02 ARQUITECTOSa <strong>norte</strong>OBRA ABERTAVISITAS GUIADASA OBRAS DOARQUITECTO JOSÉMARQUES DA SILVA17 OUTUBRO > 5 DEZEMBROIniciou no passado mês de Outubro, com as visitas à Estação de S. Bento (guiada por Nuno Tasso de Sousa),ao Teatro São João (por Luís Soares Carneiro) e à Avenida <strong>dos</strong> Alia<strong>dos</strong> / Palácio Conde de Vizela (por Rui Tavarese Luís Aguiar Branco), o programa de visitas guiadas Obra Aberta, organizado pela OA/SRN. O ciclo pretende,enquanto instrumento de difusão e informação da Actividade do Arquitecto junto da sociedade, criar itineráriosque no nosso dia -a -dia são percursos improváveis e dar valor a fragmentos da cidade que habitualmente nospassam despercebi<strong>dos</strong>.O programa conta com mais três paragens: no próximo dia 7 de Novembro, Gonçalo Canto Moniz e Manuel Ságuiam a visita à Escola Secundária Rodrigues de Freitas; no dia 21, Rui Ramos conduz a visita à casa-atelierMarques da Silva e, por fim, o ciclo encerrará com a visita à Casa e Jardins de Serralves, por André Tavares.7 NOVEMBROz Liceu Rodrigues de Freitas (1918-1932),Praça Pedro NunesArquitecto Gonçalo Canto Monize arquitecto Manuel Sá21 NOVEMBROz Casa-Atelier Marques da Silva (1909),Praça Marquês do Pombal 44Arquitecto Rui Ramos5 DEZEMBROz Casa e jardins de Serralves (1925-1943),R. de Serralves 999Arquitecto André TavaresO preço de cada visita é de 6 euros e as inscrições(até um limite de 30 participantes) terão de ser feitasaté às 17h do dia anterior.Mais informações em www.oasrn.org > CulturaOrganização <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong> – Secção Regional NorteComissariado Ana Maio e Luís Tavares PereiraApoio Fundação Marques da Silva (FIMS)Agradecimentos CP – Comboios de Portugal; Teatro Nacional S. João;Escola Secundária Rodrigues de Freitas; Fundação de SerralvesDECLARAÇÃO DE INSCRIÇÃO NA OAPROCEDIMENTO DE ENVIOO Conselho Directivo Regional do Norte procederá, entre 14 e 18 de Dezembro, ao envio, via CTT, das declaraçõessemestrais de certificação de inscrição na OA, respeitantes ao 1.º semestre de 2010.To<strong>dos</strong> os membros que preferirem receber a Declaração por carta registada com aviso de recepção oupresencialmente na Sede da SRN, têm que informar a Secretaria da OA-SRN, por fax 222 074 259 ou e-mailsecretaria@oasrn.org, até ao dia 27 de Novembro, de modo a que possa ser entregue do modo solicitado. Quandofor por carta registada, será enviada à cobrança do destinatário.As reclamações de extravio, pelas quais a OA-SRN não se pode responsabilizar, deverão ser apresentadas, por fax,correio ou presencialmente na secretaria, até ao dia 18 de Janeiro de 2010. Até esta data, a emissão e envio da2.ª via do documento, decorrente de reclamação de extravio, não terá custos adicionais. Após esta data, a emissãode uma 2.ª via do documento é paga e tem o custo de €10.27 NOVEMBROz DATA LIMITE PARA ACTUALIZAÇÃO DE MORADA E INDICAÇÃO DE TIPO DE ENVIO PRETENDIDOPRÉMIO FERNANDO TÁVORA5.ª EDIÇÃOO Regulamento da 5ª edição do Prémio FernandoTávora é distribuído com esta edição do boletim<strong>Arquitectos</strong>.O encerramento da 4.ª edição do Prémio FernandoTávora verificou-se com a conferência «Diário doDeserto – Namibe 2009» da arquitecta premiada,Cristina Salvador, no Salão Nobre <strong>dos</strong> Paços doConcelho de Matosinhos (ver nota na página 4).Na ocasião foi anunciada a constituição do Júri da5.