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Drogas: Cartilha para pais de adolescentes - Observatório Brasileiro ...

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Presi<strong>de</strong>nta da RepúblicaDilma RousseffVice-Presi<strong>de</strong>nte da RepúblicaMichel TemerMinistro da JustiçaJosé Eduardo CardozoSecretária Nacional <strong>de</strong> Políticas sobre <strong>Drogas</strong>Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte


Presidência da RepúblicaMinistério da JustiçaSecretaria Nacional <strong>de</strong> Políticas sobre <strong>Drogas</strong><strong>Drogas</strong>:<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong><strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>2ª edição - reimpressãoBrasília, DF - 2011


Conteúdo e Texto originalBeatriz H. Carlini, MPH, PhDCopyright © 2011Secretaria Nacional <strong>de</strong>Políticas sobre <strong>Drogas</strong>Disponível em: www.senad.gov.brTiragem:50.000 exemplaresImpresso no Brasil2ª Edição - reimpressãoSecretaria Nacional <strong>de</strong>Políticas sobre <strong>Drogas</strong>En<strong>de</strong>reço <strong>para</strong> correspondência:Esplanada dos Ministérios, Bloco T,Anexo II, 2º andar, sala 207.Brasília DF. CEP 70064-900Adaptação <strong>para</strong> esta ediçãoSecretaria Nacional <strong>de</strong>Políticas sobre <strong>Drogas</strong>Projeto GráficoLew LaraIlustraçãoToninho EuzébioDiagramaçãoPonto Dois Design GráficoBruno SoaresDados internacionais <strong>de</strong> catalogação na publicação (CIP)B823lBrasil. Secretaria Nacional <strong>de</strong> Políticas sobre <strong>Drogas</strong>(SENAD).<strong>Drogas</strong>: cartilha <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong> / SecretariaNacional <strong>de</strong> Políticas sobre <strong>Drogas</strong> (SENAD); conteúdo e texto original:Beatriz H. Carlini. -- 2. ed., reimpr. – Brasília : Ministério da Justiça,Secretaria Nacional <strong>de</strong> Políticas sobre <strong>Drogas</strong>, 2011.44 p. : il., color. - (Série Por <strong>de</strong>ntro do assunto)1. Entorpecente. 2. Toxicologia. 3. Toxicomania I. Carlini,Beatriz H. II. Título. III. Ministério da Justiça. III. SérieCDD 362.29


ApresentaçãoOs novos tempos <strong>de</strong> governo, marcados pela ênfasena participação social e na organização da socieda<strong>de</strong>, valorizama <strong>de</strong>scentralização das ações relacionadas à prevençãodo uso <strong>de</strong> drogas e à atenção e reinserção social <strong>de</strong> usuáriose <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.No <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> seu papel <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação e articulação<strong>de</strong> ações voltadas a esses temas, a Secretaria Nacional<strong>de</strong> Políticas sobre <strong>Drogas</strong> apresenta a Série “Por Dentro do Assunto”,com o objetivo <strong>de</strong> socializar conhecimentos dirigidos apúblicos específicos.Esta série, construída com base nas necessida<strong>de</strong>s expressaspor múltiplos setores da população e em conhecimentoscientíficos atualizados, procura apresentar as questões <strong>de</strong>forma leve, informal e interativa com os leitores.A iniciativa é norteada pela crença <strong>de</strong> que o encaminhamentodos temas <strong>de</strong> interesse social só será efetivo com a aliançaentre as ações do po<strong>de</strong>r público e a sabedoria e o empenho<strong>de</strong> cada pessoa e <strong>de</strong> cada comunida<strong>de</strong>.Acreditamos estar, <strong>de</strong>ssa forma, contribuindo com anossa parte.Secretaria Nacional <strong>de</strong> Políticas sobre <strong>Drogas</strong>


intensa que, como no filme “O bicho <strong>de</strong> sete cabeças”, a tentativa<strong>de</strong> ajudar o filho e redimir a culpa transforma um problema,possivelmente passageiro e <strong>de</strong> solução possível, numa tragédiaque afeta violentamente a vida da família e do jovem.Essa cartilha visa orientar <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong> e oferecerinformações e orientações <strong>para</strong> ajudá-los a transformar aenergia muitas vezes consumida pela ansieda<strong>de</strong>, em iniciativasprodutivas que contribuam <strong>para</strong> que os riscos <strong>de</strong> seus filhos teremproblemas com bebidas alcoólicas, cigarro e outras drogassejam minimizadas.As orientações aqui contidas são insuficientes, caso seufilho ou sua filha já estejam enfrentando problemas com o consumo<strong>de</strong> álcool e outras drogas. Nesse caso, é necessário buscarajuda especializada.O conteúdo das orientações preventivas <strong>de</strong>sta cartilha foidividido em quatro partes: uma mais geral, com algumas sugestõessobre como conversar a respeito <strong>de</strong> limites com seus filhos;as outras três tratam <strong>de</strong> situações que ocorrem frequentementena convivência entre <strong>pais</strong> e filhos <strong>adolescentes</strong>, como por exemplo:as relações com as “más companhias”, as conversas sobredrogas, as reações dos <strong>pais</strong> quando encontram drogas no quartodo(a) filho(a), entre outras.7<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


