</strong><br />

professores <strong>de</strong> música, contribuíram<br />

para que se fixassem no nosso País<br />

on<strong>de</strong> têm assumido um papel<br />

<strong>de</strong>terminante na evolução da<br />

formação artística e cultural<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Inesa<br />

Markava,<br />

nasceu na<br />

capital da<br />

Bielorrússia,<br />

Minsk, e<br />

chegou há<br />

sete anos a<br />

Portugal para<br />

fazer um<br />

intercâmbio,<br />

<strong>de</strong> um ano.<br />

Acabou por<br />

ficar.<br />

Apaixonou-se<br />

pelo País e<br />

pelo homem<br />

da sua vida, o<br />

marido.<br />

Jacinto Silva Duro<br />

jacinto.duro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Centenas <strong>de</strong> professores estrangeiros<br />

que se fixaram no nosso<br />

País, nos anos 90 e início do século<br />

XXI, contribuíram para a formação<br />

artística e constituição <strong>de</strong><br />

novas orquestras em Portugal. Deixaram<br />

os seus lares, a milhares <strong>de</strong><br />

quilómetros <strong>de</strong> distância, para colmatar<br />

a falta <strong>de</strong> professores <strong>de</strong><br />

música e artes do Portugal <strong>de</strong> então.<br />

Muitos ficaram e constituíram<br />

família, outros trouxeram-na,<br />

mas, a todos, é reconhecida a nova<br />

alma que, por cá, <strong>de</strong>ram à música.<br />

Também na região, <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong><br />

professores estrangeiros se fixaram<br />

e trouxeram os seus mo<strong>de</strong>los<br />

performativos e <strong>de</strong> ensino. “A vinda<br />

<strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> outros países<br />

é sempre muito enriquecedora,<br />

pois trazem outras sensibilida<strong>de</strong>s,<br />

outras referências estéticas, e a<br />

cultura artística dos territórios <strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> são originários”, explica o<br />

director artístico e pedagógico da<br />

Socieda<strong>de</strong> Artística e Musical dos<br />

Pousos (SAMP), <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Paulo Lameiro.<br />

O presi<strong>de</strong>nte do Orfeão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

Henrique Pinto i<strong>de</strong>ntifica duas vagas<br />

recentes <strong>de</strong> músicos imigrantes<br />

que vieram preencher nas escolas<br />

<strong>de</strong> música do Minho aos Açores e<br />

à Ma<strong>de</strong>ira. “A primeira aconteceu<br />

com a queda do Muro em Berlim,<br />

a segunda foi o movimento imigratório<br />

do século XXI”, explica.<br />

Estes docentes tiveram o dom <strong>de</strong><br />

transmitir aos seus alunos portugueses<br />

a marca <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s escolas<br />

<strong>de</strong> renome on<strong>de</strong> estudaram, enten<strong>de</strong><br />

o presi<strong>de</strong>nte do Orfeão. “De<br />

Belgrado a Roma, Viena e Moscovo,<br />

por exemplo. Casos há em que<br />

são docentes <strong>de</strong> instrumentos com<br />

poucos especialistas no país”, refere<br />

Henrique Pinto que tece uma<br />

relação directa entre a qualida<strong>de</strong><br />

dos novos músicos nacionais e o<br />

contributo <strong>de</strong>stes docentes.<br />

O mesmo faz Rui Morais, director-executivo<br />

da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Música<br />

<strong>de</strong> Alcobaça, que afirma que<br />

estes professores, “não raras vezes,<br />

<strong>de</strong>notam não só um gran<strong>de</strong> empenho<br />

e rigor mas até uma maior capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> adaptação às mudanças”.<br />

Sensibilida<strong>de</strong>, sensibilida<strong>de</strong> estética<br />

e disciplina, entre uma miría<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> outras características pró-<br />

Pessoas simpáticas<br />

com língua difícil<br />

A complexida<strong>de</strong> da língua foi a<br />

principal dificulda<strong>de</strong> que os<br />

professores tiveram <strong>de</strong><br />

ultrapassar. Svitlana Romanyshyn<br />

e Inesa Markava recordam que<br />

queriam falar, mas não<br />

conseguiam dominar a pronúncia.<br />

Ainda assim, a adaptação a<br />

Portugal, regra geral, é simples.<br />

David Ramy diz mesmo que,<br />

quando vai a um supermercado, a<br />

senhora da caixa esforça-se por lhe<br />

falar em espanhol. “Parece que<br />

não sou eu quem tem um<br />

problema <strong>de</strong> comunicação, mas<br />

ela...” Já Yumiko Ishizuka afirma<br />

gostar “muito do espírito 'mais à<br />

vonta<strong>de</strong> e <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>' dos<br />

portugueses”. Para Oxana<br />

Khur<strong>de</strong>nko, uma das coisas que<br />

lhe fez confusão foi a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> “doutores” que há em Portugal.<br />

“Durante algum tempo, acreditei<br />

que havia médicos em todo o<br />

lado.” Na Ucrânia, apenas os<br />

académicos com o nível máximo<br />

<strong>de</strong> habilitações são doutores.<br />

prias da cultura <strong>de</strong> cada um dos<br />

professores são contributos que<br />

dificilmente po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>sprezados<br />

ou sequer menorizados.<br />

“Trazem o gosto e o conhecimento<br />

<strong>de</strong> novos instrumentos, novos<br />

compositores, novas obras musicais,<br />

e acima <strong>de</strong> tudo uma nova<br />

língua que é sempre uma nova<br />

maneira <strong>de</strong> pensar. Esta nova maneira<br />

<strong>de</strong> pensar é porventura a<br />

maior riqueza que nos oferecem”,<br />

explica Paulo Lameiro.<br />

O processo <strong>de</strong> aculturação e<br />

adaptação a um novo país po<strong>de</strong> ser<br />

difícil mas, no caso <strong>de</strong> pessoas<br />

que apren<strong>de</strong>ram a expressar-se<br />

através da mais bela forma <strong>de</strong> comunicação<br />

conhecida pelo homem,<br />

isso nem sempre é assim.<br />

“Os alunos na generalida<strong>de</strong> gostam<br />

<strong>de</strong> ter professores estrangeiros<br />

pois reconhecem neles uma diferença<br />

cultural que os atrai”, refere<br />

Paulo Lameiro.<br />

O JORNAL DE LEIRIA falou com<br />

seis <strong>de</strong>stes professores e professoras<br />

que <strong>de</strong>ixaram as suas terras e se<br />

estabeleceram na região. A maioria<br />

é oriunda do Leste europeu, zona<br />

geográfica que, durante muitos<br />

anos, foi i<strong>de</strong>ntificada com a Corti-<br />

na <strong>de</strong> Ferro, mas cujo ensino, qualida<strong>de</strong><br />

e aptidão para as artes, em<br />

especial para a dança e música, ainda<br />

hoje são inquestionáveis.<br />

Inesa Markava<br />

Bielorrússia<br />

A professora <strong>de</strong> dança e piano Inesa<br />

Markava nasceu na capital da<br />

Bielorrússia, Minsk. Chegou há<br />

sete anos a Portugal para fazer um<br />

intercâmbio, <strong>de</strong> um ano, contudo,<br />

não só se apaixonou pelo País,<br />

como encontrou o homem da sua<br />

vida, o marido. Acabou por ficar.<br />

Ingressou e concluiu o ensino superior<br />

na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra.<br />

Hoje, é professora <strong>de</strong> dança e música,<br />

trabalhando com bebés no programa<br />

Berço da SAMP e com crianças<br />

<strong>de</strong> cinco anos. “Trabalhamos as<br />

áreas da Música, Dança e Teatro.”<br />

No Leste, há uma gran<strong>de</strong> tradição<br />

no ensino das artes, mas na primeira<br />

infância, Portugal é pioneiro.<br />

O projecto Berço, com trabalhos<br />

na área das artes para os mais jovens,<br />

foi uma novida<strong>de</strong> para Inesa.<br />

De sorriso franco e seguro, a jovem<br />

acredita que a principal mais-<br />

-valia que tem para oferecer aos<br />

seus alunos é a noção <strong>de</strong> que a arte


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 5<br />

RICARDO GRAÇA<br />

RICARDO GRAÇA<br />

é uma questão <strong>de</strong> percepção. “Através<br />

dos exercícios nas áreas da<br />

música, dança e outras artes, conseguimos<br />

compreen<strong>de</strong>r melhor o<br />

que se passa connosco e com o<br />

mundo à volta”, explica.<br />

Uma das gran<strong>de</strong>s diferenças entre<br />

bielorrussos e portugueses,<br />

conta, é a abertura e a maneira<br />

como por cá, as pessoas abrem coração<br />

e alma aos outros. “Fiquei<br />

muito admirada ao ver como as<br />

pessoas aceitam as diferenças e a<br />

minha mentalida<strong>de</strong>.”<br />

Sauda<strong>de</strong> também é uma palavra<br />

bielorrussa? “Também. Tenho sauda<strong>de</strong>s<br />

dos amigos e família, mas<br />

consigo viver bem com ela. Não é<br />

um sentimento que me <strong>de</strong>ite abaixo.<br />

Se fosse, não conseguiria viver<br />

cá. É preciso escolher caminhos na<br />

vida... e eu encontrei aqui o mais<br />

importante na vida: a minha segunda<br />

meta<strong>de</strong>.”<br />

Inna Vashchilina<br />

Rússia<br />

Nasceu na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saratov, Rússia.<br />

Menina e moça nas margens do<br />

imenso rio Volga, está há 11 anos<br />

em Portugal e dá aulas na Aca<strong>de</strong>mia<br />

<strong>de</strong> Música <strong>de</strong> Alcobaça há seis.<br />

Há oito anos que a cida<strong>de</strong> lhe apareceu<br />

no caminho <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> anos<br />

a trabalhar numa fiação.<br />

“Quando chegámos, eu e o meu<br />

marido queríamos, em primeiro<br />

lugar, arranjar um qualquer trabalho.<br />

Fui para uma fábrica <strong>de</strong> malhas<br />

mas acabámos em Alcobaça porque<br />

o meu marido adora a cida<strong>de</strong><br />

e a Nazaré.”<br />

Diferenças entre portugueses e<br />

russos, encontra-as todos os dias.<br />

Coisas pequenas <strong>de</strong> povos que vivem<br />

a 4300 quilómetros <strong>de</strong> distância.<br />

“Gosto muito <strong>de</strong> ver os pais<br />

a quererem participar na educação<br />

dos filhos. Querem apren<strong>de</strong>r, por<br />

exemplo, música, como os filhos.”<br />

Mas também há aspectos negativos.<br />

Por exemplo, os alunos portugueses<br />

precisam <strong>de</strong> mais disciplina<br />

e organização <strong>de</strong> trabalho.<br />

Contudo, passadas as coisas que<br />

nos afastam, Inna diz que é tão fácil<br />

dar aulas cá, como no seu país<br />

origem. “É um pouco diferente”,<br />

admite, mas isso nunca <strong>de</strong>smotivou<br />

a professora <strong>de</strong> piano.<br />

David Ramy<br />

Cuba<br />

“Havana, Cuba!”, respon<strong>de</strong> com<br />

Inna<br />

Vashchilina<br />

foi menina e<br />

moça nas<br />

margens do<br />

imenso rio<br />

Volga. Natural<br />

<strong>de</strong> Saratov,<br />

Rússia, fixou-<br />

-se em<br />

Alcobaça<br />

porque o<br />

marido adora<br />

a cida<strong>de</strong> e a<br />

Nazaré<br />

entusiasmo quando lhe perguntam<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> é natural. Não vá o<br />

sotaque <strong>de</strong>ixar ficar alguma dúvida<br />

no ar. Está em <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Setembro<br />

<strong>de</strong> 2008, é professor no<br />

SAMP, on<strong>de</strong> integra o Projecto<br />

Novas Primaveras, que leva a música<br />

e animação aos hospitais. No<br />

resto do tempo, ensina alunos a<br />

partir do 2.º Ciclo, no Colégio<br />

Conciliar <strong>de</strong> Maria Imaculada, em<br />

<strong>Leiria</strong>, e, como ainda tem meiadúzia<br />

<strong>de</strong> horas livres por dia, colabora<br />

com O Nariz – Teatro <strong>de</strong><br />

Grupo e com o colectivo <strong>de</strong> teatro<br />

para a infância Libélula.<br />

O percurso que o levou até <strong>Leiria</strong><br />

foi feito <strong>de</strong> várias etapas. Aos 21<br />

anos, <strong>de</strong>ixou Cuba em direcção a<br />

Colónia, Alemanha, para participar<br />

num filme. “Sentia que o ciclo,<br />

para mim, lá, tinha acabado.” Fez<br />

escala em Madrid e <strong>de</strong>cidiu, ali, ficar<br />

uns tempos a conhecer a cida<strong>de</strong>-natal<br />

da avó. Foi ficando, <strong>de</strong><br />

2003 até 2008.<br />

A ida para <strong>Leiria</strong> não foi premeditada,<br />

mas admite ser <strong>de</strong>finitiva.<br />

Num daqueles acasos que o <strong>de</strong>stino<br />

é pródigo a promover, David casou<br />

com uma amiga <strong>de</strong> juventu<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong> escola que foi visitar aquela cida<strong>de</strong>.<br />

Sendo Cuba um país voltado<br />

para as artes, o professor acredita<br />

que po<strong>de</strong> contribuir para “contaminação”<br />

dos jovens com a sua alegria<br />

e ritmo - “penso que é uma coisa<br />

ligada ao clima quente <strong>de</strong> lá”.<br />

Recentemente, quando regressou<br />

à ilha, aproveitou para pôr em prática<br />

algumas das coisas que faz na<br />

SAMP, no Projecto Berço. “É engraçado<br />

ver que, para uma criança<br />

da América Latina, uma valsa europeia<br />

é uma coisa muito complicada.<br />

Ao contrário, os ritmos mais<br />

sincopados, que <strong>de</strong>veriam ser mais<br />

difíceis, para elas são coisas naturais.<br />

Em Portugal, as coisas são ao<br />

contrário.”<br />

Svitlana Romanyshyn<br />

Ucrânia<br />

O marido chegou primeiro. Anos<br />

<strong>de</strong>pois, as sauda<strong>de</strong>s apertaram e<br />

Svitlana seguiu-lhe o rasto. Dá<br />

aulas <strong>de</strong> formação musical e Classe<br />

<strong>de</strong> conjunto, coro, no Orfeão <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>.<br />

Nasceu e formou-se em Lviv, cida<strong>de</strong><br />

turística conhecida como a<br />

“Pequena Paris” da Ucrânia e on<strong>de</strong><br />

a Selecção Portuguesa <strong>de</strong> Futebol<br />

disputou dois jogos da fase <strong>de</strong> gru-<br />

>>><br />

David Ramy<br />

<strong>de</strong>ixou<br />

Havana, Cuba,<br />

quando<br />

percebeu que<br />

a ilha era<br />

<strong>de</strong>masiado<br />

pequena para<br />

si. Quis<br />

<strong>de</strong>scobrir a<br />

Europa e foi o<br />

que fez<br />

durante<br />

alguns anos.<br />

Depois<br />

<strong>de</strong>scobriu<br />

<strong>Leiria</strong> e<br />

acabou por<br />

ficar


6 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Abertura<br />

RICARDO GRAÇA<br />

ACADEMIA DE MÚSICA DE ALCOBAÇA<br />

pos do Campeonato Europeu <strong>de</strong><br />

2012. Formou-se num instituto<br />

pré-universitário no ramo <strong>de</strong> direcção<br />

coral e formação musical,<br />

<strong>de</strong>pois seguiu para a universida<strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> concluiu os estudos em<br />

música e etnologia.<br />

Pianista talentosa, começou a<br />

formação em música com apenas<br />

8 anos. Em Portugal, dá aulas<br />

há três anos. “As minhas turmas<br />

do Orfeão são muito boas. Os alunos<br />

são muito interessados e com<br />

formação.”O idioma foi uma das<br />

principais dificulda<strong>de</strong>s que teve<br />

<strong>de</strong> enfrentar. “A língua, sempre a<br />

língua. Queria falar e não conseguia.”<br />

A pedagogia é a sua gran<strong>de</strong> paixão,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> pequena que sonhava<br />

ser professora. Hoje, diz, gostaria<br />

<strong>de</strong> dirigir um coro profissional.<br />

“Na Ucrânia, o estudo musical era<br />

extraordinariamente rigoroso. Em<br />

Portugal, há menos <strong>de</strong>ssa disciplina<br />

férrea.” É por isso que preza<br />

e tenta ensinar aos alunos disciplina<br />

e método <strong>de</strong> trabalho.<br />

Regressar não está nos seus planos.<br />

Portugal, mesmo em crise, é<br />

muito melhor que a Ucrânia. Lá é<br />

muito pior.<br />

Svitlana<br />

Romanyshyn<br />

nasceu em<br />

Lviv, cida<strong>de</strong><br />

que é<br />

conhecida<br />

como a Paris<br />

da Ucrânia.<br />

Defensora da<br />

disciplina e<br />

método <strong>de</strong><br />

trabalho,<br />

gostaria <strong>de</strong>,<br />

um dia, dirigir<br />

um coro<br />

profissionalmente<br />

Yumiko Ishizuka<br />

Japão<br />

A pianista e cantora Yumiko Ishizuka<br />

já tinha visitado Portugal,<br />

quando <strong>de</strong>cidiu fixar-se no País.<br />

Não só arranjou trabalho, como<br />

conheceu o marido em terras lusas.<br />

De ar frágil e <strong>de</strong>licado, Yumiko<br />

brinda todos os que se cruzam no<br />

seu caminho com um sorriso e<br />

uma gargalhada simpática. Deixou<br />

a Tóquio natal on<strong>de</strong> ensinava<br />

música e <strong>de</strong> on<strong>de</strong> saiu <strong>de</strong>vido à curiosida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> experimentar a vida<br />

noutro país. Escolheu um que se situa<br />

quase nos antípodas da sua<br />

pátria. “Tinha vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> me aventurar.”<br />

Deixou a capital japonesa,<br />

uma cida<strong>de</strong> com 13 milhões <strong>de</strong> habitantes,<br />

mais três milhões que<br />

toda a população portuguesa e,<br />

em 2009, conseguiu um lugar<br />

como professora <strong>de</strong> piano na<br />

SAMP, em Pousos, <strong>Leiria</strong>.<br />

Aconteceu tudo muito <strong>de</strong>pressa,<br />

quase ao mesmo tempo. Fixou-<br />

-se na “cida<strong>de</strong> santuário <strong>de</strong> Fátima”,<br />

conseguiu emprego e conheceu<br />

o namorado, futuro marido.<br />

“Tudo encaixou”, conta.<br />

Admite que é difícil comparar<br />

os alunos portugueses aos japoneses,<br />

mas que os nacionais são<br />

um pouco “preguiçosos”. “Gosto<br />

muito do espírito 'mais à vonta<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>' dos portugueses,<br />

mas o piano é um instrumento<br />

complicado e é preciso trabalhar<br />

muito.”<br />

A língua foi um Cabo das Tormentas<br />

dobrado à custa <strong>de</strong> muita<br />

perseverança. Começou a apren<strong>de</strong>r<br />

no Japão e continua ainda os<br />

estudos <strong>de</strong> aprimoração da língua<br />

<strong>de</strong> Camões. “Não é nada fácil”,<br />

afirma.<br />

Oxana Khur<strong>de</strong>nko<br />

Ucrânia<br />

A viver em Portugal há, sensivelmente,<br />

mais <strong>de</strong> uma década, a<br />

maestrina Oxana Khur<strong>de</strong>nko <strong>de</strong>dica-se<br />

ao ensino musical na<br />

SAMP, na Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Música <strong>de</strong><br />

Alcobaça e no Externato São Domingos<br />

em Fátima.<br />

Natural <strong>de</strong> Zelenodolsk, Ucrânia,<br />

cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> foi vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

da câmara, explica que a principal<br />

diferença, em termos <strong>de</strong> ensino,<br />

entre Portugal e Ucrânia é a dimensão<br />

das escolas. “Estava habituada<br />

a trabalhar em instituições<br />

muito maiores”, conta.<br />

“O meu ensino é marcado por<br />

uma cultura e repertório um pouco<br />

diferentes daqueles que por cá<br />

se ensinavam. Aju<strong>de</strong>i a alargar o<br />

conhecimento <strong>de</strong> outros compositores,<br />

mas foi um processo <strong>de</strong> enriquecimento<br />

mútuo”, enten<strong>de</strong>.<br />

A entrada em contacto com a<br />

cultura portuguesa não foi feita<br />

sem surpresas. “Não estava habituada<br />

ao modo como os portugueses<br />

usam a palavra 'doutor'.<br />

No meu País, um 'doutor' é um médico<br />

ou um académico com o nível<br />

máximo <strong>de</strong> habilitações, por isso<br />

temos muito poucos 'doutores'.<br />

Aqui há doutores em todo o lado.<br />

Durante algum tempo, acreditei<br />

que havia médicos em todo o lado.<br />

Finalmente, alguém me explicou<br />

que chamam 'doutor' a qualquer<br />

pessoa que tenha uma simples licenciatura.”<br />

Orgulhosa representante <strong>de</strong> um<br />

povo que se separou da União Soviética<br />

e viveu crises políticas,<br />

económicas e sociais, assegura<br />

que não será a crise da dívida soberana<br />

que está a afectar Portugal<br />

que a fará <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ter fé e regressar<br />

para a Ucrânia. “São coisas<br />

que se conseguem resolver!”<br />

Oxana<br />

Khur<strong>de</strong>nko<br />

vive em<br />

Portugal há<br />

mais <strong>de</strong> uma<br />

década. A<br />

maestrina é<br />

natural da<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Zelenodolsk,<br />

Ucrânia,<br />

localida<strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> foi vicepresi<strong>de</strong>nte<br />

da<br />

câmara


8 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Entrevista<br />

Cesário Silva Dignificar o ensino profissionalizante é uma<br />

das principais batalhas do director da Escola Secundária<br />

EngºAcácio Calazans Duarte<br />

“A Marinha Gran<strong>de</strong><br />

vive alguns traumas”<br />

Daniela Franco Sousa<br />

daniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ A confe<strong>de</strong>ração das associações<br />

<strong>de</strong> pais foi ao parlamento dizer<br />

que há cada vez mais crianças com<br />

fome nas escolas. Que impacto<br />

têm tido os problemas sociais nos<br />

alunos da Calazans Duarte?<br />

Sentimos um gran<strong>de</strong> aumento no<br />

número <strong>de</strong> alunos que são subsidiados,<br />

em relação a anos anteriores.<br />

Presentemente, temos mais<br />

<strong>de</strong> 300 alunos com subsídio, o que<br />

correspon<strong>de</strong> a cerca <strong>de</strong> 25% dos<br />

alunos do regime diurno. Além<br />

disso, temos um número significativo<br />

<strong>de</strong> alunos a quem atribuímos<br />

pequeno-almoço e lanche. São 60<br />

a 70 jovens que diariamente recebem<br />

esse suplemento. Estas são as<br />

situações que conseguimos i<strong>de</strong>ntificar.<br />

Mas temos noção <strong>de</strong> que outros<br />

po<strong>de</strong>rão passar pela mesma<br />

necessida<strong>de</strong>, e não informam a escola,<br />

por vergonha. E quando em<br />

casa existem situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego<br />

ou <strong>de</strong> salários em atraso,<br />

isso contribui claramente para a<br />

<strong>de</strong>svalorização dos estudos. Os<br />

alunos interrogam-se até que ponto<br />

a escola po<strong>de</strong> traduzir-se num<br />

futuro melhor. Nesse ponto há um<br />

trabalho a <strong>de</strong>sempenhar, e que<br />

não pertence só à escola, que passa<br />

por valorizar a educação e a<br />

formação como o último bem que<br />

nos po<strong>de</strong>m roubar. Hoje em dia, a<br />

educação e a formação são aquilo<br />

que ainda po<strong>de</strong> garantir alguma<br />

mobilida<strong>de</strong> social.<br />

Esta escola está localizada num<br />

dos centros <strong>de</strong> maior tráfico <strong>de</strong><br />

droga e <strong>de</strong> prostituição do concelho.<br />

Como é que os professores<br />

po<strong>de</strong>m contrariar vícios, por vezes<br />

repetidos no meio familiar?<br />

Temos <strong>de</strong> pensar que as escolas<br />

não são ilhas, são o espelho da socieda<strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> estão inseridas. Com<br />

o alargamento da escolarida<strong>de</strong> mínima<br />

obrigatória até aos 18 anos <strong>de</strong><br />

ida<strong>de</strong>, passámos a ter na escola um<br />

conjunto <strong>de</strong> jovens que, <strong>de</strong> outra<br />

forma, já não estariam cá. Hoje<br />

estão, e é bom que estejam. Afinal,<br />

a escola <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> todos e para todos.<br />

Mas a escola não po<strong>de</strong> trabalhar<br />

<strong>de</strong> forma unilateral. No caso <strong>de</strong><br />

existirem consumos por parte do<br />

aluno, a nossa estratégia passa por<br />

abordar o jovem, informar, sensibilizar,<br />

acompanhar, e fazemo-lo<br />

sempre em articulação com a famíla.<br />

Foi a pensar no problema da indisciplina<br />

que envolveu a escola<br />

no projecto Um dia na prisão?<br />

Sim. Para mostrar aos alunos que<br />

há responsabilida<strong>de</strong>s a assumir<br />

quando não se cumprem as regras.<br />

E a vivência vale mais do<br />

que imagens e palavras. Entendo<br />

que a escola tem <strong>de</strong> ter componentes<br />

<strong>de</strong> educação e formação,<br />

mas tem <strong>de</strong> ser também espaço <strong>de</strong><br />

interacção, on<strong>de</strong> as pessoas têm<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> experimentar coisas<br />

que, <strong>de</strong> outra forma, não po<strong>de</strong>m<br />

fazer. É por isso que temos cá<br />

teatro, televisão, etc. Construir cidadãos<br />

livres, autónomos, com capacida<strong>de</strong><br />

para reflectir e agir, pressupõe<br />

experimentação.<br />

Está satisfeito com os resultados<br />

alcançados pela escola, nos rankings<br />

dos exames?<br />

Nós nunca estamos satisfeitos,<br />

mas o nosso grau <strong>de</strong> satisfação ou<br />

<strong>de</strong> insatisfação tem <strong>de</strong> estar balizado,<br />

temos <strong>de</strong> perceber como está<br />

o contexto nacional, e é para isso<br />

que servem também os rankings.<br />

Mesmo assim, <strong>de</strong>vo sublinhar que,<br />

nos últimos três anos, temos progredido<br />

bastante em termos do<br />

ensino básico, e conseguido uma<br />

certa estabilida<strong>de</strong> ao nível do ensino<br />

secundário. Esta escola não se<br />

focaliza tanto nos rankings, mas sobretudo<br />

na resposta à heterogeneida<strong>de</strong><br />

dos jovens que a procuram<br />

para frequentar as inúmeras tipologias<br />

formativas, acompanhando-os,<br />

para que façam escolhas<br />

que os conduzam ao sucesso.<br />

Por que razão existe um estigma<br />

associado à qualida<strong>de</strong> do ensino<br />

profissional e às capacida<strong>de</strong>s dos<br />

alunos que o frequentam?<br />

O estigma é uma consequência da<br />

massificação e da unificação do ensino<br />

pós-Revolução. Mas não faz<br />

sentido, na medida em que todos<br />

temos a consciência da necessida<strong>de</strong>,<br />

da premência <strong>de</strong> ter técnicos intermédios<br />

qualificados em Portugal,<br />

<strong>de</strong> jovens com competências<br />

no domínio do saber fazer. Além<br />

disso, é preciso enten<strong>de</strong>r que os<br />

alunos têm motivações e interesses<br />

distintos, e que a escola também<br />

tem <strong>de</strong> dar esse tipo <strong>de</strong> resposta. E<br />

Em <strong>de</strong>staque<br />

Portugal precisa<br />

cada vez mais <strong>de</strong><br />

doutores e <strong>de</strong><br />

engenheiros que<br />

sejam capazes <strong>de</strong><br />

meter a mão na<br />

massa, que além<br />

<strong>de</strong> exercerem<br />

tarefas <strong>de</strong><br />

coor<strong>de</strong>nação,<br />

sejam capazes <strong>de</strong><br />

integrar uma<br />

equipa<br />

não é por ter frequentado um curso<br />

profissional que um aluno não<br />

po<strong>de</strong> ace<strong>de</strong>r ao ensino superior<br />

ou que tem <strong>de</strong> ficar para toda a vida<br />

condicionado àquela formação.<br />

Enquanto pensarmos que o ensino<br />

profissionalizante é um ensino menor,<br />

ten<strong>de</strong>remos a não dar importância<br />

ao conjunto <strong>de</strong> jovens que<br />

sai para o mundo do trabalho e que<br />

tem aceitação por parte dos empregadores.<br />

Nuno Crato <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> precisamente<br />

maior ligação entre ensino e<br />

empresas.<br />

Os cursos <strong>de</strong> ensino profissional<br />

têm a particularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> só ficarem<br />

concluídos <strong>de</strong>pois da concretização<br />

do estágio. Esse momento também<br />

é uma mais-valia para as empresas,<br />

porque lhes permite i<strong>de</strong>ntificar<br />

futuros colaboradores em<br />

caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recrutamento.<br />

Por isso, quando preparamos<br />

um estágio, temos a preocupação<br />

<strong>de</strong> conciliar a expectativa do<br />

jovem com a do empregador. Criamos<br />

sinergias para que haja oportunida<strong>de</strong><br />

do jovem se mostrar ao


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 9<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Política educativa<br />

“Os professores<br />

estão muito<br />

cansados”<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho. No ano lectivo<br />

anterior, tivemos 58 estagiários<br />

em cerca <strong>de</strong> 90 empresas.<br />

É engenheiro mecânico <strong>de</strong> formação.<br />

Como observa certas ofertas<br />

<strong>de</strong> trabalho, que se revelam mais<br />

atractivas para mecânicos do que<br />

para engenheiros altamente qualificados?<br />

Existe alguma subversão do mercado<br />

<strong>de</strong> emprego. São as condicionantes<br />

<strong>de</strong> uma oferta exce<strong>de</strong>ntária.<br />

Existem muitos jovens licenciados,<br />

o que permite que alguns empregadores<br />

reconheçam menos bem a<br />

profissão <strong>de</strong> engenheiro. Mas, nessas<br />

condições, nenhuma empresa<br />

terá nesse engenheiro um trabalhador<br />

empenhado, motivado. Ao<br />

mesmo tempo, também permite<br />

fazer sentir aos jovens que, afinal,<br />

ser técnico qualificado intermédio<br />

po<strong>de</strong>rá não ser mau <strong>de</strong> todo. Portugal<br />

precisa cada vez mais <strong>de</strong> doutores<br />

e <strong>de</strong> engenheiros que sejam capazes<br />

<strong>de</strong> meter a mão na massa, que<br />

além <strong>de</strong> exercerem tarefas <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação,<br />

sejam capazes <strong>de</strong> integrar<br />

uma equipa.<br />

É algarvio, mas vive na Marinha<br />

Gran<strong>de</strong> há mais <strong>de</strong> 20 anos. O que<br />

mudou no concelho nestas duas<br />

décadas?<br />

Como todos os dias vemos a cida<strong>de</strong>,<br />

o nosso olhar está formatado,<br />

parece que ela não muda. Mas evoluiu.<br />

Sente neste momento as dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> todas as urbes industrializadas,<br />

que é um <strong>de</strong>sajuste no<br />

mercado <strong>de</strong> emprego, mas do ponto<br />

<strong>de</strong> vista do espaço, temos hoje<br />

uma cida<strong>de</strong> mais organizada. Os espaços<br />

ver<strong>de</strong>s foram melhorados.<br />

Temos excelentes acessibilida<strong>de</strong>s.<br />

Temos um parque escolar melhorado,<br />

sinal <strong>de</strong> que a população<br />

continua a crescer. Percebo - e tenho<br />

pena – que o centro histórico<br />

esteja completamente abandonado.<br />

Mas a responsabilida<strong>de</strong> é <strong>de</strong> todos<br />

e não apenas da autarquia, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da sua cor política.<br />

E temos um excelente know<br />

how industrial, que é preciso valorizar,<br />

com um centro tecnológico<br />

<strong>de</strong> excelência. Faz falta, claramente.<br />

Porque educação, formação,<br />

investigação e parcerias com<br />

Perfil<br />

Cantor e engenheiro<br />

das letras<br />

Cesário Silva nasceu em Vila<br />

Real <strong>de</strong> Santo António em 1963 e<br />

resi<strong>de</strong> na Marinha Gran<strong>de</strong> há<br />

mais <strong>de</strong> 20 anos. Tem<br />

bacharelato em Engenharia<br />

Mecânica, licenciatura em<br />

Educação, mestrado em Ciências<br />

da Educação, e é aluno <strong>de</strong><br />

doutoramento em Ciências da<br />

Educação, on<strong>de</strong> estuda os<br />

impactos dos cursos<br />

profissionais no ensino<br />

secundário. É casado, tem duas<br />

filhas, e até há pouco tempo<br />

também se <strong>de</strong>dicava ao canto.<br />

Des<strong>de</strong> que assumiu a direcção da<br />

Escola Secundária Eng.º Acácio<br />

Calazans Duarte, em 2009,<br />

pouco tempo lhe sobra para<br />

outras activida<strong>de</strong>s. Mantém, no<br />

entanto, a paixão pela leitura e<br />

pelo associativismo. Homem <strong>de</strong><br />

esquerda, integrou listas<br />

autárquicas pela CDU.<br />

empresas têm <strong>de</strong> sair daqui.<br />

Como é que esta terra tem tratado<br />

a sua cultura?<br />

A Marinha Gran<strong>de</strong> tem tratado mal a<br />

cultura nos últimos anos, embora<br />

continue a ter uma riqueza muito<br />

própria, com inúmeras colectivida<strong>de</strong>s<br />

e associações. Acredito que os momentos<br />

<strong>de</strong> crise têm <strong>de</strong> ser <strong>de</strong> reinvenção.<br />

É preciso pensar que é possível<br />

dar a volta, e fazer obra sem recursos<br />

tão elevados. Se nalgumas situações<br />

é preciso apoio financeiro,<br />

noutras basta apenas o reconhecimento,<br />

o dizer que se fez bem. O associativismo<br />

vive muito disso. E espero<br />

que <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> alguns meses o<br />

Sport Operário Marinhense, que está<br />

a ser requalificado, possa apresentar<br />

um auditório correspon<strong>de</strong>nte às necessida<strong>de</strong>s<br />

do concelho. A Marinha<br />

Gran<strong>de</strong> vive alguns traumas. Se quero<br />

fazer compras, vou a <strong>Leiria</strong>. Se quero<br />

ver cinema, vou a <strong>Leiria</strong>. Há certas<br />

coisas que não se fazem cá, para fazer<br />

fora. Isso <strong>de</strong>scapitaliza-nos. De que<br />

serve ter um excelente auditório se<br />

não temos pessoas para o encher? É<br />

uma 'pescadinha <strong>de</strong> cauda nos lábios'.<br />

As políticas da Educação têm ferido<br />

a dignida<strong>de</strong> e a atractivida<strong>de</strong><br />

pela docência?<br />

Têm. Há coisas que às vezes são ditas<br />

sobre os professores e que geram<br />

na opinião pública imagens<br />

que não correspon<strong>de</strong>m à realida<strong>de</strong>.<br />

A profissão <strong>de</strong> docente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

bastante do esforço e do empenho<br />

das pessoas. E apesar dos sucessivos<br />

revezes, <strong>de</strong> cortes nos salários,<br />

volume acrescido <strong>de</strong> tarefas a<br />

<strong>de</strong>sempenhar, mantém-se a paixão<br />

do professor pela sua arte. Algumas<br />

vezes, alimentada por ele mesmo,<br />

outras, estimulada pelos pares. É<br />

uma das coisas que posso fazer<br />

enquanto director <strong>de</strong>sta casa. Reconhecer-lhes<br />

o esforço e a <strong>de</strong>dicação,<br />

mesmo que não seja monetariamente.<br />

Sente-se a <strong>de</strong>smotivação dos docentes<br />

na sala <strong>de</strong> aula?<br />

Cansaço. Os professores estão muito<br />

cansados. Trabalhar com 30 alunos<br />

não é a mesma coisa do que<br />

trabalhar com turmas <strong>de</strong> 22 ou 23.<br />

São situações que <strong>de</strong>sgastam. Mas<br />

os professores conseguem separar<br />

os espaços. Conseguem ser suficientemente<br />

reivindicativos dos<br />

seus direitos e, simultaneamente,<br />

responsáveis pelos seus <strong>de</strong>veres.<br />

Para os professores, a sala <strong>de</strong> aula<br />

é um espaço sagrado.<br />

Concorda com a proposta da DREC<br />

para os mega-agrupamentos na<br />

Marinha Gran<strong>de</strong>?<br />

Os mega-agrupamentos só fazem<br />

sentido se forem uma forma <strong>de</strong> tornar<br />

mais eficaz, mais eficiente<br />

uma instituição. Desacredito que<br />

possam constituir uma alternativa<br />

no caso <strong>de</strong> escolas que distam entre<br />

si uma dúzia <strong>de</strong> quilómetros,<br />

que têm realida<strong>de</strong>s completamente<br />

distintas. O director, apesar<br />

<strong>de</strong> ter um conjunto <strong>de</strong> tarefas burocráticas<br />

a <strong>de</strong>sempenhar, tem<br />

também <strong>de</strong> ser uma pessoa visível,<br />

<strong>de</strong> estar próximo e conversar com<br />

os seus alunos. Nesta escola, apesar<br />

<strong>de</strong> existirem muitos alunos, tenho-os<br />

todos aqui, sei on<strong>de</strong> estão,<br />

e facilmente chego até aos professores.<br />

Com escolas afastadas isto<br />

não se consegue fazer. Reconheço<br />

que nalguns casos possa ser uma<br />

medida ajustada. Mas neste concelho<br />

é uma questão que me preocupa.<br />

Sabemos que esta é uma<br />

imposição das negociações com a<br />

troika, mas cabe-nos também a<br />

nós, no terreno, mostrar aquilo<br />

que po<strong>de</strong> ser uma medida correcta<br />

ou incorrecta. Foi por isso que na<br />

Marinha Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>cidimos avaliar<br />

a situação, fazer uma contra-proposta,<br />

e apresentar uma solução<br />

que vá ao encontro das necessida<strong>de</strong>s<br />

do País, mas que também<br />

corresponda às necessida<strong>de</strong>s da<br />

nossa comunida<strong>de</strong>.


10 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Socieda<strong>de</strong><br />

Número <strong>de</strong> idosos abandonados<br />

no hospital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Pombal duplica<br />

Abandono Em 2012, duplicaram os casos <strong>de</strong> pessoas internadas no Centro Hospitalar <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-<br />

-Pombal após alta médica porque ninguém as vai buscar, envolvendo quase sempre idosos.<br />

Maria Anabela Silva<br />

anabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Maria foi internada no hospital <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> no início <strong>de</strong> Abril na sequência<br />

<strong>de</strong> um AVC, que a <strong>de</strong>ixou<br />

acamada. Recebeu alta clínica três<br />

semanas <strong>de</strong>pois mas, até hoje, ninguém<br />

da família a visitou ou se disponibilizou<br />

a assumir o seu cuidado.<br />

Em resultado disso, a idosa<br />

continua hospitalizada e espera<br />

agora que o tribunal <strong>de</strong>cida o seu<br />

futuro. Numa primeira <strong>de</strong>liberação<br />

judicial, um dos três filhos foi nomeado<br />

curador provisório, mas recorreu<br />

da sentença, aguardando-<br />

-se que o tribunal se pronuncie<br />

sobre o recurso apresentado.<br />

A história <strong>de</strong> Maria está longe <strong>de</strong><br />

ser um caso isolado. Com 2012 ainda<br />

em curso, o Centro Hospitalar <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>-Pombal (CHLP) já registou 50<br />

altas proteladas, ou seja, situações<br />

<strong>de</strong> pessoas que permanecem hospitalizadas<br />

porque ninguém as vai<br />

buscar e que envolvem, quase sempre,<br />

idosos. O número <strong>de</strong>ste ano é<br />

quase o dobro do <strong>de</strong> 2011, quando<br />

instituição teve 28 casos <strong>de</strong> alta<br />

protelada. Por seu lado, os hospitais<br />

<strong>de</strong> Alcobaça, Caldas da Rainha<br />

e Peniche tinham, até segunda-<br />

-feira, 42 situações i<strong>de</strong>ntificadas, o<br />

mesmo número <strong>de</strong> casos <strong>de</strong>tectado<br />

no ano passado.<br />

Neste momento, além do caso <strong>de</strong><br />

Maria, o Hospital <strong>de</strong> Santo André<br />

tem mais dois utentes já com alta, a<br />

aguardar que alguém os vai buscar.<br />

Uma das situações envolve uma pessoa<br />

<strong>de</strong> 89 anos, com alta clínica há um<br />

mês e com oito filhos que se recusam<br />

a cuidar da mãe. Depois <strong>de</strong> terem falhado<br />

os contactos entre o Serviço Social<br />

do hospital e a família, no sentido<br />

<strong>de</strong> encontrar uma solução, o caso<br />

seguiu para o Gabinete Jurídico da instituição,<br />

que <strong>de</strong>verá agora “accionar<br />

os mecanismos legais necessários”.<br />

“Tendo em conta o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência<br />

do utente, são apresentadas<br />

propostas <strong>de</strong> resolução,<br />

que po<strong>de</strong>m ir do acolhimento pela<br />

família ao apoio domiciliário, centro<br />

dia ou lares <strong>de</strong> idosos”, explica<br />

o CHLP, frisando que, antes <strong>de</strong><br />

recorrer à via judicial, são <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adas<br />

várias diligências para<br />

tentar resolver o problema, que<br />

passam também por perceber os<br />

motivos da indisponibilida<strong>de</strong> da<br />

família para cuidar do doente.<br />

E entre as principais razões<br />

apontadas estão problemas económicos,<br />

que “obstam à colocação<br />

Idosa está <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Abril no hospital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> sem que ninguém a vá buscar<br />

O número<br />

50<br />

No ano passado, o Centro<br />

Hospitalar <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Pombal<br />

registou 28 casos <strong>de</strong> alta<br />

protelada. Este ano, já vai em 50.<br />

Nos hospitais <strong>de</strong> Alcobaça,<br />

Caldas da Rainha e Peniche, já<br />

houve 42 casos em 2012, tantos<br />

como no ano passado<br />

dos doentes em instituições”, adianta<br />

o Centro Hospitalar do Oeste Norte,<br />

que refere que, no hospital <strong>de</strong> Alcobaça,<br />

se registam algumas situações<br />

<strong>de</strong> jovens a necessitarem <strong>de</strong><br />

cuidados médicos e <strong>de</strong> enfermagem<br />

em que os familiares alegam<br />

“não ter condições para cuidar dos<br />

mesmos no domicílio”.<br />

A ausência <strong>de</strong> condições habitacionais<br />

e <strong>de</strong> ajudas técnicas (camas<br />

articuladas, ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> rodas ou<br />

ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> banho, por exemplo), a<br />

falta <strong>de</strong> tempo para cuidar do idoso<br />

ou a insuficiência <strong>de</strong> recursos na<br />

comunida<strong>de</strong>, como apoio domiciliário,<br />

centro <strong>de</strong> dia ou lar, são outros<br />

dos motivos invocados pelas<br />

famílias para protelarem a presença<br />

do idoso no hospital.<br />

Segundo o CHLP, há também casos<br />

em que, na origem da recusa<br />

em cuidar do doente após a alta,<br />

estão problemas <strong>de</strong> partilhas e<br />

outros conflitos familiares. Será<br />

essa a razão que estará por trás do<br />

caso <strong>de</strong> Maria. Afirmando-se <strong>de</strong><br />

“consciência tranquila”, um dos filhos<br />

da idosa conta ao JORNAL DE<br />

LEIRIA que a mãe “só consi<strong>de</strong>rava<br />

a filha e enjeitou os outros<br />

dois”. Agora, “com a doença, a minha<br />

irmã, que tem o direito e o <strong>de</strong>ver<br />

<strong>de</strong> cuidar <strong>de</strong>la, saltou fora”,<br />

acrescenta, dizendo-se “triste”<br />

com a situação.<br />

Governo quer responsabilizar famílias<br />

Filhos po<strong>de</strong>m per<strong>de</strong>r herança<br />

O Governo quer responsabilizar as<br />

famílias que abandonem os idosos<br />

nos hospitais ou nos lares. O<br />

anúncio foi feito, na segunda-feira,<br />

por Pedro Mota Soares (na foto),<br />

ministro da Solidarieda<strong>de</strong> e da<br />

Segurança Social, durante uma<br />

audiência na Assembleia da<br />

República. Na ocasião, o<br />

governante disse que, apesar <strong>de</strong> o<br />

abandono <strong>de</strong> idosos ser um<br />

problema “algo recente”, não<br />

resulta “apenas do difícil período<br />

financeiro que atravessamos”.<br />

“Compactuar com o problema é<br />

<strong>de</strong>sestruturar o País através da<br />

quebra <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong><br />

intergeracional, que é tão<br />

importante”, afirmou Pedro Mota<br />

Soares. Segundo o jornal Público, o<br />

ministro adiantou que serão<br />

sondados vários sectores da<br />

socieda<strong>de</strong>, com o objectivo <strong>de</strong><br />

RICARDO GRAÇA<br />

chegar a um novo quadro legal que<br />

preveja a responsabilização <strong>de</strong><br />

quem abandone os mais velhos em<br />

instituições. Segundo o Diário <strong>de</strong><br />

Notícias, em cima da mesa já estão<br />

propostas como a perda da herança<br />

para os filhos que abandonem os<br />

pais e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> os seus<br />

bens serem penhorados para pagar<br />

as <strong>de</strong>spesas relativas à<br />

institucionalização dos idosos.


