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a voz do professor merece cuidados - Saúde e Trabalho Online

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<strong>professor</strong> e o mun<strong>do</strong> da escola1::débora meurer brum | fonoaudióloga1Especialista em Voz peloCentro de Estu<strong>do</strong>s da Voz(CEV SP), Especialista emAudição (IPA-RS) eMestranda em Distúrbiosda ComunicaçãoHumana (UFSM)surgimento de disfonias funcionais.Logo, é necessário que eles sejamorienta<strong>do</strong>s e treina<strong>do</strong>s para uma práticavocal adequada que os possibilite transmitira mensagem sem que haja desconfortoou esforço vocal. As orientações dizemrespeito aos hábitos de higiene vocalque promovem o conhecimento de condutasvocais preventivas de maneira aevitar o surgimento da disfonia.O treinamento vocal tem por objetivocapacitar o <strong>professor</strong> a ter o <strong>do</strong>mínio daprodução da sua <strong>voz</strong>, de maneira que eleconsiga utilizar uma <strong>voz</strong> saudável, clara ehar-moniosa, melhoran<strong>do</strong> com isto odesempenho vocal em sala de aula. Aspectoscomo projeção e impostação da<strong>voz</strong> no espaço, resistência vocal,coordenação entre respiração, <strong>voz</strong> e articulação(coordenação pneumofonoarticulatória)e utilização de tons de <strong>voz</strong>agradáveis são os pontos principais <strong>do</strong>treinamento vocal. Ter o conhecimento eo <strong>do</strong>mínio da produção vocal e saber daimportância de certos cuida<strong>do</strong>s para preservara <strong>voz</strong> evitan<strong>do</strong> abusos, posturas ehábitos inadequa<strong>do</strong>s facilitará e evitará osurgimento de problemas vocais nestacategoria. A <strong>voz</strong> <strong>do</strong> <strong>professor</strong> tem si<strong>do</strong>um assunto muito estuda<strong>do</strong> pela fonoau-A Voz <strong>do</strong> <strong>professor</strong><strong>merece</strong> cuida<strong>do</strong>sA <strong>voz</strong>, em determinadas profissões,representa um <strong>do</strong>s principais instrumentosde trabalho e, neste caso, torna-sefundamental ter o conhecimento sobre aprodução vocal bem como sobre os cuida<strong>do</strong>snecessários para manter uma <strong>voz</strong>sempre saudável. Dentre estas profissõesestá a <strong>do</strong>cência.Sabe-se da grande incidência de alteraçõesvocais em <strong>professor</strong>es, que,muitas vezes, interferem na prática diáriade transmitir os conteú<strong>do</strong>s através da<strong>voz</strong>. A causa de tais alterações, namaioria das vezes, está relacionada aomau uso e/ou abuso vocal. Os <strong>professor</strong>estêm uma grande demanda vocal eutilizam-se da <strong>voz</strong> durante toda a jornadade trabalho sem ter o conhecimento decomo produzir uma <strong>voz</strong> sem esforço e demaneira efetiva. Comportamentos abusivoscomo falar durante muito tempo,falar em forte intensidade para superar oruí<strong>do</strong> da sala de aula, numa posturainadequada, com <strong>voz</strong> abafada, presa nagarganta, utilizan<strong>do</strong> um padrão respiratórioinadequa<strong>do</strong>, e hábitos inadequa<strong>do</strong>scomo ingestão de pouco líqui<strong>do</strong>, uso depastilhas para a garganta, etc., são característicasfrequentemente encontradasentre os <strong>professor</strong>es e que levam aoEstu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>para traçar perfilvocal <strong>do</strong>s<strong>professor</strong>es emescolas privadasREVISTA TEXTUAL maio 200414