8Série: Por Dentro do Assunto


Tentando acertar:o tom, a hora e o localdas conversas...Nossos filhos mudam tanto e tão rápido e surpreen<strong>de</strong>ntementeque é difícil acompanhá-los. Quantos <strong>pais</strong> já chegaramem casa com uma boneca nova <strong>para</strong> a filha e <strong>de</strong>scobremque o que ela queria mesmo era o CD <strong>de</strong> uma banda quequase nenhum adulto conhece? Ou convidaram o filho <strong>para</strong>ver o último <strong>de</strong>senho da Disney, e acabaram percebendo queele queria assistir um filme <strong>de</strong> ação?9<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


Esse processo não é muito diferente quando se trata<strong>de</strong> comportamentos <strong>de</strong> risco, como o consumo <strong>de</strong> bebidas, <strong>de</strong>cigarros, <strong>de</strong> outras drogas. Aquela criança, que odiava cheiro<strong>de</strong> cigarros, po<strong>de</strong> virar um adolescente atraído pela imagemtransgressora do jovem fumante. O filho que, diligentemente,amarrava o cinto <strong>de</strong> segurança tão logo subisse no carro,po<strong>de</strong> <strong>para</strong>r <strong>de</strong> usá-lo, e, além disso, associar algumas cervejasao hábito <strong>de</strong> dirigir.A tendência mais frequente dos <strong>pais</strong>, ao perceberemtodas essas mudanças, é tentar conversar, expressando preocupações,<strong>de</strong>finindo regras e impondo limites.No entanto, parece que o passatempo favorito <strong>de</strong> nossosfilhos <strong>adolescentes</strong> (ou quase <strong>adolescentes</strong>) é discordar<strong>de</strong> qualquer coisa que dizemos. A comunicação com <strong>adolescentes</strong>,sobre qualquer assunto, torna-se um <strong>de</strong>safio, umaarte, principalmente quando esse adolescente é seu filho.10Série: Por Dentro do Assunto


A reação <strong>de</strong> nossos filhos, quando tentamos conversar,é, em geral, pouco encorajadora: ficam impacientes, sonolentos,mudam <strong>de</strong> assunto, irritam-se (“você não enten<strong>de</strong>, não énada disso…”). Nos dias em que estão <strong>de</strong> bom humor, talveznos brin<strong>de</strong>m com comentários como “tá bom mãe, já sei, vocêjá falou mil vezes…”; “tá bom, pai, agora posso sair?”Será que vale a pena? Além <strong>de</strong> provocar <strong>de</strong>sânimo efrustração nos adultos, a sensação que esse tipo <strong>de</strong> conversasuscita é <strong>de</strong> total perda <strong>de</strong> tempo.As pesquisas, no entanto, dizem que vale a pena conversar.Nosso <strong>de</strong>sânimo, embora compreensível, não <strong>de</strong>venos impedir <strong>de</strong> continuar tentando. Entre um comentário impacientee um bocejo, nossos filhos estão nos ouvindo e nossasmensagens estão sendo assimiladas e levadas em conta.Por isso, acertar o tom, o horário e o local das conversasé tão importante.11<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


12Série: Por Dentro do Assunto


O tom das conversasEvite expressar raivaComportamento <strong>de</strong> adolescente, muitas vezes, irrita. Dávonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> sair perguntando “quem você acha que é?”, “achaque eu tenho cara <strong>de</strong> palhaço?”, “quando vai usar a educaçãoque recebeu?”. Quem já per<strong>de</strong>u a paciência, e até saiu gritando,sabe como isso alivia a tensão, mesmo que <strong>de</strong>pois reconheçaque exagerou.Mas, se o objetivo é estabelecer algum canal <strong>de</strong> comunicaçãoreal com seu filho ou filha, esse tipo <strong>de</strong> abordagem só vaipiorar a situação. Eles, provavelmente, se distanciarão ainda mais,omitirão seus problemas e se trancarão ainda mais no quarto.Se o objetivo é abrir os canais <strong>de</strong> comunicação com seufilho, reconheça sua raiva e irritação, mas pense em outras formas<strong>de</strong> aliviá-la: converse com outros <strong>pais</strong> que estão enfrentando<strong>de</strong>safios semelhantes, escreva seus sentimentos <strong>para</strong> lermais tar<strong>de</strong>, saia <strong>para</strong> dar uma arejada...13<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


Convi<strong>de</strong> seu filho a refletir sobre a situaçãoAlém <strong>de</strong> manter a calma, tente abrir espaço <strong>para</strong> reflexão.Seja franco e honesto, mas não raivoso. Expresse preocupaçõese mágoa, se for o caso. Transmita seus sentimentose convi<strong>de</strong>-o a refletir, dê espaço <strong>para</strong> que ele se expresse, dêtempo <strong>para</strong> que ele pense (“você quer pensar nisso que eu tefalei e conversar mais tar<strong>de</strong>?”; Depois a gente conversa <strong>de</strong> novosobre isso, pois eu gostaria muito <strong>de</strong> saber sua opinião”).Não humilhe, não rotule, não use sarcasmoPessoas expostas ao ridículo e à humilhação fazem qualquercoisa <strong>para</strong> não serem expostas <strong>de</strong> novo. Não humilhe seu14Série: Por Dentro do Assunto


