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A água no Brasil colonial: aspectos históricos, geográficos, políticos ...

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A água <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> <strong>colonial</strong>:<strong>aspectos</strong> históricos, geográficos,políticos, ambientais e econômicosProf.a Dr.a Ermelinda Moutinho PatacaFaculdade de Educação – USPermelinda.pataca@gmail.com.Metodologia Estudo da Relação Homem - Naturezaintermediada pela cultura- Abordagem Interdisciplinar – Arte, Ciência, Tec<strong>no</strong>logia eambiente Estudos Sociais da Ciência (CTSA)Ciências =- atividades culturais: representam as concepções sobre religião,filosofia, representações, sistemas sociais e as relações entre ohomem e a natureza.- representações sociais: revelam as articulações políticas, osjogos de poder, os interesses econômicos e todo o contexto queenvolve a comunidade científica e a construção de conhecimentosobre a natureza e o meio ambiente Historiografia social do <strong>Brasil</strong> <strong>colonial</strong>- Entendimento da Dinâmica Imperial Portuguesa – articulaçãoentre colônias da África, Ásia e América pelas relações comerciaisportuguesas – descontinuidades territoriais e continuidadesoceânicasLuís Felipe de Alencastro (2000)Ângela Domingues- Complementaridade entre Portugal continental e ultramar Relações com história das artes – análise detextos e imagens- Complementaridade entre textos e imagens- Análises: Forma ConteúdoContexto1


Expansão Marítima Portuguesa –aproximação entre ciência e técnica• Viagens deCircumnavegaçãoda África – séculoXV – Criação detécnicas náuticas,reconhecimentoterritorial,expansão do olhareuropeuContexto internacional –mercantilismo – Ética utilitaristaVale recordar a força, a virtude e as conseqüências das coisasdescobertas, o que em nada é tão manifesto quanto naquelas trêsdescobertas que eram desconhecidas dos antigos, e cujasorigens, embora recentes, são obscuras e inglórias. Refiro-me àarte da imprensa, à pólvora e à agulha de marear. Efetivamenteestas três descobertas mudaram o aspecto e o estado das coisasem todo o mundo: a primeira nas letras, a segunda nas artes e aterceira na navegaçãoFrancis Bacon, Novum Organum I.Navegação marítima e a formação doImpério Português – séculos XV-XVIII• Influência das CorrentesMarítimas e ventos nasrelações comerciais,culturais, sociais, políticase ambientais das diversasregiões imperiais2


Comércio de especiarias do Oriente <strong>no</strong> séculoXVIIntrodução deespécies exóticas naAmérica PortuguesaConfiguração do Atlântico Sul apartir do século XVII- Aproximação entre o atualNordeste e a África: Troca deespécies entre a América e aÁfrica; distanciamento entre oEstado do <strong>Brasil</strong> e o Estado doGrão-Pará e Maranhão.- Favorecimento da exploração dacosta brasileira – devastação daMata Atlântica para a produçãoaçucareira- Distanciamento entre o Estado doGrão-Pará e o Estado do <strong>Brasil</strong>pelas dificuldades de navegaçãoGeopolítica territorial e hidrográfica -Navegação fluvial e expansão territorial Hinterlândia ou ilha<strong>Brasil</strong>Ligações entre o RioAmazonas até o Rio da Pratapelos rios – Estratégia denavegação e controle doterritório Delimitação deFronteiras <strong>no</strong>século XVIIIEstratégia de controledas bacias hidrográficas3


As bacias hidrográficas e as condições de navegaçãona divisão política da América PortuguesaOcupação da bacia amazônicaExpansão rumo Oeste (alémTordesilhas) pela ocupação dasmargens do Amazonas. Estratégiade construção de aldeias comtrabalho indígena e defesa doterritório pela população (Muralhasdos Sertões)Divisão administrativa- Estado do Grão-Pará e Maranhão- Estado do <strong>Brasil</strong>Navegação internaConstrução de ca<strong>no</strong>as <strong>no</strong>Estado do Grão-Pará –navegação interna paratransporte de drogas dosertão, de controleterritorial, pesca e muitasdas atividades docotidia<strong>no</strong> das populaçõesÁgua e planejamento urba<strong>no</strong>: construção decidades na costa e nas bacias hidrográficasBelém na foz do Rio Amazonas –estratégia de controle territorial. Asprincipais construções da cidade, comoigrejas, fortificações e o palácio dogovernador são voltadas para o rio4


