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Faunística - Sociedade Brasileira de Ornitologia

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62. OCORRÊNCIA DA CHOQUINHA-OLIVÁCEA (DYSITHAMNUSMENTALIS) (PASSERIFORMES: THAMNOPHILIDAE) EMFRAGMENTOS FLORESTAIS NA REGIÃO DE MARIANA - MGFlávia Cappuccio <strong>de</strong> Resen<strong>de</strong> 1 , Samila Rafaela Pereira Nardy 2 e RômuloRibon 31 Graduanda em Ciências Biológicas na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto(UFOP), E-mail: flaviacappuccio@yahoo.com.br. 2 Graduanda em CiênciasBiológicas na UFOP, E-mail: samilaufop@yahoo.com.br.3 Professor doDepartamento <strong>de</strong> Ciências Biológicas da UFOP, E-mail: ribon@iceb.ufop.br.A Mata Atlântica é o bioma brasileiro que apresenta os maiores índices <strong>de</strong>en<strong>de</strong>mismo e é consi<strong>de</strong>rado um dos 36 hotspots <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong> do mundo.Atualmente o bioma apresenta-se fragmentado, está reduzido a menos <strong>de</strong> 8%<strong>de</strong> sua extensão original. O bioma possui uma das mais elevadas riquezas <strong>de</strong>aves do planeta: são 1.020 espécies, sendo 188 endêmicas e 112 ameaçadas.O estudo da fragmentação florestal e <strong>de</strong> seus efeitos sobre as espécies é umdos maiores <strong>de</strong>safios da Biologia da Conservação para traçar estratégiasvisando à atenuação da ação humana sobre a perda da diversida<strong>de</strong> biológica.Este trabalho analisa a influência da área <strong>de</strong> fragmentos <strong>de</strong> Mata Atlânticasobre a incidência da choquinha-olivácea (Dysithamnus mentalis)(Passeriformes: Thamnophilidae), espécie insetívora do sub-bosque florestal,na região <strong>de</strong> Mariana, MG. A pesquisa teve a duração <strong>de</strong> um ano e os dadosforam coletados em 15 fragmentos florestais nos meses <strong>de</strong> janeiro a maio <strong>de</strong>2005. O tamanho dos mesmos variou entre 5,5 e 44,2 hectares. Os fragmentoseram isolados, circundados por pastagens, capoeiras e plantações. A presençada espécie nos mesmos foi verificada a partir <strong>de</strong> chamas-eletrônicas,<strong>de</strong>terminando-se, arbitrariamente, um número <strong>de</strong> até 30 chamas em cadafragmento, feitas em intervalos <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 50 metros. Esse número foi menorquando a espécie foi encontrada com menos <strong>de</strong> 30 chamas ou quando opequeno tamanho dos fragmentos não permitia a realização <strong>de</strong> tal montante.Assim o número <strong>de</strong> chamas por fragmento variou em função da resposta dasaves e do tamanho dos mesmos. Em cinco fragmentos florestais foi constatadaa presença <strong>de</strong> Dysithamnus mentalis. Os resultados foram analisados através<strong>de</strong> regressão logística, que mostrou haver uma relação positiva emarginalmente significativa entre a presença da espécie e a área do fragmento(Qui-quadrado = 3,31; p = 0,068; beta = 0,0918). Portanto, a ocorrência dachoquinha-olivácea na região <strong>de</strong> Mariana parece ser <strong>de</strong>terminada pela área doremanescente, como verificado em outro estudo na região <strong>de</strong> Viçosa (MG),on<strong>de</strong> a incidência da espécie é positivamente relacionada à área dosfragmentos e negativamente relacionada ao seu isolamento. Assim, tendo emvista a sustentação da espécie, é prioritária a conservação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>sfragmentos <strong>de</strong> Mata Atlântica.Palavras chave: Dysithamnus mentalis, fragmentação florestal, Mata Atlântica.Órgão Financiador: PIBIC (CNPq/UFOP)70

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