filho com comentários que o <strong>de</strong>svalorizem, <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rem seuponto <strong>de</strong> vista ou diminuam seu orgulho próprio. Esse tipo <strong>de</strong>abordagem é receita certa <strong>para</strong> que seu filho evite conversarcom você <strong>de</strong> novo, guar<strong>de</strong> mágoa, sinta-se <strong>de</strong>squalificado.Comentários do tipo “só podia ser você mesmo” ou “vocêsó me traz <strong>de</strong>sgosto”, mesmo que sejam sinceros da sua parte,<strong>de</strong>vem ser evitados. Esse tipo <strong>de</strong> rotulação provoca pouca vonta<strong>de</strong><strong>de</strong> mudar naquele que está sendo criticado. (“se meus <strong>pais</strong> achamque eu só trago <strong>de</strong>sgosto mesmo, por que tentar melhorar? Eu nãovou conseguir mesmo.”).Sarcasmo e humilhação são armas perigosas, que po<strong>de</strong>mferir, <strong>de</strong> modo profundo, a auto-estima dos <strong>adolescentes</strong>.Estabeleça limites e expresse suas razõesComentários vagos do tipo “você vai se ver comigo, casofaça isso <strong>de</strong> novo” po<strong>de</strong>m gerar um certo receio, mas ten<strong>de</strong>m anão ser muito efetivos quando nossos filhos ficam mais velhos.Deixe claro seus valores e expectativas em relação aocomportamento dos seus filhos (“na nossa casa não se fuma”)e expresse as razões (<strong>de</strong> curto prazo) <strong>de</strong> seus valores (“eu nãoquero filho meu com <strong>de</strong>ntes amarelos, mau hálito, roupa fedida”é melhor do que dizer “fumar vai te matar <strong>de</strong> câncer quandovocê chegar nos seus 50 anos”).15<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


HorárioDo ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> adulto, <strong>de</strong>z horas da manhã <strong>de</strong> domingopo<strong>de</strong> parecer o momento i<strong>de</strong>al <strong>para</strong> conversar com o filho.Mas, quase com certeza, não será o melhor momento, do ponto<strong>de</strong> vista do adolescente. Em geral, essa faixa etária é marcadapor uma mudança <strong>de</strong> ritmo <strong>de</strong> sono, com tendência a adormecere acordar tar<strong>de</strong>. Mesmo que isso não seja possível todos osdias, no fim <strong>de</strong> semana esse ritmo predomina.Procure sentir quando um momento é a<strong>de</strong>quado <strong>para</strong>conversar, sem muita formalida<strong>de</strong>. Mas também não adie <strong>de</strong>mais,esperando a situação “i<strong>de</strong>al”. Negocie horário, perguntequando, não vá simplesmente impondo “preciso conversar agora,pare tudo que está fazendo”. Obviamente também não épreciso aceitar as condições que ele(a) tentar impor (“só posso16Série: Por Dentro do Assunto


conversar <strong>de</strong>pois da meia-noite”), mas usar o bom-senso <strong>para</strong>estabelecer condições razoáveis <strong>para</strong> os dois.Tente também garantir um ambiente no qual vocês terãoprivacida<strong>de</strong> <strong>para</strong> conversar e não sejam interrompidos.LocalSentar no sofá e comunicar-se “olho no olho” é como, geralmente,um adulto imagina uma conversa sobre um tópico queenvolve coisas sérias e sentimentos.Não raro, no entanto, as conversas são muito mais francase produtivas se usarmos locais e situações alternativos. Sair <strong>para</strong>dar uma caminhada, conversar num passeio ou durante um programa<strong>de</strong> televisão, po<strong>de</strong>, eventualmente, funcionar melhor. Paranós po<strong>de</strong> parecer que estamos tentando evitar a conversa, mas<strong>para</strong> o adolescente po<strong>de</strong> ser uma maneira <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixá-lo mais à vonta<strong>de</strong>,<strong>de</strong> dar espaço <strong>para</strong> ele(a) evitar o olhar, <strong>para</strong> po<strong>de</strong>r expressarsentimentos mais <strong>de</strong>licados. O barulho (mesmo que da TV)po<strong>de</strong> preencher momentos <strong>de</strong> silêncio que sejam difíceis <strong>de</strong> lidar.Além disso, as interações pessoais nas novas gerações têm sidocada vez mais combinadas com algo a mais (música alta, internet,ví<strong>de</strong>o). Ficar sentado no sofá parece ser coisa “do tempo antigo”.Além disso, sentar com ele numa sala silenciosa, olhando-o seriamentenos olhos, po<strong>de</strong> sugerir a ele que: “lá vem bronca!”. Essecenário po<strong>de</strong> intimidar seu filho e atrapalhar a conversa.17<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


18Série: Por Dentro do Assunto


O conteúdo <strong>de</strong>nossas ações e conversasAs más companhiasDurante a adolescência, a família passa a ser uma referênciamenos importante no dia-a-dia do que os amigos. Muitos<strong>pais</strong> se assustam com isso: será que uma “turminha da pesada”vai colocar a per<strong>de</strong>r todos esses anos <strong>de</strong> educação moral sólida,<strong>de</strong> afeto abundante e <strong>de</strong> proteção vigilante, levando seus filhosà <strong>de</strong>linquência e às drogas?É importante tecermos algumas consi<strong>de</strong>rações sobre ofantasma das “más companhias” que, tão frequentemente, rondasuas noites <strong>de</strong> insônia (aquelas intermináveis noites em quevocês esperam “os meninos” chegarem da festa).É humano e compreensível sentir tentação <strong>de</strong> simplesmenteproibir seu filho (ou filha) <strong>de</strong> sair com algum adolescenteque se comporte <strong>de</strong> modo <strong>de</strong>sviante <strong>para</strong> seus critérios. Masesse gesto <strong>de</strong>ve ser reservado realmente <strong>para</strong> situações extremas,e muito bem pensado, pois po<strong>de</strong> ter um efeito diferente do<strong>de</strong>sejado. É muito provável que, a partir <strong>de</strong>ssa recomendaçãoou proibição, o adolescente fique ressentido, rebele-se contrasua <strong>de</strong>cisão e aumente a conexão com esse amigo que temconduta inapropriada. Neste caso, a chamada “má companhia”passa ser muito mais po<strong>de</strong>rosa e sedutora.19<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


