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Boletim Informativo Setembro de 2004 - CNA

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EDITORIALBOLETIM INFORMATIVO<strong>Setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2004</strong>A dimensão da catástrofe dos incêndios florestais coloca na or<strong>de</strong>m do dia duas questõesfundamentais:- o que foi feito, ou não, das muitas medidas publicitadas em matéria <strong>de</strong>prevenção dos fogos florestais ? E quanto ao grau <strong>de</strong> concretização e <strong>de</strong> realização dasmedidas <strong>de</strong> carácter económico e financeiro, para minorar os nefastos efeitos económicos,sociais, ambientais e humanos <strong>de</strong> tal tragédia ?Não fosse a “abençoada” chuva <strong>de</strong> Agosto e (início) <strong>de</strong> <strong>Setembro</strong>, e as estatísticas sobrea área ardida disparariam... Era <strong>de</strong> esperar que <strong>de</strong>pois da catástrofe <strong>de</strong> 2003, <strong>de</strong>pois dascopiosas conferências <strong>de</strong> imprensa governamentais anunciando milhões e milhões <strong>de</strong> Euros,e que <strong>de</strong>pois da bátega <strong>de</strong> legislação publicada no Diário da República, era <strong>de</strong> esperarque este ano algo <strong>de</strong> substancial e diferente iria acontecer. Infelizmente, o panorama foiinvariavelmente o mesmo. Os meios continuaram insuficientes, como insuficientesforam os recursos financeiros para criar mais brigadas florestais, bem comopara ressarcir os milhares <strong>de</strong> Agricultores vítimas <strong>de</strong>ssa enorme calamida<strong>de</strong>.Nesta, como em muitas matérias <strong>de</strong> elevada complexida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> se enfeixame se conjugam vários elementos <strong>de</strong> vária or<strong>de</strong>m, os resultados não são imediatos.Porém, é fácil listar um conjunto <strong>de</strong> factores que estão na origem dos flagelosdos incêndios. O diagnóstico há muito que está feito. Não precisamos <strong>de</strong> maiscomissões <strong>de</strong> estudo, mais livros brancos, mais leis orgânicas. Precisamos,sim, <strong>de</strong> observar as boas práticas que estão a ser implementadas cá <strong>de</strong>ntro enoutros Países e adaptá-las à estrutura florestal existente. Precisamos <strong>de</strong>aproveitar e potenciar as estruturas associativas dos proprietários florestais, ascentenas e centenas <strong>de</strong> Conselhos Directivos <strong>de</strong> Baldios e suas estruturas <strong>de</strong>coor<strong>de</strong>nação regional e nacional apoiadas em equipas <strong>de</strong> sapadores florestais.O Governo, ao invés <strong>de</strong> adoptar a politica <strong>de</strong> prevenção que urge, continuacego e surdo face às propostas <strong>de</strong> reconhecidos peritos nacionais e internacionaise do Movimento Associativo. Veja-se as propostas do anteprojecto do (ex)MADRP para criação das chamadas Zonas <strong>de</strong> Intervenção Florestal, ZIF´s noâmbito <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> prevenção. São várias as discordâncias que a <strong>CNA</strong>e suas filiadas têm sobre este anteprojecto. Voltaremos ao assunto brevemente.O Executivo da Direcção Nacional da <strong>CNA</strong>DESTAQUEA Crise da VitiviniculturaRegime <strong>de</strong> Pagamento Único à ExploraçãoCADERNO TÉCNICODa Produção ao ConsumoQualida<strong>de</strong> e Segurança AlimentarDossier Técnico noâmbrito da Medida 10 doPrograma Agro


OPINIÃOA CRISE DA VITIVINICULTURAPor João VieiraSão muitos, graves e permanentes osproblemas com a Vitivinicultura familiar.Dificulda<strong>de</strong>s com o escoamento <strong>de</strong> vinhos;importações <strong>de</strong> toda a espécie <strong>de</strong> mixordicessem controlo eficaz; preços em baixa, naprodução, e especulação com os preços noconsumidor; exportações e campanhas <strong>de</strong>promoção dominadas pelas “marcas” <strong>de</strong>gran<strong>de</strong>s empresas ; frequentes campanhaspúblicas anti-vinho a pretexto do combate aoalcoolismo. E até os vinhos “<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”,vinhos “<strong>de</strong> marca”, se encaminham, quasefatalmente, para gran<strong>de</strong>s crises. A presentecampanha vinícola é abundante. Na Europae no Mundo...Em consequência temos:- preços “<strong>de</strong>rastos” e à mercê <strong>de</strong> dois ou três gran<strong>de</strong>sarmazenistas/comerciantes (aliás <strong>de</strong> máreputação, para quem os conhece...);A<strong>de</strong>gas Cooperativas com dificulda<strong>de</strong>sfinanceiras permanentes ; dívidas aosProdutores. E, para agravar tudo, temosainda a escandalosa cumplicida<strong>de</strong> “dosistema” (sucessivos governos) para comcertos “produtos” que encharcam os(gran<strong>de</strong>s) mercados: - as auto<strong>de</strong>signadas“misturas <strong>de</strong> vinhos provenientes <strong>de</strong> váriospaíses da comunida<strong>de</strong> europeia” ; os vinhosbrancos, “à pressão”, dominados por umadistribuidora cervejeira...; certos mostosproduzidos a partir <strong>de</strong> sacarose.A adulteração e a traficância (<strong>de</strong> “vinhos”...),essas grassam impunemente ou chegam aser compensadoras mesmo quandocriminalizadas, nas raras vezes em que o têmsido...Nos últimos anos, a reestruturação davinha fez <strong>de</strong>slocar “direitos” (novos plantios)<strong>de</strong> todas as regiões para o Alentejo on<strong>de</strong>,hoje, se concentram gran<strong>de</strong>s e intensivosvinhedos ( com rega). A nível nacional, ospequenos Produtores têm-se visto obrigados,por razões económicas, a abandonarem assuas produções tradicionais. Gran<strong>de</strong>sempresas e gran<strong>de</strong>s grupos financeirosentram, em força, no sector e fazem-no “dacepa até ao copo/cálice”.De facto, a tradição já não é o que era.Já não são o sol e os terrenos a apurar ascastas e as uvas... Os vinhos “<strong>de</strong> marca”são cada vez mais “complicados” etecnológicos. Portanto, por aí também estáa passar uma forte dinâmica que ten<strong>de</strong> paraalterar o histórico papel – económico, sociale cultural – da Vitivinicultura. O velho Bacoestá a ser empalmado pelo computador...Porém, eu cá prefiro beber um vinho“honesto” em ambiente <strong>de</strong> festa e convívio,a beber, sozinho e engravatado, um (caro...)vinho “<strong>de</strong> marca”. E posso até dizer que omeu (sensível) aparelho digestivo suportamelhor os vinhosnaturais que as“vinhaças” muitoelaboradas...Aliás, vem aí oS. Martinho. Quantoa mim, nadasubstitui uma água--pé tradicional aacompanhar ascastanhas !...2( a continuar )


