Levantamento do Sesi apontaprincipais problemas de saúdeDores na coluna, pressão alta, tendinitee depressão estão entre osprincipais problemas de saúde enfrentadospelos trabalhadores <strong>da</strong> indústria,de maneira geral. Problemasnos rins e diabetes também incrementamessa lista. Este quadro é oretrato de um levantamento divulgadorecentemente pelo Serviço Social<strong>da</strong> Indústria (Sesi), denominado "Diagnósticode saúde e estilo de vi<strong>da</strong>".Não existe um estudo específicopara o setor sucroalcooleiro, mas deacordo com informações <strong>da</strong> União <strong>da</strong>Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica),a maioria <strong>da</strong>s usinas já faz a lição decasa. A Cosan, por exemplo, oferecea todos os trabalhadores agrícolas<strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des do grupo ginástica laboralantes de iniciar suas ativi<strong>da</strong>desdiárias. Essa prática alcançou, no anopassado, 100% dos trabalhadores nocorte de cana. As usinas do GrupoUSJ oferecem ambulância e ambulatóriomédico, para o caso de algumaemergência. São realiza<strong>da</strong>s orientaçõesconstantes aos trabalhadores decomo eles devem se comportar dentro<strong>da</strong> empresa para evitar possíveisacidentes. São promovi<strong>da</strong>s ain<strong>da</strong> palestrase cursos constantes nas usinaspara explicar a importância do trabalhadorficar atento à necessi<strong>da</strong>dede cui<strong>da</strong>r de sua saúde e de sua integri<strong>da</strong>defísica na empresa.Na Usina Cerradinho, em São Paulo,o colaborador participa constantementede palestras e avaliações médicas.A Usina São Manoel, também emSão Paulo, mantém profissionais <strong>da</strong>área de saúde acompanhando as condiçõesclínicas e realizando avaliaçõesfísicas dos trabalhadores em campo.Geralmente, as usinas que mantémum acompanhamento <strong>da</strong> saúde deseus colaboradores checam a pressãoarterial e fazem o controle de diabetes,além dos exames médicos.DOENÇASDO TRABALHO Asma Ocupacional - Adquiri<strong>da</strong>por meio <strong>da</strong> inalação de poeira eresíduos sólidos manuseado nasindústrias Dermatoses ocupacionais -Causa<strong>da</strong>s por contato com agentesbiológicos, físicos e químicos LER/DORT - Decorrente deproblemas com o local de trabalhoe com os movimentos repetitivos Per<strong>da</strong> auditiva induzi<strong>da</strong> peloruído (Pair) - Diminuigra<strong>da</strong>tivamente a audição dostrabalhadores por exposiçãocontinua<strong>da</strong> a níveis muito elevadosde ruído Pneumoconioses - Doençaspulmonares ocasiona<strong>da</strong>s pelainalação de poeiras químicas, comoa <strong>da</strong> sílica e dos asbestos, quecausam silicose e asbestose Distúrbios mentais - Mais difíceisde detectar e principalmenterelacionar ao trabalho, podem terdiversos graus de desenvolvimentoe ligação com diferentescircunstânciasFonte:Portal Normas Regulamentadoras,segurançae saúde no trabalho10 CANAL, Jornal <strong>da</strong> Bioenergia - ABRIL 2009
SAFRA 2009/10Centro-Sul deve moer9% a mais de canaPREVISÕES DE SAFRA REALIZADAS PELAS CONSULTORIASCANAPLAN E DATAGRO SÃO SEMELHANTESDe acordo com as primeirasprojeções para asafra <strong>da</strong> cana-de-açúcar2009/10, que começaoficialmente em maio, o ciclo<strong>da</strong> cana este ano deve moer9,12% a mais do que a safra passa<strong>da</strong>na região Centro-Sul. Asusinas estimam a moagem de558,83 milhões de tonela<strong>da</strong>s decana, em média. A variação giraentre um mínimo de 543,32 milhõesde tonela<strong>da</strong>s e um máximode 561,08 milhões de tonela<strong>da</strong>s.Os <strong>da</strong>dos são de uma projeçãorealiza<strong>da</strong> pela consultoria Canaplan.A Datagro calcula númerossemelhantes. Segundo a consultoria,serão processados 535 milhõesde tonela<strong>da</strong>s de cana nessasafra. A moagem 2009/10 terá32,4 milhões de tonela<strong>da</strong>s extras,ou 5,72% acima <strong>da</strong> safra anterior.Esses <strong>da</strong>dos