Uma outra alternativa é expressar, claramente, seu <strong>de</strong>sagradocom a amiza<strong>de</strong>, oferecer exemplos concretos erecentesque ilustrem esse seu sentimento, e tentar negociar alguns limites<strong>de</strong> convivência entre seu filho/filha e as pessoas com cujasatitu<strong>de</strong>s você não concorda. Evitar ser irônico e <strong>de</strong>monstrar confiançana capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer escolhas <strong>de</strong> seu filho tambémpo<strong>de</strong> ajudar muito.Às vezes, temos dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aceitar certos comportamentosmais pelo estereótipo que a socieda<strong>de</strong> construiu sobreeles do que pela sua real nocivida<strong>de</strong>. É necessário explorarmelhor seus sentimentos sobre o que está sendo tão incômodonessa relação <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu filho: a gente se choca comum <strong>de</strong>terminado modo <strong>de</strong> vestir, o cabelo pintado <strong>de</strong> ver<strong>de</strong>, o“piercing”... Que tal convidar essa figurinha estranha <strong>para</strong> almoçarou jantar na sua casa, e tentar vê-la com um olhar menos crítico?Muitas vezes, por trás <strong>de</strong> uma imagem agressiva existe umadolescente doce, com conflitos normais da ida<strong>de</strong>, e fazendodo seu corpo uma vitrina <strong>de</strong> sua transição <strong>para</strong> o mundo adulto.AlarmismoVocê vive dizendo <strong>para</strong> os seus filhos que a epi<strong>de</strong>mia <strong>de</strong>drogas no Brasil está cada vez mais séria? Não per<strong>de</strong> a oportunida<strong>de</strong><strong>de</strong> lhes dar artigos <strong>de</strong> jornais que afirmam que são poucosos jovens que ainda escapam <strong>de</strong> usar drogas?Esse enfoque, mesmo carregado <strong>de</strong> boas intenções, nemsempre é o mais a<strong>de</strong>quado.O ser humano, particularmente durante a adolescência,20Série: Por Dentro do Assunto


procura, constantemente, apren<strong>de</strong>r e assimilar as regras <strong>de</strong>comportamento do seu grupo social e etário e quer se comportar<strong>de</strong> acordo com as normas do grupo a que pertence.O fato <strong>de</strong> a gran<strong>de</strong> maioria dos jovens não usar drogase relativamente poucos fumarem ou beberem exageradamentesão fatos que, se claramente divulgados, têm o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>sencorajaros jovens a consumirem substâncias. A tendênciahumana é a <strong>de</strong> se conformar com o padrão <strong>de</strong> conduta <strong>de</strong> seugrupo <strong>de</strong> referência.Pesquisas recentes vêm <strong>de</strong>tectando que os jovens queabusam <strong>de</strong> álcool acham que todo o mundo age como eles. Suapercepção do que seja o comportamento da maioria das pessoas<strong>de</strong> sua ida<strong>de</strong>, sexo e realida<strong>de</strong> social é distorcida. Quandoconvidados a estimar o consumo típico <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> sua convivência,os bebedores abusivos ten<strong>de</strong>m a superestimar o usomo<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> bebidas, expressando a opinião <strong>de</strong> que “quasetodo o mundo se comporta do mesmo jeito que eu” .Com base nesses dados, é possível organizar campanhaseducativas que corrijam a percepção distorcida <strong>de</strong> que“todo mundo está usando, <strong>de</strong> que são raros os casos <strong>de</strong> quemfica sóbrio numa festa e <strong>de</strong> que todo mundo bebe <strong>para</strong> conseguirdançar”. Os resultados <strong>de</strong>ssa inversão <strong>de</strong> abordagem têmsido positivos.Esclarecer que somente uma minoria bebe <strong>de</strong>mais, fumaou usa outras drogas po<strong>de</strong> ser ferramenta útil <strong>para</strong> <strong>de</strong>sencorajara experimentação, além <strong>de</strong> ser o mais correto, do ponto <strong>de</strong> vistadas estatísticas brasileiras.21<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


22Série: Por Dentro do Assunto


Amedrontar po<strong>de</strong> ser sedutorNos anos 60, quando o uso <strong>de</strong> drogas começou a setransformar num problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, a primeira reação<strong>de</strong> adultos preocupados com a questão foi bastante natural: vamosexplicar <strong>para</strong> os nossos jovens que as drogas matam, enlouquecem,aleijam, <strong>de</strong>ixam as pessoas sexualmente incapacitadas.Passou-se, <strong>de</strong>ssa forma, a usar a técnica da prevençãopelo amedrontamento. Por meio <strong>de</strong>la, <strong>de</strong>screvem-se os efeitosdas diversas drogas com bastante exagero, generaliza-se, apresentandocomo certos e inevitáveis alguns riscos aos usuários,fala-se <strong>de</strong> completa mudança <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>, assegura-se amorte por overdose. Objetivo? Gerar medo e assim afastar os<strong>adolescentes</strong> do uso <strong>de</strong> drogas.A avaliação <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> estratégia preventiva que soa,muitas vezes, tão razoável aos nossos ouvidos, mostra queesse tipo <strong>de</strong> mensagem incentiva a experimentação e o uso <strong>de</strong>drogas. Os resultados <strong>de</strong>ssa abordagem são opostos ao que seplanejava por vários motivos:23<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