OPINIÃOA privatização da Companhia das Lezírias será o primeiro passopara se retalhar e urbanizar os 20.000 ha que a constituemPor José MiguelApesar <strong>de</strong> o Governo po<strong>de</strong>r vir dizer que aprivatização da Companhia das Lezírias emnada alterará a preservação dos usos ecaracterísticas naturais dos 20.000 ha que aconstituem e que as restrições à urbanizaçãose manterão, o que é facto, é que os exemplosdo passado mostram exactamente o contrário.Muito dificilmente os privados resistem aopo<strong>de</strong>r financeiro do loby da construção e oEstado, por sua vez, muito dificilmente resisteà pressão dos privados. Tudo uma questão <strong>de</strong>tempo e da cor política instalada.Foi assim com Herda<strong>de</strong> da Mata do Duque,com cerca <strong>de</strong> 1400 ha, que foi retalhada emcentenas <strong>de</strong> quintas e foi assim em muitasoutras, on<strong>de</strong> à custa do “interesse público” se<strong>de</strong>sclassifica zonas <strong>de</strong> REN e RAN paraconstruir empreendimentos turísticos como sejacampos <strong>de</strong> golfe.Existem mesmo áreas que já foram pertençada Companhia das Lezírias, e que temprojectos urbanísticos prontos para avançar,mal tenham luz ver<strong>de</strong> para cortar os sobreiros(protegidos por lei), como é o caso da herda<strong>de</strong>da Vargem Fresca com cerca <strong>de</strong> 500 ha.Se pensarmos que o valor da Companhiadas Lezírias está estimado em 30 milhões <strong>de</strong>contos e que por outro lado, o lucro daactivida<strong>de</strong> Florestal, Agrícola e Pecuária élimitado, po<strong>de</strong>mos dizer que a amortização doinvestimento efectuado levaria, pelo menos,uma centena <strong>de</strong> anos, mantendo-se os actuaisusos do solo.Por outro lado, po<strong>de</strong>mos dizer que com apromessa <strong>de</strong> reconversão <strong>de</strong> uma pequenaparte dos 20.000 ha para fins urbanísticos,permitiria a qualquer investidor garantir, logo àpartida, a amortização do investimento.Se no primeiro cenário será muito difícilarranjar um investidor disposto a um empatesignificativo <strong>de</strong> capital com retorno previstoapenas para os seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, nosegundo, tratar-se-ia da <strong>de</strong>struição dumpatrimónio natural que hoje ainda é <strong>de</strong> todose dum mau negócio para o Estado, já queven<strong>de</strong>ria terrenos para urbanizar a preços <strong>de</strong>terrenos agrícolas.A juntar a tudo isso, está a proposta doGoverno para passar para as mãos dasautarquias a afectação e <strong>de</strong>safectação dasáreas <strong>de</strong> REN e RAN. Ora, tendo em conta oactual - insuficiente - mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> financiamentodas autarquias e as consequentes dificulda<strong>de</strong>scom que estas cronicamente se <strong>de</strong>frontam,essa passagem <strong>de</strong> competências po<strong>de</strong> abrircaminho a uma ainda maior especulaçãoimobiliárias.3


