Relatório de Atividades PROBIO 1996-2002 - Ministério do Meio ...
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A Criação <strong>do</strong> <strong>PROBIO</strong>Foto: Gustavo <strong>de</strong> Mattos AcaccioO Projeto <strong>de</strong> Conservação e UtilizaçãoSustentável da Diversida<strong>de</strong> BiológicaBrasileira (<strong>PROBIO</strong>) tem como objetivoauxiliar o Governo <strong>do</strong> Brasil no <strong>de</strong>senvolvimento<strong>do</strong> PRONABIO pormeio <strong>do</strong> estímulo aos subprojetos <strong>de</strong>monstrativos,à geração e à divulgação<strong>de</strong> conhecimentos e <strong>de</strong> informaçõessobre biodiversida<strong>de</strong>, à i<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> ações prioritárias e à facilitação<strong>de</strong> parcerias entre o setor públicoe o priva<strong>do</strong>.O <strong>PROBIO</strong> é resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> <strong>de</strong>Doação TF 28309, firma<strong>do</strong> em 5 <strong>de</strong> junho<strong>de</strong> <strong>1996</strong>, entre o Governo brasileiroe o Global Environmental Facility(GEF), que utiliza o Banco Mundialcomo administra<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s seus recursos.O <strong>PROBIO</strong> começou sua execução em1997 com um orçamento <strong>de</strong> US$20milhões, sen<strong>do</strong> US$10 milhões proce<strong>de</strong>ntes<strong>do</strong> GEF e US$10 milhões <strong>de</strong>contrapartida <strong>do</strong> Governo brasileiro.Foi nesse mesmo marco <strong>de</strong> negociaçõesque o Fun<strong>do</strong> Brasileiro para a Biodiversida<strong>de</strong>(FUNBIO) foi cria<strong>do</strong> comofun<strong>do</strong> priva<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> que o <strong>PROBIO</strong>e o FUNBIO po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>sPesquisa<strong>do</strong>ra coletan<strong>do</strong> em pitfall – Reserva Biológica <strong>de</strong>Una, BAcomo projetos complementares, umcom caráter estatal e outro com caráterpriva<strong>do</strong>.O <strong>PROBIO</strong> é coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong> pelo <strong>Ministério</strong><strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente (MMA) emparceria com o Conselho Nacional <strong>de</strong>Desenvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq), que atua como gestoradministrativo, contratan<strong>do</strong> os subprojetose liberan<strong>do</strong> recursos.O <strong>PROBIO</strong> está estrutura<strong>do</strong> em torno<strong>de</strong> três componentes: (A) I<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong>s para a Aplicação <strong>de</strong>Recursos, Levantamento <strong>de</strong> Informaçõese Disseminação <strong>do</strong>s Resulta<strong>do</strong>s;(B) Apoio a Projetos Demonstrativos<strong>de</strong> Conservação e Utilização Sustentávelda Diversida<strong>de</strong> Biológica Brasilei-7
a; e (C) Administração. É importanteassinalar que 72% <strong>do</strong>s custos totais <strong>do</strong><strong>PROBIO</strong> são <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s ao componenteB, isto é, ao financiamento <strong>de</strong> subprojetos<strong>de</strong>monstrativos.Quan<strong>do</strong> da assinatura <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> <strong>de</strong>Doação, sete subprojetos foram contrata<strong>do</strong>s:cinco volta<strong>do</strong>s à conservação insitu da biodiversida<strong>de</strong> e à implantação<strong>de</strong> alternativas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentosustentável em ecossistemas sob fortepressão antrópica, como a Mata Atlântica<strong>de</strong> Tabuleiros, as Matas <strong>de</strong> Galeria<strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong> e os Brejos <strong>de</strong> Altitu<strong>de</strong> <strong>do</strong>Nor<strong>de</strong>ste; um para a constituição <strong>de</strong>uma Re<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Informação emBiodiversida<strong>de</strong>; e um para a realização<strong>de</strong> um workshop para avaliação dasÁreas e das Ações Prioritárias para a8
ICONSERVAÇÃO DABIODIVERSIDADE NOSBIOMAS DO BRASIL11
Os Subprojetos <strong>de</strong>Avaliação <strong>de</strong> Áreas e <strong>de</strong>Ações Prioritárias para aConservação daBiodiversida<strong>de</strong> em Nível<strong>de</strong> BiomaAOA existência <strong>de</strong> inúmeros ecossistemasno território brasileiro, cada um comsua própria composição <strong>de</strong> fauna e flora,resulta em uma enorme diversida<strong>de</strong>biológica. Esses múltiplos ecossistemas,por sua vez, po<strong>de</strong>m ser agrupa<strong>do</strong>sem entida<strong>de</strong>s geográficas maioreschamadas biomas, <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>scomo um conjunto contíguo <strong>de</strong> ecossistemas<strong>de</strong> dimensões continentaisque mostra um certo grau <strong>de</strong> homogeneida<strong>de</strong>em torno <strong>de</strong> sua vegetaçãoe fauna. O <strong>PROBIO</strong> trabalha com seisbiomas terrestres - Floresta Amazônica,Cerra<strong>do</strong>, Pantanal, Caatinga, MataAtlântica e Campos Sulinos - e com aRegião Costeira e a Marinha, que sãoconstituídas <strong>de</strong> vários biomas diferencia<strong>do</strong>s.Como ativida<strong>de</strong> primordial <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>Componente A (I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong>spara a Aplicação <strong>de</strong> Recursos,Levantamento <strong>de</strong> Informações e Disseminação<strong>de</strong> Resulta<strong>do</strong>s), foram executa<strong>do</strong>s,entre 1998 e 2001, cinco subprojetospara avaliação <strong>de</strong> áreas e <strong>de</strong>ações prioritárias para conservação dabiodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s seguintes biomasColeta <strong>de</strong> castanha12
Foto: Edson Caetanoe regiões: (1) Cerra<strong>do</strong> e Pantanal; (2)Mata Atlântica e Campos Sulinos; (3)Zona Costeira e Zona Marinha; (4)Caatinga; (5) Floresta Amazônica.Cada subprojeto foi estrutura<strong>do</strong> aore<strong>do</strong>r <strong>de</strong> um workshop ou oficina, quetinha como objetivo avaliar a riquezabiológica <strong>do</strong> bioma e os condicionantessocioeconômicos da região para emseguida apresentar uma estratégia global<strong>de</strong> conservação da biodiversida<strong>de</strong>contida no bioma, indican<strong>do</strong> as áreasprioritárias para conservação e as recomendaçõespara cada uma. Um passofundamental nesse processo foi ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s regionais.Dois critérios amplos foram utiliza<strong>do</strong>spara orientar o estabelecimento <strong>de</strong>ssaspriorida<strong>de</strong>s: a importância biológica daárea e a urgência das ações para suaconservação. A médio prazo espera-secomo resulta<strong>do</strong> a incorporação das suasrecomendações na política ambientalnacional e sua efetiva implementação.Os workshops foram organiza<strong>do</strong>s porvárias organizações da socieda<strong>de</strong> civile <strong>do</strong> governo e cada um contou com aparticipação <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s locais,cientistas, pesquisa<strong>do</strong>res, grupos ambientalistas,órgãos <strong>do</strong> governo e agentesfinancia<strong>do</strong>res, garantin<strong>do</strong> assimum <strong>de</strong>bate amplo e representativo <strong>do</strong>sdiversos pontos <strong>de</strong> vista e interessesem torno da questão da biodiversida<strong>de</strong>em cada bioma. Por meio <strong>de</strong> umaabordagem participativa, esperou-sepromover o comprometimento <strong>do</strong>ssetores liga<strong>do</strong>s à utilização e à proteção<strong>do</strong>s recursos naturais da região.A meto<strong>do</strong>logia comum seguida paracada um <strong>do</strong>s cinco subprojetos foi composta<strong>de</strong> três etapas. A primeira etapaconsistia no levantamento das informaçõesdisponíveis na comunida<strong>de</strong> local,nos órgãos <strong>de</strong> governo, na esfera científicae nas re<strong>de</strong>s eletrônicas. Em seguida,houve preparação <strong>de</strong> mapas-base ediagnósticos <strong>de</strong> temas-chave.A segunda etapa contemplava a realização<strong>do</strong> workshop com a participaçãoampla <strong>de</strong> membros <strong>do</strong>s diversos setoresenvolvi<strong>do</strong>s na problemática da conservação<strong>do</strong> bioma sob estu<strong>do</strong>. Oworkshop representou a fase <strong>de</strong>cisóriapara a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>estratégias para conservação e uso sustentável<strong>do</strong>s recursos naturaisA terceira etapa foi a <strong>de</strong> mais longaduração (pelo menos <strong>do</strong>is anos), ten<strong>do</strong>como meta acompanhar a implementaçãodas recomendações, processo queincorporou <strong>de</strong> forma ativa to<strong>do</strong>s os setoresda socieda<strong>de</strong> com interesse no bioma.Os resulta<strong>do</strong>s das avaliações <strong>do</strong>sbiomas estão sen<strong>do</strong> incorpora<strong>do</strong>s às políticasambientais promovidas pelo <strong>Ministério</strong><strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente.Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s cinco subprojetossão apresenta<strong>do</strong>s a seguir.13
Apenas 1/3 das áreas <strong>de</strong>cerra<strong>do</strong> <strong>do</strong> Brasilencontram-se com baixapressão antrópica.Das 3.000 espécies <strong>de</strong>peixe i<strong>de</strong>ntificadas naAmérica <strong>do</strong> Sul, 780 <strong>de</strong>las(ou 26%) po<strong>de</strong>m serencontradas no Cerra<strong>do</strong> eno Pantanal.O Cerra<strong>do</strong> possui 14.425espécies <strong>de</strong> três or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong>insetos (Lepi<strong>do</strong>ptera,Hymenoptera, Isoptera), ou47% <strong>do</strong> total no Brasil.Frente a esse quadro <strong>de</strong> ameaças, foirealiza<strong>do</strong>, entre 23 e 27 <strong>de</strong> março <strong>de</strong>1998, em Brasília, o workshop: “AçõesPrioritárias para a Conservação da Biodiversida<strong>de</strong><strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong> e <strong>do</strong> Pantanal”,coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong> pela Fundação Pró-Natureza (FUNATURA) em parceriacom a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília (UnB),a Conservation International <strong>do</strong> Brasil(CI), a Fundação André Tosello, a FundaçãoBiodiversitas e o Instituto Socieda<strong>de</strong>,População e Natureza (ISPN).O workshop contou com a participação<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 200 especialistas em diversostemas e teve como principal resulta<strong>do</strong>o Mapa <strong>de</strong> Áreas Prioritárias, noqual foram i<strong>de</strong>ntificadas 87 áreas prioritáriaspara a conservação da biodiversida<strong>de</strong>,subdivididas nas seguintescategorias <strong>de</strong> importância biológica:extremamente alta, muita alta, alta e<strong>de</strong> informação insuficiente. Cada áreaprioritária também recebeu uma recomendação<strong>de</strong> ação segun<strong>do</strong> os seguintestipos: criação <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>15
Conservação, manejo ambiental, criação<strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação conjuntamentecom ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> manejoambiental, realização <strong>de</strong> inventários eestabelecimento <strong>de</strong> corre<strong>do</strong>res biológicos.Estas áreas prioritárias representamum consenso técnico-científico <strong>de</strong><strong>de</strong>z grupos temáticos: fatores abióticos,botânica, invertebra<strong>do</strong>s, biota aquática,répteis e anfíbios, aves, mamíferos,integrida<strong>de</strong> da cobertura vegetal,unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação e socioeconomiae <strong>de</strong>senvolvimento.Como resulta<strong>do</strong> final <strong>do</strong> workshop, foramestabelecidas seis recomendações,sintetizadas a seguir:1 - Mudanças <strong>de</strong> enfoque: incorporaçãoexplícita da conservação da biodiversida<strong>de</strong>a to<strong>do</strong>s os instrumentos<strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento territorial e <strong>de</strong>gestão ambiental;2 - Corre<strong>do</strong>res ecológicos e proteção regional:o governo Fe<strong>de</strong>ral, os governosEstaduais e os Municipais <strong>de</strong>vemcriar “Corre<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Biodiversida<strong>de</strong>”que combinem áreas públicase privadas;3 - Articulação <strong>de</strong> políticas e órgãos governamentais:integração entre os<strong>Ministério</strong>s nas suas políticas ambientais,fundiárias, agrícolas, <strong>de</strong>energia, <strong>de</strong> águas, <strong>de</strong> educação e <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> voltadas para o Cerra<strong>do</strong> e oPantanal;4 - Legislação: aplicação completa dalegislação atual, incluin<strong>do</strong> ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> fiscalização. Também foramrecomendadas mudanças na legislação,tais como a inclusão <strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong>como Patrimônio Natural naConstituição Fe<strong>de</strong>ral;5 - Consolidação das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação:regularização fundiária econtratação <strong>de</strong> pessoal em unida<strong>de</strong>sexistentes, incentivo à criação<strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> porte, melhoria da qualida<strong>de</strong><strong>do</strong> programa das Reservas Particulares<strong>do</strong> Patrimônio Natural; e6 - Inventários, monitoramento e pesquisaem biodiversida<strong>de</strong>: criação<strong>de</strong> uma Re<strong>de</strong> Científica <strong>de</strong> Conservaçãopara o Cerra<strong>do</strong> e o Pantanaljunto com a implementação <strong>de</strong>ações <strong>de</strong> inventários, <strong>de</strong> apoio àscoleções científicas e <strong>de</strong> monitoramento.Outro resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> workshop foi a criação<strong>de</strong> um Grupo <strong>de</strong> Trabalho quetem como objetivo a elaboração <strong>de</strong>um Plano <strong>de</strong> Ação para o Cerra<strong>do</strong> eo Pantanal.Os <strong>do</strong>cumentos e mapas gera<strong>do</strong>s antese durante o workshop estão disponíveisna página da Internet:www.binbr.org.br/workshop/cerra<strong>do</strong>/brFoi publica<strong>do</strong>, ainda, o <strong>do</strong>cumento“Ações Prioritárias para a Conservaçãoda Biodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong> ePantanal”, que representa o sumárioexecutivo <strong>do</strong>s trabalhos realiza<strong>do</strong>s.16
Foto: Gustavo <strong>de</strong> Mattos AcaccioSubprojeto <strong>de</strong> Avaliação<strong>de</strong> Áreas e Ações Prioritáriaspara a Conservação daBiodiversida<strong>de</strong> da MataAtlântica e <strong>do</strong>s CamposSulinosCabruca – área <strong>de</strong> cultivo <strong>de</strong> cacau, município <strong>de</strong> Una, BAExistem 114 espécies <strong>de</strong> avesameaçadas <strong>de</strong> extinção no bioma daMata Atlântica e <strong>do</strong>s Campos Sulinos.As 340 espécies <strong>de</strong> anfíbios encontradasna Mata Atlântica correspon<strong>de</strong>m a cerca<strong>de</strong> 65% das espécies brasileirasconhecidas.A Mata Atlântica e seus ecossistemasassocia<strong>do</strong>s envolviam, originalmente,uma área <strong>de</strong> 1.360.000km 2 , correspon<strong>de</strong>ntea cerca <strong>de</strong> 16% <strong>do</strong> território brasileiroe distribuí<strong>do</strong>s por 17 esta<strong>do</strong>s.Devi<strong>do</strong> a séculos <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição ambiental,o bioma foi reduzi<strong>do</strong> a menos<strong>de</strong> 8% <strong>de</strong> sua extensão original e hojeem dia é caracteriza<strong>do</strong> pela alta fragmentação<strong>do</strong>s seus habitats e pela perda<strong>de</strong> sua biodiversida<strong>de</strong>. Todavia, aMata Atlântica ainda abriga uma parcelasignificativa <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> biológica<strong>do</strong> Brasil, particularmente noque se refere à diversida<strong>de</strong> faunística.Observa-se, no entanto, um eleva<strong>do</strong>número <strong>de</strong> espécies ameaçadas <strong>de</strong>extinção. Em função <strong>de</strong>ssas particularida<strong>de</strong>s,esse bioma foi consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> tambémum hotspot mundial que <strong>de</strong>mandaações imediatas <strong>de</strong> conservação.O bioma Campos Sulinos, encontra<strong>do</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> o sul <strong>de</strong> São Paulo até o sul <strong>do</strong>Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, sofre uma fortepressão sobre seus ecossistemas, emparticular a incidência <strong>do</strong> fogo, a introdução<strong>de</strong> espécies forrageiras e aativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pecuária, que tem leva-17
<strong>do</strong> algumas áreas a um processo <strong>de</strong>arenização. O bioma caracteriza-sepela gran<strong>de</strong> riqueza <strong>de</strong> espécies herbácease por várias tipologias campestres,compon<strong>do</strong>, em algumas regiões,ambientes integra<strong>do</strong>s com a floresta <strong>de</strong>araucária. Juntos, o bioma Mata Atlânticae o bioma Campos Sulinos abrigam71,3% da população total <strong>do</strong> Brasil.Entre os dias 10 e 14 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1999,em Atibaia, São Paulo, foi realiza<strong>do</strong> oworkshop: “Avaliação <strong>de</strong> Ações Prioritáriaspara a Conservação da Biodiversida<strong>de</strong>da Mata Atlântica e CamposSulinos”. O evento foi coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>pela Conservation International <strong>do</strong> Brasil(CI) em parceria com a FundaçãoSOS Mata Atlântica, a FundaçãoBiodiversitas, o Instituto Socieda<strong>de</strong>,População e Natureza (ISPN), o Instituto<strong>de</strong> Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e aSecretaria <strong>de</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente <strong>de</strong> SãoPaulo, e contou com a participação <strong>de</strong>198 especialistas, representan<strong>do</strong> 80 organizaçõesgovernamentais e não-governamentais,instituições <strong>de</strong> ensino epesquisa e empresas.Na primeira etapa <strong>do</strong> workshop, os participantesformaram <strong>do</strong>ze grupos temáticos- flora, invertebra<strong>do</strong>s, répteise anfíbios, aves, mamíferos, peixes,fatores abióticos, pressão antrópica,planejamento regional, áreas protegidas,estratégias <strong>de</strong> conservação e educaçãoambiental - para discutir áreasprioritárias por meio <strong>de</strong> mapas e elaborarrecomendações <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sua especialida<strong>de</strong>.Na segunda etapa, as distintaspropostas e os mapas foram in-tegra<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> umaanálise multidisciplinar,com o subseqüente estabelecimento<strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>spara a conservação. No totalforam i<strong>de</strong>ntificadas 182áreas prioritárias para aconservação da biodiversida<strong>de</strong>na Mata Atlântica enos Campos Sulinos, todaselas reproduzidas em ummapa-síntese que foi amplamentedissemina<strong>do</strong>.Entre os múltiplos sítiosi<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s como prioritários,merecem <strong>de</strong>staquea área norte <strong>de</strong> Ilhéus-BA,on<strong>de</strong> foi registrada um <strong>do</strong>smaiores índices <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong><strong>de</strong> plantas lenhosas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>;a área <strong>de</strong> Murici-AL, por sua riquezaem aves; a Serra <strong>do</strong>s Órgãos-RJ, comexpressiva riqueza <strong>de</strong> invertebra<strong>do</strong>s,en<strong>de</strong>mismos e espécies ameaçadas <strong>de</strong>mamíferos, anfíbios e répteis; a Serra<strong>do</strong> Mar-RJ/SP, por ser o maior trechocontínuo <strong>de</strong> Mata Atlântica e com altonível <strong>de</strong> integrida<strong>de</strong> ambiental; e a região<strong>de</strong> São Pedro-RS, com áreas <strong>de</strong> árvorespetrificadas e regiões <strong>de</strong> importânciapaleontológica e arqueológica.Entre as várias recomendações que foramlançadas no workshop, po<strong>de</strong>-semencionar as seguintes:1 - Fortalecimento e integração institucional:compatibilização entre apolítica ambiental e as políticassetoriais <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um âmbito noqual governo, setor priva<strong>do</strong>, setor18
