2 – Descrição <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> RecursosO Centro <strong>de</strong> Recursos <strong>de</strong> Assomada foi cria<strong>do</strong> no anolectivo 2004/05, com o apoio da <strong>Escola</strong> <strong>Superior</strong> <strong>de</strong> <strong>Educação</strong><strong>de</strong> <strong>Viana</strong> <strong>do</strong> <strong>Castelo</strong> e têm os seguintes objectivos:• Desenca<strong>de</strong>ar o processo <strong>de</strong> formação contínua <strong>de</strong> professores<strong>do</strong> Ensino Básico e orienta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Jardim-<strong>de</strong>-infância;• Produzir materiais didácticos <strong>de</strong> apoio à formação e ensino;• Garantir o contacto via Internet entre orienta<strong>do</strong>res portuguesese cabo-verdianos, para formação <strong>do</strong>s últimos.• Incentivar a pesquisa na Internet e o recurso a novastecnologias no processo <strong>de</strong> ensino – aprendizagem.O centro ocupa neste momento 4 salas <strong>do</strong> 2º piso <strong>de</strong>um edifício <strong>de</strong> 4 andares e cada sala tem as seguintes funções:• Uma equipada com materiais informáticos e audiovisuais, eneste momento está servin<strong>do</strong> aos <strong>do</strong>centes na elaboração <strong>do</strong>smateriais didácticos, na utilização pedagógica das novastecnologias, na elaboração <strong>de</strong> textos pedagógicos, na pesquisaatravés <strong>de</strong> Internet, na passagem <strong>de</strong> provas e elaboração <strong>de</strong><strong>do</strong>cumentos necessários aos pólos educativos e escolas, navisualização <strong>de</strong> aulas <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o etc. Nessa sala trabalham, porturno, <strong>do</strong>is professores com conhecimento e habilida<strong>de</strong> emnovas tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação.• Uma sala <strong>de</strong> materiais bibliográficos (biblioteca), com váriosmanuais <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s científicos e pedagógicos paraactualização <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes e ao mesmo tempo, trabalham ali,também por turno, duas professoras formadas e experientesque apoiam os <strong>do</strong>centes, sobretu<strong>do</strong>, os sem formaçãopedagógica, na planificação das aulas, elaboração <strong>do</strong>s testes<strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong>s alunos e em tu<strong>do</strong> o que os <strong>do</strong>centes mostraremdificulda<strong>de</strong>s.• Uma sala on<strong>de</strong> funciona a coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> Pré-<strong>Escola</strong>r, comduas coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ras que apoiam as monitoras <strong>de</strong> jardim-<strong>de</strong>--infância, além <strong>de</strong> visitas <strong>de</strong> terreno.• Uma sala equipada para alojamento <strong>do</strong> pessoal <strong>de</strong> <strong>Viana</strong> <strong>do</strong><strong>Castelo</strong> quan<strong>do</strong> se <strong>de</strong>slocam a Cabo Ver<strong>de</strong> para orientarem aformação (quarto <strong>do</strong>s hóspe<strong>de</strong>s).<strong>Superior</strong> <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> <strong>de</strong> <strong>Viana</strong> <strong>do</strong> <strong>Castelo</strong>, por algunsconstrangimentos da nossa parte, mas estamos certos que láchegaremos. Apesar disso, o Centro está a revelar-se <strong>de</strong> enormeimportância no apoio aos professores. É muito procura<strong>do</strong> pelosprofessores e gestores, sobretu<strong>do</strong> os que nunca tiveram acessoàs novas tecnologias. Po<strong>de</strong>-se dizer, que com o surgimento <strong>do</strong>Centro, os Pólos passaram a ter mais igualda<strong>de</strong> em termos <strong>de</strong>benefícios das novas tecnologias, mesmo aqueles que não têmenergia eléctrica. Muitos professores passaram a empenhar--se mais na formação em novas tecnologias porque agora têmum lugar on<strong>de</strong> vão pôr em prática os seus conhecimento e aprópria Delegação sentiu-se <strong>de</strong>scongestionada em relação aosgestores e professores que dantes procuravam ali os serviçosinformáticos. Para muitos, o Centro <strong>de</strong> Recursos é uma dasmelhores coisas que surgiram na educação no concelho nosúltimos anos.É claro que precisamos <strong>de</strong> mais meios informáticos,mais materiais bibliográficos e <strong>de</strong> pessoas com mais qualificaçãopara dirigir o Centro, cremos que com “passos curtos, masseguros” como dizia o Sr. Professor Portela no início <strong>de</strong>ssaparceria, lá chegaremos.O Delega<strong>do</strong>Joaquim Furta<strong>do</strong>Devo dizer, que não cumprimos to<strong>do</strong>s os objectivospreconiza<strong>do</strong>s para o Centro <strong>de</strong> Recursos, sobretu<strong>do</strong> na parteque toca a formação orientada via Internet a partir da <strong>Escola</strong>9Novembro 2006 - educ@r sem fronteiras