INTERNACIONAL10 <strong>de</strong> <strong>Setembro</strong>: Dia Internacional pela Soberania Alimentar... ... ... em homenagem a Lee Kyong Hae ... ... ...Por Vanda SantosFoi há um ano atrás, emCancun (México)...A 10 <strong>de</strong> <strong>Setembro</strong> <strong>de</strong>2003, numa manifestaçãoda Via Campesina, com apresença <strong>de</strong> OrganizaçõesAgrícolas um pouco <strong>de</strong> todoo Mundo (entre elas a<strong>CNA</strong>), Lee Kyong Hae (dirigente duma OrganizaçãoAgrícola Sul Coreana) trepou as gra<strong>de</strong>sque separavam a multidão da polícia <strong>de</strong> choque,olhou os presentes e cravou a sua pequenanavalha suíça no peito... Foi uma imolaçãodramática para pôr em evidência, perante aopinião pública, que a OMC, OrganizaçãoMundial do Comércio, “ mata “ Agricultores !Três dias <strong>de</strong>pois, apesar da fortemobilização das forças policiais e militares, asorganizações do campo, <strong>de</strong> jovens, <strong>de</strong>mulheres e <strong>de</strong> outros sectores sociais, lograramromper os muros impostos pelo GovernoMexicano e pela OMC numa enormemanifestação pacífica e cheia <strong>de</strong> cargasimbólica, em memória <strong>de</strong> Lee.Por isso, a <strong>CNA</strong> – Confe<strong>de</strong>ração Nacionalda Agricultura –, solidarizou-se, nesta data,com as iniciativas que a Via Campesina e assuas Organizações levaram a cabo a 10 <strong>de</strong><strong>Setembro</strong>, um pouco por todo o Mundo (com<strong>de</strong>staque para a manifestação internacional que<strong>de</strong>correu na Coreia do Sul). Reafirmando queo objectivo da OMC <strong>de</strong> liberalizaçãoagrícola, aprofunda os problemas dospaíses sub<strong>de</strong>senvolvidos, impe<strong>de</strong> aSoberania Alimentar, impe<strong>de</strong> os objectivos<strong>de</strong> Desenvolvimento Rural, ameaça asobrevivência dos pequenos produtores edos camponeses <strong>de</strong> todos os países,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do seu grau <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento e anula as conquistas eas exigências sociais dos camponeses.Este não é um objectivo que serve aosAgricultores e por isso, com todos os Lee’s doMundo continuaremos a exigir:¡ OMC Fora da Agricultura ! ¡ AlimentosFora da OMC !¡ NÃO a patentes sobre a vida ! ¡ SIM àSoberania Alimentar!Finalmente, a 14 <strong>de</strong> <strong>Setembro</strong>, a VConferencia Ministerial da Organização Mundialdo Comércio (OMC) terminou em plenofracasso. A retirada antecipada <strong>de</strong> muitosgovernos do sul, criou a confusão e o caos naConferência Ministerial. A reunião acabou semacordo.Volvido um ano sobre estes acontecimentos,a Via Campesina <strong>de</strong>clara o dia 10 <strong>de</strong><strong>Setembro</strong> como Dia Internacional pelaSoberania Alimentar dos Povos <strong>de</strong> todo oMundo e homenageia a memória <strong>de</strong> Lee KyongHae.4


CADERNO TÉCNICOPor Roberto MileuTêm-se verificado algumas melhorias nosentido <strong>de</strong> aumentar a Qualida<strong>de</strong> dos produtose garantir a Segurança para o Consumidor.Infelizmente, e ao mesmo tempo, têm surgido“métodos e formas” <strong>de</strong> produção nem sempreclaros, com vista à obtenção <strong>de</strong> lucro fácil emuitas vezes ilícito, pondo em causainclusivamente a Saú<strong>de</strong> Pública.E, volta não volta, aparece mais um“escândalo alimentar”.Em nossa opinião a questão não é, muitasvezes, <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> legislação mas <strong>de</strong> nãocumprimento <strong>de</strong>ssa mesma legislação.A própria Comissão Europeia temelaborado estudos e análises, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> “LivrosVer<strong>de</strong>s” a “Livros Brancos” on<strong>de</strong> toda estaproblemática é abordada e com base nos quaisse elabora regulamentação.Não restam dúvidas, porém, <strong>de</strong> que énecessário e urgente salvaguardar a Saú<strong>de</strong>Pública e, ao mesmo tempo, dar garantias aosverda<strong>de</strong>iros Agricultores e Produtores que nãorecorram a processos “artificiais” paraabastecer os mercados.Para dar a conhecer algumas <strong>de</strong>ssaspreocupações e medidas, trazemos aquiexcertos do último livro Branco da ComissãoEuropeia sobre o tema, em que se propõe“garantir os mais elevados padrões <strong>de</strong>segurança alimentar”.1 - CRIAÇÃO DE UMA AUTORIDADEALIMENTAR EUROPEIAConsi<strong>de</strong>ra-se que a criação <strong>de</strong>staAutorida<strong>de</strong>, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, será a forma maisa<strong>de</strong>quada à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> garantir um nívelelevado <strong>de</strong> segurança dos alimentos.As funções <strong>de</strong>sta Autorida<strong>de</strong> serão,nomeadamente:- Formulação <strong>de</strong> pareceres científicosin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes sobre todos os aspectosrelacionados com a segurança dos alimentos;- Gestão <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> alerta rápido;-Comunicação e diálogo com osConsumidores sobre questões <strong>de</strong> segurançados alimentos e da saú<strong>de</strong>;- Constituição <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s com as agênciasnacionais e os organismos científicos;- Fornecimento à Comissão das análisesnecessárias.UNIÃO EUROPEIAFUNDOS ESTRUTURAISEste dossier faz parte do <strong>Boletim</strong> <strong>Informativo</strong> <strong>de</strong> <strong>Setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2004</strong> ao abrigo da Medida 10 do Programa Agro. 5


CADERNO TÉCNICO2 - LEGISLAÇÃO EM MATÉRIA DESEGURANÇA DOS ALIMENTOSDecisão <strong>de</strong> fazer acompanhar a criação daAutorida<strong>de</strong> Alimentar Europeia com umconjunto <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong>stinadas a “melhorar etornar coerente o corpo <strong>de</strong> legislação queabrange todos os aspectos associados aosprodutos alimentares, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a exploraçãoagrícola até à mesa”“O novo quadro jurídico abrangerá toda aca<strong>de</strong>ia alimentar, incluindo a produção <strong>de</strong>alimentos para animais, estabelecerá umnível elevado <strong>de</strong> protecção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> dosconsumidores e atribuirá claramente a principalresponsabilida<strong>de</strong> pela produção <strong>de</strong> alimentosseguros à indústria, aos produtores e aosfornecedores”.“Serão <strong>de</strong>finidas regras relativas ao sectorda alimentação animal, com vista a garantir quesó sejam utilizados materiais a<strong>de</strong>quados paraa sua produção e que a utilização <strong>de</strong> aditivosseja controlada com maior eficácia”.3 - INFORMAÇÃO AOS CONSUMIDORESNeste aspecto foi consi<strong>de</strong>rado importantee indispensável promover um diálogo com osConsumidores a fim <strong>de</strong> incentivar a suaparticipação na nova política <strong>de</strong> segurança dosalimentos, bem como assegurar aosConsumidores uma melhor informação sobreos novos problemas <strong>de</strong> segurança dosalimentos e os riscos que <strong>de</strong>terminadosalimentos apresentam para certos grupos dapopulação.Assume-se que “os Consumidores têm odireito <strong>de</strong> esperar que lhes sejam fornecidasinformações úteis e claras sobre a qualida<strong>de</strong>e os constituintes dos alimentos, por forma apo<strong>de</strong>rem escolher com conhecimento <strong>de</strong>causa”.6