representam umaalta 6,08% sobre as 499,6 milhõesde tonela<strong>da</strong>s <strong>da</strong> safra 2008/09. AUnião <strong>da</strong> Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) pretende anunciarnos próximos dias sua projeção.Mas de acordo com a enti<strong>da</strong>de, noano passado foram moí<strong>da</strong>s 500milhões de tonela<strong>da</strong>s do produto.A safra deste ano também deveráser mais açucareira, segundoa projeção <strong>da</strong> Canaplan. A estimativaé que as usinas processem43% de açúcar, o equivalentea 31,9 milhões de tonela<strong>da</strong>s. Oetanol responderá por 57% <strong>da</strong>produção –25,9 milhões de litros.Na safra passa<strong>da</strong>, a proporçãoestava mais alcooleira: 37% <strong>da</strong>produção foi para açúcar e 61%para etanol.Segundo o diretor <strong>da</strong> Canaplan,Luiz Carlos Carvalho, as usinasproduziram mais álcool do que ademan<strong>da</strong>, na safra anterior, e agoradevem compensar as per<strong>da</strong>s depreço do álcool produzindo maisaçúcar. Outro fator que empurra oaçúcar é o preço, mais atrativo nomercado internacional.Mas, de acordo com a Datagro,a produção de açúcar este anodeve chegar a 30,1 milhões detonela<strong>da</strong>s, uma alta de 12,5% emrelação a safra passa<strong>da</strong>. Já as exportaçõesdo produto deverãoatingir 20,7 milhões de tonela<strong>da</strong>s,ante as 16,8 milhões de tonela<strong>da</strong>sdo ano passado. A Datagroain<strong>da</strong> estima que o mix deprodução deva ser de 58,2 % parao álcool contra 60,26% do anopassado. A consultoria afirmaque a safra 2009/10 ain<strong>da</strong> seráalcooleira, mas a redução no mixdo álcool será destina<strong>da</strong> para oaumento <strong>da</strong> produção de açúcar.9,12%é o crescimentoestimado para amoagem nestasafra535milhões de t e561,08 milhõesde t é a faixaentre o máximoe o mínimo decana que deveráser moí<strong>da</strong>500milhões detonela<strong>da</strong>s decana forammoí<strong>da</strong>s na safrapassa<strong>da</strong>Fonte: consultoriasCorte antecipadogera empregoSegundo a Federação <strong>da</strong>s Indústriasdo Estado de São Paulo(Fiesp), no período fevereiromarçohouve um saldo positivode 7.500 postos de trabalho, variaçãopositiva de 0,31%. É aprimeira vez, em seis meses decrise, que o nível de ocupaçãoindustrial em São Paulo registrouvariação positiva. Nos mesesde dezembro de 2008 e janeirode 2009, o índice de empregofoi de –1,3%.A razão <strong>da</strong>s contratações naprodução de álcool e açúcar foia antecipação <strong>da</strong> colheita <strong>da</strong> canaem São Paulo, geralmentefeita nos meses de abril. Foi precisoantecipar a colheita paraque o setor gerasse fluxo de caixapara capital de giro, explicoua Fiesp. "Em vez de pegar dinheiroemprestado, os produtoresresolveram espremer cana"completou o economista <strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de,André Rebelo.A curva do nível de empregona indústria desenha<strong>da</strong> pela Fiesprepete padrão já verificadopelo Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE), com aPesquisa Mensal de Emprego, epelo Ministério do Trabalho eEmprego, com o Ca<strong>da</strong>stro Geralde Empregados e Desempregados(Caged).As três pesquisas usam metodologiase recortes diferentes. Apesquisa <strong>da</strong> Fiesp se baseia emamostra de 3 mil empresas informantes(representando 50%do produto industrial) e consideraocupações formais dividi<strong>da</strong>spor 22 subsetores do Estadode São Paulo.A pesquisa do IBGE baseia-se,também, em <strong>da</strong>dos amostrais eé realiza<strong>da</strong> para medir o númerode ocupações em seis regiõesmetropolitanas; enquanto o Cagedtem caráter de registro censitárioe é elaborado para medira variação de postos com carteirade trabalho assina<strong>da</strong> em 15subsetores agrupados. Além <strong>da</strong>variação setorial, a Fiesp verificoudiferenças regionais nos níveisde ocupação e emprego.CANAL, Jornal <strong>da</strong> Bioenergia - ABRIL 2009 11