Socieda<strong>de</strong><br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 11<br />

Vitor Bento analisa Orçamento do Estado<br />

Presi<strong>de</strong>nte da SIBS (Socieda<strong>de</strong> Interbancária <strong>de</strong><br />

Serviços) e conselheiro <strong>de</strong> Estado, Vítor Bento <strong>de</strong>bate,<br />

hoje, em <strong>Leiria</strong>, o Orçamento do Estado para 2013.<br />

Promovido pelos <strong>de</strong>putados do PSD eleitos por <strong>Leiria</strong>,<br />

o encontro realiza-se no Hotel Eurosol, pelas 21 horas.<br />

Nos últimos seis meses o tráfego médio diário variou entre os 12 e 22% dos valores previsto<br />

Trânsito no IC36 e na A19 muito aquém das estimativas<br />

Maria Anabela Silva<br />

anabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Completa-se amanhã e segunda-<br />

-feira um ano sobre a entrada em<br />

funcionamento do IC36, que liga a<br />

A8 e a A1 entre o Alto Vieiro e os<br />

Pousos, e da A19 (variante da Batalha).<br />

Um ano <strong>de</strong>pois da abertura ao<br />

trânsito, estas duas vias, que têm<br />

portagens, estão longe <strong>de</strong> cativarem<br />

os automobilistas, com volumes<br />

<strong>de</strong> tráfego bastante aquém<br />

das projecções iniciais. Nos últimos<br />

seis meses – não há dados sobre<br />

os primeiros cinco meses <strong>de</strong><br />

funcionamento - o tráfego médio<br />

diário registado variou entre 12% e<br />

os 22% dos valores estimados no<br />

estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> financeira da<br />

subconcessão.<br />

Se tivermos em conta o último<br />

mês, a diferença entre a média do<br />

tráfego diário e as previsões é ainda<br />

mais acentuada. O troço da A19<br />

entre S. Jorge e Batalha, que supostamente<br />

serviria para afastar o<br />

<br />

18000<br />

Ic36 Alto Vieiro<br />

2572<br />

Cortes<br />

<br />

trânsito da frente do Mosteiro <strong>de</strong><br />

Santa Maria da Vitória, teve, em<br />

Outubro, uma média diária <strong>de</strong><br />

1.275 veículos, ou seja, menos <strong>de</strong><br />

9% do valor estimado no estudo <strong>de</strong><br />

viabilida<strong>de</strong>, que apontava para<br />

uma circulação diária na or<strong>de</strong>m<br />

dos 15 mil veículos. No sublanço,<br />

11000<br />

2400<br />

15000<br />

Batalha-Azoia, os resultados são<br />

ligeiramente melhores, uma vez<br />

que, no último mês, o tráfego médio<br />

diário foi <strong>de</strong> 2.845, o que representa<br />

cerca <strong>de</strong> 19% das previsões,<br />

que estimavam um volume<br />

<strong>de</strong> trânsito a rondar os 16 mil<br />

veículos por dia.<br />

Previsões <strong>de</strong> TMD<br />

1888<br />

TMD (Tráfego Médio Diário)<br />

16000<br />

3129<br />

Ic36 Cortes Pousos A19 S. Jorge Batalha A19 Batalha Azoia<br />

De acordo com os dados<br />

disponíveis no site da Estradas <strong>de</strong><br />

Portugal (EP), em Outubro último<br />

o troço do IC36 entre o Alto Vieiro<br />

e as Cortes foi utilizado, em média,<br />

por 2.252 viaturas, por dia, quando<br />

as estimativas apontavam para um<br />

volume médio na or<strong>de</strong>m dos 18 mil<br />

automóveis. No sublanço do IC36<br />

entre Cortes e Pousos, a diferença<br />

entre as previsões e os dados reais<br />

não é tão significativa. O estudo <strong>de</strong><br />

viabilida<strong>de</strong> admitia que esse troço<br />

tivesse uma média diária <strong>de</strong> 11 mil<br />

veículos, mas os dados da Estradas<br />

<strong>de</strong> Portugal revelam que, no último<br />

mês, o volume <strong>de</strong> tráfego rondou as<br />

2800 viaturas, ou seja, 19% do estimado.<br />

A EP reconhece que, “tal como<br />

acontece na generalida<strong>de</strong> das autoestradas<br />

portuguesas estão<br />

aquém do previsto, <strong>de</strong>vido à actual<br />

conjuntura”.<br />

Em Agosto último, a Câmara <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> aprovou uma moção a recomendar<br />

ao Governo a eliminação<br />

<strong>de</strong> portagens no IC36 e na A19,<br />

“para que mais portugueses possam<br />

beneficiar <strong>de</strong>stas vias”. A autarquia<br />

sustentava o pedido no<br />

facto <strong>de</strong> o número <strong>de</strong> utilizadores<br />

daquelas vias ter ficado “bastante<br />

aquém do estimado <strong>de</strong>vido à introdução<br />

<strong>de</strong> portagens”.<br />

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12 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Socieda<strong>de</strong><br />

Parecer enviado ao Parlamento sugere a extinção <strong>de</strong> 25% das freguesias do distrito<br />

Mega-freguesia proposta para <strong>Leiria</strong><br />

Alcobaça<br />

Arnaldo Homem<br />

Rebelo faleceu<br />

<br />

Freguesias a manter<br />

Freguesias a agregar<br />

Ajuda<br />

S. Pedro<br />

Conceição<br />

<strong>Leiria</strong><br />

29 18<br />

Marinha<br />

Gran<strong>de</strong><br />

Sem alteração<br />

Alcobaça<br />

18 13<br />

Nazaré<br />

Sem alteração<br />

Óbidos<br />

9 7<br />

Salir<br />

do Porto<br />

Serra<br />

do Bouro<br />

S.<br />

Onofre<br />

Sta. Maria<br />

Sobral<br />

da Lagoa<br />

Tornada<br />

S.<br />

Pedro<br />

Coto<br />

N. Sra. do<br />

Pópulo<br />

S.<br />

Gregório<br />

Pataias<br />

Martingança<br />

Alpedriz<br />

Montes<br />

Cós<br />

Monte<br />

Redondo<br />

Guia<br />

Carreira<br />

Carvi<strong>de</strong><br />

Souto da<br />

Monte Carpalhosa<br />

Real<br />

Ortigosa<br />

Pombal<br />

17 13<br />

Alcaria<br />

Mata<br />

Mourisca<br />

Ilha<br />

Boa Vista<br />

Marrazes<br />

Barosa<br />

Sta. Eufêmia<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Parceiros Pousos<br />

Azoia<br />

Barreira<br />

Cortes<br />

S.<br />

Pedro<br />

Vestiaria S. Vicente<br />

Alcobaça<br />

Prazeres<br />

Arrimal<br />

Mendiga<br />

S.<br />

João<br />

Alvados<br />

Caldas da Rainha<br />

16 12<br />

S. Simão<br />

<strong>de</strong> Litém<br />

Colmeias<br />

Albergaria<br />

Memória dos Doze<br />

Matas<br />

Sta. Catarina<br />

da Serra<br />

Chainça<br />

Santiago<br />

<strong>de</strong> Litém<br />

Casal dos<br />

Bernardos<br />

Cercal<br />

Olival<br />

Gon<strong>de</strong>maria<br />

Ribeira<br />

<strong>de</strong> Fárrio<br />

Rio <strong>de</strong><br />

Couros<br />

Ansião<br />

8 6<br />

Torre <strong>de</strong><br />

Vale todos Lagarteira<br />

Lagarteira<br />

Ansião<br />

Freixianda<br />

Formigais<br />

Ourém<br />

18 13<br />

Maçãs <strong>de</strong><br />

D. Maria<br />

Maçãs do<br />

Caminho<br />

Pussos<br />

Porto <strong>de</strong> Mós<br />

13 10<br />

Rego <strong>de</strong> Murta<br />

Figueiró<br />

dos Vinhos<br />

Bairradas<br />

Castanheira<br />

<strong>de</strong> Pera<br />

Coentral<br />

Castanheira<br />

<strong>de</strong> Pera<br />

2 1<br />

Pedrógão<br />

Gran<strong>de</strong><br />

Sem alteração<br />

Figueiró dos Vinhos<br />

5 4<br />

Alvaiázere<br />

7 5<br />

❚ A morte <strong>de</strong> Arnaldo Homem Rebelo,<br />

ocorrida na madrugada <strong>de</strong> domingo,<br />

<strong>de</strong>ixou Alcobaça em estado <strong>de</strong><br />

choque. Depois <strong>de</strong> conhecida a notícia<br />

da morte do antigo <strong>de</strong>putado do<br />

PS, as mensagens <strong>de</strong> apoio à família<br />

multiplicaram-se. A Câmara <strong>de</strong> Alcobaça<br />

cumpriu dois dias <strong>de</strong> luto<br />

municipal, com a colocação da ban<strong>de</strong>ira<br />

a meia haste durante dois dias.<br />

Paulo Inácio, presi<strong>de</strong>nte do município,<br />

disse lamentar “a partida <strong>de</strong> uma<br />

figura que <strong>de</strong>ixou pergaminhos no<br />

concelho, pela sua participação cívica<br />

e pela intervenção política <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

dimensão, como <strong>de</strong>putado na Assembleia<br />

da República e membro da<br />

Assembleia Municipal <strong>de</strong> Alcobaça”.<br />

No facebook, a JS <strong>de</strong> Alcobaça lembrou<br />

o advogado como um gran<strong>de</strong> homem<br />

<strong>de</strong> luta, <strong>de</strong> combate político e<br />

que <strong>de</strong>u toda a sua energia e empenho<br />

ao abraçar causas que se julgavam<br />

perdidas”. Nascido em 1954, Arnaldo<br />

Homem Rebelo foi <strong>de</strong>putado entre<br />

1995 e 1999 e <strong>de</strong>putado municipal durante<br />

três mandatos. Nos últimos<br />

anos, esteve na linha da frente na <strong>de</strong>fesa<br />

<strong>de</strong> lesados do BPN.<br />

Peniche<br />

6 4<br />

Vale Covo<br />

<br />

Maria Anabela Silva<br />

anabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Bombarral<br />

❚ Depois da pronúncia das assembleias<br />

municipais, chegou o veredicto<br />

da Unida<strong>de</strong> Técnica para a<br />

Reorganização Administrativa do<br />

Território (UTRAT), que no distrito<br />

propôs a eliminação <strong>de</strong> 38 freguesias,<br />

reduzindo o número <strong>de</strong> autarquias<br />

em 25%. No entanto, o processo ainda<br />

está longe do fim, uma vez que o<br />

parecer daquela unida<strong>de</strong> terá ainda<br />

<strong>de</strong> ser aprovado pelo Parlamento e<br />

promulgado pelo Presi<strong>de</strong>nte da República,<br />

quando falta menos <strong>de</strong> um<br />

ano para as eleições autárquicas.<br />

No concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, que sofre a<br />

maior redução <strong>de</strong> freguesias (menos<br />

11) e cujos órgãos autárquicos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ram<br />

sempre a manutenção do<br />

mapa actual, a proposta foi recebida<br />

com revolta, com o presi<strong>de</strong>nte da câmara<br />

a admitir avançar com providências<br />

cautelares e o PS a falar <strong>de</strong><br />

Bombarral<br />

5 4<br />

“uma monstruosida<strong>de</strong> política”, feita<br />

com a intenção <strong>de</strong> criar um mapa<br />

eleitoral adverso aos socialistas.<br />

“A proposta é um suicídio social”,<br />

afirma Manuel Cruz, porta-voz do<br />

Movimento Freguesias <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e<br />

presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Cortes, localida<strong>de</strong><br />

que, <strong>de</strong> acordo com a proposta<br />

da UTRAT, se <strong>de</strong>verá agregar à Barreira,<br />

Pousos e a <strong>Leiria</strong>. “Ficaremos<br />

com uma freguesia com quase 32 mil<br />

habitantes. No distrito, só há quatro<br />

concelhos com mais população”, frisa<br />

o autarca, que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que, com<br />

este tipo <strong>de</strong> soluções, “é impossível<br />

<strong>de</strong>senvolver o trabalho <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong><br />

feito pelas juntas, sobretudo, no<br />

apoio aos mais frágeis da socieda<strong>de</strong>”.<br />

Por seu lado, o presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Raul Castro, diz-se<br />

convicto que, tal como tem <strong>de</strong>fendido<br />

a Anafre (Associação Nacional<br />

<strong>de</strong> Freguesias), que a lei é “inconstitucional,<br />

porque discrimina negativamente,<br />

uma vez que só se aplica a<br />

concelhos com quatro ou mais freguesias”.<br />

O autarca critica também a<br />

“incoerência” da proposta da UTRAT,<br />

que “quer acabar com freguesias<br />

com mais <strong>de</strong> três mil habitantes e<br />

manter outras com menos população”.<br />

“Espero que a lei seja consi<strong>de</strong>rada<br />

inconstitucional e que a população<br />

afectada possa dar a <strong>de</strong>vida respostas<br />

no local próprio”, afirma.<br />

PS acusa PSD<br />

“A proposta da unida<strong>de</strong> técnica não<br />

tem legitimida<strong>de</strong> (…) e foi feita com<br />

objectivos políticos e partidários”,<br />

acusou João Paulo Pedrosa, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Fe<strong>de</strong>ração Distrital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

do PS, numa conferência <strong>de</strong> imprensa,<br />

on<strong>de</strong> o presi<strong>de</strong>nte da concelhia<br />

<strong>de</strong> Pombal do PS, A<strong>de</strong>lino Men<strong>de</strong>s,<br />

disse que “tudo leva a crer que<br />

houve o envolvimento directo dos dirigentes<br />

do PSD e do CDS na <strong>de</strong>finição<br />

do mapa” previsto.<br />

António Sales, lí<strong>de</strong>r dos socialistas<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, diz mesmo que a proposta<br />

para o concelho “é a prova aritmética<br />

<strong>de</strong> que houve um <strong>de</strong>senho político feito<br />

à medida”, sublinhando que, segundo<br />

a reorganização preconizada,<br />

o PS ficaria com apenas sete freguesias,<br />

quando hoje li<strong>de</strong>ra 17 das 29<br />

existentes. Em comunicado, a distrital<br />

do PSD rejeita as acusações, frisando<br />

que os pareceres da UTRAT são<br />

“documentos técnicos”, e critica o PS<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e os seus <strong>de</strong>putados porque<br />

“limitaram--se à mera contestação,<br />

sem apresentarem qualquer contributo<br />

ou alternativa credível para a<br />

reorganização do território.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Ourém,<br />

Paulo Fonseca, enviou um ofício<br />

aos grupos parlamentares a apelar<br />

aos <strong>de</strong>putados que votem contra a<br />

proposta <strong>de</strong> reorganização administrativa<br />

preconizada para o concelho,<br />

alegando que as alterações previstas<br />

surgem “ao arrepio da vonta<strong>de</strong> genuína<br />

das populações”.<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Chuva provoca<br />

inundações<br />

❚ A chuva intensa que caiu ao final<br />

da tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> sexta-feira, em <strong>Leiria</strong>,<br />

inundou vários estabelecimentos<br />

comerciais, localizados no centro<br />

da cida<strong>de</strong>. O largo do Gato Preto, a<br />

Rua comandante João Belo e o<br />

Largo Marechal da Costa foram algumas<br />

das zonas mais atingidas. Os<br />

Bombeiros Municipais e Voluntários<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> receberam mais <strong>de</strong><br />

uma <strong>de</strong>zena <strong>de</strong> pedidos <strong>de</strong> ajuda,<br />

oriundos sobretudo da zona histórica.


Socieda<strong>de</strong><br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 13<br />

Apadrinhe uma ca<strong>de</strong>ira, na Marinha Gran<strong>de</strong><br />

O Sport Operário Marinhense lançou a campanha<br />

Apadrinhe uma ca<strong>de</strong>ira, através da qual a população ou<br />

as empresas po<strong>de</strong>m apoiar a requalificação do<br />

Auditório José Vareda, com donativos <strong>de</strong>dutíveis em<br />

se<strong>de</strong> <strong>de</strong> IRS e IRC. O espaçopermitirá activida<strong>de</strong>s como<br />

escolas, teatro, cinema, conferências e reuniões.<br />

Pedidos <strong>de</strong> habitação social aumentam na Marinha Gran<strong>de</strong><br />

Crise resolve problema do Camarnal<br />

Caldas da Rainha<br />

Centro Rainha D.<br />

Leonor premiado<br />

Daniela Franco Sousa<br />

daniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Bairro social do Camarnal integra 53 fogos<br />

❚ Não pára <strong>de</strong> aumentar o número<br />

<strong>de</strong> famílias que, em todo o País,<br />

tem vindo a solicitar habitação<br />

social. Na Marinha Gran<strong>de</strong> a situação<br />

não é diferente, explica<br />

Cidália Ferreira, vereadora da Acção<br />

Social, o que levou a autarquia<br />

a tomar medidas. Além <strong>de</strong> ter revisto<br />

o regulamento <strong>de</strong> atribuição<br />

da habitação social, e <strong>de</strong> ter redistribuído<br />

alguns <strong>de</strong>stes fogos, fazendo<br />

ajustar melhor as tipologias<br />

dos imóveis às necessida<strong>de</strong>s dos<br />

agregados, a câmara resolveu tomar<br />

providências para resolver o<br />

impasse do bairro social do Camarnal,<br />

on<strong>de</strong> algumas casas começavam<br />

a <strong>de</strong>gradar-se sem terem<br />

chegado a receber inquilinos.<br />

Embora o bairro social do Camarnal<br />

já tenha sido construído há<br />

10 anos, a câmara e o Instituto Nacional<br />

da Habitação nunca se enten<strong>de</strong>ram<br />

em relação ao pagamento<br />

da obra, continuando o<br />

instituto (actual IRHU) a reclamar<br />

mais <strong>de</strong> 1.5 milhões <strong>de</strong> euros,<br />

pelo bairro que pagou ao município.<br />

“Como entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bem que<br />

DANIELA FRANCO SOUSA<br />

é”, a autarquia está em negociações<br />

com o IRHU para assumir as<br />

suas responsabilida<strong>de</strong>s, adianta<br />

a vereadora. Enquanto isso, a câmara<br />

está a reparar algumas habitações<br />

do bairro, assim como as tu-<br />

bagens <strong>de</strong> gás, que foram vandalizadas,<br />

prevendo-se, para breve<br />

trecho, a atribuição <strong>de</strong>stas habitações<br />

sociais e <strong>de</strong> outras, situadas<br />

no Casal do Malta, num conjunto<br />

<strong>de</strong> 37 fogos.<br />

Na semana passada, o presi<strong>de</strong>nte<br />

da Comité Português <strong>de</strong><br />

Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Habitação Social<br />

disse à Lusa que o número <strong>de</strong> pedidos<br />

<strong>de</strong> habitação social duplicou<br />

nos últimos 18 meses, sem adiantar<br />

dados absolutos. A situação verifica-se<br />

também na Marinha<br />

Gran<strong>de</strong> on<strong>de</strong>, em virtu<strong>de</strong> da crise<br />

e das execuções da banca, têm<br />

chegado muitos pedidos <strong>de</strong> habitação<br />

social, nalguns casos vindos<br />

<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> outros municípios.<br />

De acordo com Cidália Ferreira,<br />

existem actualmente no concelho<br />

265 habitações sociais, mas<br />

dita o regulamento municipal que<br />

a sua atribuição contemple exclusivamente<br />

a população da Marinha<br />

Gran<strong>de</strong>.<br />

❚ O Centro <strong>de</strong> Educação Especial<br />

Rainha D. Leonor, em Caldas da<br />

Rainha, venceu o Prémio BPI Capacitar,<br />

repartindo os 200 mil euros<br />

respeitantes ao primeiro lugar<br />

com o Centro Comunitário Paroquial<br />

da Ramada.<br />

Com o objectivo <strong>de</strong> apoiar projectos<br />

que promovam a melhoria<br />

da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e a integração<br />

<strong>de</strong> pessoas com <strong>de</strong>ficiência ou<br />

com incapacida<strong>de</strong> permanente, o<br />

Prémio BPI Capacitar entregou<br />

nesta sua terceira edição 700 mil<br />

euros, distribuídos por 18 instituições<br />

seleccionadas entre 257<br />

candidaturas.<br />

O Centro <strong>de</strong> Educação Especial<br />

Rainha D. Leonor foi distinguido<br />

pelo projecto <strong>de</strong> produção florícola,<br />

com a direcção da instituição<br />

a anunciar que o valor do prémio<br />

será integralmente aplicado no<br />

melhoramento dos espaços e dos<br />

equipamentos <strong>de</strong> produção e na<br />

ampliação da área produtiva.<br />

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<strong>de</strong><br />

14 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Socieda<strong>de</strong> Educação<br />

Berardo <strong>de</strong>sperta arte nas crianças <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

O projecto DESPERTArt, <strong>de</strong>senvolvido pelo Museu<br />

Colecção Berardo, em parceria com a Nintendo, vai<br />

passar pela EB1 <strong>de</strong> Santa Catarina da Serra, no concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, na segunda-feira. O objectivo da iniciativa é<br />

<strong>de</strong>spertar a consciência artística das crianças através <strong>de</strong><br />

um software que permite reproduzir as obras <strong>de</strong> arte.<br />

Nuno Crato anunciou ensino profissional em instituições superiores<br />

Governo quer salvar politécnicos com formação financiada<br />

Elisabete Cruz<br />

elisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ O ministro da Educação e Ciência,<br />

Nuno Crato, propôs que os institutos<br />

superiores politécnicos passem a leccionar<br />

os cursos profissionais do ensino<br />

secundário. A sugestão surgiu durante<br />

a discussão do Orçamento da<br />

Educação para 2013.<br />

Segundo o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios, o governante<br />

revelou que os politécnicos,<br />

com o número <strong>de</strong> inscrições registados,<br />

passaram a ter uma série <strong>de</strong><br />

áreas críticas, pelo que apontou uma<br />

saída para o problema:: “para ultrapassarem<br />

estas dificulda<strong>de</strong>s, e por que<br />

são extremamente necessários ao<br />

País, os politécnicos precisam <strong>de</strong><br />

coor<strong>de</strong>nar as suas ofertas”, nomeadamente<br />

ao “nível do ensino profissional<br />

secundário”. Nuno Crato concluiu<br />

dizendo que os politécnicos<br />

“têm professores, instalações e conhecimentos<br />

que muitas escolas secundárias<br />

não têm”.<br />

“Surpreendida” com esta medida,<br />

ARQUIVO/RICARDO GRAÇA<br />

Cursos profissionais po<strong>de</strong>m passar do secundário para o superior<br />

Cristina Freitas, directora da Escola Secundária<br />

Rodrigues Lobo (ESRL), em<br />

<strong>Leiria</strong>, com ensino profissional, só encontra<br />

uma explicação para a proposta<br />

<strong>de</strong> Nuno Crato: “<strong>de</strong>ve querer canalizar<br />

os financiamentos do ensino profissional<br />

para os politécnicos, uma vez<br />

que estão previstos cortes no ensino<br />

superior”. Também Francisco Vieira<br />

consi<strong>de</strong>ra que é “mais uma tentativa<br />

<strong>de</strong> 'tapar o sol com a peneira', fazendo<br />

recair sobre o mais barato e eficaz<br />

sistema <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>senvolvido em<br />

Portugal, o ensino profissional, o<br />

ónus das incompetências alheias”.<br />

O director executivo da Insignare,<br />

que <strong>de</strong>tém a Escola Profissional <strong>de</strong><br />

Ourém, refere ainda que os politécnicos<br />

não estão vocacionados para<br />

este tipo <strong>de</strong> ensino. “Ter como objectivo<br />

ser universida<strong>de</strong> e caminhar<br />

sempre no sentido inverso pareceme<br />

muito pouco coerente. Por este andar<br />

só falta quererem também <strong>de</strong>senvolver<br />

o ensino básico e o pré-escolar,<br />

garantindo uma oferta completa<br />

em termos <strong>de</strong> educação. Para as famílias<br />

seria certamente mais económico<br />

em termos das <strong>de</strong>spesas com<br />

transportes.” Sem colocar em causa a<br />

preparação dos docentes do ensino<br />

superior, Francisco Vieira <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />

que “têm certamente níveis <strong>de</strong> formação<br />

e competências superiores<br />

que importa não <strong>de</strong>sperdiçar”, mas<br />

que “não estão” vocacionados para o<br />

ensino profissional.<br />

Por isso, Cristina Freitas afirma<br />

que avançar com esta medida é “<strong>de</strong>s-<br />

conhecer por completo o que é o ensino<br />

secundário e profissional”. Informando<br />

que há alunos que seguem<br />

esta via por vocação, a maioria dos<br />

alunos são “obrigados pela família ou<br />

pelo sistema” para estar no ensino<br />

profissional”, o que obriga a um “enquadramento”<br />

próprio.<br />

“É preciso apoiá-los com uma equipa<br />

multidisciplinar que as escolas<br />

têm, com psicólogos e professores direccionados<br />

para este tipo <strong>de</strong> jovens.<br />

As aulas, por exemplo, são mais práticas,<br />

porque são alunos que não estão<br />

vocacionados para a teoria”, salienta<br />

a directora da ESRL. A docente<br />

questiona ainda a vantagem <strong>de</strong> integrar<br />

jovens <strong>de</strong> 15 ou 16 anos no ensino<br />

superior. “Não encontro qualquer<br />

mais-valia pedagógica”, conclui.<br />

O director da Secundária Afonso<br />

Lopes Vieira, Pedro Biscaia, mostrase<br />

“preocupado”, mas prefere esperar<br />

por mais informações. A mesma<br />

posição tem a directora pedagógica da<br />

Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Susana<br />

Nogueira.<br />

utilizarmos, nas nossas<br />

sempre no mesmo sítio? Depois <strong>de</strong> a<br />

está<br />

não<br />

tarefas diárias, a<br />

água residual (esgoto) vai<br />

pelo “cano” abaixo… mas<br />

entrar<br />

na<br />

até<br />

tubagens,<br />

ETAR<br />

–<br />

<strong>de</strong><br />

uma fábrica<br />

não<br />

<strong>de</strong>saparece<br />

por magia! É canalizada, através<br />

Veja<br />

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<strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

na página<br />

17<br />

Escola Secundária comemora 30 anos<br />

Afonso Lopes Vieira,<br />

a ensinar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1982<br />

❚ A Escola Secundária Afonso Lopes<br />

Vieira (ESALV) assinala no próximo<br />

dia 22 <strong>de</strong> Novembro o seu<br />

30º aniversário. Para comemorar a<br />

data estão previstas várias iniciativas,<br />

entre as quais animação com<br />

música, dança, coreografias e caminhada,<br />

organizadas pelos alunos<br />

do Curso Tecnológico <strong>de</strong> Desporto.<br />

Durante o dia estão reservadas<br />

várias palestras e activida<strong>de</strong>s,<br />

como ateliers <strong>de</strong> tingimento<br />

criativo, gravura em ma<strong>de</strong>ira, pintura<br />

mural, origami, peddy-papper<br />

e jogos <strong>de</strong> voleibol entre alunos e<br />

EPL entrega diplomas<br />

professores. Encontro <strong>de</strong> Gerações,<br />

colóquio Afonso Lopes Vieira<br />

e Vem divertir-te com a ciência<br />

são outros painéis dirigidos à comunida<strong>de</strong><br />

educativa. Haverá ainda<br />

espaço para testemunhos e exposições<br />

fotográficas, como ESALV<br />

– 30 ANOS, Retrospectiva intimista,<br />

Traços da nossa memória e De<br />

1982 aos nossos dias. A escola <strong>de</strong>safia<br />

a comunida<strong>de</strong> a enviar um<br />

postal <strong>de</strong> aniversário à ESALV. “Visite-nos<br />

no facebook ou escrevanos<br />

para esalvleiria @outlook.<br />

com”.<br />

que água<br />

à natureza.<br />

<strong>de</strong>volvida<br />

✁<br />

● Sabias<br />

Recorta esta imagem<br />

transformando-a em água com qualida<strong>de</strong> para ser<br />

<strong>de</strong>ssa água suja,<br />

tratamento<br />

limpar<br />

a água,<br />

on<strong>de</strong> se<br />

faz<br />

o<br />

Para saber<br />

como<br />

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secção <strong>de</strong><br />

classificados<br />

do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> ligue<br />

244 800400<br />

A Fundação Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (EPL) entregou, na<br />

segunda-feira, os diplomas aos 42 jovens finalistas, que<br />

concluíram os cinco cursos promovidos pela instituição, numa<br />

cerimónia que <strong>de</strong>correu no Teatro José Lúcio da Silva.


Socieda<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 15<br />

Aconselhamento sobre disfunção eréctil em <strong>Leiria</strong><br />

Combater os tabus e alertar para os principais factores<br />

<strong>de</strong> risco da disfunção eréctil são os principais<br />

objectivos das sessões <strong>de</strong> esclarecimento sobre a<br />

doença que, hoje e amanhã, <strong>de</strong>correrão em várias<br />

farmácias <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

Incidência da doença quase duplicou em <strong>de</strong>z anos<br />

Vírus po<strong>de</strong> explicar diabetes na infância<br />

MIGUEL SAMPAIO<br />

impotentes e velhos cegos. Os meus<br />

pais protegeram-me um pouco disso,<br />

mas eu sofri um bocado. Com o tempo<br />

habituei-me e percebi que até<br />

podia ter uma vida muito normal.”<br />

Ester Gama, uma das responsáveis<br />

pela consulta <strong>de</strong> diabetes na Pediatria<br />

do Centro Hospitalar <strong>Leiria</strong>-Pombal<br />

(CHLP), refere que têm surgido cerca<br />

<strong>de</strong> “seis a oito casos novos por<br />

ano”, número que tem estabilizado.<br />

“Os picos aparecem, sobretudo, entre<br />

os 10-13 ano0s, mas também há<br />

casos <strong>de</strong> crianças com 5 ou menos<br />

anos”, informa Ester Gama, salientando<br />

que a primeira reacção dos pais<br />

nunca é fácil, até porque se trata <strong>de</strong><br />

“uma doença crónica”. “As crianças<br />

aceitam mais facilmente a picada<br />

do que os pais”, conta.<br />

Já na adolescência a situação é<br />

mais complicada, “não tanto pela injecção”,<br />

mas porque “não é fácil assumir<br />

à frente dos outros a obrigação<br />

<strong>de</strong> terem uma alimentação cuidada<br />

e uma vida cheia <strong>de</strong> regras”, explica.<br />

O número<br />

169<br />

crianças por cada 100 mil/hab.,<br />

entre os 0 e os 19 anos sofriam <strong>de</strong><br />

diabetes tipo 1, em 2000<br />

340<br />

crianças por 100 mil habitantes,<br />

entre os 0 e os 19 anos sofriam <strong>de</strong><br />

diabetes tipo 1, em 2010<br />

80<br />

jovens até aos 18 anos são<br />

acompanhados na consulta <strong>de</strong><br />

diabetes na Pediatria do CHLP.<br />

A alimentação <strong>de</strong>sequilibrada e o<br />

se<strong>de</strong>ntarismo são factores que têm levado<br />

ao aumento da diabetes tipo 2.<br />

José Manuel Boavida afirma que as<br />

mudanças <strong>de</strong> hábitos têm <strong>de</strong> começar<br />

em casa e muito cedo. “É preciso<br />

fechar o círculo. Não basta as escolas<br />

proibirem alguns alimentos e<br />

educarem parta uma boa alimentação,<br />

quando os alunos chegam a<br />

casa dos pais e dos avós e fazem tudo<br />

ao contrário”, refere. O responsável<br />

pelo plano nacional da diabetes <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />

uma “congregação <strong>de</strong> esforços<br />

entre escola e toda a re<strong>de</strong> familiar,<br />

que tem <strong>de</strong> actuar antes dos 6 anos.<br />

“A educação alimentar faz-se até aos<br />

4/5 anos”.<br />

Para assinalar o Dia Mundial da<br />

Diabetes, realiza-se no sábado o 6.º<br />

Forum Nacional, no Centro Nacional<br />

<strong>de</strong> Exposições e Mercados Agrícolas<br />

<strong>de</strong> Santarém, on<strong>de</strong> vão estar vários<br />

temas em discussão. Para mais informações<br />

consultar www.forumdiabetes.net.<br />

A inscrição é gratuita.<br />

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O diabético tem uma vida normal, necessita apenas do cuidado<br />

<strong>de</strong> medir a sua glicémia<br />

Elisabete Cruz<br />

elisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Assinalou-se ontem o Dia Mundial<br />

da Diabetes, uma doença que já é<br />

apelidada como a epi<strong>de</strong>mia do século<br />

XXI. O aparecimento <strong>de</strong>sta doença,<br />

na sua forma mais conhecida – tipo 2,<br />

está relacionado, geralmente, com<br />

uma <strong>de</strong>ficiente alimentação e se<strong>de</strong>ntarismo,<br />

pelo que os profissionais<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> têm vindo apostar na sensibilização<br />

para a importância <strong>de</strong> hábitos<br />

<strong>de</strong> vida saudáveis como forma<br />

<strong>de</strong> prevenção.<br />

No entanto, nos últimos anos temse<br />

assistido também a um preocupante<br />

aumento da diabetes tipo1,<br />

uma tipologia menos comum <strong>de</strong>sta<br />

doença que afecta principalmente<br />

crianças, estando a ser <strong>de</strong>tectada<br />

cada vez mais em ida<strong>de</strong>s inferiores a<br />

6 anos. A explicação para esta maior<br />

incidência ainda não está esclarecida.<br />

José Manuel Boavida, director do<br />

programa nacional da diabetes, explica<br />

ao JORNAL DE LEIRIA que, no<br />

ano 2000, a incidência da doença entre<br />

os 0 e os 19 anos era <strong>de</strong> 169 crianças<br />

por cada 100 mil habitantes, em<br />

Portugal. Em 2010, o número subiu<br />

para 340. “O que existe é uma tendência<br />

para o aparecimento da diabetes<br />

tipo 1 em ida<strong>de</strong>s cada vez mais<br />

jovens, abaixo dos 6 anos.”<br />

“Trata-se <strong>de</strong> uma doença auto-<br />

-imune, on<strong>de</strong> o organismo rejeita as<br />

células que produzem a insulina. O<br />

motivo pelo qual o faz, ainda não está<br />

totalmente esclarecido”, acrescenta<br />

o responsável. Tirando a “tendência<br />

genética” e os “factores ambientais”,<br />

os especialistas consi<strong>de</strong>ram como<br />

uma “forte hipótese a infecção viral”<br />

para explicar o aparecimento da<br />

doença, mas José Manuel Boavida<br />

avisa que “nada está comprovado”.<br />

Este responsável garante que o<br />

aparecimento <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> diabetes<br />

“não tem qualquer relação com o<br />

comportamento da mãe durante a<br />

gravi<strong>de</strong>z”, pelo que diz que não<br />

adianta os pais manterem um sentimento<br />

<strong>de</strong> culpa, porque “não há<br />

nada que a possa prevenir”.<br />

Sem cura, a única forma <strong>de</strong> tratamento<br />

é a insulina injectável, o que<br />

complica se a criança for pequena,<br />

pois <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos seus cuidadores.<br />

“Quando é mais autónoma, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

adaptar-se às doses <strong>de</strong> insulina, não<br />

é preciso escon<strong>de</strong>r nada. Injectar insulina<br />

é um acto tão simples como<br />

passar um pente no cabelo ou limpar<br />

um pouco <strong>de</strong> água caída. Não <strong>de</strong>mora<br />

mais <strong>de</strong> 20 segundos”.<br />

Este é um acto que José Silva executa<br />

há cerca <strong>de</strong> 20 anos e, hoje, ao<br />

mesmo tempo que conversa com<br />

um colega <strong>de</strong> trabalho. Aos 13 anos<br />

<strong>de</strong>scobriu que tinha diabetes tipo 1.<br />

Se<strong>de</strong> e cansaço extremos, vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

urinar incontrolável, fome e emagrecimento<br />

exagerados foram sintomas<br />

que alertaram o médico. O diagnóstico<br />

foi comprovado com análises<br />

clínicas.<br />

“Chorei <strong>de</strong> raiva e <strong>de</strong> pena <strong>de</strong> mim<br />

mesmo. Na altura, ser-se diabético<br />

ainda era uma calamida<strong>de</strong>. Uma<br />

doença dos coitadinhos. As conversas<br />

versavam sempre o facto <strong>de</strong> ser<br />

uma doença <strong>de</strong> pessoas que ficavam<br />

sem pés, amputados, homens<br />

Veja<br />

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<strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

na página<br />

16<br />

Para saber<br />

como<br />

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classificados<br />

do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> ligue<br />

244 800400


16 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Especial Medicinas alternativas<br />

Medicinas não convencionais<br />

são cada vez mais procuradas<br />

LegalizaçãoOs ministérios da Saú<strong>de</strong> e da Educação foram intimados pelo Tribunal a regulamentarem<br />

as terapêuticas não convencionais, que merecem cada vez mais o respeito e a credibilida<strong>de</strong> dos portugueses<br />

Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong><br />

lur<strong>de</strong>strinda<strong>de</strong>jl@jgmail.com<br />

❚As terapêuticas não convencionais,<br />

também <strong>de</strong>signadas <strong>de</strong> medicinas<br />

complementares ou alternativas, estão<br />

a ganhar, cada vez mais, o respeito<br />

e a confiança dos portugueses, que as<br />

procuram como complemento à medicina<br />

convencional e científica ou<br />

que preten<strong>de</strong>m uma abordagem que<br />

consi<strong>de</strong>re a pessoa no seu todo. Em<br />

Portugal, segundo a Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong><br />

Medicinas Não Convencionais, há<br />

cerca <strong>de</strong> 12 mil profissionais que se <strong>de</strong>frontam<br />

com um problema <strong>de</strong> legalida<strong>de</strong><br />

no exercício da sua activida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> há nove anos. Existe uma lei<br />

aprovada em 2003 <strong>de</strong> enquadramento<br />

<strong>de</strong>stas terapêuticas, mas nunca<br />

foi regulamentada. Só em Agosto<br />

último, os Ministérios da Saú<strong>de</strong> e da<br />

Educação e Ciência (MEC) foram intimados<br />

pelo Tribunal Administrativo<br />

<strong>de</strong> Lisboa, a fazê-lo, dando-lhes um<br />

prazo <strong>de</strong> oito meses.<br />

De facto, o mercado das medicinas<br />

não convencionais é cada vez mais<br />

forte, com os seus cerca <strong>de</strong> 3.5 milhões<br />

<strong>de</strong> utilizadores em Portugal. Procuram<br />

essencialmente alternativas aos<br />

efeitos secundários dos medicamentos<br />

convencionais ou um tratamento<br />

eficaz <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> terem recorrido à medicina<br />

tradicional sem êxito. Há, ainda,<br />

muitos casos – a maioria - em que<br />

as terapêuticas não convencionais<br />

trabalham em sintonia com as medicinas<br />

tradicionais, sendo um complemento,<br />

como fizeram questão <strong>de</strong><br />

realçar os terapeutas que falaram<br />

com o JORNAL DE LEIRIA.<br />

Luís Dias, vice-presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />

<strong>de</strong> Medicina Energética-<br />

IVN Portugal, que no passado fim-<strong>de</strong>semana<br />

reuniu <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> profissionais<br />

num seminário internacional<br />

<strong>de</strong> Acupunctura em Reumatologia,<br />

referiu isso mesmo, dando como<br />

exemplo o caso <strong>de</strong> Tran Viet Dzung,<br />

um dos mais reputados especialistas<br />

mundiais em acupuntura, graduado<br />

Portugal tem 3.5 milhões <strong>de</strong> utilizadores <strong>de</strong> medicinas alternativas<br />

pela faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Paris<br />

(médico-cirurgião), sendo director<br />

do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> acupuntura na<br />

faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina em Nice.<br />

Na opinião <strong>de</strong>ste dirigente, a regulamentação<br />

da legislação visa disciplinar<br />

e tornar mais segura toda<br />

uma área que é cada vez mais reconhecida<br />

pelos portugueses e, ao mesmo<br />

tempo, permitir que ela fosse<br />

introduzida no sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

como acontece nos restantes países<br />

da Europa. Acreditando que a nova<br />

“sentença” do Tribunal aos ministérios<br />

da Saú<strong>de</strong> e da Educação possa vir<br />

a dar frutos, reconhece, contudo,<br />

que os atrasos na regulamentação das<br />

medicinas não convencionais “se<br />

<strong>de</strong>veram também à falta <strong>de</strong> consenso<br />

entre algumas associações e até escolas<br />

das várias áreas terapêuticas”,<br />

que, <strong>de</strong> uma vez por todas, “se <strong>de</strong>verão<br />

enten<strong>de</strong>r, pelo bem dos utilizadores<br />

e dos próprios profissionais”.<br />

À falta <strong>de</strong> regulamentação, a Associação<br />

<strong>de</strong> Medicina Energética-<br />

IVN Portugal, que tem como presi<strong>de</strong>nte<br />

honorário Tran Viet Dzung, dispõe<br />

<strong>de</strong> um código <strong>de</strong>ontológico muito<br />

apertado, exigindo que os seus<br />

mais <strong>de</strong> 200 associados cumpram as<br />

boas práticas da profissão. Além <strong>de</strong><br />

um seguro <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> civil,<br />

obrigatório, os profissionais <strong>de</strong>vem<br />

comprovar as suas habilitações profissionais<br />

que, neste caso, correspon<strong>de</strong>m<br />

à licenciatura em acupuntura.<br />

“Trata-se <strong>de</strong> uma terapêutica<br />

muito séria e tem <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>senvolvida<br />

por profissionais cre<strong>de</strong>nciados e<br />

que dêem todas as garantias <strong>de</strong> segurança<br />

aos seus doentes”, revela<br />

Luís Dias, lembrando que mais <strong>de</strong><br />

90% dos associados não tinham seguro.<br />

“É muito importante, pois são<br />

uma garantia <strong>de</strong> segurança aos utilizadores<br />

e aos profissionais”, sublinha.<br />

A Energética-IVN Portugal assumese<br />

como a única associação neutra no<br />

País, uma vez que não está ligada a<br />

DR<br />

Milenar<br />

Acupuntura<br />

Terapêutica milenar que utiliza<br />

agulhas, moxas, laser e outros<br />

instrumentos para fazer com<br />

que o organismo liberte<br />

substâncias químicas com<br />

efeito analgésico, antiinflamatório,<br />

reparador e<br />

equilibrador. Em associação<br />

com fitoterapia específica,<br />

permite o alívio do mal-estar<br />

físico e psicológico e <strong>de</strong> outros<br />

sintomas <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminadas doenças. A<br />

Organização Mundial da Saú<strong>de</strong><br />

lista mais <strong>de</strong> 40 doenças para as<br />

quais a acupuntura é indicada<br />

entre as quais se <strong>de</strong>stacam as<br />

doenças do foro respiratório, o<br />

zumbido, tontura, dor no peito,<br />

palpitações, dispneia, enfisema,<br />

alterações menstruais, artrose,<br />

dores oncológicas, tendinites,<br />

fibromialgia, dores póscirúrgicas,<br />

obstipação,<br />

enurese/incontinência,<br />

paralisia facial, sequelas <strong>de</strong><br />

AVC, disfunções sexuais,<br />

problemas emocionais, fadiga,<br />

<strong>de</strong>pressão, entre outras.<br />

nenhuma das escolas <strong>de</strong> acupunctura<br />

nacionais. Não foi por acaso que o seminário,<br />

que <strong>de</strong>correu durante três<br />

dias, reuniu acupunctores portugueses<br />

<strong>de</strong> todas as áreas <strong>de</strong> ensinamento,<br />

assim como <strong>de</strong> especialistas<br />

<strong>de</strong> vários países que, com Tran Viet<br />

Dzung, quiseram aperfeiçoar-se em<br />

várias especialida<strong>de</strong>s médicas, para<br />

abordar todo o tipo <strong>de</strong> patologias<br />

clínicas.<br />

As lacunas da lei<br />

Mas quando se fala <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> regulamentação,<br />

o problema abrange<br />

também os próprios locais on<strong>de</strong> se<br />

praticam as terapêuticas não con-<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 17<br />

vencionais. Segundo Susana Vieira,<br />

responsável pela Servinatura - consultório<br />

Ponto <strong>de</strong> Acupuntura e Clínica<br />

Osteopática, a lei sobre terapêuticas<br />

não convencionais, no seu artigo<br />

relativo às condições <strong>de</strong> funcionamento<br />

e licenciamento dos locais<br />

on<strong>de</strong> se exerce esta activida<strong>de</strong>, indica<br />

que as terapêuticas não convencionais<br />

regem-se <strong>de</strong> acordo com o estabelecido<br />

pelo Decreto-Lei n.º13/93,<br />

<strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Janeiro, que regula, também,<br />

o licenciamento das unida<strong>de</strong>s privadas<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, com as necessárias<br />

adaptações. Ora, nas unida<strong>de</strong>s privadas<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, a entida<strong>de</strong> licenciadora<br />