ª edição: Dr. Emílio Rui Vilar (Presidente do Conselhode Administração da Fundação Calouste Gulbenkian)e arquitectos Nuno Brandão Costa, João Rapagão (emrepresentação da Casa da Arquitectura), Ana Tostões(em representação da família Távora) e Maria ManuelOliveira (em representação da OA-SRN).O Prémio Fernando Távora é um prémio anual destinadoa to<strong>dos</strong> os membros da <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong>,instituído em homenagem ao arquitecto portuense,figura de referência da arquitectura portuguesa pelasua actividade enquanto arquitecto e pedagogo.Fernando Távora viajou incessantemente para estudarin loco a arquitectura de todas as épocas, em to<strong>dos</strong> oscontinentes, utilizando-a como conteúdoe método da sua actividade pedagógica.O prémio de uma bolsa de viagem, no valor de €6 000,é atribuído à melhor proposta de viagem deinvestigação, por um júri constituído, em cada edição,por arquitectos e personalidades de diversas áreas.O Regulamento da 5ª edição do Prémio FernandoTávora é distribuído com esta edição do boletim<strong>Arquitectos</strong>.2 FEVEREIRO 2010z Data limite de entrega de candidaturas5 ABRIL 2010z Anúncio do vencedor da 5.ª edição do PrémioFicha de inscrição,regulamento e outrasinformações emwww.oasrn.org > PrémioFernando TávoraOrganização <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong> – Secção Regional Norte,Pelouro da CulturaComissariado Ana Maio, Maria Manuel Oliveira e Luís Tavares PereiraParceria Câmara Municipal de Matosinhos, Associação Casa daArquitectura e Centro de Documentação Álvaro SizaPatrocínios Axa e Barclays BankNOVOSz 17 880 FOI O NÚMERO ATRIBUÍDOAO ÚLTIMO MEMBRO INSCRITONA OA NO MÊS DE SETEMBROA NORTEÂnia Gabriel Rosa AbrantesAntónio Bernando Cabralde CarvalhoAntónio Miguel Falcão de CarvalhoElói Bruno Barbosa de FariaFrancisco Magalhães BarreiroLuís António Pinheiro RochaLuís Filipe Pires CoelhoMaria Cristina da ConceiçãoQueirósMariana Cruz Vaz PimentelMarilia Sofia Santos OliveiraPhilipp Allegro BarnstorfRosa Maria DominguesCar<strong>dos</strong>oA SULAndreia Valença PiresAna Filipa da Costa FerreiraAna Manuela Duarte HortêncioAna Raquel Gonçalves EusébioBruno Rafael Lucas DiasCarla Sofia Gomes NetoCatarina Filipa Teixeira ÂngeloCatarina Ribeiro Barbosa CabralCátia Isabel Mestre ToméClara Isabel Fernandes PereiraDaniela Cristina de Oliveira GrossoDaniela Filipa Teodoro RuivoDiana Maria Canhoto Car<strong>dos</strong>oDiana Pilar Órfão PinheiroElisa Andrade PinheiroEugénio José Agostinho <strong>dos</strong> SantosFábio Daniel Coutinho Car<strong>dos</strong>oFilipe Figueiredo de Sousa RodoGustavo Rodrigues da Silva CastroHugo Alves RamosHugo Emanuel de Almeida DiasInês Isabel Lebre DiasInês Maria Ferreira FernandoJoana Rita de Campos MartinsJoão Nuno Prates JoséMafalda Croft de Moura PossoloMargarida Isabel Neves LameiroMário Alexandre Mendes SoaresMário Luís de Oliveira AfonsoNélia Maria Bacalhau LacãoNuno Miguel da Cruz AmaroRita Junqueira JustinianoRita Sofia Nunes MartinsRui Manuel de Almeida CarvalhoSara Rute Pires TeixeiraSónia Alexandra FerreiraRodriguesSónia Cristina Esteves NunesSusana Delfina JequeTherezia Benedicta Sloet Tot Everlonacionalbase de da<strong>dos</strong> digitalO Conselho Directivo Nacional pretende constituiruma base de da<strong>dos</strong> de contactos digitais <strong>dos</strong>membros, inscritos nas Secções Regionais Nortee Sul, que queiram receber informações atravésdaqueles suportes.O propósito é agilizar a comunicação de formaa divulgar iniciativas e assuntos de interesse<strong>dos</strong> arquitectos, nomeadamente aquelas quesão promovidas ou aqueles que estão a seracompanha<strong>dos</strong> pela OA.Para o efeito, envie os da<strong>dos</strong> pessoaisz nome e nº de membroz telemóvel, se estiver interessado em receber SMSz e-mailpara o e-mailordem<strong>dos</strong>arquitectos.producao@gmail.comou