Foto: Gustavo <strong>de</strong> Mattos Acacciocom ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação ambientalpermanente apoiadas emabordagens participativas;5 - Gestão ambiental: <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> licenciamento ambiental,<strong>de</strong>núncias <strong>de</strong> agressões ambientais,recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadase controle e fiscalização; e6 - Políticas econômicas e fiscais: fortalecimentodas leis <strong>do</strong> ICMS ecológico,criação <strong>de</strong> mecanismos queassegurem recursos financeirospara conservação e implementação<strong>de</strong> incentivos à conservação.Cabruca – área <strong>de</strong> cultivo <strong>de</strong> cacau, município <strong>de</strong> Una, BAacadêmico e socieda<strong>de</strong> civil organizadaestejam juntos, engaja<strong>do</strong>sem um trabalho <strong>de</strong> colaboração eparcerias;2 - Planejamento: aplicação <strong>de</strong> umaabordagem que integre os fatoreságua, biodiversida<strong>de</strong> e carbono eque contemple a repartição eqüitativa<strong>do</strong>s custos e <strong>do</strong>s benefícios parato<strong>do</strong>s os grupos sociais afeta<strong>do</strong>s;3 - Áreas protegidas: criação e implantaçãoefetiva das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservaçãoe implementação <strong>de</strong> corre<strong>do</strong>resecológicos em vários trechos<strong>de</strong>sses biomas;4 - Pesquisa e educação ambiental: preenchimentodas lacunas <strong>de</strong> conhecimentosobre a biodiversida<strong>de</strong> pormeio <strong>de</strong> inventários biológicos e <strong>de</strong>pesquisa sobre fauna e flora juntoFoi constituída uma Comissão <strong>de</strong>Acompanhamento, composta por trezepessoas, que tem como objetivo o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> comunicaçãoe <strong>de</strong> disseminação <strong>de</strong> informaçõessobre os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>workshop e a manutenção da interlocuçãotécnica entre o Governo e os diferentessetores da socieda<strong>de</strong>.A divulgação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> subprojeto,a íntegra <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos resultantes<strong>do</strong> workshop e outras informações,estão disponíveis pela Internetnos sites:www.conservation.org.br/ma ewww.binbr.org.br/workshop/mata.atlantica/brOutro resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Subprojeto foi apublicação <strong>de</strong> seu sumário executivo,“Avaliação e Ações Prioritárias para aConservação da Biodiversida<strong>de</strong> daMata Atlântica e Campos Sulinos”.19
Subprojeto <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong>Áreas e Ações Prioritáriaspara a Conservação daBiodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong> BiomaFloresta AmazônicaFoto: FNMA/MMAA Floresta Amazônica brasileira representaaproximadamente 30% <strong>de</strong> todasas florestas tropicais remanescentes <strong>do</strong>mun<strong>do</strong> e é uma gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>tentora dabiodiversida<strong>de</strong> global, diversida<strong>de</strong>que engloba espécies <strong>de</strong> pássaros, peixes,insetos, mamíferos, répteis, anfíbiose flora <strong>de</strong> múltiplos grupos taxonômicos.A diversida<strong>de</strong> da florestaamazônica não se limita ao número <strong>de</strong>espécies, mas também inclui umagran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ecossistemas:florestas <strong>de</strong>nsas <strong>de</strong> terra firme, florestasestacionais, florestas <strong>de</strong> igapó, camposalaga<strong>do</strong>s, várzeas, savanas, refúgiosmontanhosos e formações pioneiras.A bacia <strong>do</strong> rio Amazonas ocupagran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong> continente sul-americanoe mantém 20% <strong>de</strong> todas as águas<strong>do</strong>ces <strong>do</strong> planeta. Sua importânciapara o Brasil também se expressa nofato <strong>de</strong> que a Amazônia Legal abrange57% <strong>do</strong> território nacional.Junto com esse quadro <strong>de</strong> riqueza,existe outro <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição e <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradaçãoambiental. O <strong>de</strong>smatamento<strong>de</strong>strói milhares <strong>de</strong> quilômetros quadra<strong>do</strong>s<strong>de</strong> floresta a cada ano, as ativi-Victoria amazonica – vitória-régiada<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mineração contaminam rios,a exploração predatória da pesca estáacaban<strong>do</strong> com os estoques <strong>de</strong> peixes,a erosão <strong>do</strong>s solos é cada vez mais intensae a urbanização acelerada e<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada gera sérios problemas <strong>de</strong>saneamento nos setores mais pobresdas cida<strong>de</strong>s. Portanto, a realização <strong>do</strong>subprojeto aconteceu nesse clima <strong>de</strong>urgência.A gestão financeira <strong>do</strong> subprojeto ficousob a responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> InstitutoSocioambiental (ISA), instituiçãoque também participou da execuçãotécnica juntamente com o Instituto <strong>do</strong>Homem e <strong>Meio</strong> Ambiente da Amazônia(IMAZON), o Instituto <strong>de</strong> PesquisaAmbiental da Amazônia (IPAM), o20
Existem 81 Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>Conservação fe<strong>de</strong>rais e 73Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservaçãoestaduais na Amazônia Legal,com um total <strong>de</strong> 61.201.320hectares.O rio Amazonas recebe águas<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 1.100 afluentes; é orio mais caudaloso e maiscompri<strong>do</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>; o rioApurimac é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> suanascente.Grupo <strong>de</strong> Trabalho Amazônico (GTA),a Conservation International <strong>do</strong> Brasil(CI) e o Instituto Socieda<strong>de</strong>, Populaçãoe Natureza (ISPN). Na fase preparatória<strong>do</strong> subprojeto, foram elabora<strong>do</strong>svinte e três relatórios sobre distintasáreas <strong>de</strong> conhecimento e <strong>de</strong>zesseismapas temáticos, crian<strong>do</strong> assim umabase <strong>de</strong> informações necessárias paraa condução <strong>do</strong> workshop.O workshop “Avaliação e I<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> Ações Prioritárias para a Conservação,Utilização Sustentável e Repartição<strong>do</strong>s Benefícios da Biodiversida<strong>de</strong>da Amazônia Brasileira” foi realiza<strong>do</strong>entre os dias 21 e 25 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong>1999, em Macapá – AP, com a participação<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 200 pesquisa<strong>do</strong>res,cientistas e representantesdas comunida<strong>de</strong>s amazônicas.Os participantes foramdividi<strong>do</strong>s em <strong>do</strong>ze grupostemáticos. Seis <strong>de</strong>stes grupostiveram a responsabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar áreasprioritárias para os seguintesgrupos taxonômicos(com seu respectivo número<strong>de</strong> áreas prioritárias i<strong>de</strong>ntificadaspara a conservação):aves (109), biota aquática(31), invertebra<strong>do</strong>s (28),mamíferos (39), botânica(61) e répteis e anfíbios (46).Seis grupos foram <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>sa analisar e a fazer recomendaçõessobre eixos epólos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento,funções e serviços ambientais<strong>do</strong>s ecossistemas, novas oportunida<strong>de</strong>seconômicas, populações tradicionais,pressões antrópicas e unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> conservação. Na tarefa <strong>de</strong>integração <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s biológicos e nãobiológicos,foram i<strong>de</strong>ntificadas áreasprioritárias para cada uma das seguintesregiões: Alto Xingu, Baixo Xingu,Escu<strong>do</strong> das Guianas, Juruá, Rio Negro,Tocantins e Várzeas.Os integrantes <strong>do</strong> workshop fizerammais <strong>de</strong> 200 recomendações específicasnas diversas áreas <strong>de</strong> atuação. Entreos princípios básicos que nortearamessas recomendações, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacaros seguintes:1 - As políticas setoriais brasileiras <strong>de</strong>vemincluir uma vertente ambien-21
Foto: Sérgio Pamplonaagroflorestais, extrativismo, reflorestamento,agricultura familiar,manejo florestal (ma<strong>de</strong>ira), manejopecuário, ecoturismo e aqüicultura;3 - Concluir o processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificaçãoe <strong>de</strong> <strong>de</strong>marcação das terras indígenas;4 - Reconhecer que as populações tradicionaisintegram uma estratégiaglobal <strong>de</strong> conservação da biodiversida<strong>de</strong>;Bertholletia excelsa – castanheira22tal e o país <strong>de</strong>ve investir em umapolítica pública <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong>biodiversida<strong>de</strong>;2 - O sistema <strong>de</strong> conservação na região<strong>de</strong>ve ser concebi<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma a incluirterras indígenas, Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservaçãofe<strong>de</strong>rais, estaduais e municipais<strong>de</strong> proteção integral e uso sustentável,e estratégias <strong>de</strong> uso sustenta<strong>do</strong><strong>de</strong> recursos naturais; e3 - Ten<strong>do</strong> em vista as enormes lacunas<strong>de</strong> conhecimento sobre distribuição,conservação e uso da biodiversida<strong>de</strong>,a realização <strong>de</strong> pesquisas <strong>de</strong>ve serpriorizada na Amazônia Legal.Entre as recomendações específicas,po<strong>de</strong>m ser ressaltadas as seguintes:1 - Implementação das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>Conservação já criadas juntamentecom sua regularização fundiária;2 - O uso econômico e a recuperação<strong>de</strong> áreas alteradas por sistemas5 - Implementar programas para formaçãoe fixação <strong>de</strong> recursos humanosalia<strong>do</strong>s ao suporte financeiropara a pesquisa científica; e6 - Apoiar a intensificação da agropecuárianas áreas já <strong>de</strong>smatadas paraaumentar a produtivida<strong>de</strong>, elevar arentabilida<strong>de</strong> econômica e fixar osprodutores nessas áreas.Na terceira e última fase <strong>do</strong> subprojeto,um grupo <strong>de</strong> acompanhamentopós-workshop foi estabeleci<strong>do</strong>, o qual realizouativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> monitoramento <strong>do</strong>status <strong>de</strong> implementação das recomendações.No site www.socioambiental.org/website/bio/in<strong>de</strong>x.htm po<strong>de</strong>rão serencontradas informações relativas aosubprojeto e a íntegra <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentostemáticos, <strong>do</strong>s mapas simplifica<strong>do</strong>se a lista das áreas prioritárias para cadauma das regiões trabalhadas duranteo Seminário Consulta. To<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>cumentosgera<strong>do</strong>s previamente paraembasar o Seminário e os resulta<strong>do</strong>s<strong>de</strong>ste estão publica<strong>do</strong>s no livro “Biodiversida<strong>de</strong>na Amazônia Brasileira”.
Subprojeto <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong>Áreas e Ações Prioritáriaspara a Conservação daBiodiversida<strong>de</strong> da ZonaCosteira e da Zona MarinhaA Zona Costeira brasileira esten<strong>de</strong>-sepor 17 esta<strong>do</strong>s e acomoda mais <strong>de</strong> 400municípios, sen<strong>do</strong> constituída por váriosbiomas distribuí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> norteequatorial ao sul tempera<strong>do</strong>. Essesbiomas mantêm forte contato com osbiomas da Amazônia e da Mata Atlân-tica e contemplam regiões <strong>de</strong> transiçãoecológica cuja função é ligar eviabilizar trocas genéticas entre osecossistemas terrestres e marinhos,fato que os classifica como ambientescomplexos, diversifica<strong>do</strong>s e <strong>de</strong> extremaimportância para a sustentação davida no mar. A Zona Costeira brasileirasofre muitas ameaças provocadaspela interferência humana no que dizrespeito ao alto grau <strong>de</strong> urbanização,à exploração <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada e predatória<strong>de</strong> seus recursos naturais e aos impactoscada vez maiores da economia<strong>do</strong> turismo e <strong>do</strong> lazer.A Zona Marinha inicia-se na regiãocosteira e esten<strong>de</strong>-se até 200 milhasnáuticas. Além <strong>de</strong> ser uma fonte im-Foto: Carlo Leopol<strong>do</strong> FranciniHypselo<strong>do</strong>ris picta lajensis – nudibrânquio, Parque Estadual Marinho da Laje <strong>de</strong> Santos23
Entre os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> workshop, houvea i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> 164 áreas prioritáriaspara a conservação da biodiversida<strong>de</strong>na Zona Costeira e na ZonaMarinha, sen<strong>do</strong> que em 128 <strong>de</strong>las foirecomendada criação, ampliação ouregulamentação <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação,em 18 <strong>de</strong>las foram recomenportante<strong>de</strong> alimentos, respon<strong>de</strong> pordiversos recursos minerais, com <strong>de</strong>staquepara o petróleo, em que os aci<strong>de</strong>ntesambientais com produtos químicose petroquímicos representamameaças constantes tanto para o oceanocomo para as áreas costeiras. Àmedida que se afasta da costa, a ZonaMarinha torna-se menos vulnerável àsintervenções humanas. A extensão e adiversida<strong>de</strong> da Zona Costeira e Marinha,em termos <strong>de</strong> ecossistemas e <strong>de</strong>espécies, mostram um quadro <strong>de</strong> altabiodiversida<strong>de</strong>, com a existência <strong>de</strong>inúmeras espécies endêmicas, que possuemáreas sobrepostas a rotas migratóriase sítios <strong>de</strong> alimentação e <strong>de</strong>sova<strong>de</strong> espécies migratórias <strong>de</strong> distribuiçãoglobal. Assim, a preservação ou a <strong>de</strong>gradação<strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s ecossistemas<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ter um efeito puramentelocal.A gestão financeira <strong>do</strong> subprojeto ficoua cargo da Fundação Bio Rio e acoor<strong>de</strong>nação técnica sob a responsabilida<strong>de</strong>da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>do</strong>Rio <strong>de</strong> Janeiro (UERJ), ambas trabalhan<strong>do</strong>em parceria com a Secretaria<strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> SãoPaulo, a Fundação Estadual <strong>de</strong> ProteçãoAmbiental <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul,o Instituto <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômicoe <strong>Meio</strong> Ambiente <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong><strong>do</strong> Norte, a Socieda<strong>de</strong> Nor<strong>de</strong>stina<strong>de</strong> Ecologia e a Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong><strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e <strong>Meio</strong> Ambiente<strong>do</strong> Pará.Na fase preparatória <strong>do</strong> subprojeto, ouniverso da pesquisa foi dividi<strong>do</strong> emFoto: Cláudio SavagetChelonia mydas - tartaruga ver<strong>de</strong>, Atol das Rocascinco regiões, que foram subdividasem unida<strong>de</strong>s físico-ambientais parafins <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> diagnósticos ambientais.Ainda nessa fase, realizou-se,no Rio <strong>de</strong> Janeiro, em julho <strong>de</strong> 1999,uma reunião contan<strong>do</strong> com a presença<strong>do</strong>s coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res com a finalida<strong>de</strong><strong>de</strong> sistematizar as informações e<strong>de</strong>finir a estrutura e o funcionamento<strong>do</strong> workshop. Em Porto Seguro – BA,entre os dias 25 e 29 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong>1999, foi realiza<strong>do</strong> o workshop “Avaliaçãoe Ações Prioritárias para a Conservaçãoda Biodiversida<strong>de</strong> das ZonasCosteira e Marinha”, contan<strong>do</strong> com aparticipação <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 150 pesquisa<strong>do</strong>resliga<strong>do</strong>s a universida<strong>de</strong>s e instituiçõescom trabalhos volta<strong>do</strong>s paraessas duas regiões.24
No Brasil, os recifes <strong>de</strong> corais distribuem-se por cerca <strong>de</strong> 3.000km da costa <strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o sul da Bahia até o Maranhão,constituin<strong>do</strong> os únicos ecossistemas <strong>de</strong>sse tipo <strong>do</strong> Atlântico Sul.Já foram i<strong>de</strong>ntificadas em águas brasileiras 38 espécies <strong>de</strong>cetáceos (baleias, botos etc.), o que correspon<strong>de</strong> aaproximadamente 49% das conhecidas em âmbito mundial.Cinco das sete espécies existentes <strong>de</strong> tartarugas marinhasocorrem em águas brasileiras. O Brasil possui um <strong>do</strong>s maioresprogramas no mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong>ssas espécies.6 - fortalecimento daintegração entre oPrograma <strong>de</strong> GerenciamentoCosteiro ea Conservação daBiodiversida<strong>de</strong>.As recomendaçõespropostas para aZona Marinha incluíram:dadas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recuperação e em13 áreas restantes a recomendação foipara o manejo da ativida<strong>de</strong> pesqueira.Dadas as particularida<strong>de</strong>s da ZonaCosteira e da Zona Marinha, oworkshop elaborou recomendaçõespara cada uma <strong>de</strong>las. As recomendaçõespropostas para a Zona Costeiraincluíram:1 - cumprimento <strong>de</strong> todas as resoluções,portarias e leis nacionais <strong>de</strong> proteçãoambiental da Zona Costeira;2 - ampliação da interação entre órgãospúblicos e priva<strong>do</strong>s para as ações<strong>de</strong> diagnose, monitoramento e preservação<strong>de</strong>ssa região;3 - incremento geral na participaçãodas comunida<strong>de</strong>s locais na <strong>de</strong>fesa<strong>do</strong>s ecossistemas costeiros;4 - realização <strong>de</strong> inventários científicos,completan<strong>do</strong> e apoian<strong>do</strong> as coleçõesexistentes e estimulan<strong>do</strong> instituiçõesa criá-los nas diversas regiões;5 - estabelecimento <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> estímuloe <strong>de</strong> financiamento para projetos<strong>de</strong> pesquisa; e1 - intensificação <strong>do</strong>sestu<strong>do</strong>s oceanográficos, sobre recursospesqueiros e habitats artificiais;2 - implementação <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>Conservação marinhas e criação <strong>de</strong>reservas marinhas com diversosgraus <strong>de</strong> restrição da pesca;3 - i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> novos recursos pesqueirose <strong>de</strong> estoques ainda subexplora<strong>do</strong>sjuntamente com a introdução<strong>de</strong> tecnologias apropriadas;4 - intensificação <strong>do</strong>s esforços <strong>de</strong> educaçãoambiental sobre ecossistemasoceânicos; e5 - implantação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> exploraçãoe uso sustentável <strong>do</strong>s recursosvivos marinhos.Os <strong>do</strong>cumentos e os 16 mapas temáticosgera<strong>do</strong>s previamente ao workshopestão disponíveis na homepage:www.binbr.org.br/workshop/costaO sumário executivo e o mapa-sínteseforam publica<strong>do</strong>s em <strong>2002</strong>.25