é a Direcção Geral <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003, a entida<strong>de</strong> fiscalizadora<br />

é a Entida<strong>de</strong> Reguladora da Saú<strong>de</strong>.<br />

“Existe uma gran<strong>de</strong> lacuna na lei, porque<br />

a legislação <strong>de</strong> 1993 exige um responsável<br />

técnico com licenciatura<br />

específica acreditada pelo Ministério<br />

da Educação e reconhecida pelo Ministério<br />

da Saú<strong>de</strong> e isso ainda não existe<br />

para terapêuticas não convencionais”,<br />

explica Susana Vieira, lembrando<br />

que terão <strong>de</strong> ser os Ministérios<br />

da Educação e da Saú<strong>de</strong> a cre<strong>de</strong>nciar<br />

os cursos, estabelecendo a carga horária<br />

e conteúdos obrigatórios para<br />

cada um <strong>de</strong>les, formação dos professores,<br />

entre outros requisitos para<br />

efeitos <strong>de</strong> aprovação oficial <strong>de</strong> licenciatura,<br />

pós-graduação ou mestrado.<br />

“Neste momento, apenas existem<br />

projetos-lei que ainda não foram<br />

aprovados”.<br />

Susana Vieira dá, ainda, o exemplo<br />

dos alvarás <strong>de</strong> utilização. No que respeita<br />

à Servinatura, o alvará, obtido<br />

em Março <strong>de</strong> 2010, foi conseguido <strong>de</strong><br />

acordo com a lei geral das edificações<br />

urbanas e tendo como entida<strong>de</strong> fiscalizadora<br />

a ASAE. A sua utilização é<br />

<strong>de</strong>stinada a serviços <strong>de</strong> consultório e<br />

mais não específica. "No entanto, a<br />

Ciência e arte<br />

Osteopatia<br />

É uma ciência e uma arte biológica<br />

que normaliza e regulariza o<br />

todo estrutural do corpo e em especial<br />

a coluna vertebral. Trata a<br />

dor e melhora a função muscular<br />

e articular. A palavra Osteopatia<br />

refere-se a técnicas <strong>de</strong> massagem,<br />

manipulação dos tecidos moles,<br />

técnicas miotensivas, técnicas <strong>de</strong><br />

energia muscular e técnicas <strong>de</strong><br />

impulso, no sentido <strong>de</strong> equilibrar<br />

os mecanismos homeostáticos,<br />

isto é, a capacida<strong>de</strong> inerente e<br />

auto-reguladora que os organismos<br />

vivos têm para obter e manter<br />

o seu bem-estar, através <strong>de</strong><br />

procedimentos ten<strong>de</strong>ntes a aliviar<br />

as cargas alostáticas que vão<br />

provocar a doença.<br />

Administração Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do<br />

Centro (ARSC) exigiu à Servinatura o<br />

cumprimento legal do tratamento<br />

dos resíduos tipo hospitalares", sublinha.<br />

Além <strong>de</strong>stes problemas mais “logísticos”,<br />

Susana Vieira lembra que o<br />

não reconhecimento das terapêuticas<br />

não convencionais no Serviço Nacional<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> não as torna isentas<br />

<strong>de</strong> IVA como acontece com a restante<br />

medicina convencional, penalizando<br />

os pacientes e tornando-as<br />

mais dispendiosas. “Comparando<br />

com a medicina privada, os custos ao<br />

paciente são equivalentes, no entanto,<br />

as terapêuticas convencionais e<br />

não convencionais são muito diferentes<br />

e os métodos <strong>de</strong>vem ser a<strong>de</strong>quados<br />

para cada pessoa em concreto”,<br />

diz, alertando para o facto <strong>de</strong>,<br />

gran<strong>de</strong> parte das vezes, ambas serem<br />

complementares e não substitutas.<br />

Falta <strong>de</strong> fiscalização po<strong>de</strong> ser<br />

um perigo<br />

João Paulo Cabaço, que exerce a activida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> osteopatia, uma das terapias<br />

que em 2003 foi recomendada<br />

ao Governo para regulamentação,<br />

adianta, ainda, que ao contrário <strong>de</strong><br />

Portugal, esta medicina complementar<br />

está perfeitamente integrada<br />

no Serviço Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> em<br />

países como os Estados Unidos, Inglaterra,<br />

Canadá, Austrália, Alemanha<br />

e também em países Escandinavos,<br />

apenas para citar alguns. A<br />

própria Organização Mundial <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> (OMS) reconhece que a osteopatia<br />

é indicada para doenças<br />

relacionadas com problemas <strong>de</strong>generativos<br />

e do trabalho/posturais,<br />

uma situação que afecta uma gran<strong>de</strong><br />

parte da população.<br />

Consi<strong>de</strong>rando que em Portugal<br />

existem já muitos bons profissionais<br />

a exercer terapêuticas não convencionais,<br />

razão pela qual se regista um<br />

aumento da sua procura por parte da<br />

população, João Paulo Cabaço afirma<br />

que a regulamentação da legislação<br />

existente viria dar uma maior<br />

credibilida<strong>de</strong> e uma maior rigor a estas<br />

activida<strong>de</strong>s. “Qualquer pessoa<br />

po<strong>de</strong> exercer se não for <strong>de</strong>vidamente<br />

fiscalizada e isso é um perigo”,<br />

diz o especialista, que além <strong>de</strong><br />

uma licenciatura em Osteopatia Estrutural,<br />

frequenta em Londres uma<br />

pós-graduação em Osteopatia Clássica.<br />

“Não é só endireitar ossos”, explica,<br />

lembrando que a osteopatia é<br />

uma ciência e uma arte biológica que<br />

normaliza e regulariza o todo estrutural<br />

do corpo e, em especial, a<br />

coluna vertebral, responsável por<br />

80% dos casos que surgem para<br />

tratamento, tratando a dor e melhorando<br />

a função muscular e articular.<br />

Reflexologia, a terapêutica dos pés<br />

Falta investigação em Portugal<br />

❚ O Instituto <strong>de</strong> Reflexologia Integrada<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> comemorou ontem<br />

o Dia Mundial da Diabetes, sensibilizando<br />

os pacientes para a importância<br />

da terapêutica no controlo<br />

<strong>de</strong>sta doença crónica. Idalina<br />

Marques, licenciada em Biologia<br />

e diplomada em Reflexologia<br />

Integrada, explica que esta terapêutica<br />

holística, baseada na existência<br />

<strong>de</strong> áreas reflexas nos pés e<br />

mãos, se tem revelado também<br />

muito eficaz junto <strong>de</strong> outras doenças<br />

crónicas, como a esclesose<br />

múltipla e o cancro, no que respeita<br />

à melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida dos doentes.<br />

Idalina Marques lamenta que<br />

em Portugal não se siga o exemplo<br />

<strong>de</strong> outros países europeus, on<strong>de</strong> os<br />

terapeutas trabalham em hospitais<br />

com doentes crónicos, aumentando<br />

substancialmente a sua qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida. No nosso País, diz,<br />

existem resultados positivos <strong>de</strong>stas<br />

terapias, mas a investigação<br />

não tem sido aprofundada, pela<br />

falta <strong>de</strong> regulamentação que não<br />

permite esta prática em hospitais<br />

e outras instituições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> públicas.<br />

“Podíamos fazer um controlo<br />

mais rigoroso do exercício da<br />

reflexologia, da qualida<strong>de</strong> dos serviços<br />

prestados e dos profissionais<br />

que a exercem”, refere a directora<br />

pedagógica do Instituto,<br />

consi<strong>de</strong>rando que esta terapêutica<br />

e a medicina tradicional não estão<br />

<strong>de</strong> costas voltadas.<br />

A reflexologia inci<strong>de</strong> também<br />

em problemas <strong>de</strong> circulação sanguínea<br />

e linfática, respiratórios,<br />

dores osteoarticulares e doenças<br />

do foro psicológico, possuindo,<br />

acima <strong>de</strong> tudo, um efeito preventivo.<br />

Reflexologia é indicado para várias doenças crónicas<br />

DR<br />

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18 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Socieda<strong>de</strong> Ciência eTecnologia<br />

Surfistas radicais aguardam pelas vagas<br />

O que faz o Canhão disparar<br />

ondas gigantes contra a Nazaré<br />

<br />

Empolamento da onda<br />

na aproximação à Praia do Norte<br />

Metros<br />

0 1000<br />

1<br />

Canhão da Nazaré<br />

N<br />

50<br />

20<br />

200<br />

2<br />

100<br />

3<br />

Cabeceira do Canhão<br />

da Nazaré<br />

50<br />

100<br />

20<br />

4<br />

Praia do Norte<br />

Forte <strong>de</strong> S. Miguel<br />

100<br />

50<br />

20<br />

Nazaré<br />

Porto <strong>de</strong> Abrigo<br />

Com a chegada à região costeira <strong>de</strong> Portugal<br />

continental <strong>de</strong> ondulação forte proveniente<br />

dos quadrantes Oeste/Noroeste, verifica-se:<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

Refracção da onda por diferença <strong>de</strong><br />

profundida<strong>de</strong>s entre a plataforma<br />

continental e o canhão. Este efeito leva<br />

à mudança <strong>de</strong> direcção da onda sobre o<br />

canhão (on<strong>de</strong> a onda viaja mais rápido)<br />

Galgamento <strong>de</strong> um <strong>de</strong>grau topográfico<br />

(<strong>de</strong>snível vertical do fundo). A rápida<br />

redução <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> origina o<br />

empolamento da onda (redução do seu<br />

comprimento <strong>de</strong> onda e a ampliação<br />

da sua altura). Este efeito ocorre também<br />

<strong>de</strong> forma gradual com a aproximação da<br />

onda à costa.<br />

Interferência positiva entre a onda<br />

proveniente do canhão e a onda que<br />

atravessa a plataforma continental Norte.<br />

Este efeito promove novo empolamento<br />

no ponto <strong>de</strong> intersecção <strong>de</strong>stas duas ondas.<br />

Deriva litoral. A ondulação promove uma<br />

corrente junto à praia que escoa <strong>de</strong> Norte<br />

para Sul e que inflecte no cabo para o mar.<br />

Esta corrente é reforçada pelo empilhamento<br />

<strong>de</strong> água na enseada, a Norte do cabo, que flui<br />

na mesma direcção e que intercepta a onda<br />

no sentido contrário à sua propagação.<br />

Este processo contribui adicionalmente<br />

para o empolamento da onda.<br />

O efeito combinado <strong>de</strong>stes processos aumenta<br />

significativemente a altura da onda, que po<strong>de</strong><br />

alcançar, assim, valores muito superiores aos<br />

registados ao largo. Estas ondas rebentam<br />

quando a sua altura ultrapassa<br />

aproximadamente a profundida<strong>de</strong> local.<br />

<br />

Miguel Sampaio<br />

miguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ A Nazaré aguarda ansiosamente<br />

pela chegada <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s ondas. Motivos?<br />

Dois. É com expectativa elevada<br />

que se espera pela realização do<br />

Red Bull Mito, competição <strong>de</strong> surf em<br />

ondas gigantes que só se realizará<br />

quando o mar estiver com vagas perfeitas<br />

e mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z metros. Não é menos<br />

<strong>de</strong>sejada a chegada <strong>de</strong> enormes<br />

mamutes aquáticos para que Garrett<br />

McNamara possa bater o recor<strong>de</strong> da<br />

maior onda surfada <strong>de</strong> sempre. O havaiano<br />

acredita que po<strong>de</strong>m chegar ao<br />

100 pés e há quem lhe dê razão. O<br />

JORNAL DE LEIRIA foi tentar perceber<br />

por que é que as ondas saem do<br />

Canhão da Nazaré com toda aquela<br />

potência<br />

É um dos melhores surfistas <strong>de</strong> ondas<br />

gran<strong>de</strong>s do mundo e está pela terceira<br />

vez em Portugal à espera <strong>de</strong> encontrar<br />

exemplares da altura <strong>de</strong> prédios<br />

<strong>de</strong> muitos andares. Acredita que<br />

a Praia do Norte po<strong>de</strong> ser reconhecida<br />

como um dos melhores spots do<br />

Mundo para o surf mais radical, até<br />

porque foi lá que viu a maior onda da<br />

sua vida, bem em frente ao farol,<br />

com quase 40 metros.<br />

“Está a ver o forte e <strong>de</strong>pois o terceira<br />

rocha <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> água? Ora bem, mesmo<br />

em frente a essa rocha, no meio do<br />

oceano, está ali a maior onda que já<br />

vi.” É lá que está escondido o Santo<br />

Graal dos surfistas radicais.<br />

Vamos, então, por partes. É possível<br />

as ondas chegarem aos 100<br />

pés?Sim. Porquê? Porque há um canhão<br />

que dispara ondas para a Praia<br />

do Norte. E o que é isso? “De uma forma<br />

muito simplista po<strong>de</strong>-se dizer<br />

que o canhão da Nazaré tem um aspecto<br />

semelhante ao Grand Canyon,<br />

só que está <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> água e localiza-se<br />

a poucas centenas <strong>de</strong> metros da<br />

Nazaré. De facto, o vale submarino da<br />

Nazaré começa a <strong>de</strong>finir-se no fundo<br />

marinho a cerca <strong>de</strong> 200 metros <strong>de</strong> distância<br />

e, rapidamente ganha a dimensão<br />

<strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> ravina, serpenteando<br />

até atingir profundida<strong>de</strong>s<br />

superiores aos 4.500 metros. Por<br />

este gran<strong>de</strong> sulco da crosta terrestre<br />

on<strong>de</strong> se intensifica o efeito das marés<br />

e das correntes marinhas, são transferidos,<br />

entre a zona costeira e as planícies<br />

abissais volumes inimagináveis<br />

<strong>de</strong> sedimentos, <strong>de</strong> partículas em suspensão<br />

e <strong>de</strong> nutrientes”, salienta Aurora<br />

Rodrigues, chefe da Divisão da<br />

Geologia Marinha do Instituto Hidrográfico<br />

da Marinha.<br />

“Algumas simulações que realizámos<br />

com mo<strong>de</strong>los matemáticos<br />

sugerem que uma ondulação ao largo<br />

com uma altura <strong>de</strong> 10 metros<br />

po<strong>de</strong> ser amplificada pelo processo<br />

<strong>de</strong> refracção da onda, acima <strong>de</strong>scrito,<br />

e atingir 15 a 20 metros <strong>de</strong> altura<br />

na área ao largo da Praia Norte. Ora,<br />

ao largo da costa da Nazaré, particularmente<br />

durante os períodos <strong>de</strong><br />

tempesta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Inverno, esses tipos<br />

<strong>de</strong> condições não são incomuns,<br />

pelo contrário. São frequentemente<br />

excedidas em vários períodos”, diz<br />

João Vitorino, investigador do Instituto<br />

Hidrográfico da Marinha.<br />

Pedro Bicudo, investigador do Instituto<br />

Superior Técnico e também<br />

ele surfista, explica que McNamara<br />

precisa “<strong>de</strong> uma tempesta<strong>de</strong> próxima,<br />

mas não exactamente em cima da Nazaré,<br />

para que a onda chegue limpa”<br />

e que se cumpram mais duas condições.<br />

A primeiras que “as ondas sejam<br />

altas” e, a segunda, “ que tenham um<br />

período gran<strong>de</strong>, ou seja com uma boa<br />

separação, no mínimo <strong>de</strong> 20 segundos,<br />

entre cada frente <strong>de</strong> onda”.<br />

Afinal <strong>de</strong> contas, o que vale este<br />

mar da Nazaré para Garrett McNamara?<br />

“Existe uma onda perfeita<br />

para cada pessoa, que será diferente<br />

<strong>de</strong> um caso para o outro.<br />

Com o estado <strong>de</strong> mar i<strong>de</strong>al, a onda<br />

da Nazaré é a minha perfeita”, revela.<br />

Que condições são essas?<br />

“Gran<strong>de</strong>, com o swell (ondulação)<br />

na direcção certa, oeste/noroeste,<br />

gran<strong>de</strong>s tubos, com vento offshore<br />

ligeiro.” Um rebuliço que Neptuno<br />

ainda não lhe ofereceu. “Só a vi em<br />

fotografias, mas sei que a vamos<br />

apanhar.”


Opinião<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 19<br />

Reformar o Estado. Mudar mentalida<strong>de</strong>s<br />

Teorias rurais<br />

José<br />

Manuel<br />

Silva<br />

A reforma do Estado está na or<strong>de</strong>m do dia, a sua<br />

sustentabilida<strong>de</strong> atual e a prazo está posta em causa e é<br />

<strong>de</strong>cisivo para o nosso futuro, dos cidadãos e do país, que<br />

se encontrem respostas fundamentadas e politicamente<br />

sustentadas.<br />

A tarefa é complexa e, qualquer que seja a dimensão<br />

da reforma, será irrealista pensar que se po<strong>de</strong> reformar o<br />

Estado sem mexer na Constituição. Po<strong>de</strong>r-se-á reformar<br />

a administração do Estado, torná-la mais eficiente e<br />

eficaz, menos burocrática, mais amiga dos cidadãos,<br />

mas reformar o Estado, no sentido <strong>de</strong> repensar as suas<br />

atuais atribuições e <strong>de</strong>cidir quanto é justo ou aceitável<br />

pagar <strong>de</strong> impostos pelos serviços que o Estado presta,<br />

obrigará a mexer na Lei Fundamental e, sobretudo,<br />

implicará mudar os pressupostos i<strong>de</strong>ológicos que<br />

justificam a atual organização do Estado e as funções<br />

que lhe estão atribuídas.<br />

Reformar o Estado é, antes <strong>de</strong> mais, mudar<br />

mentalida<strong>de</strong>s e sabe-se como isto é o mais difícil em<br />

qualquer socieda<strong>de</strong>, mesmo em qualquer organização.<br />

O <strong>de</strong>safio que o país tem pela frente é resolver um<br />

problema <strong>de</strong> tesouraria e <strong>de</strong> solvabilida<strong>de</strong> da dívida<br />

pública a curto, médio e longo prazo no quadro <strong>de</strong> uma<br />

organização política e administrativa que não po<strong>de</strong> ser<br />

mudada <strong>de</strong> um dia para o outro, sob pena <strong>de</strong> forte<br />

conturbação política e social, e <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> para<br />

continuar a assegurar a satisfação <strong>de</strong> funções para as<br />

quais a própria socieda<strong>de</strong> portuguesa não consegue<br />

gerar os fundos necessários.<br />

No quadro da União Europeia em que estamos<br />

integrados, somos hoje uma espécie <strong>de</strong> protetorado e<br />

não vale a pena alimentar frustrações a este respeito, o<br />

mundo globalizado em que vivemos exige escala e nós<br />

não a temos, a revolução <strong>de</strong> 74 e a a<strong>de</strong>são ao gran<strong>de</strong><br />

espaço europeu tornou o país completamente diferente<br />

do Portugal rural, conservador e fechado sobre si<br />

Osenhor ministro da educação diz que é preciso<br />

“enfrentar os problemas <strong>de</strong> frente”. E di-lo<br />

sempre que fala publicamente. Da primeira<br />

vez que o ouvi, sorri (não um sorriso<br />

divertido, mas mais aquele esgar que costumamos<br />

colorir <strong>de</strong> amarelo, note-se!) e encarei a coisa como um<br />

lapso <strong>de</strong> linguagem (afinal, todos po<strong>de</strong>mos falhar –<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não sejamos profs., coisa que ele agora não<br />

é, porque é ministro, portanto, po<strong>de</strong>). À segunda,<br />

<strong>de</strong>sconfiei… Hum!... Mas, ingenuamente, ainda pus a<br />

hipótese <strong>de</strong> que ele apenas quisesse acrescentar rigor<br />

ao rigor da expressão. Coisas <strong>de</strong> matemáticos! Todavia,<br />

à terceira, já não me <strong>de</strong>ixei enganar. Agora, não tenho<br />

dúvidas: o senhor ministro pensa que também se po<strong>de</strong><br />

enfrentar algo <strong>de</strong> lado, ou por baixo, ou por cima, ou<br />

por trás, ou mesmo <strong>de</strong> viés… Mas, ó senhor ministro,<br />

acha mesmo que a um forcado (é apenas um exemplo!)<br />

lhe passa alguma vez pela cabeça enfrentar o touro por<br />

trás?!... Hum!... Talvez agora esteja tudo explicado.<br />

Deve ser por andar a enfrentar os problemas por essa<br />

via, ou outra que não seja a frente, que temos <strong>de</strong><br />

“enfrentar <strong>de</strong> frente” 30 alunos numa sala.<br />

Aqui se prova que isto <strong>de</strong> “on<strong>de</strong> cabem 20, cabem<br />

30” não é como “on<strong>de</strong> comem dois, comem três”, ou<br />

seja, não basta acrescentar mais água na panela. Já<br />

agora, senhor ministro: como é que se mete um<br />

elefante numa sala <strong>de</strong> aula?... Resposta: não mete,<br />

porque já lá estão trinta alunos.<br />

Eu aviso: é possível que muitos <strong>de</strong>sses alunos, e<br />

outros (muitos) cheguem a ministros da educação a<br />

“enfrentar os problemas <strong>de</strong> frente” e a ”subir para<br />

próprio que nos caracterizou até aos anos 70 do século<br />

passado e isto é muito positivo.<br />

Iludidos com os direitos das conquistas <strong>de</strong> Abril e dos<br />

fundos europeus, acreditámos que a espiral <strong>de</strong><br />

progresso seria interminável e que o crédito fácil e<br />

barato alimentaria todos os nossos <strong>de</strong>vaneios<br />

consumistas tendo progressivamente abandonado as<br />

preocupações <strong>de</strong> poupança e parcimónia nos gastos,<br />

substituindo-as pela ilusão dos cartões <strong>de</strong> crédito que a<br />

tudo davam acesso, dos gastos imo<strong>de</strong>rados em todos os<br />

setores, da construção sem lei, da espiral <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa<br />

pública, até que um dia fomos obrigados a perceber que<br />

somos pobres e vivíamos ou pretendíamos viver como<br />

ricos. Infelizmente, a situação não é nova, este é um<br />

filme há séculos visto por estas paragens.<br />

E agora, José? Como diria o Cardoso Pires. E agora,<br />

país? Como clamamos todos, sem nos ouvirmos uns aos<br />

outros, atirando para cima <strong>de</strong> terceiros as nossas<br />

próprias culpas. É aqui que nasce a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> reformar o<br />

Estado, que sendo uma i<strong>de</strong>ia estimulante para<br />

discussão, não parece ser suficientemente para nos<br />

resolver os problemas imediatos que temos pela frente.<br />

A situação do país exige uma moratória na disputa<br />

política e a gravida<strong>de</strong> do que está em causa não se<br />

compagina com a habitual alternância partidária, é<br />

necessário e urgente que todos nos sentemos à mesma<br />

mesa, forças políticas, Governo e oposição, empresários<br />

e sindicatos, cidadãos e cidadãs <strong>de</strong> todos os quadrantes<br />

e olhemos para a realida<strong>de</strong> com a objetivida<strong>de</strong> que os<br />

números e a situação real do país impõem.<br />

Então e a Reforma do Estado? Far-se-á, claro, no<br />

tempo próprio e quando estiverem criadas as condições<br />

necessárias, controlada a dívida, mudadas as<br />

mentalida<strong>de</strong>s, alterada a constituição.<br />

professor<br />

Enfrentar os problemas <strong>de</strong> frente,<br />

diz ele… Hum!...<br />

Amélia<br />

Correia<br />

cima” e a “<strong>de</strong>scer para baixo” e “a ver claramente<br />

visto”. Enfim, uma geração <strong>de</strong> poetas, é o que é!...<br />

Hum!...<br />

E retirar horas nas ciências também é “enfrentar <strong>de</strong><br />

frente” o problema? Toda a gente sabe que quanto<br />

menos aulas <strong>de</strong> Física os alunos tiverem, maiores<br />

serão as hipóteses <strong>de</strong> virem a ser cientistas <strong>de</strong> renome.<br />

Tem lógica: os alunos têm poucas aulas <strong>de</strong>ssa<br />

disciplina. Os alunos não se aborrecem. Começam até<br />

a gostar. Torna-se uma vocação, uma verda<strong>de</strong>ira<br />

paixão. Descobrem o meio <strong>de</strong> acabar com a fome e as<br />

doenças. Portugal impõe-se novamente no mundo.<br />

Bem visto!<br />

E, senhor ministro, os professores que varreu para<br />

<strong>de</strong>baixo do tapete, que já nem consegue disfarçar, pois<br />

nem se po<strong>de</strong> andar por cima <strong>de</strong>le , do tapete, sendo<br />

eles, os professores, tantos? O senhor conhece o Sousa<br />

Neto, uma das personagens do Eça?... Não se lembra?!<br />

Então?! Nem parece coisa sua, uma pessoa que<br />

conhece e aprecia Camilo! Então: o Sousa Neto é<br />

aquela personagem que não tem i<strong>de</strong>ias, não sabe nada<br />

e <strong>de</strong>pois vimos a saber que é o ministro da Instrução<br />

Pública… Já se lembra?<br />

Continue a “enfrentar os problemas <strong>de</strong> frente” que<br />

ainda vai figurar condignamente numa galeria <strong>de</strong><br />

caricaturas. E não se esqueça: com os seus<br />

examezinhos e as suas turmazinhas e os seus<br />

planozinhos curriculares, veja lá se não estará a<br />

“recuar para trás”… Hum!<br />

professora do ensino secundário<br />

Francisco<br />

Freire<br />

Omedronheiro (Arbutus<br />

unedo) é arbusto ou<br />

pequena árvore, da gran<strong>de</strong><br />

família das ericáceas,<br />

espontâneo em quase todo o<br />

território continental, po<strong>de</strong>ndo no<br />

entanto atingir os <strong>de</strong>z metros do<br />

formidável companheiro<br />

escondido nos Matos da Ranha. O<br />

seu fruto, o medronho, amadurece<br />

no Outono. A maturação não é<br />

simultânea, pelo que nesta época<br />

do ano convivem na mesma planta<br />

ramalhetes <strong>de</strong> flores brancas e<br />

frutos que divergem entre o<br />

amarelo claro e o vermelho sangue<br />

<strong>de</strong> boi, formando notável<br />

espectáculo.<br />

O medronheiro dá-se bem em<br />

diversos solos e várias companhias,<br />

e não renega o nosso chão mais<br />

pedregoso. Por aqui, as suas matas<br />

<strong>de</strong> maior extensão encontram-se<br />

na Serra do Sicó. Destila-se a<br />

aguar<strong>de</strong>nte alhures, mas é aqui que<br />

a produção é mais copiosa. O<br />

medronho usado é o “vermelhão”,<br />

e em meio-dia <strong>de</strong> trabalho apanha-<br />

-se um bal<strong>de</strong> <strong>de</strong>les. Os frutos são<br />

<strong>de</strong>pois vertidos, ao longo dos dias<br />

ou semanas da apanha, para<br />

recipientes maiores, on<strong>de</strong> se<br />

juntam aos que já se encontram em<br />

fermentação. É conveniente<br />

remexê-los diariamente com uma<br />

vara, ou à medida que se fazem as<br />

adições. Em anos em que o fruto<br />

está menos sumarento, alguns<br />

juntam-lhe água (<strong>de</strong>z litros para<br />

uma barrica <strong>de</strong> sessenta), mas<br />

notem que às uvas também não se<br />

junta água para fazer vinho.<br />

A vagarosa fermentação<br />

prolonga-se até janeiro, criando-se<br />

então uma “nata” branca à<br />

superfície, sinal <strong>de</strong> partida do<br />

material para o alambique (on<strong>de</strong> a<br />

cal<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>ve estar<br />

imaculadamente limpa, sem dar<br />

azo à criação <strong>de</strong> um <strong>de</strong>testável<br />

gosto a queimado). Os custos <strong>de</strong><br />

produção são já assinaláveis, e<br />

interessaria fomentar alternativas<br />

menos onerosas aos apanhadores:<br />

no ano passado o imundo<br />

<strong>de</strong>stilador levou-me um euro e<br />

sessenta por cada litro pingado. É<br />

verda<strong>de</strong> que o <strong>de</strong>stilado é <strong>de</strong>pois<br />

exportado a doze euros para os<br />

simpáticos algarvios, mas essas são<br />

outras contas. Na verda<strong>de</strong>, o<br />

medronho dos cabeços, melhor<br />

porque mais frio, geralmente não<br />

sai daqui.<br />

Quem não tiver pernas para<br />

apanhar fruta po<strong>de</strong> processar<br />

outras matérias, juntando, por<br />

exemplo, 50 quilos <strong>de</strong> batata a dois<br />

quilos <strong>de</strong> cevada germinada, seca<br />

ao ar e pisada. Activida<strong>de</strong>s sãs que<br />

dispensam enxadas e tratores, e<br />

que atraem à região volumes<br />

financeiros não negligenciáveis,<br />

fundamentais na sustentabilida<strong>de</strong><br />

do nosso mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento.<br />

investigador


20 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Leitores<br />

A direcção do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> recebe com agrado<br />

para publicação a correspondência dos leitores que<br />

tratem <strong>de</strong> questões do interesse público. Reserva-se<br />

o direito <strong>de</strong> seleccionar os trechos mais<br />

importantes das Cartas ao Director, <strong>de</strong>vidamente<br />

i<strong>de</strong>ntificadas, publicadas nesta secção.<br />

direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Miséria e fome no<br />

concelho <strong>de</strong> Caldas<br />

da Rainha<br />

Apontamento musical<br />

A Gran<strong>de</strong> “lacuna ?” <strong>de</strong> Armando Leça<br />

DR<br />

A miséria e a fome grassa por todo<br />

o País e Caldas da Rainha não<br />

escapa. São situações que, dia-adia<br />

progri<strong>de</strong>m, com o crescendo<br />

da crise. Há dias <strong>de</strong>parei-me com<br />

uma situação que muito me<br />

sensibilizou. Vinha a sair do<br />

supermercado Lidle e surgiu uma<br />

senhora a pedir esmola. A sua cara<br />

<strong>de</strong> fome não enganava ninguém.<br />

Perguntei-lhe a ida<strong>de</strong> e disse-me<br />

ter 49 anos, quando aparentava<br />

ter perto <strong>de</strong> 60. Meti a mão ao<br />

bolso e <strong>de</strong>i-lhe uma quantia que<br />

consi<strong>de</strong>rei ser uma boa esmola. A<br />

senhora disse-me então, que eu<br />

era uma pessoa boa e pediu-me<br />

mais qualquer coisa, para dar <strong>de</strong><br />

comer também ao marido e filhos,<br />

nos próximos três dias, altura em<br />

que recebiam qualquer coisa do<br />

Fundo <strong>de</strong> Inserção Social. Acedi<br />

ao seu pedido.<br />

Consi<strong>de</strong>ro que no próximo<br />

orçamento da Câmara tem que ser<br />

inscrita uma verba significativa<br />

para acorrer a este tipo <strong>de</strong><br />

situações, mostrando a nossa<br />

edilida<strong>de</strong> um espírito <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

solidarieda<strong>de</strong>, já que o Estado,<br />

com este Governo à frente, está<br />

com Passos Coelho, Vítor Gaspar e<br />

Companhia, nas tintas para estes<br />

dramas. Lutarei por essa inscrição<br />

<strong>de</strong> verba orçamental, com todas as<br />

forças e argumentos. Isto porque a<br />

nossa Câmara, li<strong>de</strong>rada pelo PSD,<br />

também tem tido um<br />

comportamento revelador <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> insensibilida<strong>de</strong><br />

humanitária. O exemplo mais<br />

significativo, <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>sumano<br />

procedimento, <strong>de</strong>u-se quando a<br />

Câmara <strong>de</strong>spejou a Associação<br />

Volta a Casa da sua cantina <strong>de</strong><br />

solidarieda<strong>de</strong> social, através <strong>de</strong><br />

argumentos <strong>de</strong>scabidos e até<br />

mentirosos, do Dr Fernando Costa<br />

e da vereadora Drª Maria da<br />

Conceição (no fundamental),<br />

como tive ocasião <strong>de</strong> verificar.<br />

Vou bater-me por estas duas<br />

questões com toda a força, porque<br />

por um lado consi<strong>de</strong>ro que a<br />

situação, no País e nas Caldas, se<br />

complica dia-a-dia e, por outro,<br />

dói-me o coração e a alma se nada<br />

fizer.<br />

O mais forte sinal <strong>de</strong> alarme é o<br />

nosso comércio tradicional a falir<br />

e a ameaçar cada vez mais<br />

falências, que acarretam, para a<br />

maioria dos pequenos e médios<br />

empresários, ficarem com uma<br />

mão atrás e oura a frente, sem<br />

nada que os sustente e, claro, com<br />

uma massa enorme <strong>de</strong><br />

trabalhadores no <strong>de</strong>semprego.<br />

Estarei atento ao evoluir da<br />

situação e peço a todos os<br />

cal<strong>de</strong>nses e não só, que o estejam,<br />

igualmente.<br />

Fernando Rocha, <strong>de</strong>putado<br />

municipal do BE, Caldas da<br />

Rainha<br />

facrocha@gmail.com.<br />

Com gran<strong>de</strong> honra para a Câmara Municipal <strong>de</strong><br />

Cascais, esteve patente ao público, no Museu da<br />

Música Portuguesa, uma exposição sobre<br />

Armando Leça, que terminou no pretérito dia 31<br />

<strong>de</strong> Outubro. Este Museu, mais precisamente na<br />

Casa Verda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Faria, reúne os espólios <strong>de</strong> duas<br />

gran<strong>de</strong>s figuras da cultura musical portuguesa:<br />

Michel Giacometti e Fernando Lopes Graça e,<br />

recentemente, integrou também o acervo doado<br />

pelo Maestro Álvaro Cassuto.<br />

Armando Leça é, sem qualquer dúvida uma<br />

figura incontornável na recolha <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong><br />

registos sonoros, in loco, da música folclórica <strong>de</strong><br />

Portugal, (mais tar<strong>de</strong> Giacometti faria o mesmo e<br />

com a mesma intenção.) Deve-se a Armando Leça<br />

o primeiro registo extensivo ao continente<br />

português <strong>de</strong> música <strong>de</strong> matriz popular e rural que<br />

fez, a propósito da comemoração dos Centenários,<br />

(1140 e 1640). Assim, <strong>de</strong> 1939 a 1940, com o<br />

patrocínio da<br />

Comissão Executiva dos Centenários, e com o<br />

apoio técnico da Emissora Nacional, recolheu 487<br />

registos sonoros representativos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z das onze<br />

províncias portuguesas. O projecto previa o<br />

registo sonoro e a sua edição em disco, o que não<br />

chegou a ser concluída.<br />

Em 1959 Armando Leça, a convite da empresa<br />

discográfica Rádio Triunfo, do Porto, coor<strong>de</strong>nou a<br />

edição <strong>de</strong> discos comerciais <strong>de</strong> vinil <strong>de</strong> 45 r.p.m.,<br />

da etiqueta Alvorada. Reuniu 85 discos, num total<br />

<strong>de</strong> 463 faixas interpretadas por grupos<br />

formalmente organizados.<br />

Vem isto a propósito da enorme lacuna,(?) no<br />

panorama nacional, pois a cobertura feita nos<br />

registos <strong>de</strong> Leça não foi contemplada a<br />

Estremadura. Há até quem afirme que Leça teria<br />

dito que do Mon<strong>de</strong>go para baixo (até Lisboa?) não<br />

Contra as<br />

manifestações<br />

<strong>de</strong> rua<br />

É <strong>de</strong> brandar aos céus, pelo o que se<br />

vai vendo através dos nossos<br />

habituais meios <strong>de</strong> comunicação<br />

social, através da escrita e da<br />

televisão. Nunca fui nem sou contra<br />

qualquer manifestação <strong>de</strong> rua, feita<br />

pela nossa população, mas as<br />

pessoas esquecem que não é <strong>de</strong>ste<br />

modo, com tamanho alarido e ruído<br />

que irão atingir os seus<br />

fins...justos!!!<br />

O que quero dizer é que se não<br />

houver diálogo e sobretudo<br />

compreensão <strong>de</strong> ambas as partes,<br />

se cantava. Só que, como o tempo e com os<br />

folcloristas interessados nessa componente da<br />

cultura popular se veio a verificar que a<br />

Estremadura era e foi riquíssima em música <strong>de</strong><br />

matriz popular. A comprová-lo temos quatro<br />

maravilhosos Cancioneiros, a saber: Tradições<br />

Musicais da Estremadura <strong>de</strong> José Alberto<br />

Sardinha, Cancioneiro <strong>de</strong> Entre Mar e Serra da Alta<br />

Estremadura, <strong>de</strong> José Ribeiro <strong>de</strong> Sousa,<br />

Cancioneiro da Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong> António Oleiro<br />

e Cancioneiro Saloio <strong>de</strong> Altino Moreira Cardoso,<br />

para citar só os mais importantes. Com estes<br />

Cancioneiros, a província “mais pobre” (?), é, <strong>de</strong><br />

momento das mais ricas, senão a mais rica.<br />

Não está (ainda) publicada a obra <strong>de</strong> Armando<br />

Leça, por isso é <strong>de</strong>licado estarmos a fazer<br />

afirmações. Mas sabe-se que ele, no seu trabalho<br />

<strong>de</strong> campo ainda passou pela nossa região,<br />

nomeadamente , na etapa 2 (<strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Novembro a<br />

22 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1939, período em que<br />

percorreu <strong>de</strong> Azinhaga do Alentejo a Milagres,<br />

<strong>Leiria</strong>. Mais tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Fevereiro a 18 <strong>de</strong> Abril<br />

<strong>de</strong> 1940, contemplou <strong>de</strong> Min<strong>de</strong>, Alcanena a<br />

Coimbra. Po<strong>de</strong> ser que o futuro nos reserve<br />

algumas surpresas, o que nos alegraria.<br />

Aguardamos que o acervo das recolhas feitas,<br />

cujo tratamento e digitalização foi iniciado em<br />

2010, graças a uma parceria entre a Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> Matosinhos, que financiou o<br />

projecto, a Rádio Televisão <strong>de</strong> Portugal, RTP,<br />

proprietária da colecção <strong>de</strong> fitas, o Arquivo<br />

Fonográfico <strong>de</strong> Viana <strong>de</strong> Áustria, responsável pela<br />

digitalização e o Instituto <strong>de</strong> Etnomusicologia:<br />

Centro <strong>de</strong> estudos em Música e Dança da<br />

Universida<strong>de</strong> Nova Lisboa nos traga, em breve,<br />

boas notícias.<br />

J. Vicente Narciso<br />

este alarido que nos vai invadindo o<br />

espaço familiar, torna-se<br />

enfadonho e cansativo. É o que se<br />

tem passado, ultimamente. Sou<br />

contra este ruído todo e chego a<br />

pensar que as pessoas são <strong>de</strong><br />

compreensão lenta e possuem<br />

memória <strong>de</strong> galinha. Sempre fui<br />

apartidário, nem ligo à política<br />

portuguesa, mas o que me espanta<br />

DR<br />

mais nesta barafunda é que os<br />

portugueses só se manifestem<br />

agora e nunca no governo anterior,<br />

que governou durante 14 anos.<br />

Porque será? Não foi por milagre<br />

que Salazar ocupou o ca<strong>de</strong>irão do<br />

po<strong>de</strong>r durante 42 anos!!!, mas,<br />

infelizmente, nunca existiu neste<br />

pequeno rectângulo que é Portugal<br />

qualquer político que fosse capaz<br />

<strong>de</strong> fazer melhor do que ele próprio –<br />

apenas uma excepção – o General<br />

Sem Medo, o general Humberto<br />

Delgado, que teve a ousadia <strong>de</strong> o<br />

enfrentar, afirmando: “Obviamente<br />

que o <strong>de</strong>mito!”, acabando por ser<br />

assassinado pelo regime.<br />

Certamente que ninguém <strong>de</strong>seja<br />

regressar ao passado, mas enquanto<br />

não houver políticos capazes <strong>de</strong><br />

governar com lealda<strong>de</strong> e fazer<br />

aquilo que aceitam e fazem,<br />

Portugal arrisca-se a per<strong>de</strong>r a sua<br />

própria i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.<br />

O mínimo que se pe<strong>de</strong> a todo este<br />

Portugal é que não perca a<br />

serenida<strong>de</strong> e esperança por<br />

melhores dias – eu talvez seja dos<br />

poucos que acredita num futuro<br />

melhor para toda esta nova<br />

geração.<br />

Não é assim, com toda a classe<br />

política portuguesa a continuar<br />

impune a todos os crimes que vão<br />

praticando enquanto po<strong>de</strong>r – que se<br />

resolve a actual crise política que<br />

eles próprios semearam. Resolve--<br />

se, sim, combatendo, dia-a-dia,<br />

todo este regabofe e corrupção que<br />

estão instalados na nossa<br />

socieda<strong>de</strong>.<br />

Actualmente, a nossa política<br />

baseia-se muito simplesmente em<br />

jogos florais, neste palco que é<br />

Portugal, e on<strong>de</strong> os artistas<br />

(políticos) vão ensaiando várias<br />

danças (medidas <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong>),<br />

<strong>de</strong> modo a entreter o nosso pobre<br />

povo (que continua impávido e<br />

sereno). Todos os dias, vamos<br />

assistindo a este triste espectáculo,<br />

on<strong>de</strong> os nossos políticos continuam<br />

<strong>de</strong> orelhas moucas. Assim é<br />

impossível em águas calmas. Hoje<br />

temos a factura <strong>de</strong> toda uma má<br />

governação, após o 25 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong><br />

1974. Deixo aqui uma pergunta:<br />

Quem viveu muito acima das suas<br />

possibilida<strong>de</strong>s foi, e será sempre, a<br />

nossa classe política e seus<br />

compadrios. Agora, não nos peçam<br />

mais sacrifícios, pois sabemos <strong>de</strong><br />

antemão que somos nós os principais<br />

alvos a abater. Assim, sugeria<br />

que nas próximas eleições autárquicas<br />

nenhum eleitor fosse votar. Só<br />

assim conseguiremos dar uma valente<br />

bofetada aos nossos políticos.<br />

Luís Manuel Gabriel, Marinha<br />

Gran<strong>de</strong>


Economia<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 21<br />

PUBLICIDADE<br />

Marca própria é um seguro<br />

que dá mais valor ao produto<br />

Mais-valia Dirigida ao consumidor final ou à indústria, a marca própria comunica<br />

os atributos do produto e transmite confiança aos agentes da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Po<strong>de</strong> não ser “imprescindível”,<br />

mas “é meio caminho andado<br />

para o sucesso”. A marca própria<br />

“é um seguro, dá mais valor ao<br />

produto”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> João Carlos<br />

Oliveira. O presi<strong>de</strong>nte da Young &<br />

Rubicam Portugal lembra que ter<br />

uma marca <strong>de</strong>vidamente registada<br />

dá ao produto uma garantia<br />

que <strong>de</strong> outra forma não teria. “Os<br />

produtos são fáceis <strong>de</strong> copiar, as<br />

marcas não”.<br />

O responsável consi<strong>de</strong>ra que<br />

nem todos os empresários estão<br />

ainda conscientes “daquilo que a<br />

marca po<strong>de</strong> fazer pelo produto” e<br />

frisa que a escassez <strong>de</strong> verbas<br />

para investir numa marca não<br />

<strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>sculpa. “Qualquer investimento<br />

feito na marca tem<br />

gran<strong>de</strong> retorno”.<br />

João Oliveira diz que “as marcas<br />

são como as pessoas”, têm <strong>de</strong> ter<br />

uma personalida<strong>de</strong>, um carácter e<br />

um estilo. Este aspectos têm <strong>de</strong> estar<br />

bem <strong>de</strong>finidos e a marca tem<br />

<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r aos anseios do segmento<br />

on<strong>de</strong> se posicionou. “A<br />

marca não se cria para agradar a<br />

todos”.<br />

“A marca própria é um capital<br />

intangível que, usado da forma<br />

a<strong>de</strong>quada, cria valor e oferece um<br />

gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> mais valias”,<br />

aponta Hél<strong>de</strong>r Guerreiro. O supply<br />

chain manager da Crisal acrescenta<br />

que “uma marca própria<br />

forte oferece confiança a todos os<br />

agentes envolvidos na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

valor”.<br />

Por outro lado, mesmo quando<br />

se trabalha para private label (marca<br />

do cliente), ter marca própria<br />

“representa uma importante mais<br />

valia” para se conseguir uma “posição<br />

vantajosa nos processos <strong>de</strong><br />

sourcing, muito exigentes e competitivos”.<br />

Tendo em conta o nível<br />

<strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> existente no<br />

sector, “torna-se até um dos factores<br />

críticos <strong>de</strong> sucesso”.<br />

“Os agentes confiam muito<br />

mais, no caso <strong>de</strong> haver a tal marca<br />

própria, quer na qualida<strong>de</strong> quer<br />

na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> evitar eventuais<br />

problemas (que se forem mediáticos<br />

afectam <strong>de</strong> forma negativa a<br />

imagem <strong>de</strong> todos os intervenientes<br />

na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor), estando<br />

por vezes até dispostos a pagar um<br />

pouco mais por isso. A marca própria<br />

tem por isso payback”, afirma<br />

Hél<strong>de</strong>r Guerreiro.<br />

“Os produtos são fáceis <strong>de</strong> copiar, as marcas não”<br />

“Embora normalmente se i<strong>de</strong>ntifiquem<br />

as marcas com produtos<br />

ou serviços dirigidos ao consumidor<br />

final, [ela] é importante em todos<br />

os segmentos e para todos os<br />

produtos”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> Jorge Santos.<br />

“Na área industrial, o nome da<br />

empresa funciona como uma marca,<br />

influenciada pela notorieda<strong>de</strong><br />

construída por essa empresa e,<br />

mesmo <strong>de</strong>sconhecendo a sua activida<strong>de</strong>,<br />

somos levados a tomar<br />

uma posição quanto à sua recomendação”,<br />

acrescenta o directorgeral<br />

da Vipex. “Uma marca é por<br />

<strong>de</strong>finição um percurso intangível,<br />

facto que contribui para a<br />

sua própria sustentabilida<strong>de</strong><br />

como vantagem competitiva, pois<br />

permite gerar um fluxo <strong>de</strong> ganhos<br />

ao longo do tempo, beneficiando<br />

as empresas e as suas estratégias”.<br />

O empresário enten<strong>de</strong> que, antes<br />

<strong>de</strong> mais, é preciso que a empresa<br />

“tenha uma estratégia e um<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócio em que seja<br />

claro o seu posicionamento”. A<br />

Posicionamento<br />

Marcas próprias ou parcerias<br />

São diferentes as estratégias das<br />

empresas ouvidas. Carfi é uma<br />

marca registada para business<br />

to business (B2B). O grupo da<br />

Marinha Gran<strong>de</strong> tem ainda a<br />

marca Grada Europe, <strong>de</strong> artigos<br />

para jardinagem, agricultura e<br />

indústria, lavadoras automáticas<br />

<strong>de</strong> carros e fechaduras<br />

electrónicas. Também o nome<br />

Vipex funciona como marca<br />

industrial, já que a empresa não<br />

ven<strong>de</strong> directamente ao<br />

RICARDO GRAÇA<br />

marca “<strong>de</strong>ve ser construída <strong>de</strong><br />

forma a i<strong>de</strong>ntificar e a dar sentido<br />

aos atributos consi<strong>de</strong>rados críticos<br />

para os produtos ou serviços oferecidos<br />

no mercado”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>.<br />

Para Guida Figueiredo, uma<br />

marca “é um símbolo que garante<br />

um conjunto <strong>de</strong> pressupostos com<br />

os quais [a empresa] se compromete:<br />

qualida<strong>de</strong>, serviço após venda,<br />

durabilida<strong>de</strong>”. A administradora<br />

da Carfi <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a marca<br />

é importante em todos os segmentos<br />

em que “acrescente valor<br />

e permita gerar a riqueza que o<br />

produto sem marca não conseguiria”.<br />

Para que possa <strong>de</strong>stacarse<br />

no mercado, é precisa uma estratégia<br />

“claramente <strong>de</strong>finida e<br />

a<strong>de</strong>quada capacida<strong>de</strong> financeira”.<br />

consumidor final, trabalhando<br />

antes em parceria com marcas<br />

<strong>de</strong> “gran<strong>de</strong> notorieda<strong>de</strong>” que o<br />

fazem, como a Pyrex ou a<br />

Krups, entre outras. A Crisal,<br />

que produz e comercializa vidro<br />

<strong>de</strong> mesa, tem marcas próprias<br />

em todas as suas linhas <strong>de</strong><br />

produto. A Libbey é<br />

usada no segmento <strong>de</strong><br />

foodservice, a Royal Leerdam<br />

no segmento <strong>de</strong> retalho e a<br />

Crisal no B2B.