a) as mensagens assustadoras caem como uma luva <strong>para</strong><strong>adolescentes</strong> que estão exercendo o direito <strong>de</strong> ser o que são:pessoas em busca <strong>de</strong> suas próprias i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s que, <strong>para</strong>isso, precisam se contrapor ao mundo e aos valores adultos,praticando atos que estes consi<strong>de</strong>ram arriscados ou inapropriados;b) por meio <strong>de</strong> conversas com amigos, ou até pela experiênciaprópria, aqueles jovens mais atraídos por usar drogas jáapren<strong>de</strong>ram, na prática, que não é todo mundo que enlouquece,morre ou fica sexualmente incapacitado por usar substâncias.Na verda<strong>de</strong>, é muito provável que eles conheçam muitagente que usa algumas drogas e que não apresenta problemasevi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> física ou mental. Ao se insistir numamensagem que não admite possibilida<strong>de</strong>s, mas só a certeza<strong>de</strong> um <strong>de</strong>stino trágico, acabamos <strong>de</strong>sacreditados.Caminho sem volta tem volta?A maioria dos artigos <strong>de</strong> jornais, panfletos, livros, propagandase cartilhas <strong>de</strong> prevenção no Brasil conta - nas mais diferentesformas e versões - uma única e mesma estória. Ela émais ou menos assim:24Série: Por Dentro do Assunto


Fulano experimentou maconha só por curiosida<strong>de</strong>, no“embalo da turma”. Depois disso foi querendo usar cada vezmais e mais, sempre achando que quando quisesse <strong>para</strong>r era“só <strong>para</strong>r”. Até que resolveu experimentar outras drogas e -sempre achando que quando quisesse iria mudar <strong>de</strong> vida - foise afastando do estudo, da família, trocou <strong>de</strong> namorada. Hojeestá completamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> cocaína ou crack. Já tentouse tratar várias vezes, mas sempre recai rapidamente e agora éapenas um espectro patético daquilo que um dia po<strong>de</strong>ria ter sido.Vocês, <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>, frequentemente reforçam ouveiculam esse mesmo tipo <strong>de</strong> mensagem: afinal todo o mundoconhece ou já ouviu falar em um caso semelhante ao <strong>de</strong>scrito.Mas vários especialistas na área da prevenção, <strong>de</strong> diferentespaíses, consi<strong>de</strong>ram que essas <strong>de</strong>scrições trágicas(embora algumas vezes verda<strong>de</strong>iras) <strong>de</strong>vem ser evitadas aomáximo.25<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


26Série: Por Dentro do Assunto


Aqui vão alguns dos argumentosque sustentam tal posição:a) O jovem que já usa alguma droga ilegal, e que está incomodadocom seu comportamento, vai ficar <strong>de</strong>sestimuladoa procurar ajuda. Esse tipo <strong>de</strong> abordagem passa a nítidaimpressão <strong>de</strong> que basta um primeiro uso <strong>de</strong> drogas <strong>para</strong>virar um caso perdido. Para que se lançar a uma batalhaimpossível?27<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


) Os indivíduos não usuários <strong>de</strong> drogas ilegais, ou seja, aampla maioria, ten<strong>de</strong>m a ter um olhar mais preconceituosocom aqueles que apresentam comportamento diferente do<strong>de</strong>les nessa área. Se alguém que elas conhecem usa drogas,mas não é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e se dá bem com a família, é porque“ainda não chegou nesse ponto”, mas é, inevitavelmente, umcaso perdido. Por isso é melhor não conviver, não acreditarna sua mudança. Mesmo involuntariamente, os não usuários<strong>de</strong> drogas (ilegais) contribuem <strong>para</strong> um fenômeno muito fortee bastante estudado pela Psicologia Social: a teoria da “profeciaauto-realizadora”. Esta teoria diz que a socieda<strong>de</strong> temo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> transformar indivíduos naquilo que socialmentese acredita que eles têm que ser. Por exemplo: <strong>de</strong> tanto seacreditar que o fulano “maconheiro” vai acabar na sarjeta, eleacaba mesmo sendo empurrado <strong>para</strong> ela.28Série: Por Dentro do Assunto


c) Finalmente, a <strong>de</strong>scrição insistente <strong>de</strong> casos como o <strong>de</strong>scritoacima, passando a impressão <strong>de</strong> que todo mundo que experimentadrogas vai acabar virando <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, não refletea trajetória mais frequente dos usuários. Somente uma parcelapequena dos que experimentam drogas vão percorrertrajetória tão trágica. Assustar jovens contando esses casos,muitas vezes reais, mas felizmente não tão frequentes, acabacontribuindo <strong>para</strong> <strong>de</strong>smoralizar mensagens preventivas maispertinentes. O exagero acaba gerando <strong>de</strong>sconfiança nos<strong>adolescentes</strong>, além da que naturalmente eles já apresentam.29<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