CADERNO TÉCNICOPara isso há que estabelecer procedimentos,entre os quais:- Obrigação por parte das empresas dosector alimentar e da alimentação animal,<strong>de</strong> dispor <strong>de</strong> procedimentos a<strong>de</strong>quadospara retirar do mercado os produtosalimentares e os alimentos para animaissempre que exista um risco para a saú<strong>de</strong>dos consumidores;4 - ALGUNS PRINCÍPIOS DE SEGURANÇADOS ALIMENTOSa) A política <strong>de</strong> segurança dos alimentos<strong>de</strong>verá basear-se numa abordagem global eintegrada, ou seja, ao longo <strong>de</strong> toda a ca<strong>de</strong>iaalimentar – da exploração agrícola até à mesa,incluindo a alimentação animal, em todos ossectores alimentares, entre os Estados-Membros, nas fronteiras externas da UniãoEuropeia e <strong>de</strong>ntro da U.E..b) Definição clara dos papéis <strong>de</strong> todos osintervenientes na ca<strong>de</strong>ia alimentar (produtores<strong>de</strong> alimentos para animais, agricultores eprodutores/operadores <strong>de</strong> alimentos paraconsumo humano, autorida<strong>de</strong>s competentesdos Estados-Membros e países terceiros,Comissão, consumidores).Os principais responsáveis em matéria <strong>de</strong>segurança dos alimentos são os produtoresdos alimentos para animais, os agricultores eos operadores do sector alimentar mas asautorida<strong>de</strong>s competentes <strong>de</strong>verão controlar egarantir a observância <strong>de</strong>ssas responsabilida<strong>de</strong>s,à Comissão Europeia competea avaliação e medidas a<strong>de</strong>quadas e aosConsumidores <strong>de</strong>verá competir armazenar,manipular e preparar convenientemente osalimentos.- Obrigação <strong>de</strong> os operadores manteremregistos a<strong>de</strong>quados dos fornecedores <strong>de</strong>matérias primas e ingredientes.d) A ANÁLISE DOS RISCOS <strong>de</strong>ve constituira base da política da segurança dos alimentos,em três componentes: AVALIAÇÃO DOSRISCOS, GESTÃO DOS RISCOS e COMU-NICAÇÃO DOS RISCOS.e) As consi<strong>de</strong>rações ambientais, o bemestardos animais, a agricultura sustentável eas expectativas dos Consumidores no querespeita à qualida<strong>de</strong> dos produtos, à informaçãocorrecta e à <strong>de</strong>finição das característicasessenciais dos produtos e dos métodos <strong>de</strong>processamento e produção, são outros factoresimportantes.c) Para uma política alimentar eficaz <strong>de</strong>veráser imposta a RASTREABILIDADE dosalimentos para consumo humano e dosalimentos para animais, bem como dosrespectivos ingredientes.7


CADERNO TÉCNICO5 - INFORMAÇÃO DOS CONSUMIDORESO “Livro Branco” consi<strong>de</strong>ra fundamental queo Consumidor seja reconhecido comointerveniente <strong>de</strong> pleno direito em todos osaspectos relacionados com a segurança dosalimentos e que as suas preocupações sejamtomadas em conta, o que implica:- Consultar o público sobre todos osaspectos <strong>de</strong> segurança dos alimentos;- Fornecer um quadro <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate entre peritose consumidores;- Promover o <strong>de</strong>bate transnacional entre osConsumidores, a nível europeu e mundial.Os Consumidores <strong>de</strong>vem receberinformações essenciais e precisas parapo<strong>de</strong>rem escolher com conhecimento <strong>de</strong> causa.Para isso as regras obrigatórias em matéria<strong>de</strong> ROTULAGEM <strong>de</strong>vem garantir que oConsumidor disponha <strong>de</strong> informações sobre ascaracterísticas dos produtos – composição,armazenagem e utilização.6 - NOTA FINALProcurámos abordar um conjunto <strong>de</strong>questões ligadas à segurança dos alimentosO Sector agro-alimentar tem gran<strong>de</strong>importância na economia europeia (a indústriaalimentar e das bebidas produz, na U.E.,anualmente, 600 mil milhões <strong>de</strong> euros).A produção anual do sector agrícola é daor<strong>de</strong>m dos 220 mil milhões <strong>de</strong> euros,assegurando o equivalente a 7,5 milhões <strong>de</strong>empregos a tempo inteiro.O público consumidor são centenas <strong>de</strong>milhões <strong>de</strong> pessoas.Por tudo isto, o que se faça para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rtodos – DESDE O PRODUTOR ATÉ AOCONSUMIDOR – nunca é <strong>de</strong>mais.Haverá que salvaguardar os direitos doConsumidor no que respeita à PUBLICIDADEENGANOSA.8