de Porto Alegreapresenta índicede 46% de<strong>do</strong>centes comalterações vocaisdiologia nas últimas décadas. Pesquisascientíficas comprovam a grande incidênciade alterações de <strong>voz</strong> em <strong>professor</strong>es efazem referência à dificuldade em sedesenvolver programas de saúde vocalque conscientizem o <strong>professor</strong> da importância<strong>do</strong> uso adequa<strong>do</strong> da <strong>voz</strong> para aprevenção <strong>do</strong>s distúrbios vocais (Dragone,2001).Scalco, Pimentel e Pilz (1996), realizaramuma pesquisa em oito escolasparticulares da cidade de Porto Alegre,para traçar o perfil vocal de <strong>professor</strong>esde 1ª a 4ª séries, e encontraram um índicede 46% de alterações vocais, sen<strong>do</strong>que to<strong>do</strong>s os entrevista<strong>do</strong>s, mesmo osque não possuíam alteração na qualidadeda <strong>voz</strong>, apresentaram alguma queixavocal. Garcia (2000), analisan<strong>do</strong> a <strong>voz</strong> de130 <strong>do</strong>centes de uma universidade <strong>do</strong>Rio de Janeiro, constatou que 74,62%<strong>do</strong>s sujeitos referiram sentir algumaalteração vocal.A <strong>do</strong>cência exige o uso intensivo da<strong>voz</strong>, e para que o <strong>professor</strong> corresponda aessa necessidade sem que haja prejuízosao seu trabalho e à qualidade de vida, sua<strong>voz</strong> deve ser saudável e produzida corretamente.Para uma <strong>voz</strong> ser considerada"normal" ou saudável, tem que ser clara elimpa, emitida numa intensidade adequadaao ambiente, produzida sem esforçoou cansaço ao falante, deven<strong>do</strong>também representá-lo quanto à idadee sexo.Na presença de alteração em um oumais destes aspectos, considera-se que háuma disfonia, termo referente a qualqueralteração na emissão vocal que impeçaou prejudique a produção natural da <strong>voz</strong>.Para o <strong>professor</strong>, uma disfonia temimpacto direto no seu desempenho profissional,bem como na sua qualidade devida, uma vez que limita a utilização da<strong>voz</strong>, baixa a resistência vocal e interferenegativamente no bem-estar.O <strong>professor</strong> que, mesmo sentin<strong>do</strong>sinais de cansaço vocal, continua lecionan<strong>do</strong>e forçan<strong>do</strong> a <strong>voz</strong>, sem tomarnenhum cuida<strong>do</strong> ou tratar o problema,acaba desgastan<strong>do</strong> ainda mais a sua <strong>voz</strong>,chegan<strong>do</strong> algumas vezes à afonia (perdada <strong>voz</strong>), o que pode levar à finalizaçãoprecoce da carreira. Hermes e Nakao(2003), ressaltam o grande número depedi<strong>do</strong>s de licença médica de <strong>professor</strong>esencaminha<strong>do</strong>s às clínicas de otorrinolaringologiae fonoaudiologia, quan<strong>do</strong> a<strong>voz</strong> já não corresponde mais à demandaexigida em sala de aula, além <strong>do</strong> crescentenúmero de <strong>professor</strong>es readapta<strong>do</strong>sque exercem outras funções nas escolas,deixan<strong>do</strong> de lecionar.Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s da Academia Brasileirade Laringologia e Voz, cerca de 2%<strong>do</strong>s <strong>professor</strong>es brasileiros estão afasta<strong>do</strong>sda sala de aula por apresentarem distúrbiovocal.Principais problemasde <strong>voz</strong> em <strong>professor</strong>esOs principais sintomas vocais quesinalizam um problema de <strong>voz</strong> em<strong>professor</strong>es são: cansaço e esforço aofalar, falhas na <strong>voz</strong> ao final <strong>do</strong> dia ou dasemana, rouquidão, pigarro, <strong>voz</strong> maisgrave e perda nos tons agu<strong>do</strong>s (ex: dificuldadeem cantar), ardência ou securana garganta, <strong>do</strong>r ao falar, sensação degarganta raspan<strong>do</strong>, falta de volume eprojeção, pouca resistência ao falar,entre outros.15 maio 2004 REVISTA TEXTUAL


É importante salientar que o desgastena <strong>voz</strong> ocorre, na maioria das vezes, demaneira lenta e gradualÉ importante salientar que o desgaste na <strong>voz</strong>ocorre, na maioria das vezes, de maneira lenta egradual. Inicialmente podem surgir sinais e sintomasque indicam um esforço vocal excessivo,mas que não provocam mudanças perceptíveisna <strong>voz</strong> (rouquidão, falhas, etc.), tais como veiassaltadas no pescoço, ardência ou secura na garganta,tensão no pescoço e ombros, entre outros.Muitos <strong>professor</strong>es não relacionam taissintomas ao uso da <strong>voz</strong> e continuam forçan<strong>do</strong> edesgastan<strong>do</strong> a <strong>voz</strong>, protelan<strong>do</strong> a ida ao médicopara a obtenção de um diagnóstico adequa<strong>do</strong> oque repercute na manutenção e evolução delesões, quan<strong>do</strong> presentes (Vaz et al.,2002).Dentre as lesões benignas de pregas vocais,o nódulo vocal, conheci<strong>do</strong> popularmente como"calos nas cordas vocais", é a lesão mais freqüentementeencontrada em <strong>professor</strong>es queapresentam hábitos e conduta vocal inadequada(Quintairo, 2000). Além <strong>do</strong>s nódulos vocais,podem ser encontra<strong>do</strong>s também pólipos, cistos,edema, etc. O tratamento destas lesões pode sercirúrgico e/ou fonoterápico, e em alguns casos,medicamentoso.Fatores que interferem na saúde vocalSão inúmeras as causas e fatores relaciona<strong>do</strong>sà disfonia <strong>do</strong> <strong>professor</strong>, tais como:– uso incorreto ou abusivo da <strong>voz</strong>: falar comforte intensidade, falar muito durante quadrosgripais, falar em ambientes rui<strong>do</strong>sos por muitotempo, falar com tensão ou esforço, num tominadequa<strong>do</strong> de <strong>voz</strong>, com má postura, entreoutros;– fatores físicos e ambientais: ar-condi-ciona<strong>do</strong>, pó de giz, poluição, ventilaçãoinadequada, poeira, ruí<strong>do</strong>, sala de aula muitogrande e com acústica ruim, disposição dasclasses, número de alunos, escassez de recursosmateriais, etc.;– fatores psicoemocionais: relaciona<strong>do</strong>s aoestresse, má remuneração, falta de reconhecimentosocial, etc.;– fatores intrínsecos: resistência vocal, idade,esta<strong>do</strong> geral de saúde, alergias, gripes,problemas posturais, respiração bucal, etc.;– hábitos vocais inadequa<strong>do</strong>s: beber poucaágua, fumar, tossir ou pigarrear constantemente,uso excessivo de pastilhas e sprays anestésicos,etc.Compreender a influência destes fatoressobre a <strong>voz</strong> <strong>do</strong> <strong>professor</strong> é imprescindível nodesenvolvimento de estratégias que reduzam osaltos índices de disfonia nessa categoria. O<strong>professor</strong> que sabe identificar os fatores prejudiciaisao seu desempenho vocal é capaz demodificar e transformar esta realidade, maximizan<strong>do</strong>o potencial da sua <strong>voz</strong>.A seguir, serão abordadas as principaisorientações e hábitos necessários para a manutençãode uma <strong>voz</strong> saudável e a prevenção dealterações ou lesões relacionadas ao uso da <strong>voz</strong>,levan<strong>do</strong> em consideração algumas situaçõespeculiares <strong>do</strong> cotidiano <strong>do</strong> <strong>professor</strong>.Higiene vocal: cuida<strong>do</strong>s com a <strong>voz</strong>Uma boa <strong>voz</strong> depende da saúde e harmoniade to<strong>do</strong> o corpo. Para manter a <strong>voz</strong> saudável, éimportante o <strong>professor</strong> observar as seguintesorientações:– beber no mínimo <strong>do</strong>is litros de água aolongo <strong>do</strong> dia, em temperatura ambiente, parahidratar as pregas vocais. A ingestão de água éfundamental para a <strong>voz</strong>, pois as pregas vocaisREVISTA TEXTUAL maio 200416


precisam estar lubrificadas para vibraremadequadamente. O pó de giz, poeira e ar-condiciona<strong>do</strong>são fatores que ressecam a garganta edificultam a vibração das pregas vocais,tornan<strong>do</strong>-se imprescindível a adequadahidratação;– evitar o fumo, pois a fumaça <strong>do</strong> cigarroagride diretamente a mucosa das pregas vocais,causan<strong>do</strong> ressecamento, irritação einchaço, alteran<strong>do</strong> a qualidade da <strong>voz</strong>. Alémdisso, o cigarro é um <strong>do</strong>s principais agentesetiológicos <strong>do</strong> câncer de laringe;– evitar o consumo de bebidas alcoólicas emexcesso. Além de irritar a mucosa, o álcoolanestesia e altera as sensações ao falar. Destaforma, o falante pode estar abusan<strong>do</strong> da <strong>voz</strong>sem perceber e os sintomas somente serãonota<strong>do</strong>s após o efeito da bebida: ardência,queimação, <strong>voz</strong> rouca e fraca;– evitar o consumo de chocolates, leiteintegral e deriva<strong>do</strong>s durante o uso profissionalda <strong>voz</strong>, pois são alimentos ricos em gordura eaumentam a viscosidade da mucosa no tratovocal;– fazer refeições leves antes <strong>do</strong> trabalho, dan<strong>do</strong>preferência às verduras, legumes e frutas, eevitar o consumo de alimentos gordurosos econdimenta<strong>do</strong>s que dificultam a digestão;– mastigar bem os alimentos também éimportante, pois a mastigação realizada commovimentos amplos de mandíbula é um ótimoexercício para a dicção;– evitar o uso de balas "geladinhas" oupastilhas à base de menta, pois elas anestesiam agarganta e fazem com que o <strong>professor</strong> nãoperceba que está forçan<strong>do</strong> a <strong>voz</strong>;– durante quadros gripais e crises alérgicas,beber bastante líqui<strong>do</strong>s e limitar o uso da <strong>voz</strong>,desenvolven<strong>do</strong> estratégias didáticas que favoreçamum descanso vocal parcial, como porexemplo mesclar aulas expositivas comatividades em grupo, utilizar vídeos, cartazes,etc. Após o expediente, fazer repouso vocal,pois as alergias das vias aéreas (bronquite,asma, sinusite, rinite, laringite) muitas vezesocasionam edema (inchaço) na mucosa <strong>do</strong> tratorespiratório e vocal, deixan<strong>do</strong> as pregas vocaismais sensíveis;– utilizar o microfone, principalmentequan<strong>do</strong> a sala de aula é grande, evitan<strong>do</strong> falarcom forte intensidade;– evitar controlar a atenção da turma através<strong>do</strong> volume excessivo da <strong>voz</strong>. Uma alternativa éusar gestos ou batida de palmas;– evitar falar enquanto escreve ou apaga oquadro e procurar falar sempre de frente para osalunos (nunca para a lousa), assim a <strong>voz</strong> seráprojetada para a classe e não haverá a inalaçãodireta <strong>do</strong> pó de giz. Além disso, para os indivíduosalérgicos ao pó de giz e à poeira, outraorientação fundamental é respirar pelo nariz,principalmente enquanto apaga o quadro, pois onariz filtra, aquece e umedece o ar inspira<strong>do</strong>,representan<strong>do</strong> uma defesa <strong>do</strong> organismo àpoluição;– evitar pigarrear, tossir e "raspar" a gargantapara limpá-la, pois estes hábitos causam umatrito muito forte entre as pregas vocais, poden<strong>do</strong>machucá-las. Beber água ajuda acombater o pigarro;O <strong>professor</strong> que sabe identificar os fatoresprejudiciais ao seu desempenho vocal é capazde modificar e transformar esta realidade,maximizan<strong>do</strong> o potencial da sua <strong>voz</strong>17 maio 2004 REVISTA TEXTUAL


sobre a <strong>voz</strong> <strong>do</strong> <strong>professor</strong> conduz auma problemática importante e dedifícil abordagem, pois não se limitaapenas às alterações vocais, vai mui-to mais além. Ela abrange a impor-tância e a interferência da <strong>voz</strong> noprocesso educativo, o conhecimento<strong>do</strong> <strong>professor</strong> sobre a sua <strong>voz</strong> e asrelações estabelecidas por ela, obs-táculos presentes no seu uso pro-fissional.Consideran<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s estes aspec-tos, fica claro que falar da <strong>voz</strong> <strong>do</strong><strong>professor</strong> implica reconhecer umcontexto bastante complexo de tra-balho que envolve, além da saúdepropriamente dita, questões sócio-culturais, econômicas, ambientaise psicoemocionais no qual ele estáinseri<strong>do</strong>.Porém, a proposta <strong>do</strong> presenteartigo foi focalizar para o aspecto dasaúde vocal <strong>do</strong> <strong>professor</strong>, consideran<strong>do</strong>to<strong>do</strong>s os fatores que interfe-rem na comunicação e na <strong>voz</strong>.