Coisa <strong>de</strong> quem não tem o que fazer...Com tanto medo <strong>de</strong> que o filho fique com muito tempo livree vire um “inútil”, muitos <strong>pais</strong> tentam enfrentar o problema <strong>de</strong>um jeito nem sempre eficiente: põem o filho no Inglês, judô, natação,reforço escolar, grupo <strong>de</strong> teatro... Faz-se qualquer coisa<strong>para</strong> não <strong>de</strong>ixar os filhos na situação que mais aterroriza alguns<strong>pais</strong>: <strong>de</strong>socupados.30Série: Por Dentro do Assunto


Esse tipo <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> nem sempre ajuda muito. Estudosque com<strong>para</strong>m jovens lotados <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s extracurricularescom aqueles relativamente menos ocupados não vêm encontrandodiferenças significativas no uso <strong>de</strong> drogas entre os doisgrupos. Em outras palavras: a pura e simples falta <strong>de</strong> temponão parece ser suficiente <strong>para</strong> evitar que jovens se envolvam nabusca <strong>de</strong> substâncias que mu<strong>de</strong>m sua percepção da realida<strong>de</strong>.Po<strong>de</strong> ainda dar origem a outra complicação: o estresse provocadopelo excesso <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s supervisionadas po<strong>de</strong> tornar-seum fator <strong>de</strong> risco <strong>para</strong> a procura <strong>de</strong> drogas que ofereçam relaxamento<strong>de</strong> modo rápido, embora perigoso.Especialistas na área <strong>de</strong> prevenção vêm sugerindo queo critério <strong>de</strong> ocupar o tempo livre - <strong>de</strong>terminado em geral pelaangústia dos adultos - seja substituído pelo critério do interessee <strong>de</strong>sejo que diferentes ativida<strong>de</strong>s extracurriculares possam<strong>de</strong>spertar no jovem.As ativida<strong>de</strong>s extracurriculares po<strong>de</strong>m cumprir o papel <strong>de</strong>oferecer alternativas sadias à busca natural <strong>de</strong> novida<strong>de</strong>s e mudançasque os <strong>adolescentes</strong> requisitam. Mas, <strong>para</strong> tal, é precisoque eles tenham voz e escolham o que vão fazer.Se o curso <strong>de</strong> teatro ou bateria é assim tão importante<strong>para</strong> ele, talvez possa ser combinado (ao invés <strong>de</strong> substituído)pelo curso <strong>de</strong> Inglês que os <strong>pais</strong> acham importante. É uma questão<strong>de</strong> negociar.31<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


32Série: Por Dentro do Assunto


Talvez caiba também apren<strong>de</strong>r a tolerar que seu filho tenhatempo livre. Não fazer nada, segundo a sua percepção, talvezsignifique ver o programa <strong>de</strong> TV preferido, ficar na Internet,telefonar <strong>para</strong> os amigos..., com frequência <strong>de</strong>sfrutando <strong>de</strong> umlazer (quase) inofensivo e legítimo.Diálogo, exemplo e expressão <strong>de</strong> amorNa tentativa <strong>de</strong> dialogar com o filho sobre a forma <strong>de</strong> ocuparo tempo livre, sempre é possível discutir alternativas queincorporem valores nos quais acreditamos.Grupos <strong>de</strong> jovens, ativida<strong>de</strong>s voluntárias e engajamentoem projetos comunitários são ações que permitem aos <strong>adolescentes</strong><strong>de</strong>senvolver o sentimento <strong>de</strong> pertencer a um grupo, melhorara auto-estima e realizar um trabalho útil <strong>para</strong> a socieda<strong>de</strong>.O adolescente tem um i<strong>de</strong>alismo natural, que po<strong>de</strong> serorientado <strong>para</strong> esse tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>. É necessário, no entanto,respeitar suas <strong>de</strong>cisões e não criar atritos caso ele não opte poruma ativida<strong>de</strong> que julgamos oportuna.Acima <strong>de</strong> tudo, na sua relação com os filhos, é importanteassumir uma atitu<strong>de</strong> honesta e coerente. Os <strong>pais</strong> têm suas limitaçõese não é necessário que estejam o tempo todo expondo-as.Mas também não adianta fingir que não se bebe nunca ou mesmoque não se fuma, se este for o caso.33<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


Servir <strong>de</strong> exemplo não significa não ter comportamentosa serem revistos, mas mostrar a disposição <strong>de</strong> mudar e a dificulda<strong>de</strong>que, muitas vezes, são enfrentadas <strong>para</strong> fazê-lo.Assim como o adolescente, é necessário preservar suaintimida<strong>de</strong> e liberda<strong>de</strong>.É preciso saber expressar, seja num momento <strong>de</strong> colocarlimites e marcar posição, seja numa conversa difícil ou <strong>de</strong>licada,seja ainda na busca <strong>de</strong> caminhos, o quanto vocês amam seusfilhos e o quanto querem e lutam pela felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong>les.34Série: Por Dentro do Assunto