Subprojeto <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong>Áreas e Ações Prioritáriaspara a Conservação daBiodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong> BiomaCaatingaFoto: Miguel T. RodriguesA Caatinga é um bioma exclusivamentebrasileiro. Localizada na região Nor<strong>de</strong>ste,ocupa uma área <strong>de</strong> 734.478km 2 .A Caatinga é <strong>do</strong>minada pela vegetação<strong>do</strong> tipo “savana estépica”. Apesar<strong>de</strong> ser uma região semi-árida, a Caatingaé extremamente heterogênea,incluin<strong>do</strong> pelo menos uma centena <strong>de</strong>diferentes paisagens, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacamas lagoas ou áreas úmidas temporárias,os refúgios montanhosos e os riospermanentes como o São Francisco. Aomesmo tempo, a Caatinga sofre umalto grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação ambiental,particularmente no que se refere aosprocessos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sertificação e aos altosíndices <strong>de</strong> pobreza humana. A realização<strong>de</strong>ste subprojeto representou a primeiratentativa <strong>de</strong> fornecer um diagnósticogeral <strong>de</strong>sse bioma.O subprojeto foi coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong> pela Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco(UFPE) em conjunto com a FundaçãoBiodiversitas, a Conservation International<strong>do</strong> Brasil (CI) e a Fundação <strong>de</strong>Apoio ao Desenvolvimento da UFPE.A fase preparatória consistiu em levantamento,sistematização e diagnósticoCnemi<strong>do</strong>phorus sp. – lagartodas informações biológicas e socioeconômicas<strong>do</strong> bioma, bem como <strong>de</strong> suasUnida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação, áreas alteradas,estratégias <strong>de</strong> conservação, práticas<strong>de</strong> uso sustentável e fatores físicos.O workshop “Avaliação e I<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> Ações Prioritárias para a Conservação,Utilização Sustentável e Repartição<strong>de</strong> Benefícios da Biodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong>Bioma Caatinga” foi realiza<strong>do</strong> nas <strong>de</strong>pendências<strong>do</strong> Campus <strong>de</strong> Pesquisa daEMBRAPA/Semi-Ári<strong>do</strong>, em Petrolina-PE, entre os dias 21 e 26 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong>2000, e contou com a participação <strong>de</strong>140 especialistas, representan<strong>do</strong> organizaçõesgovernamentais e não-governamentais,instituições <strong>de</strong> ensino epesquisa e empresas. No workshop foram<strong>de</strong>finidas 82 áreas prioritáriaspara conservação da biodiversida<strong>de</strong>da Caatinga, áreas que cobriram cerca26
Das seis espécies <strong>de</strong>felinos registradas naCaatinga, cinco sãoconsi<strong>de</strong>radasameaçadas <strong>de</strong>extinção.Das 185 espécies <strong>de</strong>peixes i<strong>de</strong>ntificadas naCaatinga, 106 (ou 57%)são endêmicas daregião.Das 932 espécies daflora já registradas naCaatinga, 380 (ou 41%)são endêmicas daregião.<strong>de</strong> 436.000km 2 , ou 59% <strong>do</strong> bioma. Aação principal recomendada para amaioria das áreas prioritárias foi a criação<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong>proteção integral. Devi<strong>do</strong> ao pouco conhecimento<strong>de</strong>sse bioma, muitas áreasforam consi<strong>de</strong>radas insuficientementeconhecidas, e para estas foi recomendadaa realização <strong>de</strong> investigaçõescientíficas, particularmente inventáriosbiológicos.Entre os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> workshop, houvea elaboração <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong>sugestões <strong>de</strong> estratégias para diminuiros impactos negativos no bioma pormeio da a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> práticas mais compatíveiscom a manutenção <strong>do</strong>s processosecológicos da região, tais como:1 - aprimoramento da gestão das políticaspúblicas <strong>de</strong> conservação dabiodiversida<strong>de</strong>;2 - implementação <strong>de</strong> programas quevisem ao uso sustentável <strong>do</strong>s recursos<strong>do</strong> bioma, incluin<strong>do</strong> a fauna, osrecursos florestais, a agricultura ea pecuária;3 - <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>educação ambiental;4 - financiamento e incentivos econômicospara a conservação;5 - implementação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s eprogramas <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> conhecimentoe formação <strong>de</strong> recursos humanos;6 - elaboração e implementação <strong>de</strong> umPlano Nacional <strong>de</strong> Combate à Desertificação;e7- elevação <strong>do</strong> bioma Caatinga à condição<strong>de</strong> Patrimônio Nacional Natural.Como nas outras avaliações, formouseuma Comissão <strong>de</strong> Acompanhamentopara garantir a disseminação <strong>de</strong> informaçõese a aplicação das recomendaçõesresultantes <strong>do</strong> subprojeto como envolvimento maior <strong>de</strong> pessoas, comunida<strong>de</strong>se entida<strong>de</strong>s atuantes naCaatinga.A divulgação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> subprojeto,os <strong>do</strong>cumentos resultantes <strong>do</strong>workshop, incluin<strong>do</strong> mapas temáticos,mapa-síntese e outras informações estãodisponíveis no site:www.biodiversitas.org/caatinga.O sumário executivo <strong>do</strong> workshop “Avaliaçãoe Ações Prioritárias para a Conservaçãoda Biodiversida<strong>de</strong> da Caatinga”foi publica<strong>do</strong> em <strong>2002</strong> e está sen<strong>do</strong>distribuí<strong>do</strong> às instituições interessadas.27
IOS SUBPROJETOSDEMONSTRATIVOS INICIAIS29
A Gênese <strong>do</strong>sSubprojetosDemonstrativos IniciaisEEste componente nasceu junto com<strong>PROBIO</strong>, já que o recrutamento, a análisee a seleção <strong>de</strong>sses subprojetosaconteceram como parte integral <strong>do</strong>processo <strong>de</strong> negociação entre o BancoMundial e o Governo brasileiro. A filosofiaatrás <strong>de</strong>sse procedimento poucocomum foi a <strong>de</strong> dar claros sinais àsocieda<strong>de</strong> brasileira das perguntas queos subprojetos aprecia<strong>do</strong>s pelo<strong>PROBIO</strong> <strong>de</strong>veriam respon<strong>de</strong>r na suaexecução. “Como se <strong>de</strong>ve agir para garantira conservação da biodiversida<strong>de</strong>?”“É possível <strong>de</strong>senvolver experiências<strong>de</strong> utilização sustentável da biodiversida<strong>de</strong>?”O processo <strong>de</strong> aprovação <strong>do</strong>s cincosubprojetos <strong>de</strong>monstrativos seleciona<strong>do</strong>scomeçou com a elaboração e a divulgação<strong>de</strong> um termo <strong>de</strong> referênciano qual o perfil <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> <strong>do</strong>s subprojetosfoi <strong>de</strong>linea<strong>do</strong>. Uma das característicasbásicas indicadas nesse termofoi que os subprojetos <strong>de</strong>veriam nãosó trabalhar com a geração <strong>de</strong> conhecimentossobre a diversida<strong>de</strong> brasileira,mas <strong>de</strong>veriam também conter umadimensão aplicada na área <strong>de</strong> gestãoda biodiversida<strong>de</strong>. Outrascaracterísticas perfiladasno termo foramtrabalhar com múltiplasescalas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ummesmo subprojeto e usarsistemas avança<strong>do</strong>s <strong>de</strong>georeferenciamento.O termo também previaa indução <strong>de</strong> parceriasentre o governo, as organizaçõesnão-governamentaise as instituições<strong>de</strong> pesquisa. Essas parcerias,por sua vez, dariamlugar para a constituição<strong>de</strong> equipes multidisciplinares.Cartas-convitesforam enviadas a várias instituiçõesem to<strong>do</strong> o País e um total <strong>de</strong> <strong>do</strong>ze préprojetosforam recebi<strong>do</strong>s, os quais foramdiscuti<strong>do</strong>s e analisa<strong>do</strong>s duranteum seminário nacional realiza<strong>do</strong> emBrasília. O resulta<strong>do</strong> final <strong>de</strong>sse processofoi a seleção <strong>do</strong>s cinco subprojetos<strong>de</strong>monstrativos iniciais. Cada um<strong>de</strong>les foi inova<strong>do</strong>r na sua maneira própriae serviu para estabelecer um altopadrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> científica para ossubprojetos subseqüentes. Algumas <strong>de</strong>suas principais realizações são resumidasa seguir. (Para mais informações sobrecada subprojeto, <strong>de</strong>ve-se consultaros quadros que acompanham o texto.)O subprojeto Conservação <strong>de</strong> RecursosGenéticos Vegetais trabalhou emtrês biomas brasileiros - Cerra<strong>do</strong>, MataAtlântica e Floresta Amazônica - nasproblemáticas <strong>de</strong> conservação da bio-30
Chaetomys subspinosus – ouriço-pretodiversida<strong>de</strong> in situ e ex situ. Seus estu<strong>do</strong>s<strong>de</strong> várias espécies-alvo avançaramo entendimento sobre a variabilida<strong>de</strong>genética <strong>de</strong> espécies vegetais com ampladistribuição geográfica e aquelascom distribuição endêmica. Essas informaçõesmostraram-se muito úteisno estabelecimento <strong>de</strong> critérios científicospara a criação <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>conservação, bem como para manejodas espécies ocorrentes nessas unida<strong>de</strong>s.As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação exsitu resultaram no estabelecimento <strong>de</strong>importantes coleções botânicas proce<strong>de</strong>ntesdas três áreas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>.O subprojeto Gerenciamento da ÁreaEspecial para a Região <strong>de</strong> Guaraqueçaba,no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, utilizou oSistema <strong>de</strong> Informação Geográficacomo instrumento <strong>de</strong> diagnóstico parasubsidiar o processo <strong>de</strong> planejamentoFoto: Arquivo CI-Brasile <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>ssa região. Por meio <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> treinamento e <strong>de</strong>capacitação <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s locais,membros <strong>de</strong> organizações não-governamentaise agentes governamentaisno nível fe<strong>de</strong>ral, no estadual e no municipal,o subprojeto conseguiu umamplo grau <strong>de</strong> envolvimento no processo<strong>de</strong> gestão e manejo, sempre procuran<strong>do</strong>o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>salternativas e inova<strong>do</strong>ras. Assim,a meta geral <strong>do</strong> subprojeto foi aelaboração <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo piloto <strong>de</strong>gestão e manejo <strong>de</strong> uma Área <strong>de</strong> ProteçãoAmbiental (APA) que po<strong>de</strong>ria seraplica<strong>do</strong> em outras regiões. O subprojetoteve como produtos, entre outros, acriação <strong>de</strong> um banco <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s ambientaisda APA <strong>de</strong> Guaraqueçaba e a elaboraçãoe a publicação <strong>do</strong> “Atlas Ambientalda APA <strong>de</strong> Guaraqueçaba”.O subprojeto Recuperação e Manejo<strong>do</strong>s Ecossistemas Naturais <strong>de</strong> Brejos <strong>de</strong>Altitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco e Paraíba trabalhoucom os brejos <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>, umadas áreas mais úmidas no semi-ári<strong>do</strong>e o ecossistema mais ameaça<strong>do</strong> <strong>do</strong>Nor<strong>de</strong>ste. Um amplo diagnóstico <strong>de</strong>ssaregião, que incluiu extensos inventários<strong>de</strong> flora e fauna, serviu como oinstrumento básico <strong>do</strong> planejamento.No nível local, um plano <strong>de</strong> manejopara o Parque Ecológico VasconcelosSobrinho foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> e encontraseem fase <strong>de</strong> implementação. No nívelmunicipal, foi realiza<strong>do</strong> umZoneamento Ambiental para o Município<strong>de</strong> Caruaru. No plano regional,um Plano <strong>de</strong> Conservação <strong>do</strong>s Brejos<strong>de</strong> Altitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco e Paraíba31
foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>. Para garantir a continuida<strong>de</strong><strong>de</strong>ssas ações, várias ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> educação ambiental foram realizadas.Além <strong>de</strong>stes, outros produtosgera<strong>do</strong>s foram: material cartográfico<strong>do</strong> Parque Ecológico Vasconscelos Sobrinho(PEVS) e entorno; e a cartilha“Espécies úteis <strong>do</strong> PEVS”, em papel eCD Rom.O subprojeto Conservação e Recuperaçãoda Biodiversida<strong>de</strong> em Matas <strong>de</strong>Galeria <strong>do</strong> Bioma Cerra<strong>do</strong> utilizou técnicas<strong>de</strong> pesquisa aplicada dirigidas àrecuperação e à subseqüente manutenção<strong>de</strong>sse importante ecossistema <strong>do</strong>Cerra<strong>do</strong>. Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recuperaçãoforam <strong>de</strong>senvolvidas e implementadaspelo subprojeto, tais como reflorestamentos,além da realização <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>ssobre germinação, conservação <strong>de</strong> sementes,análise <strong>de</strong> patologias, propagação<strong>de</strong> espécies e plantios experimentaisdas espécies ocorrentes nasmatas <strong>de</strong> galeria. Todas essas ativida<strong>de</strong>scontaram com a participação ativa<strong>do</strong>s produtores rurais locais, pormeio <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> extensão, prevençãoe educação ambiental. Um <strong>do</strong>sprincipais produtos obti<strong>do</strong>s com o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>do</strong> subprojeto foi o livro:Cerra<strong>do</strong>: caracterização e recuperação<strong>de</strong> matas <strong>de</strong> galeria.O subprojeto Conservação e Recuperaçãoda Mata Atlântica <strong>de</strong> Tabuleiros,com Base na Avaliação Funcional daBiodiversida<strong>de</strong>, em Linhares (ES), realizouuma <strong>de</strong>talhada avaliação dasáreas-foco localizadas na Reserva Biológica<strong>de</strong> Sooretama e na Reserva Flo-restal <strong>de</strong> Linhares, utilizan<strong>do</strong> mapeamentose estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> campo. Foramrealizadas recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadase implantação <strong>de</strong> diversosmódulos experimentais e parcelas <strong>de</strong>manejo da regeneração. Essas técnicas<strong>de</strong> recuperação foram transferidas àcomunida<strong>de</strong> rural local por meio <strong>de</strong>encontros, cursos, filmes e programas<strong>de</strong> educação ambiental formal e informal.O gran<strong>de</strong> envolvimento da comunida<strong>de</strong><strong>do</strong> Município <strong>de</strong> Sooretamaresultou na criação <strong>do</strong> Bioparque, umaUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação municipalcriada em uma das últimas áreas remanescentes<strong>de</strong> floresta no municípioe on<strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> educação <strong>de</strong> guias-mirinsestá sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>,orientan<strong>do</strong> e treinan<strong>do</strong> jovens parapráticas <strong>de</strong> manejo das espécies florestais,sob orientação <strong>de</strong> técnicos daBIONATIVA, uma organização nãogovernamentalcriada para garantir acontinuida<strong>de</strong> das ações <strong>do</strong> subprojeto.O subprojeto produziu, entre outros,o mapeamento <strong>do</strong> uso da terra <strong>de</strong>duas bacias hidrográficas primárias e<strong>de</strong> fragmentos <strong>de</strong> florestas secundárias;um ví<strong>de</strong>o e o livro: Conservação daBiodiversida<strong>de</strong> em Ecossistemas Tropicais:Avanços conceituais e novas meto<strong>do</strong>logias<strong>de</strong> avaliação e monitoramentojunto a pesquisa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> País, organiza<strong>do</strong>por Irene Garay e Bráulio Dias.32
34NaturaisEcossistemasManejo <strong>do</strong>sRecuperação eParaíbaPernambuco e<strong>de</strong>Altitu<strong>de</strong><strong>de</strong>Brejos<strong>do</strong>sestão financeira:GEFADE/UFP-DesenvolvimentoaoApoio<strong>de</strong>Fundaçãoxecução técnica:EEUFP-Pernambuco<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ralUniversida<strong>de</strong>Parceiros:UFPB-ParaíbadaFe<strong>de</strong>ralUniversida<strong>de</strong>UFRPE-Pernambuco<strong>de</strong>RuralFe<strong>de</strong>ralUniversida<strong>de</strong>SNE-Ecologia<strong>de</strong>Nor<strong>de</strong>stinaSocieda<strong>de</strong>estu<strong>do</strong>:<strong>de</strong>reaÁaParaíbePernambuco<strong>de</strong>Agresteerío<strong>do</strong>:P 1março/200ajaneiro/1997bjetivo:Oomeiporaltitu<strong>de</strong><strong>de</strong>brejos<strong>de</strong>remanescentes<strong>do</strong>sconservaçãoapromoverdainteressesosem contalevan<strong>do</strong>recursos,<strong>de</strong>ssessustenta<strong>do</strong>aproveitamento<strong>de</strong>participação.com suacontan<strong>do</strong>elocalpopulaçãoemBiodiversida<strong>de</strong>Recuperação daConservação eCerra<strong>do</strong><strong>do</strong> BiomaGaleria<strong>de</strong>MatasGestão financeira:-TecnológicoseCientíficosEmpreendimentos<strong>de</strong>FundaçãoFINATECExecução técnica:-Cerra<strong>do</strong><strong>do</strong>AgropecuáriaPesquisa<strong>de</strong>CentroCPAC/EMBRAPAParceiros:UnB-Brasília<strong>de</strong>Universida<strong>de</strong>/BiotecnologiaeGenéticosRecursos<strong>de</strong>NacionalCentro-AgropecuáriaPesquisa<strong>de</strong>BrasileiraEmpresaEMBRAPA/CENARGENUFU-Uberlândia<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ralUniversida<strong>de</strong>estuda<strong>do</strong>:iomaBoCerra<strong>de</strong>stu<strong>do</strong>:<strong>de</strong>Áreas<strong>do</strong>aciaB r )Jardim (DFrio<strong>do</strong>eDescobertoio(GO)Formosaerío<strong>do</strong>:P 0<strong>de</strong>zembro/200asetembro/1997bjetivo:Oediversidadarecuperareconservarparaum mo<strong>de</strong>lotestare<strong>de</strong>senvolverCerra<strong>do</strong>.bioma<strong>do</strong>galeria<strong>de</strong>matas<strong>de</strong>biológica34
Conservação e Recuperação da Mata Atlântica <strong>de</strong> Tabuleiros emLinhares, ES, com Base na Avaliação Funcional da Biodiversida<strong>de</strong>Gestão financeira:Execução técnica:BiomaParceiros:estuda<strong>do</strong>:Áreas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>:Fundação Universitária José Bonifácio - FUJBUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro - UFRJPrefeitura Municipal <strong>de</strong> SooretamaInstituto Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente e Recursos NaturaisRenováveis - IBAMACentro <strong>de</strong> Energia Nuclear na Agricultura da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>São Paulo - CENA/USPReserva Florestal da Companhia Vale <strong>do</strong> Rio DoceComunida<strong>de</strong>s ruraisMata AtlânticaReserva Florestal <strong>de</strong> Linhares (ES)Reserva Biológica <strong>de</strong> Sooretama (ES)Perío<strong>do</strong>:janeiro/1997 a março/200 1Objetivo:elaborar e <strong>de</strong>senvolver um mo<strong>de</strong>lo técnico-científico <strong>de</strong> proteção àbiodiversida<strong>de</strong> na Mata Atlântica, <strong>de</strong> caráter interinstitucional, que consi<strong>de</strong>re atransferência <strong>de</strong> tecnologia e a educação ambiental para a comunida<strong>de</strong>.Foto: Raquel Teixeira <strong>de</strong> MouraPecari tajacu - cateto35
Foto: Raquel Teixeira <strong>de</strong> MouraFragmento <strong>de</strong> Mata Atlântica <strong>do</strong> sul da Bahia, Município <strong>de</strong> Itapebi/BA36
IVOS SUBPROJETOSDEMONSTRATIVOSSOBRE FRAGMENTAÇÃODE HABITATS37
