REGRAS - Jornal do Futsal

Não nos beneficiou porque um erroesses faz muito estrago pra imagema modalidade"avier Lozano, presidente da Liga Espanhola deutsal, criticando as goteiras no Grand Prix"Pra mim é uma satisfação grandevestir a camisa da Espanha e mais aindaganhar aqui dentro contra o Brasil"Júlio César Alemão, brasileiro naturalizado espanhól,que deu o passe para o 1º gol da EspanhaFevereiro.2011 5Espanha retoma hegemonia mundialA seleção espanhola reasumiua hegemonia mundialo futsal ao bater o Brasil noº Grand Prix, no dia 24 deutubro, em Anápolis (GO).vitória da Fúria pelo placare 2 a 1 teve gols de Rafasín e Ortiz. Fernandinhoarcou para o Brasil.Com a conquista a Espahavolta ao topo do mundoepois de dois anos atrás dorasil, que conquistou o munialem 2008, no Brasil, quanovenceu a Espanha nos pênaltis.e quebra impediu o sexto título braileirodo Grand Prix. A Espanha disutoua competição, que sempre foiealizada no Brasil, pela primeiraez. Também foi o primeiro fracasodos brasileiros, que haviam venidotodas as edições anteriores.Pela Fifa o Brasil venceu três veeso Mundial e a Espanha duas. Orasil ficou na frente de 1989 a 2000,uando perdeu a hegemonia praúria. Retomou em 2008 e agoraolta a perder. Pela Fifusa, o Brasilsteve sempre à frente, nunca ha-A seleção espanhola comemorou o título do Grand Prix dançando o rebolationvia sido superado pelos espanhóis,sendo campeão na Espanha/85.A vitória da Espanha foi um banhode água fria na torcida brasileira,que comemorava a realizaçãodo mais importante Grand Prix, umavez que todas as grandes forças dofutsal mundial estiveram presentes.A final não poderia ser outra: Brasile Espanha fizeram as melhorescampanhas e chegaram à decisão.A Espanha esteve melhor no primeirotempo, saíndo com placar de2 a 0, duas falhas do goleiro Tiago.Para o segundo tempo o Brasil empurrouos espanhóis para sua meiaquadra. Mas, com seu único homemde criação, Falcão, em péssima jornada,não conseguia levar perigo aogol adversário. Até que Fernandinhorecebeu uma bola na linha de 10metros, saiu da marcação de trêsadversários e abrir o placar brasileiro.Mas não passou disso. O placarzerou e os espanhóis explodiram dealegria em clima de rebolation.Abatido com o resultado Falcãodestacou o esforço do time. “Infelizmenteem Brasil e Espanha só podevencer um. Estavam as duas equipesinvictas e eles tiverama felicidade de ganhar”, lamentou,e vê um ponto positivona derrota: “É bompra dar um alerta. Nós começamosa ganhar oMundial de 2008 na derrotaque tivemos aqui emGoiânia em 2005 (1x0 praEspanha em jogo amistoso).Ali a gente começou aestudar mais o adversário”.Os espanhóis eram sóalegria. "A Espanha fezalgo muito difícil, que é vir ao GrandPrix e ganhar do Brasil em seu país.Creio que somente a Espanha seriacapaz de fazer e nós o fizemos”,destaca Kike.O técnico José Venâncio daEspanha considera que sair na frentefoi decisivo. “Creio que ficou claroque ao nos colocarmos a frenteno marcador foi decisivo. O Brasil éuma grande equipe e o mais importantepra mim, acima de terganhado, é o espetáculo que podemosver, porque isto engrandece ofutsal”, destacou.Entrevista: EnriqueRomero – ConmebolEnrique Romero é diretorpara futsal da Conmebom eesteve acompanhando oGrande Prix, no Brasil.JF- Qual leitura o senhor fazdeste Grand Prix?Romero – Creio que como foihoje a final, se viu que as duasmaiores potências damodalidade, quese viram frentea frente umavez mais,como umarevanche doMundial.Acredito que opúblico gostou doque foi todo este espetáculo.JF- E a organização do GrandPrix, como foi para o senhor?Romero – Excelente.Tivemos problemas que nãodependem da organização,que foi o da chuva na quadra.Mas todo o demais,organização, delegações,hotéis, alimentação, transporte,acredito que tenha sido deprimeiro nível, como o Mundial.JF- E o futsal na América,como está?Romero – O futsal seguecrescendo, falta ainda algumacoisa.Liga Espanhola acredita que "corrigi" brasileirosO presidente da Liga Espanholae Futsal, Javier Lozano, veio aorasil, onde tem negócios com aenalty, bola oficial do futsal espahol,e deu a seguinte entrevista:JF- Qual o papel dos brasileirosm promover o futsal na Espanha?Lozano- Se querem que nos ajusemosa eles não interessa. Estamosjudando a jogadores para desenolverema ajuda-los para o futuro edia a dia. Eu jogava com brasileiose eram muito boa pessoas masram um desastre. Gastavam tudo,aiam pra noite, não tinham postua.A seleção espanhola tem umaostura. Você nunca viu um jogadorspanhol com boné. Todos iguais praender a imagem da seleção.JF- E a convocação de brasileiospra seleção espanhola?Lozano- Sempre eles pediram praogar pela Espanha. Nós nunca osrocuramos. Isso seria um contrato,ós não queremos isso.O Marcelo, era no juvenil largao.Na seleção foi exemplo. A seleãoo ajudou. A equipe, o modeloem que prevalecer. É um modeloe comportamento.JF- Como o Sr. vê a naturalizaçãode brasileiros?Lozano- Creio que tem um processo.A Itália fazia naturalizaçãoexpressa. Na Espanha ele tem umvínculo e quer ser espanhol. Pramim isso não é naturalização. A Itáliaé pobre no futsal. A seleção estámal. Eles não têm continuidade. Nóstemos os brasileiros pra escola nofutsal, trabalham com as crianças.Na Itália o treinador queria o triunfo,pra isso desprezou os italianos.Ele só queria o triunfo.JF- A chuva no Grand Prix, comorepercutiu na Espanha?Lozano- Fez muito estrago. Nãonos beneficiou porque um erro dessesfaz muito estrago pra imagemda modalidade.JF- Qual o grau de importânciado título Grand Prix pra Espanha?Lozano- Ajuda no prestígio. Euparticularmente viajo o mundo praajudar as pessoas a desenvolveremo futsal. Os títulos são necessáriosJavier Lozano, Liga Espanholapara servir de prestígio.JF- A seleção da Espanha vai voltara disputar o Grand Prix?Lozano- Neste ano fizemos muitoesforço para estar aqui. O calendáriotem que ser compatível. Temosas datas fechadas e não podemossair disso.JF- O futsal não precisa de maiscompetições, como é o vôleio?Lozano- Seria fantástico, necessitamosde mais eventos de clubese de selações.