CADERNO TÉCNICOQUALIDADE E SEGURANÇA ALIMENTARPor João FilipeMuitas vezes se confun<strong>de</strong> o conceito <strong>de</strong>Qualida<strong>de</strong> Alimentar com Segurança Alimentare tratam-se como sendo a mesma e uma sócoisa.No entanto a qualida<strong>de</strong> é muito mais do queo bom estado higiosanitário dos alimentos,<strong>de</strong>finição mais usual para Segurança Alimentar,sendo que, esta última, é certamente, acondição primeira e obrigatória <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.O bom estado higiosanitário dos alimentosé <strong>de</strong> facto uma condição exigida peloconsumidor quando falamos em matéria <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> alimentar, no entanto, por si só, esterequisito não cativa a preferência doconsumidor. Aliado a este conceito reveste--se também <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância ascaracterísticas organoléticasdo produto, as suascaracterísticas nutricionais, a sua aparênciaconservação, entre outras.Outra característica com gran<strong>de</strong> influência na<strong>de</strong>cisão do consumidor sob o ponto <strong>de</strong> vista daqualida<strong>de</strong> alimentar é o tipo <strong>de</strong> produção, se oproduto é produzido numa região ou segundoum método tradicional <strong>de</strong>terminado ou aindaproduzido por um método “amigo” do ambientee do bem estar animal, como por exemploAgricultura Biológica, Protecção e ProduçãoIntegrada, aumenta as garantiasqualitativas <strong>de</strong>sse produto aosolhos do consumidor.Especiali<strong>de</strong> Tradicional Garantida (ETG)Indicação Geográfica Protegida (IGP)Denominação <strong>de</strong> Origem Protegida (DOP)Agricultura Biológica (AB)9


CADERNO TÉCNICOO DESPERTAR PARA A SEGURANÇAALIMENTAR NA UEA confiança do consumidor em matéria <strong>de</strong>Segurança Alimentar, tem vindo a ser abaladacom alguma frequência nos últimos anos peloconjunto <strong>de</strong> episódios trazidos a público naEuropa, como é o caso da BSE e das Dioxinas,cuja sua importância e dimensão abanaram osalicerces da União Europeia, colocando mesmoem causa a idoneida<strong>de</strong> da política da UE e dosseus Estados Membros (EM) em matéria <strong>de</strong>Segurança Alimentar.Este cenário tornou os consumidores mais<strong>de</strong>spertos para a matéria da saú<strong>de</strong> relacionadacom os alimentos e vem colocar este assuntona primeira linha das preocupações da classepolítica, das autorida<strong>de</strong>s competentes e doscidadãos em geral.ESTRATÉGIA GLOBAL DE APLICAÇÃOTal situação, está a levar a União Europeiaa aplicar uma estratégia global para conquistara confiança dos consumidores na segurançados produtos alimentares que consomem.Esta estratégia assenta em três pilares1- Nova legislação relativa à segurançados géneros alimentícios e dos alimentospara animais.Foi pela primeira vez no início <strong>de</strong> 2002 quese regulamentaram os princípios gerais emmatéria <strong>de</strong> segurança dos géneros alimentíciose dos alimentos para animais através doRegulamento (CE) n.º 178/2002 do ParlamentoEuropeu e do Conselho, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong>2002, que <strong>de</strong>termina os princípios e normasgerais da legislação alimentar, cria aAutorida<strong>de</strong> Europeia para a Segurança dosAlimentos e estabelece procedimentos emmatéria <strong>de</strong> segurança dos géneros alimentícioscom a última alteração dada pelo Regulamento(CE) n.º 1642/2003 do Parlamento Europeu edo Conselho, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2003.10


CADERNO TÉCNICO2- Pareceres científicos sólidos nosquais se fundamentem as <strong>de</strong>cisões.Toda a acção <strong>de</strong>senvolvida pela UniãoEuropeia ao nível da ca<strong>de</strong>ia alimentar, assentaem princípios científicos. Neste contexto, foicriada a Autorida<strong>de</strong> Europeia para a Segurançados Alimentos (AESA), que entrou emfunções em 2003, e segue <strong>de</strong> perto todas asfases do sector alimentar, po<strong>de</strong>ndo também oseu acompanhamento abranger produtos nãoalimentares, alimentos para animais, OGM’s equestões relacionadas com a nutrição.Os pareceres científicos nos quais sefundamentam as <strong>de</strong>cisões, emergem dosrelatórios científicos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes que aAESA fornece à Comissão Europeia e que,por questões <strong>de</strong> transparência, são <strong>de</strong>vidamentedivulgados publicamente.Tal situação ocorreu e revestiu-se <strong>de</strong>particular importância, dado que acontaminação por, esta via, esteve na origemdos principais alertas sanitários dos últimosanos.Não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> referir que alegislação alimentar geral (que abrange todasas etapas da ca<strong>de</strong>ia alimentar e cujosprincípios e procedimentos actualmente emvigor, em matéria <strong>de</strong> legislação alimentar,<strong>de</strong>vem ser adaptados o mais rapidamentepossível e o mais tardar até 1 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong>2007), é complementada por legislaçãoespecífica relativa a um conjunto <strong>de</strong> questõesrelacionadas com a segurança dos alimentos,tais como a utilização <strong>de</strong> pesticidas, <strong>de</strong>suplementos alimentares, corantes, antibióticose hormonas na produção <strong>de</strong> alimentos; pornormas em matéria <strong>de</strong> higiene; e porprocedimentos rigorosos relativos à libertação,comercialização, rotulagem e rastreabilida<strong>de</strong>das culturas e dos géneros alimentícios quecontenham organismos geneticamentemodificados (OGM).No fundo, a Autorida<strong>de</strong> Europeia para aSegurança dos Alimentos <strong>de</strong>verá levar a caboseis tarefas essenciais:- Formular pareceres científicos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntessobre questões <strong>de</strong> segurança dosalimentos e questões com ela relacionadas,como a saú<strong>de</strong> e o bem-estar animal, afitossanida<strong>de</strong>, os organismos geneticamentemodificados (OGM) ou a nutrição.- Formular pareceres sobre questõestécnicas alimentares, com vista a orientar aspolíticas e a legislação relativas à ca<strong>de</strong>iaalimentar.- Recolher e analisar as informações sobrequaisquer riscos eventuais, bem como sobreos dados relativos à exposição por via alimentar,com vista a controlar a segurança em toda aca<strong>de</strong>ia alimentar.- I<strong>de</strong>ntificar e notificar os riscos emergenteso mais cedo possível.- Apoiar a Comissão em caso <strong>de</strong> situaçãourgente, formulando pareceres científicos emunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crise criadas ad hoc.- Estabelecer um diálogo permanente como público em geral e informar sobre os riscospotenciais ou emergentes.11