A Fragmentação <strong>de</strong>HabitatsA fragmentação <strong>de</strong> ecossistemas naturaisé um <strong>do</strong>s principais problemas queameaçam a conservação e limitam asoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> utilização sustentávelda biodiversida<strong>de</strong> no Brasil. Enten<strong>de</strong>-sepor fragmentação to<strong>do</strong> o processo<strong>de</strong> origem antrópica ou não que provocaa divisão <strong>de</strong> ecossistemas naturaiscontínuos em partes menores, comefeitos sobre a biodiversida<strong>de</strong> original<strong>do</strong>s ecossistemas afeta<strong>do</strong>s. O processo<strong>de</strong> fragmentação tem três componentes:diminuição da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>habitat, isolamento das manchas <strong>de</strong>habitat remanescentes e redução da diversida<strong>de</strong>biológica total. A fragmentaçãoé um processo intimamente relaciona<strong>do</strong>com a expansão da fronteiradas ativida<strong>de</strong>s humanas, tais como:agricultura, pecuária, exploração florestal,mineração, urbanização e construção<strong>de</strong> barragens e <strong>de</strong> estradas. Afragmentação vem afetan<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s osecossistemas brasileiros.Dada a serieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa situação, em1997, o <strong>PROBIO</strong> lançou um edital cujoobjetivo foi apoiar financeiramentepesquisa aplicada e <strong>de</strong>senvolvimentoexperimental <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong>monstrativosvolta<strong>do</strong>s para conservação e manejosustentável <strong>de</strong> ecossistemas naturaisem processo <strong>de</strong> fragmentação erestauração <strong>de</strong> ecossistemas fragmen-ta<strong>do</strong>s. Quinze subprojetos <strong>de</strong>monstrativosnessa área foram aprova<strong>do</strong>s erealiza<strong>do</strong>s, a maioria <strong>de</strong>les ten<strong>do</strong> trêsanos <strong>de</strong> duração. Esses subprojetosforam realiza<strong>do</strong>s em distintas áreas <strong>de</strong>conhecimento científico e suas investigaçõesforam feitas em diversos ecossistemasfragmenta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> País, ten<strong>do</strong>como resulta<strong>do</strong> a consolidação <strong>de</strong> umamassa crítica <strong>de</strong> informações sobre oprocesso <strong>de</strong> fragmentação <strong>de</strong> habitatsno Brasil. A consolidação <strong>de</strong>sse conhecimentoserve como subsídio importantepara a elaboração e a implementação<strong>de</strong> novas políticas públicas voltadasà conservação da biodiversida<strong>de</strong>.A seguir, alguns <strong>do</strong>s enfoques básicosutiliza<strong>do</strong>s para enten<strong>de</strong>r o processo <strong>de</strong>fragmentação <strong>de</strong> habitats serão apresenta<strong>do</strong>s.Para compreen<strong>de</strong>r melhoresse processo, cada enfoque seráexemplificada com um subprojeto <strong>de</strong>monstrativoque trabalhou nessa área.Todavia, é necessário indicar que, namaioria <strong>do</strong>s casos, os subprojetos nãose limitam a um só tipo <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, masrealizam múltiplas ativida<strong>de</strong>s em várias<strong>do</strong>s enfoques. Para mais informaçõessobre cada subprojeto, verificar osquadros que acompanham o texto.As Causas da Fragmentação <strong>de</strong>HabitatsA fragmentação <strong>de</strong> habitats po<strong>de</strong> tercausas naturais, tais como flutuaçõesclimáticas, processos geológicos e alagamentos.Para <strong>de</strong>terminar os efeitos38
da fragmentação <strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong> sobre adiversida<strong>de</strong> taxonômica, o subprojetoEstrutura e Dinâmica da Biota <strong>de</strong> Isola<strong>do</strong>sNaturais e Antrópicos <strong>de</strong> Cerra<strong>do</strong>:Lições para a Biologia da Conservaçãocoletou amostras <strong>de</strong> biota em 18fragmentos, totalizan<strong>do</strong> 54 pontos <strong>de</strong>amostragem em áreas naturalmentefragmentadas <strong>de</strong> cerra<strong>do</strong>s emRondônia e áreas fragmentadas <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>a ativida<strong>de</strong>s humanas na região <strong>do</strong>Planalto Central <strong>de</strong> Minas Gerais.Como base, nessas amostras, a equipeelaborou uma listagem das espécies <strong>de</strong>répteis, pássaros, térmitas e borboletas,i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> as espécies mais vulneráveis,além da realização <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s<strong>de</strong> algumas espécies-alvo <strong>de</strong> anfíbiose répteis para <strong>de</strong>terminar os efeitosda fragmentação sobre a estruturagenética das populações. O subprojetopropiciou, entre outros produtos, o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> três dissertações<strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> e três teses <strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>.Quanto às investigações relacionadasàs causas antrópicas da fragmentação,tais como ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>smatamento,queimadas, agricultura, mineraçãoe construção <strong>de</strong> estradas, no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Acre, o subprojeto Efeito <strong>do</strong> Processo<strong>de</strong> Fragmentação Florestal na Sustentabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> Alguns EcossistemasPeriféricos aos Eixos Ro<strong>do</strong>viários <strong>do</strong>Su<strong>de</strong>ste Acreano fez levantamentos <strong>de</strong>quatro áreas <strong>de</strong> floresta amazônicacom diferentes impactos causa<strong>do</strong>s pelasprincipais ro<strong>do</strong>vias na região su<strong>de</strong>ste<strong>de</strong>sse esta<strong>do</strong>, realizan<strong>do</strong> a carac-terização <strong>de</strong> solos e inventários florestais,florísticos e faunísticos, além <strong>de</strong>estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong> genética <strong>de</strong>duas espécies vegetais. O subprojetotambém fez um diagnóstico socioeconômicoe um histórico da ocupação daterra para subsidiar propostas <strong>de</strong> novaspolíticas públicas para a área. Entreos produtos obti<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>stacam-se aprodução <strong>de</strong> um ví<strong>de</strong>o, publicações <strong>de</strong>artigos em revistas ou periódicos eapresentações <strong>de</strong> resumos em congressose simpósios.O estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s fatores impactantes nosfragmentos representa outra categoriaimportante para enten<strong>de</strong>r esse processo.Políticas públicas, reflorestamento,turismo e lazer, urbanização, migraçõeshumanas, aqüicultura e outrasativida<strong>de</strong>s humanas po<strong>de</strong>m provocargran<strong>de</strong>s impactos sobre áreas já fragmentadas.O levantamento <strong>de</strong>ssas informaçõespara as áreas limítrofes entreSão Paulo e Minas Gerais foi umadas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelosubprojeto Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Conservação eRecuperação <strong>de</strong> Fragmentos Florestaisda APA <strong>do</strong> Camanducaia. Levantamentosforam feitos em quatro níveis:paisagístico, com a elaboração <strong>de</strong> mapascaracterizan<strong>do</strong> o isolamento <strong>do</strong>sfragmentos e a biodiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espéciesarbóreas; ecossistêmico, comestu<strong>do</strong>s volta<strong>do</strong>s para a listagem <strong>de</strong>espécies, a caracterização da estruturada vegetação e a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>espécies raras e ameaçadas; populacional,no qual o interesse era caracterizaro tamanho, os padrões espaciais e39
a dinâmica populacional das espéciesarbóreas; e genético, em que foram<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s índices <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong>e estrutura genética <strong>de</strong> três espécies <strong>de</strong>plantas fanerogâmicas. To<strong>do</strong>s essesestu<strong>do</strong>s estão direciona<strong>do</strong>s para a elaboração<strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> manejo quepermitiriam a conservação da biodiversida<strong>de</strong>nos fragmentos florestais. O<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> projeto propicioua realização <strong>de</strong> três dissertações <strong>de</strong>mestra<strong>do</strong> e apresentações <strong>de</strong> resumosem congressos e simpósios.Impactos da Fragmentaçãosobre a Biodiversida<strong>de</strong>Uma vez estabelecidas as variadascausas da fragmentação e os fatoresimpactantes nos fragmentos, po<strong>de</strong>-seavançar na tarefa <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r os impactosda fragmentação sobre a biodiversida<strong>de</strong>.Como os impactos são diferencia<strong>do</strong>ssegun<strong>do</strong> os grupos taxonômicos,os estu<strong>do</strong>s sobre esses impactosforam avalia<strong>do</strong>s para os seguintesgrupos: mamíferos, aves, vegetação,organismos aquáticos, anfíbios e répteis,artrópo<strong>de</strong>s, além <strong>de</strong> terem si<strong>do</strong>avalia<strong>do</strong>s seus efeitos sobre asinterações animais/plantas e a variabilida<strong>de</strong>genética <strong>de</strong> populações.Mamíferos:Foto: Associação Mico-leão-<strong>do</strong>ura<strong>do</strong>Leontopithecus rosalia – mico-leão-<strong>do</strong>ura<strong>do</strong>Dos distintos subprojetos preocupa<strong>do</strong>scom os mamíferos, po<strong>de</strong>mosmencionar o subprojeto Conservação,Manejo e Restauração em Fragmentosda Mata Atlântica no Esta<strong>do</strong><strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro: Mamíferocomo Táxon Focal para a Formulação<strong>de</strong> Estratégias, cujas ativida<strong>de</strong>sfocalizaram os micos-leões-<strong>do</strong>ura<strong>do</strong>s.Esse subprojeto <strong>de</strong>senvolveue aplicou técnicas <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong>populações <strong>de</strong> mamíferos paratranslocações e reintroduções emfragmentos da Mata Atlântica. Umconjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, tais comocursos, treinamentos e palestras, foirealiza<strong>do</strong> visan<strong>do</strong> ao envolvimentodireto das comunida<strong>de</strong>s locais parase minimizar os efeitos negativosda fragmentação sobre esses mamíferos.Cerca <strong>de</strong> 30 publicações eapresentações em eventos científicosdivulgaram os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>subprojeto.Outro exemplo <strong>de</strong> investigação sobreo impacto da fragmentação nessegrupo <strong>de</strong> animais foi o subprojetoEfeitos da Fragmentação <strong>de</strong>Habitat sobre Populações <strong>de</strong> Mamíferosno Médio e Baixo Tapajós,Pará, que produziu valiosas infor-40
Aves:mações a respeito <strong>de</strong>sse impacto.Com base em estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>diferentes tamanhos, o subprojetoi<strong>de</strong>ntificou os efeitos <strong>do</strong> processo<strong>de</strong> fragmentação antrópica sobre adiversida<strong>de</strong>, a abundância e a variabilida<strong>de</strong>genética <strong>de</strong> três espécies<strong>de</strong> mamíferos, um <strong>de</strong>les o macaco-aranha-da-testa-branca,espécieendêmica da região e ameaçada <strong>de</strong>extinção. Também produziu novosconhecimentos sobre o efeito dasativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> caça e sobre a estruturada vegetação como responsáveispela manutenção ou não da biodiversida<strong>de</strong><strong>de</strong> uma área; umadissertação <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> e uma tese<strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>, além <strong>de</strong> publicações,foram produzidas.Um <strong>do</strong>s <strong>de</strong>safios em se estudar asaves é dar conta da abrangência <strong>de</strong>seu habitat, fato que se complicaquan<strong>do</strong> se refere a aves que migram.O subprojeto Efeito da Fragmentação<strong>de</strong> Áreas Úmidas <strong>de</strong> AvesRamphasto toco – tucanoFoto: Harol<strong>do</strong> Palo Jr./CI-BrasilLimícolas Migratórias Intercontinentais:uma Análise sobre os Corre<strong>do</strong>resMigratórios no Norte <strong>do</strong>Brasil realizou estu<strong>do</strong>s na costa <strong>do</strong>Amapá, Pará e Maranhão sobre acorrelação entre aves limícolas(aves praianas ou marinhas quebuscam alimentação em areia, lamaou águas rasas) e organismosbentônicos (que vivem enterra<strong>do</strong>sna areia). Por meio <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s genéticos,o subprojeto preten<strong>de</strong>mapear as rotas migratórias utilizadaspelas aves que, anualmente,<strong>de</strong>ixam o hemisfério norte em busca<strong>de</strong> alimentação na região litorânea daregião Norte <strong>do</strong> Brasil. O subprojetogerou três teses <strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>, umadissertação <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> e vários comunica<strong>do</strong>scientíficos.Vegetação:Os distintos tipos <strong>de</strong> floresta encontra<strong>do</strong>sno Brasil oferecem um amploleque <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s para oestu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s impactos da fragmentaçãosobre a diversida<strong>de</strong> vegetal.O subprojeto Estratégias para aConservação e Manejo da Biodiversida<strong>de</strong>em Fragmentos <strong>de</strong> FlorestasSemi<strong>de</strong>cíduas fez uma análisegeográfica <strong>de</strong> vinte fragmentos <strong>de</strong>florestas semi<strong>de</strong>cíduas no esta<strong>do</strong><strong>de</strong> Goiás e <strong>de</strong> Minas Gerais, nosquais realizou estu<strong>do</strong>s sobre a estruturae dinâmica <strong>de</strong> populações<strong>de</strong> quatro espécies arbóreas e sobreos efeitos da fragmentação da florestasemi<strong>de</strong>cídua nos processosecológicos <strong>de</strong>terminantes da diver-41
Paepalanthus spsida<strong>de</strong> das espécies arbóreas. Parafins <strong>de</strong> conservação, o subprojetoi<strong>de</strong>ntificou efeito <strong>de</strong> temperatura,estresse hídrico e profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong>semeio sobre a geminação <strong>de</strong>ssasespécies. Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> subprojetoforam registra<strong>do</strong>s em um CD-Rom e em cerca <strong>de</strong> 30 apresentaçõesem eventos científicos.Organismos aquáticos:Foto: Harol<strong>do</strong> Castro/CI-BrasilFoto: Paulo Robson <strong>de</strong> SouzaPor meio <strong>de</strong> amostras coletadas emlagos naturais que ocorrem na área<strong>do</strong> Parque Estadual <strong>do</strong> Rio Doce emMinas Gerais e em represas <strong>do</strong> rioTietê em São Paulo, o subprojetoFragmentação Natural e Artificial<strong>de</strong> Rios: Comparação entre os Lagos<strong>do</strong> Médio Rio Doce (MG) e asRepresas <strong>do</strong> Médio Tietê (SP) fezuma caracterização física e químicada água e sedimentos e uma caracterização<strong>de</strong> várias populaçõesbiológicas (planctônicas, bentônicas,perifíticas, nectônicas emacrófitas). Posteriormente, <strong>de</strong>senvolveram-seestu<strong>do</strong>s comparativosentre os <strong>do</strong>is sistemas <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong>os efeitos da fragmentação <strong>de</strong>ambos sobre a biodiversida<strong>de</strong> e osimpactos diferencia<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s distintosníveis <strong>de</strong> ecotoxicida<strong>de</strong>. Dessesubprojeto resultaram, entre outros,os seguintes produtos: série <strong>de</strong>cartilhas para o ensino fundamentale segun<strong>do</strong> grau; série <strong>de</strong> materialinstrumental para educaçãoambiental; publicações científicas;<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> teses <strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>e <strong>de</strong> dissertações <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong>.Foram também publica<strong>do</strong>s osseguintes livros: Ecotoxicologia –perspectivas para o século XXI e Abacia hidrográfica <strong>do</strong> rio <strong>do</strong>Monjolinho. E estão em fase <strong>de</strong> publicaçãoBiodiversida<strong>de</strong> em águas<strong>do</strong>ces: o sistema <strong>de</strong> lagos <strong>do</strong> vale<strong>do</strong> rio Doce (no prelo); Biodiversida<strong>de</strong>em águas <strong>do</strong>ces: o sistema <strong>de</strong> reservatórios<strong>do</strong> rio Tietê (no prelo).Brycon sp. - piraputangas42
Alouatta fusca – bugio ruivoAnfíbios e Répteis:Entre os grupos taxonômicos estuda<strong>do</strong>spelo subprojeto Remanescentes<strong>de</strong> Floresta da Região <strong>de</strong> Una– RESTAUNA, encontram-se anfíbiose répteis, mas além disso o subprojetoestu<strong>do</strong>u a biodiversida<strong>de</strong><strong>de</strong> outros 12 grupos e ainda caracterizouos ambientes <strong>de</strong> floresta eas áreas <strong>de</strong> cultivo <strong>de</strong> cacau no entornoda Reserva Biológica <strong>de</strong> Una,na Bahia, ten<strong>do</strong> mapea<strong>do</strong> a área daReserva e seu entorno apontan<strong>do</strong>os diferentes tipos <strong>de</strong> ambientes estuda<strong>do</strong>s.Também avaliou as característicassocioeconômicas que influenciamna ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> caça naregião <strong>de</strong> Una. Isso tu<strong>do</strong> foi leva<strong>do</strong>em consi<strong>de</strong>ração para se compreen<strong>de</strong>rcomo o mosaico <strong>de</strong> formaçõesvegetais que ocorrem no sulda Bahia é responsável pela manutençãoda biodiversida<strong>de</strong> na área ecomo a cultura <strong>de</strong> cacau na regiãoaju<strong>do</strong>u a garantir essa manutenção.Seus resulta<strong>do</strong>s vêm sen<strong>do</strong> divulga<strong>do</strong>spor meio <strong>de</strong> publicações e <strong>de</strong>Foto: Suzana Guimarães LeitãoFoto: Gustavo <strong>de</strong> Mattos Accaciocomunicações em eventos científicos.Artrópo<strong>de</strong>s:Enten<strong>de</strong>r as maneiras diferenciadasque a fragmentação afeta distintostipos <strong>de</strong> espécies foi uma das tarefas<strong>do</strong> subprojeto Efeitos Temporaise Espaciais da Fragmentação <strong>de</strong>Habitats em Populações <strong>de</strong> Insetose Pássaros: Subsídios para o Manejoe Conservação <strong>de</strong> Florestas. Emdiferentes fragmentos da MataAtlântica, foram levantadas e analisadasa fauna <strong>de</strong> borboletas e váriasespécies <strong>de</strong> dípteros (moscas,mosquitos, mutucas, borrachu<strong>do</strong>setc.). Em outros fragmentos, estu<strong>do</strong>sforam feitos para verificar adiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies, as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> ninhos e a disponibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> recursos florais para meliponíneos(abelhas). Também houveestu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> aves em cinco fragmentosvisan<strong>do</strong> a <strong>de</strong>terminar os riscosque as ameaçam. Além <strong>de</strong> publicaçõese <strong>de</strong> comunicações, os resul-Anolis sp - lagarto43
ta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> subprojeto foram divulga<strong>do</strong>spor meio <strong>de</strong> uma reportagemrealizada no programa “EspaçoCiência” da TVE-Viçosa, com veiculaçãoem to<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> MinasGerais.Foto: Gustavo <strong>de</strong> Mattos AccacioInterações Animais/Plantas:O subprojeto A Fragmentação e aQualida<strong>de</strong> da Dieta <strong>do</strong> PrimataFolívoro Endêmico da FlorestaAtlântica começou suas ativida<strong>de</strong>scom um levantamento <strong>de</strong> da<strong>do</strong>ssobre a ecologia comportamental<strong>do</strong> macaco bugio Alouatta fusca,com ênfase no seu comportamentoalimentar, em cinco fragmentos <strong>de</strong>tamanhos e graus <strong>de</strong> alteração diferentes.O subprojeto incluiu tambémestu<strong>do</strong>s fitossociológicos e coletase análises <strong>de</strong> solo. A qualida<strong>de</strong>da dieta <strong>do</strong> bugio nesses diferentesfragmentos foi analisadafrente ao teor nutricional (proteínas,lipídios, fibras, açúcares) dasplantas <strong>de</strong> sua dieta, bem comofrente ao teor <strong>de</strong> metabólitos secundáriostóxicos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa vegetal (taninose fenóis totais). A qualida<strong>de</strong><strong>do</strong>s fragmentos está sen<strong>do</strong> medidapela <strong>do</strong>sagem <strong>do</strong>s mesmos metabólitos,nas plantas <strong>do</strong> levantamentofitossociológico. Os da<strong>do</strong>s sugeremque a qualida<strong>de</strong> (grau <strong>de</strong> perturbação)<strong>do</strong>s fragmentos é mais importantepara a dieta <strong>do</strong>s bugios <strong>do</strong>que o tamanho. Houve uma gran<strong>de</strong>variação sazonal no teor <strong>de</strong> metabólitossecundários (tóxicos) nositens consumi<strong>do</strong>s por A. fusca naHaetera sp - borboletamaioria <strong>do</strong>s fragmentos, mas nãoem to<strong>do</strong>s. Entre os fragmentos, essasdiferenças não seguem um padrãoem termos <strong>de</strong> tamanho, mostran<strong>do</strong>assim a complexida<strong>de</strong> dasinterações entre plantas e animaise a importância <strong>de</strong> sua compreensãopara o estabelecimento <strong>de</strong> diretrizes<strong>de</strong> conservação da biodiversida<strong>de</strong>.Do subprojeto resultou,entre outros, uma coleção <strong>de</strong>exsicatas das plantas coletadas nasdiferentes áreas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, <strong>de</strong>positadasnos Herbários da UFRJ,FURB e Unicamp.44