para a sede nacional, por correioCDN/Produção, Travessa do Carvalho 23,1249-003 Lisboa.COLÉGIO DAESPECIALIDADEDE URBANISMOPRIMEIRAS CANDIDATURASNa sequência <strong>dos</strong> anúncios publica<strong>dos</strong> no boletime no site nacional alguns arquitectos têm vindo aapresentar requerimento para a sua inscrição juntoda Comissão Executiva do Colégio.Conta-se entre as atribuições do Colégio daEspecialidade de Urbanismo (CEU) a defesa <strong>dos</strong>interesses profissionais <strong>dos</strong> arquitectos que intervémno domínio do urbanismo nomeadamente através doregisto sistemático da autoria <strong>dos</strong> estu<strong>dos</strong> realiza<strong>dos</strong>naquele domínio.No seu interesse, inscreva-se, de acordo com oprocedimento documental descrito no site nacional.www.arquitectos.pt/?no=101086,299novembro 2009
03 ARQUITECTOSnacionalUMA MÃO EXPERIENTE E UM ESPÍRITO ACUTILANTEÁLVARO SIZA VIEIRA FOI DISTINGUIDO COM O TÍTULO DE MEMBRO HONORÁRIO DA ORDEM DOS ARQUITECTOS – CONFORME PROPOSTAAPROVADA PELO CONSELHO DIRECTIVO NACIONAL (CDN) NO PASSADO DIA 15 DE JUNHO. A SESSÃO SOLENE DO DIA MUNDIAL DAARQUITECTURA REALIZOU-SE A 14 DE OUTUBRO, NO PAVILHÃO DE PORTUGAL, EM LISBOA.Com esta distinção, a <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong><strong>Arquitectos</strong> pretende assinalar ehonrar o contributo extraordináriode Álvaro Siza Vieira para a afirmaçãoe dignificação da Arquitectura e daProfissão de Arquitecto em Portugale no Mundo.A proposta de atribuição do título demembro honorário ao arquitecto ÁlvaroSiza Vieira, submetida ao plenário doCDN, subscrita pelo Presidente da OA,sublinhou:z a relevância nacional e internacionaldo mais destacado arquitecto portuguêscontemporâneoz a sua notoriedade, fruto de umpercurso profissional longo, árduo,afortunado e admiravelmenteequilibradoz uma excepcional culturaarquitectónica e um saber peculiar acada problema, demonstrando, em cada projecto e em cada obra, tantaconcentração e tanta capacidade de observação e caracterização,conjugando o que é distinto em coisa una e o que é uno em coisa distinta.z uma invulgar capacidade de produzir autenticidade e de, em simultâneo,surpreender o status quo cultural com o inesperado«Reconhecem-se como pioneiras da arquitectura portuguesacontemporânea, a Casa de Chá da Boa Nova (1958-1963) ou as Piscinasde Marés em Leça da Palmeira (1961-1966). Outras permanecerão comosímbolos de participação social, como o Bairro Social da Bouça/SAAL(Porto, 1975-1977) ou o Bairro da Malagueira (Évora, 1977-1995). Outras,também, como exemplo da construção de cidade, como o Edifício BonjourTristesse (Berlim, 1980-1984), o Conjunto de Schilderwijk (Haia, 1983-1988)© Tânia Araújoou o Plano de Reconstrução do Chiado (Lisboa, 1988). Outras, ainda, comoparadigmas da cultura e da formação, como a Escola Superior de Educaçãode Setúbal (1986-1994), o Centro de Arte Contemporânea de Santiago deCompostela (Espanha, 1988-1993), a Faculdade de Arquitectura do Porto(1986-1996) ou o Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves(Porto, 1991-1999). E muitas, sobretudo as últimas, revelam quanto amaturidade pode ser sinónimo de liberdade,de inquietude e de inovação, como o Pavilhão de Portugal (Lisboa, 1995--1998), o Pavilhão Anyang (Coreia do Sul, 2006), o Complexo Desportivoem Cornellà de Llobregat (Barcelona/Espanha, 2006), ou o Museu IberêCamargo (Porto Alegre/Brasil, 1998-2007).»a versão integral do documento foi disponibilizada em www.arquitectos.ptDurante a sessão, Siza Vieira apresentouuma conferência intitulada «Arranjos deEspaços Exteriores» e autografou o seuúltimo livro 01Textos.