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06brasilwww.readmetro.comQUARTA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2012Grupo de Cachoeira aindaatua, dizem procuradoresEncarregados das operações Vegas e Monte Carlo afirmam em depoimento à CPI que o esquema de jogos ilegaisestá ativo mesmo após a prisão do bicheiro Quadrilha é acusada de atuar como uma máfia e de fazer ameaçasSeis meses após a prisãode Carlinhos Cachoeira, oMinistério Público sustentaque a organização criminosaque atua nos jogosilegais ainda não foi desarticulada.Em depoimentoà CPI do Cachoeira, ontem,os procuradores LéaBatista e Daniel Salgado,responsáveis pelas investigaçõesda operação Vegase Monte Carlo, demonstraramdetalhes da atuaçãoda quadrilha.A procuradora Léa Batistarelatou que o grupo estábem estruturado, conectadocom agentes do estadoe tem uma atuação semelhanteàs máfias. Apontadocomo o chefe da quadrilha,Cachoeira ficou caladona CPI e usou o depoimentoà Justiça Federal parafazer declaração deamor à noiva, AndressaMendonça. “Foi chacota,deboche às autoridadesconstituídas. Nunca presencieiuma situação dessas”,afirmou.“A postura de umcódigo de silêncioé típica dasorganizaçõesmafiosas.”LÉA BATISTA, PROCURADORAAmeaçasA procuradora contou aindater recebido mensagenspela internet, em junho,com ameaças pessoais e àfamília. “Os dois e-mails jáforam identificados e saíramda cidade de Anápolis,que é o reduto da famíliaCachoeira e da organizaçãocriminosa”, disse.Léa Batista descreveuainda uma tentativa de invasãoao apartamento, queestá sendo investigada pelaPolícia Federal. “Umamulher tentou entrar lá às5h45 da manhã, mas nãoconseguiu. A minha equipede segurança foi abordadapor PMs e, na semanada audiência de instruçãoe julgamento, a própriaequipe identificou umamarcação do carro que estavasendo usado na minhacondução”, relatou.MARCELO FREITASMETRO BRASÍLIACachoeira tem mantido o silêncio na Justiça175é o número de diasque Carlinhos Cachoeiraestá preso, acusadode chefiar o esquemade jogos ilegais. O bicheiroé mantido numacela na Penitenciáriada Papuda.RICARDO MARQUES / METRO BRASÍLIA167milhões de reais é ovalor de bens de Cachoeiraque foramapreendidos ou sequestradose estão empoder da Justiça Federalaté que seja confirmadaa origem lícita.MP pede foco nasfinanças do crimeO procurador Daniel Salgadoafirmou que os bensde Carlinhos Cachoeiraapreendidos e sequestradossomam R$ 167 milhões.Ele alertou que umaeventual demora na conclusãodo caso pode permitirque o acusado consigareaver o patrimônio deorigem suspeita recorrendoà Justiça.Ele revelou também comofuncionava a arrecadaçãopara sustentar a quadrilha.O dinheiro dos caçasníqueis seria encaminhadopara factorings. “Essa factoringera responsável por ficarcom 6% do valor e encaminharpara as contas dosmembros da organizaçãocriminosa. Esse valor era refinanciadona empresa criminosae reutilizado paracooptação dos agentes doEstado”, afirmou.Daniel Salgado sustentaque a participação de pessoasinfiltradas têm dificultadoa conclusão das investigaçõese fez um apelopara priorizar o braço financeiroda quadrilha.“Para desbaratar de vez essaorganização é precisosufocá-la financeiramente”,avaliou.O procurador citou, porexemplo, as investigaçõesdas relações do grupo deCachoeira com a construtoraDelta. Para ele, o trabalhofoi superficial e teriaparado em ‘indícios’.“Sabemos que havia umcontato muito próximo deCachoeira com CláudioAbreu e havia uma movimentaçãofinanceira partindoda Delta para laranjasou de laranjas para aDelta”, apontou.O relator da CPI, deputadoOdair Cunha (PT-MG)determinou o compartilhamentodos sigilos bancáriose fiscais já quebradospara facilitar o trabalhodo Ministério Público.“Para manutenção dos sequestrosdos bens, paraque o patrimônio continuesequestrado, a celeridadeé essencial”, destacou.METRO BRASÍLIAEntidades criticam novo Código PenalLIA DE PAUTA / AGÊNCIA SENADO“O passarinho émais importantedo que o homem,que fica emsegundo plano.”OPHIR CAVALCANTI, PRESIDENTE DAORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASILElaborado por uma comissãode juristas, o anteprojetodo novo Código Penal foicriticado ontem pela OAB(Ordem dos Advogados doBrasil) e pelo Ministério Público.Na segunda audiênciapública na Comissão Especialdo Senado, foram apontadasdistorções no texto.Um exemplo citado foi ocrime de manutenção deanimais silvestre, que tempena de dois a quatro anos,punição semelhante à previstapor abandono de incapaz.“Há perplexidade, porquealgumas condutas nãopodem ser simplesmentecriminalizadas. Estamos tratandode um bem importante,que é a liberdade”, protestouo presidente da OAB,Ophir Cavalcanti, que pediupelo menos mais 90 dias paraavançar nas discussões.Outra crítica foi sobre oartigo que torna crime aprática de bullying. A propostado Ministério Públicoé que o problema seja resolvidoa partir de políticas públicas.“Me parece exagerado.Parece ser mais fácil levaro adolescente para a delegaciado que educá-lo”, argumentoua representantedo Conselho Nacional do MinistérioPúblico, Taís Ferraz.CronogramaOs senadores têm até 5 desetembro para apresentaremendas ao texto, que tem541 artigos. O relatório final,do senador PedroTaques (PDT-MT), deve serapresentado em 27 desetembro e votado até 4 deoutubro. A previsão dacomissão é de que o novoCódigo Penal seja levado àvotação no plenário doSenado ainda este ano. Depoissegue para análise daCâmara. METRO BRASÍLIASenadores e entidades divergem sobre a propostaDestaquesVeja os principais pontosdo novo Código Penal.Descriminalização do usopessoal de drogas.Criminalização da homofobiae do bullying.Pena máxima de 40 anos.Deixa de ser crime o abortoaté a 12ª semana degestação.Maior rigor na punição deviolência contra animais.O racismo é classificadocomo crime hediondo.Jogo do bicho passará aser crime.

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