Genética <strong>de</strong> populações:O estu<strong>do</strong> da genética <strong>de</strong> populações,feito em conjunção com outrostipos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s biológicos,oferece uma excelente maneira <strong>de</strong>enten<strong>de</strong>r os impactos da fragmentaçãosobre a biodiversida<strong>de</strong> emtoda sua sutileza. O subprojeto AFragmentação Sutil: um Estu<strong>do</strong> naMata Atlântica criou um banco <strong>de</strong>da<strong>do</strong>s sobre duas áreas <strong>do</strong> esta<strong>do</strong><strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro: a bacia <strong>do</strong> rioGuapi-Mirim e a Ilha Gran<strong>de</strong>. Nessasáreas, a equipe <strong>do</strong> subprojetorealizou levantamentos sobre asespécies ocorrentes e coletou teci<strong>do</strong>s<strong>de</strong> animais para a extração <strong>de</strong>ADN <strong>de</strong> todas as espécies capturadaspara realizar estu<strong>do</strong>s sobre avariabilida<strong>de</strong> genética e buscarcompreen<strong>de</strong>r como a fragmentaçãopo<strong>de</strong> influenciar na manutenção <strong>de</strong>populações biologicamente viáveis.Paralelamente, houve análises<strong>de</strong> da<strong>do</strong>s populacionais para váriasespécies <strong>de</strong> primatas, marsupiaise roe<strong>do</strong>res como sazonalida<strong>de</strong>da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, reprodução, sobrevivência,recrutamento, área <strong>de</strong> vidae uso e estrutura <strong>de</strong> habitat. O <strong>de</strong>senvolvimento<strong>do</strong> subprojeto resultouem ampla produção científica,divulgada em artigos, capítulos <strong>de</strong>livros, comunicações em congressose <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> dissertaçõese <strong>de</strong> teses.Gestão <strong>de</strong> PaisagensFragmentadasUma das principais finalida<strong>de</strong>s <strong>do</strong><strong>PROBIO</strong> em lançar um edital sobrefragmentação <strong>de</strong> habitats foi incentivara produção <strong>de</strong> conhecimentos que po<strong>de</strong>riamser utiliza<strong>do</strong>s na elaboração <strong>de</strong>práticas <strong>de</strong> conservação da biodiversida<strong>de</strong>brasileira <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma políticamaior <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.Um <strong>do</strong>s mecanismos privilegia<strong>do</strong>spara conseguir isso é por meio dagestão <strong>de</strong> paisagens fragmentadas. Asativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão incluem o manejo<strong>do</strong>s fragmentos e seus respectivosentornos, a criação <strong>de</strong> corre<strong>do</strong>res biológicose o <strong>de</strong>senvolvimento e a utilização<strong>de</strong> ferramentas biológicas, socioeconômicase <strong>de</strong> políticas públicas.Um <strong>do</strong>s conceitos mais importantes<strong>do</strong>s últimos anos, referente à conservaçãoda biodiversida<strong>de</strong>, é o <strong>de</strong> corre<strong>do</strong>resbiológicos. Esses po<strong>de</strong>m ser entendi<strong>do</strong>scomo re<strong>de</strong>s compostas porconjuntos <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservaçãosob diferentes categorias <strong>de</strong> manejoincluin<strong>do</strong> os remanescentes sob <strong>do</strong>míniopriva<strong>do</strong>, distribuí<strong>do</strong>s em áreas representativasdas diferentes comunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> flora e fauna em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>bioma. Os corre<strong>do</strong>res têm a funçãoprimordial <strong>de</strong> proporcionar vias <strong>de</strong>intercâmbio e incrementar as possibilida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> movimento <strong>de</strong> indivíduos<strong>de</strong> populações que se encontram isoladas.O subprojeto Abordagens Ecológicase Instrumentos Econômicospara o Estabelecimento <strong>do</strong> Corre<strong>do</strong>r45
Conservação <strong>do</strong> Bioma Floresta com AraucáriaGestão financeira:Execução técnica:BiomasÁreasParceiro:estuda<strong>do</strong>s:<strong>de</strong> estu<strong>do</strong>:Fundação <strong>de</strong> Pesquisa Florestal <strong>do</strong> Paraná - FUPEFInstituto Agroflorestal - IAFInstituto Ambiental <strong>do</strong> ParanáMata Atlântica e Campos Sulinosáreas <strong>de</strong> floresta com araucária no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParanáPerío<strong>do</strong>:setembro/1998 a junho/<strong>2002</strong>Objetivo:fornecer diretrizes para o estabelecimento <strong>de</strong> políticas públicas e o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> uso sustentável para a conservação da floresta comaraucária com base em i<strong>de</strong>ntificação, avaliação e análise <strong>do</strong>s aspectos socioculturais,econômicos e biológicos.Efeitos Temporais e Espaciais da Fragmentação <strong>de</strong> Habitats emPopulações <strong>de</strong> Insetos e Pássaros: Subsídios para o Manejo eConservação <strong>de</strong> FlorestasGestão financeira:Execução técnica:BiomaParceiros:estuda<strong>do</strong>:Área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>:Fundação <strong>de</strong> Desenvolvimento da Pesquisa - FUNDEPUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais - UFMGUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa - UFVFundação Ezequiel Dias - FUNEDWorld Wildlife Fund - WWFMata AtlânticaParque Nacional da Serra da Canastra (MG)regiões <strong>de</strong> Belo Horizonte e <strong>de</strong> Viçosa (MG)Perío<strong>do</strong>:setembro/1998 a <strong>de</strong>zembro/200 1Objetivo:propor estratégias para conservar, manejar e/ou restaurar a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong>insetos e <strong>de</strong> aves em áreas fragmentadas da Mata Atlântica.<strong>do</strong> Descobrimento tem como objetivo<strong>de</strong>senvolver ferramentas para o planejamento<strong>de</strong> corre<strong>do</strong>res biológicos queintegrem informação biológica esocioeconômica, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> instrumentoseconômicos e legais para a formaçãoe a implementação <strong>do</strong> Corre<strong>do</strong>rCentral da Mata Atlântica. O subprojetorealizou ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisabibliográfica e <strong>de</strong> campo para levantaros da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> biologia (inventários<strong>de</strong> mamíferos, aves e anfíbios), geografia(mapas-base da região) e economia(aplicação <strong>de</strong> questionários, levanta-46
Efeito <strong>do</strong> Processo <strong>de</strong> Fragmentação Florestal na Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Alguns Ecossistemas Periféricos aos Eixos Ro<strong>do</strong>viários <strong>do</strong> Su<strong>de</strong>steAcreanoGestão financeira:Execução técnica:BiomaÁreasParceiros:estuda<strong>do</strong>:<strong>de</strong> estu<strong>do</strong>:Centro <strong>de</strong> Pesquisa Agroflorestal - EMBRAPA/CPAF-Acr eCentro <strong>de</strong> Pesquisa Agroflorestal - EMBRAPA/CPAF-Acr eUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Acre - UFACFundação <strong>de</strong> Tecnologia <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Acre - FUNTACFloresta Amazônicaáreas <strong>de</strong> floresta <strong>do</strong> su<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> AcrePerío<strong>do</strong>:setembro/1998 a <strong>de</strong>zembro/200 1Objetivo:estudar os efeitos <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> fragmentação florestal sobre a sustentabilidad e<strong>de</strong> alguns ecossistemas, visan<strong>do</strong> caracterizar o estágio atual <strong>de</strong> alteração ambiental e aelaboração <strong>de</strong> políticas públicas para a utilização sustentável da área.Efeito da Fragmentação <strong>de</strong> Áreas Úmidas <strong>de</strong> Aves Limícolas MigratóriasIntercontinentais: uma Análise sobre os Corre<strong>do</strong>res Migratórios no Norte<strong>do</strong> BrasilGestão financeira:Execução técnica:BiomasÁreasParceiros:estuda<strong>do</strong>s:<strong>de</strong> estu<strong>do</strong>:Perío<strong>do</strong>:FundaçãoFADESP<strong>de</strong> Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa -Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - UFPAMuseu Paraense Emílio Goeldi - MPEGUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Maranhão - UFMAUniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> TorontoSecretaria <strong>de</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente <strong>do</strong> Amapá - SEMA-APSecretaria <strong>de</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente <strong>do</strong> Maranhão - SEMA-MAInstituto Holandês - NIOZInstituto Brasileiro <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente e <strong>do</strong>s Recursos Naturais -IBAMAInstituto <strong>de</strong> Pesquisas Científicas <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Amapá - IEPAZona Costeira e Zona Marinhaáreas costeiras <strong>do</strong> norte <strong>do</strong> Amapá, Pará e Maranhãosetembro/1998a <strong>de</strong>zembro/<strong>2002</strong>Objetivo:avaliar os efeitos da fragmentação <strong>de</strong> áreas costeiras utilizan<strong>do</strong> aveslimícolas e organismos bentônicos como indica<strong>do</strong>res das condições ambientais paraestabelecer áreas prioritárias para conservação e manutenção das populações <strong>de</strong>aves migratórias.47
Conservação, Manejo e Restauração em Fragmentos da Mata Atlântica noEsta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro: Mamífero como Táxon Focal para a Formulação<strong>de</strong> EstratégiasGestão financeira:Execução técnica:Associação Mico-Leão-Doura<strong>do</strong> - AMLDAssociação Mico-Leão-Doura<strong>do</strong> - AMLDUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro - UFRJUniversida<strong>de</strong> Estadual <strong>do</strong> Norte Fluminense - UENFParceiros:Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> MarylandNational Zoological Park of WashingtonComitê Intermunicipal par Gestão Ambiental da Região <strong>do</strong>sLagos e da Bacia <strong>do</strong> Rio São JoãoBiomaestuda<strong>do</strong>:Áreas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>:Mata AtlânticaReserva Biológica Poço das AntasReserva Biológica UniãoPerío<strong>do</strong>:setembro/1998 a <strong>de</strong>zembro/200 1Objetivo:formular estratégias para conservação, manejo e restauração em fragmento s<strong>de</strong> Mata Atlântica, ten<strong>do</strong> mamíferos com táxon focal.Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Conservação e Recuperação <strong>de</strong> FragmentosFlorestais da APA <strong>de</strong> Camanducaia (SP-MG)Gestão financeira:Execução técnica:Fundação <strong>de</strong> Desenvolvimento da Pesquisa - FUNDEPUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais - UFMGUniversida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas - UNICAMPParceiros:Instituto Agronômico <strong>de</strong> Campinas - IACGrand Valley State University - GVSUUniversida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina - UELBiomaestuda<strong>do</strong>:Áreas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>:Mata AtlânticaSerra da Mantiqueira (MG)região <strong>de</strong> Campinas (SP)Perío<strong>do</strong>:setembro/1998 a junho/<strong>2002</strong>Objetivo:obter informações básicas sobre os diferentes níveis <strong>de</strong> biodiversidad eexistentesna região da bacia<strong>do</strong>rioCamanducaia, propon<strong>do</strong> estratégias <strong>de</strong> manejoque permitam a conservação da biodiversida<strong>de</strong> nos fragmentos florestais.48
Estratégias para a Conservação e Manejo da Biodiversida<strong>de</strong> emFragmentos <strong>de</strong> Florestas Semi<strong>de</strong>cíduasGestão financeira:Execução técnica:BiomaParceiros:estuda<strong>do</strong>:Áreas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>:Fundação <strong>de</strong> Apoio a Recursos Genéticos e BiotecnologiaDalmo Catauli GiacomettiCentro Nacional <strong>de</strong> Recursos Genéticos -CENARGEN/EMBRAPAUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Lavras - UFLAUniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília - UnBInstituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística - IBGECerra<strong>do</strong>Vale <strong>do</strong> Paranã (GO)Alto Rio Gran<strong>de</strong> (MG)Perío<strong>do</strong>:setembro/1998 a junho/<strong>2002</strong>Objetivo:propor estratégias para conservar, manejar e/ou restaurar a biodiversidad eem áreas fragmentadas <strong>de</strong> florestas semi<strong>de</strong>cíduas.Fragmentação Natural e Artificial <strong>de</strong> Rios: Comparação entre osLagos <strong>do</strong> Médio Rio Doce (MG) e as Represas <strong>do</strong> Médio Tietê (SP)Gestão financeira:Execução técnica:BiomaParceiro:estuda<strong>do</strong>:Áreas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>:Fundação <strong>de</strong> Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científicoe Tecnológico - FAI-UFSCARDepartamento <strong>de</strong> Ecologia e Biologia Evolutiva, Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Carlos - UFSCARUniversida<strong>de</strong> Estadual Paulista, Campus <strong>de</strong> Botucatu (UNESP)Instituto Estadual <strong>de</strong> Florestas <strong>de</strong> Minas Gerais- ParqueEstadual <strong>do</strong> Rio Doce - IEF/PERD.Companhia Energética <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo - CESP.Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo - USPUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais (UFMG)Polícia Florestal-Parque Estadual <strong>do</strong> Rio DoceMata Atlânticalagos<strong>do</strong> médior io Doce (MG)represas<strong>do</strong> médior io Tietê (SP)Perío<strong>do</strong>:setembro/1998 a <strong>de</strong>zembro/200 1Objetivo:avaliar os efeitos da fragmentação natural e artificial <strong>de</strong> rios sobre ascaracterísticas físicas, químicas e biológicas <strong>do</strong>s sistemas artificiais (represas) enaturais (lagos), com ênfase na estruturação das comunida<strong>de</strong>s biológicas.49
Ilhas <strong>de</strong> Biodiversida<strong>de</strong> como Corre<strong>do</strong>res na Restauração da PaisagemFragmentada <strong>do</strong> Pontal <strong>do</strong> Paranapanema, SPGestão financeira:Execução técnica:BiomaParceiros:estuda<strong>do</strong>:Área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>:Instituto <strong>de</strong> Pesquisas Ecológicas - IPÊInstituto <strong>de</strong> Pesquisas Ecológicas - IPÊInstituto Florestal - IF/SMAFundação Florestal - FF/SMACooperativa <strong>de</strong> Comercialização <strong>de</strong> Prestação <strong>de</strong> Serviços <strong>do</strong>sAssenta<strong>do</strong>s da Reforma Agrária <strong>do</strong> Pontal <strong>do</strong> Paranapanema -COCAMP/MSTUniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo - ESALQ/USPMata AtlânticaAssentamento Rural da Água Sumida, Pontal <strong>do</strong>Paranapanema (SP)Perío<strong>do</strong>:setembro/1998 a junho/<strong>2002</strong>Objetivo:promover interligação e fluxo gênico entre fragmentos florestais, por meio daimplementação <strong>de</strong> ilhas <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>, ou bosques agroflorestais, entre <strong>do</strong>isfragmentos florestais.A Fragmentação e a Qualida<strong>de</strong> da Dieta <strong>do</strong> PrimataFolívoro Endêmico da Floresta AtlânticaGestão financeira:Execução técnica:BiomaParceirosestuda<strong>do</strong>:Áreas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>:Fundação Bio-RioUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro - UFRJ (NPPN eFaculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia)Universida<strong>de</strong><strong>de</strong> Zoologia)Estadual <strong>de</strong> Campinas - Unicamp (DepartamentoFundação Univrsida<strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau - FURBMata Atlânticafragmentos da Floresta Atlântica nos esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Minas Gerais,Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, Santa Catarina e São PauloPerío<strong>do</strong>:setembro/1998 a junho/<strong>2002</strong>Objetivo:avaliar os efeitos da fragmentação da Floresta Atlântica sobre a qualida<strong>de</strong> dadieta <strong>de</strong> A louatta fusca(Primates, Cebidae) .50
5151<strong>de</strong>AntrópicoseNaturaisIsola<strong>do</strong>s<strong>de</strong>BiotadaDinâmicaeEstruturaConservaçãodaBiologiaaparaLiçõesCerra<strong>do</strong>:Gestão financeira:-TecnológicoseCientíficosEmpreendimentos<strong>de</strong>FundaçãoFINATECxecução técnica:EBUn-Brasília<strong>de</strong>Universida<strong>de</strong>Parceiros:MPEG-GoeldiEmílioParaenseMuseuCerra<strong>do</strong>-EMBRAPA<strong>do</strong>AgropecuáriasPesquisas<strong>de</strong>CentroUFPE-Pernambuco<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ralUniversida<strong>de</strong>UFRJ-Janeiro<strong>de</strong>Rio<strong>do</strong>Fe<strong>de</strong>ralUniversida<strong>de</strong>UFV-Viçosa<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ralUniversida<strong>de</strong>INPA-AmazôniadaPesquisas<strong>de</strong>NacionalInstitutoestuda<strong>do</strong>:iomaBoCerra<strong>de</strong>stu<strong>do</strong>:<strong>de</strong>Áreasem RondôniaCerra<strong>do</strong><strong>do</strong>naturaisfragmentosCentralBrasilnoCerra<strong>do</strong><strong>do</strong>antrópicosfragmentoserío<strong>do</strong>:P 2junho/200asetembro/1998bjetivo:Oodfragmentaçãodaefeitos<strong>do</strong>sdiagnósticolaboraretabitahasobreCerra<strong>do</strong><strong>do</strong>biotadagenéticavariabilida<strong>de</strong>asobreecomunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>estruturaRESTAUNA-UnaRegião <strong>de</strong>daFloresta<strong>de</strong>Remanescentesestão financeira:GBFUNPA-BrasilPauFundaçãoExecução técnica:UESC-CruzSantaEstadualUniversida<strong>de</strong>Dría<strong>de</strong>sInstitutoestuda<strong>do</strong>:iomaBaAtlânticMataestu<strong>do</strong>:<strong>de</strong>reaÁ )(BAentornoeUna<strong>de</strong>BiológicaReservaerío<strong>do</strong>:P 2junho/200asetembro/1998bjetivo:Ostaxonômicogruposdiferentes<strong>de</strong>respostaacomparativamenteavaliarsólidabaseumaestabelecen<strong>do</strong>antropismo,efragmentação<strong>de</strong>processoaofrenteregião.aparaconservação<strong>de</strong>políticassubsidiarpara
52AtlânticaMataum Estu<strong>do</strong> naA Fragmentação Sutil:estão financeira:GBFUJ-BonifácioJoséUniversitáriaFundaçãoExecução técnica:Universida<strong>de</strong>Biologia,<strong>de</strong>InstitutoVertebra<strong>do</strong>s,<strong>de</strong>LaboratórioUFRJ-Janeiro<strong>de</strong>Rio<strong>do</strong>Fe<strong>de</strong>ralParceiros:submarina,ecosteirafluvial,Geomorfologia<strong>de</strong>LaboratórioUFRJ-Biologia<strong>de</strong>InstitutoEcologia,<strong>de</strong>SetorUFRJ-Biologia<strong>de</strong>InstitutoZoologia,<strong>de</strong>Setorestuda<strong>do</strong>:iomaBaAtlânticMataestu<strong>do</strong>:<strong>de</strong>Áreas<strong>do</strong>aciab r )Guapi-Mirim (RJio(RJ)Gran<strong>de</strong>Ilhaerío<strong>do</strong>:P 2junho/200asetembro/1998bjetivo:Osdiferenteoscompreen<strong>de</strong>rparanecessáriasabordagensnovas<strong>de</strong>senvolverem camposabordagenstaisintegran<strong>do</strong>fragmentação,levam àqueprocessosgeográfica.àmolecularescaladavãoquedistintos,Fragmentação <strong>de</strong>dafeitosEtabitaHedPopulaçõessobreParáBaixo Tapajós,no Médio eMamíferosGestão financeira:-PesquisadaDesenvolvimentoeAmparo<strong>de</strong>FundaçãoFADESPExecução técnica:UFPA-Pará<strong>do</strong>Fe<strong>de</strong>ralUniversida<strong>de</strong>MPEG-GoeldiEmílioParaenseMuseuestuda<strong>do</strong>:iomaBaAmazônicFlorestaestu<strong>do</strong>:<strong>de</strong>Áreas(PA)Tapajós<strong>de</strong>NacionalFlorestaChão/Santarém (PA)<strong>do</strong>Altererío<strong>do</strong>:P 2<strong>de</strong>zembro/200asetembro/1998bjetivo:Oedantrópicafragmentaçãodaprocesso<strong>do</strong>efeitososo<strong>de</strong>larmtabitahesobreamazônicosmamíferos<strong>de</strong>genéticavariabilida<strong>de</strong>aeecologiaadiversida<strong>de</strong>,aprazo.longoapopulações<strong>de</strong>manejooparadiretrizes<strong>de</strong>senvolver52