22 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Economia<br />

Jantar-conferência com ex-ministro da Saú<strong>de</strong><br />

Recursos humanos são factor<br />

crítico na estratégia empresarial<br />

Porto <strong>de</strong> Mós<br />

Pedreiras<br />

em expansão<br />

para satisfazer<br />

procura asiática<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ A estratégia não é apenas para<br />

gran<strong>de</strong>s empresas e num mundo<br />

globalizado ganha importância<br />

acrescida para as PME, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u<br />

Luís Filipe Pereira num jantar-conferência<br />

na Nerlei, a semana passada.<br />

O ex-ministro da Saú<strong>de</strong> lembrou<br />

que os recursos humanos “são<br />

críticos” na estratégia <strong>de</strong> qualquer<br />

empresa, mas admitiu que nem<br />

sempre o discurso correspon<strong>de</strong> à<br />

prática.<br />

Como motivar e remunerar são<br />

aspectos nem sempre <strong>de</strong>vidamente<br />

equacionados. “Nas socieda<strong>de</strong>s<br />

oci<strong>de</strong>ntais, a questão nunca resolvida<br />

é a da motivação das pessoas”,<br />

disse o orador, que apontou outras<br />

áreas directamente relacionadas<br />

com a estratégia: novos mercados,<br />

novos produtos e inovação.<br />

O gestor frisou que gestão estratégica<br />

e gestão operacional “são<br />

coisas diferentes”. A última está<br />

mais relacionada com aspectos<br />

como eficiência e eficácia e, embora<br />

importante, não o é tanto como<br />

a primeira. “Se me engano na estratégia<br />

posso pôr toda a empresa<br />

em risco”, distinguiu.<br />

Para Luís Filipe Pereira, “a estratégia<br />

é uma atitu<strong>de</strong>”, sendo o planeamento<br />

estratégico uma técnica<br />

que permite “passar a estratégia<br />

para o terreno”. O orador <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u<br />

Exportações adornam<br />

Leonel<br />

Pontes<br />

Luís Filipe Pereira e Jorge Santos<br />

Numa revolução pacífica – a última<br />

“ revolução histórica da Suécia – a<br />

aristocracia sueca <strong>de</strong>punha em 1809 o Rei<br />

Gustavo IV, que consi<strong>de</strong>ravam<br />

incompetente, e surpreen<strong>de</strong>ntemente convidaram<br />

Jean Baptiste Bernardotte, um General francês que<br />

esteve ao serviço do seu inimigo Napoleão, para se<br />

tornar rei da Suécia. Bernardotte aceitou e tornou-se o<br />

rei Carlos XIV; os seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ocupam ainda<br />

hoje o trono sueco”. Esta <strong>de</strong>cisão faz parte da história<br />

<strong>de</strong> um país que hoje é nosso parceiro, próspero, da<br />

União Europeia, on<strong>de</strong> Portugal vai empobrecendo,<br />

mesmo produzindo alguma coisinha ven<strong>de</strong>ndo-a, por<br />

vezes, abaixo do preço <strong>de</strong> custo, <strong>de</strong> modo a que entre<br />

algum dinheiro na caixa <strong>de</strong> modo a solver os<br />

compromissos mais imediatos, nem mesmo assim<br />

essa “coisinha” sai do país.<br />

Crédito, para aquisição <strong>de</strong> matérias-primas não<br />

existe e para o exercício corrente a banca também não<br />

financia. E, enquanto isto, os políticos não cuidam <strong>de</strong><br />

saber o que <strong>de</strong> facto se passa, andam num afã <strong>de</strong> não<br />

per<strong>de</strong>rem oportunida<strong>de</strong>s eleitorais.<br />

Mas, como se tudo isto fosse pouco, os<br />

“estivadores” paralisam as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carga e<br />

<strong>de</strong>scarga nos portos, extremando posições, como se<br />

vivessem num país rico. Assim o navio vai ao fundo. E<br />

<strong>de</strong>pois? Depois o país está falido, embora com uma tia<br />

rica e chata que vive lá longe, assessorada, ou<br />

assessorando, essa trempe que ab initio foi constituída<br />

para ajudar os países em dificulda<strong>de</strong>s, uma trempe<br />

que a pretexto <strong>de</strong> uns conselhos vai extorquindo<br />

todos os cêntimos. E prova disso é essa a União passou<br />

mais <strong>de</strong> três décadas a “impingir boas soluções” que<br />

só agora vêem que foram <strong>de</strong>sastrosas e daí uma<br />

incomensurável dívida, que jamais teremos condições<br />

<strong>de</strong> pagar, mesmo seguindo as teorias avançados em<br />

Bretton Wood quando <strong>de</strong>corria o ano <strong>de</strong> 1944; questão<br />

que mereceria ser “refundada”. Esta sim.<br />

O povo vai entrando em colapso. E, se é certo que a<br />

coisa para alguns vai chegando para a broa, <strong>de</strong> há<br />

muito que outros nem broa, nem conduto, nem<br />

dinheiro, nem emprego, nem casa, nem cabeça com<br />

capacida<strong>de</strong> para pensar. Em <strong>de</strong>mocracia temos <strong>de</strong><br />

tomar as melhores soluções. Faria sentido <strong>de</strong>por o rei<br />

da cavacada? Sempre haveríamos <strong>de</strong> encontrar<br />

alguém que tomasse conta da ca<strong>de</strong>ira, nem que<br />

tivéssemos <strong>de</strong> oferecer o lugar ao inimigo, como o<br />

fizera a Suécia. Hoje vivem felizes e nós angustiados e<br />

enquanto a economia se afunda e as exportações<br />

adornam, essa é que é a verda<strong>de</strong>.<br />

TOC<br />

RAQUEL DE SOUSA SILVA<br />

Enquadramento estratégico<br />

Nerlei ambiciona “agregar para <strong>de</strong>senvolver”<br />

Transformar o distrito numa das<br />

regiões mais atractivas,<br />

competitivas e prósperas <strong>de</strong><br />

Portugal em 2020 é um dos<br />

objectivos da estratégia da Nerlei<br />

para os próximos anos.<br />

Apresentado a semana passada, o<br />

documento <strong>de</strong> enquadramento<br />

estratégico surge num momento<br />

em que “o futuro apresenta<br />

gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios” e o País “está<br />

sem rumo”, disse na ocasião Jorge<br />

Santos. “Agregar para<br />

<strong>de</strong>senvolver” é o mote da<br />

estragégia da associação, que<br />

passa por aumentar o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

influência e a participação nas<br />

<strong>de</strong>cisões políticas regionais, entre<br />

outros aspectos. “Temos <strong>de</strong> ser<br />

senhores do nosso <strong>de</strong>stino e não<br />

vítimas”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u o presi<strong>de</strong>nte<br />

da Nerlei.<br />

que mesmo em empresas sem<br />

gran<strong>de</strong>s equipas é possível fazer<br />

planeamento estratégico, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que o empresário “<strong>de</strong>fina o que<br />

quer para o futuro, transmita isso<br />

à equipa e envolva as pessoas”.<br />

Consi<strong>de</strong>rando que “o gran<strong>de</strong> problema”<br />

da economia portuguesa<br />

são os baixos níveis <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />

que se arrastam há décadas,<br />

o gestor admitiu, no entanto, que<br />

para já é premente resolver o problema<br />

financeiro do País. Disse<br />

que a internacionalização po<strong>de</strong> ser<br />

uma das respostas para o crescimento,<br />

embora reconheça que as<br />

pequenas e médias empresas po<strong>de</strong>m<br />

ter dificulda<strong>de</strong>s acrescidas<br />

nesse processo, por razões como a<br />

falta <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> recursos<br />

humanos qualificados. Mesmo<br />

assim, é preciso que Portugal<br />

atinja uma percentagem <strong>de</strong> exportações<br />

semelhante à <strong>de</strong> países da<br />

sua dimensão.<br />

O ex-ministro da Saú<strong>de</strong> falou<br />

também sobre esta área, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo<br />

que o Estado não tem <strong>de</strong> ser<br />

o único actor no Serviço Nacional<br />

(SNS). Admitiu que no sector público<br />

“não há os mecanismos <strong>de</strong><br />

gestão e <strong>de</strong> motivação” dos funcionários<br />

que há no privado, o que<br />

leva a que “o nivelamento se faça<br />

por baixo”. Mas frisou que “temos<br />

bons profissionais” e “boa qualida<strong>de</strong><br />

na prestação dos cuidados <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>”.<br />

Veja mais<br />

anúncios<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

na página<br />

29<br />

Para saber<br />

como<br />

anunciar na<br />

secção <strong>de</strong><br />

classificados<br />

do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> ligue<br />

244 800400<br />

Daniela Franco Sousa<br />

daniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ As vendas <strong>de</strong> rocha ornamental<br />

para o mercado asiático continuam<br />

a ser <strong>de</strong> tal forma expressivas<br />

junto das empresas <strong>de</strong> exploração<br />

e transformação <strong>de</strong> Porto<br />

<strong>de</strong> Mós que, nó na última Assembleia<br />

Municipal, três socieda<strong>de</strong>s<br />

(Extrarústico, Bentos e Marmorrimal)<br />

pediram à autarquia que consi<strong>de</strong>rasse<br />

os seus projectos <strong>de</strong> interesse<br />

público municipal, para<br />

po<strong>de</strong>rem ampliar pedreiras e, assim,<br />

satisfazerem a procura da<br />

China e da Índia por calcário ornamental<br />

semi-rijo.<br />

Embora as pedreiras se situem<br />

em área protegida do Parque Natural<br />

das Serras <strong>de</strong> Aire e Can<strong>de</strong>eiros,<br />

a resposta da Assembleia<br />

Municipal às empresas foi favorável,<br />

na medida em que, aponta<br />

Albino Januário, vereador da Economia,<br />

a indústria extractiva é<br />

“um dos maiores pilares do concelho”.<br />

E o mercado externo, sublinha,<br />

tem sido a saída para que as<br />

empresas se mantenham no activo.<br />

Para a Extrarústico, que tem na<br />

China um dos principais mercados-alvo,<br />

licenciar a pedreira <strong>de</strong><br />

Salgueiras, no Arrimal, permitirá<br />

ampliar a exploração <strong>de</strong> 17 mil<br />

para 23 mil metros quadrados,<br />

conferindo-lhe uma capacida<strong>de</strong><br />

média anual <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> dois mil<br />

metros cúbicos, ao longo <strong>de</strong> 17<br />

anos.<br />

Com a ampliação da exploração<br />

existente no Codaçal, a Pia das<br />

Lages, a empresa Bentos aumentará<br />

a área licenciada <strong>de</strong> 7 mil para<br />

42 mil metros quadrados, o que<br />

permitirá manter os actuais 16<br />

postos <strong>de</strong> trabalho. O seu objectivo<br />

é satisfazer os mercados emergentes<br />

da China e da Índia, e assim<br />

ultrapassar o facto <strong>de</strong> o mercado<br />

nacional <strong>de</strong> calcário ornamental se<br />

encontrar “bastante reduzido e<br />

estagnado em baixa”.<br />

Com o licenciamento <strong>de</strong> quase<br />

17 mil metros quadrados da pedreira<br />

Cabeço Ve<strong>de</strong>iro, em Serro<br />

Ventoso, a empresa Marmorrimal<br />

irá regularizar a activida<strong>de</strong> da exploração,<br />

que será economicamente<br />

viável durante 18 anos.<br />

Criar três empregos <strong>de</strong> imediato e<br />

outros, <strong>de</strong> futuro, são as metas<br />

<strong>de</strong>ste projecto.<br />

Tal como noticiou recentemente<br />

o JORNAL DE LEIRIA, só nos três<br />

primeiros três meses do ano, Portugal<br />

exportou 86,8 milhões <strong>de</strong><br />

euros <strong>de</strong> rochas ornamentais, mais<br />

28% do que no período homólogo,<br />

sendo que boa parte dos calcários<br />

são extraídos da região.


Economia<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 23<br />

Director da Autoeuropa fala em <strong>Leiria</strong><br />

António Pires, director geral da Autoeuropa, vai<br />

estar em <strong>Leiria</strong> no dia 28, para uma conferência na<br />

Nerlei, a partir das 18 horas. Falará sobre a<br />

tendência <strong>de</strong> evolução da indústria na Europa, a<br />

que se seguirá um jantar informal, <strong>de</strong> networking.<br />

Empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> assinala 25 anos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong><br />

inCentea quer continuar a crescer<br />

incorporando novas empresas<br />

Fátima<br />

Restauração<br />

luta contra<br />

IVA a 23%<br />

Grupo conta actualmente com 200 colaboradores<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ A administração da inCentea está<br />

a estudar sete possíveis operações<br />

<strong>de</strong> incorporação <strong>de</strong> empresas. Destas,<br />

duas “são muito boas” no contexto<br />

da estratégia do grupo <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>, porque complementam o<br />

seu produto e acrescentam-lhe dimensão,<br />

explica António Poças.<br />

Crescer com base num mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

fusão/incorporação <strong>de</strong> empresas<br />

continua a ser a estratégia seguida<br />

porque, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 11 operações,<br />

mostrou dar os frutos <strong>de</strong>sejados, explica<br />

o presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong><br />

Administração. “Po<strong>de</strong>ríamos <strong>de</strong>cidir<br />

que não queríamos crescer e isso<br />

não teria mal nenhum. O problema<br />

é que aquelas operações estão no<br />

mercado e se não as fizermos nós<br />

outros farão”, diz. “E do ponto <strong>de</strong><br />

vista do nosso mo<strong>de</strong>lo estratégico,<br />

elas fazem sentido, porque queremos<br />

que todas as nossas unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> negócio tenham dimensão, para<br />

po<strong>de</strong>rem internacionalizar-se, o<br />

que não acontece actualmente”,<br />

explica.<br />

Também na internacionalização<br />

o mo<strong>de</strong>lo seguido pela inCentea é<br />

inovador, já que se associou a empresas<br />

que, no mercado nacional,<br />

são suas concorrentes. Através da<br />

Primacis, está presente em Cabo<br />

Ver<strong>de</strong>, Angola e Moçambique. O<br />

objectivo é entrar no Brasil no próximo<br />

ano, mas António Poças reconhece<br />

que isso implica procurar<br />

nichos <strong>de</strong> mercado que não impliquem<br />

o recurso ao software <strong>de</strong> gestão<br />

Primavera, no qual a empresa <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> sustentou a sua internacionalização,<br />

mas que não está disponível<br />

para o mercado brasileiro.<br />

Entretanto vai ser aumentado o<br />

capital social para 800 mil euros,<br />

Os números<br />

68<br />

são os accionistas da inCentea.<br />

Do total, 82% são colaboradores<br />

da empresa<br />

12<br />

é o número <strong>de</strong> empresas<br />

incorporadas no Grupo<br />

inCentea. As primeiras foram a<br />

Leirisic e a Datamex (2004),<br />

seguiram-se a Pluriproj e a<br />

Sitework (2006), Codi, Teleleiria,<br />

Voznet, Leiritel e Expert (2010),<br />

JLM, Microponto e Arbol (2012)<br />

parte do qual reservado apenas<br />

para novos accionistas. “Ter muitos<br />

accionistas é uma opção. Enten<strong>de</strong>mos<br />

que é o caminho mais correcto<br />

por várias razões”, diz o empresário.<br />

“Aumenta a nossa responsabilida<strong>de</strong><br />

enquanto gestores e prepara-nos<br />

para o futuro. Por outro<br />

lado, ter mais accionistas significa<br />

arranjar mais dinheiro para a activida<strong>de</strong>”,<br />

exemplifica. “Felizmente<br />

ainda temos financiamento bancário,<br />

mas achamos que há operações<br />

que não <strong>de</strong>vem ser financiadas<br />

na banca”, acrescenta.<br />

De Leirisic a inCentea<br />

Aquilo que é hoje o grupo inCentea<br />

nasceu há 25 anos, com a constituição<br />

da Leirisic, que tinha três<br />

funcionários e <strong>de</strong>z accionistas. António<br />

Poças era o único que per-<br />

tencia a ambos os lados. Integrada<br />

num grupo industrial, “herdou uma<br />

forma <strong>de</strong> gerir e <strong>de</strong> estar rigorosa e<br />

com metodologias nada típicas”<br />

<strong>de</strong> uma empresa da sua dimensão.<br />

Em 2000, após alguns constrangimentos<br />

na estratégia a seguir e<br />

porque o grupo empresarial ven<strong>de</strong>u<br />

os seus principais ativos, cinco colaboradores<br />

(António Poças, Rui<br />

Silva, Miguel Lopes, Pedro Pereira<br />

e Luís Barreiro, todos ainda na in-<br />

Centea) adquiriram a maioria do capital<br />

da Leirisic numa operação <strong>de</strong><br />

MBO (Management Buy-Out).<br />

A terceira fase mais marcante na<br />

história da empresa foi em 2004,<br />

com a integração da Datamex.<br />

“Este foi um momento <strong>de</strong>terminante<br />

para o futuro, porque foi o<br />

materializar da estratégia [<strong>de</strong> incorporação].<br />

Houve contudo muitas<br />

dificulda<strong>de</strong>s durante o processo”,<br />

reconhece António Poças. Depois<br />

<strong>de</strong> afinados todos os <strong>de</strong>talhes<br />

foi mudada a <strong>de</strong>signação para<br />

inCentea.<br />

Em 2007 avançou o projeto <strong>de</strong><br />

internacionalização, que constitui<br />

o quarto marco da história. Foi assumido<br />

que esse passo seria dado<br />

em parceria com outras empresas,<br />

Várias iniciativas previstas<br />

25 anos comemorados entre Outubro e Abril<br />

As comemorações dos 25 anos da<br />

inCentea iniciaram-se a 19 <strong>de</strong><br />

Outubro com a inauguração <strong>de</strong><br />

uma exposição <strong>de</strong> fotografia sobre<br />

tecnologia, no Museu da Imagem<br />

em Movimento, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>, no<br />

mesmo dia, a empresa ter sido<br />

anfitriã <strong>de</strong> uma iniciativa que<br />

reuniu, no Castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

diversas empresas da Re<strong>de</strong> PME<br />

Inovação Cotec e on<strong>de</strong> esteve<br />

“juntando assim recursos e partilhando<br />

o risco”.<br />

A “aposta continuada nas pessoas<br />

e o incentivo à participação em<br />

projetos fora da empresa” levaram<br />

à colaboração numa série <strong>de</strong> projetos<br />

<strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Social<br />

das Organizações que uniram e<br />

motivaram toda a equipa, diz António<br />

Poças.<br />

A partir <strong>de</strong> 2011, essa motivação<br />

levou a uma “vaga <strong>de</strong> fundo”, li<strong>de</strong>rada<br />

pela recentemente criada Direcção<br />

<strong>de</strong> Inovação. “Esta aposta<br />

permitiu inúmeras iniciativas com<br />

o envolvimento <strong>de</strong> muitos parceiros<br />

<strong>de</strong> negócio e reflectiu-se também na<br />

área do marketing, numa perspectiva<br />

<strong>de</strong> perceber melhor o cliente e<br />

fornecer-lhe mais valor”. No mesmo<br />

ano a empresa entrou para a<br />

Re<strong>de</strong> PME Inovação Cotec.<br />

“Cada um <strong>de</strong>stes momentos foi<br />

marcante, à sua maneira, com parcerias<br />

e motivações diferentes. O<br />

que somos hoje é fruto da mistura<br />

<strong>de</strong>sses cinco momentos”, diz o empresário.<br />

Com 200 colaboradores, o<br />

grupo <strong>de</strong>verá obter este ano um volume<br />

<strong>de</strong> negócios <strong>de</strong> 9,1 milhões <strong>de</strong><br />

euros, sendo que mais <strong>de</strong> 40% <strong>de</strong>verá<br />

vir dos mercados externos.<br />

presente também o director-geral<br />

<strong>de</strong>sta associação, Daniel Bessa. As<br />

comemorações prosseguem com a<br />

Convenção inCentea, prevista para<br />

o início <strong>de</strong> Fevereiro, o lançamento<br />

<strong>de</strong> um livro sobre a história da<br />

empresa e um ciclo <strong>de</strong> conversas<br />

sobre vários temas. Terminam<br />

com um evento aberto à família<br />

inCentea e à comunida<strong>de</strong>, em Abril<br />

do ano que vem.<br />

DR<br />

❚ A Escola <strong>de</strong> Hotelaria <strong>de</strong> Fátima<br />

acolhe hoje, pelas 16 horas, um<br />

encontro entre responsáveis da<br />

Associação Empresarial Ourém-<br />

Fátima e empresários <strong>de</strong> restauração<br />

do concelho <strong>de</strong> Ourém, a<br />

propósito da acção reivindicativa<br />

<strong>de</strong> baixa do IVA no sector. Além da<br />

apresentação do Movimento Empresarial<br />

Restauração (MNER),<br />

haverá um <strong>de</strong>bate entre os participantes<br />

sobre a “difícil situação<br />

em que se encontra o sector da<br />

restauração”. Amanhã, às 16 horas,<br />

no Teatro Miguel Franco, em <strong>Leiria</strong>,<br />

rea-liza-se iniciativa semelhante. A<br />

Acilis, em parceria com aquele<br />

movimento e com as associações<br />

comerciais da Marinha Gran<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />

Pombal, vai dar a conhecer as<br />

acções a empreen<strong>de</strong>r este mês em<br />

<strong>de</strong>fesa da <strong>de</strong>scida do IVA na restauração.<br />

Também será apresentado<br />

aquele movimento nacional e está<br />

prevista a intervenção <strong>de</strong> quatro<br />

presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> câmara. Um estudo<br />

recente que a PriceWaterhouseCooper<br />

e a Espanha & Associados <strong>de</strong>senvolveram<br />

para a associação<br />

AHRESP dá conta que manutenção<br />

do IVA em 23% po<strong>de</strong> levar a uma<br />

redução do volume <strong>de</strong> negócios<br />

que po<strong>de</strong> ascen<strong>de</strong>r a 1750 milhões<br />

<strong>de</strong> euros, entre 2011 e 2013, ao <strong>de</strong>saparecimento<br />

<strong>de</strong> 39 mil empresas<br />

e à extinção <strong>de</strong> 99 mil empregos.<br />

Na segunda-feira, 19, cumpre-se o<br />

dia sem restaurantes, dando início<br />

a uma semana <strong>de</strong> protestos.<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Minipreço abre<br />

nova loja em<br />

franchising<br />

❚ A partir do próximo dia 30, a<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> contará com uma<br />

nova loja Minipreço, situada na<br />

Rua Capitão Mouzinho <strong>de</strong> Albuquerque<br />

(junto à escola do 1º ciclo<br />

do Arrabal<strong>de</strong>). Será a oitava loja<br />

franchisada <strong>de</strong> José Fernan<strong>de</strong>s,<br />

cuja aposta, explica o empresário<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, incidirá na fruta,<br />

legumes e peixe fresco, além <strong>de</strong><br />

pão e charcutaria. A loja manterá<br />

sete colaboradores da anterior<br />

gestão (do Ponto Fresco), empregando,<br />

além <strong>de</strong>stes, mais sete funcionários.<br />

Para José Fernan<strong>de</strong>s,<br />

vale a pena investir em “lojas <strong>de</strong><br />

proximida<strong>de</strong>, com serviços <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> a preços apelativos”. A<br />

próxima loja, adianta o empresário,<br />

abrirá no Paião, na<br />

Figueira da Foz, e vai criar 16 postos<br />

<strong>de</strong> trabalho.


24 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Economia<br />

ACEGE discute amor como critério <strong>de</strong> gestão<br />

António Pinto Leite, presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />

Cristã <strong>de</strong> Empresários e Gestores (ACEGE) está hoje<br />

em <strong>Leiria</strong> para falar sobre o amor como critério <strong>de</strong><br />

gestão. O evento <strong>de</strong>verá começar às 20:30 horas,<br />

nas instalações da Nerlei.<br />

Vinhos Goanvi festeja<br />

estatuto PME Lí<strong>de</strong>r<br />

com clientes<br />

DR<br />

Alcobaça Workshop<br />

sobre estratégias <strong>de</strong><br />

internacionalização<br />

Lançamento Livro<br />

ensina a ser<br />

profissional freelancer<br />

Caldas da Rainha<br />

Activida<strong>de</strong> empresarial<br />

analisada em encontro<br />

A se<strong>de</strong> da Goanvi, em Alcobaça, é o<br />

local escolhido para festejar a<br />

atribuição do Estatuto PME Lí<strong>de</strong>r e<br />

a obtenção da certificação segundo<br />

a norma IFS FOOD. O evento<br />

<strong>de</strong>corre no dia 20, com a presença<br />

<strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s, clientes e instituições<br />

ligadas ao sector do vinho. A<br />

empresa é especialista na prestação<br />

<strong>de</strong> serviços na área dos vinhos e <strong>de</strong><br />

Janeiro a Outubro facturou mais <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>z milhões <strong>de</strong> euros, informa em<br />

comunicado.<br />

O Your Hotel & SPA, em Alcobaça,<br />

acolhe no dia 21 um workshop sobre<br />

estratégias para a internacionalização.<br />

O evento tem início às 9<br />

horas e vai abordar aspectos como<br />

os motivos que levam as empresas<br />

a internacionalizar-se, a selecção<br />

dos mercados externos, as formas<br />

<strong>de</strong> entrada nesses mercados<br />

(exportação directa ou indirecta,<br />

parcerias, investimento e<br />

aquisições). Será ainda apresentado<br />

um caso prático.<br />

Como ser freelancer é o nome do<br />

livro (ebook e papel) <strong>de</strong> Luciano<br />

Larrossa já disponível no<br />

mercado.Trata-se <strong>de</strong> um manual<br />

prático que aborda vários aspectos e<br />

preten<strong>de</strong> ajudar quem quer<br />

começar uma carreira neste regime.<br />

Explica como conseguir clientes e<br />

gerir o orçamento, entre outros<br />

aspectos. Luciano Larrossa é<br />

jornalista, precisamente freelancer,<br />

e colabora sobretudo com o Região<br />

<strong>de</strong> Cister, em Alcobaça.<br />

Realiza-se na quarta-feira, dia 21, no<br />

auditório da Expoeste, em Caldas<br />

da Rainha, o primeira sessão <strong>de</strong><br />

trabalho com empresas do<br />

concelho, no âmbito da iniciativa<br />

Encontros para a Competitivida<strong>de</strong>. O<br />

objectivo é <strong>de</strong>bater temas como a<br />

inovação, criativida<strong>de</strong>,<br />

internacionalização e<br />

financiamento, num ambiente<br />

facilitador <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> experiências<br />

e <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> crescimento.<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

Faz-te à vidaensina<br />

jovens em <strong>Leiria</strong><br />

Decathlon recebeu 150 mil clientes em <strong>Leiria</strong><br />

DR<br />

Inovação Helena<br />

Coelho é embaixadora<br />

da cavala <strong>de</strong> Peniche<br />

Prosseguindo a sua estratégia <strong>de</strong><br />

capacitação dos jovens para o<br />

mundo profissional e <strong>de</strong><br />

estimulação do espírito<br />

empreen<strong>de</strong>dor leiriense, a<br />

Associação Fazer Avançar (AFA)<br />

organiza, em conjunto com a<br />

SEDES, a sua primeira<br />

Conferência <strong>de</strong><br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo, no auditório<br />

da Associação Empresarial da<br />

Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. O evento realizase<br />

no próximo sábado, com início<br />

às 9:30 horas e prolongando-se<br />

até ao fim do dia. Segundo a<br />

coor<strong>de</strong>nadora do projecto Faz-te à<br />

vida, Joana Mendonça, o<br />

programa “foi cuidadosamente<br />

escalonado para que pu<strong>de</strong>sse<br />

contar a história <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que nasce<br />

a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> um negócio até à sua<br />

internacionalização”. O<br />

empreen<strong>de</strong>dor, a equipa,<br />

motivação, protecção da i<strong>de</strong>ia,<br />

apoios à criação do próprio<br />

emprego, importância da imagem,<br />

saber ven<strong>de</strong>r, tipos <strong>de</strong> empresa e a<br />

importância <strong>de</strong> pensar global são<br />

alguns dos temas em análise na<br />

conferência, para a qual estavam<br />

já inscritos, até ao fecho <strong>de</strong>sta<br />

edição, 160 participantes.<br />

Faz no dia 22 um ano que a Decathlon <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

abriu portas e durante este período foi visitada por<br />

150 mil clientes. Permitiu que o <strong>de</strong>sporto se tornasse<br />

“acessível a todos”, apresentando a “melhor relação<br />

qualida<strong>de</strong>/preço”, aponta Elsa Freixeiro, directora<br />

da loja. Nos dias 24 e 25 <strong>de</strong>ste mês festeja-se o<br />

primeiro aniversário, com activida<strong>de</strong>s diversas que<br />

vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o treino funcional ao ténis <strong>de</strong> mesa,<br />

passando pela ginástica acrobática, trampolins,<br />

escalada, an<strong>de</strong>bol e reflexologia, entre outras.<br />

Haverá ainda rastreios e workshops sobre vários<br />

temas. Os clientes “vão ter a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

experimentar um conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>sportos <strong>de</strong> forma<br />

gratuita com os nossos clubes da região e ter<br />

disponível um conjunto <strong>de</strong> promoções exclusivas<br />

neste fim-<strong>de</strong>-semana”. Resultado <strong>de</strong> um<br />

investimento <strong>de</strong> cinco milhões <strong>de</strong> euros, a marca<br />

francesa emprega em <strong>Leiria</strong> uma equipa <strong>de</strong> 40<br />

pessoas. Dispõe <strong>de</strong> uma “vasta gama” <strong>de</strong> artigos<br />

para iniciação e prática regular <strong>de</strong> 65 <strong>de</strong>sportos,<br />

“mas a extensão <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> alguns <strong>de</strong>stes artigos faz<br />

com que consigamos chegar a toda a população,<br />

satisfazendo as necessida<strong>de</strong>s das várias faixas<br />

etárias em vários sectores”, explica a responsável.<br />

O município <strong>de</strong> Peniche lançou<br />

recentemente uma nova edição <strong>de</strong><br />

latas <strong>de</strong> conserva comemorativas<br />

da tradição do concelho nesta área.<br />

Desta vez a estrela é a cavala. O<br />

grafismo <strong>de</strong>sta lata tem como base<br />

uma serigrafia <strong>de</strong> Alexandra Prieto<br />

representando a mítica onda da<br />

Praia <strong>de</strong> Supertubos. Em<br />

comunicado, a câmara refere que<br />

esta lata <strong>de</strong> cavala permite associar<br />

“cinco importantes activos<br />

patrimoniais <strong>de</strong> Peniche”: a<br />

indústria conserveira, a pesca, a<br />

gastronomia tradicional, as praias e<br />

a fileira da onda. À cavala <strong>de</strong><br />

Peniche foi ainda associada a<br />

mo<strong>de</strong>lo e apresentadora <strong>de</strong><br />

televisão Helena Coelho, que é<br />

embaixadora do produto.<br />

DR<br />

Leiturasdasemana (https://www.facebook.com/livraria.arquivo)<br />

Últimato<br />

Rui Moreira<br />

Editora: Oficina do Livro<br />

Um olhar cirúrgico sobre a actual crise política e o estado<br />

da nação, organizado em 12 capítulos sobre as principais<br />

questões que preocupam o país: como a ‘Fadiga Fiscal’,<br />

‘Gorduras do Estado’ as ‘PPP,’ ‘Como Sair da Crise’, entre<br />

outros. De matriz i<strong>de</strong>ológica centro/direita, ‘Ultimato’<br />

não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>ssa forma uma visão in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e<br />

sobretudo apartidária. Um livro, polémico, <strong>de</strong>stinado a<br />

um público interessado em compreen<strong>de</strong>r os meandros<br />

da actual crise política e escrito numa linguagem<br />

acessível ao cidadão comum. Os mesmos cidadãos que<br />

inundaram as ruas <strong>de</strong> Portugal a 15 <strong>de</strong> Setembro.<br />

Li<strong>de</strong>rança Inteligente<br />

Alan Hooper e John Potter<br />

Editora: Actual<br />

Uma abordagem prática para <strong>de</strong>senvolver capacida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança e ensinar a tirar partido da mudança <strong>de</strong><br />

forma eficaz, através da conquista dos "corações e<br />

mentes" <strong>de</strong> todos os envolvidos. Conceitos como<br />

<strong>de</strong>legação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r (empowerment), coaching,<br />

responsabilização, comunicação eficaz, níveis <strong>de</strong><br />

li<strong>de</strong>rança e avaliação são aprofundados ao longo dos<br />

oito capítulos. São apresentados vários casos <strong>de</strong> sucesso<br />

tendo por base vinte e cinto entrevistas a lí<strong>de</strong>res com<br />

provas dadas. Esta leitura é ilustrada com diagramas,<br />

esquemas <strong>de</strong> resumo e permite estimar o sucesso da<br />

li<strong>de</strong>rança com a ajuda <strong>de</strong> vários testes <strong>de</strong> avaliação.


Economia<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 25<br />

Projecto criará cerca <strong>de</strong> 1700 empregos no País<br />

Grupo Bel Respol quer<br />

investir 30 milhões para<br />

produzir tabaco <strong>de</strong> enrolar<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ O Grupo Bel Respol preten<strong>de</strong> investir<br />

30 milhões <strong>de</strong> euros para<br />

construir duas fábricas <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> tabaco <strong>de</strong> enrolar. O projecto<br />

<strong>de</strong>verá criar um total <strong>de</strong> 1700 empregos<br />

(dos quais 200 em <strong>Leiria</strong>),<br />

mas está <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do que vier a<br />

ficar <strong>de</strong>finido no Orçamento <strong>de</strong><br />

Estado quanto aos impostos sobre<br />

aquele produto, explica Marco Galinha.<br />

O administrador do grupo lembra<br />

que o OE para 2013 previa um aumento<br />

<strong>de</strong> “mais <strong>de</strong> 100%” nos impostos<br />

sobre o tabaco <strong>de</strong> enrolar, situação<br />

que, a manter-se, torna “inviável”<br />

o projecto. Por isso, os promotores<br />

do investimento reuniram<br />

com o po<strong>de</strong>r político para alertar<br />

para esta situação. “Numa altura<br />

em que tanto se fala na necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> reduzir as importações<br />

e <strong>de</strong> criar emprego, seria uma<br />

pena Portugal <strong>de</strong>sperdiçar um investimento<br />

<strong>de</strong>stes”, consi<strong>de</strong>ra Marco<br />

Galinha.<br />

O administrador explica que com<br />

este projecto, que já suscitou o interesse<br />

<strong>de</strong> um investidor estrangeiro,<br />

serão substituídas importações<br />

por tabaco nacional, que voltaria<br />

a ser produzido em algumas<br />

zonas do País. “Reunimos com<br />

agricultores <strong>de</strong> Idanha-a-Nova,<br />

Ponte <strong>de</strong> Sôr e Fundão, que se<br />

mostraram dispostos a voltar a<br />

produzir”.<br />

O projecto, que será alvo <strong>de</strong> uma<br />

canditatura ao QREN, prevê a construção<br />

<strong>de</strong> duas unida<strong>de</strong>s: uma <strong>de</strong><br />

processamento, na zona <strong>de</strong> Idanhaa-Nova,<br />

que recebe o tabaco em<br />

bruto e o prepara; e outra <strong>de</strong> transformação,<br />

em <strong>Leiria</strong>, que produz o<br />

produto final. Esta empregará 200<br />

pessoas.<br />

O Grupo Bel Respol <strong>de</strong>tém 37,5% da<br />

DLP (o restante capital está distribuído<br />

por mais seis accionistas),<br />

que é “lí<strong>de</strong>r em alguns tabacos <strong>de</strong><br />

enrolar”. Esta empresa tem produto<br />

<strong>de</strong> marca própria (DL) e representa<br />

marcas como a Denim e a<br />

Eastwood. Aquele grupo <strong>de</strong>tém<br />

ainda a totalida<strong>de</strong> das empresas<br />

Leirivending, Beiradis, Costa &<br />

Diogo e Tabaqueira Bel.<br />

Maioria das empresas recorre a este instrumento tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais<br />

Casos <strong>de</strong> layoff duplicaram<br />

em <strong>Leiria</strong> no último ano<br />

Daniela Franco Sousa<br />

daniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Instrumento <strong>de</strong> gestão usado há<br />

muito nos países nórdicos, para<br />

equilibrar as empresas nos momentos<br />

<strong>de</strong> menor activida<strong>de</strong>, e com<br />

resultados positivos em estruturas<br />

bem organizadas, o layoff só recentemente<br />

começou a ser mais utilizado<br />

pelos empresários portugueses,<br />

à medida que a crise e a quebra<br />

das vendas se intensificaram. Existe,<br />

porém, uma gran<strong>de</strong> diferença na<br />

forma como os portugueses utilizam<br />

esta ferramenta, o que tem inviabilizado<br />

o equilíbrio da maioria dos<br />

negócios.<br />

Segundo o Instituto da Segurança<br />

Social, entre Janeiro e Outubro<br />

<strong>de</strong>ste ano, entraram em layoff 438<br />

empresas, mais do dobro das que<br />

recorreram ao mesmo instrumento<br />

no período homólogo <strong>de</strong> 2011<br />

(187). “As indústrias transformadoras<br />

e o comércio por grosso e a retalho,<br />

assim como a reparação <strong>de</strong><br />

veículos automóveis e motociclos”<br />

foram os sectores on<strong>de</strong> esta prática<br />

mais se verificou. O distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

acompanhou a tendência, com<br />

20 empresas em layoff <strong>de</strong> Janeiro a<br />

Outubro do ano passado, e 40 na<br />

mesma situação no período homólogo<br />

<strong>de</strong> 2012.<br />

Legislação<br />

O que é e para que<br />

serve o layoff?<br />

O termo layoff refere-se à<br />

redução <strong>de</strong> horário <strong>de</strong> trabalho<br />

ou à sua suspensão durante<br />

<strong>de</strong>terminado período. As<br />

empresas po<strong>de</strong>m recorrer a este<br />

instrumento <strong>de</strong> gestão quando<br />

o seu normal funcionamento<br />

for afectado, pondo em causa a<br />

sua viabilida<strong>de</strong>. É uma solução<br />

temporária, que visa manter a<br />

empresa e os seus postos <strong>de</strong><br />

trabalho.<br />

O layoff não po<strong>de</strong> ir além dos<br />

seis meses, apesar <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r ser<br />

prorrogado. Durante esse<br />

período, a Segurança Social<br />

paga 70% da retribuição <strong>de</strong>vida<br />

ao trabalhador e a empresa<br />

30%.<br />

O trabalhador recebe<br />

compensação salarial mensal<br />

igual a dois terços do seu<br />

salário líquido normal, sendo<br />

que tal compensação não po<strong>de</strong><br />

ser menor do que o salário<br />

mínimo nacional. Durante o<br />

layoff e nos 60 dias seguintes, o<br />

empregador não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>spedir,<br />

sob pena <strong>de</strong> ser obrigado a<br />

<strong>de</strong>volver o apoio.<br />

Pedro da Quitéria Faria, advogado<br />

especialista em questões laborais, explica<br />

que, ao contrário das empresas<br />

nórdicas, que “fazem uma gestão estratégica<br />

dos recursos humanos e<br />

realizam projecções a médio prazo<br />

das variações financeiras”, a maioria<br />

dos empresários portugueses não<br />

antecipa resultados e parte para o layoff<br />

“já em situação <strong>de</strong> pré-ruptura<br />

financeira”. Assim, são poucos os casos<br />

on<strong>de</strong> a sua aplicação é bem sucedida.<br />

Devidamente utilizado, este<br />

po<strong>de</strong> ser um bom instrumento <strong>de</strong><br />

gestão, acredita o advogado.<br />

Essa é também a convicção <strong>de</strong><br />

Jorge Martins, administrador da<br />

Bourbon Automotive Plastics, fabricante<br />

<strong>de</strong> componentes para a<br />

indústria automóvel, que tenciona<br />

reduzir o horário <strong>de</strong> trabalho em<br />

Dezembro, e entre Janeiro e Junho<br />

do próximo ano, em virtu<strong>de</strong> da<br />

quebra nas vendas. Mesmo as empresas<br />

financeiramente sólidas po<strong>de</strong>m<br />

rapidamente <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> o ser, e<br />

é preciso agir por antecipação, explica.<br />

A empresa vai ainda tentar<br />

alargar a produção aos componentes<br />

eléctricos e electrónicos. Enquanto<br />

isso, sabendo que estas medidas<br />

<strong>de</strong>moram a surtir efeitos, recorrerá<br />

ao layoff, sendo que as paragens<br />

agora anunciadas po<strong>de</strong>rão<br />

até ser “mais suaves”.<br />

Região positiva<br />

Emotional<br />

Hotel<br />

convence<br />

crítica<br />

mundial<br />

❚ Ainda antes <strong>de</strong> ser inaugurado, o Cooking and Nature –<br />

Emotional Hotel já integrava a shortlist do International Hotel<br />

Design Award, concurso que promove hotéis, bares ou<br />

restaurantes do mundo com “<strong>de</strong>sign, ambiente ou arquitectura<br />

inovadores e alternativos”. De acordo com o promotor,<br />

Rui Anastácio (na foto), esta unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> turismo<br />

rural, situada em pleno Parque Natural da Serra <strong>de</strong> Aire e<br />

Can<strong>de</strong>eiros, em Alvados, Porto <strong>de</strong> Mós, foi nomeada na<br />

categoria <strong>de</strong> hotéis com menos <strong>de</strong> 50 quartos, ao lado <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s projectos <strong>de</strong> todo o mundo, on<strong>de</strong> viria a ganhar<br />

um hotel australiano. Segundo Rui Anastácio, a “unida<strong>de</strong><br />

intimista” aposta “na diferenciação e na inovação”, <strong>de</strong>stacando-se<br />

pelo conceito <strong>de</strong> cooking, que permite aos hóspe<strong>de</strong>s<br />

confeccionarem as suas próprias refeições com a ajuda<br />

<strong>de</strong> um chef. Além disso, o Emotional Hotel apela aos<br />

sentidos e às emoções, com 12 quartos <strong>de</strong> diferentes atmosferas<br />

que recriam 12 estados <strong>de</strong> alma. Micro-produção<br />

<strong>de</strong> energia e aproveitamento <strong>de</strong> águas das chuvas são<br />

outras especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste espaço, on<strong>de</strong> foram investidos<br />