«Álvaro Siza Vieira não é só o arquitectoportuguês mais conhecido mas estátambém entre os mais respeita<strong>dos</strong>arquitectos do mundo. Siza Vieiramanteve desde sempre uma atitudecomprometida com a envolvente daprópria arquitectura. Acredito quetenha sido este comprometimentoque trouxe a Siza Vieira a reputação deintegridade entre aqueles com quemtem contactado. E foi a empatia de Sizapara com os mestres da arquitecturacom quem contactou que o inspirarame influenciaram.Ao longo <strong>dos</strong> anos Siza sempretentou evitar as tentações das novastecnologias. Poucos arquitectos mostraram um tão grande poder deobservação e sketching. Nos cadernos pretos escolares, a caneta de pontafina é comandada por uma mão experiente que, por sua vez, é guiada porum espírito assertivo e acutilante.A obra de Siza Vieira é mais importante agora do que nunca. Conheçopoucos arquitectos cuja obra tenha estado tão empaticamentecomprometida com culturas preexistentes, cuja atitude tenha sido semprede aprendizagem com o contexto envolvente e cuja humildade tenhaassegurado uma tão equilibrada relação entre o antigo e o novo.»Wilfried Wang, arquitectoextracto da apresentação do homenageadoCOMISSÃO EUROPEIA ADOPTAPOLÍTICA DE ARQUITECTURAEM COMUNICADO DO FINAL DE SETEMBRO 2009, A COMISSÃO DAS COMUNIDADESEUROPEIAS DIVULGA UM GUIA DE «BOAS PRÁTICAS» QUE DEFINE AS GRANDES LINHASDA SUA POLÍTICA DE ARQUITECTURA E OS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADEDOS NOVOS EDIFÍCIOS A CONSTRUIR OU DOS PROJECTOS DE REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOSEXISTENTES PARA ALOJAR OS SEUS SERVIÇOS EM BRUXELAS E NO LUXEMBURGO,SELECCIONADOS ATRAVÉS DE CONCURSAMENTO.O Guia agora publicado define orientações para os concursos dearquitectura que tenham como objectivo a encomenda <strong>dos</strong> edifícios <strong>dos</strong>diversos serviços da Comissão Europeia em resultado da aplicação dasgrandes linhas da sua Política de Arquitectura.A Política de Arquitectura da Comissão Europeia centra-se na qualidadearquitectónica do imóvel e o documento procura clarificar e agilizar aaplicação de cada um <strong>dos</strong> critérios que possa concorrer para essa qualidade.CRITÉRIOS DE QUALIDADE1. Integração urbana integração harmoniosa e coerente noambiente urbano onde se situa.2. Acessibilidade fácil acesso a transportes públicos assim como apessoas com mobilidade reduzida tendo como base o conceito de Design for All.3. Respeito pelo ambiente e eficácia energética reduçãodo consumo energético e desenvolvimento do edifício segundo um conceitoenergético global, favorecendo o recurso a energias renováveis e tendo emconta uma utilização ecológica do edifício durante o seu tempo de vida.4. Qualidade da construção e bem-estar qualidade<strong>dos</strong> materiais utiliza<strong>dos</strong> tendo em vista não só o envelhecimento doedifício como também a qualidade do ar, a acústica e a luminosidadeque influenciam o bem-estar e a saúde <strong>dos</strong> seus habitantes.5. Inovação valorização de esforços que apontem para melhoriassignificativas aos níveis económico e ambiental.6. Legibilidade e compreensão <strong>dos</strong> imóveis distribuiçãoclara <strong>dos</strong> diferentes volumes permitindo uma utilização fácil ecompreensível <strong>dos</strong> imóveis pelos seus utilizadores e visitantes.7. Estética e imagem sendo porventura este o conceito mais difícilde avaliar, pretende-se que os edifícios sejam avalia<strong>dos</strong> tendo em vista oseu contexto; a imagem de um imóvel revela a sua função e o seu papelno ambiente urbano em que se integra.8. Funcionalidade, modularidade e flexibilidadecomunicação entre entradas