Abordagens Ecológicas e Instrumentos Econômicos parao Estabelecimento <strong>do</strong> Corre<strong>do</strong>r <strong>do</strong> DescobrimentoGestão financeira:Execução técnica:Instituto <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s Sócio-Ambientais <strong>do</strong> Sul da Bahia - IESBInstituto <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s Sócio-Ambientais <strong>do</strong> Sul da Bahia - IESBConservation International <strong>do</strong> Brasil - CI <strong>do</strong> BrasilUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais - UFMGParceiros:Departamento <strong>de</strong> Desenvolvimento Florestal <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> daBahia - DDFNúcleo <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s e Pesquisas Ambientais da UNICAMP -NEPAMBiomaestuda<strong>do</strong>:Mata AtlânticaÁreas<strong>de</strong> estu<strong>do</strong>: Áreas<strong>de</strong> floresta no sul da BahiaPerío<strong>do</strong>:setembro/1998 a junho/<strong>2002</strong>Objetivo:<strong>de</strong>senvolver uma estratégia para reverter a fragmentação florestal no sul daBahia.mentos <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> fazendas).To<strong>do</strong>s esses da<strong>do</strong>s foram sistematiza<strong>do</strong>sem um banco <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, o qualfoi utiliza<strong>do</strong> para a elaboração <strong>de</strong> um“mo<strong>de</strong>lo” computacional <strong>de</strong> avaliação<strong>do</strong> melhor local <strong>do</strong> assentamento <strong>do</strong>Corre<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Descobrimento. Além disso,foram produzi<strong>do</strong>s e distribuí<strong>do</strong>sfol<strong>de</strong>rs e o CD-Rom “Corre<strong>do</strong>r Centralda Mata Atlântica – uma base <strong>de</strong> da<strong>do</strong>sambientais para a Bahia”.Qualquer programa efetivo <strong>de</strong> manejo<strong>de</strong> um fragmento florestal precisa <strong>de</strong>ser basea<strong>do</strong> em informações atuais eabrangentes sobre o fragmento emquestão e sua diversida<strong>de</strong> biológica. Osubprojeto Conservação <strong>do</strong> Bioma Florestacom Araucária mapeou e avalioudiferentes fragmentos <strong>de</strong> florestas comAraucária no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná na tentativa<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar as principais áreas<strong>de</strong> ocorrência <strong>do</strong> bioma e as espéciesocorrentes. No intuito <strong>de</strong> integrar oconjunto <strong>de</strong> produtores rurais na conservaçãoe na recuperação da FlorestaOmbrófila Mista, foi realiza<strong>do</strong> um diagnósticopara i<strong>de</strong>ntificação e sistematizaçãodas experiências <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong>manejo e utilização sustentável emambiente <strong>de</strong> Floresta com Araucária.As comunida<strong>de</strong>s locais foram constantementeenvolvidas na discussão <strong>de</strong>ssasquestões por meio da realização <strong>de</strong>oficinas <strong>de</strong> trabalho. Esse processo culminouna realização <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> seminárioestadual, com a presença <strong>do</strong>svários segmentos interessa<strong>do</strong>s naquestão para o estabelecimento daPolítica Estadual <strong>de</strong> Conservação daFloresta com Araucária. Além da divulgaçãoem revistas e periódicos ci-53
entíficos, resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> subprojeto foramincorpora<strong>do</strong>s ao PlanejamentoMacroestratégico <strong>do</strong> Projeto ParanáBiodiversida<strong>de</strong>, apresenta<strong>do</strong> ao BancoMundial pelas Secretarias <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong><strong>do</strong> Planejamento, <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Ambientee da Agricultura em 2001.Existem múltiplas ferramentas e meto<strong>do</strong>logiasdisponíveis para a gestãodas paisagens fragmentadas. As ferramentasbiológicas incluem a análise daviabilida<strong>de</strong> populacional e da distribuiçãopotencial <strong>de</strong> espécies, as informaçõesgeoreferenciadas e os estu<strong>do</strong>s<strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong> genética, entre outras.Em complementação a essas ferramentas,existe uma série <strong>de</strong> ferramentas socioeconômicas,além das políticas públicas,que têm um papel fundamentalnos processos <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> paisagens.O subprojeto Ilhas <strong>de</strong> Biodiversida<strong>de</strong>como Corre<strong>do</strong>res na Restauraçãoda Paisagem Fragmentada <strong>do</strong>Pontal <strong>do</strong> Paranapanema, SP, <strong>de</strong>dicousea implementar alternativas para restabeleceros fluxos biológicos na regiãoe, no processo, restaurar a conectivida<strong>de</strong>entre os ecossistemas. O subprojetoimplantou viveiros agroflorestaiscomunitários, cada um com o potencial<strong>de</strong> produção <strong>de</strong> 20.000 mudas porano. A implantação das ilhas <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>foi feita por meio <strong>do</strong> estabelecimento<strong>de</strong> 47 módulos agroflorestaisjunto aos assenta<strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s.Para garantir o contínuo envolvimento<strong>de</strong>sses assenta<strong>do</strong>s, o subprojeto coor<strong>de</strong>noumini-cursos em práticas agroflorestaise selecionou e treinou li<strong>de</strong>rançaspotenciais para serem multiplica<strong>do</strong>resda cultura e das práticas agroflorestais.Outro resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> subprojetofoi a elaboração <strong>de</strong> uma propostapara a criação <strong>de</strong> quatro novas Unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Conservação <strong>de</strong> uso indiretono Pontal <strong>do</strong> Paranapanema. Os resulta<strong>do</strong>s<strong>do</strong> subprojeto foram divulga<strong>do</strong>sem vários artigos e em eventoscientíficos. Em maio <strong>de</strong> 2001, esse trabalhofoi seleciona<strong>do</strong>, entre nove estu<strong>do</strong>s<strong>de</strong> caso no mun<strong>do</strong>, para apresentarseus resulta<strong>do</strong>s na Biodiversity andSociety Conference, promovida pelaUNESCO e pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Columbia, NY, USA.54
Foto: Edson CaetanoVOS SUBPROJETOSDE ESTUDOSESPECIAISBerthollia excelsa – castanheira55
Biodiversida<strong>de</strong> eComunida<strong>de</strong>sTradicionais no Brasil noContexto da Convençãosobre Diversida<strong>de</strong>BiológicaO Brasil, além <strong>de</strong> apresentar uma dasmaiores taxas <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> biológica<strong>do</strong> planeta, é um <strong>do</strong>s países <strong>de</strong> maiordiversida<strong>de</strong> cultural. Existem noPaís mais <strong>de</strong> 500 áreas indígenas, reconhecidaspelo Esta<strong>do</strong>, habitadas por216 comunida<strong>de</strong>s indígenas culturalmentediferenciadas, as quais <strong>de</strong>senvolveram,ao longo <strong>do</strong>s séculos <strong>de</strong> suaexistência, formas <strong>de</strong> adaptação a todaa varieda<strong>de</strong> <strong>do</strong>s ecossistemas presentesno território nacional. Tambémexiste um conjunto <strong>de</strong> outras comunida<strong>de</strong>snão-indígenas que se diferenciamcultural e ambientalmente da socieda<strong>de</strong>nacional, tais como as comunida<strong>de</strong>scaiçaras, os quilombos, os gruposextrativistas, as comunida<strong>de</strong>s ribeirinhase os pesca<strong>do</strong>res artesanais.Esses <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>mser classifica<strong>do</strong>s como “socieda<strong>de</strong>stradicionais”, <strong>de</strong>finidas aqui comogrupos humanos culturalmente diferencia<strong>do</strong>sque historicamente reproduzemseu mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vida, <strong>de</strong> forma maisou menos isolada, com base em mo<strong>do</strong>s<strong>de</strong> cooperação social e formas específicas<strong>de</strong> relações com a natureza,caracteriza<strong>do</strong>s tradicionalmente pelomanejo sustenta<strong>do</strong> <strong>do</strong> meio ambiente.Porém, um <strong>do</strong>s critérios mais importantespara a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> culturas ou<strong>de</strong> populações tradicionais, além <strong>do</strong>mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vida, é o reconhecer-se comopertencente àquele grupo social particular.Existe uma ligação íntima entre a biodiversida<strong>de</strong>e a sociodiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>às formas diferenciadas e sustentáveiscomo as socieda<strong>de</strong>s tradicionaismanejam seus respectivos ambientes.Portanto, o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s saberes tradicionais<strong>de</strong>ssas socieda<strong>de</strong>s é tarefa importanteno processo <strong>de</strong> conservaçãoda biodiversida<strong>de</strong> brasileira. O subprojeto<strong>de</strong> estu<strong>do</strong> especial Biodiversida<strong>de</strong>e Comunida<strong>de</strong>s Tradicionais noBrasil no Contexto da Convenção sobreDiversida<strong>de</strong> Biológica foi executa<strong>do</strong>pelo Núcleo <strong>de</strong> Pesquisa sobre PopulaçõesHumanas e Áreas Úmidas <strong>do</strong>Brasil (NUPAUB/USP/FUSP) e teve<strong>do</strong>is objetivos gerais: (1) fazer levantamentoe análise <strong>do</strong>s trabalhos (livros,teses, artigos, relatórios etc.) que tratam<strong>do</strong> conhecimento e <strong>do</strong> uso da biodiversida<strong>de</strong>(continental e marinha)por populações tradicionais indígenase não-indígenas no Brasil e (2) organizara <strong>do</strong>cumentação analisada <strong>de</strong> formaque fosse facilmente acessível aopúblico.Em um primeiro momento, a equipepercorreu, pela internet, diversos centros<strong>de</strong> pesquisa, universida<strong>de</strong>s, organizaçõesnão-governamentais e outrasinstituições, mapean<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ssa manei-56
Foto: Raquel Teixeira <strong>de</strong> Mouraque inclui 13 variáveis. Pormeio das consultas po<strong>de</strong>r-se-áconhecer as características internasmais importantes <strong>de</strong>cada trabalho.Micoreus <strong>de</strong>merarae - cuícara, aqueles que apresentassem informações<strong>de</strong> interesse ao tema <strong>do</strong> projeto.Foram pesquisa<strong>do</strong>s mais <strong>de</strong> 3.000títulos <strong>de</strong> trabalhos relaciona<strong>do</strong>s comconhecimento tradicional em váriosbancos <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s e em bibliotecas espalhadaspelas distintas regiões <strong>do</strong>Brasil, e <strong>de</strong>sses foram seleciona<strong>do</strong>s 868,classifica<strong>do</strong>s em alta e média relevância.Destes, 483 referem-se a populaçõesnão-indígenas e 385 a populaçõesindígenas. Os trabalhos seleciona<strong>do</strong>sforam classifica<strong>do</strong>s por tipo <strong>de</strong> populaçãoe constam <strong>do</strong> acervo da Universida<strong>de</strong><strong>de</strong> São Paulo – NUPAUB, abertoà consulta pública. To<strong>do</strong>s os trabalhosseleciona<strong>do</strong>s também encontramsehoje organiza<strong>do</strong>s em base <strong>de</strong> da<strong>do</strong>sOs temas ou assuntos mais freqüentesmenciona<strong>do</strong>s nos trabalhossão, em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente,referentes à botânica <strong>de</strong>espécies coletadas, tecnologia,botânica <strong>de</strong> espécies cultivadas,segui<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ictiologia,zoologia e farmacologia. O manejo<strong>do</strong>s ecossistemas por partedas populações tradicionaisé sem dúvida um <strong>do</strong>s temasmais recentes e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importânciapara políticas públicasparticipativas. No conjunto<strong>do</strong>s trabalhos, os biomas maisenfoca<strong>do</strong>s são o da Amazônia(56,7%), o da Zona Costeira (20,9%) e o<strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong> (18,9%). Finalmente, a contribuição<strong>do</strong>s trabalhos sobre o conhecimentotradicional po<strong>de</strong> ir, no entanto,além da questão da biodiversida<strong>de</strong>,oferecen<strong>do</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> estabelecimento<strong>de</strong> outros critérios, além daquelesdas ciências naturais, para a <strong>de</strong>finição<strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> conservação,como as referentes ao estabelecimento<strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação.Os principais resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sse subprojetoforam publica<strong>do</strong>s pelo <strong>Ministério</strong><strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente em 2001 no livroSaberes Tradicionais e Biodiversida<strong>de</strong>no Brasil, sob a organização <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>resAntonio Carlos Diegues eRinal<strong>do</strong> S. V. Arruda.57
Treinamento e Elaboração<strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> AnáliseEconômica para aValoração daBiodiversida<strong>de</strong>O subprojeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> especial Treinamentoe Elaboração <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>Análise Econômica para a Valoraçãoda Biodiversida<strong>de</strong> foi executa<strong>do</strong> pelaAssociação Nacional <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong>Pós-Graduação em Economia(ANPEC) em parceria com o InstitutoBrasileiro <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente e <strong>do</strong>sRecursos Naturais (IBAMA), a EmpresaBrasileira <strong>de</strong> Pesquisa Agropecuária(EMBRAPA) e a Secretaria <strong>do</strong> <strong>Meio</strong>Ambiente <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo.Teve como objetivo geral a institucionalizaçãoda prática da análise econômico-ambiental<strong>de</strong> investimentos nasinstituições ambientais brasileiras. Seuprincipal méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> ação consistia emcriar capacitação institucional para formulaçãoe implementação <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s<strong>de</strong> valoração econômica <strong>do</strong>s recursosambientais nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> planejamentoe gestão associadas à biodiversida<strong>de</strong>brasileira.A realização <strong>do</strong> subprojeto foi divididaem três fases. A primeira fase consistiuna elaboração <strong>do</strong> Manual paraValoração Econômica <strong>de</strong> Recursos Ambientais,um <strong>do</strong>cumento <strong>de</strong> referência<strong>de</strong> base teórica e meto<strong>do</strong>lógica das técnicas<strong>de</strong> valoração econômica <strong>do</strong>s recursosambientais. Sua elaboração justificou-se<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seoferecer um texto didático e amplosobre essa temática em língua portuguesa.Cada vez mais gestores ambientais,estudantes <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> e <strong>de</strong><strong>do</strong>utora<strong>do</strong> e profissionais da área ambientalencontram-se em situações nasquais a valoração econômica ambientalé requerida ou <strong>de</strong>sejada.A segunda fase <strong>do</strong> subprojeto consistiuna capacitação <strong>de</strong> técnicos <strong>de</strong> instituiçõesbrasileiras nas técnicas <strong>de</strong>valoração econômica <strong>do</strong>s recursosambientais para sua posterior aplicaçãoem estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> caso. As instituiçõesbeneficiárias <strong>do</strong> treinamento foram aEMBRAPA e o IBAMA, com 15 e 12técnicos treina<strong>do</strong>s pelo subprojeto, respectivamente.Espera-se que os resulta<strong>do</strong>s<strong>do</strong>s treinamentos gerem efeitosmultiplica<strong>do</strong>res, sejam eles <strong>de</strong>ntro dasinstituições beneficiárias, sejam fora<strong>de</strong>las.A terceira fase <strong>do</strong> subprojeto consistiuna elaboração <strong>de</strong> <strong>do</strong>is estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> casonos quais o treinamento na meto<strong>do</strong>logiafoi posto em prática. O primeiroestu<strong>do</strong> <strong>do</strong> caso - Valor <strong>do</strong> Uso Recreativo<strong>do</strong> Parque Nacional <strong>do</strong> Iguaçu, PR- foi realiza<strong>do</strong> pelo componenteIBAMA <strong>do</strong> subprojeto com a assistência<strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Pesquisa EconômicaAplicada (IPEA). O Parque Nacional<strong>do</strong> Iguaçu é uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação<strong>de</strong> 185.000 hectares situadana cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Foz <strong>do</strong> Iguaçu, no extre-58
mo oeste <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, divisaterritorial entre Brasil e Argentina.Cerca <strong>de</strong> 800 mil visitantes anuais geramao Parque uma receita consi<strong>de</strong>rável.O objetivo <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> foi estimar ovalor <strong>do</strong> uso recreativo <strong>do</strong> Parque, utilizan<strong>do</strong>os indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> custo <strong>de</strong> viagem,em que uma análise é feita <strong>do</strong>sgastos <strong>de</strong> viagem incorri<strong>do</strong>s pelos visitantes<strong>do</strong> Parque e da avaliação contingente,que se baseia em um conjunto<strong>de</strong> procedimentos que visa a licitaras preferências das pessoas em ummerca<strong>do</strong> hipotético para o bem ambiental.Para ambos os indica<strong>do</strong>res, asinformações utilizadas foram levantadascom pesquisa <strong>de</strong> campo na qualum questionário foi aplica<strong>do</strong> em umaamostra <strong>de</strong> 3.186 entrevista<strong>do</strong>s. Pormeio <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo Destinos Múltiplos,o valor <strong>de</strong> uso recreativo anual foi estima<strong>do</strong>em US$21,5 milhões.Foto: Raquel Teixeira <strong>de</strong> MouraO segun<strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> caso - ValoraçãoAmbiental <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Manejo <strong>de</strong>Solo: O Caso <strong>do</strong> PlantioDireto na Região <strong>do</strong> PlanaltoMédio, RS - foi realiza<strong>do</strong>pelo componenteEMBRAPA <strong>do</strong> subprojeto,também com a assistência<strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> PesquisaEconômica Aplicada(IPEA). O sistema <strong>de</strong> plantiodireto é reconheci<strong>do</strong>como uma forma <strong>de</strong> manejoconservacionista <strong>de</strong> soloque mitiga as perdas porerosão provocadas pelasativida<strong>de</strong>s agrícolas. Esseestu<strong>do</strong> avaliou economicamenteo uso <strong>de</strong>sse sistema ao longo <strong>de</strong><strong>do</strong>ze anos na região <strong>do</strong> Planalto Médio<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul. Ovalor adicional da produção agropecuáriaganho em <strong>de</strong>corrência da mudança<strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong> plantioconvencional para o sistema <strong>de</strong>plantio direto foi calcula<strong>do</strong> utilizan<strong>do</strong>o Méto<strong>do</strong> da Produtivida<strong>de</strong> Marginal.Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s para <strong>do</strong>ze anos<strong>de</strong> análise (1986-1997) indicaram umvalor da produção adicional que variouentre US$118 milhões e US$214milhões. Os valores totais <strong>do</strong>s benefícios<strong>do</strong> plantio direto seriam aindamaiores se incorporassem os custosevita<strong>do</strong>s <strong>de</strong> seqüestro <strong>de</strong> carbono provoca<strong>do</strong>pela redução no consumo <strong>de</strong>combustíveis e lubrificantes, o aumento<strong>do</strong> turismo ecológico na região, aredução <strong>do</strong>s gastos com saú<strong>de</strong> em conseqüênciada redução da poluição poragroquímicos e a valorização das proprieda<strong>de</strong>sprodutivas da região.Pesquisa<strong>do</strong>r em coleta <strong>de</strong> campo <strong>de</strong> anfíbios59