1,2 milhões <strong>de</strong> euros. A inauguração oficial está prevista<br />

para o início <strong>de</strong> Dezembro.<br />

Que importância tem esta distinção internacional?<br />

É um prémio internacional <strong>de</strong> alto prestígio. É muito importante,<br />

na medida em que nos dá visibilida<strong>de</strong> junto da<br />

comunida<strong>de</strong> mais ligada ao <strong>de</strong>sign, mas é também importante<br />

para os próprios projectistas. Foi <strong>de</strong> resto a Iznogud,<br />

<strong>de</strong> Fátima, que tomou a iniciativa <strong>de</strong> candidatar<br />

o projecto. É mais uma oportunida<strong>de</strong> para afirmar turismo<br />

<strong>de</strong> Portugal. É também positivo para a região, geralmente<br />

mais associada ao turismo <strong>de</strong> massas, <strong>de</strong>signadamente<br />

ao turismo <strong>de</strong> Fátima. Trata-se <strong>de</strong> uma oferta diferenciadora,<br />

que valoriza o Parque Natural das Serras <strong>de</strong><br />

Aire e Can<strong>de</strong>eiros.<br />

Qual é o vosso público-alvo?<br />

São portugueses, também, mas estabelecemos parcerias<br />

com os mercados internacionais, nomeadamente com o<br />

Brasil, Centro e Norte da Europa e Estados Unidos da América.<br />

Pensamos que conseguiremos afirmar-nos <strong>de</strong> maneira<br />

consistente e, paulatinamente, criar o nosso mercado e notorieda<strong>de</strong>.<br />

Qual <strong>de</strong>verá ser a estratégia para combater as baixas taxas<br />

<strong>de</strong> ocupação da hotelaria na região?<br />

O caminho é a diferenciação. Veremos também se a economia<br />

ajuda. Mas julgo que não faz sentido crescer se não<br />

for em qualida<strong>de</strong>. DFS<br />

Rui Anastácio<br />

refere que o<br />

caminho para<br />

a hotelaria da<br />

região é a<br />

diferenciação<br />

DR


26 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Economia Motor<br />

Para Portugal virão apenas as versões turbodiesel do Citan<br />

Sodicentro apresentou<br />

“herói urbano” da Merce<strong>de</strong>s<br />

Jacinto Silva Duro<br />

jacinto.duro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ A Sodicentro <strong>Leiria</strong>, concessionário<br />

da marca Merce<strong>de</strong>s na região,<br />

apresentou, pela primeira vez, ao público<br />

o novo mo<strong>de</strong>lo Citan, nas suas<br />

instalações, na sexta-feira à noite.<br />

Este é um novo comercial compacto<br />

da marca alemã <strong>de</strong>rivado do<br />

Renault Kangoo, no âmbito da parceria<br />

Daimler-Renault-Nissan e que<br />

teve a sua estreia oficial no Salão <strong>de</strong><br />

Veículos Comerciais <strong>de</strong> Hannover, na<br />

Alemanha, em Setembro passado.<br />

Para chegar ao nome, o construtor<br />

germânico misturou as palavras inglesas<br />

City e Titan - “cida<strong>de</strong>” e “titã”<br />

-, para colocar em <strong>de</strong>staque algumas<br />

das suas características principais.<br />

Este “titã da cida<strong>de</strong>” <strong>de</strong>stina-se principalmente<br />

ao mercados dos veículos<br />

comerciais profissionais e está<br />

disponível com três comprimentos<br />

diferentes <strong>de</strong> 3,94, 4,32 e 4,71 metros,<br />

ou, por outras palavras, em versão<br />

compacta, normal e longa.<br />

Para as famílias mais numerosas,<br />

há uma versão <strong>de</strong> passageiros, que<br />

promete oferecer o mesmo conforto<br />

e requinte <strong>de</strong> um tradicional familiar<br />

compacto. Assim, o Citan será<br />

proposto nas variantes Panel Van,<br />

Crewbus e Mixed-use. O compartimento<br />

<strong>de</strong> carga é bastante amplo e<br />

optimiza todo o espaço que é limitado<br />

pelo tamanho da carroçaria.<br />

Debaixo do capot, o novo comercial<br />

da Merce<strong>de</strong>s aposta num propulsor<br />

1.5 dCi, que aqui recebe a <strong>de</strong>signação<br />

CDI, nos níveis <strong>de</strong> potência<br />

Para Portugal virão apenas as versões turbodiesel do Citan<br />

<strong>de</strong> 90 e 110cv. Sempre que a marca<br />

enten<strong>de</strong>r viável a sua introdução<br />

no mercado, haverá ainda uma variante<br />

do 1.5 dCi, com 75cv, além <strong>de</strong><br />

um motor a gasolina 1.2 TCe <strong>de</strong><br />

115cv. Para Portugal, virão apenas as<br />

versões turbodiesel. Não ficaram<br />

esquecidas as preocupações ambientais<br />

nesta gama <strong>de</strong> motores que<br />

oferecem médias <strong>de</strong> consumo mais<br />

reduzidas e as emissões poluentes<br />

mais comedidas. No futuro, está<br />

também prevista uma solução equipada<br />

com um grupo propulsor eléctrico.<br />

Para melhor ilustrar a versatilida<strong>de</strong><br />

da Citan, a Merce<strong>de</strong>s recorreu aos<br />

préstimos <strong>de</strong> Richard Dean An<strong>de</strong>rson.<br />

Quem mais, além do <strong>de</strong>senrascado<br />

MacGyver para mostrar todo o<br />

potencial <strong>de</strong>ste veículo, numa série<br />

<strong>de</strong> anúncios <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo que completa<br />

a gama <strong>de</strong> oferta em termos comerciais<br />

do construtor alemão?<br />

Disponíveis no canal do portal<br />

Youtube e no site da construtora<br />

germânica, três filmes mostram um<br />

MacGyver ligeiramente mais velho<br />

e pesado, mas sempre com uma solução<br />

e “<strong>de</strong>senrascanço” para qualquer<br />

problema, que salva o país da<br />

“Frau Europa”, Angela Merkel, a<br />

bordo <strong>de</strong> uma Citan.<br />

Volkswagen sobe a fasquia no mo<strong>de</strong>lo mais popular<br />

Lubrigaz mostrou a mais recente geração Golf<br />

DR<br />

ACAP prevê <strong>de</strong>sastre<br />

Mercado <strong>de</strong> novo<br />

em queda livre<br />

❚Não há fim à vista. O mercado <strong>de</strong><br />

veículos <strong>de</strong> duas rodas, <strong>de</strong> quadriciclos<br />

e automóveis ligeiros e pesados<br />

continua em queda livre.<br />

Segundo as contas da Associação<br />

do Comércio Automóvel <strong>de</strong> Portugal<br />

(ACAP), em Outubro foram comercializados<br />

em Portugal 7.388<br />

automóveis ligeiros <strong>de</strong> passageiros,<br />

o que representou uma queda <strong>de</strong><br />

19,1 por cento, face aos números registados<br />

no ano passado.<br />

Os números mostram que, em<br />

termos acumulados, no período<br />

<strong>de</strong> Janeiro a Outubro <strong>de</strong> 2012, as<br />

vendas <strong>de</strong> automóveis ligeiros <strong>de</strong><br />

passageiros ficaram nas 81.827 unida<strong>de</strong>s,<br />

o que correspon<strong>de</strong> a uma<br />

queda <strong>de</strong> 38,3 por cento relativamente<br />

ao mesmo período homólogo<br />

<strong>de</strong> 2011.<br />

“O comportamento do mercado<br />

no mês <strong>de</strong> Outubro evi<strong>de</strong>nciou<br />

uma variação percentual negativa<br />

menos acentuada do que a queda<br />

acumulada nos <strong>de</strong>z primeiros meses<br />

do ano. Esta situação <strong>de</strong>corre<br />

do facto do mercado ter registado<br />

uma evolução muito negativa nos<br />

três últimos meses <strong>de</strong> 2011, provocando,<br />

assim, um efeito <strong>de</strong> base<br />

não negligenciável e que se reflectiu<br />

numa queda percentual menor<br />

do que o esperado em Outubro <strong>de</strong><br />

2012”, po<strong>de</strong> ler-se no comunicado<br />

da associação.<br />

Já o mercado das duas rodas registou<br />

uma queda global <strong>de</strong> 21,7 por<br />

cento, tendo sido comercializadas<br />

1.449 unida<strong>de</strong>s neste mês.<br />

Em termos acumulados, nos primeiros<br />

<strong>de</strong>z meses <strong>de</strong> 2012, foram<br />

vendidos 19.962 veículos <strong>de</strong> duas<br />

rodas e <strong>de</strong> quadriciclos novos.<br />

Alemanha<br />

Europa Porsche<br />

produz menos<br />

❚ A sétima geração do Golf foi<br />

apresentada na Lubrigaz, em <strong>Leiria</strong>,<br />

na sexta-feira. Se é certo o ditado<br />

que diz que, em Equipa que<br />

ganha, não se <strong>de</strong>ve mexer, a Volkswagen<br />

manteve o conceito <strong>de</strong>ste<br />

automóvel, mas fê-lo evoluir. Tornou-o<br />

ainda melhor. Subiu tanto a<br />

fasquia que há já quem diga que<br />

este Golf representa uma ameaça<br />

aos mo<strong>de</strong>los Premium do segmento<br />

e mo<strong>de</strong>los do segmento acima.<br />

O Golf VII assenta na plataforma<br />

MQB, o que lhe confere um estilo<br />

mais anguloso, e traz novos novos<br />

motores. O habitáculo está mais espaçoso<br />

e a mala cresceu e exibe<br />

agora 380 litros, além disso, é muito<br />

insonorizado, mesmo em velocida<strong>de</strong>s<br />

mais elevadas.<br />

Exteriormente, apresenta-se com<br />

um <strong>de</strong>sign mais leve, com menos<br />

formas redondas, <strong>de</strong> acordo com as<br />

novas tendências dominantes no<br />

mercado.<br />

Mas regressando aos propulsores,<br />

o Golf conta com o motor 1.4<br />

TSI, <strong>de</strong> 140 cv, com um sistema que<br />

<strong>de</strong>sliga dois cilindros quando em<br />

andamento regularizado e a alternância<br />

entre o modo dois ou quatro<br />

cilindros é suave e imperceptível.<br />

O consumo fica pelos 4,7 l/100<br />

km e as emissões pelos 109 gr/km<br />

<strong>de</strong> CO2.<br />

O mo<strong>de</strong>lo mais aguardado, contudo,<br />

é o VW Golf VII 1.6 Tdi, <strong>de</strong> 105<br />

CV, um motor diesel que, seguindo<br />

a tradição nacional, <strong>de</strong>verá ser o<br />

mais vendido, no mercado nacional.<br />

JACINTO SILVA DURO<br />

Habitáculo está mais espaçoso e mala cresceu para os 380 litros<br />

❚ Para tornar compatível a procura<br />

no mercado europeu, a Porsche<br />

anunciou que vai diminuir a produção<br />

dos Boxster, Cayman e 911,<br />

a partir <strong>de</strong> Janeiro, na sua unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Zuffenhausen, nas proximida<strong>de</strong>s<br />

da fábrica <strong>de</strong> Estugarda, na<br />

Alemanha. A notícia é avançada<br />

pela revista Automotive News,<br />

que refere que a fábrica passará a<br />

operar apenas <strong>de</strong> segunda a sextafeira,<br />

eliminando o trabalho ao<br />

fim-<strong>de</strong>-semana. A marca está ainda<br />

a estudar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reduzir<br />

os turnos <strong>de</strong> oito para sete<br />

horas. A crise europeia levou a<br />

uma diminuição <strong>de</strong> 4,5% <strong>de</strong> vendas<br />

em Outubro, na Europa mas,<br />

a nível global, a marca registou um<br />

crescimento <strong>de</strong> 24%, no mercado<br />

da China e EUA.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 27<br />

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30 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1479 - 15.11.2012<br />

Convocam-se os Associados da Liga dos Amigos do Hospital<br />

Distrital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, para uma Assembleia Geral Ordinária,<br />

a realizar no dia 05 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2012 pelas<br />

14h30 no Salão Nobre do Hospital <strong>de</strong> Santo André, com<br />

a seguinte Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Trabalhos:<br />

1- Apresentação do Balancete referido a 30 <strong>de</strong> Outubro<br />

2012;<br />

2- Informação sobre as acções <strong>de</strong>senvolvidas em<br />

2012;<br />

3- Apresentação e votação do orçamento para 2013;<br />

4- Apresentação do programa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s para<br />

2013;<br />

5- Outros assuntos a apresentar pela Direcção ou<br />

pelos Associados.<br />

● INFORMAÇÕES GERAIS<br />

AMITEI - Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social<br />

<strong>de</strong> Marrazes<br />

CONVOCATÓRIA<br />

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA<br />

29 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 – 21H – SALÃO SOCIAL MARRAZES<br />

ORDEM DE TRABALHOS<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1479 - 15.11.2012<br />

● APRESENTAÇÃO E VOTAÇÃO DO PLANO, AÇÃO E ORÇAMENTO PARA 2013<br />

● APRESENTAÇÃO E VOTAÇÃO DO REGULAMENTO DAS SECÇÕES<br />

● APRESENTAÇÃO E VOTAÇÃO DO REGULAMENTO ELEITORAL<br />

O PRESIDENTE DA MAG<br />

NOTA: SE À HORA MARCADA NÃO ESTIVER REPRESENTADA A MAIORIA DOS SÓCIOS, A ASSEMBLEIA FUNCIONA ½ HORA<br />

DEPOIS, COM OS SOCIOS PRESENTES.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1479 - 15.11.2012<br />

AVISO N.º 96/2012<br />

Departamento Administrativo e Financeiro/ Divisão Jurídica<br />

Regulamento Municipal do Parque <strong>de</strong> Estacionamento da Fonte Quente<br />

Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Botelho Machado, Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, em cumprimento do disposto nos n.os<br />

1 e 2 do artigo 91.º da Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro, na redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> janeiro, torna<br />

público que, sob proposta da Câmara Municipal <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2012, o projeto <strong>de</strong> Regulamento Municipal do<br />

Parque <strong>de</strong> Estacionamento da Fonte Quente foi aprovado, por unanimida<strong>de</strong>, na sessão ordinária da Assembleia Municipal<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2012, ao abrigo das competências que lhe são cometidas em matéria regulamentar,<br />

previstas na alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º conjugada com a alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º, ambas da mesma Lei<br />

n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro.<br />

Mais torna público que, nos termos do disposto no artigo 118.º do Código do Procedimento Administrativo, o projeto<br />

foi submetido a apreciação pública, por um período <strong>de</strong> trinta dias contados da sua publicação no Diário da República,<br />

2.ª série, n.º 208, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2011, tendo-se procedido igualmente à sua publicitação através <strong>de</strong> edital<br />

que foi afixado nos locais <strong>de</strong> estilo e no portal do Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na internet em www.cm-leiria.pt e, em cumprimento<br />

do estabelecido no artigo 117.º do Código do Procedimento Administrativo, foi sujeito a audiência dos interessados,<br />

tendo sido incluídas algumas das sugestões apresentadas.<br />

Torna ainda público que o regulamento será publicitado através <strong>de</strong> edital a afixar nos lugares <strong>de</strong> estilo e no portal do<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na internet em www.cm-leiria.pt, bem como no Diário da República e em dois jornais do concelho,<br />

por extrato ou aviso. Nos termos do seu artigo 35.º, o regulamento entra em vigor 15 dias úteis após a sua publicação<br />

no Diário da República.<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, 29 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012<br />

A Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal<br />

(Artigos 57.º e 79. º da Lei n.º 169/99,18/set., alterada pela Lei n.º5-A/2002, 11/jan.)<br />

Lur<strong>de</strong>s Machado<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1479 - 15.11.2012<br />

Largo da República, 2414-006 <strong>Leiria</strong> • N.I.P.C.: 505 181 266 • Telef.: 244 839 500 • N.º Ver<strong>de</strong>: 800 202 791<br />

Sítio: www.cm-leiria.pt • email: cmleiria@cm-leiria.pt<br />

Caso à hora marcada não estejam presente mais <strong>de</strong><br />

meta<strong>de</strong> dos Associados com direito a voto, a Assembleia<br />

iniciará meia hora mais tar<strong>de</strong>, com qualquer número <strong>de</strong><br />

presenças.<br />

AVISO N.º 97/2012<br />

Departamento Administrativo e Financeiro/ Divisão Jurídica<br />

<strong>Leiria</strong>, 02 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

O Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Geral<br />

Dr. Henrique Manuel Correia Pinto<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1479 - 15.11.2012<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1479 - 15.11.2012<br />

Regulamento do Exercício da Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Guarda-Noturno do Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Botelho Machado, Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, em cumprimento do disposto nos n.os<br />

1 e 2 do artigo 91.º da Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro, na redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> janeiro, torna<br />

público que, sob proposta da Câmara Municipal <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2012, o projeto <strong>de</strong> Regulamento do Exercício da<br />

Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Guarda-Noturno do Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foi aprovado, por unanimida<strong>de</strong>, na sessão ordinária da Assembleia<br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2012, ao abrigo das competências que lhe são cometidas em matéria<br />

regulamentar, previstas na alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º conjugada com a alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º, ambas<br />

da mesma Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro.<br />

Mais torna público que, nos termos do disposto no artigo 118.º do Código do Procedimento Administrativo, o projeto<br />

foi submetido a apreciação pública, por um período <strong>de</strong> trinta dias contados da sua publicação no Diário da República,<br />

2.ª série, n.º 235, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2011, tendo-se procedido igualmente à sua publicitação através <strong>de</strong> edital<br />

que foi afixado nos locais <strong>de</strong> estilo e no portal do Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na internet em www.cm-leiria.pt e, em cumprimento<br />

do estabelecido no artigo 117.º do Código do Procedimento Administrativo, foi sujeito a audiência dos interessados,<br />

tendo sido incluídas algumas das sugestões apresentadas.<br />

Torna ainda público que o regulamento será publicitado através <strong>de</strong> edital a afixar nos lugares <strong>de</strong> estilo e no portal do<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na internet em www.cm-leiria.pt, bem como no Diário da República e em dois jornais do concelho,<br />

por extrato ou aviso. Nos termos do seu artigo 34.º, o regulamento entra em vigor 15 dias após a sua publicação<br />

no Diário da República.<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, 29 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012<br />

A Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal<br />

(Artigos 57.º e 79. º da Lei n.º 169/99,18/set., alterada pela Lei n.º5-A/2002, 11/jan.)<br />

Lur<strong>de</strong>s Machado<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1479 - 15.11.2012<br />

Largo da República, 2414-006 <strong>Leiria</strong> • N.I.P.C.: 505 181 266 • Telef.: 244 839 500 • N.º Ver<strong>de</strong>: 800 202 791<br />

Sítio: www.cm-leiria.pt • email: cmleiria@cm-leiria.pt<br />

AVISO N.º 98/2012<br />

Departamento Administrativo e Financeiro/ Divisão Jurídica<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1479 - 15.11.2012<br />

Regulamento Municipal do Parque <strong>de</strong> Estacionamento do Mercado <strong>de</strong> Sant’Ana<br />

Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Botelho Machado, Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, em cumprimento do disposto nos n.os<br />

1 e 2 do artigo 91.º da Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro, na redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> janeiro, torna<br />

público que, sob proposta da Câmara Municipal <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2012, o projeto <strong>de</strong> Regulamento Municipal do<br />

Parque <strong>de</strong> Estacionamento do Mercado <strong>de</strong> Sant’Ana foi aprovado, por unanimida<strong>de</strong>, na sessão ordinária da Assembleia<br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2012, ao abrigo das competências que lhe são cometidas em matéria<br />

regulamentar, previstas na alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º conjugada com a alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º, ambas<br />

da mesma Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro.<br />

Mais torna público que, nos termos do disposto no artigo 118.º do Código do Procedimento Administrativo, o projeto<br />

foi submetido a apreciação pública, por um período <strong>de</strong> trinta dias contados da sua publicação no Diário da República,<br />

2.ª série, n.º 207, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2011, tendo-se procedido igualmente à sua publicitação através <strong>de</strong> edital<br />

que foi afixado nos locais <strong>de</strong> estilo e no portal do Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na internet em www.cm-leiria.pt e, em cumprimento<br />

do estabelecido no artigo 117.º do Código do Procedimento Administrativo, foi sujeito a audiência dos interessados,<br />

tendo sido incluídas algumas das sugestões apresentadas.<br />

Torna ainda público que o regulamento será publicitado através <strong>de</strong> edital a afixar nos lugares <strong>de</strong> estilo e no portal do<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na internet em www.cm-leiria.pt, bem como no Diário da República e em dois jornais do concelho,<br />

por extrato ou aviso. Nos termos do seu artigo 34.º, o regulamento entra em vigor 15 dias úteis após a sua publicação<br />

no Diário da República.<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, 29 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012<br />

A Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal<br />

(Artigos 57.º e 79. º da Lei n.º 169/99,18/set., alterada pela Lei n.º5-A/2002, 11/jan.)<br />

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Sítio: www.cm-leiria.pt • email: cmleiria@cm-leiria.pt<br />

AVISO N.º 99/2012<br />

Departamento Administrativo e Financeiro/ Divisão Jurídica<br />

Regulamento <strong>de</strong> Ocupação do Espaço Público do Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Botelho Machado, Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, em cumprimento do disposto nos n.os<br />

1 e 2 do artigo 91.º da Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro, na redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> janeiro, torna<br />

público que, sob proposta da Câmara Municipal <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2012, o projeto <strong>de</strong> Regulamento <strong>de</strong> Ocupação<br />

<strong>de</strong> Espaço Público do Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foi aprovado, por maioria, na sessão ordinária da Assembleia Municipal<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> setembro e 1 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012, ao abrigo das competências que lhe são cometidas em matéria<br />

regulamentar, previstas na alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º conjugada com a alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º, ambas<br />

da mesma Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro.<br />

Mais torna público que, nos termos do disposto no artigo 118.º do Código do Procedimento Administrativo, o projeto<br />

foi submetido a apreciação pública, por um período <strong>de</strong> trinta dias contados da sua publicação no Diário da República,<br />

2.ª série, n.º 64, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2012, tendo-se procedido igualmente à sua publicitação através <strong>de</strong> edital<br />

que foi afixado nos locais <strong>de</strong> estilo e no portal do Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na internet em www.cm-leiria.pt e, em cumprimento<br />

do estabelecido no artigo 117.º do Código do Procedimento Administrativo, foi sujeito a audiência dos interessados,<br />

tendo sido incluídas algumas das sugestões apresentadas pelas entida<strong>de</strong>s consultadas.<br />

Torna ainda público que o regulamento será publicitado através <strong>de</strong> edital a afixar nos lugares <strong>de</strong> estilo e no portal do<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na internet em www.cm-leiria.pt , bem como no Diário da República e em dois jornais do concelho,<br />

por extrato ou aviso. Nos termos do seu artigo 61.º, o regulamento entra em vigor 15 dias após a sua publicação.<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, 29 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012<br />

A Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal<br />

(Artigos 57.º e 79. º da Lei n.º 169/99,18/set., alterada pela Lei n.º5-A/2002, 11/jan.)<br />

Lur<strong>de</strong>s Machado<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1479 - 15.11.2012<br />

Largo da República, 2414-006 <strong>Leiria</strong> • N.I.P.C.: 505 181 266 • Telef.: 244 839 500 • N.º Ver<strong>de</strong>: 800 202 791<br />

Sítio: www.cm-leiria.pt • email: cmleiria@cm-leiria.pt


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 31<br />

MANUEL RODRIGUES GASPAR<br />

Agente <strong>de</strong> Execução<br />

C.P. 3913<br />

TRIBUNAL JUDICIAL DE ALBUFEIRA<br />

2ºJuízo * Exec. Comum nº2427/07.8TBPBL<br />

Exequente: Ofelpoc-Gestão, Consultoria e Contabilida<strong>de</strong>, Lda.<br />

Executado: Nelson Manuel Neves Rodrigues<br />

M/Refª.: PE/381/2007<br />

ANÚNCIO<br />

2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1479 - 15.11.2012<br />

Nos autos acima i<strong>de</strong>ntificados, encontra-se <strong>de</strong>signado o dia 30 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012, pelas 14.00 horas, no 2º Juízo do<br />

Tribunal Judicial <strong>de</strong> Albufeira, sito na Rua do Município, 8200-161 Albufeira, para abertura <strong>de</strong> propostas, apresentadas através<br />

<strong>de</strong> carta fechada, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria do Tribunal, pelos interessados na compra dos<br />

bens constantes do Auto <strong>de</strong> Penhora:<br />

Verba 1 – Imóvel: Prédio urbano situado em Outeiro <strong>de</strong> Galegas, freguesia e concelho <strong>de</strong> Pombal, casa <strong>de</strong> habitação<br />

<strong>de</strong> cave e rés do chão, AD 160,00 m2 e logradouro 1,040, 00 m2; Norte: Nelson Manuel das Neves Rodrigues;<br />

Sul, Nascente e Poente; Caminho; Matriz 8136; VP 10,801,32€; DESCRIÇÃO PREDIAL: 20015/20080206/Pombal;<br />

Verba 2 - Imóvel: Prédio urbano situado em Outeiro <strong>de</strong> Galegas, freguesia e concelho <strong>de</strong> Pombal, parcela <strong>de</strong> terreno<br />

<strong>de</strong>stinada a construção urbana; Norte e Sul: Joaquim Lopes Brito; Nascente e Poente; Caminho; Matriz 8315; VP<br />

5.400,65€; DESCRIÇÃO PREDIAL: 20016/20080206/Pombal.<br />

O bem será adjudicado ao melhor preço oferecido acima <strong>de</strong>:<br />

Verba 1: 86.408,00 euros (oitenta e seis mil quatrocentos e oito euros) valor este correspon<strong>de</strong>nte a 70% do valor base do<br />

bem penhorado ao executado <strong>de</strong> 123.440,00 euros.<br />

Verba 2: 16.961,00 euros (<strong>de</strong>zasseis mil novecentos e sessenta e um euros) valor este correspon<strong>de</strong>nte a 70% do valor base<br />

do bem penhorado ao executado <strong>de</strong> 24.230,00 euros.<br />

Apenas serão aceites as propostas <strong>de</strong> que conste a i<strong>de</strong>ntificação completa e indicação da residência do proponente, cuja<br />

assinatura <strong>de</strong>verá mostrar-se reconhecida nos termos legais, <strong>de</strong>vendo a proposta indicar se a mesma e o respectivo preço<br />

se refere à totalida<strong>de</strong> ou a parte dos bens.<br />

Foram reclamados pelo Ministério Público, a titulo <strong>de</strong> IMI, créditos no valor <strong>de</strong> 194,43€ e que foram graduados em primeiro<br />

lugar, e pelo Centro Distrital <strong>de</strong> Segurança Social <strong>de</strong> Faro, o montante global <strong>de</strong> 12.914,66€, a titulo <strong>de</strong> contribuições e<br />

juros <strong>de</strong> mora, que foi graduado em terceiro lugar.<br />

É fiel <strong>de</strong>positário dos bens penhorados, que os <strong>de</strong>ve mostrar, a pedido, o Sr. Nelson Manuel Neves Rodrigues, com residência<br />

em Outeiro das Galegas, Pombal.<br />

Nos termos do disposto no artigo 897º, nº 1, do Código <strong>de</strong> Processo Civil, “Os proponentes <strong>de</strong>vem juntar à sua proposta,<br />

como caução, um cheque visado, à or<strong>de</strong>m do solicitador <strong>de</strong> execução ou, na sua falta, da Secretaria, no montante<br />

correspon<strong>de</strong>nte a 20% do valor base dos bens ou garantia bancária no mesmo valor.”<br />

Coimbra, 30 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012<br />

O Agente <strong>de</strong> Execução,<br />

Manuel Rodrigues Gaspar<br />

Agente <strong>de</strong> Execução - C.P. 3913<br />

NIF – 154329223 – Cod. Rep.0728<br />

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LEIRIA<br />

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1479 - 15.11.2012<br />

Usando da competência do N.º 2 do Artigo 18.º, nos termos do artigo 20.º e para os efeitos previstos nas alíneas a), b)<br />

e f) do Artigo 19.º dos Estatutos, convoco os associados a reunirem em ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA, no próximo<br />

dia 21 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2012 (Sexta-Feira), pelas 16 horas, na Se<strong>de</strong> no Largo Cândido dos Reis n.ºs 19 a 25, em Leioria,<br />

com a seguinte:<br />

ORDEM DE TRABALHOS<br />

1 – Apreciação e votação da proposta do Plano <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s e Orçamento previsionais da Caixa para o exercício<br />

<strong>de</strong> 2013 apresentados pelo Conselho <strong>de</strong> Administração e Parecer do Conselho Fiscal.<br />

2 – Eleição dos Órgãos Sociais para o triénio <strong>de</strong> 2013/2015.<br />

3 – Deliberar sobre proposta do Conselho <strong>de</strong> Administração para conversão <strong>de</strong> reservas em capital social.<br />

4 – Deliberar sobre a política <strong>de</strong> remuneração dos membros dos Órgãos <strong>de</strong> Administração e <strong>de</strong> Fiscalização para<br />

o triénio <strong>de</strong> 2013/2015.<br />

Se à hora marcada para a reunião não se verificar número <strong>de</strong> presenças suficiente para a Assembleia funcionar, esta<br />

reunirá, com qualquer número <strong>de</strong> associados presentes, uma hora <strong>de</strong>pois, nos termos do N.º 2 do Artigo 21.º dos Estatutos.<br />

Caixa <strong>de</strong> Crédito Agrícola Mútuo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, 9 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

O Presi<strong>de</strong>nte da Mesa da Assembleia Geral<br />

(José Ribeiro Salgueiro)<br />

AVISO N.º 95/2012<br />

Departamento Administrativo e Financeiro/ Divisão Jurídica<br />

Regulamento do Exercício da Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Arrumador <strong>de</strong> Automóveis do Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Botelho Machado, Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, em cumprimento do disposto nos n.os<br />

1 e 2 do artigo 91.º da Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro, na redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> janeiro, torna<br />

público que, sob proposta da Câmara Municipal <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2012, o projeto <strong>de</strong> Regulamento do Exercício da<br />

Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Arrumador <strong>de</strong> Automóveis do Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foi aprovado, por maioria, na sessão ordinária da Assembleia<br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2012, ao abrigo das competências que lhe são cometidas em matéria regulamentar,<br />

previstas na alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º conjugada com a alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º, ambas da<br />

mesma Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro.<br />

Mais torna público que, nos termos do disposto no artigo 118.º do Código do Procedimento Administrativo, o projeto<br />

foi submetido a apreciação pública, por um período <strong>de</strong> trinta dias contados da sua publicação no Diário da República,<br />

2.ª série, n.º 235, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2011, tendo-se procedido igualmente à sua publicitação através <strong>de</strong> edital<br />

que foi afixado nos locais <strong>de</strong> estilo e no portal do Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na internet em www.cm-leiria.pt e, em cumprimento<br />

do estabelecido no artigo 117.º do Código do Procedimento Administrativo, foi sujeito a audiência dos interessados,<br />

tendo sido incluídas algumas das sugestões apresentadas.<br />

Torna ainda público que o regulamento será publicitado através <strong>de</strong> edital a afixar nos lugares <strong>de</strong> estilo e no portal do<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na internet em www.cm-leiria.pt, bem como no Diário da República e em dois jornais do concelho,<br />

por extrato ou aviso. Nos termos do seu artigo 18.º, o regulamento entra em vigor 15 dias úteis após a sua publicação<br />

no Diário da República.<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, 29 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2012<br />

A Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal<br />

(Artigos 57.º e 79. º da Lei n.º 169/99,18/set., alterada pela Lei n.º5-A/2002, 11/jan.)<br />

Lur<strong>de</strong>s Machado<br />

ORGANIZAÇÃO DE APOIO E SOLIDARIEDADE<br />

PARA A INTEGRAÇÃO SOCIAL<br />

CONVOCATÓRIA<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1479 - 15.11.2012<br />

Convocam-se os sócios <strong>de</strong>sta Instituição para a Assembleia Geral Ordinária, que se vai realizar no próximo dia 23 <strong>de</strong><br />

Novembro <strong>de</strong> 2012, pelas 17.30h, na se<strong>de</strong> da OASIS, sita na Rua do OASIS, nº1, Vale Sepal - Pousos, <strong>Leiria</strong>, com os seguintes<br />

pontos na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhos:<br />

1. Discussão e votação do orçamento para 2013<br />

2. Discussão do Plano <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s para 2013<br />

3. Outros/Informações.<br />

<strong>Leiria</strong>, 05 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

O Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia<br />

Dr. Carlos Rocha <strong>de</strong> Oliveira<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1479 - 15.11.2012<br />

Largo da República, 2414-006 <strong>Leiria</strong> • N.I.P.C.: 505 181 266 • Telef.: 244 839 500 • N.º Ver<strong>de</strong>: 800 202 791<br />

Sítio: www.cm-leiria.pt • email: cmleiria@cm-leiria.pt<br />

Ficha<br />

Técnica<br />

JORLIS, LDA.<br />

Gerência<br />

Maria Alexandra Vieira, Anabela Frazão,<br />

João Nazário<br />

Direcção Editorial<br />

Maria Alexandra Vieira,<br />

Arnaldo Sapinho, Orlando Cardoso,<br />

Anabela Frazão<br />

Coor<strong>de</strong>nação Executiva/<br />

Director<br />

João Nazário<br />

(direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Redacção<br />

Damião Leonel, Daniela Franco Sousa,<br />

Elisabete Cruz, Graça Menitra, Jacinto<br />

Silva Duro, Maria Anabela Silva, Miguel<br />

Sampaio, Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

Fotografia<br />

Ricardo Graça<br />

(ricardo.graca@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Colaboradores permanentes<br />

Ana Ferraz Pereira, Joaquim Paulo, Luci<br />

Pais, Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong>, Orlando Cardoso,<br />

Paula Lagoa<br />

Direcção Gráfica<br />

Gabinete Técnico Jorlis<br />

Paginação e Produção<br />

Isil da Trinda<strong>de</strong> (coor<strong>de</strong>nação)<br />

(isilda.trinda<strong>de</strong>@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Rita Carlos (rita.carlos@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Serviços Administrativos/Assinantes<br />

Cília Ribeiro<br />

(cilia.ribeiro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

(assinantes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Tesouraria<br />

Patrícia Carvalho<br />

(patricia.carvalho@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Serviços Comerciais<br />

Maria Nunes<br />

(maria.nunes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Rui Pereira (rui.pereira@movicortes.pt)<br />

Proprieda<strong>de</strong>/Editor<br />

Jorlis - Edições e Publicações, Lda.<br />

Capital Social: €600.000<br />

NIF 502010401<br />

Sócios com mais <strong>de</strong> 10%: Movicortes,<br />

Serviços e Gestão, Lda.<br />

José Ribeiro Vieira<br />

Morada<br />

Parque Movicortes<br />

2404-006 Azoia - <strong>Leiria</strong><br />

Email<br />

geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Telefones<br />

Geral: 244 800 400<br />

Redacção: 244 800 405<br />

Fax: 244 800 401<br />

Impressão<br />

Grafedisport<br />

Distribuição<br />

VASP<br />

Dia <strong>de</strong> publicação: Quinta-feira<br />

Preço avulso: 1€<br />

Assinatura anual: 35€ (Portugal)<br />

65€ (Europa)<br />

93€ (outros países do mundo)<br />

Tiragem média por edição<br />

Mês <strong>de</strong> Outubro: 15 000 exemplares<br />

N.º <strong>de</strong> registo: 109980<br />

Depósito legal n.º 5628/84<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está aberto<br />

à participação <strong>de</strong> todos os cidadãos<br />

<strong>de</strong> acordo com o ponto 5 do Estatuto<br />

Editorial<br />

Boletim <strong>de</strong> assinatura<br />

Nome | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |<br />

| | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |<br />

Morada | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |<br />

| | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |<br />

CP | | | | | - | | | | Localida<strong>de</strong> | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |<br />

País | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Telefone | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |<br />

Profissão | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Habilitações Literárias | | | | | | | | | | | | | |<br />

N.º Elementos agregado familiar | | | NIF | | | | | | | | | | Data <strong>de</strong> nascimento | | | - | | | - | | | | |<br />

Junto envio cheque/vale postal n.º | | | | | | | | | | no valor <strong>de</strong> 35€ (Portugal), 65€ (Europa), 93€ (outros países<br />

do Mundo) emitido à or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Jorlis, Lda., para pagamento da minha assinatura anual do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (renovável anualmente,<br />

salvo indicações em contrário). Para pagamento por transferência bancária para o NIB 003503930008317863056<br />

(anexar comprovativo). Para mais informações contactar pelo Tel. 244 800 400 - E-mail: assinantes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Assinatura<br />

Palavras cruzadas<br />

Horizontais: 1 – Administrado com economia. 2 - Embelezar com ornatos. Caixões<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, antigamente <strong>de</strong> cortiça (Prov.). 3 - Antiga moeda <strong>de</strong> ouro<br />

árabe. Algebra (abrev.). 4 - Invadiria. Duas vogais. 5 - Estampilhem. Bagatela.<br />

6 - Gálio (s.q.). Pronome pessoal. Ilha <strong>de</strong> Moçambique que conserva valiosos<br />

monumentos. 7 - Partícula <strong>de</strong> energia luminosa, na teoria quântica. Ovelha<br />

(Pref.). 8 - Que tem asas iguais. Outra coisa (Ant.). 9 - Capital da Arábia<br />

Saudita. Pão feito com os estíptes do uricuri (Bras.). 10 - Confe<strong>de</strong>rar, combinar,<br />

Registo, escrituras. 11 - Falta <strong>de</strong> moralida<strong>de</strong>.<br />

Verticais: 1 - Ventos fortes. Fixai a vista em. 2 - Cromo (s.q.). Homens privados<br />

da vista. 950 (Rom.). 3 - Em forma <strong>de</strong> onda, on<strong>de</strong>ante. 4- Cada um dos<br />

grupos das cartas <strong>de</strong> jogar. Misturar com ópio. 5 - Oranara, <strong>de</strong>corara. 6 - Modo.<br />

Espera <strong>de</strong>ferimento (abrev.). 7 - Terrosa. Arejai (Bras.). 8 - Abreviatura <strong>de</strong> José.<br />

Torno mais vivo. Cádmio (s.q.). 9 - Mau cheiro (Bras.). Longa cinta japonesa.<br />

Banco Totta e Açores (sigla). 10 - Traição, engano. Cida<strong>de</strong> da Roménia. 11<br />

- Réptil sáurio (pl.). Comente por meio <strong>de</strong> glosa.<br />

Solução do problema anterior: Horizontais: 1 - BURROS. ALAR. 2 - OLEOS. AÇORA.<br />

3 - J. LECITO. RM. 4 - UR. LAREIRAS. 5 - DEU. RASTOS. 6 - OCRA. C. EGAS. 7 - LAM-<br />

BER. ODE. 8 - PALERMAS. AS. 9 - AM. AIADOS. S. 10 - CASCO. ACUDI. 11 - USTE. IS-<br />

ABEL.<br />

Verticais : 1 - BOJUDO. PACU. 2 - UL. RECLAMAS. 3 - REL. URAL. ST. 4 - ROEL.<br />

AMEACE. 5 - OSCAR. BRIO. 6 - S. IRACEMA. I. 7 - ATES. RADAS. 8 - AÇOITE. SOCA.<br />

9 - LO. ROGO. SUB. 10 - ARRASADA. DE. 11 - RAMS. SESSIL.<br />

Sudoku


32 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Desporto<br />

Escola <strong>de</strong> arbitragem da AF <strong>Leiria</strong><br />

O distrito tem, no seu historial, seis árbitros<br />

internacionais. O sétimo po<strong>de</strong>rá ser qualquer um<br />

que experimente e goste. Por isso, a Associação <strong>de</strong><br />

Futebol <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> tem abertas as inscrições<br />

gratuitas, na sua se<strong>de</strong> ou pelo mail<br />

arbitragem.afleiria@fpf.pt para a sua escola <strong>de</strong><br />

arbitragem.<br />

O que faz os árbitros correrem<br />

Vocação Numa altura em que os árbitros sofrem mais uma ameaça, pela falta <strong>de</strong> policiamento em<br />

gran<strong>de</strong> parte das partidas que dirigem, o JORNAL DE LEIRIA foi perceber o que os motiva<br />

RICARDO GRAÇA<br />

“Com o nosso trabalho <strong>de</strong> gestão do jogo e dos jogadores estamos a contribuir para fazer um melhor espectáculo”, diz Jorge Faustino<br />

Miguel Sampaio<br />

miguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Essencial<br />

Tostões e milhões<br />

É o dinheiro o motivo principal<br />

para se querer ser árbitro? Todos<br />

dizem que não, mas lá que ajuda,<br />

ajuda. Sem contar com a<br />

presenças em jogos<br />

internacionais, Olegário<br />

Benquerença arrecadou, em<br />

2010/1, 26.116 euros. Um valor<br />

atingido por uma ínfima<br />

minoria, mas bastante atraente.<br />

“Inicialmente, com 16 anos, ter<br />

mais 10 contos ao final do mês<br />

foi um factor motivacional extra.<br />

Actualmente, estando na<br />

segunda categoria, as verbas que<br />

recebo são já um complemento<br />

interessante para o meu<br />

orçamento”, diz Jorge Faustino.<br />

“Contudo, é importante<br />

ressalvar que sem um gran<strong>de</strong><br />

investimento pessoal não é<br />

possível chegar-se a um patamar<br />

on<strong>de</strong> se ganhe dinheiro.<br />

Actualmente, os árbitros da<br />

distrital, com todas as questões<br />

fiscais, quase que estão a pagar<br />

para apitar.”<br />

❚É, provavelmente, a activida<strong>de</strong> mais<br />

odiada do <strong>de</strong>sporto, mas há quem sinta<br />

que foi feito para <strong>de</strong>sempenhá-la.<br />

Entre críticas, ameaças e <strong>de</strong>sacreditação,<br />

agora até o policiamento parece<br />

fugir. Os árbitros têm, é certo, uma<br />

vida difícil, mas, garantem, não é só<br />

pelo dinheiro que auferem que estão<br />

<strong>de</strong> apito na mão. É, acima <strong>de</strong> tudo,<br />

uma questão <strong>de</strong> vocação. É a tal coisa:<br />

quem experimenta e gosta da experiência<br />

não volta para trás.<br />

O primeiro contacto com a arbitragem<br />

é, por norma, fruto do acaso. Foi<br />

assim com Jorge Faustino, árbitro <strong>de</strong><br />

segunda categoria <strong>de</strong> futebol. “Aos 16<br />

anos, num jogo em que estava no banco<br />

do Sporting <strong>de</strong> Pombal, foi necessário<br />

cada equipa arranjar um juiz assistente.<br />

Sendo eu o guarda-re<strong>de</strong>s<br />

suplente, fui o escolhido. Gostei da experiência<br />

e o árbitro <strong>de</strong>sse jogo convidou-me<br />

<strong>de</strong> imediato para começar<br />

a fazer uns jogos com ele. O 'bichinho'<br />

entrou e nunca mais <strong>de</strong>sapareceu.”<br />

Também Ivan Caçador, árbitro internacional<br />

<strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol, da Marinha<br />

Gran<strong>de</strong>, teve <strong>de</strong> saltar da bancada e já<br />

não fez o trajecto em sentido contrário.<br />

“No pavilhão da SIR 1º <strong>de</strong> Maio,<br />

por vezes faltavam árbitros nos escalões<br />

<strong>de</strong> formação e foi para suprir essa<br />

necessida<strong>de</strong> que comecei. Depois,<br />

com a continuida<strong>de</strong>, comecei a achar<br />

a activida<strong>de</strong> interessante...”<br />

António Garrido revelou ao JOR-<br />

NAL DE LEIRIA que “<strong>de</strong>testava” árbitros,<br />

mas acabou por ser o melhor<br />

<strong>de</strong> apito na mão. “Era correspon<strong>de</strong>nte<br />

na Marinha Gran<strong>de</strong> do jornal Mundo<br />

Desportivo e se o Marinhense não<br />

ganhasse, atirava-me a eles. Tenho a<br />

noção que era a pior coisa que podia<br />

haver. Não gostava mesmo, posso<br />

dizer que era o seu maior inimigo.” Só<br />

que <strong>de</strong>pois o mosquito do apito mor<strong>de</strong>u-lhe<br />

e ficou fortemente viciado.<br />

“Um dia fui experimentar, a fiscal-<br />

-<strong>de</strong>-linha, e gostei. Comecei a sentir<br />

um carinho muito gran<strong>de</strong> pela arbitragem”,<br />

revela o ex-árbitro, hoje<br />

com 80 anos e que esteve presente<br />

nos Mundiais <strong>de</strong> 1978 e 1982.<br />

Apesar <strong>de</strong> o gosto pela activida<strong>de</strong><br />

surgir nalgumas pessoas, muitos estranham<br />

como conseguem sobreviver<br />

a tanta pressão. António Garrido, por<br />

exemplo, viu um carro seu ser queimado<br />

em Guimarães, pensou <strong>de</strong>sistir,<br />

mas resolveu ser mais forte do que<br />

aqueles que o quiseram empurrar.<br />

Olegário Benquerença admite que o<br />

engano lhe é <strong>de</strong>sconfortável. “Não<br />

convivo bem com os erros . Sou perfeccionista<br />

e se não fiz bem, é porque<br />

fiz mal”, salienta o árbitro internacional<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, que dirigiu partidas<br />

no Mundial <strong>de</strong> 2010. “Fica a sensação<br />

<strong>de</strong> conviver com o impacto e a influência<br />

que o erro tem nas outras<br />

equipas, mas ao fim <strong>de</strong> alguns anos<br />

estamos preparados para lidar com<br />

isso. Sou humano e não posso lutar<br />

contra a televisão.”<br />

As críticas também não ajudam.<br />

“No início foi algo muito difícil <strong>de</strong> ultrapassar.<br />

Agora, com o acumular <strong>de</strong><br />

várias, a forma <strong>de</strong> as superar é sabendo<br />

filtrá-las, <strong>de</strong> forma a que possa<br />

sempre retirar algo <strong>de</strong> bom <strong>de</strong> todas<br />

as críticas <strong>de</strong> que somos alvo”, diz<br />

Ivan Caçador, a quem as nomeações<br />

para o Mundial <strong>de</strong> 2009 e o Europeu<br />

<strong>de</strong> 2010, em parceria com Eurico Nicolau,<br />

são os momentos mais felizes<br />

da carreira. Jorge Faustino é o primeiro<br />

a reconhecer as suas falhas e a<br />

tentar trabalhar para que não se repitam.<br />

”Com a experiência vamos<br />

também apren<strong>de</strong>ndo a filtrar as críticas<br />

construtivas ou, mesmo que <strong>de</strong>strutivas,<br />

que são justas daquelas que<br />

não tem qualquer fundamento.”<br />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reagir <strong>de</strong> imediato<br />

perante um qualquer acontecimento<br />

durante a partida é algo que torna o<br />

trabalho do árbitro mais difícil, porque<br />

não há tempo para dúvidas. “O tempo<br />

<strong>de</strong> hesitação é zero, só na parte disciplinar,<br />

nunca na parte técnica.” Por<br />

isso, diz Olegário Benquerença, “às<br />

vezes acontece, <strong>de</strong>pois do apito sair:<br />

será que foi isto? Aí instala-se a dúvida,<br />

mas não a hesitação.”<br />

“Há aquele momento exacto,<br />

aquela fracção <strong>de</strong> segundo, e o apito<br />

sai ou não sai. Se não sai, já não há<br />

nada a fazer. Mas se apitamos e ficamos<br />

a pensar que se calhar não foi,<br />

é seguir o jogo e nada <strong>de</strong> entrar na lei<br />

das compensações”, diz António<br />

Garrido.<br />

Apesar <strong>de</strong> toda esta pressão, quem<br />

gosta não pensa em <strong>de</strong>ixar. “O que<br />

me dá força para continuar é a paixão<br />

que sinto. É o facto <strong>de</strong> ainda hoje, <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> 16 anos, ficar ansioso por que<br />

chegue o fim-<strong>de</strong>-semana para po<strong>de</strong>r<br />

apitar mais um jogo. Sentimos que<br />

com o nosso trabalho <strong>de</strong> gestão do<br />

jogo e dos jogadores estamos a contribuir<br />

para fazer daquele jogo um<br />

melhor espectáculo”, diz Jorge Faustino.<br />

Porque realmente há amores à<br />

primeira vista.