CADERNO TÉCNICO3- Execução e controlo.A Comissão Europeia acompanha aexecução da legislação comunitária em matéria<strong>de</strong> géneros alimentícios e alimentos paraanimais sob três vertentes: verifica se alegislação comunitária foi <strong>de</strong>vidamentetransposta para a legislação nacional dos EM;verifica cuidadosamente, por meio dosrelatórios enviados pelos EM e por paísesterceiros, se as normas foram <strong>de</strong>vidamenterespeitadas; e efectua inspecções no terreno,na UE e noutros países.A responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> verificar se a UniãoEuropeia e os seus Estados Membros,possuem infra-estruturas necessárias parafazer cumprir a legislação aplicável aosprodutores <strong>de</strong> géneros alimentícios e alimentospara animais é do Serviço Alimentar eVeterinário da Comissão (SAV). Estes serviços,ainda que em segundo plano, são tambémresponsáveis por realizar algumas inspecçõeslocais das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong>alimentos.A este nível, está prevista a adopção <strong>de</strong>normas muito rigorosas, (a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> controlocontinua a funcionar da mesma forma), comgran<strong>de</strong> parte dos controlos a serem daresponsabilida<strong>de</strong> dos EM, no entanto, cada EMestará sujeito a auditorias a efectuar pelaComissão Europeia.Em resumo, hoje a UE está a <strong>de</strong>senvolveruma política integrada que visa garantir umnível elevado <strong>de</strong> segurança dos alimentos,aliado à saú<strong>de</strong> e bem-estar dos animais e àpreservação do ambiente, aplicando medidas<strong>de</strong> acompanhamento e controlo “<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a exploraçãoagrícola até à mesa” (rastreabilida<strong>de</strong>).Fontes <strong>de</strong> informação:- Regulamento (CE) n.º 178/2002 doParlamento Europeu e do Conselho, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong>Janeiro <strong>de</strong> 2002, [Jornal Oficial L 31 <strong>de</strong>01.02.2002]- Regulamento (CE) n.º 1642/2003 doParlamento Europeu e do Conselho, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong>Julho <strong>de</strong> 2003 [Jornal Oficial L 245 <strong>de</strong>29.09.2003]- Regulamento (CE) n.º2081/1992 doParlamento Europeu e do Conselho, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong>Julho <strong>de</strong> 1992, [Jornal Oficial L 208 <strong>de</strong> 24.07.92]- Regulamento (CE) n.º2081/1992 doParlamento Europeu e do Conselho, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong>Julho <strong>de</strong> 1992, [Jornal Oficial L 208 <strong>de</strong> 24.07.92]- Regulamento (CE) n.º2092/1991 doParlamento Europeu e do Conselho, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong>Julho <strong>de</strong> 1991, [Jornal Oficial L 198 <strong>de</strong> 22.07.91]- www.europa.eu.int, Agosto <strong>2004</strong>- www.agroportal.pt, Agosto <strong>2004</strong>UNIÃO EUROPEIAFUNDOS ESTRUTURAIS12 Este dossier faz parte do <strong>Boletim</strong> <strong>Informativo</strong> <strong>de</strong> <strong>Setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2004</strong> ao abrigo da Medida 10 do Programa Agro.


NOTÍCIA / ACTIVIDADES DA <strong>CNA</strong> E ASSOCIADAS - SETEMBRO<strong>CNA</strong> EM AUDIÊNCIA COM MINISTRO DA AGRICULTURANo passado dia 15 <strong>de</strong> <strong>Setembro</strong> aConfe<strong>de</strong>ração Nacional da Agricultura – <strong>CNA</strong>reuniu pela primeira vez com o actual Ministroda Agricultura Pescas e Florestas, Dr. CarlosCosta Neves.Nesta audiência <strong>de</strong> apresentação, solicitadapela <strong>CNA</strong>, discutiram-se aspectos concretos daaplicação da reforma da PAC ao nosso País edas negociações da OMC. Falou-se na floresta,na questão do Douro. Abordou-se orelacionamento institucional entre a <strong>CNA</strong> e oMAPF, <strong>de</strong>vido, particularmente, à problemáticado incumprimento, por parte do Estado, <strong>de</strong>alguns protocolos institucionais e,nomeadamente,dos gran<strong>de</strong>s atrasos nospagamentos da Formação Profissional <strong>de</strong>Agricultores.Relativamente ao tema das florestas,abordaram-se questões como oOr<strong>de</strong>namento Florestal, os incêndios e a suaprevenção, bem como alguns aspectos doenquadramento institucional dos órgãosrepresentativos dos Baldios e os apoiosoficiais aos Compartes.No que diz respeito ao assunto da RegiãoDemarcada do Douro, abordou-se o“Comunicado <strong>de</strong> Vindima <strong>2004</strong>”.Face a várias questões concretascolocadas pela <strong>CNA</strong>, e relacionadas com asituação da Lavoura, o Sr. Ministro preferiuremetê-las para reuniões a realizarem-semensalmente, dado o interesse nisso<strong>de</strong>monstrado por ambas as partes.Des<strong>de</strong> logo, ficou marcada uma audiênciapara meados <strong>de</strong> Outubro para se abordar, emparticular, a produção Vitivinícola.O Sr. Ministro manifestou ser sua intençãodar maior atenção às parcerias a estabelecerentre o Ministério e as entida<strong>de</strong>s representativasdos Agricultores, em particular a<strong>CNA</strong>. No entanto, sem ter particularizadonenhuma <strong>de</strong>ssas novas situações.Em representação da <strong>CNA</strong> participaram nestareunião:- Albino Silva; Alfredo Campos; AntónioFerraria; João Vieira; Manuel Rodrigues. Pelaparte do MAPF, para além do Sr. Ministro,participou o Secretário <strong>de</strong> Estado da Agriculturae Alimentação, Eng.º David Geral<strong>de</strong>s.NACIONAISDia 8Reunião da UDACA – União das A<strong>de</strong>gasCooperativas do Dão, em Viseu.A representar a <strong>CNA</strong> esteve João Dinis.Dia 9Participação da <strong>CNA</strong> no Seminário “OLicenciamento na Fileira do Leite”, realizado pelaANIL – Associação Nacional dos Industriais <strong>de</strong>Lacticínios. Albino Silva representou a <strong>CNA</strong>.Dia 13Reunião da CEPES do CES sobre “Os Serviços<strong>de</strong> Interesse Geral na União Europeia e a situaçãoem Portugal”.A <strong>CNA</strong> esteve representada por Roberto Mileu.Dia 14Tomada <strong>de</strong> Posse do Director Regional <strong>de</strong>Agricultura <strong>de</strong> Entre-Douro e Minho, em Vila doCon<strong>de</strong>. Ana Gonçalves participou pela <strong>CNA</strong>.Tomada <strong>de</strong> Posse do Director Regional <strong>de</strong>Agricultura do Ribatejo e Oeste na Golegã.Pela <strong>CNA</strong> participaram Amândio Freitas eRoberto Mileu.Dia 15Audiência da <strong>CNA</strong> com o Ministério da Agricultura.Dia 15Realização da Comissão Consultiva e Sectorial<strong>de</strong> Frutas e Produtos Hortícolas Frescos eTransformados.Roberto Mileu e Amândio Freitas representarama <strong>CNA</strong>.Dia 17Realizou-se uma reunião entre o Secretário <strong>de</strong>Estado das Florestas, Engº Luís Pinheiro, e aBALADI . Pela parte da BALADI estiveram os14