– evitar conversar sussurran<strong>do</strong> ecochichan<strong>do</strong>, isso exige um grandeesforço muscular das pregas vocaispara a produção natural da <strong>voz</strong>. Oadequa<strong>do</strong> é manter a <strong>voz</strong> numaintensidade moderada, isto é, nemtão forte, para não machucar aspregas vocais e também nem tãofraca, pois acaba prejudican<strong>do</strong> oentendimento <strong>do</strong> ouvinte. Nanecessidade de "poupar" a <strong>voz</strong> emfunção de cansaço vocal, o ideal éfazer repouso vocal (não falar) oufalar em <strong>voz</strong> com fraca intensidadeporém audível;– utilizar medicamentos com moderaçãoe sob prescrição médica,pois algumas substâncias presentesem certos medicamentos, como nosusa<strong>do</strong>s para tratamento de alergias einfecções, provocam ressecamentoda garganta.Através <strong>do</strong> conhecimento e daintrodução destes hábitos na vidadiária, o <strong>professor</strong> tem condições demanter a <strong>voz</strong> sempre saudável, evitan<strong>do</strong>o desgaste e adquirin<strong>do</strong> maiorresistência vocal.Cabe ressaltar que muitos fatoresprejudiciais à <strong>voz</strong> fogem ao manejo<strong>do</strong> <strong>professor</strong>, tornan<strong>do</strong>-se necessáriatambém uma adequação <strong>do</strong> ambientepor parte das escolas. Uma açãoisolada, tanto por parte <strong>do</strong> profissionalquanto por parte da escola, é insuficientepara que exista um decréscimona incidência de problemasvocais em <strong>professor</strong>es.Considerações finaisA alta incidência de alteraçõesvocais e laríngeas se deve a váriosfatores, como o desconhecimento e afalta de conscientização <strong>do</strong>s <strong>professor</strong>essobre a importância <strong>do</strong> usocorreto da <strong>voz</strong> (Servilha, 1997, Hermese Nakao, 2003), a ausência deações preventivas dentro <strong>do</strong> ambienteescolar, entre outros, apontan<strong>do</strong>para a necessidade de implementaçãode medidas pedagógicasprofiláticas para prevenir e reduziros altos índices de disfonia.A assistência à saúde <strong>do</strong> <strong>professor</strong>deveria ter início desde o processode formação e estar presentedurante toda a vida profissional. Ainserção de alguns conhecimentosbásicos e essenciais sobre a produçãoda <strong>voz</strong> e a higiene vocal noscurrículos de formação, bem comoum trabalho de orientação e acompanhamentovocal, permitiria ao<strong>professor</strong> exercer sua profissão comcompetência sem riscos à saúde,contribuin<strong>do</strong> para melhorar a qualidadee longevidade vocal. A existênciade interferências múltiplasReferências bibliográficasDRAGONE, M.L.S Voz <strong>do</strong> <strong>professor</strong>: interfacese valor como instrumento de trabalho.Araraquara, 2001./Dissertação. Mestra<strong>do</strong>.Universidade Estadual Paulista "Júlio deMesquita Filho" UNESP/.GARCIA. A. Fatores associa<strong>do</strong>s aos desvios deconduta vocal em <strong>professor</strong>es. Revista FonoAtual, 13: 37-41, 2000.HERMES. CE.C.; NAKAO, M. Educação vocalna formação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente. Fonoaudiologia BrasilRevista <strong>do</strong> Conselho Federal deFonoaudiologia. v.2 (3), jun 2003NAGANO, L. Perfil vocal e análise perceptivoauditivadas <strong>voz</strong>es de <strong>professor</strong>es de préescola.São Paulo, 1994. [ MonografiaEspecialização Centro de Estu<strong>do</strong>s da Voz] .QUINTAIROS, S. Incidência de nódulos vocais em<strong>professor</strong>es de pré-escola e seu tratamento. Revista<strong>do</strong> CEFAC Atualização Científica emFonoaudiologia. 2 (1):16-22, 2000.SCALCO, M.A.G.; PIMENTEL, R.M.; PILZ, W. Asaúde vocal <strong>do</strong> <strong>professor</strong>: levantamento junto aescolas particulares de Porto Alegre. Pró-FonoRevista de Atualização Científica, 8 (2): 25-30,1996.SERVILHA, E.A.M. Consciência vocal em <strong>do</strong>centesuniversitários. Pró-Fono Revista de AtualizaçãoCientífica. Setembro, 9 (2): 53-61,1997.VAZ, A.C.; RODRIGUES, M.V.; CARVALHO, L.M.;TRENTINI, A.L.; MELISSOPOULOS, C.B.;CAMPOS, A. S.; ZOPPELLO, D.L.; CAVALCANTI,S.A.Voz <strong>do</strong> <strong>professor</strong>: Prevenir é preciso. In:FERREIRA, L.P.; SILVA, M.A. A. São Paulo, Roca,2002.REVISTA TEXTUAL maio 200418

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