Desporto<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 33<br />

Campeão do Mundo <strong>de</strong> Ria<strong>de</strong> substitui Ricardo Moura após empate com Casa Pia<br />

Bizarro. União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> SAD soma<br />

sexto treinador em ano e meio<br />

Jogos continuam<br />

AF <strong>Leiria</strong> procura<br />

soluções<br />

para fim do<br />

policiamento<br />

Miguel Sampaio<br />

miguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Tem sido um roda-viva <strong>de</strong> entradas<br />

e saídas. Depois <strong>de</strong> Pedro Caixinha,<br />

Vítor Pontes, Manuel Cajuda,<br />

José Dominguez e Ricardo<br />

Moura, eis que chega o sexto treinador<br />

ao comando técnico da<br />

União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> SAD em menos <strong>de</strong><br />

ano e meio. Chama-se José Bizarro<br />

e ficou ilustre por ser o dono da<br />

baliza <strong>de</strong> Portugal no título mundial<br />

<strong>de</strong> Ria<strong>de</strong>, em 1989.<br />

A época passada não foi famosa<br />

para a União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> SAD que acabou<br />

a época com um total <strong>de</strong> quatro<br />

treinadores. Des<strong>de</strong> a saída madrugadora<br />

<strong>de</strong> Pedro Caixinha, passando<br />

pela li<strong>de</strong>rança fugaz <strong>de</strong> Vítor<br />

Pontes, a aposta na experiência<br />

<strong>de</strong> Manuel Cajuda e a tentativa<br />

<strong>de</strong>sesperada <strong>de</strong> puxar José Dominguez<br />

dos juniores, nada resultou<br />

e a <strong>de</strong>scida <strong>de</strong> divisão foi uma<br />

inevitabilida<strong>de</strong>.<br />

Os responsáveis até dizem que<br />

estavam satisfeitos com o início <strong>de</strong><br />

temporada <strong>de</strong> Ricardo Moura, já<br />

em 2012/3, mas a verda<strong>de</strong> é que<br />

este acabou por sair. De resto, esta<br />

é a oitava temporada consecutiva<br />

em que a União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> SAD não<br />

termina a época com o treinador<br />

que a começou. O último a aguentar-se<br />

foi Vítor Pontes, em 2004/5.<br />

Seguiram-se José Gomes, Jorge Jesus,<br />

Domingos Paciência, Paulo<br />

Duarte, Vítor Oliveira, Paulo Alves,<br />

Manuel Fernan<strong>de</strong>s e Lito Vidigal<br />

até Pedro Caixinha ter agarrado<br />

na equipa, em 2010/11.<br />

Após um arranque prometedor,<br />

a União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> SAD vinha a per<strong>de</strong>r<br />

gás. Depois do empate <strong>de</strong> domingo,<br />

em Santa Catarina da Serra,<br />

frente ao Casa Pia (0-0), Ricardo<br />

Moura colocou o lugar à disposição,<br />

argumentando que com um plantel<br />

curto e com poucas soluções, a<br />

“A União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> SAD tem um passado muito gran<strong>de</strong>”, diz Bizarro<br />

Bizarro em funções <strong>de</strong>s<strong>de</strong> terça-feira<br />

Novo técnico acredita na subida<br />

Nem o atraso <strong>de</strong> oito pontos<br />

retira a ambição a Bizarro.<br />

“Claro que ainda é possível<br />

chegar ao primeiro lugar”, diz.<br />

“No futebol já vivi e vi coisas<br />

bem mais complicadas. Temos<br />

consciência que é bastante<br />

complicado, que a <strong>de</strong>svantagem<br />

já é gran<strong>de</strong>, mas se na próxima<br />

jornada estivermos em sétimo e<br />

daqui a duas em sexto já é bom.<br />

E se um dia chegarmos ao<br />

primeiro lugar é tentar mantêlo.”<br />

O novo técnico ainda analisa<br />

o plantel. “Vou precisar <strong>de</strong> mais<br />

alguns dias para ver se é preciso<br />

algo mais. Pelos números em si<br />

é evi<strong>de</strong>nte que a equipa está<br />

muito bem <strong>de</strong>fensivamente e<br />

ofensivamente não está tão<br />

bem. Conheço bastante bem<br />

80% dos elementos <strong>de</strong>ste<br />

plantel, tem alguns jovens com<br />

potencial e acho que tem<br />

condições para fazer um bom<br />

campeonato.” Sobre o jogo <strong>de</strong><br />

domingo para a Taça <strong>de</strong><br />

Portugal, com a Oliveirense da<br />

2.ª Liga, Bizarro rejeita o papel<br />

<strong>de</strong> “coitadinhos”. “Vamos<br />

tentar jogar o jogo pelo jogo e<br />

que a sorte nos sorria.”<br />

RICARDO GRAÇA<br />

equipa não tem condições para<br />

atingir os objectivos <strong>de</strong> subida à 2.ª<br />

Liga. A equipa ocupa o oitavo lugar,<br />

a distantes oito pontos do lí<strong>de</strong>r<br />

Sporting Farense e tem a melhor<br />

<strong>de</strong>fesa e o pior ataque da competição.<br />

Apesar <strong>de</strong> contrariados, perceberam<br />

e aceitaram a resignação<br />

<strong>de</strong> Ricardo Moura e escolheram<br />

José Bizarro, 42 anos, técnico com<br />

bastante experiência na 2.ª Divisão,<br />

com passagens por clubes como o<br />

Sertanense e o Mafra, para tentar<br />

alcançar o objectivo a que todos se<br />

propuseram no arranque da temporada.<br />

Está difícil, mas nestas divisões<br />

o equilíbrio é a nota dominante<br />

e , como tal, não há impossíveis.<br />

❚ O que fazer para assegurar a segurança<br />

<strong>de</strong> todos os agentes <strong>de</strong> uma partida<br />

<strong>de</strong> futebol? Dirigentes da Associação<br />

<strong>de</strong> Futebol <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, clubes e<br />

árbitros reuniram-se na terça-feira à<br />

noite para procurar uma solução para<br />

o fim do policiamento obrigatório. A<br />

verda<strong>de</strong> é que o <strong>de</strong>creto-lei 216/2012<br />

entrou em vigor na passada sexta-feira<br />

e poucos sabem ainda como lidar<br />

com a nova situação.<br />

É que a presença da força policial<br />

nos jogos das competições distritais<br />

tem <strong>de</strong> ter no mínimo três elementos<br />

e custa uma verba a rondar os 160 euros,<br />

verba consi<strong>de</strong>rada incomportável<br />

por muitos dos clubes numa altura em<br />

que os apoios são reduzidos. Por isso,<br />

o fim da obrigatorieda<strong>de</strong> acaba por<br />

“abrir uma janela” <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />

para os emblemas do distrito pouparem<br />

verbas, como salientou o presi<strong>de</strong>nte<br />

da AFL, Júlio Vieira. No entanto,<br />

frisou, “é necessário assegurar<br />

que todos os agentes estejam em segurança”.<br />

Os árbitros mostraram-se<br />

sempre cautelosos, mas os clubes<br />

apresentaram várias propostas. Ao nível<br />

<strong>de</strong> juvenis e iniciados, <strong>de</strong> resto<br />

como aconselha a lei, não haverá policiamento,<br />

salvo raras excepções.<br />

Quanto aos seniores, a forma que<br />

mais colheu apoio foi a <strong>de</strong> funcionamento<br />

mista, em que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da<br />

complexida<strong>de</strong> do jogo o tipo <strong>de</strong> segurança<br />

a apresentar. Entre vizinhos<br />

<strong>de</strong>savindos po<strong>de</strong>rá ser necessário recorrer<br />

a policiamento. Noutros, po<strong>de</strong>rá<br />

bastar a segurança feita pelo<br />

clube da casa em sintonia com o visitante.<br />

A AFL chegar a acordo com<br />

uma empresa <strong>de</strong> segurança privada,<br />

com custos mais baixos do que o das<br />

forças policiais, foi outra das propostas<br />

em cima da mesa. Entretanto,<br />

retomam as competições <strong>de</strong> iniciados<br />

e juvenis, interrompidas a semana<br />

passada, pois a Fe<strong>de</strong>ração institui<br />

um prazo <strong>de</strong> três semanas para adaptação<br />

às novas medidas. MS<br />

An<strong>de</strong>bol Seis atletas<br />

da região <strong>de</strong>frontam<br />

Azerbaijão<br />

Pa<strong>de</strong>l Open Ibérico<br />

dominado<br />

pelo CET <strong>Leiria</strong><br />

Atletismo Pedro Cruz<br />

venceu a 38.ª Meia<br />

Maratona da Nazaré<br />

Hóquei em patins HC<br />

Turquel empatou em<br />

casa com HC Braga<br />

Bárbara Teixeira, Eduarda Pinheiro<br />

(na foto), Dulce Pina e Maria<br />

Pereira, do Colégio João <strong>de</strong> Barros,<br />

e Telma Amado e Inês Silva, da<br />

Juventu<strong>de</strong> do Lis, foram<br />

convocadas pelo seleccionador<br />

nacional João Florêncio para<br />

<strong>de</strong>frontar no domingo, em Baku, o<br />

Azerbaijão, em jogo a contar para a<br />

recta final da qualificação europeia<br />

para o Campeonato do Mundo<br />

seniores femininos <strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol, que<br />

se irá disputar no próximo ano.<br />

Realizou-se no Complexo Municipal<br />

Dr. Rui Garcia da Fonseca, em<br />

<strong>Leiria</strong>, a terceira edição do Open<br />

Ibérico <strong>de</strong> Pa<strong>de</strong>l, uma organização<br />

do CETL pontuável para o ranking<br />

nacional. Os atletas da casa<br />

asseguraram os títulos <strong>de</strong> campeãs<br />

em pares femininos, por Bárbara<br />

Corte-Real e Filipa Cal<strong>de</strong>ira. Nicolau<br />

Silva e Filipa Fernan<strong>de</strong>s, Filipa<br />

Cal<strong>de</strong>ira e Ricardo Louro, e Nicolau<br />

Silva e António Alvelos venceram as<br />

suas categorias.<br />

Realizou-se no passado domingo<br />

mais uma edição da Mãe das meias<br />

maratonas em Portugal, que ficou<br />

marcada por um aumento<br />

significativo do número <strong>de</strong><br />

inscritos, confirmando a tendência<br />

<strong>de</strong> crescimento das provas no País.<br />

Pedro Cruz repetiu a vitória do ano<br />

passado, seguido por António<br />

Sousa e Jorge Pinto. Em femininos,<br />

o primeiro lugar foi para Rosa<br />

Madureira, seguida por Mónica<br />

Moreiras e Emília Kumos.<br />

A equipa <strong>de</strong> João Simões não foi<br />

além <strong>de</strong> um empate a três bolas<br />

frente ao HC <strong>de</strong> Braga, em jogo a<br />

contar para a 6.ª jornada do<br />

Campeonato Nacional da 1.ª<br />

Divisão <strong>de</strong> hóquei em patins e<br />

ocupa agora o 9.º lugar. Os golos do<br />

HC Turquel foram todos marcados<br />

por Vasco Luís. Numa jornada<br />

atípica, o Óquei <strong>de</strong> Barcelos foi<br />

punido com falta <strong>de</strong> comparência,<br />

por não ter viajado para a ilha do<br />

Pico para <strong>de</strong>frontar o Can<strong>de</strong>lária.


34 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Desporto<br />

Duelo ibérico nas Caldas da Rainha<br />

A Selecção Nacional <strong>de</strong> ténis <strong>de</strong> mesa <strong>de</strong>fronta a<br />

Espanha na próxima terça-feira, pelas 20 horas, no<br />

Centro <strong>de</strong> Alto Rendimento das Caldas da Rainha, em<br />

partida a contar para a terceira jornada da qualificação<br />

para o Campeonato da Europa <strong>de</strong> Equipas.<br />

Futebol<br />

2.ª Divisão – Zona Sul<br />

Resultados<br />

Farense-1.º Dezembro 1-0<br />

Futebol Benfica-Louletano 1-2<br />

Oeiras-CD Fátima 1-0<br />

Pinhalnovense-Sertanense 3-1<br />

Quarteirense-Carregado 2-2<br />

Ribeira Brava-Oriental 2-3<br />

Torreense-Mafra 0-1<br />

União <strong>Leiria</strong> SAD-Casa Pia 0-0<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Farense 18 8 5 3 0 11-5<br />

Mafra 17 8 5 2 1 15-7<br />

Sertanense 16 8 5 1 2 14-9<br />

CD Fátima 15 8 5 0 3 10-7<br />

Oriental 14 8 4 2 2 15-13<br />

Carregado 12 8 3 3 2 17-11<br />

1.º Dezembro 11 8 2 5 1 9-7<br />

União <strong>Leiria</strong> SAD 10 8 2 4 2 4-4<br />

Quarteirense 10 8 2 4 2 9-10<br />

Casa Pia 8 8 1 5 2 5-6<br />

Pinhalnovense 8 8 2 2 4 9-12<br />

Torreense 7 8 1 4 3 10-12<br />

Louletano 7 8 1 4 3 6-11<br />

Oeiras 6 8 1 3 4 10-14<br />

Futebol Benfica 6 8 1 3 4 7-16<br />

Ribeira Brava 4 8 1 1 6 9-16<br />

Próxima jornada 25 <strong>de</strong> Novembro<br />

1.º Dezembro-Quarteirense, Casa Pia-Futebol Benfica,<br />

CD Fátima-Torreense, Louletano-Pinhalnovense,<br />

Mafra-Farense, Oriental-Carregado, Ribeira<br />

Brava-União <strong>Leiria</strong> SAD, Sertanense-Oeiras<br />

3.ª Divisão – Série D<br />

Resultados<br />

Beneditense-Vitória Sernache 0-3<br />

Caldas SC-AC Marinhense 1-1<br />

Ginásio Alcobaça-Sourense 0-0<br />

Mortágua-Alcanenense 0-1<br />

Oliveira Hospital-Torres Novas 5-0<br />

Sporting Pombal-Penelense 2-0<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Vitória Sernache 18 8 6 0 2 16-5<br />

Sourense 18 8 5 3 0 12-4<br />

Caldas SC 17 8 5 2 1 12-5<br />

Oliveira Hospital 16 8 5 1 2 17-7<br />

Sporting Pombal 16 8 5 1 2 13-8<br />

Alcanenense 12 8 4 0 4 9-13<br />

Penelense 12 8 4 0 4 9-13<br />

Ginásio Alcobaça 9 8 2 3 3 9-9<br />

Beneditense 7 8 2 1 5 7-13<br />

AC Marinhense 5 8 1 2 5 9-16<br />

Torres Novas 4 8 1 1 6 6-20<br />

Mortágua 2 8 0 2 6 11-17<br />

Próxima jornada 25 <strong>de</strong> Novembro<br />

Alcanenense-Beneditense, AC Marinhense-Ginásio<br />

Alcobaça, Penelense-Sourense, Sporting<br />

Pombal-Oliveira Hospital, Torres Novas-Mortágua,<br />

Vitória Sernache-Caldas SC<br />

3.ª Divisão – Série E<br />

Resultados<br />

Barreirense-Lourinhanense 2-2<br />

Fabril Barreiro-Real SC 3-1<br />

GD Peniche-União Tires 4-2<br />

Sintrense-Eléctrico P. Sôr 1-1<br />

SL Cartaxo-Sacavenense 0-1<br />

Amora-Pêro Pinheiro<br />

18 Dez.<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Sacavenense 19 8 6 1 1 19-5<br />

Sintrense 15 8 4 3 1 13-6<br />

Lourinhanense 15 8 4 3 1 14-9<br />

Eléctrico P. Sôr 14 8 4 2 2 17-6<br />

Fabril Barreiro 13 8 3 4 1 15-7<br />

União Tires 12 8 3 3 2 10-11<br />

Barreirense 12 8 3 3 2 15-16<br />

Pêro Pinheiro 8 7 2 2 3 10-12<br />

Real SC 8 8 2 2 4 11-9<br />

Amora 6 7 1 3 3 6-14<br />

GD Peniche 4 8 1 1 6 7-22<br />

SL Cartaxo 1 8 0 1 7 2-22<br />

Próxima jornada 25 <strong>de</strong> Novembro<br />

Lourinhanense-GD Peniche, Pêro Pinheiro-Fabril<br />

Barreiro, Real SC-Sintrense, Sacavenense-Eléctrico<br />

P. Sôr, SL Cartaxo-Barreirense, Tires-Amora<br />

Divisão <strong>de</strong> Honra – AF <strong>Leiria</strong><br />

Resultados<br />

Atouguiense-Bombarralense 3-0<br />

Figueiró Vinhos-Pelariga 1-0<br />

GRAP-Portomosense 3-0<br />

Guiense-Meirinhas 2-1<br />

<strong>Leiria</strong> e Marrazes-Pousaflores 1-0<br />

Nazarenos-Lisboa e Marinha 1-2<br />

Pataiense-Avelarense 4-1<br />

Vieirense-Alvaiázere 2-2<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

GRAP 19 8 6 1 1 22-3<br />

<strong>Leiria</strong> e Marrazes 17 8 5 2 1 17-7<br />

Pelariga 16 8 5 1 2 19-12<br />

Guiense 16 8 5 1 2 19-6<br />

Figueiró Vinhos 15 8 5 0 3 15-6<br />

Pousaflores 15 8 4 3 1 16-8<br />

Portomosense 13 8 4 1 3 11-12<br />

Pataiense 11 8 3 2 3 15-10<br />

Lisboa e Marinha 10 8 3 1 4 8-18<br />

Atouguiense 10 8 3 1 4 14-12<br />

Nazarenos 10 8 3 1 4 11-12<br />

Meirinhas 9 8 2 3 3 13-12<br />

Vieirense 8 8 2 2 4 8-15<br />

Avelarense 6 8 2 0 6 10-25<br />

Alvaiázere 5 8 1 2 5 6-21<br />

Bombarralense 1 8 0 1 7 3-28<br />

Próxima jornada 18 <strong>de</strong> Novembro<br />

Avelarense-Alvaiázere, Bombarralense-GRAP,<br />

Meirinhas-Figueiró Vinhos, Pataiense-<strong>Leiria</strong> e<br />

Marrazes, Pelariga-Atouguiense, Portomosense-<br />

Nazarenos, Pousaflores-Guiense, Lisboa e Marinha-Vieirense<br />

1.ª Divisão <strong>de</strong> juniores – Zona Sul<br />

Resultados<br />

Benfica-União <strong>Leiria</strong> 2-1<br />

Nacional-Sporting 3-0<br />

Olhanense-União Coimbra 2-1<br />

Portimonense-Sacavenense 0-1<br />

Real SC-Belenenses 1-0<br />

Vitória Setúbal-Estoril Praia 1-0<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Benfica 31 12 10 1 1 47-5<br />

Vitória Setúbal 27 12 9 0 3 23-13<br />

Sporting 26 12 8 2 2 31-13<br />

Nacional 25 11 8 1 2 27-7<br />

Real SC 22 12 7 1 4 18-19<br />

União <strong>Leiria</strong> 17 12 5 2 5 22-20<br />

Sacavenense 17 11 5 2 4 13-19<br />

Belenenses 11 12 3 2 7 17-18<br />

Olhanense 10 12 2 4 6 10-26<br />

Estoril Praia 8 12 2 2 8 10-24<br />

União Coimbra 7 12 2 1 9 12-30<br />

Portimonense 2 12 0 2 10 6-42<br />

Próxima jornada 17 <strong>de</strong> Novembro<br />

Belenenses-Benfica, Estoril Praia-Nacional, Sacavenense-Olhanense,<br />

Sporting-Portimonense,<br />

U. Coimbra-Real SC, União <strong>Leiria</strong>-Vitória Setúbal<br />

1.ª Divisão feminina<br />

Resultados<br />

1.º Dezembro-Cesarense 2-2<br />

Atlético Ouriense-Boavista 1-0<br />

Clube Albergaria-Escola FF Setúbal 0-1<br />

Futebol Benfica-Fund. Laura Santos 0-3<br />

Leixões-Vilaver<strong>de</strong>nse 2-2<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

1.º Dezembro 22 8 7 1 0 23-9<br />

Atlético Ouriense 16 8 5 1 2 18-8<br />

Boavista 14 8 4 2 2 16-8<br />

Clube Albergaria 14 8 4 2 2 11-6<br />

F. Laura Santos 12 8 4 0 4 11-21<br />

Vilaver<strong>de</strong>nse 9 8 2 3 3 14-13<br />

Cesarense 8 8 1 5 2 8-8<br />

Leixões 7 8 2 1 5 7-15<br />

Escola FF Setúbal 5 8 1 2 5 7-14<br />

Futebol Benfica 4 8 1 1 6 2-15<br />

Próxima jornada 18 <strong>de</strong> Novembro<br />

Boavista-Leixões, Cesarense-Atl. Ouriense, Escola<br />

FF Setúbal-1.º Dezembro, Fund. Laura Santos-<br />

Clube Albergaria, Vilaver<strong>de</strong>nse-Futebol Benfica<br />

Basquetebol<br />

CNB2 – Zona Centro<br />

Resultados<br />

Chamusca Basket-Lousanense 46-69<br />

CAD Coimbra-Náutico Abrantes 71-60<br />

Sp. Marinhense-UF Buarcos 62-59<br />

Unidos Tortosendo-ACER Ton<strong>de</strong>la 57-65<br />

Classificação<br />

P J V D G<br />

Lousanense 2 1 1 0 69-46<br />

CAD Coimbra 2 1 1 0 71-60<br />

ACER Ton<strong>de</strong>la 2 1 1 0 65-57<br />

Sp. Marinhense 2 1 1 0 62-59<br />

UF Buarcos 1 1 0 1 59-62<br />

Unidos Tortosendo 1 1 0 1 57-65<br />

Náutico Abrantes 1 1 0 1 60-71<br />

Chamusca Basket 1 1 0 1 46-69<br />

Gumirães 0 0 0 0 0-0<br />

Próxima jornada<br />

ACER Ton<strong>de</strong>la-Sp. Marinhense, Chamusca Basket-UF<br />

Buarcos (17 <strong>de</strong> Novembro), Gumirães-<br />

CAD Coimbra, Náutico Abrantes-Unidos<br />

Tortosendo (18 <strong>de</strong> Novembro)<br />

An<strong>de</strong>bol<br />

2.ª Divisão – Zona Sul<br />

Resultados<br />

AC Sismaria-Vela Tavira 31-23<br />

Boa-Hora FC-Marítimo 31-29<br />

Ginásio Sul-Passos Manuel 29-30<br />

Marienses-Vitória Setúbal 31-25<br />

Samora Correia-Benavente 25-21<br />

Passos Manuel-Marítimo 31-25<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

AC Sismaria 18 7 5 1 1 200-173<br />

Passos Manuel 17 7 5 0 2 194-178<br />

Marienses 15 7 4 0 3 187-192<br />

Benavente 14 7 3 1 3 190-177<br />

Vitória Setúbal 14 7 3 1 3 188-180<br />

Ginásio Sul 13 7 3 0 4 192-200<br />

Vela Tavira 13 7 3 0 4 182-195<br />

Marítimo 12 6 3 0 3 184-173<br />

Samora Correia 10 6 2 0 4 138-158<br />

Boa-Hora FC 10 7 1 1 5 170-199<br />

Próxima jornada 17 <strong>de</strong> Novembro<br />

ABCD Benavente-Vitória Setúbal, CS Marítimo-<br />

Ginásio Sul, NAAL Passos Manuel-CD Marienses,<br />

Samora Correia-Atlético Clube Sismaria, Vela Tavira-Boa-Hora<br />

FC<br />

3.ª Divisão – Zona 3<br />

Resultados<br />

Albicastrense-Emp. Comércio 20-21<br />

Batalha AC-Ac. Coimbra 29-27<br />

Juventu<strong>de</strong> Lis-SIR 1.º Maio 27-23<br />

NDA Pombal-Almeirim 33-20<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

NDA Pombal 6 2 2 0 0 57-42<br />

Juventu<strong>de</strong> Lis 6 2 2 0 0 54-46<br />

Albicastrense 4 2 1 0 1 52-40<br />

Batalha AC 4 2 1 0 1 51-51<br />

Emp. Comércio 4 2 1 0 1 44-47<br />

Ac. Coimbra 3 2 0 1 1 50-52<br />

SIR 1.º Maio 3 2 0 1 1 46-50<br />

Almeirim 2 2 0 0 2 39-65<br />

Próxima jornada 17 <strong>de</strong> Novembro<br />

Académica Coimbra-Juventu<strong>de</strong> Desportiva Lis,<br />

Assoc. 20km Almeirim-Batalha AC, Empregados<br />

Comércio-Núcleo Pombal, SIR 1.º Maio-Albicastrense<br />

1.ª Divisão feminina<br />

Resultados<br />

Juventu<strong>de</strong> Lis-CA Leça 25-21<br />

Colégio João Barros-Juventu<strong>de</strong> Lis 27-18<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Alavarium 15 5 5 0 0 160-129<br />

Col. João Barros 14 5 4 1 0 150-115<br />

Colégio Gaia 13 5 4 0 1 144-130<br />

Juventu<strong>de</strong> Lis 13 6 3 1 2 144-142<br />

Maiastars 10 4 3 0 1 110-90<br />

CA Leça 10 6 2 0 4 134-144<br />

Ma<strong>de</strong>ira SAD 8 3 2 1 0 84-58<br />

JAC Alcanena 8 5 1 1 3 136-133<br />

Santa Joana 7 5 1 0 4 119-146<br />

Juventu<strong>de</strong> Mar 6 4 1 0 3 93-100<br />

Passos Manuel 5 5 0 0 5 113-176<br />

Sports Ma<strong>de</strong>ira 3 3 0 0 3 77-101<br />

Próxima jornada<br />

Colégio João Barros-Santa Joana, JAC Alcanena-<br />

Ma<strong>de</strong>ira SAD, Juventu<strong>de</strong> Mar-Alavarium, Passos<br />

Manuel-Sports Ma<strong>de</strong>ira (17 <strong>de</strong> Novembro), JAC<br />

Alcanena-Sports Ma<strong>de</strong>ira, Passos Manuel-Ma<strong>de</strong>ira<br />

SAD (18 <strong>de</strong> Novembro)<br />

Voleibol<br />

1.ª Divisão<br />

Resultados<br />

Académica Espinho-Sporting Caldas 3-2<br />

Castêlo Maia-Leixões 3-0<br />

Esmoriz-Sporting Espinho 0-3<br />

Marítimo-Vilacon<strong>de</strong>nse 1-3<br />

Classificação<br />

P J V D G<br />

Benfica 27 9 9 0 27-2<br />

Castêlo Maia 22 10 8 2 26-11<br />

Fonte Bastardo 21 8 7 1 22-5<br />

Sporting Espinho 17 8 6 2 20-10<br />

Esmoriz 14 8 5 3 15-15<br />

Ac. Espinho 13 8 4 4 16-14<br />

Vilacon<strong>de</strong>nse 13 9 4 5 14-17<br />

Sporting Caldas 10 9 3 6 14-22<br />

Vitória Guimarães 9 8 3 5 12-18<br />

Marítimo 4 9 1 8 8-24<br />

Clube K 3 7 1 6 7-19<br />

Leixões 0 9 0 9 3-27<br />

Próxima jornada<br />

Benfica-Leixões, Clube K-Académica Espinho,<br />

Fonte Bastardo-Esmoriz, Marítimo-Castêlo<br />

Maia, Vilacon<strong>de</strong>nse-Sporting Caldas, Vitória<br />

Guimarães-Sporting Espinho (17 Nov.), Clube K-<br />

Esmoriz, Fonte Bastardo-Académica Espinho<br />

(18 Nov.)<br />

2.ª Divisão – Série A<br />

Resultados<br />

CN Ginástica-SO Marinhense 3-0<br />

CV Oeiras-CV Lisboa 3-1<br />

Classificação<br />

P J V D G<br />

CN Ginástica 9 4 3 1 10-3<br />

CV Oeiras 9 4 3 1 10-5<br />

CV Lisboa 5 4 2 2 7-9<br />

SO Marinhense 1 4 0 4 2-12<br />

Próxima jornada 17 <strong>de</strong> Novembro<br />

CV Lisboa-CN Ginástica, SO Marinhense-CV Oeiras)<br />

Hóquei em patins<br />

2.ª Divisão – Zona Sul<br />

Resultados<br />

Ac. Coimbra-HC Mealhada 1-5<br />

AD Oeiras-Santa Cita 2-2<br />

Biblioteca IR-Alenquer e Benfica 4-4<br />

Campo Ourique-GD Sesimbra 5-3<br />

HC Sintra-Nafarros 11-1<br />

HC Vasco Gama-Sporting Tomar 2-5<br />

Juv. Salesiana-Grândola 6-7<br />

UF Entroncamento-Alcobacense 3-8<br />

Classificação<br />

P J V D G<br />

Sporting Tomar 18 6 6 0 0 29-15<br />

Alenquer e Benfica16 6 5 1 0 38-16<br />

Alcobacense 15 6 5 0 1 34-20<br />

HC Sintra 12 6 4 0 2 41-26<br />

Santa Cita 11 6 3 2 1 18-15<br />

HC Mealhada 10 6 3 1 2 28-16<br />

Biblioteca IR 10 6 3 1 2 31-26<br />

Campo Ourique 10 6 3 1 2 18-17<br />

AD Oeiras 10 6 3 1 2 29-29<br />

Grândola 9 6 3 0 3 27-27<br />

GD Sesimbra 6 6 2 0 4 20-24<br />

Juv. Salesiana 4 6 1 1 4 18-25<br />

UF Entroncamento4 6 1 1 4 28-39<br />

Ac. Coimbra 1 6 0 1 5 13-34<br />

HC Vasco Gama 1 6 0 1 5 10-36<br />

Nafarros 1 6 0 1 5 20-37<br />

Próxima jornada 17 <strong>de</strong> Novembro<br />

Alenquer e Benfica-UF Entroncamento, Campo Ourique-Juv.<br />

Salesiana, GD Sesimbra-Alcobacense, Grândola-HC<br />

Vasco Gama, HC Mealhada-AD Oeiras,<br />

Nafarros-Ac. Coimbra, Santa Cita-Biblioteca IR, Sporting<br />

Tomar-HC Sintra<br />

3.ª Divisão – Zona Centro<br />

Resultados<br />

Cucujães-Sp. Marinhense 4-7<br />

Juv. Ouriense-AC Sismaria 4-6<br />

Oliveira Hospital-HC Mealhada B 1-1<br />

Classificação<br />

P J V D G<br />

AC Sismaria 12 4 4 0 0 21-11<br />

Cucujães 9 4 3 0 1 24-14<br />

Sp. Marinhense 6 4 2 0 2 18-14<br />

Juv. Ouriense 6 4 2 0 2 17-19<br />

Oliveira Hospital 1 4 0 1 3 8-18<br />

HC Mealhada B 1 4 0 1 3 8-20<br />

RICARDO GRAÇA<br />

ADR Mata, <strong>de</strong> Milagres, empatou<br />

com o CS São João (2-2)<br />

Próxima jornada 17 <strong>de</strong> Novembro<br />

AC Sismaria-Cucujães, HC Mealhada B-Juventu<strong>de</strong><br />

Ouriense, Sporting Marinhense-Oliveira<br />

Hospita<br />

Futsal<br />

2.ª Divisão – Série A<br />

Resultados<br />

Boavista-Tabuaço 5-0<br />

Covão Lobo-Desportivo Aves 3-2<br />

CRECOR-Pare<strong>de</strong>s 4-4<br />

CS São João-ADR Mata 2-2<br />

Lameirinhas-Cohaemato 1-0<br />

Póvoa Futsal-Mace<strong>de</strong>nse 8-6<br />

Viseu 2001-Vale Cambra 5-1<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Lameirinhas 12 4 4 0 0 15-9<br />

Viseu 2001 10 4 3 1 0 17-6<br />

Cohaemato 7 4 2 1 1 12-9<br />

Póvoa Futsal 7 4 2 1 1 16-14<br />

Boavista 6 4 2 0 2 18-10<br />

CRECOR 6 4 1 3 0 14-12<br />

Desportivo Aves 6 4 2 0 2 9-10<br />

CS São João 5 4 1 2 1 11-10<br />

Covão Lobo 5 4 1 2 1 12-12<br />

ADR Mata 4 4 1 1 2 12-14<br />

Pare<strong>de</strong>s 4 4 1 1 2 14-16<br />

Tabuaço 4 4 1 1 2 10-17<br />

Mace<strong>de</strong>nse 1 4 0 1 3 12-24<br />

Vale Cambra 0 4 0 0 4 10-19<br />

Próxima jornada<br />

ADR Mata-Póvoa Futsal, Cohaemato-Desportivo<br />

Aves, Lameirinhas-Viseu 2001, Mace<strong>de</strong>nse-CRE-<br />

COR, Pare<strong>de</strong>s-Covão Lobo (17 <strong>de</strong> Novembro), Tabuaço-CS<br />

São João, Vale Cambra-Boavista (18 <strong>de</strong><br />

Novembro)<br />

2.ª Divisão – Série B<br />

Resultados<br />

Burinhosa-AMSAC 3-1<br />

Os Torpedos-Amarense 5-3<br />

Portela-Os Vinhais 3-4<br />

Sportivo Loures-Quinta Lombos 5-3<br />

Venda Nova-Belenenses 2-4<br />

Vila Ver<strong>de</strong>-Albufeira Futsal 8-3<br />

Matraquilhos FC-Rangel 2-1<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Belenenses 12 4 4 0 0 23-13<br />

Os Vinhais 12 4 4 0 0 22-13<br />

Vila Ver<strong>de</strong> 9 4 3 0 1 22-10<br />

Sportivo Loures 9 4 3 0 1 14-12<br />

Quinta Lombos 9 4 3 0 1 11-8<br />

Burinhosa 7 4 2 1 1 19-14<br />

Albufeira Futsal 6 4 2 0 2 15-18<br />

Amarense 5 4 1 2 1 15-14<br />

Os Torpedos 3 4 1 0 3 13-17<br />

Matraquilhos FC 3 4 1 0 3 11-16<br />

AMSAC 3 4 1 0 3 12-18<br />

Venda Nova 2 4 0 2 2 9-13<br />

Rangel 1 4 0 1 3 9-19<br />

Portela 0 4 0 0 4 7-17<br />

Próxima jornada 17 <strong>de</strong> Novembro<br />

Albufeira Futsal-Portela, Amarense-Sportivo<br />

Loures, AMSAC-Os Vinhais, Belenenses-Matraquilhos<br />

FC, Burinhosa-Venda Nova, Quinta Lombos-Vila<br />

Ver<strong>de</strong>, Rangel-Os Torpedos<br />

3.ª Divisão – Série C<br />

Resultados<br />

ABC Nelas-Miranda Corvo 3-4<br />

Achete-Eléctrico P. Sôr 3-8<br />

Alha<strong>de</strong>nse-MTBA 2-1<br />

Boa Esperança-Ribeira Fra<strong>de</strong>s 5-4<br />

Caldas SC-Mendiga 4-5<br />

CD Fátima-Olho Marinho 2-3<br />

Pro<strong>de</strong>co Covões-Casal Velho 5-2<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Eléctrico P. Sôr 10 4 3 1 0 21-10<br />

Pro<strong>de</strong>co Covões 10 4 3 1 0 19-10<br />

Boa Esperança 9 4 3 0 1 12-7<br />

Alha<strong>de</strong>nse 9 4 3 0 1 13-10<br />

Mendiga 7 4 2 1 1 18-13<br />

Achete 7 4 2 1 1 15-16<br />

ABC Nelas 6 4 2 0 2 13-13<br />

CD Fátima 4 4 1 1 2 14-18<br />

Casal Velho 4 4 1 1 2 7-11<br />

Miranda Corvo 4 4 1 1 2 8-13<br />

Caldas SC 3 4 1 0 3 12-15<br />

MTBA 3 4 1 0 3 8-13<br />

Olho Marinho 3 4 1 0 3 7-14<br />

Ribeira Fra<strong>de</strong>s 1 4 0 1 3 13-17<br />

Próxima jornada 17 <strong>de</strong> Novembro<br />

Alha<strong>de</strong>nse-Achete, Casal Velho-CD Fátima, Eléctrico<br />

P. Sôr-Boa Esperança, Miranda Corvo-Caldas<br />

SC, MTBA-Mendiga, Olho Marinho-ABC<br />

Nelas, Ribeira Fra<strong>de</strong>s-Pro<strong>de</strong>co Covões.