Configuração hidrográfica <strong>no</strong>s traçadosurba<strong>no</strong>s- Água como elemento centralizador <strong>no</strong> crescimentourba<strong>no</strong> Núcleos urba<strong>no</strong>s se desenvolviam ao longo da costa ouseguiam o traçado dos rios devido a:- Estratégia de defesa do território pela maior visibilidade- Necessidade da água <strong>no</strong> cotidia<strong>no</strong>: abastecimento, forçamotriz, irrigação, transportes.Água e tec<strong>no</strong>logia: a roda d'água como forçamotriz dos engenhosAtividades agro-industriais sesituavam próximas aos rios devidoà utilização da água como forçamotriz <strong>no</strong>s engenhos –conseqüências – alteração docurso natural dos rios, descarte depoluentes- Atividades de mineração -Água e MineraçãoOuro de aluvião– alterações <strong>no</strong> curso natural dorio para as atividades de bateia –impactos negativosCriação de complexos sistemashidráulicos utilizados <strong>no</strong>sprocessos de desmonte elavagem do minério5


Água e saúde: os aterros sanitários comomedidas de prevenção de epidemiasPlanejamento daspovoações aliando-seos “princípios damedicina política com osda arquitetura civil emilitar”, onde se deveria“suprir e emendar com aarte os defeitos danatureza”Criação de medidassanitaristasConsiderações finaisA temática da água <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> <strong>colonial</strong> revelagrande importância para o entendimento daocupação territorial e da degradação ambiental.Estudo do processo histórico da utilização daágua pode ser utilizado em:- Estratégias de educação ambiental;- Avaliação dos impactos ambientais;- Criação de técnicas de Recuperação de ÁreasDegradadas brasileirasBibliografiaALENCASTRO, Luiz Felipe de, O trato dos viventes. Formação do <strong>Brasil</strong> <strong>no</strong> Atlântico Sul. SãoPaulo: Companhia das Letras, 2000.BELLUZZO, Ana Maria de Moraes. O <strong>Brasil</strong> dos viajantes. São Paulo: Fundação Odebrecht,1994.BETTENCOURT, Francisco; CHAUDHURI, Kirti (Orgs.). História da Expansão Portuguesa.Lisboa: Círculo de Leitores, s. d.DEAN, Warren. A ferro e fogo. A história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. São Paulo:Companhia das Letras, 1996.HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do <strong>Brasil</strong>. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.PATACA, Ermelinda Moutinho. Arte, Ciência e Técnica na Viagem Philosophica de AlexandreRodrigues Ferreira. A confecção e a utilização de imagens histórico-geográficas na Capitania doGrão-Pará entre Setembro de 1783 e Outubro de 1784. Dissertação de Mestrado. Campinas:Instituto de Geociências – UNICAMP, 2001.PATACA, Ermelinda Moutinho. Terra, água e ar nas viagens científicas portuguesas (1755-1808). Tese de Doutorado. Campinas: Instituto de Geociências – UNICAMP, 2006.PESSÔA, José, “Em tudo semelhante, em nada parecido. Modelos e modos de urbanização naAmérica Portuguesa”. Ocea<strong>no</strong>s, 41: 70-83, 2000.PRADO JR. Caio. História Econômica do <strong>Brasil</strong>. São Paulo: <strong>Brasil</strong>iense, 1945.REIS FILHO, Nestor Goulart. Imagens de Vilas e Cidades do <strong>Brasil</strong> Colonial. São Paulo: EDUSP:Imprensa Oficial do Estado: FAPESP, 2000.SANTOS, Paulo Ferreira, Formação das cidades <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> Colonial. Rio de Janeiro, Ed. UFRJ,2001, P. 17-35; 45-776

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