Recursos comunitáriosApresentamos, abaixo, algumas indicações <strong>de</strong> instituiçõespúblicas, privadas e órgãos não-governamentais das quaisvocê po<strong>de</strong>rá dispor na sua cida<strong>de</strong> ou região caso queira obtermaiores informações sobre o assunto abordado nesta cartilha.Secretaria Nacional <strong>de</strong>Políticas Sobre <strong>Drogas</strong> - SENAD• SENADEsplanada dos Ministérios, Bloco T, Anexo II, 2º andar, sala207. Brasília DF. CEP 70064-900www.senad.gov.br• Central <strong>de</strong> Atendimento VIVA VOZ0800 510 0015http://psicoativas.ufcspa.edu.br/vivavoz/in<strong>de</strong>x.php• <strong>Observatório</strong> <strong>Brasileiro</strong> <strong>de</strong> InformaçõesSobre <strong>Drogas</strong> - OBIDwww.obid.senad.gov.brNo <strong>Observatório</strong> <strong>Brasileiro</strong> <strong>de</strong> informações sobre <strong>Drogas</strong>(OBID) você vai encontrar muitas informações importantes: contatos<strong>de</strong> locais <strong>para</strong> tratamento em todo o país, instituições que fazemprevenção, grupos <strong>de</strong> ajuda-mútua e outros recursos comunitários.São disponibilizadas, ainda, informações atualizadas sobre drogas,cursos, palestras e eventos.35<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


Dentro do OBID, há dois sites específicos voltados <strong>para</strong> osjovens: Mundo Jovem e Jovem sem Tabaco, além <strong>de</strong> uma relação<strong>de</strong> links <strong>para</strong> outros sites que irão ampliar o seu conhecimento.• Mundo Jovemwww.obid.senad.gov.br/portais/mundojovem• Jovem sem Tabacowww.obid.senad.gov.br/portais/jovemsemtabacoOutras Referências• Ministério da Saú<strong>de</strong>www.sau<strong>de</strong>.gov.brDisque Saú<strong>de</strong>: 0800 61 1997• Centros <strong>de</strong> Atenção Psicossocial - CAPSwww.sau<strong>de</strong>.gov.brDisque Saú<strong>de</strong>: 0800 61 1997• Programa Nacional <strong>de</strong> DST e AIDSwww.aids.gov.br• Secretaria Nacional da Juventu<strong>de</strong>- SNJContatos: juventu<strong>de</strong>nacional@planalto.gov.brTel.: (61) 3411-1160• Conselhos Estaduais sobre <strong>Drogas</strong>Para saber o en<strong>de</strong>reço dos Conselhos do seu estado consulteo site: www.obid.senad.gov.br• Conselhos Munici<strong>pais</strong> sobre <strong>Drogas</strong>Para saber o en<strong>de</strong>reço dos Conselhos do seu municípioconsulte o site: www.obid.senad.gov.br36Série: Por Dentro do Assunto


• Conselho Nacional dos Direitos da Criança e doAdolescente - CONANDA, Conselho Estadual dos Direitosda Criança e do Adolescente - CEDCA, Conselho Municipaldos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCAwww.presi<strong>de</strong>ncia.gov.br/sedhGrupos <strong>de</strong> auto-ajuda• Alcoólicos Anônimos - AAwww.alcoolicosanonimos.org.brCentral <strong>de</strong> Atendimento 24 horas: (11) 3315 9333Caixa Postal 580 CEP 01060-970 - São Paulo• AL-ANON E ALATEEN (Para familiares e amigos <strong>de</strong>alcoólicos)www.al-anon.org.br• Amor-exigente (Para <strong>pais</strong> e familiares <strong>de</strong> usuários <strong>de</strong> drogas)www.amorexigente.org.br• Grupos Familiares - NAR - ANON (Grupos <strong>para</strong> familiares eamigos <strong>de</strong> usuários <strong>de</strong> drogas)www.naranon.org.br• Narcóticos Anônimos - NAwww.na.org.br• Associação Brasileira <strong>de</strong> Terapia Comunitária -ABRATECOMwww.abratecom.org.br• Pastoral da Sobrieda<strong>de</strong>www.sobrieda<strong>de</strong>.org.br37<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


Leituras que ajudamSérie <strong>de</strong> publicações disponibilizadas pela Senad:As publicações listadas abaixo são distribuídas gratuitamente eenviadas pelos Correios. Po<strong>de</strong>m ser solicitadas no site da SENAD(www.senad.gov.br) ou pelo telefone do serviço VIVA VOZ. Estãotambém disponíveis no portal do OBID (www.obid.senad.gov.br) <strong>para</strong>download.• <strong>Cartilha</strong>s da Série Por Dentro do Assunto.Secretaria Nacional <strong>de</strong> Políticas sobre <strong>Drogas</strong>, 2010• Glossário <strong>de</strong> Álcool e <strong>Drogas</strong>.Secretaria Nacional <strong>de</strong> Políticas sobre <strong>Drogas</strong>, 2010• Livreto Informativo sobre <strong>Drogas</strong> Psicotrópicas.Leitura recomendada <strong>para</strong> alunos a partir do 7º ano do ensinofundamental. Secretaria Nacional <strong>de</strong> Políticas sobre <strong>Drogas</strong>- SENAD e Centro <strong>Brasileiro</strong> <strong>de</strong> Informações sobre <strong>Drogas</strong> -CEBRID, 201038Série: Por Dentro do Assunto