Desporto<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 35<br />

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Jornada dupla em <strong>Leiria</strong><br />

Juve <strong>de</strong> regresso à Europa<br />

para <strong>de</strong>rreter gelo suíço<br />

Miguel Sampaio<br />

miguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ A Juventu<strong>de</strong> do Lis concretiza,<br />

este fim-<strong>de</strong>-semana, a sua sétima<br />

participação nas competições europeias<br />

<strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol feminino. É frente<br />

às suíças do Spono Nottwil Handball<br />

que a equipa <strong>de</strong> André Afra vai tentar<br />

escrever mais uma página <strong>de</strong><br />

ouro nos anais do clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

Sabe-se que o adversário é difícil,<br />

mas para a Juve não há impossíveis.<br />

Mais um ano, mais uma participação<br />

na Europa do an<strong>de</strong>bol, <strong>de</strong>sta<br />

vez na EHF Cup, uma competição<br />

um patamar acima da Challenge<br />

Cup, on<strong>de</strong> esteve no ano passado<br />

a equipa conseguiu a melhor<br />

prestação <strong>de</strong> sempre, sendo eliminada<br />

<strong>de</strong> forma inglória nos oitavos<strong>de</strong>-final,<br />

com um golo <strong>de</strong> livre <strong>de</strong><br />

nove metros directo, já com o tempo<br />

esgotado. Contra o Spono Nottwil<br />

Handball as duas partidas voltarão<br />

a ser disputados em <strong>Leiria</strong>, no<br />

Centro Desportivo Juve Lis. O primeiro<br />

jogo será no sábado, às 16 horas,<br />

e a segunda mão no domingo,<br />

às 12 horas.<br />

Mais uma vez, as atletas tiveram<br />

<strong>de</strong> organizar festas, festivais e jantares<br />

para angariar fundos para<br />

que esta participação seja uma<br />

realida<strong>de</strong>. No entanto, a hora é <strong>de</strong><br />

Na época passada, a Juve foi agarrada pelo Dnipryanka<br />

O número<br />

7<br />

Frente ao Spono Nottwil<br />

Handball, a Juve soma a sétima<br />

participação nas competições<br />

europeias<br />

RICARDO GRAÇA<br />

jogar. O técnico André Afra confessa<br />

que o conhecimento sobre o<br />

adversário “não é muito gran<strong>de</strong>”.<br />

“Temos um ví<strong>de</strong>o e sabemos que o<br />

ano passado foram vice-campeãs<br />

suíças. Sabemos que o an<strong>de</strong>bol<br />

suíço está ligeiramente acima do<br />

português e que é uma equipa alta<br />

e bastante jovem, como a nossa.”<br />

O treinador garante que a equipa<br />

vai “entrar para ganhar”. “Só no<br />

final do encontro <strong>de</strong> sábado é que<br />

teremos uma noção <strong>de</strong> até on<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>remos chegar, mas queremos<br />

passar a eliminatória”, diz.<br />

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Alice Vicente e gémeas Rita e Rute Lopes representam Portugal<br />

Mundial <strong>de</strong> hóquei do Brasil<br />

com puro sotaque <strong>de</strong> Turquel<br />

❚ Com três atletas, o Hóquei Clube<br />

<strong>de</strong> Turquel está fortemente representado<br />

na Selecção Nacional <strong>de</strong><br />

hóquei em patins feminina que disputa<br />

até ao fim-<strong>de</strong>-semana o Mundial<br />

da modalida<strong>de</strong>, na cida<strong>de</strong> do Recife,<br />

no Brasil. A guardiã Alice Vicente,<br />

a <strong>de</strong>fesa Rute Lopes e a média/avançada<br />

Rita Lopes acreditam<br />

que po<strong>de</strong>m fazer história e conduzir<br />

Portugal a um inédito título<br />

mundial.<br />

As manas Rute e Rita Lopes estreiam-se<br />

com a camisola <strong>de</strong> Portugal<br />

e entram directamente para a história<br />

da Selecção Nacional, dado<br />

que será a primeira vez que duas gémeas<br />

coinci<strong>de</strong>m com a camisola<br />

das quinas. “Será uma gran<strong>de</strong> emoção,<br />

mas jogarmos juntas é algo a<br />

que estamos habituadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

começámos no hóquei, aos 9 anos”,<br />

assinala Rute Lopes, que na época<br />

passada marcou 34 golos no campeonato<br />

nacional que o clube do<br />

concelho <strong>de</strong> Alcobaça venceu, precisamente<br />

o mesmo números <strong>de</strong><br />

golos apontados pela... mana Rita.<br />

Gémeas Lopes e Alice Vicente<br />

Mais reservada nas palavras, mas<br />

igualmente empenhada na modalida<strong>de</strong>,<br />

Rita recorda como chegou ao<br />

hóquei: “Até gostava mais <strong>de</strong> futebol,<br />

mas a nossa mãe trabalhava perto<br />

do pavilhão do HC Turquel e levou-nos<br />

a um treino. Gostámos e fomos<br />

ficando”.<br />

As gémeas começaram nos escolinhas,<br />

mas rapidamente subiram <strong>de</strong><br />

escalão. “Os rapazes é que não achavam<br />

muita piada. Éramos melhores<br />

JOAQUIM PAULO<br />

que a maioria <strong>de</strong>les, apesar <strong>de</strong> sermos<br />

mais pequenas”, recorda Rute.<br />

A história da guardiã Alice Vicente<br />

é ligeiramente diferente. “Na família<br />

há tradição <strong>de</strong> hóquei, mas<br />

como eu não era muito boa a jogar<br />

à frente acabei por ir para a baliza”,<br />

sublinha a atleta, <strong>de</strong> 16 anos, que, tal<br />

como Rute e Rita, levou o bikini<br />

para o Brasil. Afinal, por lá é Verão e<br />

há sempre tempo para uma praia...<br />

Joaquim Paulo<br />

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36 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Viver<br />

Novos<br />

caminhos<br />

para o<br />

cinema<br />

DR<br />

7.ª arte Explicar aos alunos,<br />

à semelhança do que<br />

acontece com a leitura, o que<br />

é o cinema e a sua narrativa,<br />

é o objectivo do Plano<br />

Nacional do Cinema<br />

Jacinto Silva Duro<br />

jacinto.duro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ A criação conjunta, entre a Secretaria <strong>de</strong> Estado da<br />

Cultura e Ministério da Educação, <strong>de</strong> um Plano<br />

Nacional <strong>de</strong> Cinema, como acontece já com a leitura, é<br />

uma das apostas oficiais para tornar o público mais<br />

instruído, atento e com melhor compreensão do que é a<br />

7.ª arte, em todas as suas variantes, tanto artísticas<br />

como comerciais.<br />

Espera-se também que esta lista com 37 filmes crie, nos<br />

espectadores nacionais, uma noção embrionária do valor<br />

do cinema nacional, levando-o a ver mais películas feitas<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> fronteiras, por realizadores portugueses.<br />

O 37 filmes do plano, dos quais 20 são portugueses, <strong>de</strong>z<br />

americanos, cinco franceses um iraniano e um moçambicano<br />

serão leccionados e discutidos em 23 escolas-piloto<br />

em todo o País. Inclui vários títulos nacionais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

os primeiros filmes rodados por Aurélio Paz dos Reis, em<br />

1896, até obras mais recentes como a curta-metragem Rafa,<br />

<strong>de</strong> João Salavisa. Os títulos serão discutidos nas salas <strong>de</strong><br />

aula e, no final <strong>de</strong> cada período escolar, os professores envolvidos<br />

levarão os alunos às salas <strong>de</strong> cinema.<br />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar nos portugueses o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> ir<br />

ao cinema ver produções nacionais é facilmente justificada<br />

com as baixas audiências que estas têm. Balas e Bolinhos<br />

3 – O último capítulo é, até ao momento, o filme português<br />

mais visto <strong>de</strong> sempre, com 241 mil espectadores (números<br />

até dia 28 Outubro). Contudo, mesmo assumindo-<br />

-se, <strong>de</strong>scaradamente, como película <strong>de</strong> pipocas e com estes<br />

números, não consegue sequer posicionar-se no Top<br />

10 dos mais vistos em Portugal, on<strong>de</strong> Ratatui aparece no<br />

10.º lugar, com 669.292 espectadores, e Avatar, <strong>de</strong> Cameron,<br />

com 1.2 milhões, é campeão <strong>de</strong> bilheteira.<br />

Em Portugal, há um défice <strong>de</strong> interesse pelo cinema nacional<br />

e, para o perceber quase nem sequer é preciso comparar<br />

com França, on<strong>de</strong> as produções francesas ocupam,<br />

nos últimos três anos, os lugares cimeiros: Untouchables<br />

- Amigos Improváveis, em primeiro lugar, e Rien à Declarer<br />

- Nada a Declarar, em segundo. O mesmo se passa aqui ao<br />

lado, em Espanha. No mesmo período, em 2011, Torrente<br />

4" foi o mais visto, em 2010, o segundo posto coube a<br />

Tres Metros Sobre el Cielo.<br />

Embora não sejam inteiramente mainstream, estes filmes,<br />

que retém e transmitem muito da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cultural<br />

dos seus países <strong>de</strong> origem, po<strong>de</strong>m ser apontados como<br />

exemplos do género cinematográfico que faz da França<br />

o país europeu com a maior quota <strong>de</strong> mercado para a produção<br />

local.<br />

Iniciativa aplaudida<br />

“O aparecimento <strong>de</strong>ste plano nacional é uma iniciativa bastante<br />

feliz. Através <strong>de</strong>le, é possível mostrar que o cinema<br />

não é apenas entretenimento, mas arte”, enten<strong>de</strong> Andrej<br />

Kowalski, cineasta e docente da Escola Superior <strong>de</strong> Educação<br />

e Ciências Sociais <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

“Sabe-se o consumo que a adolescência faz do cinema.<br />

Não é só arte, ou entretenimento, mas também um meio<br />

<strong>de</strong> aglutinação e partilha social. É importante que, numa<br />

arte pop como o cinema, em que toda a gente sabe <strong>de</strong>scodificar<br />

os códigos <strong>de</strong> leitura imediatos, se consiga ir mais<br />

além <strong>de</strong>ssa superficialida<strong>de</strong>”, afirma Álvaro Romão. Este<br />

cineasta sublinha que é preciso mostrar, explicar que, para<br />

se chegar a Tarantino ou mesmo ao Morangos com Açúcar,<br />

o Filme, há um trajecto que “se <strong>de</strong>ve apreen<strong>de</strong>r”. “Um<br />

filme não é produto <strong>de</strong> um trabalho espontâneo. Existem<br />

regras, formas, fórmulas e tendências que vinculam um<br />

trabalho que é necessário conhecer e perceber para enten<strong>de</strong>r<br />

um filme nas suas várias dimensões.”<br />

Por isso, é essencial <strong>de</strong>spertar os jovens para a leitura das<br />

imagens, dos sons e das narrativas, <strong>de</strong> forma diferente das<br />

fórmulas básicas que nos são impostas pelo actual panorama<br />

televisivo, como refere, também, Raquel Martins. A<br />

argumentista e realizadora diz ainda que este é um passo<br />

necessário para a formação <strong>de</strong> futuros criadores, autores<br />

e técnicos audiovisuais que, <strong>de</strong>ste modo, <strong>de</strong>senvolvem<br />

“uma vocação, muitas vezes, adiada para o ensino universitário<br />

ou profissional”.<br />

On<strong>de</strong> está representada a nossa cultura<br />

na 7.ª arte?<br />

“Um filme é cultura. Mas atenção, não tem <strong>de</strong> ser o National<br />

Geographic ou o Discovery. Iñárritu ou Wen<strong>de</strong>rs, na<br />

realida<strong>de</strong>, reflectem o mundo global em que se movimentam<br />

e Wen<strong>de</strong>rs já filmou Portugal. Não acho que tenha<br />

<strong>de</strong> haver um esforço para mostrar a cultura nacional<br />

no cinema. O cinema é que po<strong>de</strong>, se assim o <strong>de</strong>sejar, alimentar-se<br />

da história. Filmes como Aquele Querido Mês<br />

<strong>de</strong> Agosto e Tabu, ambos <strong>de</strong> Miguel Gomes, falam <strong>de</strong> pedaços<br />

<strong>de</strong> Portugal. Mas do que na realida<strong>de</strong> se trata, são<br />

<strong>de</strong> duas estórias fabulosas que se apegam a realida<strong>de</strong>s do<br />

nosso País e história. Mas não tinha <strong>de</strong> o ser”, respon<strong>de</strong><br />

Álvaro Romão.<br />

Foi na “forja” da Tóbis Portuguesa que, durante décadas,<br />

foi a “Meca do cinema em Portugal” que autores como<br />

Lopes Ribeiro e Leitão <strong>de</strong> Barros, fizeram um retrato social,<br />

entre os anos 40 e 60. Nesses tempos, o País era o cenário<br />

favorito do cinema. “Quando num sábado à tar<strong>de</strong><br />

vejo na RTP uma reposição d'O Pátio das Cantigas, Al<strong>de</strong>ia<br />

Origens, estilos<br />

e influências<br />

distintas que<br />

vão dos<br />

clássicos aos<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

das curtas-<br />

-metragens às<br />

animações e ao<br />

documentário,<br />

fazem parte do<br />

Plano Nacional<br />

<strong>de</strong> Cinema<br />

Os mais vistos<br />

Os <strong>de</strong>z filmes portugueses mais<br />

vistos <strong>de</strong> sempre<br />

1 - Balas e Bolinhos 3 – O último<br />

capítulo - 241 mil espectadores<br />

(números até dia 28 Outubro)<br />

2 – O Crime do Padre Amaro,<br />

Carlos Coelho da Silva - 380.671<br />

espectadores<br />

3 - Filme da Treta, <strong>de</strong> José<br />

Sacramento - 278.853<br />

espectadores<br />

4 - Morangos com Açúcar - O<br />

Filme, <strong>de</strong> Hugo <strong>de</strong> Sousa,<br />

233.067 espectadores<br />

5 – Call Girl, <strong>de</strong> António-Pedro<br />

Vasconcelos - 232.581<br />

espectadores<br />

6 – Corrupção, <strong>de</strong> Nicolau<br />

Breyner - 230.741 espectadores<br />

7 – Amália – O Filme, <strong>de</strong> Carlos<br />

Coelho da Silva - 214.259<br />

espectadores<br />

8 – Uma Aventura na Casa<br />

Assombrada, Carlos Coelho da<br />

Silva - 124.936 espectadores<br />

9 – A Bela e o Paparazzo, <strong>de</strong><br />

António-Pedro Vasconcelos -<br />

98.748 espectadores<br />

10 – Second Life, <strong>de</strong> Alexandre<br />

da Roupa Branca ou Aniki Bobó, entre outros títulos, sinto<br />

que a cultura portuguesa estava presente através da representação<br />

<strong>de</strong> tradições e costumes e da adaptação <strong>de</strong> várias<br />

obras marcantes na história”, sublinha o realizador Paulo<br />

César Fajardo.<br />

Entre as temáticas presentes, naquelas décadas, no processo<br />

<strong>de</strong> retratar a vida do povo, estavam a limitação económica<br />

e a forma com ela influencia as relações sociais.<br />

Na actualida<strong>de</strong>, diz Fajardo, mais do que económica, atravessamos<br />

uma crise <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. “Em países como a<br />

França, Inglaterra e Itália cedo se percebeu que, para haver<br />

uma indústria cinematográfica, além da rentabilida<strong>de</strong>,<br />

é necessário criar hábitos culturais e levar o público às<br />

salas. A multiplicação <strong>de</strong> salas <strong>de</strong> cinema em espaços comerciais<br />

não trouxe uma maior oferta cultural”, enten<strong>de</strong>.<br />

Assim, espaços como o Teatro Miguel Franco, em <strong>Leiria</strong>,<br />

Valente e Miguel Gaudêncio -<br />

90.194 espectadores<br />

Os mais vistos <strong>de</strong> sempre<br />

em Portugal<br />

1 – Avatar, <strong>de</strong> James Cameron –<br />

1.206.162 espectadores<br />

2 – Mamma Mia, <strong>de</strong> Phyllida<br />

Lloyd – 851.681 espectadores<br />

3 – Shrek, o terceiro, <strong>de</strong> Chris<br />

Miller, Raman Hui – 824.646<br />

espectadores<br />

4 - Madagáscar 2, <strong>de</strong> Eric<br />

Darnell, Tom Mcgrath – 813.802<br />

espectadores<br />

5 – Shrek 2, <strong>de</strong> Andrew Adamson,<br />

Kelly Asbury, Conrad Vernon –<br />

771.963 espectadores<br />

6 - O Código da Vinci, <strong>de</strong> Ron<br />

Howard – 757.019 espectadores<br />

7 - Shrek Para Sempre!, <strong>de</strong> Mike<br />

Mitchell – 746.851 espectadores<br />

8 - A Paixão <strong>de</strong> Cristo, <strong>de</strong> Mel<br />

Gibson – 721.736 espectadores<br />

9 – Madagáscar, <strong>de</strong> Eric Darnell,<br />

Tom Mcgrath – 692.848<br />

espectadores<br />

10 – Ratatui, <strong>de</strong> Brad Bird –<br />

669.292 espectadores


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 37<br />

DR<br />

Filmes do Plano Nacional <strong>de</strong> Cinema<br />

Programa para o 5.º ano:<br />

- Estória do Gato e da Lua, <strong>de</strong><br />

Pedro Serrazina (Portugal,<br />

1995)<br />

- O Estranho Mundo <strong>de</strong> Jack, <strong>de</strong><br />

Henry Selick (EUA, 1993)<br />

- A Bola, <strong>de</strong> Orlando Mesquita<br />

Lima (Moçambique, 2001)<br />

- Com Quase Nada, <strong>de</strong><br />

Margarida Cardoso e Carlos<br />

Barroco (Portugal e Cabo Ver<strong>de</strong>,<br />

2000)<br />

- Aniki-Bobó, <strong>de</strong> Manoel <strong>de</strong><br />

Oliveira (Portugal, 1942)<br />

Programa para o 6.º ano:<br />

- As coisas lá <strong>de</strong> Casa, <strong>de</strong> José<br />

Miguel Ribeiro (Portugal, 2003)<br />

- O Miúdo <strong>de</strong> Charlot, <strong>de</strong><br />

Charles Chaplin (EUA, 1921)<br />

- ET, o Extraterrestre, <strong>de</strong> Steven<br />

Spielberg (EUA, 1982)<br />

- Diz-me On<strong>de</strong> Fica a Casa do<br />

Meu Amigo, <strong>de</strong> Abbas<br />

Kiarostami (Irão, 1987)<br />

Programa para o 7.º ano:<br />

- A Noiva Cadáver, <strong>de</strong> Tim<br />

Burton (EUA, 2005)<br />

- Saída <strong>de</strong> Pessoal Operário da<br />

Camisaria Confiança, <strong>de</strong><br />

Aurélio da Paz dos Reis<br />

(Portugal, 1896)<br />

- A Invenção <strong>de</strong> Hugo, <strong>de</strong> Martin<br />

Scorsese (EUA, 2011)<br />

- Serenata à Chuva, <strong>de</strong> Stanley<br />

Donen (EUA, 1852)<br />

Programa para o 8.º ano:<br />

- Shane, <strong>de</strong> George Stevens<br />

(EUA, 1953)<br />

- A<strong>de</strong>us, Pai, <strong>de</strong> Luís Filipe<br />

Rocha (Portugal, 1996)<br />

- Eduardo, Mãos <strong>de</strong> Tesoura, <strong>de</strong><br />

Tim Burton (EUA, 1990)<br />

Programa para o 9.º ano:<br />

- Romeu + Julieta, <strong>de</strong> Baz<br />

Luhrman (EUA, 1996)<br />

- A Suspeita, <strong>de</strong> José Miguel<br />

Ribeiro (Portugal, 1999)<br />

- O Barão, <strong>de</strong> Edgar Pêra<br />

(Portugal, 2011)<br />

- Um Outro País, <strong>de</strong> Sérgio<br />

Tréfault (Portugal, 1999)<br />

Programa para o 10.º ano:<br />

- Persepolis, <strong>de</strong> Marjane Satrapi<br />

e Vicent Paronnaud (França,<br />

2004)<br />

- A Noite, <strong>de</strong> Regina Pessoa<br />

(Portugal, 1999)<br />

- Douro, Faina Fluvial, <strong>de</strong><br />

Manoel <strong>de</strong> Oliveira (Portugal,<br />

1931)<br />

- Jaime, <strong>de</strong> António Reis<br />

(Portugal, 1974)<br />

- Rafa, <strong>de</strong> João Salaviza<br />

(Portugal, 2012)<br />

- História Trágica com Final<br />

Feliz, <strong>de</strong> Regina Pessoa<br />

(Portugal, 2005)<br />

- Luzes na Cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> Charles<br />

Chaplin (EUA, 1931)<br />

Programa para o 11º ano:<br />

- Os 400 Golpes, <strong>de</strong> François<br />

Truffaut (França, 1959)<br />

- Senhor X, <strong>de</strong> Gonçalo Galvão<br />

Teles (Portugal, 2010)<br />

- A Esquiva, <strong>de</strong> Ab<strong>de</strong>latlif<br />

Kechiche (França, 2004)<br />

- Belarmino, <strong>de</strong> Fernando Lopes<br />

(Portugal, 1964)<br />

- Fado Lusitano, <strong>de</strong> Abi Feijó<br />

(Portugal, 1995)<br />

Programa para o 12.º ano:<br />

- Os Respigadores e a<br />

Respigadora, <strong>de</strong> Agnès Varda<br />

(França, 2000)<br />

- Viagem à Lua, <strong>de</strong> Georges<br />

Méliès (França, 1902)<br />

- Os Salteadores, <strong>de</strong> Abi Feijó<br />

(Portugal, 1993)<br />

- A Cortina Rasgada, <strong>de</strong> Alfred<br />

Hitchcock (EUA, 1966)<br />

on<strong>de</strong> o cinema <strong>de</strong> autor ou que não é <strong>de</strong> mainstream encontra<br />

um espaço <strong>de</strong> projecção, são cada vez mais raros.<br />

E há várias razões para o baixo interesse do público. Por<br />

vezes, o cinema artístico é <strong>de</strong>masiado hermético. Os realizadores<br />

fecham-se numa linguagem própria ao alcance<br />

<strong>de</strong> um grupo restrito. “Os filmes não correspon<strong>de</strong>m às suas<br />

expectativas e o público afasta-se. Os espectadores estão,<br />

cada vez mais, viciados no cinema <strong>de</strong> Hollywood. Gostam<br />

<strong>de</strong> comédias fáceis, filmes <strong>de</strong> acção e importam-se, cada<br />

vez menos, com a arte”, aponta Andrej Kowalski.<br />

A questão, adianta Paulo César Fajardo, passa também<br />

pelo facto <strong>de</strong> que não existe vonta<strong>de</strong> por parte da comunida<strong>de</strong><br />

artística em retratar Portugal, seus <strong>de</strong>feitos e virtu<strong>de</strong>s.<br />

Para complicar ainda mais as contas, falta uma estrutura<br />

<strong>de</strong> apoio funcional que promova o que se faz cá.<br />

“Os números mostram bem a disparida<strong>de</strong>. Qualquer produção<br />

vinda <strong>de</strong> Hollywood tem mais dinheiro <strong>de</strong>stinado<br />

ao marketing, que um filme <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, nacional, a toda<br />

a produção”, remata Kowalski.<br />

“Portugal é pequeno e com pouca gente. Um<br />

filme não se paga na bilheteira”, afirma Álvaro<br />

Romão. O cineasta explica que, no caso do<br />

cinema português e <strong>de</strong> outras cinematografias<br />

<strong>de</strong> países pequenos, o mercado não chega<br />

para que um filme seja rentabilizado. Os filmes<br />

americanos, que são um negócio <strong>de</strong> milhões<br />

e fazem gran<strong>de</strong> sucesso em todo o<br />

Mundo, são pagos, logo no primeiro fim-<strong>de</strong>-<br />

-semana <strong>de</strong> estreia nos Estados Unidos.<br />

Mas, Romão não esquece que o cinema é um<br />

reflexo do que somos e uma fotografia da nossa<br />

existência. “Mesmo não sendo um negócio<br />

que faça alguém lucrar, <strong>de</strong>ve continuar a<br />

ser apoiado, para não <strong>de</strong>saparecer.”<br />

Paulo César Fajardo enten<strong>de</strong> que a arte só<br />

existe se for rentável, pois não po<strong>de</strong> sobreviver<br />

eternamente à custa <strong>de</strong> mecenato. “A forma <strong>de</strong><br />

contar a história e o grau <strong>de</strong> reciprocida<strong>de</strong> que<br />

consegue atingir com o espectador é o factor <strong>de</strong>cisivo<br />

para sucesso ou fracasso. O autor terá<br />

sempre <strong>de</strong> ter em conta que está a criar uma experiência<br />

para o espectador e não para o seu<br />

umbigo, e tentar antecipar as reacções que o público<br />

possa ter ao ver o trabalho final.”<br />

O passo lógico seguinte, para este autor<br />

passa pelo alargamento do mercado <strong>de</strong> distribuição<br />

além-fronteiras. “O facto <strong>de</strong> Portugal<br />

pertencer à CPLP, representa uma oportunida<strong>de</strong><br />

inexplorada”, conclui.<br />

O facto <strong>de</strong><br />

Portugal<br />

pertencer à<br />

CPLP,<br />

representa<br />

uma<br />

oportunida<strong>de</strong><br />

inexplorada<br />

para o cinema<br />

nacional,<br />

fechado num<br />

país com<br />

apenas <strong>de</strong>z<br />

milhões <strong>de</strong><br />

pessoas<br />

Veja<br />

anúncios<br />

<strong>de</strong><br />

na página<br />

45<br />

Para saber<br />

como<br />

anunciar na<br />

secção <strong>de</strong><br />

classificados<br />

do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> ligue<br />

244 800400


38 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Curtas<br />

Cinema Bruno Carni<strong>de</strong> é o único<br />

português em festival grego<br />

❚ Bruno Carni<strong>de</strong> é o único português a participar, com a<br />

curta <strong>de</strong> comédia Do Not Stop, no festival <strong>de</strong> cinema<br />

Thermaikos International 2min Film, na Grécia, e que<br />

este ano conta com 47 películas da Grã-Bretanha,<br />

Canadá, México, Espanha, Hong Kong, Croácia,<br />

Roménia, Bulgária, Suíça, Itália, Alemanha, Irão<br />

e do país anfitrião. Bruno Carni<strong>de</strong>, 25 anos,<br />

licenciado em Som e Imagem pela Escola<br />

Superior <strong>de</strong> Artes e Design <strong>de</strong> Caldas da Rainha,<br />

iniciou-se na 7.ª arte, em 2009, com a curta <strong>de</strong><br />

animação Os teus últimos dias como criança, que<br />

lhe valeu o Prémio <strong>de</strong> Melhor Animação, no Até<br />

breves. Este ano, venceu o Prémio CinEuphoria com<br />

a curta-metragem Em Terra Frágil.<br />

Turismo Soldados e monges<br />

em busca <strong>de</strong> caminhos <strong>de</strong> futuro<br />

❚ Histórias <strong>de</strong> Soldados e Monges é a nova marca<br />

resultante <strong>de</strong> uma parceria entre o Centro <strong>de</strong> Interpretação<br />

da Batalha <strong>de</strong> Aljubarrota (CIBA), <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong><br />

Mós, e o Parque dos Monges, Alcobaça. A nova<br />

chancela, apresentada na quinta-feira, tem como<br />

objectivo criar programas educativos, turismo<br />

sénior, bilhetes conjuntos para os visitantes<br />

ocasionais, programas <strong>de</strong> alojamento com visita<br />

(escapadinhas) e merchandising próprio. O<br />

director do CIBA, João Mareco, sublinha a<br />

importância da criação <strong>de</strong> sinergias entre as duas<br />

instituições como garante do futuro, num<br />

momento em que “os serviços que <strong>de</strong>tém a tutela do<br />

turismo reflectem gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção”.<br />

Teatro Co-produção do Te-Ato<br />

integra festival em Malta<br />

❚ Por um dia claro, uma co-produção do Te-ato -<br />

Grupo <strong>de</strong> Teatro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e Dobrar, participa, <strong>de</strong> 20<br />

a 25 <strong>de</strong>ste mês, no Ziguzajg (Arts Festival for<br />

Children & Young People), que <strong>de</strong>corre em Malta, nas<br />

cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Gozo e Valletta. Com encenação <strong>de</strong> Ana<br />

Lázaro e interpretação <strong>de</strong> Simon Frankel e Inês<br />

Melo, a peça foi criada a partir <strong>de</strong> A invenção do dia<br />

claro, <strong>de</strong> Almada Negreiros, e da poesia inglesa <strong>de</strong><br />

Fernando Pessoa. Por um dia claro conta a história<br />

<strong>de</strong> um homem que nasceu com <strong>de</strong>feito e ainda da<br />

sua mãe, que se alimenta <strong>de</strong> memórias para vencer<br />

os dias. A música é <strong>de</strong> Inês Melo (voz e acor<strong>de</strong>ão)<br />

e ilustrações e curta-metragem <strong>de</strong> Catarina<br />

Mesquita.<br />

DR<br />

ecO - Associação<br />

Cultural lança<br />

Perspectivas #6<br />

O lançamento da Perspectivas #6, recvista publicada pela ecO -<br />

Associação Cultural, <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, está marcado para sábado, 17, às<br />

22:30 horas, no Praça Caffé, na Praça Rodrigues Lobo. A data serve<br />

também para a celebração da primeira “meia dúzia <strong>de</strong> anos <strong>de</strong><br />

existência” da eCO. Sendo por <strong>de</strong>finição uma publicação<br />

aperiódica e gratuita, a Perspectivas serve como um “veículo <strong>de</strong><br />

promoção do trabalho dos artistas locais, fazendo-o chegar, sem<br />

custos, a um público bastante abrangente”. João Diogo, Mariana a<br />

Miserável, Nuno Sarnadas, Sandra Portela e Simão Vieira são os<br />

convidados <strong>de</strong>sta 6.ª Perspectivas que foi baptizada com a<br />

<strong>de</strong>signação Poster Redux. Criada por um grupo <strong>de</strong> jovens<br />

apostados em dinamizar o seu meio local, a ecO preten<strong>de</strong> ser uma<br />

ferramenta para a construção <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> índole cultural e um<br />

espaço aberto aos seus associados. A edição da revista<br />

Perspectivas, o workshop e exposição AnalógiKa, o festival <strong>de</strong><br />

curtas, Estilhaços, realizado em colaboração com a Fa<strong>de</strong> In –<br />

Associação <strong>de</strong> Acção Cultural, e a Vírus - Mostra <strong>de</strong> Banda<br />

Desenhada, Ilustração e Cinema <strong>de</strong> Animação <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> são<br />

apenas algumas activida<strong>de</strong>s que têm dado visibilida<strong>de</strong> ao trabalho<br />

da ecO.<br />

Canto Luís Peças e João Santos<br />

em Inglaterra<br />

DR<br />

Andreia Sobreira<br />

recebe menção no<br />

Lisbon & Estoril Film<br />

❚ O cantor lírico <strong>de</strong> Alcobaça, Luís Peças,<br />

acompanhado por João Santos, organista da<br />

Sé <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e do Santuário <strong>de</strong> Fátima, vão<br />

fazer este mês uma tournée por diversas<br />

igrejas <strong>de</strong> Londres. Entre outras,<br />

interpretarão canções renascentistas<br />

portuguesas, bem como <strong>de</strong> Georg<br />

Hän<strong>de</strong>l. De Londres, Luís Peças segue<br />

para Farnborough, on<strong>de</strong> actua no<br />

Prospect Theatre. Luís Peças tem-se<br />

<strong>de</strong>slocado ao estrangeiro para recitais,<br />

<strong>de</strong>signadamente à Suíça, França,<br />

Espanha, Itália e Brasil e Bélgica.<br />

A aluna da Escola Superior <strong>de</strong> Artes e Design <strong>de</strong> Caldas da<br />

Rainha (ESAD.CR) Andreia Sobreira, <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, com o filme 1971-74,<br />

recebeu uma menção honrosa durante a Competição Curtas-Metragens<br />

MEO Encontro das Escolas <strong>de</strong> Cinemas Europeias, do Lisbon & Estorial<br />

Film Festival. O filme já tinha integrado o programa do IX Festival<br />

Internacional <strong>de</strong> Cinema Doclisboa 2011 Culturgest. Nesta película, em<br />

tom <strong>de</strong> documentário, na primeira pessoa, um antigo combatente na<br />

Guerra Colonial - o próprio pai da realizadora - <strong>de</strong>screve imagens do<br />

seu álbum <strong>de</strong> fotografias feitas em Moçambique, entre 1971 e<br />

1974. O júri da Competição Curtas-Metragens atribuiu o<br />

primeiro lugar em ex-equo a The Time We Have, <strong>de</strong> Mira<br />

Jargil, da The National Danish Film School, e a<br />

Echo, <strong>de</strong> Ela Gas, da National Film School <strong>de</strong><br />

Dublin.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 39<br />

Almanaque<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Não pagamos<br />

a vossa crise<br />

Ana Lázaro actriz e encenadora<br />

“Que <strong>Leiria</strong> possa ser feita dos sonhos<br />

<strong>de</strong> quem nela cresce e vive”<br />

❚ Se não tivesse uma profissão ligada à arte, o que<br />

seria?<br />

Astronauta, claro! Se tivesse a resistência física <strong>de</strong> um<br />

maratonista, não fosse piegas com velocida<strong>de</strong>s, nem<br />

ficasse com enjoos em gravida<strong>de</strong>- zero, não pensava<br />

duas vezes!<br />

O projecto que mais gosto lhe <strong>de</strong>u fazer<br />

O Por um Dia Claro - espectáculo <strong>de</strong> teatro, que agora<br />

nos preparamos para “exportar” na sua versão inglesa,<br />

para o Festival <strong>de</strong> Artes <strong>de</strong> Malta, por se ter tornado uma<br />

pista <strong>de</strong> aprendizagem infindável.<br />

O espectáculo que mais lhe ficou na memória<br />

Gil Moniz e a Ponta do Nariz; o espectáculo que o meu<br />

pai carregava numa só mala, e que revi <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong><br />

vezes em criança. De cada vez irrepetível, apesar <strong>de</strong><br />

começar sempre da mesma maneira: “Senhoras e<br />

senhores… Não vai haver espectáculo, pois os actores<br />

não apareceram”. E que me fez querer vir a ser muitas<br />

vezes irrepetível, também…<br />

O livro da sua vida<br />

A Poesia Completa <strong>de</strong> Herberto Hel<strong>de</strong>r, por ter palavras<br />

inesgotáveis.<br />

Um filme inesquecível<br />

Os dois últimos que vi, vão-me trazer lembranças <strong>de</strong><br />

sobra: Pina – homenagem do Wim Wen<strong>de</strong>rs à falecida<br />

coreógrafa Pina Bausch, que criou imagens <strong>de</strong> tirar o<br />

fôlego. Wasteland – documentário sobre o trabalho do<br />

artista brasileiro Vik Muniz, que retratou os resi<strong>de</strong>ntes<br />

da maior lixeira do mundo, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, num<br />

trabalho <strong>de</strong> que acabou por re-inventar as vidas dos<br />

participantes.<br />

Se tivesse <strong>de</strong> escolher uma banda sonora para si, qual<br />

seria?<br />

Tinha <strong>de</strong> ser um disco pirata com faixas variadas para<br />

a<strong>de</strong>quar a variações <strong>de</strong> humor: do Tom Waits aos<br />

Beatles, do Michael Nyman ao René Aubry, com um<br />

toque do pop para <strong>de</strong>sanuviar, até terminar com<br />

aquelas vozes arranhadas <strong>de</strong> blues que soam bem <strong>de</strong><br />

qualquer maneira.<br />

Um artista que gostaria <strong>de</strong> ter visto no Teatro José<br />

Lúcio da Silva?<br />

Qualquer novo artista, com um nome por contar. Há<br />

muitos e a precisar <strong>de</strong> palcos.<br />

Uma viagem inevitável<br />

Uma viagem sem <strong>de</strong>stino.<br />

Um vício que gostava <strong>de</strong> não ter<br />

Matutar: v.i: cismar; pensar com<br />

insistência; andar preocupado;<br />

imaginar com fixi<strong>de</strong>z… ufff!<br />

Uma personalida<strong>de</strong> que admira<br />

Quino – porque humor com<br />

humor se paga<br />

Um actor que gostasse <strong>de</strong> levar<br />

a jantar<br />

George Clooney (ofereço o<br />

jantar à minha mãe e ela<br />

fica-me a <strong>de</strong>ver uma)<br />

Um restaurante da região<br />

A casa da minha avó Mina –<br />

mesmo sem o licenciamento<br />

da ASAE.<br />

Um prato <strong>de</strong> eleição<br />

Morcela <strong>de</strong> arroz e uma fatia <strong>de</strong><br />

broa caseira, e nem é preciso prato.<br />

Um refúgio (no distrito)<br />

Qualquer cantinho torto da Rua Direita.<br />

Um sonho para <strong>Leiria</strong>?<br />

Que se possa ser feita dos sonhos <strong>de</strong> quem nela cresce e<br />

vive.<br />

Por um<br />

dia claro<br />

Mesa <strong>de</strong><br />

Cabeceira<br />

Carlos<br />

Martins<br />

George<br />

Clooney<br />

Quino<br />

❚ Não pagamos a vossa crise<br />

Ouve-se por todo o país em<br />

manifestações, em cafés, na rua,<br />

no autocarro, po<strong>de</strong> dizer-se com<br />

alguma tranquilida<strong>de</strong> que é um<br />

sentimento largamente<br />

partilhado pelos portugueses. No<br />

entanto, palavras, se não as levou<br />

já, levá-las-á o vento. Na Irlanda<br />

um grupo <strong>de</strong> <strong>de</strong>putados sugeriu<br />

uma i<strong>de</strong>ia assim meio tonta, <strong>de</strong>ulhes<br />

para achar que quem manda<br />

nisto é o povo e este pensou que<br />

tal noção é esquisita o suficiente<br />

para ser verda<strong>de</strong>. Vai daí não<br />

pagamos mesmo a vossa crise.<br />

Setecentas mil casas <strong>de</strong>cidiram<br />

não pagar o imposto sobre<br />

proprieda<strong>de</strong> (100€) e o estrago é<br />

fazer as contas mas ainda é para lá<br />

duma fortuna. Se não faz rombo<br />

pelo menos assusta porque vai<br />

que se espalha ao resto? Sou todo<br />

a favor <strong>de</strong> manifestações e vou<br />

per<strong>de</strong>r a voz no meio <strong>de</strong>las<br />

sempre que posso mas acho que<br />

entretanto era <strong>de</strong> organizar várias<br />

frentes. Pelo que tenho lido, o<br />

nível <strong>de</strong> segurança dos ministros<br />

subiu à bruta, por isso o medo<br />

físico já existe (outro dia o Paulo<br />

Rangel saiu do carro para ajudar<br />

não sei quem na rua, foi topado e<br />

"ala que ainda me fico aqui"). Mas<br />

há um outro medinho para<br />

explorar e este muito mais<br />

perigoso, se não houver dinheiro<br />

não há palhaço (diz-me a minha<br />

avó) e sem palhaços po<strong>de</strong>mos<br />

finalmente começar a falar a<br />

sério. Digo eu que seria <strong>de</strong><br />

organizar o pessoal a pagar só o<br />

que acha que <strong>de</strong>ve, tipo<br />

Radiohead ou Unicef. "Epá, este<br />

ano a coisa não está famosa e<br />

parece-me que com o dinheiro<br />

que vos envio todos os meses não<br />

está a ficar melhor <strong>de</strong> modos que<br />

agora não dou mais." Que<br />

conceito estranho. O povo a<br />

mandar. Outra frente a explorar<br />

seria o que o Eric Cantona disse<br />

entre whiskys há uns anos: "O<br />

problema é o sistema? O sistema<br />

são os bancos? Que tal tirar <strong>de</strong> lá o<br />

guito?" E ainda lhe saiu um<br />

magnífico: "É simples". A imagem<br />

agressiva do homem que<br />

pontapeou um fã do Crystal Palace<br />

em 1995 quase que se esfumou ali<br />

em 2 minutos. Voltando a nós,<br />

somos tão bons a <strong>de</strong>senrascar<br />

soluções, parece-me que se calhar é<br />

hora <strong>de</strong> activar o modo<br />

<strong>de</strong>senrascanço, não lhe chamemos<br />

"organizar" porque isso <strong>de</strong>pois dá<br />

muito trabalho. Não, o que nós<br />

vamos fazer é <strong>de</strong>senrascar uma<br />

revolução, vai-se fazendo, em<br />

guardanapos <strong>de</strong> pastelaria, com fita<br />

cola, com cuspo, com berros,<br />

dinheiro no colchão e com menos<br />

viagens às finanças.<br />

músico


40 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Entrevista<br />

Artes plásticas Mário Lopes, escultor<br />

Aprendi com o meu pai a gostar<br />

<strong>de</strong> ferramentas<br />

DR<br />

Graça Menitra<br />

graca.menitra@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Em que contexto surge a exposição <strong>de</strong> xilografias<br />

patente na galeria da Arquivo Livraria?<br />

Resulta dos primeiros trabalhos que fiz no Japão, nesta<br />

área, através <strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong> mestrado <strong>de</strong>senvolvido<br />

com uma bolsa <strong>de</strong> estudo do governo japonês,<br />

durante três anos, que terminei em Março <strong>de</strong>ste ano.<br />

O objectivo inicial era estudar escultura mas interessei-me<br />

por outras técnicas relacionadas com a arte japonesa.<br />

E a xilogravura (<strong>de</strong>senho escavado em ma<strong>de</strong>ira<br />

à qual se aplica <strong>de</strong>pois a tinta, tipo carimbo), é<br />

muito tradicional. Parte <strong>de</strong>stes trabalhos já foram expostos<br />

em Tóquio e agora mostro-os aqui em <strong>Leiria</strong> (a<br />

minha terra).<br />

Porque doou esculturas para um jardim <strong>de</strong> Tokushima,<br />

Japão?<br />

Porque sendo uma cida<strong>de</strong> geminada com <strong>Leiria</strong>,<br />

achei interessante <strong>de</strong>ixar trabalhos meus num local<br />

público, o Parque <strong>de</strong> Bizan, on<strong>de</strong> por acaso também<br />

há uma estátua do português Wenceslau <strong>de</strong> Morais.<br />

Agora, a Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vai apoiar-me com uma exposição<br />

no Banco <strong>de</strong> Portugal, em Fevereio/Março do<br />

próximo ano. Nela penso retratar todo o trabalho que<br />

fiz no Japão (escultura, pintura, xelografia e serigrafia).<br />

Em Abril, na Fábrica <strong>de</strong> Braço <strong>de</strong> Prata, em Lisboa,<br />

vou mostrar também quatro ou cinco pinturas em<br />

gran<strong>de</strong> formato. É preciso é persistência e apresentar<br />

os projectos. Depois os trabalhos falam, ou não, por<br />

si.<br />

Além do Japão e <strong>de</strong> Itália (on<strong>de</strong> se graduou em escultura<br />

na Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Belas Artes), já esteve em inúmeros<br />

países, como Coreia, Cabo Ver<strong>de</strong>, Irlanda,<br />

on<strong>de</strong> tem sido assistente <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s escultores. Na<br />

área artística, emigrar torna-se ainda mais pertinente?<br />

Emigrei para encontrar o meu caminho e conseguir<br />

sobreviver com esta arte, que nem sempre é fácil.<br />

Contacto leva a contacto e estes começam agora a dar<br />

os seus frutos. Na Irlanda, por exemplo, conheci o filho<br />

<strong>de</strong> um escultor. Comecei a trabalhar com eles<br />

quando tinham encomendas maiores. Como gostaram<br />

do meu trabalho, <strong>de</strong> vez em quando ainda me<br />

chamam para os ajudar. Tenho também participado<br />

em muitos simpósios em países vários, que assim<br />

DR<br />

Mário Lopes, 31<br />

anos, é natural<br />

<strong>de</strong> Santa Eufêmia,<br />

<strong>Leiria</strong>.<br />

Tem colaborado<br />

com<br />

vários escultores<br />

e artistas<br />

pelo mundo,<br />

como Han Soo<br />

Ji, (Itália), Han<br />

Jin Sub, (Coreia<br />

do Sul), Leão<br />

Lopes (Cabo<br />

Ver<strong>de</strong>) e Ken<br />

Thompson<br />

(Irlanda). Em<br />

relação a<br />

prémios,<br />

<strong>de</strong>staque para<br />

o Concurso<br />

Nacional <strong>de</strong><br />

Profissões, que<br />

ganhou em<br />

1999, e, mais<br />

recentemente,<br />

para a<br />

distinção num<br />

simpósio <strong>de</strong><br />

escultura no<br />

Irão.<br />

aproveito para conhecer. As viagens ajudam a enriquecer-me<br />

culturalmente, já que trago sempre muitas<br />

i<strong>de</strong>ias não só do artesanato como da história e cultura<br />

<strong>de</strong>sses países. Mesmo agora estou <strong>de</strong> partida<br />

para Taiwan, precisamente para participar num<br />

simpósio, com mais 14 escultores <strong>de</strong> todo o mundo.<br />

Esses trabalhos vão integrar o património <strong>de</strong> uma<br />

empresa <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> material informático.<br />

O seu o percurso profissional começou na Escola <strong>de</strong><br />

Cantaria da Batalha. Sempre soube que queria ser<br />

artista plástico?<br />

Sempre tive tendência para as artes e para os trabalhos<br />

manuais. Habituei-me a trabalhar na terra com<br />

os meus avós e pais e o meu pai, que também era ferreiro,<br />

ajudou-me muito nessa aptidão para as ferramentas<br />

e para os materiais. Na Escola <strong>de</strong> Cantaria da<br />

Batalha, o Mestre Alfredo, assim como os professores<br />

Tó Zé e Alzira, incentivaram-me muito a continuar.<br />

Gostava <strong>de</strong> trabalhar mais no seu país?<br />

Um dia vou tentar estabilizar as minhas raízes. Mas<br />

sendo artista e ainda sem nome, nem sempre é fácil<br />

fazer carreira aqui. Como ainda não formei família<br />

nem tenho ninguém que <strong>de</strong>penda <strong>de</strong> mim, vou continuar<br />

a viajar e a mostrar o meu trabalho pelo mundo.<br />

Tenho sobretudo explorado a pedra portuguesa,<br />

como o calcário da região, assim como a cortiça. Apesar<br />

<strong>de</strong> ser difícil transportar gran<strong>de</strong>s peças, que facilmente<br />

pesam duas ou três toneladas, o comércio<br />

da pedra está muito internacionalizado e é fácil encontrar<br />

calcário, material que também não é dos mais<br />

caros.