Projeto Piloto para aImplementação daIniciativa Internacionalpara a Conservação eUso Sustentável <strong>do</strong>sPoliniza<strong>do</strong>resFoto: Luiz DaréEEm outubro <strong>de</strong> 1998, o Governo Brasileiroorganizou, em São Paulo, oworkshop: “Conservação e Uso Sustentável<strong>de</strong> Poliniza<strong>do</strong>res na Agricultura,com Ênfase nas Abelhas”, como parte<strong>de</strong> sua contribuição para a Convençãosobre Diversida<strong>de</strong> Biológica. Oworkshop, que contou com a participação<strong>de</strong> 61 pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> 15 países,elaborou uma <strong>de</strong>claração sobrepoliniza<strong>do</strong>res que continha valiosasinformações sobre as funções dapolinização na agricultura e a importânciadas abelhas nesse processo.Um terço <strong>do</strong>s produtos agrícolas requerempolinização para gerar sementese frutos, sen<strong>do</strong> que a maioria <strong>de</strong>lesé polinizada pelas milhares <strong>de</strong> espécies<strong>de</strong> abelhas. A espécie poliniza<strong>do</strong>ramais comum é a abelha produtora <strong>de</strong>mel (Apis mellifera), mas a emergência<strong>de</strong> <strong>do</strong>enças sérias entre essa espéciecria perigos para a agricultura. Portanto,poliniza<strong>do</strong>res nativos precisam <strong>de</strong>ser protegi<strong>do</strong>s e as práticas agrícolasprecisam <strong>de</strong> incorporar formas <strong>de</strong>manejo sustentável <strong>de</strong>ssas espécies.Abelha visitan<strong>do</strong> Tabebuia spUma das recomendações <strong>do</strong> workshopfoi que um projeto piloto <strong>de</strong>ve ser implementa<strong>do</strong>no Brasil para tratar daquestão <strong>do</strong>s poliniza<strong>do</strong>res. O subprojetoProjeto Piloto para a Implementaçãoda Iniciativa Internacional para aConservação e Uso Sustentável <strong>do</strong>sPoliniza<strong>do</strong>res é um resulta<strong>do</strong> direto<strong>de</strong>ssa recomendação. A instituição executora<strong>do</strong> subprojeto - o Instituto <strong>de</strong>Estu<strong>do</strong>s Sócio-Ambientais <strong>do</strong> Sul daBahia (IESB) - tem como meta principala elaboração <strong>de</strong> uma proposta <strong>de</strong>projeto piloto a ser apresenta<strong>do</strong> a FAOpara sua revisão e possível aprovaçãoe financiamento.O subprojeto também ficou responsávelpela organização da primeira parte<strong>do</strong> Simpósio Internacional “IniciativaInternacional para a Conservaçãoe Uso Sustentável <strong>do</strong>s Poliniza<strong>do</strong>res”,realiza<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> Congresso Internacional<strong>de</strong> Entomologia, em agosto<strong>de</strong> 2000, em Foz <strong>do</strong> Iguaçu.Foto: Russel Mittermeier/CI-Brasil60
VIINFORMAÇÃOSOBRE ABIODIVERSIDADEMata Atlântica, PR61
O Projeto da Re<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Informaçãoem Biodiversida<strong>de</strong> (BINbr) teveseu início em 1997 sob a execução daFundação André Tosello. Seu objetivoprincipal é <strong>do</strong>tar o governo e a socieda<strong>de</strong><strong>de</strong> informações necessárias paraestabelecimento <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s e execução<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que conduzam àconservação e à utilização sustentávelda diversida<strong>de</strong> biológica. A base parao trabalho da BINbr é a Convençãosobre Diversida<strong>de</strong> Biológica, que reúneem um único <strong>do</strong>cumento to<strong>do</strong>s oscomponentes necessários à sua implementação.Tem na Internet o seu instrumento<strong>de</strong> comunicação e disseminaçãoda informação.O seu primeiro público-alvo (usuárioe prove<strong>do</strong>r da informação) foi a comunida<strong>de</strong>científica. O núcleo central <strong>do</strong>projeto é, sem dúvida, o site eletrônico- www.binbr.org.br - on<strong>de</strong> está agrupadauma gran<strong>de</strong> riqueza <strong>de</strong> informaçõessobre a biodiversida<strong>de</strong>. O site consoli<strong>do</strong>u132 bancos <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s com 9.300registros. Outro aspecto <strong>do</strong> site são ascoleções científicas on-line que oferecemuma lista <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 7.800 espécies<strong>de</strong> diferentes grupos taxonômicos<strong>de</strong> flora e fauna, junto com informaçõessobre on<strong>de</strong> estão <strong>de</strong>positadas. Osite também armazena e disponibilizaos da<strong>do</strong>s resultantes <strong>de</strong> quatroworkshops apoia<strong>do</strong>s pelo <strong>PROBIO</strong>: Cerra<strong>do</strong>e Pantanal; Zona Costeira e ZonaMarinha; Mata Atlântica; e FlorestaAmazônica. Os nós informacionais,que oferecem ao pesquisa<strong>do</strong>r da<strong>do</strong>ssobre temas especializa<strong>do</strong>s referentesà biodiversida<strong>de</strong>, são outra dimensãoinova<strong>do</strong>ra. Uma nova linguagem <strong>de</strong>programação foi <strong>de</strong>senvolvida especialmentepara o site, um software foi escritopara seu melhor funcionamentoe houve a introdução <strong>de</strong> novas ferramentaspara facilitar a navegação eletrônica.Outra ativida<strong>de</strong> importante <strong>do</strong> projetofoi o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um projetopiloto sobre educação ambiental ecidadania, envolven<strong>do</strong> a sensibilizaçãoe o treinamento <strong>de</strong> 20 professores <strong>de</strong>diferentes séries e disciplinas <strong>de</strong> escolas<strong>de</strong> ensino médio e fundamental <strong>de</strong>Campinas, para pesquisar material aser disponibiliza<strong>do</strong> na internet para ouso em sala <strong>de</strong> aula. Nesse âmbito, foramelabora<strong>do</strong>s ví<strong>de</strong>os e um <strong>do</strong>cumentoreferencial sobre o processo <strong>de</strong>capacitação <strong>de</strong> professores alia<strong>do</strong> à criação<strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> educação ambiental.Também foi realiza<strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>um conflito sócio-ambiental, no qualseis instrumentos <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> recursosmeto<strong>do</strong>lógicos da educaçãomoral foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s.62
Foto: Gustavo <strong>de</strong> Mattos AcaccioVIOSPRÓXIMOSPASSOSCyanerpes sp - saíra beija flor63
OOs próximos anos no <strong>PROBIO</strong> prometemser tão ou mais ativos que os primeiroscinco que foram relata<strong>do</strong>s. Em2001, o <strong>PROBIO</strong> lançou quatro editais- <strong>do</strong>is <strong>de</strong>les em parceria com o Fun<strong>do</strong>Nacional <strong>de</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente - para seleção<strong>de</strong> novos subprojetos a seremapoia<strong>do</strong>s no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong> a 2003.Edital <strong>PROBIO</strong> 01/2001 – “Apoio àCriação <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação<strong>de</strong> Proteção Integral” - atualmenteconta com um subprojeto aprova<strong>do</strong>.1 - “Proposta <strong>de</strong> criação <strong>do</strong> Parque Nacional<strong>do</strong> Catimbau”. Socieda<strong>de</strong>Nor<strong>de</strong>stina <strong>de</strong> Ecologia. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra:Maria das Dores <strong>de</strong> VasconcelosCavalcanti Melo.Edital <strong>PROBIO</strong> 02/2001 – “Apoio à Realização<strong>de</strong> Inventários nas ÁreasConsi<strong>de</strong>radas Prioritárias para InvestigaçãoCientífica”1 - “Inventário biológico nos vales <strong>do</strong>srios Jequitinhonha e Mucuri nos esta<strong>do</strong>s<strong>de</strong> Minas Gerais e Bahia”.Conservation Internacional <strong>do</strong> Brasil.Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r: Luiz Paulo Pinto.2 - “Avaliação da diversida<strong>de</strong> na lagoa<strong>do</strong> Cerra, na lagoa <strong>do</strong> Casamento eem seus ecossistemas associa<strong>do</strong>s,Zona Costeira, Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul”.Fundação Zoobotânica <strong>do</strong> RioGran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul – FZRGS. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra:Maria Inês Burger.3 - “Diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vertebra<strong>do</strong>s <strong>do</strong>Pantepui – AM”. Fundação UniversitáriaJosé Bonifácio – FUJB. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Jean Philippe Boubli.4 - “Inventário biológico das áreasSucuriju e região <strong>do</strong>s lagos,Amapá”. Instituto <strong>de</strong> PesquisasCientíficas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Amapá –IEPA. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r: Orlan<strong>do</strong>Tobias Silveira.5 - “Biota marinha da costa oeste <strong>do</strong>Ceará”. Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong>Ceará. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra: HelenaMatthews Cascon.6 - “Programa <strong>de</strong> avaliação rápida <strong>do</strong>Território Yanomami (RR)”. FundaçãoJosé Bonifácio – FUJB. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Luiz Flamarion Barbosa <strong>de</strong>Oliveira.7 - “Análise das variações da biodiversida<strong>de</strong>da Caatinga como o apoio<strong>de</strong> sensoriamento remoto e sistema<strong>de</strong> informações geográficas parasuporte <strong>de</strong> estratégias regionais <strong>de</strong>conservação”. Associação Caatinga.Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra: Francisca Soares<strong>de</strong> Araújo.8 - “Paisagens e Biodiversida<strong>de</strong>: Umaperspectiva integrada para inventárioe conservação da Serra <strong>do</strong> Cachimbo”.Fundação <strong>de</strong> Amparo eDesenvolvimento da Pesquisa –FADESP. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra: AndréaNunes.9 - “Biodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s campos <strong>do</strong>planalto das araucárias”. Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul.Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra: Ilsi Iob Boldrini.10 - “Composição, riqueza e diversida<strong>de</strong><strong>de</strong> espécies <strong>do</strong> centro <strong>de</strong>en<strong>de</strong>mismo <strong>de</strong> Pernambuco”. Fun-64
dação <strong>de</strong> Apoio ao Desenvolvimentoda Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>Pernambuco – FADE. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra:Kátia Porto.11 - “Inventário zoobotânico <strong>do</strong> rio dasMortes-MT”. Fundação Universida<strong>de</strong><strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Mato Grosso –UNEMAT. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra: HelenaSoares Ramos Cabette.12 - “Biota das florestas <strong>do</strong> planalto <strong>de</strong>Conquista, su<strong>do</strong>este da Bahia”. InstitutoDría<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Pesquisa e Conservaçãoda Biodiversida<strong>de</strong>. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra:Sofia Campiolo.13 - “Chapada Diamantina: biodiversida<strong>de</strong>”.Associação Plantas <strong>do</strong>Nor<strong>de</strong>ste – APNE. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra:Flora Acunã Juncá.14 - “Inventário da biota aquática comvistas à conservação e utilização sustentável<strong>do</strong> bioma cerra<strong>do</strong> (serra evale <strong>do</strong> rio Paranã)”. Fundação <strong>de</strong>Empreendimentos Científicos eTecnológicos – FINATEC. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra:Maria Júlia Martins Silva.15 - “Inventário da diversida<strong>de</strong> biológica<strong>do</strong> complexo Jauru”. FundaçãoUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> MatoGrosso <strong>do</strong> Sul – UFMS. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra:Teresa Cristina StoccoPagotto.16 - “Inventário da biodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong>vale e serra <strong>do</strong> Paranã e <strong>do</strong> sul <strong>de</strong>Tocantins”. Fundação <strong>de</strong> EmpreendimentosCientíficos e Tecnológicos– FINATEC. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r: AldicirScariot.17 - “Avaliação ecológica e seleção <strong>de</strong>áreas prioritárias à conservação <strong>de</strong>savanas amazônicas, arquipélago<strong>do</strong> Marajó, Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará”. MuseuParaense Emílio Goeldi. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Samuel Soares <strong>de</strong> Almeida.18 - “Inventário faunístico na área <strong>do</strong>médio Ma<strong>de</strong>ira”. Instituto Nacional<strong>de</strong> Pesquisas da Amazônia –INPA. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra: Lúcia RappPy-Daniel.19 - “Inventários da biodiversida<strong>de</strong> naserra <strong>do</strong> Amolar”. Fundação <strong>de</strong>Apoio à Vida nos Trópicos –ECOTRÓPICA. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra:Christine Strussmann.20 - “Diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vertebra<strong>do</strong>s noalto rio <strong>do</strong>s marmelos (BX 044)”.Fundação <strong>de</strong> Amparo e Desenvolvimentoda Pesquisa – FADESP.Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r: Stephen FrancisFerrari.21 - “RAP Ilha Gran<strong>de</strong>: um levantamentoda biodiversida<strong>de</strong>”. Universida<strong>de</strong>Estadual <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro.Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r: Joel ChristopherCreed.Edital FNMA/<strong>PROBIO</strong> 03/2001 –“Utilização Sustentável <strong>de</strong> Recursosda Biodiversida<strong>de</strong> nas Áreas <strong>de</strong> Entorno<strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação <strong>de</strong>Proteção Integral Localizadas em EcossistemasAbertos” - com 13 subprojetosaprova<strong>do</strong>s.1 - “Conservação da Biodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong>Recife das Timbebas PARNAMAbrolhos”. Conservation Internatio-6565
nal <strong>do</strong> Brasil. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r: GuilhermeFraga Dutra.2 - “Eco<strong>de</strong>senvolvimento no Entorno<strong>do</strong> PARNA Serra da Bo<strong>do</strong>quena –MS”. Fundação Neotrópica <strong>do</strong> Brasil.Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r: Marcia Brambilla.3 - “Parque Nacional <strong>do</strong> Pantanal e Entorno:Parceira para a Sustentabilida<strong>de</strong>”.Ecotrópica. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra:Gisleine Eberhard.4 - “Conservação das Paisagens Remanescentese Desenvolvimento Sustentávelna Área <strong>de</strong> Entorno <strong>do</strong> PEVila Velha nos Campos Gerais <strong>do</strong>Paraná”. Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong>Ponta Grossa. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r: PedroHenrique Weirich Neto.5 - “Utilização Sustentável <strong>de</strong> Recursosda Biodiversida<strong>de</strong> nas Áreas <strong>do</strong>Entorno <strong>do</strong> Parque Estadual <strong>do</strong> RioPreto (MG)”. Fundação Diamantinense<strong>de</strong> Apoio ao Ensino, Pesquisae Extensão – FUNDAEP. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Sebastião Lourenço <strong>de</strong>Assis Júnior.6 - “Desenvolvimento Sustentávelpara as Comunida<strong>de</strong>s da Área <strong>do</strong>Entorno da ESEC <strong>do</strong> Taim”. Núcleo<strong>de</strong> Educação e Monitoramento Ambiental– NEMA. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Renato V. Carvalho7 - “Elaboração <strong>do</strong> PDS <strong>do</strong> Entorno <strong>do</strong>PARNA Gran<strong>de</strong> Sertão Veredas,Minas Gerais”. Fundação Pró-Natureza– FUNATURA. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:César Victor <strong>do</strong> Espírito Santo.8 - “Uso Racional <strong>do</strong> Entorno <strong>do</strong>PARNA Cabo Orange”. InstitutoBrasileiro <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente e <strong>do</strong>sRecursos Naturais Renováveis –IBAMA, Gerência Executiva no esta<strong>do</strong><strong>do</strong> Amapá. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra:Ana Lúcia Blanc <strong>do</strong>s Santos.9 - “Desenvolvimento Sustentável <strong>do</strong>Entorno da Reserva Biológica <strong>do</strong>Ibirapuitã – RS”. Instituto para oDesenvolvimento <strong>de</strong> Energias Alternativase Auto-Sustentabilida<strong>de</strong>– IDEAAS. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r: MarcoAntonio Falcão Villela.10 - “Plano <strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentávelpara o Entorno <strong>do</strong> PE SerraSanta Bárbara”. Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> InvestigaçõesFlorestais – SIF. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Gumercin<strong>do</strong> Souza Lima.11 - “Plano <strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentávelpara o Entorno <strong>do</strong> PE Serra<strong>de</strong> Ricar<strong>do</strong> Franco”. Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>Investigações Florestais – SIF. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Gui<strong>do</strong> Assunção Ribeiro.12 - “Diretrizes para Uso Sustentável<strong>do</strong> Entorno <strong>do</strong> PARNA <strong>de</strong> Chapada<strong>do</strong>s Guimarães”. Instituto <strong>de</strong> PesquisaMatogrossense – IPEM. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Fernan<strong>do</strong> Ximenes <strong>de</strong>Tavares Salomão.13 - “Jalapão: o Uso <strong>do</strong>s Recursos Naturais”.Conservation International<strong>do</strong> Brasil. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra: SuelmaRibeiro Silva.Edital FNMA/<strong>PROBIO</strong> 04/2001 –“Manejo <strong>de</strong> Espécies Ameaçadas <strong>de</strong>Extinção e <strong>de</strong> Espécies Invasoras, visan<strong>do</strong>à Conservação da Diversida<strong>de</strong>Biológica Brasileira” - com 14 subprojetosaprova<strong>do</strong>s:66
1 - “Manejo <strong>de</strong> Áreas Invadidas porAlgarobeiras”. Centro <strong>de</strong> PesquisaAgropecuária <strong>do</strong> Semi-Ári<strong>do</strong> -EMBRAPA SEMI-ÁRIDO. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Paulo César Fernan<strong>de</strong>sLima.2 - “Sassafrás: Bioecologia e Uso Sustentável”.Pontífica Universida<strong>de</strong>Católica <strong>do</strong> Paraná – PUCPR. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Sylvio Péllico Netto.3 - “Avaliação das Populações <strong>do</strong> Macaco-Prego-<strong>do</strong>-Peito-Amarelo”.Instituto <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s Sócio-Ambientais<strong>do</strong> Sul da Bahia – IESB. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra:Maria Cecília MartinsKierulff.4 - “Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Agentes para Controle<strong>de</strong> Tecoma stans”. Universida<strong>de</strong> Regional<strong>de</strong> Blumenau – FURB. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Marcelo Diniz Vitorino.5 - “Monitoramento e Desenvolvimento<strong>de</strong> Tecnologias para o Manejo <strong>de</strong>Espécies Exóticas em Águas Doces”.Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> SãoCarlos – UFSCar. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra:O<strong>de</strong>te Rocha.6 - “Manejo <strong>de</strong> Gomphrena elegans emBonito”. Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong>Mato Grosso <strong>do</strong> Sul – UFMS. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Maria Rosângela Sigrist.7 - “Plano <strong>de</strong> Manejo <strong>de</strong> Tupinambismerianae”. Fundação <strong>de</strong> EmpreendimentosCientíficos eTecnológicos – FINATEC. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Ayrton Klier Pires Júnior.8 - “Salvar Seláquios <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong> Brasil”.Fundação Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> – FURG. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Carolus Maria Vooren.9 - “Elaboração <strong>de</strong> Plano <strong>de</strong> Manejopara a Uruçu Amarela”. Fundação<strong>de</strong> Desenvolvimento da Pesquisa –FUNDEP. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r: Lúcio Antonio<strong>de</strong> Oliveira.10 - “Ecologia e Distribuição <strong>de</strong>Mazama bororo”. Fundação <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>se Pesquisas em Agronomia,Medicina Veterinária e Zootecnica– FUNEP. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r: José MaurícioBarbanti Duarte.11 - “Viabilida<strong>de</strong> Populacional <strong>do</strong>Muriqui”. Instituto <strong>de</strong> Pesquisa daMata Atlântica – IPEMA. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Sérgio Lucena Men<strong>de</strong>s.12 - “Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Ecologia e Genéticapara a Conservação <strong>do</strong> MacacoSaguinus”. Fundação Universida<strong>de</strong><strong>do</strong> Amazonas – FUA. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Marcelo Gor<strong>do</strong>.13 - “Búfalos Selvagens da REBIO <strong>do</strong>Vale <strong>do</strong> Guaporé”. Instituto Brasileiro<strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente e <strong>do</strong>s RecursosNaturais Renováveis –IBAMA, Gerência Executiva no esta<strong>do</strong><strong>de</strong> Rondônia. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r:Ricar<strong>do</strong> Gomes <strong>de</strong> Araújo Pereira.14 - “Biologia, Parâmetros Populacionaise Análise <strong>do</strong> Comércio <strong>de</strong> CavalosMarinhos”. Fundação <strong>de</strong>Apoio a Pesquisa e Extensão –FUNAPE. Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra: IerecêMaria <strong>de</strong> Lucena Rosa.67