Outras referências <strong>de</strong> leituras• Adolescência e drogas.Ilana Pinsky, Marco Antônio Bessa (orgs). São Paulo:Contexto, 2004.• Anjos caídos - Como prevenir e eliminar asdrogas na vida do adolescente.Içami Tiba. São Paulo: Gente, 1999.• A Saú<strong>de</strong> mental do jovem brasileiro.Bacy Fleitlich-Bilyk, Enio Roberto <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, SandraScivoletto, Vanessa Dentzien Pinzon. São Paulo: EdiçõesInteligentes, 2004.• Desafio da convivência - Pais e Filhos.Lídia Rosenberg Aratangy. São Paulo: Gente, 1998.• Depois Daquela Viagem: Diário <strong>de</strong> Bordo <strong>de</strong> uma Jovemque Apren<strong>de</strong>u a Viver com Aids.Valeria Piassa Polizzi. São Paulo: Ática, 2003• Doces Venenos: Conversas e <strong>de</strong>sconversas sobre drogas.Lídia Rosenberg Aratangy. São Paulo: Olho D’ Água, 1991• <strong>Drogas</strong> - mitos e verda<strong>de</strong>s.Beatriz Carlini Cotrim. São Paulo: Ática, 1998.• <strong>Drogas</strong>, Prevenção e Tratamento - O que você queria sabersobre drogas e não tinha a quem perguntar.Daniela Maluf e cols. São Paulo: Cia Editora, 2002.39<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


• Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída.Kai Herman. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.• Esmeralda - Por que não dancei.Esmeralda do Carmo Ortiz. São Paulo: Editora Senac, 2001.• Cuidando da Pessoa com Problemas Relacionados comÁlcool e Outras <strong>Drogas</strong> - Coleção Guia <strong>para</strong> Família. v.1.Selma <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s Bordin; Marine Meyer; Sérgio Nicastri; EllenBurd Nisenbaum e Marcelo Ribeiro. São Paulo: Atheneu, 2004• Liberda<strong>de</strong> é po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>cidir.Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Zemel e Maria Elisa <strong>de</strong> Lamboy.São Paulo: FTD, 2000.• Obrigado por não fumar: o cigarro não é sublime.Sérgio Honorato dos Santos. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Ed. Senac/Rio, 2007.• O que é toxicomania.Jandira Masur. São Paulo: Brasiliense, 1986.• O Vencedor.Frei Betto. São Paulo: Ática, 2000.• Pais e Filhos - companheiros <strong>de</strong> Viagem.Roberto Shinyashiki. São Paulo: Gente, 1992.• Satisfaçam minha curiosida<strong>de</strong> - <strong>Drogas</strong>.Susana Leote. São Paulo: Impala Editores, 2003.• Tabebuias: ou Histórias Reais daqueles que se livraramdas drogas na Fazenda da Esperança.Christiane Suplicy Teixeira. São Paulo: Cida<strong>de</strong> Nova, 2001.40Série: Por Dentro do Assunto


Filmes sobre o tema• 28 dias, 2000.Direção: Betty Thomas• A corrente do bem, 2000.Direção: Mini Le<strong>de</strong>r• Bicho <strong>de</strong> sete cabeças, 2000.Direção: Laís Bodanzky• Diário <strong>de</strong> um adolescente, 1995.Direção: Scott Kalvert• Despedida em Las Vegas, 1996.Direção: Mike Figgis• Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída, 1981.Direção: Uli E<strong>de</strong>l.• Ironweed, 1987.Direção: Hector Babenco• La Luna, 1979.Direção: Bernardo Bertolucci• Maria cheia <strong>de</strong> graça, 2004.Direção: Joshua Marston• Meu nome não é Johnny, 2008.Direção: Mauro Lima• Notícias <strong>de</strong> uma guerra particular, 1999.Direção: João Moreira Salles e Kátia Lund• O Casamento <strong>de</strong> Rachel, 2008.Direção: Jonathan Demme41<strong>Cartilha</strong> <strong>para</strong> <strong>pais</strong> <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong>


• O Informante, 1999.Direção: Michael Mann• Por volta da meia noite, 1986.Direção: Bertrand Tavernier• Quando um homem ama uma mulher, 1994.Direção: Luis Mandoki• Ray, 2004.Direção: Taylor Hackford• Réquiem <strong>para</strong> um sonho, 2000.Direção: Darren Aronofsky• Todos os corações do mundo, 1995.Direção: Murillo Salles42Série: Por Dentro do Assunto


O QUE É O VIVAVOZ ?O VIVAVOZ é uma central telefônica <strong>de</strong> orientações e informações sobre aprevenção do uso in<strong>de</strong>vido <strong>de</strong> drogas. O telefonema é gratuito e o atendimentoé sigiloso. A pessoa não precisa se i<strong>de</strong>ntificar.É BOM FALAR COM QUEM ENTENDE• O atendimento é realizado por consultores capacitados e supervisionadospor profissionais, mestres e doutores, da área da saú<strong>de</strong>• Os profissionais indicam locais <strong>para</strong> tratamento• Oferecem aconselhamento por meio <strong>de</strong> intervenção breve <strong>para</strong> pessoasque usam drogas e seus familiares• Prestam informações científicas sobre drogas• O horário <strong>de</strong> funcionamento: segunda a sexta, das 8h às 24hO VIVAVOZ é resultado <strong>de</strong> uma parceria entre a Secretaria Nacional <strong>de</strong> Políticassobre <strong>Drogas</strong> - SENAD e a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><strong>de</strong> Porto Alegre. Após 4 anos <strong>de</strong> funcionamento, os resultados positivos e a<strong>de</strong>manda do público <strong>para</strong> o teleatendimento apontaram <strong>para</strong> a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> ampliação do serviço. Para isto, uma parceria com o Programa Nacional<strong>de</strong> Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI), do Ministério da Justiça,permitiu a ampliação do período <strong>de</strong> atendimento.44Série: Por Dentro do Assunto


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