Curso Livre – Culturas <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e cidadaniaModulo 4 – A cooperação e a educação como respostahumanitária.Nos dias 29 e 30 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2006 <strong>de</strong>correu na <strong>Escola</strong><strong>Superior</strong> <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> <strong>de</strong> <strong>Viana</strong> <strong>do</strong> <strong>Castelo</strong> (ESE-IPVC) o quartomódulo <strong>do</strong> Curso Livre “Culturas <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e cidadania”integra<strong>do</strong> no Contrato Programa Educar Sem Fronteiras, bemcomo o lançamento <strong>do</strong> livro Requisitos Mínimos para <strong>Educação</strong>em Situação <strong>de</strong> Emergência, Crises Crónicas e Reconstrução,edição e tradução <strong>do</strong> Gabinete <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s para a <strong>Educação</strong> eDesenvolvimento.Este módulo intitula<strong>do</strong> “A cooperação e a educaçãocomo resposta humanitária” teve a presença <strong>de</strong> váriosespecialistas e investiga<strong>do</strong>res da área, <strong>de</strong> diferentes países(Angola, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América, Guiné-Bissau, Grã--Bretanha e Portugal) com prelecções incidin<strong>do</strong> nas questõesda resposta humanitária, da educação na fase <strong>de</strong> reconstrução(o caso <strong>de</strong> Angola) e em países frágeis (o caso da Guiné--Bissau).Num segun<strong>do</strong> momento, foi abordada a utilização <strong>do</strong>sRequisitos Mínimos para a <strong>Educação</strong> em Situação <strong>de</strong>Emergência, Crises Crónicas e Reconstrução para a respostahumanitária, para a dicotomia emergência-reconstrução, alémda sua utilização numa panóplia <strong>de</strong> situações, como, porexemplo, avaliação inicial, acompanhamento <strong>de</strong> professores eoutros técnicos da educação, coor<strong>de</strong>nação, participaçãocomunitária, situações <strong>de</strong> ensino aprendizagem, entre muitasoutras.As apresentações foram as seguintes:• A ajuda <strong>de</strong> emergência numa perspectiva <strong>de</strong> longo prazo – ElizabethChallinor;• A educação em Angola: <strong>de</strong>safios da reconstrução – Luísa Grilo• A educação na Guiné-Bissau: <strong>de</strong>safios para o <strong>de</strong>senvolvimento –João Nala;• A <strong>Educação</strong> como resposta humanitária: um <strong>de</strong>safio para a ESE--IPVC – Júlio Santos;• <strong>Educação</strong>, reconstrução e <strong>de</strong>senvolvimento: o caso da província <strong>de</strong>Malanje – Rui da Silva;• <strong>Educação</strong>, reconstrução e <strong>de</strong>senvolvimento: a experiência da ChristianChildren’s Fund em Angola – Engrácia <strong>do</strong> Céu;• Introdução aos Requisitos Mínimos para <strong>Educação</strong> em Situação <strong>de</strong>Emergência, Crises Crónicas e Reconstrução – Allison An<strong>de</strong>rson, JúlioSantos e Rui da Silva;• Participação comunitária e os Requisitos Mínimos para <strong>Educação</strong> emSituação <strong>de</strong> Emergência, Crises Crónicas e Reconstrução – Júlio Santose Rui da Silva;• Politica educativa e coor<strong>de</strong>nação e os Requisitos Mínimos para<strong>Educação</strong> em Situação <strong>de</strong> Emergência, Crises Crónicas e Reconstrução– Júlio Santos e Rui da Silva);• Síntese da utilização e aplicabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s Requisitos Mínimos para<strong>Educação</strong> em Situação <strong>de</strong> Emergência, Crises Crónicas e Reconstrução– Allison An<strong>de</strong>rson, Júlio Santos e Rui da Silva.Opiniões <strong>de</strong> algumas das 31 pessoas presentes:• Ambiente informal e <strong>de</strong>scontraí<strong>do</strong>; partilha <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias/experiências; boameto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> trabalho, especialmente no segun<strong>do</strong> dia (muito positivo);• A troca <strong>de</strong> experiências <strong>de</strong> vários saberes que permitiu uma novaaprendizagem; partilha <strong>de</strong> experiências <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> outros países;• Dinâmica das activida<strong>de</strong>s propostas; o contacto com pessoas <strong>de</strong> diferentesorigens organizacionais; o tipo <strong>de</strong> abordagem às problemáticas propostas;• Partilha <strong>de</strong> experiências <strong>de</strong> cooperação em varia<strong>do</strong>s contextos sociaise culturais; reflexão em grupo; diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidasao longo da sessão e promoção da dinâmica <strong>de</strong> grupo;• As oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> explorar/contactar com este instrumento <strong>de</strong> trabalho;as orientações foram uma forma excelente <strong>de</strong> entrar mais directamenteem contacto com o livro e <strong>de</strong> tornar as sessões em algo interessante enão <strong>de</strong>masia<strong>do</strong> pesa<strong>do</strong> e cansativo;• Reunião <strong>de</strong> diferentes pessoas; apelo à participação <strong>do</strong>s elementos <strong>do</strong>gran<strong>de</strong> grupo; meto<strong>do</strong>logia, não sen<strong>do</strong> apenas expositivas possibilita aparticipação mais activa <strong>do</strong>s participantes; Livro: um manual estruturanteda acção das pessoas no terreno, potencialmente, dará um forte contributopara a uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bons procedimentos; parece-me que vai contribuir<strong>de</strong>cisivamente para os programas e projectos futuros quevenham a ser melhor planea<strong>do</strong>s, implementa<strong>do</strong>s e avalia<strong>do</strong>s;educ@r sem fronteiras - Novembro 200610