Olhar<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 41<br />

PUBLICIDADE<br />

Desencanto Trocar o certo pelo errado<br />

“<strong>Leiria</strong> é uma festa”<br />

Pedro Cor<strong>de</strong>iro<br />

pedrolcor<strong>de</strong>iro@hotmail.com<br />

❚ Mesmo sobre esta penúria galopante que ensombra<br />

o país, o Há Música na Cida<strong>de</strong> transformou <strong>Leiria</strong> na<br />

sua maior festa. Foi particularmente agradável encontrar<br />

um ambiente excepcionalmente transversal,<br />

“dos zero aos cem”, sem a supérflua presença da já habitué<br />

exposição automóvel – tão querida às iniciativas<br />

urbanas do Município. Uma característica, apenas<br />

atingível no âmbito <strong>de</strong> um entendimento vago e redutor<br />

do que é a urbanida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejada pela cida<strong>de</strong> -<br />

essa coisa do enriquecimento do espírito como escudo<br />

para outros males mais <strong>de</strong>ve parecer conversa <strong>de</strong><br />

“pobres”!<br />

A incompreensão consubstancia-se ainda no plano<br />

<strong>de</strong> quem se nega a uma cultura do “inútil” por outra<br />

mais material, a acrescentar a um contexto menos social,<br />

e por conseguinte muito menos cultural.<br />

Espantem-se ao saber que um evento da dimensão<br />

da festa do Há Música na Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>u grossomodo<br />

da generosida<strong>de</strong> dos músicos e dos seus organizadores<br />

– e é claro que todos teriam mais que fazer!<br />

Mas a coisa aconteceu e esperamos que possa continuar<br />

a acontecer.<br />

É verda<strong>de</strong> que já tínhamos tido outras gran<strong>de</strong>s festas<br />

na cida<strong>de</strong> – a festa do Euro 2004 – impossível <strong>de</strong><br />

esquecer! Essa foi mesmo à gran<strong>de</strong>, não se olhou a<br />

meios. Como no tempo dos imperadores, construiu-<br />

-se o palácio e tudo – o povo é que não o quer... Mas<br />

a festa, essa já ninguém nos tira! Recor<strong>de</strong>mo-la para<br />

sempre como a maior das extravagâncias das nossas<br />

vidas.<br />

Há duas semanas tivemos a benesse do último feriado<br />

do dia <strong>de</strong> todos os santos, precedido pela festa<br />

da noite das bruxas, mais recentemente o Halloween<br />

ao estilo USA. Depois do Shopping-Center e do<br />

Donut plastificado temos também a importação <strong>de</strong><br />

uma nova festa. Se valesse <strong>de</strong> alguma coisa, até nos<br />

podíamos questionar se não haveria por aí escolha<br />

melhor?! Uma festa das Rosas à marroquina (Kelaat<br />

MGouna), uma Tomatina à espanhola (Bunõl), uma<br />

guerra <strong>de</strong> laranjas à Italiana (Ivrea) ou mesmo, e talvez<br />

mais oportunamente, uma verda<strong>de</strong>ira celebração<br />

do fim das vindimas com fogueiras e vinho, à Francesa<br />

(Beaujolais), ou à Portuguesa (ainda por reinventar).<br />

Mas como a coisa parece estar feita, ficamos com<br />

as abóboras e o trick-or-treat (doçuras ou travessuras).<br />

A verda<strong>de</strong> é que a temática agita a noite <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

- mesmo com pouca convicção, a malta mascarase<br />

esperando que os copos façam o resto.<br />

De tudo o que assisti, o mais assustador foi mesmo<br />

umas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> ciclistas a circular em bando, mascarados<br />

com coletes reflectores e uns gritinhos à<br />

mistura.<br />

Mas por fim, o que me remete para o <strong>de</strong>sencanto<br />

<strong>de</strong> Hemingway por reportação a Paris é uma festa, não<br />

são as sauda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma <strong>Leiria</strong> mais viva (porque não<br />

me lembro), mas a severida<strong>de</strong> com que o país se propõe<br />

a (in)disponibilizar o dia em que os garotos andam<br />

na rua a pedir bolinho, contando com a generosida<strong>de</strong><br />

dos outros para a construção <strong>de</strong> uma doce<br />

fantasia e um mundo mais nobre – um dia em que se<br />

fazia o que parecia estar certo mas que o futuro <strong>de</strong>creta<br />

estar inevitavelmente errado.<br />

RICARDO GRAÇA/ARQUIVO


42 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Obrigatório<br />

Cinema Maratona <strong>de</strong> Cinema<br />

Francês na Livraria Arquivo<br />

DR<br />

Gastronomia Alcobaça volta a ser<br />

capital da doçaria conventual<br />

DR<br />

❚ Quarta-feira, 21, entre as 12 e as 24 horas, acontece a<br />

Maratona <strong>de</strong> Cinema da Arquivo (Mostra <strong>de</strong> Cinema<br />

Francês), <strong>de</strong> forma non stop e com entrada livre. É uma<br />

iniciativa do colectivo a9)))), em colaboração com esta<br />

livraria <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Serão exibidos A Regra do Jogo, <strong>de</strong><br />

Jean Renoir (filho do pintor Auguste Renoir) que data<br />

<strong>de</strong> 1939; O Acossado, <strong>de</strong> Jean-Luc Godard; A Diva e os<br />

Gangsters, <strong>de</strong> Jean-Jacques Beineix, Os Juncos<br />

Silvestres, <strong>de</strong> André Téchiné; As Praias <strong>de</strong> Agnès, <strong>de</strong><br />

Agnès Varda, <strong>de</strong> 2008 e Os Bem-Amados, <strong>de</strong> Christophe<br />

Honoré, <strong>de</strong> 2011. Os filmes são projectados em ví<strong>de</strong>o<br />

(cópias dvd), com legendas em português,<br />

acompanhados por uma folha <strong>de</strong> sala on<strong>de</strong> se aborda o<br />

filme e se tenta contextualizar o trabalho<br />

cinematográfico da obra.<br />

❚ Antigas receitas dos monges <strong>de</strong> Cister ganham<br />

nova vida a partir <strong>de</strong> hoje, 15, até domingo, 18, no<br />

Mosteiro <strong>de</strong> Alcobaça, em mais uma edição da<br />

Mostra Internacional <strong>de</strong> Doces e Licores. Segundo a<br />

autarquia, o evento conta com cerca <strong>de</strong> 40 stands<br />

<strong>de</strong> exposição e venda <strong>de</strong> doçaria conventual, entre<br />

os quais <strong>de</strong> países como Bélgica, França, Espanha,<br />

Brasil e Polónia e po<strong>de</strong> ser visitada entre as 10:30 e<br />

as 23:30 horas, com excepção do último dia, que<br />

encerra às 19 horas. O município espera que a<br />

tradição que faz <strong>de</strong>ste o certame que mais público<br />

atrai a Alcobaça se repita este ano, sendo esperados<br />

cerca <strong>de</strong> 35 mil visitantes. O evento conta também<br />

com dois concursos (Melhor doce e Melhor licor),<br />

para “valorizar as melhores receitas”.<br />

Lobo Antunes<br />

apresenta novo<br />

livro em <strong>Leiria</strong><br />

DR<br />

❚ António Lobo Antunes regressa a <strong>Leiria</strong> e à<br />

Livraria Arquivo, amanhã, 16, pelas 18 horas, para<br />

apresentar o livro Não é meia noite quem quer, com<br />

edição da D. Quixote. O enredo do livro <strong>de</strong>senvolvese<br />

em três dias (sexta-feira, sábado e domingo). Uma<br />

mulher com perto <strong>de</strong> 50 anos vai passar um fim-<strong>de</strong>semana<br />

na casa <strong>de</strong> férias da família, numa praia não<br />

i<strong>de</strong>ntificada. A casa, mo<strong>de</strong>sta, foi vendida e ela quer<br />

<strong>de</strong>spedir-se <strong>de</strong>la, mas também relembrar tudo o que<br />

se passou ali - a infância com os pais e os irmãos, o<br />

suicídio do irmão mais velho, o irmão surdo-mudo,<br />

o complexo e dramático relacionamento dos pais, a<br />

menina da casa em frente, sua amiga do tempo <strong>de</strong><br />

férias. Vem <strong>de</strong>pois a sua vida actual, mal casada,<br />

sem filhos, professora numa escola como tantas<br />

outras, com uma relação frustrante e sem<br />

entusiasmo com uma colega mais velha... O<br />

falhanço que é a sua vida reflecte-se na casa, há<br />

muito <strong>de</strong>sabitada e nos sonhos <strong>de</strong> todos eles, ali<br />

irremediavelmente enterrados. A <strong>de</strong>spedida da casa<br />

po<strong>de</strong> levá-la a imitar o irmão mais velho e, no<br />

domingo, atirar-se das arribas e encerrar ali uma<br />

vida sem futuro.<br />

Leiturasdasemana (https://www.facebook.com/livraria.arquivo)<br />

A instalação do medo<br />

Zink<br />

Editora: Teodolito<br />

«Recorrendo a frases curtas, à meta-linguagem […]<br />

e <strong>de</strong>spido da ironia que o acompanha quase<br />

sempre, o escritor constrói uma narrativa que é<br />

uma forte crítica ao mo<strong>de</strong>lo civilizacional assente<br />

nos mercados. Os mercados são aqui o papão que<br />

tudo comanda e assusta […] Seco, cru, o livro<br />

arrisca na fórmula e é eficaz no efeito. No mesmo<br />

fôlego da escrita, o leitor entra na espiral<br />

construída por Rui Zink, sente o incómodo, sentese<br />

vítima.» Isabel Lucas, Público.<br />

Mudanças<br />

Mo Yan<br />

Editora: Divina Comédia<br />

Prémio Nobel da Literatura 2012<br />

Mo Yan <strong>de</strong>screve, na primeira pessoa, as alterações<br />

políticas e sociais no seu país ao longo das últimas<br />

décadas, num romance disfarçado <strong>de</strong><br />

autobiografia, ou vice-versa. Ao contrário da<br />

maioria dos escritos históricos sobre a China, que<br />

se limitam a narrar acontecimentos políticos,<br />

Mudanças conta a história do povo, numa<br />

perspectiva mais intimista <strong>de</strong> um país em<br />

transformação. Avançando e recuando no tempo,<br />

Mo Yan dá vida à História, <strong>de</strong>screvendo com<br />

acutilância e muito humor os efeitos dos<br />

acontecimentos do dia-a-dia na vida do cidadão<br />

comum.


44 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Agenda<br />

Artes<br />

Paisagem interior, exposição <strong>de</strong><br />

escultura <strong>de</strong> Filipe Curado, é<br />

inaugurada amanhã, 16, no<br />

foyer do Teatro José Lúcio da<br />

Silva (TJLS), on<strong>de</strong> permanece<br />

até 29 <strong>de</strong> Dezembro. Entrada<br />

livre, diariamente entre as 18 e<br />

as 22 ou 24 horas (dias <strong>de</strong><br />

espectáculo)<br />

Crianças<br />

Mãos <strong>de</strong> Sal, pelo Teatro e<br />

Marionetas <strong>de</strong> Mandrágora, sábado,<br />

16, às 10:30 horas, no Teatro Miguel<br />

Franco (TMF), para maiores <strong>de</strong> 4<br />

anos, num espectáculo integrado<br />

no festival Marionetas em<br />

Novembro. Dia 18, domingo, pelas<br />

15:30 horas, sobe a este palco o<br />

grupo Jardins Insolites para<br />

apresentar Coucou (público alvo<br />

entre 6 meses e 3 anos)<br />

Espectáculo com o Avô Cantigas,<br />

domingo, 19, às 16 horas, no TJLS,<br />

<strong>Leiria</strong>, no âmbito da omemoração<br />

dos 30 anos <strong>de</strong> carreira <strong>de</strong>ste teatro.<br />

Para maiores <strong>de</strong> 3 anos<br />

Clube <strong>de</strong> Leitura Arquivinho,<br />

sábado, 17, às 15 horas, na<br />

Arquivo Livraria, <strong>Leiria</strong>,<br />

dinamizado por Susana Neves.<br />

Entrada livre mas com inscrição<br />

prévia, para público-alvo dos 9 aos<br />

12 anos<br />

Vitória Men<strong>de</strong>s, Rosário Beja<br />

Neves e Charters Monteiro<br />

Adiafas da Cultura (3ª edição),<br />

sábado, 17, pelas 21:30 horas, na<br />

se<strong>de</strong> do Rancho Folclórico Rosas<br />

do Lena, na Rebolaria, Batalha.<br />

O evento integra um Serão na<br />

Alta Estremadura (cantigas,<br />

rimances, medicina popular),<br />

dança, poesia e música popular,<br />

com o grupo Semibreves da Ilha,<br />

Pombal, e concertinas Rosas do<br />

Lena<br />

Letras<br />

Exposição <strong>de</strong><br />

escultura <strong>de</strong><br />

Filipe Curado<br />

é inaugurada<br />

amanhã, 16,<br />

no Teatro<br />

José Lúcio da<br />

Silva, <strong>Leiria</strong><br />

Sons entre formas e cores,<br />

exposição <strong>de</strong> fotografia <strong>de</strong> Jorge<br />

Rocha (trabalho <strong>de</strong> estreia,<br />

marcado pela influência e<br />

inspiração dada pela música no<br />

processo <strong>de</strong> criação) é<br />

inaugurada amanhã, 16, no bar<br />

Alinhavar, <strong>Leiria</strong><br />

Xilografias <strong>de</strong> Mário Lopes,<br />

exposição sobre as primeiras<br />

influências <strong>de</strong> uma estadia no<br />

Japão, na Arquivo Livraria, até 6<br />

<strong>de</strong> Dezembro<br />

Preto no Branco, do papel<br />

impresso para a pare<strong>de</strong>,<br />

exposição com trabalhos <strong>de</strong><br />

vários autores, na se<strong>de</strong> do a9)))),<br />

<strong>Leiria</strong>, até 13 <strong>de</strong> Dezembro<br />

Exposição Terra Gran<strong>de</strong><br />

(pintura) da artista Paula Rito,<br />

na Galeria Quattro, <strong>Leiria</strong>, até<br />

dia 14 <strong>de</strong> Dezembro<br />

A exposição <strong>de</strong> pintura<br />

Envolvências <strong>de</strong> cor, <strong>de</strong><br />

Augusto Neves, e trabalhos da<br />

artista Ana Rodrigues, estão<br />

patentes até dia 27, na<br />

Biblioteca Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Cerâmica reflexo <strong>de</strong> uma<br />

Cultura, em exposição no MIMO<br />

– Museu da Imagem em<br />

Movimento, <strong>Leiria</strong>, até dia 23<br />

Cida<strong>de</strong>, quero-as comigo,<br />

exposição <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong> Maria<br />

Dulce Bernar<strong>de</strong>s, até dia 17, no<br />

edifício Banco <strong>de</strong> Portugal,<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Sensibilida<strong>de</strong>s 25, a região vista<br />

pela objetiva <strong>de</strong> fotógrafos do<br />

distrito, no Museu Joaquim<br />

Correia, Marinha Gran<strong>de</strong>. Fica,<br />

até dia 30<br />

Natureza cristalina é o nome da<br />

exposição que apresenta o<br />

espólio do Museu<br />

Municipal <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós,<br />

para ver até dia 28,<br />

no Salão Nobre da Câmara<br />

Municipal<br />

Eventos<br />

Partidas, teatro infantil para<br />

maiores <strong>de</strong> 3 anos, pelo Te-Ato -<br />

Grupo <strong>de</strong> Teatro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

domingo,18 , às 11 horas, na Sala<br />

Jaime Salazar Sampaio, <strong>Leiria</strong><br />

Vânia Tavares apresenta o livro<br />

infantil A Formiguinha Leonor,<br />

amanhã, 16, às 10 horas, na<br />

Biblioteca Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

O Museu Dr. Joaquim Manso, na<br />

Nazaré, comemora o Dia<br />

Nacional do Mar (16 <strong>de</strong><br />

Novembro) com a tertúlia Do<br />

mar para terra. Formas <strong>de</strong><br />

comunicação, a realizar hoje,<br />

pelas 15 horas, com a<br />

participação dos antigos<br />

pescadores Agostinho da<br />

Nascimenta e Joaquim<br />

Estrelinha. À conversa estarão<br />

ainda António Peixe, docente <strong>de</strong><br />

Ciências do Mar - Ambiente e<br />

alterações climáticas na<br />

Universida<strong>de</strong> Sénior da Nazaré;<br />

Bruno Santos, instrutor <strong>de</strong><br />

mergulho e Lourenço Gorricha,<br />

comandante da Capitania do<br />

Porto da Nazaré<br />

Percursos Reconhecer <strong>Leiria</strong><br />

(reabilitação <strong>de</strong> edifícios<br />

municipais: Casa dos Pintores e<br />

m|i|mo – museu da imagem<br />

em movimento), sábado, 17, com<br />

encontro às 10:30 horas, no<br />

Centro Cívico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e<br />

participação gratuita. Este<br />

passeio será acompanhado pelos<br />

arquitectos: Ana Filipa Pinhal,<br />

Múisca<br />

Ana Moura<br />

apresenta ao<br />

vivo, amanhã<br />

em <strong>Leiria</strong>, o<br />

seu novo<br />

álbum,<br />

Desfado, que<br />

saiu para o<br />

mercado na<br />

segunda-feira<br />

Ana Moura apresenta ao vivo o<br />

seu novo álbum, Desfado (que saiu<br />

para o mercado segunda-feira),<br />

amanhã, 16, às 21:30 horas, no<br />

TJLS, <strong>Leiria</strong><br />

Concerto pelos Um Zero Azul<br />

(promoção do primeiro single,<br />

Quem não quer ver? (banda sonora<br />

da telenovela da SIC, Dancin'<br />

Days, com participação especial<br />

<strong>de</strong> Tim (Xutos e Pontapés),<br />

amanhã, 16, às 23 horas, no Texas<br />

Bar, <strong>Leiria</strong><br />

Concerto <strong>de</strong> jazz com o quarteto<br />

<strong>de</strong> clarinetes Tertúlia Quartet,<br />

hoje, dia 15, pelas 21:30 horas, no<br />

Centro Recreativo <strong>de</strong> Golpilheira,<br />

Batalha, inserido na 19º Semana<br />

Cultural, que termina domingo<br />

(Dia da Freguesia)<br />

Concerto que assinala 19 anos <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong> do Coral Calçada<br />

Romana, com o Grupo Coral da<br />

Socieda<strong>de</strong> Filarmónica Silvense,<br />

Algarve, como convidado,<br />

domingo, 18, às 16 horas, no salão<br />

da Casa do Povo <strong>de</strong> Alqueidão da<br />

Serra, Porto <strong>de</strong> Mós<br />

Apresentação do curso<br />

profissional <strong>de</strong> instrumentista <strong>de</strong><br />

jazz da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Música <strong>de</strong><br />

Alcobaça/ESDICA, sábado, 17, às<br />

22:30 horas, na Socieda<strong>de</strong><br />

Filarmónica Vestiariense<br />

Monsenhor José Cacella, Alcobaça<br />

A comemorar 30 anos <strong>de</strong> carreira<br />

enquanto DJs, Vasquinho e Tomás<br />

actuam na Quinta das Silveiras,<br />

<strong>Leiria</strong>, sábado, 17, a partir das 22<br />

horas, numa festa e reunião <strong>de</strong><br />

amigos, com música genuína dos<br />

anos 70, 80 e 90 (80's Generation,<br />

Saturday Night Fever)<br />

Cinema


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 45<br />

Apresentação do livro Não é meia<br />

noite quem quer, <strong>de</strong> António Lobo<br />

Antunes, amanhã, 16, pelas 18<br />

horas, na Arquivo Livraria.<br />

Com texto <strong>de</strong> Sílvia Alves e<br />

ilustrações <strong>de</strong> Pierre Pratt, A<br />

Fábrica do Tempo é um livro para<br />

pequenos e graúdos, a lançar<br />

sábado, 17, às 17 horas, também<br />

naArquivo Livraria, com a presença<br />

<strong>de</strong> dois professores. No dia 20, às<br />

18:30 horas, será também<br />

apresentado neste espaço o livro<br />

Labirinto <strong>de</strong> Mágoas, <strong>de</strong> Daniel<br />

Sampaio<br />

Atelier <strong>de</strong> mediação <strong>de</strong> leitura O<br />

Livro no país das maravilhas,<br />

orientdo por Patrícia Almeida<br />

(projecto Comboio <strong>de</strong> Fantasias),<br />

amanhã, 16, às 20:45 horas, na<br />

Biblioteca Municipal <strong>de</strong> Ourém<br />

Lançamento do livro As Igrejas da<br />

Pe<strong>de</strong>rneira: do<br />

século XII ao século XVII - uma<br />

análise, <strong>de</strong> Carlos Fidalgo, sábado,<br />

17, pelas 18 horas, no Hotel Praia,<br />

Nazaré<br />

Skyfall 007 Sala 1. 15:15, 18:15,<br />

21:20 e 00:15;<br />

Ativida<strong>de</strong> Paranormal 4<br />

Sala 2. 13:40, 15:45, 18:30,<br />

21:30 e 00:00 horas;<br />

Amanhecer – Parte 2<br />

Sala 3. 13:15, 15:45, 18:30,<br />

21:20 e 00:00 horas;<br />

Força Ralph 2D (V.P)<br />

Sala 4. 11:00, 13:20, 15:50, 18:20,<br />

21:15 e 23:45 horas; Arbitrage – A<br />

Frau<strong>de</strong> Sala 5. 13:30, 15:55, 18:25,<br />

21:30 e 23:55 horas.<br />

LEIRIA<br />

Teatro Miguel Franco Tel:<br />

244839680<br />

De segunda a quarta-feira,<br />

Cirkus, Colombia Sala 1. 18:30 e<br />

21:30 horas;<br />

Castello Lopes Cinemas<br />

Tel: 244845870<br />

De quinta a quarta-feira<br />

A Saga Twilight: Amanhecer -<br />

Parte 2 - Digital<br />

Sala 1. 23:40 horas; ? Sala 1.<br />

12:50, 15:40, 18:20, 21:20 e 00:00<br />

horas; Looper - Reflexo<br />

Assassino- Digital<br />

Sala 2. 23:40 horas; Força Ralph<br />

VP 3DSala 2. 13:30, 16:10, 19:00 e<br />

21:10 horas; Ativida<strong>de</strong><br />

Paranormal 4 - Digital Sala 3.<br />

21:50 e 00:15 horas; 007 - Skyfall<br />

- Digital Sala 3. 13:00, 15:50 e<br />

18:50 horas; Taken - A Vingança<br />

Sala 4. 21:00 e 23:30 horas;<br />

Astérix e Obélix: Ao Serviço <strong>de</strong><br />

Sua Majesta<strong>de</strong> VO Sala 4. 13:10,<br />

15:20 e 18:10 horas; Aristi<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Sousa Men<strong>de</strong>s, O Cônsul <strong>de</strong><br />

Bordéus Sala 5. 13:15, 15:10,<br />

18:15, 21:30 e 23:50 horas; 007 -<br />

Skyfall<br />

Sala 6. 12:40, 15:30, 18:30, 21:15 e<br />

00:10 horas; A Saga Twilight:<br />

Amanhecer - Parte 2 Sala 7.<br />

13:20, 16:00, 18:40, 21:40 e 00:20<br />

horas;<br />

Teatro<br />

A Porta 27 – Associação Cultural<br />

apresenta Pistolas, Pilantras e<br />

Problemas (maiores <strong>de</strong> 16 anos),<br />

sábado e domingo, 17 e 18, às 21:47<br />

e 16:32 horas, respectivamente, na<br />

Fábrica <strong>de</strong> Emoções, Marinha<br />

Gran<strong>de</strong>. Com encenação e<br />

dramaturgia <strong>de</strong> Ricardo Alves e<br />

texto original <strong>de</strong> Suzana<br />

Rodrigues, a interpretação é <strong>de</strong> Ivo<br />

Luz e Tiago Lourenço<br />

A Porta 27 -<br />

Associação<br />

Cultural<br />

apresenta<br />

Pistolas,<br />

Pilantras e<br />

Problemas,<br />

sábado e<br />

domingo, na<br />

Fábrica <strong>de</strong><br />

Emoções,<br />

Marinha<br />

Gran<strong>de</strong><br />

Comida, com texto <strong>de</strong> Miguel<br />

Castro Caldas e encenação e<br />

interpretação <strong>de</strong> João <strong>de</strong> Brito,<br />

em cena no Espaço O Nariz,<br />

<strong>Leiria</strong>, amanhã, 16, pelas 22<br />

horas, numa produção <strong>de</strong><br />

LAMA<br />

LX Comedy Club, comédia com<br />

Salvador Martinha, Rui Sinel <strong>de</strong><br />

Cor<strong>de</strong>s, Ricardo Vilão<br />

e Luís Franco-Bastos, sábado,<br />

17, às 22 horas, no CCC,<br />

Caldas da Rainha. O<br />

espectáculo integra momentos<br />

<strong>de</strong> Open-mic<br />

Fora do Baralho, espectáculo<br />

<strong>de</strong> magia <strong>de</strong> Mário Daniel<br />

(autor, apresentador e mágico<br />

do programa da SIC,<br />

Minutos Mágicos) domingo, 18,<br />

pelas 16 horas, no<br />

Cine-Teatro Municipal <strong>de</strong><br />

Ourém<br />

PUBLICIDADE<br />

Florbela, filme <strong>de</strong> Vicente Alves<br />

do Ó, com Dalila Carmo, Ivo<br />

Canelas e Albano Jerónimo nos<br />

principais papeis, em exibição<br />

amanhã, 16, às 15 horas em sessão<br />

para escolas e, às 21:30 horas, para<br />

o público geral, no CAE, Figueira<br />

da Foz. Florbela é o retrato íntimo<br />

<strong>de</strong> Florbela Espanca, uma mulher<br />

que viveu <strong>de</strong> forma intensa e não<br />

conseguiu amar docemente. Para<br />

maiores <strong>de</strong> 12 anos<br />

ALCOBAÇA<br />

Cine Teatro Tel. 262 580 885<br />

Para Roma Com Amor<br />

Domingo e segunda às 21:30<br />

horas<br />

CALDAS DA RAINHA<br />

Vivacine Tel.262 840 197<br />

De quinta a quarta-feira<br />

Cinema City<br />

Tel. 244845071<br />

De quinta a quarta-feira<br />

Curta "O Outro Lado" +<br />

Ativida<strong>de</strong> Paranormal 4 Sala 1.<br />

14:00, 18:45 e 00:20 horas; A<br />

Saga Twilight: Amanhecer -<br />

Parte 2 Sala 1. 16:20 e 21:55 horas;<br />

Curta “O Rapaz <strong>de</strong> Papel”+<br />

Força Ralph VP 3D Sala 2-K.<br />

11:20, 18:40 e 00:00 horas;<br />

Curta “O Rapaz <strong>de</strong> Papel”+<br />

Força Ralph VP Sala 2-K. 13:45,<br />

16:15 e 21:30 horas; Madagáscar3<br />

VP Sala3. 11h40 horas; A<br />

advogada Sala 3. 13:40, 15:45,<br />

17:50, 21:55 e 00:05 horas;<br />

Taken- A Vingança Sala 3. 19:55;<br />

A Saga Twilight: Amanhecer -<br />

Parte 2 Sala VIP 4. 13:30 horas,<br />

15:50, 18:10, 21:20 e 23:50 horas;<br />

Astérix e Obélix: Ao Serviço <strong>de</strong><br />

Sua Majesta<strong>de</strong> VO Sala 5-L. 11:25,<br />

16:10 e 18:35 horas; Dois homens<br />

sem lei Sala 5-L. 13:45, 16:10,<br />

18:35, 21:40 e 00:15 horas; Argo<br />

Sala 6-S. 13h35, 16h05, 18h50,<br />

21h35 e 00h10 horas; 007 -<br />

Skyfall Sala 7. 15:40, 19:00, 21:50<br />

e 00:35 horas; Curta “O Rapaz<br />

<strong>de</strong> Papel”+ Força Ralph VP Sala<br />

7. 11:30 horas;


46 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Gente&lustre<br />

Diplomacia Leiriense<br />

é embaixadora<br />

na Líbia<br />

Educação Carlos<br />

André li<strong>de</strong>ra centro <strong>de</strong><br />

português em Macau<br />

Viagens <strong>Jornal</strong>ista <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> na Up Magazine<br />

da TAP<br />

Teatro José Ramalho<br />

representa Portugal<br />

no Brasil<br />

Rádio Rui Ramusga<br />

<strong>de</strong>ixa direcção<br />

da 94 FM<br />

❚ Isabel Oliveira Brilhante Pedrosa,<br />

encarregada <strong>de</strong> negócios na<br />

embaixada <strong>de</strong> Trípoli (capital da<br />

Líbia), foi agora nomeada<br />

embaixadora naquele país. A<br />

jurista <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, 48 anos, (Oficial<br />

da Or<strong>de</strong>m do Infante D. Henrique e<br />

Comenda da Or<strong>de</strong>m Isabel a<br />

Católica, do Reino <strong>de</strong> Espanha) já<br />

ocupou cargos em embaixadas,<br />

como Maputo, Rabat ou Díli e<br />

chefiou gabinetes <strong>de</strong> ministros.<br />

❚ Carlos André, director da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Coimbra (UC), foi escolhido<br />

pelo Instituto Politécnico <strong>de</strong><br />

Macau para li<strong>de</strong>rar o novo Centro<br />

Pedagógico e Científico <strong>de</strong> Língua<br />

Portuguesa naquele país, tendo<br />

em conta “o nome e reputação da<br />

UC”. Carlos André, natural <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong>verá iniciar funções em<br />

2013, <strong>de</strong>correndo ainda a fase <strong>de</strong><br />

recrutamento <strong>de</strong> alguns docentes.<br />

❚ José Luís Jorge publicou,<br />

recentemente, na revista Up<br />

Magazine da TAP uma crónica<br />

sobre o rio Danúbio, que atravessa<br />

<strong>de</strong>z países e quatro capitais, ao<br />

longo <strong>de</strong> quase três mil quilómetros.<br />

Este jornalista e repórter<br />

fotográfico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> já publicou<br />

reportagens em publicações<br />

portuguesas, nomeadamente A<br />

Volta ao Mundo, a extinta Gran<strong>de</strong><br />

Reportagem e a FUGAS.<br />

❚ A convite da embaixada<br />

portuguesa no Brasil, José<br />

Ramalho (actor, marionetista e<br />

responsável técnico do Centro <strong>de</strong><br />

Cultura e Congressos <strong>de</strong> Caldas da<br />

Rainha), apresenta Contos do<br />

Mundo, no Festival Internacional<br />

<strong>de</strong> Teatro <strong>de</strong> Bonecos <strong>de</strong> Brasília,<br />

que <strong>de</strong>corre <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia 8. Já este<br />

ano, representou o País no Festival<br />

Internacional <strong>de</strong> Teatro <strong>de</strong><br />

Objectos, em Belo Horizonte.<br />

❚ Após mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos como<br />

jornalista, director <strong>de</strong><br />

informação e director da 94 FM,<br />

Rui Ramusga, abandonou<br />

aquela estação radiofónica, lí<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> audiências no distrito.<br />

Natural <strong>de</strong> Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, o<br />

jornalista já <strong>de</strong>sempenhou<br />

outros cargos na área da<br />

comunicação social, entre eles o<br />

<strong>de</strong> director-adjunto do JORNAL<br />

DE LEIRIA.<br />

História<strong>de</strong>Vida José Gomes Afonso<br />

Cumpridor <strong>de</strong> promessas<br />

Graça Menitra<br />

graca.menitra@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Engenheiro civil, “filósofo”, pragmático. José Gomes<br />

Afonso, presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong><br />

Mós entre 1985 e 1993, orgulha-se <strong>de</strong>, enquanto<br />

autarca, ter cumprido o que prometeu, apesar das<br />

resistências. A sua obra está fotografada num livro <strong>de</strong><br />

200 páginas, ficando assim para a história. Não quis<br />

fazer mais <strong>de</strong> dois mandatos, precisamente para não<br />

ficar “amarrado” aos votos. Foi posteriomente<br />

convidado para o mesmo cargo, mas diz que jamais<br />

voltará. Até porque acredita que não é bom voltar ao<br />

sítio on<strong>de</strong> já se foi feliz.<br />

Nasceu em Viana do Castelo há 67 anos, no seio <strong>de</strong> uma<br />

família <strong>de</strong> comerciantes (classe média). Tem dois<br />

irmãos (um médico e outro também engenheiro) e a<br />

mãe, <strong>de</strong> 91 anos, ainda é viva. Todos os meses se<br />

<strong>de</strong>sloca até lá, porque herdou a casa dos pais. A sua<br />

vinda para Porto <strong>de</strong> Mós aconteceu por acaso. Aos 25<br />

anos, já licenciado pela Escola Industrial do Porto, teve<br />

conhecimento por um colega <strong>de</strong> tropa, <strong>de</strong> Tomar, que<br />

havia uma empresa <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós<br />

(Cerejo dos Santos) que andava à procura <strong>de</strong> um<br />

engenheiro. “Não é tar<strong>de</strong> nem é cedo”, recorda ter dito.<br />

José Gomes Afonso lembra-se até do trajecto que fez<br />

entre Porto e <strong>Leiria</strong>, via caminho-<strong>de</strong>-ferro e <strong>de</strong>pois<br />

numa carreira da Empresa Ribatejana. Após três meses<br />

<strong>de</strong> estágio, chegou a acordo com a empresa e foi buscar<br />

a mulher e a filha <strong>de</strong> seis meses ao Porto. Des<strong>de</strong> então,<br />

tem residido sempre em Porto <strong>de</strong> Mós. Habita numa<br />

vivenda, também com a única filha e os dois netos<br />

gémeos.<br />

Após sete anos nessa empresa, trabalhou como<br />

profissional liberal, até surgir o convite do PSD para se<br />

candidatar à Câmara, que ganhou com maioria<br />

absoluta, reforçada na segunda eleição. “Foram só dois<br />

mandatos porque assim o entendi. Gosto muito da<br />

Não quis fazer<br />

mais <strong>de</strong> dois<br />

mandatos,<br />

como<br />

presi<strong>de</strong>nte da<br />

Câmara <strong>de</strong><br />

Porto <strong>de</strong> Mós,<br />

para não ficar<br />

“amarrado”<br />

aos votos.<br />

Acredita que<br />

não se <strong>de</strong>ve<br />

voltar ao sítio<br />

on<strong>de</strong> já se foi<br />

feliz<br />

GRAÇA MENITRA<br />

minha profissão e não queria estar toda a vida na<br />

câmara. Após o exame das necessida<strong>de</strong>s do concelho, o<br />

segundo mandato foi para concretizar. Mas <strong>de</strong>sapegado<br />

<strong>de</strong> tudo. O objectivo era aquele, quer as pessoas<br />

gostassem ou não”, diz orgulhoso. E houve pessoas que<br />

não gostaram. De entre as obras que fez (biblioteca,<br />

pavilhão <strong>de</strong>sportivo, cine-teatro, recuperação do<br />

castelo, levar água à serra ou arranjar espaços ver<strong>de</strong>s)<br />

houve uma marcante: a abertura da avenida junto à<br />

igreja matriz, <strong>de</strong>sviando o trânsito da estreitíssima Rua<br />

5 <strong>de</strong> Outubro. O arrojo valeu-lhe o incêndio da máquina<br />

<strong>de</strong> terraplanagem, mas não se assustou e foi em frente.<br />

Por isso, José Gomes Afonso <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>, com unhas e<br />

<strong>de</strong>ntes, a limitação dos mandatos: “Governar e pensar<br />

no voto é complicado, porque há medidas impopulares<br />

que é preciso tomar. Nas autarquias como no<br />

governo”. Continua a ser militante activo do PSD mas<br />

sem qualquer cargo.<br />

Entre 2008 e 2011, trabalhou em Marrocos, numa<br />

empresa <strong>de</strong> infraestruturas rodoviárias e ferroviárias.<br />

Actualmente <strong>de</strong>dica-se à formação profissional numa<br />

empresa privada, mas já leccionou no Instituto <strong>de</strong><br />

Emprego e Formação Profissional e no IPL, em cursos<br />

<strong>de</strong> certificação <strong>de</strong> técnicos <strong>de</strong> obras, nomeadamente<br />

acústica em edifícios. “Sobretudo na construção <strong>de</strong><br />

apartamentos, se a empresa não tiver cuidado, vamos<br />

continuar a ouvir, à noite, os barulhos do vizinho.<br />

Barulhos que legalmente não po<strong>de</strong>m existir, sob pena<br />

do empreiteiro ter <strong>de</strong> resolver a situação em tribunal. É<br />

matemático porque dois e dois são quatro. Não há volta<br />

a dar”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>.<br />

Gomes Afonso gosta <strong>de</strong> fotografar paisagens e pessoas,<br />

<strong>de</strong> pintura, <strong>de</strong> fazer agricultura (alfaces e morangos) e<br />

<strong>de</strong> viajar, sobretudo pela Europa. Usar sempre caneta<br />

<strong>de</strong> tinta castanha para assinar documentos é uma das<br />

suas imagens <strong>de</strong> marca. Talvez por ser mais difícil <strong>de</strong><br />

falsificar. Gosta igualmente <strong>de</strong> ler livros <strong>de</strong><br />

investigação, assim como dos que falam da estrutura<br />

psicológia das pessoas. Se não fosse engenheiro,<br />

admite, até po<strong>de</strong>ria ter sido psicólogo ou filósofo. À<br />

mesa <strong>de</strong> cabeceira tem o livro Acontecimentos<br />

Inesperados, que fala sobre o que po<strong>de</strong> acontecer ao<br />

mundo actual. Como, por exemplo, ficar sem<br />

comunicações, tipo internet, o que na sua opinião é<br />

fácil <strong>de</strong> acontecer. “O mundo funciona com muita<br />

rapi<strong>de</strong>z e as pessoas não têm tempo para pensar. Falta<br />

tempo à economia e ao mundo financeiro. É tudo para<br />

o dia seguinte e <strong>de</strong>cidir assim nem sempre quer dizer a<br />

solução mais eficaz. No meu tempo, havia cinco<br />

continentes, agora há mais dois: Antártida e internet.<br />

Não po<strong>de</strong>mos voltar ao tempo <strong>de</strong> Salazar, que pensava<br />

que mesmo com 25 anos <strong>de</strong> atraso chegava sempre a<br />

tempo, mas também não po<strong>de</strong> ser tudo tão instantâneo<br />

como agora...”, conclui.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 47<br />

Ponto<br />

Fuga Sal Nunkachov<br />

Designer:<br />

White Tent,<br />

colecção<br />

homem<br />

primavera<br />

Verão 2013<br />

Mo<strong>de</strong>lo: Estefânia silva (just)<br />

Maquilhagem e cabelo: Alex Me<br />

Fotografia: Sal Nunkachov<br />

Aconteceu<br />

Pombal José Ribeiro<br />

Vieira homenageado<br />

❚ No <strong>de</strong>correr das cerimónias do<br />

Dia do Município, domingo,<br />

Pombal distinguiu diversas<br />

personalida<strong>de</strong>s, entre elas, a título<br />

póstumo, José Ribeiro Vieira. As<br />

filhas do empresário, Alexandra e<br />

Catarina, receberam das mãos do<br />

presi<strong>de</strong>nte da Câmara, Narciso<br />

Mota, a Medalha <strong>de</strong> Prestígio e<br />

Carreira (grau Ouro), pela “gestão<br />

rigorosa da causa pública”<br />

enquanto empresário e nos<br />

diversos cargos que <strong>de</strong>sempenhou<br />

ao longo da vida. Artur Trinda<strong>de</strong>,<br />

secretário-geral da Associação<br />

Nacional <strong>de</strong> Municípios<br />

Portugueses, o Contra-Almirante<br />

António Ribeiro e o professor e<br />

investigador Ricardo Vieira<br />

receberam igual con<strong>de</strong>coração.<br />

Catarina e Alexandra Vieira receberam con<strong>de</strong>coração das mãos <strong>de</strong> Narciso Mota<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Director da PSP elogia nova esquadra <strong>de</strong> Ourém<br />

O director nacional da PSP, Valente Gomes, visitou, na<br />

semana passada, as novas instalações da PSP <strong>de</strong> Ourém.<br />

Na ocasião, o responsável da PSP realçou a qualida<strong>de</strong> da<br />

nova esquadra, com “condições <strong>de</strong> trabalho claramente<br />

acima da média nacional”, e a cooperação da Câmara <strong>de</strong><br />

Ourém na concretização do projecto. Valente Gomes<br />

frisou a importância da ligação das forças <strong>de</strong> segurança<br />

com as autarquias locais, quer na “melhoria das<br />

condições <strong>de</strong> trabalho”, quer e no “diagnóstico <strong>de</strong><br />

situações <strong>de</strong> insegurança”. Esta cooperação foi também<br />

realçada pelo presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Ourém, Paulo<br />

Fonseca.<br />

DR


Um banqueiro é um homem que te<br />

empresta o chapéu <strong>de</strong> chuva quando faz<br />

sol e que to tira quando começa a chover<br />

Mark Twain<br />

Jorlis - Edições e Publicações, Lda.<br />

Parque Movicortes<br />

2404-006 Azoia - <strong>Leiria</strong><br />

Tel. 244 800 400 Fax 244 800 401<br />

geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Viver<br />

Cinema Plano<br />

nacional ensina a<br />

<strong>de</strong>sfrutar da 7.ª arte<br />

Págs. 36 e 37<br />

PUBLICIDADE<br />

Paralisação fechou escolas em Alcobaça, Marinha Gran<strong>de</strong> e Pombal<br />

Greve fez greve em <strong>Leiria</strong><br />

Elisabete Cruz<br />

elisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚A greve geral <strong>de</strong> ontem quase não se<br />

fez sentir nos principais serviços públicos<br />

do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. A maioria<br />

dos funcionários do Hospital <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>, centros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, tribunais e<br />

autarquia optou por ir trabalhar, não<br />

se verificando gran<strong>de</strong>s atrasos nos<br />

atendimentos ou cancelamento <strong>de</strong><br />

consultas e julgamentos.<br />

Segundo Dina Mendonça, do Sindicato<br />

dos Enfermeiros, a a<strong>de</strong>são<br />

<strong>de</strong>stes técnicos à greve, no turno da<br />

manhã, foi <strong>de</strong> 42% no Hospital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

sem registo <strong>de</strong> faltas nos centros<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> familiar.<br />

Também a maioria das escolas se<br />

encontrava <strong>de</strong> portas abertas, apesar<br />

<strong>de</strong> nem todos os alunos terem aulas,<br />

<strong>de</strong>vido à greve <strong>de</strong> alguns docentes.<br />

Ana Rita Carvalhais, dirigente da<br />

União <strong>de</strong> Sindicatos do Distrito<br />

(USDL), afecta à CGTP-IN, revelou<br />

que se encontrava encerrada a EB 2,3<br />

Correia Mateus, bem como “cerca <strong>de</strong><br />

duas <strong>de</strong>zenas” <strong>de</strong> estabelecimentos<br />

do 1º ciclo e jardins <strong>de</strong> infância.<br />

Apenas o sector dos transportes<br />

teve uma a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> 90%. A paralisação<br />

na Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> – a autarquia<br />

do distrito com o maior número<br />

<strong>de</strong> trabalhadores -, foi <strong>de</strong> 14%,<br />

indicou fonte do município à Lusa.<br />

Fora do distrito, os sectores da<br />

educação e saú<strong>de</strong> foram os mais<br />

afectados pela greve geral. No concelho<br />

da Marinha Gran<strong>de</strong>, várias escolas<br />

encerraram portas, casos da Escola<br />

Secundária Calazans Duarte,<br />

Escola Secundária com 3.º Ciclo do<br />

Pinhal do Rei e EB 2 Padre Franklin.<br />

O mesmo cenário repetiu-se em<br />

Pombal e Alcobaça, com os estabelecimentos<br />

<strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> Pataias, e Secundária<br />

D. Inês <strong>de</strong> Castro (Alcobaça),<br />

Secundária <strong>de</strong> Pombal e Marquês<br />

<strong>de</strong> Pombal fechadas.<br />

Na saú<strong>de</strong>, a paralisação dos enfermeiros<br />

atingiu os 80% e os 71% nos<br />

hospitais <strong>de</strong> Peniche e <strong>de</strong> Alcobaça no<br />

primeiro turno, respectivamente,<br />

adiantou Dina Mendonça do Sindicato<br />

dos Enfermeiros, enquanto Caldas<br />

teve uma a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> 42% e Pombal<br />

<strong>de</strong> 32%.<br />

O sector metalúrgico registou uma<br />

a<strong>de</strong>são que ultrapassou os 60% e o<br />

<strong>de</strong>dicado à indústria automóvel e<br />

do papel mais <strong>de</strong> 70%, realçou ainda<br />

Ana Rita Carvalhais.<br />

Para a dirigente da USDL, “o contributo<br />

do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foi muito<br />

positivo para esta jornada <strong>de</strong> luta”.<br />

Ndr: Os dados foram obtidos até<br />

às 12:30 horas.<br />

Viagens (fora) da minha terra<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> convida<br />

os seus<br />

leitores a<br />

partilharem<br />

i<strong>de</strong>ias para a<br />

região<br />

observadas<br />

noutros locais<br />

do País ou do<br />

estrangeiro.<br />

Basta<br />

enviarem<br />

duas ou três<br />

fotografias e<br />

um texto com<br />

1500<br />

caracteres<br />

para<br />

direccao@jor<br />

nal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Passado o pesa<strong>de</strong>lo da 2ª Guerra Mundial, Roma<br />

regressou à liberda<strong>de</strong> perdida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1922, ano em que<br />

Mussolini chegou ao po<strong>de</strong>r. Depois <strong>de</strong> 18 anos <strong>de</strong><br />

ditadura, a Itália fascista aliou-se à Alemanha nazi,<br />

colaborando com Hitler na sua criminosa tentativa <strong>de</strong><br />

dominar a Europa. Como é sabido os dois ditadores<br />

tiveram a morte como epílogo das suas aventuras:<br />

Mussolini foi enforcado pelos guerrilheiros, enquanto<br />

Hitler se suicidou em Berlim.<br />

“Roma cida<strong>de</strong> aberta” é o título do primeiro gran<strong>de</strong><br />

filme italiano do pós-guerra, realizado por Rosselini. É<br />

uma história <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong> um caminho<br />

<strong>de</strong>mocrático que chegou aos nossos dias. Nele surgenos<br />

a re<strong>de</strong>scoberta da cida<strong>de</strong>, as memórias do rio<br />

Tibre, a sua beleza e os seus mistérios, ainda<br />

Roma<br />

Orlando<br />

Cardoso<br />

enevoados pelas ruínas do conflito, amalgamados com<br />

as marcas notáveis da sua antiguida<strong>de</strong>.<br />

A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Roma é pioneira em muitas coisas boas e<br />

inovadoras que vão surgindo, muitas <strong>de</strong>las<br />

timidamente, um pouco por toda a parte. <strong>Leiria</strong> está<br />

nesse caso, como as activida<strong>de</strong>s culturais que, nos<br />

últimos tempos, animaram o seu castelo e outros sítios<br />

dignos da cida<strong>de</strong>.<br />

Os romanos são, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há muitos anos, utilizadores<br />

<strong>de</strong> alguns dos seus mais celebrados monumentos para<br />

a realização <strong>de</strong> inúmeros espectáculos e exposições<br />

dos mais variados matizes. São famosos os concertos e<br />

óperas realizados nas Termas <strong>de</strong> Caracala, on<strong>de</strong> os<br />

muros meio <strong>de</strong>struídos pelos homens e pela natureza<br />

são um cenário privilegiado. Poucos terão sido os<br />

países que não tiveram ensejo <strong>de</strong> assistir pela televisão<br />

ao concerto dos três tenores, Pavarotti, Domingo e<br />

Carreras, dirigidos pelo maestro Rieu.<br />

Nos últimos anos, tive o privilégio <strong>de</strong> assistir a<br />

diversos espectáculos em alguns lugares <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

dignida<strong>de</strong>, cuja função inicial era diferente. Assisti, por<br />

exemplo, a uma representação <strong>de</strong> árias <strong>de</strong> óperas<br />

célebres numa Igreja Anglicana e a concertos musicais<br />

no claustro da Igreja <strong>de</strong> S. Ivo <strong>de</strong> la Sapienza, obra do<br />

gran<strong>de</strong> arquitecto barroco Borromini e nas ruínas do<br />

Teatro Marcello.<br />

Hoje há uma gran<strong>de</strong> abertura para a utilização <strong>de</strong><br />

monumentos como locais <strong>de</strong> intervenções culturais<br />

radicalmente diferentes das iniciais. É um bom<br />

caminho para torná-los mais próximos <strong>de</strong> todos.<br />

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