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R$ 5,90 - Roteiro Brasília

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caianagandaiaEduardo OliveiraPARA QUE TUDO ESTEJA NA SANTA PAZ,do lado de fora do Gate´s o segurançaSérgio Madureira, o Serjão, na casa há15 anos, comanda um time de homensgrandes, fortes mas sempre muitotranqüilos. “A gente é da paz, violênciasó em último caso, tem que ter muitacalma, mesmo porquequem arruma confusão éum por cento”, diz Serjão.Praticante de artesmarciais, os cabelosbrancos não combinamcom o porte atlético.“Durmo das quatroàs oito da manhã e voupara a academia malhar,mas meu preparo é sópara garantir”, brinca.Pai de três filhos, ele tentasuprir a ausência comtelefonemas: “Eu amo anoite e o meu trabalho.Meus filhos cobram, mas no final tudodá certo porque casei com uma mulhersuper compreensiva”, diz.Por falar em segurança, o time deanjos da noite é reforçado pela presença“sempre alerta” do Corpo deBombeiros. Só no Lago Sul são, emmédia, 30 chamadas por final desemana. Eles já presenciaram de tudo.As ocorrências mais freqüentes sãobrigas e acidentes causados peloconsumo excessivo do álcool.Serjão: adepto da não-violência“Eu amo a noitee o meu trabalho.Meus filhoscobram, mas nofinal tudo dácerto porque caseicom uma mulhercompreensiva”Sérgio Madureira“Uma vez fomos atender uma vítima deacidente e o sujeito, muito ruim e semter sofrido nenhum arranhão, insistia:boto um gás e vocês vão comigo até aboate buscar o pessoal que deixei lá”,conta o socorrista André Oliveira.Histórias para contar não faltam, assimcomo a gratidão de mães efamiliares. “Volta e meiachega a mãe de um jovemque a gente socorreu,com lanches e carta deagradecimento”, relata ocapitão David Rodrigues. Asocorrências, em sua maioria,envolvem novatos na balada,entre 18 a 26 anos.O taxista FlávioHenrique dos Santos àsvezes passa três noitestrabalhando sem parar.Dependendo do movimentoda cidade, emenda de umafesta para um show e dorme nas filas dospontos de táxi, dentro do carro. Elelembra o dia em que levou uma garota devolta para casa. “Era uma rave, ela apareceude repente, foi caindo por cima do capôdo carro e mal conseguia falar, com muitadificuldade entendi o endereço”. Em casanão havia ninguém. Carregou aadolescente até o apartamento, fechou aporta e voltou no dia seguinte para saberse estava tudo bem e receber a corrida.“Fiquei preocupado, alguém podia ter seaproveitado da situação, ela estava muitomal”, lembra.Outro taxista, Vagner Wendell,parceiro de Flávio, conta que certo diaapareceu um passageiro tão bêbado quenão lembrava o endereço. “Tivemos quelevá-lo para uma delegacia, não haviacomo ajudá-lo”. Ao contar as histórias,os dois olham as anotações e se divertem“Se a gente contar tudo você vai passar anoite inteira escrevendo. Dá um livro”.A OPORTUNIDADE DE UM NEGÓCIOna noite de Brasília inspirou AlfredoAlasmar Júnior. Ele juntou oconhecimento sobre bebidas com ogosto pela balada e criou o Dancing Bar.Seus pais são os donos da tradicionalCasa Ouro. Casados há quase um ano,ele e a mulher, ambos formados emrelações públicas, criaram o serviçode bar com uma equipe treinada porcoqueteleiros do Brasil e do mundo.Ao todo, 120 profissionais free-lancerse cinco fixos fazem bares para todos osestilos e públicos: pequenos coquetéis,festas, formaturas e até raves. Apreocupação com a equipe formadapor estudantes e modelos vai além dapostura pessoal. “Trabalhamos com umagalera nova, mas é preciso abrir mão dealgumas coisas e a bebida é uma delas.Vigiamos mesmo, como se fôssemospais”, conta Júnior. E garante: “Só vestea camisa do Dancing Bar quem carregaa filosofia de servir e saber servir”.Se existe uma coisa que o garçomLuiz Justino da Silva sabe é comoservir bem a um cliente. Sua históriaé parecida com a de muitos candangos.Com apenas 17 anos, ele se mudou dePernambuco para Brasília e foi trabalharcomo copeiro no Hotel Nacional. Virougarçom e há 25 anos exerce a profissão.Hoje, trabalha no Armazém do Ferreira,da 202 Norte. “Tem que ser simpático,alegre e ter um sorriso no rosto,sempre”, dá a receita. Servir é uma arte,Justino? Ele responde: “Uma arte meiocruel, né?” E explica: “Às vezes, algunsclientes querem arrumar confusão dequalquer jeito e aí você precisa respirarfundo e ser gentil e educado”.Numa pequena loja chamada Molhode Tomate, na mesma 403 Sul do Gate’s26

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