VIO <strong>PROBIO</strong> EM NÚMEROSFoto: Naikoa Aguilar-AmuchasteguiPesquisa<strong>do</strong>res em coleta <strong>de</strong> campo <strong>de</strong> mamíferos68
Quanto aos recursos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s aos subprojetos, os valores apoia<strong>do</strong>s pelo <strong>PROBIO</strong>e os ofereci<strong>do</strong>s como contrapartida <strong>de</strong>monstram a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alavancar recursosque o Projeto vem alcançan<strong>do</strong> (ver quadro).SubprojetoValor <strong>do</strong>Convênio(R$)ValorContrapartida(R$)Valor Total(R$)Componente A1Avaliação <strong>de</strong> áreas e ações prioritárias paraconservação da biodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong> e PantanalAvaliação <strong>de</strong> áreas e ações prioritárias paraconservação da biodiversida<strong>de</strong> da Mata Atlântica eCampos SulinosAvaliação <strong>de</strong> áreas e ações prioritárias paraconservação da biodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong> bioma FlorestaAmazônicaAvaliação e Ações Prioritárias para Conservação daBiodiversida<strong>de</strong> da Zona Costeira e MarinhaAvaliação e Ações Prioritárias para Conservação daBiodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Bioma Caatinga260.000,0087.000,00347.000,00303.750,00- 303.750,00354.000,00- 354.000,00401.812,72182.880,00584.692,72345.000,00152.411,00497.411,00Componente A2Treinamento e elaboração <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> análiseeconômica para valoração da biodiversida<strong>de</strong>Biodiversida<strong>de</strong> e comunida<strong>de</strong>s tradicionais no Brasilno contexto da convenção sobre diversida<strong>de</strong> biológicaMudanças climáticas globais e seus impactos sobreos ecossistemas brasileiros107.380,00- 107.380,0072.883,00- 72.883,0094.840,0023.710,00118.550,00Componente A3Re<strong>de</strong><strong>de</strong> informação em biodiversida<strong>de</strong>1.494.200,00 565.000,002.059.200,0 0Componente B1Conservação<strong>de</strong> recursos fitogenéticos599.900,002.300.000,00 2.899.900,0 0Conservação e recuperação da biodiversida<strong>de</strong> emmatas <strong>de</strong> galeria <strong>do</strong> bioma cerra<strong>do</strong>Gerenciamento <strong>de</strong> área especial para a região <strong>de</strong>Guaraqueçaba - Paraná.Conservação e recuperação da mata atlântica <strong>de</strong>tabuleiros, com base na avaliação funcional dabiodiversida<strong>de</strong>, em Linhares, ESRecuperação e manejo <strong>do</strong>s ecossistemas naturais<strong>de</strong> brejos <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco e Paraíba838.056,341.234.000,00 2.072.056,3 4770.593,501.556.000,00 2.326.593,5 0722.200,002.737.000,00 3.459.200,0 0731.400,001.716.000,00 2.447.400,0 0Componente B2 - Tema: Fragmentação<strong>de</strong> HabitasConservação, manejo e restauração <strong>de</strong> fragmentos <strong>de</strong>mata atlântica no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro: mamíferoscomo táxon focal para a formulação <strong>de</strong> estratégias.Efeito <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> fragmentação florestal nasustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns ecossistemas periféricosaos eixos ro<strong>do</strong>viários no su<strong>do</strong>este acreano596.204,641.572.295,50 2.168.500,1 4444.618,72177.700,00622.318,7269
A fragmentação e a qualida<strong>de</strong> da dieta <strong>do</strong> primatafolívoro endêmico da floresta atlânticaEfeito da fragmentação <strong>de</strong> áreas úmidas naspopulações <strong>de</strong> aves limícolas migratóriasintercontinentais: uma análise sobre os corre<strong>do</strong>resmigratórios no norte <strong>do</strong> BrasilEfeitos da fragmentação <strong>de</strong> habitat sobre populações<strong>de</strong> mamíferos no médio e baixo Tapajós, Pará.Estratégia para conservação e manejo <strong>de</strong>biodiversida<strong>de</strong>: fragmentos <strong>de</strong> florestas semi<strong>de</strong>cíduasFragmentação natural e artificial <strong>de</strong> rios:comparação entre os lagos <strong>do</strong> médio rio Doce (MG)e as represas <strong>do</strong> médio Tietê (SP)Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> conservação e recuperação <strong>de</strong>fragmentos florestais da APA <strong>de</strong> CamanducaiaEfeitos temporais e espaciais da fragmentação <strong>de</strong>habitats em populações <strong>de</strong> insetos e pássaros:subsídios para o manejo e conservação <strong>de</strong> florestas.Estrutura e dinâmica da biota <strong>de</strong> isola<strong>do</strong>s naturais eantrópicos <strong>do</strong> cerra<strong>do</strong>453.757,56526.064,00979.821,56300.483,22455.820,30756.303,52401.723,99244.225,47645.949,46597.673,45950.090,001.547.763,4 5449.402,60- 449.402,60555.123,35360.000,00915.123,35360.086,78242.600,00602.686,78599.045,12291.000,00890.045,12Conservação<strong>do</strong> bioma floresta com araucária561.884,12124.000,00685.884,12Remanescentes<strong>de</strong> florestas na região <strong>de</strong> Una440.806,08400.000,00840.806,08A fragmentação sutil, um estu<strong>do</strong> na mata atlântica 597.830,301.790.030,47 2.387.860,7 7Abordagens ecológicas e instrumentos econômicospara o estabelecimento <strong>do</strong> corre<strong>do</strong>r <strong>do</strong> <strong>de</strong>scobrimento:uma estratégia para reverter a fragmentação florestalna mata atlântica <strong>do</strong> sul da Bahia.Ilhas <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong> como corre<strong>do</strong>res narestauração da paisagem fragmentada <strong>do</strong> pontal <strong>do</strong>Paranapanema, São Paulo457.868,96680.254,001.138.122,9 6449.014,00125.400,00574.414,00Componente B2 - Tema: Criação<strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ConservaçãoProposta <strong>de</strong> criação <strong>do</strong> Parque Nacional <strong>do</strong>Catimbau / PE134.920,0041.234,00176.154,00Componente B2 - Tema: Desenvolvimentosustentável no entorno <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ConservaçãoConservação da biodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong> recife dasTimbebas PARNAM Abrolhos78.863,0031.120,00109.983,00Jalapão:o uso <strong>do</strong>s recursos naturais80.000,0065.000,00145.000,00Parque Nacional <strong>do</strong> Pantanalpara a sustentabilida<strong>de</strong>e entorno: parceiraEco<strong>de</strong>senvolvimento no entorno <strong>do</strong> PARNA Serra daBo<strong>do</strong>quena - MSElaboração <strong>do</strong> PDS <strong>do</strong> entorno <strong>do</strong> PARNA Gran<strong>de</strong>Sertão Veredas/MGUtilização sustentável <strong>de</strong> recursos da biodiversida<strong>de</strong>nas áreas <strong>do</strong> entorno <strong>do</strong> Parque Estadual <strong>do</strong> RioPreto (MG)74.400,0025.320,0099.720,0080.000,0026.000,00106.000,0080.000,0025.600,00105.600,0074.235,00107.400,00181.635,00Usoracional <strong>do</strong> entorno <strong>do</strong> PARNA Cabo Orange79.139,0055.646,00134.785,0070
Diretrizes para uso sustentável <strong>do</strong> entorno <strong>do</strong>PARNA <strong>de</strong> Chapada <strong>do</strong>s GuimarãesDesenvolvimento sustentável <strong>do</strong> entorno da ReservaBiológica <strong>do</strong> Ibirapuitã - RSDesenvolvimento sustentável para as comunida<strong>de</strong>sda área <strong>do</strong> entorno da ESEC <strong>do</strong> TaimPlano <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável para oentorno <strong>do</strong> PE Serra Santa BárbaraPlano <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável para oentorno <strong>do</strong> PE Serra <strong>de</strong> Ricar<strong>do</strong> FrancoConservação das paisagens remanescentes e<strong>de</strong>senvolvimento sustentável na área <strong>de</strong> entorno <strong>do</strong>PE Vila Velha nos campos gerais <strong>do</strong> Paraná78.940,0027.332,00106.272,0080.000,0026.790,00106.790,0051.971,0017.377,0069.348,0079.480,0020.450,0099.930,0074.080,0020.050,0094.130,0079.600,0099.600,00179.200,00Componente B2 - Tema: Manejo<strong>de</strong> espécies ameaçadas <strong>de</strong> extinção e invasorasBúfalosselvagens da REBIO <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Guaporé 224.669,0075.331,00300.000,00Manejo<strong>de</strong> áreas invadidas por algarobeiras210.293,00341.304,00551.597,00Biologia, parâmetros populacionais e análise <strong>do</strong>comércio <strong>de</strong> cavalos marinhosMonitoramento e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologiaspara o manejo <strong>de</strong> espécies exóticas em águas <strong>do</strong>ces282.633,00358.794,00641.427,00299.974,00316.800,00616.774,00Elaboração <strong>de</strong> plano <strong>de</strong> manejo para a uruçu amarela 297.361,00366.243,00663.604,00PlanoEcologia<strong>de</strong> Manejo <strong>de</strong> Tupinambismerianae299.627,74123.601,00423.228,74e Distribuição <strong>de</strong> Mazamabororo246.668,94406.800,00653.468,94Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ecologia e genética para a conservação<strong>do</strong> macaco Saguinus298.352,00264.000,00562.352,00Salvarseláquios <strong>do</strong> sul <strong>do</strong> Brasil264.636,00126.160,00390.796,00Avaliaçãoamarelodas populações <strong>do</strong> macaco prego <strong>do</strong> peito294.540,00131.877,00426.417,00Viabilida<strong>de</strong>populacional <strong>do</strong> muriqui232.063,0070.824,00302.887,00Sassafrás:bioecologia e uso sustentável299.719,00326.512,00626.231,00ManejoEstu<strong>do</strong><strong>de</strong>Gomphrenaelegansem Bonito/MS299.042,00103.460,00402.502,00<strong>de</strong> agentes para controle <strong>de</strong> Tecomastans299.492,00504.812,00804.304,00Componente B2 - Tema: Subprojetosinduzi<strong>do</strong>sRevisão da lista oficial das espécies da faunabrasileira ameaçadas <strong>de</strong> extinçãoProjeto piloto para implementação da iniciativainternacional para conservação e uso sustentável<strong>do</strong>s poliniza<strong>do</strong>res140.500,00140.500,0085.662,523.764,2789.426,79Projetopiloto <strong>de</strong> monitoramento <strong>de</strong> recifes <strong>de</strong> coral 99.907,00250.000,00349.907,00Componente B2 - Tema: Inventários<strong>de</strong> áreas prioritáriasInventário biológico nos vales <strong>do</strong>s rios Jequitinhonhae Mucuri nos esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Minas Gerais e Bahia328.656,00718.622,001.047.278,0 071
Avaliação da diversida<strong>de</strong> na lagoa <strong>do</strong> Cerra, nalagoa <strong>do</strong> Casamento e em seus ecossistemasassocia<strong>do</strong>s, Zona Costeira, Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul179.990,00154.100,00334.090,00Diversida<strong>de</strong><strong>de</strong> vertebra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Pantepui - AM237.012,001.081.666,00 1.318.678,0 0Inventário biológico das áreas Sucuriju e região <strong>do</strong>slagos, Amapá149.840,0050.000,00199.840,00Biotamarinha da costa oeste <strong>do</strong> Ceará84.014,00115.500,00199.514,00Programa <strong>de</strong> Avaliação Rápida <strong>do</strong> TerritórioYanomami (RR)Análise das variações da biodiversida<strong>de</strong> da caatingacomo o apoio <strong>de</strong> sensoriamento remoto e sistema<strong>de</strong> informações geográficas para suporte <strong>de</strong>estratégias regionais <strong>de</strong> conservaçãoPaisagens e biodiversida<strong>de</strong>: uma perspectiva integradapara inventário e conservação da serra <strong>do</strong> CachimboBiodiversida<strong>de</strong>araucárias<strong>do</strong>s campos <strong>do</strong> planalto dasComposição, riqueza e diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies <strong>do</strong>centro <strong>de</strong> en<strong>de</strong>mismo <strong>de</strong> Pernambuco229.523,00538.662,00768.185,00230.558,00695.964,00926.522,00312.356,00341.222,00653.578,00211.293,00186.672,00397.965,00329.912,27110.700,00440.612,27Inventáriozoobotânico <strong>do</strong> rio das Mortes-MT127.359,00116.500,00243.859,00Biota das florestas <strong>do</strong> planalto <strong>de</strong> Conquista,su<strong>do</strong>este da Bahia229.462,00226.680,00456.142,00ChapadaDiamantina: biodiversida<strong>de</strong>329.723,0083.000,00412.723,00Inventário da biota aquática com vistas aconservação e utilização sustentável <strong>do</strong> biomacerra<strong>do</strong> (serra e vale <strong>do</strong> rio Paranã)229.857,601.086.505,00 1.316.362,6 0Inventário da diversida<strong>de</strong> biológica <strong>do</strong> complexo Jauru 329.108,00395.628,00724.736,00Inventário da biodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong> vale e serra <strong>do</strong>Paranã e <strong>do</strong> Sul <strong>de</strong> TocantinsAvaliação ecológica e seleção <strong>de</strong> áreas prioritárias àconservação <strong>de</strong> savanas amazônicas, arquipélago<strong>do</strong> Marajó, Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará329.771,00577.605,00907.376,00120.000,00319.535,00439.535,00Inventáriofaunístico na área <strong>do</strong> médio Ma<strong>de</strong>ira328.936,001.853.950,00 2.182.886,0 0Inventáriosda biodiversida<strong>de</strong> na serra <strong>do</strong> Amolar 149.999,0061.423,00211.422,00Diversida<strong>de</strong>(BX 044)<strong>de</strong> vertebra<strong>do</strong>s no alto rio <strong>do</strong>s MarmelosRAP Ilha Gran<strong>de</strong>: um levantamento dabiodiversida<strong>de</strong>229.406,00133.260,00362.666,00150.000,00205.753,00355.753,00TOTAL24.509.082,52 31.905.629,01 56.414.711,5 372
Bolsistas:Até o final <strong>de</strong> 2001, 238pesquisa<strong>do</strong>res foramapoia<strong>do</strong>s com bolsas <strong>do</strong>CNPq. Outros 205 bolsistas<strong>de</strong> diversas instituições<strong>de</strong>senvolveram monografias<strong>de</strong> graduação, dissertações <strong>de</strong>mestra<strong>do</strong> ou teses <strong>de</strong><strong>do</strong>utora<strong>do</strong> utilizan<strong>do</strong>-se dainfra-estrutura adquirida emontada pelo <strong>PROBIO</strong>.Bancos <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s:Um total <strong>de</strong> 149 bancos <strong>de</strong>da<strong>do</strong>s foram cria<strong>do</strong>sconten<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s daspesquisas <strong>do</strong>s diversossubprojetos.Homepages:10Divulgação:seis ví<strong>de</strong>os, 11 cartilhas, setefol<strong>de</strong>rs, 193 apresentações <strong>de</strong>resumos em congressos esimpósios, seis CD-ROMPublicações:10 livros, 25 capítulos <strong>de</strong> livros,141 artigos publica<strong>do</strong>s emrevistas especializadasTolypeutes tricinctus – tatu-bola – Foto: Ilmar Santos/CI-Brasil73
ANEXO IO Conselho<strong>do</strong> PRONABIOEssa Comissão é presidida pelo Ministro <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong><strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente, e formada pelos seguintesmembros:a) um representante <strong>do</strong> <strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente- MMA;b) um representante <strong>do</strong> <strong>Ministério</strong> da Ciência eTecnologia - MCT;Foto: Russel Mittermeier/CI-Brasilc) um representante <strong>do</strong> <strong>Ministério</strong> da Agriculturae <strong>do</strong> Abastecimento - MAA;d) um representante <strong>do</strong> <strong>Ministério</strong> da Saú<strong>de</strong> - MS;e) um representante <strong>do</strong> <strong>Ministério</strong> das RelaçõesExteriores - MRE;f) um representante <strong>do</strong> <strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> Orçamentoe Gestão - MPOG;Pseudalopex gymnocercus – graxaimg) <strong>do</strong>is representantes da comunida<strong>de</strong> acadêmicae científica;h) <strong>do</strong>is representantes <strong>de</strong> organizações não-governamentaisambientalistas; ei) <strong>do</strong>is representantes <strong>do</strong> setor produtivo.Essa Comissão foi criada para coor<strong>de</strong>nar, acompanhare avaliar as ações <strong>do</strong> Programa Nacionalda Diversida<strong>de</strong> Biológica - PRONABIO. Entresuas atribuições, <strong>de</strong>stacam-se:a) <strong>de</strong>liberar sobre as diretrizes gerais <strong>do</strong>PRONABIO;b) fixar as priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong> conservaçãoe <strong>de</strong> utilização sustentável da diversida<strong>de</strong>biológica;c) estabelecer critérios gerais <strong>de</strong> aceitação e <strong>de</strong> seleção<strong>de</strong> projetos; ed) aprovar os projetos a serem financia<strong>do</strong>s.74
ANEXO IIPublicações <strong>do</strong><strong>PROBIO</strong>AVALIAÇÃO e Ações Prioritárias para a Conservação da Biodiversida<strong>de</strong>da Caatinga. Brasília: MMA/ SBF. <strong>2002</strong>. 36p.AVALIAÇÃO e ações prioritárias para a conservação da biodiversida<strong>de</strong><strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong> e Pantanal. Brasília: MMA/ SBF, 2000.26p.AVALIAÇÃO e Ações Prioritárias para a Conservação da Biodiversida<strong>de</strong>da Mata Atlântica e Campos Sulinos. Brasília:MMA/SBF. 2000. 40p.AVALIAÇÃO e Ações Prioritárias para a Conservação da Biodiversida<strong>de</strong>das Zonas Costeira e Marinha. Brasília: MMA/SBF, <strong>2002</strong>. 72p.Foto: Andy Young/CI-BrasilCAPOBIANCO, J. P. R. et al. Biodiversida<strong>de</strong> na Amazônia Brasileira:Avaliação e i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> ações prioritárias para a conservação,utilização sustentável e repartição <strong>de</strong> benefícios. São Paulo:Estação da Liberda<strong>de</strong>; Instituto Socioambiental, 2001. 540p.DIEGUES, A. C.; ARRUDA, R. S. V. (orgs). Saberes Tradicionais ebiodiversida<strong>de</strong> no Brasil. Brasília: MMA/SBF. 2001. 176p.ESPÍNDOLA, E.L.G.; BOTTA-PASCHOAL, C.M.R.; ROCHA, O.;BOHRER, M.B.C.; OLIVEIRA-NETO, A .L.. Ecotoxicologia –perspectivas para o século XXI, São Carlos, SP. Rima Editora,2000. 575p.ESPÍNDOLA, E.L.G.; SILVA, J.S.V., MARINELLI, C.E.; ABDON,M.M. A bacia hidrográfica <strong>do</strong> rio <strong>do</strong> Monjolinho. São Carlos,SP. Rima Editora, 2000. 188p.GARAY, I. E. G.; DIAS, B. F. S. (orgs). Conservação da biodiversida<strong>de</strong>em ecossistemas tropicais: avanços conceituais e revisão <strong>de</strong>novas meto<strong>do</strong>logias <strong>de</strong> avaliação e monitoramento.Petrópolis: Editora Vozes, 2001. 430p.RIBEIRO, J. F.; FONSECA, C. E. L.; SOUSA-SILVA, J.C. (eds). Cerra<strong>do</strong>:caracterização e recuperação <strong>de</strong> matas <strong>de</strong> galeria.Planaltina. Embrapa Cerra<strong>do</strong>s, 2001. 899p.Brachyteles hipoxanthus – muriqui75
Foto: Paulo Robson <strong>de</strong> SouzaCiclí<strong>de</strong>o entre macrófitas aquáticas típicas <strong>de</strong> lagoas <strong>do</strong> Pantanal76