e saídas; utilização eficaz <strong>dos</strong> espaçosdisponíveis; possibilidade de extensão, evolução e reorganização emcaso de necessidade.9. Custos diminuição <strong>dos</strong> custos de investimento e exploração.10. Elementos de coesão o «fio vermelho» – simbolismo comuma to<strong>dos</strong> os imóveis ocupa<strong>dos</strong> pela Comissão Europeia permitindo uma boaleitura e visibilidade da sua presença na cidade.BOAS PRÁTICASO documento conclui que a qualidade arquitectónica se fundamenta numaclara definição prévia do programa, num acompanhamento correcto <strong>dos</strong>processos e no recurso sistemático ao concursamento.O programa deve dar resposta aos quatro aspectos: conceito, comunicaçãoespacial, funcionalidade e técnica. O facto de um edifício satisfazeras exigências do programa constituirá a garantia de um resultado dequalidade. Tal como a selecção do projecto através de um concurso europeude arquitectura para to<strong>dos</strong> os grandes projectos de desenvolvimentoimobiliário, no caso de obras novas ou de obras de requalificação de edifíciosexistentes. Deve ser prestada uma atenção particular à composição<strong>dos</strong> júris de concursos; devem assegurar, por um lado, uma naturezamultidisciplinar e, por outro, a adequada qualificação <strong>dos</strong> seus membros.PORQUE É QUE FAZFALTA UMA POLÍTICANACIONAL DEARQUITECTURA?Uma resposta possível está na edição nº 50 da revista Arquitecturas (Outubro/Novembro 2009). Jorge Bonito, vogal do CDN, membro da direcção do FórumEuropeu das Políticas de Arquitectura e da Comissão Organizadora do 12ºCongresso <strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong>, a realizar nos próximos dias 10 a 12 de Dezembrona Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, explica que uma Política Nacionalde Arquitectura (PNA) é «uma ferramenta essencial para elevar a qualidadedas obras de arquitectura e do desenho urbano. (...) Porque o que nósdefendemos é que to<strong>dos</strong> devem ter acesso à arquitectura e ao espaço públicode qualidade. (…) É, de algum modo, complementar à revogação do 73/73.(...) Enquanto a questão de quem pratica os actos pode ser corporativa, aquestão da existência de uma Política Nacional de Arquitectura e da Paisagemdiz respeito a toda a sociedade. Nós, arquitectos, não ganhamos nadadirectamente. O que nós queremos é levar a um compromisso por parte daadministração, seja ela central, regional ou local, para com a arquitectura, deprocurar que a arquitectura, a construção, o desenvolvimento urbano tenhamcomo grande preocupação a qualidade. E quando se fala aqui de qualidade,não se trata de uma mera qualidade de desenho; trata-se de uma qualidadeconstrutiva e funcional e até de se adaptar a novos usos. (…) Um edifíciomais sustentável e que vai servir melhor as populações.Outra forma em que se tem vindo a implementar estas políticas é através deuma consciencialização da população, feita no ensino. (…) Era importanteque se começasse a falar no ensino básico sobre qual a importância daarquitectura e do urbanismo no meio ambiente e quais as mais-valiasque estão associadas a uma resposta de qualidade às necessidades daspessoas. Além de ficarem mais exigentes, o que se tem verificado noutrospaíses é que ficam também mais disponíveis para participar em discussõesque têm a ver com o planeamento da sua cidade. (…) Quando há esteenvolvimento mais cedo nas questões da cidade, as pessoas estão maisdisponíveis e mais atentas para participar nestas discussões. E isto ajudatambém a criar um espírito de cidadania, que nós achamos que não existede uma forma muito forte na sociedade actual. (…)»novembro 2009