ACTIVIDADES DA <strong>CNA</strong> E ASSOCIADAS - SETEMBROrepresentantes dos Secretariados dos Baldios <strong>de</strong>Trás-os-Montes e Alto Douro, <strong>de</strong> Viseu e daACEB.Do conjunto das matérias abordadas tiveramparticular atenção o novo relacionamentoinstitucional, a estratégia do sector florestal emgeral e em particular os Baldios, e ainda, aquestão do ante projecto Lei sobre as Zonas <strong>de</strong>Intervenção Florestal.Dia 20A Direcção Geral dos Recursos Florestaisrealizou uma reunião <strong>de</strong> trabalho sobre dossiersinternacionais, no auditório do Instituto <strong>de</strong>Desenvolvimento Rural e Hidráulica.Pela <strong>CNA</strong>, foram José Alfredo e Vanda Santos.Dia 22Realização <strong>de</strong> uma reunião do <strong>CNA</strong>DS –Conselho Nacional do Ambiente eDesenvolvimento Sustentável.Pela <strong>CNA</strong>, participou João Dinis.Dia 22Participação no Seminário sob o tema: “SemearSegurança é cultivar a Vida: Prevenção <strong>de</strong> RiscosProfissionais no Sector Agrícola e Florestal”,promovido pelo IDICT em Gouveia.Pela <strong>CNA</strong>, participou com uma intervenção, aDirigente da <strong>CNA</strong> na Guarda, Anabela Matos.Participaram também em nome da ADAG/<strong>CNA</strong>,Ana Bela Pinto, António Machado, ElisabeteMargarida Moura, Maria Fernanda Lopes, PauloJosé Cardoso e Paulo José Menano.Dia 22A convite do Sr. Ministro da Agricultura a <strong>CNA</strong>participou na Sessão Pública “Estratégia Agrícolapara o Alqueva”, que foi seguida <strong>de</strong> um almoço,nas instalações do Núcleo Empresarial da Região<strong>de</strong> Beja (NERBE) em Beja.Na Sessão estiveram presentes, pela <strong>CNA</strong>,Manuel Ribeiro, Mário Eugénio e Amândio Freitas.Dia 22Reunião com o Gestor do AGRO para se fazer aapreciação do Plano <strong>de</strong> Formação e preparar apróxima candidatura.Em representação da <strong>CNA</strong> estiveram AlfredoCampos, António Ferraria e Paula Antunes.Dia 23Realização da 1ª Reunião do Grupo <strong>de</strong> Trabalho(GOP’s 2005), nas instalações do CES .Roberto Mileu representou a <strong>CNA</strong>.Dia 24Realização <strong>de</strong> uma Comissão ConsultivaAlargada no GPPAA. Da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhosconstaram:-: ponto da situação dos trabalhos doGrupo <strong>de</strong> Trabalho Interministerial daCondicionalida<strong>de</strong>-Ambiente; Análise doDocumento - Boas Condições Agrícolas eAmbientais.Pela <strong>CNA</strong> participaram Roberto Mileu, LucindaPinto e João Filipe.INTERNACIONALDias 20 a 23Reuniões em Bruxelas com a REPER –Representação Permanente do GovernoPortuguês em Bruxelas – e com os Euro<strong>de</strong>putadosdo Partido Comunista Português e do PartidoSocialista, respectivamente, Dr.ª Ilda Figueiredo eEng.º Capoulas Santos.Pela <strong>CNA</strong> foram Vanda Santos e Roberto Mileu.PEDIDO DE OFERTAS DE GÉNEROS AGRÍCOLASA Direcção Nacional da Confe<strong>de</strong>ração Nacional da Agricultura, <strong>CNA</strong>, <strong>de</strong> novo apela aosAgricultores e a algumas estruturas ligadas ao sector, no sentido <strong>de</strong> ofertarem ProdutosAgro--Alimentares não-perecíveis. Com o objectivo <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rem reverter, <strong>de</strong>pois, em fundospara apoiar a activida<strong>de</strong> da Confe<strong>de</strong>ração.As ofertas po<strong>de</strong>m ser entregues directamente à <strong>CNA</strong> ou às suas Associadas Regionais.Agra<strong>de</strong>cendo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já.A Direcção Nacional da <strong>CNA</strong>15


OBSERVATÓRIO LEGISLATIVO - SETEMBRONACIONALFundo FlorestalPermanente – ODespacho Normativon.º 39/<strong>2004</strong> aprova acalendarização específicado programa <strong>de</strong>apoios para <strong>2004</strong> doFundo FlorestalPermanente. DR n.º207, Série I-B, <strong>de</strong> 02<strong>de</strong> <strong>Setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2004</strong>.Plano <strong>de</strong> Defesa daFloresta – A Portarian.º 1185/<strong>2004</strong> estabelecea estrutura tipodo plano <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dafloresta. DR n.º 218, Série I-B, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong><strong>Setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2004</strong>.Condicionalida<strong>de</strong> – O Despacho Conjunton.º 573/<strong>2004</strong> cria um grupo <strong>de</strong> trabalho a fim<strong>de</strong> elaborar uma proposta <strong>de</strong>operacionalização do sistema <strong>de</strong> controlo dacondicionalida<strong>de</strong> dos pagamentos directos dapolítica agrícola comum (PAC), no que respeitaaos requisitos legais <strong>de</strong> gestão em matériaambiental, <strong>de</strong>signado por SCC-ambiente. DRn.º 218, Série II, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> <strong>Setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2004</strong>.Pagamento Único – A portaria n.º 1202/204estabelece as regras nacionaiscomplementares relativas ao 1.º ano <strong>de</strong>aplicação do regime do pagamento único,previsto no título III do Regulamento (CE) n.º1782/2003, do Conselho, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> <strong>Setembro</strong>,bem como nos Regulamentos (CE) n.º 795/<strong>2004</strong> e 796/<strong>2004</strong>, ambos da Comissão, <strong>de</strong>21 <strong>de</strong> Abril. DR n.º 220, Série I-B, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong><strong>Setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2004</strong>.COMUNITÁRIOCarne <strong>de</strong> Bovino – O Regulamento (CE) n.°1575/<strong>2004</strong> da Comissão revoga osRegulamentos (CE) n.° 717/96, (CE) n.° 1484/96,(CE) n.° 1508/96, (CE) n.° 164/97, (CE) n.° 299/97 e (CE) n.° 1112/97 que adoptam medidasexcepcionais <strong>de</strong> apoio ao mercado da carne <strong>de</strong>bovino na Bélgica, Alemanha, França, Irlanda,Países Baixos, Portugal e Reino Unido. De 8 <strong>de</strong><strong>Setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2004</strong>.Estatísticas Agrícolas – A Decisão daComissão <strong>2004</strong>/637/CE aprova a segunda fasedo plano <strong>de</strong> acção técnica <strong>2004</strong> para oaperfeiçoamento das estatísticas agrícolas[notificada com o número C(<strong>2004</strong>) 3374]. De 8<strong>de</strong> <strong>Setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2004</strong>.Aves e Ovos – O Regulamento (CE) n.° 1601/<strong>2004</strong> da Comissão fixa os preços representativosnos sectores da carne <strong>de</strong> aves <strong>de</strong> capoeira e dosovos, bem como para a ovalbumina, e altera oRegulamento (CE) n.° 1484/95. De 14 <strong>de</strong><strong>Setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2004</strong>.Farinhas <strong>de</strong> Carnes e <strong>de</strong> Ossos – A Decisãoda Comissão <strong>2004</strong>/653/CE altera a Decisão2001/376/CE no que diz respeito à expedição, apartir <strong>de</strong> Portugal, <strong>de</strong> farinhas <strong>de</strong> carne e <strong>de</strong> ossosprovenientes <strong>de</strong> mamíferos e produtos <strong>de</strong>rivados[notificada com o número C(<strong>2004</strong>) 3463](Textorelevante para efeitos do EEE). De 16 <strong>de</strong><strong>Setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2004</strong>.Modulação – O Regulamento (CE) n.° 1655/<strong>2004</strong> da Comissão estabelece regras <strong>de</strong>transição do sistema <strong>de</strong> modulação facultativaestabelecido pelo artigo 4.° do Regulamento (CE)n.° 1259/1999 do Conselho para o sistema <strong>de</strong>modulação obrigatória estabelecido peloRegulamento (CE) n.° 1782/2003 do Conselho.De 22 <strong>de</strong> <strong>Setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2004</strong>.FICHA TÉCNICAEditor: Confe<strong>de</strong>ração Nacional da Agricultura – <strong>CNA</strong> • Morada: Rua do Brasil, 155 – 3030-175 COIMBRA • Telefone: 00351 239 70 89 60Fax: 00351 239 71 53 70 • E-mail: cna@cna.pt • URL: www.cna.pt • Director: Joaquim Casimiro • Director-Adjunto: João Dinis • Coor<strong>de</strong>nador dos ServiçosAgro-Rurais: Roberto Mileu • Coor<strong>de</strong>nador Executivo: José Miguel • Recolha e Organização <strong>de</strong> Textos: Sílvia Ferreira Borges • Fotos: Arquivo da <strong>CNA</strong>, Arquivoda DRABL • Redactores do Ca<strong>de</strong>rno Técnico: Roberto Mileu e João Filipe • Colaboradores neste número: Armando Carvalho, João Vieira e Vanda Santos •Periodicida<strong>de</strong>: Bimestral • Tiragem: 10 000 exemplares • Depósito legal: 180302/02 • Composição, Fotolitos e Impressão: AT-Loja Gráfica16

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